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MAR, ABR | 2010 Ano 3 - 9ª Edição Entidade de Caráter Social e Filantrópico Por um futuro melhor

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Revista Visão Seleta

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MAR, ABR | 2010Ano 3 - 9ª Edição

Entidade de Caráter Social e Filantrópico

Por um futuro melhor

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Atualmente o que mais vivenciamos no nosso coti-diano são informações sobre padrões comportamentais relacio-nados à qualidade de vida e seus inúmeros benefícios.

No tocante a este assunto tão em voga, esta edição está recheada com matérias que irão proporcionar uma maior reflexão sobre a nossa saúde, observando pontos importantes e fatores de risco comportamentais envolvendo práticas de estilos de vida minimamente saudáveis.

Pegando carona com o tema, mas dando destaque merecido por sua relevância social, conversamos com o presi-dente da Câmara Municipal de Campo Grande, Dr. Paulo Siufi Neto, sobre a Lei Antifumo e suas consequências benéficas.

Com base nesta medida, a S::S::C::H:: está empenhada na promoção de práticas educativas voltadas à qualidade de vida e mudança de hábitos não-saudáveis de seus alunos e funcionários.

Com muita cordialidade e carisma, o atual vice-go-vernador Murilo Zauith, nos recebeu em seu gabinete para uma conversa descontraída, onde pudemos conhecer melhor sua tra-jetória política e planos futuros para o nosso Estado.

Espero que apreciem esta edição como um presen-te dado com muito carinho, pois a cada ano sentimos mais a responsabilidade de fazermos o melhor, a cada ano fazemos o possível para refletir o sentimento humanitário que se traduz simplesmente em amor ao próximo, amor irretocável como o da inesquecível Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, que dedicou sua vida na nobre missão em prol da qualidade de vida do ser humano.

Presidente: Gabriel Moreira dos Santos 1º vice Presidente: Amilton Nantes Coelho 1º Secretário: Milton Rosa Sandim1º Tesoureiro: Alfredo José de ArrudaDiretor: Vilson de FreitasAssessor Jurídico: João Maciel Neto

Jornalistas responsáveis: Mirella Bernard /DRT 121 MSNádia Bronze /DRT 141 MSDesigner Gráfico: alexfreitas.com Produção e comercial: Marcia RodriguesRevisão: Valéria Valli Seffrin

Foto Capa: César KrügelImpressão: Grafica Seleta Rua Pedro Celestino, 3283 Bairro São FranciscoCEP: 79002 -320 | Fone: 67 3356 -1525Fale Conosco: [email protected]

Revista Visão Seleta é uma publicação da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária

Vilson de FreitasDiretor da Revista

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04ENTREVISTA Murilo Zauith

07EMPREENDEDORISMOFilomena Casa de Pães

20ESPECIAL SAÚDEEspaço Zen

10ESPECIAL SAÚDEQuero + Saúde

17 ESPECIAL SAÚDEObsessão Perigosa

23ESPECIAL SAÚDE Você também pode fazer Pilates

31ESPECIAL SAÚDE Saúde na Seleta

14ESPECIAL SAÚDEO Peso da Realidade

índice

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Entrevista

Entrevista

Murilo Zauith

Política, família, ações e parcerias. Esses foram alguns dos assuntos abordados pelo vice-governador do Estado, Murilo Zauith. Ele recebeu em seu gabinete a equipe da revista Visão Seleta, para um bate papo.

Durante a conversa Zauith, sempre com muita serenidade e conhecimento no que diz, mos-trou que já conquistou seu espaço na política de Mato Grosso do Sul e que o Estado está no rumo certo.

O começoNatural de Barretos/SP, mas como ele

mesmo diz “Criado em Ribeirão Preto”, Zauith veio para o Estado, mais precisamente para a cidade de Dourados, para trabalhar em sua área, engenharia civil. “Cheguei em 1993 e logo comecei a trabalhar como engenheiro. Juntei-me ao grupo que mais tar-de criou a Unigran, hoje umas das grandes faculda-des do nosso Estado”, destaca.

Até então a política era algo desconheci-do. “Em 94 fui convidado a disputar as eleições para deputado estadual e para minha surpresa fui eleito”.

A partir daí a política passou a fazer parte da vida de Murilo Zauith. Foi reeleito deputado esta-dual em 1998; em 2002 foi eleito deputado federal e em 2006 alcançou o cargo de vice-governador.

“As coisas foram acontecendo e cheguei onde estou. Tenho orgulho de alguns projetos entre eles a criação de cotas para índios, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Acredito que a edu-cação é uma das melhores formas de promover a integração da população indígena”, ressalta.

Família“Sou uma pessoa simples, que gosta de

curtir a família”. Assim se define o vice-governador. Casado, pai de dois filhos e com uma rotina agitada, ele consegue cultivar hábitos simples como cami-nhar no Parque das Nações Indígenas.

“Mesmo com uma rotina dura de trabalho procuro não deixar minha família de lado. A política tira um pouco esse convívio, devido a agenda passa-mos muito tempo fora de casa e muitas vezes o tempo que seria para eles fica sacrificado. Mas eles enten-dem, esse é o meu trabalho e só tenho a agradecer essa família maravilhosa que está ao meu lado”.

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Governo do Estado“Quando assumimos o Estado, encon-

tramos uma situação difícil, entre elas pagamentos atrasados. Foram momentos difíceis, que ao lado do governador André Puccinelli, conseguimos su-perar”, lembra Zauith.

Atualmente Mato Grosso do Sul passa por uma outra realidade. Segundo o vice-governa-dor, a administração estadual desenvolve projetos em todas as áreas e tem como prioridade a geração de emprego.

“Hoje temos dinheiro em caixa. Temos obras sendo feitas na área social, de apoio às famí-lias, construção de estradas, escolas. Podemos dizer que esse governo viabilizou Mato Grosso do Sul”.

A instalação de grandes indústrias é sem duvida uma das marcas desse governo. “Fizemos com que o empresário acredite em nosso Estado. Eles es-tão investindo e com isso geramos mais empregos. Hoje o pai de família precisa de um emprego para sustentar sua família, para criar seus filhos, dar estu-do a eles. É fazer com que esse pai sinta que a semen-te está sendo plantada e que no futuro seu filho tenha um bom emprego. Para mim esse é o maior êxito”.

Segundo informações do vice-governa-dor, atualmente cerca de 76 mil famílias são benefi-ciadas com programas sociais do governo estadual. “Temos diversos programas sociais, todos com um único objetivo, ajudar as famílias sulmatogrossenses. Com esses programas diminuímos a desigualdade social e ampliamos o número de beneficiados”.

Governo Federal“Quando temos um cargo, não temos

oposição”, afirma Zauith. Para o vice-governador, o

fato do presidente Lula ser de outra base política não afetou o desenvolvimento do Estado.

“É preciso buscar benefícios para o seu Estado, ter competência para criar projetos, isso é o mais importante. Saber a necessidade do seu Es-tado. Enquanto arrumávamos a casa, fomos detec-tando problemas, elaborando projetos e levando-os até Brasília. Hoje estamos colhendo isso, em parceria com o governo federal”.

Aos sul-mato-grossenses“Tenho o maior prazer em fazer parte

da política de Mato Grosso do Sul. Acredito que a política deve ser feita para melhorar a vida das pessoas e essa é a nossa obrigação. Fazer com que acreditem em nosso trabalho e que existem pesso-as sérias querendo trabalhar pela população. Muito obrigado a todos que acreditaram e acreditam em nosso trabalho”.

“Tenho orgulho em fazer parte da política sul-mato-grossense. Acredito que a política deve ser

feita para melhorar a vida das pessoas”

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Empreendedorismo

Um ambiente charmoso e acolhedor. As-sim é a Filomena Casa de Pães. Inaugurada há três meses em Campo Grande, a ‘boutique’ de pães cha-ma atenção pela qualidade de seus produtos, bem como pelos serviços oferecidos aos clientes.

A Filomena, nome em homenagem a uma tia, é a realização de um sonho, da advoga-da Marly Sampaio. “Sonho com a Filó há 15 anos. E hoje ela está concretizada. Durante todos esses anos observei as necessidades das pessoas, que a cada dia passam mais tempo na rua e queria ofe-recer um ambiente onde pudessem encontrar tam-bém a extensão de um escritório”.

Um local que vai além de uma casa de pães. Espaços para pequenas reuniões, eventos e com internet disponível. “Aqui as pessoas podem

marcar reuniões, atender seus clientes, ou mesmo reunir amigos para um café”, destaca Marly.

Ela relata que o espírito empreendedor, a garra e força de vontade foram determinantes para a concretização desse sonho. “Estou na advocacia há 20 anos, sou apaixonada pela minha profissão, mas a vontade de começar uma atividade nova sempre me acompanhou. Quando decidi montar a Filomena fui procurar conhecer esse segmento, saber o que era preciso e hoje me dedico com muito amor, afinal Campo Grande merece”.

