revista papelaria e negócios - edição 107

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Edição nº 107 de Maio/2013

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Page 1: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107
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Editorial

DIREÇÃOPaschoal Sabatine

[email protected] Gimenes

[email protected]

PUBLICIDADEMarco Aurélio Sabatine

[email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELLia Freire (MtB 30.222)

[email protected]

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃOCristiana Lacutissa/Vitor Lacutissa

CL Studio(11) 2749-0738

[email protected]

CAPA Patricia Chammas

ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADEAv. Alcântara Machado, 924 cj. 03 – Brás –

CEP 03102-001 – São PauloFones (11) 3207-3896 / 3271-5867

[email protected]

A Revista Papelaria e Negócios é uma publicação mensal da Top Brasil Editora

dirigida a lojistas e fornecedores de artigos para papelaria e informática.

Circulação nacional.

O conteúdo dos artigos e as declarações textuais contidas nas reportagens da Revista Papelaria & Negócios são de

responsabilidade dos articulistas e entrevistados.

O varejo multicanalCom o passar dos anos, diferentes aspectos influenciaram

e revolucionaram os hábitos e a experiência de consumo. Hoje, com um

smartphone em mãos e sem precisar sair do lugar, o consumidor pesquisa

e compara preços, obtém as informações que precisa sobre os produtos

e compra a mercadoria. Certamente, a mobilidade mexeu com a estabili-

dade dos varejistas, que se viram diante do desafio de elaborar estraté-

gias capazes de agregar maior valor à experiência de consumo de seus

clientes. Para que se tornem mais competitivos, os varejistas de “tijolo e

concreto” precisam aderir ao comércio multicanal – ou seja, ter múltiplos

canais de vendas - e oferecer uma experiência no interior da loja que seja

tão atraente quanto às vantagens em comprar pela internet. Para explicar

melhor o assunto, entrevistamos Rick Chavie, profissional com mais de 30

anos de experiência e atual vice-presidente da área de OmniCommerce da

Hybris, empresa fornecedora de software para e-commerce e multichannel

commerce, com foco em inovação, gerenciamento de informações sobre

produtos e vendas.

Na edição da Papelaria & Negócios deste mês trazemos ainda um es-

pecial sobre o mercado de licenciamento, apresentando as novas apostas

em marcas e personagens para os itens escolares e de papelaria. Também

destacamos a categoria de pilhas e baterias. Em meio às tradicionais mar-

cas, temos as novatas que vêm para oferecer novas opções aos consu-

midores, que cada vez mais optam pelas pilhas alcalinas e recarregáveis.

Papel Craft é a papelaria que apresentamos neste mês. A loja mudou

o perfil de um segmento essencialmente tradicional. Concebida pelo viés

do encanto, fez do design o seu aliado e mostrou que no universo do lápis,

papéis e cadernos, as cores, texturas e formas despertam o lado lúdico das

pessoas, independente da idade.

Boa leitura!

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Sumário

08 Marketing & Negócios – As notícias que movimentam o setor.

10 Entrevista – O especialista Rick Chavie fala sobre os desafios na era do varejo físico e virtual.

14 Categoria de Produto – As opções oferecidas na categoria de pilhas e baterias.

24 Raio X dos Negócios – A trajetória da Papelaria Papel Craft.

28 Mercado – As marcas e personagens que estarão nos itens escolares e de papelaria.

42 Fornecedor – Plavitec apresenta o seu PVC autoadesivo.

44 Informática – As novidades do segmento.

46 Prateleira – Um mix diversificado.

48 Brinquedos – O que está chegando nas lojas.

CORREÇÃODiferente do que publicamos na edição nº105, de março 2013, da Revista Papelaria & Negócios, na matéria “Os corretivos em suas variações”, o fabricante Pentel oferece ao mercado, a fita corretiva Presto, que pertence à linha Recycology e tem 73% do valor total do seu peso, excluindo as partes consumíveis, feito em material reciclado. Como divulgado, entendia-se que Presto e Recycology eram produtos distintos. Além disso, referente à certificação do INMETRO para os corretivos Pentel, a empresa esclarece que os seus produtos ainda não possuem, como publicado, mas está com o processo em andamento, aguardando os trâmites legais para a sua utilização.

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Marketing & Negócios

Acrimet participa de feira no Panamá

Com o objetivo de criar e estreitar seu canal de vendas nos países da América Latina e Caribe, a Acrimet participou no mês de abril, da 31ª edição da Expocomer, realizada no Centro de Convenções ATAPLA, na cidade do Panamá. A feira contou com cerca de 600 stands e foi prestigiada por mais de 22 mil visitantes.

A Acrimet tem uma forte presença em toda a América Latina e mantém a estraté-gia de ampliar a sua atuação e se fortalecer ainda mais na região. Com três plantas industriais, o fabricante oferece aos clientes, produtos para organização e itens es-colares, visando a alta qualidade, segurança e confiança.

www.acrimet.com.br A Acrimet participou da

Expocomer, realizada no

Panamá.Tris é sucesso no Facebook

A fanpage da marca Tris, que pertence à Summit, vem ganhando cada vez mais fãs (atualmente são aproximadamente 15 mil) no Facebook. “Nosso objetivo por meio deste canal é falarmos diretamente com o público-alvo da marca, basica-mente, crianças e adolescentes. É importante criar um conteúdo interessante para eles. Os fãs da Tris têm um engajamento espontâneo com a marca. Con-seguimos fazer essa análise comparando posts em que valorizamos os nossos produtos. Os consumidores querem saber onde encontrá-los, fazem comen-tários com sugestões e tiram dúvidas, além de curtirem e compartilharem, é claro. E isso é muito importante para nós! Por isso, pretendemos realizar mais ações em nossa fanpage”, afirma Vanessa de Abreu Moreno, especialista de marketing da Summit.

www.facebook.com/TrisOficial

A fanpage da marca

Tris vem ganhando

cada vez mais fãs.

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Marketing & Negócios

Waleu investe em feiras

Presente em diferentes feiras de negócios, a Waleu, que tem produtos para atender os mercados: Escolar, Office e de Utilidades, participou recentemente da 26ª edição da “Feira 1 a 99 Brasil”, re-alizada no Expo Center Norte, em São Paulo. Além de proporcionar aos clientes uma visão mais ampla da empresa e seus produtos, foi também uma ótima oportunidade para efetuar novos negócios, aprofundar o relacionamento com os clientes e ficar atenta às ten-dências do mercado. A Waleu participará da 27ª edição do evento, que acontecerá, em São Paulo, de 17 a 20 de outubro.

www.waleu.com.br

A Waleu esteve na 26ª edição

da “Feira 1 a 99 Brasil”.

Está chegando a Toys, Parties & Christmas Fair

De 25 a 27 de maio no Transamerica Expo Center Nor-te, em São Paulo, acontece a Toys, Parties & Christmas Fair, maior feira profissional dirigida de artigos natalinos da América Latina. O evento promove um encontro de negó-cios entre fabricantes, importadores, distribuidores e lojistas nacionais e internacionais do setor de decorações natalinas para apresentar as novidades em produtos para o varejo e garantir que os pedidos feitos sejam entregues em outubro.

www.grafitefeiras.com.br

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Reciclato comemora 10 anos

Desde o primeiro lote de papel cut size , em 2003, já foram produzidas pela Suzano Papel e Celulose mais 12,5 bilhões de folhas de Suzano Report® Reciclato, o equivalen-te a 25 milhões de resmas. Lançado inicialmente, em 2001, na versão offset, a marca conquistou o mercado corporati-vo dois anos depois na versão de papel cortado, como mais uma opção para o papel de qualidade, personalidade e atu-ação social. Disponível no formato A4, em embalagens de 500 folhas, o produto passou a ser adotado não apenas no mercado promocional, editorial e na comunicação externa, como também para a impressão de documentos internos no dia-a-dia de trabalho de empresas alinhadas com o conceito de sustentabilidade.

Fabricado na unidade de Rio Verde (SP), o Suzano Re-port® Reciclato é composto de 75% de aparas pré-consumo e 25% de aparas pós-consumo – parte adquirida diretamen-te de cooperativas de catadores de material reciclável.

www.suzano.com.br

O Reciclato é composto de 75% de

aparas pré-consumo e 25% de aparas

pós-consumo.

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Entrevista

Hoje, com um smartphone em mãos e

sem precisar sair do lugar, o consumidor pesquisa

e compara preços, obtém as informações que preci-

sa sobre os produtos e compra a mercadoria. Certa-

mente, a mobilidade mexeu com a estabilidade dos

varejistas, que se viram diante do desafio de elaborar

estratégias capazes de agregar maior valor à expe-

riência de consumo de seus clientes. Para se tornarem

mais competitivos, os varejistas de “tijolo e concreto”

precisam aderir ao comércio multicanal – ou seja, ter

múltiplos canais de vendas - e oferecer uma experiên-

cia no interior da loja que seja tão atraente quanto às

vantagens em comprar pela internet. Mudar a aborda-

gem de “nós vendemos para o cliente” para “somos

parceiros do cliente para resolver seus problemas e

satisfazer suas necessidades” é imprescindível na

tentativa de promover o compartilhamento de informa-

ções e integrar a experiência de compra online/offline.

Construir uma experiência multicanal no varejo

consiste em oferecer ao consumidor uma interação

convincente e consistente através dos múltiplos ca-

nais, criando um ambiente em que os clientes podem

pesquisar e trocar informações sobre produtos e ser-

viços em um canal e realizar a compra em outro. Isso

incentiva o consumidor a interagir com o varejista – in-

dependente do canal escolhido – ao invés de dirigi-lo

a outro.

Para explicar melhor o assunto, entrevistamos Rick

Chavie, profissional com mais de 30 anos de experiên-

cia e atual vice-presidente da área de OmniCommer-

ce da Hybris, empresa fornecedora de software para

A batalha pelos “corações” e “mentes” dos consumidoresCom o passar dos anos, diferentes aspectos influenciaram e revolucionaram os hábitos e a experiência de consumo

“O futuro será brilhante

para aqueles que notarem

a evolução do comércio

e obscuro para aqueles

que não derem início à

transição para esse mundo

convergente”, Rick Chavie.

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“As vantagens das lojas

físicas são vendas que permitem atendimento personalizado a cada cliente e a possibilidade de tocar ou provar os produtos à venda.”

e-commerce e multichannel commerce, com foco

em inovação, gerenciamento de informações sobre

produtos e vendas, aumento dos negócios e aper-

feiçoamento do relacionamento digital com clientes

de setores como varejo, indústria, telecom, software,

games e mídias digitais.

Revista PaPelaRia & Negócios - como as lojas

físicas Podem veNceR à coNcoRRêNcia fReNte às lojas

viRtuais?

Rick chavie - Atualmente, 90% das transações no

varejo são realizadas em lojas físicas. No entanto, o que temos visto é um cres-

cimento significativo do varejo online, mas há oportunidades de encontrar cami-

nhos de crescimento que estimulam a convergência das lojas físicas e virtuais:

por exemplo, a ASDA (empresa varejista britânica), descobriu recentemente

que os consumidores que vão à loja física apenas para retirar um produto com-

prado pela internet acabam gastando, em média, £9 a mais que o programado.

