revista indústria capixaba n° 300

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Publicação Oficial do Sistema FINDES • Maio 2012 • Distribuição gratuita • nº 300 • IMPRESSO Brasil Maior, ES menor Plano não atende à indústria capixaba Os fortes do interior, Sebastião Carlos Ranna, SENAI 60 anos

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Mai/2012. Uma publicação oficial do Sistema Findes.

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Page 1: Revista Indústria Capixaba n° 300

Publicação Oficial do Sistema FINDES • Maio 2012 • Distribuição gratuita • nº 300 • IMPRESSO

Brasil Maior,ES menorPlano não atende à indústria capixaba

Os fortes do interior, Sebastião Carlos Ranna, SENAI 60 anos

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4 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FINDESPresidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini 3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Antonio Tavares Azevedo de BritoDiretores: Alejandro Dueñas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egidio Malanquini, Benízio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogério de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, Ademilse Guidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogério Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro Simonassi

Conselho fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da Silva Suplentes: Atilio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular

Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton Vieira Suplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior

Serviço Social da Indústria – SESI Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriaisTitulares: Manoel de Souza Pimenta Neto, Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Mariluce Polido Dias Suplentes: Adenilson Alves da Cruz, Alejandro Dueñas, Leonardo Souza Rogério de Castro, Rogério Pereira dos Santos Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Luiz Carlos Fernandes Rangel Suplente: Flaviano Rabelo Aguiar

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Diretora regional: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes das atividades industriais Titulares: Benízio Lázaro, Clara Thais Resende Cardoso Orlandi, João Baptista Depizzol Neto e Ronaldo Soares Azevedo Suplentes: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Wilmar Barros Barbosa, Neviton Helmer Gasparini e Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação: Ronaldo Neves CruzRepresentantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Paulo César Borba Peres Suplente: Ari George Floriano

Centro da Indústria no Espírito Santo – CINDES Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto

SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera Borges Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Hélio de Oliveira Dórea, Jadyr da Silva Primo

Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo - IDEIESPresidente da Findes e do Conselho Técnico do Ideies Marcos GuerraMembro Representante da Diretoria Plenária da Findes: Egídio MalanquiniMembro Representante do Setor Industrial: Benízio Lázaro Diretor Executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Membro Efetivo Representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro Efetivo Representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros Suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci,Luciano Raizer Moura, Dam Pessotti Representante da Comunidade Científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Membro Representante do Sebrae/ES: Ruy Dias

Instituto Euvaldo Lodi – IELPresidente: Marcos GuerraConselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Dueñas, Ruy Dias de Souza, Vladimir Rossi, José Braulio Bassini, Dam Pessotti, Benildo Denadai, Anilton Salles GarciaSuperintendente: Fábio Ribeiro DiasConselho Fiscal: Egídio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir Gaburro, Loreto Zanoto, Rogério Pereira dos Santos, Luciano Raizer Moura

Instituto Rota Imperial – IRIDiretor Geral: Marcos GuerraDiretores: Manoel de Souza Pimenta, Alejandro Duenas, Vladimir RossiConselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Dueñas, Fernando Künsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto KautskySuplentes: Francisco Xavier Mill, Tullio Samorini, João Felício Scárdua, Manoel Pimenta, Adenilson Stein, Tharcicio Pedro BottiMembros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernest Mosaner Júnior, Aristóteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreao

Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (CONSATs) Coordenador-geral: Manoel de Souza Pimenta Neto

Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas

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Mai/2012 – nº 300 Indústria Capixaba – FINDES 5

Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel Pimenta, Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner, Ricardo Barbosa, Alejandro Dueñas, Flávio Bertolo, Egídio Malanquini, Benízio Lazaro, Fernando Künsch, Solange Siqueira, Fábio Dias, Doria Porto, Lucas Izoton, Marcelo Ferraz, Heriberto Simões e Breno Arêas

Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES)

Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da FINDES Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins e Tatiana RibeiroGerente: Heriberto Simões

Depto. Comercial – UNIREM/FINDES – Tel: (27) 3334-5721 Simone Dttmann Sarti e Fernando Fiuza

Produção Editorial

Coordenação editorial: Mário Fernando Souza Coordenação de conteúdo: Marcia RodriguesProdução editorial e diagramação: Next Editorial Textos: Gustavo Costa, Nadia Baptista, Heliomara Mulullo, Jacqueline Vitória e Taís Hirschmann Revisão de textos: Andréia Pegoretti Fotografia: Cláudio Alves, Dênis Roque, fotos cedidas, arquivo FINDES e arquivos Next Editorial

PubliCação oFiCial do SiSTema FiNdeS Maio – 2012 • nº 300

youtube.com/sistemafindesfacebook.com/sistemafindes

Presidente: Gibson Regianni Câmara Setorial das indústrias de base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da indústria de materiais da Construção Presidente: Dam Pessotti Câmara Setorial da indústria moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da indústria do VestuárioPresidente: Paulo Roberto Almeida Vieira

Conselhos Temáticos Conselho Superior de assuntos legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Superior de Comércio exterior (Concex) Presidente: Eutemar Antônio Venturim Conselho Superior de desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Marcilio Rodrigues Machado Conselho Superior de educação Profissional (Conep) Presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto Conselho Superior de infraestrutura (Coinfra) Presidente: Ernesto Mosaner Junior Conselho Superior de meio ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Superior de micro e Pequena empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Superior de Política industrial e inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Superior de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Superior de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg Silva Rodrigues

Diretorias regionais

diretoria da FiNdeS em anchieta e região diretor regional: Fernando Schneider Künsch diretoria da FiNdeS em Cachoeiro de itapemirim e região diretor regional: Áureo Vianna Mameri diretoria da FiNdeS em Colatina e região diretor regional: Manoel Antonio Giacomim diretoria da FiNdeS em linhares e região diretor regional: Paulo Joaquim do Nascimento diretoria da FiNdeS em aracruz e região diretor regional: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da FiNdeS em São mateus e região diretor regional: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da FiNdeS em Venda Nova do imigrante e região Diretor regional: Adenilson Alves da Cruz Núcleo da FiNdeS em Nova Venécia e região Diretor regional: Hélder Nico

Diretores para assuntos específicos diretor para assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai/eS - Alejandro Dueñas diretor para assuntos de educação e Cultura do Senai e Senai/eS- Flávio Sérgio Andrade Bertollo diretor para assuntos do iel - Benízio Lázaro diretor para assuntos do ideieS - Egidio Malanquini diretor para assuntos do Cindes - Paulo Alfonso Menegueli diretor para assuntos do iRi - Paulo Henrique Teodoro diretor para assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação empresarial: Egídio Malanquini diretor para assuntos das micro e Pequenas indústrias: Vladimir Rossi diretor para assuntos Tributários: Gibson Barcelos Reggiani

diretor para assuntos do meio ambiente: Wilmar Barros Barbosa diretor para assuntos de Capacitação e desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi diretor para assuntos de marketing e Comunicação: Fernando Schneider Künsch diretor para assuntos de desenvolvimento da indústria Capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro diretor para assuntos de inovação industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho

Sindicatos filiados à FINDES e respectivos presidentes

Sinduscon: Sebastião Constantino Dadalto | Sindipães: Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Sincafé: Sergio Brambilla. Sindmadeira: José Domingos Depollo | Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto | Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi | Sindibebidas: José Angelo Mendes Rambalducci Sindicalçados: Altamir Alves Martins | Sindifer: Luiz Alberto de Souza Carvalho | Sinprocim: Dam Pessotti | Sindutex: Mariluce Polido DiasSindifrio-eS: Elder Elias Giordano Marim | Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa Sindicopes: José Carlos Chamon | Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani Sindipedreiras: Loreto Zanotto | Sindirochas: Emic Malacarne Costa Sincongel: Vladimir Rossi | Sinvesco: Edvaldo Almeida Vieira Sindimol: Almir José Gaburro | Sindmóveis: Mário Sérgio do NascimentoSindimassas: Emerson de Menezes Marely | Sindiquimicos: Ernesto Mosaner Junior. Sindiolaria-Norte: Paulo Cezar Coradini | Sindinfo: Benizio Lázaro Sindipapel: José Bráulio Bassini | Sindiplast-eS: Leonardo Souza Rogerio de Castro | Sindibores: Rogério Pereira dos Santos | Sinvel: Atílio Guidini

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6 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

CenárioDesoneração tributária e priorização nas compras governamentais estão no pacote de medidas lançado pelo Governo Dilma para estimular o crescimento econômico. Mas esse plano não está acelerando a indústria capixaba como esperado.

nesta edição

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entrevistaSebastião Carlos Ranna, presidente do Tribunal de Contas, aborda o estreitamento das relações institucionais do Estado e a importância da indústria nos processos licitatórios para garantir o desenvolvimento da economia capixaba.

sustentávelCréditos de carbono: uma alternativa inteligente para compensar as emissões poluentes de grandes empresas, ainda gera retorno financeiro.

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44

14 no sistema

35 inovação

40 Caso de suCesso

54 eduCação

58 Fatos em Fotos

62 Cursos

indústria A interiorização do desenvolvimento é uma das metas traçadas pelo planejamento estratégico da FINDES. Confira como a entidade está conduzindo esse movimento e fomentando as potencialidades dos municípios do interior.24

espeCialA revista Indústria

Capixaba chegou à sua 300ª edição. Conheça mais a respeito desse veículo histórico, testemunha do desenvolvimento econômico do Estado e responsável pela divulgação das conquistas da indústria do Espírito Santo.

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8 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

editorial

300 edições de relevância e posicionamento

Marcos Guerra Presidente do Sistema FINDES/CINDES

A revista Indústria Capixaba atinge a marca de 300 edições publicadas num momento de matu-ridade para o setor industrial. Criada pelo então

presidente da FINDES, Jones Santos Neves Filho, no ano de 1968, e retomada em 2010 pela gestão de Lucas Izoton, a publicação, hoje consolidada, é referência na discussão de temas de suma importância para o desen-volvimento sustentável do Estado do Espírito Santo.

Vivemos atualmente um período que demanda mudanças profundas para tornar nossa indústria mais competitiva. O alerta foi dado em ocasiões anteriores e continuamos a evoluir o assunto nas páginas desta edição, com uma reportagem especial em que repercutimos com lideranças empresariais capixabas as medidas adotadas pelo Governo Federal por meio dos Planos Brasil Maior I e II para conter a ameaça de desindustrialização que já atinge diversos setores em todo o país.

Outro destaque é a matéria sobre o PIB dos municípios capi-xabas, na qual constatamos que vários deles em boa posição neste ranking se localizam fora da Região Metropolitana da Grande Vitória. Interiorizar o desenvolvimento sustentável

no Espírito Santo a partir do fortalecimento de nossas oito Diretorias e Núcleos Regionais é uma das metas da atual gestão do Sistema FINDES e já podemos comemorar alguns resul-tados positivos.

Como não poderia deixar de ser, nesta edição também contamos com articulistas de peso, a exemplo da deputada Rose de Freitas, entre outros que sempre enriquecem nossas páginas com opiniões relevantes, assim como o nosso entre-vistado, o presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo, Sebastião Carlos Ranna. O constante diálogo com os demais segmentos organizados da sociedade é funda-mental na construção de um Estado com uma indústria forte e com identidade própria.

Comemoramos a marca histó-rica do número 300 com grandes realizações, porém sempre com muito ainda para conquistar.

Tenha uma boa leitura!

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10 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

artigo

A aprovação do Projeto de Resolução n° 72/2010 pelo Senado Federal representará grande perda para a economia do Espírito Santo. Além de

uniformizar em 4% a alíquota do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados, a proposta representa o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias – Fundap.

Apesar dos esforços de parlamentares do Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás, venceu a tese falaciosa de que os incentivos aos produtos importados são responsáveis pelo processo de desindustrialização brasileiro. Sabemos que este fenômeno decorre de fatores como a falta de uma política de longo prazo para o setor industrial, a taxa de câmbio sobrevalorizada, a precariedade da infraestrutura nacional, as ainda elevadas taxas de juros e a nossa exorbitante carga tributária. Merece destaque, ainda, que a principal parcela das importações brasileiras não se concentra em produtos de consumo, mas em bens intermediários e de capital que, em 2011, responderam por 82,3% do volume importado.

Outra proposta legislativa a que nos temos dedicado é a que redefine a distribuição dos royalties do petróleo.

Entendemos o interesse dos Estados não produtores em usufruir dessas riquezas, mas conhecemos bem as externalidades negativas da exploração petrolífera, pelas quais têm de ser recompensados Estados e municípios produtores.

Integramos um Grupo de Trabalho que busca uma forma de viabilizar a votação do projeto do Senado Federal que trata desse tema. No final de abril, o relator Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou uma proposta que ainda julgamos longe da passível de acordo.

Trabalhamos por uma alternativa que represente a menor perda possível para o Espírito Santo. A batalha, com certeza, tem sido árdua. Afinal, os Estados não produtores são maioria nas duas Casas Legislativas. Mas, parece-nos que, assim como entendemos o interesse das Unidades Federativas não produtoras de aumentar suas receitas, parlamentares de algumas delas parecem compreender, também, que contratos não podem ser quebrados e tampouco a renda dos produtores subtraída da noite para o dia.

Episódios como o do ICMS e o da partilha dos royalties tornam premente a necessidade de revisão do pacto federativo. Somam-se a esses outros fatores que também demandam a

atenção do Congresso Nacional. Por determinação do Supremo Tribunal Federal, Câmara e Senado terão de definir, até o final deste ano, novos critérios para distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE. A dívida dos Estados com a União também tem sido objeto de análise pela Câmara dos Deputados. Isso sem mencionar a persistente necessidade de uma ampla reforma tributária.

Se as circunstâncias ainda nos obrigam a analisar, de forma separada, fatores que repercutem na economia de Estados e municípios, temos de garantir a sinergia dessas ações, sempre com um horizonte de longo prazo. O Brasil é hoje a sexta economia do planeta. Não há mais espaço para improvisos e ajustes com visão de curto prazo.

Rose de Freitas é deputada federal e primeira vice-presidente da Câmara dos Deputados

Unificação do icMS e royaltieS do petróleo tornaM preMente a reviSão do pacto federativo

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12 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

ESPECIAL

por Doris Fernandes

Publicação da Federação das Indústrias do Espírito Santo guarda parte importante da história da economia estadual

12 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

Revista indústRia Capixaba

A revista da Indústria Capixaba chega ao número 300 registrando e analisando acontecimentos econômicos relacionados aos interesses dos

industriais do Espírito Santo. Órgão de divulgação das atividades do Sistema Federação das Indústrias do ES (FINDES), a revista tem cumprido o que se propôs desde 1968, data de sua fundação: atuar como ferramenta de defesa, conhecimento, informação e divulgação do setor industrial.

“A Revista Indústria Capixaba hoje está consolidada como o principal canal de comunicação entre indústria, segmentos organizados da sociedade, população e poder público. Por meio dela, nos posicionamos a respeito de questões importantes para a promoção do desenvolvimento sustentável do Estado do Espírito Santo e também representamos a opinião do segmento industrial em todos os níveis, disse o presidente da FINDES, Marcos Guerra.

Paralelamente à marca histórica de 300 edições, o veículo comemora também, em 2012, dois anos de retorno ao mercado editorial capixaba, de onde esteve ausente por quase uma década – de agosto de 2000 a fevereiro de 2010. Mantendo a proposta inicial, mas revestindo-se de um alto

“A Revista Indústria Capixaba é um importante instrumento de comunicação com o industrial, que passa a conhecer melhor os serviços prestados pelas entidades do Sistema FINDES”

Marcos Guerra, presidente do Sistema FINDES

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Mai/2012 – nº 300 Indústria Capixaba – FINDES 13Indústria Capixaba – FINDES 13

padrão gráfico e editorial, a Revista da Indústria voltou a circular em março daquele ano, com tiragem de 10 mil exem-plares e periodicidade bimestral. A edição 288 iniciou essa nova fase dando sequência à numeração da última publicação, veiculada em 2000.

“Assumimos a gestão da FINDES em 2004 e verificamos que muitos industriais não desejavam ter contato apenas virtual com as informações do Sistema Indústria. Eles queriam o contato físico, impresso. Pesquisas feitas com empresários, formadores de opinião, com o público-alvo e dirigentes ativos e inativos da FINDES comprovaram a importância da revista para o setor e para a sociedade em geral”, explicou o ex-presidente da entidade (gestão 2004-2011) e atual vice–presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lucas Izoton.

De lá para cá, as matérias têm abordado os mais variados aspectos da atividade industrial, sob os ângulos da economia, tecnologia, gestão, tributação, inovação, saúde e segurança, capacitação profissional e meio ambiente, bem como informando a seu público sobre fatos e eventos de interesse do setor. Atenta às certezas e incertezas do mercado, levantando e difundindo análises e informações indispensáveis para a tomada de decisão empresarial, a Revista Indústria Capixaba tem sido responsável por produzir conhecimento de alta qualidade e, melhor ainda, se revelado mais que um veículo setorial, conquistando alta relevância para a sociedade capixaba.

Também na opinião do presidente Marcos Guerra a retomada da publicação em 2010 veio no momento certo, mostrando a força de uma indústria que exibia rápida recuperação da grave crise internacional deflagrada em setembro de 2008 e retomava a liderança dos índices de crescimento no cenário brasileiro.

Evolução contínuaVoltando à data de 5 de setembro de 1968, descobre-se

que a Revista da Indústria era feita de forma quase artesanal. As limitações tecnológicas da época não foram empecilho nem motivo de desânimo. O ex-vice-presidente do Sistema FINDES e atual membro do Conselho da entidade, Ennio Edmyr Modenesi Pereira, lembrou que as primeiras edições, em formato de boletim, foram produzidas numa pequena sala pelos próprios funcionários, que datilografavam todo o conteúdo Só depois o processo industrial entrava em cena, quando as gráficas, contratadas por licitação, imprimiam e encadernavam os exemplares.

