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Ano 4 | Edição 42 | Novembro/2014 AFTOSA VACINE O GADO SEGURANÇA POLÍCIAS TRAÇAM ESTRATÉGIAS

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Edição 42

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Ano 4 | Edição 42 | Novembro/2014

aftosavacine o gado

segurançapolÍcias traçam estratégias

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■ CAPAÉ época da estação demonta equina

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sumário ■ ACoNTECEu

06Furtos e roubos na zona rural foram tema de reunião

08Comitiva de muladeiros de Rio Verde participou de evento

11Comissão de equideocultura traça metas para o setor

12Comissão define alterações no vazio sanitário da soja

14Reunião discutiu os rumos do gado de corte

■ AGroNEGÓCio

18 Seca pode prejudicar segunda safra

20SGPA e FAEG lançam cartilha de segurança rural

22Agronegócio continua a atrair estrangeiros

■ Cursos

23Idosas aprenderam primeiros socorros

■ AGroPECuáriA

24Cruzamento de aves é opção de produção diferenciada

26É hora de vacinar o gado contra a aftosa

■ EQuoTErAPiA

28Dia das crianças é comemorado pelo CEPS

■ CuLiNáriA

30 Galinhada

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DiretoriaPresidente: Walter Baylão Junior

Vice-Presidente: Luciano GuimarãesSecretário: Walter Venâncio Guimarães

Tesoureiro: Celso Leão Ribeiro

Conselho FiscalAntônio Pimenta Martins

Enio Jayme Fernandes JúniorAntônio Carlos de Campos Bernardes

Delegados representantesJosé Roberto Brucceli

Sadi Secco

suplentesOlávio Teles FonsecaJosé Oscar DuriganJoão Van AssIara Furquim Guimarães

suplentesJosé Cruvinel de Macedo FilhoSimonne Carvalho MirandaCairo Arantes Carvalho

suplentesWolney Oliveira GuimarãesHelder Bassan Ruy

DirEToriATriêNio 2013/2016

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ANO 4EDIÇÃO 42

NOVEMBRO DE 2014

SINDICATO RURAL DE RIO VERDEFundado em 1958

Sede: Av. João Bello, s/nº, Bairro Popular, CEP 75900-000, fone (64) 3051-8700

[email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALSindicato Rural - (64) 3051-8700Terra Brasilis - (64) 3623-8881

JORNALISTA RESPONSÁVELFabiana Sommer Fontana

Mtb 2216-GO

CONSELHO EDITORIALCelso Leão Ribeiro

Helder BassanIara Furquim

Simone CarvalhoValter VenâncioWalter Baylão Jr.

PROJETO GRÁFICOTerra Brasilis Marketing e Comunicação

CNPJ 07.284.127/0001-29

DIAGRAMAÇÃOJoão Batista | Sávio Marcos

FOTO DE CAPAFabiana Sommer

IMPRESSÃOGráfica Visão

A estação de monta é o perío-do do ano que ocorre a expo-sição, aos machos, das fême-as que estão em reprodução. Esta prática exige cuidados especiais, mas é de fácil im-plementação se acompanhada constantemente. A primavera é o período que compreende esta prática, uma vez que é a época onde os dias são mais longos e com maior luminosidade, onde as éguas

começam a ciclar ou entram no período de competência sexual. A estação de monta compreende, no Brasil, os meses de outu-bro, novembro e dezembro, período de maior fecundidade.A estação de monta tem como objetivo aperfeiçoar os trabalhos de inseminação artificial e de monta natural, além de determi-nar melhores épocas para o nascimento e o desmame de potros, evitando assim que os potros nasçam em épocas impróprias e acabem sofrendo com o clima e doenças. A utilização da prática da estação de monta auxilia na reprodu-ção rápida, mas é muito importante que antes de cobrir a égua se tenha certeza de que ela está no cio, pois além do desperdício do sêmen ou desgaste do garanhão, problemas de saúde pode-rão ser gerados.Uma égua está no cio quando conseguimos observar sinais tais como: inquietação, indócil, temperamental e muito relinche. Já na presença do garanhão ela apresenta as orelhas eretas, olhos brilhantes, eleva a cauda e dá espaço para a aproximação do macho. As vantagens de se trabalhar com estação de monta são inú-meras, não apenas do ponto de vista de manejo, mas também financeiramente. O ciclo das éguas é de 21 dias e a gestação de onze meses. No Brasil, as raças tem evoluído, garantindo qualidade aos animais e o agronegócio ligado aos equinos tem crescido cada vez mais e movimentado muito a economia.

Presidente Walter Baylão Jr.

FAlA Do PRESIDEntE

estaçÃo De Monta

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FUrtos e roUBosna Zona ruraL foraM teMa

De reunIÃo

o produtor rural Ederal-do Brucceli foi vítima de furto no mês de ou-

tubro. Da propriedade que fica na região São Thomaz, os ladrões levaram 48 tone-ladas de cloreto de potássio que estavam armazenados em um local distante da sede da fazenda. Segundo o pro-dutor, graças à rápida ação da polícia após a realização do boletim de ocorrência, o adu-bo foi encontrado 72 horas depois. “Logo que percebemos o ocorrido, já comunicamos a polícia, fizemos todo o regis-tro e eles começaram o patru-lhamento, todo o material foi encontrado no município de Santa Helena em caminhões e a quadrilha foi presa”, contou o produtor. Ainda no mês de outubro por meio de uma investigação que durou aproximadamente seis meses, o Grupo Especial de Repressão a Crimes Patri-moniais de Rio Verde, pren-deu uma pessoa por recep-tação. Na propriedade foram recuperadas 100 cabeças de gado da raça nelore que ha-viam sido roubadas de uma fazenda próxima a Iporá. Segundo a polícia civil de Rio Verde, existem indícios de que existam várias associa-

ções criminosas voltadas para os crimes de roubo e furto de gado, máquinas e defensivos agrícolas. E foi pensando nisso e nos problemas enfren-tados pela zona rural, que no dia 20 de ou-tubro o Sindicato Rural de Rio Verde se reu-niu com as polícias civil e militar a fim de discutir e traçar estratégias para inibir essas ações. Participaram da reunião o delegado regional da polícia civil de Rio Verde Danilo

Fabiano, o delegado do Ge-patri Danilo Proto, o Coronel da polícia militar Wilmar Rúbens, agentes, escrivães, o presidente do Sindicato Ru-ral Walter Baylão Júnior, o vice-presidente Luciano Jay-me, os diretores Celso Leão Ribeiro e Roberto Brucceli e o produtor rural Ederaldo

A onDA DE FURtoS E RoUBoS nA ZonA RURAl DE RIo VERDE E REGIÃo tEM PREoCUPADo CADA VEZ MAIS oS PRoDUtoRES RURAIS, AInDA MAIS AGoRA, CoM o InÍCIo DA SAFRA, onDE

oS EStoQUES DE DEFEnSIVoS AGRÍColAS E SEMEntES AUMEntAM nAS PRoPRIEDADES.

