revista de cirurgia pediátrica (2013)

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  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

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    Nmero I - Volume I - setembro de 2013

    e

    v

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    Publicao oficial da Associao de Cirurgia Peditrica do Estado do Rio de Janeiro

    PRINCPIOS DECARDIOLOGIA PERINATALPARA CIRURGIES

    O PROCESSO CONTRAMDICOS. QUAIS OSTRMITES USUAIS?

    ANOMALIA ANORRETAL

    BAIXA COM FSTULAPERINEALTIPO ALA DE BALDE:RELATO DE CASO

    PANCREATITE CRNICARECORRENTE NA INFNCIATRATADA COMPANCREATOJEJUNOSTOMIALATEROLATERAL EM Y DEROUX

    MEMRIA CIPERJ: DR.FERNANDO JOS GINEFRA

    INFORMES CIPERJ

    CURSOS E EVENTOS

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    2/322 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Estrada dos Trs Rios, 1.366,

    Freguesia, Jacarepagu

    TEL: (21) 2448 3600

    w w w . r i o s d o r . c o m . b r

    UTI Peditricapreparada para assistncia criana e ao adolescente que necessitem deratamento intensivo, contando com equipamentos de ltima gerao e uma equipemultidisciplinar (nutricionista, fonoaudilogo, fisioterapeuta, enfermeiro e psiclogo).

    Emergncia 24hcom 9 leitos de atendimento de repouso e sala de medicao com 6eitos. Toda a infraestrutura em exames e diagnsticos por imagem no prprio hospital.

    Centro cirrgicocomposto por 6 salas, onde podem ser realizadas desde procedimentossimples at intervenes de alta complexidade.

    Leitos de internaocomposta por 14 leitos decorados, espaosos e equipados, alm dequartos com beros para acolher os bebs.

    PEDIATRIA

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    Editorial

    NOSSO 1 NMEROEste um comeo. O retrato de um ideal. O

    retrato de uma construo, ainda evoluindo.

    Esta revista tem muitos significados. Ela quer

    dizer que ns acreditamos. Que ns achamos

    que podemos construir um futuro para os

    cirurgies peditricos do Rio de Janeiro. Que ns

    achamos que a comunidade de cirurgia peditrica

    do Rio de Janeiro tem o que dizer, quer progredir,

    quer repensar conceitos. Que a comunidade de

    cirurgia peditrica quer, precisa e pode criar um

    espao para ter vez e voz.A Revista da CIPERJ nossa, uma construo

    coletiva, dinmica e viva. Ela depende de ns, ela

    pode e deve mudar e crescer conosco.

    Ela vem de um passado recente em que ns

    todos nos insurgimos contra a passividade, contra

    a crena de que no temos poder nem fora,

    contra o fato consumado sobre ns. Ela mostraum presente em que reagimos. Reagimos apesar

    das regulaes excessivas, dos salrios

    minimizados, dos servios descaracterizados. Ela

    uma prova que ns somos, ns ainda somos,

    ns sempre seremos, apesar de tudo. Ela uma

    prova de que ns vamos adiante, nadando contra

    a corrente se for preciso.

    Ela nos simboliza, ela nos representa. E, sendo

    assim, ela vai ser cada vez melhor, porque ns

    vamos melhorar cada vez mais. Porque ns

    vamos continuar e construir um futuro, como

    cirurgies peditricos, como mdicos e como

    cidados.Parabns comunidade de cirurgies peditricos

    pela nova Revista. Nos ajudem, para que ela seja

    cada vez melhor.

    Agradecemos, muitssimo, a ajuda dos membros

    do comit editorial, notadamente Dr Simnides

    Bacelar, que nos ajuda em dobro, com seu

    conhecimento de especialista em cirurgia

    peditrica e em lngua portuguesa.

    Convidamos, desde j, a todos, para que nos

    enviem novos artigos para a edio nmero 2,

    prevista para o ms de maro de 2014.

    Grande abrao

    Lisieux, Kleber, Sandoval, Marco, Jlio e todo o

    comit editorial da revista.

    DRA. LISIEUX EYER DE JESUSEditora da Revista CIPERJ

    [email protected]

    3 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Membro Titular da CIPE e do CBC. Integrante da Cmara Tcnica de

    Cirurgia Peditrica do CREMERJ. Presidente da CIPERJ. Universidade

    Federal Fluminense (UFF), Hospital Federal dos Servidores do Estado

    do Rio de Janeiro (HFSE).

    A Revista CIPERJ um instrumento dedivulgao de trabalhos de interessestcnicos e geral dos cirurgies peditricos doEstado do Rio de Janeiro; de educao emCirurgia Peditrica aos especialistas,mdicos trabalhando em campos correlatos emdicos em formao; e de divulgao deeventos e informativos da Associao de

    Cirurgia Peditrica do Estado do Rio deJaneiro.

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    Conselho Editorial

    4 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    CONSELHO EDITORIALAROVEL OLIVEIRA MOURAJUNIOR

    Instituto Nacional de Cncer(INCA) e Hospital Federal daLagoa

    DOMINGOS BICA

    Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ)

    IRNAK MARCELOBARBOSA

    Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ), HospitalPblico de Maca e HospitalCosta do Sol em Maca

    CARLOS MURILO GUEDESDE MELLO

    Universidade FederalFluminense (UFF)

    JOO CARLOS DEOLIVEIRA TRTORA

    Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ)

    MARIA APARECIDASIQUEIRA DE ANDRADE

    Hospital Federal CardosoFontes, Hospital MunicipalSouza Aguiar

    LAURA HELMAN

    Universidade Federal de SoPaulo, Universidade Federal

    do Rio de Janeiro, HospitalFederal dos Servidores doEstado (HFSE)

    STELLA SABBATINI

    Universidade do Estado doRio de Janeiro (UERJ) eHospital Federal dosServidores do Estado (HFSE)

    SIMNIDES DA SILVABACELAR

    Faculdade de Medicina daUniversidade Federal da Bahia(FMUFBA) e Membro Titularda Academia de Medicina deBraslia

    SAMUEL DEKERMACHER

    Hospital Federal dosServidores do Estado do Riode Janeiro (HFSE)

    SRGIO REGO

    Fundao Oswaldo Cruz(Fiocruz)

    IVENS BAKER MIO

    Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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    ndice

    5 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    NDICE

    PRINCPIOS DE CARDIOLOGIA PERINATAL PARA CIRURGIES6

    EDITORIAL

    3CONSELHO EDITORIAL4

    NDICE5

    O PROCESSO CONTRA MDICOS. QUAIS OS TRMITES USUAIS?14

    ANOMALIA ANORRETAL BAIXA COM FSTULA PERINEALTIPO ALA DE BALDE: RELATO DE CASO18

    PANCREATITE CRNICA RECORRENTE NA INFNCIA TRATADA COM

    PANCREATOJEJUNOSTOMIA LATEROLATERAL EM Y DE ROUX22INFORMES CIPERJ25

    MEMRIA CIPERJ: DR. FERNANDO JOS GINEFRA26

    CURSOS E EVENTOS29EXPEDIENTE30

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    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

    RESUMOsucinta e objetiva as alteraes fisiolgicas, bem

    como as principais cardiopatias de manifestao

    no perodo neonatal, suas associaes com

    malformaes extracardacas e sndrome

    genticas. Alm disso, Enfatiza a teraputica de

    urgncia e as implicaes pr e per-operatrias

    em cirurgias extracardacas nestes pacientes. O

    advento da ecocardiografia fetal trouxe a

    possibilidade de planejamento conjunto pra a

    estratificao das distintas necessidades

    cirrgicas destes pacientes, favorecendo a

    agilidade nas abordagens teraputicas.

    Palavras chave; malformaes cardacas,

    cuidados pr operatrios e cuidados peri

    operatriosABSTRACTSThis article aims to present a brief

    description of the physiological problems

    associated to the most frequent cardiac

    malformations that affect neonates, as well as

    their associated extra-cardiac dysmorphisms and

    genetic syndromes. We also emphasize treatment

    manoeuvers in urgent situations, pre and peri-

    operative care for these patients when in need of

    non-cardiac surgery. The usage of fetal

    echocardiography enables the medical team to

    plan for the different surgical needs of these

    children, making their treatment better organized

    and more efficient.

    Key words; Cardiac Malformations, Pre-operative

    Care, Peri-operative care

    O presente artigo apresenta de forma AUTORESAurea Lucia Alves de Azevedo Grippade Souza 1, Ana Flvia Malheiros Torbey 1. 1 -

    Professora de cardiologia Peditrica

    Departamento de Pediatria Universidade

    Federal Fluminense Niteri Rio de Janeiro

    Brasil.

    AUTOR PARA CORRESPONDNCIA

    Aurea Lucia Alves de Azevedo Grippa de Souza

    E-mail: [email protected].

