revista indústria capixaba n° 303

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Publicação Oficial do Sistema Findes • Novembro 2012 • Distribuição gratuita • nº 303 • IMPRESSO Escola Móvel Qualificação e desenvolvimento para os municípios capixabas Agroindústria, entrevista, gestão e crise, diversificação da indústria

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Nov/2012. Uma publicação do Sistema Findes.

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Publicação Ofi cial do Sistema Findes • Novembro 2012 • Distribuição gratuita • nº 303 • IMPRESSO

Escola MóvelQualifi cação e desenvolvimento

para os municípios capixabas

Agroindústria, entrevista, gestão e crise, diversifi cação da indústria

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4 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FindesPresidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor fi nanceiro: Tharcicio Pedro Botti2º diretor fi nanceiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor fi nanceiro: Antonio Tavares Azevedo de BritoDiretores: Alejandro Duenas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benízio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogério de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, AdemilseGuidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogério Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro SimonassiDiretor-executivo: Luis Carlos de Souza VieiraSuperintendente corporativo: Marcelo Ferraz

Conselho Fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da SilvaSuplentes: Atílio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular

Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton VieiraSuplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior

Serviço Social da Indústria – Sesi Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriaisTitulares: Manoel de Souza Pimenta Neto, Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Mariluce Polido DiasSuplentes: Adenilson Alves da Cruz, Alejandro Duenas, Leonardo Souza Rogério de Castro, Rogério Pereira dos SantosRepresentantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Luiz Carlos Fernandes Rangel Suplente: Flaviano Rabelo Aguiar Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes das atividades industriais Titulares: Benízio Lázaro, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, João Baptista Depizzol Neto e Ronaldo Soares Azevedo Suplentes: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Wilmar Barros Barbosa, Neviton Helmer Gasparini e Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação: Ronaldo Neves CruzRepresentantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Paulo César Borba Peres Suplente: Ari George Floriano Diretora-regional: Solange Maria Nunes Siqueira

SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Centro da Indústria no Espírito Santo – CindesPresidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino DadaltoDiretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera BorgesConselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Hélio de Oliveira Dórea

Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – IdeiesPresidente da Findes e do Conselho Técnico do Ideies: Marcos GuerraMembro Representante da Diretoria Plenária da Findes: Egídio MalanquiniMembro Representante do Setor Industrial: Benízio Lázaro Membro Efetivo Representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro Efetivo Representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos DepolloRepresentantes do Conselho Fiscal - Membros Suplentes:José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Houberdam PessottiRepresentante da Comunidade Científi ca Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo ReisMembro Representante do Sebrae/ES: Ruy Dias Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto

Instituto Euvaldo Lodi – IELPresidente: Marcos GuerraConselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Duenas, Ruy Dias de Souza, Vladimir Rossi, José Bráulio Bassini, Houberdam Pessotti, Benildo Denadai, Anilton Salles GarciaConselho Fiscal: Egídio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir José Gaburro, Loreto Zanotto, Rogério Pereira dos Santos, Luciano Raizer MouraSuperintendente: Fábio Ribeiro Dias

Instituto Rota Imperial – IRIDiretor-geral: Marcos GuerraDiretores: Manoel de Souza Pimenta Neto, Alejandro Duenas, Vladimir RossiConselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Duenas, Fernando Schneider Kunsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto KautskySuplentes: Francisco Xavier Mill, TullioSamorini, João Felício Scárdua, Manoel de Souza Pimenta Neto, Adenilson Stein, Tharcicio Pedro BottiMembros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernesto Mosaner Júnior, Aristoteles Passos Costa NetoConselho Fiscal Efetivos: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos AnjosSuplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreão Júnior

Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (Consats) Coordenador-geral: Manoel de Souza Pimenta Neto

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Nov/2012 – nº 303 Indústria Capixaba – FINDES 5

Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel de Souza Pimenta, Sebastião Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner Júnior, Ricardo Barbosa, Alejandro Dueñas, Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benízio Lázaro, Fernando Schneider Künsch, Solange Maria Nunes Siqueira, Fábio Ribeiro Dias, Antônio Fernando Doria Porto, Lucas Izoton Vieira, Marcelo Ferraz, Heriberto Simões e Breno Arêas

Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES)

Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da Findes Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins e Tatiana RibeiroGerente: Heriberto Simões

Depto. Comercial – Unirem/Findes – Tel: (27) 3334-5721 Simone Dttmann Sarti

Produção Editorial

Coordenação editorial: Mário Fernando Souza Coordenação de conteúdo: Marcia RodriguesCoordenação de Redação: Elisângela EgertProdução editorial e diagramação: Equipe Next Editorial Textos: Nadia Baptista, Vitor Taveira, Anderson Cacilhas, Heliomara Mulullo, Jacqueline Vitória Revisão de textos: Andréia Pegoretti Fotografi a: Renato Cabrini, fotos cedidas, arquivos Findes e Next Editorial

Impressão – Gráfi ca Ingral

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SISTEMA FINDESNOVEMBRO – 2012 • Nº 303

youtube.com/sistemafi ndesfacebook.com/sistemafi ndes

Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Gibson Barcelos ReggianiCâmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Houberdam PessottiCâmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz RigoniCâmara Setorial da Indústria do VestuárioPresidente: Paulo Roberto Almeida Vieira

Conselhos TemáticosConselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Marcilio Rodrigues Machado Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna MameriConselho Temático de Educação Profi ssional (Conep) Presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Ernesto Mosaner Junior Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg da Silva Rodrigues

Diretorias regionaisDiretoria da Findes em Anchieta e região Diretor: Fernando Schneider KunschDiretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Diretor: Áureo Vianna MameriDiretoria da Findes em Colatina e região Diretor: Manoel Antonio GiacominDiretoria da Findes em Linhares e região Diretor: Paulo Joaquim do Nascimento Diretoria da Findes em Aracruz e região Diretor: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da Findes em São Mateus e região Diretor: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Diretor: Ademilson Alves da CruzNúcleo da Findes em Nova Venécia e região Diretor: Helder Nico

Diretores para Assuntos Específi cos Diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai/ES: Alejandro DuenasDiretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi e Senai/ES: Flávio Sérgio Andrade BertolloDiretor para Assuntos do IEL: Benízio Lázaro Diretor para Assuntos do Ideies – Egídio MalanquiniDiretor para Assuntos do Cindes: Paulo Alfonso MenegheliDiretor para Assuntos do IRI: Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egídio MalanquiniDiretor para Assuntos das Microe Pequenas Indústrias: Vladimir Rossi Diretor para Assuntos Tributários: Gibson Barcelos Reggiani

Diretor para Assuntos do Meio Ambiente: Wilmar Barros Barbosa Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso OrlandiDiretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Fernando Schneider KünschDiretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Inovação Industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho

Sindicatos fi liados à Findes e respectivos presidentesSinduscon: Sebastião Constantino Dadalto | Sindipães: Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Sincafé: Sergio Brambilla | Sindmadeira: José Domingos Depollo | Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto | Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Sindibebidas: José Angelo Mendes RambalducciSindicalçados: Altamir Alves Martins | Sindifer: Luiz Alberto de Souza Carvalho | Sinprocim: Dam Pessotti Sindutex: Mariluce Polido Dias | Sindifrio-ES: Elder Elias Giordano Marim Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa | Sindicopes: José Carlos Chamon Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani | Sindipedreiras: Loreto Zanotto Sindirochas: Samuel Mendonça | Sincongel: Vladimir Rossi Sinvesco: Edvaldo Almeida Vieira | Sindimol: Almir José Gaburro Sindmóveis: OrtêmioLocatelli Filho | Sindimassas: Emerson de Menezes Marely | Sindiquímicos: Ernesto Mosaner Junior | Sindicer: Ednilson Caniçali Sindinfo: Benízio Lázaro | Sindipapel: José Bráulio Bassini Sindiplast-ES: Leonardo Souza Rogerio de Castro Sindibores: Silésio Resende de Barros | Sinvel: Atílio Guidini

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6 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

EDUCAÇÃOPara responder à grande demanda por capacitação pro� ssional, a Findes lança um novo projeto: a Escola Móvel. Por meio desta, a Federação pretende levar a quali� cação e o desenvolvimento aos municípios do Espírito Santo. Conheça como será o funcionamento desse projeto inovador.

NESTA EDIÇÃO

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INDÚSTRIADando início à série que abordará a diversi� cação do per� l da indústria capixaba, a reportagem destaca os investimentos do setor automobilístico no Estado, ouvindo o poder público e a iniciativa privada sobre o potencial desse mercado e a capacidade de fomentá-lo no Espírito Santo.

ENTREVISTARecém-nomeado como novo diretor-executivo da Findes, Luis Carlos de Souza Vieira fala sobre sua trajetória e suas experiências no Sistema Indústria brasileiro. Ele comenta as funções do novo cargo, projetos e desa� os para o setor industrial capixaba.20

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CENÁRIODiante do desa� o da indústria brasileira para superar os efeitos da crise mundial, medidas internas tomadas pelo próprio empresário podem garantir uma boa gestão para conter prejuízos e se aproveitar das oportunidades do mercado.28

36 NO SISTEMA

52 CASO DE SUCESSO

56 SAÚDE

60 FATOS EM FOTOS

64 CURSOS E CIA

ESPECIALUm panorama da agroindústria capixaba mostra que a maioria da produção agrícola ainda não passa por processos de industrialização, que permitem agregar valor aos produtos. Porém, o Estado tem grande potencial de expansão da agroindústria, através de pequenos produtores e cooperativas.32

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8 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

EDITORIAL

DESAFIOS E CONQUISTAS, A MARCA DE 2012

Mai/2012 – nº 300

Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes

O Estado do Espírito Santo vive um momento de atenção. O ano de 2012 � cou marcado por perdas importantes em arrecadação e queda nos índices da

produção física industrial capixaba, fortemente in� uenciada pelas crises internacionais. Também vivemos a ameaça de desindustrialização, amplamente discutida nas páginas desta publicação. Mas alcançamos grandes conquistas, que nos mostraram os rumos a serem tomados para que conquistemos um novo per� l industrial e de desenvolvimento sustentável para o Estado. Tivemos como aprendizado que a sociedade, setor empresarial e Poderes Constituídos, unidos em torno de um mesmo objetivo, podemos sair vitoriosos e mais fortalecidos diante das adversidades.

O ano se encerra marcado com a decisão pelo � m do Fundap (Fundo de desenvolvimento das Atividades Portuárias) e a aprovação do projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que resultará em perdas de cerca de R$ 10,5 bilhões em royalties do petróleo para até o ano de 2020 no Espírito Santo, justo no momento em que � nalmente começaremos a explorar de forma massiva os recursos naturais contidos no pré-sal. No momento em que o leitor estiver com esta edição da Revista Indústria Capixaba em mãos, é possível que a presidente da República, Dilma Rousse� , já tenha decidido pelo veto ou não deste projeto. Contamos com o bom-senso de nossa mandatária em sua decisão. Ela, inclusive, tem se mostrado sensível às demandas da indústria nacional. Mas não é tempo para lamentação e, sim, de agirmos com celeridade.

As conquistas de 2012, por outro lado, re� etem o amadurecimento do per� l econômico e social capixaba. Fortalecemos as parcerias com o Governo do Estado e também com os demais segmentos organizados da

sociedade, tanto na esfera pública quanto no segmento empresarial. A atual gestão do Sistema Findes lançou um audaz plano de investimentos para os próximos anos com foco em educação pro� ssional, visando a preparar um ambiente mais favorável às novas indústrias que se instalarão em nosso território, bem como de promover maior valor agregado e conteúdo tecnológico também às indústrias já existentes. Um dos mais inovadores e e� cazes projetos é, inclusive, um dos temas princiapais desta edição.

Finalizamos o ano de 2012 com duros golpes contra o nosso Estado. Mas conseguimos mostrar que, em paralelo aos acontecimentos negativos, estamos colocando em prática e incansavelmente o que consta o� cialmente na Missão do Sistema Findes: “Representar e defender os interesses da indústria capixaba”. Começaremos 2013 mais amadurecidos e fortalecidos, pois todos nós somos partes fundamentais na consolidação de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável do Estado do Espírito Santo.

Tenha uma boa leitura!

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10 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 30310 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

NOVAS INDÚSTRIAS CHEGAM AO ESPÍRITO SANTO

Produção de veículos automotivos pode ser um passo importante na reconfi guração de uma indústria capixaba mais sustentável e competitiva

Por Vitor Taveira

INDÚSTRIA

Por Vitor Taveira

INDÚSTRIA

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Indústria Capixaba – FINDES 11Nov/2012 – nº 303

O s desa� os para a produção industrial no século 21 são diversos. Para estar conectado com as deman-das da economia moderna, o Espírito Santo busca

estabelecer um novo per� l para sua indústria, que seja mais inteligente e inovadora, incorporando tecnologia so� sticada para gerar produtos com maior valor agregado e diversi� car a produção local. Além de melhorar a indústria já existente, onde sobressai a produção de commodities, o Estado busca atrair novos investimentos em setores destacados que ainda não se desenvolveram aqui.

“A indústria capixaba vem enfrentando problemas. Temos mais de 6% de queda na indústria em geral. Devemos promover mudanças no per� l da nossa indústria, buscando maior valor agregado e foco também no mercado nacional e global. É disso que o Espírito Santo precisa: de indústrias que estejam inseridas nos desejos da população dos países em desenvolvimento, onde realmente se demanda consumo”, declara Marcos Guerra, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

A série especial “Rumo ao Novo Per� l da Indústria Capi-xaba” se inicia abordando a indústria automobilística, que vem atraindo o interesse de empresas para produção no Espírito Santo. Será que o Estado poderia ser um novo polo para fabri-cação de veículos? Quais as vantagens e di� culdades encon-tradas? Estamos preparados para receber esses investimentos?

O Estado guarda uma experiência pioneira nesse campo, que foi a iniciativa da Viação Itapemirim de montar aqui seus próprios veículos. Entre 1980 e 1998, a empresa de transportes capixaba produziu seus ônibus no parque industrial de Cachoeiro de Itapemirim. “Na época, havia uma defasagem entre quem realizava o transporte e quem produzia o veículo, que não atendia às necessidades da empresa transportadora. O presidente da Itapemirim, Camilo Cola, com seu espírito empreendedor, decidiu produzir os ônibus aqui mesmo. Mas com o tempo e as mudanças na indústria automobilística para atender nossas demandas, tornou-se mais interessante

“A chegada da indústria automobilística é mais um marco do desenvolvimento capixaba porque agrega valor, diversifi ca e descentraliza a economia” - Márcio Félix, ex-secretário de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo

“A indústria automobilística tem sido importante para o crescimento da indústria em vários estados brasileiros. Sua vinda para o Espírito Santo é muito importante pois envolverá vários outros segmentos de prestadores de serviços ao seu redor e vai abastecer o mercado nacional e internacional”

Marcos Guerra, presidente da Findes

concentrarmo-nos em nosso foco, que é o transporte de passageiros, e deixar de lado a produção de veículos”, explica Rogério Caiado Machado, atual gerente de Manu-tenção da Itapemirim.

De lá para cá, muitas mudanças aconteceram na indústria automobilística brasileira, que vive um período de expansão. O mercado consumidor nacional cresceu e os incentivos governamentais, como a redução do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) para automóveis, ampliaram a possibi-lidade de acesso ao automóvel pelas famílias brasileiras. O crescimento do país também leva à maior necessidade de produção de veículos para transporte e uso nas empresas e indústrias. Além disso, a indústria brasileira exporta auto-móveis para muitos países, especialmente para os vizinhos sul-americanos. Recentemente, o Governo Federal lançou o programa Inovar-Auto, novo regime automotivo do país, com o objetivo de incentivar a produção e inovação no Brasil. No plano estadual, o governo criou, em setembro, o Comitê Técnico para o Fomento da Indústria Automo-bilística, vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvi-mento (Sedes), com vistas a “estimular a atração, implanta-ção e desenvolvimento da indústria automotiva no Estado, visando à diversi� cação da economia capixaba”.

Investimentos à vistaA crise internacional, que afeta a indústria nacional,

gera certa cautela momentânea, embora as expectativas a longo prazo sejam de crescimento da indústria auto-mobilística. De acordo com dados da Associação Nacio-nal dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o número de veículos licenciados entre janeiro e outubro de 2012 é 5,2% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, ainda que a produção tenha diminuído 3,3% no mesmo recorte temporal. Devido ao grande potencial identi� cado no mercado brasileiro, muitas montadoras planejam ampliar sua produção para atender à demanda crescente esperada para os próximos anos, uma grande oportunidade para atrair investimentos para

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12 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

o Espírito Santo pois, em que pese a pouca tradição neste setor, o Estado reúne algumas condições favoráveis para a instalação destas plantas industriais.

O primeiro investimento anunciado em terras capixa-bas foi o da Marcopolo, uma das principais produtoras de ônibus do país. No começo de 2013, a empresa gaúcha iniciará a construção da fábrica da Volare, sua subsidiária para a produção de micro-ônibus, no município de São Mateus. A estimativa é que, a partir do segundo semestre de 2013, comece a produção, com capacidade inicial de fabricar mil unidades por ano e expectativa de, em cinco anos, chegar a uma média de três mil micro-ônibus fabri-cados anualmente. De acordo com a empresa, a princi-pal razão pela qual decidiu trazer estes investimentos, que chegam a R$ 35 milhões, para o Espírito Santo foi a condição favorável de logística, que permite facilida-des no fornecimento para o mercado interno, sobre-tudo para as incipientes regiões Norte e Nordeste, assim como para as exportações.

Outro investimento, ainda maior, de R$ 250 milhões, será da montadora chinesa CN Auto, que instalará uma fábrica em Linhares com capacidade para, em alguns anos, chegar a 25 mil veículos produzidos anualmente. Os modelos mais famosos da marca são a Towner e a Topic, compradas de uma empresa que faliu. Humberto Gandolpho Filho, diretor comercial da CN Auto, aponta vários fatores que levaram a empresa a escolher o município do norte capixaba para sediar sua primeira planta no Brasil.

Ele também destaca o aspecto geográfico como favorável, devido à localização entre o tradicional mercado da região Sudeste e o promissor mercado do Nordeste do Brasil, aliado à boa condição logística dos portos capixa-bas, onde a empresa já opera com a importação de automó-veis. A questão portuária se faz necessária não apenas para a exportação das unidades produzidas, mas também para a importação de peças e máquinas que são fun-damentais, sobretudo, no período inicial de produção. Segundo ele, a boa relação com o governo capixaba e os incentivos possibilitados pela localização da região norte do Estado, integrada à Sudene, também são fatores que contaram positivamente.

O novo regime automotivo adotado pelo Governo Federal através do programa Inovar-Auto, que estabe-lece novas regras para o setor, levou a CN Auto a retardar um pouco começo das obras. “O convênio entre o Estado e a empresa sobre a transferência estão firmados. Só estamos esmiuçando o novo regime automotivo, que é complicado de entender e demorou muito para sair. Agora estamos conversando com o Ministério da Indústria e Comércio para ver exatamente como pro-ceder com esse projeto”, ressalta o diretor da CN Auto.

Benefícios para todosGandolpho Filho destaca que a chegada destas

empresas traz para o Estado o benefício de ter uma indústria automobilística e, para os municípios, a geração

indústria

EmprEEndimEntos anunciados para o Espírito santo

Volare (Marcopolo)Investimento: R$ 35 milhões Produção anual inicial: 1.000 unidades Empregos diretos: 300 Previsão para produção: segundo semestre de 2013 Modelos a serem produzidos: miniônibus de PBT de 9.000 kg (modelo ainda não definido)

CN AutoInvestimento: R$ 250 milhões Produção anual inicial: 15 mil unidades Empregos diretos: 500 Previsão para produção: final de 2014 Modelos a serem produzidos: Towner (picape cabine simples, cabine estendida, cabine dupla, furgão e passageiro)

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de empregos. “Além do pessoal de fábrica, movimentafornecedores, serviços de alimentação e transporte, en� m, a instalação do empreendimento gera uma grande quantidade de pessoas trabalhando direta ou indiretamente nos novos projetos.”