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Brucceli.Durante a reunião o delega-do Danilo Fabiano, disse que as quadrilhas que tem agido no município são cada vez mais especializadas e que o produtor rural é peça chave para que as polícias consi-gam prender os ladrões, por isso, ele sugeriu a criação de um grupo para dissemina-ção rápida de informações. “A criação de um grupo atra-vés das redes sociais é hoje um caminho fácil para que as informações sejam repas-sadas rapidamente, pois os pequenos detalhes são im-portantíssimos para o nosso trabalho, por isso, pedimos que os produtores rurais e o Sindicato Rural nos repassem sempre todas as informações que receberem, de posse de-las poderemos correr atrás e investigar”, afirmou Fabiano. O delegado reforçou ainda a importância em casos de furtos e roubos de se fazer o boletim de ocorrência. “Sabe-mos que existe um desânimo por parte das pessoas na hora de registrar a ocorrência, mas é através dela que os dados da propriedade e do que foi subtraído ficarão guardados”.

Já a polícia militar afirmou que não tem me-dido esforços para colaborar com as investi-gações. Segundo o tenente-coronel Wilmar Rúbens, a partir de agora serão intensificadas as operações e patrulhamentos na zona ru-ral. “Diante dessa demanda não vemos outra coisa se não intensificarmos as operações e a troca de informações com o campo, no que depender de nós, não iremos medir esforços”, esclareceu. Além disso, o tenente-coronel disse que vai correr atrás para aumentar o número de viaturas para compor a patrulha rural. Para o presidente do Sindicato Rural, Walter Baylão Júnior, a reunião foi de extrema im-portância e será o pontapé de inúmeras ações que serão realizadas na área da segurança rural. “Para nós, a segurança de nossos produ-tores é primordial, por isso, não iremos parar por aqui”. O presidente ressaltou ainda que o Sindicato Rural está de portas abertas para

auxiliar os produtores e que todos aqueles que já tiveram ou que queiram se orientar, venham até a instituição buscar auxílio.O vice-presidente Luciano Jayme Guimarães achou a reunião produtiva e esclare-cedora. “Precisamos cons-cientizar todos os produtores da importância do boletim de ocorrência, ele é uma fer-ramenta que facilita todo o trabalho de investigação, nosso sistema é lento, mas se cada um colaborar conse-guiremos solucionar muitos problemas”, conclui Guima-rães. ■

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CoMItIVa De MuLaDeIros De rIo VerDe PartICIPou De

eVento

o evento realizado pela Associação Os Independentes contou com a partici-pação de criadores e interessados na

aquisição de muares (burros e mulas) de di-versos estados, além de feira comercial, pro-vas, leilão, música raiz, desfile de muares, Queima do Alho, entre outros atrativos.A Comitiva montou na festa uma tenda repre-sentando a Queima do Alho, com comidas, traias e trajes típicos da época dos tropeiros e fez o maior sucesso entre os visitantes. “A nossa barraca estava muito movimentada, muitas pessoas paravam para apreciar os ins-trumentos utilizados e também para provar de nossa comida”, contou o presidente do Sindi-cato Rural Walter Baylão Júnior.

A CoMItIVA SÓ MUARES DE RIo VERDE PARtICIPoU noS DIAS 10 A 12 DE oUtUBRo Do EVEnto MUAR Do SERtÃo, QUE

AContECEU no PARQUE Do PEÃo EM BARREtoS.

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O evento teve como objetivo resgatar tradições históricas do interior do Brasil, uma vez que o país foi desbra-vado no lombo dos muares, animais que possuem força e características únicas que impressionam os criadores. O evento contou ainda com provas que avaliaram a mar-cha dos animais, sendo uma realizada em parceria com a ABCJPÊGA (Associação Bra-

sileira de Criadores de Jumento da raça Pêga) e outra aberta. Nelas foram classificadas as modalidades: Mula Adulta, Burro, Mula Jo-vem e Marcha Diagonalizada. Os vencedores ganharam fivela, canivete, chaveiro e prêmios em dinheiro. O evento ainda promoveu pro-vas que todos participam, classificadas como: Patrão, Amazonas e Mirim (até 12 anos).As duplas Divino & Donizete, Durval & Davi e artistas da região, como: Guilherme Tenó-rio, Alex & Canelinha, Tales & Thiago e Sales & Guilherme fizeram a alegria dos visitantes com as músicas sertanejas raíz.

O evento finalizou no dia 12 de outubro com um desfile de muares que saiu do Par-que do Peão rumo ao Recinto Paula de Lima Correia – ber-ço do rodeio brasileiro, pas-sando pela Mini-Basílica de Barretos, em um percurso de aproximadamente 15 km, onde os muladeiros foram abençoados. ■

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CoMIssÃo De eQuIDeoCuLtura traça

