revista rainha dos apostolos - março 2013

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90 ano nº 1052 março | 2013

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Sociedade Vicente Pallotti - Santa Maria (RS)

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90ano nº 1052

março | 2013

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti Província N. Sra. Conquistadora Padres e Irmãos Palotinos

Redação e CentRal de atendimento ao assinante Av. Assis Brasil, 1768 | 91010-001 Porto Alegre (RS) | Fone: 0800 516633 (51) 3021-5008 | 3021-5010 [email protected] pallotti.com.br/rainha

supeRioR pRovinCial Pe. Lino Baggio, SAC

diRetoRes Pe. Judinei José Vanzeto, SAC Pe. Jadir Zaro, SAC

pRojeto GRáfiCo e diaGRamação Juarez Rodolpho dos Santos

tuRma da mia Textos: Benedita de Souza Ilustrações: Aline Reis

Revisão Maria Burin Cesca Maria Lúcia Barbará

assessoR de ComuniCação Carlos Alberto Veit

assinatuRas e expedição Bianca K. B. da Silva, Dênia G. Franz Danelon Juliana S. da Silva

impRessão e aCabamento Gráfica Editora Pallotti Estrada Ivo Afonso Dias, 297 Fone: (51) 3081-0801 São Leopoldo | RS

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente

a opinião da Revista Rainha dos Apóstolos.

Expediente

Revista associada a

PE. JUDINEI VANZETO, SACEditorial 3

Acolha o dom do Cristo

Ressuscitado!Estimados leitores e leitoras!

As férias profissionais e escolares acabaram e já vai adiantado o período quaresmal. Com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, deu-se a abertura da Campanha da Fraternidade (CF) com o tema

“Fraternidade e Juventude”. Neste tempo, a Igreja do Brasil convida os fiéis a refletir com e sobre os jovens, bem como vivenciar a quaresma para ressuscitar junto com Cristo para uma vida nova.

A CF é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que completa cinquenta anos de história, empenho e dedicação em prol da justiça social, da solidariedade e da evangelização.

No contexto da Quaresma chamo atenção para o artigo “Espiritualidade da cruz”, de Dom Agenor Girardi. Nosso Senhor Jesus Cristo assumiu a cruz e prometeu: “Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). Hoje, infelizmente, grande número de cristãos tem medo da cruz, do sofrimento e da dor. Ao encontrar dificuldades no cultivo da fé na comunidade eclesial e na sociedade, por vezes, desistem e desanimam. Esquecem que a experiência da cruz é um elemento essencial no caminho da santidade. Ademais, não há sofrimento e dor que não possam ser supe-rados a partir da cruz de Jesus. A cruz, portanto, é sinal de vida e esperança.

O verdadeiro sentido da vida humana consiste em acolher com alegria o dom do Cristo Ressuscitado. Viva com intensidade na família e na comu-nidade a proposta da Igreja, para celebrar com júbilo a noite de Páscoa e proclamar a ressurreição do Senhor em sua vida.

A colaboradora Flávia Pollo, a partir deste mês, evidenciará grupos e movimentos juvenis existentes no país, tendo presente o tema da CF/2013 e a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Neste, ela apresenta o Movimento de Emaús.

Ainda nesta edição, apresento com alegria Dom Dadeus Grings, Arcebis-po de Porto Alegre, que passa a tratar sobre os cinquenta anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, com seu contexto, história, inovações e contribui-ções. Também acolho mais três novos colaboradores: Sonia Bonelli, leiga e educadora, que assumiu o espaço Momento Palotino; Ricardo Rossato, Diácono Permanente e Sociologo, da Arquidiocese de Santa Maria, que passa a refletir sobre a Vida em Família e Paula Anacleto, jornalista, com a seção Vida Saudável, muito solicitada pelos leitores.

Por fim, recordo que os noventa anos da Revista Rainha dos Apóstolos se aproxima e convido todos a participarem da promoção História e Memória (confira na página 67). Poste seu vídeo e concorra a cinco maravilhosos prêmios.

Uma feliz e abençoada Páscoa em família para todos!

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

MARIA LÚCIA BARBARÁEspecial 5

Era uma vez,

quinze anos atrás,

uma grande cidade

chamada São Paulo.

Pois bem, foi lá

que tudo começou....

Valmir Cimino já ajudava

um hospital da cidade

com brinquedos e doações.

Para ele, porém, aquilo era

insuficiente. Ele queria mais:

desejava ver o mundo

sob o ângulo das crianças,

fazer parte da vida delas.

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

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Foi então que surgiu a ideia da contação de histórias para crianças internadas em hospitais. E nasceu a Associação Viva e Deixe Viver!

O Viva e Deixe Viver atua no Hospital da Criança Santo Antônio de Porto Alegre. Foi lá que conversamos com Maurício Bagarollo e Anderson Marques Pinto, coordenadores do Viva e Deixe Viver em Porto Alegre. “A Ong faz parte de nossa vida diária”, afirmam.

Todas as crianças que estão internadas (de recém-nascidos até os dezoito anos, que é a ida-de em que deixam o Hospital da Criança Santo Antônio) são atendidas pelo Viva.

Cabe aqui, uma ressalva: as crianças ouvem histórias se quiserem. Elas têm toda a liberdade de dizer que não querem ver ninguém, que não estão com vontade de ouvir histórias:

– É a única oportunidade que elas têm de dizer não. Elas não podem recusar a injeção, o tratamen-to ou a visita do médico. Para nós, elas podem dizer não, e isso é extremamente importante.

Maurício viu o filme “Patch Adams: o amor é contagioso” e soube imediatamente que era aquilo que queria: fazer um trabalho voluntário em um hospital.

Não havia roda de amigos ou conhecidos em que ele estivesse que não falasse sobre esse desejo:

– Todos os meus conhecidos sabiam da minha vontade de trabalhar como voluntário em um hospital.

Maurício Bagarollo e Anderson Marques Pinto | Porto Alegre (RS)

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

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Um belo dia, uma amiga do Maurício recebeu um e-mail falando sobre o trabalho dos contadores de histórias e o encaminhou para ele:

– Pô, essa é uma boa, pensou. E assim começou a história de mais um conta-

dor (hoje, Maurício trabalha com sua esposa na administração do Viva, dedicando-se, no hospital, ao palhaço Doutor Zinho, da Ong Doutorzinhos).

