revista papelaria e negócios edição 93

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Revista Papelaria e Negócios edição 93

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2

Editorial

DIREÇÃOPaschoal Sabatine

[email protected] Gimenes

[email protected]

PUBLICIDADEMarco Aurélio Sabatine

[email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELLia Freire (MtB 30.222)

[email protected]

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃOCristiana Lacutissa/Vitor Lacutissa

CL Studio(11) 2749-0738

[email protected]

CAPA Patricia Chammas

ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADEAv. Alcântara Machado, 924 cj. 03 – Brás – CEP 03102-001 – São Paulo

Fones (11) 3207-3896 / 3271-5867 [email protected]

www.papelariaenegocios.com.br

A Revista Papelaria e Negócios é uma publicação mensal da Top Brasil Editora

dirigida a lojistas e fornecedores de artigos para papelaria e informática.

Circulação nacional.

O conteúdo dos artigos e as declarações textuais contidas nas reportagens da Revista Papelaria & Negócios são de

responsabilidade dos articulistas e entrevistados.

Ao abrirem os seus pontos de venda, os lojistas têm pela frente uma

série de exigências a cumprirem, além disso, devem considerar vários

outros aspectos, como a escolha do ponto, o mix a ser comercializado,

mobiliário, funcionários, fornecedores etc. Mas, em meio a tantas neces-

sidades e exigências, um ponto acaba sendo bastante negligenciado por

muitos empresários: a acessibilidade, para que a loja possa receber, sem

restrições, os clientes com deficiência física. Rampas, corredores mais

largos, sinalizações, entre outras adaptações necessárias são raras nas

lojas! Conversamos com a arquiteta, Thaís Frota, especialista na área de

acessibilidade, que apresenta sugestões aos lojistas e traz importantes

informações.

Estamos no começo do ano e nesta época entre os itens que compõem

a lista escolar e têm bastante procura estão os papéis A4. Filiperson, In-

ternational Paper e Suzano apresentam os seus últimos investimentos. No-

vidades também são apresentadas na matéria de fragmentadoras. Muitos

modelos estão compactos, têm novas tecnologias e maior capacidade.

A Revista Papelaria & Negócios inicia 2012 com novidades em seu edi-

torial. Eventualmente publicaremos a seção Memória, onde traremos pro-

dutos que têm uma longa trajetória, são tradicionais e por suas caracterís-

ticas, facilidades e inovações, tornaram-se sinônimo de categoria e ainda

hoje estão presentes no mercado. Esperamos que gostem!

Boa Leitura!

Uma loja para todos

4

Sumário

6 Marketing & Negócios – As notícias que movimentam o setor.

12 Entrevista - A arquiteta Thaís Frota fala sobre

acessibilidade no ponto de venda.

16 Categoria de Produto – Os papéis escolares A4.

20 Raio X dos Negócios – Comercial Papelaria há quase 7

décadas no comércio de Colatina (ES).

26 Memória - A história da caneta esferográfica Bic.

30 Artigo – Ricardo Pinto Silva aborda a questão do

atendimento.

32 Tendência – As novas fragmentadoras.

42 Licenciamento – As marcas e personagens que estão

em evidência.

45 Informática – As novidades do segmento.

46 Prateleira – Um mix diversificado.

48 Brinquedos – O que está chegando nas lojas.

6

Marketing & Negócios

Papel Chamequinho ganha versão para o

mercado latino

Chamado “Chamequito”, o papel pro-duzido pela International Paper, está sendo comercializado na Argentina, Paraguai e Peru. “Atualmente abastecemos essas re-giões com nossa linha de papéis Chamex, disponível em pacotes de 500 folhas. Pelas nossas pesquisas, notamos que o merca-do sente a necessidade de um produto de pacote de 100 folhas e, por isso, nada melhor do que uma marca voltada para o público estudantil e educadores, com mais de 30 anos de tradição no Brasil”, comenta o diretor de negócios internacionais, Raul Guaragna.

Chamequito é encontrado em pacote de 100 folhas, na versão branca A4, 75 gramas, com embalagem semelhante à brasileira.

www.internationalpaper.com.br

Chamequito está sendo comercializado

na Argentina, Paraguai e Peru.

Bic apresenta novo conceito para a sua cola

instantânea

A Bic apresenta o conceito “Uma gota muda tudo”, adotado com o objetivo de criar uma identidade de comunicação origi-nal para a Bic Bond. “Buscamos transmitir a ideia de que com uma dose pequena do produto, o consumidor consegue reparar, de maneira rápida e eficiente, objetos que po-

dem fazer toda a diferença no seu dia-a-dia”, explica Felipe Fa-voretto, gerente da categoria de novos negócios da Bic Brasil.

A cola apresenta um pino antientupimento de metal, que age como se fosse uma “agulha”, garantindo melhor aproveitamento do produto e mais praticidade durante o seu uso, podendo ser aplicada em plástico, metal, porcelana, borracha, entre outros materiais.

www.bic.com.br

“Uma gota muda tudo” é o novo

conceito da Bic Bond.

Tilibra faz doação de materiais escolares

A empresa organizou no início de janeiro a doação de materiais escolares à Creche Berçário Municipal Aida Tibiriçá Borro, de Bauru (SP). A ação é parte de um projeto interno que consiste na doação de materiais escolares a instituições

da cidade a cada 30 dias sempre que o muro que cerca a Tilibra não for pi-chado. A creche foi beneficiada com cadernos, colas, tinta guache, ré-guas, apontadores, apagadores, etc. Os materiais foram entregues à dire-tora da instituição, Maria Sueli Peres, pelo diretor administrativo/financeiro da Tilibra, Marcos Mohacsi.

www.tilibra.com.br

O executivo da

Tilibra, Marcos

Mohacsi, faz a

entrega do material

à Maria Sueli

Peres, diretora

da instituição

beneficiada.

Itens da lista de material escolar podem ter até 47% de tributos

Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT reúne os prin-cipais itens que constam na lista de material escolar e os seus respectivos tributos. Uma caneta, por exemplo, pode ter 47,49% do valor revertido aos cofres públicos nas três esferas de poder: federal, estadual e municipal.

Além deste item, outro produto com alta incidência tributária é a régua, com 44,65% do valor revertido em tributos. Em seguida, com carga tributária de 43,19%, estão a agenda e borracha escolar e 42,71% no preço de um tubo de cola. Já a mochila carrega em seu valor 39,62% de tributos.

Para o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, “a alta carga tributária so-bre itens como a caneta, lápis e caderno, indispensáveis no volta às aulas, é um dos fatores que pode dificultar o acesso do brasileiro à educação”. Para Olenike, é importante que o contribuinte cobre das autoridades providências para a desoneração desses produtos. Na ferramenta eletrônica Lupa No Imposto, criada pelo IBPT, o contribuinte pode ter uma ideia de quanto o tributo representa no valor final dos itens. Basta fazer o cadastro no site www.lupanoimposto.com.br, buscar o produto e inserir o preço pago. O sistema faz o cálculo do preço real do produto, descontado o valor dos tributos.

Confira os principais itens da lista de material escolar e a carga tributária:

Produtos Carga TributáriaAgenda escolar 43,19%Borracha escolar 43,19%Caderno Universitário 34,99%Caneta 47,49%Cola tenaz 42,71%Estojos para lápis 40,33%Fichário 39,38%Folhas para Fichário 37,77%Lancheiras 39,74%Lápis 34,99%Livro escolar 15,52%Livros 15,52%Mochilas 39,62%Papel Pardo 34,99%Papel Sulfite 37,77%Pastas Plásticas 40,09%Régua 44,65%Tinta Guache 36,13%Tinta Plástica 36,22%

www.ibpt.com.br

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Marketing & Negócios

Evento acontece em agosto

Promovida pela Francal Feiras, a 26ª edição da Office PaperBrasil Escolar – Feira Internacional de Produtos, Supri-mentos e Acessórios para Escritórios, Papelarias e Escolas acontece entre os dias 27 e 30 de agosto, no Anhembi, em São Paulo, onde reunirá numa área de 60 mil m² cerca de 350 empresas, agrupadas de acordo com o segmento em que atuam: office e produtos escolares, papelaria em geral, e pastas, mochilas e acessórios.

