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^REVISTA DA SEMANABB'; ' Edição semanal illustrada do.JORNAL DO-BRASIL ¦

||j|| Anno V-K. 317 DOMINGO, IO DE JULHO K úmero : 3oo réis !

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BS^SHiMaH Bswii^BlaWiBfc^iL 'Cüf /* * '{§ '* . ¦ |H IWÊ mm a|^^ II BÜ Grifai ai W^nfM^ti'». «Hl I

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1368-N.217?<ü\ %k REVISTA DA SEMANA 10 de Julho db 1904

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ROUBOS 0RIG1NAES E EMBARAÇOSOS

T?oubar uma jóia, um bibelol de preço,¦t-\uma quantia em dinheiro, notas debanco, valores mobiliários, sâo íactosque*, por sua freqüência, jános ria o surprehendem.

Masnfto ha objecto, pormais embaraçoso e difficil demanejar e negociar, que naotenha tentado a cubiça dosprofissionaes do roubo.

Alguns casos, que em se-guida vão narrados, pareceminvenções de uma imaginaçãoesquentada, se não constas-sem de documentos e proces-sos authenticos.

Numa manhã de setembrode 1896, aos primeiros clarõesda aurora, dous guardas dameriagerie do Jardim dasPlantas são surprehendidospom urros formidáveis. Aco^dem a toda a pressa e vêemno recinto destinado aos cro-codilos um homem persegui-do por um dos amphibios.Este, traz no pescoço uma la-cada formada por uma corda de grossurae dimensões respeitáveis. Bar-se-ia o casodocrocodilo ter tentado suicidar-se? Oho-mem, para evitar os zig-zags do monstro,dá pulos respeitáveis. Por felicidade, ve ossignaes dos guardas indicando lhe umaporta por onde pôde safar se. Todotre-mulo, narra então a sua aventura.

Resolvera, de accordo com dous ami-gos, roubar o crocodilo. Emquanlo oanimal dormia, os três passaram-lhe dousnós corrediços na cabeça e na cauda. Emseguida, dous dos ladrões sahiram dorecinto e púzeram-se a rebocar o amphi-bio emquanto o terceiro manobrava acauda do monstro, como se fosse umleme. .

De repente, com um esticão fófmida-vel, o jacaré solta-se das mãos dos encar-regados de puxal-o e volta-se para o ter-ceiro, de quem daria cabo se os guardasnão acudissem a tempo. ;,

Ed'alli marchou para a detenção oconhecido meliante Ghaillot por alcunhaO Bibu

do Zimborio Central da Exposição de1889? '"'•r" '^

Placas de zinco, de chumbo, tudo lhesservia. , . ¦ ,

Depois dos ladrões de telhados, os defios telegraphicos. Sâo o terror das com-

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Um roubo de barras de ouro no Klondike—o cofre

panhias de estradas de ferro, porque umaordem, incompletamente transmitlida porcausa da ruptura dos íios ou dos appare-lhos da orientação das agulhas pode ter

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Abundam os roubos de objectos in-commodos e macabros. Chegaram a rou-bar o zimborio dos Inválidos. Ladrõesengenhosos,' aproveitando algumas noitesbonitas do verfto de. 1897, conseguiramtrepar até á famosa cúpula e arrancar asplacas de cobre douraao do zimborio queserve de docel ao túmulo de Napoleao I.Seriam os mesmos fyue, durante um annointeiro, se entretiveram a roubar o tecto

rarri convertidos em verdadeiras' fortále-zas, vigiados, além do guarda do cemite-rio, por plantões pagos pelas famílias, ümalfeitor rouba o cadáver e, em seguida,fal-o resgatar pela família. E' um processonovo e muito lucrativo de chantage.

«

Alguns roubos tornam-se notáveispelas precauções empregadas para occul-tal os.

Quando um carregamento de ouro deKlondike chega ás usinas da CompanhiaSelby, em S. Francisco, depositam-no emum immenso cofre collocado no meio dasofficinas. Quem delle se approxima attrahelogo a attençfto geral. Na noute de 5 dejunho de 1901, ás 10 horas, collocaram nocofre barras de ouro no valor de 500.000francos. A's 5 horas da madrugada, abremo cofre e encontram-no vasio.

O inspector, aterrado, interroga osoperários. Um delles ouviu, por volta demeia-noute, um ranger de porta, mas nâodeu importância ,ao caso. Finalmente,entram no cofre e deparam com umburaco escancarado. Sondam. Desce umhomem. O buraco prolonga-se e passa alémdo muro que cerca a usina. Jack Wesiter,o ladrão das barras, conseguira depois deum mez de trabalho, abrir uma galeriadebaixo do cofre e cortar neste uma fatiacircular. Assim subtrahira as barras, ati-rando-as ao mar em sitio de onde contava

retiral-as mais tarde.Mas poucas aven-

turas excedem ou égua-Iam a do famoso Alt-mayer, fallecido naGuyana. Altmayer, in-ventor do furto ao te-lephone,achando*se em1886 recluso em Mazas,foi mandado compare-cer perante o juiz deinstrucç&o, sr. Villiers.Durante o interrogato-rio, que Altmayer em-brulhava de propósito,o preso notou em cimada secretaria do juiza l.g u _nvfcs folhas embranco com a marca doparquet e, no alto, á es-querda, a seguinte in-dicação: «Ordem doProcurador Geral».

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Um roubo de barras de ouro no Klondike—o logar onde o meliante deitava asbarras roubadas

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Sapato preparado para o furto de objectos de valor

conseqüências terríveis. Foi preso ultima-mente um desses malfeitores; trazia com-sigo um garfo de ferro especial para tre-

Kar aos postes e um par de luvas de

orracha para. evitar as descargas ele-ctricas. Que imaginam os leitores da ap-- plicaçâo dada pelos árabes aos iso-

ladpres de porcelana dos postes tele-graphicos? Utilisam-os para chica-ras de café! E com os fios fabricamos negros: anneis, pulseiras e bnn-cos.

Roubar uma carruagem, um til-bury, um automóvel, é cousa sim-pies; mas roubar um ijacht parecehistoria. Pois fez-se! Ém julho doanno passado, em Marselha, safou-seem plénó dia o yacht Elincelle, dei-xando o dono em terra... a ver na-vios.

O macabro nâo exclua o bizarro.Os roubos de cadáveres sfto frequen-tes nos Estados-Unidos. Os túmulosdos millionarios, desde o roubo docadáver do millioriiario StevVart, fo-

Simulando um mo-vimentodecólera, pes-pega um murro violen-

to na mesa e faz saltar 0 tinteiro, cujo con-teudo suja as calças do guarda municipalde serviço. Pede mil desculpas ; ajuda omagistrado a arrumar a papelada, e apro-

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Liga inventada por Uma;kleptdmana para pendurarobjectos furtados

MAGNESIA FLUIDA, reoommenda-ie a de Granado & C.

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10 oe Julho de 1904 REVISTA DA SEMANA 1369—N.217

veitando, a emoç/to provocada pelo inci-dente, escamoteia habilmente uma das fo-lhas em branco e põe-lhe o carimbo do juiz.Reintegrado na sua cella, redige, elle pro-prio a sua ordem de soltura, endereçada aodirector da prisão de Maza» que, vendo ocarimbo official, nfto desconfia da fraude.

Nessa mesma noute, Altmayer assistiuao espectaculo da Gomedie Française.

O roubo pode converter-se em doença :à kúpiomania, estudada edescripta pelosmédicos alienistas. O kleptomano rouba

Suasi sempre o mesmo objecto. Legrand

u Saulle cita o caso de uma mulher quefurtara 300 gravatas de homem. Estesladrões especiaes recorrem aos processosmais engenhosos. Um delles lembrou-sede besuntar com pez a sola das botinas.Logo

"que conseguia atirar ao chfto oobjecto cubiçado, punha-lhe o pé em cimae levava-o. Uma kleptomana inventou umasligas especiaes para dependurar os obje-ctos furtados,

O kleptomano accumula e guarda. Umdelles, citado pelo dr. Edgar Berillon,chegou a reunir 140 bolsas para dinheiro.Outro colleccionava bronzes artísticos.Finalmente, em casa de uma kleptomana,encontraram centenares de ovos marcadoscom a data do furto.

Gomo exemplo da kleptomania nosanimaes a regra é completa.

EM PASSEIOPara

distracçfto de meu espirito desas-socegado pelos trabalhosos encargos

da vida, resolvi uma manhã fazer pequenaexcursão á Tijuca.

Quando cheguei á Raiz da Serra paratomar o electrico que devia conduzir-meao ponto terminal do meu almejado pas-seio, achei tfto formosa a mánhâ que sentiuma vontade immensa de percorrer a pé abella estrada admirando a exuberante na-tureza e as poéticas habitações que a mar-

latina geavami.1 * Da bella paysagem rompia um cantode alegria e amor, dourando o sol comseus raios os cimos das serras.

Uma alegria immensa, inexprimivel,enchia-me o coração.

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BBBsS^^v^BBBP^^Ié^ fcí&*Principio da Grande Avenida em írente ao Lyceu Litterario Portuguez, tendo ao lado o terreno onde vae ser

construído o prédio pertencente ao capitalista Guinle

Tinha caminhado já um bom trechoda estrada quando, repentinamente, ouvi obarulho duma cancella que se abria.

