revista rainha maio 2012

23
ano 89 nº 1043 maio | 2012 Turma da MIA Turma da MIA A virtude da fé Maria TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADA CRISTOLOGIA De bem com a vida! REFLEXÃO Às mães

Upload: juarez-rodolpho

Post on 18-Mar-2016

222 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti Santa Maria (RS)

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Rainha Maio 2012

ano 89 • nº 1043maio | 2012

Turma da MIATurma da MIA

A virtudeda fé

MariaTODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃOBEM-AVENTURADA

Cristologia

De bemcom a vida!

reflexão

Às mães

Page 2: Revista Rainha Maio 2012

Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti Província N. Sra. Conquistadora Padres e Irmãos Palotinos

Redação e CentRal de atendimento ao assinante Av. Assis Brasil, 1768 | 91010-001 Porto Alegre (RS) | Fone: 0800 516633 (51) 3021-5008 | 3021-5010 [email protected] pallotti.com.br/rainha

supeRioR pRovinCial Pe. Lino Baggio, SAC

diRetoRes Pe. Judinei José Vanzeto, SAC Pe. Jadir Zaro, SAC

pRojeto gRáFiCo e diagRamação Juarez Rodolpho dos Santos

tuRma da mia Textos: Benedita de Souza Ilustrações: Aline Reis

Revisão Maria Burin Cesca Maria Lúcia Barbará

assessoR de ComuniCação Carlos Alberto Veit

assinatuRas e expedição Bianca K. B. da Silva, Dênia G. Franz Danelon Juliana S. da Silva

impRessão e aCabamento Gráfica Editora Pallotti Rua Ivo Afonso Dias, 297 Fone: (51) 3081-0801 São Leopoldo | RS

os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião da Revista Rainha dos apóstolos.

expediente

Pe. Judinei José Vanzeto, saC

MARIA: Mãe de Jesus e Mãe da Igreja

Editorial

P ara os cristãos católicos, o mês de maio é dedicado a Maria, a Mãe de Jesus Cristo e a Mãe da Igreja. Por isso, caro leitor, esta edição está repleta de conteúdo mariano dedicado a todas as mães.

São Vicente Pallotti, fundador da União do Apostolado Católico (UAC), que agrega padres, religiosos e leigos, colocou a obra sob o patrocínio de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos porque ela permaneceu firme com eles após a morte e ressurreição do seu Filho e, no dia de Pentecostes (cf. At 2, 1-11), recebeu mais uma vez a visita do Espírito Santo para dar coragem e alento à unidade da Igreja. Maria, portanto, não recebeu o Sacramento da Ordem, mas mereceu o título de Rainha dos Apóstolos.

Maria, pois, é a Mãe de Jesus e a Mãe da Igreja, e seus filhos e filhas são acolhidos e afagados pelo olhar de carinho e cuidado, mediante todos os seus títulos e aparições, porque ela é uma mãe conduzida pelo Espírito Santo de Deus.

O Espírito Santo derramado nos corações dos homens e das mulheres de todos os tempos é o mesmo que pairava sobre as águas na criação; é o mesmo que impulsionou os profetas; e visitou a jovem de Nazaré, no Mistério da Encarnação. Também é o mesmo que ungiu Jesus Cristo em sua vida pública e desceu em forma de línguas de fogo, na Festa de Pentecostes. É o mesmo Espírito Santo que recebemos em nosso santo Batismo.

Por isso, o mesmo Espírito Santo de Deus desejo e invoco a todas as mães e a todos os trabalhadores e trabalhadoras, porque Ele é o sopro que move as pessoas de boa vontade. Além disso, o Espírito Santo é aquele que anima a Igreja.

Querida Mãe de Jesus, Mãe da Igreja e da humanidade inteira, interceda por todas as mães da face da Terra, as presentes e ausentes, as que estão conosco e as que estão junto de Deus, para que sejam repletas de esperança e amor. Parabéns, mamães, pelo seu dia!

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 3

Page 3: Revista Rainha Maio 2012

Joice Gomes dos santosEspecial

Fátima Um lugarrealmente santo

Em viagem a Portugal em fevereiro de 2011, conhecemos entre outras coisas a cidade de Fátima e o grande santuário construído em homenagem a Maria, que apareceu naquela região a três crianças por volta de 1917 e que posteriormente deu nome ao lugarejo antes conhecido por Cova da Iria.

No dia 13 deste mês comemora-se Nossa Senhora de Fátima.Nesta matéria segue o depoimento de um casal de peregrinos que esteve no famoso santuário português há pouco tempo. Eis o relato.

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 5

Page 4: Revista Rainha Maio 2012

Fátima é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito de Santarém, na região Centro, na extinta Vale do Tejo.

Tornou-se conhecida mundialmente pelas aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos – como eram cha-mados Lúcia e seus primos Francisco e Jacinta, à época com dez, nove e sete anos de idade respectivamente – ocorridas entre maio e outubro, coincidentemente no décimo terceiro dia de cada mês.

Fátima é um lugar incrível, o santuário inspira religio-sidade. A emoção de estar num lugar destes é grande e indescritível, mexe com as questões da alma, acalma nosso coração, nos faz seres mais humildes, sensíveis, além de ressaltar a importância de se ter uma religião, uma crença que oriente e que nos torne pessoas melhores.

Além de expressar os sentimentos suscitados pela visita ao santuário de Fátima, pretendemos através deste texto expor, ainda que de forma breve, aspectos históricos que envolvem o milagre das aparições.

Destacaremos a grandiosidade do Santuário, bem como sua importância para a peregrinação de fiéis, e a capelinha das aparições, lugar onde teria acontecido a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima a Lúcia, Francisco e Jacinta.

Estátua em homenagem às aparições de Fátima - Valinhos | Portugal

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS6

Page 5: Revista Rainha Maio 2012

História das ApariçõesConta-se que por volta do meio-dia de 13 de maio de

1917, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, as crianças entretinham-se a construir uma peque-na casa de pedras soltas no local onde hoje se encontra a Basílica de Nossa Senhora de Fátima.

De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma “Senhora mais brilhante que o sol”, em cujas mãos havia um terço branco.

A Senhora teria dito aos três pastorinhos que era ne-cessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de junho, julho, setembro e outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes na Cova da Iria.

Na última aparição, em 13 de outubro, estando pre-sentes cerca de 70 mil pessoas, a Senhora disse-lhes que era a “Senhora do Rosário” e que fizessem ali uma capela em sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido as três crianças em julho e setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia ser fitado sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Vista panorâmica da Basílicade Fátima | Portugal

Mensagem de NossaSenhora do Rosáriode Fátima

A vidente Lúcia (Irmã Lúcia) rela-tou em um de seus livros que Nossa Senhora, em 13 de julho de 1917, recomendou:

Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacri-fício: “Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometi-dos contra o Imaculado Coração de Maria”.

Na mesma aparição, Nossa Senhora teria acrescentado:

Quando rezais o terço, dizei depois de cada mistério: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem”.

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 7

Page 6: Revista Rainha Maio 2012

Desde 1917, não mais cessa-ram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de verão e inverno e agora cada vez mais nos fins de semana e em dias comuns, num montante anual de cinco milhões de peregrinos aproxi-madamente.

