revista potência - edição 90 - abril de 2013

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COMUTADORAS ROTATIVAS Mercado passa por momento de estabilidade nas vendas HANNOVER MESSE 2013 Feira bate recorde e traz à tona o tema ‘Indústria Integrada’ C M e NR-33: Norma regulamentadora publicada em 2006 tem ajudado a melhorar as condições de trabalho em espaços confinados, inclusive quando há presença de atmosferas explosivas. Definindo Definindo o futuro o futuro Empresas que participaram da Fiee 2013 revelam otimismo em relação aos negócios e aproveitam o evento para divulgar lançamentos, costurar novos contratos e anunciar ao mercado investimentos em expansão. ANO 9 90 N CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS ELÉTRICA, ELETRÔNICA, ILUMINAÇÃO E ENERGIA

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Page 1: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

COMUTADORAS ROTATIVASMercado passa por momento de estabilidade nas vendas

HANNOVER MESSE 2013Feira bate recorde e traz à tona o tema ‘Indústria Integrada’

CMe

NR-33: Norma regulamentadora publicada em 2006 tem ajudado a melhorar as condições de trabalho em espaços confinados, inclusive quando há presença de atmosferas explosivas.

Defi nindo Defi nindo o futuroo futuro

Empresas que participaram da Fiee 2013 revelam otimismo em relação aos negócios e aproveitam o evento para divulgar lançamentos, costurar

novos contratos e anunciar ao mercado investimentos

em expansão.

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Page 4: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

4 | Potência | sumário

CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Excl

usiv

o

NR-33Norma regulamentadora publicada em 2006 é vista como um di-visor de águas pelos especialistas e tem ocupado lugar de des-taque na melhoria das condições de trabalho em espaços confi-nados, inclusive quando há presença de atmosferas explosivas.

40PÁGINA

44

12

48

6 Ponto de Vista

8 Ao Leitor

8 Cartas

10 Holofote

54 Praticando Ideias

56 Espaço Abreme

60 Radar

62 GTD

65 Link Direto

66 Agenda

• Foto: Dreamstime • Capa: Márcio Nami

12 Matéria de Capa Fiee 2013 movimenta mercado e expositores que participaram do even-

to demonstram otimismo em relação aos negócios anunciando novos investimentos, inclusive em expansão.

18 Lançamentos da Fiee Durante a feira, empresas fizeram muitos lançamentos. Muitos deles

podem ser conferidos aqui.

34 Mercado Vendas de chaves comutadoras rotativas passam por momento de es-

tabilidade e fabricantes esperam por aquecimento da economia para voltarem a incrementar o faturamento.

44 Evento Hannover 2013 Principal feira industrial do mundo atrai mais de 200 mil visitantes e

soma mais de cinco milhões de contatos de negócios, inclusive com a participação de brasileiros.

48 AbineeTec 2013 Evento foi marcado pelo lançamento do programa Inova Energia, ba-

lanço da Lei de Informática, discussões em torno da segurança nas ins-talações elétricas e comemoração dos 50 anos da Abinee.

34

Page 5: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

As respostas para a disponibilidade e qualidade, além dos altos custos com energia, estão aqui. O Xperience Efficiency 2013 é uma oportunidade única para você conhecer novas tecnologias que permitem gerenciar com eficiência a energia e reduzir o impacto desse insumo escasso nas suas operações e no meio ambiente.

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Page 6: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Beth Brididiretora de redação [email protected]

Filiada ao

Circulação e t i ragem auditadas

E X P E D I E N T E

a n o I X • n º 9 0 • a b r I l ' 1 3

Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comuni-cações Ltda, com circulação nacional, diri gida a indús-trias, compradores corporativos, distribuidores, varejis-tas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans misso ras e distribuido-ras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Asso-ciação Brasileira dos Re vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Po-tência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pa-gas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, as-sinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Redaçã[email protected]

Diretora de redação: Beth BridiEditor: Marcos Orsolonrepórter: Paulo MartinsFotos: Ricardo BritoJornalista responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)

Conselho [email protected]

Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.

[email protected]

Diretor Comercial: Edvar LopesCoord. de atendimento: Cléia TelesContato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke

Produção Visual e Grá[email protected]

Chefe de arte: Sérgio RuizDesigner Gráfico: Márcio Nami

Atendimento ao [email protected]

Coordenação: Paola Oliva

Administraçã[email protected]

Gerente: Edina Silvaassistentes: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas

Impressão

Prol Editora

Redação, Administração e PublicidadeSede Própria:Rua Afonso Braz, 579 - 11º andarVila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SPPABX: (55) (11) 3896-7300Fax redação: (55) (11) 3896-7303Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307Site: www.grau10.com.br

Fechamento Editorial: 06/05/2013Circulação: 14/05/2013

Diretores: Habib S. Bridi (in memorian)

Elisabeth Lopes Bridi

ISSN 2177-1049

6 | Potência | ponto de vista

Gigantee sem rumo

Dias atrás o jornal O Estado de São Paulo, em seu editorial,

classificou o Brasil como “grandão e desajeitado”. Isso levou à

reflexão. O País tem dimensões continentais, um mercado con-

sumidor de dar inveja a muito país desenvolvido, riquezas na-

turais quase que infindáveis. Mas não decola. É grandão, sim,

imponente e poderia ser uma potência de fato.

Acontece que há anos o Brasil, com toda sua magnitude,

cresce menos do que a maior parte dos países latino-america-

nos, mesmo se compararmos com alguns vizinhos que, muitas

vezes, menosprezamos. É também o que menos cresce entre os

países do grupo dos BRICS. E deverá continuar crescendo me-

nos, pelo menos até 2014. Chile, Paraguai, Colômbia e Peru, por

exemplo, devem crescer muito mais do que o gigante Brasil no

próximo ano, pelas previsões do FMI. O Brasil continuará, tam-

bém, com uma das inflações mais altas e é campeão em endi-

vidamento público. Isso sem falar no pódio de carga tributária,

falta de infraestrutura, alta taxa de juros e por aí vai a relação

de pontos negativos.

Neste cenário, recai sobre o consumidor brasileiro e sobre

a produtividade da indústria nacional a responsabilidade de

inovar, produzir, empregar e exportar, mesmo que sem muitas

condições para isso.

A dívida bruta brasileira está em torno de 67% do PIB neste

ano e pouco deve cair no ano que vem. No Chile, por exem-

plo, a dívida está na casa dos 11%. Está muito claro que apenas

apostando no consumo interno, ampliando o crédito ou atri-

buindo vantagens tributárias a alguns setores o Brasil não vai

decolar. Há quem acredite que estamos no limite das medidas

que realmente poderiam contribuir favoravelmente para o País

crescer. Há que se fazer mais. Está na hora do Governo brasi-

leiro fazer a sua parte. O Brasil é realmente “grandão”. Está na

hora de deixar de ser “desajeitado”. Não podemos mais admitir

uma política sem rumos, eleitoreira e feita para interesses próprios

ou partidários. Um País com pouca corrupção - nem vamos falar

em extinguir a corrupção, pois estamos anos luz de conseguir - ,

com orçamento transparente e que não desperdiça poderia real-

mente ser, um dia, considerado um gigante, elegante.

Page 7: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013
Page 8: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

8 | Potência | ao leitor cartas

PARA ENVIAR RELEASES E INFORMAÇÕES [email protected]

FALE DIRETO COM A DIRETORA DE REDAÇÃ[email protected]

PARA ENVIAR OPINIÕES/CRÍTICAS E SUGESTÕ[email protected]

PARA [email protected]

PARA RECEBER A REVISTA OU ALTERAR [email protected]

Fale com a Revista Potência

Marcos Orsolon, editor

A través de entrevistas e contatos com diversas

empresas, notamos que o momento do setor

eletroeletrônico nacional é bastante curioso. Diria

até ambíguo. Ao mesmo tempo em que empresas

contabilizam resultados expressivos, com forte aquecimento nas

vendas, há outro grupo que afirma passar por dificuldades e

que dificilmente irá encerrar o ano com desempenho positivo.

Outra constatação de nossa redação é que o ano de 2013

tem apresentado comportamento estranho para a indústria do

setor. Isso mesmo. ‘Estranho’ tem sido o adjetivo mais utilizado

pelas companhias para explicar o que tem acontecido nos seus

negócios. Isso porque para a maioria das empresas a situação

não está ruim, embora também não esteja assim tão boa. Além

disso, os resultados têm sido impactados pela alternância de me-

ses bons e meses ruins, o que dificulta um pouco as projeções.

A boa notícia é que, durante a Fiee ocorrida em abril, cuja

cobertura está em nossa matéria de capa, identificamos que

há certo otimismo no setor. Mesmo diante das dificuldades, os

expositores apresentaram novidades no evento, lançaram pro-

dutos e alguns até divulgaram investimentos.

Significa que iniciaremos no setor eletroeletrônico um novo

ciclo de crescimento, consistente e durador? Difícil dizer. Mas

o fato é que, pelo menos para algumas empresas, esta parece

ser a realidade.

Outro ponto positivo constatado na Fiee, ou melhor, na

AbineeTec que ocorreu paralelamente à feira, foi a intenção

do governo federal em incentivar a inovação no País. Com

este objetivo, foi lançado durante o evento o programa Inova

Energia, que envolve recursos da Aneel, Finep e BNDES para

financiar iniciativas em áreas como Smart Grid, veículos elétri-

cos e energia eólica e fotovoltaica.

Vamos acompanhar os resultados do programa e, durante

um período com comportamento tão estranho, esperamos tra-

zer boas notícias para o setor. Boa leitura!

Um ano estranho

Conteúdo aprovado“Estivemos na Feicon Batimat

2013 e lá recebemos a edição mais

atual da revista Potência. Lendo-a

com bastante tranquilidade, apre-

ciamos sobremaneira seu conteú-

do. Por isso peço esclarecimentos

sobre o recebimento da revista.

Posso preencher o formulário que

existe dentro da edição e encami-

nhar a esta conceituada editora?

Existe alguma restrição para rece-

bimento gratuito? Agradeço se pu-

derem me esclarecer, pois atuamos no Mato Grosso do Sul com

instalações elétricas e os temas desta publicação serão muito úteis

não só a nós como também a toda a comunidade local. Parabéns

e obrigado pela atenção, desde já.”

Rodivaldo Ventura de Oliveira | Campo Grande | MS

Redação responde: Caro Rodivaldo, o formulário devidamente

preenchido pode ser encaminhado por e-mail para: leitorpotencia@

grau10.com.br ou mesmo pelos Correios (porte pago). O cadastro

passa por uma avaliação para verificar a adequação do leitor ao

público-alvo da publicação. A única restrição é para pessoas que

não atuem dentro do segmento, o que não parece ser o seu caso.

Aguardaremos seu cadastro e agradecemos seu contato.

Aprovação “Parabéns a esta editora por suas publicações. A revista Potên-

cia muito nos agrada. Acompanhamos regularmente e os temas são

sempre muito interessantes. Estão no caminho certo”

Maria Clara Pilares | assessora de Marketing | RHS Mat. Eletrico Ltda

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10 | Potência | holofoteNotícias do Setor

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

40 anos de história

A Intelli irá comemorar 40 anos

de fundação no dia 10 de dezembro.

Fundada pelo empresário Vincenzo

Antonio Spedicato, a empresa iniciou

suas atividades fabricando luvas de emenda, conectores e

terminais para baixa tensão nos sistemas de energia elé-

trica, com a participação de cinco funcionários, na cidade

de Orlândia (SP).

Acompanhando o crescimento da tecnologia mundial,

a companhia aos poucos ampliou seu parque industrial,

investindo nas instalações das Unidades de Haste de Ater-

ramento e de Fundição.

Atualmente, a empresa fornece seus produtos para os

sistemas de baixa, média e alta tensões, abrangendo todo

o mercado brasileiro e exportando para mais de 40 países,

com uma grande rede de representantes comerciais, tor-

nando a marca uma referência para os clientes.

Ao todo, a empresa conta com cerca de 950 funcioná-

rios espalhados por três unidades instaladas na cidade de

Orlândia. E, hoje, possui o Certificado de Qualidade ISO

9001:2008, concedido pela Fundação Vanzolini e ratifica-

do pelo The International Certification Network - IQNET.

Empresa anuncia CEO

Depois de um processo de reestrutu-

ração de mais de dois anos, iniciado em

2011, a Avant começa a colocar em prática

medidas alinhadas aos conceitos de gover-

nança corporativa.

Um passo importante foi dado no início

de março, quando Gilberto Grosso passou

a responder pelo cargo de CEO (Chief Exe-

cutive Officer), após dez anos à frente da

diretoria Comercial da empresa.

Alinhado às novas estratégias da Avant, Grosso tem

como missão preparar profissionalmente a empresa para

um crescimento sustentável e adequá-la para operar

sob um sistema que permita até contar com ingresso

de novos acionistas e abrir seu capital para o mercado.

“Como CEO, minha tarefa será posicionar a Avant

entre os três maiores fabricantes de lâmpadas atuantes

no Brasil nos próximos quatro anos e rentabilizar finan-

ceiramente a operação brasileira para atender às expec-

tativas do Conselho de Administração”, afirma.

Para esta reestruturação, a empresa contou com a

consultoria Deloitte Touche Tohmatsu. Entre as novas

práticas incorporadas durante esse processo estão a ado-

ção de um novo modelo de estrutura organizacional,

com a incorporação de um Conselho de Administração

na gestão dos negócios, a redefinição de processos, au-

mento da participação de mercado, rentabilidade e in-

clusão das práticas de sustentabilidade.

Nova identidade

A Dutoplast

do Brasil Indústria

de Plásticos apre-

sentou uma nova

identidade, sim-

bolizando a união

das letras D(duto)

e P(plast) em um formato mais atual,

seguindo a tendência de moderniza-

ção da empresa. Destaque também

para o novo catálogo, que conta com

informações mais técnicas, novos pro-

dutos e tabelas que ajudam na hora

da instalação.

A Lâmpadas Golden reforçará

a estratégia de divulgação da linha

Extreme LED nos pontos

de venda a partir de junho.

Com base em um projeto pi-

loto de 20 unidades que teve

início no começo do ano,

estão sendo confeccionados

200 displays no formato “tor-

re”, destinados a home cen-

ters, lojas de materiais elétri-

cos e de construção.

O material possui uma

porta de vidro para prote-

ção dos produtos e abriga

um depósito que é trancado

por chave, na parte traseira.

Possui também informações

sobre a troca da tecnologia co-

mum por LED, além de apre-

sentar modelos das lâmpa-

Foco no ponto de venda

das da linha

Extreme LED

acesas, para melhor visibilidade do

produto. Nas laterais, há uma por-

ta “take one”, destinada a folhetos.

Segundo a analista de Marke-

ting da Golden, Renata Pilão, esses

expositores vêm para sanar as dú-

vidas sobre qual modelo e potên-

cia de LED substitui uma tecnologia

tradicional. “Essa é uma das maiores

dúvidas na compra”, afirma.

A empresa oferece também dois

displays de balcão, um para lâmpa-

da LED A19 e outro para fita LED

RGB, que permite que o visitante

da loja possa alterar a cor e os efei-

tos. Esses materiais de exposição

são menores e atendem estabeleci-

mentos pequenos que desejam dar

visibilidade ao LED.

Page 11: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Holofote | Potência | 11Notícias do SetorFo

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Maracanã iluminado

O Maracanã foi reaberto no dia 27

de abril, com uma partida de futebol

entre times de jogadores brasileiros que

não estão mais na ativa. A GE Ilumina-

ção forneceu 396 projetores EF 2000,

com potência de 2.000W cada, que aju-

darão a garantir a qualidade das trans-

missões televisivas em alta definição,

atendendo aos requisitos da FIFA para

uma visualização mais nítida do campo.

Os refletores foram instalados em

parceria com o Governo do Estado do

Rio de Janeiro, por meio da Empresa

de Obras Públicas (EMOP) e o Con-

sórcio Maracanã Rio 2014, formado

pelas construtoras Odebrecht e An-

drade Gutierrez.

Aplicativo para iPadA BTicino, marca do Grupo Le-

grand, ampliou a gama de ofertas

de comandos para o sistema My

Home de automação BTicino. Além

das diversas opções totalmente in-

tegradas às linhas Axolute, Living

e Light, a BTicino lança o primeiro

aplicativo para iPad de desenvol-

vimento próprio, incorporando as

tendências de mobilidade e con-

vergência. O sistema My Home já

contava com diversos aplicativos

para plataformas de gadgets mó-

veis, como tablets e smartphones,

todos desenvolvidos por terceiros e

disponibilizados por meio das lo-

jas virtuais da Apple e da Google.

Este é o primeiro aplicativo to-

talmente desenvolvido pela marca e

abrange muitas das funções e apli-

cações da solução My Home de au-

tomação BTicino, assegurando mais

conforto, segurança, economia,

comunicação e controle aos usu-

ários. O aplicativo está disponível

no iTunes e chega em duas versões:

DEMO, que é gratuita para downlo-

ad, e a versão completa, com mais

liberdade para configuração.

Page 12: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

12 | Potência | Matéria de CapaFIEE 2013

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ção

Este ano ficamos surpresos com a qualidade dos contatos com possíveis clientes do

mercado nacional e internacional.Roberto Karam | KRJ

Realizada entre 1 e 5 de abril, em São Paulo (SP), a 27ª edição da FIEE (Feira Internacional da Indústria

Elétrica, Eletrônica, Energia e Automa-ção) esteve à altura da grandeza desse que é um dos mais dinâmicos setores da economia brasileira.

Reunindo empresas que se desta-cam pelo elevado grau de inovação e ao mesmo tempo um público altamen-te selecionado, o evento transcorreu em clima de grande otimismo, com-provando a pujança da área.

A feira, promovida pela Reed Exhi-bitions Alcantara Machado, com apoio da Abinee (Associação Brasileira da In-dústria Elétrica e Eletrônica), ocupou uma área de 60 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhem-bi e reuniu 630 expositores, vindos de 18 países, além do Brasil.

