revista 10ª edição

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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS • ANO 3 • Nº 10 • FEV/ MAR • 2014 Revista da S uinocultura da WORKSHOP FOMENTA DISCUSSÃO SOBRE O FUTURO DA ATIVIDADE NOVA ABORDAGEM REGISTRO GENEALÓGICO SRGS OPERA COM UM MODERNO SISTEMA ELETRÔNICO DE EMISSÃO BIOSSEGURANÇA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE CANANÉIA SERÁ REINAUGURADA EM ABRIL SEMANA NACIONAL ABCS E GPA CONFIRMAM 2ª EDIÇÃO EM SETEMBRO

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Page 1: Revista 10ª edição

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS • ANO 3 • Nº 10 • FEV/MAR • 2014

Revista daSuinoculturada

Workshop fomenta discussão sobre o futuro da atividade

nova abordaGem

reGistro GeneaLÓGicosrGs opera com um moderno sistema eLetrônico de emissão biosseGuranÇaestaÇão Quarentenária de cananéia será reinauGurada em abriL

semana nacionaLabcs e Gpa confirmam 2ª ediÇão em setembro

Page 2: Revista 10ª edição

Infinitas possibilidadespara você ser ainda melhor

Há 12 anos fazendo parte da evolução da suinoculturae construindo um futuro de infinitas possibilidades.(48) 3028-0015 | Siga-nos

www.agriness.com

O sucesso dofuturo é feitodas escolhasdo presente

Escolha umfuturo muito maisprodutivo e eficiente

dofuturo é feito

escolhasdo presente

muito maise eficiente

Utilize os produtos e serviços da Agriness desenvolvidosespecialmente para a produção de suínos

Entre em contato, conheça nosso trabalho e venha fazer parte desta comunidade de milhares de produtores.

A solução ideal para um gerenciamento

zootécnico e econômico de todos os tipos de granjas.

airagriness

suinoculturanas nuvens

Tenha análises orientadas para você

extrair o máximo potencial da sua

granja.

da SuinoculturaAGRINESS

Melhores

A oportunidade para você se inspirar nos melhores produtores

e aprimorar seu desempenho.

Serviço de ApoioAtivo ao Gestor

O conhecimento da Agriness aplicado em diagnósticos

específicos para o seu negócio.

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No mercado competitivo e ávido por novidades, a inovação se torna o grande diferencial. Hoje, mais do que nunca, com os acessos e recursos digitais disponíveis (internet e dispositivos inteligentes),

as pessoas se comunicam intensamente, compartilhando novidades, lançamentos e oportunidades. Enxergamos que a inovação é uma estratégia que envolve riscos, depende da situação em equipe e deve estar presente em todas as áreas da nossa atuação.

E inovar tem sido uma marca constante da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, desde a cria-ção do ousado e inédito Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura em 2009, em parceria com Sebrae Nacional, passando pelas milhares de ações de capacitação, reformulação da comunicação com o produtor e a cadeia como um todo. Inovamos diariamente em nossa forma de pensar e trazer soluções ao suinocultor brasileiro. Inovamos também no Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, hoje um dos eventos mais bem conceituados dentro da cadeia de suínos. E, como disse, não cansamos de inovar! Em 2013 elaboramos a Semana Nacional da Carne Suína, junto ao Grupo Pão de Açúcar com impen-sáveis 77% de aumento nas vendas de carne suína nas mais de 500 lojas Pão de Açúcar e Extra.

Para 2014 não ficamos parados. Em fevereiro levamos ao setor um novo evento, o “Workshop de Gestão ABCS”, reestruturado e desenvolvido para discutir ideias, apresentar novos projetos e diretrizes e ainda levar conhecimento atualizado, novas práticas de gestão e visões do mercado de suínos brasileiro e do mundo corporativo atual a dezenas de profissionais do setor.

Neste ano também lançamos o “ABCS Experience” serviço inovador que pretende oferecer aos pro-fissionais do setor de suínos a oportunidade de realizar viagens técnicas coordenadas pela entidade e parceiros governamentais, com destino a países de relevância para o mercado suinícola.

A equipe ABCS caminha na constante busca do novo, diferenciado, personalizado, por isso, inovar é uma palavra chave. Entretanto, há muitos desafios diários a serem ultrapassados para levar os suinocultor e aos pro-fissionais do setor novas ideias, ações e resultados. Mas, como diria Peter Drucker, “o que os empreendedores têm em comum não é determinado tipo de personalidade, mas um compromisso com a prática sistemática da inovação”, e isso a ABCS tem de sobra.

Marcelo LopesPresidente da Associação Brasileira

dos Criadores de Suínos

Editorial

Expediente

ABCS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS

Sede Brasília / Setor de Indústrias GráficasQuadra 01 | Lote 495 |Ed. Barão do Rio Branco Sala 118 | CEP: [email protected]

DIRETOR EXECUTIVO

Fabiano Coser

CONSELHEIRO PRESIDENTE

Marcelo Lopes (DF)

CONSELHEIRO FINaNCEIRO

José Arnaldo Cardoso Penna/MG

CONSELHEIRO TéCNICO

Paulo Lucion/MT

CONSELHEIRO DE RELaçõES DE MERCaDO

Valdecir Folador/RS

CONSELHEIRO aDMINISTRaTIVO

Paulo Hélder Braga/CE

JORNaLISTa RESPONSÁVEL

Tayara Beraldi

REPóRTER

Tauana Joice e Daniel Azevedo

PROJETO GRÁFICO

Cannes Publicidade / Duo Design

DIaGRaMaçÃO

Duo Design

Infinitas possibilidadespara você ser ainda melhor

Há 12 anos fazendo parte da evolução da suinoculturae construindo um futuro de infinitas possibilidades.(48) 3028-0015 | Siga-nos

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Page 4: Revista 10ª edição

Para profissionais apaixonados pela suinocultura

O futuro certamente trará novos desafios e oportunidades para a suinocultura mundialmente.

Com isso em mente, a Boehringer Ingelheim se orgulha de poder oferecer soluções e serviços que podem moldar o futuro da suinocultura.

Desenvolvidos pela nossa equipe de especialistas, elementos chaves incluindo vacinas com tecnologia diferenciada produzidas nos centros de pesquisa globais, suporte de diagnósticos com altíssima qualidade, ferramentas para avaliar e monitorar o sucesso da prevenção, juntos oferecem soluções inovadoras e sustentáveis que irão ajudar a criar um novo futuro para a suinocultura.

A escolha mundial de vacinas para suínos.

Moldando o futuro da suinocultura

Anuncio_21x28_ABCS.indd 1 19/02/2014 14:55:45

Page 5: Revista 10ª edição

Índice

Artigo / Você sabe o que é comunicação sustentável? / 19

futuro / PNDS sustentabilidade traz nova visão para a suinocultura brasileira / 20

vArejo / ABCS confirma nova Semana Nacional da Carne Suína em 2014 / 24

mundo moderno / SRGS já opera com sistema de certificação dos mais modernos do mundo / 26

6 Giro ABCSAssembleia Geral Ordinária fecha as atividades do 4º Workshop de Gestão da ABCS / 6Acrismat solicita redução do preço de pauta do quilo do suíno à Sefaz / 6Iniciativa do Mapa em incluir a carne suína na lei da PGPM renova esperança dos suinocultores / 7Maratonista veste a camisa “A carne suína é 10” e afirma que a proteína é essencial para os atletas / 7

8 CApA

Workshop ABCS traz palestras de excelência e grandes planos para o setor / 8

ABCS une setor e conquista avanços políticos e de marketing / 9

Fava Neves vê futuro promissor, mas alerta para obstáculos / 10

Setor precisa agir para garantir estabilidade, diz Coser / 11

Noé Gomes dá dicas para formar equipes vencedoras / 11

Dolabela detalha características do empreendedor / 12

Sucesso garante nova Semana Nacional da Carne Suína, diz Lívia / 13

Comunicar é preciso, demonstra Márcio Mussarela / 13

A visão do patrocinador / 14

Workshop de gestão: eu fui! / 16

insumos / Gestão contra novo patamar de preços dos grãos / 30

biossegurAnçA / Estação de cananéia blindará status sanitário na importação de suínos / 34

AbCs eXPerienCe / ABCS lidera missão técnica internacional à China / 38

46 SABor SuBlimeCopa Lombo / 46

40 entre AmiGoSBoehringer atinge marco de 500 milhões de suínos vacinados com Ingelvac Mucoflex® / 40Agroceres pic adquire a génétiporc do Brasil / 40Topigs inicia novo modelo de negócio / 42Fostera PCV – Nova vacina contra Circovirus da Zoetis / 42Agriness Promove a 7ª edição do campeonato melhores da suinocultura / 44MSD valoriza a carne suína em evento institucional / 44

Para profissionais apaixonados pela suinocultura

O futuro certamente trará novos desafios e oportunidades para a suinocultura mundialmente.

Com isso em mente, a Boehringer Ingelheim se orgulha de poder oferecer soluções e serviços que podem moldar o futuro da suinocultura.

Desenvolvidos pela nossa equipe de especialistas, elementos chaves incluindo vacinas com tecnologia diferenciada produzidas nos centros de pesquisa globais, suporte de diagnósticos com altíssima qualidade, ferramentas para avaliar e monitorar o sucesso da prevenção, juntos oferecem soluções inovadoras e sustentáveis que irão ajudar a criar um novo futuro para a suinocultura.

A escolha mundial de vacinas para suínos.

Moldando o futuro da suinocultura

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Giro ABCS

assembLeia GeraL ordinária fecha as atividades do 4º

Workshop de Gestão da abcsCom a presença de 12 dos 15 esta-

dos afiliados a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o presiden-te da entidade, Marcelo Lopes, desta-cou os avanços do setor em 2013 e as expectativa para que 2014 seja um ano de novas conquista políticas. Marcelo apresentou as filiais, uma análise do balanço fiscal, os avanços da ABCS com a participação dos convênios e patrocí-nios e uma prestação de contas geral.

Durante a reunião foram apresen-tadas as ações realizadas pela ABCS em 2013, entre elas o Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), que reuniu mais de 400 líderes do setor, empresas amigas, gestores e gerentes de granjas. Um evento consi-derado um sucesso pelos participantes e organizadores. Outro grande evento

citado na reunião, foi o lançamento da Semana Nacional da Carne Suína, uma parceria da ABCS com o GPA, que teve a presença do Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, importante presença política que vestiu a camiseta “A carne suína é 10”.

Em sua apresentação, Marcelo lembrou ainda do Ato Público da Sui-nocultura em 2012, onde mais 700 produtores vieram as ruas de Brasília e reivindicaram “Preço justo para pro-duzir”, uma ação que tem reflexos até hoje no setor, segundo o presidente. “O Ato Público foi uma grande forma de alavancar os projetos da ABCS. Foi depois desta manifestação que criamos a Frente Parlamentar da Suinocultura, presidida pelo Deputado Federal, Vilson Covatti, e desde então já foram criadas

mais quatro frentes parlamentares esta-duais (MG, RS, SC e MT), o que contribui muito para aprovação de projetos que beneficiem a suinocultura” diz.

Dentre assuntos administrativos e perspectivas para os trabalhos da ABCS durante o ano, foi divulgada a Missão Técnica Internacional à China, onde 22 líderes do setor participa-rão de visitas às áreas de produção, comercialização, palestra e reuniões com entidades setoriais, passando por Pequim, Xangai e Qingdao. O país foi escolhido, pois além de seus aspectos produtivos, tecnológicos e comer-ciais, consome 52 milhões de tonela-das de carne suína, o que significa um consumo per capta de 38kg, 2,5 vezes o consumo brasileiro. (Confira matéria completa nas páginas 38 e 39).

A Associação dos Criadores de Suí-nos de Mato Grosso (Acrismat) solicitou à Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT), a redução do preço de pauta do suíno vivo, que incide sobre o ICMS das exportações realizadas pelos produtores do Mato Grosso. O índice foi alterado de R$ 2,64 para R$ 3,50 no dia 16 de janeiro, aumentando consideravel-mente o imposto pago pelos suinoculto-res. Para a associação, o valor anterior era considerado satisfatório.

“É importante lembrar que os sui-nocultores enfrentaram três longos anos

de profunda crise, vivendo no verme-lho, com consequente diminuição de plantel, e alguns produtores deixando a atividade”, argumentou o presidente da Acrismat, Paulo Lucion, enfatizando que mesmo com preços de venda satisfató-rios os produtores continuam a pagar os prejuízos acumulados durante a crise.

