revista embalagemmarca 058 - junho 2004

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Ano VI • Nº 58 • Junho 2004 • R$ 9,00 CAPA IMPRESSA EM PAPELCARTÃO ART PREMIUM NOVO 250g/m 2 , TERMOLAMINADA PELA LAMIMAX COM FILME PROLAM ® BRILHO E APLICAÇÃO DE VERNIZ UV ALTO BRILHO COM RESERVA www.embalagemmarca.com.br

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Edição de junho de 2004 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 058 - Junho 2004

Ano VI • Nº 58 • Junho 2004 • R$ 9,00CA

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www.embalagemmarca.com.br

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Bons motivos para festejaro quinto aniversá-rio de EMBALAGEM

MARCA, sinalizadopor esta edição, temos maisuma vez bons motivos parafestejar, agradecendo o a-poio generalizado que le-vou a revista a consolidar-se como um importante ins-trumento de trabalho paraos profissionais de packa-ging no Brasil. Ela sai comnúmero recorde de páginas,traduzindo o crescente in-centivo que nestes cincosanos recebemos de anun-ciantes.Brindada com esta formaconcreta e inequívoca deapoio, EMBALAGEMMARCA

retribui mantendo na e-dição uma das razões de

seu êxito, que é transmitirinformação qualificada semsacrificar a quantidade emtroca de faturamento. As-sim, os leitores notarãoque, apesar de terem ante simaior número de peças pu-blicitárias – que tambémsão informação – igual-mente cresceu o volume dematéria editorial em com-paração com edições ante-riores.Procuramos dessa maneirapermanecer fiéis a nossaproposta inicial, oferecen-do às empresas e aos pro-fissionais da cadeia deembalagem um veículo deinformação independente,imparcial, ético, útil no dia-a-dia de trabalho e eficaz

no retorno às mensagenspublicitárias. Depoimentosapontando EMBALAGEM

MARCA como leitura indis-pensável ao setor, altamen-te satisfatória e instigantenos estimulam a crer que,no balanço geral, acerta-mos.Pretendemos continuar nes-se rumo, esforçando-nospara fazer uma revista per-manentemente inovadora esempre melhor. Parte dessecompromisso pode serconstatado nesta EdiçãoEspecial, que apresentanovo projeto visual e edito-rial, com novas seções deinformação. Esperamos queagrade.Até julho.

N

Os leitores notarãoque, apesar deterem ante si maiornúmero de peças publicitárias – que também são informação – cresceuo volume de matériaeditorial emcomparação comedições anteriores

Wilson Palhares

Page 4: Revista EmbalagemMarca 058 - Junho 2004

Reportagem de capa:AlimentosCartões especiais respon-dem à demanda do setor de alimentos congelados

HBA/FCENovidades de embalagem e as movimentações dasfeiras farmacêutica e de cosméticos

DrupaPrincipal feiramundial daindústria gráfica sinalizaretomada decrescimentono setor

2014

FOTO

DE

CAPA

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nº 58 • junho 2004

30

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 90,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Esta revista foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela

Ripasa S/A Celulose e Papel, em harmonia com o meio ambiente.

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466Laminação: Lamimax Tel.: (11) 3644-4128

Filme da laminação: Prolam Tel.: (11) 3611-3400

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

3 EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

6 Espaço abertoOpiniões, críticas e sugestões dos nossos leitores

64 DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

68 PanoramaMovimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

70 Painel GráficoNovidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

80 InternacionalDestaques e idéias de mercados estrangeiros

82 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2, termolaminada com filme Prolam® Alto Brilhoe recebeu verniz UV reserva texturizado aplicado pela Lamimax.

EntrevistaSergio Guzzo, da Assolan, e aimportância da verticalização da comunicação.

IdentidadeO nosso novo projeto gráfico

EquipamentosMomento do mercado de cafésestimula indústria de máquinas

MercadoÉ sachê ou bisnaga?

MateriaisMolho para lámen é lançado emembalagem Tetra Classic

RotulagemNova seção mensal da revista

BebidasSkol lança long neck de 500ml

BebidasVinho em garrafão ganha carrier

AcessóriosFitilho com dupla função

MateriaisLata expandida agora comtecnologia nacionalizada

Making ofBunge reformula linha dirigidaao setor de food service74

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Seções

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Novo conceito

Comunicamos que o Centro PEde Design recebeu com imensoprazer a edição de abril da RevistaEMBALAGEMMARCA. Reitero o quedisse ao telefone: sentimo-nos

honrados em fazer parte do time deleitores da revista EMBALAGEM-MARCA, cujos artigos e reporta-gens agregam um novo conceitode aprendizagem às nossas ativida-des de design.

André LuframaiaCentro PE de Design

Recife, PEPapéis especiais

Agradecemos a divulgação dolançamento da VSP Papéis naedição nº 57 (maio/2004) deEMBALAGEMMARCA. Acabo de ler arevista. Como sempre, está ótima.

Alice OhiraDesign Office São Paulo, SP

Correções

Altec e AltecNa reportagem “Para exportar”(EMBALAGEMMARCA nº 57, maio/

2004), a informação sobre o núme-ro de telefone da fornecedora dastampas da cachaça Caipipira, a Al-tec Tampas, saiu errada. O númerocorreto é (11) 6422-0143, e o ende-reço do website é www.altectam-pas.com.br. O telefone que constanaquela edição (11 – 5611-7393) éda Altec Indústria e Comércio deInstrumentos.

É visitanteA legenda da foto da reportagem“Sucateira high tech” (EMBALA-GEMMARCA nº 57, maio/2004) in-forma por engano que a pessoa queinsere uma garrafa de PET num co-letor automático de embalagensusadas é funcionário da Tomra La-tasa, introdutora do equipamento noBrasil. Na realidade trata-se de umdos visitantes de café da manhã rea-lizado na Apas – Associação Paulis-ta de Supermercados em que a má-quina estava exposta.

"ASSINE

Assinatura por 1 ano com 12 exemplares (grátis uma edição de Luxo ou um Almanaque especial)Forma de pagamento: Depósito em conta corrente Boleto bancárioValor: 1 x R$ 90,00 2 x R$ 47,50

Preencha os dados abaixo e envie a ficha por fax (11 5182-9463) e aguarde os dados bancários para depósito ou o boleto bancário.Se preferir, preencha o formulário em nosso site (www.embalagemmarca.com.br).

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NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:

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“Queremos ser referênciaem limpeza doméstica”

entrevista >>> sergio guzzo

maior vocação da Assolan, como indica aprópria inversão das palavras “lã” e “aço”que originou seu nome, é o mercado de lã-de-aço. Nos últimos meses, porém, a marca,que nasceu em 1958 e há cerca de dois anos

foi comprada da Unilever pelos antigos controladores daArisco, tem se esforçado para ampliar seus domínios nasgôndolas de home care.Para isso, a Assolan Industrial Ltda., como a empresa estáestabelecida hoje, depois de ter sido controlada, entre ou-tras, pela Best Foods e pela própria Arisco, tem investidonuma forte estratégia de segmentação de produtos. Hoje oportfólio inclui panos de limpeza e esponjas sintéticas. E háplanos confessos de estrear em breve na seara dos produtosde limpeza doméstica líqüidos, espécie de filão de ouro domercado de home care.A abertura de leque produtivo veio após a consolidação nomercado que a consagrou: a participação da Assolan nasvendas de lã-de-aço cresceu de 9,1%, em maio de 2002,para 26,3% em outubro do ano passado. No mesmo perío-do, a Bombril, líder do setor, amargou queda de quase 14pontos porcentuais, passando de 80,7% para 66,9%. Os da-dos são da ACNielsen.Na entrevista a seguir, Sergio Guzzo, gerente de marketingda Assolan, comenta a importância da comunicação de pon-to-de-venda na estratégia de segmentação da marca, e tam-bém fala sobre o esforço de padronização visual das embal-agens, que tem guiado a empresa em seus lançamentos eextensões de linha.

A que o senhor credita o avanço da Assolan no mercado delã-de-aço num período tão curto?Um dos pilares foi o foco em distribuição. Buscamos pul-

verizar nossos canais, ampliando o número de pontos-de-venda atendidos. O outro ponto forte é a própria estratégiade comunicação. Decidimos integrar as campanhas publici-tárias com o ponto-de-venda e, notadamente, com a emba-lagem. A idéia foi trazer as referências que estavam fazen-do sucesso nas campanhas publicitárias para as gôndolas.Um dos detalhes fundamentais nessa estratégia foi nossamascote, que hoje faz parte do padrão visual das embala-gens. Com isso, acho que conseguimos tirar a marca dopuro discurso da eficiência, tão característico das estraté-gias de comunicação de produtos de limpeza doméstica, ex-plorando um apelo mais emocional. Combinada com a mú-sica, os filmes da TV e as ações de mídia, a mascote con-quistou não só as consumidoras. As crianças hoje reconhe-cem nossa marca através dela. Eu diria que o segredo foiatingir uma identificação vertical com o produto.

Quais são as chances de a Assolan alcançar o declaradoobjetivo de liderar as vendas de lã-de-aço no Brasil? Emque aspectos a conjuntura favorece essa expectativa? Nossa meta hoje não se baseia em conquistar fatias domercado de lã-de-aço, que ainda é nosso carro-chefe, esim em consolidar a marca Assolan no mercado de produ-tos de limpeza doméstica. Por isso estamos apostando emampliação e segmentação de produtos. Recentemente, porexemplo, lançamos nossa linha de panos umedecidos, queé uma categoria muito consumida nos Estados Unidos e naEuropa, mas que no Brasil é restrita a higiene pessoal, es-pecialmente de bebês. Também estamos trabalhando nos-sa família de esponjas sintéticas, que hoje conta com itensespecíficos para limpeza de grelhas de churrasqueira, ba-nheiros e diversas outras aplicações. Estamos, enfim, am-pliando o portfólio. Continuaremos a trabalhar com lã-de-

Sergio Guzzo, gerente de marketing da Assolan, fala

sobre o papel da embalagem e da comunicação de

ponto-de-venda na estratégia de segmentação da

vice-líder do mercado brasileiro de lã-de-aço

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aço, que é o produto que nos fez crescer, mas o objetivoagora é tornar a marca Assolan uma referência no merca-do de limpeza doméstica.

Essa estratégia de segmentação trouxe alguma novidade deembalagem? Lançados no começo de 2004, os panos umedecidos paralimpeza são vendidos em embala-gens diferentes dos tubos plásticosque acondicionam seus similaresdo mercado de higiene pessoal.Optamos por um filme flexívelmulticamada, composto de poliés-ter, alumínio e polietileno. Após aabertura, o fechamento é feito comuma etiqueta adesiva, de modo quea umidade dos produtos é mantida.Em suma, até pelas necessidadesde barreira do produto, essa podeser considerada uma embalagembastante elaborada.

Ampliar leques de produtos exigeinvestimentos maiores em pesqui-sa, desenvolvimento, engenhariade processo, embalagens, lança-mentos. Isso não implicou aumen-tos de custos incidentes sobre oproduto principal, a lã-de-aço?Não, porque o desenvolvimento deprodutos entra no nosso negóciocomo um investimento da marca.Buscamos não onerar nosso produto principal em função dedesenvolvimento de novos produtos.

Dentro da estratégia de extensão da linha Assolan, vocêspretendem atuar com produtos líqüidos?Sim. Para nos tornarmos uma referência em produtos delimpeza, é preciso contar com produtos líqüidos. Temosum lançamento previsto para o início do segundo semestre,que é diferente de todos os produtos com os quais atuamoshoje. Mas não posso adiantar muita coisa por enquanto.

Na medida em que as extensões reduzem o giro médio e olucro médio por item para o varejista, o senhor não concor-da que o lançamento de novos produtos contém o risco deabrir oportunidades para novos concorrentes? O exemploestá meio batido, mas não há como deixar de lembrar ocaso da Coca-Cola e das embalagens de PET… Um con-

corrente de menor porte, por exem-plo, pode oferecer um lucro diretopor item para o varejista mais ele-vado do que o oferecido por marcasfortes.No caso dos panos umedecidos,foi por isso que nos esforçamospara ser os primeiros a trazer essetipo de produto ao Brasil. Quandovocê sai na frente, cria um hábito,uma cultura, você acaba tendovantagem. A progressão da com-petitividade é sem dúvida irrever-sível, o acesso à tecnologia émaior. Mas a entrada de concor-rentes também pode ser benéfica,pois consolida a categoria. Nocaso dos refrigerantes, trata-se deum produto que todo mundo co-nhecia. Mas nos segmentos emque a Assolan passou a atuar, mui-tos produtos são novidades. Oconsumidor nem sempre os co-nhece, e a entrada de concorrentespode gerar mais utilização.

Como fica no setor de limpeza doméstica o eterno dilemado aumento de custo x o achatamento do poder aquisitivodos consumidores? O mercado brasileiro está preparadopara produtos com mais valor agregado?Apesar de envolver custos maiores, estamos seguindo a ten-dência de mercados mais desenvolvidos, caminhando rumoa soluções específicas para determinados tipos de limpeza.Por isso apostamos em lançamentos como os panos umede-cidos, por exemplo, que são voltados para as classes A/B,

“Decidimos trazer as

referências que estavam

fazendo sucesso em

nossas campanhas

publicitárias para o

ponto-de-venda. Nosso

crescimento pode ser

explicado por uma

estratégia de identificação

vertical com o produto”

entrevista >>> sergio guzzo

Carro-chefe da marca, a esponjade lã-de-aço (à esq.) não estámais sozinha. Portfólio daAssolan também inclui panos delimpeza umedecidos, que apare-cem ao lado em embalagensmulticamadas desenvolvidaspara prover maiores graus debarreira. Em breve, a empresapretende entrar na seara dosprodutos líquidos

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mas que poderão, em curto prazo, se tornar mais acessíveis,com o aumento dos volumes produzidos e o maior acessoaos métodos produtivos.

Vocês divulgaram recentemente o esforço de padronizaçãovisual das linhas de produtos. Quais são os principais equi-ties e atributos visuais que identificam as embalagens?Buscamos uma estrutura padrão,que facilitasse a identificação detoda a família de produtos no pon-to-de-venda. Para isso, investimos,no meio do ano passado, na mo-dernização do logo, fazendo umredesenho com o intuito de trans-mitir movimento e eficiência.Também desenvolvemos o símbo-lo A Casa-Limpa, que assina todosos produtos da marca. Feitos pelaagência M Design, esses novosícones passaram a compor, juntocom a mascote Assolan, que antesnão estava presente nas embala-gens, esse padrão visual para iden-tificação dos produtos. De certamaneira, isso simboliza nosso es-forço de padronização de mídia:estamos levando para o ponto-de-venda aquilo que o consumidor jávia na televisão.

Ainda sobre embalagens, ao obser-var o que se dá em outros países, osenhor tem identificado diferenças muito profundas, não sóem termos de qualidade, mas também de processos, em re-lação às embalagens de produtos de limpeza doméstica quese vê no Brasil?Não vejo muitas diferenças de embalagens, e sim de cate-gorias de produtos. Temos aqui soluções como tampa-gati-lho, refis, pouches de wipes e outras soluções compatíveiscom o que se vê lá fora. Por outro lado, a segmentação delinhas é muito maior lá. Como exemplo eu citaria catego-rias como a de mousse desinfetante, e os próprios panos

umedecidos, que, principalmente nos Estados Unidos, sãousados para praticamente tudo: limpar óculos, computadore até para colocar no rodo e limpar o chão. Estamos trazen-do esse tipo de produto para cá só agora. Na linha de quí-micos, também há variantes de formulação, desenvolvidaspara usos específicos. De uma maneira geral, eu diria queexistem produtos mais elaborados, mas as diferenças sem

dúvida vêm caindo.

Consome-se lã-de-aço nos EstadosUnidos ou na Europa?Não, a lã-de-aço é praticamenteuma criação brasileira, que só éconsumida aqui e em outros paísesda América do Sul e da África. NaEuropa e nos Estados Unidos sãousados basicamente panos umede-cidos e esponjas sintéticas. É umaquestão de cultura: o tipo de pane-la empregada no Brasil, a nossaculinária, enfim, marcam essaquestão.

Há quem diga que a lã-de-aço aca-bará caindo em desuso…Há pelo menos quinze anos ouvi-mos isso. Mas ela continua sendoum dos produtos de maior volume efaturamento dentro do segmento delimpeza. O crescimento das vendasde 2003 em relação ao exercício an-terior foi de 6%, segundo dados

ACNielsen. A penetração da categoria hoje é de 88% dos la-res brasileiros. Mas a tendência, de fato, é a lã-de-aço sersubstituída. Entretanto, ninguém sabe quando isso vai ocor-rer. Vale lembrar que a base da pirâmide social brasileiraconsome lã-de-aço apenas ocasionalmente. Em tese, o pri-meiro passo é esse nicho consumir lã-de-aço com mais fre-qüência. Só depois eles partirão para outros produtos. Mascreio que vai demorar muito para isso ocorrer, até porque alã-de-aço oferece um atributo que seus virtuais concor-rentes não têm: ela dá brilho às panelas.

“Há pelo menos quinze

anos ouvimos que a

lã-de-aço cairá em desuso.

Isso poderá acontecer, mas

ninguém sabe quando. O

que queremos é investir

em segmentação e

expandir os territórios da

Assolan no mercado de

limpeza doméstica”

entrevista >>> sergio guzzo

Seguindo tendência dos mercados europeu e americano, a empresa recentemente lançou linha de panos de limpeza para usos específicos

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identidade >>> projeto editorial

No nosso aniversário,homenagem ao setorReformulação condiz com o padrão atingido pela embalagem brasileira

perfeiçoar e continuar inovando. Essas foram as palavrasde ordem que perpassaram todas as fases de elaboraçãodo novo projeto gráfico e editorial de EMBALAGEM-MARCA, que está em suas mãos. Ao iniciarmos os estudos

para tornar a revista mais bonita, de leitura mais ágil e ainda maisútil aos leitores, estabelecemos que esses objetivos fossem atingidossem perda das características básicas da publicação e sem alterarpontos que contam com a total aprovação do público.