Diante deste cenário, a nova tendência é o Buy On-Line Pick-up In Store (Com-

pre na Internet e Retire na Loja), considerado uma forma de convergência entre

o varejo físico e o online.

Revista PaPelaRia & Negócios - Qual é o ceNáRio atual, Na améRica latiNa, desta

coNcoRRêNcia eNtRe o vaRejo físico e viRtual?

Rick chavie - A batalha pelos “corações” e “mentes” dos consumidores vem

ficando cada vez mais acirrada. Não há uma diferença evidente nas atitudes

dos compradores de lojas físicas ou virtuais, mas pudemos perceber que os

latino-americanos são cada vez mais adeptos da utilização das novas tecnolo-

gias que atendem suas expectativas de encontrar informações em tempo real

ou ofertas personalizadas e em localidades preferenciais.

Revista PaPelaRia & Negócios - Quais são as vaNtageNs e desvaNtageNs em cada

modalidade de coméRcio?

Rick chavie - As vantagens das lojas físicas são vendas que permitem aten-

dimento personalizado a cada cliente e a possibilidade de tocar ou provar os

produtos (ao invés de apenas vê-los por meio de imagens). Mais recentemente,

as lojas físicas disponibilizaram aplicações móveis (disponíveis em tablets) que

permitem acesso direto ao call center da loja para gerar uma experiência única

ao cliente.

Por outro lado, o potencial de alcance do comércio eletrônico vem crescen-

Page 12: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

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Entrevista

“O potencial de alcance do comércio eletrônico cresce significativamente nos últimos anos, principalmente entre consumidores que utilizam smartphones e tablets.”

do significativamente nos últimos anos,

principalmente entre consumidores que

utilizam smartphones e tablets, oferecen-

do-lhes a possibilidade de realizar com-

pras no “mundo digital” a qualquer hora

do dia, o que não seria possível no comér-

cio físico.

Revista PaPelaRia & Negócios - como o

lojista de um vaRejo físico PodeRá obteR be-

Nefícios a PaRtiR das Novas tecNologias, tais

como, as aPlicações móveis?

Rick chavie - Conforme mencionado,

ele pode começar oferecendo experiên-

cias da Internet para dentro da sua loja e

criar uma experiência inovadora e diferen-

ciada para os clientes. Esse pode ser o ca-

minho para o varejo físico se fortalecer.

Revista PaPelaRia & Negócios - Quais es-

tRatégias os lojistas Podem adotaR PaRa agRe-

gaR valoR à exPeRiêNcia do coNsumidoR?

Rick chavie - É possível criar valores por

meio da introdução de novas formas de per-

sonalização do atendimento. Por exemplo,

descobrir a preferência do consumidor por

determinadas marcas no comércio eletrônico

pode ser útil para atender suas expectativas

de forma mais assertiva e, ainda, oferecer-

lhes a possibilidade de avaliar produtos de

forma online, mesmo se estiverem compran-

do em lojas físicas.

Os lojistas também podem criar promo-

ções para fidelizar os clientes, por meio de

cupons digitais com “saldo” a ser resgatado

nas próprias lojas ou em compras online.

Revista PaPelaRia & Negócios - o Que é

a PRática do “showRRomiNg” e como o lojista

Pode beNeficiaR-se dela?

Rick chavie - O showrooming é baseado na ideia de

que os consumidores pesquisam produtos de forma

online, vão às lojas para avaliá-los e “voltam” à Internet

para realizar as compras. Isso afeta o lojista se ele ape-

nas vende o produto em loja física e não oferece outras

opções de compra aos consumidores. No entanto, o lo-

jista pode combater essa situação ao fornecer ofertas

personalizadas, tais como, produto associado a servi-

ços (ex: instalação, garantia estendida etc).

Revista PaPelaRia & Negócios - o Que sigNifica coméR-

cio multicaNal?

Rick chavie - Significa que uma empresa varejista

tem múltiplos canais de vendas. Além da loja física, uti-

liza catálogo online, telefone, entre outros. Não significa

que esses canais estejam obrigatoriamente conectados.

Revista PaPelaRia & Negócios - é NecessáRio um alto

iNvestimeNto PaRa imPlemeNtaR uma estRatégia multicaNal?

Rick chavie - Não temos estimativas de valor. Porém,

se nos basearmos nas tecnologias modernas, o inves-

timento para ter uma plataforma para servir múltiplos

canais vem se tornando cada vez mais importante, pois

permite suporte em tempo real para os consumidores e

melhores experiências para os mesmos. Para os varejis-

tas, a plataforma deve proporcionar uma visão unificada

de pedidos, estoques, produtos, serviços e outras de-

mandas de clientes.

Revista PaPelaRia & Negócios - No Que coNsiste coNs-

tRuiR uma exPeRiêNcia multicaNal No vaRejo? Quais os beNe-

fícios desta exPeRiêNcia PaRa o lojista?

Rick chavie - Experiência multicanal é uma forma de

obter um suporte comum para os varejistas implemen-

tarem em diversos canais. Mas o que está emergindo é

outra tendência que vai além de uma visão tecnológica

e traz uma nova abordagem de modelo de negócios:

é o OmniCommerce, que consiste na convergência do

Page 13: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

comércio físico e do online para fornecer ao consumidor

uma experiência persuasiva e diferenciada. É focado nos

consumidores e não nos canais de venda. São oferecidos

serviços combinados com produtos, promove-se assim

uma visão cíclica (B2B2C) que conecta marcas e varejis-

tas aos consumidores, independentemente das respecti-

vas localizações.

Revista PaPelaRia & Negócios - Quais os eRRos você

aPoNtaRia Nas lojas físicas e Que Podem coNtRibuiR PaRa Que

se PeRca os clieNtes PaRa as lojas viRtuais?

Rick chavie - Um erro comum é quando uma empresa

acredita que pode vencer os desafios da experiência do

cliente em lojas físicas apenas adicionando outro canal de

venda. Em alguns casos, o comércio eletrônico dá menos

opções de “perdoar” à medida que os erros tornam-se fa-

cilmente identificáveis e rapidamente compartilhados na

sociedade, caso o consumidor tenha uma má ex-

periência com uma marca ou loja.

Revista PaPelaRia & Negócios - de Que maNeiRa o

coméRcio oNliNe e o multicaNal Podem seR aliados do

vaRejo físico?

Rick chavie - Conforme mencionei, o OmniCom-

merce é a convergência entre experiência física e

digital, podendo gerar uma experiência muito mais

rica aos consumidores.

Revista PaPelaRia & Negócios - Na sua oPiNião,

Qual é o futuRo do vaRejo físico?

Rick chavie - O futuro será brilhante para aque-

les que notarem a evolução do comércio e obscuro

para aqueles que não derem início à transição para

esse “mundo convergente”.

Page 14: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

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Categoria de Produto

Tendo como principal negócio as pilhas alcalinas, além é claro, das famosas pilhas comuns (zinco-carvão) que ficaram conhecidas como “As Amarelinhas”, a Rayovac®, que possui mais de 100 anos de mercado, oferece também outros tipos de pilhas como as recarregáveis e para apare-lhos auditivos (setor que cresce anualmente dois dígitos), estas duas últimas apontadas como as atuais tendências do setor. “A Rayovac® segue investindo em qualidade de produ-to, afinal o nosso objetivo é oferecer ao consumidor a melhor pilha do mercado, com um excelente custo-benefício. Temos fábricas próprias e submetemos as pilhas a testes rigorosos. Acompanhamos as tendências do mercado, por isso, investi-mos tanto em novos produtos, como as pilhas para aparelhos auditivos e recarregáveis, quanto em novas categorias como das lanternas, com diversas tecnologias como as recarre-gáveis e LED”, cita Antonio Neto, gerente de marketing da Rayovac®, acrescentando: “quando olhamos sob o ponto de vista do lojista, a Rayovac® oferece mais oportunidades de rentabilidade, maior apoio ao PDV e excelência em serviços”. A marca pretende continuar a ampliar o mix, por isto, lança lâmpadas fluorescentes em cinco versões. “O lançamento piloto foi realizado na região Nordeste, que representa 31% dos distribuidores Rayovac® no Brasil. A aceitação foi extre-mamente positiva e agora a Rayovac® apresenta sua linha de lâmpadas em todo país. Tudo isso, é claro, sem deixar de

Pilhas e BateriasEm meio às novas e tradicionais marcasA hora e a vez das alcalinas e recarregáveis ! Mas, o setor é democrático e há mercado para todas as demais versões de pilhas e baterias

As pilhas alcalinas têm uma importante demanda,

ocupando o espaço deixado pelas pilhas em zinco-

carvão (comuns).

Page 15: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

lado a categoria de pilhas, aliás, nosso desejo é levarmos cada vez mais aos consumidores novas soluções”, enfatiza Neto.

No segmento das pilhas alcalinas, a Duracell apresenta um extenso portfólio. Nas versões AA e AAA há as alca-linas regulares, as recarregáveis e alcalinas Ultra Power, que têm maior durabilidade do que as regulares. “As pilhas alcalinas têm maior durabilidade e valor agregado, possi-bilitando uma boa margem para os lojistas. Atualmente, so-mos líderes no Brasil no segmento de alcalinas, com uma participação de mercado de mais de 40% (dado calculado com base na leitura Nielsen de março/2013)”, lembra Ma-rina Mizumoto, gerente de marketing da Duracell, que tem ainda em seu mix, as pilhas C, D, 9v e MN 21. Todos os modelos, segundo o fabricante, são submetidos a um rigo-roso processo de certificação e qualidade. “Em 2013, a Dura-cell pretende continuar crescendo na categoria, aumentando cada vez mais a sua participação no mercado, principalmen-te através da conversão de consumidores de pilhas de zinco para as nossas alcalinas. Essa é a maior oportunidade para o negócio da marca no Brasil.”

A Alfacell está no setor de pilhas há quase 10 anos e hoje, a categoria representa cerca de 50% do seu faturamento, tendo como objetivo estar entre as cinco melhores marcas do Brasil. Atualmente, comercializa alcalinas, comuns, recar-regáveis e lithium. “Além das pilhas, estamos trabalhando com produtos que tenham sinergia com o conceito de ener-gia como: luminárias de emergência, lanternas recarregáveis, extensões, filtros de linha e lâmpadas eletrônicas”, explica Mônica Martins, que atua no departamento de marketing da Alfacell. A marca no ano de 2012 teve uma importante exposição ao participar de várias feiras de negócios, na-cionais e regionais, além de estar presente no automobi-lismo, patrocinando a equipe dos irmãos Wagner e Fábio Ebrahim, na categoria GT3.

AS NOVATAS

A marca Slim, conhecida até então, por suas linhas es-colares e de materiais de escritório, detectou a necessida-de em oferecer um produto que propiciasse uma curva de vendas linear e optou pela entrada no segmento de pilhas

“Pilha é um

produto de

impulso, a

decisão de

compra é feita

no PDV e o

consumidor

não é fiel

às marcas”,

Antonio Neto, da

Rayovac®.

“As pilhas

alcalinas têm

excelente

durabilidade e

valor agregado,

possibilitando

uma margem

maior para o

lojista”, Marina

Mizumoto, da

Duracell.

