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Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso Professor da Escola Politécnica da Universidade São Paulo Relatório Final de Consultoria para o PRODOC/PNUD 1 Elaboração de Revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000 São Paulo, 16 de novembro de 2001 O presente referencial representa o relatório final do contrato de consultoria especializada para a elaboração de revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H. Ele retoma os itens dos relatórios anteriores, incorpora as alterações propostas pela coordenação do PBQP-H e intruduz no seu Anexo 2 uma tabela de equivalência entre os requisitos da versão “1994”, de 23 de março de 2001, e da aqui proposta, dita “2000”, do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ- Construtoras. Cabe ressaltar que todas as exigências feitas pela NBR ISO 9001:2000 são contempladas no referencial. O tema Sistema de Qualificação é tratado na Parte I do documento. Já a sua Parte II apresenta as propostas de adequações a serem feitas no Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000 (D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4). A Parte III traz as alterações que deverão sofrer o Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras para que este passe a ser aplicável a outros subsetores que o de edificações. Finalmente, a Parte IV apresenta uma proposta alternativa à que é apresentada na Parte I, para o estabelecimento dos níveis de qualificação. 1 Contrato n o 2001/004210; Termo de Referência n o 67308.

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Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso Professor da Escola Politécnica da Universidade São Paulo

Relatório Final de Consultoria para o PRODOC/PNUD1

Elaboração de Revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H, tendo em vista a versão 2000 da série de

normas NBR ISO 9.000

São Paulo, 16 de novembro de 2001

O presente referencial representa o relatório final do contrato de consultoria especializada para a elaboração de revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H. Ele retoma os itens dos relatórios anteriores, incorpora as alterações propostas pela coordenação do PBQP-H e intruduz no seu Anexo 2 uma tabela de equivalência entre os requisitos da versão “1994”, de 23 de março de 2001, e da aqui proposta, dita “2000”, do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras. Cabe ressaltar que todas as exigências feitas pela NBR ISO 9001:2000 são contempladas no referencial. O tema Sistema de Qualificação é tratado na Parte I do documento. Já a sua Parte II apresenta as propostas de adequações a serem feitas no Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000 (D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4). A Parte III traz as alterações que deverão sofrer o Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras para que este passe a ser aplicável a outros subsetores que o de edificações. Finalmente, a Parte IV apresenta uma proposta alternativa à que é apresentada na Parte I, para o estabelecimento dos níveis de qualificação.

1 Contrato no 2001/004210; Termo de Referência no 67308.

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Revisão do SiQ-Construtoras, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

Relatório Final

Parte I – Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras

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Itens e Requisitos do Sistema de Qualificação de Empresas de

Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras

1 Objetivo 1.1 Introdução O presente documento estabelece os requisitos do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras válido para empresas construtoras, o chamado SiQ-Construtoras. Ele evolui da versão anterior do Sistema de Qualificação, de 23 de março de 2001, passando a cobrir uma parcela significativa das exigências da norma NBR ISO 9001:2000. Ele é aplicável a toda empresa construtoras do setor que pretenda melhorar sua eficiência técnica e econômica através da implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade. Sua leitura e aplicação independe de conhecimento prévio do referencial de março de 2001, razão pela qual alguns trechos deste são aqui reproduzidos. Ela se complementa com as regras previstas no Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000 (D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4). 1.2 Abordagem de processo. Os outros sistemas de gestão A presente versão do SiQ-Construtoras adota a abordagem de processo para o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade da empresa. Esta visa, antes de tudo, aumentar a satisfação dos clientes no que diz respeito ao atendimento de suas exigências. Um dos pontos marcantes da abordagem de processo é o da implementação do ciclo de Deming ou da metodologia conhecida como PDCA (do inglês Plan, Do, Check e Act):

1. Planejar: prever as atividades (processos) necessários para o atendimento das necessidades dos clientes, e que “transformam” elementos “de entrada” em “elementos de saída”.

2. Executar: executar as atividades (processos) planejadas. 3. Controlar: medir e controlar os processos e seus resultados quanto ao atendimento

às exigências feitas pelos clientes e analisar os resultados.

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4. Agir: levar adiante as ações que permitam uma melhoria permanente do desempenho dos processos.

Para que uma empresa atuando na construção de obras trabalhe de maneira eficaz, ela deve desempenhar diferentes atividades. A abordagem de processo procura assim identificar, organizar e gerenciar tais atividades, levando em conta suas condições iniciais e os recursos necessários para levá-las adiante (tudo aquilo que é necessário para realizar a atividade), os elementos que dela resultam (tudo o que é “produzido” pela atividade) e as interações entre atividades. Tal abordagem leva em conta o fato de que o resultado de um processo é quase sempre a “entrada” do processo subsequente; as interações ocorrem nas interfaces entre dois processos. A abordagem de processo representa uma mudança significativa do novo referencial em relação ao de março de 2001, alinhando-se com o que prevê a série de normas NBR ISO 9000:2000. 1.3 Generalidades Como já ocorria anteriormente, o SiQ-Construtoras possui caráter evolutivo, estabelecendo níveis de qualificação progressivos, segundo os quais os sistemas de gestão da qualidade das empresas construtoras são avaliados e classificados. Cabe aos contratantes, públicos e privados, individualmente, ou preferencialmente através de Acordos Setoriais firmados entre contratantes e entidades representativas de contratados, estabelecerem prazos para começarem a vigorar as exigências de cada nível. Assim, o SiQ-Construtoras tem como objetivo estabelecer o referencial técnico básico do sistema de qualificação evolutiva adequado às características específicas das empresas construtoras, e se baseia nos seguintes princípios, que constal do Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SiQ) : a) Harmonia com a normalização internacional : adequação dos requisitos do referencial

ao da série de normas NBR ISO 9.000:2000. b) Caráter evolutivo : o referencial estabelece níveis de qualificação progressivos,

segundo os quais os sistemas de gestão da qualidade das empresas são avaliados e classificados. Isto visa induzir e dar às empresas o tempo necessário para a implantação evolutiva de seu Sistema de Gestão da Qualidade.

