revista embalagemmarca 094 - junho 2007

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Edição de junho de 2007 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Quando todos ganhamom esta Edição Especial de aniver-sário, EMBALAGEM-

MARCA completa oito anos de circulação, numa trajetória marcada por crescente apoio de anunciantes e pelo cada dia mais sólido reconheci-mento do mercado à sua cre-dibilidade. Ao registrarmos os devidos agradecimentos pela confiança em nós depo-sitada, reforçada nesta edi-ção, aproveitamos para par-tilhar com os leitores nosso regozijo também pelo núme-ro registrado de visitas ao site da revista, que ultrapassou 34 000 em maio.Isso significa maior visibili-dade das reportagens e tam-bém das peças publicitárias

veiculadas, já que, com esses números, a versão eletrônica de EMBALAGEMMARCA mul-tiplica por praticamente três o índice de leitura da revista impressa, na hipótese de cada exemplar ser lido por ape-nas uma pessoa. Queremos acreditar que esse índice seja maior, considerando o apre-ciável volume e a qualidade da informação que a revista oferece todos os meses.Essa argumentação, entende-mos nós, torna-se oportuna quando é mais presente o número de anúncios, como neste exemplar que os leito-res têm em mãos. Numa prá-tica que difere do que fazem publicações concorrentes, em EMBALAGEMMARCA o

aumento do espaço publicitá-rio resulta em maior volume também de páginas edito-riais. Isso acontece porque as peças publicitárias nunca aparecem “espelhadas” na revista, isto é, não são vei-culados simultaneamente anúncios em páginas pares e ímpares. Assim, ganha a revista, ganham os anuncian-tes e ganham os leitores.Para finalizar, um lembre-te: não deixe de inscrever seus cases de embalagem no PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBA-LAGEM, que em maio ganhou mais dois Patrocínios Espe-ciais – da Brasilcote e da Suzano Petroquímica. Até julho.

Na revistaEMBALAGEMMARCA,quando é maioro número deanúncios aumenta tambéma quantidadede páginaseditoriais. Ganhao anunciante eganha o leitor

Wilson Palhares

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Marcella de Freitas [email protected]

Departamento de [email protected]

Carlos Gustavo CuradoJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoEunice Fruet

Marcos Palhares

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Margraf Tel.: (11) 4689-7100Hot Stamping Aplicado pela Hot Color com

fita da Crown do Brasil (11) 6409-2173

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

IncentivoCresce interesse por inscrições ao PRÊMIO EMBALAGEMMARCA

PlásticasPote de margarina tempera disputa entre resinas e processos de moldagem

Plásticas IINa moda, sustentabilidade rege alentadoras movimenta-ções na Brasilplast

Plásticas IIIO que há de novo em resinas para embalagens flexíveis? Brasilplast deu amostras

VidroGarrafas premium enobrecem novas versões da tradicional cachaça Fulô

InternacionalGlass Packaging Institute anuncia os vencedores do Clear Choice Awards

Entrevista:Lynn DornblaserExecutiva da britânica Mintel fala sobre tendências do varejo mundial aplicadas no cenário latino-americano

MarcasPioneiro em salgadinhos, Mandiopã se reposiciona com novas embalagens

nº 94 • junho 2007

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E CAPA:

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84 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

96 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

98 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

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78 InvestimentosFabricantes de bisnagas plásticas apostam em crescimento do mercado

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52 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

60 Reportagem de capa:AtomatadosTradição do aço e do vidro convive com invasão de flexíveis e novidades emcartonadas assépticas

68 EventosCrucial para os britânicos, caça às inovações pautou a Total Processing & Packaging’07

76 PromocionaisSecular figura da camponesa suíca vira boneca em ação pon-tual da marca Moça, da Nestlé

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82 Label SummitEm segunda edição no Brasil, reunião da cadeia de rotulagem foi boa, mas poderia ser melhor

90 SopasQueda das temperaturas coloca sopas congeladas – e suas embalagens – em evidência

94 AniversárioEMBALAGEMMARCA comemora 8 anos com bons resultados e muito trabalho

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Herbalife acondiciona produtos em cartão

Magistral Impressora(11) 2141-6600www.magistralimpres-sora.com.br

Pande Design Solutions(11) 3849-9099www.pande.com.br

Suzano Papel e Celulose0800 7227008www.suzano.com.br

Kits para emagrecer

A linha NouriFusion, da Herbalife, ganha um kit para acondicionar todos os produtos. As embalagens de cartão TP Hibulky 300 da Suzano Papel e Celulose são impressas pela Magistral Impressora. O layout foi desenvolvido pela Pande Design Solutions.

Salvação das melenas

Frascos de polietileno de alta densidade da Sinimplast acondicio-nam os lançamentos da nova linha Seda para cabelos danificados, a Seda S.O.S. Os rótulos auto-adesivos são da Baumgarten e as tam-pas de polipropileno da Seaquist Closures (xampu e condicionador), Plastek (creme para pentear) e Caria (Creme de tratamento). A arte é do departamento de marketing da Unilever. A Garnier também aumen-ta seu portfólio de produtos para cabelos danificados com o Fructis Oil Repair. Os xampus, condicionadores e cremes de tratamento e para pentear chegam às gôndolas em frascos de polipropileno da Brasalpla e da Igaratiba. As tampas são fornecidas pela Seaquist Clo-sures (xampu e condicionador), Plastek (creme de tratamento) e Iga-ratiba (creme para pentear). Os rótulos auto-adesivos são impressos pela CCL Label. A criação dos rótulos é da própria Garnier.

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

Brasalpla(11) 2104-1400www.alpla.com

Caria(11) 3872-3122www.caria.com.br

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Plastek(19) 3885-8200www.plastekbrasil.com.br

Seaquist Closures(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br

Seda e Garnier lançam produtos para cabelos danificados

Edição: Flávio Palhares

0800 7227008www.suzano.com.br

pela Pande Design Solutions.

Dia Comunicação(11) 3065-2999www.diacm.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

750 mililitros de sucoLançamento é da Minute Maid Mais

A linha de sucos Minute Maid Mais, da Coca-Cola, ganha mais uma opção de

embalagem: caixinha Te t r a Prisma Aseptic

de 750 mililitros com tampa de

rosca, da Tetra Pak. É o primei-ro suco pronto acondicionado nessa embalagem. A novidade chega ao mercado das regiões Sul e Nor-deste nos sabores manga, uva (regu-lar e light), pêsse-go (regular e light), laranja e goiaba. O layout da embala-gem foi desenvol-vido pela agência Dia Comunicação.

www.tetrapak.com.br embalagem: caixinha Te t r a Prisma Aseptic

de 750 mililitros com tampa de

rosca, da Tetra Pak. É o primei-ro suco pronto acondicionado nessa embalagem. A novidade chega ao mercado das regiões Sul e Nor-deste nos sabores manga, uva (regu-lar e light), pêsse-go (regular e light), laranja e goiaba. O layout da embala-gem foi desenvol-vido pela agência Dia Comunicação.

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Rhotoplás(11) 4199-2555www.rhotoplas.com.br

Top.Co. Office Comunicação(19) 3231-8236

Dermodex Prevent renovada

Chegam ao mercado as novas embalagens do creme para assadura Dermodex Prevent. O produto é acondicionado em um tubo laminado de polietileno de baixa den-sidade e alumínio de 45 gramas, fornecido pela Betts do Brasil. A tampa de polietileno de alta den-

sidade e polipropileno, também produzida pela Betts, agora é flip top, de fácil abertura. As bisna-gas vêm dentro de car-tuchos de cartão triplex impressos pela Gonçalves Indústria Gráfica. A agên-cia responsável pela nova cara dos produtos é a Art Contrast.

Ração premium em filme plástico

Embalagens de filmes de PET metalizado e polie-tileno, fornecidas pela Rhotoplás, acondicionam os dois novos produtos da linha de rações super-premium da Total Alimentos, Supreme Yorkshire e Equilíbrio Cães Adultos. O layout das embala-gens foi desenvolvido pela agência Top.Co. Office Comunicação, de Campinas (SP).

PET e PE estão presentes nos pacotes

Art Contrast(11) 3758-2277www.artcontrast.com.br

Betts do Brasil(11) 3601-3312www.betts-brasil.com

Gonçalves Indústria Gráfica (11) 4689-4700www.goncalves.com.br

Embalagens ganham novas tampas

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Novo design faz aumentar vendas

Plastimax (11) 4198-5040www.plastimax.com.br

Sister Studio(11) 3898-2786www.sisterstudio.com.br

Uniflexo(11) 4789-5946www.uniflexo.com.br

Mais um na caixinhaChocobom exibe novo layout Bohemia Escura ganha opções

Em latas e long neck

A cerveja Bohemia Escura ganhou novas embalagens: garrafas long neck de 355 mililitros e latas de alu-mínio de 350 mililitros. A garrafinha é fornecida pela Saint-Gobain e tem tampa twist-off da Aro. O rótulo em papel metalizado é impresso em cinco cores pela FAHZ (Fundação Antonio & Helena Zerrenner, gráfica pró-pria da Ambev) e o neck-label

em alumínio é da Hueck Folien (Alemanha). A lata é produzida pela Rexam. A criação é a DM9 DDB. Desde 2003, a cerveja escura da família Bohemia era comercializa-da apenas na garrafa de vidro de 550 mililitros.

Target Business Design(11) 4688-1432www.targetbus.com.br

Tetra Pak (11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

O achocolatado Chocobom, fabricado em São Luís de Montes Belos (GO) pela Leitbom, chega ao mercado com nova identidade visual. A embalagem cartonada asséptica de 200 mililitros é fornecida pela Tetra Pak. A criação é da agência Target Business Design.

No começo do ano, a Laticínios Carolina, tradicional fornecedo-ra para marcas próprias para o varejo, renovou o layout da Gluck, sua linha de iogurtes. O resultado foi melhor do que a empresa esperava: as vendas aumentaram 35%, ou 4,5 toneladas a mais por dia. A agência responsável pelo novo design foi a Sis-ter Studio. Na mudança da embalagem, a marca Carolina ganhou destaque. Os frascos de polietileno de alta den-sidade são produzidos na própria fábrica da Carolina. As tampas são da Plastima e os rótulo da Uniflexo.

DM9 DDB (11) 3054-9999www.dm9.com.br

Hueck [email protected]

Rexam(11) 4815-9800www.rexam.com

Saint-Gobain(11) 3874-7211www.saint-gobain.com

Em latas e long neck

neck de 355 mililitros e latas de alu-mínio de 350 mililitros. A garrafinha

em alumínio é da

Laticínios Carolina muda visual das embalagens

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Corpus de cara novaDanone modifica embalagens da linha

100% Design(11) 3032-5100www.cemporcento.com.br

Alcan Packaging(11) 4512-7000www.alcanpackaging.com.br

Fibrasa(11) 5051-2984www.fibrasa.com.br

Zanniello(54 11) 2322- 466220www.zanniello.com

Auto-adesivo para decorarAlergoshop apresenta nova linha de embalagens

Inplavel(47) 3439-5454www.inplavel.com.br

MLS Etiquetas(11) 3851-5260www.mlsetiquetas.com.br

A Alergoshop reformula as embalagens das linhas rosto e corpo. Os xampus, condicionadores, deso-dorantes, cremes, loções e géis são acondiciona-dos em frascos de polietileno de alta densidade fornecidos pela Inplavel e levam rótulos auto-ade-sivos da MLS Etiquetas. As embalagens do deso-dorante em creme, cremes para as mãos e pés, para barbear, hidratante e gel pós barba têm as tampas – também da Inplavel – colocadas na parte de baixo do frasco, facilitando o escoamento dos produtos. O layout dos rótulos foi desenvolvido

internamente na Alergoshop.

A linha Corpus, da Danone, teve seu conceito gráfico modificado pela 100% Design. A inscrição “Vitacal” ganhou destaque. Os frascos de polietileno de alta densidade têm selos de alumínio da Alcan Packaging e rótulos termoencolhíveis fornecidos pela argentina Zanniello. O Corpus Duo também teve as embalagens modernizadas. Os copos transparentes de polietileno, fornecidos pela Fibrasa, são impressos em dry-offset e levam lacre de alumínio da Alcan Packaging.

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Edição limitada com novas tampas

Gujarat Glasswww.gujaratglass.com

Packing Design(11) 3074-6612www.packing.com.br

Uniflexo(11) 4789-5946www.uniflexo.com.br

Wheaton(11) 4355-1800www.whetonbrasil.com.br

Zeviplast(11) 4647-0285www.zeviplast.com.br

Avon renova clássicoCartuchos ganham desenho do frasco

Embalagem inova no formato

Goiabada em potes de polipropileno

B+G designers(11) 5051-1446www.bmaisg.com.br

Gonçalves Indústria Gráfica(11) 4689-4700www.goncalves.com.br

Vidraria Anchieta(11) 6190-0666www.vidrariaanchieta.com.br

Niasi lança a linha de esmaltes Risqué L’Amour com destaque para acessório dourado

A Avon apresenta o novo projeto gráfico para sua clássica linha de perfumes Cristal, presente desde 1961 no portfólio da empresa. O cartu-cho de papel cartão, redesenhado pela B+G designers, ganhou a cor dourada e reproduz o desenho do frasco de vidro (fornecido pela Vidraria Anchieta), com textura de quadrados em relevo. Os cartuchos são impressos pela Gonçalves Indústria Gráfica.

Tampa dourada de polipro-pileno, produzida pela Zevi-plast, é a novidade na emba-lagem da Risqué L’Amour, edição limitada de esmaltes

da Niasi. Os produtos da coleção, que apresenta cinco tons de vermelho, são acon-dicionados em frascos de vidro da Wheaton e da india-

na Gujarat Glass decorados com rótulos auto-adesivos impressos pela Uniflexo. O logotipo L’Amour foi criado pela Packing Design.

Poly-Vac(11) 5693-9988www.poly-vac.com.br

Selimpack(11) 4447-2080www.selimpack.com.br

Shellmar(11) 4128-5200www.shellmar.com.br

A Fugini Alimentos aposta em novo formato de embalagem para comer-cializar a Goiabada Pote Ouro. O produto chega às gôndolas em potes transparentes de polipropileno pro-duzidos pela Poly Vac. Um selo de alumínio fornecido pela Selimpack e pela Shellmar fecha a embalagem de 300 gramas. O layout é do departa-mento de marketing da Fugini.

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Mais dois patrocinadores – Brasilcote e Suzano Petroquímica – apóiam o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA, enquanto aumenta o interesse por inscrições

esmo com o caráter restritivo de seu Regulamento, com vis-tas a garantir sua transparência, o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA

– GRANDES CASES DE EMBALAGEM recebeu em maio último mais dois Patrocínios Especiais, aumentando assim o otimismo dos organi-zadores quanto ao êxito da promoção, que culminará com o evento de premiação, em 12 de setembro. Os depoimentos dos representan-tes desses dois importantes fornecedores de matéria-primas para a indústria de embalagens (ver nas duas próximas páginas) tornam ainda mais sólidos o reconhecimento e a boa acolhi-da que o setor vem dando ao prêmio e a seus critérios.

Ampliando as boas expectativas de con-solidação da iniciativa, cresce o número de consultas por parte de empresas interessadas em inscrever cases, ao mesmo tempo em que, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, foi concluído o concurso interno realizado para fazer o projeto que orientará a confecção do troféu a ser entregue aos ganhadores do prêmio (ver página 20).

Hábito brasileiroEmbora muito positivo, o andamento do PRÊ-MIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM não afasta totalmente certa preo-cupação: a de que boa parcela de cases inte-ressantes ocorridos no período de abrangência do prêmio (1º/1/2006 a 31/7/2007) perca a

Otimismo com razões

M

incentivo >>> premiação

oportunidade de destacar-se, prejudicada que pode ser pelo hábito tão brasileiro de deixar as coisas para a última hora. Convém lembrar que o prazo para inscrições se encerra em 15 de agosto próximo.

A preocupação se justifica. Ao ser con-cebido, o prêmio teve estabelecidas algumas normas que tornam a inscrição um pouco mais trabalhosa do que em outras promoções simila-res. Como pode ser observado no Regulamento (www.embalagemmarca.com.br), é fundamen-tal que nas fichas de inscrição seja fornecido grande número de informações, e isso exige um pouco mais de esforço do que simplesmente escrever o nome da empresa numa ficha e colo-car “X” em alguns quadros em branco.

A solicitação do máximo possível de deta-lhes do case não se deve a caprichos dos organizadores, nem muito menos a alguma demoníaca intenção de atormentar os respon-sáveis pelo preenchimento desse documento. Seu objetivo é fornecer aos componentes da Comissão Julgadora os dados que responderão aos critérios de análise. Conforme explicado em edições anteriores e no próprio site da revista, esses critérios podem ser sintetizados no fato de que o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM consagrará as embalagens em sua totalidade.

Vale dizer que elas não serão vistas pelos jurados de maneira isolada, com a análise de apenas um ou dois de seus atributos técnicos, ou de sua beleza. O que interessará para a análi-

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Veja nesta página e na próxima os depoimen-tos dos dois mais recentes patrocinadores do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, Brasilcote Indústria de Papéis e Suzano Petroquímica. Eles vêm somar-se aos apoios já concretizados do salão Emballage (Paris), Greenfield/Projeto Embala (feiras Embala Minas e Embala Nordeste) e Suzano Papel e Celulose.

“EMBALAGEMMARCA é uma revista que contribui, e muito, para o mercado de embalagens, disponibilizando informa-ções atuais e com grande conteúdo. Por ter essa ‘grande força’ no mercado é que a Brasilcote resolveu patrocinar o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM.Temos a certeza de que será um prêmio de sucesso, onde todos terão a oportu-nidade de conhecer novas tendências, materiais, profissionais, histórias e téc-nicas utilizadas no desenvolvimento de embalagens. Além disso, fará com que a relação fornecedor/cliente final se torne mais próxima, gerando a oportunidade de novos negócios.”

“Uma oportunidadede novos negócios”

Ana Paula Martins, Departamento de Marketing, Brasilcote Indústria de Papéis

Veja depoimentos de outros patrocinadores em www.embalagemmarca.com.br e nas

edições de abril e maio da revista

Prepare-se para vencer.Estão abertas as inscrições para o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM.

É um Prêmio diferente, que mostra o trabalho de todo mundo envolvido com embalagens de sucesso.

Se você acha que o seu trabalho e o seu produto merecem reconhecimento, inscreva-se.

Consulte o Regulamento e pegue sua ficha de inscrição em www.embalagemmarca.com.br, ou solicite-os pelo e-mail [email protected]

INICIATIVA PATROCÍNIO MASTER PATROCÍNIO ESPECIAL

APOIO OPERACIONAL

REALIZAÇÃO

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se dos julgadores será a conjugação de todos os atributos das embalagens concorrentes, desde sua concepção de engenharia e visual e o quan-to são inovadoras, até a maneira como funcio-nam nas linhas de produção, nos pontos-de-venda e após o consumo do produto, quando, cumpridas suas funções, elas são descartadas e vão interferir no ambiente. Em suma, trata-se de premiar o conjunto de atributos que con-formam um case. Em última análise, o que o Prêmio pretende homenagear é a convergência de esforços e de contribuições dos componen-tes da cadeia produtiva que podem levar uma embalagem a cumprir, entre todas suas funções e missões, aquela que mais importa a quem a encomenda: o êxito nas vendas.

Estreitar relacionamentosComo se pode perceber, o formato da ficha de inscrição do Prêmio tem ainda o propósito de estreitar e aprofundar o relacionamento no setor, desde fornecedores de matérias-primas, equipamentos e serviços até o lado da criação, da produção e do uso das embalagens. Possi-velmente as embalagens com potencial para concorrer já terão sido o eixo em torno do qual gira a interação entre todas as partes. Porém, o preparo da ficha a ser submetida à análise dos especialistas participantes do júri sem dúvida motivará uma análise de como as embala-gens inscritas geraram resultados. Essa reflexão poderá, quem sabe, apontar novas soluções ino-vadoras para a própria empresa usuária inscrita, bem como inspirar outros projetos criativos – e só isso, no entendimento dos organizadores do Prêmio, já terá representado um bom resultado para as empresas envolvidas. A verdade é que, se classificados, os parceiros integrantes dos cases estarão dando sólidos exemplos de proje-tos bem executados. Para isso, a organização do Prêmio dará sua contribuição: os cases selecio-nados serão divulgados com destaque na Edição Especial de EMBALAGEMMARCA relativa ao concurso. No dia da premiação estarão expostos no foyer do Espaço Fecomércio. Em seguida estarão em mostra, com duração mais extensa, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, e posteriormente em eventos em outras cidades e Estados. Os organizadores entendem que, ao cumprir essa função didática, o PRÊ-MIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM estará contribuindo para fortalecer o setor brasileiros de embalagem.