    Declaramos no haver conflitos de interesses

    pertinentes.

    Esse trabalho no necessitou de subsdio

    financeiro.

    INTRODUO

    Cerca de 1 em cada 100 gestaes apresenta

    uma malformao cardaca fetal, desde a maissimples at as formas mais complexas de

    associaes de defeitos. Alguns estudos relatam

    alta prevalncia de anormalias extracardacas e

    genticas em portadores de cardiopatias

    documentadas por ultrassom trasfontanela (32-

    42%), abdominal (32-69%) e estudo gentico (10-

    60%). Nas gestaes com malformaes

    mltiplas, cerca de 20-25% dos fetos evoluem

    para o abortamento espontneo, porm a

    pequena parcela de nascidos-vivos com mltiplas

    malformaes, entre 3-5%, perfazem o total de

    15-20% das mortes ps-natais at 1 ano de idade

    no Brasil.

    Os fatores que influenciam esta mortalidade

    esto relacionados a prevalncia das

    6 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    PRINCPIOS DE CARDIOLOGIA PERINATALPARA CIRURGIES

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    malformaes, a sua forma de apresentao

    (mltiplas ou isoladas), a capacidade de

    diagnstico precoce e a possibilidade de

    assistncia mdico-cirrgica especializada.O presente artigo tem por objetivo esclarecer as

    principais cardiopatias congnitas e as

    associaes frequentes com outras

    malformaes, fornecendo ferramentas para

    melhor entendimento do cirurgio acerca da

    complexidade, gravidade e dos fatores de risco

    implicados em cada situao.

    CARDIOLOGIA FETAL

    A vida intrauterina proporciona uma proteo

    fisiolgica s leses com shunts intracardacos,

    como as comunicaes interatriais (CIA) e

    interventriculares (CIV), a persistncia do canal

    arterial (PCA) e os defeitos do septo

    atrioventricular (DSAV) PCA, DSAV) e tambm sleses obstrutivas ao corao direito: estenose

    pulmonar(EP), atresia tricspide (AT) e atresia

    pulmonar (AP) devido ausncia de fluxo

    pulmonar eficaz. Dessa forma, apesar da

    possibilidade diagnstica da leso anatmica,

    no se observar repercusso hemodinmica no

    feto. Entretanto, a leses com regurgitao valvar(displasia tricspide, anomalia de Ebstein) e

    obstrutivas ao corao esquerdo: estenose

    artica (Eao), coarctao da aorta (CoAo),

    sndome de hipoplasia do corao esquerdo

    (SHCE) e interrupo do arco artico(IAAo)

    podero evoluir com insuficincia cardaca e

    alteraes da perfuso tecidual cerebral, heptica

    e renal precoces, levando a isquemia e disfuno

    precoce destes rgos.

    ADAPTAO FISIOLGICA NEONATAL

    Durante as primeiras 72 horas de vida,

    esperado que a queda abrupta da resistncia

    vascular pulmonar (RVP) e aumento da

    resistncia vascular sistmica ou perifrica (RVS)

    promovam o fechamento dos orifcios anatmicos

    de adaptao vida intrauterina: forame oval e

    ducto arterioso (figura 1). Todo esse processo

    desencadeado pela elevao da PaO2 aps os

    primeiros movimentos respiratrios, e pelo

    aumento e queda das presses, respectivamente

    nas cavidades esquerdas e direitas, promovendo

    a ocluso da membrana do forame oval e a

    constrio do ducto arterioso.

    7 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

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    H de se esperar, entretanto, que algumas situaes possam promover retardo ou no ocorrncia desse

    processo. Entre os principais fatores implicados est a prematuridade, asfixia perinatal, acidose

    metablica, cardiopatias ducto dependentes, persistncia da circulao fetal, entre outras.

    A presena de persistncia da circulao fetal (hipertenso pulmonar persistente do recm-nascido) ede cardiopatia congnita podero comprometer a estabilidade hemodinmica destes pacientes que

    geram retardo na correo de malformaes anatmicas extracardacas que necessitam abordagem

    imediata. No quadro abaixo (tabela 1), correlacionamos algumas cardiopatias congnitas s possveis

    sndromes clnicas e a associaes com outras complicaes cirrgicas:

    REMATURIDADE

    inabilidade das clulas em promover a constrio necessria trombose e a fibrose do ducto arterioso

    onstitui o principal mecanismo fisiopatolgico da persistncia do PCA nos prematuros. A repercusso

    emodinmica provocada pelos ductos de moderado a amplo calibre (acima de 1,5 mm) leva em ltima

    nlise ao roubo de fluxo de regies suscetveis como crebro, intestino e rins. O acentuado volume queetorna circulao pulmonar atravs do canal gera um mecanismo de constante hiperfluxo e edema

    veolar que geram a sintomatologia respiratria predominante nestes pacientes. As leses isqumicas

    mportantes, a enterocolite necrozante (NEC) e a insuficincia renal, so temidas pelas suas elevadas

    morbidade e mortalidade. Em algumas coortes, cerca de trinta por cento dos pacientes prematuros que

    esenvolveram NEC apresentavam ducto arterioso amplo. A teraputica medicamentosa com ibuprofeno

    u indometacina a opo inicial para o fechamento dos ductos com repercusso hemodinmica

    eterminado por parmetros ecocardiogrficos, salvo na presena de contraindicaes formais, como

    8 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Tabela 1: Principais associaes entre cardiopatias e malformaes extra cardacas.

    egendas:PCA persistncia do ducto arterial; DSAV defeito do septo atrioventricular; CIV comunicaoterventricular; CIA comunicao interatrial; EP estenose pulmonar; AP atresia pulmonar; cardiopatiasomplexas associaes entre 2 ou mais defeitos cardicos. AT- atresia tricspide.

    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

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    insuficincia renal e hemorragia intracraniana.

    ENTENDENDO AS CARDIOPATIAS

    CONGNITAS

    Leses de hiperfluxo pulmonar (PCA, CIA,

    CIV, DSAV)As cardiopatias de shunt esquerdo

    direito, de acordo com suas caractersticas

    anatmicas de forma, tamanho e localizao

    podem se manifestar ainda no perodo neonatal.

    A magnitude de volume pulmonar circulante

    tambm estar regulada pela RVP, em queda nas

    4-6 primeiras semanas de vida (figura 2A).

    O fluxo pulmonar elevado, aumenta o risco

    destes pacientes cursarem com quadro clnico de

    insuficincia cardaca (IC) e edema agudopulmonar. Durante o perodo neonatal os sinais e

    sintomas da IC so inespecficos e caracterizam-

    se por taquipneia, dispneia, estertores

    pulmonares, hepatomegalia, dificuldade de

    suco e baixo ganho ponderal.

    Nestes pacientes o cirurgio dever estar atento

    ao balano hdrico rigoroso, evitando-se

    sobrecarga volumtrica. O uso de diurticos e

    vasodilatadores sistmicos est indicado nesta

    situao. A oferta de oxignio deve ser realizada

    com cautela, devido seu efeito vasodilatador

    pulmonar, que pode piorar o quadro de congesto

    pulmonar.

    Leses de hipofluxo pulmonar (AT, AP e

    tetralogia de Fallot)A reduo do fluxo

    pulmonar, causado por leses obstrutivas do

    corao direito ir cursar com hipoxemia e a

    principal manifestao clnica a cianose. Estas

    leses podem manifestar-se nos primeiros dias

    de vida e dependem do canal arterial prvio para

    manter o fluxo sanguneo pulmonar, nestes casos

    est indicado o uso da prostaglandina E1, a qualmantm a patncia do ducto arterioso, at que

    seja possvel a realizao da cirurgia paliativa

    que consiste na realizao de um shunt

    sistmico-pulmonar, geralmente entre a artria

    subclvia e o ramo da artria pulmonar (Cirurgia

    de Blalock-Taussig).

    A hipoxemia que ocorre nestes pacientes

    aumenta o risco para acidose metablica, a qual

    9 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

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    principalmente nos pacientes portadores de

    tetralogia de Fallot (figura 3A).

    A crise ciantica ocorre quando h reduo

    abrupta do fluxo pulmonar com desvio de sangue

    insaturado para a circulao sistmica,

    geralmente atravs da CIV. Situaes que levam

    ao risco de crise ciantica so aquelas que

    promovem a queda da resistncia vascular

    perifrica ou a elevao da resistncia vascular

    pulmonar, a hipovolemia, infeco, febre e

    anemia so causas de crise ciantica e devem

    ser combatidas nestes pacientes. Assim,

    devemos evitar medicaes que causem

    vasodilatao, bem como tratar agressivamente a

    desidratao.