Metas Para o setor

Com o objetivo de avan-çar com as demandas do setor, no dia 13 de

outubro a comissão de equi-deocultura da FAEG se reu-niu na sede da instituição. A reunião reuniu aproximada-mente 18 pessoas, entre elas o presidente do Sindicato Ru-ral de Rio Verde, Walter Bay-lão Júnior e o acadêmico de veterinária, Thiago Baylão.Durante a reunião, foram relembrados os encaminha-mentos sugeridos na última discussão, como por exem-plo, sobre os laboratórios au-torizados a realizar exames de Anemia Infecciosa Equina e também sobre o acordo en-tre Senar e Agrodefesa para disponibilizar curso de capa-

citação para os médicos vete-rinários. Os participantes levantaram um leque enorme sobre o tema e fizeram alguns en-caminhamentos urgentes, dentre eles, solicitar junto à Agrodefesa em caso de trans-porte urgente do animal, que o produtor não seja multado e sim notificado e dado um prazo mínimo para que apre-sente os documentos e exa-mes necessários. Outra reinvindicação foi com relação à situação de proprie-tários de equídeos que não possuem propriedade rural e precisam do cadastro dos animais. Os participantes questionaram também sobre a padronização dos desenhos

utilizados nas resenhas e sobre o passaporte dos animais de esporte como, por exemplo, o Puro Sangue Inglês. O bem-estar dos animais também foi outro ponto de destaque, principalmente durante as cavalgadas, eventos realizados constante-mente no estado. Para o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Walter Baylão Júnior, a reunião foi vá-lida e apontou assuntos que são de extrema necessidade para o setor da equideocultura. ■

Foto: thiago Baylão

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CoMIssÃo DefIne aLteraçÕes no VaZIo sanItÁrIo Da soJa

Com o objetivo de definir os critérios para realiza-ção do vazio sanitário da

soja em Goiás, a Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Faeg se reuniu em outubro para discutir sobre a permis-são de plantio para pesquisa científica e melhoramento ge-nético durante o período de vazio sanitário.A reunião foi conduzida por Bartolomeu Braz, vice-presi-dente institucional da Faeg e presidente da Aprosoja Goiás

e o produtor rural Flávio Faedo, presidente da Comissão. Bartolomeu acredita que na última safra os prejuízos por ferrugem asiática foram tão sig-nificativos quanto perdas pela seca. “O Centro-Oeste tem condições de plantio durante todo o ano, mas isso nos traz também efeitos negati-vos, pois aumenta a pressão de pragas e doen-ças em nossas lavouras, então não podemos co-locar tudo isso a perder”, defende Bartolomeu.Para Flávio Faedo é preciso ponderar todas as necessidades. “Sabemos da necessidade de novas variedades, mas o sistema atual tem causado prejuízos. Precisamos encontrar uma forma de aliar o desenvolvimento de novas cul-

tivares com a preservação do vazio sanitário”, afirma.

PrEssÃo DE sELEÇÃo “A situação hoje é muito de-licada no estado, pois o inó-culo de ferrugem em áreas de semente ou de soja safrinha já sofreu pressão de seleção, o que aumenta a resistência contra os defensivos. Se não utilizarmos medidas alterna-tivas e eficientes, nos próxi-mos anos não teremos mais produtos com alta eficiência”,

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pontuou Dr. Maurício Meyer, pesquisador da Embrapa.Gerente de Pesquisa e Pro-dução do Centro Tecnológico de Pesquisas Agropecuárias (CTPA), José Nunes, acredita que não o manejo é a solução. “Não existe ferramenta mais eficiente que o vazio sanitá-rio. Hoje o limite é de 60 dias, mas usamos 90 para termos mais segurança”, finalizou.

PEsQuisA E mELHorAmENTo GENÉTiCo DEVErÃo sE ADEQuAr O maior impasse entre as novas propostas foi a de deslocamento dos programas de melho-ramento genético para o Norte do estado. Os produtores rurais acreditam que esta medida contribuirá para diminuir os inóculos nas principais regiões produtoras, mas as empre-sas de pesquisa alegam que é inviável transfe-rir os projetos para esta região, pois toda a es-trutura destas empresas está estabelecida no

Sul do estado e não plantar no vazio sanitário interrompe o ciclo de cultivo. Além de diretores e técnicos da Federação, participaram também do encontro repre-sentantes dos Sindicatos Rurais, órgãos do governo e empresas ligadas ao agrone-gócio. ■

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reUniÃo discUtiU os rUmos do

gaDo De Corte

A comissão de pecuária de corte da Faeg, reali-zou no dia 17 de outu-

bro mais uma reunião com o objetivo de discutir diversos assuntos que estão em pau-ta no que se refere a gado. A reunião foi conduzida pelo coordenador Maurício Vello-so e contou com a participa-ção de representantes da Su-perintendência do Ministério do Trabalho e Emprego além dos Sindicatos Rurais do es-tado, Rio Verde foi represen-tado pelo presidente Walter Baylão Júnior e pelo diretor Celso Leão Ribeiro. Durante a reunião foram tratados de assuntos como orientações sobre legislação trabalhista e emissão de nota fiscal eletrônica, além da va-cinação contra a febre aftosa. A NR31 foi o assunto mais abordado, pois, segundo Ro-berto Mendes da Superin-tendência do Ministério do Trabalho e Emprego é ele

que regulamenta as normas de segurança e saúde no trabalho das atividades de agricul-tura, pecuária, silvicultura e aquicultura e sofreu várias alterações durante os dez anos de publicação. O assunto gerou discussões sobre responsabilidade do empregador, ter-ceirização de mão-de-obra, exames médicos, carga horária, utilização de equipamentos de proteção individual e até capacitação dos fun-cionários através dos cursos oferecidos com a parceria do Senar. No decorrer da reunião e do assunto sobre a NR31 o coordenador da comissão Maurício Velloso sugeriu a ajuda da Superintendência para disponibilizar técnicos para a realização de cinco seminários regionais para esclarecer dúvidas e divulgar as normas da NR31.

Outro assunto que entrou em pauta foi com relação à emis-são de nota fiscal eletrônica avulsa, via internet, que faci-lita muito a vida do produtor, uma vez que não é neces-sário o deslocamento até a agência fiscal, reduz gastos e ajuda na gestão eficiente do negócio. A aftosa também entrou em discussão e os produtores solicitaram que a Agrodefe-sa seja convida para passar informações sobre o estudo epidemiológico relacionado à febre aftosa. ■

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Capa

É ÉPoCa Da estaçÃo De

monta eQUina

Neste período onde os dias são mais longos e com maior lumino-

sidade, as éguas começam a ciclar e entram no período fértil. A estação de monta compreende, no Brasil, os meses de outubro, novem-bro e dezembro, período de maior fecundidade.A realização da fecundação nesse período tem uma expli-cação bem simples, pois ga-rante que os potros venham a nascer sempre na primavera ou início do verão (a gestação de uma égua é de aproxima-damente 11 meses), perío-do em que as pastagens são mais ricas e o clima ameno ajuda na sobrevivência do re-cém-nascido.

