revista indústria capixaba n° 296

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Publicação Oficial do Sistema Findes • Jul/Ago – 2011 • Distribuição gratuita • nº 296 • IMPRESSO E mais: energia, Jogos Nacionais do SESI, marketing, sustentabilidade Lucas Izoton O balanço de uma gestão empreendedora Marcos Guerra fala das expectativas ao assumir a Federação

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Jul-Ago/2011. Uma publicação oficial do Sistema Findes.

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Page 1: Revista Indústria Capixaba n° 296

Publicação Oficial do Sistema Findes • Jul/Ago – 2011 • Distribuição gratuita • nº 296 • IMPRESSO

E mais: energia, Jogos Nacionais do SESI, marketing, sustentabilidade

Lucas IzotonO balanço de uma

gestão empreendedora

Marcos Guerra fala das expectativas ao assumir a Federação

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4 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

INOVAÇÃOComo empresários e industriais estão usando e podem usar o Marketing para dar ainda mais visibilidade a seus negócios? Conheça exemplos de quem investe em Comunicação

NestA edIÇÃO

INdÚstRIAIndustriais do interior do Estado convivem com altas tarifas de energia elétrica, o que provoca a ida de muitas indústrias para grandes centros urbanos. Em busca do equilíbrio, buscam-se energia mais barata e fontes renováveis.

eNtReVIstAO empresário colatinense Marcos Guerra sucede Lucas Izoton no cargo de presidente do Sistema FINDES. Com fala tranquila e espírito de liderança, Guerra relata suas expectativas e os desafios de sua gestão e da indústria capixaba

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esPeCIAL Na despedida de Lucas Izoton da Federação, a Revista da Indústria faz um balanço de sua gestão, abordando temas como empreendedorismo, saúde, educação, sustentabilidade, e desenvolvimento regional

46 INdICAdORes eCONômICOs

58 edItAL sesI/seNAI

60 FAtOs em FOtOs

64 CuRsOs e CIA

susteNtÁVeLEspecializada em edificações sustentáveis, a Ecasa é destaque em construções secas, dispensando o uso de cimento, tijolos e armações convencionais. Saiba mais sobre esta empresa, que promove economia aliada ao compromisso com o meio ambiente44

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Jul/Ago/2011 – nº 296 Indústria Capixaba – FINDES 5

SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FINDES Presidente: Lucas Izoton Vieira | 1º Vice-Presidente: Sergio Rogerio de Castro | Vice-Presidentes: Ernesto Mosaner Junior | Aristoteles Passos Costa Neto | Diretor Administrativo: Ademar Antonio Bragatto | Diretor Financeiro: Tharcicio Pedro Botti | Diretores: Ricardo Ribeiro Barbosa | Manoel de Souza Pimenta Neto | Luciano Raizer Moura | Alejandro Duenas | Alvaro José Bastos Miranda | Arthur Arpini Coutinho | Áureo Vianna Mameri | Benizio Lázaro | Carlos Augusto Lira Aguiar | Edvaldo Almeida Vieira | Egidio Malanquini | Elcio Alves | Loreto Zanotto | Luiz Rigoni | Luiz Claudio Nogueira Muniz | Marconi Tarbes Vianna | Mariluce Polido Dias | Neviton Helmer Gasparini | Paulo Roberto Almeida Vieira | Ricardo Vescovi de Aragão | Wilmar dos Santos Barroso Filho | Conselho Fiscal – Titulares: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi | Vladimir Rossi Altamir Alves Martins | Suplentes: Rogerio Pereira dos Santos | Mario Sergio do Nascimento | José Henrique Roldi | Representantes/CNI – Titulares: Lucas Izoton Vieira | Sergio Rogerio de Castro | Suplentes: Marcos Guerra | Ernesto Mosaner Junior I Superintendente Corporativo: Waldenor Mariot

Diretoria Executiva do CINDES Presidente: Lucas Izoton Vieira | 1º Vice-Presidente: Sergio Rogerio de Castro | Vice-Presidentes: Ernesto Mosaner Junior | Aristóteles Passos Costa Neto | Diretores: Paulo Alfonso Menegueli | Adir Comério | Giuliano Souza Rogério de Castro | Evandi Américo Comarella | Leonardo Souza Rogerio de Castro | Edmar Lorencini dos Anjos | Gervásio Andreão Junior | Celso Siqueira Junior | Augusto Henrique Brunow Barbosa | Cristhine Samorini | Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos | Chrisogono Teixeira da Cruz | Fausto Frizzera Borges | Hélio de Oliveira Dórea | David Evaristo Zanotti | Conselho Fiscal: Dory Edson Marianelli Elson Teixeira Gatto | Adilson Borges Vieira | Joaquim da Silva Maia | José Luis Loss | Gilber Ney Lorenzoni

Serviço Social da Indústria – SESI Conselho Regional - Presidente: Lucas Izoton Vieira | Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes da Delegacia Regional do Trabalho: Enésio Paiva Soares | Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Antonio Lyra Cristello | Representantes das Atividades Industriais Titular: Manoel de Souza Pimenta Neto | Tharcicio Pedro Botti | Mariluce Polido Dias | Neviton Helmer Gasparini Augusto Henrique Brunow Barbosa | Alejandro Dueñas | Vladimir Rossi | Egídio Malanquini | Representantes da Categoria dos Trabalhadores da Indústria: Luiz Carlos Fernandes Rangel | José Antonio Teixeira Cozer

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAIConselho Regional - Presidente: Lucas Izoton Vieira | Diretora Regional: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes das Atividades Industriais Titulares: Wilmar Barros Barbosa | Marcos Guerra | Benízio Lázaro Francisco Xavier Mill | Suplentes: Álvaro José Bastos Miranda | Clara Thais Resende Cardoso Orlandi | João Baptista Depizzol Neto | Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares | Suplente: Alcimar das Candeias da Silva | Representantes do Ministério da Educação Titular: Jadir José Pella | Suplente: Ronaldo Neves Cruz | Representantes da Categoria dos Trabalhadores da Indústria Titular: Paulo Cesar Borba Peres | Suplente: Ivo Cogo

Instituto Euvaldo Lodi – IEL Presidente: Lucas Izoton Vieira | Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira (SESI) | Robson Santos Cardoso (SENAI) | Augusto Henrique Brunow (FINDES) | Andreas Joannes Maria Schilte (Concex) | Erika de Andrade Silva Leal (Sect) | Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa (Ufes) Lúcio Flávio Arrivabene (Ifes) | Geraldo Diório Filho (Sinepe) | Sônia Coelho de Oliveira (Sedes) | Rosimere Dias de Andrade (Sedu) | Luciano Raizer Moura (Competec) | Antonio Fernando Doria Porto | Alejandro Duenas | Superintendente: Fabio Ribeiro Dias

Instituto Rota Imperial – IRIConselho Deliberativo – Titulares: Baques Sanna | Alejandro Duenas | Fernando Kunsch | Maely Coelho Eustaquio Palhares | Roberto Kautsky | Suplentes: Francisco Xavier Mill | Tullio Samorini | João Felício Scardua Manoel Pimenta | Adenilson Stein | Tharcicio Pedro Botti | Membros Natos: Lucas Izoton Vieira | Sergio Rogerio de Castro | Ernesto Mosaner Junior | Aristoteles Passos Costa Neto | Conselho Fiscal – Efetivos: Flavio Bertollo | Raphael Cassaro | Edmar dos Anjos | Suplentes: Celso Siqueira | Valdeir Nunes | Gervasio Andreao

Conselho Editorial – Lucas Izoton Vieira | Sergio Rogerio de Castro Ernesto Mosaner Junior | Aristoteles Passos Costa Neto | Ricardo Ribeiro Barbosa Manoel de Souza Pimenta Neto | Alejandro Duenas | Luciano Raizer Moura | Tullio Samorini Robson Santos Cardoso | Solange Maria Nunes Siqueira | Fabio Ribeiro Dias | Antonio Fernando Doria Porto Waldenor Mariot | Vitalino Flávio Abreu de Araújo | Heriberto Neves Simões Filho

Jornalista responsável – Lucia Bonino (DRT/ES 586)

Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da FINDES Jornalistas: Breno Arêas | Evelyn Trindade | Fábio Martins | Laila Pontes | Tatiana RibeiroCoordenadora: Lucia Bonino Gerente: Heriberto Simões

Depto. Comercial – UNIREM/FINDES – Tel: (27) 3334-5721 Simone Dttmann Sarti e Fernando Fiuza

Produção Editorial

Coordenação editorial: Mário Fernando Souza | Produção Editorial e diagramação: Next Editorial Textos: Ariani Caetano | Gustavo Costa | Lorena Storani | Mariani Marchete | Nadia Baptista Heliomara Mulullo | Jacqueline Vitória | Patrícia Grosman | Revisão de textos: Márcia Rodrigues Fotografia: Cláudio Alves, Manoel Henrique Silva, fotos cedidas, arquivo FINDES e arquivos Next Editorial

PublICAÇÃO OFICIAl DO SISTEMA FINDES • JulHO/AGOSTO – 2011 • Nº 296

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SAÚDE Adeptas do ditado “mente sã, corpo são”, as indústrias têm incentivado, cada vez mais, a prática esportiva entre seus colaboradores. O melhor exemplo disso foram os Jogos Nacionais do SESI, que movimentaram Salvador no mês de maio

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NO SISTEMAMarcos Guerra deixa nos Conselhos Superiores de Assuntos Legislativos e de Desenvolvimento Regional um cenário de mudanças e boas expectativas

38 Camerata SESI embala Dia dos Namorados

63 Gerson Camata no Contando Histórias

14 Renato Casagrande conhece nova diretoria

24 Lançado o Anuário IEL 200 Maiores 2011

17 Empresas criativas ganham comitê

FINDES EM AÇÃO

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12 NO SISTEMACartão postal e patrimônio natural do Espírito Santo, Pedra Azul é o local perfeito para iniciativas como o X Terra, evento esportivo que coloca as pessoas em contato com a natureza

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6 Indústria Capixaba – FINDES Jan/Fev/2010 – nº 293

editorial

lucas izotonPresidente do Sistema FINDES/CINDES

2004/2008 e 2008/2011

Dever cumpriDo

É com muito orgulho e satisfação que faço meu último editorial da Revista Indústria Capixaba no posto de presidente da Federação das Indústrias do

Estado do Espírito Santo (FINDES). O orgulho se traduz nos resultados obtidos em nossas duas gestões (2004/2008 e 2008/2011), onde o trabalho árduo de nossa Diretoria, executivos, voluntários e inúmeros colaboradores reflete-se hoje num Espírito Santo de economia forte e com o melhor desempenho da indústria no País. E satisfação por passar o cargo ao novo presidente, Marcos Guerra, com o dever cumprido no sentido de entregar-lhe uma entidade forte, com suas contas equilibradas, profissionais altamente qualificados e outras grandes conquistas que ele, inclusive, nos ajudou a consolidar.

O Espírito Santo vive atualmente um momento ímpar em sua história. Se, por um lado, a nossa indústria é a que mais cresce no país, por outro, ainda temos muitos desafios a serem superados, principalmente no que diz respeito à capacitação profissional, infraestrutura e logística, além da descentralização do desenvolvimento. Demos grandes passos nesse sentido, mas ainda há muito a ser feito para gerarmos mais empregos, renda e qualidade de vida para toda a população capixaba.

Este também é um momento para agradecer. A toda a equipe que atuou nesses sete anos de gestão do Sistema FINDES, aos empresários, sindicatos, trabalhadores e autoridades públicas que nos deram apoio e foram

parceiros no fortalecimento da indústria que mais cresce no país: meus sinceros agradecimentos por tudo o que construímos e ainda vamos construir.

Finalizo minhas palavras com uma mensagem otimista. Passamos, por exemplo, por grandes dificuldades quando assumimos a FINDES em 2004 e enfrentamos uma grave crise econômica internacional, que nos afetou diretamente, por sermos o Estado mais globalizado do país. Porém, conseguimos superar tudo isso sempre apostando que o melhor estaria por vir. E é assim que deixo a Presidência desta entidade: pensando que podemos nos tornar um Estado ainda melhor para se viver, visitar, investir e trabalhar.

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8 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

FINDES EM AÇÃO

E mpresários capixabas já podem contar com o apoio da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (Adit Brasil) no incremento do

mercado imobiliário e turístico local. A apresentação da Adit Brasil ocorreu no dia 29 de junho, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), entidade parceira e que sediará as operações da Adit no Estado, por intermédio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN).

Na ocasião, o presidente da FINDES, Lucas Izoton, e o presidente da Adit Brasil, Luiz Henrique Lessa, apresentaram para os empresários e representantes de entidades do setor o trabalho desenvolvido pela Adit Brasil e expuseram como pretendem realizar suas ações no Estado.

Como primeira iniciativa, a Adit Brasil, em parceria com o Ministério do Turismo e com a FINDES, realizou o curso “Preparação de Projetos para Captação de Investimen-tos Imobiliários e Turísticos”, que teve o objetivo de preparar o empresário local para receber adequadamente os investimen-tos que estão por vir.

Para Lucas Izoton, a chegada da Adit Brasil no Espírito Santo é extremamente importante. “Nós acreditamos que com a Adit Brasil atuando no Espírito Santo, teremos empreendedores capixabas em melhores condições de atrair

Adit brAsil chegA Ao es com Apoio dA findes

investidores. Isso vai ampliar as oportunidades de negócios para o nosso Estado”, afirma.

Segundo Luiz Henrique Lessa, a Associação está entu-siasmada com a chegada ao Espírito Santo. “Fiquei surpreso porque, ministramos o curso de capacitação para 50 inscritos e chegamos a recusar algumas inscrições para preservar a qualidade do curso. Isso é um sinal do que a Adit pode agregar ao mercado. A expectativa é boa, o Espírito Santo tem bons projetos para trabalhar e as empresas estão carentes e ansiosas para que possamos ampliar esse horizonte”, afirma.

Luiz Henrique também destaca a importância da entrada da Adit no mercado do Espírito Santo. “Já temos atuação em todo o Nordeste, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Não podíamos deixar de fora o Espírito Santo, que tem muito ainda para desenvolver, principalmente por ser um Estado com grande potencial econômico, sendo Vitória considerada a primeira capital em renda per capita no país”, complementa.

EntidadesDurante a apresentação da Adit Brasil, entidades

ligadas ao mercado imobiliário e turístico e também o Governo do Estado declararam apoio à vinda da organização para o Espírito Santo. Para o presidente do Sinduscon-ES, Constantino Dadalto, esse apoio será importante para que o Estado possa desenvolver melhor seu potencial no setor imobi-liário e turístico. “Ter essa entidade em nosso Estado é certeza de sucesso. O trabalho sério e comprometido da Associação no desenvolvimento desses setores é de fundamental importância para o Espírito Santo”, afirma.

Para a gerente de Estudos e Negócios Turísticos da Secretaria de Turismo do Espírito Santo, Ângela Maria Modolo, a entrada da Adit é providencial. “Junto com o Governo do Estado, a Adit será nossa ferramenta de trabalho para desenvolver o grande potencial turístico que o Espírito Santo possui”, complementa.

Luiz Henrique Lessa e Lucas Izoton falam sobre os benefícios da chegada da Adit no Espírito Santo

A Adit realizou o curso “Preparação de projetos para captação de investimentos imobiliários e turísticos”

Com a chegada da Adit Brasil, empresários capixabas podem contar com investimentos no setor imobiliário e turístico do Espírito Santo

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10 Indústria Capixaba – FINDES

artigo

A legislação brasileira determina que os governos, os três níveis, encaminhem já no primeiro ano do mandato um Plano Plurianual de Aplicações (PPA)

ao respectivo Poder Legislativo. Esse é um instrumento de planejamento que estabelece de forma regionalizada as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para os programas de duração continuada. Trata-se de uma peça de planejamento para um período de quatro anos, portanto, de médio prazo. Há ainda a peça orçamentária, na qual se definem receitas, despesas e metas que serão cumpridas em cada exercício financeiro.

O aperfeiçoamento das ferramentas de gestão e suas aplicações bem-sucedidas nas empresas mostraram a necessidade de os governos introduzirem em suas agendas a proposta de uma gestão mais voltada à busca de resultados, o que implica o desafio de vencer as metodologias fundadas no controle burocrático e, ao mesmo tempo, implantar uma nova cultura. O Espírito Santo atualmente vem se firmando como um exemplo de governo que enfrenta esse desafio.

Em primeiro lugar, há a percepção de que para o bom planejamento é necessário construir visão e diretrizes para um horizonte de longo prazo. Avançamos, elaborando o Plano 2025, o qual envolveu governo e sociedade. A partir dele, foi possível elaborar com mais segurança o “Novos Caminhos – Plano Estratégico 2011-2014”, documento que sintetiza a proposta do atual governo.

Esse plano, por sua vez, se colocou como documento de partida para os planos de médio (PPA) e curto prazo (orçamento anual).

Importa destacar duas características do mencionado documento: o estabelecimento de focos e condicionantes bem definidos e o seu método de elaboração. A focalização nos segmentos mais vulneráveis e no desenvolvimento regionalmente equilibrado e os princípios da responsabilidade ambiental, governança democrática, gestão transparente e responsabilidade fiscal, no conjunto, estabeleceram os marcos indispensáveis para cada projeto ou ação que poderia ser proposto durante as etapas do planejamento estratégico do governo.

Dois desses princípios indicavam a necessidade de uma ampla informação e discussão com a sociedade. Isso pautou uma inovação no processo de construção, tanto do plano de governo, quanto do PPA e do orçamento para 2012. A organização das audiências públicas deste ano levou para dez cidades o secretariado, permitindo um debate direto dos presentes com o governo, isto é, com os responsáveis pelo planejamento e execução dos projetos. Essas dez reuniões presenciais contaram com cerca de seis mil pessoas que, em debates ricos de argumentos e boas ideias, forneceram excelente material para o nosso processo de planejamento.

Outra inovação foi o debate por meio da internet. No “PPA Online”, registramos mais de 11 mil acessos,

representando número significativo de pessoas que conheceram o plano de governo, deixaram sugestões e 444 propostas concretas, que foram analisadas nas reuniões presenciais e agora estão sendo sistematizadas para a conclusão do documento.

O desafio de construir mecanismos cada vez mais eficientes na definição dos gastos públicos certamente passa pelo esforço de desenvolver canais de diálogo com a população. O sentimento geral entre os técnicos que trabalharam nas audiências públicas mencionadas é de que, aqui no Espírito Santo, estamos avançando na modernização da gestão, embora conscientes de que ainda há muito a fazer na superação da cultura burocrática.

Guilherme Pereira é secretário de Estado de Economia e Planejamento

Novos camiNhos para o Espírito saNto

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No sistema

por Mariani Marchete

SESI E IRI pRomovEm 2ª EdIção do X TERRa além de favorecer o turismo do espírito santo, a Rota imperial também ganha destaque

É um dos cenários mais lindos do Espírito Santo e um patrimônio natural com 1.822 metros de altitude. Pedra Azul, além de ser um ponto turístico por suas

belezas, também é um local propício para a prática de esportes. E foi pensando nisso que o SESI, em comemoração aos seus 60 anos, e o Instituto Rota Imperial (IRI), entidade criada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) para estimular o desenvolvimento da indústria do turismo, trouxeram o X Terra para a região.

Criado em 1996 no Estado do Havaí, nos Estados Unidos, o X Terra é um evento esportivo internacional que tem o intuito de colocar as pessoas em contato com a natureza. Trazido para o Brasil em 2005, a primeira cidade a sediar o

“Estamos desenvolvendo

não só o turismo, mas uma série

de cadeias produtivas no Estado”

Aristoteles Passos, diretor do IRI

Na competição, há provas de duathlon, corrida

noturna, mountain bike e ainda corrida para as

crianças de até 12 anos

evento foi Ilha Bela e a partir daí, o número de municípios que aderiram ao encontro só aumentou.

A primeira edição no Espírito Santo ocorreu no ano passado e contou com a participação de quase 1000 inscritos. Foram três dias de programação, que somaram provas de duathlon (mountain bike e corrida), corrida noturna, moun-tain bike e ainda a prova de corrida para as crianças de até 12 anos.