    Leses mistas: hiperfluxo x cianose

    (Transposio dos grandes vasos, ventrculo

    nico, anomalia de Ebstein e drenagem

    anmala total de veias pulmonares)

    A transposio dos grandes vasos (TGV),

    ventrculo nico (VU), anomalia de Ebstein e

    drenagem anmala total de veias pulmonares so

    cursam tanto com hipoxemia e sintomas de IC

    (figura 2B e 3B). Assim o cirurgio deve estar

    alerta no s para as complicaes da hipoxemia

    o risco aumentado de acidose metablica, bem

    como para um balano hdrico rigoroso.

    CUIDADOS PER-OPERATRIOS

    Profilaxia da endocardite

    Sabemos que pacientes portadores de

    cardiopatias congnitas possuem risco elevado

    de evolurem para endocardite infecciosa (EI),

    situao grave com elevada morbidade e

    mortalidade na infncia. Os pacientes

    consideradas de alto risco para EI so aqueles

    com cardiopatias cianticas no corrigidas ou

    com tratamento paliativo; com valva cardacaprottica, com endocardite prvia, que foram

    submetidos correo cirrgica aps seis meses

    do tratamento cirrgico e aqueles que foram

    submetidos a procedimentos cirrgicos, mas que

    ficaram com leses residuais.

    Em 2008, a American Heart Association publicou

    as modificaes na profilaxia para a EI, sendo

    10 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

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    deve ser corrigida assim que detectada. Outra situao que o cirurgio pediatra deve estar atento o

    risco de crise ciantica, presente principalmente nos pacientes portadores de tetralogia de Fallot (figura

    3A).

    A crise ciantica ocorre quando h reduo abrupta do fluxo pulmonar com desvio de sangue insaturado

    para a circulao sistmica, geralmente atravs da CIV. Situaes que levam ao risco de crise ciantica

    so aquelas que promovem a queda da resistncia vascular perifrica ou a elevao da resistncia

    vascular pulmonar, a hipovolemia, infeco, febre e anemia so causas de crise ciantica e devem ser

    combatidas nestes pacientes. Assim, devemos evitar medicaes que causem vasodilatao, bem como

    tratar agressivamente a desidratao.

    ontrole trmico, hidratao e transfuso sangunea

    ambiente trmico neutro deve ser preocupao constante durante os procedimentos cirrgicos

    xtracardacos, principalmente nos pretermos, seja nas situaes de hiperfluxo ou de baixo fluxo

    ulmonar. Neste ltimo caso, a hipotermia precipita a acidose metablica que em ltima anlise leva

    asoconstrio pulmonar, depresso miocrdica e vasoconstrio perifrica.

    manuteno hdrica deve respeita a fisiopatologia de cada leso. Nos pacientes portadores de

    perfluxo pulmonar a infuso de volume deve ser feita de forma cautelosa, observando os sinais de

    dema pulmonar e congesto heptica. De uma forma geral, estes pacientes toleram bem taxas hdricas

    dequadas sua faixa etria, sendo em alguns necessria a reduo a dois teros das necessidades

    dricas dirias. Nas situaes de edema pulmonar os diurticos so efetivos na teraputica imediata.

    s portadores de hipofluxo pulmonar, principalmente os portadores de obstruo ao ventrculo direito

    omo na tetralogia de Fallot, devem receber volume abundante mantendo a presso de enchimento do

    entrculo satisfatria para a promover a adequada perfuso pulmonar. O choque hipovolmico deve ser

    11 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    12/3212 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    evitado em ambos os grupos de pacientes. As

    expanses rpidas no pacientes portadores de

    shunts intracardacos com aumento do fluxo

    pulmonar favorece o edema aguda, da mesma

    forma que o volume baixo no ventrculo direito

    impede o seu adequado enchimento e a

    capacidade de vencer o obstculo da leso

    obstrutiva.

    A utilizao de hemoderivados tem sido tema de

    inmeras discusses. Os pacientes portadores de

    insuficincia cardaca com ou sem disfunoventricular se beneficiam de nveis de

    hemoglobina superiores a 12 mg/dL. Nas

    cardiopatias cianticas, a principal considerao

    se faz a respeito da policitemia. Os pacientes

    com fisiologia de ventrculo nico e ps-

    operatrio de anastomose cavopulmonar (cirurgia

    de Glenn) toleram nveis de hemoglobina de 9-10

    mg/dL. Entretanto a policitemia (Hto>50%) nestes

    pacientes pode levar a quadros de tromboses e

    acidentes vasculares cerebrais isqumicos.

    CONSIDERAES FINAIS

    A cooperao as entre especialidades,

    neonatologia, cardiologia e cirurgia, envolvidas no

    atendimento do neonato portador demalformaes mltiplas desempenha papel

    fundamental na obteno de resultados

    satisfatrios. O conhecimento da fisiopatologia

    bsica e das principais associaes entre defeitos

    cardacos e extra-cardacos determina a

    possibilidade de estratificao e planejamento

    das aes de interveno conforme a gravidade

    de cada paciente. Entretanto, a ausncia de

    avaliao especializada do cardiologista

    peditrico, nos pacientes com potencial

    malformao cardaca, no deve resultar em

    retardo na abordagem das patologias cirrgicas

    de urgncia, principalmente nos neonatos

    portadores de exame clnico normal.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Cardiologia Srie SOPERJ Pediatria Guanabara Koogan (Grupo Gen), 2012. 1 ed.

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    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

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    13/3213 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

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    Endocarditis A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on

    Practice Guidelines. Endorsed by the Society of Cardiovascular Anesthesiologists, Society for

    Cardiovascular Angiography and Interventions, and Society of Thoracic Surgeons. JACC 2008, 52(

    8):e1-142.

    9. Choong K, Bohn D. Maintenance parenteral fluids in the critically ill child. J Pediatr 2007, 83(2

    Suppl):S3-S10.

    10. Arya VK. Basics of fluid and blood transfusion therapy in paediatric surgical patients. Indian J

    Anaesth 2012, 56(5):454-62.

    11. Hume HA, Limoges P, et al. Perioperative blood transfusion therapy in pediatric patients. Am J

    Ther. 2002, 9(5):396-405.12. Gibson BE, Todd A, Roberts I, Pamphilon D,et al. Transfusion guidelines for neonates and older

    children. Br J Haematol 2004, 124(4):433-53.

    Princpios de Cardiologia Perinatal para Cirurgies

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    14/32

    O Processo contra Mdicos. Quais os Trmites Usuais?

    Antonio Couto, Alex SouzaA.COUTO & SOUZA ADVOGADOS

    O tema acima, sugerido pela diretoria, no

    poderia ser mais pertinente. Na verdade, para

    nossa Banca, que advoga em defesa exclusiva

    dos mdicos h dezessete anos, o ttulo deste

    artigo pode ensejar vrios caminhos, numerosas

    ramificaes de discusses e esclarecimentos

    extremamente necessrios para a classe mdica.

    Um breve histrico se faz necessrio com o

    cuidado de no tornar enfadonho o presente

    texto. A partir do ano de 1991, data em que

    entrou em vigor o Cdigo de Proteo e Defesa

    do Consumidor, iniciou-se, sobremaneira, a

    jornada e, por que no dizer, avalancha deprocessos judiciais em desfavor dos mdicos.

    Mais tarde, com o passar dos anos, as demandas

    judiciais que ocorreram, em sua maioria, na

    esfera cvel, isto , aes indenizatrias com

    pleitos de reparao a ttulo de danos moral e

    material, passaram a fazer parte, tambm, dos

    tribunais criminais e ticos.

    O que se quer dizer, nesta introduo, que, na

    fase bem inicial dessas reclamaes em face dos

    esculpios, era muito comum, na maioria das

    vezes, o paciente ou sua famlia conforme o

    caso ingressar apenas com ao de demanda

    indenizatria. Com o tempo, os demandantes

    passaram, alm de perpetrarem aquelas aes, a

    ingressar em conjunto ou isoladamente, com

    denncias junto ao Conselho Regional deMedicina, s delegacias e aos tribunais criminais.

    Trocando-se em midos, hodiernamente muito

    comum mdicos serem processados pelo mesmo

    fato nas trs esferas ou em duas delas. Esse

    fenmeno foi fomentado, em grande poro,

    como dissemos alhures, pela interpretao da

    jurisprudncia de que a relao mdico-paciente

    regida pelo Cdigo do Consumidor.

    Nesse quesito em especial, vale dizer que a fora

    dessa interpretao desemboca nas aes cveis

    Apenas para citar um exemplo, por fora de o

    Cdigo do Consumidor reger as relaes entre o

    mdico e seu paciente, passou a imperar a

    chamada inverso do nus da prova. Ora, um dos

    elementos mais importantes nesse aspecto odo dever de informao.

    Como, luz da lei consumerista, quem tem de

    produzir a prova a parte r (inverso do nus da

    prova), diante da alegao do paciente ou de seu

    representante legal de que o mdico no

    informou sobre os riscos da cirurgia, por exemplo

    quem tem de provar que informou o doutor.