Voltada exclusivamente para papelarias, supermercados, varejo em geral, distribuidores, representantes comerciais e mercado corporativo, sua visitação é qualificada, atendendo as expectativas das empresas expositoras que têm na feira seu foco principal para os lançamentos anuais de produto, além de reforçarem a imagem de suas marcas.

www.officepaperescolar.com.br

Principal evento nacional, de negócios, dedicado ao segmento de decoração natalina, a Natal Show – Feira Internacional de Artigos e Decoração de Natal aconte-ce de 15 a 18 de junho de 2012, no Expo Center Norte, em São Paulo. Em sua terceira edição, a feira tornou-se o principal evento do setor.

Este ano, será realizado numa área de 19 mil m² com cerca de 100 empresas expositoras, que apresen-tarão as novidades e tendências para as festas de final de ano em artigos de decoração, fitas e tecidos, peças artesanais, árvores, bolas e velas, iluminação, caixas e papéis de presente, guirlandas e presépios, utensílios especiais e bonecos. Na última edição, a feira recebeu a visitação de 20 mil profissionais.

Paralelamente à Natal Show, acontece a Expo Par-ques e Festas 2012 – 6ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Parques Temáticos, Buffets e Festas Infantis.

www.feiranatalshow.com.br

Foroni aposta em stop-motion na sua nova campanha

O fabricante de cadernos e agendas inicia o volta às aulas de 2012 com a campanha “Cadernos Foroni – Volte com Tudo”.

Foram produzidos três filmes: um para Barbie, que destaca o game de Realidade Aumentada criado especialmente para a boneca, que leva o usuário para dentro do closet da personagem; o outro é para a linha Carros 2, também destacando um código de RA, que coloca o comprador do caderno para correr na pista com o Relâmpago Mac Queen; e o terceiro traz uma visão geral de todos os destaques da coleção Foroni 2012.

Para tornar a campanha atraente aos jovens consumidores foi utili-zada a tecnologia de stop-motion, que faz efeitos de “reverso” e trans-formações nos quartos e nos figurinos dos personagens. O projeto, criado pela Colors Publicidade, foi produzido pela Yellow.

A campanha será veiculada na forma 360o, englobando diversas mídias, como TV, veículos impressos e virtuais.

www.foroni.com.br

O mote da

campanha

de 2012 é

“Cadernos Foroni

– Volte com

Tudo”.

10

Marketing & Negócios

Volta às aulas no Extra

A rede varejista reforça seus estoques para garantir um volta às aulas com todas as novidades em cadernos, canetas e mochilas. Este ano, os destaques são os produtos com personagens, como Ben 10, Carros, Princesas e Marie. O aumen-to na procura dos itens de volta às aulas começou nas lojas logo após o Natal e a expectativa é de um crescimento de 15% em comparação ao mesmo período de 2011. Além das ofertas exclusivas, como o Extra Vantagem, Extra Oferta e produ-to grátis na compra do item vinculado, a rede oferece condições de pagamento facilitadas. Todo o sortimento de papela-ria poderá ser parcelado em até 10X sem juros no Cartão Extra.

www.extra.com.br

As campanhas publicitárias da Bic

A companhia realiza o maior investimento de sua história em campanhas de marketing. São três filmes: um para reforçar a linha Colorir Bic, outro para os marcadores permanentes Bic Marking e o terceiro para todo o portfólio Bic para o período de volta às aulas, criados pela BorghiErh/Lowe.

“Começamos o ano com uma estratégia agressiva de marketing e um in-vestimento inédito em campanhas, para mostrar aos consumidores tudo que a Bic tem para oferecer. São três filmes dedicados à categoria de papelaria, que reforçarão nosso amplo portfólio, que contempla produtos para todos os gostos e bolsos”, comenta Emerson Cação, diretor de marketing da Bic Brasil.

A campanha de volta às aulas ganhou o slogan “Volte às aulas com tudo. Volte às aulas com BIC”, com o objetivo de divulgar a variedade da linha de produtos que a marca oferece para o público adolescente, em diferentes veículos como TV, revistas focadas no público-alvo e rádio.

Durante os meses de janeiro e fevereiro, a campanha também contará com spots em rádios nas cidades de São Paulo, Salvador e Recife e anún-cios impressos em revistas direcionadas ao público adolescente.

www.bic.com.br

Intitulada “Todos os Estilos Tilibra” e sob o comando da Talent, a campanha de volta às aulas do fabricante traz um hotsite onde é possível conferir todas as capas de cadernos universitários 2012, além de vídeos exclusivos com Tatá Werneck, garota-propaganda da marca para esta temporada. Os vídeos mostram a humorista em situações inusitadas e engraçadas, destacando as coleções 2012.

Também neste ano a marca continua seu trabalho no universo online através do seu Twitter oficial (@tilibra_oficial), de sua Fan Page no Facebook (facebook.com/tilibra) e de seu canal no Youtube.

No hotsite, além de conhecer as coleções de capas, é possível participar, através do envio de vídeos, de um concurso cultural. O desafio proposto é sugerir, de modo engra-çado, criativo e original, como seria uma capa de caderno com o seu estilo. Serão distri-buídos, semanalmente, kits Tilibra e o vencedor ganhará, ao final do concurso, um tablet.

Em janeiro, a Tilibra fez o lançamento da Rádio Tilibra, no canal Sonora, do Portal Terra. Mídia impressa, online e spots na Rádio Tilibra divulgam as ações online e o concurso cultural.

E, pensando no universo televisivo, a marca registra presença na TV aberta (MTV) e em canais fechados como Cartoon Network, Disney Channel e Boomerang.

www.todososestilostilibra.com.brwww.tilibra.com.br

Tilibra lança sua campanha de volta às aulas

“Todos os

Estilos Tilibra”

é a campanha

do fabricante de

cadernos para a

temporada 2012.

Empresa fecha contrato de distribuição com a Oki do Brasil

Há três anos distribuindo as marcas HP, Epson, Lexmark, Samsung, Canon, dentre outras, a RT Tecnologia fechou no final de 2011 o contrato de distribuição com a Oki do Brasil.

O interesse mútuo foi gerado devido às oportunidades de mercado e pela sinergia de trabalho entre as empresas. “Enten-demos que para um bom desempenho dos negócios precisaríamos focar na marca, visto a necessidade de suporte aos subdis-tribuidores, VARs , além dos negócios pulverizados. Não olhamos o negócio somente pelo volume apresentado, mas sim, pela oportunidade de construção de valor agregado. Contratamos um especialista na marca, treinamos a equipe e já estamos com um programa de marketing para o canal”, explica Rogério Tridapalli, executivo da RT Tecnologia.

www.rttecnologia.com.br

12

Entrevista

Um importante impeditivo da efetiva in-

clusão das pessoas com algum tipo de defi-

ciência física ou mobilidade reduzida continua

sendo, sem dúvida, o preconceito. Mas, ele

não está sozinho! Em todo o Brasil, por exem-

plo, ainda encontramos uma infinidade de bar-

reiras físicas que impedem a livre circulação

destes cidadãos, inclusive em estabelecimen-

tos comerciais. Muitas lojas não dispõem de

rampas, sinalização, entre outras adaptações

necessárias para permitir o acesso, circulação

e permanência de pessoas com deficiência.

Segundo senso do IBGE de 2000, 14,5%

da população brasileira apresentava algum

tipo de deficiência e 8% da população tinha

acima de 65 anos. Isso sem contar com as

pessoas que estão ligadas àquelas com

deficiência, que indiretamente também so-

frem com a falta de acessibilidade. E já se

passaram 12 anos deste levantamento.

Para falarmos sobre a acessibilidade no

varejo, conversamos com a arquiteta e espe-

cialista no assunto, Thaís Frota, que tem seis

anos de experiência na área e neste período

De portas abertas para TODOS os clientes“Se o lugar não está pronto para receber todas as pessoas, então ele é deficiente.”

A arquiteta Thaís

Frota em seis anos de

experiência realizou

cerca de 4.500

análises de

acessibilidade.

realizou cerca de 4.500 análises de acessibilidade. A pro-

fissional apresenta dicas e informações de como o lojista

pode fazer do seu ponto de venda um local acessível a to-

dos os clientes.