A Casa de Pães oferece aos clientes mais de 50 tipos de pães e tem como carro chefe a pro-dução própria do Pão de Ração Humana, com mais de 30 grãos e a o Pão de Azeitona com Nozes, além de outros inúmeros produtos. “Aqui desenvolve-mos diversas receitas próprias, de alta qualidade, sempre pensando no bem estar do cliente. Além de produtos de qualidade, os clientes também encon-tram um ambiente agradável, acolhedor, feliz e sau-dável”, ressalta Marly.

Atualmente a Filomena Casa de Pães conta com 36 funcionários e funciona das 6 da ma-nhã às 22 horas. A partir de abril será oferecido aos clientes almoço e no inverno buffet de caldos. A Fi-lomena oferece ainda café da manhã aos sábados e domingos.

Filomena Casa de Pães

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Saúde

Pega

leve

Não é novidade que vivemos, de modo geral, uma vida desregrada, com agenda cheia e dividida entre estudo, trabalho, relacionamentos amorosos, família, cursos, casa, trânsito, etc. Para dar conta de tudo isso é preciso muito fôlego, interatividade e ânimo. A era moderna nos dá a impressão de que o que nos falta realmente é tempo. Somos cada vez mais reféns de nossas obrigações e do relógio. Temos que fazer tantas coisas ao mesmo tempo e ainda dar conta de dormir, cuidar corretamente da alimentação, marcar e ir às consultas médicas, ao dentista. Tudo isso sem falar na dose de exercícios físicos que deveríamos fazer regularmente!

Sem querer assustar, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estilos de vida sedentários aumentam todas as causas de mortalidade, dobram o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. Muitas facilidades como controle remoto, vídeo game, vidro elétrico e a escada rolante aumentam os riscos da hipertensão arterial, da osteoporose, do câncer, da depressão e da ansiedade. Informações da OMS dão conta que de 60 a 85% dos povos do mundo - tanto dos países desenvolvidos como em desenvolvimento – tem esse estilo de vida, tornando o sedentarismo um dos problemas de saúde pública mais sérios do nosso tempo. Estima-se que quase dois terços das crianças também tenham atividade física insuficiente, com implicações sérias para sua saúde futura. Então todo cuidado é pouco!

Esclarecemos que não pretendemos resgatar aqui a filosofia hippie de paz e amor (que, obviamente, tem sua importância histórica), nem fazer de você, leitor, um fisiculturista ou um eremita. Também não é a ideia fazer com que você esqueça os churrasquinhos regados aos fins de semana, daquela preguicinha matutina que faz dos mortais os mais felizes dos pecadores. É natural gostar de chuveiro quente, televisão a cabo, internet e sofá. A nossa proposta é mostrar que existem possibilidades reais e prazerosas de melhorar sua saúde, qualidade de vida e seu bem-estar, mesmo nos século 21!

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Que

ro saúd

eA data do Dia Mundial da Saúde foi

criada em 7 de abril de 1950, pela OMS (Organi-zação Mundial da Saúde), fundamentada no direito do cidadão à saúde e na obrigação do Estado em promovê-la. Em 2010, os temas desenvolvidos serão urbanização e saúde. A ideia é destacar o efeito da urbanização sobre a saúde coletiva e para cada um de nós. Com a campanha “1000 Cidades - 1000 Vidas”, eventos serão organizados em todo o mundo, de 7 a 11 de abril.

O objetivo é convidar as cidades a abrir uma parte de suas ruas para as pessoas e fechá-las aos veículos motorizados, oferecendo aos cidadãos um novo espaço público para o exer-cício físico, reunião de família, amigos e comuni-dade, exames de saúde e campanhas de limpeza. Segundo a OMS, três bilhões de pessoas vivem em cidades ao redor do mundo, sendo que a população urbana mundial foi superior a 50% em 2007, pela primeira vez na história. A Organiza-ção estima que, em 2030, 60% das pessoas serão moradoras urbanas, aumentando 70% até 2050.

Saúde

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Saúde

Encontrar esses alimentos já não é algo tão difícil. Em funcionamento desde julho de 2009, a Quitanda Orgânica é a primeira loja especializada em produtos orgânicos da Capital.

Nas prateleiras uma diversidade de grãos, farinhas, massas integrais, arroz, café, além de frutas, verduras e legumes. Tudo na versão orgâ-nica. Segundo a proprietária Mila West, vegetariana há dois anos, o projeto surgiu devido a necessidade de mercado. “Não tínhamos nada parecido em Cam-po Grande e como sou consumidora desses produ-tos sentia falta de um lugar especifico. Fui amadure-cendo a idéia, pesquisei sobre os produtos e resolvi montar a loja”, afirma.

Ela relata que a maioria das pessoas não conhecem esses produtos e não sabem os benefí-cios que eles causam a saúde. “Os alimentos orgâ-nicos são aqueles sem agrotóxicos, sem insumos artificiais, como inseticidas ou adubos químicos. Es-ses venenos ao longo dos anos podem causar vários danos ao organismo”, relata.

Além de ser um alimento super saudável, quem adota hábitos orgânicos fica longe de algu-mas doenças causadas pelos venenos, como cirrose e distúrbios do sistema nervoso, além de infecções crônicas ou agudas. “Ingerir alimentos puros, sem agrotóxicos, elimina toxinas, limpa e fortalece o or-

ganismo. Vale a pena abrir mão dos industrializa-dos”, reforça Mila West.

Os consumidores que compram produ-tos orgânicos prezam por uma alimentação saudá-vel, natural e equilibrada. Na lista dos mais vendidos está a ‘ração humana’. Trata-se de uma farinha com-posta por mais de 30 grãos, entre linhaça, gergelim e gelatina. Produtos a base de soja também ganham espaço. “Esses alimentos são ricos em fibras, prote-ínas, entre outras substancias que ajudam a melho-rar a saúde. Hoje as pessoas estão mais preocupa-das com a qualidade dos alimentos, mas a maioria ainda não despertou para isso”, alerta Mila.

É preciso desmistificar que esses produ-tos são ruins, caros ou difíceis de encontrar. É preci-so pensar mais na saúde e na qualidade de vida. Por isso na próxima vez que for as compras, experimen-te a versão orgânica. A sua saúde agradece!

Quitanda

Orgânica“É preciso trocar os alimentos industrializados con-

sumidos no dia a dia por uma versão mais saudável. A idéia já está fazendo a cabeça de muitas pessoas, que na busca por

hábitos mais saudáveis estão aderindo às versões orgânicas desses produtos”, Mila West.

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Saúde

Feira de OrgânicosResponsabilidade Social e Ambiental

Frutas, verduras e legumes produzidos de forma natural por agricultores familiares de Campo Grande estão fazendo tanto sucesso entre consumidores, que a Secretaria Municipal de De-senvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio (Sedesc) já estuda a possibilidade de ampliação, por mais um dia, da Feira de Produtos Orgânicos, que acontece todas as quartas-feiras pela manhã, na Praça do Rádio Clube.

A ex-prefeita de Campo Grande, Nelly Ba-cha, é uma freqüentadora assídua da Feira e aponta vários benefícios desse tipo de produto. “Venho toda semana comprar aqui. Escolho os orgânicos pela qualidade, por não conter agrotóxicos, por ser um exemplo de agricultura sustentável, uma vez que não intoxica o solo nem os trabalhadores. Talvez esse produto não seja tão bonito ou vistoso quanto os do supermercado, mas é muito mais saudável. Além disso, o produto orgânico vendido na feira é mais barato que nos mercados”, analisa.

A Feira é um incentivo ao consumo dos orgânicos pela população, ao mesmo tempo em que oportuniza a comercialização pelos pequenos produ-tores rurais. A localização e a venda direta ao consu-midor são alguns dos fatores que beneficiam os agri-cultores. A produtora Rosa Maria da Silva aponta que a Feira facilita a vida dos agricultores por estar localizada na parte central da cidade, além de pro-mover a comercialização.

“As grandes redes de supermercados só pegam os produtos dos pequenos produtores cadas-trados e o pagamento vem depois de sessenta dias. Na feira, o pequeno produtor traz o produto, vende

diretamente ao consumidor e pode levar seu dinhei-rinho para a casa”. Rosa diz que a receptividade dos consumidores e as vendas são boas dependendo das mercadorias comercializadas em cada banca. “Infeliz-mente, temos perdido muitas mercadorias por conta das chuvas, mas a situação vai melhorar e todos vão ganhar com isso”, acredita Rosa.

O produtor Isaías Santos Duarte concorda que a instalação da Feira Orgânica no centro de Cam-po Grande “foi boa demais. Antes a gente não tinha onde vender a produção. É mais uma oportunidade de escoar a produção”. Ele acredita que as pessoas tendem a consumir ainda mais os produtos orgâni-cos por conta do uso de agrotóxicos na agricultura convencional ou de larga escala. “Nossas mercadorias não têm veneno, e isso é garantido na Feira. Os orgâ-nicos são muito mais saudáveis”, assegura.