Este ano, a competição vai ser realizada nos dias 26, 27 e 28 de agosto e a expectativa é de trazer para o Estado o mesmo número de participantes do ano passado. Segundo a assessora técnica do Instituto Rota Imperial, Kátia Peterle, além dos capixabas, também participam muitas pessoas de outros estados e países.

Ela conta ainda que a repercussão do X Terra 2010 foi muito positiva. “Como este é um evento internacional, nós, do Instituto Rota Imperial (IRI), ficamos muito felizes com os comentários dos participantes. Todos diziam que este percurso, o de Pedra Azul, era muito diferente dos outros, principalmente pelos cenários belíssimos e as trilhas”, destacou Kátia.

Instituto Rota ImperialAlém de trazer o evento para Pedra Azul, localidade

propícia à prática desses esportes, o Instituto Rota Imperial (IRI) também pensou no turismo local e na divulgação da própria Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, percorrida por Dom Pedro II em 1860 e que liga Ouro Preto (MG) a Vitória (ES).

De acordo com Viviane Gaudio, gerente operacional do Instituto Rota Imperial (IRI), um dos objetivos do X Terra é

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Jul/Ago/2011 – nº 296 Indústria Capixaba – FINDES 13

A assessora técnica do Instituto Rota Imperial (IRI), Kátia Peterle, também conta que durante a realização da edição 2010 do evento cerca de 85% da capacidade hoteleira de Pedra Azul foi utilizada e aproximadamente 245 moradores da região conseguiram empregos temporários.

Para a gerente operacional Viviane Gaudio, outro diferencial é que, além de aumentar o turismo local, moradores e comer-ciantes da região também ganham uma opção extra de lazer, e é exatamente isso que o X Terra preza. “É uma competição saudável e acolhedora. Queremos que as pessoas estejam em contato com a natureza e se sintam bem em participar do encontro”, afirma.

Muitos participantes do X Terra 2010 foram os habitantes da região, como ocorreu com o hoteleiro Gustavo Aroso. “No ano passado eu participei da modalidade corrida noturna, na categoria amador. Foi uma experiência maravilhosa, pois as trilhas de Pedra Azul são muito diferentes das outras”.

Gustavo também conta que participar de um evento bem organizado faz toda a diferença. “Organização é tudo, e parti-cipar de um evento com essas modalidades esportivas requer isso. Durante todo o trajeto da prova havia pessoas da organi-zação do evento para dar apoio”, destaca Aroso.

O objetivo agora é fazer com que Pedra Azul esteja no calendário anual do X Terra, e não será por falta de esforço do Instituto Rota Imperial que isso deixará de acontecer. “Estamos tentando concretizar essa ideia. Já conseguimos trazer o evento em 2010 e 2011, e a intenção é que o X Terra seja uma compe-tição fixa de Pedra Azul. Pontos positivos nós já temos, a beleza e natureza da região”, finaliza o diretor Aristoteles Passos.

promover esse destino turístico e fazer ações que divulguem, positivamente, o Espírito Santo. “Quando trazemos eventos grandes para a região da Rota Imperial estamos divulgando esse caminho e intensificando o turismo na região. Isso é muito positivo”, afirma.

E o diretor do Instituto Rota Imperial (IRI), Aristoteles Passos, acrescenta: “Ao trazer uma competição desse porte para a Rota Imperial e para o Espírito Santo, estamos desenvolvendo não só o turismo, mas uma série de cadeias produtivas no Estado. Quando evidenciamos uma região, como no caso de Pedra Azul, estamos favorecendo os hotéis, restaurantes e comércio em geral e fazendo as indústrias crescerem”, sustenta.

ComércioTodo esse fluxo turístico para a Rota Imperial e Pedra

Azul acaba rendendo bons frutos para os comerciantes e moradores locais. Prova disso é Gustavo Aroso, dono de um hotel da região. Segundo ele, as ações realizadas para divulgar o X Terra se refletem positivamente no comércio local. “No ano passado, a organização divulgou no site do evento os contatos de hotéis e restaurantes da região de Pedra Azul. Isso se refletiu na ocupação do meu hotel. E acredito que neste ano será igual”, conta Aroso.

“Quando trazemos eventos grandes para a região da Rota Imperial estamos divulgando esse caminho e intensificando o turismo na região” - Viviane Gaudio, gerente operacional do IRI

Programação A programação e as provas deste ano serão idênticas às

do ano passado. Na sexta-feira à noite acontece o simpósio técnico, em que os participantes podem se informar sobre as provas. No sábado pela manhã tem início o duathlon, realizado em um percurso de 3 km de corrida, 29 km de mountain bike e 9 km de corrida novamente.

No sábado à tarde, é a vez das crianças, cuja corrida acontece em clima de uma grande brincadeira. No sábado à noite, tem lugar a corrida noturna, uma modalidade que exige bons reflexos e muita agilidade para concluir os 6 km da prova.

No domingo pela manhã, o evento realiza sua última prova, o mountain bike. Ao final do percurso de 45 km, começam as esperadas premiações. Todas as provas são divididas em duas categorias, profissional e amador, e por faixa etária.

Para Kátia Peterle, o X Terra é uma competição que visa ao bem-estar e ao contato dos participantes com a natureza. “Muitas pessoas que participaram na cate-goria amador No ano passado se encantaram pelo esporte e agora veem isso como objetivo. A prática de atividades físicas é muito positiva, não só para o corpo, mas para a mente”, afirma.

Durante os dias de competição, ficam montados estandes na Vila de Pedra Azul para que todos tenham acesso às informações e, se desejarem, inscrevam-se, mesmo que de última hora. Cada participante recebe um kit que contém camisa, lanterna de cabeça, barrinha energética e um chip, para que o percurso do candidato possa ser rastreado.

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14 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

FINDES EM AÇÃO

MArcOS GuErrA AprESENtA NOvA DIrEtOrIA DA FINDES A rENAtO cASAGrANDE

O governador Renato Casagrande conheceu os membros da nova Diretoria da FINDES em encontro realizado no dia 1º de junho, no Palácio Anchieta. O presidente eleito da entidade, Marcos Guerra, apresentou o grupo que estará com ele à frente da gestão 2011/2014, que se inicia em 29 de julho. Segundo Guerra, o encontro também serviu para estreitar ainda mais o diálogo entre a indústria capixaba e o Governo do Estado. “Nós apresentamos uma síntese do planejamento de nossa gestão, que estará focada na ampliação da educação profissional por meio de parcerias com os governos federal, estadual e municipais, além de propostas voltadas para a redução da pobreza e o fortalecimento de micro e pequenas empresas”, disse, após o encontro. Na avaliação de Marcos Guerra, o saldo foi positivo. Pudemos apresentar nossas propostas com a presença de praticamente toda a nossa nova Diretoria, bem como contamos com uma excelente receptividade por parte do governador Renato Casagrande”, finalizou.

SEtOr DE AlIMENtOS E bEbIDAS MArcA prESENÇA NA FEIrA DA AcApS

Entre 5 e 7 de julho, a Super Acaps PanShow foi palco de dois importantes eventos do setor de alimentos e bebidas. Um deles, o 2º Salão de Cafés Especiais do Espírito Santo, realizado pelo Sindicato da Indústria de Café do Estado (Sincafé), teve o objetivo de contribuir para o crescimento do setor, além de garantir a qualidade da bebida, educando o consumidor e agregando valor ao produto. O outro evento foi o 1º Encontro da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas e Gastronomia Nacional, promovido pelos sindicatos do segmento (Sincongel, Sincafé, Sindicacau, Sindipães, Sindimassas, Sindifrios, Sindibebidas e Sindiplast). A ação buscou aumentar a visibilidade da indústria, do agronegócio e do turismo capixaba, destacando as riquezas locais, como a gastronomia, o artesanato e as manifes- tações culturais.

MOvElEIrOS rEIvINDIcAM pOlO E rEDuÇÃO DO IcMS

Empresários do setor moveleiro querem a implantação de um polo moveleiro em Cariacica e redução do ICMS para 2,5%. O assunto foi discutido durante reunião realizada em junho entre o Sindicato da Indústria da Madeira e Atividades Correlatas em Geral da Região Centro Sul do Espírito Santo (Sindmadeira), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento (Sedes) e a Agência de Desenvolvimento em Rede do Espírito Santo (Aderes). Um grupo de trabalho vai apresentar um estudo com a proposta para implantação do polo moveleiro de Cariacica, demanda que já perdura por quase duas décadas. Outra reivindicação ao Governo do Estado é a ampliação do contrato de competitividade, que permitiria a adoção do percentual de 2,5% de imposto sobre o faturamento, sem adoção do sistema de crédito e débito, tanto para operações dentro como fora do Espírito Santo. As propostas estão sendo avaliadas pelo Governo do Estado.

cErAMIStAS EM vItórIAO 40º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica

Vermelha vai reunir, pela primeira vez em Vitória, mais de 3.000 ceramistas. O evento acontece de 24 a 28 de agosto, no Pavilhão de Carapina, e terá visitantes de diversas partes do país, América do Sul e Europa. Realizado pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), em parceria com o Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha do Espírito Santo (Sindicer-ES), o encontro é o maior da América Latina e traz os lançamentos em máquinas, insumos e equipamentos para a indústria ceramista. “Este é um evento muito importante para o setor e certamente vai divulgar a nível nacional e internacional a força das empresas capixabas”, afirma o presidente do Sindicer-ES, Paulo Coradini.

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16 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

FINDES EM AÇÃO

INOvAFINDES ApOIA EvENtO StArt YOu up

O Sistema FINDES, por meio do programa InovaFINDES, foi o anfitrião do 3º Workshop Start You Up, promovido pelo Instituto de Tecnologia da Informação Luzia Holz (ITILH) e pela Ambitá Assessoria e Projetos Socioambientais. O evento foi realizado no plenário do Edifício FINDES, no último dia 28 de junho. O Start You Up busca motivar as pessoas a darem partida nos seus projetos, em especial empreendedores da área de tecnologia, com um modelo inovador. Uma vez por mês é realizado um encontro, com o objetivo de reunir empreendedores, sonhadores e investidores num espaço de colaboração, buscando desenvolver o potencial do Espírito Santo numa escala global de empreendedorismo.

COMpEtItIvIDADE INDuStrIAl“Defesa de interesses e competitividade: o papel das

empresas e das entidades de representação”. Esse foi o tema do curso realizado para lideranças sindicais de todo o Estado, entre 7 e 9 de junho, nos municípios de Linhares, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Vitória, que integra o Projeto de Capacitação de Lideranças Empresariais Sindicais do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a FINDES, o curso destacou o papel das entidades de representação da indústria e sua forma de atuação no fortalecimento e na competitividade do setor industrial capixaba.

FINDES INStAlA COMItê pArA EMprESAS CrIAtIvAS

A FINDES instalou um comitê específico para prover apoio às indústrias criativas do Estado. O projeto foi apresentado pelo gerente executivo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (IDEIES), Doria Porto, em lançamento realizado no dia 16 de junho, na sede da entidade. O comitê vem em momento oportuno. As indústrias criativas se colocam hoje como um novo e promissor segmento econômico, com estimativa futura de crescimento de 10% ao ano. No Espírito Santo, entre os desafios para a organização da indústria criativa estão a promoção da exportação de moda, móveis, joias, artesanatos e objetos de decoração; a criação e exportação de serviços publicitários e digitais; a busca de novos mercados para os curtas (filmes) produzidos no Estado; uma maior participação na distribuição da produção musical; e o aumento do uso do comércio eletrônico e de novos meios de distribuição e práticas de comercialização.

SEtOr DE CONFECÇõES pEDE MuDANÇAS NA trIbutAÇÃO

Para atender à necessidade do setor de confecções e vestuário do país, o Simples Nacional deveria extinguir seu teto num período de 25 ou 30 anos. Isso é considerado ideal por empresários do segmento, já que atualmente as empresas devem ser de micro ou pequeno porte e terem receita bruta anual igual ou inferior a R$ 2,4 milhões para se enquadrarem na categoria. O diretor do Sindicato da Indústria de Confecções do Espírito Santo (Sinconfec), José Carlos Bergamin, acredita que é preciso reformular a tributação. “O Simples é um grande princípio de reforma tributária, focado mais nas micro e pequenas empresas, mas deve ser aprimorado conforme cada segmento. Para isso, é necessário o rompimento da faixa e a ampliação dos limites da tributação para R$ 10 milhões”, afirma.

Dayse Lemos com Doria Porto no lançamento do comitê

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IndústrIa

por Jacqueline Vitória

Em busca dE Equilíbrio, EmprEsários quErEm EnErgia mais barata no intErior

Industriais do interior do Estado têm um grande desafio: as altas tarifas de energia provocam o êxodo de muitas indústrias para os grandes centros urbanos

18 Indústria Capixaba – FINDES

Empresários da região noroeste do Espírito Santo estão em busca de uma “luz” para evitar o deslocamento das suas indústrias para os grandes polos urbanos

capixabas, atraídos, principalmente, pela energia mais barata e ou alternativa, como forma de reduzir custos de produção e manter a competitividade. Reféns de uma única opção - a energia elétrica convencional, distribuída pelas concessionárias autorizadas a operar no Estado - as indústrias situadas nos municípios do interior têm, como agravante, grandes discrepâncias nos valores praticados pelas concessionárias dos serviços de eletricidade.

Há substancial diferença entre os valores praticados pela Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSMSA), responsável pela distribuição em uma área que abrange 11 municípios da região noroeste, e aqueles cobrados pelos serviços contratados à EDP Escelsa, que atende aos demais 67 municípios capixabas. Embora atuem em regiões distintas, as duas concessionárias apontam o crescimento do consumo de energia e garantem investimentos correspondentes na rede de transmissão e distribuição. Mas, quanto às tarifas que cobram, afirmam que estas são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – o que as eximiria da

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os sonhados investimentos que melhorarão o IDH”, declara Ortêmio Locatelli.

Há 15 anos, mais ou menos, uma empresa de cerâmica localizava-se em São Roque do Canaã (área servida pela ELFSMSA), onde era responsável por cerca de 500 empregos. A empresa mudou-se para Carapina (área atendida pela Escelsa). A migração do interior para a cidade é muito séria, e um dos motivos é a não-existência de energia alternativa, aliado ao custo exorbitante da energia elétrica. Locatelli atribui essa distorção à Aneel: “É ela que autoriza e fiscaliza os valores”, ressalta.

Matemática incompreensível“Cada concessionária apresenta a sua proposta de reajuste,

que é avaliada pela Aneel levando em conta, entre outros, também critérios técnicos. E muitas vezes a Agência concede um reajuste menor que o apresentado pelas concessioná-rias. Mas é claro que elas sempre vão dizer que a Agência as prejudica”, destaca a Aneel.

Com relação aos tributos, o grupo de trabalho da FINDES identificou que o valor de 1 KW contratado à ELFSMSA custa R$ 21,57 a preços de junho, sem tributos, enquanto que, se contratado à Escelsa, esse valor cai para R$ 12,64. Segundo o diretor-presidente da Empresa de Energia Santa Maria, Arthur Arpini Coutinho, a diferença no valor das tarifas também se deve, entre outros, ao fato de que a companhia compra energia da Escelsa e distribui na região noroeste.

“A Aneel está penalizando as indústrias, beneficiando a área rural. O critério é a carga grande de custos da energia rural. Na região noroeste, o maior consumo de energia está na área rural, e o subsídio concedido a esse setor acaba onerando as tarifas das indústrias”, registrou. Arpini salientou que vem tentando discutir junto à Aneel a redução dessas tarifas, mas sem sucesso. “A Aneel tem um modelo matemático, que é incompreensível’, em que se faz o rateio de diversas

responsabilidade de eventualmente estarem na contramão do projeto de desenvolvimento econômico, particularmente do interior do Estado, já que as tarifas da ELFSMSA são mais altas. Ambas as empresas informam que suas tarifas são definidas com base nos cálculos estabelecidos pela Aneel.

As diferenças são tão grandes que, para detalhar o problema e solicitar uma solução aos órgãos responsáveis, a fim de minimizar os prejuízos, um grupo de represen-tantes de sindicatos ligados à Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) está realizando estudos a serem apresentados para tentar reduzir as tarifas. E dão um exemplo: com base em cálculo de abril/2011 sobre valores extraídos de contas reais de duas indústrias similares, com o mesmo porte e a mesma característica de consumo, foi detectado que uma pagou R$ 92 mil (caso real) na região noroeste, enquanto a outra, instalada na área de abrangência da EDP, pagou em torno de R$ 57 mil.

O grupo de trabalho da FINDES faz questão de salientar que as tarifas são autorizadas e calculadas pela Aneel, ou seja, os valores independem da vontade das concessionárias. Mas a Aneel discorda, e afirma em nota, através da sua Assessoria de Comunicação, que o reajuste tarifário acontece anualmente e leva em conta vários critérios, provocando variação de concessionária para concessionária. Os critérios também variam de consumidor residencial (baixa tensão) para industrial (alta tensão). Vale destacar que o que mais pesa na tarifa de energia são os tributos, o que não é determinado pela Aneel, mas sim pela União e pelo Poder Legislativo do respectivo Estado.

O diretor do Sindimóveis Noroeste, Ortêmio Locatelli Filho, que participa do grupo, lembrou que existe um debate muito intenso na área governamental para atrair investimentos industriais para a região, mas está acontecendo exatamente o inverso, ou seja, há êxodo das empresas ou simplesmente da produção para outras regiões, de tarifas mais baixas.

Um exemplo é o caso das indústrias de cerâmica vermelha, que têm presença muito forte na economia capixaba, mas disputam mercado com as empresas de Campos (RJ) – inclusive, muitas delas estão buscando nos municípios da região noroeste a matéria-prima para industrializar, sabedores que no mercado a indústria está disputando centavos. “Como podemos convencer empreendedores a investir com esta discrepância nos valores e a impossibilidade do recurso a energias alternativas? Se quisermos desenvolver o noroeste do Espírito Santo, teremos que criar um ambiente favorável, com oferta de energias alternativas, como o gás, e conseguir que a energia tradicional tenha preços adequados e competitivos, aliados a uma política tributária diferenciada. Aí, sim, passaremos a atrair

“Como podemos convencer empreendedores a investir com esta discrepância nos valores e a impossibilidade do recurso a energias alternativas?”Ortêmio Locatelli Filho, diretor do Sindimóveis - Noroeste

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tarifas, e que acaba penalizando esse segmento da sociedade. Esse assunto tem que ser discutido com a direção da Aneel”, pontua.

Mercado de energia elétricaO presidente eleito para a gestão 2011/2014 da

FINDES, Marcos Guerra, presidente do Grupo Guermar, já assegurou, no passado, um equilíbrio no custo da energia paga às pequenas concessionárias e distribuidoras, que então eram 11 no país. “Eu estava, na época, no Senado e resolvi levantar os dados. Estudando-os, descobrimos que os cálculos matemáticos da Aneel estavam errados. Conseguimos reverter a situação, beneficiando clientes de todo o país”, conta Guerra. Aqui no Estado, de acordo com o presidente eleito da FINDES, a diferença variava entre 8% e 10,5%, dependendo do consumidor. Meses depois, as distribuidoras devolveram o valor que havia sido pago a mais.

Esse foi um fato inédito e, naquele momento, Marcos Guerra concluiu que a Aneel não cumpria o seu principal papel em defesa do consumidor, assegurando um preço justo na contratação de energia e compatível com o valor de mercado. “Uma preocupação é o despreparo de alguns diretores lotados no órgão quanto à questão do sistema energético, pois se faz necessária uma bagagem maior de informação para que o cliente, aquele que leva

o desenvolvimento econômico às regiões, possa também ser subsidiado e respeitado enquanto consumidor”, pondera Guerra.

As indústrias estão se instalando em regiões onde a EDP Escelsa é responsável pela distribuição de energia. O diretor vice-presidente executivo da companhia, Agostinho Gonçalves Barreira, informou que a empresa atende 70 dos 78 municípios do Estado. Em alguns municípios, a Escelsa atende apenas parte dos consumidores, como em Vila Valério, Colatina e Santa Tereza, e desta forma abrange mais de 90% do território e da população capixabas. A energia distribuída na área de concessão da EDP Escelsa aumentou 18% em 2010, passando de 8.021 GWh (em 2009) para 9.439 GWh.