A fim de oferecer maior volume de informação, foram criadasnovas seções, identificadas por vinhetas e ícones. Foi adotada novatipologia para títulos e subtítulos , e os blocos de texto foram refor-matados. O diretor de arte Carlos Gustavo Curado produziu três mo-delos diferentes para análise da equipe, que acabou aprovando umasíntese deles.

O resultado final é um projeto gráfico moderno que, deixada delado a modéstia, pode ser qualificado como de padrão internacional.A rigor, ele é condizente com o nível de qualidade que a embalagembrasileira vem adquirindo. Nesse sentido, a nova cara deEMBALAGEMMARCA, apresentada no mês de seu quinto aniversário,ganha o sentido de um presente e de homenagem ao setor.

A

DE CARA NOVA – Acima, novo layout das páginas. Ao lado, a reformulação das seções já consagradas e criação de novas seções

1 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> jjuunnhhoo 22000044

Quitutes em coposNa Europa, copos de papel-cartão estão fa-zendo incursões em novos mercados. Braçodo grupo holandês CSM, a fabricante de ali-mentos Leaf lançou na Finlândia os candiessortidos TV Mix e barras de chocolate Tuplaem copos produzidos pela Huhtamaki com opapel-cartão Cupforma, da Stora Enso – am-bas empresas finlandesas, registre-se. Segun-do a usuária, os copos propiciam benefícios:não fazem barulho nos cinemas e podem serlevados nos porta-copos dos veículos.www.storaenso.com/cupforma

Regata justaA Sleever International criou um rótulo ter-mo-contrátil especial para o rum SailorJerry, da William Grant & Sons. Ele literal-mente veste a garrafa do spirit com um de-senho que alude a uma camiseta regata tí-pica dos marinheiros. O rótulo traz uma ta-tuagem, uma vez que a bebida é uma ho-menagem a “Sailor” Jerry Collins, o maisfamoso tatuador de todos os tempos. Osprincipais desafios do projeto foram garan-tir um branco bastante opaco, para casarbem com a transparência do vidro, e umposicionamento perfeito do rótulo à garra-fa. A impressão é feita em rotogravura.www.sleever.com

Caixa de vidaA alemã Storopack está utilizando o po-liestireno expandido Neopor, da Basf, paraa construção de caixas de despacho parabolsas de sangue e órgãos. Como estesúltimos têm de ser mantidos em tempera-tura constante, normalmente entre 4o C e8o C, o material garante alto isolamentotérmico. Outras características do materialsão a leveza e insensibilidade à umidade.Na foto, a MonoTripleBox, caixa projetadapara o envio de produtos sanguíneos pelocorreio ou por portadores.www.storopack.com

Maré luxuosaNova colônia da Parlux, a OceanPacific ganhou uma embalagemhíbrida especial. Um frasco inter-no de vidro texturizado, queacondiciona a fragrância, é en-volvido por uma camada externado Glass Polymer da Eastman,

copolímero que simula a aparên-cia do vidro. Dois líquidos de vis-cosidades diferentes, um azul eoutro transparente, fluem entreessas duas paredes, criando umefeito de ondas do mar.www.eastman.com

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“Queremos ser referênciaem limpeza doméstica”

entrevista >>> sergio guzzo

maior vocação da Assolan, como indica aprópria inversão das palavras “lã” e “aço”que originou seu nome, é o mercado de lã-de-aço. Nos últimos meses, porém, a marca,que nasceu em 1958 e há cerca de dois anos

foi comprada da Unilever pelos antigos controladores daArisco, tem se esforçado para ampliar seus domínios nasgôndolas de home care.Para isso, a Assolan Industrial Ltda, como a empresa estáestabelecida hoje, depois de ter sido controlada, entre ou-tras, pela Best Foods e pela própria Arisco, tem investidonuma forte estratégia de segmentação de produtos. Hoje oportfólio inclui panos de limpeza e esponjas sintéticas. E háplanos confessos de estrear em breve na seara dos produtosde limpeza doméstica líquidos, espécie de filão de ouro domercado de home care.A abertura de leque produtivo veio após a consolidação nomercado que a consagrou: a participação da Assolan nasvendas de lã-de-aço cresceu de 9,1%, em maio de 2002,para 26,3% em outubro do ano passado. No mesmo perío-do, a Bombril, líder do setor, amargou queda de quase 14pontos porcentuais, passando de 80,7% para 66,9%. Os da-dos são da ACNielsen.Na entrevista a seguir, Sergio Guzzo, gerente de marketingda Assolan, comenta a importância da comunicação de pon-to-de-venda na estratégia de segmentação da marca, e tam-bém fala sobre o esforço de padronização visual das embal-agens, que tem guiado a empresa em seus lançamentos eextensões de linha.

A que o senhor credita o avanço da Assolan no mercado delã-de-aço num período tão curto?Um dos pilares foi o foco em distribuição. Buscamos pul-

verizar nossos canais, ampliando o número de pontos-de-venda atendidos. O outro ponto forte é a própria estratégiade comunicação. Decidimos integrar as campanhas publici-tárias com o ponto-de-venda e, notadamente, com a embal-agem. A idéia foi trazer as referências que estavam fazendosucesso nas campanhas publicitárias para as gôndolas. Umdos detalhes fundamentais nessa estratégia foi nossa masco-te, que hoje faz parte do padrão visual das embalagens.Com isso, acho que conseguimos tirar a marca do puro dis-curso da eficiência, tão característico das estratégias de co-municação de produtos de limpeza doméstica, explorandoum apelo mais emocional. Combinada com a música, os fil-mes da TV e as ações de mídia, a mascote conquistou nãosó as consumidoras. As crianças hoje reconhecem nossamarca através dela. Eu diria que o segredo foi atingir umaidentificação vertical com o produto.

Quais são as chances de a Assolan alcançar o declaradoobjetivo de liderar as vendas de lã-de-aço no Brasil? Emque aspectos a conjuntura favorece essa expectativa? Nossa meta hoje não se baseia em conquistar fatias domercado de lã-de-aço, que ainda é nosso carro-chefe, esim em consolidar a marca Assolan no mercado de produ-tos de limpeza doméstica. Por isso estamos apostando emampliação e segmentação de produtos. Recentemente, porexemplo, lançamos nossa linha de panos umedecidos, queé uma categoria muito consumida nos Estados Unidos e naEuropa, mas que no Brasil é restrita a higiene pessoal, es-pecialmente de bebês. Também estamos trabalhando nos-sa família de esponjas sintéticas, que hoje conta com itensespecíficos para limpeza de grelhas de churrasqueira, ba-nheiros e diversas outras aplicações. Estamos, enfim, am-pliando o portfólio. Continuaremos a trabalhar com lã-de-

Sergio Guzzo, gerente de marketing da Assolan, fala

sobre o papel da embalagem e da comunicação de

ponto-de-venda na estratégia de segmentação da

vice-líder do mercado brasileiro de lã-de-aço

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equipamentos >>> empacotadoras

Sabor de valor agregadorovavelmente, não é aindaum exemplo que se possageneralizar para acreditarque tenha começado o

tão esperado espetáculo docrescimento, mas no setorde cafés torrados, moídosou em grão, há boas razõespara comemorar. O fato éque, depois de vir sendo con-tinuamente atingido, nos últi-mos anos, pela queda do poderaquisitivo dos consumidores e daredução da massa salarial no país –duplo dissabor que se aliou a uma“bobeada” do Brasil no plano mundial,aproveitada pela Colômbia para ocu-par posições secularmente imbatíveisnas exportações do produto nacional –,a indústria de café vem registrandoclara recuperação.

Isso é claramente sentido numaponta cujo desempenho talvez seja omelhor dos indicadores do andar da

P

carruagem: a indústria de máquinaspara acondicionamento. Na Masipack,uma das maiores e mais qualificadasfabricantes mundiais desses equipa-mentos, o movimento é visível na for-ma de pedidos de compra que se acu-mulam. Em maio último, segundo in-

forma Sidnei Schilive, do departamen-to comercial, a fábrica da empresa, emSão Bernardo do Campo (SP), manti-nha em produção cinco máquinas deempacotamento de café a vácuo.

Essa mera informação constitui umindício animador. Elas diferem total-

A Torrefações NoivaColinensesLtda., formada por duas empre-sas gêmeas, atuantes no mer-cado brasileiro com duas mar-cas consagradas de café (MorroGrande e Café Cassiano, comsedes respectivamente em Pira-cicaba e Americana, no interiorde São Paulo), substituiu recen-temente suas máquinas impor-tadas por novos equipamentosda Masipack. O diretor indus-trial da NoivaColinenses, VagnerLorenzetti Millani, lembra que“são produtos de alta tecnologiae, principalmente, fabricados noBrasil, que têm sobre os impor-tados a vantagem de oferecer

tecnologia aliada e contar comlinhas de crédito federais”.Ele conta que a TNC, formaabreviada com que se refere àempresa, fundada há 75 anos,“se preparou por longo tempopara alcançar a organização e aqualidade que tem hoje e queseus produtos atestam”. A TNCpossui certificação ISO9001/2000 e Aprovação doSelo ABIC, atestados de quali-dade incorporados às embala-gens de seus produtos. Atual-mente as TNC exportam paraRússia e, segundo Millani, “issoé só o começo da expansão in-ternacional da empresa”.

Do interior de SP para a Rússia, com máquinas nacionais

ALAVANCA - Cafés avácuo, com preçomais alto, puxam ocrescimento

Indústria de máquinas para embalar café reflete bom momento do mercado

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mente das tradicionais almofadas fle-xíveis (pillow pack), que respondempor quase 80% do café torrado e moí-do comercializado no país. Nas almo-fadas, em geral feitas de poliéster e po-lipropileno, o processo de acondicio-namento não exige maior complexida-de, mas elas deixam a desejar na ques-tão do tempo de vida útil do produto(ver EMBALAGEMMARCA nº 41).

Geração superiorAs embalagens para café a vácuo po-dem ser consideradas exemplos de ge-ração superior do ponto de vista tecno-lógico. Basta lembrar que, na fase de-pressiva das vendas internas e das ex-portações de café, não havia espaçopara a colocação de equipamentos des-se nível, cujo preço unitário gira emtorno de 5 milhões de reais, ficando,portanto, fora do horizonte das desca-pitalizadas torrefações nacionais.

No entanto, além de serem plena-mente indicadas para o mercado globalde café, são consideradas ideais paraas dimensões continentais do Brasil,por garantirem shelf-life superior a umano. Os aproximadamente 1 500 em-presários do pulverizado mercado decafé, dos quais 1 200 são filiados àABIC (Associação Brasileira da In-dústria do Café), queixavam-se desuposta falta de empenho dos fabrican-tes de equipamentos para barateá-los.

A entrada em massa das multina-cionais, que hoje, pela primeira vez nahistória, respondem por mais da meta-de do mercado de café processado nopaís, abriu uma oportunidade para a in-dústria de máquinas de acondiciona-mento, que a Masipack logo tratou deocupar. Pioneira em equipamentos devácuo no Brasil, apresentou na Fispalde 2003 seu primeiro exemplar, desen-volvido mais de um ano antes. “Procu-ramos colocar uma máquina adequadaao mercado brasileiro”, conta Schilive,do comercial da empresa.

Com preço inicial de R$ 350 mil, amáquina da marca, de constituição eoperação simples, foi se multiplicandoem modelos mais complexos, numa

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espécie de extensão de linha. “Ofere-cemos numa única máquina a possibi-lidade de operar almofada, stand-uppouch, ou sanfonado, e vácuo”, afirmao executivo. Opcionalmente, segundoele, nessa máquina podem ser acopla-dos um kit para aplicação de válvulapara embalagens a vácuo e um dosadorde grãos. Schilive diz que “no mundointeiro poucas indústrias de equipa-mentos de embalagens são completascomo a Masipack”. Ele lembra que aempresa tem condições de sozinha for-necer linhas completas de enchimento,máquinas verticais e horizontais, combalança, todo o kit de dosagem, enche-doras, testador de alto vácuo, aplicado-res de etiquetas e demais componentesdas fases de operação em linha.

Consumo cresceNão bastasse o bom momento atual, oexecutivo da Masipack vê um cenáriode evolução muito favorável para osegmento de cafés e, conseqüentemen-te, para sua empresa. O consumo inter-no vem crescendo e já ultrapassa os 5quilos per capita de um ano atrás, comum fator agregado de grande impor-tância: o produto está ganhando preçoà medida que os produtores se esme-ram em obter variedades e composi-

ções cada vez mais requintadas.Estas, é sempre bom lembrar,exigem embalagens condi-zentes com seu preço e com

as necessidades de shelf-lifemais longo.

ABIC(21) 2516-8595www.abic.com.br

Masipack(11) 4178-8099www.masipack.com.br

Esse quadro em si seria suficientepara comprovar novamente o fato deque agregar valor aos produtos pormeio de sua melhora intrínseca e dasembalagens resulta em mais vendas. Enão só no mercado interno. Comembalagens a vácuo, as torrefadoras

estão exportando cada vez mais. Sid-nei Schilive conta que uma delas, decapital 100% nacional, cliente da Ma-sipack, direciona hoje 80% de sua ex-portação para a Itália, e outra entroufirme no promissor mercado russo (verquadro na página 16).

Também ilustrando essa tendência,uma das máquinas da empresa que ex-porta para a Itália é dedicada a empa-cotar grãos, até pouco tempo atrás ex-portados exclusivamente em sacas de60 quilos. Hoje eles vão para lá em pa-cotes a vácuo de 1 quilo e de 1/2 quilo.Como ilustra Schilive, “em vez devender ferro ou aço em lingotes, oideal é vender um avião: o preço doquilo é maior”.

O site da ABIC – Associação Bra-sileira da Indústria do Café infor-ma que, “apesar de ser o maiorprodutor mundial de café e o se-gundo maior mercado consumi-dor, atingindo 13 milhões de sa-cas em 2003, o Brasil ainda estálonge de alcançar a Itália e Ale-manha, maiores exportadores domundo, quando se trata de caféindustrializado. A Alemanha étambém a maior compradora docafé verde brasileiro. Importa omelhor café do mundo, agregavalor ao produto, torrando emoendo os grãos, e vende parapaíses da Europa, Ásia, África,América do Norte etc.”Neste ano, o Brasil manteve suaposição de maior exportadormundial de café verde, faturando1,25 bilhão de dólares com a ex-portação de 27 milhões de sa-cas. De acordo com NathanHerszkowicz, diretor executivo daABIC, “o mundo processa e reex-porta o café brasileiro numaquantidade cinco vezes menor da

que o Brasil expor-ta na forma decommodity (grãosverdes). São, apenas, 5 milhõesde sacas de café industrializadocontra 27 milhões de sacas decafé verde, embora com maiorvalor agregado, totalizando quase1 bilhão de dólares ao ano.” Ante tal quadro, foi instituído oPrograma Setorial Integrado paraa Exportação do Café Industriali-zado – PSI, um projeto do Sindica-to da Indústria de Café do Estadode São Paulo – Sindicafé-SP, emconvênio com a Agência de Pro-moção de Exportações – APEX. Oprincipal objetivo é ampliar o per-fil exportador brasileiro com ocafé torrado e moído, agregandovalor ao produto e alavancandoas vendas para o mercado exter-no. Para 2004, com o PSI já emseu segundo ano de funcionamen-to, o Brasil deve faturar 28,3 mi-lhões de dólares com a exporta-ção de 196 500 sacas de caféindustrializado.

Um quadro a ser mudado

MULTIFUNÇÃO - AUltra Vacuum daMasipack, paraalmofada, stand-uppouch e vácuo

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Revestimentos com si

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capa >>> alimentos

ma famosa canção daquele que éhoje nosso regente da pasta daCultura, lançada vinte anos atrás,trazia em seu refrão um pedido

para que o tempo rei, ó tempo rei, transfor-masse velhas formas do viver. O clamor nãose dirigia particularmente aos hábitos de ali-mentação, mas, estendendo-o a eles com boadose de licença poética, é plausível dizer que

U

Alta nas vendas de alimentos congelados e de pratos prontos, em meio a co refrigeração no país, faz crescer a oferta de papéis cartão high-tech, fornecidos já

Por Guilherme Kamio

o Ministro foi atendido. Afinal, daquela épocapara cá a relação com o tempo vem alterandofortemente o modo das pessoas refazeremsuas forças.

Dentre diversas evidências desse processo,uma delas, pinçada do varejo, é a decolagemdas vendas dos alimentos congelados, sobre-tudo dos pratos prontos. Eles formam um seg-mento que vem conseguindo se manter em

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nal verdendutas ineficazes das cadeias de com revestimentos impermeabilizantes

alta mesmo diante de bolsões de apertura dopoder de compra da população, hostis ao prin-cipal apelo desses produtos – o do escambo dedinheiro por tempo para outros afazeres, ouaté mesmo para não se fazer nada.

Afora as relações comportamentais, essefenômeno de consumo vem encontrando vitalanteparo também na crescente oferta local deavançadas tecnologias de embalagem, que

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vem sendo notadamente impulsionada desde abase da cadeia de valor das embalagens, ouseja, os fornecedores de matérias-primas. Des-taques, nesse quadro, são os papéis cartão dealta sofisticação. Num passo adiante da fabri-cação com aditivações especiais em sua mas-sa e da colagem reforçada para resistir melhorà umidade, eles vêm ganhando o predicadoextra dos revestimentos feitos já na origem, ouseja, imediatamente após sua fabricação.

Incentivo das quebrasTrata-se de uma tendência de mercado que,para os elos envolvidos na produção de conge-lados e pratos prontos, curiosamente tambémsorri ao melhor aproveitamento do tempo.Ocorre que as mercadorias dependentes de re-frigeração muitas vezes ainda penam por aquicom aspectos que, em línguas ferinas, pode-riam entrar no pacote do chamado CustoBrasil: processos inadequados de estocagem ede exposição nos pontos-de-venda, câmarasfrias problemáticas e transporte precário. “Daía exigência de embalagens baseadas em mate-riais que não joguem contra a imagem de nos-sas marcas, protegendo os produtos satisfato-riamente pela vida de prateleira necessária”,comenta o expert Geraldo Cofcewicz, da áreade engenharia de embalagens da Perdigão.

