revista asdap ed. 03 mar_abri 2013

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revista oficial da Asdap

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EXPEDIENTE

Alíquotainterestadual de 4%ainda não foi absorvidapelo mercado

14 l Especial - Capa

Imposto sobretransferência de produtosdivide opiniões do setor

12 l Comércio

Processos de fabricação eaplicação diferenciamprodutos certificados

18 l Certificação

Integração de sistemastraz ótimos resultados àestratégia de negócios

20 l Tecnologia

Aserv valoriza aqualificação através dacriação de oficina-modelo

24 l Entidade

Grupo de trabalhoatualiza 17 normas

para serviçosautomotivos

28 l Entidade

André Kotoman

Banco de Imagens

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Page 6: Revista Asdap Ed. 03 Mar_Abri 2013

6 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

INDÚSTRIA

Conforme o presidente da Asdap, Hen-rique Steffen, algumas distribuidoras noEstado apresentam uma política de preçosmuito baixos, que chegam a ser inferioresaos custos de fábrica. Diante dessas açõesque prejudicam o segmento de distribui-ção de autopeças, a associação encabeçauma iniciativa no sentido de cons-cientizaros fabricantes sobre o que está aconte-cendo no mercado e cobrar das indústriasque impeçam essas ações.

“Não entendemos essa forma de comer-cialização, mas consideramos que é umaprática que prejudica o mercado e a com-petitividade entre as empresas”, especificaSteffen. Segundo ele, o prejuízo vai maisalém: atinge a idoneidade do fabricante.“Essas promoções de itens realizadas poralgumas distribuidoras acabam desmerecen-do a qualidade dos produtos, banalizando-os e colocando em risco a credibilidade damarca que os fornece”, reforça.

Asdap e empresáriosbuscam um mercado de

concorrência sadiaPara Daniel Ferrari, proprietário da BG

Ferramentas e Autopeças, de Bento Gon-çalves (RS), que está há mais de 30 anosno Estado e em Santa Catarina, é muitodifícil concorrer com esses “preços nega-tivamente abusivos”. Segundo ele, essas“ofertas” de algumas distribuidoras po-dem ser uma política comercial para atra-ir as vendas com alguma sonegação deimpostos. “Não acredito que o distribui-dor pague para vender o seu produto.Algum tributo tem que ficar para trás paraviabilizar essa negociação”, cita.

Embora não saiba identificar a razãopela qual estas empresas estão “agredin-do” o mercado, o empresário tem certe-za que este procedimento derruba a con-corrência de forma desleal. Ele afirma quea fiscalização pelos órgãos do governodeve ser mais atenta e acredita tambémque a posição da Asdap pode ser deter-minante na cobrança da solução destes

“Não entendemosessa forma de

comercialização,mas consideramos

que é umaprática que prejudica

o mercado e acompetitividade

entre as empresas”

Fotografia André Kotoman

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8 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

Divulgação GM

INDÚSTRIA

ralelo. “Peças de qualidade duvidosa po-dem ser a justificativa para essas vendaspromocionais”, comenta.

Antélio Marafon, diretor da Total Distri-buidora de Motopeças, de Porto Alegre,também aponta a política de preços inferi-ores como altamente prejudicial para asdistribuidoras. “Essa prática causa uma re-ação em cadeia no mercado. Todo mundoperde quando uma empresa baixa demaisos preços e outras empresas venham afazer a mesma coisa”, contesta. Marafonacredita que isso ocorre bastante no ramode distribuidores nacionais que têm políti-ca diferenciada de compensação, trazen-do prejuízo à concorrência em geral.

“Alguns fabricantes têm se posicionadocontra isso, porém, com poucas ações jun-to aos distribuidores. Outros se importamapenas com a meta de vendas, sem querersaber o que acontece no mercado depoisda distribuição”, frisa o empresário. Ele te-me que as indústrias não queiram “baterde frente” com o distribuidor ao questio-nar a sua política de preços e o resultadodessas ações na disputa de consumo.

“Parece um problema quase sem solu-ção. E é muito sério o que tem acontecidofrequentemente com linhas originais, o quetorna impossível a competitividade”, res-salta Marafon. Para ele, é louvável a iniciati-va da Asdap em defender seus associadosnesta questão que envolve empresas degrande porte com representação em todoo país. “Parabéns à Associação, que estáfazendo o seu trabalho, defendendo os dis-tribuidores regionais”, completa.

BG Ferramentas enfrenta 'preços negativamente abusivos' Total Distribuidora teme que indústrias não colaborem

problemas junto aos fabricantes. “Nós,empresários, temos que estar alertas enos mobilizarmos para 'brigar' pelo que écorreto para o nosso setor, assim como aassociação, não sei com quais bandeiras,viabilizar meios de conscientizar as fábri-cas sobre a necessidade de extinguir es-sas ações que desnivelam o mercado”,ressalta Ferrari.

“Realmente, essa é uma prática pre-datória e é bem importante que a Asdap,através de meios de relacionamento como setor, como a revista, que é um exce-lente canal do segmento, fique à frentedessa batalha”, enfatiza Flávio Ramos, di-retor-geral e proprietário da Ramos eCopini Autopeças, empresa fundada em1990 e que atende as regiões norte, cen-tral e noroeste do Rio Grande do Sul. Se-gundo Ramos, os preços oferecidos poressas distribuidoras afetam também o in-terior do Estado. “É uma concorrênciamuito desleal. Não conseguimos chegara esses valores que não cobrem nem oscustos dos produtos”, ressalta.

“Esses distribuidores fazem ações pon-tuais que prejudicam toda a cadeia co-mercial. Algum segredo deve ter para queconsigam trabalhar assim. Não há lógicanessa história”, desabafa Ramos. “Nos-sos clientes são as pequenas autopeças eoficinas que mantêm estoque e essas 'pro-moções' afetam diretamente a comerciali-zação com eles”, indica Ramos. O em-presário acredita também que os produ-tos com preços muito baixos podem serprovenientes de marcas do mercado pa-

"Alguns fabricantestêm se posicionadocontra isso, porém,

com poucasações junto

aos distribuidores.Outros se importamapenas com a meta

de vendas, sem querersaber o que aconteceno mercado depois

da distribuição”

Divulgação/BG Ferramentas Divulgação/Total Distribuidora

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10 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

EMPRESA

A gestão de pessoas do pontode vista de uma organizaçãoé uma área fundamental e,ao mesmo tempo, complexa pela importância que

exerce nas questões ligadas à sensibilida-de da mentalidade dos indivíduos destasorganizações. No que diz respeito à com-plexidade, ela depende de vários aspec-tos, como cultura, estrutura, tipo de ne-gócio, tecnologia, característicasambientais e processos internos.

As pessoas passam uma boa parte desuas vidas trabalhando dentro das organi-zações, e estas organizações dependemdas pessoas para poderem funcionar eatingir resultados. É neste contexto queirão se evidenciar outras questões comas relações interpessoais (entre superio-res, subordinados ou pares).

De acordo com o administrador e pro-fessor Renaldo Souza, a abrangência des-te tema é muito ampla e, em diversasvezes, os empresários não se sentem pre-parados para gerir a equipe. "Vivemos umtempo do passado em que bastava o co-

Conhecimentoe habilidade

determinam aeficácia na gestão

de pessoas

nhecimento técnico para liderar pessoas.No entanto, o conhecimento técnico,mesmo sendo essencial, é pouco expres-sivo quando a habilidade para lidar e gerirpessoas é muito mais complexa", explicaSouza.

Segundo ele, o conceito de gestão depessoas é mais recente, pois, antes dis-so, e muitas organizações ainda assim odefinem, era a área de Recursos Huma-nos. O professor especifica, usando comoreferência o autor Idalberto Chiavenato,que a gestão de pessoas tem como basetrês aspectos fundamentais: pessoas comoseres humanos, pessoas como ativadoresinteligentes de recursos organizacionais epessoas como parceiras de organizações.

Souza considera algumas questões téc-

nicas nas relações entre os objetivosorganizacionais e os objetivos individuais."As metas das empresas (organizações)são sobrevivência no mercado, crescimen-to sustentado, lucratividade, produtivida-de, qualidade nos produtos e serviços,redução de custos e imagem de merca-do, entre outros fatores", enumera. Já osobjetivos individuais, segundo ele, sãomelhores salários e benefícios, estabili-dade no emprego, segurança no traba-lho, oportunidades de crescimento e con-sideração e respeito, entre outros.

"E como combinar e transformar estesobjetivos em um ambiente hegemônico,alinhando os objetivos de ambos e bus-cando o equilíbrio? Sua organização estámais voltada para resultados, independen-

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te das pessoas, ou você já percebeu ograu de importância das pessoas na orga-nização?", indaga o administrador, refe-rindo-se a Peter Drucker, que na décadade 70 afirmava: "Sem pessoas não há ges-tão administrativa, sem pessoas não háempresa".

"Não podemos entender que seja sufi-ciente ter as melhores tecnologias, osmelhores processos, os mais modernosequipamentos, sem que as pessoas sai-bam disso e estejam comprometidas eengajadas. Por outro lado, precisamos terpessoas preparadas para atender tudo isso",enfatiza. Neste sentido, vale refletir umpouco mais sobre o tema e identificarcomo a organização está lidando com agestão de pessoas, conforme Souza.

Um diagnóstico também é determi-nante para estabelecer os parâmetros queenvolvem essa questão. De acordo com oespecialista, as pessoas devem ser enten-didas como recursos e como atores parcei-ros. Empregados isolados nos cargos, horá-rio rigidamente estabelecido, preocupaçãocom normas, dependência da chefia e ên-fase nas destrezas manuais são itens na ca-racterização de pessoas como recursos.

Já os parceiros são enquadrados porserem colaboradores em equipes, preo-cupados com resultados, atendimento esatisfação do cliente, com ênfase em éti-ca, responsabilidade e conhecimento,entre diversas identificações.

"No comentário feito anteriormente, emque evoluímos da área de recursos huma-nos para gestão de pessoas, não podemosesquecer as questões originais do RH, que,baseadas no seu princípio, definem-secomo o conjunto de políticas e práticasnecessárias para conduzir os aspectos daposição gerencial, incluindo recrutamen-to, seleção, treinamento, recompensas eavaliação de desempenho. Neste sentido,destacam-se os processos fundamentais degestão de pessoas, como agregar, aplicar,recompensar, desenvolver, manter emonitorar pessoas", cita Souza.

"Em vista de tudo isso, o tema gestão depessoas é tão amplo que poderíamos dis-correr páginas e páginas para chegar a umbom entendimento. Fica a dica para que ogestor organizacional verifique o modo comoestá gerenciando sua equipe, se ela sabequais os propósitos da organização, se hásintonia entre os níveis organizacionais e setodos estão alinhados a um mesmo objeti-vo, que é o princípio básico da organiza-ção", reitera o professor.

Souza reforça a ideia da importânciana forma de pensar e agir quando o as-sunto é gestão de pessoas e deixa umpensamento de Peter Drucker, conside-rado, segundo ele, o pai da gestão mo-derna: "O conhecimento e a informaçãosão os recursos estratégicos para o de-senvolvimento de qualquer país. Os por-tadores desses recursos são as pessoas".

Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3 - 11

"Não podemosentender queseja suficienteter as melhorestecnologias, osmelhoresprocessos,os mais modernosequipamentos,sem que aspessoas saibamdisso e estejamcomprometidase engajadas"

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No dia 28 de fevereiro, entrou emvigor a instrução normativa RE nº19,que alterou a DRP nº 45/1998, estabe-lecendo, entre outras diretrizes, que oestabelecimento atacadista que, a partirde 01/03/2013, receber mercadorias deestabelecimento de empresa interde-pendente ou por transferência inventa-riará o estoque das mercadorias já sub-metidas à substituição tributária existen-te no momento do recebimento. Asmercadorias recebidas de estabelecimen-to de empresa interdependente ou portransferências já submetidas à substitui-ção tributária deverão ser inventariadasna data da publicação da norma.

A medida, segundo o subsecretárioda Receita Estadual, Ricardo Neves Pe-reira, foi uma adequação discutida emreunião com algumas entidades, comoa Federação das Indústrias do Rio Gran-de do Sul (Fiergs) e a Associação Gaúchade Atacadistas e Distribuidores (Agad),que solicitaram uma equidade tributáriados distribuidores entre os estados quecompravam da indústria, criando umacompetitividade menos desleal. "Essaconstrução foi realizada com o pessoaldo setor que realizava operações inte-restaduais e destinava produtos para oRio Grande do Sul, no caso de empre-sas coligadas, interdependentes, e se sen-tia prejudicado pela mecânica de apli-cação do imposto", explica Pereira.

A diretora executiva da (Agad), AnaPaula Vargas, informa que não houve

12 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

COMÉRCIO

Imposto sobretransferência de produtos

divide opiniões do setor

manifestações dos associados em rela-ção à medida, o que pode representara aceitação das novas regras. "Até ago-ra, a Agad não foi procurada por ne-nhum empresário para discutir esseassunto", indica Ana Paula. O consul-tor tributário da entidade, Luis Antoniodos Santos, da CCA Bernardon Conta-dores e Advogados, considera que a no-va regra é positiva para os negócios dosegmento. "A medida beneficia o ataca-dista que tem condição de competir comoutra unidade. Agora, só serão neces-

sários alguns ajustes pontuais", aponta.No entanto, na visão do presidente

da Asdap, Henrique Steffen, a instru-ção normativa deverá inflar ainda maisa burocracia que envolve os impostosestaduais, além de causar uma série detranstornos ao distribuidor para refa-zer todo o sistema de recolhimento dastaxas e "perder" para tantas exigênciasda Receita. "É mais outra readaptaçãoa tributos que deverá ser absorvida porum setor que já pena no recolhimentode tantos valores", contesta Steffen.

Henrique diz que regra deverá inflar burocracia que envolve tributos

André Kotoman

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Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3 - 13

De acordo com o subsecretário,havia uma diferença tributária pelorecebimento de produtos. Ele tambémdestaca que a regra também visa aocombate da fraude na transferência demercadoria, mas, principalmente, bus-car o equilíbrio de mercado. "A pro-posta principal com essa instruçãonormativa é fortalecer o Rio Grandedo Sul, movimentar os negócios, ge-rar mais renda e mais oferta para oEstado", ressalta.

Pereira esclarece que a Receita Esta-dual está aberta para receber os seto-res que de alguma maneira se sentemprejudicados em relação à aplicação eaos valores das taxas. "É possível estu-dar a flexibilização dessa medida eestamos abertos a negociações com osdistribuidores ou outros segmentos quequeiram discutir a questão. Analisare-mos cada situação para tentar encon-trar uma solução, pois a competitivida-de das empresas é a meta principal dasações da Fazenda", completa o subse-cretário.

Pereira afirma que há diálogo com setores que se sentem prejudicados

Marcos Francisco Bodanese, sócioda BBB Consultores, empresa deCuritiba (PR) especializada em gestãotributária que trabalha há mais de dezanos para fabricantes e distribuidoresde autopeças e pneumáticos, é con-tundente em relação à norma: "O RioGrande do Sul alça a um tratamentodesigual entre as empresas, gerandouma carga tributária mais elevada ain-da e exigindo alterações de sistemase de operacionalidade que são prati-camente impossíveis de atender".

Bodanese vai mais além: "Estamosrompendo com todo e qualquer parâ-metro jurídico e tributário". Para ele,a medida, além de criar um traumaem cima das operações comerciaisentre os estados, resultando na penali-zação das empresas que já pagam al-tos tributos, pode ser caracterizadacomo confisco.

O especialista destaca que o en-trave das exigências da Fazenda nãoestá nas relações comerciais interde-

Medida pode sercaracterizada como confisco

pendentes, mas na transferência deprodutos, na qual o empresário temque "antecipar" o imposto com o pa-gamento da substituição tributária so-bre a peça. "A transferência entre fili-ais é uma operação lícita prevista nalegislação e a própria lei define que avalorização desta transferência sejarealizada pelo custo. E o Estado nãoaceita que seja feita pelo custo", en-fatiza.

Para o consultor tributário, queatende diversos clientes com filiais noEstado, o resultado da aplicação dainstrução normativa pode ser altamen-te prejudicial ao mercado. "Com es-sas condições de operação tão ruinse tão caras, vai ser mais barato com-prar de um distribuidor de Santa Cata-rina ou do Paraná, por exemplo, doque adquirir mercadorias do Rio Gran-de do Sul", prevê Bodanese. Ele aindareforça: "Empresas com filiais no RS jáse manifestaram no sentido de retiraressas unidades do Estado".

Bodanese: "Estamos rompendocom parâmetros jurídico e tributário"

Divulgação/Divulgação BBB Consultores

Divulgação/Receita Estadual

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ESPECIAL

Alíquotainterestadualde 4% ainda

não foiabsorvida pelo

mercado

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16 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

ESPECIAL

Desde o dia 1º de janei-ro, a alíquota interes-tadual de ICMS é de4% nas operações commercadorias importa-das do exterior ou sub-

metidas a processo de industrializaçãocom conteúdo de importação superior a40%. A medida, porém, inclui novos có-digos que ainda não estão totalmenteabsorvidos pelas empresas e, no segmentode autopeças, a situação não é diferente.O processo de insegurança no mercadodeve se diluir nos próximos meses e nes-se período será possível ter uma ideia dosresultados dessas mudanças.

Para o subsecretário adjunto de tribu-tação da Receita Estadual, Geovanni Pa-dilha da Silva, a nova alíquota é uma me-dida conservadora e de segurança parasuspender a disputa fiscal entre os esta-dos e promover a competitividade paraos produtos gaúchos. “O Rio Grande doSul é a favor do fim da guerra fiscal, nabriga dos portos, onde estávamos perden-do posições importantes”, frisa Silva.“Muitas vezes, era difícil saber quais osprodutos que estavam entrando no mer-cado”, completa. “Agora, todo o impor-tado vai pagar a diferença para entrar noEstado, com um índice que dependeráda alíquota interna”, explica.

De acordo com ele, o novo impostocria uma série de exigências burocráticasque estão causando dificuldades opera-cionais para indústrias e comerciantes. “Járecebemos manifestações de entidadescomo a CNI e a Fiergs solicitando a pror-rogação de prazo para implantação danorma. Entretanto, todo esse comporta-mento resultante da implantação da re-gra, pelo menos no primeiro semestre,não servirá para medir as variações doimpacto econômico da medida, pois sãomanifestações”, considera.

“Estamos monitorando a implantação damedida e vamos passar por oscilações atéque tenhamos maior domínio dos novoscódigos”, enfatiza Silva. “Em janeiro, tive-mos uma movimentação baixa. Em feve-reiro, dobrou. Mas são indicadores naturaispara um momento no qual os próprios agen-tes do sistema não sabem como se posicio-

nar”, evidencia. O subsecretário orienta osempresários para que evitem problemascom a Receita e busquem orientações so-bre o novo imposto, ressaltando que é umaregra demasiadamente excepcional.

Na análise de Wellington Ely dos Anjos,sócio e consultor tributário da Petra-con -Contadores e Associados, de Curitiba (PR),especialistas no setor de autopeças, os

empresários ainda não conseguiram com-preender a formação de preços e os deta-lhes abrangidos por essa nova alíquota. “Elesprecisam se atentar a alguns detalhes, à lis-ta dos produtos da CAMEX e, depois, so-bre o conteúdo da importação”, alerta.

“Agora, com a nova regra, as operaçõesacabam deixando a mercadoria mais cara”,aponta o contador. “Quando os produtossão submetidos ao regime de substituiçãotributária, a diminuição da alíquota inte-restadual para 4% aumenta a Margem deValor Agregado (MVA) ajustada, resultan-do também no acréscimo da carga tributá-ria do ICMS-ST”, estabelece. Para o con-sultor tributário, o reflexo acaba sendonegativo, desvantajoso, para negócios comconteúdo de importação e interestaduais.

E esse processo ainda está “nebuloso”no entendimento do empresariado, se-gundo Ely dos Anjos. “Para as empresas,ainda não são claros os impactos de mer-cado. O aumento expressivo dos valorese os reflexos destas transações não fo-ram absorvidos pela cadeia produtiva. Énecessário observar a questão custo-be-nefício em relação aos tributos”, indica.Segundo ele, o segmento deverá preci-sar de cerca de seis meses para se ajustarà medida e dominar a “mecânica” de atu-ação e os resultados da nova alíquota.

Para a Krambeck, não há reflexo no ICMS em relação ao crédito na compra ou débito na venda

Divulgação/Krambeck

“Os empresáriosdevem seatentar a algunsdetalhes, à listados produtosda CAMEXe depois sobre oconteúdo daimportação"

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Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3 - 17

ESPECIAL

Novoscódigos

A alteração do imposto, que era 7%ou 12%, dependendo do estado de des-tino das mercadorias, foi regulamenta-da pela Resolução do Senado Federalnº 13/12. No Estado do RS, é devida aantecipação do ICMS de fronteira, de-nominação dada à exigência do ICMSnas operações de compras interesta-duais de mercadorias não submetidasao regime de substituição tributária.Neste caso, o imposto devido é corres-pondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual.

Os novos códigos ficaram assim:0 - Nacional, exceto as indicadas nos

códigos 3 a 5;1 - Estrangeira - Importação direta,

exceto a indicada no código 6;2 - Estrangeira - Adquirida no mer-

cado interno, exceto a indicada no códi-go 7;

3 - Nacional, mercadoria ou bemcom Conteúdo de Importação superiora 40%;

4 - Nacional, cuja produção tenhasido feita em conformidade com os pro-cessos produtivos básicos de que tra-tam o Decreto-Lei nº 288/67 e as Leisnº 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e11.484/07;

5 - Nacional, mercadoria ou bemcom Conteúdo de Importação inferior ouigual a 40% (quarenta por cento);

6 - Estrangeira - Importação direta,sem similar nacional, constante em lis-ta de Resolução CAMEX;

7 - Estrangeira - Adquirida no mer-cado interno, sem similar nacional, cons-tante em lista de Resolução CAMEX..

Um dos sócios-diretores da CunhadosPeças, distribuidora com sede em SantaCatarina e filiais no Rio Grande do Sul,no Paraná e no Mato Grosso, Alci Tadeude Liz, destaca que o governo criou essaregra para defender as indústrias nacio-nais, mas, em contrapartida, os fabrican-tes têm custo elevado para produzir a mer-cadoria. “Ainda compensa comprar osimportados”, considera.

Para ele, há um desencontro de infor-mações e os distribuidores acabam per-dendo muito tempo em busca de infor-mações com os fornecedores. “As gran-des indústrias, multinacionais, estão bem,mas as pequenas e até médias empresasque não possuem uma assistência jurídi-ca enfrentam problemas em relação àmedida”, enfatiza Liz.

“Essa confusão se reflete no dia a dia.Já fiz cotações em que um fabricante in-dica os 4% e outro, 12% sobre o mesmoproduto. Vai haver marcas que não con-seguirão ser vendidas e perderão o mer-cado, dependendo do estado”, sinaliza o

empresário, considerando que será ne-cessário buscar maiores esclarecimentospara que a aplicação do novo índice sefaça da maneira correta.

Por outro lado, opiniões do varejo de-monstram que o novo imposto não afe-tou o faturamento das empresas. De acor-do com Ditmar Krambeck, sócio proprie-tário da Krambeck, situada no Vale do Itajaí(SC), o tributo para o seu ramo não geroumais custos. “Para os componentes au-tomotivos, não tem reflexo no ICMS emrelação ao crédito na compra ou débitona venda”, explica. “Os produtos de auto-peças já têm imposto retido na fonte naaquisição”, reitera.

“A nossa empresa apura o resultadopelo presumido real, mas quem está noSimples certamente terá aumento de cus-tos, já que trabalha com itens tributáveis”,comenta. Krambeck trabalha com maisde 53 mil itens nas linhas leve, utilitária ediesel, nas cidades de Timbó e Indaial. Aempresa é considerada um dos melhoresvarejos do Brasil.

Distribuição é afetadapelos custos, mas varejo

não sofre alterações

Para a Cunhados é necessário buscar esclarecimentos sobre aplicação do tributo

Divulgação/Cunhados

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18 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

CERTIFICAÇÃO

Com a nova exigência decertificação do Inmetro emdeterminados itens do seg-mento de autopeças, fabri-cantes passaram a ter um

nivelamento competitivo em relação àqualidade dos produtos. “O Brasil foi alvo,nos últimos anos, de uma invasão de pro-dutos importados de qualidade muitoquestionável”, aponta o gerente comer-cial da Gauss, Douglas Manguino. Segun-do ele, esses produtos traziam consigoreferências de preços extremamente bai-xos e criavam no mercado patamares di-ficilmente alcançados por produtos dequalidade significativamente superiores.

“Obviamente, tais produtos importa-dos não têm uma vida longa no merca-do, mas deixam um rastro danoso emrelação a referências de preços baixos”,complementa. Manguino considera quea certificação do Inmetro obriga os fabri-cantes a oferecerem produtos com quali-dade e garantia tanto nos materiais comos quais são produzidos quanto no pro-cesso de fabricação, em especial, em re-lação às especificações técnicas de apli-cação do produto.

O gerente comercial cita como exem-plo da certificação as bombas de com-bustível elétricas da Gauss. Segundo ele,existia no mercado uma grande distorçãoem relação à qualidade e à aplicação dasbombas flex importadas. “A Gauss temum grande diferencial em relação à bom-ba de combustível flex e à bomba decombustível que se intitula flex. Em fun-ção do contato direto do álcool com asescovas e o rotor da bomba, temos quefazer uma modificação no material dorotor, dando a ele uma superfície de car-bono (carvão) na região de contato dasescovas. Já na bomba a gasolina isso nãoé necessário e a superfície pode ser decobre”, descreve.

Manguino explica ainda que essa mo-dificação eleva o custo do produto, mas

Processos de fabricação e aplicaçãodiferenciam produtos certificados

garante um desempenho adequado àaplicação do produto. “Como o aplicadornão tinha como verificar essa modifica-ção, tínhamos no mercado um derramede bombas flex falsas, que só tinham aaparência externa (banho no corpo) deuma bomba flex, mas internamente eram,na verdade, bombas a gasolina. Essas bom-bas eram comercializadas por preços muitomenores, pois não traziam o custo damodificação necessária”, indica.

Para o executivo, com a certificação

Inmetro essa situação irá desaparecer eos fabricantes e importadores terão pro-dutos em nível de competição. “Esse ésomente um exemplo, mas tenho a cer-teza de que em outras linhas de produ-tos (lâmpadas, buzinas, amortecedores,etc.) temos casos semelhantes de dife-renciais de qualidade e aplicação quecorrigirão grandes distorções de merca-do. Com a introdução da certificaçãoInmetro, resolveremos esses problemas”,conclui Manguino.

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20 - Revista Asdap l Marlo/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

TECNOLOGIA

Acelerar as decisões de ne-gócio com nível maior de acer-to e medição mais ágil foi oresultado da implantação pelaUnifort da ferramenta de in-teligência BI QlikView junto aosistema de gestão integrada(ERP) da empresa. Através deum rápido processo derealinhamento de informaçõesestratégicas, projetado e exe-cutado em parceria com aMD2 Consultoria, a distribui-dora de peças e acessóriosautomotivos consegue, hoje,extrair e publicar dados sensí-veis de negócios que antes fi-cavam inertes e que precisa-vam de muito trabalho e dis-pêndio de várias horas para se-rem garimpados no sistema.

Sediada em Betim, na re-gião metropolitana de BeloHorizonte, a Unifort tem umportfólio de 24 mil produtosque atendem a nove filiais,com cerca de 400 funcionári-os. Nessas unidades, 200 exe-cutivos da empresa necessitamde informações ágeis e preci-sas para embasar as negocia-ções com clientes e a gestãodos resultados. Diante dessademanda complexa e exten-sa, a empresa implantou osoftware para business inter-no e já colhe os resultados.

De acordo com o gestor deTecnologia da Informação dogrupo, Ricardo Durães, a prio-ridade do projeto foi criar umpainel de controle simples ede rápida visualização dosprincipais indicadores de de-sempenho das negociações re-alizadas. "Com um conjuntosucinto e objetivo de gráficos,nossos profissionais conse-guem ver a posição de tópi-cos como vendas, consultaspor cidade, produtos de mai-or movimento, tempo médiode atendimento a clientes e

Integraçãode sistemastraz ótimosresultados àestratégia de

negócios

ração muito mais simples eeconômica do que se possaacreditar. "O resultado parauma distribuidora deautopeças é eficaz, pois aca-ba com a 'ginástica' para pro-duzir os relatórios, com ganhode tempo e eficiência na de-terminação de indicadores demacrorregiões, comocomercialização, despesas,pedidos aguardando produtos,etc.", enfatiza Soares.

"A visualização ágil de da-dos como estoque,faturamento e uma série deoutros cálculos atualizadostodo o dia faz a diferença notrabalho e na eficiência dos es-critórios de vendas", comentaSoares. "É a efetividade deuma visão gerencial, conside-rando um volume alto de in-formações e a necessidade deobtê-las de forma objetiva erápida", aponta.

De acordo com o consultorda MD2, o produto pode serplugado em qualquer sistemae gerar margens de diversos in-dicadores. O sistema pode seracessado em plataformas web,tablet e smartphone. Confor-me Soares, o investimentopara utilizar o software não éalto, já que o produto possuiuma política de licenciamentodirecionada a pequenas em-presas.

taxa de sucesso dos contatos",explica Durães.

Segundo ele, por sua arqui-tetura mais voltada às funçõestransacionais, o SAP impõe di-ficuldades para a criação des-se tipo de painel, o que tornaa solução QlikView um aliadoperfeito para usuários deste ede outros cinturões degerenciamento. "Os relatóriose gráficos do QlikView nos per-mitem conhecer as margens

obtidas pela transação e avali-ar, de forma ágil, as mudançasnessa variável a partir da atua-ção das equipes de vendas, porexemplo", ressalta.

Para Laurier Soares, consul-tor de Negócios da MD2, em-presa de Minas Gerais comescritório em São Paulo, aperformance com o uso doQlikView na Unifort é a provade que o casamento do ERPcom o BI pode ser uma ope-

Produtos da Unifort têm visualização rápidae identificação do desempenho das negociações

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COMÉRCIO

O forte mercado de veículos local, aestabilidade econômica e política, a re-dução da informalidade e a paixão dosbrasileiros por carros foram alguns dosmotivos que colaboraram para que aAutoZone, empresa varejista deautopeças, se instalasse no Brasil. Para arede, o mercado brasileiro de componen-tes é bastante interessante pelo seu gran-de potencial. Antes de decidir pela en-trada na concorrência nacional, a marcaestudou vários mercados ao redor domundo para dar continuidade à expansãodo grupo.

Direcionadas ao consumidor final, pro-prietário do veículo ou profissional mecâ-nico, as filiais da empresa deverão favo-recer o autoatendimento com área orga-nizada para propiciar a experiência de com-pra. Além do autosserviço, haverá tam-bém um setor de itens de mecânica. “Por

AutoZone:varejo comautosserviçoe peças demecânica

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Segundo Braz, rede está desenvolvendo programa de empréstimos de ferramentas

serem peças de aplicação específica, osAutoZoners (como chamamos nossos co-laboradores) estão preparados para pres-tar o atendimento e contam com catálo-gos eletrônicos especialmente desenvol-vidos para o país”, explica Mauricio Braz,gerente-geral das operações no Brasil.

A AutoZone apresenta um plano inici-al de implantar de 12 a 15 lojas no paíspara teste e ajuste do modelo. “Depoisavaliaremos os próximos passos. Aindanão estamos divulgando os novos locaisonde abriremos as lojas. O que podemosdizer por hora, é que estamos concen-trando nossos esforços no estado de SãoPaulo, com maior proximidade da capitalpaulista. Já temos outras duas lojas emfase de construção, que serão divulgadasem breve”, adianta Braz.

“Os Estados Unidos possuem mais de4.700 lojas. O México é um país bemmenor que o Brasil e já possui mais de300 lojas da AutoZone. Por aí, já se podeter uma boa perspectiva do potencial queo Brasil possui. Contudo, ainda temosmuito trabalho a realizar apenas nesta faseinicial e muito o que aprender com omercado, instaladores e consumidor bra-sileiro antes de pensarmos nos próximospassos”, indica o general manager da rede,que também está instalada em Porto Rico.

“Assim como outras empresas que jáatuam no segmento, nosso objetivo prin-cipal é o bom atendimento do nosso cli-ente. Entendemos que as relações deconfiança são construídas em longo pra-zo”, conceitua o executivo. De acordocom ele, dentro desse padrão, a redeutiliza o Conselho Confiável. “Caso nãohaja a necessidade da substituição de de-terminada peça e que isto seja identifica-do por um AutoZoner, preferimos nãoexecutar a venda e ter um cliente satis-feito”, sintetiza.

“Para proporcionar este atendimento,dispomos de sistemas e processos quenos ajudam. Estes sistemas também con-seguem avaliar a demanda no ponto devendas e suas variações de loja a loja, in-formação que compartilhamos com nos-sos fornecedores em busca de uma me-lhor adequação da oferta e produção de

produtos. No médio prazo e à medidaque aumentarmos nosso volume de ne-gócios, acredito que estas serão informa-ções importantes para nossos parceiros denegócios”, explica o gerente-geral.

Conforme Braz, as lojas do grupo seespecializaram no Serviço de Atendimen-to ao Cliente, não só o consumidor final,mas também os profissionais instaladores.“Nossa equipe e sistemas estão prepara-dos para oferecer o Conselho Confiávele temos programas que ajudam a todosos públicos, como recarga e teste gratui-tos de bateria, teste de alternadores eescaneamento da injeção eletrônica gra-tuitos”, esclarece. A rede também estádesenvolvendo o programa de emprésti-mos de ferramentas, já disponível nos Es-tados Unidos e no México, paraimplementação no Brasil.

Redevarejistatem plano inicialde implantar de12 a 15 lojas nopaís para testee ajuste domodelo

Fotografia: Divulgação/AutoZone

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ENTIDADE

AAssociação Serrana dasEmpresas da ReparaçãoVeicular (Aserv), sediadaem Caxias do Sul (RS),adianta-se em relação aomercado e promove vári-

as ações de atualização na área mecânicapara enfrentar a demanda de trabalho eas novas tecnologias que equipam os ve-ículos. Uma novidade que está sendo im-plantada para os associados da região ser-rana, que atinge outras cidades, comoFarroupilha, Bento Gonçalves e AntonioPrado, é a oficina-modelo, uma ideia quevai colocar na prática todo o treinamentoe especializações disponíveis para as maisde 220 empresas vinculadas à entidade."Este ano estamos disponibilizando umcentro de treinamento onde os profissio-nais podem realmente ficar em cima doveículo. Essa oficina tem a parceria daBosch, que coloca equipamentos de últi-ma geração, desde os que são utilizadospara suspensão até as máquinas para aafinação de motores, medição de gasese diagnóstico eletrônico", afirma o presi-dente da Aserv, Franco Paolo Dani. "Hoje,é preciso conhecimento técnico para ope-rar equipamentos com tecnologiacomputadorizada", reforça. "Assim, osparticipantes dos treinamentos terão aces-so a essas informações e as disseminarãoentre os colegas", explica.

O próximo passo, segundo o presiden-te da entidade, é transformar a oficina emuma escola técnica básica para treinar pro-fissionais e torná-los especializados. "Pre-cisamos evoluir, não estamos preparadospara essa velocidade de mercado, preci-samos ter escola que oriente os iniciantes,que dê a ele o primeiro contato com amecânica, as coisas básicas de chão deoficina", frisa. "Agora é hora de semear epreparar o segmento para enfrentar todosos desafios. Quem não estiver preparadoacabará perdendo o mercado", enfatiza.

Aserv valoriza a qualificação atravésda criação de oficina-modelo

Segundo Dani, só em Caxias do Sul exis-tem de 800 a 1.000 oficinas, de todos ostipos e atendimentos.

Cursos

A associação já disponibiliza salas deaula onde ocorrem diversos treinamen-tos durante o ano. Segundo o presidenteda Aserv, antes, a prática não acontecia,debilitando o conhecimento adquirido."Esse era um projeto antigo, desde quecomeçamos as primeiras obras da sede.Agora é realidade e veio suprir as neces-sidades das oficinas, onde o mecânicodeve saber mexer nos sistemas e moto-res e não acabar criando problemas aoveículo por não estar apto a efetuar a re-paração", complementa Dani.

Outro projeto da Aserv é o "Bate-papode Oficina", que teve início em 2012."Fazemos um encontro com profissionaise falamos sobre diversos temas, comovalor da mão de obra, inadimplência,entrega de veículos, atendimento, comose portar quando não é autorizada, orça-mento, etc. Através dessas discussões,constatamos, por exemplo, que existemmuitos profissionais que estão com osseus preços defasados em relação aomercado", relaciona. Seminários duranteum dia inteiro são outra atividade que aassociação realiza.

A Aserv realiza reuniões mensais, na pri-meira terça-feira de cada mês, com asso-ciados e com os executivos da associação,das diversas áreas, como conselho fiscal,tesouraria, secretaria, de cursos, eventose divulgação. "Discutimos todos os assun-tos que chegam à mesa através da própriaassociação, da mídia e de outras fontes.Cada diretoria se envolve com a questãopara resolver ou mesmo apoiar algumaação. Quando é o caso, realizamos reuni-ões emergenciais fora do calendário já es-tabelecido", destaca o dirigente.

"Precisamos evoluir,não estamos

preparados paraessa velocidade

de mercado,precisamos ter

escola que oriente osiniciantes, que dê

o primeiro contatocom a mecânica"

Fotografias/Divulgação Aserv

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Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3 - 25

De acordo com o presiden-te da Aserv, que está à frenteda associação na gestão 2012/2013 e já trabalha há seis anosna diretoria, a entidade temum trabalho permanente demobilização no sentido deconquistar o associado e trazê-lo para dar sua contribuição àcategoria. “Queremos traba-lhar de igual para igual, criarum entrosamento entre osempresários, para que elesconversem entre si, coloquemsuas propostas e evidenciemsuas necessidades”, declaraDani. Para ele, quando issonão acontecia, a concorrênciaera mais acirrada. “Com as reu-niões, vemos colegas mais par-ceiros, com mais ética e sen-so de coletividade. Foi umamudança no perfil profissionale social do nosso associado”,descreve.

Em relação aos treinamen-tos que ocorrem na associação,Dani indica que acontecem,anualmente, cerca de oitoencontros de atualizações paraprofissionais que já são espe-cializados. “Orientamos nossosassociados focando o que omercado exige. A associaçãocontrata técnicos de outras ci-dades, como São Paulo, parafazer os treinamentos na sedecom a parceria do Sebrae, queajuda em 30% dos custos. Ten-tamos buscar horários diferen-ciadas das aulas, para que omecânico não perca o seu tem-po de trabalho na oficina”, in-forma o dirigente. Os cursos

Mobilizaçãotrouxe um novo perfilprofissional e social

passam por tópicos com câm-bio automatizado, injeção ele-trônica, assim como abordameletricidade básica para inician-tes, que ocorrem três vezes aoano. Também acontecem naAserv palestras feitas por em-presas convidadas, em tornode 15 por ano.

Além dos eventos focadosna parte técnica da oficina, aAserv também promove deba-tes sobre gestão, com orien-tações do Sebrae, que focamtemas como setor financeiro,administração e outros pontospara consolidar o negócio. “Te-mos também um projeto emparceria com o Sebrae, o 'BoasPráticas de Oficina', no qual osassociados desenvolvem umupgrade em sua empresa, vi-sando à qualidade automotiva,uma espécie de parâmetroISO. Não recebemos o selo porquestões de exigência de in-vestimentos muitas vezesinviáveis, mas nos preparamospara essa certificação, dentrode todos os padrões”, especi-fica Dani. “Assim, nosso asso-ciado vai ter um diferencial emrelação ao mercado. Se pre-para e se atualiza”, frisa. Oprograma foi lançado no anopassado com cinco empresase deverá ser estendido em2013 para 25 empresas.

A Aserv atua em mobiliza-ções e posicionamentos emrelação à inspeção veicular,considerada um “divisor deáguas” pelo presidente da en-tidade. Conforme ele, os as-

sociados já estão preparadoscom equipamentos e qualifi-cação. A associação tambémparticipa de feiras nacionais einternacionais, procurandoagregar visitas técnicas às fá-bricas da região onde ocorremos eventos. “Estivemos no anopassado na Feirauto, que serealiza na Argentina, e já ire-mos para a Automec, em SãoPaulo, com ônibus lotado”, co-menta Dani. Segundo ele, es-sas excursões também têmapoio do Sebrae para a hospe-dagem dos participantes e, àsvezes, o transporte pago pe-las indústrias.

Considerando os dez anosde existência da Aserv, a passospequenos inicialmente, com 30associados, hoje é uma entida-de fortalecida e atuante, sem-pre focada na orientação da ca-tegoria, de acordo com Dani.“Ano passado tivemos mudan-ças estruturais com obras quemelhoraram muito a sede. Te-mos áreas comuns, como re-cepção, secretaria, foyer, e es-paços de qualificação e entro-samento como a oficina-mode-lo, o auditório, com capacidadepara 130 pessoas, além da bi-blioteca, com rede de internet.Queremos trazer para a biblio-teca o maior número de mate-riais para que seja um centro deinformação, um ambiente com-pleto”, ressalta.

Treinamentos durante o ano são oferecidos aos associados

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PANORAMA

Com forte atuação nomercado brasileiro em duasfrentes - produtos OEM (paraindústrias automotivas) e AM(mercado de reposição) - afabricante de autopeçasElring Klinger do Brasil espe-ra alcançar um crescimentototal de 13% neste ano apoi-ado pelos aumentos de pro-dução, vendas e exportação.Em 2013 há planos da em-presa de lançar no país emtorno de 225 novos produ-tos voltados para veículosde montadoras sediadas noBrasil.

Na linha OEM, a empresadeve elevar seus volumes de

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SKF inauguracentro dedistribuição

A SKF do Brasil inaugurou ummoderno centro de distribuição emJordanésia, no interior de São Paulo.O novo endereço, localizado próximoao complexo industrial da compa-nhia, recebeu R$ 7 milhões deinvestimentos. O espaço conta com15,8 mil m2 de área útil, capacidadepara armazenar 12 mil itens e 30docas para embarque e desembar-que de mercadorias. O novo CDpode abrigar 18 mil pallets e 7 milcaixas de papelão.

"Com a inauguração deste CD,aperfeiçoaremos nossa eficiêncialogística. Esse espaço é estratégicopara a companhia expandir suasoperações no Brasil. Por meio dele,podemos ampliar a oferta de compo-nentes e produtos, além de reduzir otempo de entrega e as emissões deCO2", explica Mattias Gremlin, diretorde Logística da SKF do Brasil.

Grandes montadoras como Renault, Kia Motors, Peugeot, Citroën, Honda,Nissan, Scania, Kawasaki e Kasinski são empresas que escolheram os lu-brificantes Total como óleo oficial de todos os carros que saem de suasfábricas, além da recomendação de seu uso para a manutenção preventi-va destes veículos.Os contratos de primeiro enchimento, como são conhecidos estes acor-dos, representam 20% do mercado de lubrificantes. Os postos de serviçorespondem por 30% e o varejo em geral (oficinas, concessionárias e lojasespecializadas) abocanham 50% do comércio de lubrificantes.

Lubrificantes Total estão em20% dos automóveis brasileiros

Elring Klinger do Brasil quer fortalecer exportaçõesOEM da empresa seguempara 11 países (México, Es-tados Unidos, Colômbia, Ar-gentina, Alemanha, França,Tailândia, Indonésia, Uzbe-quistão, Polônia e China).

No mercado de autope-ças para reposição, a empre-sa - com a marca Elring -espera registrar crescimentode 26%. No ano passado ovolume foi ainda maior, de28%. O crescimento das ex-portações em 2012 foi de12,5% e a meta fixada para2013 é de 18,5%. Paísescomo Argentina, Uruguai eParaguai são abastecidospela unidade brasileira.

produção e vendas em 12%.Em 2012 o crescimento dalinha de produtos foi de 26%.A empresa também tem me-

tas de elevar neste ano em5% o seu volume de expor-tação junto aos atuais clien-tes. Hoje 8% da produção

Page 27: Revista Asdap Ed. 03 Mar_Abri 2013

Verdadeiro tesouro para aman-

tes do motociclismo, O livro da

moto é uma completa enciclopé-

dia visual do tema, abrangendo

toda a história das motocicletas,

desde a adaptação das bicicle-

tas com motores, no final do sé-

culo XIX, até as inovadoras má-

quinas repletas de configurações

personalizadas do novo milênio.

História, engenharia e curiosi-

dades de todas as marcas são co-

mentadas e exemplificadas com

imagens de mais de mil modelos,

como a Norton Modelo 18, de

1927, a famosa Lambretta LD150,

de 1957, a supermoto Honda

CB750, de 1969, o modelo XR750

da Harley-Davidson, grande cam-

peã das corridas de terra por mais

de 40 anos, ou as atualíssimas

BMWs K1600, de seis cilindros,

lançadas em 2011.

Livro da mototem as melhoresmáquinas

Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3 - 27

O museu móvel da Audi em Ingol-stadt faz uma prévia do futuro da mo-bilidade. A exposição especial "Audilab future: mobility" mostra as iniciati-vas da marca nas áreas dos futurosmotores, energias e urbanização. Asexposições mostram os sistemas deacionamento e combustíveis do fu-turo e também soluções de mobilida-de para as metrópoles mundiais.

A área de exibição dos futuros mo-tores da Audi apresenta as tecnolo-gias em desenvolvimento, juntamentecom os motores TDI e TFSI, que con-tinuarão a ser os pilares de sustenta-

Museu móvel da Audi éuma prévia do futuro

ção da marca. Esta área te-mática centra-se na eletrifica-ção do powertrain dentro doconceito Audi e-tron. Estatecnologia plug-in híbrida éum campo em que a monta-dora alemã está especial-mente focada.

A Audi está centrada nodesenvolvimento de novasfontes de energia para o futu-ro da mobilidade sustentável.Este é o assunto da área de exposi-ção das futuras energias onde abrigatrês veículos futuristas: a plata-forma

tecnoló-gica doAudi R8, o AudiR18 e-tronquattro - o carroda corrida de LeMans, e o novoAudi A3 Sport-back TCNG, quefunciona com oAudi e-gas.

A Wix, marca da Affinia Automotiva que produz filtro de ar e combustívele óleo, ampliou o portfólio de produtos para o mercado de reposição. Aempresa acaba de lançar o filtro de ar indicado para aplicação no sedãChevrolet Cobalt 1.4 MPFI Flex (2011 a 2012). O código da peça éW48555BR.

Com quase 70 anos de experiência, a Wix conta com ampla gama deprodutos para diversos segmentos de veículos nacionais e importados,atendendo automóveis, picapes, veículos pesados, agrícolas e off-road. AWix tem uma linha completa de filtros de combustível, ar e óleo. Além daWix, a Affinia também detém as marcas Nakata e Spicer, com linha com-pleta de componentes para suspensão, transmissão, motor e freios .

Wix amplia portfólio de produtos

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O Sindicato da Indústria de Repara-ção de Veículos e Acessórios de SãoPaulo (Sindirepa-SP), o Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial (Senai)e o Instituto de Qualidade Automotiva(IQA), que fazem parte do Grupo deTrabalho do Subcomitê Brasileiro Au-tomotivo CB-05 da Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT), iniciaramestudo no início de fevereiro para a atu-alização de normas técnicas relaciona-das aos serviços automotivos. Das 27normas existentes, 17 serão revistas. Aequipe, que se reúne mensalmente,deverá finalizar o trabalho dentro deaté 120 dias.

“É importante o envolvimento e aparticipação de fabricantes dos sistemasque serão atualizados e também dosreparadores que fazem a aplicação des-sas peças. Trata-se de um fórum de es-tudos que resulta na criação de meto-dologias que facilitam os serviços no diaa dia das oficinas”, explica Salvador Pari-si, vice-presidente do Sindirepa-SP eresponsável pelo Subcomitê.

As normas que serão atualizadas fo-ram criadas entre 1999 e 2002. Desseperíodo em diante, as tecnologias em-barcadas passaram por uma evolução,o que exige ajustes nas normas exis-tentes. "Em alguns casos, serão altera-dos e ou complementados alguns de-talhes e, em outros, vamos ter de estu-dar mais a fundo para fazer as mudan-ças", revela Parisi.

Segundo o coordenador de certifica-ção dos serviços automotivos do IQA, JoséPalacio, o Inmetro exige a atualização denormas com mais de cinco anos. "Antesque o Instituto cobre, vamos atualizar es-

QUALIDADE

Grupo de trabalho atualiza17 normas para serviços

automotivos

sas exigências, já que o mercado traz no-vas tecnologias e a necessidade de trei-namentos para que os reparadores este-jam atualizados com esses equipamen-tos e procedimentos", explica.

Conforme Palacio, a criação de nor-mas exige um trabalho mais prolonga-do de conceito, roteiro e confecção.Mas, no caso da revisão, o tempo é me-nor em cima de um trabalho que já foiestabelecido com base nos requisitos daABNT. Após os 17 itens serem revisa-dos, o próximo passo do grupo será aatualização das dez normas restantes.

O IQA é um organismo privado, cre-ditado pelo Inmetro e pelo governo fe-

deral para certificação. Criando em1995, a entidade dá suporte para asatividades de oficinas e retíficas de mo-tores. "Antes só havia as normas do fa-bricante e não para os serviços auto-motivos. Com a diversidade de marcase modelos de veículos, o reparador ne-cessita cada vez mais de informaçõestécnicas e as normas foram criadas parasuprir essa necessidade", completa Pa-lacio.

Conforme Parisi, a falta de acesso aosprocedimentos contidos nos manuaisde serviços dos fabricantes de veículosgerou a necessidade da criação de nor-mas técnicas com o objetivo de padro-

Fórum definirá metodologias para facilitar os serviços nas oficinas

Banco de Imagens

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Conheça as normas queserão atualizadasNBR 14284 (1999) - Carroçaria - Reparação e pintura dos componentes

NBR 14481 (2008) - Diagnóstico e manutenção em motores ciclo Otto

NBR 14482 (2000) - Substituição de bateria de partida

NBR 14752 (2001) - Bomba elétrica de combustível - Ensaios de manuten-

ção

NBR 14753 (2001) - Válvula injetora - Ensaios de manutenção

NBR 14754 (2001) - Sensor de oxigênio - Ensaios de manutenção

NBR 14755 (2001) - Sensor de massa de ar - Ensaios de manutenção

NBR 14777 (2001) - Remoção e instalação de vidros

NBR 14778 (2001) - Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em

sistema de freios

NBR 14779 (2001) - Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em

sistema de direção

NBR 14780 (2001) - Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em

sistema de suspensão

NBR 14781 (2001) - Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em

sistema de exaustão

NBR 14828 (2002) - Procedimento de segurança para manutenção em veícu-

los equipados com bolsa inflável (airbag)

NBR 14843 (2002) - Regulador de pressão de combustível - Ensaio

NBR 14845 (2002) - Motor de partida - Ensaio

NBR 14846 (2002) - Alternador e regulador de tensão - Ensaio

NBR 14889 (2002 / versão corrigida em 2003) - Inspeção, diagnóstico, repa-

ração e/ou substituição em regulagem de motores ciclo Diesel

nizar a manutenção automotiva, ofe-recendo segurança e qualidade dos ser-viços prestados.

A primeira norma de serviços auto-motivos surgiu em 1993 e, hoje, o setorde reparação conta com 27. Segundo ocoordenador do trabalho de revisão, asregras facilitam o trabalho dos repara-dores, agilizam a produtividade, redu-zem custos e também garantem que osserviços sejam realizados com qualida-de, conforme exige o Código de Defesado Consumidor. "É o respaldo legal queo reparador precisa para executar o seuserviço de forma segura", acrescenta.

Segundo Parisi, a abrangência danorma fornece diretrizes para a execu-ção dos serviços com qualidade. Parisitambém alerta para a importância dautilização das normas de serviços comorespaldo e proteção do reparador so-bre o trabalho executado que pode sercontestado pelo cliente futuramente.

"A oficina deveria colocar na ordemde serviço o número e o título da nor-ma que está utilizando para realizar oserviço, deixando explícito ao clienteque ele segue um padrão de qualida-de e conformidade, o que proporcio-na um entendimento comum nas rela-ções comerciais. Com isso, o repara-dor ganha a confiança do proprietáriodo veículo", aconselha.

Além disso, é possível estabeleceruma linguagem única entre reparadore consumidor, com requisitos determi-nados pela norma que servem de parâ-metros para a avaliação. Também é im-portante quando o reparador preten-de participar de licitações de órgãos pú-blicos na área de reparação.

Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3 - 29

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E x p e d i e n t e

Diretoria Executiva

Henrique Steffen - Presidente([email protected])

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente([email protected])

Flávio Telmo - Diretor Administrativo([email protected])

Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro([email protected])

ConselheirosCelso Zimmermann

([email protected])Fernando Bohrer

([email protected])

Associação Sul-Brasileira dosDistribuidores de Auto Peças (ASDAP)

Endereço: Rua Domingos Martinsnº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS

Site: www.asdap.orgE-mails: [email protected]

[email protected]: (51) 3059-8034

Conselho EditorialCelso Zimmermann,

Henrique Steffen, José Alquatie Thiago Alves

A Revista ASDAP é editada pelaempresa Esporte Motor.

Editor: Claudio FontouraReportagem: Rosangela Groff

Planejamento Gráfico: Carlos RemaRevisão: Gustavo Cruz

Capa: Felipe OnziFoto Capa/Especial: André Kotoman

Tiragem: 10 mil exemplaresCirculação e Distribuição: Gratuita ecircula nos Estados de Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul.

As matérias assinadas da edição são de inteiraresponsabilidade de seus autores. Proibida areprodução total ou parcial dos textos sem au-torização do veículo ou autor. O conteúdodos anúncios é de inteira responsabilidade dasempresas ou criadores que os publicam.

30 - Revista Asdap l Março/Abril 2013 l Ano 1 l Número 3

Fórum RH AutomotivoO encontro tratará de estratégias na área de pessoal, desenvolvimentoprofissional, treinamento, remuneração, retenção de talentos, ambi-ente de trabalho e relações trabalhistas. Entre os palestrantes, CamilePapazian, consultora do Hay Group, avaliará a evolução da remunera-ção no setor de autopeças, cabendo a José Pastore, professor da FEA-USP, explicar os cenários atuais nas relações trabalhistas. André PortelaSouza, professor da GV, vai apresentar um estudo sobre o custo dotrabalho no setor de autopeças.Data: 13 de maio de 2013Local: Mercure Grand Hotel Parque do Ibirapuera,Rua Sena Madureira 1355 Bloco 1 - Ibirapuera - São Paulo -SP

Colloquium SAE Brasil de Eletro-Eletrônica Embarcada eMostra de EngenhariaEvento discutirá os rumos e as tendências tecnológicas aplicadas à mo-bilidade, visando a troca de informações, experiências e a busca de umconsenso para a indústria de veículos automotores. Terá apresentaçõesde papers técnicos com conteúdo e autores de altíssimo nível. Outrodiferencial são as mesas redondas que ocorrem ao término de cadadia, onde executivos, engenheiros e especialistas do segmento discu-tem os temas da atualidade eletroeletrônica.Data: 13 e 14 de junho de 2013Local: City Park HotelPça. Toivo Uuskallio, 10 - Penedo - RJ

Fórum Marketing AutomotivoData: 27 de junho de 2013Local: Centro de Convenções do Hotel Sheraton WTCAv. das Nações Unidas, 12559 - São Paulo - SP

Encontro Estadual das RetíficasDatas: 18 de agosto e 29 de setembroLocais: Fortaleza - CE e Crato - CE

Surtec - Workshop de Pintura, Proteção e Tratamento de SuperfíciesData: 3 e 4 de outubro de 2013Local: Cetec/Senai do centro industrial de Belo HorizonteAv. José Cândido da Silveira, 2000 - Horto - Belo Horizonte (MG)

Agenda

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