revista artigo pg 42

52
Revista Canavieiros - Abril de 2013 1

Upload: arlington-ricardo

Post on 17-Dec-2015

39 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

BOM

TRANSCRIPT

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    1

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    2

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    3Editorial

    Governo federal precisa assumir suas responsabilidades com o se-tor. Esta frase foi dita pelo deputa-do federal Duarte Nogueira, que no ms de maro, provocou a realizao de uma audincia pblica, em Braslia, com re-presentantes de elos do agronegcio da cana para discutir a situao das usinas na regio Centro-sul. Em entrevista exclusi-va Canavieiros, Nogueira afirma que a soluo para essa crise atendimento, por parte do governo federal, de uma antiga reivindicao do setor: definio de pol-ticas pblicas de mdio e longo prazo.

    Na Reportagem de Capa deste ms, o leitor poder conferir a histria com-pleta da Copercana, que no ms de maio, completa 50 anos de fundao. Tambm ir encontrar depoimentos de cooperados que fazem parte da coope-rativa desde o seu incio e at hoje per-manecem com suas atividades.

    Como Destaques, a Canavieiros traz o jantar beneficente realizado pela Co-percana, Canaoeste e Sicoob Cocred em Ao, em prol do projeto da Fun-dao Pio XII (Hospital de Cncer de Barretos), reunindo empresrios de Sertozinho e regio. Tambm traz in-formaes sobre o II Encontro Cana Substantivo Feminino, que reuniu mais de 250 mulheres de evidncia no setor para comemorar o ms dedicado a elas.

    A seco Pesquisa do Setor assi-nada pelo supervisor na rea de consul-toria do Centro de Servios em Agro-negcio da PwC e pelo consultor do Centro de Servios em Agronegcio da PwC. Em seu artigo, os consultores abordam sobre o desafio do custo agr-cola e para ajudar na compreenso, ex-pem resultados de trabalhos realizados por eles na rea.

    Na coluna Caipirinha, entitulada A Califrnia e a Obsesso Inovadora, o professor Marcos Fava Neves escreve sobre os efeitos da macroeconomia e do consumo na cana. De acordo com projees do USDA, o crescimento econmico global deve ser de 3,3% aa at 2022, puxado principalmente pelo mundo emergente.

    J em Notcias Canaoeste, o lei-tor poder conferir a participao da Canaoeste em audincia em Braslia para discutir a situao das usinas de etanol da regio Centro-sul; a re-alizao da reunio tcnica na filial da associao em Pitangueiras para produtores sobre o controle de ervas daninhas em cana-de-acar; e o Dia de Campo, realizado em parceria com o IAC (Instituto Agronmico) na Fa-zenda Santa Rita em Terra Roxa para a apresentao do sistema MPB (Mu-das Pr Brotadas).

    CoperCana 50 anos: aes que valem ouro

    Boa leitura!Conselho Editorial

    RC

    Em Notcias Copercana, a Canaviei-ros mostra a Assembleia Geral Ordin-ria da cooperativa, onde os resultados do exerccio de 2012 foram apresen-tados aos cooperados. E ainda traz a homenagem recebida pela Copercana pelos seus 50 anos de existncia.

    No artigo Tcnico, o engenheiro agrnomo da Canaoeste, Antnio Pa-gotto, tambm escreve sobre o sistema MPB (Mudas Pr Brotadas), um m-todo de multiplicao rpida da cana--de-acar que surgiu a partir da ne-cessidade de se entregar um material no convencional com elevado padro de fitossanidade, vigor e uniformida-de de plantio. J a professora, Marcia Mutton, fala sobre os desafios para uti-lizao industrial do sorgo sacarino na produo de bioetanol.

    Em Assuntos Legais, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, aler-ta os fornecedores de cana-de-acar sobre os procedimentos a serem ado-tados em caso de incndio de origem desconhecida.

    Confira tambm as informaes setoriais do ms de maro e os prog-nsticos climticos para os meses de maio e junho divulgadas pelo consultor, Oswaldo Alonso. O leitor ainda poder encontrar dicas de leitura e portugus.

    Expediente:Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto Csar Strini PaixoClvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Srgio SicchieriOscar Bisson

    editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

    PRojeto gRfiCo e diagRamao: Rafael H. Mermejo

    equiPe de Redao e fotos:Carla Rodrigues, Fernanda Clariano, Murilo Sicchieri e Rafael H. Mermejo

    ComeRCial e PubliCidade:Marlia F. Palaveri(16) 3946-3300 - Ramal: [email protected]

    imPResso: So Francisco Grfica e Editora

    tiRagem desta edio: 23.500 exemplares

    issn: 1982-1530

    A Revista Canavieiros distribuda gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do

    Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matrias assinadas e informes publicitrios

    so de responsabilidade de seus autores. A reproduo parcial desta revista autorizada,

    desde que citada a fonte.

    endeReo da Redao:A/C Revista Canavieiros

    Rua Augusto Zanini, 1591 Sertozinho SP - CEP:- 14.170-550Fone: (16) 3946 3300 - (ramal 2190)

    [email protected]

    www.revistacanavieiros.com.br www.twitter.com/canavieiros

    www.facebook.com/RevistaCanavieiros

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    4

    - Canaoeste e IAC realizam Dia de Campo na Fazenda Santa Rita em Terra Roxa- Gestores da Canaoeste- Canaoeste realiza reunio tcnica para associados- Audincia pblica realizada em Braslia

    12 - Notcias Canaoeste

    Ano VII - Edio 82 - Abril de 2013 - Circulao: Mensal

    ndice:

    e mais:

    Capa - 23Copercana 50 anos

    Foi fundada em 19 de maio de 1.963, surgiu com a necessidade de unir os agricultores da regio e promover a mais ampla defesa de seus interesses econmicos.

    10 - Notcias Copercana- Copercana realiza Assembleia Geral Ordinria- Copercana recebe homenagem de multinacional

    18 - Notcias Sicoob Cocred- Balancete Mensal

    Nova Fenasucro.................pgina 30

    Cana Substantivo Feminino.................pgina 32

    Seminrio de Mecanizao.................pgina 34

    Notcias do Setor.................pgina 36

    Informaes Setoriais.................pgina 38

    Pesquisa do Setor.................pgina 40

    Artigo Tcnico I.................pgina 42

    Artigo Tcnico II.................pgina 44

    Assuntos Legais.................pgina 46

    Classificados.................pgina 48

    Cultura.................pgina 50

    20 - DestaqueCopercana, Canaoeste e Sicoob Cocred em Ao, pro-

    movem jantar em prol do Hospital de Cncer de BarretosEvento reuniu empresrios de Sertozinho e regio

    para assistirem a apresentao da cantora Paula Fernandes

    05 - Entrevista

    08 - Caipirinha

    Duarte NogueiraDeputado federal membro da Comisso de Agricultura. Governo federal precisa assumir suas responsabilida-

    des com o setor

    Marcos Fava Nevesprofessor na FEA/USP e

    coordenador cientfico do Markestrat. A Califrnia e a Obsesso Inovadora

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    5Entrevista

    Duarte Nogueira

    Governo federal precisa assumir suas responsabilidades com o setor, diz nogueira

    Carla Rodrigues e Cristiane Baro

    Membro da Comisso de Agricultura da Cmara, o deputado federal Duarte Nogueira provocou a realizao de uma audincia pblica em Braslia com representantes de elos do agronegcio da cana para discutir a situao das usinas na regio Centro-sul. Segundo ele, reportagens de jornais e agn-cias sobre o fechamento de unidades de produo motivaram a reunio.

    E a Unica (Unio da Indstria de Cana-de-acar) confirmou Comisso os dados trazidos pela imprensa: no intervalo de dois a trs anos, 60 das 330 usinas podem ser desativadas. um cenrio preocupante, especialmente para a nossa regio, disse o deputado.

    De acordo com Nogueira, a soluo para essa crise atendimento, por parte do governo federal, de uma antiga reivindicao do setor: definio de polticas pblicas de mdio e longo prazo. Sem isso, o Brasil corre o risco de transformar o etanol em mais uma oportunidade de ouro perdida.

    Revista Canavieiros: O senhor convocou uma reunio em Braslia para discutir a atual situao das usi-nas de etanol da regio Centro-sul. O que motivou esse encontro?

    Duarte Nogueira: Ns propusemos uma audincia pblica na Comisso de Agricultura da Cmara dos Depu-

    tados para discutir uma situao abor-dada por vrias reportagens de jornais e agncias de que, dentro de dois ou trs anos, cerca de 60 usinas das 330 da regio Centro-sul podero fechar ou mudar de dono. Essa informao nos preocupou muito, tanto pelos reflexos que essa crise pode provocar no setor sucroenergtico como um todo, assim, como, particularmente, para a regio de Ribeiro Preto. Diante disso, apresenta-mos um requerimento para a realizao da audincia, que foi aprovado pela co-misso. E no dia 26 de maro a reunio foi realizada.

    Revista Canavieiros: Como a reu-nio abordou esta discusso?

    Nogueira: Procuramos convidar os representantes dos elos da cadeia di-retamente influenciados por essa crise e tambm representantes do governo federal, que responsvel pela polti-ca energtica. Assim, participaram o diretor-tcnico da Unica (Unio da In-dstria de Cana-de-Acar), Antnio de Pdua Rodrigues; o presidente da Orplana (Organizao de Plantadores de Cana da Regio Centro-sul do Bra-sil), Ismael Perina Jnior; o presidente da Alcopar (Associao dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paran), Miguel Rubens Tranin; o presidente da Federao dos Trabalhadores nas In-dstrias Qumicas e Farmacuticas do

    Estado de So Paulo, Srgio Leite, e o diretor do Departamento de Cana-de--acar e Agroenergia da Secretaria de Produo e Agroenergia do Ministrio da Agricultura, Cid Jorge Caldas.

    Revista Canavieiros: Qual o ce-nrio apresentado por estas usinas atualmente?

    Nogueira: De fato, de acordo com levantamento da Unica, neste ano 11 unidades devem deixar de operar e nos ltimos dois anos, 26 foram desativadas ou entraram em recuperao judicial. E a estimativa de que outras 60 possam fechar nos prximos anos. Esse cenrio contrastante ao que o setor vivia entre 2005 e 2010, quando entraram em ope-rao 113 usinas. Alm de ter sentido fortemente os efeitos da crise financeira mundial de 2009, o setor sucroenerg-tico tambm foi vtima da opo que o governo federal fez pela gasolina, a partir de 2008. Esse conjunto de fatores causou, segundo a Unica, uma elevao no endividamento das usinas.

    Revista Canavieiros: As usinas es-to perdendo a capacidade de produ-o? Como inverter isso?

    Nogueira: Na verdade, com o fecha-mento de unidades, h perda na capaci-dade de moagem, estimada pela Unica em 46 milhes de toneladas. A soluo para essa dificuldade seria a definio

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    6

    de polticas pblicas de longo prazo. Essa uma reivindicao antiga do se-tor e que no avana. O governo federal alega que oferece linhas de financia-mento, acena com desonerao do PIS/Cofins para o etanol nas prximas se-manas, mas essas so aes paliativas.

    Revista Canavieiros: Quais me-didas o setor espera do governo para amenizar esta situao?

    Nogueira: J houve o aumento da mistura de etanol na gasolina de 20 para 25% e dever ser anunciada a reduo do PIS/Cofins sobre o etanol. Essa de-sonerao deve provocar uma queda de 5 a 6% na bomba. Essas medidas amenizam, mas no resolvem definiti-vamente. O setor precisa investir para aumentar a produo, reduzir custo, adotar novas tecnologias. Isso vale tan-to para o produtor de cana como para os produtores de etanol e acar. E sem uma poltica de mdio e longo prazo no h segurana para que esses inves-timentos sejam feitos.