As vantagens de se trabalhar com estação de monta são inúmeras, não apenas do ponto de vista de manejo, mas também financeiramen-te. O ciclo das éguas é de 21 dias. No Brasil, cada vez mais as raças tem evoluído, garan-tindo qualidade aos animais e o agronegócio ligado aos equinos tem crescido e movimen-tado muito a economia. O produtor Fabrício de Barros Nicoletti traba-lha com equinos. Nos 25 hectares da proprie-dade que fica a 20 quilômetros de Rio Verde ele possui 72 animais, entre machos, fêmeas e potros, todos da raça quarto de milha. A atividade iniciou há quatro anos, primei-ro pela paixão pelos animais e depois pelo fato de ser lucrativo, apesar de precisar de um monitoramento constante, principalmen-te quando se fala de clima. Segundo Nicoletti apesar do período ser propício para a estação de monta, o clima tem prejudicado o ciclo das éguas e até a indução de cio já se complica. “As éguas entram no cio no período do ano

com maior luminosidade e capim e como nesse mês de outubro as chuvas atrasaram e a disponibilidade de capim diminuiu, percebemos uma leve alteração na hora da resposta dos hormônios por causa do estresse com o calor, embora tenha sido um evento esporádico, acaba dificultan-do nosso trabalho” afirma o produtor. Na propriedade as fecun-dações são feitas através de inseminação artificial, trans-ferência de embrião e monta natural. A inseminação artificial consiste na coleta artificial do sêmen, que pode ser utili-zado “in natura” ou diluída. Segundo o produtor, a vanta-

no InÍCIo DA PRIMAVERA SE InICIA A EStAÇÃo DE MontA EM EQUInoS, ÉPoCA EStA onDE AS ÉGUAS SE EnContRAM PRontAS PARA SEREM FECUnDADAS.

o presidente do SRRV Walter Baylão Júnior também é criador de Quarto de Milha

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gem desse procedimento está no controle da qualidade do sêmen, aumento do número de éguas enxertadas e tam-bém diminui riscos de aci-dentes. Já a desvantagem fica no custo e no controle do cio e ovulação da fêmea. A transferência de embrião é também conhecida como método de reprodução as-sistida onde é retirado o em-brião formado, com seis a nove dias de vida, do útero de uma égua doadora e intro-duzido no útero da receptora. Já a monta natural é o mé-todo de maior fertilidade das éguas, principalmente se acompanhada e monitorada constantemente. Embora na propriedade se-jam utilizadas essas técni-cas, não significa que todas elas tenham efeitos imedia-tamente, por isso o produtor acaba utilizando métodos de indução de cio, que são os remédios, a rufiação que aju-da a desencadear a liberação de hormônios da reprodução sendo uma importante práti-ca de manejo e a luminosida-de que estimula o trabalho de reprodução. “O problema da indução por meio da lu-minosidade é com relação ao

custo, pois é preciso ter um funcionário moni-torando, pois nesse sistema o animal fica qua-tro horas a mais sob a luz”, ressalta Nicoletti. A alimentação também é um fator deter-minante para a produtividade, por isso, no haras é disponibilizado capim e forragem para os animais que ficam soltos e para os garanhões nas baias, ração e feno duas vezes por dia. “Outro detalhe importante é que o sal mineral é a vontade e a água é de boa quali-dade e limpa”, comenta o médico veterinário Ricardo Meireles. O veterinário explica ain-da que os garanhões são tratados com suple-mentos específicos para o melhoramento do esperma e da produção.De acordo com Meireles, um garanhão pode praticar até duas montas por dia, uma de ma-nhã e outra à tarde, mas no haras, como a inseminação artificial é a principal fonte de reprodução, eles coletam os sémens três ve-

zes por semana, garantindo assim qualidade. O planejamento e as estraté-gias adotadas antes do início da estação de monta refletem muito na relação custo bene-fício. Para Meireles, antes de iniciar qualquer atividade é preciso planejar e saber de-talhadamente aonde se quer chegar. “Nosso primeiro pas-so antes de iniciarmos o pe-ríodo de estação de monta é a escolha das éguas que serão cobertas e quais serão os gara-nhões, se vai ser transferência de embrião ou prenhe normal e se vamos usar garanhões de dentro do haras ou de fora”, afirma. Para o produtor Nicoletti, a atividade exige cuidados, atenção especial e monito-ramento constante, mas tem dado bons resultados. “Gosto demais de trabalhar com ca-valos, sou apaixonado pelos animais e quando aliamos algo que gostamos e ainda temos bons resultados finan-ceiros, a tarefa se torna praze-rosa”, conclui. ■

No BrAsiL, As rAÇAs TEm EVoLuÍDo, GArANTiNDo QuALiDADE Aos ANimAis

E o AGroNEGÓCio LiGADo Aos EQuiNos

TEm CrEsCiDo CADA VEZ mAis E moVimENTADo muiTo A ECoNomiA.

