revista rainha julho de 2012

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ano 89 nº 1045 julho | 2012 ELE FEZ A DIFERENÇA Henri Caffarel ARTESANATO Cobertor solidário O mundo conectado A virtude da paciência

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Publicação Mensal da Sociedade Vicente Pallotti Santa Maria (RS)

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Page 1: Revista Rainha Julho de 2012

ano 89 • nº 1045julho | 2012

ElE fEz a difErEnça

Henri Caffarel

artEsanato

Cobertorsolidário

O mundo conectado

A virtudeda paciência

Page 2: Revista Rainha Julho de 2012

Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti Província N. Sra. Conquistadora Padres e Irmãos Palotinos

RedaçãO e CentRal de atendimentO aO assinante Av. Assis Brasil, 1768 | 91010-001 Porto Alegre (RS) | Fone: 0800 516633 (51) 3021-5008 | 3021-5010 [email protected] pallotti.com.br/rainha

supeRiOR pROvinCial Pe. Lino Baggio, SAC

diRetORes Pe. Judinei José Vanzeto, SAC Pe. Jadir Zaro, SAC

pROjetO gRáFiCO e diagRamaçãO Juarez Rodolpho dos Santos

tuRma da mia Textos: Benedita de Souza Ilustrações: Aline Reis

RevisãO Maria Burin Cesca Maria Lúcia Barbará

assessOR de COmuniCaçãO Carlos Alberto Veit

assinatuRas e expediçãO Bianca K. B. da Silva, Dênia G. Franz Danelon Juliana S. da Silva

impRessãO e aCabamentO Gráfica Editora Pallotti Rua Ivo Afonso Dias, 297 Fone: (51) 3081-0801 São Leopoldo | RS

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente

a opinião da Revista Rainha dos apóstolos.

expediente

Pe. Judinei José Vanzeto, saC

Conectados em prol do Reino de Deus

Editorial

Caro leitor: a comunicação é uma experiência fundamental e necessária para a pessoa humana. É na relação com um outro ser comunicativo que

acontece a integração, o crescimento e a afirmação pessoal pela racionalidade e liberdade humana. O ser humano destaca-se entre os demais seres pela sua comunicabilidade.

O Especial desta edição trata da comunicação por três redes sociais: Facebook, Twitter e Orkut. Embora haja diversas redes sociais, optou-se pelas três mais usadas no País; foram escolhidas e entrevistadas quatro pessoas de diferentes faixas etárias e interesses no intento de perceber o impacto causado pela internet em suas vidas. Muitas pessoas utilizam esses meios para conhecer e encontrar amigos, ampliar seus negócios e expandir seus conhecimentos.

A internet foi criada para facilitar a comunicação e compartilhar formação e informação. Através dela, é possível encontrar tudo o que se possa imaginar. Ela pode ser um grande perigo quando usada de modo inadequado, mas sua finalidade constitui um bem para a sociedade hodierna.

Através da web, suas ferramentas e seus novos aplicativos, é possível evan-gelizar. O Decreto Inter Mirifica, do Concílio Ecumênico Vaticano II, que trata sobre os meios de comunicação social, afirma: “Sabe, com efeito, a Mãe Igreja que estes instrumentos, retamente empregados, representam subsídios valiosos ao gênero humano, porquanto muito contribuem para recrear e aprimorar os espíritos e propagar e firmar o reino de Deus” (n.2).

Nesse sentido, fica a sugestão para as comunidades cristãs: a organização da Pastoral da Comunicação fazendo uso das redes sociais, bem como boletins informativos, jornais e todos os meios possíveis para anunciar a Boa-Nova. A revista Rainha, por sua vez, é nosso apostolado pela boa imprensa na formação humana e integral aos lares cristãos.

Além disso, nesta edição, o leitor irá encontrar uma variedade de artigos que só fazem bem; não têm contraindicação. Por fim, parabéns à Turma da Mia, que chega ao número 100 com uma publicação especial dedicada aos leitores mirins. Aos amigos e às amigas, o desejo de uma boa leitura com as bênçãos do maior comunicador de todos os tempos: Jesus Cristo!

A Revista Rainhaé associada a

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Page 3: Revista Rainha Julho de 2012

Maria lúcia barbará

Especial

Há pouco tempo, seria impossí-vel reunir pessoas que moram em lugares tão diferentes como, por exemplo, Inglaterra, Estados

Unidos, Japão e Brasil. Hoje, porém, essa é uma realidade bastante factível. Graças às redes sociais, temos contato com pessoas de diferentes partes do mundo. Podemos até trocar ideias on-line com músicos, artistas, políticos, ativistas...

Segundo o sítio Dicas do Varejo, rede social é uma “rede de comunicação cujos integrantes se ligam horizontalmente a todos os demais, diretamente ou por meio dos que os cercam. O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar para todos os lados sem que nenhum de seus nós possa ser considerado principal ou central”.

É muito difícil alguém se sentir só se tem ao seu alcance essa milagrosa conexão com

a internet. Quando estamos conectados – além de termos contato com amigos, parentes, conhecidos e até desconhecidos –, sabemos de tudo o que se passa pelo mundo, desde uma fofoca até os mínimos detalhes sobre um acidente que ocorreu, digamos, em águas italianas.

De acordo com pesquisa divulgada em janeiro deste ano pela comScore, empresa de pesquisa de mercado que fornece dados de marketing e serviços para muitas das maiores empresas da internet, 90,8% dos brasileiros com acesso à internet usam redes sociais. Em junho do ano passado, 43,9 milhões de usuários brasileiros conectaram, durante 12,5 bilhões de minutos, sítios como Orkut, Facebook e Twitter. Em média, cada usuário brasileiro fica conectado aproximadamente 4,7 horas por mês nas redes sociais.

O mundo conectado

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Page 4: Revista Rainha Julho de 2012

Em janeiro de 2004, Orkut Büyükkökten, engenheiro

de software, desenvolveu a rede social com seu nome

como um projeto independente enquanto estudava na Universidade de Stanford.

O Orkut, cujo público-alvo seria o norte-americano, rapidamente caiu no gosto dos brasileiros e se tornou uma verdadeira febre entre nós. Inicialmente, era necessário o envio de um convite por parte de um amigo que já estava participando da rede. Isso gerou uma enorme interação por parte dos usuários, que rapidamente difundiram seu uso.

O Orkut serve principalmente para pôr em contato pessoas conhecidas; a conectividade com desconhecidos ocorre através das comunidades.

EntrEvista 01:MARIA IGNEZ AZAMBUJA (@MariaIgnezAzamb)

Maria Ignez Azambuja “tinha um medo horrível do computador”.

Até que uma amiga começou a mostrar a ela os sítios que costumava acessar. Maria Ignez, então, resol-veu aprender a mexer na máquina. O filho de uma vizinha começou a lhe dar aulas.

– Eu colocava um caderno no colo. Ali anotava todos os passos. No começo, não fazia nada sem o meu caderno, mas depois fui apren-dendo e hoje já faço tudo sozinha.

A rede social preferida de Maria Ignez é o Facebook:

– Um dos meus filhos fez uma página no Orkut para mim, mas eu nunca gostei. Anos mais tarde, alguém me falou sobre o Facebook. Entrei e nunca mais saí. Lá eu posto fotos e vídeos, comento, curto. Faço parte de um grupo de pessoas da cidade onde

nasci, Uruguaianenses, e lá todos postam muitas coisas relacionadas à minha cidade natal. O que postei e foi muito apreciado foi uma página antiga de um jornal que hoje nem existe mais, A Nação (a reportagem tinha como título A garotada feliz de Uruguaia-na). Houve um número muito grande de comentários.