Revista Papelaria & Negócios - Qual a sua análise so-

bre o varejo brasileiro em termos de acessibilidade, seja

para o funcionário e/ou consumidor, que tenham algum

tipo de deficiência?

Thaís Frota – Infelizmente, hoje a maioria do varejo não

é acessível, especialmente as lojas de rua. Encontramos o

mínimo de acessibilidade nos pontos de venda localizados

nos shoppings centers devido à facilidade de chegar, cir-

cular e usar o sanitário. Para as pessoas que trabalham no

varejo esse cenário piora, pois se existe acessibilidade é

sempre pensando no consumidor final.

Revista P&N - Quais os principais avanços obtidos

neste cenário? E onde ainda pecamos? Poderia citar

exemplos?

Thaís Frota – Avançamos muito com relação à legis-

lação, que impõe aos projetos o mínimo de acessibilidade

para serem aprovados pelas prefeituras e que os estabele-

cimentos se adequem à Norma de Acessibilidade. Pecamos

por achar que as pessoas com deficiência não são consu-

midores. Cito duas situações que exemplificam bem esta

questão: uma loja que vende roupas de festas. Se chegar

uma mulher obesa, uma moça de cadeira de rodas e uma

anã, com certeza (99% de probabilidade) não haverá como

atender essas clientes. Ou por não ter numeração ou por

não se preocupar com a acessibilidade. Outra situação que

posso elucidar é a de um grupo de amigos que deseja ir a

um happy hour e entre eles há uma pessoa que usa cadeira

de rodas. Esta pessoa com seus amigos, também consumi-

dores, precisam ir a um lugar acessível, então, o que acon-

tece é quepor não haver muitos estabelecimentos onde o

cadeirante possa ir, eles vão sempre ao mesmo lugar.

Revista P&N - Que tipo de varejo mostra-

se mais evoluído nesta questão?

Thaís Frota – Os supermercados têm essa

preocupação, pois alimentação é algo que to-

das as pessoas necessitam. Porém, este tipo

de acessibilidade é voltada para pessoas de

cadeira de rodas, deixando de lado o cego

ou quem tem baixa visão, além de surdos e

anões.

Revista P&N - Existem leis, algum tipo

de obrigatoriedade, que o varejo deva cum-

prir em termos de acessibilidade?

Thaís Frota – Temos a Lei Federal

10.098/2000 que diz que todos os lugares de-

vem promover acessibilidade para todas as

pessoas. O Decreto 5296/2004 regulamenta

essa Lei e é muito completo no que diz res-

peito à obrigatoriedade. Se o estabelecimento

não for acessível estará descumprindo uma

Lei Federal e poderá responder juridicamente

por isso.

Revista P&N - Quais seriam as suas di-

cas em relação à questão da acessibilidade,

para o papeleiro que esteja montando ou

pensando em reformar o seu estabeleci-

mento? Quais seriam os aspectos primor-

diais?

Thaís Frota – Devemos primeiramente

pensar na diversidade humana, por isso, reco-

mendo a disposição nas prateleiras de forma

vertical. Hoje os produtos estão expostos hori-

zontalmente, há os mesmos itens na prateleira

mais alta, na do meio e na inferior. Se os pro-

dutos fossem dispostos verticalmente todas as

pessoas teriam acesso. Os corredores devem

14

Entrevista

ser proporcionais ao seu comprimento, isto é,

quanto maior ele for, mais largo deve ser. E a

tecnologia deve ser usada para facilitar a loco-

moção e autonomia de pessoas cegas. Algo

que permita a fácil leitura do preço e a carac-

terística básica do produto.

Os departamentos precisam estar bem si-

nalizados, com placas informativas em cores

contrastantes e legíveis para fácil entendimen-

to de qualquer pessoa, estando ela em qual-

quer ponto da loja.

Revista P&N – Quais seriam as regras

primordiais que o varejo deveria seguir para

oferecer o mínimo de acessibilidade a essas

pessoas?

Thaís Frota – O mínimo é ter acesso físico:

rampa com inclinação e corrimãos adequados

sempre associados à vaga reservada para

pessoas com deficiência. Se possível, é impor-

tante que essa rampa de acesso seja coberta.

Os funcionários devem ser treinados para lidar

com todas as pessoas, oferecendo ajuda sem

chegar empurrando ou arrastando a pessoa;

deve-se dirigir ao deficiente e não a quem está

ao lado; agir com naturalidade e se colocar à

disposição caso precise; saber levar a pessoa

até o sanitário, acesso, balcão, produto etc;

não usar o sanitário acessível como depósito

de material de limpeza etc.

Revista P&N – Na sua opinião, por que

temos poucas lojas adaptadas?

Thaís Frota – Em primeiro lugar, as facul-

dades de arquitetura agora é que começaram

a ensinar a projetar pensando na diversidade

e não apenas em um “homem padrão”. As edi-

ficações antigas não foram projetadas para todas as pesso-

as. Parte daí a primeira resistência em se adaptar.

Depois, quando um espaço é alugado para comércio,

tudo é analisado: ponto, público, preço... e acessibilidade

nunca é prioridade. E mais uma vez fica em segundo plano.

Os proprietários das lojas não veem nenhuma vantagem em

adequar seu espaço, isso por uma questão de conscienti-

zação mesmo. As pessoas não fazem denúncias. Não tem

um órgão que fiscaliza e aplique multas, mesmo sendo Lei

Federal.

Revista P&N – O custo para fazer essas adaptações

em um estabelecimento é alto? Teria uma média de valor

para nos passar?

Thaís Frota – Se acessibilidade for prevista ainda em

projeto, o custo no total sai 1% do valor da obra. Se adap-

tarmos um espaço existente, esse valor pode ficar bem alto,

dependendo de como está a edificação. Cada caso é um

caso.

Revista P&N - Como está hoje em dia a contratação

no mercado de trabalho de pessoas com deficiência? Te-

ria algo a dizer, particularmente no varejo?

Thaís Frota – Deficiente não fica sem trabalho. As gran-

des empresas precisam atender a Lei de Cotas e contratar!

Logo, são consumidores e precisam consumir como qual-

quer cidadão. Existem diversas empresas especializadas

em intermediar a empresa e profissionais com deficiência.

Esse mercado está bastante aquecido.

Revista P&N - Como você analisa o futuro da acessi-

bilidade no varejo?

Thaís Frota – Sou otimista. As pessoas com deficiência

querem os seus direitos de consumidores respeitados e as-

segurados e começam a procurar a justiça. Os lojistas estão

começando a prestar atenção neste público.

16

Categoria de Produto

Agora com o volta às aulas, os papéis A4 es-tão entre os produtos escolares de maior procura e o que eles apresentam de novo nesta tempora-da? Fomos conversar com três importantes players para mostrarmos estas novidades.

No mercado há 33 anos, a linha Chamequinho, da International Paper, é direcionada ao público infantil, produzida a partir de florestas 100% plan-tadas e renováveis, certificadas pelo Cerflor, Sis-tema Brasileiro de Certificação Florestal, gerencia-do pelo Inmetro e reconhecido internacionalmente pelo PEFC (Program for Endorsement on Forestry Certification). O produto traz o conceito “É mais di-vertido com ele”, a fim de torná-lo o grande compa-nheiro de todas as ações que as crian-ças possam fazer, ou seja, ler, estudar, brincar e crescer.

Os papéis escolares e as suas novidadesPapéis fluorescentes, novas embalagens e destaque para o conceito de sustentabilidade

A companhia investiu, no ano passado, R$ 2 milhões na criação de layout e divulgação das novas embalagens das suas linhas Chamex e Chamequinho. Para este último, o per-sonagem foi redesenhado com um traço arredondado, fican-do moderno e ainda mais amigável. O desenho das roupas e as cores ficaram próximos do universo escolar e a embala-gem continua transparente e 100% reciclável, trazendo infor-mações sobre sustentabilidade de uma forma didática. Outro destaque está no exclusivo sistema “abre e fecha”, chamado de Microdots, que consiste em micropontos de ar que auxi-liam o processo de selagem da embalagem, tornando mais fácil a sua abertura. O Chamequinho é comercializado em pacotes de 100 folhas no formato A4 e em seis cores (branca, amarelo, marfim, azul, rosa e verde), além da versão recicla-

da.O site do Chamequinho também

foi reformulado, ficou mais interativo, colorido e divertido. O grande mote para atrair o público infantil está nos jogos e brincadeiras. As novidades são inúmeras: há um novo jeito de navegar, foram criados jogos e brincadeiras mais atraentes, os educadores ganharam um es-paço exclusivo com dicas de atividades para se fazer com o papel, como aulas de origami, histórias em quadrinhos den-tre outras atividades.