De acordo com o jornalista Alencar Garcia de Freitas, que esteve à frente do veículo, como editor, entre 1972 e 1992, nos primeiros anos a revista circulou mensalmente, passando depois a ser publicada trimestralmente. Com o retorno ao mercado, em 2010, a circulação tornou-se bimestral. Nesses 44 anos, o formato e o conteúdo sofreram várias alterações, e até o próprio nome do veículo mudou: nascido Boletim “Fatos de interesse da Indústria do Espírito Santo”, passou a se chamar “Revista da Indústria Capixaba”.

Aos poucos, as páginas ganharam fotos, cores, layouts inovadores, elementos gráficos mais ricos e uma melhor distribuição dos textos. Por volta de 1979, a Revista da Indústria passou a ser vendida: a assinatura anual – em nível Brasil – custava na época CR$ 500,00, enquanto que o exemplar avulso saia por CR$ 50,00. Atualmente, sua distribuição é gratuita.

Para Ennio Modenesi, a satisfação de ter sido um dos colaboradores da revista foi concretizada com a conquista de importantes prêmios, como o Prêmio Aberje Regional e Nacional como Mídia do Ano, ao lado de publicações como a revista Exame, da Editora Abril, e o jornal Gazeta Mercantil.

“Parabéns pelas 300 edições da Revista Indústria Capixaba. Ela reflete o caráter visionário do então presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo, Jones Santos Neves Filho (gestão 1968/1977), que em 1968 decidiu

pela criação de um meio de comunicação que pudesse atender à indústria capixaba, e que hoje representa papel fundamental na discussão de assuntos de interesse para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo”, concluiu Guerra.

A revista voltou a circular em março

de 2010, com a edição nº288

Mai/2012 – nº 300

“A revista era feita de forma artesanal, numa pequena sala, pelos próprios funcionários da FINDES”, recorda o ex-vice-presidente do Sistema FINDES Ennio Edmyr Modenesi Pereira

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14 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

No sistema

por Nadia Baptista

Cindes Jovem promove evento para empreendedores

Jovens capixabas mostram que idade não é requisito para ter sucesso nos negócios e se reúnem com outros empreendedores no Congresso Lusófono

A década de 1980 marcou o surgimento de uma geração que anseia por mudanças constantes. Pertencentes à chamada “geração Y”, muitos

jovens nascidos naquele período hoje são profissionais de sucesso, que se destacam como empreendedores. No final de maio, eles terão uma ótima oportunidade para discutir suas realidades, na segunda edição do Congresso do Empreendedor Lusófono. Reunindo especialistas e jovens de oito países que têm o Português como língua oficial, além de jovens empreendedores de países latino-americanos como Paraguai, Uruguai e Argentina, o evento, em sua segunda edição este ano, conta com o apoio do CiNdEs Jovem na organização.

O congresso, que pela primeira vez será realizado no Brasil e será na capital capixaba, acontece entre os dias 30 de maio e 1º de junho, no Centro de Convenções de Vitória, e tem a pretensão de reunir o movimento jovem empreen-dedor dos países lusófonos, congregando e aproximando os

movimentos internacionais à Confederação Nacional dos Jovens Empreendedores (Conaje); agregar conhecimento através de uma programação acadêmica rica e diversificada; e oferecer aos participantes um ambiente propício à reali-zação de negócios através de meetings empresariais e outros encontros, que serão articulados a partir de demandas vindas dos próprios congressistas.

O coordenador do evento, Julio Cesar Vasconcelos, conta que a ideia de trazer o Congresso para Vitória surgiu em 2010. “O projeto começou a tomar forma em 2010 em Cabo Verde, a partir de um encontro de jovens empreendedores de Portugal, Cabo Verde e Brasil, de maneira que em 2011, foi realizada em Porto (Portugal), a primeira edição do evento”, explica.

O presidente do CiNdEs Jovem, Thiago dalla Bernardina Lacourt, complementa: “O objetivo principal do encontro é fomentar e desenvolver o movimento empreendedor jovem, pelo estreitamento da relação

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Indústria Capixaba – FINDES 15Mai/2012 – nº 300

um projeto tenha continuidade. “O empreendedor precisa de articulação e de capacitação, que é um pilar muito importante. Sem capacitação não existe empreendedorismo bem-sucedido. É fundamental estar sempre atrelado à capacitação. Quando ela falta, a pessoa empreende, mas não vai adiante, porque não tem o preparo necessário”, defende o jovem empresário.

Ana Paula enumera outros tópicos essenciais para o sucesso de um negócio. “Tem que ter planejamento, estudo de mercado (tanto interno quanto externo), aperfeiçoamento profissional, relacionamento (network), pé no chão e muito trabalho”, afirma. No entanto, ela acredita que certas características que fazem um bom empreendedor e um bom profissional podem ser desenvolvidas, mesmo quando não são inerentes à personalidade da pessoa. “Quem não tem essas características pode buscá-las, pois é possível desenvolvê-las. Eu, por exemplo, não tinha desenvoltura para falar em público, e com o tempo fui adquirindo isso”, conta.

De acordo com a diretora do CiNDES, a diversidade de olhares é capaz de colocar uma mesma questão sob óticas diferentes, o que ajuda no desenvolvimento dos profissionais. “Normalmente, as melhores ideias são construídas com a diversidade, com olhares diferentes. E o Congresso do Empreendedor Lusófono vai propiciar esse compartilhamento de visões. Teremos a oportunidade de debater com pessoas de outros países os desafios e as oportunidades encontrados na hora de empreender. As pessoas que puderem, devem se programar para esse encontro, que será uma excelente oportunidade que teremos no Estado. Empreendedores de vários países, e também de outros Estados Brasileiros, estarão presentes, todos eles com esse perfil de compartilhar experiências e fazer negócios. Todos estarão abertos para isso”, incentiva a empresária.

entre jovens empreendedores do mundo. Por isso, o evento acaba tendo uma vocação muito grande para negócios também, além de uma programação acadêmica muito boa”, reitera.

Geração Y e empreendedorismoA capixaba Ana Paula Tongo, diretora para Assuntos

do CiNDES Jovem, nasceu na década de 1980 e hoje, além de ocupar função executiva no CiNDES, é também uma empreendedora de sucesso. Há 11 anos no mercado de tecnologia da informação, ela acredita que algumas características a aproximam do perfil de sua geração. “Para dar certo no mundo dos negócios, e tomo como base a minha experiência pessoal, é preciso ser ágil, ter inquietude, ser versátil, polivalente, buscando sempre melhorar. Essas são algumas das características daqueles que nasceram três décadas atrás. Também já fui bastante imediatista mas, com o tempo, vamos vendo que as coisas não acontecem de uma hora para a outra. É preciso sempre buscar a ética para construir uma base sólida”, afirma ela.

Thiago Dalla Bernardina Lacourt também soube empreender. Com 30 anos de idade, ele compartilha de algumas das características de sua colega Ana Paula. “Uma coisa que tenho e que acredito que seja comum aos que nasceram na mesma época que eu é a vontade de querer mudar as coisas, querer fazer acontecer”, comenta. Mas para ser um empreendedor de sucesso, independentemente de qual seja a idade de uma pessoa, Thiago acredita que algumas questões devem ser observadas com maior cuidado. “Não existe uma receita para empreender, mas existem algumas questões inerentes àqueles que têm sucesso nos negócios, como a persistência, a preparação e a vontade de fazer acontecer, que é um elemento fundamental. Ter uma boa ideia é muito importante, mas se ela não coexistir com esses três elementos, as coisas não se concretizam”, afirma.

Segundo Thiago, além das características típicas dos nascidos na geração Y, que ajudam a quem pretende empreender, a capacitação também é necessária para que

“O empreendedor precisa de articulação e de capacitação, que é um pilar muito importante, e articulação. Sem capacitação não existe empreendedorismo bem sucedido” - Thiago Dalla Bernardina Lacourt, presidente do Cindes Jovem

Serviço

Congresso do Empreendedor LusófonoData e local: 30 de maio a 1º de junho, no Centro de Convenções de Vitória.Outras informações: www.congressolusofono.com

“Para dar certo no mundo dos negócios, e tomo como base a minha experiência pessoal, é preciso ser ágil, ter inquietude, ser versátil, polivalente, buscando sempre melhorar”

Ana Paula Tongo, diretora para Assuntos do Cindes Jovem

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16 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

IndústrIa EM aÇÃOIndústrIa EM aÇÃO

A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FIndES) promoveu, no dia 26 de março, uma reunião que teve como foco divulgar a Lei Geral Estadual

da Micro e Pequena Empresa para empresários e dirigentes industriais capixabas. O diretor-presidente da Agência de desenvolvimento em Rede do Espírito Santo (Aderes), Pedro Rigo, e o diretor para Assuntos das Micros e Pequenas Indústrias, Vladimir Rossi, comandaram a apresentação, que aconteceu no Plenário do Edifício FIndES.

“Esta é uma oportunidade para conhecermos e debatermos questões voltadas às micro e pequenas empresas do Estado do Espírito Santo”, destacou na ocasião o presidente da FIndES, Marcos Guerra, que lembra também que o Espírito Santo foi

o primeiro Estado do país com uma Lei Geral abrangente que trata, inclusive, do empreendedor, do artesão, da economia solidária e da agricultura familiar.

A Lei Geral Estadual da Micro e Pequena Empresa foi sancionada no dia 11 de janeiro de 2012, após a realiza-ção de 12 seminários em todo o Estado no ano de 2011. “As micro e pequenas representam 99% das empresas cons-tituídas no país. Os números mostram que esses pequenos empreendimentos têm um papel fundamental no contexto socioeconômico do Brasil, com a distribuição de riqueza, fixação do capital no território local e, consequentemente, são responsáveis pela maioria dos empregos oportunizados no Brasil”, destacou Pedro Rigo.

Lei GeraL estaduaL da Micro eMpresa é apresentada para industriais capixabas

MarcOs GuErra é hOMEnaGEadO EM MInas GEraIs

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, e o presidente da Confederação nacional da Indústria (CnI), Robson Braga de Andrade, fizeram parte do grupo de personalidades agraciadas com a Medalha da Inconfidência, entregue pelo governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia, em solenidade no dia 21 de abril, em Ouro Preto.

nesta edição, a honraria, criada em 1952, completou 60 anos como a mais alta comenda concedida pelo governo mineiro a cidadãos brasileiros que se destacaram por sua contribuição para o desenvolvimento cultural, social ou econômico de Minas Gerais e do Brasil.

Marcos Guerra iniciou sua atividade industrial aos 19 anos, no ramo do vestuário. Em sua trajetória associativa, foi um dos fundadores e presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Colatina, tendo ainda desempenhado diversos cargos de direção na FIndES, destacando-se a presidência dos Conselhos de Assuntos Legislativos e de desenvolvimento Regional e o cargo de vice-presidente no período de 2003 a 2008.

Outro homenageado com a medalha, Robson Braga de Andrade foi a primeira liderança do setor industrial a ser orador oficial da cerimônia. Ele destacou, em seu

O governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e o presidente da FINDES, Marcos Guerra, durante o jantar realizado no Centro de Convenções de Ouro Preto

pronunciamento, a necessidade de o país dar curso a reformas estruturais, que agreguem às conquistas democráticas a continuidade do progresso econômico.

“Tenho a convicção de que, por esta via, honramos a memória dos Inconfidentes e resgatamos o sonho patriótico de construirmos juntos um Brasil livre, próspero, soberano e justo”, afirmou o empresário. Andrade pediu ainda um pacto de união a favor do Brasil. “Assim como fizeram os Inconfidentes mais de dois séculos atrás, é imperativo que a sociedade brasileira se una em um pacto a favor do país – trabalhadores, empresários, o Governo e o Poder Legislativo. Juntos, seremos capazes de enfrentar e vencer desafios e dificuldades”, discursou na ocasião.

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18 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

cenário

por Jacqueline Vitória

Pacote econômico

não acelera crescimento

industrial caPixaba

Para os dirigentes da FinDeS, medidas do

Governo são pontuais, e não

estruturantes

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Mai/2012 – nº 300 Indústria Capixaba – FINDES 19

Desoneração da folha de pagamentoO ministro Guido Mantega explicou que a produção

industrial, como participação do PIB, vem caindo no mundo todo. E que essa tendência estrutural de redução da indústria no mundo foi agravada pela crise de 2008. “Diante dessa situação internacional, temos de continuar tomando medidas para estimular investimentos públicos e privados. Há um processo permanente de aumento da competitividade, que se acirra em momentos de crise. Temos de dar um impulso forte para o aumento da competitividade brasileira”, disse.

Parte das medidas adotadas, a desoneração da folha de pagamentos, que começou em 2011 com o lançamento do Plano Brasil Maior, foi ampliada com a extensão do benefício a 11 novos setores, o que representará uma renúncia fiscal total (recursos que deixarão de ser arrecadados)

Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu pífios 2,7%. As projeções para 2012 não apontavam para horizontes melhores nem

acompanhavam a meta do Governo Federal. Para tentar acelerar o ritmo da economia, a presidente Dilma Rousseff divulgou em abril um novo pacote de medidas que visam a estimular o crescimento por meio do fomento à indústria nacional – a segunda etapa do Plano Brasil Maior.

Entre as medidas anunciadas pelo Governo, estão ações sobre o câmbio e de defesa comercial, e ainda outras para reduzir o custo do comércio exterior. Como estímulo à produção nacional, houve também reduções tributárias, com a desoneração da folha de pagamento das empresas, além de incentivos ao setor de informação e comunicações. Por fim, foram divulgadas melhores condições de crédito, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e benefícios específicos para a indústria automobilística.

Durante o anúncio do pacote, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que com tais medidas o PIB poderá crescer 4,5% este ano. Mas o plano não foi tão animador para o meio empresarial, que esperava a elaboração de uma política industrial bem definida, a fim de oferecer à indústria a segurança necessária para investir no médio e longo prazo.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Manoel Pimenta, lembrou que há muito o setor vinha reivindicando a redução de impostos, a diminuição de parte da contribuição da Previdência e outras medidas que, em conjunto, viessem a proporcionar aos empresários um momento de alívio para possíveis investimentos.

Do seu ponto de vista, as medidas adotadas são superficiais e não estruturantes, não contribuindo para o fortalecimento da economia, especialmente a capixaba. “Não se tem perspectiva nenhuma de redução do Custo Brasil. Na questão da logística, por exemplo, nós não estamos no plano de modernização de rodovias, ferrovias, portos e aeroporto. Não temos modais estruturados nem perspectivas disso a curto prazo”, lamentou Manoel Pimenta.

“É um avanço muito tímido ainda. Infelizmente, o ‘remédio’ para o atual problema está vindo em doses homeopáticas, principalmente para o setor de transformação, o que pode custar caro” - Marcos Guerra, presidente da FINDES

“A indústria nacional dispensa protecionismo tarifário, como o aumento de imposto de importação para o produto importado. Queremos condições equivalentes de competitividade”

Leonardo de Castro, diretor de Desenvolvimento da FINDES

PrINCIPAIS rEIvINDICAçõES DA INDúStrIA CAPIxAbA:• Reforma tributária • Redução do Custo Brasil• Desburocratização• Investimento maciço em infraestrutura• Investimento maciço em inovação• Redução do custo da energia elétrica e do gás natural • Revisão da CLT• Capacitação profissional

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20 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

Concorrência globalPara o diretor de Desenvolvimento da FINDES, Leonardo

de Castro, não há dúvidas de que as novas medidas, divulgadas dentro do Plano Brasil Maior, contribuem para melhorar a condição competitiva relativa da indústria nacional perante os concorrentes globais, sem, contudo ser uma solução estruturada e profunda, como era esperado pelo setor.

“Acredito que essas medidas contribuem para o repo-sicionamento competitivo da indústria nacional, são um avanço na relação institucional da indústria com o Governo Federal. Entretanto, as demandas principais da indústria, ligadas à maior desoneração fiscal federal, reforma trabalhista, revisão do custo de energia elétrica e fortes investimentos

cenário

“Não podemos achar que pacotes irão solucionar os problemas. Quem não se lembra dos planos Bresser, Collor, Verão e tantos outros que em nada contribuíram – pelo contrário, desequilibraram nossa economia?” Egídio Malanquini, diretor para Assuntos do Fortalecimento e da Representação Sindical da FINDES

de R$ 7,2 bilhões por ano, segundo informou o ministro da Fazenda. A medida valerá somente a partir de agosto deste ano. Por isso, na conta do Governo Federal, em 2012 o impacto da medida será de R$ 4,9 bilhões nas contas públicas.

Até o momento, havia quatro segmentos industriais beneficiados com a desoneração: confecção, couros e calçados, call centers e softwares. Em troca dos 20% de contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estes setores tiveram seu faturamento tributado em 1,5%, com exceção dos softwares, cuja alíquota é de 2,5%.

As novas alíquotas também não incidirão sobre as exportações, que serão totalmente desoneradas. Mas o ministro Guido Mantega sublinhou que as empresas que tiverem desoneração da folha de pagamentos não poderão demitir, afirmando que todas as medidas são mediante contrapartida da indústria.

Alto custo para criar um empregoPorém, para Manoel Pimenta, esse item do pacote, como

solução, é bem tímida. O custo da empresa para manter um trabalhador também é muito alto. “Para cada mil reais que se paga de salário, incorre-se em mil reais de encargos. As empresas têm que arcar com alimentação, vale-transporte e, agora, com o plano de saúde, porque a saúde que o Governo oferece não é boa”, ressalta.

De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), para contratar um funcionário, tanto o pequeno empresário quanto a grande companhia gastam, em média, o dobro do que pagam como salário: o emprego formal gera encargos que somam 102% da folha de pagamentos. Há quem entenda que, com essa medida, o Governo está na direção certa, mas ainda não atende às necessidades do empreendedor industrial.

O diretor para Assuntos do Fortalecimento e da Representação Sindical da FINDES, Egídio Malanquini, opina que infelizmente o Governo continua cometendo os mesmos erros, ou seja, tomando medidas pontuais, que aliviam apenas alguns setores, sem analisar as consequências em médio prazo.

“O que o Brasil precisa, urgentemente, é da reforma tributária reduzindo os impostos sobre produtos fabricados no país e desonerando a folha de pagamento das empresas. Com isso, sim, iremos manter os empregos”, afirma Malanquini.