Barreira acrescenta que, desse total, 49% destinaram-se à indústria, 19% aos consumidores residenciais, 14% ao comércio e serviços e os demais 18% atenderam à demanda rural e de outros segmentos. O maior crescimento no consumo verificou-se no segmento industrial, 33%, acompanhando o crescimento da produção industrial do Espírito Santo. Segundo a FINDES, nos dois primeiros meses do ano, o índice acumulado no que diz respeito ao crescimento industrial deixou o Estado em segundo lugar no país, com percentual de 11,7% de crescimento em relação a igual período de 2010, ficando apenas atrás do Paraná, com (18,42%).

A busca pelo equilíbrio justo no mercadoEm junho, a Agência de Serviços Públicos de Energia

do Espírito Santo (Aspe), autarquia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), realizou a IV edição do Fórum Capixaba de Energia, que teve justamente como tema “Energia, meio ambiente e desenvolvimento, a busca pelo equilíbrio”. De acordo com Ayrton de Souza Porto Filho, diretor técnico da Aspe, o assunto foi bastante discutido, especialmente porque, apesar de o Espírito Santo estar hoje bem próximo de uma situação energética confortável, com uma oferta de energia elétrica de 3,5 GW para uma demanda de 2,3 GW, o Estado produz internamente cerca de 1,4 GW, sendo, portanto, importador da diferença de EE (Energia Elétrica) pelo sistema interligado nacional.

Em 2004, o Estado era considerado ponta de linha do sistema de transmissão e, consequentemente, sujeito a interrupções frequentes no suprimento de energia. Desde então, ações do governo estadual junto ao

Área de atuação das concessionÁrias

Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSMSA)

Todos os demais municípios são atendidos pela EDP Escelsa

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governo federal, associadas à grande disponibilidade de gás natural produzido em território capixaba, permitiram que o Estado atraísse a implantação de oito termelétricas, que, após concluídas (até 2013), produzirão cerca de 2 GW fazendo com que o Espírito Santo passe a ser um exportador de energia. “Associadamente a isso, novas linhas de transmissão foram desde então construídas e outras ainda, como a Mascarenhas-Linhares, de 230 kW, e Mesquita-Viana 2, de 50 kW, estarão em operação até abril de 2012”, assegurou Ayrton Souza.

Mesmo entendendo que atualmente a situação energética capixaba é considerada tecnicamente bastante confiável e que o suprimento de energia após a conclusão das obras em andamento proporcionará a necessária segurança para sustentar a implantação de novos investimentos produtivos, a matriz energética do Espírito Santo, pelas características do Estado, utiliza ainda um elevado percentual de fontes não renováveis. “Enquanto no mundo 13% da energia consumida provêm de fontes renováveis, no Espírito Santo temos o dobro disso. Mas a questão é que, no Brasil, a participação de renováveis chega a 47%, motivando a discussão do tema do Fórum de Energia deste ano”, esclareceu o diretor da Aspe.

Nessas condições, e com os recursos hídricos do Espírito Santo próximos de seu limite de aproveitamento, Ayrton Souza entende que o Estado tem importantes desafios estratégicos a superar na área de energia, de forma a reduzir vulnerabilidades para o desenvolvimento econômico nos próximos anos. São eles:

• Expansão da capacidade de geração de energia elétrica no Estado de forma descentralizada

• Incremento da produção de biomassa• Promover e incentivar ações de eficiência e

conservação de energia• Apoiar estudos e investimentos em inovações tecnológicas

e para desenvolvimento de novas fontes renováveis de energia, que gerem novas oportunidades de trabalho

Nesse sentido, e dentre outras iniciativas, o Estado já elaborou e lançou o Atlas do Potencial Eólico do ES, que tem atraído a atenção de muitos investidores interessados em explorar o potencial identificado de 1,7 GW de geração elétrica em terra e de outros 4,5 GW em mar. Aliás, o Atlas Capixaba foi o primeiro a identificar o potencial de geração off-shore no país. Ainda este ano, a Aspe iniciará os estudos para elaboração de um Atlas do Potencial Solarimétrico do Estado, que deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2012.

Energias alternativasOutro ponto a considerar é que, de acordo com dados

do Ministério de Minas e Energia, o Espírito Santo é hoje a unidade da Federação que apresenta um dos maiores consumos de energia per capita no Brasil, sendo que as responsáveis por esse consumo são as grandes empresas, somadas à população capixaba. E é por isto que existe uma corrente, inclusive empresarial, para que o Estado invista em novas fontes de energia, prevenindo-se, assim, de futuros “apagões”. A previsão do Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável pela coordenação e controle das operações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional, é de que o Estado terá, entre 2008 e 2012, o maior acréscimo de consumo anual de energia do país, em números absolutos.

Este problema energético é nacional, e desde que o Brasil enfrentou sua maior crise energética, em 2001, o país deparou-se com a necessidade de apostar em novas fontes de energia renovável, uma vez que o investimento em usinas hidrelétricas, responsáveis por 90% da energia

diferença do custo das duas concessionárias

Tabela 1

tipo diferença eLfsMsa edP

consumo ponta 30% 2,567222 1,7964000

consumo fora ponta 20% 0,258294 0,2020300

demanda contratada 42% 30,290396 17,7770000

energia reativa excedente 25% 0,237492 0,1832260

A tabela apresenta os quatro itens considerados para estipular o valor da energia. De acordo com os estudos feitos pelos representantes dos sindicatos associados à FINDES, o percentual é a diferença de custo nas tarifas entre as duas concessionárias.

“a aneel tem um modelo matemático, que nós chamamos de ‘caixa preta’, em que se faz o rateio de diversas tarifas, e que acaba penalizando esse segmento da sociedade”

arthur arpini, diretor presidente da empresa força e Luz santa Maria s.a.

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IndústrIa

produzida em território nacional, tornou-se uma alternativa cara, esgotável e inviável sob o aspecto ambiental.

A elaboração do “Atlas Eólico” foi fundamental para que o Espírito Santo participasse, em 2009, do primeiro leilão de energia eólica do país promovido pelo governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedes), seis projetos foram apresentados, ofertando uma geração de 153 MW de energia. Esses projetos fazem parte do Complexo Eólico de Linhares, do Grupo EDP Brasil, empresa controladora da Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa).

Dados da Sedes ressaltam a importância do Complexo Eólico de Linhares. Caso ele seja implantado, terá capacidade estimada de produção de cerca de 440.000 MWh/ano, o que seria suficiente para atender a 184 mil residências com consumo médio mensal de 200 kWh/mês. Para se ter ideia do que isso representa, pressupondo-se que cada residência possua, pelo menos, cinco moradores, esse potencial seria suficiente para abastecer a população das cidades de Vitória, com 322.142 habitantes, e Serra, com 400.659.

As regiões que fazem parte do Complexo de Linhares são Urussuquara (com capacidade de produção de 30 MW), Capões (30 MW), Sol (30 MW), Savonius (30 MW), Veredas (18 MW) e Campos (15 MW). Esses locais possuem uma considerável extensão de terras planas, são despovoados e contam com velocidades médias anuais de vento acima de 7 m/s a 75 m de altura.

Em 2008, muitos países – inclusive o Brasil – mantinham programas oficiais para expansão das chamadas fontes renováveis de energia, iniciados já há alguns anos. Mas, em boa parte deles, as duas principais fontes – aproveitamentos hídricos e a biomassa – não apresentavam significativo potencial de expansão. Assim, as pesquisas e aplicações acabaram por beneficiar o grupo chamado “outras fontes” (ou “fontes alternativas”, termo que começa a cair em desuso) que, de 1973 a 2006, aumentou em 500% a sua participação na matriz energética mundial, segundo

a Key World Energy Statistics da International Energy Agency (IEA), edição de 2008. Uma variação que só foi superada pelo parque nuclear, que registrou expansão de 589% no período.

No grupo chamado “outras fontes” estão abrigados o vento (energia eólica), sol (energia solar), mar, geotérmica (calor existente no interior da Terra), esgoto, lixo e dejetos animais, entre outros. Em comum, elas têm o fato de serem renováveis e, portanto, corretas do ponto de vista ambiental. Permitem não só a diversificação, mas também a “limpeza” da matriz energética local, ao reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, cuja utilização é responsável pela emissão de grande parte dos gases que provocam o efeito estufa. Além disso, também podem operar como fontes complementares a grandes usinas hidrelétricas, cujos principais potenciais já foram quase integralmente aproveitados nos países desenvolvidos.

Para que chegue a essas energias alternativas efetivamente, o Espírito Santo já está no caminho - que, porém, é longo. Enquanto isso, as indústrias, principalmente no interior do Estado, trabalham para se manter no mercado, tentando diminuir seus custos de produção. Por isso, os empresários, em conjunto, buscam alternativas para continuar a utilizar energia elétrica a preços menores do que os praticados hoje, que inviabilizam o aumento da produção e impedem que se assegure a permanência das empresas no interior, levando ao equilíbrio no desenvolvimento econômico e na geração de emprego. É essa a “luz” que eles necessitam para garantir o desenvolvimento sustentável do Estado.

Segundo o vice-presidente

executivo da EDP Escelsa, Agostinho

Gonçalves Barreira, o maior crescimento no

consumo de energia verificou-se no segmento industrial (33%), acompanhando

o crescimento da produção industrial

do Espírito Santo

Complexo eólICo de lInhares (regIão/produção)

* Velocidades anuais de vento acima de 7 m/s a 75m de altura

Urussuquara

Capões

Savonius

Sol

Veredas

Campos

30 MW

30 MW

30 MW

18 MW

15 MW

Tabela 2

30 MW

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FINDES EM AÇÃO

EMprESárIOS cApIxAbAS vISItAM brASIl OFFShOrE

Um grupo de 19 empresários capixabas do setor metalmecânico esteve, no dia 15 de junho, em visita técnica à 5ª Edição da Feira Brasil Offshore, em Macaé, no Rio de Janeiro. A missão empresarial, organizada pelo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF-ES) e pela FINDES, teve o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o mercado de petróleo e gás, além de possibilitar a realização de negócios para os fornecedores capixabas do segmento. A feira Brasil Offshore acontece a cada dois anos em Macaé, cidade responsável por 80% da exploração offshore do Brasil. Terceira maior feira do segmento no mundo, o evento aconteceu entre os dias 14 e 17 de junho e reuniu grandes oportunidades de negócios, além dos principais executivos do ramo. Em pauta, as tendências do mercado e os rumos da indústria de petróleo e gás. “Esse tipo de viagem é muito proveitoso. Os empresários capixabas puderam conferir, in loco, as novidades e até fechar novos negócios e parcerias”, afirmou Rusdelon Rodrigues de Paula, coordenador do PDF.

IEl-ES lANÇA cAMpANhA cOMErcIAl DO ANuárIO 200 MAIOrES EMprESAS

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) lançou no dia 3 de junho a campanha comercial da edição 2011 do Anuário IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo. O evento aconteceu em um café da manhã no Edifício FINDES e contou com a palestra do consultor em Estratégias de Comunicação e Marketing Digital, Nino Carvalho. O presidente da FINDES, Lucas Izoton, falou sobre a importância da revista no cenário econômico capixaba. “As ‘200 Maiores’ não é uma revista comum. É um anuário, um manual de economia, um manual do Espírito Santo que se torna referência, fonte de informação não só para formadores de opinião, como também para toda a sociedade”, destacou. Em sua 15ª edição, a 200 Maiores”apresenta o ranking das grandes empresas do Estado, além de estrear uma nova metodologia de coleta e apresentação de dados e das informações do período em que foi publicada.

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especial

lucas izoton se despede da presidência da FiNDes com o sentimento de dever cumprido. em sua gestão, foram superadas metas antes inimagináveis e a indústria capixaba alcançou um nível de maturidade até então inédito. O que fica é uma FiNDes fortalecida local e nacionalmente,

com perspectivas ainda maiores de crescimento.

Neste balanço de sua gestão, é fácil

comprovar isso

A FINDES Em SEtE ANoS

por Ariani Caetano

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O Espírito Santo é um dos poucos estados brasileiros onde a indústria continua em franco crescimento, maior, inclusive, do que a média nacional. De 2004

a 2010, anos que coincidiram com a gestão de Lucas Izoton à frente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, por exemplo, o PIB da indústria local passou de R$ 18,8 bilhões para R$ 30,6 bilhões. Esses valores indicam uma evolução real de 62,6%, com taxa média real de crescimento de 8,4% ao ano, bem acima do crescimento de 17,8% do PIB da indústria nacional entre 2004 (R$ 501,8 bilhões) e 2010 (R$ 591,1 bilhões), com média de crescimento de 2,8% ao ano nesse mesmo período.

E se nos anos de 2008 e 2009 o Espírito Santo foi, talvez, o Estado mais afetado pela crise econômica mundial, em 2010 verificou-se uma recuperação espetacular, chegando-se ao final do ano com taxa de 22,3% de crescimento em comparação ao ano anterior. Enquanto isso, a média nacional de crescimento industrial ficou na casa dos 10,5%.

Os recentes estudos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam ainda o Espírito Santo na liderança da produção industrial, à frente dos demais Estados brasileiros também neste ano de 2011. O nível de empregos, igualmente, foi elevado no período da gestão de Lucas Izoton. Em 2004 a indústria capixaba empregava 131,3 mil pessoas, enquanto em 2010 o número de empregos subiu para 195,3 mil (um incre-mento de 48,7%), com taxa de crescimento de 6,8% ao ano. Além disso, a projeção para 2011 é de que esse número suba para 218,5 mil postos de trabalho (evolução de 11,9%).

Ainda com relação à indústria capixaba, outro dado importante é a sua participação no PIB brasileiro. De 2,1% em 2004, passou-se para 2,3%, em 2010, segundo o IBGE e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Além disso, a projeção de cerca de R$ 130 bilhões em investimentos na indústria do Espírito Santo para até 2020 foi elevada para R$ 150 bilhões.

Esses dados indicam que a indústria capixaba esteve e está no caminho certo. E isso é também fruto de uma gestão comprometida com o desenvolvimento econômico sustentável do Espírito Santo. Resulta de um trabalho em conjunto feito pelo governo estadual, empresários, dirigentes industriais e membros da Diretoria que esteve à frente da Federação de 2004 a meados de 2011.

IndústrIa capIxaba

especial

Essa evolução da indústria capixaba deve-se a vários fatores, como a própria performance da economia mundial e brasileira, o trabalho do governo estadual, dos empresários e também de entidades como a FINDES, que sempre procurou criar uma boa ambiência para a expansão dos negócios já existentes, bem como para a atração de novos investimentos. Ao longo desse tempo, ampliamos bastante a capacitação profissional, via Sistema SESI/SENAI. Também aumentamos o trabalho do IEL na melhoria da gestão e na inovação, além de termos efetuado muitos esforços visando a aproximar a classe empresarial, lideranças políticas e dirigentes públicos para agilizar os processos administrativos decorrentes de nossa legislação.”

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P ara ajudar a construir uma indústria em crescente desenvolvimento, a FINDES, ao longo dos dois mandatos de Lucas Izoton, apostou na profissio-

nalização como ferramenta estratégica de gestão. Para isso, buscou na iniciativa privada práticas que pudessem ser adotadas na administração da entidade, tornando-a ainda mais profissional. Com isso, vários ganhos foram observados, como a redução de custos, elaboração de planejamento estra-tégico, clareza na tomada de decisões, integração e visão de futuro. Não por acaso, o Sistema FINDES é considerado um dos mais modernos do país, tendo sua eficiência reconhecida tanto no Espírito Santo quanto no Brasil.

Ao mesmo tempo em que a gestão foi profissionalizada, houve a adoção de métodos, processos e sistemas modernos de mensuração contábil e financeira, o que conferiu ainda mais transparência ao trabalho desenvolvido pela FINDES nos últimos anos. Some-se a isso a elaboração e implantação de um planejamento estratégico e a incorporação da seguinte missão ao escopo da Federação: “Representar e defender os interesses das indústrias capixabas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo”.

Nesse sentido, foi realizado um planejamento estratégico extremamente ousado, com o compromisso de transmi-tir a todos os parceiros uma imagem de seriedade, firmeza, integridade e muita transparência com todos os recursos utilizados na gestão, sempre visando a atender os objetivos de forma plena.

Indo além, a FINDES elaborou o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008-2015, baseado no Mapa Estratégico da Indústria, da CNI, e alinhado ao Plano de

Desenvolvimento Espírito Santo 2015, do Governo do Estado. Na verdade, o mapa foi considerado uma agenda estratégica, que continha a visão do empresário acerca de quais seriam os caminhos para aumentar a competitividade do setor, construindo, ao mesmo tempo, o desenvolvimento sustentável de todo o Estado. A partir de sua elaboração, os movimentos da indústria capixaba foram mais bem direcionados, pois o mapa estava totalmente alinhado à visão de futuro tanto da indústria brasileira, quanto do governo estadual. O resultado não poderia ser outro, a não ser o que caracteriza a FINDES ainda hoje: sua alta capacidade de inovação.

Contas em diaFinanceiramente, a Federação também ganhou consis-

tência para desenvolver com mais qualidade o seu trabalho. A partir de 2004, o orçamento da FINDES subiu de R$ 61,82 milhões para R$ 160,23 milhões em 2011, registrando um avanço de 159,19%, ou quase o triplo. O saldo financeiro, que era de R$ 5,56 milhões, encon-trava-se, em janeiro de 2011, em R$ 62,6 milhões - um crescimento de 1.026%, ou seja, de quase 11 vezes. Em julho de 2004, o nível de investimento anual do Sistema FINDES se encontrava na faixa de 1,25% do orçamento, representando cerca de R$ 770 mil para todas as entidades

Gestão desenvolvimentista, empreendedora e inovadora

gestão

Jul/Ago/2011 – nº 296 Indústria Capixaba – FINDES 27

Esta foi uma gestão empreendedora e inovadora. Todo empreendedor é inovador. Eu tentei estimular a inovação, já que prefiro as perguntas às respostas. Sempre que alguém me diz que algo não pode ser feito, eu questiono: por que não? Essa pergunta geralmente gera reflexões que mostram que as coisas são possíveis. A partir daí, nossa gestão na FINDES passou a ter o rótulo da inovação, em virtude da vontade da minha Diretoria em quebrar paradigmas e avançar sempre.”

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28 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

gestão

A partir de 2004, a presença e participação da FINDES na CNI foram bastante significativas e estratégicas. Afinal, tão logo tomou posse como presidente da Federação, Lucas Izoton passou a participar da CNI como diretor e, posteriormente, como vice-presidente. Atualmente, é presidente do Conselho Temático Permanente da Micro e Pequena Empresa (Conpem).

Durante as administrações 2004-2008 e 2008-2011, a participação de industriais capixabas na CNI foi triplicada, tendo a FINDES se tornado uma Federação referencial para todo o Sistema nacional. Isso confirma a importância e a consequente boa imagem que a indústria capixaba angariou perante a CNI e, por extensão, perante o setor industrial brasileiro. Além disso, a FINDES foi escolhida pela CNI como laboratório de várias inovações do sistema de gestão da indústria brasileira, tamanha foi a capacidade inventiva e proativa desta gestão.

Além do bom relacionamento com a CNI, o Governo do Estado figurou como importante parceiro da FINDES na gestão de Lucas Izoton, quando houve um resgate do relevo da entidade como agente na articulação das políticas de desenvol-vimento industrial e econômico do Espírito Santo.

Sem perder jamais sua autonomia, a FINDES consolidou parcerias com os governos estadual e municipais, com os quais foram realizados importantes projetos em prol do desenvolvi-mento socioeconômico.

Em 2006, foi entregue ao então governador Paulo Hartung, por exemplo, a Agenda Pró-Crescimento, com 178 propos-tas para o desenvolvimento sustentável da indústria capixaba. A representatividade da FINDES junto ao governo foi tão grande que 87% das propostas apresentadas foram implemen-tadas. Um documento semelhante, agora chamado Agenda FINDES para a Competitividade 2011-2014, foi entregue ao governador Renato Casagrande, contendo 146 propostas.