Outro ganho em agilidade para a linha deprodução desses itens é observado na fase deconversão. “O papel cartão revestido na ori-gem dispensa a etapa de plastificação, serviçogeralmente terceirizado pelas gráficas quandocompram material sem o coating, oferecendobarreiras bem mais eficazes à gordura e à umi-dade”, expõe Amando Varella, gerente de ne-gócios da divisão gráfica da Ripasa. Ele falacom base: a tecnologia PEX de extrusão depapel cartão com polietileno de baixa densida-de (PEBD) na origem, lançada pela empresaem meados de 2001, se transformou numa co-queluche. “Temos toda a capacidade de nossasmáquinas voltada ao processo ocupada desdeo seu lançamento”, conta o executivo.

Segundo a Ripasa, também são vantagensdo revestimento na origem as reduções de ma-nuseio do cartão, diminuindo o risco de ele so-frer contaminações, além do fato de evitar de-laminações e a formação de bolhas, useirosproblemas de quem trabalha com o vaivém daplastificação.

O PEX pode ser aplicado em toda a linhade papéis cartão da Ripasa, recebendo os títu-los de PEX 1 ou PEX 2 de acordo com o nú-mero de faces que recebe a resina. Em seu ca-tálogo, a Ripasa destaca especialmente a op-ção em papel cartão triplex (de verso brancoem vez do opaco) Icecard Premium PEX 1, re-vestido em seu lado interno, para a construçãode embalagens para congelados e pratos pron-

Quem também não perde de vista osnegócios na área de conversão deembalagens para pratos prontos é aItapagé, conhecida pelos seus papéiscartão fabricados a partir do bambu.“O cartão de fibra longa que o bambuorigina tem como características na-turais a grande resistência físico-me-cânica e a alta resistência à umidade,atrativos para as embalagens de con-gelados”, argumenta Renato Larocca,coordenador de desenvolvimento deembalagens finais da empresa. Segun-do ele, o produto de maior apelo paraa área é o Itamaster, um papel car-tão duplex que leva em sua produçãotrês aplicações de coating (tinta cou-chê) e um revestimento especial anti-contaminação. “É o nosso top de li-nha, indicado para embalagens comimpressão mais nobre.” Os cartõesda linha Itamaster são comercializa-dos em gramaturas que variam dos200 aos 410g/m2.

Bambu tambémquer seu gomo

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tos. Varella, contudo, frisa a saída progressiva-mente maior dos cartões revestidos em ambasas faces. “Acontece que as gráficas costuma-vam comprar cartão revestido só no verso paraimprimir o lado externo e depois plastificá-lo,mas hoje elas já conseguem imprimir comgrande qualidade e boa ancoragem sobre a ca-mada plástica.”

Por revelarem uma solução de tão grandeapelo para o mercado brasileiro, essas espe-cialidades em papéis cartão, capazes de gerarcartuchos de couro grosso, sem a necessidadede se usar gramaturas propositadamente su-perdimensionadas para se agüentar os açoites

das cadeias de frio capengas, vêm motivandoinvestimentos de outros nomes fortes da áreade papel e celulose que, coincidentemente,prometem fazer o lançamento oficial de suasnovidades na primeira semana de junho, apro-veitando o gancho da corrida da feira de negó-cios Fispal Tecnologia.

Reciclagem apuradaA Klabin, por exemplo, apresentará ao merca-do o KlaKold, papel cartão revestido na ori-gem oriundo do guarda-chuva da linha de car-tões Freeze Board, totalmente fabricados comfibras virgens. “O novo produto oferece umavantagem fantástica, pois não é impermeabili-zado com polietileno, mas sim com uma resi-na à base de látex em seu lado interno”, expli-ca Theodolindo de Oliveira Borges, gerente demarketing da companhia. “Como o seu reves-timento não é associado ao plástico, seu apelopró-ambiental e seu grau de reciclabilidadesão elevados”. Segundo o profissional, a novi-dade poderá ser encontrada nas gramaturas de278, 328, 358 e 378 g/m2.

Por sua vez, a Suzano também confirma aintenção de entrar de cabeça no mercadoaberto pela fabricação de embalagens paraprodutos congelados. É um segmento que, atéagora, não era contemplado pela companhia.“Acompanhamos com atenção esse mercadoe decidimos entrar nele por questões estraté-gicas”, revela Ana Camargo, gerente de pro-duto da área de papelcartão da Suzano. “Da-dos do Euromonitor, por exemplo, dizem quesua perspectiva de crescimento para os próxi-

O número crescente de consumidoresque apelam para as refeições prontasdespertou a atenção da Seara, queestá estreando no segmento atravésde produtos como Strogonoff, Peito deFrango à Parmegianna e Pernil ao Mo-

Nova participante nessa searalho com Vegetais. No tocante à emba-lagem, a empresa resolveu seguir umatendência mundial: a substituição decartuchos com forma de paralelepípe-do por luvas de cartão, fabricadas pelaRomiti com cartões da Klabin.

ESCORA – Para manterem pelo temponecessário o visualesmerado dosprodutos nosbalcões, empresascomo a Perdigãose apóiam noscartões especiais

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Opções nacionais em papéiscartão triplex revestidos na origem

Datamark(11) 3038-1790www.datamark.com.br

Klabin(11) 3225-4000www.klabin.com.br

Itapagé(11) 6412-2028www.itapage.com

Ripasa0800 11 3257www.ripasa.com.br

Romiti(11) 272-2188

Suzano0800 55 5100www.suzano.com.br

Um mercado que tem puxado bastanteo ritmo de produção de embalagens de

papéis cartão especiais para su-portar o contato promíscuo

com a cadeia de frio é ode exportações depeixes e crustá-

ceos congelados.“Temos ampliado o

fornecimento de pa-péis cartão para esse

fim, sobretudo para o acondi-cionamento de camarão congelado

Frutos do mar, um novo manáprocessado no Nordeste do país”, rela-ta Amando Varella, gerente de negó-cios da divisão gráfica da Ripasa. Osescoamentos crescentes para essa uti-lização são também atestados pela Ita-pagé, que vem obtendo sucesso nessaárea com seus cartões derivados dobambu (foto). De acordo com a Secre-taria Nacional da Pesca, a expectativaé que essa atividade renda 460 mi-lhões de dólares neste ano. Entre2002 e 2003, só as exportações paraa União Européia cresceram 36%.

mos anos é de, em média, 5% ao ano.”A inovação da Suzano atende pelo nome de

TP Polar. De modo similar à novidade da Kla-bin, o novo produto leva em seu verso um re-vestimento feito na origem com uma resina,desenvolvida com exclusividade para a Suza-no pela Clariant e que dispensa a plastificaçãosem interferir na sua reciclagem. “Essa coerên-cia ecológica, aliada aos benefícios funcionaisintrínsecos do papel cartão TP Hi-Bulky, doqual o Polar deriva, como o verso branco e aalta rigidez, que permite a substituição de gra-maturas maiores, dará ao produto uma maiorpercepção de valor agregado”, Ana garante.

Negócios lá foraEssas características garantirão a competitivi-dade do produto no mercado externo, uma daspreocupações que a Suzano teve em seu de-senvolvimento. Na Europa e na América doNorte, como Ana sublinha, os alimentos con-gelados já são largamente acondicionados emembalagens de verso branco (triplex ou SBS,sigla de Solid Bleached Board, cartão brancofabricado com 100% de celulose virgem), quelhes transmitem a imagem de maior limpeza eclareza. Aliado a esses fatores, Ana anunciacom entusiasmo o que vê como um grandetrunfo do TP Polar: as certificações já obtidaspelo produto junto ao FDA americano e aoInstituto Federal para a Proteção da Saúde dosConsumidores e Medicina Veterinária(BgVV) da Alemanha.Salgando esse cenário de lançamentos comprevisões para o mercado de pratos prontos,sai da prancheta de Graham Wallis, diretor da

consultoria Datamark, a estimativa de que ele“deverá crescer numa média anual de 5,6%até 2008 e atingir uma produção de 34 000 to-neladas, após um 2003 de certa retração, com22 000 toneladas produzidas”. A verdade éque, em certa medida, a tendência a esses pa-péis cartão mais burilados caminha com certaindependência do quadro macroeconômico.“Enquanto nossas vendas de papel cartão caí-ram como um todo cerca de 16% em 2003, aqueda do PEX foi de 6%, e os negócios naárea de embalagens para prontos congeladoscompensaram a queda geral do mercado”, re-vela Varella, da Ripasa. É o tipo de dado quesó incentiva uma corrida contra o tempo parao lançamento de novidades.

Fabricante

Klabin

Ripasa

Suzano

Nome comercial

KlaKold

Icecard PremiumPEX 1

TP Polar

Gramaturas (g/m2)

278, 328, 358 e378

294, 314, 328,344 e 384

255, 280, 305,330, 355 e 380

IDENTIDADE – Indústria aposta na estratégia de usar marcas para valorizar produtos

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mercado >>> bisnagas

Misto de pouch com bisnaga procura usuários no mercado nacional

e o dilema de escolherentre um stand-up pouch euma bisnaga plástica paraa comercialização de de-

terminado produto estiver causandorixas nas áreas de embalagem ou demarketing de sua empresa, uma novi-dade recém-aportada no Brasil podeser uma opção conciliadora. É o Sof-tube, uma embalagem híbrida paten-teada pela suíça Obrinova que reúne aconveniência das bisnagas e o grandeapelo visual dos sachês e pouches.

Em poucas palavras, a inovação éformada por uma estrutura flexívelque se apóia sobre uma tampa plásti-ca oval de rosca. Cria-se, assim, o quepoderia ser chamado de frasco flexí-vel. “O Softube é uma alternativa àsbisnagas extrudadas com o apelo desuportar impressões de alta sofistica-ção, em mais de oito cores, e até fotosem alta definição”, afirma PierreFroelicher, sócio-diretor da paulistanaEmbatek, empresa que presta serviçosde envase de bisnagas plásticas e quedeseja difundir a novidade no Brasilvia distribuição de máquinas especialmenteprojetadas para a sua fabricação. Elas são dotipo form-fill-seal, ou seja, formam, envasame selam as embalagens, inclusive aplicando ofechamento plástico.

S

Alcan Packaging Cebal(11) 4723-4700www.cebalbrasil.com.br

Embatek(11) 3611-2180www.embatek.com.br

Nem isto nem aquilo

Atenta à crescente demanda domercado de cosméticos e higienepessoal pelas bisnagas plásticas, aAlcan Packaging Cebal está lançan-do uma nova opção de tampa flip-top no diâmetro 50mm. Desenvolvi-do em conjunto com a Crown Tam-pas e a Zeller Plastik, o novo fecha-mento é recomendado para

usuários de tubos plásticos em ge-ral e também para empresas queenvasam bisnagas pelo bico, com ofundo já selado. Segundo o departa-mento de marketing da Alcan Packaging Cebal, a nova tampa nãooferece orientação com o painelfrontal e está disponível somenteno acabamento brilhante.

Uma opção a mais em tampas flip-top

Para a parte flexível superior épossível trabalhar uma variedade delaminações, combinando filmes depolietileno, alumínio e PET (poliés-ter) conforme os requisitos de bar-reiras do produto a ser acondiciona-do. Itens que não temam contatosprolongados com o ar e a luz, porexemplo, podem dispensar o empre-go do alumínio. Segundo Froelicher,já foram feitos contatos comfornecedores nacionais e todos os in-sumos necessários à produção doSoftube podem ser encontrados lo-calmente.

Na Europa, o Softube vem pro-gredindo na área de alimentos. Froe-licher, contudo, mostra-se resignadoquanto à popularização desse tipo deuso no Brasil, pela baixa penetraçãodas bisnagas plásticas na indústriaalimentícia nacional. De início, a in-tenção da Embatek é licenciarfornecedores de embalagens e indús-trias da área de cosméticos e produ-tos de toucador, como xampus e cre-mes capilares de razoável apelo pre-

mium. Para facilitar o acesso às máquinas, háa possibilidade de se fechar planos de leasing.“Isso diminui o investimento inicial e permi-te que o cliente pague o bem de capital con-forme seu uso”, comenta Froelicher.

HIBRIDISMO - Softube reúne apelosdas bisnagas e dos pouches esachês numa só embalagem

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eventos >>> hba south america/fce pharma

Referência sul-americanaFeiras de cosméticos e farmacêuticos ampliam projeção internacional. HBA anuncia mudança de nome para a edição de 2005

uros, desemprego e retração da ren-da são obstáculos impostos a qual-quer segmento do varejo brasileiro,e em tese nenhum setor produtivoestá livre dessas conhecidas adver-

sidades. Mas há aqueles que, ao obter bons re-sultados mesmo quando os indicativos econô-micos são desalentadores, parecem manter-seao largo das mazelas que estorvam os demaiselos industriais. Por repetitivo que seja, dadasas recorrentes análises em torno do fenômeno,essa percepção parece aplicável ao mercado decosméticos, cuja média de crescimento nos úl-timos exercícios superou, com folga em mui-tos casos, a obtida pela maioria dos setores daeconomia brasileira, cravando 6,5% ao ano emanálise estendida de 1998 a 2003.

As novidades desse inabalável setor pude-ram ser novamente conferidas de perto na últi-ma edição da HBA South America, feira inter-nacional de tecnologia para a indústria cosmé-tica, realizada no Transamérica Expo Center,em São Paulo, entre os dias 11 e 13 maio últi-mo. Organizado, como já é tradição, em con-junto com a FCE Pharma, esta voltada ao mer-cado farmacêutico, o evento reforçou, notada-mente pelos lançamentos das empresas deembalagem, que até pareciam mais numerososque os dos fabricanes de matérias-primas far-macêuticas, idéia de que o setor de higiene ebeleza parece não tomar conhecimento das ha-bituais desacelerações da economia brasileira.

“Principal evento do Mercosul”Como já ocorreu em edições anteriores, o ba-lanço positivo do evento não transpareceu ape-nas no saldo de lançamentos, que são apresen-tados a seguir, mas também na evolução do nú-mero de expositores e de público. Segundo aVNU Business Media Brasil, responsável pelarealização da HBA em parceria com a Associa-ção Brasileira de Cosmetologia, 162 exposito-res participaram da feira, que recebeu 16.560

visitantes. Os números são em média 20%maiores que os da edição passada, segundo de-poimento de Daniela Braga, coordenadora co-mercial da VNU. “Estamos consolidadoscomo o principal evento da indústria cosméti-ca na América do Sul”, ela acredita.

Joris van Wijk, diretor da VNU, se mostrouespantado com a participação internacional,reforçando o discurso de que a feira se tornouo principal ponto de encontro da indústria cos-mética sul-americana. “A visitação internacio-nal, principalmente de profissionais do Merco-sul, nos surpreendeu”, diz o executivo.

Em que pese o apontado apelo internacio-nal da grife HBA, a VNU anunciou para a pró-xima edição da feira, já marcada para aconte-cer entre os dias 17 e 19 de maio de 2005, umamudança de nome. Passará a se chamar FCECosmetique, alinhando-se assim com a parcei-ra do mercado farmacêutico. “Porém, conti-nuaremos com o mesmo perfil, público-alvo esetores de exposição”, adianta Wijk.

JAVANÇO - Com 16 560visitantes e mais de 160expositores, eventostiveram crescimento de20% em comparação coma edição do ano passado

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Na seara das soluções anticontrafação,persistente flagelo para a indústria demedicamentos, a Zebra Technologies des-tacou, dentro de sua linha Brand Protec-tion Solutions, uma gama de etiquetas erótulos para impressão de dados variá-veis legíveis apenas a partir de máquinase scanners especiais, fornecidos pela pró-pria empresa. Segundo representantes,as soluções podem ser aplicadas não sópara identificação de embalagens, mastambém em exames e amostras labora-toriais. Outra solução de combate à falsi-ficação de fármacos foi apresentada naFCE pela Hueck Folien. Trata-se do siste-ma modular Protecco, que pode reunirrecursos ocultos – como microtextos ecálculos matemáticos da posição relativados elementos impressos – e evidentes:hologramas, fluorescência UV e espec-tros arco-íris. Nas fotos abaixo, o siste-ma aparece no filme de alumínio de umblister promocional, distribuído pela em-presa em seu estande.(11) 3857-1466www.zebra.com

(11) 3743-5546www.hueck-folien.de

Novas armas de combateaos piratas

STU

DIO

AG

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Nacionalização e investimento em segurança infantil A Alcan Packaging, unidade de embala-gens flexíveis da Alcan, anunciou novida-des na sua linha de blisters para medi-camentos. Uma delas foi o lançamentode uma família específica para pequenoslotes impressa em rotogravura, proces-so que, segundo a empresa, garantemaior precisão e qualidade nas imagensdos blisters. Também foi divulgada,como forma de dimuição de custos, anacionalização produtiva do blisterFormpack, que antes era importado daAlemanha. Do tipo alu-alu e estruturadaem três camadas (nylon, alumínio ePVC), a cartela é indicada para medica-mentos que exigem alta barreira contraumidade, gases e luz. Ainda na sua linhade blisters, a empresa apresentou no-vos desenvolvimentos para evitar inges-tão acidental de medicamentos porcrianças. A principal medida atrelada aoconceito child-proof envolve a colocação

Apesar do foco no fornecimen-to de embalagens e pin-céis para esmal-tes, a Thomrissdemonstrou doissistemas facilita-dores de abertu-ra de tampas debatom. O primeiro

é chamado deSoft Spin, econsiste no de-senvolvimentode moldes que suavi-zam o giro dos fechamen-tos de rosca, sem utilizaçãode lubrificantes. Por sua vez, o pro-cesso Stress Free System (SFS)

promete “minimizar os efeitos destress” nas tampas da linhacristal. Já na família de embal-agens para esmaltes, a empre-sa mostrou suas opções de cer-das Tynex, da DuPont, que “ga-rantem maior durabilidade eprecisão na aplicação”. (14) 3263-3184www.thomriss.com.br

de adesivos para dificultar a aberturadas embalagens por crianças. MarcoFerraroli, diretor da unidade de embala-gens flexíveis da Alcan, lembrou que osmedicamentos representam o principalagente tóxico por ingestão acidental hu-mana, respondendo por 28% dos casosno Brasil, sendo que as crianças meno-res de 5 anos são vitimadas em cercade 35% desses episódios. (11) 5503-0722www.alcan.com.br

