revista di rolê 10ª edição

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REVISTA Brasília, Mar|Abr. 2015 Ano II Ed.10 A tendência fashion na qual menos é MAIS Autoficção: o novo estilo literário que está caindo no gosto de escritores e leitores. Pole Dance também é fitness Descubra os benefícios desta atividade para o corpo feminino.

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Já ouviu falar em Normcore? Leia na matéria de capa desta edição sobre o assunto "tendência" no mundo fashion contemporâneo.

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Page 1: Revista Di Rolê 10ª edição

Revista

Brasília, Mar|Abr. 2015 Ano II Ed.10

normcoreA tendência fashion

na qual menos é MAIS

autoficção: o novo estilo literário que está caindo no gosto

de escritores e leitores.

Pole Dance também é fitness Descubra os benefícios desta

atividade para o corpo feminino.

Page 2: Revista Di Rolê 10ª edição
Page 3: Revista Di Rolê 10ª edição

VOCÊ VAI (RE)CONHECER A aUtOFiCÇÃO

POLe DaNCe TAMBÉM É FITNESS

BRASÍLIA TEM A PRIMEIRA E ÚNICA esCOLa De BaRteNDeR DO CENTRO-OESTE

COMIDA PARA QUEM QUER COMIDA

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aMORes De CaRNavaL PODEM DURAR?

O PODER DA BOa aLiMeNtaÇÃO

NORMCORe: O ESTILO COOL ONDE MENOS É MAIS

EM BUSCA DA CURA POR CaMiNHOs aLteRNativOs

DURANTE A seMaNa É Dia De BaLaDa? É SIM SENHOR!

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EXPEDIENTE

Nesta edição você poderá conferir novas tendências que estão dando o que falar no mundo da literatura e também no mun-

do fashion. Autoficção é o gênero do momento, enquanto Norm-core caracteriza o mais novo conceito da moda atual.

Uma amiga comentou sobre um novo gênero da literatura que vi-rara febre entre escritores e famosos da televisão. Ao perguntá-la o nome a resposta foi: “Autoficção”. Pensei em algumas hipóteses sobre em que se baseava e achei interessante a resposta. “É o nome do gênero que virou tendência na literatura contemporâ-nea, onde personagem, narrador e autor dividem o mesmo cam-po ficcional”. Na matéria de Ana Luiza Medeiros você irá descobrir algumas revelações e curiosidades sobre o assunto.

O mundo fashion vem se reinventando a cada estação e Normcore é o nome do estilo que caiu no gosto de muita gente ligada a este meio. Quem aderiu à moda sabe que neste estilo menos é mais! Fique por dentro do conceito e dicas que Bianca Ramos selecio-nou pra você, na editoria Tribos.

Leia também sobre os resultados estéticos proporcionados pelo Pole Dance e fique por dentro da mini agenda “Di Rolê” das bala-das que estão rolando na cidade em dia de semana.

Boa leitura,

JÚLIA DALÓIADiretora Executiva

Revista Di Rolê

textos: Ana Luiza Medeiros, Bianca Ramos, Laila Zucarini, Ludmilla Brandão, Mariana Dâmaso, Priscilla Teles, Yasmin Almeida, Vinícius Brandão Fotos: Carlos Eduardo Jr., Pâmela Kissianne, Ítalo Amorim e Giovanna Bembom Projeto Gráfico e Diagramação: Gueldon Brito | Estúdio CaleidoscópioDiretora executiva: Júlia Dalóia

ESPAçO DO LeitOR

Expresse sua opinião, sugestão ou comentário acerca das matérias abordadas nesta edição.

Envie sua sugestão de pauta para o email: [email protected]

/revistadirole @revistadirole

www.revistadirole.com.br

Page 5: Revista Di Rolê 10ª edição

Você vai (re)conhecer a autoficção

O estilo de fazer literatura que é febre entre os escritores contemporâneos está dando o que falar

LITERATURA

Por Ana Luiza Medeiros

DIvuLgAção

Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 5

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Não é autobiografia, não é ficção. O termo oficial foi

atribuído ao escritor francês Serge Doubrovsky, que em seu romance “Fils”, de 1977, definiu como uma obra de autoficção a “ficção de aconte-cimentos e fatos estritamente reais, e se quiser, autoficção, por ter confiado a linguagem de uma aventura à aventura da linguagem...”

O termo seria uma junção das palavras autobiografia e ficção, que de um ponto de vista muito óbvio, são contraditórias e se excluem, porém quando unidas em um único termo ainda pouco usado, autoficção, definem um estilo de escrita relati-vamente recente e a mais nova tendência da literatura contemporânea, no mundo e principalmente no Brasil.

Trata-se, de forma mais ob-jetiva, da junção de persona-gem, autor e narrador, todos dividindo o mesmo campo fic-cional, numa situação em que é clara a intenção do autor de fazer uso de características pessoais físicas e psicológi-cas, dentro de um contexto ficcional.

Apesar dos anos de tradição na literatura francesa com

nomes como Marcel Proust e Louis-Ferdinand Céline, a denominação de obras como autoficção no Brasil demo-rou a acontecer, apesar de sua comprovada existência. Entende-se que exaltar o “eu” dentro da ficção se tratava, à época, de um ato muito ousa-do, cercado de tabu.

Por aqui o estilo literário ga-nhou força após a obra “O que É Isso Companheiro?” de Fer-nando Gabeira, publicado em 1979, ter sido definida pela Companhia de Letras como “romance-depoimento”.