Também com o Legislativo a Federação cultivou um bom relacionamento, como prova a realização da Agenda Legislativa da FINDES, que demonstra a reciprocidade que a Federação mantém tanto com a Assembleia Legislativa, quanto com a bancada capixaba em Brasília.

do Sistema. Em 2010, chegou-se ao montante de R$ 23,6 milhões em investimentos, ou seja, um cres-cimento maior do que 30 vezes, se comparado ao ano da posse de Lucas Izoton. Isso significou uma eleva-ção no nível de investimentos anuais para 15% em relação ao orçamento – um recorde para a entidade.

Quando Lucas Izoton e sua Diretoria tomaram posse, em 29 de julho de 2004, o Sistema contava com R$ 5,56 milhões em caixa e investia apenas 1,38% de sua receita naquele momento. O investimento sobre a receita do Sistema Findes cresceu para 13,9% na projeção para 2011, cerca de 10 vezes. Também foram ampliados os investimentos em gestão de pessoal, passando de R$ 33,27 milhões para R$ 77,90 milhões, uma evolução de 134,14%.

E falando em gestão de pessoal, houve, no período, uma constante e intensa valorização do empregado, com a adoção de uma política salarial e também de capacitação profissional. Os funcionários, aliás, passaram a contar com uma estrutura reformada e modernizada, inclusive nas diretorias e núcleos regionais. Além disso, foram realizadas importantes e estruturantes obras em todo o Estado do Espírito Santo, como em Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Aracruz, Anchieta e também na Grande Vitória.

RepresentatividadeOs dois mandatos de Lucas Izoton à frente da FINDES

foram caracterizados pela expressiva representatividade que a Federação obteve junto a dois dos principais atores com os quais mais se relaciona e de quem deve ficar mais perto: a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Governo do Estado.

evolução financeira do sistema findes

61,5

0,8

2004

134,0

2008

13,5

2010

150,2

23,6

2011

160,2

21,0

(R$ Milhões)

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Receita

Investimento

A primeira coisa que aprendi na minha vida de dirigente foi que as entidades precisam trabalhar lado a lado com as lideranças políticas e o poder público. Apesar da independência do Sistema FINDES, na maioria das situações, nossa entidade convergia com o pensamento empreendedor e desenvolvimentista do governo estadual de Paulo Hartung, que esteve à frente do Espírito Santo entre 2003 e 2010. Tivemos, em nível estadual, um relacionamento muito próximo. Isso estimulou o diálogo, o esclarecimento de dúvidas e até mesmo uma avaliação dos assuntos para podermos enxergar todas as faces da mesma moeda. O governo Paulo Hartung mudou a visão do Espírito Santo nacionalmente e foi bastante desenvolvimentista, algo muito próximo dos objetivos que tínhamos. Eu e Paulo Hartung tínhamos os mesmos pensamentos e metas. Nada mais indicado do que darmos as mãos e trabalharmos de forma conjunta, mesmo que houvesse eventuais divergências pontuais.”

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O s investimentos em educação e saúde do trabalhador da indústria e de sua família foram prioridade na gestão de Lucas Izoton. A rede educacional do Sistema

FINDES, composta por SESI, SENAI e IEL, ganhou novas diretrizes, inclusive, permitindo aos alunos receber um ensino de maior qualidade.

Unidades foram reformadas ou ampliadas, novos métodos de ensino foram implantados – com destaque para a inserção da pedagogia empreendedora para alunos do Ensino Infantil até o Médio – e professores foram capacitados, além de passarem a contar com plano de cargos e salários.

Para exemplificar o investimento feito e o desenvolvimento da educação sob a direção de Lucas, em julho de 2004, o SENAI registrava aproximadamente 30 mil alunos, número que subiu para cerca de 80 mil no final de 2010 - uma evolução de 164,2%. Já o SESI apresentava, em 2004, 17,7 mil matrículas em Educação para o Trabalho. Nesse mesmo programa, foi alcançada a marca de 40,5 mil matrículas em 2010.

Educação E saúdE como prioridadE

Indústria Capixaba – FINDES 29

Queríamos uma área de saúde no SESI onde esta não significasse apenas a ausência de doença, mas sim que fosse vista como o bem-estar físico, mental, emocional e até mesmo espiritual do trabalhador da indústria. Para isso, tínhamos que proporcionar ao nosso trabalhador condições de uma vida mais digna e torná-lo um profissional ainda mais capacitado. Com esse objetivo, promovemos a integração entre a educação do SESI e do SENAI, para fortalecer o nível educacional do nosso trabalhador. Estimulamos também aspectos ligados à cultura, ao lazer, à prática de esportes, visando a transformar esse trabalhador num cidadão com mais qualidade de vida e formação mais ampla.”

Outro destaque da gestão foi a integração SESI-SENAI, iniciada em 2009 através do programa Educação Básica e Educação Profissional (EBEP), oferecendo ao aluno a formação técnica do SENAI junto com o Ensino Médio do SESI, com foco nas tendências do mercado industrial capixaba. Em seu primeiro ano, o programa superou a meta inicial de 200 matrículas. Já em 2010, o EBEP atingiu 954 alunos matriculados, um incremento de 377%. Outra novidade foi a criação do curso técnico de Meio Ambiente, o primeiro com a metodologia da formação por competência do SENAI-ES.

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saúde e educação

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educação e saúde

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desenvolvimento

Também foi desenvolvido pelo SESI-ES o programa In-dústria Segura, que, a partir da análise das condições do ambiente de trabalho, permite ao empresário conhecer a realidade da sua empresa na área de segurança do trabalho, para que possa implementar ações preventivas, que minimi-zem os riscos de acidente no ambiente laboral.

Já na área de medicina ocupacional, o SESI concentrou seus esforços no atendimento ao trabalhador da indústria, levando serviços diretamente às empresas.Também houve mudanças no atendimento médico e odontológico para o industriário e seus familiares. As ações curativas foram mantidas e ampliadas, mas o foco passou a ser a prevenção, inclusive com campanhas de conscientização.

Além disso, novas unidades móveis foram adquiridas para agilizar ainda mais o atendimento, e algumas instalações foram modernizadas.

educação BÁsica – educação PRoFissional educação continuada – educação em inovação e tecnoloGia

30 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

Educação Básica SESI/SENAI Ensino regular e EJA,

(número de matrículas)

Educação ContinuadaSESI/SENAI

(número de matrículas)

Educação ProfissionalSESI/SENAI

(alunos-hora)

Educação em inovação e tecnologia - SESI/SENAI

(horas técnicas)

2004

previsão de 13.832 até jun/2011

2010

11.0

38

13.0

79

2004

previsão de 22.148 até jun/2011

2010

17.7

25

40.5

72

Previsão de 3.746.916 até jun/2011

2004 2010

2.90

5.82

4

6.42

8.84

7Previsão de 12.411

até jun/2011

2004 201014

.792

25.0

45

A educação continuada promovida pelo SESI também passou a ter uma nova visão, com a proposta de trabalhar o que a indústria precisa, em parceria com o SENAI, em cursos gratuitos e de curta duração, voltados para a inclusão digital, geração de emprego e renda e formação para o trabalho.

E para o empreendedor capixaba, o IEL passou a oferecer, na Grande Vitória e no interior, cursos de média e longa duração para capacitação do empresariado em diversas áreas de conhecimento. Ainda para empresários, o IEL criou o curso de Sucessão Familiar, com metodologia própria, visando a orientar sobre o processo natural de troca de comando entre gerações nas indústrias capixabas.

Com relação à saúde do trabalhador da indústria e sua família, o Sistema FINDES fez questão de investir em programas socioeducativos. Em parceria com a CNI, foi implantado o Programa Indústria Saudável, que faz um diagnóstico da saúde e do estilo de vida do trabalhador da indústria, mapeando suas condições. Mais de 30 mil atendimentos foram realizados e, com os resultados, foi possível obter uma “radiografia” de como está o trabalhador da indústria.

seGuRança e saúde no tRaBalho e sesilaB

2.170.204 atendimentos

222.922 previsão até junho/2011

2004 - 2010 2011

(exames)

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C iente da importância que o desenvolvimento susten-tável tem não só para a indústria, mas também para a economia e a sociedade do Espírito Santo,

a FINDES sempre incentivou a sustentabilidade como meta a ser alcançada pelos industriais, fazendo dela uma de suas principais bandeiras.

Todo o trabalho ambiental realizado pela Federação, inclusive, conta com o apoio do Conselho Superior de Meio Ambiente (Consuma), responsável por promover uma ampla discussão visando ao bem-estar atual da comunidade e das gerações futuras.

Nesse sentido, a FINDES enumerou para a sociedade civil uma série de reivindicações para a área de meio ambiente, com destaque para o apoio ao desenvolvimento de políti-cas estadual e municipal que permitam a descentralização e a rapidez no licenciamento ambiental; a implementação da educação ambiental nos diversos níveis educacionais e nas indústrias; a preparação das empresas para as oportu-nidades que surgirão na nova economia do baixo carbo-no, incluindo a produção de bens e serviços ambientais, e o estabelecimento de um novo marco regulatório capaz

Uma Federação sUstentável

de definir as competências entre os entes federados (União, Estados e Municípios) com a edição de legislação federal que abranja as áreas rurais e urbanas, proporcionando condições adequadas aos investimentos.

A sustentabilidade da gestão também foi uma meta alcançada, como já visto. Com relação à responsabilidade social, a FINDES foi a quinta Federação do país a implantar a ISO 26000, uma norma elaborada com a participação de 48 países e aceita pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para destacar empresas que pratiquem o conceito de responsabilidade social, promovendo mudanças efetivas nessa área.

Carta da IndústriaAlinhada ao propósito desenvolvimentista sustentável,

a Federação das Indústrias elaborou, em 2009, um conjunto de recomendações, chamado Carta da Indústria Capixaba, em prol do desenvolvimento sustentável da economia local em novas bases, mais competitivas e menos dependentes de fatores externos.

O foco da Carta está na participação da indústria na conso-lidação de um desenvolvimento sustentável parao Estado, com base nas seguintes premissas: geração de emprego; inclusão das micro e pequenas empresas; interiorização do desenvolvimento; geração de impostos locais, para serem aplicados em saúde, segurança eeducação; e preservação das belezas naturais e da qualidade do meio ambiente.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

594.504 atendimentos

2004 - 2010 2011

34.856 previsão até junho/2011

SuStENtABILIDADE

Um dos pontos altos deste nosso mandato foi ver evoluir com bastante rapidez a mentalidade dos nossos industriais no quesito sustentabilidade. Hoje, está claro para a maioria esmagadora deles que não adianta visarmos apenas ao retorno econômico, sem termos a garantia da preservação ambiental e do retorno social. Nós, industriais capixabas, temos consciência de que o verdadeiro desenvolvimento sustentável é aquele que compatibiliza e harmoniza os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Por isso, de maneira sintética, resumimos na FINDES que desenvolvimento em nosso Estado é toda aquela ação empresarial que possa gerar mais empregos; reduzir as diferenças sociais e econômicas existentes em todas as nossas microrregiões; inserir as micro e pequenas empresas; ampliar a arrecadação de impostos, que por sua vez deverão ser investidos em educação, saúde e segurança, e preservar as nossas belezas naturais, protegendo o nosso meio ambiente.”

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I novação foi a palavra de ordem nesta gestão. Para aumentar a competitividade da indústria local, a FINDES promoveu uma série de ações, como a aber-

tura de um Núcleo de Inovação, por meio de um convênio entre IEL e SENAI. O objetivo estava em desenvolver o tema e elaborar um produto e serviço que pudesse apoiar as empresas na gestão da inovação.

Naquele momento, a ênfase era desenvolver projetos que pudessem participar do grande número de editais que surgiam no país para apoiar a inovação. E para dar mais racionalidade e eficácia às ações, foi organizado o InovaFINDES, programa de inovação na indústria capixaba, reunindo as ações que as entidades do Sistema e do Conselho Superior de Política Industrial e Inovação (Conpetc) já faziam em prol do tema.

IndústrIa InovatIva

inovação

Esse centro cultural no topo do Edifício FINDES, além de ser uma alternativa para o trabalhador da indústria, sua família, os pró-prios empresários e comunidade em geral, no fundo é um grande símbolo, um espaço onde vamos poder estimular ainda mais a cultura e também a nossa gastronomia. A indústria criativa e esse monumento, esse símbolo, essa homenagem ao futuro da nossa indústria, são objetos de estímulo para que nossos empreendedores possam pensar em algo novo, ousado, criativo e que forta-leça a economia do nosso Estado.”

Atualmente, o InovaFINDES trabalha seis subprogramas: Inovação nas Empresas; Gestão da Inovação Interna; Representação Institucional; Plano de Comunicação em Inovação; Incubadora de Inventores; e Indústria Criativa.

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Indústria criativaO Espírito Santo é um Estado onde

predominam a industrialização e a comerciali-zação de commodities, bem como o potencial de setores como construção civil, alimentos e be-bidas, vestuário, rochas, moveleiro e metalme-cânico, entre outros. Porém, a indústria criativa certamente foi e continuará sendo um segmen-to de muito destaque.

Voltada para artes, mídia, moda, design, arquitetura, publicidade e patrimônio cultural, a indústria criativa compõe um dos setores mais dinâmicos da economia mundial e oferece oportunidades de um novo e expressivo crescimento para os países em desenvolvimento. A economia criativa lida com aspectos intercalados entre a economia, a cultura e a tecnologia, centrada na predominância de produtos e serviços com conteúdo criativo, valor cultural e objetivos de mercado.

Para se dimensionar a importância dessa indústria, enquanto a demanda global do comércio internacional sofreu uma queda de 12% em 2008, as exportações de produtos e serviços cria-tivos chegaram a US$ 592 bilhões no mesmo ano. O Brasil possui o maior setor criativo da América Latina. As ativida-des que compõem a economia criativa no país movimentaram US$ 14,6 bilhões em 2005 e estima-se que tenham superado US$ 22 bilhões em 2010, com uma taxa de crescimento anual média de 8,4%.

A indústria criativa é “a indústria do futuro”, com condições de contribuir para a ampliação dos negócios no Espírito Santo, gerando mais postos de trabalho, arrecadação de impostos, melhor distribuição de renda e, consequentemente, mais qualidade de vida.

De forma pioneira, o Sistema FINDES articulou uma série de ações em prol da indústria criativa nesta gestão. Foi criado, por exemplo, um comitê voltado para o desenvolvimento da indústria criativa capixaba. Outra ação em andamento é a construção do Centromoda, em Vila Velha, que privilegiará o desenvolvimento do design de moda capixaba.

Dentro do conceito de agregação de valor trazido pela indústria criativa, aliado à necessidade de incorporar o turismo à indústria, o Sistema FINDES criou, em 2009, o Instituto Rota Imperial (IRI), em parceria com os governos do Espírito Santo e de Minas Gerais, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o Sebrae-ES e o Sebrae-MG. O IRI é responsável pela revitalização da Rota Imperial, estrada percorrida pela família real entre 1814 e 1816. A estrada liga Vitória a Ouro Preto, passando por 14 municípios capixabas e 17 mineiros. De forma inovadora, a missão do IRI é promover o desenvolvimento integrado e sustentável do turismo nesse trajeto, criando novas oportunidades para a indústria capixaba.

Espaço Cultural do SESIInovador em sua estrutura e também em seu conceito, o

Espaço Cultural do SESI, que está sendo construído no topo do Edifício FINDES, destina-se a ser palco dos principais eventos artísticos e culturais promovidos pelo Sistema Indústria Capixaba, beneficiando trabalhadores e seus dependentes. Além disso, o Espaço Cultural do SESI será como um monumento, que simbolizará a nova fase que a indústria do Espírito Santo vivencia hoje, ou seja, a passagem de uma indústria tradicional, baseada em commodities, para a indústria criativa, mais simbólica e de maior valor agregado.

Quanto à funcionalidade, na construção do Espaço Cultural há a integração e otimização de espaços já existentes do Edifício FINDES, com evolução e melhorias nas questões de segurança. Como apoio do espaço, haverá um restaurante giratório, que oferecerá a oportunidade de o trabalhador da indústria ou cidadão capixaba usufruir de um almoço ou jantar com uma das mais belas vistas de Vitória.

Com relação à obra em si, toda a construção foi feita em aço, uma grande homenagem à indústria de mineração e siderurgia do Espírito Santo, que contribui enormemente para a geração de empregos diretos e indiretos.

A indústria criativa é uma indústria que cresce muito no mundo e é um segmento econômico que privilegia o intangível. Hoje, ela só fica atrás da indústria do petróleo e dos armamentos. O que queremos com a indústria criativa é fazer com que o nosso Estado não se baseie somente na indústria de commodities ou mesmo na indústria tradicional. É importante olharmos para a indústria criativa, onde é possível agregar maior valor, visando a expandir as oportunidades de negócios em nosso Estado. Esta é a indústria do futuro, e o Espírito Santo tem todas as condições de atuar de maneira mais estruturada nesse segmento.”

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Um dos grandes objetivos de Lucas Izoton em sua gestão foi promover o crescimento equilibrado do Espírito Santo, distribuindo o desenvolvimento

econômico por todos os municípios do Estado, respeitando, claro, as especificidades e vocação de cada um. Nesse sentido, foram estabelecidas parcerias e alianças estratégicas para que fossem incentivados também o turismo, o agronegócio e a logística naquelas cidades sem vocação industrial direta.

Este é um posicionamento importante, porque os investimentos que o Estado receberá na próxima década, cerca de R$ 130 bilhões, se concentrarão, em sua maioria, ao longo da BR-101 e no litoral capixaba. Por isso, para não criar uma ilha de prosperidade na Grande Vitória e oceanos de pobreza nas regiões noroeste e sudoeste do Estado, por exemplo, a FINDES se preocupou, nesta gestão, em levar o desenvolvimento sustentável também aos municípios de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que recebem menos investimentos.

Concretizando essa filosofia, promoveu-se a interiorização da própria Federação, por meio da criação de cinco novas diretorias ou núcleos regionais, em Anchieta, Aracruz, São Mateus, Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia, totalizando oito unidades representativas fora da Região Metropolitana da Grande Vitória. Com isso, a presença

Desenvolvimento igualitário

da FINDES no interior do Espírito Santo foi triplicada. Além disso, as instalações já existentes anteriormente, em Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Linhares, foram reformadas, modernizadas e ampliadas.

Ressalte-se também, nesta gestão, a criação do Conselho Superior de Desenvolvimento Regional da FINDES (Conder), que incentivou grandes avanços na interiorização do desenvolvimento no Espírito Santo. O papel do Conder é de atuar de forma sistêmica e articulada visando ao desenvolvimento do Estado em todas as suas regiões, conforme prioridades estabelecidas pelo Mapa Estratégico da Indústria Capixaba.

desenvolvimento

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O associativismo e o seu incentivo sempre estiveram entre as ações definidas como prioritárias pelo Sistema FINDES a partir da posse de Lucas

Izoton, em 2004. Desde então, o Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) ampliou ainda mais os seus serviços aos sindicatos que compõem a Federação.

Atualmente, são 30 sindicatos filiados, com 3,2 mil indústrias associadas, dentre as 15 mil de todo o Estado. De 2004 a 2011, houve um crescimento de 108% na quantidade de empresas associadas, que eram apenas cerca de 1,5 mil naquele ano.

Neste período, o trabalho para desenvolver o associativismo na FINDES seguiu em duas frentes: a assessoria à gestão dos sindicatos (oferecendo apoio aos dirigentes mediante oferta de serviços administrativos, contábeis, financeiros e jurídicos) e a criação do Núcleo de Desenvolvimento

Fortalecimento do associativismo

Associativo, que ganhou destaque na consolidação do fortalecimento sindical. Para além disso, foi incentivada a participação de representantes dos sindicatos em feiras, eventos, viagens de negócios, missões internacionais e nacionais.

Um estudo recente da CNI junto às 27 federações de indústrias do país comprova que a FINDES é a que detém o melhor modelo de desenvolvimento associativo atualmente. Não à toa, o Sistema FINDES conta com cerca de 500 diretores. Nos conselhos temáti-cos e câmaras setoriais, são cerca de 60 titula-res e 60 suplentes representantes desses sindicatos. Isso tudo mostra a força do voluntariado dos indus-triais capixabas que, sem receber remuneração, traba-lham para promover os segmentos que representam e, por consequência, colaboram ainda mais para o desenvolvi-mento sustentável da indústria no Espírito Santo.