Moldes reformulados e aber-tura sem stress

Ditando tendênciasem maquiagem Um mini-frasco PET com tampa metálicae retentor, desenvolvido para acondicionarprodutos como brilho labial, máscara paracílios e delineador, foi a vedete da Ipel,empresa especializada no fornecimento deembalagens para a indústria de maquia-gem, que participou da HBA pela primeiravez. Outro lançamento de destaque damarca foi o estojo para ser usado comopó compacto, pancake e duocake, dotadode espelho e compartimento para espon-ja. “Esse tipo de integração é uma tendên-cia no setor”, diz Carla Pavone, gerentecomercial da empresa. Voltando ao seg-mento de frascos, o terceiro lançamentoda Ipel na feira foi o modelo Duo, criadopara produtos para olhos e boca. (11) 4446-7800www.ipelbr.com

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A Oxyplas apresentou na HBA algumasnovidades da sua linha de embalagensplásticas para cosméticos. Entre as cu-riosidades, o frasco roll-on desenvolvidopara produtos de bebê, com capacidadede apenas 15ml. Entre as linhas stan-dard, os destaques foram os frascosBarcelona 250ml, Málaga, nas versõesde 200ml e 300ml e Sevilha 150ml.(11) 4139-7928www.oxyplas.com.br

Roll-on até para bebês

Na área de plásticos especiais, a Eastman explorou o eventopara ampliar na América do Sul a distribuição da família de co-poliésteres Eastar, representada pelo conceito Glass Polymer,atrelado à sua linha de matérias-primas plásticas com aparên-cia e toque de vidro. “Nossa intenção na HBA foi impulsionara expansão da marca nesse mercado”, diz Gabriel Crosta, ge-rente de vendas Mercosul da Eastman. Além dos planos deexportação a partir da subsidiária brasileira, a empresa divul-gou durante a feira um dos adeptos das soluções Glass Poly-mer. Trata-se da fabricante americana Merle Norman Cosme-tics, que adotou os plásticos com aparência de vidro nos fras-cos da linha de anti-sinais Luxiva.(11) 5506-9989www.theglasspolymer.com

Conhecida por sua atuação no mercado de amostragem senso-rial, a Arcade Marketing, representada no Brasil pela FragranceExpertise International, apresentou no evento uma nova alterna-tiva de microencapsulação de aromas e fragrâncias para emba-lagens. É a Microfragrance Label, etiqueta auto-adesiva feita deplástico transparente (PET) com microcápsulas de perfume ouaroma. Para divulgar a novidade, a Arcade distribuiu na feiraum cartucho cartonado, produzido pela Gráficos Burti, com umaMicrofragrance Label aplicada na frente. Decorada com a ilus-tração de uma pimenta e de uma folha de menta, a etiquetacontinha microcápsulas cujas fragrâncias faziam jus aos dese-nhos.(11) [email protected]

Sopro infla oferta de bisnagasUma prova de que as bisnagas plásticassopradas vêm gradualmente ganhandoespaço na indústria cosmética frente aosprocessos de coextrusão e injeção, osmais comumente empregados para pro-dução desse tipo de embalagem, foi dadapela Neumann Packaging. A empresa lan-çou na HBA uma nova alternativa de bis-naga soprada no diâmetro de 50mm,com opções de capacidade que vão de100ml a 270ml. As embalagens podemser entregues com o fundo aberto ou fe-chado. Neste último caso, a idéia é au-mentar a velocidade de envase nas linhasde embalagem dos fabricantes de cosmé-ticos e demais indústrias usuárias. Umoutro diferencial, segundo Alessandra Ro-drigues Seitz, diretora comercial da Neu-mann, é que os tubos podem ser entre-gues com a data de validade e outros da-dos variáveis já impressos.(11) 4701-8747www.neumannpacking.com.br

Cartucho próprio para promoção olfativa

Exportação a partir da subsidiária local

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Boca mais larga para frascosde pílulasO lançamento de um novo frasco paradrágeas foi uma das novidades apre-sentadas pela Wheaton. Fornecidas emvidro âmbar ou transparente, asembalagens se destacam pelo bocal de31,5mm, diâmetro alternativo aos28mm habitualmente adotados nessetipo de recipiente. Segundo RenatoMassara, diretor comercial da Whea-ton, a medida foi desenvolvida para fa-cilitar o envase de cápsulas de 22mm,e assim evitar problemas de parada demáquina nas linhas de embalagem dosfabricantes de medicamentos. Ainda deacordo com o executivo, o lançamentoatendeu reivindicações de três labora-tórios: Farmasa, Merck e Roche.Para viabilizar o uso dos novos frascos,a empresa procurou dois fabricantesde sistemas de fechamento com expe-riência no mercado de medicamentos,a Tapon Corona e a Védat, para que

fossem desenvolvidas tam-pas do tipo pilfer-proofadaptáveis ao bocal de31,5mm.Outro lançamento da

Wheaton no evento foium frasco transparen-te de perfume promo-cional, distribuído noestande da empresa. Oprojeto contou com en-vase da Lipson, válvu-las da Emsar e tampasda Incom, e foi desen-volvido em apenas doisdias. “Tempo recorde”,define Massara.(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

Tubos laminados sob nova chancelaPrimeira feira de que partici-pa após ter sido compradapela Alcan, a Cebal mostrounovas opções de decoração epigmentação para sua linha debisnagas plásticas laminadas.Segundo a empresa, agora cha-mada de Alcan Packaging Cebal,os novos visuais, que podem serusados em cosméticos, dentifrí-cios ou produtos de higiene pes-soal, estão atrelados ao conceitodesigner web. Segundo Vivan Ri-beiro, assistente de marketing da empre-sa, isso significa que os tubos podem serdesenvolvidos em qualquer tonalidade, inclusive perolada, e nãoapenas nas tradicionais apresentações branca ou translúcida.Para divulgar as novas possibilidades, a empresa apresentou oproduto em quatro cores: azul, branco, rosa e verde. As novasopções de decorações podem ser usadas em bisnagas de25mm e 35mm, com diferentes tipos de tampas e lacres de se-gurança.(11) 4723-4700www.cebalamericas.com

Etiquetadores para pequenase grandes quantidades

A Novelprint apresentou três modelos docabeçote etiquetador NovelTech. Todospodem ser instalados em enchedoras,embaladoras, encartuchadoras e máqui-nas de form-fill-seal. Para frascos e pro-dutos cilíndricos com abertura (PCA),dois modelos foram demonstrados. Volta-do a pequenas tiragens, o primeiro, que

produz até 40 frascos porminuto, aplica etiquetasem embalagens com até60mm de diâmetro. Maisespecífico para aplicaçõeshigh- end, a outra opção

da família NovelTech atin-ge a velocidade de 60me-

tros por minuto, que equivale àaplicação de rótulos em até 600frascos por minuto, e é oferecida

para frascos com no mínimo 45mm dediâmetro. Todos os cabeçotes podem serdotados de motor de passo e painel ele-trônico para controle das operações.(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

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materiais >>> cartonadas assépticas

Alternativa ao sachêHábito de consumo abre caminho aos molhos prontos para lámen

m que pese o trocadi-lho infamíssimo, nãoé difícil encontrarquem considere os

temperos que acompanham osmacarrões lámen lamentáveis.Muitos preferem dispensá-los eguisar a massa ao gosto próprio,muitas vezes com molho de to-mate. É o que a Brasfrigo, fabri-cante de milho em conserva,constatou numa pesquisa querealizou junto a consumidores,na qual mais de 30% dos entre-vistados disseram não utilizar os sachês quevêm com o macarrão instantâneo. Oportuni-dade revelada, a empresa resolveu investir 1milhão de reais no desenvolvimento de umalinha de molhos atomatados prontos para lá-men, que acaba de chegar ao mercado.

Sob a marca Tomatino, os molhos daBrasfrigo ganharam sete sabores – Tradicio-nal, Carne, Galinha Caipira, Pizza, Hot Dog,Barbecue e Catchup. Ao caráter inovador doproduto soma-se uma embalagem que inega-velmente chama a atenção nas gôndolas: a Te-tra Classic, da Tetra Pak. Trata-se da variantede cartonada asséptica mais “vintage” damultinacional sueca, aquela cujo formato te-traédrico inclusive inspirou seu nome. De

CLÁSSICA - Molhoschegam ao mercado na caixinha Tetra Classic,de formato tetraédrico

acordo com a fabricante, seu molho para lá-men em recipiente longa vida é o primeiro aser lançado no mundo.

As caixinhas da linha Tomatino acondi-cionam 70g de molho. Tal volume gera con-veniência no uso do produto, sublinha PauloMiessa, diretor comercial da Brasfrigo. “Éuma porção exata para um pacote de lámen de80g a 85g”, ele afirma. “A embalagem TetraClassic tem o tamanho e o formato perfeitospara um produto prático como este”, comentaEduardo Eisler, diretor de desenvolvimentode negócios da Tetra Pak. “Além da praticida-de no uso, o produto não precisa de refrigera-ção para ser conservado, é fácil de abrir e dis-pensa cozimento ou aquecimento.”

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Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Um incremento na ofer-ta de praticidade e con-veniência ao consumidoracaba de ser feito pelaTropical Indústria de Ali-mentos. Detentora damarca Tial, a empresaestá acoplando canudi-nhos telescópicos às em-balagens Tetra Prismade 250ml de seus sucos

prontos. Segundo a fa-bricante, a novidade, im-portada pela Tetra Pak,vem atender à demandado público que gosta dossucos Tial, utiliza comfreqüência as redes deauto-serviço e quer ter aopção do consumo dosprodutos da marca emqualquer ocasião.

Visão de mercado acoplada

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hova ou faça sol, haja cri-se ou não, o consumo nãopára, ainda que arrefeça.Embora aumente a

disparidade de renda, ampliando oscontingentes de consumidores debens essenciais e reforçando o apelodo preço, as pessoas continuam bus-cando prazer no ato de comprar.

Isso tem tudo a ver com o temadesta seção, na medida em que atecnologia e a criatividade paraapresentar produtos nos pontos-de-venda serão cada vez mais exigidas.Mais e mais será imprescindível a ha-bilidade para decorar as embalagens,tornando inconfundível e sedutorasua identificação, fácil e ágil sua lo-calização e sua movimentação, ético,preciso e rico o cabedal de informa-ções que têm a transmitir. Em suma,aumentará a força da rotulagemcomo mídia capaz de reforçar a ima-gem de marca, seduzir consumidorese estimular vendas.

Risco de alijamentoSerá crescente o peso da diferencia-ção de produtos e da eficácia na co-municação na guerra de mercado.Como a disputa se dá dentro das ca-tegorias, mas também entre elas, pro-dutos e marcas que não se destacarempoderão ser alijados. Ocorre que aquantidade de dinheiro disponívelnão cresce na medida da prolifera-ção dos itens e das marcas dos pro-dutos. Ao contrário, no presentemomento, em nosso país, encolhe.

Mesmo assim, como já se disseno início, não haja dúvida de quesempre haverá consumidores. Seestão mais pobres e compram porpreço, é conquistá-los com produtosque valham o dinheiro, acondiciona-

Cobertura sistemáticaRevista de embalagem que mais fala de rotulagem cria seção específica

Cdos em embalagens condizentes, de-

coradas/rotuladas de maneira atraduzir com precisão os atributos

do conteúdo e que tenham poder desedução. Em síntese, que agreguemvalor (até por que parecem fortes ossinais de recuperação da economia).

Cobertura ampliadaSintonizada desde sua primeiraedição com essa realidade e, por isso,vista por muitos leitores como “arevista que melhor cobre a área de ro-tulagem”, EMBALAGEMMARCA inau-gura esta seção com o objetivo deampliar e aprofundar essa cobertura.A partir desta edição, este espaçotrará todos os meses informaçõessobre o assunto.

Nesta seção inaugural, o temaprincipal mostra rotuladoras direcio-nadas a mangas e roll-labels, semdeixar de informar sobre lançamen-tos e movimentações em outros seg-mentos. Não é pretensão desta pri-meira reportagem apresentar tudo oque o mercado disponibiliza no cam-po da decoração e da rotulagem, dadaa limitação de espaço e por ser prati-camente impossível ouvir de uma sóvez todos os fabricantes e fornece-dores do mercado. No entanto, a re-dação está, como sempre esteve,atenta ao que ocorre e aberta a indi-cações, que serão analisadas paraeventual aproveitamento como notí-cia em oportunidades futuras.

Sem dúvida, visitas atentas a su-permercados e locais de consumo deprodutos suscitam vasto temário paracobertura no universo da rotulagem.Mas fica reiterado o convite para queos interessados entrem em contato.Opiniões a respeito desta seção serãomuito bem recebidas.

Por Wilson Palhares

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emando nas favoráveis correntesdas substituições de importaçõese da maior abertura para exportar,os fabricantes locais de rotulado-

ras têm ancorado em portos seguros além da-quele dos auto-adesivos, vedetes do recentenoticiário sobre decoração de embalagens.Essa afirmativa é evidenciada, tomando-seum caso específico, pelo desempenho dosnegócios na área de máquinas para aplicaçãode rótulos do tipo wrap-around, aqueles queenvolvem recipientes como cintas.

Acontece que, após conseguirem sedi-mentar de forma consistente a atua-ção no segmento de equipamentospara o trabalho com os tiposmais populares desses rótulos,caso dos chamados rótulos-manga ou sleeves (aquelesgeralmente feitos de filmesimples de polietileno e afixa-dos à embalagem unicamentepor pressão), empresas brasi-leiras estão lançando olhar deáguia para um mercado queacreditam ser dos mais pro-missores: o de aplicadoraspara os chamados roll labels,os rótulos confeccionados empolipropileno bi-orientado(BOPP) alimentados na máquina apartir de bobinas e dependentes decola para sua aplicação. São aqueles utiliza-dos, por exemplo, no adorno de garrafas dePET de 2 litros de refrigerantes.

Velocidade e custoO porquê dos investimentos não é um enig-ma de outro mundo. “Há algum tempo ob-servamos uma tendência, sobretudo entreprodutores de médio porte, de migração darotulagem com o rótulo-manga para o siste-ma de roll label”, explica Alessandro CarloAngeli, diretor da paulista Narita, que lançouhá poucos meses uma rotuladora para esse

A atração de novos portos Consolidadas em equipamentos para rótulos-manga e sleeves, Narita e JPJ entram firm

Rtipo de rótulo, a qual diz ser a pioneira emfabricação nacional. “Isso ocorre por umasérie de vantagens industriais, como a obten-ção de maior velocidade de produção e a re-dução de custos em relação às etiquetas deBOPP pré-cortadas, tradicionalmente utili-zadas como alternativa ao roll-label noBrasil.” Daí que o investimento da Narita éum passo estratégico para continuar prospe-rando e mantendo posições invejáveis: con-siderada líder mundial no volume de produ-

ção de aplicadoras para rótulos-man-ga, só no mercado brasileiro a empre-

sa detém o que Angeli arredondapara 90% de share.

“Em linha com as vantagensde caráter produtivo, vale tam-bém dizer que o roll label é umrótulo mais nobre, de qualidadede impressão geralmente supe-rior quando comparado ao slee-ve de polietileno”, adicionaNilson José Gavioli, diretor daJPJ, que promete fazer a avant-premiére de sua aplicadorapara roll label durante a Fis-pal, feira programada para aprimeira semana de junho emSão Paulo. Aliás, o início doprojeto de desenvolvimento darotuladora para roll label da

JPJ começou justamente na Fis-pal 2003, quando Gavioli percebeu um “in-teresse tremendo do mercado” por esse tipode bem de capital.

Com relação ao mercado, a expectativa éde que diversos nichos em bebidas abrirãoos braços para essas novas opções nacionaisem rotuladoras. “Vejo com bons olhos ossegmentos de águas minerais e de sucosprontos”, comenta Gavioli. “O factível éque, num longo prazo, os rótulos-manga fi-quem mais restritos aos engarrafadores pe-quenos e médios e àqueles que etiquetamfrascos de diâmetro grande, como os de

Por Guilherme Kamio

PADRÃO – Rótulosdo tipo roll labeljá se firmaramno segmento derefrigerantes de 2 litros

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seguros me na área de roll labels

águas minerais com volume acima de 3 li-tros e de águas sanitárias”, posiciona Ange-li. “É o que já acontece, por exemplo, nosEstados Unidos.”

Alta performanceAmbas as empresas ressaltam o perfil versá-til de seus produtos. Tanto a Roll Label, daNarita, quanto a JP-30RB, da JPJ, têm cons-trução robusta e operação simples, podendotrabalhar em linhas de alta performance derecipientes dos mais diversos materiais,como PET, PVC, vidro e metais. Se o retor-no da clientela for favorável, tais máquinassaborearão não menos que o mel de uma ex-clusividade de mercado. Quanto à concor-

rência com marcas internacionais de peso, asempresas não se melindram. Apostam numfator que, até agora, a elas serviu de pulo-do-gato: a proximidade ao cliente, apelativa, naprática, pela união de facilidades com assis-tência técnica, peças de reposição e mão-de-obra preparada.

JPJ(11) 3621-7522www.jpj.com.br

Narita(11) 4352-3855www.narita.com.br

PERFIL VERSÁTIL – A RollLabel, da Narita, que secaracteriza pela robusteze pela simplicidade

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Rótulo isolante prolonga a temperatura ideal para o consumo de bebidas

uem fica cheio de dedos na hora desegurar embalagens de bebidas, te-mendo que o conteúdo esquenterapidamente, já pode suspirar de

alívio. Um dispositivo promete prolongar oprazer de sorver líquidos em sua temperaturaideal por pelo menos o dobro do tempo queeles levariam para “chocar” interagindo como ambiente e com a mão dos consumidoresem condições normais. Chamado de insula-ting label, ou “rótulo isolante”, numa tradu-ção livre do inglês, ele é destaque internacio-nal do momento na área de rotulagem paragarrafas e frascos de bebidas.