Márcio Félix, que acompanhou os acordos com as monta-doras quando era secretário estadual de Desenvolvimento, explica a capacidade e a importância de o Estado receber investimentos do setor automobilístico. “Esses inves-timentos ajudam a descentralizar o desenvolvimento. Já temos uma quali� cação privilegiada de mão de obra e cidades com espaço para crescer. Temos conversado com vários nichos da produção automobilística, queríamos ter um conjunto de empresas que não sejam concorrentes, mas que sejam complementares. O Espírito Santo � ca mais competitivo ao ter essa nova indústria”, explica.

Para Félix, o Espírito Santo tem como vantagem possuir um setor metalmecânico muito desenvolvido e uma estru-tura de quali� cação pro� ssional descentralizada em vários municípios com redes como Senai e Ifes. “Pretendemos sentar com as empresas para nos alinharmos com suas demandas. Provavelmente elas precisarão de uma mão de obra inicial e de formação reforçada em algumas áreas onde ainda não estejamos atuando. Fazendo a parceria com essas empresas, conseguiremos atender à maioria dos requisitos. É muito mais fácil focar nas necessidades do que realizar essa formação sem foco”, diz Giovani Gujansky, gerente de Educação do Sesi-Senai.

A importância dessa nova indústria para uma nova con-� guração da economia capixaba não pode ser menospre-zada, como é de entendimento tanto do setor industrial como do poder público. “A chegada da indústria automo-bilística é mais um marco do desenvolvimento capixaba, porque agrega valor, diversi� ca e descentraliza a econo-mia, deixando-nos mais sustentáveis e menos sujeitos às oscilações da economia, nacional ou global”, a� rma Már-cio Félix, destacando as conversações com outras mon-tadoras, como a Land Rover e a Automóveis Ssangyong para a instalação de fábricas no Espírito Santo.

Marcos Guerra frisa que a indústria automotiva emprega muito e é menos vulnerável aos altos e baixos sazonais, sendo responsável por impulsionar outros setores industriais.“A indústria automobilística tem sido fundamental para o crescimento da indústria em vários estados brasileiros. Sua vinda para o Espírito Santo é muito importante pois envolverá vários outros segmentos de prestadores de ser-viços ao seu redor e vai abastecer o mercado nacional e internacional”, conclui o presidente da Findes.

“A instalação do empreendimento gera uma grande quantidade de pessoas trabalhando direta ou indiretamente nos novos projetos” Humberto Galdolpho Filho, diretor comercial da CN Auto

ITAPEMIRIM, UMA HISTÓRIA PIONEIRA NO ESPÍRITO SANTOEm 1980, a Itapemirim começou a produzir seus próprios ônibus em seu parque industrial localizado em Cachoeiro de Itapemirim. Os veículos atendiam à sua frota, subsidiárias e, por vezes, outras empresas coligadas.Graças a esse projeto próprio, a Itapemirim pôde produzir os primeiros ônibus com três eixos a circularem no Brasil, mais apropriados para aguentar mais peso e as condições ruins das estradas, além de realizar mudanças em janelas e espaços de bagageiro, entre outros.No entanto, Rogério Caiado Machado, gerente de Manutenção da Itapemirim, a� rma que, com o tempo, as grandes montadoras começaram a produzir veículos mais apropriados. Enquanto isso, a produção em pequena escala se fazia mais difícil, por conta dos custos. “De tal modo a empresa foi deixando de montar os próprios ônibus e passou a se concentrar apenas no transporte, seu objetivo principal”.Em 1998, a Itapemirim decidiu abandonar a produção de carrocerias e chassis. No ano seguinte, voltou a produzir chassis, mas � nalizou totalmente o projeto em 2005, conforme relembra Machado.

seu objetivo principal”.Em 1998, a Itapemirim decidiu abandonar a produção de carrocerias e chassis. No ano seguinte, voltou a produzir chassis, mas � nalizou totalmente o projeto em 2005, conforme relembra Machado.

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IndústrIa EM aÇÃO

No dia 24 de outubro o Salão da Indústria, no Edifício Findes, em Vitória, foi palco de um café da manhã especialmente realizado para a entrega do Prêmio IEL Boas Práticas de Estágio. O evento contou também com uma palestra do consultor empresarial Mário Borgo, que falou sobre “Conflitos de Gerações”.

Criado para identificar experiências de sucesso dentro do Programa de Estágio do IEL, o prêmio reconhece os casos de sucesso e o trabalho dos estagiários, disseminando as melhores práticas desenvolvidas nas empresas.

Os vencedores da edição 2012 na categoria “Empresa de Grande Porte” foram a Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (EDP Escelsa), com a estagiária Bárbara Proêza Alves; a Prefeitura Municipal de Anchieta, com a estagiária

Hortência Salarini Lourencini; e a Roca Brasil Ltda, com a estagiária Poliana da Silva Silveriano.

Já na categoria “Médio Porte”, os premiados foram a Ducouro Industrial e Comercial S.A, representada pela estagiária Alessandra Andrade Turini; e o Sebrae-ES, com a estagiária Dayane Martins Cabral Cruz.

Entre as “Empresas de Micro e Pequeno Porte”, os destaques foram a Infosis Consultoria e Sistemas Ltda, com o estagiário André Felipe Morais; e a Vector Tecnologia Ltda, representada pelo estagiário Lucas Ribeiro Soares. Também foram entregues premiações para os representantes do Sistema Indústria: os estagiários Priscilla Lopes de Freitas, do Sesi de Araçás; Paula Fernanda Flanssinett, do Sesi de Cobilândia; e Wanderley Silva dos Santos, do Sesi de Linhares

IEL-ES prEmIa boaS prátIcaS dE EStágIo

O Sindicato da Indústria de Alimentos Congelados, Supercongelados, Sorvetes, Concentrados e Liofilizados do Espírito Santo (Sincongel) realizou duas ações para

Sincongel realiza açõeS no Dia Do Sorvetecomemorar o Dia Nacional do Sorvete, em 23 de setembro. A primeira foi a distribuição gratuita de sorvete em três pontos da Região Metropolitana: nos bairros Jardim da Penha e Enseada do Suá, em Vitória, e na Praia da Costa, em Vila Velha. A equipe ofereceu degustação do produto capixaba, além de um vale-picolé com prazo de um mês para ser retirado nas sorveterias participantes.

Além do trabalho voltado aos consumidores, o Sincongel também promoveu o Seminário de Formação e Capacitação para Industriais de Sorvete. O evento contou com a presença do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Sorvete (Abis), Eduardo Weisberg, que ministrou a palestra “Qualidade e Nutrição com Sorvetes – Oportunidades de Novos Negócios”. Também participou o consultor de serviços tecnológicos do Centro de Tecnologia do Senai em Alimentos e Bebidas, Edson Batista Gonçalo, com a palestra “Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos – Benefícios para os Negócios de sua Empresa”.

O superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, ao lado dos vencedores da edição 2012

do Prêmio IEL Boas Práticas de Estágio

O presidente do Sincongel, Vladimir Rossi (esq.), e o presidente da Abis, Eduardo Weisberg,

no Seminário de Formação e Capacitação do setor

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Nov/2012 – nº 303 Indústria Capixaba – FINDES 15

IndústrIa EM aÇÃO

“Dia DE associar-sE” é sucEsso Em anchiEta E LinharEs

A pós passar por Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Aracruz, o “Dia DE Associar-se” foi realizado também em outras duas cidades capixabas. Em 13 de setembro,

foi a vez de Anchieta receber o evento, que aconteceu na Câmara dos Vereadores do município.

Na ocasião, o diretor da Findes em Anchieta e Região, Fernando Künsch, destacou, durante a abertura oficial, os benefícios de associar-se a um sindicato. “Estamos trazendo conteúdo e oportunidades para os associados e, principalmente, aos não associados. Desde 2005 qualificamos mais de 10 mil pessoas na região, com o apoio do Sesi e Senai, e os benefícios devem ser estendidos a todos”, afirmou.

Durante o evento, também foi realizado um talk show abordando a temática do associativismo. Mediada por Fernando Künsch, a conversa contou com a participação de representantes das entidades parceiras da Findes no “Dia DE Associar-se”,

como o superintendente de Produtos do Banestes, João Carlos Bussular; o diretor técnico da Agência de Desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Paulo Barbosa; e o gerente da Unidade de Acesso à Tecnologia e Inovação do Sebrae-ES, Mario Barradas.

No dia 9 de outubro, o “Dia DE Associar-se” foi promovido em Linhares, norte do Espírito Santo. Na ocasião, ocorreu um debate de alto nível com o empre-sariado local a respeito dos benefícios do associativismo.

O diretor em exercício da Findes em Linhares e Região, Wilmar Barros Barbosa, destacou que a adesão é “uma forma de o empresário poder desenvolver seu negócio e usufruir de diversos benefícios”.

“Linhares e seus municípios vizinhos compõem uma das regiões mais estratégicas do Estado do Espírito Santo. E o fortalecimento do associativismo é um dos pilares para o desenvolvimento de uma indústria forte e sustentável”, acrescentou o presidente da Findes, Marcos Guerra.

O evento, que tem como objetivo fortalecer a relação entre sindicatos, Findes, empresas e entidades do poder público no intuito de fomentar o desenvolvimento em todo o Estado através da promoção do associativismo, é fruto da união entre o Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) da Federação, presidentes e executivos dos sindicatos, diretores regionais da Findes, e conta com o apoio do Ideies, Sesi, Senai, IEL (entidades do Sistema), além do Bandes, Banestes, Aderes e Sebrae-ES.

O sucesso do evento é tanto que o “Dia DE Associar-se” foi adotado recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) como modelo de promoção do associativismo a ser replicado em todas as Federações de Indústrias do país.

Os empresários de Anchieta puderam conhecer as vantagens de se associar a um sindicato durante do “Dia DE Associar-se”, no dia 13 de setembro

Em Linhares, o “Dia de Associar-se” reuniu o empresariado local para

debater os benefícios da união

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16 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

IndústrIa EM aÇÃO

Seis unidades do Senai no Espírito Santo abriram suas portas no dia 28 de setembro para receber mais de 2.500 estudantes do ensino médio da rede pública estadual como parte do evento Mundo Senai, que aconteceu simultaneamente em todos os estados do Brasil.

Os alunos passaram pelas escolas de Vitória, Vila Velha, Serra, Colatina, Linhares e Aracruz. Durante todo o dia, os visitantes foram recepcionados por estudantes e professores do Senai e fizeram visitas monitoradas por laboratórios, salas de aulas e demais espaços das unidades. Os monitores também tiraram dúvidas sobre duração dos cursos; estrutura laboratorial; oportunidades no mercado de trabalho; segmentos industriais atendidos pela entidade, dentre outras informações. O foco do projeto é atender alunos que estão concluindo o ensino fundamental e cursando o ensino médio.

EstudantEs visitam unidadEs do sEnai

Durante o Encontro Empresarial das Indústrias de Cimento, promovido pelo Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado do Espírito Santo (Sinprocim-ES) no dia 4 de outubro, em Vitória, o presidente da Findes, Marcos Guerra, foi homenageado pela contribuição dada pela entidade às ações do sindicato em 2012.

No final de novembro, um grupo de empresários associados ao Sinprocim-ES viajará até Shanghai, na China, para participar de uma das maiores e mais completas feiras internacionais da construção do mundo, a Bauma China.

É a primeira vez que os capixabas do setor visitarão a feira, onde irão conhecer as novidades e realizar novos negócios, além de trocar ideias com profissionais de diversas partes do mundo.

A Bauma China 2012 deve contar mais de mais de 2.600 expositores de 39 países, reunindo gerentes, compradores e investidores interessados em novas tendências e tecnologias para seus processos produtivos.

IndústrIas de cImento promovem homenagem e vIagem à chIna

A comitiva de empresários capixabas visitará no final de novembro a maior feira do setor de construção do mundo, a Bauma China

Alunos da rede pública conheceram a estrutura e cursos oferecidos pelo Senai em seis municípios capixabas

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IndústrIa EM aÇÃO

O presidente da Findes, Marcos Guerra, e uma equipe técnica da entidade participaram da Rio Oil&Gas 2012, a maior feira voltada para este setor na América Latina. O evento ocorreu no Riocentro, na capital fluminense, entre os dias 17 e 20 de setembro. Empresários industriais capixabas também estiveram presentes.

Em parceria com o Governo do Espírito Santo, a Findes realizou diversas reuniões com empresários capixabas e empresas nacionais e internacionais. Um dos contatos foi com a Aset International Oil&Gas Training Academy, uma das mais conceituadas escolas de formação de profissionais para o mercado de petróleo e gás no mundo. A Findes está negociando uma parceria com a empresa para promover a qualificação de mão de obra por meio do Sesi e do Senai.

“Estamos articulando essas parcerias para podermos preparar um ambiente favorável ao recebimento destes novos investimentos, pois se trata de uma indústria com maior valor agregado e conteúdo tecnológico, a exemplo da indústria naval, da qual devemos contar em breve com um estaleiro

A Semana do Plástico no Espírito Santo, que este ano aconteceu de 1º a 6 de outubro, reuniu empresários, profissionais da área, poder público e representantes da sociedade civil para debater assuntos que envolvem o produto. Com o tema “O Plástico e suas Aplicações”, a programação, diversificada, contou com palestras, debates, capacitações, exposição e atividades de integração, realizados em diferentes locais da Grande Vitória.

e uma fábrica de sondas na região de Aracruz, e que atenderá também à cadeia de petróleo e gás”, destacou Marcos Guerra.

Recentemente, a Findes implantou o Núcleo de Petróleo e Gás do Espírito Santo - o segundo instalado no país - em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), Petrobras, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e outras empresas, entidades privadas e governamentais.

Promovido pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico do Espírito Santo (Sindiplast-ES), o evento tem o objetivo de valorizar a responsabilidade socioambiental, dar mais visibilidade ao setor de transformação do plástico capixaba e mostrar os aspectos econômico e social do produto.

A cerimônia de abertura, realizada na sede da Findes, contou com a participação do governador do Estado, Renato Casagrande; do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz, além de diversas autoridades do cenário industrial capixaba.

A fim de aprofundar as discussões sobre o uso das sacolas plásticas, o Sindiplast-ES também realizou o debate “Sacolas Plásticas. E agora?”. O evento teve lugar na Findes, no dia 2 de outubro, e reuniu os principais atores envolvidos na discussão sobre a cobrança das sacolas plásticas pelos estabelecimentos comerciais, entre eles, Iema, Acaps, Procon-ES, Sindirecicle, Plastivida e Seama.

Outro evento que integrou a programação da Semana do Plástico foi a Clínica Tecnológica, promovida pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas do Estado (Sebrae-ES) em parceria com o Sindiplast-ES. A qualificação foi realizada no Centro Integrado Sesi/Senai Civit, no município da Serra, no dia 3 de outubro, e discutiu os temas: eficiência energética, produção mais limpa e Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Espírito santo prEsEntE na rio oil&Gas

SindiplaSt-ES promovE 5ª SEmana do pláStico

Findes e Governo do Estado apresentaram, juntos, as potencialidades do Espírito Santo ao público especializado da Rio Oil&Gas

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18 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

IndústrIa EM aÇÃO

A nova diretoria do Sindicato da Indústria da Repa-ração de Veículos do Espírito Santo (Sindirepa-ES) tomou posse no último dia 25 de setembro.

O empresário Wilmar Barros Barbosa foi reeleito presidente da instituição para o triênio 2012/2015. “Neste ano, além de diretores setoriais envolvidos em tempo contínuo, estamos trabalhando junto com o Sebrae na oferta de 10 cursos para setores específicos na área da reparação, com treinamentos focados em novas tecnologias”, afirmou Barbosa.

E a capacitação parece ser mesmo a palavra de ordem no sindicato: uma das primeiras ações da nova diretoria foi a realização da “Semana da Reparação Automotiva Independente”, nos dias 6 e 9 novembro, na sede da Findes, em Vitória. A programação contou com palestras para debater e propor soluções para os gargalos do setor.

No dia 6, “Como gerenciar melhor sua oficina para ser mais lucrativa” foi o assunto apresentado por Fábio Moraes, da Ultracar – empresa especializada em software de gestão automotiva. No segundo dia do evento (9), opresidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP, Antônio Fiola,

Nome Cargo

Wilmar Barros Barbosa Presidente

Arildo Zanette 1º Vice-Presidente

José Carlos Brunholi Paneto 2º Vice-Presidente

Eduardo Dalla Mura do Carmo 3º Vice-Presidente

Clênio do Nascimento 1º Diretor Administrativo

Idenir Antônio Scalzer 2º Diretor Administrativo

Frelaon Viana da Silva 1 º Diretor Financeiro

Diego Freitas Receputti 2º Diretor Financeiro

Diretoria Do SinDirepa-eS eleita para o períoDo 2012-2015:

Sindirepa-eS elege nova diretoria e promove capacitação

abordou o “Relacionamento entre reparação automotiva independente e as seguradoras”.

Para o presidente Wilmar Barros Barbosa, a semana foi uma oportunidade para os associados do Sindirepa-ES buscarem atualização e melhorias. “Sabemos que 80% das oficinas de reparação são independentes e que enfrentam muitas dificuldades”, disse.

Na cerimônia de posse: Haroldo Massa (Sindifer-ES); Benízio Lázaro (Sindinfo); Cezar Villar (Findes); Egídio Malanquini (Findes); Wilmar Barros Barbosa (Sindirepa-ES);

Fábio Dias (IEL-ES); e Darcy Lannes (Centro de Apoio aos Sindicatos – CAS)

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entrevista

20 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 30320 Indústria Capixaba – FINDES

por Vitor Taveira

entrevista

Luis CarLos de souza Vieira

E mpossado em 24 de outubro e apresentado oficialmente na reunião do Conselho de Representantes realizada no dia seguinte, Luis Carlos de Souza Vieira, dono

de um vasto currículo dentro do sistema industrial brasi-leiro, retorna para a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), onde trabalhou há quase 20 anos, com novos desafios.

“A contratação de Luis Carlos, um profissional com grande experiência e uma ampla visão do Sistema Indústria nacional, vem para consolidar a integração de todas as entidades que compõem a Findes, atuando de forma ainda mais estratégica e permitindo gerar resul-tados ainda melhores”, destacou Marcos Guerra, presi-dente da Federação.

Graduado em Administração pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Vieira possui especializações nos Estados Unidos, Espanha, França e Alemanha. Começou a carreira no Espírito Santo. Entre 1985 e 1996, exerceu cargos de supervisor de treinamento e diretor-regional do Senai-ES e coordenador administrativo do Sistema Findes, antes de ser convidado, em 1996, para o Departamento Nacional do Senai, no Rio de Janeiro, onde foi diretor administrativo e financeiro. De 1998 a 1999, ocupou o cargo de diretor de Desenvolvimento Nacional do Sesi, em Brasília. Em 1999, foi para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde ocupou cargos de diretor-regional do Senai-SP e superintendente estadual do Sesi-SP. Entre 2008 e 2012, assumiu o desafio de ser reitor do Centro Universitário Newton Paiva, em Minas Gerais.

“Pretendo usar minha experiência para enriquecer a dinâmica da gestão do Sistema Findes inserindo suas entidades nos grandes projetos da indústria brasileira”

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Conte-nos um pouco de sua experiência anterior na Findes...