    Essa apenas uma das questes existentes em

    razo dessa interpretao por parte dos tribunais

    e da doutrina jurdica de ser a relao mdico-

    paciente consumerista.

    Da, decorrem vrios trmites processuais e

    dogmas que os mdicos desconhecem e que, po

    vezes, fazem sua defesa resultar ineficiente no

    processo. Para se ter uma ideia da projeo

    14 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    O Processo Contra Mdicos. Quais osTrmites Usuais?

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    15/32

    dessa questo de informao, muitos mdicos

    que atuam como peritos dos juzes j discorrem

    em seu laudo pericial acerca da inexistncia,

    naquele caso concreto, de termo de

    consentimento livre esclarecido.

    Mas no para por a. Outra questo no menos

    importante a alegao por parte dos pacientes,

    destacando-se os pais nos casos em que o

    paciente for uma criana, de que o mdico no

    deu as informaes acerca do comportamento no

    perodo ps-operatrio. muito comum, nas

    aes judiciais em face de pediatras e cirurgiespeditricos, esse tipo de argumento.

    No preciso dizer que, no havendo como

    provar, documentalmente, que o cirurgio, por

    exemplo, informou que deveria haver ingesto de

    lquidos nas primeiras 48 horas, a simples

    acusao de que a criana se alimentou com

    slido, pode fazer, em tese, luz do Cdigo doConsumidor, o cirurgio ser visto como

    negligente.

    O tema das responsabilidades civil e penal do

    mdico extenso e complexo. Quando do

    processo judicial tanto em seara cvel, quanto

    criminal fundamental que a defesa seja

    especializada e que o doutor se cerque,

    oportunamente, de um assistente tcnico.

    fundamental, e muitas vezes vital para a vitria,

    que durante a fase da percia mdica que

    determinada pelo juiz (nomeando seu perito de

    confiana que muitas vezes no da

    especialidade que est sendo julgada), o

    esculpio-ru tenha um assistente tcnico

    (mdico da sua confiana, preferencialmente

    contratado) para ser nomeado no processo nessa

    condio e que ajudar na elaborao dos

    quesitos a serem respondidos pelo perito do juiz

    e que participar ativamente da percia judicial.

    Em seara criminal, no diferente. Por vezes,

    torna-se muito relevante, desde o incio do

    processo, contratar um assistente que poder

    fazer inclusive o parecer sobre o caso para que,

    desde o primeiro momento, se possam fornecer

    ao juiz e ao promotor de justia subsdios

    necessrios para debelar a ao.

    Em nossa experincia, podemos citar numerososexemplos nos quais foi fundamental essa

    estratgia, tendo em vista que, em muitas

    demandas criminais, o promotor de justia

    ofereceu a denncia em face do mdico

    (normalmente por homicdio por leso corporal)

    com base em premissa totalmente sem lgica

    mdica, e o parecer do assistente tcnico,coadunada com a defesa jurdica, pode por uma

    p de cal na questo.

    Lembramos um caso em que se discutiu uma

    complicao de toracocentese e de no

    realizao de toracotomia. O promotor de justia

    ofereceu denncia em face do mdico, por

    homicdio culposo, com base num parecer de

    duas linhas e meia no qual se afirmara que o

    paciente morreu em razo da no realizao da

    toracotomia.

    Ora, com a elaborao de um parecer sobre o

    caso, realizado por um assistente tcnico

    contratado, foi possvel demonstrar, ou ao menos

    plantar a dvida inicial no juiz, que naquele caso

    concreto, era inclusive contraindicada a

    15 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    O Processo contra Mdicos. Quais os Trmites Usuais?

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    16/32

    realizao de tal procedimento.

    Num outro, em que se discutiu o bito de uma

    criana por hemorragia aps uma cirurgia de

    amgdalas, em que ela teria ingerido um pedao

    de sanduche no dia da operao, cujo processo

    foi, igualmente, de homicdio culposo em face do

    cirurgio, mais uma vez a defesa jurdica foi

    fundamental com realizao de provas por meio

    de vrios artigos mdicos, bem como de um

    parecer contratado de um assistente tcnico, para

    demonstrar naquele caso que, embora a criana

    no devesse ter ingerido alimento slido, houvem assistncia a ela no hospital para o qual fora

    encaminhada, e esse fato, por si, foi a causa

    imediata para o evento morte.

    So muitos os trmites e as estratgias que

    devem ser adotadas, no sendo possvel, toda

    evidncia, discorr-los no presente artigo.

    Importante, todavia, por intimamente ligado aotexto ora apresentado, um comentrio acerca do

    dispositivo abaixo do Cdigo de tica Mdica,

    sem prejuzo dos demais pertinentes.

    Captulo princpios fundamentais.

    XIX - O mdico se responsabilizar, em carter

    pessoal e nunca presumido, pelos seus atos

    profissionais, resultantes de relao particular de

    confiana e executados com diligncia,

    competncia e prudncia.

    O dispositivo acima, sem sombra de dvidas, em

    sua primeira parte, taxativo no sentido de que o

    mdico somente poder ser responsabilizado

    pessoalmente, isto , somente pelos atos por ele

    praticados diretamente ou, a toda evidncia, por

    ele indicado ou ainda supervisionado. Sim, a

    superviso, no nosso entender, no pode deixar

    de ser considerada na interpretao do princpio

    ora em estudo.

    Com efeito, a expresso nunca presumido

    utilizada no referido item, foi aplicada no seu

    sentido etimolgico e no, necessariamente, luz

    jurdica. Por qu? Bem que situaes h,

    conforme j adiantado nas linhas imediatamente

    anteriores, h os casos de suposta superviso.

    Supostas na medida que muitas vezes, na lide

    judiciria, existem controvrsias a respeito de um

    ato praticado (no exclusivo de mdico) pelaenfermagem, por exemplo, mas que, em tese,

    deveria ter sofrido a superviso do esculpio.

    H decises em que se presume a

    responsabilidade do mdico, embora o ocorrido

    tenha sido proveniente de uma falha do

    profissional assiste (um instrumentador cirrgico,

    por exemplo)De qualquer forma, a regra , por bvio, a

    responsabilidade pessoal e que no pode ser

    presumida. Vale dizer, portanto, que o mdico

    tambm no poder assumir atos praticados por

    outros profissionais.

    A parte final do dispositivo diz: executados com

    diligncia, competncia e prudncia.

    Em verdade, equivale a dizer: Culpa, ou seja,

    imprudncia, impercia ou negligncia. Se os atos

    praticados pelo doutor no forem eivados de

    diligncia, competncia e prudncia, estar ele

    inserido exatamente no campo da culpa, ou seja,

    ter agido com desvio da boa conduta e, por

    consequncia, ser responsabilizado pela servio

    prestado de forma defeituosa.

    16 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    O Processo contra Mdicos. Quais os Trmites Usuais?

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    17/3217 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    UMA REAL CHANCE DE DEFESA

    7 ANOS NA DEFESA EXCLUSIVA DO MDICO

    RIO DE JANEIROAvenida das Amricas, 11.599, loja A, Barra da Tijuca. CEP: 22793-082EL: (21) 2221 4819AX: (21) 2221 5024

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    w w w . a c o u t o . c o m . b r

    A Banca A.Couto & Souza Advogados atua na defesa exclusiva dos mdicos, nas searas

    civil, criminal e nos processos administrativos perante os Conselhos Regionais e Federal

    de Medicina.

    Desde agosto de 2013, a CIPERJ e a possuem

    CONVNIO, no qual os associados da entidade tm direito consultoria jurdica por

    telefone, por e-mail ou pessoalmente, que no ter quaisquer nus, sem compromisso

    de contratao efetiva para eventual defesa para esclarecer quaisquer dvidas na rea

    da defesa profissional.

    Banca A.Couto & Souza Advogados

    O dever de informao e a importncia do termo de consentimento informado;

    A responsabilidade do cirurgio como chefe de equipe e do responsvel tcnico;

    Pronturio eletrnico.

    Estes so s alguns assuntos que voc pode abordar conosco.

    ENTRE EM CONTATO CONOSCO

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    18/32

    Anomalia Anorretal Baixa com Fstula Perineal Tipo Ala de Balde: Relato de Caso

    RESUMOdescrever o caso clnico de uma criana

    internada no Hospital So Jos do Ava,

    portadora de anomalia anorretal baixa com fstula

    perineal do tipo ala de balde, diagnosticada

    tardiamente em uma Unidade de Pronto

    Atendimento. Para este estudo foram coletados

    dados do pronturio da criana, exame fsico e

    uma entrevista com a me da criana durante o

    perodo de internao.

    Diante do caso demonstraremos a necessidade

    de uma sala de parto bem assistida pelos

    pediatras bem como do acompanhamento de

    crianas portadoras de anomalias.