O número de visitantes chegou a

55 mil. Segundo pesquisa feita pela Abinee no próprio evento, 85% dos expositores aprovaram a qualidade do público presente, fazendo uma avalia-ção entre ótima e boa. Já o número de visitantes foi satisfatório para 70% das empresas (classificação entre ótimo e bom). Na avaliação geral da FIEE, 80% dos expositores aprovaram a feira (nota entre ótima e boa).

A FIEE 2013 também cumpriu bem seu papel como fomentadora do mer-cado. A organização estima que o vo-lume de negócios iniciados na feira e concretizados ao longo dos próximos seis meses deverá atingir a expressiva soma de R$ 4 bilhões.

Momento positivoReferência no continente sul-ame-

ricano e com grandes obras em an-damento, o Brasil é dono de um dos maiores potenciais de consumo do mundo, o que abre um amplo leque de oportunidades para as empresas. Estreantes ou veteranas, as indústrias aproveitaram bem os cinco dias de feira

Page 13: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Matéria de Capa | Potência | 13FIEE 2013

para estreitar o relacionamento com os atuais clientes e fazer novos contatos.

Fabricante de conectores elétricos, a KRJ é uma das empresas que espe-ram ampliar sua presença no mercado a partir da participação na FIEE. O di-retor Comercial Roberto Karam come-mora os contatos feitos com visitantes potenciais de diversos países.

“A FIEE é importante, pois serve como ponto de encontro com nossos clientes. Este ano ficamos surpresos com a qualidade dos contatos com pos-síveis clientes do mercado nacional e internacional. A perspectiva de novos negócios é muito boa”, revela.

Interessada em expandir os negó-cios no Brasil, a Kyocera Corporation participou pela primeira vez da FIEE, no intuito de sentir a reação do mer-cado. Para a companhia, o evento su-perou as expectativas, quantitativa e qualitativamente. De origem japonesa,

o conglomerado Kyocera produz de utensílios de cozinha a celulares, pas-sando por semicondutores e cerâmica para aplicações industriais.

“O Grupo Kyocera vem realizan-do negócios no Brasil há muitos anos como fornecedor de ferramentas de corte, componentes eletrônicos e de injeção plástica, impressoras, copiado-ras e painéis solares. Com o forte cres-cimento dos setores automotivo e de comunicação, o Brasil oferece diversas novas oportunidades para fabricantes de componentes como nós”, comenta Eiji Tanaka, presidente da Kyocera do Brasil Componentes Industriais Ltda.

Mesmo com quase três décadas de existência, portanto, bastante conheci-da no mercado, a Carbinox Indústria e Comércio faz questão de estar presente na FIEE para expor seus produtos, di-vulgar a marca e, claro, fazer contatos.

“Participamos há muitos anos e a

Indústria elétrica e eletrônica revela otimismo na principal feira

do setor no Brasil. Grande número de lançamentos e anúncios de

novas fábricas marcaram o tom da feira.

Reportagem: Paulo Martins

Visitantes Segundo pesquisa feita pela Abinee no próprio evento, 85% dos expositores aprovaram a qualidade do público presente.

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Page 14: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

14 | Potência | Matéria de CapaFIEE 2013

feira tem dado um retorno bastante sa-tisfatório”, avalia Ettore Di Pieri Filho, diretor da Divisão Elétrica e Hidráulica da Carbinox, fabricante de eletrodutos rígidos e conexões em aço carbono, alumínio, aço inoxidável e PVC.

Destinado à passagem de fios e ca-bos, os eletrodutos são parte integrante de todo tipo de instalação, o que garan-te um grande mercado para o produto.

Uma das principais demandas do momento, conta Di Pieri, vem da reali-zação da Copa do Mundo no Brasil, que

vem exigindo importantes investimentos para ampliação da rede hoteleira e dos meios de transporte. Outro segmento di-nâmico é o comércio varejista, que vem registrando a construção de um grande número de shop pings e supermercados, entre outros estabelecimentos.

Com tanta coisa acontecendo, o re-sultado do primeiro trimestre do ano chegou a surpreender, positivamente. “Tivemos três meses bons de vendas e faturamento no segmento de eletro-dutos e conexões. Os demais segmen-tos do grupo também não decepciona-ram”, revela Di Pieri.

Na opinião do executivo, o País en-contra-se em posição privilegiada, pois, enfim, encontrou o caminho do desen-volvimento. Para ele, não estamos viven-do apenas uma bolha de crescimento, mas sim uma situação constante. “Acre-dito que teremos crescimento sustentá-vel daqui para frente”, anima-se Di Pieri.

Além de mostrar seus lançamentos e fazer contatos, muitas empresas apro-veitaram a FIEE para divulgar outras ações desenvolvidas e revelar planos de crescimento. O grande número de investimentos anunciados é uma prova incontestável de que o mercado bra-sileiro é um dos mais interessantes do mundo, neste momento.

A Waypartners do Brasil revelou

que está investindo R$ 7 milhões no biênio 2012/2013 na implantação de duas fábricas (Mauá-SP e Manaus--AM), que vão suprir as três unidades de negócios do grupo: DSW Electric, DSW Industrial e DSW Automotive.

A empresa comercializa perto de 600 itens diferentes e, graças às novas plantas instaladas no País, pretende dobrar seu faturamento neste ano e dobrar novamente em 2014.

Já nos próximos meses a produ-ção será ampliada significativamente. A meta, traçada para o final de 2014, é de que as duas fábricas produzam mensalmente em torno de 300 mil re-atores eletrônicos, 30 mil reatores de alta pressão, 50 mil luminárias e perto de 2 milhões de indutores. Para 2015, o plano é exportar.

A Caterpillar Brasil lançou duas novas famílias de Grupos Geradores (C15 e C18), destinados a pequenos e médios centros comerciais, indústrias e hospitais. Segundo a empresa, a deci-são de fabricar as novas linhas no País considerou, entre outros fatores, o po-tencial do mercado nacional.

Paulo Trigo, gerente Comercial para Grupos Geradores da compa-nhia, disse que a América Latina é um mercado estratégico para a empresa, com grande potencial de crescimen-to. “O Brasil é o maior mercado desta importante região, e é essa caracterís-tica que justifica os investimentos da Caterpillar em sua unidade de Piraci-caba (SP) para a estratégia de consoli-da-la como polo fornecedor regional”, comenta o executivo.

Também para a Cummins Power Generation o Brasil ocupa posição es-pecial no contexto mundial. A empre-sa possui fábrica em Guarulhos (SP) e confirmou a instalação de uma nova unidade produtora de geradores de

Empresa tem registrado bom volume de vendas e faturamento ao longo de 2013.Ettori Di Pieri Filho | Carbinox

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Page 15: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Experiência, tradição e presença nos principais setores da economia.Uma empresa 100% brasileira, que acredita que o futuro é agora.Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha de fi os e cabos elétricos para qualquer tipo de instalação: comercial, industrial ou residencial, com a mais alta qualidade e segurança para sua obra.

QUALIDADEANOS A FIO

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16 | Potência | Matéria de CapaFIEE 2013

energia em Itatiba (SP). O início das operações está previsto para 2015. “In-vestimentos em obras de infraestrutu-ra, a exemplo dos aeroportos, devem demandar mais equipamentos de ener-gia”, prevê Kip Schwimmer, diretor ge-ral da Cummins Power Generation para a América do Sul.

Motivada pela ampliação do núme-ro de pontos de venda e de seu port-fólio de produtos, a Forjasul Eletrik in-vestiu, em 2012, na aquisição de quatro novas células injetoras de alumínio e duas injetoras de plástico.

E as previsões para este e os pró-ximos anos continuam otimistas. Entre as metas a serem atingidas está a cons-trução de um pavilhão anexo à fabri-ca e a aquisição de novas máquinas e moldes, totalizando investimentos de R$ 35 milhões.

Na FIEE a empresa esteve repre-sentada pelas divisões Tramontina Ex e Forjasul Eletropeças. A primeira uni-dade é especializada na fabricação de produtos para aplicação em atmosferas explosivas - caixas, comandos, pren-sa-cabos e tomadas industriais, entre outros itens. Esse é um mercado em constante expansão e tem recebido total atenção da companhia.

“Temos um bom grupo de produtos que atende às necessidades principais dos clientes, mas esse é um segmento que precisa constantemente de amplia-ção. Isso casa bem com nossa forma de trabalhar, pois buscamos a melho-ria contínua”, comenta Roberto Aimi, diretor da Forjasul Eletrik.

Segundo o executivo, no momento é possível perceber uma pequena retra-ção no segmento de Eletropeças, pro-vavelmente por conta das mudanças promovidas pelo governo federal nas contas de energia elétrica. A suspeita é de que as concessionárias de serviços estejam segurando os investimentos, o que acaba provocando a redução de pedidos junto aos fabricantes.

Apesar disso, a empresa está prepa-rada para uma possível demanda maior. “Comparando o primeiro trimestre deste ano com igual período do ano passa-do, nosso crescimento está em torno de 20%. Para responder a esse crescimento estamos colocando em funcionamento novos equipamentos. Deveremos ter um reflexo disso no segundo semestre”, acredita Roberto Aimi.

Com a produção industrial em fran-co progresso, é natural - e necessário - que as atividades inerentes à certifi-cação também evoluam. E isso de fato está acontecendo.

A UL anunciou recentemente a com-

pra da Testtech, um laboratório de Por-to Alegre (RS) acreditado para ensaiar aparelhos eletrodomésticos de acordo com os padrões de segurança estabe-lecidos pelo Inmetro. “Esta foi a maior aquisição de todos os tempos de um la-boratório no Brasil”, comemora Péricles Arilho, gerente regional de Vendas para a América Latina da UL.

Segundo a UL, a aquisição a po-siciona como única certificadora com escopo completo para certificar apa-relhos eletrodomésticos, incluindo ensaios, certificações e os acompa-nhamentos necessários para entrar no mercado brasileiro. A Testtech dispo-nibiliza também ensaios de eficiência energética e de performance para equi-pamentos e produtos de iluminação.

Péricles Arilho revela que a compa-nhia traçou um agressivo plano de ex-pansão para a unidade recém-adquirida. “A ideia é triplicar o volume de produ-tos que temos capacidade de ensaiar em Porto Alegre”, adianta o executivo.

De acordo com ele, a UL partici-pou da FIEE justamente para divulgar a aquisição e reafirmar que continua acreditando e investindo no mercado brasileiro. Arilho fez uma avaliação po-sitiva da presença no evento, que gerou novos contatos e pedidos de orçamen-to. “A feira foi um sucesso. Queríamos contatar várias empresas e estabelecer um approuch business to business, e

A feira foi um sucesso. Queríamos contatar várias empresas e estabelecer um approuch business to business, e isso de fato ocorreu.Péricles Arilho | UL

Tecnologia Expositores levaram produtos tradicionais e inovações ao evento.

50 anos de Abinee Exposição montada na FIEE destacou as cinco décadas de atuação da associação.

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Matéria de Capa | Potência | 17FIEE 2013

isso de fato ocorreu”, destaca.Sobre o momento econômico do

País, o executivo confirma que a certifi-cação é uma atividade em crescimento, o que justificou e deu sustentabilidade à aquisição local de um laboratório.

“Enquanto em outras economias o mercado ainda é nebuloso, no Brasil está muito claro que a certificação com-pulsória é uma realidade e vai ocorrer continuamente. Acreditamos no merca-do brasileiro, responsável por um cres-cimento na ordem de dois dígitos para a UL”, revela Péricles Arilho.

Apesar das boas perspectivas man-tidas pelas empresas citadas, Humberto Barbato, presidente da Abinee, observa que a indústria de transformação, de modo geral, passa por um momento delicado no País.

Ele destaca que no ano passado a participação desse segmento no PIB (13,25%) atingiu um nível inferior à épo-

ca de Juscelino Kubitschek (13,75%), que governou o País entre 1956 e 1961. “Os números mostram que os diversos alertas não são meros choros de empre-sários, como alguns insistem em afir-mar”, garante Barbato.

Na opinião do dirigente, “ainda que tardiamente”, o governo Dilma tem dado mostras de que está sensi-bilizado com a situação e estaria ten-tando colocar a indústria novamente como prioridade para o desenvolvi-mento do País.

“Ainda há muito o que fazer, como conter o inchaço da máquina pública, que termina por inviabilizar investi-mentos, principalmente em infraestru-tura, causa maior da nossa perda de competitividade”, exemplifica Hum-berto Barbato.

Governo Dilma tem dado mostras de que está sensibilizado com a situação da indústria no País.Humberto Barbato | Abinee

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Page 18: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

18 | Potência | Matéria de Capa

Leon HeimerO sistema de energia híbrido renovável

HEIMER ESB combina energia eólica, solar

e biodiesel. Projetado para locais onde

é necessária independência em relação

à concessionária de energia ou onde há

ausência total de eletricidade, o sistema

pode ser utilizado tanto em novos sites

como para retrofit de um site existente.

Opera principalmente com geradores a

biodiesel/diesel equipados com motores

FPT, além de sistema solar e eólico.

Segundo a empresa, o sistema HEIMER

ESB pode reduzir os custos operacionais

do site em até 80%, além de proporcionar

rápido retorno sobre o investimento.

EletromarConstituída por produtos que levam a

marca Hager, Tebis é uma solução de

automação predial habilitada a atuar

conforme o sistema KNX - protocolo

mundialmente conhecido destinado à

gestão de edifícios residenciais e de

escritórios. Customizada de acordo com

as necessidades do usuário, a solução

permite monitorar sistemas de segurança

(câmeras) e controlar, inclusive à distância,

persianas (abertura e fechamento),

pontos de luz (on-off, dimerização, etc) e

tomadas, entre outros sistemas. Entre as

vantagens proporcionadas por esse tipo

de solução estão o conforto do usuário e a

economia de energia. Grupo Melo CordeiroA grande atração na feira foram os

produtos e soluções para baixa tensão

da marca italiana Gewiss. Na linha

Energy Box, caixas de passagem e

quadros se unem a uma gama completa

e coordenada de centrais de distribuição.

Já a linha Energy Bloc inclui plugues

e tomadas industriais para uma ampla

variedade de aplicações, proporcionando

um sistema integrado de quadros de

distribuição para instalações especiais,

fixas ou móveis.

GIMIEspecialista em soluções de energia como quadros de distribuição, cubículos e painéis,

a empresa oferece agora a solução completa, incluindo transformadores de potência e

barramentos blindados. Os transformadores GIMI/MF são encapsulados em resina com

características autoextinguível e baixa emissão de fumaça, requerem baixo nível de

manutenção e possuem tamanhos reduzidos. Os barramentos blindados da LINHA BX-E da

GIMI Pogliano Blindosbarra - GPB possuem dimensões reduzidas, elevada resistência aos

esforços eletrodinâmicos, baixa impedância, baixa queda de tensão e resistência aos agentes

atmosféricos, possibilitando a instalação em espaços reduzidos e ambientes agressivos.

IntelliO Terminal Bimetálico Tubular

com Alumínio (TBTA) é fabricado

em cobre eletrolítico (sapata) e alumínio

(receptáculo para o condutor),

com alta condutibilidade elétrica e

resistência à corrosão. Destina-se

à terminação de condutores de alumínio

a barramentos de cobre ou liga de

cobre. A área de conexão é por

compressão. Solução para as conexões

entre condutores de cobre e alumínio,

eliminando de vez a formação de

corrosão galvânica.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 19: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Matéria de Capa | Potência | 19

ClamperVCL Perfurante é um DPS com concepção

mecânica simples e rápida, o que torna

prática sua instalação, pois o próprio

equipamento perfura o isolamento do

condutor. Possui sinalização do estado

de operação e está preparado para atuar

milhares de vezes sem substituição,

escoando correntes de surtos de 15 ou

20kA (8/20) e a máxima tensão nominal

de operação contínua de 175 e 275V.

HellermannTytonEntre as novidades para gerenciamento de fios e cabos, destaque para a linha de

abraçadeiras Q-Tie, cujo desenho da abertura da cabeça permite a inserção fácil e

rápida, mesmo em circunstâncias mais difíceis. O produto é indicado para aplicações

inclusive onde é necessário trabalhar com luvas e com pouca visibilidade. A linha Q-Tie

possui a função pré-fecho, que permite a opção de fecho temporário ou definitivo da

abraçadeira, evitando desperdício e esforço adicional em caso de aplicações incorretas

ou incompletas. São fabricadas em poliamida 6.6 (PA66), nas cores natural ou preta. A

temperatura de trabalho varia de -40ºC a +85ºC e possui flamabilidade UL94 V2.

IntelliO Terminal Bimetálico para Borne (TBB) é fabricado em cobre

eletrolítico (pino) e alumínio (receptáculo para o condutor),

com alta condutibilidade elétrica e resistência à corrosão.

Destina-se a conexões com bornes de disjuntores,

medidores de energia elétrica ou bornes em geral.

Área de conexão por compressão. Solução para as

conexões entre condutores de cobre e alumínio,

eliminando a formação de corrosão galvânica.

KRJO conector elétrico Katro passou por

mudanças em seu design. A alteração foi

feita para proporcionar melhor qualidade,

segurança na conexão e combate às

perdas de energia. No modelo antigo as

hastes estavam posicionadas na parte

inferior do produto - o que possibilitava

fraudes, já que o interessado poderia

tentar amarrar algo na haste e puxá-

la para baixo, dando acesso à conexão.

No modelo novo a haste fica na parte

superior, impossibilitando qualquer

tentativa de fraude. O produto também

ficou mais compacto, proporcionando

melhora na estética da rede elétrica.

GIMIMicrocompact® G3V6 é um cubículo de

proteção normalizado de alta tensão com

disjuntor a vácuo de alta performance

conjugado a interruptor de manobra

seccionador em SF6, classe de tensão 24kV,

NBI 125kV, capacidade de curto-circuito

de 16kA/1s, corrente nominal de 630A e

classificação ao arco interno A-FLR-16/1s-

PI. O equipamento possui as seguintes

dimensões, em milímetros: 1.670 (altura) x

375 (largura) x 920 (profundidade).