E ela continua:– Passo muitas horas no Face. Ali

eu me divirto, interajo, passo o tempo. Das páginas católicas, a preferida é

a do Grupo São José:– Os artigos são de excelente

qualidade e sempre há novos escritos, o pessoal costuma postar bastante na página do Grupo.

Maria Ignez observa que “muitas pessoas deixam de viver por causa das redes sociais”:

– Nunca abri mão da minha vida para ficar no Facebook. Só venho para a frente do computador quando tenho tempo. Conheço pessoas que falam sobre tudo o que lhes acontece. Eu não ajo assim, jamais falei de minha vida privada. Gosto de postar pen-samentos e fotos dos meus filhos e netos (evito dar maiores informações sobre eles) e adoro postar músicas.

Segundo a comScore, no mês de dezembro de 2011,

o Facebook se tornou a mídia social preferida pelos brasileiros.

A pesquisa mostrou que a rede social fundada em 2004 pelos ex-estudantes da Universidade de Harvard Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes atraiu, no mês de dezembro de 2011, 36,1 mi-lhões de visitantes, ultrapassando o Orkut, que até então era o número um na preferência dos brasileiros.

Inicialmente, o Facebook era restrito aos estudantes de Harvard e apenas em setembro de 2006 foi aberto para todo o público. Essa rede social permite encontrar amigos, bater-papo on-line, curtir, cutucar os amigos e postar opiniões, fotos e vídeos.

Aposentada há cerca de dez anos, Ignez comenta:

– Há pouco tempo, um ex-aluno me encontrou no Facebook, aí foi fácil localizar a turminha. Estão todos no meu Face. Isso é maravilhoso!

JULHO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS6

Page 5: Revista Rainha Julho de 2012

Desenvolvido em 2006, o Twitter só

ganhou fama no ano seguinte. O primeiro objetivo era funcionar como uma rede broadcast (forma de transmisão de dados em que todos os receptores recebem a mesma informação de forma simultânea). As pessoas, em até 140 caracte-res, escreveriam pequenas notas sobre o seu dia a dia; os interessados receberiam essas mensagens e ficariam a par do cotidiano de seus amigos.

A comunidade de usuários do Twitter, todavia, criou formas de interagir por meio das mensagens, com o uso de @ para designar um usuário e de # para falar de um assunto. Hoje é possível postar fotos e vídeos e falar sobre os mais variados temas. Os usuários sabem

EntrEvista 02:ÂNDRIA COURTOIS (@P_TrainerAndria)

Na adolescência, Ândria fez um curso de digitação e começou

a usar o computador apenas como ferramenta de trabalho. Hoje é “uma apaixonada pelas redes sociais”. Essa paixão começou em 2001, quando in-gressou no Orkut:

– O Orkut me ajudou a re-encontrar velhos amigos que julgava perdidos. Também me rendeu muito trabalho (Ândria é personal trainer). O bom do

Orkut eram as comunidades, por elas era possível conhecer as

preferências das pessoas. Pena que o Orkut parou no tempo.

Em 2008, ela conheceu o Face-book, ainda em inglês e, logo em seguida, o Twitter:

– No início eu não gostava do Facebook, pois pouquíssimos brasi-leiros usavam essa rede. Antes de me apaixonar pelo Face, eu me apaixonei pelo Twitter, pois por ele tenho acesso a pessoas que jamais poderia imaginar. Posso saber o que elas pensam e o que acontece com elas. Acredito que o Orkut é o amor; o Twitter, a paixão; e o Facebook, a tentativa de relacio-namento.

Hoje as redes sociais são, para Ândria, também uma fonte de ganhos financeiros:

– Divulgo a academia em que trabalho e as empresas de algumas alunas. Sou responsável pelas atuali-zações dessas páginas.

As redes sociais também renderam à personal trainer grandes amizades e até relacionamentos amorosos:

– Tu dás um bom-dia e pessoas que nunca te viram te cumprimentam e passam a fazer parte da vida. Tive alguns namorados que conheci nas redes sociais.

Ândria tem internet no celular, no tablet e no trabalho:

– Fico on-line durante pratica-

mente as 24 horas do dia. Comprei o tablet pra facilitar a minha vida, pois alguns arquivos o celular não abria. Durante o trabalho, fico conectada, apenas não respondo. Faço isso nos intervalos entre as aulas.

E continua:– Costumo fazer tudo pelas redes

sociais. Não uso o telefone para recla-mar de serviços. Faço isso pelo Twitter e sempre sou atendida.

E ela arremata:– Como as pessoas participam

da tua vida, quando te encontram agem como se fossem íntimas. Um dia desses, um rapaz, que atende por um apelido e me segue no Twitter, ficou bravo porque passei e não o cumprimentei. Mas como vou saber quem está por trás daquele apelido? Sua foto é a de um portão!

notícias em primeira mão, ficam a par das condições climá-ticas, do trânsito, das últimas fofocas... É possível também reclamar de serviços, já que muitas empresas têm conta no Twitter.

Hoje o Twitter não é mais apenas um serviço de micro-blogging (pequenas postagens), mas principalmente uma rede social de atualização, em que cada um escolhe sobre o que ou quem quer se atualizar e passa a receber as mensagens daquela pessoa ou daquele serviço.

O uso do Twitter está tão disseminado que até o Papa tem o seu: @Papa_Bento_XVI. O mesmo acontece com a Rainha Elizabeth (@hmqelizabeth), Barack Obama (@BarackObama), Dilma Rousseff (@dilmabr), artistas, comu-nicadores, lojas, indústrias, políticos, empresas, polícias, ONGs, congregações religiosas, partidos políticos...

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Page 6: Revista Rainha Julho de 2012

EntrEvista 03:REJANE SANTOS (@Rejane_colorada)

EntrEvista 04:ROGER RODRIGUES DA SIlvA (@royrodrigues10)

Rejane conheceu o computador há mais ou menos quinze anos atra-

vés de um jovem de um grupo de EJC (Encontro de Jovens com Cristo). Foi “paixão à primeira vista” pela máquina.

Naquele tempo, conversava-se pelo ICQ, programa pioneiro de co-municação instantânea.

Mais tarde, Rejane conheceu o Orkut:

– Não mexo mais no meu Orkut, apenas guardo ali recordações, pois, além de ser um sítio muito seguro, permite a existência de álbuns pri-vados.

Em seguida, migrou para o Ne-tlog, graças ao qual conheceu muitas pessoas:

O Netlog, comunidade portugue-sa, é muito parecido com o Facebook.

Roger Rodrigues tem quinze anos. Ele estuda, faz estágio e fica cerca

de seis horas por dia conectado.– Estudo de manhã, faço estágio à

tarde e chego em casa lá pelas dezoi-to horas. Vou direto para o computa-dor, onde fico conectado até a hora do banho. Em seguida, volto ao meu notebook. Meus pais reclamam que não conversamos, e eu sei que o uso das redes sociais por vezes me atra-palha, pois também não sobra tempo para o estudo. Quando eu tenho prova e preciso estudar, tento entrar rapidamente, só pra ver as novidades, mas fico nas redes mais tempo do que devia e acabo não estudando.