Segundo ele, o Governo precisa pensar de forma estratégica e ampla. “Não podemos achar que pacotes irão solucionar os problemas. O que precisamos é de uma reforma ampla, que venha promover o equilíbrio social e econômico sem comprometer as necessidades da população. As empresas não suportam essa carga tributária e, além disso, ainda temos que conviver com uma burocracia infernal”, ressalta Egídio Malanquini.

BRASIL X MUNDO

Fonte: BLS. Elaboração: DECOMTEC/FIESP

Os encargos sobre salários podem ser considerados conquistas que dão mais segurança ao brasileiro. Mas o Brasil exagera nas cobranças.

17,4% 17,9%20,6%

23,3%27,0%

30,8% 32,4%

Argentina Japão Reino Unido

EUA México França Brasil

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Mas sublinha que enquanto a indústria brasileira decresce, a arrecadação de tributos está sempre aumentando. “As ações que julgo necessárias são uma ampla reforma tributária, redução do custo da energia elétrica e do gás natural, revisão da CLT e a execução das obras prometidas pelo PAC, principalmente no que se refere à melhora da infraestutura e logística do país”.

InovaçãoTambém é unanimidade entre os dirigentes da Findes

o pensamento de que um dos problemas que deveriam ser atacados com urgência é a questão da capacitação como caminho e incentivo para a inovação. “Nós gastamos muito na pesquisa ‘de papel’, nas universidades. E só. E o que é pior, nem em longo prazo podemos dizer que teremos aqui no Estado um laboratório grande de pesquisa”, lamentou Manoel Pimenta.

Ele insiste em que não investir em produtos de quali-dade, em inovação tecnológica, e só competir fabricando commodities não vai resolver o problema. “Particularmente, gostaria de um grande projeto de formação de mão de obra. No Brasil, 10% da população fazem curso superior, porém, desses, não chegam a 2% os que escolhem a área tecnológica. Na Coreia e na Rússia, 50% da população têm curso superior e, na China, 35%. Eles estão preparando pessoas de qualidade”, diz Pimenta.

O vice-presidente sublinhou ainda que enquanto a produ-tividade da China cresce 4% ao ano, a do Brasil não chega a 1%. “A burocracia e as leis trabalhistas fazem com que poucas empresas consigam se manter em dia com as exigên-cias legais, e agora vêm outras leis acessórias que vinculam a parte ambiental, que são importantes, mas precisam trazer uma definição mais clara do que a gente precisa fazer”, disse Manoel Pimenta.

Para Egídio Malanquini, o Governo Federal está trabalhando mais na gestão administrativa do que na inovação. “Como pode um país que sonha com o futuro não investir em inovação? Vamos sempre viver em função dos outros?”, indaga Malanquini, externando a incerteza dos industriais quanto à eficácia da política industrial governamental.

Por enquanto, é esperar para ver se será ou não concreti-zada ao longo do ano a tendência apontada pelo IBGE, que em fevereiro deste ano registrou alta de 1,34% na produção industrial capixaba sobre o resultado do mês anterior – índice ligeiramente superior ao da indústria nacional, que foi de + 1,33%. No entanto, não custa lembrar que, na compa-ração com fevereiro de 2011, o percentual representa um recuo de 1,99%, puxado principalmente pela queda no desempenho da indústria de transformação, que caiu 8,53 pontos percentuais.

em infraestrutura, ainda não foram atendidas, tendo assim o Governo Federal grandes oportunidades de apoiar a compe-titividade da indústria nacional”, destacou o dirigente.

Castro ressaltou ainda que a indústria nacional trabalha para ser competitiva. “Nós dispensamos protecionismo tarifário, como o aumento de imposto de importação para o produto importado. Queremos condições equivalentes de competitividade, e esses pontos devem ser enfrentados com base nas frentes citadas”, finalizou.

Na mesma sintonia, o presidente da FINDES, Marcos Guerra, revelou que vê o Plano Brasil Maior (em suas etapas 1 e 2) como um avanço na busca pela competitividade da indústria brasileira. “Mas é um avanço muito tímido ainda. Infelizmente, o ‘remédio’ para o atual problema está vindo em doses homeopáticas, principalmente para o setor de transformação, o que pode custar caro, com consequências como perdas na arrecadação, na distribuição de renda e na geração de empregos em todo o Brasil”, avaliou.

É de conhecimento geral que a indústria de transformação necessita de uma intervenção mais incisiva por parte de Brasília. Guerra deixou claro que também não concorda com medidas protecionistas, que não resolvem nada e podem até gerar punições para o Brasil junto à comunidade internacional.

“Gostaria de um grande projeto

de formação de mão de obra. No

Brasil, 10% da população fazem

curso superior, porém, desses, não

chegam a 2% os que escolhem a

área tecnológica”Manoel Pimenta,

vice-presidente da FINDES

Desoneração seletIva

Os segmentos marcados (*) já haviam sido desonerados em 2011

Com o pacote, passam para 15 os setores que irão usufruir de tributação diferenciada. Confira:

Têxtil Móveis Autopeças

Naval Ônibus Plásticos

Aéreo Hotéis Design houses

Material elétrico

Bens de capital mecânico Call centers*

Tecnologia da Informação* Confecções* Couro e

calçados*

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22 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

IndústrIa EM aÇÃO

Um grande evento para solidificar a relação entre sindicatos, Federação das Indústrias do ES (FINDES) e empresas, no intuito de promover os

segmentos da indústria capixaba e, por extensão, fortalecer o desenvolvimento em todo o Estado do Espírito Santo. Esse é o objetivo do “Dia DE Associar-se”, realizado no dia 21 de março, na Diretoria da FINDES de Colatina e Região, e no dia 4 de abril, na Diretoria da FINDES de Cachoeiro de Itapemirim e Região. O projeto é fruto da união entre o Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) da FINDES, presidentes e executivos dos sindicatos e diretores regionais da entidade, e conta com o apoio do IDEIES, SESI, SENAI, IEL e Sebrae-ES.

“A partir do momento em que o empresário se associa ao sindicato que o representa, ele está fortalecendo essa entidade que, por sua vez, terá maior representatividade junto aos poderes constituídos e segmentos organizados

da iniciativa privada, gerando melhores resultados, maior solidez e evolução do setor onde atua”, destaca o presidente da FINDES, Marcos Guerra.

A ação dá suporte a uma das principais metas da gestão de Guerra, que é de promover o fortalecimento das relações entre empresas industriais e os sindicatos que as representam e, com isso, levar o desenvolvimento econômico sustentável para todo o território capixaba. “O fortalecimento do associativismo faz parte da cadeia evolutiva da indústria, pois um setor forte e bem articulado promove a geração de emprego e renda para a região onde essas mesmas indústrias estão inseridas”, completa o dirigente.

Palestrantes de peso Tanto o evento realizado em Colatina quanto o que

aconteceu em Cachoeiro do Itapemirim contaram com a presença dos prefeitos de cada um dos municípios e de autoridades locais, além de representares da FINDES.

Após a cerimônia de abertura, o Sistema FINDES, através do diretor para Assuntos do SESI, Alejandro Dueñas, apresentou seus principais produtos e serviços oferecidos às indústrias capixabas.

Foram destaque ainda as palestras do secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix; a apresentação das linhas de crédito especiais para cada região, pelo presidente do Bandes, Guerino Balestrassi; além da palavra do vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, Oscar Augusto Rache Ferreira. Em Cachoeiro, mais uma entidade parceira participou do evento, o Banestes, que foi representado pelo seu diretor-presidente, Bruno Negris, que apresentou o convênio firmado entre FINDES e banco estadual para linhas de créditos especiais destinadas às micro e pequenas empresas associadas aos sindicatos.

Confira fotos do “Dia DE Associar-se” na coluna Fatos em Fotos.

Dia DE associar-sE unE Findes, sinDicatos E EmprEsas

IndústrIa EM aÇÃO

Manoel Pimenta (FINDES); o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglioni; Oscar Augusto Ferreira (pales-

trante do evento); Áureo Mameri (FINDES) e Márcio Félix (secretário de Estado do Desenvolvimento)

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24 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

INDÚSTRIA

por Nadia Baptista

INDÚSTRIA

por Taís Hirchmann

Anchieta

Conceição da Barra

Linhares

Aracruz

Colatina

Itapemirim

Ibiraçu

Presidente Kennedy

Santa Maria do Jetibá

OS FORTES DO INTERIORIBGE mostra diversifi cação da economia como um dos principais fatores de crescimento do interior capixaba

Pinheiros

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O Espírito Santo tem feito a lição de casa. Já há algum tempo vem seguindo a política de interiorizar o desenvolvimento, fortalecendo arranjos e cadeias

produtivas de alta relevância regional, além de criar iniciativas de atração de investimentos e de melhoria das condições de competitividade sistêmica das áreas. Esse é um dos objetivos do Plano de Desenvolvimento Espírito Santo 2025 e também faz parte das metas do Sistema da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FInDES).

O Estado tem mostrado que está seguindo no caminho certo, pois já colhe bons resultados. A última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Instituto Jones dos Santos neves (IJSn), mostra que, em 2009, dos 10 municípios com maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Estado, oito são do interior. É a força dos municípios confirmando que o Espírito Santo está em pleno desenvolvimento econômico.

E se for feito um ranking dos municípios com maior PIB per capita, deixando de fora as cidades que compõem a Região Metropolitana da Grande Vitória, o resultado seria o seguinte: Anchieta, Presidente Kennedy, Aracruz, Linhares, Ibiraçu, Pinheiros, Santa Maria de Jetibá, Colatina, Conceição da Barra e Itapemirim. O resultado comprova o vigor dos municípios que não pertencem à Região Metropolitana e têm uma diversidade de produtos e serviços como base de sua economia.

O presidente da FInDES, Marcos Guerra, afirma que está muito satisfeito por estar conduzindo a gestão da

Municípios PIB per capita (R$)

Anchieta 108.431

Presidente Kennedy 71.943

Aracruz 25.120

Linhares 17.447

Ibiraçu 16.520

Pinheiros 16.365

Santa Maria de Jetibá 15.660

Colatina 15.485

Conceição da Barra 14.839

Itapemirim 14.650

MunICíPIoS do InterIor do eS CoM MAIor PIB per capita

Federação no sentido de descentralizar o desenvolvimento e levá-lo para todas as regiões do Estado. “Sobre os 10 municípios do interior que mais se destacam no PIB estadual, temos em praticamente todos a confirmação de suas posições como potências nas regiões onde estão inseridos. Alguns deles talvez reflitam distorções entre arrecadação e investimentos, como é o caso recente de Presidente Kennedy, que expôs lamentavelmente que o PIB per capita não reflete as ações necessárias para dar uma base real para o nível de desenvolvimento almejado”, analisa Guerra.

Mas, no geral, de acordo com o presidente da FInDES, há a percepção de que setores como petróleo e gás, siderurgia e mineração, agropecuária, rochas, café, construção civil, vestuário e confecção, moveleiro, metalmecânico, além de logística e atividades portuárias, estão fortemente presentes nesses municípios.

“A todo instante, recebemos propostas de instalação de grandes plantas industriais, boa parte delas estrangeiras, e quase sempre em municípios do interior do estado”

Marcos Guerra, presidente da FIndeS

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26 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

aeroporto de cargas, por exemplo. Além disso, com o fim do Fundap, os municípios terão de se reorganizar para continuar a permitir a atração de novos investi-mentos da iniciativa privada”, destaca.

Já em relação às potencialidades, Guerra diz que o Estado possui um grande potencial em diversas áreas, o que comprova sua vocação para sempre superar as turbulências. “A todo instante, recebemos propostas de instalação de grandes plantas industriais, boa parte delas estrangeiras, e quase sempre em municípios do interior do Estado. Temos espaço e boa logística, excelente localização geográfica e portos competitivos, que permitem a atração desses novos investimentos”, diz.

O Sistema FindES atua em todo o território ca-pixaba por meio de suas oito diretorias Regionais, localizadas em municípios estratégicos, do pon-to de vista industrial: Anchieta, Cachoeiro de ita-pemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Aracruz, Venda nova do imigrante e nova Venécia. Assim, o Sistema FindES leva ao interior sua representação institucional e pode acompanhar de perto o processo de desenvolvimento econômico dessas regiões.

Cada diretoria oferece toda uma estrutura para atender os setores produtivos e suas principais demandas. São espaços para realização de reuniões e encontros que promovam a política industrial de cada região. Também é objetivo de cada diretoria integrar os outros segmentos econômicos (comércio e serviço), trazendo os empreendedores para a discussão e construção coletiva da economia local, além da distribuição do desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba.

Além disso, a FindES atua nessas regionais com a estrutura de SESi, SEnAi e iEL na promoção da capacitação profissional de acordo com as demandas das indústrias locais. E, particularmente, na atual gestão, tem-se trabalhado de forma incisiva na divulgação do Manual de Captação de Recursos, que busca orientar cada uma das 78 prefeituras capixabas na melhor obtenção e utilização de recursos federais destinados à redução da pobreza e à geração de emprego e renda eque podem incluir parcerias com programas de qualificação profissional.

Piúma(91,54%), pela intensificação

da produção de petróleo no norte da Bacia de Campos

Barra de São Francisco (+48,23%), pela extração de granito

Marilândia (+44,87%), pelo beneficiamento do café

Sooretama(+41,60%),

pela fabricação de materiais metálicos

Alfredo Chaves (+35,92%), pelo incremento na construção civil

Na atividade industrial, a maior variação positiva entre os municípios capixabas foi constatada em:

Fonte: IJSN e IBGEDados relativos ao período 2008/2009

Santa Maria de Jetibá (+21,75%) se destacou pela atividade pecuária

Conceição da Barra (+21,16%) pelas atividades de silvicultura e exploração florestal

Barra de São Francisco (+13,50%) pela extração de granito

Guaçuí(+12,39%) pelo crescimento

de atividades ligadas ao comércio e serviços

Piúma(+10,01%) pela intensificação

da produção de petróleo na Bacia de Campos

NÚMEROS DO CRESCIMENTOCinco municípios capixabas registraram crescimento acima de 10%, revelando em números a força do interior:

Sobre os possíveis gargalos e as potencialidades des-sas cidades, Marcos Guerra cita que ainda existem defi-ciências em termos de infraestrutura que, por sua vez, de-mandam investimentos por parte do Governo Federal. “infelizmente, esses investimentos ainda não ocorrem como o esperado. O Espírito Santo no geral precisa ter urgente-mente sua malha viária ampliada e, no caso das duas princi-pais rodovias (BRs101 e 262), a duplicação tem que ocorrer de forma mais célere. A situação do aeroporto da capital é lamentável, mas o Estado precisa ter outras opções, como o

INDÚSTRIA

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Mai/2012 – nº 300 Indústria Capixaba – FINDES 27

M ostrando que também segue no caminho do desenvolvimento do Estado, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (FIndES) tem

trabalhado para fortalecer suas oito Regionais, que atendem a todos os municípios capixabas fora da Grande Vitória. A interiorização do desenvolvimento vem ocorrendo desde 2009, quando a Federação intensificou esforços para que seus diretores pudessem desenvolver um trabalho mais próximo aos municípios que compõem cada núcleo.

Aracruz: capacitação a todo vaporEm Aracruz, por exemplo, a FIndES construiu uma

sede nova, com quatro mil metros quadrados, inaugurada em julho do ano passado. Segundo o diretor da Regional de Aracruz, João Baptista depizzol neto, a estrutura atende aos cinco municípios da área de abrangência, oferecendo cursos de capacitação e consultorias para empresas locais.

Pelo menos 42 cursos profissionalizantes são oferecidos na Regional de Aracruz, mas o forte mesmo – e mais procu-rado – é o da área de metalmecânica, por causa da instalação do estaleiro da Jurong. de acordo com depizzol, 82% dos jovens que terminam os cursos do SEnAI, entidade do Sistema FIndES, saem empregados.

Outra cadeia produtiva que tem crescido muito em Aracruz, segundo depizzol, é a de óleo e gás. Com inves-timentos milionários, as empresas prometem gerar centenas de vagas e a FIndES pretende qualificar os trabalhadores para atuar na linha de frente desses projetos. O Sistema

também oferece cursos a serem realizados dentro das próprias empresas e em parcerias com outros órgãos e entidades.

Hoje em terceiro lugar entre os municípios com o maior PIB per capita do Estado, Aracruz tem todas as condições de pular para a segunda posição, pelo volume de inves-timentos que está sendo injetado na cidade, Ele lembra também que a chegada da Aracruz Celulose – hoje Fibria – contribui há mais de 30 anos para o desenvolvimento local. “Funcionários da Aracruz Celulose hoje são empresários por causa dos cursos oferecidos pela empresa. Eu mesmo sou um exemplo disso”, ressalta.

IndústrIa fortalece presença nos munIcípIosInteriorização do desenvolvimento traz resultados positivos para a economia do Espírito Santo

“Com investimentos milionários, as empresas prometem gerar centenas de vagas e as entidades do sistema FINDES pretendem qualificar os trabalhadores para atuar na linha de frente desses projetos”João Baptista Depizzol Neto, diretor regional da FINDES em Aracruz

O setor industrial está se expandindo em Colatina, no noroeste do Estado, com destaque para a indústria de beneficiamento do granito

IndúStrIa

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indústria

Colatina: união de esforçosNa Regional de Colatina, que cuida de 14 municípios, os

projetos não são diferentes. O diretor da FiNdes, Manoel Antônio Giacomin, diz que a Regional tem tentado se aproximar mais do Poder Público e de entidades de classe, promovendo reuniões itinerantes nos municípios que inte-gram sua área de abrangência. Nessas ocasiões, ele apresenta os produtos da FiNdes.

Giacomin diz que esse trabalho é importante para incentivar o associativismo. “Nosso objetivo é interiorizar a FiNdes, sempre colocando a Regional à disposição dos empresários”, destaca. e lembra que também leva cursos de qualificação profissional, por meio das Unidades Móveis do serviço Nacional da indústria (seNAi), para os municípios vizinhos, em parceria com o Poder Público e as empresas locais.