Minha trajetória profissional e de vida tem início aqui no Espírito Santo. Estudei Administração na Ufes e, em 1982, tive a oportunidade de fazer parte do projeto de reestruturação do Senai-ES. Em 1985, ingressei efetivamente no Sistema Findes, atuando como supervisor de treinamento do Senai, onde era responsável por todos os programas na área de gestão e na área comportamental.

Em 1989, na gestão do presidente Sergio Rogerio de Castro, foi desenhado esse projeto de integração, que foi um modelo pioneiro do Sistema Indústria em todo o Brasil. Na verdade, consistia em realizar na Federação o que as empresas industriais praticavam: simplesmente priorizar a natureza de cada instituição e organizá-la de forma harmônica.

A Federação precisa fazer defesa de interesses, a represen-tação industrial. O Senai tem que trabalhar com educação profissional e tecnológica; o Sesi, com educação básica, saúde, lazer, esporte, cultura e alimentação; o Ideies precisa ser o grande órgão de inteligência da casa, trabalhando o desenvolvimento industrial; e o IEL faz a interação entre universidade e indústria.

Em 1993, assumi a Diretoria Regional do Senai no Espírito Santo. Tínhamos duas metas: consolidar o projeto da gestão integrada e aproximar a casa do setor industrial e produtivo. Criamos conselhos consultivos formados por empresários. São coisas que hoje parecem triviais ou naturais, mas é preciso entender que, para chegar ao que temos hoje, foi necessário um longo caminho inicial.

Cumpridas essas metas, fui convidado pelo então presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para assumir a Diretoria Administrativa e Financeira do Senai. Tive a missão de fazer no Rio de Janeiro e Brasília o que havíamos feito no Espírito Santo.

Durante quase 20 anos o senhor ocupou postos importantes nas principais cidades do Brasil. Como é voltar para o Espírito Santo depois dessa experiência?

Eu devo muito da minha formação ao meu Estado de origem: minha família é daqui, dois dos meus três filhos nasceram aqui, minha esposa é capixaba, me graduei aqui. Naturalmente, quando você passa por grandes cidades, ocupa cargos de

destaque, vive fora, estuda, você volta diferente. Estive distante, mas com vontade de voltar, esperando uma boa oportunidade.

Felizmente, o Espírito Santo também mudou. Sofri muito estando na CNI e na Fiesp e ouvindo comentários ruins sobre nosso Estado. Mas, ainda que tenha acompanhado de longe, tenho muito orgulho de ter feito parte da geração que trabalhou na reconstrução do Estado, para que hoje seja um lugar que cresce, que tem seriedade e oportunidades para todos.

Qual a importância, para a estrutura da Federação, da função que o senhor veio exercer?

Conversando com o presidente Marcos Guerra, decidimos adaptar o modelo existente nas grandes Federações para a realidade daqui. Essa função de diretor-executivo vai articular todas as entidades do Sistema Findes. É vinculada, na estrutura profissional, diretamente ao presidente. Não muda nada na estrutura da Findes, no que diz respeito a seus diretores, pois se trata de uma entidade sindical que tem diretores eleitos. Eu componho a estrutura profissional, com essa função de fazer a articulação de todos os executivos da casa. Isso está na origem, quando nós pensamos a integração e o sistema corporativo.

“Decidimos adaptar o modelo existente nas grandes Federações para a realidade daqui. Essa função de diretor-executivo vai articular todas as entidades do Sistema Findes“

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entrevista

22 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

“A Agência de Treinamento é uma oportunidade que o município tem de receber uma unidade do Sesi-Senai mesmo sem ter uma

contribuição compulsória e uma base industrial fortes”

Ter uma estrutura, e não apenas o executivo, que otimize as ações da Federação, do IEL, do Ideies, do Senai, do Sesi, do Cindes e do IRI.

É uma estrutura que espero que seja perene, que facilite o objetivo de que todas essas entidades trabalhem para o bem da indústria, para seu desenvolvimento e crescimento, na busca de investimento, no aperfeiçoamento dos recursos humanos etc. Essa é a razão principal desse projeto: ter um executivo que, na estrutura profissional, fale em nome do presidente, que seja o gestor e faça a ligação com os empresários industriais e o Governo, que trabalhe nessa questão da representação. Evidentemente, esse executivo precisa conhecer a atuação de todas as entidades da casa.

Como essa experiência que o senhor acumulou pode contribuir agora para a Findes?

Nos últimos anos, atuei próximo ao presidente da Fiesp na atração de investimentos, em negociações com o Governo e com o setor industrial e na busca de cooperação internacional.

Nesses 25 anos, sendo 18 fora do Estado, me relacionei com todo o grande setor industrial, presidentes de sindicatos e orga-nizações. Esse relacionamento, criado em função de resultados, vai me permitir ir atrás dessas empresas e do setor público para buscar recursos e apoio tecnológico para o Estado, o que é parte da função de diretor-executivo.

O presidente da Findes deixou muito claro que os diretores da entidade também devem contribuir na formulação de políticas públicas. Temos áreas de pobreza, o empresário industrial tem essa visão de que devemos atuar para reduzir essa desigualdade e nisso temos que atuar junto ao setor público.

Pretendo usar minha experiência para enriquecer a dinâ-mica da gestão do Sistema Findes inserindo suas entidades nos grandes projetos da indústria brasileira.

Entre um dos desafios estaria a criação da Agência de Treinamento Municipal. O que seria esse projeto?

A demanda vem do fato de que todos os prefeitos querem ter uma unidade local do Sesi-Senai ou da Federação. Mas isso é impossível, porque o modelo é baseado na contribuição compulsória: só existe Sesi-Senai onde há contribuição sindical suficiente da indústria.

Estabelecimento implantado no município e equipado para o atendimento das demandas de educação tecnológica e do trabalho, mediante parceria firmada entre a municipalidade e o Sistema Findes.Requisitos:1 - Definição da responsabilidade dos parceiros2 - Aprovação da implantação da ATM mediante promolugação de lei municipal3 -Gestão da ATM pelo Sistema FindesEvolução em função da Demanda:1 - Agência de Treinamento Municipal (ATM)2 - Núcleo de Treinamento Municipal3 - Centro Integrado (Sesi / Senai / IEL)

AgênCiA dE TrEinAMEnTO MuniCipAl (ATM)

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Nov/2012 – nº 303 Indústria Capixaba – FINDES 23

Então, a Agência de Treinamento é uma oportunidade que o município tem de receber uma unidade do Sesi-Senai mesmo sem ter uma contribuição compulsória e uma base industrial fortes. Todo município merece ter uma boa estrutura de educação profissional, saúde, lazer, cultura, de qualidade. Mas nem todos podem pagar. É possível colocar unidades sim, mas desde que a prefeitura arque com o custeio.

O modelo que queremos implantar é o seguinte: a prefeitura cede a instalação, banca o custeio e um ou dois funcionários administrativos que nós treinamos. Nós vamos e oferecemos cursos. Durante o dia, todos os cursos podem ser gratuitos, pois o governo fez o investimento e precisa do retorno. E durante a noite, o Sesi e o Senai podem vender programas para a comunidade.

O que necessário? Um prédio que tenha área admi-nistrativa, algumas salas de treinamento multidisciplinar, um laboratório de informática e um pátio. O pátio é neces-sário para estacionar as Escolas Móveis, outro novo projeto. Podemos trazer especialistas não só daqui, mas também de outros estados, para fazerem os treinamentos.

Se a agência der certo, o município crescer e tiver maior base industrial, ela pode virar um núcleo, passando a ter funcionários nossos, área administrativa nossa. Se continuar dando certo e o município crescendo, vira uma Centro Integrado Sesi-Senai. A meta do presidente Marcos Guerra é fazer dez unidades da Agência de Treinamento Municipal já em 2013.

Como a educação está evoluindo através do Sistema Findes?

Se fizermos um histórico, o Senai nasce em 1942 fazendo aprendizagem industrial. A demanda da indústria naquele momento requeria um profissional com até 8ª série. Primeiro como menor aprendiz, depois formações básicas, treinamento operacional de mecânica, solda, marcenaria etc. No início dos anos 70, o Senai evolui para um curso técnico, porque a demanda da indústria passou a exigir um profissional com formação técnica, com segundo grau completo.

A partir dos anos 90, com a chegada da microeletrônica, da automação industrial, e com a abertura econômica que aconteceu no governo Collor, naturalmente o Senai vai para o nível superior e passa a formar tecnólogos. No final dos anos 80 e início dos 90, o Senai abre as primeiros faculdades, com cursos superiores de Tecnologia de três anos.

Agora, desde os anos 2000, o Senai tem que ir naturalmente para o ensino da Engenharia porque a indústria evolui para isso. É impossível ter o entendimento dos complexos processos industriais apoiados por automação, microeletrônica e robótica apenas através do ensino técnico.

O Senai é a escola da indústria. Então, o papel do Senai é acompanhar a evolução da indústria, que já está exigindo profissionais de nível superior. E logo exigirá MBA, e assim por diante.

Quais as perspectivas que o senhor vê para a Findes nos próximos anos?

A Findes precisa estar sintonizada com as mudanças que estão acontecendo na economia estadual, nacional e internacional. Temos uma facilidade maior que outras Federações, por causa do modelo de gestão implantado aqui, que é o mais democrático do país, em função do estatuto que tem, que permite a renovação e participação de todas as correntes empresariais.

A economia capixaba saiu daquele modelo agrário depen-dente do café para uma industrialização muito forte nos anos 70, baseada em investimentos estatais. Hoje, o Espírito Santo tem uma economia voltada para o setor internacional, mas esse boom também está passando.

É preciso aproveitar o melhor que temos, que é a qualidade do povo capixaba e a localização privilegiada. Estamos numa região central, com bom acesso a ferrovias e rodovias e perto do mercado consumidor. Também temos uma posição de inde-pendência e neutralidade em relação aos conflitos que podem haver entre estados e regiões.

O modelo de gestão da Findes tem que estar preparado para participação efetiva, com gestão corporativa e investimentos em tecnologia da informação e em qualidade para alcançar o crescimento que precisamos em todas as entidades do Sistema Findes.

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Nov/2012 – nº 303

por Tatiana Ribeiro

INDÚSTRIA

ESCOLA MÓVEL:QUALIFICAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO PARA OS MUNICÍPIOS

CAPIXABASO Sistema Findes lançará

no Espírito Santo o projeto “Escola Móvel”,

que visa a levar qualifi cação e interiorização do

desenvolvimento a diversos municípios capixabas

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Indústria Capixaba – FINDES 25Nov/2012 – nº 303

“A Escola Móvel é uma ação inovadora e cumpre a missão estratégica da Findes, levando a interiorização do desenvolvimento a diversos municípios capixabas.”Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes

A indústria capixaba tem pressa. Nos próximos três anos o Estado precisará de mais 152,9 mil profissionais capacitados, o que corresponde a 2,1% da demanda

de todo o país. A maior “convocação” dessa mão de obra será para ocupações de níveis técnico e profissionalizante, nos mais diversos segmentos industriais. É o que revela uma pesquisa divulgada, recentemente, pelo Senai Nacional.

Apesar de ser um Estado geograficamente pequeno, o Espírito Santo é considerado, atualmente, uma das maiores vitrines de negócios e investimentos no país e no mundo, atraindo vários setores, como petróleo e gás, construção civil, mineração, logística, confecção, metalmecânico, alimentos e bebidas, entre outros.

Todavia, junto com os investimentos, existe a necessidade de formar ainda mais profissionais qualificados para o mercado, além de descentralizar o desenvolvimento econômico nas grandes capitais. Esses são os maiores desafios da indústria capixaba.

Com esse objetivo a Federação das Indústrias do Espírito Santo lançará, em 2013, a “Escola Móvel”, que vai levar qualificação a diversas cidades e comunidades onde não há unidades próximas dos Centros Integrados Sesi/Senai/IEL.

O projeto será implantando no 1º semestre de 2013 e vai ofertar cursos de iniciação, qualificação e aperfeiçoamento profissional para trabalhadores em diversas áreas, gerando empregos nessas regiões. Além disso, a “Escola Móvel” oferecerá cursos voltados para a gestão e consultorias para empresários, e capacitação para a comunidade local, visando à própria geração de renda.

Segundo o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, a ação é um projeto antigo que, a partir de agora, sai do papel. “A Escola Móvel é uma ação inovadora, pois estará presente em vários municípios do Estado, oferecendo produtos e serviços do Sesi, Senai e IEL-ES com mais rapidez e menor custo. Além disso, o cidadão e o empresariado local passam a ter o Sistema Findes presente, em tempo real”, disse.

Marcos Guerra disse ainda que a “Escola Móvel” é uma forma de dar visibilidade aos serviços oferecidos pelo Sistema Findes, bem como cumprir a missão estratégica da Federação, que é levar a interiorização do desenvolvimento a diversos municípios capixabas.

A proposta é que a “Escola Móvel” fique por até cinco meses instalada em um município. Em seguida, segue para outro local, com a intenção de acelerar a qualificação e atender a dois municípios em um ano. O público será variado, dependendo da oferta de serviços tanto da indústria como da comunidade. A expectativa é que a “Escola Móvel” realize cerca de duas mil matrículas em cinco meses. Além das ações voltadas para a educação, o local oferecerá

EntEnda mais sobrE os cursos ofErEcidos pElo sistEma findEsIniciação profissional: ação de educação que visa a despertar o interesse pelo trabalho e preparar para o desempenho de funções básicas e de baixa complexidade de uma ou mais profissões.Qualificação profissional: cursos direcionados para a capacitação profissional de alto nível. Se encaixam perfeitamente no currículo de quem deseja reciclar métodos e conceitos profissionais.Aperfeiçoamento profissional: indicado para o profissional que busca ampliar, complementar ou atualizar suas competências.Cursos à distância: feito totalmente pela internet. O aluno aprende de graça e onde estiver, por meio de vídeos, simulações, entre outros aplicativos. Ao final do curso, o aluno recebe certificado digital.Educação continuada: visa atender aos interesses e às necessidades da indústria, por meio de cursos e outras ações educativas que contribuem para desenvolver no trabalhador competências pessoais, sociais e produtivas.

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26 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

INDÚSTRIA

CONHEÇA A “ESCOLA MÓVEL”

Baseia-se em módulos educacionais acoplados, confeccionados e preparados acústica e termicamente para maior conforto dos usuários.

EspaçoCom cerca de 500 m² de área cons-truída, a “Escola Móvel” terá três salas de aula, laboratório multiuso, cantina, biblioteca, banheiros e almoxarifado, com estrutura projetada para acessibi-lidade de pessoas com de� ciência.Tempo previsto em cada municípioA “Escola Móvel” deverá � car por até cinco meses instalada em cada muni-cípio, acelerando a quali� cação e aten-dendo a dois municípios em um ano. Setores atendidosMetalmecânico, alimentos e bebidas, confecção e vestuário, construção civil, tecnologia da informação, eletroeletrônico, madeira e mobili-ário, grá� co, pani� cação, segurança no trabalho, meio ambiente, entre outros. Além disso, serão oferecidos cursos para gestão e consultorias para empresários e capacitação para a comunidade local.

Público-alvo e atendimentoO público dependerá da oferta de serviços da indústria e da comunidade. Contrapartida do municípioLocal para instalação em uma área de 900 m², energia, entre outros. O município também será respon-sável pela captação e formação das turmas a serem capacitadas, em conjunto com a “Escola Móvel”.Previsão de lançamento1º semestre de 2013.

Escolha das cidadesA escolha dos municípios levará em conta indicadores sociais, polí-ticos, demográ� cos, de investimentos, entre outros.Valor dos cursosOs atendimentos serão gratuitos.

26 Indústria Capixaba – FINDES

Projeto em 3D da “Escola Móvel”

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Indústria Capixaba – FINDES 27Nov/2012 – nº 303

Vista interna do laboratório de Tecnologia da Informação

Sala de aulada “Escola Móvel”

outros serviços nas áreas de saúde, cultura, esporte, lazer e responsabilidade social, totalizando mais de cinco mil atendimentos. Segundo a superintendente do Sesi e diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira, as entidades estão atentas às demandas de mercado e aos grandes projetos industriais que chegam ao Estado. “Por isso, a importância de novas ações como a “Escola Móvel” para qualificar os trabalhadores capixabas. A necessidade de novos cursos surge com o crescimento da indústria capixaba, que precisa de profissionais para a diversificação de novos postos de trabalhos”, disse.

Os cursos estarão distribuídos em diversas áreas, entre elas, metalmecânica, alimentos e bebidas, confecção e vestuário, construção civil, tecnologia da informação, eletroeletrô-nica, madeira e mobiliário, gráfico, panificação, segurança no trabalho, meio ambiente, entre outras.

“Todos os atendimentos serão realizados gratuita-mente para a população. O foco da Escola Móvel será a formação de profissionais, de acordo com a demanda da região. Além dessa iniciativa, o Sistema Findes continuará com atendimento no interior, por meio de suas 16 unidades móveis, montadas em carretas, caminhões, ônibus, vans e 40 kits didáticos”, lembrou o gerente do Centro Integrado de Ações Móveis, Leonardo Leal.

Ele acrescenta que a “Escola Móvel” baseia-se em módulos educacionais acoplados, conhecidos como flat pack, confeccionados em estruturas metálicas, preparadas acústica e termicamente para maior conforto dos usuários. “O espaço conta com cerca de 500 m² de área construída, com três salas de aula, laboratório multiuso, cantina, biblioteca, banheiros e almoxarifado, com toda estrutura projetada para acessibilidade de pessoas com deficiência”, completou o gerente Leonardo Leal.

Em contrapartida, o município contemplado pelo projeto deverá disponibilizar um terreno com 900 m² para instalação da escola e será responsável pela captação e formação de turmas a serem capacitadas, em parceria com a Findes.

O primeiro município a receber a “Escola Móvel” ainda não está definido, mas a Federação levará em conta indicadores sociais, políticos, demográficos, de investi-mentos, população, vagas no mercado de trabalho, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre outros fatores, por meio de parcerias com prefeituras, sindicatos e comunidades das regiões atendidas.

“A necessidade de novos cursos surge com o crescimento da indústria capixaba”Solange Siqueira, superintendente do Sesi e diretora-regional do Senai-ES

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28 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

BOA GESTÃO EMPRESARIAL: O MELHOR ANTÍDOTO CONTRA A CRISE

Industriais devem cuidar do fl uxo de caixa e preparar-se para identifi car e aproveitar as oportunidades de mercado

Na ausência de resultados mais efetivos da política econômica do Governo diante dos desdobramentos da crise internacional, que impacta os negócios

do empresário industrial brasileiro, especialistas sugerem a adoção de medidas para elevar os investimentos no país. O crescimento será assegurado a partir de uma atuação mais incisiva do poder público, no sentido de ampliar os investimentos, principalmente em infraestrutura, e colocar em prática propostas e reivindicações já mais que conhecidas, como as reformas tributária e trabalhista.

De outro lado, apontam, a indústria só poderá retomar sua pujança diversi� cando os produtos, trabalhando pela vertente da inovação e preparando-se para aproveitar

as oportunidades internas advindas do crescimento do mercado brasileiro, e externas, originadas do movimento atual de recon� guração da economia mundial.

A crise internacional teve efeito negativo nos negócios do industrial brasileiro principalmente de duas maneiras: queda nas exportações e aumento da concorrência com produtos importados. “Do lado das exportações, o empresário se depara com uma menor demanda externa pelos produtos e uma maior concorrência com outros países – principal-mente os mais atingidos pela crise –, por causa da baixa absorção de suas economias domésticas. Não é à toa que as exportações brasileiras de bens no primeiro semestre de 2012 se reduziram em quase 1% em relação ao mesmo

por Jacqueline Vitória

CENÁRIO

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e México, por exemplo, investem 7%, e a China muito mais que isso, mais de 20%. Isso atua como um ingrediente que prejudica o desenvolvimento produtivo do país”, pondera.

