revista embalagemmarca 097 - setembro 2007

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Edição de setembro de 2007 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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www.embalagemmarca.com.br

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Um mal crônico a erradicaruma pena que a cadeia produtiva de embalagem não

possa comemorar índices de crescimento tão eleva-dos quanto os obtidos por alguns setores que têm razões de sobra para sol-tar rojões. Mas não deixa de ser motivo para festejar a informação da Fundação Getúlio Vargas de que, no primeiro semestre deste ano, a produção física de embalagem no país reagiu e cresceu 2,7%, a maior taxa desde o quarto trimes-tre de 2004.O fato é que, não obstante todas as críticas que possam ser feitas à condução da

política econômica do país, bens de consumo de massa vêm girando em maior volume e maior velocida-de nos pontos-de-venda, e a indústria de embalagem sem dúvida só tem a ganhar com isso. Essa agradável situação só não é melhor porque o país não conse-gue erradicar – ao lado da dengue, do analfabetismo, da corrupção, do compa-drismo e da gula governa-mental em todos os níveis – a crônica doença da má distribuição de renda.Nas reportagens feitas por EMBALAGEMMARCA, tais questões obviamente não são abordadas de forma

direta, por não ser este o fórum para tal tipo de deba-te. No entanto, convidamos os leitores a procurar ver, no crescimento de uns ou outros segmentos de mer-cado, às vezes até margi-nais, a razão primordial que leva a isso. De nossa parte, entendemos que tal razão é provavelmente a possibilidade financei-ra das pessoas de atender necessidades e de satisfazer desejos de consumo que a falta de uns poucos centa-vos muitas vezes impedia. Se um dia todos puderem, todos estaremos melhor. Trabalhemos por isso. Até outubro.

Bens de consumode massa vêmgirando em maiorvolume e maiorvelocidade nospontos-de-venda,e a indústria de embalagem sem dúvida sótem a ganhar com isso

Wilson Palhares

É

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Marcella de Freitas [email protected]

Departamento de [email protected]

Carlos Gustavo CuradoJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoEunice Fruet

Marcos Palhares

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Margraf Tel.: (11) 4689-7100

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio • CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

nº 97 • setembro 2007

66 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

72 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

74 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

32 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

6 Espaço aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

16 PlásticasSchincariol aposta em multi-packs de filme encolhível para agrupar garrafas long neck

12 DesignCoca-Cola Femsa refina os desenhos das garrafas das águas minerais Crystal

13 MetálicasSucos Minute Maid Mais atacam em nova frente com minilatinha de 235 mililitros

26 Sondagem GNPDPainel da Mintel apresenta novidades internacionais em achocolatados em pó

28 PlásticasVulcan tateia oportunidades no Brasil para sachê-refil de filme técnico de PVC

46 FechamentosChega ao Brasil nova tampa esportiva para bebidas da Seaquist Closures

18 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

30 PlásticasDoce belorizontino desfila em embalagem com inovador mecanismo de consumo

40 Entrevista:Hugo Agustín ChaluleuPorta-voz da indústria brasileira de aerossóis explica por que ela corre risco de aniquilação

36 PlásticasCoquetéis de frutas confiam em frascos com gatilhos spray para circular em micaretas

20 Reportagem de capa:achocolatados em póDiversificação de embala-gens acompanha disparada de competitividade no setor

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31 MetálicasLatas cilíndricas com perfil slim são as novas apostas da Brasilata para azeites

48 MarcasSinais de recuperação da Parmalat: volta dos mamíferos e adoção de novas cartonadas

50 OpiniãoTetra Pak abriu sua sede para mostrar por que é referência em responsabilidade ambiental

54 MarketingNovas garrafas da vodca Absolut incorporam trabalhos de artistas plásticos nacionais

56 EventoQuem se deu bem no Prêmio de Design da Associação Brasileira de Embalagem

60 EventoEm sua segunda edição, Embala Nordeste volta a mos-trar a dinamização da região

62 CodificaçãoRoche aposta em novo sistema de identificação e rastreamento dos seus medicamentos

64 ArtigoEmbalagem, publicidade e marca, por Victor Basso

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Retorno para anunciantes

O anúncio cooperado entre a Fras-quim e a Seaquist Closures inserido na segunda capa da edição nº 96 de EMBA-LAGEMMARCA já está nos trazendo um retorno bastante satisfatório. Aproveito para elogiar o conteúdo da revista, que tem mostrado importantes inovações, tendências de embalagens e reporta-gens muito interessantes, tornando a leitura agradável. Forte abraço a toda a equipe.

Marco Aurélio Ferrigno Teixeira (Lelo)

DiretorFrasquim Ind. e Com. Ltda.

Guarulhos, SP

A Seaquist agradece e parabeniza EMBALAGEMMARCA pelo retorno que, juntamente com a Frasquim, vem obtendo com a inserção de anúncios na revista. Isto nos dá credibilidade, já que a publicação possui ótima tiragem e importantes leitores. Também nos dá a certeza de que apostamos na revista cer-to para veicular nossos anúncios e obter ótimos resultados. Continuem assim!

Mirelle OrpinelliAnalista de marketing

Seaquist Closures Embalagens Ltda

Itapevi, SP

Iogurtes mais baratos

Conhecendo como conhecemos a revista EMBALAGEMMARCA, só nos

faltava ter em mãos a última edição para que nos sentíssemos extremamente lisonjeados e felizes. O motivo da ale-gria foi a reportagem sobre a tecnologia Foil Less Sealing, que desenvolvemos como alternativa mais econômica às películas de alumínio utilizadas nas bandejas de iogurtes (“Custos em que-da”, EMBALAGEMMARCA 96, pág. 54, agosto de 2007).

E. G. ValadaresDiretor

PolipaperGuarulhos, SP

Agradando na Argentina

Conheci essa revista faz algum tem-po. Por falta de tempo ou porque não acreditei realmente que uma revis-ta brasileira de embalagem fosse me interessar, deixei-a de lado. Hoje, um domingo, entrei no site e naveguei em várias edições deste ano. Fiquei maravilhada no que diz respeito a informação e a novidades. Sabemos que quando os brasileiros se propõem a fazer algo a sério o fazem. Envio minhas felicitações e, ademais, a cer-teza de que saibam que terão em mim uma leitora mensal. Gostaria de saber se no próximo prêmio da revista pode-rão entrar casos do exterior.

Beatriz Váglica Engenheira de produto

Buenos Aires, Argentina

Teríamos grande alegria em receber cases de embalagens do exterior no PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM. Antes, porém, vamos procurar consolidá-lo no Bra-sil. De todas as formas, o mercado argentino e o brasileiro, bem como os demais vizinhos latinos, têm tudo para integrar-se efetivamente. Pretendemos fazer parte dessa integração.

Satisfação com a visibilidade

Agradecemos a atenção dada a nós pela revista EMBALAGEMMARCA. O texto e as imagens sobre nossos lan-çamentos na linha de Chicle de Bola ficaram ótimos (“Display”, EMBALA-GEMMARCA 96, pág. 10, agosto de

6 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

2007). É uma satisfação poder ter essa visibilidade em uma revista de qua-lidade e de grande valor no setor de embalagens.

Felipe DoutelSukest Indústria de

Alimentos e Farma Ltda.MarketingBauru, SP

Chocolatíssimo pela Romiti

Na página 11 da edição nº 96 de EmbalagemMarca (agosto de 2007), sob o título “Dona Benta Brilha”, as fotos reproduzem caixas de papel car-tão da nova linha de misturas para Bolo Dona Benta Chocolatíssimo, impressas pela Gráfica Romiti Ltda e não pela J. Macêdo, como divulgado.

Gráfica Romiti Ltda.São Paulo, SP

(e-mail enviado pelo departamento de vendas da empresa, sem identificação)

A informação foi dada pela assessoria de imprensa da J. Macêdo.

Vendem como água

Lamentamos profundamente a maté-ria na conceituada revista EMBALA-GEMMARCA (nº 96, pág. 32, agosto de 2007) sob o titulo “Multiplicação das águas”. O sucesso do refrigeran-te H20H! Seven-up é inquestionável, mas não podemos admitir que a revista contribua para induzir o consumidor a erro ao classificar esse refrigerante, assim como outros que fazem parte da matéria, como água saborizada. Gosta-ríamos que a revista, pela importância que tem no segmento de bebidas, cor-rigisse a informação.

Carlos Alberto LanciaPresidente da Abinam – Associa-

ção Brasileira da Indústria de Águas Minerais

São Paulo, SP

O objetivo da reportagem não era, de forma alguma, induzir o consumidor a erro. A matéria discutia a multiplica-ção de embalagens “similares” àque-las que fazem sucesso, usando como exemplo o produto H2OH!, da Pepsi.

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8 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Edição: Flávio Palhares

Puran T4, medicamento da Sanofi-Aventis para o trata-mento do hipotireoidismo, chega às farmácias com novo visual. Para cada dosagem do medicamento, em suas 10 apresentações, é atribuída uma cor específica, que facilita a identificação pelo paciente. O cartucho de papel cartão é impresso pela Brasilgrafica e pela Gonçalves Gráfica. Os comprimidos vêm em blisters de PVC e alumínio forneci-dos pela Alcan Packaging. O design das novas embala-gens foi desenvolvido pela própria Sanofi-Aventis.

Novas embalagens dePuran T4 facilitam identificação

Alcan Packaging(11) 4075-6500www.alcan.com.br

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Gonçalves Gráfica(11) 4689-4700www.goncalves.com.br

Desenho em Foco (11) 6406-3161www.desenhoemfoco.com.br

Neumann (11) 3722-0634www.neumannpacking.com.br

Versacolor (11) 6168-7715www.versacolor.com.br

Talco em frascode polietileno

Frascos e tampas de polieti-leno da Neumann acondicio-nam o talco Neokids Baby, novo membro da família de produtos infantis da Mariah Cosméticos. Os frascos são decorados com rótulos auto-adesivos fornecidos pela Versacolor. A agência que assina a criação das embalagens é a Desenho em Foco.

Mariah Cosméticos aposta em bebês

embalagens é a Desenho em Foco.

A linha de produtos para emagrecimento Fibrothin, do Laboratório Catarinense, ganha um kit completo criado pela Design Inverso, com a modelo Ana Hickmann em destaque nas embalagens. As caixas de papelão microondulado impres-sas em off-set pela Gráfica Meyer acondicionam o kit, com-posto por barras de proteínas e cereais, dosador de cápsulas, gelatina, shakes e sopas. O destaque fica com a alça colo-cada na parte superior da caixa,

que facilita o transporte. As barrinhas e as sopas são prote-gidas por filmes laminados da Relipel. As cápsulas ganharam frascos de PVC da AB Plast, com tampas da Alcoa, também de PVC, rótulos auto-adesivos impressos em off-set pela Baumgarten e cartuchos de cartão impressos também em off-set pela Caeté. O shake é acondicionado em potes de PVC da AB Plast que levam rótulos auto-adesivos impressos pela Sanavita.

Kit de emagrecimento portátil Alça facilita transporte

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AÇÃO

AB Plast(47) 3451-9104www.abplast.com.br

Alcoa(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

Caeté(51) 3303-7373www.caete.com.br

Design Inverso(47) 3028-7767www.designinverso.com.br

Gráfica Meyer(47) 3433-3044www.graficameyer.com.br

Relipel(19) 3404-4244www.relipel.com.br

Sanavita(19) 3437-2000www.sanavita.com.br

Dosagem pela cor

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10 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Dois lançamentos de acho-colatados prontos para beber miram o público infantil. O Pirakids sabor chocolate, da Piracanjuba, chega ao mercado em embalagens cartonadas assépticas fornecidas pela Tetra Pak. A agência respon-sável pelo layout das cai-xinhas, que destaca um personagem da própria marca, foi a Dil Brands. A Elegê também aposta nas embalagens com personagens para atrair a garotada: o Elegê Kid’s sabor chocolate é acon-dicionada em caixas de 200 mililitros da Tetra

Pak, que ganharam a impres-são de figuras dos desenhos animados Meninas Superpo-derosas e Power Rangers. O verso das embalagens traz brincadeiras para os consumi-dores mirins. A agência respon-sável pelo design foi a Packing.

Achocolatados para kids Tetra Pak acondiciona produtos destinados ao público infantil

Novidades para os pequenos

A Phisalia lança as toalhas umedecidas e a lavanda suave, novos produtos da linha Banho de Bebê. As toalhas umedecidas são

acondicionadas em pacotes de PET polietileno de baixa densidade com 50 unida-des, fornecidos pela Rhoto-plás. A lavanda suave tem frascos de PET 200 mililitros produzidos pela Engratech. Os frascos levam tampas

flip top de polietileno da Plásticos Cária e rótulos auto-adesivos da Kromos. O cartucho de papel cartão é impresso pela Congraf. O design das embalagens é da Tagawa/TWN.

Phisalia amplia linha Banho de BebêEngratech(19) 3837-8100www.grupoengra.com.br

Kromos(19) 3879-9507www.kromos.com.br

Plásticos Caria(11) 3872-3122www.caria.com.br

Rhotoplás(11) 4199-2555www.rhotoplas.com.br

Tagawa/TWN(11) 5054-3251www.tagawa.com.br

Dil Brands(11) 4191-9711www.dilbrands.com

Packing(11) 3074-6611www.packing.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

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Caixas de lenços remetem a estações do anoBox Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br

SP.OK Design (11) 3815-9155www.spokdesign.com.br

A Softy’s apresenta a linha de lenços Aroma-therapy, mais uma variante para a Coleção 2007. Os produtos são acondicionados em caixas de papel cartão com 75 unidades for-necidas pela Box Print. As embalagens têm ilustrações com tramas de tecidos quentes, remetendo ao inverno. Os cartuchos de 100 e 150 lenços têm grafismos coloridos baseados em flores, que lembram a primavera. A SP.OK Design assina o layout dos cartuchos.

Dois em um

As embalagens de CloseUp Fresh Whitening, da Uni-lever, estão com novo design. O produto incorpora as duas plataformas distintas da categoria de cremes dentais: refrescância (associada a pastas em gel) e benefício funcional específico (associada aos cremes ditos “brancos”). Assim, a embalagem evidencia cada uma das plataformas separadamente no painel frontal – fundo verde e gotas refrescantes para o “Fresh”; azul com hot stamping prateado para o “Whitening”. A impressão dos cartuchos de papel cartão ficou a cargo da Brasilgrafica. As bisnagas e as tampas são fornecidas pela Cebal. O layout é da Rex Design.

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Cebal(11) 6875-3100www.alcan.com.br

Rex Design(11) 3862-5121www.rexnet.com.br

Embalagem de CloseUp une gel e creme

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Inverno e primavera

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o disputado mercado de águas minerais, que enfrenta concorrência cada vez maior de produtos como chás e sucos prontos, refrigerantes

com zero caloria e preparados líquidos aroma-tizados, entre tantas outras bebidas definidas como “saudáveis”, o que tem feito a diferença é a embalagem. E é justamente neste quesito que a Crystal aposta suas fichas. A marca da Coca-Cola Femsa, reconhecida pela diversidade de suas embalagens, reno-va todo o visual das linhas de águas minerais Sport, VIP e Family. “Desde 1995 a Água Crystal investe na diferen-ciação de suas embalagens para valori-zar as características do produto”, diz a diretora de marketing da Coca-Cola Femsa, Silmara Olívio.

Todas as garrafas de PET da linha de águas Crystal ganharam formas de cristais em relevo na área de manuseio (pega), “o que valoriza o ícone de identi-ficação da marca”, diz Silmara. A embalagem squeezable da Crystal Sport cresceu, e passa a ter 600 mililitros, 90 mililitros a mais que a versão anterior.

A nova capacidade da garrafa, produzida pela Engepack, foi definida através de pes-quisas realizadas pela multinacional com seu público-alvo, os praticantes de esportes, motivo pelo qual o sistema de fechamento é a tampa Sport Lok, da Alcoa CSI, que permite o consu-mo direto com o uso de apenas uma das mãos. O rótulo plástico termoencolhível, redesenha-do em tons de azul, é fornecido pela Sleever International e faz alusão a várias modalidades de esporte.

