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REVISÃO DO PMSB DE SÃO JOSÉ/SC PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ/SC SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E ASSUNTOS ESTRATÉGICOS REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO JOSÉ/SC RELATÓRIO CONTENDO A VERSÃO PRELIMINAR DA HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA PRODUTO 10 CONTRATO Nº 156/2018 JUNHO/2020

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REVISÃO DO PMSB DE SÃO JOSÉ/SC

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ/SC

SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO JOSÉ/SC

RELATÓRIO CONTENDO A VERSÃO PRELIMINAR DA HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO

PRIORITÁRIA

PRODUTO 10

CONTRATO Nº 156/2018

JUNHO/2020

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MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ/SC

CNPJ nº 82.892.274/0001-05

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ/SC Av. Acioni Souza Filho, 403 Centro - São José/SC - CEP 88.103-790 Prefeita Municipal: Adeliana Dal Pont

SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA Secretário: Milton Bley Júnior

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E ASSUNTOS ESTRATÉGICOS Secretário: Rodrigo de Andrade

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CONSULTORIA CONTRATADA

PREMIER ENGENHARIA E CONSULTORIA S.S. LTDA.

CNPJ nº 10.354.824/0001-13 ● CREA/SC nº 093034-4 Endereço: Rua dos Ilhéus, 38, Sala 1206, Centro, Florianópolis-SC. CEP 88010-560 ● Fone: (48) 3333-6825 Home: www.premiereng.com.br ● e-mail: [email protected]

SÓCIOS-ADMINISTRADORES:

Clarissa Soares – Eng. Sanitarista e Ambiental

Daniel Meira Salvador – Eng. Civil

Pablo Rodrigues Cunha – Eng. Sanitarista e Ambiental

Rafael Meira Salvador – Eng. Sanitarista e Ambiental

EQUIPE TÉCNICA:

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS DO PRESENTE PRODUTO

Rafael Meira Salvador – Coordenador Geral

Pablo Rodrigues Cunha – Eng. Sanitarista e Ambiental

Clarissa Soares – Eng. Sanitarista e Ambiental

Daniel Meira Salvador – Eng. Civil

Julcinir Gualberto Soares – Economista

Sebastião dos Reis Salvador – Profissional de Geoprocessamento

Renato Boabaid – Advogado

Nóris Helena Muñoz Morales – Assistente Social

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GERENCIAMENTO DOS TRABALHOS:

GRUPO TÉCNICO EXECUTIVO (GTE)

I – Da Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos:

Titular: Rodrigo de Andrade

Suplente: Luiz Fernando de Aquino

Suplente: Sidart Gaia

II – Da Secretaria Municipal de Infraestrutura:

Titular: Diego Vicente

Suplente: Milton Bley Júnior

III – Da Diretoria de Vigilância Sanitária:

Titular: Mariana Hammerschmitt Ecco

Suplente: Mayara Lilian Prá

IV – Da Fundação Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável:

Titular: Djema Maria Cristiano

Suplente: Alexandre Araujo Santos Camargo Pereira

V – Da Secretaria Municipal da Casa Civil:

Titular: Moacir da Sillva

Suplente: Júnior Spies

VI – Da Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos:

Titular: Renato José Horstmann

Suplente: Felipe Schmitt Richartz

VII – Procuradoria Geral Municipal:

Titular: Edegar Agostinho Kremer

Suplente: Fernando Luiz Ziliotto

VIII – Secretaria de Educação:

Titular: Silvia Helena de Carvalho

Suplente: Elisangela Peres Texeira

GRUPO TÉCNICO AMPLIADO (GTA)

I – Câmara Municipal de Vereadores de São José

II – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN

III – Concessionária do Serviço de Coleta do Lixo – Empresa Ambiental Limpeza Urbana e Saneamento Ltda.

IV – Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina – AGESAN

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V – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina – CREA-SC

VI – Conselho Municipal do Meio Ambiente de São José

VII – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES

VIII – Universidade de São José – USJ

IX – Universidade Estácio de Sá – Campus São José

X – Faculdade Anhanguera de São José

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APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) tem o objetivo de consolidar os

instrumentos de planejamento e gestão relacionados ao saneamento, com vistas a

universalizar o acesso aos serviços, garantindo qualidade e suficiência no

suprimento dos mesmos, proporcionando melhores condições de vida à população,

bem como a melhoria das condições ambientais.

Conforme exigências previstas na Lei Federal n° 11.445/2007, regulamentada pelo

Decreto n° 7.217/2010, fica o Município de São José obrigado a revisar o Plano

Municipal de Saneamento Básico (PMSB). O Plano é um requisito prévio para que o

município possa ter acesso aos recursos públicos não onerosos e onerosos para

aplicação em ações de saneamento ambiental.

A Premier Engenharia e Consultoria Sociedade Simples Ltda. firmou com a

Prefeitura Municipal de São José/SC – o Contrato nº 156/2018, referente a revisão

do Plano Municipal de Saneamento Básico de São José, nas áreas de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e

drenagem urbana, bem como limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Além da revisão propriamente dita atualizada, o novo documento contemplará a

integração dos planos dos 04 (quatro) eixos do saneamento básico, resultando em

um único Plano para os diferentes setores.

A presente revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico é composta de 13

(treze) produtos, assim discriminados:

PRODUTO 1 – Relatório contendo a programação e a sistematização das

discussões, dos encaminhamentos e das proposições estabelecidas na

oficina de capacitação do GTE e demais agentes convidados, assim como a

lista de presença;

PRODUTO 2 – Relatório contendo o diagnóstico territorial, ambiental e

socioeconômico;

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REVISÃO DO PMSB DE SÃO JOSÉ/SC

PRODUTO 3 – Relatório de caracterização dos instrumentos legais e

institucionais;

PRODUTO 4 – Relatório contendo o diagnóstico do sistema de abastecimento

de água;

PRODUTO 5 – Relatório contendo o diagnóstico do sistema de esgotamento

sanitário;

PRODUTO 6 – Relatório contendo o diagnóstico do sistema de drenagem e

manejo das águas pluviais urbanas;

PRODUTO 7 – Relatório contendo o diagnóstico do sistema de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos;

PRODUTO 8 – Relatório contendo os cenários da evolução dos sistemas de

saneamento do Município;

PRODUTO 9 - Relatório contendo a versão preliminar do Plano Municipal

Integrado de Saneamento Básico de São José, o Sistema de Indicadores e o

Geoprocessamento;

PRODUTO 10 - Relatório contendo a versão preliminar da hierarquização das

áreas de intervenção prioritária, com a metodologia de hierarquização a partir

de indicadores ambientais e dos serviços de saneamento;

PRODUTO 11 - Relatório contendo a versão final do Plano Municipal

Integrado de Saneamento Básico de São José, complementado a partir das

audiências públicas locais e da audiência pública municipal;

PRODUTO 12 - Relatório contendo a versão final da hierarquização das áreas

de intervenção prioritária, complementado a partir das audiências públicas;

PRODUTO 13 - Relatório contendo a sistematização das discussões, dos

encaminhamentos e das proposições estabelecidas nas audiências públicas

locais e na audiência pública municipal de saneamento básico, com as

respectivas listas de presenças.