No � nal de 2012, Caliman avalia que o Brasil ainda estará numa situação precária. “Só para se ter ideia, os Estados Unidos, que são o centro da crise, devem fechar o ano com crescimento em torno de 2%, o México, 3,7%, e o Brasil, em torno de 1,5%. É muito pouco para uma economia de um país emergente porque, se você observar os demais países emergentes, a média está acima de 5%. O Brasil está fora da curva nesse aspecto. Em 2013 se espera um crescimento maior do que este ano, até porque o Governo tem tomado medidas nesse sentido”, adianta o economista.

Soluções passam pela gestão empresarialAs soluções para este cenário de nítida perda de compe-

titividade da indústria brasileira são de duas ordens, na opinião de Cristina Fróes. “A primeira delas é sistêmica, isto é, as condições macroeconômicas do país. O Governo vem fazendo contínuos esforços para a redução do custoBrasil, com menores tarifas de energia elétrica, desoneração da folha de pagamentos, investimentos em infraestrutura, redução da taxa básica de juros etc. Paralelamente, o câmbio também apresentou melhorias, pois a leve desvalorização contribuiu na margem para o encarecimento dos importados – favorecendo a indústria doméstica. Os resultados desse empenho do Governo são claros: desde junho a produção industrial voltou a crescer (0,3% em junho, 0,5% em julho e 1,5% em agosto)”, disse a doutora em Ciências Econômicas.

A segunda solução apontada por Cristina é micro-econômica, ou, como explicou, de responsabilidade do próprio empresário. “O líder precisa estar atento para as novas oportunidades que as políticas do Governo estão criando para a indústria nacional – por exemplo, aquelas criadas pelas políticas de compras implementadas, pelos incentivos à inovação e ao investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), pelas melhores condições de � nanciamentos em longo prazo etc. E ainda, o empre-sário deve se atualizar sobre os movimentos do mercado

período de 2011”, analisa a doutora em Ciências Econômicas Cristina Fróes de Borja Reis, economista e consultora do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Ela destaca que do lado das importações, o Brasil vem sendo um dos destinos dessa oferta de produtos no comércio internacional, que se aproveita da manutenção dos níveis de consumo interno. “Felizmente a renda nacional vem sendo sustentada, por conta, principalmente, das baixas taxas de desemprego e da maior formalização. Contudo, conforme o próprio relatório de metas de in� ação do Banco Central de junho de 2012 observou, a expansão do consumo aparente em 2011 foi 100% absorvida por importados”, registra.

Esses dois efeitos têm in� uenciado no crescimento negativo da produção industrial em 2012, que entre janeiro e agosto acumulou uma redução de -3,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Iedi. “Di� cilmente o curso da produção industrial nos meses restantes do ano evitará um resultado negativo em 2012, notando-se que no ano passado o resultado já fora adverso, com crescimento de apenas 0,4%”.

Cristina Fróes disse que a retração foi generalizada em todas as categorias de uso (principalmente bens de capital, com -12,2%, e bens intermediários, com -7,3%). Entre as atividades, a de veículos automotores, com queda de -14,2% em setembro em relação ao mês anterior, exerceu a maior in� uência negativa na formação do índice geral.

Investimento do setor público é insufi cienteCompartilhando da mesma opinião, o economista

Orlando Caliman ainda vai mais longe e revela que, além disto, “temos um país cujo setor público não conseguiu investir ou gerar poupança capaz de melhorar o seu nível de investimento”. “Hoje, o Brasil investe, entre Estado, municípios e União, 1,7% do PIB, enquanto Coreia, Chile

“O setor público não conseguiu investir ou gerar poupança capaz de melhorar o nível de investimento”Orlando Caliman, economista

“O fato é que o mercado, mesmo em crise, oferece oportunidades. Então, o industrial tem que estar atento para as que surgirem. Ele deve diversifi car e criar novas linhas de produtos, buscando o valor agregado, e trabalhar essa vertente da inovação como também um fator de competência para a sua indústria”

Leonardo de Castro, diretor de Desenvolvimento Industrial da Findes

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consumidor, mais notadamente sobre o aumento do mercado de bens populares, proporcionado pelo alarga-mento da classe média na população”, sublinhou.

Neste cenário, 2013 é um ano em que o industrial deve tomar algumas ações internamente na empresa para que continue a funcionar saudavelmente. Essa é a visão do diretor para Assuntos de Desenvolvimento Industrial, da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Leonardo de Castro.

“A primeira sugestão que fazemos é para que o empre-sário atente para proteger seu fluxo de caixa. A empresa deve cuidar do prazo de pagamento que concede a seus clientes, não aumentar prazos de vendas e procurar nego-ciar da melhor forma possível os prazos de pagamentos dos seus insumos. É importante ter linhas de crédito aprovadas com os bancos e manter uma política de caixa saudável, para que o empresário tenha tranquilidade para poder operar o seu negócio”, aponta.

Leonardo de Castro ensina que o industrial deve fazer o seu “dever de casa” para reduzir ao máximo o custo fixo de operação. Assim, poderá estar mais leve, menos onerado, para enfrentar situações de queda nas vendas e aceitar melhor a sazonalidade do mercado.

“O fato é que o mercado, mesmo em crise, oferece oportunidades. Então, o industrial tem que estar atento para as que surgirem. Ele deve diversificar e criar novas linhas de produtos, buscando o valor agregado, e traba-lhar essa vertente da inovação, como também um fator de competência para a sua indústria. Quando se fala em inovação, não se trata de descobrir uma coisa nova, mas sim diversificar e melhorar o produto que se faz hoje”, esclarece o diretor da Findes.

Do ponto de vista externo, em sintonia com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Findes tem trabalhado os pontos-chaves para dar competitividade à indústria de forma sistêmica: a desoneração trabalhista; a desoneração tributária; e a redução do custo de energia elétrica. De acordo com Leonardo de Castro, esses são pontos fundamentais. “Sempre lembrando que a indústria não quer privilegio: ela quer equidade. Quer condições iguais de competir com as outras indústrias, localizadas em outros países. Queremos um custo de energia similar a que se vê globalmente”, ressalta.

Na agenda estadual, a Findes entregou uma série de sugestões e pleitos ao governador, Renato Casagrande que também transitam por questões tributárias. Outros aspectos, mais amplos, são o acesso ao crédito e o papel

do Bandes no desenvolvimento da indústria capixaba, além da discussão acerca dos produtos que hoje estão incluídos no sistema de substituição tributária e que têm causado perda de competitividade para venda dentro do próprio Espírito Santo. “Acredito que esses pleitos focam em pontos que ajudarão o industrial a manter a sua empresa em condição saudável”, finalizou Castro.

Palavra de ordem: competitividadePara a consultora Cristina Fróes, tanto para o empresário

que está perdendo mercado externo, quanto para aquele que perde no mercado doméstico, este é o momento para concen-trar esforços em conferir melhores condições de competi-tividade para os seus produtos. “Sem embargo, as soluções mais contundentes são buscar o aumento da produtividade e adotar medidas estratégicas de concorrência, como inova-ções de produto e de processos operacionais e produtivos, diferenciação, aprimoramento do marketing das marcas e busca de novos mercados, entre outros”, enumera.

Complementando, o economista Orlando Caliman lembra que são visíveis nas estatísticas e nos indicadores o péssimo desempenho industrial, principalmente naqueles setores que são mais vulneráveis, como confecções, calçados e moveleiro – que sofreram um assédio muito grande de importados, por conta da valorização do real –, e ainda na indústria automobilística – esta, em condições um pouco diferenciadas.

Isso causou um processo de desindustrialização, que é possível de se verificar na substituição da produção nacional de alguns produtos por outros produzidos em outros países, basicamente na China, que é o grande provedor de produtos importados, já tendo ultrapassado os Estados Unidos. Todo este processo afetou fortemente a indústria nacional e seus empresários, que precisam lutar para vencer o custo Brasil, para fomentar a cultura inovadora e para aprimorar sua capacidade de gestão.

“O líder precisa estar atento para as novas oportunidades”Cristina Fróes Borja Reis, consultora do Iedi

cenário

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A AGROINDÚSTRIA NO ESPÍRITO SANTOSetor representa 7% do PIB estadual e apenas a celulose responde por 95% das exportações de produtos processados

A pesar de possuir tradição na produção agrícola, o Espírito Santo ainda não tem uma agroindústria organizada e forte. Em escala industrial, a atividade

é restrita a algumas grandes empresas e uma pequena variedade de produtos.

Números do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) revelam que, em 2009, o agronegócio representou 30% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba. Deste total, apenas 22% correspondiam a produtos industrializados, ou seja, à agroindústria. O restante estava ligado a outros segmentos do agronegócio, incluindo a produção e venda de produtos primários e a cadeia de logística que atende ao setor. Em 2010 este percentual não mudou muito, variando para 22,4%.

O IJSN inclui os seguintes setores industriais na cons-trução do PIB da agroindústria: madeira e mobiliário; celulose, papel e grá� ca; fabricação de elementos químicos (álcool); indústria têxtil; fabricação de artigos do vestuário; fabricação de calçados; indústria do café; bene� ciamento de produtos vegetais; abate de animais; indústria de laticínios; fabricação de açúcar; fabricação de óleos vegetais; e fabricação de outros produtos alimentares.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, as agroindústrias, como um setor à parte, respondem por um pouco mais de 7% do PIB do Estado. “A celulose, que é um produto agroindustrializado, responde por mais de 95% das exportações de produtos processados

por Anderson Cacilhas

ESPECIAL

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do agronegócio capixaba. Para a maioria dos outros produtos agrícolas capixabas, a comercialização ainda é feita sem valor agregado. Tanto que, para o país, a parti-cipação relativa da agroindústria na composição do PIB do agronegócio é maior do que a do Espírito Santo”, disse.

O secretário acrescentou que ainda é preciso avançar muito no processamento de produtos primários, especialmente no café, que é o principal formador de renda rural. Com isso, os benefícios da agroindústria na geração de emprego e renda ficariam no Estado.

“A celulose, que é um produto agroindustrializado, responde por mais de 95% das exportações de produtos processados do agronegócio capixaba” Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura

Produtos primários ainda predominam nas exportações

Entre 2007 e 2011, o agronegócio capixaba exportou 32,27% de produtos básicos, 60,11% de produtos semi-manufaturados e 7,61% de produtos manufaturados. Estes números são do IJSN, que, no seu relatório, sugere que há necessidade de agregação de valor aos produtos agrícolas capixabas.

O agronegócio participou nas expor-tações, em 2011, com 14,77% das vendas totais efetuadas para o exterior pelos diversos setores, em todo o Estado. Foram movimentados mais de R$ 2,2 bilhões, incluindo produtos processados e primários.

No plano nacional, o agronegócio capixaba contribuiu com 2,36% do total vendido pelo setor em todo o Brasil em 2011. Quando se calcula o total de exportações dos diversos segmentos, o Espírito Santo tem uma participação de 5,92% dentro das vendas efetuadas por todo o país.

Os principais produtos agroindus-triais exportados pelo Espírito Santo são a celulose, chocolates, açúcar, cortes de carnes, noz-macadâmia já embalada e pronta para consumo, e móveis. Os principais destinos das exportações do agronegócio capixaba, na média entre 2007 e 2011, foram os Estados Unidos

com 32,73%, China com 11,51% , e Holanda com 13,73%.

Nesse mesmo período, as exportações do setor de agronegócios tiveram a celulose liderando as vendas externas, com 59,69%. Em seguida, aparece o café, com 31,17% dos negócios, mas em 2011, por exemplo, de todo grão exportado, apenas 5,87% repre-sentavam produtos manufaturados com valor agregado. O restante se referiu à venda do produto primário, sem beneficiamento.

Pequenos produtores formarão agroindústrias

A multiplicação das agroin-dústrias familiares. Este é o obje-tivo do Plano de Desenvolvimento do Empreendedorismo Rural e da Agroindústria Familiar, que está sendo desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes). O documento, que deverá estar concluído em 2013, proporá uma série de ações para o desenvolvimento dos empreendedores rurais e da formali-zação dos empreendimentos da agroin-dústria familiar, agregando valor aos produtos das pequenas propriedades.

Um produtor rural, para se encaixar na categoria de agroindústria, precisa

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atender a uma série de exigências legais, como estar instalado em uma propriedade rural cuja área total não supere 50 hectares, utilizar mão de obra predominantemente familiar e ter pelo menos 60% da matéria-prima originada na propriedade rural.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha, a maioria dos municípios do interior do Estado depende do setor primário, ou seja, da produção e venda de produtos sem beneficia-mento, sem valor agregado.

“A agroindústria funciona para agregar valor aos produtos. O desenvolvimento desta atividade é indispensável para o resgate da economia do interior, uma vez que a maioria dos investimentos está no litoral”, disse.

Ele aponta que é preciso dar estímulos aos produtores, como a desburocratização dos licenciamentos, além da qualificação da mão de obra, do resgate da autoestima da população que trabalha em atividades agrícolas, e de uma nova postura do poder público e da iniciativa privada.

Júlio Rocha acrescenta, ainda, que a falta de uma boa logística de transporte, a alta carga tributária e a infraestrutura ineficiente acabam por afastar os investidores, aumentando a concorrência “desleal” dos produtos importados.

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, explicou que o Sistema Findes, incluindo o Sesi, Senai e IEL, ajudarão estes empreendedores com a qualificação profissional e com todo o apoio institucional necessário, contribuindo para

o desenvolvimento de sua gestão empresarial, no desenvol-vimento de projetos, estudos e pesquisas, entre outras ações que aumentem a competitividade do setor.

“Traremos este empreendedor para dentro da Federação para que ele possa desenvolver o seu negócio. Vamos fomentar a criação de sindicatos para as indústrias de laticínios e da pesca, que atenderão a setores importantes da economia que estão em praticamente todos os municípios capixabas, repre-sentados, muitas vezes, pela microindústria de produção familiar. Já temos apoiado sindicatos ligados à indústria alimentícia, como o Sincafé, Sindipães e o Sindimassas, mas temos grandes empresas já instaladas no Estado que ainda não têm um sindicato para apoiá-las”, disse.

O secretário da Agricultura, Enio Bergoli, explicou que é cada vez maior o número de empreendimentos agroin-dustriais formados a partir da união de produtores de matérias-primas da agricultura.

“Acredito que vamos avançar muito nos próximos anos no setor de laticínios, torrefação de café, processamento mínimo de hortaliças e também em empresas que utilizam frutas e polpas como matéria-prima”, disse.

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) possui um Programa de Agroindústria dentro do qual estão sendo criadas políticas para que a atividade se desenvolva no Estado. Diversos produtores já foram beneficiados e estão vendendo seus produtos manufaturados para supermercados da Grande Vitória.

Da plantação para a indústriaO Espírito Santo produz matérias-primas fundamentais

para várias agroindústrias do Estado. A madeira vai para a indústria de celulose e para o polo moveleiro, o leite para as indústrias de laticínios, o café em grão para as torrefadoras, a cana-de-açúcar para as usinas de açúcar e álcool, as frutas

EspEcial

“O sistema cooperativista é o único que alinha o econômico com o social, porque valoriza as pessoas em detrimento do capital. O que precisamos é implantar mais profissionalismo e comprometimento”

José carnieli, diretor-presidente da cooperativa Veneza

“A agroindústria funciona para agregar valor aos produtos. O desenvolvimento desta atividade é indispensável para o resgate da economia do interior”Júlio Rocha, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes)

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“Apesar de a maioria das propriedades serem de pequeno porte, já existe um bom número com elevados índices de produtividade”Sérgio Brambilla, presidente do Sincafé

PrinciPais reivindicações da indústria caPixaba• Reforma tributária • Redução do Custo Brasil• Desburocratização• Investimento maciço em infraestrutura• Investimento maciço em inovação• Redução do custo da energia elétrica e do gás natural • Revisão da CLT• Capacitação profissional

para as processadoras de polpa e sucos, e as especiarias, como pimentas do reino e rosa, para as fábricas de condimentos.

Enio Bergoli explicou que no setor sucroalcooleiro é muito comum empresas produzirem cana, açúcar e álcool e que as cooperativas são organizações de produtores que vertica-lizam as cadeias produtivas.

“No caso do leite, as cooperativas capixabas processam todos os dias mais de 600 mil litros, transformando-os em queijo, iogurte, manteiga e longa vida. Isso ocorre também com a macadâmia e outros produtos. Nossas carnes bovina e suína são utilizadas em diversas fábricas de embutidos, dentre tantos outros exemplos”, disse.

O presidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé), Sérgio Brambilla, explicou que a exportação de café industrializado (torrado e moído) vem aumentando. Em 2011 houve aumento de 14% neste segmento com relação a 2010. Ele acrescenta que muitas fazendas estão aumentando seu capital.

“Apesar de a maioria das propriedades serem de pequeno porte, já existe um bom número com elevados índices de produtividade, principalmente na região norte do Estado. Elas fazem uso de tecnologias avançadas e por isso conseguem deter um bom nível de capital econômico”, disse, revelando também que o Espírito Santo tem condição e vocação para expandir seu parque cafeeiro, principalmente o de Conilon.

Brambilla explicou, ainda, que a criação de um Selo de Origem para o grão produzido no Espírito Santo, o “Café das Montanhas”, contribui para otimizar a relação entre os produtores e o segmento industrial, facilitando o acesso do pequeno agricultor a quem compra o grão.

Empresas anunciam expansão dos negócios

Duas empresas do setor de laticínios anunciaram a intenção de investirem no aprimoramento da qualidade de suas atividades e na expansão dos negócios com o lança-mento de novos produtos.

A Selita informou, por meio de sua assessoria, que uma de suas metas para o próximo ano é participar mais ativa-mente da cadeia de produção de alimentos por meio de sucos de frutas. Segundo a empresa, a capacidade industrial que possui permite pensar em trabalhar com esse segmento e atender a esse mercado, que tem um dos maiores índices de crescimento.

Ainda de acordo com a Selita, a produção leiteira cresceu em torno de 3% ao ano no Espírito Santo e hoje há poucas áreas para o crescimento horizontal da atividade, restando a opção do crescimento vertical, ou seja, por meio do aumento da produtividade. Por isso, implantou o Projeto 120 Mais Leite, que hoje atende 504 produtores e os orienta tecnica-mente sobre como aumentar o ganho de produção na mesma área na qual atuam.

Na Veneza também há novidades. O diretor-presidente da cooperativa, José Carnieli, não revelou a linha de produtos que pretendem lançar ou ampliar, mas explicou que para isso haverá investimento na profissionalização dos cooperados.

“O sistema cooperativista é o único que alinha o econô-mico com o social, porque valoriza as pessoas em detrimento do capital. O que precisamos é implantar mais profissiona-lismo e comprometimento”, disse.

Ele acrescentou que o importante é fazer todo o processo de beneficiamento no Estado, gerando emprego e renda. Para isso, é fundamental alinhar os custos da produção primária e de processamento, escala, logística, tecnologia e inovação. “A Veneza vem investindo na sua bacia leiteira com várias parcerias para treinamento de mão de obra, melhoria de tecnologia em genética, manejo e pastagem, o que nos trará resultados de médio e longo prazo”, concluiu Carnieli.

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No sistema

por Heliomara Mulullo

SeSi lança Serviço àS indúStriaS com foco na ergonomia

Conheça o Diagnóstico de ergonomia nas empresas, mais novo serviço da Divisão de segurança e saúde no trabalho do sesi-es

O Serviço Social da Indústria (Sesi-ES) tem como missão sempre melhorar a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores. O resultado desse esforço

traduz-se em serviços que, por promoverem a saúde, a segurança e o bem-estar do trabalhador, garantem ao empregador, por consequência, maior competitividade e melhoria no ambiente de trabalho.