Segmentação com tudoA garrafa “gota” de 350 mililitros da linha VIP, que também é fornecida pela Engepack e sem-pre foi o símbolo da marca, é outra que ganha traços de modernidade, com contornos mais finos e rótulo preto fosco, mesma cor da tampa, produzida pela Alcoa CSI. O rótulo wrap-

Uma nova lapidação

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design >>> águas

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AÇÃO

Embalagens das águas Crystal são reformuladas para reforçar nobreza da marca

around, fornecido pela Dixie Toga, tem detalhes em azul, que identificam a versão

sem gás, e em roxo, para a água com gás. Novidade, a Mundi é a versão infantil da

água Crystal, em garrafinhas da Engepack de 250 mililitros, tamanho ideal para a lancheira e também dotadas de tampas Sport Lok da Alcoa CSI. Os rótulos termoencolhíveis da Sleever International destacam elementos lúdicos e dicas de saúde do personagem-mascote Super Crystal.

A última novidade da marca é o garrafão de 5 litros da Crystal Family, fornecido pela Cimplast, que tem formato anatômico e pode ser transportado pela alça da tampa, fabricada pela Garboni. Os “cristais” incorporados ao corpo da embalagem fazem parte da padroni-zação da linha. O rótulo, estreito, é impresso pela Savasa. “Sabemos que os consumidores que procuram uma embalagem específica têm necessidades especiais, e por isso pensamos em cada um deles na hora de reformular nossas embalagens”, conta Silmara. A agência Müller & Camacho assina o projeto de redesign de todas as embalagens. (FP)

Alcoa CSI(11) 4134-2500www.alcoa.com.br

Cimplast(11) 3601-2004www.cimplast.com.br

Dixie Toga(11) 6982-9200www.dixietoga.com.br

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

Garboni(24) 2244-3300www.garboni.com.br

Müller & Camacho(11) 3819-4417www.mullercamacho.com.br

Savasa(11) 4792-4214www.savasa.com

Sleever International(11) 5641-3356www.sleever.com

MAIS OPÇÕES – Crystal padroniza embalagens e lança novos produtos, para atender

diversos tipos de público

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A hora da latinha

metálicas >>> sucos prontos

Minute Maid Mais inova na categoria de sucos prontos com miniembalagem de 235 mililitros

linha de sucos Minute Maid Mais, da Coca-Cola Brasil, traz mais uma opção de embalagem para

os consumidores. Após o lançamen-to, em maio, em embalagem carto-nada asséptica de 750 mililitros com tampa de rosca, da Tetra Pak, chega agora ao mercado uma embalagem inovadora na categoria de sucos prontos para beber: a minilata de 235 mililitros, fornecida pela Rexam. Inicialmente, a nova embalagem será comercializada, nas versões pêssego e uva, nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

A Coca-Cola decidiu colocar o preço sugerido na embalagem, que teve o layout criado pela Ana Couto Branding Design, para assegurar que o consumidor compre o produto por R$ 1,50 em qualquer ponto-de-venda. “A idéia é conquistar novos

consumidores, oferecendo um pro-duto de qualidade a um preço aces-sível”, diz Andréa Mota, diretora de marketing de Novas Bebidas da Coca-Cola Brasil.

A empresa também aposta em canais alternativos, como drogarias, bancas de jornais e lojas de conve-niência. “O foco inicial é conquis-tarmos clientes em pontos-de-venda onde não estamos presentes”, res-salta Andréa. “O mercado de sucos prontos para beber vem crescendo muito no Brasil, mas sabemos que há um grande percentual de poten-ciais consumidores que ainda não aderiram à categoria”, afirma a exe-cutiva. Ela argumenta que para os canais que já comercializam Minute Maid Mais em outras versões, a minilata é um diferencial, “pois ofe-rece uma nova opção de tamanho e preço”. (FP)

A

Ana Couto Branding Design(11) 3089-4949www.anacouto.com.br

Rexam(21) 2104-3300www.rexam.com.br

NOVOS CONSUMIDORES – Com nova embalagem, Minute Maid Mais quer atingir

canais de venda ainda não atendidos

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16 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

ão é difícil entender porque os shrinks, como são conhecidas as embalagens múltiplas feitas de filme termoenco-lhível, se tornaram um sistema de uni-

tização padrão em diferentes categorias do varejo. Avaliada pelos consumidores como prática, leve e conveniente, no lado das indústrias usuárias essa solução apresenta custos produtivos atraentes. Ao longo dos anos, porém, determinadas categorias de produtos de consumo se mostraram refratárias aos fil-mes de polietileno (PE) que se amoldam a conjuntos de embalagem mediante exposição em equipamen-tos que produzem calor. É o caso das cevejas long neck. Diferentemente das latinhas de alumínio, fortes adeptas de shrinks, tal setor é amplamente dominado por multipacks de papel cartão, numa estratégia para alguns alinhada com o posicionamento mais nobre das embalagens de vidro. Todavia, até entre as garrafinhas one way de cerveja os shrinks vêm ganhando força. As long necks da linha Nova Schin, por exemplo, incluindo as versões pil-sen, sem álcool e escura (Munich) podem ser encontradas em diferentes supermercados do país unitizadas em filmes termoencolhíveis.

Os responsáveis pela marca pre-ferem não comentar o assunto, mas já se vislumbra a possibilidade de mudanças no setor. “Não há nada confirmado ainda, mas existe a expectativa de que outras gran-des cervejarias adotem shrinks para long neck em médio prazo”, diz Juan Lledó Berenguer, diretor comercial da Packtec, fabricante de shrinks de Valinhos (SP) que fornece para diferentes indústrias de bebida, inclusive a Schincariol. Segundo ele, em alguns supermercados bahianos as long necks da cerveja Bavaria também podem ser encontradas em shrinks. O fator preço seria o principal atrativo da migração, já que o shrink custa, nas palavras de Berenguer, “menos da metade” do que multipacks de papel cartão. Dada a complexidade dos processos produtivos, no lado

Long necks miram shrinks

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plásticas >>> cervejas

Adeptas de papel cartão, garrafinhas aderem a multipacks termoencolhíveis

Packtec(19) 3881-8600www.packtec.com.br

RES Brasil(19) 3871-5185www.resbrasil.com.br

dos equipamentos, contudo, os custos da mudança podem causar ressaca. “Mas, para grandes cerveja-rias, esse investimento é amortizado em no máximo 12 meses”, estima o diretor da Packtec.

Rápida degradaçãoNo caso da linha Nova Schin, o uso de shrinks em garrafas long neck não é exatamente uma novida-de. A própria Packtec afirma fornecer esse tipo de embalagem há mais de seis anos para garrafinhas da Schincariol. Comenta-se que a estratégia seria uma forma de aproveitar sobra de capacidade das linhas de latas de alumínio. Seja como for, Juan Berenguer informa que, desde o ano passado, quando a cerve-jaria de Itu fez anuncipu o uso de shrinks de rápida degradação nas suas linhas de latinhas, as multipacks das long necks também passaram a ser produzidas com aditivos que tornam os filmes plásticos biode-

gradáveis. A tecnologia, denominada d2w, é da inglesa Symphony Plastic Technologies,

representada no mercado nacional pela RES Brasil (ver EmbalagemMarca 83, julho de 2006) (LH).

DÚVIDA NO ARShrinks da Nova Schin alimentam

expectativas na indústria cervejeira

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AÇÃO

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18 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

econhecida como pro-dutora de vinhos de boa qualidade, comercializa-dos a preços populares, a

vinícola espanhola Cavas Hill lançou no início de agosto o que define como sua “maior inovação nos últi-mos anos”: vinhos em latinha, propa-gandeados como os primeiros acondi-cionados nessa embalagem com alta qualidade.

As latinhas, de alumínio e perfil slim, com volume de 250 mililitros, o equivalente a uma taça, abastecerão lanchonetes (especialmente cadeias de fast food) e serviços de catering e hotéis na Espanha e em países euro-peus vizinhos.

São duas versões de vinho em lati-nha. O Hill Vino Blanco, como o nome denuncia, é um vinho branco produzi-do com base na uva Sauvignon Blanc. Por sua vez, o tinto Hill Tempranillo deriva da varietal homônima. Ambas as versões são produzidas de modo a apresentar buquês mais suaves e sabor

Chique sem garrafa

RVinícola espanhola proclama-se a pioneira em vinhos enlatados de qualidade

refrescante, de fácil assimilação.De acordo com o Grupo Garvey,

controlador da Cavas Hill, a embala-gem metálica é completamente her-mética, o que evita qualquer alteração da bebida provocada por oxidação ou exposição à luz. Embora não reve-le a identidade do fornecedor das embalagens, a empresa detalha que as latinhas possuem um enverniza-mento especial nas paredes internas, que mantém intactas as propriedades organolépticas dos vinhos.

Juventude na mira“Nosso objetivo, com a novidade, é atrair um público mais jovem”, declara a Cavas Hill no comunicado oficial de lançamento do produto. Segundo a vinícola, a latinha acondiciona uma quantidade ideal para acompanhar refeições, evitando consumo abusivo de álcool. “Com a lata, também é possível degustar um bom vinho sem a necessi-dade de se abrir uma garrafa grande”, argumenta a vinícola. (GK)

Concorrente figadal da Starbucks, detendo 480 cafeterias nos Estados Unidos, a Caribou Coffee apresentou em agosto uma nova arma para fermentar seus negócios. Numa joint-venture com a Coca-Cola, a rede de cafés lançou uma linha de cafés gelados, pron-tos para beber, no mercado americano. “Nossa parceria com a Coca-Cola levará a experiência de sabor de nosso café premium para a catego-

ria ready-to-drink”, diz Michael Coles, CEO da Caribou Coffee. Em três sabores – Regular, Espresso e Vanilla (Baunilha) – o Caribou Iced Coffee é acondicionado na garrafa de alumínio Alumi-Tek, de 340 mililitros, da Ball Corporation (controladora, no Brasil, da Latapack-Ball). A garrafa possui tampa de rosca que permite o consumo paulatino da bebida.

Com garrafa de alumínio, rival da Starbucks chega ao grande varejo

Sem precisar visitar a cafeteriaSEM

XÍCARAIced coffee

adotou garrafa

Alumi-Tek

ESTANQUEIDADE – Cavas Hill diz que latinha evita oxidação do vinho. Embalagem leva verniz, no interior, para evitar interações

Ballwww.ball.com

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AÇÃO

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ona do maior consumo anual per capita de cer-veja no mundo – 163 litros, segundo leituras

referenciais – e país-natal da popula-ríssima variante pilsen, a República Tcheca era um alvo natural para o CoolKeg, barril metálico auto-refrigerante para grandes volumes de loira gelada. Era. A embalagem, criada pela alemã Cool-System KEG GmbH e abordada em edições ante-riores de EMBALAGEMMARCA (mais recentemente na de nº 67, de março de 2005) acaba de ganhar a pri-meira adoção no mercado tcheco, que marca também seu début na Europa Central. Quem protagoniza a ação é a Staropramen, cervejaria de 3 milhões de hectolitros anuais e integrante do grupo belga InBev, controlador da brasileira AmBev.

A Staropramen em barril contém 20 litros de cerveja, que, ao aciona-

mento de um botão situado no topo da embalagem, gelam em sessenta minutos, permanecendo na tempe-ratura média de 5º C por cerca de doze horas.

O processo de auto-resfriamento se baseia numa técnica de reação entre água e zeólita, um silicato poro-so embutido num compartimento a vácuo construído na parede da emba-lagem. Ao se acionar a válvula, um vaporizador de água no interior do barril começa a trabalhar. A zeólita adsorve o vapor e o resfria, gelando a cerveja. A temperatura ambiente não influi no desempenho do barril, que é retornável. Disponível nas capaci-dades de 5, 8, 10, 12, 15 e 20 litros, o CoolKeg já contou com represen-tação oficial para o Brasil. “Hoje, as cervejarias interessadas devem nos procurar diretamente”, informa Gerd-Albrecht Graf, gerente-geral da Cool-System KEG. (GK)

“Na zdraví!”Cerveja em barril auto-refrigerante cria novo ensejo para os tchecos bradarem “à sua saúde!”

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Cool-System+49 (911) 9776-754www.coolsystem.de

CHEGADA – Barril inteligente mantém cerveja Staropramen gelada por doze horas. Produto já é encontrado nos supermercados tchecos.

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ara driblar o aperto do orçamento e não abdicar das marcas líderes, os consumidores têm se habitu-ado a comparar os folhetos dos

supermercados e buscar nas gôndolas emba-lagens e volumes menores. Quando isso não é suficiente, a solução é partir para marcas mais acessíveis. Em certos aspectos, esse conhecido roteiro parece ter sido feito sob medida para a categoria de achocolatados em pó de preparo instantâneo, segundo maior segmento do mercado brasileiro de chocola-tes em volume, com 187 000 toneladas pro-duzidas em 2005. Caracterizado pela força de produtos tradicionais, o setor foi invadido por marcas de menor prestígio e por rótulos das redes de varejo nos últimos tempos. A líder Nescau e a více-líder Toddy, que juntas detêm aproximadamente 55% das vendas nacionais, viram a soma da participação das demais marcas saltar de 21% em 2002 para 41,5% em 2005, segundo dados da consulto-ria Datamark.

Os fatores por trás desse movimento são conhecidos, e incluem desde explosão do número de pontos-de-venda e dos itens neles expostos, a queda do poder de compra dos consumidores e inclusão econômica de uma parcela da população até então marginaliza-da. À parte os motivos, o que se constata é que essa forte divisão de volumes teve conse-

Mistura que não p ára de crescerP

reportagem de capa >>> achocolatados

Potes soprados, potes injetados,

latas, bolsas flexíveis, cartuchos

celulósicos. Eis os personagens

da dinâmica diversificação em

embalagem vivida pelos achoco-

latados em pó, figurinhas fáceis

nas despensas dos brasileiros

20 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Por Leandro Haberli

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Mistura que não p ára de crescer

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qüências diretas no panorama de embalagens da categoria.

As gôndolas de achocolatados em pó ainda são dominadas por latas de aço e por potes plásticos. A Nestlé prefere não se pro-nunciar, mas estima-se que 90% das vendas da linha Nescau estejam atreladas a embala-gens metálicas de fabricação própria. Por sua vez, a Pepsico, dona da marca Toddy, não abriu mão dos tradicionais potes plásticos de coloração marrom e com design inspirado nos frascos de vidro usados até meados dos anos 1980. Todavia, o avanço de produtos regionais e das marcas próprias de super-mercados ampliou o leque de tecnologias e materiais de acondicionamento empregados na categoria. Nesse cenário, estruturas feitas de filmes flexíveis e potes injetados conquis-taram espaço inédito e ao mesmo tempo ser-viram de ferramenta de acesso para produtos de pouca tradição.

Injeção aproveita aberturaCom limitações de design em relação às moldadas por sopro, as embalagens plásticas injetadas não precisam de tampa de rosca. A vedação se dá com tampas de encaixe e selos aplicados a quente, enquanto os potes sopra-dos normalmente utilizam tampas de rosca e tecnologia de selagem por indução. “Esse é um dos fatores que tornam o investimento em

frascos injetados menor”, explica Paulo Barreto, gerente de desenvolvimento de produto da Interject. A empresa fornece modelos standard desse tipo de embalagem para diversos e emer-gentes fabricantes de achocolatados. A capacidade de 400 gramas e o formato cilíndrico seguem padrões de mercado. Na parte de decoração, predominam rótulos de polietileno (PE) esticáveis aplicados automaticamente pela própria empresa.

A maioria dos clientes da Interject atua com as chamadas marcas de com-bate. Mas a empresa também atende grandes fabricantes. É o caso do achoco-latado Garotada, fabricado pela capixaba Garoto e atendido desde 2002. No início de 2007, a Interject conquistou outra marca forte: Toddy. “Neste caso, atendemos cerca de 15% da demanda de potes soprados”, informa Barreto. A fatia restante é fornecida pela Sinimplast desde que a marca abando-nou os potes de vidro e migrou para embala-gens plásticas há quase vinte anos.

“No final da década de 80, a indústria de potes plásticos investiu e viabilizou fer-ramentais, oferecendo potes a pequenos e médios fabricantes de achocolatados, que passaram a ter uma alternativa de embalagem viável ao seu tamanho e potencial”, lembra

PLURAL – Pote injetado é aliado usual das marcas B, mas também serve

a marcas fortes, como a Garoto

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22 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Maurício Moral, diretor comercial da Cinalp. Além de contar com suas pró-prias marcas, algumas exportadas para países como Rússia e Bolívia, a empre-sa é hoje uma das principais fabricantes de achocolatados em pó vendidos com rótulos do varejo, fornecendo para redes como Makro, Sonae, Carrefour e Pão de Açúcar.