c) Caráter pró-ativo, visando a criação de um ambiente de suporte que oriente o melhor possível as empresas, no sentido que estas obtenham o nível de qualificação almejado.

d) Caráter Nacional : o Sistema é único e se aplica a todos os tipos de contratantes (públicos municipais, estaduais, federais ou privados) e a todas as obras, em todo o Brasil ; o que varia são os serviços de execução que devem ser motivo de controle por parte das empresas, que constam de Anexo específico para cada subsetor de atuação, bem como os prazos de exigência dos contratantes.

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e) Flexibilidade : o Sistema se baseia em requisitos que possibilitam a adequação ao Sistema de empresas de diferentes regiões, que utilizem diferentes tecnologias e que atuem na construção de obras.

f) Sigilo : quanto às informações de caráter confidencial das empresas. g) Transparência : quanto aos critérios e decisões tomadas. h) Independência : dos envolvidos nas decisões. i) Caráter público : o Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras não tem

fins lucrativos, e a relação de empresas qualificadas é pública e divulgada a todos os interessados.

j) Harmonia com o SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial : toda qualificação atribuída pelo Sistema será executada por organismo credenciado pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial e o processo evolutivo visa ampliar o número de empresas do setor que venham a ter certificação de conformidade na área de Sistemas de Gestão da Qualidade por ele reconhecido (com base na série de normas ISO 9.000, em sua versão de 2000).

Os Atestados de Qualificação para os diversos níveis só terão validade se emitidos por Organismos de Certificação Credenciados (O.C.C.), autorizados pela Comissão Nacional (C.N.) do SiQ para atuarem no Sistema. Portanto, as empresas que desejarem se qualificar, conforme o presente referencial técnico, devem consultar junto à Secretaria Executiva Nacional (SEN) do SiQ a lista de OCCs autorizados. Estes e outros aspectos regimentais estão previstos no Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000 (D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4). 1.4 Níveis de qualificação e requisitos aplicáveis No quadro a seguir são apresentados os requisitos a serem observados nos diferentes níveis de qualificação2. O Anexo 2 traz uma tabela de equivalência entre os presentes requisitos e os da versão de 23 de março de 2001 do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras.

2 Na Parte IV deste documento consta uma proposta alternativa para o estabelecimento dos níveis de qualificação.

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Quadro - Níveis de Qualificação

SiQ-Construtoras – versão «2000» Nível de qualificação

SEÇÃO REQUISITO D C B A4.1 Requisitos gerais 4.2.1. Generalidades I II II II

4.2.2. Manual da Qualidade I I I I

4.2.3. Controle de documentos I I II II 4 Sistema de Gestão

da Qualidade 4.2. Requisitos de documentação

4.2.4. Controle de registros I I I I

5.1. Comprometimento da direção da empresa I I I II

5.2. Foco no cliente I I

5.3. Política da qualidade I I I II

5.4.1. Objetivos da qualidade I II III 5.4. Planejamento 5.4.2. Planejamento do Sistema de Gestão da

Qualidade I I I I

5.5.1. Responsabilidade e autoridade I I I I

5.5.2. Representante da direção da empresa I I I II 5.5. Responsabilidade, Autoridade e Comunicação

5.5.3. Comunicação interna I

5.6.1. Generalidades I

5.6.2. Entradas para a análise crítica I

5 Responsabilidade da direção da empresa

5.6. Análise crítica pela direção

5.6.3. Saídas da análise crítica I

6.1. Provisão de recursos I I I II

6.2.1. Designação de pessoal I I I I 6.2. Recursos humanos 6.2.2. Treinamento, conscientização e

competência I II III

6.3. Infra-estrutura I

6 Gestão de recursos

6.4. Ambiente de trabalho I

7.1.1. Plano da Qualidade da Obra I II 7.1. Planejamento da Obra

7.1.2. Planejamento da execução da obra I

7.2.1. Identificação de requisitos relacionados à obra I I

7.2.2. Análise crítica dos requisitos relacionados à obra I I 7.2. Processos relacionados ao cliente

7.2.3. Comunicação com o cliente I

7.3.1. Planejamento da elaboração do projeto I

7.3.2. Entradas de projeto I

7.3.3. Saídas de projeto I

7.3.4. Análise crítica de projeto I

7.3.5. Verificação de projeto I

7.3.6. Validação de projeto I

7.3.7. Controle de alterações de projeto I

7.3. Projeto

7.3.8. Análise crítica de projetos fornecidos pelo cliente I

7.4.1. Processo de aquisição I II II

7.4.2. Informações para aquisição I II III 7.4. Aquisição

7.4.3. Verificação do produto adquirido I I I

7.5.1. Controle de operações I II III

7.5.2. Validação de processos I

7.5.3. Identificação e rastreabilidade I II II

7.5.4. Propriedade do cliente I

7 Execução da obra

7.5. Operações de produção e fornecimento de serviço

7.5.5. Preservação de produto I II II

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SiQ-Construtoras – versão «2000» Nível de qualificação