PextronA empresa desenvolveu três soluções para proteção e desacoplamento entre geradores

e rede voltados para mini e microgeração distribuída. O Painel de Proteção para Baixa

Tensão contempla todas as funções de proteção, contator, disjuntores, sinalização e

botoeiras. Incorpora os relés TGD (proteção para microgeração distribuída) e TSC (proteção

de check de sincronismo). O Painel de Proteção para Baixa Tensão com Proteção de

Sobrecorrente possui as mesmas características do painel anterior, porém, incorporando relé

de sobrecorrente com restrição de tensão URPE 7104V (função 51V). Completo, o Painel

de Proteção para Média Tensão contempla todas as funções de proteção em um único relé

(URP6000 – relé de proteção multifunção para minigeração distribuída).

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 20: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

20 | Potência | Matéria de Capa

Fluke CorporationO Termômetro IR Visual VT02 combina o insight visual do termovisor, imagens de câmeras digitais e a conveniência de

apontar e disparar de um termômetro IR (infravermelho). Segundo a empresa, conduzir inspeção em aplicações elétricas,

industriais, AVAC/R e automotivas com o Fluke VT02 é ainda mais rápido do que com o termômetro infravermelho. O

VT02 detecta imediatamente problemas por meio de imagens digitais e térmicas mescladas. Ele salva e exibe imagens

completas em infravermelho ou em três modos mesclados (25%, 50% e 75%). Os marcadores indicam locais quentes e

frios e informam a temperatura mais alta com um ponto vermelho e a temperatura mais baixa com um ponto. A leitura

de temperatura é informada no ponto central. 

KanaflexDestinado à proteção de cabos

subterrâneos de energia e de

telecomunicações, o duto KanaLEX

Quadrado é fabricado em PEAD

(polietileno de alta densidade), na

cor preta. De seção quadrada, com

corrugação anelar, flexível e impermeável,

proporciona vantagens como facilidade

de alinhamento; possibilidade de uso em

travessias de pontes; instalação inicial

sem paredes laterais e formação de banco

de dutos com amarração. É fornecido

tamponado nas extremidades.

KyoceraOs módulos solares da linha KD

estiveram entre as principais atrações

da empresa na feira - na foto, o modelo

KD245. Destaque para as seguintes

características: estabilização UV; frame

anodizado preto, esteticamente agradável;

compatibilidade com os principais

fabricantes de estrutura; pontos de

aterramento facilmente acessíveis nas

quatro quinas para rápida instalação;

comprovada tecnologia de caixa de

junção com cabo fotovoltaico 12

AWG para operar com inversores sem

transformador; conectores MC4 de engate

rápido de alta qualidade, fornecendo

conexões rápidas e seguras. Segundo a

Kyocera, a empresa é a única fabricante

de módulos aprovada pelo teste de longa

duração realizado pela TÜV Rheinland.

SEW-EurodriveO acionamento descentralizado MOVIFIT®

Basic possui duas versões: motor starter

para dois motores de até 2,2kW sem

reversão ou para um motor de até 4kW

com reversão; e com conversor de

frequência para motores de até 1,5kW.

As principais vantagens são: operação

e instalação rápida e fácil, conexões

de engate rápido (plugues), redução

da quantidade de cabos, eliminação

da necessidade de painéis elétricos e

a realização de diagnóstico local do

equipamento. O lançamento é voltado para

aplicações de transportadores em geral.

Yaskawa Elétrico do BrasilDentro da família de Servomotores Sigma-5, destaque para o modelo Linear-Trac.

O equipamento tem como características principais: velocidade nominal (máxima)

de até 5m/s; resolução do Encoder de 0,078um e torque nominal de 3.5 a 560N.

Disponível nas classes de alimentação de 127 e 220V monofásico e trifásico.

CoelNa linha de proteção, destaque para os relés BVT (supervisor trifásico de

mínima e máxima tensão; assimetria angular/modular; falta e sequência de fase),

BVD (supervisor trifásico de mínima e máxima tensão), BVF (supervisor trifásico

de falta de fase) e BVS (supervisor trifásico de falta e sequência de fase). Já na

linha de controle de nível, destaque para os relés NI35W (controle de nível para

poço e/ou caixa d´água – 2 em 1); NI35HR (controle de nível para reservatório

com alarme) e NI35HB (controle de nível para poço com alarme).

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 21: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Matéria de Capa | Potência | 21

SEW-EurodriveO MOVIGEAR® é um acionamento

mecatrônico composto de motor,

redutor e controle eletrônico integrado,

inteligente e com conceito compacto.

Reduz o tempo de colocação em

operação e facilita as tarefas de

monitoração e manutenção. O

elevado rendimento do equipamento

contribui para a redução dos custos

com energia elétrica. A integração de

todos os componentes que compõem

o acionamento proporciona alta

durabilidade. Está disponível nos

tamanhos MGF2 para torques de até

200Nm e MGF4 para torques de até

400Nm e possui como principais

atributos: conexão PowerLan (uso de

um único cabo para transmissão de

energia elétrica e comunicação com o

acionamento), superfícies com mínima

rugosidade e ausência de ventilador,

tornando-o adequado para utilização

em ambientes que exijam limpeza e que

requerem baixo nível de ruído.

Yaskawa Elétrico do BrasilO Inversor de Frequência Vetorial A1000 possui recursos como

controle vetorial de malha aberta ou fechada; controle de torque

em malha fechada e controle de posição opcional; auto-ajuste

contínuo, compensando as alterações do motor com a temperatura;

acionamento de motores IPM (ímãs permanentes internos) sem

Encoder, usando a nova tecnologia de injeção de alta frequência;

limitadores rápidos de corrente e tensão que evitam desarmes

indesejáveis, garantindo a continuidade da operação; interfaces de

comunicação opcionais para as principais redes industriais e porta

USB frontal para conexão de PC, entre outras características.

MegabarreOs barramentos com barras coladas

Impact são utilizados para distribuição

e transporte de alta potência. São

fabricados conforme a norma NBR IEC

60439-2, nas correntes de 400 a 5.000A,

com grau de proteção IP55. O sistema

de linhas elétricas Impact é fabricado

com tecnologia barras coladas: as barras

condutoras são compactadas sem deixar

nenhum tipo de espaço dentro do

invólucro e estão totalmente isoladas por

filme de poliéster não higroscópico e livre

de halógenos – classe térmica 150ºC. Essa

tecnologia garante o alto desempenho

dos produtos no que se refere à queda de

tensão, ainda que em percursos longos

de alta corrente.

BlutrafosO destaque da GFE Painéis, que

juntamente com a Blutrafos compõe o

Grupo Furlani, foi a subestação unitária

compacta para baixa e média tensão,

destinada a aplicações comerciais e

industriais. A solução é composta por

painéis compactos com equipamentos

em SF6 (gás isolante), transformador

a seco e centro de distribuição de

carga em baixa tensão. São fabricadas

subestações compactas até 36kV, sendo

possível fazer customizações conforme

as necessidades dos clientes.

Finder ComponentesA Série 7F é uma linha completa de

ventiladores com filtro indicada para

dissipar calor no interior de armários,

painéis elétricos e equipamentos que

necessitam de ventilação forçada.

Disponível em versões para modo de

fluxo reverso, filtros de exaustão e com

compatibilidade eletromagnética (EMC). Há

cinco opções de tamanho com diferentes

capacidades de volume de ar, além de

possuir tensão de alimentação de 24V

DC ou 230V AC, baixo nível de ruído e

mínimas dimensões exteriores. Acompanha

gabarito de corte com a embalagem para

fácil manutenção e instalação.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 22: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

22 | Potência | Matéria de Capa

Finder ComponentesEm complemento à Série 72, a empresa

apresenta uma linha de controle de

nível com tecnologia eletromecânica a

flutuador. Os tipos 72.A1 (foto) e 72.B1

podem ser utilizados para controlar

diretamente bombas submersas e

possuem um microinterruptor com

contato reversível de 20A 250VAC. O tipo

72.A1 é uma câmara de flutuação dupla

e pode ser utilizada para automação

de sistemas hidráulicos em geral, como

poços de água residuais e sistemas de

abastecimento de água, dentre outros.

Mega BobinadeirasA empresa apresentou diversas novidades

em máquinas bobinadeiras, como os

novos modelos das séries linear e frontal

para fabricação de bobinas elétricas de

pequeno e médio porte e o novo modelo

da série TR para transformadores de

alta e baixa tensão. Destaque para o

modelo automático AF200 (foto), que

vem integrar a família de máquinas

bobinadeiras computadorizadas de alta

produção. O modelo está disponível

nas versões com 4, 6, 8 e 12 eixos

frontais, processa o bobinamento em alta

velocidade usando bitola de fios entre

47 e 17AWG, além de amarrar, cortar e

descarregar as bobinas automaticamente

depois de prontas.

SopranoAtravés da Divisão de Material Elétrico,

a empresa lançou sua nova linha de

Quadros de Distribuição VDI. Indicada

para organização dos cabeamentos das

instalações de sistemas de interfonia,

internet e televisores de ambientes

residenciais e comerciais, a linha é

fabricada em termoplástico de alta

resistência. Os Quadros de Distribuição

VDI oferecem entradas para cabos com

pré-marcações nas faces do produto.

Seu fundo, com sistema de fixação dos

componentes estilo “colmeia”, já vem

pronto e pode ser fixado no próprio

quadro. Mais seguro, ele evita curto-

circuito e tem fechamento por pressão.

Discreto, está disponível na cor branca e é

compatível com todos os ambientes.

Cummins Power GenerationA empresa lançou quatro modelos de grupos geradores para locação

(C90D6R, C135D2R, C400D6R e C500D6R - foto) com potências maiores

ou intermediárias, que podem ser aplicados em manutenção programada,

unidades móveis de geração de energia de emergência ou em situações de

cargas críticas e eventos especiais. A linha é equipada com motores diesel

de 3.9 a 15 litros, que suportam aplicações até 625kVA ou 500kW. Entre os

diferenciais dos produtos, destacam-se: ponto central e único de içamento

para facilitar o transporte; acesso externo aos painéis de energia, com

interface simples de conexão de cabos, que garantem maior segurança e

menor nível de ruídos; e tanque de combustível com aproximadamente 10

horas de autonomia.

Forjasul EletrikA Divisão Tramontina Ex expôs o portfólio de equipamentos

destinados a atmosferas explosivas, como caixas de passagem

e ligação CAEx e CBEx; caixas de passagem e painéis CCEx;

botoeiras de comando e sinalização CPEx; bujões BUEx;

acionamentos de comando e sinalização ACEx e plugues e

tomadas. Os produtos caracterizam-se pelo design moderno,

excelente acabamento e configurações técnicas avançadas, o que

facilita a seleção, montagem, manutenção e operação dos mesmos.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

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24 | Potência | Matéria de Capa

Cummins Power Generation O grupo gerador C20D6 de 20kW foi desenvolvido para

operar em stand by, mas também apresenta alta eficiência

quando utilizado em horários de ponta. Além disso, o gerador

tem alto rendimento aliado a um baixo consumo. O C20

D6 está disponível nos modelos aberto e carenado, ambos

projetados com tamanho reduzido. O aberto, por exemplo,

possui 1.400mm de comprimento por 680 de largura. Já o

carenado tem 1.850x900mm. Ambas opções são indicadas

para utilização em estabelecimentos como pequenos

comércios, clínicas e condomínios.

Forjasul EletrikDesenvolvida pela Divisão Eletropeças,

a linha de Espaçadores Amortecedores

em liga de alumínio, além de garantir o

espaçamento ideal, reduz as vibrações

nas linhas de transmissão a níveis que

preservam a integridade dos condutores.

Este desempenho deve-se ao desenho

do mecanismo de amortecimento da

articulação dos Espaçadores, permitindo

maior resistência à fadiga. A fixação

dos condutores ao espaçador através de

varetas pré-formadas reduz ao mínimo

as tensões localizadas sem riscos de

afrouxamento.

SaftOs projetos turnkey de sistemas de

armazenamento de energia foram os

destaques da Saft, especialista em

projeto e fabricação de baterias de

alto desempenho. Com esse foco, a

empresa apresentou a solução Uptimax,

baseada em sistemas integrados em

contêineres que vão de 400 a 560kWh,

equipados com módulos de baterias de

Li-íon Synerion®. Segundo a empresa,

a solução apresenta os seguintes

diferenciais: maior densidade de energia,

menor peso, habilidade de recarga

muito além, resistência às variações de

temperatura, são livres de manutenção,

supervisionadas por software, podem

fornecer picos de corrente e capacidade

de ciclagem além das expectativas.

FPT IndustrialA empresa participou da Fiee em parceria

com a fabricante de grupos geradores

Leon Heimer. Destaque para o novo

motor FPT S8000 G-Drive, que equipa o

grupo gerador de 55kVA da Leon Heimer.

Trata-se de um motor aspirado com

quatro cilindros em linha e duas válvulas

por cilindro, desenvolvido para aplicação

em grupos geradores de energia elétrica.

O propulsor possui sistema de injeção

mecânico Delphi nacional, o que facilita

a obtenção em caso de necessidade de

troca, e apresenta em seu layout filtro

de ar, radiador e proteções auxiliares.

O S8000 G-Drive pode atingir potência

líquida de até 61KVA a 1.800rpm em

regime stand-by.

Grupo UnicobaStreet Light é uma luminária em LED da marca LedStar destinada à utilização na iluminação

pública externa, com grau de proteção IP67. Certificada pelo Inmetro, a luminária está disponível

em versões de 40 a 200W, com temperatura de cor de 4.000 a 5.500K. Entre as principais

características, destacam-se o circuito que suporta oscilações de tensão, o dispositivo que elimina

ruídos de linha e os dissipadores internos.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 25: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Matéria de Capa | Potência | 25

Grupo UnicobaOs destaques do núcleo de negócios Hikari Hakko foram a trena digital a laser Hikari

iHTL-70; a estação de solda digital Hakko FX-888D; a estrutura tubular modulável

Hikari e o termovisor - câmera termográfica Hikari HTI-3000 (foto). Este último é um

instrumento profissional indicado para uso nos mais diversos ambientes, inclusive os mais

agressivos. Robusto e com excelente qualidade de imagem, permite descobrir problemas

rapidamente através de seu foco IR-OptiFlex. Possui tela touch screen de 3,5”, indicador

a laser e lanterna, ajuste de foco manual, resolução IR 160x120 pixels e faixa de medição

de -20º~400ºC e permite a gravação de até mil imagens.

SolidWorksA Dassault Systèmes SolidWorks, especialista mundial em softwares de design 3D, 3D

Digital Mock Up e Product Lifecycle Management (PLM), esteve presente na feira por meio

das revendas autorizadas SKA e IST Sistemas. Na ocasião, ambas destacaram a solução

SolidWorks Electrical, um sistema de projeto esquemático em 2D com ferramenta de

modelagem elétrica 3D integrada. O SolidWorks Electrical engloba três produtos: para

projetistas elétricos que constroem esquemas em 2D, para integrar o projeto elétrico dentro

do projeto mecânico em 3D e, ainda, para usuários que realizam as duas tarefas.

Cooper Power SystemsUnidade de negócios da Eaton, a Cooper Power Systems lançou os reguladores de

tensão equipados com o recém-lançado controle multifásico CL-7 e o novo controle

CBC8000 para bancos de capacitores, que possibilita a completa automação dos

mesmos. Os religadores NOVA (foto) também estiveram em evidência na feira. Trata-se

de equipamentos essenciais às soluções Smart Grid, possibilitando o restabelecimento

automático de redes de distribuição e aumentando a confiabilidade dos sistemas de

distribuição de energia.

WaypartnersA unidade de negócios DSW Electric atua no mercado

elétrico comercializando produtos como reatores de

alta pressão (HID), reatores eletrônicos, luminárias

aletadas fluorescentes e de emergência (LED), filtros de

linha, adaptadores, plugues, tomadas e transformadores

dimerizáveis. A marca atende diretamente ao cliente do

varejo e também os distribuidores do setor.

Lacerda Sistemas de EnergiaA linha de nobreaks Line Interative possui estabilizador de tensão integrado, aceitando

grandes variações da rede elétrica, proporcionando energia pura e estável na sua saída.

Destaque também para a função auto-restart (religa automaticamente ao retornar a

energia elétrica) e super smart charger (carrega as baterias 50% mais

rápido). Estão disponíveis nobreaks de 600 a 2.000VA,

destinados à proteção de equipamentos como TVs,

impressoras, computadores, roteadores e câmeras. A linha

é indicada para o segmento SOHO (Small Office/Home

Office) em áreas com baixa qualidade de energia.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 26: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

26 | Potência | Matéria de Capa

Cognex CorporationEspecialista em sistemas de visão

mecânica, a companhia mostrou o

novo sensor 3D DS1000, que possui

sistema de escaneamento por imagem

e laser estruturado capaz de trazer

resultados em unidades de medida

do mundo real, devido ao fato de vir

calibrado de fábrica. O equipamento é

indicado para inspeções difíceis demais

para serem executadas com visão

mecânica bidimensional tradicional e

de grande abrangência de aplicações

na indústria.

WaypartnersA DSW Industrial é focada em

componentes eletrônicos para os

mercados de telecomunicações, energia,

segurança, iluminação e equipamentos

eletroeletrônicos de consumo. A linha de

produtos inclui desde protetores térmicos,

chapas laminadas e painéis solares até

fontes AC/DC, semicondutores, ferrites e

componentes eletrônicos.

Lacerda Sistemas de EnergiaO nobreak para semáforo foi uma das

grandes novidades apresentadas pela

empresa na feira. O equipamento tem

como função alimentar um controlador,

que por sua vez alimenta os sinaleiros.

Um diferencial importante é o lote de

comunicação (placa que traz todas as

informações do nobreak). A solução

utiliza os nobreaks Frigate (1-2kVA) e

permite customizações.

MinipaCom interface limpa (USB) e de fácil

entendimento, o Megômetro MI-2705

da Linha Profissional realiza testes

completos de resistência de isolação.

Entre as características, destaque para:

tensão de teste (DC) de 500, 1k, 2,5k

e 5kV; voltímetro DC/AC 600V; display

LCD quatro dígitos; barra gráfica/

iluminação; índice de polarização;

teste de absorção dielétrica; memória

para 18 dados; auto range/data hold e

autodesligamento. Projetado conforme

a norma IEC 61010-1, o aparelho possui

dimensões de 202x155x94mm e peso

de dois quilos.