A novidade advém de uma tecnologia de-senvolvida pela DuPont batizada deCool2Go. Nela, rótulos do tipo wrap-aroundsão construídos com um filme com estruturade sanduíche, na qual uma fina camada domaterial Thermolite, da DuPont, é prensadaentre duas folhas do filme de poliéster Meli-nex, outra especiaria da companhia america-na. Toda a impressão dos rótulos é feita coma tecnologia de fotopolímeros Cyrel.

Estrela da composição, o Thermolite é umnão-tecido utilizado na confecção de produ-tos como sleeping bags e jaquetas, nos quaisfunciona como barreira térmica. Daí que,aplicado aos rótulos, ele preserva por maiortempo a temperatura ideal de consumo doproduto, seja ele refrigerado ou aquecido.

Eficácia comprovada“Trata-se de uma solução que vem despertan-do grande atenção no exterior, uma vez queefetivamente propicia um benefício para oconsumidor”, comenta Allan Cury Martins,coordenador da DuPont Soluções em Emba-lagens para o Mercosul.

Na pioneira praça estadunidense, ele con-ta, o Cool2Go já tem suas primeiras aplica-ções comerciais apresentando bom retorno.Exemplo é a Turkey Hill, fabricante de bebi-das lácteas, sucos prontos e outros produtosmatinais da Filadélfia, que iniciou há cerca de

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Pode segurar à vontade

um ano o emprego dos rótulos isolantes numalinha de chás gelados, envasada em garrafi-nhas de polietileno. Recentemente, a empresaconvidou os consumidores a opinarem sobreos novos rótulos em sua página na web. Napesquisa, 90% dos participantes declararamter sentido real diferença no tempo em que abebida permanece gelada. Mais: 94% delesrecomendaram continuidade no uso dos rótu-los isolantes, e 72% gostariam de vê-los emtodas as bebidas da Turkey Hill.

Segundo Martins, a DuPont administratoda a cadeia envolvida na conversão dos ró-tulos Cool2Go, fornecendo-os, já impressos,aos usuários finais em bobinas. O investimen-to em máquinas especiais é dispensado parapequenas produções. Para empresas que tra-balham com linhas de alta velocidade a Du-Pont já está desenvolvendo parcerias com fa-bricantes de equipamentos para assegurar a

PROTEÇÃO - Isolantetérmico é aplicado noponto de pega dasembalagens de bebidas,no interior do rótulo

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DuPont0800 171715www.pack.dupont.com.br

aplicabilidade da tecnologia nesses equipa-mentos. “Na prática, o rótulo Cool2Go secomporta como um comum de poliéster”,Martins esclarece.

Nos Estados Unidos, passado o períodode experimentação da tecnologia nos chásgelados da Turkey Hill, a DuPont trabalha emnovos projetos de aplicação de Cool2Go emmercados distintos como os de águas mine-rais, cervejas, sorvetes em porções indivi-duais, iogurtes e até o de sopas para microon-das, entre muitos outros.

Para o Brasil, ainda não existe previsão dedisponibilidade do produto, até pelo fato dese tratar de uma tecnologia recém-saída doforno. Martins, no entanto, conta que já há in-teresse de empresas nacionais pela inovação,o que deverá fazer com que ela desembarqueaqui num futuro próximo. “É o caminho na-tural, até porque, pelo seu clima tropical, oBrasil representa um mercado de extremo po-tencial para essa solução.”

Para prolongar a temperatura ideal de consumo de bebidas, a tecnologiaCool2Go da Du Pont ameniza os efeitos das trocas de calor das embalagenscom o ambiente e a mão do consumidor, graças a um rótulo com estrutura desanduíche. A estrela da composição é o isolante Thermolite.

Como o isolamento funciona

APROVADO - Rótulos isolantes dos chás gelados daamericana Turkey Hill foram considerados, empesquisa feita junto a consumidores através dainternet, um implemento altamente positivo

Camada externa do rótulo,também baseada no filmede poliéster Melinex

Impressão é feita com atecnologia de fotopolímerosCyrel, vedete da Du Pontpara a área gráfica

A camada intermediária, a “ativa”, éconstruída com o material isolante Thermolite,utilizado em jaquetas e sleeping bags

Camada interna do rótulowrap-around, construídaa partir do filme depoliéster Melinex

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Prodesmaq atende fármacos via ValimpressAtenta às exigências de excelência nocontrole dos processos e de quali-dade total vigentes na indústria far-macêutica, que impõem o cumpri-mento inevitável de normasGMP (Good ManufacturingPractices ou Boas Práticasde Fabricação), a Prodes-maq comunica uma recentereestruturação estratégica.Para atender seus clientesno segmento “com omesmo rigor em relação às normas eprocedimentos do sistema de quali-dade e a garantia de sintonia totalcom as normas GMP, a um custo me-nor”, deslocou a produção de rótu-los farmacêuticos auto-adesivos

Gafor passa a distribuir para a ArconvertA italiana Arconvert, que atuano Brasil com o fornecimentode papéis especiais e de basepara a produção de rótulosauto-adesivos foi incorporadaao grupo Gafor, num acordo dedistribuição, passando a dispo-nibilizar estoque local parapronta [email protected]

para sua outra planta, a Valimpress,situada em Valinhos (SP). Segundocomunicado da empresa, váriosclientes já aprovaram a fábrica da Va-

limpress para a transiçãode fornecimento, entre elesa Johnson & Johnson e aABL Antibióticos.PRÊMIO – A propósito, aempresa ganhou o PrêmioExcelência Farma, promovi-do pela FCE Pharma e pela

Febrafarma, na categoria Embalagem/Materiais Gráficos/Rótulos. O troféufoi entregue dia 12 de maio último. Prodesmaq(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br In-mold label

De 11 a 13 de outubro acontece aIMLCON 2004 – 12th InternationalIn-Mold Labeling Conference, dedi-cada exclusivamente ao sistema in-mold de rotulagem. O evento abor-dará aspectos mercadológicos e detecnologia. Mais informações no e-mail [email protected] ou pelo tele-fone +1 480 473-0301.

Quem for à Labelexpo Americas2004, que ocorre entre os dias 13 e16 de setembro em Chicago (EUA),terá a oportunidade de ver o que aindústria da rotulagem tem de maisnovo. Aqueles que quiserem trazerna bagagem uma vasta quantidadede informações sobre essacadeia produtiva podem re-servar uma verba para ad-quirir a Enciclopédia deRótulos e Tecnologia deRótulos, que será lançadadurante o evento.Organizada por Mike Fair-ley, fundador e editor da

revista Labels & Labeling, o livro ex-plica, em mais de 220 páginas, ter-mos relacionados a diversos siste-mas de rotulagem, codificação, im-pressão de dados variáveis, diferen-tes processos de impressão, acaba-mento e aplicação. A Enciclopédia

traz ainda informações so-bre sistemas de etiqueta-gem na origem, rótulos in-teligentes e de segurança.Preço promocional durantea Labelexpo Americas: 95libras esterlinas (cerca de543 reais). Depois, custará150 libras (857 reais).

Encontro de auto-adesivosO 9º Encontro Nacional deConvertedores de EtiquetasAuto-Adesivas, promovido pelaABIEA, associação que repre-senta o setor, será realizado de19 a 22 de agosto próximo noHotel Sofitel da Costa do Sauí-pe, na Bahia. Inscrições naABIEA (tel. 11 � 288-0508 e3284-7247; [email protected]) ou naoperadora Tristar Turismo (tel. 11 � 3016-1411; [email protected]).

Videojet adquire a AlltecA alemã Alltec, com sede em Selms-dorf, anunciou ter sido adquirida pelaamericana Videojet, de Wood Dale,Illinois. A primeira é uma grande fa-bricante de sistemas de codificação emarcação a laser, enquanto a Video-jet é uma destacada produtora mun-dial de equipamentos de identifica-ção, impressoras jato de tinta de pe-quenos e grandes caracteres e im-pressoras por transferência térmica. Segundo comunicado conjunto, a fu-são é uma continuação da política deambas as empresas. Particularmente,

permitirá à Alltec acelerar ambiciososplanos de expansão que a conduzi-ram da condição de fornecedora denicho à atual posição de líder de suaárea no mercado mundial. Sua sedeem Selmsdorf será foco de investi-mentos futuros pela Videojet, devendotornar-se o centro mundial das ativida-des relacionadas com a tecnologia delaser da Alltec–Videojet.Alltec: + 49 (0) 38823 55-0www.alltec.orgVideojet: + 1 (0) 630 860 7300www.videojet.com

Uma abrangente fonte de referência

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bebidas >>> cerveja

Skol inova outra vezNa linha do pioneirismo em embalagens, marca lança garrafa Big Neck

inda que os grandes paradigmasde embalagem do mercado decerveja estejam praticamenteinalterados há pelo menos uma

década, com as latinhas de alumínio e as gar-rafas retornáveis acondicionando por volta de90% dos volumes produzidos no país, a ondade edições especiais e extensões de linha quevem agitando o setor continua abrindo espaçopara apresentações inovadoras. Nesse proces-so de diversificação, aquilo que é conhecidopelos profissionais de marketing como análi-se de ocasião de consumo parece ter se torna-do um fator determinante no desenvolvimen-to de novas embalagens de cerveja no Brasil.

A sensação de que os fabricantes estãoapostando em formatos específicos para cadacircunstância de consumo foi reforçada com achegada da nova garrafa de vidro da Skol, a

Big Neck, que começou a ser distribuída emmaio nos Estados de São Paulo e Rio de Ja-neiro. Desenvolvida pela Saint-Gobain comdesign inspirado em produto do mercadoamericano, a nova embalagem é descartável,vem com tampa de rosca metálica e tem capa-cidade de 500ml, medida pouco usual nomercado brasileiro, onde as garrafas de600ml dominam 67% das vendas de cerveja.

Segundo a Skol, tais características, que in-cluem ainda o inovador diâmetro de 38mm nasaída da garrafa (10mm a mais que a bocapadrão), foram reunidas na Big Neck paraatender ao consumo doméstico de cerveja, que,de acordo com dados obtidos pela AmBev,vem aumentando sem parar no cenário brasi-leiro. Isso explicaria a opção pela capacidadede meio litro, e também a aposta num sistemade fechamento que dispensa abridor – as tam-pinhas de rosca, aliás, são importadas dos Es-tados Unidos, onde são fabricadas pela Silgan.

Efeitos metalizados“Buscamos uma embalagem apropriada parao consumo individual, que diminuísse ovaivém do consumidor até a geladeira e pro-porcionasse prazer de beber diretamente dagarrafa”, assinalou a gerência de marketingda Skol no material de divulgação da BigNeck. Com rótulos dotados de efeitos metali-zados, cujo layout foi criado pela agênciaF/Nazca, o lançamento também se diferenciapor contar com um carrier de papel cartãoproduzido pela Rigesa. Esse carrier reúnequatro garrafas - duas a menos que as tradi-cionais embalagens múltiplas das long necksde cerveja.

Diferentemente do que ocorreu com aSkol Beats, outro recente lançamento da mar-ca, que é vendida na já famosa garrafa sinuo-sa de vidro transparente com fórmula alteradapara “diminuir o amargor e o sabor residual”,a chegada da Big Neck não implicou na cria-ção de um novo tipo de cerveja. Assim, a no-

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vidade restringe-se mesmo à embalagem. Tal-vez por isso a empresa tenha aproveitado aocasião para ressaltar o pioneirismo da marcano lançamento de novas embalagens de cer-veja no país.

“Fomos os primeiros a trazer a lata de açopara o Brasil”, lembra Carlos Lisboa, gerentede marketing da marca. “E também estreamosno Brasil a lata de alumínio, a long neck, aboca redonda nas latinhas e a lata de 500ml”,afirma ele, praticamente repetindo a sonorausada no comercial de tevê da Big Neck (verquadro). Além dos tradicionais supermerca-dos, a nova garrafa tem distribuição focadaem lojas de conveniência e mercearias.

Na TV, foco nas embalagens

Primeira lata deaço para cerveja

era de três peças

A lata que substituiua anterior puxouuma longa fila

Uma lata para quemtem sede mais intensa

Com a garrafa de vidro oneway foi lançada também

a tampa twist-off, que nãoaparece na imagem da TV

E uma para quemnão se satisfaz

com goles comedidos

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UÇÃO T

V

F/Nazca(11) 3059-4800www.fnazca.com.br

Rigesa(19) 3707-4000www.rigesa.com.br

Saint-Gobain(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br

Silgan [email protected]

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bebidas >>> vinho

Garrafão com “carrier”Aurora espera ganhar mercado com embalagens diferenciadas de 4 litros

s vinhos populares acondiciona-dos nos velhos e conhecidos gar-rafões de vidro de 4,6 litros en-voltos por uma rede de plástico

estão com os dias contados. A CooperativaVinícola Aurora inova ao colocar no mercadoseu tradicional vinho Mosteiro em umaembalagem voltada mais para o auto-serviçodo que para as adegas de vendas de bebidasde baixo preço: um garrafão de 4 litros comalça de vidro, design diferenciado e sem acapa plástica, que tinha a dupla função deproteger o recipiente e servir de “carrier”.

Em lugar da alça plástica que fazia parteda embalagem antiga, o novo garrafão já vemcom uma alça que integra seu próprio corpo.Esse dispositivo tem formato de aro, para in-serção de um dedo (geralmente o indicador),com uma espécie de gancho de apoio na par-te inferior, para um segundo (o médio). Onovo recipiente tem, em relação à tampa plás-

tica anterior, a vantagem de um sistema de fe-chamento pilfer-proof, com tampa de rosca dealumínio. A embalagem, resultado de doisanos de pesquisas e desenvolvimento conjun-to da Aurora com a vidraria Saint-Gobain,confere beleza estética ao produto e propor-ciona facilidade ao manuseio no auto-serviçoe ao transporte.

“Esse novo garrafão será um marco nosegmento de grandes embalagens e, natural-mente, no de auto-serviço, pelo seu aspectoinovador e pela praticidade”, afirma AlemGuerra, diretor de marketing da Vinícola Au-rora. “A vinícola conseguiu aliar o alto nívelestético da nova embalagem à praticidade deseu manuseio”, ele considera. Por isso, o exe-cutivo aposta que o garrafão de 4 litros ganha-rá espaço nas gôndolas superiores, de modo aganhar maior visibilidade e, consequentemen-te, ampliar as possibilidades de giro.

Inicialmente, a nova embalagem chega aomercado com o vinho Mosteiro (branco demi-sec e tinto demi-sec), mas a Aurora planejalançar ainda este ano a versão de 2 litros dogarrafão com alça de vidro, incorporando asduas embalagens a outras linhas de vinhos daempresa. As tampas são produzidas pela Su-pertap, da Argentina e os rótulos pela Gesa.

OGesa S. A.(54) 332-1301

Saint-Gobain Vidros(11) 3874-7211www.saint-gobain.com.br

Supertap+ 54 11 374-0165www.supertap.com.ar

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

ANTES E DEPOIS – Aurora aposta em

crescimento com asnovas embalagens de 4 litros (esq.), que substituem as de 4,6 litros (dir.)

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acessórios >>> fechamentos

De uma só cajadadaAlém de facilitar a abertura, novo fitilho funciona também como mídia

rover comodidade ao consumidorjá não é o motivo único para a im-plantação dos fitilhos, aquelas tirasde orientação destinadas a facilitar

a abertura de embalagens flexíveis e semi-rí-gidas. Acontece que uma notória fornecedoradesse acessório, a PP Payne, está lançandoum fitilho que permite incorporar mensagens,ou seja, que provê mais um meio de contatodas indústrias com seu público.

O novo fitilho, cujo nome comercial é Su-pastrip Impact, suporta impressões em maisde oito cores, o que abre variadas possibilida-des de trabalho. Ao lado das ações promocio-nais e das mensagens de fidelização a marcas,a novidade pode ainda funcionar como umaespécie de lacre de segurança, garantindo ainviolabilidade da embalagem. “Ao agregar apossibilidade de atingir o consumidor finalcom mensagens direcionadas, o Supastrip Im-pact passa a representar um forte diferencial

competitivo no processo de escolha da solu-ção ideal de abertura de uma embalagem”, ar-gumenta Milena Pimenta, da área de marke-ting da PP Payne. Para ela, o sucesso do aces-sório irá se consolidar sob a lógica dos doiscoelhos abatidos com uma só cajadada – semum desembolso dobrado. “Apesar da duplafunção, o novo fitilho tem o mesmo custo dostradicionais.”

Disponível em diversos formatos, o Su-pastrip Impact suporta não apenas mensagenscoloridas, mas também a impressão de textose imagens em alta resolução. “É um acessóriode fácil aplicação, o que contribui para umdesign mais clean da embalagem, além de serseguro tanto no processo industrial como nouso pelo consumidor final”, destaca Milena.A PP Payne conta, no Brasil, com uma equi-pe de criação e de técnicos capazes de ofere-cer suporte total durante a fase de desenvolvi-mento do produto e na pós-venda.

DIV

ULG

AÇÃO:

MLP

ASSES

SOR

IA

P

PP Payne(11) 5523-2312www.pppayne.com

DOSE DUPLA – Supastrip XL alia a conveniênciados fitilhos à capacidade de comunicação de um rótulo

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materiais >>> aço

Expansão nacionalizadaEm conjunto, a CSN e a CBL desenvolvemtecnologia que diferencia latas pelo formato

necessidade de diferenciar produ-tos por meio de embalagens, armacada vez mais vital para atrair aatenção dos consumidores, faz pro-

dígios. A idéia de rigidez suscitada pela ima-gem de uma embalagem de aço, por exemplo,pode permanecer válida para a robustez do ma-terial, mas acaba de receber importante impac-to no que se refere a formatos e sistemas de fe-chamento.