Santuário de FátimaOs Santuários são de modo ge-

ral o prolongamento de um “acon-tecimento fundante”, resultante de uma manifestação sobrenatural, cuja autenticidade seja reconhecida pela Igreja. É essa manifestação sobrenatu-ral que atrai os peregrinos e define a especificidade da missão de um Santuário.

Em Fátima, o acontecimento sobrenatural que dá ori-gem ao Santuário é constituído pelas aparições de Nossa Senhora a três crianças, Lúcia e seus primos, Francisco e Jacinta, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917. A credibilidade eclesial das aparições de Fátima foi declarada pelo Bispo de Leiria, Dom José Alves Correa da Silva, em Carta Pastoral de 13 de outubro de 1930: “Havemos por bem declarar, como dignas de crédito, as visões das crianças na Cova da Iria, freguesia de Fátima, desta diocese, nos dias 13 de maio a outubro de 1917, e permitir oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima”.

O santuário de Nossa Senhora de Fátima acolhe a todos, mesmo aqueles que pouco creem, pois sua gran-deza não está apenas nas estruturas, está na energia, nas vibrações positivas e principalmente na transformação espiritual que o ambiente proporciona.

Visitar o santuário de Fátima é algo fantástico, é uma possibilidade de nos reportarmos a momentos importan-tes da nossa Historia; além disso, é uma possibilidade de fazermos uma reforma íntima, reavaliar nossos valores e fortalecer nossa fé.

Bem ao fundo está o santuário de Fátima; no centro, a Basílica, em cujo interior repousam os restos mortais dos bem-aventurados Francisco e Jacinta Marto e, recen-temente (2006), os da Irmã Lúcia.

Devido à grande peregrinação de fiéis e também ao elevado número de visitantes, a Basílica de Nossa Senhora de Fátima tornou-se pequena para as missas. Por isso, foi construída a igreja da Santíssima Trindade, com capaci-dade para acolher milhares de fiéis.

Ao observarmos a imagem do santuário, vemos no chão uma pista na cor branca. Essa pista foi construída para facilitar o pagamento de promessas e a peregrina-ção dos fiéis; de joelhos, pode-se chegar à capelinha das

aparições, que se constitui em um espaço de oração, de agradecimento e devoção a Nossa Senhora de Fátima e é também o lugar onde teria acontecido a primeira aparição.

Nossa Senhora de Fátima teria pedido às crianças que fosse construída uma Capela na Cova da Iria. Isso eviden-cia o desejo de que sua mensagem perdurasse e ficasse ligada a um local de oração. O desejo de Nossa Senhora foi rapidamente cumprido, o que mostra a seriedade da aceitação do conteúdo das aparições.

A Capelinha das Aparições, como é chamada, continua a ser o maior sinal evocativo das aparições. Ali se venera a imagem de Nossa Senhora e, para chegar a esse ponto do santuário, peregrinam todos os que rumam a Fátima.

Essa peregrinação é uma expressão da vida espiritual e o principal desafio da mensagem de Nossa Senhora, que é a conversão através da oração e da penitência.

Recomendamos a visitação à cidade de Fátima, em Portugal, a oração na Capelinha das Aparições, a visita aos túmulos de Francisco, Jacinta e Lúcia e a reflexão sobre a vida. Desejamos profundamente que as pessoas considerem a mensagem de Nossa Senhora de Fátima, que nada mais é do que um convite e uma escola para a salvação e que envolve basicamente três pontos: a conver-são permanente; a oração, o sentido da responsabilidade coletiva e a prática da reparação.

Por fim, devemos compartilhar com os leitores o sen-timento de estar em oração na Capelinha das Aparições. Importa dizer também que a energia e a concentração de fé daquele ambiente nos fizeram leves, ao passo que valores materiais e mesmo morais e as dificuldades que por vezes enfrentamos se tornaram mínimas diante da emoção, da fé e do impacto espiritual que tivemos.

Interior da Basílicade Fátima | Portugal

A autora, colaboradora desta Revista, é professora em Santo Antônio da Patrulha (RS)

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS8

Page 7: Revista Rainha Maio 2012

anojubilaR

50º aniveRsáRio daCanoniZação de

são viCente pallotti

Fundador da União do Apostolado Católico – UAC

(Padres, Irmãos, Irmãs e Leigos)

20 de janeiro de 1963 a 20 de janeiro de 2013

fundador da união do apostolado CatóliCo

Pe. ânGelo lôndero, sacMomento Palotino

A experiência de Deus amor

e misericórdia abriu os olhos

de São Vicente Pallotti para

as necessidades da Igreja

e do mundo de seu tempo

e o estimulou a dar uma resposta.

Ele foi capaz de ler a vontade

de Deus nos sinais dos tempos.

sua resposta teve início com a inspiração de 09 de janeiro de 1835, quando se sentiu confir-mado a fundar a União do Apostolado Católico.

O Espírito Santo inspirou-lhe uma obra na qual os batizados pudessem participar na missão da Igreja, unidos na realização de um objetivo comum. Ele expressou essa sua intuição nas seguintes palavras: “O Apostolado Católico, isto é universal, como pode ser comum a cada classe de pessoas, consiste em fazer o quanto cada um pode e deve para a maior glória de Deus e para a salvação eterna própria e do outro”.

A data oficial do nascimento da Obra de Pallotti é 04 de abril de 1835, quando o Cardeal Vigário de Roma, Carlo Odescalchi, concedeu à União do Apostolado Católico “toda bênção”. Em maio de 1835, Pallotti lançou o primeiro apelo ao povo romano, no qual expôs a ideia e o objetivo da União do Apostolado Católico, convidando padres, religiosos e fiéis leigos de qualquer estado de vida e vocação a participar. Em 11 de julho do mesmo ano, a Obra também foi aprova-da pelo Papa Gregório XVI. No dia 25 de março de 1838,

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 9

Page 8: Revista Rainha Maio 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino e Mestre em Teologia em Santa Maria (RS)

LEIA MAIS...Acesse nosso site http://www.pallotti.com.br/rainha

no link colunistas/pe. angelo e tenha mais informações sobre este tema.

a União do Apostolado Católico foi instituída na Diocese de Roma como associação de personalidade jurídica pública.

Quando Pallotti ainda estava vivo, a União do Apos-tolado Católico teve um constante desenvolvimento. A multiplicidade dos membros da União impeliu Vicente Pallotti a pensar em diversas formas de pertença e em diversas estruturas de organização. Com a sua Obra, Pallotti não procurava tanto criar novas instituições na Igreja, mas, antes, vivificar as já existentes e tornar mais eficaz o seu apostolado.

Ele fundou e dirigiu importantes iniciativas apostólicas: os oratórios noturnos e as escolas noturnas; o Oitavário da Epifania em 1836; o Colégio das Missões no exterior, idealizado em 1835; a resposta generosa à epidemia do cólera em 1837; a pastoral no Hospital Militar em 1843 e, enfim, a missão em Londres de 1844.