    Palavras-Chave: Anomalia Congnita,

    Malformao, Anomalia anorretal

    ABSTRACTSThis study aims to describe a case

    of a child admitted to Hospital Sao Jose do Ava

    carrier with low anorectal anomaly perineal fistula

    type bucket handle, which was diagnosed late in a

    Emergency Unit. For this study, data were

    collected from medical records of the child,

    physical examination and an interview with the

    child's mother during the period of hospitalization.

    Faced with the case demonstrate the need for a

    delivery room and assisted by pediatricians as

    well as monitoring of such child.

    Key words; Congenital Anomaly, Malformation,

    Anomaly anorectal

    Este estudo tem por objetivo AUTORESFernanda Cardilo Lima, ThasCardoso , Amanda Tavares, Carolina Plaster de

    Oliveira, Wilson Messias Foligno Junior

    1 - Mdica Cirurgi Peditrica do Hospital So

    Jos do Ava Itaperuna RJ

    2 - Mdica Clnica Geral do Hospital So Jos do

    Ava Itaperuna RJ

    3 - Acadmicos de Medicina Itaperuna RJ

    AUTOR PARA CORRESPONDNCIA

    Thas Cardoso - Rua Maria Clara Barroso n 66,

    Padre Humberto Linderlauf, Itaperuna, RJ.

    E-mail: [email protected]

    Trabalho realizado no Hospital So Jos do Ava

    Itaperuna RJ

    Declaro ausncia de subsdio ou bolsa no

    presente estudo. Declaro ausncia de conflitos de

    interesse.

    INTRODUO

    O termo anomalia anorretal engloba uma

    variedade de defeitos congnitos com graus

    variveis de complexidade. Seu prognstico em

    relao continncia fecal tem associao com a

    altura do defeito. A presena de anomalias

    sacrais confere um pior prognstico.

    uma doena rara que atinge o recm-nascido,

    levando-o a obstruo intestinal, com altas taxas

    de morbi-mortalidade. A maioria das anomalias

    18 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Anomalia Anorretal Baixa com Fstula PerinealTipo Ala de Balde: Relato de Caso

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    19/32

    anorretais resulta do desenvolvimento anormal do

    septo urorretal, com consequente diviso

    incompleta da cloaca em pores urogenital

    anterior e anorretal posterior. 3 Isto ocorre porvolta da sexta semana da vida intra uterina.2

    Alguma forma de nus imperfurado ocorre em

    1:5000 recm-nascidos, 3 sendo mais comum no

    sexo masculino.

    Esta doena consiste da imperfurao anal, com

    ou sem fstula perineal. A classificao anatmica

    feito segundo a localizao do saco retal em

    relao musculatura elevadora do nus. Para

    determinar a altura do saco retal de modo mais

    preciso, podemos usar o auxlio de mtodos

    como radiografia simples do tipo invertograma,

    ultra-sonografia ou Ressonncia magntica,

    porm a associao com fstulas perineais

    sempre indica leso baixa.

    As anomalias anorretais muitas vezes esto

    associadas a outras malformaes, tais como

    anomalias vertebrais, anorretais, cardacas,

    traqueo-esofgicas, genitourinrias e em

    membros, sendo sua apresentao em apenas

    10% em defeitos baixos com fstulas perineais. Odiagnstico clnico deve ser atravs de uma

    anamnese sistmica e exame fsico completo do

    recm-nascido, se necessrio, com o auxlio de

    exames radiogrficos. O tratamento para a

    anomalia anorretal baixa deve ser precoce,

    atravs de uma anoplastia sagital posterior de

    Pea, com o objetivo de obter reconstruo

    anatmica e continncia fecal apropriados para

    uma vida normal. A colostomia pode ser

    descartada quando presente fistula perineal.

    RELATO DE CASO

    Paciente P.S.G., masculino, branco, sete meses

    de vida, 11 kg, residente no municpio do Rio de

    Janeiro RJ, diagnosticado com anomalia

    anorretal baixa com fistula perineal do tipo alade balde aps minucioso exame fsico em uma

    Unidade de Pronto Atendimento, durante um

    atendimento por queixas no relacionadas com a

    anomalia. A me da criana relatou que apesar

    de fazer consultas regulares ao Pediatra o

    mesmo no identificou a malformao. A criana

    apresentava fortes dores abdominais e grandedificuldade de evacuao, quadro que piorou

    aps a insero de alimentos pastosos e slidos

    na dieta.

    O lactente foi encaminhado para o servio de

    cirurgia peditrica do hospital So Jose do Ava,

    onde foi internado para realizar os exames

    complementares necessrios para o ato cirrgico

    19 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Figura 1 - Fstula perineal em ala de balde,demonstrada com uma pina de Halsted

    Anomalia Anorretal Baixa com Fstula Perineal Tipo Ala de Balde: Relato de Caso

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    20/32

    Ao exame fsico paciente em estado geral bom,

    hidratado, anictrico, aciantico, afebril. Ausculta

    cardaca e pulmonar sem alteraes. Genitlia

    masculina sem anormalidades e nus

    imperfurado, com fstula perineal do tipo ala de

    balde com quatro mm de dimetro. Paciente foi

    submetido Sagitoplastia posterior tipo Pea, em

    decbito ventral. A fstula foi reparada com fio

    Prolene n 5.0, o complexo muscular esfinctrico

    foi identificado utilizando um mioestimulador de

    Pea, o reto foi posicionado no complexo

    muscular e em seguida a musculatura perineal foi

    reconstruda4, com uma sutura sem tenso,

    usando fio de cido poligliclico. O corpo

    perineal, rea onde residia a fstula, foi

    reconstrudo.

    DISCUSSO

    As malformaes anorretais correspondem a umamplo espectro de defeitos congnitos. So

    doenas que devem ser diagnosticadas durante a

    sala de parto pelo Pediatra e encaminhadas ao

    Cirurgio Peditrico, recebendo ateno

    prioritria assim que o diagnstico for

    estabelecido, avaliando os fatores especficos de

    cada criana e a associao com outras

    malformaes, que podem interferir diretamente

    em seu prognstico.

    A importncia da presena do pediatra/

    neonatologista na sala de parto reconhecida

    pelo Ministrio da Sade desde 1993,

    possibilitando que o diagnstico de qualquer

    anomalia possa ser reconhecido, estabelecendo

    o tratamento da forma mais precoce possvel,evitando complicaes. A importncia das

    malformaes urolgicas, ginecolgicas,

    neurolgicas e ortopdicas tem sido descrita.6 A

    presena do obstetra, por si s no suficiente

    para garantir a assistncia adequada ao recm-

    nascido5..

    Uma vez detectada uma malformao anorretal acriana deve ser encaminhada a um cirurgio

    peditrico para que o defeito seja corrigido

    atravs da teraputica cirrgica, com a

    abordagem via psterosagital de Pea, capaz de

    fornecer uma excelente visualizao da anatomia

    permitindo ao cirurgio uma melhor oportunidade

    para preservar estruturas anatmicas

    importantes. A continncia fecal almejada em

    20 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Figura 2 - Aspecto na cirurgia

    Anomalia Anorretal Baixa com Fstula Perineal Tipo Ala de Balde: Relato de Caso

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    21/32

    Rua Plnio de Oliveira, 253, sala 607, Penha, Rio deJaneiro, RJ. TEL: (21) 3215 9435 | 3164 7078

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    CONCLUSO

    Neste trabalho destacamos a importncia da

    presena de um Pediatra bem treinado na sala de

    parto, para que o recm-nascido seja bemassistido e patologias graves no sejam

    diagnosticadas tardiamente. Ao mesmo tempo

    mostramos a importncia do encaminhamento a

    um Cirurgio Peditrico para a resoluo de

    doenas congnitas, mesmo com diagnostico

    tardio.

    REFERNCIAS

    1. Mattox, KL Towsend, CM; Beauchamp, D.

    Sabiston, Tratado de Cirurgia: a base biolgica da

    prtica cirrgica moderna. 17. ed. Rio de Janeiro:

    Elsevier, 2005. p.

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    RN. Nelson, Tratado de Pediatria 18a ed. Rio de

    Janeiro, Elsevier, 2009. p 652.

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    and new applications..J. Pediatr. Surg 1982,

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    Pediatr 2005; 17(3): 394-401.

    21 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Anomalia Anorretal Baixa com Fstula Perineal Tipo Ala de Balde: Relato de Caso

    ORContabilidadeCONTABILIDADE

    DEPARTAMENTO PESSOAL

    DEPARTAMENTO FISCAL

    ASSESSORIA:

    Financeira, Contbil e Tributria

    Hugo Leonardo (21) 7724 0968

    Otvio Rueda (21) 6810 7053

    e

    vist

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    informaes:(21) 4141 3233 | (21) 9321 [email protected]

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    22/32

    RESUMO

    As indicaes de cirurgia na pancreatite crnica

    so definidas clinicamente por dor intratvel e

    situaes que resultaram em compresso das

    vias biliares, pseudocistos volumosos e fstulas

    internas. No presente relato, ser descrito o

    tratamento cirrgico de pancreatite crnica

    recorrente em paciente peditrico como opo

    teraputica eficaz para episdios recidivantes de

    crise lgica.