Colatina conta hoje com dois polos industriais. O de Barbados, onde estão sendo instaladas grandes indústrias de beneficiamento de granito, e o Novo Polo industrial, próximo à BR 259, já com a confirmação da instalação da indústria de Móveis Bertolini, que prevê a geração de 400 novos empregos e planta de aproximada-mente 50 mil m². O setor moveleiro local também já tem área reservada para empresas que pretendem se expandir. O Porto seco, em Baunilha, também está em expansão, com futuro promissor, grandes empresas já em atividade e outras sendo implantadas.

Linhares e São Mateus: diversificação e progresso

Na Regional de Linhares, onde já foram investidos cerca de R$ 3 milhões em capacitação de mão de obra, o diretor Paulo Joaquim do Nascimento conta que há novas indústrias dos mais diferentes segmentos se instalando na região, cujo potencial é bem diversificado. “sooretama vai receber uma grande indústria de móveis de aço e de madeira. entre Pinheiros, Pedro Canário e Conceição da Barra, será instalada uma outra grande indústria do ramo de MdF. seu processo de instalação deve ser concluído até o final do próximo ano”, conta.

Mas o diretor lembra que a FiNdes também tem voltado seu trabalho para a área social. “Temos representantes em todos os setores, para realizar um trabalho em conjunto com outras entidades e tentar diminuir as desigualdades sociais em nossa região. Atuamos com empresários locais para formar mão de obra e a prefeitura é uma grande parceira. Realizamos ações globais para envolver as comunidades, conhecê-las e fomentá-las”, explica.

Nerzy dalla Bernardina Júnior, diretor da Regional de são Mateus, também trabalha em consonância com o

fluxo de desenvolvimento futuro do município e região. A FiNdes tem promovido o aumento da qualificação de mão de obra, já atenta aos investimentos futuros, como a implantação de uma grande indústria – Paranapanema – e investimentos da BR distribuidora, entre outros. Há investimentos também na construção civil, agroindústria, colheita florestal, metalmecânica e petróleo e gás. “Outra ação que teve um impacto positivo na região foi a reabertura do aeroporto municipal, que irá propiciar um novo ciclo de desenvolvimento”, cita. Atualmente, a economia de são Mateus está baseada na exploração e produção do petróleo.

Venda Nova do Imigrante: da terra para a mesa

O diretor da Regional de Venda Nova do imigrante, Adenilson Alves da Cruz, diz que os municípios de sua área se destacam na produção de hortifrutigranjeiros, cafeicultura e agroturismo. O maior destaque é, sem dúvida, a agroindústria, com ênfase na agricultura familiar. Já santa Maria de Jetibá tem destaque na avicultura.

sobre os gargalos econômicos, Adenilson afirma que faltam polos sustentáveis para acomodar as indústrias locais e atrair novos investidores. entre as potencialidades, o diretor cita que a região é conhecida pela extração de granito e minério. “Mesmo com foco no atendimento à indústria, temos nos colocado à disposição do público no geral, oferecendo consultoria, cursos de capacitação e qualificação, serviços na área de saúde e segurança do trabalho, licenciamento ambiental e responsabilidade social, além de fomentar parcerias com a gestão municipal por meio da oferta de serviços do sesi, seNAi e ieL”, acrescenta.

Anchieta: integração em prol do desenvolvimento

Na Regional de Anchieta, o diretor Fernando Künsch salienta que procura desenvolver ações que integrem os empresários dos cinco municípios atendidos. Com três

“Nosso objetivo é interiorizar a FINDES, sempre colocando a Regional à disposição dos empresários”, Manoel Antônio Giacomim, diretor Regional da FINDES em Colatina

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anos de funcionamento, a Regional foi a primeira a elaborar um planejamento estratégico e realizar reuniões itinerantes nas cidades, mostrando que a Findes está cada vez mais presente no interior.

esse trabalho de interiorização do desenvolvimento e fortalecimento municipal ganha importância ainda maior

no atual cenário econômico-político, em que é esperada uma queda nas receitas dos municípios da ordem de R$ 380 milhões/ano com a extinção do Fundap, bem como outros prejuízos com a mudança na regra de redistribuição dos royalties do petróleo, segundo o projeto que está na pauta de votação do Congresso nacional.

Regionais e núcleos da Findes

legenda

Anchieta e Região (Guarapari, Piúma, Alfredo Chaves e Iconha) Rod. do Sol, 1620 Km 27,5 – SENAI (Vila Samarco) – Telefone: (28) 3536-3088

Confira no mapa as áreas de abrangência das Diretorias Regionais da FINDES e as principais atividades econômicas de cada região

Cachoeiro de Itapemirim e Região Região (Castelo, Marataízes, Itapemirim, Alegre, Guaçuí, Mimoso do Sul, Vargem Alta, Muqui, Rio Novo do Sul, Jerônimo Monteiro, São José do Calçado, Presidente Kennedy, Atílio Vivácqua, Bom Jesus do Norte, Apiacá, Dores do Rio Preto e Divino de São Lourenço) – Rua Clarice Toledo de Carvalho, 60, SENAI – Telefone: (28) 3522-4015

Colatina e Região (São Gabriel da Palha, Baixo Guandu, Pancas, Itaguaçu, Vila Valério, Mantenópolis, São Roque do Canaã, Marilândia, Itarana, Governador Lindenberg, Águia Branca, São Domingos do Norte e Alto Rio Novo) Rod. Gether Lopes de Farias S/N, São Silvano, SENAI – Telefone: (27) 3721-3788

Linhares e Região (Sooretama e Rio Bananal) – Av. Filogônio Peixoto, 396 – Aviso, SESITelefone: (27) 3264-0734

Aracruz e Região (Santa Teresa, Fundão, João Neiva e Ibiraçu) Av. Venâncio Flores, 1333 – Centro – Telefone: (27) 3256-2333

São Mateus e Região (Conceição da Barra, Jaguaré, Pinheiros, Pedro Canário, Montanha, Ponto Belo e Mucurici) – Av. Dom José Dalvit, 100 – Santo Antonio, SENAI – Telefone: (27) 3264-0734

Venda Nova do Imigrante e Região (Santa Maria de Jetibá, Domingos Martins, Afonso Cláudio, Iúna, Ibatiba, Muniz Freire, Marechal Floriano, Brejetuba, Irupi, Conceição do Castelo, Laranja da Terra e Ibitirama)Av. Ângelo Altoé, 886 – Ed. Esmig, Santa CruzTelefone: (28) 3546-1780

Nova Venécia e Região (Barra de São Francisco, Ecoporanga, Boa Esperança, Água Doce do Norte e Vila Pavão) Rua Alfa Três, 61, São CristóvãoTelefone: (27) 3772-7716

Polpa

Destilados

Cimento

Construção civil

Refrigerante

Confecções

Água de coco

Suco

Celulose

Calçado

Logística

Água mineral

Frigorífico bovino/carne

Café

Rochasornamentais

Lajota e Telhas

Móveis

Metalmecânica

Estrutura hoteleira

Petróleo

A área em branco representa a Região Metropolitana da Grande Vitória, abrangida pela sede da FINDES

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IndústrIa EM aÇÃO

CursOs gratuItOs à dIstânCIa prOMOvEM InICIaÇÃO aO MErCadO dE trabalhO

O Serviço Social da Indústria (SeSI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SeNAI) estão promovendo cursos de qualificação gratuitos online. Atualmente, são 12 opções de cursos: educação Ambiental, empreendedorismo, Ética e Cidadania, Higiene e Segurança, Metrologia Básica, Legislação Trabalhista, Propriedade Intelectual, Segurança do Trabalho, e Tecnologia da Informação e Comunicação, Qualidade no Atendimento e Postura Profissional, Redação Administrativa e Comunicação efetiva.

De acordo com o gerente de Formação Inicial e Continuada do SeSI/SeNAI, Giovani Gujansky, as atividades são voltadas tanto para jovens que queiram adquirir qualificação profissional mais cedo quanto para pessoas que já tenham experiência e queiram se aperfei-çoar para o mercado de trabalho. Nessa modalidade, cada um pode criar seu tempo de estudo e realizar a sua quali-ficação, desde que mantenha uma disciplina para realizar os estudos e atividades descritas”, destaca Gujansky.

Ao final do treinamento, o aluno recebe certificado digital. Informações sobre como participar, carga horária, prazos e avaliações no site www.neadsenaies.com.br/.

sEnaI-Es rECEbE r$ 37 MIlhõEs dE prOgraMa naCIOnal

O SeNAI-eS vai receber R$ 37 milhões do Programa SeNAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira. O anúncio foi feito no dia 13 de abril, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, a FINDeS foi representada pelos diretores Flávio Bertollo e Vladimir Rossi.

O Programa SeNAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, que terá aporte da ordem de R$ 1,9 bilhão, prevê, entre outras medidas, a criação de Institutos de Inovação e de Institutos de Tecnologia. Um dos principais objetivos é duplicar, para R$ 4 milhões, em 2014, o número de matrículas em educação profissional na rede do SeNAI.

O montante recebido pelo espírito Santo será investido na construção de uma nova unidade do SeNAI, além da ampliação das três unidades já instaladas na Grande Vitória, aquisição de cinco unidades móveis autotransportáveis e a implantação do Instituto SeNAI de Tecnologia.

sInvEsCO alErta sObrE dEsOnEraÇÃO

em um primeiro momento, a medida do Governo Federal que trata da desoneração da folha salarial de empresas da indústria têxtil parece ser um incentivo para o setor. Mas, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Colatina e Região (Sinvesco), edvaldo Vieira, a desoneração causará o efeito inverso. “Para grande parte das empresas, a taxa de 20% sobre a folha de pagamento que é cobrada hoje é menor que o 1,5% sobre o faturamento que está sendo proposto. Na prática, estão apenas mudando de forma de ser cobrado o imposto, e não reduzindo-o”, disse. Para o presidente do Sinvesco, a indústria de confecções deveria ser livre de impostos. “essa atividade tem de ser encarada como de cunho social, já que possui o mérito de empregar muitas mulheres em todas as faixas de idade e qualquer grau de escolaridade, gerando emprego, renda e proporcionando um equilíbrio social na comunidade que atua”, defendeu ele.

prOdfOr COMEMOra 15 anOs E rECErtIfICa fOrnECEdOrEs

O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (Prodfor), cuja metodologia foi desenvolvida pelo Instituto euvaldo Lodi (IeL-eS), comemora em 2012 seus 15 anos de história. No dia 26 de julho, o programa realizará mais um evento de recertificação, que confirma que as empresas certificadas estão aptas para fornecer para grandes empresas do espírito Santo. Cerca de 100 fornecedoras deverão participar do evento, que acontecerá no Centro de Convenções de Vitória.

O Prodfor qualifica fornecedores para que estes possam fazer parte da cadeia de fornecimento de 11 das maiores empresas capixabas – ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Tubarão, Canexus, Cesan, eDP escelsa, Fibria, Garoto, Petrobras, Samarco, Technip e Vale –, que são as mantenedoras do programa.

Desde 1997, quando foi criado, o Prodfor já certificou mais de 500 empresas, que tiveram seus processos adequados a rígidos padrões de qualidade. Além do benefício de poder fornecer para grandes empresas, quem se certifica também colhe os bons frutos da organização dos processos, como a melhoria dos padrões, maior dinâmica interna e até economia em recursos e tempo na hora de produzir.

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IndústrIa EM aÇÃO

dIrEtOrIa da FIndEs dE anchIEta vIsIta UtG sUl capIxaba

Com o intuito de estreitar as relações com a maior estatal do país e com uma atividade que gera grande impacto econômico no Espírito Santo, membros da Diretoria da FinDES em Anchieta e Região fizeram, no dia 21 de março, uma visita técnica à área operacional da Unidade de Tratamento de Gás da Petrobras (UTG Sul Capixaba) – que, inclusive, processa gás extraído do pré-sal capixaba.

Além dos conselheiros, participaram da visita o diretor da Regional Anchieta, Fernando Künsch, representando sindicatos industriais, e também integrantes das secretarias de Desenvolvimento e de Turismo da Prefeitura de Anchieta.

A UTG Sul Capixaba fica a cerca de 100 quilômetros de Vitória, próxima a Ubu. A unidade tem capacidade inicial para processar 2,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia, produzidos nos campos localizados no Parque das Baleias, na área marítima sul do Espírito Santo. Esse projeto viabiliza o fornecimento do gás produzido na região para o mercado nacional.

ElcIO alvarEs rEvEla sEU lEGadO nO prIMEIrO “cOntandO hIstórIas” dE 2012

Ator importante na his-tória da política capixa-ba e nacional, o deputa-do estadual Elcio Alvares revelou uma parte de seu imenso legado ao Espírito Santo no dia 6 de março, na primeira edição do evento “Contando Histó-rias” de 2012, realizado no Salão da indústria do Edi-fício FinDES.

Ex-senador e ministro da República (por duas vezes), além de ter governado o Estado e exercido mandatos de deputado estadual e federal, Elcio Alvares mostrou-se um orador exemplar. Suas histórias emocionaram e provocaram risos na plateia nos momentos de mais descontração.

O “Contando Histórias”, promovido pelo Centro da indústria do Espírito Santo (CinDES), convida personalidades capixabas a compartilharem suas experiências de vida. Todos os encontros estão sendo gravados em vídeo e, posteriormente serão transformados em um livro.

Obra cOntEMplada cOM prêMIO dO sIndUscOn é InaUGUrada

A Metso Paper inaugurou, no dia 8 de março, a sua nova planta no Brasil. O projeto dessa obra foi contemplado com o Prêmio Eco de incentivo à Sustentabilidade do Sindicato da indústria da Construção Civil do Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES) no ano de 2010. O projeto, idealizado pelo escritório Alvarenga Arquitetos Associados, foi executado pela Fortes Engenharia. O investimento feito pela empresa foi de R$ 40 milhões na construção da planta, que também servirá como sede da Metso no Brasil. O empreendimento atingirá 100% de sua capacidade de produção em junho de 2012. Como construção sustentável, projeto e obra consideraram fatores de design eficiente, ecomateriais, eficiência energética, ambiente interno e conservação da água.

sEtOr dE cIMEntO rEGIstra qUEda dE vEndas

Enquanto no resto do Brasil as vendas de cimento aumentaram 13,3% no primeiro trimestre, no Espírito Santo o cenário foi de queda (entre 20% e 25%) nos dois primeiros meses do ano e melhora apenas em março. De acordo com o presidente do Sindicato da indústria de Produtos de Cimento do Estado do Espírito Santo (Sinprocim), Dam Pessotti, a retração está intimamente ligada ao atraso no início das obras, realizadas apenas depois das festas do mês de fevereiro. “Havia previsões de as obras começarem antes desse período, porém isso não aconteceu. Grande parte delas somente se iniciou após o carnaval e isso teve muita influência nessa desaceleração brusca no consumo e nas vendas de cimento”, disse. Ainda segundo Pessoti, o mercado deverá voltar a acelerar no segundo semestre, com o início das obras previstas para o período.

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Feiras de rochas mostram a Força do estado

Destaque nacional quando se fala da produção e exportação de rochas ornamentais, o Espírito Santo reúne anualmente os grandes players do setor em duas feiras especializadas: A Vitória e a Cachoeiro Stone Fair. O objetivo, no entanto, é um só: agregar valor e movimentar o mercado de mármore e granito. A 33ª Vitória Stone Fair 2012 aconteceu em fevereiro, no Pavilhão de Exposições de Carapina, na Serra, reuniu por dia mais de 20 mil visitantes de 65 países e contou com a participação de 420 expositores, dos quais 110 internacionais. Vários acordos de incentivo à indústria foram assinados durante o evento, que contou com a presença do governador do Estado, Renato Casagrande, e do presidente da FinDES, Marcos Guerra. Já a Cachoeiro Stone Fair acontecerá entre 28 e 31 de agosto, no Parque de Exposição Carlos Caiado Barbosa. A feira promete mais negócios, grande variedade de matérias-primas e maquinários de última geração.

Empresários e gestores de Recursos Humanos participaram do Café Empresarial, que aconteceu no auditório da FindEs

evento debate empregabilidade na indústria capixaba

A Associação Brasileira de Recursos Humanos do Espírito Santo (ABRH-ES) realizou, no dia 3 de abril, um Café Empresarial com debates sobre o tema “novos rumos da indústria no Espírito Santo: cenários e tendências”.

O evento, que faz parte do Ciclo de Palestras 2012 da Asso-ciação, foi realizado no auditório da Federação das indústrias do Estado do Espírito Santo (FinDES), e contou com a participação de empresários dos diversos segmentos profissionais e gestores de Recursos Humanos, além de estudantes de áreas afins.

As apresentações foram ministradas pelo gerente de Relações com o Mercado do Sistema FinDES, Leonardo Carvalho Leal, e pelo engenheiro e consultor Durval Vieira de Freitas. Já a mediação do debate ficou a cargo do executivo de Recursos Humanos e ex-presidente da ABRH nacional Ralph Chelotti.

Os especialistas falaram sobre os principais investimentos, desafios e tendências da gestão de pessoas e da empregabilidade no Espírito Santo, fazendo ainda uma avaliação sobre os movimentos de educação e qualificação da mão de obra para subsidiar o crescimento econômico do Estado.

O Espírito Santo sediou, em 13 de abril, no Edifício da FinDES, em Vitória, o 1° Fórum Brasileiro de Custos de Obras Públicas. Organizado pelo

Sindicato da indústria Mecânica do Espírito Santo (Sindimecânica) e com realização nacional do instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (ibec), o fórum tratou da criação de uma orientação técnica que sirva como base na elaboração dos orçamentos licitatórios para

obras governamentais. Autoridades, órgãos públicos e entidades privadas debateram fatores que contribuem para onerar obras públicas no Brasil. Entre esses fatores estão os tributos elevados, aditivos e custos com mão de obra. Uma orientação técnica para a elaboração de orçamentos licitatórios foi citada como fundamental pelos presentes. “Esse movimento é nacional e nossa participação busca soluções que sejam comuns a todos os estados brasileiros”, disse Ennio Modenesi, presidente do Sindimecânica.