Bolsa em altaAlém de forte adepta de plásticas rígidas, a Cinalp viu a participação das embala-gens plásticas flexíveis crescer em seu portfólio nos últimos anos. “Um pote plás-tico com capacidade de 400 gramas sai por cerca de 30 centavos, enquanto um pedaço de filme flexível para acondicionar a mesma quantidade custa em torno de 2 centavos”, compara Moral. “Também há diferenciais de custo de produção e de rotulagem”, acrescen-ta o diretor da Cinalp.

Mas nem todas as bolsas metalizadas de achocolatados vistas no mercado têm

aparência simplória e foco em preços competitivos. Numa aparente resposta à crescente concorrência dos produtos de menor tradição, a marca Nescau, por

exemplo, vem sendo vendida desde o ano passado numa chamativa bolsa plástica. Com acabamento sofisticado, o invólu-cro passa longe de mera opção de refil. Composto de três camadas – poliéster, polipropileno bi-orientado metalizado e polietileno de baixa densidade –, ele é dotado de ziper para refechamento e impresso em rotogravura nove cores.

“Ainda estamos aguardando melhores resultados no mercado de achocolatados, mas trata-se de um modelo de embalagem que tende a se difundir no setor”, acredi-ta Franciso Barbieri, gerente de mercado da Santa Rosa Embalagens Flexíveis, que atende a multinacional suíça no projeto. Para tanto, ele explica que são usadas todas as estações de impressão da mais moderna das três máquinas italianas Rotomec que a empresa possui. As bobinas impressas são enviadas para a fábrica da Nestlé em Araras (SP), onde são feitos a solda, o envase e a aplicação do zíper para refechamento.

Do food service para as gôndolasEmbora fique em pé nas gôndolas, essa embalagem de Nescau não é considera-da um stand-up pouch (SUP). Enquanto este apresenta base sanfonada, a estrutura desenvolvida tem fundo chato, quadrisolda e solda lateral. Dessa forma, e também por ser montada em máquina vertical, a embalagem apresentaria custo menor que o dos SUPs.

Afora a progressiva adesão a filmes flexí-veis, essa embalagem alternativa de Nescau, que tem capacidade para 900 gramas, ilustra outra tendência do mercado de achocolata-dos em pó. Trata-se da oferta de apresenta-ções maiores e, portanto, mais econômicas. Antes restritos ao canal de food service, produtos com mais de 1 quilo já podem ser encontrados nas gôndolas da categoria. “Os fabricantes estão preocupados em ampliar o leque de alternativas, antigamente restrito a embalagens de 400 gramas”, entende Léo Mussulini Machado, coordenador de marke-ting da Igel, que fornece os cartuchos micro-ondulados usados em outra inovadora emba-

DE PRIMEIRABolsa do tipo quatro soldas não é apenas um refil para o Nescau

DEMOCRATIZAÇÃOFornecedora de

achocolatados de marca própria do varejo,

Cinalp se beneficiou da disseminação dos potes

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lagem de achocolatado, esta recentemente adotada pela marca Toddy. A caixa comporta 2 quilos de produto, oferecendo economia de aproximadamente 15% aos consumidores na comparação com as versões vendidas em potes plásticos de 400 gramas ou menos.

A preocupação dos fabricantes de acho-colatados em pó – grandes, médios ou peque-nos – em oferecer produtos mais acessíveis de certa forma coloca em evidência aquilo que se convencionou chamar de “consumidor estrategista”. No desafio de manter despen-sas abastecidas, ele é obrigado a comparar preços, calcular mentalmente e em frente às prateleiras dos supermercados o custo por grama de determinados produtos e, quando não consegue preservar o consumo de mar-cas notórias, partir para chancelas alternati-vas às líderes. O consumidor estrategista faz isso por preconizar a permanência em deter-minada categoria de produto em vez de só aceitar a marca de referência. Para ele, se os preços forem compensatórios, vale descartar o líder para não sair da categoria. Em outras palavras, o importante é ter achocolatado disponível no lar.

Abeaço(11) 3842-9512www.abeaco.com.br

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Igel(51) 3041-8300www.igel.com.br

Interject (11) 6561-0835www.interject.com.br

Santa Rosa Embalagens Flexíveis(11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br

Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br

AdesãocrescenteCom tampa e lacre plásticos, lata Ploc Off começa a engrenar em achocolatados

CAIXA – Cartucho de papelão microondulado da Igel é uma nova alternativa comercial para o Toddy

POR TRÊS – Lata de aço triplicou as vendas do achocolatado da paranaense Zaeli

o explorar cada vez mais o apelo da economia, embalagens flexí-veis e potes plásticos injetados têm facilitado o aumento de parti-

cipação de fabricantes regionais e de marcas próprias no mercado de achocolatados em pó. O mesmo não pode ser dito sobre as estratégias que envolvem latas de aço. Nas palavras de Thaís Fagury, assessora execu-tiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), assim como em outras categorias, na de achocolatados de preparo instantâneo o material “busca o caminho do valor agregado”. Isso fica claro na opção de diferentes fabricantes de achocolatados pela lata com fechamento Ploc Off, produzida pela Brasilata. Plástica, a tampa utilizada apresenta lacre de fácil abertura e dispensa o uso de selos, já tendo seduzido antigos adeptos da lata convencional com selo de alumínio (easy peel). É o caso do achocolata-do Energia, produzido pela Zaeli Alimentos, de Umuarama (PR). “A marca participava de nosso mix há cerca de dez anos com vendas

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abaixo do esperado”, rememora Ana Lucia Vaz, gerente de produtos da Zaeli. Com a mudança para a lata Ploc Off de 400 gramas, ela diz, as vendas triplicaram.

Outro caso de sucesso da lata Ploc Off envolve o achocolatado Native Orgânico, da indústria Native – Usina São Francisco, de Ribeirão Preto (SP), uma das pioneiras em produtos orgânicos do país. A empresa adotou as embalagens da Brasilata deixan-do para trás a antiga apresentação em pote plástico. Com maior concentração de cacau, o produto apresenta litografia em três idio-mas (português, inglês e francês), e vem sendo exportado para países como Canadá, Coréia, Líbano, Malásia e França. Até o

tradicional Ovomaltine, alimento matinal à base de extrato de malte, adotou a embala-gem da Brasilata em campanha promocional feita recentemente em hipermercados do Nordeste, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Neste caso, a lata Ploc Off explora o apelo da reutilização. Ela é oferecida como um brinde recebido pelo consumidor na compra de duas embalagens flexíveis do tipo refil. (LH)FOR EXPORT – Litografia

da lata do achocolatado orgânico da Native tem dizeres em três idiomas

MIMO – Ao comprar duas embalagens-

refil, consumidor do Ovomaltine ganha lata

Confira na página 26 novidades internacionais no mercado de achocolatados em pó, monitorados pelo

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26 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Sondagem GNPD*: Achocolatados em pó

O GLOBAL NEW PRODUCTS DATABASE (GNPD) DA MINTEL ACOMPANHA, INTERNACIONALMENTE, NOVOS LANÇAMENTOS DE PRODUTOS, TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES. PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE O GNPD, VISITE WWW.GNPD.COM OU LIGUE PARA A MINTEL INTERNACIONAL (+ 1 312 932-0600)

Todos os meses, EMBALAGEMMARCA seleciona alguns cases internacionais de um dos mercados analisados por nossa reportagem, para que os leitores possam compará-los com o que se produz no Brasil

As informações apresentadas nesta seção são provenientes de levantamentos e análises da Mintel e são protegidas por direitos autorais. EMBALAGEMMARCA não se responsabiliza pelo conteúdo.

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Honeyville Farms Instant Hot Cocoa Mix

País: Estados UnidosEmbalagem: Lata cartonada multifoliada impressa em offset, com base em aço e tampa plástica injetada. A embalagem é lacrada com um selo de alumínio com aba para abertura (pull tab).

Hershey’s Cacao Reserve - Mayan Blend Drinking Cocoa

País: Nova ZelândiaPaís: Nova ZelândiaPaís:Embalagem: Cartucho de papel Embalagem: Cartucho de papel Embalagem:cartão triplex impresso em offset, cotendo cinco sachês de 35 gramas produzidos com papel laminado com resina plástica e impressos em rotogravura.

Hot Choc Milk Drinking Chocolate

País: NoruegaPaís: NoruegaPaís:Embalagem: Pote soprado de polipropileno, de 198 gra-mas, com tampa de rosca injetada e decoração com rótulo plástico termoencolhí-vel impresso em rotogravura

Ovaltine Options Instant Chocolate Drink

País: Reino UnidoEmbalagem: Lata de aço de três peças com tampa por pressão e impressão lito-gráfica. O produto é acondicionado numa bolsa plás-tica interna, de resina não especi-ficada.

Carla Original Holandské Cacao

País: República TchecaEmbalagem: Cartucho de 100 gra-mas, produzido com papel cartão triplex impresso em offset. O envol-tório plástico primário do achocola-tado possui fecho com zíper.

Meiier Organics Hot Cocoa Mix

País: Estados UnidosEmbalagem: Cartucho produzi-do com papel cartão kraftliner (pardo), impresso em offset. Contém dez sachês de estrutura laminada, impressa em flexografia. Os sachês são unidos com micro-serrilhas.

Van Houten Chocolate Drink

País: FinlândiaEmbalagem: Cartucho de papel cartão triplex, impresso em offset. Acomoda dez sachês de filme plástico metalizado, impressos em flexografia.

Ko Ko Ro Hot Chocolate Drink

País: TailândiaEmbalagem: Flow pack de resina não especificada, acondicionando três sachês de filme metalizado, cada um com volume de 35 gra-mas, impressos em rotogra-vura. A embalagem secun-dária tem tiras de orientação para fácil abertura.

Spoonful of Chocolate Drink

País: HolandaEmbalagem: O bloco de 40 gramas de achocola-tado com uma vareta incrustada é acondicionada num saquinho plástico de polietileno, deco-rada com rótulo-gargalheira de papel impresso em offset. O rótulo é preso a uma aba plástica, que fecha a embalagem.

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28 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 200728 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Sachê-refil de PVC exala apelo econômico e fragrâncias dos produtos contidos

lustre fabricante de filmes e laminados de PVC, a Vulcan aposta em um conceito ainda inédito no Brasil em embalagem plástica flexível. Trata-se de um sachê confeccionado a partir de bobinas

técnicas de filme de PVC, o SoftPack, especialmente voltado ao uso como refil para embalagens rígidas de cosméticos e de produtos de limpeza doméstica.

Sósia dos clássicos saquinhos de leite, o SoftPack foi criado na França pela Alkor Draka, multinacional holandesa da área de PVC que teve algumas plantas industriais européias adquiridas em janeiro deste ano pela Vulcan (empresa de capi-tal 100% nacional, controlada pela holding Grupo Brasil). Na França, 400 milhões de SoftPacks são consumidos anualmen-te. O sachê também faz sucesso na África do Sul e começa a engrenar na Oceania e em outras regiões (veja o quadro).

Como pré-marketing, no fim de julho a Vulcan iniciou visitas a potenciais indústrias usuárias do SoftPack. Um alvo em vista é o amaciante para roupas. “Como esse produto pode ser vendido concentrado, fica evidente o benefício do SoftPack como refil econômico”, explica André Lobo, gerente

Almofada para reposição

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plásticas >>> refis

de vendas da área de embalagens da Vulcan. “Misturado com água, um sachê de 500 mililitros de amaciante concentrado pode repor o conteúdo dos tradicionais garrafões de 2 litros do produto”. Nos cálculos de Lobo, enquanto um garrafão plástico vazio pesa, em média, 80 gramas, um SoftPack vazio não ultrapassa as 15 gramas. “O sachê poupa espaço na movimentação e na estocagem, nas gôndolas, na despensa do consumidor e no descarte”, resume o executivo da Vulcan. “Isso garante uma política de menor consumo de plástico por embalagem.”

Mais à frente, Lobo vê potencial para o SoftPack em sabo-netes líquidos, especialmente para aqueles comercializados nos mais sofisticados – e caros – frascos com válvulas pump.

“Smell-through”No quesito apelo de vendas, um charme do SoftPack é o chamado efeito smell-through, ou seja, a permeabilidade aos aromas do produto acondicionado. Com isso, as consumi-doras não precisam abrir embalagens nas lojas para sentir a fragrância do conteúdo. “Esse é um diferencial que não pode ser explorado pelo stand-up pouch, natural concorrente do SoftPack na área de embalagem-refil flexível”, lembra Lobo. O sachê pode também incorporar paredes translúcidas e com superfície leitosa, acetinada, agradável ao toque.

Nas apresentações às empresas nacionais, a Vulcan tem indicado o uso de uma máquina form-fill-seal da francesa Thimmonier para a confecção do SoftPack. O sachê pode ter variados tamanhos, e a idéia da Vulcan é fornecer no

Brasil as bobinas já impressas, inicialmente via importações da Alkor Draka francesa. Por se

tratar de uma novidade para o Brasil, outros mecanismos de fornecimento estão sendo

estudados. Pelo mesmo motivo, a Vulcan também evita, por ora, falar sobre pre-ços do sachê-refil. (GK)

O consumo do SoftPack em outros mercados (em unidades/ano)

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França 400 milhões

África do Sul 90 milhões

Austrália e Nova Zelândia 15 milhões

Argélia 12,5 milhões

Chile 2,1 milhões*

Romênia 1,6 milhão*

Thimmonier+33 47 208-1919www.thimmonier.com

Vulcan(21) 3362-2037www.vulcan.com.br

ALVOS – Na França, SoftPack já cativou amaciantes (à esq.) e sabonetes líquidos (à dir.). Vulcan quer replicar sucesso no Brasil

FOTO: BLOCO DE COMUNICAÇÃO

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30 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

it de consumo em Belo Horizonte e adja-cências, onde é vendido fresco por docei-ras e ambulantes, o canudinho de massa crocante recheado com doce de leite, versão

tupiniquim dos italianíssimos cannoli, acaba de ganhar versão industrializada graças a uma criativa embalagem. No Puxe Tac, da mineira Nova Alimentos, canudinho é acoplado a um calço plástico, parecido com uma tampinha. Uma fenda na base dessa peça expõe a aba de um envoltó-rio acomodado no interior do canudinho, contendo o doce de leite. Ao segurar o calço e puxar essa aba de filme plás-tico, o consumidor faz a bolsa interna se romper, liberando o recheio dentro do tubinho (veja o gráfico).

A guloseima tem vida-de-prateleira de 90 dias, não só pela proteção especial do doce pastoso, mas também pelo emprego de atmosfera modificada no empacotamento, que preserva a crocância do canudinho. Para tanto, uma emba-ladora horizontal foi adaptada. “Fizemos uma modificação própria, pois a injeção de nitrogênio em snacks é mais comum em empacotadoras verticais”, detalha José Roberto Gesualdo, diretor da Nova Alimentos e mentor do Puxe Tac. A flow pack que apresenta o produto no varejo é con-feccionada em filme de BOPP (polipropileno biorientado) transparente laminado com filme de BOPP metalizado, e impressa com cinco cores em rotogravura pela Converplast, também fornecedora da bolsinha de BOPP transparente que retém o doce de leite.

Estufada com nitrogênio, a flow pack do Puxe Tac ganha outro atributo importante: protege o canudinho de danos no transporte e por manuseio nos pontos-de-venda. O Puxe Tac é distribuído em displays de papel cartão da Cartográfica Fênix, projetados de modo a expor o doce na vertical. “Com isso, o produto não ‘morre deitado’, sem visibilidade, e não empilham outros itens sobre o nosso”, afirma Gesualdo, que admite que o display para apenas quinze unidades, somado à sofisticação da embalagem primária do doce, tem um custo alto. “Mas ele compensa, pois alcançamos o país inteiro”, diz o dirigente da Nova Alimentos.

A patente do mecanismo do Puxe Tac já foi devida-mente depositada por Gesualdo. O empresário já planeja extensões de linha light e diet e até versões salgadas, com recheios de queijo fundido e de patês. Em tempo: o calço do canudinho é injetado em polietileno pela Implas, tradicional transformadora de plásticos mineira. Já o design gráfico da embalagem coube à Filadélfia Comunicação. (GK)

Mineirice rebuscada

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plásticas >>> doces

Embalagem engenhosa viabiliza a industrialização de canudinho doce caseiro

Cartográfica Fênix(31) 3361-6199www.fenixembalagens.com.br

Converplast(11) 6462-1177www.converplast.com.br

Filadélfia Comunicação(31) 3516-0100www.filadelfiacom.com.br

Implas(31) 3333-8844www.implas.com.br

EXPOSIÇÃO – Display acomoda doces em pé e

evita empilhamentos

PUXADA – Acima, diagrama mostra o funcionamento do

doce. Canudo é protegido por injeção de nitrogênio

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zeites e óleos de alta nobre-za agora têm à disposição uma

nova opção em embalagem metálica projetada pela Brasilata. Em dia com a ten-dência de design que asso-cia recipientes de formato delgado a alimentos mais leves e saudáveis, a meta-lúrgica lança uma família de latas de aço cilíndricas com perfil slim e sistema dosa-dor incorporado para óleos comestíveis premium.