Importante para o desenvolvimento da sua obra foi a fundação da Pia Casa de Caridade. Falando da finalidade dessa instituição, Pallotti diz que “a primeira é a educa-ção religiosa e civil das meninas pobres e abandonadas”. Ela foi fundada para abrigar as meninas órfãs que perde-ram os pais na peste do cólera em 1837. Ele não ficou indiferente à situação social de seu tempo, mas, como bom samaritano, empenhou-se em aliviar o sofrimento dos desamparados.

Hoje, a União do Apostolado Católico permanece aberta a todos os membros do povo de Deus. Ela acolhe todos aqueles que se inspiram nos ideais apostólicos de Pallotti: os membros dos institutos fundados por São Vicente Pallotti ou surgidos sucessivamente em tempos diversos e um amplo número de fiéis leigos empenhados individualmente ou organizados em grupos ou comuni-dades. Todos formam uma só família espiritual, unida no mesmo espírito, e se dedicam a responder juntos aos desafios modernos do apostolado universal.

No dia 28 de outubro de 2003, a União do Apostolado Católico, através de um decreto, recebeu do Pontifício Conselho para os Leigos a aprovação para toda a Igreja

como uma “associação públi-ca internacional, constituída por fiéis de todo estado e vocação” e teve seu Estatuto Geral aprovado por cinco anos e, depois, aprovado definitivamente no dia 28 de outubro de 2008.

A Obra de Pallotti foi re-conhecida como um carisma ou dom do Espírito Santo, a comunhão de fiéis de cada estado ou vocação – padres, irmãos, irmãs e leigos – que, animados pela caridade,

promovem com todos os meios, em todos os batizados a consciência de ser imagem viva do amor infinito e misericordioso de Deus e, consequentemente, o chamado à corresponsabilidade apostólica sob o modelo de Jesus Cristo, Apóstolo do Eterno Pai.

Na homilia feita na igreja romana de San Salvatore in Onda, em 22 de junho de 1986, o Beato João Paulo II sublinhou os pontos centrais do carisma recebido de São Vicente Pallotti. Olhando para o futuro, o Papa, na-quela ocasião, voltou-se aos fiéis reunidos para a solene celebração e os exortou: “Vicente Pallotti compreendeu como impossível tanto amar a Deus sem amar o próximo e como amar verdadeiramente o próximo sem empenhar--se pela sua salvação eterna. Continuai a multiplicar o vosso empenho por aquilo que profeticamente anunciou Vicente Pallotti e o Concílio Vaticano II com autoridade confirmou – torne-se isto uma feliz realidade – que todos os cristãos sejam autênticos apóstolos de Cristo na Igreja e no mundo”.

A União do Apostolado Católico participa na missão da Igreja de despertar a fé e a consciência do chamado ao apostolado, de reacender a caridade entre todos os membros do Povo de Deus a fim de que eles estejam sempre mais unidos no empenho de propagar a caridade e para que se tenha, o mais rapidamente possível, um só rebanho sob um só Pastor (cf. Jo 10,16).

Para realizar tal missão, a União, como associação espi-ritual e apostólica aberta a todos os membros do Povo de Deus, isto é, aos fiéis leigos, clérigos e aos fiéis consagrados, propõe-se fazer emergir e reavivar os carismas de cada um. Ela quer viver o mistério da Igreja como comunhão apostólica de todos os fiéis na sua original dignidade.

Como todos os profetas autênticos, Pallotti não foi compreendido no seu tempo. Porém, ele nunca desistiu nem perdeu a esperança. No seu testamento espiritual, expressou claramente a convicção de que a Obra da União um dia seria realidade. Cheia de incompreensões, dificuldades e contrastes, ainda durante a sua vida a Obra chegou a ter “os sinais de morte”. Após a sua morte, em 1854, Pio IX tirou da obra de Pallotti o título original de “Apostolado Católico”, substituindo-o por aquele de “Pia Sociedade das Missões”. O nome original só foi re-cuperado em 1947.

Atualmente, a União está presente nos cinco continentes e em mais de cinquenta países.

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS10

Page 9: Revista Rainha Maio 2012

CONGRESSO EM ROMA

Entre os preparativos do 50° aniversário de Ca-

nonização de São Vicente Pallotti, acontecerá de 15 a 19 de maio de 2012, no Centro de Espiritualidade “Cenáculo”, em Roma, Itália, um congresso com o lema:

“Fazei resplandecer a santidade de Deus”.

O evento é destinado aos membros da União do Apostolado Católico (UAC), obra fundada por São Vicente Pallotti, que agrega padres, religiosos e leigos.

Os temas levarão em consideração o paralelo entre o caminho de santidade do tempo de Pallotti e o de hoje.

ASSOCIAçãO CAtólICADE COMuNICAçãO

O diretor da Revista Rainha, Pe. Judinei José Vanze-to, participou da primeira reunião da Signis Brasil

com diretores, jornalistas e representantes das principais revistas e jornais católicos do Brasil. A Signis é uma Asso-ciação Católica de Comunicação e sua organização dá-se a nível mundial e em cada país. No Brasil, faz um ano que se organizou a Signis sob a presidência da Ir. Helena Corrazza. A reunião aconteceu em São Paulo (SP), na sede do SEPAC das Irmãs Paulinas, no dia 01 de março de 2012. A missão da Signis Brasil é “animar, unir e congregar todos os meios de comunicação católicos e de inspiração cristã do país e a formação de comuni-cadores, para se articularem no espírito de interação e integração para que exerçam seu carisma em colabo-ração, em vista dos objetivos comuns”. Enfim, usar os meios de comunicação com profissionalismo em prol da qualidade na evangelização.

Notas Palotinas

Faleceu Pe. Senito Durigon

“O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará,por verdes prados Ele me conduz.”

Faleceu em Santa Maria no dia 20 de março de 2012, Pe. Senito Afonso Durigon, SAC. Nasceu no dia 21/12/1959, na localidade de Limeira – Júlio

de Castilhos, hoje município de Pinhal Grande (RS).Filho de Osvaldo Uliana Durigon e Lídia Dalla Nora Durigon, tendo como

irmãos Celso, Solange, Selmar, Flávio e Dorival. Entrou no Seminário em Vale Vêneto em 1975, em 1978 no Colégio Máximo Palotino, de 1980 a 1981 fez o Noviciado em Buenos Aires, capital Argentina.

Fez a Consagração a Deus no dia 22 de março de 1981 e foi ordenado presbítero dia 01 de janeiro de 1984, em Limeira, por Dom José Ivo Lors-cheiter, Bispo Diocesano de Santa Maria. Trabalhou em Campo Grande (MS), na Paróquia Santo Antônio, até 1987. Em 1988 e 1989 trabalhou na recém

criada paróquia São Judas Tadeu, na mesma cidade. Em 1990 e 1991 foi formador no Seminário São Vicente Pallotti, em Palotina (PR), e de 1992 a 1999, no Seminário Maria Mãe dos Migrantes, em Ariquemes (RO). De 2000 a 2010 esteve em Campo Grande, na Paróquia Santa Rita de Cássia.

Em 2011 foi para a Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Glória de Dourados (MS), onde permaneceu até o início de fevereiro deste ano. Faleceu com apenas 52 anos, devido à parada cardoiorrespiratória. Pe. Senito, além dos trabalhos paroquiais, dedicava-se à Pastoral da Saúde com muito entusiasmo. Atendia as pessoas que o procuravam e receitava medicamentos naturais.

