revista plásticosul #90
DESCRIPTION
Ed. 90 da Revista Plástico Sul, a melhor revista técnica sobre plástico do Sul do Brasil. Artigos, reportagens e entrevistas técnicas sobre as maiores empresas do ramo petroquímicoTRANSCRIPT
a série das entrevistas exclusivas a revista Plás-
tico Sul apresenta mais um peso pesado do se-
tor petroquímico: Augusto Di Donfrancesco. Pri-
meiro foi Vítor Mallman, da Quattor, depois José Carlos
Grubisich, da ETH e agora a repórter Melina Gonçalves
desvenda os segredos da Solvay Indupa em uma conver-
sa interessante com o CEO da empresa. Ele abre o jogo
sobre a Solvay, uma companhia de 145 anos de atuação com os olhos sempre
voltados ao futuro, focado na produção sustentável.
O Grupo está por trás da Solvay Indupa, empresa líder na produção de
PVC e soda cáustica no Mercosul, que anunciou este ano grandes investi-
mentos em expansões e ações voltadas à sustentabilidade. São US$ 135
milhões destinados à ampliação da capacidade de produção das plantas de
PVC, VCM e Soda Cáustica. Outro passo importante será uma planta de etileno
via etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, integrada à Unidade de
VCM e permitirá a produção do PVC Verde.
A edição também apresenta uma interessante abordagem sobre a
preocupação com o meio ambiente e a reciclagem, em busca de uma
produção “limpa”. Também merecem destaque a prévia da Feiplar & Feipur,
a inauguração do Centro de Distribuição da Deb’Maq em Camanducaia
(MG), o anúncio do investimento da Lanxess na usina de energia que
usará bagaço de cana-de-açúcar, além do novo lançamento da Solid Works.
Mais novidades sobre a Plastech Brasil e Tecnoplast e notícias do setor
na coluna Plástikos e Bloco de Notas. Nota: por questões técnicas a re-
portagem sobre o Plástico na Indústria de Cosméticos e Produtos de
Higiene e Beleza, sairá na próxima edição.
Julio Sortica - Editor
Solvay, meio ambiente ereciclagem: temas essenciaisN
ihvcwshdvcsdvcudbvcsjh
///Carta ao leitor
ED
ITO
RIA
L0
3P
lást
ico S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
8
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
pwshdv
pertinentes à área, entidades representati-
vas, eventos, seminários, congressos,
fóruns, exposições e imprensa em geral.
Opiniões expressas em artigos assinados
não correspondem necessariamente àquelas
adotadas pela revista Plástico Sul. É
permitida a reprodução de matérias
publicadas desde que citada a fonte.
Tiragem: 8.000 exemplares.
Filiada à
ANATEC - Associação Nacional
das Editoras de Publicações Técnicas,
Dirigidas e Especializadas
Plástico SulConceitual Press
www.plasticosul.com.brAv. Protásio Alves , 3032 / 303
CEP 90.410-007 - Porto Alegre - RS
Fone: 51 3062.4569
Fax: 51 3383.1098
Diretora:
Sílvia Viale Silva
Editor:
Júlio Sortica - DRT/RS nº 8.244
Jornalista Responsável:
Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844
Departamento Financeiro:
Claudemar da Cunha e Rosana Mandrácio
Departamento Comercial:
Bruna Rosa, Débora Moreira,
João Zanetti e Sandra Tesch
Representante em Nova Iorque
(EUA): Rossana Sanchez
Representante em Caxias do Sul:
Nédy Conde (54 9126.9937)
Design Gráfico & Criação Publicitária:
José Francisco Alves (51 9941.5777)
Plástico Sul é uma publicação da editora
Conceitual Press, destinada às indústrias
produtoras de material plástico
de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos
Estados da Região Sul e no Brasil,
formadores de opinião, órgãos públicos
04
SU
MÁ
RIO
EX
PE
DIE
NTE
ihvcwshdvcsdvcudbvcsjh
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
8
ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
Elle
n Zu
rita
/PS
0604 Editorial
/// Carta ao Leitor
06 EntrevistaAugusto Di Donfrancesco,
CEO da Solvay Indupa
20 Destaque/// Meio Ambiente
e Reciclagem
Um tema que em alta
34 EventosFeiplar Composites
& Feipur 2008
Plastech 2009
confirma crescimento
Tecnoplast 2009 terá
rodada de negócios
44 MercadoDeb’Maq inaugura
CD em Minas Gerais
Lanxess investe em
usina sustentável
48 TecnologiaSai a versão Solid
Works 2009 Premium
49 Bloco de NotasNovidades do setor
50 Coluna PlástikosPor Júlio Sortica
/// Plástico Sul # 90 - Setembro de 2008/// Plástico Sul # 90 - Setembro de 2008
São Paulo: Augusto Di Donfrancesco, CEO da Solvay Indupa, concedeu entrevista exclusiva à jornalista Melina Gonçalves
Capa desta edição: além da foto de
Augusto Di Donfrancesco, obra de EllenZurita, temos uma imagem do novo
centro de distribuição da Deb’Maq,gentilmente cedida pela empresa.
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
85
pwshdv
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
86
EN
TR
EV
ISTA
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
80
6
///Augusto Di Donfrancesco///Augusto Di Donfrancesco
Solvay,
Uma empresa de 145 anos de atuação com os olhos sempre volta-
dos ao futuro. Essa é a visão do Grupo Solvay, uma Companhia
dedicada a produtos farmacêuticos, químicos e plásticos. O Grupo
está por trás da Solvay Indupa, empresa líder na produção de PVC e
soda cáustica na Região Mercosul, que anunciou este ano grandes
investimentos em expansões e ações voltadas à sustentabilidade
com o objetivo de consolidar sua competitividade em um mercado
regional e internacional crescente. Até 2010 serão investidos, ao
todo, US$ 300 milhões em ampliações de PVC, VCM e soda cáustica.
Outro passo importante será a instalação de uma planta de etileno
via etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, que será integra-
da à Unidade de VCM e permitirá a produção do PVC Verde.
om escritórios em Buenos
Aires (Argentina) e São Paulo
(Brasil) e dois complexos in-
dustriais, um no Pólo Petroquímico de
Bahía Blanca (ARG) e outro em Santo
André (BRA), a Solvay Indupa empre-
ga mais de 700 pessoas de forma dire-
ta e gerando cerca de 800 empregos
indiretos. É cotada na Bolsa de Comér-
cio de Buenos Aires desde 1961 e tem
listagem autorizada na Bolsa de Valo-
res de São Paulo para oferta pública de
Brazilian Depositary Receipts (BDR’s).
A empresa pertence ao Grupo Solvay,
com sede em Bruxelas (Bélgica), que
está entre os quatro maiores fabrican-
tes mundiais de PVC e é o segundo da
Europa. No mercado de soda cáustica
ocupa o terceiro lugar no ranking mun-
dial e é o primeiro produtor europeu.
No escritório da empresa em São
Paulo (SP), o CEO da Companhia, Au-
gusto Di Donfrancesco, abre o jogo
e relata com detalhes as inúmeras
ações da empresa em prol de um fu-
turo mais sustentável ao planeta e
explica: mais que investimentos, es-
sas ações fazem parte de uma filoso-
fia da Solvay onde a preocupação com
o amanhã é constante. Italiano de
nacionalidade e engenheiro químico
de formação, Di Donfrancesco tem
embasamento quando fala de Solvay.
O executivo está na companhia desde
1987, o que significa que são 21 anos
de experiência dentro deste setor.
Alvo de críticas no passado,
hoje o PVC parece viver em paz com
o meio ambiente, graças a uma ini-
ciativa forte de empresas como a
C
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
87
por um futuro sustentávelSolvay em desmitificar com embasa-
mentos científicos diversos precon-
ceitos existentes. Na entrevista ex-
clusiva à repórter Melina Gonçalves,
da Plástico Sul, o leitor poderá con-
ferir os investimentos, planos de ex-
pansão, preocupação ambiental, e
outras questões que fazem da Solvay
Indupa uma Companhia que não só
produz PVC, mas fabrica idéias para
tornar o mundo mais sustentável.
Plástico Sul - Além de PVC, quais sãoos outros produtos que a SolvayIndupa oferece ao mercado?Augusto Di Donfrancesco - Essenci-
almente são três: PVC, Soda Cáustica e
Polietileno (PE). A predominância está
no PVC e Soda Cáustica. A escala de PE
hoje está por volta de 80 mil tonela-
das como capacidade, mas estamos
aproveitando entre 30 e 40 mil para
um nicho de clientes muito específi-
co. A marca de polietilenos Solvay está
direcionada a um nicho de mercado
tecnologicamente avançado.
PS - Qual o faturamento da SolvayIndupa Brasil e Argentina?Di Donfrancesco - O faturamento glo-
bal em 2007 é ao redor de US$ 750
milhões, onde 70% está no Brasil e
30% na Argentina e Mercosul. Para
contextualizar é importante dizer que
o Grupo Solvay tem três áreas de ati-
vidade: plásticos, químicos e farma-
cêuticos. A Solvay Indupa está den-
tro da área de plásticos. O Grupo fa-
brica fármacos, peróxidos em Curitiba,
compostos de PVC através da Dacarto
Benvic, polímeros especiais que uma
parte vem de fora do Brasil e revende
aqui através da Solvay Química, e tem
a Energic que faz tanques de com-
bustíveis e outras partes. Então há
uma holding que é a Solvay do Brasil
e várias empresas embaixo do Grupo
Solvay: Solvay Indupa, Solvay Quími-
ca, Dacarto Benvic, Peróxidos do Bra-
sil e Solvay Farma. A maior do Grupo
é a Solvay Indupa.
PS - Qual a importância da SolvayIndupa dentro do Grupo Solvay?Di Donfrancesco - O Grupo Solvay
fatura mundialmente 10 bilhões de
euros. A região sul americana repre-
senta 10% do faturamento, e 80%
da região é da Solvay Indupa. É uma
sociedade que tem um crescimento
muito importante. Em dezembro de
2003 a Solvay Indupa faturava US$
350 milhões, terminamos 2007 com
US$ 750 milhões. Claro que quando
uma Companhia cresce, investe mui-
to. Estamos com um Ebtida de 20%,
o que para uma empresa como a nos-
sa é muito bom.
PS - Qual a capacidade de produçãoda Solvay?Di Donfrancesco - Globalmente temos
mais ou menos 300 mil toneladas de
soda cáustica nos dois países. São 120
mil toneladas produzidas no Brasil e
185 mil toneladas do outro lado. De
PVC são 245 mil em Santo André em
PVC suspensão e emulsão, e em Bahia
Blanca 220 mil de PVC suspensão. Esta
é a situação de hoje.
Por Melina Gonçalves - Especial, de São Paulo - Fotos de Ellen Zurita
“A maior do grupo é a
Solvay Indupa... Em
dezembro de 2003 a Solvay
Indupa faturava US$ 350
milhões, terminamos 2007
com US$ 750 milhões.”
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
80
7
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
88
PS - Quais são os planos de expansãoda Companhia?Di Donfrancesco - A expansão vai
somar 50 mil toneladas a mais de so-
da cáustica no Brasil, passando para
170 mil e aumentar 55 mil tonela-
das de PVC passando de 245 mil para
300 mil toneladas. Estamos gastan-
do nessa primeira fase US$ 165 mi-
lhões em Santo André. Na segunda
fase, prevista para terminar em final
de 2010, vamos passar para 235 mil
toneladas de soda cáustica, 360 mil
de VCM e 350 mil de PVC. Ou seja,
com as duas expansões, até 2010,
Santo André vai ter 105 mil tonela-
das a mais de PVC e 115 mil tonela-
das a mais de soda cáustica. Nessa
segunda fase serão US$ 135 milhões
em investimentos.
PS – Esse processo está inserido den-tro de uma filosofia mais ampla daempresa?Di Donfrancesco - Gostaria de dizer
que não é somente um aumento de
capacidade, mas tem outro sentido.
Existem três pilares para realizar o que
chamamos de crescimento sustentável:
expansão para aumentar a produtivi-
dade; trabalho integrado ou seja, ter
que trabalhar nossa planta de forma
integrada, tendo monômero produzi-
do na mesma planta que se produz PVC,
associando os insumos básicos que na
nossa produção são essencialmente três:
sal, etileno e energia elétrica. Por isso
nosso plano de expansão soma tonela-
das de PVC e soda cáustica, mas ex-
pandindo a produção de VCM, diversi-
ficando os recursos de etileno, princi-
palmente os da central petroquímica.
Na segunda fase de expansão estamos
fazendo uma linha de produção de
etileno a partir da cana-de-açúcar. Se-
rão 60 mil toneladas de bio-etileno,
que produzirão 120 mil toneladas de
PVC verde, composto de sal e açúcar.
PS - Quais os planos da empresa emrelação a energia elétrica?Di Donfrancesco - Outra questão
que estamos agilizando é integrar
uma usina de eletricidade. Desen-
volvemos um projeto de construção
de uma central de geração de ener-
gia elétrica na Argentina, na nossa
planta de Bahia Blanca, com 165 MW,
quer dizer, muito mais energia do
que necessitamos. Essa central atua
em joint venture com uma empreen-
dedora argentina e teremos 58%
dessa sociedade. O restante será ven-
dido ao mercado. Então esse é um
projeto da Argentina, mas estamos
estudando também de participar de
projetos de central hidráulica e
biomassa no Brasil.
PS – E o terceiro pilar, qual o signifi-cado?Di Donfrancesco - O terceiro pilar é
operação sustentável: a verdade é que
cada um tem que fazer a sua parte. Nós
trabalhamos nesse sentido e, toda vez
que fazemos ampliação de capacidade
e up grade tecnológico, vamos nos aten-
tar para uma operação mais “verde”.
Poderíamos ter expandido nossa capa-
cidade com etileno fóssil, mas não, fi-
zemos uma planta que terá custos, mas
abrimos uma segunda via, uma via
agroquímica, de bio-etileno. Podería-
mos continuar expandindo a produ-
ção de soda cáustica através do mer-
cúrio, mas decidimos converter toda a
produção à membrana.
A partir do final desse ano não haverá
mais produção de soda cáustica de
mercúrio, e sim de membrana. A nós
parece importante dizer que não é sim-
plesmente uma expansão de capacida-
de mas uma troca filosófica importan-
te de visão industrial.
PS - O PVC verde é uma ação pioneirano mundo?Di Donfrancesco - O etileno a partir
da cana-de-açúcar para a Solvay é uma
volta ao passado. Estamos construin-
do essa planta de 60 mil toneladas por
ano de etileno, mas em 1962, no mes-
mo lugar, a Solvay inaugurou a primei-
ra planta de etileno a partir do etanol.
Nos anos 80 abandonou-se a produ-
ção do PE verde porque o barril do
petróleo estava mais acessível. Resu-
mindo: temos mais de 40 anos de co-
nhecimento desta tecnologia.