Page 16: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

16

Categoria de Produto

e baterias, após muita pesquisa e observar que havia uma oportunidade deixada pelas marcas líderes e intermediárias. É nesta lacuna que a marca vem atuando desde outubro de 2012. “A capacidade do papeleiro em enxergar e desenvol-ver oportunidades de vendas com novos produtos continua a me encantar após 16 anos de experiência neste mercado. Nas visitações presenciais aos clientes e em conversas in-formais, percebo uma carência de oferta de novos itens que venham a compor volumes significativos de vendas dentro das papelarias, mas as pilhas e baterias têm esta vocação e devem assumir este posto, devido a fácil comercialização e alto giro de vendas em pequenos espaços de loja. Aferi como sendo esta categoria de produto, uma das melhores rentabili-dades por metro quadrado dentro do varejo”, comenta Carlos Sodelli, gerente de vendas da MultiSlim.

O portfólio da Slim é composto por pilhas AA alcalinas e pilhas comuns, em blister com 2 e 4 unidades; pilhas AAA (palito) alcalinas, em blister de 2 e 4 unidades; pilhas C al-calinas em blister com 2 unidades; pilhas D, em blister com 2 unidades e baterias 9v em blister com 1 unidade. “Nossas pilhas e baterias apresentam diferenciais na qualidade - tes-tes em laboratórios independentes, apontam que os nossos produtos chegam a durar 25% a mais que dos concorrentes –, além do preço competitivo em relação às marcas interme-diárias, com a mesma especificação técnica de produto, ge-rando com isso uma nova opção de escolha para os clientes. Destacamos ainda que as nossas pilhas e baterias obede-

A marca Duracell tem uma

participação no mercado de

alcalinas de mais de 40%, com base

na leitura Nielsen de março/2013.

No mercado há quase 10 anos, a Alfacell comercializa

alcalinas, comuns, recarregáveis e lithium.

Page 17: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

“Além das pilhas, estamos com

itens que têm sinergia com o

conceito de energia: luminárias

de emergência, lanternas

recarregáveis, extensões, filtros

de linha e lâmpadas eletrônicas”,

Mônica Martins, da Alfacell.

cem aos padrões e tendências ecológicas, es-tando livres de mercúrio e cádmio, além de uma excelente roupagem de embalagem, facilitando a identificação da marca no PDV, traduzindo o posicionamento da Slim no mercado.Para de-senvolvermos as nossas pilhas e baterias, a equipe técnica da MultiSlim realizou um inten-so e primoroso estudo da concorrência. Este caminho que optamos seguir mostrou-se ser uma escolha acertada”, afirma Carlos.

Para estar em perfeita sintonia com o ponto de venda, a MultiSlim, por meio de seus representantes comerciais, divididos em equi-pes de atendimento, segmentados por canais de vendas (papelaria, informática, autoatendimen-

to, materiais de construção e materiais elétri-cos), juntamente com a gerência comercial

e de marketing, traçaram as necessidades e peculiaridades de cada varejo, identifi-

cando e quantificando os investimentos ne-cessários, direcionando os recursos para pro-paganda, merchandising, expositores, banners e ações de vendas. “Isso nos gerou economia e precisão no emprego dos recursos em todos

Em outubro de 2012, a marca

Slim entrou no mercado de

pilhas e baterias.

Page 18: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

18

os níveis do processo de comercialização da linha de pilhas e baterias, fazendo com que os produtos tivessem preços ainda mais compe-titivos”, justifica o gerente da MultiSlim.

Atenta às atuais necessidades e tendên-cias de mercado, a BRW Suprimentos Esco-lares e Escritórios, investiu 1 milhão de reais para desenvolver sua linha atual de pilhas e baterias Thom, oferecendo alcalinas AA, AAA, C, D e bateria 9v, incluindo também os testes laboratoriais e de qualidade. Em breve, lança-rá as baterias 12v e as pilhas recarregáveis. “A nossa pretensão é nos mantermos atuali-zados, deixando nossos consumidores satis-feitos. O conceito da marca é oferecer ao con-sumidor produtos com ótima qualidade, por preços mais acessíveis do que os apresenta-

dos no mercado. O segmento de pilhas segue a tendên-cia da tecnologia, de maneira que se faz essencial para o funcionamento de grandes eletrônicos, bem como brinquedos, materiais de escritório e outros. Em virtude da alta demanda por pilhas alcalinas, optamos por não comercializar as comuns”, explica Ricardo Lecink, exe-cutivo da BRW Suprimentos Escolares e Escritórios, que faz questão de destacar a qualidade dos seus produtos, lembrando que os mesmos estão dentro dos padrões exigidos pela Resolução CONAMA 401/08, respeitando assim, os limites de metais pesados. Os testes laborato-riais são realizados anualmente por laboratórios creden-ciados pelo INMETRO, buscando oferecer ao consumi-dor um produto que esteja sempre dentro dos padrões exigidos pelas normas brasileiras. Por se tratar de uma marca nova e em franco crescimento, as pretensões da Thom para este ano são as melhores possíveis. “Almeja-mos aumentar as vendas em 80%”, afirma Ricardo.

Tradicional no ramo de instrumentos para escrita, a Bic também apostou no segmento de pilhas e hoje é mais uma opção para os consumidores que buscam as alcalinas AA, AAA, C, D, baterias 9v e 12v, além da zin-co-carvão (comum), nas opções AAA, AA, C e D. “A Bic é uma marca conhecida e admirada pelos consumido-res, que tem como características a qualidade de seus produtos, ampla disponibilidade nos diferentes pontos de venda e confiabilidade. O nosso slogan é “Pilha Bic, como tudo que é Bic, não te deixa na mão”. O objetivo do conceito é agregar todas essas competências e reforçar ao consumidor que ele encontrará nas pilhas e baterias a mesma qualidade dos outros produtos Bic. Hoje as pi-lhas Bic já estão entre as cinco principais marcas da ca-tegoria e continuam conquistando novos consumidores”, justifica Felipe Favoretto, gerente de novos negócios da Bic Brasil.

Em 2012, a empresa fez um investimento inédito para a linha, com patrocínios pontuais em times de futebol. Essa estratégia teve como objetivo gerar visibilidade para as pilhas Bic e estimular o interesse e curiosidade dos consumidores.

Para oferecer ao mercado, a qualidade ideal, as pi-lhas Bic são submetidas a testes durante seu proces-

A marca Thom

investiu 1 milhão

de reais para

desenvolver

sua linha atual

de pilhas e

baterias.

As pilhas Bic já

estão entre as

cinco principais

marcas da

categoria.

Categoria de Produto

Page 19: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

so de produção que incluem: inspeção de matéria-prima, de embalagem, de pré-acabamento, de produto finalizado e de produtos no estoque. “Além disso, são realizados testes em laboratórios independentes para avaliar o desempenho das pilhas, dentro das normas internacionais existentes, e testes de metais pesados”, explica Felipe.

AS RECARREGÁVEIS

O diretor comercial e de marketing da DL Eletrônicos, Ri-cardo Malta, destaca que a crescente aquisição de equipa-mentos eletrônicos nas residências e empresas fez aumentar a demanda por pilhas e, no caso das recarregáveis, ganhou destaque por seu papel ecológico e econômico. Hoje, a DL Eletrônicos comercializa quatro tipos de pilhas recarregá-veis: P9-2 (kit com 2 pilhas AAA 900 mAh), P9-4 (kit com 4 pilhas AAA 900 mAh), P25-2 (kit com 2 pilhas AA 2500 mAh) e P25-4 (kit com 4 pilhas AA 2500 mAh). Os mais recentes

Pilhas

recarregáveis,

apelo

ecológico e

econômico.

Page 20: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

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investimentos realizados pela empresa foram em melho-rias de processo para garantir a certificação do INMETRO, no sistema de atendimento ao cliente e em pesquisas de mercado.

Para aferir a qualidade das pilhas que comercializa, a DL Eletrônicos efetua procedimentos de envelhecimento de produtos, em que realiza carga e descarga de diver-sas maneiras, acompanhado por equipamento específico em cada parte do processo. Realiza ainda a utilização das pilhas em diferentes equipamentos para atestar a durabili-dade no uso comum.

Estar afinado com as políticas ecológicas, quanto me-nos lixo produzir melhor será o planeta deixado para as gerações futuras, é a proposta da empresa Leadership, que com isso, oferece para o segmento de pilhas, modelos recarregáveis (que diminuem em 40% o lixo desses pro-dutos). Há os modelos AA e AAA, pilhas com 2.700mAh (AA) e 1000mAh (AAA). “Acreditamos que as pilhas re-carregáveis, além de serem ecologicamente corretas,

também trazem enorme economia ao consumidor, que pode recarregá-las até mil vezes”, enfatiza José Au-gusto Kaulino, gerente comercial da Leadership. A empresa lança o carregador de pilhas, Eco Carre-gador, que carrega qualquer pilha alcalina. A Lea-

dership também traz para o Brasil, o carregador de baterias 9v e o testador de pilhas e baterias.

José Augusto lembra que as pilhas recarregáveis da Leadership são submetidas a um rígido controle de qua-lidade, tanto na produção, quanto na pós-produção. “O produto só chega à casa do consumidor se for amplamen-te testado e aprovado. Para se ter uma ideia deste controle de qualidade, há itens que ficaram um ano sob um rígido controle de qualidade e testes.”

A Multilaser entrou no mercado de pilhas recarregá-veis acompanhando a tendência de mercado. Mais uma vez, a questão da conscientização por parte do consumi-dor em relação aos itens que visam preservar o meio am-biente, teve um “peso” importante, assim como, o aumento cada vez maior de produtos que passaram a utilizar bate-rias recarregáveis, como os eletrônicos portáteis, além da grande variedade de brinquedos e acessórios em geral, como mouses sem fio, controles remotos, dentre outros.

Novidades da Leadership: Eco

Carregador, carregador de

baterias 9v e o testador de

pilhas e baterias.

Categoria de Produto

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A marca trabalha com pilhas pequenas (AA) de 2500 mAh e palito (AAA) de 1000 mAh, ambas recarregáveis, em embala-gens com 2 ou 4 unidades. Além disso, há também a opção de adquirir as pilhas já com os carregadores. “As pilhas re-carregáveis evoluíram bastante desde que foram lançadas. Um dos grandes avanços, sem dúvida, está na eliminação do efeito memória que impede a recarga da pilha aos níveis má-ximos. Todas as pilhas da Multilaser não têm efeito memória”, destaca Vanessa Yuen, gerente de produtos da Multilaser.

COLOCANDO “PILHA” NO PDV

Pilha é um produto que tem a compra por impulso, por isso, a decisão é feita no ponto de venda, além disso, o con-sumidor não é fiel às marcas, a sua decisão está baseada em tamanho, tecnologia e, por último, na marca; obrigando os fabricantes a investirem em distribuição e exposição no ponto de venda. A Rayovac®, por exemplo, investe alto em material de merchandising. Há peças grandes como battery centers, displays de balcão e carona, stoppers, wooblers, cartela fal-sa, plástico forração, entre outros. “Expor o produto na maior quantidade de espaços da loja é ponto chave para vencer nesse mercado, além é claro, de manter os produtos orga-nizados, limpos e com precificação visível ao consumidor. São regras que parecem simples, mas que se não seguidas, resultam em uma queda significativa nas vendas”, afirma o gerente da Rayovac®.