    Palavras chave: Pancreatite crnica;

    pancreatojejunostomia

    ABSTRACTSSurgical interventions to treat

    chronic pancreatitis are indicated by recurring and

    clinically intractable pain episodes or anatomicalcomplications causing choledochal obstruction,

    big pseudocysts or internal fistulae. Herein we

    describe surgery as a definitive treatment for

    recurring pain episodes in a case of chronic

    recurring pancreatitis attaining a pediatric patient.

    Key Words:Chronic pancreatitis;

    pancreatojejunostomy.

    AUTORES

    Fernanda Braga Boechat (1); Mrcia Antunes

    Fernandes (1); Letcia Piedade Feitosa (1); Rafael

    Del Castillo Villalba (1); Lisieux Eyer de Jesus (2)

    Servios de Pediatria do Hospital Universitrio

    Antnio Pedro, Universidade Federal Fluminense,

    RJ, Brasil (1), Servio de Cirurgia Peditrica do

    Hospital Universitrio Antnio Pedro,

    Universidade Federal Fluminense, RJ, Brasil (2).

    AUTOR CORRESPONDENTE

    Fernanda Braga Boechat

    Rua Guapeni, 53, apt. 103, Tijuca, Rio de Janeiro

    RJ, CEP: 20520-240, Brasil.

    Tel: 55 21 2581 1104 | 55 21 9814 8666

    Email: [email protected]

    INTRODUO

    A pancreatite crnica (PC) na infncia pouco

    frequente. A maioria dos casos descritos

    decorrente de causas genticas, como fibrose

    cstica e pancreatite hereditria. Mais raramente

    pode ser ps-traumtica, secundria a infeces,

    relacionada a drogas ou a problemas nutricionais

    e idioptica. Novos estudos vm demonstrando oaumento da incidncia da doena em crianas.1

    O diagnstico da doena difcil nas crianas.

    Por ser afeco rara o diagnstico depende de

    alto grau de suspeita.

    A pancreatite crnica apresenta-se em geral com

    dor epigstrica, associada ou no a vmitos e

    nuseas. Quando diagnosticada e tratada

    corretamente, tem curso benigno e as

    complicaes so incomuns 2. O tratamento

    dessa morbidade fundamentalmente clnico. A

    cirurgia est indicada em casos escolhidos de dor

    e para resolver complicaes, tais como

    obstrues biliares e duodenais, pseudocistos.

    Raramente o tratamento cirrgico pode ser usado

    para excluir doena maligna. A indicao mais

    22 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Pancreatite crnica recorrente na infnciatratada com pancreatojejunostomia laterolateralem Y de Roux

    Pancreatite crnica recorrente na infncia tratada com pancreatojejunostomia laterolateraem Y de Roux

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    23/32

    frequente de tratamento cirrgico para controle

    da dor incapacitante e intratvel por mtodos

    clnicos. 3,4

    Este relato de caso tem como objetivo a

    apresentao de paciente peditrico com

    pancreatite crnica recorrente associada a

    episdios de dor incapacitante acompanhado no

    Hospital Universitrio Antnio Pedro e tratado

    com cirurgia (pancreatojejunostomia laterolateral

    em Y de Roux), com sucesso.

    RELATO DO CASO

    Paciente do sexo feminino, 7 anos de idade.Histria de internao prvia por oito dias em

    fevereiro de 2010 para investigao de episdios

    recorrentes de dor epigstrica, vmitos

    persistentes, com hiperamilasemia. Na ocasio,

    foi diagnosticada pancreatite idioptica e

    pangastrite enantematosa leve com pesquisa de

    H. pylori positiva, sendo feito tratamento com

    claritromicina, amoxicilina e omeprazol.

    Quatro meses depois desse episdio apresentou

    novo quadro de dor abdominal epigstrica intensa

    e vmitos. Ficou internada por oito dias em outra

    instituio, onde foi institudo tratamento

    sintomtico e recebeu alta com melhora clnica.

    Um dia aps a alta, voltou a apresentar osmesmos sinais e sintomas, procurou a

    emergncia do Hospital Universitrio Antnio

    Pedro. admisso apresentou-se em bom

    estado geral, corada, moderadamente

    desidratada, anictrica, taquicrdica e

    normotensa. O abdome mostrou peristalse

    diminuda e apresentou-se flcido, mas doloroso palpao superficial e profunda na regio

    epigstrica, sem visceromegalias. No

    apresentou sinais clnicos de insuficincia

    pancretica endcrina ou excrina. No houve

    histria familiar relevante para o caso. Negou uso

    de quaisquer drogas. Estado nutricional

    satisfatrio. Negou traumas abdominais prvios.

    Os exames laboratoriais em sangue perifrico

    mostraram leucograma normal (12.300

    leuccitos/mL, contagem diferencial normal),

    lipase aumentada (419 UI/L), amilase normal (113

    UI/L), clcio normal (9,8 mg/dL); PCR 0,82 mg/dL

    Investigao negativa para fibrose cstica. No fo

    possvel obter estudo gentico para pancreatite

    crnica familiar. Os exames de imagem excluram

    23 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Figura 1 - Ressonncia magntica mostra ausncia dedilatao de vias biliares, dilatao do ducto de Wirsung

    Pancreatite crnica recorrente na infncia tratada com pancreatojejunostomia laterolateraem Y de Roux

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    24/32

    malformaes anatmicas biliopancreticas ou

    estenose focal limitada do ducto pancretico. O

    ducto de Wirsung mostrou dilatao difusa e

    irregular, medindo no maior dimetro 1.7 cm com

    mltiplos lagos ductais e estenoses, inclusive

    uma justaduodenal (figura 1). No foi possvel

    tratar essa estenose ductal proximal por

    endoscopia e, aps CPRE com intenoteraputica, o quadro da paciente evoluiu com

    episdio de pancreatite.

    Aps estabilizao clnica, foi indicado o

    tratamento cirrgico, justificado pela dor

    abdominal recorrente incapacitante. Foi realizada

    pancreatojejunostomia laterolateral em Y de Roux

    (cirurgia de Puestow), sem complicaes peri ou

    ps-operatrias(figura 2). Aps seguimento de

    dois anos, a paciente permanece assintomtica e

    sem sinais clnicos ou laboratoriais de

    insuficincia pancretica. At o presente, no foi

    possvel determinar uma causa especfica para a

    doena.

    CONCLUSO

    A pancreatite crnica na infncia rara e de

    diagnstico difcil. Seu tratamento clnico. A

    indicao cirrgica depende de indicao precisa

    e de bases anatmicas adequadas.

    Diante de um quadro clinico sugestivo, de alta

    importncia que o pediatra e o cirurgio peditrico

    atuem em conjunto. Ante a confirmao

    diagnstica, o tratamento deve ser institudo

    precocemente, para evitar complicaes,

    promover melhor qualidade de vida e diminuir a

    morbimortalidade.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1Park A, Latif SU, Shah AU, Tian J, Werlin S,Hsiao A, Pashankar D, Bhandari V, Nagar A,Husain SZ. Changing referral trends of acutepancreatitis in children: A 12-year single-centeranalysis. J Pediatric Gastroenterol Nutr 2009,49(3):316-22. 2- Lowe ME, Greer JB. Pancreatitisin children and adolescents. Curr GastroenterolRep.2008,10:128-135. 3 Harrison JL, Prinz RA.The surgical management of chronic pancreatitis:

    pancreatic duct drainage. In Cameron JL(ed)-Avances in Surgery, St Louis. Mosby, 1999, 32:1-21. 4 Evans JD, Wilson PG, Carver C, BramhallSR, Buckels JA, Mayer AD, McMaster P,Neoptolemos JP. Outcome of surgery for chronicpancreatitis. Br J Surg, 1997, 84:624-629. 5Tsiotou AG, Sakorafas GH. Pathophysiology ofpain in chronic pancreatitis: clinical implicationsfrom a surgical perspective. Internat Surg200,85:291-296. 6Vickers SM, Chan C, Heslin

    MJ,Bartolucci A; Aldrete J.S.The role ofpancreaticoduodenectomy in the treatment ofsevere chronic pancreatitis. Amer Surg 1999,65:1108-1112. 7 Massuco P, Calgaro M, BertolinoF, Bima C, Galatola G, Capussotti L. Outcome ofsurgical treatment for chronic calcifyingpancreatitis. Pancreas, 2001, 22:378-382. 8Costa OL, Gomes MPZ, Gonalves CS. Resultsof the surgical management of 74 pacients with

    chronic pancreatitis. Revista do Colgio Brasileirode Cirurgies 2002, 29(6): 313-317.