Agora vamos ter um conceito novo es-
pecifico por VCM, uma nova tecnolo-
“Existem três pilares para
realizar o que chamamos
de crescimento
sustentável: expansão...
trabalho integrado e
operação sustentável.”
“Outra questão que agilizamos é
integrar uma usina de eletricidade”
///Augusto Di Donfrancesco
EN
TR
EV
ISTA
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
80
8
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
89
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
810
gia a ser integrada à unidade. Será a
primeira unidade da região, mas não
do mundo, pois já tem uma tecnolo-
gia semelhante na Índia. Não chega a
ter PVC verde porque tem uma produ-
ção muito limitada. Mas o etileno ver-
de hoje está sendo produzido nessa
pequena unidade indiana. Entretanto,
na realidade, o primeiro polietileno
verde foi realizado em 1962. A petro-
química base petróleo em São Paulo
chegou em 1972, e já fazíamos plásti-
cos há 10 anos quando a PQU foi cria-
da, tornando-se a primeira central
petroquímica no Brasil. Nós tínhamos
plásticos a partir do etanol há 10 anos.
PS - Porque esse produto é interes-sante?Di Donfrancesco - Para fazer o PVC é
necessário o petróleo, sal marinho e
energia elétrica. O que estamos fazen-
do é produzir o PVC a partir da cana-
de-açúcar, permitindo economizar
energia. Pois ao não utilizar a maté-
ria-prima do petróleo, mas da cana-de-
açúcar, o processo permite economi-
zar 300 mil toneladas por ano de gás
carbônico.
De toda a maneira o Brasil está limi-
tado na capacidade de etileno na
petroquímica, então fontes renová-
veis serão uma via obrigatória para
continuar o crescimento. Há uma ten-
dência mundial de realizar produtos
acabados com matéria-prima de ori-
gem natural. Então também seguimos
essa linha mundial, valorizando co-
mercialmente um produto conheci-
do no mercado que tem valências
como versatilidade e economia, o que
vai ser fundamental para o crescimen-
to de países emergentes, onde fal-
tam esgotos e casas.
PS - De quanto será o investimentopara a produção de PVC verde?Di Donfrancesco - Essa é uma infor-
“...não é simplesmente
uma expansão
de capacidade, mas
uma troca filosófica
importante
de visão industrial.”
Uma mostra de encanamento
feito com Solvin, da Solvay
Div
ulga
ção/
PS///Augusto Di Donfrancesco
Créditos de carbono: mais umpasso rumo à sustentabilidade
As ações da Solvay Indupa do
Brasil para preservar o meio ambiente
são mais amplas. A empresa recebeu
recentemente US$ 1,4 milhões prove-
nientes da primeira venda de créditos
de carbono originados na unidade
industrial de Santo André (SP/Brasil).
Os créditos de carbono são
oriundos da redução média de 42 mil
toneladas anuais de gases geradores
de efeito estufa. A obtenção dos cré-
ditos só foi possível graças à substi-
tuição de óleo combustível por gás
na alimentação das caldeiras e dos
fornos de pirólise na fábrica de Santo
André.
A Solvay Indupa (signatária do
Programa de Atuação Responsáve l-
Responsible Care) é a primeira empre-
sa do Pólo Petroquímico do Grande
ABC (São Paulo, Brasil) a obter crédi-
tos de carbono no âmbito do Proto-
colo de Kyoto.
“Estamos implementando nossa
estratégia de crescimento sustentá-
vel por meio de um conjunto de in-
vestimentos e ações focadas na efici-
ência tecnológica e na implantação
de processos inovadores. O objetivo
é garantir a sustentabilidade do nos-
so negócio e do meio ambiente da
forma mais ampla possível”, ressalta
Augusto Di Donfrancesco, CEO da
Solvay Indupa.
O projeto da planta de etileno,
baseado em etanol, fabricado a partir
da cana-de-açúcar, o que permitirá
produzir o primeiro PVC “verde” na
região, previsto para a segunda me-
tade de 2010, também credencia a
empresa a requerer novos créditos de
carbono num futuro próximo.
EN
TR
EV
ISTA
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
810
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
811
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
812
mação reservada, mas posso dizer que
a segunda fase de expansão, que con-
tém a construção de 60 mil toneladas
de etileno, a expansão de PVC e a ex-
pansão de soda, compreende em US$
135 milhões.
PS - Existe a intenção de, no futuro,realizar a substituição total do PVCdo petróleo para o PVC verde?Di Donfrancesco - Isso será progres-
sivo e vai depender de como e quanto
cresce o mercado e como ele irá rece-
ber essa novidade. O Brasil consome
por ano aproximadamente 1 milhão de
toneladas de PVC. Para nós está claro
que todas a novas expansões de capa-
cidade serão de PVC verde.
Quando vamos passar toda a capaci-
dade de produção para bio-etileno vai
depender da oportunidade, da dispo-
nibilidade de etanol, e outros fatores.
É certo que onde pudermos substituir
a matéria–prima fóssil pela renovável
sempre optaremos pela renovável.
PS - Qual será o consumo aparentede PVC para 2008?Di Donfrancesco - O ano de 2008 es-
tava muito forte, eu acreditava num
aumento em torno de 20% em relação
a 2007. Entretanto, nenhum lugar do
mundo está imune à crise global que
está acontecendo e nada pode ser pre-
visto. Atualmente, arriscaria que o ano
vai terminar com pelo menos 10% a
mais do que 2007.
PS - Qual o market share da SolvayIndupa?Di Donfrancesco - Estamos entre 30 e
40% no Brasil e entre 60 e 80% na
Argentina.
PS - Como funciona o processo co-mercial e de distribuição da SolvayIndupa?Di Donfrancesco - Trabalhamos de for-
ma direta. Temos um único distribui-
dor oficial no Brasil e o restante ven-
demos direto. Temos nossa equipe co-
mercial no Brasil e Argentina.
Bahia Blanca exporta 40% da sua pro-
dução e seu destino é Brasil, Uruguai,
Paraguai, Bolívia e Chile. Já a produ-
ção de PVC de Santo André (SP) é toda
destinada ao mercado interno.
PS - Qual a matéria-prima que maiscompete com PVC?Di Donfrancesco - A maior parte da
produção de PVC é destinada ao setor
de construção. Nesse segmento, os
outros materiais utilizados que com-
petem são o alumínio e polietileno. Nas
janelas, principalmente, o PVC tem
conquistado cada vez mais espaço, pois
é um material econômico e que tem
apelo ambiental. Se compararmos ao
polietileno, este é constituído de
100% de petróleo. Além disso, é um
material muito caro se comparado ao
PVC, porque o PVC é inorgânico, é sal
e por isso o custo é mais baixo. Tanto
que muitos transformadores que, quan-
do o barril de petróleo era muito bara-
to, trocaram o PVC pelo PP e PE agora
estão voltando ao PVC. O produto está
vivendo uma segunda adolescência.
O que vemos é que alguns produtos
como o vidro perdem terreno, en-
quanto outros como o PET só cres-
cem. Somente o PET ganha do PVC,
que está crescendo como o PP e mais
que o PE. Isso no período 2002 a
2007, numa esfera mundial.
PS - Quais são os principais mer-cados e tendências para aplicação?Di Donfrancesco - Cerca de 40% está
em tubos e conexões e 18% em janelas
e perfis. De 35 milhões de toneladas,
10 milhões estão na China. A tendên-
cia é que o PVC continue tendo muito
mais expansão em produtos destina-
dos a construção, como perfis, que
crescem muito forte. Na região sul ame-
ricana, 120 milhões de pessoas não tem
acesso a esgotos e água potável. Ou-
tro dado importante é que em países
desenvolvidos como EUA e Europa são
consumidos16 quilos de PVC por pes-
soa e na nossa região estamos consu-
mindo 4 quilos. O potencial é que haja
um aumento de pelo menos 2 ou 3
vezes no futuro. A tendência será o
PVC se especializar na construção e
também tomar posicionamento no
setor automotivo.
No caso das janelas de PVC, que é um
“O Brasil consome por ano
aproximadamente 1 milhão de
toneladas de PVC. Para nós
está claro que todas a novas
expansões de capacidade
serão de PVC verde.”
Principais mercados do PVC:
tubos, conexões, janelas e perfis
///Augusto Di Donfrancesco
EN
TR
EV
ISTA
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
812
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
813
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
814
dos mercados mais potenciais, elas es-
tão ganhando muito espaço nos con-
domínios horizontais onde o consu-
midor agrega valor ao item janela. Já
quando se compra um apartamento, o
consumidor não tem poder nenhum
sobre a decisão sobre o tipo da janela
que vai ser colocada. Então o avanço
nos condomínios verticais é mais len-
to, mas já está acontecendo.
PS – Isso se aplica também à redehoteleira? Porquê?Di Donfrancesco – Sim, por exemplo,
toda a rede de hotéis Íbis, Fórmula 1 e
Accor, só usam PVC nos seus hotéis. O
conforto térmico, acústico da janela
de PVC é imbatível. Ou seja, você pode
ficar num hotel de frente para a Aveni-
da Paulista, que você consome muito
menos energia e dorme virado para a
Avenida Paulista, sem barulho.
PS - O Plano de Aceleração do Cres-cimento já influenciou no consumode PVC em 2008 ou os resultados ain-da são pequenos?Di Donfrancesco - Já influenciou bas-
tante. A Solvay através do Instituto Trata
Brasil, entidade criada por empresas e
ONGs para conscientizar o brasileiro da
importância do saneamento básico, fez
um convênio com a Fundação Getúlio
Vargas que está estudando o impacto
da falta de esgoto/ saneamento na saú-
de. Hoje o cidadão não associa doen-
ça com presença de esgoto a céu aber-
to. A Fundação mostrou que há um
impacto direto nas comunidades onde
o esgoto ainda é um problema. A falta
de coleta e tratamento de esgoto é
muito maior do que se imaginava an-
tes do Trata Brasil, que trouxe a luz da
imprensa esses impactos que ninguém
conhecia: o impacto da falta de sane-
amento e esgoto no turismo, na saú-
de, educação e no trabalho. Através
da imprensa a idéia é mobilizar a po-
pulação para cobrar dos políticos.
Observamos que com o PAC houve uma
melhora no setor, todavia no ano de
2008 o melhor resultado vem da cons-
trução privada, que ainda é superior à
obra pública. Mas esse ano teve um
efeito sinérgico de obras públicas in-
fluenciadas pelo PAC e do outro lado a
construção civil.
PS - A casa de PVC teve resultadospositivos?Di Donfrancesco - Existem alguns pro-
jetos de casa de PVC. No Brasil há uma
liderada pela Vipal, que é um trabalho
próprio. Na Argentina tem um grande
produtor que desenvolve isso através
da matriz no Canadá há muitos anos. O
que observamos é que o PVC é um ma-
terial de longa duração. Mas pelas in-
formações que temos é difícil você ven-
cer o bloqueio de uma casa de plásti-
co. O latino tem a visão de que casa
tem que durar uma eternidade, dife-
rente do americano, onde a casa é algo
que muda muito. E quando se fala em
casa de plástico ainda existe resistên-
cia. Mas há lugares onde se está cres-
cendo muito, como na Venezuela, por
exemplo, onde a casa de PVC está em
ascensão e existem parcerias com em-
presas do próprio governo para esse
investimento. Na Argentina existem
vários condomínios de casa de PVC,
e no Brasil esse movimento está co-
meçando agora. Achamos que é uma
tendência, mas que ainda vai demo-
rar um tempo, é preciso fazer um
marketing mais agressivo para que
isso comece a acontecer.
PS - A crise mundial afetou os negó-cios da Solvay Indupa?Di Donfrancesco - A Solvay Indupa
passou pela crise de 1999 e pela crise
de 2001 que foi muito dura na Argen-
tina. A empresa saiu cada vez mais for-
te desses momentos, o que significa
que a crise pode ser também uma opor-
tunidade de fortalecimento e busca de
alianças. Pode haver não só problemas,
mas muitas oportunidades.
PS - Qual o desempenho da SolvayIndupa no Sul do Brasil?Di Donfrancesco - O Sul do Brasil está
se desenvolvendo muito. Creio que 15%
da economia global brasileira está lo-
calizada na parte sul. Os grandes trans-
formadores de PVC estão na região.
Estamos cuidando muito dessa parte
do Brasil, pois fica entre nossa planta
“...a crise pode ser
também uma oportunidade
de fortalecimento e busca
de alianças. Pode haver
não só problemas, mas
muitas oportunidades.”
PVC verde: um produto que é
ecológico e de fonte renovável
///Augusto Di Donfrancesco
EN
TR
EV
ISTA
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
814
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
815
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
816
de Bahia Blanca e da planta de Santo
André. O Sul se desenvolve por uma base
industrial forte, enquanto que o Norte
está fornecendo muito incentivo fis-
cal, o que também é uma forma de au-
xiliar no desenvolvimento. São duas
regiões que estão buscando uma filo-
sofia diferente de desenvolvimento.
Para nós, o Sul é o segundo lugar mais
importante depois de São Paulo. É mais
importante que Buenos Aires. Tanto que
possuímos uma filial em Itajaí (SC),
onde temos um armazém. Estamos in-
vestindo muito nessa região. Em ter-
mos de PVC o Sul sempre esteve muito
forte em tubos e conexões. Os dois
maiores fabricantes de tubos e vários
de porte médio estão na Região Sul.
Se situarmos entre o norte de Paraná e
Porto Alegre encontra-se um grande
“Houve uma série de
ataques dos quais a
indústria do PVC foi se
defendendo cientificamente,
porque só quem pode
decidir isso é a ciência.”
Nos projetos atuais de carros
novos, todos prevêem PVC
///Augusto Di Donfrancesco
volume de produção de tubos que é o
carro chefe do consumo de PVC.
Mas a região também é importante
para o PVC na parte de calçados, prin-
cipalmente de Novo Hamburgo (RS)
a Caxias do Sul (RS), onde é uma área
industrial muito importante para o
PVC. O produto está entrando muito
nesse mercado de calçados, tênis de
alta performance e roupas. Existe tam-
bém na região do Paraná e Santa
Catarina um pólo de produção de mol-
des e máquinas muito forte, o que é
importante. O sul estrategicamente
para o PVC sempre foi uma região
muito importante.
PS - O PVC sofre ataque de ambien-talistas?Di Donfrancesco - Hoje sofre menos,
mas já sofreu muito. Os ataques sem-
pre visavam o cloro, que é uma das
matérias-primas utilizadas na produ-
ção do PVC. Entretanto, o uso do cloro
está em vários setores, como por exem-
plo, água potável. Ainda está presen-
te em tratamento de alimentos, ferti-
lizantes, defensivos agrícolas, fabri-
cação de espumas, fabricação de soda
e papel. No final dos anos 1970
ambientalistas escolheram o cloro
como um alvo de ataque e fizeram uma
campanha ampla.