Já em 2005, Silvano Santiago foi um dos primeiros escri-tores brasileiros a assumir o termo autoficção em sua obra “Histórias Mal Contadas”.

Mesmo caminhando pela famosa linha do antes tarde do que nunca, o fato é que a autoficção chegou em mo-mento muito opor tuno. A tendência, coincidentemente ou não, agregou ao momento que a literatura contempo-rânea vive, no qual a figura do escritor é tão ou mais im-portante do que seus livros. Uma bela adaptação a ne-cessidade de alta exposição de quem vive do negócio de escrever ficção.

Di Rolê indica: “O Segun-do Suspiro” de Phillipe Pozzo di Borgo, o roman-ce que deu origem ao ro-teiro do filme “Os Intocá-veis”; e “A Chave da Casa”, de Tatiana Salem Levy.

LITERATURA

DIvuLgAção

6 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

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Carnaval é época de tirar as fantasias do armário, jun-

tar os amigos e desfrutar em ritmo de curtição, viver histó-rias que algumas vezes não são seguidas e geram apenas lembranças para quem as vi-veu. É um momento também que pode ser curtido namo-rando, ou até mesmo propício para encontrar o par ideal

no meio da folia. É o caso de Amanda Gentil, que conheceu Leonardo Oliveira durante um carnaval em Diamantina.

“Sou de Brasília e ele de Belo Horizonte, nós dois fomos curtir o carnaval de 2013 em Diamantina. Nos conhecemos à noite na praça onde aconte-ciam vários shows. Eu estava

Amores de carnaval podem durar?Por Mariana Dâmaso

ENTRETENIMENTO

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Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 7

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dançando e ele veio falar comigo e, no final, acabamos ficando, trocamos telefones e nos encontramos todos os ou-tros dias de festa”. Quando os dias de folia acabaram cada um voltou para sua cidade mas, mesmo com a distância, continuaram a se falar por um aplicativo de celular. A vontade de estar junto levou Leonardo a visitar a Capital seis meses depois.

Alguns meses se passaram e o jovem retornou à cidade de Amanda para, então, firmar um relacionamento sério. Em fevereiro deste ano faz um ano e cinco meses que o casal está junto. “Eu já fui várias vezes para BH e ele

vem sempre para Brasília. Es-tamos em constante contato, garante Amanda”. Mesmo se conhecendo durante a folia, atualmente o casal mantêm o relacionamento à distância, provando que carnaval tam-bém é época de conhecer pessoas para se envolver mais sério.

Moradores da mesma ci-dade, Curitiba-Pr, e coinci-dentemente com a mesma profissão, jornalistas, Bianca Smolarek e André Gonçalves precisaram ir curtir o carna-val em Santa Catarina com amigos em comum para se conhecerem.

A história começou em 2007. No segundo dia de folia se conheceram e permaneceram juntos até o último dia. Na quarta-feira de cinzas Bianca foi curtir só com os amigos, pois André já estava de volta ao trabalho. Mas uma men-sagem inesperada do rapaz a surpreendeu: “Já voltei para a vida real e ainda estou pen-sando em você”.

André conta que quando vol-tou para Curitiba arquitetou várias formas de continuar vendo Bianca que, inicial-

mente foi arredia, mas acabou cedendo. Logo após 15 dias, a jovem recebeu um convite para jantar. O objetivo de An-dré era anunciar que estava de mudança naquele mês para Brasília.

O jeito foi continuar a se falar diariamente com o recurso utilizado na época, o Messen-ger. A vontade e determinação de estar junto foi tamanha que André resolveu um belo dia fazer a esperada pergun-ta. “Durante uma conversa pela internet ele me pediu em casamento, outra coisa total-mente fora do padrão”.

Amanda não se importou com os padrões e aceitou o pedido. No carnaval de 2008 o casal já estava casado e morando em Brasília. Atualmente, curtem o carnaval de um jeito diferen-te, com o filho nas matinês. 

E você acredita em felizes para sempre no carnaval? A folia acabou, mas o romance pode continuar, só depende de você.

ENTRETENIMENTO FO

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8 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

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Pole dance também é fitness

Por Laila Zucarini

Atividade é considerada uma opção para quem quer definir o corpo, mas

não gosta de exercícios tradicionais

Atividade física é es-sencial para man-

ter o corpo são. Porém, é fácil encontrar alguém que pagou o pacote da acade-

mia, comprou o tênis correto para a corrida ou a caminha-da, a touca mais moderna para a natação e só foi para a aula uma vez (ou nem isso). Para essas pessoas, ativi-dades menos tradicionais podem trazer um novo ânimo para se exercitarem.

Muitas brasilienses estão buscando a pole dance como alternativa aos exercícios mais tradicionais. O primeiro registro da modalidade data de 1968, no Oregon, Estados Unidos. Mas os elementos que a formaram são uma fu-são de práticas mais antigas, vistas na Índia – de onde vem a influência de um tipo de ioga (mallakhamb) – e na França – com a influência do burlesco.

Na década de 1990 começa-ram a surgir escolas especia-lizadas nos Estados Unidos e, posteriormente, na Ingla-

terra, França e outros países europeus. A primeira escola da América Latina foi fun-dada na Argentina, em 2000. Atualmente, a atividade se expandiu para muito além do estereótipo inicial, ligado apenas à sensualidade.

Anandah, 33 anos, proprietá-ria do Instituto Anandah per-cebe mudança na visão geral sobre a modalidade. “Apesar do preconceito, eu acredito que essa barreira está sendo vencida, mesmo porque as pessoas começam a observar as praticantes de pole e ver que elas praticam por gostar”, afirma.

