revista rainha junho 2012

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ano 89 nº 1044 junho | 2012 Turma da MIA A virtude do respeito DIREITOS HUMANOS Formação e conscientização FREI BETTO Ética e amorosidade CONHEÇA PROJETOS E AÇÕES QUE ESTÃO REALMENTE MUDANDO O PLANETA!

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Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti - Santa Maria (RS)

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Page 1: Revista Rainha Junho 2012

ano 89 • nº 1044junho | 2012

Turma da MIAA virtude

do respeito

Direitos Humanos

Formação e conscientização

Frei Betto

Ética eamorosidade

ConHeça projetos e ações que estãorealmente muDanDo o planeta!

Page 2: Revista Rainha Junho 2012

Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti Província N. Sra. Conquistadora Padres e Irmãos Palotinos

Redação e CentRal de atendimento ao assinante Av. Assis Brasil, 1768 | 91010-001 Porto Alegre (RS) | Fone: 0800 516633 (51) 3021-5008 | 3021-5010 [email protected] pallotti.com.br/rainha

supeRioR pRovinCial Pe. Lino Baggio, SAC

diRetoRes Pe. Judinei José Vanzeto, SAC Pe. Jadir Zaro, SAC

pRojeto gRáFiCo e diagRamação Juarez Rodolpho dos Santos

tuRma da mia Textos: Benedita de Souza Ilustrações: Aline Reis

Revisão Maria Burin Cesca Maria Lúcia Barbará

assessoR de ComuniCação Carlos Alberto Veit

assinatuRas e expedição Bianca K. B. da Silva, Dênia G. Franz Danelon Juliana S. da Silva

impRessão e aCabamento Gráfica Editora Pallotti Rua Ivo Afonso Dias, 297 Fone: (51) 3081-0801 São Leopoldo | RS

os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião da Revista Rainha dos apóstolos.

expediente

Pe. Judinei José Vanzeto, saC

Somos marcados pelo amor

Editorial

Caro leitor, o Planeta Terra é a nossa casa, é a nossa vida. O dia 05 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. O Especial desta edição traz uma série de projetos e ações significativas de cuidado da nossa

casa comum: Planeta Terra. Também nesta edição é dado destaque especial ao Dia dos Namorados,

com diversos artigos que tratam da importância do amor, do compromisso e do respeito na convivência entre duas pessoas de sexos opostos que se amam.

O namoro é uma forma de convivência entre duas pessoas que se en-cantaram e passam um tempo juntas. As razões para namorar podem ser o amor, a atração física, a curiosidade, afinidades etc. O período do namoro é uma oportunidade para conhecer melhor o outro e fazer a descoberta do verdadeiro outro.

O namoro, portanto, consiste em conhecer o outro e dar-se a conhecer, pois o ser humano possui “duas facetas”: como parece ser e como é de fato. Por isso, faz-se necessário conhecer o “outro por dentro” e isso exige tempo e esforço. Durante esse tempo, necessariamente, o amor se desenvolve e se aperfeiçoa.

Dessa maneira, o namoro prepara para o noivado e, consequentemente, para o enlace matrimonial. Mas, na sociedade hodierna, tem sentido falar desses passos? O namoro é um valor cultivado entre os adolescentes e jovens? O que move as pessoas a se amarem? O que é o amor?

A palavra “amor”, na língua grega, tem diferentes significados: “eros”, “filia” e “ágape”. “Eros”, para os gregos, é o deus do amor, a atração física. “Filia” é a amizade, afinidade, afeição. “Ágape”, para os cristãos, é mais profundo e significa doação, caridade, amar sem querer algo em troca.

O Papa Bento XVI, na Encíclica Deus caritas est (Deus é amor), explica a diferença e a unidade existente entre o Eros (amor humano) e o Ágape (amor divino) e reitera a potencialidade do equilíbrio e a integralidade da pessoa humana.

O livro Cântico dos Cânticos, que apresenta a dignidade e a beleza do amor humano, afirma: “o amor é forte como a morte” (8,6). Camões, poeta lírico português, descreve o amor como “um fogo que arde sem se ver”. O amor, no entanto, comporta doação, renúncia, diálogo, compreensão, aceitação e perdão. Antoine de Saint-Exupéry exclama: “Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol”.

Senhor, que teus filhos e tuas filhas obtenham a graça de serem marcados com teu amor para amarem sem medida! Boa leitura!

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Page 3: Revista Rainha Junho 2012

MARISE JALOWITZKI e JuAREZ ROdOLphOEspecial

Dia 05 de junho é dia que dedicamos à Natureza, é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Como todo dia especial, será de muita comemoração em

todo o planeta e, é claro, de muitas manifestações, pois nosso caminho em busca de um mundo sustentável está indiscutivelmente longe da linha de chegada. Infelizmente!

A todo instante, a natureza sofre agressões das mais variadas, tornando as tentativas de reparação sempre maiores que as de prevenção.

A luta para modificar grandes conceitos de consumis-mo encravados em nossas vidas há décadas, aliada à mo-bilização para cobrar mais consciência e responsabilidade

socioambiental das megacorporações, tornou-se tarefa árdua e contínua. Paralelamente a essa situação grave e angustiante, afloram soluções.

Elas partem de instituições locais e internacionais, criando e implantando novos projetos e programas, mos-trando ao mundo que é possível, sim, modificar o atual quadro de devastação por um mundo ecossustentável, sem agressões ao meio ambiente, incluindo os indivíduos.

Neste Especial, apresentamos alguns bons motivos para comemorar, demonstrando que uma nova visão e atitude em relação à sustentabilidade é possível. Achim Steiner, Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), ressalta: “Estamos voltando às raízes do de-senvolvimento sustentável contemporâneo para criar um novo caminho”. Vale lembrar: “Depende de cada um de nós”. Por menores que sejam nossos atos, eles fazem diferença em nossas casas e comunidades, em nossa so-ciedade e em nosso planeta.

“Cuidar da naturezadeve ser uma coisa natural”

Conheça projetos e ações que estão realmente mudando para melhor o nosso planeta!

junho

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Page 4: Revista Rainha Junho 2012

Neste ano, o PNUMA escolheu o Brasil como sede das comemorações mundiais do evento, já que nosso País é tido como referência em ações

contra desmatamento e no fabrico e uso de combustíveis renováveis.