A gerente da Duracell, Marina, destaca que a categoria representa uma grande oportunidade para o segmento de papelarias, principalmente no período de volta às aulas, visto que mães com filhos pequenos são grandes compradoras de pilhas. “Sugerimos que as nossas pilhas estejam sem-pre presentes nos check outs e em diversos pontos da loja, principalmente próximas aos departamentos de eletrônicos, brinquedos e produtos para crianças e bebês. “Como gran-de parte das vendas da categoria é por impulso, torna-se fundamental uma boa exposição. É importante que todas as opções de pilhas estejam expostas, já que uma versão não substitui a outra”, observa Marina.

Na opinião do gerente, Carlos, da MultiSlim, o manuseio do produto e a leitura dos diferenciais descritos na embala-gem das pilhas e baterias são partes integrantes dos fatores

culminantes para a compra do cliente. “A con-fiança do consumidor para adquirir o produto se dá inicialmente pela escolha do estabele-cimento e pela qualidade dos itens ofertados. Qualquer forma proposital ou involuntária que impeça estas condições podem colocar em risco a confiança do cliente para aquisição do produto e a consequente perda da venda.”

Uma dica importante, lembrada por Mô-nica, profissional da Anfacell é que o lojista tenha à disposição dos consumidores um co-letor para o descarte de pilhas. A empresa, atenta ao meio ambiente, disponibiliza para os seus clientes lojistas estes coletores.

As pilhas recarregáveis da Multilaser

não têm efeito memória, que impede a

recarga da pilha a níveis máximos.

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Ao apostar no design de papéis de presente, cai-xas, blocos de anotação, cadernos, lápis, álbuns de fotografia, fichários e bolsas, além de pastas e objetos de couro para escri-tório (um dos carros-chefes da marca), a empresária Maria Eliza Araújo mudou o perfil das papelarias no Brasil e transformou a Papel Craft em butique, onde artigos de papelaria e presentes se misturam. Nascia então, no ano de 1994, no Rio de Janeiro, a loja que buscava oferecer itens diferenciados, que agregassem design e qualidade, atendendo às necessidades e desejos dos clientes que procuravam sofisticação e inovação em artigos para escritório e papelaria. Com os anos, o portfólio foi estendido e hoje, há também bolsas (em couro e estampadas), objetos de decoração, mochilas, necessáries e, mais recentemente, cami-setas e bijuterias. São 10 mil itens, 100% deles com traços de design, sendo 90% produção própria, exceto os itens de decora-ção e eletrônicos. Há um cuidado especial para que cada produ-to que leva a marca Papel Craft tenha um traço forte, muita cor e humor. “Aqui nada é convencional, porque foi por trabalhar com o design que a Papel Craft conseguiu se diferenciar em um mer-

Papel Craft

A papelaria mudou o perfil de

um segmento essencialmente

tradicional. A loja concebida

pelo viés do encanto, fez do

design o seu aliado e mostrou

que no universo do lápis, papéis

e cadernos, as cores, texturas e

formas despertam o lado lúdico das

pessoas, independente da idade

São 10 mil itens, 100% deles

com traços de design, sendo

90% produção própria.

Raio X dos Negócios

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cado comum”, destaca Juliana Mussel, gerente de marketing e produto da Papel Craft.

Para abrir o seu negócio, a empresária Maria Eliza viajou para a Europa e Estados Unidos em busca de elementos que a ajudassem a criar um conceito novo dentro do universo da papelaria. Visitou dezenas de endereços, feiras do setor e procurou aliar o fascínio das papelarias france-sas à praticidade das americanas. Foi assim que nasceu o que hoje as pessoas chamam de buti-que de papel com objetos de design.

Quando indagada sobre quais segmentos os papeleiros devem se dedicar, a gerente Ju-liana não demora a responder que a grande aposta é a exclusividade, “seja ela por produ-ção própria ou pela busca na diferenciação em relação aos concorrentes.”

Como toda grife, a Papel Craft pratica preços que, quan-do comparados aos das papelarias tradicionais, são eleva-

Criada em 1994, a Papel Craft

trouxe para o mercado papelerio

o conceito de butique.

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dos, mas isso, não é encarado como um empecilho aos negócios, ao contrário é um dos seus diferenciais: “os clientes assimilaram o conceito de que vendemos produ-tos com atributos e a marca se tornou objeto de desejo”, afirma a gerente.

e os diferenciais continuam...

Hoje, são sete unidades da Papel Craft no estado flu-minense, quatro em São Paulo, uma em Brasília e uma em São Luís. Aproximadamente 50 pessoas trabalham no escritório e em torno de 150 nas lojas. A escolha do time de vendas também é um importante diferencial da Papel Craft. Desde o início, a equipe é formada por jovens uni-versitários, a maioria estudantes de desenho industrial, que apreciam um bom design e fazem questão de conhe-

Design e inovação tornam os produtos da Papel Craft

objetos de desejo.

cer cada produto, principalmente a origem do papel. Além disso, periodicamente são submetidos a treinamentos de vendas para se atualizarem e se profissionalizarem. “Tam-bém cuidamos para que eles encontrem um ambiente em que possam crescer”, observa Juliana.

Os clientes que entram na Papel Craft não se de-param apenas com um atendimento diferenciado, re-alizado por especialistas, toda a ambientação da loja também foi cuidadosamente projetada para que os clientes tenham uma excelente experiência de compra. A Papel Craft foi a primeira loja do segmento a usar trilha sonora exclusiva, a investir em um aroma criado sob me-dida e a importar papéis para criar suas linhas. Foi ainda pioneira ao lançar coleções com a mesma frequência das vitrines de moda, baseada nas tendências internacionais.

Com coleções exclusivas desenvolvidas para as dife-rentes datas do calendário comercial, como Dia das Mães, Namorados, Natal e todas as outras, a Papel Craft capricha nas vitrines que tornam-se temáticas, atraindo com isso os clientes para o seu interior.

A gerente afirma que ainda há conquistas a serem obti-das e obstáculos a serem superados neste mercado pape-leiro. Cita, por exemplo, como um “dificultador” dos negó-

cios a modernização dos hábitos de consumo, como o uso de tablets, computadores, smartphones etc, fazendo com que naturalmente haja uma diminuição no uso de produtos em pa-pel como cadernos, blocos, cadernos de telefone e álbuns de fotos. “Tentamos driblar isso com design e inovação, fazendo com que estes itens sejam presentes e objetos de desejo, não apenas produtos funcionais de papelaria”, diz Juliana.

Dentre as próximas metas e objetivos, a gerente afirma que há um desejo cada vez mais latente em impulsionar as categorias exclusivas e estabelecer no ramo de negócios o conceito store in store, que traz vantagens como corte de custos, conforto e mais opções para o consumidor, além de alavancagem de vendas e maior visibilidade das marcas. A estratégia é atrair o público e manter o cliente por mais tempo dentro da loja. São novos desafios a serem conquistados por uma marca que nasceu para ser diferente.

Raio X dos Negócios

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Mercado

Hoje em dia, ao entrar em uma papelaria não fal-tam opções de produtos associados a personagens e marcas, que agradam de crianças a adultos. A cada nova temporada, o mercado aguarda com expectativa as novas apostas. A maneira como o licenciamento é encarado mudou e agora é visto como parte da estratégia de marketing das empresas. No último levan-tamento do mercado global de licenciamento, o Brasil ocupava a quinta colocação em faturamento, atrás dos Estados Unidos, China, Canadá e México. Atualmente, acredita-se que já passa-mos à frente de Canadá e México.

Segundo dados da ABRAL- Associação Brasileira de Licen-ciamento -, estima-se que em 2012 as vendas de produtos li-cenciados no varejo tenham movimentado 7,5 bilhões de reais. Embora não haja uma pesquisa oficial sobre o setor, sabe-se que o segmento de papelaria/material escolar ocupa o segundo lugar em termos de utilização de licenças, ficando atrás apenas da confecção. “Nos últimos anos, o mercado brasileiro de licen-ciamento de marcas tem apresentado um crescimento estável com média de 14% ao ano. Acreditamos que em 2013 esse cres-cimento seja mantido. A divulgação do licenciamento como uma importante ferramenta de marketing, debates que fomentam o setor, grandes companhias licenciando seus produtos, profissio-nais mais preparados e a feira brasileira de licenciamento (Expo Licensing Brasil) são alguns fatores que indicam que o merca-

do está progredindo. Além disso, podemos afirmar que o Brasil no desenvolvimento dos produtos, na criatividade e adequação da mercadoria à marca é um exemplo a ser se-guido”, observa Marici Ferreira, presidente da ABRAL. Por outro lado, temos ainda importan-tes desafios a serem superados, tais como: a falta de profissionais com conhecimento

LicençasOs “pratas” da casa

Um time que promete ótimo$ negócio$

“A maneira de enxergar o

licenciamento mudou. Hoje,

o negócio é visto como

parte da estratégia de

marketing das empresas”,

Marici Ferreira, presidente

da ABRAL.

Page 29: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

técnico de licenciamento; uma pequena base de em-presas que fazem uso do licenciamento e a falta de conhecimento do varejo para os benefícios do licen-ciamento como instrumento de marca.

SEM FÓRMULAS PRONTAS

No mercado de licenciamento não há uma fórmula a ser seguida e que garantirá o êxito de uma marca ou propriedade, mas, seguramente, a exposição é fundamental. A propriedade além de ser conhecida pelos targets a quais se destina, deve contar com li-cenciados (fabricantes ou até mesmo varejistas) de peso, garantindo assim uma boa distribuição dos pro-dutos licenciados e visibilidade no ponto de venda. “Antigamente o sucesso de uma licença estava quase sempre associado à TV e ao cinema. Hoje o cenário mudou. Há propriedades de êxito que surgiram das plataformas digitais, como o Angry Birds; do mundo esportivo, no caso do UFC e, até do contato direto com público num trabalho “corpo a corpo”, como Pa-tati Patatá”, exemplifica Marici, que destaca ainda im-portantes mudanças pelas quais o setor passou e que hoje o caracteriza. O mercado, por exemplo, era antes relacionado ao segmento infantil, porém, aos poucos ganhou espaço e importância também no desejo do consumo dos adultos; outra importante mudança e evolução percebida foi com relação à organização dos licenciadores e agentes ao trabalharem com as marcas e, por último, o layout dos produtos licencia-dos ganham cada vez mais relevância no processo de desenvolvimento, já que antigamente era comum nos depararmos com produtos simplesmente “adesi-vados”.

MÚTUA COOPERAÇÃO

A presidente da ABRAL, Marici, diz que a prio-ridade atual da entidade é o desejo de fortalecer e disseminar ainda mais a relevância do licenciamento de marcas para os mais diversos setores da econo-mia nacional. Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), foi criado o projeto Brazilian Brands, que dentre algu-

Para trabalhar com as propriedades que estão em evidência, a indústria conta com os agentes licenciadores. São várias as empresas que contam com um precioso portfólio de marcas e personagens consagrados.