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Neste documento encontra-se apresentado o Relatório contendo a Versão

Preliminar da Hierarquização das Áreas de Intervenção Prioritária (Produto 10).

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 12

2 METODOLOGIA UTILIZADA ........................................................................................... 14

3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ......................................................................................... 15

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO .......................................... 15

3.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À NECESSIDADE DE

SUBSTITUIÇÃO/MELHORIAS NA REDE DE ABASTECIMENTO ..................................... 16

4 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ......................................................................................... 30

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO .......................................... 30

4.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À AMPLIAÇÃO DO SISTEMA DE

COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO ........................................................................... 31

4.3 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À FISCALIZAÇÃO DOS SISTEMAS

PÚBLICOS E INDIVIDUAIS PARTICULARES NO MUNICÍPIO ......................................... 36

5 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA ........................................... 40

5.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO .......................................... 40

5.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA

COLETA DE RESÍDUOS ORGÂNICOS .............................................................................. 41

5.3 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À FISCALIZAÇÃO DA

IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DOS PGRS.............................................. 46

6 MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA ........................................... 49

6.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO .......................................... 49

6.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO AO INCREMENTO E A ADEQUAÇÃO

DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM NAS VIAS URBANAS DO MUNICÍPIO................ 50

6.3 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À ELABORAÇÃO DE CADASTRO

TÉCNICO DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM .............................................................. 53

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 57

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 58

9 ANEXOS ........................................................................................................................... 60

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Classificação dos bairros conforme problemas operacionais .............................. 17

Quadro 2 – Números de amostras fora do padrão e de vazamentos por bairro .................... 19

Quadro 3 – Densidade demográfica por bairro ....................................................................... 23

Quadro 4 – Hierarquização das áreas prioritárias para substituição/melhorias na rede de

abastecimento .......................................................................................................................... 26

Quadro 5 – Hierarquização das áreas prioritárias para ampliação do sistema de coleta e

tratamento de esgoto em São José ......................................................................................... 33

Quadro 6 – Hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização das ligações/lançamentos

irregulares de esgoto no município .......................................................................................... 37

Quadro 7 – Percentual de famílias com renda mensal média de até 02 (dois) salários

mínimos .................................................................................................................................... 42

Quadro 8 – Hierarquização das áreas prioritárias para implantação e ampliação da coleta

seletiva de orgânicos ................................................................................................................ 43

Quadro 9 – Hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização da implementação de

PGRS e cumprimento da logística reversa .............................................................................. 48

Quadro 10 – Hierarquização das áreas prioritárias para incremento e adequação do sistema

de microdrenagem no município .............................................................................................. 51

Quadro 11 – Hierarquização das áreas prioritárias para elaboração do cadastro da

microdrenagem ......................................................................................................................... 54

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Enquadramento dos bairros conforme os problemas operacionais apresentados

.................................................................................................................................................. 18

Figura 2 – Quantidade de amostras de água fora dos padrões por bairro no ano de 2019... 21

Figura 3 – Quantidade de vazamentos na rede de água por bairro no ano de 2019 ............. 22

Figura 4 – Representação gráfica da densidade demográfica por bairro ............................... 25

Figura 5 – Hierarquização das áreas prioritárias para substituição/melhorias na rede de água

.................................................................................................................................................. 28

Figura 6 – Situação dos bairros de São José quanto à cobertura de rede coletora de esgoto

.................................................................................................................................................. 32

Figura 7 – Hierarquização de áreas prioritárias para ampliação do sistema de esgoto em

São José ................................................................................................................................... 35

Figura 8 – Hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização das ligações/lançamentos

irregulares de esgoto ................................................................................................................ 39

Figura 9 – Hierarquização das áreas prioritárias para implantação e ampliação da coleta

seletiva de orgânicos ................................................................................................................ 45

Figura 10 – Hierarquização das áreas prioritárias para incremento e adequação do sistema

de microdrenagem no município .............................................................................................. 52

Figura 11 – Hierarquização das áreas prioritárias para elaboração do cadastro da

microdrenagem ......................................................................................................................... 55

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1 INTRODUÇÃO

O saneamento básico pode ser entendido como o conjunto dos serviços,

infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e manejo de

águas pluviais e drenagem urbana.

A Lei nº 11.445/2007 estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e

para a política federal de saneamento básico, tendo como um dos princípios

fundamentais a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico.

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) têm por objetivo apresentar o

diagnóstico do saneamento básico no território do município e definir o planejamento

para o setor. Destina a diagnosticar, identificar, qualificar e quantificar a realidade

dos quatro eixos, e posteriormente elaborar prognóstico com análise dos cenários

futuros, com hierarquização e metas de curto, médio e longo prazo. Serão

formuladas as linhas de ações estruturantes e operacionais referentes ao

saneamento, com base na análise e avaliação das demandas e necessidades de

melhoria dos serviços no território municipal.

O PMSB contemplará um horizonte de 20 (vinte) anos e abrangerá os conteúdos

mínimos definidos na Lei nº 11.445/2007 e na Lei nº 12.305/2010, além de estar em

consonância com o Plano Diretor, com os objetivos e as diretrizes dos planos

plurianuais (PPA), com os planos de recursos hídricos, com a legislação ambiental,

legislação de saúde e de educação, entre outros.

Dessa forma, o planejamento dos setores de saneamento básico deve ser

compatível e integrado às demais políticas, planos e disciplinamentos do município

relacionados ao gerenciamento do espaço urbano. Nesse intuito, tal planejamento

deve preponderantemente:

Contribuir para o desenvolvimento sustentável do ambiente urbano;

Assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder

público se dê segundo critérios de promoção de salubridade ambiental, da

maximização da relação benefício/custo e de maior retorno social interno;

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13

Promover a organização e o desenvolvimento do setor de saneamento, com

ênfase na capacitação gerencial e na formação de recursos humanos,

considerando as especificidades locais e as demandas da população;

Propiciar condições para o aperfeiçoamento institucional e tecnológico do

município, visando assegurar a adoção de mecanismos adequados ao

monitoramento, operação, manutenção preventiva, melhoria e atualização

dos sistemas integrantes dos serviços públicos de saneamento básico; e

Promover o protagonismo municipal na gestão da política de saneamento

básico; a gestão compartilhada do saneamento básico, fortalecendo os

instrumentos de controle social; a saúde pública; a educação sanitária e

ambiental; e a proteção ambiental.

Neste documento será apresentada a hierarquização das áreas de intervenção

prioritária, por serviço de saneamento, cujo resultado levará em consideração

indicadores, informações e dados acerca de diferentes aspectos (populacionais,

técnicos, econômicos, entre outros), quando pertinentes, de forma que a

hierarquização planejada seja alicerçada com base na realidade municipal.

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14

2 METODOLOGIA UTILIZADA

A palavra hierarquia, subsidiada na definição pura e direta do dicionário, remeta-se a

um substantivo feminino que designa um sistema de organização baseado na ordem

de prioridade dentre os elementos de um conjunto ou de acordo com as relações de

subordinação entre os membros de um grupo.