Obrigado, Senhor, pelo dom da vida de nosso confrade que nos deixou para ir morar convosco!

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 11

Page 10: Revista Rainha Maio 2012

Mundo Sustentávelmarise Jalowitzki

AGROTÓXICOSO venenO está na mesa

Conheça os alimentos com maior risco

e aprenda a fazer um biodecompositor

A vida é mesmo uma bola! Primeiro, incentivaram o desmatamento para aumentar a produção nas lavouras. O agricultor comprou a ideia. Depois,

com a alteração do ecossistema, alguns animais desa-pareceram, outros (como lagartas e caturritas) se multi-plicaram tanto que viraram pragas. A cadeia alimentar ficou em desequilíbrio, e os venenos foram usados em profusão, seja para matar as “pragas”, seja para garantir uma produção maior. Já foram chamados de pesticidas, agrotóxicos – os nomes, por décadas, foram se alterando –, mas a composição química é de veneno. O resultado é que o agricultor está viciadíssimo no uso dos pesticidas, tanto que fica ainda mais inseguro com relação à colheita se não colocar “bastante veneno”.

As notícias, porém, começam a ficar alarmantes. O órgão que regula os tipos e a quantidade de pestici-das usados é a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Periodicamente, tal agência publica uma nova lista de alimentos contaminados, que apresentam perigo se forem parar em nossa mesa. Desta vez, o prêmio de pior alimento foi para o pimentão. Até um tempo atrás, o campeão era o tomate.

A Anvisa está aumentando a vigilância, só que, num país grande como o nosso, fica bem difícil saber a verdade sobre a origem dos alimentos. Alguns produtos já foram retirados do mercado e agricultores podem até perder o direito de vender suas hortaliças caso for constatado ex-cesso de agrotóxicos (ou se forem adquiridos ilegalmente). Isso é muito sério! Continuam sendo comercializados clandestinamente venenos proibidos, que entram pela fronteira sem nenhum controle.

Resultado das amostrasDe dezoito tipos de alimentos, foram coletadas 3.130

amostras em 26 Estados. O resultado foi aterrador: 28% continham excesso de agrotóxicos ou de elementos químicos não autorizados para aquele determina-do produto! Abaixo, as porcentagens de venenos encontrados em demasia ou irregular, nos campeões de contaminação.

No Brasil, são apenas 15 mil

agricultores orgânicos registrados,

de um total de 5 milhões

de produtores agrícolas no país

Os venenos, em nosso organismo, se depositam no sangue, provocando doenças pesadas que podem

levar muitos anos para se manifestar, por isso, muitos não acreditam nos riscos reais.

Pimentão 92% das amostras testadas

Morango | 63%

Pepino | 57% Couve | 44%

Alface| 54%Cenoura| 50%

Uva | 56%

Ecologia e FéA crise do sistema global do planeta exige um compromisso

individual. Ecologia não pode ser vista apenas como ciência. Ecologia é também uma questão de fé, não interessa apenas aos políticos e cientistas, mas a todas as pessoas que respeitam a vida e com ela se preocupam.

“Senhor, Ilumina nossos olhos para vermos as necessidades dos outros. Abre nossa boca para denunciar o descaso e anun-ciar a vida!” (Ir. Leandro Carlos Benetti, SAC).

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS12

Page 11: Revista Rainha Maio 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é escritora, educadora e ambientalista.

[email protected]

DOENçASConsumidores, alarmados, questionam sobre o que

podem comer. Agricultores também estão bastante as-sustados pelos riscos de contrair doenças sérias, incluin-do câncer de próstata e mama, impotência masculina e infertilidade feminina, como já está atestado em algumas regiões. No Mato Grosso, foi publicado um estudo com mães agricultoras em período de amamentação: o leite dessas mu-lheres estava contaminado com até cinco tipos diferentes de agrotóxicos. O agricultor corre um risco maior porque está mais exposto, inalando e manipulando venenos.

lAVAR OS AlIMENtOS RESOlVE?A limpeza não retira agrotóxicos dos alimentos.

É ilusão pensar que lavar os alimentos antes de usar, ou deixá-los por 15 minutos (alguns deixam até duas horas) imersos em solução de vinagre ou água sanitária, vá retirar os venenos. Lavar retira tão somente as bactérias que se agregam durante o manuseio, da colheita e transporte até a compra. Mas o agrotóxico, este FAZ PARTE DA PLANTA, pois cresceu junto com ela!

O QuE FAZER, ENtãO?Pois é. Precisamos de frutas, verduras e legumes para

manter nossa saúde. Não dá para deixar de consumi-los, até porque os industrializados podem ser ainda mais du-vidosos, cheios de conservantes, acidulantes, espessantes, corantes – até insetos e ossos são triturados para garantir cor e peso. Fazer o quê? Os orgânicos são bem mais ca-ros e, mesmo assim, nem tudo o que está sendo vendido como orgânico realmente o é. Assim:

1 – Procure saber a origem dos alimentos que você ad-quire. Evite servir veneno à mesa!2 – Evite ingeri-los crus, embora seja pequeno o percentual de agrotóxico eliminado ao cozinhar.3 – Não tenha medo de perguntar, questionar. Use seus direitos de consumidor.4 – Sempre que possível, adquira produtos orgânicos comprados em locais seguros. Desde 2011, os produtos orgânicos brasileiros só podem ser comercializados com o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SISOrg).5 – Procure desenvolver uma horta caseira, possível até em apartamentos.

A AGRICultuRA ORGÂNICAPODE SER FEItA EM lARGA ESCAlA

A agricultura orgânica (sem pesti-cida) pode ser levada para a produ-ção em larga escala. É o que afirma Rogério Dias, coordenador de agroecolo-gia do Ministério da Agricultura: “Esses métodos alternativos também são possíveis em grandes áre-as. Nós vemos a agricultura orgânica como uma forma de mostrar que existe um caminho alternativo. E isso faz com que o que se traba-lha para a agricultura orgânica possa também ser usado para a agricultura convencional”.

Agrônoma, agricultora e pioneira da agroecologia no Brasil, Ana Primavesi assegura que, muitas vezes, o solo é rico para a produção orgânica, mas há muitos proble-mas. Além do costume, há o problema da monocultura e, mais, alguns bancos só fornecem financiamento se o produtor assegurar o uso dos agrotóxicos, a fim de ga-rantir uma produção em larga escala. “É completamente equivocada a ideia de que a agroecologia não pode estar associada a uma grande produção de alimentos”, diz em seu livro Agroecologia, Ecosfera, Tecnosfera e Agricultura.

A ESPERANçA NA MuDANçAEStá NOS jOVENS

É a nova geração que pode influenciar na obtenção de hábitos mais saudáveis. São os jovens que se manifestam para que a vida no campo seja diferente.

“A conscientização é da população e dos agricultores a fim de que eles venham a utilizar esses defensivos de forma racional e na dosagem certa, em vez de pensar que precisa produzir mais e não importa o resto”, afirmou.

Bruno Felipe Câmara, de 17 anos (RJ).