Izaías DuarteProdutor

Nelly BachaConsumidora

RosaProdutora

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O PESOda realidade

A obesidade é uma epidemia grave. Especialistas alertam que a eliminação das dobrinhas significa muito mais que fazer as pazes com o espelho, é sinônimo de saúde. Mas para isso, não há

mágica. É necessária a mudança de comportamento

A dona de casa Neuza Jara foi encaminhada ao programa de Tra-tamento da Obesidade Infantil (TOI) durante o tratamento do filho no Hos-pital Universitário. Fábio nasceu com a síndrome de Prader Willi, um distúr-bio genético que se caracteriza pela falta de tônus muscular, baixa estatu-ra, mãos e pés pequenos, e obesidade grave, devido à necessidade compulsi-va de comer o tempo todo. O proble-ma de saúde do filho foi diagnosticado quando ele tinha nove meses de idade.

Hoje, aos 14, Fábio pesa 140 kg. Neuza conta que gostaria que o filho frequentasse as sessões do TOI, mas que não tem condições de adquirir uma cadeira de rodas com tamanho especial. “Até os 11 anos ele ainda conseguia ficar na cadeira de rodas, mas agora precisa de uma cadeira maior. Ele só engatinha, então só fica em casa. Não pos-so trabalhar porque não tem quem cuide dele. Ele tem que tomar banho e se vestir no chão. Para dormir tem que ser num colchão também no chão”, lamenta-se. Como a síndrome não tem cura, a mãe considera que o tratamento no TOI pode aumentar a qualidade de vida de Fábio. “O estado dele é considerado de alto risco. Com o tratamento tenho esperança de ele melhorar”.

De acordo com o fundador do TOI, o médico nutrólogo Sandro Benites Trindade, a obesi-dade é uma doença crônica, degenerativa, que leva a vários outros problemas graves de saúde como pressão alta, infecções respiratórias e de pele, co-lesterol alto, pré-diabetes. “A obesidade é uma epi-demia, que precisa ser tratada como um problema de saúde pública. Hoje, mais de 50% da população brasileira está acima do peso. Então, ao andar pela rua e olhar para o lado, se a outra pessoa não esti-ver gordinha, o gordinho é você. Estamos num país que tem um programa institucional nacional de combate à fome. No entanto, 0,5% da população es-tão gravemente desnutridas e 5% gravemente obe-sas. Antes, o maior problema nutricional no Brasil era a desnutrição. Em 30 anos, isso se inverteu de forma tão grotesca e rápida, que hoje a dificuldade é o excesso de peso”, acusa.

Ele conta que, no momento, está escre-vendo um livro intitulado “Eu Odeio Dieta”. Isso por-que “existem mais de 3,5mi de dietas publicadas no mundo, mas as pessoas estão cada vez mais obesas. Os transtornos alimentares sempre começam quan-do se inicia uma dieta”. O livro pretende mostrar o perigo das dietas e a proposta de equilíbrio e bom senso, alimentação saudável, atividade física, quali-dade de vida e, principalmente, de uma reeducação de comportamento. “O princípio da dieta é começo,

Neuza JaraDona de casa

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Saúde

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meio e fim. Acabada a dieta, a gente volta a ter o mesmo comportamento e ao peso anterior. Não adianta seguir uma dieta por um tempo curto. Querendo ganhar ou perder peso, é preciso es-tabelecer uma mudança de pensamento para conseguir modificar o comportamento. Como doença crônica, a obe-sidade precisa ser tratada durante dois, três anos. Às vezes, até o resto da vida”.

Sandro assinala que não promover mudan-ças e aderir às diversas die-tas da moda, além de não adiantar, pode trazer mais frustração. A pessoa conti-

nua sedentária, fica o dia inteiro em frente à TV, vai para um rodízio de pizza e toma chá verde de sobremesa. A ração humana e a adição de linhaça na alimentação são opções ótimas, mas se você con-tinua fazendo suas refeições de forma errada, não há ração, linhaça, chá branco, rosa, azul ou arco-íris que resolva. Depois de uma churrascada, refrige-rante diet. O que vai ficar leve? Somente a consci-ência. O médico diz que qualquer distúrbio deve ser enxergado como doença e que, portanto precisa de tratamento médico. “Se eu me enxergo doente, me submeto a um tratamento. Mas a pessoa acha que sozinha vai conseguir emagrecer. Resolve, de uma hora para outra, deixar de jantar. Na terceira noite ela já estará sentindo o cheiro do churrasco do vi-zinho da quinta quadra. A relação do obeso com a comida é patológica. É uma dependência química, física e psicológica. A comida se torna um vício mais forte que a dependência do álcool. Ele não conse-gue nem imaginar ficar sem comer”.

O nutrólogo enumera que os princípios para o sucesso do tratamento da obesidade são: enxergar a obesidade como doença; segundo, o obeso necessariamente terá que comer menos. Ou-tro item é que, para comer menos, muitas vezes ele terá que tomar o remédio adequado – que diminua a ansiedade -, na dose e no tempo certo. O quarto

princípio postula que, para que a medicação faça efeito, o obeso precisa fazer atividade física diá-ria. “O melhor exercício que existe é aquele que a pessoa faz com prazer. Por obrigação, ela pratica três ou quatro meses e desiste. Acontece também de o indivíduo atingir o peso ideal e se sentir ‘inin-gordável’. Daí ele abandona o tratamento e volta a engordar”. O 5º fator é a criação de um bom vínculo entre o médico e o paciente. “Agora, quem se submete a esses princípios é a pessoa que está insatisfeita com seu estilo e sua qualidade de vida. É muito ruim quando a pessoa fala que é gordinha e feliz. Eu digo sempre que ela é gordinha, feliz e mentirosa. É claro que ninguém vai perder peso pelo paciente, mas aliando a vontade da pessoa a esses princípios, o papel do médico é oferecer to-dos os instrumentos éticos e científicos para que o paciente tenha sucesso no tratamento”.

Sandro Benites TrindadeFundador do TOI

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Sandra DuailibiEducadora física

IMCO Índice de Massa Corpórea (IMC) estabelece o nível de obesidade a partir da relação entre o peso e a altura da pessoa adulta*. Quanto maior o índice, maiores são as chances de o indivíduo desenvolver inúmeras doenças. Para calcular o seu IMC, divida seu peso pela altura ao quadrado.

Resultado:>> 18,25 a 24,9: peso saudável>> 25 a 29,9: sobrepeso>> 30 a 34,9: obesidade grau I>> 35 a 39,9: obesidade grau II>> Acima de 40: obesidade mórbida.

Fonte: Revista Saúde* Nas crianças, o IMC isolado não é o melhor parâmetro, pois o crescimento e as oscilações de peso e altura não permitem uma avaliação precisa.

Sedentarismo - Para ele, a modernização e o sedentarismo extre-mo trazem um custo alto para as pesso-as. “O ser humano de hoje já nasce com telefone e carro. Acha que ir à padaria de carro todos os dias não faz mal. Dei-xamos de andar. Para obter comida era necessário caçar, pescar, acender o fo-gão à lenha. Meu filho aperta um botão. Antigamente, os sobreviventes eram os privilegiados que tinham a capacidade de armazenar gordura. Hoje isso é um tormento. A cura da obesidade só virá

no dia em que a pessoa, ao tomar um remédio, dei-xasse de armazenar e multiplicar células de gordu-ra. Infelizmente ainda não temos”. A responsável técnica do TOI, Sandra Duailibi, partilha da mesma opinião do médico quando se trata do sedentarismo. “Outras gerações brincavam na rua até tarde, hoje elas ficam só na TV, no computador, no vídeo game. Alguns jovens ficam cinco, seis horas dentro de casa assistindo televisão”. O programa recomenda que a criança fique, no máximo, uma hora na frente da TV ou computador. “No resto do tempo ela tem que estar na escola, brincando ou praticando algum esporte, alguma atividade física”, explica.

O trabalho integrado com a participa-ção dos pais ou responsáveis pela criança faz toda a diferença nos resultados obtidos pelo tratamen-to. “Quando a família inteira participa do processo de emagrecimento, a criança tem mais resultado. Quando os pais começam a participar, acabam emagrecendo também porque ficam mais ativos com a criança. Os pais também mudam de com-portamento, fazem atividade física com a criança, participam da reeducação alimentar e isso é um incentivo para o jovem”. Sandra considera que as dificuldades da criança com a obesidade já come-çam na escola. “Os meninos obesos, por exemplo, quando vão jogar bola só ficam no gol. Ninguém quer chamá-los para outra posição. A criança obe-sa recebe um monte de apelidos e é mostrada como ponto de referência: “está ali, ao lado do gordinho”. Isso incomoda. O rendimento do aluno cai. O pro-blema é que muita gente continua achando que criança saudável é criança gordinha. Essa menta-lidade tem que mudar. As pessoas não acham que

obesidade é uma doença porque não provoca dor, não é uma coisa que faça o pai levá-la correndo ao médico. Elas podem não ter um infarto agora, mas podem se tornar jovens e adultos muito doentes As conseqüências virão mais tarde”.