Em uma linguagem mais usual, hierarquia é uma maneira de se organizar a

classificação de algo. Esta separação é feita por meio da comparação das relações

entre os componentes, estabelecendo uma divisão entre eles. Ela também é usada

para separar em categorias os vários membros de uma classificação de acordo com

alguns critérios pré-estabelecidos.

Para o estudo aqui desenvolvido, buscar-se-á consolidar determinados projetos,

metas e ações (quando cabível e possível) delineados no relatório da Versão

Preliminar do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de São José

(Produto 9) a partir de critérios (e/ou indicadores) existentes, no sentido de

hierarquizar as áreas de intervenção prioritária, auxiliando desse modo a

Administração Municipal quando da implementação de proposições que requerem

sua aplicabilidade em termos geográficos.

Diante do exposto, para cada serviço de saneamento básico, serão mencionadas,

primeiramente, as proposições (projeto, meta ou ação) que serão objeto de

hierarquização e, posteriormente, a hierarquização propriamente dita das áreas de

intervenção prioritária por bairro, por região/zona específica conforme lei municipal

ou por unidade territorial de análise e planejamento (Distrito Sede, Distrito de

Barreiros, Distrito de Campinas e Área Rural) e os critérios adotados para tal.

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15

3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO

Conforme apresentado no Produto 4 (Diagnóstico do Sistema de Abastecimento de

Água no Município de São José), o município apresenta um ótimo índice de

atendimento por sistema de abastecimento de água, atingindo 100% da população

da área urbana e 92,43% dos munícipes residentes na área rural, dados estes que

representam um índice de atendimento de 99,91% da população total de São José.

Apesar de já possuir uma cobertura considerável de abastecimento de água, os

sistemas de produção e de distribuição que atendem ao município apresentam

alguns pontos que merecem atenção especial, entre eles pode-se citar:

A limitação na captação de água bruta do sistema do sistema produtor;

Presença de tubulação muito antiga e subdimensionada em algumas regiões

do município;

Intermitência no abastecimento de água em alguns bairros;

Volume de reservação abaixo do recomendável por norma para um sistema

de abastecimento de água;

Ausência de setores de distribuição bem definidos e com dados

sistematizados.

Segundo informações repassadas pela CASAN, os bairros ou localidades que

apresentam alguns problemas relacionados ao abastecimento de água são: Colônia

Santana, Barreiros, Praia Comprida, Centro, Potecas e Serraria. É importante

observar que a Companhia já está executando algumas ações (ações estas que

estão contempladas na versão preliminar da revisão do PMSB – Produto 9) com o

objetivo de sanar estes problemas.

Analisando o conjunto de programas, projetos, metas e ações elaborados para o

sistema de abastecimento de água do município apresentados no Produto 9,

constata-se possível e viável a necessidade de hierarquização de áreas prioritárias

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16

para a proposição relacionada à substituição/melhorias na rede de abastecimento do

município, envolvendo as variáveis relacionadas à problemas operacionais de

abastecimento, qualidade de água e problemas específicos ligados à integridade

física da rede (vazamentos).

Ademais, faz-se pertinente mencionar que em virtude da plenitude do abastecimento

em toda a área urbana e de sua quase totalidade na área rural, torna-se desprezível

o apontamento de hierarquização para as poucas localidades rurais ainda não

atendidas com o serviço público de abastecimento de água. Ressalta-se, também,

que a ampliação da capacidade de captação de água bruta hoje é considerada uma

ação prioritária para o sistema de abastecimento de água de São José, devendo tal

ser sanada em curto prazo, conforme já previsto no prognóstico do presente PMSB.

3.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À NECESSIDADE DE

SUBSTITUIÇÃO/MELHORIAS NA REDE DE ABASTECIMENTO

Em regra geral, o conjunto de tubulações que integram a rede de abastecimento de

um município apresentam problemas, com o decorrer do tempo, de vazamentos,

subdimensionamento ocasionado pelo aumento da demanda, deterioração em

virtude da má qualidade da água distribuída (corrosão, por exemplo), ou, ainda, até

mesmo em consequência do próprio material utilizado (amianto).

Em São José, alguns bairros, segundo a CASAN, apresentam problemas

operacionais mais significativos de abastecimento (relacionados com a necessidade

de obras para otimização da rede de distribuição), como são os casos dos bairros

Colônia Santana, Barreiros, Praia Comprida, Centro, Potecas e Serraria. Além desse

problema diagnosticado, os bairros do município, em geral, também sofrem com

problemas intrínsecos à qualidade de água distribuída abaixo dos parâmetros legais

e com vazamentos na rede.

Diante desse cenário, serão utilizadas as seguintes variáveis para estabelecer a

hierarquização das áreas prioritárias para substituição/melhorias na rede de

abastecimento do município:

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17

Variável 1: Problemas operacionais significativos de abastecimento

(vinculados à necessidade de obras para otimização da rede de distribuição),

conforme a operadora do Sistema (CASAN);

Variável 2: Qualidade da água distribuída inferior ao exigido pela legislação

vigente;

Variável 3: Número de vazamentos na rede de distribuição de água.

Nessa linha, apresentar-se-ão, na sequência, os dados relativos às variáveis

supracitadas.

O Quadro 1 e a Figura 1 apresentam a classificação1 dos bairros do município de

acordo com o grau dos problemas operacionais de abastecimento por esses

sofridos.

Quadro 1 – Classificação dos bairros conforme problemas operacionais

CLASSIFICAÇÃO BAIRROS

Bairros com problemas relevantes de operação (apontados pela

CASAN)

Colônia Santana, Barreiros, Praia Comprida, Centro, Potecas e Serraria

Bairros com problemas operacionais de grau baixo ou moderado / Bairros

sem problemas operacionais

Campinas, Kobrasol, Bosque das Mansões, Nossa Senhora do Rosário, Ponta de Baixo, Sertão do Maruim, Distrito Industrial, Areias, Bela Vista, Picadas do Sul, Ipiranga,

Roçado, Forquilhas, Forquilhinha, Fazenda Santo Antônio, São Luiz, Flor de Nápolis, Jardim Cidade de Florianópolis,

Jardim Santiago, Real Parque, Pedregal e localidades da área rural

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

1 Classificação elaborada pela Consultora conforme informações repassadas pela CASAN na fase de

diagnóstico.

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18

Figura 1 – Enquadramento dos bairros conforme os problemas operacionais apresentados

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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19

Já em relação às variáveis “qualidade da água distribuída inferior ao exigido pela

legislação vigente” e “número de vazamentos na rede de distribuição de água”, o

Quadro 2, a Figura 2 e a Figura 3 apresentam a situação de cada bairro (ano de

referência das informações: 2019; Fonte: CASAN). Observa-se que para a variável

“qualidade da água distribuída inferior ao exigido pela legislação vigente” utilizaram-

se como referência os parâmetros cor e turbidez.