Anderson e a esposa (que está afastada tempo-rariamente devido ao nascimento da filha do casal) “abraçaram juntos” a causa:

– O Viva (que em Porto Alegre faz parte da Ong Doutorzinhos) iniciou em 2004 com o Denis e, em seguida, eu e minha esposa nos juntamos à causa. Embora ela não esteja atualmente contando histórias às crianças no hospital, cuida da parte administrativa da Ong. É um trabalho motivador e cativante.

Para os contadores de histórias, o que menos importa é o motivo que levou a criança ao hospital:

– Para nós, todas estão com unha encravada, diz Anderson. É claro que as famílias comentam, mas nunca parte de nós saber por que ela está internada.

Anderson conta que o retorno do trabalho nem sempre pode ser percebido com um sorriso.

As crianças que estão sedadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) manifestam seu con-tentamento através do aumento dos batimentos cardíacos.

Quando perguntado se alguma vez pensou em deixar de contar histórias, Anderson foi rápido e enfático:

– Não me imagino sem este trabalho!

As crianças que estão sedadas naUnidade de Tratamento Intensivo (UTI)...

...manifestam seu contentamentoatravés do aumento dos batimentos cardíacos.

Documentário “O que a gente faz, conta”Com lançamento previsto para abril de 2013, o do-

cumentário conta parte da história do Viva, que há mais de quinze anos vem levando a contação de histórias e a alegria para crianças hospitalizadas, além de promover a humanização da saúde.

Confira o trailer do documentárioacessando o link: http:goo.gl/2x2ZK

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

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O Dia Internacional do Contador de Histórias é comemorado em 20 de março principalmente na Europa. É uma data de celebração mundial

e coincide com o início da primavera no hemisfério norte, e do outono no hemisfério sul.

As raízes do evento iniciaram em 1991, na Suécia, e chamava-se “Dia de Todos os Contadores de Histórias”. Em 1997, contadores de histórias em Perth, Austrália Ocidental, coordenaram uma celebração durante uma semana, comemorando 20 de março como o Dia Internacional dos Narradores Orais. Ao mesmo tempo, no México e outros países da América do Sul, 20 de março foi celebrado como o Dia Nacional dos Narradores.

O evento espalhou-se da Suécia para a Noruega, Dinamarca, Finlândia e Estônia. Em 2003, a ideia chegou ao Canadá e outros países. Assim, o evento tornou-se conhecido in-ternacionalmente como o Dia Mundial do Contador de Histórias. A França inociou em 2004 e no ano seguinte já eram 25 países em cinco continentes. Em 2007, aconteceu um festival em Newfoundland, Canadá. Em 2008, a Holanda participou com um grande evento chamado Vertellers no de Aanval e três mil crianças ficaram surpresas com a aparição repentina de contadores de histórias em sala de aula. Em 2009, houve eventos na Europa, Ásia, África, América do Norte, América do Sul e Austrália.

Em abril, começam as inscrições para fazer parte do grupo de voluntários do Viva e Deixe Viver. Eis uma boa oportunidade pra você, que deseja tornar a vida de alguém mais feliz.

Para ser voluntário, é preciso:– ter idade igual ou superior a dezoito anos;– ter disponibilidade para atuar uma vez por

semana por 1h30min no hospital (mais desloca-mentos);

– participar dos encontros que fazem parte do processo de seleção e capacitação (são sete en-contros que ocorrem sempre aos sábados das 9h ao meio-dia);

– gostar de ler;– ter disponibilidade para estudar livros infantis; – desejar ser um contador de histórias (as ati-

vidades desenvolvidas no hospital são baseadas exclusivamente na apresentação de histórias e na utilização de livros);

– saber que o trabalho voluntário não será con-siderado um estágio;

– não ter como objetivo buscar colocação pro-fissional no hospital em que atua como contador de histórias.

20 de março | Dia Mundial do Contador de Histórias

No processo de seleção e capacitação, são realizadas palestras (com psicólogos, infectolo-gistas, administradores...), vivências, dinâmicas e treinamentos que visam à avaliação não só de alguns requisitos essenciais para atuar no am-biente hospitalar como também da disposição do candidato em realizar o trabalho voluntário com compromisso e responsabilidade.

Interessados devem se inscrever pelo e-mail [email protected]

Para maiores informações, acesse: vivaedeixeviver.org.br

A autora, e colaboradora desta Revista é, mestre em Letras e professora

em Porto Alegre (RS)

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

9Momento Palotino SonIA MARIA de SouzA BoneLLI

Caros leitores!É com imensa alegria que inicio este ano de 2013

fazendo parte dos colaboradores desta conceituada re-vista, que está completando noventa anos de atividades ininterruptas. Optei por começar me apresentando, já que, durante este ano, compartilharei com vocês a colu-na Momento Palotino. Chamo-me Sônia Maria de Souza Bonelli, sou casada com Rogério e mãe do Diego e do Brunno. Posso dizer que me considero uma Palotina “des-de sempre”, uma vez que fui aluna no Instituto Vicente Pallotti até terminar os estudos do Ensino Fundamental. Ali recebi a Primeira Eucaristia das mãos do Pe. Alfredo Venturini e depois participei do grupo de jovens com o Pe. Ilvo Roratto.

Em 1985, comecei a trabalhar na Escola Edmundo Gardolinski, hoje Escola de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Cenáculo, mantida pela Congregação do Apos-tolado Católico – Irmãs Palotinas. Iniciei como professora de ciências, atuando também como professora de ensino religioso e como coordenadora pedagógica da Escola.

Através do trabalho desenvolvido na Escola Cenáculo, tive o privilégio de participar das três etapas do Curso de Formação e Vivência Palotina e do Seminário de Estudos Palotinos, ambos realizados no ISEP – Instituto Sul-Americano de Estudos Palotinos, em Santa Maria (RS), de 1995 a 1998.

E, a partir dos estudos da vida, da obra, da espirituali-dade e do carisma Palotino, passei a fazer parte da Pastoral Educacional Palotina, desenvolvendo um trabalho não só na Escola, mas também participando de encontros e congressos de educadores Palotinos e trabalhando com palestras em pequenos cursos de formação para profes-sores e grupos de jovens.