Em seu stand na feira da APAS (Associa-ção Paulista de Supermercados), realizada emmaio último em São Paulo, a CSN – Cia. Side-rúrgica Nacional apresentou, em movimento,um equipamento para a expansão de latas, de-senvolvido em conjunto com a CBL – Cia.Brasileira de Latas. Assim, o que os visitantesrecebiam ao ganhar como brinde uma lata desalgadinhos (“snacks”) com a marca fictíciaQueijitos, expandida em sua presença, era umaamostra de tecnologia nacional para conferirshape à embalagem. Além do formato diferen-te dos tradicionais cilindros metálicos, a lata édotada de selo de alumínio para abertura fácil,da própria CBL, e de uma sobretampa dePEBD, da Sonoco For-Plas.

Desejo do consumidorSérgio Iunis, gerente de marketing da CSN,conta que o desenvolvimento da tecnologia deexpansão, antes disponível apenas na metalúr-gica Bertol, com equipamento da francesa Sa-batier, começou a ser cogitado a partir de pes-quisa qualitativa realizada pela Research In-ternational para a Associação Brasileira deEmbalagem, sobre expectativas dos consumi-dores com relação aos recipientes de produtos.“Na categoria dos snacks”, lembra Iunis, “fi-cou evidente que eles queriam uma embala-gem capaz de preservar o conteúdo por maistempo do que os tradicionais saquinhos flexí-veis e tivessem sistema de abertura abre-fá-cil.” Outro atributo desejado foi o da preserva-ção da inteireza dos salgadinhos, isto é, quenão se quebrassem dentro dos recipientes.

A lata de aço poderia atender a essas ex-pectativas, concluiu-se na CSN. E com vanta-

A

FOTO

S:

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ULG

AÇÃ

O

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Bertol(54) 314-1722www.bertol.com.br

CBL(11) 6090-5024www.cbl.ind.br

CSN(11) 3049-7222www.csn.com.br

Packing(11) 3168-9195www.packing.com.br

Research International(11) 3066-6400www.research-int.com.br

Sonoco For-Plas(11) 5097-2755www.sonocoforplas.com.br

Na seqüência, a lata,

ainda em seu formato

cilíndrico original, é

colocada no mecanismo

de expansão, que

aparece aqui em

movimento (sem a lata).

Na foto ao lado, a

embalagem já expandida

gens, na opinião de seu gerente de marketing:“Além de responder com preço competitivo, aembalagem expandida tem pega e formato quea diferencia de todas as embalagens de snacks,dando-lhe maior visibilidade no ponto-de-ven-da”, ele considera. A amostra apresentada nafeira da APAS é, segundo Iunis, um exemploconcreto da filosofia da CSN por trás desse de-senvolvimento. “Oferecemos às empresas apossibilidade de desenvolver tanto a apresenta-ção gráfica quanto perfis de latas personaliza-dos.” Para isso, a siderúrgica coloca à disposi-ção dos potenciais clientes o apoio de umaagência de design contratada, a Packing (quedesenvolveu o visual da lata de amostra), bemcomo a assistência de sua própria equipe demarketing.

Para o desenvolvimento do equipamento edo aço com propriedades adequadas à expan-são a frio, “com custo competitivo”, o gerentede marketing informa que foram gastos doisanos em pesquisas e experiências. A fim deevitar imprecisões, ele prefere não citar o mon-tante dos investimentos, alegando que além deinsumos materiais “foi gasto muito em recursoshumanos”. A máquina e o formato da lata estãopatenteados. Sérgio Iunis informa já haver em-presas interessadas em adotar a lata expandida,entre elas o Grupo Pão de Açúcar, para acondi-cionar salgadinhos de marca própria.

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making of >>> marcas

Bunge unifica marcase identidade visualLinha de ingredientes profissionais da empresa ganha marca guarda-chuva

omer fora hoje em dia, mais que di-versão, é necessidade. De acordo comas últimas pesquisas da AssociaçãoBrasileira das Indústrias de Alimenta-

ção (Abia), o mercado de food service está cres-cendo incessantemente no país, e mais de umquarto das refeições são feitas fora do lar. Cal-cula-se que, diariamente, sejam servidos 98 mi-lhões de refeições em restaurantes.

Aproveitando o crescimento desse mercadoe seguindo a tendência de aperfeiçoamento dasembalagens, a Bunge reuniu todos os seus pro-dutos voltados para o mercado de food service,panificação e indústria, criando uma linha pro-fissional em que foram unificadas as marcasRicca, Pré-Mescla, Suprema, Cukin, Sancremee Palmina, as quais agregavam mais de oitentaprodutos. Agora, todos passam a ser assinadoscom a marca Bunge Pró, e nenhum dos produtossofreu qualquer tipo de alteração na sua compo-sição. O nome Bunge Pró é uma alusão à pala-vra profissional.

A empresa encomendou à agência Pande-sign, de São Paulo, a criação de uma unidadevisual e de identidade para toda a linha. Assim,a unificação da identidade visual foi aplicada de

C LINHA PRÉ-MESCLA:sacos de polietilenode 5kg, impressos

em flexografia

GORDURA VEGETAL DA LINHA CUKIN: latasde aço de 16,4kg, impressas em litogravura

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62 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> jjuunnhhoo 22000044

modo a organizar as informações das diferentesfamílias de produtos de forma linear, eviden-ciando a marca Bunge Pró e promovendo fácilidentificação por parte desse mercado consumi-dor, mas sem destituir as marcas tradicionais desua força de mercado.

Suprema, Pré-Mescla, Ricca e Cukin, porexemplo, são agora submarcas. Também forammantidas as mesmas cores das embalagens ante-riores, com a preocupação de preservar a identi-dade dos produtos no mercado. A submarca sónão foi mantida nos produtos do canal da indús-tria. A identidade visual única também vai oti-mizar recursos de marketing e comunicação.

Confiança do cliente“A idéia era criar uma linha unificada fortaleci-da pelo aval da marca Bunge dentro das diver-sas categorias. A tipografia foi trabalhada paraatribuir originalidade e personalidade, buscandodiferenciação clara através da aplicação de co-res diferenciais”, afirma Marta Cardoso, direto-ra da Pandesign. “Os ícones tradicionais dasmarcas anteriores foram respeitados, garantindoo reconhecimento dos produtos”, ela considera.O resultado é uma linha de grande impacto, uni-formidade e de forte apelo ao mercado de trans-formadores.

Do lado do cliente a satisfação não é menor:“A unificação das embalagens é um marco”, de-fine Lina Fagundes, diretora de marketing daBunge. “Vamos ter, sob um único guarda-chuva,produtos especializados para profissionais numsetor em que a confiança do cliente em quemproduz é uma garantia de qualidade” Como ob-serva a executiva, “essa mudança é fundamentalpara que a Bunge fique mais próxima de seusclientes e parceiros, e nesse mercado tão compe-titivo é necessário inovar”.

A logomarca vem acompanhada de um selode garantia “Soluções Profissionais em Alimen-tos”. O nome Bunge Pró não vai aparecer nasembalagens de produtos que vão para o consu-midor final, encontrados nos supermercados. Osprodutos estão disponíveis em sacos de ráfia ede polietileno, latas de aço, baldes e bombonasplásticas e caixas de papel kraft.

FARINHASSUPREMA:

sacos de ráfiaimpressos em

flexografia

BUNGE PRÓ RICCA MASSAS:caixas de papelão revestidasinternamente com plástico

LINHA RICCA MASSAS: caixas de papel kraft impressas em flexografia

GORDURA VEGETAL E MARGARINADA LINHA CUKIN: baldes plásticosimpressos em dry off-set

Pandesign(11) 3849-9099www.pande.com.br

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O Óleo Maria adotou novo posiciona-mento, voltado mais para tempero doque para cozinha. O novo projetográfico do produto, cria-do pela 100% Design,mantém os ícones daembalagem e modernizaa personagem Maria, quepassou a refletir uma mu-lher atual. Na nova ver-são (à direita), a persona-gem encara a consumido-ra, e ganha roupas maisleves e jovens.O logotipotambém foi modernizado.

Vida renova identidade visual de Maria

Líder no mercado nacional decharutos e cigarrilhas, a Menen-dez & Amerino lança a CigarrilhaDona Flor, inspirada na persona-gem de Jorge Amado, em duasversões: Original e Pipe, emembalagem metálica do país, aprimeira do país, que concorrerámundialmente com a importadada Holanda Café Cream.Com investimentos na ordem deUS$ 300 mil, a cigarrilha DonaFlor foi especialmente elaborada eadaptada para exportação. A men-sagem de advertência, por exem-plo, vem em adesivo, para quepossa ser modificada de acordocom as regras de cada país. A lata é feita de folha de flandrespela Tapon Corona.

Cigarrilhaem embalagem metálica

Mon Bijou com rótulos auto-adesivos

Diante do sucesso da

embalagem plástica XF na li-

nha de produtos Agmix para

leitões, a Agroceres Nutrição

Animal estendeu a novidade

às suas demais

linhas. Todas as

embalagens da li-

nha Avant, concen-

trados e suplemen-

tos para suínos,

aves e bovinos se-

rão beneficiadas

por esta tecnologia.

As embalagens de papel se-

rão substituídas pelas novas

embalagens XF, cuja estru-

tura plástica é resultado da

co-extrusão, co-laminação e

biorientação de vários tipos

de polietileno e aditivos es-

peciais. Além de serem reci-

cláveis e mais resistentes, as

novas embalagens garantem

maior conservação do pro-

duto, uma vez que o mate-

rial utilizado possui camadas

com agentes anti-UV, consti-

tuindo uma barreira à entra-

da de luz solar, água e ga-

ses. As embalagens

são fabricadas pela

Itap Bemis, com

desenho da Seg-

mento Comunicação

e Design.

Agroceres estende uso de embalagem plástica

O amaciante Mon Bijou, da Bombril,

há mais de 20 anos no mercado, ado-

tou os rótulos auto-adesivos em suas

embalagens. Desenvolvidos pela Pro-

desmaq e impressos em offset sobre

papel couché, os novos rótulos ga-

nham em definição e qualidade.

A Prodesmaq instalou, em regime de

comodato, uma rotuladora automática

junto à linha de produção da Bombril,

viabilizando a substituição dos rótulos

de papel/cola do Mon Bijou por auto-

adesivos.

Os frascos plásticos são fabricados

pela Ingratech dentro da fábrica do

Bombril, e as tampas são produzidas

pela Indelplast, pela Brigaplast e pela

Tappi.

As latas de folha de flandres são fa-bricadas pela Litografia Valença e im-pressas em off-set.

64 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> jjuunnhhoo 22000044

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A Cisper S/A, que passa a chamar-se Owens-Illinois do BrasilS/A, veicula anúncios em EmbalagemMarca desde seu lança-mento, e não se arrepende disso.

Primeiro porque, como já pudemos observar em visitas aclientes, a revista chega de fato ao público-alvo que interessa.Mais importante é que, graças a seu ótimo conteúdo editoriale a sua excelente qualidade gráfica, a revista é efetivamentelida, e assim os anúncios são vistos.

A qualidade informativa das matérias e o equilíbrio na aborda-gem de diferentes materiais dão à revista alto nível de credi-bilidade, e isso é transferido aos anúncios – que, por seremsempre veiculados em meio a material jornalístico, ganhamem termos de impacto.

Por tudo isso é que nós da Cisper, agora Owens-Illinois doBrasil S/A, na condição de maiores produtores mundiais deembalagem de vidro, mantemos nossa programação de anún-cios em EmbalagemMarca.

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Reformuladapela Zauberase Associados, anova embala-gem da Glicoseda Yoki ganhouum desenhomais ergonômi-co, que facilita

seu uso no pre-paro de gulo-seimas. O fras-co de PET de350g e suatampa flip top,em polipropile-no, são fabri-cados pela Ol-

veplast. Comodecoração, aembalagemleva rótulo emcouchê auto-adesivo, im-presso em letterpress pela Mul-tilabel.

A Impala investe no segmento de

proteção para o corpo com os deso-

dorantes Pelle a Pelle. Ciano e azul

marinho predominam na variante

Sport, enquanto verde e magenta

imperam na variante Fresh. As em-

balagens, em PEAD, foram desenvol-

vidas pelo marketing da Impala. As

da versão roll-on são da Oxyplast; as

da linha spray, da Euroflex.

A Baby é a nova linha de itens

de toucador da Baruel para

bebês de até dois anos. As for-

mas e designs gráficos das

novas embalagens têm assi-

natura da M Design e os rótu-

los apresentam um rosto de

bebê estilizado. As caixas dos

sabonetes são fabricadas pela

Empax, os cartuchos das po-

madas pela Romiti, os frascos

plásticos pela Vibraço e as bis-

nagas pela Bismafra. Os rótu-

los são da Marte Etiquetas.

Diferencial pela cor

Glicose em frasco mais prático

Para bebês deaté dois anos

A Baruel está aumentando a famíliaTenys Pé com um creme que é, aomesmo tempo, hidratante, desodo-rante e anti-séptico. Visando a atin-gir o público feminino, a empresaprocurou colo-car o Tenys PéExtrato de Ca-lêndula numaembalagem quefosse prática nautilização e quepudesse ser car-regada na bolsa.Escolheu lançar oproduto em bis-nagas de PEBD,fornecidas pelaCebal.

A Melhoramentos Papéis aposta naarte em suas novas embalagens dalinha de lenços Softy´s. As estampasnas caixas de papel cartão são doartista plástico Ovídio Villela, quecriou quatro temas para as embala-gens, como paisagens, música emotocicletas. A coleção de inverno

Investindo na artedos lenços Softy´s inclui mais três ti-pos de caixas com estampas diferen-tes: Teen, Kids e Artesanato Brasilei-ro. O projeto das embalagens é daSP OK Design, o papel cartão é for-necido pela Suzano e a impressão éfeita pela Boxprint, pela Emibra epela PMP Gráfica.

Multifunção em bisnaga

Embalagens commarca d’águaO perfume Just Romance, da Águade Cheiro, se diferencia pelasembalagens, criadas pela New De-sign. Os frascos em formato triangu-lar, produzidospela Wheaton, e os cartuchos,impressos pelaKingraf, têmmarcas d’águade ramos e flores. Os de-senhos no fras-co de vidrosão feitospela Deco-pack. As tampassão da Au-gros.

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A Cepêra lança novo produto nomercado de atomatados, o Molhode Tomate Tradicional Cepêra. Aembalagem, criada pela Ph2, apre-senta ilustrações realistas de toma-tes frescos que se misturam ao mo-lho e aos espaguetes. O logotiposobre fundo branco favorece a leitu-ra, destaca o produto e facilita aidentificação para o consumidor. Noverso do rótulo, a embalagem ofere-ce curiosidades sobre o tomate esegredos para um bom molho. Alata de aço é da Mococa.

O molho de tomate da Cepêra

Filme fosco para atrair público adultoA Elma Chips fez em maio o seu

maior lançamento do ano, com foco

especial no público adulto: Batatas

Elma Chips Sensações, que chegam

aos consumidores nos sabores To-

que de Sal, Toque de Orégano,

Queijo Suave e Tomate e Azeitonas.

Füller inova em embalagens para presenteA Füller S/A, fabricante de massase biscoitos, está ingressando emum novo segmento. Depois de oitomeses em desenvolvimento, a em-presa começa a distribuir para omercado biscoitos recheados, do-

A embalagem, em filme importado

produzido pela Matte Finish, tem

um visual fosco e uma textura es-

pecial, diferente dos demais produ-

tos da categoria. A impressão é fei-

ta pela Tecnoval, com design da

ART3.

ces e cookies em embalagens delata. São quatro versões diferentes,com temas que remetem à prima-vera e ao outono e a paisagensfrancesas e norte-americanas. Ofornecedor das latas é a Renner.

Page 68: Revista EmbalagemMarca 058 - Junho 2004

68 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> jjuunnhhoo 22000044

Branding ganha novos catecismosOs cuidados com a administração dasmarcas e uma análise das novas rea-lidades em que elas estão inseridassão, respectivamente, os temas de“As marcas à prova de prática: Apren-dendo com os erros” e “O que vai mu-

dar as marcas”, livros do especialistafrancês Jean-Nöel Kapferer lançadospela Editora Bookman dentro da cole-ção “As Marcas”. O primeiro volume(172 páginas, 35 reais) busca apontarerros gerenciais que prejudicam asmarcas, como o não seguimento deuma linha, tornando uma marca pas-sageira. Já o segundo (166 páginas,36 reais) apresenta os novos princí-pios que, na visão do autor, as mar-cas devem seguir, com previsõespara o futuro desses patrimônios.0800 703 3444www.bookman.com.br

Presidente continua...

Fábio Mestriner, diretor da agência

Packing Design, foi reeleito presidente

da Associação Brasileira de Embala-

gem (Abre) pelo Conselho da entidade,

na eleição de diretoria realizada no dia

17 de março.

...objetivos também

Segundo o designer, 90% das metas

programadas para sua primeira gestão

foram atingidas, e os objetivos agora

são dar continuidade à integração da

cadeia de valor da embalagem e tocar

projetos como a inclusão da emba-

lagem na pauta de exportações e a re-

gionalização das atividades da Abre.

Bosch adquire SIG Pack

Através de sua Divisão de Embalagem,

o grupo alemão Bosch adquiriu em

abril a SIG Pack, braço do grupo suíço

SIG que atua na área de embalagens

para produtos secos. O valor do negó-

cio não foi revelado. A venda acompa-

nha a estratégia da SIG de focar-se em

embalagens para produtos líquidos.

Prêmio à qualidade

A fabricante paulistana de embalagens

plásticas pelo processo de vacuum for-

ming Walpack recebeu, no fim de mar-

ço, o Prêmio Quality Brasil Mercosul

2004, em reconhecimento à qualidade

de seus produtos e serviços.

Envoltórios banidos

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS)

de São Paulo proibiu o uso de filmes

plásticos para embalar garrafões de 20

litros de água mineral. Essa prática tem

como objetivo evitar que o garrafão se

suje, mas, segundo o CVS, contribui

para a proliferação de bactérias – que,

no momento do entorno do garrafão no

bebedouro pelo consumidor, acabam

contaminando a água.