Quadro 2 – Números de amostras fora do padrão e de vazamentos por bairro

BAIRRO

NÚMERO DE AMOSTRAS DE ÁGUA FORA DOS PADRÕES

EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO (2019)

NÚMERO DE VAZAMENTOS (2019)

Distrito Industrial 0 10

Pedregal 0 1

Jardim Santiago 0 3

Bosque das Mansões 0 9

Kobrasol 3 17

Areias 0 24

Serraria 30 39

Picadas do Sul 27 21

Fazenda Santo Antônio 27 23

Campinas 19 5

Barreiros 9 50

Nossa Senhora do Rosário 3 14

Bela Vista 0 19

Real Parque 0 37

Jardim Cidade de Florianópolis 3 23

Ipiranga 5 27

Centro 21 30

Ponta de Baixo 16 8

Flor de Nápolis 0 18

Praia Comprida 6 17

São Luiz 0 1

Roçado 4 27

Potecas 14 25

Forquilhinha 11 39

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BAIRRO

NÚMERO DE AMOSTRAS DE ÁGUA FORA DOS PADRÕES

EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO (2019)

NÚMERO DE VAZAMENTOS (2019)

Forquilhas 0 65

Sertão do Maruim 1 12

Colônia Santana 65 15

Localidades da Área Rural 0 4

Fonte: CASAN, 2019.

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Figura 2 – Quantidade de amostras de água fora dos padrões por bairro no ano de 2019

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Figura 3 – Quantidade de vazamentos na rede de água por bairro no ano de 2019

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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23

Para fins de hierarquização das áreas prioritárias para substituição/melhorias na

rede de abastecimento do município com base nas três variáveis apresentadas,

adotaram-se os seguintes critérios:

Média ponderada com peso de 40% para a Variável 2 (“qualidade da água

distribuída inferior ao exigido pela legislação vigente”); 30% para a Variável 1

(“problemas operacionais significativos de abastecimento”); e 30% para a

Variável 3 (“número de vazamentos na rede de distribuição de água”);

Estabelecimento de pontuação máxima (100 pontos) para os bairros com

maior valor para as variáveis 2 e 3; e pontuação relativa para os bairros

subsequentes das respectivas variáveis;

Atribuição de pontuação máxima (100 pontos) para os bairros com problemas

relevantes de operação relativos à Variável 1 e de pontuação mediana (50

pontos) para os bairros com problemas operacionais de grau baixo ou

moderado / bairros sem problemas operacionais referentes também à

Variável 1;

Definição como critério de desempate relativo à pontuação final obtida, a

prioridade de atendimento para o bairro com maior densidade demográfica.

Diante do explanado, anteriormente a apresentação da hierarquização das áreas

prioritárias para substituição/melhorias na rede de abastecimento, demonstra-se no

Quadro 3 e na Figura 4 a densidade demográfica por bairro em São José.

Quadro 3 – Densidade demográfica por bairro

BAIRRO DENSIDADE (Hab./hectare)

Pedregal 189,84

Kobrasol 106,05

Campinas 105,52

Nossa Senhora do Rosário 83,28

Barreiros 78,80

Ipiranga 72,08

Flor de Nápolis 71,01

Praia Comprida 63,11

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BAIRRO DENSIDADE (Hab./hectare)

Bela Vista 62,31

Forquilhinha 54,74

Real Parque 53,17

Jardim Cidade de Florianópolis 49,66

Serraria 47,04

Sertão do Maruim 46,21

Fazenda Santo Antônio 41,77

Jardim Santiago 38,11

Picadas do Sul 36,43

Areias 32,39

Roçado 29,45

Centro 26,78

Potecas 19,14

Ponta de Baixo 14,55

São Luiz 13,87

Bosque das Mansões 13,61

Forquilhas 13,31

Colônia Santana 7,50

Distrito Industrial 0,47

Fonte: IBGE, 2010.

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Figura 4 – Representação gráfica da densidade demográfica por bairro

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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26

Finalmente, de acordo com as variáveis e os critérios adotados, o Quadro 4 e a

Figura 5 apresentam a hierarquização das áreas prioritárias para

substituição/melhorias na rede de abastecimento de água de São José.

Quadro 4 – Hierarquização das áreas prioritárias para substituição/melhorias na rede de abastecimento

ORDEM PARA SUBSTITUIÇÃO/MELHORIAS

NA REDE DE ÁGUA BAIRRO

PONTUAÇÃO FINAL (Conforme média ponderada das

variáveis)

1º Colônia Santana 76,92

2º Serraria 66,46

3º Barreiros 58,62

4º Centro 56,77

5º Potecas 50,15

6º Forquilhas 45,00

7º Fazenda Santo Antônio 42,23

8º Praia Comprida 41,54

9º Picadas do Sul 41,31

10º Forquilhinha 39,77

11º Real Parque 32,08

12º Ipiranga 30,54

13º Roçado 29,92

14º Campinas 29,00

15º Ponta de Baixo 28,54

16º Jardim Cidade de

Florianópolis 27,46

17º Areias 26,08

18º Kobrasol 24,69

19º Bela Vista 23,77

20º Nossa Senhora do Rosário 23,31

21º Flor de Nápolis 23,31

22º Sertão do Maruim 21,15

23º Distrito Industrial 19,62

24º Bosque das Mansões 19,15

25º Área Rural 16,85

26º Jardim Santiago 16,38

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ORDEM PARA SUBSTITUIÇÃO/MELHORIAS

NA REDE DE ÁGUA BAIRRO

PONTUAÇÃO FINAL (Conforme média ponderada das

variáveis)

27º Pedregal 15,46

28º São Luiz 15,46

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Figura 5 – Hierarquização das áreas prioritárias para substituição/melhorias na rede de água

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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29

Portanto, enfatiza-se que o Bairro Colônia Santana é o que mais possui necessidade

de melhoramentos em sua rede de distribuição, sendo tal bairro alvo, em futuro

próximo, de ações por parte do operador do sistema no sentido de sanar os

problemas verificados.

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4 ESGOTAMENTO SANITÁRIO

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO

De acordo a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), o sistema

público de coleta e tratamento de esgoto implantado no município atende atualmente

38,31% da população total de São José.

Além da maioria da população ainda não ser servida por sistema de esgotamento

sanitário adequado, outros problemas ainda são aferidos no município, como a

constatação de ligações irregulares de forma direta ao sistema de drenagem pluvial,

o que acarreta a poluição de corpos hídricos receptores dos efluentes lançados,

assim como a ocorrência de forte odor provocado pela operação da estação de

tratamento de Potecas.

A fim de sanar os problemas elencados, o conjunto de programas, projetos, metas e

ações elaborado para o sistema de esgotamento sanitário na Versão Preliminar do

PMSB (Produto 9) prevê a cobertura de 90% com coleta e tratamento convencional

de esgoto na área urbana até o ano de 2029 e o atendimento de 90% com sistemas

individuais na área rural até 2033, universalizando de certa forma o serviço em São

José.

Outras ações importantes também estão previstas, como a implantação de uma

nova estação de tratamento em Potecas até 2023, inclusive com o compromisso de

eliminar o odor exalado pela atual estação, bem como de ações fiscalizatórias

quanto ao lançamento irregular de esgotamento sanitário em sistema de drenagem

pluvial e/ou cursos d’água.

Nesse intuito, considera-se possível e viável a necessidade de hierarquização de

áreas prioritárias para duas proposições:

Ampliação do atendimento por sistema público de coleta e tratamento de

esgoto no município;

Fiscalização dos sistemas públicos e individuais particulares no município

quanto às normas e legislação.