De acordo com a gerente de comunicação corporativa

da International Paper, Gisele Gas-par, neste volta às aulas foram criados para o pon-

Nova

embalagem

para a linha

Chamequinho.

O mascote foi

redesenhado e

a abertura tem um

prático sistema abre e

fecha.

Os papéis escolares e as suas novidadesto de venda materiais específicos para reforçar a divulgação das novas embalagens destacando as principais alterações que ocorreram no layout, sistema que abre mais fácil e o selo de 99,99% de não atolamento. “A nossa meta é mantermos a liderança da marca no mercado, alinhando melhorias contínu-as aos nossos processos produtivos sustentáveis.”

Qualidade em forma de papel

A Filiperson, fabricante brasileiro de papéis especiais, tem em sua linha escolar a marca Filipinho. Há os papéis de recor-te e colagem, Filipinho Color e Color Cards; o sulfite em emba-lagens de 100 folhas, os blocos de papéis para desenho, os blocos e envelopes de papel vegetal, os blocos de anotações Filinote e a linha de papéis coloridos Filicolor.

Após pesquisas nos mercados internacionais e desen-volvimento em seus laboratórios, a empresa lançou no ano de 2011 os papéis fluorescentes Filipinho Lumi e os papéis Filicolor Lumi, em cores vibrantes, mantendo todas as carac-terísticas dos seus papéis para uso escolar, tais como, com-posição atóxica e livre de ácidos, garantindo a segurança dos pequenos consumidores; composição da estrutura e sistema de corte progressivo que asseguram bordas macias, evitando que as crianças se cortem ao manusearem os papéis e maleabilidade do rasgo do papel que possibilita à criança facilidades em suas tarefas ao utilizar a linha Filipinho.

O conceito usado em todos os papéis da empresa é a “Qualidade em forma de Papel”. “Somos extremamente exi-gentes com relação à qualidade. Cremos que só assim foi possível atingir a liderança no mercado brasileiro de papéis especiais e nesse patamar nos mantermos por tantos anos”, afirma Daniel Grassiotto, gerente operacional comercial e de marketing da Filiperson.

“Neste volta

às aulas foram

criados para

o ponto de

venda materiais

específicos

para reforçar a

divulgação das

nossas novas

embalagens”,

Gisele

Gaspar, da

International

Paper.

Composição

atóxica, livre

de ácidos,

bordas macias

e maleabilidade

são as

características

destacadas pela

Filiperson em sua

linha de papéis

escolares.

18

Categoria de Produto

O fabricante mantém equipes de promotoras que visitam as escolas, demonstrando a qualidade e adequação dos produtos aos professores, coordenadores educacionais e diretores para que incluam os mesmos nas listas escolares. Da mesma maneira, no período de volta às aulas, de forma cooperativada, mantém promotoras nos pontos de vendas auxiliando no atendimento, esclarecendo os consumidores, organizando a exposição dos produtos e monitorando a ve-locidade necessária de reposições. Por fim, são ministrados treinamentos aos vendedores, capacitando-os a prestar um atendimento diferenciado, fidelizando os consumidores. “Te-mos ano a ano crescido nas vendas de produtos escolares, revelando um índice muito acima de qualquer crescimento da economia ou mesmo dos índices de inflação. Este fato com-prova o acerto de nossa política de foco nas necessidades dos consumidores e manutenção da qualidade superior de nossos produtos”, conclui Grassiotto.

Inovação, tecnologia e sustentabilidade

Para o volta às aulas, o destaque principal da Suzano fica para a linha Suzano Report® Senninha, que está com nova embalagem que reforça os conceitos de sustentabilidade com dicas de preservação ao planeta, a fim de enfatizar a importância da conservação ambiental e do consumo cons-ciente. “Uma das principais mudanças em nossa linha está nas embalagens, que vêm com visual moderno, impactante e contém informações mais objetivas e elementos que traduzem as mais diversas formas de utilização dos nossos produtos e, principalmente, nossa preocupação com o meio ambiente e a sociedade. As caixas de embarque também foram totalmen-te reformuladas, facilitando sua identificação no armazena-mento. Tudo isso é um grande passo para a reconstrução da marca Report®, de forma consistente, forte e perene. A partir de 2012 ela vem endossada pela marca Suzano, entregando ao consumidor, uma comunicação que mostra seus valores de forma clara e autêntica numa busca constante desta in-terligação”, explica André De Marco, gerente de produtos da unidade de Papel da Suzano.

A mudança nos envoltórios de toda a linha Suzano Re-port® refletiu também nas lojas através da entrada dos no-vos materiais de pontos de venda: adesivos, displays para

“Somos extremamente exigentes com

relação à qualidade. Cremos que assim foi

possível atingir a liderança no mercado

brasileiro de papéis especiais e nesse

patamar nos mantermos por tantos anos”,

Daniel Grassiotto, da Filiperson.

A linha Suzano

Report®

Senninha está

com nova

embalagem

que reforça

o conceito de

sustentabilidade

com dicas de

preservação ao

planeta.

folhetos explicativos (take one), displays de balcão, plásticos de forração, preci-ficadores e totens para reforçar a nova identidade visual da marca e o diferencial dos produtos. Com isso, a Suzano espera reforçar ainda mais o relacionamento com os lojistas no período de volta às aulas, além de enfatizar a marca com o mais

completo portfólio do mercado.Com o foco na inovação e sustentabilidade, a Suzano também lançou novas ver-

sões da linha Suzano Report® contendo o selo de certificação concedido pela insti-tuição britânica Carbon Trust, como o Suzano Report® Multiuso e o Suzano Report® 360º. O selo atesta e valida o trabalho desenvolvido pela empresa com o inventário da pegada de carbono e vem somar à certificação FSC®, já presente em toda a linha de produtos da empresa. “A submissão das pegadas de carbono dos produtos à auditoria do Carbon Trust demonstra a preocupação da Suzano em possuir mais do que um selo que ateste a precisão dessas pegadas em nosso portfólio. É uma forma de evidenciar o nosso compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa”, destaca André.

Mais do que incentivar o uso dos papéis no ambiente escolar, a Suzano tem a preocupação de conscientizar a garotada sobre questões ligadas à sustentabili-dade, à cultura e à educação. Por isso, diversos projetos encabeçados pelo Instituto Ecofuturo (criado e mantido pela Suzano desde 1999) são direcionados não somente aos alunos, mas também aos professores e coordenadores. Alguns dos principais projetos que serão realizados em 2012 são o 3º Prêmio Ecofuturo de Educação para a Sustentabilidade; O Dia Nacional da Leitura, O Programa de Visitação ao Parque das Neblinas (Reserva Ambiental na Serra do Mar que é mantido pelo Ecofuturo) e também as Bibliotecas Comunitárias existentes dentro e fora de diversas escolas espalhadas pelo Brasil. “Com as atuais e importantes mudanças ocorridas em nossa linha nos últimos tempos realizamos diversas ações de marketing, que vão desde a campanha de comunicação em caráter nacional abrangendo nossa rede de distribui-dores, os lojistas e até mesmo os consumidores (de uma maneira indireta) reforçando as novidades da linha, até a atualização de nosso treinamento em todo o Brasil, onde destacamos para os distribuidores e lojistas todos os diferenciais competitivos da linha e especialmente a nossa responsabilidade socioambiental. Ação esta que foi tão elogiada por todos e que nos motivou a continuá-la em 2012”, finaliza o gerente da Suzano.

“A partir de 2012, a nossa marca Report® vem endossada pela marca Suzano, entregando ao consumidor uma comunicação que mostra nossos valores de forma clara e autêntica”, André De Marco, da Suzano.