Serviço – No TOI, que funciona no Hos-pital Regional, em Campo Grande, crianças e ado-lescentes de zero a 18 anos de idade são atendi-das por uma equipe multidisciplinar formada por nutrólogo, endocrinologista infantil, professor de educação física, nutricionista, psicólogo e médicos de outras especialidades. Os pacientes recebem gratuitamente, além do acompanhamento médico, orientações para mudar hábitos alimentares e sair do sedentarismo. O atendimento é realizado aos sábados, em grupo e individualmente (quando há necessidade). Para fazer parte do TOI é necessário ser encaminhado por um profissional do Sistema Único de Saúde que diagnostique a obesidade no paciente, além de marcar consulta pelo telefone (67) 3378-2597. O atendimento é feito das 7 às 18h as terças e quintas e das 7h às 13h nas segun-das, quartas, sextas e sábados.

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Saúde

Os transtornos alimentares estão au-mentando de forma assustadora em todo o planeta e chegam cada vez mais cedo. Atualmente, cerca de 1% da população feminina mundial, de 18 a 40 anos, desenvolve uma relação doentia com a comida. Os transtornos alimentares são resultado de um conjun-to de fatores, dentre eles a cultura atual de culto à beleza física, quase sempre associada à magreza. De acordo com o criador do programa de Tratamento da Obesidade Infantil (TOI), o médico nutrólogo Sandro Benites Trindade, o sentimento de não estar adequa-do aos padrões impostos pela sociedade desencadeia reações psicológicas, tais como a depressão, solidão, ansiedade e, principalmente, a baixa auto-estima, propícias ao desenvolvimento desses distúrbios. “Por mais que falemos da importância do conteúdo, o ser humano está cada vez mais preocupado em fazer par-te de algo. O adolescente tem essa ideia mais arraiga-da. Ele tem a necessidade de auto-afirmação, é uma criança num corpo de adulto. Essa é a faixa etária que está mais suscetível ao uso de drogas, álcool, cigarro e aos transtornos alimentares”, aponta.

Ele explica que há três transtornos ali-mentares bem estabelecidos: a Anorexia, a Bulimia e o Transtorno do Comer Compulsivo. Segundo o mé-dico, a Anorexia é um transtorno psiquiátrico, cujo tratamento envolve uma equipe multiprofissional e interdisciplinar. Apresenta dois picos de incidência: aos 13 anos e por volta dos 17. “De cada 10 casos da doença, nove são mulheres. São raros os casos de anorexia masculina. Quando acontece é mais grave e o tratamento é mais difícil de uma maneira geral”.

Na anorexia, devido ao distúrbio de auto-imagem, a paciente, mesmo estando magra, até abaixo do peso ideal, olha no espelho e se vê obesa. Sandro assinala que muitas vezes, a anorexia começa numa brinca-deira entre amigas para ver quem perde mais peso. Num dos casos atendidos por ele, a brincadeira po-deria ter um desfecho trágico. “As colegas perderam 4kg. A paciente perdeu 16kg e continuou emagre-cendo. Na época era uma adolescente de 13 anos, que pesava 44kg. Com a doença, chegou a pesar

Ter um corpo magro e caber num manequim 36. A ditadura da magreza e a busca por um ideal de perfeição afetam cada vez mais jovens ao redor do mundo que, com o sonho de desfilar nas passarelas, acabam desenvolvendo transtornos alimentares. Se não tratado a tempo, o problema pode levar à morte

Obsessão perigosa

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29kg. Iniciamos o tratamento em Campo Grande e em São Paulo ela foi internada, em estado de coma, por falta de comida. Tivemos que alimentá-la por sonda, com cuidados, já que as anoréxicas costumam travar esses equipamentos”.

Em certo estágio da doença, a paciente se recusa a comer e tenta enganar os familiares e médi-cos. Para se ter uma ideia, ele conta, “a garota pediu para sair do hospital onde estava internada para to-mar sorvete. Quando ameaçamos buscar o sorvete, ela não quis mais. Na verdade, ela queria ir até a sorveteria e voltar falando que tomou o sorvete”. Após cerca de um ano de internação, a jovem saiu do estado grave da anorexia e ajuda pacientes que tem o mesmo problema. “Quando interno um paciente com a doença, ela vai conversar com ele. Isso aju-da porque a gente não consegue entrar no mundo deles. É um mundo patológico totalmente diferente

do nosso”, analisa Sandro. Segundo o médico, a re-lação entre pacientes com transtornos alimentares e a comida é doentia. No caso da anorexia, “a paciente prefere morrer a ganhar um quilo. E de fato, morre. Ela prepara a comida, fala dela, mas não come. A anoréxica fica feliz em perder peso. Chega uma hora em que ela não tem mais expressão facial. São olhos de boneca. Você não percebe se ela está feliz ou tris-te. Ela não esboça sentimento”.

Diferente da anorexia, em que a pacien-te perde peso com facilidade, a pessoa afetada pela bulimia geralmente apresenta sobrepeso, tenta ema-grecer, mas não consegue. A bulimia não tem idade característica e pode ser desencadeada na adolescên-cia ou na fase adulta, até mesmo entre pessoas ido-sas. Essas pacientes têm uma enorme preocupação em não engordar. É uma idéia fixa. Mas são capazes

de devorar milhares de calorias em poucos minutos para, logo em seguida, correrem para o banheiro e vomitarem tudo, como medida compensatória. Pode ou não haver uso de laxantes, diuréticos e remédios emagrecedores. As consequências são inflamações constantes na garganta, alterações no esmalte dos dentes causadas pelo ácido estomacal quem vem à tona com o vômito, mau hálito, alterações intestinais e renais causadas pelo uso abusivo de métodos pur-gativos, além de problemas cardíacos. Na internet, Anas e Mias, que são formas abreviadas para ano-rexia e bulimia, intitulam blogs e comunidades em sites de relacionamento, servindo de incentivo para o emagrecimento a qualquer preço e pela adoção do transtorno alimentar como estilo de vida. “Não tenho dúvidas de que o acesso a essas páginas da rede é um estímulo para a anorexia e a bulimia. As próprias adolescentes pedem apoio para continuar perdendo

peso, explicam como vomitar, como enganar os pais para fingir que estão comendo, há concursos para ver quem consegue seguir restrições mais severas durante mais tempo. Mas a tecnologia está aí para ser usada, para o bem ou para o mal”.

Já o transtorno do comer compulsivo é caracterizado por episódios de ingestão de grande quantidade de alimentos, mas, ao contrário da buli-mia, a pessoa não tenta se livrar do que engoliu. Ela é considerada compulsiva quando tem esses rompan-tes alimentares, em média, duas vezes por semana durante pelo menos seis meses. Pesquisas revelam que cerca de 30% dos obesos apresentam esse qua-dro, mas nem todos os comedores compulsivos fo-ram gordos antes de o problema aparecer, ou seja, a obesidade pode ser a principal consequência desse distúrbio. Sandro comenta que os sintomas costu-

Saúde

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mam aparecer após um período de restrição alimen-tar, como dietas sem orientação médica. “As pessoas acham que podem emagrecer sozinhas, ficam dois ou três dias sem se alimentar e quando comem é como se fosse por uma semana”. Embora a maioria dos casos ocorra entre mulheres, também há um considerável número de homens com o transtorno, na faixa etária dos 20 aos 30 anos.

Outras doenças – O nutrólogo cita ainda outras doenças ainda não consideradas transtornos, pois não estão inseridas no Código Internacional de Doenças (CID-10), mas que já causam preocupação nos profissionais da área, como a Drunkorexia, Orto-rexia e a Vigorexia. A “drunkorexia” ou “alcoolrexia” é uma doença que mistura transtornos alimentares e alcoolismo. Os anoréxicos costumam evitar o ál-cool como medida de restrição calórica, mas alguns o consomem para baixar a ansiedade e para reduzir o apetite. Já os bulímicos podem exagerar na comi-da e na bebida, induzindo o vômito como forma de eliminar excessos e culpas. Segundo especialistas, o álcool é a droga mais utilizada pelos portadores de transtornos alimentares, podendo haver ainda o uso de anfetaminas, cocaína e crack. Os anoréxicos pas-sam a recusar comida, mas aceitam fazer uso des-sas drogas para minimizar a fome. Os compulsivos, geralmente, tentam substituir a comida por alguma dessas drogas, enquanto os bulímicos unem essas substâncias e o álcool à compulsão e aos métodos purgativos convencionais.