    Revista Canavieiros: E medidas em longo prazo, quais seriam elas?

    Nogueira: Polticas pblicas de lon-go prazo implicam na definio da par-ticipao do etanol na matriz energtica brasileira, projeo de demanda, metas de produo. Sem ter no horizonte re-gras claras para a produo/demanda, sem saber como estar o cenrio para o etanol nos prximos anos, sem ter no-o do espao que ele ter no mercado de combustveis, o investidor no se sente seguro. E estamos nos referindo a

    milhes, talvez bilhes, em investimentos. Ou seja, no d para inves-tir no escuro. Essa a insegurana que a falta de uma poltica de m-dio e longo prazo gera.

    Revista Canaviei-ros: Quais fatores fra-gilizaram o setor nos ltimos anos?

    Nogueira: A crise financeira mun-dial, de 2009, sem dvida, teve refle-xos. O setor vinha de um forte pro-cesso de expanso e foi prejudicado pelo aperto no crdito que ocorreu no mundo todo. No entanto, creio que outro fator teve um forte impacto ne-gativo sobre o etanol, que foi a opo que o governo federal fez pelos com-bustveis fsseis. Enquanto o gover-no controla o preo da gasolina para calibrar a inflao, o etanol segue as regras do mercado. Por causa disso, o etanol perdeu competitividade nas bombas. Por conta da expectativa positiva gerada em torno do pr-sal, o etanol parece ter sido colocado de lado pelo governo federal.

    Revista Canavieiros: O que preci-so fazer para que o setor comece a ser regido por regras claras, que tragam segurana a toda cadeia produtiva?

    Nogueira: necessrio que o gover-no federal assuma a responsabilidade de definir essas regras. Com certeza, o setor estar disposio para colaborar, como sempre demonstrou estar. RC

    Revista Canavieiros: Em sua opi-nio, qual o grande gargalo do setor?

    Nogueira: Sempre quando somos instados a apontar os gargalos das ca-deias do agronegcio, apontamos a fal-ta de investimento em infraestrutura, em logstica, em pesquisa, na formao de mo de obra especializada, na aber-tura de novos mercados. E isso vale para todos. Mas, pensando bem, vamos ver que o setor faz a sua parte. Em mui-tos casos, faz mais do que deveria para compensar a falta de ao governamen-tal. Logo, d para concluir que o maior gargalo para o setor o prprio governo federal, que no assume suas responsa-bilidades.

    Revista Canavieiros: O que espe-rar da safra 2013/14, principalmente na regio Centro-sul?

    Nogueira: A produo crescer. A moagem na regio Centro-sul deve ficar prxima de 580 milhes de toneladas. No entanto, olhando mais adiante, para o setor atender demanda projetada para o ano de 2020, a produo ter de dobrar. E para isso, ser necessrio um amplo investimento em novas tecnolo-gias e em usinas.

    Entrevista

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    7

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    8

    Efeitos da Macro-economia e do Con-sumo na Cana: de

    acordo com projees do USDA (Uni-ted States Departament of Agriculture), o crescimento econmico global deve ser de 3,3% aa at 2022, puxado princi-palmente pelo mundo emergente. Pases em desenvolvimento devem crescer em mdia 5,6% aa no perodo, sendo a Chi-na 7,8% aa e a ndia com 7,5% aa. De-mais economias emergentes tero mdia 4,2% aa. A Europa deve ficar quase es-tagnada na dcada, com um crescimento de 1,7% ao ano em mdia. Idem para o Japo, com 1,1% ao ano. Como os EUA devem crescer em mdia 2,6%, pas-saro de 26% do PIB global para 24% at 2022. A China representar 13% e sia 24%. Pases desenvolvidos vero sua participao no PIB mundial cair de 67% para 58% em dez anos.

    A populao continua crescendo, mas h taxas menores, 1,0% aa na pr-xima dcada contra 1,2% aa na dcada passada. Pases em desenvolvimento respondiam em 2010 por 80% da popu-lao mundial. Em dez anos sero 82%. China e ndia representaro 37% da po-pulao global em dez anos.

    Projees para o Petrleo: os EUA trabalham com uma estimativa que o preo do barril de petrleo deve crescer de US$ 93,20 (projeo mdia de 2013) para US$ 120 (custo de aquisio em refinaria) em 10 anos o que manter a viabilidade econmica de diversos ti-pos de biocombustvel.

    Pessoas Canavieiras (homenagem do ms): este ms queria fazer uma

    homenagem especial a um clssico do agronegcio brasileiro: meu querido amigo e engenheiro agrnomo Ivan We-dekin. Conheo o Ivan h muito tempo, desde o incio do Pensa em 1991. Ivan teve co-autoria no clssico livro que trouxe ao Brasil o conceito de agroneg-cios, em 1990, junto com o saudoso Ney Bittencourt de Arajo e o Luis Antonio Pinazza. Em 1995 escrevemos um artigo que tratava das mudanas na distribui-o de alimentos, j so quase 20 anos, antevendo o que est ai. Foi Secretrio de Poltica Agrcola do Roberto Rodri-gues quando Ministro e hoje Diretor da BMF, sempre criando novas coisas. A nica caracterstica que poderia melho-rar no Ivan sua opo futebolstica...

    Aprendizado de Viagem: tive oportu-nidade de fazer duas palestras na tradicio-nal universidade de Berkeley, na Califr-nia na sexta conferncia de Bioeconomia. impressionante o quanto os americanos esto investindo. Conheci o Energy Bios-ciences Institute (http://www.energybios-ciencesinstitute.org), um investimento im-pressionante da Universidade junto com a BP. Tem um grande nmero de cientistas pesquisando materiais que podem gerar biocombustveis. O respeito que o etanol de cana tem nos cientistas americanos muito grande e mostrei todo o potencial de crescimento ainda possvel, com um quadro do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) que mostra ser possvel pular dos 7.000 litros de etanol por hectare que temos hoje, para 21.000 em 2022. Vale ao leitor visitar o site do EBI.

    Cana: o clima vem ajudando, com muita chuva e muito sol, resta torcer pelo

    frio para que tenhamos boa maturao e uma safra melhor. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) soltou a l-tima estimativa para o Brasil, estimando a rea plantada de cana em 8,9 milhes de hectares, uma produtividade esperada de 73,5 ton/ha e uma produo de 653 milhes de toneladas. Produziremos 43,5 milhes de toneladas de acar, 14,4 bilhes de litros de etanol hidratado e 11,4 bilhes litros de anidro. Acho que podemos atingir 600 milhes de tone-ladas no Centro sul. Lembremos que a Conab estimou isto para o Brasil todo.

    Haja limo: incrvel a dificuldade que o Governo tem de tomar aes r-pidas na cana. H muitos anos que pe-dimos a desonerao de PINS e Cofins, afinal, a cana geradora de renda, de energia e multiplica o efeito do desen-volvimento. O Governo no consegue entender e agir rpido. Mas em uma nica canetada, tirou o PIS e Cofins dos

    smartphones... Provavel-mente, mais uma vez, para estimular o consumo, e no a produo.

    MARCOS FAVA NEVES professor

    titular de planejamento e estratgia na FEA/USP

    Campus Ribeiro Preto e coordenador cientfico do

    Markestrat. .

    Coluna Caipirinha

    a Califrnia e a obsesso Inovadora

    Marcos Fava Neves

    RC

    Energy Biosciences Institute

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    9

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    10

    Copercana recebe homenagem de multinacional

    Copercana realiza assembleia Geral ordinria

    Da redao

    Carla Rodrigues

    A multinacional Syngenta realizou de 18 a 21 de maro, a Reunio Anual de Distribuidores Syn-genta de todo pas. Nesta reunio, a em-presa tem a oportunidade de apresentar

    No dia 27 de maro, a Copercana reuniu seus cooperados, dire-tores, conselheiros e colabora-dores para a realizao da Assembleia Geral Ordinria para o a prestao de contas da Administrao do exerccio de 2012, acompanhada do parecer do Conselho Fiscal e da Auditoria Inde-pendente.

    Aps o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, dar as boas vindas a todos e agradecer as presen-as, o gerente de Controladoria da Co-percana, Marcos Molezin, apresentou as principais atividades, melhorias em infraestrutura, assistncia tcnica e co-mercializaes realizadas pela coopera-tiva em 2012, e tambm apresentou o balano contbil encerrado em 31 de dezembro.

    Somente em 2012, a Copercana re-cebeu e comercializou 208.769 sacas de soja; 1.692.512 sacas de amendoim; 122.376 sacas de milho; 189.547 tone-ladas de fertilizantes e 6.053.709 qui-

    Notcias Copercana

    Santo Bonganhi Neto, Everton Alonso, Otvio Euzbio, Pedro Esrael Bighetti, Jos Mauro, Antonio Eduardo Tonielo, Tarciso Filho e Regis Brando

    A mesa foi composta pelo gerente de Controladoria, Marcos Molezin, o advogado da Copercana, Clvis Vanzella, o presidente, Antonio Eduardo Tonielo e os diretores, Manoel Ortolan e Pedro Esrael Bighetti

    A jornalista Rosana Jatob, o diretor Comercial da Syngenta, Joo Paulo Zampieri, o presidente da Copercana,

    Antonio Eduardo Tonielo e o diretor Comercial da Syngenta, Alexandre Gobbi

    RC

    Resultados do exerccio de 2012 foram apresentados aos cooperados

    los/litros de defensivos. Alm disso, nossos postos revendedores de combus-tveis (diesel, gasolina e etanol), comer-cializaram 15.420.000 litros, mantendo o padro de qualidade, atendimento e preos competitivos.

    Estamos convictos que o ano de 2012 foi muito positivo para a Coperca-na. Inauguramos lojas, departamentos,

    supermercado, investimos em moder-nizao e aperfeioamento do setor de informao tecnolgica, e, assim, em termos de faturamento, foi um ano ex-celente em que batemos recorde. Isso s foi possvel devido ao apoio dos nossos cooperados, que nos prestigiaram du-rante todo o ano e que espero que con-tinuem conosco, disse o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo.RC

    seus resultados, estratgias futuras e ex-pectativas para o ano de 2013. O evento aconteceu em Salvador, reunindo mais de 80 cooperativas agrcolas.

    Na ocasio, a Syn-genta premiou com

    uma placa comemorativa as coopera-tivas que completam 50, 60, 70 e 80 anos de fundao em 2013. A Coperca-na, que em maio completar 50 anos, recebeu a homenagem das mos do diretor da Unidade Cana da Syngenta, Alexandre Gobbi.

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    11

    Assessoria de Imprensa

    A Documenta, Centro de Diagns-tico Por Imagem, localizado no Netto Campello Hospital e Ma-ternidade, passa a realizar exames de ressonncia magntica. A novidade vai permitir ao hospital aprimorar ainda mais os atendimentos aos casos de alta com-plexidade dos pacientes de Sertozinho e regio, que anteriormente precisavam realizar este exame em outras cidades.

    Para possibilitar que o novo equipa-mento entrasse em operao, o Centro foi totalmente reformado e est ainda mais amplo e confortvel, com acesso exclusivo pela rua Otto Gomes Mar-tins, n 1671, independente da entrada do hospital. Todos os profissionais en-volvidos so altamente especializados e mais de 20 mdicos do total suporte na realizao dos laudos.