A sociedade precisa estar presente! Esperamos que esse encontro traga ações realmente efetivas, não apenas cobrando da sociedade maior consciência ambiental, mas, principalmente, incentivando, recomendando e fis-calizando a potencialização de ações dos governos para a preservação do planeta e do ecossistema como um todo.

Construções que levam em conta a preservação do meio ambiente

são o foco de duas mostras do Museu de Arte Moderna em São Paulo

Não dá mais para pensar no mundo sem se preocupar com sua preservação. Cada vez mais, o design, a

decoração e a arquitetura se ligam à sustentabilidade, em um caminho que – felizmente – parece não ter mais volta. Duas exposições simultâneas, em cartaz no MAM (Museu de Arte Moderna), em São Paulo, até 26 de junho, jogam os holofotes sobre as construções “verdes”.

Morada ecológica, com curadoria da arquiteta e jor-nalista francesa Dominique Gauzin-Müller, é uma expo-sição itinerante com origem em Paris. Com fotos de mais de cinquenta projetos, realizados em diversas partes do mundo, o objetivo é abordar as novidades da arquitetura contemporânea e a influência da sustentabilidade nas construções e no desenvolvimento urbano. Tudo com um

Brasil sede das comemorações

do dia mundial do meio ambiente em 2012

olhar voltado também para o futuro. A exposição apre-senta ainda pesquisas sem encerrá-las, dando margem a discussões e novas ideias.

O evento simultâneo Razão e Ambiente aborda o mesmo assunto, mas, desta vez, com foco no Brasil. As principais referências são os trabalhos de Lucio Costa, Lina Bo Bardi e Sergio Bernardes. Com curadoria do arquiteto Lauro Cavalcanti, a mostra tem 25 obras que destacam o pioneirismo da arquitetura brasileira modernista na utili-zação de soluções ecológicas e seus desdobramentos nas construções sustentáveis de hoje.

Obras sustentáveis: uma obra sustentável leva em conta o processo no qual o projeto é concebido, quem vai usar os ambientes, quanto tempo terá sua vida útil e se, depois desse tempo todo, ela poderá servir para outros propósitos ou não. O Brasil, país de tamanho continental, engloba uma série de panoramas climáticos diferentes. Uma construção sustentável deve respeitar e aproveitar o clima da região na qual está inserida.

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Page 5: Revista Rainha Junho 2012

Turanor Planet Solar:o maior Barco

Solar do Mundo

Calor humano aquece estação de trem | respiração vira energia

Lançado em Mônaco, tem 540 metros quadrados

decorados com módulos foto-voltaicos. Criação do empre-

sário alemão Immo Stroeher e fundador do projeto suíço Raphael Domjan, o barco é prova de que a energia solar é uma fonte viável de energia para transporte.

Baterias especiais a bordo permitem que o barco na-vegue por cerca de três dias sem precisar reabastecer-se de energia solar.

O Planet Solar, passou catorze meses em construção em Kiel, na Alemanha, antes de ser lançado no Mediter-râneo. De acordo com os construtores alemães, o navio é capaz de atingir velocidades de até quinze nós.

Já pensou? Respirar dá lucro! Respirar gera energia! Respirar aquece! Parece poema? Pois é, simplesmente,

tecnologia!Quando o olhar vai para as coisas mais simples, a

“mágica” aparece! No início, todos as pessoas achavam estranho. Agora, com tudo funcionando e com resultados excelentes, todos aprovam e elogiam o projeto.

Isso já acontece na Suécia – Estação de Estocolmo – e, acredite, custa baratíssimo. Tubos instalados na estação de trem de Estocolmo levam ar aquecido pelos pulmões dos passageiros até a central de calefação, no subsolo do prédio. Lá, o ar passa por um radiador que converte o calor humano em energia. Segundo a companhia respon-sável, o sistema se pagará em menos de um ano. Estações e aeroportos de toda a Europa já estudam a implantação de projetos semelhantes para aproveitar a energia natural e gratuita produzida pelos passageiros.

Falando só do Brasil

Como coadunar preservação ambiental com expulsão de índios de seu território? Como expandir projetos ver-des e continuar construindo as novas 22 plataformas de petróleo? Como discutir acordos sustentáveis e, ao mesmo tempo, ampliar a exploração de energia nuclear do jeito como vem acontecendo? Os quatro estados candidatos a “receber” as usinas nucleares estão ansiosos, enquanto Angra III continua sendo construída!

Como implementar ações antidesmatamento e, ao mesmo tempo, construir sempre novas barragens e hidre-létricas? Há mais problemas além do megadesmatamento para a construção das usinas.

Será o desmatamento a solução para levar a energia através dos fios de alta tensão até os demais estados? São 2.500 Km de desmatamento só de Porto Velho até São Paulo – e estamos falando de um único ponto!

É ótimo e necessário que se discutam e incrementem ações verdes, mas como pedir ao planeta, já com cin-quenta anos de atraso em providências realísticas, para esperar mais um pouquinho? Esperar até 2020? Esperar até 2050? Esperar até 2100?

O tema deste ano é:

ECONOMIA VERDE: ELA TE INCLUI?A ideia é fazer com que todos reflitam sobre a forma

como estão vivendo, comprando, consumindo e descar-tando e coloquem em prática ações simples que contri-buam para um mundo mais verde e sustentável.

Também em 2012 acontece a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável. Segundo Achim Steiner, “três semanas após o WED, o Brasil vai sediar o Rio+20, em que líderes mundiais vão se reunir para projetar o futuro da sustentabilidade como uma locomotiva a caminho de mudanças para as econo-mias crescerem, empregos serem criados, sem empurrar o mundo para fora de fronteiras planetárias”.

Para comemorar em grande estilo o Dia Mundial do Meio Ambiente, o PNUMA almeja promover várias ativi-dades, como maratona, dia sem carro, concurso de blogs verdes, exposições e passeatas em todo o País.

Envolver a sociedade é não só garantir efetividade nas mudanças necessárias como também reivindicar para dirimir o que está errado.