A ortorexia indica a obsessão da pessoa por uma dieta saudável. O isolamento social e a in-sistência em convencer outros a seguir sua alimen-tação são características de quem tem o distúrbio “O indivíduo quer ter uma alimentação tão saudável que deixa de se socializar, ou seja, não sai de casa para comer, não vai a festas, sabendo que pode haver re-frigerantes e salgadinhos”, explica Sandro. Com isso, a ideia é evitar se expor aos alimentos dos quais não pode controlar a origem. Entre os principais sinto-mas estão passar horas no supermercado lendo os rótulos dos produtos para saber se há conservantes ou outra substância considerada prejudicial à saúde. O ortoréxico costuma escolher exclusivamente ali-mentos orgânicos, macrobióticos e integrais. Apesar da aparência magra, sua preocupação principal não é a perda de peso, mas manter o organismo limpo, consumindo apenas alimentos que ele considera ab-solutamente saudáveis. A ortorexia ainda não é vista como um transtorno psiquiátrico, mas pode chegar às mesmas dimensões da anorexia e bulimia.

A vigorexia é mais um problema emer-gente, também causado pela excessiva busca de um corpo perfeito. No entanto, a ideia não é somente exibir magreza, mas músculos. Também chamada de Síndrome de Adônis, a vigorexia é uma doença

que torna a pessoa obcecada por atividades físi-cas, acometendo, em sua maioria, homens. Mesmo apresentando uma boa massa muscular, o vigoréxi-co se enxerga fraco. Além disso, costuma eliminar os alimentos que contenham gordura e consomem proteínas de forma exagerada. “O garoto adolescen-te quer se sentir cada vez mais forte. Eles frequen-tam academias, começam a usar anabolizantes, mas nunca estão satisfeitos, pois a meta que estabelecem jamais é alcançada. Eles acabam procurando os mo-delos hollywoodianos. Os meninos falam: ‘assim vou arranjar uma namorada, vou ser respeitado, é só dessa maneira que conseguirei me impor diante dos meus colegas’. A casca é muito mais importante que o conteúdo”, constata Sandro. Tanto a alimentação saudável quanto as atividades físicas são fundamen-tais para conquistar qualidade de vida, mas nenhum tipo de exagero é benéfico para a saúde.

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A maioria das pessoas está acostumada com a medicina tradicional, oficial em grande parte dos países

ocidentais. No entanto, a busca por qualidade de vida, pela harmonização entre corpo e espírito, e pelo equilíbrio

emocional faz com que outros tipos de terapias, algumas mi-lenares, atraiam cada vez mais curiosos e adeptos. É a chamada

“medicina alternativa”, que ainda gera debates dentro do meio científico e médico. O consenso, destacamos, é que o paciente pode procurar saber mais sobre essas terapias e utilizá-las em seu benefício.

Elas não dispensam o tratamento médico. Podem e devem funcionar como um complemento, um auxílio. Estas são apenas algumas possibilidades:

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Auxílio milenar Acupuntura

Mais que uma terapia complementar, o fi-sioterapeuta Carlos Ruas (foto), preconiza que a Acu-puntura é uma ciência, uma vez que apresenta uma metodologia própria de avaliar e atender o paciente, de ver o doente e a doença. “Posso dizer, sem medo, que a Acupuntura é o alicerce de todas as outras ciências. Es-tamos falando de uma ciência de sete mil anos. Como um apaixonado pela Acupuntura, acho que terapias al-ternativas são as outras”, diverte-se. Ele explica que a acupuntura é dos ramos da medicina chinesa baseada na filosofia Taoísta, que indica que os seres são resul-tado de duas energias: o Yin/Yang.

De acordo com a Acupuntura, o corpo pos-sui canais de energia chamados de meridianos. Para que haja equilíbrio no organismo a energia deve fluir por esses canais. A falta ou excesso desta força pode ser reequilibrada através da manipulação de pontos determinados com agulhas e outros instrumentos. “Para nós, a doença é o desequilíbrio. Independente da dor que a pessoa tenha, vamos analisar, além da queixa, a origem energética da dor, chegando assim a um diagnóstico energético. A partir daí inserimos agu-lhas em determinados pontos do corpo do paciente. Cada um desses pontos tem uma função energética e fisiológica”, esclarece Dr. Ruas.

O especialista afirma que a Acupuntura auxilia na prevenção e melhoria no quadro de todas as doenças. “Obviamente que, uma vez que houve agres-são grave na estrutura anatômica do paciente, é ne-cessário partir para outros métodos. É muito melhor que a pessoa procure se tratar preventivamente. To-dos os problemas, antes de chegar ao corpo físico da

pessoa, atingem o corpo energético. O acupunturista consegue detectar o problema antes que isso aconte-ça. O máximo da acupuntura é a prevenção”, aponta. Ele afirma ainda que, mesmo que o paciente faça uso de remédios prescritos por médicos, a Acupuntura é uma valiosa aliada no sucesso da recuperação. “Em um corpo equilibrado, a medicação é potencializa, fa-zendo ainda mais efeito. A Acupuntura é uma ciência preventiva e curativa”.

Acupuntura Solidária – Estudantes do curso de Acupuntura promovido pela Associação Brasileira de Acupuntura (ABA) realizam seu estágio prático atendendo gratuitamente pacientes carentes no Hospital Evangélico de Campo Grande. O fisiote-rapeuta, acupunturista e professor da ABA, Dr. Car-los Ruas é um dos profissionais que supervisionam o trabalho dos alunos. Segundo ele, “o projeto dá opor-tunidade para todas as pessoas terem acesso a essa ciência fantástica”.

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pode fazer!

Respirar, contrair o abdome, esticar, fa-zer força sem esquecer do abdome, contar, lembrar a seqüência do exercício e respirar de novo, tudo junto ao mesmo tempo! Qualquer um pode imagi-nar, a princípio, que não tem tanta coordenação motora assim! Mas saiba que é possível! “Em deter-minado momento, a gente começa a fazer tudo au-tomaticamente”, aponta a fisioterapeuta e profes-sora de Pilates, Denise Bronw (foto). Segundo ela, a técnica de condicionamento físico e mental, de-senvolvida pelo alemão Joseph Pilates, trabalha ao mesmo tempo a postura, respiração, alongamento e tonificação muscular. As aulas duram, em média, uma hora e os exercícios podem ser feitos no solo, com bolas ou em equipamentos especiais.

Além de ajudar a manter o corpo saudável, o Pilates também auxilia a

prevenir e tratar problemas como lesões nas articulações, dores

crônicas na coluna, hérnia de disco e tensões musculares.

“Atendi vários casos em que os pacientes

foram ao médico e o tratamento indicado era cirúr-gico. Hoje, esses mesmos pacientes controlam a dor com o Pilates”. Denise explica ainda que “a atividade pode ser feita por pessoas de todas as idades, inclu-sive grávidas. As sessões são previstas para atender às necessidades especificas de cada paciente”.

Praticando Pilates há pouco mais de um ano, a fisioterapeuta Juliana Monteiro, que começou como paciente, hoje é professora e adepta da ativi-dade. Ela explica que sofre de hiperlordose lombar e por isso sentia dores. Para Juliana, ela é prova de que a prática melhora a qualidade de vida das pessoas. “A gente para de sentir dor. O Pilates traz extremo bem-estar, melhora o condicionamento físico, a apa-rência, a postura”. A fisioterapeuta conta que, seus pacientes, em geral, fazem aulas no período noturno e, portanto, reclamam de dores já que trabalham o dia todo. “Eles chegam com queixas de stress, dor nas costas. Dizem que é o horário de bem-estar deles,

porque relaxam e acabam com as dores”. Per-cebendo tantos benefícios, Juliana parece

não conseguir mais dissociar a prática de sua vida. “Vou fazer Pilates pelo resto da vida!”.

Pilates

Você também

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Saúde

“As crianças de hoje vivem em um mundo agitado, onde os pais cobram maturidade dessas

crianças” (Nilsa Seixas)

Terapia para os pequenos

A necessidade de melhores condições de vida não está limitada aos adultos. É cada vez mais comum pais procurarem formas de terapias alter-nativas para os filhos e assim darem a eles uma vida adulta mais saudável.

Terapeuta Holística há mais de 15 anos, Nilsa Seixas desenvolve um programa especial vol-tado para crianças, o Programa Vital. Ela atende crianças de 03 a 13 anos e desenvolve com eles algumas terapias como a Reflexologia, Massagem, Hidroterapia, com ervas e cristais.

“As crianças de hoje vivem em um mundo agitado, onde os pais cobram maturidade dessas crianças. Eles querem que elas respondam antes do tempo”, ressalta.

A terapia tem como principal função reorganizar ideias, redirecionar energias. “Ouvimos muito falar em hiperatividade. Mas isso não é real. O que temos são crianças com capacidades maiores e na terapia procuramos fazer com que essas crian-ças entendam que ser inteligente não é um proble-ma”, lembra Nilsa.