Jessica Borges, 22 anos, foi apresentada à atividade em 2011, durante uma apresen-tação de Catia Damasceno. Por causa do trabalho ela havia parado de se exercitar e, por detestar academia, viu na pole dance uma excelente atividade. Hoje Jessica é ins-trutora, certificada pela Fede-ração Brasileira de Pole Dance (FBPole). Em 2014 se tornou atleta amadora e representou

BEM ESTAR

DIv

uLg

Ação

Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 9

Page 10: Revista Di Rolê 10ª edição

Brasília na Pole World Cup e no Aberto Capital Fitness.

Ela enfatiza que o essencial para praticar pole dance é não desistir. “O começo é muito difícil, pois não temos força de braços, costas e abdômen. A força que o pole exige poucas atividades dão, como o pila-tes ou a ginástica (rítmica ou olímpica)”. Mas brinca: “Não conheço nenhuma aluna que tenha abraçado o desafio e não se superado e se viciado na atividade”.

Os benefícios para o corpo são muitos: definição de me-didas, definição muscular, me-lhora na coordenação motora e na força, principalmente braços e abdômen e melhora da flexibilidade. Com tudo isso, a autoestima também apresenta melhoras.

Pessoalmente, Anandah pre-cisou vencer a resistência para começar a praticar pole dance. “Eu achava que ia ser uma coisa impossível para mim. Nas primeiras aulas ti-nha medo de cair. Comecei a desistir, mas voltei novamen-te. Eu disse para mim mesma que superaria esse medo”. Ela vê a pole dance como uma atividade fitness, praticada por gosto e por dar resultados no corpo, inclusive em áreas difíceis de atingir com outros exercícios e também como uma maneira de aprender a vencer o medo. “Para quem não gosta ou não tem tempo de malhar é uma ótima op-ção”, finaliza.

Professor de Educação Física, Matheus Natalino, 26 anos, afirma: “alunos que se iden-tificam com a modalidade praticada terão desempenho melhor do que os que fazem por fazer. Aluno que gosta procura sempre se empe-nhar ao máximo, para atingir aquele objetivo tão sonhado. Aqueles que gostam do es-porte sempre chegam com novidades na aula seguinte, seja uma música, um golpe ou um movimento que pesqui-sou na internet e treinou em casa sozinho”.

Para Marcelo Anselmo, 28 anos, presidente do Fórum In-tegrador do Bem Estar (FIBE) gostar da atividade física aumenta a resiliência, propor-ciona maior adesão ao exercí-cio e minimiza barreiras. Des-ta forma, a atividade torna-se um hábito. “Quando a pessoa faz por gostar, ela cria um meta-modelo mental positi-vo e fica mais fácil se manter na prática, pois encara como algo positivo (isto é um con-texto da Psicologia Positiva). Ela também ativará as áreas cerebrais, como o hipocam-po, relacionado ao contexto emocional, motivando-se intrinsecamente e, assim, não será tão enfadonho praticar exercícios”, explica.

A instrutora Lú Marie, 32 anos, dá aulas há cerca de dois anos e se apresenta em eventos voltados para o público femi-nino, como chás de lingerie, inaugurações de lojas e con-fraternizações de fim de ano.

“As pessoas que me con-tratam, na sua maioria, já conhecem o meu tra-balho e sabem que estão contratando alguém que divulga a arte e o esporte. Sendo assim, há respeito de ambas as partes.” Ela nunca passou por nenhu-ma situação delicada que precisasse contornar.

Com tantos benefícios Carol Freitas, 34 anos, professora de dança, se interessou pela modali-dade, em busca de condi-cionamento físico e mais flexibilidade. Apesar do interesse despertado e aprofundado em uma aula experimental, não frequenta aulas, devido a um impedimento: a falta de tempo. “Queria que o dia tivesse mais horas, brinca.”

Em Brasília, aulas de pole dance estão presentes em institutos de dança e também em escolas de-dicadas apenas à mo-dalidade. “No cenário contemporâneo, as mo-dalidades ou práticas com caráter lúdico, recreativo e intera-tivo, como os jogos virtuais e a própria pole dance estão em evidência”, finaliza Marcelo.

BEM ESTAR

10 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

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Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 11

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A tendência considerada a maior anti-tendêndia dos últimos tempos

Que a moda é um segmen-to cíclico e que vive de

inovações e reinvenções não é novidade para ninguém. Que o mundo fashion dita tendências e excentricidades capazes de deixar até fashio-nistas boquiabertas também não causa surpresa. Agora se tem uma tendência que che-gou surpreendendo a muitos é aquela que preza pelo bá-sico, discreto e minimalista. Ela atende pelo nome de normcore, tem adeptos das mais distintas estirpes e ainda veio com ares de “estilo de vida”.

Criado a partir da junção das palavras normal e hardcore, o normcore é um termo usado para definir o estilo que tem sido considerado uma anti-tendência no mundo fashion, ao propor conforto e sobrie-dade ao se vestir. O termo surgiu nos Estados Unidos com o intuito de definir uma tendência casual, mas tam-bém tem sido utilizado para designar um estilo de vida: o das pessoas descoladas que não estão muito preocupa-

das em se vestir com grifes ou aderir aos modismos. Elas se vestem de forma despre-tensiosa, mas sem deixar de fazer bonito!

Segundo Clariana Gonzaga, blogueira e consultora de imagem, “normcore é mais que uma tendência de moda, é um estilo de vida! É estar a vontade com sua imagem, consigo mesmo. Normcore é o simples, o despojado, o despretensioso, o fácil, mas, principalmente, o original. Pois, reflete a sua essência e sua imagem pessoal sem in-fluências de algo ou terceiros.”