MultiwayO Sistema Multi-Lighting consiste

em uma veneziana industrial feita

em policarbonato que proporciona a

utilização da iluminação natural durante o

dia e iluminação periférica à noite. Possui

resistência a impacto 250 vezes maior

que o vidro. Contém absorvedor de UV

distribuído nos dois lados, assegurando

uma eficiente barreira contra raios solares

e ao envelhecimento. O sistema possui

tratamento antichama V0, possibilita

a instalação em ambientes novos e

já construídos e permite excelente

ventilação. O produto possui iluminação

em LED nas laterais, iluminando o

perímetro em diversas cores.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 27: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Matéria de Capa | Potência | 27

MinipaSegundo a empresa, o Termovisor FLIR I3

destaca-se por ser compacto, leve, resistente,

fácil de usar e por oferecer imagens de

qualidade. Milhares de medições de temperatura

capturadas e armazenadas em cada imagem

térmica permitem a visualização da imagem

completa instantaneamente - algo que um

termômetro infravermelho visual não pode fazer.

O display LCD de 2,8” colorido de alta resolução

proporciona clareza para encontrar problemas

rapidamente. Destaque ainda para a precisão

térmica FLIR (+/- 2% ou 2ºC) e ampla faixa de

medição (-20ºC a 250ºC).

MultiwayPara melhorar o conceito de utilização

de espaço, o novo IT SERVER Rack foi

desenvolvido e projetado com perfuração

direta na chapa, reforço estrutural e

curvatura em raio, dando maior rigidez

e segurança. Além do design abaulado

e arrojado, possui o sistema TFT, que é

composto de monitor, teclado e mouse.

Este sistema permite que o monitor seja

inserido dentro da bandeja no momento

em que este não estiver sendo utilizado.

Para utilizar o monitor, basta puxar a

bandeja retrátil e levantar o monitor.

RWS IndustrialNeomark Twin é uma máquina versátil,

simples e flexível de marcação a laser de

PCI´s, que pode ainda ser equipada com

Laser CO2 e/ou YAG (uma ou duas fontes

Laser no mesmo equipamento). Fabricada

pela italiana OSAI Automation Systems, a

máquina é compacta e pode ser instalada

inline ou usada para a formação de uma

‘linha de marcação’.

ElectrolubeFabricante de produtos químicos de

alto desempenho para a indústria

eletroeletrônica, a empresa mostrou

diversas novidades, como o

Electrolube ESLE-10, uma resina epóxi

monocomponente usada como adesivo

condutivo entre as conexões sem

solda dos SMDS, reparos sem uso de

soldas, aterramento para descargas

estáticas e outras aplicações onde se

faz necessária a fixação condutiva. Já

a resina underfill Electrolube ES501

é utilizada para melhorar a força de

aderência dos dispositivos durante o

estresse mecânico, sem comprometer o

desempenho do ciclo térmico. Destaque

também para o adesivo ES808, para

fixação de componentes SMD em placas

de circuito impresso antes do processo

de soldagem por onda, e para o adesivo

ES807, indicado para dispensers de alta

velocidade de aplicação (25.000-50.000

DPH) em aplicações ponto a ponto.

CofibamDesenvolvido para o segmento ferroviário, o cabo Cofidox-Radoxil possui alta

resistência térmica (-40 a +150ºC), mecânica e elétrica e excelente resistência ao

ataque de produtos químicos e óleos em geral. Produto 100% nacional, atende as

características e aplicações dos cabos importados. Segundo a empresa, o produto

destaca-se ainda por baixa emissão de fumaça e baixo índice de toxicidade e

proporciona bom custo-benefício.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 28: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

28 | Potência | Matéria de Capa

CarbinoxDestinado à proteção de condutores

elétricos, o eletroduto rígido de aço

carbono pré-zincado é protegido por uma

camada de zinco com 99% da massa do

revestimento. Esta camada é obtida pelo

processo de imersão a quente, cobrindo

as duas faces do eletroduto. A espessura

de camada de galvanização é de 100 g/

m² (Z100), considerando o resultado da

soma das duas faces, correspondendo a

7,1 micra por face. O produto é indicado

para instalações elétricas embutidas ou

aparentes, de baixa e média tensão.

Lapp GroupAdequado para sistemas de servomotores

de fabricantes de renome, o cabo

Ölflex® Servo FD 796 CP permite maior

rapidez de movimentos, contribuindo

para maior rentabilidade das máquinas.

O design modificado dos pares de

núcleos de controle contribui para força

eletromotriz longitudinal reduzida e

permite, além disso, tensões de operação

consideravelmente superiores nos

circuitos de corrente adicional. Destaque

para a performance dinâmica em esteiras

porta-cabos, com acelerações de até

50m/s2 e distâncias de até 100m. É feito

com materiais livres de halogênio e

resistente ao óleo.

WEGOs Transformadores Secos AFWF são

indicados para plantas que necessitam de

segurança e eficiência. O equipamento

possui trocadores de calor ‘ar-água’

e a temperatura dos enrolamentos é

constantemente controlada pelo sistema

de monitoramento térmico, suportando

sobrecargas sem prejuízos ao isolamento.

Com grau de proteção IP-44, são imunes

a poeiras prejudiciais, não apresentam

risco de explosão e não propagam fogo.

Destinam-se a aplicações em plataformas

off-shore/on-shore, plantas industriais,

navios, mineração e outras instalações

que disponham de água corrente.

MetaltexA companhia apresentou uma completa linha de computadores de sua mais nova parceira, a Nexcom. As máquinas destinam-se ao uso

industrial, veicular, multimídia e para aplicações diversas. Um dos destaques é o Panel PC série APPC, que adota um conceito de alta

integração com computador, display LED e tela sensível ao toque em um só produto. O portfólio inclui também Painéis multimídia (com

displays LED de 8.9, 21 e 23 polegadas, computador integrado e tecnologia fanless); Computador fanless série NISE (linha dividida em

seis categorias: montagem em trilho DIN, temperatura estendida, alta conectividade, aplicações médicas, alta performance e aplicações

marítimas) e computadores para aplicações móveis (veículos e trens, por exemplo), incluindo tablets com alta resistência a impacto.

SOBDestaque para o invólucro para domótica iTouch, da italiana Italtronic. Feita em material

ABS auto extinguível, a gama iTouch é utilizada em automação residencial, dentre outras

aplicações, sendo subdividida em três modelos: IShape, STD e CSF. IShape é o mais

flexível, pois aceita vários tipos de painéis na parte da frente: de vidro, de plástico ou de

toque integrado. A forma STD é a mais simples, pois não é necessário o uso de um painel,

basta um equipamento com display com função touch do painel integrado. A versão CSF é

a mais similar às aplicações tradicionais, com cores coordenadas e painel frontal fechado. É

adequada para mecânica de usinagens e impressão, que pode ser equipada com botões.

Patrocínio Master

Apoio Institucional Realização

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 29: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Patrocínio Master

Apoio Institucional Realização

Page 30: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

30 | Potência | Matéria de Capa

WEGDestaque para os novos interruptores e

tomadas para instalações residenciais,

prediais e comerciais. A linha Modular

Bella é, segundo a empresa, a única

do mercado com espelho cinturado e

faces assimétricas. Não há parafusos

aparentes e a superfície é lisa, o que

facilita a limpeza e impede o acúmulo

de sujeira. Divididas em suporte,

espelho e módulos de interruptores e

tomadas, as peças permitem variadas

combinações. Está disponível uma linha

exclusiva para Móveis & Pedras com

instalação simplificada (a furação pode

ser feita com serra copo de 60mm).

O portfólio inclui ainda plugues e

adaptadores, além de painel e soluções

para telefonia e informática.

MetaltexO software supervisório e de aquisição de dados PcVue é um produto

da ARC Informatique (França), nova parceira da Metaltex. O software

foi originariamente desenhado para controlar processos de manufatura.

Atualmente também atende a aplicações de infraestrutura (túneis e

rodovias), água (tratamento e distribuição), transporte (trens, aeroportos,

etc), automação predial e geração e distribuição de energia. O PcVue

atende desde aplicações simples com poucos pontos de monitoramento até

aplicações com vários PCs em rede e com milhões de pontos de controle.

SOBA companhia trouxe para o Brasil

a linha de caixas de distribuição

móveis da austríaca PC Electric. As

caixas são feitas em borracha sólida

de excelente qualidade, com alto

grau de proteção contra líquidos e

materiais sólidos alcançando IP-65.

Todos os modelos possuem hastes que

facilitam a mobilidade das mesmas. São

sete séries diferentes com inúmeras

configurações e acessórios. Internamente,

possuem diversas áreas recartilhadas

que possibilitam a fixação em parede

ou painel na posição ideal para cada

aplicação, além de terem saídas para

cabos nos quatro lados da caixa,

permitindo que a ligação elétrica fique a

mais organizada possível.

InstruthermIndicado para eletricistas e engenheiros, o alicate digital VA-410 é usado para identificar

fugas de correntes - que resultam em diversos tipos de prejuízos - em instalações

residenciais e comerciais de baixa tensão. O novo modelo possui display de cristal líquido,

abertura da garra de 1,2” (30mm) e taxa de medição duas vezes por segundo, nominal. 

KronA empresa destacou a linha completa do Analisador da Qualidade da Energia Elétrica e

Multimedidor de Grandezas Elétricas Mult-K-NG com aplicativo para sistema Android,

denominado Krondroid pela companhia. A linha Mult-K-NG traz como características

as opções para instalação em painel elétrico, uso portátil e para instalação em poste e

realiza medição em conformidade à norma IEC-61000-4-30. Como multimedidor, realiza

medições de mais de 100 parâmetros, máximos e mínimos, em sistema de corrente

alternada (CA). A comunicação por USB e Bluetooth, utilizando o aplicativo Krondroid,

permite análise gráfica de fasores, gráficos, eventos elétricos e Prodist módulo 8.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 31: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

Matéria de Capa | Potência | 31

InstruthermVersátil e fácil de manusear, o multímetro

automotivo MDA-250 testa componentes

elétricos e eletrônicos, por exemplo,

dos sistemas de injeção eletrônica.

O equipamento possui temperatura

infravermelha com mira laser e display de

cristal líquido (LCD) de 4.000 contagens

com indicação de função.

NovempDesenvolvido para ambientes com espaços

restritos, o Quadro de Distribuição

Compacto (QDC) é uma solução

para alimentar conjuntos de edifícios

residenciais e comerciais até 2624A.

Permite trabalhar com fornecimento de

energia elétrica em tensão secundária

através de uma rede de distribuição aérea

ou subterrânea, no sistema estrela neutro,

com 220/127 Volts ou 208/120 Volts.

StrahlA Strahl disponibiliza o Centro de Medição Agrupada, para instalação de medidores

individuais ou agrupados, homologados pelas principais concessionárias de energia do

País. Montados em caixas modulares fabricadas em policarbonato, de acordo com o

padrão estabelecido pelas concessionárias de energia. A fabricação em material plástico

com proteção anti-UV, anticorrosivo e isolante permite que o produto ofereça grande

resistência contra impactos e melhor proteção em relação a outros modelos de padrões

convencionais, conforme NBR 15820. A visualização da instalação também é facilitada

pela tampa transparente.

CaterpillarA empresa lançou os Grupos Geradores C15 e C18, destinados

a pequenos e médios centros comerciais, indústrias e hospitais.

Essas famílias reúnem produtos que entregam potência elétrica

entre 450 e 750kVA em 60Hz, com configuração de montagem

aberta ou com carenagem silenciada, para aplicações em regime

prime power e stand-by. A companhia oferece também produtos

destinados aos segmentos marítimo e de petróleo, como a Série

3500C e os modelos C280 e 16CM32C (de 1.820 a 7.680ekW).

SteckA Fita Isolante de PVC FITECK PRO possui boas propriedades dielétricas, é flexível, alargável, resiliente e

tem boa aderência ao fio e ao seu dorso, se adaptando às imperfeições da emenda. É de fácil corte e auto

extinguível segundo as normas de segurança. Está disponível em rolo de 19mm x 20m x 0,18mm (foto). O

produto destina-se a isolamentos elétricos internos e externos para fios e cabos de até 750V; proteção externa

em instalações de média e alta tensão; proteção mecânica de cabos e ferramentas e para mascarar superfícies

e protegê-las da abrasão, raios UV, corrosão, umidade, ácidos, álcalis, água, dissolventes e óleos. A empresa

lançou também a Fita Isolante FITECK de 19mm x 0,15mm em três versões: rolos de 5, 10 e 20 metros.

NovusA Família XL de Controladores Programáveis com IHM

incorporada destaca-se pelo alto desempenho e pela

facilidade de instalação e operação. Entre as principais

características, destaque para o IHM com display LCD;

programação em Ladder (256k); 12 entradas digitais;

quatro entradas analógicas (10 bits); seis saídas digitais a

relé e duas portas de comunicação (RS232 e RS485).

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 32: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

32 | Potência | Matéria de Capa

NovusOs Sensores de Temperatura e

Umidade sem fio RHT-Air usam uma

das redes mais difundidas no chão

de fábrica, o Modbus, só que agora

wireless. Segundo a empresa, o uso

dos sensores sem fio reduz custo e

tempo de instalação, sem comprometer

o desempenho do aparelho.

HolecO novo System T-60 compacto, com três, quatro e cinco polos, destaca-se pelo design,

que economiza espaço devido à sua altura de apenas 160mm. De acordo com a empresa,

alta segurança na baixa tensão, alta eficiência e otimização para os serviços de construção

e engenharia são características marcantes desse sistema. A solução pode reunir

adaptadores unipolares, módulos para conexão de cabos, suporte de barramento, placas

de terminal para conexão de cabos, seccionadora-fusível e base tripolar para fusíveis.

A alimentação do sistema pode tanto ser efetuada com um equipamento (disjuntor ou

chave seccionadora) montado sobre um adaptador quanto por uma seccionadora-fusível

125A montada diretamente sobre o barramento.

CondumaxO cabo Maxlink R Flex FR – FV 0,6/1kV

é empregado na interligação entre os

módulos fotovoltaicos e entre os módulos

fotovoltaicos e os inversores, nos sistemas

de geração de energia fotovoltaica

conectados ou não à rede de energia

elétrica. O condutor flexível é formado

por fios de cobre nu eletrolítico, têmpera

mole, encordoamento classe 4 (2,50 a

6,00mm²) e classe 5 (10,00 e 16,00mm²).

A isolação é em XLPE 125º C (composto

termofixo de polietileno reticulado com

no mínimo 2% de negro de fumo

para a cor preta e proteção UV

para os cabos coloridos).

Atende às seguintes tensões

de trabalho: AC Uo/U

= 600/1.000V e DC

Uo/U = 900/1.500V.

DutoplastUma das novidades da empresa foi a

Linha Adesivada de dutos e canaletas,

para instalação com fita dupla-face. O

sistema está disponível nas famílias de

produtos Dutopiso, Dutopop, Duto-X,

Dutos e Mini Canaleta Articulada. Os

produtos podem ser aplicados sobre as

seguintes superfícies: azulejo, madeira,

MDF, vidro, alumínio, alvenaria, ferro,

aço e PVC.

OBO BettermannO protetor contra surtos MCF 35 foi

especialmente desenvolvido para

aplicação em torres de geração eólica –

área naturalmente exposta a descargas

elétricas. Entre as características técnicas,

destaque para tensão: 440V; corrente:

35kA e tensão residual: 2,5kV.

WagoA empresa aproveitou o evento para

apresentar um pacote completo de

soluções para automação predial, área

em que detém grande market share

na Europa. As soluções destacadas

permitem controle total das instalações,

possibilitando maior conforto, segurança

e ganhos significativos na redução do

consumo de recursos como energia e

água. Entre os itens que compõem a linha,

destaque para os conectores WINSTA, os

conectores PUSH WIRE para caixas de

derivação e os conectores para iluminação,

apenas para citar alguns.

LAnçAmEntoS FIEE 2013

Page 33: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013
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34 | Potência | mercadoChaves Comutadoras Rotativas

Page 35: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

mercado | Potência | 35Chaves Comutadoras Rotativas

Produto tradicionalHá décadas no mercado, chaves comutadoras passam por momento de estabilidade tecnológica e nas vendas.

Reportagem: Marcos Orsolon

uando pensamos em equipamentos de ma-nobra na área elétrica, as chaves comutadoras rotativas aparecem como

algo básico. Uma solução eletromecâ-nica tradicional, com construção re-lativamente simples, com quase cem anos de existência e pouca margem para evolução tecnológica, inclusive no que tange ao design. Como afir-mam alguns especialistas, este tipo de chave é como o arroz com feijão dos dispositivos de manobra.

Mas não se engane quanto à sua funcionalidade. Produto consagrado no mercado, a chave rotativa é extre-mamente confiável em uma aplicação importante, que é o chaveamento de circuitos. Mais que isso, apesar de fun-cionar a partir de um conceito mecânico simples, ela não oferece grandes riscos durante a operação, característica dese-jável em qualquer dispositivo elétrico. Ou seja, estamos falando de um equi-

pamento tradicional, mas não obsoleto.E, nesse caso, um aspecto curioso é

que, aparentemente, não há muito espa-ço para a evolução das chaves comuta-doras rotativas. Na história evolutiva do produto, duas tendências prevaleceram: a diminuição do tamanho do comuta-dor rotativo com o desenvolvimento dos plásticos de engenharia, e a tecnologia nas ligas de metais nobres nos contatos elétricos com o passar dos anos. Tudo para propiciar menos perda de calor, com melhor eficiência e economia.

Mas as mudanças nem sempre fo-ram bem vistas pelos usuários. “Por muito tempo no Brasil o usuário nos rotulava pelo ‘tamanho menor’ dos nos-sos comutadores comparados aos con-correntes. Atualmente, no entanto, os concorrentes nos seguiram”, comenta Mario Sergio Amarante Filho, geren-te de Vendas e Marketing da Kraus & Naimer, destacando que o comutador rotativo é o principal produto empresa.