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31

4.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À AMPLIAÇÃO DO

SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO

Atualmente, a situação dos bairros de São José quanto à cobertura do serviço

público de coleta e tratamento difere de um para o outro.

Consoante informações da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento

(CASAN), têm-se 4 (quatro) realidades quanto à oferta de serviço público de coleta e

tratamento no município, a saber:

Áreas com rede existente e em operação (com encaminhamento do efluente

para estação de tratamento);

Áreas com rede executada (implantada) não operando;

Áreas com rede já projetada;

Áreas com projeto da rede em execução.

A Figura 6 apresenta a situação demonstrada.

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Figura 6 – Situação dos bairros de São José quanto à cobertura de rede coletora de esgoto

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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33

Pelo verificado na Figura 6, pode-se notar que apenas os bairros Campinas,

Kobrasol, Barreiros e Praia Comprida possuem em toda a sua área rede em

operação, enquanto os bairros Bela Vista, Forquilhinha, Jardim Cidade de

Florianópolis e Serraria possuem rede em operação em parte dos seus territórios.

Para fins de hierarquização das áreas prioritárias para ampliação da rede coletora

no município para encaminhamento posterior em estação de tratamento, utilizar-se-á

como critério o estágio atual apresentado na Figura 6, priorizando os bairros com

rede já instaladas (mas ainda não em operação), em seguida os bairros com projeto

já concluído e, por fim, os bairros que ainda estão sendo objeto de projeto no

momento. Para fins de elegibilidade entre os bairros de igual situação, adotar-se

como prioritário o bairro com maior densidade demográfica (conforme Quadro 3).

O Quadro 5 e a Figura 7 apresentam o resultado da hierarquização.

Quadro 5 – Hierarquização das áreas prioritárias para ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto em São José

ORDEM PARA AMPLIAÇÃO DE REDE E TRATAMENTO DE ESGOTO

BAIRRO

1º Centro

2º Ponta de Baixo

3º Nossa Senhora do Rosário

4º Bela Vista

5º Roçado

6º Bosque das Mansões

7º Pedregal

8º Ipiranga

9º Flor de Nápolis

10º Forquilhinha

11º Real Parque

12º Fazenda Santo Antônio

13º Jardim Santiago

14º Picadas do Sul

15º Areias

16º Potecas

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ORDEM PARA AMPLIAÇÃO DE REDE E TRATAMENTO DE ESGOTO

BAIRRO

17º São Luiz

18º Forquilhas

19º Distrito Industrial

20º Jardim Cidade de Florianópolis

21º Serraria

22º Sertão do Maruim

23º Colônia Santana

24º Área Rural

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Figura 7 – Hierarquização de áreas prioritárias para ampliação do sistema de esgoto em São José

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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36

4.3 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À FISCALIZAÇÃO

DOS SISTEMAS PÚBLICOS E INDIVIDUAIS PARTICULARES NO

MUNICÍPIO

A problemática de despejos de esgoto de forma irregular em rede de drenagem

pluvial e/u corpos hídricos é uma prática observada no Brasil (assim como em São

José), especialmente em municípios com baixa cobertura do serviço de coleta e

tratamento de esgoto.

Tal fato ocorre em situações contrastantes no município, tanto em região já servida

com rede coletora de esgoto (quando o proprietário não realiza a sua ligação na

rede) e tanto em domicílios com ou sem sistema individual (sendo o efluente

infiltrado no solo sem qualquer tratamento ou desviado para rede de

drenagem/corpo hídrico).

Com o a finalidade de resolver tal problema, utilizar-se-ão as seguintes variáveis

para estabelecer a hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização das

ligações/lançamentos irregulares de esgoto no município:

Variável 1: densidade demográfica de cada bairro (conforme Quadro 3);

Variável 2: situação quanto à oferta de serviço público de coleta e tratamento

em cada bairro.

Assim sendo, para fins de hierarquização das respectivas áreas prioritárias

adotaram-se os seguintes critérios:

Pesos equivalentes para ambas as variáveis (50% para a Variável 1 e 50%

para a Variável 2);

Estabelecimento de pontuação máxima (100 pontos) para o bairro com maior

valor para a Variável 1; e pontuação relativa para os bairros subsequentes da

respectiva variável;

Relativamente à Variável 2, atribuição de maior pontuação para os bairros

com perspectiva de serem atendidos com sistema público de coleta e

tratamento de maneira mais longínqua, sendo: pontuação máxima (100

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pontos) para os bairros que ainda não foram contemplados sequer com

projeto para implantação de rede coletora; 90 pontos para os bairros que

estão sendo objeto de projeto atualmente; 80 pontos para os bairros que já

possuem projeto de rede concluído; 70 pontos para os bairros que já tem

parcialmente rede executada; 60 pontos para os bairros com rede operando

em parte de seus territórios; e 50 pontos para os bairros com rede operando

em todo os seus domínios.

Diante do exposto, de acordo com as variáveis e os critérios adotados, o Quadro 6 e

a Figura 8 apresentam a hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização das

ligações/lançamentos irregulares de esgoto em São José.

Quadro 6 – Hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização das ligações/lançamentos irregulares de esgoto no município

ORDEM PARA FISCALIZAÇÃO DAS

LIGAÇÕES IRREGULARES DE ESGOTO

BAIRRO

PONTUAÇÃO FINAL (Conforme média ponderada das

variáveis)

1º Pedregal 95,00

2º Ipiranga 63,98

3º Flor de Nápolis 63,70

4º Sertão do Maruim 62,17

5º Real Parque 59,00

6º Nossa Senhora do Rosário 56,93

7º Fazenda Santo Antônio 56,00

8º Jardim Santiago 55,04

9º Picadas do Sul 54,59

10º Areias 53,53

11º Kobrasol 52,93

12º Campinas 52,79

13º Colônia Santana 51,98

14º Potecas 50,04

15º São Luiz 48,65

16º Roçado 47,76

17º Bela Vista 46,41

18º Barreiros 45,75

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ORDEM PARA FISCALIZAÇÃO DAS

LIGAÇÕES IRREGULARES DE ESGOTO

BAIRRO

PONTUAÇÃO FINAL (Conforme média ponderada das

variáveis)

19º Distrito Industrial 45,12

20º Forquilhinha 44,42

21º Bosque das Mansões 43,58

22º Jardim Cidade de Florianópolis

43,08

23º Serraria 42,39

24º Centro 42,05

25º Praia Comprida 41,62

26º Ponta de Baixo 38,83

27º Forquilhas 33,51

28º Área Rural 30,17

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Figura 8 – Hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização das ligações/lançamentos irregulares de esgoto

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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5 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA

5.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO

De modo geral, o Município de São José possui condição privilegiada no que tange

à extensão dos serviços básicos de manejo de resíduos sólidos ofertados à

população, uma vez que 100% dos josefenses são atendidos com coleta

convencional e seletiva de recicláveis.

Analogamente, pode-se afirmar a mesma situação para os resíduos de serviços de

saúde gerados nas unidades públicas municipais, os quais são integralmente

coletados por empresa especializada, não havendo registro de encaminhamento

desse tipo de resíduo para a coleta convencional prestada no município.