A tendência do normal elegeu looks simples e despojados para ilustrar um estilo cool que maximiza o conforto sem abrir mão do estilo. Engana-se quem pensa que o norm-core está diretamente rela-cionado ao bagunçado ou desleixado. O que os adeptos propõem é estar apresentável sem abrir mão do conforto, praticidade e sem precisar gastar horas em frente ao es-pelho para se vestir bem.

Normcore: o estilo cool, no qual menos é mais

Por Bianca Ramos

CAPA

12 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

Page 13: Revista Di Rolê 10ª edição

o normcore tem causado uma certa polêmica porque, de certa forma, prega um basta ao consumismo desenfreado proposto pelo mundo fashion, sem se esquecer do politica-mente correto, ou seja, é de bom tom ter consciência am-biental. Segundo esta tendên-cia ostentação e excessos são démodé. “Eu diria que normco-re é um estilo de vida refletido no vestir, que carrega um pou-co do que estamos vivendo hoje. Pessoas que desejam incorporar essa “tendência”, desejam uma vida mais leve, o low, ou seja, desapegar de vícios, do consumismo ou do que a sociedade impõe” afir-ma Clariana.

Além disso a tendência ainda faz uma releitura dos concei-tos de street style e minima-lismo que se firmaram com força total nos anos 90. Foi nesta época que a famosa dupla jeans e t-shirt bran-ca – um look considerado exemplo clássico de normcore – ganhou significado de bom gosto. Ainda podemos desta-car a valorização de tecidos aconchegantes e cortes mais soltos para definir o estilo no qual a silhueta mais alar-gada aparece nas peças sem comprometer a elegância de quem as usa.

Cores neutras, listras, looks monocromáticos (o all black é um clássico) peças lisas e/ou oversized, camisetas, jeans (em todas as suas apresen-tações, incluindo as jardi-neiras), moletons, tricôs e suéteres são exemplos de

normcore que fazem a cabeça de anônimos a figuras públi-cas como: Caroline de Mai-gret, Dakota Fanning, Emman-uelle Alt, Gisele Bundchen, Kate Holmes, a duquesa Kate Middleton e as gêmeas Olsen. Já na ala masculina aparecem nomes como: Mark Zucker-berg, Steve Jobs (era um adep-to típico), o príncipe William e até o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. vale lembrar que o estilo prega o conforto e a discrição da cabeça aos pés, ou seja, tênis, chinelos, rasteiras básicas e as sandálias estilo birken completam os looks de quem pretende causar sem ousar. Acessórios seguem a mesma linha: o mais básico possível.

Que o normcore é um estilo fashion nós já sabemos, mas é importante ressaltar que um dos pontos positivos dele tem sido provar que para “estar na moda” não é preciso fazer sacríficios, gastar fortunas ou abrir mão de suas crenças. Afinal de contas “a moda da inclusão” – um dos termos

usados para designar o norm-core – tem provado que até quem nunca parou para pen-sar sobre o conceito de moda faz uso dela; e de quebra ain-da pode estar fazendo bonito por aí, ao usar uma tendência, mesmo que seja inconscien-temente. O conceito de norm-core tem ajudado a aumentar o interesse de muitas pessoas pelo mundo fashion, e como moda faz parte de um uni-verso abrangente, foi preciso surgir uma tendência para mostrar, para alguns, como ela é democrática e indis-pensável, assim como atesta Clariana: “acho que essas pes-soas ainda não descobriram que fazem escolhas diárias ao se vestir, e dessa maneira já estão ligadas à moda”.

Não sabemos ao certo por quanto tempo o normcore se manterá como um hit fashion, mas uma coisa é certa: en-quanto tendência ele viverá o seu momento de glória, como todas as outras, e enquanto estilo de vida ele se manterá sempre atual!

CAPA DIvuLgAção

Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 13

Page 14: Revista Di Rolê 10ª edição

Quando o mixologista e empresário victor Qua-

ranta, 28, se formou em gas-tronomia, não conseguiu encontrar nenhum curso em coquetelaria na cidade. A partir da dificuldade de achar uma formação mais comple-ta na área, Quaranta teve a ideia de dar aulas. “Em Brasí-lia não tinha especialização e, por isso, tive que ir para São Paulo. Pensei: está na hora de montar uma sede e manter cursos constantes na capital federal”, explica.

De acordo com o gastrôno-mo, durante a pesquisa para fazer a especialização, ele descobriu que não existia nenhuma escola ou curso de coquetelaria em toda a região. “Somos os primeiros aqui no

Por Ludmilla Brandão

Centro-Oeste e os únicos do Brasil com equipe realmente formada academicamente”, afirma Quaranta. Mas existe possibilidade de expansão da formação profissional. Após um ano de funcionamento da empresa o especialista foi convidado pelo Senac (Servi-ço Nacional de Aprendizagem Comercial) para fazer um pro-jeto piloto do curso de barman com duração de três meses.

Além da formação de barman ou bartender - este último termo é mais usado no exterior -, a em-presa também é um laborató-rio de pesquisa, ou seja, ensina e faz experimentos e estudos sobre bebidas, ingredientes e harmonização. “Mixologia é a ciência da coquetelaria, que aplica conhecimentos sobre o

Brasília tem a primeira e única escola de Bartender do Centro-OesteAlém do ofício de bartender, os cursos ensinam sobre mixologia - parte científica da coquetelaria

EMPREENDEDORISMO

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14 mAr|Abr 2015 | Revista Di ROLê

Page 15: Revista Di Rolê 10ª edição

porquê em cortar um fruta de um jeito, ou de outro, ou qual o melhor tipo de gelo para determinado drink”, esclarece o empresário.