Leve esta ideia adiante! Diminua o uso de agrotóxicos! A saúde de todos agradece!

O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Em 2010, mais de um milhão de

toneladas de veneno foram lançadas no solo e no ar, segundo dados da Anvisa

Compostagem

Para ter certeza da terra livre de agrotóxicos e bem nutri-da, aprenda a fazer compostagem. Guarde cascas dos legu-mes e frutas que você utilizou. Acesse nosso site e encontre o modo de fazer ou escreva para nós e solicite.

Aprenda a fazer um biodecompositor simples e barato

ACESSE: http://www.pallotti.com.br/rainha/mundosustentavel

Fonteswww.epagri.sc.gov.br | Revista Agropecuária Catarinense | volume 24, n° 3

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa CatarinaCinthia Andruchak Freitas – Jornalista

Extensionista Luciana Mees Telefone: (49) 3447-0007 | [email protected] | nº 3.694 | 26.02.2012

G1 – Jornal Nacional de 06 e 07 de dezembro de 2011revistagloborural.globo.com/globorural/0,6993,EEC500416-1641-1,00.html

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 13

Page 12: Revista Rainha Maio 2012

Catequese, vocação e missãobenedita de sousa

a reflexão de hoje, quero destacar principalmente duas questões que faziam parte das preocupações

principalmente dos cristãos de Roma: quem é Jesus? O que Ele pode fazer por nós? O que eles sabiam com

certeza era que o Mestre tinha vivido e morrido há mais de 30 anos. Para tranquilizá-los, e como resposta, Marcos com-provou a presença de Cristo no início de tudo, no Gênesis, fazendo memória do fato em Mc 1,1, comprovando a criação do mundo, do ser humano e a implantação pelo Criador do Seu Projeto de vida para todos, e nesta criação a presença real de Cristo como segunda pessoa da Santíssima Trindade: “Fa-çamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26).

Aprendendo a ser discípulo e discípula de Jesus (Parte II)

Vimos na reflexão do mês passado alguns

traços da biografia do evangelista Marcos,

na qual foi contada um pouco da sua trajetória

como filho de uma mãe temente a Deus,

que fazia de sua casa uma igreja doméstica.

Vimos também que Marcos, como discípulo de

São Pedro e São Paulo, tomou a decisão

de apresentar por escrito à sua comunidade

a “Boa Notícia”, o evangelho de jesus Cristo,

o filho de Deus (Mc 1,1).

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS16

Page 13: Revista Rainha Maio 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é teóloga e escritora

Com tal atitude, Marcos nos conta que ali Deus Pai, com Jesus e o Espírito Santo, criam o mundo e tudo o que nele há. Através do seu Projeto de vida, Deus Pai dava ao homem e à mulher a oportunidade de dominar a terra e todos os animais, menos ao próprio ser humano; contudo, foi o que aconteceu. De certa forma, com a vinda de Jesus (segundo Marcos) se dava um novo princípio de tudo: “Princípio da Boa Notícia (evangelho) de Jesus Cristo, o Filho de Deus” (Mc 1,1).

De uma só vez, Marcos responde a todas as dúvidas quan-do diz que, com a vinda de Jesus Cristo, Deus dá novamente à humanidade mais uma oportunidade de vida eterna. Envia seu único filho, o Messias, vindo a acontecer um novo prin-cípio da criação, agora como uma Boa-Nova (o evangelho), apresentando-O como Filho de Deus.

A partir daí, o evangelista passa a contar passo a passo a trajetória do Messias esperado por todos durante séculos, que tinha chegado a este mundo e dele partido sem que muitos ainda não tivessem entendido a sua missão.

Por isso, ele optou por criar um texto curto (o evangelho de Marcos é o menor dos quatro), com diversas repetições e uma riqueza de imagens direcionadas em especial para aqueles que não sabiam ler e escrever. Um exemplo são os dois textos da multiplicação dos pães (6,30-44; 8,1-9), com pequenas diferenças, mas com o mesmo sentido de família reunida, de fartura, de participação mútua, de partilha, de compromisso com os irmãos (“dai-lhes vós mesmos de co-mer” diz Jesus aos discípulos) e de bênçãos de Deus.

Quanto à riqueza de imagens, sinônimo de literatura oral, podemos conferi-la na história da cura do paralítico. Marcos tem o propósito de atingir um público iletrado. Para isso, ele traz detalhes de imagens, para que o povo, ouvindo a história, mantivesse por mais tempo o fato na memória (Mt 9,1s; Lc 5,17-20; Mc 2,1-12). Dentre os três evangelhos que contam o mesmo fato, só Marcos acha importante detalhar que havia quatro homens que transportavam o doente, que foram fiéis ao amigo carregando-o numa cama pelas ruas da cidade. Ao chegarem ao local, devido à grande multidão, cheios de coragem e amor por aquele doente, abriram um buraco no teto para que pudessem chegar até Jesus, que reconheceu naqueles cinco homens, além da coragem, uma grande fé e por isso curou o paralítico.

Marcos, do seu jeito simples, quer apresentar princi-palmente aos cristãos de Roma (seu destinatário) um Jesus

também simples, o homem de Nazaré, aquele que sabe aco-lher e entender de perto as necessidades dos mais carentes e excluídos (6,33s), que esquece seu próprio descanso em benefício do outro, que faz de tudo para que o povo escute o evangelho, a Boa-Nova trazida por Ele.

Na pressa de apresentar Jesus como o Messias, filho de Deus enviado para nos trazer a salvação, Marcos sente re-ceio de contar toda essa riqueza de uma só vez, com medo que o povo não entendesse; para tanto, Jesus pedia que não divulgassem os milagres (sinais) que ele realizava, assim, vai dosando “gota a gota” seu poder diante do mundo, cercando de silêncio e mistério seus prodígios. A isso, ele intitulou segredo messiânico, o que nos é reconhecido pela famosa frase: “não conte a ninguém...” que se encontra por todo evangelho (1,34.44; 3,12; 5,43; 7,36; 8,26.30; 9,9).

Finalmente, para Marcos, o ponto alto da revelação (ti-rando o véu) do Messias Jesus, se dá em sua morte na cruz quando o véu do templo se rasga (15,38), significando que o caminho entre as duas alianças (Antiga e Nova) agora estava aberto a todos. A partir dali, judeus, gentios, samaritanos e novos cristãos deveriam se sentir irmãos. Jesus, na cruz, se revelava não somente como “Filho da história humana”, mas também como “Filho de Deus”. Até o centurião romano reconheceu isso: “Na verdade, este homem era o Filho de Deus” (15,39).

Portanto, meus irmãos e irmãs catequistas, ser discí-pulo e discípula de Jesus é ter esse conhecimento em nós de quem Ele é, o que Ele quer, e transmitir o evangelho, fazendo como Marcos (o evangelho do ano), isto é, mos-trando um Jesus amigo dos pobres, humano e divino, que sofre conosco, mas que ao mesmo tempo ouve o nosso cla-mor. Um Deus que nos convida a superar uma fé ingênua, superficial, insegura e distorcida que, por acaso, possamos ter para vivermos com consciência, fé e comprometimento a mensagem deixada por Jesus de Nazaré, o Messias sofredor (11,1-12), o Filho de Deus (15,39), o crucificado, ressuscitado e nosso salvador (16,6).