Quanto ao destino dos resíduos sólidos supracitados, todos atendem, de certa forma

(parcialmente), a legislação ambiental vigente, sendo que as frações de rejeitos e de

orgânicos dos resíduos sólidos urbanos - RSU (absorvidos pela coleta convencional)

são encaminhadas para unidade de disposição final adequada (aterro sanitário); a

fração de recicláveis dos RSU para unidades de triagem e posteriormente seguem

para indústrias recicladoras; e os resíduos de serviço de saúde para

tratamento/disposição em unidade específica e licenciada.

Contudo, inexiste a coleta específica da fração de orgânicos dos RSU em São José

com o respectivo encaminhamento desta para unidades de compostagem ou para

tratamento/destino adequado, sendo tal deficiência considerada uma não

conformidade de acordo com que preconiza a Lei Federal nº 12.305/2010 (Política

Nacional de Resíduos Sólidos), a qual estabelece diretrizes para o setor na sua

redação.

Ademais, outros problemas de gestão e de operação são citados na fase de

diagnóstico, os quais necessitam de ações pontuais para a reversão da situação

atualmente encontrada, descritas essas na Versão Preliminar do PMSB (Produto 9).

Analisando o conjunto de programas, projetos, metas e ações elaborados para o

setor de resíduos sólidos do município no documento acima citado, constata-se

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possível e viável a necessidade de hierarquização de áreas prioritárias para duas

proposições apenas, a saber;

A implantação e a ampliação da coleta de resíduos orgânicos; e

A fiscalização da implementação e da operacionalização dos planos de

gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS) de que trata o Art. 20 da Lei

Federal nº 12.305/10 e a fiscalização dos sistemas de logística reversa

previstos no Art. 33 da referida Lei.

Quanto à última proposição citada, não há atualmente qualquer ação por parte da

Prefeitura de São José quanto à fiscalização da implementação e operacionalização

dos planos de gerenciamento das unidades (estabelecimentos de saúde, indústrias,

unidades que geram resíduos perigosos, etc.) que são obrigadas a elaborarem o

PGRS (conforme o Art. 20 da PNRS), tampouco do atendimento por parte dos

fabricantes e comerciantes quanto à sua obrigação em receber os produtos (pilhas,

baterias, lâmpadas, pneus, etc.) que fazem parte do sistema de logística reversa

apontados no Art. 33 da Lei nº 12.305/2010.

5.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À IMPLANTAÇÃO E

AMPLIAÇÃO DA COLETA DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

Atualmente, todos os bairros são atendidos pelo serviço de coleta seletiva de

recicláveis (pela modalidade porta a porta) em São José. Este tipo de serviço

priorizou, inicialmente, os bairros com maior densidade demográfica e com maior

poder aquisitivo (renda), motivado pelas seguintes justificativas:

Quanto maior a densidade demográfica, maior a geração de resíduos por

Km², o que otimiza a relação tempo de coleta/quantidade coletada;

Quanto maior o poder aquisitivo local (renda), maior a condição daquela

população produzir uma maior quantidade de resíduos sólidos.

Nesse sentido, serão utilizadas estas variáveis para estabelecer a hierarquização

das áreas prioritárias para implantação e ampliação da coleta seletiva de orgânicos.

Nesse ínterim, apresentar-se-á, na sequência, os dados relativos à variável “renda”,

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uma vez que a variável relacionada à densidade demográfica já foi exposta no

Quadro 3 do presente documento.

O Quadro 7 apresenta a classificação por bairro em função do percentual de famílias

com rendimento mensal de até 02 (dois) salários mínimos, ou seja, quanto maior o

percentual de famílias com rendimento mensal no valor apontado, menor a renda

média da população daquele bairro. Assim sendo, o Bairro Bosque das Mansões

configura-se como o bairro de maior renda média mensal de São José.

Registra-se que as informações constadas no Quadro 7 foram obtidas a partir do

Plano Municipal de Habitação, concluído no ano de 2013.

Quadro 7 – Percentual de famílias com renda mensal média de até 02 (dois) salários mínimos

BAIRRO FAMILIAS COM RENDA MENSAL DE

ATÉ 02 SALÁRIOS MÍNIMOS (%)

Bosque das Mansões 0,39

Campinas 8,12

Kobrasol 10,34

Nossa Senhora do Rosário 11,05

Ponta de Baixo 11,12

Praia Comprida 11,86

Centro 12,37

Sertão do Maruim 13,44

Barreiros 14,62

Distrito Industrial 14,81

Areias 14,87

Bela Vista 15,47

Picadas do Sul 15,89

Ipiranga 15,94

Roçado 16,20

Forquilhas 18,36

Forquilhinha 18,36

Fazenda Santo Antônio 18,42

São Luiz 18,52

Flor de Nápolis 19,52

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BAIRRO FAMILIAS COM RENDA MENSAL DE

ATÉ 02 SALÁRIOS MÍNIMOS (%)

Colônia Santana 19,53

Potecas 19,72

Jardim Cidade de Florianópolis 20,99

Serraria 21,12

Jardim Santiago 21,43

Real Parque 24,08

Pedregal 38,91

Fonte: Plano Municipal de Habitação de São José, 2013.

Considerando, para fins de hierarquização da implantação e ampliação da coleta

seletiva de orgânicos, peso idêntico para as variáveis “densidade demográfica” e

“renda” e estabelecendo pontuação máxima (100 pontos) para os bairros com maior

valor para essas variáveis e pontuação relativa para os bairros subsequentes,

obteve-se uma pontuação final para cada bairro, sendo tal utilizada para ordenar a

implantação e a respectiva ampliação do serviço de coleta de orgânicos no

município. Ver Quadro 8 e Figura 9.

Quadro 8 – Hierarquização das áreas prioritárias para implantação e ampliação da coleta seletiva de orgânicos

ORDEM PARA IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA

COLETA

BAIRRO

PONTUAÇÃO FINAL (Conforme média ponderada

das variáveis “densidade demográfica” e “renda”)

1º Pedregal 80,66

2º Campinas 73,91

3º Kobrasol 72,94

4º Nossa Senhora do Rosário 66,58

5º Barreiros 63,61

6º Ipiranga 61,18

7º Praia Comprida 60,86

8º Flor de Nápolis 59,10

9º Bela Vista 58,84

10º Sertão do Maruim 55,62

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ORDEM PARA IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA

COLETA

BAIRRO

PONTUAÇÃO FINAL (Conforme média ponderada

das variáveis “densidade demográfica” e “renda”)

11º Forquilhinha 55,40

12º Bosque das Mansões 53,58

13º Jardim Cidade de Florianópolis 52,74

14º Real Parque 52,11

15º Serraria 51,98

16º Fazenda Santo Antônio 51,95

17º Picadas do Sul 51,81

18º Areias 51,26

19º Centro 51,04

20º Roçado 49,82

21º Jardim Santiago 49,48

22º Ponta de Baixo 48,45

23º Potecas 45,34

24º São Luiz 44,55

25º Forquilhas 44,49

26º Distrito Industrial 42,89

27º Colônia Santana 42,37

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Figura 9 – Hierarquização das áreas prioritárias para implantação e ampliação da coleta seletiva de orgânicos

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Analisando o resultado obtido, pode-se destacar como curiosa a primeira colocação

do Bairro Pedregal, posto esse alcançado devido a sua elevada densidade

demográfica em relação aos restantes dos bairros do município, mesmo

apresentado situação de renda inferior a todos os demais bairros de São José. Em

termos de unidade territorial de análise e planejamento, realça-se o Distrito de

Campinas, composto pelos bairros Campinas e Kobrasol, ocupando importância

relevante em relação às variáveis estudadas, sendo o Distrito como um todo

considerado prioritário para o atendimento da coleta de orgânicos quando do início

efetivo do serviço. Os bairros do Distrito Sede e do Distrito de Barreiros se alternam

praticamente na ordem de prioridade da implantação da referida coleta.