Atualmente, a cotação do merca-do em Mato Grosso aponta o quilo do suíno vivo a R$ 3,25. Com o preço de pauta em R$ 3,50, somado aos 12% da alíquota estadual (R$ 0,42), chega-se ao valor de R$ 3,92. Ainda soma-se a isso

outros impostos e o frete, que tem cus-tos altos devido à maior distância do Estado para grandes centros de con-sumo da carne, como São Paulo, o que deixa os produtos mato-grossenses em ampla desvantagem de preços.

Lucion ressalta ainda a importân-cia da suinocultura para a economia de Mato Grosso. “Existem hoje 120 mil matrizes no Estado e, considerando que para cada 15 delas o setor ocupe um trabalhador direto, a suinocultura gera mais de 8 mil empregos diretos e outros quase 30 mil indiretos”, encerra.

acrismat soLicita reduÇão do preÇo de pauta do QuiLo do suíno à sefaz

Índice, que incide sobre o ICMS, foi reajustado de R$ 2,64 para R$ 3,50

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O Ministério da Agricultura levou ao Ministério da Fazenda a proposta de incluir a partir de março a carne suína na pauta dos produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A aprovação desta demanda do setor, conforme declarações do secretário de Política Agrícola do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Neri Geller, já estaria pré-definida graças a negociações entre o Ministério da Agricultura, inte-grantes do CMN e da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos).

“Já está equacionado que tere-mos três níveis de preço mínimo para a suinocultura, um para o Sul e Sudes-te, outro para o Centro-oeste e outro para o Norte e Nordeste. A demanda do setor da suinocultura será con-templada, pois o governo vê como estratégico garantir mais segurança para uma atividade tão importante econômica e socialmente”, defendeu o secretário Neri Geller, em evento promovido pela ABCS.

Os níveis de preços e outros deta-lhes, no entanto, não foram revelados

pelo representante do Ministério. A inclusão da carne suína na PGPM é uma demanda dos produtores de suínos no Brasil há mais de 50 anos e, desde o ano passado, está prestes a ser atendida pelo trabalho político da ABCS.

 “Estamos ansiosos pela aprovação desta demanda histórica e confiantes na palavra do secretário Neri Geller que assegurou perante o setor, em evento realizado pela associação, já estar definida a inclusão da carne suína na PGPM”, comentou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.  

A qualidade, sabor e saudabili-dade da carne suína conquistaram a ultramaratonista Carla Goulart, vence-dora de três provas de nível extremo. “Recentemente, me engajei como apoiadora da campanha “A carne suína é 10”, da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Sou uma atleta de alto desempenho com a imagem vinculada à carne suína. A coincidência é que nos demais paí-ses a carne suína tem o slogan “carne branca com sabor” por ter baixo teor de gordura, alta digestibilidade e ofe-recer uma proteína perfeita para os atletas. Literalmente, vesti a camisa”, destaca a maratonista, em entrevista à Revista Meio e Mensagem.

Patrocinada pela DB Genética Suína, empresa parceira da ABCS, a ultramaratonista vestiu a camisa “A Carne Suína é 10” durante o treino

para desafio extremo do Arrowhead 2014 – prova de 217 km, considerado o circuito de provas a pé mais duro do mundo –, realizado no mês de ja-neiro em International Falls, na divisa dos EUA com o Canadá, divulgando assim a campanha lançada pela ABCS em 2013.

Para o presidente da entidade, Marcelo Lopes, a campanha “A Carne Suína é 10!” irá conquistar novos hori-zontes com o apoio de uma atleta do nível de Carla Goulart. “Associar nossa proteína a uma ultramaratonista eleva a qualidade da carne suína e reforça sua condição de alimento saudável e rico em nutrientes, vitaminas e pouca gordura”, comenta.

iniciativa do mapa em incLuir a carne suína na pGpm renova esperanÇa dos suinocuLtores

maratonista veste a camisa “a carne suína é 10” e afirma Que a

proteína é essenciaL para os atLetas

A Maratonista, Carla Goulart, incentiva a campanha “A carne suína em 10” em suas competições

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O 4º Workshop de Gestão ABCS promoveu, entre os dias 19 e 20 de fevereiro, no Sebrae Nacio-

nal, em Brasília, palestras de alto nível, motivou o relacionamento e a troca de experiências entre os 120 profissionais dos diversos elos da cadeia de todo o país e contribuiu para tornar a suino-cultura brasileira mais forte e unida para mais um ano de desafios que começa.

Organizado pela Associação Bra-sileira dos Criadores de Suínos (ABCS) o Workshop passou por uma reestru-turação. Realizado por três anos com foco na capacitação dos gerentes e colaboradores das associações estadu-ais e regionais de suínos e dos gestores das unidades do Sebrae dos estados participantes do PNDS, o evento é agora um espaço para se discutir ideias, apresentar novos projetos e diretrizes e ainda levar conhecimento atualizado, novas práticas e visões do mercado de suínos brasileiro e do mundo corporati-vo atual. O público alvo são profissionais de todos os elos do setor, suinocultores, executivos de empresas, representan-tes de associações, políticos e técnicos.

A edição de 2014 começou com a apresentação do presidente da ABCS, Marcelo Lopes, sobre o relatório de atividades da entidade em 2013 e

perspectivas para 2014. Também teve a palavra o gerente de Agronegócios do Sebrae Nacional, Ênio Queijada, que salientou o trabalho do órgão no apoio ao agronegócio.

Em seguida, o professor da USP, Marcos Fava Neves, fez a palestra “Ten-dências econômicas: uma visão de médio prazo sobre o agro no Brasil”. O diretor executivo da ABCS, Fabiano Co-ser, apresentou a palestra “Produção de suínos: uma análise atual do mercado brasileiro”. O primeiro dia do Workshop ainda teve a palestra “Formando equi-pes vencedoras” do facilitador do Em-pretec do Sebrae/MG, Noé Gomes Neto.

O segundo dia do 4º Workshop de Gestão ABCS foi aberto pelo analista técnico do Sebrae Nacional para agro-negócio, João Fernando Nunes, que fez uma exposição sobre a nova fase do PNDS (Projeto Nacional de Desen-volvimento da Suinocultura), com foco na sustentabilidade. A coordenadora do PNDS, Lívia Machado, por sua vez, apresentou os “Resultados PNDS 2013 e propostas de ações 2014”.

O evento continuou com o espe-cialista Fernando Dolabela que realizou a apresentação “Empreendedorismo: uma forma de ser” na qual compartilhou sua ampla experiência no tema. Para

encerrar as palestras, o comunicador corporativo Márcio Mussarela fez a ex-posição “Comunicação para liderança: ferramentas para o sucesso do novo líder” para destacar a importância da comunicação institucional.

Além das apresentações, o Co-quetel de Confraternização ao final do primeiro dia de evento foi palco para o anúncio da realização da 2ª edição da Semana Nacional da Carne Suína pela ABCS e o Grupo Pão de Açúcar que acontecerá de 03 a 17 de setembro (leia na página 24 e 25). O lançamento foi realizado para cerca de 150 lideranças políticas e empresariais ligadas a suino-cultura que tinham entre os presentes a senadora da República, Ana Amélia; o ministro conselheiro da embaixada da China, Wang Qingyuan; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Luis Carlos Heinze; o presidente da Fren-te Parlamentar Mista da Suinocultura,

Evento reuniu 120 profissionais da cadeia para informação e alinhamento de ações

Workshop abcs traz paLestras de exceLência e Grandes pLanos para setor

Atentos as palestras, participantes aprendem mais sobre como gerir melhor os seus negócios.

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Marcelo Lopes, presidente da ABCS, abre o workshop divulgando agenda da entidade para 2014.

Vilson Covatti; além de presidentes de associações estaduais, líderes do setor, deputados parceiros do setor, entre ou-tros representantes.

A seguir, conheça alguns desta-ques das palestras:

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, abriu o 4º Workshop de Gestão para sintetizar quem é a Associação Bra-sileira dos Criadores de Suínos (ABCS), suas principais atividades e posiciona-mentos, além dos próximos objetivos a serem conquistados pelo setor.

“Encerramos 2013 com 15 enti-dades estaduais filiadas, mais de 40 mil suinocultores envolvidos e 1,6 milhão de matrizes tecnificadas. No ano passado, conseguimos incluir dois novos estados do Nordeste no time da ABCS: Maranhão e Pernam-buco. Para este ano teremos como novidade o Piauí, com a Apisui, totali-zando 16 estados”, comentou.

Lopes relembrou ações pol í-ticas, como a audiência pública e a manifestação que reuniram 700 suinocultores em Brasília em julho de

2012, para destacar o fortalecimento político da entidade e a mudança de patamar no envolvimento de toda a cadeia com a ABCS.

“Esta demonstração de união, mo-bilização e força da suinocultura levou a criação da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura que colaborou para a cria-ção de frentes parlamentares estaduais por todo o país. Assim, a agenda dos te-mas que interessam à suinocultura pode chegar a mais esferas de decisão”, explica.

O presidente da ABCS argumen-tou que este salto na representativida-

de política do setor permitiu o avanço em temas como o PL da Integração e a inclusão da carne suína na PGPM (Polí-tica de Garantia de Preço Mínimo).

Lopes assinalou outro ponto de transformação no setor que foi o XV Se-minário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, realizado na cidade de Gramado/RS em 2013. “Já sentíamos o setor mais atuante a partir da manifes-tação, mas o encontro em Gramado confirmou e reforçou esta nova fase. Mais de 400 líderes comprovaram que, de uma vez por todas, lutamos juntos e assim somos muito fortes”, avaliou.

Marcelo também destacou a nova fase do PNDS (Projeto Nacional de De-senvolvimento da Suinocultura) com foco na sustentabilidade de todos os elos da cadeia e as ações promovidas com a Semana Nacional da Carne Suína.

já sentíamos o setor mais atuante a partir da manifestação, mas o

encontro em gramado confirmou e reforçou esta nova fase.

abcs une setor e conQuista avanÇos poLíticos e de marketinG

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o agronegócio deve consolidar aumento de quase 80% em seu vbP

(valor bruto da Produção) entre 2005 e 2014.

O professor de Estra-tégia e Planejamento da Universidade de São Pau-lo (USP), Marcos Fava Ne-ves, apresentou a palestra “Tendências Econômicas: uma visão de médio prazo sobre o agro no Brasil”, no qual destacou que, apesar dos desafios, o cenário para o setor de carnes do Brasil e mundial é promissor.

Segundo Fava Neves, os produtores de carne vão se beneficiar do aumento da popu-lação mundial que deve chegar 9 bilhões de pessoas até 2050, da intensa urbanização, do aumento econômico e de renda, dos avanços nos programas governamentais de incentivo, entre outros fatores.

“Pesquisas recentes do USDA (do inglês, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicaram que os maiores importado-res de carne suína até 2023 serão China, Hong Kong, México, Austrália, países do leste da Ásia e, também, os Estados Unidos”, informou.

Neste cenário, continuou o especialista, as oportunidades são promissoras aos países que dispõem de terra, água, clima, trabalho, pessoas e educação, nutrientes e fertilizantes, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, informação e conectividade, capital, crédito e seguro rural, entre outros fatores.

O professor apresentou um quadro sobre a “empresa chamada Brasil” em que diversos índices econômicos (como a ba-lança comercial) estão piorando, os salário

s o b e m , m a s a produtiv idade cai e os gesto-res, além de não demonstrarem planejamento, têm prioridades equivocadas.

“ O p o n t o

mais fraco de nossa socie-dade talvez seja a falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho e a mão de obra barata não existe mais. Hoje um terço da população não tem trabalho, não procuram trabalho e não estudam. É preciso mudar a agenda,

enfatizando que as pessoas vão vencer pelo trabalho e não pelo assistencialismo governa-mental”, destacou.

O especialista, no entanto, rendeu elogios ao agronegócio brasileiro. Ele revelou que o agronegócio deve consolidar aumento de quase 80% em seu VBP (Valor Bruto da Produção) entre 2005 e 2014, é o principal res-ponsável pelo superávit da balança comercial (saltando de US$ 20 bi exportados em 2000 para US$ 99,9 bi em 2013) e produziu grandes multinacionais brasileiras.