1633

2325

3093Crescimento de 89,4% no número de associados

2004 2008 2011

Evolução AssociAtivA

AssociAtivismo

Transparência e atitudes éticas são essenciais para qualquer trabalho voluntário no associativismo. Procuramos abrir todas as informações para industriais e dirigentes de sindicatos e estimular a participação da maioria deles, para que possam conhecer melhor como são destinados os recursos que vêm de suas próprias indústrias. Conhecendo a aplicação dos recursos, eles podem se interessar em participar e ampliamos, assim, o número de voluntários. Quando contabilizamos o número de diretores, conselheiros, participantes de conselhos e câmaras do Sistema FINDES e sindicatos, temos mais de 700 dirigentes, profissionais liberais e autoridades que atuam como voluntários. Esse é um grande estímulo.”

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educação e saúde

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a FINdes aNo a aNo, por Lucas IzotoN

especIaL

2004 Foi um ano para conhecer melhor a FINDES. Foi o ano em que tivemos que fazer diagnósticos, estudos, ouvir muito, conhecer as experiências para entender o Sistema.

2005 Começamos a poder implementar a primeira parte do planejamento estratégico, as primeiras ações que iriam dar sustentação às demais.

2006 Pudemos avançar. Já tínhamos bem definido o que precisava ser feito e começamos a planejar a ampliação da estrutura física.

2007 Iniciamos a modernização das instalações e também ampliamos bastante a capacitação profissional dos nossos dirigentes e equipe interna.

2008 Foi o ano da grande crise econômica mundial. Tivemos que fazer reavaliações urgentes, uma vez que em setembro enfrentamos o início da crise.

2009 Foi um ano de aperto. Houve uma desaceleração da economia, os preços das commodities caíram, o mercado mundial sofreu uma recessão, mas, felizmente, o mercado interno ganhou novo fôlego, tanto que, já em 2010, todos os indicadores mostraram que tivemos resultados iguais ou melhores do que em 2008 ou seja, passamos bem pela crise.

2010 Foi o ano da consolidação dos grandes resultados do Sistema FINDES, quando ocorreram a ampliação das exportações e o aumento da capacidade industrial.

2011 Fizemos ajustes e preparamos o início da transição para a nova gestão. Desde 1º de março até 28 de julho, nosso trabalho está direcionado a fazer uma transição harmônica na administração, processo facilitado pelo fato de que 90% dos membros da diretoria 2011-2014 são diretores na atual gestão. Houve uma transição muito amigável e profissional, em que passamos à nova Diretoria tudo aquilo que queríamos fazer e não fizemos ainda, para que ela pudesse implementar e também executar suas novas ideias.

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38 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

FINDES EM AÇÃOFINDES EM AÇÃO

38 Indústria Capixaba – FINDES

IzOtON é DEStAquE EM publIcAÇÃO EStrANgEIrA

No final de sua gestão, o presidente da FINDES, Lucas Izoton, será destaque em uma conceituada publicação estrangeira. No dia 7 de junho, Izoton concedeu entrevista ao editor-correspondente no Brasil da Foreign Affairs Magazine, Ignácio Mulas de Goyeneche. Em pauta, a posição privilegiada do Espírito Santo em relação à indústria nacional e o enorme potencial de investimentos anunciado para os próximos 10 anos. O entrevistado também falou sobre o cenário de desenvolvimento da indústria durante seus dois mandatos à frente da FINDES (2004/2008 e 2008/2011), além de ter abordado questões acerca de infraestrutura, energia e sustentabilidade. A matéria com Izoton será publicada na edição de setembro/outubro. O dirigente já havia sido procurado por outras importantes publicações internacionais: o Financial Times, do Reino Unido, e o Pravda, da Rússia.

FINDES pArtIcIpA DE MISSÃO à FrANÇA Visando a inserir as micro e pequenas empresas (MPEs) do

Espírito Santo no comércio internacional, uma comitiva capixaba participou do encontro do Comitê Econômico e Portuário Bilateral, na cidade de Dunquerque, na França, entre os dias 13 e 17 de junho. A comitiva foi liderada pelo vice-governador Givaldo Vieira. Representanto o Sistema FINDES estava o gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Thiago Zecchinelli. A delegação foi composta ainda pelo diretor-presidente da Aderes, Pedro Gilson Rigo; o assessor da Companhia de Desenvolvimento de Vitória, Marco Godinho; os representantes da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Marcus Bresciani e Marco Aurélio Marçal; o diretor do Conselho de Administração da Organização Brasileira das Cooperativas (OCB/ES), Odmar Péricles do Nascimento; o presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Gilson Amaro; a deputada estadual Luzia Toledo, representando a Frente Parlamentar Estadual de Apoio às MPEs; e o representante da Frente Nacional de Prefeitos, José Luiz Capelini Carminati.

EvItANDO AcIDENtESDados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho,

publicado pelos Ministérios da Previdência Social e do Trabalho e Emprego apontam que, de 2007 a 2008, último ano com dados recolhidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as notificações de acidentes no ambiente laboral cresceram 13,4%, passando de 659.523 registros para 747.663. O assunto foi tema de uma palestra ministrada pelo juiz Ney Álvares Pimenta Filho, realizada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer) em parceria com o Tribunal Regional de Trabalho do Estado (TRT-ES). A ação, voltada para empregados e empregadores do setor metalmecânico, mostrou por que é importante empresas proporcionarem condições seguras de trabalho para os seus empregados.

cAMErAtA SESI EMbAlA NAMOrADOS cOM trIlhAS SONOrAS DO cINEMA

Junho foi o mês dos namorados e a Orquestra Camerata SESI preparou uma programação especial para comemorar. Os músicos se apresentaram no sábado (11), véspera do Dia dos Namorados, no Teatro do SESI, e presentearam os casais capixabas com o espetáculo “Trilhas Sonoras do Cinema” – Edição Dia dos Namorados. Com direção artística e regência de Leonardo David, a Camerata SESI apresentou grandes sucessos das “telonas”, que marcaram os últimos tempos, como “Ghost”, “Um Lugar Chamado Nothing Hill”, “Amelie Poulain”, “Titanic”, “Pearl Harbor”, “A Bela e a Fera” e “Coração Valente”, entre outros.

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40 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

Inovação

Q uando uma empresa nasce, ela já nasce fazendo Marketing, mesmo que à sua maneira. No entanto, é preciso que se tenha em mente que este conceito

é bastante amplo e vai muito além do que, em geral e erro-neamente, se imagina como sendo Marketing. Marketing tem muito mais semelhanças com estratégia de mercado do que propriamente com ações de Publicidade e Propaganda, como muitas vezes se pensa.

O consultor e professor Ronald Carvalho ensina que Marketing é tudo aquilo que a empresa precisa fazer para vender. “É impossível sobreviver sem fazer Marketing, porque você o faz quer queira, quer não. Quando você acha que não está fazendo Marketing é porque você o está fazendo de uma maneira improvisada, inconsciente e não planejada, correndo o sério risco de fazer errado”.

Para não correr esse risco e errar o alvo, o primeiro movimento estratégico é realizar uma profunda análise da empresa. “É preciso saber quem você é, o que você quer, que produto ou serviço você quer fazer, que imagem quer projetar para o mercado e para quem”, detalha o gerente de Marketing e Vendas do Grupo Coroa, Richard Chamberlain Pravia.

Uma das formas de se começar a pensar estrategica-mente é utilizar a teoria dos 4 Ps do Marketing: Produto,

por Patrícia Grosman

Preço, Promoção (divulgação) e Praça (ou ponto de venda). A palavra-chave é “equilíbrio” entre esses 4 Ps. Como em uma mesa, se um dos pés estiver menor, a estabilidade fica comprometida. Richard lembra que existem muitas coisas que parecem óbvias, mas que não são aplicadas na prática.

O gerente de Marketing da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES), Heriberto Simões, explica que as ações de Marketing e Comunicação são atividades críticas, que afetam diretamente a qualidade dos processos, dos serviços ao mercado, da produção de indicadores e controles, da divulgação de orientações,

ordem moderna do marketIng• O que eu sei fazer melhor do que ninguém?• Quem precisa disso?• A que preço eu posso vender?• E onde essas pessoas estão?

Fonte: Ronald Carvalho

ComuniCação e marketing estratégia e planejamento contribuem para aumentar a produtividade e a lucratividade industrial

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convocações, mobilizações, fixação de rotinas e procedimentos, comunicados aos diferentes públicos (clientes, funcionários, fornecedores, autoridades, comunidades). De acordo com Heriberto, elas são estratégicas quando se ocupam de divulgar a imagem institucional da organização, seus atos, fatos e atividades para o conjunto dos seus públicos e veículos de comunicação, o que se chama também de posicionamento da imagem ou da marca.

Ferramenta indispensávelSe o Marketing tem todo esse poder para

uma companhia, então, é investimento, e não despesa. De acordo com os especialistas, é preciso mudar a menta-lidade antiquada de que o Marketing e a Comunicação são dispensáveis. . “Na crise, é um erro cortar comunicação e propaganda apenas. É preciso diminuir todos os investimentos e gastos. Aliás, o plano de Marketing é um documento em que você explica como vai executar o orçamento”, ensinou Ronald, acrescentando: “É muito fácil culpar a crise pelo fracasso. Existe um provérbio judaico que diz que ‘a moça que não sabe dançar, diz que a orquestra não sabe tocar’”.

Uma das dificuldades de fazer com que um departa-mento ou consultoria de Marketing “emplaquem” o trabalho realizado é a falta de indicadores que expressem o êxito deste investimento. Mas a professora doutora Graziela Fortunato, da Fucape Business School, divide os indica-dores de eficiência das ações de Marketing na promoção de um produto em duas categorias: os visíveis e os não visíveis.

“A Publicidade produz múltiplos e simultâneos resultados, tais como: aumento nas vendas e melhoria no desempenho dos produtos; e não visíveis, no comportamento do cliente e na reputação da marca”, exemplificou.

Tática de sucesso

Mesmo para uma empresa com tradição de mais de 65 anos de história, as estratégias de Marketing permanecem essenciais. Reconhecida por estar sempre na vanguarda do mercado capixaba, a Buaiz Alimentos, que se tornou líder nos segmentos de trigo e café no Espírito Santo, focou sua estratégia de negócios em expansão e consolidação da marca, chegando aos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Os rumos apontados pela pesquisa de Marketing levaram ao investimento de R$ 21 milhões nos últimos dois anos. Desse montante, R$ 11 milhões foram aplicados numa moderna fábrica de torrefação de café, na Serra, inaugurada em 2009. Os outros R$ 10 milhões foram investidos na modernização do moinho de trigo da empresa, em Vitória.

O diretor do Grupo Buaiz, Élcio Alves, explica que, como a empresa vende para um público bastante amplo, existe a necessidade de investir constantemente em pesquisa para saber o que cada público deseja. “Para nós, o Marketing começa quando utilizamos todas as formas de contato com nossos clientes. Os funcionários são treinados para captar e interpretar as informações que chegam por meio deles, seja nos pontos de degustação, feiras e eventos, ou no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente). Escutar o cliente é descobrir tendências de mercado”, disse.

Hoje, além dos alimentos tradicionais, como o Café Numero Um e a Farinha de Trigo Regina, a indústria capixaba produz toda uma linha de pré-misturas para bolos,

“A Publicidade produz múltiplos

e simultâneos resultados, tais

como: aumento nas vendas e melhoria no

desempenho dos produtos”

Graziela Fortunato, professora doutora

da Fucape

Fonte: Portal do Marketing

• Diferentes tipos de design

• Características

• Diferenciais em relação à concorrência

• Marca

• Especificações

• Política de garantia

• Embalagem

• Financiamentos

• Condições de pagamento

• Prazo médio

• Número de prestações

• Descontos

• Crediário

• Propaganda

• Publicidade

• Relações públicas

• Trade marketing

• Promoções

• Lojas

• Canais de distribuição

• Logística

• Armazenamento

• Distribuição

Produto Preço

Promoção Praça (Ponto de Venda)

o Que SIGnIFICa Cada um

doS 4 PS do marKetInG

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contando inclusive com itens salgados da culinária, macarrões e achocolatados instantâneos. A ampliação da linha promoveu toda a modernização do pátio industrial e fez com que a Buaiz criasse um laboratório, padaria expe-rimental e formasse uma equipe para a assistência técnica.

Quanto investir?“Marketing é como roupa, tem de ser do seu tamanho,

nem menor, nem maior”. É desta maneira que Ronald Carvalho exemplifica que cada empresa deve investir aquilo que pode. Nem toda empresa pode despender milhões por uma estratégia. Ele também diz que existe uma relação entre “o quanto você fatura, o quanto custa e o quanto tem de lucro”. O importante é investir da maneira correta, qualita-tiva e quantitativamente, e todos os Ps devem ser avaliados e alinhados. “Não é só a propaganda que determina quanto se vai vender. Se a indústria não tiver um bom produto, não vende. Se não fizer propaganda, não vende. Se o preço estiver errado, não vende. Se não enxergar quem quer comprar, também não vende. Existe um equilíbrio entre essas variáveis, que precisa ser respeitado”.

Para a professora Graziela, o valor a ser investido em Marketing é mesmo um ponto discutível. “Muitos o associam com o ciclo de vida da empresa. Se ela é madura, os investimentos em Publicidade e Comunicação podem ser menores. Em empresas com grande potencial de crescimento, estes devem ser intensificados. Para empresas pequenas, o mercado reage bem quando a publici-dade é concisa e atinge o público-alvo de forma efetiva. Em relação ao setor, na manufatura, por exemplo, os gastos são potencialmente efetivos”.

Na Galwan Construtora e Incorporadora, de acordo com a gerente de Marketing, Ana Carolina Lourenço, “esse percentual é muito variável e medido a cada lançamento,

Inovação

levando em consideração o porte do empreendimento, dificuldade de venda, localização etc”.

Ela explicou que não existe uma regra ou um percen-tual fixo a ser investido porque isso depende de muitos fatores, como o tamanho da empresa, do produto oferecido, da abrangência ocupada no mercado, da necessidade de tornar o cliente próximo etc. “O que mede o investi-mento é um estudo das necessidades de venda e fidelização, que precisa ser trabalhado junto a um planejamento admi-nistrativo e de Marketing”.

Entretanto, existem empresas nas quais este valor é mais claro. Na Lei Básica, indústria de confecções de roupas jovens que possui sua fábrica em Colatina, conforme rela-tado pelo diretor Paulo Vieira, esse número gira em 6% do faturamento. Para se ter ideia da sua importância, é o mesmo percentual aplicado em pesquisa e desenvolvi-mento de novos produtos.

Mas o que determina o sucesso da empresa, segundo Vieira, é um conjunto de ações. “No nosso caso, a comu-nicação é 100% integrada: a empresa, os funcionários, a coleção, o produto, as estampas, a loja, tudo tem de ser coor-denado, tem de falar uma mesma linguagem. Senão, o que se cria é uma fraude, que não representa aquilo que a empresa é, nem se comunica com o público com o qual deseja falar”.

“Só o somatório vai fazer com que o consumidor se lembre de sua marca”, resumiu Paulo. Deixar que o acaso seja o regente das ações de Marketing de qualquer empresa é um erro que pode causar danos à imagem, além de prejuízo financeiro traduzido em gastos desnecessários e outros, necessários para ações de correção. Usar apenas o feeling é insuficiente, porque Marketing é estratégia e, por isso, requer planejamento.

Se Marketing, em última análise, é um exercício contínuo de estratégia, não importa de que tamanho seja a empresa, o que produza, o quanto isso custe ou para quem ela venda. O que na verdade interessa são as decisões mercadológicas que todo empresário precisa tomar. Mesmo quem ainda não planeja pode mudar de rumo e otimizar resultados. Mãos à obra, porque é hora de planejar.

Como fazer Com que o marketIng ContrIbua para a melhorIa do desempenho IndustrIal• Estruture um plano profissional de Marketing e

Comunicação com foco em todos os seus públicos-alvo, respeitando suas características

• Destine uma verba com base em suas receitas para investimento nesta área

• Monitore todos os dados que são importantes para sua organização

Fonte: Heriberto Simões

“O que mede o investimento é um estudo das necessidades de venda e fidelização”Ana Carolina Lourenço, gerente de Marketing da Galwan Construtora e Incorporadora

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sustentável

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N o Brasil, a tradição de construções é baseada em sistemas artesanais, prazos elevados e mão de obra barata, que, a cada dia, fica mais escassa. Pensando

nesse cenário e querendo introduzir inovação nas construções, a Ecasa se especializou em erguer casas sustentáveis, inovadoras e de grande qualidade, que privilegiam a harmonia e o respeito com o meio ambiente, aproveitando o sol, os ventos e a iluminação natural. Especial atenção é dada também ao isolamento térmico e acústico.

A empresa, que é pioneira em construção seca, possibilita que o cliente opte por um dos projetos preexistentes ou projete uma residência sob medida. A montagem da casa é baseada em um sistema computadorizado, sem os desperdícios e as incertezas da construção tradicional.

Segundo o sócio-proprietário da Ecasa, Robson Destefani,uma das principais diferenças em relação aos métodos convencionais consiste na não utilização de certas matérias-primas. “Nas construções, não utilizamos as matérias-primas comuns em outras obras, como tijolos, barro, brita, areia etc. Como a casa é toda planejada, não há desper-dício de materiais, e ainda preservamos o meio ambiente”, conta Robson.

A empresa oferece cinco modelos básicos de casas: a Acacia, a Attalea, a Davilla, a Ficus e a Vellozia. Em todos eles, o cliente dispõe de variadas opções de plantas, reves-timentos e acabamentos, além de itens como os sistemas de aspiração central e o controle inteligente de iluminação e condicionamento.

Ecasa, construçõEs consciEntEs E Ecológicas

sustentável

por Mariani Marchete

Ecasa localizada em Manguinhos. Essas construções buscam minimizar os impactos

ambientais da obra e possibilitam a economia de alguns recursos, aproveitando

os naturais, como luz, vento e sol

Realizando construções sustentáveis, a ecasa privilegia a harmonia e o respeito com o meio ambiente, aproveitando recursos como sol, vento e luz natural

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SustentabilidadeAs construções da Ecasa buscam minimizar os impactos

ambientais da obra e possibilitar a economia de recursos naturais, como a água, por exemplo, além da energia – tanto aquela necessária para a realização da obra quanto, poste-riormente, a que será consumida pelos moradores.

De acordo com Robson Destefani, o processo de construção é muito prático e econômico. “A construção dura cerca de quatro meses, aproximadamente. A montagem é definida em um sistema computadorizado e a casa é projetada da exata maneira que é definida. Dessa forma, não ocorrem os desperdícios e excessos de uma construção tradicional”, afirma.

Vantagens e princípiosAlém do baixo impacto ambiental, de não haver desper-

dício de materiais, de a obra ocorrer mais rapidamente e de forma mais “limpa” do que as obras tradicionais,

ServiçoEcasa Espírito SantoAv. Rio Branco, 274, 2º piso, sl 48, Vitória – ES(27) 3026-6265 • [email protected]ão PauloRod. Fernão Dias, saída 53 – Mairiporã – SP(11) 4486-5003 • [email protected]

“Como a casa é toda planejada, não há desper-dício, e ainda preservamos o meio ambiente” Robson Destefani, sócio-proprietário da Ecasa

o que muita gente ainda não sabe é que as construções susten-táveis desse tipo são mais baratas do que as convencionais.

Para Robson Destefani, as vantagens e os benefícios de ter uma Ecasa são muitos, mas nem todas as pessoas os conhecem ou aceitam. “O sistema é muito bom, superior aos outros. Mas nós não estamos acostumados com esse tipo de construção e para alguns, as inovações podem trazer um sentimento de insegurança. É cultural. Algumas pessoas têm certa resistência a mudanças”, disse.

