revista mercofrio 42

24

Upload: joao-martimbianco

Post on 23-Mar-2016

260 views

Category:

Documents


25 download

DESCRIPTION

Fique por dentro de tudo relacionado a refrigeração industrial, corporativa e residencial.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Mercofrio 42
Page 2: Revista Mercofrio 42
Page 3: Revista Mercofrio 42
Page 4: Revista Mercofrio 42

4 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

REVISTA

A Revista MERCOFRIO é a publicação oficial da ASBRAV,com periodicidade bimestral.Edição e comercialização: RNM EditoraRua Eça de Queiróz, 576, Petrópolis, Porto Alegre-RSCEP 90670-020 - Fone/Fax: (51) 3028-5614Diretor Geral: Eduardo Antônio MarquesDiretor Comercial: Tiago de Macedo Marques,[email protected] de Contas: Marcelo [email protected] Responsável: Ana Paula Baldoino - Reg. 6142 DRT/RS

[email protected]ção: Jornalista Tânia Souza - MTb:7738

Editoração: Novas Artes - [email protected]

www.portalhvac-r.com.br

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, e não refletem

necessariamente a opinião da ASBRAV e da RNM Editora.

Editorial

CA

PA

: JO

ÃO

MA

RT

IMB

IAN

COÍndice

05 Posse na ASBRAV06 Lançamentos07 Mercado & Profissionais09 AHR Expo 200910 Gás Natural12 Comissionamento16 Refrigeração20 Artigo Técnico

SEDE RSRua Arabutan, 324Navegantes - Porto Alegre / RS CEP 90240-470fone/fax (51) 3342-2964 / 3342-9467 / 9151-4103E-mail: [email protected]: www.asbrav.org.brESCRITÓRIO REGIONAL DE SANTA CATARINAE-mail: [email protected]ÓRIO REGIONAL DO PARANÁRua Imaculada Conceição, 1155 (PUC/PR)Prado Velho, Curitiba / PR CEP 80215-901fone (41) 3334-4810E-mail: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Sérgio Helfensteller1º Vice-presidente: Luiz Afonso Dias2º Vice-presidente: Mário Alexandre M. Ferreira3º Vice-Presidente: Luiz Carlos PetrySecretário: Luiz Barney Balduzzi PavanTesoureiro: Adão Webber LumertzDiretor Administrativo-Financeiro: Luiz Afonso DiasDiretor de Comunicação e Marketing: João Henrique Schmidt dos SantosDiretor de Desenvolvimento Associativo: Bolivar Peres FagundesDiretor de Ensino e Treinamento: Paulo Otto BeyerDiretor de Gestão Empresarial: Luiz Alberto HansenDiretor Grupo Setorial Ar Condicionado: Cesar Augusto Jardim De SantiDiretor Grupo Setorial Refrigeração: Vanderson Aloise ScheiblerDiretor de Integração Regional: Marcelo P. Bechstedt AccursoDiretor do Mercofrio: Mário Alexandre M. FerreiraDiretor da Qualidade: Marco Machado CesaDiretor de Relações Institucionais: Eduardo Hugo MüllerDiretora Social: Janaina dos Santos CostaDiretor Técnico: Luiz Carlos PetryDiretor Escritório Regional do Paraná: Mauro Callegari

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Telmo Antonio de BritoTitulares:Bolivar Peres FagundesEduardo Castro de OliveiraGilmar Luiz Pacheco RothJoão Henrique Schmidt dos SantosMarcelo Costi PereiraRicardo Vaz de SouzaRobinson CarasaiRodolfo Rogerio TestoniSuplentes:Flávio Ribeiro TeixeiraOto RennerSidnei Andrade dos Santos

COMITÊ ASBRAV DO PGQPPresidente: Bolivar Peres FagundesCoordenador Geral: Marco CesaCoordenador de Capacitação: Marcelo Costi PereiraCoordenador de Avaliação: Ademir SilvaSecretária Executiva: Telma Rosa

CONSELHO EDITORIALAdão Webber Lumertz, Arivan Zanluca, Bolivar Fagundes, Carlos Eduardo Ribeiro,Carlos Leon, Cesar De Santi, Eduardo Hugo Müller, Fernando Cunha, Hani Lori Kleber,João Carlos Antoniolli, João Carlos Schmitt, José Algusto Castro Chagas, Luiz AlbertoHansen, Luiz Carlos Petry, Mário Alexandre M. Ferreira, Maurício Carvalho, MarceloDeschamps, Nathan Mendes, Paulo Fernando Presotto, Paulo Otto Beyer, Paulo RenatoPerez dos Santos, Roberto Schmidt, Tatiana Bertolini e Teimo Antonio de Brito.

Sérgio Helfensteller

Presidente da ASBRAV

Planos da nova gestãoMeus amigos e colegas,

primeiro quero agradecer a

todos, pelo apoio e a confi-

ança depositados em mim.

Gostaria também de refor-

çar o que já havia declarado

no meu discurso de posse:

iremos dar continuidade em

todos os trabalhos já reali-

zados nestes quase 14 anos de ativi-

dade da ASBRAV. Não poderia ser dife-

rente, todas as diretorias que me an-

tecederam foram muito importantes

para a consolidação de nossa classe.

Cada uma fez a sua parte, ou seja, re-

presentou nosso segmento de uma for-

ma séria e buscando sempre o melhor

em todas as ocasiões.

Agora chegou a nossa vez. Procu-

rei montar uma diretoria homogênea

e com três objetivos especiais a serem

alcançados: dobrar o número de as-

sociados; reformular a comunicação e

o marketing com o mercado e intensi-

ficar os treinamentos em gestão em-

presarial.

Para isto, necessitamos do engaja-

mento de todos os diretores e vamos

trabalhar no sentido de oferecer algo

diferente aos associados e aos que es-

tão chegando, agregando valor para

seus negócios e ao mesmo tempo fa-

zendo com que todos sin-

tam prazer em fazer parte

desta entidade.

Temos também que sa-

ber difundir nossa associa-

ção, a todos os demais usu-

ários em geral e aos forma-

dores de opinião, junta-

mente com as demais enti-

dades que fazem parte de forma dire-

ta ou indireta do nosso segmento.

E por último, buscar parcerias com

entidades habilitadas e reconhecidas

em desenvolver treinamentos na área

de gestão empresarial, a fim de que

possamos proporcionar a nós empre-

sários e aos futuros que virão, capaci-

dade suficiente de exercerem seus ne-

gócios da melhor forma possível, den-

tro da ética e do senso profissional.

Não será nada fácil, sabemos dis-

to, mas com a ajuda de todos os dire-

tores e principalmente dos nossos as-

sociados e demais setores da socieda-

de, com certeza atingiremos os objeti-

vos traçados.

Que Deus nos ilumine em todos es-

tes planos e ações.

Um grande abraço.

A REVISTA MERCOFRIO ESTÁDISPONÍVEL EM VERSÃOELETRÔNICA NO SITEWWW.PORTALHVAC-R.COM.BR

Page 5: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 5

Aconteceu

Uma noite digna de registro. A cerimônia deposse da Diretoria Executiva da Associação SulBrasileira de Refrigeração, Ar Condiciona-do, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), parao biênio 2009/2010 transcorrida em 5 de marçona Churrascaria Laçador, reuniu cerca de no-venta convidados – entre associados, diretores,conselheiros, empresários, e representantes deentidades a saber: Ivo Germano Hoffmann vice-presidente da Associação Brasileira de Engenhei-ros Mecânicos - RS (ABEMEC-RS) acompanha-do do Diretor Adm. Financeiro, Carlos AlbertoCorrea; Arnaldo Basile vice-presidente da Asso-ciação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicio-nado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA); CaioMeirelles vice-presidente da Associação Gaúchade Empresas de Montagens e Instalações (AGEI);Augusto César Mandagaran de Lima vice-presi-dente do Conselho Regional de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia do RS (CREA-RS); ClovisLeopoldo Reichert Diretor da Faculdade deTecnologia SENAI Porto Alegre (FATEC); Profº.Nathan Mendes Diretor do Programa de Pós-Gra-duação em Engenharia Mecânica da PontifíciaUniversidade Católica do Paraná (PUCPR); JoséCarlos Assis da Rosa Diretor da Escola de Educa-ção Profissional SENAI Visconde de Mauá e SENAIAutomotivo; Nelson Ávila vice-presidente do Sin-dicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimentoe Tratamento de Ar no Estado de São Paulo(SINDRATAR/SP); Aquiles Dalmolin vice-presi-dente do Sindicato das Indústrias da ConstruçãoCivil do RS (SINDUSCON-RS); Newton Quites Pre-sidente da Sociedade de Engenharia RS (SERGS);Cláudio Richter, Luiz Inácio Sebenello e PauloRichter Diretores da Sul Eventos e Construsul;Luis Tadeu Belloni e Adão Rodrigues da Compa-nhia de Gás do Estado do RS (SULGÁS); Profes-sor Paulo Beyer Chefe do Departamento de En-genharia Mecânica da Universidade Federal doRio Grande do Sul (UFRGS).