As novas latas foram desenvolvidas com priori-dades na ergonomia e no apelo de repouso à mesa. “Por serem longilíneas e de menor diâmetro, as novas latas oferecem manuseio confortável, com melhor ‘pega’ para o consumidor e facilidade para servir duran-te as refeições”, afirma João Vicente Tuma, diretor da Divisão Alimentícia da

Brasilata. “Para o consumi-dor final, outro diferencial importante do óleo espe-cial envasado em lata é a garantia de um produto com menor grau de oxidação e que dispensa totalmen-te o uso de conservantes, pois oferece barreira à luz e mantém o óleo vegetal em condições ideais para o consumo”.

A novidade está dispo-nível em três tamanhos: 250 mililitros (53 x 112 milíme-tros), 500 mililitros (57 x 206 milímetros) e 750 mili-litros (65 x 238 milímetros). Em tempo: famosa pelo seu incentivo às inovações, a Brasilata foi apontada como uma das 100 melho-res empresas para trabalhar no Brasil, segundo a edi-ção 2007 da pesquisa Great Place to Work, divulgada no fim de agosto por uma edição especial da revista Época. (GK)

Esguio apelo

A

metálicas >>> óleos

Brasilata tem novas opções slim para azeites e óleos especiais

CONFORTO – Formato slim enobrece e propicia fácil manuseio

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Page 32: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

32 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Depois de seguidos reveses, um sinal positivo. De acordo com estu-do realizado pela Fundação Getúlio Vargas e divulgado pela Associação Brasileira de Embalagens (Abre), a produção física da indústria brasileira de embalagens cresceu 2,7% no segundo trimestre, primeiro resultado periódico positivo registrado desde o quarto trimestre de 2004. “O cená-rio deste ano mostra perspectivas positivas, com aumento da demanda interna de bens de consumo, e isso deve permitir que o setor de embala-gens feche 2007 com alta de 1,8%”, aponta Salomão Quadros, coordena-dor de análises econômicas do Insti-tuto Brasileiro de Economia da FGV.A indústria de embalagens de metal

foi a que teve o melhor desempe-nho, com aumento de 5,17% na produção, seguida pela do plásti-co (alta de 3,15%) e pela do vidro (crescimento de 2,14%). No primeiro semestre, o resultado ainda é nega-tivo, mostrando queda de 0,37%, mas os resultados mais recentes mostram a reversão dessa tendên-cia. Já a balança comercial se man-tém positiva. As exportações diretas de embalagem tiveram no primeiro semestre um crescimento bastante expressivo em relação ao mesmo período de 2006: 40,65%, com fatu-ramento de 229 milhões de dólares. As importações cresceram 25,98% no mesmo período e chegaram a 159 milhões de dólares.

Sob nova regênciaNum reflexo da recente aquisição pe-la indiana Hindalco, a Novelis, antiga divisão de laminados de alumínio da Alcan, com forte atuação em embala-gens, estréia uma nova logomarca. Ela

incorpora o sol nas-cente estilizado que domina a comunica-ção do Grupo Aditya Birla, dono da Hindal-co. “Aditya”, em hindi, significa “sol”. A nova

logomarca será implantada gradual-mente. “A mudança não terá nenhum impacto no relacionamento com os for-necedores”, diz Yllen Spanier, da área de marketing da Novelis do Brasil.

Preparação potiguar A CIV – Companhia Industrial de Vi-dros planeja construir uma fábrica no Rio Grande do Norte. Concretizada, a unidade seria a quinta da vidraria na região Nordeste.

Tudo azulUm estudo do PMMI, a entidade de classe dos fabricantes americanos de máquinas de embalagem, aponta que, em 2006, a expedição dos produtos do setor superou a casa dos 6 bilhões de dólares pela primeira vez na história. Há seis anos esse mercado apresenta crescimento, e promete evoluir a taxas médias de 3% até 2009.

Reuso para o banhoDeu no site Ciência Hoje On-line: o Núcleo de Pesquisa do Centro Univer-sitário de Itajubá (Universitas), Minas Gerais, criou um painel de latinhas de alumínio que funciona como aquecedor de água. O aparelho, que usa energia solar e tem custo ínfimo, poderá bene-ficiar famílias de baixa renda.

Upgrade virtualProdutora de caixas de papelão ondu-lado, a Paraibuna Embalagens refor-mulou sua página na internet (www.paraibuna.com.br). O site traz informa-ções sobre produtos e ações ambien-tais da empresa, além de dados sobre o mercado nacional de papelão.

Desempenho um pouco melhorIndústria de embalagem registra trimestre de crescimento, revertendo retrações seguidas monitoradas desde 2004

gens, estréia uma nova logomarca. Ela incorpora o sol nas-cente estilizado que domina a comunica-ção do Grupo Aditya Birla, dono da Hindal-co. “Aditya”, em hindi, significa “sol”. A nova

Nome forte na área de máquinas sopradoras para embalagens de PET, a SIG Corpoplast inaugurou em agosto um Centro Tecnológico em São Paulo. A unidade, a primeira do gênero da empresa alemã nas Américas, buscará dar suporte a projetos de clientes brasileiros e latino-americanos, tornando mais rápida a introdução de novos pro-dutos no mercado. “A troca de informações será mais fácil e rápi-da, e conseqüentemente o prazo de entrega também será reduzido devido ao fornecimento local”, expli-ca Frank Haesendonckx, diretor de marketing da SIG Corpoplast. “Tempos atrás, isto só seria possível em nossa matriz em Hamburgo”. O CT da SIG Corpoplast é preparado para gerenciar design de garrafas, em plataforma CAD, e para realizar

testes de processo, contando com uma estação-piloto de moldagem equipada com uma sopradora Blo-max III. Um dos primeiros projetos aprovados no laboratório será para a Pepsi Brasil.

Incubação localSIG Corpoplast inaugura Centro Tecnológico no Brasil

Centro da SIG emSão Paulo: suporte em P&D

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Edição: Guilherme Kamio

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34 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

O grupo Pão de Açúcar acaba de inaugurar sua “loja do futuro”, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. A chamada “loja de quarta gera-ção” é uma das mais modernas do mundo, e seus freqüentadores poderão fazer compras com auxilio de uma estrutura que conta com a tecnologia mais avançada em ter-mos de varejo, incluindo etiquetas eletrônicas de preços, RFID, blue-tooth para comunicação entre car-rinhos e caixas, telefonia IP, entre outros itens. “É uma loja conceito, onde testaremos a utilização da TI no auxílio da oferta de produtos”, explica Ney Santos, diretor de tec-nologia do grupo. Outro destaque do supermercado é o layout, já que as gôndolas baixas, posicionadas em diagonal, e a pouca comunica-ção aérea permitem a visualização de toda a loja. Os clientes da “loja conceito” recebem sacolas reci-cláveis, confeccionadas em papel Kraft, para carregar suas compras. Sacolas produzidas com PET reci-clado e polipropileno também estão à disposição dos consumidores.

Supermercado do futuroLoja conceito do Pão de Açúcar privilegia sacolas recicláveis

Pão de Açúcar high-tech prioriza emba-lagens recicláveis, como sacola de kraft

Depois de a Braskem ter divulgado o desenvolvimento de um polietileno 100% baseado em etanol de cana-de-açúcar (veja EMBALAGEMMARCA nº 95, de julho de 2007), a ameri-cana Dow Química anunciou uma parceria com a brasileira Crystalsev para construir no Brasil uma fábrica de polietileno derivado da mesma

matéria-prima. A unidade deverá iniciar operações em 2011. Cen-tralizando vendas de várias usinas, a Crystalsev é uma das maiores empresas de comercialização de açúcar e álcool do Brasil. O polieti-leno é a resina mais utilizada para a produção de embalagens plásticas rígidas e flexíveis.

Mais um polietileno de etanolDow e Crystalsev selam acordo sobre resina de cana

Polêmica antiga, a restrição brasilei-ra à reciclagem de embalagens de PET para o reaproveitamento em novas embalagens pode ser revista. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou uma con-sulta pública para definir regras e processos para o reaproveitamento seguro do material em novas aplica-ções com contato com alimentos. A Anvisa espera contribuições até 9 de outubro. Enquanto o Brasil revê con-ceitos, outros países já legitimaram tecnologias avançadas de reciclagem de PET pós-consumo, garantidas como assépticas e inócuas para o consumidor.Depois da difusão dos processos bottle-to-bottle para a fabricação de

garrafas de refrigerantes a partir da reciclagem, surgem cada vez mais opções de embalagens de PET reci-clado para alimentos. A finlandesa Huhtamaki, por exemplo, acaba de lançar no Reino Unido uma nova linha de potes termoformados de PET reciclado para saladas e outros alimentos frescos. No ano passado, uma abrangente pesquisa da WRAP (Waste and Resource Action Pro-gramme, entidade não-lucrativa fun-dada pelo governo britânico) mostrou que 86% dos entrevistados aprovam embalagens de plástico reciclado, e 78% deles disseram que avalia-riam mais positivamente produtos e empresas comprometidos com a reciclagem.

Revisão de conceitosAnvisa poderá ser menos rigorosa com uso do PET reciclado

Potes de PET reci-clado são novida-des da HuhtamakiFO

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oncorridas festas de rua regadas a axé music, as micaretas cada vez mais restringem a circulação de garrafas de vidro, em nome

da segurança. Só que, nos picos de catarse, quando os foliões pulam ou se empurram embalados pelas canções, latinhas e copos descartáveis inevitavelmente derramam seus conteúdos para todos os lados, desperdiçan-do bebida. Percebendo a situação, a Strong Bebidas decidiu criar uma linha de coquetéis com embalagens especiais para os carnavais fora de época. Nos sabores Laranja, Coco, Limão e Citrus, os coquetéis Strong, à base de vodca, são acondicionados em frascos de PET com práticos gatilhos spray, que, além de evi-tar derramamentos, ensejam uma prática e ale-gre forma de consumo direto da embalagem.

Com válvula de ação por rosca no bico, que trava ou libera a vazão da bebida, os gati-lhos spray são construídos em polipropileno e importados pela distribuidora de embalagens Farmatriz. A origem da peça não é informa-da pela fornecedora. Os frascos aos quais os triggers são atarraxados têm gargalo de 28 milímetros de diâmetro e, curiosamente, perfil farmacêutico. “É a única utilização de um frasco nosso para bebidas”, comenta Erica Elias, do departamento de marketing da flumi-nense Vedapack, grande produtora de frascos de PET e de polietileno utilizados principal-mente por medicamentos e cosméticos.

Conveniência é o canalOs frascos dos coquetéis são moldados numa sopradora SBIII 250, da japonesa Aoki, e são dotados de alta transparência e revestimento especial para suportar ação do álcool e não alterar propriedades organolépticas das bebi-das. “Pela sofisticação, o frasco de PET sai quase pelo mesmo preço de uma garrafinha de vidro para bebidas ice”, revela Eric Martins, diretor comercial da Strong Bebidas.

No cálculo do executivo também é com-putada a decoração dos frascos, feita com

Com o devido abadá

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plásticas >>> bebidas ice

Frasco de PET com gatilho adapta coquetéis ao agito dos carnavais temporãos

rótulos e contra-rótulos auto-adesivos trans-parentes, que produzem o chamado efeito no-label look (simulação de decoração direta na embalagem). Impressos pela InforPress, de São Caetano do Sul (SP), os rótulos frontais apresentam generosos detalhes prateados, gravados por hot stamping. O projeto gráfi-co dos rótulos é da designer Daniela Costa Fernandes, da equipe da Strong Bebidas.

Com cores chamativas, os coquetéis Strong são formulados pela Dyrup, tam-bém responsável pelo envasamento da linha. Lançados no fim do ano passado no litoral paulista, depois de nove meses de testes de mercado com distribuição em rodeios, os exóticos alcopops chegaram à Grande São Paulo cerca de três meses atrás. Na metrópo-le, o principal canal de vendas são lojas de conveniência de postos de gasolina. Quase 200 dessas lojinhas já foram credencia-das pela Strong. Os coquetéis são também

Aoki(11) 4071-4385www.aokitech.co.jp

Bendito Design(51) 3333-2022www.benditodesign.com.br

Farmatriz(11) 3115-1230www.farmatriz.com.br

InforPress(11) 4232-8599www.ifpress.com.br

Latapack-Ball(12) 2127-4700www.latapack.com.br

Vedapack(21) 2702-8900www.vedapack.com.br

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NA BOQUINHA – Embalagem plástica tem trânsito livre nas festas de rua e trigger permite consumo direto, sem desperdício

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vendidos em casas noturnas e começam a ser encontrados em empórios. “Os pontos fixos vêm renovando os pedidos e o sucesso do conceito também cresce nas micaretas, onde o consumidor já pede pelo ‘drinque do gatilho’, diz Martins. “A produção ainda é pequena, mas o giro já nos fez quadruplicar a produção desde novembro.” (GK)

Ingresso nas noitadasLatinha garante acesso do Keep Cooler Black às baladas

Em sua clássica garrafa de vidro de 295 mililitros, o Keep Cooler Black enfrentava restrições para ser comercializado em casas noturnas. Agora, a bebida levemente alcoóli-ca, elaborada com vinho branco e suco de frutas pela Vinícola Aurora, não será mais barrada no baile. Uma latinha slim, de 250 mililitros, garantirá a oferta do produto aos jovens “baladeiros”, público-alvo da marca. Inicialmente, apenas o sabor morango estará disponível na nova embalagem, que foi desenvolvida pela Bendito Design, de Porto Alegre. As latas são fornecidas pela Latapack-Ball e o envase é terceirizado, reali-zado pela NewAge Bebidas.

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EXTENSÃO – Com latinha slim, Keep Cooler Black fica devidamente trajado para as danceterias

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A retranca argentina na peleja dos aerossóis

entrevista >>> Hugo Agustin Chaluleu

e uma qualidade mundialmente reconhecida e uma vitalidade histórica, em poucos anos a indústria brasileira de aerossóis poderá fechar as portas. O alerta é da Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários

(Abas), segundo a qual a aniquilação do setor vai de vento em popa desde que a Argentina congelou a rés-do-chão, há cerca de cinco anos, os preços de seu gás propelente, impor-tante componente dos aerossóis. Praticando uma política de preços arbitrária para um insumo normalmente regido como commodity, a Argentina cada vez mais domina a produção dos aerossóis vendidos no Brasil – de inseticidas a produtos de beleza, de tintas a espumas de barbear. Se espernearam contra o avanço, em seu país, de artigos brasileiros como calçados, têxteis e eletroeletrônicos, pleiteando salvaguardas comerciais – que lhes foram concedidas –, os argentinos não querem saber de conversa com os aerossóis. Recusam-se a negociar e contam com complacência do governo brasilei-ro. Presidente da Abas e da Federação Latino-Americana de Aerossóis (Flada), Hugo Agustín Chaluleu conversou com EMBALAGEMMARCA sobre a situação. Ironia do desti-no: Chaluleu nasceu na Argentina. “Mas sou um brasileiro insuspeito nessa questão”, ele esclarece, do alto dos quase quarenta anos dedicados à indústria brasileira de aerossóis em seu currículo.

De que maneira as importações da Argentina vêm prejudi-cando a indústria brasileira de aerossóis?A situação é extremamente séria. De cerca de cinco anos para cá o Brasil vem perdendo o mercado para o país vizinho. O segmento de antitranspirantes, por exemplo, é dominado por produtos argentinos num nível acima dos 80%. Se a coisa continuar do jeito que está, a projeção é uma aniquilação da

produção nacional de antitranspirantes em dois anos. Nós esta-mos sofrendo desindustrialização! (enfático) A Ceras Johnson fechou sua fábrica. A Unilever, que fabricava aerossóis perto de Campinas numa planta industrial excelente, também se mandou. Uma das primeiras fábricas que fecharam foi a da Gillette. Hoje, você vê que a maioria das espumas de barbear é importada... Calculamos 5 000 empregos fechados nos últi-mos cinco anos, somados, em escala, os empregos indiretos: embalagens, válvulas, tampas, cartonagem, distribuição etc.