“O Grupo Suzano, com as operações Suzano Petroquímica e Suzano Papel e Celulose, dedica especial carinho ao mer-cado de embalagem, que responde por 50% do con-sumo de sua produção. Empenhadas em incenti-var a inovação, a qualida-de e o crescimento desse mercado, as duas opera-ções sempre apresentam seus produtos como com-plementares. Vemos no PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, uma boa opor-tunidade de incentivar a embalagem brasileira. Ao mesmo tempo considera-mos que a iniciativa, por seu formato, se harmo-niza com os valores do Grupo Suzano. Por isso, sentimo-nos honrados em contribuir para sua con-cretização.”

“Incentivo à embalagem brasileira e harmonia com nossos valores”

Sinclair Fittipaldi, gerente de marketing da Suzano Petroquímica

Patrocínio Master

Patrocínio Especial

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ia 21 de maio último, os jurados do concurso interno promovido pela Centro Universitário Belas Artes de São Paulo para a criação do tro-féu do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES

CASES DE EMBALAGEM anunciaram o nome do autor do projeto vencedor: Fellipe Alves Gomes, de 19 anos, aluno do terceiro semestre de Design Gráfico. Foi escolhido entre cinco projetos selecionados (Menções Honrosas), de um total de dezenove inscritos, que receberão certificados de finalis-tas e de participação. Formado em Publicidade e Propaganda pelo Colégio Politécnico Bento Quirino, de Campinas (SP), onde nasceu, ele soube adequar seu projeto à proposta dos organizadores do Prêmio para a concepção do troféu: sinteti-zar ao máximo a amplitude do setor de embalagem.

A concepçãoO memorial descritivo destaca que “o material a ser utilizado é o vidro, com diversas espessuras, sendo que apenas as três formas figurativas devem receber acabamento fosco, podendo ser realizado por proces-so de jateamento, ou similar, que resulte em uma qualidade visual semelhante”. Diz também que “os títulos localizados no canto infe-rior esquerdo do plano de fundo apontam o local onde deverão ser impressos os nomes e colocações dos ganhadores”.

Na descrição do aluno, “o proje-to defende a síntese das embalagens através de três formas consideradas básicas: um retângulo, representan-do as caixas e suas variantes; uma forma oval, fazendo uma alusão a latas e potes de maneira geral; e meia garrafa, simbolizando as garrafas, frascos e similares. Assim, independentemente da forma que a embalagem vencedora tiver, ela estará representada no troféu.”

Foi um resultado compatível com os desígnios do PRÊMIO EMBA-LAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM. Da mesma forma

Concurso integra estudantes de design e vidraria e escolhe troféu do Prêmio

Agora já tem cara

Dque estabeleceu rígidos critérios para garantir que os cases inscritos serão julgados de forma sistêmica e abrangente, sem parcialidades ou preferências, a organização do prêmio entendia que a peça que viesse a ser símbolo da iniciativa tivesse o sentido de foco nas embalagens e fosse isenta em relação a materiais e formatos.

Foi a única condição colocada para os professores do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo quando soli-citaram a EMBALAGEMMARCA apoio a um concurso entre os alunos da área de design (Gráfico, de Interiores, de Produtos e de Moda). Na ocasião, a revista contrapropôs que o concurso fosse centrado na criação do troféu. Interessada em estimular a interação de seu corpo discente com o setor produtivo, a instituição entrou em contato com a vidraria Wheaton Brasil,

que não só se dispôs a confeccionar os troféus como decidiu conceder estágio remunerado de seis meses ao aluno vencedor.

“Clara e objetiva”Segundo o professor Auresnede Eddy Pires Stepan, coordenador da área de design e da comissão jul-gadora, “foram fundamentais para definir o vencedor: 1) a adequação ao tema proposto; 2) a capacidade de síntese do projeto, na verdade o referencial do vencedor, pois con-seguiu, de forma clara e objetiva, explorar os icones do conceito de uma embalagem através da repre-sentação do frasco, de uma caixa e de uma esfera, aliados a uma placa vertical, onde serão inscritos os dados dos vencedores do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA; 3) a viabilida-de técnica de produção.

Como estímulo ao estudo foca-do em embalagem e à alta qualida-de dos projetos inscritos, além do vencedor os trabalhos selecionados ganharam assinatura de um ano de EMBALAGEMMARCA São eles: André Andrade Barbieri, Bruno de Azevedo Teixeira, Julia Fernandes Cabelho e Michelle Silva Souza.

incentivo >>> projeto

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SÍNTESEO projeto vencedor do concurso interno do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e seu autor, Fellipe Alves Gomes

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estronado pelo polipropileno (PP) numa aplicação em que se manteve soberano até meados da década de 80, a transformação de potes de

margarina, o poliestireno (PS) encontrou na coo-perativa agroindustrial paranaense Coamo uma aliada para ressurgir fortalecido no mercado. Boa parte da produção das margarinas Coamo e Primê, marcas fortes no Sul, vem sendo nos últimos meses acondicionada em potes fabrica-dos com um grade especial de PS, desenvolvido pela Innova sem a baixa tolerância a gorduras que levou a resina estirênica a ser preterida pelo PP nos potes de cremes vegetais matinais.

Inicialmente concebido para a moldagem de peças para a indústria de refrigeração, o RR740E, a especialidade de PS empregada nos potes da Coamo, teve sua morfologia alterada ao longo de quatro anos de pesquisas, ganhando a resistência adequada aos ácidos graxos das margarinas – que, em potes de PS convencional, podem provocar fissuras e outros problemas de desempenho. Segundo Margareth Haubrich, gerente de serviços técnicos e aplicações da Innova, cotejado com PP o PS possui atrativos para extrusão e termoformagem, processos típi-cos na fabricação de embalagens de margarina. “O PS consome menos energia e rende mais na linha de termoformagem”, afirma a engenheira, apontando que os ganhos em processabilidade

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são maiores em linhas de termoformagem do tipo form-fill-seal (FFS). A Coamo é a única produtora nacional de margarinas equipada com máquina FFS, alimentada por chapas de PS fabricadas pela Mercopack, de Diadema (SP).

Temperada pelo que Fernanda Schuck, da área de marketing da Innova, entende como “um viés de queda de preços maior que o do PP”, o leve contragolpe do PS em potes de margarina, com expectativa da produtora de estirênicos de adesões de novas marcas, somou-se a outras jogadas para desenhar uma particular disputa por mercado na Brasilplast 2007, ocorrida em maio em São Paulo. Ao mesmo tempo em que a Innova realçava o RR740E e o já consolidado projeto com a Coamo em seu estande, outras fabricantes de resinas anunciavam novidades para potes de margarina na 11ª edição daquela que é considerada a mais importante mostra da indústria de plásticos da América Latina.

Baixa FluidezAfirmando deter 42% do mercado de polipropi-leno para a termoformagem de embalagens para alimentos no Brasil, a Braskem descortinou na Brasilplast 2007 o H616, PP homopolímero de baixa fluidez cujo diferencial é a incorporação “de fábrica” de agente antiestático, aditivo que reduz as cargas elétricas superficiais das embalagens plásticas, evitando a atração de pó

Tendo a Brasiplast 2007 como plataforma, resinas especiais temperamdisputas entre processos de moldagem para recipientes de margarina

Potes de ouro

REVIVALOutrora líderes em margarinas, potes de poliestireno reaparecem aprimorados na Primê e na Coamo

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e de sujidade na exposição dos produtos em ambiente de varejo.

De acordo com Adilson Arli Filho, geren-te de engenharia de aplicação da Braskem, a comercialização da resina já pronta, dispensan-do operações de adição do agente antiestático à resina-padrão, garante mais homogeneidade à matéria-prima dentro do próprio lote e entre lotes diferentes. “O transformador se beneficia com a eliminação de uma etapa produtiva e a fabricação da embalagem ganha mais qualida-de”, acrescenta o executivo.

Embora a termoformagem de potes de mar-garina seja um apetitoso alvo do H616, potes para doces, geléias e sorvetes, além de copos para chás prontos, também estão na mira. “Tais aplicações respondem por uma fatia represen-tativa do segmento de embalagens rígidas e se beneficiariam com a propriedade de diminuição da sujidade superficial”, comenta Arli Filho, que vê com certo ceticismo a reinvestida do poliestireno em margarinas. “Além do impor-tante desafio da resistência química, outras questões, como a competitividade do peso da embalagem e a resistência mecânica, também favorecem o PP.”

Na mesma praia do polipropileno, porém com foco na injeção de ciclo rápido e parede fina, tecnologia vista como promissora para a fabricação de potes de margarinas nacionais (veja EMBALAGEMMARCA nº 78, fevereiro de 2006), a Suzano Petroquímica destacou um moderno PP copolímero na Brasilplast 2007. A alta fluidez da resina garante um processamento com menores pressões

Braskem(11) 3443-9999www.braskem.com.br

Innova(51) 3378-2350www.innova.ind.br

Insit(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br

Mercopack(11) 4077-1020www.mercopack.com.br

Suzano Petroquímica(11) 3583-5900www.suzanopetroquimica.com.br

INJEÇÃOPotes injetados em ciclo rápido, como os da Sadia, são alvos de novo PP da Suzano Petroquímica

ASSEIOCom antiestático “de fábrica”, novo PP da Braskem evita acúmulo de sujidade nos potes

de injeção, o que economiza energia, diminui perdas, torna a moldagem mais veloz e reduz desgaste de maquinário, e resulta em peças acabadas mais rígidas e resistentes. “O preen-chimento das cavidades dos moldes na injeção de ciclo rápido de potes de margarina é um ponto crítico, e a novidade vem atender ainda melhor aos requisitos técnicos dessa aplicação”, ilustra Claudio Marcondes, gerente de serviços técnicos da Suzano Petroquímica. A nova resina é também indicada para potes de sorvete e utili-dades domésticas.

Segundo Marcondes, a termoformagem ainda é de longe a técnica preferida de obtenção de embalagens das margarinas nacionais em função do menor custo relativo. “A injeção, no entanto, é mais sorridente às inovações em formatos e em decora ções de embalagens, vide o já famoso caso da Sadia”, ele avalia, lembrando dos potes das margarinas Qualy, da gigante agroindustrial, que há pouco mais de um ano vêm sendo fabricados por ciclo rápido e decorados com sofisticados rótulos in-mold (N. da R.: rótulos de filme plástico fundidos ao pote na fase de moldagem) pela Insit, divisão da Dixie Toga especializada na implantação de plantas in-house de ciclo rápido para invólucros de alimentos.

O mercado de margarinas cresce ano após ano no Brasil. Em 2006, no monitor da AC Nielsen, ele movimentou 331 769 toneladas e 1,575 bilhão de reais. O produto é consumido regularmente em 98% dos lares nacionais, segundo o mesmo instituto de pesquisas. Diante de tais números, fica claro por que as empresas atreladas ao negócio de potes plásticos vêem margarinas como potes de ouro. (GK)

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Com P&D locais, blenda com polímero de milho desponta como opçãosustentável para a fabricação de embalagens plásticas rígidas e flexíveis

cobras. Eis o nome do fruto da parceria entre as operações locais da BASF e da agroindustrial americana Corn Products que faz

o Brasil cravar uma importante marca no campo da pesquisa e desenvolvimento de opções ambientalmente mais amigáveis aos plásticos convencionais. Blenda de Ecoflex, um copoliéster biodegradável e compostável lançado cerca de sete anos atrás pela gigante química alemã, com um polímero vegetal obtido do milho plantado no país pela Corn Products, o Ecobras pleiteará espaços nas produções de embalagens rígidas e flexí-veis.

Mistura brasileira

E

plásticas >>> materiais

Com 51% do polímero de milho em sua composição, o Ecobras desponta como um avanço sustentável ao Ecoflex, que, apesar dos prós ecológicos no descarte, desinte-grando-se totalmente em semanas ou meses em contato com microorganismos presentes na natureza e em aterros de compostagem, deriva do petróleo. “O Ecoflex caracteriza-se por se blendar muito bem com materiais de fonte renovável”, explica Letícia Mendonça, gerente de especialidades estirênicas da BASF. Uma combinação similar, lembra a executiva, é o Ecovio, blenda do Ecoflex com o também derivado de milho PLA (ácido polilactídeo, fabricado pela americana

AMOSTRANa Brasilplast, tubetes para reflorestamento deram um exemplo

ecológico de aplicaçãodo Ecobras

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NatureWorks) e já ofertado pela BASF na Alemanha. A propósito, Letícia ressalta que, embora sejam derivados do milho, o PLA e o polímero da Corn Products são fundados em rotas tecnológicas distintas. “Tanto é que o Ecovio apresenta coloração diferente e rigidez mais acentuada, entre outras dispari-dades com o Ecobras.”

Além de ser compostável e biodegradá-vel – é certificado com o Compostable Logo, selo de compostabilidade aplicado aos pro-dutos que atendem aos requisitos da norma americana ASTM D6400 e do BPI (Instituto de Produtos Biodegradáveis dos Estados Unidos) –, o Ecobras é também reciclável.

Avant-premiéreA Brasilplast 2007, ocorrida em maio em São Paulo, serviu como palco para o pré-marketing da nova resina verde. Durante o evento, a BASF distribuiu aos visitantes mudas de ipê e de pitangueira acondicio-nadas em tubetes para replantio produzidos com Ecobras no estande da fabricante de injetoras Romi. Nessa aplicação, o apelo é claro: enterrados no solo, os tubetes logo se degradam, desaparecendo totalmente.

Baseado em polímero de milho obti-do localmente e Ecoflex importado da Alemanha, o Ecobras terá como focos ini-ciais outros tipos de embalagens injetadas, como conjuntos de potes e tampas para cosméticos, e flexíveis, como sacolas do tipo camiseta. Segundo Letícia, já foram feitos testes com termoformagem e sopro, mas tais processos ainda pedem ajustes, com perspectiva mais favorável para o primeiro processo. A BASF não revela o valor inves-tido no projeto do Ecobras, e confirma que quatro empresas brasileiras, cujos nomes são resguardados, já demonstraram interesse no produto. A receptividade anima Letícia. “Pelo seu conhecido talento agrícola, o Brasil merece ser formador de opinião em plásticos de fontes renováveis”, considera a profissional da BASF. (GK)

BASF(11) 3043-2233www.basf.com.br

Corn Products(11) 5070-7835www.cornproducts.com.br

DuPont0800 171715www.dupont.com.br

Romi(19) 3455-9000www.romi.com.br

Polímero derivado do milho criado pela americana NatureWorks, joint-venture entre a Dow e a Cargill, o PLA tem feito barulho mundo afora como alternativa sus-tentável aos plásticos triviais empregados em embalagens, mas ainda não deu o ar da graça no Brasil. Mesmo assim, a DuPont aproveitou a Brasilplast 2007 para anunciar a viabilidade no mercado nacional, via impor-tações, do Biomax Strong, aditivo petroquímico para embalagens de PLA. A joga-da “dá bandeira” de projetos com o biopolímero em anda-mento por estas paragens? “Não”, diz José Torradas, gerente de desenvolvimen-to da área de Embalagens e Polímeros Industriais da DuPont. “Mas como a NatureWorks aumentará sua produção, atenuando a demanda reprimida, e empre-sas européias e chinesas vêm lançando contratipos de PLA, resolvemos nos anteci-par à chegada do material ao Brasil.”O Biomax Strong age como um fortificante para as

embalagens de PLA, uma vez que o material apresen-ta maior fragilidade quando comparado aos plásticos convencionais, além de lhes garantir mais transparência. O aditivo modificador é espe-cialmente voltado à produção de filmes e de embalagens rígidas, termoformadas ou injetadas, de PLA. “Garrafas, como as que já vêm sendo sopradas nos Estados Unidos e na Europa para águas minerais, dispensam a adi-tivação”, explica Torradas. O executivo da DuPont vê potencial para a difusão do aditivo no Brasil, a tiraco-lo do PLA, em bandejinhas termoformadas para frutas e alimentos orgânicos, em rótulos e na injeção de esto-jos e caixas para cosméticos. Distribuído na forma de pel-lets (grânulos), o Biomax Strong pode ser diretamente blendado ao PLA, sem con-siderações especiais como secagem, pois não é higros-cópico, e não afeta a com-postabilidade nem a reciclabi-lidade da embalagem. “A con-centração do aditivo é muito pequena”, afirma Torradas.

Aditivo para PLA se antecipa à decolagem do bioplástico de milho no Brasil

TÔNICOAditivo da DuPont

torna embalagens de PLA, como bandejas

para frutas, mais resistentes e brilhantes

À espera da colheita

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Novas resinas termoplásticas para a produção de embalagens flexíveis de alto desempenho desfilam na Brasilplast 2007

iante de um cenário propício para investimentos e atualização fabril sem igual nos últimos anos, galvanizado por dólar

baixo, juros em viés de queda e políti-cas de financiamento mais camaradas, a Brasilplast 2007 reverteu numa oportunidade proveitosa para os expositores de máquinas e de bens de capital em geral. Mas o show da indústria de plásticos, em sua 11ª edição, não se limitou ao papel de feirão. Para quem cobra das mostras setoriais nacionais uma atuação mais incisiva como plataforma de lançamento de produtos, a Brasilplast 2007 reservou boas novidades, espe-cialmente na seara das resinas poliolefínicas focadas na produ-ção de embalagens flexíveis.

Com o status de superpotência petroquímica lustrado com a recente aquisição da Ipiranga Petroquímica, e com o mais suntuoso estande do evento, a Braskem desfraldou na Brasilplast 2007 uma cesta de inovações em resinas. Entre aquelas desti-nadas ao mercado de embalagens, destaque para o LL 7901 S, novo polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), quaterpolímero modificado, mirado na produção de envoltó-rios de fundo redondo para aves congeladas ou resfriadas, inteiras ou em cortes.

Segundo a Braskem, a resina garante embalagens mais rígidas, mais resistentes à perfuração, à solda a frio e mais brilhantes. “O transformador ganha mais velocidade de corte e solda. A indústria, embalagens com melhor aparência. O consumidor final, produtos mais íntegros, em função da diminuição dos rasgos nas embalagens”, resume Marcelo Mancini, diretor de negócios em polietileno da Braskem. O LL 7901 S foi desenvolvido com apoio do Centro de Tecnologia e Inovação Braskem,

Além de feira, plataforma

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plásticas >>> materiais

em Triunfo (RS), e teve transformadores e usuários de embalagem como parceiros

de projeto. De acordo com a Braskem, o mercado de embalagens para frigo-ríficos com foco em aves é de cerca de 60 000 toneladas/ano. Como fornecedora desse segmento, a empresa projeta crescer de 10% a 20% no volume de vendas nos próximos dois anos.

Hibridismo e novo metalocênicoOutro destaque da Braskem na área de resinas para fle-xíveis ficou por conta do RP 344, polipropileno copolí-mero random de alto brilho, alta transparência e excelente soldabilidade. A aptidão do

RP 344 para coextrusão, com-binando-se com outras resinas

para formar estruturas especiais, foi escancarada por meio de uma inovadora

estrutura de filme coextrusado com ele e com polietileno da Braskem, produzida ao vivo na Brasilplast numa extrusora tubular de três camadas lançada pela fabricante de máquinas Ciola. Aliando a transparência e brilho do PP com a resistência e a capacidade de solda do PE, a estrutura híbrida começa a ser utilizada para a produção de embalagens para queijos resfriados.