Respeito aos indígenas! Respeito aos ribeirinhos! Respeito à floresta! Respeito à vida!

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Page 6: Revista Rainha Junho 2012

O plástico que volta a ser petróleo.Do final, outra vez ao princípio

AEROVOR | despoluidor de águas vem da cidade de Rio Grande

Uma empresa suíça transforma o lixo de plástico em sua matéria original, o petróleo. Com esse projeto,

a Reststoffverwertungs AG (RVA) recebeu o prêmio de inovação do cantão de Zug.

A técnica de transformação do plástico em petróleo é conhecida desde os anos 1930, porém é aplicada no âmbito industrial a partir de pesquisas da firma alemã Nill Tech, sócia da suíça Reststoffverwertungs AG (RVA).

Essa empresa de reciclagem de resíduos de Sihlbrugg (vilarejo situado entre os cantões de Zug e Zurique) é a primeira, em escala mundial, que está em condições de produzir mil litros de petróleo por hora.

Basicamente, a empresa recolhe todo tipo de plástico. Normalmente, as usinas de incineração de lixo na Suíça evitam detritos plásticos, porém a RVA recolhe e até paga por ele. Cem mil habitantes descartam, no lixo, cerca de duas mil toneladas de plástico por ano. Se somados o comércio e a indústria, esse número pode chegar a seis mil toneladas.

Joe Imgrüth, diretor da fábrica processadora de plásti-co, afirma que com essa quantidade a RVA pode produzir 7,5 milhões de litros de combustível, o que será suficiente para a calefação de três mil casas durante um ano.

Em relação à água potável, ainda vivemos com um pro-blemão. No Brasil, além das barragens, do assoreamento

dos rios, da contaminação dos lençóis freáticos, da perda de 40% de toda a água tratada devido à má manutenção de canos de condução (dutos), temos também a poluição! Raríssimo, nos dias de hoje, é poder localizar um rio limpo, uma parte do oceano sem dejetos (macros ou micros – os particulados não são visíveis, mas estão lá!). Assim, o que fazer para diminuir a sujeira e a contaminação das águas?

Uma resposta simples da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, chega como solução. O engenheiro de 71 anos, João Ivo Avelandra de Souza, é pesquisador nato. Dedicou cinquenta anos de sua vida em pesquisas e nove neste projeto de despoluir água contaminada. Obteve, enfim, um equipamento portátil capaz de despoluir qual-quer meio hídrico: rios, piscinas, lagos, açudes. Maravilha!

Segundo o engenheiro inventor, “quando a água é poluída, fica com deficiência de oxigênio dissolvido (OD), o que acaba ocasionando a morte, por asfixia, dos seres aquáticos. Se se proporciona OD na propor-

ção de 20% ao ambiente degradado, este retoma suas condições ambientais regulares, resolvendo o problema da poluição”.

Aerovor | Como funciona e onde podeser aplicado para despoluirO engenheiro João Ivo Avelandra de Souza observa

que o despoluidor de águas Aerovor pode ser utilizado em diferentes situações, como limpeza de piscinas, tratamento de efluentes industriais, estações de tratamento de esgotos, tanques (indústria pesqueira), rios e lagos.

O equipamento já está sendo comercializado também para outros estados, como Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. O Aerovor é constituído de um cilindro de aço inox que fica suspenso na água através de dois flutuantes (amarelos).

A máquina captura o oxigênio do ar e, com a ajuda de uma bomba, utiliza a água do local para dissolver o gás. Tudo vai sendo devolvido novamente à água, que volta a ficar limpa!

O Aerovor utiliza apenas 20% da energia elétrica usada por outras máquinas similares, o que o torna bem mais econômico. Além disso, essa máquina, que dispensa ser-viço de manutenção, não usa produtos químicos.

Carros elétricos uma realidade

Paris irá alugar carros como quem loca bicicletas!

Sistemas de aluguel de bicicletas que você pega em um ponto da cidade e deixa em outro para que outra

pessoa a use você com certeza já conhece.Agora, Paris irá implantar o Autolib, carros elétricos

que ficam na rua para serem alugados! Por enquanto, serão só sessenta Autolibs nas ruas da cidade distribuídos em dez pontos de retirada e devolução, mas em breve o projeto contará com mais de dois mil carros elétricos para locação.

Se tudo seguir como o planejado, os franceses vão parar de usar seus próprios carros (mais poluentes) para usar o sistema apelidado de “Bluecar”. A ideia também é que todos os táxis da cidade sigam esse exemplo em um curto espaço de tempo. Os carros usam uma bateria que permite rodar por 250 km na cidade e 150 km na estrada.

A velocidade é limitada a 130 km/h, o que para as cida-des é bem interessante. No Brasil, mais precisamente em

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Page 7: Revista Rainha Junho 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é escritora, educadora e ambientalista.

[email protected]

O autor, é colaborador da Revista, em Porto Alegre (RS)

Ponte solar

Começou a ser cons-truída em Londres, no

Reino Unido, a maior ponte solar do mundo. A ponte vitoriana sobre o rio Tâ-misa, construída em 1886,

será transformada na fundação da estação Blackfriars. Sobre ela, a empresa japonesa Sanyo está instalando 4.400 painéis solares fotovoltaicos, criando uma usina solar capaz de gerar 1,1 MW de energia.

Os painéis estão sendo instalados na forma de um teto de seis mil metros quadrados. Para compensar a cobertura, “tubos solares” serão usados para captar a luz do Sol e direcioná-la para a iluminação interna.

Em média, os engenheiros calculam que a ponte solar deverá gerar 900.000 kWh de energia, suprindo 50% do consumo da estação e reduzindo as emissões de carbono em 511 toneladas por ano.

Outras técnicas ambientalmente corretas que estão sendo instaladas na estação incluem um sistema de coleta de água da chuva para uso nos banheiros e na limpeza, e “tubos solares” para captar a luz do Sol e direcioná-la para a iluminação interna.

Bicicletas | meio de transporteinteligente e responsável

para as cidades

EcoBike Courier | Tele-entregas utilizando bicicletas

Podemos mudar o mundo com pequenas atitudes. Que tal começar adotando um jeito novo de fazer as

suas entregas, reduzindo custos em 30% e fazendo uso de um meio de transporte totalmente sustentável? Essa é a proposta da EcoBike Courier, que emprega uma solução que deve se tornar regra nos próximos anos.