Fava Neves reitera ainda que é preciso estabe-lecer uma estra-tégia para o se-tor de suínos por par te do setor privado. “Custos de produção ex-plodiram e não somos os mais competitivos. É necessário mu-d a r. A n t e s d e mais nada, pen-sar numa nova c o n f i g u r a ç ã o que busque dife-renciação, ações coletivas, melhoria na gestão das proprieda-des e uma agenda de inovação, entre outras. Ou seja, inspiração e transpiração”, finalizou.

os produtores de carne vão se beneficiar do aumento

da população mundial que deve chegar 9 bilhões de

pessoas até 2050.

Marcos Fava Neves

fava neves vê futuro promissor, mas aLerta para obstácuLos

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fava neves vê futuro promissor, mas aLerta para obstácuLos setor precisa aGir para Garantir estabiLidade, diz coser

noé Gomes dá dicas para formar eQuipes vencedoras

O diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, palestrou sobre a “Pro-dução de suínos: uma análise atual do mercado brasileiro” na qual chamou a atenção do setor sobre a necessidade de “sair da inércia” na realização de diversas ações que garantam a sus-tentabilidade da suinocultura.

Ele ressaltou que as relações de troca entre mi-lho, farelo de soja e suíno variaram acentuadamente em pouco tempo e, assim, o risco da atividade está maior nos últimos anos. “A produção brasi leira ainda não se planeja de acordo com a de-manda ou por meio de uma política, seja para suínos ou para seus insumos. Por isso, vivemos ciclos bons e vários

outros muito ruins”, aponta.Coser disse que o custo de

produção, formados principalmente pelos grãos, passaram para um novo patamar de preços que não deve recu-ar. “Temos como exemplo o Rio Grande do Sul, onde o custo que era de R$ 2,00 há alguns anos e hoje gira em torno de R$ 3,00, ou de Minas Gerais, que era

de R$ 2,20 e atual-mente oscila entre R$ 2,80 e R$ 2,90, Este novo patamar de custo de pro-dução aumento o risco da atividade”, frisou.

Ele mostrou que, além dos altos

preços do milho e do farelo de soja, o setor sofre muito também com as perdas sucessivas de preço registradas desde 2011. “A relação de troca se man-

teve ruim por mais de 29 meses, com preços do suíno em baixa e os insumos atingindo valores cada vez mais altos. Essa troca desfavorável por um longo período trouxe prejuízos ao suinocul-tor”, analisou.

Para o diretor executivo da ABCS, o setor precisa fazer o dever de casa para elevar a demanda interna, que conso-me em torno de 85% da produção.

A produção brasileira ainda não se planeja de

acordo com a demanda ou por meio de uma política, seja para suínos ou para

seus insumos.

Fabiano Coser

O mestre em empreendedo-rismo e facilitador do Empretec do Sebrae/MG, Noé Gomes Neto, fez a palestra “Formando equipes vence-doras” no encerramento do primeiro dia do 4º Workshop de Gestão ABCS.

O especialista detalhou os pontos chave para motivar e formar equipes vencedoras como “ter pessoas dife-rentes”, “compreender seus estilos”, “focar nos pontos fortes do grupo”, “perceber o ponto fraco de outra ma-neira”, entre outros.

Para ele, as si-tuações econômi-cas e políticas posi-tivas ou negativas

sempre existirão, mas uma equipe vencedora pode se diferenciar de outras concorrentes mesmo nestas condições. “O bom objetivo talvez não seja crescer só nos números e sim nas oportunidades abertas”, resumiu.

Para isso, Noé destacou algumas características importantes para os in-tegrantes de uma equipe vencedora: Paixão das pessoas pelo que fazem, sentido de colaboração e ajuda mú-

tua e reconheci-mento e valoriza-ção das diferenças.

O palestrante ressaltou a impor-tância de focar as energias nos pon-

tos fortes da equipe. “Quanto aos pon-tos fracos, temos algumas alternativas: deixar a atividade, reforçar a equipe, posicionar um ponto forte para esta fragilidade ou perceber o ponto fraco de outro ponto de vista”, sugeriu.

o bom objetivo talvez não seja crescer só nos

números e sim nas oportunidades abertas.

Noé Gomes

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doLabeLa detaLha características do empreendedor

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O especialista em empreendedorismo, Fernando Dolabela, realizou a palestra “Em-preendedorismo: uma forma de ser” no se-gundo e último dia do 4º Workshop de Gestão da ABCS, realizado na sede do Sebrae Nacio-nal, em Brasília.

O autor do best seller “O segredo de Luísa” iniciou a apresentação com duas perguntas que devem estar claras para definir um em-preendedor ou “operadores de sistemas” já criados: “Qual é o seu sonho?” e “O que você vai fazer para transformar o seu sonho em realidade?”.

Para ele, estas são as perguntas básicas para identificar os empreendedores e tam-bém para estimulá-los. “Existem pessoas que criam novidades e pessoas que apenas operam. No Brasil, sempre fizemos opera-dores de sistemas. No passado, chegamos a ter leis que proibiam ter uma empresa por exemplo”, disse.

Dolabela divulgou seu trabalho sobre o empreendedorismo em mais de 400 institui-ções de ensino universitário no Brasil e 2 mil escolas de educação básica além de haver capacitado mais de 15 mil professores bem como ter escrito 12 livros, entre eles “O segre-do de Luísa”.

“Esta experiência me fez aprender que empreender é lidar com emoção, sucesso, fra-casso, buscar ser mais importante que chegar e concepção de futuro. As pessoas com estas características em seu modelo mental são em-preendedoras, pois agem de dentro para fora, são especialistas no que não existe e sempre

querem apren-der, por exem-plo”, resumiu.

S e g u n d o o autor, o Brasil, no entanto, não é um ambiente favorável para o empreendedo-rismo pois entre 189 países está na 123ª posição em ter mos de facil idade para iniciar negócios. “Apesar d i sso, temos milhares de exemplos por aqui. São pessoas que substituíram perguntas como “para onde vou?” por “Para onde quero ir?” ou “o que você sabe” por “quem você é”, constatou.

Além disso, para Dolabela, o empreen-dedor funciona e define-se pela sua rede de relacionamentos ao contrário do “operador de sistemas” que fica preso a hierarquias.

Sob a ótica da oportunidade, o empreen-dedor identifica, agarra e aproveita, pois tem as características psicológicas para tal além de uma rede de relações e conhecimento de onde pretende atuar. “Com um conceito sobre si mesmo, sonho e visão, o empreendedor identifica uma oportunidade, aciona sua rede de relações, inova e estabelece seu plano de negócios para, enfim, formar equipe e iniciar sua operação”, resumiu.

Com um conceito sobre si mesmo, sonho e visão, o

empreendedor identifica uma oportunidade.

As pessoas com estas características em seu modelo mental são empreendedoras, pois agem de dentro para fora.

Fernando Dolabela

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comunicar é preciso, demonstra márcio mussareLa

doLabeLa detaLha características do empreendedor

A coordenadora do PNDS Sus-tentabilidade, Livia Machado, teve a palavra no 4º Workshop de Gestão da ABCS para apresentar os resultados dos últimos anos do projeto que con-tribuiu para a suinocultura iniciar uma nova fase de progresso.

Livia revelou, entre outros números, que o PNDS já sensibilizou mais 1,385 milhão de consumidores, capacitou 41,1 mil profissionais e aumentou, du-rante a Semana Nacional da Carne Suína do ano passado, 77% as vendas de car-ne suína em 507 lo-jas do Grupo Pão de Açúcar, a maior rede varejista do país.

“Este ano, fize-mos mais de 300 ações nas indús-trias e na comercia-lização para levar aos brasileiros conhecimento sobre

a carne suína, com o slogan “A Carne Suína é 10!”, ampliando os cortes nas gôndolas dos supermercados Extra e Pão de Açúcar e alcançando resultados bem acima do esperado”, disse.

A coordenadora do PNDS comentou sobre a realização da segunda edição da Semana Nacional da Carne Suína no mês de setembro e as expectativas da ação. “Estamos em um ano de Copa, no qual queremos fortalecer a imagem de que a carne suína é 10, visando ampliar o con-sumo do produto em todo o país”, sinaliza.

Para o gerente comercial nacio-nal do Grupo Pão de Açúcar, David Buarque, que teve a palavra durante a apresentação, a ideia para 2014 é de repetir os resul-

tados alcançados no ano passado. “Es-

tipulamos um crescimento de 80% nas vendas durante a campanha. É preciso dizer que a Semana do ano passado apresentou um resultado de venda ex-traordinário. Isso nos anima muito para este ano também”, acrescentou.

O comunicador corporativo Már-cio Mussarela, com a palestra “Comu-nicação para a liderança: ferramentas para o sucesso do novo líder”, encer-rou as apresentações do 4º Workshop de Gestão da ABCS, realizado entre os dias 19 e 20 de fevereiro, na Sede do Sebrae Nacional, em Brasília.

O colunista da Exame.com desta-cou a importância da comunicação e promoveu a intera-ção com os partici-pantes para identifi-car características de liderança. “Qual é o papel do líder? É fazer algo que os ou-tros tenham vontade de seguir e com-

partilhar e ser uma pessoa melhor. Enfim, o líder deve dar significado, inspirar e ser exemplo”, disse.

E para isso, prosseguiu Mussa-rela, a comunicação é o único cami-nho. “A comunicação faz toda a di-ferença na hora de manter a equipe motivada para atingir os resultados esperados. Às vezes, uma única pala-

vra pode destruir tudo ou, pelo con-trário, fazer tudo ser possível”, co-mentou.

O especialistas apresentou exem-

plos de comunicação corporativa eficiente em diversas empresas que

visitou no trabalho para seu blog “Comunicar é preciso” e como ex--apresentador da TV Ideal do Grupo Abril para o Guia Exame/Você S.A.

em 2013 fizemos mais de 300 ações nas indústrias e na comercialização para levar

aos brasileiros conhecimento sobre a carne suína

Lívia Machado

Márcio Mussarela

sucesso Garante nova semana nacionaL da carne suína

o líder deve dar significado, inspirar

e ser exemplo.

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O encontro foi muito positivo, pois conseguiu demonstrar a importância da união de todos os elos da cadeia da suinocultura, assim como para levantar questões decisivas e necessárias para o planejamento estratégico e sucesso da atividade. 

Danylo GuerraGerente técnico comercial Sanphar

A ABCS criou fórum amplo e democrático para promover e discutir a suinocultura do país. Além da importante participação das associações, produtores e empresas parceiras, entendo que o evento fica mais forte com a presença dos demais elos da cadeia, como as principais cooperativas e agroindústrias. A MSD saúde Animal apoia essa ideia e defende a campanha “A Carne Suína é 10!”

rui nóbreGaDiretor de suinocultura da MSD Saúde animal

O evento provocou uma série de reflexões sobre a agenda que devemos estabelecer em 2014 e também no médio

prazo. Ficou claro que o engajamento da cadeia em prol da suinocultura, onde todos somos responsáveis pelo

setor, é um assunto prioritário. Como empresa parceira, foi possível rever amigos, estabelecer nossas parcerias e se

abastecer de conhecimento.

everton GubertDiretor de Inovação e Negócios agriness

A ABCS realizou mais uma vez um evento organizado, com palestras pertinentes para avaliar o mercado e sobre como o mundo enxerga o Brasil. É um lado mais crítico que faz a gente enxergar os nossos desafios e oportunidades. Também percebemos a importância

da ABCS estar sediada em Brasília para consolidar suas conexões com o mundo político, porque este é o caminho para algumas importantes conquistas.