Além, da nova Diretoria foram também apre-

Diretoria eleita toma posse na ASBRAV

sentados, os integrantes do Conselho Deliberati-vo, eleitos e empossados na Assembleia de 9 defevereiro.

No transcorrer do ato solene, foram citadasas mensagens de congratulações recebidas: dagovernadora do Estado, Yeda Crusius, do Presi-dente da Assembleia Legislativa, Deputado IvarPavan, do Coordenador de Articulação Empre-sarial da FIERGS, Jorge Serpa, do Presidente doTribunal de Justiça do Estado, DesembargadorArminio José Abreu Lima da Rosa, do SecretárioEstadual do Meio Ambiente, o Engenheiro e De-putado Berfran Rosado e do empresário Dr. Pau-lo Vellinho.

No discurso de posse, o empresário SérgioHelfensteller, lembrou a história da ASBRAV, daimportância do empreendedorismo e dos novosdesafios que passam a ser perseguidos pela novagestão.

METAS

Como metas centrais para os dois próximosanos (2009/2010), Helfensteller se comprome-teu a dar continuidade às ações desenvolvidaspelas gestões anteriores, fortalecendo aindamais o foco de qualificação e desenvolvimentoprofissional do setor, citando como exemplo oCurso de Mecânico de Refrigeração e Ar Condi-cionado, que já qualificou mais de 800 alunos,e o Curso Técnico de Refrigeração e Climatiza-ção, ministrado na Escola de Educação Profis-sional SENAI Visconde de Mauá, contribuindopara a geração de empregos. Também, preten-de firmar parcerias, com outras entidades eproporcionar aos associados, treinamento em-presarial com cursos de atualização.

Após, a cerimônia de posse, foram home-nageadas com flores, em alusão ao Dia Inter-nacional da Mulher, as senhoras Deisi Müller,Dione Helfensteller, Hani Kleber e Janaina Cos-ta, e em seguida, foi aberto o jantar de confra-ternização.

DIRETORIA ASBRAV2009/2010DIRETORIA ASBRAV 2009/2010

Sérgio Helfensteller

PresidenteSão Carlos Ar CondicionadoLuiz Afonso Dias

1º Vice-Presidente e Diretor Adm/FinancKlift Serviços de ClimatizaçãoMário Alexandre M. Ferreira

2º Vice-Presidente e Diretor do MercofrioProjetos Avançados EngenhariaLuiz Carlos Petry

3º Vice-Presidente e Diretor TécnicoLuiz Carlos Petry Serviços de EngenhariaLuiz Barney Balduzzi Pavan

SecretárioArtetec Arquitetura e EngenhariaAdão Webber Lumertz

TesoureiroRefrigeração CapitalBolivar Peres Fagundes

Diretor de Desenvolvimento AssociativoAnnemos HidraúlicaCesar Augusto Jardim De Santi

Diretor Grupo Setorial Ar CondicionadoEnge Representações TécnicasEduardo Hugo Müller

Diretor de Relações InstitucionaisTrane do BrasilJanaina Dos Santos Costa

Diretora SocialDijan Química Consultoria e EngenhariaJoão Henrique Schmidt Dos Santos

Diretor de Comunicação e MarketingJoape Indústria de Equipamentos AmbientaisLuiz Alberto Hansen

Diretor de Gestão EmpresarialArmax Ar Condicionado Com e ServMarcelo P. Bechstedt Accurso

Diretor de Integração RegionalJohnson ColtrolsMarco Machado Cesa

Diretor da QualidadeM Cesa Comércio e ServiçosMauro Callegari

Diretor Escritório Regional do ParanáSuper Útil EletrodomésticosPaulo Otto Beyer

Diretor de Ensino e TreinamentoUFRGSVanderson Aloise Scheibler

Diretor Grupo Setorial RefrigeraçãoSerraff Indústria de Evaporadores

CONSELHO DELIBERATIVO

Presidente

Telmo Antonio de BritoTelco Equipamentos de RefrigeraçãoTitulares

Bolivar Peres FagundesAnnemos HidráulicaEduardo Castro de OliveiraYbemac Refrigeração e Assistência TécnicaGilmar Luiz Pacheco RothAcústika Sul EngenhariaJoão Henrique Schmidt dos SantosJoape Indústria de Equipamentos AmbientaisMarcelo Costi PereiraAir CleanRobinson CarasaiSpringer CarrierRicardo Vaz de SouzaEngemestra Engenharia e Segurança do TrabalhoRodolfo Rogerio TestoniTestoni Indústria e ComércioSuplentes

Flávio Ribeiro TeixeiraOto RennerRenner Ar CondicionadoSidnei Andrade dos SantosPlaniduto Ar Condicionado

Page 6: Revista Mercofrio 42

6 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

GESTÃO

Madeleine Schein

Mestre em Administração e Negócios pela PUCRS.www.schein.srv.br.

Lançamentos

ONDE BUSCAR RECURSOSFINANCEIROS NÃO-REEMBOLSÁVEIS?

O Cassete Supreme é o mais novo equi-

pamento da linha de minisplits, marca York,

fabricados pela Johnson Controls, trazendo

como um de seus diferenciais um display

luminoso, localizado na própria grelha, que

indica a temperatura, facilitando a visuali-

zação do set point.

Oferece flexibilidade e facilidade de ins-

talação, tornando-se solução eficiente, eco-

nômica e rápida para climatizar escritóri-

os, salas de reunião, residências, home

theater, entre outros ambientes, sendo com-

patível e harmônico com os mais diferen-

tes projetos de interiores. Possui modelos

que atendem necessidades de climatização

de 18.000 a 48.000 Btu/h.

Como o equipamento é embutido no

teto, o projeto do Cassete Supreme reduziu

Novo Cassete Supreme

10 mm em sua al-

tura para todas as capacidades,

possibilitando atender necessi-

dades de locais que possuem for-

ros com alturas menores, existentes em

edifícios e projetos atuais.

O modelo ainda permite climatizar uma

sala adjacente por meio de conexão de um

duto no orifício de uma das saídas laterais

da evaporadora. E para uma constante re-

novação de ar do ambiente, o equipamento

possibilita também a utilização de tomada

de ar externo.

Heatcraft lança UnidadeCondensadora com Fluxo Reversível

Projetada para atender as

necessidades dos mecânicos

em instalações com espaço

reduzido, a Nova Unidade per-

mite que no mesmo produto

se escolha o fluxo vertical ou

horizontal, além de contar

com um design exclusivo e

baixo nível de ruído. Além disto, também proporciona baixo consumo de energia. Estará

disponível no mercado em Abril.

A subvenção econômica à inovação é um dosprincipais instrumentos de política de governo larga-mente utilizado em países desenvolvidos para esti-mular e promover a inovação, sendo operado de acor-do com as normas da Organização Mundial do Co-mércio OMC.

No Brasil, a concessão da subvenção econômi-ca é operacionalizada pela Financiadora de Estudose Projetos FINEP, agência do Ministério da Ciência eTecnologia (MCT).

A Finep está disponibilizando recursos financei-ros através da apresentação de propostas à chamadapública do Programa de Subvenção Econômica 2009.Empresas brasileiras com projetos inovadores podemse candidatar aos recursos.

Ao todo, serão disponibilizados R$ 450 milhõespara o desenvolvimento de produtos, processos e ser-viços. Os recursos da subvenção são não-reembolsá-veis, ou seja, as empresas beneficiadas não precisamdevolver o dinheiro recebido. O projeto detalhadodeverá ser apresentado até o dia 27/03/2009.

O SENAI/SESI lançou dia 02 de março o editalInovação 2009 com objetivo de financiar projetos depesquisa aplicada, desenvolvimento experimental edesign elaborados pelos Departamentos Regionais doSENAI e do SESI em parceria com empresas, comênfase em inovação tecnológica e social. Os recursosdisponíveis para os projetos chegam até R$ 300.000,00em parceria com a entidade. As propostas poderãoser encaminhadas até o dia 30/04/2009.

A exigência básica para participação destes editaissão projetos que desenvolvam um produto, processoou serviço inovador como resultado final, assim comoum Plano de Negócios.

Os recursos estão disponíveis e as empresas ne-cessitam desenvolver inovação tecnológica para com-petir no mercado. Qual a dificuldade?

A maior dificuldade encontrada pelas empresasestá na definição de inovação e na elaboração dos pro-jetos, principalmente no preenchimento dos formu-lários exigidos e confecção do Plano de Negócios.

Para facilitar o entendimento, a inovaçãocorresponde à introdução no mercado de um produ-to ou processo novo ou significativamente melhora-do. A inovação pode ser baseada em novos desenvol-vimentos tecnológicos ou em novas combinações detecnologias existentes. Modificações de natureza uni-camente estética e a mera venda de inovações total-mente produzidas e desenvolvidas por outras empre-sas não se pode considerar inovação.

No que tange a elaboração dos projetos, as entida-des financiadoras disponibilizam os editais e formulá-rios e sugere-se que as empresas busquem assessoriaespecializada para a elaboração dos mesmos. Geral-mente as empresas não possuem profissionaisespecializados na elaboração de Planos de Negócios eacabam deixando de captar estes recursos pela dificul-dade em atender as demandas exigidas pelos editais.