Diante de tantos desafios que foram aparecendo ao longo de minha formação, em janeiro de 2005 fiz o pedi-do oficial para ingressar na União do Apostolado Católico (UAC) como membro efetivo. A União do Apostolado Católico tem como missão despertar a fé e a consciên-cia da vocação ao apostolado e reacender a caridade em todos os membros do povo de Deus. Dessa forma, consolidei meu Ato de Compromisso Apostólico em abril do mesmo ano na Igreja Nossa Senhora de Fátima. O ingresso na UAC significa dar continuidade ao apelo de São Vicente Pallotti de “reavivar a fé e reacender a caridade entre todos os cristãos”.

Em seu escrito “Apelo ao povo”, Pallotti dizia que cada qual no próprio estado e na própria condição pode fazer parte do Apostolado Católico. Meu estado é de leiga, na condição de professora, formadora de futuros profissionais da educação, fazendo com que esses futuros professores também possam, através de seu ofício, fazer o bem através da educação e da evangelização.

Uma Palotina “desde sempre”Membros do Brasil

no II Congresso Geral da UAC

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

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A autora, colaboradora desta Revista, é leiga com Compromisso Apostólico, Doutoranda em Educação

pela PUC/RS e reside em Porto Alegre (RS)

Então, é com essa trajetória que convido os leitores a partilhar esta caminhada que por hora se inicia, tentan-do trazer um pouco da vida e da mística de São Vicente Pallotti para aqueles que já o conhecem e apresentá-lo aos que estão começando conosco.

Retomemos um pouco a história. São Vicente Pallotti foi o terceiro filho de Pedro Paulo Pallotti e Madalena de Rossi, nasceu em 21 de abril de 1795 e foi batizado no dia seguinte na Basílica de São Lourenço, recebendo o nome de Vicente Luiz Francisco. Após dedicar sua vida ao apostolado e à caridade em Roma, Vicente veio a falecer em 22 de janeiro de 1850, às 22h45min, com 55 anos incompletos, junto com seus irmãos de Congregação.

A notícia de sua morte espalhou-se rapidamente e uma grande multidão de pessoas, de todas as classes e de todos os lugares, chorou pela morte de um santo. Num período em que a Igreja passava por dificuldades de evangelização e não reconhecia o valor do leigo, surge este santo homem com o carisma do Apostolado Universal que, no dia 09 de janeiro de 1835, após a Celebração Eucarística, teve a primeira visão de sua fundação, a inspiração. Nascia, assim, a União do Apostolado Católico, da qual fazem parte os padres, irmãos, irmãs e leigos, ainda com a mes-ma missão, ou seja, reavivar a fé e reacender a caridade entre os cristãos.

Em 2003, a União do Apostolado Católico foi consi-derada uma Associação Pública Internacional de Fiéis de Direito Pontifício e, no dia 14 de novembro daquele mes-mo ano, teve o seu Estatuto aprovado ad experimentum, pelo Pontifício Conselho dos Leigos, em uma cerimônia no Vaticano. Diante dessa aprovação, a União começou a se organizar, formando pequenos grupos de trabalho e oração, assim como a formação dos conselhos locais em lugares onde houvesse presença Palotina. No Brasil, temos um Conselho Nacional de Coordenação, cujo presidente é o leigo Dario Ivatiuk Júnior e vários conselhos locais em diferentes cidades.

O Estatuto foi aprovado ad experimentum, ou seja, era preciso muito trabalho durante os próximos cinco anos para que fosse aprovado em definitivo. Desta forma, de 22 a 27 de agosto de 2005, realizou-se o I Congresso Geral da UAC em Konstancin (Polônia). Os participantes foram 150, procedentes dos cinco continentes e de 27 países. O objetivo de tal congresso foi o de celebrar juntos a instituição da União na Igreja Universal e a aprovação do Estatuto ad experimentum como oportunidade para valorizar a atual unidade e eficácia apostólica da nossa experiência nesse momento, além de dar um novo im-pulso à vida da União.

Em 28 de outubro de 2008, o Estatuto Geral da União do Apostolado Católico obteve sua aprovação em defini-

tivo, evidenciando a transformação do período de cinco anos ad experimentum numa aprovação permanente e definitiva.

Passados alguns anos do I Congresso, aconteceu o II Congresso Geral da UAC, de 08 a 13 de Abril de 2010, em Rocca di Papa, nas proximidades de Roma. O tema do Congresso, “Da visão à missão em comunhão com Maria”, foi desenvolvido através de uma série de palestras, reflexões e atividades de grupo. Participaram 250 pessoas provenientes dos cinco continentes.

Além destes Congressos, muitas atividades acontece-ram no Brasil, como assembleias, encontros e congressos. A UAC cresceu e com ela o número de pessoas que hoje estudam a vida, a obra e a espiritualidade Palotina. No Rio Grande do Sul, a formação se dá em Santa Maria, no Colégio Máximo Palotino, especificamente no Instituto Sul-Americano de Estudos Palotinos (ISEP), através de seus cursos de formação e vivência Palotina para os jovens, que acontecem sempre em janeiro, e, para os adultos, em julho.

Se você participa de uma paróquia Palotina, procure saber sobre os encontros da UAC, pois estes momentos enriquecem a nossa vida e nos fazem acreditar que é possível um mundo melhor e mais fraterno.

Não posso deixar de dizer que São Vicente Pallotti era extremamente devoto de Nossa Senhora, a quem ele carinhosamente chamava de “a minha mais que enamo-radíssima mãe”, portanto encerro pedindo à Mãe Maria que nos cubra de bênçãos com seu manto sagrado.

Até o próximo mês!

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

11Notas Palotinas

Os Padres e Irmãos Palotinos da Província Nossa Senhora Conquistadora, com sede em Santa Maria (RS), realizaram o Encontro Provincial

de 14 a 20 de janeiro, no Centro Cultural Rainha dos Apóstolos, em Vale Vêneto (RS), berço dos Palotinos do Brasil. O Encontro foi organizado e coordenado pela Comissão do Ano Jubilar formada pelos PP. Alexsandro Miola, Edgar Xavier Ertl, João Quaini, Judinei Vanzeto e Ronaldo Kuhnen. O tema norteador foi a partir do lema do Ano Jubilar: “Fazei resplandecer a Santidade de Deus”.