    Informe Publicitrio

    A mesa foi composta pelo gerente de Controladoria, Marcos Molezin, o advogado da Copercana, Clvis Vanzella, o presidente, Antonio Eduardo Tonielo e os diretores, Manoel Ortolan e Pedro Esrael Bighetti

    Equipamento o primeiro de Sertozinho capaz de realizar este tipo de exame e vai possibilitar aprimorar o atendimento de alta complexidade no hospital

    Documenta passa a fazer ressonncia magntica no Hospital netto Campello

    De acordo com o Dr. Alosio Abud, o aparelho de ltima gerao e ofe-rece alguns diferenciais em relao a verses anteriores, tanto para os m-dicos como para os pacientes. Para os mdicos algumas vantagens so: maior segurana no diagnstico, maior va-riedade de aplicaes proporcionadas pela Tecnologia TIM (Total Imaging Matrix matriz de imagem total) e me-lhor qualidade da imagem possibilitada pela bobina matricial isoocntrica (Isso Center Matrix).

    Para os pacientes, os benefcios so exames mais rpidos, proporcionados pela tecnologia TIM, e mais confort-veis com o uso de bobinas ultraleves, sem contar o maior nmero de exames realizados com a cabea fora do mag-neto devido ao seu desenho ultracurto.

    Desde 2011, o Hospital So Fran-cisco, de Ribeiro Preto, assumiu a gesto do Netto Campello Hospital e Maternidade de Sertozinho e vem implementando melhorias tanto na estrutura como no atendimento. A inaugurao deste novo Centro de diagnstico por imagem mais uma conquista para a populao de Serto-zinho e regio e faz parte das diretri-zes que traamos para o fortalecimen-to e crescimento do Netto Campello, explica Rodrigo Monesi, gerente ope-racional do Hospital.

    Outras informaes sobre os exames realizados pela Documenta em Serto-zinho podem ser obtidas no site:

    - www.documenta.com.br - ou ento no prprio hospital.RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    12

    Canaoeste e IaC realizam Dia de Campo na Fazenda santa rita em Terra roxa

    Fernanda Clariano

    No dia 02 de abril, a Canaoeste em parceria com o IAC (Insti-tuto Agronmico), realizou um Dia de Campo na Fazenda Santa Rita de propriedade da Copercana em Terra Roxa. Estiveram presentes produtores, representantes de unidades industriais, pesquisadores do IAC, Syngenta, alm de toda equipe tcnica da Canaoeste e Copercana. O objetivo do Dia de Cam-po foi de demonstrar a nova tecnologia (maneira de plantar mudas) no sistema MPB (Mudas Pr-Brotadas) e tambm a prtica no campo.

    De acordo com o diretor do Cen-tro de Cana e pesquisador do IAC, de Campinas, da Secretaria de Agricultu-ra e Abastecimento do Estado de So Paulo, Marcos Landell, o instituto tem trabalhado para o setor e um dos pro-blemas para os produtores era a questo das variedades. Atravs da necessi-dade do desenvolvimento de mtodos de multiplicao rpida, os quais via-bilizem a adoo de novas tecnologias varietais, desenvolvemos o mtodo de mudas pr-brotadas, ele permite que novas variedades possam ganhar reas expressivas num curto espao de tem-po, atravs de mudas sadias, alm de

    Notcias Canaoeste

    ter como caracterstica a simplicidade, disse Landell.

    O pesquisador do IAC, Mauro Ale-xandre Xavier, falou sobre as fases do sistema MPB e explicou o processo de corte dos mini-rebolos; o tratamento (fungicidas, inseticidas e etc.); caixa de brotao, onde os mini-rebolos so colocados e o processo de individuali-zao/repicagem.

    O diretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Jnior tambm esteve presente e

    Sistema de multiplicao de cana-de-acar com o uso de MPB (Mudas Pr Brotadas), oriundas de gemas individualizadas apresentado em Dia de Campo

    Associados, cooperados e agrnomos do sistema participaram do Dia de Campo que demonstrou a nova tecnologia de plantio no sistema MPB com demonstraes no campo

    O diretor e pesquisador do IAC, Marcos Landell falou sobre os trabalhos realizados pelo instituto em prol do setor

    Pesquisador do IAC, Mauro A. Xavier

    O diretor da Canaoeste, Luis Carlos Tasso Jr.

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    13

    comentou sobre a importncia da Cana-oeste estar sempre ao lado dos produtores e associados proporcionando meios de aprimoramentos e lucratividade. A Ca-naoeste como associao de classe, tem como objetivo apoiar o desenvolvimen-to de pesquisas e tcnicas que possam aumentar o poder de competitividade e produtividade de seus associados. Hoje, estamos passando por um perodo de transio entre o agricultor familiar e a agricultura de produo, onde somente os mais competitivos e eficientes sobrevi-vero nesta nova fase da atividade cana-vieira. Por isso, apoiamos e incentivamos nossos associados a estarem sempre evo-luindo e acompanhando as novas tecno-logias de produo, expressou o diretor.

    DepoimentosQuando partici-

    pamos de um Dia de Campo aprendemos muito. Temos que nos adequar, no po-demos ficar parados, temos que estar sem-pre antenados no que h de bom e que vm para nos beneficiar no dia a dia de nos-

    sas lavouras, disse o produtor de Serra Azul, Eduardo Villela.

    a primeira vez que participo de um Dia de Campo e achei muito vlido. Em re-lao ao sistema de mudas pr-brotadas, gostei de ver os espa-amentos, a utilizao de menor quantidade de mudas e tambm o fato de poder traba-

    lhar com mudas mais sadias, comentou o produtor de Pontal, Carlos Roberto.

    Demonstrao da nova tecnologia (maneira de plantar mudas) no sistema MPB (Mudas Pr-Brotadas)

    Sempre que sou convidado procuro partici-par e acompanhar as novidades. Achei muito in-teressante o siste-ma MPB. Vimos que ser possvel diminuir muito o custo e tambm

    as mudas j vm sadias, voc tem uma qualificao melhor da muda e j sabe o que voc vai plantar, alm disso, h uma uniformidade. O que me chamou a ateno que voc tem uma qualidade diferente de plantio, com menos custo e a competitividade das mudas tambm vo ser diferentes do plantio tradicio-nal. Acredito que futuramente eu possa vir adapt-lo s minhas necessidades, afirmou o produtor de Sertozinho/Ter-ra Roxa e Pitangueiras, Silvio Lovato.

    S e m p r e que posso, par-ticipo em Mi-nas Gerais de reunies como essa e hoje tive a oportunidade de poder par-ticipar aqui no interior de So Paulo desse

    Dia de Campo. Acho essa aproxima-o muito importante e interessante para que ns produtores possamos es-tar sempre bem informados e atentos. Em relao ao que vi atravs da apre-sentao do sistema MPB, as mudas so mais sadias, alm disso, bem in-teressante porque um tipo de plantio que economiza mudas e o espaamen-to tambm muito interessante, disse o produtor de Conceio da Alagoas--MG, Franco Akira Nikaido. RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    14Notcias Canaoeste

    Gestores da CanaoesteAlmir Aparecido TorcatoAnalista de planejamento

    Marcos Cesar MolezinGestor de Controladoria e Contabilidade

    Recolhimento de Taxas: Controlar todos os valores recolhidos pelas Unidades Industriais em nome dos fornecedores de cana associados a Canaoeste, bem regulari-zar e recuperar os recolhimentos no efetivados pelas Unidades Industriais atravs de trabalhos que identifiquem a falha do recolhimento.

    Custo de Produo: Elaborar de Custo de Produo de maneira que possa refletir a realidade do associado, personalizando maquinas e implementos e insumos utilizados no processo produtivo.

    Fechamento do ATR das Unidades Industriais: Auditar o fechamento do Kg do ATR da cana de acar entregue pelo produtor, que so feitos e conferidos com a Uni-dade Industrial antes do pagamento aos fornecedores.

    Clculos e Planilhas Eletrnicas: Clculos que confere o pagamento dos for-necedores associados referente aos valores recebidos atravs da Unidade Industrial, descontos de prestao de servios, plantio, arrendamento, fornecimento atravs de documentaes e informaes forne-cidas pelo associado que viabilizem o trabalho.

    Laudos Tcnicos: Elaborar de laudos tcnicos que compreendem assuntos referentes a indenizao de plantio, so-queiras, resultados econmicos, entre outros.

    Projees de ATR: Projetar os valores de ATR de acordo com clculos feitos atravs de informaes de preos das commodities comercializadas.

    Entre Outros Atuar na anlise, interpretao e consolidao de informaes referentes aos valores recolhidos pelos fornecedores

    de cana associados, e posicionamento para diretoria. Coletar de dados necessrios para a elaborao do planejamento, programao e controle da safra nas Unidades

    Produtoras da nossa regio; Auxiliar na elaborao das diretrizes oramentrias em conjunto com a Controladoria, em curto, mdio e longo prazo; Simular de resultados em geral que vise melhorias no desenvolvimento da associao em geral.

    - Suporte ao Departamento ContbilAcompanhar as atividades desenvolvidas pelo Departamento de Contabilidade,

    orientado a equipe na busca de solues de problemas mais complexos;Acompanhar e analisar os fechamentos de balancetes mensais, como tambm o

    fechamento anual;Acompanhamento da Legislao Tributria e Fiscal nos nveis Federal, Estadual e

    Municipal, como tambm o cumprimento das obrigaes acessrias.

    - ControladoriaPlanejar e organizar as atividades de Controladoria tais como:Desenvolver indicadores de resultados;Anlise e alocaes de despesas operacionais por departamento e setor;

    Atuao direta na anlise dos resultados;Dar suporte aos gerentes/encarregados de modo geral, tirando dvidas e instruindo sobre os centros de custos a serem

    utilizados;Elaborar demonstraes mensais dos resultados, apresentando-os nas reunies da Diretoria;Coordenao escritural das Assembleias Gerais Ordinrias e Extraordinrias, desde a confeco de editais de convo-

    cao at a finalizao das atas;Atendimento Diretoria e Assessoria da Diretoria.

    - Plano de ao para 2013:Desenvolver com os gestores de cada rea da Canaoeste, um Plano de Ao para 2013, com o intuito de elaborao

    de um Plano Oramentrio para 2014.

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    15

    Hebert Pires de MoraesGestor de Auditoria Interna

    - Auxiliar a Diretoria no acompanhamento e execuo do Plano Diretor em vigncia, visan-do comprovar a execuo das metas, o alcance dos objetivos e a adequao do gerenciamento;

    - Examinar os resultados quanto economicidade, eficcia, eficincia da gesto oramentria, financeira, patrimonial, de recursos humanos e operacionais;

    - Verificar a execuo do oramento, visando comprovar a conformidade da exe-cuo com os limites e destinaes pertinentes;

    - Acompanhar as implementaes das recomendaes da Diretoria expressas nas Atas de Reunies Gerenciais para os gestores;

    - Realizar exames de conformidade, analisando a eficcia, eficincia, efetividade e economicidade da gesto em relao a padres normativos e operacionais, expressos nos controles, normas e regulamentos aplicveis;

    - Mensurar os problemas e riscos, assim como o oferecimento de alternativas de soluo.- Verificar a emisso de solicitao de compras devidamente aprovada pela Diretoria

    bem como as notas fiscais e a realizao de despesas. Verificar a execuo da despesa de acordo com as demandas existentes para aquisio de materiais de escritrio, mquinas e equipamentos, mveis e utenslios, instalaes e veculos;

    - Avaliar relatrios do GPS, verificando a consistncia dos trajetos e frequncias de ocorrncias de excesso de velocidade.- Verificar junto aos controles de registros dos bens mveis, por amostragem, seguindo critrios de materialidade, rele-

    vncia e grau de risco detectado pela Auditoria Interna. Verificar a localizao, atestar a consistncia das descries dos bens e medidas administrativas tomadas pelos gestores dos Departamentos quando encontradas inconsistncias nos registros.