Hermanus WiGmanDiretor presidente da De Heus Nutrifarms

Este 4º Workshop Gestão superou todas as expectativas. Os temas debatidos foram atuais, originais e de grande impacto. Foi notável ver o envolvimento e engajamento de todos os presentes, o resultado demonstrado fala por si próprio. Parabéns a todos, principalmente aos grandes gestores da ABCS que estão promovendo uma mudança significativa na gestão do setor.

amilton Ferreira Da silvaDiretor Comercial aves & Suínos Ourofino agronegócio

a visão do patrocinador

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O evento foi muito proveitoso, bem organizado e extremamente oportuno. Além de informações atualizadas sobre o mercado e o setor, possibilitou um aperfeiçoamento em temas cruciais como gestão e liderança. A ABCS está de parabéns pela elaboração, organização e desenvolvimento deste workshop.

luiz Felipe lecznieski Gerente de Marketing Saúde animal aves, Suínos e aquacultura Bayer

O evento foi fantástico! As palestras como um todo, deram um novo ânimo para o setor e para as empresa que participaram. Eu como representante da Boehringer acho fundamental esta parceria entre a empresa e a ABCS. No que depender de mim estaremos sempre juntos para capacitar e desenvolver o setor suinícola.

romulo Gonçalvesassessor técnico comercial da Boehringer Ingelheim

Foi com a perspectiva de quem olha para o futuro e sabe que informação de qualidade é vital para o sucesso dos negócios, que a Agroceres PIC apoiou o 4º Workshop de

Gestão ABCS, no qual reconhecemos um importante papel para a disseminação de experiências, integração

e capacitação de gestores, fortalecendo assim o potencial competitivo de toda a cadeia suinícola.

alexanDre FurtaDo Da rosaDiretor superintendente da agroceres PIC

O Workshop de Gestão da ABCS foi muito importante para desencadear uma maior e melhor organização de toda

cadeia produtiva. Precisamos todos pensar e agir de forma mais unida e organizada, no intuito de minimizarmos tantas oscilações de mercado e insegurança do setor.

marcio cota Jr.Gerente Comercial - Suinocultura SE e CO Vaccinar Ind. e Comércio LTDa

Tendo participado de Workshops anteriores, inclusive como palestrante, gostei bastante deste novo formato, mais informativo e que, com uma abordagem global, propicia uma maior abrangência de interesses das empresas parceiras. Trata-se de um evento importantíssimo tanto em termos de relacionamentos como de atualização do setor. Parabéns mais uma vez à equipe ABCS!

maria stella saabRelações institucionais da Gold Meat.

“Gestão é uma das maiores áreas de oportunidade no momento atual da suinocultura brasileira e existem muitas decisões importantes que podem fazer a diferença no negócio dos gestores de nosso mercado. A Zoetis é e sempre será parceira de quem trabalha com esta visão. E a ABCS, como de costume, é uma das instituições que está na vanguarda.”

ivan FernanDesGerente de produto e inovação de Suínos ZOETIS

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WORKSHOP DE GESTãO:Este seminário foi uma aula de gestão. Além da troca de conhe-cimentos, aumentamos a nossa cultura sobre como gerir melhor os nossos negócios e dicas de como colocar tudo na prática.

João leite, Presidente da Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região (Coosuiponte)

A criação e a continuidade dos workshops demonstram a serieda-de de um trabalho bem realizado, agregando o setor por meio dos diversos segmentos que compõem a cadeia suinícola. O 4º Workshop de-monstrou que esta fusão de ideias e pessoas com o profissio-nalismo e transparência da ABCS, segue unindo empresas dentro de uma atividade que se fortalece e alcança números ambiciosamente inalcançáveis em um passado recente.

cherlla arantes romeiro, Gerente da Unidade de Negó-cios Suínos Ceva Saúde Animal

Este 4ª Workshop, mais uma vez, atualiza nós atuantes na cadeia suinícola no andamento do PNDS e em diversos outros aspectos ligados ao setor. Permite também, que os presentes estreitem e ou reforcem sua rede de relacionamentos.

stefan rohr, Consultor da Integrall Soluções em Produção Animal

A realização do evento foi impor-tante no intuito de disseminar co-nhecimentos estratégicos, oportuni-zar troca de experiências e contribuir na elaboração de estratégias conjuntas para sequência do nosso desafio. Acreditamos que juntos poderemos trabalhar com melhoria de eficiência e proces-sos das nossas ações.

Fernando machado ataíde, atendimento coletivo agro-negócio Sebrae MG

Palestrantes de alta qualidade, troca de conhecimento e interes-ses comuns, tudo isso no centro político do Brasil, o que colaborou muito para que o workshop de gestão ABCS fosse um sucesso. Contar ainda com a Frente Parlamentar Mista da Suinocultura mostrando que todo o setor precisa estar unido para que possamos crescer ainda mais.

José ovídio sebastiani, Diretor do Frigorífico Cowpig

Com o trabalho continuo de gestão dentro da granja é possível perce-ber os efeitos na linha de produ-ção e com este trabalho feito com comprometimento os benefícios para o setor fluirão normalmente. E o Workshop de Gestão da ABCS veio para mostrar que está é a base para um negócio de sucesso. Parabenizo toda a equipe e agradeço o convite para partici-par de um evento tão significativo para a suinocultura.

rubens valentini, produtor e ex-presidente da ABCS

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O evento foi muito importante, as palestras de alto nível, o contato dos produtores com as empresas parceiras e, sobretudo, um grande pontapé inicial para o que setor promete para 2014.

José evairton andrade brito, Presidente Associação dos Suinocultores de Sergipe (Suin/Se)

A ABCS se superou em termos de organização. Quanto ao teor das palestras Foram excelente. Espero que eventos como este se repita mais e mais vezes.

Wienfried matthias leh, Diretor Weda do Brasil

Acredito que o evento cumpriu seu objetivo, levando informações técnicas aos representantes das associações. Acredito que nossa participação neste evento demonstrou o empenho e comprometimento do SENAR AR/MT em apoiar o desenvolvimento da suinocultura.

Wladomiro neto, Analista de projetos técnicos Senar/MT

Em sua 4ª edição, o Workshop de Gestão da ABCS novamente veio para trazer conhecimento para as empresas de suinocultura, além de integração entre todos os elos da cadeia. Com palestras voltadas a gestão na suinocultura, o evento contribuiu para a atualização de

representantes do setor. A palestra com Marcos Fava Neves, sobre “Tendências Econômicas: uma visão de médio prazo do agro no Brasil” foi bastante esclarecedora e atual. O palestrante conseguiu em pouco tempo mostrar um panorama completo do agro no País, bem como suas tendências”.leonardo burcius, Gerente de Produto da MSD Saúde Animal

O Workshop, foi mais um evento espetacular para o setor suinícola. Penso que tanto os produtores de suínos quanto as empresas parceiras, com certeza, estão completamente satisfeitos com o evento, que congregou tanta gente do setor.

ivo Jacó, Presidente DFSUIN

A importância do Workshop está no sentido de firmar a atividade junto a toda cadeia produtiva, unindo criadores e autoridades, melhorando nossa imagem junto ao público brasileiro, que pouco conhecem a importância do setor, fortalecendo inclusive nossa imagem para o mundo. No meu ver um projeto pioneiro! Agradeço ainda a atenção e carinho com que fui recebida pela equipe da ABCS.

elza souza, presidente da Elza Souza, presidente da APECS

eu fui!

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você sabe o Que é comunicaÇão sustentáveL?

Por Márcio Mussarela

Esse é um conceito que desenvolvi para falar de toda e qualquer comuni-cação, seja em uma sala de reuniões tentando vender um projeto, fazendo uma apresentação, seja na frente de seu chefe na sala de jantar da casa dele enquanto vocês tomam um licor após o delicioso jantar que a mulher dele preparou. (Ufa!)

Você usa a comunicação sustentá-vel para conseguir das pessoas:1. tomada de decisão e solução de

problemas2. equilíbrio emocional (sincronia)3. colaboração / cooperação / co-

nexão4. promoção de mudanças

E ser sustentável é uti l izar os recursos de maneira a satisfazer a ne-cessidade atual sem comprometer os eventos futuros.

Podemos definir sustentabilida-de como o conjunto de práticas que buscam diminuir os impactos gerados pelas atividades humanas que podem prejudicar o meio ambiente

É preocupar-se com os desdobra-mentos daquilo que você faz e o im-pacto que suas atitudes podem causar futuramente. Desta forma você molda suas ações presentes para que elas ren-dam bons frutos ou pelo menos cau-sem o mínimo impacto negativo no ambiente em que você vive. É também entender que você não está sozinho no mundo e levar em consideração todas as outras pessoas que podem ser impactadas por você hoje e sempre.

Resumindo: o que você faz hoje pra você, reflete no ama-

nhã de alguém. perceba, pense e preserve.

Trazendo o conceito de sustenta-bilidade para a comunicação é exata-mente a mesma coisa. É você ter cons-ciência de que sua comunicação não se encerra no momento em que ela ocorre, mas sim que ela deixa resíduos duradouros e que serão utilizados por outros ao longo de sua caminhada.

É utilizar a comunicação em pleno potencial sem esgotar ou prejudicar os recursos futuros.

Exemplo disso é o fornecedor que constrói uma relação de fidelidade com seu cliente ao invés de tentar tirar tudo o que pode em uma única venda pensando apenas na meta do mês.

O quanto sua comunicação im-pacta no seu ambiente de trabalho?

Você está construindo ou destruindo no longo prazo? Quais e quantos resí-duos você deixa? O que fica na cabeça das pessoas com quem você interage?

Sua comunicação impacta no seu ambiente de trabalho transformando--o e moldando-o de acordo com as necessidades e objetivos de cada um. Resta saber se o que você faz é pensan-do apenas no ganho imediato ou na longevidade de suas ações.

Faça com que sua comunicação seja um dos melhores presentes que seus interlocutores terão hoje. E garan-ta que esse presente renda frutos para todos no futuro. Basta usar a comuni-cação sustentável.

Márcio Mussarela é comunicador corporativo e Diretor da TVHBR Brasil

Artigo

Márcio Mussarela explica como fazer uma comunicação sustentável

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De 2013 a 2015 o principal objetivo do PNDS Sustentabilidade, nova

etapa do projeto criado há quatro anos, é contribuir para a melhoria das práticas sustentáveis em todos os elos da cadeia produtiva da suinocultura, vi-sando o fortalecimento desta atividade no agronegócio brasileiro.

Realizado pela ABCS em parceria com o Sebrae Nacional e a Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PNDS desenvolveu metodolo-gias para aumentar a eficiência produ-tiva das granjas e agroindústrias, com

a aplicação de práticas sustentáveis. O foco de trabalho do PNDS Sustentabili-dade é a conscientização, por meio do desenvolvimento de ações nos elos de produção, indústria e comercialização, dos integrantes da cadeia, conciliando o crescimento da atividade à realização de ações que reduzam o impacto ao meio ambiente, à otimização de recur-sos humanos e técnicos e também à gestão eficiente da atividade.

No módulo Produção Sustentável, as ações foram direcionadas para o atendimento direto aos produtores

de suínos para  trabalhar adequações e inserir práticas ambientais para a melhoria das granjas com adequações de manejo. Estão em andamento consultorias ambientais com observa-ção e análise das atividades de respon-sabilidade social e propostas de ajustes e medidas corretivas em granjas dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Sergipe e Mato Grosso.

Também nessa área houve o apoio do Projeto na realização do XV Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suino-cultura (SNDS) realizado em agosto de

pnds sustentabiLidade traz nova visão para a suinocuLtura brasiLeira

Projeto dá início às atividades de 2014 e divulga os resultados de 2013

Futuro

*Resultados Globais até 2013

1.385.595*SENSIBILIzADOS

41.129*CAPACITADOS

1.000* AçõES

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2013, na cidade de  Gramado/RS, com objetivo de discutir diretrizes da suino-cultura brasileira, debater os cenários atuais do Brasil e do mundo e ainda levar conhecimento atualizado aos mais de 400 líderes presentes de todo o setor.

Já na área das indústrias, módulo que contempla as ações direciona-das às agroindústrias e frigoríficos de suínos  foram realizadas consultorias que mapeiam o destino dos resíduos industriais e seu impacto junto ao meio ambiente com observação e análise às atividades de responsabilidade social nas indústrias para melhoria da gestão e lucratividade. As consultorias ainda tiveram como foco treinamento, audi-torias em Boas Práticas de Fabricação (BPF) e implantação de novas  tecno-logias de produção. Até o momento foram atendidas cerca de 20 indústrias nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e  Maranhão. “As consultorias realizadas pelo PNDS em 2013 foram de grande valia tanto para a Granja como para o Frigorifico Santa Rosa.  É possível ob-servar hoje uma grande evolução nos processos da fábrica de ração, na parte da reprodução e também na termina-ção de suínos.  Já no frigorífico com o BPF a melhoria foi evidente a cada vi-sita”, comentou o sócio proprietário do Frigorifico Santa Rosa, Pedro Gabone,

No elo da comercialização, a pro-posta foi realizar ações e parcerias jun-

15 ESTADOS PARTICIPANTES

to ao varejo, açougues, universidades, bares e restaurantes para apresentar e ensinar a preparação dos cortes suínos, além de campanhas de promoção no varejo e palestras para disseminar a saudabilidade da carne suína. Segun-do Fabiano Coser, diretor executivo da ABCS, este é o grande módulo do PNDS. “Com as ações no elo da co-mercialização é possível disseminar

as informações sobre a carne suína e incentivar o seu consumo”, diz.