Entre as técnicas usadas está a Reflexo-logia. Com os pés na água, a terapeuta trabalha os órgãos internos, ativando, estimulando e acalman-do. Aliado a terapia, as crianças também participam das aulas de Taekwondo, onde é trabalhada a explo-são, chamada hiperatividade.

Procurar as técnicas alternativas pode ser um caminho para que essas crianças tenham uma qualidade de vida melhor na fase adulta. “É um trabalho de prevenção, onde crianças de todas as idades podem participar. Trabalhamos com a emo-ção. Mostramos que elas podem viver bem em um mundo agitado como o nosso”.

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Energia PuraVárias terapias se utilizam dos chakras

como base para diagnóstico e tratamento de proble-mas que atingem desde o corpo físico até o espiritual. Nesse sentido, a terapeuta Sônia Güttler Mosena, em-prega nos pacientes a Radiestesia, a Cromoterapia com Cristais e o Reiki numa só sessão de pura energia. A palavra “chakra” vem do Sânscrito e significa “roda de luz”. Chakras são pontos de energia de diferentes vibra-ções localizados ao longo da coluna vertebral do corpo humano, cuja função é receber e transmitir energia para as áreas afetadas do corpo físico, trazendo o equi-líbrio. Os estudiosos apontam que existem sete chakras principais: coronário, terceiro olho, laríngeo, cardíaco, plexo solar, umbilical e base (sexual).

De acordo com os defensores da técnica, valendo-se de instrumentos específicos, como o pên-dulo, a Radiestesia capta as vibrações mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando en-contrar possibilidades para corrigir alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem-estar da pessoa. Também com a função de reestabelecer o equilíbrio energético vital de quem o recebe, o Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal através da imposi-

ção de mãos. Já a Cromoterapia com Cristais, utiliza as cores e a força das pedras para restaurar o equilíbrio físico, mental e emocional do indivíduo.

Sônia explica que “Cada um dos chakras tem uma cor predominante, por isso cada cristal tem uma cor que é utilizada para promover a cura. Quan-do coloco os cristais no corpo da pessoa e venho fa-zendo Reiki, os cristais potencializam a ação do Reiki”. Mas antes de aplicar a cromoterapia com Cristais e o Reiki, a especialista faz uso do pêndulo para Radieste-sia. “Quando ele [pêndulo] circula no sentido horário, mostra que a energia é boa, é construtiva. No sentido anti-horário, energia negativa, o ponto está em dese-quilíbrio. Caso ele fique parado em cima de um chakra, significa que aquele ponto está bloqueado”.

Segundo ela, os chakras podem ser blo-queados por uma série de motivos, como depressão, ansiedade, stress, pensamentos e atitudes negativas, alimentação incorreta, preocupação excessiva etc. “A conseqüência disso é uma bola de neve. Invariavel-mente vai se tornar um problema no corpo físico da pessoa. O Reiki e os cristais podem prevenir o proble-ma antes que ele se torne físico. Com o problema já instalado no corpo físico, as terapias podem ajudar a aliviar os sintomas”.

Radiestesia, Cromoterapia com Cristais e Reiki

Saúde

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Saúde

Você com vocêYoga e meditação

A vida atribulada que levamos acaba pressionando nossos corpos e mentes. Os problemas obtidos pelas tensões do cotidiano são inúmeros, mas o Yoga e a meditação oferecem uma boa opção para enfrentá-los. O Yoga, atividade originária da Ín-dia, é uma filosofia de vida cujo objetivo é a união da matéria com o espírito. Trabalha com exercícios corporais e respiratórios, relaxamento, concentração e meditação, aumentando a flexibilidade e força dos músculos, melhorando a postura, estimulando a cir-culação sanguínea, diminuindo o estresse e a ansie-dade, entre outros benefícios. Como parte integrante das técnicas do Yoga, a meditação promove o relaxa-mento físico, mental e espiritual.

Aliados, os exercícios visam disciplinar e diminuir o ritmo a mente, além de desenvolver poten-cialidades, autoconhecimento e bem-estar. “O Yoga é

reconhecido pela maioria das autoridades mundiais em saúde como uma prática de saúde integral, consideran-do corpo, mente e espírito. Quando fazemos a prática do Yoga, estamos nos preparando para a meditação”, diz a professora de Yoga e empresária, Sandra Tonini (foto). Segundo ela, “todas as pessoas deveriam fazer meditação. É algo muito simples, mas não estamos ha-bituados a fazê-la. Os antigos já diziam que meditar é: ‘na hora de cortar lenha, cortar lenha. Na hora de lavar a louça, lavar a louça’. Ou seja, esteja no presente. É simples de entender, mas extremamente difícil de reali-zar. A mente é muito rápida e acaba ficando muito pre-sa ao passado ou futuro. Esquecemos de viver o mo-mento presente, que é o único que podemos viver. Só o presente é real. E meditar é isso: sair do passado, parar de pensar no futuro e se concentrar no presente”.

Sandra explica que a meditação é um

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exercício e que para fazê-la só é preciso começar e ser persistente. “Grande porcentagem das pessoas que experimenta a meditação acaba desistindo no meio do caminho. Isso acontece porque a meditação é um treinamento. Com certeza não vamos conseguir meditar como os orientais fazem nessa existência. Os valores deles são muito diferentes. Práticas como a meditação fazem parte da cultura oriental há milha-res de anos, ou seja, são realidade por lá. Para nós ocidentais é mais difícil, mas nem por isso devemos deixar de tentar”.

A professora aponta que, com o treina-mento da meditação, o praticante pode alcançar ins-tantes de quietude em que sua mente está livres de pensamentos. “Podemos sentir paz, luz, tranquilidade e percebemos nosso ser se manifestando. De acordo com nosso conceito, a meditação é o lugar aonde se

quer chegar. Essa prática faz com que a pessoa se conheça melhor, fique mais focada, centrada. Costu-mo lembrar que, no geral, as pessoas não agem, elas reagem influenciadas pelo que acontece de fora para dentro. Quando se começa a meditar, você fica mais presente com você e começa a agir”.

Para ela, a meditação “é um eterno apren-der, estar atento e se vigiando. O importante da prá-tica é que mesmo falhando, mesmo em fases em que não conseguimos tirar nossa mente do turbilhão, nun-ca retrocedemos ao ponto de partida. Não perdemos o conhecimento que já conquistamos. O exercício nos leva a recuperar mais rápido a paz, a tranquilidade. É uma briga interna com você. A gente para de brigar com o outro. Começamos a perceber que vencer eta-pas a cada dia, os vícios, os medos é vencermos a nós mesmos”. Depois disso tudo... Namastê!

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Saúde

Mexa-seFalta de tempo, dinheiro ou local para

praticar exercícios físicos não servem mais como desculpa para o campograndense levar uma vida se-dentária. Através do Projeto Movimente-se, desenvol-vido pela Fundação Municipal de Esportes (Funesp), o exercício físico está ao alcance da população em parques e praças esportivas da Capital, e de graça. Atualmente, de segunda à sexta-feira, professores de educação física da Funesp dão aulas de ginástica em diversos pontos da cidade: Praças da Coophatrabalho, do Papa, Vila Nasser, Elias Gadia e Parque Sótter.

As atividades acontecem nos períodos matutino e vespertino. De acordo com a professora da Funesp, Ângela Mendonça, o objetivo do projeto é atrair as pessoas para a prática esportiva, promoven-do a melhora da qualidade de vida do indivíduo atra-vés de exercícios físicos capazes de trazer bem-estar, melhoras da auto-estima e das capacidades físicas como flexibilidade, força e condição cardiorrespira-tória. “É necessário tiras as pessoas do sedentarismo, dando a elas uma atividade segura e prazerosa”.

As aulas acontecem duas vezes por sema-na com duração de 60 minutos, incluindo trabalho aeróbico, alongamento, ginástica localizada, dança, treinamento em circuito e exercícios funcionais. Pela diversidade de exercícios, as aulas são bastante dinâ-micas, fugindo da monotonia. As inscrições podem ser feitas gratuitamente no próprio local.

“Eu queria ir numa academia, mas não tinha condições. Daí conheci o projeto. A ginástica é maravilhosa. As aulas ficam lotadas com pessoas de todas as idades. Posso me exercitar ao ar livre e de graça. As pessoas ficam paradas e dizem que não vão se exercitar porque não têm dinheiro para pagar uma academia. Mas é só colocar um tênis e ir andar na rua. Em Campo Grande tem um monte de lugares para fazer uma atividade física. Quer dizer, para ter uma vida saudável a pessoa não precisa gastar di-nheiro”, diz a autônoma Maíza Abalem (foto).

Sobre a falta de tempo como motivo para

não praticar exercícios, ela é categórica. “Tempo a gente arranja. Se você tem criança pequena em casa, ponha num carrinho e dê uma caminhada. Pronto! Se criança já está na escolinha, a pessoa pode apro-veitar esse tempo e ir. Como eu não tenho emprega-da, cada dia eu limpo uma parte da casa. Mas ficar lá limpando e sair da ginástica? De jeito nenhum!”.