20

Raio X dos Negócios

Tudo começou com a Tipografia Co-mercial, fundada pelo senhor Brunório Serafi-ni no ano de 1943 em Colatina (ES). O carro-chefe do negócio era o ramo gráfico com uma atuação bastante tímida na comercialização do material escolar. No decorrer de quase sete décadas, os negócios se solidificaram e hoje são formados pela Gráfica Comercial e a Co-mercial Papelaria, com duas unidades, ambos são administrados pelas filhas e netas do fun-dador. “É com muito orgulho que trabalhamos para acompanhar e modernizar a nossa mar-

Comercial PapelariaDo ramo gráfico à consagrada papelaria de Colatina, no Espírito Santo

Habilidade, tino comercial e paixão pelo trabalho não faltam ao comando da Comercial Papelaria, que mantém-se há quase sete décadas no mercado. Mas, há muito mais por trás desta gestão

Tradição e inovação marcam os negócios da Comercial Papelaria.

ca, que é tão querida em Colatina. É um aprendizado eterno”, afirma Adria Serafini Barcellos, gerente da Comercial.

Presente onde o cliente estiver

Adria explica que o negócio da papelaria se caracteriza por ser tradicional e ao mesmo tempo inovador, além disso, todas as ações promovidas são voltadas para a satisfação dos clientes, que no caso da loja, são formados por universi-tários, estudantes em geral, pais e empresas. “Constantemen-te estamos atentos às necessidades, desejos e ao cotidiano dos consumidores e nos adaptamos a cada nova demanda.

Por exemplo, entramos no facebook onde postamos produtos e promoções, apresentamos dica de livros, promo-ções dos nossos fornecedores etc”, explica Adria.

E as ações para estar próximo dos consumidores são se limitam às redes sociais, a loja promove a Feira do livro e assim chega às escolas, públicas e privadas, onde cria um ambiente lúdico com contadores de história, para que as crianças fiquem mais próximas do mun-do dos livros. “Levamos nossa livraria até eles.” A Comercial também conta com um sebo, onde os livros novos têm um preço médio de R$10,00 e os usuários podem comprá-los e posteriormente trocá-los a um valor bem pequeno.

Outro ponto a ser destacado no negócio da papelaria é o marketing de relacionamento. Todos os anos, por exemplo, são produzidos calendários e blocos de rascunhos para se-rem entregues às empresas e para o período de volta às aulas são distribuídos diferentes brindes. Este ano foram réguas.

Equipe afinada

Em 2011 a Comercial Papelaria promoveu para a sua equi-pe, formada por 32 colaboradores, o 1º Seminário de Integra-

ção, com uma viagem para a região serrana do Espírito Santo. Na ocasião foram realizadas palestras e alguns momentos de lazer, onde todos puderam compartilhar experiências e perceber algumas questões a partir de uma ótica diferenciada. “Foi gratificante ver a equi-pe unida e feliz. É sempre bom ter momentos para festejar e vivê-los juntos”, comemora Adria, acrescentando ainda que todos os fun-cionários são estimulados a participarem de treinamentos do SEBRAE e CDL. “Além disso, semanalmente fazemos um momento de refle-xão com toda a equipe para lembrarmos das coisas mais importantes da vida.”

O volta às aulas e muito mais

Uma das principais vantagens, segundo a gerente Adria, em atuar no mercado papeleiro é que a cada novo ano há um momento auge, representado pelo período do volta às aulas. “É uma sazonalidade que sempre chega com um bom volume de vendas e pode garan-tir mais tranquilidade ao longo do ano. Outro ponto que consideramos importante destacar é que as papelarias se transformaram em lo-cais de satisfação de design, com milhares de novidades e adereços para fotos, escritório, papelaria em geral, artesanato etc. Opções de presentes nunca faltam numa papelaria, isso garante sempre uma boa procura em nossa loja, em todos os grandes momentos de ven-

Em 2011 a loja

promoveu para

a sua equipe,

formada por 32

colaboradores, o

1º Seminário de

Integração.

Os

colaboradores

usam

uniformes que

mudam de cor

a cada dia da

semana.

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Raio X dos Negócios

das do ano (Dia das Mães, Namorados, Pais e Natal)”, exemplifica Adria. Mas, há também di-ficuldades a serem enfrentadas e neste caso, a lojista aponta como sendo o principal deles ter que concorrer com atacadistas que ven-dem no varejo. “Driblamos essa situação tra-balhando com produtos diferenciados e com uma grande variedade de itens. Alguns clien-tes optam por fazer as compras nas lojas onde encontram todos os itens.”

O mix da Comercial atualmente é composto por itens de informática (10%), escolar (40%), brinquedos (5%), gifts (10%), livros (15%) e ar-tigos para escritório (20%). A maioria das com-pras, explica Adria, é feita diretamente com a indústria, por intermédio dos representantes ou pela Brasil Escolar. “Evitamos comprar dos distribuidores/atacadistas, pois são nossos maiores concorrentes. Vendem quantidades pequenas a preços baixos para nossos poten-ciais clientes”, comenta.

Há quase sete décadas no mercado, a papelaria tem a sua marca enraizada entre a população de Colatina. “Nossa marca é que-rida na cidade e tentamos mantê-la a cada dia, trazendo para o cliente um amplo mix de produtos, bom atendimento, preço e serviços.” Por falar em serviços, na Comercial são ofere-cidos xerox, encadernação e plastificação. Na

época do volta às aulas também executam encapamento de livros e cadernos. “É mais uma forma de oferecermos prati-cidade aos clientes. Além disso, representa uma renda extra para os colaboradores”, destaca a lojista.

Uma loja agradável

Na papelaria de Colatina as atenções estão voltadas para que o ambiente seja o mais agradável possível, por isso, a or-ganização é sempre motivo de estudos e pesquisas. Ao longo dos anos a mobília foi sendo trocada e adaptada aos espaços das lojas, resultando em conforto e praticidade. A sinalização também é destacada dentro de um espaço com muitos itens. E, para complementar, os colaboradores são uniformizados, com uma cor para cada dia da semana.

Próximos desafios

Ao analisar a trajetória da Comercial, Adria contabiliza muitas vitórias e importantes desafios superados. Ao proje-tar o futuro lembra que ainda há muito a conquistar e elegeu dois pontos a serem trabalhados de maneira mais enfática: aumentar a atuação no universo online, que auxilia na divul-gação da marca, possibilita a realização de campanhas pro-mocionais e potencializa os negócios; e trabalhar com uma equipe ainda mais engajada. Como destaca Rosabeth Moss Kanter, professora de Gestão de Harvard: “não é o talento individual, mas o coletivo que faz a diferença em equipes e empresas vencedoras”.

O mix da

Comercial

atualmente

é composto

por itens de

informática

(10%), escolar

(40%),

brinquedos (5%),

gifts (10%),

livros (15%) e

artigos para

escritório (20%).

Ao longo

dos anos, a

mobília foi

trocada e

adaptada aos

espaços das

lojas.

24

Publieditorial

26

Um toque de nostalgia, remetendo a história de cada produto, curiosidades e a evolução deles serão mostradas aqui. O ponta pé inicial é com a tradicionalíssima caneta esferográfica Bic!

A esferográfica Bic é fruto da intuição e da tenacida-de do Barão Marcel Bich. Nascido em Turim, em 1914, tinha 30 anos quando se uniu com Edouard Buffard, em 1945, para criar a empresa que manufaturava partes de instrumentos de escrita em Clichy, na França (onde atualmente é a matriz da empresa Bic). Quando muitas canetas esferográficas come-

çaram a surgir no mercado, o Barão Bich notou que quanto mais rápido estes instrumentos de escrita pudessem ser

produzidos, ele poderia revolucionar o campo da escrita. No entanto, para isso, a sua qualidade precisava ser melhorada e o preço teria que necessariamente ser acessível para todos os bolsos. Marcel Bich, portanto, adquiriu a patente da caneta desenvolvida pelo húngaro Laszlo Biro e prosseguiu com seu projeto para encontrar a fórmula ideal da tinta, bem como o ajuste perfeito entre a esfera e o tubo de tinta, para isso ele utilizou técnicas de confecção dos relógios suíços. Ele de-senhou a futura caneta esferográfica que, ao mesmo tempo, fosse atraente e funcional. Após vários anos de trabalho e in-vestir todo seu capital na linha, o produto estava pronto para sair da fábrica de Clichy, em dezembro de 1950.