Agora, no que se refere a inovações

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Page 36: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

36 | Potência | mercadoChaves Comutadoras Rotativas

A evolução desse setor no Brasil depende de uma política industrial mais agressiva.Mario Sergio Amarante Filho | Kraus&Naimer

Cópia Produtos de marcas conhecidas são copiados

e vendidos com qualidade menor e preços mais

baixos.

Foto: Divulgação

recentes ou tendências tecnológicas, a princípio não há muito a inventar para este tipo de produto. “O produto está estabilizado. O que vemos é algo no design, no frontal. Mas a estrutura que comuta o sinal na parte de trás não muda há muito tempo. Não há muito no que mexer, porque é uma chave rústica, conhecida do mercado”, pon-dera Ademir Miranda Jr, coordenador de Produtos da ACE Schmersal.

Miranda destaca que, no caso de sua empresa, uma mudança recente na linha dos produtos foi a adoção do frontal com a versão de engate rápido. “Já tínhamos baionetas de engate rápi-do para botões, e colocamos nas co-

mutadoras, baixando o tempo de mon-tagem de mais de dois minutos, para pouco menos de 30 segundos. Vamos mudar gradualmente nossa linha para este sistema porque os clientes gostam dessa agilidade. Inclusive, isso foi uma solicitação de alguns clientes”, explica.

Outro detalhe desse produto é que há diversos modelos à disposição no mercado, como as chaves liga-desliga; a reversora com contator, que seria uma

chave de transferência; as seletoras, que permitem, por exemplo, selecionar fun-ções diferentes programadas em uma máquina; comutadoras de voltímetro, que fazem a leitura de tensão; as comu-tadoras de amperímetro, para medição de corrente; chave estrela-triângulo; e a reversora com ligação direta, sem a uti-lização de contatores. De todas, as mais utilizadas são a liga-desliga, a seletora e a reversora com contator.

Momento econômico interfere nas vendasNo Brasil, a ausência de dados di-

ficulta o correto dimensionamento do tamanho desse setor. Extraoficialmen-te, fala-se que o mercado possa girar algo entre R$ 20 a R$ 25 milhões por ano. Mas são números que não podem ser confirmados.

De qualquer modo, os fabricantes que atuam no País entendem que o se-tor passa por um momento de estabi-lidade nas vendas, principalmente em

função da retração nos investimentos industriais. “Este é um produto essen-cialmente industrial. Portanto, se há investimento na indústria ajuda mui-to nas vendas. Agora, se a economia tem uma retração, como nos últimos anos, a demanda é menor, o que é natural. Em 2008 e 2009 tivemos uma boa demanda. Depois disso o mer-cado começou a cair, pois os inves-timentos diminuíram. E, hoje, há um certo declínio da demanda em função da queda dos investimentos”, comenta Hirbis Bressan, gerente de Vendas da EFE-Semitrans.

Para Mario Sergio Amarante Filho a evolução desse setor no Brasil de-pende de uma política industrial mais agressiva. “Não digo protecionismo, mas a diminuição do “Custo Brasil” no segmento de fabricação de máquinas, evitando o sucateamento da indústria nacional frente aos produtos manufa-turados importados. A ABIMAQ (As-sociação Brasileira da Indústria de

Máquinas) tem exaustivamente de-monstrado esta realidade, mas, infe-lizmente, nossos políticos têm outras prioridades. A visão política deste seg-mento de mercado é de curto prazo”, lamenta o executivo, que completa: “Em 2012 não houve crescimento. Em 2013 o incremento dependerá da cria-tividade do empresário. Considerando as previsões ‘otimistas’ dos especialis-tas, precisaremos trabalhar muito para alterar este panorama cinzento”.

Ademir Miranda Jr, da ACE Schmer-sal, observa ainda que, além do momen-to econômico desfavorável, há outras tecnologias que acabam disputando espaço com as chaves, como pequenos CLPs e alguns botões seletores, embo-ra em correntes acima de 16A, deve-se usar a linha de seletoras.

“Sentimos que os pequenos CLPs têm tirado um pouco o mercado das seletoras. Mas a vantagem da comuta-dora é o custo, que é menor”, comen-ta Miranda, revelando que a demanda maior por comutadoras decorre de pro-jetos novos, sendo complementada por peças de reposição. “No caso de nossa empresa, a reposição representa ape-nas 25% do total”, completa.

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Page 37: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

mercado | Potência | 37Chaves Comutadoras Rotativas

Temos uma carteira de clientes fiéis, por isso podemos dizer que eles não vão

comprar uma alternativa fora.Hirbis Bressan | EFE-Semitrans Fo

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ção

Até por suas características cons-trutivas e pelo tempo de existência no mercado, a concorrência neste seg-mento é bastante acirrada, com um grande número de competidores. É verdade que a maioria não produz no Brasil – estima-se que cinco compa-nhias fabriquem por aqui -, mas mui-tos players neste segmento contam com este tipo produto como comple-mento de linha, com vendas não tão expressivas e produtos geralmente trazidos do exterior.

E, assim como ocorre em outros segmentos, a pre-sença de produtos

asiáticos é significati-va e tem aumentado nos

últimos anos. E, com eles, aparece de tudo no mercado, desde produtos de boa qualidade a preços baixos, até itens de péssima qualidade a preços imbatíveis.

Diante dessa realidade, para man-ter os negócios algumas empresas mais tradicionais contam com a fidelidade de clientes de longa data, que priorizam a qualidade e a segurança em detrimento do preço. “Temos uma carteira de clien-tes fiéis, por isso podemos dizer que eles não vão comprar uma alternativa

Setor tem grande número de concorrentes

Page 38: Revista Potência - Edição 90 - abril de 2013

38 | Potência | mercadoChaves Comutadoras Rotativas

fora. Mas há uma faixa do mercado que não tem fidelidade à marca, onde o que conta mais é o preço”, comenta Hirbis Bressan, da EFE-Semitrans.

Ademir Miranda Jr, da ACE Sch-mersal, também observa que os fa-bricantes locais levam vantagem no fornecimento de chaves especiais, que fogem um pouco do padrão. “Como há muitos importadores trazendo cha-ves de todos os cantos do mundo, o preço médio das chaves caiu muito. No entanto, os fabricantes locais são bastante agressivos em relação às es-peciais, porque eles montam rapida-mente e, dependendo da quantidade, também conseguem preços bons”, pondera Miranda.

Agora, como em qualquer merca-do, a grande oferta de produtos a pre-ços baixos gera desconfiança em rela-ção à qualidade de algumas linhas. E, de fato, há competidores pouco preo-cupados com este quesito.

“A tecnologia em termos dos pro-cessos de fabricação cresce constan-temente, porém, a tecnologia das cha-ves permanece a mesma. O aspecto da qualidade é tratado com muito rigor dentro de diversas empresas, porém, nota-se um crescimento de produtos de má qualidade, em grande parte importados de países asiáticos. Este tipo de material com baixa qualidade

e preços extremamente bai-xos acaba por influenciar o mercado como um todo, pois muitos clientes não conseguem identificar di-ferenças entre certos mo-delos de chaves”, lamenta Felipe Prieto, gerente de pro-duto da Siemens.

Prieto explica que, por tratar-se de produtos des-tinados à manobra de circuitos elétricos, as características das cha-ves podem parecer si-milares em um primeiro momento. No entanto, há diferenças, principalmen-te no plástico utilizado na chave e no metal dos con-tatos elétricos internos, que podem reduzir a vida útil do equipamento.

Mario Sergio Amaran-te Filho, da Kraus & Naimer, também chama a atenção para as empresas que ainda utilizam tecnologias ultra-passadas em seus produtos. “As tecno-logias utilizadas são as mais diversas pela falta de investimento de alguns fabricantes que mantêm projetos de 50 anos atrás. Para atender a recomen-dação RoHS (Restrição às Substâncias Nocivas ao meio Ambiente) o uso de Cádmio na liga dos contatos elétricos deveria estar dentro de parâmetros mínimos exigidos, assim como o uso de cromo hexa-valente nos parafusos e eixos deveria ser zero”, declara Ma-rio, que afirma que a Kraus & Naimer é 100% RoHS há muitos anos.

Para o executivo alguns avanços na legislação podem ajudar a mudar o quadro. “Para a diminuição nos cus-

tos, muitos fabricantes de má-quinas não estavam colocando

proteção na alimentação de energia. Mas, atualmente, para atender as recomen-dações da NR-10 e da NR-12 talvez este pano-rama mude no curto ou

médio prazo”, analisa Ma-rio, ressaltando que a norma téc-

nica para as chaves é a ABNT NBR IEC 60947-3 e que o

seu cumprimento ajudaria a organizar o mercado – hoje, não há certificação

compulsória para este tipo de produto.“Neste nicho de mercado sofre-

mos com a cópia de produtos e en-trada de produtos importados de má qualidade. Portanto, o mercado não está bem organizado em relação ao aspecto do cumprimento da norma”, completa Felipe Prieto, da Siemens.

Mario Sergio Amarante destaca ou-tros problemas graves no setor: as có-pias e falsificações de produtos. “Falsi-ficação como pirataria, quando locali-zada, tem solução com ações policiais e da Receita Federal. O maior problema são as cópias. Isto é, como a patente do produto já expirou, muitos importado-res trazem legalmente da Ásia produtos iguais aos de fabricantes tradicionais conhecidos mundialmente e mudam o nome do fabricante. O grande argu-mento de venda é o de ter a mesma qualidade do fabricante original, mas com um preço bem mais competitivo. Infelizmente, o usuário é induzido a um ‘excelente’ negócio”, lamenta Ma-rio, afirmando que no segmento de co-mutadores rotativos a “Linha Azul” da Kraus & Naimer é a mais copiada no Brasil e no Mundo.

O mercado não está bem organizado em relação ao aspecto do cumprimento da norma.Felipe Prieto | Siemens

Estabilidade Mercado não tem apresentado crescimento nos últimos anos.

Fotos: Divulgação

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Possibilidade de acidentes

em espaços confinados

exige atenção especial por

parte dos profissionais

do setor, iniciando pelo

levantamento dos riscos

e adoção de medidas

preventivas.

Reportagem: Paulo Martins

O que galerias de rua, silos graneleiros e porões de navios têm em comum? Todos apresentam carac-

terísticas típicas do que se denomina espaço confinado, um ambiente não projetado para ocupação contínua, com ventilação desfavorável e que pode ex-por o trabalhador a sérios riscos, como asfixia por falta de oxigênio, intoxica-

ção, soterramento e eletrocussão. O agravante é que se existirem gases e vapores inflamáveis e poeiras combustí-veis, esse espaço confinado pode apre-sentar risco de incêndios e explosões, o que irá exigir a adoção de cuidados especiais, tanto por parte do emprega-dor quanto pelo trabalhador.

A boa notícia é que hoje já existe legislação específica para nortear esse

trabalho. Até alguns anos atrás, os espa-ços confinados apareciam pontualmen-te em cinco Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho: as NRs 10, 18, 29, 30 e 31. Entretanto, o mercado percebia a necessidade de uma norma mais detalhada sobre o assunto.

Isso aconteceu em 2006, com a pu-blicação da NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados,

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cujo objetivo é garantir a entrada, traba-lho e saída segura desses ambientes atra-vés da adoção de medidas de proteção.

Os especialistas do setor fazem uma análise bastante positiva das consequên-cias dessa norma, que acabou se tornan-do um marco divisor. “Antigamente, só as grandes empresas tinham procedimentos para espaços confinados. No momento em que surgiu a NR-33, ela própria se tornou um programa de gestão de ris-cos para trabalho nesse ambiente. Ou seja, uma informação que era elitizada foi socializada, beneficiando micro, pe-quenas e médias empresas”, comenta o engenheiro de Segurança do Trabalho Francisco Kulcsar Neto, tecnologista sê-nior da Fundacentro, fundação vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego.

O engenheiro de Segurança Leandro Erthal, consultor técnico da Petrobras, observa que em um País de dimensões continentais, e com diversos desafios cul-turais e sociais, como o Brasil, é difícil afirmar que todos cumprem os requisitos legais aplicáveis. Ele afirma que a NR-33 de fato contribuiu para elevar os níveis de segurança dos trabalhos em espaços confinados. “Caso todas as salvaguardas sejam aplicadas, podemos afirmar que os riscos se tornam aceitáveis”, conclui.

Apesar dessa evolução, ainda exis-te certo desconhecimento

da norma por parte de empregadores e trabalhadores, o que pode comprometer os objetivos da mesma. Para minimizar esse problema, o Ministério do Traba-lho e Emprego publicou recentemente o Guia Técnico da NR-33, uma espécie de cartilha que visa facilitar o entendimento e ajudar na implementação da norma.

Segundo o documento, que pode ser consultado pela internet, espaço con-finado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contí-nua, que possua meios limitados de en-trada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Os espaços confinados estão pre-sentes em diversos segmentos, como agricultura, construção civil, indústrias, meios de transporte, operações maríti-mas e nos serviços de gás, eletricidade, telefonia, água e esgoto, entre outros. Ao adentrar esses ambientes, o traba-lhador pode estar sujeito a riscos quí-micos, físicos, biológicos, mecânicos, elétricos e ergonômicos.

É importante observar que as con-dições de risco são teóricas, portan-to, conforme destaca Leandro Erthal, é necessário avaliar adequadamente o ambiente para identificar os perigos e adotar medidas de controle para mini-

mizar os riscos efetiva-

Em toda a parte Espaços confinados estão presentes em diversos segmentos do mercado.

mente presentes. “Esta avaliação deve ser multidisciplinar. É importante que todas as etapas sejam analisadas e que os trabalhadores envolvidos na ativida-de participem”, defende o especialista.

Apesar da ampla diversidade de pe-rigos, de acordo com a Occupational Sa-fety and Health Administration (OSHA), um órgão do governo norte-americano responsável pela execução de normas laborais e pela fiscalização de ambien-tes de trabalho, a principal causa de aci-dentes em espaços confinados são os riscos químicos.

Conforme o Guia Técnico da NR-33, a concentração de contaminantes, a pre-sença de substâncias químicas, tóxicas, inflamáveis e o percentual inadequado de oxigênio - seja por deficiência ou en-riquecimento - são denominados riscos atmosféricos, que em última instância são os riscos químicos também citados na NR-33 e que podem provocar intoxi-cação ou asfixia dos trabalhadores ou a formação de uma atmosfera inflamável.

Por conta da seriedade do risco de formação de atmosferas explosivas, o guia é explícito quanto aos cuidados: “Riscos atmosféricos devem ser prefe-rencialmente eliminados antes da entra-da e mantidos sob controle durante a permanência dos trabalhadores no in-terior dos espaços confinados”.

Uma vez identificados os riscos, ex-plica Leandro Erthal, as providências ne-cessárias podem ser relativamente sim-

ples, como a aplicação de ventilação insufladora ou exaustora, ven-tilação insufladora e exausto-ra e ventilação local exaus-tora, ou mais complexas, in-cluindo o uso de conjuntos autônomos de respiração ar-tificial ou ar mandado, outros

EPRs (Equipamentos de Prote-ção Respiratória), roupas especiais,

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NR-33 se tornou um programa de gestão de riscos para o trabalho em espaços confinados.Francisco Kulcsar Neto | Fundacentro

iluminação apropriada e Equipamentos de Proteção Individual específicos.

O Guia Técnico lembra que, em caso de constatação de locais com po-tencial de formação de atmosferas ex-plosivas, é obrigatório o uso de equipa-mentos com certificado de conformida-de Ex - e somente são aceitos certifica-dos no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade.

Um dos autores do Guia Técnico da NR-33, Francisco Kulcsar Neto recomen-da cautela mesmo se a equipe de traba-lho acreditar que determinado ambiente não apresenta uma atmosfera perigosa - identificada pela falta ou excesso de oxigênio ou presença de substâncias tó-xicas ou inflamáveis. Isto porque é pos-sível que o referido ambiente já tenha contido uma atmosfera perigosa, que

pode estar ‘aprisionada’ em alguma parte do espaço e volte a contaminar o local.

O especialista diz ainda que o pró-prio trabalhador, quando adentra um espaço confinado, pode ser o agente provocador de mudança da atmosfera. “Se ele usar equipamento de solda, por exemplo, pode contaminar o ambiente com fumos metálicos e consumir o oxi-gênio através da chama ou da centelha elétrica. Dessa forma, ele pode estar in-troduzindo um ou mais riscos ao local”, alerta Kulcsar Neto.

O tecnologista sênior da Fundacen-tro destaca também que é fundamen-tal que o empregador elabore e imple-mente procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confi-nados. “Os Trabalhadores Autorizados devem saber qual é o momento da

Agricultura Silos para armazenamento de grãos também constituem espaços confinados, devendo seguir a NR-33.

saída do espaço confinado. Devemos sempre esperar o melhor, mas devemos estar preparados para o pior”, alerta.

Capacitação é fundamental para a segurançaO Guia Técnico da NR-33 fala sobre

a importância de capacitar todos os tra-balhadores envolvidos direta ou indire-tamente com os espaços confinados, a respeito de seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle.

Entre as ferramentas a serem utili-zadas, Kulcsar Neto recomenda primei-

ramente a própria NR-33. Outra litera-tura que pode contribuir nesse proces-so é o Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e do Petróleo, de autoria do engenheiro Dácio de Miranda Jordão. Kulcsar de-fende o treinamento nessas duas áre-as de forma a transformar o conteúdo didático em conhecimento aplicável à realidade de cada um, visando estabe-lecer maior segurança.

A próxima etapa desse processo, prossegue Kulcsar, consiste em perpe-tuar o conhecimento - o que inclusive é previsto na norma, que determina a realização de capacitação periódica dos profissionais. “Por isso é exigido trei-namento anual dos trabalhadores. Eles

podem até dizer que já viram o assun-to, mas cultura se faz com o tempo”, defende o especialista.

Pela norma, o primeiro treinamento é de 16 horas para o chamado Trabalha-dor Autorizado e o Vigia e de 40 horas para o Supervisor de Entrada.

Além disso, todos devem receber capacitação com carga horária mínima de 8 horas, a cada 12 meses.