A política argentina de preços para o butano e o propano, os gases propelentes dos aerossóis, é apontada como a vilã da situação. Qual a importância desse insumo?Cabe esclarecer que não existe aerossol sem propelente, mas a participação do gás varia de produto a produto. Em alguns casos ela nem é tão significativa, mas em outros, como no dos antitranspirantes, ela chega a representar 85% do conte-údo. A Argentina produz excelentes propelentes, e há cinco anos congelou os preços desses gases. É uma distorção de custos de commodities, já que os propelentes argentinos não acompanham os preços internacionais estabelecidos. Quando os preços mundiais estouram, nossos preços acompanham, resultando num gás propelente sideralmente mais caro. O propelente argentino é mais barato que o americano e o euro-peu, e por isso a Argentina hoje tem um volume de exporta-ção muito importante não só para o Brasil, mas também para a Venezuela, para o México e para outros países latinos.

Certamente os argentinos se beneficiam de incentivos fiscais na exportação de aerossóis. Esses mecanismos chegam a resultar em aerossóis argentinos vendidos aqui com latas de matéria-prima brasileira?Com aço brasileiro, não, mas com alumínio brasileiro, sim.

xSubvenção do país vizinho pode extinguir os aeros-

sóis brasileiros e a indústria local de embalagens para

esses produtos. É o que diz Hugo Agustín Chaluleu,

presidente da Associação Brasileira de Aerossóis

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O Brasil exporta para a Argentina o disco de alumínio, e ele volta para cá como tubo de aerossol para desodorantes e outros produtos sofisticados. É o mesmo que dizer que expor-tamos folhas-de-flandres e importamos Mercedes-Benz. Todo o valor agregado ficou onde? Fora. O fato é que, além de os argentinos terem propelente de muito boa qualidade a preço baixo, os componentes com drawback para exportar os aju-dam bastante. Aqui, nós enfrentamos sérios problemas devido à carga tributária. Se você produz para o mercado interno, não tem vantagem. Se você produz para exportar, aí você tem vantagem. Alguns produtos em aerossol chegam a pagar o absurdo de 30% de IPI.

A Argentina recentemente chiou por causa do avanço, em seu mercado, de produtos brasileiros como calçados, vestuário e eletroeletrônicos, o que resultou em contingenciamentos compulsórios nas exportações desses produtos. Por que não exigir uma contrapartida no caso dos aerossóis?Estamos batalhando para que o governo olhe nossa posição com mais atenção. No ano passado, a pedido do governo vizinho, Brasil e Argentina discutiram e criaram o MAC, ou Mecanismo de Adaptação Competitiva. Em resumo, o MAC é um tratado que institui salvaguardas comerciais para setores produtivos que se sintam prejudicados nos negócios

entre os dois países. O problema é que o MAC até hoje não foi internalizado. Com isso, continuamos a sofrer um ataque muito pesado. Existem reuniões bilaterais mensais do setor de aerossóis, mas lamentavelmente a Argentina não veio à última reunião (de 10 de agosto, no Rio de Janeiro). Os argentinos não querem diálogo, o que é lamentável.

O avanço argentino incapacita investimentos em inovações tecnológicas pelos fabricantes brasileiros de aerossóis?Não tenha dúvida. É claro que, a despeito da situação alar-mante, a indústria continua a investir. Mas não como poderia. Isso é triste, pois o Brasil tem uma história edificante, muito bonita, no campo dos aerossóis. Em 1978 os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a restrição à produção de aerossóis com clorofluorcarbonos, os populares CFCs, que migram lenta-mente e atacam a camada de ozônio. O Brasil foi o terceiro país do mundo a aderir a essa iniciativa, em 1979. Com o programa de substituição dos CFCs por butano e propano como propelentes, nosso setor industrial teve que pratica-mente recomeçar do zero, a mudar todos os equipamentos. O Brasil também teve participação ativa no Protocolo de Montreal (acordo pela redução da produção mundial de CFC, assinado em 1987 no Canadá). Nessa época, propano e butano eram importados em volume muito grande, como

entrevista >>> Hugo Agustin Chaluleu

Mercado Brasileiro de Aerossóis - 2006 (unidades)

Descrição Total Comercializado Produção Brasileira Importação

Hair Spray 5.780.232 5.622.000 158.232

Desodorantes Pessoais 118.777.574 28.303.000 90.474.574

Creme de Barbear 10.873.300 4.673.300 6.200.000

Mousse 1.195.000 1.195.000

Outros 15.386.588 3.360.000 12.026.588

Medicinais 12.100.000 6.100.000 6.000.000

Desodorizador de Ambiente 17.859.379 12.086.250 5.773.129

Ceras Polidoras 2.637.038 154.000 2.483.038

Desinfetantes 365.000 365.000

Limpadores 531.750 531.750

Gomas 460.000 400.000 60.000

Inseticidas 68.447.522 45.720.750 22.726.772

Veterinários 12.718.657 12.239.000 479.657

Inds. e Automotivos 37.075.247 31.047.250 6.027.997

Tintas 26.710.695 11.019.000 15.691.695

Outros 85.000 85.000

Neve Artificial 6.476.250 6.476.250 -

Alimentos 1.632.838 1.632.838

Total 339.112.070 169.377.550 169.734.520

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gás liquefeito de petróleo (GLP), para atender à produção de botijões de uso doméstico. Os propelentes recebiam altas doses de contaminantes para exalar cheiro, para a detecção de vazamentos. Nossa indústria teve que lutar muito para purificar esses gases, o que o fez muito bem.

Quais as situações do Brasil e da Argentina em termos de tecnologia para a produção de aerossóis? As indústrias de aerossóis dos dois países vivem em patamares tecnológicos similares?O Brasil é formador de opinião em aerossóis sofisticados e de alta qua-lidade. As tintas do Brasil são exce-lentes. Na parte de produtos domis-sanitários, o Brasil foi pioneiro na utilização de água como solvente, naquilo que chamamos de produtos water based. Nossos inseticidas, por exemplo, começaram a trabalhar com água como solvente há trinta e poucos anos. O Brasil é o único país que proíbe a adição de perfume aos inseti-cidas, numa decisão ética, para evitar que o produto possa ser erroneamente usado como odorizador de ambien-te. Essa excelência explica por que a penetração do produto importado ainda é menor em inseticidas que em outros segmentos. Tecnologicamente nós estamos muito bem posicionados. Veja-se também o caso dos cosméticos em aerossol vendidos porta-a-porta. São de primeiríssima qualidade.

Uma fonte alternativa de gás propelente, um “plano B”, não poderia restaurar um pouco da competitividade da indústria brasileira de aerossóis? Onde se concentram as principais reservas desses gases?Em matéria de gás, é inevitável falar da Bolívia. O gás natural é muito puro, tem muita qualidade, é bem melhor que o gás

de craqueamento. Só que a Bolívia não tem uma indústria que acompanha, e há de se levar em conta todo imbróglio recente com aquele país. A Venezuela e o México também têm bom propelente. Mas posso lhe adiantar duas boas novidades, que poderão nos injetar competitividade. Primeiro, há um com-promisso da Petrobras, que encontrou excelentes propelentes na Bacia de Santos e que sinaliza uma oferta do produto a

um preço coerente. Outro aspecto importantíssimo é a iminente abertura de uma empresa que fornecerá local-mente o dimetil éter, um derivado do gás natural com características físicas similares às do GLP e que é conside-rado o propelente do futuro. O dimetil éter já é bastante utilizado por aeros-sóis na Europa, 100% no Japão e tem um alto consumo também na China. Ele está crescendo muito porque é solúvel em água e emite baixíssima taxa de VOCs, os gases poluentes. O butano e o propano precisam de emulsificantes, necessitam ser chaco-alhados para que tenham uma com-posição homogênea. O dimetil éter, não. O Brasil promete ser o primeiro país da América Latina a ter dimetil éter local como propelente.

Com seus produtos a preços em geral menores, em todas as áreas, a China é hoje o grande fantasma do setor industrial. Mas, no caso de aerossóis, é viável importá-los daquele país, considerando o frete, que deve agra-

var-se quando se trata de embalagens vazias?Com uma população de mais de 1,3 bilhão de pessoas, a China consome apenas 850 milhões de latas de aerossóis por ano. Na América Latina, com 523 milhões de habitan-tes, consumimos anualmente 1,22 bilhão de latas. Estive lá recentemente, por ocasião de um congresso sobre aerossóis, e reforcei a visão de que honestamente a China não nos preocupa. A China não tem como subvencionar aço, alu-mínio, petróleo e derivados, que são os componentes dos aerossóis. Portanto, creio que ela não é um inimigo virtual. Quando você exporta produtos com grau de flamabilidade, há um custo adicional. No caso isolado das embalagens, os tubinhos de 30 milímetros, aqueles pequenininhos, usados por desodorantes de banheiros, podem ter viabilidade na importação, porque num contêiner entra um milhão de tubos. Agora, outros tipos de tubos, maiores, não, porque transportar ar sai caro.

entrevista >>> Hugo Agustin Chaluleu

“Fomos pioneiros na

utilização de água

como solvente de

inseticidas. Nossos

cosméticos em aerossol

vendidos porta-a-porta

são de primeiríssima

qualidade. O Brasil é

formador de opinião em

aerossóis sofisticados

e de alta qualidade”

Produtos argentinos que mais cresceram no mercado brasileiro de aerossóis (taxas de participação nos respectivos segmentos nacionais)

2004 2007

Desodorantes corporais e antitranspirantes 64% 84%

Preparações para barbear 24% 55,5%

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Quais os principais mercados para os aerossóis no Brasil? A melhora da renda desde o Plano Real resultou em maior consumo de aerossóis?Os principais mercados para os aerossóis, grosso modo, são cosméticos e household products, os produtos para cuidado do lar. Na área de produtos domissanitários, o crescimento da dengue é um propulsor do consumo de inseticida doméstico. É a única arma que a dona-de-casa tem para proteger seu lar do Aedes Aegypti, um mosquito que vive num raio de somen-te 300 ou 400 metros, que não vem voando lá do bosque longínquo para invadir as casas. O mercado de desodorantes pessoais em aerossol vem crescendo ultimamente a taxas médias de 17% ao ano. Vale lembrar que o Brasil é o segundo maior mercado mundial para cosméticos, só atrás dos Estados Unidos. Temos mercado e potencial para crescer, haja vista que o consumo anual per capita de aerossóis no Brasil é de 1,8 tubo, contra cerca de dez tubos na Argentina.

Quais as tendências mundiais em termos de embalagem para aerossóis e quais delas poderão se consolidar no Brasil, independentemente do momento difícil que vive a indústria nacional?As latas com formatos irregulares, diferentes do cilíndrico, produzidas com tecnologias de expansão, são vedetes mun-diais. Mas essas embalagens têm um custo adicional, e é pre-ciso mercado para justificar o investimento na máquina que faz o desenho especial. Tenho informações de que muito em breve poderemos ter no Brasil uma sensação mundial, que é o revestimento de latas com PET. Essa laminação evita o enfer-rujamento das latas, dando charme aos aerossóis usados em ambientes úmidos, como o banheiro ou a área de serviço. Em decoração, a aplicação de rótulos plásticos shrinkable (ter-moencolhíveis) é interessante, e já começa a crescer no Brasil – embora essa combinação seja corretamente proibida em inseticidas domésticos, para evitar usos indevidos do produto caso o rótulo se desprenda da lata. Em cosméticos e produtos de higiene pessoal, já existem válvulas que distribuem dife-rentes ativos em nuvens distintas, com dupla função. O cos-mético em aerossol é um produto de excelência. Você aperta aquelas bisnagas plásticas, squeezable, e toma aquele banho de respingos... Isso não tem nada a ver com modernidade!

Empresas como a Unilever já divulgaram pesquisas que apontam que o consumidor brasileiro prefere desodorantes em aerossol aos em bisnaga... Claro. O aerossol significa um sistema moderno, de alta categoria. A propósito, também é curioso notar como o deso-dorante roll-on não pega no Brasil. O povo brasileiro não gosta dele. A bisnaga squeezable, além de ter uma aplicação menos precisa, deixa entrar ar na embalagem. Isso degrada o produto. Se não degrada, cuidado (risos).

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46 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Famosa pelas tampas para cosméticos, Seaquist Closures lança nova flip-top “esportiva” para águas minerais e outras bebidas sem gás

ais conhecida pelas tampas e pelos sistemas de fechamento destinados a cosméticos e produtos de higiene pessoal, a Seaquist Closures quer

crescer também como fornecedora da indús-tria de bebidas. Tanto é que está alardeando o lançamento mundial, inclusive no Brasil, da Original, nova tampa com design flip-top inte-grado para bebidas não carbonatadas.

A tampa é especialmente direcionada a bebidas com apelo para consumo em movi-mento (on-the-go) e com perfil esportivo, como águas minerais, chás, sucos e isotônicos. Permite a utilização de apenas uma mão para sua abertura e fechamento, o que, de acordo com Marcelo Garcia Chiara, gerente de contas da subsidiária brasileira da Seaquist Closures, assegura mais higiene em relação às tampas esportivas push-pull existentes no mercado.

Consumo confortável“O usuário não precisa tocar na superfície que irá usar para beber, mantendo assim o bico sempre limpo e livre de qualquer contamina-ção”, argumenta o profissional. A sobretampa flip-top abre num ângulo de 180º, garantindo

Beleza no on-the-go

M

fechamentos >>> bebidas

conforto no consumo direto do bocal. Uma depressão no desenho da tampa (finger recess) evita que as mulheres quebrem as unhas tentan-do acionar o mecanismo flip-top.

Desenvolvida pela Seaquist General Plastic, filial francesa da Seaquist Closures, a Original tem o corpo externo construído em polipropi-leno (PP) e o bocal em polietileno (PE). Desse modo, pode ser produzida em duas cores, por bi-injeção. Chiara ressalta que a nova tampa esportiva da Seaquist Closures permite um fluxo médio de cerca de 3 litros de bebida por minuto, “ao contrário da média de menos de 2 litros por minuto atualmente oferecida pelo mercado”. Inicialmente disponível no diâme-tro de 28 milímetros, com versões de 30 e de 38 milímetros com lançamentos programados para breve, a Original pode ainda receber a inserção do dispositivo SimpliSqueeze, válvula desenvolvida pela Seaquist Closures para con-trolar o fluxo do produto e evitar vazamentos, sujeiras, desperdícios e respingos. (GK)

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AÇÃO

Seaquist Closures(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

ERGONOMIADesenho flip-top da

tampa Original garante manuseio com uma

só mão e abertura da sobretampa em 180o, facilitando o consumo

BICOLOR – Processo de bi-injeção permite trabalhar bocal e sobretampa em cores distintas

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Estréia no RepelexVálvula SimpliSqueeze é adotada por repelente em bisnaga

Creme repelente de insetos para crianças, o Repelex Kids, da Reckitt Benckiser, é o primeiro produto brasileiro a con-tar com a válvula de sili-cone SimpliSqueeze, da Seaquist Closures, em seu sistema de fecha-mento. Conjugada a uma tampa flip-top Tube Top Softline 50 mm, que fecha a bisnaga plástica do Repelex Kids (produzi-da pela C-Pack), a válvu-la SimpliSqueeze funcio-na como uma comporta

de segurança. Ao parar de se comprimir a bis-naga, a válvula se fecha para evitar vazamentos, impedindo a liberação do produto mesmo se a bisnaga estiver de cabe-ça para baixo. Segundo a Seaquist Closures, a válvula também evita a formação de resíduos em volta do orifício dosa-dor da tampa. Tais dife-renciais são destacados pela Reckitt Benckiser no rótulo do produto (veja a foto).

DIAFRAGMA – Válvula regula o fluxo do creme e evita desperdícios

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epois de enfrentar séria crise financeira, afastar-se da mídia e ser com-prada por um fundo de

investimentos, a Parmalat está de volta com tudo. O foco agora é cen-trado nos leites premium da marca. Todas as embalagens desses produtos foram trocadas: saem as garrafas de polietileno de alta densidade (PEAD) e entram as embalagens cartonadas assépticas Tetra Prisma Aseptic, com tampas de rosca, da Tetra Pak, e design criado pela agência Africa. A empresa investiu forte na diferencia-ção, colocando seus produtos numa versão de embalagem asséptica que se destaca na categoria dos leites, onde predominam as caixinhas de formato tipo paralelepípedo.