A caneta esferográfica BIC Cristal encontrou rapidamente um público fiel, que foi em grande parte graças à coragem e à modernidade incrível de um homem que não pensou duas vezes dando o seu próprio nome, menos o “h”, para a mar-

Memória

A caneta esferográfica Bic: uma revolução no mercado da escrita

Apesar dos anos, a

caneta BIC Cristal

permanece

atual e

moderna.

A partir desta edição apresentamos um novo espaço na Revista Papelaria & Negócios. Eventualmente publicaremos a seção Memória, onde traremos produtos que têm uma longa trajetória, são tradicionais e por suas características, facilidades e inovações, tornaram-se sinônimo de categoria e ainda hoje estão presentes no mercado.

ca, pois isso facilitaria a pronúncia e a internacionalização da marca. Desde o início, o Barão Bich focou em publicidade e cercou-se de designers e artistas renomados, como Ray-mond Savignac, que criou o popular “Elle court elle court la pointe BIC” (Não para de correr a ponta da BIC), campanha de 1952, e o estudante caracterizado em 1960. O menino, denominado BIC Boy, com uma cabeça feita da esfera de tungstênio, tornou-se emblema da marca para seus diversos produtos.

O conceito do produto*

“A caneta esferográfica BIC Cristal é um objeto cilíndrico com cerca de 15 centímetros de comprimento e oito milíme-tros de diâmetro. Sua seção é hexagonal. Compõe-se de um corpo transparente, que contém um reservatório fino e duas extremidades: uma “tampinha” e uma “tampa” de várias co-res. No corpo transparente, há um pequeno orifício. Esse furo é um achado genial: permite manter a mesma pressão no in-terior e no exterior do tubo. Com efeito, é a pressão atmosfé-rica que empurra a tinta da carga para a superfície da esfera. Esta, girando sobre si mesma, recolhe algumas moléculas de uma tinta viscosa que, depois de meia rotação, são deposita-das sobre o papel. A caneta esferográfica pode, deste modo, traçar uma linha de três quilômetros. O outro orifício, aquele da tampa, é mais recente e feito para obedecer a uma norma internacional de segurança. Mas é em torno da esfera que se escondem os maiores dos pequenos segredos da BIC. Se esse lugar da esfera for muito largo ou a ponta ficar com folga, a BIC vaza. As esferas são feitas de carbureto de tungstênio – o mais duro dos aços.”

*Fonte: Livro “A maravilhosa aventura do Barão Bich”.

Evoluções e inovações

Apesar dos anos, a caneta BIC Cristal permanece atual e moderna, tanto que exemplares dela estão expostos em

dois dos principais museus de arte moderna do mundo: Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Centro Georges Pompidou, na França.

Os mesmos diferenciais que fizeram com que o produto fosse um sucesso em seu lança-mento ainda se mantêm: simples e acessível, porém a qualidade, eficiência e conveniência do produto transformaram-no em uma caneta tradicional de credibilidade.

A BIC Cristal é um produto atemporal e que teve melhorias durante os anos, como por exemplo, a tampa ventilada. Do mesmo siste-ma de escrita, esferográfica, surgiram inúme-ros produtos que valorizam diferentes pontos como o conforto, design, cores etc.

Para acompanhar o sucesso da BIC Cris-tal, a empresa constantemente lança outros produtos que complementam a linha.

BIC Cristal é “Top of Mind”

A caneta BIC Cristal comemora com resul-tados muito positivos apontados recentemente no estudo encomendado pelo Grupo BIC Glo-bal para identificar o reconhecimento da mar-

A caneta BIC Cristal continua

sendo o carro-chefe da empresa

na categoria de papelaria.

28

Memória

Campanha de 1952.

ca – brand awareness – de seus instrumentos de escrita em diversos países em que atua. No Brasil, a marca teve 98% de lembrança por parte dos entrevistados – quase uma unani-midade –, quando questionados se conheciam a marca BIC como instrumentos de escrita (incluindo canetas, lápis e mar-cadores), e 86% quando abordado para dizer qual a primeira marca que vem à sua cabeça quando se fala de instrumentos de escrita.

Ambas as taxas representam cerca de 15% de aumento com relação à última pesquisa conduzida há dez anos, acima da média global. O Brasil foi o país que teve maior lembrança dentre os localizados na América Latina.

BIC Cristal: sexagenária, caneta reconhe-cida mundialmente faz sucesso até hoje

A caneta BIC Cristal continua sendo o carro-chefe da empresa na categoria de papelaria. A empresa reformulou a embalagem dando destaque ao aniversário de 60 anos do produto e ao fato de que, segundo o Inmetro, é a caneta esferográfica que mais escreve do mercado. Atendendo às solicitações de consumidores, a empresa traz também mais intensidade à tinta das qua-tro cores da linha: azul, ver-melha, verde e preta.

A Bic traz mais

intensidade à tinta das

quatro cores da linha:

azul, vermelha, verde e

preta.

O conceito do produto.

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O atendimento nada mais é do que a sensibilidade e habilidade de lidar com si-tuações distintas e o poder de transformá-las em algo positivo para a própria pessoa, para a empresa que representa e para o cliente aten-dido. Uma situação de vendas não será con-duzida sempre da mesma maneira, uma vez que dependerá do perfil de cada cliente, ou seja, há formas personalizadas para efetuar as negociações. As situações podem ser pareci-das, mas os seres humanos não!

Muitas vezes o que satisfaz um cliente, não

Artigo

ATENDIMENTO É TUDOPor Ricardo Pinto Silva*

A venda tem o seu início no atendimento e o resultado do negócio a ser gerado será de acordo com o atendimento prestado.

atenderá um outro e vice-versa, por isso, não existe uma regra para o bom atendimento. Lidamos com sentimentos, caráter, personalidade, educação, enfim, com uma série de fatores que não dependem de quem está realizando o atendimento.

O que depende de nós é saber identificar cada uma des-tas diferenças nas pessoas e atendê-las de forma a superar suas expectativas. O atendimento está diretamente ligado a capacidade de entender e atender as pessoas de forma que elas se sintam satisfeitas, de acordo com a capacidade e a necessidade de cada uma delas e também dentro das pos-sibilidades de quem está prestando o atendimento. Nunca prometa algo apenas para ser gentil se você não for capaz de cumprir.

Atender bem e com excelência não quer dizer resolver todos os problemas dos clientes, muitas vezes o atendimento será feito para mostrar de uma forma “simpática” que algumas coisas não podem ser atendidas da maneira solicitada, mas que mesmo assim você está ao lado do cliente para colaborar dentro do possível. Quando o atendimento é excelente, fica mais simples e fácil de serem resolvidos todos os possíveis obstáculos. Quem já deixou de comprar alguma coisa que necessitava por ter recebido um mau atendimento? Quem já comprou alguma coisa que não necessitava por ter recebido um excelente atendimento?

O dia a dia das pessoas é um eterno atendimento, basta disposição, boa vontade e muita atenção.

*Ricardo Pinto Silva é gerente da Acrimet.

32

Tendência

Elas são responsáveis por manter o ambiente orga-nizado, limpo e fácil de trabalhar. São a solução para evitar o acúmulo de papéis e outros materiais de escritório que não são mais utilizados, além de destruir informações confiden-ciais. Há uma grande variedade de modelos e preços, que permitem a escolha da fragmentadora ideal para o uso que se lhe quer atribuir.

Distribuidora das marcas Aurora e Procalc, a CH Tech oferece opções de fragmentadoras tanto para uso pessoal, quanto para pequenos escritórios ou grandes corporações. São versões que variam de 6 a 15 folhas, algumas fragmen-tam cartões de crédito e outras CDs e DVDs. No segundo semestre, a empresa apresentará novidades, inclusive de uso para alta confiabilidade. “Em nosso mix priorizamos o design e a qualidade das máquinas, além disso, oferecemos assis-tência técnica nacional e estoque de peças de reposição para os modelos que trabalhamos. Destacamos também em algumas de nossas fragmentadoras a tecnologia shredsafe, que possui travamento automático de funcionamento caso o bocal do papel não esteja na posição certa, evitando aciden-tes”, observa Lucas Huang, diretor comercial da CH Tech.