Destaque das ações de 2013 na comercialização foi a Semana Nacional da Carne Suína, realizada de 02 a 16 de outubro em todas as lojas do Grupo Pão de Açúcar (GPA), que contou com o engajamento de milhares de pro-fissionais e aumentou em média 77% nas vendas do produto em lojas. Tais

Em visita técnica, Stefan Rohr, consultor da Integrall Soluções em Produção Animal, explica a importância de uma granja bem estruturada.

Consultoria Industrial realizada no Frigorífico e Agropecuária Bressiani.

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Colocando prática o objetivo do Pnds sustentabilidade, a Associa-ção dos suinocultores do estado de minas gerais (Asemg) firmou parceria com o sebrae/mg e inovou para levar aos suinocultores maior rentabilida-de e tecnologia ao seu negócio, por meio da geração de energia via biogás.

“o objetivo é fazer com que os empresários rurais consigam aproveitar da melhor forma possível os gases produzidos em seus biodigestores, que muitas vezes não chegam a ser utilizados. de acordo com a capacidade de cada granja será indicada a montagem de uma matriz para produção de energia. dessa forma, o empreendimento conseguirá produzir energia de forma que consiga reduzir seu custo com a concessionária ou, até mesmo, vender energia excedente” explicou fabiana vilela, analista do sebrae/mg.

Para tanto, foi desenvolvido módulos de trabalho em que o produtor in-teressado poderá escolher a opção que mais se encaixa à sua realidade, são elas:

1) elaboração de modelo para geração de energia elétrica;2) elaboração de modelo para co geração de energia elétrica;

3) elaboração de modelo para tri geração de energia elétrica.4) Consultoria técnica para avaliação do biodigestor e intervenção

técnica, quando necessária. Acompanhamento durante 1 ano da evolução do planejamento.

o valor aplicado pelo parceiro sebrae/mg será de r$ 300.000,00 (sendo que deste valor, 20% deve ser pago pelo produtor rural, ou seja, r$ 60.000,00 serão divididos entre os produtores que participarão). “Acredi-tamos que este seja um caminho para a melhoria da sustentabilidade nas granjas e uma oportunidade ímpar do empresário rural tornar o seu negó-cio mais lucrativo” explicou fernando machado Ataíde, analista do sebrae.

“Agradecemos ao parceiro sebrae, a possibilidade de tornar a suinocultura mineira cada vez mais moderna e rentável” disse Antônio ferraz, presidente da Asemg. segundo a entidade, as vagas são limitadas e o suinocultor interessado deve fazer contato para garantir a consultoria até 28 de março.

Minas Gerais intensifica ações para os produtores com foco em sustentabilidade

Futuro

resultados mostraram que a qualidade, sabor, saudabilidade, praticidade e o preço da carne suína já conquistaram um novo posicionamento frente aos milhares de clientes.

“As ações do PNDS na capacitação dos líderes de açougue do GPA foram essenciais para atingirmos esse volu-me de vendas, já que o treinamento

teórico levou conhecimento sobre o produto, desmistificando e apresen-tando suas qualidades nutricionais e a ação prática preparou os profissionais para apresentarem cortes porcionados e diferenciados que atendem ao de-sejo do consumidor”, comentou Anny Almeida, gestora executiva nacional do PNDS.

Ao todo, no ano de 2013 foram 316 ações, 92 municípios atendidos, mais de 12,5 mil profissionais capaci-tados e 153 mil sensibilizados, além da inserção dos estados de Mato Grosso, Sergipe, Maranhão e Pernambuco. “O projeto vem alcançando os objetivos propostos e a união e articulação do setor nos permitido chegar mais longe. Esses resultados ratificam que o  PNDS  tem um papel essencial para a constru-ção do futuro da suinocultura brasilei-ra”, conclui a coordenadora nacional do PNDS, Lívia Machado.

Ao todo foram 316 ações, 92 municípios atendidos, mais

de 12,5 mil profissionais capacitados e 153 mil

sensibilizados, além da inserção dos estados de mato grosso, sergipe,

maranhão e Pernambuco.

Diversos cortes suínos nas gôndolas do GPA

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abcs confirma nova semana nacionaL da carne suína em 2014

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O sucesso da Semana Nacional da Carne Suína entre os consumido-

res brasileiros motivou que a parceria entre ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), GPA e Sebrae Nacional fosse renovada para mais uma edição da campanha em 2014.

A 2ª Semana Nacional da Carne Suína está confirmada para ocorrer entre os dias 3 e 17 de setembro em todas as lojas do maior grupo vare-jista do país. Já o lançamento para o mercado e parceiros foi realizado por meio de dois almoços nos dias 10 e 17 março.

O trabalho de treinamento de profissionais do GPA e sensibilização

GPA e Sebrae renovam parceria para outra “goleada de sabor” no ano da Copa

de consumidores, por meio Cursos de Cortes, Palestras de Saudabilidade e Oficinas Gastronômicas, está previsto para acontecer por meio de 65 ações que vão abranger todas as 507 uni-dades do Pão de Açúcar e Extra em 15 estados brasileiros.

“A renovação já mostra que a primeira Semana Nacional da Carne Suína foi um sucesso absoluto e a credibilidade com nossos parceiros. O desafio agora é muito maior pois cria-mos um patamar alto e não podemos ficar na zona de conforto. Confio que será mais uma semana vitoriosa em ano de Copa e de Eleições. Acredito que será um ano com reflexo ainda

maior nas vendas pois as pessoas estarão mais familiarizadas”, avaliou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

O gerente comercial do GPA, David Buarque, revelou a mesma confiança e otimismo. “A Semana Na-cional da Carne Suína foi um grande sucesso nas lojas Extra e Pão de Açú-car de todo o país. Superamos em 30% nossa expectativa de crescimento em volume no período e contribuímos para a divulgação dos benefícios da carne suína na alimentação diária do brasileiro”, destacou.

Buarque também comemorou o engajamento dos funcionários da rede na campanha por meio dos

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maior vitrine da carne suína, a semana nacional da Carne suína, realizada de 02 a 16 de outubro, contou com a participação e o engajamento de milhares de profissionais e alcançou um aumento médio de 77% nas vendas do produto em lojas do Pão de Açúcar e do extra espalhadas por todo país, o que superou as expectivas mais otimistas de todos os organizadores.

A semana nacional é mais uma ação do Pnds que, desde 2010, já sensibilizou mais 1,38 milhão de consumidores, capacitou 41,1 mil profissionais por meio de centenas de ações nos três elos da cadeia: produção, indústria e comercialização, além de outras atividades em parceria com o sebrae nacional e entidades parceiras.

tais resultados mostraram que a qualidade, sabor, saudabilidade, praticidade e o preço da carne suína já conquistaram um novo posicionamento frente a milhares de clientes. o desafio da semana nacional da Carne suína em 2014 é igualar ou superar índices já tão elevados e contri-buir para a sustentabilidade da suinocultura brasileira.

Históricotreinamentos realizados pela ABCS e o Sebrae Nacional. “Tivemos colabo-radores conscientes da saudabilidade da carne suína, participativos e apli-cando na prática o que aprenderam. Esse diferencial foi essencial e será for-talecido para este ano. Queremos que eles continuem sentindo-se parte do movimento e apostamos novamente em uma semana com forte comu-nicação em lojas e incremento em vendas”, disse.

A coordenadora do PNDS Sus-tentabilidade (Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura), Lívia Machado, lembra que a Semana Nacional da Carne Suína, assim como no ano passado, será o coroamento de um trabalho de preparação de to-dos os elos da cadeia suinícola, desde produtores, agroindústria, varejo até chegar ao consumidor.

“A primeira e agora a segunda Semana Nacional da Carne Suína são o resultado de um trabalho de base e com grande penetração no setor. Só assim podemos levar a carne suína ao lugar que ela merece pela sua qualida-de e sabor”, comentou.

o desafio agora é muito maior pois criamos um

patamar alto e não podemos ficar na zona de conforto. Confio que será mais uma

semana vitoriosa

Marcelo Lopes (ABCS), Enio Queijada (Sebrae Nacional) e Leonardo Miyao (GPA), assinam termo de cooperação para a realização da 2ª Semana Nacional da Carne Suína

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O Serviço de Registro Genealó-gico de Suínos do Brasil (SRGS),

executado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com autorização do Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), já opera com um moderno sistema eletrônico de emissão dos certificados de registro genealógico. O objetivo é garantir ainda mais altos níveis de se-gurança, confiabilidade e agilidade aos suinocultores brasileiros.

O novo sistema eletrônico está em funcionamento em nove granjas multiplicadoras localizadas em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal e, até o final deste ano, a expectativa é chegar à totalidade das 97 unidades inspecionadas pela ABCS e o Mapa no país. Com isso, todas estas granjas do SRGS funcionarão em um sistema com

Novo sistema deve ser padrão em todas as granjas multiplicadoras ainda em 2014

base de dados única, indicadores mais completos, on line, auditáveis e de bai-xo custo de operação.

Segundo o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, os produtores de suínos multiplicadores só têm garantias de procedência, sanidade e padrão de qualidade para iniciar ou ampliar sua produção com a certifica-ção do SRGS e, com o novo sistema, aumenta ainda mais a confiabilidade sobre a qualidade dos animais vivos comprados das empresas de genética atuantes no país.

“Os animais cer tif icados pela ABCS, seguramente, atendem aos pa-drões de cada raça, estão livres de do-enças e outros aspectos fundamentais para aumentar a segurança dos pro-dutores. Ou seja, com o certificado, a ABCS garante que o produtor recebe o

que comprou e, se ocorrer algum pro-blema, o suinocultor tem até mesmo direito a indenizações. E com o novo sistema, tudo isso ocorrerá de maneira muito mais ágil e eficiente”, explica.

Novo sistemaA empresa escolhida para de-

senvolver o software foi a Agriness. O sócio-fundador e diretor de inova-ção e negócios da empresa, Everton Gubert, comentou que várias vanta-gens serão geradas com a utilização do novo s i s tema in format izado como a já citada agilidade, a confia-bilidade dos dados e mais seguran-ça da informação.

“Os dados sobre cobertura, parto, solicitação de registro e outros eram registrados manualmente o que consu-mia um tempo considerável, aumenta-

srGs já opera com sistema de certificaÇão dos mais

modernos do mundo

Mundo Moderno

ABCSGranja

srgs

REALIzA O REGISTRO DIGITAL DOS SUÍNOS E RECEBE INSTANTANEAMENTE

O CERTIFICADO DO ANIMAL

ACOMPANHA EM TEMPO REAL A EMISSãO DE REGISTROS E COMUNICADOS DE ANIMAIS.

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va a chance de erros de preenchimento e diminuia a segurança sobre esta infor-mação. Enfim, o SRGS está mais rápido, confiável e seguro”, comenta.

Gubert revelou que o projeto foi pensado exclusivamente para atender a ABCS e cada detalhe teve atenção especial. Entre eles, está o processo de comprovação dos registros genealógi-cos nos quais “os próprios certificados são certificados” por meio de uma em-presa especializada em certificação de documentos. “Dessa forma, o produtor

pode confiar que cada registro emitido é um documento seguro”, atesta.

Esta e outras características, se-gundo o especialista, demonstram que o novo sistema eletrônico do SRGS da ABCS utiliza tecnologia de ponta em informática, conectividade, banco de dados e segurança da informação. “Par-ticularmente não conheço nenhuma solução semelhante na área de suino-cultura. Ou seja, o Brasil pode se orgu-lhar por mais essa inovação”, constata.

Gubert comentou ainda que a im-plantação do sistema foi bem planejada e ocorre em etapas. A primeira granja teste começou a usar o sistema no início de 2013 para avaliar a performance do software. Já no final de 2013, foram ini-ciados os registros oficiais com o novo sistema em algumas granjas e, atual-mente, o sistema está incorporando ou-tras com expectativa de chegar a todas unidades multiplicadoras cadastradas pela ABCS até final deste ano.

ModernizaçãoO SRGS inspecionou cerca de 1,8

milhão de animais com o sistema ma-nual que, apesar de eficiente, diminuía a agilidade e a segurança do processo.

Segundo o superintendente do regis-tro genealógico da ABCS, Valmir Rosa, o sistema antigo exige muito mais tem-po e trabalho em um mercado cada vez mais dinâmico.