SEÇÃO REQUISITO D C B A 7.6. Controle de dispositivos de medição e

monitoramento I

8.1. Generalidades I I I

8.2.1. Satisfação do cliente I

8.2.2. Auditoria interna I

8.2.3. Medição e monitoramento de processos I 8.2. Medição e monitoramento 8.2.4. Inspeção e monitoramento de materiais e

serviços de execução controlados e da obra

I I II

8.3. Controle de materiais e de serviços de execução controlados e da obra não-conformes

I I

8.4. Análise de dados I

8.5.1. Melhoria contínua I

8.5.2. Ação corretiva I

8 Medição, análise e melhoria

8.5. Melhoria

8.5.3. Ação preventiva I

Nota : as indicações "II", “III” ou "IIII" significam que o requisito exige o desenvolvimento de novos pontos do Sistema de Gestão da Qualidade entre diferentes níveis de qualificação. Todos os presentes requisitos, inclusive os indicados em todos os níveis onde aparecem com "I", devem ser entendidos como evolutivos, ou seja, suas exigências devem ser atendidas em todas as áreas aplicáveis, a cada estágio de desenvolvimento ou nível de qualificação do Sistema de Gestão da Qualidade da empresa, sendo cumulativos; o nível mais avançado inclui as exigências de todos os níveis anteriores. O nível A atende integralmente às exigências da NBR ISO 9001, podendo a empresa construtora solicitar certificação simultânea à qualificação segundo este referencial.

1.5 Escopo de aplicação Todos os requisitos deste referencial são válidos para as empresas construtoras. No entanto, o mesmo, além dos requisitos, é composto por uma série de Anexos, cada qual válido para um subsetor e, eventualmente, um tipo de obra. Até o momento, apenas o Anexo IA é proposto, atendendo ao subsetor de edificações, sem impor qualquer restrição quanto ao tipo de obra ou da extensão do serviço prestado, que pode cobrir apenas parte da realização do edifício3. Os requisitos são genéricos e aplicáveis para todas as empresas construtoras, sem levar em consideração o seu tipo e tamanho. Quando algum requisito deste referencial não puder ser aplicado devido à natureza de uma empresa construtora e seus produtos e serviços, isso pode ser considerado para exclusão. 3 Na Parte III deste documento, são apresentadas as alterações que deverão sofrer o Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras para que este passe a ser aplicável a outros subsetores que o de edificações.

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Quando são efetuadas exclusões, reivindicação de conformidade com este referencial não são aceitáveis a não ser que as exclusões fiquem limitadas aos requisitos contidos na Seção 7 - Execução da obra e que tais exclusões não afetem a capacidade ou responsabilidade da empresa para fornecer produtos que atendam aos requisitos dos clientes e requisitos regulamentares aplicáveis. 2 Referência normativa Como já dito, a aplicação do presente referencial de qualificação não impede a empresa de implementar e de se certificar pelo referencial da norma NBR ISO 9001:2000, e nem tão pouco exime-a de respeitar toda a legislação a ela aplicável. Mais do que isto, a vista das semelhanças existentes, a série de normas NBR ISO 9000:2000 serve de base para os principais conceitos e mesmo para o vocabulário aqui usado, que é em parte definido no item 3 (ver em particular a norma NBR ISO 9000:2000). A série de normas NBR ISO 9000:2000, assim como a norma NBR ISO 8402, encontram-se disponíveis na Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 3 Termos e definições Além dos termos que constam da NBR ISO 9000:2000 e da NBR ISO 8402, cabe aqui retomar alguns e acrescentar outros de interesse específico para o presente referencial: Acordo Setorial Documento firmado entre entidade(s) do setor da Construção Civil e a Coordenação Geral do PBQP-H ou suas coordenações estaduais, regionais ou municipais que façam parte do PBQP-H, ou ainda as instituições parceiras do Programa, através do qual a(s) primeira(s) se compromete(m) a implantar um Programa Setorial da Qualidade junto a seus associados e a(s) segunda(s) a incentivare(m) os contratantes e financiadores de obras e serviços sob sua influência a introduzirem em seus editais de licitação e em suas sistemáticas de financiamento requisitos que induzam a participação de empresas que tenham aderido ao respectivo Programa Setorial. Cliente Pessoa física ou jurídica para quem a empresa construtora trabalha. Pode ou não corresponder ao usuário final do produto construído. A empresa construtora, na determinação das exigências que deve atender, pode identificar outras partes interessadas pelo seu Sistema de Gestão da Qualidade, além do cliente, a seu critério.

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Relatório Final de Consultoria para o PRODOC/PNUD 8 Elaboração de Revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