O mixologista diz que a es-cola já formou cerca de 180 pessoas em dois anos de exis-tência, mas mesmo com a procura, a profissão ainda não é regulamentada. “Em Brasília não existe uma associação ou sindicato da área. Mesmo aqui sendo o terceiro ou quarto pólo gastronômico do país, o próprio Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) não tem dados”, aponta o empresário.

Quaranta conta que a média de idade entre os alunos varia entre 18 e 30 anos e os moti-vos são diversos. Existem as pessoas que procuram para se profissionalizar e as que procuram fazer o curso por hobby. O assessor de impren-sa e hipnótico, Guilherme Alves, 30, é um dos que faz o curso por diversão. “Como proprietário de um pub me interessei pela elaboração de drinks e coquetéis. Foi nessa época que conheci o victor Quaranta. Depois que vendi meu negócio quis fazer as aulas”, lembra.  Alves gostou tanto que já está fazendo o segundo curso. “A aula é infor-mal e acaba não tendo a dis-tância entre aluno e professor por fugir do roteiro”, elogia o assessor de imprensa.

Outro ponto interessante que Quaranta ressalta é a procura de mulheres pela formação.

O gastrônomo chegou a ter turmas dominadas por elas. “Está ‘pau a pau’. Às vezes são nove mulheres e um homem em sala de aula”, destaca. É o caso da publicitária Bruna Pétalla Portella, 24, que viu na coquetelaria uma alter-nativa para trabalhar fora do país. “Eu escolhi fazer o curso porque vou fazer uma viagem de volta ao mundo. Essa é uma das áreas mais fáceis de conseguir dinheiro durante o roteiro”, garante.

A jovem vai visitar 38 países em dois anos e planeja tra-balhar inclusive em hostels por troca de hospedagem. “Um bom drink sempre acom-panha uma boa conversa”, acredita Bruna. Em relação às aulas a publicitária disse que ficou surpresa com os detalhes que envolvem a profissão. “É incrível o mundo que existe nesta área, são muitas coisas. Mas o curso é divertido, acho que isso torna mais fácil. Mostra que nada é impossível”, diz Bruna.

Quaranta explica que o salá-rio inicial de um bartender é de r$1.500. Já um profissio-nal mais completo, como o mixologista, pode chegar a até r$8.000. Entretanto, em Brasília, a maioria dos bares não têm pessoas formadas na área e, por isso, o gastrô-nomo acha impor tante a qualificação e especializa-ção. O valor do curso básico é de r$650 com 30 horas/aula, divididas em duas semanas. Acesse o site da escola aqui: www.drinksebarman.com.br

EMPREENDEDORISMO

15Revista Di ROLê | mAr|Abr 2015

Page 16: Revista Di Rolê 10ª edição

Prazer, somos o Estúdio Caleidoscópio

CORES NOS ALEGRAM,CORES MUDAM VIDAS

Cores, formas, movimentos, possibilidades... isso nos move.

Branding

Ilustração

Promocional

Digital

Fotografi a

Redação

Editorial

Consultoria

Mídias Sociais

Marketing Digital

Arquitetura da Informação

Design de Interfaces

t. +55 61 4042 0010e. [email protected]

www.estudiocaleidoscopio.com.br

16 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

Page 17: Revista Di Rolê 10ª edição

Prazer, somos o Estúdio Caleidoscópio

CORES NOS ALEGRAM,CORES MUDAM VIDAS

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Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 17

Page 18: Revista Di Rolê 10ª edição

Em 2006 o Ministério da Saúde lançou a Política

Nacional de Práticas Inte-grativas e Complementares – PNPIC - no Sistema Único de Saúde – SUS. “Esta política atende, sobretudo, a necessi-dade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vêm sen-do desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, entre as quais des-tacam-se aquelas no âmbi-to da Medicina Tradicional Chinesa, como é o caso da Acupuntura, da Homeopatia, da Fitoterapia, da Medicina Antroposófica e do Termalis-mo-Crenoterapia”*.

Na onda dos tratamentos alternativos, que são cada vez mais procurados pela popula-

ção, encontram-se técnicas curiosas e bem diferentes dos tratamentos médicos ocidentais.

Na cultura oriental acredita-se que nos pés conseguimos encontrar o reflexo de cada órgão ou sistema corporal. A reflexologia é uma mas-sagem podal que tem como objetivo equilibrar corpo e mente por meio de mo-vimentos estimulantes. “A técnica da mas-sagem reflexo-lógica consiste em relaxar pés, ligamentos e articulações c o m o p r i -meiro pas-so. Essa é a preparação para receber Por Priscilla Teles

A medicina convencional evolui a cada dia, mas ainda há quem prefira a sabedoria dos antigos da Índia, Grécia, China ou Egito para dar aquela ajudinha na saúde

BEM ESTAR

Em busca da cura por caminhos alternativos

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18 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

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pressões em determinados pontos que podem estar do-loridos, indicando alguma es-tagnação de tensões emocio-nais. Feito isso são liberadas as tensões e é gerada uma re-vitalização do corpo, mente e emoções”, explica a professo-ra e massoterapeuta, Luanda Iida, que conheceu a técnica há 12 anos quando morou no Japão. A reflexologia pode ser utilizada como terapia complementar e ajudar no tratamento de dores muscu-lares, doenças inflamatórias, disfunções ginecológicas, doenças gastrointestinais, entre outras.