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agronegócio

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seCa PoDe PreJuDICar segunDa safra

o IBGE divulgou no iní-cio de outubro o pri-meiro prognóstico de

intensão de plantio em Rio Verde para a safra 2014/2015. Segundo o instituto, a soja irá ocupar nesta safra o equi-valente a 300 mil hectares, a mesma área da safra passa-da, mas com um diferencial, aumento de produtividade, que deverá chegar à casa das 3.120 toneladas contra as 2.500 da colheita passada. Mas, embora os primeiros números do IBGE apontem para um aumento, os produ-tores de Rio Verde mais uma vez passam por dificuldades e a seca voltou a assombrar.De acordo com o consultor de mercado Ênio Fernandes, mesmo com as adversida-des do clima os produtores plantaram, assumindo risco, mas com o objetivo de ten-

tar antecipar ao máximo o plantio, sempre pensando no sistema de produção e não só em uma cultura apenas. “O grande proble-ma agora é que a seca já compromete a safra e consequentemente a segunda safra e claro que a produtividade também ficará afetada”, explica Fernandes, que informa ainda que o mercado mudou muito pouco, o risco da ati-vidade ainda está alto e o produtor rural deve sempre estar focado em gerenciar o risco de atividade.Na fazenda do Grupo Kompier a soja foi plan-tada no início das primeiras chuvas, na es-perança do clima colaborar. Na propriedade foram plantados 600 hectares e as perdas já apareceram. “Tinha chovido no início de outubro 80 milímetros, água suficiente para o plantio e foi então onde iniciamos os tra-balhos, sabíamos que tinha previsão de seca, mas não imaginávamos que seria tão longa”, conta. Para a produtora o momento agora é o de esperar pelas chuvas e umidade do solo para então contabilizar realmente o que foi perdido, mas ela já adianta que existe grande probabilidade de replantio. Segundo Kompier a programação com a segunda safra já está

comprometida. “Já sabemos que haverá redução de 30% da área para a segunda sa-fra”. Segundo o engenheiro agrô-nomo Antônio Carlos Ber-nardes, o momento agora é de cautela. “Quem plantou com as primeiras águas está preocupado com o rendimen-to médio das lavouras, pois estas podem perder produti-vidade. Agora é o momento do produtor avaliar se será necessário fazer o replantio”, explica Bernardes. Já para os produtores que esperaram as chuvas o conselho do agrô-nomo é que corram atrás dos prejuízos, revejam a área da segunda safra e redobrem os cuidados. “Acredito que a maior consequência da seca será no plantio da segunda safra, mas agora o produtor deve focar na soja”, conclui. ■

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o município de Rio Verde arrecadou este ano R$ 145.843,51 para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescen-

te através do imposto de renda por meio da campanha “Seu Imposto Pode Produzir Fe-licidade”.A ideia da campanha consiste em destinar de 1% a 6% do Imposto de Renda de pessoa jurí-dica ou pessoa física para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rio Verde (FMDCA). O faturamento recolhido será aplicado em projetos e programas desen-volvidos pelas 22 instituições cadastradas e que atendem crianças e adolescentes. As doações aos Fundos dos Direitos da Crian-ça e do Adolescente são deduzidas do Impos-to de Renda de pessoa física e pessoa jurídica, nos moldes do artigo 260 a 260-c do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O valor doado é descontado do Imposto de Renda a pagar, dentro dos limites legais pré-estabele-cidos.De acordo com a conselheira Marion Kompier, o município já está com 15 projetos aprovados e agora com esse valor os mesmos poderão

sair do papel. “Ficamos muito contentes com a arrecadação, por ter sido o primeiro ano, conseguimos um bom dinhei-ro e que servirá para benefi-ciar as milhares de crianças e adolescentes”, explica Kom-pier. O dinheiro arrecadado está depositado em uma conta administrada pelo conselho, sem envolvimento do poder público ou legislativo. “Nin-guém interfere na destinação desse recurso, ele é propria-mente para atender a proje-tos que envolvam crianças e adolescentes”, explica o vo-luntário do conselho Mauro Nogueira.

QuEm PoDE DoAra) Pessoa física: 6% do im-posto apurado na Declaração de Ajuste Anual.

b) Pessoa jurídica: 1% do imposto devido apurado por pessoa jurídica tributada com base no lucro real.

Como DoAra) Depositando a doação na conta do Fundo Municipal, até o término do período base (Pessoa Física ou empresa).b) No momento da entrega da declaração de imposto de renda, pagando em guia se-parada (só Pessoa Física).Em seguida deve-se comuni-car a doação ao Conselho de Direitos da Criança e do Ado-lescente (CMDCA) – informar telefone, endereço se possível – e requisitar o recibo de do-ação para que seja ratificado pela Receita Federal. ■

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agronegócio

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sgPa e faeg LançaM CartILHa De segurança

ruraL

CuiDADos EssENCiAis• Reserve os pastos mais vul-neráveis (próximos de estra-das, longe da sede etc.) para o gado mais fraco, destinan-do os pastos mais seguros para animais gordos e man-sos.• Contrate vigia noturno, se possível.• Dificulte o acesso à fazen-da colocando cadeado nas porteiras.• Coloque cadeado nos em-barcadouros.• Marque devidamente todos os animais.• Evite a aquisição de ani-mais de procedência duvido-sa, sem nota ou abaixo do va-lor de mercado. Eles podem ser produto de roubo.

PEssoAL CoNTrATADo• Pesquise antes de contratar novos funcionários.• Procure conhecer o pessoal contratado.• Suspeite de pessoas que es-tejam rondando a fazenda, sobretudo à noite com veícu-

los de grandes porta-malas ou picapes leves.• Informe imediatamente à PM qualquer ati-tude suspeita de transeuntes ou desconheci-dos.• Evite ostentação de riqueza.• Oriente os funcionários a não oferecer in-formações a pessoas estranhas.• Evite manter na fazenda dinheiro, mobília ou equipamentos caros como eletrodomésti-cos, computadores etc.• Mantenha porteiras bem conservadas e, se possível, fechadas com cadeados. • Evite deixar a fazenda abandonada.• Procure conhecer as pessoas que se relacio-nam com seus funcionários. • Evite comentar sobre grandes vendas.• Evitar colocar na estrada o nome do pro-prietário na placa de acesso à fazenda.

CuiDANDo DA rEsiDêNCiA• Construa a sede da fazenda longe da estra-da.• Tenha cachorro, ganso e galinha d’angola próximos à sede.•Esteja sempre em contato com vizinhos.• Instale alarmes com chave de emergência.• Faça seguro residencial contra furto.• Em caso de assalto, não reaja e, se possível, procure observar a fisionomia dos bandidos para facilitar um posterior reconhecimento.• Evite carregar dinheiro para o pagamento

de funcionário na fazenda.• Mantenha escondido um celular na fazenda, para emergências.• Mantenha controle cons-tante sobre o patrimônio da fazenda e confira-o sempre. • Denuncie imediatamente à PM os casos de roubo.• Participe de Associações de Produtores.• Mantenha-se informado so-bre a evolução da criminali-dade na região.