O tipo de corte

O executivo da CH Tech explica que basicamente, as fragmentadoras destroem papéis e objetos em três formatos: tiras, partículas e em confeti.Os usuários que procuram preço mais baixo acaba optando pelos modelos que fazem os cor-tes em tiras, com um grau de segurança menor no sigilo das informações que se desejam destruir. Já para aqueles que desejam fazer um investimento maior, os modelos que ofere-cem cortes em partículas ou confeti são os ideais.

A escolha do melhor equipamento tem a ver com o tipo de documentos que se quer fragmentar, a capacidade de processar e o tipo de corte desejado

A evolução das fragmentadoras

A CH

Tech é

distribuidora

das marcas Aurora

e Procalc.

A evolução das fragmentadoras

No portfólio da

CH Tech há opções

que fragmentam

de 6 a 15 folhas,

além de cartões

de crédito, CDs e

DVDs.

Maior capacidade e fragmentação em partículas

O foco de vendas da Elgin, seguindo a ten-dência de fragmentadoras de maior capacida-de e que fragmentam em partículas, está na FC 7150C, que apresenta um cesto com capacidade de 28 litros, corta 15 folhas de uma só vez em partículas de 3,9 X 44 mm, além de fragmentar cartões, CDs e DVDs. A empresa tem em seu portfólio outros dois modelos: a FC 7121, que possui cesto com capacidade para 13 litros e corta 12 folhas em tiras de 6 mm, cartão e CD/DVD e a FR 7061 que tem capacidade menor, cesto de 11 litros e corta 6 folhas em tiras de 6 mm. A Elgin destaca que oferece assistência téc-nica em todo o território nacional, com a troca ou reparo dos equipamentos.

A expectativa de negócios é que haja uma demanda cada vez maior, já que na análise da Elgin, os consumidores estão buscando cada vez mais segurança em relação aos documen-tos. “O consumo de fragmentadoras manteve-se estável durante 2011, porém em alguns meses houve um consumo maior do que o previsto e, isto ocorreu, devido os nossos melhores preços em relação à concorrência. A expectativa é de aumentar as vendas com os lançamentos que te-remos para 2012, principalmente com a linha de fragmentadoras contínuas”, analisa Mara Cristina Lavia, gerente de marketing da Elgin.

Com novas tecnologias

Segundo Patrícia Cristina, diretora da empresa Frag-center, começa haver um maior interesse pelas fragmen-tadoras de melhor qualidade, que possuem, por exemplo, componentes internos metálicos (mais resistentes) e que funcionam continuamente sem superaquecimento, para não ocasionar perda de tempo ao usuário. Ainda segun-do a executiva, os produtos chineses começam a perder terreno na preferência dos consumidores. “Fragmenta-

34

Tendência

doras de preço baixo geram desconforto e aborrecimentos. O tempo é produto precioso e fragmentadoras de baixo rendimento acabam ficando mais caras no decorrer dos anos.”

A novidade da empresa - que comerciali-za fragmentadoras com capacidades de 3 até 500 folhas por vez, todas com Certificação de Qualidade testada por laboratório técnico es-pecializado - é a fragmentadora com sistema

de alimentação automática de papéis. Ou seja, uma máquina para escritório, onde o usuário pode armazenar até 170 fo-lhas e um sistema de alimentação fragmenta as folhas uma a uma, automaticamente, sem a necessidade da presença do usuário. “Nossas máquinas se diferenciam devido a maior durabilidade, confiabilidade do corte (as partículas são ho-mogêneas), funcionamento contínuo sem paradas por supe-raquecimento, maior rendimento, funcionamento silencioso e segurança para o operador. A robustez garante ao usuário uniformidade no tamanho do fragmento. Componentes in-ternos metálicos ao invés de plásticos, também é um outro importante diferencial”, destaca Patrícia. A Fragcenter tem uma ampla rede de assistência técnica, que abrange todas as capitais do Brasil. A empresa tem também um estoque de peças para que o atendimento possa ocorrer no menor tempo possível.

A executiva da Fragcenter analisa que o consumo de frag-mentadoras tem aumentado moderadamente. “A venda de fragmentadoras de alta qualidade proporciona muitos anos de utilização sem a necessidade de troca. Isto freia um pouco o crescimento no número de unidades vendidas, mas aumen-ta o lucro gerado, devido o maior valor agregado e à menor incidência de despesas com assistência técnica.O mercado de fragmentadoras cresce a uma taxa anual de 5% a 7% e este índice deverá perdurar em crescimento por cerca de 10 anos.”

Fragmentadora portátil

Visando facilidades no manuseio e no transporte, a Multilaser apresenta fragmentadoras portáteis. Uma delas fragmenta até 5 folhas ao mesmo tempo, corta em tiras de 7mm, tem botão reverso que evita entupimentos e oferece tempo máximo de fragmentação de 2 minutos. Conta com braço lateral extensor que se adequa a qualquer cesto e se estende até 35,5 cm. A outra máquina fragmenta até 7 folhas

Destaque da Elgin, a FC 7150C tem cesto

com capacidade de 28 litros, corta 15

folhas de uma vez em partículas de 3,9 X

44 mm, além de fragmentar cartões, CDs e

DVDs.

36

Tendência

A4 ao mesmo tempo, CD/ DVD e cartão magnético. Os cortes são em tiras transversais de 7mm e o cesto tem capacida-de para 11 litros. Também conta com modo reverso que evita entupimentos e oferece tempo máximo de fragmentação de 2 minutos. “Para o segundo trimestre estamos estudando o lan-çamento de um modelo bivolt, produto que ainda não temos em linha. Uma batalha tecnológica é conseguir fazer com que uma fragmentadora de primeiro preço trabalhe mais de 2 ou 3 minutos sem intervalos”, adianta Denys Brito, coordenador de produtos da Multilaser. A empresa disponibiliza dois serviços diferentes de garantia aos seus produtos. A convencional e a online, esta última, uma inovação onde o cliente final pode acompanhar todo o procedimento, desde o envio do produto à fábrica até a volta dele em sua casa.

O consumo de fragmentadoras, segundo o executivo da Multilaser, vem crescendo acentuadamente. No ano de 2011, por exemplo, a empresa vendeu 160% a mais se comparado com o mesmo período em 2010, o ano de lançamento deste item na sua linha de produtos. “A nossa projeção de cresci-mento para este produto em 2012 vai ficar entre 90% a 92%”, afirma Brito.

Um mercado para as papelarias

explorarem

De maneira geral, os fornecedores de fragmen-tadoras afirmam que as

papelarias poderiam explo-rar melhor a comercialização

A Multilaser aposta em

modelos portáteis.

As fragmentadoras da Multilaser

apresentam o botão “reverse”, que evita

entupimentos e retorna a folha caso tenha

sido introduzida por engano.

38

destas máquinas, que segundo eles, agregam um importante diferencial no faturamento e atraem para a papelaria os clientes corpora-tivos. “Mas, não basta deixar a fragmentado-ra em um canto da loja. É necessário apontar os diferenciais das máquinas, apresentar o produto, ou seja, ter ao menos um exemplar para demonstração e testes. Oferecemos às revendas todo o suporte necessário para a comercialização, inclusive ajudamos aqueles que desejam entrar em licitações, auxiliando-os com as especificações e análise dos pro-dutos. É um segmento que tem muito potencial para crescer”, opina o executivo da CH Tech, Lucas. A empresa almeja neste ano crescer 20% em vendas.

Para a gerente de marketing da Elgin, Mara Cristina, as papelarias grandes são bons par-

ceiros na comercialização das fragmentadoras, mas ainda é preciso melhorar a parceria com as pequenas.

Na análise da executiva da Fragcenter, Patrícia, as pape-larias lidam com uma quantidade de itens muito extensa e os vendedores não têm tempo para se aprofundarem aos deta-lhes técnicos das fragmentadoras. “Em razão disso, alguns papeleiros optam por oferecer as opções de fragmentadoras de baixo preço e qualidade duvidosa (normalmente produzi-das na China), já que é uma opção mais rápida de efetuar a venda. Porém, o consumidor que adquire a fragmentadora de baixa qualidade certamente irá se aborrecer e ficará com uma má imagem da papelaria”, afirma. Patrícia ainda sugere que o lojista ao expor as fragmentadoras, coloque junto a cada mo-delo as características técnicas, vantagens e desvantagens. “Assim, o cliente decide por qual máquina levar.”