Robson ainda conta que, além de todas as vantagens ecológicas, este tipo de construção é muito resistente. “No Brasil não temos terremotos, mas, se tivéssemos, a Ecasa permaneceria no mesmo lugar. Sem falar no conforto que oferece para seus moradores”, conta.

A Ecasa baseia-se em cinco ecoprincípios: design sustentável, ecomateriais, eficiência energética, conservação da água e ambiente saudável, todos alinhados à busca de resultados positivos que esse tipo de construção pode trazer ao meio ambiente e aos moradores.

Como ConSeguir a Sua eCaSa?1 A aquisição do terreno é escolha do cliente.

A partir dessa definição, a adaptação do modelo de casa desejado às condições do local onde será instalada é tarefa da Ecasa.

2 É possível optar por uma condição pré-configurada de financiamento, bastando, para isso, que o cliente obtenha a aprovação de seu crédito.

3 O projeto será definido, incluindo opcionais e possíveis elementos customizáveis. Essa etapa é fundamental para atender às expectativas específicas de cada cliente.

4 A seguir, o projeto será adaptado ao lote escolhido e será feita a legalização da obra junto aos órgãos competentes. Com a conclusão deste processo, o projeto será encaminhado para a produção.

5 Os componentes construtivos serão produzidos na fábrica da ArtCons. Paralelamente, todos os demais subsistemas (esquadrias, vedações, sistemas hidrossanitários, componentes elétricos etc) estarão sendo produzidos por terceiros ou adquiridos.

6 A última etapa é a montagem da Ecasa no terreno. A conclusão se dá com a entrega definitiva das chaves, 120 dias depois da obtenção da licença de obra.

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indicadores

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indicadores

CresCe a Confiança do industrial Capixaba

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) capixaba, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial

do Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apre-sentou um acréscimo de 1,7 ponto em junho de 2011, em relação ao mês anterior. Esse crescimento, aliado ao fato de o indicador se encontrar acima da linha divisória de 50 pontos (60,3 pontos), denota empresários confiantes.Na comparação com junho de 2010, cujo indicador era de 68,6 pontos, o ICEI recuou 8,3 pontos.

O ICEI da indústria brasileira referente a junho de 2011, divulgado pela CNI, registrou ligeiro acréscimo em relação ao mês anterior (+0,4 ponto), tendo o indicador

Índice de confiança do empresário (icei) do Brasil e espÍrito santo

Brasil Espírito Santo

jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Gráfico 1

Fonte: IDEIES/CNIElaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura (NEC)

6262,1

61,8 61,9

60,5

61,4

59,760

57,5

58,6

57,9

60,3

se situado em 57,9 pontos. Esse resultado, apesar de inferior ao do Espírito Santo, está dentro da faixa de confiança, ou seja, acima de 50 pontos. O aumento só não foi maior devido à percepção dos industriais de que as condições dos negócios pararam de melhorar, pois os indicadores de condições atuais recuaram e se situaram abaixo da linha divisória de 50 pontos. Já o indicador de expectativas se elevou e ficou acima de 50 pontos. Na comparação com junho de 2010, cujo indicador foi de 66 pontos, o ICEI nacional recuou 8,1 pontos.

O ICEI nacional é composto pelas informações de Condições Gerais da Economia Brasileira e Condições Gerais da Empresa e de Expectativas da Economia Brasileira e Expectativas da Empresa. O ICEI do Espírito Santo inclui mais duas ques-tões: Condições Gerais do Estado e Expectativas do Estado.

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Jul/Ago/2011 – nº 296 Indústria Capixaba – FINDES 47

O indicador de condições atuais, mensu-rado pela percepção dos empresários industriais capixabas em relação à economia, ao Estado e à própria empresa, elevou-se em junho de 2011, em relação ao mês anterior (+3,1 pontos) e alcançou a linha divisória de 50 pontos (50,3 pontos). Na composição desse indicador, todos os subitens cresceram, mas somente o de condi-ções da empresa se situou acima de 50 pontos (52,3 pontos).

O indicador de condições atuais da indús-tria brasileira recuou 0,2 ponto em junho de 2011, em relação a maio, mantendo-se na faixa inferior a 50 pontos (48,3 pontos).

PercePção do emPresário industrial exPectativa Para os Próximos seis meses

PercePção do emPresário industrial condições atuais

Os industriais capixabas estão otimistas em relação aos próximos seis meses, pois, além do indicador de expectativa ter crescido 1,3 ponto, ele se situou bem acima da linha divisória de 50 pontos (65,4 pontos). Esse resultado foi influenciado por todos os subitens que compõem o indicador, já que se elevaram e ficaram acima de 50 pontos. O maior crescimento foi alcançado pelo indicador de expectativa em relação ao Estado (+3,1 pontos), mas a maior pontuação coube ao indicador de expectativa da empresa (68,3 pontos)

O indicador de expectativas da indústria nacional aumentou levemente em junho de 2011, em relação ao mês anterior (+0,5 ponto) e se manteve acima da linha divisória de 50 pontos (62,6 pontos). Os componentes desse indicador (expectativa em relação à economia brasileira e à empresa) também se elevaram e se situaram na faixa superior a 50 pontos.

Condições Atuais

Espírito Santo Brasil

Mai/11 Jun/11 Mai/11 Jun/11

47,2 50,3 48,5 48,3

Com relação à(ao):

Economia brasileira 43,7 44,8 44,9 44,9

Estado 47,1 47,7 - -

Empresa 47,9 52,3 50,3 50,0

IndICador dE CondIçõEs atuaIs

Fonte: IDEIES/CNI Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura (NEC)

Tabela 1

IndICador dE ExpECtatIva para os próxImos sEIs mEsEs

Fonte: IDEIES/CNIElaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura (NEC)

Nota: A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), contou com a participação de 99 empresas (58 pequenas, 33 médias e oito de grande porte). Destas, 23 empresas pertencem ao setor de construção civil.

Tabela 2

Expectativa

Espírito Santo Brasil

Mai/11 Jun/11 Mai/11 Jun/11

64,1 65,4 62,1 62,6

Com relação à(ao):

Economia brasileira 55,3 58,2 57,1 57,4

Estado 58,0 61,1 - -

Empresa 67,7 68,3 64,5 65,1

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48 Indústria Capixaba – FINDES Jul/Ago/2011 – nº 296

no sistema

O presidente eleito da FINDES, Marcos Guerra, vai assumir o cargo no dia 28 de julho. Até lá, segue ocupando as funções de presidente do

Conselho Superior de Assuntos Legislativos (Coal) e do Conselho Superior de Desenvolvimento Regional (Conder). Sua atuação nos Conselhos tem tido muitas ações de destaque e vem sendo bastante elogiada por outros membros da Federação.

por Nadia Baptista

Aproximação com o Legislativo De acordo com Marcos, o Coal analisa todas as

proposições da Assembleia Legislativa (Ales), tanto as enca-minhadas pelo poder Legislativo, quanto pelo Executivo. “Avaliamos os projetos e quando detectamos que um projeto é importante para a indústria capixaba, seja ele bom ou ruim, atuamos. Hoje, o parlamentar conhece a opinião do Sistema FINDES”, explica. “Com a ação do Coal, o Sistema FINDES passou a fazer um acompanhamento sistêmico dos projetos que tramitam na Ales”, complementa.

Além do Legislativo estadual, o Coal também atua em outras frentes. Marcos Guerra explica que, quando são apre-sentados projetos importantes para a indústria nas câmaras municipais, o Coal também está atento. Nacionalmente, no Congresso, o Coal participa por meio da Comissão Superior para Assuntos Legislativos (CAL) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Estamos sempre em contato com os parlamentares capixabas que atuam nas comis-sões do Congresso Nacional e buscamos o apoio deles”, ressalta o presidente eleito.

Uma das inovações do Coal durante a gestão de Marcos Guerra como presidente foi a criação da Agenda Legislativa Virtual. “Somos o primeiro Estado do Brasil a ter uma Agenda Legislativa virtual. Assim, podemos acom-panhar cada projeto em tempo real e encaminhá-lo aos setores. Já atuamos em projetos ligados a meio ambiente,

“O Conder serviu para trazer as sugestões dos

diretores regionais, mostrar para os

executivos do Sistema FINDES

a importância do diretor na região”

Marcos Guerra, presidente

do Conder e presidente eleito

da FINDES

Coal e Conder: o legado de MarCos guerra

o presidente eleito da FinDes deixa nos dois Conselhos um cenário de mudanças e expectativas positivas

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Jul/Ago/2011 – nº 296 Indústria Capixaba – FINDES 49

rochas ornamentais, embalagens, economia, infraestrutura. Houve, inclusive, parlamentares que, depois de ter discutido o projeto conosco, alteraram o texto, e ainda projetos que foram reavaliados ou tirados de pauta”, destaca.

O Coal ainda mantém um diálogo com outros setores da economia. “Esse Conselho não é formado apenas pela indústria, mas por todas federações e associações do Espírito Santo. Além de fortalecer o Conselho, isso evita que o mesmo assunto seja discutido em diferentes instituições. Hoje, alinhamos nossa discussão em prol de um resultado único”, ressalta.

No lugar de Marcos Guerra, quem assumirá o Coal a partir do dia 29 de julho é o atual vice-presidente da FINDES, Sergio Rogerio de Castro. “Assumirei num momento muito bom, em que o Conselho acabou de lançar a Agenda Legislativa Virtual, que é um grande avanço. Nesse momento especial, as nossas expectativas são de que, através da Agenda, possamos ter uma interação maior não só com os industriais, mas com os parlamentares e até, eventualmente, com pessoas que se interessem em acessar a Agenda e colaborar com nossos trabalhos”, complementa. De acordo com Sergio Rogerio, a primeira ação da nova Presidência do Conselho será a elaboração de um plano de trabalho para os próximos três anos, alinhado aos objetivos da nova Diretoria da FINDES.

Desenvolvimento regional Criado em fevereiro de 2010, o Conder trabalha para

fortalecer as diretorias regionais. Por meio da troca de experiências entre as oito regionais, buscam-se as solu-ções mais adequadas para as demandas de cada região. “Antes do Conder, a Federação não conseguia manter uma comunicação em todos os níveis com as diretorias regionais. Muitos assuntos eram resolvidos à revelia do diretor regional. O Conselho serviu para trazer as sugestões dos diretores regionais, mostrar para os executivos do Sistema FINDES a importância do diretor na região”, explica Marcos Guerra.

Diretor da Regional da FINDES em Colatina, Guerra conhece de perto as dificuldades do inte-rior do Estado. “Eu vivi as dificuldades no passado. Por isso, procuramos fazer com que o diretor regional parti-cipe em todos os níveis, daí meu empenho à frente do Conder. Hoje, as ações do diretor regional são muito mais amplas”. Outra mudança foi o planejamento estratégico de todas as regionais, a curto, médio e longo prazo. “Nesse planejamento, todas as demandas destinadas ao Estado foram encami-nhadas ao Governo, para serem analisadas e incluídas no Plano Plurianual (PPA) de 2012”, esclarece.

Atualmente, o Conder participa ativamente da decisão sobre os investimentos do Sistema FINDES e praticamente

todas as ações de interiorização passam pelas direto-rias regionais. E é justamente por conhecer a importância dessas diretorias que Marcos já definiu que estabelecerá um contato mais estreito com o interior. “Na minha gestão, pretendo abrir uma agenda direta com os diretores regionais, no mínimo, a cada 90 dias, para discutir o desenvolvimento de cada região”, conta.

Atuação no interior O diretor regional da FINDES em Venda Nova do

Imigrante, Adenilson Alves, reconhece que a Federação tem ajudado a encontrar soluções para alguns gargalos e situações que antes não estavam resolvidas nas regionais. “A gestão de Marcos Guerra tem não somente acatado as observações que fazemos, mas também se empenhado na busca pelas solu-ções. Essa relação entre o Conder e a Diretoria Regional tem sido de sucesso e, com certeza, pode ajudar na melhoria das nossas regionais. Através do Marcos, as coisas têm andado mais rápido, porque os assuntos são tratados diretamente com a Diretoria e com a facilidade de não haver tanta buro-cracia”, afirma.

O presidente eleito da FINDES deixa nos dois Conselhos um cenário de mudanças e expectativas positivas. O diretor regional da FINDES em Aracruz, João Baptista Depizzol Neto, concorda que a iniciativa de descentralizar as ações da Federação em diversas regionais tem proporcio-nado ao interior o desenvolvimento que é tão necessário às indústrias e à população. “A criação do Conder e a indicação de Marcos Guerra foram de grande importância e vieram como um complemento às mudanças imprescindíveis para impulsionar as regionais. Marcos, com sua capacidade de liderança, nos deu a força necessária para o início das ativi-dades e nos ajudou a traçar os objetivos e as estratégias a trilhar, ainda que haja muito a ser feito”, declara.

Para Depizzol, a maior conquista obtida pela Regional foi proporcionada pela iniciativa de integrar todas as regionais para trocas de experiências. “Marcos empregou boa parte de seu conhecimento, tempo e esforço para promover a aproximação das regionais às empresas e prefeituras, o que possibilitou uma maior credibilidade nas nossas ações”, finaliza.

“Assumirei num momento muito bom, em que o conselho acabou de fazer a Agenda Legislativa Virtual, que é um grande avanço” - Sergio Rogerio de Castro, futuro presidente de Coal

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FINDES EM AÇÃO

CINDES prOMOvE pAlEStrA COM prOprIEtárIO DO MAIOr FrIgOríFICO DO pAíS

O Centro da Indústria do Espírito Santo (CINDES) realizou, no dia 29 de junho, um almoço-palestra com a presença do empresário José Batista Júnior, membro do Conselho do Grupo JBS, de Goiás, maior empresa de proteína animal do mundo. O empresário compartilhou sua trajetória de sucesso com cerca de 120 pessoas, entre diversas lideranças empresariais e políticas, presidentes de sindicatos, gerentes e executivos do Sistema FINDES, no MS Buffet. O vice-presidente da Federação e gestor do CINDES, Aristoteles Passos Costa Neto, fez a abertura do evento e destacou o papel do CINDES na integração da classe empresarial capixaba.

EMprESAS CApIxAbAS pArtICIpAM DE prOjEtO DE INOvAÇÃO

Um grupo de empresas capixabas foi selecionado para participar do Programa de Consultoria em Gestão de Inovação. Conduzido pelo Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina (IEL-SC), em parceria com a FINDES, o projeto foi apresentado aos empresários, diretores e gerentes, no dia 24 de maio. Trata-se de uma ação do Programa de Inovação da Indústria Capixaba (InovaFINDES), por meio de seu subprograma de inovação. “Com esse acompanhamento, nosso objetivo é construir uma metodologia local para replicar, em breve, para um número muito maior de empresas capixabas”, explica Iomar Cunha dos Santos, gerente de Inovação e coordenador Operacional do InovaFINDES. O Programa de Consultoria em Gestão de Inovação terá duas etapas: a primeira englobará o mapeamento das empresas e a segunda, a organização e planejamento da inovação. A realização das etapas deve acontecer de junho a dezembro deste ano.

IEl-ES rEAlIzA EvENtO “DIálOgOS pArA O FuturO”

Uma iniciativa para debater a criação, desenvolvimento e manutenção de talentos. Esse foi o objetivo do “Diálogos para o futuro”, realizado em 9 de junho, na sede da FINDES. Uma ação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), o evento foi o primeiro de uma série que reunirá líderes de RH de grandes e médias empresas para trocar experiências e debater sobre a inserção da chamada “geração Y” no mercado de trabalho. Na ocasião, a coordenadora técnica de Recursos Humanos da Samarco, Vera Lúcia da Silva, e o gerente de Recursos Humanos da ArcelorMittal Cariacica, Ilton Zamprogno, apresentaram os seus respectivos programas de estágio. A proposta era trazer as experiências dessas empresas para, a partir delas, debater com o público os desafios que se colocam para o futuro. A próxima edição do evento está marcada para 20 de outubro e contará com a participação do colunista Gilberto Dimenstein. O “Diálogos para o futuro” é aberto aos profissionais de RH.

CAlÇADOS EM SpUma comitiva de 240 pessoas, liderada pelo presidente do

Sindicato da Indústria de Calçados do Estado (Sindicalçados), Altamir Martins, esteve em São Paulo participando da 43ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), realizada de 27 a 30 de junho, no Anhembi. A missão foi composta por lojistas e representantes, que abasteceram suas lojas com os lançamentos para a próxima estação. Ao todo, a feira reuniu mais de 1.000 expositores de todo o mundo.

MENOS DESpErDíCIO NAS gráFICASVisando a reduzir os desperdícios na atividade gráfica, o

Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado (Siges) realizou, na FINDES, um workshop com o mestre em Administração e Gestão de empresas José de Araújo Junior e o professor do curso de pós-graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica Theobaldo De Nigres. O minicurso capacitou os participantes a melhorarem o fluxo de trabalho, reduzindo prazos de entrega, eliminando horas improdutivas e reduzindo desperdício e custos.

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entrevista

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por Ariani Caetano

entrevista

Marcos Guerra

A os 52 anos, Marcos Guerra assume, em 28 de julho, a Presidência da Federação das Indústrias do Espírito Santo. Debaixo de sua aparente tranquilidade,

há um líder nato, que transita tão à vontade nas ruas de Colatina, onde nasceu e mora até hoje, quanto nos corredores do Congresso Nacional, em Brasília. Com a influência de quem já foi senador, Marcos conseguiu, numa eleição disputada, chegar à Presidência da FINDES agregando os industriais em torno de uma nova visão de Federação, mais voltada para a interiorização. Nesta entrevista, ele fala sobre como será seu mandato e em que bases vai apoiar sua gestão.

Quem é Marcos Guerra? Eu sou uma pessoa simples, que gosta muito de ouvir as

pessoas e trabalhar em grupo. Como profissional, sou uma pessoa muito organizada, que cobra muito, não só das outras pessoas, mas de mim também.

Quais são as características que melhor o capacitam a ocupar a presidência da FinDes?

Tenho 52 anos de idade, 32 como industrial e 27 anos de trabalho em prol do associativismo. Comecei uma indústria aos 19 anos, como micro e pequeno empresário. Conheço as dificuldades. Sei onde posso contribuir, principalmente nos setores menos favorecidos do Espírito Santo. Essa vivência em prol do associativismo e o conheci-mento como industrial me ajudarão muito a tocar a FINDES nos próximos três anos.

ser presidente da Federação sempre foi uma

vontade sua? Nunca tive como foco ser presidente da FINDES,

mas avaliava isso como algo interessante. Eu já tive duas oportunidades de ser candidato a presidente da Federação, e seria um candidato competitivo. Mas não concorri.

“O que me incentiva é a vontade de trabalhar, é a vontade de servir”

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Agora, chegou o momento. Senti que era a minha vez e que estava preparado. Estou dentro da Federação há 22 anos, atuando como dirigente e tendo sido ex-presidente por dois mandatos. Conheço a casa e isso me deu credibilidade para que os eleitores me escolhessem. E tive uma boa aprovação nas urnas, é bom dizer isso.

A interiorização do desenvolvimento tem estado no foco da FINDES. Qual será sua política para o desenvolvimento das cidades do interior?

Sou presidente das indústrias de todo o Espírito Santo. O Sistema FINDES do passado investiu muito pouco na interiorização das ações em prol da indústria capixaba. Nesta gestão já houve um avanço muito grande, e temos que consolidar isso. Temos 78 municípios para serem trabalhados. Vou fazer um trabalho de mapeamento de toda a indústria capixaba, para conhecer o seu real tamanho. Quero saber quantas indústrias há por setor e também trabalhar a capacitação profissional. De Conceição da Barra a Presidente Kennedy, temos 12 municípios no eixo do crescimento. Só que há mais 66 municípios com os quais temos que nos preocupar em trabalhar os arranjos produtivos locais.

Dentro da política de interiorização, haverá a abertura de mais regionais da Federação?

Não, não precisa. Talvez eu seja o presidente que vá colocar menos tijolo. No momento, o Estado do Espírito Santo não pode perder muito tempo com obras. Temos é que qualificar a mão de obra, com custo mais baixo, porque a demanda é muito grande. Sou muito a favor de trabalharmos com unidades móveis e em parceria com empresários, prefeituras e Governo do Estado para formar mão de obra nos locais. Temos que buscar um caminho para as pessoas se qualificarem.