Por sua vez, a Riopol (Rio Polímeros), maior complexo gás-químico integrado do Brasil, reservou para a Brasilplast 2007 a apresentação de sua vedete Metapol. Trata-se de uma linha de polietilenos de baixa den-sidade linear base metaloceno (PEBDLm), originária de um sofisticado processo de catá-lise com tecnologia da americana Univation (joint-venture entre a Exxon Mobil e a Union Carbide). Os dois primeiros grades da lavra Metapol contemplam aplicações distintas em

RASANTEBraskem tem nova resina focada no mercado de embalagens de base redonda para aves

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embalagens flexíveis.O MF-18006 S3 volta-se à produção de

bobinas técnicas para o empacotamento auto-mático de alimentos, como aves refrigeradas. “É uma resina com resistência mecânica supe-rior e maior eficiência de solda, que pode ser usada na forma pura, sem adição de outras blendas, como costuma ocorrer no merca-do”, explica Marco Antonio Quirino, diretor comercial da Riopol. Já o MF-28006 tem por vocação a produção de filmes termoencolhí-veis para multipacks (shrinks) de bebidas, itens de higiene e outros produtos. Além dos trunfos em processabilidade, o MF-28006 se destaca por aspectos óticos. No evento de lançamento da família metalocênica, realiza-do durante a Brasilplast, a Riopol expôs lado a lado um shrink sem impressão baseado no Metapol, altamente transparente e brilhante, e outro alegadamente baseado em resina con-vencional, com turvação acentuada. “É uma resina única no Brasil”, sustenta Quirino.

O polietileno Metapol será comercializado em sacaria decorada em tom dourado, dife-renciando-se dos sacos azuis, utilizados para o polietileno de alta densidade (PEAD), e dos verdes, para polietileno de baixa densidade linear (PEBDL).

Braskem(11) 3443-9999www.braskem.com.br

Ciola(11) 4591-1245www.ciola.com.br

Dow(11) 5188-9000www.dow.com

Riopol(21) 2157-7777www.riopol.com.br

SACARIA – Metapol, família de polietilenos metalocênicos da Riopol, será comercializada em sacos com tom dourado

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Dow também lançaTambém no cercado dos polietilenos, a Dow anunciou na Brasilplast a disponibilidade de um novo grade da família Dowlex, o 5085B, polietileno de baixa densidade linear com comonômero octeno. O lançamento é especial-mente indicado para embalagens de alimentos como arroz, achocolatados, cafés e rações ani-mais. De acordo com Carlos Eduardo Costa, gerente de pesquisa e desenvolvimento de plásticos da Dow, o Dowlex 5085B se destaca pela avançada processabilidade, propiciando aumentos de produtividade de 10% a 15% na transformação de embalagens flexíveis e na laminação. “O produto garante ganhos de tempo e de energia utilizando-se maquinário já existente”, destaca o gerente.

Ainda segundo a Dow, o Dowlex 5085B apresenta como vantagem o menor nível de géis, ou perdas decorrentes de problemas de qualidade do processamento de resinas. Ademais, o produto oferece excelente resis-tência mecânica e ótimas propriedades ópti-cas, bem como solda em menor temperatura e a diminuição do tempo de setups (ajustes de máquina). (GK)

GRÃOS – Empacotamento automático de arroz

é vocação do Dowlex 5085B, novo polietileno

de baixa densidade linear da Dow

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Para exportar, Diageo usa embalagens premium para cachaças envelhecidas

cachaça brasileira dá mais um passo decisivo rumo à conquis-ta de maior espaço no mercado mundial. Depois de alguns lan-

çamentos de produtos artesanais e que fazem grande sucesso no exterior com marcas não brasileiras, como EMBALAGEMMARCA mos-trou na edição anterior, a Diageo, maior fabri-cante mundial de bebidas premium, entra no jogo, com timbre verde-amarelo, de olho no mercado externo mas sem desviar a visão da parte brasileira, que responde por 99% dos 1,3 bilhão de litros de cachaça consumidos a cada ano no planeta.

Ao lançar recentemente uma linha de três cachaças da família da conhecida Nega Fulô, com maior valor agregado, graças ao enve-lhecimento em madeiras brasileiras e ao uso

Cresce a família Fulô

A

materiais >>> vidro

RESGATE HISTÓRICO Garrafas são inspiradas em design do século XIX. Cachaças envelhecidas em madeiras brasileiras ganharam rolha de cortiça. Versão tradicional da Nêga Fulô (à direita) tem tampa de rosca

de embalagens exclusivas com acabamento de primeira linha, a gigante multinacional revelou que pretende repetir com o produto o que fez com a tequila José Cuervo: trans-formar a marca e a própria categoria numa bebida conhecida – e consumida – muito além das fronteiras de seu país de origem. Hoje a Diageo tem no produto mexicano uma das vedetes do seu portfólio mundial, ao lado da vodca Smirnoff, da cerveja Guiness e do uísque “superstar” Johnnie Walker. Agora a Diageo decidiu pôr a Nega Fulô nessa roda.

A arma da empresa para tentar repetir com o destilado de cana-de-açúcar a proeza conse-guida com o destilado de cacto é a linha Fulô 1827, composta por Fulô 1827 Jequitibá e Fulô 1827 Pau Brasil, envelhecidas em tonéis construídos com as madeiras brasileiras que

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lhes dão os respectivos nomes. A linha é uma série especial originária da Fazenda Soledade, de Nova Friburgo (RJ), onde é produzida a Nêga Fulô (ver quadro), e o número 1827 faz referência ao ano de fundação da fazenda.

As novas cachaças da linha Fulô são acon-dicionadas em garrafas de vidro exclusivas produzidas pela Owens-Illinois, após realiza-ção de pesquisa que, segundo a Diageo, teve o objetivo de “resgatar a história”. O resultado, conta Charles Lee, gerente de marketing da empresa de bebidas, foi uma garrafa bojuda, com a inscrição “Brasil” em alto-relevo. As embalagens das duas versões da Fulô 1827 são decoradas com rótulos e neck labels (gar-galeiras) auto-adesivos, produzidos pela CCL Label, que lembram antigos pergaminhos. A rolha é fornecida pela tradicional Corticeira Amorim, de Portugal. A versão top de linha Pau Brasil, de cor avermelhada, tem toques especiais: as 2 300 garrafas são numeradas, a gargaleira é de couro e o rótulo recebe um lacre de cera. O design das embalagens foi desenvolvido pela agência Neogama, de São Paulo.

Produto padronizadoRepisando uma constatação que muitos pro-dutores de cachaça parecem não se dar conta, o gerente de marketing da Diageo lembra que “para conquistar o mercado externo é preciso vender produtos de qualidade em embalagens de qualidade”. Ele ressalta: “ao contrário do que acontece com algumas marcas, que não passam por inspeções, são vendidas em embalagens de má qualidade e até a granel, nossa bebida é submetida a rigoroso controle de qualidade e chega ao consumidor final, no Brasil ou lá fora, com o mesmo padrão”. Lee ensina ainda: “quando não é assim, denigre-se a imagem da cachaça no exterior e se fecham mercados. A pessoa que toma uma cachaça ruim e acorda de ressaca no dia seguinte difi-cilmente vai repetir a dose.”

A tradicional cachaça Nêga Fulô, envelhe-cida em tonéis de carvalho, continua à venda em garrafas de terracota, produzidas em Nova Friburgo, mas ganhou uma versão em vidro, semelhante às outras duas. “A garrafa que lembra uma baiana é muito procurada, prin-cipalmente como objeto de decoração e por colecionadores”, conta o gerente de marketing da Diageo. “Mas é importante para o con-

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

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Supertap+54 (11) 5217-0040www.supertap.com.ar

sumidor ver o que está comprando, e nisso a transparência do vidro é imbatível”, ele completa. A nova garrafa é a mesma da série Fulô 1827, mas o fechamento é feito com uma tampa de alumínio de rosca, fornecida pela argentina Supertap. (FP)

Garrafa para colecionarEmbalagem de terracota virou sinônimo de Nêga Fulô

A cachaça Nêga Fulô é produzida na Fazenda Soledade, em Nova Friburgo, na serra do Rio de Janeiro. A fazenda, fundada em 1827, pertencia ao major Bragantino Guedes, senhor de enge-nho, que já produzia aguardente de cana artesanalmente. Diz a lenda que o major se enamorou de uma escrava baiana de sua fazenda, chamando-a carinhosamente de Nêga Fulô e criou uma cachaça em sua homenagem. A garrafa de terracota, que tem a forma de uma baiana estilizada, foi criada há cerca de 20 anos pelo artista plástico cearense Geraldo Simplício, autobatizado de Nego, que mora em Nova Friburgo. No início, as garrafas eram produzidas artesanalmente na Fazenda Soledade, onde até hoje estão os fornos para queimar a argila. Hoje, a garrafa é produzida industrialmente em Nova Friburgo e só é pintada depois de enchida com a cachaça Nega Fulô.

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Desde a sua fundação, em

1984, a Colacril se orgulha

de ter contribuído para a

consolidação e o

crescimento do mercado de

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Embalagens inovadoras de vidro são premiadas nos Estados Unidos

Glass Packaging Institute (GPI), a associação dos fabricantes de embala-gens de vidro dos Estados

Unidos, apresentou em maio os vence-dores do Clear Choice Awards 2007, sétima edição da premiação patroci-nada pela entidade. O prêmio reco-

nheceu onze empresas fabricantes de bens de consumo que expandiram as fronteiras do design de embalagens de vidro. “Ao criar e usar embalagens de vidro para sua marca, a empresa entre-ga aos seus consumidores o que eles querem – um produto puro, premium e sustentável”, afirma o presidente do

GPI, Joseph Cattaneo. As embalagens foram julgadas em termos de estética, criatividade, viabilidade no mercado, forma e funcionalidade. Acessórios como tampas e rótulos também con-taram pontos na avaliação do juri. A seguir, EMBALAGEMMARCA apresenta os cases premiados: (FP).

Beleza e funcionalidade

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Dois produtos da Anheuser-Busch foram premiados na categoria Cervejas. Destinada ao consumo com-partilhado, a Michelob Celebrate é acondicionada em uma garrafa de 750 mililitros (24 onças) produzida pela Saint-Gobain Containers. A embalagem exclusiva tem traços futuristas e é decorada com refinados rótulos auto-adesivos. A tampa acompanha o design da gar-rafa. As garrafas da Michelob AmberBock, fornecidas pela Saint-Gobain Containers e pela Owens-Illinois, têm o “estilo pub” e buscam comunicar a qualidade superior da bebida.

CERVEJA

Para comunicar qualidade

Com apelo ao público entre os 25 e os 35 anos de idade, os vinhos Sonoma Vineyards Chardonay e Merlot, da vinícola Klein Family, são acondicionados em elegantes garrafas da Vitro Packaging com tam-pas twist-off. Os rótulos de cada SKU mostram três diferentes paisagens do interior do condado califor-niano de Sonoma, região onde é produzido o vinho.

VINHO

Alvo: consumidor maduro

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A linha de molhos superpremium para macarrão La Famiglia DelGrosso, da DelGrosso Foods, acondicionada em potes da Saint-Gobain Containers, ven-ceu na categoria Alimentos. O produto segue a tendência de criar mensagens da marca por uma combinação interessante entre o rótulo e a embalagem. O pote de vidro cria alto impacto na prateleira, ressaltado por um rótulo metalizado com relevo nas letras e na moldura da foto. O fechamento é elegantemente desenhado e o contra-rótulo traz a história de cada um dos oito molhos da linha, além de informações sobre o produto.

ALIMENTOS

Potes de impacto

A Hank’s Gourmet Beverages, bebida artesanal carbonatada da Hank’s Beverage Company, é acondicionada em garra-fas de vidro fornecidas pela

Saint-Gobain Containers. As embalagens nas versões âmbar e incolor têm a inscrição da marca em relevo e rótulos metalizados.

BEBIDAS CARBONATADAS

Incolor e âmbar com relevo

COSMÉTICOS E PERFUMES

Classicamente americanoA bandeira dos Estados Unidos é o símbolo mais respeitado pelo cidadão norte-americano. E foi baseada nas cores da bandeira que a Procter & Gamble criou a embala-gem da colônia mascu-lina OS Signature, uma variante do perfume Old Spice dirigida ao público adulto jovem. O frasco de

vidro incolor, produzido pela Vitro Packaging, tem a decoração feita em ACL (applied ceramic lithogra-phy) vermelho. A combi-nação entre as cores azul da colônia, vermelha do rótulo e do topo da tampa e prata da tampa cria o visual que remete ao nacionalismo norte-ame-ricano.

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BEBIDAS NÃO CARBONATADAS

A água mineral Mountain Valley Spring Water, produto da companhia homôni-ma, apresenta uma garrafa com design “retrô”, produzida pela Vitro Packaging. A Mountain Valley queria se destacar com uma embalagem que desse uma idéia de seus mais de 100 anos de existência e ao mesmo tempo catapultar o produto para o século 21. As garrafas verdes são decoradas pelo processo de serigrafia e o destaque fica para o rótulo ACL (applied ceramic lithography ) oval vermelho.

BEBIDAS DESTILADAS

Acabamento cristalinoNa categoria de bebidas destiladas, a embalagem vencedora foi a do uísque superpremium Crown Royal XR, da Diageo. A garrafa, fornecida pela Vitro Packaging, foi criada com a mais alta qualida-de de vidro utilizada em cosméticos, com polimento a fogo, que confere acabamento cristalino e fechamento no estilo decanter, que lembra um diamante. O contorno da garrafa tem desenhos em alto-relevo. O rótulo dourado é curado no vidro com calor, no processo conhecido como ACL (applied ceramic lithography).

“Retrô moderno”

BEBIDAS ALCOÓLICAS SABORIZADAS

Destaque para as coresA bebida saborizada à base de malte Captain Morgan Parrot Bay, da Diageo, venceu o Clear Choice Awards 2007 com a nova embala-gem fornecida pela Owens-Illinois. A garrafa tem o ombro dividido em etapas e a marca Parrot Bay aparece em relevo. A embalagem é decorada com rótulo auto-adesivo “no-label look” e tem um contra-rótulo preto impresso ao contrário, que pode ser lido após o consumo do líquido – que tem cores vibran-tes, destacadas pelo vidro incolor.

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ALIMENTOS ORGÂNICOS

Ícone para a marcaCom pote fornecido pela Saint-Gobain Containers, o molho para massas Bertolli Organic, da Unilever, venceu na categoria Alimentos Orgânicos. A Bertolli escolheu uma embalagem que transmitisse a imagem premium do produto e que o diferencias-se na categoria de molhos,

altamente competitiva. Por isso, a silhueta de uma garrafa de azeite da Bertolli foi usada de inspiração para a criação de o novo pote. O resultado foi o desenvolvimento de uma forma “ícone”, que pudesse gerar reconhecimento à marca em múltiplas categorias.

BEBIDAS ORGÂNICAS

Contour para sucosBebidas orgânicas usando embalagens customizadas e rótulos trabalhados para criar reconhecimento à marca. Esse foi o case apresentado pela Frützzo, LLC com a garrafa do suco orgânico de romã (pomegranate, em inglês) composto com outras frutas. Os sucos são embalados em garrafas contour de 355 mililitros (12 onças líquidas) decoradas com rótulos ACL (applied ceramic lithography) de cores leves. O logo e o nome da Frützzo aparecem em relevo na garrafa, fornecida pela Vitro Packaging. A cor da tampa varia de acordo com o sabor do suco.

DESIGN DE EMBALAGEM – GERAL

A nova garrafa de 1 litro do uísque Gentleman Jack Rare Tennessee Whiskey, da Brown-Forman, é clean, com ombro curvilíneo e decoração em relevo. A embalagem, fornecida pela Owens-Illinois, tem rótulo metálico e a gargaleira, também metálica, chama a atenção para a característica exclusiva do produto, suavizado duas vezes em carvão vegetal (“twice mellowed”). A assinatura de Jack Daniel em relevo lem-bra aos consumidores a força da marca.

GPI+1 (703) 684-6359www.gpi.org

Owens-Illinois (Brasil)(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Saint-Gobain (Brasil)(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br

Vitro Packaging+1 (800) 766-0600www.vitro.com

Garrafa clean

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“Queremos melhorar nossa cobertura local”

entrevista >>> Lynn Dornblaser

americana Lynn Dornblaser esteve recen-temente em São Paulo para apresentar uma concorrida palestra sobre o impacto das tendências do varejo global no mercado latino-americano. Baseada em Chicago, ela

trabalha para o grupo britânico Mintel, um dos grandes nomes do mercado mundial de pesquisas de mercado. Com mais de 35 anos de existência, a empresa é conhecida por seu GNPD (Global New Products Development), trabalho de fôlego que consiste no monitoramento dos supermerca-dos e do varejo de diferentes países, inclusive do Brasil, com atualizações diárias dos novos produtos que chegam às prateleiras. Todas as categorias são acompanhadas pelo estudo, e o trabalho de Lynn é avaliar esse vasto banco de dados, elaborando retratos das principais tendências obser-vadas nos diferentes segmentos. Após a apresentação, que lotou o Salão Versailles do Hotel Sofitel Ibirapuera, onde estiveram representantes de grandes fabricantes de produ-tos de consumo, designers e demais profissionais da área de embalagem, a executiva da Mintel concedeu a seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA:

Qual o principal objetivo do Global New Products Development, o GNPD? Como essa ferramenta é atu-alizada? O objetivo do GNPD é prover a nossos clientes informa-ções sobre os últimos lançamentos de produtos de consumo no varejo mundial. Avaliamos as novas idéias que surgem ao redor do mundo, e os motivos que as levam ao sucesso ou ao fracasso. Isso ajuda as empresas a desenvolver seus próprios conceitos de produtos. Temos compradores em diferentes países que vão aos supermercados e demais pontos-de-venda à procura de novos produtos. Contamos

ainda com um grande time de colaboradores no nosso escritório de Londres, sede da Mintel. Lá as informações são colocadas em nosso banco de dados, que é atualizado diariamente. Nossos clientes têm acesso a esse banco de dados via internet. Disponibilizamos fotos e um descritivo de cada produto, e em alguns casos postamos determina-dos produtos para o próprio cliente poder avaliá-lo. Dessa maneira é possível identificar tendências de mercado muito específicas nas mais diferentes categorias do varejo.

A Mintel tem um acordo com a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). Quais são os planos da companhia para o país?Há cerca de cinco anos o mercado brasileiro vem sendo acompanhado por nosso time local. Assim como em todos os países em que atuamos, esperamos continuar melhoran-do nossa cobertura local, aumentando o número de infor-mações obtidas aqui e o número de lançamentos inseridos no nosso banco de dados.

Durante essa viagem a senhora teve oportunidade de ir a um supermercado brasileiro? Quais foram suas impressões?Sim, fomos a uma loja do Pão de Açúcar aqui em São Paulo. Eu já havia ido a supermercados brasileiros antes, e algumas características sempre me chamam atenção. Uma delas é a singularidade das seções de produtos frescos. Certamente os supermercados brasileiros oferecem uma diversidade única no que se refere a produtos frescos. Mesmo no cenário latino-americano, o Brasil se destaca nesse aspecto. Dentro de produtos frescos, me chamam especial atenção as gôndolas de laticínios. A pluralidade de categorias e a funcionalidade das embalagens de pro-

Lynn Dornblaser, executiva da Mintel, discorre sobre

tendências do varejo global, e adianta planos de

intensificar monitoramento das gôndolas brasileiras

pelo Global New Products Development (GNPD)

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AÇÃO

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dutos lácteos constituem características muito avançadas, difíceis de encontrar em outros países. Na área de produtos para home care, tive a impressão que muitas embalagens de produtos de limpeza líquidos lembram as de bebidas. Nos Estados Unidos há uma clara preocupação de evitar esse tipo de semelhança, que pode causar ingestão aciden-tal dos produtos por crianças. Outra particularidade que me chama atenção no varejo brasileiro é a imensa quantidade de produtos vendidos em embalagens reduzidas. Vi, por exemplo, cereais matinais da Kellogg’s disponíveis em caixinhas muito pequenas, que praticamente não existem nos Estados Unidos. Sem dúvida esse é um caminho que as empresas estão seguindo para oferecer produtos com preço mais atraente. Mas acredito que haja outras explicações para o fenômeno. Uma delas é que as famílias estão cada vez menores. Além disso, os lares dos consumidores, assim como as despensas para armazenamento de alimentos, também estão cada vez menores.