Como de todos os produtos de cloro o
mais visível é o PVC essa campanha
migrou para o produto. Houve uma
série de ataques dos quais a indústria
do PVC foi se defendendo cientifica-
mente, porque só quem pode decidir
isso é a ciência. Por isso, o PVC inves-
tiu forte nas universidades e em estu-
dos científicos para rebater todas es-
sas alegações. Eu diria que nos últimos
dez anos nós estamos vivendo um mo-
mento quase sem ataques ao PVC por-
que a própria ciência começou a mos-
trar que essas críticas não tinham sen-
tido do ponto de vista técnico. Nós
tivemos ataques muito fortes na área
de automóveis e hoje todas as auto-
motivas voltaram ao PVC, principalmen-
te porque é um plástico com custo
beneficio muito bom.
PS – E porque a indústria automotivavoltou ao PVC? Outras áreas reagi-ram?Di Donfrancesco - Houve a tentati-
va de substituir aplicações do PVC
por produtos mais caros e que tecni-
camente não conseguiam responder
as necessidades que o PVC respondia
a um custo muito mais barato. Os pro-
jetos atuais de carros novos todos
prevêem PVC. Outra área atacada no
passado foi a de brinquedos, e hoje
nunca se usou tanto.
Quando essas críticas começaram nos
anos 80 tínhamos uma produção mun-
dial em torno de 15 milhões de tonela-
das, hoje nós estamos em 35 milhões.
Desde que começaram esses ataques até
hoje o PVC cresceu muito. Isso signi-
fica que se alguém parou de usar no
passado, perdeu uma grande possibi-
lidade de crescer. O Grupo Solvay nas-
ceu há 145 anos. Em 145 anos essa
empresa trabalhou com a idéia de de-
senvolver os próximos 145 anos. Te-
nho orgulho de trabalhar para essa
companhia.
PS - Quais as ações sócio-ambientaisda Solvay?Di Donfrancesco - Temos muitas
ações no entorno de nossas fábricas,
tanto em Santo André quanto em
Bahia Blanca, mas também estamos
fora do entorno. Desenvolvemos uma
ação no Nordeste de construção de
EN
TR
EV
ISTA
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
816
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
817
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
818
///Augusto Di Donfrancesco
cisternas para famílias do semi-ári-
do. É muito bonito do ponto de vis-
ta social, porque é um projeto de
convivência com a seca.
A Solvay viabiliza a construção dessas
cisternas, porém mais do que a cons-
trução é a conscientização da família,
onde junto nesse mesmo “pacote” vai
o ensino sobre diversos temas como o
controle de natalidade para que a fa-
mília não tenha muitos filhos e a reti-
rada da criança do trabalho semi-es-
cravo do Nordeste.
Outra ação que é no entorno da nossa
EN
TR
EV
ISTA
fábrica em Santo André, onde existe
um projeto que é o Química e Natureza,
que trata sobre meio ambiente desde
1992. Temos recursos de US$ 5 a 10
milhões por ano para investir, entre as
duas plantas, exclusivamente em ações
para melhora ambiental. P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
818
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
819
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
0D
ESTA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
Novas ações em buscada produção limpaParece que, de repente, o universo industrial “acordou” para assumir de vez a sua parte na responsabilidade pela
preservação do meio ambiente por meio de ações em busca da sustentabilidade, seja na produção, uso e reciclagem
de produtos. Desta forma, os investimentos em fontes energéticas renováveis, ecologicamente corretas, na
produção de resinas com baixos índices de degradação no descarte e iniciativas na prevenção de danos à natureza,
já foram incorporados ao planejamento estratégico das empresas. Não se trata de modismo, mas de consciência
profissional e ambiental. Confira o que algumas das principais empresas da cadeia petroquímica-plástica estão
fazendo para não castigar o planeta. A natureza e, certamente a população mundial, agradecem.
Sabic espalha novas idéiasA Sabic Innovative Plastics tem
demonstrado preocupação com o
meio ambiente e desenvolve uma sé-
rie de ações nessa área. Com a tec-
nologia sustentável comprovada das
resinas Valox iQ* e Xenoy iQ*, a em-
presa está espalhando novas idéias
para aumentar a conformidade dos
fabricantes de produtos eletrônicos
com relação à preservação do meio
ambiente. Este material, fabricado
parcialmente com resíduos de plás-
tico pós-consumo, foi aprovado para
uso em vários componentes impor-
tantes de computadores, como ven-
tiladores internos de resfriamento,
envoltórios de dissipadores de ca-
lor, conectores e tampas de guarni-
ções externas.
Além disso, as resinas Flexible
Noryl* para fiação eletrônica tam-
bém podem aumentar a responsabi-
lidade ecológica por meio do uso de
um retardante de chamas livre de
halogênio. O investimento da Sabic
Innovative Plastics em soluções
com responsabilidade ecológica ofe-
rece aos consumidores de produtos
eletrônicos novas opções de mate-
riais. A empresa investe, mundial-
mente, por volta de US$ 200 mi-
lhões por ano em inovações. Parte
deste investimento é relativo ao de-
senvolvimento de resinas e soluções
que visam minimizar o impacto ao
meio ambiente.
“As resinas Valox iQ não são ape-
nas boas possibilidades para produ-
tos eletrônicos mais ambientalmente
corretos – elas já são usadas comer-
cialmente nos ventiladores de resfria-
mento de computadores’, disse
Hiroshi Yoshida, diretor global do
mercado de produtos eletrônicos da
Sabic Innovative Plastics. “Além dis-
so, estamos ampliando o portfólio da
iQ para incluir outros produtos com
responsabilidade ecológica, como as
blendas Xenoy iQ*, que combinam
Tecnologias Verdes: produtos da Sabic no carro-conceito Lincoln MKT
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
0
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
1
policarbonato amorfo e resinas
semicristalinas PBT, uma boa opção
para gabinetes e guarnições. Como
pioneira em soluções com materiais
avançados, a Sabic Innovative Plas-
tics acredita que produtos inovado-
res como as resinas iQ e Flexible Noryl
podem auxiliar os fabricantes de pro-
dutos eletrônicos a alcançar o suces-
so nos negócios.”
[Reciclagem] - As resinas
Valox iQ de politereftalato de butileno
(PBT) atendem aos requisitos de peças
livres de halogênio por meio do uso de
uma tecnologia exclusiva de retardante
à chama. Além disso, são parcialmente
derivadas de resíduos de plástico pós-
consumo, incluindo garrafas plásticas
de politereftalato de etileno (PET), o
que reduz o uso de combustíveis fós-
seis. Elas também reduzem a energia
de processamento e as emissões de CO2
da fabricação de plásticos em mais de
50% em comparação com outros plás-
ticos presentes no mercado atual.
Além de auxiliar os fabricantes
de produtos eletrônicos a atenderem
a requisitos ambientais como a
diretiva WEEE da União Européia
(Waste Electrical and Electronic
Equipment - Descarte de Equipamentos
Elétricos e Eletrônicos), as resinas Valox
iQ podem atender aos requisitos
opcionais de seleção de materiais da
Ferramenta de Avaliação Ambiental de
Produtos Eletrônicos (EPEAT - Electro-
nic Product Environmental Assessment
Tool), o que pode ajudar os fabrican-
tes originais de equipamentos a ob-
terem a certificação ouro.
Os computadores atuais podem
obter benefícios ecológicos importan-
tes ao usarem na fiação eletrônica as
resinas Flexible Noryl, sem halogênios
e com retardante de chamas. As resi-
nas Noryl de éter de polifenileno (PPE)
modificado oferecem a flexibilidade e
o desempenho de processamento do
policloreto de vinila (PVC), além das
vantagens do retardante de chamas
livre de halogênio, da baixa gravida-
de específica e de uma melhor resis-
tência à abrasão. As resinas Flexible
Noryl podem substituir o PVC em vári-
as aplicações, como cabos de alimen-
tação elétrica, cabos SATA e cabos DC.
Além de atender às regulamentações
existentes, como RoHS e WEEE, os ma-
teriais são certificados conforme as
especificações UL1581 para 80 C, 90
C e 105 C e são usados comercial-
mente em várias configurações de
cabos em todo o mundo.
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
2D
ESTA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
[Inovação] - Outro exemplo de
inovação da Sabic Innovative Plastics
é o desenvolvimento de um filme de
policarbonato Lexan* aprimorada com
tecnologia anti-embaçamento que
pode ser aplicada às portas de vidro
dos painéis de exibição de alimentos
congelados em supermercados, econo-
mizando energia e reduzindo o impac-
to do funcionamento desses exibi-
dores. A aplicação desta película feita
de resina Lexan permite ao proprietá-
rio da loja desligar os aquecedores que
evitam que as portas fiquem embaça-
das quando os clientes as abrem ao
comprar. Os benefícios de desligar os
aquecedores e economizar eletricida-
de têm muito mais valor do que eco-
nomizar a energia utilizada para fabri-
car, distribuir e instalar a película.
A redução no consumo de eletri-
cidade, além de economizar dinheiro,
também reduz o impacto sobre o meio-
ambiente, pois cada kWh de eletrici-
dade conservado pode reduzir a mes-
ma quantidade de toneladas de gases
que produzem o efeito-estufa que são
emitidos, dependendo de como a ener-
gia local é gerada.
Outra linha de trabalho relacio-
nada à sustentabilidade do planeta são
as chapas de policarbonato Lexan* IR
Solar Control com tecnologia de blo-
queio de infravermelho para reduzir a
quantidade de calor do sol que entra
no prédio durante o dia. Ao utilizar
essa tecnologia, por exemplo, um ho-
tel em Cancun espera reduzir a trans-
missão de raios solares em 35%. Du-
rante o verão, quando as temperaturas
facilmente atingem os 35 ºC, esta
melhoria pode contribuir para o con-
forto de hóspedes e funcionários, eco-
nomizar dinheiro com a redução nos
custos de resfriamento, ao mesmo tem-
po em que reduz os custos ambientais
resultantes da produção de eletricida-
de nas usinas.
Esses dois últimos exemplos ilus-
tram como a tecnologia pode ser uti-
lizada na infra-estrutura e no proje-
to de produtos para aumentar signi-
ficativamente a eficiência da ener-
gia e diminuir a carga ambiental du-
rante a fase de utilização do ciclo de
vida útil da produto.
Rhodia Automotivo reduzemissão de C0
2 dos carros
Ligado ao desenvolvimento sus-
tentável, o combate ao aquecimento
global é uma das preocupações prio-
ritárias da Rhodia. Além de todos os
avanços que podem ser trazidos pelos
próprios motores dos carros, os prin-
cipais eixos de melhoria visando à re-
dução da emissão de C02 encontram-
se em diminuir a resistência ao rola-
mento, realçar a aerodinâmica e redu-
zir o peso do carro.
Assim, a Rhodia aproveitou a
feira K 2007 para informar que suas
tecnologias aplicadas ao mercado
automotivo e de transportes contri-
buem para reduzir em mais de 20g/
quilômetro a emissão de C02 dos car-
ros. Parceira dos maiores produto-
res de veículos, a Rhodia desenvol-
veu uma oferta automotiva global
para atender os três principais pro-
blemas relacionados ao meio ambi-
ente: ar limpo, economia de energia
e redução da emissão de C02.
“Até 2012, o objetivo imposto
aos produtores de veículos é abaixar
para 120 g de C02 por quilômetro, o
que representa na media uma redução
de 40g extra a ser obtida por veícu-
lo”, explica Jean-Claude Steinmetz,
vice-presidente do grupo Rhodia´, res-
ponsável pelos Mercados Automotivo
e de Transporte. “A Rhodia tem co-
nhecimentos para oferecer novas tec-
nologias aos produtores de veículos e
ajudá-los a alcançar seus objetivos,
que vão além dos objetivos técnicos
impostos no powertrain”, afirma.
[Produtos corretos] – A
empresa desenvolveu, por exemplo,
A Rhodia desenvolve resinas para fabricar produtos automotivos especiais
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
2
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
3
uma sílica de alta performance, in-
grediente chave na produção de
pneus com alta eficiência energética
que visam à redução em até 25% na
resistência ao rolamento e em 5% nas
emissões de C02, gerando um ganho
médio de 10g/km.
Os plásticos de engenharia em
poliamida são utilizados em peças de
carroceria, peças estruturais e aplica-
ções sob o capô dos automóveis e po-
dem substituir tradicionais peças fei-
tas em metal. A diminuição de peso
potencial é significativa, uma vez que
aproximadamente 100 kg de plástico
equivalem a 300 kg de metal.
Devido à inovação tecnológica
aplicada a esses materiais, eles ofere-
cem aos produtores de veículos a pos-
sibilidade de reduzir o peso do carro
em 10%, o que se traduz em uma re-
dução de10g adicionais de emissão
de C02 por quilômetro. Além disso, a
flexibilidade de design que o plástico
confere aos projetos de peças exter-
nas dos carros, podem permitir a
otimização da aerodinâmica, o que
contribui com mais de 30% do total
de emissões de C02 do veículo.
Os materiais catalíticos da
Rhodia são desenvolvidos não somen-
te para ajudar a eliminar os pricipais
poluentes, mas também minimizar o
impacto das emissões de C02. Um
exemplo é o Rhodia Eolys™ , sistema
de eliminação de partículas emitidas
por veículos na atmosfera.
Para melhor atender os atuais e
futuros desafios da mobilidade susten-
tável, a Rhodia definiu seu “time auto-
motivo”. Com base em Lyon, essa orga-
nização fornece o suporte necessário
para a sílica de alta performance, plás-
ticos de engenharia e materiais
catalíticos, negócios em que o grupo
tem posições de liderança.
[Solventes Eco-friendly] -A Rhodia está lançando a produção
de Rhodiasolv® IRIS, um solvente ino-
vador com excelentes propriedades
eco-friendly, em uma nova unidade lo-
calizada no conjunto industrial da em-
presa em Santo André (SP). Rhodiasolv®
IRIS é não-tóxico, biodegradável,
não-inflamável e de baixo VOC (com-
posto orgânico volátil). É destinado
a aplicações em limpeza industrial,
resinas de fundição, tintas e formula-
ções para revestimentos.
“Este novo solvente eco-friendly
foi desenvolvido pela plataforma de
inovação internacional dos centros de
pesquisas no Brasil, França, Estados
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
4D
ESTA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
Unidos e China. Visa a atender as ten-
dências do mercado mundial que
priorizam o Desenvolvimento Susten-
tável”, disse Jean-Pierre Clamadieu, CEO
e Chairman da Rhodia. “A Rhodia já
obtém 30% de suas vendas com solu-
ções, tecnologias e produtos ligados
aos conceitos de Meio Ambiente. Nós
vemos estas tendências como chave
para o crescimento da Rhodia nos pró-
ximos anos”, acrescentou Clamadieu.