Uma de suas propostas sempre foi o apoio às micro e pequenas empresas (MPEs) no Estado. Por quê? De que forma elas contribuem para o desenvolvimento da indústria capixaba?

A grande maioria dos empregos está nas MPEs. Temos que trabalhar a gestão do micro e pequeno empresário. Sabemos que ele é o chamado “faz tudo” e temos que buscar uma forma de incentivar esse

pequeno empreendedor a participar mais, principalmente, na qualificação da gestão de sua empresa. Hoje, grande parte da produção de diversos setores, principalmente os que empregam mão de obra de forma intensiva, está na mão do micro e pequeno empresário. Criamos um diretor específico para tratar de assuntos relacionados às MPEs na FINDES. Vamos fazer várias ações dentro da Federação para dar suporte à MPE. O fortalecimento sindical é uma delas.

Quais são suas propostas efetivas para os sindicatos?

Temos 30 sindicatos, e eu vou sempre ouvi-los. Os sindicatos são os maiores acionistas do Sistema FINDES. O fortalecimento sindical passa por vários pontos: qualificação de novas lideranças; oxigenação dos sindicatos; busca de novos associados; mapeamento da indústria capixaba, para conhecê-la; estruturação, para serem usados recursos fora do Sistema FINDES, com bons projetos em prol do segmento; participação em feiras nacionais e internacionais. Também criamos uma diretoria específica para trabalhar em prol do fortalecimento sindical.

“Sei onde posso contribuir, principalmente nos setores menos favorecidos do Espírito Santo. Essa vivência em prol do associativismo e o conhecimento como industrial me ajudarão muito a tocar a FINDES nos próximos três anos”

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entrevista

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“a expectativa na Presidência é de fazer mais. eu quero

fazer mais do que os outros já fizeram. Ou melhor,

eu vou fazer mais”

O senhor assume a Federação substituindo uma diretoria muito empreendedora. Como vai imprimir um ritmo seu à gestão e, ao mesmo tempo, cumprir com a promessa de continuidade?

Eu não ajo pela emoção. Gosto de fazer as coisas pensadas e, nesse sentido, quero buscar produzir mais com um custo muito mais baixo. Todos os trabalhos que foram começados e projetados pela atual gestão serão continuados, afinal, são projetos que não são do presidente, mas de toda uma diretoria. Meu ritmo de trabalho será mais de ouvir. É necessário envolver mais as pessoas e os sindicatos nos projetos do Sistema FINDES. Quero trabalhar muito a inovação, que hoje só está na moda no falar, mas não está acessível a todos. Minha gestão terá como característica voltar-se a processos inovativos.

Como será composta sua diretoria? será feita mais alguma mudança organizacional?

Vamos criar oito novas diretorias: Gestão de Pessoas, Fortalecimento Sindical, MPE, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, Tributária, Comunicação e Inovação, que serão ocupadas por diretores que se identificam com essas pastas.

a indústria capixaba cresceu na gestão de Lucas izoton, conquistando maior representatividade. Podemos esperar o mesmo afinco de Marcos Guerra em colocar a indústria capixaba em destaque no Brasil?

Com certeza. É bom lembrar que o Espírito Santo, na última década, teve um crescimento acima da média nacional. Tenho trânsito pavimentado em grandes entidades nacionais. Já participo da CNI como conselheiro há anos. Estive senador da República por certo período. Ou seja, conheço os caminhos e, com certeza, vamos continuar colocando a indústria capixaba no topo do cenário nacional e internacional. Para isso, é necessário trabalhar, ocupar espaço, participar dos principais conselhos da CNI e nacionais.

Fala-se muito na necessidade de a indústria se reinventar, buscando novas oportunidades. Quais são as oportunidades da indústria hoje?

Temos no Espírito Santo dois tipos de indústria: as grandes indústrias, que estão crescendo muito, o que é bom para o Estado, e alguns segmentos industriais que estão enfrentando dificuldades. Há setores, principalmente de micro, pequenas e médias empresas, que se não forem olhados com outros olhos vão acabar, principalmente por causa da concorrência com a China e da guerra fiscal. Estamos tendo uma desindustrialização de vários segmentos, a nível nacional. Em dado momento, temos que separar essas duas indústrias, torcendo para que as grandes continuem crescendo e avaliando os

segmentos que precisam ser cuidados, para que voltem à pauta de crescimento. A partir do momento em que essas empresas forem realinhadas, colocadas no eixo competitivo, elas terão inúmeras oportunidades, até porque o industrial capixaba é muito criativo.

Qual sua avaliação sobre a indústria capixaba?A grande vantagem do Espírito Santo é sua indústria

diversificada. Desde as grandes empresas, elas não estão concentradas em um setor apenas. Temos celulose, petróleo e gás, construção, mineração, siderurgia, café, alimentos. Partindo para as pequenas e médias empresas, elas são muito pulverizadas. Todos os segmentos da indústria nacional estão no Espírito Santo, desde alimentos à indústria moveleira. Isso é muito importante para a economia do Estado.

Qual será seu compromisso com a sociedade?O meu compromisso número um é tornar o Sistema

FINDES próximo ao seu cliente, que é o industrial. Não vou ter uma preocupação muito grande em torná-lo público nos quatro cantos do Espírito Santo. Primeiro, temos que trabalhar nosso cliente maior, o industrial e a família dos trabalhadores de nossa indústria. Os investimentos do Sistema FINDES serão em prol desse objetivo. Quero ser um grande prestador de serviço para quem paga a conta. Claro que temos que ser bem vistos, mas essa não será minha principal preocupação.

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O senhor assume a Federação com o compromisso de inaugurar o Espaço Cultural do SESI. Essa obra é fruto de uma nova visão de indústria, voltada para o futuro. Essa é a sua visão de indústria também?

Sim. O Espaço Cultural é um símbolo da indústria capixaba. No restaurante, por exemplo, vamos trabalhar muito com a cozinha capixaba, dando a ela um requinte maior. Será uma forma de unir o útil ao agradável, com uma visão maior de futuro, não só para a indústria, mas também para os nossos trabalhadores, que vão passar a ter um espaço para visitar, expor.

O senhor apresentou-se na Assembleia Legislativa como presidente eleito da Federação e depois apresentou sua diretoria ao governador do Estado. Isso foi importante? Por quê?

Quando ganhei a eleição, vários deputados conheceram a síntese do meu projeto e perceberam que tínhamos muitas ações voltadas para a sociedade capixaba, principalmente a interiorização, a qualificação e a formação de mão de obra. Eles acharam interessante irmos à Assembleia e discutir isso. Também apresentei a diretoria ao governador, Renato Casagrande. Foi importante porque a Federação já tem uma relação muito próxima com o Governo do Estado. Uma entidade como a FINDES tem que se articular bem com todos os poderes, porque eles participam realmente do desenvolvimento sustentável do Estado. É muito importante o fortalecimento das ações políticas entre esses setores.

O ES vive hoje um momento de muitas incertezas, pela possibilidade de ocorrerem reformas e ajustes que prejudicariam a economia do Estado – reforma tributária, fim do Fundap, divisão dos royalties etc. Qual sua opinião sobre isso?

Sempre vamos defender o Fundap, que é um mecanismo importante para o Estado, um incentivo perfeito e bem consolidado. Temos 78 municípios e a grande maioria

deles depende do Fundap. Sabemos que esse é um mecanismo que vai ter que receber alguns ajustes, mas não pode acabar. Temos que trabalhar, unir forças com governo, bancada e CNI para buscar um caminho para não perdermos lá na frente. Com relação aos royalties, o Espírito Santo não pode perder essa receita porque está comprometido com ela. Ganhamos royalties, mas, em contrapartida, recebemos menos repasses da União. Acho um equívoco muito grande querer mudar a forma de distribuição dos royalties. E se lá na frente perdermos,

o Espírito Santo tem como recorrer, porque temos que ver o que está na Constituição. Já a reforma tributária precisa ser mais discutida nas bases, e não só no Congresso Nacional. Corre-se o risco de muitos estados saírem perdendo, e o Espírito Santo é um deles.

Quais são suas expectativas ao assumir a Presidência da FINDES?

Sinto que aumenta muito minha responsabilidade. Também me sinto lisonjeado em representar a indústria capixaba. Sempre fui industrial e comerciante, atuo em serviços, comércio e indústria, mas sempre me intitulei como industrial. Por isso, o sentimento é de reconhecimento pela classe industrial. Sempre fui um líder servidor, não sei se é defeito ou qualidade, mas sempre servi e vou continuar um líder servidor. A expectativa na Presidência é de fazer mais. Eu quero fazer mais do que os outros já fizeram. Ou melhor, eu vou fazer mais.

Quais serão seus grandes apoiadores nesta empreitada?

A Federação é tocada por voluntários e eu tive o cuidado, dentro da composição da minha diretoria e dos meus conselhos temáticos e câmaras setoriais, de buscar talentos e representantes legítimos de cada setor. Por isso, vou ter umas quatro centenas de pessoas para contribuir com a minha gestão. Então, meus maiores ajudadores serão os representantes da indústria capixaba.

Quem ou o quê o incentiva a buscar uma indústria ainda mais fortalecida? Há algum exemplo de pessoa ou ideal que o inspire?

Eu não tenho mitos. Não gosto de me espelhar em ninguém. O que me incentiva é a vontade de trabalhar, é a vontade de servir.

Para finalizar, o que podemos esperar de Marcos Guerra como presidente da FINDES?

Muito trabalho. Só isso.

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Saúde

AtletAs dA indústriA se destAcAm em competições

T rabalhar atrapalha a prática de atividades físicas? Aqueles que responderam “sim” podem começar a rever os seus conceitos, pois o bom desempenho dos

atletas-trabalhadores que representaram suas corporações nos Jogos Nacionais do Serviço Social da Indústria (SESI) revela que, além de garantir a saúde física e mental, a prática esportiva estimula o espírito de equipe.

Não é de hoje que os empresários descobriram que dar qualidade de vida aos seus colaboradores é investimento com retorno garantido. E não se pode falar em qualidade de vida sem saúde, nem em saúde sem atividade física. Assim, os Jogos integram uma estratégia que tem como finalidade a promoção de saúde e de uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores e, como resultado, manter e fortalecer vínculos positivos entre empresas e colaboradores.

A efetividade do apoio dado pelos empresários da indústria à prática de esportes ficou claramente demonstrada na maciça participação dos trabalhadores nas competições nacionais do SESI e nos expressivos resultados de atletas e equipes. Para se ter ideia, os Jogos Nacionais do SESI em 2011, realizados entre os dias 25 e 28 de maio na unidade Simões Filho, em Salvador (BA), reuniu 1.087 competidores, classificados nas etapas regionais de 2010. Os atletas-trabalhadores disputaram as modalidades: futebol, futebol sete society, futsal, voleibol, vôlei de praia, xadrez, natação, atletismo, tênis de campo e tênis de mesa.

Trabalhadores encontram no esporte uma forma de mudar de vida e garantir a produtividade, trazendo ganhos para si e para a empresa

por Heliomara Mulullo

A delegação capixaba trouxe para casa nove meda-lhas: seis de ouro, uma de prata e duas de bronze. O maior destaque foi para a natação, que conquistou oito medalhas (cinco de ouro, uma de prata e duas de bronze) competindo em provas individuais e coletivas (50m livre, 50m borbo-leta, 50m costas, 50m peito e revezamento 4x50m livre).

ProduTividade em JogoDurante os Jogos Nacionais do SESI foi divulgada a pesquisa “Produtividade em Jogo”, desenvolvida pela entidade. Para o estudo, foram ouvidos 3.459 trabalhadores participantes das etapas municipais dos Jogos do SESI de 2010. O levantamento revelou que o incentivo que as empresas dão para os funcionários praticarem esportes pode resultar numa economia de R$ 32,34 por trabalhador, anualmente, no quesito presença – situação em que o empregado, embora compareça ao trabalho, não eleva as tarefas profissionais aos níveis estimados pela organização, por motivo de doenças, estresse ou desmotivação.A pesquisa relatou ainda que para cada R$ 1 investido no preparo para os Jogos Nacionais do SESI o Brasil ganha R$ 11,50 em benefícios sociais e econômicos. Com essas ações, os trabalhadores ganharam, em média, quatro pontos na Escala de Valores do Esporte depois de participarem da competição.

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Somente Adriana Pessotti, representante da EDP Escelsa, conquistou 2 medalhas de ouro – na disputa dos 50m costas e 50m borboleta.

Flávio Ferreira, da Vale foi vice-campeão nas provas de 50m livre e 50m borboleta e Jamini Saraiva, da ArcelorMittal Tubarão, ficou com o terceiro lugar nos 50m peito. A equipe feminina da ArcelorMittal Tubarão, integrada por ela juntamente com Juliana Canali Farias, Milena Félix e Cintia Barbosa, venceu o revezamento 4x50m livre, assim como a equipe masculina. E a equipe da Vale, com Hugo Azevedo, Cliffor Moreira, Felipe Martinhão e Flávio Silva, conquistou mais um ouro para o Espírito Santo.

Agora os trabalhadores-atletas Adriana Pessotti (EDP Escelsa), Hugo Azevedo, Cliffor Moreira, Felipe Martinhão e Flávio Silva (Vale) vão intensificar os treinamentos para representarem o Estado no Mundial de Natação do Trabalhador, na Áustria, programado para agosto deste ano. O quarteto feminino da ArcelorMittal Tubarão ficou de fora, por ter se classificado na segunda posição geral nas provas.

O engenheiro de operações portuárias da Vale, Hugo Moreira de Azevedo Silva, integrante da equipe de natação, nutre expectativas positivas. “Participo desde 2005 das competições do SESI e tudo isso tem sido extremamente importante para o meu condicionamento físico. Representar a Vale, o SESI e o Brasil na Áustria é motivo de orgulho para mim. O resultado dessa experiência é que acabamos ‘vestindo a camisa’ da empresa e, consequentemente, levando para o ambiente de trabalho a motivação de competir e participar de novas disputas”, contou Silva.

Segundo o coordenador da equipe que representou os capixabas nos Jogos Nacionais do SESI, Luís Cláudio, o empenho dos participantes tem sido exemplar, dentro ou fora das dependências das empresas. Isso é resultado da política de incentivo promovida por elas, que investem, estimulam e apoiam a inserção do profissional no meio esportivo.

“Hoje, temos algumas instituições que contratam pessoas formadas em Educação Física para desenvolver os talentos esportivos e realizar ginástica laboral em seus departamentos e setores. Esse cuidado se reflete no aumento da autoconfiança do funcionário que, uma vez motivado, acaba contagiando os colegas com esse sentimento”, explicou o coordenador.

Capixabas de ouroAs disputas do tênis de quadra dos Jogos Nacionais do

SESI começaram antes das demais, já nos dias 22 e 23 de maio. A campeã foi Cláudia Rios, da ArcelorMittal Tubarão.

O resultado concedeu à atleta o título de tetracampeã (2007, 2009, 2010 e 2011) dos Jogos Nacionais e a classificação para o mundial, realizado na Bulgária, onde repetiu o bom desempenho da etapa nacional, trazendo a vitória para o Estado e para o Brasil. Do torneio participaram atletas de vários países, entre eles Dinamarca, Finlândia, Rússia, Bulgária, Áustria e Itália.

Também classificada nos Jogos Nacionais do SESI, a equipe de vôlei da Vale esteve dos dias 6 a 14 de junho em Albena, na Bulgária. O time capixaba, que representou o Brasil, ficou em terceiro lugar no vôlei de praia, em uma partida muito disputada, vencendo a Itália por dois sets a um.

Um dos jogadores, Anderson Chagas, disse que a oportunidade de competir pela empresa garante diversos benefícios nos níveis profissional e particular. “O torneio possibilita um network muito importante. Uma viagem internacional permite a interação mais harmônica entre os empregados, suas próprias empresas e as de outros países. Sem contar o ganho para a saúde”, frisou.

ReconhecimentoA motivação proporcionada pela prática de atividades

físicas parece mesmo ser contagiante, até para os mais relutantes. Foi observando o ganho de vitalidade e saúde dos amigos que o supervisor de laboratório da ArcelorMittal Cariacica, Rosan Fernandes, resolveu investir no atletismo, optando pela corrida de rua.

“Eu não era um corredor. Em 2008, ao ver os meus colegas sendo premiados e reconhecidos por terem participado da corrida da Garoto, me animei e pensei em investir o meu tempo em algo que me trouxesse saúde e disposição – afinal, eu havia parado de fumar. A primeira corrida foi frustrante, mas continuei os treinamentos. Em março de 2009, corri as 10 Milhas Garoto e consegui me superar, completando o trajeto. Hoje, sou presença constante nas corridas pelo Estado”, disse.

Rosan conta que por causa da experiência já foi convidado pela empresa para disseminar a ideia e ministrar palestras internas. “Isto tem sido motivador. A cada corrida eu levo um amigo do trabalho. Ganha a empresa e ganham seus trabalhadores”, disse.

“A cada corrida eu levo um amigo do trabalho. Ganha a empresa e ganham seus trabalhadores” Rosan Fernandes, supervisor de laboratório da ArcelorMittal Cariacica

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Inovação

SESI E SENAI INvEStEm Em INovAção pArA AlAvANcAr dESENvolvImENto do EStAdo

Q uem é empresário sabe que montar uma empresa é fácil. O difícil mesmo é fazê-la crescer e torná-la competitiva e sólida no mercado. Para alcançar

esses objetivos, um dos caminhos que começa a se impor é o investimento em inovação – que permite à empresa diferenciar-se e incrementar seu potencial competitivo, bem como a lucratividade do negócio.

“A prática da inovação ainda está engatinhando no Espírito Santo e no Brasil”. A afirmação é do diretor para Assuntos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Espírito Santo (SENAI-ES), Manoel Pimenta. Ele explica que hoje, no país, a maioria das empresas ainda não desenvolveu uma cultura de investimento em capacitação e inovação, postura que tem resultado em perda de mercado.

“O empresário precisa entender que a inovação é a saída para ampliar seus negócios, pois movimenta a economia e gera produtos e serviços novos, de maior valor agregado. Mas isso requer políticas de incentivo. As empresas

a inovação vem sendo vista, cada dia mais, como condição para se manter competitivo no mercado. o SESI/SEnaI tem tido papel fundamental na conscientização do empresariado acerca do tema, gerando bons frutos também para o Espírito Santo

por Heliomara Mulullo

precisam acompanhar isso, pois recursos existem, inclusive dinheiro. Dá um pouco de trabalho, mas vale a pena. Não é uma questão de querer ou não querer. Todo mundo vai ser obrigado a incorporar a inovação ao seu dia a dia e melhorar o seu produto, para agregar valor. Trata-se de uma questão de sobrevivência”, destacou.

Segundo Pimenta, a dificuldade em inovar se dá pela própria característica do mercado de trabalho no Brasil. “Existem empresas que querem inovar, mas não conse-guem encontrar profissional qualificado. Para se ter ideia, os cursos superiores locais formaram, em 2010, 14 mil novos profissionais, mas somente 10% na área tecnológica.Existe muita demanda no nosso Estado, e uma grande falta de alinhamento, por parte dos cursos superiores, com essas demandas”, disse.

Pimenta pontuou que hoje os países que mantêm sua economia focada no incentivo à capacidade de inovação têm obtido crescimento e desenvolvimento. “Não é o caso

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do Brasil. O país forma 588 técnicos para cada 100 mil habitantes; a China forma 1800; a Alemanha, 2.000; o Chile, 2.200. Estamos aquém deste desenvolvimento”, lamentou.

Incentivo à inovaçãoDiferente de apenas uma novidade, inovação consiste

no desenvolvimento/melhoria de um processo/produto, ou mesmo de um projeto, de modo que traga resultados e faturamento. E visando a incentivar projetos inovadores, o SESI/SENAI há oito anos vem concedendo apoio à área, por meio do edital SESI/ SENAI de Inovação - uma ação de abrangência nacional voltada para os Departamentos Regionais (DRs) do SESI, do SENAI e do SENAI/Cetiqt (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), envolvendo suas unidades e profissionais, em parceria com empresas do setor industrial.