A tendência de diminuição das embalagens também está relacio-nada ao consumo on-the go. Sob essa ótica, qual o futuro das por-tion packs?Acredito haver um grande potencial para a venda de porções menores. Na indústria de alimentos da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo, é muito forte a ten-dência de embalagens menores contendo apenas 100 calorias. As empresas perceberam que os consumidores querem saber exatamente quantas calorias estão ingerin-do. Dessa forma, a embalagem faz toda a lição de casa. Esse tipo de ação deve ser continuamente desenvolvido. Freqüentemente esses produtos custam mais caro e dão mais lucro para as empresas. Mas esse não é um ponto

necessariamente negativo. Isso mostra que, em se tratando de embalagens menores, em muitos casos os consumidores estão escolhendo conveniência, e não apenas preço.

Quando e onde surgiram essas embalagens de 100 calo-rias? Elas têm tido sucesso?De acordo com nosso levantamento, a Kraft foi pioneira

no setor. Ela lançou nos Estados Unidos, em 2004, a primeira emba-lagem de 100 calorias de que se tem notícia. A maioria desses lançamen-tos tem se concentrado nos Estados Unidos, com o Reino Unido em segundo lugar. Os primeiros desen-volvimentos foram no segmento de barras de cereais. Mas hoje outros produtos aderiram à tendência, como batatas fritas e chocolates. As estratégias que analisamos deixam claro que, para esse tipo de produto ter sucesso, a empresa precisa agir de forma clara. Se a diminuição da quantidade calórica é alcançada reduzindo a quantidade de produto acondicionado, e não substituin-do ingredientes convencionais por outros sem açúcares e gorduras, o consumidor precisa ser devida-mente comunicado. Monitoramos um exemplo na Inglaterra de um chocolate convencional vendido numa embalagem que destacava a quantidade de 99 calorias. Poucos meses depois de seu lançamento,

o produto foi descontinuado. Acreditamos que o fracasso se deveu ao fato de o consumidor ter se frustrado com a pequena porção oferecida. Ele imaginava que fosse comer a mesma quantidade das barras tradicionais, mas o produto era significativamente menor.

Além das embalagens de 100 calorias, a senhora mencio-nou em sua apresentação outras tendências em alimentos

entrevista >>> Lynn Dornblaser

“Na área de home

care, muitas

embalagens brasileiras

lembram as de bebidas.

Nos Estados

Unidos há uma

preocupação em

evitar esse tipo de

semelhança, que pode

causar acidentes

com crianças”

CAMINHOS A SEGUIR – Embalagens de alimentos destacam quantidade total de calorias: tendência nos Estados Unidos e no Reino Unido. À direita, chocolate e suco de laranja exploram benfícios do ômega 3 na área do raciocínio. Na lata, chá verde com a marca Enviga é fruto de parceria entre Coca-Cola e Nestlé. Com gás, produto promete queimar calorias

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para consumidores que estão de dieta. Quais são?No ramo de bebidas, estão surgindo produtos que pro-metem queimar calorias. Um exemplo é o Enviga, uma espécie de chá verde com gás, lançado ano passado nos Estados Unidos, numa parceria entre a Coca-Cola e a Nestlé. Também nos Estados Unidos a Kellog’s lançou a marca K2O, de água adicionada de proteína, que também promete ajudar a manter a forma. Esses exemplos mostram que o mercado de alimentos para consumidores que estão de dieta está se diversificando cada vez mais, indo muito além dos tradicionais produtos light e diet.

O que significa o termo “masstige”, citado em sua palestra ?É a soma das palavras mass e prestige. Criamos esse termo, pois temos notado que produtos de prestígio têm sido cada vez mais vendidos em supermercados comuns, não necessariamente em pontos-de-venda sofisticados. Essa tendência tem sido verificada principalmente na categoria de cosméticos. Em 2006 a Procter & Gamble lançou nos Estados Unidos o Olay Body Quench, um creme corporal com posicionamento próximo ao de produtos de prestígio, mas vendido no varejo convencional. Ou seja, em termos de distribuição, é um produto de massa. Mas seu posicio-namento de preço é de um produto de prestígio. Esse tipo de estratégia é significativo para a indústria de embalagem, pois prevê a utilização em larga escala de sistemas de acon-dicionamento antes restrito a marcas e pontos-de-venda de alta sofisticação.

A senhora afirmou que 2006 foi “o ano do ômega 3”. Esse tipo de apelo, no entanto, já existia no varejo mundial, inclusive no Brasil, há muito mais tempo. O que mudou para levá-la a essa conclusão?Na Europa e nos Estados Unidos as indústrias de alimentos estão explorando o ômega 3 de outras formas. Além dos benefícios ao coração, as melhorias das funções mentais passaram a ser comunicadas aos consumidores através das embalagens. No Canadá, um fabricante de chocolate enriquecido com ômega 3 criou uma marca em que um personagem aparece tendo uma idéia, representada por

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uma lâmpada. Ele explorou graficamente nas embalagens do produto os avanços que a substância pode proporcionar ao raciocínio. Já no Reino Unido, um fabricante de suco de laranja criou a marca “Ornage”. As sílabas foram invertidas propositalmente, para destacar que o suco também é enri-quecido com ômega 3, e que a substância ajuda a estimular o raciocínio e a memória. Não há dúvidas de que a maioria dos produtos que trazem ômega 3 ainda exploram os benefícios ao coração. Mas esse outro aspecto tem ganhado crescente espaço.

Comércio justo e posicionamento ético foram outros temas destaca-dos em sua apresentação. O que esses conceitos significam? De que maneira eles podem influen-ciar o varejo?O comércio justo é um conceito ligado a desenvolvimento sustentá-vel e ética empresarial. O conceito tem várias faces, destacando-se a transparência relativa à formulação do produto e uma relação honesta e justa entre o fabricante, seus fornece-dores e consumidores. Constatamos que, somente em 2006, o lançamen-to de produtos baseados nesses con-ceitos cresceu 92% no mundo. Cada vez mais empresas e países aderem ao comércio justo. Na Europa, esse ramo movimenta 560 milhões de euros, e 170 milhões de euros nos Estados Unidos. Muitos produtos estão surgindo nos supermercados com certificados de comércio justo. Um bom exemplo vem da Inglaterra, onde a Nescafé lançou um café solúvel cuja embalagem traz a foto de um fazendeiro acompanhada da frase: “Esse produto ajuda os fazendeiros, suas comunidades e o meio

ambiente”. Na França identificamos marcas de sucos que destacam em suas embalagens a relação transparente entre o fabricante e os fornecedores das frutas, muitos deles bra-sileiros. Além do aspecto ético, o comércio justo preconiza maior preocupação com o meio ambiente. Na Espanha, uma marca de palmito deixa claro nos rótulos dos potes de vidro que aquele produto não provém de árvores nativas,

mas sim de plantas cultivadas. No Brasil têm chamado atenção os pro-dutos orgânicos, que de modo geral também revelam maior preocupação dos consumidores com sustentabili-dade e preservação ambiental.

Como andam os desenvolvimen-tos de produtos para públicos com faixa etária específica? Continua havendo grandes oportu-nidades junto ao público maduro, que exige embalagens mais fáceis de carregar, de abrir e de fechar. Poucas empresas perceberam que é preciso trabalhar nos rótulos com fontes maiores para esse perfil de consumidor. Eu não sou tão velha, mas tenho que manter em meu escritório uma lupa para poder ler as embalagens de certos produtos (risos). Os casos são poucos, mas a boa notícia é que começam a aparecer produtos desenvolvidos especificamente para esse público. Nos Estados Unidos, a Procter & Gamble lançou o Folgers Simply

Smooth, uma marca de café cuja embalagem tem sistema de fácil abertura, e é aprovada pela Fundação Americana de Artrite. Além do aspecto da funcionalidade, acredito que o sucesso é transmitir vitalidade através das embala-gens, trabalhando uma comunicação que dê a idéia de que

entrevista >>> Lynn Dornblaser

“Poucas empresas

perceberam que é

preciso desenvolver

embalagens e produtos

específicos para o

público maduro. Nos

Estados Unidos, uma

marca de café chegou ao

mercado em embalagem

aprovada pela Fundação

Americana de Artrite”

COMÉRCIO JUSTO E PÚBLICO MADURO – Dove, da Unilever, trocou expressão anti-idade por pró-idade (pro-age) em bisnaga de creme para consumidoras com mais de 50 anos. À direita, café orgânico do Carrefour brasileiro ilustra tendência de preocupação com comércio justo. No pote, café cuja embalagem foi aprovada pela Fundação Americana de Artrite

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o público maduro ainda tem muito a viver, e de maneira plena. Isso não fica só no discurso. A Nestlé do Chile recentemente lançou uma sopa instantânea voltada aos mais velhos. Os envelopes flexíveis do produto trazem a imagem de um casal maduro. Além disso, o produto é enriquecido com ômega 3, fibras e vitaminas. Por outro lado, o conceito de produtos “anti-idade”, tão em voga nos últimos anos no mercado de cosméticos, aos poucos vem sendo substituído por outro, o de produtos “pró-idade”. A linha Dove, da Unilever, já conta com um creme hidratante específico para mulheres com mais de 50 anos e que traz em suas embalagens a submarca “Pro-Age”. Isso reflete a tendência de fazer o consumidor aceitar o próprio enve-lhecimento.

Muito tem se falado sobre o crescente mercado latino nos Estados Unidos. A senhora acha que as empresas brasilei-ras têm conseguido explorar esse filão?O mercado latino ainda está muito ligado a mexicanos, porto-riquenhos e outros latino-americanos que vivem em países mais ao norte, portanto, mais próximos dos Estados Unidos do que o Brasil. Em se falando de Brasil, o que temos notado é uma crescente penetração de produtos fei-tos com ingredientes obtidos nas florestas tropicais do país.

O açaí, por exemplo, está sendo usado de forma crescente como matéria-prima pela indústria americana de cosméti-cos, que tem explorado fortemente esse diferencial em suas campanhas de divulgação.

Cada vez mais se ouve falar que o ciclo de vida dos produ-tos está diminuindo. A senhora concorda?Em termos de dados e estatísticas, trata-se de algo difícil de saber com certeza. Mas pessoalmente tenho a impressão de que é verdade. Uma das razões é que hoje em dia há muito mais produtos do que antigamente. Para o consumidor, a tarefa de achar o que procura se tornou complicada. Mas essa mudança também tem a ver com a maneira como os fabricantes e o varejo trabalham. Antigamente, os fabrican-tes comandavam essa relação. Hoje a lógica se inverteu em muitos casos, e é o varejo quem dá as cartas. Porém, isso não significa que as marcas estão perdendo importância. Pelo contrário. A diminuição do ciclo de vida dos produtos tem aumentado o poder das marcas. Com cada vez mais alternativas à sua disposição, e com produtos sendo lança-dos e permanecendo nas gôndolas por períodos cada vez menores, os consumidores tendem a buscar referências de confiança. E as marcas consolidadas têm o poder de comu-nicar esse tipo de confiança. (LH)

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Injeção em enlatadosAtravés de sua controlada Swift-Ar-mour, o grupo brasileiro JBS Friboi adquiriu, em leilão judicial, a fábrica argentina de latas de aço Argenvases, especializada em embalagens para carnes processadas. A JBS Friboi plane-ja aumentar a oferta de produtos com alto valor agregado no país vizinho.

Unidade francesaTendo faturado 428 milhões de euros e produzido mais de 45 bilhões de tampas em 2006, a Bericap inaugurou uma nova fábrica em Longvic, na Fran-ça. Fruto de um investimento de 20 milhões de euros, a fábrica deverá pro-duzir 3,2 bilhões de tampas por ano.

Nova rotaMudança na Krones do Brasil. Rogério Baldauf deixou a direção comercial da operação local da fabricante alemã de equipamentos de embalagem. Em seu lugar, assumiu Silvio Rotta, vindo da gerência comercial da Alcoa. Rotta já trabalhara na área de vendas da Kro-nes entre 1995 e 2004.

Vá ao teatroEstreando em junho no Teatro Augusta, em São Paulo, a peça teatral infantil Ervilha Sapo Junior, de Marcus Vinicius de Arruda Camargo, terá patrocínio da Embalagens Flexíveis Diadema.

Reforço em brandingA agência Sart Dreamaker fechou um acordo de parceria com a inglesa Brand Finance, especializada em avaliação e gestão de marcas e ativos intangíveis e iniciou um processo para reforçar sua equipe com 35 funcionários.

SuprimentosErickson Carlos Martins Gomes é o no-vo gerente de compras para o Mercosul da Henkel.

Filial no SulA distribuidora de produtos plásticos Resinet acaba de abrir uma filial em Ca-xias do Sul (RS), com capacidade para 600 toneladas mensais entre resinas commodities (PEAD, PEBDL, PP, PS, EVA) e plásticos de engenharia.

Edição: Guilherme Kamio

Apoiada por ONGs ambientalistas, uma campanha em curso na Alema-nha chama a atenção do consumidor para a relação entre embalagens e o aquecimento global. “Garrafas retor-náveis protegem o clima”, destaca a empreitada, buscando sensibilizar o público a preterir garrafas plásticas e latas em favor de vasilhames reutilizá-veis de vidro. Curiosamente, a ação vem ganhan-do efusivo apoio do setor varejista, que, no Brasil, segundo comentários de bastidores, fazem o sinal da cruz para a volta com força do vaivém de cascos. Segundo a ONG Deutschen Umwelthilfe (www.duh.de), “milhares de supermercados alemães já aderiram à campanha.“

Blitzkrieg a favor do vaivémNa Alemanha, campanha pró-retornáveis é efeito do efeito estufa

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AÇÃO

Divulgada no fim de maio, a primeira edição do Índice Brasil de Inovação (IBI), iniciativa do Instituto Uniemp (Unicamp) apoiado pela Fundação de Ampa-ro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e centrada no mapeamento das indústrias mais inova-doras do país, premiou duas tradicionais fabricantes de embalagens.Na categoria dos setores de média-baixa intensidade tecnológica, o prêmio foi abiscoitado pela Brasilata, conhe-cida pelas inovações em embalagens metálicas. Seu sistema interno de sugestões, espelhado num modelo da Toyota, está completando vinte anos, tendo coletado 105 000 idéias de inovações dos funcionários em 2006. O sistema é calcado em um processo veloz. Através de um software, os fun-

cionários das três unidades da empresa podem cadas-trar e acompanhar a avalia-ção das idéias. “A rapidez

na resposta ao inventor e a agilidade na execução das idéias aprovadas são fatores essenciais para estimular o surgimento de novas idéias”, diz Antonio Carlos Teixeira

Álvares, diretor-superintendente da Brasilata. A metalúrgica pos-sui mais de 50 patentes deposi-

tadas no Brasil e no exterior.Já no levantamento dos setores de baixa intensidade tecnológica, no qual a Santista Têxtil ficou em primeiro lugar, a Rigesa, fornecedora de embalagens celulósicas e plásticas, ficou em tercei-ro. A mais inovadora no setor de alta intensidade tecnológica foi a automo-bilística Delphi. No setor de média-alta intensidade tecnológica, a farmacêutica Silvestre Labs.

Inovação é com elasLevantamento aponta dois destaques no setor de embalagens

Pôsteres buscam engendrar“cultura do casco” no público alemão

Embalagem da Brasilata:

reconhecimento

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Embalado pelos preços do petróleo em viés de alta e por pressões ambientalistas, o grande interesse das indústrias de bebidas por informações sobre PLA (ácido polilactídeo), o polímero derivado do milho, inspirou a criação de um even-to na Alemanha. Organizada pela revista Bioplastics Maga-zine, a primeira Conferência sobre Garrafas de PLA será realizada nos dias 12 e 13 de setembro no hotel Grand Elysee, em Hamburgo. Matéria-prima, produção de pré-for-mas, design e sopro de garrafas, tecnologias de barreira, tampas e depo-

sição serão alguns dos tópicos abordados por especialistas. Os casos das águas Biota e Naturally Iowa (Estados Uni-dos) e Belu (Reino Unido), e da bebida cosmecêutica Vitamore (Alemanha), já acondicionadas em garrafas de PLA, também serão discutidos. Mais infor-mações sobre o evento no site www.pla-bottle-conference.com.

A reciclagem de garrafas de PET em novas garrafas permanece proibida no Brasil (pelo menos oficialmente...), mas a Coca-Cola Brasil encontrou uma forma alternativa de reaprovei-tar embalagens pós-consumo. Em maio, a empresa começou a oferecer aos engarrafadores franqueados um novo rack expositor de Coca-Cola, feito a partir de resina PET reciclada de garrafas. Projetado num modular formato de corrente pela McCann Erickson e produzido pela Fábrica de Idéias, o rack aproveita PET reciclado de variadas cores, atendendo a uma reivindicação da indústria de recicla-gem. Segundo a Coca-Cola, o expo-sitor começaria a dar as caras em alguns dos seus mais de um milhão de pontos-de-venda espalhados pelo Brasil já em junho.

Às lojas voltarás“Eco-display” aproveita PET reciclado de garrafas

Sancionada sem veto pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em 15 de maio, a Medida Provisória 350 vem causando polêmica. Apesar de tratar do Programa de Arrendamento Residencial, a MP estranhamente embute um artigo que regulamenta a troca da tradicional legenda “O Ministério da Saúde adverte:...” por “Aviso Importante” nos rótulos das embalagens de leites e de bebidas lácteas, referente às diferenças entre o leite materno e o industrializa-do na amamentação. Dada a falta de relação com a matéria da MP, o arti-go recebeu os apelidos de “emenda Frankenstein” e “emenda de contrabando”. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e outras instituições pleitearam veto à curiosa emenda, por entenderem que a substituição da advertência do Ministério da Saúde – prevista na Lei 11.265, conhecida como Norma Brasileira de Comercializa-ção de Alimentos para a Primeira Infância – deses-timula o aleitamento materno, recomendado por pediatras. O pedido de veto foi rejeitado.

Alhos com bugalhosMP sobre habitação muda rótulos de leites

Nome forte em emba-lagens industriais, presente em mais de trinta países, a alemã Mauser inaugurou em maio uma nova fábrica no Brasil, apta a pro-duzir 1 000 toneladas mensais, divididas entre frascos, baldes e bombonas plásticas de 20 a 200 litros. A unidade, orçada em 50 milhões de reais, está instalada no Parque Industrial da Bayer em Belford Roxo (RJ). Cerca de 28% do total investido reverteu na compra de maquinário alemão

de coextrusão que permite a reciclagem e a reutilização de embalagens. “Teremos tambores de 200 litros com material reciclado e virgem”, diz Cláudio Parelli, presidente da Mauser. Segundo Parelli, a nova fábrica atenderá a variados mercados. No Rio, o foco será a indústria petrolífera. Com a economia favorável e o aquecimento da indústria de emba-lagens, a Mauser espera um retorno de 150% dos investimen-tos em cinco anos.

Um balde de otimismoMauser abre fábrica de embalagens industriais no Rio esperando bons ventos

De coadjuvante a protagonistaBiopolímero emergente, PLA já terá evento próprio

Display reaproveita PET pós-consumo de forma criativa

Bebidas já engarrafadascom PLA serão dissecadas

no evento em Hamburgo

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Primeiro salgadinho do país, Mandiopã retorna às prateleiras

uma época em que não havia fast food e o consumo “on-the-go” sequer era imaginado, surgiu o primeiro salgadinho brasileiro: o

Mandiopã, lançado em 1954. O inventor da guloseima, Antônio Gomercindo, hoje com 69 anos, começou a trabalhar, ainda adolescen-te, como faxineiro na Companhia Chiavone, de Limeira (SP), na década de 1950. Entre outros produtos, a empresa iniciava a fabri-cação de um petisco de fécula de mandioca. Gomercindo aperfeiçoou a máquina que pro-duzia o snack e criou uma nova receita. O Mandiopã virou sucesso na cidade, e a Amaral Alimentos, distribuidora da Chiavone, com-prou a marca – e levou Gomercindo junto: só ele tinha a receita das casquinhas que incha-vam ao fritar.