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Documento Informação e o meio no qual ela está contida. Pode se apresentar sob meios outros que o papel, como o magnético, eletrônico, ótico, fotográfico, ou amostra padrão, ou uma combinação destes meios. Empresa construtora Conjunto de profissionais e demais recursos reunidos numa mesma entidade jurídica para levar adiante atividades relacionadas à execução de obras. Aparece no presente referencial no lugar de “organização”, conforme define a NBR ISO 9000:2000. Especialidade técnica Area do conhecimento especifica envolvida na realização do projeto de um obra que, devido à necessidade de competências tecnológicas particulares, exige um nivel de especialização para seu desenvolvimento. São exemplos de especialidades técnicas: arquitetura, urbanismo, paisagismo, fundações, estrutura portante, sistemas prediais, pavimentos, redes de infra-estrutura, etc. A contratação de um serviço associado à especialidade de técnica por uma empresa construtora deve ser coberta pelo seu sistema de gestão da qualidade. Execução da obra Seqüência de processos requeridos para a obtenção parcial ou total do produto almejado pelo cliente, em função da empresa construtora ter sido contratada para atuar apenas em etapa(s) específica(s) de sua produção ou para sua produção integral. Obra Atividade fim da empresa construtora, representando uma prestação de serviços da qual decorre a execução parcial ou total do produto almejado pelo cliente. Programa Setorial da Qualidade Documento elaborado por entidade(s) representativa(s) de um determinado setor da Construção Civil contendo o programa da qualidade específico, com seu diagnóstico, metas, prazos e requisitos da qualidade a serem implantados pelas empresas associadas, coerente com o(s) Acordo(s) Setorial(is) que vier(em) a ser firmado(s) com a Coordenação Geral, as coordenações estaduais, regionais e municipais ou as instituições parceiras do PBQP-H. Serviço especializado de engenharia Serviço de natureza intelectual para a elaboração do qual, devido à necessidade de competências tecnológicas específicas, a empresa construtora tem que fazer apelo a outra empresa. São exemplos de serviços especializados de engenharia: sondagem, quantificação, orçamento, planejamento de obra, plano de higiene e segurança do trabalho, consultorias em geral, etc. A contratação de um serviço especializado de engenharia deve ser coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora em função de sua importância para a obtenção de um produto que atenda às expectativas do cliente.

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Relatório Final de Consultoria para o PRODOC/PNUD 9 Elaboração de Revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

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Sistema de Gestão da Qualidade Estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, atividades, capacidades e recursos que, em conjunto, têm por objetivo assegurar que os produtos, processos ou serviços fornecidos pela empresa construtora satisfaçam às necessidades e expectativas dos clientes. Subempreitada de serviço Trata-se da contratação de fornecedor de um serviço ou subempreiteiro pela empresa construtora para a execução de uma determinada parte de uma obra. Tal contratação deve ser coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora. Subempreitada global de serviço Trata-se da contratação de um ou mais fornecedor de serviço ou subempreiteiros pela empresa construtora para a execução integral de uma obra. Tal contratação deve ser coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora. Subempreiteiro Fornecedor de um serviço para a empresa construtora decorrente da necessidade de execução de uma determinada parte de uma obra. Tal fornecimento implica na sub-rogação de direitos e obrigações da empresa construtora para o subempreiteiro, frente ao cliente. Terceirização de serviço Trata-se da contratação de terceiros pela empresa construtora cujo objeto de contrato não se relaciona diretamente com a obra contratada junto ao cliente. Tal contratação não é normalmente coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora.

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4 Sistema de Gestão da Qualidade4 4.1 Requisitos gerais Nível D: A empresa construtora deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão da Qualidade, atendendo, de maneira evolutiva, aos níveis de qualificação definidos. Para implementar o Sistema de Gestão da Qualidade, a empresa construtora deve: a) realizar um diagnóstico da situação da empresa, em relação aos presentes requisitos,

no início do desenvolvimento do Sistema de Gestão da Qualidade; b) definir claramente o(s) subsetor(es) e tipo(s) de obra abrangido(s) pelo Sistema de

Gestão da Qualidade; c) estabelecer lista de serviços de execução controlados e lista de materiais controlados,

respeitando-se as exigências específicas do(s) subsetor(es) onde atua, de acordo com as exigências do respectivo Anexo do presente referencial;

d) identificar os processos necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade e sua aplicação por toda a empresa construtora (ver 1.2);

e) determinar a seqüência e interação destes processos; f) estabelecer um planejamento para desenvolvimento e implementação do Sistema de

Gestão da Qualidade, estabelecendo responsáveis e prazos para atendimento de cada requisito e obtenção dos diferentes níveis de qualificação;

g) determinar critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e o controle desses processos sejam eficazes;

h) assegurar a disponibilidade de recursos e informações necessárias para apoiar a operação e monitoramento desses processos;

i) monitorar, medir e analisar esses processos; j) implementar ações necessárias para atingir os resultados planejados e a melhoria

contínua desses processos. A empresa construtora deve gerenciar esses processos de acordo com os requisitos deste referencial.

4 O trabalho de redação do conjunto de itens e requisitos do presente referencial contou com a participação de diversos profissionais do setor. Dentre eles, destaca-se, em função da importância contribuição dada: Adriano Gameiro Vivancos (PCC.USP), Christine Castanheira Hun (NBS), Anderson Glauco Benite (CTE), Cláudia Nascimento de Jesus (PCC.USP), Clarice Menezes Degani (PCC.USP), Luís Henrique Piovezan (SENAI/SP), Adilson B. Farias (União Certificadora), Márcia Menezes dos Santos (CTE), Guilherme Longo (AZ Treinamento), Regina Tonelli (Tonelli Consultores Associados), Silvio B. Melhado (PCC.USP), Maria Luiza Salomé (CCB) e Marcos Roberto Tamaki (CTE) (outros 20 profissionais estiveram envolvidos num certo momento do processo).