    Acompanhar a formalizao e execuo de contratos verificando a legalidade dos valores pagos, recebimento do objeto de contrato, periodicidade de reajustamento de preos, critrios de atualizao monetria e demais clusulas necessrias.

    - Verificar o cumprimento da misso institucional da Entidade, conforme Norteadores da Gesto da Canaoeste, in-cluindo resultados finalsticos, como a efetividade dos indicadores de gesto pretendidos e alcanados.

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    16

    Canaoeste realiza reunio tcnica para associadosCarla Rodrigues

    A Canaoeste em parceria com a Dow Agrosciences realizou uma reunio tcnica para asso-ciados da regio de Pitangueiras, Jabo-ticabal e Ibitiuva. O encontro aconteceu na filial da Canaoeste em Pitangueiras, no dia 09 de abril e reuniu aproximada-mente 70 associados.

    Na ocasio, o pesquisador do Centro de Cana IAC (Instituto Agronmico), de Campinas, da Secretaria de Agri-cultura de Abastecimento do Estado de So Paulo, Dr.Carlos Azania, abordou em sua palestra o tema Controle de Ervas Daninhas em Cana-de-acar. J representando a Dow, o engenheiro agrnomo, Gasto de Luca, apresentou o novo herbicida da empresa, o Coact, e destacou sua atuao no controle de ervas daninhas de folhas largas, folhas estreitas e controle de tiririca.

    Notcias Canaoeste

    Equipes tcnicas prestigiaram o evento

    Associados presentes durante reunio tcnicaRC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    17

    audincia pblica realizada em Braslia

    Carla Rodrigues

    No dia 26 de maro, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, juntamente com representantes do setor sucroenergtico, estiveram em Braslia a convite dos deputados Duar-te Nogueira e Abelardo Lupion, para participar de uma audincia pblica realizada na Comisso de Agricultura e Abastecimento com o objetivo de dis-cutir a atual situao das usinas etanol da regio Centro-sul do pas. De acordo com a Orplana (Organizao dos Plan-tadores de Cana da Regio Centro-sul e a Unica (Unio da Agroindstria Cana-vieira de So Paulo), tm ocorrido casos de fechamento de usinas e demisses de trabalhadores no interior do pas.

    Participaram desta reunio o pre-sidente da Alcopar (Associao de

    Representantes do setor discutiram a situao das usinas de etanol

    Ricardo Fraguas (gelogo diretor da SSMA Consultoria), Bruno Martins (Socicana), Delson Palazzo (Socicana), Ismael Perina Jr. (Orplana), Manoel Ortolan (Canaoeste),

    Duarte Nogueira (PSDB) e Miguel Tranin (Alcopar)

    Produtores de Bioenergia do Estado do Paran), Miguel Rubens Tranin, o presidente da Orplana, Ismael Perina Jnior, o diretor de Cana-de-acar e Agroenergia do Mapa, Cid Jorge Caldas, o diretor Tcnico da Unica, Antonio de Pdua Rodrigues, o pre-

    sidente da Fequimfar (Federao dos Trabalhadores nas Indstrias Qu-micas e Farmacuticas do Estado de So Paulo), Srgio Luiz Leite, os deputados Alexandre Toledo, Marcos Montes, Mendes Thame e Paulo C-sar Quartiero.

    Equipes tcnicas prestigiaram o evento

    Associados presentes durante reunio tcnica RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    18

    Balancete Mensal - (prazos segregados)Cooperativa De Crdito Dos Produtores Rurais e Empresrios do

    Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados) - Maro/2.013 - valores em milhares de reais

    Notcias Sicoob Cocred

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    19

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    20Destaque

    Copercana, Canaoeste e sicoob Cocred em ao, promovem jantar em prol do Hospital de Cncer de Barretos

    Evento reuniu empresrios de Sertozinho e regio para assistirem aapresentao da cantora Paula Fernandes

    Pelo stimo ano consecutivo, Co-percana, Canaoeste e a Sicoob Cocred em Ao, promoveram um jantar beneficente em prol do pro-jeto da Fundao Pio XII (Hospital de Cncer de Barretos), reunindo empres-rios de Sertozinho e regio, todos com o mesmo objetivo: captar recursos para oferecer aos pacientes vtimas de cn-cer, que no tm condies financeiras, um tratamento com mais dignidade.

    Com um pblico bastante animado e participativo, a cantora Paula Fernan-des subiu ao palco e cantou seus maio-res sucessos, alm de interagir com a platia por quase duas horas. Apesar de ser um gro de areia diante das ne-cessidades das pessoas, acredito que como uma figura pblica e formadora de opinio, posso contribuir de alguma maneira com a minha msica. Agrade-o a oportunidade de estar aqui cantan-do para vocs, disse a cantora.

    O jantar foi realizado no dia 28 de maro, no Clube de Campo Vale do Sol, em Sertozinho. Nas edies anterio-res, participaram do evento os cantores:1) Chitozinho e Xoror (2007)2) Leonardo (2008)3) Daniel (2009)4) Zez di Camargo e Luciano (2010)5) Srgio Reis e Renato Teixeira (2011)6) Vctor & Lo (2012)

    O presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, agradeceu a presena de todos e res-saltou a importncia da realizao do evento para as pessoas que precisam do atendimento do hospital. Para ns motivo de satisfao promover este evento, e principalmente de alegria em poder ajudar queles que mais preci-

    Carla Rodrigues com informaes da Assessoria de Imprensa do Hospital de Cncer de Barretos

    Jantar beneficente em prol do projeto da Fundao Pio XIIcontou com a apresentao de Paula Fernandes

    sam. A concretizao deste evento s possvel porque sabemos que po-demos contar com nossos parceiros, empresas, cooperados e voluntrios que trabalham para garantir uma noi-te de sucesso, disse. Ainda de acordo com Tonielo, em 2013, R$ 400.000,00 aproximadamente sero repassados ao hospital, que ser utilizado para ajudar no pagamento das despesas.

    O diretor do Hospital de Cncer de Barretos, Henrique Prata, falou sobre a importncia que a realizao do evento tem hoje para o hospital e o quanto esta parceria valorizada e estimada por to-dos. muito bom quando trabalhamos com amigos que no medem esforos para ajudar o prximo, que se dedicam para que o objetivo seja alcanado, e as-sim trabalhar com a famlia Copercana. S tenho que agradecer a todos por pres-tigiarem esta noite que to especial para todos ns do hospital, concluiu Prata.

    Hospital de Cncer de Barretos Em 2012, o Hospital de Cncer de

    Barretos realizou 674.403 atendimen-tos a 100.577 pacientes vindos de 1.541 municpios de todos os Estados do pas. Para isso, o hospital rene 260 mdicos e mais de 3 mil funcionrios e, ainda mantm 13 alojamentos com 650 luga-res, oferecidos gratuitamente a pacien-tes e acompanhantes.

    Apesar do grande nmero de atendi-mentos, 4 mil/dia, 100% SUS, o Hospi-tal acolhe a todos com profissionalismo, ateno e , principalmente humanizao, tornando-o uma instituio slida e res-peitada por todo pas.

    Em 2000, foi escolhido pelo Minis-trio da Sade como o melhor Hos-pital pblico do pas e em 2007, foi certificado em proficincia pelo ONA (Organizao Nacional de Acreditao Hospitalar).

    Em 2011, tornou-se instituio irm do MD Anderson Cncer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de cncer do mundo, e ainda

    Fot

    os:

    Raf

    ael M

    erm

    ejo

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    21

    recebeu um prmio da AVON como Cam-peo Mundial em Avano na rea Mdica no Combate ao Cncer de Mama. Em 2012, assinou acordo com o Saint Judes Childrens Research Hospital e tornou-se instituio gmea.

    No ano passado, o Hospital tambm re-alizou uma srie de inauguraes: O Hos-pital de Cncer Infantojuvenil Luiz Incio Lula da Silva (maro), as novas reas de UTI, internao e centros cirrgicos do Hospital de Cncer de Jales (junho), o

    Paula Fernandes e o diretor da Canaoeste, Luis Carlos Tasso Jr.

    Sandra Bighetti, Paula Fernandes e o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti

    Andrea Rossanez, Paula Fernandes eGiovani Rossanez

    Sandra Ortolan, Paula Fernandes e o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan

    Sandra Sicchieri, Paula Fernandes e o assessor das Diretorias do Sistema Copercana, Canaoeste

    e Sicoob Cocred, Manoel Srgio Sicchieri

    Rita Meloni, Paula Fernandes e Bianca Meloni

    Neli Tonielo, Paula Fernandes e o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo

    Paula Fernandes recebeu a homenagem um pedacinho do cu do diretor do Hospital de Cncer de Barretos, Henrique Prata para agradecer a participao da cantora em aes em prol do instituto

    RC

    Hospital de Cncer Porto Velho (julho) e o Instituto de Preveno Gulia Marzola Faria em Fernandpolis (novembro).

    Ainda em 2012 foram realizados 128.894 atendimentos de exames pre-ventivos de mama, colo uterino, prsta-ta e pele nos estados de SP, GO, MG, MT, PA e BA. No total foram percorri-dos 92.330 Km pelas unidades mveis de preveno em 167 cidades. Todos os atendimentos 100% SUS com trs uni-dades fixas e seis mveis.

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    22

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    23Matria de Capa

    23

    1960 - 1969

    DepoimentoAntnio Matheus Benelli 77 anos

    A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oes-te do Estado de So Paulo, fundada em 19 de maio de 1.963, surgiu com a necessidade de unir os agricultores da regio e promover a mais ampla defesa de seus interesses econmicos. Em Assembleia de Constituio, foi eleito o primeiro Conselho de Ad-ministrao da Cooperativa, assim descrito: presiden-te Silvio Borsari; secretrio Pedro Strini e gerente Oswaldo Ortolan. Para o Conselho Fiscal Efetivos, foram eleitos: Manoel Antonio de Carvalho, Walcy Barbosa Machado e Carlos Guidi e Suplentes: Antonio Maximiano Junqueira, Gabriel Jos Pinto e Rubens An-tonio Bighetti.

    Aps um ano, o Sr. Silvio Borsari solicitou afasta-mento do cargo de presidente, sendo eleito como seu sucessor, o Sr. Arlindo Antonio Sicchieri, que ocupou este cargo at 1968, quando o ento cooperado Fernan-des dos Reis assumiu a Presidncia da cooperativa.

    Foram realizadas as inauguraes dos postos de combustveis e das lojas de ferragens em Sertozinho e Pontal.

    Nesta poca nascia a Cooperativa de Crdito dos Plantadores de Cana de Sertozinho (inicialmen-te chamada Cocred) a fim do cumprimento da Lei n. 4870/1965, que tratava das taxas de financiamento, as-sistncia social e associativismo que o fornecedor de cana recolhia via usinas de acar para o IAA (Instituto do Acar e lcool), criado em 1933 para equilibrar e regulamentar a produo de acar e lcool. O instituto foi extinto em 1990.

    Naquela poca as coisas eram mais difceis. A nossa maior dificuldade eram os problemas com cana nas usinas, pois

    elas eram bem mais exigentes. A usina no moa e a gente dependia da cooperativa, que estava ao nosso lado e realizava

    financiamentos, o que nos ajudou muito. Ver tudo isso hoje motivo de alegria, bom ver esse

    crescimento, pois a cooperativa desde sua fundao, nos ajuda, nos d crdito e apoio. Somos sempre bem atendidos e conquistamos a amizade e a confiana desde os mais antigos

    at os mais novos dentro da cooperativa.