“Os certificados levavam até 10 dias para serem emitidos, pois os da-dos solicitados para uma compra, por exemplo, precisavam ser transcritos manualmente pelas associações es-taduais para, posteriormente, serem enviados até a ABCS. Tudo isso deixava o processo mais caro e lento. Com o novo sistema, tudo ocorrerá muito mais ágil, de maneira on line”, relata.

Atualmente, a ABCS opera com os dois sistemas, mas o novo deve ser o padrão em breve. “Fomos muito cri-teriosos para definir o novo sistema e agora acreditamos que ele será adotado rapidamente por todas as granjas. Já está consolidado em unidades no Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais”, analisa.

Rosa também destacou a impor-tância de os suinocultores comprarem apenas animais certificados devido a garantias oferecidas pelo certificado do SRGS. “Se o cliente compra um animal certificado pela ABCS e ele apresenta características fora do padrão, a respon-sabilidade é da empresa que vendeu. Deste modo, ela deve trocar e ainda corre o risco de ser descredenciada”, explica.

Ele também destaca a segurança sanitária trazida pelo certificado SRGS graças ao aval sanitário do Mapa, que pode ser básico ou mais completo de acordo com as exigências dos clientes. “O certificado SRGS traz também o certificado sanitário do Ministério que garante inexistência de cinco ou seis das principais doenças na suinocul-tura. Mas o produtor pode querer um atestado ainda mais completo”, finaliza.

MapaO fiscal federal agropecuário do

Departamento de Sistemas de Produ-ção e Sustentabilidade do Mapa, Luiz

o registro genealógico é uma espécie de rg dos animais de elite. Para poder ins-crever um animal em julgamentos, compe-tições e vender seu sêmen, o criador precisa do registro que prove a origem do animal. o serviço de registro genealógico - srg é realizado por entidades autorizadas e regis-tradas pelo mAPA a executá-lo. o registro genealógico é balizado pela Lei nº. 4.716 de 29 de junho de 1965 e visa consolidar, entre outros, todas as informações disponíveis de ascendentes e descendentes, permitindo a estimativa do valor genético de indivíduos

sem desempenho conhecido e, ainda, estimar valores genéticos de produtos de acasalamentos conhecidos.

A execução do serviço de registro genealógico é uma ação de interesse público, pois tem como principal obje-tivo a preservação da herança genética e promoção do melhoramento animal d a q u e l e s d e s t i n a d o s à p ro d u ç ã o d e alimentos no País, proporcionando as-sim um importante papel na economia b ra s i l e i ra q u e e s t á s o l i d i f i c a d a p e l a produção agropecuária.

O que é?

Everton Gubert, Diretor de Inovação e Negócios Agriness

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assim um importante papel na eco-nomia brasileira que está solidificada pela produção agropecuária”, avalia.

O Mapa é o detentor do Serviço de Registro Genealógico, mas autoriza entidades como a ABCS a executá-lo. “O certificado emitido por uma enti-dade autorizada pelo MAPA, como a ABCS, informa os genitores e as raças ou linhagens dos animais. Isto permite que o produtor tenha segurança do que está adquirindo, além de disponi-bilizar as informações necessárias para os cruzamentos”, acrescenta. Benefícios do novo SRGS PROCESSO DE ENvIO DE COMUNI-CADOS E PEDIDO DE REGIStROS

 Envio digital dos comunicados de

cobertura e nascimento (no mo-delo antigo as granjas enviavam formulários em papel);

 Cadastramento automático dos comunicados na ABCS (no mode-lo antigo os comunicados eram cadastradas manualmente);

 Pedido e emissão dos registros on--line por meio da internet;

 ELIMINAÇÃO DE BUROCRACIA

 Diminuição do uso de papéis com comunicados e registros, pois todo o processo passa a ser realiza-do por meio digital;

 Redução do tempo para obtenção do registro de DIAS (desde a soli-citação de registro e entrega do mesmo) para MINUTOS;

no início da década de 50, considera os primórdios da suinocultura brasileira, os produtores iniciantes traziam para o rio grande do sul os primeiros suínos animais de alta linhagem vindo dos estados unidos e da Argentina. tudo começou com o pioneiro e primeiro presidente da AbCs, reinaldo Afonso Augustin. É dele a ideia do convênio que acabou sendo assinado em 1958, entre a AbCs e o ministério da Agricultura, por meio do qual a entidade passou a ser responsável pela operação do registro genealógico dos suínos.

josé Adão braun, presidente da entidade entre 1999 e 2005, foi tam-bém o primeiro funcionário do registro genealógico da AbCs. braun se re-corda com clareza do primeiro suíno que registrou: “um Wessex, raça inglesa, chamado jubar bandeira 1, pertencente à propriedade de Heraldo Walter”. nesta fase inicial, a grande maioria dos animais, no entanto, era da raça duroc, e vinham dos estados unidos e da Argentina. somente num segundo momento, já no começo dos anos 60, os suinocultores brasileiros começaram a importar as raças Landrace e Large White, provenientes da europa.

Onde tudo começou

Felipe Ramos Carvalho, explica que o órgão incentiva e apoia a moderniza-ção do SRGS promovida pela ABCS, especialmente, pela garantia de certifi-cação digital das informações.

Segundo ele, o registro genea-lógico visa consolidar todas as infor-mações disponíveis de ascendentes e descendentes, permitindo a estimativa do valor genético de produtos de aca-salamentos conhecidos, promovendo melhoramento animal e salvaguardan-do a atividade.

“O SRGS é uma ação de interesse público, pois tem como principal objetivo a preservação da herança genética e promoção do melho-ramento animal para produção de alimentos no país, proporcionando

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Insumos

A ascensão dos preços dos grãos nos últimos anos alterou o mer-

cado global e trouxe estes, que são os insumos mais importantes para a suinocultura, a novos, mais altos e “sustentados” níveis de custos no Brasil e no mundo. O que explica isso? Como o suinocultor pode se proteger?

O professor da USP (Universidade de São Paulo), Marcos Fava Neves, re-vela que, no caso do milho, o nível mais alto de preços vem de um aumento no consumo mas, apesar de acreditar que os picos de valor já tenham ficado para trás, alerta que os patamares estarão acima da década passada.

“Devemos lembrar que, em 2001, o mundo consumia 610 milhões de toneladas por ano, e em 2011 passou para quase 870 milhões de toneladas de consumo. Acredito que os picos que foram atingidos em anos anterio-res não são a referência para o futuro, pois bons preços vem estimulando a reação da oferta”, argumenta.

Segundo dados do USDA (Departa-mento de Agricultura dos Estados Uni-dos), apenas o Mandato do Etanol – regra que determina a mistura obrigatória de uma determinada quantidade de álcool na gasolina – aprovado em 2005, elevou o consumo de milho em 60 milhões de toneladas por ano em pouco mais de dois anos, fazendo disparar os preços até outubro de 2008, quando estourou a crise internacional e fez baixar os preços.

Foi por pouco tempo. Os custos voltaram a subir em 2010 e 2011 pois, além do milho combustível nos EUA, outros países, como a China, também sustentam uma demanda global cres-

Gestão contra novo patamar de preÇos dos Grãos

Custos dos insumos aumentaram o risco da atividade

cente. Na safra 2012/2013, os maiores produtores de grãos do planeta, os EUA, viveram a maior seca dos últimos 50 anos que, novamente, elevou os preços a recordes históricos.

Segundo o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, os custos das commodities não voltarão aos níveis anteriores e os custos de produção de suínos mudaram de patamar, dois fatores que aumentam os riscos para a atividade que já operava com margens mais estreitas desde o passado.

“Não há expectativa de redução dos custos a patamares anteriores aos de 2000. Temos de ser mais cautelosos, mas também proativos. Ou seja, investimen-to não é só alojamento e sim estrutura, armazém, tecnologia, comprar contratos de soja e milho para o ano inteiro”, sugere.

Fava Neves também indica ações para aumentar a estabilidade e, até mesmo, a lucratividade no setor. “São três estratégias: custo, diferenciação

e ação coletiva. Em custo, deve ser absolutamente eficiente, medindo qualquer gota de consumo, sabendo o momento adequado de comprar, fazer estoques e vender. Em diferenciação, buscar atender mais as necessidades do mercado, estreitar os relacionamen-tos na cadeia e outros”, ensina.

Por fim, Fava Neves destaca que as ações coletivas como fortalecer as asso-ciações setoriais para ações conjuntas de compras, de vendas, de comunica-ção e outras aumentam a força no elo produtor e permite conquistas funda-mentais como políticas governamen-tais, aumento da demanda, entre outras.

BrasilA Conab (Companhia Nacional de

Abastecimento) divulgou no início do ano a previsão de uma safra recorde de 196 milhões de toneladas de grãos, mas, depois de algumas semanas de estiagem em áreas produtoras, reduziu

Dr. Marcos Fava Neves, Engenheiro Agrônomo (FEA-USP) e Especialista em Agronegócio

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os números para 193 milhões (ainda um recorde). A revisão para baixo e a continuidade da falta de chuva em várias regiões do país despertou preo-cupação sobre o preço dos grãos.

O gerente da área de milho da Conab, Thomé Luiz Freire Guth, no entanto, defende que não há motivos para alarmismo. “Duas ou três semanas de estiagem pode impactar um pouco, mas não vai afetar o preço do milho, já que os EUA estão colhendo sua maior safra da história, bem como há ótimos resultados produtivos na Ucrânia, China e União Europeia. Ainda que o Brasil perca 5 milhões de toneladas e a Argentina 2 milhões, ainda teríamos 960 milhões de toneladas no mundo

contra 860 milhões do ano passado”, argumenta.

De qualquer maneira, os reais impactos do veranico – período de estiagem durante a estação chuvosa, acompanhado por calor intenso e

baixa umidade –, do início do ano de-vem ser apurados nas avaliações que serão divulgadas em março e abril que, segundo o especialista, são mais estra-tégicas para na primeira safra de milho e soja. “A única possibilidade de um aumento mais significativo talvez seja a divulgação de uma intenção de plantio menor nos EUA, mas não acredito que isso possa inviabilizar a suinocultura pelos estoques”, considera.

Guth explica ainda que as 81 mi-lhões de toneladas de milho da safra 2012/2013, mesmo com exportação recorde e eventual quebra este ano, deixaram um estoque de pasagem de 8,2 milhões em fevereiro. “Até as ex-portações desaceleraram no primeiro

não há expectativa de redução dos custos a

patamares anteriores aos de 2000. temos de ser mais cautelosos, mas também

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trimestre de 2014 em relação a 2013. O milho para o produtor de suínos no mercado interno está garantido, deve haver até uma pressão baixista no pri-meiro semestre”, finaliza.

CepeaO ano começou com certo oti-

mismo para o setor, mas o mês de fe-vereiro trouxe cautela aos produtores com baixa do preço do suíno vivo pela menor demanda no mercado ataca-dista, a alta do milho e do farelo de soja. A relação de troca ficou em 5,99 quilos de milho para cada quilo de su-íno na última semana de fevereiro em São Paulo, bem menor que a relação no quarto trimestre de 2013 que che-gou a ficar acima de 11.

O preço do quilo do suíno vivo que atingiu R$ 4,37 na primeira semana de janeiro caiu 24,3% e ficou em R$ 3,31 na última semana de fevereiro. No mesmo período, o quilo do milho subiu mais de 25%, saindo de R$ 27,00 a saca para chegar a R$ 33,15 no dia 24 de feverei-ro. Segundo o Cepea, impulso ainda está relacionado ao baixo volume de

4. Ampliar a capacidade própria de ar-mazéns amplia a autonomia e per-mite comprar as commodities em momentos de preços mais baixos;

5. Utilizar ao menos um percentual de grãos alternativos, como o sor-go, também pode reduzir custos;

6. Buscar a excelência na conversão alimentar por meio de fatores como genética, tecnologia, nutri-ção e manejo;

7. Promover a qualificação de cola-boradores aumenta a eficiência de todo o processo produtivo;

8. Participar ativamente das associa-ções estaduais e da ABCS pois elas, como representantes da cadeia, conquistam leis e políticas favorá-veis ao produtor;

9. Fomentar políticas públicas que auxiliem a evitar crises no setor em momentos de altos custos dos grãos.

10. Ser mais eficiente em outras áreas da produção, como administração, logística ou recursos humanos, torna o produtor mais forte para enfrentar momentos adversos.

chuva até meados de fevereiro e à de-manda interna firme.