Tudo começou quando ele tinha dez anos:

– Fiz um curso de informática. Já no curso, comecei a gostar muito de computador, era algo novo pra mim. Primeiro descobri o Office: eu me entretinha com o Word, o Excel, o Outlook... Depois eu fiz meu e-mail e entrei nas redes sociais.

– Em seguida viajei para Portugal e conheci pessoalmente muitas pessoas com quem mantinha contato pelo Netlog. Não é um sítio muito confiá-vel, pois acaba levando a um tipo de relacionamento virtual que não é legal.

No Facebook, ela tem uma página chamada Acalanto: Conheci muita gente pelo Face; ele abre um leque de oportunidades. Tu tens acesso a textos de muitos escritores. Na minha página, posto tanto os meus escritos como textos de outros escritores. Convido a todos: curtam o Acalanto!

Rejane ficou um mês e cinco dias sem computador:

– Eu me senti fora do mundo. Ele substitui a televisão (sei das no-tícias), o telefone (posso conversar on-line), o barzinho... Eu ia para uma lan house quando estava sem compu-tador. Fico conectada umas oito horas

Como a maioria das pessoas, Roger começou com o Orkut:

– Eu tinha vários amigos no Orkut e participava de muitas comunidades, principalmente relacionadas ao meu time, o In-ternacional.

Em seguida, veio o Facebook:– O princípio do Face é o mesmo

do Orkut: entrar em contato com os amigos e fazer novas amizades. Conheci várias pessoas no mundo virtual, mas poucas delas encontrei pessoalmente.

Uma das pessoas que conheceu via internet foi uma menina que na-morou. Primeiramente, eles se conhe-ceram através de uma rede social. Ela é de Minas Gerais, mas tem parentes em Porto Alegre, cidade onde Roger mora. A garota veio para a capital gaúcha visitar a família, e o namoro aconteceu. Devido a distância, resta a amizade.

A rede social favorita de Roger é o Twitter:

por dia. Meu filho às vezes reclama, mas eu não dou muita bola.

E continua:– O mundo virtual eu escolho, o

mundo real não posso escolher. Se eu não gosto de alguma coisa no mundo virtual, deleto. No mundo real, não há nenhuma tecla para isso.

– É algo novo. De todas as redes, é a minha favorita, pois tem atualizações constantes, é a mais ágil de todas. Pelo Twitter, fico sabendo de tudo o que acontece no momento.

Roger assegura, porém, que as relações com os amigos acontecem principalmente no mundo real, e não tanto no virtual:

– Eu me encontro com eles todos os dias na escola. Nos finais de sema-na, também costumamos nos reunir durante o dia. Assim mantenho a mi-nha rotina de internet: acesso as redes somente depois das dezoito horas.

A autora, mestre em Letras,é colaboradora da Revista,

em Porto Alegre (RS)

JULHO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS8

Page 7: Revista Rainha Julho de 2012

anOjubilaR

50º aniveRsáRiO daCanOniZaçãO de

sãO viCente pallOtti

Fundador da União do Apostolado Católico – UAC

(Padres, Irmãos, Irmãs e Leigos)

20 de janeiro de 1963 a 20 de janeiro de 2013

Uma almaapostólica

Pe. ângelo lôndero, sacMomento Palotino

Não é fácil definir ou conceituar a espiritualidade. Embora seja uma expressão religiosa que tem a ver com o relacionamento do homem com Deus, na cultura moderna tornou-se um ter-

mo vago e presente em quase todos os segmentos da vida: da religião à economia, da ecologia ao mundo dos negócios.

Está presente em todos os encontros, em todos os debates e em todas as discussões. Não apenas no universo da religião, mas também nos âmbitos cultural, empresarial, econômico, político etc. Todos conversam sobre o assunto, falam de suas experiências, des-crevem seu momento espiritual. Livros e revistas especializadas no assunto aparecem a cada dia. Quando todos falam sobre colesterol, comparando taxas, trocando conselhos, sugerindo remédios e chás, logo percebemos que é um mau sinal. Alguma coisa não vai bem. Da mesma forma, quando vemos e ouvimos muita gente falando e lendo sobre espiritualidade, isso nos leva a pensar que a alma de nosso povo não anda bem; está enferma.

Concentrando a reflexão no âmbito religioso, podemos dizer que espiritualidade é um modo consciente de relacionar-se com Deus.

São VicentePallotti

O assunto deste artigo será a espiritualidade

de Vicente Pallotti. Certamente, a primeira

pergunta que vem à mente é a seguinte:

o que é espiritualidade? Vamos, por isso,

antes de falar da espiritualidade de Pallotti,

analisar o significado de “espiritualidade”.

JULHO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 9

Page 8: Revista Rainha Julho de 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino e Mestre em Teologia em Santa Maria (RS)

É aquilo que dá sentido à nossa vida, ao nosso agir coti-diano. É uma força interior que nos impulsiona para agir e nos torna capazes de superar com mais facilidade as dificuldades da vida. Como base do agir humano, a espi-ritualidade se manifesta em nosso modo de ver, de amar, de querer, de relacionar-se com o mundo, com nossos semelhantes e com Deus.

Assim que, por espiritualidade, de modo geral, se entende aquelas ideias ou convicções religiosas que de-terminam a conduta fundamental de uma pessoa diante da vida, capaz de lhe provocar uma mudança interior. Como nos diz São Paulo: “Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos também a nossa conduta” (Ef 5,25). Sendo a pessoa humana um ser espiritual, ela faz parte da nossa natureza, porque somos “templo do Espírito Santo” (1Cor 6,19).

O princípio dinâmico que marcou a vida e a ativi-dade de Pallotti foi a sua profunda experiência pessoal de Deus como amor e misericórdia infinita. Essa intensa experiência do amor infinito e da misericórdia infinita de Deus lhe permitiu conhecer Cristo como o Apóstolo do Pai Eterno. Tudo o que Jesus realizou durante sua vida na Terra é fruto do seu amor a Deus Pai e à humanidade. Viver como Jesus, amando a Deus e ao próximo, consti-tui o segredo da eficácia apostólica de todo cristão. Para Pallotti, é o amor que impulsiona quem quer participar

no apostolado. Seguir a Jesus e continuar a sua missão de evangelizar são dois aspectos inseparáveis.

É nesse sentido que se pode falar de uma espiritua-lidade própria de Pallotti; ele recebeu de Deus o dom de traduzir de maneira pessoal o evangelho, mostrando com as obras de caridade a extraordinária fecundidade da Palavra de Deus. Por isso, a pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, encontra o sentido da sua vida somente quando permanece no constante exercício do amor a Ele e aos irmãos (cf. 1Jo 4,16).

Pallotti foi agraciado por Deus para ser uma manifesta-ção de Jesus Cristo, de modo especial de Cristo Apóstolo de Deus Pai. Através dele, Deus quis revelar um modo particular do apostolado de Cristo. A exemplo de Cristo Apóstolo, possuído de uma espiritualidade apostólica, Pallotti tornou-se um apóstolo santo. Assim como a vida de Cristo foi o seu apostolado, do mesmo modo Pallotti foi um apóstolo incansável.