MARCAS DERIVADAS DE GAMES GANHAM MERCADO - Tendo “preciosidades” em seu por-tfólio, tais como: Garfield, Snoopy, Smurfs, Betty Boop, Popeye, Asterix, propriedades derivadas de games como do Playstation, com God of War, Killzo-ne, ModNation Racers, Twisted Metal, LittleBigPla-net, Uncharted e Gran Turismo, além das licenças da MGA (Bratz, Bratzillaz, Lalaloopsy, Little Tikes e Novi Stars), a BR Licensing conta ainda com vá-rias outras marcas que poderão ser trabalhadas no segmento de papelaria e escolar, dentre elas, Elvis Presley, Tá Chovendo Hamburguer 2, Recruta Zero, Muhammad Ali, Arthur Caliman, apenas para citar-

mos alguns. “As proprieda-des clássicas mantém-se em alta, já que algumas empresas têm receio em apostar no novo, por isso, nossos clássicos vendem bem. Mas, também, senti-mos um forte crescimento das propriedades derivadas de games e a Playstation tem uma incrível varie-dade, assim como, as licenças femininas sempre têm seu espaço”, analisa Glenn Migliacco, diretor de licenciamento da BR Licensing.

Se o que a indústria e o varejo precisam para apostar em uma licença é saber sobre os inves-timentos que as propriedades receberão, a BR

Licensing apressa-se em des-tacá-los. Smurfs, por exemplo, terá novo filme em agosto; El-vis Presley terá 9 shows em diversas cidades brasileiras e em outubro a exposição “Elvis Experience” chegará à Porto Alegre; Bratz, Lalaloopsy e

OS RESPONSÁVEIS PELAS LICENÇAS

Novas

oportunidades

são oferecidas

pela BR

Licensing ao

mercado de

licenciamento.

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mas ações levará marcas brasileiras para a maior feira de licenciamento do mundo, a Licensing Expo, em Las Vegas, de 18 a 20 de junho de 2013. Além disso, a diretoria já está atuando em duas frentes: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e Projetos de Leis (Publicidade Infantil - PL 193/08 e Brindes - PL 1096/11). O combate à pirataria está também entre as prioridades da Abral que, em breve, apresentará um projeto focado neste problema que atinge diversos segmentos da economia.

ELES APOSTARAM

O segmento de papelaria e material escolar, já tão habi-tuados a utilizarem o licenciamento, reforçam a cada tempo-rada as suas apostas, oferecendo ao mercado uma ampla variedade de produtos.

Desde o início dos anos 80, a Tilibra utiliza em seus cader-nos, fichários, agendas e demais itens, o licenciamento como uma maneira de se diferenciar e agregar valor aos produtos. Hoje são mais de 60 propriedades em portfólio, das licen-ças clássicas, que encantam diferentes idades, gerações e que são ícones da moda, do cinema, dos gibis, ditando con-ceitos, sendo referência em comportamento, que possuem um recall de compradores e consumidores (muitas ve-zes, das mães das crianças) às licenças de oportunidade, que são apropriadas para

Novi Stars, mar-cas da MGA, te-rão investimentos em comerciais de TV, entre outras ações.

Glenn lembra que a indústria e o varejo também têm responsabili-

dades quanto ao sucesso de uma licença. “Uma licença, por melhor que seja, nunca terá sucesso se não estiver adequada ao produto, se não tiver divulgação. E, no caso do varejo, um mal posicionamento dentro da loja também prejudicará a propriedade, afinal, se o consu-midor não vê, ele não compra. Uma licença não vende sozinha apenas por ser sucesso.”

Um dos principais entraves ao usar o licenciamento, segundo o executivo da BR Licensing, está em dois aspectos: um se refere aos representantes de vendas. “Se eles não conhecem ou não interagem de alguma forma com o produto licenciado, não irão vendê-lo bem”, observa Glenn. O segundo entrave é o comprador. Se ele não conhe-ce a propriedade ou não acredita nela e o representante também não tem muitos subsídios para convencê-lo, consequentemente não irá comprá-la. “Por isso, muitas novidades “morrem na praia”, porque mal chegam ao consumidor.” No entanto, Glenn, dá um exemplo positivo de “furo a este bloqueio” e foi com a Tilibra para os cadernos God of War, da PlayStation. “A equipe da Tilibra foi fantástica e entendeu a deman-da reprimida do consumidor para os cadernos derivados de games e envolveu o corpo de vendas que conhecia PlayStation, mas não con-seguia entender como seria transportado para os produtos. Todas as nuances da marca e de God of War foram explicadas, assim como mos-trado que é uma licença totalmente diferente de tudo que já havia pas-sado por lá, com público-alvo diferente e novas formas de abordagem com o comprador. Com o corpo de vendas integrado com a licença, mesmo o comprador mais conservador, acabou por ficar com pelo me-

Mila, Qui Qui

Biscuit, Rocker

e Princess são

as marcas

femininas

trabalhadas

pela agência

Andréia Boneti

Licenciamentos.

Apostas em licenças

de oportunidade e as

clássicas compõem o

portfólio da Tilibra.

Mercado

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se aproveitar de alguma situação momentânea. São os sucessos saídos dos jogos eletrônicos, do cinema e da série de TV. Para a temporada 2013 destacam-se: Car-rossel, sucesso na TV brasileira; Avengers, que traz os super-heróis da série; Spider Man, outro super-herói de sucesso dos gibis e telas do cinema; Kilzone e Tapout, para meninos antenados nos universos dos jogos e lu-tas; Monster High, sucesso na TV e na internet; Romero Brito, ícone brasileiro quando o assunto é arte; Tokidoki, referência na moda; Valente, filme da Disney e da Pixar; e a marca UNICEF lançada em 2012, que vem com força total. “Existe uma grande oferta de licenças e o desafio é selecionar as mais adequadas ao portfólio da empresa”, declara Sidnei Bergamaschi, gerente de marketing e no-vos negócios da Tilibra.

Segundo Karina Marchiori, gerente de produtos da Tilibra, é praticamente impossível afirmar se uma marca será ou não sucesso, mas existem métricas, variáveis e análises que ajudam a decidir em quais delas apostar. “Apesar de exigir uma estrutura e custos adicionais, te-mos experiência de anos no campo de licenciamentos, o que nos motiva a continuar utilizando a ferramenta como diferenciais de nossos produtos.”

“É sempre um desafio lançar uma novidade no merca-do, para isso, investimos constantemente em pesquisas e desenvolvimento de novos produtos”, desabafa Fernanda Braga, do departamento de marketing da Clio Style, que desenvolve mochiletes, lancheiras, mochilas, tote bags e bolsas. Atualmente são 4 licenças juvenis: Rebecca Bon-bon (da mesma criadora de Hello Kitty), Freesurf ( marca de surfware), HBS (marca de proposta irreverente) e Sou

nos uma caixa para teste. Ao ver o produto girar facilmente nas lojas, os compradores voltaram a comprar e assim a licença se mostrou um sucesso, tanto que a Tilibra já está desenvolvendo seu terceiro volta às aulas com God of War”, conta o executivo da BR Licensing.

EM BUSCA DE NOVIDADES - Das marcas femininas, românticas e meigas como Mila, Qui Qui Biscuit, Rocker Girl e a gatinha Princess, às propriedades masculinas ligadas aos esportes radicais como Out Law ou relacionadas à moda como a propriedade Dudu Bertholini, a agência Andréia Boneti Licenciamentos aposta na diversidade e tem hoje 40% do seu faturamento proveniente dos clientes que atuam no segmento de artigos escolares e de papelaria. “São peças de excelen-te qualidade e lindíssimas, desenvolvidas por empresas como Sesti-ni, Santino, Fuseco, Cadersil, Art Manual, Jandaia, Malas Diplomata, Lamasb,entre outros. E as nossas expectativas seguem otimistas já que ampliamos a nossa equipe, estamos representando novas mar-cas e entramos em setores até então pouco explorados pelo licencia-

mento”, afirma Andréia Boneti. A executiva lembra que para o êxito de uma propriedade são co-responsáveis a indús-tria, que precisa desenvolver produtos de qualidade, com comunicação visual interes-sante, além de investir na di-vulgação; o varejo que deve expor de maneira correta e chamativa; por fim, a agência de licenciamento, que deve oferecer todo o suporte neces-sário. “Procuramos divulgar nossas marcas e produtos por meio de publicidade em revis-tas setorizadas e disponibili-zamos todo o suporte que for

necessário”, destaca Andréia.

PERSONAGENS CRISTÃOS – Criada pela ARCO – Arte e Comu-nicação, a Turminha Mig&Meg transpôs a fronteira da literatura in-fantil e ganhou o mercado de licenciamento. Hoje estampa cadernos, agendas, utilidades plásticas, entre vários outros itens. “Acredito que o grande desafio do mercado esteja na quantidade de personagens “genéricos”, ou seja, aqueles que são apenas versões parecidas das licenças. O que realmente motiva alguém a pagar mais por um produto

Para os meninos, a Andréia Boneti

Licenciamentos tem a Out Law,

marca de esportes radicais.

O universo

das lutas vem

sendo apontado

como uma

forte tendência

neste setor. Na

foto,linha da

TIlibra.

Mercado

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Fã de Criança (projeto do hospital GRAAC, que mobi-liza pessoas no combate ao câncer infanto-juvenil) e 3 infantis: Dragon Ball Z e Naturo ( desenhos animados) e Dinotrem ( simpáticos dinossauros).

As propriedades femininas como Jordana, As Bailarinas e Garota Pin Up são as novidades trazidas para a temporada de 2013 pela Art Manual, que em

suas linhas de estojos escolares, necessáries e mo-chila infantil, conta ainda com Marvel, Bad Boy, Corin-thians, Flamengo, Out Law, Mell e Be Cutie. “Quando escolhemos uma marca para fazer parte da Art Manual, sempre esperamos que seja um sucesso e dificilmente erramos. Em virtude das grandes marcas mundiais, as licenças nos dá uma importante garantia de visibilida-de. Hoje, 90% dos nossos negócios vêm das proprie-dades e a expectativa deste ano é de aumentarmos as vendas em 15%”, justifica Maria Tereza Aquino Cesar, gerente de desenvolvimento da Art Manual.

Sinergia entre as características das licenças com os produtos a serem desenvolvidos, segundo Eliane Von Muhlen Limberger, diretora comercial da Ciabrink, fabricante de quebra-cabeças, carimbos, cubos de espuma, dominós, jogo da memória, alinhavos, entre outros, é fundamental para obter êxito. A empresa lan-çou no final de 2012, produtos com as licenças da Nic-kelodeon, como Dora a Aventureira, Backyardigans e Bob Esponja, além do Smilingüido, da Editora Luz e Vida. “Optamos por trabalhar com marcas que se tor-naram clássicas. Elas são bem difundidas e possuem um público definido. Mantemos os produtos por um tempo maior em circulação, o que não acontece com

com uma marca é a identificação que se tem com as marcas/persona-gens. Trata-se de uma relação direta de afeto que somente é obtida com um trabalho especial, geralmente demorado e custoso. Não adianta uma coleção de personagens/marcas inventados de última hora e sem expressão. Certamente estes produtos serão somente mais um nas pra-teleiras”, analisa Wagner Lieven, da gerência comercial da ARCO – Arte e Comunicação.