5.3 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À FISCALIZAÇÃO

DA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DOS PGRS

Atualmente, como citado anteriormente, inexiste qualquer ação por parte da

Prefeitura de São José quanto à fiscalização da implementação e operacionalização

dos planos de gerenciamento das unidades que são obrigadas a elaborarem o

PGRS (conforme o Art. 20 da PNRS), assim como do atendimento por parte dos

fabricantes e comerciantes quanto à sua obrigação em receber os produtos que

fazem parte do sistema de logística reversa discriminados no Art. 33 da Lei nº

12.305/2010.

Para fins de esclarecimento, fazem parte dos estabelecimentos que necessitam

elaborar e implementar PGRS em São José de acordo com o Art. 20 da PNRS:

Os estabelecimentos industriais e comerciais que gerarem resíduos perigosos

ou resíduos não equiparados aos resíduos domiciliares; e

Os geradores de resíduos de serviços de saúde: todos os estabelecimentos

públicos e privados de saúde existentes no município (unidades básicas de

saúde, farmácias/drogarias, clínicas médicas, consultórios odontológicos e

laboratório de análises clínicas);

As empresas de construção civil e de mineração;

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Os geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: o

responsável pela operação (CASAN) pelos sistemas de abastecimento de

água e esgotamento sanitário;

Terminais rodoviários;

Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris (atividades rurais).

Em relação aos resíduos sólidos sujeitos ao sistema de logística reversa, o Artigo 33

da Lei Federal nº 12.305/2010, obriga a estruturar e implementar tal sistema,

mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente

do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja

embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;

Pilhas e baterias;

Pneus;

Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

A fim de orientar a Administração Municipal quanto à hierarquização das áreas

prioritárias para a fiscalização da implementação e operacionalização dos PGRS e

do cumprimento das obrigações por parte dos estabelecimentos quanto à logística

reversa, utilizar-se-á como instrumento norteador a Lei Municipal nº 1.605/85, a qual

trata da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo. Assim, de acordo com a

classificação estabelecida no Art. 20 da lei em destaque, a fiscalização referida deve

seguir a ordem estabelecida no Quadro 9.

Todo o detalhamento gráfico (por bairro ou região) de onde está inserida cada área

classificada pela Lei nº 1.605/85 encontra-se apresentado no Anexo 1.

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Quadro 9 – Hierarquização das áreas prioritárias para fiscalização da implementação de PGRS e cumprimento da logística reversa

ORDEM PARA FISCALIZAÇÃO

ÁREA CONFORME CLASSIFICAÇÃO DA LEI MUNICIPAL Nº 1.605/85

1º Áreas Industriais (AI)

2º Áreas Mistas (AM)

3º Áreas do Sistema de Saneamento e Energia (ASE)

4º Áreas Residenciais (AR), em específico as Áreas Residenciais

Predominantes (ARP)

5º Áreas de Alteração da Superfície do Solo (AA)

6º Áreas de Exploração Rural (AER)

7º Áreas Comunitário/Institucionais (ACI)

8º Áreas do Sistema Viário (ASV)

9º Áreas Turísticas (AT)

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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6 MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA

6.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO NO MUNICÍPIO

De acordo com o diagnosticado no Produto 6 do presente processo de revisão do

PMSB, o Município de São José apresenta uma infraestrutura relevante em termos

de dispositivos de drenagem, embora a ocorrência de alagamentos seja recorrente

em vários pontos da cidade.

Também é importante enfatizar que a falta de um cadastro técnico da rede e das

obras realizadas ao longo dos anos acarreta um prejuízo considerável para a atual

administração, limitando seu poder de planejamento e de operação. Outro fator a

considerar refere-se à manutenção da drenagem natural, a qual é efetuada com

frequência extremamente baixa, inexistindo um planejamento adequado para o

serviço.

Todos os apontamentos citados podem ser atribuídos a uma causa única, a falta

pura e simples de um planejamento adequado, personalizado isto na ausência de

um Plano Diretor de Drenagem Urbana.

Outros problemas ambientais e de gestão também precisam ser sanados, como o

assoreamento dos principais cursos d’água e a inexistência de um setor técnico para

o serviço no município, ações essas que estão contidas na Versão Preliminar do

PMSB (Produto 9).

Analisando o conjunto de programas, projetos, metas e ações elaborados para o

setor de drenagem urbana do município no documento acima citado, constata-se

como possível e viável a necessidade de hierarquização de áreas prioritárias para

duas proposições:

O incremento e a adequação do sistema de microdrenagem nas vias urbanas

do município; e

A elaboração de cadastro técnico do sistema de microdrenagem existente.

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6.2 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO AO INCREMENTO E

A ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM NAS VIAS

URBANAS DO MUNICÍPIO

O Município de São José possui uma grande extensão de vias urbanas (850 Km),

sendo que cerca de 600 km dessas vias são pavimentadas (por lajota, asfalto ou

paralelepípedo).

Relativamente à microdrenagem, apesar da inexistência de cadastro técnico da

rede, a Secretaria de Infraestrutura estima um montante de rede implantada no

município em aproximadamente 450 km.

Do ponto de vista de escoamento, a infraestrutura pode ser considerada insuficiente

e/ou inadequada, sendo observada a ocorrência de alagamentos em vários pontos

da cidade de forma recorrente, muito em virtude da existência de elementos

subdimensionados ou devido a própria ausência de microdrenagem.

Em consonância com o exposto, prevê-se como meta (explicitada no Produto 9) o

incremento e a adequação do sistema de microdrenagem nas vias urbanas de São

José. Assim, será considerado para fins de hierarquização das áreas prioritárias, o

levantamento das áreas problemas, realizado na fase de diagnóstico. Com base no

estudo mencionado, propõe-se que o incremento e a adequação da microdrenagem

sejam executados tendo como referência as unidades territoriais de análise e

planejamento, de forma que nas obras necessárias sejam otimizados equipamentos

e recursos humanos, evitando a realização de obras de forma dispersa no município.

O Quadro 10 apresenta a ordem para a efetivação do proposto.