    24 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Figura 2 -Intraoperatrio com ducto de Wirsungamplamente aberto e clculos em seu interior

    Pancreatite crnica recorrente na infncia tratada com pancreatojejunostomia laterolateraem Y de Roux

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    25/32

    Informes CIPERJ

    O VI Curso de Educao Continuada em Cirurgia

    Peditrica CIPERJ/CREMERJ foi realizado no dia

    23 de maro, sbado, no auditrio Julio Arantes

    Sanderson de Queiroz, na sede do CREMERJ,

    em Botafogo, Zona Sul da capital fluminense.

    Cerca de 30 pessoas compareceram ao evento

    que teve como tema tica: assuntos importantes

    para um cirurgio peditrico. A programao

    contou com as palestras Biotica e malformaes

    congnitas, com o Dr. Arnaldo Pineschi, Erros

    evitveis, com o Dr. Carlindo Machado, e O

    processo contra mdicos: como ?, com o Dr.

    Marcos Botelho Lima.

    Neste 1 semestre de 2013 foram realizadas

    quatro reunies cientficas da CIPERJ. Em

    janeiro, a Dra. Graa Dias e a Dra. Ana Teresa

    Oliveira falaram sobre Follow up dos pacientes de

    atresia de esfago corrigida - resultado de

    congresso no Canad em outubro de 2012. No

    ms seguinte foi a vez do Dr. Claudio Oiticica

    realizar palestra sobreAnomalia anoretal,

    atualizao e resultados.Aproveitando o curso no

    CREMERJ ocorrido no sbado anterior, o

    encontro de maro da CIPERJ abordou Biotica e

    riscos legais e contou com a participao dos

    Drs. Sergio Rego e Oscar Cirne. J em maio

    houve Assembleia Geral Extraordinria, ondeficou decidido que sero realizadas reunies com

    o Sindicato dos Mdicos do Rio de Janeiro

    (SinMed-RJ) e com o CREMERJ, tendo em vista

    reunio com os secretrios de Sade, para tratar

    da falta de cirurgies peditricos nas UTIs

    Neonatais das maternidades pblicas e os furos

    nas escalas, alm da falta de estabilidade e a de

    cirurgies peditricos nas emergncias pblicas.

    25 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Educao Continuada Reunies cientficas

    Liga AcadmicaAs aulas ocorreram entre os meses de maro e

    junho e foram realizadas nos auditrios do Rios

    DOr e do Hospital Universitrio Gafre e Guinle.

    Ministraram palestras neste perodo: Dra. urea

    Cndida, Dra. Isabel Cunha, Dr. Gilberto Amaral,

    Dra. Ana Teresa Oliveira, Dr. Marcelo Holanda e

    Dr. Luciano Guimares.

    Drs. Samuel Dekermacher, Arnaldo Pineschi, SandovalLage, Marcos Botelho, Carlindo Machado e Kleber Anderson

    Drs. Claudio Oiticica e Claudio de Souza Leite

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    26/32

    ascido em Monte Mor, So Paulo, em 6 de

    unho de 1921, o Dr. Fernando Jos Ginefra

    omeou sua carreira no Rio de Janeiro. Aos 17

    nos, chegou capital fluminense para cursar

    Medicina na Faculdade Nacional de Medicina, da

    niversidade do Brasil, situada na poca na Praia

    ermelha.Quando acadmico ingressou no Hospital Souza

    guiar, onde equipes revezavamse no planto

    e 24h. O hospital era composto de mdicos que

    tuavam internamente e por outra equipe que

    ealizava atendimentos domiciliares auxiliados

    or acadmicos de medicina que atendiam a via

    blica.

    Ao concluir a graduao em 1946, aos 25 anos,

    Dr. Ginefra foi aprovado em concurso pblico

    para o Hospital Souza Aguiar, atuando

    inicialmente na equipe de pronto socorro que

    realizava atendimentos domiciliares.

    Concomitantemente, atuava como professor

    assistente da Primeira Cadeira de Cirurgia daSanta Casa Faculdade Nacional de Medicina

    cujo titular era Professor Dr. Augusto Paulino

    Filho, a quem deve toda a sua formao cirrgica

    Alguns anos mais tarde, j como cirurgio geral

    atuando internamente no Souza Aguiar junto com

    o Dr. Jos Antnio Lopes, motivaram-se pelo

    desejo de melhores resultados cirrgicos nos

    26 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    ENTREVISTA: Dr. Fernando Jos Ginefra

    Figura 1 - Radiografia de Trax

    Memria CIPERJ

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    27/32

    acientes peditricos, especialmente recm natos

    lactentes. Dedicaram-se ao aprendizado e

    specializao das correes das referidas

    atologias.Optaram pelo servio do Hospital das Clinicas da

    SP, em So Paulo, chefiado pelo Professor Dr.

    irgilio Carvalho Pinto, inicialmente Dr. Lopes

    eguido por Dr. Ginefra, que tambm freqentou

    Servio de Cirurgia Peditrica do Hospital da

    ruz Vermelha, chefiado pelo Prof. Dr. Roberto

    e Vilhena Moraes.

    Cirurgia Peditrica no ps guerra, passava por

    ansformaes, j que at a 2 Guerra Mundial, o

    rasil sofria influncia francesa, onde a

    specialidade dedicava-se quase que

    xclusivamente as correes ortopdicas. Com a

    tria americana na guerra, os protocolos

    mericanos de tratamento passaram a influenciar

    conduo dos pacientes no Brasil e,articularmente na Cirurgia Peditrica, o enfoque

    oi na correo das malformaes congnitas

    inda no perodo mais precoce da vida (perodo

    eo natal e lactente).

    m 1964, no Governo Carlos Lacerda, foi criado

    servio de Cirurgia Peditrica do Hospital

    esus, com o Dr. Ruy Archer como chefe deervio. Simultaneamente, Dr. Ginefra foi

    onvidado pelo ento secretrio de sade, Dr.

    Marcelo Garcia, para ser diretor do Hospital

    nfantil Nossa Senhora do Loreto, levando Dr.

    opes para participar como vice-diretor. L, foram

    esponsveis pela criao de um fluxo de

    tendimento de modo que todos os pacientes

    ue procurassem o Hospital Souza Aguiar e

    outros hospitais em busca de atendimento

    peditrico fossem direcionados para o Loreto.

    Promoveram uma srie de atividades cientficas

    ligadas a Pediatria, Cirurgia Peditrica e cuidados

    de Enfermagem com objetivo de criar um

    verdadeiro Hospital Peditrico.

    Concomitantemente, a Cirurgia Peditrica

    comeava a ganhar especialistas e em So

    Paulo, primeiro Estado do Brasil a ter

    27 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Memria CIPERJ

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    28/32

    specialidade, foi fundada a Associao Brasileira

    e Cirurgia Peditrica. Na cerimnia de fundao,

    r. Virglio Carvalho Pinto, eleito o primeiro

    residente da CIPE, indicou o Dr. Lopes para

    riar a regional do Rio de Janeiro e providenciar

    ma eleio para diretoria, que foi realizada no

    ospital da Lagoa e o Dr. Ginefra foi eleito o 1

    residente da Regional Rio de Janeiro da CIPE.

    m 1966, Dr. Ruy Archer, Dr. Lopes e Dr. Ginefra

    dealizaram e obtiveram a autorizao junto ao

    ecretario de Sade, Dr. Marcelo Garcia, para

    ealizao de concurso pblico na especialidadee Cirurgia Peditrica. Com alguns dos

    provados no concurso, Dr. Ginefra formou sua

    quipe e retornou ao Souza Aguiar, agora como

    hefe do recm-criado servio de Cirurgia

    editrica.

    este perodo que o Dr. Ginefra ficou fora, o

    ouza Aguiar passava por uma grande mudana.O prdio onde hoje funciona o hospital ainda

    stava sendo construdo. Dr. Ginefra, ento, foi

    convidado pelo arquiteto para opinar sobre o que

    desejava para o setor peditrico e foi muito direto

    Eu preciso que voc construa um hospital dentro

    do outro. Pode me dar a ala norte que eu fao o

    setor Peditrico com servios de Pediatria,

    Cirurgia Peditrica, Neonatologia Cirrgica e

    outras especialidades peditricas, afirmou.

    E foi o que ocorreu. Com o novo prdio do

    Hospital Souza Aguiar, foram criados 75 leitos s

    para crianas e a escala de Cirurgia Peditrica

    passava a ter sempre um mdico de planto a

    cada 24 horas, sete dias na semana fato inditono Rio de Janeiro. Muitos cirurgies pediatras do

    Rio de Janeiro comearam suas carreiras no

    servio de Emergncia do Souza Aguiar.