BEN 10 E CIA - O personagem preferido dos meninos de 6 a 11 anos de idade, Ben 10, se consolidou como uma marca clássica e representa o maior faturamento do Cartoon Network, que segue como líder no seg-mento de ação para meninos e tem nos artigos escolares e de papelaria a sua segunda maior categoria em volume, sendo responsável por apro-ximadamente 12% do volume total do licenciamento. A propriedade Ben 10 se mantém na liderança de vendas em diversas categorias de produ-to, e para o próximo volta às aulas terá itens renovados. Os fabricantes Tilibra e Dermiwil prometem grandes novidades. As Meninas Superpo-derosas, Toonix, Cartoon Originals, Apenas um Show, As Incríveis Aven-turas de Gumball e a Hora de Aventura são as outras marcas do Cartoon. Uma das grandes apostas para 2013 é o desenho Hora de Aventura, que já está entre os programas mais assistidos do canal e mais acessados no site do Cartoon. Atualmente, oito empresas já comercializam a marca com produtos que trazem atributos como: humor, aventura, irreverência e conexão emocional com os consumidores mais exigentes e desco-lados. “Ainda no segmento de comédia, as propriedades Apenas um Show e O Incrível Mundo de Gumball chegam ao licenciamento também em 2013. Outra propriedade com potencial, no Brasil, é Toonix, marca di-gital do Cartoon que conecta as crianças ao universo virtual. Com mais de 40 milhões de combinações possíveis, cada usuário pode criar o seu Toonix e interagir em um mundo online exclusivo. Esta propriedade digi-tal, que já faz parte do universo online de mais de 6 milhões de crianças no Brasil, estará presente em diversas categorias. As nossas marcas contarão com uma forte e massiva estratégia de ativação na TV, web, produtos licenciados, eventos e promoções no varejo”, explica Cidinha Figueira, diretora de licenciamento do Cartoon Network, que credita o

Os personagens cristãos da

Turminha Mig&Meg ganharam o

mercado de licenciamento

Da mesma criadora

da Hello Kitty,

Rebeca Bonbon

estreia na linha

da Clio Style.

Mercado

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uma marca em rápida ascensão. Todos os nossos li-cenciados têm uma mensagem educativa e estimulam o aprendizado e a criatividade das crianças”, afirma Eliane.

Como o fabricante lançou os produtos no final de 2012, neste ano optou por não adquirir novas proprie-dades. No entanto, haverá novidades em produtos, como os Cubos de Espuma Smilingüido Baby direcio-nados aos bebês e crianças de até três anos.

Eliane afirma que em meio ao desafio de competir com bonecos e eletrônicos, a empresa busca por no-vidades, design atrativo, cores e estética estimulantes para atrair a atenção no ponto de venda. “Ao apostar-mos no licenciamento aliamos os benefícios dos nos-sos brinquedos que são levar estímulo ao desenvolvi-mento e conteúdos educativos, ao mesmo tempo, que oferecemos a possibilidade da criança ter um produto do seu personagem favorito.”

Outro fabricante de brinque-dos que investe no licenciamen-to (que representa hoje 20% das vendas da empresa) é a Nig

sucesso das marcas ao fato de que elas trazem consigo aspectos que as aproximam do cotidiano do consumidor e isso representa um fator crucial para viabilizar a de-cisão de compra de um item licenciado e definir o seu potencial. “Neste contexto, o Cartoon estuda e entende profundamente a criança, além de desenvolver con-teúdos alinhados com a sua dinâmica, com o que ela pensa e deseja consu-mir. É fundamental falar a mesma língua e estar an-tenado para criar as conexões da marca em todos os pontos de contato com o consumidor e garantir a extensão da experiência multiplataforma para a vida real, através dos produtos licenciados.”

Ainda segundo Cidinha, o Cartoon Network realiza grandes investi-mentos para manter relevantes as suas propriedades em todos os pontos de contato com o consumidor final. Isso inclui ações promocionais nos

principais varejistas, estratégias diferenciadas de ativação por canal de distribuição e parce-rias com shoppings de todo o Brasil, realizadas durante o ano com atividades lúdicas e experi-ência com as marcas.

HERÓI BRASILEIRO – Atualmente são cerca de 600 produtos licenciados, como brinquedos, mochilas, itens de papelaria, livros, produtos executivos etc, com as marcas do piloto bra-

sileiro Ayrton Senna e o personagem Senninha. “São produtos licenciados que, além de qualida-de, carregam consigo os valores deixados pelo tricampeão, como: superação, vitória, perfeição, motivação e determinação. E as empresas licen-ciantes mostram que compartilham os princí-pios de responsabilidade social do Instituto Ayr-ton Senna. A imagem de Ayrton, piloto e herói, é reverenciada em todo o mundo, gerando inte-

resses comerciais nos quatro cantos do planeta e o Senninha é o porta--voz de seus valores junto às crianças. Após o acidente em Ímola, com a criação do Instituto, a família Senna decidiu doar 100% dos recursos originados com licenciamento de marca e imagem Ayrton Senna e Senni-nha ao Instituto Ayrton Senna que, por meio de programas educacionais,

Ben 10

representa

o maior

faturamento

do Cartoon

Network e se

consolidou

como marca

clássica.

“É fundamental falar

a mesma língua e

estar antenado para

criar as conexões da

marca em todos os

pontos de contato

com o consumidor”,

Cidinha Figueira, do

Cartoon Network.

Sou Fã de Criança, marca inspirada no

projeto do hospital GRAAC, que mobiliza

pessoas no combate ao câncer infanto-juvenil,

também estampa produtos da Clio Style.

90% dos negócios

da Art Manual

provêm do

licenciamento.

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Categoria de Protudo

Brinquedos, que se posiciona neste mercado, com marcas que tenham forte presença na mídia, principalmente na TV, focadas em um target entre 3 e 7 anos de idade e com con-teúdo de qualidade. Nos últimos dois anos, destacaram-se em seu mix, formado por brinque-dos em madeira, EVA e cartonados, Patati Patatá e Carrossel, ambos com uma significativa trajetória no mercado brasileiro. “Para a temporada 2013 inicia-mos parceria com o maior clássico brasileiro infantil, Turma da Mônica, e temos ótimas perspectivas. Esta propriedade está consolidada no setor de brinque-dos e com alto poder de penetração em todas as classes, além de ter o respeitável aval de Mauricio de Sousa. Trabalharemos também com a Turma da Mônica Baby, além de Chaves e Chiquititas, estes dois negociados com o SBT Licensing, assim como foi com Carrossel (que já estamos trabalhando com a perspectiva de desenho animado e grandes shows pelo país). São alternativas que deram certo para o público infantil da TV brasileira e têm ótimas oportu-nidades de negócios”, justifica Roberto Cadernã, di-retor da Nig Brinquedos. Para a empresa, apostar no licenciamento significa alcançar o desejo das crian-ças, além de criar um diferencial na concorrência, principalmente com relação ao brinquedo importa-do. “A indústria nacional de brinquedos absorve o licenciamento de uma maneira muito rápida. A nossa preocupação é atender a demanda, respeitando a compreensão e o tempo das crianças. Temos hoje

beneficia 2 milhões de crianças e jovens por ano em todo o Brasil”, justifica Mauro Ratto, gerente de licenciamento do Institu-to Ayrton Senna.

Haverá uma maior concentração de lançamentos de produtos licenciados e ações em 2014, ano em que além das aten-ções estarem voltadas ao Brasil em virtude da Copa do Mundo, será comemorado 20 anos do legado deixado por Ayrton Senna. Uma das novidades em artigos para pape-laria, que será lançada neste mês de maio é a agenda do fabricante Pombo Lediberg com imagens do Ayrton Senna. “Quere-mos ampliar a gama de produtos licen-ciados nas duas marcas. O licenciamento de Ayrton Senna está aberto para o mundo todo. Alguns lançamentos são mundiais, outros apenas em determinada região, como Europa e Japão, onde até hoje ele é considerado um dos maio-res ídolos. Senninha é vendido apenas no Brasil. Como o personagem não tem exposição na mídia, a responsabilidade social tem um peso muito gran-de na decisão de compra e, por isso, também focamos no licenciamento de produtos voltados ao público adulto. Para este ano, as áreas abertas ao li-cenciamento de novos produtos Ayrton Senna são de acessórios e de auto-motivos. Para Senninha, brinquedos, mochilas e alimentos”, explica Mauro.

Cerca de 600 produtos carregam consigo os valores deixados pelo tricampeão, Ayrton Sen-na.

50 ANOS DA DENTUÇA - A Mauricio de Sou-sa Produções tem uma história de mais de 50 anos e conquistou neste período um importan-te know-how no mercado de licenças. As prin-cipais apostas para 2013 são Turma da Mônica Toy, Mônica 50 anos – que inaugura a platafor-ma Mônica Retrô, Neymar Jr e Pelezinho. “O mercado de licenciamento cresce a uma média de 5% nos últimos 5 anos e nosso objetivo é

Mônica 50 anos, que inaugura a plataforma

Mônica Retrô, chega ao mercado de

licenciamento.

As marcas que a

Ciabrink trabalha

possuem filosofias

semelhantes às suas.

Tratam de mensagens

sobre a natureza

e estimulam o

aprendizado.

Mercado

36

Cerca de 600 produtos carregam

consigo os valores deixados pelo

tricampeão, Ayrton Senna.

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ótimas agências de licenciamento, designers e estúdios para garantir produtos de altíssima qualidade; vamos apostar no licenciamento e preservar nossas conquistas. Com as licenças atendemos as demandas do mercado, oferecemos mais um atrativo para os lojistas e contamos com uma importante ferramenta de marketing”, analisa Cadernã, que almeja um crescimento nas vendas de 25%, em comparação a 2012.

“Embora o processo de aprovação dos itens licen-ciados seja demorado e os valores dos royalties ele-vados, o que pode dificultar a sua agradabilidade em termos de preço final, vale a pena investir em licenças”, afirma Mônica Lima, do departamento de marketing da Waleu, que desenvolve réguas de 30 cm dos persona-gens Batman e Penelope Charmosa. “Inovação, parida-de com o mix escolar e atratividade para o nosso públi-co-alvo foram os principais aspectos que nos levaram a investir no licenciamento. As nossas expectativas são

que as vendas e a distribuição dos produtos licenciados cres-çam e se consolide no merca-do. Estamos caminhando para isso.”

Para saber se uma licença dará certo, Andrea Medeiros, gerente de marketing da Sum-mit, fabricante de hidrocores, apontadores, lápis, borrachas

e demais itens, afirma que é preci-

continuar crescendo acima dele. No ano de 2012 atingimos um aumen-to 10% ante 2011. E em 2013 nosso objetivo é crescer 12%. Este ano estamos desenvolvendo ações promocionais para atuar fortemente no varejo, do pequeno ao grande. Todas as campanhas serão desenvolvi-das em conjunto com a indústria e varejo, para garantir que tais ações sejam bem “amarradas”, focando sempre no incremento das vendas e presença no ponto de venda”, afirma Mônica Sousa, diretora comercial da Mauricio de Sousa Produções.

MARCA FICO COMEMORA 3 DÉCADAS - A marca brasileira de surfware, ligada à saúde e à natureza, que está há 30 anos no mercado, vem sendo submetida a uma constante renovação, adaptação e desen-volvimento, sem perder o seu conceito. Hoje, estampa mochilas, cadernos e vestu-ário. “Somos uma marca forte no segmento escolar, buscamos agora um parceiro tam-bém no setor de escrita”, diz Augusto Cesar Saldanha, gerente de licenciamento da Isra-co Indústria e Comércio Ltda, proprietária da marca Fico. Para o público infantil o des-taque é “Fico nas ondas do surf”. Um pro-jeto feito a quatro mãos com a TV Pinguim, criadora do “Peixonauta”. “A Fico é uma marca muito forte no mercado juvenil/adul-to, com este novo projeto, abrimos um novo leque de oportunidades e estaremos atuando também no infantil”, afirma Augusto.