Quanto ao mercado externo, o USDA elevou a estimativa de consu-mo de diversos países e, no agregado mundial, deve ser de 943,3 milhões de toneladas (contra produção de 960 mi-lhões). Com demanda aquecida, have-rá necessidade de maiores aquisições (até 112,5 milhões de toneladas), espe-cialmente por parte do México, União Europeia, Coreia do Sul e Egito, que são grandes compradores do Brasil. 10 dicas para manter as commodities sob controle1. Plantar a própria soja e milho per-

mite ao suinocultor ficar menos dependende das oscilações de preço e, ainda, vender grãos se tiver excedente;

2. Comprar milho e soja em contratos futuros (hegde) para garantir preço e melhorar o próprio planejamento;

3. Garantir o suprimento de soja e milho em compras coletivas, seja em cooperativas, grupos ou con-sórcios, permite preços melhores;

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estaÇão de cananéia bLindará status sanitário na importaÇão de suínos

Unidade entrará em funcionamento ainda no primeiro semestre

A Estação Quarentenária de Cana-néia (EQC), estabelecimento oficial do Ministério da Agricultura credenciada à realização de quarentena de animais em todo território nacional, será a única entrada autorizada no país para a importação de animais vivos pelas empresas de genética suína a partir do segundo semestre de 2014, o que ele-vará a segurança do plantel nacional contra doenças exóticas e a proteção ao status sanitário brasileiro.

A iniciativa do Mapa de adequar a unidade aos parâmetros ideais para importação de animais vivos em ter-mos de estrutura e isolamento contou com aporte privado por meio da Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) e apoio institucional da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

A EQC encontra-se edificada na Ilha de Cananéia, litoral sul do estado de São Paulo, a 261 km da capital. Cons-truída em área isolada no sul da Ilha,

distando aproximadamente 6 km da ci-dade de Cananéia, as edificações exis-tentes somam uma área construída de cerca de 6,5 mil m², divididas entre prédios administrativos, alojamentos, oficinas, estábulos, lavanderia, estação de tratamento de efluentes e outros.

Segundo o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, a Estação de Ca-nanéia aumenta o controle no proces-so de importação de forma mais efeti-va. “Os animais ficarão sob supervisão por período integral, o que possibilita o maior controle dos animais e exames para evitar a introdução de doenças exóticas ao plantel nacional, manten-do as importações de animais que são de grande importância para a suino-cultura brasileira com toda a segurança que a atividade necessita”, afirma.

Coser explica que, atualmente, os animais importados são conduzidos às próprias granjas das empresas em dife-rentes pontos do país, às vezes a milhares de quilômetros de distância, para passar por procedimentos como a quarentena.

“Isso eleva o risco de disseminação de vírus e outros patógenos, o que ameaça o status sanitário de todo o país no caso de uma ocorrência”, explica.

As características de localização e estrutura do quarentenário permitem que, ainda no caso de uma doença entre suínos importados, o país preserve seu status sanitários. “Se uma doença é de-tectada em uma granja, todo país corre risco de ser embargado. Mas, se identi-ficado um problema na nova estação, o país não é declarado. Agora, as empresas e os produtores têm mais segurança. O Mapa fez seu papel de executivo, a ABCS realizou sua função institucional e todo o setor ganha com isso”, comenta.

Iniciativa privadaO presidente da ABEGS, Alexandre

Rosa, classificou o projeto como “extre-mamente relevante” para a estratégia de proteção sanitária do país contra agentes patogênicos exóticos de alto impacto econômico para a suinocul-tura.

Biossegurança

FABIANO COSER reafirma a importância da biosseguridade na proteção da saúde dos rebanhos brasileiros.

Estação Quarentenária de Cananéia (EQC)

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AlExANdRE FuRtAdO ROSA,presidente da ABEGS

GuIlhERmE mARquES,diretor da dSA

“Desde o início, as empresas asso-ciadas à ABEGS aliaram-se à ABCS em esforço conjunto para estabelecer a parceria público-privada com o Mapa. Suportamos o projeto da EQC com soma de conhecimentos, experiências e recursos para beneficiar toda a cadeia produtiva”, descreveu.

Segundo Rosa, as empresas de material genético são altamente in-teressadas na manutenção do atual status sanitário brasileiro, mas sem in-terromper o fluxo de genes superiores, que garante os programas de atuali-zação genética e, por fim, a competi-tividade zootécnica e econômica dos

produtores e agroindústrias. “A EQC é uma solução inteligente e agora real para este dilema”, completou.

 Mapa

O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Guilher-me Marques, explicou que o processo de importação de suínos para multipli-cação genética será ainda mais seguro.

“Risco zero não existe em lugar nenhum, mas estaremos munidos de uma garantia inquestionável, de risco praticamente desprezível. Desta forma, poderemos até mesmo reduzir o tempo da quarentena e trazer mais agilidade ao processo”, considera.

Marques acrescentou que esta parceria entre o governo e o setor pri-vado permitirá que cada animal passe por uma ampla bateria de exames, a quarentena e outros procedimentos em uma área permanentemente fisca-lizada pelo Mapa, Ibama e Exército.

“Já tínhamos garantias rigorosas, mas agora teremos mais agilidade e segurança por ser um estabelecimento federal com inspeção continua e poli-ciamento. Este projeto para a importa-ção de suínos considerou as propostas da ABCS e da ABEGS, dada a expertise que têm no setor para recepcionar os animais da melhor forma possível”, acrescenta.

 ObrasOs trabalhos de construção dos

galpões e outras estruturas começaram no segundo semestre do ano passado e estão adiantados. Quatro galpões já têm a alvenaria concluída ou em fase de acaba-mento bem como instalações para desin-fecção de veículos, fumigador e depósito já estão em andamento desde dezembro.

Sobre as obras, o representante do Ministério explica que as adaptações e melhorias para a alocação dos suínos exigiu cerca de R$ 2 milhões de investi-mentos depois de uma grande reforma realizada pelo governo que demandou outros R$ 14 milhões em toda a unida-de nos últimos 10 anos.

antes Depois

Obras concluídas e com capacidade de alojamento para 400 suínos

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Na área de suínos, haverá capaci-dade de alojamento de cerca de 400 animais simultaneamente, que pode-rão ser distribuídos em gaiolas e baias. A estrutura também contará com um novo túnel de lavação e desinfecção para veículos para melhorar sistema de captação e tratamento de dejetos, além de um sistema de nebulização e ventilação para os animais.

“Intenção é concluir as adequa-ções até abril e, a partir de maio, contar com toda a estrutura melhorada, modernizada e aperfeiçoada. Já no se-gundo semestre, esperamos que toda a importação de suínos seja feita pela EQC”, atesta Marques.

O representante do Mapa diz ain-da que o projeto reúne o interesse do

governo de blindar a suinocultura sob o ponto de vista econômico e social, tendo em vista a quantidade de em-pregos que são gerados pela atividade. “A reforma transformará a estação em um grande centro de quarentena e de pesquisa, o que pode viabilizar a im-portação e exportação de suínos para mercados de interesse estratégico para o Brasil”, finaliza.

Status sanitárioA s i t u a ç ã o s a n i t á r i a g l o -

bal do rebanho suíno brasi le i ro é muito boa quando comparada à situação dos países maiores produ-tores de suínos. Segundo o MAPA Atualmente, 15 unidades da federação são reconhecidas pela Organização

A estação Quarentenária de Cananéia foi criada pelo decreto Presidencial nº 69.522, de 9 de novembro de 1971, para a realização de quarentenas de animais destinados à exportação. durante longo tempo, ela cumpriu esse objetivo, recebendo diversas espécies destinadas a países como venezuela, Colômbia e estados unidos da América. Posteriormente, a eQC passou também a realizar quarentenas de importação, recebendo animais dos estados unidos, Canadá e países da América do sul.

entre 1975 e 2002, diversas quarentenas e ensaios biológicos foram ali realizados. em 2005, um novo projeto de reestruturação da eQC foi elaborado, e a estação foi submetida a reformas e melhorias, que culminaram com a reativação das quarentenas a partir de 2009. nessa nova concepção, a eQC foi preparada para alojar outras espécies animais, tais como suínos e aves ornamentais importados.

o município de Cananéia fica no vale do ribeira, a 270 km de são Paulo/Capital, 320 km do Aeroporto de viracopos em Campinas, 260 km de Curitiba/

Pr e 50 km da br-116, em uma região que caracteriza-se, basicamente, por grandes áreas de matas preservadas, intercaladas por áreas de exploração agrí-cola, com baixa concentração e trânsito pouco expressivo de animais.

em termos de isolamento, a eQC tem localização privilegiada, cravada na porção do sul da ilha, onde não há habitantes e a área interna é limitada por extensa mata e um braço de mar que separa a porção insular da continental do município de Cananéia. tem ainda, como via de acesso, uma única estrada, com 6 km de extensão, permitindo, assim, melhor controle do trânsito de animais.

Além das quarentenas, com a reestruturação pela qual passou, o brasil conta também, em Cananéia, com um ambiente apropriado para cursos de capacitação e treinamentos em defesa sanitária animal. o funcionamento da eQC se aprimora a cada dia, na busca da excelência, visando oferecer ao público que nela tem interesse, o rigor do seu trabalho e a transparência de ações, tudo em prol da pecuária nacional. (Adaptado do mapa)

História e localização

Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Hoje, o Brasil não tem mais nenhum estado classificado como “risco desconhecido”. Santa Catarina é o único estado reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação.

A mesma região também é livre de para peste suína clássica sem vaci-nação e, desde a década de 1980, não há mais relatos sobre a doença. Além disso, as doenças triquinelose, ence-falomielite por vírus Nipah, a PRRS e a gastroenterite transmissível ainda não foram diagnosticadas no Brasil. 

Biossegurança

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As cidades de Pequim, Xangai e Qingdao, ao Norte da China, serão o destino da missão internacional téc-nica da Associação Brasileira dos Cria-dores de Suínos (ABCS) em 2014. Com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a entidade lidera um grupo de 22 par-ticipantes, formado por empresários do setor, que visitarão granjas, plantas

industriais de abate e processamento de suínos, mercados atacadistas e órgãos governamentais do país, além da maior feira do ramo de alimentos do mundo, a SIAL e também a CAHE (China Animal Husbandry Expo), vol-tada para o segmento agropecuário. A comitiva irá partir do Brasil no dia 09 de maio com retorno em 23 de maio.

A China se manteve no papel de principal comprador e também de maior vendedor de produtos para o

Brasil, segundo números do Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no ano passado. Dados oficiais informam que as exportações para a China somaram US$ 46 bilhões em 2013, novo recorde histórico, com alta de 10,8% sobre 2012 (US$ 41,22 bilhões).

Em relação ao setor de suínos, em 2012, a China produziu 480 milhões de

cabeças de suínos, e consumiu 52 mi-lhões de toneladas, consumo de 38 kg per capita (2,5 vezes o consumo brasi-leiro). Segundo o relatório “Perspectivas Agrícolas 2013/2022”, da FAO, a China caminha para ser a maior também em consumo per capita em 2022, o que significa superar o consumo per capita de países como a Alemanha (55kg) e a Áustria (65kg) nos próximos nove anos. 

Atenta a esse mercado promissor, com grandes possibilidades de negó-

cios, a comitiva organizada pela ABCS terá como objetivo buscar oportuni-dades comerciais, além de conhecer os passos da cadeia produtiva e do processamento de carne suína do maior país produtor e consumidor dessa proteína. Para isso, a comitiva estará presente na maior feira do ramo de alimentos do mundo, a SIAL e também na CAHE (China Animal Hus-

bandry Expo), exposição que em sua última edição contou com mais de 100 mil visitantes. “O propósito desta jornada de conhecimento é o aspecto produtivo e tecnológico da cadeia da suinocultura chinesa, além de ques-tões comerciais”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

A comitiva que irá partir do Brasil no dia 09 de maio, tem como primeiro destino a cidade de Xangai, que sedia-rá o maior evento para a indústria de

abcs Lidera missão técnica internacionaL à china

Grupo reúne elos da cadeia produtiva e líderes do setor

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alimentos, a SIAL, que atrai comprado-res do setor alimentício de todo mun-do, incluindo produtores, varejistas, atacadistas e supermercados. Na últi-ma edição da feira foram mais de 2.400 expositores em 8 pavilhões e cerca de 45 mil visitantes. Ainda na região de Xangai, o grupo irá visitar granjas com mais de 10 mil matrizes, portos e indús-trias frigoríficas.