“A Gemoterapia é um tra-tamento que faz parte da Ayurveda e do sistema de astrologia védica ou indiana”, assim define o pesquisador e mestre há 20 anos, Adwaita Chandra. O contato com as gemas proporciona ao corpo o recebimento de vibrações de energia eletromagnética, ativadas pela luz, diretamen-te na corrente sanguínea. Toda essa reação se dá pela combinação de elementos minerais presentes na es-trutura da gema, como o alu-mínio, o berilo, o silício e o oxigênio, por exemplo. As pe-dras influenciam o sistema elétrico do corpo, interferem nos impulsos emocionais, estimulam as capacidades latentes na pessoa, potencia-lizam os desejos, a força de vontade, a auto-estima, con-tribuem para o equilíbrio psicofísico e a diminuição de influências negativas dos astros. “As joias terapêuti-

cas são personalizadas e con-feccionadas artesanalmente de acordo com a configuração astrológica da pessoa, se-guindo recomendações crite-riosas de peso, medida, tipo, liga metálica e qualidade das gemas”, observa Chandra.

Os olhos são conhecidos por serem as janelas da alma. Além disso, podemos dizer que nossos olhos são nossos mapas, cada região da íris é associada a um órgão ou sistema do corpo. A Iridologia dá o diagnóstico, seja ela clí-nica – voltada para a situação orgânica da pessoa – ou com-portamental – voltada para o lado psicoemocional, e ajuda na indicação de tratamentos de diferentes doenças. “A íris é uma área reflexológica das mais ágeis, mostrando ocor-rências funcionais quase que de forma instantânea. Porém, enquanto o processo orgâni-co não amadurecer, os sinais iridológicos correspondentes são erráticos e inconstantes. Depois, conforme a evolução

do problema ou da cura, os sinais se tornam consistentes e permanentes. Na média, isso leva de uma semana a quatro meses”, esclarece Túlio Ameri-cano, naturopata e fundador da Alma Naturae.

É possível aprender a prática de diversas Terapias Alterna-tivas em cursos disponibili-zados, em grande parte, pelas clínicas que oferecem os tra-tamentos, e em cursos on-line - tecnólogo, bacharelado ou especialização. Alguns desses tem o diploma reconhecido pelo Ministério da Educação e algumas terapias são regula-mentadas pelo Ministério do Trabalho. Para saber em qual faculdade encontrar a espe-cialização que deseja, acesse http://emec.mec.gov.br/

BEM ESTAR

Rubi (Manikya) – Sol

Pérola (Mukta) – Lua

Coral (Prawal) – Marte

Esmeralda (Markat) – Mercúrio

Safira Amarela (Pushparga)  – Júpiter

Diamante (Vajra) – Vênus

Safira Azul (Neelmani) – Saturno

Hessonita (Gomed ) – Rahu

Olho-de-Gato (Vaidurya ) – Ketu

As gemas são associadas a astros, assim como aos dias da semana, cores e metais:

Quer saber onde encontrar essas

terapias?Swaha

www.swaha.com.br

Alma Naturaewww.almanaturae.com.br

*Passagem retirada da publica-ção oficial “Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple-mentares no SUS – Atitude de

Ampliação de Acesso”

Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 19

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uma intolerância ao glúten. Os pais afirmam que ela sem-pre demonstrou os sintomas, mas que só descobriram a condição naquele dia.

Augusto César Araújo Maeda, colega de trabalho de Priscila, começou a passar por pro-blemas intestinais severos aos 22 anos. O gastroentero-logista indicou intolerância à lactose. Depois de outros exames excludentes, também descobriu ter intestino irrita-

do. Augusto não poderia mais ingerir derivados de leite, produtos com cafeína e álcool se quisesse ficar com o trato intestinal sem perturbações.

Marina Corbucci Campos, dona da Corbucci - Gastrono-mia vegana, decidiu, aos 16 anos, que seria vegetariana. Após oito anos, foi além e se tornou vegana. A escolha consciente foi feita como ma-nifestação contra a produção de derivados de animais, que sofrem de crueldade para o consumo humano.

Foi a mesma razão para que Tainá Colin Förthmann, sócia de Marina, se tornasse vege-tariana. Ela teve uma criação sem carnes até os 10 anos e eventualmente passou a co-mer carne. Foi quando assistiu ao documentário Peaceab-le Kingdom (2004, dir. Jenny Stein), que trata de conflitos morais para quem cresce, vive e trabalha em fazendas de animais, que ela resolveu voltar ao estilo de vida.

Muitos brasilienses têm restrição alimentar e, para atender à demanda, nota-se cada vez mais estabelecimentos na cidade que atendem a essa necessidade

Atualmente, é possível encontrar com frequência

pessoas com algum tipo de limitação alimentar. Quando a companhia está de dieta ou passando por uma ree-ducação alimentar, ela pode escapar da disciplina um dia ou outro, certo? Mas como alguém pode ter certeza que essa limitação é apenas uma dieta da moda? Algumas pes-soas não podem comer certos tipos de alimentos. Outras, inclusive, escolhem um tipo de alimentação como forma de manifestação. É preciso ficar atento na hora de combi-nar uma saída gastronômica com amigos que não podem comer qualquer comida, de qualquer restaurante.