O trânsito caótico e a emissão desordenada de poluen-tes já levam países europeus a adotarem novos meios de

Foz do Iguaçú (PR), está sendo desenvolvido o Projeto VE (Veículo elétrico). Sua ideia consiste no desenvolvimento e pesquisa de veículos movidos à energia elétrica. O VE não emite poluentes e utiliza energia limpa, de baixo custo e renovável, provenientes de usinas hidrelétricas. Por isso, pode ser considerado 100% ecológico.

Atualmente a Itaipu dispõe de dois protótipos de veí-culos elétricos. Em uma análise inicial, constatou-se que a iniciativa é totalmente autossustentável.

Fonte: http://www2.itaipu.gov.br/ve/

Se todos os habitantes da terra, usassem papel reciclado por 30 dias, nada menos que uma área de 120.000 hectares seria preservada. Este é o tamanho do Estado do Rio de Janeiro.

Faça a sua parte!

Essas são algumas amostras de ações no Brasil e no mundo que estão fazendo ou farão diferença em breve em favor do meio ambiente. Cada um de nós é respon-sável pela natureza; afinal, se somos todos consumidores, podemos ser também preservadores.

Não é apenas uma data. Não é apenas um pensamen-to. Precisamos de atitudes de grandes grupos e de cada indivíduo.

Faça a sua parte!!Ajude a preservar a sua casa, o Planeta Terra!

Seus filhos e netos vão agradecer...Feliz Dia do Meio Ambiente a todos!!

transporte e locomoção, pretendendo com isso minimizar os estragos e efeitos de um aquecimento global que co-meça a mostrar a cara em terríveis catástrofes climáticas. Curitiba vai contar com a EcoBike Courier, um serviço de entregas feitas com a utilização de bicicletas. O início de operação da empresa está marcado para o dia 11 de julho deste ano.

Para maiores informações acesse: www.ecobikecourier.com.br

Aconteceu em fevere i ro de 2012, em Porto Alegre, o I Fórum Mundial da Bicicleta. A data foi escolhida em virtude do aniversário de um ano do atropelamento intencional aos participantes do movimento Massa Crítica em Porto Alegre, em 25 de fevereiro de 2011. Tal violência gerou manifestações de solidariedade em diversas cidades do mundo e vem fomentado a discussão sobre a violência no trânsito.

O principal enfoque do fórum foi a discussão sobre o futuro das cidades e o papel da bicicleta nos âmbitos social, econômico, ambiental, esportivo e cultural.

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Page 8: Revista Rainha Junho 2012

anojubilaR

50º aniveRsáRio daCanoniZação de

são viCente pallotti

Fundador da União do Apostolado Católico – UAC

(Padres, Irmãos, Irmãs e Leigos)

20 de janeiro de 1963 a 20 de janeiro de 2013

FunDaDor Da união Do apostolaDo CatóliCo

pE. ângELO LôndERO, SAcMomento Palotino

Vida e atividades - Vicente Pallotti foi ordenado sacerdote em 16 de maio de 1818. Após a ordenação, graças ao seu apostolado múl-tiplo e intenso, teve relações de amizade com eclesiásticos e leigos, ativamente empenhados em manter viva a fé cristã no povo de Roma.

Roma oferece um campo vasto e fecundo para a atividade sacer-dotal e apostólica. As solicitudes pastorais de Vicente abraçam todo o ambiente de vida eclesial: sabe abrir-se aos pobres e aos excluídos, aos doentes e aos marginalizados; é cheio de solicitude pelos solda-dos dos quartéis, pelos operários, pelos estudantes e encarcerados; é confessor incansável; tem conferências para religiosas e prega missões nas paróquias; organiza a formação cristã da juventude, dos adultos e do clero; abre e ajuda orfanatos, difunde a boa imprensa, encoraja as missões, sensibiliza-se pelos problemas do Oriente cristão; inicia a celebração do Oitavário da Epifania como testemunho da unidade e da universalidade da Igreja. Preocupa-se, sobretudo, em ser solícito pela glória de Deus e pela salvação dos homens. A força motora de todo esse apostolado, orientado para reavivar a fé, é a caridade na sua dupla dimensão, espiritual e temporal.

Na vida e na atividade apostólica de Pallotti, um objetivo domi-nante, quase um fermento que anima todos os outros, é o esforço de progredir continuamente, cada dia, na santidade. Cada momento da sua existência tende à infinita santidade de Deus. Vicente sente-se atraído por Ele, ao qual confessa: Deus, Santidade por essência, com a sua mesma Santidade infinita destrói toda a minha maldade. E des-truído todo o meu eu, permanece em mim Deus santidade infinita, imensa, eterna, incompreensível.

Vicente Pallotti morreu no dia 22 de janeiro de 1850, em Roma. Em 22 de janeiro de 1950, é beatificado pelo Papa Pio XII. No dia 20 de janeiro de 1963, é canonizado pelo Papa Beato João XXIII, o qual disse do Santo: São Vicente Pallotti é uma das mais eminentes figuras de atividade apostólica no século XIX... Não se apagou no ministério ordinário. Ideou novos meios para fazer conhecer e amar Deus.

Sua espiritualidade – O princípio dinâmico sobre o qual se funda a multiforme atividade apostólica de São Vicente Pallotti é a sua pes-soal experiência de fé. Deus lhe concede, como dom do seu Espírito, aquela intensidade do Seu amor infinito e da Sua infinita misericórdia. Segundo Vicente Pallotti, o motor mais profundo da ação divina é o amor infinito. O homem, por isso, criado à imagem e à semelhança de Deus, encontra o sentido da sua vida somente quando permanece no constante exercício do amor a Ele e aos irmãos.

A experiência lhe permite conhecer Cristo como o Apóstolo do Eterno Pai. Tudo o que Jesus realizou durante a sua vida na Terra é

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Page 9: Revista Rainha Junho 2012

Notas Palotinas

Partiram, no dia 30 de abril, para Newark, New Jersey (USA), os

Padres Luiz Quaini e Ernesto Pradebon, Palotinos da Província de Santa Maria (RS). Naquele país, trabalharão em colaboração com os Palotinos norte-americanos, sobretudo na assistência religiosa aos hispano-americanos.