Indagado sobre possíveis aperfei-çoamentos na legislação para melhorar as condições de trabalho em espaços confinados, Kulcsar Neto cita uma pro-vidência simples que poderia contribuir para o levantamento de informações mais precisas sobre as eventuais ocor-rências. “No Comunicado de Acidente do Trabalho (CAT), seria interessante constar um campo para espaços confi-nados. Assim teríamos estatísticas, inclu-sive com relação ao tipo de gravidade do acidente e local”, aponta.

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44 | Potência | EvEntoHannover Messe 2013

Maior do mundoCom o tema central

‘Indústria Integrada’,

Hannover Messe bate

recorde e soma mais de

cinco milhões de contatos

de negócios, inclusive

com a participação de

brasileiros.

De Hannover, Alemanha, Marcos Orsolon

uando começou a apre-sentação de balanço da Hannover Messe 2013, ocorrida entre os dias 08 e 12 de abril, Jochen

Köckler, diretor da Deutsche Messe AG, apenas confirmou o que já era espera-do. A maior feira industrial do mundo continua forte e, apesar da crise eco-nômica que insiste em castigar impor-tantes países ao redor do mundo, em especial na Europa, o evento se man-tém em alta, com números que indicam crescimento e aquecimento no volume de negócios.

Este ano, 6.550 expositores (em 2012 foram 6.333), de 70 países, ocu-param os 25 pavilhões do parque de exposições de Hannover (somando 236 mil metros quadrados), que foi dividido entre onze setores, ou feiras: Industrial

Automation, Motion Drive & Automa-tion (MDA), Energy, Wind, MobiliTec, Digital Factory, ComVac, Industrial Su-pply, IndustrialGreenTec, Surface Tech-nology, Research & Technology.

Ao todo, 225 mil visitantes pas-saram pelo evento e, de acordo com levantamento feito pela organizado-ra Deutsche Messe, 93% das pesso-as eram profissionais especializados, sendo que, em sua maioria, com po-der de decisão dentro de suas empre-sas. O resultado não poderia ter sido melhor: durante o evento foram reali-zados cerca de cinco milhões de con-tatos de negócios.

Mas o prestígio e a importância da Hannover Messe não se limitam aos números. Este ano, dois dos principais líderes mundiais marcaram presença na cerimônia de abertura do evento: a

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Movimento Mais de 225 mil pessoas estiveram presentes no evento deste ano.

chanceler alemã Angela Merkel e o pre-sidente da Rússia Vladimir Putin, que fez questão de representar seu país, que foi o parceiro da feira este ano.

Em seu discurso, Angela Merkel elogiou o crescimento da feira e des-tacou que a indústria atinge dimensões completamente novas com os avanços propiciados pela chamada “Indústria Integrada”. Ela também cumprimen-tou Vladimir Putin e elogiou o clima de cooperação entre as duas nações.

De seu lado, o presidente russo en-fatizou o bom relacionamento comer-cial entre os dois países. “Vemos este convite - de participar da Hannover Messe como parceiro oficial - como um sinal de reconhecimento de uma cooperação bem sucedida. A economia do mundo, e da Europa em particular, continua frágil, e é exatamente por isso que uma coordenação da política econômica é tão importante. E, neste caso, Alemanha e Rússia têm a mesma visão”, resumiu Putin.

Mais que números expressivos, a

edição desse ano da Hannover Messe conseguiu manter sua tradição inova-dora. Empresas de diversas áreas apre-sentaram novidades e evoluções tecno-lógicas e os visitantes tiveram a opor-tunidade de checar, in loco, tendências que tendem a dominar a indústria nos próximos anos.

Entre essas tendências, sem dúvida a principal está ligada ao tema central

da feira este ano: a “Indústria Integra-da”. Este fenômeno já tem sido apon-tado por alguns especialistas como a “quarta revolução industrial”, ou “In-dústria 4.0” e, a julgar pelo seu poten-cial de transformação em prol da efi-ciência (energética e de custos), qua-lidade e sustentabilidade, é bem pos-sível que, de fato, ela represente uma revolução.

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46 | Potência | EvEntoHannover Messe 2013

Ao destacar o tema, a Hannover Messe enviou um sinal claro ao mer-cado, indicando que a integração entre todas as áreas industriais é crescente e

não tem volta. E essa integração passa por máquinas, equipamentos, peças e componentes de sistemas que, cada vez mais, trocam dados em tempo real.

Líderes Angela Merkel e Vladimir Putin participaram da cerimônia de abertura da feira.

Brasileiros comemoram resultadosA atuação brasileira na Hannover

Messe também tem sido crescente e, na edição 2013, o balanço geral foi positi-vo. Este ano, o País foi representado por mais de 180 participantes, entre exposi-tores, entidades e missões governamen-tais e empresariais presentes em estan-des individuais e coletivos. Os brasilei-ros estiveram presentes em pelo menos seis setores: Automação Industrial; Ener-gia; Global Business & Markets; Motion, Drive and Automation (MDA); Wind; e Componentes e Serviços.

Agora, se considerarmos as pesso-as que compareceram ao evento como visitantes, o número de brasileiros foi bem maior. Principalmente em função das empresas que aproveitam a Han-nover Messe para levar clientes e par-ceiros para conhecerem sua estrutura na Alemanha.

Este foi o caso da Wago, que saiu do Brasil com um grupo de 51 pesso-as para visitar duas de suas unidades fabris na Alemanha e a feira. Marcos Salmi, diretor Geral da companhia no Brasil, explica que a feira abre uma ótima oportunidade para este tipo de ação, visto que é possível que clientes, distribuidores e representantes conhe-

çam a estrutura da empresa na Euro-pa e tenham acesso a uma das princi-pais feiras do mundo, que impressiona quem a visita pela primeira vez.

Quanto aos resultados práticos de quem participou do evento, o balan-ço foi bastante satisfatório, tanto para quem estreou este ano, quanto para os “veteranos” do evento.

A Indústria Metaloquímica Kels, de Artur Nogueira (SP), participa da Han-nover Messe desde o ano 2000 e cre-dita parte do seu sucesso no mercado

externo a esta atuação. “Todos os anos constatamos que esta é a feira mais im-portante do mundo quando falamos do mercado externo”, destaca Rafael Bian-chini Marcussi, supervisor técnico de Vendas da empresa, que exporta para mais de 20 países.

“Estivemos aqui (este ano) não ape-nas para fazer prospecção de novos clientes, mas, principalmente, para fazer a manutenção dos que já possuímos”, completa Marcussi, destacando que a Alemanha já é responsável por um terço

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do faturamento da empresa com expor-tações. A Kels fabrica contatos elétricos para a indústria eletroeletrônica, auto-motiva e de telecomunicações.

Entre as várias missões organizadas por brasileiros, este ano um dos desta-ques partiu da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Maranhão (SEDINC), que apoiou empresários do Estado em sua primei-ra visita à feira. Na verdade, a iniciativa faz parte de um plano maior de desen-volvimento econômico da SEDINC que prevê uma série de ações para incen-tivar empresas locais em nível global.

“Por isso viemos à feira. Tivemos a visita de vários empresários de diver-sas regiões demonstrando interesse pelo Estado do Maranhão”, comenta Reinaldo Fernando de Jesus, assessor técnico da SEDINC, destacando que o plano prevê investimentos da ordem de R$ 120 bilhões nos próximos dez anos, com os quais espera gerar 250 mil empregos diretos.

O Porto de Itaqui, por exemplo, re-ceberá investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão até 2016 para a sua moder-nização. Entre os atrativos para a ins-talação de empresas no Estado, Jesus cita a redução da carga de ICMS em até 75% ao longo de 15 a 20 anos e a construção e locação de condomínios industriais. “O Maranhão possui nove distritos prontos e outros 12 em fase de implementação. Para atender às de-mandas já existentes ou previstas, o go-verno criou o programa ‘Maranhão Pro-fissional’, que qualificará em torno de 400 mil pessoas”, completa o assessor.

Uma das empresas localizadas em São Luiz (MA), a Braziltec saiu da fei-ra confiante em relação à possibilidade de concretizar negócios. “Tivemos al-gumas conversas positivas, com gran-des possibilidades de concretizar ne-gócios  para o fornecimento de nosso produto”, revela Afonso Carvalho, co-ordenador do laboratório que é espe-cializado em controle de temperatura

para fornos de produtos cerâmicos, e que levou a Hannover um programa “hotnet” de monitoramento de tempe-ratura à distância e em rede.

Segundo Carvalho, o programa vai ao encontro do tema “Indústria Integra-da”. “Este sistema permite o monitora-mento constante da temperatura, em tempo real e em rede. Desta forma, o cliente pode, de sua empresa - graças a câmeras digitais - monitorar a temperatu-ra dos fornos, de acordo com o resultado desejado e interagir com a companhia fornecedora”, esclarece o engenheiro.

O representante do setor de Pro-moção Comercial da Embaixada do Brasil em Berlim, José Carlos Oldoni, também fez um balanço positivo da participação do órgão na Feira Indus-trial de Hannover. “Foram mais de 80 contatos nos cinco dias de feira, o que demonstra que o Brasil continua sen-do a ‘bola da vez, no cenário industrial mundial. Há cada vez mais interesse pelo País, com muitas empresas que desejam investir, instalar filiais ou for-mar parcerias conosco. Nesse sentido, a nossa participação na feira é funda-mental”, afirma o executivo, revelan-do que durante o evento o estande recebeu uma quantidade relevante de

empresários e funcionários especiali-zados, além de delegações de países como Turquia, Itália, Bélgica, Dubai, Arábia Saudita e Alemanha. Represen-tantes oficiais de países escandinavos também visitaram o estande à procu-ra de informações sobre investimentos em energia eólica no Brasil. “Somente isso já justifica a participação em fu-turas Feiras Industriais de Hannover”, ressalta Oldoni, que também destaca a importância da participação de órgãos estaduais e federais no evento.

“As iniciativas de apoio à interna-cionalização das empresas e ao comér-cio exterior brasileiro, tanto por parte do governo federal, como de órgãos estaduais, têm sido fundamentais para o aumento da representatividade do País no cenário internacional, através de feiras como a Hannover Messe”, completa Brena Bäumle, diretora da Hannover Fairs do Brasil, representan-te do evento no País, destacando que a feira recebeu mais de mil visitantes brasileiros este ano.

Tecnologia limpa Veículos híbridos, elétricos e movidos com células de hidrogênio mais uma vez estiveram presentes no evento.

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Não há como negar, a edi-ção 2013 da AbineeTec foi bastante movimenta-da. O evento, ocorrido

em São Paulo entre os dias primeiro e cinco de abril, foi organizado pela Associação Brasileira da Indústria Elé-trica e Eletrônica (Abinee) e composto por seminários que abordaram alguns dos temas mais relevantes do setor eletroeletrônico no momento, como inovação, segurança, Lei de Informá-tica e logística reversa. E as discussões foram interessantes, inclusive com boa presença de público.

A sessão de abertura do evento teve o pronunciamento de Humber-to Barbato, presidente da Abinee, que aproveitou a oportunidade para falar para os mais de 400 presentes sobre

os 50 anos de fundação da associação, ocorrida em 26 de setembro de 1963, tendo Manoel da Costa Santos como o primeiro presidente.

“Nas últimas cinco décadas, nossa entidade participou de momentos mui-to importantes de mudanças no País. E se fez presente, posicionando-se de forma efetiva diante das dificuldades, sempre defendendo os legítimos inte-resses do setor eletroeletrônico e do Brasil, cuja importância para o País está na sua capacidade de buscar o desen-volvimento tecnológico, irradiando seu potencial a todo o conjunto da econo-mia”, ressaltou Barbato no discurso.

O presidente da Abinee também lembrou diversos documentos produ-zidos pela Abinee ao longo de sua his-tória para estimular o fortalecimento da

indústria do setor e, ao mesmo tempo, da economia nacional. Entre eles, citou “O Paradoxo da Situação Brasileira”, da primeira metade dos anos 60, e o estu-do “A Indústria Elétrica e Eletrônica em 2020”, preparado em 2009, que ofere-ce propostas para que o Brasil tenha uma indústria mais independente sob o ponto de vista da tecnologia, que produza com maior valor agregado lo-cal e tenha uma efetiva e competitiva participação no mercado internacional.

“A meta do documento é, em sín-tese, obter intensa expansão da produ-ção eletroeletrônica para que, seguindo a tendência dos países desenvolvidos, o nosso setor amplie sua participa-ção no PIB nacional em 2020”, explica Barbato, que lamenta: “Apesar de al-gumas ações adotadas, o fato é que a

Encontro movimentado

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EvEnto | Potência | 49AbineeTec 2013

Evento é marcado por ações de apoio à inovação, balanço da Lei de Informática, discussões em torno da segurança nas instalações elétricas e comemoração dos 50 anos da Abinee.

Reportagens: Marcos Orsolon

indústria de transformação como um todo tem vivido um quadro delicado. É lamentável que, em 2012, a partici-pação da indústria brasileira como um todo no PIB tenha atingido somente 13,25%, nível inferior à época de Jusce-lino Kubitschek, quando representava 13,75%. Os números mostram que os diversos alertas não são meros choros de empresários, como alguns insistem em afirmar”.

Apesar das dificuldades, o execu-tivo entende que o governo da presi-dente Dilma Rousseff, mesmo que tar-diamente, tem dado mostras de que está sensibilizado com a situação, e tem procurado colocar a indústria no-vamente como prioridade para o de-senvolvimento do País. “Algumas me-didas vieram, porém, ainda há muito

a fazer, como, por exemplo, conter o desanimador inchaço da máquina pú-blica, que termina por inviabilizar in-

vestimentos, principalmente em infra-estrutura, causa maior da nossa perda de competitividade”.

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Uma demonstração de que o go-verno federal está atento à situação da indústria foi o lançamento, durante a AbineeTec, do Plano Inova Energia, ini-ciativa que envolve o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-cial (BNDES), a Agência Brasileira da Inovação (Finep) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na verdade, o Inova Energia faz parte de um programa maior do gover-no, o Inova Empresa, que é liderado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e que tem como principal objetivo promover e estimu-lar a inovação no País. Já fazem parte dele o Inova Petro e o PAISS, ligado ao setor sucroalcooleiro.

O ministro Marco Antonio Raupp, do MCTI, destacou durante o lança-mento do Inova Energia que o gover-no Dilma colocou a ciência, tecnolo-gia e inovação como eixo estruturante do Plano Brasil Maior. E que o Inova Empresa é um grande programa de investimentos para este fim, inclusive envolvendo mais de dez ministérios, além de organizações, agências regu-ladoras e empresas.

“É um programa amplo, que pôs a questão da inovação em todos os se-

tores da atividade econômica do País. E com aportes altos. Serão R$ 32,9 bi-lhões para 2013 e 2014 (inclusive com recursos não reembolsáveis e subven-ções)”, destaca Raupp, que comple-ta: “Nossa estratégia para inovação se baseia em três pontos: ampliação dos investimentos; maior apoio a projetos de risco tecnológico; e o fortalecimen-to das relações entre ICTs e empresas”.

Aliás, no que tange aos recursos financeiros que envolvem especifica-mente o Inova Energia, Glauco Arbix, presidente da Finep, é enfático. “Não haverá falta de recursos para quem

quer fazer e desenvolver tecnologia no Brasil. Assim como não tem faltado nos últimos dois anos”.

Para Arbix, o Brasil pode se tornar uma potência global energética. “Mas, para que isso ocorra, temos de inves-tir e elevar o padrão dos nossos pro-jetos, da nossa pesquisa, daquilo que é desenvolvido dentro das empresas”, pondera o executivo, destacando que, num primeiro momento, o Inova Ener-gia contará com R$ 3 bilhões para a promoção da inovação. “Isso nos dá condições de alavancar nosso setor de uma maneira bastante expressiva”.

Um aspecto importante do pro-grama é que ele tem três áreas temáti-cas: redes elétricas inteligentes (smart grid) e transmissão em ultra-alta tensão (UAT); geração de energia através de fontes alternativas; e veículos híbridos e eficiência energética veicular.

Segundo Maurício Neves, superin-tendente do BNDES, a definição dessas áreas foi baseada num diagnóstico feito por equipes da Finep, BNDES e Aneel, que se juntaram para mapear o setor e identificar, do ponto de vista tecnológi-co e olhando para o futuro, onde havia janelas de oportunidades para o País.

Especificamente no que tange às

Inovação no centro das atenções

O Inova Empresa é um programa amplo, que pôs a questão da inovação em todos os setores da atividade econômica do País.Marco Antonio Raupp | MCTI

Não haverá falta de recursos para quem quer fazer e desenvolver tecnologia no Brasil. Assim como não tem faltado nos últimos anos.Glauco Arbix | Finep

Governo da presidente Dilma Rousseff tem procurado colocar a indústria novamente como prioridade para o desenvolvimento do País.Humberto Barbato | Abinee

Hoje, os processos de inovação exigem a estruturação de ecossistemas, o compar-tilhamento de especialidades entre empresas.Luciano Coutinho | BNDES

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redes inteligentes, por exemplo, Máxi-mo Pompermayer, superintendente da Aneel, destaca que elas abrem vários caminhos. “Há uma grande oportuni-dade para estruturarmos uma indústria para produzir localmente e não ape-nas importar os vários dispositivos e equipamentos que envolvem uma rede elétrica inteligente. Obviamente, em parceria com empresas e instituições

que estão mais à frente em relação a isso, mas fazendo a devida transferên-cia tecnológica e o desenvolvimento nacional”, afirma.

Maurício Neves também cita outra característica fundamental do progra-ma, que é a inovação de caráter sistê-mico. “Claro que a inovação isolada, no âmbito de uma empresa, é bem-vinda e apoiada. Mas entendemos que o gran-

de potencial está na renovação sistê-mica, que é a junção de vários atores”, comenta.

Luciano Coutinho, presidente do BNDES completa: “O ator desse processo é a empresa privada em conjugação com parceiros. Porque, hoje, os processos de inovação exigem a estruturação de ecos-sistemas, exigem o compartilhamento de especialidades entre empresas”.

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52 | Potência | EvEntoAbineeTec 2013

Lei de informática tem balanço positivo Um exemplo positivo de apoio go-

vernamental ao setor produtivo insta-lado no País é a Lei de Informática. E a análise de seus resultados também fez pare da AbineeTec deste ano. Ali-ás, durante o evento a Abinee lançou o livro “O Brasil na Infoera”, que lista os impactos dessa Lei na visão da indús-tria, instituições de P&D e especialistas.