Fórum debate custos de obras públicas

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Inovação

por Heliomara Mulullo

A Comercial Sily poderia ser só mais uma empresa de revenda de máquinas de costura. Porém o investimento em tecnologia e pesquisa a

transformou em uma aliada do setor de confecções no Brasil, produzindo equipamentos que garantem ao processo produtivo mais qualidade e agilidade, com menores custos.

A empresa de Colatina, no norte do Estado, deixou de lado a revenda para investir no processo de montagem de máquinas de costura especiais em solo espiritossantense. Esses equipamentos se diferenciam de quaisquer outros por aliar tecnologias de ponta de duas empresas internacionais, Brother e Sipami, marcas experientes e consolidadas, que alavancaram a qualidade do produto fornecido pela Sily. Uma iniciativa inovadora, que tem chamado atenção de mercados internos e externos.

O ingresso no ramo de máquinas de costuras ocorreu na década de 80, quando seu proprietário, Edison Sily, passou a atuar no mercado com representação de marcas diversas.

EmprEsa dE Colatina invEstE Em tECnologia E inova no sEtor dE ConfECçõEs

No entanto, a dinâmica de negócios o levou a pesquisar o mercado internacional e a trilhar novos rumos, investindo em montagem – uma estratégia que ganhou força na década de 90, quando o Brasil incrementou seu comércio internacional, reduzindo a burocracia para a importação.

A partir de 2001, a empresa passou por uma reestrutu-ração em seus negócios que a capacitou para o forne-cimento ao mercado de produtos exclusivos e permitiu a elaboração de planos mais ousados. “Pegamos a tecnologia de duas empresas renomadas no mercado de máquinas de costura e colocamos numa só. Essa ideia inovadora uniu a qualidade da Brother, uma multinacional japonesa que fornece software para as máquinas, e a eficiência da Sipami, que nós empregamos no processo de automação”.

Na linha de produção da Comercial Sily, o destaque vai para máquinas de costuras para fins específicos, como pregar bolso automático, aplicar o passante em calças e bermudas e pregar etiquetas, entre outras. Essa linha

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“Agora o nosso projeto é a distribuição das nossas máquinas

na América do Sul, Central e do Norte onde, inclusive,

já temos consultas e interesses em investimentos”

Edison Sily, fundador e diretor da Comercial Sily

de novas máquinas automáticas já entrou em fabricação há cerca de um ano e meio, porém se consolidou em janeiro deste ano.

“Agora o nosso projeto é a distribuição das nossas má-quinas nas Américas do Sul, Central e do Norte onde, inclusive, já temos consultas e interesses em investimentos. Nosso trabalho envolve parceria com empresas multina-cionais que possuam vasto conhecimento e atuação no mercado. As máquinas têm atributos incomparáveis para a produção de confecção, visto que, além de abrir um leque de aplicações, concedem ao empresário do setor a oportu-nidade de otimizar seus custos e produzir com alto padrão de qualidade”, destacou.

A empresa conta hoje no Estado com 11 colaboradores, entre diretos e indiretos, além de agentes espalhados pelo país. Muitos estão na Sily há tempos. “O funcionário mais antigo está há 15 anos conosco”. Em relação aos prêmios já conquistados, a Sily se orgulha de ter sido vencedora, por cinco anos consecutivos, do prêmio Agulha de Ouro, o maior e mais importante da moda brasileira.

Para divulgar seus produtos, a empresa colatinense tem apostado na participação em feiras e no último mês de abril estreou na Texprocess, em Atlanta, nos EUA.

“Marcamos presença no evento juntamente com nossos parceiros, Brother e Sipami, mostrando pela primeira vez os equipamentos no continente americano”.

Edison Sily explica que a receptividade aos produtos da empresa tem sido excelente e destaca que tem buscado sempre trabalhar com itens que possuam qualidade comprovada. “Até este momento, todas as máquinas instaladas estão em perfeito funcionamento, há quase dois anos”, acrescentou.

Sobre a linha de produção, Edison esclarece que a montagem das unidades pode variar de dois a cinco dias, dependendo do modelo da máquina que se pretende fabricar. “Como se trata de equipamentos automáticos de valor agregado, e que devem ser produzidos de acordo

com necessidades específicas do cliente, a produção inicial é fei-ta sob encomenda”, esclareceu, enfatizando que o grande diferen-cial da marca está no atendimento. “O trabalho não se resume somente à produção e venda de equipamentos, mas abrange o acompanhamen-to personalizado, com assistência e treinamento dos colaboradores. Nossa empresa está 100% preparada para isso”, enfatizou Sily.

No momento, a Comercial Sily está empenhada em desenvolver um novo projeto de automação para máquinas, desta vez para o setor calçadista, também visan-do a uma maior produtividade/qualidade com menor custo no processo produtivo.

DE bANCário A EmprEENDEDor Engana-se aquele que acha que costura é coisa de mulher. Edison conta que deixou a carreira de bancário para investir no ramo de representação de máquinas de costura, encontrando uma grande vocação. “Minha família trabalhou nesse

ramo por gerações, desde meu avô, até meu pai e tios. Fui bancário até 1981.

Em 1982, tive a primeira oportunidade de trabalhar nesse segmento, com um dos meus

tios. Fui representante comercial até 1986, e logo após fundei a Comercial Sily”. Natural de Colatina, ele conta que não foi difícil investir no setor, pois sua cidade natal abriga o maior polo de confecções do Estado. “Comecei meu trabalho nesta cidade, que sempre me apoiou”.

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IndústrIa EM aÇÃO

EspírItO santO rEcEbE UnIdadE dE atEndIMEntO da apEx-brasIl

O Espírito Santo ganhou mais um incentivo para dar visibilidade a seus produtos no exterior. Trata-se da Unidade de Atendimento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) no Estado, inaugurada, no dia 11 de abril, na sede da Federação das Indústrias, em Vitória.

O objetivo da Unidade da Apex-Brasil é incrementar as exportações das empresas capixabas por meio da oferta de um amplo leque de serviços de apoio ao exportador, como estudos de inteligência comercial, projetos de qualificação, ações de promoção comercial e de posicionamento e imagem.

Participaram da solenidade de inauguração, além de Rogério Bellini, que é diretor de negócios da Apex-Brasil, Manoel Pimenta, vice-presidente da FINDES; o secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix; a analista de política e indústria da CNI, Sarah Saldanha, além de outras autoridades e empresários do Espírito Santo.

EMprEsárIOs partIcIpaM dE EvEntO na ItálIa

O presidente do Sindmadeira, José Domingos Depollo, liderou uma comitiva de nove empresários capixabas ao 51° Salone Internacionale di Milan (iSaloni), em Milão, na Itália. O evento aconteceu de 17 a 22 de abril e apresentou o que existe de mais moderno em termos de design de móveis no mercado internacional. O objetivo da viagem foi a atualização de conhecimentos na área e a observação de tendências e novas ideias.

rEgIõEs sUl E sUdEstE dO brasIl ganhaM cOnsElhO na árEa aMbIEntal

Desde o dia 2 de março, o Espírito Santo tem um novo canal para debater temas relacionados ao meio ambiente, com a instalação do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema Regional Sul Sudeste). A ideia é que o Conselho, que tem a coordenação-executiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sirva como referência e ponte para a discussão de assuntos relevantes para as indústrias na área ambiental

A primeira reunião da entidade foi realizada na sede da FINDES, em Vitória, com as presenças dos presidentes do Sistema FINDES, Marcos Guerra; da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e do Coema Nacional, Olavo Machado Júnior; do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Aladim Fernando Cerqueira; e da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Julio Rocha.

Na oportunidade, eles debateram temas como os ganhos e perdas que as indústrias poderão ter com o novo Código Florestal; os Modelos de Cobrança e Agência de Recursos Hídricos no Rio Doce, entre outros assuntos.

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38 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

artigo

Oparadigma que salvará o século XXI não passa pelo denuncismo. Nem pelo heroísmo. Mas, pelo protagonismo! Há os que prefiram um

conflito em chamas, só para defenderem causas que atraem câmeras. E chamam a isso de proteção aos Direitos Humanos. Há os que denigrem indiciando, castigam maquiando e acusam sorrindo, como se performance jurídica fosse definida pelo somatório de sentenças de condenações. Chamam isso de justiça. Há os que se omitem, desviam, manipulam e corrompem, buscando lucro onde se deveria plantar bem-estar social. Chamam a isso de política, Há os incompetentes, cínicos e covardes, que ocupam espaço e tempo, público e privado, sem nada agregar... à saúde, às pessoas, à segurança... à vida e à educação que atrofia, em um país na agonia de um vácuo cultural.

Nos interstícios desse esgarçado tecido social, proliferam o vício, o desamparo, o crime, a falta de oportunidades e muitas outras formas de sofrimento, para todas as faixas de idade. Chão cedendo sob os pés das apostas capita-listas e ninguém capaz de apontar a acumulação desca-bida como foco de desequilíbrios econômicos e cruéis desigualdades sociais.

O poder econômico decidiu desfrutar de uma pausa para a reflexão. Não mais transformar obrigação ambiental em oportunidade de mídia, investindo em outdoors o que

deveria ser aplicado em desenvolvimento social real. Não mais torcer custos até pingar sangue humano. Não mais explorar para prosperar, o que nos remete a modelos de gestão do período paleolítico. Não mais incitar ao predatorismo e à antropofagia de um mercado quase autofágico. É nesse tempo confuso, no coração de uma crise mundial - que vampiriza, enquanto desindustrializa - que o capitalismo parou para pensar. E se repensar. E, talvez, buscar um pensar coletivo, em que cada um atribui-se uma corresponsabilidade para que a grande rede flua a contento.

Foi nas águas das relações institucionais que a indústria descobriu-se postulante a protagonista. Na união de esforços. Na transformação de muros em pontes. Na ionização de elos, pelo compartilhamento da excelência, especialmente na gestão. Na certeza de que juntos somos mais.

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) inaugura uma trajetória de inovação em suas muitas interfaces externas, ao mesmo tempo em que se descobre em um mundo superpopulado, no apogeu tecnológico e a bordo de um incômodo esgotamento do sistema financeiro mundial. Não cabem festas homéricas nem obras faraônicas. Mas, a honestidade de perguntar-se qual seria o verdadeiro papel da indústria e das empresas. Não seria o de multiplicar recursos, unindo e integrando o público, o privado e o terceiro setor?

Talvez seja o tempo de não mais apontar as deficiências de alguma coisa ou alguém, mas de evidenciar suas potencialidades. Olhar a metade cheia dos copos. Não exumar o passado para comparações estacionárias, mas mirar as alternativas do futuro. E contribuir para que estas se diversifiquem e amplifiquem a possibilidade de uma vida melhor. Foi assim que a FINDES deflagrou sua nova saga no espocar da primeira onda de 2012. Tempos difíceis para todos. Ou quase todos!

Porque ainda há os que prometem parcerias, mas espremem margens de possibilidades para a maioria, num dispensável espetáculo ganancioso de individualismo e exposição na mídia. Mais manjado que travestir de espontânea a parte loteada da imprensa marrom, bem como a de todas as demais tonalidades. Tempo diverso. De muitas cores e dores! Por isso a busca dialógica de um espaço para a indústria mostrar-se em sua disponibilidade àqueles que ainda não viram que repetir modelos pode ser antônimo de sucesso e plural de insatisfações. Que justiça

A indústriA no tempo presente

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precisa de celeridade e saúde de solidariedade, mas todas as esferas clamam por ética. Não uma ética anunciada, prometida ou usada como cortina de oratória para cobrir interesses vis de uma carreira solo. Ainda que remunerada para defender o bem e o direito coletivo.

Quando decidiu expandir-se como elo imprescindível da rede, a indústria entrou em campo como quem tem pontos a melhorar, mas absolutamente nada a esconder. Como um útero capaz de gerar alianças profícuas, de mão tripla, já que tudo que se deseja integral precisa de uma conexão

com o céu. A Terra já não oferece saídas. Daí ser imprescindível a dimensão capaz de uma transcendência nas decisões e gestões. Conjugar as dimensões Econômica, Ambiental, Social, Política e Cultural no ventre da Sustentabilidade já faz mandatória a adição da Espiritual.

É daí que emerge, ideologicamente, o novo modelo da FINDES. Tão filosófico quanto pragmático, este se faz de componentes metodológicos, processuais, sistêmicos, tecnológicos, mas, sobretudo, humanos. Esta é a alquimia das relações institucionais da Federação. Diálogo e fluência. Corresponsabilidade e coesão no tecido social. Criatividade e compaixão. A nova FINDES é a resposta da indústria capixaba a um novo tempo. Nem passado. Nem futuro. Mas o aqui e agora!

Sidemberg Rodrigues é presidente do Conselho Superior de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do ES (FINDES)

“Talvez seja o tempo de não mais apontar as deficiências de alguma coisa ou alguém, mas de evidenciar suas potencialidades”

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caso de sucesso

por Heliomara Mulullo

A história da Lorenge S.A., uma empresa genuina-mente capixaba, começa quando os filhos mais velhos do casal Vicente Lorenzon e Eufêmia

Caliman Lorenzon migraram do município de Marilândia para Vitória. O objetivo era um só: estudar para se firmar profissionalmente. A empresa se desenvolveu e hoje se tornou a maior construtora do Estado e uma das que apre-senta maior crescimento no país.

Foi em 1980 que a Lorenge estreou no mercado capi-xaba. A ideia inicial era ser a base profissional dos 14 filhos do casal Vicente Lorenzon e Eufêmia Caliman Lorenzon. Três décadas depois, a companhia se destaca entre as de maior crescimento no país, com faturamento, em 2011, superior a R$ 280 milhões.

O presidente, José Élcio Lorenzon, conta que ter a família engajada num mesmo objetivo é algo ímpar. “Todos somos irmãos e recebemos a mesma educação e valores. Esse é um diferencial muito importante quando falamos da gerência de um negócio. A opinião diverge em certos momentos, claro, mas temos as mesmas prioridades pautando nossas decisões e isso fortalece a Lorenge, tornando-nos mais confiáveis para o mercado e os clientes”, destacou.

José Élcio explica que a boa performance do empreen-dimento familiar estimulou a empresa a prosseguir em sua trajetória com metas de crescimento arrojadas e desenvol-vimentistas, ampliando cada vez mais sua área de atuação.

Ao longo dos anos, a construtora foi imprimindo sua marca no mercado capixaba, sendo reconhecida por meio dos diversos prêmios conquistados – entre eles, a indicação como Empresa Destaque do Ano (2011) pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL); o 1° lugar no ranking de construtoras

das 200 Maiores Empresas do Espírito Santo; o 1° lugar no Recall Marcas de Valor, na categoria Desenvolvimento do ES; e o 1º lugar como Empresa Empreendedora Destaque do Setor Imobiliário do ES.

Conquistou, ainda, o troféu “Top S”, destinado às cons-trutoras comprometidas com normas técnicas de segurança do trabalho e as melhores condições de trabalho e vivência nos canteiros de obras; venceu o 1º lugar no Recall de Marcas e no Top Marcas 2011; e foi indicada para o prêmio Top Empreendedor e Melhor Empreendimento Misto, com o Villaggio Laranjeiras.

“Todo esse reconhecimento é reflexo do grande ano que a construtora teve ao promover o desenvolvimento regional. Com certeza, outros projetos virão para que possamos conti-nuar a marcar o Espírito Santo com muito crescimento”, afirma o presidente José Élcio Lorenzon.

Para 2012, a Lorenge anuncia três novidades: o investi-mento para se tornar a primeira do Estado a construir um empreendimento com a certificação sustentável Leadership in Energy and Environmental Design (Leed); a criação de uma nova linha de produtos corporativos que reúne alto padrão e tecnologia avançada, denominada Advanced Business Center (ABC); e a consolidação da interiorização dos investimentos, com o início das obras do Prima Cittá em Linhares.

Sobre o que mudou no mercado desde a fundação da Lorenge S.A., José Élcio destaca que o consumidor está mais atento e requer cada vez mais que as construtoras ofereçam imóveis de qualidade e preparados para atender às necessidades das famílias. “Esses, inclusive, também são objetivos nossos para cada lançamento”.

LorengeUma empresa genuinamente capixaba

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indicadores

42 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

indicadores

SONDAGEM INDUSTRIAL NO ESPÍRITO SANTO

A pesquisa Sondagem Industrial no Espírito Santo, produzida pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo

(IDEIES), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou crescimento no indicador de evolução da produção em março de 2012, em relação ao mês anterior (+11,8 pontos), tendo ultrapassado a linha divisó-ria de 50 pontos (54,1 pontos). Já o indicador de evolução do número de empregados registrou queda (-1,5 ponto),

DESEMPENhO NO 1º TRIMESTRE DE 2012

DESEMPENhO EM MARçO DE 2012

Os três indicadores pesquisados trimestralmente mostraram queda no 1º trimestre de 2012, em relação ao trimestre ante-rior, além de se situarem abaixo da linha divisória de 50 pontos, refletindo a insatisfação dos empre-sários capixabas. O indicador de margem de lucro operacional decresceu expressivos 9,7 pontos e se posicionou em 43,1 pontos. O de situação finan-ceira recuou 7,4 pontos e ficou em 47,4 pontos. E o acesso ao crédito ficou mais difícil: o indicador caiu 6,5 pontos e se situou em 41,5 pontos.

Na comparação do 1º trimestre de 2012 com o 1º trimestre de 2011 verificou-se uma queda no indicador de margem de lucro operacional

INDICADORES mar/11 fev/12 mar/12

evolução da produção 52,2 42,3 54,1

evolução do número de empregados 50,7 52,4 50,9

Utilização da capacidade instalada (%) 71,0 74,0 74,0

Uci efetiva em relação ao usual 48,5 44,1 47,1

estoque efetivo em relação ao planejado 51,8 54,5 46,8

evolução de estoques de produtos finais 52,0 49,9 49,4

ATIVIDADE Tabela 1

INDICADORES 1º trim/11 4º trim/11 1º trim/12

Margem de lucro operacional 43,8 52,8 43,1

situação financeira 43,4 54,8 47,4

acesso ao crédito 35,7 48,0 41,5

SITUAÇÃO FINANCEIRA Tabela 2

mas se manteve ligeiramente acima da linha divisória de 50 pontos (50,9 pontos).