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Quadro 10 – Hierarquização das áreas prioritárias para incremento e adequação do sistema de microdrenagem no município

ORDEM PARA INCREMENTO E

ADEQUAÇÃO DA MICRODRENAGEM

UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO

BAIRROS PRIORITÁRIOS EM CADA UNIDADE

1º Distrito de Barreiros

Ipiranga, Bela Vista, Serraria, Areias, Barreiros, Nossa

Senhora do Rosário e Real Parque

2º Distrito Sede

Forquilhinha, Roçado, Flor de Nápolis, Forquilhas, Potecas, Fazenda Santo Antônio e São

Luiz

3º Distrito de Campinas Campinas e posteriormente

Kobrasol

4º Área Rural -

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

Portanto, conforme o Quadro 10, as obras devem ser iniciadas pelo Distrito de

Barreiros (unidade com maior número de áreas com problemas de escoamento de

água pluvial) e serem finalizadas na Área Rural, onde praticamente somente as vias

principais possuem tubulação de drenagem, não havendo problemas significativos

nesta unidade territorial. Contudo, pondera-se que mediante determinados

acontecimentos (agravantes) relacionados à drenagem nas diferentes

unidades/regiões do município, a Prefeitura deve alterar o planejamento aqui

abordado de forma a solucionar os novos problemas constatados.

A Figura 10 ilustra a hierarquização formulada.

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Figura 10 – Hierarquização das áreas prioritárias para incremento e adequação do sistema de microdrenagem no

município Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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6.3 HIERARQUIZAÇÃO DAS ÁREAS QUANTO À ELABORAÇÃO

DE CADASTRO TÉCNICO DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM

A Prefeitura de São José, como já informado, não possui um cadastro técnico da

rede de microdrenagem, o que inviabiliza o conhecimento real e por completo da

infraestrutura existente (rede e suas características, como: diâmetro, extensão

exata, integridade dos dutos, etc.).

No que concerne à estrutura de macrodrenagem também não há um cadastro

efetivo das obras já realizadas no território municipal, devendo esse ser realizado

mediante o levantamento dos estudos e/ ou projetos existentes nos arquivos da

Prefeitura.

De maneira a suprir tal carência, o prognóstico do PMSB propõe a realização do

cadastro da macro e microdrenagem, sendo que este, conforme o Produto 9, deve

ser feita da seguinte forma:

Em curto prazo (2021-2023): cadastro de 100% da rede de microdrenagem e

de 15% das obras de macrodrenagem existentes;

Em médio prazo (2024-2029): cadastro da rede de microdrenagem

implantada no período de médio prazo e alcançar 45% das obras de

macrodrenagem existentes com cadastro;

Em longo prazo (2030 -2039): cadastro da rede de microdrenagem

implantada no período de longo prazo e alcançar 100% das obras de

macrodrenagem existentes com cadastro.

Assim, para o cadastro da microdrenagem, a hierarquização das áreas as quais

devem ser prioritariamente objetos de cadastro seguirá como critério a densidade

demográfica (apresentada no Quadro 3 deste documento), por proporcionar o

conhecimento de forma mais ágil do indicador “rede de drenagem” por ”habitante”,

assim os bairros com maior densidade devem ser o foco pioneiro deste trabalho. O

Quadro 11 e a Figura 11 apresentam a hierarquização proposta.

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Quadro 11 – Hierarquização das áreas prioritárias para elaboração do cadastro da microdrenagem

ORDEM PARA ELABORAÇÃO DO

CADASTRO DA MICRODRENAGEM

BAIRRO DENSIDADE (Hab./hectare)

1º Pedregal 189,84

2º Kobrasol 106,05

3º Campinas 105,52

4º Nossa Senhora do Rosário 83,28

5º Barreiros 78,80

6º Ipiranga 72,08

7º Flor de Nápolis 71,01

8º Praia Comprida 63,11

9º Bela Vista 62,31

10º Forquilhinha 54,74

11º Real Parque 53,17

12º Jardim Cidade de Florianópolis 49,66

13º Serraria 47,04

14º Sertão do Maruim 46,21

15º Fazenda Santo Antônio 41,77

16º Jardim Santiago 38,11

17º Picadas do Sul 36,43

18º Areias 32,39

19º Roçado 29,45

20º Centro 26,78

21º Potecas 19,14

22º Ponta de Baixo 14,55

23º São Luiz 13,87

24º Bosque das Mansões 13,61

25º Forquilhas 13,31

26º Colônia Santana 7,50

27º Área Rural 0,63

28º Distrito Industrial 0,47

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Figura 11 – Hierarquização das áreas prioritárias para elaboração do cadastro da microdrenagem

Fonte: Premier Engenharia, 2020.

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Para as obras de macrodrenagem, ratifica-se que este será somente possível

mediante o levantamento dos estudos e/ou projetos existentes nos arquivos da

Prefeitura. Em segunda instância, deve-se recorrer aos funcionários antigos e atuais

que atuaram ou ainda atuam no setor de drenagem no âmbito da Prefeitura

Municipal.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A hierarquização das áreas prioritárias proposta deste documento é uma

consequência do conjunto de programas, projetos, metas e ações formulado na fase

de prognóstico, que, por conseguinte, tal é um desdobramento das informações

levantadas e consolidadas da fase de diagnóstico.

Em decorrência do citado, para efeitos de planejamento, o gestor municipal deve

utilizar todo o rol de informações constadas nas diferentes fases do processo de

revisão do Plano, de modo que dados e informações isoladas não remetam a

interpretações equivocadas e intervenções errôneas no momento da implementação

do PMSB.

Toda a hierarquização aqui apresentada vem auxiliar e orientar o Poder Público

Municipal na consecução de proposições que requerem sua aplicação geográfica,

devendo ser seguida com base nos critérios explicitados. Qualquer alteração na

configuração do respectivo planejamento deve ser justificada e amparada com base

em premissas técnicas que demonstrem a necessidade da retificação do planejado.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL / IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico

1980. 1980. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/>. Acesso em: 02 de agosto

de 2019.

BRASIL / IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico

1991. 1991. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/>. Acesso em: 02 de agosto

de 2019.

BRASIL / IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos

Demográficos. 2000. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/default_censo_2000.shtm>.

Acesso em: 02 de agosto de 2019.

BRASIL / IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos

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<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/default_censo_2010.shtm>.

Acesso em: 02 de agosto de 2019.

BRASIL / IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível

em: <https://cidades.ibge.gov.br/ >. Acesso em: 01 de agosto de 2019.

BRASIL. Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes

nacionais para o saneamento básico.

BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos.

BRASIL / MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria Nacional de Saneamento

Ambiental. Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB. Brasília/DF, 2013.

BRASIL / MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Resíduos

Sólidos – Versão Preliminar. Brasília: MMA, 2012.

SÃO JOSÉ. Plano Municipal Integrado de Gerenciamento dos Resíduos da

Construção Civil e Coleta Seletiva. São José. 2013.

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SÃO JOSÉ. Plano Municipal de Habitação de Interesse Social do Município de

São José. São José. 2013.

SÃO JOSÉ. Plano Municipal de Saneamento Básico. Capítulos Abastecimento de

Água e Esgotamento Sanitário. Relatório Final. São José. 2010.

SÃO JOSÉ. Plano Municipal de Saneamento Básico. Capítulo Drenagem e

Manejo de Águas Pluviais Urbanas. Relatório Final. São José. 2013.

SÃO JOSÉ. Plano Municipal de Saneamento Básico. Capítulo Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos. Relatório Final. São José. 2011.

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9 ANEXOS

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ANEXO 1

Mapa do Plano Diretor Vigente (Lei nº 1.605/85) – Classificação das

Áreas por Zonas de Atividades

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