Fecha aqui, aumenta ali

A Eastman Chemical Company divulgou

o fechamento de sua fábrica de copo-

liésteres em Hartlepool, na Inglaterra.

Em contrapartida, a companhia anun-

ciou que aumentará a produção de ma-

teriais em sua sede no Tennessee, Esta-

dos Unidos.

De agora em diante, Owens-Illinois do BrasilA fabricante de embala-gens de vidro Cisperoficializou, em 1º deabril, a mudança desua razão social paraOwens-Illinois do BrasilS.A. De acordo comJosé Antonio Ramos

Lorente, diretor presi-dente da vidraria, a al-

teração é conseqüênciada estratégia de globa-lização da americanaOwens-Illinois, sóciamajoritária da Cisperdesde 1962.(11) 6542-8000www.cisper.com.br

Maior praticidade para cremesAs vendas crescentes dos cre-

mes para pentear atraíram a

atenção da Igaratiba, que acaba

de lançar uma tampa aplicadora

especialmente voltada a esse

produto. Seu diferen-

cial é a concepção no

sistema twist-off, que

dispensa a necessi-

dade de corte do bico

da tampa para o uso

do produto, como

ocorre com tampas

similares. Mais: a so-

bre-tampa, conectada à tampa

por uma alça, possui base com

um anel, para facilitar sua pega.

A tampa pode ser produzida em

PP ou PEAD, e tem molde de

alta produtividade fabricado pela

Moltec, empresa do mesmo gru-

po que a Igaratiba.

(11) 5521-5400www.igaratiba.com.br

Page 69: Revista EmbalagemMarca 058 - Junho 2004

Metálicas na mídia

Nada descartáveis

Uma linha de potes injetados de altaresistência para sobremesas acabade ser lançada pela Sonoco For-Plas. Segundo Daisy Spaco, coorde-nadora de marketing da fornecedo-ra, os novos recipientes são espe-cialmente voltados a indústrias ali-mentícias que desejem uma formamais atraente e valorizada de acon-dicionar seus produtos. Por teremalta durabilidade, brilho e estaremdisponíveis em diversas cores, ospotes apelam para a reutilização epara que os consumidores os cole-cionem.

(11) 5097-2750www.sonocoforplas.com.br

Teve início, no dia 10 de maio, a

primeira campanha publicitária

da Abeaço – Associação Brasilei-

ra de Embalagem de Aço. De-

senvolvida pela Toro Estratégia

em Comunicação sob o nome

“Só na Lata”, a campanha se di-

vide em duas fases. Na primeira,

peças serão veiculadas em pro-

gramas de rádio e TV, com o ob-

jetivo de atrair a atenção dos

consumidores, principalmente do

sexo feminino. “O objetivo da

campanha é apontar as inúmeras

vantagens do alimento enlatado,

em sua maioria desconhecidas

pelo consumidor, e atingir o lado

emocional das pessoas, mos-

trando que quem cuida da saúde

de sua família deveria optar

sempre pelos enlatados”, afirma

Marcos Paim, presidente da

Abeaço. A campanha na TV tam-

bém contará com três filmes nar-

rados por Lima Duarte. Detalhes

da 2ª fase ainda não foram divul-

gados. Também para garantir a

fidelidade do consumidor, a enti-

dade está lançando o website

www.saudenalata.com.br, que tra-

rá informações sobre qualidade

de vida e receitas baseadas em

alimentos enlatados.

(11) 3842-9512

www.abeaco.org.br

Congelados comnovas opçõesA Plásticos Formar está lançandonovas embalagens para alimentoscongelados de sua linha Food PackPrática (FPP). Os modelos FPP 01,FPP 02 e FPP 100, compostos porberço e tampa, têm, respectivamen-te, capacidade para 180ml, 350ml eum frango inteiro, sendo apropria-das para doces e salgados. Fabri-cadas em polipropileno, as embala-gens podem ser levadas diretamen-te do freezer ao forno de microon-das, e também são apropriadaspara a utilização direta na produ-ção, acondicionando os alimentosainda quentes.

(11) 4056-3655www.formar.com.br

Page 70: Revista EmbalagemMarca 058 - Junho 2004

mão das notícias impressas. Paranão precisar depender de gráficasem terra, a Linha Cunard, empresaque gerencia as viagens do navio,contratou a Heidelberg para instala-ção de uma gráfica a bordo doQuenn Mary 2. Fazem parte da es-tação de impressão uma Printmas-ter QM 46-2, uma gravadora dechapas Quicksetter 300 CtP parachapas de poliéster, uma guilhotinaPolar 66 e uma dobradeira T 34.Tudo é operado por dois tripulantes.Segundo a Heidelberg, a gráfica donavio foi adaptada para operarmesmo em mar revolto.

www.heidelberg.com(11) 5525-4500

70 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> jjuunnhhoo 22000044

Tour na FinlândiaA ABTCP � Associação BrasileiraTécnica de Celulose e Papel parti-cipou com estande próprio do Pul-paper 2004, que aconteceu emHelsinki, na Finlândia, entre osdias 1º e 3 de junho. Além de ex-por, a entidade promoveu a ida deuma caravana de profissionaisbrasileiros à feira.

Mais em contaA Corel do Brasil anunciou umanova ação como parte de suacampanha Upgrade Competitivo.A idéia agora é permitir que osusuários comprovados do AdobePagemaker adquiram a Suite deAplicativos Gráficos CorelDRAW12 completa pelo preço do upgra-de - 799 reais. Segundo a empre-sa, este valor corresponde a umdesconto de 45% sobre o preçooriginal.

Ascensão na AdobeFábio Sambugaro é o novo respon-sável pelo atendimento dos merca-dos financeiro e profissional naAdobe. Ligado há quinze anos àempresa, sete como colaborador eo restante como funcionário, o exe-cutivo substituiu o gerente de de-senvolvimento de negócios NilsonMartinho, que saiu da empresa.

Garantia extraA Cliart Clichês tem um novo mo-tivo para comemorar seus recém-completos 18 anos. A empresa re-cebeu o Prêmio Quality, certifica-do pela International Quality Ser-vice (I.Q.S.). Com isso todos osseus produtos passaram a ser au-tenticados com uma nova chance-la de qualidade.

Nova representadaEspecializada em sistemas de aca-bamento gráfico, a italiana Sitmapassou a ser representada noBrasil pela IPP - Intergrafica Print& Pack. Entre os clientes brasilei-ros que já usam soluções da mar-ca estão as editoras Abril e FTD.Uma das especialidades da em-presa é a produção de fronhastermo-encolhíveis impressas paraenvio de publicações.

Design em tempo realA Absolut Technologies está lançan-do no Brasil duas placas gráficaspara uso profissional da PNY Tech-nologies, a Quadro FX 600 e a Qua-dro FX 700. Voltadas para os merca-dos de CAD/CAM/CAE/GIS e DCC(animação), as placas custam entre942 dólares (modelo FX 700, com128 MB de memória) e 1146 dólares(modelo FX 600 com 256MB de me-mória). Segundo Max Santil, consul-tor de tecnologia da Absolut Techno-logies, uma das vantagens da Qua-dro FX 600 é o slot PCI. Já a Qua-dro FX 700 destaca-se, na opiniãode Santil, pelo avançado processode programação de renderização.

“Isso é fundamental para aplicaçõesenvolvendo design em tempo real”,diz o consultor. Ambas são compatí-veis com OpenGL 1.5 e DirectX 9.0.

www.abs-tech.comNo Brasil:(71) 379-4113

Crédito para os pequenosO Banco do Brasil estabeleceuum convênio com a Abigraf (Asso-ciação Brasileira da Indústria Grá-fica) para abertura de uma nova li-nha de crédito destinada às microe pequenas gráficas do país, quesomam 95% das empresas dosetor. No âmbito da linha de crédi-to BB Cooperfat, a nova opção de

financiamento foi anunciada no fi-nal de abril e tem valor limite de 5milhões de reais. Os juros sãosubsidiados e apenas associadosda Abigraf podem solicitar o crédi-to.

Mais informações:Departamento Financeiro da Abigraf(11) 5087-7777

Impressão à prova de mar revoltoConsiderado o maior navio de pas-sageiros do mundo, o Queen Mary2 ostenta números grandiosos atéquando o assunto é demanda deimpressão. Diariamente, a embar-cação precisa imprimir até 1500 có-pias de programações de entreteni-mento, 1700 cardápios para osseus três restaurantes, além decentenas de versões de jornaispara os passageiros que não abrem

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Excelência empapelão onduladoTrês projetos desenvolvidos recente-mente pela Orsa Celulose, Papel eEmbalagens foram escolhidos pelo júrido Prêmio Internacional de Qualidadeem Impressão Flexográfica, promovi-do pela editora inglesa Brunton Publi-cations. Os premiados foram a cestade Natal produzida para a Marbel, amultipack da Bohemia Escura, confec-cionada para a Ambev, e a caixa dedespacho do papel Copimax, da VCP.As imagens dos produtos foram publi-cadas no livro World Excellence inCorrugated Graphics - 2003.

www.orsaembalagens.com.br(11) 4689-8700

Agilidade no suprimento A SPP-NEMO, unidade de distri-buição da Cia. Suzano de Papele Celulose, reduziu em 15% ovolume de seus estoques em2003. Segundo a empresa, talavanço começou a ser obtido apartir da implantação de uma fer-ramenta de supply chain daXPLAN Tecnologia. A instalaçãodo aplicativo no sistema da distri-buidora faz parte de um projetode automação iniciado há doisanos, visando interligar as dozeunidades da empresa em temporeal. “No caso do supply chain, aprincipal mudança foi contar comuma única ferramenta para todasas etapas do processo de plane-jamento e atendimento da de-manda”, afirma Marco Antônio deOliveira, gerente geral de distri-buição da SPP-NEMO.

www.sppnemo.com.br0800 553966

Performance em substratos ásperosA IIMAK anunciou uma nova opção emribbon de resina, o Net Resin com tec-nologia Near-Edge. Segundo a empre-sa, a principal vantagem em relação às

demais opções disponíveis no merca-do é a maior velocidade da cabeça deimpressão. Ainda de acordo com a II-MAK, a agilidade é proporcionada pelomodelo compacto do cabeçote, quepermite minimizar o tempo de acúmulodo calor. O departamento de marketingda empresa também afirma que a na-tureza geométrica da cabeça near-edge facilita a impressão em substra-tos ásperos, notadamente em papelcartão para produção de embalagem.

www.iimak.com.br � (11) 5908-4063

Vigilância na estiagemPara alertar as comunidades que vivem no entorno de suas reservas flores-tais sobre os riscos de incêndio nos meses de inverno, a Ripasa está promo-vendo entre junho e setembro a campanha Alerta Verde. A idéia é transmitir, apartir de kits informativos, dicas para evitar incêndios no período de estiagem.Também faz parte da ação um sistema telefônico para notificar suspeitas defocos de fogo nas reservas de eucaliptos da empresa. www.ripasa.com.br � Em caso de suspeita de incêndio: 0800-7711418

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Otimismo de volta ao setor Drupa 2004 sinaliza perspectivade crescimento na indústria deimpresão e acabamento

Por Leandro Haberli

ara alegria dos seus 394 000 visitantes e 1 862expositores, o temor de que o desaquecimentoda indústria gráfica mundial, percebido princi-palmente nos últimos dois anos, pudesse com-

prometer a 13ª edição da Drupa não se confirmou. Pelo de-poimento de quem compareceu a Düsseldorf entre os dias6 e 19 de maio último, o maior evento mundial de tecnolo-gias de impressão trouxe de volta um componente que pa-recia ter sumido do setor gráfico nos últimos tempos: oti-mismo. Com isso, a expressão “além das expectativas”acabou convertida em palavra de ordem nos corredores doevento, ecoando inclusive entre os visitantes não-europeusque se dispuseram a enfrentar a alta cotação do euro paramarcar presença na meca alemã das feiras de negócio.

É verdade que os resultados, pelo menos sob a ótica davisitação e do número de expositores, ficaram aquém dosobtidos na edição anterior da Drupa. Isso, aliás, era imagi-nado pelos organizadores: sabia-se que os recordes de428 000 pessoas e 1 943 expositores da Drupa 2000 difi-cilmente seriam quebrados. Entretanto, até pelo intervaloquadrienal da feira, que efetivamente abre espaço para osurgimento de novos processos e tecnologias produtivas,

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favorecendo a exposição dos mais variados lançamentos,a oscilação de público e empresas expositoras não podeser lida como um indicativo de que a edição 2004 da Dru-pa foi morna.

“A Drupa 2000 foi um marco, e entrou para a históriada feira como a ‘primeira edição do milênio’, mas acredi-to que esta última teve ainda mais significância: ela recu-perou para a indústria gráfica a perspectiva de crescimen-to em escala global”, resume Albrecht Bolza-Schüne-mann, presidente da Drupa e CEO da Koenig & Bauer AG(KBA), uma das maiores fabricantes de impressoras domundo.

O próprio perfil dos visitantes reforça o inequívoco egeneralizado interesse dos profissionais ligados à cadeiagráfica pela feira. Quase 55% deles eram não-alemães,

“No imenso universo das inovaçõesgráficas que é a Drupa, o visitantenão pode se deixar fascinar poraquele mundo de atrações, pois otempo é curto e ele poderá desviaro foco daquilo que mais diretamen-te lhe interessa. Mas, mesmo sen-do extremamente seletivo, não hácomo não ficar fascinado. A cadaDrupa, o que se vê é o futuro da ati-vidade gráfica.”A opinião é de Sidney Anversa Vic-tor, diretor da Congraf, gráfica es-pecializada na impressão de cartu-chos de papel cartão para cosméti-cos e produtos farmacêuticos. Ele

Um incentivo à modernização

Firme no mercado americano, de olho no Leste EuropeuNa Ilha Brasil, área de exposição or-ganizada pela Câmara Setorial deMáquinas e Equipamentos Gráficosda Abimaq (Associação Brasileira daIndústria de Máquinas e Equipamen-tos), com apoio da Apex (Agência dePromoção de Exportações do Brasil),um dos destaques foi a FEVA, Máqui-nas Ferdinand Vaders. A empresaaproveitou a ocasião para lançar aFevaflex Mundial, impressora flexo-gráfica de oito cores, inédita noBrasil. O objetivo do lançamento noexterior, informa Heiner Dauch, pre-sidente da Feva, foi aumentar a par-ticipação das exportações no fatura-mento da marca, hoje na casa dos60%. “Entramos firmes no mercado

americano já há alguns anos, e ago-ra queremos investir no Leste Euro-peu, em Portugal e na Espanha”,destaca Dauch. Ao todo, quinze em-presas nacionais marcaram presen-ça na Ilha Brasil, e, segundo a asses-soria de imprensa da Abimaq, a ca-ravana fechou negócios equivalentesa 3 milhões de dólares.(11) 4613-9133 • www.feva.com.br

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gráfico

oriundos de 122 países. Além disso, mais de 30 000 pes-soas trabalharam nos estandes, e a área destinada a emba-lagem e processamento de papel ocupou, sozinha, 23 276metros quadrados, reunindo 294 empresas.

Apesar dos indicativos da importância do evento, omercado gráfico obviamente não ficou parado nos quatroanos que separaram a Drupa 2000 desta última edição. Porisso mesmo, o êxito da feira não se deve apenas ao seu pa-pel de palco de lançamentos. Ele é lastreado também pelocaráter de estímulo à atualização tecnológica das empre-sas gráficas de todo o mundo. Para exemplificar esse as-pecto, além das novidades apresentadas a seguir,EmbalagemMarca traz as impressões do empresário gráfi-co Sidney Anversa Victor, que voltou da Alemanha atempo de dar um depoimento.