Troféu do GP Brasil de F1 feitocom plástico verde da Braskem
A taça entregue a Felipe Massa,
vencedor do GP Brasil de F1 este ano,
em São Paulo é diferente: pela pri-
meira vez na história das competições
da F1 o troféu foi confeccionado com
um polímero de origem vegetal, 100%
renovável, feito a partir do etanol da
cana de açúcar. Trata-se do plástico
verde, desenvolvido pela Braskem. O
troféu foi desenhado por Oscar
Niemeyer, que se inspirou nas colunas
do Palácio da Alvorada.
Com essa iniciativa, a Braskem
confirma seu compromisso com o de-
senvolvimento sustentável. “A Braskem
se associa à criatividade do maior ar-
quiteto brasileiro, Oscar Niemeyer, e à
vanguarda tecnológica da Fórmula-1.
Clientes comprometidos com a
sustentabilidade em todo o mundo
demandam soluções tecnológicas e
econômicas da indústria petroquímica.
Estivemos na Bio Plastic, no Japão, e
confirmamos este interesse, principal-
mente no mercado asiático. Firmamos
parcerias com empresas renomadas,
como a indústria de cosméticos
Shiseido”, disse Bernardo Gradin, pre-
sidente da Braskem.
A Braskem, única petroquímica a
produzir mundialmente o plástico ver-
de, tem obtido conquistas com massivo
investimento em pesquisas tecnológi-
cas. Ao longo de seus seis anos de exis-
tência, a empresa registrou mais de
200 patentes no Brasil e no mundo. O
plástico verde, desenvolvido no Cen-
tro de Tecnologia e Inovação Braskem,
em Triunfo (RS) é uma delas. O primei-
ro plástico certificado 100% renovável
recebeu, em 2007, na Europa, um dos
mais importantes prêmios internacio-
nais do setor, o Bio Plastic Awards.
“Inovação e sustentabilidade
são pilares da nossa filosofia empre-
sarial. É um orgulho para a Braskem,
uma empresa brasileira, apresentar,
num evento mundial como a Fórmula
1, o resultado de constantes inves-
timentos em alta tecnologia.”, disse
Marcelo Lyra, vice-presidente de Re-
lações Institucionais da Braskem.
Bayer: foco naproteção climática
O Grupo Bayer é referência mun-
dial em iniciativas que visam ajudar
na preservação do meio ambiente.
Segundo Eckart Michael Pohl, Dire-
tor de Comunicação Corporativa da
Bayer todos os seus projetos são ela-
borados e implementados de acordo
com sólidos valores corporativos, que
visam sempre o desenvolvimento sus-
tentável e o respeito pelas pessoas e
pela natureza. “O resultado das ações
da empresa é o reconhecimento mun-
dial de importantes organismos in-
ternacionais, como o Dow Jones
Sustainability World Index, que, em
2007, premiou novamente o Grupo
Bayer com o título “Best In Class” e a
incluiu mais uma vez no Climate
Leadership Index , primeiro índice
mundial de proteção climática esta-
belecido por investidores do Carbon
Disclosure Project em 2002”, ressalta.
O Programa Bayer de Clima é uma
das ações mais importantes da empre-
sa, diz o executivo. “O projeto, que
tem escopo global, foi lançado em
2007 e tem como foco a proteção cli-
mática. A proposta é, por meio de
pesquisa e desenvolvimento de ações,
reduzir cada vez mais a emissão de
gases causadores do efeito estufa e
criar soluções para aumentar a prote-
ção do clima”, revela. A iniciativa está
alinhada com o comprometimento
ambiental da Bayer, que, desde 1990,
conseguiu reduzir em 30% as suas
emissões diretas e indiretas de gases
causadores do efeito estufa.
O Programa tem três
projetos de destaque:
{Edifícios EcoComerciais}Prédios comerciais com emissão-
zero de gases causadores do efeito es-
tufa. Este tipo de construção, que uti-
liza produtos Bayer para o isolamento
térmico e recursos próprios para a ge-
ração de energia renovável, consegue
preencher por si só as suas necessida-
des energéticas. A primeira iniciativa
Braskem patrocinou troféu
do GP do Brasil de Fórmula 1
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
4
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
5
neste sentido é um novo prédio da Bayer
próximo à Nova Deli, na Índia. Já ini-
ciado, o projeto deve ser concluído em
meados de 2009.
{Agricultura Sustentável}Projeto liderado pela Bayer
CropScience, tem como objetivos tor-
nar plantas mais resistentes às condi-
ções climáticas adversas, como a seca,
e desenvolver matérias-primas agríco-
las voltadas para a elaboração de
biocombustíveis. Um exemplo é o
InVigor®, uma variedade de canola de
alta produtividade desenvolvida pelos
pesquisadores da Bayer Cropscience e
cultivada no Canadá. Por meio desta
variedade conseguiu-se uma produção
20% maior de biodiesel, em compara-
ções com outras sementes.
{Bayer Climate Check}Este projeto avaliará o impacto
dos processos de produção da Bayer
no clima mundial. A primeira etapa con-
siste na análise das cem unidades de
produção do Grupo, para identificar
seus níveis de emissão de gases do efei-
to estufa. Em seguida, diversas medi-
das serão adotadas para reduzir as emis-
sões e aprimorar a eficiência energética.
A Bayer irá oferecer esta ferramenta ino-
vadora no mercado, para que outras
empresas possam também minimizar seu
impacto no meio ambiente.
[Juventude] - Outra inici-
ativa da Bayer que tem abrangência
mundial é o Programa Bayer Jovens
Embaixadores Ambientais. Criado na
Tailândia, em 1998, é o carro-chefe
da parceria global que a Bayer man-
tém com o Programa das Nações Uni-
das para o Meio Ambiente (PNUMA).
O objetivo do projeto é identificar
lideranças jovens de 18 a 25 anos
nas áreas de preservação ambiental
e desenvolvimento sustentável.
Eckart Pohl, diz que a seleção dos
Jovens Embaixadores Ambientais acon-
tece em 17 países, por meio da avalia-
ção de diversos projetos inscritos. O
Programa existe no Brasil desde 2004
e, em 2008, teve 67 projetos inscritos
em todo o país. “Os jovens vencedores
embarcam em uma viagem para a Ale-
manha, onde participam de um encon-
Bayer Climate Program: olhando o mundo com o olhar de crianças e jovens
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
6D
ESTA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
tro mundial com os vencedores de to-
dos os países. A programação inclui
visitas às instalações ambientais da
Bayer, órgãos do Governo relacionados
ao meio ambiente, universidades e
museus científicos em Leverkusen, sede
mundial da empresa, Colônia e Berlim”,
explica. Um dia é reservado para que
os jovens apresentem seus projetos
para os vencedores de outros países e
tenham a oportunidade de discutir as
diferenças nas questões ambientais
entre os países e encontrar soluções
para problemas comuns.
No âmbito regional (Brasil), a
Bayer também têm diversas iniciativas
em prol da proteção ambiental. Em
Belford Roxo (Rio de Janeiro), onde
fica o maior parque industrial da Bayer
no Brasil, a empresa criou a Escola Ver-
de. Uma iniciativa que tem como ob-
jetivo promover a conscientização
ambiental dos estudantes e professo-
res da rede pública, oferecendo infor-
mações sobre assuntos como recicla-
gem e proteção ambiental. Três vezes
por semana, dois grupos de 50 alunos
do ensino fundamental visitam a Es-
cola Verde. Em 2007, 7 mil crianças
participaram do projeto.
O projeto Mandalla é outra ação
da Bayer, no Brasil. A iniciativa é o
resultado da parceria entre a Bayer
CropScience e a Agência Mandalla (uma
ONG de João Pessoa/PB) e tem como
objetivo viabilizar a produção de ali-
mentos para o sustento familiar de
pequenos agricultores de assentamen-
tos rurais de regiões carentes. A
metodologia da ação tem foco em três
pontos básicos: garantia de qualidade
de vida, produtividade econômica e
equilíbrio ambiental.
Através de uma tecnologia sim-
ples, com a construção de canteiros
ao redor de tanques circulares chama-
dos mandalas, o sistema de irrigação
possibilita o cultivo de hortaliças, le-
gumes e frutas. Além disso, a água do
tanque também é utilizada para a cria-
ção de peixes e aves. A produção ex-
cedente é comercializada nas feiras e
mercados nas cidades próximas, o que
ajuda as famílias da região. Em 2005,
foi criado o Unicenter Mandalla (Cen-
tro Nacional de Difusão de Tecnologias
Sociais), em Cuité (PB), para capacitar
jovens e adultos para ensinarem a tec-
nologia do projeto do Mandalla.
Ações da Basf com EcobrasTM
O envolvimento da Basf em rela-
ção ao meio ambiente se desenvolve
desde a pesquisa de produtos até par-
ticipação em ações concretas, como
ocorreu no Limpando & Reciclando
2008 em comemoração ao Dia Mundial
do Meio Ambiente, em 7 de junho.
Foram 10 mil sacolas produzidas com
o plástico biodegradável e compos-
tável. O Projeto Limpeza Na Praia - IEA
comemora a sua quinta edição do Lim-
pando & Reciclando / Dia Mundial do
Meio Ambiente em alta escala. A ação,
realizada pelo Instituto Aqualung, faz
parte do projeto mundial Clean up the
World em 125 países.
A grande novidade deste ano foi
as sacolas plásticas serem feitas com
o EcobrasTM, que é um combinado de
Ecoflex® (plástico biodegradável e
compostável da Basf) e polímero ve-
getal a base de milho. O produto pio-
neiro alia a tradição da empresa com
os plásticos à competência da filial
brasileira da Corn Products International
Inc. no processamento de matérias-
primas vegetais.
O lixo foi coletado em duplas,
sendo este catalogado e, ao término
da ação, reaproveitado por cooperati-
vas e instituições de reciclagem, ser-
vindo como exemplo para as demais
ações e campanhas ecológicas. “Deci-
dimos apoiar a ação porque visa a pre-
servação do meio ambiente e a melhoria
na qualidade de vida das pessoas. Com
o recolhimento manual do microlixo
(canudos, palitos, bitucas) descarta-
A Basf pesquisa novos produtos para melhorar a sustentabilidade no setor
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
6
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
7
do inadequadamente, estamos ajudan-
do a preservar a natureza e os animais,
principalmente os marinhos, que ao in-
gerirem os detritos acabam morrendo
devido à intoxicação ou asfixia”, co-
mentou Letícia Mendonça, gerente de
Especialidades Plásticas da Basf.
Por ter em sua composição mais
de 50% de matéria-prima de fonte
renovável, o EcobrasTM ajuda a balance-
ar o ciclo de carbono ao equilibrar o
tempo de produção do plástico ao seu
consumo e decomposição. O Ecoflex®,
produzido pela Basf, se decompõe em
poucas semanas em ambientes propí-
cios como centrais de compostagem.
Durante o processo de decomposição,
o EcobrasTM comporta-se como um com-
posto orgânico normal. Versátil, o plás-
tico pode ser aplicado em embalagens
injetadas, filmes para a produção de
tubetes para reflorestamento, sacolas
plásticas, embalagens para cosméticos,
entre outras alternativas.
Além de incorporar recursos
renováveis, o EcobrasTM oferece vanta-
gens adicionais. Ele pode ser proces-
sado em equipamentos tradicionais de
transformação e aditivado com pigmen-
tos, anti-derrapante, anti-fog e anti-
blocking. A Basf tem um porfólio de pig-
mentos orgânicos e conta com parcei-
ros para a produção de Masterbatches.
A combinação da tradição da Basf com
a especilidade da Corn Products
International Inc. em processar maté-
rias-primas vegetais fazem do EcobrasTM
uma solução diferenciada e inovadora
para o mercado.
Solvay: tecnologias limpasA gestão do Desenvolvimento
Ambiental Sustentado da Solvay
Indupa enfoca as melhorias para as
atividades da empresa, seja a curto,
médio ou longo prazos. Segundo
Edilberto Bannwart, Gerente de Saú-
de, Segurança e Meio Ambiente, os
estudos e desenvolvimentos tecnoló-
gicos, suportados pela matriz em Bru-
xelas, na Bélgica, orientam os avan-
ços ambientais, através de:
• Mudanças tecnológicas através
de tecnologias ambientalmente mais
limpas e seguras;
• Reuso e reciclagem de águas e
efluentes; Minimização de resíduos e
emissões; Otimização do consumo de
recursos naturais e matérias-primas;
Redução do consumo de recursos na-
turais não renováveis.
Dentro destes princípios do de-
senvolvimento ambiental, a Solvay
Indupa, somente nos últimos 3 anos
implantou, está implantando melhorias
importantes como: Mudança da matriz
energética: de óleo combustível, utili-
zado no passado nas caldeiras e for-
nos, para gás natural e hidrogênio no
presente. Bannwart diz que com a im-
plantação deste projeto houve impor-
tantes ganhos ambientais:
- Redução de cerca de 99,9 % das
emissões de SOx para a atmosfera
- Redução de cerca de 80% das
emissões de NOx para a atmosfera
- Redução quase 100 %
das emissões de Material
Particulado para a atmosfera
- Redução de 25% das emissões
de CO2 para a atmosfera
Por ser um projeto que reduz
as emissões CO2 e conseqüentemen-
te contribui para a diminuição do
efeito estufa (aquecimento global),
foi classificado como um projeto
MDL - Mecanismo de Desenvolvimen-
to Limpo, conforme previsto pelo
Protocolo de Kyoto e, gerou crédi-
tos de carbono.
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
8D
ESTA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
Segundo o executivo, a substi-
tuição em curso da tecnologia de pro-
dução de cloro-soda, a mercúrio para
membrana, possibilita a redução dos
riscos ambientais e ocupacionais,
bem como a redução específica do
consumo de energia elétrica e o pro-
jeto de produção de etileno, maté-
ria-prima para produção de PVC, atu-
almente somente de origem petroquí-
mico (fóssil/não renovável), será tro-
cado por “bioetileno”, ou seja, a par-
tir do álcool de cana de açúcar (re-
curso natural renovável).
Ainda segundo Bannwart, outros
projetos de reciclagem e reuso de
efluentes estão em desenvolvimento,
de forma cada vez mais otimizar o con-
sumo de água captada dos mananci-
ais. “Os resultados das ações, que vem
sendo implementadas, e medidas como
“Performance Ambiental” de emissões
ambientais e consumos de água (por
tonelada de produtos produzidos) en-
tre os períodos de 2000 a 2006, obti-
vemos as seguintes reduções”:
· Emissão dos gases do efeito
estufa (CO2+Metano): - 46%
· Emissões atmosféricas: - 57%
· Emissões líquidas: - 61%
· Resíduos perigosos: - 47%
· Captação de água: - 27%
Os investimentos na proteção
do homem e meio ambiente nos últi-
mos 7 anos totalizam R$ 90 milhões,
revela Bannwart. Mais especificamen-
te, estes projetos estão ligados:
Segurança e Higiene Ocupacional:
R$ 22 milhões foram aplicados nas
melhorias das instalações industriais
e condições de trabalho com foco na
prevenção de acidentes e proteção à
saúde dos trabalhadores.