Participe dos editais, os recursos estão disponí-veis e são facilmente captados através da elaboraçãode projetos.

Page 7: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 7

Mercado & Profissionais

Com relação à reportagem “Ar condiciona-

do pode trazer ameaça à saúde”, exibida noprograma Fantástico da Rede Globo, em 08 defevereiro, a Associação Sul Brasileira de Ar Con-dicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventila-ção - ASBRAV - formada por profissionais destessegmentos de atuação, apresentam informaçõesadicionais e retifica algumas das citadas na refe-rida reportagem.

Além destas informações, nos disponibiliza-mos a mostrar instalações de ar condicionadoque representem à maioria das existentes.

Algumas imagens mostradas, como ratosmortos dentro de um duto, tratam-se de casoisolado, de extrema excepcionalidade, uma aber-ração ...

Caracterizam algum caso de abandono, noqual nunca houve qualquer ação de conserva-ção ou limpeza.

As demais imagens de dutos com grande es-pessura de poeira também trata de minoria nouniverso de instalações. Certamente são imagensde dutos que nunca foram limpos e possivel-mente acumularam resíduos oriundos de obra,até porque instalações com filtros e manuten-ção não acumulam resíduos da forma comomostrado.

Além disto, a quantidade de poeira em sus-pensão deve-se a escovação realizada naquelemomento, momento este em que o equipamentoencontra-se desligado e, portanto não será inje-tada para o ambiente.

Aspecto importante como a renovação de ar,via equipamentos e instalação de ar condicionado,

também não foi abordado e trata-se de um benefí-cio que os usuários destas instalações usufruem.

São itens importantes, assim como os filtros,que permitem possuirmos ambientes mais hi-giênicos e saudáveis do que teríamos sem a cli-matização.

A imagem de bandejas com acúmulo de umi-dade, também mostra equipamento ultrapassa-do e mal conservado. Hoje as bandejas temdeclividade acentuada e devem trabalhar secas,impedindo à formação de ambiente propício aproliferação de microorganismos. Além disto sãoconfeccionadas em materiais plásticos, aço inoxou chapa galvanizada com pintura epóxi a pó, enão apresentam corrosão.

Em se tratando de normas e legislações, exis-tem sim normas específicas para as instalaçõesde ambientes destinados a saúde, Norma NBR7256 - Tratamento de Ar em Unidades Médico-Assistenciais, na qual se encontram os diversossetores de um hospital.

Há também normas destinadas aos ambi-entes ditos para conforto, Norma NBR 16401 -Norma Brasileira para Instalações Centrais deAr Condicionado para Conforto, da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas, é muito atuali-zada e completa, tendo capítulo específico sobreQualidade do Ar.

Saliente-se que a norma destinada aos am-bientes hospitalares é também bastante completae acompanha, em sua maior parte, os padrõeseuropeu e americano.

A primeira legislação criada pelo Ministé-rio da Saúde e ANVISA data de 1998, a Portaria

Mário Alexandre M. Ferreira,

Vice-presidente da ASBRAV,

Engenheiro Especializado em Climatização.

3523, criada após o falecimento do então Mi-nistro Sérgio Mota, tendo sido atualizada pos-teriormente.

Preocupa-nos completar informações sobreo assunto.

Evidente que é objetivo de uma reportagemmostrar o que está errado, com o que concorda-mos, mas em determinados assuntos, nos quaisa população não possua um senso comum so-bre o mesmo, é importante mostrar o certo ealertar para as diferenças.

E isto, em função do tempo utilizado e daqualificação técnica da reportagem, poderia tersido mostrado.

Por exemplo, quando a televisão nos mostraum acidente de um carro, trem, ônibus ou aviãotemos, como população, uma opinião formadaque houve um uso indevido ou um acidenteporque conhecemos os benefícios e as caracte-rísticas de uso destes equipamentos.

Já as características de equipamentos e deinstalações de ar condicionado não são de co-nhecimento usual da população e, esta, assis-tindo uma reportagem que mostra uma visãode fatos isolados e maléficos, pode vir a gerarum preconceito equivocado sobre o assunto.

Por defendermos a boa técnica, a qualifica-ção de nossos profissionais, por pensarmos queos alertas são válidos e para que haja um melhorentendimento por parte da população, é que nosdisponibilizamos a oferecer mais informações.

Resposta a Reportagem do Fantástico

Page 8: Revista Mercofrio 42

8 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

Mercado & Profissionais

FeirasMAIO/2009

TECNOLÁCTEA & SORVETES 2009Feira Internacional de Tecnologia para as Indústriasde Leite, Derivados e SorvetesPeríodo: 05 a 07 de maioLocal: Expo Center Norte - Pavilhão AmareloCidade: São Paulo/ SPE-Mail: [email protected]: www.tecnolacteaesorvetes.com.br

AGOSTO/2009

Tecno Carne 2009 - BrasilPeríodo: 25 a 27 de agostoLocal: Centro de Exposições ImigrantesCidade: São Paulo/SPFone: (11) 3234-7725Site: www.tecnocarne.com.br

SETEMBRO/2009

FEBRAVA16ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicio-nado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do ArPeríodo: 22 a 25 de setembroLocal: Centro de Exposições ImigrantesCEP: 04329-900 - Cidade: São Paulo /SPSite: www.febrava.com.br

Norma 31/08-CREA-RS

Centro de Regeneração do Sul

A Câmara de Engenharia Industrial do Conse-lho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agrono-mia do Rio Grande do Sul – CREA-RS, no uso dassuas atribuições regulamentares, delibera na Ses-são Extraordinária 892 de 06 de junho de 2008sobre a Manutenção e Instalação de Sistemas deAR Condicionado e de Refrigeração em Geral:

Art.1º-As atividades de manutenção e instala-ção dos sistemas de refrigeração a seguir relacio-nados, somente poderão ser executados sob a Res-ponsabilidade Técnica de profissionais habilitadoe registrado no CREA-RS:· Sistemas de Ar Condicionado e refrigeração em

geral:· Ar Condicionado com potência frigorífica ins-

talada em compressores igual ou superior à15.000 Kcal (60.000 BTU);

· Instalações e sistemas de refrigeração comer-

cial/industrial em geral excluindo-se refrige-radores e congeladores domésticos e instala-ções comerciais com potência inferior à 5CV;

Art.2º-Poderão responsabilizar-se tecnicamentepelas atividades do artigo anterior os EngenheirosMecânicos, Industrial Mecânico, OperacionaisModalidade Mecânica, Tecnólogos e Técnicos emRefrigeração.Art.3º-As atividades citadas no Artigo 1º serão obje-to de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.Art.4º-Obriga-se o Responsável Técnico a adotarpara fins de fiscalização ficha de ocorrências quedeverá ser afixada na unidade, e conter todas asanotações relativas ao equipamento, bem comoanualmente deverá o Responsável Técnico anexara ela laudo circunstanciado a respeito do estadodo equipamento.Art.5º-Revogam-se as disposições em contrário.

Diante do Plano Nacional de eliminação deCFCs no Brasil, ocorreu no dia 19 de fevereiro, opré-lançamento do Centro de Regeneração deFluidos Refrigerantes CFCs e HCFCs, da Refri-geração Capital, em Porto Alegre.

Visando, a preservação do meio ambiente, ocentro de regeneração atenderá a região sul do paíse promoverá o cumprimento da lei Estadual nº.10169 de 16 de maio de 1994, que proíbem o lan-

çamento de Gases CFC e HCFCs na atmosfera, da-nificando a camada de ozônio.

O projeto visa regenerar os produtos, testar eposteriormente, encaminha-los para a reutilização.A Refrigeração Capital já está recebendo e regene-rando todos os fluidos refrigerantes dos tipos CFCs,HCFCs e HFCs. No ato, participaram autoridades econvidados do setor.

Informações pelo fone: 51 3326-2366

Cursos & Eventos

CURSO MECÂNICO DEREFRIGERAÇÃO E ARCONDICIONADO1ª Turma - Início 23/03 Término 24/06

2ª Turma - Início 10/08 Término 11/11Carga Horária: 120 horas

CURSO INSTALAÇÃO DE SPLIT1ª Turma - Início 01/07 Término 31/07

2ª Turma - Início 16/11 Término 16/12Carga Horária: 60 horas

CURSOS DE ATUALIZAÇÃOPROFISSIONAL E GESTÃOConsulte abertura de turmas por adesão

Informações ASBRAV:(51) 3342-2964 / 3342-94679151-4103e-mail: [email protected]: www.asbrav.org.br

Cursos ASBRAV 2009

Page 9: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 9

AHR Expo é o evento mundial sobre equipa-mento, sistemas, componentes e tecnologia paraa indústria de ar condicionado, calefação, refrige-

ração e ventilação.A 61ª edição foi um dos maiores e melho-

res eventos da indústria, realizado nos dias 26

a 28 de janeiro no McCormick Place, Chicago,Illinois USA.

Mais de 54 mil profissionais HVAC-R foram

registrados sendo 35 mil visitantes e mais de 19mil expositores nacionais. Os visitantes lotaram oscorredores, atrás dos últimos produtos e tecnolo-

gias durante o evento HVAC-R.