A marca Fico almeja obter um crescimento de 20% no faturamento com novos licenciados e a marca voltada ao público infantil. “Acredita-mos que o licenciamento é uma ferramenta ino-vadora e eficaz para a conquista e expansão de novos mercados. É a união de conhecimentos estratégicos para um fim comum de alto desem-penho” observa Augusto.

TARTARUGAS NINJA – Juntam-se às consagradas propriedades Winx, Bob Esponja, Dora, a Aventureira e Backyardigans, da Viacom Brasil, distribuidora do canal Nickelodeon, as Tartarugas Ninja, que vi-rão em diferentes produtos escolares.

De acordo com Angela Cortez, diretora sênior de consumer products da Viacom Brasil, o mercado de artigos escolares e papelaria, ainda tem pouca representação para o negócio da empresa, mas aposta em um incremento a partir dos lançamentos para este ano. “A Viacom costuma

A marca

brasileira de

surfware, Fico,

está há 30 anos

no mercado.

Nos últimos dois anos,

a Nig Brinquedos

apostou em licenças

nacionais como Patati

Patatá e Carrossel, que

tiveram uma trajetória

brilhante no mercado

brasileiro.

Page 38: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

38

so conhecer o público e entender sobre o ambien-te deste consumidor, o que é tendência etc, pois assim torna-se mais fácil prever e direcionar os investimentos em licenciamento. “Como todo ano, preocupamo-nos em renovar nosso portfólio e tra-zer novidades para o mercado. As escolhas sem-pre são embasadas no nosso público. Considera-mos a idade, as preferências e o comportamento das crianças para definir com quais propriedades devemos trabalhar. Atualmente, temos em Disney, Mickey & Friends, Pooh, Toy Story, Carros, Cinde-rela, Princesas, Fadas e Marie. Em Mattel, Monster High, Barbie, Hot Wheels, Polly e Max Steel. Tra-balhamos também os clubes Corinthians, Flamen-go, Vasco, Internacional e Grêmio. Além disso, faz parte do nosso portfólio as licenças próprias que temos em parceria com a Foroni e a Sestini: Judy e Cyber Teens.

O fabricante de ca-dernos e produtos esco-lares, Cadersil, trabalha com três licenças. “Es-colhemos as proprieda-des Rocker Girl, Princess e Out Law, que estão voltadas para o público infantil e jovem, devido o apelo emocional que despertam neste tipo de consumidor. Quando pensamos em investir no licenciamento, isso acon-teceu, pois desejávamos aumentar a oferta de pro-dutos, consequentemen-te contemplaríamos um

manter contato com varejistas estratégicos e, com isso, quando aumenta a presença de produtos Nickelodeon no ponto de venda, desenvolvemos campanhas promocionais e concursos culturais, além de oficinas/ativi-dades com os consumidores, sempre com o objetivo de aumentar o fluxo de pessoas no ponto de venda e alavancar as vendas”, informa Angela.

Para a diretora da Viacom, as principais dificuldades que exigem esfor-ços de todos aqueles que estão envolvidos no mercado de licenças são: enfatizar que o licenciamento é acessível para qualquer empresa; estreitar o relacionamento com varejistas para otimizar as oportunidades a curto prazo; a existência de um grande número de marcas também representa um desafio, pois o mercado precisa buscar diferenciais para facilitar a definição do sortimento e decisão de compra, além de dividir investimen-tos para atender todas as propriedades selecionadas e, por fim, garantir

a distribuição em todo o mercado brasileiro, devido o tamanho do país”, cita Angela.

DE PIN UP À PRINCESA - Cria-da em 2010 pela designer Edileuza Cester, Jordana nasceu para suprir a demanda de personagens more-nas, com cabelos negros. A pro-prietária da Editér Comunicação To-tal, agência publicitária que atua no setor infantil há 10 anos, desenvol-vendo marcas e produtos, ao criar a personagem lançou-a sob o tema

Na temporada

2013, as Tartarugas

Ninja virão em

diferentes

produtos

escolares.

Nova princesa no pedaço.

Jordana Princess estará em

álbuns de figurinhas, pratinhos,

copos, lençóis, toalhas, estojos,

mochilas, agendas e demais

itens.

A Waleu trabalha com

as licenças Penelope

Charmosa e Batman,

em suas réguas de 30

cm.

38

Page 39: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

público identificado em nosso plano estratégico de marketing que até então não atendíamos de ma-neira eficiente”, justifica Bráulio Carvalhal, analista de marketing da Cadersil, que em agosto de 2013 apresentará novidades ao mercado. “Não temos como saber se uma licença será um sucesso ou não, no entanto, trabalhamos arduamente para de-senvolvermos temas e ícones que agradem o pú-blico”, completa.

Marcas e propriedades que estejam em evidên-cia, com respaldo de alguma mídia, que despertem no público-alvo o desejo de possuir o produto, são os aspectos que prevalecem no momento da es-colha das licenças pelo fabricante de cadernos e agendas, São Domingos, que tem em seu portfó-lio marcas como Nicoboco, Cobra D’Água, Turma da Mônica, Precious Moments, Speedo, Harvard, Bad Cat, Mig & Meg, Olivia & Popeye, Pânico, CSI, Angel Cat Sugar, Jordana, Playboy, só para citar-mos alguns. Para se ter uma ideia da importância do licenciamento para a empresa, dos 57 mode-los de agendas, 29 trazem licenças. “Temos uma previsão de investimentos em royalties neste ano de 2013, de aproximadamente, R$ 1.200.000,00, entre licenças novas e as já existentes. E, dentre as novidades, destacamos: Superman, Man of Steel – o filme, Looney Tunes, Twisted Metal (conheci-da franquia de jogos da Playstation) Monsuno etc. “Hoje, os negócios gerados com o licenciamento representam 30% do faturamento da São Domin-

Pin up e um guide que contava com muitos elementos, rendas, fundos e cores vibrantes.Para 2013, a proposta para a marca é o tema princesas: Jordana Princess, que está sendo comercializada pela Angelotti Licen-sing. Um novo guide foi desenvolvido para a personagem principal e suas amigas ( Noemi, Rebeca e Núbia). Surgiu também o príncipe Adam e seus pets. Serão diferentes produtos e categorias que trarão a nova princesa: álbum de figurinhas com 144 cromos (Deomar Editora), com comerciais no SBT e canais infantis fechados; copos, canecas, pratinhos e kits infantis e de presentes (Argos do Brasil); toalhas, lençóis, colchas e edredons (Buettner); estojos, carteiras, nécessaires e bolsas (Art Manual); agendas, cadernos universitários e colegial (São Domingos), além de mochilas (CNT Bags).

UMA TURMA DE PESO - A Warner Bros. Consumer Products em 2013 terá o lançamento das franquias: “Homem de Aço (Superman)”, “O Hob-bit” e “Gigantes do Mar (Pacific Rim)”, além do novo desenho de Batman chamado (Beware the Batman) e Super Best Friends, Joker e Catwoman (projetos especiais). “Mesmo que sejamos conhecidos por possuirmos marcas clássicas, buscamos sempre investir nas propriedades, atuali-zando-as com novos guides, animações, novos filmes e, principalmen-te, priorizando a busca do melhor parceiro licenciado para que a licença seja trabalhada em toda sua excelência, seja do storytelling no produto, seja na percepção do consumidor no ponto de venda etc”, destaca Mar-cos Bandeira de Mello, gerente-geral da Warner Bros. Consumer Products. E como é possível prever se uma marca/propriedade será sucesso no ramo de licenciamento? “Essa talvez seja a pergunta de 1 milhão de dólares! Todos os licen-ciadores esperam que uma marca nova de seu portfólio seja um sucesso em licenciamento. Po-rém, é muito difícil saber a receita deste suces-so porque ela muitas vezes é resultado de um conjunto de fatores, como exposição na mídia, número de produtos licen-ciados, personalidade, momento e adequação do personagem ao target etc. Por outro lado, muitas vezes es-ses fatores não são decisivos, por-que algumas vezes as marcas que viram “hot” simplesmente aparecem

Homem de Aço (Superman), O

Hobbit e o novo desenho de

Batman apresentam-se como

algumas das apostas da Warner

para 2013.

Personagem própria como Judy, criada

em parceria com a Foroni e Sestini,

compõe o mix da Summit.

Page 40: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

40

gos e temos expectativa de crescimento desse percentual, tendo em vista o fato de estarmos agregando ao nosso portfólio, novas propriedades”, lembra João Antonio Corniani, gerente comercial da São Domingos.

Em 2000, a Foroni passou a estampar nas capas das suas agendas, cadernos, fichários e demais itens, personagens consagrados entre o seu público-alvo e, desde então, vem contabilizando cases de sucesso, em-bora nesta trajetória tenham havido algumas apostas equivocadas, que rapidamente foram substituídas. Com mais de 30 licenças atuais, dentre elas, Barbie, UFC, Batman, Beyblade, Galinha Pintadinha, Carros, Eve-rast, Hot Wheels, Moranguinho, Penelope Charminho, Paul Frank, Pucca, entre outras, a empresa atende os desejos de crianças a adultos. E há no-vidades como Universidade Monstros, inspirada no filme homônimo que será lançado em 2013 e Copa das Confederações, que acontece em ju-

do nada e viram uma febre, sem que tenha sido feito algum tipo de investimento espe-cífico (Ex. Galinha Pintadinha, que nasceu na internet)”, afirma Mauro.

Trabalhar em parceria com a indústria e varejo a fim de impulsionar as proprieda-des é uma constante na atuação da Warener Bros., que possui uma equipe de marketing e trade. Além de visitar os compradores para apresentar as marcas e as novidades do ano, a empresa costuma realizar ações de incen-tivo às vendas, seja com os vendedores das lojas ou com o consumidor final. Isso inclui fornecimento de material de PDV, brinde para ações de compre e ganhe, concurso cultu-ral e/ou sorteio. Já com a indústria, faz um trabalho com os vendedores/representantes, tanto de apresentação das marcas, quanto de apoio ao trade.

O segmento de papelaria e artigos escola-res é encarado pela Warenr Bros. como um importante “termômetro” das marcas que estão no mercado. “O setor é uma grande vi-trine, e se tornou uma oportunidade para os licenciadores trabalharem em conjunto com seus parceiros e transformarem as marcas licenciadas em marcas desejadas”, opina o gerente Mauro. A Warner Bros. espera man-ter o seu nível de crescimento similar aos anos anteriores. Neste ano, almeja crescer cerca de 20% sobre 2012.

Para os meninos

e mesmo para as

torcedoras fanáticas

por futebol, a

Summit desenvolveu

linhas especiais.

Atualmente está

com as licenças do

Corinthians, Flamengo,

Vasco, Internacional e

Grêmio.

Catwoman

é mais um

destaque da

Warner para

o setor de

licenciamento.