Na noite do dia 18, a Celebração Eucarística aconte-ceu na Igreja Matriz São Roque, de Faxinal do Soturno (RS), presidida pelo bispo Palotino Dom Eloi Roggia, da Prelazia de Borba (AM).

O dia 19 ficou marcado pelas festividades no Centro Mariano das Irmãs de Maria de Schoenstat, em Santa Maria (RS), com a Ladainha de São Vicente Pallotti, tes-temunho da canonização, conferência e a Celebração Eucarística e o almoço na paróquia Nossa Senhora das Dores. À tarde, teve painel com a presença de convidados de diversas realidades da União do Apostolado Católico.

No dia 20, às 9h, na Igreja Matriz Corpo de Deus, em Vale Vêneto, ocorreu a solene Celebração Eucarística pelos 50 anos da canonização de São Vicente Pallotti, presidida pelos bispos Dom Hélio Adelar Rubert, Arcebis-po da Arquidiocese de Santa Maria, e Dom Elói Roggia.

O Pe. Lino Baggio, Reitor Provincial, proferiu a homilia e exortou à busca de uma vida de santidade. Na ocasião, Padres, Irmãos, Irmãs e Leigos renovaram as promessas, os Votos e o Compro-misso Apostólico. Após ocorreu a inauguração do Monumento de São Vicente Pallotti como marco dos 50 anos de sua canonização e da Praça São Vicente Pallotti, além do almo-ço festivo.

No dia 21, no San-tuário Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, em Santa Maria, houve a Celebra-ção Eucarística pelos 50 anos da canonização, presidida pelo Arcebis-po Dom Hélio Rubert com a presença de pa-

Palotinos em festa pelos 50 anos da Canonização de São Vicente Pallotti

dres, religiosos e religiosas, bem como dos leigos. A missa foi transmitida ao vivo para todo o Brasil pela Rede Vida de televisão.

Para encerrar as festividades, em nível nacional, com a presença dos Palotinos e Palotinas de todas as regiões do Brasil, no dia 26 de janeiro houve Celebração Eucarística no Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida, presidi-da por Dom Júlio Endi Akamine, Bispo Palotino Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo (SP).

Em Santa Maria, Vale Vêneto e em Aparecida do Norte teve significativa presença de caravanas oriundas das paróquias palotinas de todas as regiões do Brasil.

Pe. Judinei Vanzeto, SAC | Secretário da Comissão do Ano Jubilar

01) Mude os móveis de lugar. Identifique qual a melhor forma de obter ainda mais espaço. Quando as divisões de sua casa tiverem mais espaço, você terá a sensação que a sua casa está mais fresca, pois o ar consegue circular melhor sem ter interferências.

02) Tapetes: retire tapetes ou, pelo menos, substitua os tapetes peludos e de cores escuras ou fortes por peças de fios curtos e tons pastéis.

03) Acessórios e enfeites: se no inverno “encher” o ambiente com acessórios confere mais calor, no verão é o contrário: é preciso evitar excesso de objetos, pois deixam os espaços mais abafados. Assim, guarde bibelôs, abajures, artigos de madeira. Para o que for necessário, use vidro. Itens de vidro refrescam. Vale investir em espelhos, vasos, quadros de foto com vidro protetor.

04) Paredes: se possível, elimine cores escuras das paredes. Dê preferência a tonalidades claras e pastéis. Use tinta, papel de parede, tecidos colados ou adesivos.

Como deixar sua casa mais

fresquinha

Com as elevadas temperaturas a que,

cada vez mais, estamos sujeitos,

torna-se imprescindível investir

em providências para deixar nosso lar

mais aconchegante. Casa abafada? Nada

a ver! Existem alguns truques simples de

decoração que podem dar uma ajudinha

e até diminuir os gastos com ventilador e

ar condicionado.

Confira doze sugestões dos arquitetos

Sérgio Astrauskiene e Raul Bueno e leve

mais frescor aos ambientes:

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

12 Mundo Sustentável

05) Sofás: tecidos pesados, como ve-ludo e camurça, e de cores fortes não combinam com o calor. Uma boa opção é cobri-los com capas de panos leves, preferencialmente algodão e linho. Guarde as mantas de sofá para os meses mais frios.

06) Almofadas: coloque capas nas almofadas muito escuras. Componha o visual com tecidos leves e de cores claras.

07) Ventilador e ar condicionado: com-bine os dois. Deixe o ar condicionado no mínimo e o ventilador de teto, no máximo. Coloque um ventilador pró-ximo a uma porta ou em frente a uma janela para permitir fluxo de ar fresco para dentro do ambiente.

08) Portas e Janelas: Deixe o ar cir-cular, porém, nas horas em que o calor estiver mais intenso, feche persianas (não os vidros, pois eles retêm o calor, fun-cionando como estufa), cubra janelas e feche as portas, para que o calor não seja projetado para dentro de sua casa. Tente abrir sempre duas janelas ou portas que estejam em locais opostos da sua casa, assim fará com que o ar circule, tornando o ar mais limpo e fresco. À noite, sempre que possível, deixe-as abertas, para livre circulação do ar. Coloque redes mos-quiteiras. Garantem ar mais fresquinho, principalmente à noite, além de espantar

pernilongos. Os mosquitos têm tendên-cia durante a noite de fugir para lugares mais frescos, geralmente nossos quartos.

09) Cortinas: para quem tem cortina e blackout, fique apenas com o blackout ou mude a cortina (rendada, voile bran-co ou crochê). Cores e tecidos leves auxiliam a entrada do vento.

10) Lâmpadas: use o menos possível. Lâmpadas led aquecem bem menos o ambiente e são mais econômicas (cuide do descarte, pois o mercúrio é altamente poluente). Use a luz natural o mais que puder. Espelhos e superfícies de alumí-nio ajudam a refletir a luz e iluminam ambientes.

11) Plantas ornamentais: coloque plantas nos mais diversos aposentos. Plantas dentro de casa mantêm o ambiente úmido e ajudam a baixar a temperatura interna, além de despoluir (veja dicas em nosso artigo publicado em setembro de 2012).

12) Fontes e aquários: além de em-belezar, eles conferem umidade ao ambiente.