Maíza diz que sempre gostou de se exercitar e que a prática não é sacrifício. “O dia que chove e não posso sair de casa, fico agoniada. Eu faço ginástica por prazer”. No entanto, foi depois do nascimento do segundo filho que ela sentiu mais ur-gência de se mexer. “Depois da primeira gravidez, o corpo voltou mais rapidamente ao normal. Mas na segunda vez, passados dois meses, nada acontecia. Daí acordei. Comprei uma bicicleta ergométrica, mas achava chato. Ela fica lá em casa servindo de cabide. Então comecei a caminhar. Só tem que ter vontade”.

Você pode praticar exercícios físicos num local agradável, próximo à sua casa e sem gastar dinheiro

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Projeto Movimente-seConfira locais e horários:

• Centro Olímpico da Vila Nasser - Terça e Quinta, às 18h30 • Elias Gadia - Terça e Quinta, às 18h

• Parque do Sóter - Quarta e Sexta, às 18h • Praça Esportiva Belmar Fidalgo - Segunda, Quarta e Sexta,

às 7h15 h e 18h15• Praça da Coophatrabalho - Terça e Quinta, às 18h

• Praça do Papa - Segunda e Quarta, às 18h

Mais perto de vocêEncontre as Academias ao Ar Livre:

Horto Florestal - Centro Praça Belmar Fidalgo - Centro

Parque Ayrton Senna - Bairro Aero Rancho Parque Jacques da Luz - Bairro Moreninha II

UBS do Bairro Mário CovasUBS do Bairro Coophavila II

UBS do Bairro TarumãBairro Jockey Club - Avenida Paulista s/n.

Bairro Iracy Coelho - Rua Santa Quitéria s/n. Bairro Tiradentes - perímetro da Lagoa Itatiaia Bairro Manoel Taveira - Rua Terlita Garcia s/n.

Praça do Conjunto Habitacional Coophasul Bairro Tiradentes - Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza

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Academias ao ar livre promovem a prática esportiva entre a população, principalmente a da terceira idade

Tem pratodo mundo

Para algumas pessoas, o estica e puxa com muito impacto pode não ser a forma mais ade-quada de se exercitar, principalmente quando se tra-ta da terceira idade. Principalmente para este públi-co, Campo Grande dispõe do Projeto Academia ao Ar Livre que é uma iniciativa esportiva implantada em 2009, pela Prefeitura. De acordo com a Funesp, além da melhoria do condicionamento, exercícios físicos proporcionam diretamente mais saúde aos pratican-tes e, portanto, quanto mais saudável menor a possi-bilidade de contrair doenças e de procurar consultas médicas. A utilização do espaço é gratuita e aberta ao público. A Academia é composta por aparelhos que são específicos para a terceira idade, feitos com a precaução de não provocarem lesão, já que os idosos se machucam com mais facilidade. A realidade é que os equipamentos de ginástica viraram “febre” entre pessoas de todas as idades. Basta passar pelos locais onde as academias foram montadas para perceber o sucesso delas com a população. A novidade, que antes provocava curiosidade, hoje gera uma prática saudável e divertimento a todos.

Jackellyne Dias Filgueira, acadêmica de educação física e orientadora na Academia ao Ar Li-vre da Praça Belmar Fidalgo, aponta que “os apare-lhos, mesmo voltados para a Melhor Idade, são utili-zados também por adultos. No entanto, a preferência é dada sempre do idoso”. Segundo ela, a receptivida-de aos aparelhos foi surpreendente. “As pessoas vêm cedinho para cá. Fica lotado. Os visitantes da Praça aprovaram os equipamentos”. Os participantes são auxiliados pelos orientadores, podem conversar e ti-rar dúvidas sobre as atividades físicas e doenças.

Frequentadora antiga da Praça Belmar Fidalgo, Maria Inês Ferreira, pratica caminhadas há cerca de três anos e acredita que os aparelhos das Academias ao Ar Livre servem de complemento para a atividade física dos visitantes do local. “As pessoas podem fazer correr, fazer uma caminhada e comple-mentar com o aparelho”. Para Maria Inês, os exercí-

cios físicos fazem muita diferença em sua qualidade de vida. “Eles fazem muita diferença. Tenho dificul-dade para dormir, por isso pratico a caminhada, às vezes à noite também, porque além de um exercício físico, é uma atividade relaxante. Se não faço a cami-nhada não consigo dormir direito”, conta.

O educador físico Domingos Sávio Fer-reira utiliza os aparelhos da Academia ao Ar Livre há quatro meses e vê muitas vantagens na instala-ção dos equipamentos. “A colocação dos aparelhos foi excelente. Os movimentos são de baixo impacto, então pessoas de quase todas as idades podem fa-zer exercícios neles. E quanto mais pessoas fizerem, melhor”. Adepto do “BBB: Bom, bonito e barato”, ele aponta ainda a vantagem de poder ocupar o material gratuitamente. “Posso utilizar os aparelhos de graça e ainda vou ter efeito na minha saúde, na qualidade de vida, no dia-a-dia. Os exercícios resultam também na parte psicológica dando alegria e disposição”.

Saúde

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Saúde na

Pensando no bem-estar dos funcionários, colaboradores e da comunidade a Seleta desenvolve alguns projetos que atuam diretamente na qualidade de vida dessas pessoas.

Placa ZeroA placa bacteriana é uma das principais

vilãs da saúde bucal. E para ajudar na prevenção, a Seleta desenvolve o projeto Placa Zero, destinado aos adolescentes do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório.

Segundo a odontóloga Renata Aires, res-ponsável pelo projeto, o projeto tem como principal objetivo diminuir os índices de placa bacteriana e consequentemente a cárie dentária. “Durante os curso, os alunos participam de palestras e debates sobre higiene e cuidados bucais, além de temas como controle e prevenção”. O projeto atende 240 adolescentes, durante os cinco meses de curso.

Lanche saudávelSeja no meio da manhã ou da tarde sem-

pre bate aquela fome. E o que comer nessa hora? A cantina que atende os funcionários, alunos e colabo-radores da Seleta oferece diversas opções e se for da boa vontade dos consumidores, opções saudáveis.

Salgados assados, vitaminas com a pró-pria fruta, sucos, barras de cereais, sanduíches na-turais são algumas das sugestões para os que pre-zam pela boa saúde.

Por isso na hora em que a fome bater, corra para a cantina, mas de preferência aos alimen-tos mais saudáveis. Sua saúde agradece!

Incentivo ao esporteFutebol, vôlei, karate, basquete ou cor-

rida. Praticar algum esporte é sem duvida um dos hábitos mais saudáveis que existe e contribui para melhor qualidade de vida.

E para incentivar essa prática, a Seleta é uma das parceiras do projeto Kurumim Karateka, de-senvolvido pelo jornal Boca do Povo. Atualmente são atendidos cerca de 2,3 mil alunos, com aulas gratui-tas de Karatê, com idades entre 5 e 18 anos.

Outro incentivo é a escolinha de futebol e de basquete. Com a participação de 30 alunos, nas duas modalidades, as crianças e adolescentes têm a oportunidade inserir a prática esportiva em sua rotina. Uma ótima opção para saúde, além de muita diversão.

Prevenção a LER / DORTVocê já sentiu alguma dor localizada, des-

conforto, inchaço ou dormência nas mãos? Se a res-posta for sim, provavelmente você sofre de LER ou DORT. Essas são as abreviações das chamadas doen-ças modernas: Lesão por Esforço Repetitivo e Distúr-bios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho. Es-tatísticas atuais apontam que cerca de quatro milhões de brasileiros são submetidos a tratamento em razão de dores provocadas pela postura incorreta no traba-lho e pela pressão diária de situações competitivas.

Para prevenir essas doenças e dar melho-res condições de trabalho, a Seleta, por meio do de-partamento de Recursos Humanos já começou a inse-rir no dia a dia medidas que auxiliam os funcionários que passam ao longo do dia realizando movimentos repetitivos. “Alguns funcionários já estão trabalhan-do com suportes, principalmente os que trabalham diretamente com computadores. Esse material auxilia na prevenção dessas doenças e com o uso diário di-minuem o risco de desenvolverem as lesões”, afirma Dulcinéia Cardoso. Ela ressalta que a Entidade já deu inicio a programas, com enfoque a saúde, como a in-serção de ginástica laboral, seminários e palestras.

Seleta

Dê o primeiro passo. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar você

a prevenir a LER e DORT

Saúde

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Saúde

É hora de apagar o cigarro

Se o que os fumantes precisavam era de uma ajuda para largar o cigarro, a solução está ai. Entra em vigor, na Capital, a partir de abril, a Lei Complementar Antifumo. Para reforçar a lei, a Co-missão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou o projeto que proíbe o uso de cigarros, em todos os recintos coletivos, privados ou públicos do país os chamados fumódromos.