Priscila dos Santos Fernandes estava no trabalho quando fez um lanche de açaí com granola e aveia. Pouco tempo depois estava no hospital, certa de que tinha gastrite. A jovem foi diagnosticada com doença celíaca, a que gera

QUERO COMER

Comida para quem quer comida

Por Vinícius Brandão

vINÍCIUS BrANDãO

20 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

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O que os quatro tem em co-mum é a necessidade de aprender a preparar as pró-prias comidas. Priscila gasta entre r$350 e r$400 por mês em compras. Augusto teve mais facilidade: “para a lacto-se hoje em dia está mais fácil, porque você encontra em supermercado normal queijo lacfree, iogurte sem lactose”. Ele mesmo faz o café da ma-nhã com base de farinha de arroz. Marina recebeu suges-tão da mãe para preparar seus alimentos, uma vez que só comia os acompanhamentos em casa. Ela precisou pesqui-sar novas opções e começou a cozinhar as próprias refeições.

Priscila foi além do corte do glúten ao perceber que es-tava se alimentando mal. “O pessoal fala pra tirar o glúten que vai emagrecer. Eu não emagreci, engordei ainda mais porque eu não fazia escolhas nutricionais. Os bolos sem glúten são naturalmente mais gordurosos”. A reinvenção ali-mentar passou a se focar em saúde e ela já sente as diferen-ças, mesmo que tenha desco-berto a intolerância há poucos meses. De acordo com Priscila, o sono ficou melhor, assim como o bem estar pessoal. Ainda assim, não se adaptou totalmente à nova rotina.

O depoimento de Marina e Tainá indica que essa adapta-ção total é possível. Quando questionadas sobre como foi a substituição da carne na alimentação, Marina disse: “Ao meu ver, já é raro pensar em moldes de substituição. A

pessoa que trabalha com culi-nária vegana não pensa em como fazer um prato de forma vegana. A gente pensa e in-venta coisas novas. Em alguns casos fazemos adaptações, o que também é divertido. Mas criamos coisas com a mentali-dade vegana.”.

Em 2010, Marina criou o café Corbucci, onde Tainá traba-lhou como cozinheira. O plano inicial de cozinhar coisas que gosta foi suprimido pela ex-pansão do negócio. Tinha que cuidar da administração, lidar com funcionários, marketing constante. Eventualmente não cozinhava mais e so-fria estresse na troca com os clientes. O café virou, então, o Corbucci Gastronomia ve-gana. As duas oferecem pro-dução doméstica de alimento vegano por encomenda, com serviço de personal chef (já serviram em casamentos), aulas de culinária e vendem em eventos.

Na hora de sair com amigos que querem ir para lugares sem alternativas mais saudá-veis de comida, existem algu-mas soluções. Augusto afirma que sempre tem alguma coisa sem lactose nos restaurantes e lanchonetes. Priscila fica no suco. Marina e Tainá tentam sugerir outros locais para co-mer, ou comem antes de sair.

As pessoas têm dificuldade para compreender essas li-mitações. Principalmente no caso de Marina e Tainá, em que não há motivação biológica. Na busca por ma-

terial sem origem animal, elas eventualmente escutam algum tipo de desinformação. “O pessoal coloca carne em tudo. Colocam em caldo, em sopa de abóbora, em legumes cozidos. Em algumas padarias que eu vou, pergunto se tem alguma coisa sem carne e às vezes entregam algo com pre-sunto,” disse Tainá.

Na busca por alimentos que atendem aos diferentes tipos de necessidade em Brasília, surgem as dicas. Priscila su-gere o restaurante DuoO, que trabalha com gastronomia funcional e conta, entre o cardápio variado, com pizzas que podem ser consumidas por quem tem intolerância ao glúten e à lactose.

Marina e Tainá indicam a Faz Bem, casa vegana na 407 nor-te; Cannelli, confeitaria na 213 norte, que é vegana, mas possui alguns produtos de origem animal; vegan-se, na 406 norte, que é uma cozinha de pronta entrega, com uma mini rotisseria para atender os clientes; Sweet Yourself, uma casa de doces no Guará; Café Oyá, na 307 norte, que abriu vegetariano mas, a pedidos de clientes, mudou o cardápio (as duas sócias enchem o acarajé de elogios), e O Girassol, na 209 sul, que é vegetariano.

Na hora de combinar aquela saída com pessoas que dizem não comer certos alimentos, a melhor ideia é abrir o le-que de opções alternativas e aderir a uma novidade mais saudável.

QUERO COMER

Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 21

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Durante a semana existem eventos em Brasília que agitam geral e não deixam nada a desejar entre as baladas do final de semana

Durante a semana é dia de balada?

É sim senhor!S

egu

nd

afeira

Segunda Linda

Festa de música black. No setlist muito soul, hip hop, funk e discotecagem.

Quando: toda segundaHorário: a partir das 22hValor: ingressos custam r$10 feminino e r$20 masculino até 0h. Após esse horário, os valores estão sujeitos à alteração.Onde: Outro Calaf | SBS Qd. 2, Bl. Q, Lj. 5/6, Ed. João Carlos Saad.

Qu

art

afeira

Moranga  

Festa temática com vJs e DJs conhecidos da cidade. O setlist é variado: vai de funk ao rock de acordo com o tema do evento.

Quando: toda quarta Horário: a partir das 22hValor: ingressos r$20 até às 23h30; r$25 até 1h e r$35 após esse horário.Onde: Outro Calaf | SBS Qd. 2, Bl. Q, Lj. 5/6, Ed. João Carlos Saad.

Perde a Linha

Festa com diversos estilos musicais hip hop, música eletrônica e eletrônica experimental, rap e trap com DJs de Brasília e de outros Estados.