Ele considera Cristo como enviado, isto é, Apóstolo de Deus Pai, e como o Salvador do mundo, servidor dos homens e obediente até a morte − e morte de cruz (cf. Fl 2,8). A obediência a Deus Pai marcou toda a existência humana de Jesus até a morte na cruz. Pallotti vê cada cristão como continuador da missão de Jesus, por isso um apóstolo, um enviado, um missionário, precisamente porque Cristo é o missionário, o enviado, o apóstolo por excelência de Deus Pai. A espiritualidade de Pallotti tem como centro Jesus Cristo, porque ele procurou identificar--se com Cristo Apóstolo do Pai. Por isso exclamava: “Que a vida de Cristo seja a minha vida”!

Como Pallotti valorizou muito a Palavra de Deus, meditando sobre a passagem bíblica: “de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho único para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16), ele fez a experiência de Deus amor e misericórdia infinita. Viu que Deus não hesitou em enviar seu Filho único para redimir a humanidade. Sentiu que Deus ama com amor infinito e incondicional a cada pessoa. Isso fez vibrar de tal forma o seu coração que ele também se sentiu chamado a amar com todas as suas forças. Lamentava não poder amar infinitamente a Deus e por isso exclamava: “Oh! Se fosse possível amar infinitamente” ou, então, “Senhor, ou morrer ou amar-te infinitamente”.

Para concluir, podemos dizer que a espiritualidade de Pallotti é muito atual, porque não é clerical nem reli-giosa nem leiga, mas fundamentada no que é comum a todos: o fato de ser cristão. É uma espiritualidade simples e universal.

Uma característica marcante da espiritualidade de Pallotti é a sua grandíssima devoção a Maria. Maria, em sua vida e obra, merece um outro artigo.

JULHO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS10

Page 9: Revista Rainha Julho de 2012

Notas Palotinas

Se você deseja viver a experiência do encontro radical com Aquele

que é todo Paz e todo Bem . . .

Ir. Lourdes Maria TrombetaRua Cardeal Arcoverde,1097 CEP 05407-001 | Pinheiros

São Paulo (SP)Fone: (11) 3032-4588

[email protected]

Ir. Noemia FlachRua Dr. Eurico Araújo, 228

CEP 99500-000 | Cx. Postal 189Carazinho (RS)

Fone: (54) [email protected]

Ir. Zita DalbiancoRua Comandante Souza Lobo

CEP 79370-000 | Cx. Postal 02Ladário (MS)

Fone: (67) [email protected]

irmãs Franciscanasda imaculada

Conceição de maria,de bonlanden

Faltando apenas pouco mais de um mês para completar 102 anos de

idade, no dia 05 de maio, faleceu na comunidade do Patronato, em Santa Ma-ria (RS), nosso confrade Pe. Antônio Marin, Palotino. As palavras do Provincial, Pe. Lino Baggio, na celebração eucarística presidida por ele, na Igreja de Vale Vêneto: “Cristo ressuscitado já superou a morte e inaugurou a nova Jerusalém, onde morte, luto, grito e dor já não existirão mais. Lá, Ele enxugará toda lágrima de nossos olhos e fará novas todas as coisas. Deus habitará para sempre com seu povo. Para essa cidade celeste todos nós também peregrinamos e, lá, esperamos todos nós ver Deus e estar para sempre com Ele e com aqueles que já nos precederam na vida eterna. Sempre chamou minha atenção o seu amor à eucaristia, a sua fé, a intensi-dade de sua oração e de sua confiança em Deus! Pe. Antônio partiu do meio de nós. Deus o chamou para si: o fruto estava maduro. Deus o colheu!

Que o Pai da misericórdia, Deus de toda consola-ção, acolha esse irmão cuja vida se fez hóstia inteira-mente doada aos irmãos. Que lhe dê o prêmio dos bons e fiéis servidores! Que o Bom-Pastor, a quem ele serviu, especialmente através dos seminaristas, o acolha em seus braços e o mantenha em seu convívio eterno! AMÉM!”.

Padre Antônio Marin, SAC(30.06.1910 | 06.05.2012)

PARANÁ01 e 02/07 - Comunidades Palotina de Verê (PR) e São Jorge do Oeste (PR)03 a 07/07 - Comunidades Palotinas de Cascavel (PR): Postulado e Paróquia08 a 13/07 - Comunidades Palotinas de Palotina (PR): Paróquia e Irmãs Palotinas13 e 14/07 - Comunidade Palotina de Terra Roxa (PR)15 e 16/07 - Comunidade Palotina de Iporã (PR)16 a 19/07 - Seminário São Vicente Pallotti e Encontro de Palotina (PR)19 a 22/07 - Comunidades Palotinas de Dourados (MS): Paróquia e Chácara SVP

MATO GROSSO DO SUL23 a 25/07 - Comunidade Palotina de Fátima do Sul (MS)26 e 27/07 - Comunidade Palotina de Glória de Dourados (MS)28 e 29/07 - Comunidade Palotina de Deodápolis (MS)30 e 31/07 - Comunidade Palotina de Nova Alvorada do Sul (MS)01/08 - Com. Palotina da Paróquia Santa Rita de Cássia | Campo Grande (MS)02/08 - Com. Palotina da Paróquia S. Martinho de Lima | Campo Grande (MS)03/08 - Com. Palotina da Paróquia Divino Espírito Santo | Campo Grande (MS)04 e 05/08 - Com. Palotina da Paróquia São Judas Tadeu | Campo Grande (MS)06/08 - Com. das Irmãs Palotinas | Aero Rancho | Campo Grande (MS)07/08 - Ir. Oscar Roggia | Fazenda Arapongas | São Gabriel D’oeste (MS)08/08 - Retorno da Relíquia a Campo Grande (MS)

RoteiRo da

PeRegRinação

da Relíquia de

São Vicente

Pallotti

noS meSeS de

Julho e agoSto

Mais informações no site: pallottisanto.com.br/

Page 10: Revista Rainha Julho de 2012

Mundo SustentávelMarise jalowitzki

Você, certamente, já ouviu falar muito sobre os problemas energéticos que o mundo continua enfrentando. Com uma produção sempre crescente de todo tipo de produtos e serviços,

aliada ao consumo (e muito desperdício) de nosso atual modelo de vida (comprar, descartar, comprar), toda a geração de energia não está bastando!! Destroem-se florestas, reflorestam-se áreas com o plantio de árvores para servir de biocombustível, abrem-se rombos imen-sos na Mãe Terra para a construção de sempre novas mega-hidrelétricas e poços de perfuração de petróleo, além dos projetos daqueles que enxergam na energia nuclear uma saída “limpa” para o consumo de eletricidade e outros usos (armamentistas, médicos, científicos etc.)

Estamos vivendo um paradoxo com duas correntes ideológicas: a mais forte delas é a que prevê a continui-dade da relação “mais produção = mais consumo”, com todos os resultados (já conhecidos) para os desprovidos. A outra propõe a revisão desse modo de vida, que se alicerça em um jeito de viver melhor, com menos: é o chamado Modelo Feliz de Decrescimento. Segundo esse modelo, as pessoas (todas) levariam mais em conta as con-sequências de tudo o que adquirem e consomem, tendo uma visão do que é realmente necessário, encaminhan-do para reciclagem tudo o que é possível e procurando compartilhar, em ações cooperativas, ganhos, rendas e benefícios, incluindo a saúde de todos.

A Campanha da Fraternidade de 2012 enfoca, como sabem, as questões da saúde pública. Com fábricas po-luentes, com lixo para todo lado, com irresponsabilidade de muitos empresários e indústrias, os venenos que são ejetados nos rios e ares torna-se difícil a obtenção da saúde, que não se limita apenas a ter atendimento mé-dico digno e receber medicamentos (sistema ainda tão precário) mas, principalmente, trabalhar na prevenção, a chamada precaução.