COLABORAÇÃO PALOTINA

De 15 de abril a 16 de maio de 2012, a Província Nossa Senhora

Conquistadora, com sede em Santa Maria (RS), recebeu a visita do Con-selho Geral da SAC. Os Conselheiros Gerais visitaram todos os Padres e Irmãos Palotinos.

VISITA DO CONSELHO GERALDA SOCIEDADE DO

APOSTOLADO CATÓLICO (SAC)

A visita foi realizada por quatro membros do Governo Geral de Roma; a saber: Pe. Adam Golec – Vi-ce-reitor Geral (Polônia), Pe. Gilberto Orsolin – Conselheiro (Brasil), Pe. François Harelimana – Conselheiro (Ruanda) e Pe. Martin Manus – Con-selheiro (Alemanha). O final da visita foi marcado com a presença do Pe. Jacob Nampudakam – Reitor-Geral da SAC.

Com esta visita especial, os Pa-lotinos cresceram na consciência da vida consagrada a serviço do Reino de Deus, segundo o carisma recebido do Senhor através de São Vicente Pallotti, cuja festa jubilar de sua ca-nonização será celebrada no dia 20 de janeiro de 2013.

fruto do Seu amor ao Pai e daquele redentor para com os homens. Viver à imitação de Cristo o amor ao Pai e ao próximo constitui o segredo da eficiência apostólica de todo cristão. Para Vicente Pallotti, o amor é o motivo que arrasta quem quer colaborar no apostolado; o seguimento de Jesus e a participação na Sua missão de salvar os ho-mens são inseparáveis. Todos, enquanto chamados para o Seu seguimento, têm também uma obrigação apostólica.

Maria, Rainha dos Apóstolos, é, depois de Jesus Cristo o mais perfeito modelo do verdadeiro zelo católico e da perfeita caridade, visto que ela tanto se empenhou nas obras da maior glória de Deus e da salvação das almas... que superou no mérito os Apóstolos. O título de Maria Rainha dos Apóstolos é para São Vicente um símbolo, um programa; ela é o exemplo mais eficaz e o modelo mais perfeito para o apostolado de todo fiel.

A obra – A experiência de Deus amor e misericórdia abre os olhos de São Vicente Pallotti para as necessidades da Igreja do seu tempo e o estimula a dar uma resposta. Ele é capaz de ler a vontade de Deus nos sinais dos tempos. A sua resposta à inspiração de 09 de janeiro de 1835 é a Obra do Apostolado Católico. O Espírito Santo faz-lhe intuir uma obra em que os batizados participam na missão da Igreja enquanto se unem na realização de um objetivo comum. Vicente Pallotti expressa essa sua intuição nas palavras: O Apostolado Católico, isto é, universal, como pode ser comum a cada classe de pessoas, é o fazer o quanto cada um pode e deve fazer para a maior glória de Deus e para a salvação eterna própria e do outro.

Com Vicente Pallotti a União do Apostolado Católico teve um constante, ainda que agitado, desenvolvimento. A multiplicidade dos membros da União o impeliu a pensar em diversas formas de pertença e em diversas estruturas de organização. Ele não procurava criar novas instituições na Igreja, mas vivificar as existentes e tornar mais eficaz o apostolado, servindo onde era possível, com incansável amor, trabalhando junto com os outros e promovendo a unidade da União, que, segundo Pallotti, se fundava sobre o empenho do amor vivido e sobre o zelo apostólico; por isso, o seu vínculo era, antes de tudo, a caridade competitiva, acompanhada de um mínimo de organização.

A União do Apostolado Católico, constituída já no seu primeiro núcleo por sacerdotes, religiosos e fiéis leigos, teve nos anos sucessivos um desenvolvimento mais orgâ-nico e expandiu-se na comunidade dos sacerdotes e dos irmãos, nas comunidades das irmãs e numa vasta comuni-dade de fiéis leigos de todos estados de vida e condição.

Atualmente, a União do Apostolado Católico conserva substancialmente a mesma fisionomia, permanecendo aberta a todos os membros do Povo de Deus.

Para realizar plenamente a visão originária de São Vicente Pallotti e torná-la atual, a União do Apostolado Católico empenha-se em viver o Estatuto Geral. Assim, quer favorecer a unidade de toda a Fundação Palotina e revelar a sua profética expressão.

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino e Mestre em Teologia em Santa Maria (RS)

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Page 10: Revista Rainha Junho 2012

Catequese, vocação e missãobEnEdITA dE SOuSA

uando folheamos a nossa Bíblia para rezar, estu-dar ou ensinar, nos deparamos com histórias que nos lembram de fatos acontecidos na caminhada de Jesus pela Terra, quando ele fazia questão de voltar seus ensinamentos às páginas das Es-

crituras. Percebemos então que todo o Antigo Testamento está repleto de fatos da sua vida; não podemos entendê-lo isoladamente, pois as Escrituras, com suas páginas milena-res, preparam o mundo para a vinda de Jesus Cristo como o Messias enviado pelo Pai para construir definitivamente o seu Reino. Assim, pelos próximos três meses, refletiremos sobre a presença de Jesus no Antigo Testamento.

O evangelista Lucas, no seu discurso sobre os cami-nheiros de Emaús, coloca Jesus como tema central de toda a Bíblia: “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24,27).

De antemão não podemos esquecer que Jesus foi judeu, nascido de pais judeus e viveu a tradição e os costumes judaicos. Ele e sua família seguiram as leis de seu povo e a elas obedeceram. Diz o apóstolo Paulo que Jesus era um judeu, nascido sob a lei (Gl 4,4s), e Mateus diz que Jesus veio com a missão de cumprir essa lei: “não vim invali-dar a Lei, mas aperfeiçoá-la...” (Mt 5,17-18). Cabe ainda ressaltar que a lei de Moisés, os profetas e os salmos são as três principais divisões das Escrituras judaicas (Torah), segundo Lc 24, 27.44.