O percentual médio de utilização da capacidade instaladanão se alterou em março, frente ao mês anterior (74%), mas a indústria capixaba continua operando com uma capacidade abaixo do usual para o mês (47,1 pontos), apesar de esse último indicador ter crescido 3 pontos na compara-ção com fevereiro de 2012.

O indicador de estoques de produtos finais recuou 0,5 ponto, permanecendo na faixa inferior a 50 pontos (49,4 pontos). O estoque efetivo em relação ao planejado também decresceu (-7,7 pontos) e ficou abaixo do nível planeja-do/desejado (46,8 pontos).

Os resultados apurados em março de 2012, comparados aos de março de 2011, mostraram crescimento nos indicadores de evolução da produção (+1,9 ponto), evolu-ção do número de empregados (+0,2 ponto) e utilização da capacidade instalada (+4,0%). Houve queda nos indicadores de UCI efetiva em relação ao usual (-1,4 ponto), estoque efetivo em relação ao planejado (-5 pontos) e evolução de estoques de pro-dutos finais (-2,6 pontos).

(-0,7 ponto) e aumento nos indicadores de situação financeira (+4 pontos) e acesso ao crédito (+5,8 pontos).

Fonte: CNI/IDEIES - Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura - IDEIES

Fonte: CNI/IDEIES - Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura - IDEIES

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ExpEctativas Em abril dE 2012 para os próximos sEis mEsEs

principais problEmas EnfrEntados

INDICADORES abr/11 mar/12 abr/12

Demanda 61,9 62,2 59,1

Quantidade exportada 43,9 62,0 66,7

Compras de matérias-primas 57,0 58,5 55,8

Número de empregados 52,2 55,8 52,7

EXPECTIVAS Tabela 3

Notas• A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010.• Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100, sendo que valores acima de 50 pontos indicam aumento, atividade acima do usual ou expectativa positiva e abaixo de 50 pontos, queda, atividade abaixo do usual ou expectativa negativa.• A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 81 empresas capixabas (23 pequenas, 45 médias e 13 grandes).

As principais dificuldades enfrentadas pelos empresários industriais capixabas no 1º trimestre de 2012 foram: elevada carga tributária (60,5%), competição acirrada de mercado (35,8%), falta de trabalhador quali-ficado (29,6%), falta de demanda (24,7%), taxas de juros elevadas e alto custo da matéria-prima (22,2% em ambas), inadim-plência dos clientes (19,8%), falta de capital de giro (16%), capacidade produtiva e distri-buição do produto (11,1% em ambas), taxa de câmbio e falta de matéria-prima (igualmente com 6,2%) e falta de financia-mento de longo prazo (4,9%). Ressalta-se que os percentuais não somam 100% pela possibilidade de múltiplas respostas.

PrInCIPAIS ProblEmAS Gráfico 1

60,5%

35,8%

29,6%

24,7%

22,2%

22,2%

19,8%

16%

11,1%

11,1%

6,2%

6,2%

4,9%

Elevada carga tributária

Competição acirrada de mercado

Falta de trabalhador qualificado

Falta de demanda

Taxas de juros elevadas

Alto custo da matéria-prima

Inadimplência dos clientes

Falta de capital de giro

Capacidade produtiva

Distribuição do produto

Taxa de câmbio

Falta de matéria-prima

Falta de financiamento de longo prazo

indicadores de expectativa recuou, embora todos tenham se posicionado acima da linha divisória de 50 pontos,

conforme pesquisa realizada em abril de 2012: expectativa de demanda (-3,1 pontos), compras de matérias-primas (-2,7 pontos) e número de empregados (-3,1 pontos). Somente o de expectativa de quantidade exportada se elevou (+4,7 pontos).

As expectativas em abril de 2012, em relação às de abril de 2011, são melhores no que se refere aos indicadores de quantidade exportada (+22,8 pontos) e número de empregados (+0,5 ponto) e piores em relação à demanda (-2,8 pontos) e às compras de matérias-primas (-1,2 ponto).

Os industriais capixabas estão menos otimistas em relação aos próximos seis meses, já que a maioria dos

Fonte: CNI/IDEIES - Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura - IDEIES

Fonte: CNI/IDEIES - Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura - IDEIES

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sustentável

44 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

A Revolução Industrial iniciada no século XIX na Inglaterra deu a partida ao que se tornou hoje um acelerado processo de degradação dos

recursos naturais. Há apenas algumas décadas se percebeu que era necessário começar a cuidar melhor do meio ambiente, surgindo então estudos para reverter o quadro já instalado de poluição, principalmente atmosférica. O auge dessas preocupações culminou na assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, que estabeleceu metas de redução da emissão de gases poluentes, principalmente o gás carbônico (CO2), além de medidas que recuperem os danos já causados ao planeta.

Uma dessas medidas, cuja prática tem sido crescente, é a emissão e venda de créditos de carbono. Para desacelerar o aquecimento global, o Protocolo determinou que os países desenvolvidos teriam sua emissão de gases poluentes limitada, ao mesmo tempo em que implementariam ações para recuperar os danos provocados. Já para os países em desenvolvimento o pacto não determinava metas de controle ou redução da poluição, considerando que estes poluíam menos do que aqueles.

O advogado Gilberto Álvares, especialista em Direito Econômico e Ambiental, explica que foi definido um prazo para que as emissões se estabilizassem, de modo a que o clima retornasse ao patamar vivenciado em 1990. “O Protocolo de Kyoto determinou que o esforço que os países em desenvolvimento fizessem para a redução das emissões de CO2 na atmosfera teriam como ser ressarcidos pelos países que não tenham conseguido alcançar suas metas”, esclarece. Para completar a sua meta, tais países, assim como as empresas, podem adquirir projetos constituídos em países em desenvolvimento. “Dessa forma, criou-se o mercado mundial de carbono”, diz o advogado.

Segundo Alvares, existem dois tipos de créditos de carbono: os que evitam as emissões de CO2 e os que as compensam e, de certa forma, “neutralizam”. “Normalmente, os projetos que evitam as emissões envolvem tecnologia mais moderna e mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL). Os projetos de compensação são normalmente aqueles que utilizam o sistema florestal para fazê-lo, ou associado a outros projetos, e têm o objetivo de eliminar um percentual das emissões”, detalhou.

por Nadia Baptista

Créditos de Carbono

Iniciativa minimiza os impactos ao meio ambiente e pode ser rentável

sustentável

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Indústria Capixaba – FINDES 45Mai/2012 – nº 300

capixaba. Por meio de uma iniciativa pioneira no setor de mineração, em 2011, voluntariamente, a Samarco optou por neutralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do Projeto Quarta Pelotização (P4P), em Anchieta. Para isso, o projeto prevê o plantio de seringueiras, inserido no programa Selo Seringueira Ambiental, e o monitoramento da neutralização por, pelo menos, 15 anos. Ao longo dos três anos de instalação da Quarta Usina serão investidos cerca de R$ 2 milhões na carboneutralização de aproximadamente 152 mil toneladas de CO2.

No plantio de seringueiras, a neutralização se dá por meio da absorção de gases de efeito estufa da atmosfera pelas árvores em crescimento, que incorporam e fixam o carbono na biomassa. As árvores serão plantadas em Guarapari, região de influência da Samarco.

Outra empresa capixaba que tem colhido bons frutos com a compensação de créditos de carbono é a ArcelorMittal Tubarão. Com o projeto de cogeração de energia elétrica pela reutilização dos gases de aciaria, em que gases são reaproveitados em quatro centrais termelétricas da companhia, esta gerou, somente na primeira fase do projeto, aprovada em 2008, uma receita de R$ 5,7 milhões. Com a venda do segundo lote, aprovada em julho do ano passado, o banco europeu Kreditanstalf fuer Wiederaufbau (KfW) irá adquirir da ArcelorMittal aproximadamente 140 mil toneladas de

“Quem investe nessas práticas passa a ter um produto sustentável, com maior aceitação no mercado”Gilberto Álvares, advogado especialista em Direito Econômico e Ambiental

VantagensNos países que não têm metas a cumprir, desenvolver

projetos capazes de gerar compensações com créditos de carbono traz vantagens para as empresas. “Quem investe nessas práticas passa a ter um produto sustentável, com maior aceitação no mercado. As ações de empresas que investem em créditos de carbono costumam ter uma rentabilidade até 20% maior do que as ações de empresas que não o fazem. Algumas também são pressionadas por sua cadeia de compradores, como as que vendem para o mercado internacional. Muitas vezes, os próprios acionistas já impõem que suas atividades estejam aliadas a projetos de sustentabilidade”, enumera Gilberto, completando que investir em créditos de carbono agrega valor à marca da empresa, fazendo, em muitos casos, com que o consumo de seus produtos aumente.

Esses são apenas alguns dos benefícios que estão sendo alcançados pela Samarco Mineração com a implantação do primeiro projeto de compensação de carbono 100%

Projetos em Validação/Aprovação

Número de

projetos

Redução anual de emissão

Redução anual de emissão -

percentual

Energia renovável 245 20.112.215 39,8%

Aterro sanitário 36 11.460.635 22,7%

Redução de N2O 5 6.373.896 12,6%

Suinocultura 76 4.222.884 8,4%

Troca de combustível fóssil 46 3.329.139 6,6%

Eficiência energética 30 2.180.709 4,3%

Reflorestamento 2 434.438 0,9%

Processos industriais 14 1.002.940 2,0%

Resíduos 19 706.602 1,4%

Emissões fugitivas 4 720.068 1,4%

DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES DE PROJETO NO BRASIL – POR TIPO DE PROJETO

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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SUSTENTÁVEL

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CO2, fruto da redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) no período entre 2007 e 2009, no valor de R$ 3,34 milhões. O projeto tem uma previsão de geração de 430 mil toneladas de CO2 evitadas, ao longo de 10 anos (2004 a 2014), e a ArcelorMittal ainda avalia outros dois projetos na área de créditos de carbono.

ProcedimentosO primeiro procedimento a ser adotado por uma

empresa que queira desenvolver um projeto de créditos de carbono é contratar uma consultoria para fazer um estudo de viabilidade e, a partir daí, elaborar o plano básico que atenderá à iniciativa. “Não é qualquer atividade que pode ser compensada com créditos de carbono. Primeiro, é preciso apresentar uma proposta chamada plano de carbocompensação, que indica quais mecanismos serão adotados para a compensação das emissões. Por regra geral, recomenda-se que as compensações por florestas ocorram apenas nas emissões inevitáveis. O passo seguinte é a empresa começar a desenvolver o seu projeto. Nessa fase já é possível negociar o crédito de carbono, encontrando um parceiro que viabilize a sua implantação e, em troca, receba um percentual do valor das transações comerciais. As negociações também podem começar em outros estágios do projeto. A cada ano, a empresa recebe um certificado de redução de emissões, com o qual pode transacionar seu crédito em bolsas de valores ou no mercado voluntário”, explica o advogado.

ENTENDAOs créditos de carbono são certificados gerados por projetos que, comprovados através de metodologias específicas, reduzam ou absorvam emissões de gases do efeito estufa. Os compradores destes créditos são empresas ou governos de países desenvolvidos que precisam alcançar metas de redução destas emissões, e os vendedores são diversificados, dependendo do país de origem do projeto. Reino Unido, Suíça e Japão são os maiores compradores de créditos de carbono, enquanto China, Índia e Brasil são os que mais vendem.

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entrevista

48 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 30048 Indústria Capixaba – FINDES

por Jacqueline Vitória

entrevista

SebaStião CarloS ranna

A linhado a uma época em que modernidade de gestão, conduta ética e maior participação popular têm se mostrado metas buscadas pela sociedade

capixaba, o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TC-ES), Sebastião Carlos Ranna, tem trabalhado no sentido de promover o estreitamento das relações institucionais.

O Tribunal tem aberto suas portas para receber as visitas deimportantes setores da sociedade, como a Federação da

Indústria do Espírito Santo (FINDES), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Ministério Público (MP), entre outras combativas instituições, como caminho para instituir e consolidar essa cooperação.

Ao completar 100 dias de atuação na Presidência do TC, Ranna concedeu entrevista à Revista da Indústria, quando destacou a importância do setor nos processos licitatórios

para garantir o desenvolvimento da economia capixaba. Na conversa, ele ressaltou que o Poder Público pode atuar como um indutor do desenvolvimento local, respeitados certos limites e parâmetros legais. Quanto ao balanço dos primeiros 100 dias, o presidente do Tribunal destacou os principais pontos do Plano Estratégico que foram implantados na Corte. Confira a entrevista.

Qual a relação que o tribunal adotará com a sociedade e seus segmentos, como a indústria, para o desenvolvimento da economia capixaba?

O modelo constitucional brasileiro está assentado na tripartição dos Poderes e órgãos autônomos que, não pertencendo a nenhum Poder, transitam entre todos com competências investigatórias e judicantes que permeiam o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

“O Poder Público pode atuar como um indutor do desenvolvimento local, respeitados certos limites e parâmetros legais”

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Mai/2012 – nº 300 Indústria Capixaba – FINDES 49

Despontam desse arcabouço constitucional o Ministério Público e o Tribunal de Contas.

As competências e atribuições do Tribunal de Contas estão dispostas na Carta Constitucional, entre os artigos 70 e 75, com destaque para os artigos 71 e 74. Neles realça o alcance social da atuação das Cortes de Contas, em plena sintonia com os objetivos constitucionais e com os fundamentos da República, em especial com a redução das desigualdades regionais, combate à fome e à miséria e a garantia dos princípios que devem nortear a Administração Pública – legalidade, publicidade, moralidade, impessoalidade e eficiência.

Nesse sentido, reveste-se de grande importância o papel do Tribunal de Contas como, primeiro, garantidor da correta aplicação dos recursos públicos, visando ao cumprimento das metas previstas nos planos e programas governamentais e, segundo, aferidor da qualidade dos servidos prestados à população quanto aos critérios da economicidade, efetividade, eficiência, eficácia e equidade. Portanto, quanto melhor for a atuação do Tribunal de Contas, melhor será o ambiente institucional público e privado, permitindo que a sociedade possa desenvolver suas potencialidades, num clima de transparência, cordialidade e respeito aos contratos. Nesse contexto, haverá atratividade para a formação de uma base sólida para o desenvolvimento da economia e da indústria capixaba.

Qual a importância da participação das indústrias nos processos licitatórios do Estado?

O Poder Público pode atuar como um indutor do desen-volvimento local, respeitados certos limites e parâme-tros legais. Não é permitido o direcionamento nem impor cláusulas que frustrem o caráter competitivo da licitação. Cabe aos representantes da indústria local promover capacita-ção, fortalecer a governança corporativa e o fiel cumprimento das cláusulas contratuais. A busca incansável pela qualidade e por novos arranjos produtivos serão fundamentais para a geração de renda da população, melhoria das condições de vida e para o desenvolvimento sustentável do Estado.

O que as indústrias poderiam fazer para vender mais para o Poder Público?

Penso que o ponto central não é vender mais, mas, friso, prestar serviços de qualidade, incentivar a transparência,

não compactuar com práticas escusas, denunciar aos órgãos competentes as tentativas de intimidação, suborno e corrupção. Com a mudança de postura, aplicando os materiais de acordo com as especificações, entregando as mercadorias nos prazos previstos, não aceitar pagamento de vantagens indevidas e outras práticas saudáveis, o aumento das vendas será mera consequência. Somente as empresas comprovadamente éticas e socialmente responsáveis terão futuro promissor.

Como o senhor vê o desenvolvimento industrial do Estado?

Temos um grande desafio. A concorrência internacional, o câmbio desfavorável, a taxa de juros ainda em elevado patamar, estradas, ferrovias, aeroportos (no plural, pois temos mais de um no Estado) muito aquém de nossa necessidade. Mas, por conta de todas essas deficiências, temos também grandes oportunidades. O aparente paradoxo pode ser transformado em fator de atratividade para grandes investimentos. Acredito que parcerias devem ser buscadas, principalmente com o Governo Federal.

“Os novos procedimentos do TC-ES fortalecem a atuação de controle externo da Corte e efetivam a sua missão de ser referência de conduta e de ação para os outros órgãos e entidades públicos”

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entrevista

50 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

“a desconfiança da maioria é que há nos trâmites legais

atalhos e armadilhas que podem facilitar a vida de um acusado

que tenha bons advogados ou relacionamentos”

Como o tribunal pode contribuir para incentivar o desenvolvimento?

À medida que se percebe que os contratos são cumpridos, ponto para o desenvolvimento; à medida que se constata que a competição ocorre à luz do dia, com regras claras, com respeito e ética, ponto para o desenvolvimento; à medida que se verifica o atendimento às necessidades da população e, ao mesmo tempo, responsabiliza-se os agentes pelo não cumprimento das metas propostas, ponto para o desenvolvimento; à medida que a capacitação constante é incentivada e efetivamente praticada, ponto para o desenvolvimento.

Em resumo, à medida que o Tribunal de Contas avançar na fiscalização e no controle dos pontos acima, nosso desenvolvimento estará sendo incentivado.

a logística no espírito santo deixa a desejar e muitas obras iniciadas não foram concluídas por suspeita de superfaturamento. Como prevenir esse problema?

O problema é antigo e histórico. Se, por um lado, existe a figura do gestor corrupto, por outro, existe também a figura opaca do corruptor. E o pior: às vezes, travestido de empresário de sucesso, empreendedor.

Precisamos fomentar as boas práticas, fortalecer as parcerias entre os órgãos de controle. Compartilhar informações com o Tribunal de Contas da União (TCU), com a Controladoria-

Geral da União (CGU), com o Ministério Público – Federal e Estadual – com a Receita Federal e com os órgãos estaduais tais como a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Controle e Transparência.

Outra frente importantíssima: profissionalizar os órgãos de controle interno municipais. Quando os gestores municipais entenderem que o capital eleitoral será proporcional ao grau de transparência, lisura, comprometimento com boas práticas e efetividade das políticas públicas, quando tudo isso acontecer, o controle interno será mais valorizado e a probabilidade de erros e fraudes diminuirá.

Qual a avaliação do presidente sobre esses 100 dias à frente do tC-es?