34.973 visitantes19.095 expositores nacionais

5.383 visitantes internacionais383 companhias de exposição internacionais.

Os participantes estavam satisfeitos com aquantidade e qualidade dos expositores, especial-mente, tendo em conta, as atuais condições eco-

nômicas. “Mesmo com a turbulência da econo-mia, o público foi maior que as expectativas e osexpositores em geral estavam muito satisfeitos, com

Feira Internacionalde Climatização-AHR Expo 2009

a afluência nas suas cabines” disse Clay Stevens,presidente da Exposição Internacional Company,que produz o AHR EXPO.

BRASIL NA AHR EXPO

Principais empresas brasileiras de Refrigera-

ção, Ar Condicionado, Aquecimento e VentilaçãoHVAC-R mostraram seus produtos na maior feirado setor AHR EXPO2009.

O Engº Flávio Ribeiro Teixeira, Associado daASBRAV, esteve em Chicago e foi o nosso corres-pondente, informando em primeira mão, as úl-

timas novidades e lançamentos em climatiza-ção para a Revista Mercofrio e para o sitewww.portalhvac-r.com.br, com textos e fotos.

LANÇAMENTOS

Globus: A linha Edge HVAC, nova linha decontroladores automotivos, para aplicações de ar

condicionado e refrigeração;Powermatic: com uma nova linha de máqui-

nas de fabricação de dutos voltada à exportação e

um novo sistema de flangeamento de dutos;Apema: apresenta toda a linha de trocadores

de calor Standard;

Joape: destaque para o climatizador Junior,que esta sendo largamente distribuído no varejo

brasileiro e agora também para o mercado norteamericano;

Full Gauge: destaque para o lançamento do

produto Wall-fi, aplicado para controlador de ener-gia solar, usando tecnologia Wi fi. Este produtoganhou o selo Green Product da AHR Expo.

GRANDES DESTAQUES (INOVAÇÕES)

Empresa: Multistack - novo chiller com

tecnologia revolucionária de compressão, atravésdo compressor Turbocor, de fabricação Danfoss.

Empresa: Embraco - lançamento do

microcompressor, para pequenas cargas térmicasna área de eletrônica, notebooks, quadros deautomação, telefonia e etc.

Page 10: Revista Mercofrio 42

10 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

A Sulgás, juntamente com aPetrobras e o Governo do Rio Grandedo Sul, realizou, em Porto Alegre, oSeminário de Climatização a Gás Na-tural. O evento que ocorreu no dia seisde março reuniu mais de 100 pessoasno Novotel, entre projetistas, arquite-tos, engenheiros e instaladores de gás.Flávio Soares, diretor técnico comer-cial da Sulgás, realizou a abertura doevento com um panorama da utiliza-ção de gás natural no Rio Grande doSul, que atualmente consome 1,35 mi-lhão m3 gás/dia para 26 cidades gaú-chas. Conforme Flávio, o nosso esta-do apresenta um alto potencial parao desenvolvimento do mercado de cli-matização a gás natural e que os hos-pitais, hotéis e shoppings são os con-sumidores com perfil mais adequadoao setor. Entre os clientes atendidospela Sulgás estão os shoppingsIguatemi, Bourbon, Moinhos eBarraShoppingSul, Sheraton Hotel e oshospitais como São Lucas, Clínicas,Moinhos de Vento, Mãe de Deus, en-tre outros. “A climatização a gás natu-ral não é somente uma tendência demercado, e sim uma realidade queprecisa estar presente no Rio Grandedo Sul, a exemplo de várias localida-

Climatização a Gás Naturalé pauta em Porto Alegre

des brasileiras e do exterior, porquevisa, sobretudo, a economia, preser-vação ambiental, segurança e aumen-to da produtividade”, conclui o dire-tor técnico-comercial da Sulgás.

Dando continuidade ao evento, fo-ram realizadas cinco palestras, compalestrantes de todo o Brasil: CenárioBrasileiro de Climatização a Gás Na-tural, apresentada pelo presidente doDN Projetistas da Abrava, Osvaldo

Alves Junior, tratou dos princípios bási-cos da refrigeração, detalhando e com-parando o processo por compressão eabsorção. Mostrou a diferença dosequipamentos para cada ciclo. Porcompressão utiliza o acionamento docompressor por meio do motor de com-bustão interna, utilizando gás natural.O por absorção, utiliza energia noqueimador do chiller proveniente daqueima direta de gás natural.

Chillers de Absorção também foi otema da palestra do diretor da UnionRhac Tecnologia em Sistemas por Ab-sorção e Energia, José CarlosFelamingo, que também detalhou a his-tória do chiller desde sua criação.

Alexandre Breda, diretor de gran-des consumidores GNV e suprimentode gás da Comgás, falou sobre osCasos de Sucesso em Climatização aGás Natural. “O objetivo era apresen-tar cases de sucesso na aplicação daclimatização a gás natural em São Pau-lo, com exemplos reais em shoppingcenter, hospital, prédio comercial, re-des varejistas e hotéis”, diz Breda. “Éimportante frisar que o desenvolvimen-to desse mercado, com grande poten-cial, sempre é fomentado pela distri-buidora de gás natural local, transfe-Flávio Soares, diretor técnico da Sulgás

Page 11: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 11

rindo expertise e know how a todos osagentes do mercado (projetistas, arqui-tetos, instaladores, proprietários, admi-nistradores, etc.)”. Como ponto positi-vo dessa aplicação, tem-se o desloca-mento de carga elétrica (visto que o arcondicionado representa até 50% doconsumo elétrico de um empreendi-mento comercial), uma maior confia-bilidade no fornecimento de gás natu-ral, redução do nível de ruído da cen-tral de ar condicionado, sendo umaaplicação econômica e ambientalmen-te correta.

A Sanyo através de seus gerentes daSanyo Brasil, Leila Vieira Nobre eCristiano Maeda apresentou os Siste-mas GHP (Gás Heat Pump). O equipa-mento GHP (Gas Heat Pump) foi de-senvolvido no início dos anos 80 noJapão, devido ao aumento de deman-da de energia elétrica, proveniente doalto crescimento da indústria e maiorpoder aquisitivo dos japoneses. Preo-cupado com a demanda de energiaelétrica no país, o governo japonêscriou a política de diversificação enivelação da matriz energética. “Nes-

• Deslocamento de energia elétrica, disponibilizando-a para ocrescimento do empreendimento;

• Green Building (certificação internacional de sustentabilidade) ;

• Aumento de eficiência do processo;

• Possibilidade de investimento BOT;

• Abundância de gás natural no horizonte próximo;

• Cenário de energia elétrica incerto;

• Aumento da confiabilidade da operação do cliente em plantashíbridas;

• Distribuição de gás natural com maior confiabilidade do que aelétrica;

• Possibilidade de aproveitamento de água quente;

• Financiamento BNDES – Linha Proexo

• Geração de ponta com migração futura para cogeração

Vantagens do Gás Natural (fonte Comgás)

se mesmo ano, uma das maiores com-panhias distribuidora de GN do Japãosolicitou a Sanyo o desenvolvimento deum sistema alternativo aos sistemasconvencionais elétricos que a matrizenergética seja o GN”, diz Maeda.“Após cinco anos de estudos e desen-volvimento a Sanyo lançou no merca-do japonês o primeiro sistema de arcondicionado movido a gás natural, de-nominado GHP”. O sistema consisteem um motor estacionário à combus-tão interna, quatro cilindros, ciclo Miller,acionamento por centelha. O compres-sor é rotativo, compressão por palheta,corpo em alumínio selado e aciona-mento por correia. “Graças à grandeversatilidade do sistema, podemosatender os mais variados tipos e ne-cessidades”, completa Maeda.

Completando o ciclo de palestras,Cláudio Teitelbaum, diretor de quali-dade e relacionamento com o clienteda Joal Teitelbaum, falou sobre O GásNatural e a Sustentabilidade. E mos-trou como a construção civil pode seadequar para garantir a sustentabili-dade do empreendimento.

José Carlos Felamingo

Alexandre Breda

Osvaldo Alves Junior

Cláudio Teitelbaum

Cristiano Maeda

Page 12: Revista Mercofrio 42

12 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

O processo de comissionamento é con-fundido, por muitas pessoas, com o proces-so de Teste, Ajuste e Balanceamento (TAB).Ele é um processo, estruturado, cujo objeti-vo é assegurar que todas as necessidades doempreendedor/usuário daquela instalação,tenham sido contempladas no projeto. Osequipamentos e componentes devem ser cor-retamente selecio-nados e devidamente ins-talados.

Logo, o processo de comissionamentodeve começar antes da realização da obra pro-priamente dita, e pode seguir por um perío-do depois, que a instalação esteja em opera-ção.

Em geral, o processo de comissionamentopode ser dividido nas seguintes fases: pré-projeto, projeto, construção e ocupação e ope-ração.

FASE DO PRÉ-PROJETONessa fase o objetivo básico é definir as

necessidades que o projeto a ser realizadodeve atender.