No final da década de 1970 eram vendidas mais de 50 mil caixas de Mandiopã por dia, e o produto era exportado para o Japão e para o Oriente Médio. Por desavenças familiares, no início da década de 1980 a Amaral fechou

O pioneiro está de volta

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marcas >>> reposicionamento

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HOMENAGEM – Selo das novas caixas de Mandiopã relembra

desenho da embalagem original, lançada no mercado em 1954

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as portas. Gomercindo começou a produzir o salgadinho por conta própria, com o nome de Fritopan, já que o registro da marca Mandiopã pertencia à família Amaral. Ele ficou sozinho por pouco tempo: a Hikari Alimentos comprou a marca Fritopan e novamente Gomercindo foi contratado como supervisor da produção. Mas no início dos anos 1990 a Hikari encer-rou a produção e o salgadinho mais uma vez desapareceu das prateleiras. No começo do presente século, Gomercindo relançou o pro-duto, dessa vez com o nome de Mandiopóca, mas as vendas não tive-ram muito sucesso. Há três anos, porém, ele conseguiu o registro da marca Mandiopã, e o salgadinho voltou ao mercado com o nome original. No entanto, quase ninguém encon-tra o produto, devido à distribuição precária a partir de Limeira, onde fica a fábrica.

Sabores diversificadosAgora, graças a uma parceria com a consulto-ria paulista de marcas Intesis, que está fazen-do o trabalho de reposicionamento no merca-do, a expectativa é que o produto alcance mais consumidores. Os sabores de Mandiopã foram diversificados, e as embalagens reformuladas pela agência Yellow Group. As novas caixas fazem referência à primeira embalagem: o rosto da menina que ilustra o selo com os dizeres “Original desde 1954” foi retirado do desenho original (o pacote que estava no mer-cado até o início deste ano tinha um desenho baseado na primeira embalagem). As caixas de papel cartão são impressas pela Imprimax Gráfica e Embalagens, de Xanxerê (SC).

Apesar das novidades, o produto continua o mesmo, e o segredo da massa permanece com Gomercindo, que não o revela a ninguém: “quando eu morrer, a receita do Mandiopã vai junto”, garante. (FP)

SUCESSO – No auge, Mandiopã era exportado para Oriente

Médio (foto) e Japão

Imprimax Gráfica e Embalagens(49) 3433-4433www.imprimax.ind.br

Yellow Group (11) 6914-4413www.yellowgroup.com.br

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Invasão de stand-up pouches e novas tecnologias em cartonadas assépticas prometem mudar panorama de emba-lagens da indústria de derivados de tomate. Dominado por latas de aço, setor também assiste à consolidação do vidro em nichos de maior valor

om tradição hetero-gênea em termos de materiais de embala-gem, a indústria de

derivados de tomate vive uma fase de expansão sustentada, com pre-visões de consumo promissoras para os próximos anos. Além da multiplicidade de sabores, ingre-dientes e perfis de consumidor, tal dinamismo é traduzido no avanço de novas tecnologias de acondi-cionamento em um segmento que movimentou 1,2 bilhão de reais em 2006. Trata-se de valor 15% superior ao registrado em 2004, numa ascensão puxada principal-mente pelas vendas de molhos prontos. Reconhecida pelo maior valor agregado, essa categoria cresceu 26% em valor no mesmo

período, contrabalanceando com sobras a leve retração registrada nos segmentos de polpas e extratos de tomate (1,8% e 2,9%, respecti-vamente).

Na esteira do bom momento, sistemas concorrentes de emba-lagem buscam ampliar suas bases de usuários. É o caso dos stand-up pouches (SUPs), que num curto período conseguiram consolidar seu espaço nas gôndolas brasilei-ras de atomatados. Mas também chama atenção a oferta de novas tecnologias em cartonadas assép-ticas, que prometem disseminar as caixinhas longa-vida na atraente categoria de molhos com pedaços. Correndo por fora estão lança-mentos em potes de vidro com posicionamento premium, que

Plura lismo puj ante

C

reportagem de capa >>> atomatados

Por Leandro Haberli

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junho 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 61

Plura lismo puj ante

também têm ajudado o material a ampliar participação em molhos prontos. Somadas, tais movimen-tações já começaram a alterar o panorama de embalagens desse vigoroso mercado.

Ainda que o setor de atoma-tados continue fortemente domi-nado pelas latas de aço, estas embalagens perderam oito pon-tos percentuais de participação entre 2004 e 2006, caindo para o patamar de 67,5% de merca-do, segundo dados da ACNielsen. As caixinhas longa-vida também teriam cedido espaço, com recuo de quase 4% no mesmo perío-do, retrocedendo para a casa de 18,8%. O flanco, tudo indica, foi aberto para a expansão dos SUPs. Na avaliação da ACNielsen, em 2004 a participação das embala-gens flexíveis era nula. Em cerca de três anos, porém, os saquinhos flexíveis que ficam em pé deram um salto espetacular, passando a responder, em janeiro de 2007, por 14,7% do mercado brasileiro de derivados de tomate.

“Pode-se dizer que o setor de atomatados se divide em duas fases: antes e depois da entrada das embalagens plásticas flexíveis”, define Eduardo Nogueira dos

Santos, gerente nacional de ven-das da Fugini Alimentos. Embora outros fabricantes tenham aderido aos SUPs em tempos recentes, a empresa é uma espécie de símbolo desse movimento, com 70% de sua linha de atomatados já acon-dicionada nos saquinhos de base sanfonada. A mais recente novi-dade da Fugini é o molho pronto light, cujo SUP tem aspecto meta-lizado, rompendo com o padrão vermelho da categoria. “Nosso objetivo é oferecer produtos pre-mium, porém com custo altamen-te competitivo”, resume Santos, afirmando que as embalagens fle-xíveis são até 20% mais baratas do que as latas de aço dotadas de sistema de fácil abertura.

Toda a linha de flexíveis pre-sente nos atomatados da Fugini Alimentos é fornecida pela Itap Bemis, que vem concentrando a produção desse tipo de embalagens em sua fábrica de Londrina (PR). “Após longo período de pesqui-sas, desenvolvemos filmes exclu-sivos para o setor, e já estamos há mais de três anos fornecendo para os líderes do segmento que usam essas embalagens”, informa Luiz Eduardo Siqueira, da área comercial da empresa. Além de

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SALTO - Com participação nula em 2004, SUPs já detinham 14,7% do setor de atomatados em janeiro deste ano. Na linha da Fugini, sistema responde por 70% da produção FO

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Caixinhas prometem invadir atraente mercado de molhos com partes sólidas

Pedaço muito disputado

despeito do entusiasmo envolven-do as embalagens flexíveis, obser-va-se intensa movimentação entre fabricantes de outros sistemas de

acondicionamento. O caso mais evidente é o das caixinhas longa-vida. As duas gigantes mundiais do setor, Tetra Pak e SIG Combibloc, prometem forte investida na seara de atomatados depois de terem superado uma dificuldade que limitava seu avanço: o acondicionamento de pedaços. Cada uma com sua tecnologia, as empresas anunciaram recentemente a entrada no setor de derivados de tomate com partes sólidas.

No caso da Tetra Pak, as fichas são deposi-tadas na tecnologia Tetra Recart, que promete revolucionar o mercado de cartonadas assépticas

A

custo mais atraente, ele defende que leveza, melhor exposição da marca no ponto-de-venda e maior segurança para o consumidor – pois os SUPs “não amassam, não quebram e não enferrujam” – igualmente favorecem a disse-minação dessas embalagens.

Entre os desenvolvimentos com foco em atomatados, a Itap Bemis destaca seu filme de alta barreira produzido com tecnologia

de coextrusão em sete camadas. Já utilizado pela maioria dos clien-tes, o produto, explica Siqueira, se diferen-cia pela ausência de folha de alumínio em sua estrutura. Além de reduzir custos, tal característica evitaria o

chamado flex crack, ou seja, o aspecto amassado

e as micro fissuras que podem surgir durante o transporte ou o manuseio excessivo. “A embalagem não contém alumínio, mas

é metalizada, garantindo barreira eficiente con-tra oxigênio e luz”, completa o profissional da Itap Bemis.

Outra empresa que aposta numa maior pene-tração das embalagens flexíveis na indústria brasileira de derivados de tomate é a Aluflex, do grupo chileno Alusa. Fornecedora dos SUPs vistos nas linhas de atomatados da Alimentos Wilson e da Predilecta, a Aluflex importa essas embalagens de sua fábri-ca localizada na cidade de San Luís, na Argentina. Impressos em rotogravura oito cores, os filmes são compostos de PET, alu-mínio e polietileno. “As empresas de atomatados estão investindo fortemente em equipamentos de form-fill seal”, observa Márcia Sato, gerente de desenvolvimento de mercado da Alusa Brasil. “Isso mostra que o uso de SUPs está finalmente se concretizan-do no setor.”

PUXANDO A FILAQuero foi a primeira do país a usar Tetra Recart em atomatados

SEM AMASSOSTecnologia da Itap Bemis evita “flex crack” em pouch de molho light da Fugini

IMPORTADASPredilecta usa SUPs fabricados na

Argentina pela chilena Alusa

26%

R$ 1,2bilhão

Foi o valor movimentado pela indústria brasileira de derivados de

tomate em 2006

Entre 2004 e 2006, categoria

de molhos prontos cresceu

em valor

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64 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

ao permitir o acondicionamento de alimentos sólidos. Trata-se de uma cartonada asséptica retortable, em que o alimento é esterilizado após o envase, em máquinas de autoclave. “É um processo mais brando do que o UHT (pasteuri-zação), resultando em melhor manutenção das propriedades nutricionais dos alimentos”, com-para Guilherme Franklin, diretor de bebidas e culinários da multinacional sueca, mencionando a tecnologia usada nos leites longa-vida.

As paredes das caixinhas Tetra Recart são compostas por nove camadas intercaladas de papel cartão, folha de alumínio e polietileno. A tecnologia foi desenvolvida na Europa há cerca de três anos, mas só recentemente chegou ao Brasil, com a linha de vegetais com a marca Quero Alimentos, da fabricante Coniexpress. (ver EMBALAGEMMARCA nº 93). Tal lançamento contemplou também os molhos de tomate da marca, com pedaços. Segundo o diretor da Tetra Pak, não há limite de tamanho para os produtos envasados, “desde que passem pelo bocal da embalagem.” Em atomatados, Franklin ressalta que na Europa a nova tecnologia já acondiciona molhos de tomate com fatias de azeitonas, além de “grandes pedaços de tomate”.

“Antes do desenvolvimento da Tetra Recart, estávamos limitados a acondicionar alimentos com pedaços de até 14mm”, ele recorda. Agora, diz, as cartonadas assépticas podem conter vir-tualmente qualquer produto. Outra vantagem da tecnologia é o sistema de semicorte a laser que permite abrir as caixinhas sem uso de objetos cortantes. Além de vegetais e molhos de tomate com pedaços, as embalagens Tetra Recart já acondicionam atum industrializado na Espanha.

Na concorrência, os alimentos sólidos tam-bém despertam interesse. Atenta aos movimen-

tos da rival, a SIG Combibloc trouxe ao Brasil a tecnologia Food Aseptic. Destinada ao envase de alimentos com alta viscosidade e com pedaços de até 15mm, ela também vem fazendo barulho em atomatados, e recentemente foi adotada pela marca Saúde, da Siol Alimentos.

Também dotada de sistema de abertura que dispensa a necessidade de facas e tesouras, a tecnologia utilizada pela Siol é baseada na tradicional esterilização UHT. Segundo a SIG, isso se tornou possível graças ao sistema de enchimento empregado. Nele, a selagem das embalagens é feita acima do nível do produto, sem riscos de que os pedaços sólidos ameacem a vedação. Ou seja, as embalagens chegam à linha de enchimento já formadas, evitando o contato do fluxo de produto com a área de selagem. “Além disso, pelo processo UHT o intervalo de tempo de exposição às altas temperaturas é mais reduzido do que no de autoclave, preservando as propriedades dos alimentos e garantindo peda-ços maiores”, acrescenta Pedro Carlos Andrade, diretor de marketing da Siol Alimentos.

Os lançamentos anunciados pela Siol ali-mentos em meados de maio último são um marco na virada da empresa, que de fabricante de óleos vegetais, maioneses e gorduras passa a se posicionar como empresa de alimentos. A planta da empresa em Rio Verde (GO), está se preparando para, já em 2008, produzir 70 000 toneladas anuais de derivados de tomate, e o que a Siol anuncia como a mais completa linha de derivados de tomate do Brasil. “Serão mais de cinqüenta itens diferentes, variando de extrato e polpa de tomate até molhos premium e produtos para o canal food service”, explica Pedro Carlos Andrade, diretor de marketing da empresa.

Para dar conta de tal diversidade, a empresa

GUINADAMarca Saúde explorou tecnologia Food Aseptic, da SIG Combibloc, para anunciar entrada em atomatados e reposicionamento no mercado de alimentos

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SEM LIMITESMarca inglesa usa e

abusa de Tetra Recart em molhos prontos:

produto vem com fatias de azeitona e pedaços

graúdos de tomate

Abeaço(11) 3842-9512 www.abeaco.org.br AluflexNo Brasil: (11) 5093-6511www.aluflex.com.ar

Itap Bemis(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrail.com.br

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz/brasil

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

ZannielloNo Brasil: (11) 6191-6344www.zanniello.com.ar

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junho 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 65

O primeiro cresce em nichos de alto valor, enquanto a lata briga para defender supremacia de 67% do mercado de atomatados

Vidro e aço c0m fôlego renovado

nquanto a disputa pelo maior pedaço dos molhos prontos corre solta, o tradi-cional vidro mostra fôlego

renovado na mesma categoria da indús-tria de atomatados. Embora modesta, sua participação em derivados de toma-te vem crescendo ano a ano, como mostra o balanço da ACNielsen. Entre 2004 e 2006, por exemplo, a fatia do material no setor subiu de 1,7% para 2,6%. A conquista apoiou-se na maior penetração em molhos prontos de alto valor agregado. Neste nicho, a participa-ção do vidro cresceu 67% somente entre outubro de 2005 e maio de 2006.

Símbolo desse movimento foi o lan-çamento, em abril último, de uma linha premium de molhos prontos com a tradicional marca Salsaretti, atualmente controlada pela Hypermarcas, também dona da linha de produtos de limpeza

E

apostou numa vantagem oferecida pela SIG , que é a possibilidade de envasar até sete diferentes volumes num mesmo equipamento. “Lançamos uma versão de 200g para o consumidor single e para compras de baixo desembolso, mas ofe-recemos também a opção de embalagem para consumo familiar, com 500g, dando aos consu-midores alternativas para todas as situações de consumo”, conclui Andrade.

Assim como as caixinhas Tetra Recart, que a Tetra Pak traz de sua fábrica da Suíça, as

embalagens Food Asseptic são importadas, da Alemanha. Sem fábrica no país, a SIG anuncia o início das operações de uma fábrica em Campo Largo (PR) para 2009. Embora haja limitação de tamanho para os produtos acondicionados com a tecnologia, o diretor geral da empresa na América do Sul, Ricardo Rodriguez, sinaliza interesse em alimentos sólidos. “Nossa expansão na região está apoiada em mercados como o de milho, ervilha e outros legumes, principalmente alimentos prontos”, adianta Rodriguez.

2009É o ano previsto para a entrada

em operação da fábrica brasileira

da SIG

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Assolan. Batizada como Salsaretti Especial, a nova família é vendida em potes de vidro de 500 gramas fornecidos pela Owens-Illinois do Brasil. Na decoração são usados rótulos termo-encolhíveis da Zanniello. Embora envolvam toda a embalagem, os shrink labels não com-prometem a visualização do produto, pois têm áreas transparentes não impressas. Com volume superior à maioria dos potes de vidro vistos na categoria, a embalagem da linha Salsaretti Especial ajuda a oferecer um produto sofistica-do – as diferentes versões trazem ingredientes como ricota e funghi – a custos competitivos: os potes são encontrado no varejo a 3,99 reais. “Trazemos mais molho por embalagem, o que ajuda a aliar qualidade e preço atraente”, con-sidera Gabriela Garcia, diretora da unidade de negócios de alimentos da Hypermarcas.

Em meio a tantas movimentações, é difícil prever qual será o futuro cenário de embalagens do mercado brasileiro de atomatados. Grande interessado no desenrolar dessa história, o setor de latas de aço afirma buscar o desenvolvimento de produtos inovadores, com formatos diferen-ciados, que representem um grande destaque no ponto-de-venda. Por enquanto, porém, as latas expandidas, que tanto impacto causaram nas gôndolas de leites condensados, para citar ape-nas um exemplo, ainda não debutaram em ato-matados. Seja como for, a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) defende que o setor tem avançado tecnologicamente, com investimentos em equipamentos de ponta, que permitem aumento da eficiência, novos proces-

sos litográficos, maior velocidade de produção e, conseqüentemente, custos mais baixos.

“Todos esses fatores fazem da lata de aço uma embalagem altamente competitiva, contri-buindo para o seu fortalecimento não apenas no segmento de atomatados, mas no setor alimen-tício como um todo”, diz Elio Cepollina, vice-presidente da Abeaço. “Podemos ainda destacar sua excelente relação com o meio ambiente, uma vez que se trata de uma embalagem ecolo-gicamente correta”, conclui.

PESO PESADOCom potes de 500 gramas da Owens-Illinois, Salsaretti

anuncia produto de qualidade premium a preço acessível

REAÇÃONovos processos

litográficos, maior eficiência produtiva e apelo ecológico são

armas das embalagens de aço para conter perda

de fatias no mercado brasileiro de atomatados

67%Foi o

crescimento da participação do vidro no mercado de

molhos prontos entre 2004

e 2006

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68 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

nove ou seja aniquilado pela con-corrência. O mantra hoje ensinado em nove entre dez eventos cor-porativos mundo afora pautou a

Total Processing & Packaging´07, mostra de processamento e embalagens ocorrida de 15 a 18 de maio no National Exhibition Centre (NEC), em Birmingham, Inglaterra. E não por pura replicação de moda. A Grã-Bretanha nunca mergulhou de cabeça na onda de integracionis-mo europeu, mas mais e mais se dá conta de que, apesar de sua condição geográfica, não pode se manter ilhada. “Britânicos carregam o estigma de ensimesmados e menos afeitos à globaliza-ção, o que em certa medida procede”, admite Chris Buxton, diretor executivo da Processing and Packaging Machinery Association (PPMA), associação porta-voz do setor de máquinas de processamento e embalagem do Reino Unido. “É hora de mudar de mentalidade.”

De acordo com Buxton, a internacionaliza-ção aquém da necessária deixou as indústrias britânicas atreladas ao negócio da embalagem, especialmente as produtoras de máquinas, numa situação delicada. “Hoje temos de competir com a qualidade de vizinhos mais cosmo-politas, como Alemanha, França e Itália, e o preço baixo das economias emergentes”, analisa Buxton. “Sem inovações, ficaremos para trás”. Trombeteado pela PPMA e por diversas outras entidades de classe ligadas ao evento (em sua segunda edição como aglutinador da Pakex, do PPMA Show, da Eurochem e da Interphex, exi-

Pontualidade britânica

I

eventos >>> total processing & packaging

bições antes realizadas separadamente), o alerta estimulou palpitantes iniciativas de organizado-res, expositores, órgãos governamentais e até de indústrias usuárias de embalagens.

Nesse último caso, saltava aos olhos a parti-cipação da Unilever na Total 2007. A titã anglo-holandesa aproveitou a mostra para divulgar seu Open Innovation Exchange. Trata-se de um programa colaborativo, similar aos já praticados por outras empresas (como a Procter & Gamble e a Hershey’s), que convida profissionais de diversas áreas a compartilhar idéias e expertises sobre embalagens com a multinacional, a fim de estimular inovações. “A exagerada auto-suficiência pode desperdiçar idéias brilhantes”, discursou Richard Parker, gerente do centro de design e tecnologia de embalagem da Unilever.