Voltei-me. Vi sahir uma encantadorarapariga vestida de branco.

Trazia aberta para se abrigar dosraios solares uma sombrinha de sedacreme, que ia levemente girando ao ry-thmo duma valsa que cantarolava.

Seu corpo airoso, de luzente perfil,só, naquella estrada, fazia lembrar logoque algum artista tivesse dado ao mar-more a graça duma flor e o brilho dealgum astro.

Debaixo do elegante chapéo de palhabranca, guarnecido de fitas da mesma côre de flores sylvestres, escapavam-lhe emondns os sedosos cabdlos.

Admirava essa flor de graça e de ele-gancia, jóia preciosa que tinha por cofrea mocidade radiosa.

Aquella figura languida de mulhertudo evolava.

Do formoso parque de onde tinha sur-gido a bella visão, parecia que as rosas

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Parte do morro de S. Bento que está sendo desbastada para a çonstrucção da Avenida Central

admiradoras de sua formusura tinham ai-catifado com suas velludosas e perfumosaspétalas as alamedas para que seus peque-ninos pés nellas deslizassem.

As arvores da estrada com suas som-bras aromaticas e refrigerantes faziamlembrar as antigas lendas miraculosas.

Deslumbrado seguia, nào deixandode admirar o bello andar leve e ligeiro eas formas diaphanas duma intangível eserena belleza.

Meu coração abria-se avivando emmim o saudoso passado, sem os tormentosdas ambições, nas infantis ingenuidadesdos namorados.

Todas as minhas desolações desappa-recerara, como a fumaça que se esvae.

Talvez, quem sabe, se essa rapariga,com seu mavioso cantar, de uma purezamysteriosa, doce e terna, nào saudasse onascer de alguma afíeiçào naquelle co-raçào adolescenle H|

Tudo aquillo talvez fosse a pri-meira perturbação deliciosa, emoção deli-cada, que se traduz por signaes differentes,manifestando-se segundo o segredo de suanatureza.

Como que um ligeiro véo de melan-colia, um sonhar incessante, se reílectianaquelles olhos castanhos, naquellas facespallidas, naquella bocca expressiva e terna.

Claridade invisível da qual nAo vi oreflexo.

Parecia-me ao menos que o seu phy-sico participava dessa luz interior.

Todos sentimos, quando amamos, anecessidade imperiosa de uma communi-caçÀo de todos os instantes.*

Viver, sòffrèr e gozar,eis os votos'denossas frágil idades supplices e inquietas.

Continuei a caminhar, sempre medi-tativo, no delicioso divagar, que tantaconsolação e conforto trouxe-me ao es-pirito.

A natureza que tinha sido testemunhaúnica desse formoso quadro, concorrendocom a magnificência de sua vegetaçãopara emoldurai o, ficava-se agora tam-bem saudosa pelo d^sapparecimento da-quella visão encantadora.

Essa scena furtiva gravou-se tâo nítidaem meu cérebro que, hoje, ainda a vejocom seu formoso rosto, aquellès olhosdivinos, espalhando em redor de si o ardor

•inebriante, das illusões dos sonhos, queembalam corações jovens e ávidos ideviver. Árauio Cmi lia.

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1370-^N. 217— • i

POR AQUI E POR ALLI^empre havemos de ter alguma cousa-Vpara rir ou para nos encher de in-dignaçâo, quando se trata do engrandeci-ffientó do nome do Brasil pur este mundo.|# J5 náo basta a propaganda de descre-dito de que se incumbem nâo somente osnossos patrícios que fumaram residêncianos centros europeus, nem tao pouco aguerra que nos é movida, guerra sem tre-guas. pelos nossos amigos reclamistas davisinna republica do Prata. Agora é na

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REVISTA DA SEMANA 10 de Julho de 1904

da mesma forma a gloria dos primeirosresultados.Nao é desconhecida para ninguém queacompanha a marcha dos progressos dacivilisaçâo a campanha que teve de sus-tentar Santos Dumont contra os seus com-

petidores, que para lhe empanar o brilhodo feito, usaram de todas as armas que ainveja humana lhes ditou; e, ainda hoje,não obstante a sua victoria ser completana França, é nos Estados-Unidos que selhe pretende fazer desmerecer o seu traba-lho.Como sabem os nossos leitores,eslava

roso concurrente do c^rtamen que alli serealiza.

Encoberta com a capa de um senti-mento foi instaurada uma pesquiza párapunir o autor da maldade e apparece entãoa testemunha deefíeilo.Um guarda affirmaque o próprio àeronauta foi o destruidorda sua obra !

Ora, é tao ridículo o meio empregadoque desta vez ninguém pôde engulir apilula, pois alguém lá poderia conven-cer se que uni homem como Santos Du-rnont, que sustentou uma jiita dè precon-ceitos e de nacionalidade como a que teve

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Lançamento da pedra fundamental do monumento ao marechal Floriam Peixoto, noprópria America que se está pretendendorebaixar o nome brasileiro, fazendo-o pormeio da desmoralisaç&o do caracter dosnossos patrícios.

Entretanto, todos os que têm convi-vido comnosco, os que têm cultivado asnossas relações, sabem e conhecem a queponto de dignidade está educado o cara-ctér do cidadão brasileiro. Estes, de boalé, nao podem permittir que se levantemcontra os nossos homens aleivosas affir-mações como a que foi ultimamente espa-lhada na America do Norte.O successo que em todo o mundo cau-saram as experiências do nosso patrícioSantos Dumont, no sentido de pôr em

pratica a diriribilidade dos aerostatos,fez inveja a outros tantos que pretendiam

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fixada para o dia 4 do corrente a ascençaode Santos Dumont, nos Estados-Unidos.Acontece que,ultimamente, nas vespe-ras do dia determinado, o envolucro doaerostato appareceu rompido, de modoque a realização desse feito tornou-se im-possível.

Com gáudio dos americanos foi rece-bida esta noticia, pois em se tratando debrasileiros, as contrariedades que lhesadvem são sempre bem recebidas por to-dos que procuram logo semelhantes oc-casiões para nos lançar ao ridículo.Desta vez, porém, ni\o foi somente aoridículo que pretenderam expor um bra«i-leiro, mas uma calumnia injuriosa lhe foiassacada com o propósito de demonstraruma descortezia afim de afastar tao pode-.**¦•

dia 29 de junho, na praça Ferreira Vianna

em França, vá se intimidar perante con-curientes cuja inferioridade é conhecida?ü demais, qualquer outro pretexto seriabastante para esquivar-se e nunca destruiro próprio balão que tao grandes sacrifícioslhe tem custado.0«^Sst? n?" ,,eS°11' e os americanos queíni •r?pteiH-?m en?enl,osas combinaçõesíeclamistas, desta vez náo viram o seuUsnTl0 í°"> '•psulta?0- Oneram elles,isso sim, desfazer-se de um concurrenteque certamente iria dominar o vôo doaltivo condor americano, fazendo tremularsob o céo da America o pendao do Brasil,h nao lhes podia ser agradável veremas suas estrellas encobertai pela sombrada nossa bandeira; logo, o melhor meioera afastar Santos Dumont pela deficien-

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10 de Julho de 1904 REVISTA DA SEMANA 1371~-N~. 217

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cia do meio material, cjiamando-lheaindao odioso do procedimento.

A tentativa falhou e, desta vez o altivocondor americano ver.-se-á forçado a cedero espaço azulado do céo da America aogigantesco engenho do brasileiro que sealteará formoso e possante por cima dospavilhões estreitados, e então verão amentalidadede um povo nascente e inju-riado demonstrando ao mundo o quantovale a educaçfto do caracter nacional.

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" Actualmente, parecia-lhe impossívelescapar mais tempo.

Com pezar, Daniel abandonou a ca-deira de vime, na qual lia indolentementeestendido debaixo do grande cedro dojardim, e dirigiu-se em direcçâo á casa.

O velho dr. Poutriac, meio deitadoem uma chai&e longue, esperava seu sobri-nho junto ao fogão do seu gabinete, ondeardia um fogo, que a clemência da es*taçfto nfto exigia mais ; porém, paralyticopelorheumatismo,o doulor tiritava sempresobre um acervo de cobertas e em sua

Daniel revoltava-se contra o amolleci-mento que sentia vir.

Eu vos escuto, meu tio, articulouera um tom frio.