A Adobe marcou presença na Drupa promovendo oformato de arquivo JDF (Job Definition Format), quevem sendo oferecido como uma maneira de aperfei-çoar e automatizar o fluxo de trabalho dos processosde impressão. A Adobe diz que o JDF, padrão basea-do na linguagem XML, “revolucionará a produção depublicações, simplificando a troca de informaçõesentre aplicações e sistemas”. Além de mostrar a so-lução em estandes de empresas parceiras, a Adobeparticipou do JDF Parc, área organizada pela Interna-tional Cooperation for the Integration of Processes inPrepress, Press, and Postpress (CIP4) Organization.“O JDF pode aperfeiçoar a comunicação entre os vá-rios componentes que formam os modernos work-flows de produção de impressão”, disse James Har-vey, diretor executivo da associação. www.adobe.com.br • 0800 161009

O próximo passo do workflow

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foi ao evento interessado em pôr-sea par do estado da arte da tecnolo-gia gráfica, sobretudo em proces-sos de acabamento. Diz ter retor-nado ao Brasil “estudando a possi-bilidade de investir firme em algu-ma coisa” do que viu e que destacaa seguir.Segundo o diretor da Congraf, peloque pôde observar no evento e emvisitas a fabricantes de equipamen-tos, deverá firmar-se em poucotempo a tendência de produção demáquinas impressoras já dotadasde dispositivos para os mais varia-dos tipos de acabamento, comoaplicações de verniz e tintas U.V. etintas híbridas, hot-stamping, rele-vo seco e outros efeitos. “São má-quinas versáteis, de altíssima flexi-bilidade, possibilitando as mais va-riadas combinações”, ele diz. EmLecco, a 70 quilômetros de Milão,na fábrica da italiana OMET, de for-te presença também em equipa-mentos para etiquetas auto-adesi-vas, ele observou o funcionamentode uma impressora flexográfica, aVariflex, que além de filmes flexíveisimprime embalagens de papel car-tão “com excelentes resultados”. Na descrição de Anversa Victor, de-pois de colocada a bobina de papelcartão, esse equipamento recebeas cores em flexografia. “Progra-mada a critério do impressor e me-diante a simples troca de cabeço-tes, a Variflex pode imprimir em fle-xo, em hot-stamping, em serigrafiae com vernizes especiais”, ele des-creve. Ainda em linha, é possível fa-zer relevo seco, impressão emBraile e corte e vinco. “Nessa má-quina, entra a bobina em branco esaem, de um lado, as aparas, deoutro, as embalagens – e saempraticamente prontas, restandoapenas colar.” A OMET é represen-tada no Brasil pela Gammerler.Ainda na Drupa, outro equipamentoque chamou a atenção do diretorda Congraf foi a KBA Rapida 74 G.Segundo o fabricante, é a primeirade sua categoria construída nãocom baterias de tinta convencio-nais, mas com um sistema de tinta-gem que não utiliza cilindros nemágua. Esse sistema de tintagem,patenteado com a marca Gravu-flow, é o mesmo empregado na má-quina offset digital 74 Karat, co-

Novas chapas e muitos contatos Uma das pioneiras entre as empre-sas nacionais que participam daDrupa, a IBF – Indústria Brasileirade Filmes, apresentou na últimaedição da feira alemã dois produtosvoltados para processos de revela-ção: a chapa Violeta Fotopolímera ea chapa Processless. Luiz NeiArias, vice-presidente comercial daempresa, aproveitou os lançamen-tos para ressaltar o interesse nafeira alemã. “A IBF vem participan-do da Drupa desde a década de 70,

quando começou a exportar paraAmérica do Norte, Europa e Ásia”,afirma. Ainda segundo Arias, a par-ticipação nas últimas feiras tambémfoi importante para as representa-ções que a empresa mantém hojeno Brasil, como da Screen, Xeikon eECRM. “As negociações de nossasmaiores parcerias começaram apartir de encontros durante a Dru-pa", assinala Arias.www.ibf.com.br(21) 2103-1000

Alimento ultrafino para smart labelsNa área de etiquetas inteligentes,a Precisia LLC anunciou parceriacom a Thin Battery Technology(TBT) para o desenvolvimento depilhas ultrafinas usadas em smartlabels. Com menos de um milíme-tro de espessura, as pilhas sãopróprias para etiquetas de identifi-cação por radiofreqüência (RFID)e para aplicações de embalagensativas que requerem uma fonte deenergia externa. Os produtos sãouma alternativa às pilhas achata-das (tipo botão). Aplicadas pormeio de uma etiqueta sensível àpressão, as pilhas podem ser utili-zadas em produtos com superfí-cies achatadas e retangulares, etambém em substratos dobráveis. (734) 205-6651 • www.precisia.net

Ainda no campo da pré-impres-

são, a Fujifilm trouxe a mais

nova versão da conhecida linha

Luxel de CTPs para automatiza-

ção dos processos de gravação

de chapas. Chamado de CTP

B2, o produto tem tecnologia

violeta e cassete automático

para até 120 chapas, além de

punch interno e sistema “Co-

Res Screening”, desenvolvido

para “ampliação da produtivida-

de”. Ainda inédito no Brasil, o

novo CTP deverá ser lançado

por aqui já no segundo semes-

tre, pela distribuidora Microser-

vice. Segundo a Fujifilm, outro

destaque do produto é a modu-

laridade: o CTP B2 pode ser en-

tregue nas configurações ma-

nual, semi-automática ou total-

mente automática.

www.microservicedigital.com(11) 3959-1300

Gravação de chapas com laser violeta

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nhecido por sua qualidade de im-pressão.A KBA informa que a Rapida 74 Gpermite as mais diversas configu-rações: 2 a 8 cores, e ampla gamade possibilidades de enobrecimentodo material, graças ao uso de equi-pamentos de verniz, secadores,prolongadores de saída, grupos deperfuração e numeração, e outrasalternativas. Pode operar com dife-rentes substratos (papel cartão,plástico semi-rígido e filmes flexí-veis) e, de acordo com o fabrican-te, é competitiva mesmo em baixastiragens. Embora o modelo apre-sentado na Drupa seja um protóti-po, a KBA pretende que esteja sen-do comercializada “em bom núme-ro dentro de cinco anos”, segundodisseram executivos da empresaao diretor da Congraf. A KBA-Brasil pode dar informações deta-lhadas.Atraiu a atenção de Anversa Victortambém uma rotativa de banda es-treita, a Rotatek RK Perfect NT,

Com nada menos do que doze de suas representadasexpondo novidades na feira alemã, a Comprint enviou àDrupa seis profissionais incumbidos de prospectar ne-gócios e divulgar os principais lançamentos. Entreas novidades, o que se pode chamar de última pa-lavra em rotativa off-set foi apresentada pelaDrent Goebel. Trata-se da Rotativa VSOP (foto 1),largura 520mm, que imprime em até sete cores,

tem unidade de verniz, eé capaz de trabalhar combobinas de papel cartãoou de filme. A máquina éoferecida principalmente para produção de rótulose embalagens flexíveis, mas pode ser usada tam-bém para demandas de formulários contínuos emalas-diretas. Já na área de codificação, uma dasgrandes especialidades da Comprint no mercado

brasileiro, sua representada Nip-son apresentou a impressora digi-tal Varypress (foto 2) em configu-ração duplex (TED) de 600dpi, quepermite impressão de dados variá-veis à velocidade de 120m/s. Comprint: (11) 3371-3371www.comprint.com.br

Muito além da codificação

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que “oferece flexibilidade e exce-lente desempenho em impressãoe acabamento”. Modular, destina-da à produção de pequenos for-matos, a Rotatek permite todosos tipos de combinação, incluindooffset e flexo, bem como acaba-mentos em silkscreen, cold foil,verniz, laminação, corte-e-vinco eoutros.O executivo da Congraf diz ter-seinteressado muito, ainda, por umaimpressora Gallus – marca queautomaticamente evoca a produ-ção de rótulos auto-adesivos –para cartuchos de papel cartão. Oequipamento também combina di-ferentes processos, o que resultaem embalagens com variados efei-tos (relevo seco, hot-stamping,aplicação de verniz UV brilho eseco etc.) destinados a atrair aatenção do consumidor no ponto-de-venda. A Gallus é uma empresada Heidelberg.Da mesma gigante alemã de equi-pamentos gráficos, Sidney Anver-sa Victor anotou “com especialatenção” a apresentação de umaCD 74 agora dotada de um kit deU. V. para impressão com tinta hí-brida e aplicação de verniz. Alémda agilidade na secagem e, por-tanto, da aplicação de U. V. no fi-nal da linha, é na versatilidade deacabamentos que essa máquinamostra seu enorme potencial. “Aampla possibilidade de combina-ções dessa máquina permite umasérie enorme de fórmulas para seconseguir efeitos especiais na pro-dução de embalagens.”Enfim, resumindo suas impres-sões, o diretor da Congraf consi-dera que “o atual estágio da tec-nologia gráfica, combinado com ouso de tintas à base de pigmentosespeciais, como o Iriodin e o Xiral-lic, da Merck, abre para o setorde embalagem um leque inimagi-nável de possibilidades criativas”.

Foco em pequenas e médias tiragensRepresentante de cerca de vinte in-dústrias gráficas no Brasil, a IPP cen-tralizou sua participação na Drupa emsoluções para pequenas e médias ti-ragens. Da MAN Roland, a empresamostrou a Dicoweb (foto 1), rotativacom dispositivo de molha, que enviadigitalmente os dados ao cilindro deimpressão. Em impressoras planas,as vedetes foram os modelos Roland200, na versão quatro cores (equipa-da com dispositivo de troca de cha-pas), e Roland 300, configurada comcinco cores, no formato 53 x 74cm,que dispensa o uso de álcool isopropí-lico na impressão.Outra representada da IPP, a Esko-Graphics, anunciou diversas inovaçõesna linha Cyrel Digital Imager (CDI),sua marca em soluções de CtP paraflexografia. Novidades ópticas e maiorautomação no carregamento das cha-pas, além de novos recursos de soft-ware para reduzir o consumo no mo-mento da gravação, foram os princi-pais upgrades do produto. Outro des-taque da empresa foi a linha DigitalConverting Machine (DCM), que pode

fazer operações de corte e vinco emfolhas de cartão impresso, dispen-sando a criação de facas.Especialista em impressoras digital eoff-set para pequenas e médias tira-gens, a Ryobi apresentou no estandeda IPP o modelo 3404 DI (foto 2)para impressos de quatro cores,com tecnologia de gravação direta dechapas e unidades de revestimentoUV. A empresa também enfatizou omodelo 3304 com controle de tintei-ro automático (PCS-F). Fabricante de impressoras rotativasque possui parceria tecnológica coma MAN Roland, a Manugraph apre-sentou a Frontline (foto 3), rotativaque produz em velocidade de 35 000cph. Um dos nomes mais recentesna carteira de representados da IPP,a italiana SITMA apresentou duasnovas envelopadoras automatizadas:a 1050, que pode ser operada porcontrole remoto e a C 950E-O. IPP – Brasil(11) 5522-5999 • www.ipp-group.net

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As “gerações drupa 2004” da HeidelbergPara facilitar a visita a seu estande de7 800 metros quadrados, a Heidel-berg resolveu dividi-lo em cindo seg-mentos: Impressão Industrial, Impres-são Comercial, Embalagem, Impres-são de Dados Variáveis e ImpressãoRotativa Comercial. Já as soluções defluxo de trabalho foram apresentadasno Centro Prinect. Neste espaço odestaque foi o novo Prinect Prinance4.4.2, aplicativo de gerenciamento deworkflow. Para planejamento, criaçãoe gerenciamento das folhas impres-sas, a empresa apresentou os softwa-res Prinect Printready System 2.0 e osoftware Prinect Signa Station, am-

bos baseados em JDF.Na área de pré-impressão, a Heidel-berg apresentou a Prosetter 74 con-figurada com Multi Cassette Loader,módulo que aumenta a produtividadeao permitir a formação dos quatro di-ferentes formatos de impressão porvárias horas, sem trocar o cassette.Entre as impressoras planas, áreadefinida pela empresa como uma desuas prioridades hoje, os destaquesforam as linhas Printmaster PM 52e Printmaster PM 74, apresentadascom todas as variações possíveis, oque inclui desde “configurações bási-cas a modelos automáticos”, que po-dem ser dotados dos kits Prinect On-line e Prinect Classic Center, de modoa integrar as impressoras ao Prinectworkflow. Também foi apresentada a“geração drupa 2004” da Speedmas-ter SM/CD 102, cujas séries con-templam o alimentador PreSet Plus,que foi redesenhado especialmentepara esse projeto, e ainda incluem

um sistema deverniz modular esoluções para produ-ção de vernizes especiais. Por fim, naárea de acabamento, um dos desta-ques foi a nova geração de dobradei-ras Stahlfolder TH/KH, desenvolvidapara gráficas de pequeno e médioportes, que promete diminuir otempo de preparo e gerar maior efi-ciência na saída devido à sua integra-ção ao fluxo de trabalho. (11) 5525-4500 • www.heidelberg.com

Acionista majoritária da Heidelberg,da qual detém 50,02% dos papéis,a alemã RWE AG aproveitou o diade abertura da Drupa, 6 de maio,para fazer um anúncio que pegou desurpresa parte dos visitantes e ex-positores. Considerada a terceira

maior prestadora de serviços públi-cos da Europa, a empresa resolveuvender todo o seu lote de ações dafabricante de impressoras e equipa-mentos gráficos. Segundo informa-ções emitidas em comunicado ofi-cial, o negócio inclui cerca de 42,9

milhões de ações, que valem aproxi-madamente 1,3 bilhão de euros.Como justificativa para a mega-ven-da, o corpo de diretores da RWEAG alegou foco nos dois negóciosprioritários da companhia – forneci-mento público de água e energia.

Guinada rumo aos negócios prioritários

Pela segunda vez expondo na Drupa, aAltec apresentou algumas novidadesna sua linha Webvision de sistemasde vídeo inspeção para controle dequalidade da impressão. Segundo aempresa, os produtos estão com novodesign para facilitar a identificaçãodas opções do display de operação.Outra inovação foi a adoção de umcontrole remoto com tecnologia infra-vermelha e teclas segmentadas paraas funções mais utilizadas. Já na linhade montadoras de clichês, as novida-des ficaram a cargo do Smart Eye.Segundo a empresa, a nova geraçãoapresentada na Drupa foi desenvolvidapara proporcionar melhor alinhamento

de clichês na preparação de máqui-nas flexográficas, o que resulta em“aumento de produtividade e de quali-dade de impressão”. As novas monta-doras de clichês também tiveram es-trutura reforçada para que a precisãodo alinhamento dos clichês não so-fresse interferência advinda da utiliza-ção de rolos de impressão pesados.(11) 5611-7393www.altec.com.br

Upgrade no controle visual

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Quitutes em coposNa Europa, copos de papelcartão estão fazen-do incursões em novos mercados. Braço dogrupo holandês CSM, a fabricante de alimen-tos Leaf lançou na Finlândia os candies sorti-dos TV Mix e as barras de chocolate Tupla emcopos produzidos pela Huhtamaki com o pa-pel cartão Cupforma, da Stora Enso – ambasempresas finlandesas, registre-se. Segundo ausuária, os copos propiciam benefícios: nãofazem barulho nos cinemas e podem ser leva-dos nos porta-copos dos veículos.www.storaenso.com/cupforma

Caixa de vidaA alemã Storopack está utilizando o po-liestireno expandido Neopor, da Basf, paraa construção de caixas de despacho parabolsas de sangue e órgãos. Como estesúltimos têm de ser mantidos em tempera-tura constante, normalmente entre 4o C e8o C, o material garante alto isolamentotérmico. Outras características do materialsão a leveza e insensibilidade à umidade.Na foto, a MonoTripleBox, caixa projetadapara o envio de produtos sanguíneos pelocorreio ou por portadores.www.storopack.com

Efeito luxuoso que nem maréNova colônia da Parlux, a OceanPacific ganhou uma embalagemhíbrida especial. Um frasco inter-no de vidro texturizado, queacondiciona a fragrância, é en-volvido por uma camada externado Glass Polymer da Eastman,

copolímero que simula a aparên-cia do vidro. Dois líquidos de vis-cosidades diferentes, um azul eoutro transparente, fluem entreessas duas paredes, criando umefeito de ondas do mar.www.eastman.com

A grande novidade daCoca-Cola para o verãoamericano é o C2, refrige-rante cujo diferencial étrazer metade de açúcar,carboidratos e caloriasdas colas tradicionais. Umano de estudos precedeuo lançamento da bebida,feito inicialmente no Ja-pão, em latas de alumínioe em garrafas de PET. Éo quinto lançamento emcolas da Coca-Cola nosúltimos dois anos – os an-teriores foram VanillaCoke (2002), Diet VanillaCoke (2002), Diet Cokewith Lemon (2001) e DietCoke with Lime (2004).

Metades, os apelos

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Almanaque

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Douravam a pílula para que fosse tragável

O brinde que virou negócioEra 1886 quando o nova-iorqui-no David McConnell começou avender livros de porta em portapara custear seu bacharelado.Reza a lenda que a maioria dosvisitados oenxotava desuas casas.Uma idéiaentão terialhe ocor-rido: presentearquem comprasseseus livros com umperfume de óleo de rosas, cria-ção dele mesmo. Subitamente,as vendas dos livros dispararam.Motivo? O vidrinho com o qualbrindava os clientes. McConnell

abandonou os livros e criou aCalifornia Perfume Company, jácom a estratégia do recrutamen-to das hoje chamadas consulto-ras para vendas porta-a-porta

com catálo-go. Em1939, apósa morte deseu fun-dador, o

nome da empresamudou para Avon,uma homenagem ao

dramaturgo inglês William Sha-kespeare, natural da cidade deStratford-upon-Avon e autorpreferido do ex-livreiro. A chan-cela aportou no Brasil em 1959.

Nacionalismo, pero no muchoAproveitando o forte apeloda cultura inca no Peru,uma indústria de bebidasdaquele país, a José R.Lindley, lançou em 1935 orefrigerante Inca Kola, umcoquetel gasoso de frutasamarelado e com um incaestilizado como mascote.Em pouco tempo, a “tubaí-na” alcançou a liderançaem vendas no mercado pe-ruano. A partir de então, a

fabricante passou a cen-trar toda a publicidade damarca no orgulho de seter uma legítima bebida doPeru no topo das vendasde refrigerantes no país.Esse quê de nacionalismoantidinástico, contudo, éhoje bem mais discreto. Aaltíssima popularidade daInca Kola atraiu o interesseda Coca-Cola, que arrema-tou a marca em 1999.

Catálogo de vendas da

CPC nos anos 1920

A evolução docorcel branco

Fundada por imigrantes alemãesno início do século passado, a te-celagem gaúcha Renner Herr-mann decidiu enveredar pelo ne-gócio de tintas em 1927 (e, regis-tre-se, já sob a prerrogativa deobter embalagens próprias, nu-ma metalgráfica que até hojeprospera). Nos anos 50, a empre-sa sentiu que era preciso investirem publicidade e lançar uma lo-gomarca para respaldar seu cres-cimento. Ocorreu, então, a idéiade usar um cavalo como mascote,inspirada no fato de “Renner”,em alemão, significar “corre-dor”. Da prancheta do artistaplástico Nelson Boeira Faedrichsaiu o corcel branco de crina es-voaçada, que passou a estamparas latas, os outdoors e demais pe-ças de comunicação da Renner.

Antigamente, era comum boticários ven-derem pílulas embrulhadas numa nobrepapeleta dourada. Para tanto, utilizava-seum aparelho chamado “dourador de pílu-la”: uma pequena caixa com uma folhade papel dourado fino no fundo, onde eraposta a pílula. Fechando a caixa e sacu-dindo-a, as pílulas eram automaticamenteembrulhadas. Essa prática tinha o objeti-

vo de amenizar a ojeriza da população àspílulas, geralmente amargas, intragáveis.Surgiu daí a expressão “dourar a pílula”,que significa apresentar algo desagradá-vel de modo agradável. O processo eracomum em vários países, tanto que a mes-ma expressão existe em inglês (to gild thepill), em francês (dorer la pilule) e em es-panhol (dorar la píldora).

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Page 83: Revista EmbalagemMarca 058 - Junho 2004
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