O que não podemos esquecer é que os pais de Jesus viveram de acordo com a Torah como verdadeiros judeus cumprindo os rituais do seu povo.

Enfocaremos aqui quatro dessas leis que são citadas por Lucas em seu evangelho, mostrando a obediência de José e Maria às leis do seu povo: a circuncisão, a consagração do primogênito (o recebimento do nome), a purificação de Maria e o Bar Mitzvah.

Maria e José levaram o menino ao Templo cumprindo o que dizia a lei, que todo menino judeu seria apresentado ao sacerdote, circuncidado, consagrado ao Senhor e receberia um nome: “No oitavo dia do nascimento de todos os meninos israelitas, estes serão circuncidados, em todas as gerações” (Gn 17,12).

“E tendo os pais introduzido o menino no Templo a fim de cumprirem como estava prescrito na Lei” (Lc 2,27). “Com-pletados os oito dias para a circuncisão do menino, Maria e José o levaram ao Templo” (Lc 2,19). Para os judeus, só os circuncidados podiam fazer parte da aliança entre Deus e Abraão e desfrutar de seus benefícios. O sacerdote Simeão o tomou nos braços e perguntou que nome ele teria; Maria prontamente lhes disse que seria Jesus, como lhe foi anun-ciado pelo mensageiro de Deus: “darás à luz a um menino e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1,31).

Quanto à consagração do primogênito, para que esta acontecesse havia uma relação mais íntima entre Deus e a mãe da criança. Não foi diferente com a Virgem Maria,

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Page 11: Revista Rainha Junho 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é teóloga e escritora

a qual, também obedecendo à Lei, foi ao Templo cumprir o tempo da sua purificação e resgatar seu filho. São Lucas resume o fato dizendo: “terminados os dias da purificação deles segundo a Lei de Moisés (de Jesus aos oito dias e de Maria aos quarenta dias) vão ao Templo”.

Quanto à consagração de Jesus, a Lei dizia que todo primogênito do sexo masculino seria consagrado a Deus: ”Consagra-me todo primogênito; todo o primeiro parto entre os nascidos dos israelitas” (Ex 13,2). Acontece que a mulher também deveria se purificar após o oitavo dia até completar quarenta dias se tivesse dado à luz um menino. “Quando uma mulher (judia) der à luz um menino, ficará impura durante sete dias... no oitavo, o menino será circuncidado. Depois disso, a mãe ficará mais 33 dias em casa se purificando até completar os quarenta dias” (Ex 12,1-4).

Outra ocasião que nos coloca Jesus e seus pais cumprindo a Lei nos é apresentada por Lucas: Jesus, aos doze anos, foi levado para Jerusalém. Supõe-se que ele tenha ido celebrar seu Bar Mitzvah (uma cerimônia religiosa comum a todo menino judeu com um nome aramaico que significa “filho do mandamento”).

São Lucas 2,42 nos parece contar o episódio do Bar Mitzvah de Jesus pelo fato de a situação preencher todos os requisitos dessa cerimônia. Antes dos doze anos, o menino ficava no Templo junto de sua mãe sem participar de nenhu-ma cerimônia, não estando obrigado a cumprir nenhum dos

mandamentos aplicados aos adultos. Após seu Bar Mitzvah, passava a ser “considerado adulto”, tomando sobre os seus estreitos ombros o peso da Lei e dos mandamentos (Ex 20). Nas cerimônias no Templo, ficava com os homens, ouvindo-os, poderia discutir sobre seu ponto de vista etc. São Lucas nos conta que: “Três dias depois, o encontraram no Templo sentado no meio dos doutores, ouvindo e fazendo perguntas” (Lc 2,45). Jesus tinha doze anos.

Essa cerimônia religiosa significa a maioridade do judeu, em que o menino faz pela primeira vez a leitura pública da Torah (Lei de Moisés) no Templo. É quando o sacerdote lhe dirige a palavra e invoca a bênção de Deus sobre ele com as palavras de Deuteronômio 6,24-26; quando Deus lhe ordena a cumprir e obedecer à lei e guardar os mandamentos para que permaneça vivo, justo e seja feliz na Terra. A partir dessa cerimônia, o menino passa a ser responsável diante de Deus.

Portanto, meus irmãos e minhas irmãs catequistas, não podemos amar a quem não conhecemos. Temos que conhecer Jesus profundamente, como também sua vida e mensagem para todos nós. Até o próximo mês, quando continuaremos nossa reflexão sobre Jesus nas Escrituras.

A revelação principal da Bíblia (parte 1)

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Page 12: Revista Rainha Junho 2012

Coisas da VidapE. ROMEu uLLRIch, SAc

Encontrar-se com os próprios pensamentos, angús-tias, paixões, com tudo aquilo que é seu, faz com que a realidade existencial seja percebida. Muitas

situações difíceis podem ser manifestas no consciente da pessoa. Lados sombrios, sofrimentos, ressentimentos, doenças, fraquezas, agitações internas etc. podem ser percebidos e precisam ser contemplados.

Leonice e Sérgio vivem sua vida conjugal com a bênção matrimonial. Sem filhos, dispõem de muito tempo para si e também para os outros. Em seu lar, alimentaram de-sejos, aspirações e perspectivas de felicidade. Já passados 21 anos, os sonhos e as esperanças continuam. Foi-lhes difícil num primeiro momento aceitar a impossibilidade de terem filhos. Uma dimensão sofrida, pois a família e os filhos são naturais a quem dá seu sim ao chamado matrimonial. Muitas vezes, e não foram poucas, sentaram

Encontro que

transformaO fenômeno da mudança acontece

a partir da compreensão de si

próprio e do outro que partilha

consigo o momento. Sua eficácia

será maior à medida que houver

abertura, acolhida e, sobretudo,

o desejo promissor de uma vida

melhor, ou seja, tornar-se diferente

do que se era anteriormente.

lado a lado e refletiram sobre a razão de sua existência. Além disso, a doença se manifestou cedo no Sérgio. Por duas vezes, o câncer precisou ser combatido. Graças ao avanço da medicina e da percepção da enfermidade a tempo, a cura foi alcançada.