O dr. Poutriac, pegando-lhe nas mftos,disse com um signal de viva affeiçfto,

Nfto te escuses assim meu carofilho, eu não quero outra cousa senftoo teu bem ! neste momento, espero de. tia suprema consolação dos meus últimosdias, e não é a tua felicidade que procuro?—, Estou convencido, meu tio, res-pondeu Daniel mais commovido do que

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mVSmml Hila ¦vv^^smmtvS mMnPiiJB R^ml U-mStÍv/'' «mmfl Lay^amWaawrNjiia é:m^^Ê^JÊÊÊÊÊ a»Ira^^JMMufBK-aLfltiSl ¦ :i|« i >4rt v^^íii -'í ''::--^:,^r*lf^amVmml ¦3m3ft^sBK>«x^sYJ iKSMbíj» •X*'-1'VV<uj|B«Bj ¦Vy" -r«.iemM IU mamj |wV«'TriiJ ..«wr^mmmmmmvsnmmmmrxVmumnisw "xJb* ffitjBmQmBBt> 1*^&>' -lu* JaWlf *T*ft«Jr Ia* irwAVÉ l . ik \), I

H bkiB Bm9 HSmkí'3!^*hí nEja ¦¦('''f^^G^Riu! wU âm QsV/wLuk^wR^hBÍ ,i^C'«<L^* t^Sííí' a 4WÈÊÊ&?*3ê&slmmmmmmr-.TamTtmTBWummmmmvSimug^smmmmTM^ T<. :^v.jf:,---:v*: ¦ 1 w*^.';'^ '¦¦¦(¦¦i'"j¦a ba^ xHulíibb'^*^ uW B*t9* es iP^Llfl HttZH UH^H tmnl HliirV <: ir*emn«r - ™ tl rir-''v

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0 prestito civico em commemoraçfto ao 9o anniversario do fallecimento do marechal Floriano Peixoto, desfilando pela rua daAjuda, em 29 de junho

MUITO TARDE !(bois plessis)

Tenha a bondade de entrar, sr. Daniel,disse o criado parado sobre o umbral

da porta ; o doutor deseja fallar-lhe.Daniel Poutriac reprimiu um gesto

de máu humor. Adivinhou o objecto daconferência que seu tio desejava ter comelle, sabia ser inevitável, ainda que poruma serie de manobras sabias, ae gra-cejos habilmente ditos, tivesse a arte deesquivar-se desde o começo das férias doque ora ia realizar-se.

face enrugada como amortecida pela fa-diga epelohsoffrimentos,pareciam somenteviver estes olhos pardos, soberbos deintelligencia, plenos de doçura, á sombradas espessas sobrancelhas brancas e dostufos pendentes da cabelleira nevada.

Olhando para esle anel»o que tantoamava, que tanto idolatrava por lhe terservido de pae, Daniei sentiu o coraçãofundir-se. Querido tio ! pensou, evocandoa questão que os dividia.

Entretanto, muito docemente o velhomedico dizia :

— Vem assentar-te perto de mim, meucaro filho, temos que conversar seria-mente.

parecia. Penso, comludo, que cada umdeve escolher a sua felicidade.

Qualquer que seja, eu vos promettoque farei tudo que puder para vos seragradável, sem empenhar minha liber-dade.

— Ah ! eis ahi, exclamou o anciãoamargamente. Sempre o orgulho por estaliberdade famosa ! Vejamos, Daniel, con-fessa uma vez para que eu saiba como medirigir ; tens algum laço que te prenda eque eu ignoro ? não és livre para escolherum futuro, de dar teu nome a uma mulherque te agrade ?

(Continua)

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ÁGUA INGLEZA, recommenda-se a de Granado & C.

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! 1372-N. 217

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REVISTA DA SEMANA 10 de Julho de 1904

O LICORNEÉ4 Licorne! Eis um nome^symbolico, evocando ao

| espirito os mais fantásticosmonstros fabulosos que a zoo-lbgia de outras eras clássifi-cava entre os animães mais oumenos mysteriosos, taes co-

;;, mo: serpentes do mar, cen-tàuros, griphos, dragões, ter-nveis chimeras, etc;Este animal gozou du-

rante muito tempo de uma lar-ga e universal reputaçfto. Osnaturalistas da antigüidade eda idade média attiibuiam ámilagrosa ponta deste preci-oso quadrúpede a proprieda-de de destruir todos os vene-nos de qualquer espécie quefossem e até mesmo a virtudede afugentar a peste. Quandose pensa no secreto terror quehavia então no veneno, e nasfreqüentes incursões da pes-, te atravez da Europa medie-vai, comprehende-se o valorattribuidoá posse de tamanho

thesouro, a ponta benéfica dolicorne.O peior era que jamaispessoa alguma vira, o que sechama ver com os própriosolhos, o animal a que se davao nome de licorne. Dava-se-

lhe por pátria a impenetrávelÁsia, os desertos da Lybiaaté mesmo a África Austral!Viajantes, que ao tempoexploravam essas regiões lon-ginquas, pretendiam, é certo,haver encontrado no decursodas suas arriscadas peregri-nações, entre a fauna especialdos paizes percorridos, ani-mães extravagantes, tendo acabeça armada com a extraor-dinanae prodigiosa ponta, aponta solitária.

Porque era esse um doscaracterísticos do licorne: nâodevia J;er senão uma ponta. Havia quem oidentificasse com .o rhinoceronte masss,ta5iSrtm: le descripções ultra-ta,3ltS fIvin(> PiÇcolominÍ, que deviatarde presidir os destinos da Egreia sobtüMZJ? P^^ escreveu que o'animalamjn^tao tinha, a cabeça tio porco, acaudkdo^boi, a côr e o tamanho do ele-ptante. Outro mlgava-o de côr baia, comcabeça de veado, pescoço curto, crinasraras, pernas delgadas, unha fendida comoa ca ora* ,.., .¦^ Aqui lemos, no emfantbrumlíomemde sciençias, Louis Paradis, cirurgifto, de

"'•"•'.',.¦-[lí;^;.''','-;;'. ¦• ' ' VN^J-V'. ¦ -

Egreja de Nossa Senhora da Conceição, S. SeLastião e Santa Cecilia, do Cruzeiro,que, sob a diréççâò e desenho do Kevmo. PadreErnesto Maria de Fina, se esiá construindo em Cruzeiro, diocese de S.- Paulo

Vitry em Partois, que encontrou em Ale-xandria um licorne vivo. Era do tamanhode um grande galgo (estamos já um tantolonge do tamanho do elephanle), tinha-apelle parecida com a do caslor, o pescoçoUno, pequenas patas, a cabeça curta eáspera, o focmho redondo como o de umbezerro, os olhos grandes, de olhar feroz,as pernas magras, os pés fendidos, a caudaredonda e curta. O dono alimentava-o comlentilhas, ervilhas, favas e canna de assu-car. Esta observação é datada de 1573.

Finalmente, devemos dizer que o me-dico do yice-rei portuguez das índias,Garcia da Horta,e um naturalista, denomeilieuet, descobriram um licorne amphibioque se dava tfto beilamente no mar comoem terra. As duas patas da frente, de unharachada, permittiam-lhe correr, as de trazespalmadas, serviam-lhe para nadar. '

A figura 1, reproduzida de uma ediçfloiIlustrada de Ambroise Pare, danos a«figura do Gamphur», nome que o licorneamphibio tinha nesse paiz maravilhoso.Havia também um licorne do mar(ílg. 2)cuja fronte armada de uma ponta de dentesagudos e cortantes, do tamanho de meia

pollpgada cada um, pesava cinco libras.Pôde mlerir-se destas descripções fan-tasistas que os naturalistss e exploradoresda epoca.-se é que elles davam das suasviagens uma relaçfto ílel-nao estavam ao

abrigo.de allucinações estra- ,%$É£nhas. A imagem do lúsopneobsediava-os a ponto de con-fundirem qualquer gafceliacom esse hypothetico « Cam-phur», e o terrível esqualocom o imaginário licorne ma-rinho.

Mas também aquelle queencontrasse uma verdadeiraponta de licorne ficaria pós-suidor de um thesouro inesti-mavel. Um medico de Floren-ça, André Racci, conta-nosque este producto se vendia Ifsétfa 1.536 escudos a libra de 16 r;íonças, e isto quando o mesmopeso em ouro não valia senão148. Um mercador tudescovendeu ao Papa uma pontainteira pelu preço de 12.000escudos.

As egrejas conservavamno seu thesouro uma pontade licorne. A que figurava emRoma,no thesouro dos Papas,havia perdido já Ires quartaspartes do tamanho, á força deter sido polida e manejada.Strasburgo possuía uma, ehavia outra na abbadia de SftoDiniz, em França. A egrejade S. Marcos de Veneza expu-nha as suas por occasiao dasceremonias publicas.Como já dissemos, a suaprincipal virtude consistia empreservar da peste e dos vene-nos a pessoa que lhe tocava.Se se traçava um circulo coma ponta do licorne molhadaem água e se collocava nessecirculo um animal venenoso,aranha, escorpião, sapo, etc,podia este nfto transpor essainvisível barreira e morria deterror. Além disso, a pontasuava em presença de umaserpente, de um veneno qual-quer. E' esta pretendida pro-pnedadequese utilisava paraexperimentar os alimentos. Ogentilhomem da mesa, emtodas as cortes da Edade Media e da Re-nascença, experimentava os pratos ser-vidos a seus amos por meio de um pequenoinstrumento de prata, em que se encon-trava encastoada uma ponta de licorne ouuma lingua de serpente.

Coube a Ambroise Pare, o nosso glo-noso e sagaz antepassado, o destruir detodo em todo esta grosseira superstição.Espirito ponderadoeeminentemente scien-tinco, nflo podia admittir, nem a existênciade um ente a tal ponto fabuloso, nem avirtude mágica dessa ponta, que conser-vava, em contrario ao adagio conhecido,as suaspropriedadesextraordinarias muito

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-^ j 10 de Julho de 1904 REVISTA DA SEMANA 1373—N. 217

Ma|j

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wsímpo depois dajfiòrte do animal;f Por isso em-prehendeu uma$&riedeexperien-tóás decisivas pa-fa confirmar oudesmentir, d euma vez por to-das, a antiga len-

fda>. ConseguiuObter para as su-às experiências aponta conserva-dá no thesouro

|dé Saint-Denis,Jquéeraao tempo^considerada a

mais famosa.Mergulhou-a emum balde d'agua

i|è verificou, semfsurpresa* quenessa água con-tihuava á ' viverum sapo que allitnettera.