Por meio de estudos e diagnósticos, a Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi-ES desenvolveu um novo serviço na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), denominado Diagnóstico de Ergonomia nas Empresas.

A novidade foi criada com base na necessidade de se ter empresas com maior capacidade de competir em mercados cada vez mais disputados e globalizados, equacionando-a com a importância, consequentemente cada vez maior, da manutenção da saúde do trabalhador. “Essa dinâmica do mercado tem gerado uma demanda por programas e serviços na área de Segurança e Saúde no Trabalho”, explicou Adriana Freitas, gerente da Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi-ES.

Ergonomia é um termo que deriva do grego “ergon”, que signi-fica “trabalho”, e “nomos”, compreendido como “leis ou normas”. O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao seu trabalho e formas eficientes e seguras de desempenhá-lo visando à otimização do bem-estar e, consequentemente, ao aumento da produtividade.

A NR 17 é uma Norma Regulamentadora emitida pelo Ministério do Trabalho que visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

O conceito se aplica, por exemplo, às condições de adap-tação de uma máquina ao seu operador, proporcionando um manuseio eficaz e evitando esforço extremo do traba-lhador na execução do trabalho, de forma a prevenir as lesões por esforço repetitivo (LER), que são um dos problemas físicos mais comuns a causar limitações ou mesmo incapacidade de trabalhar.

Utilizar soluções ergonômicas no local de trabalho é uma iniciativa que pode prevenir muitos problemas de saúde e segurança e aumentar significativamente os níveis de satisfação, eficácia e eficiência do trabalhador. Nesse contexto, eficiência refere-se a produtividade, a fazer mais com o mínimo de recursos possíveis.

O Sesi é o grande parceiro no atendimento às demandas das empresas, por isso, propôs a implantação do Diagnóstico de Ergonomia buscando a ampliação do seu portfólio de serviços prestados e a minimização de custos para as mesmas.

eNteNDa a Nr17

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Indústria Capixaba – FINDES 37Nov/2012 – nº 303

trabalhador na empresa, bem como orientará a decisão quanto à necessidade de se realizar uma em seus postos de trabalho.

As sugestões de melhorias podem ser elaboradas conforme o conteúdo do Diagnóstico Ergonômico ou da AET (mais específica) e têm por objetivo orientar a empresa na tomada de decisões. Como resultado, busca-se construir um ambiente ergonomicamente correto, gerando maior satisfação de todos: empresa e trabalhadores.

“O objetivo principal deste serviço é realizar um levanta-mento das condições ergonômicas da empresa, inicialmente através da aplicação de um questionário, a fim de elaborar um Diagnóstico Ergonômico das mesmas”, relata Adriana.

Para se fazer o Diagnóstico Ergonômico, que é a base da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), existem várias ferramentas, como pesquisa de dados junto ao RH da empresa; questionários (checklists) aplicados aos funcionários; monitora-mento e observação da tarefa executada; registros fotográficos e filmagens; medições de ruído e iluminação, entre outras.

“A confecção da AET depende de recursos e métodos específicos e capazes de promover melhorias no posto de trabalho, uma vez que somente ela atende à NR 17. Dessa forma, proporciona ao trabalhador e ao empresário maior satisfação no resultado final: melhor qualidade do produto; maior produtividade, melhor qualidade de vida do traba-lhador”, disse Adriana

O resultado do Diagnóstico Ergonômico será capaz de avaliar a qualidade de vida, além da segurança e saúde do

“O mercado competitivo tem

gerado uma demanda por programas e

serviços na área de Segurança e Saúde no

Trabalho (SST)” Adriana Freitas,

gerente da Divisão de Segurança e Saúde no

Trabalho do Sesi-ES

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IndústrIa EM aÇÃO

E ntre os dias 26 e 29 de setembro, uma comitiva capixaba participou da maior feira de mármore e granito do mundo, a Marmomacc 2012, realizada em Verona,

na Itália. O grupo conheceu as principais tecnologias do setor na viagem, que também teve como objetivo buscar novas parcerias e negócios que possam impulsionar ainda mais a economia do Estado no segmento de rochas. Além disso, a caravana pôde conhecer opções de geração de energia a partir de fontes alternativas implantadas com êxito na Itália.

A comitiva, da qual fizeram parte o governador Renato Casagrande; o presidente da Findes, Marcos Guerra, e o vice-presidente, Manoel Pimenta; a superintendente do Sesi e diretora-regional do Senai, Solange Siqueira; o diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi/Senai, Flávio Bertollo; o então secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Félix; o presidente do Bandes, Guerino Balestrassi, e dezenas de empresários capixabas, visitou os cerca de 20 expositores do Espírito Santo que estiveram presentes no Pavilhão Brasil da feira italiana, mostrando a diversidade e beleza das rochas produzidas no Estado e divulgando internacionalmente seu nome e o do Brasil.

Segundo informações da Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais (Abirochas), computou-se uma média de 129 visitas por empresa, com um público oriundo da Noruega, China, Países Árabes, Chile, Portugal, Índia, Israel, Rússia, Polônia, México, EUA, Itália, Venezuela, Inglaterra, Ucrânia, África do Sul,

Comitiva Capixaba busCa negóCios e teCnologias na itália

IndústrIa EM aÇÃO

O governador Renato Casagrande e o presidente da Findes, Marcos Guerra, com os executivos do setor de mármore e granito capixaba Helder

e Daniele Nico, na maior feira de mármore e granito do mundo, na Itália

Grécia, Turquia, Alemanha e França, entre outros países. Os negócios realizados pelos expositores brasileiros totalizaram quase US$ 20 milhões, com expectativa de desdobramento para outros US$ 50 milhões nos próximos 12 meses.

Após a abertura da Marmomacc, Casagrande e integrantes do Governo do Espírito Santo almoçaram com empresários estrangeiros interessados em investir no Brasil. Também visitaram a cidade de Brescia, onde conheceram a Termovalorizzatore, a maior termelétrica italiana, que gera energia a partir de resíduos provenientes da incineração de lixo que não pode ser reciclado. Como resultado da visita, uma equipe técnica da usina deve vir ao Espírito Santo para analisar a viabilidade da instalação, na Grande Vitória, de uma termelétrica nos mesmos moldes.

No dia 27, foi a vez de a delegação capixaba visitar o Mercato de Verona, um dos maiores centros de distribuição de produtos agrícolas da região. No mesmo dia, o grupo encontrou-se com o presidente da Província de Veneza, Luca Zaia, e com o prefeito de Verona, Flávio Tosi.

“A viagem foi muito boa. Entre diversas visitas a empresas e centros tecnológicos em paralelo à feira, realizamos ainda um grande encontro com todos os empresários capixabas presentes no evento, ocasião em que fizemos um alinhamento em conjunto com a Federação das Indústrias e o Governo do Estado para traçarmos ações para o desenvolvimento do setor”, disse o presidente da Findes, Marcos Guerra.

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por diversos diretores do sindicato; do presidente do Centrorochas, Geraldo Machado; e do presidente da Abirochas, Reinaldo Sampaio. Também compa-receram Guerino Balestrassi; Solange Siqueira; Flávio Bertollo; e os empresários Cecília e Wilson Milanez e Glauco Ferrer.

No jantar realizado no Ristorante Antico Caffé Dante, em Verona, o governador Renato Casagrande destacou a importância das indústrias de rochas ornamentais para

a economia do Espírito Santo, reconhe-cendo o Sindirochas como entidade líder dessa atividade.

ParceriasUm dos bons resultados que a visita

da comitiva trouxe para o Espírito Santo foi a associação entre a Marmomacc e os empresários capixabas que organizam a Vitória e a Cachoeiro Stone Fair, o que permitirá que, a partir de 2013, os italianos assumam a coordenação desses eventos, os maiores do setor de mármore e granito no Brasil, além da Mec Show, todos realizados pela empresa Milanez & Milaneze.

O diretor da Verona Fiere, Giovanni Mantovani, informou que a empresa adquiriu 60% dos direitos das duas feiras realizadas no Estado. A intenção é a internacionalização da marca estrangeira, que já atua realizando feiras do setor nos Estados Unidos e Arábia Saudita, com possível expansão dos negócios para Marrocos, Catar e México.

Após a viagem da comitiva conjunta da Findes com o Governo do Estado para a Feira Internacional do Mármore e Granito de Verona, na Itália, o presidente da Findes, Marcos Guerra, anunciou que a nova Escola do Senai, que será criada na unidade do Sesi/Senai/IEL de Cachoeiro de Itapemirim, atenderá a toda a região e receberá um grande aporte tecnológico, visando a suprir as necessidades do setor de rochas ornamentais.

Com investimentos previstos de R$ 9 milhões, a nova unidade receberá know how visando a agregar mais valor e tecnologia aos produtos capixabas, sendo fruto dos diversos contatos e possíveis parcerias a serem firmadas após o evento internacional. O setor de rochas ornamentais atualmente gera 120 mil empregos diretos e indiretos e movimenta R$ 800 milhões por ano na economia do Espírito Santo.

Além da Itália, o Sistema Findes também buscou novas tecnologias na Alemanha, onde foi representado pelo vice-presidente, Manoel Pimenta; pela diretora-regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira; e pelo diretor para Assuntos de Educação e Cultura de Sesi/Senai, Flávio Bertollo, que visitaram centros tecnológicos e escolas de formação profissional alemãs.

Tecnologia inTernacional no Senai de cachoeiro de iTapemirim

JantarDurante a realização da Marmomacc 2012, no dia 27 de

setembro, o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), com o apoio da Findes, promoveu um animado jantar de confraternização com a presença dos integrantes do Governo do Estado, do presidente e do vice-presidente da Findes; do presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça, e do diretor-executivo, Romildo Tavares, acompanhados

A comitiva capixaba visitou os estandes de expositores brasileiros na Marmomacc

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O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), cujo

colegiado é representativo (apesar de cada segmento ter uma participação diferenciada em termos da composição global do plenário) de cinco setores: Governo Federal, governos estaduais e municipais, sociedade civil organizada e setores empresariais.

As reuniões são realizadas em Brasília, oportunidade em que os seus mais de 100 representantes se deslocam de seus estados para a capital federal. A grande maioria inicia o deslocamento na véspera e retorna no dia seguinte à reunião, agregando-se, neste caso, o processo de hospedagem à emissão de bilhetes aéreos para grande parte dos membros de seu plenário, despesa coberta pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Certamente fica a reflexão: por que não descentralizar o Conama por regiões geográficas – Conama Sul, Conama Sudeste, Conama Centro-Oeste, Conama Norte e Conama Nordeste – permitindo que os assuntos de interesse especí-fico de uma região possam ser deliberados diretamente nas regiões onde este se mostra como um ponto a ser debatido?

A descentralização aumentaria a participação de outras representações – regionais e locais – no plenário dos

Conamas regionais (hoje impossibilitadas de participação, dada a limitação do atual Conama), minimizaria custos de deslocamento e hospedagem dos conselheiros (que participam com ônus para o Governo) e, o que nos parece o grande ganho da mudança, permitiria a proximidade entre aqueles que decidem (conhecem) a região onde o problema está sendo analisado (hoje, no Conama, conselheiros de regiões totalmente desligadas do problema em discussão deliberam sobre as temáticas colocadas em votação).

Essa proposta não é nenhuma novidade, pois o Estado do Espírito Santo – em decisão pioneira no Brasil – há muito descentralizou o seu Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) em cinco Conselhos Regionais (Conremas), atribuindo a estes as decisões específicas ligadas à região de atuação do respectivo Conrema e deixando ao Consema as deliberações (macro) que envolvem a competência de dois ou mais Conremas.

Outros estados já se adaptaram à mesma filosofia – por exemplo, Minas Gerais – o que mostra que a decisão de descentralizar é uma opção que assegura o aprimoramento da qualidade das decisões ligadas à temática ambiental.

Em relação à Conferência Nacional do Meio Ambiente (MMA), em 2003, fizemos a apresentação da proposta em um dos grupos de trabalho do evento, porém as reações foram

muito fortes, inviabilizando a discussão, mas sem a apresentação, na oportunidade, de justificativas que levassem a esse tipo de postura.

Sabemos que essa proposta inevitavelmente irá esbarrar em resistências de interesse de alguns dos atuais membros do Conama – apesar de não haver nenhuma restrição legal para que o processo de descentralização possa vir a ocorrer –, porém tais posições pessoais não deveriam ser obstáculos à (no mínimo) discussão ampla da proposta.

Com a proposta, o Conama não acaba; pelo contrário, ele se amplia e aprimora a qualidade de suas decisões. Ao Conama Central, as decisões que envolvam duas ou mais regiões geográficas; aos Conamas regionais, as decisões específicas de suas áreas geográficas. Roosevelt S. Fernandes é membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente / Consema do Estado do Espírito Santo

Conama – Por que não desCentralizar?

artigo

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O mês de outubro é mundialmente dedicado a ações de prevenção e combate ao câncer de mama. Nesse período, a cor rosa, que representa a luta contra a doença, é a escolhida para iluminar diferentes monumentos públicos e pontos turísticos de várias cidades. Na Grande Vitória, diversas empresas e monumentos públicos, como o Convento da Penha, o Palácio Anchieta e a Terceira Ponte, foram iluminados com essa cor.

O Sistema Findes também aderiu à iniciativa e, ao longo de todo o mês de outubro, seu edifício-sede recebeu uma iluminação cor-de-rosa, em apoio às ações em prol do diagnóstico precoce do câncer de mama organizadas pela Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc). Além disso, a Federação das Indústrias realizou ações de conscientização junto às suas colabo-radoras, alertando sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.

O movimento contou com a participação especial da gerente da Unidade do Sesi Saúde, Gisele Frigi, que já venceu um câncer de mama. Durante todo o mês, ela compartilhou seu exemplo com as colegas de Federação, ressaltando, através de sua experiência, que a prevenção é o melhor caminho para garantir a saúde das mamas. “Diagnóstico precoce é tudo. O meu hábito de fazer a mamografia anualmente permitiu que eu descobrisse a

doença no estágio inicial, evitando tratamentos mais penosos como a quimioterapia, e ainda que o câncer se espalhasse para outros órgãos do meu corpo. Minha experiência ajudou a despertar nas pessoas a consciência de que isso também pode acontecer com elas, e que é preciso prevenir-se”, comentou Gisele.

A quase estagnação da economia brasileira no primeiro semestre, com crescimento de apenas 0,6% do PIB, segundo o IBGE, aliada à crise na Europa e nos Estados Unidos, começa a trazer efeito negativo para a indústria nacional. Pelo menos US$ 95 bilhões em investimentos no Brasil foram suspensos ou tiveram seus cronogramas postergados, nos últimos meses. A lista inclui companhias como Anglo American, Vale, Braskem, JAC Motors e Petrobras.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes), José Carlos Chamon, acredita que as empresas estrangeiras e nacionais estão cautelosas, preferindo gerar caixa a ampliar a capacidade de produção. A tendência para a indústria seria fazer mais negócios com o Governo mas, segundo ele, a burocracia atrapalha.

“Hoje contamos muito com ações de Governo que incentivem obras de infraestrutura, que são essenciais não só para aquecer o mercado, mas para movimentar a economia. Porém, o grande problema é que há um intervalo muito grande entre a contratação e o início das obras, uma vez que a burocracia costumeiramente emperra os grandes projetos”, analisou Chamon.

SiStema FindeS participa do outubro roSa

Obras públicas devem impulsiOnar a cOnstruçãO pesada

Durante todo o mês de outubro, o Edifício Findes foi iluminado de rosa para lembrar a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

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Capixabas ganham medalhas na Olimpíada dO COnheCimentO

A cada dois anos, o Senai promove a maior competição de educação profissional das Américas. A edição 2012, sétima do evento, realizada entre os dias 12

e 18 de novembro, em São Paulo, rendeu bons frutos para a delegação capixaba. Um dos destaques foi a competidora Sâmela dos Santos Grolla, moradora de Vila Velha, que conquistou a medalha de bronze na categoria “Confecção de Roupas”, além do troféu de “Melhor Competidor do DR/ES”. A estudante teve seu primeiro contato com o Senai por meio de uma indicação do programa Menor Aprendiz, do qual participava recebendo uma bolsa salário, enquanto fazia o curso de habilitação técnica pela Chocolates Garoto. Em 2009, aos 16 anos, Sâmela foi aprovada e ingressou no

curso de qualificação em Modelagem. Um ano mais tarde, sem querer perder uma oportunidade à vista, inscreveu-se em mais um processo seletivo no Senai Araçás.

Outro capixaba premiado foi Renildo Batista da Silva Junior. O competidor ganhou Certificado de Excelência na ocupação “Soldagem”. Já a estudante Aline Lopes conquistou o primeiro lugar na categoria “Serviço Inovador” da mostra Inova Senai, que aconteceu paralelamente à Olimpíada do Conhecimento e reuniu 50 projetos de 13 áreas industriais. Ela venceu com o projeto “Certificação Ambiental de Edifícios”, uma consultoria voltada para construtoras interessadas em reduzir o impacto da construção civil no meio ambiente. O projeto foi coordenado pela docente Janine Gomes da Silva e teve coparticipação da docente Camila Chiste. As autoras ganharam prêmio de R$ 300 mil, que será investido na implantação do projeto, elaborado com base no protocolo Alta Qualidade Ambiental (Aqua), formado por 14 critérios de quatro categorias (ecoconstrução, ecogestão, conforto e saúde).

A aluna da Unidade de Anchieta Jhenifer dos Santos Zuqui, que faz o curso técnico em Segurança do Trabalho, ganhou o “Desafio de Ideias”, em conjunto com sua equipe, formada por estudantes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Acre e Paraíba. O “Desafio de Ideias” foi um concurso técnico-cultural, no qual os alunos criaram soluções inovadoras para as empresas parceiras.

PremiaçãoA categoria “Serviço Inovador” foi a única a distribuir

prêmio em dinheiro. Nas outras duas categorias, “Produto Inovador” e “Processo Inovador”, cada integrante das equipes que ficaram nos três primeiros lugares ganhou equipamentos eletrônicos – notebooks (1º lugar), tablets (2º lugar) e smartphones (3º lugar).

A Olimpíada do Conhecimento reúne estudantes de cursos técnicos e de formação profissional do Senai do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de todo o Brasil.

Na competição, os jovens são desafiados a executar tarefas do dia a dia das empresas, dentro de prazos e padrões internacionais de qualidade. Vencem aqueles que alcançarem as melhores notas nos quatro dias de prova.

Este ano, o evento contou com a participação de cerca de 4 mil pessoas, entre competidores, técnicos, avaliadores e organizadores de todo o Brasil.

Mais do que disputas e busca por medalhas, a Olimpíada do Conhecimento do Senai é a oportunidade para o jovem aparecer para o mercado de trabalho. Além de serem observados pelos avaliadores, eles expõem conhecimento e habilidades para os empresários que visitam a competição.

Olimpíada dO COnheCimentO

Delegação capixaba fez bonito nas Olimpíadas do

Conhecimento, com competidores e projetos premiados

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As empresas vencedoras da etapa estadual do Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho (PSQT) foram conhecidas no dia 23 de outubro. Cesan, FHF Recauchutadora de Pneus, Marca Ambiental, Móveis Rimo, Petrobras e Spali se destacaram entre as concorrentes do Espírito Santo e participarão da fase nacional da premiação. O evento de premiação foi realizado na sede da Findes, em Vitória.

Em sua 15ª edição, a iniciativa reconhece as empresas por suas práticas diferenciadas de gestão e valorização dos seus colaboradores. Participaram do prêmio empresas de pequeno, médio e grande porte.