Em 2011, os editais disponibilizaram R$ 26 milhões para financiar projetos no Brasil. Desse valor, R$ 16 mi-lhões são aporte do SENAI, R$ 7,5 milhões vêm do SESI e R$ 2,5 milhões serão pagos sob a forma de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-lógico (CNPq) a pesquisadores. Essa quantia supera longe os R$ 15,5 milhões aplicados em 2010.

As inscrições para o edital SESI/SENAI de Inovação 2011 já se encerraram e a avaliação dos projetos já foi realizada. Os contemplados serão conhecidos no dia 22 de julho de 2011, e os projetos aprovados devem iniciar suas atividades em outubro.

A representante regional do edital SESI/SENAI de Inovação 2011, Cláudia Dias de Oliveira, informa que foram selecionados seis projetos capixabas, agora sob análise de viabilidade. “Os projetos selecionados serão implementados pelas empresas em parceria com as duas

instituições – SESI e SENAI. Os recursos são nacionais e abertos a todos. O empresário deve procurar o SESI/SENAI e apresentar um projeto viável, que atenda aos requisitos definidos no edital”.

Sobre como ter acesso a esses recursos, Cláudia explicou que todos os anos um novo edital é lançado e a intenção é de que mais empresas invistam em inovação. “A novidade é que estamos ministrando cursos gratuitos sobre como elaborar tais projetos, pois a nossa intenção é ampliar o número de empresas participantes do programa”, salientou.

Casos de sucesso já estão surgindo no Estado. Cláudia citou como exemplo o da empresa Locatelli, que elaborou uma cadeira em madeira reflorestada para as costureiras. “O produto obedece a todas as normas de ergonomia e proporciona a essas profissionais mais saúde”, citou.

Além da cadeira, na área da automação, Cláudia antecipou que a Massas Nona está desenvolvendo um maquinário para sua produção; já na área de engenharia de alimentos, a Vlamar está buscando desenvolver a fórmula da bebida láctea em pó sabor iogurte. “Uma novidade voltada para o público escolar”, ressaltou.

Novos cursosComo investir em inovação requer o trabalho de

profissionais capacitados, o diretor para Assuntos do SENAI-ES, Manoel Pimenta, antecipou que para atender à demanda na área técnica do Estado, em 2012 a instituição implantará cursos de Engenharia Mecânica e de Processos de Automação no SENAI da Avenida Beira-Mar.

Além disso, lembrou que o SENAI Nacional irá construir 20 centros de alta performance e de pesquisas, um dos quais virá para o Espírito Santo. “O papel do SENAI é exatamente o de trabalhar no sentido de incentivar a capacidade de inovação que as nossas empresas possuem. Só precisamos que essa cultura seja difundida”, sintetizou Pimenta.

“O papel do SENAI é o de trabalhar no sentido de incentivar a capacidade de inovação que as nossas empresas possuem”Manoel Pimenta, diretor para Assuntos do SENAI-ES

“Estamos ministrando cursos gratuitos sobre como elaborar projetos, pois a nossa intenção é ampliar o número de empresas participantes do programa”

Cláudia Dias de Oliveira, representante regional do edital SESI/SENAI de Inovação

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fatos em fotos

Despedida Lucas IzotonA cerimônia que marcou a despedida de Lucas Izoton da Presidência da FINDES foi realizada na noite de 16 de junho, no cerimonial MS Buffett, em Vitória. Com a presença de familiares e amigos, Lucas pôde acompanhar cada uma das homenagens preparadas para ele, que se emocionou em todas elas. As histórias da infância, a vida profissional, os desafios e conquistas foram relembrados e contados. Veja nas fotos a seguir uma pequena amostra dessa noite tão especial.

1 – Lucas recebe o carinho das filhas e esposa. 2 – Os convidados podiam enviar recados para Lucas Izoton por meio de um sistema que simulava sua página no Facebook. “A gratidão é a memória do coração”. 3 – Lucas Izoton, sua esposa e o governador do Estado, Renato Casagrande. 4 – O deputado federal Audifax Barcelos posa para a foto ao lado de Lucas Izoton. 5 – Manoel Pimenta, diretor do SENAI, participa de homenagem a Lucas. 6 – Lucas Izoton ao lado do ator que conduziu a homenagem em forma de teatro. 7 – Lucas mostra aos amigos seus objetos pessoais. 8 – Lucas recebe homenagem na “Praça Izoton”.

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9 – Lucas Izoton recebe placa de homenagem da equipe do Sindibores. 10 – Ana Paula Vescovi, diretora do Instituto Jones dos Santos Neves, Beth Kfuri, o deputado federal Lelo Coimbra e Lucas Izoton. 11 – Paulo Ruy Vallim Carnelli com sua esposa e Lucas Izoton. 12 – José Luiz Kfuri, Lucas Izoton e Neivaldo Bragato. 13 – Lucas Izoton e José Luiz Galvêas, presidente da construtora Galwan. 14 – Clara Orlandi, Lucas Izoton, Augusto Brunow e Paulo Bergamin. 15 – Lucas Izoton em família. 16 – Alejandro Duenas e Adriana Müller também estiveram presentes na homenagem a Lucas Izoton.

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SESI celebra 60 anosA noite de 30 de junho marcou a festa em comemoração aos 60 anos do Serviço Social da Indústria no Espírito Santo (SESI-ES). O evento, realizado no Arena Vitória, antigo ginásio do Álvares Cabral, contou com a presença da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, que animou o público presente. A festa teve ainda um enorme bolo de aniversário e um parabéns emocionado de toda a equipe do SESI.

1- Lucas Izoton e Marcos Guerra. 2- Lucas Izoton, Letícia Izoton, Telma Azevedo, Célia Izoton e Geane Guerra, com Zezé Di Camargo e Luciano. 3 - Ricardo Barbosa, Solange Siqueira e a dupla. 4 - Lucas Izoton e o prefeito de Vitória, João Coser, com sua esposa. 5- Bolo em comemoração aos 60 anos do SESI no Espírito Santo 6 - O ex-presidente da FINDES José Braulio Bassini, com a esposa e Lucas Izoton. 7 - Zezé Di Camargo e Luciano cantaram seus grandes sucessos. 8- O público ficou animado com o show da dupla sertaneja.

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FINDES oFIcIalIza a SEccIoNal Da câmara Ítalo-BraSIlEIra DE comércIo E INDúStrIa

A seccional Espírito Santo da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria foi oficialmente instalada no dia 6 de junho. O presidente da FINDES, Lucas Izoton, recebeu o presidente da Câmara, Pietro Petraglia, para debater as diretrizes inaugurais da seccional, apresentar sua estrutura e assinar o documento que oficializa a criação da entidade. A seccional ficará na sede da FINDES, no Centro Internacional de Negócios (CIN), sob a gerência do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (IDEIES). Os presentes conheceram as ações e atividades que serão desenvolvidas no Ano da Itália no Brasil, entre outubro de 2011 e junho de 2012. De acordo com o CIN, já existem empresas italianas com interesse em fazer parcerias com os capixabas, principalmente na destinação de resíduos, turismo, energia eólica e gestão de portos e aeroportos. Em 2010, o Estado representou um grande volume na balança comercial brasileira com a Itália, respondendo por US$ 560 milhões na corrente de comércio, o que representa 8,7% das exportações e 4,1% das importações brasileiras para o país europeu.

FINDES Em aÇÃo

GErSoN camata coNta hIStórIaS No cINDES

O Centro da Indústria do Espírito Santo (CINDES), entidade do Sistema FINDES, promoveu em junho a quarta edição do evento Contando Histórias. E quem prendeu a atenção da plateia, dessa vez, foi um personagem fundamental na construção do Espírito Santo como é hoje: Gerson Camata, ex-governador (1983-1986) e senador por três mandatos. No começo da carreira, como radialista, Camata já demonstrava seu dom de contar boas histórias. Um convidado ideal para o projeto idealizado pelo presidente da FINDES, Lucas Izoton, que sugeriu que personalidades locais compartilhassem suas experiências de vida com uma plateia selecionada, em um evento mensal de clima descontraído e interativo. Antecedendo Camata, contaram histórias Arthur Carlos Gerhardt dos Santos, Chrisógono da Cruz e Cacau Monjardim. Todos esses encontros estão sendo gravados em vídeo e, posteriormente, serão transformados num livro, tornando públicas essas histórias que também são História.

GEStÃo amBIENtal é tEma DE curSo oFErEcIDo pElo IEl-ES

Orientar e capacitar os participantes sobre as legislações e certificações específicas, além dos deveres e responsabilidades para com a sustentabilidade. Esses são objetivos do curso de Gestão Ambiental oferecido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). A turma começou com 27 participantes, entre empresários, gerentes e profissionais de empresas de médio e pequeno porte interessados em estar preparados para atender às demandas ambientais específicas das suas empresas. O programa começou em 27 de maio e segue até 8 de outubro. No curso, os participantes passam a conferir o conceito de impactos ambientais, tornando-se capazes de melhorar a qualidade ambiental de processos produtivos, através da prevenção e controle de impactos ambientais. As aulas acontecem no Centro Integrado SESI/SENAI/IEL, em Jardim da Penha, às sextas-feiras (18h30 às 22 horas) e sábados (8 às 17 horas).

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IEl rEalIza SérIE DE curSoS Em EmprESaS

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) promoveu em maio e junho uma série de cursos in company em empresas da Grande Vitória. Com o tema “Atender Vendendo”, o primeiro curso, realizado entre 24 e 27 de maio, no Banestes, contou com a participação de 45 profissionais. Também no dia 27 de maio, a Viação Águia Branca recebeu o curso de “Técnicas de Almoxarifado”, no qual 15 participantes puderam entender melhor as atividades de recebimento, conferência, seleção, distribuição e expedição de material, entre outros. Já no dia 1º de junho foi a vez da Transcares, em Cariacica, participar do curso “Tratamento de Não Conformidades”, com 32 profissionais recebendo capacitação para identificação, análise e tratamento da não conformidade de sistemas de gestão através de ações preventivas e corretivas.

lucas Izoton, Franco Gaggliata (vice-cônsul da Itália no ES) e pietro petraglia

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cursos e cia

Agosto 2011

Curso Período

Interpretação da NBR ISO 9001:2008 01/08 a 04/08

Cálculos Trabalhistas 01/08 a 05/08

Comunicação Organizacional 01/08 a 02/08

HP12C – Manuseio e Cálculos Financeiros 03/08 a 04/08

Gestão de Custos Empresariais 01/08 a 05/08

Interpretação da OHSAS 18001:2007 08/08 a 11/08

Interpretação da NBR ISO 9001:2008 09/08 a 12/08

Técnicas de Apresentações 08/08 a 12/08

Gestão dos Custos da Qualidade 08/08 a 11/08

Organização de Almoxarifados 08/08 a 11/08

Técnicas Modernas de Compras 09/08 a 12/08

Administração de Conflitos 15/08 a 18/08

Capacitação para Supervisores de Estágio 15/08 a 18/08

Tratamento de Não Conformidades 15/08 a 17/08

Desenvolvendo Líderes de Projetos 15/08 a 19/08

Coaching para Líderes 15/08 a 19/08

Pós-vendas, uma Importante Ferramenta de Marketing 11/08

Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica 22/08 a 26/08

Formação de Auditor Interno em Sistema de Gestão Ambiental 22/08 a 26/08

Atender Vendendo 22/08 a 25/08

Técnicas de Negociação 22/08 a 25/08

Aperfeiçoamento para Telefonistas e Recepcionistas 29/08 a 01/09

Sustentabilidade Empresarial Uma Abordagem Prática 29/08 a 01/09

Cerimonial e Protocolo 29/08 a 01/09

Formação de Auditor Interno da Qualidade 29/08 a 02/09

ProGraMaÇÃo De cursos ieL

C om o objetivo de garantir um completo desenvol-vimento profissional, além de todos os cursos que oferece, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) formatou

também o Programa de Estágio, que visa a inserir estudantes no mercado de trabalho

Há mais de 41 anos atuando no mercado capixaba, o IEL-ES nasceu com o objetivo de realizar a integração do setor acadêmico com as indústrias capixabas, em prol da garantia de uma boa qualificação profissional a estudantes. O primeiro de todos os serviços oferecidos foi o Programa de Estágio.

Segundo a assistente técnica do Programa de Estágio do IEL-ES, Claudete Marques, a entidade tem o papel de encaminhar, dentro da lei, o formato ideal da prática de estágio. “Como agente de estágio, realizamos um serviço de qualidade, dentro da legislação. Quando a empresa opta por contratar o IEL como agente de estágio, recebe o benefício extra da segurança e da credibilidade da instituição”, afirma.

ProcessoO IEL-ES se responsabiliza por todo o processo de ingresso,

permanência e desligamento do estagiário na empresa, começando pela definição, junto com a empresa, do perfil desejado, prosseguindo com a identificação deste no mercado, a pré-seleção, o encaminhamento para avaliação da empresa, a preparação da documentação e contratação do estagiário e do seguro obrigatório de acidentes pessoais e fazendo o acompanhamento administrativo do estágio até sua conclusão.

Para Claudete Marques, esse processo é muito qualificado. “Nós contamos com o apoio de uma equipe de psicólogos. Conseguimos identificar quais estudantes se enquadram melhor a determinada vaga e, observado isso, o encaminhamos para aquela empresa”, conta.

IEL-ES, SInônImo dE CAPACItAção Em CurSoS E ProgrAmA dE EStágIo

“O estágio é extremamente importante para a formação profissional. Ajuda a construir um perfil adequado às necessidades das empresas e do mercado” - Leon Moreti, estudante que participa do Programa de Estágio do IEL-ES

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Benefícios do estágioO estágio é um processo de aprendizagem indispensável à

formação de um profissional que queira estar preparado para enfrentar os desafios da carreira. É nessa oportunidade que ele consegue agregar a teoria com a prática e saber realmente como funciona o trabalho escolhido para exercer no futuro.

Segundo Claudete Marques, os benefícios para os estudantes são incalculáveis. “O estudante que pretende realizar um estágio ou já está estagiando vai contar com uma formação curricular de grande competitividade. Hoje, as empresas não querem funcionários que não tenham experiência nenhuma no currículo. E como conseguir experiência? Pelo estágio. Ele é a porta de entrada para o mercado de trabalho”, conta.

Claudete ainda explica que os cursos também são importantes nesse processo. “É muito importante o aluno estudar e manter-se atualizado enquanto estagia, e para isso o IEL-ES oferece mais de 11 opções de cursos à distância. O objetivo é incrementar a competitividade do currículo do futuro profissional frente ao mercado de trabalho”, diz.

O estudante de Ciência da Computação e vencedor do Prêmio IEL Boas Práticas de Estágio 2010, Leon Moreti de Souza, acrescenta: “O estágio é extremamente importante para a formação profissional. Ajuda a construir um perfil adequado às necessidades das empresas e do mercado, e prepara o aluno para situações em que ele terá que executar tudo aquilo que aprendeu em teoria até aquele momento”.

Informações e InscrIções: edifício fInDes – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • sesI Jardim da Penha – Tel: (27) 3334-7300 • fucape – Tel: (27)

4009-4444 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • senaI cachoeiro – Tel: (28) 3522-4015 • senaI Linhares – Tel: (27) 3371-2389 • senaI colatina – Tel: (27) 3721-4017 • senaI civit: Tel: (27) 3298-7800 • senaI Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • senaI são mateus – Tel: (27) 3767-9343 • senaI Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • senaI anchieta – Tel: (28) 3536-3088 • mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.

SENAI VITÓRIA

Curso Período

Soldador a Arco Elétrico / Processo TIG 13/08 a 14/01

Eletricidade Básica 22/08 a 19/09

Mecânico de Freios, Suspensão, Direção e Transmissão

01/08 a 12/12

Soldador a Arco Elétrico /Processo MAG 01/08 a 11/10

Soldador a Arco Elétrico Revestido 02/08 a 19/10

NR10 – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade (Reciclagem)

08/08 a 12/08

Eletricista Instalador Predial 08/08 a 07/12

Reciclagem para Condutor Infrator 06/08 a 27/08

Mecânica Automotiva 01/08 a 11/10

Metrologia 01/08 a 16/08

Lubrificação Industrial 22/08 a 13/09

ProGramaçÃo De cUrsos senaI

SENAI VILA VELHA

Curso Período

Carpinteiro de Formas 08/08 a 03/10

Armador de Ferragens 17/10 a 14/12

SENAI SERRA

Curso Período

Mecânico de Manutenção Industrial 25/07 a 09/12

SENAI SÃO MATEUS

Curso Período

Eletricista Instalador Predial 27/06

Mecânico Montador 08/08

Soldador a Arco Elétrico Processo TIG 08/08

SENAI COLATINA

Curso Período

Costureiro Operador de Máquinas para Costura do Vestuário

28/06 a 14/09

Soldador a Arco Elétrico 28/06 a 19/09

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66 Indústria Capixaba – FINDES

artigo

A economia brasileira experimentou na década de 90 um significativo processo de abertura econômica e estabilização da moeda, que abriu caminho

para a inserção do País na globalização. Os efeitos da globalização na economia são expressos pelo extraordinário crescimento da entrada de produtos importados no mercado doméstico e pelo aumento dos investimentos estrangeiros na economia nacional. Por outro lado, a entrada do País na globalização, ao mesmo tempo em que abre espaço para a entrada de importantes investimentos transnacionais, também vincula o mercado brasileiro aos acontecimentos e instabilidades externas.

Outros eventos típicos da globalização, como a fusão de empresas e a desconcentração regional da indústria, também surgem como fatos novos no País. Assim, de qualquer dimensão que se enfoque a indústria nacional, é possível identificar nítidas repercussões associadas à globalização. Entretanto, essa influência não se dá de maneira homogênea e linear. As especificidades e características próprias de cada setor têm um importante papel na configuração das empresas e na delimitação da função da globalização nessas empresas e no setor como um todo.

Os números demonstram que o Estado do Espírito Santo é o mais globalizado do Brasil, em função de possuir o maior percentual do comércio exterior em relação ao PIB total (em torno de 40%, contra 18 a 20% dos demais estados) e

com crescimento da produção industrial superior à média do País. Atrelado a isso está o crescimento das oportunidades para a cadeia de fornecimento de bens e serviços para as grandes plantas industriais. Podemos chamar esse fenômeno de “globalização indireta”, já que esses fornecedores prestam um serviço de qualidade, garantindo um padrão de excelência para as empresas que estão no processo da globalização direta, que se relacionam diretamente com o mercado exterior.

Uma economia baseada na exportação de commodities,como é o caso do nosso Estado, é excelente, ao contrário do que muitos acreditam. Caso contrário, o nosso desenvolvimento não apresentaria as atuais taxas de crescimento. Precisamos render elogios à nossa atual economia, mas, sobretudo, é preciso incentivar e ter políticas de agregação de valor e diversificação da pauta exportadora dos nossos produtos. Dessa forma, as taxas de crescimento do nosso Estado serão ainda maiores. É por isso que as empresas do Espírito Santo precisam cada vez mais de profissionalização na gestão de suas organizações, para que possam estar inseridas nesse processo de globalização direta e indireta.

Um exemplo de organização e visão estratégica de futuro é que em 1997 grandes empresas do Espírito Santo, atentas às necessidades e aos desafios da globalização, se reuniram e criaram um programa para desenvolver e qualificar seus fornecedores, o Programa Integrado para Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor),

que oferece aos seus fornecedores sistemas de gestão da qualidade, ambiental, saúde e segurança no trabalho e gestão fiscal, financeira e trabalhista. De 1997 até 2011, cerca de 500 fornecedores já foram qualificados nos quatro sistemas de gestão disponíveis no programa.

A qualificação é uma etapa tão importante que algumas empresas que participavam do Prodfor saíram da condição de fornecedores das grandes empresas para entrarem no processo de globalização direta. É válido ressaltar que essa cadeia de fornecedores possui outras camadas, que são os fornecedores dos fornecedores, ampliando ainda mais a quantidade de empresas ligadas ao processo de globalização indireta.

Fábio Dias é bacharel em Administração, pós-graduado em Gestão Empresarial e superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES)

Os reflexOs da glObalizaçãO indireta nO es

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