Além de discutir projetos de inovação num estande montado no evento, a Unilever distribuía panfletos com o intuito de encorajar o público a submeter idéias para o web site do programa de intercâmbio (www.ideas4unilever.com). No material promocional, três temas básicos de interesse, subdivididos em tópicos variados, eram realçados. A peça serve como um sumário dos principais pontos aos quais as empresas européias estão atentas para aperfeiçoar seus modelos de negócios a partir da embalagem:

1. Inovação colaborativa em embalagem – Propostas criativas para equipamentos de baixo custo para dosagem e mistura; sistemas de decoração direta de alta qualidade (rotulagem in mold, por exemplo); recipientes de peso reduzi-

Em temporada de

caça às inovações em

embalagem, feira na

Inglaterra se propôs a

ser manancial de idéias,

chegando em boa hora

PRESENÇA – Com mais de 900 expositores, de 28 diferentes países, evento registrou mais de 20 000 visitantes ao longo de quatro dias

CONVOCAÇÃO – Com estande na feira, Unilever convidou profissionais a compartilhar idéias em programa colaborativo

Por Guilherme Kamio, de Birmingham

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do com abertura, fechamento e dosagem fáceis; displays avançados para destaque em gôndola e comunicação de marca; tecnologias antipirataria e novos materiais com benefícios funcionais (avanços em propriedades de barreira, degrada-bilidade/reciclabilidade, aspectos sensoriais).

2. Ampliação das vantagens do design – Eficiência de formatos cubados sem designs cubados; propostas inteligentes para embalagens secundárias/de reposição do varejo; sistemas de embalagem com uso mínimo de materiais; e otimização de sistemas, não somente de com-ponentes.

3. Aplicação de sustentabilidade às emba-lagens – Fontes renováveis alternativas aos materiais existentes; novas tecnologias de reci-clagem; soluções que aperfeiçoem o impacto ambiental da cadeia de abastecimento como um todo; e design coadunado com reciclabilidade.

Bate-papo e semináriosParker exemplificou as vantagens do approach colaborativo com o caso do redesign de um gargalo de garrafa da Unilever que, com aporte de parcerias, reduziu em 35% o uso de matéria-prima e dobrou a velocidade de fabricação do produto. “A inovação não está apenas no lança-mento de produtos deslumbrantes, mas também na revisão de processos que gera economias fabulosas”, ponderou o gerente da Unilever.

Ao lado do IoP – The Packaging Society, a Unilever também co-patrocinou um programa de seminários focado na caça às inovações, com palestras de profissionais de indústrias usuárias de embalagens, do varejo e de consultorias de design. Priorizavam-se apresentações curtas, de 25 minutos, e painéis de discussão mais alonga-dos sobre os temas.

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70 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Houve tensão em determinadas sessões, inflamada por discordâncias entre representantes de cadeias varejistas – particularmente poderosas no Reino Unido, onde seus produtos de marcas próprias são popularíssimos – e do setor produti-vo, aliado a fabricantes de embalagens. Detalhe: circularam em tablóides, nas semanas anteriores ao evento, trocas de farpas entre as duas partes a respeito de políticas de embalagem ambien-talmente mais corretas. Nos conflitos pipocados no evento, indústrias britânicas acusavam vare-jistas de pouco interesse no tema; estes últimos contra-argumentavam dizendo não terem sido procurados com propostas consistentes.

Voltando ao circuito de seminários, um tema candente foi o desenvolvimento das chama-das retail-ready packages (RRPs), sofisticadas embalagens de transporte que não só protegem produtos durante a distribuição, como também servem de módulos de reposição de gôndola e ferramentas para divulgação de marca no ambiente do varejo.

Explicitado em algumas palestras e confir-mado em visitas da reportagem de EMBALAGEM-MARCA a supermercados, as embalagens secundárias prontas para o varejo galgaram ao status de dispositivo obrigatório no mercado britânico – muito em função de imposições dos supermercadistas, uma vez que lá, pelo eleva-do custo com mão-de-obra, o reabastecimento de gôndolas não é realizado por repositores das indústrias, como ocorre no Brasil, e sim por estoquistas dos supermercados. É por isso que, entre outros assuntos, há um esforço na Grã-Bretanha em torno da conscientização do empresariado das vantagens da implantação de RRPs com sistemas de fácil abertura e exposi-ção. “Se a RRP não dispuser de fácil abertura, o varejo a rasgará com as mãos ou apetrechos

cortantes, de modo tosco, e isso acaba dene-grindo a imagem dos produtos”, explicou, numa palestra, Rae Cherry, especialista em RRPs da United Biscuits.

Conjugado ao palco de conferências, no mesmo hall que abrigava o estande da Unilever, o Packaging Innovation Show, situava-se o espaço do Technology and Creative Innovation Challenge, campanha que propunha a firmas de design a criação de conceitos inovadores com base em tecnologias já existentes de fabricantes de embalagens parceiras. Esse modelo de estímulo a inovações gerou futurísticas embalagens-conceito (veja os projetos na pág. 74).

Corredores e governantesÀ parte os projetos do Technology and Creative Innovation Challenge, a Total Processing and Packaging´07 também desfilou algumas boas novidades nos estandes de empresas expositoras, as quais serão abordadas a partir da pró-xima edição, em pautas sobre sistemas específicos de embalagem e na seção Internacional.

Em paralelo a todas as iniciativas voltadas a tirar a indústria local de embalagem do terreno movediço em que se encontra via inovações, a Total Processing & Packaging também reservou uma oportunidade para contatos com potenciais clientes de economias emergentes. Com apoio do governo britânico, representantes de indús-trias usuárias de embalagens de cinco países, incluindo o Brasil, aportaram na feira para rodadas de negócios e visitas guiadas pelos pavi-lhões (veja quadro sobre a missão brasileira na pág. 72). “Identificamos soluções inteligentes para equipamentos, processos e embalagens acabadas, o que motivou contato com empresas fornecedoras que possivelmente gerarão negó-cios”, afirma Marcos Rosa, gerente industrial da K&M, divisão da Davene para produtos de higiene e limpeza para o lar.

Às indústrias e aos profissionais brasileiros que quiserem conhecer melhor o que os britâ-nicos têm a oferecer em tecnologias de emba-lagem, ou estiverem à procura de um evento alentador com foco em inovação, vale marcar na agenda um espaço para a próxima edição da Total Processing & Packaging, prevista para daqui a três anos no mesmo centro de exposi-ções em Birmingham.

NECESSIDADERetail-ready packages, as embalagens de transporte que também servem de módulo de reposição de gôndola, estão na moda no Reino Unido

ATENÇÃO – Circuito de seminários teve destaque

(agradecimentos a Erika Azevedo e Julie Yang, do Consulado

Geral Britânico – SP)

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72 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

om incentivo do UK Trade & Investment (UK TI), órgão de fomento comercial do

governo britânico, e da Processing and Packaging Machinery Association (PPMA), entidade de classe dos fabricantes de máqui-nas de processamento e embala-gem do Reino Unido, delegações de indústrias consumidoras de embalagens de cinco economias emergentes, com as quais os bri-tânicos querem estreitar relações, aportaram na Total Processing & Packaging’07 e passaram dois dias em reuniões e visitas guiadas pelos pavilhões da feira.

O Brasil foi escolhido como um dos alvos, ao lado de Rússia, Cingapura, Vietnã e Tailândia, e esteve representado na feira por Davene, K&M (divisão de household da Davene), Sara Lee Cafés, Frimesa e Emdimnal (Barro Minas e Germany Kosmetika), além da fornecedora gaúcha de embalagens plásticas Tecblas.

Segundo Neil Sample, gerente

de desenvolvimento de negócios do UK TI, o objetivo da missão foi deixar evidente para as indús-trias desses países, para as quais indústrias britânicas não ocupam propriamente postos de top of mind quando o assunto é emba-lagem, “a capacitação tecnoló-gica dos fornecedores do Reino Unido”. Ao mesmo tempo, diz Sample, a missão também fun-cionou para passar um recado aos seus conterrâneos. “Todos os visitantes são de mercados em franco crescimento e aos quais os fornecedores britânicos devem estar atentos.”

Antes da viagem e nos dias em Birmingham os visitantes brasileiros contaram com apoio do Consulado Geral Britânico no Brasil. Após os dois dias de roda-das de negócios e périplo pelos pavilhões do National Exhibition Centre (NEC), as delegações foram levadas pelos organizadores da missão para uma confraternização em Stratford Upon-Avon, a cidade natal de William Shakespeare.

Fontes inglesas mapeadasBrasileiros sentiram o que britânicos têm a oferecer em tecnologia de embalagem

“Durante a visita aos pavilhões pude identificar soluções inteligentes para equipamentos, processos e emba-

lagens, o que motivou contatos que possivelmente gerarão negócios. Pude

trazer amostras de produtos e de embalagens, não só da feira, como também adquiridas em um super-

mercado da região. Essas amostras foram apresentadas aos nossos

departamentos de Desenvolvimento, que as estão estudando”

Marcos Rosa, gerente industrial da K&M – Davene

“A feira foi muito proveitosa. Pude presenciar muitas inovações tecnoló-gicas, tanto em equipamentos quanto em soluções de embalagens, as quais vêm ao encontro do nosso interesse em estar sempre inovando em pro-cessos. Tivemos bons contatos nas

rodadas de negócios promovidas pelo UK TI, com perspectiva de negócios

futuros”

Claudecir Antonio dos Santos, supervisor de P&D de embalagens

e equipamentos da Frimesa

“Achei muito interessante a iniciati-va do Consulado Britânico de levar empresas brasileiras ao evento. Foi uma experiência fantástica para a Davene e para mim. O networking

com as companhias do Reino Unido poderá gerar futuros negócios. A

feira nos proporcionou contatos com algumas novas idéias, e fornecedores ficaram de nos enviar amostras para possíveis desenvolvimentos. De modo geral o evento foi positivo e de grande

valia, abrindo novos horizontes”

Roseli Lima, supervisora de compras da Davene

eventos >>> total processing & packaging

CCONTATO – Rodadas de negócios aproximaram brasileiros de fornecedores do Reino Unido

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74 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

xposição alocada na Total Processing & Packaging’07, o Technology and Creative Innovation Challenge apresentou aos visitan-tes da feira britânica os resultados de um pro-

grama colaborativo que desafiou consultorias de design a criar conceitos visionários a partir de tecnologias já dispo-

nibilizadas por fornecedores de embalagens – e com base nos seguintes temas: aperfeiçoamentos para exposição no varejo, conveniência para abrir e tornar a fechar emba-lagens, deleite de produto e responsabilidade ambiental. EMBALAGEMMARCA mostra a seguir os resultados das parcerias estimuladas pelo projeto.

Juntos em prol do futuroParcerias entre designers e fornecedores resultam em embalagens inovadoras

E

Fim à dificuldade de se abrir potes de vidro, espe-cialmente para mulheres e consumidores da ter-ceira idade. Em parceria com a Robinson Plastic Packaging, fornecedora de embalagens plásticas inje-tadas, a Design Stream criou o conceito Rinban. Trata-se de um pote de vidro cujas paredes con-têm um circuito impresso. Ao posicionar a mão num ponto específico da emba-lagem, o consumidor liga o circuito, aquecendo um disco térmico no topo da embalagem. Aquecido, o disco expande a tampa plástica, que possui pro-priedades avançadas de memória, facilitando a abertura do pote. www.designstream.co.uk

Rinban

Com suporte da fabricante de máquinas de processamento e embalagem ITCM, a consul-toria de design Smallfry criou uma embalagem-conceito para cosméticos dotada de um mecanismo engenhoso, que propicia misturas de diferentes ingredientes no momento do uso pelo consu-midor. Nomeada Particularly Late, a embalagem foi apre-sentada na feira acondicio-nando uma base para maquia-gem. Um botão embutido na embalagem permite controlar a mistura de dois componen-

tes e regular a tonalidade da base, adequando-a ao estado da pele do usuário. “Muitas consumidoras reclamam que têm de usar bases de diferentes cores no inver-no e no verão, quando suas peles apresentam tonalidades distintas”, lembra Miles Pennington, diretor da Smallfry. A consultoria de design já estuda a aplicação do conceito em embalagens para alimentos, protetor solar e medicamentos.www.smallfry.com

Particularly Late

Em parceria com a fabricante de tampas de segurança Dragon Plastics, a inglesa Steam To Go apresentou na Total Processing & Packaging ’07 um conceito de embalagem com sistema de auto-aquecimento para alimentos de conveniência. Batizada de MkX, a embalagem inteligente, na forma de bandeja, possui a tecnologia direct steam heating – um sis-tema de aquecimento interno baseado em células combustíveis modificadas com nanotecnologia. A tecnologia permite ao consumi-dor retirar o produto do refrigera-

Steam To Go

dor e, com o apertar de um botão, aquecer a refeição em quatro minutos. A bandeja emprega papel cartão fabricado com fibra deri-vada de refugos da agricultura e todas as partes plásticas são bio-polímeros. O conjunto é reciclável.www.steamtogo.com

eventos >>> total processing & packaging

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AÇÃO

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Criado pela incubadora de projetos industriais Red AK47, o Revolution é um novo sistema de fácil abertura para latas. Nele, uma chapa presa ao topo da lata possui um meio-corte nas bordas e cavidades distribuídas em sua área, para o encaixe de uma sobretampa que age como abridor. Ao se girar a sobretampa, a linha de meio-corte rompe, garan-tindo acesso ao conteúdo da embalagem. O sistema permite tornar a fechar a lata e evita acidentes domésticos. Na feira, o Revolution foi exibido adaptado a latas de bebidas e de alimen-tos, trabalho feito pela escocesa The Cool Can Company. “Sendo resseláveis, as latas, que são embalagens extremamente amigá-veis ao ambiente, oferecem mais praticidade, higiene e segurança”, diz George Wilson, diretor da The Cool Can Company.www.thecoolcancompany.com

Revolution

Com base no cartucho em forma de jarra da Field Packaging (Chesapeake Corporation), já utilizada em caixas de bombons sortidos, a consultoria Design Reality criou o con-ceito Pack-a-Plant de embalagem para mudas de flores e plantas. A pare-de da embalagem possui uma janela transparente e uma linha serrilhada para a transfor-mação do cartucho em vaso. Com o mesmo cartucho, a Design Reality também criou o conceito Pour-a-Pack. Um topo plástico com tampa dosadora torna o cartucho uma “emba-lagem-jarra” para produtos como sabão em pó, sucos e cereais matinais. “É uma diferenciação para os formatos quadrados tipicamente usa-dos para acondicionar tais produtos”, comenta Dyfan Evans, designer da Design Reality.www.designreality.co.uk

Pack-a-Plant

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76 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Em ação pontual, Nestlé vende kit com boneca Moça e leite condensado

uase três anos após a estréia de seu Leite Moça em latas expandidas, em setembro de 2004, a Nestlé comemora os bons resultados de outra inovação empreendida na categoria de leites

condensados. Marca mais tradicional do setor e responsá-vel pelo produto mais vendido da multinacional suíça no Brasil, nos últimos meses ela pôde ser vista numa emba-lagem promocional contendo quatro unidades do produto. Até aí, nada de mais. O grande chamariz da ação é uma boneca de 30 centímetros de altura inspirada na secular figura da camponesa suíça símbolo da marca. O kit foi lançado em novembro último, e tem previsão de ficar nas gôndolas até o final de junho.

Embora a marca seja caracterizada por constantes inovações, que incluem o uso pioneiro de bisnagas plásticas exclusivas na categoria de leites condensados, possivelmente essa foi a primeira vez em seus 87 anos de Brasil que a camponesa saiu das embalagens para virar um brinquedo. Desenvolvida para diferenciar o produto num mercado caracterizado pela redução das margens dos fabricantes, a boneca Moça constitui mais uma ação da Nestlé para driblar a commoditização do mercado de leites condensados.

Produzido pela Brasilgráfica, o cartucho que traz o kit promocional foi feito com papel cartão da Suzano, com 350g/m² de gramatura. A impressão é realizada em off-set seis cores mais verniz à base de água. Lembrando uma tradicional caixa de brinquedo, a embalagem conta ainda com uma ampla janela frontal de polipropileno (PP) para visualização dos itens acondicionados. Para confeccionar esse acessório da embalagem, a Brasilgráfica precisou desenvolver uma faca especial para o corte-vinco. O lado direito da janela apresenta um traço sinuoso que acom-panha o perfil curvilíneo da pilha de latas expandidas. Na parte superior da caixa há um sistema de picote para facilitar a abertura do cartucho. O desenvolvimento do projeto levou cerca de quinze dias, sem contar o tempo de produção e aprovação.

O layout da embalagem, que ganhou tons de rosa, corações e a inscrição “Leve a Moça para sua casa!”, foi assinado pela Pandesign. Segundo a Nestlé, a promoção visa dar vida ao ícone do Leite Moça, aumentando a percepção de pioneirismo e inovação atrelada à marca. Outro objetivo, claro, foi estimular as vendas. A Nestlé prefere não divulgar números, mas pesquisa quantitativa

A camponesa virou brinquedo

Q

promocionais >>> inovação

BRINDE – Secular figura da camponesa suíca inspirou boneca de 30 centímetros de altura, que acompanha kit com quatro latas do produto

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AÇÃO

Brasilgráfica(11) 3608-5244www.brasilgrafica.com.br

divulgada por sua assessoria de imprensa indica que os consumidores aceitam pagar um pouco mais e levar mais quantidade do que normalmente compram para ter a dese-jada boneca Moça. A camponesa, aliás, só teria deixado de aparecer nas embalagens brasileiras do produto em 1932. Na época, consta que a Nestlé substituiu a jovem por ilustrações que remetiam à Revolução Constitucionalista, visando incentivar as tropas paulistas. (MF)

Pandesign(11) 3849-9099www.pande.com.br

Suzano 0800-7227008www.suzano.com.br

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78 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Mercado de bisnagas plásticas cresce e fica cada vez mais atrativo

demanda por tubos plásticos no mer-cado brasileiro explodiu nos últimos anos. De um mercado de 100 milhões de unidades por ano em 2005, saltou

para cerca de 240 milhões anualmente neste ano. A previsão das empresas do setor é que em 2008 esse número fique entre 300 e 400 milhões e man-tenha um crescimento de 25% ao ano até 2011. A base para tal otimismo é concreta: depois de um pequeno desaquecimento no primeiro semestre de 2006, no fim do ano passado a produção estava em 100% da capacidade instalada, e não dava conta da demanda.

O potencial de crescimento desse mercado é imenso, já que os números computam praticamente a indústria de cosméticos, principalmente de xam-pus, cremes e sabonetes líquidos (os grandes usuá-rios de tubos, os cremes dentais, utilizam, em mais 90% dos casos, laminados de alumínio). Assim, embora ainda tenhas vasto campo pela frente nos cosméticos, os tubos parecem ter horizonte ainda maior na área de alimentos, onde sua penetração ainda é incipiente. Hoje, o Leite Moça, da Nestlé, é o único produto alimentício brasileiro acondicio-nado em bisnagas Nesse cenário promissor, acon-tecem vultosos investimentos, desde a ampliação de fábricas e compra de máquinas até a entrada de novos players no setor.

Os bastidores do mercado também se agitam devido a rumores de que uma importante movimen-tação no setor estaria prestes a acontecer.

C-PackDentre os grandes fabricantes de tubos plásticos, o maior investimento, de 60 milhões de reais, foi o anunciado pela C-Pack, que iniciou a construção de uma fábrica em São José (SC), em fevereiro deste ano: a nova planta, que terá 11 000 metros quadrados de área construída em um terreno de 35 000 metros quadrados, deve entrar em operação em agosto próximo, acrescentando 4 milhões de unidades por mês à produção atual de 5 milhões de tubos.

A partir de maio de 2008, a capacidade real

Investimentos aos tubos

A

plásticas >>> bisnagas

de produção será mais que triplicada, chegando a 16 milhões de unidades por mês. De acordo com Fábio Yassuda, diretor comercial da empresa, “a fábrica terá a linha de produção mais moderna da América Latina”. Para alcançar essa condição, a C-Pack adquiriu uma linha de produção de 60 metros de comprimento, totalmente automatizada, que irá fabricar 150 bisnagas por minuto.