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

    Por: Carla Rodrigues e Fernanda Clariano

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    24

    DepoimentoNelson Matheus Benelli 88 anos Antigamente tudo era barato, porm mais difcil de ganhar, vivamos apertado, mas precisvamos de ajuda, sabamos que podamos contar com o banco (atual Sicoob Cocred) e, logo depois, comeamos a trabalhar com a cooperativa. Tivemos muitas dificuldades para vencer, mas no foi to ruim assim. As maiores dificuldades eram os financiamentos prprios. Depois que a cooperativa engrenou melhorou muito para ns. Uma vez precisei de um caminho e a Copercana arrumou para mim, facilitando a minha atividade. Foi e muito bom ter participado do comeo da cooperativa e ver que hoje no temos dificuldades de vender a nossa produo, pois ela nos ajuda muito. Antigamente precisvamos sair procurando para vender e era difcil, hoje eu entrego minha produo para a cooperativa e posso dormir tranquilo.

    1970-1979

    No incio desta dcada, o Conselho Fiscal da Copercana comeou a contar com a participao de Antonio Eduar-do Tonielo e em 1972 assumiu os cargos de diretor ge-rente da Copercana e da Cocred ao lado do presidente Fernandes dos Reis e do diretor-secretrio, Dr. Jos Domenici, 1 tesoureiro da Canaoeste (fundada em 1945) e diretor representante da Co-percana no Hospital Netto Campello. Nesta poca a instituio possua aproximadamente 615 cooperados.

    O grande salto para os negcios da Copercana foi o contrato com o IAA (Instituto do Acar e do lcool), realizado atravs da Co-cred por intermdio do Banco do Brasil, para capital de giro e aqui-sio de equipamentos agrcolas. Na poca foi repassado o valor de Cr$ 53 milhes e com isto, mais 300 caminhes, 500 tratores e 2 mil implementos agrcolas foram financiados aos cooperados.

    A Copercana, firmou com o Banco do Brasil, atravs do aval do IAA e recursos oriundos do Decreto Lei 1266 de 26/03/73 artigo 2 item 5, que disponibilizou financiamentos aos cooperados para a aquisio de mais caminhes, tratores, carregadeiras e imple-mentos agrcolas, na ordem de aproximadamente Cr$ 65 milhes. As condies para pagamento oferecidas pelo IAA eram de seis anos, com trs anos de carncia e juros de 8% ao ano.

    Neste perodo tambm foram iniciados os trabalhos na Uni-dade de Armazenamento de Fertilizantes (posteriormente deno-minado Uname - Unidade de Gros) Rua Washington Luiz, em Sertozinho, que logo passou a atuar em novo endereo, Rodovia SP 322, km 1 tambm em Sertozinho, oferecendo aos cooperados um espao para o armazenamento, beneficiamento e comercializao da produo de amendoim com equipamentos e servios exclusivos que foram criados na poca e a distribui-o e aplicao de calcrio, tornando a Copercana a nica coo-perativa do pas a prestar esta assistncia at hoje.

    A Copercana ainda iniciou o laboratrio de solo para os coope-rados, oferecendo servios de anlises de solo, fertilizantes, registro de resduos agrcola, esterco, torta de filtro, calcrio e fsico de solo.

    24

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

    Matria de Capa

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    25

    DepoimentoRemoaldo Dndaro 78 anos

    A cooperativa tem sido muito legal e honesta com a gente. Os funcionrios sempre foram bons e nos atendem com muito carinho e respeito. Lembro-me que

    na poca, em que o ex-presidente, Fernandes dos Reis faleceu, muita gente achava que a cooperativa iria acabar e graas a Deus no acabou. O Toninho Tonielo

    quando assumiu, levou a Copercana para frente com muita raa e esta a at hoje, pelo jeito vai permanecer, porque time que est ganhando no se mexe.

    Recordo-me que uma vez precisei comprar um trator e fui falar com o Toninho e, sem pensar, me arrumou o direito total do trator, o que me possibilitou fazer

    uma boa colheita de amendoim e conseguir quitar minha dvida. Teve uma poca em que tnhamos que receber, alm do pagamento da cana,

    um reajuste, e encontramos dificuldades para conseguir receber este dinheiro, mas o Fernandes dos Reis, muito exigente, lutou pelos fornecedores e conseguiu fazer com que todos recebessem o valor que lhe cabia. E desde essa poca vi que

    a Copercana era algo confivel e que tinha algum para nos representar e nos ajudar a lutar pelos nossos direitos.

    1980-1989

    Vrios outros acontecimentos marcaram a his-tria da evoluo da Copercana, entre eles a safra 1983/1984, quando houve a implantao do Sistema de Cana pelo teor de sacarose. Ainda nesta mesma poca, tanto a cooperativa quanto a associao montaram um departamento tcnico, onde engenheiros agrnomos, tcnicos e qumicos foram contratados para oferecer ferramentas necessrias aos seus cooperados. Aqui a Copercana contava com aproximadamente 2 mil cooperados;

    Nesta poca aconteceram vrias inauguraes, entre elas as lojas de ferragens em Cravinhos, Pitan-gueiras e Serrana, as lojas de magazine em Cravi-nhos, Pitangueiras e Sertozinho e a reinaugurao do posto de combustveis de Sertozinho.

    Outro fato importante para a cooperativa foi o in-cio das atividades da Fazenda Santa Rita, que produz mudas de cana em Terra Roxa e a aquisio do stio na gua Vermelha (Capril) para a criao de animais (venda e comercializao de matrizes e reproduto-res). um confinamento voltado para os cooperados que criam ovinos na regio e ainda h a comerciali-zao de mudas de rvores frutferas e ornamentais.

    Alm disso foi realizada a construo do comple-xo para armazenagem de gros (soja e milho), com capacidade para 24 mil toneladas e experimentos junto ao IAA de cultura intercalar cana-de-acar, com plantio de feijo, tomate, rabanete, milho, entre outros, com o objetivo de melhorar a rentabilidade do pequeno produtor.Capril

    25

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    26

    DepoimentoNatalino Guidi 78 anos

    No ano de 1964, (um ano aps ser fundada), ns passamos por um perodo de dificuldade, pois as usinas estavam prejudicando os fornecedores, mas apesar de

    tudo, pudemos contar com o auxlio da Copercana.O Fernando dos Reis e o Toninho Tonielo fizeram muitas coisas boas, alm de

    nos apoiarem, eles trouxeram o Hospital que dava atendimento aos fornecedores e seus funcionrios. Quando comeamos a plantar amendoim, ela nos incentivou

    com produtos e comprando a nossa produo. Nessa poca j contvamos com o apoio de agrnomos e isso foi e muito bom.

    Passados esses 50 anos eu acredito que obtivemos o sucesso na cooperativa porque ela se desenvolveu bastante, fez e continua fazendo tudo o que pode pelos

    seus cooperados. Hoje somos uma famlia.

    1990-1999

    Nesta dcada a Copercana, mais uma vez, se fez presente na vida dos cooperados e rea-lizou inauguraes, como os Supermercados Copercana em Pitangueiras e Sertozinho e a loja de ferragens e magazine em Severnia.

    Com a morte do presidente Fernandes dos Reis, em 1999, Antonio Eduardo Tonielo assumiu a pre-sidncia, dando continuidade ao trabalho realizado at ento.

    O incentivo aos programas de melhoramento ge-ntico em cana-de-acar, assim como a organizao de movimentos e passeatas para reivindicar melhores condies de trabalho aos produtores rurais fizeram parte da histria da cooperativa.

    A Diretoria da Copercana e a prefeita em exerccio na poca, Neli Tonielo, durante a inaugurao do Supermercado de Sertozinho

    Antnio Eduardo Tonielo, Fernandes dos Reis, Dcio Rosa e Dr. Waldemar de Melo

    26

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

    Matria de Capa

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    27

    DepoimentoDozolina Zequim Vanzella

    90 anos Eu me lembro de quando a cooperativa funcionava

    num barraco na rua Epitcio Pessoa, era bem pequeno e hoje est enorme. Eu gostava muito de comprar roupas e cobertores na Copercana. Hoje

    quando preciso de algo, sempre peo para os meus netos buscarem no supermercado da Copercana.

    muito bonito ver que est crescendo a cada dia e tomara a Deus que ela cresa ainda mais. Em 2011 a Copercana recebeu o Prmio Mrito Syngenta em

    reconhecimento as atividades realizadas pelo projeto BioCoop

    2000-2009Pensando na comodidade de seus cooperados, na segurana e na ga-rantia de bons preos e produtos, nesta poca, a Copercana inaugurou o posto de combustveis em Pitangueiras, reinaugurou o seu posto de combustveis em Sertozinho, abriu um escritrio de intermediao de vendas de insumos em Uberaba/MG, inaugurou dois Supermercados, nas cidades de Pontal e Serrana, e ainda reinaugurou a Loja de Departamentos em Serrana. Alm disso, se fez presente com lojas de ferragens e magazine nas cidades de Uberaba/MG e Campo Florido/MG.

    Neste perodo tambm foi realizado o primeiro Agronegcios Copercana, feira exclusiva aos cooperados do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, que rene as melhores empresas parceiras da cooperativa, propor-cionando bons negcios.

    A Copercana tambm implantou um projeto com a cultura de amendoim, visando atender as necessidades dos produtores, ampliando a capacidade de recebimento, armazenamento e beneficiamento, para atender ao mercado que tornou-se cada vez mais exigente.

    A Incorporao da Coopervam (Cooperativa Agropecuria do Vale do Mogi-Gua), com sua matriz em Descalvado e filiais nas cidades de Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras e Santa Rosa do Viterbo, foi tambm um dos acontecimentos que marcou esta dcada. Aps a incorporao, a Copercana reinaugurou a loja de ferragens e magazi-ne em Santa Rosa de Viterbo e inaugurou sua loja em Descalvado.

    A Copercana consciente da importncia de incentivar aes e atividades que promovam o desenvolvimento sustentvel e a preservao ambiental dentro da comunidade em que est inserida, fundou em parceria com a Ca-naoeste e Sicoob Cocred, a BioCoop, departamento responsvel pela sepa-rao dos resduos reciclveis descartados pelos colaboradores do Sistema.

    Neste perodo tambm foi realizado a construo do biodigestor anaer-bio seguido de lagoa, destinado ao tratamento dos resduos lquidos gerados no sistema de esgoto da Uname, que, dentre outras vantagens, tem o aten-dimento de uma demanda energtica (biogs) e produo de biofertilizante. Com os resduos slidos resultantes do beneficiamento do amendoim, criou-se o canteiro de compostagem.

    Dentre os inmeros feitos, a Copercana se orgulha em poder contribuir com questes sociais e filantrpicas, realizando inmeras aes que benefi-ciam entidades assistenciais, hospitais e famlias carentes. Uma destas aes o tradicional jantar beneficente realizado desde 2007, em prol do Projeto da Fundao Pio XII (Hospital de Cncer de Barretos).

    Posto de combustveis em Sertozinho

    Filial de Serrana

    Uname

    Primeiro jantar beneficente com a dupla Chitozinho e Xoror

    27

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    28

    DepoimentoTetsuo Otsuka 88 anos Eu passava com frequncia em frente, onde hoje a sede da Copercana, e via aquele terreno aberto era um campo de futebol dos Marianos (igreja), que pertencia ao Pe. Antonio. Por vrias vezes fui at a casa paroquial tentar convenc-lo a vender o terreno, at que o convenci, disse a ele que o local serviria para formar uma associao de classe de fornecedores de canaNaquela poca, compramos o terreno e construmos a Sede da Associao e depois disso resolvemos montar a cooperativa. Durante cinco anos, fui secretrio da Associao, onde brigvamos muito com as usinas porque elas estavam prejudicando os fornecedores. fabuloso ver como cresceu, e principalmente poder acompanhar esse crescimento. Na poca em que compramos o terreno, nunca imaginei que fosse expandir tanto, e que toda regio iria se beneficiar com a presena da cooperativa. O que posso afirmar que essa diretoria vem administrando com brilhantismo e clareza, tornando a Copercana em uma potncia, gerando servio cada vez mais.