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Relatório Final de Consultoria para o PRODOC/PNUD 11 Elaboração de Revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

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Nível C: Quando a empresa construtora optar por adquirir externamente algum processo que afete a conformidade do produto em relação aos requisitos, ela deve assegurar o controle desse processo. O controle de tais processos deve ser identificado no Sistema de Gestão da Qualidade. 4.2. Requisitos de documentação 4.2.1 Generalidades Nível D: A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade deve ser constituída de modo evolutivo, de acordo com os níveis de qualificação obtidos, devendo incluir: a) declarações documentadas da política da qualidade e dos objetivos da qualidade; b) Manual da Qualidade (ver 4.2.2) e Planos da Qualidade de Obras (ver 7.1.1); c) procedimentos documentados requeridos pelo presente referencial; d) documentos identificados como necessários pela empresa construtora para assegurar

a efetiva operação e controle de seus processos; e) registros da qualidade requeridos por este referencial (ver 4.2.4). Nota 1: Em todos os requisitos, sempre que constar que a empresa construtora deve

“estabelecer procedimento documentado”, significa que ela deve: “elaborar, documentar, implementar e manter” estes procedimentos. Caso não haja a precisão “documentado”, ela deve apenas “elaborar, implementar e manter” os mesmos.

Nota 2: A abrangência da documentação do Sistema de Gestão da Qualidade de uma

empresa construtora pode diferir do de uma outra devido: a) ao tamanho e subsetor de atuação; b) à complexidade e interação dos seus processos; c) à competência do pessoal.

Nota 3: A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade pode estar em qualquer

forma ou tipo de meio de comunicação. 4.2.2. Manual da Qualidade Nível D: A empresa construtora deve elaborar, documentar, implementar e manter um Manual da Qualidade que inclua:

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a) subsetor(es) e tipo(s) de obras abrangido(s) pelo seu Sistema de Gestão da Qualidade; b) detalhes e justificativas para quaisquer exclusões de requisitos deste referencial

(ver 1.2); c) procedimentos documentados instituídos de modo evolutivo para o Sistema de Gestão

da Qualidade, ou referência a eles; e d) descrição da seqüência e interação entre os processos do Sistema de Gestão da

Qualidade. 4.2.3. Controle de documentos Os documentos requeridos pelo Sistema de Gestão da Qualidade devem ser controlados, conforme o nível de qualificação da empresa construtora. Um procedimento documentado deve ser instituído para definir os controles necessários para: Nível D: a) aprovar documentos quanto à sua adequação, antes da sua emissão; b) analisar criticamente e atualizar, quando necessário, e reaprovar documentos; c) assegurar que alterações e a situação da revisão atual dos documentos sejam

identificadas, a fim de evitar o uso indevido de documentos não-válidos ou obsoletos; d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam disponíveis

em todos os locais onde são executadas as operações essenciais para o funcionamento efetivo do Sistema de Gestão da Qualidade;

e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis; f) prevenir o uso não intencional de documentos obsoletos e aplicar uma identificação

adequada nos casos em que forem retidos por qualquer propósito. Nível B: g) assegurar que documentos de origem externa, tais como normas técnicas, projetos,

memoriais e especificações do cliente, sejam identificados, tenham distribuição controlada e estejam disponíveis em todos os locais onde são aplicáveis.

4.2.4 Controle de registros Nível D: Registros da qualidade devem ser instituídos e mantidos para prover evidências da conformidade com requisitos e da operação eficaz do Sistema de Gestão da Qualidade. Registros da qualidade devem ser mantidos legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis. Um procedimento documentado deve ser instituído para definir os controles

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necessários para identificação, armazenamento, proteção, recuperação, tempo de retenção e descarte dos registros da qualidade. Devem também ser considerados registros oriundos de fornecedores de materiais e serviços controlados. 5 Responsabilidade da direção da empresa 5.1. Comprometimento da direção da empresa A direção da empresa construtora deve fornecer evidência do seu comprometimento com o desenvolvimento e implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e com a melhoria contínua de sua eficácia mediante: Nível D: a) a comunicação aos profissionais da empresa e àqueles de empresas subcontratadas

para a execução de serviços controlados da importância de atender aos requisitos do cliente, assim como aos regulamentares e estatutários;

b) o estabelecimento da política da qualidade; c) a garantia de que são estabelecidos os objetivos da qualidade e de que seus

indicadores estão sendo acompanhados (ver 5.4.1); d) a garantia da disponibilidade de recursos necessários; Nível A: e) a condução das análises críticas pela direção da empresa. 5.2. Foco no cliente Nível B: A direção da empresa construtora deve assegurar que os requisitos do cliente são determinados e atendidos com o propósito de aumentar a satisfação do cliente (ver 7.2.1 e 8.2.1). 5.3. Política da qualidade A direção da empresa deve assegurar que a política da qualidade: Nível D:

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a) seja apropriada aos propósitos da empresa construtora; b) inclua o comprometimento com o atendimento aos requisitos e com a melhoria

contínua da eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade; c) proporciona uma estrutura para estabelecimento e análise crítica dos objetivos da

qualidade; d) seja comunicada nos níveis apropriados da empresa construtora, segundo um plano de

sensibilização previamente definido; e) seja entendida, no grau de entendimento apropriado, pelos profissionais da empresa

construtora e de seus subcontratados com responsabilidade no Sistema de Gestão da Qualidade da empresa, conforme o seu nível evolutivo;

Nível A: f) seja analisada criticamente para manutenção de sua adequação. 5.4. Planejamento 5.4.1. Objetivos da qualidade A direção da empresa deve assegurar que : Nível C: a) sejam definidos objetivos da qualidade mensuráveis para as funções e níveis

pertinentes da organização e de modo consistente com a política da qualidade; b) os objetivos da qualidade incluam aqueles necessários para atender aos requisitos

aplicados à execução das obras da empresa (ver 7.1.1); c) sejam definidos indicadores para permitir o acompanhamento dos objetivos da

qualidade; Nível B: d) seja implementado um sistema de medição dos indicadores definidos; Nível A: e) haja acompanhamento da evolução dos indicadores definidos, para verificar o

atendimento dos objetivos da qualidade. 5.4.2. Planejamento do Sistema de Gestão da Qualidade Nível D: A direção da empresa deve assegurar que:

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a) o planejamento do Sistema de Gestão da Qualidade é realizado de forma a satisfazer

aos requisitos citados em 4.1, bem como aos objetivos da qualidade; e b) a integridade do Sistema de Gestão da Qualidade é mantida quando mudanças no

Sistema de Gestão da Qualidade são planejadas e implementadas. 5.5. Responsabilidade, Autoridade e Comunicação 5.5.1 Responsabilidade e autoridade Nível D: A direção da empresa deve assegurar que as responsabilidades e autoridades são definidas ao longo da documentação do Sistema e comunicadas na organização. 5.5.2 Representante da direção da empresa A direção da empresa deve indicar um membro da empresa construtora que, conforme a etapa evolutiva do Sistema de Gestão da Qualidade, independente de outras responsabilidades, deve ter responsabilidade e autoridade para: Nível D: a) assegurar que os processos necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade

sejam estabelecidos de maneira evolutiva, implementados e mantidos; b) assegurar a promoção da conscientização sobre os requisitos do cliente em toda a

empresa; Nível A: c) relatar à direção da empresa o desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade e

qualquer necessidade de melhoria. 5.5.3 Comunicação interna Nível A: A direção da empresa deve assegurar que são nela estabelecidos os processos de comunicação apropriados e que seja realizada comunicação relativa à eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade. 5.6. Análise crítica pela direção

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Nível A: 5.6.1. Generalidades A direção da empresa deve analisar criticamente o Sistema de Gestão da Qualidade, a intervalos planejados, para assegurar sua contínua pertinência, adequação e eficácia. A análise crítica deve incluir a avaliação de oportunidades para melhoria e necessidades de mudanças no Sistema de Gestão da Qualidade, incluindo a política da qualidade e os objetivos da qualidade. Devem ser mantidos registros das análises críticas pela direção da empresa (ver 4.2.4). 5.6.2. Entradas para a análise crítica As entradas para a análise crítica pela direção devem incluir o desempenho atual e oportunidades de melhoria, conforme o nível evolutivo, em função: a) do desempenho dos processos e da análise da conformidade do produto; b) da situação das ações corretivas; c) de mudanças que possam afetar o Sistema de Gestão da Qualidade; d) dos resultados de auditorias; e) das retroalimentações do cliente; f) da situação das ações preventivas; g) do acompanhamento permanente dos indicadores da qualidade, utilizando-os na

análise crítica para avaliação e melhoria do Sistema de Gestão da Qualidade; h) das ações de acompanhamento de análises críticas pela direção, anteriores. 5.6.3. Saídas da análise crítica Os resultados da análise crítica pela direção devem incluir quaisquer decisões e ações relacionadas a: a) melhoria da eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade e de seus processos; b) melhoria do produto com relação aos requisitos do cliente; c) necessidade de recursos. 6 Gestão de recursos 6.1. Provisão de recursos

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A empresa construtora deve determinar e prover recursos necessários para: Nível D: a) implementar de maneira evolutiva e manter seu Sistema de Gestão da Qualidade; Nível A: b) melhorar continuamente a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade; c) aumentar a satisfação dos clientes mediante o atendimento aos seus requisitos. 6.2. Recursos humanos 6.2.1. Designação de pessoal Nível D: A empresa construtora deve designar pessoal de maneira a garantir que as pessoas que têm responsabilidades definidas no Sistema de Gestão da Qualidade possuam as competências necessárias para assumi-las, com base em exigências apropriadas de escolaridade, qualificação profissional, treinamento, experiência e habilidade. 6.2.2. Treinamento, conscientização e competência Nível C: A empresa construtora deve, em função da evolução de seu Sistema de Gestão da Qualidade: a) determinar as competências necessárias para o pessoal que executa trabalhos que

afetam a qualidade do produto; b) fornecer treinamento ou tomar outras ações para satisfazer estas necessidades de

competência; c) avaliar a eficácia das ações executadas; d) assegurar que seu pessoal está consciente quanto à pertinência e importância de suas

atividades e de como elas contribuem para atingir os objetivos da qualidade; e e) manter registros apropriados de escolaridade, qualificação profissional, treinamento,

experiência e habilidade (ver 4.2.4). 6.3. Infra-estrutura Nível A:

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A empresa construtora deve identificar, prover e manter a infra-estrutura necessária para a obtenção da conformidade do produto, incluindo: a) canteiros de obras, escritórios da empresa, demais locais de trabalho e instalações

associadas; b) ferramentas e equipamentos relacionados ao processo de produção; e c) serviços de apoio (tais como abastecimentos em geral, áreas de vivência, transporte e

meios de comunicação). 6.4. Ambiente de trabalho Nível A: A empresa construtora deve determinar e gerenciar as condições do ambiente de trabalho necessárias para a obtenção da conformidade com os requisitos do produto, tais como: temperatura, presença de poeira, umidade, vento, chuva, luminosidade, etc. Este requisito inclui também as condições necessárias para garantir a segurança do trabalho nos canteiros de obras. 7 Execução da obra Execução da obra é a seqüência de processos requeridos para a obtenção parcial ou total do produto almejado pelo cliente, em função da empresa construtora ter sido contratada para atuar apenas em etapa(s) específica(s) de sua produção ou para sua produção integral. 7.1. Planejamento da Obra 7.1.1. Plano da Qualidade da Obra A empresa construtora deve, para cada uma de suas obras, elaborar e documentar o respectivo Plano da Qualidade da Obra, consistente com os outros requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade (ver 4.1), contendo os seguintes elementos, quando apropriado: Nível B: a) estrutura organizacional da obra, incluindo definição de responsabilidades específicas; b) programa de treinamento específico da obra; c) relação de materiais e serviços de execução controlados, e respectivos procedimentos

de execução e inspeção; inclui a identificação dos materiais e serviços de execução