Para isso, se desenvolve um documentochamado de requerimentos do proprietáriopara o projeto (em inglês Owner’s Project

Requirement-OPR). Nessa lista de necessi-dades, é levada em conta a ocupação previs-ta para o edifício, a arquitetura desejada, se

Comissionamento no Brasil e no mundoProcesso que participa de todo o ciclo de vida de um empreendimento, da concepção até a sua ocupação.

o edifício vai ser certificado ou não, o plane-jamento (com a identificação do escopo e doorçamento) e o inicio das atividades de co-missionamento. “Um ponto muito importan-te, é a revisão e o uso no projeto que vai serrealizado, do aprendizado obtido através deacertos e erros, em obras anteriores” explicaRicardo Suppion.

Uma das primeiras atividades é a defini-ção de um grupo ou de uma pessoa que seráresponsável pela execução do processo de co-missionamento. O ideal é que essa pessoaou empresa seja contratada pelo proprietá-rio e que vá trabalhar em conjunto com oquadro funcional do projeto: instalação, acei-tação de obra e manutenção, mas não vaiexecutar propriamente nenhuma dessas fa-ses.

FASE DE PROJETODurante essa fase são revistos e atualiza-

dos os requerimentos do proprietário (OPR)e o plano de comissionamento. Provavelmen-te a ação mais importante dessa fase, seja adefinição clara, do que se deve incluir no pro-jeto indicando o porque de cada uma dessascaracterísticas, baseado no que foi definidonos requerimentos do proprietário.

Essa documentação é chamada de Basede Projeto e vai ser utilizada no final da fase

de projeto, para verificar se o mesmo foi re-alizado dentro do que se queria. Essa descri-ção deve ser a mais clara possível de modoque todos os envolvidos no processo possamentendê-la. Aqui se pode incluir as classesdos componentes e dos sistemas, cálculosprimários do ar condicionado, tipo de siste-ma a ser utilizado, etc. Outro ponto impor-tante aqui é a definição e a inclusão dos re-querimentos de comissionamento nas espe-cificações de projeto, isto é, quais sistemas eequipamentos devem ser submetidos ao co-missionamento, descrevendo as especifica-ções, checklist de construção, testes e docu-

Comissionamento

Page 13: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 13

mentações necessárias. Inicia-se também aidentificação e listagem dos treinamentosnecessários para o pessoal de operação emanutenção, assim como a preparação dosmanuais da obra.

A integração entre as parte é muito im-portante nessa fase.

FASE DA CONSTRUÇÃOBasicamente aqui se trabalha para garan-

tir que tudo que foi definido nas fases ante-riores esteja sendo realizado. É claro que al-guns ajustes podem e vão ser realizados.

Nesta fase, a literatura pode definir algu-mas subfases:

Instalação: verificar se os equipamen-tos e sistemas estão corretamente localiza-dos, dimensionados e instalados. Garantir alimpeza e os testes iniciais (por exemplo, oteste de pressão nos sistemas de água) dosmesmos.

Pré-comissionamento: o principal ob-jetivo é verificar se todos os sistemas e equi-

pamentos estão instalados e em condiçõessatisfatórias e seguras para os procedimen-tos de partida.

Testes e Comissionamento: os váriossistemas e os equipamentos vão sendo testa-dos de acordo com o que foi descrito no pla-no de comissionamento, definido anterior-mente. No cronograma de entrega e, no finaldo processo existe o teste do edifício comoum todo, e a aceitação final do projeto.

FASE DE OCUPAÇÃO E OPERAÇÃO (OUCOMISSIONAMENTO CONTÍNUO)

Basicamente temos as seguintes funções:- Garantir que todas as pessoas envolvidas

na operação e manutenção foram devi-damente treinadas e que a documenta-ção esteja disponível.

- Verificar todos os possíveis defeitos de fa-bricação dos equipamentos e componen-tes do sistema e resolvê-los antes do tér-mino do período de garantia.

- Acompanhar os resultados da operação

Comissionamento

(condições de conforto, consumo deenergia, etc.) e confrontá-los com os es-perados pelo projeto. Caso, não estejasendo atendido os requisitos, identificaras causas e corrigi-las. Na impossibilida-de de ter os requisitos atendidos identifi-car e documentar as causas e os desviosesperados na nova situação.

- Detectar e resolver problemas que não fo-ram previstos inicialmente.

Page 14: Revista Mercofrio 42

14 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

- Verificação do processo de comissiona-mento da obra feita pelo gerente decomissioamento em conjunto com to-das as outras partes envolvidas (time deprojeto, proprietário, instaladores, cons-trutora, etc.). É importante aqui tentaridentificar o que saiu errado e deve sercorrigido assim como o que deu certo,mas pode ser melhorado em processosfuturos.

IMPORTÂNCIA E NECESSIDADECom a diminuição dos prazos de entrega

de uma obra, o aumento da complexidade dasinstalações, a certificação de edifícios, etc., oprocesso de comissionamento vai ganhandomais e mais importância, pois ele pode ser fun-damental no sucesso ou fracasso do processocomo um todo, isto é, a fábrica pode ter muitasperdas no processo, o hospital pode ter aumentonos casos de infecção hospitalar, os centros co-merciais uma baixa retenção de clientes, os es-critórios uma queda de produtividade, etc. Adefinição clara do que se quer, como se vai atin-gir esses objetivos e a certificação de que tudofoi realizado e os objetivos atingidos parece seralgo básico e lógico para todos, porém, nemsempre é realizado.

VANTAGENSO comissionamento é uma ferramenta

poderosa na melhoria do desempenho dasinstalações, no processo de construção de la-boratórios, hospitais, edifícios comerciais,shopping centers, instalações industriais, etc.

Por si só o comissionamento já é, um di-ferencial, mas o resultado pleno da sua apli-cação vem com a mudança de paradigmasutilizados até hoje, em qualquer implanta-ção ou construção. Deve fazer parte de umnovo conceito de implantação.

Se uma instalação funciona como proje-tada e, atende o requerimento do usuário, játemos o início, do retorno, do investimentodo empreendedor.

Uso racional de energia e uma instala-ção que se mantém em funcionamento, du-rante o seu ciclo de vida, proporcionando oconforto para o usuário e, portanto ambien-tes propícios para a produtividade ou ambi-entes industriais adequados para produção,utilizando-se apenas da energia necessáriapara isto.

Documentação mais rica para o opera-dor do edifício, indicadores adequados paraoperação, facilidade de manutenção etc.

Comissionamento

Page 15: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 15

Fontes: Ricardo Suppion da Tour & Andersson e

Wili Hoffmann da Veranum Tempus.

NO BRASIL Pós-ocupação

No Brasil, o que vem acontecendo é a ten-tativa de aplicação, da técnica nas constru-ções antigas e obsoletas. Como se fosse ape-nas mais um elemento ou insumo. “Esta éuma idéia errada e o nosso mercado vai terque pagar o preço para aprender isto. Temosomente, que a aplicação inadequada destaferramenta, possa causar e criar um estig-ma no processo, concedendo-lhe a fama deque não funciona”, pondera Wili Hoffmann.

MUNDOConforme dados da pesquisa realizada pelo

Lawrence Berkeley National Laboratory,Berkeley CA, 81% dos edifícios entregues aosusuários sem o comissionamento apresenta-ram problemas nas instalações novas de HVAC(Hagler Baily Consulting, 1998).

Outro estudo feito nos EUA pelo LBNLem 60 edifícios apontou que 50% delesapresentaram problemas no sistema de

controle e monitoração, 40% problemasem equipamentos de HVAC, 15% faltavamequipamentos incluídos no escopo e 25%apresentaram mal funcionamento no sis-tema de gerenciamento de energia, econo-mizadores e/ou sistemas com variadoresde frequência (Piette,1994).

Apesar, das diferenças de interpretaçãoe, alcance do comissionamento na Europa eEstados Unidos, há muito tempo existe umesforço de divulgação, inclusive, sendo umpré-requisito, para a certificação de edifíciosde alto desempenho (L.E.E.D. do GBC).

Comissionamento

SISTEMAS PREDIASOs sistemas prediais que envolvem comis-

sionamento são: o ar condicionado, sistemasmecânicos e seus controles, dutos e isolamen-tos, energias alternativas e renováveis, siste-mas de segurança física, sistemas elétricos,controles de iluminação, sistemas de luz na-tural, recuperação de calor e sistemas dearmazenamento térmico.

Page 16: Revista Mercofrio 42

16 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

Refrigeração

A Refrigeração na Indústria Frigorífica

vêm passando por uma profunda reforma,

como consequência dos protocolos de Mon-

treal e de Kyoto, onde diversas normas e

restrições foram estabelecidas quanto aos

fluidos empregados.

As diversas aplicações industriais, o

acondicionamento de alimentos e o contro-

le do clima em ambientes fechados servem

como exemplo da melhoria na qualidade de

vida promovida pela produção de frio.

Os sistemas de refrigeração são gran-

des consumidores de energia elétrica e

usam para seu funcionamento, fluidos

químicos que apresentam, a depender da

tecnologia empregada, grande toxidade ou

capacidade de prejudicar o meio ambien-

Refrigeração na Indústria FrigoríficaNovas Tecnologias

te. Porém, são fundamentais para a con-

servação de produtos perecíveis.