A linha de frente da marca, com-posta pelos produtos Extra Premium, Dietalat (0% de gordura) e Zymil (de fácil digestão), ganhou mais duas versões: Fibresse (com fibra funcio-nal) e Physi-CAL (com cálcio extra). “Pesquisas mostraram que a emba-lagem de leite com tampa de rosca é aprovada pelos consumidores”, afir-ma João Audi, presidente da Parmalat Brasil. As pesquisas qualitativas indi-cam também que os consumidores classificaram a embalagem como “diferente, única e moderna”, relata o executivo. Segundo ele, “os consu-midores aplaudiram o fato de a nova embalagem ser 100% reciclável, o que não acontecia com as garrafas plásticas”. O benefício é um dos des-taques da comunicação – inclusive nas caixinhas – da empresa.

No seu retorno à mídia, a Parmalat resgata os mamíferos, que fize-ram sucesso na década de 1990 e agora ressurgem como “Mamíferos Crescidos”. A campanha, assinada pela Africa, mostra os mesmos atores que, crianças, vestiam fantasias de mamíferos e agora tentam colocar suas antigas fantasias, sem conse-guir, porque tomaram leite Parmalat e cresceram.

“Potencial crescimento”A meta da Parmalat é aumentar a participação dos leites especiais no faturamento (15% dos 901 milhões de reais obtidos em 2006), sempre com novos lançamentos – ou seja, produtos com algum diferencial, reforçando o conceito de valor agre-gado. “É um mercado com poten-cial de crescimento ao qual estamos muito atentos”, diz João Audi. De acordo com o executivo, os investi-mentos em lançamentos, em emba-lagens e em comunicação chegarão a 40 milhões de reais até o final deste ano.

Mesmo afastada da mídia devido à crise interna, a empresa ainda é líder no mercado nacional de leites, com 11,3% em volume. Os problemas da Parmalat afetaram também a distri-buição, e apenas com o reposiciona-mento no varejo, depois da compra pelo fundo de investimentos Laep (Latin American Equity Partners), a empresa viu sua participação em receita passar de 8% para 12,7% do mercado em relação a julho de 2006, segundo a ACNielsen. (FP)

Um prismade retomada

D

marcas >>> reposicionamento

APROVAÇÃO – Tampa de rosca agradou o consumidor

FOTO

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ULG

AÇÃO

COMUNICAÇÃOSelo ressalta que

embalagem é reciclável

Em recuperação, Parmalat resgata mamíferos e troca garrafas de PEAD por cartonadas premium

Africa(11) 3094-9999www.africa.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

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ecentemente, a Parmalat, líder no mercado de leites, voltou à mídia com os mesmos “mamíferos” que tanto sucesso fizeram nos anos

1990. Literalmente os mesmos, alguns anos mais velhos, agora anunciando a linha pre-mium da companhia que promete se reer-guer nas mãos de um grupo de investidores. Ganham destaque na propaganda as embala-gens Tetra Prisma Aseptic, da Tetra Pak (ver reportagem na página 48). Além de inovar o visual na categoria, amplamente dominada por outra embalagem da Tetra Pak, a Tetra Brik Aseptic, chama a atenção a frase que encerra o comercial: “em novas embalagens recicláveis”.

Acompanho há alguns anos o debate sobre o impacto que as embalagens têm sobre o meio natural, mais especificamente desde que estudei o assunto na Universidade de Oxford, na Inglaterra, entre 2001 e 2002. O que se observa é uma ofensiva cada vez maior de governos e grupos ambientalistas contra as embalagens, e uma reação relativamente tími-da da cadeia do packaging, onde o discurso da proteção ambiental ganha força mais rapida-mente do que ações concretas.

Por isso, o comercial da Parmalat foi uma grata surpresa para mim. Ele traz nas entreli-nhas a inteligência da Tetra Pak, empresa de

Uma grata surpresa

R

opinião >>> estratégia

Tetra Pak mostra que embalagem não precisa se esconder quando o assunto é ambiente, e faz disso um diferencial competitivo

50 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Por Marcos Palhares

embalagem que mais aposta na comunicação para transmitir seus valores fundamentais e reforçar a sua marca, e que há alguns anos vem investindo pesado na gestão ambiental, de olho nas potenciais dores de cabeça que o desconhecimento de consumidores e legisla-dores pode dar a uma empresa que trabalha com embalagens que combinam papel, polie-tileno e alumínio.

Ao trazer para o grande público a questão da reciclagem, ao mesmo tempo em que tra-balha incessantemente na busca por soluções

Reciclagem, que há alguns anos era o calcanhar de Aquiles das cartonadas assépticas, hoje virou diferencial competitivo

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AÇÃO

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52 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

economicamente viáveis para a recuperação e a reciclagem de suas embalagens, percebe-se que o assunto é uma aposta da Tetra Pak para gerar diferencial competitivo, e faz parte da estratégia mundial da companhia.

A “caixinha” que há alguns anos causava arrepios nos ambientalistas mais ortodoxos hoje pode ser totalmente reciclada, e conse-guiu a façanha de ser declarada pelo governo alemão (talvez o mais rigoroso com a questão ecológica na Comunidade Européia) como uma embalagem ambientalmente amigável, após estudos mostrarem que, na consideração de seu ciclo de vida, a cartonada asséptica tem impacto aceitável sobre o meio ambiente. Por trás dessa mudança significativa de percepção está um trabalho estruturado e constante, que concilia a busca pela preservação ambiental com negócios pujantes.

“O futuro” está aquiRecentemente, fui convidado para conhecer duas fábricas da Tetra Pak: a de Monte Mor (SP), e a de Lund, na Suécia. Na visita à fábrica brasileira e ao “circuito da reciclagem” (que inclui paradas na Klabin, fornecedora exclu-siva dos cartões usados pela Tetra Pak, e em dois recicladores), chama a atenção a importância dada pela empresa ao tema do meio ambiente, em todo o seu ciclo produtivo. Na parte da reciclagem, há que se destacar a tecnologia de plasma, desenvolvida no Brasil, que permite a recuperação das matérias-primas usadas nas embalagens quase em ciclo fechado. O papel volta como fibra para embala-gens de papelão ondulado. O alumínio é recuperado, e pode voltar na forma de lingotes. O polietileno vira parafina. Em suma, embalagens vazias voltam ao ciclo produtivo, viram dinheiro. Uma tecnologia elogiada não apenas pela dire-tora mundial da empresa para o meio ambiente, Erika Mink, mas também pelo presidente e CEO da empresa, Dennis Jönsson. É, aliás, uma tecnologia na qual a empresa diz apostar plenamente como “o futuro”.

O que me surpreendeu quando cheguei em Lund, por sua vez, foi a sensação de déjà vu. Tirando o laboratório de desenvolvimento de embalagens (onde são feitos os estudos

que resultam nos novos itens do portfólio da empresa) e o laboratório de análises micro-biológicas (que analisa potenciais contami-nações durante o processo), que não possuem estrutura semelhante no Brasil, e que atendem unidades da Tetra Pak em todo o mundo, a impressão que se tem é a de que se está numa versão aumentada de Monte Mor, com a tecla SAP apertada. A semelhança não é apenas física. O discurso corporativo é muito pare-cido, o que revela uma empresa com cultura unificada, caminhando na mesma direção.

O pouco espaço me impede de tecer comen-tários sobre outro ponto que faz parte do DNA da Tetra Pak: o monitoramento sistemático dos

hábitos de consumo, com o intuito de trazer inovações que atraiam os consumido-

res, ao mesmo tempo em que sejam economicamente viáveis para os

clientes da empresa, como explicaram em pormenores Michael Zacka, vice-presi-

dente de marketing e gerencia-mento de produtos, e Michael

Grosse, vice-presidente executivo de desennvolvimento e engenharia.

Mas isso é outra história.Que não se tome este artigo como

uma apologia à Tetra Pak, nem como um indício de preferência por esse ou aquele

sistema de embalagens. Entenda-se apenas que, numa indústria que tem sido saco de pancadas quando o assunto é resíduos urbanos, ações concretas que vão na direção contrária mere-cem ser elogiadas. Principalmente quando são mostradas. No caso, em rede nacional.

Laboratório microbiológico da planta sueca ajuda no desenvolvimento de melhorias nas embalagens Tetra Pak

Protótipo de embalagem personalizada entregue durante visita a Lund

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54 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

esde seu lançamento, em 1979, a Absolut Vodka sempre procurou valorizar suas embalagens, que hoje são reconhecidas de imediato

no mundo inteiro. A primeira “garrafa artísti-ca” surgiu em 1985, quando o americano Andy Warhol, guru da pop art, pintou uma embala-gem da bebida. Aquela foi a primeira vez que a marca que integrou publicidade e arte. Desde então, a Absolut já patrocinou exposições, desfiles de moda e festivais de música, entre outras formas de expressões artísticas, sempre com a garrafa como tema.

Agora, a arte está de volta às embalagens comercializadas no Brasil. A iniciativa foi bati-zada de Absolut Brasil, e faz parte da estraté-gia global de comunicação adotada pela marca – além do Brasil, a campanha passou por Estados Unidos e França e chega em breve à Itália. O objetivo é apresentar uma releitura da garrafa da vodca pela ótica de artistas plásti-cos nacionais. Nelson Leirner e Daniel Senise foram os pintores escolhidos para representar o Brasil nas embalagens. Com tiragem limita-da de 48 000 unidades, as garrafas assinadas por Leirner e Senise permanecerão nos pontos-de-venda por apenas um mês cada (setembro e outubro, respectivamente). A embalagem de Nelson Leirner traz imagens de borboletas coloridas. A garrafa criada por Daniel Senise tem a imagem de um macaco em meio a esti-lhaços de madeira.

Decoração com termoencolhívelTodas as garrafas de Absolut Vodka são fabri-cadas em Limarett, na Suécia, por vidrarias associadas à V&S Spirit AB, proprietária da marca. A decoração das versões Absolut Brasil é feita pela Sleever International com rótulos termoencolhíveis produzidos com filme reci-clável TF 95 XB, de poliestireno orientado (OPS). A impressão é feita na França e a rotu-lagem no Brasil.

Além de incentivar a arte, o projeto traz também outra característica da marca, o “col-

Garrafas valorizadas

D

marketing >>> promoção

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AÇÃO

Artistas brasileiros criam versões para embalagem de Absolut Vodka

ARTE E EMBALAGEMIniciativa da Absolut

de utilizar artistas plásticos começou

em 1985, com Andy Warhol (acima), nos EUA. Projeto Absolut Brasil traz garrafas de Nelson Leirner

(esquerda) e Daniel Senise

Sleever International(11) 5641-3356www.sleever.com

lectible”, o objeto do desejo dos coleciona-dores de itens da Absolut. Hoje, a coleção de itens da Absolut inclui mais de 400 obras de arte, que variam de mobiliário e escultura até fotografias, arte digital e tecidos.

Além das duas garrafas, a Absolut encomen-dou trabalhos para outros dez jovens artistas plásticos brasileiros: Nando Costa, Adhemas, Abiuro, Glauco Diogenes, Gui Borchert, Marconi, Nitrocorpz, Colletivo, Rubens Lp e mooz. Eles criaram versões virtuais da garrafa, que estão disponíveis no website da marca. A aposta da Absolut no Brasil é justificada, já que por aqui suas vendas aumentam a vertiginosos 100% ao ano, a maior taxa de crescimento para a marca no globo. (FP)

Page 55: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

Desde a sua fundação, em

1984, a Colacril se orgulha

de ter contribuído para a

consolidação e o

crescimento do mercado de

auto-adesivos no Brasil.

Com investimentos

constantes em tecnologia,

seja em equipamentos,

seja em capital intelectual,

a Colacril sempre esteve à

frente das evoluções

do segmento.

Fincada em parcerias com

fornecedores de primeira

linha, a empresa, nascida

em Ribeirão Preto (SP), hoje

produz em sua moderna

fábrica de 50.000m² na cidade

de Campo Mourão (PR)

mais de 100 itens

dirigidos às mais diversas

aplicações, e exporta

para mais de vinte países

espalhados pelos quatro

cantos do mundo.

www.colacril.com.br • [email protected] • + 55 (44) 3518-3500

ambiente

brasileira

regularidade

investimento

visão

no fornecimento

de futuro

100%

produtos

respeito ao

pontualidadena entrega

constanteconstanteconstante

amplo leque deamplo leque de

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56 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Abre divulga os vencedores de 2007 do seu Prêmio de Design & Embalagem

Projetos vencedores

evento >>> prêmio abre

m cerimônia realizada na Casa Petra, em São Paulo, no dia 29 de agosto, a Abre – Associação Brasileira de Embalagem anunciou os vencedo-res da 7ª edição do Prêmio Abre de Design & E

Embalagem. Os vencedores concorreram em três módulos: Design, Tecnologia de Embalagem e Estudante, divididos em 30 categorias, incluindo as categorias especiais Ecodesign, Empresa do Ano e Voto Popular. A seguir, os premiados.

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ESIG

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Categoria:

Alimentos doces

Produto:

Sonho de Valsa trufa

em formato coração

Vencedor: Kraft Foods

Design:

Tritec/Narita Design

Convertedores:

Ibratec/Itap

Usuário: Kraft Foods

Categoria:

Higiene e limpeza

Produto: Perfume

para ambientes

Amazônia Natural

Vencedor: Zeh Design

Design: Zeh Design

Convertedores:

Kingraf/Plasticase/

Gana/Thallis

Usuário:

Nutriphitus Cosméticos

Categoria: Miscelânea

Produto: Tom Bom

Flex 40 ml

Vencedor:

MN Design

Design:

MN Design

Convertedores:

MetroprintHecaplast

Usuário: Cria Sim

Categoria: Bricolagem

Produto: Linha Papaiz

Vencedor: Pande

Design Solutions

Design: Pande

Design Solutions

Convertedores:

MDS Blispack/

Lyons Indústria Gráfica

Usuário: Papaiz

Nordeste

Categoria: Cosméticos e

cuidados pessoais

Produto: Projeto Joaninha/

Fraldas Pampers

Vencedor: Orsa Embalagens

Design: Entre Dois Pontos

Convertedor: Orsa Embalagens

Usuário: Procter & Gamble

Categoria: Embalagem para MPEs

(micro e pequenas empresas)

Produto: Embalagem para frutas

vermelhas in natura Baronesa

Vonleithner

Vencedor: G.A. Produção e

Comunicação

Design: G.A. Produção e Comunicação

Convertedores: Gráfica Vinhedense/

Categoria: Redesign

alimentos e bebidas

Produto: Nescafé Dawn Jar

Vencedor: Nestlé

Design: FutureBrand

Convertedores: Gráfica 43/

Saint-Gobain/Sonoco For-Plas/

Owens-Illinois

Categoria:

Marcas próprias

Produto:

Linha Viver Carrefour

Vencedor:

Pande Design Solutions

Design: Pande

Design Solutions

Convertedores:

Gráfica Espírito Santo/

Stampafare Embalagens/

Excelsior Gráfica

e Editora

Usuário: Carrefour

FOTO

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AÇÃO

Page 57: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

Categoria: Bebidas não-alcoólicas

Produto: Embalagem Baggio Aromas

Vencedor: Pipa Design

Design: Pipa Design

Convertedores: Rangel Embalagens/

Gráfica Topázio

Usuário: Baggio Coffees

Categoria: Embalagem para Perfumes

Produto: Isabela Capeto Boneca Frasco Vermelho

Vencedor: Casa Granado

Design: Holos Design

Convertedores: WS

Moldes e Peças

Plásticas/Tech Spray/

Vidraria Anchieta

Usuário: Casa Granado

Categoria: Saúde e farmacêuticos

Produto: Embalagem Fibrothin

Vencedor: Design Inverso

Design: Design Inverso

Convertedores: Gráfica Meyer/

Baumgarten/AB Plast/Alcoa

Usuário: Laboratório Catarinense

Categoria: Bebidas alcoólicas

Produto: Sleeve para Ypióca 160 anos

Vencedor: Sleever International

Design: Ypióca

Convertedores: CIV/Sleever

Usuário: Ypióca

Categoria: Família de produtos

Produto: Linha de tortas Miss Daisy Sadia

Vencedor: Brasilgrafica

Design: Team Creatif

Convertedores: Brasilgrafica/Klabin

Usuário: Sadia

Categoria: Alimentos salgados

Produto: Linha de patês de atum Gomes da Costa

Vencedor: Gomes da Costa

Design: Tônica de

Comunicação

Convertedores:

Prada/Poly-Vac/

Rigesa

Usuário: Gomes da Costa

Page 58: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

58 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Categoria: Alimentos

Produto: Tampa

rosca Massu 74

Vencedor: Massucato

Design: Massucato

Convertedor: Massucato

Usuário: Equador

Indústria de Conservas

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EC

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E E

MB

ALA

GEM

Categoria: Bebidas

Produto: Nescafé Dawn Jar

Vencedor: Nestlé

Design: FutureBrand

Convertedores: Gráfica 43/

Saint-Gobain/Sonoco

For-Plas/Owens-Illinois

Usuário: Nestlé

Categoria: Higiene, limpeza,

saúde e farmacêuticos

Produto: Embalagem

Whiteness Perfect

Vencedor: Design Inverso

e FGM Produtos Odontológicos

Design: Design Inverso

Convertedores: Confetti/Toplast/Grifiart/

Impressora Ipiranga/Gráfica Meyer

Usuário: FGM Produtos Odontológicos

Categoria: Cosméticos

e cuidados pessoais

Produto: Natura Ekos

Óleos Trifásicos

Vencedor: Natura

Design: Natura

Convertedores:

BahiaPet/AB Plast

Usuário: Natura

Categoria: Embalagem para perfumes

Produto: Isabela Capeto

Boneca Frasco Vermelho

Vencedor: Casa Granado

Design: Holos Design

Convertedores: WS Moldes e Peças

Plásticas/Tech Spray/Vidraria Anchieta

Usuário:

Casa

Granado

Categoria: Miscelânea

Produto: Cartucho para

celular Real Flat GF 970

Vencedor: Rigesa

Design: Gradiente Eletrônica

Convertedor: Rigesa

Usuário: Gradiente Eletrônica

Categoria: Embalagem para

food service, delivery e take away

Produto: Embalagem para lasanhas

Vencedor: Design Inverso

Design: Design Inverso

Convertedor: Kenpack

Usuário: Pastagnolli

Categoria:

Redesign Produtos em

Geral

Produto:

Natura Biografia –

desodorante colônia

masculino e feminino

Vencedor: Natura

Design:

Desgrippes Gobé

Convertedores:

Wheaton/Aptar B&H/

Nilpel/Box Print Grupograf

Usuário: Natura

Categoria: Embalagem

promocional

Produto: Ovo de Páscoa

Diamante Negro

Vencedor: Itap

Design: Narita Design

Convertedores: Itap/Emplal

Usuário: Kraft Foods

Categoria: Design industrial

Produto: Acholatado Light Taeq

Vencedor:

Sart/Dreamaker

Design:

Sart/Dreamaker

Convertedores:

Sinimplast/Zeviplast

Usuário:

Pão de Açúcar

Categoria: Inovação Tecnológica

Produto: Embalagem para Amaciante

Concentrado com Sistema de Dosagem Interno

Vencedor: Unilever

Design: Unilever

Convertedores: BrasAlpla/Clariant/CCL Label

Usuário: Unilever

Page 59: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

Categoria: Embalagem para exportação

Produto: Embalagem Whiteness Perfect

Vencedor: Design Inverso e FGM Produtos

Odontológicos

Design: Design Inverso

Convertedores: Confetti/Toplast/Grifiart/Impressora/

Ipiranga/Gráfica Meyer

Usuário: FGM Produtos Odontológicos

Categoria: Voto Popular

Produto: Leite Ninho

Baldinhos “Torcer pelo

Brasil faz bem”

Vencedor: CBL –

Companhia

Brasileira de Latas

Design: Pande Design Solutions

Convertedores: CBL – Companhia

Brasileira de Latas/Sonoco For-Plas/Indeplast

Usuário: Nestlé

CATE

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RIA

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SPEC

IAIS

Categoria: Ecodesign

Produto: Natura Ekos –

Óleos Trifásicos

Vencedor: Natura

Design: Natura

Convertedores:

BahiaPet/AB Plast

Usuário: Natura

Cláudia Leidinger

Projeto Pack Ball

Natura

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60 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

empresa organizadora do evento, a presença de empresas regionais aumentou expressi-vamente em relação a 2006. “Devido aos investimentos que vêm sendo feitos em infra-estrutura no Nordeste, com ênfase na petroquímica, várias empresas de diferentes segmentos de consumo estão se instalando na região, daí a percepção da importância estra-tégica da área pelos fornecedores de maté-rias-primas, embalagens e seus insumos” Essa percepção, aliás, é manifestada também por empresas regionais, que tratam de ocupar espaços cobiçados por concorrentes do Sul e do Sudeste do país. De acordo com outro diretor da Greenfield, Jayme Wiss, “isso é evidenciado pelo aumento do interesse de fornecedores locais em estarem presentes na Embala Nordeste 2008, que já vendeu 70% do espaço”.

A feira fechou seu balanço final com apro-ximadamente R$ 380 milhões em compras de máquinas e serviços. O destaque ficou com a área gráfica, o Graphium Show, que comercia-lizou quase todas as oitenta máquinas expos-tas por diferentes empresas.

segunda edição da Embala Nordeste Feira Intermacional de Embalagens, realizada entre 20 e 23 de agosto, constituiu-se, acima

de tudo, numa confirmação de que a região é mais do que promissora para a cadeia produtiva de embalagem, como é aliás do conjunto da economia brasileira. O Nordeste cresce acima da média brasileira e, no campo específico do packaging, é um exemplo de grande dinamismo, pelo menos a julgar pelo que se viu na feira realizada no Centro de Convenções de Olinda, em Pernambuco.

O evento foi 60% maior do que a primei-ra edição, no ano passado, e teve mais de 250 expositores, dos quais aproximadamente dois terços originários de Estados do Sul e do Sudeste do país, numa clara evidência do interesse das empresas fornecedoras em ganhar espaço na região. Os restantes 20% eram, em sua quase totalidade, empresas de Pernambuco, mais algumas oriundas de Estados vizinhos.

No entanto, segundo Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield Promotions,

Mais que promessa

A

evento >>> embala nordeste

Feira de embalagem mostra força da região para o setorPor Wilson Palhares

Page 61: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

m parceria com a organizadora da Embala Nordeste, a Greenfield, EMBALAGEMMARCA empreendeu na

Embala Nordeste uma ação institucional e ao mesmo tempo didática. Foi a mostra Espaço Almanaque – Memória da Embalagem, cons-tituída pela reprodução, em tamanho ampliado (0,80m x 1,20m), de dezesseis páginas da seção Almanaque, publicada regularmente nas edições mensais da revista e prestigiada com um dos mais elevados índices de leitura.

Não foi diferente no evento, onde os pai-néis constituíram, num estande de 42 metros quadrados, uma atração. Muitos visitantes des-cobriam com surpresa fatos e curiosidades sobre as embalagens e as marcas de produtos de consumo brasileiros e estrangeiros, às vezes relacionados a épocas passadas de suas vidas.

Nesse sentido, EMBALAGEMMARCA enten-

Institucional e didáticaE

FOTO

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AÇÃO

de que, sem a pretensão de registrar de forma “científica” a história das embalagens e das marcas, atingiu um dos objetivos da iniciativa: mostrar a importância, geralmente ignorada, da embalagem como instrumento de preser-vação da memória da sociedade. O conceito básico da mostra, como constava do painel de apresentação, foi o de que “a História não é feita apenas de gestos políticos; os objetos produzidos pelas pessoas no trabalho diário, entre eles as embalagens, também a contam”. Do ponto de vista institucional, o Espaço Almanaque cumpriu o objetivo de reforçar a imagem de marca da revista.

Page 62: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

62 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

Remédio com RG

codificação >>> medicamentos

Roche cria sistema de identificação e rastreamento para seus fármacos

PROCEDÊNCIA GARANTIDA

Selo de identificação da Roche assegura

rastreamento do produto

Roche é a primeira indústria farmacêutica do país a lançar um sistema de identificação de medicamentos, batizado de RocheID. Cada caixa dos remédios Herceptin, MabThera e

Xeloda, para tratamento de oncologia e hematologia, leva-rá um código único, como se fosse um RG. A criação do sistema tem como objetivo rastrear a procedência dos medicamentos para diminuir a falsificação e o roubo de cargas. A clínica ou hospital que adquirir o remédio poderá imediatamente validá-lo via internet, evitando a aquisição de medicamentos de origem suspeita e, conseqüentemente, prejuízos aos pacientes.

No novo sistema de identificação é aplicado um selo auto-adesivo de segurança em cada embalagem dos pro-dutos. O selo tem um número de série seqüencial, visível, e outro número aleatório associado ao primeiro, oculto em uma raspadinha. Essa associação é sigilosa e somente quem a possui é a Roche. Dessa maneira, quando o cliente recebe o produto, terá a opção de validá-lo, raspando e descobrindo o número oculto, e em seguida, informando-o à Roche, via telefone ou internet. Como elementos adicionais de segu-rança, a etiqueta possui fundo numismático (fundo formado por linhas sinuosas, que dificulta falsificações), linha louca (também chamada de “linha de segurança”, é uma série de desenhos lineares, com inscrições em letras pequenas) e tinta termocrômica. Quando há a tentativa de remoção do selo, o cartucho do medicamento é danificado.

“Outro ponto importante é que a cada expedição auten-ticamos quais números de série (RocheID) estão associados a cada nota fiscal. Assim, em caso de roubo ou extravio

do produto, registraremos que determinados números de série referem-se a produtos não-validados pela Roche”, explica Fábio Bellucio, gerente de Distribuição e Serviços a Clientes da farmacêutica. Aí a empresa não garante mais a qualidade nem a procedência desses medicamentos.

Identificação individualDe acordo com Bellucio, a grande diferença do RocheID para o sistema de marcação de lotes com números e data está na possibilidade de identificar os cartuchos individualmente. “A marcação em lote não permite reconhecer cada unidade. Ou seja, se temos 1 000 cartuchos de um produto, eles não podem ser diferenciados entre si. Quando há um problema em uma caixa, o lote todo está comprometido”. Como o Roche ID cria um RG único (constituído de número de série e número aleatório) para cada cartucho, “é possível rastrear uma caixa de remédio suspeita em um distribuidor ou clínica, e podemos afirmar com certeza se aquele produto é oriundo de roubo ou extravio”, ressalta o gerente da Roche.

Inicialmente, o novo sistema de identificação foi implan-tado para medicamentos de uso controlado por clínicas e hospitais e de preço mais alto. A Roche tem planos para ampliar o RocheID para outros produtos vendidos ao con-sumidor final, porém ainda estuda a viabilidade de custos. “Mas o sistema, sem dúvida, dificultará roubos e falsifica-ções, o que nos faz crer que iremos implantar a identificação individual para produtos de varejo”, conclui Belucci.

A Roche diz que o novo sistema de identificação pro-vocou aumento de custo de “apenas alguns centavos” por embalagem, o que, segundo a empresa, é muito pouco se comparado ao alto valor dos produtos. A farmacêutica não informou quem fornece as etiquetas. (FP)

A

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AÇÃO

62 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

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Page 64: Revista EmbalagemMarca 097 - Setembro 2007

64 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2007

O poder de fogo da embalagem vem aumentando, e a publicidade representa hoje papel mais natural do que o que tinha há cinqüenta anos, quando se acreditava que um mercado podia ser inventado a partir dela

interessante ver a evolução do conceito das marcas de merca-do e o packaging (1) no tempo. O packaging moderno, expresso

como ciência da engenharia aplicada às embalagens, começou em 1860. Antes disso, havia apenas garrafas de vidro que eram utilizadas para ven-der bebidas ou medicamentos e as velhas latas de estanho grosso, pois as lâminas finas ainda não tinham sido inventa-das. Os ícones da época inicial foram: Quaker Oats, que acon-dicionou pela primeira vez a aveia enrolada em uma caixa de cartolina; a Cadbury, que já embalava seus chocolates em duas folhas – uma de papel e outra de estanho, exemplo seguido pela Uneeda (biscoi-tos), que juntou os dois concei-tos: caixa e lâminas; a Borden e a Campbell Soup, com latas para leite condensado e molho de tomate; e também a Heinz, com seu ketchup em garrafas, em 1876.

Em plena Revolução Industrial, as famílias se muda-vam do campo para viver nas cidades gran-des, onde a venda deixava de ser realizada de forma personalizada pelo comerciante e amigo de antigas relações. Uma pessoa conhecida podia nos vender commodities, fracionadas no momento. Mas esta realidade já não existia, e era necessário transitar da venda subjetiva à objetiva. Agora, havia

Marca, packaging e embalagem como publicidade

É

artigo >>> série temas estruturais

Por Victor Basso (*)

um campo propício para o surgimento de novos fatores: as marcas, a embalagem e a publicidade.

O packaging evoluiu a partir da Revolução Industrial. As marcas foram a resposta à desconfiança em relação à venda por des-

conhecidos ou em relação à compra sem ajuda de alguma pessoa, com o aparecimento dos supermercados (1922). A marca era o compromisso de um industrial de que o pro-duto teria sempre a mesma qualidade, o que possibilitou a venda objetiva, na qual a embalagem cumpriu o papel do vínculo emocional que tinha sido perdido. Por fim, a publi-cidade permitiu a divulgação dos produtos novos que iam sendo criados. Estes três novos elementos juntos – marca + publicidade + packaging – é que permitiram um desenvol-vimento fenomenal e a entrada de um leque de produtos novos no mercado.

Ou seja, as marcas criaram uma imagem através do valor agregado que os clientes viam

nelas e se diferenciavam por serem únicas e singulares, mas estavam sustentadas por uma consistência de resultados que lhe ofe-reciam confiabilidade.

Os atributos da marca e do produto devem ser complementares (do mesmo tipo) e, se não forem, a marca deve ter atributos supe-riores que incluam os atributos do produto.

“Foram trêselementos

juntos (marca,publicidade e packaging)

que permitirama entrada de

um grande lequede produtos novos

no mercado”

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As culturas que buscam muito a seguran-ça produzem marcas com liderança muito forte e até monopólios. O oposto também é válido, ou seja, as culturas muito individua-listas têm marcas com menos peso próprio.

Quando o tipo de produto é novo para um consumidor, este confia mais na compra de uma marca conhecida. Quando incorporou o conhecimento desse tipo de produto, já se arrisca a provar novas alternativas com mar-cas que incorporem outras vantagens.

Quando nos referimos ao con-ceito de marca, este pode ser de uma instituição, um produto, ou um indivíduo. O valor agregado que essa marca oferece é o princi-pal, mas, para isso, ela deve poder se diferenciar, ou seja, ser única em seu segmento e, além disso, consistente, Vale dizer que precisa cumprir o que o consumidor espera dela a cada vez que a utiliza.

Muitos dos atributos da marca não podem ser explicitados ou publicados, pois isso geraria des-confiança. Portanto, a embalagem tem aí a possibilidade de gerar uma complementaridade e/ou suplemen-taridade com sua própria marca. O poder de fogo da embalagem vem aumentando, e a publicidade repre-senta hoje um papel mais natural do que o que tinha há cinqüenta anos, quando se acreditava que um mer-cado podia ser inventado a partir da publicidade. E, de alguma maneira, era isso que acontecia.

Em um mundo no qual recebe-mos e enviamos milhares de men-sagens por dia e competimos por isso, é fácil entender a importân-cia que a embalagem tem como mensagem direta na linguagem do consumidor.

(1) O termo “packaging” é aqui utilizado pois seu uso é generaliza-do, tanto como “marketing”, e será aplicado para expressar conheci-mentos ou ciência das embalagens.

Quando a referência for à embalagem de um produto será utilizado o termo “emba-lagem”.

*) Victor E. Basso, diretor da EasyPack Ltda. e de Victor Basso & Associados Consultoria Ltda, e ex-presidente da Emzo S/A, é engenheiro mecânico formado pela Universidad del Sur, da Argentina. Atua há 36 anos no mercado de embalagens. Mora no Brasil desde 2002. Para saber mais, acesse www.victorbasso.com

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tiquetas auto-adesivas dotadas de microchip, mas que não se destinam a aplicações de identificação por radiofreqüência (RFID, na sigla em inglês). Essa é a aposta da convertedora RR Etiquetas,

que recentemente anunciou o lançamento da RR TXi, etiqueta com circuito próprio voltada a aplicações de medição de tem-peratura de produtos sensíveis durante processos logísticos.