Assim, pensar, falar e projetar o uso de energias al-ternativas, seja para o modelo A, seja para o modelo B, chega em boa (e urgente) hora. Alternativas energéticas – como a eólica, a solar, a gravitacional – existem! Não poluem, não causam danos à saúde. São renováveis e não oferecem perigo (nem no futuro) devido aos resíduos. Isso é sustentabilidade.

Mesmo com todo o reservatório de água que temos (Aquífero Guarani), as hidrelétricas são fontes de energia

temporal. O represamento e o desvio dos cursos de rios, assim como a utilização dos lençóis freáticos, têm um tempo limita-do de utilização. A perfuração do pré-sal constitui hoje uma esperança para muitos, mas também tem seu tempo limita-do. Em cinquenta anos da “era petróleo” já gastamos mais de 50% de todo o petróleo que a natureza levou milhões de anos para produzir!

É PRECISO E URGENTE VOLTAR-SE PARA FORMAS RENOVÁVEIS E LIMPAS DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA!

Desde há muito tempo, agricultores isolados em suas fazendas ou chácaras abastecem seus tratores com combustível natural, utilizando o gás metano do esterco dos bovinos para geração de energia.

As mais conhecidas são as que utilizam a força do sol e dos ventos, as energias solar e eólica, com possibilidades infinitas de reutilização e toxicidade zero! E mais: a energia gravita-cional, um projeto ousado que exige a revisão de interpretação de algumas leis da Física para sua implementação (Linro Project), a queima do lixo (principal projeto: Natureza Limpa – Unaí (MG), o plantio de árvores (para corte), o cultivo de algas para biocombustível (Green Crude) e até a utilização do esgoto (como ocorre na Alemanha) servem, hoje, para gerar eletricidade.

JULHO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS12

Page 11: Revista Rainha Julho de 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é escritora, educadora e ambientalista.

[email protected]

Em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equi-valente a 10 mil vezes o consumo mundial de energia no mesmo período.

Muita gente afirma que o custo de tal produção é alto, mas essa informação é contestada por Fernando Ximenes, responsável por vários projetos no Brasil. Transcrevo parte de entrevista que fiz com o inventor:

Pergunta: Quais os retornos mais significativos para os investimentos em energias solar e eólica?

Ximenes - Todos os investimentos em energia eólica e solar mostram satisfação ambiental e economia. Com ge-ração de energia eólica e solar inteligente e independente para pessoas físicas ou jurídicas, o tempo de amortização e retorno financeiro dos investidores, após implantação da geração de energia eólica e solar independente e in-teligente, é de trinta a sessenta meses (máximo de cinco anos) e não é cara.

É de fundamental importância ressaltar que as energias renováveis eólica e solar são baratas e acessíveis a todos se levarmos em consideração, de início, que não têm impac-to ambiental, não exigem grandes linhas de transmissões e subestações e com elas não produzimos resíduos, sejam sólidos, líquidos, gasosos ou radioativos.

Podemos produzir energia limpa eólica e solar em usinas junto a grandes centros urbanos, como também de forma independente e inteligente em nossas residências, comércios, indústrias, avenidas, praças públicas e privadas, shoppings, hospitais, hotéis, escolas etc...

Os cálculos de alguns estão errados, pois não levam em consideração os custos indiretos das energias fósseis, nucleares, térmicas e hídricas, com escalas produtivas e custos ambientais.

Fernando Ximenes, responsávelpor vários projetos no Brasil

A ideia vem da Holanda. Designers holandeses divul-garam um projeto para preencher espaços vazios em con-domínios residenciais e parques com árvores que geram energia. São as power flowers. A NL Architecs, responsável pela divulgação alternativa, esboçou estruturas metálicas capazes de funcionar como usinas de energia eólica. Essa energia é capaz de ativar lâmpadas e equipamentos de lazer.

Para que as estruturas fiquem parecidas com árvores de verdade, foram desenhadas pás na forma helicoidal.

Esperamos que arquitetos brasileiros comprem e utili-zem logo essa ideia. Administradoras e síndicos também. Há tantos edifícios, especialmente em zonas comerciais, sem nenhum verde nem semelhança de natureza. Uma “árvore de mentirinha” que, além de embelezar, ainda fornece eletricidade é tudo de bom!

Árvores eólicas – power flowers – uma turbina eólica urbana que pode ser utilizada em áreas densamente povoadas.

Ao contrário das turbinas eólicas comuns, de três pás que requerem um grande raio, as power flowers ofere-cem uma opção menos intrusiva, que pode participar de ambientes domésticos.

Árvore eólica – modelo grande possui doze turbinas. O modelo pequeno da árvore eólica possui três turbi-

nas e colhe vento em qualquer direção.A power flower pode ser facilmente instalada em par-

ques, ruas ou estradas dentro de centros urbanos devido à extrema leveza e ao seu reduzido tamanho em relação aos equipamentos tradicionais.

Árvore eólicaOutro dia, en-

trando numa loja de material de constru-ção e decoração em Porto Alegre, encon-trei uma pequena flor para ser utiliza-da como enfeite de mesa. O atendente me instruiu que, se deixada perto da ja-nela, para receber luz solar de dia, a florzinha vira abajur à noite, iluminando com tênue luz o am-biente.

Claro que, em comparação com os parques eólicos tra-dicionais, pode-se dizer que a energia gerada é pequena, insignificante, dirão alguns. Entretanto, como alternativa energética, é excelente. Destaque especial para a facili-dade de implantação.

Árvores eólicas enfeitam e geram energia!

ENERGIA SOLAR e EÓLICA

Quer saber mais informações sobre este tema

Acesse nosso site: pallotti.com.br/rainhaclique no link: mundo sustentável

JULHO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 13

Page 12: Revista Rainha Julho de 2012

Catequese, vocação e missãobenedita de sousa

a nossa reflexão deste mês, quando estamos fazendo memória, ou recordando

a figura de Jesus no Antigo Testamento e na tradição do seu povo, nos concentraremos na

forma de orar do povo judeu.A vida judaica é repleta de momentos de

oração, não do tipo mágico, para garantir proteção sobrenatural, mas como recurso para

que ninguém esqueça que tudo vem de Deus, tudo volta para Deus e que precisa ser feito de um jeito respeitoso à vontade do Criador.

Jesus, como Deus, não precisava orar. Mesmo assim, dedicou grande parte de sua vida ao ministério da oração. Como todo bom judeu, andava com seu talit (manto de oração) e a cada momento podia parar o que estava fazen-do, cobrir a cabeça e orar. Ele gostava de orar nos montes, mas sabia que não era necessário estar neles para falar com Deus, nós podemos fazer isso em qualquer lugar. Foi dessa forma que ele se dirigiu à samaritana: “vem a hora em que os verdadeiros adoradores do Pai o adorarão em espírito e verdade...” (João 4,21).

A Bíblia nos diz que Jesus orou em público e em parti-cular, em lugares desertos, nos arredores de cidades e nos

montes, em pé e de joelhos: “Afastando-se e se pondo de joelhos, Jesus orou...” (Lc 22, 41).

É importante para todos os catequistas moldar seus ensi-namentos catequéticos em relação à oração pelos de Jesus. Supõe-se que Ele, como bom judeu, dividia o seu dia com orações diárias, especialmente a da manhã, quando rezava o Salmo 5, e a da noite, quando rezava o Salmo 4. Além disso, também distribuía suas leituras com pedidos de bênçãos a Deus Pai.