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 17

Page 14: Revista Rainha Maio 2012

Coisas da VidaPe. romeu ullrich, sac

A base da existência

humana na terra é o

trabalho. É o meio de

adquirir as economias

indispensáveis para

prover o necessário

a uma vida digna, ao

crescimento cultural,

social e religioso.

ara torná-lo menos penoso, além de superar o sistema escravagista, políticas são implantadas para que não haja exploração, mas respeito em todas as camadas sociais. Tudo isso para

dignificar o trabalho de todos os trabalhadores. A di-mensão primeira do trabalho é a comida. Alimentação boa é sinônimo de saúde, de bem-estar, de vida. Quanto mais sadia for a comida, menos doenças aparecem e menos se gasta em saúde. É preciso educar para a saúde. As pessoas precisam aprender a comer e a beber; a descansar e se divertir; a rezar e a se concentrar. A Campanha da Fra-ternidade deste ano reflete sobre a saúde pública, sobre a responsabilidade que cada um tem com a sua saúde.

O mundo foi entregue por Deus à sua criatura mais querida: a pessoa humana. Ele a dotou com capacidades e inteligência para aprimorar as condições de trabalho. Des-de as origens aos dias atuais, muitos avanços e inúmeras

Trabalhador feliz

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS26

Page 15: Revista Rainha Maio 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino em Cascavel (PR)

conquistas deram expressivas me-lhorias no trabalho da humanidade. Ferramentas, sistemas de segurança, máquinas, descobertas, invenções contribuíram para a qualificação do trabalho e o cuidado com os trabalhadores. Todo o trabalho pode ser feito para a glória de Deus. Na edificação da obra do Senhor, os trabalhadores colaboram para aperfeiçoar o mundo criado por Ele.

Na vida da família da Neusa, do Hilário, do Júnior e da Larissa, por exemplo, a máquina fotográfica ocupa o centro das atenções e é fonte primorosa de aquisição do necessário para viver. Para eles, fotografar “é uma responsabilidade, uma estratégia e uma evangeliza-ção”. A responsabilidade “consiste em estar disponível e prestar o ser-viço necessário aos fatos e aconte-cimentos que exigem a presença do profissional da fotografia”. “Colocar-se no lugar adequado, sem prejudicar o andamento e a ação que está sendo feita, requer conhecimento e percepção para não chamar mais atenção do que os protagonistas da cerimônia”. Evangeli-zar “é a postura correta, favorecendo que os sacramentos e as celebrações possibilitem aos participantes a riqueza da graça divina a ser dada por Deus”.

O Júnior, muito alegre com o trabalho, comenta o seu grau de satisfação em fotografar muitas celebrações na paróquia. Diz: “Tenho recebido elogios pela maneira que faço o meu trabalho. Procuro não atrapalhar e ser o mais discreto possível. Muitas vezes, não consigo pegar todos os detalhes, pois tenho o respeito e a compreensão da riqueza do momento celebrativo. O valor do sacramen-to é muito mais importante do que o valor da imagem. Concebo que a importância maior está no coração e na alma de quem recebe determinado sacramento do que na imagem externa”. “Às vezes recebo críticas por não ter captado todos os detalhes. Com humildade, converso com as pessoas sobre a profundidade, sobre o mistério e a ação de Deus. Digo que não tenho o direito de pri-var alguém desse momento litúrgico tão importante em sua vida”.

A família comenta: “Trabalhamos em sintonia com as orientações da Igreja. Inclusive, nossos padres e até Dom Mauro, arcebispo de Cascavel (PR), têm manifestado seu contentamento com o nosso trabalho. Eles têm dito: não atrapalhem as celebrações nem queiram ocupar o lugar do presidente da celebração. Isso, sem dúvida, melhora a nossa participação na hora de fotografar. Cada vez mais,

e contando com inúmeras máquinas amadoras e semi-profissionais, que proporcionam satisfação aos usuários, o grau de aceitação do nosso trabalho exige qualificação”. O pai, Hilário, gerente de vendas, partilha da alegria de ver a esposa e os dois filhos com as máquinas sempre prontas para servir. Para ele, que por anos ajudou na celebração do Batismo, “os fotógrafos devem cumprir o seu papel sem tirar a beleza do rito celebrativo. As pessoas gostam de profissionais que ajudem nas celebrações, e não que as perturbem. A apresentação, o jeito de vestir, não correr dentro das igrejas, tudo favorece para o bom andamento e para a alegria de todos os presentes na assembleia”.

Da mesma forma como fotografar é um bom trabalho, os demais ofícios, que são tantos, igualmente merecem respeito e consideração. A importância do trabalho é pro-porcional ao valor que o trabalhador lhe confere, assim como sua dignidade santificadora. Convém ter presente que a pessoa que trabalha é mais importante do que o produto produzido e superior ao capital adquirível com a capacidade produzida. Como seria bem melhor se os trabalhos fossem feitos para a maior glória de Deus, por intercessão de São José Operário, cuja festa celebramos no dia primeiro de maio! Por fim, pare um instante e reflita sobre seu cotidiano. Quem sabe, e por que não, busque ser um trabalhador feliz.

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 27

Page 16: Revista Rainha Maio 2012

06 de maio de 2012

5º domingo da pásCoa

1ª leitura: At 9,26-31

Salmo: Sl 21(22),26b-27.28.30.31-32 (R/.26a)

2ª leitura: 1Jo 3,18-24

Evangelho: Jo 15,1-8

Branco | I Semana do Saltério

O Evangelhoem sua Vida

Ano B • MAIo 2012

COORDENAçãO: Pe. Edgar Xavier Ertl, SACCOMENTÁRIOS DESTA EDIçãO: Pe. Ademar Luiz Fighera, SAC

37O EvANGELHO EM SUA vIDA ABRIL • 2012

1ª Leitura: Antes da conversão a Cristo, Paulo era grande perseguidor da Igreja. Entende-se, portanto, que, como nos diz a leitura de hoje, os cristãos continuavam a ter medo dele e, antes de acolhê-lo na comunidade, queriam certificar-se da sinceridade de suas intenções. Barnabé, discípulo muito conhecido e estimado, que por causa do Evangelho vendeu tudo o que tinha e dedicou-se a Cristo, e que conhecia muito bem Paulo, interveio para resolver a

situação. Os Atos dos Apóstolos narram esse fato não apenas para informar so-bre a vida de Paulo, mas para acentuar que ele, convertido, não queria viver e trabalhar à margem da Igreja, das auto-ridades constituídas. Por isso, foi ao en-contro dos demais discípulos. Teve di-ficuldades no início, sofreu perseguição e ameaça de morte, desconfiaram dele, mas ele não desani-mou. O convite para nós é de sabermos acolher em nossas comunidades as pessoas que decidem mudar de vida e seguir Cristo; de não desanimarmos diante das dificulda-des que se nos apresentam na vivência da fé e na missão; de procurarmos sempre a unidade, apesar das dificuldades e incompreensões. A coragem de Paulo em enfrentar as dificuldades por amor a Cristo é um estímulo para todos nós e para as nossas comunidades cristãs.