Concentram-se na eficiência, em dar

melhor resposta às variações de tempera-

tura, na preocupação em otimização do

espaço físico, deixando maior área para

os produtos, na leveza, reduzindo drasti-

camente a necessidade de estrutura para

a instalação. Além disso, os produtos es-

tão sendo desenvolvidos com conceitos

sustentáveis.

TECNOLOGIASAs tecnologias mais comuns na atuali-

dade estão relacionadas ao desenvolvimen-

to de componentes eletrônicos e mecâni-

cos que tornam os sistemas frigoríficos

mais eficientes, explica Vinícius Nori de

Evaporador com tubulação

de inox (série NHI)

Page 17: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 17

Page 18: Revista Mercofrio 42

18 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

Refrigeração

Oliveira Resende, Gerente de Engenharia e

Serviços da Carrier.

Alguns exemplos a seguir:

1) evaporadores mais eficientes com o uso

de tubos ranhurados, que aumentam a

área de troca consideravelmente;

2) controles eletrônicos digitais para com-

pressores e condensadores. Estes dis-

positivos também permitem que as áre-

as climatizadas ou processos tenham

um controle mais rigoroso das tempe-

raturas, obtendo ganhos em qualidade

e consumo de energia;

3) controles de rotação de motores per-

mitem o uso racional da energia;

4) motores elétricos mais eficientes, com

alto fator de potência;

5 fluídos secundários que limitam a

quantidade de gases nocivos ao meio

ambiente e diminuem os custos com a

manutenção;

6) válvulas de expansão eletrônicas, que

otimizam a operação dos evaporadores,

diminuindo as perdas por baixo supe-

raquecimento;

7) reutilização do calor de condensação

para aquecimento de água;

8) uso do CO2 como fluído refrigerante,

gás com baixo poder de agressividade

ao meio ambiente, comparado com as

outras opções disponíveis.

Exceto instalações com CO2 e fluídos

secundários, todas as tecnologias citadas

podem ser utilizadas em instalações exis-

tentes.

Os fluídos secundários não apresentam

boa relação custo x benefício em reformas

parciais de sistemas, apenas em instalações

novas.

O CO2 somente pode ser aplicado em

instalações novas por se tratar de um pro-

jeto com características singulares.

“Em termos, de trocadores de calor

aletados (evaporadores e condensado-

res), a Mipal tem investido na flexibili-

dade para atender às diversas necessi-

dades de aplicações de gases refrigeran-

tes atuais, onde as características de

transmissão técnica e resistência são es-

pecíficas. Os produtos são projetados

para que as necessidades dos usuários

sejam atendidas, o uso de tubulação de

alumínio, oferece inúmeras vantagens,

e esta tecnologia é de domínio da Mipal

desde a década de 70,” relata Antônio

Cláudio Montiani Palma - Diretor Geral

da Mipal.

Page 19: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 19

Refrigeração

ECONOMIAA crescente preocupação com o meio

ambiente tem acelerado o desenvolvimento

de sistemas de refrigeração, no sentido de

atenuar o impacto ambiental. Para produ-

zir frio e diminuir o consumo de energia na

refrigeração frigorífica todas as tecnologias

citadas anteriormente têm por objetivo re-

duzir o consumo de energia, bem como,

aumentar a performance dos sistemas.

Existe uma tecnologia, não citada ante-

riormente, que é uso de sistemas reversí-

veis para se obter o degelo de evaporadores

sem a utilização das resistências elétricas,

mas está sendo utilizada em maior escala

na refrigeração comercial, talvez devido ao

grau de complexidade maior quando apli-

cado a sistemas industriais.

Também, é importante um estudo,

mais detalhado do funcionamento dos

equipamentos, maior aprimoramento téc-

nico, mais vínculo com universidade, bus-

ca por materiais mais adequados, desmis-

tificação da amônia como refrigerante, para

citar os principais.

EFEITO ESTUFAResende avalia que O uso do CO2 na re-

frigeração parece ser a saída para o proble-

ma do aquecimento global, sendo a Europa

a protagonista principal da atualidade. Com

os fluídos secundários reduz o impacto

ambiental, mas consome-se mais energia.

Também, é necessário um amplo e per-

feito conhecimento nos materiais empre-

gados, a utilização de produtos amigáveis

à camada de ozônio e ao meio-ambiente e

de produtos de alta eficiência para reduzir

o efeito estufa.

A REFRIGERAÇÃOO Brasil tem uma indústria frigorífica,

muito forte, que abastece o mercado in-

terno e atende a enormes volumes de ex-

portação. A refr igeração industr ial

viabiliza os processos em frigoríficos de

grande porte, nos quais, existe uma gran-

de demanda, de produtos processados di-

ariamente. O segmento de refrigeração

industrial é amplo, e abrange muitos ti-

pos de componentes e serviços. A prin-

cipal tecnologia utilizada, em larga esca-

la, é a refrigeração com gás amônia.

Embora, este gás, tenha grande nível de

toxicidade, ele não é nocivo ao meio am-

biente e permite que se trabalhe com

grandes volumes a serem processados ou

armazenados.

“Devido, a ser muito tóxico e preju-

dicial ao ser humano, quando em conta-

to com o gás, são necessários cuidados

extremos no quesito segurança” explica

Marcelo Marx da Deltafrio – que lançou

uma linha de evaporadores, fabricados com

tubulação de inox, e aletas em alumínio

(Série NHI).

Page 20: Revista Mercofrio 42

20 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

Artigo Técnico

Depuração IsoentálpicaSistema de Pressurização de Subestações Elétricas em Ambiente Industrial

1. INTRODUÇÃONosso estudo aborda a questão da qualidade do

ar interno de instalações técnicas abrigadas, sob ofoco de poluentes quimicamente agressivos, em de-trimento dos biologicamente ativos já abordados emoutros trabalhos e que se tornaram evidentes a partirde ocorrências graves de insalubridade e doenças emedificações climatizadas que culminaram com dife-rentes legislações estabelecidas pela ANVISA/ M.S. eórgãos estaduais.

Este trabalho aborda questões de ventilação deinstalações técnicas de subestações elétricas implan-tadas em plantas industriais cuja atmosfera reinanteseja quimicamente agressiva ao ponto de compro-meter a confiabilidade operacional e/ou a preserva-ção patrimonial e/ou ações de manutenção opera-cional de ciclos curtos.

2. ESTUDO DE CASOPara contextualizar a análise estabelecemos o es-

tudo de um caso, o da Subestação Pituba da COELBA(Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) emSalvador, na qual iremos simular um estudo funda-mentado na Pressurização de Subestações Elétricasde Potência em região com atmosfera salina, visandocontrolar a concentração de íons salinos e grãos desal em suspensão dissolvidos e poluentes de poeirasurbanas.

A elevada freqüência de panes nos contatos dechaves conversoras por corrosão salina e subsequen-tes substituições de onerosas, obrigou o enclausura-mento dos componentes elétricos com vistas a suapreservação diante do ataque salino da atmosfera lo-cal. Tratase de uma construção de 750 m³ para abri-gar casa de celas de 11,9 kV, dispondo de capacitores,chaves de transferência e transformadores como fon-tes dissipadoras de calor.

A injeção de ar isento de salinidade e resfriadona Subestação Elétrica promove a eficaz remoção docalor dissipado pelos transformadores, variadores defreqüência e capacitores.

Carga Térmica Dissipada: A operação de equi-pamentos e dispositivos elétricos tem como caracte-rística a dissipação térmica como escoadouro da ine-ficiência do dispositivo, ou seja, a diferença para 100%do rendimento da instalação elétrica em operação édissipada para o ambiente sob a forma de calor sen-sível. A difusão do uso de variadores de freqüênciatem sido um contraponto nos ganhos de eficiênciaenergética das ultimas duas décadas pelo uso decontroladores lógicos programáveis (CLP), conformegráfico 1.

A título de estabelecer o fluxo de calor dissipadopelos distintos equipamentos e instalações elétricasfez-se o registro do perfil de carga operacional dasubestação.

3. TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS• Sistema de insuflação de ar externo com

filtragem mecânica a secoHistoricamente é a mais empregada, utiliza-se

de sistemas de insuflação compostos por exaustorese gabinetes de filtragem que promovem a captaçãodo ar externo, filtragem em níveis de eficiênciagravimétrica em função do tipo de filtro e da distri-buição granulométrica dos poluentes do ambiente.

A insuflação de ar externo filtrado tem como li-mite teórico de performance a temperatura externaa sombra. O funcionamento deste tipo de tecnologiase depara com o problema de não alcançar tempera-turas limites reduzindo o desempenho dos compo-nentes elétricos que tem queda de rendimento emtemperaturas mais elevadas, provocando o acúmuloe impregnação rápida de filtros, no entanto, resul-tando em elevados custos operacionais de manuten-ção, substituição e/ou de expurgo de elementosdescartáveis.