Leonice e Sérgio, comovidos e confiantes na providên-cia divina, partilham sua vida. Para eles, que não se julgam modelo para ninguém, dividir sua vida pode ajudar muitas pessoas, casais e famílias que vivem situações semelhantes a também encontrar saídas, claro que com sofrimentos, mas com toda esperança em Deus. “Choramos muito. Muitas vezes, abraçados e unidos no amor conjugal, as lágrimas secavam de tanto chorar. A pergunta: Por quê, meu Deus? não queria sair da nossa mente. Aprendemos a nos perguntar: Para que? Com isso, fomos encontrando respostas favoráveis e isso nos fez crescer na fé”.

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Page 13: Revista Rainha Junho 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino em Cascavel (PR)

“O tratamento químico me arrasava. Sofria muito e, quando estava me colocando em pé, uma nova sessão estava marcada. Quando concluí meu tratamento, logo percebi meu cabelo reaparecendo, voltando minha dig-nidade, minha autoestima e pensei: posso voltar à minha vida normal. Numa reconsulta, a constatação da volta da doença. Eu e minha esposa, ao vermos os exames e termos a confirmação do médico, não tivemos forças de ir para casa sozinhos. Fomos à casa de um casal amigo. Lá, entre lágrimas, ouvi mais uma vez: Não desanime, Sérgio! Confie em Deus, faça o tratamento e conte conosco”.

A esposa Leonice conta: “Parei de trabalhar para estar com meu marido. Os familiares moram distante e não pude abandonar o Sérgio. Os recursos para tratamento e alimentação foram escasseando e passamos grandes dificuldades. Nossos amigos da Igreja, entre eles os da

Lareira, não nos abandonaram. Eles fizeram a grande dife-rença e seu gesto de pura gratuidade nos deu a certeza da existência de Deus. Quando menos esperávamos, alguém trazia um rancho do mercado; outro acertava as contas da farmácia e os demais nos proviam do necessário. Além do material e da solidariedade, eles rezaram e celebraram conosco e nos encheram de mensagens de esperança, de otimismo, de força e de coragem naquele que tudo pode”.

Hoje, Leonice e Sérgio partilham sua história em muitos encontros da Igreja. Eles pensam na mesma di-reção: “Foi preciso rezar muito para acolher a situação que passamos. A consciência da doença fez-nos mudar bastante. Foi como um renascer, um recomeço, uma nova vida. Sem dúvida, foram muitos encontros tristes entre nós dois. Nosso crescimento na fé e como casal foi acon-tecendo conforme evoluía o tratamento e a recuperação do câncer. A vida foi e é uma grande escola para nós. Aprendemos a agradecer a Deus a enfermidade por que passamos. Ela nos ensinou a valorizar a vida, os amigos e, principalmente, Deus”.

A vida do Sérgio, conta a esposa, “fez com que eu mudasse muito a minha. Jamais pensei em abandonar o esposo doente. Sempre me veio forte o valor do com-promisso assumido. As palavras – na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, – calaram fundo na minha alma. Tudo isso me fez lembrar o nosso namoro, noivado, casa-mento. Sentia palpitar em meu peito o chamado de Deus ao Sacramento Matrimonial”.

No exercício de tantas orações profundas, encontros consigo mesmos e com Deus, eles se acolheram e se sen-tiram amados por Deus. Em seus corações, sempre batia forte: “Com Jesus, tudo pode ser mudado. Na Eucaristia encontramos a força maior. Nas orações tínhamos sempre presente a expressão: reze, confie e espere”. Suas preces não foram focadas na piedade, mas numa realidade nua e crua. Dele não podemos esconder nada, mas apresentar--se de forma autêntica na sua presença.

Em suas orações, nas mais diversas necessidades, tenha também a humildade do acolhimento, da aceitação da sua realidade, do propósito de buscar a cura, da presença dos amigos e da confiança em Deus. Assim, sua oração será sempre um encontro que transforma.

O Movimento Lareira surgiu em Lages (SC), na paróquia N. Sra. Aparecida do Navio na década de 70. É um serviço que tem por objetivo o trabalho com casais, dedicando-se especialmente ao aspecto conjungal e familiar.

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Page 14: Revista Rainha Junho 2012

Galeria

QUER QUE TODOS OS SEUS AMIGOS VEJAM AS SUAS FOTOS?

pallotti.com.br/rainhaFotos publicadas na seção Galeria de cada mês.

Homenagem pelas Bodas de Diamante de

José e Genoefa Delazeri

São homenageados pelos filhos, genros, noras, netos e bis-netos. A missa de ação de graças foi celebrada na Capela

São Sebastião no dia 21/05/2011.Nova Xavantina | (MT)

Cinco gerações

Amedorina Camar Barbosa

Sou representante há mais de catorze anos da Revista Rainha, com muita dedicação. Estou com 75 anos e

comigo estão na foto minha filha Noeli Venturini, minha neta Elaine, minha bisneta Poliana e meu trineto Pietro.

Jaboticaba (RS)

Familiares prestam homenagem póstuma a

Olinda Maria M. Gubert

Em 1989 homenageamos os cinquenta anos de seu casamento, em 1999, os sessenta anos e em 2009 os

setenta anos. Seu falecimento ocorreu em 13 de fevereiro de 2012. Sentimos muitas saudades e agradecemos pelo tempo que esteve conosco. Filhos: Aladia, Leda, Ieda, Bruno e Mar-garete. Esposo: José Carlos Gubert. Olinda foi representante da Revista Rainha por incontáveis anos, hoje eu sigo seu exemplo.

Margarete M.G. Pereira

Aurora Izabel Piovesan, Ana Filagrana e Marcia Trevisohomenageiam

Irmãs Patrícia e SianneVai, eu te chamo; vai, eu te envio!

Hoje, um dia muito especial para, todas nós, Irmãs Catequistas Franciscanas da Província São Francisco

de Assis, nos alegramos com o SIM DEFINITIVO das Irmãs Patrícia Cerqueira e Sianne Rodrigues. Desejamos muita luz na caminhada. Um grande abraço fraterno de todas nós, suas irmãs.