Para Humberto Barbato, presiden-te da Abinee, a Lei de Informática é o único marco efetivo de política indus-trial que tivemos no Brasil ao longo dos últimos anos, e com continuidade. E sua importância para o setor eletroele-trônico é incontestável, principalmente porque permitiu à indústria sobreviver fora da Zona Franca de Manaus. “A Lei de Informática é a responsável por não ter acontecido essa centralização. Ela é que permitiu que a nossa indústria estivesse hoje localizada em distintas regiões do Brasil”, afirma o presidente.

Carlos Américo Pacheco, reitor do Ins-tituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA),

tem opinião similar. “O grande milagre da Lei de Informática é que ela conseguiu equilibrar a situação entre a produção na Zona Franca, no resto do País e do bem importado”, ressalta Pacheco, destacando que se trata de uma Lei inteligente, que oferece incentivos na forma de redução tributária em troca de investimentos em P&D e na produção local.

Estes incentivos, aliás, são destaca-dos por Humberto Barbato. “De todos os investimentos em P&D feitos pela ini-ciativa privada, até por obrigação legal, a maioria vem do setor eletroeletrônico. É obrigação, mas o fato é que o inves-timento está acontecendo”, comenta.

Álvaro Dias, diretor do Grupo Se-torial de Medidores da Abinee, dá um exemplo prático sobre a influência da Lei no setor. Segundo ele, o avanço das redes inteligentes no Brasil indica um horizonte promissor para fabricantes de medidores, religadores e para toda a estrutura que poderá utilizar as redes inteligentes, principalmente na área de

automação da distribuição. “Temos um futuro promissor, mas

precisamos de empenho na parte re-gulatória e na velocidade de implan-tação das coisas. Para isso tivemos de desenvolver um novo sistema de me-dição. Essa nova geração de medidores inteligentes, tanto residenciais como in-dustriais e comerciais. Tivemos de de-senvolver sistemas e soluções na área de medição e tudo isso só foi possível no Brasil, mantendo a competitividade, utilizando a Lei de Informática”, afirma.

Nelson Ninin, diretor da área de Automação Industrial da Abinee, tam-bém chama a atenção para o impacto da Lei de Informática na competitivi-dade das empresas. De acordo com Ninin, antes do incentivo, as empresas habilitadas detinham menos de 30% do mercado de produtos incentivados pela Lei. Hoje, já passam de 50%. “E elas ex-portam mais do que antes. Ou seja, é a prova de que o produto se torna muito mais competitivo”, declara.

Discussões sobre segurança nas instalações esquentam

Talvez o ponto alto da AbineeTec deste ano tenha sido o painel Segu-rança em Edificações. A começar pela própria importância do tema, que tem sido motivo de preocupação entre os especialistas. Em sua apresentação, Rodrigo Vieira Vaz, auditor fiscal do trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apresentou números da previdência social que confirmam a gravidade da situação. Em 2011, de um total de 2.088 óbitos, 5% estiveram relacionados à energia elétrica.

Vaz reconhece que a NR-10 fez com que o quadro melhorasse um pouco a partir de 2004, inclusive com aumento na quantidade de interdições, embargos

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Empresas incentivadas pela Lei de Informática se mostram mais competitivas, inclusive para exportar.Nelson Ninin | Abinee

A nossa crise é a falta de autoridade de quem regulamenta, ou de quem poderia regulamentar a instalação elétrica no Brasil.Eduardo Daniel | Certiel Brasil

Precisamos alertar a grande massa sobre os riscos que ela corre com instalações de baixa qualidade.Fabián Yaksic | Abinee

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e autuações, mas lamenta que ainda é comum durante a fiscalização serem en-contrados problemas como falta de EPI, de aterramento e até de documentação.

Nelson Fonseca Leite, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), também revelou dados assustadores em relação às redes elétricas. Em 2011, 315 pesso-as morreram em contato com a rede. Outras 173 tiveram lesões graves e 368 registraram lesões leves. “O setor que mais tem acidentes com a rede elétri-ca é o da construção civil. Mas não a construção civil organizada, que segue as normas técnicas, mas sim a clandes-tina. Hoje, há dois Brasis: o dos códi-gos, das normas, e o Brasil que não se-gue normas, padrões técnicos. E aqui está o problema maior”, comenta Leite.

Mas se temos normas internacio-nais, inclusive para as instalações de baixa tensão, e dezenas de produtos com certificação compulsória, portanto de boa qualidade, por que ainda en-frentamos tantos problemas?

Foi exatamente a busca por essa resposta que fez com que o debate es-quentasse. Primeiro, com Eduardo Da-niel, superintendente da Certiel Brasil, que no início de sua apresentação fez um misto de desabafo com provoca-ção: “Mais uma vez estamos fazendo

uma apresentação que é a catequese para os convertidos”.

A citação se referiu ao bom pú-blico presente no painel que, embora fosse altamente qualificado, foi com-posto por pessoas realmente interes-sadas pela segurança nas instalações. Pessoas que estão habituadas a “lutar e trabalhar” por essa segurança. Ou seja, mais uma vez o público em geral, que desconhece ou ignora os riscos, esteve de fora e não foi atingido.

A segunda provocação de Daniel fez menção à Aneel. “Com base em tudo o que ouvi aqui hoje, a nossa crise é a falta de autoridade de quem regulamenta, ou de quem poderia re-gulamentar a instalação elétrica no Brasil. Hoje, não tivemos a Aneel aqui presente, e ela poderia ser o órgão re-gulador”, disparou Daniel, acrescen-tando: “O assunto de verificação de instalações elétricas tem algumas ca-racterísticas próprias. Quer dizer, não tem ninguém contra, mas ninguém faz. Porque há ausência de autoridade re-gulamentadora no Brasil”.

As provocações surtiram efeito. Fa-bián Yaksic, gerente de Tecnologia e Política Industrial da Abinee, concordou que pessoas não especializadas também deveriam estar presentes, mas ponderou que é muito difícil atingir o grande pú-

blico. E, diante do entrave, fez um de-safio a todos os presentes e a entidades como Aneel, prefeituras e governos de estado: “Desafio todos a fazermos uma publicação, uma cartilha de cunho popu-lar, para alertar a grande massa sobre os riscos que ela corre ao não ter instalações seguras. Sabemos que, lamentavelmente, há um empurra-empurra sobre de quem é a responsabilidade. Mas esse debate é importante e temos de fazer com que ele chegue à população”.

Outra manifestação interessante, que envolveu, inclusive, uma autocrí-tica, partiu do diretor da Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro, Mar-cos de Oliveira, que falou sobre uma eventual aceleração do processo de certificação compulsória no País. “Já participei de vários eventos na área elé-trica falando dessa questão. E a gente sempre volta a ela. O que eu acho, e aí me incluo e incluo o Inmetro, é que estamos fazendo errado. Se nesse tem-po todo nós não conseguimos, de uma forma ou de outra, sensibilizar mais ainda sobre a relevância e importância desse tema, temos que parar, pensar e verificar onde estamos errando na ten-tativa de buscar um sistema robusto do ponto de vista compulsório. Temos que refletir sobre o que fizemos nos últimos dez anos”, sugere.

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Os planos da Wago no Brasil são ousados. A empresa, que conta com uma subsidiária no País

desde 2005, passa por uma fase em que conquistar novos clientes e cres-cer são os principais objetivos. E, para isso, sabe que é preciso investir, tanto na divulgação de sua marca e linha de produtos, quanto na ampliação de sua estrutura local, o que inclui aumento de equipe e de espaço físico.

Nesse contexto, a empresa, pelo terceiro ano consecutivo, levou um gru-po de brasileiros para conhecer sua es-

Hora de crescerWago leva clientes e parceiros

à Alemanha para apresentar sua

estrutura, tecnologia e portfólio de

produtos. Ação visa incremento de

negócios no Brasil.

Reportagem: Marcos Orsolon

trutura na Alemanha e visitar a Hannover Messe, a maior feira industrial do mun-do. Na verdade, este foi o maior grupo que a empresa montou até hoje, com 51 pessoas, entre colaboradores da Wago, distribuidores, integradores e clientes.

Mas qual a relevância desse tipo de iniciativa? Marcos Salmi, diretor Geral da Wago no Brasil, explica que a Wago ain-da é uma marca relativamente nova no País, embora seja tradicional no mercado mundial, com mais de 60 anos de atua-ção. E este tipo de ação faz com que o cliente tenha a oportunidade de enten-der melhor o que é a empresa e tudo o que está por trás da subsidiária brasileira.

“É uma oportunidade única, por-que quando o cliente vai para a Alema-nha, ele consegue realmente entender o que é a empresa e isso impressiona. Ele vê nossa estrutura, as fábricas e ain-da participa da feira, onde tem condi-ção de comparar e ver que a Wago está concorrendo de igual para igual com outras empresas do segmento. Isso é

fundamental para trazer confiança ao cliente”, afirma Salmi, que completa: “O cliente busca bons produtos, qua-lidade, atendimento, mas também leva em consideração a tradição. Ele quer a segurança de um investimento de lon-go prazo. E a Wago é uma empresa de visão de longo prazo que resolveu in-vestir forte no Brasil”.

O número recorde de convidados não ocorreu por acaso. Ele decorre de um processo que teve início com a pri-meira visita, em 2011, e que tem acom-panhado o ritmo de crescimento no Bra-sil. Como revela Salmi, no primeiro ano o foco foram os distribuidores. “Tínha-mos mudado o modelo de atendimento no Brasil. Hoje, trabalhamos com equi-pes de venda própria e canais de distri-buição. Então, no primeiro ano, a ideia foi apresentar a empresa a estes distri-buidores, a estes canais de venda que ajudariam a empresa crescer. E foi fan-tástico. Eles vieram e a parceria foi con-solidada a partir da visita. De lá para cá

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Empresa pretende dobrar seu faturamento no Brasil até 2016.Marcos Salmi | Diretor Geral

nós ampliamos a rede de distribuidores e crescemos. Hoje, os distribuidores já representam 30% do nosso faturamento anual”, comemora o executivo.

No ano passado, a empresa esten-deu a iniciativa para clientes e alguns novos distribuidores. “A consequên-cia foram os negócios. Com os clien-tes que vieram o objetivo era dar essa segurança mencionada para que eles pudessem passar a fazer negócios com a Wago”, declara Salmi.

Este ano o principal objetivo foi a abertura de novos clientes. Tanto, que mais de 50% dos clientes convidados ainda não compram da Wago. “Mas acreditamos que eles têm interesse em nosso portfólio e, após a visita, há boa possibilidade de eles passarem a usar as nossas soluções”, completa Salmi.

E, a julgar pelos comentários dos participantes, a ação surtiu o efeito de-sejado. Dirceu José Pivovar, diretor da distribuidora DPJ Automação, de Ri-beirão Preto (SP), ficou surpreso com o que viu. “Sou um parceiro de pouco tempo da Wago e fiquei surpreso com o tamanho da estrutura deles na Ale-manha, todo o processo de fabricação e o processo de qualidade. Tudo isso nos dá mais confiança e otimismo com relação à parceria”, afirma.

Celso Freitas, da Mecnil, localizada em Santo André (SP), segue na mesma linha e destaca o aspecto tecnológico dos produtos. “A tecnologia embarca-da no borne surpreendeu. E também a estrutura da empresa. Isso tudo ajuda a

passar mais segurança na hora da apli-cação do produto e no poder de con-vencimento dos clientes. Fica mais fácil para mostrar ao cliente que, por trás da conexão, daquele produto, há muita tecnologia e o interesse em se manter um padrão alto de qualidade”, ressalta.

O integrador Felipe Alexandre de Oliveira, da Auti Automação Industrial, de São José dos Pinhais (PR), comen-ta que, além da visita permitir que se tenha mais embasamento nas vendas, ela também abriu espaço para o con-tato com soluções da Wago que ele ainda não conhecia e que pode pas-sar a utilizar. “Eu não conhecia alguns produtos da linha deles, como a parte de medição de corrente e análise de energia. Vamos começar a trabalhar estes produtos, verificar o funciona-mento e fazer a homologação den-tro da nossa empresa para começar a usar”, comenta.

A iniciativa de levar clientes e par-ceiros para a Alemanha é parte de um plano maior da Wago no Brasil, que conta com investimentos em diversas áreas, incluindo a participação em fei-ras e a ampliação do número de fun-cionários. Graças a este plano, a com-panhia dobrou o faturamento entre

2009 e 2012. E, não satisfeita, pretende dobrar novamente entre 2013 e 2016. Este ano, a meta é de incremento de 30% “É um plano agressivo, ousado e precisamos investir para atingir esta meta”, declara Marcos Salmi.

Na sequência do plano, uma das principais ações, prevista para 2014, é a ampliação da estrutura física no País com a mudança para um novo prédio, visto que o atual está ficando “sem es-paço” para comportar o crescimento.

Além disso, a equipe de vendas e suporte deverá ser ampliada e a em-presa deverá fortalecer sua atuação na área de automação industrial.

“Hoje, um dos principais focos de crescimento mundial da Wago é a par-te de automação. Por isso, estamos es-truturando a equipe para crescer mais em automação. E a ideia, dentro desse plano de expansão, também é desen-volver novos integradores de sistemas. Porque, hoje, o foco da Wago é a venda de produtos. Não vendemos serviços. Prestamos consultoria, suporte, mas não executamos. Então, precisamos de-senvolver parceiros que irão nos ajudar a levar a solução para o cliente final”, comenta Salmi, que não descarta, nesse processo de expansão, a possibilidade da empresa passar a fabricar algo no Brasil. “É uma questão de volume e das condições macroeconômicas, como câmbio e incentivos governamentais. Mas isso está em avaliação”.

Outro foco de mercado da com-panhia é a área predial, tanto de ins-talação como de automação. “A Wago é líder mundial no mercado de cone-xões elétricas para instalações pre-diais. Na Europa ela detém 50% de market share, na Alemanha chega a 70% e no Brasil é quase insignificante. Então, temos uma grande oportunida-de nessa área, pois temos um produto inovador, diferenciado, que atende à redução de tempo de montagem, tec-nologia, segurança, enfim, estamos in-vestindo muito nisso”.

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Marcos Sutiro | Diretor Colegiado Abreme | [email protected]

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

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Estratégia e as associações empresariais

Qualquer empresa de nosso setor que pensa em sua estratégia sabe que para desenvolver uma perspectiva correta

dos cenários futuros é importante que se faça a análise adequada do ambiente externo no qual o negócio está inserido.

Esta análise envolve não só os concorren-tes, clientes, fornecedores e eventuais entrantes, mas principalmente os aspectos políticos, eco-nômicos, sociais, tecnológicos e, porque não acrescentar, os jurídicos e os ambientais devi-do à complexa legislação tributária brasileira e a eminente preocupação de sociedade e governo com a proteção ao meio ambiente.

Ao pensar em todas estas perspectivas nós, como empresas, traçamos nossos planos con-tanto que sejam os mais próximos possíveis da realidade. No entanto, sabemos que, por melhor que sejam os cenários desenvolvidos, ainda assim é quase impossível, no ambiente de negócios brasileiro, que se façam previsões muito acuradas.

Desta forma, entra em ação outro compo-nente que deve fazer parte da estratégia de qual-quer empresa: a capacidade de manobrar (quan-do possível) os aspectos do macro ambiente ci-tados anteriormente, na tentativa de, ao invés de adequar o plano ao ambiente externo, alterar o ambiente externo a favor da estratégia traçada.

Obviamente que a adequação do plano é sempre mais fácil e conveniente para executivos e gestores, uma vez que depende exclusivamente de fatores que estão sob o controle da empresa, mas há situações em que os resultados só po-dem ser atingidos por meio das interferências da empresa no macro ambiente.

Ocorre que, na maioria dos mercados, esta interferência não pode ser realizada por uma em-presa isoladamente, mas sim por meio da orga-

nização representativa de várias empresas de um mesmo setor. As associações de classe de forma geral - e deve-se incluir a esta definição as as-sociações de trabalhadores - atuam justamente como meio para que seus representados possam de alguma forma interferir nesse macro ambiente.

Especificamente no caso dos distribuidores de material elétrico, contamos com a Abreme (Associação Brasileira dos Distribuidores e Re-vendedores de Materiais Elétricos), a qual ajuda o associado a ter alguma voz perante os entes políticos, econômicos e sociais.

Fundada em 07 de junho de 1988, contan-do com vários associados entre distribuidores e revendedores, ademais de muitos outros fa-bricantes de material elétrico e que acompa-nhando a evolução do setor tem, cada vez mais, aumentado sua capacidade de manobra auxi-liando seus associados a cumprirem com seus planos e projetos.

A Abreme - seja isoladamente ou desenvol-vendo trabalhos conjuntos com outras associa-ções - tem atuado incansavelmente por mudan-ças nas normas e especificações de produtos; combate a produtos contrafeitos e ilegalidades; desenvolvimento de política de resíduos sólidos; melhoria e segurança das instalações elétricas no Brasil e, principalmente, no desenvolvimento de pesquisas objetivando uma tributação mais justa.

Este ano a Abreme já realizou, em conjunto com outras entidades, a pesquisa de IVAs para lâmpadas e reatores, com levantamento de preços de varejo, praticados na cadeia de comercializa-ção do Estado de São Paulo. A pesquisa, feita pela FIPE, obteve resultados satisfatórios, mesmo con-siderando a necessidade de adequações na nova metodologia imposta pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ/SP), que utiliza como parâmetro principal de representatividade

dos produtos pesquisados e ponderações do se-tor, as informações extraídas do banco de dados da Nota Fiscal Eletrônica da SEFAZ/SP.

No que concerne à PNRS (Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos), apesar do tema ainda ser muito controverso, porque transita entre as esferas Municipal, Federal e Estadual, cada qual com suas peculiaridades, a Abreme tem por ta-refa sugerir e defender uma proposta, na esfera Estadual, para a logística reversa das lâmpadas que contenham mercúrio na sua fabricação e, na sequência, para outros produtos, como reatores, baterias e eletroeletrônicos.