A presença de atmosferas com contaminantesmistos requer muitas vezes o uso, em série, de filtrossequenciais para material particulado e filtros quí-micos para gases e vapores com incremento da per-da de carga do sistema. Nesta rota a seco de ventila-ção de subestações elétricas, tem-se que a vazão édeterminada pela carga térmica e a perda de cargapela filtragem mecânica e/ou química requerida. Alémdo exposto, sabe-se que a distribuição granulométri-ca típica dos particulados que contaminam uma at-mosfera é determinante para assegurar-se a eficiên-cia do sistema de filtragem, que nunca será 100%por tratar-se de técnica de restrição obstrutiva a pas-sagem em trama de tecido ou células e filamentos denão tecido, sempre haverá material particulado in-

Aspecto interno das celas com linha de dutos, no eixo longitudinal, de insuflação de ar resfriado e

dessalinizado por centrifugação líquida, mantendo a subestação em pressão positiva.

gressando no ambiente beneficiado.O consumo de energia desta modalidade de pres-

surização de subestação elétrica está restrito ao ven-tilador que responde ao cálculo de potência, repre-sentando um valor de 3,1 CV @ 2,31 kW. Este valor érealmente bastante baixo, se não fosse à inviabilidadeoperacional da saturação dos filtros e ao fato de queno verão estaríamos com temperatura interna de42ºC, valor que impede a presença de operador eimputa perdas operacionais aos componentes elétri-cos inclusive de segurança de isolação nos circuitosde potência, além dos custos dos filtros tanto no des-carte quanto na reposição.

• Sistema de climatização do ar interno comciclo de refrigeração

Trata-se de um sistema de climatização do arinterno da subestação com uso mais intensivo deenergia no ciclo de refrigeração e na ventilação comfiltragem para assegurar a pressão positiva interna,apesar do reduzido número de renovações internasrequerido, indicado para climatização de ambientescomo salas de controle e instrumentos com circuitoseletrônicos de baixa dissipação térmica, sendo possí-vel aplicar a tecnologia de ar resfriado na Tomada deAr Externo (T.A.E.).

A tecnologia de refrigeração do ar interno desubestações elétricas compreende a insuflação de arrefrigerado num ambiente dissipador de calor aque-cendo esse ar que retorna a unidade evaporativa paratroca térmica, as perdas são sempre repostas pelaT.A.E que requer uma unidade semelhante à descri-ta no sistema de ventilação com filtragem mecânicaá seco. Esta operação consome muita energia alémde expor à unidade condensadora a atmosfera agres-siva passível de panes mais frequentes com redução

Page 21: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 21

Artigo Técnico

Domenico Capulli - [email protected] Novello - [email protected]

Universidade Federal Fluminense,Departamento de Engenharia Química

Gráfico 1 - Perfil de carga operacional (5)

da confiabilidade operacional e da vida útil dos equi-pamentos do sistema de climatização. A rota de refri-geração é indicada quando a temperatura operacio-nal do ambiente beneficiado é inferior a de bulboúmido do local.

Esta tecnologia além do elevado consumo energé-tico acumula as desvantagens de trocas e limpeza deelevada periodicidade, resultando em custos operacio-nais e de expurgo de elementos descartáveis represen-tativos. O consumo de energia desta modalidade depressurização de subestação elétrica é o somatório doconsumo do ventilador da T.A.E. e do refrigerador, quecorresponde a 14,96 kW. Neste caso, a vazão de ar,para aplicação em foco é bem menor que no caso apre-sentado anteriormente, pois o ar condicionado se ca-racteriza pela reutilização do ar interno.

• Sistema de insuflação de ar resfriado edepurado com tecnologia de centrifugação mul-tiventuri

Trata-se de um sistema de insuflação de ar res-friado à temperatura de bulbo úmido (Tbu) da re-gião, com aplicação da tecnologia de centrifugaçãolíquida multiventuri, disponibilizando desta formauma maior taxa de fluxo de calor, sendo requeridoum menor número de renovações horárias do volu-me interno da subestação ou sala de máquinas, comvazão e qualidade do ar insuflado constante.

O sistema de insuflação de ar tratado com atecnologia de centrifugação multiventuri tem a fun-ção de insuflar ar despoluído e resfriado a fim depreservar a qualidade ambiental interna isenta deagentes corrosivos e/ou hidrocarbonetos que possamgerar atmosfera explosiva.

No uso da tecnologia centrifugação líquida mul-tiventuri deve-se operar em circuito aberto com oconceito de varredura longitudinal, sendo o ar exter-no aspirado pelo próprio equipamento através de rotortipo limit load com perímetro multiventuri, onde setem a função auto-aspirante presente, sendo promo-vida na sequencia o processo de depuração atravésda centrifugação simultânea, em regime bifásico, quefavorece as transferências de poluentes para o meiolíquido. A água centrifugada com o ar vaporiza- se eabsorve calor, resfriando o ar. Na seqüência o ar de-

purado é resfriado, que teve incorporado no seu equi-líbrio ar/vapor a água vaporizada ao seu limite deequilíbrio na fronteira da temperatura de bulbo úmi-do da região. Com a umidade elevada, é insuflado noambiente interno da subestação que contém distin-tas fontes de calor dissipado. É esse calor o responsá-vel pelo aquecimento e expansão do ar insuflado, fe-nômeno que implica na sua expansão e queda daumidade relativa. Esse fenômeno assegura uma at-mosfera interna semelhante à externa no verão des-de que tenhamos na face oposta registros de sobre-pressão que permitam o expurgo do ar.

O consumo de energia desta modalidade de pres-surização de subestação elétrica esta vinculado à po-tência do equipamento que utiliza a tecnologia decentrifugação multiventuri que na aplicação nasubestação da Coelba em Pituba - BA corresponde a8,25 CV= 6,15 kW de potência, ou seja, um consu-mo muito inferior ao da refrigeração.

O importante diferencial da tecnologia é sua ca-pacidade para operar como depurador do armultimodal de atuação simultânea nos agentes físi-cos sólidos e em forma de névoa, vapores químicos emicroorganismos biológicos, de forma extrativa au-tônoma não gerando filtrado acumulativo com que-da progressiva de performance dinâmica.

4. CONCLUSÃODentre as matrizes tecnológicas disponíveis, te-

mos que o consumo energético de ciclos de refrige-ração em pressurização de subestações de potênciacom expressivas taxas de calor dissipado é inviável,restando seu uso consorciado para centros de con-trole e instrumentos onde temperaturas inferiores ade bulbo úmido sejam requeridas ou na ausência decarga térmica dissipada apta provocar a expansão do

ar em níveis para adequarem à umidade relativa. Comisso, a seleção se concentra entre as duas rotas, e édeterminada pelos requerimentos de depuração queviabilizam operacionalmente e em termos de efici-ência a de filtragem mecânica ou química á secoversus extração e neutralização líquida por centrifu-gação multiventuri, sendo que o balanço de energiado gradiente de temperatura a alcançar em relação aexterna e pela temperatura mínima de processo queestabelecem os limites termodinâmicos do sistema,ou seja, a ventilação a seco não é capaz de assegurartemperaturas internas próximas a externa a sombraquando temos elevadas cargas térmicas dissipadas.

5. AGRADECIMENTOSRegistramos nossos agradecimentos aos setores

de EMS da Coelba pela coleta de dados de campo, aoengenheiro da WEG Acionamentos pelo suporte dedados de dissipação de equipamentos elétricos, e emespecial ao Eng. Luis Paulo Caldeira, da Petrobraspela participação nas discussões de conceitos e reali-dades de ciclos operacionais.

6. BIBLIOGRAFIA- NBR 16401 – Instalações de ar condicionado –Sistemas centrais e unitários- Engenharia de Ar Condicionado, Jones W. P (ed.Campus-1983) | - Vent i lação Industr ia l ,Archibald Joseph Macintyre (Ed. LTC-1990) | -American Conference of Industrial Hygienists(ACGIH) -2007 | - Industrial Ventilation, A Ma-nual of Recommended Practice, 1986, 19 th

edition, Lansing, Michigan, 48901 U.S.A.

Page 22: Revista Mercofrio 42

22 REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009

Associados ASBRAV

MISSÃO: Desenvolver ações que possibilitem o aperfeiçoamento técni-co e profissional dos seus associados, defender os seus interesses co-muns e estimular o espírito associativo, com vistas a proporcionar aunião e o fortalecimento das categorias que representa, baseando-assempre em valores éticos e morais.VISÃO: Ser um centro de convergência dos interesses das empresas eprofissinais dos segmentos que representa.