A Lei, de autoria dos vereadores Paulo Siufi, Jamal Salem e João Rocha, proíbe o consumo de quaisquer produtos fumígenos, derivados ou não de tabaco, em locais públicos ou privados. “Existe uma quantidade grande de cigarro sendo consumi-da, além de ser porta de entrada para outros tóxicos, como a maconha, cocaína, entre outras. É preciso barrar isso”, explica um dos autores da Lei, vereador Paulo Siufi. Especialista em Médico da Família, Siufi ainda alerta “Essas pessoas vão fazendo um mal tão grande ao organismo, que as células, principalmente as pulmonares vão sofrendo mutações de tal forma que levam ao câncer de pulmão, laringe, bexiga”.

Mesmo antes de entrar em vigor a Lei já tem 90% de aprovação da população campogranden-se. “Os próprios fumantes são a favor da lei. A partir do momento que há proibição e que a coletividade fala mais alto que a individualidade, essas pessoas começam a fumar menos e quem sabe até parar”,

ressalta Siufi. A Lei já é aplicada no estado de São Paulo, onde técnicos da Prefeitura de Campo Grande já estiveram para acompanhar o seu cumprimento.

Conforme a Lei, a proibição será aplicada, dentre outros nos ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lancho-netes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e simila-res, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.

“Ao longo dos anos as pessoas estão fumando mais e cada vez mais cedo. Se tivermos uma proibição, uma prevenção

correta, podemos melhorar a qualidade de vida”, alerta Paulo Siufi

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Em relação aos donos de comércio, a aceitação da Lei foi positiva. “Eles também colocam em risco seus estabelecimentos, através de incêndios, problemas de poluição e ninguém quer um local que ofereça as mesmas condições para os fumantes e não fumantes”, afirma Paulo Siufi.

Melhorar a qualidade de vida e oferecer mais saúde a população é que pretende a nova lei. “Hoje as pessoas estão preocupadas com a qualidade de vida. Estão praticando mais exercícios físicos, as ci-dades estão construindo parques, ginásios, academias ao ar livre. Acredito que o novo milênio será marcado por hábitos saudáveis”, enfatiza o vereador.

Mais de 300 pessoas morrem por dia no Brasil em conseqüência ao hábito de fumar. A Or-ganização Mundial de Saúde prevê que, se nada for feito, em 2020 o vício do cigarro levará mais de 10 milhões de pessoas à morte, por ano. Por isso está na hora de apagar o cigarro!

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Com o objetivo de contribuir na promo-ção da inclusão social e cultural, o prefeito Nelson Trad Filho acompanhado da primeira dama Antonie-ta Trad assinou convênio de auxílio financeiro que beneficia 30 entidades filantrópicas da Capital.

O ato de assinatura aconteceu no dia 30 de março, no gabinete do prefeito, na presença do vi-ce-prefeito Edil Albuquerque, do secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Rodrigo de Pau-la Aquino e do titular a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade Júnior.

Entre as entidades beneficiadas está a Se-leta Sociedade Caritativa e Humanitária. Segundo o presidente da Entidade, Gabriel Moreira dos Santos com os recursos, é possível dar seqüência aos traba-lhos sociais que a Entidade desenvolve.

O prefeito Nelson Trad Filho lembrou que este trabalho conta com o apoio da SAS (Secre-taria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidada-nia). “Agradeço a todos e aos colaboradores da SAS, que selecionaram as entidades, para atendermos de forma justa e correta. Eu e a primeira dama Antonie-ta apoiamos todos essas entidades porque sabemos que todos promovem a ação social nas suas diferen-tes atividades que ajudam ao próximo”, finalizou.

Entidades

Prefeito assina convênio com entidades assistenciais

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Seleta

Seletiano recebe título de cidadão sul-mato-grossense

“Aprendi a conhecer Mato Grosso do Sul. A tomar tereré, a ouvir musica raiz e hoje posso ser chamado de cidadão sul-mato-grossense com muito orgulho”. Com essas palavras e muito emocionado, o seletiano Esacheu Cipriano Nascimento recebeu no dia 25 de março, o titulo de Cidadão Sul-mato-grossense.

A sessão solene, realizada no plenário “Deputado Julio Maia”, na Assembléia Legislativa, foi proposta pelo deputado estadual Akira Otsubo. Tam-bém receberam homenagem, com a Comenda do Mérito Legislativo a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet e o secretário estadual de Justiça e Segurança Publica, Wantuir Jacini.

Conforme Akira Otsubo, a homenagem faz jus aos relevantes serviços prestados. “Esacheu é sem dúvida uma pessoa vitoriosa. Esse é o reco-nhecimento pelo trabalho que desenvolve em prol da nossa gente. A você o nosso muito obrigado”.

Esacheu Nascimento, que é presidente do Diretório Estadual do PMDB e também comanda a Associação Beneficente Mantenedora da Santa Casa de Campo Grande, lembrou que reside em Campo Grande há 30 anos e que fez carreira no Ministério Público de Mato Grosso do Sul e foi secretário esta-dual de Justiça, Trabalho e Ação Social. Também pre-sidiu o Fórum Nacional dos Secretários do Trabalho (Fonset) e o Operário Futebol Clube, e foi secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional.

O seletiano destacou ainda seu trabalho junto a Entidade. “Faço parte da Seleta desde 1981. Tornei-me um seletiano, vocacionado pelo trabalho social. Acredito que a Seleta hoje é umas das grandes entidades de nosso Estado e desenvolve um valioso trabalho com os nossos jovens”.

Ao finalizar seu discurso o agora, sul-mato-grossense, afirmou “Trata-se de uma noite memorável para mim e toda minha família. Quero continuar trabalhando por Mato Grosso do Sul”.

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Campo Grande

Já está em prática na Capital, a segunda etapa de vacinação contra o vírus da Inlfuenza pandê-mica H1N1. Nesta fase estão incluídas gestantes, pes-soas com doenças crônicas com menos de 60 anos e crianças entre seis meses e dois anos de idade. Para estes três grupos a imunização tem dois períodos di-ferenciados: doentes crônicos e crianças serão vacina-das entre o dia 22 de março e quatro de abril. Já para as gestantes, a vacina será oferecida até o dia sete de maio, atingindo um total de 70.509 pessoas.

A “Estratégia nacional de vacinação con-tra o vírus da Influenza Pandêmica (H1N1) 2009” teve início no dia oito de março, com a imunização de

trabalhadores de ser-viços de saúde e indí-genas. O atendimento a estes dois grupos terminou dia 19 de março, e pode atin-gir 10.300 pessoas. A ação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde e o

Ministério da Saúde visa à redução de morbimortali-dade pelo vírus da Influenza (H1N1) 2009 e manter a infraestrutura dos serviços de saúde para atendimen-to à população.

Para Campo Grande, a meta é imunizar um total de 357.847 pessoas em cinco etapas de va-cinação, até o dia 21 de maio. A estratégia de vacina-ção fundamentou-se na situação epidemiológica no Brasil, na vigência da segunda onda da pandemia no hemisfério norte, na gravidade da doença, no risco

de adoecer e morrer e na disponibilidade da vacina. No Brasil, o público prioritário da vaci-

nação é formado pelos grupos populacionais: tra-balhadores de saúde, população indígena aldeada, gestantes em qualquer idade gestacional, crianças com idade entre seis meses e menores de dois anos (um ano e 11 meses e 29 dias), pessoas com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas, respiratórias, hepáticas, renais, hematológicas, imunodepressão e grande obesidade), pessoas com mais de 60 anos portadoras de doenças crônicas e adultos com idade entre 20 e 39 anos.

Confira as etapas da vacinação:1ª etapa – data de vacinação: 08/03 a 19/03 – gru-pos prioritários: trabalhadores de serviços de saúde (7.551 pessoas) e indígenas (2.804)2ª etapa – data de vacinação: 22/03 a 07/05 – gru-pos prioritários: gestantes (11.416 pessoas)2ª etapa – data de vacinação: 22/03 a 02/04 – gru-pos prioritários: portadores de doenças crônicas < 60 anos (39.869 pessoas) e crianças de seis meses a um ano, 11 meses e 29 dias (19.224 pessoas)3ª etapa – data da vacinação: 05/04 a 23/04 – gru-pos prioritários: adultos com idade de 20 a 29 anos (142.051 pessoas)4ª etapa – data da vacinação: 24/04 a 07/05 – gru-pos prioritários: portadores de doenças crônicas > 60 anos com comorbidade (14.121 pessoas)5ª etapa – data da vacinação: 10/05 a 21/05 – gru-po prioritário: adultos com idade de 30 a 39 anos (120.811 pessoas)

(Com Assessoria)

Sesau imuniza contra o vírus H1N1

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