Meio Ambiente: R$ 68 milhões de
Reais foram aplicados em ações para
recuperação da qualidade ambietal,
melhorias nos controles e prevenção.
Cromex tem linha“Amigos do Meio Ambiente”
A Cromex conta com laboratóri-
os próprios para o desenvolvimento
de soluções adequadas às necessida-
des de seus clientes. Desde novas ga-
mas de cores, até especialidades es-
pecíficas para setores importantes da
economia, como o agrícola, de cons-
trução e automotivo, por exemplo,
todo desenvolvimento passa pelos la-
boratórios da companhia.
A variedade de cores cataloga-
das de feitos especiais e os novos de-
senvolvimentos atendem a tendênci-
as globais, especialmente no que se
refere a cores que não levam metais
pesados em sua composição. A com-
panhia também atua fortemente no
desenvolvimento de produtos “amigá-
veis” à natureza. Em março a Cromex
lançou uma linha de master e aditivos
“amigos do meio ambiente”. Os pro-
dutos, desenvolvidos com o objetivo
de prevenção no impacto ambiental,
são materiais diferenciados que de-
sempenham papel importante no ci-
clo de vida do produto final.
Por isso não levam metais pesa-
dos em sua composição. Em muitos
de seus produtos, o pigmento é de
origem orgânica, como o urucum.
Para 2009, a empresa estuda desen-
volver masterbatches biodegradáveis.
A Cromex trabalha para agregar tec-
nologia aos seus desenvolvimentos e
em melhorar as soluções destinadas
a mercados como o agrícola, automo-
tivo, cosmético, de brinquedos, da
construção, entre outros.
Ecotech, a bolaecologicamente correta
A criatividade aliada à ecologia
resultou em um produto inédito na
indústria gaúcha de materiais esporti-
vos. A Dalponte acaba de fabricar as
primeiras bolas ecologicamente corre-
tas do mundo, com tecnologia Ecotech.
Dalponte lança na Couromoda a bola ecologicamente correta, feita em PU
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
8
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
82
9
Trata-se da inovação do sistema de con-
fecção dos gomos das bolas, que já são
moldados na curvatura ideal, diminu-
indo quase a zero o resíduo industrial.
Outro grande diferencial é a utilização
do processo Cold Fusion de derrama-
mento e revestimento de poliuretano
(PU) desenvolvido pela indústria gaú-
cha, que utiliza menos energia e me-
nos cola. Essa junção de fatores é que
torna as bolas Ecotech ecologicamente
corretas, já que o PU é totalmente
biodegradável.
Com esse método único de fa-
bricação de bolas em PU, patenteado
pela Dalponte, a indústria gaúcha pre-
tende inserir o novo lançamento no
mercado em janeiro, na Couromoda, e
em todas as lojas de materiais espor-
tivos do país. “Comercialmente falan-
do, saímos na frente com um produto
inovador e altamente tecnológico. Isso
nos trará grandes frutos, pois servire-
mos de referência para os concorren-
tes”, afirma Thiago Amaral, diretor de
marketing da empresa.
As bolas Ecotech estão dentro das
normas oficiais para a prática das mo-
dalidades de vôlei, futebol de campo,
futebol society e futsal.
[Vantagens] - Baixíssimo
impacto ao meio-ambiente, pois
todo seu material é biodegradável;
confeccionada com materiais de alta
qualidade; dentro das normas ofici-
ais para a prática da modalidade;
design inovador; material extrema-
mente durável; com gomos fabrica-
dos na curvatura da bola (conforme
ilustração) que deixa a bola mais ágil;
menor absorção de água e maior du-
rabilidade e menor deformação.
Ecopol e o PU ecológico:econômico e legal
Com sede em Farroupilha (RS), a
Ecopol – Reciclagem de Polímeros, atua
no mercado com a inédita tecnologia
de reciclagem de poliuretano (PU). É a
primeira empresa brasileira a reciclar
comercialmente estes resíduos, que até
então tinham como destino a queima
indiscriminada e os aterros industri-
ais, onde levam milhares de anos para
se decompor, gerando um grave pro-
blema ao meio ambiente.
Recentemente, a Ecopol desen-
volveu o poliol ecológico de base ve-
getal. É importante ressaltar que este
produto é 30% mais barato que o poliol
virgem de base mineral e pode ser uti-
lizado pela indústria da mesma forma
que o poliol tradicional. O poliuretano
faz parte de vários aspectos do cotidi-
ano, com aplicações na construção ci-
vil, refrigeração, isolamento acústico
e térmico, indústrias moveleira e
automotiva, espumas em geral e sola-
dos de PU. A novidade surge como al-
ternativa mais saudável para o meio
ambiente, além de suprir a demanda
emergente dos diversos setores que
utilizam o poliuretano e a possível es-
cassez da base de petróleo.
E os números crescem a cada se-
mestre. Em 2007 a Ecopol reciclava 40
toneladas/mês, sendo que neste iní-
cio de ano aumentou sua capacidade
produtiva para 150 toneladas/mês. O
faturamento de 2007 foi de aproxima-
damente R$ 2,5 milhões. O faturamento
projetado para 2008 é de R$ 18 mi-
lhões, através da unidade matriz e das
controladas e para 2009 a Ecopol pro-
jeta um faturamento de R$ 42 milhões.
Atualmente o Brasil produz cerca de
335 mil toneladas de poliuretano. Até
2012 este número deverá chegar a 441
mil toneladas com uma evolução mé-
dia de 4,7% ao ano.P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
0D
ESTA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
Setor do plástico caminhapara a sustentabilidade
{Artigo/Plastivida}
Francisco de Assis Esmeraldo (*)
oje é impossível pensar a vida
humana no planeta sem os
plásticos. Desde as embalagens
que conservam os alimentos por mais
tempo até os materiais hospitalares
descartáveis, que contribuem para evi-
tar a propagação de doenças, são
incontáveis os benefícios que o plás-
tico trouxe e continua trazendo à hu-
manidade. Com os plásticos, tudo fi-
cou mais barato, mais fácil para trans-
portar e mais prático de armazenar. Com
eles, a vida ficou mais fácil.
É certo, no entanto, que algo pre-
cisa ser feito para evitar que o plástico
¿ assim como outros produtos ¿ polua
o meio ambiente. Para a indústria,
mudar essa situação significa caminhar
na direção da sustentabilidade, ou seja,
praticar os chamados 3R¿s: Reduzir,
Reutilizar e Reciclar.
[Consumo responsável] -Pautada por esse tripé, a cadeia pro-
dutiva dos plásticos vem reduzindo o
consumo excessivo, estimulando a
reutilização e promovendo a reciclagem
mecânica e a energética (solução esta
adotada por vários países para resolver
o problema do lixo nas cidades).
Uma das iniciativas nesse senti-
do é o Programa de Qualidade e Con-
sumo Responsável de Sacolas Plásticas.
Lançado em maio passado numa par-
ceria entre entidades da indústria do
plástico, a Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) e a Associação
Paulista de Supermercados, ele prevê a
substituição das atuais sacolinhas dis-
tribuídas pelos supermercados por ou-
tras mais resistentes, capazes de dimi-
nuir o seu consumo em cerca de 30%
no período de 12 meses a contar da
data de implementação do programa.
[Preocupação] - O projeto
piloto foi testado em supermercados
da Grande São Paulo durante o mês
de junho. O resultado foi surpreen-
dente. Trinta dias depois da sua im-
plantação, o consumo das sacolas
plásticas nos pontos de venda dos
supermercados que aderiram ao pro-
grama caiu 12%. Em 30 dias, 40% da
meta anual foi atingida!
A indústria do plástico partilha
da preocupação de toda a sociedade
com o meio ambiente e acredita na força
da educação para incentivar as boas
práticas, razão pela qual o programa
contempla, além da produção e con-
fecção de sacolas mais resistentes, que
dispensam a sobreposição (uso em
duplicidade) e permitem também o uso
da sua capacidade total (atualmente
só utilizam a metade), ações para
conscientizar o consumidor a evitar o
desperdício de embalagens.
Um outro aspecto a se conside-
rar seriamente se refere ao plástico pro-
veniente da coleta seletiva, que é ma-
téria-prima para a produção de outros
produtos plásticos. É a chamada
reciclagem mecânica, que permite esse
reaproveitamento. No Brasil, o proces-
so cresce à ordem de 12% ao ano.
O material que por qualquer ra-
zão não pode ser destinado à
reciclagem mecânica também tem
como ser reaproveitado, uma vez que
os plásticos têm o mesmo conteúdo
energético do óleo diesel. O Brasil já
dispõe da tecnologia para o tratamen-
to térmico de lixo que soluciona esse
problema. É a chamada reciclagem
energética, considerada uma das so-
luções para a necessidade de substi-
tuir os combustíveis fósseis por fon-
tes alternativas de energia.
[Geração de energia] - Omodelo, adotado largamente em paí-
ses como EUA, China, Japão, Itália,
França e Suíça, entre outros, trans-
forma lixo urbano em energia elétri-
ca e térmica usando como combustí-
vel todo tipo de plástico (sacolinhas
inclusive) que, por qualquer razão,
não possa ser destinado à reciclagem
mecânica. O processo permitiu à Ale-
manha, por exemplo, abolir os ater-
ros sanitários do país.
Atualmente cerca de 150 mi-
lhões de toneladas/ano de lixo urba-
no são destinadas a mais de 750 ins-
talações para usinas de geração de
energia elétrica ou térmica espalha-
das por todo o mundo, todas perfei-
tamente adequadas às mais rígidas
H○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
0
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
1
normas ambientais. Só o Japão pos-
sui 190 unidades.
Plástico não é lixo. Ainda assim,
a agressão provocada pelo descarte
indiscriminado de resíduos plásticos no
meio ambiente prossegue. A indústria
está empenhada em tornar a reciclagem
economicamente atrativa e em promo-
ver a educação ambiental em todo o
País. Universalizar a coleta seletiva e
penalizar os que descartam resíduos no
meio ambiente, no entanto, ainda são
desafios que se impõem a todos os que
se preocupam com o futuro desta e das
próximas gerações.
(*) Francisco de Assis Esmeraldo,67 anos, é engenheiro químico,
presidente da Plastivida Instituto
Sócio-Ambiental dos Plásticos
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Plasmaq lança marcaMáquinas Premiata
Com grande experiência no mer-
cado de reciclagem, a Plasmaq, com
sede em Farroupilha, passa por um pe-
ríodo de transformações e o diretor
Rafael Rosanelli está otimista com o
futuro neste segmento, inclusive para
competir com os importados. “Poderia
dizer que o setor está a pleno. A nível
de tecnologia por exemplo, estamos
preparados para competir a altura com
países de primeiro mundo. Hoje temos
acesso a diversos recursos, porém in-
felizmente ainda com custos um pou-
co elevados”, lamenta.
As mudanças prometem tornar a
Plasmaq mais forte no segmento, e
Rosanelli comenta sobre a linha de pro-
dutos. “Durante 11 anos, a Plasmaq
disponibilizou projetos e idéias para
serem fabricados por uma segunda
empresa, ficando apenas com a parte
de comercialização destes equipamen-
tos. Agora, a Plasmaq se estabelece no
mercado de reciclagem, como fabrican-
te destes projetos, inclusive com a pos-
sibilidade de executar as melhorias ca-
bíveis, com mais liberdade que antes
nos era limitada”, diz. Dentro da linha
de fabricação estarão: misturadores,
secadores, linhas de reciclagem para
pe/pp/pvc/pet, além de aglutina-
dores, prensas enfardadeiras e extru-
soras para granulação. “Seus equipa-
mentos terão como marca o nome Má-
quinas Premiata”, revela.
O mercado para estes equipa-
mentos está ótimo, ressalta o empre-
sário. “Cito por exemplo, a Mecanofar
que fabrica moinhos de alta qualida-
de e produtividade e que fornece es-
tes equipamentos de grande porte
que complementam as nossas linhas
Rafael Rosanelli, diretor
da Plasmaq, investe no setor
Div
ulga
ção/
PS
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
2
de reciclagem, empresa com a qual,
temos uma parceria sólida de repre-
sentação”, avisa.
Quanto a melhorar o sistema de
reciclagem no Brasil, Rosanelli diz que
“a solução seria nos unirmos (fabri-
cantes de máquinas e recicladores),
para buscarmos conscientizar os
governantes da importância da
reciclagem, no que tange a preserva-
ção do meio ambiente efetivamente e
não somente para promoção política
como se tem constatado”.
Rosanelli diz que poderia ter mais
geração de emprego e renda no setor e
empreendimentos mais viáveis e está-
veis, se a “novela dos altos impostos”
não freasse este segmento também.
Sobre o mercado em 2007 e as expec-
tativas para 2008, foi claro: “O merca-
do foi excelente, depois do sufoco de
2005 e 2006, parece que a reciclagem
voltou a se estabilizar em 2007 e tem
se mantido. A expectativa para 2008,
é fecharmos o ano com chave de ouro,
principalmente devido às novidades da
Plasmaq”, completa.
Seibt tem forte presença no setor
DE
STA
QU
E ///Meio Ambiente & Reciclagem
A Seibt, com sede em Nova Petró-
polis (RS), além de fornecer soluções
para recuperação de aparas e sobras do
processo de transformação (pós-indus-
trial), tem marcado forte presença na
reciclagem de plásticos pós-consumo
provindos de coleta seletiva. Segundo
Adão Braga Pinto, do Departamento
Comercial, a empresa produz linhas
completas para reciclagem de plásti-
cos como PE, PP e PET, envolvendo os
processos de moagem, lavagem e seca-
gem, inclusive tendo desenvolvido tec-
nologia para super lavagem com água
quente através de reatores.
Recentemente a Seibt lançou na
Interplast em Joinville-SC, o moinho
triturador de galhos TGS 300 que tem
sistema de corte por fresa e rotação de
30 r.p.m. com redutor, que permite uma
redução considerável no consumo de
energia, nível reduzido de pó e baixo
ruído. “Lançamos também o triturador
TPS 800, um equipamento de grande
porte para triturar borras, peças de
grande volume e espessura elevada”,
destaca o diretor.