O trabalho em prol do combate aos produtos contrafeitos e ilegalidades – através da Campa-nha Produto Seguro – continua sendo realiza-do também em parceria com demais entidades, objetivando informar ao consumidor sobre a importância de utilizar produtos certificados, fabricados por empresas idôneas, que investem em tecnologia e pesquisa, a fim de lhes garan-tir a satisfação e o uso seguro nas instalações.

Todas essas conquistas - que individual-mente não poderiam ser atingidas pelo asso-ciado – tornam-se possíveis quando buscadas por meio da união dos distribuidores de material elétrico, através de sua entidade representativa de classe, com excelentes resultados.

O mercado de material elétrico brasileiro, desde muito, sofre com alterações bruscas do ambiente externo, tanto no que se refere aos aspectos econômicos, quanto aos políticos, e ser representado por meio de uma associação é fator determinante para o sucesso de planos e estratégias, por isso a importância de qualquer empresa, deste ou de qualquer outro setor, em se fazer representar, uma vez que é a maneira mais eficaz de amenizar as inconstâncias que nosso ambiente externo nos impõe.

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A Eletromar integra o Grupo Hager, que está presente em escala internacional no campo dos sistemas para instalação elétrica. Há mais de 50 anos o Grupo Hager vem se apresentando como um dos fornecedores mais importantes do mercado de soluções e sistemas para insta-lações elétricas. Ao longo dos anos, sua oferta de produtos para instalações residenciais, co-merciais e prediais vem se expandindo consi-deravelmente. O Grupo adquiriu algumas marcas especialistas, que fortaleceram sua imagem e fi-zeram com que a oferta de produtos e serviços ficasse ainda maior.

Durante toda a sua trajetória, a Eletromar foi precursora no lançamento de produtos e tecnolo-gias, tendo sido a introdutora dos mini disjuntores e dos disjuntores em caixa moldada no mercado

brasileiro, possibilitando instalações mais segu-ras, compactas e confiáveis.

Hoje, a Eletromar tem no mercado brasileiro um completo portfólio de produtos e sistemas para aplicações residenciais e prediais, produzindo em sua fábrica no Rio de Janeiro tanto disjuntores de tecnologia NEMA, quanto IEC, dispositivos DR e Caixas de Distribuição.

O Grupo Hager, ao qual a Eletromar pertence, é um dos maiores fabricantes mundiais de compo-nentes e sistemas elétricos de baixa tensão, ten-do sido fundado pelos irmãos Dr. Oswald Hager e Hermann Hager, em 1955. Com raízes tanto na Alemanha como na França, o Grupo é uma em-presa familiar, independente, com crescimento autofinanciado, presente em 84 países e com 20 fábricas distribuídas pelo mundo.

Inovação a serviço de seus clientesOs nomes Hager e Eletromar são sinônimos

de inovação técnica e de produtos de alta quali-dade. O objetivo da companhia é estar perma-nentemente na vanguarda do desenvolvimento de produtos, práticas eficientes e desenvolvi-mento eficaz.

Atualmente, 850 engenheiros trabalham na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo, que investe cerca de 5% do faturamento nesta área, a fim de fornecer aos seus clientes sistemas cada vez mais inovadores e otimizados. Com es-treito relacionamento com os clientes, o grupo garante um serviço de qualidade onde quer que esteja localizado. No Brasil, uma equipe de mais de 70 profissionais oferece cobertura em todo território nacional. A Eletromar possui uma das

ElETROMAR

Tradição e tecnologiaHá mais de 70 anos no mercado, empresa passou por

transformações importantes em sua história.

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Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

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maiores redes de distribuidores do Brasil, con-tando ainda com uma estrutura de vendas com atuação nacional.

CertificaçõesA Eletromar investe continuamente em pro-

gramas de qualidade e de gestão, treinamentos, certificações (ISO 9001 e 14001) e selos de con-formidade de produtos, como a certificação In-metro para os disjuntores residenciais, tomadas, reatores eletrônicos e interruptores diferenciais residuais.

ISO 9001A Eletromar faz parte do grupo de empresas

que obtiveram a certificação ISO 9001, que atesta a capacidade da empresa em dominar a qualidade dos produtos, desde a sua concepção, passando pelos processos de fabricação e de controle, até os serviços que acompanham a venda: informa-ção, formação, modo de utilização, garantia e serviço pós-venda.

ISO 14001Um dos compromissos mais importan-

tes da Eletromar é com a preservação do meio ambiente. A empresa estabelece critérios para a preservação ambiental, que abrangem desde os

processos de manufatura até o produto final que dispõe aos clientes.

Ciente de sua responsabilidade social, e compromissada em contribuir com o desenvol-vimento sustentável do planeta, procede de acor-do com as certificações mais rigorosas no que concerne ao tratamento de resíduos em todas as suas unidades fabris. Todos os colaboradores têm a responsabilidade ética de preservar a natureza.

E a constante vigilância da empresa começa na concepção dos processos, produtos e serviços, de forma a utilizar menos matéria-prima, água e energia, bem como gerar menos poluentes.

A Eletromar é uma empresa líder no desen-volvimento de tecnologias capazes de otimizar processos industriais de todos os tipos. Ao propor soluções inovadoras que asseguram a qualidade e o rendimento industrial, está também contribuindo para que outras indústrias possam assegurar a boa utilização dos recursos naturais, diminuindo os desperdícios e minimizando o impacto ambiental.

Hager no BrasilPor uma decisão estratégica, o grupo Hager

investiu cerca de R$ 40 milhões na construção da nova fábrica da Eletromar, situada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em um terreno de 30.000m², com 14.000m² de área construída e possibilidade

de expansão para até 24.000m². São instalações modernas, projetadas para otimizar os fluxos de produtividade, respeitando o meio ambiente e dis-ponibilizando uma infraestrutura de conforto e se-gurança para os seus 400 funcionários.

As novas instalações permitiram avanços na utilização de aquecimento solar, no aproveitamen-to das águas pluviais, no tratamento de esgoto e em muitos outros detalhes que permitem a ma-nutenção da certificação ISO 14001, bem como na melhoria do conforto e da segurança dos fun-cionários, clientes e fornecedores.

Um compromisso sólidoA ambição da empresa, resumida em algu-

mas palavras, é de contribuir para que a distri-buição de energia elétrica seja segura e racional e participar na melhoria da gestão e do conforto das instalações elétricas residenciais, prediais e comerciais.

Rua Oscar Bressane, 291 - Jd. da Saúde04151-040 - São Paulo - SP

Telefone: (11) 5077-4140Fax: (11) 5077-1817

e-mail: [email protected]: www.abreme.com.br

Membros do ColegiadoRoberto Said Payaro Nortel Eletricidade Suprimentos Industriais S/AFrancisco Simon Portal Comercial Elétrica ltda.José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial ltda.José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade ltda.Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens ltda.Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos ltda.Marcos Sutiro Comercial Elétrica PJ ltda.

Conselho do ColegiadoNemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu ltda.Carlos Soares Peixinho ladder Automação Industrial ltda.Daniel Tatini Grupo Sonepar

Secretária ExecutivaNellifer Obradovic

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

FUNDADA EM 07/06/1988

1941 Fundação da Eletromar

1971 Westinghouse compra a Eletromar

1994 Eaton adquire a Westinghouse, detentora da marca Eletromar

2001 Joint-Venture entre Eaton e Hager (Eletromar ltda)

2006 Grupo Hager adquire 100% do capital da Eletromar ltda.

2010 Nova fábrica da Eletromar

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60 | Potência | RadaRInvestimento

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Várias estratégias podem ser adotadas por uma empresa para atingir um volume maior de cresci-

mento no mercado em que atua, ou numa determinada região. A compa-nhia pode, por exemplo, investir no desenvolvimento de novas linhas de produtos, no fortalecimento de sua marca ou ampliar seu corpo de ven-das e representantes para atingir mais clientes. Mas, se tiver mais apetite e condições financeiras, também pode optar pela compra de outras marcas

e empresas. E este é o caminho que o grupo norte-americano Bel-

den tem seguido para am-

Expansão em curso

Grupo Belden conclui incorporação da Poliron e investe para aumentar sua participação no mercado latino-americano.

Reportagem: Marcos Orsolon

pliar sua participação no Brasil e na América Latina.

Com mais de cem anos de história, o grupo projeta, produz e comercia-liza itens como cabos e soluções em conectividade e de redes para vários mercados, incluindo automação in-dustrial, empresarial, transporte, in-fraestrutura, eletrônicos e de consu-mo. E sua ação mais recente na região foi a incorporação, em janeiro desse

ano, da brasileira Poliron, que fabri-ca cabos e multicabos especiais para o segmento industrial.

Com a incorporação, a razão so-cial da empresa foi alterada para Bel-den Indústria e Comércio Ltda. No entanto, foi mantida a marca Poliron, que se junta a outras marcas do gru-po, como Hirschmann e GarrettCom, de soluções em Ethernet e Switches Industriais para aplicação em auto-mação em segmentos como óleo e gás, mineração, automotivo, trans-porte, transmissão e distribuição de

energia; Lumberg Auto-mation (que fornece soluções em conecti-vidade para automa-

ção industrial); To-fino, de

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RadaR | Potência | 61Investimento

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Poliron

soluções para o mercado de se-gurança de redes; além de PPC e Miranda, que atuam no mercado de broadcast.

Segundo José Elias Andrade, di-retor de Vendas e Marketing para a América Latina da Belden, em todas as aquisições o grupo procura agre-gar seu know how de forma positi-va, somando-o ao que as empresas adquiridas possuem de melhor para oferecer. Inclusive respeitando as ca-racterísticas típicas do seu mercado de atuação e cultura local.

Significa dizer que, no caso da Poliron, nenhuma grande mudança aconteceu ou está programada para acontecer, inclusive em relação à atu-ação da marca. Como consequência cadastral a empresa está padronizan-do a sua comunicação e estrutura e investindo na contratação de mais profissionais. O treinamento de fun-cionários também foi intensificado a fim de fazer com que eles se sintam parte do momento da companhia e participem de forma mais proativa dos processos.

“A incorporação só agrega aos negócios, principalmente no quesito de ampliação de mercado, estrutura e carteira de clientes. Para nossos fun-cionários surgem oportunidades de crescimento e aprendizado, além da possibilidade de experiências interna-cionais. Em relação aos clientes, toda a excelência no atendimento e na as-sistência Belden estará voltada para eles, o que significa que não have-

Nosso plano é ampliar a atuação da Belden-Poliron para todos os países da América Latina, tendo o Brasil como base de manufatura para a região.José Elias Andrade | Diretor

rá grandes impactos nas transações”, afirma o executivo.

Na verdade, a intensão do grupo é fortalecer a atuação da Poliron no Brasil e na América Latina. No mer-cado nacional, o grupo já está inves-tindo na ampliação da capacidade de produção da Poliron e na nacio-nalização de produtos, além de des-tinar aportes para fortalecer a área Comercial e aprimorar o suporte aos clientes.

Andrade comenta ainda que a in-tenção do grupo é atuar com a marca Poliron também para atender os paí-ses da América Latina.

“Nosso plano é ampliar a atuação da Belden-Poliron para todos os paí-ses da América Latina, tendo o Brasil como base de manufatura para a re-gião. Para isso, estamos com planos

de expansão da área fabril em Diadema (SP) para que possamos ter maior

capacidade produtiva para atender a qualquer nova de-

manda”, destaca o diretor.A partir dessas ações,

a expectativa do grupo é manter o crescimento do fa-

turamento na região. Para 2013, é es-perado um incremento de dois dígi-tos. “Principalmente pelo momento favorável que o Brasil está vivendo em relação ao grande número de in-vestimentos, grandes eventos a serem realizados, ascensão da classe média e investimentos tecnológicos”, com-pleta Andrade.

Fundada na década de 1930, em São Paulo, a Poliron atua no segmento de ca-bos industriais, desenvolvendo e produ-zindo cabos e multicabos para ambientes industriais de missão crítica, além de ca-

bos para instrumentação, comando e con-trole, e de extensão de termopares usados em indústrias petroquímicas e químicas, instalações de petróleo e outros sistemas de automação industrial e de construção.

BeldenA Belden, grupo norte-americano com

mais de 100 anos de história, projeta, pro-duz e comercializa produtos como cabos, soluções em conectividade e de redes para vários mercados, incluindo automação in-

dustrial, empresarial, transporte, infraes-trutura, eletrônicos e de consumo. O gru-po possui cerca de 7.400 funcionários, 13 fábricas e presença na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia.

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62 | Potência | GTDGeração, Transmissão e Distribuição

Foto: Ricardo Brito/Grau 10

Foto: Divu

lgação

Foto: Dreamstime

Foto: Dreamstime

Desempenho comemorado

Itaipu teve em 2013 o melhor mês de março e o melhor trimes-tre de todos os tempos. Em mar-ço último, a produção somou 8.856.312MWh, ante 8.545.907MWh em 2009, o melhor março até então.

A produção acumulada nos três primeiros meses soma um total de 24.839.820MWh ante 24.720.437MWh em 2012, o ano do recorde absoluto de produção da binacional, que de-tém a marca mundial de maior ge-ração de energia limpa e renovável.

O volume surpreendente se deve a três fatores: boa quantidade de chuvas na bacia incremental, for-mada pelos rios Ivaí, Piquiri e Tiba-gi; alta demanda dos sistemas elé-tricos brasileiro e paraguaio e bom desempenho da usina.

Boletim eólicoA ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) lan-

çou recentemente o Boletim Anual do Setor Eólico - 2012. Esse documento reúne números e informações relevantes sobre a ca-pacidade instalada no País no período mencionado, geração realizada, fa-tor de capacidade, evolução da capacidade instalada e as diversas formas de contribuição da fonte, como por exemplo, para a redução dos encargos de serviços do sistema, redução da emissão de CO

2, entre outros aspectos.

A associação divulgará o Boletim de Geração Eólica anualmente, a partir da análise dos dados oficiais de geração da fonte. Dessa forma será possível observar a evolução da energia eólica no Brasil, seus desafios, suas contri-buições e perspectivas de desenvolvimento.

Criado em 2007 pelo Instituto Acende Brasil, o Selo Energia Sustentável avalia empreendimentos do Setor Elé-trico Brasileiro e dá transparência a cada uma das pilastras da sustentabilidade. O Selo classifica os empreendimentos em três níveis: intenção, realização e superação, a partir da comprovação de ações que envolvem meio am-biente, sociedade e custo da energia. “Nossa ideia ao criar o Selo foi estimular a melhoria contínua dos empreendimentos. Para assegurar que o compromisso socioambiental supere as obriga-

Energia Sustentável

ções previstas no processo de licenciamento ambiental”, conta Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

O executivo acredita que o Selo servirá como indicati-vo para os empreendimentos de energia, observando ne-cessidades de adequação e melhorias nas práticas socio-

ambientais. Para receber a certificação, as práticas de sustentabilidade de cada empreendimento são avaliadas a partir de 12 parâmetros de desempe-nho socioambiental de empreendimentos de gera-ção, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Planos da EletrobrasA Eletrobras divulgou em abril o Plano Diretor de Negócios e Gestão. Apre-

sentado pelo presidente José da Costa, o plano prevê que até 2017 a empresa investirá R$ 20,3 bilhões em novos projetos de geração, transmissão e distri-buição, que se juntarão aos R$ 32,1 bilhões já contratados, totalizando R$ 52,4 bilhões. Estão previstas ainda ações como um plano de incentivo ao desliga-mento voluntário de profissionais de todas as empresas Eletrobras; a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para gerenciar as linhas de transmissão do Complexo do Madeira e de um Comitê Executivo para supervisionar a construção de Angra 3, além da continuação dos es-tudos visando reestruturar o negócio de Distribuição.

Novo diretorO economista Alexandre Lopes assumiu a diretoria Técnica da Associa-

ção Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Lopes se tornou assessor técnico da entidade em julho de 2007. Acompanhou o desenvolvimento da regulação e da operação do sistema elétrico e a evolução do Mercado Livre. Desde março de 2009, é coordena-dor do Grupo Técnico.

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66 | Potência | agendaMaio/Junho 2013

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Congresso de Comercialização de Energia 2013 Data/Local: 15 e 16/05 – São Paulo – SPInformações: (11) 5093-7847 / www.hiria.com.br

Congresso rio AutomaçãoData/Local: 16 e 17/05 – Rio de Janeiro – RJInformações: (21) 2112-9077 / www.ibp.org.br

EnAsE 2013Data/Local: 21 e 22/05 – Rio de Janeiro – RJInformações: (21) 3154-9400 / www.enase.com.br

BWEC 2013 – 2ª Edição Brazil Wind Energy ConferenceData/Local: 27 e 28/05 – São Paulo – SPInformações: (85) 8103-9082 / [email protected]

Xperience Efficiency 2013Data/Local: 04 a 07/06 – São Paulo – SPInformações: www.schneider-electric.com.br

Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações & obras de InfraestruturaData/Local: 05 a 08/06 – São Paulo – SPInformações: (11) 3662-4159 / www.constructionexpo.com.br

9ª Edição – redes subterrâneas de Energia Elétrica 2013Data/Local: 10 a 12/06 – São Paulo – SPInformações: (11) 3051-3159 / www.rpmbrasil.com.br

Manutenção Elétrica Data/Local: 13 a 16/05 – Itajubá – MGInformações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br

segurança em Instalações e serviços em Eletricidade-nr10Data/Local: 20 a 24/05 – Curitiba – PRInformações: (41) 3263-7900 / www.cadenas.com.br

Estatísticas de Acidentes no setor Elétrico BrasileiroData/Local: 20 a 24/05 – Rio de Janeiro – RJ Informações: (21) 3973-8479 / www.funcoge.org.br

sistemas Elétricos de Potência – segurança em Instalações e serviços em EletricidadeData/Local: 03 a 07/06 – Itajubá – MGInformações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br

Proteção para Geração DistribuídaData/Local: 04/06 – Curitiba – PRInformações: (41) 3361-6276 / www.sistemas.lactec.org.br

Instalações Elétricas de Média tensãoData/Local: 04 a 07/06 – São Paulo – SP Informações: (11) 3017-3600 / www.abnt.org.br

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