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

A autora, colaboradora desta Revista, é escritora, educadora e ambientalista [email protected]

13MARISE JALOWITZKI

ORAÇÃO

Senhor, Acolhe em teus bra-

ços, plenos de Amor, as centenas de jovens que prematuramente se foram, assolados pela tragédia em Santa Maria!

Consola os pais, para que encontrem forças para retomar a jornada!

Dá saúde e fé para os sobreviventes.

Concede cada vez mais consciência e res-ponsabil idade a todos os seres humanos, para que tornem este mundo cada vez mais sustentável, onde agir significa fazer o Bem para si, levando em conta o Bem para os demais!

Dá-nos de Teu Entendi-mento e Amor.

Amém!

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

16 Catequese, vocação e missão

O (a) catequista sabe que é um vocacionado; ele foi escolhido por Deus para

a missão. Mesmo que às vezes se sinta desanimado, desmotivado, cansado, logo lhe vem a certeza de que o Senhor o conhece muito bem, lhe confiou a missão e sabe tudo a seu respeito. Exemplificando isso, nos lembremos do Salmo 139 em que o salmista, maduro na fé, retrata o amor e o conhecimento profundo de Deus para com ele: “Senhor, tu me sondas e me co-nheces. Sabes quando me sento, quando me levanto... Quando ando e quando repouso, Tu tam-bém me vês...”.

A palavra “sondar” vem do latim subundare, que significa “mergu-lhar”, “ir até o fundo”. No Salmo, Deus vai até as profundezas do ser humano onde somente Ele pode alcançar, descobrindo seus mais intensos sentimentos. Só Deus sabe quantas vezes nos sentamos, nos

levantamos e conhece todos os nossos pensamentos e projetos de vida. Só Deus sabe todos os nossos segredos e todas as nossas falhas, mas mesmo assim está sempre por perto, sondando-nos para nos conhecer melhor e nos amar ainda mais.

Deus conhece cada passo que damos antes de os darmos. São Lucas nos conta que um dia Jesus disse a Pedro que o demônio o tinha procurado para lhe fazer o mal, mas ELE intercedeu antes, salvando-o (Lc 22,31).

Outra ocasião, Jesus diz que ama a cada um de nós mesmo que não mereçamos – foi antes da última ceia, quando Ele humildemente lavou os pés dos discípulos e lhes disse: “Eu conheço aqueles que escolhi”. (Jo 13,18).

Em muitas comuni-

dades deste nosso país,

estão se iniciando as no-

vas turmas de catequese.

Graças a Deus, grande

ainda é o número de

catequistas que são cha-

mados para o trabalho

de levar a Boa-Nova de

Jesus a crianças, jovens

e adultos.

“Conheço os que escolhi” (Jo 13,18)

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

17BENEDITA DE SOUSA

A autora, colaboradora desta Revista, é teóloga e escritora

em São Paulo (SP)

Assim, podemos perceber que o Senhor não escolhe desconhecidos ou estranhos, mas aqueles a quem conhece e sabe que vão dar conta do recado. Quando Ele nos chama e nos convida a caminhar com Ele, já sabe detalhadamente quem somos. Fiquemos certos de que nada em nós surpreende o Mestre, nenhuma fraqueza, acomodação ou queda. Jesus nos conhece em nosso íntimo, não podemos enganá-lo, Ele está sempre pronto a nos perdoar e nos conduzir no caminho certo.

Meus queridos catequistas, neste novo ano de compromisso pastoral com sua comunidade, não se esqueçam de que Jesus tem sempre uma medida maior de amor para curar todas as suas feridas. O que Ele pede é apenas que o aceitem como seu Mestre. Sejam compreensivos(as) com seus

catequizandos, saibam perdoar, entender o mais fraco, ter carinho e amor por aqueles que se iniciam na caminhada da catequese.

Um dos pontos importantes na caminhada catequética é ter conhecimento de que ela é parte da missão evangelizadora da Igreja como um todo. Cada um de nós é responsável pela ação educativa na Fé e na vida, que engloba o anún-cio da Palavra de Deus e pode ser dirigida a crianças, jovens e adultos. Portanto, é uma responsabilidade voluntária e prazerosa de cada um que sente que a Boa-Nova de Jesus é o mais importante para a sua ca-minhada de vida.

Por isso, irmãos e irmãs cate-quistas, iniciem o seu ano cate-quético com ânimo, coragem e fé, não esquecendo o que refletimos desde o início, que Jesus conhece profundamente a todos, que Ele o(a) escolheu para a grande missão de evangelizar com a certeza de que você vai procurar conhecê-Lo profundamente, como Ele o conhe-ce, e que vai se esforçar ao máximo para viver o Evangelho em toda a sua plenitude.

Desta forma, só graças e bên-çãos virão em sua vida. Todos nós sabemos que mergulhar no Coração de Jesus é mergulhar num coração cheio de misericórdia, amor e confiança.

Bom início de catequese!

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

26 Coisas da Vida

O exemplo a seguir, que não é da família do Pedro e da Terezinha, ajuda a compreensão do desejo de continuar vivendo.

É inverno, pingos de água congelada caem, o relógio marca uma hora da madrugada, e o sono é profundo. Cenário favorável para o descanso reparador da jornada anterior, não fosse o grito de socorro do pai de família que subitamente sofre de dores no peito. Imediatamen-te, todos estão em prontidão; o caminho da emergência

hospitalar é tomado, mesmo sendo distante. Como o quadro apresentado era de acidente vascular cerebral, a internação foi feita e os procedimentos, tomados.

É exemplar a preocupação da família em fazer tudo o que seja necessário para manter o pai vivo. Ao tê-lo no-vamente no lar, já com a saúde recuperada, a mãe reúne os filhos e, ao redor da mesa, agradece a Deus. Inspira-da, diz: “Meus filhos, nós poderíamos ter perdido o pai. O susto foi grande, mas graças ao pronto atendimento ele está bem”.