O PSQT é uma promoção do Sesi e abrange projetos em seis categorias: Gestão de Pessoas, Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável, Educação e Desenvolvimento,

capixabas se destacam no prêmio sesi Qualidade no trabalho

Cultura Organizacional, Inovação e Desenvolvimento Socioambiental. Cada empresa pôde concorrer com até duas práticas em diferentes categorias.

“Além de prestar um reconhecimento público às empresas que adotam práticas diferenciadas de gestão em responsabilidade social, o prêmio é reconhecido como uma ferramenta que estimula a adoção de melhorias das condições de trabalho”, frisou a superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira.

Pioneira no setor, a premiação visa a despertar empre-gados e empregadores para o exercício da cidadania nas relações de trabalho, além de estimular as empresas para que incorporem a responsabilidade social em suas estratégias, a partir da difusão de boas práticas.

O vice-presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura; o especialista da Fundação Vanzolini, prof. Dr. Marcelo de Paula Pessôa; e o presidente do Sindinfo, Benizio Lázaro

Vitória recebeu, no dia 7 de novembro, na sede da Findes, em Vitória, o workshop“Engenharia de software – perfis do ciclo de vida para micro-organizações, para empresas da indústria de tecnologia e informação do Estado”, que abordou a norma ISO 29.110. Para ministrar o evento, foi convidado o principal especialista do país no assunto, o professor-doutor Marcelo de Paula Pessôa, da USP e da

Workshop aborda norma internacional para setor de tiFundação Vanzolini. Também participaram Airton Carlos Gonzalez, gerente de Certificação da Fundação Vanzolini; Rosa Emiko Sato, auditora ISO 29.110; e Sarah Kohan, consultora ISO 29.110.

O evento teve o objetivo de apresentar às empresas capixabas de Tecnologia da Informação a norma ISO 29.110 e sua aplicação na organização e melhoria dos processos de desenvolvimento de software. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Informática (Sindinfo), Benízio Lázaro, eventos como esse servem para engrandecer o setor capixaba.“As empresas que participaram tiveram um ganho muito grande em termos de informações de forma geral, principalmente pelo nível dos profissionais que estiveram conosco, incluindo a maior autoridade em termos de certificação do país”, disse.

O curso foi restrito aos 10 participantes do Projeto de Internacionalização do Sebrae, inclusive com visita a duas empresas associadas que já estão implantando a norma, Vixteam e Infosis. Entretanto, no dia 13 de dezembro, aqueles que não tiveram essa oportunidade poderão assistir à palestra de Marcelo Pessôa, durante o 2º Encontro Capixaba da Indústria de Tecnologia da Informação (Encati), que será aberto às outras empresas do setor.

Representantes do Sistema Findes e do Sesi durante a premiação

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Com o intuito de capacitar as micro e pequenas empresas para lidar com a inovação, preparando-as para captar recursos que financiem projetos ligados à inovação, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae criaram o “Movimento para Inovar”. No Espírito Santo, a iniciativa é capitaneada pelo Sistema Findes, por meio do IEL-ES, com execução do Inova Findes, e disponibilizará capacitação e consultoria para micro e pequenas empresas, visando à implantação de planos de inovação e elaboração de projetos.

O “Movimento para Inovar” foi apresentado para empresários capixabas no dia 4 de setembro, no Teatro do Sesi, em Jardim da Penha, Vitória, em um evento que reuniu cerca de 120 pessoas. A programação contou com uma peça de teatro e várias palestras.

Uma delas foi apresentada pelo engenheiro e consultor empresarial Getulio Ferreira, que falou sobre a “Inovação Como Diferencial Competitivo”. Em seguida, foi a vez do jornalista e doutorando em Ciência da Comunicação Carlos Tourinho abordar “A Comunicação como Fator de Difusão da Inovação”. Ambos destacaram a importância de o empresário buscar caminhos para inovar dentro do seu negócio, e também da necessidade de investir no capital humano.

O empresário e diretor da Imatic e Global b2c, Dárcio Stehling, também falou aos presentes, contando sua experiência na participação dos editais de Inovação Tecnológica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), que selecionam propostas para financiamento de projetos de inovação tecnológica a pesquisadores vinculados a instituições de ensino, pesquisa,

EmprEsários capixabas conhEcEm o “movimEnto para inovar”

desenvolvimento ou inovação, pública ou privada, localizadas no Espírito Santo, em parceria com micro ou pequenas empresas sediadas no Estado, visando a aumentar sua competitividade. Segundo Stehling, os recursos obtidos com a fundação pública possibi-litaram o crescimento de sua empresa.

“Um dos pontos principais de nossas ações é disseminar a inovação na indústria capixaba, principalmente entre os micro e pequenos empreendimentos. Se quisermos ter uma indústria melhor e mais competitiva, precisamos investir em inovação”, afirmou o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, durante o evento.

Ao final da apresentação, o gerente de Inovação da Findes, Iomar Cunha, mostrou as etapas do “Movimento para Inovar”. Ele explicou que esse primeiro encontro serviu para apresentar o projeto aos empresários, que receberam um termo de adesão. Caso decidam fazer parte do movimento, eles receberão orientação visando à implantação de planos de inovação e elaboração de projetos. O objetivo é apoiar o surgimento de novos produtos, processos e sistemas diferenciados para a melhoria da produtividade e lucratividade empresarial.

Empresários capixabas estão otimistas com as oportunidades de negócios que têm surgido a partir da exploração da camada do pré-sal no litoral capixaba. Uma comitiva do Sindicato da Indústria Mecânica do Estado do Espírito Santo (Sindimecânica) esteve na Itália em busca de conhecimento e atualização tecnológica. Eles participaram da 19ª Mostra Internacional Geofluid, que aconteceu entre os dias 3 a 6 de outubro na cidade italiana de Piacenza e apresentou tecnologias e equipamentos para a extração, perfuração, pesquisa e transporte de fluidos.

Comitiva do SindimeCâniCa partiCipa de feira na itália

Marcos Guerra destacou que o “Movimento para Inovar” será direcionado para as micro e pequenas indústrias capixabas

Os diretores do Sindimecânica, Salvador Turco e Karina Turco, e o presidente do sindicato, Ennio Modenesi Pereira, na Geofluid 2012

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Acompanhar o que há de mais moderno em termos de equipamento para o setor, além de tendências para uma produção eficiente e ecologicamente moderna. Foi com esse objetivo que empresários da indústria gráfica do Espírito Santo participaram do Ciclo Nacional de Palestras Descubra HEI, promovido pela empresa Heidelberg, uma das principais fornecedoras de máquinas para o ramo gráfico. O encontro foi realizado com apoio do Sindicato da Indústria Gráfica do Espírito Santo, no dia 23 de outubro, em Vitória.

Para ministrar o evento, estiveram presentes o gerente regional Rio de Janeiro e Espírito Santo da Heidelberg, Valter Melo, e o gerente de Soluções em Embalagens, Kleber Garcia. Eles aproveitaram a oportunidade para

Palestra aPresenta novas tecnologias Para o setor gráficoapresentar equipamentos que devem ser as próximas tendências do mercado, pois evitam desperdício, reduzem as emissões de CO² e são altamente eficazes em termos de consumo de energia.

Segundo o presidente do Siges, João Depizzol, palestras como essas são importantes para atualizar a indústria gráfica local com as novidades globais do segmento, principalmente no que tange à tecnologia atrelada à sustentabilidade. “Hoje, a tecnologia sustentável é uma das principais preocupações do setor. Um exemplo é o CTP sem processo químico, que ajuda na qualidade da produção, na quantidade e no cuidado com o meio ambiente, uma vez que utiliza menos produtos químicos no processo”, disse.

Os amantes do automobilismo puderam conhecer algumas novidades do setor durante a Autotech - Feira Internacional de Tecnologia Automotiva, realizada pela primeira vez no Espírito Santo, entre os dias 12 e 15 de setembro, no Parque de Exposições de Carapina, na Serra.

Além de apresentar lançamentos nacionais e importados, o evento teve palestras, oficinas e encontros, contando com a presença de palestrantes como o

Feira promove setor automobilístico no espírito santojornalista Reginaldo Leme, comentarista de Fórmula 1 na Rede Globo. A feira tem como objetivo desenvolver e modernizar o setor automotivo capixaba e chega em momento oportuno, em que várias montadoras anunciaram a intenção de instalar plantas de fabricação de veículos no Estado. O evento recebeu mais de 15 mil visitantes, movimentou mais de R$ 10 milhões em negócios e capacitou mais de 600 profissionais, em diversas áreas.

O encontro teve o apoio do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Espírito Santo (Sindirepa), filiado à Findes, e também de outras entidades, como o Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Acessórios para Veículos do Estado do Espírito Santo (Sinvepes); Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives); Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades); Associação das Oficinas de Reparação de Veículos do Espírito Santo (Assorves); e Federação das Entidades de Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Femicro).

O presidente do Siges, João Baptista Depizzol (primeiro à direita), acompanhado de representantes da Heidelberg e empresários do setor gráfico

A Autotech trouxe novidades da indústria automobilística para o

público capixaba

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Representantes do Instituto Rota Imperial (IRI), integrante do Sistema Findes, realizaram, no dia 9 de outubro, a apresentação da entidade no auditório do Palácio da Fonte Grande, em Vitória. O encontro teve como objetivo divulgar as ações e metas do instituto, com a proposta de buscar novos parceiros e patrocinadores para a continuidade do projeto, visando ao fomento do turismo local e nacional, em suas diversas opções de lazer e várias atrações.

A Rota Imperial tem como marco zero o Palácio Anchieta, em Vitória, e atravessa 14 municípios capixabas e 17 mineiros, terminando na cidade histórica de Ouro Preto (MG). O trajeto é a reprodução do caminho usado por Dom Pedro II para chegar a Santa Leopoldina no século XIX.

Segundo o diretor para Assuntos do IRI, Paulo Henrique Theodoro, o processo de licitação, sinalização e demarcação da rota no Espírito Santo já está em andamento, mas outras ações são fundamentais para o fortalecimento da

InstItuto Rota ImpeRIal é apResentado a empResáRIos e GoveRno

entidade e do projeto. “É preciso identificar quais serviços já existem, o que precisamos melhorar, quais são os entraves, e fazer com que o IRI tenha uma vida própria, com patrocinadores-âncoras e a Findes como apoiadora. Sendo assim, buscamos a participação do Governo, além de empresas e entidades, que possam contribuir para alavancar a iniciativa”, concluiu o diretor.

Participaram do evento o presidente da Findes, Marcos Guerra; o diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai, Alejandro Duenas; e o vice-governador do Estado, Givaldo Vieira, entre outras autoridades e personalidades.

Findes e Governo do Estado: iniciativa privada e setor público unidos em prol do turismo capixaba

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O dia 12 de novembro marcou a homenagem da Secretaria de Agricultura do Estado (Seag) ao Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo (Sincafé), por sua contribuição à trajetória deste que é o principal produto da economia agrícola capixaba, o café.

O evento, realizado no Centro do Comércio de Café de Vitória, marcou o lançamento oficial do Selo Comemorativo pelos 100 anos do Conilon no Espírito Santo. “Ficamos muito honrados em ter participado de ocasião tão significativa para o negócio do café, que foi o lançamento do selo comemorativo. Ficamos felizes por sermos lembrados, visto que a indústria é uma grande

“Não pensava que compartilhar minhas histórias, coisas que têm sido muito importantes para mim, seria relevante para outras pessoas. Ao longo da vida como profissional, carregamos aquilo que adquirimos na infância, aprendemos com os pais, trazemos de nossas origens. Alinhei algumas ideias. Fiz um exame de consciência. É claro que os pecados mais graves não contarei. A gente esconde...”, brincou José Armando

de Figueiredo Campos na abertura de sua apresentação no projeto “Contando Histórias”. O executivo, ex-presidente e atual conselheiro da ArcelorMittal Brasil, foi o nono convidado da iniciativa da Findes, que abre espaço para ouvir pessoas que contribuíram para o crescimento do Estado do Espírito Santo, para seu desenvolvimento econômico e industrial, e deixaram sua marca como grandes gestores.

Após contar muitos “causos” de sua infância, adolescência e extensa vida profissional, José Armando concluiu falando dos gargalos que o Estado precisa enfrentar e fornecendo sua receita pessoal: “Tem duas coisas que o Espírito Santo precisa fazer para se diferenciar dos demais estados, e que está em nossas mãos realizar. Uma delas diz respeito à nossa infraestrutura, a uma parte que está a nosso encargo, que é ligar os 78 municípios às rodovias federais. Isso tem que ser um plano de governo. A outra coisa é oferecer educação da melhor qualidade nos nossos 78 municípios. Uma qualidade diferenciada, uma qualidade que não tem em Minas, não tem em São Paulo, para sairmos do bolo, do conjunto dessa massa, e começar a competir no conjunto da Federação. Acredito que temos como fazer isso, e gente capaz de ajudar a fazer também”.

O “Contando Histórias” procura registrar e divulgar as memórias de renomados executivos e compartilhar suas experiências, enquanto gestores, com outros executivos da indústria capixaba. Os depoimentos estão sendo gravados em vídeo e farão parte de um livro, a ser lançado futuramente.

Sincafé é homenageado pela Secretaria de agricultura

“Contando Histórias” Com José armando Campos

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consumidora e parceira do café capixaba”, declarou Sérgio Brambilla, presidente do Sincafé.

Também foram homenageados outras dez instituições, o ex-governador Jerônimo Monteiro, o ex-prefeito de São Gabriel da Palha Eduardo Glazar e os empresários Jair Coser e Jônice Tristão, por sua contribuição à cafeicultura capixaba. Na ocasião, o ex-prefeito de São Gabriel da Palha Dário Martinelli recebeu a Comenda Jerônimo Monteiro, por seu incentivo ao plantio do café Conilon.

O presidente do Sincafé, Sérgio Brambilla, recebeu a homenagem das mãos do governador Renato Casagrande e do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli

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A grande novidade no Encontro da Indústria deste ano foi a homenagem a todos os presidentes eméritos do Sistema Findes: Américo Buaiz, Jones Santos Neves Filho, Oswaldo Vieira Marques, Helcio Rezende Dias, Sergio Rogerio de Castro, José Braulio Bassini, Fernando Antonio Vaz e Lucas Izoton Vieira.Confira os condecorados em 2012:• Medalha do Mérito Industrial do Espírito Santo:Governador Renato Casagrande• Medalha do Mérito Empreendedor da Indústria do Espírito Santo:Antônio Carlos TorresHelio Moreira Dias de RezendeSebastião Jayme de Almeida• Medalha do Mérito Sindical da Findes:Altamir Alves MartinsLeonardo Souza Rogério de CastroRogério Pereira dos Santos

OS hOmenageadOS:A Findes, por meio do Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), realizou no dia 18 de outubro um grande evento em homenagem às personalidades que

se destacaram na indústria capixaba durante o ano de 2012. Realizado no Cerimonial Le Buffet, em Vitória, o Encontro da Indústria foi palco da entrega de três condecorações: Medalha do Mérito Industrial do Espírito Santo, Medalha do Mérito Empreendedor da Indústria do Espírito Santo e a Medalha do Mérito Sindical da Findes.

A solenidade, tradicional, foi uma noite de gala em reconhecimento às personalidades empresariais que prestaram bons serviços ao setor produtivo do Espírito Santo. “O Encontro da Indústria é uma tradição do Sistema Findes para homenagear aqueles que deram importantes contribuições para o desenvolvimento sustentável do Estado do Espírito Santo. São pessoas cujas ações fizeram a diferença não somente em suas empresas, mas na indústria como um todo e, por extensão, para toda a população capixaba”, completa o presidente da Findes, Marcos Guerra.

O governador Renato Casagrande, homenageado da noite, falou da importância do setor industrial. “A indústria é sinônimo de personalidade e referência. Nós temos um patrimônio em nossas mãos que precisa ser cuidado, preservado. A crise chegou aqui. Não a crise aguda, mas uma crise crônica, que deixou o Governo e os gestores preocupados. Mas isso não abateu os capixabas.Não abateu o Governo, os trabalhadores e empresários.Nós juntamos as nossas energias e apresentamos, em conjunto com as entidades capixabas, um programa de

Findes presta homenagem aos destaques da indústria em 2012

desenvolvimento para o Estado. Eu quero agradecer muito à Federação das Indústrias. Receber uma homenagem como esta mostra que nós estamos trabalhando em harmonia e que vamos sempre considerar a atividade industrial como atividade base, primária e pioneira para alavancar todos os outros setores do Espírito Santo”.

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50 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

artigo

P enso que é possível afirmar, sem nenhum medo de errar, que de fato, a união faz a força. Esta é a ideia que está por trás não só da conveniência, mas da importância fundamental que

o associativismo desempenha hoje, mais do que nunca, no sucesso dos negócios e na conquista de resultados.

O homem começou a se associar nos seus primórdios, fosse para se defender de ataques inimigos, fosse para caçar ou mesmo para cultivar a terra em busca de alimentação. Na Idade Média, os artesãos se uniram em Corporações de Ofício e tiveram extraordinário sucesso no desenvolvimento de suas atividades.

Hoje não é diferente e, na verdade, associar-se é a melhor forma – e, em alguns casos, a única – de resolver problemas. Dentro das empresas, a recomendação dos sistemas de gestão mais modernos e avançados é o trabalho em equipe. As pessoas se juntam, se associam para trocar informações, debater os problemas e achar as melhores soluções. Tem dado certo.

Muitas empresas têm praticado o que tem sido chamado de “concorrência de colaboração”, com excelentes resultados. Seja para comprar ou vender, para buscar inovação tecnológica e mesmo para produzir, as empresas se associam em busca de maior competitividade e melhores resultados.

Um bom exemplo dessa prática é a Rede Brasil de Supermercados. Iniciada em 2004 com o objetivo de trocar informações e transformar informação em conhecimento, ou seja, transformar informação em resultado concreto, a rede é formada hoje por 18 empresas de supermercado, espalhadas por todo o Brasil. Atualmente, além da troca de informações, a rede compra junto, inclu-sive importa junto, e fatura R$ 10 bilhões por ano.

Forma a quarta organização de supermercados do Brasil e concorre, no mesmo nível de desempenho, com as gigantes do setor. Nos últimos anos, seu crescimento e seus resultados superam em muito a média do setor.

Nós sabemos que as empresas vivem simultaneamente em dois mundos, interligados, mas, de certa forma, diferentes. Dentro das empresas, no que chamamos ambiente de trabalho, somos especialistas e conseguimos resolver bem quase todos os problemas. Seja comprando ou vendendo, seja desenvolvendo os recursos humanos, seja inovando tecnologicamente e, com certeza, produzindo.

Mas nós vivemos também no que chamamos ambiente de negócios, que é formado por tudo aquilo que nos cerca e nos condiciona. Desenvolvemos nossos recursos humanos, mas somos condicionados pela legislação trabalhista. Sabemos vender, mas as regras do comércio exterior estão fora do nosso controle. Gerimos bem nossas finanças, mas a tributação e o acesso ao crédito são determinantes que não controlamos.

Quando dizemos não controlamos, queremos dizer: sozinhos, não podemos controlar. Mas se estivermos juntos, associados, é possível interferir e mudar para melhor o ambiente de negócios. É este, na verdade, o papel das entidades de representação, como são os sindicatos, as federações e a própria Confederação Nacional da Indústria, a CNI. As entidades de representação só cumprirão, no entanto, seu papel se de fato tiverem a força da representação, que vem da efetiva participação dos associados. Assim, além de cuidar bem de suas empresas no ambiente de trabalho, os empresários precisam participar ativamente, e cada vez mais, das associações e dos sindicatos, levando informações, problemas, gargalos e dificuldades, mas também apresentando as oportunidades que surgem.