Quanto ao mercado, Adão Braga
Pinto diz que os moinhos são o carro-
chefe de vendas da Seibt. “Dispomos
de modelos de máquinas para as mais
diversas aplicações, desde moinhos de
baixa rotação para pequenos galhos de
injeção até moinhos e trituradores de
grande porte para peças de grande
volume e espessuras. Esta diversidade
de soluções, aliada ao conceito de qua-
lidade contido em nossos produtos tem
proporcionado excelentes resultados
para a Seibt”, acrescenta. Sobre alter-
nativas para tornar a reciclagem mais
efetiva no Brasil, a Seibt destaca que
aprimorar e ampliar o sistema de cole-
ta seletiva de resíduos sólidos urbanos
é o grande desafio. Grande parte das
empresas de reciclagem trabalham com
capacidade ociosa por falta de maté-
ria-prima. “Além de leis, faltam ajustes
tributários e incentivos para impulsi-
onar atividades de reaproveitamento
das embalagens pós-consumo e com
isso proporcionar maior viabilidade co-
mercial”, finaliza o executivo.
Moynofac: mais linhas de crédito para máquinasTradicional empresa fabricante de moinhos granuladores, lavadoras, secadoras, aglutinadores, exaustores, silos,
facas industriais, peneiras e acessórios, a Moyonofac Ind. e Com. De Máquinas e Equipamentos para o setor plásitco, diz
que o mercado se mantém estável, mas que no momento, segundo o diretor comercial Nillton Sérgio Ulsan, não há
nenhum lançamento previsto.
O executivo ressalta que “seria interessante se houvesse mais linhas de crédito para aquisição de máquinas e
euipamentos, facilitando o acesso das empresas interessadas”. Ulsan diz que 2008 foi um bom ano. “Notamos um leve
crescimento geral, porém 2009 não está nos propiciando estimativas pois, a crise chegou e ainda é uma incognita”.
Seibt lançou um novo moinho
triturador na Interplast 2008
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
2
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
3
Cresce a reciclagem de PVC no Brasilma pesquisa recente sobre o
índice de reciclagem de PVC no
Brasil mostra que houve avan-
ço: de 13,7% (2005) para 17% (2007).
Os dados referem-se ao PVC descarta-
do no pós-consumo. A pesquisa tam-
bém indica que o faturamento da in-
dústria brasileira de PVC cresceu 30,3%,
de R$ 90 milhões em 2005, para R$
124 milhões em 2007.
Atualmente a indústria de reci-
clagem do PVC no Brasil conta com
136 empresas que empregam 1.365
pessoas. Com uma capacidade insta-
lada em torno de 70 mil toneladas anu-
ais. Conforme a pesquisa, a indústria
opera com somente 75% da capaci-
dade, indicando claramente o poten-
cial de crescimento do setor. Po-
rém,“este desenvolvimento está atre-
lado à intensificação da quantidade
de sistemas de coleta seletiva de resí-
duos pós-consumo”, diz Miguel
Bahiense, diretor executivo do Insti-
tuto do PVC. O Brasil tem mais de
5.500 municípios e cerca de 350 têm
algum sistema de coleta seletiva.
A pesquisa também aponta ca-
racterísticas regionais da indústria de
reciclagem do PVC. Do total reciclado
em 2007, cerca de 25.122 toneladas,
a Região Sudeste respondeu por
10.853 ton; seguida pela Região Sul,
com 10.851 ton, sendo as outras 3
regiões responsáveis pelo restante.
Uma característica interessante re-
velada é que a reciclagem de resídu-
os pós-consumo é muito mais inten-
sa se comparada à reciclagem indus-
trial. Esta responde por apenas
13,7% das 25.122 toneladas, en-
quanto que 21.680, ou 86,3% do
PVC reciclado no Brasil tem origem
no pós-consumo.
[Vida longa] - Apesar de es-
tar entre os três plásticos mais pro-
duzidos no mundo, ainda assim, o PVC
é o que menos aparece no lixo urba-
no, pois 64% do PVC são usados em
aplicações de longa duração - vida útil
superior a 15 anos, como tubos e co-
nexões, pisos, esquadrias, janelas, en-
tre outras, muitos dos produtos ul-
trapassando os 50 anos de uso.
U
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
3
EV
EN
TO
S
///Feiplar & Feiplur
Cerca de 220 expositores nacionais e internacionais participam, de 11 a 13
de novembro de 2008, da quinta edição da Feiplar Composites & Feipur -
Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de
Engenharia. O evento ocorre no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte,
em São Paulo, SP. São aguardados mais de 13 mil visitantes. A entrada é
gratuita para a exposição e todos os eventos são simultâneos. A feira
mostrará novidades em produtos acabados, matérias-primas e
equipamentos para a fabricação de peças em Composites/Plástico
Reforçado, Plástico de Engenharia e Poliuretano.
Além das novidades dos expositores, os visitantes podem participar
do Congresso Internacional de Composites, Congresso Internacional de
Plásticos de Engenharia e do Congresso Internacional de Poliuretano,
realizados em paralelo ao evento e que contam com, aproximadamente, 50
palestras. É o grande momento do plástico reforçado, dos compósitos,
resinas termofixas conjugadas com fibras de vidro que dão origem a mais
de 40.000 tipos de produtos, de barcos e caixas d´água a tubos e piscinas.
Confira também novidades como o posto policial da MVC/Artecola/
Marcopolo, e a família de produtos à base de soja Enrivez®, fabricado com
um glicol de fonte renovável. A solenidade de abertura contou com as
presenças de lideranças de vários setores, como Simone Martins Souza,
diretora executiva do evento, Merheg Cachum, diretor de Relações
Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp e presidente da Abiplast, Gilmar
Lima, presidente da Abmaco, Luiz Gustavo Franco Pires de Campos (GM do
Brasil) e Otávio Lamas (Petrobras).
Posto policial édestaque na feira
Um posto policial modular, que
pode ser montado em apenas cinco
(5) horas, é um dos destaques da
Feiplar Composites & Feipur 2008,
maior feira latino-americana em plás-
ticos de alto desempenho. O posto,
feito com tecnologia exclusiva da MVC
Artecola/Marcopolo (estande H12),
onde estará sendo exibido, vem sendo
adotado em todo o Distrito Federal,
em encomendas de 300 módulos até
final de 2009. O posto usa em sua cons-
trução perfis metálicos, revestimentos
externos em compósitos (plástico re-
forçado com fibra de vidro) com núcleo
de isopor e paredes internas também
de acordo com as normas de constru-
ção adotadas pela Caixa Econômica Fe-
deral para financiamento de imóveis.
Ashland lança resinade fonte renovável
Com o objetivo de fortalecer cada
vez mais a sua presença no mercado
global, a fabricante de resinas termo-
fixas Ashland Performance Materials, di-
visão do grupo norte-americano Ash-
land Inc, participa da quinta edição
da Feiplar. No Brasil, a Ashland é par-
ceria da Ara Química desde 1999,
quando se associou à empresa funda-
da em 1996 na cidade de Araçariguama
(SP) – passou a se chamar Ara Ashland.
Conforme o acordo, dez anos depois
do início da joint venture o controle
da companhia passará para a Ashland.
“A Feiplar é uma boa oportunidade
para anunciarmos ao mercado a pro-
ximidade da conclusão do processo
Um salto de qualidade emD
ivul
gaçã
o/PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
4
compósitosde transição e, mais do que isso, de-
talharmos as intenções da Ashland em
termos de investimentos e inovações”,
comenta Angelo Marsola Filho, presi-
dente da Ara Ashland.
Entre as principais novidades re-
servadas para a feira, destaque à apre-
sentação da família de produtos à base
de soja Enrivez®. Primeira fabricante de
resinas termofixas do mundo a utilizar
matérias-primas de fontes renováveis,
a Ashland desenvolveu uma tecnolo-
gia que permite a substituição do glicol
derivado do petróleo pelo glicol obti-
do a partir do processamento da soja.
“A resina Enrivez® está sendo testada
há alguns anos nos EUA pela John
Deere, fabricante de máquinas agríco-
las. Em função dos excelentes resulta-
dos, a Ashland decidiu iniciar a pro-
dução em escala comercial desse pro-
duto”, detalha Rodrigo Oliveira, geren-
te comercial da Ara Ashland.
[Especial] - A Feiplar também
serve de base para o lançamento da
resina fenólica líquida Arofene®. Pro-
duzida em Campinas (SP) pela Ashland
Resinas, subsidiária da Ashland Inc.
voltada à indústria da fundição, foi
especialmente desenvolvida para apli-
cações de compósitos em ambientes
agressivos. “É um excelente produto
para a fabricação de grades de piso e
leitos para cabo instalados em plata-
formas on e off shore de extração de
petróleo”, exemplifica Oliveira. Outros
produtos que seguem a mesma linha
são a resina base acrílica Modar®. “Ca-
racteriza-se pelas propriedades de
retardância à chama e reduzido índice
de toxicidade”, ele ressalta. A Modar®
BR 8400, por exemplo, serviu de ma-
téria-prima para a empresa brasileira
Fênix produzir peças do metrô de Nova
York. A Ashland também lança oficial-
mente a resina Arotool®.
Além de fabricar dezenas de ti-
pos de resinas e aditivos, a Ashland é
uma das principais fornecedoras mun-
diais de gelcoat, combinação de resi-
nas e pigmentos usada no acabamen-
to de peças de compósitos. A partir
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
5
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
6E
VE
NT
OS
///Feiplar & Feiplur
de 2010, a empresa fornecerá no Bra-
sil um pacote formado por produtos –
resina base e formulados – e serviços
para os consumidores de gelcoat de-
nominado Instint®.
[Pranchas inéditas] - Pran-
chas especiais em fibra de aramida,
fibra de carbono e isopor-aramida-
epóxi são alguns dos destaques na
maior feira latino-americana em plás-
ticos de alto desempenho. As pran-
chas de surfe tradicionais, feitas em
fibra de vidro, podem possuir desem-
penho ainda melhor com fibras dife-
renciadas de carbono, aramida e com-
binações de materiais. As pranchas em
aramida, carbono e isopor estarão no
estande da Texiglass (Vinhedo, SP),
fabricante de tecidos e soluções para
o mercado de surfe.
Polinox enfatizaparceria com a Syrgis
A Polinox, maior fabricante bra-
sileira de peróxidos orgânicos e ceras
desmoldantes – matérias-primas consu-
midas pelos transformadores de compó-
sitos – participa mais uma vez da
Feiplar. A empresa aproveita o caráter
institucional da feira para reforçar a
divulgação da sua parceria com a
Syrgis, líder do mercado norte-ameri-
cano de peróxidos e segunda coloca-
da do ranking europeu, bem como para
mostrar a extensa gama de produtos
que fabrica em Itupeva (SP).
O acordo com a Syrgis foi assina-
do em junho e, desde então, a Polinox
passou a representar e distribuir ofici-
almente a empresa em toda a América
do Sul. “Agregamos ao nosso portfólio
uma série de especialidades, o que está
sendo bastante benéfico ao mercado”,
avalia o diretor Roberto Pontifex. Com
capacidade para produzir 210 tone-
ladas/mês de peróxidos orgânicos, a
Polinox comercializa cerca de 20 to-
neladas/mês de produtos da Syrgis.
“São peróxidos voltados aos proces-
sos mais sofisticados de transforma-
ção, a exemplo da infusão, RTM, BMC
e SMC”, comenta.
A relação de produtos da Syrgis
ainda é formada por uma série de
blendas, isto é, misturas de diferentes
tipos de peróxidos que, juntos, garan-
tem resultados excepcionais. “Um dos
exemplos clássicos é a possibilidade de
se reduzir a contração da massa
polimerizada, sobretudo em peças de
espessuras elevadas como tubos e
flanges, o que elimina a incidência de
rachaduras”, explica Pontifex. Ao lado
da tradicional família de produtos
próprios – denominados Brasnox®,
Perbenzox® e TecnoxSuper® – a
Rodrigo de Oliveira, gerente comercial da Ara Ashland, está animado
Div
ulga
ção/
PS
Roberto Pontfex, diretor da Polinox, destaca os avanços no setor
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
7
Polinox passou a contar com mais
onze opções após o acordo com a
Syrgis. “Os transformadores sul-ame-
ricanos agora têm pleno acesso às
especialidades consumidas na Euro-
pa e nos EUA”, observa.
Lord e a versatilidadedos adesivos estruturais
A Lord, uma das principais fa-
bricantes brasileiras de adesivos e
coatings, mostra na Feiplar as diver-
sas vantagens que os adesivos ofere-
cem frente aos métodos de fixação me-
cânica, seja em termos de desempe-
nho estrutural, melhorias de processo
ou ganhos estéticos no produto fi-
nal. “Ao lado de nítidos benefícios
visuais, os adesivos aumentam a re-
sistência ao impacto, fadiga e vibra-
ção, além de funcionarem como
selantes, pois evitam a entrada de
poeira e umidade”, descreve Julio Cesar
Perez, presidente da Lord.
No caso específico do setor de
compósitos, os adesivos podem ser
utilizados em todas as etapas produ-
tivas, desde a confecção dos moldes
até a união das peças a qualquer tipo
de substrato (metal e termoplástico,
por exemplo), passando por repara-
ção de pára-choques e fabricação de
faróis. “Boa parte dos novos proje-
tos compreende a utilização de ade-
sivos”, ressalta Perez.
E cita como exemplo, o caso do
jipe Stark, lançado em 2007 pela
montadora catarinense TAC. Ainda que
tenha surgido para vencer trilhas bar-
rentas e sinuosas, o veículo não deve
incomodar o motorista com ruídos e
vibrações enquanto acelera. Para isso,
Leandro Correia, engenheiro da TAC,
descreve que todas as peças de
compósitos que compõem a carroceria
são unidas com adesivos. “Eles ainda
aprimoram o visual do carro, pois evi-
tam o uso de parafusos e rebites”, ex-
plica. A TAC utiliza o adesivo Lord Fusor®
2001/2002, que apresenta rápido tem-
po de cura e, por conta disso, garante
mais agilidade durante a produção.
O segmento náutico também vem
percebendo os benefícios inerentes à
aplicação de adesivos. Em 2008, um
importante estaleiro brasileiro passou
a aplicar o adesivo base acrílico Lord®
LA 031/19F. Indicado para a colagem
de peças de compósitos presentes nos
cascos – a exemplo do chassi e de itens
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
8E
VE
NT
OS
///Feiplar & Feiplur
de acabamento – o Lord® LA 031/19F
substituiu o processo de laminação uti-
lizado pelo estaleiro. “Esse adesivo se
destaca por garantir maior tempo de
trabalho, entre 40 e 60 minutos, o que
é fundamental quando se adesiva pe-
ças grandes, comuns em embarcações
de 30 a 50 pés”, explica Giuliana.
Redelease preparacinco lançamentos
A distribuidora Redelease, deten-
tora de um portfólio formado por mais
de 300 produtos, participa mais uma
vez da Feiplar & Feipur, disposta a
mostrar as diversas alternativas que
oferece aos transformadores de plásti-
co reforçado com fibras de vidro (PRFV)
e poliuretano (PU). “É uma excelente
oportunidade para reforçarmos o nos-
so perfil de provedor de soluções”, co-
menta o diretor Roberto Iacovella.