    2010-2013

    Buscando sempre consolidar o sistema cooperativista dentro de sua comunidade, atravs de melhores con-dies de preo e qualidade no atendimento, neste pe-rodo, a Copercana iniciou o processo de Certificao de suas Unidades Armazenadoras, inaugurou as lojas de ferragens em Morro Agudo e Ituverava, assim como o Supermercado Co-percana de Jaboticabal e o Auto Center em Sertozinho, para completar os servios oferecidos pela cooperativa, como: ali-nhamento e balanceamento, suspenso, freios e escapamento, venda e montagem de pneus, troca de bateria/paleta e presta-o de servios para automveis da Copercana.

    Tambm realizou a reforma do Data Center (Informtica) e a reinaugurao das lojas de ferragens e magazine de Sertozinho, oferecendo aos seus clientes e cooperados um ambiente climati-zado e estacionamento prprio. A nova estrutura conta hoje com 2.611 m de rea total, sendo aproximadamente 1.100 m de rea de vendas, rea suficiente para deixar expostos todos os produtos disponveis na loja e tambm abrigar novos caixas, facilitando a compra dos clientes. No espao separado para ferragens, coope-rados e clientes encontraro vrios produtos para as atividades da lavoura, como: sementes, corretivos, fertilizantes, adubos foliares, ferragens, defensivos, produtos veterinrios, selaria, mquinas e implementos. J no espao reservado para o magazine esto ex-postos produtos para casa, eletrodomsticos, aparelhos eletrnicos, artigos para cama, mesa e banho, alm de uma linha de presentes.

    A Copercana valoriza os seus mais de seis mil cooperados porque sabe que eles so os protagonistas dessa histria, que prestigiam e contribuem para o crescimento da cooperativa ao se utilizarem de seus produtos e servios. E por este moti-vo que em 2013 a Copercana est comemorando seus 50 anos de existncia, com orgulho em poder fazer parte do dia-a-dia

    Ferragens e Magazine Copercana em Sertozinho

    Supermercado de Jaboticabal

    28

    Revista Canavieiros - Abril de 2013

    dos cooperados, atravs das benfeitorias que vem realizando ao longo desses anos, fruto de muito trabalho, dedicao e luta constante.

    Desta maneira, pretende-se fazer ainda mais para os seus cooperados e atravs dessa filosofia e idealismo, dar continuidade aos seus trabalhos com muito respeito e transparncia, sempre se-guindo o propsito de aperfeioar o crescimento das atividades e fortalecer a Copercana dentro do cooperativismo.

    Matria de Capa

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    29

    DepoimentoAntnio Jos Meloni 88 anos

    Apoio:

    No incio das atividades, a cooperativa funcionava em um barraco pequeno onde fornecia adubos em pequenas quantidades, nesta poca ramos em aproximadamente 100 cooperados, e logo as coisas foram se expandindo, novos fornecedores foram se associando e a cooperativa foi ganhando novas estruturas como um escritrio, um pequeno posto de combustveis, um supermercado e l na gua Vermelha foi montada a seco de adubos e depsito de gros. Naquela poca, a usina moa cana como esmola e hoje essa situao est diferente, eles pedem a cana para ns como se pedem esmola, para poder moer. Antes eles judiavam da gente, mas depois que montaram a cooperativa, as coisas comearam a mudar. Hoje estou contente de ver como a cooperativa progrediu e eu acompanhei esse crescimento. S posso dizer que a Copercana expandiu seus negcios e facilitou a nossa vida. Hoje tem banco, compra e vende de gros, e os grandes administradores disso tudo foram o Fernandes dos Reis e Toninho Tonielo.

    29

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    30

    Fenasucro 2013 marcada por novos segmentos

    O Ceise Br (Centro Nacional das Indstrias do Setor Sucroener-gtico e Biocombustveis) e a Reed Exhibitions Alcantara Machado / Multiplus Feiras & Eventos, realizaram o lanamento oficial sobre a participa-o do Setor de Transporte e Logstica dentro do novo layout da 21 Fenasu-cro, que acontece de 27 a 30 de agosto, em Sertzinho/SP. O evento foi realiza-do no dia 2 de abril, no Centro Empre-sarial Zanini.

    Participaram do lanamento o presi-dente do Ceise Br, Antonio Eduardo To-nielo Filho, o diretor do Comit de Lo-gstica do Ceise Br, Ricardo Amadeu da Silva, o professor do Grupo de Pesquisa e Extenso em Logstica Agroindustrial da Esalq-USP, Jos Vicente Caixeta Fi-lho, o gerente de Transporte Ferrovi-rio da Rumo Logstica, Daniel Rossi, o diretor Comercial e de Logstica do Grupo So Martinho, Helder Gosling, o diretor da Reed Multiplus, Augusto Balieiro, alm de representantes de uni-dades industriais, fornecedores e em-presrios do setor.

    Alguns especialistas do setor sucro-energtico, acredita que a logstica o grande gargalo para o escoamento da produo sucroalcooleira no pas, atingindo a competitividade do Brasil,

    Carla Rodrigues

    A mesa foi composta por Helder Gosling (So Martinho), Daniel Rossi (Rumo Logstica), professor Jos Vicente Caixeta Filho (Esalq-USP), Ricardo Amadeu da Silva e Antonio Eduardo

    Tonielo Filho (Ceise-BR), Augusto Balieiro (Reed Multiplus) e Manoel Ortolan (Canaoeste)

    Lanamento oficial sobre a participao do Setor de Transporte e Logstica dentro do novo layout da 21 Fenasucro

    Nova Fenasucro

    Setor de Transporte e Logstica participar do novo layout da 21 edio da feira

    e consequentemente todos os setores da economia.

    Hoje a logstica custa mais caro do que processar a cana; o setor est de-mandando logstica e por este motivo que a feira (Fenasucro) vem se moder-nizando a cada ano, e nesta edio apre-sentar o mdulo de Logstica e Trans-porte, que a rea que mais se destaca entre os desafios a serem alcanados dentro da cadeia sucroenergtica, dis-se o presidente do Ceise Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho.

    Para o professor Jos Vicente Caixe-ta Filho, a logstica do setor comea da porteira para dentro. A integrao entre insumos, mo-de-obra, maquinrio e ma-tria-prima o maior desafio da lavoura,

    e importante que seja realizado por uma nica equipe. Hoje quando a rea agrco-la comea a planejar a safra, a equipe vai querer colher o mximo de ATR e esta informao que vai gerar todo o planeja-mento de logstica, comentou Caixeta.

    Caixeta tambm explicou que os produtos, acar e etanol, quando fina-lizados, tm que ser movimentados para no causar prejuzos ao setor. No caso da soja, fica cada vez mais evidente a falta de logstica. J o setor sucroenergtico tem mostrado exemplo de como agir nesta situao. evidente os esforos que as usinas fazem para a construo de infraestrutura de armazenamento. A partir do momento que voc tem a carga adequada, a gesto adequada e o plane-jamento adequado, uma srie de econo-mias podem ser feitas.

    O diretor da Reed Multiplus, Augus-to Balieiro, apresentou as estratgias que pretendem abordar com os novos segmentos da Fenasucro, que em 2013 atender quatro setores: agrcola, pro-cessos industriais, fornecedores indus-triais e logstica, alm de contar com um auditrio com capacidade para re-ceber 300 pessoas para a realizao de eventos paralelos a feira. Esta edio da feira marcar a perfeita integrao entre conhecimento e pesquisa, tecno-logia e produtos e unidades produto-ras, concluiu Balieiro. RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    31

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    32Evento I

    II encontro Cana substantivo Feminino rene profissionais do setor sucroenergtico

    Mais de 250 mulheres de destaque no setor se encontraram em Ribeiro Preto para comemorar o ms dedicado a elas

    No dia 22 de maro, aconteceu no Centro de Convenes em Ribeiro Preto, o II Encon-tro Cana Substantivo Feminino, que apresentou uma programao bastante diversificada discutida sob diferentes pontos de vista por executivos e exe-cutivas da cadeia sucroenergtica. A Canavieiros esteve presente registrando este importante evento, onde a partici-pao feminina na agroindstria cana-vieira esteve em destaque.

    Na abertura, a gerente de Responsa-bilidade Social Corporativa da Unica (Unio da Indstria da Cana-de-a-car, Maria Luiza Barbosa, comentou sobre as conquistas das mulheres, e tambm sobre a importncia de serem ouvidas e tratadas com igualdade den-tro das empresas.

    Em sua participao, o gerente de Responsabilidade Social da Organi-zao Odebrecht, Alexandre Baltar, abordou o tema Oportunidades e Condies de Trabalho para Mulhe-res: Novas Fronteiras, Avanos e De-safios, onde apresentou a ideia do programa WINvest; a Importncia de Recrutar, Desenvolver e Reter os Me-lhores; Relao com a Comunidade;

    Fernanda Clariano

    Qual estratgia utilizar; Contexto na Odebrecht E&C e Novas oportunida-des: Motivaes e Fronteiras. Alexan-dre tambm falou sobre as experin-cias da empresa com as mulheres que conquistaram seus espaos, mostrando que elas podem desenvolver seus tra-balhos ou os mesmos trabalhos reali-zados pelos homens, to bem quanto eles e ressaltou que o bom ambiente de trabalho aquele que bom para todos, seja homens ou mulheres.

    A coordenadora do curso de Ps Graduao em Sustentabilidade da ESPM (Escola Superior de Propa-ganda & Marketing), Ariane Reis, foi mediadora do painel A Sustentabili-

    dade faz parte do negcio, que contou com a participao da coordenadora de Sustentabilidade da Razen, Cata-rina Amaral, da diretora de Sustenta-bilidade da Odebrecht Agroindustrial, Carla Pires e da diretora de Compras e Sustentabilidade da Usina So Luiz, de Ourinhos-SP, Beatriz Quagliato Porto.

    A descontrao ficou por conta de Chico Lorota, que tirou boas gargalha-das do pblico presente com suas piadas.

    No painel A atuao da mulher no setor sucroenergtico, mediado pela presidente da Biocana (Associao de Produtores de Acar, Etanol e Ener-gia), Leila A. Monteiro de Souza, par-

    Professor Rpoli In Memorian foi homenageado atravs de sua filha Bianca Ripoli pelas mos de Salibe Ariane Reis, Catarina Amaral, Carla Pires e Beatriz Q. Porto

    Antonio Csar Salibe, Ana Paula Malvestio, Petro Mizutani, Mnika Bergamaschi, Luciana Paiva, Luiza Barbosa, Cntia Cristina Ticianeli, Fbio Venturelli e Maria Christina Pacheco

    Pedro Mizutani e sua esposa Eunice

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    33

    Antonio Csar Salibe, Ana Paula Malvestio, Petro Mizutani, Mnika Bergamaschi, Luciana Paiva, Luiza Barbosa, Cntia Cristina Ticianeli, Fbio Venturelli e Maria Christina Pacheco

    Pedro Mizutani e sua esposa Eunice

    ticiparam: a gerente de Diviso RH da Usina Batatais e presidente do Gerhai (Grupo de Estudos em Recursos Hu-manos da Agroindstria), Beatriz Rossi Resende de Oliveira, a gerente de Re-cursos Humanos da Noble Bioenergia, Clelia Nozaki e a coordenadora de Tecnologia da Informao da UDOP (Unio dos Produtores de Bioenergia), Rosngela Bombonato.