O filho mais novo, catequizando do crisma, pergunta à mãe: “Por que o pecado leva à morte eterna? Nossa última catequese foi sobre isto, e a professora falou que todos deveríamos nos confessar para a Páscoa”. Ela, ain-da assustada, pensa, reza em silêncio e diz: “Meu filho, o nosso corpo morre, a alma, o nosso ser espiritual, não morre, mas viverá para sempre. A confissão dos pecados e sua absolvição é a maneira de cuidarmos da saúde do espírito. A morte espiritual acontece quando não acon-tece o arrependimento, o perdão, a confissão e o bom propósito de não mais pecar”.

O filho desconfiado pergunta: “Por que o pai foi tão rápido ao hospital e por que ele não se confessa? Será que ele não tem medo da morte espiritual?”.

A mãe responde: “conversaremos com seu pai para motivá-lo para que se confesse com o sacerdote para

Desejar boas festas, saúde, paz e

longa vida são expressões usadas nas

comunicações interpessoais. Desejos

impregnados de bons sentimentos e de

boas perspectivas, pois em todos persis-

te o medo da doença, dos acidentes, da

morte. O medo das causas que podem

levar à morte física está mais presente

no cotidiano das pessoas do que o temor

das que podem levar à morte espiritual.

Na foto, ao centro o casal Pedro e Terezinha com suas filhas,

Bruna e Letícia. E a esquerda, o casal Emerson e Kelly.

Medo

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino em Cascavel (PR)

27pe. RoMeu uLLRICh, SAC

receber o perdão e que cuide da saúde do corpo, templo do Espírito Santo”. Mãe e filho buscaram no Catecismo da Igreja Católica uma palavra que ajudasse o pai. “Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações” (CIC 1422), e “toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconsti-tuir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade...” (CIC 1468).

“Meu filho, você aprendeu na catequese que os peca-dos devem ser confessados ao sacerdote. Pelo sacramento da Ordem, ele recebeu o poder de perdoar os nossos pecados em nome da Trindade”.

“Verdade, mãe! Até o padre veio nos dar uma palestra e falou da necessidade de confessar e até mencionou sobre a absolvição coletiva, mas disse: “a absolvição co-munitária só pode ser dada quando são preenchidos três requisitos: 1) acúmulo muito grande de penitentes; 2) a falta suficiente de confessores e a 3) privação dos fiéis, por longo tempo, sem culpa própria, da graça sacramental ou da sagrada comunhão”.

Ele ainda disse: “isto somente com a autorização do bispo diocesano”. Inclusive comentou: “não é tão fácil encontrar as três razões para a absolvição comunitária. Por isso, disse ele, que os confessores devem fazer todo o possível para ouvir em particular a confissão dos peniten-tes. Além do mais, testemunhou: uma pessoa participou da confissão coletiva e disse: não me senti bem. Parece que falta a dimensão sacramental, ou seja, a de contar os pecados ao confessor e de ouvir dele: eu te absolvo... . No fundo não me sinto perdoada”.

A mãe, o pai e os filhos concluíram com alegria a ora-ção à mesa e o pai falou: “De hoje em diante, vou cuidar da minha saúde espiritual, em primeiro lugar, e também da física, pois senti a morte de perto. A nossa vida terrena pode terminar a qualquer momento. Jesus quer que a nossa passagem à vida eterna seja para a glória do Senhor”.

Depoimento da família do Pedro e da Terezinha sobre a confissão:

Letícia (13 anos): “A confissão dos pecados nos torna limpos para poder comungar e estar em comunhão com Deus”; Bruna (17 anos): ”Eu me confesso porque acredito no perdão de Deus e porque preciso dele para minha vida espiritual”; Emerson (23 anos): “Vivia no pecado. Eu e a Kelly acolhemos o sacramento matrimonial para viver a vida que Deus abençoa. Confessei-me e me senti um homem novo. Ela também se confessou e nosso lar tem agora a bênção divina”. Kelly (28 anos): “Eu e o Emerson já estamos juntos há quatro anos, sempre orando com fé e tendo Deus em nosso lar, mas vivemos no pecado, sem poder receber a comunhão. Sabendo da importância da presença de Deus em nossas vidas, resolvemos receber o sacramento do matrimônio. E através da confissão, abrir nossos corações para Deus e expor a nossa vontade de estar corretos, dentro da lei de Deus e da Igreja”. Tere-zinha (50 anos): “Comparo a confissão como um banho após um dia exaustivo de trabalho: a gente se sente renovada, cheirosa, reanimada, disposta para recomeçar ou descansar. O que estava pesando passa a não mais existir. Quando confessamos, recebemos a orientação de um sacerdote, alguém iluminado por Deus, alguém em quem confiamos e essa orientação nos ajuda a recuperar o equilíbrio, nos dá forças para carregar nossa cruz e nos encoraja nas mudanças necessárias. De certa forma é o “psicólogo” que Deus colocou para nos orientar e muitas vezes nós não aproveitamos por medo ou vergonha de expor nossas fraquezas, nossas misérias, que são nossos pecados. Nas minhas orações da noite, costumo pedir perdão a Deus pelas faltas, pelas omissões, pelas vezes em que fui ranzinza durante o dia, como forma de recon-ciliação, porém tenho presente que isto não vale como confissão”; Pedro (56 anos): “Deus veio para nos perdoar e o caminho é o da confissão sacramental. É na humilda-de, no arrependimento e no desejo de melhorar sempre que busco frequentemente o sacramento do perdão, para estar mais próximo dele, pois estando livre do pecado me torno mais abençoado”.

A reflexão sobre o sentido de viver bem, de cuidar da saúde física e espiritual, somados aos depoimentos, são indicadores para viver para Deus e não ter medo da morte.

da Morte

37

37o EvAngElho Em sUA vidA

A liturgia da Palavra deste terceiro domingo da Quaresma nos convida a refletir sobre a misericór-dia de Deus e sobre a nossa conversão. Estamos

vivendo o período da Quaresma, tempo oportuno de conversão. Tempo de retomar a vida nas próprias mãos, pedir perdão a Deus, aos irmãos e às irmãs e confiar-se ao Pai com sinceridade e convicção de coração. Nesse sentido, a Quaresma é um tempo de graça, tempo de conversão, tempo de renovação espiritual.