Curitiba (PR)

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Page 15: Revista Rainha Junho 2012

Homenagem aos cinquenta anos de Sacerdócio07 de janeiro de 2012

Monsenhor Oswaldo Motta

Filho de Joaquim Motta e Olívia Nunes Motta, Oswaldo nasceu na cidade de Niterói em 02

de janeiro de 1931. Entrou para o Seminário de São José, de Niterói, em fevereiro de 1949. Tam-bém estudou em Juiz de Fora e Mariana (MG).

Foi ordenado em 06 de janeiro de 1962 na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, na sua cidade natal. Seu lema foi: “Cantarei eternamente a misericórdia do Senhor” (Sl 88).

Exerceu diversas funções ao longo de sua vida sacerdotal, entre as quais podemos citar a de professor, pároco e capelão da PM do Estado do Rio de Janeiro. Apresentou sua renúncia na data prevista pelo Direito Canônico, tornando-se pároco emérito. Atualmente exerce a função de capelão e reitor da Arquiconfraria Nossa Senhora da Conceição (desde 2009).

No convite comemorativo do seu jubileu áureo sacerdotal, ele assinala: Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isso que eu desejo – “Habitar no Santuário do Senhor por toda minha vida” (Salmo 26,4).

Parabéns, Monsenhor Oswaldo Motta!

A educação está vinculada aos diferentes espaços, atores e processos foramativos, mo-dalidades educativas, bem como à trajetória histórico-cultural de cada grupo social.

O espaço atende 150 crianças entre sete e dezes-sete anos, da rede pública de ensino. A obra é mantida pela Sociedade Vicente Pallotti e tem como finalidade oferecer atividades educativas: ofici-nas de música, teatro, dança, atendimentos pedagógicos e de assistência social.

Rosa Araldi

Uma lembrança da Basílica de Aparecida, quando Rosa Araldi esteve lá, no dia 20 de janeiro de 2012, em uma excursão.

Palotina (PR)

Centro de ConvivênciaSocial Vicente Pallottiem Santa Maria (RS)

Oficinas pedagógicas

Atendimento educacional

Reforço escolar

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Page 16: Revista Rainha Junho 2012

CulináriaReceitas Testadas por cesaR buffeT

INGREDIENTESMassa 1 kg de aipim cozido 1 ovo ½ xícara de queijo ralado 1 xícara de farinha de trigo (se necessário, mais ½ xícara) Sal a gosto

Recheio ½ kg de charque dessalgado, cozido e cortado em pedaços bem pequenos 3 colheres de sopa de óleo 1 cebola grande picada 1 tomate picado ½ xícara de chá de salsinha Temperos a gosto (pimenta, orégano, tempero pronto) Farinha de rosca e ovo para temperar Óleo para fritar

INGREDIENTES 1 copo de amendoim 1 copo de açúcar cristal ½ copo de água 1 colher de sobremesa de fermento químico

Bolinho

de Aipim

Amendoim com AçúcAr

MODO DE PREPARORecheio: Deixar o charque de molho de um dia para o outro, trocar a

água algumas vezes, cozinhar e desfiar. Aquecer o óleo e refogar a cebola e o tomate, juntar o charque cozido, adicionar os temperos, cozinhar por alguns minutos, desligar o fogo, agregar a salsinha, reservar.

Massa: Em um recipiente colocar o aipim cozido, o queijo ralado e o ovo, misturar bem. Adicionar o sal e a farinha aos poucos, até dar o ponto.

Bolinho: Umedecer as mãos com um pouco de água, abrir porções da massa. Colocar o recheio e fechar o bolinho, enrolar na palma da mão. Passar no ovo e farinha de rosca. Fritar em óleo quente, escorrer em papel toalha.

MODO DE PREPAROLevar ao fogo numa panela o amendoim,

a água e o açúcar. Mexer de vez em quando; assim que ferver, acrescentar o fermento. Quando começar a caramelizar, mexer rapidamente até secar a água. Retirar da panela; deixar esfriar.

Fone: (51) 3341-4188cesarbuffet.com.br

[email protected]

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Page 17: Revista Rainha Junho 2012

INGREDIENTESMassa2 xícaras de farinha de trigo1 ovo inteiro1 xícara de leite½ xícara de óleo1 colher de chá de sal1 colher de fermento em pó

Recheio2 tomates sem pele e sem semente picados2 xícaras de sobra de carne desfiada250 g de queijo mozarela ou prato raladoOrégano e azeite de oliva

INGREDIENTES 3 colheres(sopa) de suco concentrado de maracujá 500 ml(g) de iogurte natural 4 colheres (sopa) de açúcar

reAproveite e invente pizzA rápidA

Suco de iogurte

com mArAcujá

MODO DE PREPAROMassa: Misturar bem os ingredientes da massa, abrir um pouco

a massa. Colocar a massa em uma fôrma para pizza grande untada e enfarinhada.

Montagem: Colocar sobre a massa o tomate, a carne desfiada, a mozarela ralada e o orégano. Regar com azeite de oliva. Assar em forno médio (180º).

MODO DE PREPAROColocar o suco de maracujá, o iogurte e o

açúcar no liquidificador. Bater até formar uma espuma. Servir em copos altos.

Pode-se substituir a carne por sobras de frango, carne de porco, peixe, coração

de galinha, linguiça etc...

Dudu Lorenzettiwww.agenciatabor.com.br

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Page 18: Revista Rainha Junho 2012

ArtesanatodÊnIA gARcIA FRAnZ

Guardar moedas é uma atitude sempre útil em

nosso dia a dia. Quando menos esperamos, já

acumulamos uma quantia considerável de dinheiro.

Já que estamos no mês do meio ambiente, que tal

aprender a fazer este porta-moedas simples, prático e

econômico e, além disso, aproveitando materiais recicláveis?

Material: 1 agulha fio de nylon 1 zíper 2 garrafas pet 1 estilete

Porta-moedas

1. Corte as garrafas (em circunferência e no mesmo tamanho) perto do fundo. Para facilitar seu trabalho, desenhe uma linha reta sobre a qual você fará o corte. Use uma lixa para aparar as bordas.

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Page 19: Revista Rainha Junho 2012

2. Costure o zíper na garrafa. Pronto, agora você já tem onde colocar suas moedas. A autora é colaboradora

da Revista Rainha

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