Nossa Corte, como a maioria dos Tribunais de Contas no Brasil, vive um processo de mudança e renovação de seus quadros. Um processo natural, pois conselheiros mais antigos vão se aposentando e uma nova geração vai assumindo funções, enquanto novos desafios são postos.

Nesse contexto, a partir de 2008 tivemos o ingresso de um novo conselheiro por ano no Tribunal de Contas, cada um trazendo na bagagem sua experiência, sua história de vida, seus princípios e seus valores. O momento, portanto, é propício a mudanças que visam a dar mais agilidade e aproximar o órgão de controle da sociedade.

Estamos cada vez mais focados na reorganização de sua orientação regimental, e desta feita o Tribunal de Contas promulgou a Resolução 231, que determina ajustes complementares na composição dos acórdãos e pareceres. A partir de agora, incluídas as manifestações técnicas e pareceres do Ministério Público Especial de Contas, tais decisões passaram a ser publicadas integralmente no portal da Corte, após sua leitura pública, em sessão.

O Tribunal pretende seguir com clareza, ética e compromisso, ampliando, de forma física ou virtual, a transparência do controle externo, evidenciada pela preocupação em comunicar seus atos, ações e resultados de forma fundamentada, objetiva e acessível. Por meio dos acórdãos e pareceres on line, por exemplo, as decisões plenárias estão a um clique de distância dos jurisdicionados e dos cidadãos interessados em pesquisar os julgamentos da Corte.

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Quais as medidas tomadas pelo TC para um trabalho preventivo junto aos órgãos públicos para evitar desvios de verba pública?

Como prescreve a Constituição, todo gestor que utiliza, arrecada ou gerencia recursos públicos deve ser responsável pela prestação anual de contas, que consiste em um conjunto de informações apresentadas por meio de documentos enviados ao Tribunal pelos dirigentes dos órgãos e entidades jurisdicionados, para análise e julgamento. Para validar as informações apresentadas, a Corte coloca em ação a sua vertente fiscalizadora, por meio das chamadas auditorias, apurando e verificando, internamente ou em campo, se aquela declaração apresentada está de acordo com os preceitos e limites estabelecidos legalmente, de forma a garantir a correta aplicação dos recursos públicos.

Entretanto, antes de executadas, as auditorias devem ser planejadas dentro de um plano anual. Construído de forma coletiva pela equipe técnica do Tribunal, o plano anual 2012 agregou um novo processo de atuação. Uma das principais mudanças foi a expansão, neste primeiro momento, da ação presencial da Corte, que levará o seu procedimento de auditorias a todos os 78 municípios do Espírito Santo.

E para que isso funcione dentro do prazo, dividiu-se o território do Estado em quatro blocos, com programas distintos, separando os municípios de acordo com a representatividade orçamentária de cada um. Naqueles locais em que a despesa pública, de um modo geral, é mais relevante, vamos alocar um quantitativo de ação maior, mais extenso. Em municípios de menor porte, o Tribunal também estará presente, porém, com escopo mais reduzido, mais pontual.

Quais as resoluções mais importantes tomadas neste período?

Uma delas é a Resolução 227/2011. É um guia que define em detalhes o que é importante no controle, seus programas e objetos nas diversas áreas, como em educação, patrimônio e licitações, por exemplo.

Com essa resolução, estamos disponibilizando um guia específico de diretrizes e estimulando a sua adoção, cumprindo assim a missão de alertar e orientar os órgãos da administração pública, disseminando conhecimento técnico, de forma ampla e impessoal, e contribuindo para o sucesso da gestão pública.

Quem não o instituir e não o mantiver operando correrá o risco de ter suas contas consideradas irregulares ou de receber parecer contrário à sua aprovação, incluída aplicação de penalidades por omissão no dever legal, segundo a lei.

A sensação de impunidade para quem comete improbidade administrativa é grande entre a população capixaba. Como o TC vai reverter esse quadro?

A desconfiança da maioria é que há nos trâmites legais atalhos e armadilhas que podem facilitar a vida de um acusado que tenha bons advogados ou relacionamentos. Esclarecer esses meandros jurídicos e estabelecer uma sistemática que possa abranger todos os casos de denúncias de má gestão pública será fundamental para que a sensação de impunidade não permaneça como a principal consequência das denúncias, e também para que as pessoas de bem que ainda se disponham a atuar como gestores públicos tenham a proteção do sistema contra acusações de má-fé.

Reafirmo nossos compromissos assumidos em janeiro: o pacto por resultados, proposto com o apoio dos conselheiros e corpo técnico, e a participação de toda sociedade capixaba. Como instrumento para alcançar as metas do Plano Estratégico, buscamos um sistema de integridade dos Tribunais de Contas, como o conjunto de instituições internas e externas que contribuem para a transparência, integridade e responsabilidade na gestão do órgão perante a sociedade.

Quais os próximos passos do Tribunal de Contas?

A criação e implantação do Diário Oficial eletrônico do Tribunal de Contas. Também as sessões plenárias já estão online, via web, em fase de testes; pareceres e acórdãos já estão sendo publicados no portal, na íntegra. Há ainda a padronização dos relatórios das auditorias e a criação de área especial no Núcleo de Controle de Documentos (NCD) para advogados e jurisdicionados.

Além disso, vamos promover a comemoração dos 55 anos do Tribunal de Contas (junho/julho) e já estamos elaborando novo concurso público, para preencher cargos vagos, especialmente 32 de auditores de controle externo, que é o pessoal técnico responsável pela realização de auditorias e análises das contas públicas.

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IndústrIa EM aÇÃO

Café CapIxaba EnfrEnta COnCOrrênCIa dO VIEtnÃ

A forte concorrência do café do Vietnã está impactando as exportações do capixaba em 2012. Segundo o presidente do Sincafé, Sérgio Brambilla, o país asiático, líder mundial em exportação do café robusta, colocou cerca de 20 milhões de sacas no mercado, a um preço inferior ao praticado no Espírito Santo. “Com isso, os produtores do Estado perderam parte do mercado”, explica. Para Brambilla, os capixabas enfrentam a tendência de queda nacional sofrida pelo setor. No primeiro bimestre de 2012, a fatia das exportações brasileiras de café em relação às exportações mundiais foi de 25,8%, contra 32,4% dos embarques em comparação ao mesmo período do ano passado. Ou seja, houve uma retração de 7,6% entre os dois anos.

sIndIbEbIdas rEIVIndICa MElhOrEs COndIÇõEs para prOdutOrEs dE CaChaÇa

O Sindibebidas apresentou em 20 de março, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), reivindicações dos produtores capixabas de cachaça. O presidente e o vice-presidente do sindicato, respectivamente José Ângelo Rambalducci e Gibson Reggiani, apontaram as demandas de um setor que produz 20 milhões da bebida por ano. A principal queixa dos fabricantes é a substituição tributária, instituída em 2011, que aumenta o ICMS de 7% para 27%, fazendo com que os produtores arquem com os ônus de toda a cadeia produtiva até o consumidor final. No Espírito Santo, existem 105 produtores formais de cachaça. “Além de termos uma das maiores cargas tributárias do país, a entrada de bebidas clandestinamente, vinda de outros Estados com preço mais barato, dificultam demais a concorrência para as cachaças capixabas”, declara Rambalducci.

nOVa unIdadE dE MEdIda EM pEdrEIras dO EstadO

Os extratores de pedras e areias capixabas adotarão a tonelada como nova unidade de medida. O comunicado foi feito pelo presidente do Sindipedreiras, Loretto Zanoto. A mudança obedece a uma recomendação da Associação Nacional das Entidades Produtoras de Agregados para Construção Civil (Anepac). Segundo Zanoto, a adoção será importante por ser um facilitador no cumprimento da legislação do peso. “Estaremos contribuindo para o alinhamento das políticas setoriais em nível nacional, com as diretrizes dos órgãos reguladores e com a segurança no trânsito”, explicou.

sIndIfEr rEalIza sEMInárIO dE saúdE E sEguranÇa

Ambiente de trabalho seguro dentro das empresas capixabas. Com esse objetivo, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer) realizou, no dia 29 de março, o 1º Seminário de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho do Setor Metalmecânico. Mais de 250 participantes, entre empresários, engenheiros e profissionais de saúde, acompanharam palestras com temas que abordaram das dificuldades enfrentadas no atendimento às normas regulamentadoras ao funcionamento do processo interno de gerenciamento de segurança dentro das grandes empresas capixabas. O evento apresentou casos de grandes companhias e abriu espaço para um debate sobre o Fator Acidentário de Prevenção (FAP). O SESI, através de sua profissional em Segurança do Trabalho, Adriana Freitas Coelho Carvalho, debateu o tema “Programas Legais para o Setor e Indústria Segura”, enquanto o IEL, com o consultor Nilson Sebastião da Silva, “Uma importante ferramenta no processo de gestão, marketing e vendas”.

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SindiplaSt-ES marca prESEnça Em EvEnto intErnacional

O presidente e o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES), respectivamente, Leonardo de Castro e Neviton Gasparini, participaram da Feira Internacional de Plástico e Elastômeros (NPE2012), no mês de abril. O evento, realizado em Orlando, na Flórida, é considerado a maior exposição e conferência do setor de plásticos do mundo.

“Notamos a presença de muitos equipamentos que consomem menos energia por quilo produzido. Isso demonstra a preocupação do setor com a eficiência energética. Em destaque, também, equipamentos de grande porte e muito automatizados, o que atende a uma exigência da escala de produção do setor”, frisou Leonardo de Castro.

BandES anuncia maiS dE r$ 100 milhõES Em microcrédito

O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) anunciou, durante coletiva realizada no Palácio Anchieta, em Vitória, os resultados de 2011 e metas para este ano. O banco investirá, em 2012, R$ 1 milhão no programa capixaba de crédito produtivo, o Creditar, e mais R$ 100 milhões no Nossocrédito, atendendo a 16,5 mil clientes. No ano passado, mais de 15 mil microempreendedores formais e informais do Estado receberam apoio pelos dois programas, que já representam mais de R$ 71,5 milhões investidos na economia capixaba. Com 120 agentes no Espírito Santo preparados para atender aos microempreendedores que precisam de recursos para investir ou capital de giro, o Nossocrédito funciona por meio de uma parceria entre Bandes, Banestes, Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), prefeituras e Sebrae-ES. O banco também apresentou cinco novas linhas de crédito que irão beneficiar centenas de negócios dos setores de turismo, inovação, fomento rural, rede hospitalar e média empresa.

matEriaiS dE conStrução Em alta

As vendas de materiais de construção devem crescer mais de 15% em 2012, volume maior que a média nacional. A estimativa é do presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas do Estado do Espírito Santo (Sindicer), Paulo Cezar Coradini. Segundo ele, o otimismo se justifica por conta dos investimentos feitos no Espírito Santo nos últimos anos e pelo contínuo crescimento do Estado. Ainda de acordo com o presidente da entidade, a Copa do Mundo de 2014 também pode contribuir para o setor capixaba, mesmo que indiretamente. “Estamos muito perto do eixo Rio-São Paulo e vivemos a possibilidade real de abrigar seleções que desejam se preparar para os jogos e isso com certeza gerará muitos investimentos”, disse.

ajuda para capacitar Fomentar as capacitações de diretores e encarregados

das empresas associadas. Com essa premissa, o Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes) está oferecendo consultoria em capacitação profissional. A finalidade é preparar os profissionais iniciantes para o mercado de trabalho, aproximando a teoria da prática, de forma que não se surpreendam no dia a dia de trabalho e atendam às expectativas das empresas contratantes. A consultoria será dividida em três módulos que totalizarão 20 horas. Serão abordados temas e ferramentas mais utilizados na área de Planejamento e Controle, bem como as interdependências junto aos setores de Segurança, Qualidade, Suprimento, Projetos, Medição e Produção. O investimento para cada participante é de R$ 250 já incluso o material didático. Os interessados devem procurar a diretor-executiva do Sindicopes, Mirela Dias, pelo telefone (27) 3325-9449 ou e-mail [email protected].

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educação

por Heliomara Mullulo

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) comemorou, em 25 de março, 60 anos de uma trajetória que tem acompanhado e contri-

buído para o desenvolvimento do Espírito Santo, inserindo no mercado profissionais aptos a atenderem às diferentes demandas da indústria capixaba e, assim, detentores de alto índice de empregabilidade.

A diretora regional do SENAI-ES, Solange Siqueira, atri-bui o sucesso da entidade à capacidade de entender as várias fases enfrentadas pela indústria capixaba e de se adaptar a cada novo cenário. No princípio, por exemplo, o foco esteve em su-prir as necessidades de mão de obra treinada e capacitada em suas habilidades motoras, de forma especificamente voltada à atuação nas indústrias locais.

“Tudo começou em 1952, quando a instituição foi im-plantada no Espírito Santo, principalmente, para aten-der à demanda de preparação de mão de obra para o se-tor ferroviário, que era o perfil da indústria naquela época.

Aulas teóricas e práticas preparam os alunos para o trabalho nas indústrias

“Todo esse esforço se reflete nos resultados expressivos. Aproximadamente 82% dos alunos que se formam no SENAI-ES estão inseridos no mercado de trabalho” - Solange Siqueira, diretora regional do SENAI-ES

SENAI-ES: 60 ANoS dE ExcElêNcIA Em quAlIfIcAção profISSIoNAlO SENAI-ES tem sido um aliado da indústria capixaba e trabalha na formação de técnicos para atender a uma demanda cada vez mais exigente

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De lá para cá, passamos por vários ciclos da economia. Com a implantação de novas e modernas plantas industriais no Estado, que passam a utilizar automação, sistemas de con-trole de processos, construções inteligentes e ainda o desen-volvimento social forte, surge a necessidade da formação de profissionais qualificados e técnicos, para as novas empre-sas e segmentos econômicos, agregando a oferta de serviços técnicos especializados e de consultoria. Tudo isso visando a melhorar os processos das empresas e aumentando a sua competitividade. E para acompanhar todas as grandes trans-formações, o SENAI trabalha com profissionais de referência, com experiência e visão de mercado. A entidade conta, ainda, com laboratórios modernos, sempre alinhados com a necessi-dade da indústria local, o que garante a qualidade da formação profissional requerida pela indústria.”, disse a diretora.

O resultado de todo o esforço, segundo Solange, é que aproximadamente 82% dos alunos que se formam no SENAI estão inseridos no mercado de trabalho. “Isso demonstra que temos cumprido com sucesso a nossa missão e papel social: a formação de novos trabalhadores em diversas áreas da indús-tria e cidadãos, gerando desenvolvimento industrial e qualida-de de vida em todo o Espírito Santo”.

São várias as ferramentas que o SENAI utiliza para man-ter-se em constante sintonia com as necessidades da indús-tria capixaba: visitas constantes às empresas, comunidades, prefeituras e reuniões com comitês representativos da indús-tria, que colaboram para definir a grade curricular dos cursos. A equipe de profissionais da Unidade de Relacionamento com o Mercado do Sistema Findes também auxilia a enti-dade nesse processo. “O SENAI está atento às tendências de direcionamento do mercado. E, por ser uma instituição re-

conhecida na formação de profissionais qualificados, muitas vezes as indústrias procuram a instituição espontaneamente para a formação de parcerias, visando à qualificação de traba-lhadores em diversas áreas”, esclarece Solange Siqueira.

Desafios sempre renovadosHá seis décadas cumprindo com excelência a tarefa de pre-

parar trabalhadores de nível técnico para a indústria, hoje a graduação é o novo desafio para o Senai-ES. Sempre voltada à antecipação de cenários e desenvolvimento de soluções sus-tentáveis, a instituição já está autorizada a oferecer formação em Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Au-tomação, e novas graduações deverão ser buscadas, de acordo com a dinâmica da demanda industrial.

Entre as novidades para 2012 estão o investimento da or-dem de R$ 37 milhões em ampliação e reforma de quatro unidades, e a implantação do Instituto SENAI de Tec-nologia (IST), que vai funcionar no SENAI Vitória, na Beira-Mar. Parte do recurso também será utilizada para a aquisição de novas unidades móveis, que levam qualificação profissional de maneira itinerante a diversas comunidades da Grande Vitória e interior, facilitando, assim, a capaci-tação de trabalhadores daquela região. São novas unida-des móveis de panificação, soldagem e construção civil. Os recursos também serão utilizados para aquisição de no-vas máquinas, equipamentos e tecnologia.

O diretor para Assuntos de Educação e Cultura do SESI e SENAI-ES, Flávio Bertollo, destaca também a implantação de cursos técnicos à distância como outra etapa necessária à per-manente atualização dos serviços prestado pelo SENAI-ES. “Essa é uma grande evolução para a instituição, que até 2008 oferecia curso técnico apenas na Unidade Vitória. Hoje, já é possível fazer habilitação técnica em qualquer unidade. Com a implantação do EAD (Ensino à Distância), vamos ampliar sua atuação no Espírito Santo, levando a formação de qualidade para mais cidadãos. Inicialmente, quatro cursos técnicos devem ser oferecidos nesta modalidade: Logística, Segurança do Trabalho, Automação Industrial e Rede de Computadores, mas esse número deve chegar futuramente a 10 cursos”, concluiu.

“Hoje já é possível fazer habilitação técnica em qualquer unidade. Com a implantação do EAD (Ensino à Distância) a instituição vai ampliar sua atuação no Espírito Santo, levando formação de qualidade para mais cidadãos” Flavio Bertolo, diretor da FINDES para Assuntos de Educação e Cultura do SESI e SENAI-ES

BREVE HISTÓRIA DO SENAICriado em 22 de janeiro de 1942, pelo decreto-lei 4.048 do então presidente Getulio Vargas, o SENAI surgiu para a formação de profissionais qualificados para a incipiente indústria de base. Euvaldo Lodi, na época presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e Roberto Simonsen, à frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, inspiraram-se na experiência bem-sucedida do Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional e idealizaram uma solução análoga para o parque industrial brasileiro. Dessa maneira, o empresariado assumiu não apenas os encargos, como queria o Governo, mas também a responsabilidade pela organização e direção de um organismo próprio, subordinado à CNI e às Federações das Indústrias nos estados.