Licenças que

contemplam os públicos

infantil e jovem são as

apostas da Cadersil.

Mercado

Page 41: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

nho de 2013. “As nossas expectativas são muito boas com relação aos negócios gerados com o licenciamento. Neste ano, iremos ofertar com exclusividade, por exem-plo, a licença da Copa das Confederações. Além disso, apostamos que a diversificação da nossa linha será um sucesso”, afirma Marici Foroni, diretora de marketing da indústria Foroni. A executiva destaca que basicamente, o que os motiva a investir em licenciamento é a possibilidade de oferecer um produto diferenciado. “Além de investirmos em novas propriedades, também passamos a adotar a tecnolo-gia para proporcionar um diferencial ainda maior aos nossos produtos. Esse é o caso dos cadernos Hot Wheels e Fiat,que vêm com exclusivo jogo Foroni para IOS e Android e a opor-tunidade de interagir com as redes sociais Twitter e Facebook”, cita Marici.

A diretora afirma

que neste setor de licenciamento, o que ain-da poderia ser melhorado é com relação aos tipos de contratos, pois eles são muito buro-cráticos na sua avaliação, bem como as apro-vações dos produtos. Além disso, o aspecto financeiro também merece atenção, já que algumas empresas colocam royalties acima da média. Outro ponto importante é conhecer melhor o processo das leis trabalhistas e ju-rídicas do Brasil, que são bem diferentes de outros países. “Para o produto ter sucesso não depende apenas do licenciamento, temos que nos focar tanto no desenvolvimento quanto no preço final.”

As propriedades vindas de games

ganham destaque, como Twisted

Metal, uma conhecida franquia da

Playstation. Linha produzida pela

São Domingos.

Lançamentos no portfólio da São

Domingos: Looney Tunes e Man

of Steel.

A cada temporada,

a Foroni aposta em

novas propriedades,

que somam mais de

30 em seu portfólio.

Page 42: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

42

Fornecedor

Autoadesivos PlastcoverAs opções para

proteger, mudar

e personalizar

objetos

A versatilidade no emprego do PVC autoadesivo

o torna um item indispensável nas prateleiras das papela-

rias. Sua indicação de uso para os trabalhos artísticos e

escolares, permite ainda revestir móveis, prateleiras, livros,

cadernos e o que mais se desejar. Dentre os fabricantes

do produto está a Plavitec, com o seu Plastcover, o PVC

autoadesivo reposicionável.

Inovar e renovar a linha são aspectos frequentes nos

negócios da Plavitec, que oferece mais de 70 modelos de

estampas, entre as linhas infantis, flores e frutas, madeira,

mármore, metalizado, colorido opaco e cristal (transparen-

te). São encontrados em rolos de 45cm x 25m (apenas linha

cristal), 45cm x 10m e 45cm x 2m. Para o volta às aulas

2013 foram lançados 16 modelos, que também atendem

Fábrica da Plavitec, que oferece ao mercado o PVC autoadesivo reposicionável, Plastcover.

Page 43: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

ao setor de artesanato. “Nos últimos anos estamos

investindo bastante no mercado de artesanato, par-

ticipamos de feiras do setor - recentemente estive-

mos na Rio Artes Manuais, que aconteceu no Rio de

Janeiro e foi um sucesso,

com público recorde - e

com publicidade nas revis-

tas setorizadas. Houve um

aumento considerável na

utilização do produto por

este mercado. São feitos

revestimentos em caixas,

eletrodomésticos, móveis,

diferentes peças artesa-

nais etc”, observa Débora

Venditto, supervisora co-

A Plavitec oferece mais de 70 modelos de estampas, entre as linhas infantis, flores e frutas, madeira, mármore, metalizado, colorido opaco e cristal (transparente).

mercial da Plavitec, destacando que para

este ano, a empresa tem boas expectativas

de negócios, um incremento de 10% em re-

lação a 2012.

Page 44: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

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Informática

Fone de ouvido dobrável

A Dazz lança o fone de ouvido Bluetooth, com bateria interna recarregável, funcionamento em uma distância de até dez metros, microfone embu-tido, estrutura dobrável, ajuste de altura e cancela-mento de ruídos externos.

www.dazz.net.br

Caixas de som com design diferenciado

As caixas de som mini Racoon e mini Robô, da Max-print, ambas disponíveis na cor branca, são portáteis e ide-ais para reproduzir músicas a partir de MP3/MP4 players, notebooks e outros dispositivos. Contam com 2W RMS de potência e acompanham adesivos decorativos para perso-nalização.

www.maxprint.com.br

Mochila traz capa de chuva embutida

A mochila Terra, da Targus, é ideal para levar com segurança os portáteis de até 16 polegadas com a vantagem de proteção contra a água, já que traz uma capa de chuva em-butida. Com diversos bolsos e um dedicado para aparelhos sono-ros e fones de ouvido, pos-sui ainda dois bolsos para garrafas e compartimentos frontais de fácil acesso.

www.targus.com/br

Page 45: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

Mouse e teclado laváveis

Fabricados em silicone, o mouse óptico Mobimouse e o teclado maleável de alta resistência Teclamax, distribuídos pela Mobimax, são indicados para uso em ambientes como hos-pitais, garantindo maior proteção contra sujeiras, já que são lavá-veis, resistentes e praticamente indestrutíveis.

www.mobimax.com.br

Caveiras e paetês em novo case

O Case Caveira da Leadership possui design moderno com deta-lhes em paetês. Compatível com iPad e notebook de 14’’, protege os gadgets no maior estilo.

www.leadership.com.br

Page 46: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

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Prateleira

Fazendo arte com estilo

Todo ano a DAC lança a sua coleção de aventais infantis. Com bolsos e laváveis, há estampas para meninas e meninos, com temas como futebol, monstrinhos, fundo do mar, animais e princesas.

www.dac.com.br

Nova opção em pasta aba elástico

Confeccionadas em material diferenciado, com espessura mais grossa, o que segundo o fabrican-te garante mais resistência, as pastas aba elástico da DAC estão disponíveis, sem e com lombo de 2, 3 e 4 cm, nos formatos mini e ofício, em sete opções de cores.

www.dac.com.br

Almofadas para carimbo

A Flexograff Máquinas Importação e Exporta-ção Ltda, que tem uma importante partici-pação no mercado de carimbos e insu-mos para carimbarias, apresenta as almofadas da linha Nykon. Fa-bricadas em material de alta qua-lidade, a marca aposta em emba-lagem com 12 almofadas, que se torna um prático display para exposição no ponto de venda.

www.flexograff.com.br

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Transparência e melhor aderência em cola quente

Novidade no portfólio da Rendicolla, a cola quente Cristal, em bastão, tem aplicação diversa, sendo ideal para colagem artesanal. De acordo com o fabricante, o produto oferece uma melhor aderência, derrete com facilidade e tem aparência transparente, como o seu próprio nome sugere.

www.rendicolla.com.br

Embalagem com exclusivo bico automisturador

Loctite Instant Mix, a cola epóxi transparente, da Henkel, apresenta bico automisturador, que é encaixado na ponta da seringa, fazendo a mistura automática da resina e do endure-cedor. Inovador, o bico de longo alcance garante o máximo de praticidade e precisão às aplicações.

www.henkel.com.br

Marcador de texto gel

Com características como maciez, não seca (pode ficar

destampado) e não mancha a folha (e nem passa para o ou-tro lado), o Marcador texto Su-per Gel, da Faber-Castell, não requer tempo de secagem e permite marcações de áreas maiores. Disponível nas cores: amarelo, verde e rosa

www.faber-castell.com.br

Delícias de Chef

Mais do que um cader-no de receitas, Delícias de Chef, da Rotermund, traz dicas para a montagem de mesas, sugestões de har-monização de vinhos, ta-bela de pesos e medidas dos alimentos, guias de queijos, vinhos, mas-sas, carnes e temperos, além de 96 folhas para registrar e ava-liar receitas. O produto pode ser personalizado.

www.rotermund.com.br

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Brinquedos

Fantasia do Iron Man

Para os meninos, o super-herói Iron Man terá novidades eletrizantes. A Yellow apresenta uma fantasia exclusiva do personagem, que vem com reator de luz.

www.yellowbr.com.br

Avião da Hello Kitty

Em meio às opções de brinquedos inspirados na mais famosa gatinha, Hello Kitty, a DTC traz o

Avião Fofura Hello Kitty, que possui grandes por-tas para a criança brincar no seu interior, trazendo

diversos acessórios e três personagens. www.dtctoys.com.br

Page 49: Revista Papelaria e Negócios - Edição 107

Travesseiro de Corrida

A Girotondo traz o Travesseiro de Corrida nas versões: tartaruga e joaninha. A base do brinque-

do tem rodinhas removíveis e o bichinho pode ser levado na mão, o que permite à criança tanto

brincar, quanto dormir com o produto. www.girotondo.com.br

Furby está de volta

A nova geração de Furby é uma combinação de programação interativa com engenharia robótica. Ele se desenvolve de acordo como é tratado. Suas emo-ções são expressadas por meio da voz, movimentos corporais e pelo olhar (são duas pequenas telas de LCD). Furby fala “Furbish”, porém, à medida que a criança brinca, ele aprende o português. A Hasbro lançou um aplicativo para os sistemas iOS e Android, que permite alimentar virtualmente o brinquedo, dentre várias outras funções.

www.hasbro.com

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Brinquedos

Serviço

EntrevistaHybriswww.hybris.com/pt

Raio X dos NegóciosPapel Craftwww.papelcraft.com.br

MercadoAbralwww.abral.org.brAndréia Bonetiwww.andreiaboneti.comArt Manualwww.artmanual.com.brBR Licensingwww.brlicensing.com.brCadersilwww.cadersil.com.br

Cartoon Networkwww.cartoonnetwork.com.brCiabrinkwww.ciabrink.com.brClio Stylewww.cliostyle.com.brEditér Comunicação Totalwww.editer.com.brFicowww.fico.com.brForoniwww.foroni.com.brInstituto Ayrton Sennawww.sennastore.com.brMig & Megwww.migmeg.com.brMauricio de Sousa Produçõeswww.turmadamonica.com.brNickelodeon

www.mundonick.comNig Brinquedos www.nigbrinquedos.com.brSão Domingoswww.saodomingos.ind.brSummitwww.summit.com.brTilibrawww.tilibra.com.brWaleuwww.waleu.com.brWarner Bros.Tel.: (11) 2133-2900

FornecedorPlavitecwww.plavitec.com.br

Categoria de ProdutoAlfacellwww.alfacell.com.brBicwww.bicworld.comBRW www.brwmarcas.com.brDL Eletrônicoswww.dl.com.brDuracellwww.duracell.com.brLeadershipwww.leadership.com.brMultilaserwww.multilaser.com.brMultiSlimwww.multislim.com.brRayovacwww.rayovac.com.br

Turma da Mônica em mais de 70 brinquedos

Tem muita novidade da Turma da Mônica chegando. A Mauricio de Sou-sa Produções anuncia mais de 70 brin-quedos. Alguns exclusivos em come-moração aos 50 anos da personagem (como a reedição da boneca Mônica, lançada na década de 60). Haverá ain-da, carrinhos de controle remoto, bara-lho, laptop infantil, jogos e muito mais.

www.turmadamonica.com.br

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