Quando: toda quarta Horário: a partir das 22hValor: r$20 até 0h e r$30 após este horário. Mulher com nome na lista paga r$10 até 0h. Onde: ACESB | 904 sul

Qu

inta

feira

Happy Hour do Amsterdam

O Setlist tem trap, rock, funk e hip hop.

Quando: toda quintaHorário: a partir das 22hValor: r$20 até 0h Onde: Amsterdam Street | 211 norte

5uinto

É uma festa de música eletrônica de Brasília com a presença de DJs, lives e vjs.

Quando: toda quintaHorário: a partir das 22hValor: r$30 até às 23h e r$35 até 0h. Sem nome na lista ou após 0h: r$40Onde: ACESB | 904 sul

Brasília está despontando na noite com atrações para todos os gostos. Agora você não tem mais motivo para ficar parado. Desfrute e aproveite da programação que a cidade tem a oferecer!

Por Ludmilla Brandão

NA BALADA

PED

rO L

ACEr

DA

22 mAr|Abr 2015 | Revista Di ROLê

Page 23: Revista Di Rolê 10ª edição

Por Bianca Ramos

Para muitos é a bebidaPara alguns o cigarro

Para outros o jogoPara alguns o sexo

Para muitos é o esportePara alguns a dançaPara outros o teatro

Para alguns a literatura

Para muitos é a cidadePara alguns a fazenda

Para outros a praiaPara alguns a serra

Para muitos é o amorPara alguns o desamor

Para outros o calorPara alguns a dorw

Para muitos é o passadoPara alguns o presente

Para outros o futuroPara alguns tempo nenhum

Para muitos é o muitoPara alguns o pouco

Para outros o supérfluoPara alguns o necessário

Para muitos é DeusPara alguns a religião

Para outros a féPara alguns a esperança

Para muitos é serPara alguns ter

Para outros quererPara alguns ceder

Porto Seguro

PALAVRAS AO VENTO SH

UTT

ErST

OCK

Revista Di Rolê | Mar|abr 2015 23

Page 24: Revista Di Rolê 10ª edição

Frequentar uma academia, correr na rua, ir pra aula de

pilates, natação, ou qualquer atividade é apenas o primei-ro passo para ter saúde. Se uma alimentação saudável é importante para qualquer pessoa, para quem faz o exer-cício com um objetivo, seja ele emagrecer ou ganhar massa muscular, a alimentação che-ga a ser mais importante que o exercício em si.

A nutricionista Alessandra Luglio explica que uma ali-mentação desequilibrada e o jejum prolongado são grandes inimigos do ganho de massa

muscular, por exemplo, pois quando não proporcionamos os nutrientes necessários para o corpo trabalhar, ele busca a matéria-prima necessária nos próprios músculos. “Quando nos alimentamos de uma for-ma balanceada, garantimos que esse processo não aconte-ça e ainda fornecemos energia e matéria-prima para que o corpo possa construir massa magra, além de realizar todas as outras funções vitais”, ga-rante Alessandra.

O nutricionista esportivo Fe-lipe Donatto explica também que, para se obter qualquer

tipo de resultado com a ativi-dade física, é preciso ter um treinamento regular, consu-mir de 3 em 3h as quantida-des certas dos alimentos e ainda ter um estilo de vida saudável. “Quando uma pes-soa fica, por exemplo, 4 ou 5h sem comer, o músculo começa a entrar em crise energética, ou seja, ele se autodestrói”, ressalta o profissional.

Além disso, muitas pessoas acreditam que devem cortar os carboidratos para ema-grecer, principalmente no jantar. O nutricionista explica que isso não passa de um mito. Ele afirma que o ideal é se alimentar bem durante todas as refeições e que não se deve cortar o carboidrato à noite e, sim, ajustar as quan-tidades certas ao longo do dia. Todas as nossas refeições devem ter todos os macronu-trientes (carboidratos, pro-teínas e lipídios) necessários nas quantidades certas. Por isso, dietas que restringem qualquer grupo alimentar não são indicadas.

Entenda a importância de uma alimentação adequada para alcançar resultados

O poder da boa alimentação

Por Yasmin Almeida

CarboidratoÉ o macronutriente que possui função energética e o principal fornecedor de

glicose para o nosso organismo.

FontesCarboidratos simples: frutas (frutose),

mel, leite (galactose) e açucar. Carboidratos complexos: tubérculos (batata, mandioca, mandioquinha, inhame), cereais (arroz, trigo, milho,

cevada, centeio, aveia), pães e massas.

ProteínaÉ o macronutriente que possui

função construtora e forma tecidos e músculos do

nosso corpo.

FontesTodos os tipos de carnes,

leguminosas (feijões, grão-de-bico, lentilha, ervilha, soja), leite e derivados, e ovos.

LipídioTambém é um macronutriente com função

energética e participa da produção de hormônios e do transporte e absorção das

vitaminas lipossolúveis (A,D,E e K)

FontesGorduras Saturadas: carnes, leite e

derivados, óleo de coco. Gorduras Insaturadas: azeite de oliva, óleo de canola, abacate e amendoim

(monoinsaturadas) e óleo de milho, de soja, de girassol e de peixes (poliinsaturadas).

ESTAçãO SAÚDE

24 Mar|abr 2015 | Revista Di Rolê

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PIROGRAFIA: A ESCRITA FEITA DE FOGO.

Conheça meu trabalho:www.facebook.com/pages/Flávio-Araújo-Pirografi a-em-madeira