De manhã e à noite Ele acrescentava o shemah (ouve) – composto de três benditos (cantados), uma leitura e um kadish (bênção da santificação tirada do Dt 6,4-9). Esse ben-dito é ao Deus Criador que criou o seu povo para participar do Reino. Em seguida, rezava um bendito ao Deus Revela-dor que elegeu o povo de Israel para receber a Lei de Deus (cf. Dt 11,13-21). Retomava a leitura nas Escrituras para receber a consagração (Nm 15,37-41), acrescida de um cântico de Davi a Deus que libertou seu povo (cf. 2 Sm 22). Tudo isso intercalado com o reconhecimento pelas graças recebidas contidas nos salmos 106, 40, 17 e terminando com este kadish da santificação cantado em aramaico:

“Magnificado e santificado seja o teu grande nome, ó Deus, no mundo que Tu criaste de acordo com a Tua

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Page 13: Revista Rainha Julho de 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é teóloga e escritora

A revelação principal da Bíblia (parte 2)

vontade. Que Tu estabeleças o Teu Reino durante a nossa vida, durante os Teus dias e durante a vida de toda a casa de Israel. Amém”.

Percebam que Jesus jamais teve desânimo para a oração, estava sempre pronto para dialogar com seu Pai. Um fato que nenhum catequista pode esquecer é que, por meio de suas orações, Jesus nos ensina que ao orarmos devemos crer since-ramente que o Senhor nos ouve. Em João 11,41s, no episódio da ressurreição de Lázaro, Jesus exalta a necessidade que se deve ter ao fazer um pedido (agradecer antes). Notemos que Ele afirma: “Pai, graças te dou porque me ouviste”, quando Lázaro ainda estava dentro do túmulo.

Os discípulos de Jesus, observando seus hábitos de oração e que a cada aflição, indecisão ou perseguição que sofria se retirava sozinho para rezar (cf. Jo 6,15), se admiravam de ver tanta disposição para a oração; percebiam também que ele estava frequentemente procurando um lugar isolado para falar com seu Pai. Numa ocasião dessas, eles pediram sua ajuda: “Senhor, ensina-nos a orar”.

Jesus lhes respondeu formulando a chamada oração dominical de Mt 6,9-13 (Pai-nosso), que nos serve até hoje de modelo. Como um mestre amoroso, lhes disse: “Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome;

venha o Teu Reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdo-aremos a todos os que nos ofenderem e não nos deixes cair em tentação”.

Nesse modelo de oração, tão conhecido por todos nós, Jesus nos apresenta um jeito simples do que devemos incluir em todas as nossas orações: reverenciar e glorificar a Deus; buscar sempre fazer a Sua vontade; reconhecer a nossa depen-dência para todas as nossas necessidades físicas e espirituais; contar sempre com a sua proteção.

Como cristãos, temos que aprender urgentemente a rezar da forma como fazia o Jesus (homem) e o Cristo (Mes-sias, divino), que dedicou sua vida à oração. Além disso, participar da comunhão com Seu Pai (abbá=paizinho), demonstrar que nosso amor, nossa obediência e nossa ado-ração por Ele somente serão válidos se também amarmos o próximo.

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Page 14: Revista Rainha Julho de 2012

Coisas da VidaPe. roMeu ullrich, sac

Faz bem e custa tão pouco.

É verdade! Uma atitude de pouco

esforço, com poucas energias gastas,

mas de resultado surpreendente.

Sua ação produz reações imediatas

tanto a quem o dá como a quem

o recebe. Uma expressão que

comunica muito mais do que,

às vezes, milhares de palavras.

Os pais fazem de tudo para obter o primeiro sor-riso de seus filhos. Ao recebê-lo, suas alegrias se multiplicam e, com toda a satisfação, partilham

com quem está próximo a emoção sentida. A alegria proporciona efeitos sensíveis na educação, na caminhada,

na inserção social e na realização da pessoa. A pessoa feliz é mais comunicativa, e seus objetivos são bem mais compreensíveis e de fácil assimilação.

Dos muitos modos de sorrir, há aqueles que con-quistam, cativam, seduzem, impressionam. Há também aqueles que iludem, que enganam, que decepcionam. Contudo, toda pessoa tem o seu olhar sorridente, mes-mo sem dentes ou com alguma necessidade especial. O segredo não está na perfeição do sorriso, mas na sua sinceridade. Quantos equívocos já aconteceram na vida das pessoas? Quanto encanto? Quanta decepção? A vida, porém, requer o sorriso. Sem ele, a vida tem menos beleza e, sem dúvida, será de menor duração.

No cotidiano de cada pessoa, os mais diversos relacio-namentos estão presentes. Sem eles, a vida não acontece. É próprio do ser humano se relacionar, ser amigo e fazer amigos. Com isso, logra seu espaço, seu lugar, sua identi-dade, sua personalidade. Nada é fácil. Mas também nada é tão difícil. Depende sempre da postura de cada um ao se defrontar com o outro. O diferencial no sucesso de um negócio, sob a perspectiva da própria realização, está na

Olhar sorridente

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Page 15: Revista Rainha Julho de 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino em Cascavel (PR)

maneira como é acolhida a outra pessoa. Isso é notório em muitos lugares. Como é bom ser bem recebido no lar de uma fa-mília, na porta da igreja, na loja comercial, no clube, na escola, no espaço de trabalho. Boa acolhida é sinônimo de retorno, de volta, de participação, de novas investidas.

Entre os muitos sorrisos, está o da criança. Ela transparece toda sua alegria no olhar, na mão estendida, na satisfação estampada no seu rosto. Nela se misturam os sentimentos de gratidão, de pedido. Ela se coloca por inteiro naquilo que vive e naquilo que faz. Ela é e sempre será exemplo do sorriso mais puro e sincero, um presente de Deus.

A história da Augusta, agraciada com um sorriso lindo e uma linda voz, começou no coral aos cinco anos na comunidade de Capitão Leônidas Marques. Mal conseguia segurar o microfone e já estava presente com seus pais na igreja. Muito cantou, sorriu, chorou e participou. Ainda hoje se dedica com seus dons a serviço do canto e da liturgia. Sua presença despertou no jovem João Carlos muito encanto. Amigo da viola, ele começou a dedilhar as me-lodias que seu coração transmitia para sua amada. Hoje, juntos há dezoito anos, quinze dos quais de sacramento matrimo-nial, têm a presença abençoada de seus filhos: Lilian, 16, João Victor, 12, e Maria Laura,1. Quando a Augusta estava grávida da caçula, o nome de Laura já estava esco-lhido. O nome da menina, porém, recebeu o acréscimo de Maria, pois, ao cantar um canto de Maria, a Laura deu um “pulo no ventre da mãe”. Augusta não teve dúvidas: a menina seria chamada de Maria Laura.

Augusta dedica parte do tempo, ao lado de outras pes-soas, para multiplicar seu talento, propiciando às crianças, de modo especial, o cultivo da música e do canto. A foto ao lado ilustra olhares e sorrisos para a Mãe de Deus, a Rainha dos Apóstolos. A expressão de cada pessoa, em particular a expressão infantil, manifesta admiração e confiança. Impossível descrever o olhar da Mãe de Deus para todos quantos lhe direcionam a visão. O olhar da Mãe de Deus deve ser lindo, puro, amável, atraente, um olhar de mãe.