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controlados que são submetidos a ensaios laboratoriais para a obra em questão; devem ser mantidos registros dos controles realizados (ver 4.2.4);

d) identificação das especificidades da execução da obra e determinação das respectivas formas de controle; devem ser mantidos registros dos controles realizados (ver 4.2.4);

Nível A: e) identificação dos processos considerados críticos para a qualidade da obra e

atendimento das exigências dos clientes, bem como de suas formas de controle; devem ser mantidos registros dos controles realizados (ver 4.2.4);

f) objetivos da qualidade específicos para a execução da obra e atendimento das exigências dos clientes, associados a indicadores;

g) identificação das especificidades no que se refere à manutenção de equipamentos considerados críticos para a qualidade da obra e atendimento das exigências dos clientes;

h) projeto do canteiro; i) definição dos destinos adequados dados aos resíduos sólidos e líquidos produzidos

pela obra (entulhos, esgotos, águas servidas), que respeitem o meio ambiente.

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7.1.2. Planejamento da execução da obra Nível A: A empresa construtora deve realizar o planejamento, programação e controle do andamento da execução da obra, visando ao seu bom desenvolvimento, contemplando os respectivos recursos. Devem ser mantidos registros dos controles de andamento realizados (ver 4.2.4). 7.2. Processos relacionados ao cliente 7.2.1. Identificação de requisitos relacionados à obra Nível B: A empresa construtora deve identificar os requisitos do cliente, incluindo: a) requisitos da obra especificados pelo cliente, incluindo os requisitos de entrega da obra

e assistência técnica; b) requisitos da obra não especificados pelo cliente mas necessários para o uso

especificado ou intencional; c) obrigações relativas à obra, incluindo requisitos regulamentares e legais; d) qualquer requisito adicional determinado pela empresa construtora. 7.2.2. Análise crítica dos requisitos relacionados à obra Nível B: A empresa construtora deve analisar criticamente os requisitos da obra, determinados em 7.2.1. A análise crítica deve ser conduzida antes que seja assumido o compromisso de executar a obra para o cliente (por exemplo, submissão de uma proposta, lançamento de um empreendimento ou assinatura de um contrato) e deve assegurar que: a) os requisitos da obra estão determinados; b) quaisquer divergências entre a proposta e o contrato estão resolvidas; c) a empresa construtora e eventuais subempreiteiros têm capacidade para atender aos

requisitos determinados. Devem ser mantidos registros dos resultados das análises críticas e das ações resultantes dessa análise (ver 4.2.4).

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Quando o cliente não apresenta seus requisitos documentados, estes devem ser confirmados antes da aceitação. Quando os requisitos da obra forem alterados, a empresa construtora deve assegurar que os documentos pertinentes são complementados e que o pessoal pertinente é notificado sobre as alterações feitas. 7.2.3. Comunicação com o cliente Nível A: A empresa construtora deve determinar e implementar meios de comunicação com os clientes relacionados a: a) tratamento de propostas e contratos, inclusive emendas; b) informações sobre a obra; c) retroalimentação do cliente, incluindo suas reclamações. 7.3. Projeto Nível A: Para empresas construtoras que executam seus projetos internamente ou subcontratam os mesmos, o requisito 7.3 deve ser aplicado dos requisitos 7.3.1 ao 7.3.7. Para as que recebem projetos de seus clientes aplica-se apenas o requisito 7.3.8, devendo isso ser explicitado na definição do escopo do Sistema de Gestão da Qualidade, previsto no requisito 1.2. 7.3.1. Planejamento da elaboração do projeto A empresa construtora deve planejar e controlar o processo de elaboração do projeto da obra estinada ao seu cliente. Durante este planejamento, a empresa construtora deve determinar: a) as etapas do processo de elaboração do projeto, considerando as suas diferentes

especialidades técnicas; b) a análise crítica e verificação que sejam apropriadas para cada etapa do processo de

elaboração do projeto, para suas diferentes especialidades técnicas; c) as responsabilidades e autoridades para o projeto.

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A empresa construtora deve gerenciar as interfaces entre as diferentes especialidades técnicas (internas ou externas) envolvidas no projeto para assegurar a comunicação eficaz e a designação clara de responsabilidades. As saídas do planejamento da elaboração do projeto devem ser atualizadas, conforme apropriado, de acordo com a evolução do projeto. 7.3.2. Entradas de projeto As entradas do processo de projeto relativas aos requisitos da obra devem ser definidas e os respectivos registros devem ser mantidos (ver 4.2.4). Estas devem incluir: a) requisitos funcionais e de desempenho; b) requisitos regulamentares e legais aplicáveis; c) onde pertinente, informações provenientes de projetos similares anteriores; d) quaisquer outros requisitos essenciais para o projeto. Estas entradas devem ser analisadas criticamente quanto a sua adequação. Requisitos devem ser completos, sem ambigüidades e não conflitantes entre si 7.3.3. Saídas de projeto As saídas do processo de projeto devem ser documentadas de uma maneira que possibilite sua verificação em relação aos requisitos de entrada e devem ser aprovadas antes da sua liberação. São considerados saídas de projeto os memoriais de cálculo, descritivos ou justificativos, da mesma forma que as especificações técnicas e os desenhos e demais elementos gráficos. As saídas de projeto devem: a) atender aos requisitos de entrada do processo de projeto; e) fornecer informações apropriadas para aquisição de materiais e serviços e para a

execução da obra, incluindo indicações dos dispositivos regulamentares e legais aplicáveis;

b) onde pertinente, informações provenientes; c) onde pertinente, conter ou referenciar os critérios de aceitação para a obra; d) definir as características da obra que são essenciais para seu uso seguro e apropriado.