Em Pernambuco, o setor têxtil e o de confecções têm trabalhado unidos e, naturalmente, junto com a Federação, já há algum tempo. O ICMS para operações dentro do Estado é hoje 7%, em lugar de 17%. As indústrias de confecção têm redução de 90% no recolhimento do imposto. Contrato de gestão de programas estratégicos, em vias de ser celebrado com o Governo do Estado, vai tornar realidade o Marco Pernambucano da Moda, uma incubadora de designers que tem o objetivo de qualificar a produção local, que, com certeza, estará mais competitiva.

Não temos dúvidas. A união faz a força e pode transformar a realidade. A competitividade depende sobretudo de nós mesmos. Vale a pena se ASSOCIAR.

Oscar Augusto Rache Ferreira é diretor vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco

AssociAtivismo: A união fAz A forçA

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CASO DE SUCESSO

por Heliomara Molullo

Em todo o Espírito Santo, quando se fala em vidros, logo vêm à mente os produtos da Viminas, empresa do ramo vidreiro que conquistou, com sua qualidade e credibili-

dade, toda a região Sudeste e o sul da Bahia.Esse crescimento é a reciprocidade à aposta que seus proprie-

tários � zeram quando escolheram o Estado para investir. O diretor Maurício Ribeiro explica que ele e seu sócio, Roberto, � zeram pesquisa para decidir em qual cidade seria montado o projeto. “Fomos a Cataguases e Manhuaçu (MG), mas ao chegarmos a Vitória (ES), enxergamos na ilha a oportunidade de investir, pelo enorme potencial na área da construção civil, que já apresentava naquela época, em 1984”, lembra-se.

A empresa se instalou primeiramente em Jucutuquara. De lá para cá, tem escrito uma história de sucesso e investimentos em sua produção e em sustentabilidade. Tanto que, já em 1985, a Viminas identi� cou a necessidade de maior espaço para a sua produção, e foi assim que inaugurou na Serra a sua primeira fábrica. Na oportunidade, lançou o Temperminas, vidro tempe-rado que leva a marca de con� abilidade da empresa.

O sucesso do produto levou ao avanço no mercado brasileiro e fez com que, em 2002, os irmãos e sócios adquirissem uma área de 17.500 m², também na Serra, onde passaram a traba-lhar com os mais variados tipos de vidros transformados, como tampos de mesa (inclusive temperados), laminados, esmal-tados, temperados e insulados, entre outros.

A marca Temperminas foi substituída pela atual, Viminas, e a fábrica mais uma vez precisou crescer. Assim, em 2005, ampliou sua sede, adquirindo 38.500 m² de área e instalando o seu segundo forno de têmpera horizontal, além de uma nova linha completa de vidros laminados.

“A Viminas não poupou esforços em adquirir novos maquiná-rios e contratar mão de obra quali� cada. Tudo é supervisionado

por um rigoroso controle de qualidade, garantindo um atendimento em tempo hábil e preciso”, ressaltou Maurício.

Em 2008, ciente dos desa� os da globalização e de atuar em um mercado competitivo, a Viminas optou pela estra-tégia de diferenciar-se pela qualidade. Recebeu naquele ano duas certi� cações: NBR ISO 9001:2008 (Sistema de Gestão da Qualidade) e NBR 14.698 - Vidro Temperado (Certi� cação de Produto), auditadas anualmente pelo Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), seguindo as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), tornando-se desde então a primeira e única empresa do ramo vidreiro capixaba a recebê-las.

Em 2009, � nalizou um plano de investimentos voltado para a área de produção e também de preservação do meio ambiente. “Foi uma verdadeira revolução: adquirimos duas novas linhas de produção, completamente automatizadas, uma para o box temperado (linha Botero) e outra para projetos de engenharia (linha Forvet), além de um terceiro forno de têmpera horizontal”, relatou Ribeiro.

Desta maneira, a Viminas aumentou sua capacidade produtiva, diminuiu os prazos de entrega e, principalmente, elevou ainda mais a qualidade dos seus produtos. Ao mesmo tempo, inaugurou uma nova Estação de Tratamento de E� uentes, que permite separar os resíduos (pó de vidro) da água, reaproveitando 98% de toda a água usada na produção (os outros 2% evaporam durante o processo).

Para 2013, o diretor Maurício informa que continuará a investir em melhoria contínua. “Adquirimos novos equi-pamentos e maquinários, para nos mantermos sempre atualizados. Estaremos com uma nova linha de produção automatizada e um novo forno de têmpera, que opera com a mais nova tecnologia”, concluiu.

VIMINAS: SUCESSO MINEIRO ESCRITO EM TERRAS CAPIXABAS

Irmãos e sócios, nascidos em Minas Gerais, Maurício e Roberto Ribeiro criaram raízes no Espírito Santo, onde fundaram a empresa, que hoje fornece vidros para um mercado cada vez maior e mais exigente

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Nov/2012 – nº 303 Indústria Capixaba – FINDES 53

artigo

A história das rochas ornamentais do Espírito Santo caracteriza bem o que representa o espírito empreendedor do empresário capixaba, que desde

o primeiro bloco, extraído na década de 50, conviveu com a falta de domínio do conhecimento empresarial, tecnológico, ambiental e da ausência de legislação que definisse o marco regulatório da atividade, até chegar à realidade de hoje, com os desafios de uma economia globalizada, sem fronteiras, porém crescente em competitividade, novas tecnologias e lançamentos diários de produtos.

Tem sido um desafio e uma grande oportunidade para o Sindirochas representar o setor de rochas do Espírito Santo, razão de sua existência, sendo motivo para comemoração o ano de 2013, quando completa 40 anos de existência. Muitas conquistas estão registradas nessa história, como a realização de duas feiras internacionais, a Cachoeiro Stone Fair e a Vitória Stone Fair, fora do eixo Rio-São Paulo, reconhecidas nacional e internacionalmente. São eventos promovidos pelo Sindirochas que dignificam os empresários, sendo uma grande vitrine para a divulgação de produtos.

O mármore e o granito do nosso Estado são desejados e conhecidos praticamente em todos os países. A atividade de rochas ornamentais vem contribuindo com aproximadamente 8% do PIB estadual, gerando cerca de 120.000 empregos diretos e indiretos, tendo instalado na região sul capixaba

o maior parque industrial de processamento de rochas do Brasil. O Espírito Santo é a origem de cerca de 75% das exportações em dólares e 67% em volume de todas as rochas exportadas pelo Brasil neste ano.

Para compatibilizar desenvolvimento com crescimento sustentável, o setor de rochas ornamentais capixaba vem investindo em ações visando à preservação e melhoria do meio ambiente, com o gerenciamento e a destinação dos resíduos gerados no beneficiamento das rochas. O Sindirochas vem apoiando a criação de associações de empresas para a implantação de depósitos de resíduos devidamente licenciados pelo órgão ambiental, resíduos utilizados na produção de cerâmica, pisos, mourões, lajotas e base asfáltica.

Dificuldades existem, e são enfrentadas com determinação, pois explorar rochas ou qualquer atividade que atue diretamente sobre o meio ambiente é sempre um desafio. Um dos entraves é a demora na análise de processos e liberações de licenças, seja por paralisia, inoperância ou omissão na prestação de serviços fundamentais, base necessária para o exercício constitucional da livre iniciativa.

Estamos trabalhando em parcerias nacionais e internacionais, sempre com o objetivo de aprimorar os processos utilizados pelas indústrias, conscientizar o empresário da necessidade de ter controle e domínio sobre seu negócio, elevar a competitividade das empresas, reduzir custos, manter e ampliar

mercados e, principalmente, adotar uma política austera para a concessão de crédito.

O grande desafio a ser vencido nestes tempos de instabilidade da economia mundial é, sem dúvida, o fortalecimento da competitividade do setor, a partir da adoção de novas tecnologias; buscar o domínio do conhecimento pela inovação, capacitar os colaboradores e colocar em prática a criatividade dos empreendedores. As oportunidades estão sendo criadas, com a difusão internacional do conhecimento sobre as rochas e produtos capixabas, a partir de participação em feiras e missões internacionais, bem como pelo maior envolvi-mento e interesse em relação ao crescente mercado interno brasileiro.

Samuel Mendonça é presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo - Sindirochas

Rochas oRnamentais do espíRito santo, desafios e opoRtunidades

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indicadores

54 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

INDICADORES 3º trim/11 2º trim/11 3º trim/12

Margem de lucro operacional 51,8 44,2 44,9

Situação financeira 54,2 48,9 46,2

Acesso ao crédito 43,6 44,8 45,3

ATIVIDADE Tabela 2

Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

SONDAGEM INDUSTRIAL NO ESTADO

DESEMpENhO EM SETEMbRO DE 2012

A Sondagem Industrial no Espírito Santo, pesquisa reali-zada mensalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), sob a

coordenação da Confederação Nacional da Indústria - CNI registrou em setembro de 2012, em relação ao mês anterior, uma queda de 2,1 pontos no indicador de evolução da produção e um aumento de 1,9 ponto no indicador de evolução do número de empregados. O primeiro recuou para a faixa inferior a 50 pontos (48,9 pontos) e o segundo ficou acima (52,3 pontos).

O nível médio de utilização da capacidade ins-talada de setembro se elevou em 1 ponto percen-tual, relativamente a agosto, se situando em 76%. A capacidade efetiva em relação ao usual aumentou 0,2 ponto, mas a indústria capixaba continua ope-rando com uma capacidade abaixo do nível usual para o mês (46,6 pontos).

O indicador de evolução de estoques de produtos finais decresceu (-0,2 ponto), mas continuou acima da linha

divisória de 50 pontos (52,7 pontos). O estoque efetivo em relação ao plane-jado também caiu (-1,9 ponto) e o in-dicador se posicionou em 51,6 pontos, o que significa que as empresas conti-nuam com estoques acima do desejado.

Na comparação de setembro de 2012, com setembro de 2011, os re-sultados são os seguintes: evolução da produção (-1,1 ponto), evolução do número de empregados (+1 ponto), utilização da capacidade instalada (0%), UCI efetiva em relação ao usual (-0,5 ponto), evolução de estoques de produtos finais (+6,4 pontos) e esto-que efetivo em relação ao planejado (+2,4 pontos).

DESEMpENhO NO 3º TRIMESTRE DE 2012Os indicadores pesquisados trimes-

tralmente se mostraram divergentes no 3º trimestre de 2012, em relação ao 2º trimestre e se mantiveram abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que con-firma a insatisfação dos industriais capi-xabas. O indicador de margem de lucro operacional cresceu 0,7 ponto e se situou em 44,9 pontos; o de acesso ao crédito também cresceu (+0,5 ponto) e ficou em 45,3 pontos; o de situação financeira recuou 2,7 pontos e se posicionou em 46,2 pontos.

Analisando os resultados da pesquisa do 3º trimestre de 2012 com os do 3º trimestre de 2011, constatou-se queda

INDICADORES Set/11 Ago/12 Set/12

Evolução da produção 50,0 51,0 48,9

Evolução do número de empregados 51,3 50,4 52,3

Utilização da capacidade instalada (%) 76,0 75,0 76,0

UCI efetiva em relação ao usual 47,1 46,4 46,6

Estoque efetivo em relação ao planejado 49,2 53,5 51,6

Evolução de estoques de produtos finais 46,3 52,9 52,7

Tabela 1

¹ pesquisado mensalmente a partir de janeiro de 2012Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

ATIVIDADE

nos indicadores de margem de lucro operacional (-6,9 pontos) e de situação financeira (-8 pontos) e acréscimo no de acesso ao crédito (+1,7 ponto).

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Nov/2012 – nº 303 Indústria Capixaba – FINDES 55

INDICADORES Out/11 Set/12 Out/12

Demanda 58,7 57,3 57,5

Quantidade exportada 50,2 58,5 57,1

Compras de matéria-prima 55,9 53,1 54,4

Número de empregados 52,2 49,6 49,0

EXPECTATIVAS Tabela 3

Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

ExpEctativas Em outubro dE 2012 para os próximos sEis mEsEs

principais problEmas EnfrEntados

A pesquisa de outubro de 2012 sinalizou que os industriais capixabas permanecem otimistas em relação aos próximos

Os principais problemas en-frentados pelos empresários da indústria estadual no 3º trimestre de 2012 foram: ele-vada carga tributária (61,8%), competição acirrada de merca-do (40,8%), falta de demanda (31,6%), falta de trabalhador qualificado (27,6%), alto custo da matéria-prima (23,7%), falta de capital de giro (18,4%), taxas de juros elevadas (15,8%), inadimplência dos clientes e ca-pacidade produtiva (ambos com 14,5%), distribuição do produto (13,2%), falta de matéria-prima (7,9%), falta de financiamento de longo prazo (6,6%) e taxa de câmbio (5,3%). Ressalta-se que os percentuais não somam 100% pela possibilidade de múltiplas respostas.

Notas• A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo

com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010.• Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100, sendo que valores acima de 50 pontos indicam aumento, atividade acima do usual ou expectativa positiva,

e abaixo de 50 pontos, queda, atividade abaixo do usual ou expectativa negativa.• A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 76 empresas capixabas

(21 pequenas, 41 médias e 14 grandes).

PrInCIPAIS ProblEmAS Gráfico 1

61,8%

40,8%

31,6%

27,6%

23,7%

18,4%

15,8%

14,5%

14,5%

13,2%

7,9%

6,6%

5,3%

Elevada carga tributária

Competição acirrada de mercado

Falta de trabalhador qualificado

Falta de demanda

Taxas de juros elevadas

Alto custo da matéria-prima

Inadimplência dos clientes

Falta de capital de giro

Capacidade produtiva

Distribuição do produto

Taxa de câmbio

Falta de matéria-prima

Falta de financiamento de longo prazo

Fonte: CNI/Ideies - Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura - Ideies

seis meses, porém em menor intensidade, pois alguns indicadores de expectativa decresceram em relação ao mês anterior, mas ainda se mantiveram acima da linha divisória de 50 pontos. Cresceram os indicadores de expectativa de demanda (+0,2 ponto) e de compras de matéria-prima (+1,3 ponto) e registraram queda os indicadores de quantidade exportada (-1,4 ponto) e de número de empregados (-0,6 ponto).

Em outubro de 2012, em relação ao mesmo mês de 2011, as expectativas são menos otimistas: demanda (-1,2 ponto), compras de matéria-prima (-1,5 ponto) e número de empregados (-3,2 pontos). Somente o indicador de quantidade exportada se elevou nessa comparação (+6,9 pontos).

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56 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

INDÚSTRIAS DO RAMO DE FÁRMACOS GANHAM ESPAÇO NO ESPÍRITO SANTOMercado cresce, puxado pela fabricação de cosméticos que vêm conquistando reconhecimento nacional

C om maior poder aquisitivo, as classes C e D passaram a se cuidar melhor, tanto com relação à saúde quanto aos aspectos estéticos, estimulando a diversi� cação do

mix de produtos que as indústrias do ramo oferecem. O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceu 18,9% no país em 2011, com faturamento de R$ 43 bilhões, na comparação com 2010, segundo estudo do instituto Euromonitor divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

A indústria química é o quarto maior setor industrial brasi-leiro e responde por 2,4% do PIB nacional. Em 2011, segundo projeção da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o faturamento do setor alcançou R$ 261,9 bilhões, com crescimento anual de 15,8% O Espírito Santo está participando deste crescimento, mesmo que de forma ainda um pouco tímida, segundo informou o vice-presidente para Assuntos Químicos em Geral do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos (Sindiquímicos), Elias Cucco. Mas ele destaca que o Estado já possui indústrias que vêm crescendo bem dentro desse mercado, particularmente no

ramo de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, atendendo o mercado local, o Brasil e alguns outros países.

Algumas dessas empresas, como cita Cucco, já têm, inclu-sive, conquistado diversos prêmios. O sucesso de uma delas, a Adcos, por exemplo, se deve a uma dedicação extrema à qualidade de seus produtos, que consolidou sua primeira linha e a partir daí desenvolveu uma logística de revenda própria, abrindo fronteiras além do Espírito Santo. Hoje, o portfólio de produtos Adcos direcionados ao consumidor � nal é composto por mais de 150 itens, que contemplam cuidados para o corpo, face e cabelo.

“De acordo com números da Abihpec, em 2011 o setor brasileiro de HPPC (higiene pessoal, perfumaria e

por Jacqueline Vitória

SAÚDE

O Estado tem aproximadamente 25 empresas ativas no Espírito Santo, considerando as micros e pequenas empresas no ramo

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Indústria Capixaba – FINDES 57Nov/2012 – nº 303

cosméticos, um dos ramos da indústria química) faturou R$ 29,4 bilhões em valores ex factory (sobre os produtos saídos de fábrica, sem impostos sobre vendas), 7,9% a mais que em 2010. Esses dados con� rmam a realidade brasi-leira e demonstram o potencial do mercado para manter esse crescimento nos próximos anos”, destaca a fundadora e presidente da Adcos, Ada Mota.

Ao concluir sua pós-graduação em Paris, Ada voltou para o Brasil e se tornou sócia de uma farmácia de manipu-lação, em Vitória. Diante da alta demanda de consumidores por produtos para o cuidado com a pele e da necessidade de ampliar a escala produtiva, em 1993 ela fundou a Adcos.

Prestes a completar 20 anos, a empresa capixaba vem crescendo 30% ao ano, desde 2009, unindo pesquisa e alta tecnologia, com o objetivo de oferecer formulações inova-doras e e� cazes, combinando ciência à inovação para criar modernos tratamentos de beleza, saúde e bem-estar para todos os seus clientes.

A Adcos tem investido e conduzido avançadas pesquisas junto às universidades, fornecedores e nos mercados nacional e internacional para identi� car tecnologias de ponta, matérias-primas de primeira linha, novos fornecedores e tendências, de forma a manter-se na vanguarda como refe-rência no segmento de dermocosméticos.

“O Brasil é reconhecido internacionalmente por seu excelente desempenho na cirurgia plástica e dermatológica.

“O espaço para crescimento de outras empresas existe e já temos indústrias em destaque, assentadas em qualidade de produto e melhoramentos de suas embalagens” Elias Cucco, vice-presidente do Sindiquímicos-ES

Acredito que esta mesma performance já vem sendo apre-ciada e valorizada também nos dermocosméticos nacio-nais, que estão em sintonia com as necessidades dos nossos clientes, dos pro� ssionais do segmento de saúde e beleza e apresentam a mesma qualidade dos produtos impor-tados”, destacou Ada Mota.

De acordo com ela, é fundamental que as indústrias se forta-leçam, atuem em conjunto e encontrem apoio para desenvol-verem seus negócios em um território promissor cujo mercado está em plena expansão. “Por isso, a Federação das Indústrias é um importante fórum para os empreendedores unirem suas forças e reivindicações. Com o fortalecimento nacional, apoio do Estado em pesquisas, isenção de impostos e quali� cação de mão de obra, as empresas de cosméticos e dermocosmé-ticos ampliam a capacidade de consolidação”, pontua Ada. Além disso, como indústria nacional, tem a expertise em desenvolver produtos adequados, com características e bene-fícios que atendem especi� camente às necessidades da pele brasileira, “ou seja, que atendem à necessidade da nossa socie-dade”, destaca a fundadora da Adcos.

Desenvolvimento requer união de esforçosA Secretaria de Desenvolvimento do governo estadual

já percebe a performance setorial e tem dado apoio com incentivos, sob mediação do Sindiquímicos.

“O espaço para crescimento de outras empresas existe e já temos indústrias em destaque, assentadas em qualidade de produto e melhoramentos de suas embalagens”, aponta Elias Cucco, citando como exemplo outra empresa de destaque: a Akla. “Além de um controle de qualidade rigoroso, similar aos grandes concorrentes nacionais, a empresa desen-volveu com grande habilidade suas embalagens sui generis, que inovaram e vêm revolucionando nas prateleiras dos pontos de vendas brasileiros”, contou.