    As mulheres esto largando o po-do no campo, para aprender a lidar com a colheitadeira. Esto buscando seus espaos, conhecimentos e isso no um confronto com o mundo mascu-lino. Pesquisas apontam que passa de 55% a busca de qualificao por parte das mulheres em relao aos homens. Quando falamos em mudanas nos pa-

    pis, falamos em quebra de paradigmas, as mulheres tiveram que se reinventar, buscando recursos para serem tratadas hoje, como antes no eram, afirmou Beatriz Rossi Resende de Oliveira.

    A scia da PwC Brasil, Ana Paula Malvestio, tambm esteve presente e falou em sua apresentao sobre Diver-sidade & Incluso.

    O ponto mais esperado do encontro foi o bate bola entre os homens convi-dados e as mulheres, onde Eles pergun-taram e Elas responderam. Em pauta estiveram temas como: a atuao da mulher no setor sucroenergtico; a sus-tentabilidade do setor; investimentos, cdigo florestal e poltica setorial. O co-ordenador de comunicao da UDOP, Rogrio Mian foi o mediador e repre-sentando Eles estavam: o presidente da Orplana (Organizao dos Plantadores da regio Centro-sul) Ismael Perina Jr. e o presidente do Ceise Br (Centro Na-cional das Indstrias do Setor Sucroe-nergtico e Biocombustveis), Antnio Eduardo Tonielo Filho. J representan-do as mulheres participaram: a secret-ria da Agricultura Pecuria e Abasteci-mento do Estado de So Paulo, Mnika

    Bergamaschi, a empresria e presidente do Sindicanalcool (Sindicato das In-dstrias de Cana-de-acar e lcool do Estado do Maranho e Par), Cntia Cristina Ticianeli e a advogada da Pine-da & Krahn Sociedade de Advogados, Samanta Pineda.

    J no bate bola Elas perguntam e Eles respondem, que teve como media-dora Ana Paula Malvestio, os sabatina-dos foram: o presidente-executivo da UDOP, Antnio Cesar Salibe, o vice--presidente de acar, etanol e energia da Razen, Pedro Mizutani e o presiden-te do grupo So Martinho, Fbio Ventu-relli, que responderam as perguntas fei-tas por Cntia Cristina Ticianeli, Maria Luiza Barbosa, Mnika Bergamaschi e pela vice-presidente da Orplana e presi-dente da Associao dos Produtores de Cana da Regio de Capivari-SP., Maria Christina Pacheco.

    Luciana Paiva, lembrou com sauda-de do engenheiro agrnomo e professor da Esalq (Escola Superior de Agricultu-ra Luiz de Queiroz), Tomaz Caetano C. Rpoli, que faleceu em fevereiro deste ano. Na oportunidade, a filha do profes-sor, Bianca Rpoli, recebeu uma homena-gem das mos do presidente executivo da UDOP, Antnio Cesar Salibe que emo-cionado falou do orgulho em poder pres-tar o tributo a pessoa do professor Rpoli.

    Para encerrar o evento, Pedro Mizutani, cantou ao lado de sua esposa Eunice em homenagem s mulheres presentes.

    Rogrio Mian, Antonio Tonielo Filho, Samanta Pineda, Mnika Bergamaschi,Ismael Perina Jr. e Cntia Cristina Ticianelli

    Beatriz Rossi R. de Oliveira, Cllia Nozaki, Rosangela Bombonato, Luciana Paiva e Leila A. Monteiro de Souza

    RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    34Evento II

    IDea realiza seminrio de Mecanizao e produo de Cana-de-acarEvento que j est em sua 15 edio reuniu aproximadamente 700 pessoas em Ribeiro Preto

    Nos dias 20 e 21 de maro, o Grupo IDEA realizou o 15 Seminrio de Mecanizao e Produo de Cana-de-acar, reunin-do fornecedores de cana, empresrios e representantes de unidades indus-triais a fim de apresentarem tcnicas e trocarem experincias relacionadas ao cotidiano das usinas, visando aumentar a produtividade e competitividade das empresas junto ao setor. Paralelamente ao Seminrio, no mesmo espao, foi re-alizada a terceira Mostra de Mquinas e Equipamentos Agrcolas, uma fiel vitrine das tecnologias disponveis no mercado atualmente. O evento acon-teceu em Ribeiro Preto, no Centro de Eventos Taiwan.

    A primeira parte do Seminrio, co-ordenada pelo consultor Luiz Antnio Belini, abordou o tema Inovaes Tecnolgicas e Colheita Mecanizada, onde foram apresentados trabalhos sobre transporte pesado de cana ver-sus lei da balana (Luiz Nistch con-sultor), viso logstica no transporte sucroalcooleiro (Volvo do Brasil), aplicabilidade da nova lei do moto-rista nas empresas sucroenergticas (Pereira Advogados), tratores de alta potncia na cultura da cana-de-acar (Valtra do Brasil), performance de tra-tores com transmisso automtica na cana (Massey Ferguson), agricultura de preciso (Basf) e novo sistema de mecanizao para a produo da cana--de-acar desenvolvido pela Davco Farming-Austrlia.

    Segundo o gerente de Operaes no Brasil da empresa, Davco Farming, Gui-lherme Santana, este novo sistema con-siste na reduo de energia utilizada na operao, na melhoria da fertilidade do solo, na reduo da compactao do solo e na reduo da soqueira. Nossa misso trabalhar para produzirmos cana com

    Carla Rodrigues

    a mxima eficincia e sustentabilidade, gerando ao setor tecnologias que propor-cionem benefcios, efetividade do custo e confiabilidade, disse Santana.

    A segunda parte do Seminrio, co-ordenada pelo consultor Luiz Nistch, tratou sobre questes relacionadas a evoluo da colheita mecanizada e abordou os seguintes assuntos: desa-fios da colheita mecanizada proble-mas, solues e resultados de campo (Case IH); sistemas mecanizados John Deere para a cultura da cana-de-acar (John Deere); solues AGCO San-tal para o setor canavieiro (Santal) e anlise do desempenho e indicadores operacionais das colhedoras de cana--de-acar (Assiste Engenharia).

    De acordo com o gerente global de Marketing de colhedoras de cana-de--acar e caf da Case IH, Guilherme Belardo, o preparo de solo, os dife-rentes espaamentos, os tipos de ca-naviais, os operadores e o sistema de plantios so os principais fatores que influenciam na colheita mecanizada. A logstica na hora da colheita tam-

    bm deve ser considerada como um fa-tor de influncia, por exemplo, colher mais de uma linha possibilita melhor capacidade operacional e menor con-sumo, explicou Belardo.

    No segundo dia das apresentaes, o tema discutido foi o melhoramento da produtividade da cultura canaviei-ra. Representantes do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), New Holland, Syngenta e Agro Pastoril Campa-nelli, falaram sobre os progressos no manejo, aproveitamento da palha, no-vas tecnologias para o preparo de solo e mecanizao.

    Ainda o Seminrio, o Grupo IDEA, juntamente com o CTC (Centro de Tec-nologia Canavieira), realizou a entrega do prmio Usinas Campes de Pro-dutividade Agrcola Safra 2012/13, aplicado s usinas do Centro-sul do pas que mais se destacaram em produtivi-dade agrcola.

    Foram analisadas 251 das principais unidades produtoras de cana, acar e etanol do Centro-sul do Brasil, utilizan-

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    35

    do-se os critrios: Moagem mnima: 600 mil toneladasTotal de safras j realizadas: mnimo quatro safrasProdutividade: cana bis < 5%Mximo de cana planta (18m): 20% da rea de cortendice IDEA = TCH (ATR x 0,67) + (idade mdia x 10),

    Considerando estes dados, 11 unidades produtoras se destacaram e receberam o prmio, dentre elas a Usi-na Guara, que se classificou como usina campe de produtividade do Brasil. Confira as usinas premiadas:

    Legendas:Estado de So Paulo01 - Regio de Araatuba: Usina Lins02 - Regio de So Jos do Rio Preto: Usina Santa Isabel 103 - Regio de Ribeiro Preto: Usina Santa Adlia04 - Regio de Ja: Usina So Manuel05 - Regio de Piracicaba: Usina Santa Maria06 - Regio de Assis/Presidente Prudente: Agrcola Nova Amrica Tarum07 - Estado de Gois: Usina Porto das guas08 - Estado do Paran: Destilaria Americana09 - Estado de Minas Gerais: Usina Santo ngelo10 - Famlia Campanelli recebeu homenagem durante o eventoEstado do Mato Grosso do Sul: Usina LDC-SEV Maracaju no pode comparecer

    01

    04

    0302

    07

    0605

    0908

    10

    Usina Guara campe de produtividade Regio de Ribeiro Preto

    RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    36Notcias do Setor

    assembleia Geral ordinria da orplanamarca novo perodo da entidade

    A Orplana Organizao de Planta-dores de Cana da Regio Centro--Sul do Brasil - realizou, no dia 5 de abril, sua Assembleia Geral Ordinria, em sua sede, Piracicaba-SP. Dentre os as-suntos em pauta, estiveram: prestao de contas do exerccio social 2012, com o relatrio de gesto, balancetes e demons-trativos de receitas e despesas; eleies da Diretoria Executiva, do Conselho Delibe-rativo e Conselho Fiscal. Todos os docu-mentos colocados para apreciao da As-sembleia foram aprovados.

    EleioForam eleitos, com mandato de trs

    anos, os novos integrantes da Diretoria Executiva: Manoel Carlos de Azevedo Ortolan (diretor presidente), Pedro Luis Lorenzetti (diretor vice-presidente) e Jos Coral (diretor tesoureiro). Estavam na Diretoria anterior, Ismael Perina Junior, como diretor presidente, e Maria Christina Pacheco, como diretora vice-presidente. Jos Coral mantm-se na mesma funo.

    O presidente eleito, Manoel Ortolan, j esteve no cargo de 2001 a 2007, pe-rodo em que estreitou o relacionamen-to entre a entidade e rgos pblicos e privados. Em sua gesto, a Orplana passou a fazer parte de organismos na-cionais e internacionais ligados ca-deia produtiva. Alm disso, promoveu a participao dos plantadores de cana no processo de expanso do setor su-croalcooleiro. Ortolan citou, dentre os desafios da nova diretoria, o desenrolar do Cdigo Florestal. Vamos ter que

    Assessoria de Comunicao Orplana/ Neomarc

    Durante a Assembleia houve eleio da nova Diretoria Executiva

    dar continuidade aos trabalhos rela-cionados ao Cdigo Florestal, ao CAR (Cadastro Ambiental Rural) e a outros aspectos que a diretoria anterior vinha providenciando. Ns precisamos con-solidar a Orplana cada vez mais e tere-mos muito trabalho pela frente.

    A concentrao na indstria e a crise tambm preocupam. Estamos passando por uma mudana muito grande, que a concentrao das usinas e fechamento de inmeras unidades. Isso vai forar um rearranjo da classe produtora em deter-minadas regies. Infelizmente, mais de 40 unidades j foram fechadas, trazendo problemas para os produtores e cidades prximas. No vemos, at o momento, o governo sinalizando com medidas a mdio ou longo prazo que incentivem investimentos. Vejo que a Orplana ter de atuar nesta questo, at mesmo na estrutura das nossas associaes, para poder nos fortalecer e fazer frente a estas necessidades, concluiu Ortolan.