2ª Leitura: Por vezes, em nossa vida, podemos ter dúvidas se estamos realmente unidos a Cristo. São João responde a essa questão de maneira muito clara e consoladora, di-zendo que há um sinal inconfundível dessa união geradora de vida em nós e nos outros: as obras do amor. Um amor vivido não somente em palavras, mas feito ação concreta. Todos nós temos defeitos e falhas, nem sempre agimos corretamente, nem tudo foi perfeito em nosso agir, mas,

Quem permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto

Page 17: Revista Rainha Maio 2012

38O EvANGELHO EM SUA vIDA ABRIL • 2012

diz-nos a leitura, Deus é maior do que nosso coração. E, se em nossa vida encontrarmos obras de amor, pode-mos serenar nosso coração. Isso porque quem ama com obras está unido a Cristo, já que nenhum ramo pode dar frutos sem essa união. E um ramo que está produzindo frutos (obras de amor) está unido à árvore (Jesus Cristo e seu projeto do Reino). Somos convidados a aprofundar nossa disposição de continuarmos unidos a Cristo, a vi-ver o amor, além das palavras, com obras em favor das pessoas.

Evangelho: Inicialmente é bom recordarmos que a imagem da videira foi utilizada muitas vezes no Antigo Testamento para descrever a infidelidade do povo. “Eu havia te plantado como uma vinha excelente, como, pois, te transformaste numa vinha bastarda?” (Jr 2,21). Sabemos que a videira é uma planta que necessita de muitos cuida-dos e que o vinhateiro não pode poupar esforços se quiser colher bons frutos. Os profetas viram, no carinho do vi-nhateiro para com a vinha, uma imagem do amor de Deus para com o seu povo e, na falta de frutos, uma imagem da infidelidade. Jesus apresenta-se como “a videira verdadei-ra”, plantada por Deus, que soube responder plenamente ao amor do dono produzindo frutos. O povo de Israel tinha sido uma “falsa”, uma péssima videira. Tanto que Deus pensou em arrancá-la. A videira não é só a cepa, que é Jesus, mas tem os ramos, que são os discípulos. E quem produz os frutos são os ramos. Portanto, Jesus continua a produzir os frutos de amor que o Pai pretende através dos seus discípulos. Para isso, é necessário permanecer

unidos ao tronco, a Jesus. Ao contrário, tornam-se ramos secos, morrem e não produzem nada. Jesus é muito claro ao dizer que “sem mim nada podeis fazer”. Portanto, toda a nossa ação em favor dos outros será eficaz e duradoura se resultar dessa união constante ao tronco, que é Jesus Cristo. Um ramo, mesmo separado do tronco, pode pa-recer verde por algum tempo, mas logo começará a secar e a morrer. Os ramos secos serão retirados, como se faz nos parreirais, recolhidos e queimados. Ao falar dos ramos secos da videira, que é a Igreja, Jesus convida todos os seus discípulos a manterem-se unidos a Ele para não secarem. Também faz ver que na nossa Igreja nem tudo é bom; há ramos secos que só incomodam e ocupam lugar; o tronco é bom e tem muitos ramos que deram e continuam a dar muita uva; não se pode condenar toda a Igreja por causa de alguns ramos secos. Sejamos ramos sempre unidos ao tronco que é Jesus Cristo para continuarmos a produzir sempre mais frutos em favor de todas as pessoas.

Leituras da semanaSeg.: At 14,5-18 | Sl 113B(115),1-2.3-4.15-16 (R/. 1) | Jo

14,21-26. Ter.: At 14,19-28 | Sl 144(145),10-11.12-13ab.21 (R/. cf. 12a) | Jo 14,27-31a. Qua.: At 15,1-6 | Sl 121(122),1-2.3-4a.4b-5 (R/. cf. 1) | Jo 15,1-8. Qui.: At 15,7-21 | Sl 96(96),1-2a.2b-3.10 (R/. cf. 3) | Jo 15,9-11. Sex.: At 15,22-31 | Sl 56(57),8-9.10-12 (R/. cf. 10a) | Jo 15,12-17. Sáb.: At 16,1-10 | Sl 99(100),2.3.5 (R/. 2a) | Jo 15,18-21.

Um enfermeiro, o motorista da ambulância e o doutor Fagundes conversavam descontraidamente diante do

hospital. Os três, rigorosamente uniformizados, com seus respectivos trajes de trabalho.

Um carro vistoso estacionou a poucos metros. Elegan-temente bem vestida, salto alto, uma senhora desceu do veículo e foi perguntando estrepitosamente:

– Onde posso encontrar o médico-chefe deste hospital?– Às suas ordens, minha senhora. Em que posso

servi-la?Ríspida, alteando a voz mais ainda, ela desfechou:– Será que você é surdo, homem de Deus? Estou per-

guntando pelo médico da casa...– Sou eu, minha senhora. Em que posso ajudá-la?– Médico, o senhor? Com esse uniforme brega, des-

botado, sem categoria? Deve haver algum equívoco nessa história...

– Equivoquei-me também, e peço desculpas. Ao vê-la aproximar-se assim elegante e bem vestida, imaginei que

a senhora nos cumprimentaria educadamente, desejando um alegre bom dia, antes de fazer qualquer pergunta...

Inconformada e hostil, a mulher virou as costas e encaminhou-se ao carro, fazendo cantar ostensivamente os quatro pneus na arrancada...

Lição: quem vê fisionomias nem sempre atinge as al-mas, o íntimo das pessoas. As máscaras escondem rostos e personalidades, assim como as aparências enganam e mentem, frequentemente.

“É pelos frutos que se conhecem as árvores”, assegu-rava Cristo em suas pregações pelas estradas da Palestina. Assino o veredito da psicologia comportamental: não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa possa brilhar, acontecer.

Pe. Roque Schneider, SJ

As aparências enganam

Page 18: Revista Rainha Maio 2012

Galeria

QUER QUE TODOS OS SEUS AMIGOS vEJAM AS SUAS FOTOS?

pallotti.com.br/rainhaFotos publicadas na seção Galeria de cada mês.

No dia 27 de novembro de 2011, na Capela Santa Inês de Linha Dois Norte, Silveira

Martins (RS), Paróquia de Santo Antônio de Pádua, o Pároco Vilson Venturini instituiu ambas como Ministras da Comunidade no Ministério Extraordinário da Eucaristia, Palavra e Exéquia.

A comunidade parabeniza a ambas pelo SIM que assumiram.

Ieda Stradiotto Granzottoe Neida Delamea

Homenagem Póstuma a

Gentil BertéCarazinho (RS)

Faleceu aos 86 anos, no dia 28/11/2011, o Sr. Gentil Berté, de Carazinho (RS). Homenagem da esposa, Elsa Rovadoski Berté, e

dos filhos Adélfia, Anislei, Aida, Anelise, Rui, Antônio, Éverton, André, Marlon e Luciana, os onze netos e dois bisnetos.

Querido esposo, pai, vô e bisavô! Queremos expressar toda a nossa gratidão pela alegria de estar contigo todos os anos das nossas vidas. Obrigado pelo exemplo de fé, amor e carinho que compartilhaste conosco.