A primeira leitura apresenta o episódio do diálogo entre Moisés e o Senhor no deserto. Isto é, a vocação de Moisés e a manifestação do Senhor. Moisés, enquanto estava apascentando o rebanho de seu sogro Jetro, viu uma sarça (uma planta espinhosa) que estava em chamas e não se consumia. Eis que, do meio da sarça, o Senhor estabeleceu um diálogo com Moisés. A sarça que arde em chamas e não se consome é um símbolo que demonstra a eternidade de Deus, que não se consome nunca. Quando Moisés pergunta o nome do Senhor, recebe a resposta: “Sou aquele que sou” (Ex 3,14). Quer dizer, Deus subsis-te por si mesmo, Ele é antes de toda a Obra da Criação. Mas não é um Deus que está afastado do ser humano, longe. É um Deus que estabelece relações com a humani-dade. Dessa forma, Deus não é indiferente ao ser humano, pelo contrário, a leitura narra que Deus viu a aflição do povo e ouviu o seu clamor (Ex 3,7). A misericórdia de Deus é traduzida em ação concreta. Assim, a primeira leitura revela um Deus que estabelece relações pessoais, que é misericordioso e, sobretudo, que toma a iniciativa para libertar o povo que estava na opressão nas mãos dos egípcios (Ex 3,8). É um Deus que caminha na história com o seu povo, por isso diz a Moisés para dizer ao povo que Ele é o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó (Ex 3,15).

na segunda leitura, por sua vez, Paulo recorda aos cristãos de Corinto que os episódios do êxodo são como sinais para os cristãos. Sinais que recordam a fidelidade de Deus mesmo quando o povo não foi capaz de manter a fidelidade. Neste sentido, Paulo retoma os fatos vividos pelo povo no deserto para mostrar que, para ser cristão, é necessária a conversão de coração. Não basta ser batizado, é preciso viver de fato o batismo, assumir a vida cristã. Somente entrará na “terra onde corre leite e mel” quem de fato tiver Cristo como sua “rocha firme, de onde jorra a água da vida”.

no Evangelho, por fim, Jesus insiste na necessidade da conversão. É muito interessante o diálogo que se estabe-lece entre Jesus e as pessoas que foram ao seu encontro. Estas lhe apresentaram um caso de alguns galileus que foram mortos por Pilatos. O povo interpretava fatos como aquele como sendo punição divina: devido aos pecados, Deus castigava. Então a ideia era que aqueles foram pu-nidos porque eram pecadores, os que não eram punidos não tinham pecados, essa era a maneira como o povo raciocinava. Mas Jesus reprova essa forma de interpretar e lança uma pergunta ao grupo: “pensais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus por terem sofrido tal coisa?” (Lc 13,2). Jesus põe ao centro o tema da conversão e, por sua vez, apresenta o episódio de uma torre que caiu em cima de dezoito pessoas, uma tra-gédia que, para o povo, tinha sido por causa dos pecados das vítimas. Mais uma vez, Jesus insiste na necessidade da conversão pessoal. Trata-se de discutir a necessidade da conversão e não de buscar saber por que aquelas pessoas morreram. Dessa forma, Jesus deslocou o núcleo da dis-cussão, fazendo com que o grupo refletisse sobre o modo como vivia. Jesus chegou mesmo a dizer, por duas vezes,

Se vós não vosconverterdes,ireis morrer todosdo mesmo modo.

03 DE MARçO DE 2013

1ª leitura: Ex 3,1-8a.13-15salmo: Sl 102(103),1-2.3-4.8.11 (R./ 8a)2ª leitura: 1Cor 10,1-6.10-12 Evangelho: Lc 13,1-9Roxo| III Semana do Saltério

3º Domingo da Quaresma

O EvangElhO Em sua vidaCOORDENAÇÃO: PE. EDGAR XAVIER ERTL, SAC Ano c

MARÇo 2013

Março | 2013

Texto: Pe. Salvador Leandro Barbosa, SAC

38

VEJA NO SITE : revistarainha.com.br o comentário da liturgia do primeiro domingo do mês, que é publicado na segunda-feira da semana anterior em “o evangelho em sua vida”, nos destaques da edição.

38o EvAngElho Em sUA vidA Março | 2013

que se o grupo não se convertesse iria morrer do mesmo modo: “mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lc 13,3.5). Por fim, o Evangelho conclui-se com a retomada do tema da misericórdia de Deus, mostrando a necessidade da urgência da conversão. O dono da vinha que tinha uma figueira plantada em sua propriedade queria cortá-la, já que não produzia frutos. Mas o vinhateiro suplicou por mais um ano, assim, quem sabe ela produziria frutos. A parábola de Jesus manifesta a misericórdia de Deus, que sempre dá uma oportunidade ao ser humano para se converter. Mas a parábola de Jesus é bem clara no sentido de que há uma urgência, não se pode protelar. É preciso tomar uma decisão. “Converter”, no seu sentido literal, significa “mudar de direção”, “voltar ao caminho certo”, caminho que conduz à vida plena. Em suma, a conversão tem como resultado uma vida cujo centro é a pessoa de Cristo, o seu Evangelho. Dessa maneira, “converter” significa em primeiro lugar escutar a Palavra de Deus e acolhê-la, e depois pô-la em prática na vida cotidiana. Que a liturgia da Palavra de hoje ajude cada um de nós a repensar a própria vida de fé e a sentir as interpelações do Espírito Santo, que convida a uma vida de conversão e crescimento espiritual. Que possa-mos corresponder à misericórdia de Deus para conosco mediante o nosso amor filial e que isso seja traduzido na vida, em ação concreta na comunidade de fé, no amor entre os irmãos e as irmãs.

Para refletir Todos os anos, durante o período da Quaresma,

temos a oportunidade de refletir com maior profundi-dade sobre o tema da conversão. E somos convictos da importância de tal reflexão, pois uma vida cristã sem a conversão não tem sentido nem poderia ser chamada cristã. Concretamente, a partir das interpelações que a liturgia da Palavra de hoje me faz, olhando para a minha vida, quais as dimensões da minha vida que eu poderia mudar para viver melhor o Evangelho de Jesus Cristo? Já estamos no terceiro domingo da Quaresma.

Como estou vivendo este tempo que a Igreja me oferece para refletir, avaliar, pedir perdão e retomar a caminhada na alegria do seguimento a Cristo?