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IndústrIa EM aÇÃO

Q uase 40 mil atendimentos nas áreas de saúde, cidadania, esporte, educação e lazer. Esse foi o saldo da Ação Global, realizada no dia 5 de maio, no Centro Integrado SESI/

SEnAI de Linhares. O mutirão da cidadania reuniu mais de 11 mil pessoas.

A maior procura dos participantes foi para tirar documentos. Outra área bastante demandada pelo público presente ao evento foi a saúde, que ofereceu exames clínicos, avaliação física, diagnóstico de lesões da boca, câncer de colo, mama e pele, orientações sobre doenças crônicas degenerativas, sensibilização para a prevenção de doenças, doação de órgãos, câncer de próstata, vacinação de idosos e informações sobre o tabagismo.

A comunidade também aproveitou a Ação Global para cuidar do visual, usufruindo gratuitamente dos serviços de corte de cabelo, manicure, maquiagem, sobrancelha e limpeza de pele.

Já na área de lazer, a programação esteve voltada a atender a toda a família, com teatro, oficina de desenho e de pintura, workshop de percussão, brincadeiras, gincanas, jogos recreativos gigantes, cama elástica, atividades educativas e apresentações culturais.

O evento é uma iniciativa do SESI em parceria com a Rede Gazeta e contou com amplo apoio da Prefeitura de Linhares.

Sesi realiza ação Global em linhareS

IndústrIa EM aÇÃO

Cerca de 950 voluntários do Sistema FIndES, em-presas e entidades parceiras exercitaram a solidariedade, prestando serviços gratuitos para a comunidade da região e garantindo o sucesso do evento.

Público participante mais de 11 mil pessoas

Voluntários 950

Cidadania 1.321

Lazer 10.505

Educação 9.332

saúde 8.419

Outros serviços 10.417

total de atendimentos 39.994

aÇÃO gLObaL EM núMErOs

sIndIfEr LanÇa Café EfICIEntE no último dia 8 de maio, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de

Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer) promoveu o “1°Café Eficiente: Reduza o Custo de Energia de sua Empresa”, com a participação de representantes da ASPE, do SEnAI e também da empresa Brumetal. As palestras propiciaram uma abordagem diversificada do mercado de eficiência energética e ajudaram a conscientizar os empresários sobre a necessidade de melhorar o rendimento dos processos energéticos, propiciando a redução de custos. A energia elétrica é um dos fatores que mais impactam os custos finais do setor produtivo.

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fatos em fotos

Dia DE Associar-se As indústrias associadas à FINDES têm à sua disposição uma série de benefícios e serviços, que ajudam no seu desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a associação dessas empresas a seus sindicatos fortalece a Federação das Indústrias. Em março e abril o Sistema FINDES realizou em Colatina e em Cachoeiro de Itapemirim o “Dia DE Associar-se”, evento que destacou para os empresários dessas regiões as vantagens que a parceria entre indústrias e entidades de representação pode trazer.

1 – “Um setor é forte através da atuação do sindicato que o representa”, disse o presidente da FINDES, Marcos Guerra 2 – “Juntos podemos ser melhores empreendedores”, disse o diretor para Assuntos de Fortalecimento Sindical da FINDES, Egídio Malanquini 3 – “A Diretoria da FINDES em Cachoeiro do Itapemirim está de portas abertas para o empresário da região”, afirmou o diretor da FINDES em Cachoeiro de Itapemirim e Região, Áureo Mameri 4 – Marcos Guerra (presidente da Findes – ao centro) com as autoridades presentes no evento em Colatina 5 – O vice-presidente da FINDES, Manoel Pimenta, fez a abertura do evento em Cachoeiro e saudou a todos os convidados

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6 – O diretor para Assuntos do SESI-ES, Alejandro Dueñas, apresentou os produtos e serviços que o SESI, SENAI e IEL oferecem aos seus associados 7 – O secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Félix, apresentou os investimentos previstos para o Espírito Santo e as oportunidades de crescimento 8 – O vice-presidente da FINDES, Manoel Pimenta, conduziu a reunião de presidentes dos sindicatos 9 – Manoel Pimenta, a superintendente do SESI e diretora regional do SENAI, Solange Siqueira e o diretor para Assuntos do Fortalecimento e da Representação Sindical da FINDES, Egídio Malanquini fizeram uma visita técnica à empresa Cofril 10 – Oscar Augusto Ferreira, vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco e referência nacional em associativismo para a indústria, falou em Colatina e em Cachoeiro de Itapemirim sobre a importância de estar associado.

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fatos em fotos

Ação Global A Ação Global, realizada no dia 5 de maio, no Centro Integrado SESI/Senai Linhares, contabilizou cerca de 40 mil atendimentos nas áreas de saúde, cidadania, esporte, educação e lazer. O mutirão da cidadania reuniu mais de 11 mil pessoas. Uma iniciativa SESI, Rede Gazeta, com o apoio da Prefeitura de Linhares, o evento contou com a solidariedade de 950 voluntários do Sistema FINDES, empresas e entidades parceiras.

1 – Representantes do Sistema FINDES, da Diretoria da FINDES em Linhares e Região, da Rede Gazeta e da Prefeitura de Linhares, parceiros da Ação Global, no Centro Integrado SESI/SENAI 2 – O prefeito de Linhares, Guerino Zanon, a gerente de Comunicação Empresarial da Rede Gazeta, Leticia Lindenberg, a superintendente do SESI-ES, Solange Siqueira, e o presidente do Sistema FINDES, Marcos Guerra 3 – O prefeito Guerino Zanon durante solenidade de abertura da Ação Global 4 – O vice-presidente da FINDES, Manoel Pimenta, Mariana Pin e Gilmar Delatorri, do Sindifer, a superintendente do SESI-ES, Solange Siqueira, e o diretor para Assuntos do Senai, Flávio Bertollo 5 – O diretor da FINDES em Linhares e Região, Paulo Joaquim Nascimento, interage no “Espaço das Profissões”, no Centro Integrado SESI/SENAI. 6 – O presidente do Sistema FINDES, Marcos Guerra, destaca o importante papel do SESI para a promoção da cidadania .

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7 – Os atores globais Mouhamed Harfouch e Felipe Haiut marcaram presença no mutirão da cidadania. 8 – O gerente da Divisão de Responsabilidade Social do SESI-ES, Samuel Siman, Leticia Lindenberg e Cristina Moraes, da Rede Gazeta. 9 – O diretor para assuntos do SESI, Alejandro Duenas, a gerente do departamento de Gestão Operacional, Yvanna Pimentel, a coordenadora de Educação Continuada, Kátia Protta, e o gerente do departamento de Desenvolvimento de Negócios, Marcos Alex Silva. 10 – A gerente da Divisão de Educação Profissional do Senai, Zilka Sulamita, a gerente do departamento de Educação SESI/SENAI, Lucia Cunha, e o gerente do Centro Integrado SESI/SENAI Linhares, Claudenir Fernandes. 11 – Equipe da Dires que coordenou a Ação Global: Lílian Jeveaux, Gabriela Primo, Josimara Rigotti, Rômulo Marins, Samuel Siman, Lucineri Silva, Leonardo Dadalto e Paola Peterle.

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cursos e cia

U ma instituição com 60 anos de história, o Senai-eS tem feito parte da vida de muitos profissionais bem-sucedidos do estado.

Respeitado pela qualidade do ensino que ministra, esse braço da FinDeS tem se mostrado também uma importante porta de acesso ao primeiro emprego, devido ainda à estreita adequação do conteúdo de seus cursos ao atendimento das demandas da indústria e seu desenvolvimento.

O Senai-eS é referência na capacitação de jovens, qualificando-os para uma mercado em expansão. Por essas e muitas outras razões, o jovem Bruno de araújo, 18 anos, buscou estudar na instituição. ele conta que estava no SeSi-eS quando foi informado sobre o curso do Senai-eS que integrava o ensino médio e o técnico. “Fiz a inscrição e fui selecionado”, lembrou. “Fiz o curso técnico em Mecânica, que, por sinal, para mim foi uma ótima experiência. esse curso nos dá

AlUnos do sEnAI-Es AfIrmAm: vAlE A pEnA InvEstIr Em cApAcItAção profIssIonAl

“Fiz o curso técnico em Mecânica, que, por sinal, para mim foi uma ótima experiência”Bruno de Araújo

ProGraMaÇÃo De cursos senai

sEnAI vItórIA

curso período

Reciclagem para Condutor Infrator 11/06 a 20/06/2012

Reciclagem para Condutor Infrator 11/06 a 20/06/2012

Reciclagem para Condutor Infrator 25/06 a 04/07/2012

ProGraMaÇÃo De cursos senai

sEnAI sErrA

curso período

Eletricista de Manutenção Industrial 06 a 23/10/2012

Mecânico de Manutenção em Máquinas Industriais 25/06 a 30/10/2012

Mecânico de Freios, Suspensão, Direção e Transmissão 11/06 a 11/10/2012

Matrículas abertas Para Mais De Mil vaGasO Senai-eS está com matrículas abertas para preencher mais de mil vagas em 75 cursos de quali-ficação e aperfeiçoamento profissional nos municí-pios de Vitória, Serra e São Mateus. as aulas terão início em maio e junho. no Senai Vitória, há chances para cursos aos sábados, com o objetivo de beneficiar pessoas que trabalham durante a semana. as possibilidades de formação são variadas, abran-gendo desde cursos como Mecânico de Manutenção em Máquinas industriais, com 360 horas de duração, ao de auto Cad, com 40 horas de duração.Os cursos são voltados para a formação inicial, aumentando as chances de ingresso no mercado de trabalho. na grade curricular constam matérias de habilidades específicas (aulas teóricas e práticas sobre a profissão) e habilidades gerais.Os interessados já podem procurar o Senai de Vitória, Vila Velha e São Mateus, levando cópia dos seguintes documentos: cópia da identidade, cópia do CPF, cópia do comprovante de residência e cópia do comprovante de escolaridade.

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Mai/2012 – nº 300 Indústria Capixaba – FINDES 63

Interior

Cidade Curso Período

Anchieta

Formação Básica para Iniciantes de Rotinas de Departamento de Pessoal

27, 28, 29 e 30/06/12

Interpretação da NBR ISO 9001:2008

13 e 14/07/2012

Desenvolvendo as Habilidades do Supervisor como Líder de Pessoas

24 e 25/08/2012

Aracruz

Desenvolvendo as Habilidades do Supervisor como Líder de Pessoas

15 e 16/06/2012

Interpretação da NBR ISO 9001:2008

10 e 11/08/2012

Formação Básica para Iniciantes de Rotinas de Departamento de Pessoal

11, 12, 13 e 14/07/2012

Cachoeiro

Formação de Auditor Interno da Qualidade

21, 22 e 23/06/2012

Administração de Pessoal

17 e 18/08/2012

Cálculos Trabalhistas 19 e 20/10/2012

Gestão de Custos Empresariais 23 e 24/11/2012

Colatina

Interpretação da NBR ISO 9001:2008

15 e 16/06/2012

Administração de Pessoal 03 e 04/08/2012

Formação de Auditor Interno

04, 05 e 06/10/2012

Cálculos Trabalhistas 09 e 10/11/2012

Linhares

Administração de Pessoal 22 e 23/06/2012

Gestão de Custos Empresariais 17 e 18/08/2012

Cálculos Trabalhistas 05 e 06/10/2012

Formação de Auditor Interno

08, 09 e 10/11/2012

Curso Período

Administração de Pessoal e Rotinas Trabalhistas 11 a 15/06

Desenvolvimento Gerencial 11 a 15/06/2012

Formação de Auditores Internos de OHSAS 18001 11 a 15/06/2012

Programa de Capacitação em Gestão da Qualidade - Módulo: Gerenciamento de Resíduos - Produto Não Intencional

15/06/2012

Programa de Capacitação em Gestão da Qualidade - Módulo: Normalização e Padronização

16/06/2012

Homolognet - Novas Regras para Homologação da Rescisão do Contrato de Trabalho – 18/06/2012 Ponto Eletrônico

19/06/201

Qualidade no Atendimento ao Cliente 18 a 21/06/2012

Gestão Financeira 18 a 22/06/2012 18h30 às 22h

Gerenciamento de Projetos - Uma Abordagem Prática 25 a 29/06/2012

Gestão Eficaz do Tempo 25 e 26/06/2012

Programa de Capacitação em Gestão da Qualidade - Módulo: Tratando as Reclamações dos Clientes

29 e 30/06/2012

Programa de Capacitação em Gestão da Qualidade - Módulo: Auditoria Interna da Qualidade

13 e 20/07 / 14/07 / 21/07

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS IEL

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS IEL

base para qualquer outra profissão na área, pois é completo. Daí o tempo de duração de dois anos”.

Ao completar 18 meses de curso, Bruno foi convidado a estagiar no próprio SenAi-Cetec. “está sendo uma experiência ótima. estou aprendendo a cada dia ao lado de professores que dominam o assunto e estão dispostos a

compartilhar seu conhecimento. esse é o diferencial de estudar no SenAi”, disse.

Augusto Batista, 20 anos, é mais um jovem que optou pela qualificação profissional fornecida pela entidade. Hoje, estuda no curso técnico em Automação. ele conta que o que o motivou foi a credibilidade do SenAi no mercado. “Quando estamos buscando um curso para nos qualificar, o que a gente ouve das pessoas sobre o SenAi é sempre que a instituição é renomada e tem destaque pela qualidade de sua equipe. então pensei: é nesse lugar que vou estudar. Tem dois anos e dois meses que estudo no SenAi-eS. espero sair daqui apto para o que o mercado precisa e assim trabalhar numa grande indústria do Brasil”, destacou.

Ao longo de seus 60 anos no espírito Santo, passaram pelo SenAi-eS 900 mil alunos que tiveram acesso à educação profissional de excelência. Por ano, cerca de 45 mil pessoas

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CURSOS E CIA

64 Indústria Capixaba – FINDES Mai/2012 – nº 300

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

Edifício FINDES – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • SENAI Colatina – Tel: (27) 3721-4017 • SENAI Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • SENAI Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.

procuram a instituição para se qualificar, e cerca de 80% delas se colocam no mercado e obtêm sucesso em suas carreiras. Uma grande contribuição ao desenvolvimento industrial local.

“Quando estamos buscando um curso para nos qualificar, o que a gente ouve das pessoas sobre o SENAI é sempre que a instituição é renomada e tem destaque pela qualidade de sua equipe”Augusto Batista

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS SENAI

SENAI COLATINA

Curso Período

CAD para Confecção - Sistema Audaces 30/05 a 08/08/2012

Soldador no Processo Eletrodo Revestido Aço Carbono e Aço Baixa Liga

04/06 a 20/08/2012

Modelista 18/06 a 24/09/2012

Eletricista de Automóveis 25/06 a 05/10/2012

Auto Cad 2D 12/06 a 26/07/2012

Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão

18/06 a 19/09/2012

Costureiro Industrial do Vestuário - Tecido Plano

18/06 a 11/09/2012

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66 Indústria Capixaba – FINDES

artigo

E stou convencido de que a carga burocrática de nossa Federação não cabe no PIB, mas não vejo como possa ser reduzida sem enfrentar o principal

problema do sistema tributário, que é a guerra fiscal, provocada a partir do equívoco inicial dos formuladores da EC nº 18/65, de que seria possível “regionalizar” um tributo de “vocação nacional”, mediante o princípio geral do valor agregado, ou melhor, da não cumulatividade.

A guerra fiscal necessita encontrar solução dentro de uma reforma que, sem retirar o direito impositivo dos Estados de administrarem o ICMS, equacione as pendências passadas, sobre as quais a Suprema Corte não se debruçou. Implica definir a tributação futura, sem aumentar necessariamente a carga - que a fórmula hoje em discussão no Governo fatalmente promoverá - mediante a alteração do regime das operações interesta-duais, de misto (parte beneficiando a origem e parte o destino) para regime preponderante de destino, com uma pequena compensação aos Estados exportadores líquidos, em torno de 2% do arrecadado.

Se o sistema atual vier a ser alterado para o regime de destino, propiciará aos Estados “importadores líquidos” (compram mais do que vendem) um benefício real, e aos Estados “exportadores líquidos” (vendem mais do que compram) um prejuízo efetivo, calculando-se, na melhor

das hipóteses, uma queda da arrecadação superior a 10%, somente para o Estado de São Paulo.

A solução de uma compensação a ser ofertada pela União, à evidência, acarretaria um aumento da carga tribu-tária, pois além de ela ter necessidade dos tributos que ora arrecada, necessitaria arrecadar mais para compensar os Estados perdedores sendo, ainda, conhecida a enorme difi-culdade em calcular-se o real prejuízo que decorreria deste sistema e sua justa reposição.

Além disso, os Estados “exportadores líquidos” perde-riam a autonomia absoluta na administração de seu imposto, pois parte de sua arrecadação ficaria na depen-dência da União e, ainda, arcariam com todo o trabalho arrecadatório, sendo que o beneficiário seria o Estado importador, que receberia o tributo, sem a necessidade de trabalhar para arrecadá-lo.

Embora a decisão da Suprema Corte, que considerou inconstitucional “a guerra fiscal”, tenha acelerado o processo de discussão, deverá ‒ se não houver a determinação de que a decisão valerá para o futuro, em todos os casos ‒ acarretar problemas profundos para todas as empresas que se estabeleceram em Estados cuja lei foi considerada inconstitucional.

Esta é a razão pela qual volto para o ponto crucial: o nó górdio de qualquer reforma tributária é manter-se o regime

misto, com percentual a ser ainda definido para Estados de origem e de destino, com dois complementos apenas: alíquota única para todo o território nacional e vedação absoluta à concessão de estímulos fiscais e financeiros, via ICMS. Por outro lado, os incentivos passados deveriam ser mantidos até a promulgação de Emenda Constitucional, não prevalecendo, todavia, para o futuro.

Seria, a meu ver, a forma correta de começarmos uma reforma tributária, sem a necessidade de aumentar-se a carga tributária em uma Federação, cujo tamanho, repito, é maior do que seu PIB.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS é presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomércio-SP; fundador e presidente honorário do Centro de Extensão Universitária-CEU/Instituto Internacional de Ciências Sociais-IICS

CresCimento eConômiCo x Carga tributária

Mai/2012 – nº 300

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