Mais ao Norte da China está a pro-víncia de Shandong, que concentra aproximadamente 6,4% da produção de carne suína do país, o equivalente a uma produção acima de 3,5 milhões de toneladas de carne suína (a mesma quantidade anual de toneladas pro-

duzida por todo no Brasil). A região faz parte do roteiro na missão técnica que visitará granjas de suínos e indústrias de processamento. Nesta mesma província, está localizada a cidade de Qingdao, onde a comitiva visitará a CAHE (China Animal Husbandry Expo). O foco da exposição está volta-do à suinocultura com exposição de equipamentos e novas tecnologias, além de palestras com discussões so-bre a saúde animal e insumos.

A parte final do roteiro se concen-trará na capital Pequim, a segunda maior cidade da República Popular da China, contando, hoje, com cerca de 10,3 mi-lhões de habitantes (dados de 2012). A comitiva realizará na cidade visitas insti-tucionais, redes de varejo e comércio.

O diretor executivo da ABCS, Fa-biano Coser, explica que a missão traz ao empresário do setor conhecimen-to e experiência sobre a produção e consumo da carne suína, bem como a oportunidade de negócios com o maior parceiro comercial brasileiro. “Estaremos frente ao gigante de consumo mundial de produtos ali-mentícios, e devemos aprender com

países como esse sobre produção, processamento e comercialização, sem deixar de lado o interesse comer-cial que existe entre o nosso país e a China”, comenta Coser. Segundo ele, a expectativa da entidade é desenvol-ver missões técnicas internacionais a cada dois anos. “Estamos proporcio-nando ao setor uma oportunidade de se atualizar, conhecer e trazer para a produção brasileira uma nova visão sobre a produção de suínos”, explicou.

A missão é parte da mais nova empreitada da entidade, que lança em 2014 o “AbCs experience”, serviço que pretende oferecer aos profissionais do setor de suínos a oportunidade de rea-lizar viagens técnicas coordenadas pela entidade e parceiros governamentais, com destino a países de relevância para o mercado suinícola. 

segundo a gerente de comunica-ção da AbCs, tayara beraldi, o objetivo é levar conhecimento atualizado, abrir oportunidades de negócios e canais de interlocução entre esses países e os sui-nocultores brasileiros. “essa é uma fer-ramenta com resultados comprovados, a comunicação entre os profissionais do setor dos países com o brasil fica mais fácil e dinâmica. exemplo disso, foi o snds no qual trouxemos parceiros que conheceram a atuação da AbCs e do setor, por meio de outras viagens inter-nacionais já realizadas pela entidade. A edição de 2013 contou com o Congresso ibero-Americano de Porcicultura, por meio desses relacionamentos”, ressalta.

Para os programas, assim como a edição com destino à China, estarão incluídas visitas às áreas de produção e comercialização, palestras e reuniões com entidades setoriais, plantas fri-goríficas, além de feiras e eventos que estejam acontecendo no país definido.

“A AbCs irá preparar uma co-municação específica para as missões internacionais, mantendo seu público atualizado, além de produzir uma revista especial com todo o conteúdo produzido durante a expedição”, con-clui. A entidade contará com empresas interessadas em patrocinar o projeto e fazer parte de mais essa iniciativa volta-da ao aprimoramento da suinocultura nacional.

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A Boehringer Ingelheim atingiu a marca de mais de 500 milhões de suínos vacinados com a Ingelvac MycoFLEX®desde o seu lançamento em 2008®, vacina de 1 dose (1 ml) de última geração contra a pneumo-nia enzoótica que utiliza a mesma tecnologia do adjuvante Impranflex presente na Ingelvac Circoflex., va-cina da Boehringer Ingelheim  que previne a circovirose suína. A sua efi-cácia e segurança são reconhecidas mundialmente.

A vacina Ingelvac MycoFLEX®é re-comendada em suínos desmamados, reduzindo as lesões nos pulmões que são seguidos de infecção pela doença Mycoplasma hyopneumoniae (M.

hyo.). A M. hyo. está associada ao de-senvolvimento da Pneumonia Enzoó-tica, levando suínos a um crescimento deficiente, além do aparecimento de lesões pulmonares.

boehrinGer atinGe marco de 500 miLhões de suínos vacinados com inGeLvac mycofLex®

A Agroceres PIC, empresa líder no mercado de genética suína no Brasil e Ar-gentina, comunicou no dia 7 de fevereiro 2014 a aquisição da Génétiporc do Brasil. Alexandre Rosa, Diretor Superintendente da Agroceres PIC, destaca a forte sinergia desta aquisição para fortalecer a já desta-cada liderança da Agroceres PIC nos seus mercados de atuação:

As duas companhias comparti-lham valores similares e que conside-ramos essenciais para nossa atuação no mercado, tais como um forte com-promisso com a qualidade dos seus produtos, a busca da excelência no atendimento às demandas dos seus mercados e o foco na geração de resul-tados diferenciados pelos clientes;

Além destes aspectos, esta aquisi-ção, que está alinhada com a aquisição da Génétiporc Internacional pela PIC (através de sua controladora, a Genus), possibilitará uma importante comple-mentariedade do nosso portfólio de

produtos e a expansão da diversidade genética, que é a matéria-prima para a implementação do nosso diferencial tecnológico em seleção genética;

Não menos importante é a adição dos novos talentos que passam a fa-zer parte da equipe da Agroceres PIC. Isto é fundamental para cumprirmos o nosso firme compromisso de gerar resultados diferenciados para nossos clientes, através dos nossos produtos, serviços e desenvolvimento tecnológi-co contínuo, completa Alexandre.

Fernando Pereira, Presidente Exe-cutivo da Agroceres, comenta: “Esta é mais uma importante aquisição na busca do fortalecimento contínuo de cada um dos negócios da Agroceres e que traz excelente sinergia com os valores que a Agroceres PIC prioriza na sua atuação; é também uma aquisição que resulta do forte alinhamento de visões e diretrizes da Agroceres e da PIC, controladoras da Agroceres PIC, para ampliar a já destacada liderança que te-mos no mercado de genética de suínos”. Os clientes da Génétiporc do Brasil e da Agroceres PIC passam a contar agora com uma empresa renovada e amplia-da na sua capacidade de fornecimento de produtos e serviços de excelência, agora e no futuro, complementa Pereira.

aGroceres pic adQuire a Génétiporc do brasiL

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Entre Amigos

A TOPIGS do Brasil, empresa ho-landesa de melhoramento genético suíno que atua há 18 anos no Brasil, está com um novo modelo de negócio que atende a questão da diminuição de despesas: o sistema de royalties de sêmen. O primeiro cliente da TOPIGS a aderir à nova modalidade é a Coope-rativa Regional Sananduva de Carnes (RS), fabricante dos produtos da marca Majestade.

O sistema de royalties de sêmen é a terceirização do fornecimento do mate-rial genético, colocando a TOPIGS como a responsável pela atualização genética dos machos terminadores e suportando os custos de imobilização dos mesmos.

Para atender a granja da marca Majestade e outras da região, a TOPIGS fez uma parceria com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, e hoje o macho TALENT

está alojado na central de inseminação dentro da associação.

Nesta parceria, a ACSURS presta o serviço na produção e entrega de sêmen dos machos TALENT aos nossos clientes e a TOPIGS garante a qualidade dos animais, por meio da manutenção de um plantel de alto valor genético

que é reposto, constantemente, com o objetivo de enviar para os clientes o sêmen que garantirá a produção de cevados de alta qualidade.

A TOPIGS já está trabalhando para ter outras centrais de inseminação nos esta-dos brasileiros, para poder ampliar a distri-buição de sêmen no sistema de royalties.

topiGs inicia novo modeLo de neGÓcio

Alinhada ao seu compromisso de disponibilizar ao mercado de suinocul-tura produtos e serviços inovadores, a zoetis está lançando sua nova vacina contra circovirus – Fostera PCV. Como parte da ação de lançamento foram realizados 10 eventos em 5 Estados, com o objetivo de levar informações técnicas sobre circovirose e sobre a vacina Fostera PCV.

Temas como situação atual da circo-virose no Brasil, importância da viremia na gravidade da doença, medidas de manejo adotadas no auxílio à prevenção e controle e os riscos e problemas no uso de programas vacinais incompletos ou não registrados em bula, foram apresen-tados e amplamente discutidos.

Fostera PCV é a única vacina do mercado capaz de reduzir a circulação e multiplicação viral no organismo do suíno (viremia) com apenas uma dose, além de ser a única vacina do mercado que proporciona período de proteção de 23 semanas. Estas características são alcançadas graças à tecnologia quimera de produção da vacina, aliada a processos inovadores de inativação e purificação de antígenos.

Com estas características Fostera se diferencia das demais vacinas do mercado, oferecendo inúmeros be-nefícios, como redução significativa da pressão de infecção no plantel, prevenção da circulação tardia do circovirus diminuindo riscos de pro-blemas em animais pesados além de ser uma vacina extremamente segu-ra no que se refere à reação adversa pós vacinação.

fostera pcv – nova vacina contra circovirus da zoetis

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Há 12 anos no mercado, a Agriness hoje é referência em soluções e mo-delos de gestão da informação para o agronegócio, com forte atuação na suinocultura brasileira e líder no setor.

Anualmente, a Agr iness pro-move o campeonato Melhores da Suinocultura para os usuários dos softwares Agriness S2 e Agriness S2 Multiplicadora. A competição oferece aos participantes um ambiente online interativo de comparação e de análise dos indicadores de produtividade, gerando uma disputa saudável entre os produtores do país.

O objetivo do campeonato é estimular o desenvolvimento dos processos de gestão das granjas com foco em melhorar sua produtividade. Durante um ano (de julho a junho), os

produtores inscritos enviam mensal-mente seus dados para a atualização das informações. Com isso, eles têm acesso a uma ferramenta que permite ver sua classificação geral, juntamente com a comparação da sua granja com outras do Brasil.

Após um ano de avaliações e com-parações, ao final da competição, é realizada uma auditoria nos dados das granjas. Com essas informações, é di-vulgada a lista das 10 melhores granjas do Brasil e também os índices consoli-

dados de produtividade do país.A premiação do Melhores da

Suinocultura ocorre ao final de cada edição, com uma cerimônia de encer-ramento promovida pela Agriness. Em sua 7ª edição, o campeonato Melho-res da Suinocultura Agriness já conta com a participação de mais de 900 granjas de todo o Brasil.

As inscrições estão abertas e encerram no dia 30 de abril. Acesse www.melhoresdasuinocultura.com.br e participe.

aGriness promove a 7ª ediÇão do campeonato meLhores da suinocuLtura

Entre Amigos

Entre os dias 2 e 7 de fevereiro, a MSD Saúde Animal realizou a Con-venção Nacional de Vendas 2014 no Hotel Tauá, em Atibaia/SP, com o objetivo de apresentar números e metas a serem atingidas pelos colaboradores da empresa neste ano. A Con-venção durou uma semana e foi marcada por pales-tras, premiações e rodadas de discussão. Real izado anualmente para reunir a equipe de profissionais da MSD em um ambiente de interação, a programa-ção contou também com impor tantes palestras e

msd vaLoriza a carne suína em evento institucionaL

reuniões de equipes das unidades de negócios.

O diretor de suinocultura da MSD,  Rui Nóbrega, aproveitou o encontro de centenas de profissionais para in-

centivar o consumo da carne suína e valorizar a proteína, destacando suas qualidades nutricionais, versatilidade e benefícios à saúde. “O traba-lho da ABCS com o slogan “A Carne Suína é 10!” mobilizou todo o setor, desmistificando e incentivando o consumo da carne suína. Nós da MSD abra-çamos a ideia e sempre bus-camos oportunidades para divulgar seu sabor”, comenta.

Líder do setor de suinocultura, Rui Nóbrega, serve os colaboradores do MSD e divulga a campanha “A Carne Suína é 10”

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Copa LomboDICAS PARA O CHURRASCO: Peça extremamente versátil. Caracteriza-se por forte concentração de gordura intramuscular. Por isto se presta muito bem para “grill”, cortada em tiras grossas.

Modo de fazer

Acompanhamento

Ingredientes (04 pessoas)• 200g de farinha branca crua

• 03 ovos

• cebolinha

• salsinha

• sal

• 200g de linguiça calabresa

• óleo

Farofa Rica

Cortar a calabresa em cubinhos e puxar no óleo com cebola e alho. Separar a gordura e reservar a calabresa. Bater os ovos com sal. Colo-car na frigideira com um pou-co de óleo. Momentos antes do ovo estar integralmente frito, colocar todos os ingredientes e mexer. Servir.

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