A Winner III, da Yes,

fragmenta clipes,

grampos, cartões de

crédito, CDs e DVDs,

tem compartimento

para formulário

contínuo,

acionamento

automático, sensor de

segurança luminoso

e sonoro quando o

cesto está cheio ou

com a porta aberta,

retorno automático

quando há sobrecarga

e proteção contra

superaquecimento.

40

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Licenciamento

Linha Senninha

Os produtos escolares da marca Senninha são des-taques neste volta às aulas. A linha inclui cadernos, mo-chilas, colas, pastas, lancheiras, papel sulfite, entre ou-tros. Os royalties dos produtos são 100% destinados ao Instituto Ayrton Senna, que atende anualmente cerca de dois milhões de crianças e jovens de escolas públicas.

www.senninha.com.br / www.senna.org.br

Para os fãs de rock

Em sua linha que segue o conceito fashion, a Credeal apresenta coleções de cadernos universitários de bandas consa-

gradas e ícones no cenário internacional do heavy metal e rock como Metallica e

The Beatles.www.credeal.com.br

Patati Patatá em produtos escolares

A duplinha promete fazer da hora do estudo um momento muito mais

divertido. A linha é composta por cadernos, giz de cera, kit arte, estojos, mochilas, entre

outros itens. Tudo colorido e lúdico, de acordo com o universo de fantasia dos personagens. A proprie-

dade é licenciada pela agência Kasmanas.www.kasmanas.com

Hello Kitty no volta às aulas

A famosa gatinha está na versão rock, pop e mad. A Pacific traz as linhas infantis, Buttons e Fun, que incluem mochiletes e mochilas de diferentes tamanhos, estojos e lancheiras e duas linhas juvenis, All in Colors e Free Hand, compostas por mochila, tote bag e estojo.

www.pacific.com.br

Teleco e Teco no mercado editorial

Luis Angelotti, CEO da Angelotti Licensing anuncia a

chegada dos primeiros produtos lançados sob licença para itens de consumo, da dupla de palhaços Teleco e Teco.

São duas publicações: uma Revista de História em Qua-drinhos e uma Revista de Atividades, produzidas pela Deomar Editora. Segundo Angelotti, estes são os primeiros lançamentos de um programa de licenciamento, que prevê faturamento de cerca de 150 milhões de reais, preço ao consumidor, em 2012.

www.luizangelotti.com

44

Uma turminha especial

A Nickelodeon apostou em uma vasta linha de produtos para o volta às aulas 2012. Cadernos, caixa organizadora, mochilas, lancheiras, estojos, canetas, massas de modelar, entre outros itens, tornam-se ainda mais espe-ciais para a garotada ao estarem associados a personagens como Bob Esponja, iCarly, Fanboy & Chum Chum, Backyardigans e Dora.

http://mundonick.uol.com.br/

Kits criativos dos principais personagens infantis

Produtos que estimulam a criativi-dade das crianças e ao mesmo tem-po divertem estão no portfólio da Long Jump. São kits com canetinhas e gizes de cera, tapetes para colorir, estojos, entre outros itens, que estão associados a personagens como Minnie , Mickey, Princesas, Toy Story, Ben 10, Charlie & Lola, Meu Amigãozão, Carros 2, Peixonauta, Gata Marie e Fadas.

www.longjump.com.br

Licenciamento

Informática

Garantia de um bom som

A Multilaser lança o Speaker 2.1 15W RMS Bivolt Wood Black. Com subwoofer em madeira, acabamento black piano, tem ajuste de treble e bass independentes. Acompanha o produto o cabo P2/RCA para computador. O cabo RCA/RCA para TV pode ser adquirido separadamente.

www.multilaser.com.br

Proteção até debaixo d’água

Da marca Sumdex, distribuída pela Office Media, a Impulse Full Speed Rain Bumper é uma mochila para notebooks com até 15”. Em tecido impermeável, traz capa de chuva embutida, compartimento revestido em tecido antirrisco, divisões, além de saída para fones de ouvido.

www.officemedia.com.br

Caixas acústicas em madeira A Edifier lança as caixas de som, para desktop ou

notebook, R600 USB. Com design clássico, em MDF, vêm com controle remoto, ajuste de volume e opção mute, além de proteção magnética.

www.edifier.com.br

Compacto e alta capacidade de memória

O pen drive Ultra MINI é o destaque da NewLink. Compac-to e pesando 2.75g, destaca-se por oferecer capacidade de me-mória, de 4 a 32 GB e por ser fabricado no processo “chip on board”, em que a parte eletrônica é encapsulada como acontece com os circuitos integrados.

www.newlink.com.br

46

Prateleira

Arte em rabiscos

A nova coleção de cadernetas produzida pela Cicero Papelaria, Sketch Collection 2012, tem ca-pas com rabiscos diferenciados, de seis artistas plásticos como Antonio Bokel e Matheus “Mathiole” Lopes.

www.ciceropapelaria.com.br

Bolsas para as descoladas

A Foroni apresenta as Tote Bags nas versões Femme e Paul Frank, cada uma com 3 estampas. As bolsas têm alças que podem ser usadas como mochila, além de bolsos internos.

www.foroni.com.br

Sofisticação em cadernos

Em sua linha de cadernos universitários, a Dac oferece versões feminina e masculina, cada uma com 4 capas. A My Way, por exemplo, tem layout em material pardo com verniz. Bolas, flores, espirais e tribais compõem o visual desta linha.

www.dac.com.br

Escrita com suavidade e resistência

A Pentel do Brasil apresenta a grafite Hi-Poly-mer Ain, nas especificações 0.3, 0.5, 0.7 e 0.9. A novidade oferece resistência e suavidade e vem em embalagens com sistema de abre-fecha que possibilita a retirada de uma grafite por vez, sem contato com as demais.

www.pentel.com.br

Novos marcadores de páginas

A 3M tem novidades na marca Post-it Flags. São pacotes de 100 unidades nos tons azul, amarelo, vermelho, verde claro e pink. Tem os Flags Transparen-

tes (pink, laranja, amarelo fluorescente e azul); e os Flags de Papel, com 200 unidades em cores variadas, com 50 itens cada: verde claro, amarelo, laranja e pink.

www.3m.com.br

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Brinquedos

Diversão no banho

Para o momento do banho ser ainda mais prazeroso, a Girotondo traz os Amigos Divertidos. O brinquedo vem em 2 op-ções de bichinhos: gato/peixe e elefante/jacaré, que podem ter a cabeça e o cor-po trocados.

www.girotondo.com.br

Um divertido carrinho sonoro

Bibi, o Aventureiro, da Brinquedos Estrela, é indicado para os consumidores pequeninos. Macio, vem com 4 melodias, 20 vozes e efeitos sonoros. Quando a criança o move, ele diz a direção do movimento: “para frente” e para trás”, e quando capota faz um barulhão.

www.estrela.com.br

Brinquedo do Pokémon Em sua linha de brinquedos Pokémon, a Long

Jump lança o Pokémon Pop N Battle, que vem com uma Pokebola. A criança dispara o personagem, que desliza, e tenta acertar o alvo, que funciona como uma armadilha que prende o personagem.

www.longjump.com.br

Curtindo um som com o Peixonauta

Para os fãs do Peixonauta, a Candide traz Companheiros, composto por mini rádio FM com relógio digital. O relógio funciona com

bateria LR 41 inclusa apenas para demonstração e o rádio utiliza 2 pilhas tamanho AA.

www.candide.com.br

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Serviço

EntrevistaThaís Frotahttp://thaisfrota.wordpress.com

Raio X dos NegóciosComercial Papelariawww.comercialpapelaria.com.br

Categoria de ProdutoFilipersonwww.filiperson.com.brInternational Paperwww.chamequinho.com.brSuzanowww.suzano.com.br

Artigowww.acrimet.com.br

TendênciaCH Techwww.chtech.com.brElginwww.elgin.com.brFragcenterwww.fragcenter.com.brMultilaserwww.multilaser.com.brYeswww.yesbrasil.com.br

MemóriaBicwww.bic.com.br

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