    Ismael Perina Junior fez um balan-o positivo ao longo de seis anos como presidente da Orplana. Foi um perodo de muita luta e empenho na busca por melhorar a situao dos produtores, principalmente na viso da sociedade urbana e dos rgos pblicos, mais es-pecificamente quanto aos produtores de cana-de-acar. Procurei me dedicar o mximo possvel e dentro deste proces-so conquistei muitos amigos, convivi com pessoas empenhadas em fazer o bem para o setor e quero poder ajudar

    e dar continuidade no que for preciso com esta nova diretoria.

    Para o conselho fiscal, mandato de trs anos, foram eleitos: Pedro Sergio Sanzovo, Bruno Rangel Geraldo Mar-tins e Luiz Eugenio Ferro Arnoni (ti-tulares). Como suplentes: Marcelo de Almeida Ferreira, Marcio Luiz Miguel e Accio Masson Filho.

    RepresentatividadeA Orplana, com sede em Piracicaba,

    completa 37 anos em 2013. A entidade disponibiliza assessorias tcnica e jurdi-ca, alm de difundir novos conhecimen-tos para as associaes de fornecedores que integram seu quadro social. Uma de suas preocupaes ampliar a visi-bilidade do trabalho desenvolvido pelo fornecedor de cana. A entidade mantm parcerias com centros e institutos de pes-quisa, incentivando tambm o avano tecnolgico do produtor.

    Atualmente, a Orplana congrega 34 Associaes de Fornecedores de Cana dos Estados de So Paulo (25), Mato Grosso (1), Mato Grosso do Sul (1), Minas Ge-rais (4) e Gois (3). Juntas, estas associa-es integram 15.765 fornecedores inde-pendentes, que na safra 2012/2013 foram responsveis por aproximadamente 121,5 milhes de toneladas de cana processadas pelo Sistema ATR. RC

    Pedro Luis Lorenzetti, Ismael Perina Jr., Maria Christina Pacheco, Manoel Carlos de

    Azevedo Ortolan e Jos Coral

    Representantes das associaes

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    37

    Pedro Luis Lorenzetti, Ismael Perina Jr., Maria Christina Pacheco, Manoel Carlos de

    Azevedo Ortolan e Jos Coral

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    38Informaes Setoriais

    Chuvas de maro e prognsticos climticos para maio e junho

    Maro de 2013:- Chuvas anotadas ao final do ms

    Eng Agrnomo Oswaldo AlonsoConsultor

    A mdia das chuvas anotadas durante maro de 2013 (188mm), ficou bem pr-xima das normais climticas dos locais observados (174mm). Significativos vo-lumes de chuvas, acima das respectivas mdias histricas, foram observados nas Unidades Cruz Alta/Severnia, Fazenda Santa Rita e Uname - Copercana

    At meados de maro, uma fai-xa do Meio Centro a Oeste (e Regio de Assis) e ao redor de Barretos apresentava-se com baixa a crtica DAS (Disponibilidade de gua no Solo); enquanto que, em grande par-te da rea sucroenergtica de So Paulo, as condies hdricas do solo se mos-travam entre mdias a favorveis ao franco desenvolvimento dos canaviais. Condies estas, persistentes, (quase) semelhante, at o final do ms, em for-ma de ilhas at Sorocaba.

    Observando-se o Mapa 2, retratando o final de maro de 2012, mostrava extensa faixa entre o Centro a Noroeste do Estado com crtica DAS; nas demais reas sucro-energticas do estado, encontrava-se com mdia a ligeiramente favorvel DAS. En-quanto que, ao final de maro de 2013, apresentava-se como outra colcha de re-talhos, mas com ilhas de condies m-dias a crticas de DAS entre as regies de Sorocaba e Andradina.

    Para subsidiar planejamentos futu-ros, a Canaoeste resume o prognstico climtico de consenso entre INMET- Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de abril a junho de 2013, conforme ilustrado no Mapa 4.

    Para estes meses as temperaturas podero ser prximas das respecti-vas mdias histricas para toda regio Centro-sul do Brasil. Entretanto, no de-correr deste trimestre, prevm-se incur-ses de massas frias nas regies Sul e Sudeste, bem como no Estado do Mato Grosso do Sul. Qualquer afirmao so-bre geadas sero infundadas, pois estas ocorrncias somente podem ser alerta-das uma semana ou alguns dias antes;

    O consenso INMET-INPE assinala tambm que, em (quase) toda rea su-croenergtica da regio Centro-sul, as chuvas podero oscilar com iguais probabili-dades para as trs cate-gorias, ou seja, de aci-ma a dentro e abaixo das correspondentes normais climticas.

    Como referncia para Ribeiro Preto e municpios vizinhos, pelo Centro de Cana--Apta IAC, as mdias histricas de chuvas so de 70 mm em abril, 55 mm em maio e 30 mm em junho.

    Por sua vez, a SO-MAR Meteorologia assinala que se man-

    tm a neutralidade entre El Nio e La Nia at o final do semestre e que, em abril ainda podero ocorrer chuvas ao final do ms, mas o ms de maio con-tinua incerto, exceto nos primeiros dias que h previso de chuvas.

    Em funo destas previses, a Cana-oeste alerta aos produtores para se cui-darem em plantios de cana manual ou mecnico, evitando (sem irrigao) ul-trapassar o ms de abril mesmo com es-timulantes de brotao e enraizamento; enfatiza, ainda, na utilizao de mudas

    Mapa 1:- gua Disponvel no Solo entre 14 a 17 de maro de 2013

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    39

    sadias e descartar as provenientes de reas com suspeitas de pragas e/ou doenas. Das reas onde j se mostram infes-tadas por Sphenophorus levis-bicudo da cana, ento, nem pensar. Convm destacar que, durante os meses abril a ju-nho, face s possveis condies climticas, podero exigir atenes redobradas em operaes de colheita e transporte de cana.

    Estes prognsticos sero revisados nas edies seguintes da Revista Canavieiros. Previses ou fatos climticos rele-vantes sero noticiados em

    www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.brPersistindo dvidas, consultem os Tcnicos mais prxi-

    mos ou atravs do Fale Conosco Canaoeste.

    Mapa 2:- gua Disponvel no Solo ao final de maro 2012.

    Mapa 3:- gua Disponvel no Solo ao final de maro de 2013.

    Mapa 4:- Adaptao Canaoeste ao Prognstico de Consenso entre INMET-INPE para o trimestre abril a junho de 2013.

    RC

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    40Pesquisa do setor

    o desafio do custo agrcola

    A gesto dos custos no agroneg-cio vem demandando esforos de distintas reas organizacio-nais, principalmente se considerarmos o fato de que, sendo o mercado quem define os preos das commodities, a re-duo dos custos torna-se fator impres-cindvel para o aumento da margem de lucro e para a obteno de vantagens competitivas.

    No setor sucroenergtico, tradicio-nalmente, as usinas de acar e etanol conseguem mensurar com certa confia-bilidade os custos incorridos em am-biente industrial. Por outro lado, tanto os fornecedores de cana quanto as usi-nas ainda encontram muitos obstculos para gerenciar adequadamente seus custos agrcolas. Parte disso se deve a problemas como a falta de profissio-nalizao no campo e ao fato de que, diferentemente da indstria, as ativida-des agrcolas dependem de uma srie de fatores alheios vontade do produtor que podem minar a previso de como e quanto produzir.

    Levantamento realizado pelo Progra-ma de Educao Continuada em Econo-mia e Gesto de Empresas ( PECEGE/Esalq-USP) para a safra 12/13, com da-dos de custos agroindustriais de usinas localizadas na rea Centro-sul Tradi-cional (delimitada pelos Estados de SP, PR e RJ) e na rea Centro-sul de Ex-panso (GO, MG, MS, MT), demons-tra que os custos agrcolas (considerando

    usinas e fornecedores) representam mais de 60% dos custos totais para produo de acar e etanol, conforme pode ser observado nos grficos a baixo.

    Nesse sentido, a gesto dos custos agrcolas tema crtico para o setor su-croenergtico nacional, devido ao ele-vado investimento aplicado na forma-o do canavial, nos tratos culturais e no corte, transbordo e transporte (CTT). Os aspectos relacionados ao aponta-mento e rateios dos custos por talho/frente agrcola e estabelecer processos, fluxos e controles dificultam a adequa-da gesto destes custos.

    Tal importncia pode ser ressaltada ao apurar o montante investido pelas usinas brasileiras para a produo de cana-de--acar. Na safra 12/13 a produo esti-

    Hlio Paiva1Nlio Carvalho2

    Nlio CarvalhoHlio Paivamada de 596 milhes de toneladas, o que acarretaria em um investimento total na ordem de 45 bilhes de reais, conside-rando um gasto mdio de R$ 75,00 / tone-lada de cana produzida no Brasil.

    Alm disso, os custos para produo de cana-de-acar vm aumentando a cada safra, conforme exposto nos grfi-cos a seguir, o que fomenta a necessidade em se atacar os gastos agrcolas e buscar alternativas e ferramentas que possam reduz-los. Este aumento nos ltimos anos tem como principais fatores o preo dos arrendamentos, os gastos com meca-nizao e terceirizao da colheita, e, na ltima safra, tambm teve impacto signi-ficativo a reduo da produtividade, pro-vocada por problemas climticos e pela baixa taxa de renovao dos canaviais. Alm disso, como consequncia dos pro-blemas nas lavouras, tem-se observado quedas nos valores de ATR, afetando di-retamente a remunerao dos produtores e os rendimentos na indstria.

    Portanto, nossa experincia mostra que para obter informaes importantes que possam auxiliar na reduo de cus-tos, necessrio analisar quais os prin-cipais processos da produo agrcola que compem seu custo total. Com isso, podem-se notar quais so os principais componentes do custo agrcola e assim,

    Fonte: Pecege (2013)*O custo agrcola considera o custo operacional efetivo (mecanizao, mo-de-

    obra, insumos, arrendamento e administrao) para cana prpria e de fornecedores, depreciaes e remunerao do capital e terra.

  • Revista Canavieiros - Abril de 2013

    41

    Fonte: Pecege (2013)possibilita-se uma melhor definio de onde direcionar esforos para obter uma reduo significativa do mesmo.

    Dessa forma, fundamental analisar os custos incorridos em todos os estgios de produo de cana-de-acar, como o preparo de solo, plantio e os tratos cul-turais, assim como as depreciaes de benfeitorias, mquinas e equipamentos e o custo de oportunidade, considerando--se o capital investido. Tal anlise pode auxiliar, inclusive, na definio dos re-cursos e tecnologias a serem adotados no campo. Tambm vlido realizar o acompanhamento dos custos de produ-

    o e os preos mdios praticados para que seja possvel verificar se os custos individuais da lavoura analisada esto em consonncia com as oscilaes expe-rimentadas pelo mercado.

    importante ressaltar que ainda h desafios para garantir a integridade e exa-tido das informaes oriundas da rea agrcola, as quais iro servir de base para apurao dos seus custos. Dentre eles:

    - Dificuldade de automao de con-troles e processos em reas distantes da infraestrutura fsica de uma unidade industrial;

    - O baixo nvel de profissionalizao

    da mo de obra no campo;- O preo da terra em crescente va-

    lorizao;- A grande variedade de insumos uti-

    lizados;- A suscetibilidade ao cmbio.

    Portanto, nota-se que uma gesto dos custos agrcolas uma questo de elevada complexidade, porm funda-mental para a obteno de vantagens competitivas pelo setor sucroenergti-co, devendo ser considerada at mesmo em decises estratgicas, o que permi-tir ao setor manter sua tendncia de solidificao e profissionalizao e se proteger das instabilidad