    Dr. Ginefra ficou no Souza Aguiar at 1980,

    quando foi colaborar no Departamento geral de

    Assistncia Hospitalar do municpo do Rio de

    Janeiro. Retornando em 1982 ao Souza Aguiarcomo cirurgio peditrico, onde se aposentou em

    1986.

    28 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Memria CIPERJ

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    29/32

    ETEMBRO

    Congresso de urologia peditrica do outono

    er realizado entre os dias 20 e 22 (sexta-feira a

    omingo), em Las Vegas, nos Estados Unidos.ttp://fallcongress.spuonline.org/

    Canadian Association of Paediatric Surgeons

    nnual Meeting

    Ocorre entre os dias 26 e 28 (quinta-feira a

    bado) em Charlottetown, Prince Edward Island,

    o Canad.

    ttp://caps.ca/

    OUTUBRO

    Simpsio Internacional de Pesquisa em Cirurgia

    editrica

    contece nos dias 3 e 4 (quinta-feira e sexta-

    eira, respectivamente) no Espao de Eventos do

    loco Didtico da Faculdade de Medicina de

    ibeiro Preto da USP. O evento conta com a

    oordenao do Dr. Loureno Sbragia e ter narogramao diversas palestras dentre as quais:

    nomalias da inervao visceral na Hrnia

    iafragmtica e na Atrsia de Esfago

    xperimentais, Comparao do seguimento de

    eonatos com HDC corrigido por via

    aparoscpica e clssica, entre outros.

    ttp://rca.fmrp.usp.br/eventos/pediatrica/apresentcao.html

    X Congresso Paulista de Cirurgia Peditrica

    er realizado entre os dias 3 e 5 (quinta-feira a

    bado), em Ribeiro Preto.

    ttp://www.luminaeventos.com.br/

    V Congresso Mundial da Federao Mundial de

    ssociaes de Cirurgia Peditrica

    Ocorre entre os dias 13 e 16 (domingo a quarta-

    feira), em Berlim, na Alemanha.

    http://www.wofaps2013.com/

    VII Curso de Educao Continuada em Cirurgia

    Peditrica CIPERJ/CREMERJOcorre no dia 19 (Sbado), das 9h s 13h, no

    auditrio Julio Arantes Sanderson de Queirz, na

    sede do CREMERJ, em Botafogo. Tema desta

    edio ser Endocrinologia Peditrica

    www.ciperj.org

    American Academy of Pediatrics, Section on

    Surgery Annual Meeting

    Ser realizado entre os dias 26 e 29 (sbado a

    tera-feira), em Orlando, nos Estados Unidos.

    .http://www2.aap.org/sections/surgery/default.cfm

    NOVEMBRO

    II Congresso de Trauma do Rio de Janeiro

    Acontece entre os dias 6 e 9 (quarta-feira a

    Sbado), no Centro de Convenes do Colgio

    Brasileiro de Cirurgies.http://www.jzbrasil.com/congressos/trauma_rio/

    X Congresso de Cirurgia Peditrica do Cone Sul

    da Amrica - CIPESUR 2013

    Ocorre entre os dias 12 e 15 (tera a sexta-feira),

    na Bolvia.

    http://www.cipesurbolivia2013.com/

    Problemas colorretais em pediatriaDe 25 a 29, em Florianpolis, Santa Catarina.

    http://www.ciperj.org/noticias/617.htm

    DEZEMBRO

    IX Curso Internacional de Urologia Peditrica

    Acontece nos dias 5 e 6 (quinta-feira e sexta-

    feira, respectivamente) no hotel Ritz-Carlton, em

    Santiago, no Chile.

    http://www.uropedexequiel.cl/

    29 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    Cursos e Eventos

  • 7/24/2019 Revista de Cirurgia Peditrica (2013).

    30/3230 Revista CIPERJ Nmero I Volume I setembro de 2013

    WWW.CIPERJ.ORG

    EXPEDIENTE

    evis

    t

    Edio de janeiro a agosto de 2013

    A Revista CIPERJ uma publicao da Associao de CirurgPeditrica do Estado do Rio de Janeiro (CIPERJ), com sede RMem de S, 197, Lapa, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 20230-150, TEL: (21) 4141-3233, e-mail [email protected], com tiragem de 1.00exemplares e distribuio gratuita e exclusiva para a classe mdic

    DITORA

    ONSELHO EDITORIAL

    ROJETO GRFICO E DIAGRAMAO

    Lisieux Eyer de Jesus

    Arovel Oliveira Moura Junior, Carlos Murilo Guedes de Mello

    omingos Bica, Irnak Marcelo, Ivens Baker Mio, Joo Carlos de Oliveira Trtora,

    aura Helman, Lisieux Eyer de Jesus, Maria Aparecida Siqueira de Andrade, Samuel

    ekermacher, Stella Sabbatini, Simnides da Silva Bacelar, Srgio Rgo.

    Julio Gois

    contedo e as opinies expressas nos casos e artigos aqui publicados so de responsabilidade exclusie seus autores, no expressando a posio da revista.

    NORMAS PARA PUBLICAO DE ARTIGOS

    Revista da CIPERJ aceita artigos em portugus, ingls ou espanhol que sigam as Normas para Manuscritos Submetidos s Revistas Biomdicas, elaboradoublicadas pelo International Committe of Medical Journal Editors (ICMJE www.icmje.org). De forma geral: Editorial: Geralmente solicitado pelo editor aoor. Artigo Original: o relato completo de uma investigao clnica ou experimental e seus resultados. Constitudo de Resumo/Abstract, Introduo, Mtodosultados, Discusso, e Referncias (mximo de 30). O ttulo deve ser redigido no mesmo idioma do manuscrito e no deve conter abreviaturas. Deve serompanhado do(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es) seguido do(s) nome(s) da(s) instituio(es) onde o trabalho foi realizado. Se for multicntrico,ormar em nmeros arbicos a procedncia de cada um dos autores em relao s instituies referidas. Os autores devero enviar junto ao seu nome olo que melhor represente sua atividade acadmica. O resumo deve ter no mximo 250 palavras ser estruturado com objetivo, mtodo, resultados,

    ncluses e at 5 descritores na forma referida pelo DeCS (http://decs.bvs.br). O abstract deve ser estruturado da mesma forma que o Resumo e seguidoas keywords conforme o sistema MESH (PUBMED). Devem conter no mximo 2.420 palavras e 45 referncias. Artigo de Reviso: Versando sobre temas deresse para a Cirurgia Peditrica, incluindo uma anlise crtica. No sero aceitas simples descries cronolgicas da literatura. Devem ser descritos na

    roduo os motivos que levaram redao do artigo e os critrios de busca, seguidos de texto ordenado em ttulos e subttulos de acordo com complexidadassunto. Resumo e abstract no so estruturados. Devem conter no mximo 2.420 palavras e 45 referncias. Nota Prvia: Observao clnica original ouscrio de inovaes tcnicas apresentadas de maneira concisa, no excedendo a 500 palavras, cinco referncias, duas ilustraes e abstract noruturado. At 3 autores. Relato de Caso: Descrio de casos clnicos de interesse pela raridade, pela apresentao ou formas inovadoras de diagnstico outamento. Mximo de 1.420 palavras. Resumo e abstract no estruturados, at 15 referncias e duas ilustraes. Mximo de 5 autores. Cartas ao Editor:mentrios cientficos ou controvrsias com relao aos artigos publicados na Revista da CIPERJ. Sero aceitos ou no para publicao, a critrio do editor,m passar pelo processo de peer-review.Texto: Os manuscritos devem ser inditos e enviados na forma digital (Word), espao duplo e letra arial tamanho 12imagens devero ser encaminhadas separadas no formato JPG, GIF ou TIF, e as legendas sero apresentadas em pgina separada no manuscrito As

    reviaturas devem ser limitadas a termos mencionados repetitivamente, e definidas a partir da sua primeira utilizao. Referncias: Em ordem de citao,meradas consecutivamente e apresentadas conforme as normas de Vancouver (Normas para Manuscritos Submetidos s Revistas Biomdicas - ICMJE

    ww.icmje.org ). No sero aceitas como referncias comunicaes pessoais. Citaes de livros e teses devem ser evitadas. Agradecimentos: Devem seros s pessoas que contriburam de forma importante para a realizao da pesquisa ou escritura do manuscrito.TABELAS E FIGURAS Numeradas no corpotexto com algarismos arbicos, encabeadas por suas legendas, explicaes dos smbolos no rodap. A montagem das tabelas deve seguir as normaspracitadas de Vancouver. So consideradas figuras fotografias, grficos e desenhos. Todas as figuras devem ser referidas no texto, numeradasnsecutivamente por algarismos arbicos e acompanhadas de legendas descritivas.

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    TE LS : (2 1) 30 83 -1 32 5 | 25 83 -1 22 4

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