VEÍCuLos E máQuiNAs• Ao adquirir veículos, prefi-ra os menos cobiçados pelos bandidos.• Utilize garagens fechadas nas fazendas, evitando a ex-posição dos veículos.• Mantenha guardados, em galpões fechados, as máqui-nas e os equipamentos agrí-colas.• Faça seguro dos veículos e máquinas.• Instale mecanismos de se-gurança nos veículos e má-quinas agrícolas.

CoM o oBJEtIVo DE oRIEntAR oS PRoDUtoRES CoM RElAÇÃo AoS CRESCEntES FURtoS E RoUBoS nA ZonA RURAl, A SoCIEDADE GoIAnA DE PECUÁRIA E

AGRICUltURA (SGPA) E A FAEG lAnÇARAM UMA CARtIlHA oRIEntAnDo SoBRE MAIoR SEGURAnÇA no CAMPo, tAnto PARA CRIADoRES CoMo AGRICUltoRES.

ConFIRA AS oRIEntAÇÕES:

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• Procure estar sempre em contato com os policiais mi-litares da unidade mais pró-xima da sua fazenda.• Informe à Polícia Militar da sua localidade, os dados de seus veículos e máquinas agrícolas.• Evite viajar sozinho e dar carona a estranhos.• Evite rotina de horários e itinerários.• Mantenha seus veículos sempre em boas condições, evitando parar na estrada. • Evitar andar com os docu-mentos originais do seu ve-

ículo.• Comunique à Polícia Militar sempre que de-parar com pessoas estranhas ocupando veí-culo e máquina agrícola.• Evite socorrer estranhos que estejam sinali-zando defeito em seu veículo na estrada.• Caso seja vítima de acidente de trânsito que lhe pareça proposital, não pare para consta-tar danos, procure a fazenda mais próxima e peça socorro.• Mantenha em seu veículo alguma particu-laridade que possa identificá-lo rapidamente caso seja levado por bandidos.

CuiDE Dos iNsumos• Evite manter na fazenda grandes estoques de insumos.

• A armazenagem na fazen-da deve ser feita em depósi-tos apropriados e que ofere-çam segurança, se possível com grade, sistemas de alar-mes etc.• Adquira somente defensi-vos agrícolas determinados por receituários agronômicos e em revendas autorizadas.• O transporte para a fazenda deve ser realizado pela pró-pria revendedora. Caso tenha de ser feito pelo próprio pro-dutor rural, utilize veículos apropriados, se possível com escolta. ■

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agronegócio

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A agropecuária brasileira segue nos rada-res dos investidores estrangeiros, que têm marcado presença através de ope-

rações de fusão e aquisição. Entretanto, a falta de clareza em alguns setores, a política adotada no País e a estimativa de margens baixas nas commodities devem impor cautela a estes in-vestimentos em 2015.De acordo com dados consolidados pelo Rabo-bank, em 2013, 60% das transações de fusões e aquisições no País assessoradas e concluídas pelo banco foram realizadas com participação de companhias internacionais, principalmente as norte-americanas ou asiáticas.“O segmento de fertilizantes líquidos, por exem-plo, apresenta um crescimento expressivo. Mes-mo sendo um nicho relativamente pequeno, ele vem atraindo muitos investimentos estratégi-cos”, diz o especialista em Mergers & Acqui-sitions do Rabobank, Rodolfo Hirsch. O sócio da Demarest Advogados no segmento de Agro-negócios, Renato Buranello, acrescenta que a área de insumos agrícolas como um todo, as-sim como as de sementes e grãos tendem a conseguir boas oportunidades no mercado in-vestidor.

Cautela“Neste ano o Brasil ficou meio parado no que se refere a investimentos porque havia uma dispu-ta eleitoral na qual o governo poderia mudar de direção. Com a reeleição da presidente Dilma, o cenário está mais claro porque os investidores já conhecem as posições dela, mas a palavra do momento é cautela, uma vez que ainda não está definida qual será a política macroeconô-mica”, explica o presidente da Sociedade Rural

Brasileira (SRB), Gustavo Di-niz Junqueira.Outra questão que pode re-duzir a vinda de estrangeiros é expectativa de queda nas margens de preço e rentabi-lidade das commodities. Para o sócio da GO Associados, Fábio Silveira, este recuo nos rendimentos da produção vai impactar negativamente no próximo ano.“Será necessário controle de custos e cautela. Tivemos si-tuações de excelentes capta-ções de renda, produção e área plantada. Agora entraremos em um ano de ajustes”, expli-ca o executivo da GO Associa-dos.

investimento diretoDados do Banco Central mos-tram que o capital direto in-

vestido na agropecuária pas-sou de US$ 559 mi, em 2013, para US$ 193 mi no compara-tivo anual para o acumulado do ano até setembro. Isso de-vido a uma limitação do go-verno federal para aquisição de terras por estrangeiros.“Isso precisa ser revisto para que tenhamos acesso a inves-timentos maiores. Esta é uma das coisas que trava o capital de entrar no País”, critica o presidente da SRB.Diante disso, o capital fica li-mitado à entrada através de companhias do setor. Segun-do o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Lopes, este fator viabilizou a participação externa indireta e favoreceu a exploração de grãos, insumos e alimentos pro-cessados, como as carnes. ■

agronegÓCIo ContInua a atraIr

estrangeIros

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IDosas aPrenDeraM PrIMeIros soCorros