Uma das novidades da nova unidade será a ampliação das alternativas de decoração dos tubos. Yassuda conta que os novos equipamentos per-mitirão a pré-impressão em off set em bisnagas translúcidas. “Isso é o fim da impressão lavada, pois a nova decoradora Polytype permite o calço de qualquer cor na pré-impressão, mais a impressão em oito cores e verniz”, ele ressalta. O executivo diz que a fábrica “será ecológica, com recuperação de água de chuva e de calor, iluminação natural, ventilação com troca de calor natural e GMP classe 3 (boas praticas de produção com controles evitan-do contaminação)”.

A segunda etapa do projeto prevê a instalação de um transelevador, equipamento de estocagem automático, semelhante ao utilizado por grandes

FUTURISTAMaquete virtual da nova fábrica da C-Pack, que promete ser a mais moderna da América Latina

Por Flávio Palhares

C-Pack(11) 5564-1299www.c-pack.com.br

CCL (19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

Globalpack(11) 5643-5333www.globalpack.com.br

Impacta(11) 4447-7320www.impacta-brazil.com.br

Sinimplast(11) 3688-4488www.sinimplast.com.br

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CENTRALIZAÇÃOFábrica da CCL

Tube fica em Vinhedo, mesma

cidade onde está baseada a CCL Label

é outra que amplia investimentos nesse nicho de negócio – evidentemente sem perder o foco em seu core business. A empresa recentemente aplicou 800 000 dólares na duplicação de sua capacidade de produção para 4,4 milhões de unidades por mês e em uma nova linha de extrusão. Segundo o geren-te de comércio exterior e marketing da empresa, Sérgio Rolão, “a Impacta direciona investimentos para novas alternativas de embalagens, como bisna-gas plásticas e aerossóis, já que o negócio de tubos de alumínio está praticamente consolidado”.

SinimplastA Sinimplast, empresa de capital nacional e que até agora tinha sua atuação na área de embalagens focada no negócio de frascos plásticos, prepara sua estréia no mercado de tubos em alto estilo. A empresa investiu 8 milhões de euros na compra de equipamentos de última geração para a nova fábri-ca, que será instalada no interior de São Paulo e terá capacidade de produção de 4 milhões de bisnagas por mês. A partida da nova planta está programada para o primeiro trimestre de 2008. “A Sinimplast adquiriu uma linha de extrusão de tubos plásticos multicamada, apta a produzir para qualquer seg-mento de mercado que precise de alta tecnologia de barreira”, afirma Vanda Saraiva, diretora da vendas da empresa. “Compramos também equipa-mentos de formação da cabeça da bisnaga aptos a produzir em regime automático qualquer tipo de gargalo, bem como fazer a colocação de tampas posicionadas e com selo de vedação”, ela informa. A Sinimplast anuncia que estarão disponíveis todos os tipos de acabamentos possíveis para as bisnagas, como dry off-set, silk screen, hot stamping e verniz (brilhante e matte).

indústrias como a Natura, com 3 000 posições de palete no estoque. Deve entrar em funcionamento em dezembro, de modo que por enquanto a unidade terá um armazém provisório. “Esses investimentos trarão resultados consideráveis no aperfeiçoamento de nosso sistema da qualidade”, considera Yassuda. Do investimento total, 30 milhões de reais foram consumidos, com a compra de equipamentos e a construção do parque industrial. O restante será aplicado até o fim do projeto.

CCL Aproveitando seu know-how no exterior, a cana-dense CCL Industries também desembarca na área de tubos plásticos no Brasil, através da divisão CCL Tube, com investimentos anunciados de 13 milhões de dólares. A planta de tubos da empresa ficará em Vinhedo (SP), no prédio da antiga fábrica de espe-cialidades químicas da Henkel, recém-adquirida pelos canadenses, e terá capacidade para produzir 40 milhões de tubos por mês, em duas linhas de produção (coextrusão e monocamada). A unidade deve entrar em operação até março do ano que vem. A CCL Tube promete surpresas na área de decora-ção das bisnagas, mas não a diretoria da empresa diz que o projeto é sigiloso e não pode informar quais serão as novidades. A CCL Tube tem forte atuação em tubos plásticos na América do Norte e no início desse ano aportou 48 milhões de dólares em fábricas de rótulos e de tubos no México.

Globalpack O segmento parece navegar em águas tão favorá-veis que, a Globalpack, empresa do grupo britânico Filtrona, atual líder do mercado de bisnagas plás-ticas com produção mensal entre 12 milhões e 15 milhões de unidades, mantém fortes investimentos. A companhia já aplicou metade dos 12 milhões de reais previstos para este ano em aperfeiçoamento e compra de novos equipamentos, aumentando a capacidade de produção de extrusão e monocama-da. Também amplia investimentos na área de deco-ração: “agora estamos aptos a fazer hot stamping automático, com uma máquina recém-adquirida da Dubuit”, informa Fábio Pinto, gerente comercial da empresa. A Globalpack aumentou a capacidade das suas decoradoras em off-set e silk screen e anuncia incremento na área de injeção de tampas para as bisnagas, tanto em máquinas para injeção como em moldes.

ImpactaA Impacta, grande fabricante de tubos de alumínio,

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sesse apenas transitar entre os estandes espantou os inconvenientes caçadores de brindes, comuns mesmo nos eventos mais focados. Com isso, o Label Summit foi um excelente ponto de encontro para a cadeia de rótulos, ótimo para relacionamentos, o que agradou a maioria dos expositores e visitantes.

O padrão das empresas expositoras é outra característica do Label Summit que merece elogios. São alguns dos mais importantes fornecedores mundiais da cadeia de rotulagem reunidos numa mesma área, o que permite aos convertedores estreitar o relacionamento com seus atuais supridores, e abre oportunidade para que novas alternativas se tornem viáveis.

Com as pequenas ressalvas feitas anterior-mente, o Label Summit Latin America mostrou-se forte e consolidado. EMBALAGEMMARCA orgulha-se de ter sido o principal apoiador de mídia do evento, por escolha dos organizado-res, e de ter sido a única revista comercial do Brasil a ter um estande lá. No entendimento dos editores, essa é mais uma evidência de que a revista tem acertado ao dar consistente cobertura ao setor de rótulos e etiquetas, e de que esse mercado enxerga na revista o princi-pal veículo brasileiro nesse vigoroso segmento da indústria de embalagem. (MP)

Label Summit se consolida e atrai público de bom nível, mas pode melhorar

m sua quarta edição, a segunda no Brasil (as outras duas ocorreram no México), o Label Summit Latin America cumpriu parcialmente o seu

papel: durante os dias 15 e 16 de maio, reuniu importante parte da cadeia de rótulos num mesmo local, o centro de convenções do hotel WTC, em São Paulo (SP). Segundo números dos organizadores, cerca de 600 pessoas passa-ram pelo evento, seja visitando a feira, montada em forma de tabletops (pequenos estandes), seja assistindo às palestras e aos debates que ocor-riam paralelamente. É um número considerável, dado o foco do evento e a sobreposição de datas com duas importantes feiras – a conjugada FCE Cosmetique/FCE Pharma e a Apas – realizadas em São Paulo.

O “parcialmente” fica por conta de dois pontos principais. Primeiro pela baixa presença de delegados de outros países, que talvez possa ser atribuída à recente valorização do real. Essa ausência de estrangeiros deixou o evento com uma cara mais brasileira do que latino-ameri-cana. O tempero internacional ficou por conta de parte dos expositores, que vieram de países como Estados Unidos e Itália, e dos organiza-dores ingleses (o Label Summit é promovido pelo Tarsus Group, mesma empresa que rea-liza a tradicional Labelexpo, provavelmente a mais importante feira da área de rotulagem do mundo).

O segundo “porém” ficou pelo perfil das palestras, “muito comerciais” e, em alguns casos, “fracas”, na opinião de número não pequeno de participantes. “Se soubesse que seria assim, teria me inscrito apenas para a exposição”, declarou um participante que preferiu manter-se anônimo. Faz sentido, uma vez que o custo de R$ 650,00 para participar dos seminários e debates pode ser considerado relativamente alto para os padrões brasileiros (para visitar a exposição, pagava-se apenas 10% desse valor).

Como fator extremamente positivo, contudo, pode-se destacar o elevado nível dos participan-tes. A cobrança de ingressos até para quem qui-

Bom, com ressalvas

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RECEITA DE SUCESSOFormato que combina exposição e seminários atraiu importante parcela da cadeia de rotulagem

cobertura especial

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junho 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 83

principal conclusão que se pode tirar ao final do Label Summit Latin America 2007 é a confirmação das movimentações do mercado de

rótulos e etiquetas observadas nos últimos anos, boa parte delas já adiantadas em outras ocasiões por EMBALAGEMMARCA.

No evento, as atenções se voltaram sobretu-do para o rótulo auto-adesivo, com algum des-taque para os termoencolhíveis. A explicação para isso está nas altas taxas de crescimento desses dois sistemas de rotulagem, acima da média da indústria, e no alto potencial ainda latente desses mercados, revelado pelo baixo consumo per capita em relação ao de econo-mias mais avançadas.

As tendências em tecnologia de impressão se mantêm: o crescimento da flexografia, prin-cipalmente a UV, e a consolidação do sistema digital são realidades irreversíveis, e a busca por baixos tempos de setup e altas velocidades é, cada vez mais, a regra em equipamentos híbridos que permitem extrair o melhor de cada sistema de impressão.

Uma indicação de que o Brasil pode se tornar um centro importante para a indústria de rótulos foi o anúncio de que a Gidue, fabricante italiana de impressoras flexográficas, passará a produzir um de seus modelos no Brasil (ver página 87). Isso ocorre quase um ano após a Nilpeter, de origem dinamarquesa, ter montado aqui uma estrutura de fabricação.

A relevância do país no cenário mundial também se revela no anúncio feito pela UPM Raflatac, fabricante finlandesa de substratos auto-adesivos, de que pretende iniciar ope-rações próprias no país ainda em 2007, com um centro de armazenamento, corte e distri-buição a ser estabelecido na região de São Paulo. “Nossa idéia é, num segundo momento, começar a produzir no Brasil”, revela Javier Palomares, diretor de vendas da companhia para a América Latina. “Se vamos entrar por meio de uma aquisição ou com a construção de uma planta, ainda não decidimos”, despista o executivo. De qualquer forma, essa investida é esperada para breve. (MP)

Rumo definidoTendências se confirmam

A

cobertura especial

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84 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Os fabricantes preferem não comentar, mas o crime de falsificação de cerveja está se popularizando no Brasil. Nos últimos meses, quadrilhas especializadas foram pre-sas em diferentes Estados do país. O golpe consiste em aplicar rótulos e tampas de produtos líderes de mercado em garrafas retornáveis contendo marcas menos pres-tigiadas. Entre outras apreensões, a polícia já encon-trou cerveja Crystal sendo vendida como se fosse Skol. Tal contravenção, diga-se, não exige muito esforço. Primeiro porque as garrafas retornáveis de 600ml são compartilhadas por diferentes fabricantes, e por isso não carregam nenhuma identidade de marca indelével. Em segundo lugar, as tampinhas metálicas do tipo crown podem ser reaplicadas com máquinas relativamente simples, disponíveis aos contraventores. Por fim, qualquer bom bebedor sabe que basta submeter as garrafas num balde com água gelada para que os populares rótulos “lambe-lambe”, que dominam o mercado de cerve-

jas, se soltem das embalagens, podendo ser reaplicados em outras garrafas. Do ponto de vista das tecnologias de identificação de marcas, o problema poderia ser minimi-zado se, em vez de simplórios rótulos “lambe-lambe”, assim chamados por só receberem cola no momento da aplicação, o setor cervejeiro adotasse outras tecnologias

de rotulagem. A opção mais óbvia é a auto-adesiva. Dada a dificuldade de remoção, é quase impossível reaproveitar rótulos auto-adesivos. Até o momento, um único produto fabricado no Brasil atua com a tec-nologia: a versão long neck da holandesa Heineken. Nas garrafas retornáveis de 600ml, porém, só se vêem rótulos “lambe-lambe”. Ao longo dos anos as cervejarias alegam que o custo dos auto-adesivos é incompatível com suas margens. Mas agora que vêem a reputação de suas marcas ameaçada, é natu-ral que cresçam as expectativas de que tal posição seja revista, com os fabricantes da bebida passando a considerar a adoção de outros sistemas de rotulagem.

Pirataria no mercado cervejeiro expõe vulnerabilidade dos rótulos “lambe-lambe”

A nova onda das loiras falsas

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CARTILHATrabalho foi coordenado pela Mack Color

A Mack Color Etiquetas Adesivas lançou uma edição atualizada de seu ABC da Etiqueta, um manual sobre rótulos e auto-adesivos promocionais. O trabalho traz informações sobre o desenvolvimen-to desses acessórios de embalagem, abordando temas como sistemas de impressão, acabamento, corte, aplicação de hot stamping e laminação. Destaque também para o glossário com termos técnicos, que visa facilitar a comunica-ção entre a indústria usuária de rótulos auto-adesivos e o convertedor. Cópias do ABC da Etiqueta podem ser solici-

tadas pelo site da empresa: www.mackcolor.com.br.

ABC da Etiqueta quer aproximar convertedores e usuários

Uma introdução ao universo dos rótulos

CARTILHATrabalho foi coordenado pela Mack Color

do ABC da Etiqueta podem ser solici-tadas pelo site da empresa: mac

Produzindo embalagens em car-tão duplex, triplex e acoplados em microondulado, em mono ou policromia, a Impresul foi classi-ficada pela Heidelberg como a primeira gráfica gaúcha a investir numa impressora Speedmaster 74 oito cores. A máquina pesa quase 35 toneladas, tem apro-ximadamente 14 metros de comprimento e é classificada

no grupo de impressoras longas com reversão. Trabalhando no formato meia folha, o equipamen-to imprime até 15 000 folhas por hora. No acabamento, a Impresul atua com equipamentos da Stahl e da Polar, todos oriundos da Alemanha. Impresul(51) 33341010www.impresul.com.br

Impresul investe em Speedmaster 74 oito cores

Pioneirismo gaúcho

A fim de promover sinergia entre as ações sociais, ambientais e de relacionamento com os públicos de interesse, e tam-bém de fortalecer sua imagem corporativa, a Suzano Papel e Celulose criou uma Gerência

de Relações Institucionais. Luiz Cornacchioni gerenciará a divisão, acumulando a área de Assuntos Governamentais. Suzano Papel e Celulose0800 0555100www.suzano.com.br

Suzano cria gerência de Relações Institucionais

Cuidando do networking

Edição: Leandro Haberli

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86 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Prestígio hospitalarA Baxter, fabricante de produtos hospi-talares, escolheu o grupo RR Etiquetas como um de seus melhores fornecedo-res e prestadores de serviços. Presente em 120 países e com um portfólio de mais de 200 000 produtos, a Baxter atende até 70% das necessidades de um grande hospital. A empresa atua nas áreas de terapia renal, hemoterapia, imunoterapia e sistemas para infusões intravenosas, consumindo diversificada linha de auto-adesivos.

AlmanaqueEm uma empresa familiar nem sempre a geração que semeia é aquela que colhe. Com essa máxima preservada desde sua fundação, a alemã Voith está completando 140 anos. A empresa conquistou seu lugar na história do mercado de papel ao patentear, em 1869, umas das primeiras máquinas desfibradoras de madeira de que se tem notícia, hoje exposta num museu de Berlim. Além de celulose, a empresa atua com geração de energia elétrica.

Um “pulinho” no JapãoTécnicos da Gutenberg, distribuidora de máquinas e materiais gráficos, foram enviados recentemente ao Japão para treinamento na fábrica da fornecedora de impressoras Komori. Lá eles conhe-ceram a fundo o modelo meia folha LS 29, que a Gutenberg está trazendo ao país. Desenvolvida sob princípios de redução de impacto ambiental, a máquina promete menor desperdício de papel, de tinta e de energia elétrica. Outra alegada vantagem é o alto grau de automatização, que torna, por exem-plo, desnecessária a tarefa de dobrar a chapa para fazer o encaixe nas réguas do cilindro de chapa.

Grandes formatosA Agfa Graphics lançou a :Anapurna M, sua nova impressora de grandes for-matos. O modelo tem capacidade para peças de até 160 centímetros (63 pole-gadas) de largura, e utiliza tinta ultra-violeta de secagem instantânea, desen-volvida pela própria Agfa. Segundo a empresa, o equipamento torna a tecnologia UV com qualidade fotográ-fica acessível aos estabelecimentos de serigrafia e birôs de impressão, com rápido retorno de investimento.

Anunciados no início do ano, os planos da Votorantim Celulose e Papel (VCP) e da finlandesa Ahlstrom Corporation de constituí-rem uma parceria para atuação no mercado brasi-leiro de rótulos auto-adesivos e de embala-gens flexíveis foram con-firmados. As duas empresas oficializaram na primeira quinze-na de maio uma joint venture que envolverá a produção de papéis especiais na unidade da VCP em Jacareí (SP). Disposta a investir 80 milhões de euros (cerca de 238 milhões de reais) no negócio, a Ahlstrom deverá deter 60% do capital da sociedade a ser constituída na fábrica, com opção de compra da participação remanescente após dois anos.A fábrica de Jacareí tem capaci-dade anual de produção de cerca de 105 mil toneladas de papéis não revestidos, com possibilida-de de revestimento de até 80 mil toneladas por ano. No ano pas-sado, esses ativos geraram um faturamento líquido próximo a 273 milhões de reais, ou cerca de 9% da receita líquida da VCP. A unida-de também conta com produção integrada de celulose de eucalipto de 1,1 milhão de toneladas por ano. Essa unidade, porém, não faz parte da joint venture. Mas as empresas firmaram acordo de longo prazo em que a VCP forne-

cerá sua celulose de eucalipto a preços competitivos para abastecer a unidade de produção de papel de Jacareí.Para analistas do setor, o inves-

timento da Ahlstrom reforça o inte-resse de gru-pos estrangei-ros em atuar no crescente

mercado latino-americano de rótulos auto-ade-sivos. A tendên-cia de interna-cionalização do

setor foi intensificada nos últimos anos com a formação da Bic Label Technologies, fruto da fusão entre a tradicional convertedora Pimaco e o Grupo Bic, e a compra da Prodesmaq pela canadense CCL, em 2005.Com posição de destaque no mer-cado europeu de auto-adesivos, a Ahlstrom também quer expandir sua operação na América Latina, região com grande potencial de crescimento de consumo de eti-quetas e rótulos. Com faturamento anual de 1,6 bilhão de euros, a empresa finlandesa está presente em mais de vinte países e possui cerca de 5700 empregados.

AhlstromNo Brasil: (19) 3878-9200www.ahlstrom.com

VCP(11) 2138-4000www.vcp.com.br

Voltado a mercados de rótulos auto-adesivos e embala-gens flexíveis, negócio foi fechado em R$ 238 milhões

Ahlstrom compra 60% da fábrica da VCP de Jacareí

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Fabricante de tintas gráficas, a Sun Chemical se uniu a indústrias usuárias de embalagens, con-vertedores e agências de criação da Inglaterra para elaborar um guia técnico destinado a evitar a migração de componentes da embalagem para o produto acon-dicionado. Com foco em proces-sos de cura UV e em tintas off-set convencionais, o trabalho tem 16 páginas, e por enquanto só pode ser solicitado em inglês ou em francês, embora a tradução para outras línguas esteja prevista para breve. Mais de 2 000 cópias já foram distribuídas gratuitamente ao redor do mundo. O guia inclui glossário de termos e dúvidas mais comuns, além de trazer uma lista dos produtos “low migration”, isto é, com baixo risco de migra-ção, mais modernos disponíveis. A obra foi coordenada por John Adkin, diretor de produto da Sun Chemical na Europa, e pode ser solicitada pelo e-mail [email protected].