Para os transformadores de PRFV,
a empresa reservou três novidades. O
desmoldante semipermanente Chem-
lease1 258-R, produzido pela norte-
americana Chemtrend e distribuído pela
Redelease com exclusividade no Brasil,
destina-se à desmoldagem de tubos
fabricados pelo processo de enrola-
mento filamentar. “Trata-se de um pro-
duto ecológico, pois elimina a neces-
sidade de utilização de filmes plásti-
cos entre o tubo e o molde, reduzindo
sensivelmente a geração de resíduos”,
explica Rui Figueira, gerente de espe-
cialidades Redelease.
Ao lado dos benefícios ao meio
ambiente, o desmoldante Chemlease1
258-R melhora a produtividade, uma
vez que o transformador não precisa
destacar um funcionário para retirar os
resíduos de filmes plásticos presentes
na face interna do tubo. “Também di-
minui consideravelmente a força de
tração exercida para o desmolde”, res-
salta Figueira, informando que o de-
sempenho da tubulação ainda é apri-
morado, já que não ocorre a formação
de incrustações internas comuns quan-
do se utiliza filmes plásticos. “Esses
resíduos de materiais que acabam fi-
cando no interior do tubo levam à re-
dução da vazão de todo o sistema”.
[Não-tecido Inacor Te] -Outra atração da Redelease voltada ao
mercado de PRFV é o não-tecido Inacor
Te. Material híbrido de fibras de poli-
éster e microesferas, é indicado à apli-
cação na parte central de laminados
de compósitos feitos em estrutura san-
duíche. “O Inacor Te é muito consumi-
do lá fora pelos setores náutico e
automotivo”, ilustra Iacovella. Entre as
principais vantagens proporcionadas,
o diretor da Redelease aponta para a
diminuição do peso da peça, combi-
nada com o sensível aumento da resis-
tência mecânica – duas vezes maior do
que os índices obtidos com mantas con-
vencionais de fibras de vidro. “Além de
pesar menos que as mantas, o não-te-
cido Inacor Te consome menor quanti-
dade de resina, o que acaba reduzindo
o peso de todo o laminado”, explica.
A superfície de Inacor Te facilita
a absorção da resina, ou seja, propicia
maior molhabilidade. “Para se obter um
laminado de 6 mm, o transformador
precisa efetuar quatro laminações con-
secutivas. Ao utilizar o Inacor Te, esse
número cai pela metade”, detalha
Iacovella. O acabamento e a estabili-
dade dimensional dos laminados tam-
bém melhoram bastante. “São atribu-
tos muito bem-vindos quando se fa-
brica peças como cascos de embarca-
ções ou pára-choques de ônibus”. Fa-
bricado pela mexicana Milyon, o Inacor
Te é distribuído no Brasil exclusivamen-
te pela Redelease.
Durante a Feiplar, a distribuidora
também lançará o fixador de brilho de
peças de compósitos Polynew 50. À base
de água, o produto – fabricado pela
própria Redelease – supre uma carên-
cia crônica da indústria brasileira de
Redelease: Inacor Te (foto) entre as novidades apresentadas na Feiplar & Feipur
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
83
9
PRFV: a falta de brilho das peças re-
cém-produzidas. “Com o passar do tem-
po, o ferramental perde o brilho, o que
acaba prejudicando o acabamento do
produto final. Ao aplicar uma demão
de Polynew 50 na peça, o transforma-
dor consegue restabelecer os padrões
estéticos que obtinha quando o molde
era novo”, explica Rui Figueira, geren-
te de especialidades da Redelease. Di-
ferente dos abrilhantadores conven-
cionais, o Polynew 50 – além da fácil
aplicação – proporciona uma película
seca sobre a peça, sem a necessidade
de polimento para realçar o brilho.
MVC, destaque em Wall SystemA MVC, de São José dos Pinhais
(PR), empresa do grupo Marcopolo
e que participa da feira, concluiu a
construção do maior projeto em Wall
System já realizado no Brasil, para o
CPTE (Clube Paranaense de Tiro Es-
portivo). Com 1266m² de área to-
tal, o complexo do clube, localizado
em Curitiba, possui sede, depósito
de equipamentos e área administra-
tiva em um único prédio construído
todo em Wall System.
A grande novidade deste projeto
é que foi o primeiro no Brasil com a
aplicação da tecnologia Wall System em
construção deste porte. De linhas com-
plexas e arquitetura de vanguarda, a
tecnologia desenvolvida pela MVC per-
mitiu realizar a obra, e manter o con-
ceito e a essência do projeto original,
não influenciando na estética do pro-
duto final. “Quebramos paradigmas e
ampliamos as possibilidades do nosso
produto”, explica Gilmar Lima, diretor-
geral da MVC. Segundo o executivo,
outras diferenças que levaram o clien-
te a optar pela MVC foram a velocidade
de execução, a flexibilidade do siste-
ma construtivo, a acústica, a alta du-
rabilidade e a baixa manutenção.
Novidades da Laader BergA Laader Berg, da Noruega, de-
tentora da patente Maxfoam, especi-
alizada na fabricação de máquinas de
espuma de poliuretano contínua
(slabstock), apresenta suas novas tec-
nologias durante a feira: máquinas de
espuma slabstock baixa pressão
Maxfoam F-8 2010, 2020 e 2030; má-
quinas de alta e baixa pressões combi-
nadas Multimax e sistema NovaFlex CO2
licenciado pela Hennecke.P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
0
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
1
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
2E
VE
NT
OS
///Plastech 2009
Simplás reafirmaconceito de grande feiraO Simplás fez o lançamento oficial da Plastech 2009 em outubro, em Caxias do Sul, otimista com a procura por espaços
oi lançada oficialmente no dia
15 de outubro, no Personal Ho-
tel, em Caxias do Sul, a Plastech
Brasil 2009 - 2ª edição da Feira de Tec-
nologias para Termoplásticos e Termofixos,
Moldes e Equipamentos, que acontecerá
de 28 a 31 de julho de 2009, nos Pa-
vilhões da Festa da Uva, em Caxias do
Sul. O evento é organizado pelo Sindi-
cato das Indústrias de Material Plásti-
co do Nordeste Gaúcho (Simplás). Com
o apoio especial dos dois sindicatos
gaúchos da categoria (Sinplast/RS e
Simplavi), além de outras entidades
como Abiplast, Abief, Abmaco, Abimaq,
Siresp, INP e também da FIERGS, CIC
Caxias e Prefeitura de Caxias do Sul.
O presidente do Simplás,
Orlando Marin, disse que para 2009,
o espaço de exposição será amplia-
do, ocupando o mezanino e térreo do
Centro de Feira e Eventos, além do
Pavilhão 1. Para a próxima edição, a
feira espera mais de 250 expositores,
com mais de 400 marcas nacionais e
internacionais e público visitante em
torno de 20 mil pessoas.
“A Plastech Brasil, apesar da se-
gunda edição, está se consolidando
como um importante evento do plás-
tico na América Latina, sendo uma
grande oportunidade de integrar a ca-
deia produtiva, com o objetivo de
mostrar aos potenciais clientes e for-
necedores o excelente nível tecnoló-
gico das empresas locais, nacionais e
internacionais, pesquisas e aperfeiço-
amento mercadológico”, disse o presi-
dente do Simplás, Orlando Marin.
O dirigente destaca que para 2009
o espaço dos expositores está sendo
ampliado em 60% com o novo Centro
de Eventos. A cadeia do plástico res-
ponde por 9% do PIB da região nor-
deste do Estado (450 empresas) dos
municípios abrangentes como Caxias,
Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi,
Ipê, São Marcos, entre outros.
[Pólo industrial] - Marin
enfatizou que, “faltando mais de oito
meses para a próxima edição da
Plastech Brasil 2009, já está confirma-
da a presença de importantes e desta-
cadas empresas ligadas ao setor plásti-
co nacional e internacional. Um dos
destaques em 2009 será a participa-
ção de um número maior de matrizarias,
entre elas algumas das mais importan-
tes do país, o que também credencia a
Plastech Brasil como uma das mais res-
peitáveis feiras técnicas da América
Latina.
Sua realização em Caxias do Sul
(RS) cidade que conta com ampla e
moderna rede de serviços para eventos
favorece a grandiosidade da feira. A
Serra Gaúcha é um reconhecido pólo
industrial do país e onde estão locali-
zadas mais de 450 indústrias de trans-
formação do plástico, que aguardam
as novidades tecnológicas para tor-
nar o setor mais competitivo.
Marin: presidente do Simplás apresentou as últimas novidades da Plastech 2009
Mar
cos
Sart
ori/
PS
F
P S
///Tecnoplast 2009
FCEM planejarodada denegóciosO evento acontece em novembro
de 2009 no Centro de Eventos da
Fiergs, em Porto Alegre (RS)
ndústrias e empresas nacionais e
internacionais que estiverem dis-
postas à negociar a compra e ven-
da de produtos e serviços, poderão
participar de uma ação inovadora
promovida pelo grupo Fcem. Cuida-
dosamente planejada para ocorrer du-
rante a Tecnoplast
2009, a Rodada
de Negócios será
uma das atividades
centrais dentro da que é hoje
considerada uma das gran-
des feiras do segmento plás-
tico, devendo receber mais de 300
marcas de 10 a 13 de novembro
de 2009 na Fiergs, em Porto Ale-
gre (RS). “Já estivemos reunidos com
entidades e empresários que hoje são
grandes compradores e vendedores
do setor plástico em âmbito nacio-
nal. Apresentamos a proposta de or-
ganizar uma rodada de negócios aqui
no Rio Grande do Sul, dentro da
Tecnoplast. Ela foi tão bem recebida
que estamos buscando viabilizá-la já
para a próxima edição”, adianta
Hélvio Roberto Pompeo Madeira, di-
retor-presidente do grupo Fcem.
Ainda de acordo com o empre-
sário, “o importante desta proposta
é justamente o fato de poder envol-
ver ainda mais os empresários e pro-
fissionais ali representados, revelan-
do as diferentes necessidades das em-
presas participantes deste grande
evento, além de formatar, a partir da
ação, novos contatos comerciais que
não se restringem somente àqueles
que serão feitos nas mesas de roda-
das”, projeta Madeira.
A empresa gaúcha já vem esta-
belecendo parcerias e contatos com
entidades que realizam ações seme-
lhantes em eventos no sudeste bra-
sileiro para melhor organização e pla-
nejamento da atividade. Outras in-
formações:
www.feiratecnoplast.com.br
IP S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
4
///Logística
ME
RC
AD
O
Deb’Maq inaugura modernocentro de distribuição
O complexo em Camanducaia (MG), que faz parte de um projeto único e
arquitetura inovadora, custou cerca de R$ 40 milhões e será utilizado para
armazenamento e teste das máquinas comercializadas pela empresa além
de assistência técnica e treinamento, benefício oferecido aos clientes.
O prédio amplo abriga a área de armazenagem e assistência, masMauro Trevisan (detalhe) revela que o complexo tem uma
área administrativa e de lazer em meio àpaisagem da serra , em Minas
omo reflexo do seu crescimen-
to, a Deb’Maq precisava de
mais espaço para acomodar
seu portfólio e oferecer serviços de
apoio aos clientes. Referência no mer-
cado nacional de máquinas-ferramen-
ta, injetoras de plástico e máquinas
para corte e conformação, a empresa
inaugurou em 9 de outubro um mo-
derno centro de distribuição na cida-
de de Camanducaia (MG). Com 23 mil
m² de área construída, a obra levou
cerca de três anos para ser concluída
e demandou investimentos na ordem
de R$ 40 milhões.
“Além de armazenar máquinas,
acessórios e peças para reposição, no
local também serão realizados monta-
gem e testes das máquinas importa-
das pela distribuidora, vindas da
Bulgária, Taiwan, China e Japão, que
aqui recebem garantia e assistência
técnica da Deb’Maq”, ressalta o geren-
te de marketing Mauro Trevisan. “As-
sim como as máquinas nacionais
fabricadas pelas Indústrias Nardini,
também comercializadas pela empre-
sa”, complementa. A diretoria foi re-
presentada na cerimônia por Débora
Viáro, Edson Marinho, Américo
Amadeu Filho e Roseli Franchi, além
de outros executivos e autoridades de
Camanducaia e Cambuí.
O executivo destaca que o pré-
dio possui ainda área de assistência
técnica e sala de treinamento para cli-
entes, com orientação teórica e prá-
tica sobre o manuseio das máquinas,
e espaço para eventos e workshops com
800 m². O centro de distribuição fun-
cionará inicialmente com 42 funcio-
nários, mas a previsão é chegar aos
150, segundo Mauro Trevisan. “Para
um futuro próximo, estamos estudan-
do instalar uma fábrica no local”, co-
menta o executivo. Atualmente, a
Deb’Maq conta com 12 vendedores
diretos e mais 40 representantes es-
palhados pelo Brasil.
[Destaque] - O projeto
arquitetônico se destaca pela beleza e
modernidade, com espaços amplos cui-
dadosamente estruturados para recep-
ção dos clientes e conforto dos funci-
onários. No terraço do prédio admi-
nistrativo, há um aconchegante espa-
ço para eventos com jardim ao ar livre.
O acesso se dá por meio de um eleva-
dor decorado com aquário de peixes
ornamentais. Há ainda um auditório
para palestras e equipamento para vídeo
conferência. Para os funcionários, tam-
bém foi planejada toda uma estrutura
com cozinha industrial, vestiários com
duchas e academia de ginástica, um
complexo que faz jus ao investimento.
A Deb’Maq do Brasil Ltda, funda-
da em 1997, iniciou suas atividades
focada no setor metal mecânico, em
princípio comercializando peças de
reposição e prestando serviços de trei-
namento, assessoria e assistência téc-
nica. Mais tarde, incorporou também
ao seu trade a comercialização de má-
quinas, desenvolvendo em 1999 uma
marca própria, a Diplomat, conhecida
pela tecnologia avançada e alta quali-
dade, atestada primeiramente com a
certificação ISO 9002 obtida pela em-
presa em 2000, e depois com a ISO
9001:2000 conquistada em 2003.
Com o crescimento, ainda em
2003, a Deb’Maq resolveu ampliar seu
share de negócios, iniciando suas ati-
vidades na Divisão de Plásticos.