A grande maioria das si-tuações de acidentes poderia ser evitada se

as pessoas tivessem o conhe-cimento básico dos primeiros socorros e foi pensando nis-so, que o Senar, em parceria com o Sindicato Rural de Rio Verde, realizou o treinamento de Primeiros Socorros para as idosas do Conviver em outu-bro. O treinamento foi ministra-do pelo instrutor Adriano da Costa Maciel que explicou as participantes como agir cor-retamente em casos de emer-gência. Segundo Maciel, um dos primeiros ensinamentos é manter a calma, uma vez que muitas pessoas acabam entrando em pânico e não conseguem agir rapidamen-te, o segundo passo é traçar um plano de ação e manter os sinais vitais do acidenta-do. “Manter os sinais vitais é fundamental, por isso nesse treinamento ensinamos a fa-

zer a retomada e a manter os sinais”, explica. Durante o curso as participantes tiveram con-tato com a teoria e a prática e ainda aprende-ram sobre higienização, contaminação, respi-ração, afogamento, parto, intoxicação, parada cardíaca, convulsão, desmaio, DST e animais peçonhentos. A aposentada Odília Ferreira Prado gostou da experiência e tirou inúmeras dúvidas. “Essa foi à primeira vez que participei de um curso promovido pelo Senar, achei bem proveitoso e aprendi coisas que com certeza poderão me ajudar em uma emergência, como por exemplo em casos de queimaduras e picadas de ani-mais peçonhentos”, contou. Dona Maria Eva Alves Martins já é adepta dos cursos do Senar e sempre está à procura de novos aprendizados, por isso resolveu parti-cipar do treinamento. “Achei ótimo o curso e o instrutor foi muito atencioso com a gente, explicou todos os detalhes e ainda foi de uma paciência enorme” explicou à aposentada. Como o próprio nome sugere, os primeiros socorros são os procedimentos de emergên-cia que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva e foi por isso que a também aposentada Maria do Nascimento

resolveu fazer o treinamento, para adquirir conhecimentos necessários em caso de in-cidentes. “Foi muito gostoso aprender esse assunto e tenho a certeza que em alguma situ-ação crítica eu poderei utilizar dos conhecimentos adquiri-dos”, contou. De acordo com o instrutor Adriano da Costa Maciel, apesar da gravidade da situ-ação, é preciso sempre agir com calma, evitando o pâ-nico, transmitir confiança, tranquilidade, alívio e segu-rança aos acidentados e agir rapidamente dentro dos limi-tes possíveis. “Já tive alunos que me contaram que após o curso utilizaram os primei-ros socorros adequadamente, lembro-me de uma aluna que o marido sofreu queimadura química nos olhos e graças à assistência prestada ele não perdeu a visão”, conclui Ma-ciel. ■

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CruZaMento De aVes É oPçÃo De ProDuçÃo DIferenCIaDa

Com o intuito de fazer um experimento e inse-rir na propriedade um

novo cultivo, o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde e produtor Walter Baylão Júnior, há um ano vem apostando no cruza-mento da galinha da rhódia com o galo índio gigante. Do cruzamento saem fran-gos gigantes com tamanho maior e mais carne. A rhódia é uma raça de gali-nha dos Estados Unidos, que tem como propósito a pro-dução de ovos e carne. Elas são galinhas dóceis, rústicas, resistentes a doenças e co-nhecidas como poedeiras. Já os galos índios gigantes, são raças híbridas, inteiramente brasileiras, de porte gigante e

com características bastante peculiares como plumagem macia ajustada ao corpo de todas as cores e pele e muco-sas amareladas. Antes de iniciar na atividade o produtor fez todo um in-vestimento, construindo um galinheiro com adaptações específicas para cada estágio, desde a botadeira até o pon-to de abate. “Hoje estou com cerca de 300 cabeças e como cada uma tem um tempo de vida diferente, eu tenho que possuir espaços para diferen-ciação dos animais”, conta Baylão. Outro detalhe impor-tantíssimo é com relação ao clima, por isso o galinheiro foi todo adaptado, tanto para o frio como para o calor com cortinas que deixam ou não

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passar luminosidade e tempe-ratura. As galinhas produzem o ano todo, elas colocam um ovo por dia, o nascimento demora 21 dias e o ponto de abate são quatro meses. Os ovos são co-letados diariamente e coloca-dos em chocadeiras. “Temos um cuidado muito especial com as galinhas, pois em um determinado momento, quan-do já colocaram ovos suficien-tes, elas sentem a necessidade de chocar e param de produ-zir, por isso retiramos os ovos delas e as colocamos em ou-tro ambiente até passar essa necessidade de chocar, pois se elas continuarem no galinhei-ro vão querer chocar os ovos e param de produzir por 21 dias, retirando elas do local, em cinco dias voltam a produ-zir ovos”, explica Baylão. A alimentação é outro detalhe muito apreciado. Os animais são tratados com ração espe-cífica a base de milho e com-postagem e o alimento fica disponível o dia todo nos co-chos. Outra fonte de vitamina é a grama, que tem o objetivo

de melhoramento da carne. O manejo também é muito importante, por isso o produtor utiliza remédios tanto na água como na ração para evitar que doenças se proliferem. “É preciso um monitoramento constante e cuidados específicos para que o re-sultado final seja o desejado”, ressalta Baylão. Tamanho e mais carne. Quando comparado com outras raças essas são as vantagens desse cruzamento, os chamados frangões. O traba-lho de seleção genética resultado em animais que podem chegar a pesar 1,5 quilos. Por enquanto os frangos produzidos na pro-priedade são apenas para consumo próprio e

alimentação dos cerca de 30 funcionários, mas o produtor não descarta a possibilidade de investir no mercado. “Mi-nha ideia inicial era só fazer o cruzamento para inovar, mas tenho visto o quanto é diferen-te e que tem gerado bons re-sultados, por isso já penso em um futuro próximo iniciar a comercialização, uma vez que propostas não me faltam”, conclui Baylão. ■

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É Hora De VaCInar o gaDo Contra a aftosa

Nesse período, bovinos e bubalinos de até 24 meses devem ser vacinados con-tra a doença, a fim de preservar o sta-

tus sanitário do rebanho goiano. A vacinação é obrigatória e o pecuarista que não fizer a declaração fica sujeito a multas. As vacinas já estão sendo comercializadas e segundo o fiscal estadual agropecuário Gui-lherme Ramos Barbosa elas só podem ser ven-didas até o final do mês. “As vacinas já foram disponibilizadas para venda desde o dia 30 de outubro e cada loja agropecuária pode fazer o próprio preço”, explica Barbosa. Além da vacinação ser obrigatória o produtor também deve declarar que vacinou o rebanho. A declaração de vacinação está disponível através do site www.agrodefesa.go.gov.br ou nas unidades operacionais locais da Agrodefe-sa. Os formulários devem ser entregues devi-damente preenchidos juntamente com a nota fiscal eletrônica de aquisição das vacinas até

A AGÊnCIA GoIAnA DE DEFESA AGRoPECUÁRIA FIXA o PERÍoDo DE 01 A 30 DE noVEMBRo PARA A SEGUnDA EtAPA DE VACInAÇÃo ContRA A FEBRE AFtoSA.