Guia de impressão ajuda a evitar contaminação de produtos acondicionados

Sem riscos de migraçãoAnunciada pela Comprint, nacionalização do equipamento é

fruto de parceria entre italiana Gidue e fluminense Raeder

S-Combat agora fabricada no Brasil

SEM CUSTO – Com foco em processos de cura UV e em tintas off-set convencionais, guia pode

ser solicitado por e-mail

A distribuidora de equipamentos gráficos Comprint anunciou que a impressora S-Combat de oito cores, da italiana Gidue, começou a ser fabricada no Brasil. Trata-se do pri-meiro equipamento flexográfico da marca a ser produzido no país. A nacionalização é fruto de parceria entre a matriz da Gidue e a Raeder, fabricante de equipamentos gráficos localizada em Petrópolis (RJ).Embora tenha tido alguns compo-nentes da impressora original italiana suprimidos, para adequação a pre-ços compatíveis com a realidade do mercado nacional, a máquina preser-va, segundo os fabricantes, as mes-mas características que fazem dela “a impressora de maior produtividade na indústria flexográfica de banda estreita”. Durante a apresentação do equipa-mento, Cristina Toffolo, diretora geral da Gidue, afirmou que a S-Combat verde-amarela “mantém a mesma performance em quaisquer velo-cidades e condições de trabalho”. Segundo ela, “acionamentos inde-pendentes para impressão e meio corte isolam vibrações entre estas áreas-chave, de modo que a esta-bilidade da máquina se mantém em altas velocidades, de até 150 metros por minuto”.

Christian Vorlander, diretor da Comprint, adianta que a Raeder terá capacidade de produção, até o final deste ano, de quatro a seis unidades da S-Combat. A empresa fluminense é especializada em mecânica fina de precisão, iniciada com desenvolvi-mento e nacionalização de equipa-mentos e componentes auxiliares de rotativas off-set. Hoje, entre outras especialidades, a Raeder fabrica cas-setes de impressão, cilindros magné-ticos e processadores de rótulos. A nacionalização se deu no tempo recorde de pouco mais de quatro meses, já que a intenção era apro-veitar o impacto do evento Label Summit Latin America, ocorrido em São Paulo, nos dias 15 e 16 de maio. Para fazer a demonstração da S-Combat, a Comprint transportou a máquina de Petrópolis até São Paulo, e alugou uma grua gigante para que o equipamento fosse colocado numa sala alugada no terceiro andar do Hotel Meliá, onde o evento foi realiza-do. Para tanto foi necessário contra-tar uma empresa de engenharia para fazer uma perícia, a fim de analisar se a laje do prédio resistiria às 3 tonela-das da máquina.Comprint(11) 3371-3371www.comprint.com.br

ANÚNCIO Equipamento foi exposto na Label Summit

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88 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Arco Convert(11) [email protected]

Comexi(51) 3649-8500www.comexi.com.br

Comprint(11) 3371-3371www.comprint.com.br

Mack Color(11) 6195-4499www.mackcolor.com.br

Visitas a clientes ajudam a mostrar, na prática, equipamentos para prospects

ara evitar que benefícios apre-sentados como diferenciais, tais como a prometida velocidade de produção e o reduzido tempo

de setup, não sejam vistos como mero “papo de vendedor”, fabricantes de soluções de impressão e seus representantes partem agora para a prática de demonstrações de equipamentos em operação real. Para isso levam, em crescente número, potenciais clientes para ver as máquinas em funcio-namento nas plantas de empresas que já adquiriram seus produtos. Recentemente, em São Paulo, pelo menos duas empresas recorreram a essa estratégia: a Comexi e a Comprint, em parceria com seus clientes Arco Convert e Mack Color.

Apesar de comum em outros países, essa prática ainda encontra resistência por parte de muitos empresários locais. Afinal, pare-cem entender eles, as portas ficam abertas à concorrência, e não são todas as empresas que se dispõem a mostrar seus parques, ainda que parcialmente, para aqueles com os quais vão competir no mercado. Na linha contrária, em maio último dois con-vertedores paulistas, a Arco Convert, que presta serviços de impressão de embalagens flexíveis, e a Mack Color, que fornece rótu-los auto-adesivos, receberam profissionais de outras empresas para ver parte de suas operações.

As ações, organizadas pelos fornece-dores das linhas de impressão mostradas, ocorreram paralelamente a dois eventos importantes para o setor de embalagens. As visitas à Arco Convert ocorreram no perío-do da Brasilplast (7 a 11 de maio), e tinham como objetivo apresentar a nova impressora Comexi FW 1508 adquirida pela empresa. Já as caravanas à Mack Color acontece-ram um dia após o encerramento do Label Summit Latin America, realizado de 15 a 16 de maio (ver na pág. 82). Foram coordena-das pela Comprint, interessada em mostrar a impressora offset digital HP Indigo ws

Sem maquiagem

P

4500 e o sistema de acabamento da ABG International, comercializados por ela, que convidou a Esko-Graphics para demonstrar seu sistema de gerenciamento de fluxos de trabalho.

Mais produtividadePensando em aumentar a produtividade e racionalizar as operações, a Arco Convert resolveu investir em uma impressora fle-xográfica de oito cores. Acabou optando por uma Comexi FW 1508, dotada de um sistema de inspeção automatizada da AVT – Advanced Vision Technoloy, que agiliza e dá mais precisão aos ajustes de máqui-na. “É comum escutar que a qualidade de impressão em flexografia está intimamente relacionada à habilidade do impressor, mas o sistema que instalamos derruba esse para-digma”, conta Eugênio Giacomelli, diretor da Arco Convert. Os parâmetros utilizados num trabalho ficam memorizados na máqui-na, o que facilita futuras repetições.

O equipamento novo, que substituiu duas outras impressoras flexográficas, ele-vou a capacidade de impressão da Arco Convert em cerca de 50%, num momento em que a empresa vem trabalhando em três turnos. “Conseguimos qualidade melhor e mais produtividade, o que nos dá, sem

CAPACIDADE AMPLIADACom uma máquina igual à da foto, Arco Convert substituiu dois equipamentos e aumentou produção em cerca de 50%

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AÇÃO

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junho 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 89

contar com nossa divisão de rotogravura, capacidade de produção de 8 milhões de metros por mês”, explica Giacomelli. “E ainda cortamos custos.”

Mais flexibilidadeNa Mack Color, o que se buscava era com-plementar o parque gráfico da empresa, de forma a capacitá-la a atender pedidos pequenos e médios, uma tendência que a crescente segmentação do mercado de bens de consumo vem consolidando nos últimos anos. Por isso, a empresa resolveu investir na tecnologia digital, especificamente em uma HP Indigo ws 4500.

A gráfica investiu ainda num sistema de acabamento da linha Digicon, da Omega Systems (ABG International), que permite aplicar nos rótulos impressos pelos sistemas digital e convencional recursos como hot stamping e verniz UV. O equipamento pode utilizar facas planas ao invés das rotativas, o que reduz sensivelmente os custos.

Para gerenciar o fluxo de trabalho que

vem da pré-impressão e destiná-lo à saída nos equipamentos convencionais ou na impresso-ra digital, a Mack Color optou pela plata-forma da Esko-Graphics, que entre outras facilidades permite a reprodução de inúme-ras cores da escala Pantone na HP Indigo, ao combinar as sete cores disponíveis na máquina em diferentes proporções.

COMEÇO, MEIO E FIMA Mack Color abriu para os visitantes a sua nova HP Indigo e o sistema de acabamento da ABG International (foto)

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90 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Antes restritas a pontos-de-venda especializados, sopas congeladas começam a conquistar grande varejo

oa notícia para os apreciadores de sopas que buscam praticidade, mas torcem o nariz para o sabor padronizado das alternativas desi-

dratadas que dominam a categoria. A oferta de sopas congeladas prontas para consumo é crescente nos supermercados brasileiros. Por enquanto um nicho menor dentro do segmento de sopas industrializadas, que movimentou 257 milhões de reais em 2006, a categoria aos poucos deixa de se restringir a empórios e lojas de alimentos congelados, passando a demarcar território nas gôndolas refrigeradas do grande varejo. Além de dispensar cozimen-to e trazer poucas calorias, as sopas congeladas perseguem o sabor e o valor nutricional das receitas caseiras. Para a indústria de emba-lagens, representam uma alternativa de alto valor agregado, que vem abrindo caminho para apresentações bem acabadas.

“Em função da força que temos em outros mercados, ainda não é um produto representa-tivo dentro da nossa estratégia”, conta Ângela Mormul, gerente de marketing da Huhtamaki. “Mas a demanda é crescente”, ela diz. Grande transformadora de embalagens plásticas para alimentos, a empresa fornece desde setembro último as sopeiras de polipropileno (PP) usa-das pela linha light Taeq, marca própria do Grupo Pão de Açúcar, fornecida pela Food Factory. Decorada com luva de papel cartão, a embalagem tem formato de cumbuca, e é injetada com paredes grossas, que asseguram o descongelamento do alimento em forno de microondas. Segundo a profissional da Huhtamaki, mesmo antes da chegada do inver-no, as vendas da linha Taeq triplicaram como resultado de uma promoção feita nos pontos-de-venda.

Dentre outros fabricantes, como La Table D’or, conhecida por sua linha de fondues, e Alimentos Finos, cuja família de sopas con-geladas é vendida em embalagens plásticas da Siry Hospitalar, quem também comemora

Ascensão fumegante

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plásticas >>> alimentos

FOTO

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AÇÃO

MARCA PRÓPRIALinha Taeq, do Grupo

Pão de Açúcar: vendas triplicadas

no, as vendas da linha Taeq triplicaram como resultado de uma promoção feita nos pontos-

Dentre outros fabricantes, como La Table D’or, conhecida por sua linha de fondues, e Alimentos Finos, cuja família de sopas con-geladas é vendida em embalagens plásticas da Siry Hospitalar, quem também comemora

o êxito no grande varejo é a Sacia, fabricante paulistana de alimentos congelados de baixas calorias. Nos meses frios de 2007, a empresa tem vendido mais de 2 000 unidades de sopas por dia. Já presentes nas lojas A/B do Carrefour e na rede paulistana Mambo, onde uma promo-ção de inverno baixou os preços para menos de 6 reais a unidade, as sopas da Sacia começaram a avançar rumo aos supermercados da região Sul e do interior de São Paulo.

O desenvolvimento de embalagens exclu-

DISSEMINAÇÃOSopas da La Table D’or e

da Alimentos Finos também começam a ser vistas em

supermercados

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92 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

sivas na categoria foi fundamental para o sucesso da linha, ressalta Edélcio Batista e Sá, diretor da empresa. “Quando começamos a tra-balhar com esse produto, há seis anos, eu não me conformava com o padrão de qualidade das embalagens usadas no mercado de sopas congeladas”, relembra. Hoje ele se considera feliz com as sopeiras adotadas pela marca no final de 2004. “Não tenho dúvida de que é a melhor embalagem do Brasil na categoria”, entusiasma-se.

Sopeira de alto nívelPara desenvolvê-la, o empresário procurou a Delpak, fabricante de embalagens termofor-madas de polipropileno (PP) para alimentos. O resultado foi um vasilhame plástico com formato semelhante ao de um prato fundo comum, mas projetado com duas abas late-rais para que o consumidor não se queime ao retirá-lo do forno. O fechamento consiste de um filme transparente de PP selado a quente. Segundo o diretor da empresa, a nova tecno-logia agilizou a produção. “Cortamos a etapa de desmoldar, e passamos a porcionar as sopas diretamente na embalagem”, explica Sá.

Com a nova embalagem, os grafismos e a identidade de marca migraram de rótulos aplicados com cola para uma elaborada luva de papel cartão. Unidas nas extre-midades inferiores de modo a abraçar a sopeira, as duas abas desse acessório estão ligadas a um amplo painel de informação que segue o formato circular da embalagem. A solução, incluindo o design gráfico, é assi-

Delpak(11) 4612-3522www.delpak.com.br

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Siry Hospitalar(11) 6336-6600www.siryhospitalar.com.br

nada pela Packem.Tratto. O projeto da luva de papel cartão é fruto de convênio entre a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) e o Sebrae, que visa tornar embalagens bem acabadas acessíveis a pequenas empresas (ver reportagem de capa de EMBALAGEMMARCA 83, julho de 2006).

Segundo o diretor da Sacia, antes de pro-curar o Sebrae, uma agência de design cujo nome ele prefere não revelar chegou a orçar em 96 mil reais um projeto similar. O inves-timento da Sacia no desenvolvimento da luva de cartão acabou sendo inferior a 10 mil reais. “Essa embalagem transmite mais credibilida-de, e contribuiu de maneira decisiva para o aumento das nossas vendas”, enfatiza Edélcio Sá. Nos picos de venda, as sopas representam 35% do faturamento da Sacia. O carro-chefe ainda é a família Spa Line, de pratos prontos congelados para consumidores que estão de dieta. Mas o ganho de participação no cres-cente mercado de cremes e sopas ajudou a empresa, hoje com 26 funcionários, a investir numa cadeia de representantes e numa nova câmara de congelamento. (LH)

TICKET PARA AS GÔNDOLAS

Luvas de cartão desenvolvidas com

apoio do Sebrae e da Abre ajudaram linha

Sacia a ingressar nos supermercados Carrefour.

Estrutura celulósica envolve sopeira de PP fornecida pela Delpak

(à esquerda)

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94 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

lado, apenas coincidências, porém indica-doras da perspectiva de que muitos outros aniversários ainda serão comemorados por

EMBALAGEMMARCA e que a revista se tor-nará cada vez mais forte.

De outro lado identificamos, na terceira das definições, uma

sugestão que acatamos sem titubear: a de con-tinuar realizando nosso trabalho tendo sempre em vista a meta da qua-lidade na informação, razão de ser de nosso crescimento nestes oito anos e garantia de per-manência no futuro. Neste caso é oportu-

no lembrar que o núme-ro oito, quando colocado na

horizontal, representa o infinito e a renovação permanente,

outro de nossos marcos orientadores.

Por isso tudo, ao apagar a vela de oitavo aniversário da revista, a equipe de EMBALAGEMMARCA elegeu, entre as definições encontra-das para o número oito, aquela a seu ver mais adequada para

expressar os princípios que sempre orientaram e con-

tinuarão orientando seu trabalho: “Arregaçar as mangas e agir para

obter resultados”. É a melhor forma que temos de agradecer e retribuir o estimulante apoio que sempre recebemos dos leitores, amigos e anunciantes ao longo da trajetória da revista.

Equipe EMBALAGEMMARCA

EMBALAGEMMARCA completa oito anos de mangas arregaçadas

este mês de junho, ao festejar o oitavo aniversário de lançamento de EMBALAGEMMARCA, a equipe da revista fez uma rápida pes-

quisa sobre o significado do número oito. O resultado deixou todos muito felizes. Em pratica-mente todas as referências encontradas – nos mais variados campos, desde a numerologia pura e simples às mais ances-trais tradições, filoso-fias e religiões – o oito tem simbologia extre-mamente positiva.

Das várias defini-ções encontradas, a equipe destacou três, com vistas a estabelecer alguma relação com a data festiva. A pri-meira afirma que “o número oito significa perfeição e eternidade, sendo também símbolo da vida”. A segunda diz: “Em numerologia, o oito simboliza pros-peridade, domínio do mundo material, sucesso, riqueza, poder, determinação, talento, organização, estratégia, eficiência, competência, habilidade financeira, concentração, ver-dade, justiça”. De acordo com a terceira, esse número “representa o ato de arregaçar as mangas e agir para obter resultados”.

Não nos deixamos influenciar por defi-nições, e ao toparmos com aquelas descri-ções de atributos do oito não nos iludimos a ponto de achar que elas foram talha-das para nós. Preferimos ver nelas, de um

Trabalho e resultados

N

institucional >>> aniversário

ANOS

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Embalagens que fazem a diferença merecem um prêmio diferente.

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Page 96: Revista EmbalagemMarca 094 - Junho 2007

96 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

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Page 97: Revista EmbalagemMarca 094 - Junho 2007

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Embora seja dirigida especifi camente à cadeia produtiva de embalagem, a revista EmbalagemMarca transcende esse campo. Traz informações proveitosas para qual-quer pessoa que tenha envolvimento com o setor, mas consegue, sem perder seu foco, agradar quem não é da área, por harmonizar o forte conteúdo editorial e a apresen-tação visual atraente. Em fi ns de semana, quando levo a revista para casa, observo amigos meus que atuam em campos muito diversos se interessarem por sua leitura.

Penso que EmbalagemMarca agrada a todos os públicos porque consegue transmitir informações técnicas na medida exata, sem cair em linguagem pesadamente espe-cializada. Para quem está no setor é leitura mais do que obrigatória. São expressivos também os fatos de a revista sempre se associar aos eventos mais importantes do meio e de vir sendo cada vez mais apoiada por anunciantes de renome.

Tudo isso gera uma aura de sucesso para a revista e, acredito, para os anunciantes. Para a Pimaco, tem sido uma vitrine proveitosa, que contribuiu para que a marca Gumtac se tornasse muito conhecida por nossos clientes. Tanto é que optamos por investir em EmbalagemMarca também para divulgar a nova marca Bic Label Technologies.

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Almanaque

98 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2007

Creme inovador em vez de pasta

A história da Ypióca, uma das cacha-ças mais conhecidas do Brasil, teve início em 1846, quando o imigrante português Dario Telles de Menezes desembarcou no Ceará, trazendo na bagagem um pequeno alambique de cerâmica. Instalou-se na cidade de Maranguape, onde deu início a um próspero engenho batizado como Ypióca, que em tupi-guarani signifi-ca terra roxa, extremamente fértil e propícia para o plantio da cana de açúcar. Até 1900 a aguardente era vendida exclusivamente em tonéis especiais de barro chamados anco-retas, com capacidade para 18 litros. Nos primeiros anos do século XX, a empresa passou a utilizar garrafas de vidro e rolhas de cortiça, e em 1924 foi adotado o conta-gotas. Foi

também nessa época que a garrafa ganhou o revestimento de palha que a identifica facilmente nas pratelei-ras. Inicialmente, a embalagem era feita com cipó, e depois passou a ser produzida com palha de carnaúba, utilizada até hoje.

Das ancoretas para o cipó

Por que o símbolo de uma medida de peso tão antiga quanto a arro-ba (15kg) está presente no mais veloz dos meios de comunicação, a internet, e de forma onipresente na mídia, inclusive em embalagens? Em português e espanhol o símbo-lo, usado para indicar endereços no correio eletrônico, não exprime o significado que tem em inglês num e-mail – at, para “em”. Como conta Reinaldo Pimenta no livro A Casa da Mãe Joana, em 1972, ao desen-volver o primeiro programa de correio eletrônico,

o americano Roy Tomlinson utili-zou o sentido de @, disponível no teclado, entre os nomes do usuário e do provedor. Assim, em inglês, “fulano@provedor X” ficou signifi-cando “fulano no provedor X”. O símbolo nasceu na Idade Média, quando os livros eram escritos à

mão pelos copistas. Resul-tava do entrelaçamento das letras “a” e “d” e substituía a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de “casa de”. O sinal gráfico

permaneceu na impren-sa, foi incorporado ao teclado da máquina de escrever e daí ao do computador.

Da Idade Média para a internet

Passaram-se vinte anos do lança-mento do sabonete Gessy pela José Milani para a marca ser colocada num creme dental da empresa, em 1933. Esta já era então denominada Companhia Gessy Industrial, que foi posteriormente absorvida pela Lever, rebatizada no Brasil como Gessy Lever, hoje Unilever Bra-sil. O produto foi apresentado de forma inovadora, com a utilização da palavra “creme” para o denti-frício, muito mais sofisticada que as habituais “pastas dentais” da época, como está contado no livro Gessy Lever, editado pela Unilever. Outra grande inovação ocorreria nos anos 1950: a apresentação em tubos de alumínio.

VOCÊ SABIA?Há pouco tempo, a maioria das marcas de sabão em pó

substituiu as caixas estreitas e altas de 1 quilo por uma em forma de “parale-lepípedo”, mais larga e mais

baixa. Com a mudança, foi man-tido o mesmo volume interno nas embalagens, mas a quanti-dade de papel cartão utilizado foi reduzida em quase 15%.

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