O produto pode ser fixado a paletes ou embalagens de des-pacho, permitindo registrar alterações de temperatura e indi-car, em tempo real, se os produtos estão sendo transportados adequadamente. “A solução é capaz de fornecer uma leitura precisa da temperatura do ambiente durante todo o processo de transporte de produtos frigorificados, congelados e resfria-dos”, exemplifica Ronald Sagula, gerente de desenvolvimento de novos produtos da RR Etiquetas.

Importada dos Estados Unidos, onde é conhecida como Pak Sense, a tecnologia tem entre seus mercados-alvo prin-cipalmente alimentos e bebidas frescas. Mas medicamentos e até sangue para transfusão também podem ser monitorados com a RR TXi. Para que funcione corretamente, a etiqueta precisa ser pré-programada de acordo com a faixa de tempe-ratura especificada para cada produto. A tarefa é tão simples quanto a aplicação da etiqueta, garante Sagula.

“O próprio cliente ou seu operador logístico podem fazer a programação”, salienta. Antes de o lote de produto ser embar-cado, a etiqueta deve ser ativada, dobrando-se um dos seus vértices. Uma das maneiras de fazer a leitura dos dados se dá através de emissores de luz localizados na própria etiqueta. A cor verde indica que o produto esteve sempre dentro dos parâmetros aceitáveis e o amarelo é sinal de alerta quanto a possíveis desvios. O procedimento é útil para o pessoal que

Termômetros sob vigia

ERR etiquetas importa dos Estados Unidos etiqueta que controla temperatura

RR Etiquetas(11) 6525-9000www.rretiquetas.com.br

descarrega a mercadoria e para o pessoal de qualidade, em virtude da facilidade visual proporcionada.

A etiqueta também gera relatórios detalhados das mudan-ças de temperatura ocorridas Neste caso, as variações preci-sam ser descarregadas numa planilha de computador a partir de uma tecnologia de leitura que a RR Etiquetas também está oferecendo. “Isso favorece a identificação, com precisão, do momento exato em que houve desvios das especificações de temperatura e por quanto tempo, permitindo resolver proble-mas de custo de distribuição e tomar melhores decisões sobre segurança do produto”, ressalta Sagula. (LH)

GUARDIÃMudanças de temperatura podem ser checadas em sensores de luz e a partir de microchip

Fundada em 1967, a Prakolar com-pletou 40 anos no dia 28 de agosto. Para marcar a data, a empresa, uma das maiores fabricantes de rótulos auto-adesivos da América Latina, com parque gráfico instalado de 5 000 metros quadrados, lançou um selo comemorativo. No carimbo alusivo aos serviços do Correio, a peça divulga o que a Prakolar define

como dois de seus principais valo-res: qualidade e segurança. Baseada na capital paulista, a convertedora atua em diversos segmentos, incluin-do farmacêutico, veterinário, cosmé-ticos, higiene e limpeza, químicos, automotivos, alimentício e bebidas. Prakolar(11) 6291-6033www.prakolar.com.br

Quatro décadas de inovaçõesPrakolar completa 40 anos e lança selo comemorativo

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Bandejas plásticas encaixadas umas sobre as outras, dentro de uma estrutura de papel cartão que, montada, vira uma sacola. Com alças e vazados laterais em formato de peixinhos, essa cha-mativa embalagem está sendo usada pela Denmark’s Sticks, rede de restaurantes japoneses de Copenhague, para a venda de refeições retiradas no balcão (take away). Revestido na superfície interna, o cartão é fornecido pela sueca Korsnäs. As embalagens são produzidas em quatro tama-nhos, com gramaturas de 240g/m² a 410g/m². Na estrutura mais reforçada, o sistema suporta até 3 quilos. Korsnäswww.korsnas.com

Sushi com sotaque dinamarquêsRestaurante japonês de Copenhague adota embalagens inovadoras para take away

REFORÇADA Estrutura de papel cartão da sueca Korsnäs suporta até 3 quilos

A divisão de papéis especiais da Stora Enso divulgou nota em que afirma ter fornecido os materiais auto-adesivos usados nos selos que comemoram os 30 anos da série cinematográ-fica Star Wars. As linhas OptiLabel e LumiSil, também usadas na produção de rótulos de embalagens, foram as escolhidas para o pro-jeto, que conta com quinze selos diferentes, contemplando personagens dos seis episódios. O pacote está sendo vendido pela companhia americana de correios (United States Postal Service) por 6,15 dólares.

Das telas para os correiosPapéis especiais da Stora Enso são usados na produção de selos auto-adesivos com personagens da série Star Wars

Depois de fazer barulho no mercado de auto-adesivos, as tecnologias de impressão voltadas a pequenas e médias tiragens estão se popu-larizando no mundo dos rótulos termoencolhíveis. Além dos equipa-mentos digitais, os convertedores começam a anunciar impressoras flexográficas igualmente voltadas a pedidos menores. A empresa da vez a anunciar soluções para esse nicho é a fran-cesa Sleever. Uma das pioneiras no mercado mundial de heat shrink labels, a convertedora afirma estar traba-lhando com uma nova técnica de impressão flexográfica UV de até dez cores para o aten-dimento de pequenos e médios pedidos. Resultado de 36 meses de desenvolvimento,

o processo permitiria “reprodução impecável” de textos e imagens.“A tecnologia UV flexo também otimiza a cadeia de suprimentos, resultando na diminuição do prazo de entrega médio para entre duas e três semanas”, diz o departamento de marketing da Sleever. O foco nas baixas tiragens não elimina a possibilidade de a tecnologia ser

usada por grandes indústrias usuárias de embalagem, tal como

a Unilever, que no mercado europeu usa termoencolhíveis como solução de unitização de de sua linha capilar Seda. O acessório é impresso com a nova tecnologia UV flexo da Sleever. Sleever No Brasil:(11) 5641-3356www.sleever.com

Termoencolhíveis para todos (ou quase)Sleever desta tecnologia flexo UV para pequenos e médios

Stora EnsoNo Brasil: (11) 3065-5200www.storaenso.com

HIBRIDISMOLinhas OptiLabel e LumiSil, também usadas para rótulos, constituem a base dos selos

UNITIZADOS – Na Europa, linha Seda usa tecnologia para venda casada

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Edição: Leandro Haberli

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Contra os solventesSun Chemical anuncia tinta à base de água com custos competitivos

A MAN Ferrostaal organizou viagem à Alemanha para pro-fissionais brasileiros do mer-cado de conversão e impres-são de embalagens. Formada por 28 pessoas, a comitiva visitou sete fabricantes euro-peus de embalagens, além de ter sido recepcionada pelo presidente de máquinas pla-nas da Roland, Marcos Rall. Durante o encontro, o grupo conheceu o show room da empresa e visitou a linha de produção das Roland´s 500 e 700. “Nosso objetivo foi apresentar as novidades da MAN Roland por meio de

gráficas que desenvolvem trabalhos com valor agrega-do e substratos diferencia-dos”, explica Lincoln Lopes, gerente de produtos da MAN Ferrostaal. Outro destaque da viagem foi a visita à gráfi-ca Rosler Druk, cuja Roland 700 entrou para o livro dos recordes ao realizar 412 tro-cas de chapas num período de apenas 24 horas, totali-zando 103 trabalhos. “Fomos o primeiro grupo latino a conhecer essa máquina em pleno processo produtivo, trocando seis chapas em 40 segundos”, salienta Lopes.

Pioneiros e privilegiados Brasileiros conhecem Roland que entrou para o Guiness

Distribuidora de solu-ções para a área gráfica, a Starlaser iniciou a represen-tação no Brasil dos produtos da belga Esko Graphics, especializada emsistemas para a área de embalagens. “A Starlaser já é conhecida no segmento de embalagens”, diz Marcel Casarino, gerente de contas

da Esko para o Brasil. Os sis-temas da empresa abrangem desde softwares para criação da arte à estrutura das emba-lagens, incluindo sistemas de gerenciamento de workflows que compreendem todo o processo produtivo.Star Laser(11) 3365-3890www.starlaser.com.br

Reforço de pesoStarlaser passa a distribuir softwares da belga Esko

A fabricante de insumos gráficos Sun Chemical anunciou um produto que pode alterar paradigmas do mercado de tintas gráficas para embalagens flexíveis. Feito à base de água e específico para impres-são flexográfica sobre filme de polietileno (PE), o lançamento foi desenvolvido na Alemanha, e está sendo divulgado como uma alternativa com custo competitivo na comparação com as tradicionais tintas à base de solvente. A tecnologia usa resinas solúveis em amina, e se adapta a velocidades de impres-são superiores a 600 metros por minuto. As novas tintas também são uma resposta à crescen-te pressão de entidades ambientais para restringir o uso industrial de sol-ventes. De acordo com a Sun Chemical, a partir de outubro, toda gráfica européia que consumir mais de quinze tonéis de solvente por ano precisará investir em unidades de incinera-ção ou encontrar produtos alternativos que substituam no mínimo 75% do uso de solvente. O apelo ambiental foi traduzido nos nomes comerciais dos novos produ-tos, que homenageiam duas espécies de peixe (Barracuda e Piranha), além de um mamífero cetáceo que ocorre nos mares do hemisfério norte (Beluga). “Esses três produtos oferecem boa qualidade de impressão e representam significativa economia em relação às tintas de base solvente”, ressalta Erik Segers, gerente da divisão de tintas líquidas da empresa.Sun ChemicalNo Brasil: (11) 6462 2500www.sunchemical.com

IMPRESSÃO LIMPATecnologia é uma

resposta à crescente pressão de entidades

ambientais para restringir o

uso industrial de solventes

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Anunciante Página Telefone Site

43 SA Gráfica 43 (11) 3578-3606 [email protected]

Abeaço 3 (11) 3842-9512 www.saudenalata.com.br

Aisapack 41 +41 (24) 4820-110 www.aisa.com

Alcoa 63 (11) 4134-2500 www.alcoacsi.com

Ápice 49 (11) 4221-7000 www.apice.ind.br

BIC Label 69 0800 260 434 www.biclabel.com.br

Braga 67 (19) 3897-9720 www.braga.com.br

Braskem 17 (11) 3443-9999 www.braskem.com.br

Brushfoil 61 (19) 3542-0909 www.nelxon.com.br

Catuaí Print 59 (43) 3552-1186 www.catuaiprint.com.br

CCL Label 51 (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br

Cobrirel 11 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.br

Colacril 55 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Comprint 38 e 39 (11) 3371-3371 www.comprint.com.br

Dow Brasil 14 e 15 (11) 5188-9209 www.dow.com

Duplik 25 (19) 3542-6667 www.duplik.com.br

Easy Pack 11 (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.br

Emibra 47 (11) 4748-2199 www.emibra.com.br

Emplal 33 (11) 4186-9700 www.emplal.com.br

Frasquim 11 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br

FSI 71 (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br

Gumtac 3ª capa 0800 260 434 www.gumtac.com.br

Imaje 19 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

Indemetal 37 (11) 4013-6644 www.indemetalgraficos.com.br

Indexflex 2ª capa (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Innovia Films 57 (11) 5053-9948 www.innoviafilms.com

Krones 65 (11) 4075-9500 www.krones.com

Loop 11 (19) 3404-6700 www.loop.ind.br

Mack Color 5 (11) 6195-4499 www.mackcolor.com.br

Moltec 13 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Novelprint 13 (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br

Qualy Print 11 (11) 4071-1782 www.qualyprint.com.br

Rigesa 27 e 29 (19) 3869-9330 www.rigesa.com.br

Rio Polímeros 23 (21) 2157-7777 www.riopol.com.br

Set Print 13 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

SIG Combibloc 35 (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil

SIG Corpoplast 31 (11) 2107-6794 www.valueaddedpetsolutions.com

Simbios-Pack 13 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Simei 45 +39 (02) 722 2281 www.simei.it

SPL Dessecantes 53 (11) 2119-1230 www.spldessecantes.com.br

StarLaser 59 (11) 3365-3890 www.starlaser.com.br

Starpac 7 (11) 6480-4046 www.starpac.com.br

Technopack 57 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Tetra Pak 9 (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.br

Wheaton 4ª capa (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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Paulo R. Pazinatto, Diretor geral

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

Dentro da estratégia da Seaquist Closures de apresentar produtos e soluções inovadoras para o mercado de embalagens, encontramos na Revista EmbalagemMarca o veículo adequado aos nossos propósitos. Adequado pelo conteúdo editorial altamente profi ssional, profundo e sempre buscando trazer para o leitor uma perspectiva mais abrangente do tema abordado. Isto sem falar na qualidade editorial, o que faz da leitura da revista uma grande prazer, muito mais que uma necessidade profi ssional!

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Almanaque

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Mais uma da série “o patrão não ouviu”Em meados da década de 1920, traba-lhando na Kroger Stores, uma cadeia de pequenas mercearias, o americano Michael J. Cullen desenvolveu a idéia de uma loja espaçosa, com pratelei-ras para clientes se auto-servirem de mercadorias pagas na saída da loja, em caixas expressos. Entusiasmado, Cullen escreveu uma carta ao presi-dente da Kroger contando sua idéia, mas não obteve resposta. Demitiu-se e investiu na idéia, abrindo em 1930, em Nova York, o King Kullen – con-siderado o primeiro supermercado do mundo. Seis anos depois, quando Cullen morreu subitamente, o King Kullen já tinha dezessete lojas e um faturamento anual de 6 milhões de dólares, uma fábula para a época.

A cerveja Malt 90, lançada com pompa pela Brahma para promover o festival musical Rock In Rio (ou seria o contrário?), em 1985, jamais caiu no gosto popular. Durou pouco tempo no mercado, penando com um trocadilho jocoso com seu nome. No entanto, a marca continua sendo lembrada como emblemática pelos nostálgicos dos anos 80, e, mais recentemente, foi trazida à baila por um fato curioso. Circula, no portal de vídeos YouTube, o resgate de

um antigo filme publicitário da Malt 90 em que passageiros, estressados com a morosidade do embarque num avião, recorrem à cerveja para matar tempo de modo prazeroso (abaixo, quadros do comercial). Para os mais espirituosos, tratava-se de uma previsão do atual caos aéreo brasileiro – e um atestado de que a Malt 90, alardeada em seu lançamento como uma “cerveja à frente de seu tempo”, não vivia de propaganda enganosa...

Há vinte anos ela já sabia

Não dava para piscarCOISAS DE LOIRAS

Skol, a cerveja mais vendida no Bra-sil, tem na fidelidade de seus consu-midores um contraste com a cono-tação dada ao substantivo sueco, dinamarquês e norueguês para “vasilha”, que representa a marca. Diz a lenda que a tradição de olhar nos olhos dos presen-tes ao fazer-se a saudação que antecede as libações, como mandam as normas de etiqueta, se deve a anti-qüíssimo hábito dos vikin-gs. Aqueles bárbaros da antiga Escandinávia proferiam a palavra antes de entornar o que estava em suas skol. Viking que se prezasse não

era dado à moderação. Por isso suas “vasilhas” eram de tamanho avan-tajado, a ponto de cobrir os rostos

dos bebedores ao serem entornadas. Belicosos até

entre si e costumeiros em atacar sem prévio aviso, cada

um cuidava de sorver suas tala-gadas sem tirar pelo menos um

dos olhos dos companheiros de beberagem. A Skol foi lançada nos anos 1960 por

uma empresa dinamarquesa. No Brasil, a Cervejaria Rio

Claro lançou o produto sob licença, e na seqüência a Brahma

adquiriu a marca para uso exclusiva-mente no país.

IMAG

ENS:

REP

ROD

UÇÃO

Uma boa contribuição para a difusão do conhecimento das embalagens e para seu uso consciente vem de Minas Gerais. Para comemorar seu 64º aniver-sário de fundação, o Sinpapel – Sindicato das Indústrias de Papel e Papelão daque-le Estado lançou em 10 de agosto último a cartilha ambiental intitulada A Evolu-ção da Embalagem – Informações para uma Nova Geração de Consumidores Conscientes. É fruto de minuciosas pes-quisas técnicas e his-tóricas das pesquisa-doras e ambientalis-tas Deborah Munhoz e Nícia Mafra e do presidente da entidade, Antônio Eduardo Baggio. A cartilha está sendo distribuída gratuitamente a todas as classes de quinta série do ensino fun-damental das escolas públicas mineiras. Contatos: [email protected]

Uma história de embalagens

das Indústrias de Papel e Papelão daque-

tas Deborah Munhoz e Nícia Mafra

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