C
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
4
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
5
PLAST MIX
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
6
///Logística
ME
RC
AD
O
Lanxess investe em usinae reduz emissões de CO2A empresa aplica R$ 18,5 milhões na unidade que usará do bagaço de cana-de-açúcar e entrará em operação no
início de 2010, garantindo 100% da energia elétrica e do vapor para o funcionamento da fábrica em Porto Feliz.
m tempos de
sustentabili-
dade e preocu-
pação com o meio am-
biente, a multinacio-
nal de especialidades
químicas alemã Lanxess
anunciou no início de
outubro, um investi-
mento de 7 milhões de
euros (R$ 18,5 mi-
lhões) na construção
de uma usina de co-
geração de energia
com combustível reno-
vável. Com capacidade
de 4,5 megawatts
(MW), a unidade irá
operar a partir do uso
do bagaço de cana-
de-açúcar e entrará em
operação no início de 2010, garan-
tindo 100% da energia elétrica e do
vapor necessários para o funciona-
mento da fábrica de pigmento de óxi-
do de ferro em Porto Feliz, no interi-
or de São Paulo, considerada uma das
maiores do mundo.
De acordo com o CEO da Lanxess
no Brasil, Marcelo Lacerda, a maior par-
te do valor a ser investido, ou 80%
dele, será financiado pelo Banco Naci-
onal de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). “Os 20% restantes se-
rão recursos próprios da empresa”, re-
velou. A partir de 2010 as emissões de
CO2 serão reduzidas em 44 mil tonela-
das anuais. O refinanciamento do in-
vestimento deverá ser realizado parci-
almente por meio da venda de crédi-
tos de carbono. A utilização da cana-
de-açúcar, combustível renovável e
ecológico, permitirá que a produção
seja totalmente neutra de CO2, pois a
quantidade de gás emitida será a mes-
ma que as plantas consumirão mais tar-
de, no processo de crescimento.
[Processo] – Como mostra a
figura, o processo funcionará como uma
grande panela de pressão. O bagaço da
cana é queimado gerando calor e es-
quentando a água armazenada. Essa
água vira um vapor com alta pressão
que aciona as turbinas, gerando, as-
sim, energia. O vapor é utilizado no
processo de produção que retorna
como água novamente, sendo reapro-
veitada. Assim, além de o processo ser
totalmente limpo e com resíduo quase
zero (as cinzas do bagaço são excelen-
tes adubos naturais), possibilitará tam-
bém a geração de créditos de carbo-
no, cuja venda é fator imprescindível
para a sustentabilidade do projeto que
visa a promoção de um crescimento lim-
po e competitivo.
Marcelo Lacerda (no detalhe), CEO da Lanxess do Brasil, destaca o processo de geração de energia
E
P SPlá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
6
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
7
PLAST MIX
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
80
0110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
010
1110
00
110
00
110
010
100
010
0110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
010
1110
00
110
00
110
010
100
1010
100
110
00
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
010
1110
00
110
00
110
010
100
1010
100
110
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
8
///Software
TE
CN
OL
OG
IA
Sai a versãoSolidWorks2009 PremiumCom 260 aprimoramentos indicados por clientes e usuários e 65% mais
rápido que software anterior, a nova versão aperfeiçoa todo o projeto.
íder mundial no fornecimento
de tecnologia para CAD 3D, a
Dassault Systèmes SolidWorks
Corp. anuncia o lançamento do Solid-
Works 2009 Premium . A mais recente
versão do software de CAD 3D mais di-
fundido no mercado é até 65% mais
rápida em relação ao SolidWorks 2008
e reflete o intenso esforço da área de
P&D voltado diretamente para o de-
sempenho, a característica mais valo-
rizada por engenheiros e projetistas em
softwares de CAD, segundo pesquisas
realizadas pela empresa.
Oscar Siqueira, country manager
da DS SolidWorks Brasil ressalta que
“nenhum outro software de CAD 3D é
mais rápido ou mais fácil de usar para
ajudar a transformar as idéias inova-
doras dos usuários em modelos 3D in-
teligentes, prontos para serem fabri-
cados”. O destacado ganho de produ-
tividade da nova versão foi documen-
tado e medido com base na criação e
modificação de grandes montagens
usando fluxos de trabalho adaptados
a partir de ambientes e dados de cli-
entes reais. Os ganhos de desempenho
nessas simulações foram obtidos sem
novos recursos e funções, significan-
do que os usuários não têm necessida-
de de aprender novas técnicas, confi-
gurações ou recursos para aproveitar a
capacidade do SolidWorks 2009.
Melhoramentos no desempenho
representam apenas um dos mais de
260 aprimoramentos do SolidWorks
2009, quase todos atendendo às soli-
citações de clientes enviadas através
de pesquisas, grupos de usuários, vi-
sitas a clientes e estudos sobre usuá-
rios atuais e em potencial. O modelo
oferece integração totalmente
associativa, em uma só janela, com
todos os softwares da DS SolidWorks,
incluindo simulação, gerenciamento
de dados e colaboração em conteúdo
3D, e está disponível em 13 idiomas,
inclusive o português.
[Análises integradas] -Além dos avanços de desempenho e
velocidade apresentados, o SolidWorks
2009 traz o SpeedPak, uma nova abor-
dagem para manipulação de grandes
montagens que reduz notavelmente a
quantidade de memória necessária para
o computador, mantendo todos os de-
talhes gráficos e a capacidade de as-
sociação. Outro importante aspecto
aperfeiçoado na versão 2009 é o re-
curso de verificação. Com o novo “Con-
sultor do Simulation”, é possível ana-
lisar projetos à procura de problemas
ocultos, orientando o usuário através
de cada estágio da simulação.
Ao aproveitar a integração dos
softwares SolidWorks e SolidWorks
Simulation, novos sensores do Si-
mulation alertam quando peças e mon-
tagens se desviam dos limites defini-
dos pelo usuário.
L
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
8
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
010
1110
00
110
00
11110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
010
1110
00
110
00
110
010
100
101
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
00
1010
100
110
010
1110
00
110
00
110
010
100
1010
10
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
9
///Bloco de Notas
Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
84
9
Simpep: crise mundialafeta o setor plásticoNenhum setor econômico passou
incólume pela crise mundial. Em
decorrência disso, o setor plástico
está vivendo um período de turbu-
lência e grande dificuldade junto ao
mercado, que já passava por aumen-
tos no preço das matérias-primas e
sofria com a guerra fiscal. O Simpep
(Sindicato da Indústria de Material
Plástico no Estado do Paraná), para
contribuir com os empresários,
isentou as empresas da taxa federati-
va neste ano, como forma de
amenizar um pouco os custos que já
são insustentáveis.
Segundo o Sindicato, o setor deve
passar por três meses de turbulências,
onde muitas empresas vão sofrer os
efeitos da crise, com adiamento de
compras de seus clientes e cancela-
mentos de programações colocadas.
Dirceu Galléas, presidente do Simpep,
disse: “Estamos vendo os governos
tentarem solucionar os problemas na
ponta, esquecendo que o mais
importante são as causas na base. Os
preços de matérias-primas no
mercado interno permanecem em
patamar elevado comparado aos
preços internacionais. Mesmo com a
queda no preço do petróleo, a
desvalorização do real está provocan-
do anúncio por parte do setor
petroquímico de nova alta no início
de novembro, onde teremos o
polietileno mais caro do mundo”.
O dirigente arrisca um conselho.
“Para superar este período de
turbulência é preciso ter cautela e
estudos de mercado para encontrar a
melhor saída, trabalhando com
estoques reduzidos. Os clientes do
setor já sinalizam diminuição de
estoques e compras para os próximos
meses, ao contrário dos últimos anos
que o mês de outubro era o de
colocação de programações para o
final de ano, em que devido ao
aumento do consumo o setor já
estaria com a venda anual fechada,
mas em decorrência da crise isto não
ocorreu e é provável que não ocorra,
causando uma grande ociosidade”,
acrescenta.
Antes da crise mundial, ocorreram
diversos aumentos no preço das
matérias-primas, superando o índice
de 20% em menos de dois meses.
Com a valorização do dólar, a
importação que antes era uma forma
para driblar os constantes aumentos,
agora se torna perigosa diante da
incerteza do atual cenário. Para o
sindicato a esperança é que o
governo baseie-se em dados e
promessas oficiais e, ao invés de criar
fundos para socorrer bancos, crie
condições para a indústria não ser
penalizada por crescer, gerar empre-
gos e impostos.
De acordo com Galléas, caso não
ocorresse uma guerra fiscal desleal, o
setor poderia estar em melhor
condição para enfrentar a atual crise
econômica. As indústrias do Paraná e
de outros estados reconhecem que os
benefícios concedidos são um crime
fiscal legalizando uma fábrica de
ilusão, onde os beneficiados têm
como lucro os impostos que não
pagam, ocasionando uma concorrên-
cia desleal, que poderia ser vista
como forma de informalidade, só que
está com amparo legal beneficiando
poucos e prejudicando o país como
um todo.
O dirigente é enfático. “Chegou a
hora do governo parar, pensar e ver
que a demora de ações junto a
impostos, principalmente o IPI,
equivocadamente mal distribuído na
cadeia do plástico, e a guerra fiscal
estão levando as indústrias a um
caos, bastaria uma MP ou Portaria do
MF para resolver de imediato a
situação, que traria maior arrecada-
ção aos cofres públicos e regulariza-
ria o setor, acabando com o dumping
atual”, completa Galléas.
A indústria de transformação do
plástico possui 600 empresas no
Paraná, uma receita de R$ 3,2
bilhões por ano, gerando 18 mil
empregos formais.
Embalagens flexíveissão as mais usadasO dado é incrível: dos 2.870
produtos lançados em todo o
mundo em junho deste ano, 53%
deles utilizaram embalagens
plásticas, principalmente as
flexíveis. Este tipo já ultrapassou
os frascos plásticos em participação
no lançamento de produtos; até
2005 os frascos eram líderes. Hoje,
em terceiro lugar nos lançamentos,
figuram as embalagens de cartão.
Estima-se que mensalmente sejam
lançados 22.500 produtos em todo
o mundo com uma taxa de aumento
anual na casa de 17%.
Os números foram apresentados
por Fábio Mestriner, Coordenador
do Núcleo de Estudos da Embala-
gem da ESPM, no Café da Manhã
da ABIEF (Associação Brasileira da
Indústria de Embalagens Plásticas
Flexíveis) realizado no dia 21 de
outubro, na sede da Abiplast, em
São Paulo com o patrocínio da
Braskem, Fispal Tecnologia, Lord,
Pincelli, Embala e Res.
Activas # Pág. 05
Airus # Pág. 21
Albag # Pág. 37
AWS # Pág. 31
AX Plásticos # Pág. 39
Brasilplast # Pág. 13
By Engenharia # Pág. 45
Cermag # Pág. 45
Dannaplas # Pág. 47
Deb’Maq # Pág. 09
Feiplar # Pág. 15
Femat # Pág. 35
JMB Zeppellin # Pág. 27
Jornal do Plástico # Pág. 47
Mainard # Pág. 45
Maq. Premiata # Pág. 47
Marian Hotel # Págs. 40 e 41
Mecanofar # Pág. 45
Mercure Hotel # Pág. 43
Met. Wagner # Pág. 45
Milacron # Pág. 29
Minematsu # Pág. 47
Momesso # Pág. 33
Moynofac # Pág. 45
Multi União # Pág. 33
Nazkon # Pág. 45
Nicoplas # Pág. 35
NZ Cooperpolymer # Pág. 37
NZ Philpolymer # Pág. 37
Plást. Ven. Aires # Pág. 45
Plastech # Pág. 17
Previsão # Pág. 52
R. Pieroni # Pág. 25
Resinet # Pág. 11
Rone # Pág. 39
Rulli # Pág. 23
Seibt # Pág. 47
Simpesc # Pág. 51
Solvay # Pág. 02
Tecnoplast # Pág. 19
Para anunciar, ligue 51 3062.4569Plá
stic
o S
ul # 9
0 -
Sete
mbro
de 2
00
85
0
ihvcwshdvcsdvcudbvcsjh
PLÁSTIKOS Por Julio Sortica
Lanxess resgataações da PetroflexNo final do ano passado a Lanxess ad-
quiriu o controle da Petroflex por R$
526,7 milhões e em Assembléia Geral
Extradordinária na primeira semana de
novembro anunciou o resgate da to-
talidade das ações da companhia após
a Oferta Pública de Aquisição de Ações
Ordinárias e Preferenciais.
O valor do resgate da ação ficou deter-
minado em R$ 19,68 e o depósito de-
verá ser feito a partir do dia 12 de
novembro para as pessoas físicas ou
jurídicas que figurarem como titulares
dessas ações. Com isso, a Petroflex pas-
sa a ser uma companhia fechada, per-
tencente em sua totalidade ao Grupo
Lanxesss, que está sob o comando,
desde abril, do Sr.Jörg Schneider.
Plasmaq vaifabricar máquinasA Plasmaq apresenta ao mercado plás-
tico grandes novidades. O diretor Rafael
Rosanelli confidenciou que, “aprovei-
tando a confiabilidade, o atendimen-
to diferenciado e a experiência de mais
de 15 anos na área de projetos de má-
quinas, sendo 11 deles focados na área
comercial, a Plasmaq fortalece a sua
atuação no setor e expande seu negó-
cio, lançando sua própria linha de fa-
bricação de máquinas”.
A nova empresa chama-se “Máquinas
Premiata” que irá fabricar e comercializar
a nível nacional, misturadores, seca-
dores, linhas para reciclagem, aglutina-
dores e extrusoras para granulação.
Nota de falecimento:Ronald Lopes CanteiroO presidente da Abief, Rogério Mani,
distribuiu comunicado na semana pas-
sada, desta vez com uma nota triste:
“o falecimento do querido amigo, com-
panheiro de diretoria, o empresá-
rio Ronaldo Lopes Canteiro, 57 anos,
devido a acidente de avião ocorrido
em 5 de novembro”. Canteiro era asso-
ciado da ABIEF através da empresa
Embaquim e ocupava o cargo de Dire-
tor Tesoureiro do Conselho de Admi-
nistração da ABIEF.
Recentemente, Canteiro publicou um
artigo sobre Embalagens para Alimen-
tos na edição 88 da revista Plástico
Sul. Manifestações de condolências
poderão ser enviadas à família pelo e-
mail: [email protected].
Simplás realiza seminárioO Simplás promove em 25 de novem-
bro o “Seminário Internacional sobre Com-
petência Global em Compostos de Madei-
ra e Plástico”, que tem como objetivo
reunir as competências das indústrias
de madeira/florestas com as indústrias
de plásticos. É uma versão do evento
realizado em outubro em Viena (Áus-
tria), o Wood-Plastics Composites 2008
e será realizado no Royal Personal Ho-
tel, em Caxias do Sul.
Encontro Nacional do PlásticoEste ano, as mais importantes e ex-
pressivas entidades do setor de trans-
formação do plástico (Abief, Abiplast,
Abrafilme, Abraflex e Afipol), decidi-
ram unir-se em uma única festa de
confraternização, em 5 de dezembro,
na Mansão França (SP) “Esta inicia-
tiva vem coroar as realizações con-
juntas que marcaram a atuação inte-
grada dessas entidades durante todo
o ano”, ressalta o presidente da Abie,
Rogério Mani.
///Anunciantes da Edição