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no prazo máximo de cinco dias após o térmi-no da etapa de vacinação, que compreenderá dia cinco de dezembro. O pecuarista que não vacinar o rebanho será multado em R$ 7,00 por cabeça e ainda va-cinará os animais com acompanhamento de fiscais, a chamada vacinação assistida. “Mas, não é só a falta de vacinação que gera ônus para o bolso do produtor, a não declaração também acarretará no bolso e quem não o fizer pagará o valor de R$ 60,00 por propriedade”, afirma Barbosa.

A DoENÇAA febra aftosa é uma doença contagiosa que se espalha rapidamente. Os principais sintomas são: febre, aftas na boca, nas tetas e entre as unhas, os animais babam, mancam, arrepiam o pelo e param de comer e beber. A doença é transmitida através do vírus que está presente na saliva, no líquido das aftas, no leite e nas fezes dos animais doentes. Qualquer objeto

ou pessoa que tenha contato com essas fontes de infecção se torna um meio de trans-missão para outros rebanhos. A transmissão para humanos é raríssima.De acordo com o médico ve-terinário Juliano Aquino, a doença pode ser fatal e é por esse motivo que países que

já sofreram com a doença estabeleceram barreiras sani-tárias nas regiões atingidas. “A vacinação é indispensável para manter qualquer reba-nho livre de aftosa, com ela podemos garantir uma carne saudável para a população” diz o médico veterinário. ■

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dia das crianças é comemorado pelo centro de

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um dia para ninguém colocar defeito, assim foi marcada a nona

festa em homenagem ao dia das crianças do Centro de Equoterapia Primeiro Sorri-so do Sindicato Rural de Rio Verde, que aconteceu no dia nove de outubro na Fazenda Talhado Rio Doce a 42 quilô-metros de Rio Verde. O evento que já é tradicional reuniu este ano 512 pessoas, entre professores, voluntá-rios, praticantes do Centro de Equoterapia e estudantes do Centro Especial Dunga e Bom Pastor. A festa foi marcada por mui-ta diversão, atividades físi-cas, brincadeiras recreativas e músicas. Todos entraram no clima, teve gente que le-

vantou poeira e dançou o dia todo, esse foi o caso de Heli-ton Teles de 19 anos, o jovem deu um show na dança. “Eu cantei, dancei, achei a festa muito boa, sem contar que tinha muita gente bonita”, disse. A alegria contagiou todos e as limitações foram superadas e deixadas de lado, afinal, as estrelas daquele dia eram às crianças portadoras de ne-cessidades especiais, que es-queceram a rotina diária de terapias e deixaram a euforia tomar contar. Ana Rosa de 37 anos foi agraciada com uma linda pintura no rosto, a mu-lher, mesmo com algumas li-mitações na fala não deixou de expressar o sentimento de felicidade por estar partici-

pando da festa. “Adorei tudo, para mim, um dia especial”, afirmou. Este ano o festejo contou com a colaboração de dois educadores físicos que programaram diferentes atrações. O professor Roberto Ca-bral já trabalhou com portadores de necessi-dades especiais e se sentiu lisonjeado em ter

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sido convidado para colabo-rar. “Para mim não tem nada que pague isso, pois essas crianças são sinceras e alegres e os abraços que recebi nesse dia já foram suficientes para me encher de orgulho” contou Cabral. Já o educador físico Fábio Pereiro Santana se sentiu de-safiado em aceitar o convite, pois nunca havia trabalhado com crianças especiais. “Es-sas crianças realmente são es-peciais, percebi que as poten-cialidades são grandes e pode ter certeza que eles estão mais vivos do que muitas pessoas, só posso dizer que foi um dia especial, um aprendizado que

eu não esperava”, explica Santana. A comemoração contou ainda com homena-gens. O aluno Carlos Antônio Soares Neto de 18 anos declamou uma poesia para as profes-soras do Colégio Dunga, onde estuda. No tex-to, feito pelo próprio estudante, as qualidades de cada educadora. “Eu amo demais minhas professoras, pois foram elas que me ensinaram tudo o que eu sei, quando eu cheguei à escola eu mal conseguia andar e hoje me supero a cada dia”, disse emocionado. E como na fazenda sempre se tem o que fazer, os alunos puderam comer frutas fresquinhas e até passear de trator. “Andar de trator é muito bom, as pessoas nos ajudam e a gente pode co-nhecer a fazenda melhor”, disse Rogério Gui-marães de 22 anos. A nona festa das crianças surpreendeu até os organizadores. “Eu abro as portas da minha fazenda de coração, tenho a ajuda de muitos

voluntários, pais, professores, amigos e colegas de trabalho, espero poder continuar reali-zando isso por toda a minha vida”, comenta Alvanir Vilela Rezende Júnior, coordenador do CEPS. Para o presidente do Sindi-cato Rural, Walter Baylão Jú-nior, a festa é um sucesso a cada ano. “Essa festa é tradi-ção e nós que estamos sempre na fazenda por muitas vezes não enxergamos o que ela tem para nos oferecer e essas crianças acabam abrindo nos-sos olhos, me sinto feliz em mais um ano poder partici-par”, conclui Baylão. ■

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culinária

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CuLiNáriA

iNGrEDiENTEs

• 6kg de arroz

• 5 frangos

• 400g de milho

• meio litro de óleo

• sal a gosto

• alho

• 6 pimentas

• 3 cebolas

• água

moDo DE PrEPAro

Em uma panela grande, aqueça o óleo e doure os pedaços de frango. Depois de bem fritos, retirar um pouco do óleo e adicionar a cebola, as pimentas e o alho, deixe refogar. Junte o arroz, o milho e água até cobrir, mexa bem, tampe a panela e deixe cozinhar por aproximadamente 30 minutos.

Se necessário, coloque mais água.

GALINHADAPor solange Cândido - Cozinheira

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