Associe-se! Visite nosso site www.asbrav.org.br

NOVOS ASSOCIADOS (BOAS VINDAS)QUAD CLIMA (RS)

ACEL-AR CONDICIONADO ECOLÓGICOACTA COM MANUT AR CONDICIONADOACÚSTIKA SUL ENGENHARIAADEMIR SILVAAERODUTO AR CONDICIONADOAGRAZ REFRIGERAÇÃOAGROFIBRAS ARTEFATOS DE FIBERGLASSAGST CONTROLES E AUTOMAÇÃOAIR CLEANAIR CONSULT ASSES E INSTAL DE AR CONDICAIR COOL MANUTENÇÃO E INSTALAÇÕESAIRSTUDIO ENGENHARIAALBERT ENGENHARIA DE INSTALAÇÕESALBERTO PILLAALCIDES CAMINHA LEITEALEXANDRE TOCCHETTOALPINA EQUIPAMENTOS INDUSTRIAISALTAIR HARTWIGALTENERGIA IND COM REPRES E SERVIÇOSAMBIENTECH - SOLUÇÕES EM CLIMATIZAÇÃOAMILLPASSOS REFRIGERAÇÃO INDUSTRIALANDERSON RODRIGUESANNEMOS HIDRAÚLICAARB DO BRASIL AR CONDIC REFRIG E VENTARI ANTÔNIO VOGEL CONSERTOSARMACELL BRASILARMAX AR CONDICIONADO COM E SERVIÇOSARNOLDO CARLOS GONÇALVES BESKOWARSELF AR CONDICIONADOARSG REPRESENTAÇÕESASSISTAR AR CONDICIONADOATLANTYS CLIMATIZAÇÃO E AUTOMAÇÃOBARNEY PAVANBERLINERLUFT DO BRASILBIOQUALITY CONSULTORIA E SERVIÇOSBLUMETAL DIST E SERVIÇOS TÉCNICOSCARLOS ALBERTO DOS SANTOS RODRIGUESCARLOS ERNESTO OSTERKAMPCEISUL EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADOCELSO ANGELO SILVEIRA FALCETTACELSO DE CONTOCENTRAL DO FRIO REFRIGERAÇÃOCERT ENGENHARIA E TECNOLOGIACESAR AUGUSTO DAS NEVES SANTIAGOCLAITON LUIS DE LORETO LEALCLEMAR ENGENHARIACLEZAR AR CONDICIONADOCLIMA SHOP QUALIDADE DO AR INTERIORCLIMALAR AR CONDICIONADOCLIMASUL AR CONDICIONADO LTDACLIMATEC IND COM EQUIP P/CLIMATCOLDAR ENGENHARIA E COMÉRCIOCOLDBRAS S/ACONDITIONER AIR SPRINGFIELD IND COM REFRIGCONTINENTAL AR CONDICIONADOCURTIS CONSULTORIADAMIANI SOLUÇÕES DE ENGENHARIADELTA FRIO INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃODHS-COM E SERVIÇOS EM REFRIGERAÇÃODIAMONT EQUIPAMENTOS ESPECIAIS LTDADIGICLIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIODIJAN QUÍMICA CONSULTORIA E ENGENHARIADK SISTEMAS / DAY BRASILECO AMBIENTEEJR ENGENHARIAELETRO AR SULENCLIMAR ENGENHARIA DE CLIMATIZAÇÃOENGE REPRESENTAÇÕES TÉCNICASENGEFLUXO VENTILAÇÃO INDUSTRIALENGEMAN HG SERV MANUT ELETROMECENGEMESTRA ENG MEC E SEG DO TRABALHOENGESAVE ENGENHARIA E CONSULTORIAENGETÉRMICA AR CONDICIONADOEPEX IND COM DE PLÁSTICOSESCOLA TÉCNICA PROFISSIONALESPAÇO CLIMAEUROCABLE BRASIL IMP & EXPEXPECTRON TECNOLOGIA INDUSTRIALFLÁVIO RIBEIRO TEIXEIRA

FLUXOTEC IND COM REPRESENTAÇÕESFRIENGINEERING INTERNATIONALFRIGELAR COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃOFULL GAUGE ELETROCONTROLESGEOCLIMA AR CONDICIONADOGLOBUS SISTEMAS ELETRÔNICOSGM AR CONDICIONADOGOLD COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕESGOOD SERV DE CLIMATIZAÇÃOHEC ENGENHARIAHELIO DIMER FILHOHIDROSP SISTEMAS HIDRÁULICOSHITACHI AR CONDICIONADO DO BRASILHOMERO DE SOUZA MACIELIF SERVIÇOS E REPRESENTAÇÕESINDOOR SUL AMBIENTES CLIMATIZADOSINOVAR CONDICIONAMENTO AMBIENTESINSTALSUL INSTALAÇÕES COMERCIAISINSTATEC INDÚSTRIA METALÚRGICAISOAR SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃOJ A FRACASSO REPRESENTAÇÕESJACQUELINE BIANCON COPETTIJOÃO CARLOS BIDEGAIN SCHMITTJOAPE INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS AMBIENTAISJOSÉ HAROLDO CARVALHO SALENGUEJOSÉ LUIZ PACHECO FERREIRAKLEBER REPRESENTAÇÕESKLÉVERTON CLÓVIS RODRIGUESKLIFT SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃOKOMECOLAFRIZARTE SERVIÇOS DE REFRIGERAÇÃOLAMINAÇO COM EQUIP RODOV INDSLEONARDO PEDRO GARCIALUCI SPERLINGLUIS CARLOS DE BITENCOURT COUTO FILHOLUIZ CARLOS PETRY SERVIÇOS ENGENHARIALUZITANA AR CONDICIONADO LTDAM CESA COMÉRCIO E SERVIÇOSM GOMES REPRESENTAÇÕES COMERCIAISMARCELO CESAR DE CAMARGO RATTMANNMARCELO FOSCHIERA CHRISTINIMARCHAND INDÚSTRIAS QUÍMICASMARIANO ADEMAR PETRACCOMAURO ULLMANN CLIMATIZAÇÃO REFRIGERAÇÃOMEGASUL ENGENHARIAMICHELE ROSA DA SILVAMIGRARE AR CONDICIONADO DO BRASILMIGUEL MARTINS GARICOCHEA GRIVAMONOFRIO-HBSR REFRIGER DE LÍQUIDOSMONTERMICA REFRIG E AR CONDICIONADOMP AUTOMAÇÃOMRI ENGENHARIA LTDAMULTI AQUECIMENTOMULTITEC REFRIGERAÇÃOMULTITÉCNICA ENGENHARIANOVOBRÁS COMERCIALNOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOSOSMAR JOSÉ PEDROSO DOS SANTOSOTAM VENTILADORES INDUSTRIAISPAULO DE TARSO FONTOURA DA SILVAPAULO HENRIQUE STECKERPAULO HOMERO DA SILVEIRA MORPAULO OTTO BEYER

PAULO RENATO PEREZ DOS SANTOSPAULO VELLINHO (SÓCIO HONORÁRIO)PEDRO DA COSTA CARVALHO FILHOPERTILE AR CONDICIONADOPLANIDUTO AR CONDICIONADOPOLITESTE INSTRUMENTOS DE TESTEPRODEPRED AUTOMAÇÃO LTDAPROJELMEC VENTILAÇÃO INDUSTRIALPROJEMAN-PROJETOS MANUT SIST CLIMATPROJETOS AVANÇADOS ENGENHARIAPROSYSTEM PROJETOS E SISTEMASPROTEMP SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO LTDAPROTÉRMICA CLIMATIZAÇÃOQUAD CLIMAQUIMITEC QUÍMICA INDUSTRIALREARSUL AR CONDICIONADORECOM-RECUPERADORA COMPRESSORESREFRIGERAÇÃO CAPITALREFRIGERAÇÃO LEIVASREFRIGERAÇÃO MANCHESTERREFRIGERAÇÃO ROCAMORAREFRIMAK PEÇAS E SERVIÇOSRENNER AR CONDICIONADORIMA ENGENHARIAROBENIR COSTA ENGENHARIAROGER SOUZA E SILVASÃO CARLOS AR CONDICIONADOSATOAR ASSESSORIA SERV ENGENHARIASCHEIN GESTÃO EMPRESARIALSERRAFF INDÚSTRIA DE EVAPORADORESSF ENGENHARIA E CONSULTORIASILVIO LUIZ CAMPOS FERNANDESSOCLAM AR CONDICIONADOSPLIT COMPANY DO BRASILSPLIT SHOP CONDICIONADORES DE ARSPM ENGENHARIASPRINAR CONDICIONADORES DE ARSPRINGER CARRIERSR AR CONDICIONADOSULCESAR REPRESENTAÇÕESSUN HEAT ELETROAQUECIMENTOSUPER ÚTIL ELETRODOMÉSTICOSSUPERMERCADOS GUANABARATECNOENGE AR CONDICIONADOTECNOLÓGICA CONFORTO AMBIENTALTELCO EQUIPAMENTOS REFRIGERAÇÃOTELEINFORMÁTICA SULTERMOPROL-TERMODINÂMICA SERVIÇOSTESTONI/GTA DO SULTIAGO GADONSKITIAGO JOSÉ BULLATIMÓTEO FERNANDES DE SOUZATOTALINE-PEÇAS EQUIP P/REFRIG E AR CONDTOUR & ANDERSSONTRANE DO BRASILURANUS AR CONDICIONADOVALAYR WOSIACK (SÓCIO HONORÁRIO)VEREDA REPRESENTAÇÕES COMERCIAISVIDALAR COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕESVITALI COMÉRCIO E SERVIÇOSWOLMAR AR CONDICIONADOYBEMAC REFRIGERAÇÃO E ASSIST TÉCNICAYORK INTERNATIONAL

Page 23: Revista Mercofrio 42

REVISTA MERCOFRIO - Nº 42 / 2009 23

Page 24: Revista Mercofrio 42