Maria Santíssima quer que seus filhos obedeçam à voz de seu Filho e alcancem olhar além da dimensão humana. Ser aprendiz de Jesus, segui-lo e testemunhar a fé recebida como dom divino no Batismo direciona o olhar para o esplendor da eternidade.

Sinta-se uma pessoa muito amada por Deus. Sorria e não permita que ofusquem sua alegria. Lembre-se: sempre há alguém que precisa do seu olhar sorridente.

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Page 16: Revista Rainha Julho de 2012

01 de julho de 2012

sãO pedRO e sãO paulO

apÓstOlOs

1ª leitura: At 12,1-11

Salmo: Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R/ 5b)

2ª leitura: 2Tm 4,6-8.17-18

Evangelho: Mt 16,13-19

Vermelho | Ofício solene

O Evangelhoem sua Vida

Ano B • JUlHo 2012

COORDENAÇÃO: Pe. Edgar Xavier Ertl, SACCOMENTÁRIOS DESTA EDIÇÃO: Pe. Erno Aloísio Schlindwein, SAC

37O EVANGELHO EM SUA VIDA JULHO • 2012

SUGESTÕES HOMILÉTICAS

O dia litúrgico do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo é 29 de junho. Por conveniência, que objetiva uma

maior participação dos cristãos católicos nas celebrações, desde há anos transfere-se a festividade para o domingo mais próximo.

No Evangelho de hoje, relata-se a primeira profissão messiânica sobre Jesus, que inclui a fé em sua divindade: Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo. Há outras profissões semelhantes, tanto de homens como de mulheres nos Evangelhos. Refiro, por exemplo, aquela de Marta, pro-ferida por ocasião da morte e revitalização de seu irmão Lázaro: Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo (Jo 11,27).

Apóstolo Pedro:Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo

Por Pedro ter reconhecido e proclamado Jesus Mes-sias, Filho de Deus antes do evento pascal, Jesus o pro-clama bem-aventurado e feliz. Não, porém, por causa

de seu eventual méri-to pessoal, mas por tal bem-aventurança ter-lhe sido concedida pelo Pai que está no céu. O epi-sódio faz entender que, em todos os tempos, a fé em Cristo não recebe sua origem das capacidades e dos recursos humanos, mas pelo dom do Espírito que habita em nós desde o Batismo.

Portanto, o dom da fé se origina mais pela receptividade confiante das promessas de Deus do que pelo empenho do entender e agir humanos. Sobretudo hoje, quando a razão humana se tornou técnica e instrumental, diante da crise da cultura e da Igreja, a pergunta fundamental não é “o que devemos fazer”, mas “o que Deus nos inspira a fazermos?” Deus é sempre o autor principal da ação evangelizadora. Por conseguinte, Cristo é muito mais que um modelo; é o agente principal da evangelização.

Se, pela graça, Pedro entendera – ainda que em parte, de modo provisório e imperfeito; assim até Pentecostes –, ele é constituído kefa, que quer dizer rocha, da nova ekklesia. A metáfora da chave para ligar e desligar fun-damenta a sua gênese na fé que Pedro proclamara. Ela não é somente um mandato da hierarquia concedido à hierarquia, mas a todos os fiéis inseridos na comunidade de Cristo pelo Batismo. Tanto que, nos capítulos seguintes do Evangelho de hoje, quando trata da vida comunitária, Jesus concede essa missão no plural, a todos os discípulos: “Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18,18).

Page 17: Revista Rainha Julho de 2012

38O EVANGELHO EM SUA VIDA JULHO • 2012

São Vicente Pallotti:Combati e bom combate, guardei a fé.

São Vicente Pallotti, cujo jubileu de ouro de canoni-zação celebra-se neste ano, entendeu que o primeiro e mais importante objetivo apostólico da Igreja deveria ser o de reavivar a fé e reacender a caridade. Analisando e avaliando as nossas comunidades cristãs atuais, podemos constatar com evidências que, nos próximos tempos, permanecerão conosco os fiéis que fizerem uma expe-riência de fé fundamentada na Palavra de Deus e nos sacramentos. Todos os demais meios devocionais da vida cristã serão derrubados pela imponência instrumental e ateia da cultural atual.

Apóstolo Paulo:Combati o bom combate, guardei a fé

Na segunda leitura, em tom comovente de quem pressente o seu próximo martírio, Paulo manifesta a es-perança escatológica com sentido de extrema fidelidade e esperança sólida na meta definitiva da ressurreição em Cristo Jesus. Para tal, como homem urbano, usa da me-táfora das disputas dos estádios olímpicos, onde se corre e luta com dedicação e se recebe a coroa dos louros da vitória. Se o apóstolo, missionário e mestre Paulo manteve a fidelidade, a sua recompensa foi a “coroa da justiça”, isto é, a salvação através da ressurreição, que será concedida a todos os que esperam a sua manifestação gloriosa. Assim que, ao festejar o apostolado da pregação e do mar-tírio dos apóstolos Pedro e Paulo, celebramos os pilares constitutivos da essência do cristianismo católico. Pedro,

o primeiro a proclamar a fé, e Paulo, o maior mestre e doutor do Evangelho às nações, ambos nos ensinam que a fé e a esperança escatológica são igualmente os valores que nos mantêm testemunhas de Cristo na Igreja e no mundo atual.

Finalmente, queremos hoje lembrar muito nosso que-rido Papa Bento XVI. Desde sua eleição, ele surpreende a Igreja e o mundo, sobretudo pela sua humildade, capa-cidade de escuta e teologia e espiritualidade profundas. É notável o que escreveu na Carta Apostólica Porta Fidei, nº 2: “Desde o princípio do meu ministério como sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do Pontificado, eu disse: a Igreja, no seu conjunto, e os pastores, nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens para fora do deserto, para os lugares da vida, a vida em plenitude”.

Leituras da semanaSeg.: Am 2,6-10.13-16 | Sl 49(50),16bc-17.18-19.20-21.22-

23 (R./ 22a) | Mt 8,18-22. Ter.: Ef 2,19-22 | Sl 116(117),1-2 (R./ Mc 16,15) | Jo 20,2-29. Qua.: Am 5,14-15.21-24 | Sl 49(50),7.8-9.10-11.12-13.16bc-17 (R/. 23b) | Mt 8,28-34. Qui.: Am 7,10-17 | Sl 18B(19B),8.9.10.11 (R/. 10b)| Mt 9,1-8. Sex.: Am 8,4-6.9-12 | Sl 118(119),2.10.20.30.40.131 (R/. Mt 4,4) | Mt 9,9-13. Sáb.: Am 9,11-15 | Sl 84(85),9.11-12.13-14 (R/.9) Mt 9,14-17.

Page 18: Revista Rainha Julho de 2012

Galeria

Ivone Marasca

Parabéns pela passagem de teus oitenta anos de vida! Agradecemos todo o amor e tempo a nós dedicados,

sempre nos ensinando e guiando no caminho a seguir. Que Deus te abençoe e te dê muita saúde. Que conti-nues sempre alegre e sorridente. É o que desejam teus filhos. Te amamos!!

Itapiranga (SC)

A representante Terezinha F. Quaini, juntamente com seu grupo de assinantes, homenageia

Albino e Maria Zanatta Ruaro

Pela passagem de seus 53 anos de vida conjungal e deseja a eles muitas felicidades.