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará”. Elsa Rovadoski Bert

Michele MichelinGranzotto

Colou grau em Pedagogia pelo Centro Universi-

tário Franciscano | UNIFRA no dia 14 de janeiro de 2012. Que esta conquista traga mui-tas realizações e que você seja muito feliz. É o que desejam seus pais Neiva e Gilberto Granzotto.

Ela reside em Linha Dois Norte – Silveira Martins (RS).

Paróquia Santo Antônio de Pádua

Rafael Deodoro KlafkePorto Alegre (RS)

Homenageia a irmã

Elma Klafke (Irmã Franciscana Bernardina)pelos seus 83 anos, comemorados em Dom Feliciano (RS). Na foto, a irmã Elma, é a segunda da esquerda para a direita, com seus seis irmãos.

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS58

Page 19: Revista Rainha Maio 2012

Valdir Balbinot

No dia de sua instituição como Ministro da Eucaris-tia e da Esperança, na Paróquia São João Batista,

de Arvorezinha (RS).Com grande alegria, seus pais Ricieri e Amabile

Balbinot, sua esposa Nilva e os filhos Leonice e Moacir, participaram deste importante momento.

Que Deus lhe dê sabedoria para desempenhar sua missão de Ministro junto à nossa comunidade.

Homenagem às Bodas de Ouro

josé e Eugenia

No dia 09 de abril de 2011 o casal agradeceu a Deus pelas graças recebidas ao longo dos seus

cinquenta anos de casados. Eles celebraram a data juntos com seus seis filhos, noras, genros e amigos em uma missa na igreja São Pedro, de Presidente Kennedy - Verê (PR). Logo após a cerimônia, todos confrater-nizaram no Esporte Clube Floresta.

A irmã Leocádia faz umaHomenagem Póstuma ao

Pe. Ervino lerner (1928-2008)

Sou assinante e acompanho a Revista Rainha dos Após-

tolos há mais de trinta anos. Gostaria que divulgassem a vida e a morte do meu irmão, o Pe. Ervino Lerner. Ele faleceu com

oitenta anos, um mês e um dia, em 25 de outubro de 2008.O Pe. Ervino nasceu em São José do Maratá, município

de Porto União (SC), em 24 de setembro de 1928. Filho de Nicolau Bertolino Lerner e Tereza Maria Lerner, vinha de uma família muito humilde e religiosa. Sua vida foi cheia de sacrifícios e renúncias.

Tudo isso, no entanto, não impediu que seguisse o chamado de Deus e fosse ordenado sacerdote em 16 de dezem-bro de 1956, com 28 anos.

Ele assumiu várias funções na sua vida sacerdotal, como professor de seminário e vigário de Peritiba (SC), cuja cidade lhe outorgou o título de Cidadão Honorário. Gostava de música clássica, de arte dramática (chegou a formar um grupo de teatro) e de estudar Parapsicologia.

Destacava-se na Pastoral e no aconselhamento às pes-soas. Seu jubileu sacerdotal foi comemorado com muita festa e reconhecimento do povo em 2006. Que Deus o recompense por toda sua dedicação e o acolha para sempre no céu!

Leocádia Lerner SchafaschechPoço Preto | Irineópolis (SC)

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 59

Page 20: Revista Rainha Maio 2012

CulináriaReceitas Testadas por cesaR buffeT

INGREDIENTES1 xícara de espinafre picado6 folhas de alface1 cebola roxa média picada1 pimentão vermelho picado400 g de peito de frango em tirinhas2 colheres de sopa de azeite de oliva

ou óleo de soja2 colheres de vinagre balsâmico ou de vinho½ xícara de águaSalPimenta do reino

INGREDIENTES2 chuchus1 lata de sardinha1 colher de manteiga1 cebola média picada½ xícara de cubinhos de pão fancês4 colheres de leite1 ovo batido1/3 de xícara de farinha de rosca

Salada de Frango

ChuChu reCheado

MODO DE PREPAROCortar o frango em tirinhas e temperar com sal e pimenta. Em uma frigideira, fritar o frango com o azeite de oliva até as tirin-

has ficarem douradas. Retirá-las da frigideira, colocar em uma travessa e reservar. Adicionar à frigideira o espinafre, a cebola e o pimentão. Colocar a água e o vinagre balsâmico. Refogar por uns 3 min. Despejar por cima do frango e guarnecer com a alface.

MODO DE PREPAROCozinhar os chuchus até que fiquem macios. Cortá-los ao meio, retirar as sementes e um pouco da polpa. Picar

a polpa e reservar. Colocar o pão de molho no leite e ovo, reservar. Refogar a cebola na margarina, acrescentar a sardinha (pode-se cortar em pedaços), a polpa picada e pão (que estava de molho no leite e ovo). Deixar o refogado secar um pouco. Colocar as metades dos chuchus em forma refratária untada e espalhar o refogado. Polvilhar com farinha de rosca, assar em formo médio préaquecido por uns 20 min. ou até que dourem.

Fone: (51) 3341-4188cesarbuffet.com.br

[email protected]

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 61

Page 21: Revista Rainha Maio 2012

INGREDIENTES4 ovos2 xícaras de açúcar1 pitada de sal½ colher de sopa de margarina2 xícaras de farinha de trigo1 xícara de suco de laranja1 colher de sopa de fermento em pó50 pelotines número 2 ou 150 forminhas de empadinhas

INGREDIENTES1 xícara de uvas verdes½ limão descascado2 laranjas descascadaságua mineral com gás

Cup Cake de laranja

SuCo Matinal

reFreSCante

MODO DE PREPAROBater no liquidificador os ovos, o suco, o sal, o açúcar e a margarina. Transferir para uma vasilha e acrescentar a

farinha e o fermento peneirados, misturar. Colocar as pelotines nas forminhas de empadinhas e encher até a metade. Assar em formo médio por uns 20 min. Decorar a gosto.

MODO DE PREPAROExtrair o suco das uvas, depois o do limão e, por fim,

o das laranjas. Depois acrescentar a água mineral (a gosto) até completar um ou dois copos grandes. Mexer e está pronto o suco! Michelle Girardi

www.agenciatabor.com.br

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS62

Page 22: Revista Rainha Maio 2012

Artesanatorosa Poletto

Material• 60cm de crepe de seda de estampa de sua preferência.• Tesoura

Echarpe para o Dia das Mães

Modo de fazer• Recortar o crepe em tiras de 5cm• Abrir as tiras fazendo um nó a 10cm do início nas duas pontas

MAIO • 2012RAINHA DOS APÓSTOLOS 63

Page 23: Revista Rainha Maio 2012

Rua Tupi, 212Fone: (51) 3341-3055

www.colegiopallotti.com.br

Rua Tupi, 212 - Porto Alegre (RS) Fone: (51) 3441-3055

www.colegiopallotti.com.br

A autora, colaboradora desta Revista, é artesã

• Fazer novamente um nó no meio e passar uma tira por dentro em todas as tiras, da primeira à sétima.• Depois fazer o mesmo de cada lado do nó do meio.

• Nas pontas, para um acabamento melhor, recorte tirando os filetes.• Está pronto uma echarpe diferenciada e personalizada.

MAIO • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS64