revista 21 anos de rio das ostras

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 1

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Revista 21 anos de Rio das Ostras

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 1

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2 • Especial 21 anos de Rio das Ostras

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 3

REVISTA 21 ANOS

Instituto Macaé de Geração

de Empregos e Rendas Ltda

CNPJ 04.536.054/0001-27

Av. Cristóvão Barcelos, 131 - Centro (Praça São

Pedro) - Rio das Ostras/RJ

Tiragem

5.000 exemplares

Circulação

Rio das Ostras

Diretor Geral

Roger Vilela

Diretor Administrativo e Financeiro

Ary Marins

Diretor Executivo

Luiz Claudio Coelho Vieira

Diretora de Redação e Comercial

Rafaela Azevedo - DRT: JP 1336 RN

Gerente Financeira

Raphaela Freitas

Editor

Magno Lopes

Jornalistas

Monique Gonçalves

Verônica Côrtes

Fotografia

Gilismar Correa

Projeto Gráfico e Diagramação

Alexandre Albuquerque

Revisor

Maurício Marques

Assessor de Logística

Alexandre Fausto

Atendimento Comercial

Michelle Neto e Ronaldo Lima

Contatos

(22) 2764-2705 | (22) 7811-4921

[email protected]

[email protected]

Rio das Ostras comemora 21 anos de progresso ........... 04

Potencial turístico: belezas das praias atraem milhares de turistas por ano ........................................12

Zona Rural de Rio das Ostras oferece opções em turismo ...................................... 14

Um amor declarado à cidade ......................................... 16

Livro “Lendas e Causos” resgata histórias de Rio das Ostras ........................................ 20

Artista plástico quer imortalizar suas obras .................................. 22

EEste trecho do hino do município é o sentimento de quem mora e ama esta cidade, uma vila de pescadores que se transformou em uma das cidades mais desenvolvidas e importantes do Estado do Rio de Janeiro.

Por meio de sua emancipação político-administrativa no ano de 1992, Rio das Ostras completa neste dia 10 de abril sua maioridade: 21 anos de conquis-tas. Realizações conseguidas principalmente através desse povo guerreiro e apaixonado por esta terra.

A cidade conseguiu ao longo destes 21 anos construir sua história, ter sua própria cultura e seu valor.

Grandes conquistas foram feitas neste tempo, como a construção adminis-trativa do município e o desenvolvimento de infraestrutura para os moradores. Ainda me lembro de uma grande conquista para Rio das Ostras, quando em 2004, as pessoas passaram a ter água encanada em suas casas.

Com esta revista comemorativa, a Rede RJNEWS de Comunicação para-beniza esta cidade que abraça nosso jornal toda semana, pelos seus 21 anos.

Boa leitura!

Roger Vilela, diretor geral da Rede RJNEWS de Comunicação

Editorial

Praça da Baleia: é referência na história do turismo em Rio das Ostras ................................ 08

Rio das Ostras!Terra dos Peixes da Vila Rainha,que conservoua pureza que antes tinha...Cidade-mãe de quem nasce ou de quem vem pra ela...Rio das Ostras, cidade - pérola mais bela!“ ”

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Rio das Ostras comemora

de progresso21 anos

Cidade

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21 anos

A vila de pescador cedeu lugar para o

desenvolvimento turístico

Foto: Arquivo Fundação de Rio das Ostras de Cultura

Luiz Montenegro

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Praia do centro - Poço de Pedra

Lagoa do Iriri

NNeste dia dez de abril, Rio das Ostras completa 21 anos de emancipação político-adminis-trativa. O balneário bucólico demonstrou que podia ir além da calmaria da vila de pescadores e se transformou no município que mais cresce no Brasil, segundo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Não só cresce, como também, se desen-volve em todas as esferas, garantindo melhor qualidade de vida para seus munícipes.

Apelidada carinhosamente de Baia Formosa pelos navegantes que passavam pelas águas calmas das praias da cidade, no século XIX, Rio das Ostras nem sonhava com tamanho pro-gresso. A princípio, se chamava Leripe, que em tupi-guarani quer dizer “Lugar de Ostras”. As primeiras construções foram o Poço de Pedras do Lago de Nossa Senhora da Conceição e a antiga Igreja, que deu lugar a Igreja Matriz, arquitetadas pelos jesuítas.

A jovem Rio das Ostras não é tão jovem assim, pois fatos históricos comprovam que há cerca de quatro mil anos, ela era habitada por caçadores e coletores semi-nômades, cuja pre-sença pode ser comprovada em seu solo repleto de sambaquis, com áreas de sítios arqueológi-cos demarcadas em 1967 por pesquisadores do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB).

Relatos de antigos navegadores comprovam a história da cidade. Segundo os jornais da época, passaram pelo arraial o sapateiro da expedição de Villegagnon França-Antártica em 1510, Jean de Lery, o naturalista Augustin François César Prouvençal de Saint Hilaire, o príncipe alemão Maximilian Alexander Philipp Zu Wied Neuwied e, em 1847, o imperador D. Pedro II, que descansou a sombra da centenária figueira a beira-mar, após ser recebido com bandas de música e folguedos.

Fotos: Arquivo Fundação de Rio das Ostras de Cultura

Luiz Montenegro

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Dados

Atualmente, Rio das Ostras tem 116.134 mil habi-tantes, resultado do Censo 2011 -2012, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), sendo 90% concentrada na área urbana. A cidade apresenta uma dimensão de aproximadamente 230,6 km². Seus 28 km de litoral compreendem 15 praias, lagoas e o rio Das Ostras. Possui uma locali-zação estratégia, na Região dos Lagos, Costa do Sol, a 170 km do Rio de Janeiro.

Com abundante pesca no rio e mar, a vila de pescadores foi nomeada Terra dos Peixes, no século XX, de acordo com alguns de-poimentos dos antigos moradores da cidade. Nome que deu título a um livro, em 1997, baseado no Projeto Memória da Fundação Rio das Ostras de Cultura.

O divisor de águas do município veio com a construção da Rodo-via Amaral Peixoto, na década de 50, quando se tornou rota de co-merciantes, rumo à Macaé e Campos. A instalação da Petrobras, em Macaé, impulsionou o crescimento habitacional e econômico. Desde então, a aldeia de pescadores cedeu lugar para a atividade turística.

Em 1992, com o progresso, Rio das Ostras conquistou a inde-pendência em todas as esferas e na primeira década já constava na lista dos dez primeiros municípios em qualidade de vida. Em 2004, recebeu as primeiras obras, tais como: dez postos de saúde, o pronto socorro e o hospital municipal, 18 unidades de educação, a Zona Especial de Negócios (ZEN) e o Centro de Qualificação Profissional.

Obras de infraestrutura marcavam a década, como a criação do aterro sanitário; captação, tratamento e o início da distribuição de água; a Rodovia do Contorno, boa parte da RJ-106 (Rodovia Ama-ral Peixoto) duplicada e a reconstrução da RJ-162, no trecho dentro do município. Em 1998, o município implantou o Orçamento Partici-pativo e elaborou o Plano Diretor.

Para preservar a história, foram criadas a Casa da Cultura, a Biblio-teca, o Teatro Municipal e o Sítio Arqueológico. Pensando no turismo, a aposta foi no Parque Municipal, Parque dos Pássaros, Praça da Baleia, urbanização da Lagoa de Iriry e a revitalização urbano-ambiental da Orla de Costazul e da Praia da Tartaruga.

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Praça da Baleia: é referência na história do turismo em Rio das Ostras

Um dos mais criativos pontos turísticos de Rio das Ostras, a Praça da Baleia, faz as praias de Costazul serem contempladas por milhares de turistas que visitam a cidade todos os anos. Não tem como moradores e turistas não

ficarem admirados pela escultura, que é considerada a maior homenagem a um cetáceo no mundo. Hoje, a baleia Jubarte em tamanho real, criada há quase 11 anos pelo escultor Ro-berto Sá, é grande referência na história de Rio das Ostras.

Segundo o escultor, a ideia surgiu de forma bem espontâ-nea, numa roda de conversa entre amigos. Na época foram cogitados outros animais como golfinhos e tartarugas, mas a baleia venceu. Então, Roberto levou a proposta, na época, ao prefeito Sabino, que gostou muito da ideia.

História

Beleza e criatividade da praça da Baleia atraem grande quantidade de turistas a cada ano em Costazul

Responsável pelo projeto, Roberto Sá

Foto: Divulgação

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Atrativo na Praia de Costazul foi criado pelo escultor Roberto Sá

O trabalho do escultor Roberto Sá começou num atelier aberto ao público montado por ele ao lado da Tocolândia. A obra levou noves meses para ser concluída. De acordo com Roberto, a intenção era fazer uma baleia como se estivesse dentro d’água, por isso, ele colocou também um mergulhador apoiado em sua calda. “Parece uma viagem ao fundo do mar. Fico orgulhoso em fazer parte da história da cidade. Quando fiz essa escultura não tinha visão de que iria ultrapassar fronteiras e se tornar referência no turis-mo do município”, comenta o artista plástico.

Para a dona de casa Rita Louzada, que tem casa em Costazul há mais de 20 anos, a beleza da praia hoje nem se compara a de antes, principalmente, porque a escultura da baleia se tornou um grande atrativo turístico.

O professor João Carlos mora no município há três anos, mas já frequenta Rio das Ostras há mais de 15 anos. Para ele, um dos pontos turísticos mais visitados no município é a Praça da Baleia. A obra ajuda a movimentar Costazul, pois não há quem vá a localidade e não queira retornar para casa com uma foto tira-da bem perto da escultura. “Meu irmão é comerciante aqui e isso pra ele é vida, pois trabalha para atender moradores e turistas. Para gente é um privilégio morar aqui perto desse monumento”, acrescenta João.

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

Fotos: Arquivo Fundação de R

io das Ostras de C

ultura

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Potencial turístico: belezas das praias atraem milhares de turistas por ano

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Cidade investe em turismo de eventos para movimentar setor durante todo o ano

Turismo

Conhecida pela beleza natural que possui, Rio das Ostras é uma cidade que sabe explorar bem o seu potencial turístico. Além disso, para movimentar e estimu-lar ainda mais o comércio local, o município investe em uma vertente que vem crescendo a cada ano: o turismo de eventos. Com isso, consegue incentivar o setor, seja na alta ou na baixa temporada. Por ano, milhares de pessoas de várias

partes do Brasil e até mesmo do mundo visitam Rio das Ostras. O principal atrativo, segundo o técnico em Turismo, Edmilson de Oliveira, são as 15 praias,

que juntas somam uma região costeira de 28 km. “Elas possuem as mais diversas caracte-rísticas. Temos as mais calmas, para quem deseja tomar um bom banho de mar, até as mais agitadas para a prática de esportes. Apesar disso, as mais visitadas são as do Centro e de Costazul”. Além de todas estas opções, o visitante pode encontrar ilhas e lagoas de água doce bem próximo ao mar, caso da conhecida Lagoa do Iriry.

Das estruturas construídas ao longo dos anos, a Praça da Baleia é o local que atrai mais os olhares de quem passa pela cidade, mas outros não ficam atrás. É o caso do poço de pedra, na Praça José Pereira Câmara, no Centro; a Casa de Cultura Bento Costa Junior, onde tam-bém está localizado o Museu do Sítio Arqueológico; e o Parque dos Passáros, o maior viveiro conservacionista da América Latina. Já no Parque Municipal é possível fazer pequenas trilhas e conhecer o programa de produção de mudas para o replantio.

Para levar comodidade aos turistas a cidade conta com mais de 60 hotéis e pousadas. No total são aproximadamente três mil leitos. “Mas em caso de grandes eventos, por exemplo, muitas pessoas se hospedam em cidades próximas, pois chegamos a 100% de ocupação”, dis-se o técnico em turismo. Ainda fazem parte da infraestrutura, diversas opções de restaurantes e bares e um sistema de transporte que permite o fácil deslocamento. “Tem ainda muito o que ser feito, pois quanto mais opções ofertarmos ao turista mais ele ficará satisfeito. Vamos crescendo e implementando outras ações”, disse Edmilson.

De acordo com o técnico, diante da discussão sobre as perdas ou não dos royalties, o turismo pode ser uma saída financeira, pois gera emprego e renda. “Acredito na força e no potencial turístico que esta cidade possui, bem como os benefícios que ele pode trazer”.

TURISMO DE EVENTOS

Seja na baixa ou na alta temporada, Rio das Ostras sabe atrair público por meio dos eventos. No calen-dário oficial estão: o réveillon, carnaval, Encontro Internacional de Motociclistas – Ostrascycle, Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, Festival de Frutos do Mar e Festival de Dança.

Foto: Heitor Neto

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de Rio das Ostras oferece opções em turismo Distritos de Cantagalo e Rocha Leão receberão atenção maior da atual gestão do município

Para quem não perde uma oportunidade para estar perto da natureza, o Circuito Eco Rural revela muitas aventuras. As caminhadas proporcionam

interação com a vegetação, animais, plan-tações e toda a atividade produtiva local. A culinária da roça é bastante conhecida e está presente nos restaurantes e nas pou-sadas de Cantagalo. O voo de Parapente é mais uma das atividades de lazer repleta de adrenalina.

Já em Rocha Leão,o passeio é pela história de Rio das Ostras. O Centro Ferroviário de Cultura Guilherme Noguei-ra funciona como museu. É situado na antiga Estação Ferroviária de Rocha Leão e conta com biblioteca, sala de cinema, além de serem oferecidos cursos de arte e oficinas. Na Praça do Trem funciona a Fábrica de Bonecas, onde as costureiras confeccionam tapetes e bonecas de va-riados tamanhos e cores, além de outros artesanatos.

“Rio das Ostras é um município rico em potencialidades turísticas. As nossas belezas naturais nos favorecem muito. Cantagalo nos proporciona um clima ru-ral, muito perto da cidade, e Rocha Leão ainda mantém as características de uma localidade pequena com poucos morado-res e um jeito simples de viver. Isso é um grande atrativo turístico. Este é o diferen-cial de Rio das Ostras: a diversidade de atrativos” destacou a subsecretária.

Zona Rural

Turismo

Foto: Heitor Neto

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Cercadas de beleza e simplicidade, Canta-galo e Rocha Leão fazem parte da área rural de Rio das Ostras. A população dessas localidades soma 10% do total de habitantes do município. O trabalho de formatação e incremento do turismo nesses lugares começou há mais de dez anos. Todavia, a falta de investimento fez com que algumas atividades fossem suspensas, como o Circuito Rural, em Cantagalo. Para corrigir o problema a atual administração está elaboran-do projetos, para melhorar a infraestrutura, e buscando parcerias para desenvolver novamente o turismo na Zona Rural.

Segundo a subsecretária de turismo, Valéria Pinheiro, a administração atual está preparando projetos de sensibilização dos produtores e em-presários para que o turismo rural venha despon-tar nessa região. “Já fizemos um primeiro contato e estamos, junto com a secretaria do Ambiente, Agricultura e Pesca, traçando uma estratégia para a reconstrução no Circuito Rural” afirmou.

Outras obras de infraestrutura estão na pauta da prefeitura, não só em Cantagalo como em Ro-cha Leão. Segundo Valéria, todos estão empenha-dos no trabalho, reconstruindo pontes, fazendo manutenção nas estradas e postos municipais.

INVESTIMENTO

“Isso é importante, porque num segundo momento em que começarmos a articular a atividade turística em Cantagalo e Rocha Leão, já teremos outras condições de trabalho”, ressaltou.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Rio das Ostras, Paulo Cesar Martins, alguns projetos foram idealizados para fomentar o turismo na região, entre eles estão: agricultura interligada ao Circuito Eco Rural, para que os visitantes possam levar para suas casas produtos da terra; festas da Farinha e Junina; passeio de charrete; a criação de um meio de transporte, como uma jardineira, para levar os visitantes nos pontos turísticos; dentre outros.

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

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Um

“Rio das Ostras tem tudo de bom. Quando cheguei não tinha nada, nem água, luz ou farmácia.Trabalhei como barbei-ro por 40 anos e para melhorar de vida virei corretor de imóveis. Aqui criei minha família e vimos o progresso chegar rápido. Ago-ra temos bons administradores e espero que a cidades continue nesse caminho. Parabéns Rio das Ostras!”

Nédio Vicente de SouzaCorretor de imóveis

“Frequento Rio das Ostras há 50 anos, e o que mais gostava daqui era a tran-quilidade e qualidade de vida. Fui o primeiro professor de Educação Física na cidade e aqui construí minha família. Continuo com uma vida tranquila e cheia de amigos. Aqui criei raízes e não pretendo sair mais.”

Mauro BastosDiretor de departamento na secretaria de Esporte e Lazer

“Sou feliz por ter nascido e cres-cido em Rio das Ostras, que é uma cidade mãe. Antes uma vila de pescadores, onde as pessoas se abraçavam e se cumprimentavam mais. A cidade cresceu e muita coisa mudou. ”

Pastor Ernani Davi PereiraComerciante

“Aqui consegui crescer profissional-mente e desenvolver a minha car-reira. Tenho orgulho de falar que sou moradora desta terra há três anos. Quero parabenizar Rio das Ostras, cidade que incentiva a arte e a cultura, pelos seus 21 anos de emancipação político--administrativa”.

Ara NogueiraAtriz

“Vim para Rio das Ostras por causa do meu filho, que arrumou emprego aqui, e de-pois me apaixonei por esta cidade. É um lugar que me proporciona muita qualidade de vida. Uma coisa que me chama atenção é a limpeza, além do sossego. Quero parabe-nizar o município e fazer o pedido de uma rodoviária para que tudo fique ainda melhor”

Valdeniriam MonteiroAposentada

“Vim em busca de qualidade de vida e por causa do trabalho. O ar puro, as ótimas praias e poder fazer quase tudo à pé foi o que mais me chamou a atenção no dia a dia da cidade. Desejo mui-tos anos de progresso á Rio das Ostras”.

Ailton BonassaTécnico em mecatrônica

declarado à cidadeFoto: Gilismar Correa/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 17

“Sempre passei férias em Rio das Ostras e há seis anos moro aqui. É uma cidade boa para se con-seguir emprego e ter outras oportunidades de crescimen-to. Se tivesse que escolher outro lugar para morar viria pra cá novamente”.

Érica BertoRepresentante de telemarketing

“Mudei para cá pelo trabalho, porque as oportunidades no ramo da cons-trução civil são boas. A cidade está sempre em crescimento, e a expectativa é que isso não estacione. Rio das Ostras é o lugar das oportunidades de negócios.”

Robson TerraConstrutor

“Morava em Barcelona, na Espanha, e desde que cheguei aqui conheci características muito positivas. É um lugar muito tranquilo, pois nos permite ir e vir dos locais com segurança. Claro que outras coisas podem ser feitas na infraestrutura, por isso, desejo que a cidade possa crescer muito nos próximos anos”.

Mayte RibasArtesã

“Moro aqui há 12 anos e, nesse tempo, consegui conquistar mui-tos objetivos com esforço e muito trabalho. Aliás, oportu-nidade de emprego nunca fal-tou nesta cidade. Desejo que este município fique cada vez mais belo e aconchegante”.

Lilian RobainaManicure

“Minha mãe foi uma das primeiras pes-soas a vender açaí na cidade, foi por isso que nos mudamos pra cá. A tranquilidade é o ponto alto da cidade, quase não tem proble-mas com violência. Só o fato de andar na rua e as pessoas lhe cumprimentarem já é ótimo”.

Edison de MeloGuarda sanitário

“Vim conhecer o Festival de Jazz e Blues e a cidade foi tão acolhedora que eu fiquei. Todo o meu trabalho é muito bem aceito. Há uma essência de cul-tura na cidade, tem muitos eventos, o que acaba mostrando tendências nas artes e no teatro, que é muito abundante em Rio das Ostras”.

Arnaldo de SáCantor e compositor

“Minha família mudou para cá junto comigo por causa da qualidade de ensino. Onde eu morava tudo era longe. Aqui os cursos impor-tantes ficam no Centro. Gosto daqui por que as coisas são bem perto e porque tem muitos lugares para lazer”.

Pâmela RibeiroEstudante

“Estou há mais de 40 anos em Rio das Ostras. Tenho saudade do tem-po de ver o pescador de linha e de um trânsito mais tranquilo, onde as pessoas que trabalha-vam em Macaé ainda almoça-vam aqui. A cidade estando boa eu também estou bem”.

Aurélio Capiberibe LimaEmpresário (Bar da Boca)

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

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SabinoPrefeito de Rio das Ostras

Um

declarado à cidade

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 19

“Parabéns Rio das Ostras pelos 21 anos de emanci-pação político--administrativa e a toda população que sempre acolheu sua cida-de mãe. A cidade cresceu e é destaque no cenário nacional por suas belezas naturais, hospita-lidade e grandes eventos. O município avançou graças à dedicação de cada pessoa que aqui reside, e escreve sua trajetória como cidadão. Que Deus abençoe a todas as famílias desta terra”.

Antonio MarcosPrefeito de Casimiro de Abreu

“Parabéns a Rio das Ostras por mais um ano de emancipação e por aliar o vigor de uma cidade ainda jovem ao anseio de melhorar a vida da população. Meu desejo nesta data festiva é que, mais do que apenas vizinhas, Rio das Ostras e Macaé sigam como cidades irmãs na busca pelo desenvolvimento sustentável e pela qualidade de vida em toda a região”.

Dr. AluizioPrefeito de Macaé

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20 • Especial 21 anos de Rio das Ostras

Dizem que brasileiro gosta de uma boa história, seja ela real ou inventada. Na verdade o que importa mesmo é partilhar das situações e emoções do cotidiano, fruto da imaginação ou

não. Para preservar os contos populares de Rio das Ostras, a poetisa, pesquisadora e escritora, Selma Alves da Rocha, lançou em 1997 a literatu-ra em formato de cordel, “Lendas e Causus”. A obra, composta por oito narrativas em formato de versos e rima, foi baseada no projeto da Fundação Rio das Ostras de Cultura para Levantamento, Resgate e Preservação da História e Memória Do-cumental do município.

Segundo Selma, a literatura surgiu após colher depoimentos para o livro “Terra dos Peixes”, obra da memória viva e documental de Rio das Ostras. Em meio às entrevistas realizadas, a poetisa per-cebeu que eram muitos contos e que eles mere-ciam ser publicados em outro livro. “Podemos dizer que a literatura de cordel “Lendas e Cau-sus” foi filho da obra “Terra dos Peixes”. Para o “Lendas e Causus” foram colhidos 34 de-poimentos, de moradores antigos da cidade, como parteiras e pescadores, por exemplo.

Os personagens tinham, na época, idade entre 60 e 80 anos. Dessas pessoas, apenas quatro per-manecem vivas. Conheça algumas histórias.

Livro “Lendas e Causos” resgata histórias de Rio das Ostras

» Publicação preserva a memória de antigos moradores do município

Lendas

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 21

O HOMEM DE PRETONo tempo em que Rio das OstrasEra uma aldeia de pescadoresMuitas coisas assombrosas então aconteciamNum lugar conhecido como Portão do PintoTinham medo os moradores, É verdade, eu não minto!

Todos ainda se lembramDo tal Homem de PretoAssombração esquisitaEspantando as pessoasCom seu negro capoteComprido até o chãoE um enorme chapéuBalançando sempre as mãos

E no cair da noiteQuando alguém se aproximavaO homem de preto diminuía, diminuíaOu aumentava, aumentavaUma vez um pescadorNo homem de preto atirouEntre o Portão do PintoE a velha figueiraMas a assombraçãoEsperta como ela eraDesapareceu na sua genteSem eira nem beira...

E quem do Homem de PretoOusasse chagar pertoLevava mesmo era uma caçaDe arder a carne e a pele,E pela força de seu porreteDoía a semana inteira...E para terror de todosSó surrava os corajososQue no Portão do PintoArriscavam uma carreira...

A MULHER DO LENÇOLNa Lagoa dos JacarésMuita coisa aconteciaQue assombrava o povoQue dali sempre fugiaPrincipalmente nas noitesBonitas da lua cheiaE as almas penadas surgiamCada uma do seu jeitoE as pessoas tremiamE os fantasmas brincavamCada qual com seu defeito...

Havia a Mulher do LençolQue ficava na estradaE ali sempre deitadaEnrolada no pano brancoEsperava quem chegasse Pra fazer a traquinagemQue de todo era ruindade

E quem chegasse pertoA mulher do lençol subiaSubia até o céuAté pra onde ninguém mais viaE depois só pra assombrarO otário só que passavaDescia, descia, desciaE pela terra se enfiavaE depois ressurgiaE assim ela brincava

E quem ali estivesseNo seu pavor assombradoFicava paralisadoE de todo hipnotizadoSem se mover um milímetroPorque se mexesse, o coitadoEra enterrado por centímetro....

FOTO DE UMA COBRAQue existiuE em toda quarta-feiraNas casinhas de sapéAparecia na soleiraE ninguém sabia dizerComo ficar bem escondidaEsperando a hora certa De dar sua mordida.

Todo homem que bebiaE chegava tarde em casaPerturbando a mulher e os meninosEnfrentavam aquela cobraDepois que se deitavamPois ela misteriosa,Cobra de outro mundoTinha seu jeito próprioPra cuidar dos vagabundos.

Cobra grande, cabeça compridaOlhos de fogo e destemidaSubia na cama dos bêbadosE ficava esticadinhaEm cima de seus corposEra dona sozinha.

Não tinha pau nem pedraQue fizesse ela fugirE só quando amanheciaA cobra desapareciaNa frente de todo mundoPra na próxima quarta-feiraRessurgir.

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Com uma técnica própria e cores per-sonalizadas, Valdemar Francischetti, nascido em São Paulo, é artista plástico, desenhista autoditada e um pintor de renome na região. Manejando o pincel

com uma maestria de quem tem 61 anos de técnica, é reconhecido por apreciadores de arte e já vendeu obras para diversos países. Com isso, possui peças expostas em todos os cantos do Brasil e do mundo.

Francischetti começou a pintar aos seis anos de ida-de, atualmente maneja o pincel com maestria graças à influência de seu irmão mais velho, Walter Francischet-ti. Passando a tentar imitar seu irmão, Francischetti logo percebeu que sua habilidade o ultrapassava. Ape-sar disso Walter rasgava todos os seus desenhos, até que um dia isso não ocorreu mais, neste dia, o pintor sabia que tinha chegado a um nível de desenho que agradava seu irmão. Aos 12 anos ganhou uma aquarela de seu pai e passou a trabalhar como desenhista em feiras. Quando entrou para o Exército em 1965 já ga-nhava dinheiro com a pintura. Permaneceu nas forças armadas por 30 anos, mas não abandonou seu dom. Durante sua carreira militar fez várias exposições no quartel.

Segundo o pintor, o que mais o inspira a criar suas incríveis obras é a natureza. Praias, o sol se pondo e lindos caminhos com árvores e vegetação, são paisa-gens rotineiras em algumas pinturas. “Queria pintar

Cidadão

Artista plástico quer imortalizar suas obras

Fotos: Heitor Neto

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Especial 21 anos de Rio das Ostras • 23

Com 61 anos de experiência, Francischetti possui quadros espalhados pelo mundo

tudo que Deus criou, pena que não tenho tempo de vida para fazer tudo.” Segundo ele, algumas paisagens que pintou há anos atrás já não existem mais, por isso as pinturas acabam virando um registro histórico.

Com um número de obras feitas desconhecido, mais que em 1984 chegava 4.800, Francischetti não se prende a estilos espe-cíficos e domina várias técnicas como, pintura à óleo, aquarela e uma inovadora, que utiliza sprays de tinta ou Color Jet. “Faço um apanhado de vários, acadêmico, impressionista, modernista, con-temporâneo e crio o meu próprio.”

As cores dão um destaque especial aos quadros do pintor. Ele revela que fabrica suas próprias tintas, por isso que elas têm um colorido mais vivo. Ele explica que as tintas comerciais têm apenas 30% de pigmento (cor) e 70% de carga ou silicato de alumínio, que aumentam o volume da tinta e diminuem o custo, mas tornam as cores mais apagadas e menos duráveis. Mas, as produzidas por ele possuem de 70 ou 80% de pigmento, o que as torna mais bri-lhantes e as faz durar anos. “Tenho peça que pintei há 20 ou 30 anos, mas parecem que as fiz na semana passada”, finalizou.

Page 24: Revista 21 anos de Rio das Ostras

24 • Especial 21 anos de Rio das Ostras