Primavera do Leste (MT)

Lisete Marasca homenageia

Mário e Flávia Poersch

O casal comemorou suas Bodas de Prata com uma linda festa. A eles, desejo toda a felicidade e que

continuem sendo esse casal perfeito e amado por todos nós. Eles são assinantes da Revista Rainha há vários anos. Parabéns ao casal.

Itapiranga (SC)

Sobrinhos e amigos homenageiam

Gema Tenedini

Pela passagem de seu aniversário. Ela é representante da Revista Rainha. Desejamos felicidades, saúde e

as bênçãos de Deus. Parabéns!

Palmeira das Missões (RS)

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Page 19: Revista Rainha Julho de 2012

QUER QUE TODOS OS SEUS AMIGOS VEJAM

AS SUAS FOTOS?

Fotos publicadas na seçãoGaleria de cada mês.

Donilia França homenageia

Pe. José Bento de França

Em fevereiro passado (07/02/12), o pároco completou quinze anos de vida sacerdotal. Ele recebeu uma homenagem na pa-

róquia Bom Jesus dos Pobres Aflitos, em São Bento do Una (PE). Na paróquia estavam pais, Expedito e Donilia França, irmãos, cunhada, cunhado, sobrinha e sua amiga Celina.

Comemorar o aniversário de ordenação é comemorar a vida, pois o sacerdote não é apenas o homem da liturgia, mas aquele que faz de sua vida um culto litúrgico, uma entrega, uma doação. Agradecidos pelo dom de seu sacerdócio, desejamos que Deus prolongue seus dias e o faça, cada dia mais, imitador de nosso santo Salvador. Parabéns!

São Bento do Una (PE)

Roque Simon

Parabéns pelos setenta anos de vida que completa no dia 04/07/12. Ele é ministro

da Eucaristia há 41 anos e representante da Revista Rainha há muitos anos.

A ele desejamos muita saúde e realizações. São os votos de toda a nossa família.

Santa Lúcia | São Martinho (RS)

Catequista Vera Sirlei Scherer homenageia

Catequese de Primeira Comunhão

Parabéns a esta galerinha da paróquia Nossa Senhora da Conceição. Eles estarão recebendo

a Primeira Comunhão em agosto próximo. Um gran-de abraço a todos!!

Bom Jardim | Brochier (RS)

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Page 20: Revista Rainha Julho de 2012

CulináriaReceitas Testadas por cesaR buffeT

INGREDIENTESMassa 3 ovos 3 xícaras (chá) de açúcar 5 xícaras (chá) de leite ½ xícara (chá) de fubá ½ xícara de queijo parmesão ralado ou coco ralado 2 colheres de sopa de fermento em pó ½ caixinha de leite condensado 2 colheres de sopa de manteiga ou margarina

INGREDIENTES2 pães italianos de 250 g amanhecidos (reservar)50 g de toucinho defumado picado2 litros de água¾ de xícara (chá) de vagem cortada em pedaços1 xícara (chá) de batatas cortadas em pedaços2 xícaras (chá) de abobrinhas cortadas em pedacinhosQueijo parmesão a gostoTempero a gosto

Bolo

de FuBá

Sopa no pão

MODO DE PREPAROBata no liquidificador por 5 min todos os ingredientes. Despeje em fôrma untada e asse em forno médio (180ºC)

por mais ou menos 40 min.

MODO DE PREPAROEm uma panela grande, ponha a água e o toucinho. Deixe ferver, retire a espuma que se forma e junte os ingre-

dientes. Tempere a gosto. Cozinhe lentamente por 2 h e 30 min. Corte uma fatia do pão, como uma tampa e retire o miolo sem furar a casca. Despeje a sopa no pão, polvilhe com o queijo ralado e sirva quente.

Fone: (51) 3341-4188cesarbuffet.com.br

[email protected]

Dica: Você pode servir a sopa em quatro pães pequenos – porção individual.

JULHO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 61

Page 21: Revista Rainha Julho de 2012

INGREDIENTESCobertura4 ovos1 colher (sopa) de água2 caixinhas de creme de leite100 g de requeijão cremososal, pimenta e ervas a gostoOpcional: 30 g de queijo gorgonzola

Montagemmanteiga para untar1 pacote de pão de fôrma200 g de presunto4 tomates cortados em rodelas e temperadossal e orégano200 g de queijo muzarela50 g de queijo tipo parmesão ralado

INGREDIENTES 1 litro de leite integral 1 lata de leite condensado 6 colheres (sopa) cheias de chocolate em pó 1 colher (sopa) cheia de amido de milho 2 paus de canela 1 colher (sobremesa) de aroma de baunilha 1 lata de creme de leite

Opcional para decoraçãoChantilly | Açúcar |Canela em pó

Sanduíche

aSSado Rápido

chocoquente

inFantil

MODO DE PREPAROCobertura: Bata no liquidificador os ovos com a água. Despeje em

uma vasilha e misture com o creme de leite, o requeijão e o queijo gorgonzola (se quiser). Tempere a gosto e reserve.

Montagem: Unte generosamente com manteiga um refratário de 35 cm x 15 cm, coloque uma camada de pão de fôrma, cubra com fatias de presunto, tomates temperados e muzarela. Repita as camadas, terminando com o pão. Coloque delicadamente a cobertura reservada, polvilhe com o queijo ralado e leve ao forno preaquecido a 180° C por 30 minutos ou até dourar. Sirva bem quente.

MODO DE PREPAROBata em liquidificador o leite, o leite condensado, o chocolate e o amido de

milho. Reserve. Coloque em panela alta os paus de canela e deixe aquecer bem até levantar o perfume. Coloque o leite batido reservado e, mexendo sempre vagarosa-mente, aguarde levantar fervura. Retire os paus de canela, coloque o aroma de baunilha e volte ao liquidificador; junte o creme de leite e bata com cuidado. Sirva bem quente em 8 canecas.

Dudu Lorenzettiwww.agenciatabor.com.br

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Page 22: Revista Rainha Julho de 2012

Artesanatobibiana arrua Fantinel

cobertor simples, 90cm x 75cm retalhos de tecido colorido soft para o forro (mesma medida do cobertor) novelo de lã alfinetes agulha nº 04 tesoura trena

01 - Coloque o cobertor em uma superfície plana.02 - Distribua os retalhos sobre o cobertor.

01

02

Cobertor

Algumas pessoas de Santa Maria (RS) resolveram não ficar de braços cruzados nesse inverno. Para ajudar as crianças carentes a enfrentarem

os rigores do clima gaúcho, elas decidiram se unir e pôr mãos à obra.

Uma das formas de ajudar é o Projeto Cobertor Solidário, que consiste em fazer peças para serem doadas a crianças carentes que nascem em hospitais públicos da cidade.

O artesanato deste mês é dedicado a esse belo gesto solidário e pode servir de inspiração para iniciativas semelhantes em outros locais do nosso País.

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Rio

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Page 23: Revista Rainha Julho de 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é publicitária e estudante de jornalismo em Santa Maria (RS)

[email protected]

03 04 05

06

Abaixo, seguemalgumas sugestões

bem criativas!Invente o seu

modelo!!

03 - Fixe os retalhos com alfinetes.04 - Se quiser, faça aplicações com retalhos coloridos.05 - Com a lã e a agulha, costure os tecidos no cobertor.06 - Depois de pronto, coloque o forro de soft fixado com alfinetes e, em seguida, costure-o no cobertor.

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