Pouco depois,teve conhecimen-to da aventuraseguinte: na Pon-te do Cambio(Pont-au-Chan-ge), uma mulhervendia pontas delicorne e dava

ratuitamente aeber aos doen-

[tes água em queHinha mergulha-do uma ponta be-nefica. Ora, umdia, uma clienteveio pedir-lheum pouco da re-ferida água paracurar uma crian-ça atacada de fo-gagem, isto é,darthros abun-dantes. A mu-lher, um tantofeiticeira, já nftotinha mais. Mas,para não descon-

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Padre Ernesto Mnria de FinaVIGÁRIO DO CRUZEIRO

sob cuia direcçao constniiu-se a egrejn de Nnssa Senhora da Conceição, S. Sebas-tiloe Santa Cecília do Crnzeiio. Nasceu na província de Salermo, n* Itália, a30'demòvembro de 1867. Espirito' altamente culto, é um dos que mnis se têmempenhado pela prosperidade do Cruzeiro. Dotado d-e grande notabilidade, ani-nha em seu coração sentimentos que hão feito merecer a estima e consideraçãogeral-dos seus parochianosj

A' meia noite foi servida lauta ceia,continuando depois as dansas até pelamadrugada.

Tocou ao piano o sr. Alfredo Nunes,que executou com correcçâo diversas com?posições modernas.

Era summa, uma festa cheia de attra-ctivos e encanto.,

A Revista da Semana confessa-se gratapelas gentilezas que foram dispensadasao seu representante.

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JHJBLICAÇélESRecebemos as seguintes:

A Rua do Ouvidor, que, além doretrato da senhorita Romero, apreciadacompositora 'musical, insere texto variadoe interessante.

O Tagarela, que mais uma vez esfcáscintillante de verve e espirito;

Os ns. 47 a 52 do trisemanario,A Cidade, de Sobral, Estado do Ceará;

Os ns. 45, a 48 do Jornal^do Ceará,que se publica na Fortaleza, Ceará;

El Correo Gallego, n. 34.;Ns. 140 e 144 do Commerciò do Es-

pirilo Santo;Ns. 303 e 304 da Gazeta de Ilhêos,

Bahia;Io numero do interessante jornal-

zinho O Porvir, de propriedade de umaassociação e que sahe á luz em Caxias,Esta<lodo Maranhão. Traz variadissima erxcellenle leitura ;

N. 6 d'O Nova Friburgo, que se pu-blica em Friburgo;

O Correio de Minas, de Juiz de Fora,números 105 e 106;

Monitor Sul-Mineiro, de Campanha,n.310;

—. N. 942 do Correio do Norle,de Gua-ratinguetá, S. Paulo;

Ns. 219, 220 e 225 do Diário deSantos;

A Brasileira, org&o de propagandado café brasileiro no Porto.

N. 96 do Correio de Minais, que sepublica em Juiz de Fora;

N. 3, do espirituoso jornal A Come-' dia,>derJuiz de^Fóra. Inseré^se excellente

numero interessantes charges e variadaleitura*

N. 68 d'0 Povo, que se publica emCaçapava, Estado de S. Paulo.

solara sua cliente, deu-lhe a beber águadòSena, que foi buscar ao rio. A criançabebeu desta água e ficou radicalmentecurada! Eis uma historia que encherá dealegria os médicos hydropathas.

Seja como for, a lenda dera o que linhaa dar. Pare demonstrou que ella era falsasób todos os respeitos, e que tudo quantosé vendia sob o nome de pontas de licornenfto passava de dentes de narval—espéciede delphim notável pelos dous caninos doqueixo superior, um dos quaes, o esquerdo,chega a attingir 3 metros de comprimento,

f Tal foi o fim desta grosseira superstiçãoengendrada pelo terror que os antigostinham do veneno, e que não se baseavasobre nenhuma verosimilhança. E, com:tudo, essa superstiçfto havia dominado aimaginação popular durante dous milannos!'' GRÊMIO IDEAL

Esteve realmente deliciosa a soiréedsmsante realizada sabbado passado peloGrupo dos Lncorrigiyeis, um conjunto de«raças e de formusuras, de encantos egentilezas.O vasto salão do magnífico prédioonde se acha instalado esse Grêmio offere-cia á vista um aspecto deslumbrante. ' w

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Fenhoras e senhoritas tirado no pic-mc, realizado naMatto, Meyer « • • •-; --'• ' ¦ ••••' • 1;.>V<-

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W P. M. Recreio dos Artislas-Grupo de convidados tirado no jwkfic da Bocca do Matto

OLHAR TRAH1D0R k VW ?0 «AT£AJÍT3i|l|£»

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A's.íY.èzes um olhar simples, discreto,Furtivo, inconsciente, nos revelaG que de mais occülto, mais secreto,Esconde nosso peitO em forte celta

É;então tememos, tímidos de tudo,Surpresos de saber, já conhecido,Orque guardaya nosso lábio mudo,De novo ver assimi surprehendido,

É^^ergün&i^m logo á nossa nient* :-7T Porque guardar assim tão escondidí.0 amor que^ me domina intensamente,

Sfè meu dlhár — esse grande tagarela -Falia-lhe|eh)pre,! altivo e presumido,Ôúé todo'meu amorpertence a Ella ?.

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Promovido pela Sociélé Cenlrale deSauvelage des Naufragés, realizou-se

a 12 do passado mez um festival a bordodo Atlanlique, que teve o cunho de umaverdadeira fesla de arte.

J No bello programma, que foi publi-cado pelo Jornal do Brasil, figurami osnomes das nossas festejadas patrícias,que se achavam de viageVu á Europa.

Referindo so á encantadora lesta, re-i'

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Jrí<Í Í6-6-1904.José Piza.

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José Gonçalves Rozas,vice-presidente da Associação de Soccorros Mútuos

Homenagem ao Conde de Leopoldina

Raul Gonçalves Arruda,segundo secretario da Associação de Soccorros Mútuos

Homenagem ao Conde de Leopoldina

cebeu um nosso companheiro delicadacarta dadistincla amadora D. GuilherminaRocha, que nâo resistimos ao prazer depublicar.« Hoje, ás 5 horas, deveremos chegar áLisboa, e nflo quero deixar de apresentar-lhe os meus comprimentos.

Aproveito o ensejo para oflerecer oprogramma da festa que, em benefício da-Sociélé Cenlrale des Naufragés, se realizoua bordo do Atlanlique ante hontem.

A insistência de diversoscompanheirosde viagem, obrigou me a tomar parte noprogramma.

Estudei a comedia Viuvinha de Acaciò

Antunes, que tanto desejava, fosse re-*presentada no Hodiérno e fine por falta,de tempo mo foi possível leval-a á scenana noite da minha despedida. ,,

Como faltasse o apoio do nossoen-saiadoi-F. de Mesquita, solicitei a valiosaopinião do illustre Di\ Joào Abreu, esposode D.Nicia Sil\avque me guiou e animoua representar.

Embora nfto houvesse mise-en-scéne! e^_todo o necessário, fui feliz porqlie a co-media, paree^, agradou ao bondoso audi^torio que ire nflo;regateou palmas.

Ah! quanta saudade senti do HodiérnoClub, imquelle instante em que tive ailiusàÒ de que estava no Rio de Janeiro.

A rainha fia noite, porém, foi; a nossatalentosa patricia Nicia Silva que cantouadmiravelment»' a ária do Guaramj? Bar-beiro de Sevilha, merecendo enthu^asticosapplausos. . ?::,•' <

Fiquei miiilo orgulhosa pelo francosuecesso da palricia:qae, Lenho esperança,.

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Hlaimel Ferreira Raslos,thesoureiro. da 'Associação de Soccorros Mútuos Homenat

.-. • gem ao Conde: de> Leopoldina

conquistará a gloria para ufania de nossaPátria. V /

Os acompanhamentos ao piano foramfeitos pela eximia; pianista brasileira,mllé.Yvoné de G« slin.

Houve lambem tombola e leilão dasprendas offerecidas pelos passageiros,alcançando suecesso uma aqüarella dodistineto pintor E. VisCònti e uma mu-' sica [Pour quoi?) dó festejado maestroH. Braga. A primeira rendeu 00 fr. e foiarrematada por um cavalheiro de S. Pauloe a segunda 20 fr., e tirou-a do lance aExma. Sra. D. Guilhermina Tavares quegentilmente m'a ollereeeu.

Envio lhe estas noticias e o program-ma qiie,d» sejava, figurassem num cantinhoda sympathica Revista da Semana».

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MUSICASRecebemos do sr. Antônio F. Marques

Júnior a inleressante.valsa de suacompo-siçfto, que tem o suggestivo titulo de —Garbosa.

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1376—N 217 REVISTA DA SEMANA

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10 DE Ju.IflO DE 1904 REVISTA DA SEMANA 1377-N 217

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10 de Julho de 1904 REVISTA DA SEMANA 1379 — N. 217

•CARTAS DE Él TABARÉOCompadre.

Rio, ia semana de julho.

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TPstamos longe, seu compadre, de man--"-ptermo-nos muito tempo tranquiUosem matéria de moléstias e de epidemias:quando não é uma, outra nos assusta._

Agora temos a varíola para affligir-nos, para tirar nos o somno.

A bexiga, como, a chamamos ahi nà

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Desembargador Dr. Antônio A. Ribas

roça, está actualmente na ordem do dia...até no Senado.

Um membro desta casa do Congressolembrou-se de apresentar á consideraçãode seus collegas um projecto tornandoobrigatória a vaccina.

Nesse ramo do Poder Legislativo creioque a idéa navegará em mar de rosas;outro tanto nâo suecedendo na Câmara,onde certo elemento, que por motivo dedeterminado sectarismo, é infenso a essemeio prophylatico, creará óbices á suanecessária passagem.

Dizem osopposicionistas da vaccina,

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ata de líl de Junho — A barca do Club Internacional na enseada de Botifogo por oceasião da regataA regata

que a sua obrigatoriedade constitue umaviolaçio da Constituição,

Gosto muito, seu compadre, dessespaladinos da Liberdade, os mesmos quesanecionaram com o seu voto o Regula-mento Sanitário, monstro que reveste asmais nítidas defraudações do pacto repu-blicano.

A liberdade de morrer... Quem pro-cura coaretar essa liberdade? Certo cadaum tem o direito de escolher o melhor meiode se ver livre deste mundo.

Bertholdo procurava enforcar-se emum pé de salsa ; que mal resultaria se ellepudesse levar a effeito seu desígnio? A suamorte nao .transmittia aos vizinhos ogermen tio mal que o victimara. Outrotanto nflo suecede com a varíola.

Porque o poder publico açode a umprédio presa de incêndio, procurandoimpedir a propagação do sinistro?

Para evitai* que elle se alastre con-summiudo o quarteirão, a cidade...

A casa é minha, posso pegar-lhe fogoá vontade? Nào.

Pelo mesmo motivo de ordem publicae socialdevemos legislarparaque abexiga,hoje na casa de um indivíduo, que a elegeupassaporte para a outra vida, não váamanha eliminar o vizinho, a outro, outro,até tomar conta da população assumindoas proporções de calamidade.

Desconfio que descobri o plano dosque combatem a vaccina. Elles constituemuma partícula insignificante na ;rióssaenorme população; reduzindo nos ; pelavaríola e outras cousas que constam doseu catechisnio, dentro em pouco estarãoem maioria e poderão reinar á vontade-,Lembras-te do Rei Peste, de Poe? Quereinado macabro... Livra! .» : :i -

Friliur«-o-Club-Grupo de convidados no pic-nic realizado em 13 de março

Lá anda Santos Dumont ás voltas comos famosos yankees, que por pirraçapassaram lhe a faca no seu famoso balãon. 7.

Nós, os brasileiros, compreliendemosbem o ferro que ha de causar aos orgu-lhosos descendentes da orgulhosa Albiono facto de nao ser norte americano o des-cobridor da dirigibilidade dos balões...

yue querem, a Natureza também temseus caprichos...

Então pensavam elles que com os seusmilhões, a sua proverbial sagacidade...mercantil (vide Rcducçao da Tarifa paragêneros norte-americanos) que tudo ha-viam de reduzir ao seu poderio, até aprópria Anna Thereza? Cheirava-te...

Mas, seu compadre, é mesmo de daro grande desespero não pertencer á pátriade Edison o nosso Dumont; ferro queaugmenta, quando já se tem umcodilhonatelegraphia sem fio descoberta de umitaliano) e outras.tantas descobertas im-portantes como o radium, o raio !\, quedeviam ser francamente da terra do sr.Roosevelt

Eu, meu charo compadre, no logar doaeronauú-i, faria aos americanos o mesmoque fazem os gatos vagabundos: Prepa-rava o meu baLlo e ia passear por sobreos telhados yankees Assim como os felinosnao querem saber quem está debaixo dastelhas, eu faria o mesmo.

E quando me dissessem—«sr. Bermn-des, desça do seu balão, venha tomar aí*

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Tff^W^'l'l'*'0^fÊtW^^'i*i Cu,láii.iiÍ&zíá:*z/,i*\iãtjn^^

1380 - N. 217 REVISTA DA SEMANA ; •

10 de Julho de 1904

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guma cousa». Eu responderia jogando-lhes pedaços do balão esfaqueado, pararememoração perenne da vergonhosaderrota que soffreram, sem se resignarem,nas conquistas brilhantes do progressoe da sciencia.

Queria fallar-te ainda dos escândalosque ultimamente tem se dado cm algunstribunaes. Isto, oorém, transformaria estacarta em testamento de sujeito que quercontentar a todos e... o

' espaço, meu

velho... cheirava-te.Adeus

TeuBcrm udes.

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Desembargador Â. A. RibasFalleceu no dia 21 do mez passado, na

cidade de Porto Alegre, o desembargadorA. A. Ribas, membro do Tribunal Superiore um dos juizes mais gratamente aprecia-dos.

A noticia de sua morte a todos cons-ternou, muito especialmente á Magistra-tura, a cujo culto se dedicava com carinhoe abnegação.

Rendendo justo preito de homenagem,a Bevista da Semana publica hoje o seunetrato em pagina de honra.

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THEATROSDuas boas premières tivemos na se-

mana que findou. Em gêneros completa-mente oppostos ambas agradaram e ambasdarão margem a boas representações.

Uma teve logar no theatro RecreioDramático com uma peça nacional, ori-ginal de A. Azevedo ; outra a conhecidaZazá no theatro S. José, servindo para aestréa de Angela Pinto.

Zazá é uma peça bastante conhecida

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Companhia Dramática Portu-gueza—A aetriz

Angela Pinto na Zazá (acto 1)

e não menos apreciada entre nós, alcan-çando sempre um successo invejado e me-retido, não só pela variedade de im-pressões que causa em cada espectadorcomo pela simplicidade com que é desen-..volvido o thema.

Nella as mutações vêem suavemente,

sem lances inesperados e sem bruscastransições.

Aqui tem sido representada quer emfrancez pela própria creadora do papel, anotável artista franceza Réjane, como emportuguez pela sua interprete AngelaPinto, corno ainda em italiano pelo gênioencantador de meiguice e arte que é Clarade Ia Guardiã.

Qual das três mais agradasse, qualdas três mais profundamente commovessea platéa é difficil determinar,e conciliandoas impressões podemos a formar que cadauma no seu gênero e modo de interpretar,s1o outras tantas creadoras do mesmotypo. Em Réjane a graça e a leviandadepeculiares á franceza teve completo desen-volvimento e fiel reproductora, cabendo-lhesem duvida a gloria da primeira creaçao.Inimitável, leve, com tu do, nas duas poste-riores, competidoras altamente classifica-

Companhia Drariiaticá Portu-guezá-^a actriz

Angela Pinto na Zazá (acto III)

das. Eram outras tantas Zazás, uma portu-gueza outra italiana.

Delia Guardiã, nos lances dramáticosda peça, onde fosse necessário fazer vi-brar a platéa pela expressão de um senti-mentalismo apaixonado, onde se necessi-tasse de um coraçáo de mulher golpeadopelo ciúme e pela paixão, foi sem duvidagenial, porque ninguém Wo nega essedote que possue na mutação rápidada expressão, no gesto natural, do ódioou do amor, na represenfaçfto, emíim, dador moral.

Angela Pinto, ainda dessa feita ti-vemos occasião de apreciar, possue porsua vez esse mesmo dote, mas impri-mindo-lhe o ser de um modo differente,fazendo vibrar o espectador de umamaneira particular, toda sua, toda oro-pria. F

E\ emfim, a representação do dramado coração synthetisado na alma portu-gueza. r: O trabalho de Angela Pinto na Zazáoi desta vez de uma superioridade incon-testavel, mesmo porque ella encontrounos seus companheiros de scena auxilia-res dignos, o que ainda mais lhe fez real-çar o brilho do trabalho.

A platéa nflo se conteve diversas vezesem uma das quaes, no quarto acto, ia-lhequasi prejudicando o effeito da scena dorompimento com Bernard. Ella, porém,tfto possuidora estava do seu papel que ainterrupção dos applausosnâo lhe fizeram

perder a linha e até realçou-lhe o,trabalho pela difficuldade inesperada.

Foi uma noite de delicias, a ciaprimeira da Zazá, devido não somente aAngela Pinto como ainda aos seus com-panheiros.

Destes, destacamos Luiz Pinto no pa-pel de Bernard Dufresne, a que elle deupor sua vez uma interpretação correcla, emuito apreciámos o seu trabalho princi-palmente no quarto acto onde esteve alémda expectativa geral.

Quanto ao papel de Cascard algunsreparos nâo seriam descabidos, nao porqueestivesse fora do plano geral, mas pelamaneira de encarar a reproducçáo dotypo. O actor Ignacio comprehendeu umCascard muito diplomático, muito sério emuito cortez para um simples artista decafé-concerto. Em todo o caso o seu tra-balho não deve passar despercebido.

Foi, portanto, o que se pode chamai'uma noute deliciosa rematada pelo lyrismo

. encantador desse quinto acto, onde tudomente á realidade da vida e da paixão, masonde se encontra um bâlsámo consola dorpara as desillusões que enchem a exis-tencia.

Alli, Angela mostrou-se além de ar-tista, muito mulher; e dominada nao maispor essa paixão que arrebata e cega, maspela calma recordação dé um primeiroamor, ella disse com infinita arte e umameiguice extremamente acariciadora aoseu Bernard, que : pensava nelle como sepensa em um».. morto !

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O Recreio Dramático levou lambem áscena a Fonte Caslalia. Delia nos occupa-remos com minucioso detalhe no nossopróximo numero.

Desde já, porém, podemos augurarpara o Recreio uma serie de esplendidasrepresentações, porquanto vimos quantoao publico, agradou a nova peça.K demais os distinctos artistas da-quella empreza já estão habituados a veros seus esforços coroados sempre do me-lhor êxito.

Marciohis.

CARTÕES POSTAESE\m.a Sr.1 D. Euridice. — Por gostarmuito de flores vou remetter lhe com omáximo cuidado, por porlador seguro,

uma rosa encantadora, que está a des-abrochar no meu pequeno jardim.Ainda está em botão, mas travessocolibri ainda esta manhã procurou sugar-lhe o mel tão perfumado, que já nao sesente quasi o aromadas outras "flores,

tala suavidade do olor que ella trescala.Deve ser lindíssima quando as pétalasse abrirem ás caricias do orvalho matutino.Semepermittisse, senfto ficasse mo-lestada commigo, eu me animaria a avan-

çar que aquelle buliçoso beija-flor, quecom anciedade aguarda o momento pro-picio para profanar o calix da incompa-ravel rosa com seus beijos trêmulos, estávivendo nao só de perfume como de illü-soes.E1 que a avesita julga que aquella florem botão é o lábio de quem agora me di-rijo e que ainda nâo se descerrou num os-culo de amor, embora o hálito cheirosolaça prever que não tardará o seu desabro-chamento.A mim quer me parecer isso, porquenao posso comprehender como um colibrinamore uma flor, embora encantadora,

mas que nao tem a lindeza da outra, gra-ciosa, nsonha,viva, ninho de beijos inno-centes, puros...Joílo Pclino.

MAGNESIA FLUIDA, recommenda-se a de Granado & C

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10 de Julho de 1904 REVISTA DA SEMANA 1381—N. 217

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SEMANA RELIGIOSAFértil em festividades religiosas foi a

semana finda, que iniciou-se com a tra-dicciopal solemnidade da visitação deSanta Isabel á Virgem Mâe de Deus e en-cerrou-se com a peregrinação dos catho-licos do Rio. de Janeiro ao Santuário deNossa Senhora Auxiliadora no Collegiodos Padres Salesianos em Santa Rosa,Nietheroy.

A primeira destas solemnidades foirealizada corn? esplendor e brilho dignosde uni dos únicos estabelecimentos quemantém as suas tradicções de desinte;ressada caridade distribuída indistinctá-mente por quantos procuram o seu au-xilio.

Referimo-nos a Santa Casa de Miseri-cordia, pio estabelecimento de caridadeque, adaptado aos progressos da scienciamoderna, guarda com carinho as leis edeterminações da mais sublime das reli-giões.

A Santa Casa de Misericórdia, apro-veitando as festividades da visitação desanta Isabel á Virgem Maria, inaugurouSolemneniente nesse dia os melhoramentoslevados a effeito pela actual adminis-tração.

Quem nunca assistiu a solemnidadedesta festa nao pôde fazer idéa do quantoé imponente e sensibilisador o encontrodas procissões que, sahindo uma da EgrejaCathedral conduzindo a Imagem da VirgemMaria e a outra da Egreja da Misericórdiacom a angélica mãe de João Raptista en-contram-se em meio do caminho, fundindo-se e constituindo uma só procissão quesegue caminho da Misericórdia onde écantada missa solemne seguindo-se as de-mais solemnidades.

Terminadas as festividades 'religiosassfto franqueados os hospitaes á visita dopublico, que ancioso aguarda essa occa-sião em que, compadecendose do soffri-mento alheio, consola-se do seu própriosoffrer.

Ahi, nesses hospitaes, colhe o povoexemplos, vivos dos males que perseguema humanidade.

Enfermarias ha em que ao lado dohomem laborioso que tombou ferido pelaprópria polia da machina que em movi-mento lhe garante a subsistência dosfilhos está o audaz ladrflo que na escaladade um muro fracturou uma perna.

E todos sem distincções de classes oude crenças religiosas recebem os carinhos

das Santas Irmans de Sâo Vicente dePaulo que, ministrando os remédios quedevem curar a moléstia do corpo, pro-curam elevar o moral do doente puri-ficando a alma com orações ao Deus TodoPoderoso,

Lcssa*

Mp. Louis RaposoEx-professor cio Missionary Tfaihing Institute de

Brooklyn, Estados-Unidos, correspondente de diversosdiários e revistas americanas, que está actualmente or-ganizando o Pan-American Associated Fress para fazera propaganda do Brasil na America por meio da im-prensa e da America nó Brasil por meio de exposiçõespermanentes.

CDHMISSÂO LlTTERARIi FLUMINENSECom prazer, abaixo publicamos o

appello á classe acadêmica que nos foienviado pela commissfto signatária:

Os abaixo assignados, membros daAggremiação Litteraria cujo titulo epi-grapha estas linhas, iniciadòra da-prppa-ganda emJavor da erecção de monumen-tos á memória dos saudosos vates na-cionaes, Narcisa Amalia,Luiz GuimarãesJúnior, Alvares de Azevedo, BernardoGuimarães, Cruze Souza, Francisco Müniz

Barreto e Theophilo Dias, vem, por in-termedio da Revista da Semana, solicitardesta preclara pleiade o seu valioso con-curso em prol do nosso desideratum.

Os donativos deverão ser enviados áredacçfto desta conceituada revista ou ásede desta commissAo, á rua do Palati-nato n. 17—Petropolis—Estado do Rio.

PelaCommissào—Assignados—IsauraYolife, Presidente e Fundadora; JoãoMoura Costa, 21 Secretario; EugênioFreitas, Thesoureiro; H. Marinho, LevyAutran, J. Guimarães, A. Vargas, E. deMenezes.

¦ANNIBAL JÚLIO DE.MEDEIROSNo altar-mór da Matriz da Candelária,

o Club de Natação e Regatas mandou nodia 8 do corrente rezar uma missa de se-timo dia, pelo eterno descanço do seununca esquecido presidente honorário An-nibal Júlio de Medeiros.

Essa solemnidade religiosa teve umcunho assás significativo pela imponênciade que se revestiu.

A' Egreja afíluiram numerosos amigosdo finado, notando-se representantes detodas as corporações congêneres a quepertencia o extineto cavalheiro.

A Revista da Semana fez-se representarpor um dos seus redactores.

O/WV^^S^^W^^^^V

AO CHEGAR DO INVEiíNO...Quando o futuro despontar de um annoAchar já brancos estes meus cabellosE me envolver a calidez dos zelosNa avalanche cruel do Desengano,

Com esses lábios—já então perdel-osNâo poderão os lábios de um profano!Has de sorrir deste ciúme insanoQue me inspira tão tristes pesadelos...

Zombaremos então, envelhecidos,Dos tormentos sem numero soffridosE das grandes venturas que eu te pinto.

... Mas duas cousas ficarão, por certo:— Esse gozo que sentes de mim pertoE este prazer que de ti perto eu sinto!

Tliemtido Lcssa.

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A. regata de i» de junho—Grupo tirado na barca do C. Internacional de Regatas

A regala de-!!• de juiiho—Grupo de sócios e convidados do Club Interna-cional de Regatas

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1382—N. 217 REVISTA DA SEMANA 10 de Julho de 1904

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9o Clássico — Em 14 de agosto — 1.200metros — 1:500$ e 225$ — Jucá Tigre. RioGrande, Alegre, Alcachofra, Ural, Mosa,Vendéa e Mignon.

10° Clássico — Em 11 de setembro —2.000 metros — 1:800g e 270$ — Sottéa,Me-nelik, Iracema, Urano, Cambyse, Ouvi-dor, Atir, Sophia, Medéa e Gravatahy.

11° Clássico — Em 11 de setembro —1.700 metros - 1:600$ e 240$ - King Ted,Tupy, Galathéa, Baccarat, Galopim, Taga-

baldi, Tagarela, Volça, Bismark, Pimen-to, Caprichoso, Libertino e Pitoniza.

Perderá o direito de disputar este ultimoclássico todo o animal que. no correnteanno, obtiver mais de uma victoria noJockey-Club.

Inscripções annunciadas:Sabbado, 9 de julho, as 4 horas da

tarde, para a 8a corrida do Jockey-Club,nodia 17.

JOCKEYSecretaria—rua da Constituição n. 10.Hippodromo — Prado Fluminense, em

S. Francisco Xavier.DERBY-CLUB

¦ ¦. *

Secretaria — Praça Tiradentes n. 8.Hippodromo — Prado de Itamaraty, á

rua S. Francisco Xavier.Estação Sportiva

Dias de corridas na estação sportiva de1904 :

Juino ••••«.>••..,AgostoSetembroOutubro.NovembroDezembro

Jockey-Club17-3114-2811-259^-236-204-18

Derby-Club14-247-224-18

2-16—3013-27

11

Grandes prêmios, cujas datas de realiza-ção já estão marcadas :

Grande Prêmio Rio de Janeiro (Derby-Club) — 7 de agosto.Grande Prêmio Jockey-Club (Jockey-Club) — 11 de setembro.

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** *

Inscripções jà realizadas :JOCKEY-CLUB

Grande Prêmio Dezeseis de Julho —Em 17 de julho—2.100 metros-5:000$000 e7508000—Tenor, Caprichoso, Timbyra, Si-donia, Medéa, Osmonde, Orion, Obélis-que, Oder, Garibaldi, Tagarela, Vulcatius,Tupy, Urano e Galathéa.

7? Clássico — Em 17 de julho — 1.800metros — 1:600$ e 240g - Iracema, Thiers,Africano, Leão, Atir, Urano, KardinalBôer, Malho, Sophia. Ural, Medéa e Cor-dyllo.

8° Clássico — Em 31 de julho — 2.000metros — 1:800$ e 270$ - Dous de Agosto,Seccion Juracy, Quito, Barba Azul, Sen-tinella, Gedéon, Propheta,Napoleâo,Ome-ga, Osmonde, Orion, Oder, Bread Win-ner; Pimento e Abogado.

•loclíéy-rinl) - Aspecto do pavilhão central e archibancaias, na corrida de domingo

rela, Obélisque, Osmonde, Orion, Oder,\olga, Sidonia, Timbyra, Vulcatius, Arye Caprichoso.12° Clássico — Em 9 de outubro— 1.609metros- 1:500$ e 225$ - Nereu, Thétis,César, iNero e Satellite.

i í™ Classico — Em 6 de novembro —1.800 metros - 1:600$ e 240$ - Iracema,Urano, Thiers, Ouvidor, Leão, Atir, Kar-dmal, Sophia,Ural,Gravatahye Salteador., ü° Classic<> - Em 4 de dezembro -1.700 metros - 1:500$ e 225$ - Caporal,Melton, Thiers, Africano, Ouvidor, Lord11, Atir Independente, Tamoyo, Bôer,Kardinal, Jurema, Sophia, Ural, Mosa exi.erciiia.

15» Classico—Em 18de dezembro-1.700metros - 1:5008 e 225$- Albion, Delta,Independente, Tamoyo, Perichole, Gari-

NOTICIÁRIO

Vários spórlsmen paulistas, ^ntre osquaes o importante criador dr. FirmianoPinto, assistiram no domingo ultimo ácorrida do Grande Prêmio Cruzeiro do Sul,na qual sahiram vencedores os animaesKita, Caporal c Medéa, produetos de SAoPaulo, como lambem o sjlo todos os col-locados no dito grande prêmio.Morreu ha dias o cava Mo inglez Ga-lopim, pensionisla do Stud Derby.—Foram definitivamente retirados doenlrainemenl e destinados á rcproducçfioos animaes Maravilha e Albatroz.Mancou novamente em trabalho ocavallo Dumont.

—Consta que um stud desta CapitalÁGUA INCLEZA, recommenda-se a de Granado & C.

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10 di Julho de 1904 REVISTA DA SEMANA 1385—N. 21?

lidados uma esplendida corrida, a quenão faltarão por certo os attractivos dasanteriores reuniões.

Os corredores inscriptos nos diversospareôs do esplendido programma acham-se animadíssimos e bellas serão as che-

v.gadas e as carreiras pedestres e de bicy-clettes.

Esta festa estava annunciada paradomingo passado, mas decidiu a dignadirectoria transíeril-a, á ultima hora,por causa de outro festival marcado parao mesmo dia.

5a, Grani to e Pityguara; 6a, PeryeDuc;7a, Brasil el.uar;8a, Pityguara eGranito;9a, Duc e Acre; 10, Rio Grande e Pará;11, Aniceto e Pityguara; 12; Duc e Vizeu ;13, Rio Grande e Brasil; 14, Aniceto eGranito ; 15, Duc e Acre e 16, Luar e Pará.

oa:rto:p:e£i:l.i.a.

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PELOTACLUB INTERNACIONAL DA PELOTA

Na cancha do Jardim Zoológico ha-yerá hoje mais uma attrahente funcçftointima entre os amadores deste importantecentro.

PELOTARI-CLUBI

A funcçào intima deste centro, que serealizou domingo na cancha da Ponta do

'•Caju, esteve como as anteriores bastanteanimada.

O jogo accusou o seguinte resultado :Partido simples a 25 pontos.Bando vencedor: Brasil-Rio Grande.Quinielas duplas:Ia, Brasil-Acre eBaré-Granilo; 2a,Bra-

-sil-Acrc eRio Grande-Vizeu; 3a, Luar-Duce-Rio Grande-Vizeu; 4a, Luar-Duc e Baré-dranito.

Quinielas simples :Ia Brasil eGranito; 2a,Granito e Duc;

3a, Vizeu e Duc; 4% Pará e Rio Grande;

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•lacol> ííueiless. presidente da Sociedade Car-tophila Internacional Emanuel Hennann

PROBLEMA N. 346— StepanowPretas (3)

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Brancas (9) mate em 2 lances^vwvs^v^^vw

PROBLEMA N. 347—C. AchillePretas (6)

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Brancas (7) mate em 3 lances

SOLUÇÕESproblema n. 342—J. E. Macedo Soares

1 D 3 T R (Inicial) 3 variantesproi3lema n. 343—F.Fielm

1D 6T, R4B;2D 6 C R x etc.R6B; 2D6CRetc.BxB; 2 D 2 R x etc.TxB;2D4B x etc.

Resolvidos pelos srs.; Silvano, Theo,Júlio Barreiros, Gil de Souza, OctavioCeva, Salvio, S. Castro, Joíemo, _D\Albret,Petronio, Muzio, Caissano, Zut, Alipio deOliveira e V. N. Ns. 340 e 341 (anteriores)Alipio Cascfto e M Lauriano.

Club de xadrez de S. PauloEssa distincta aggremiaçao enxadrista

que já conta dous annos de prospera exis-tencia, acaba de reformar os seus estatutosem assembléa geral ultimamente realizada,tendo sido eleita na mesma assembléa aseguinte directoria para servir no correnteanno: presidente, Paulo Tagliáferro; vice-presidente, dr. Maurício Levy; secretario,Alvys Schmidt; thesoureiro, Paulo Regitz;Io dirigente, LuizHeinsfurtei, 2° dirigente,-Alexandre Hass e orador ofíiciàl; JoséCarlos de Macedo Soares.

Ao sr. F. C. Lichtemberger foi pelaassembléa conferido o titulo de presidentehonorário.

Os novos estatutos que foram orga-nizados por uma commissfto composta dossrs. J. E. Macedo Soares, A. Souza CamposJúnior e dr. Maurício Levy, estão hábil-mente elaborados facultando aos associa-dos do club, aliás um grupo selecto e nu-me roso de amadores daquélla capital, arealização de sessões de partidas, duasvezes por semana, além dos torneios an-nuaes como osquejátém sido effectua-dos. ; .

Fazemos votos para que a nova admi-

;ivSOCIEDADE CARTOPHILA BRASILEIRASabemos que vários cartophilos pau-listanos tencionam fundar a Sociedade

Cartophila Brasileira, com sede em SãoPaulo. j

Dessa forma, oscolleccionadores terãotrês associações para pugnar em seu favor,sendo no Rio, a Sociedade Cartophila In-ternacional Emanuel Hermann;ein S.Pauloa Sociedade Cartophila Brasileira e emPorlo-Alegre o Club Philocartista Brasil:

FOOT-BALL¦)

CAMPEONATO DE 1904 -

11° malch0 31° malch do Campeonato da Liga

Paulista de Foot-Ball, jogado no dia 21) domez passado entre os primeiros teams doS. Paulo Athletic-Glub e da AssociaçãoAlhlelica das Palmeiras, nao dispertougrande altenção, pois o jogo não foi re-nhido e pouca coragem se notou entre osadversários.

Coube a victoria ao S. Paulo AthleticClub por 5 goals a Q. j

Não houve malch dos segundos teams.12° malch

Para hoje está marcado o 12° malch,devendo encontrar-se os teams do S. PauloAthletic-Clube doSport-Club Germania.

nistração continue como a precedente^ apromover o cultivo que merece o nobre einteressante jogo de xadrez, que por ser omais desinteressado de todos os sportsnfto cansaremos de recouimendal-o aomundo intellectual.

lleibas >

, ¦

¦' ¦..."'''

eO^ESfOJMDEJMCI/\ ;Gabriel Silva—As photographias que

nos remolteu, serão, caso se prestem áphotogravura, brevemente publicadas.

A. Castro—Recebemos a sua narrativaBatalha que deixamos de publicar pornão estar de accordo com o programmada Revista da Semana.

Salvador Conceição—Não serve a valsaLoira que nos enviou. .A

Club CommÈrcíal—Accedemos ao ap-pello que nos dirige, pedindo entretantoque nos forneça a importância dos sellos.

•AAAA^A^AAAA/^W

RECREAÇÕES»

Um artístico prêmio ao VencedorTorneio de junho a julho

As soluções dos problemas do dia 2G de junhofiudo são as seguintes:

Do n. 33, de Therèziniía : Crusalellar don. 34. de Siniiosinho: Lucrecia—Lua; do n. 3õ,de Raul: Salas—Salas, do n. 36, de Minado:Candi—Çàndiclá; do n. 37. de Chiquito: Ahdallah—hen—Zobair; do n. 38, de Àzer: Violeta—Vita;do n. 39, de GocOROCO: Alello—Alella: do n, 40,de Guiomar: Azèr; dó n. 41, de Blondínette:Mahc—Marahr; do n. 42, de FRANCISCO Tklles:Kiolome; do n. 43, de Flavio Dantas: Alda Al-merinda; do n. 44. de Africano: Diana-—Dia;t don. 45, Rudiario, Messena, e do n. 45 de Alp.y:Lima;

D. Loretti e Caveirinha solveram doze dessesproblemas.

Flavio Pautas. Guiomar, Quininha, Conradinhoe Raul, dez; Mikado, Cocorocó, Sinhosinho, Qdilla

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1386—N. 217 REVISTA DA SEMANA 10 de Julho de 1904

i

1i

Granata, Talma, Ayres Schmidt, O. Neves e DürvalPinto, sete; Blondinette, Chiquito e BendegóY seis,Pompilius, Francisco Telles e Bembem, quatro;Alayde e Clovis, três.

Para hoje apresentamos:61—LOGOGRIPHO POR LETTRAS (JoCCl)

(A' Lolota Arêas)Tens aqui, querida flor,—4,6,11,9,5,1No tapume do jardim, -7,12,4,3jüm vaso de tõucador—4,8,16,8Queadonzella ufa, alfiui—1,5,10,14,15,8

:E's linda, bondosa emfim,-6,ll,2,3,14,9,4 •Exhalas suave odor;—1,4,3,7,8.Não és rosa, nem jasmim—14,15,4,15,3É á tua mão tens muito amor,—7,1,16,8,17E's meu canto de poeta,—4,15,16,8E uma bella borboleta,-2,3,4,15,3Que de aragens tem enfado.—3.4,15,11,8Tens um riso de criança,-2,17,14E's, com fé, com esperança,Meu pensamento adorado.

62—charada apocopada (D. Lorelti)(A' gentil Hollanda)

Em 1882, um clérigo estudante, muito acabru-nhado com uma grave pleuriz, recebeu os últimossacramentos. Na mesma manhã, D. Bosco, foi vel-oe lhe disse:

Pois bem, Francisco, tens pena de deixareste mundo ?

Ah ! D. Bosco, eu não sei o que lhe hei dedizer, deixe-me pensar até esta tarde.

Pouco depois, disse comsigo mesmo:—• Eu sou um estúpido! porque não respondi

que queria ir para o céo ! Era bastante que D. Bos-co m'o tivesse promettido.

D. Bosco, voltando á tarde, o doente lhe res-pondeu:Estou decidido, se me assegura que vou parao céo, prefiro partir já.E' muito tarde, meu querido Francisco; fi-c*arás restabelecido—3—algum tempo, mas prepa-ra-te, pois que tens muito que soffrer.

Com etieito o doente sarou, mas em não dila-tado tempo teve de soffrer uma dolorosa enfermi-dade nas pernas. Continuou seus estudos e orde-nou-se sacerdote;--2—a enfermidade acompanhou-odoze annos consecutivos, isto é, até a morte.

63—charada novíssima (Sin/iosinlio)Prezada Guiornar.—Beijo-te as mãos, com todo

o respeito e veneração.Agora, sim, senhora; já respiro, com mais ex-

pansão, um ar mais livre uum ambiente esplendi-damente agradável.

Já desappareceu-me a terrível incerteza quedominava o meu espirito, e mais socegado me acho,portanto.

E' de acreditar que agora melhor conduza—2—a gondola da vida, que com mais precisão, sulca ascrystallinas águas do oceano—1—do destino; e maisnão tenho os horrendos tropeços que encontrava naminha espinhosa rota-, já não vejo mais no decursodas viagens, os insondaveis arrecifes da desdita.

Confesso-te, pois, do fundo d'alma, que te ficomuito grato pela tua generosidade e rogo confiaresna sinceridade do meu affecto.

Até mais ver.64—charada invertida (Africano)

(Por lettras)(Ao estimado collega Araken)

Vae, meu suspiro, vae, bem de mansinho,Aninhar-te no roseo seio delia;

. E dize-lhe que aqui, sem ter carinho,Saudoso eu vivo, só pensando nella,E? tarde já; se ella estiver dormindo,Sê delicado, entra com bem cautella ;Afasta o cortinado branco e lindo,E, amor cantando, oscula a face delia.

2—Ella dorme de vestes cor de rosa,Com os cabellos soltos, livremente,Descerra a sua bocca voluptuosa,E bebe o aroma de seu lábio quente !

65—charada apheresada {Raul)Minha adorável Nênê P„. — Meus respeitosos

Comprimentos. Já sei que gostaste muito do meuretrato.—3—Achaste-o bastante parecido commigo,nab é assim ? Se te for agradável, conserva-o como

.,pequena recordação. Aquellts myosotis e aquellasodorosas flores que te offertei, colloca-as no teu. JwUo vaso—2—de /o/7e//e, e, depois de fenecidas,

guarda-as no sagrado cofre das tuas amadas remi-. niscencias.

Sem mais assumpto, acceita muitas saudadesdo teu sincero admirador e attento criado.

66—charada antiga (Aymoré)(Ao illustrado Agesiláo)

Esplende o céo de estrellas lactescentesE ellas parecem lá no Azul, formosos—1E immaculados olhos buliçososDe criancinhas meigas e contentes.Ah! E quem sabe se não são ditososOlhos travessos de pequenos entesQue são da terra mortos innoeentes—1E lá no céo revivem, radiosos!Atravéz de uma estrella brauca e levePalpita um corpo infante e côr de neve,Que sobre o nosso olhar nunca apparece,Porque, logo que sobe deste lodoE' para Deus transfigurado todoEm luz, em hymnos, em altar, em prece.

67-cnahada girondina (Durucil Pinlo)(Offerecida a veterana Josephina B.)

2—Ha muitos annos, conheci uma mulhernegra, tão negra como a cor da noute escura, triste,muito triste, constantemente a chorar...

Pobre mulher! era uma escrava !Presa á abominável corrente da escravidão,

ella soffriao jugo do seu senhor, melaneolicamente,tristemente, derramando abundantes lagrimas dosolhos amortecidos.

Um dia raiou a liberdade !O Brasil tirou de si essa no loa infame que o

aviltava, e, então, a pobre mulher negra, que,naquella epocha eu conhecia, melancólica, cons-tantemente a chorar livre emfim, poude rir decontentamento e de prazer! Era livre...

*• *:

Meu coração é um escravo, mas ura escravoquasi feliz, um escravo que beija as cadeias que oprendem, porque ellas são feitas do perfume doslábios, dos aromas embriagadores do amor...

A's vezes, o meu pobre coração escravo tem unsvôos arrebatados... uns vôos de livre., mas depoisabate-se... cae e vem beijar os pés dsssa que oprende, que o subjuga, que o humilha, a elle o meucoração outr'ora altivo—quando era livre.

Triste sorte a dos escravos!68—logog^ipho por lettras (Therezinha)

(Ao provecto Agesiláo)Em um baile:

Que é isto? o senhor—1, 2, 3, 6—dansando ?Constou-me que estava tão doente...E de facto, sahi da cama agora, e com umsentimento—5, 4, 3, 6-profundo : estou me agi-tando.

Para que isso ?Cousas do medico ; receitou-me um medica-

mento e veio no rotulo do vidro « Aqile-se anies detomar! »69—CHARADA INVERSIVA POR LETTRAS

(Ayres Schmidt)(Ao illustre Araken)

2—0' rapaz, como pudeste tu, em tão poucotempo, arranjar tamanha enfiada de peixe?Enfiando-os, senhor.—70—CHARADA EM EPENTIIESE (Zéllü)

(Ao Ayres Schmidt))Não aprecio esta moça. —liMas porque, senhor ?—4Tem um habito muito reparado nas mulheresFalia pouco.71—CHARADA EM METAGRAMMA (Nenê P).

(Só varia a terceira lettra)2—Como epitaphio de um cão mandou o seusenhor gravar o seguinte:—Aqui jaz o único amigo que nunca me mordeu.

RECTIFICAÇÕESO problema n. 58, de Aymoré, é uma charadabisada, e no final do 2» verso do 1° quarteto leia-seo algarismo 3; no fim do 3" verso do 1» tercetoo algarismo 2. '

O problema de D. Alo. que deixou desanir numerado, tem o numero 60.CORRESPONDÊNCIA

Blondinclle.-Felh viagem e breve regresso.7 herezinha- Esta secção estará sempre ásordens da genti collega. O* seus problemas foramrecebidos e aeceitos.Francisco Telles.-Cordiaes felicitações.Aloy.— Mais uma vez agradecemos as delicadasreferencias que nos foram feitas pelo caro collegaO seu problema será publicado na próxima secção.

Archimedes Júnior.

©:

COQUELUCHEPORTENTOSA DESC015KRTA

Assim se exprime o illustre cli-nico de Sapé do Ubá, o di. SaverioMassi Benedetti, fallando do especi-fico contra a coqueluche, descobertopor Genofre e que cura de 8 a 20dias.

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4