Leituras da semanaseg.: 2Rs 5,1-15a | Sl 41(42),2.3,42(43),3.4 |

(R/. 41[42],3) | Lc 4,24-30. Ter.: Dn 3,25.34-43 Sl 24(25),4bc-5ab.6-7.8-9 (R/. 6a) | Mt 18,21-35. Qua.: Dt 4,1.5-9 | Sl 147(147B),12-13.15-16.19-20 (R/. 12a) | Mt 5,17-19. Qui.: 1Jr 7,23-28 | Sl 94(95),1-2.6-7.8-9 (R/. 8) | Lc 11,14-23. sex.: Os 14,2-10 | Sl 80(81), 6c-8a.8bc-9.10-11ab.14.17 (R/. cf. 11.9a) | Mc 12,28b-34. sáb.: Os 6,1-6 | Sl 50(51),3-4.18-19.20-21ab (R/. cf. Os 6,6) | Lc 18,9-14.

A Família Palotina, familiares e ami-gos parabenizam

Olga Andrade

Pela passagem de seu aniversário no dia 22 de dezembro de 2012,

quando completou 95 anos. Para-béns, dona Olga, pela amizade e carinho!

Santa Maria (RS)

Março | 2013 RAINHA DOS APÓSTOLOS

Vó Soninha homenageia sua neta

Eduarda Durlo da Silva

Pelo seu aniversário de 13 anos, completado no dia 14/08/2012.

Eduarda é uma menina muito es-pecial, meiga e carinhosa. Parabéns pelo seu aniversário.

A comunidade de Linha Duas, Capela Santa Inês, da Paróquia Santo Antônio de Pádua de Silveira Mar-tins, parabeniza

Sra. Genoveva RapacBolson

Pelos seus 90 anos de vida, come-morados no dia 29 de novembro

de 2012, com a celebração de uma missa e após a confraternização com a comunidade.Que deus a abençoe-a dando-lhemuita luz e paz.

Silveira Martins (RS)

60 Galeria

No dia 20 de n o v e m b r o

de 2011, a cape-la São Sebastião da comunidade de Araçá, Senti-nela do Sul, este-ve em grande fes-ta, porque estas crianças fizeram sua primeira co-munhão.

Estamos aguardandoas suas fotos! Faça parte

de nossa galeria!Acesse nosso site

e encontre as fotos naseção Galeria de cada mês!

revistarainha.com.br

Helena Oliveira homenageia sua mãe

Irma Erbes

Pela passagem dos seus noventa anos de vida no dia 22/08/2012.

Obrigada mãe, pelo teu carinho, amor e exemplo de vida. Que Deus te abençoe e te dê muita saúde, paz e alegria. Te amamos!A data foi comemorada com seus oito filhos, genros, noras, netos e bis-netos. A filha, Helena, é assinante da Rainha há 35 anos.

Teutônia (RS)

O Pe. Mário Werner e eu, a catequista Vera Neli Pinzon, assinante da Revis-ta desde 2004, viemos agradecer à Revista Rainha pela grande ajuda para os encontros da catequese.Parabéns a vocês, catequizandos, que deram seu Sim a Jesus e um especial parabéns ao meu neto Gabriel, que está entre eles ao meu lado.Obrigado, Senhor, por mais esta missão cumprida.

Vera Neli Pinzon | Araça - Sentinela do Sul (RS)

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

61Culinária RECEITAS TESTADAS POR CÉSAR BuFFeTFone: (51) 3341-4188 | cesarbuffet.com.br | [email protected]

INGREDIENTES 1,2 kg de tatu (lagarto) Sal e pimenta do reino a gosto 2 colheres de azeite de oliva 200ml de molho shoyo 400ml de suco de laranja 1 colher de farinha de trigo

INGREDIENTES 1 kg de batata 2 colheres de manteiga 1 caixinha de creme de leite 1 pote de creme de leite fresco (nata) 4 colheres de queijo parmesão ralado Sal a gosto

MODO DE PREPAROTemperar a carne com sal e pimenta do reino. Aquecer uma panela de pressão, colocar o azeite e selar a carne. Misturar o molho shoyo e o suco, colocar na panela, deixar ferver por 35 min após pegar pressão. Abrir, retirar a carne, fatiar e levar novamente para a panela. Desmanchar a farinha com um pouco do molho, colocar a carne na panela e deixar ferver uns 5 min. Servir.

MODO DE PREPAROCozinhar as batatas descascadas com água e sal. Bater no processador até ficar um purê. Numa uma panela, colocar o creme de leite, o creme de leite fresco(nata) e a manteiga, deixar ferver. Despejar a batata processada na panela, mexer com batedor de arame. Acrescentar o queijo ralado. Servir quente.

Carneao molhode laranja

mousseline de batata

6262

INGREDIENTES 1 caixinha de leite condensado 1 caixinha de creme de leite 2 colheres de coco ralado

ingredientes cobertura 2 colheres de sopa de coco ralado 1 colher de sopa de açúcar

INGREDIENTES 1 xícara de leite condensado 500 ml de refrigerante de limão 1 xícara de suco natural de maracujá ou abacaxi 1 colher de sopa de hortelã picada Gelo a gosto

modo de preparo da cobertura: torrar o coco na frigideira. Retirar da frigi-deira e acrescentar o açúcar, mexer até esfriar, reservar.

MODO DE PREPAROBater todos os ingredientesno liquidificador. Servir com gelo.

CoCadano Copinho

Coquetelde Frutas

MODO DE PREPAROLevar ao fogo todos os ingredientes, mexer sempre até o ponto de docinho mole. Colocar nos copinhos, colocar a cobertura e conservar na geladeira até a hora de servir.

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materialFeltros coloridos de sua preferênciaTesoura | Agulha | BotãoLinha de bordado da cor de sua preferência

Cortar uma tira de feltro com 09cm de largura por 40cm de comprimento Dobrar a tira no tamanho de uma caneta Costurar as bordas em ponto de alinhavo

Março | 2013RAINHA DOS APÓSTOLOS

63RoSA poLeTToArtesanato

Cortar dois pedaços pequenos de feltro e usá-los para fazer um reforço na frente e atrás da parte superior do porta-treco para fazer a casa do botão. Após costurar o reforço, abrir um pequeno furo para a passagem do botão. Pregar o botão

6464

A autora, colaboradora desta Revista, é artesã

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