Segundo Elias Cucco, há um movimento para se criar um polo especí� co de química � na, com patrocínio do governo

O QUE É A INDÚSTRIA QUÍMICAOs produtos químicos podem ser agrupados em dois grandes blocos:

Produtos para uso industrial• Produtos inorgânicos• Produtos orgânicos• Resinas e elastômeros• Produtos e preparados químicos diversos

Produtos para uso � nal• Produtos farmacêuticos• Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos• Adubos e fertilizantes• Sabões, detergentes e produtos de limpeza• Defensivos agrícolas• Tintas, esmaltes e vernizes• Outros

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58 Indústria Capixaba – FINDES Nov/2012 – nº 303

estadual, iniciativa privada, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e parceria do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema), contando com o apoio da Universidade Federal. “As pesquisas nesse sentido são ainda incipientes e passam pela necessidade de sinergia entre os setores público e privado. Mas é um começo”, admite.

A representatividade sindical, em concordância com o CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas), confere ao Sindiquímicos o abrigo das empresas dos ramos em questão. É um sindicato que, pioneiramente no Brasil, vem trabalhando em assuntos específicos do gênero químico, com objetivo de facilitar o diálogo e discussão de soluções comuns do setor.

“A classificação de fármacos e medicamentos, higiene e beleza vem conferir representatividade sindical dinâmica e moderna sob o ponto de vista do poder empreendedor, na busca do equilíbrio aos benefícios recíprocos entre o capital e trabalho”, detalha Elias Cucco.

O setor em tela, Químico, tem aproximadamente 25 empresas ativas no Espírito Santo, considerando as micro e pequenas. “Estamos promovendo pesquisas com o obje-tivo de detectarmos o nível econômico, empregabilidade e perspectivas de aumento desses empreendimentos. Por falta de cultura e consciência participativa das micro

e pequenas empresas, estamos quebrando resistências para a obtenção de dados autênticos, de forma a constituir um espelho legítimo e situacional do segmento”, ressalta Cucco.

Genéricos e fitoterápicos abrem perspectivasO Governo tem despertado para os altos custos de maté-

rias-primas ativas de remédios e cosméticos e acena com apoio ao desenvolvimento tecnológico e pesquisas labo-ratoriais, na busca dos insumos de base ativa disponíveis no território brasileiro.

O vice-presidente do Sindiquímicos disse que a vertente que apresenta melhores perspectivas se dá na produção de genéricos. “A indústria nacional reforça-se no domínio de concessões e joint ventures, mas continua ainda depen-dente de distribuidores que disseminam os importados, com preços competitivos, e estrategicamente inibem o desenvolvimento da indústria local”, disse.

E avaliou que “considerando o tamanho do mercado brasileiro, estamos no limiar na produção de fármacos, com a abnegação de poucas indústrias, que estão conseguindo espaços utilizando moléculas ensaiadas em alguns projetos farmoquímicos e biotecnológicos advindos de laboratórios das grandes universidades do eixo Rio-São Paulo”.

São estudos e projetos altruístas, que vêm quebrando resis-tências por força de inovações. Há de se considerar, nessa visão, que algumas empresas internacionais ligadas ao mercado têm contribuído para a nacionalização e mesmo quebra de patentes de alguns gêneros da indústria de fármacos do país, segundo Elias Cucco, estimulando também o advento dos fitoterápicos, grande esperança brasileira.

saúde

“A Adcos vem crescendo 30% ao ano, desde 2009, unindo pesquisa e alta tecnologia”Ada Motta, presidente da Adcos

Faturamento Líquido da indústria química brasiLeira – 2010*

total us$ 130,2 biLHÕes*

us$ 63,8

us$ 19,9

us$ 13,8us$

11,2us$ 7

us$ 7,7us$

3,9us$ 1,1

us$ 1,8

Prod

utos

farm

acêu

ticos

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Fibr

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Fontes: Abiquim e associação dos segmentos.

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Dia DE Associar-seO “Dia DE Associar-se” vem promovendo um debate de alto nível para o empresariado capixaba a respeito dos benefícios de se pertencer a um sindicato setorial da indústria. Em mais duas edições realizadas – no dia 13 de setembro, em Anchieta; e o no dia 9 de outubro, em Linhares – o evento foi um sucesso. Confira os destaques:

1 – Ennio Modenesi Pereira II, Solange Siqueira e Cezar Villar de Mello conferiram a programação da edição de Anchieta do “Dia DE Associar-se”. 2 – Em Linhares, o evento contou com a participação do presidente do Banestes, Bruno Negris, e do diretor da Findes para Assuntos do IEL-ES, Benizio Lázaro. 3 – Egídio Malanquini e Manoel Pimenta. 4 – A esquete teatral apresentada nas duas edições sintetizou os tópicos principais abordados pelo “Dia de Associar-se”. 5 – Áureo Mameri, Paulo Nascimento, Marcos Guerra e João Baptista Depizzol Neto, no evento de Linhares. 6 – O diretor-superintendente do Sebrae/ES, José Eugênio Vieira, representou a instituição, falando aos empresários do norte do Estado. 7 – Fernando Künsch, Pedro Rigo, José Eugênio Vieira e José Antônio Bof Buffon. 8 – Luiz Rigoni, Darcy Lanes, Egídio Malanquini e Marcos Guerra com representantes de Federações de Indústrias de outros estados brasileiros que devem adotar a metodologia do “Dia DE Associar-se”. 9 – O “Dia DE Associar-se” Linhares também contou com a presença do então secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix. 10 – José Bráulio Bassini, Áureo Mameri, Manoel Pimenta, Fernando Künsch e Egídio Malanquini.

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Lançamento do Anuário 200 Maiores Empresas do ESO Sistema Findes, através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), realizou no dia 8 de novembro a cerimônia de lançamento do Anuário 200 Maiores Empresas do Espírito Santo - Edição 2012. Na ocasião, as empresas que se destacaram no levantamento receberam homenagens e também foi entregue o Prêmio IEL em Gestão Empresarial. Confira as fotos do evento!

1 – Ana Paula Vescovi e Benizio Lázaro aprovaram o anuário. 2 – O premiado como “Empresário Destaque”, Luiz Wagner Chieppe, entre os irmãos Aylmer e Nilton. 3 – O superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, e a diretora regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira. 4 – José Márcio Barros, Rodrigo Vieira e Bruno Negris. 5 – O vice-governador Givaldo Vieira, acompanhado por Antonio Pargana e Guilherme Dias. 6 – O presidente da Findes, Marcos Guerra, e o eleito como “Executivo Destaque” 2012 pela pesquisa do IEL-ES, Ricardo Vescovi. 7 – Marcos Guerra, Fábio Dias e Benizio Lázaro entre integrantes da equipe do IEL-ES. 8 – A jornalista Daniela Abreu foi a mestre de cerimônias do evento. 9 – Segundo o anuário, o Grupo Incospal, representado no evento por Rodrigo, Fernando e Fátima Camargo, está entre as maiores empresas do ES. 10 – Fábio Dias, Benizio Lázaro, o governador Renato Casagrande e Marcos Guerra. 11 – Mariana e José Elcio Lorenzon, representando a Lorenge, “Empresa Destaque” 2012.

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Encontro da IndústriaA Findes, por meio do Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), realizou no dia 18 de outubro, no Cerimonial Le Buffet, em Vitória, um grande evento em homenagem às personalidades que se destacaram na indústria capixaba durante o ano de 2012. O Encontro da Indústria foi palco da entrega de três condecorações: Medalha do Mérito Industrial do Espírito Santo, Medalha do Mérito Empreendedor da Indústria do Espírito Santo e a Medalha do Mérito Sindical da Findes. Confira as fotos:

1 – O presidente da Findes, Marcos Guerra, homenageia o governador Renato Casagrande com a Medalha do Mérito Industrial do Espírito Santo. 2 – Sebastião e Dalva Almeida. 3 – Flávia e Rodrigo Almeida não perderam a entrega das premiações. 4 – A família Rezende prestigiou o evento. 5 – Adriana e Antonio Torres, agraciado com a Medalha do Mérito Empreendedor da Indústria do Espírito Santo 2012. 6 – O diretor-geral da Buaiz Alimentos, Elcio Alves, e Alexandre Buaiz. 7 – O homenageado Altamir Martins, presidente do Sindicalçados, ao lado do vice-presidente da Findes, Manoel Pimenta. 8 – Fábio e Fabiane Tessarolo. 9 – Robson Brandão Neves, Raphael Cassaro e Thiago Dalla Bernardina Lacourt. 10 – A Grafitusa foi representada por Tullio Samorini e sua filha, Cristhine.

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11 – Helvécio Quintão, Valdeir Torezani, Aristoteles Passos e Valtair Torezani. 12 – Homenageados: Rogério Pereira, Altamir Martins e Leonardo de Castro. 13 - O prefeito de Venda Nova do Imigrante, Dalton Perim, ao lado da esposa Nelma Ceschin Perim. 14 – A administradora do Palácio Anchieta, Hilda Cabas, brinda com as primeiras-damas da indústria, Giane Guerra, e do Estado, Virgínia Casagrande. 15 – Os ex-presidentes da Findes também foram homenageados. 16 – Luiz Rigoni e Helcio Rezende Dias. 17 – Fábio e Carmen Nielsen. 18 – Marcos Guerra, Antonio Carlos Torres, Helcio Rezende Dias e Sebastião Jayme de Almeida. 19 – Manoel Pimenta e Luiz Wagner Chieppe. 20 – Luiz Alberto Carvalho, Maurício Max, Antônio Falcão, Luís Soresini e Eugênio Fonseca. 21 – A noite foi de festa para a família Castro, que teve dois homenageados: Sergio Rogerio e Leonardo.

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cursos e cia

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL), com foco em sua missão de prover soluções em conhecimento, gestão e inovação, contribuindo para a melhoria da competitividade das

empresas capixabas, buscou parceria com a HSM Educação e, em maio de 2012, inaugurou a primeira turma do Programa de Desenvolvimento empresarial IEL HSM Educação.

O sucesso da iniciativa gerou demanda para a criação de uma segunda turma, desta vez em Cachoeiro do Itapemirim, visando ao desenvolvimento da região sul do Estado.Na “capital do mármore”, o programa está sendo realizado em parceria com o Centro Universitário São Camilo, que destina a sua estrutura para a promoção dos cursos. A aula inaugural aconteceu no dia 19 de outubro, com a participação de 40 representantes de 10 importantes empresas da região.Serão nove meses de aprendi-zado, com aulas intercaladas entre teoria e prática. Entre outros assuntos, o programa IEL HSM Educação aborda temas como orçamento e controle; liderança e gestão de pessoas; estratégia empresarial; marketing; e análise e viabilidade de projetos.

Segundo Aureo Mameri, diretor da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e Região, os cursos promovidos pela parceria IEL e HSM Educação vêm de encontro à necessidade do empre-sário local de se reciclar e se especializar, qualificando-se para promover maior competitividade às suas empresas.

“Fizemos esforço para envolver o maior número possível de empresas nesta primeira turma. A aulas práticas já tiveram início e a próxima fase será o levantamento das questões especí-ficas das empresas ́ participantes. A parceria com a São Camilo foi estratégica, por se tratar de uma instituição renomada e ter um espaço que atende à nossa demanda”, relatou.

Aureo destacou a importância do trabalho desenvolvido pela Findes no sul do Estado. “Todo o empenho em promover cursos e o desenvolvimento do interior tem se refletido de maneira positiva para o Sistema Findes. Buscamos agora trazer para Cachoeiro e regiões vizinhas a maior quantidade de cursos possível. Para isso, traçamos metas ousadas. Trata-se de um trabalho de formiguinha, buscando parcerias com prefeituras, levando para as cidades cursos que, muitas vezes, a localidade não tem condições de desenvolver”, relatou.

CaChOeirO reCebe PrOgrama ieL hSm eduCaçãO

ProGraMaÇÃo De cursos senai

Curso Período

SeNai SãO mateuS

Operador de Máquina Florestal Harvester

12/12/2012 a 29/01/2013

Torneiro Mecânico

01/01 a 19/02/2013

12/12/2012 a 17/04/2013

SeNai Serra

Seminário de Soldagem - II Exposolda – Local: Centro Integrado SESI/SENAI CIVIT Avenida Paulo Miguel Bohomoletz, 520, Civit I - Serra

11 a 13/12/2012

SeNai Vitória

NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade

10/12 a 28/12/2012

SeNai ViLa VeLha

Técnico em Edificações Início: 04/02/2013

Técnico em Vestuário Início: 04/02/2013

Técnico em Logística Início: 04/02/2013

Técnico em Alimentos Início: 04/02/2013

SeNai aNChieta

Comandos Elétricos Industriais Início: 03/12/2012

o ieL e a HsM levam capacitação para o interior do estado

Parceria que deu certoO Instituto EuvaldoLodi no Espírito Santo e a HSM

Educação formam uma parceria corporativa de sucesso. As instituições oferecem ação pioneira de capacitação de empresas e profissionais. A segunda turma em Vitória tem início previsto para março de 2013 e está com inscrições abertas.Em breve, uma turma será inaugurada também em Linhares.

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Nov/2012 – nº 303 Indústria Capixaba – FINDES 65

“Buscamos agora trazer para Cachoeiro e regiões vizinhas a maior quantidade de cursos possível. Para isso, traçamos metas ousadas”AureoMameri, diretor da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e Região

Curso Período

Interpretação da NBR ISO 9001:2008 03 a 06/12

Atender Vendendo 03 a 06/12

Qualidade no Atendimento ao Cliente 03 a 06/12

Administração de Pessoal e Rotinas Trabalhistas

03 a 07/12/2012

Equipe Voltada para Resultados 10 e 11.12.2012

Formação de Auditor Interno da Qualidade 10 a 14.12.2012

Desenvolvimento Gerencial 10 a 14.12.2012

Gerenciamento de Mudanças nas Organizações 12 e 13.12.2012

Redação Empresarial 12 a 14.12.2012

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS IEL Inscrições abertas para pós-graduação

em Moda à distânciaQuem deseja fazer um curso na área de moda, já pode

começar 2013 com o pé direito: o Senai-ES, em parceria com o Senai Cetiqt, - Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil - Rio de Janeiro, abriu as inscrições para os cursos à distância de MBA em Gestão Estratégica de Vendas para o Mercado da Moda (400h) e Pós-graduação em Design de Moda (408h).

É uma boa oportunidade para quem mora no Espírito Santo de realizar uma especialização em uma renomada faculdade de moda carioca, sem sair do Estado, já que o curso é online, com apenas quatro encontros presenciais, que acon-tecerão no polo localizado no Centro Integrado Sesi Senai, em Araçás, Vila Velha.

Todos os alunos matriculados no polo do ES ganharão um kit com bolsa, caderno,bloco de anota-ções, pen drive e caneta. A divulgação dos resultados será no dia 5de março de 2013 e as aulas começam no dia 24 de março. Inscrições pelo site: www.cetiqt.senai.br. Informações: SenaiCetiqt, pelo telefone (21) 2582-1001.

InfORMAÇõES E InSCRIÇõES:

Edifício findes – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • Senai Serra – Tel: (27) 3341-3918 • Senai Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • Senai Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.

O Programa de Desenvolvimento Empresarial, desenvol-vido pelo IEL em parceria com a HSM Educação, teve início no dia 8 de maio de 2012. A HSM Educação foi criada com o objetivo de definir um novo paradigma para a educação execu-tiva de alto nível no Brasil. Formada pela associação entre o grupo RBS e a BR Investimentos, a instituição conta com estrutura diferenciada, pensada para atender às reais exigências e necessidades dos profissionais do mercado.

Informações pelo site www.iel-es.org.br, ou pelo telefone 3334-5721.

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artigo

T erras produtivas, porções de Mata Atlântica a perder de vista, corredeiras, cachoeiras, vales e inúmeras formações rochosas comprovam o potencial natural deste trecho

chamado por Rota Imperial, Estrada do Rubim, ou Estrada São Pedro de Alcântara – seu nome oficial. Mais de 300 anos de história, tradições, heranças da imigração, lendas e “causos” que não podem ser perdidos: são as forças que impulsionam esse resgate histórico.

A existência de empreendimentos rurais, propriedades de agroturismo, turismo de aventura, de lazer, contemplação e, de forma geral, o tão procurado contato com o “meio rural” guardam um potencial turístico que pode dobrar, ou até mesmo triplicar de tamanho, levando, através de cada um desses diferentes segmentos da atividade turística, o desenvolvimento econômico, social e sustentável a cada propriedade, a cada município e ao Estado do Espírito Santo.

Todo o trabalho do Instituto Rota Imperial – criado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo em 2009 com o intuito de promover e consolidar a Rota Imperial como um produto turístico de qualidade –, está voltado para o desenvol-vimento turístico dos 31 municípios envolvidos no trajeto que liga Ouro Preto (MG) a Vitória (ES) – particularmente, dos 14 que são capixabas: Ibatiba, Ibitirama, Muniz Freire, Iúna, Irupi, Conceição do Castelo, Castelo, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Viana, Cariacica e Vitória.

Propriedades rurais incrementam sua renda com a chegada do turismo, compartilhando suas receitas, seu modo de vida, acolhendo, ensinando e aprendendo, claro! Nesse intercâmbio,

todos - empreendedores, comunidades, municípios e parceiros - ganham com a integração, preservação das tradições culturais, aumento da autoestima da população envolvida, inclusão digital, conhecimento e apropriação da história, que passa, muitas vezes, na porta de propriedades, por dentro de comunidades. Além da questão da conservação de patrimônios históricos, culturais e naturais, os municípios ganham visibilidade no mercado turístico regional e nacional e parceiros alcançam a aproximação com as comunidades locais, com a gestão pública municipal e estadual, além da valorização de sua marca ou produto.

Portfólio de projetos e oportunidadesNo dia 9 de outubro, um evento no Palácio da Fonte

Grande promovido pelo Instituto Rota Imperial em parceria com a Findes, Vice-Governadoria e Assembleia Legislativa recebeu secretários de Estado, representantes, superintendentes, presidentes e diretores de grandes empresas, além de alguns prefeitos e representantes do turismo dos municípios capixabas envolvidos na Rota Imperial.

O encontro serviu para mostrar não só a evolução do projeto desde 2009, quando foi criado o IRI, e os importantes passos já dados – como a inserção da Rota Imperial como quarto trecho da Estrada Real, o licenciamento da marca, elaboração de projetos executivos de sinalização turística e demarcação do trecho principal, criação do site da Rota Imperial e roteirização turística – mas, principalmente, fornecer um especial vislumbre do que será o futuro.

Ludwig Goulart, CEO da empresa especializada em inovação Nlabs, vindo diretamente do Rio de Janeiro para esta parceria com o Instituto Rota Imperial, trouxe para os convidados uma

apresentação instigante, que mostrou todo o potencial da Rota Imperial de uma forma interativa, através de exemplos de plataformas e ações que podem ser desenvolvidas para gerar a todos os envolvidos – turistas, municípios, propriedades, empreendedores e parceiros – uma experiência máxima, amplificada, que possa ser compartilhada.

Além dos projetos estruturantes da NLabs, divididos em Rota Capacitação, Rota Experience e Rota Digital, ações de curto prazo serão iniciadas, como o georreferenciamento de todo o trajeto da Rota Imperial; criação de um guia turístico detalhado; criação de núcleos municipais; projetos de inserção e divulgação da Rota Imperial na imprensa; e um forte trabalho na web. Passos importantes para a consolidação de todo este potencial e para o alcance de um reconhecimento nacional deste belo e riquíssimo trajeto.

Rota Imperial. Um caminho de descobertas.

Paulo Henrique Theodoro é diretor da Findes para Assuntos do IRI – Instituto Rota Imperial

Inovação para alavancar o turIsmo capIxaba

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