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7.3.4. Análise crítica de projeto Devem ser realizadas, em estágios apropriados e planejados (ver 7.3.1), que podem ou não corresponder às etapas do processo de projeto, análises críticas sistemáticas do projeto para: a) avaliar a capacidade dos resultados do projeto de atender plenamente aos requisitos

de entrada do processo de projeto; b) garantir a compatibilização do projeto; c) identificar todo tipo de problema e propor ações necessárias. As análises críticas de projeto devem envolver representantes das especialidades técnicas concernentes ao estágio de projeto que está sendo analisado. Devem ser mantidos registros dos resultados das análises críticas e das subseqüentes ações necessárias (ver 4.2.4). 7.3.5. Verificação de projeto A verificação de projeto deve ser executada conforme disposições planejadas (ver 7.3.1), para assegurar que as saídas atendam aos requisitos de entrada. Devem ser mantidos registros dos resultados da verificação e das ações necessárias subseqüentes (ver 4.2.4). 7.3.6. Validação de projeto A validação do projeto deve ser realizada, onde for praticável, para a obra toda ou para suas partes. Apresenta-se como conclusão do processo de análise crítica, conforme planejado (ver 7.3.1), e procura assegurar que o produto resultante é capaz de atender aos requisitos para o uso ou aplicação especificados ou pretendidos, onde conhecidos. Os resultados da validação e as ações de acompanhamento subseqüentes devem ser registradas (ver 4.2.4). O registro do processo de validação deve incluir as hipóteses e avaliações aplicáveis consideradas para garantir que o desempenho pretendido será atingido, particularmente quando incluídas, no projeto, soluções inovadoras. Nota: Tal validação pode se dar através de medidas tais como: realização de simulações

por computador; confecção de maquetes, físicas ou eletrônicas; avaliação de desempenho; ensaios em partes do produto projetado (físicos os simulados); reuniões com profissionais da área, internos ou externos à empresa; reuniões com possíveis usuários; construção de unidades tipo; comparação com projetos semelhantes já construídos; etc.

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7.3.7. Controle de alterações de projeto As alterações de projeto devem ser identificadas e registros devem ser mantidos. As alterações devem ser analisadas criticamente, verificadas e validadas, de modo apropriado, e aprovadas antes da sua implementação. A análise crítica das alterações de projeto deve incluir a avaliação do efeito das alterações no produto como um todo ou em suas partes (por exemplo, interfaces entre subsistemas). Devem ser mantidos registros dos resultados da análise crítica de alterações e de quaisquer ações necessárias (ver 4.2.4). 7.3.8. Análise crítica de projetos fornecidos pelo cliente A empresa construtora deve realizar análise crítica dos projetos do produto como um todo ou de suas partes que receba como decorrência de um contrato, possibilitando a correta execução da obra ou etapas da mesma. A empresa construtora deve prever a forma segundo a qual procede à análise crítica de toda a documentação técnica afeita ao contrato (desenhos, memoriais, especificações técnicas). Caso tal análise aponte a necessidade de quaisquer ações, a empresa construtora deve informar tal fato e comunicar ao cliente propostas de modificações e adaptações necessárias de qualquer natureza. Devem ser mantidos registros dos resultados da análise crítica (ver 4.2.4). 7.4. Aquisição 7.4.1. Processo de aquisição A empresa construtora deve assegurar que a compra de materiais e a contratação de serviços estejam conforme com os requisitos especificados de aquisição. Este requisito abrange a compra de materiais controlados e a contratação de serviços de execução controlados, serviços laboratoriais, serviços de projeto e serviços especializados de engenharia e a locação de equipamentos que a empresa construtora considere críticos para o atendimento das exigências dos clientes. Para a definição dos materiais e serviços de execução controlados, ver Anexo 1, em função do subsetor da qualificação almejada.

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7.4.1.1. Processo de qualificação de fornecedores Nível C: A empresa construtora deve estabelecer critérios para qualificar (pré-avaliar e selecionar), de maneira evolutiva, seus fornecedores. Deve ser tomado como base a capacidade do fornecedor em atender aos requisitos especificados nos documentos de aquisição. Poderá ser dispensado do processo de qualificação o fornecedor formalmente participante do Programa Setorial da Qualidade de produtos de seu subsetor industrial, e atendendo os requisitos estabelecidos no Projeto da Meta Mobilizadora Nacional da Habitação. Para o caso dos fornecedores de serviços laboratoriais, a empresa construtora deve assegurar, para cada tipo de ensaio a ser fornecido, que os laboratórios que lhe prestam serviços, diretamente ou através de terceiros, atendam ao menos a uma das seguintes condições: • estar credenciado pelo INMETRO (fazer parte da Rede Brasileira de Calibração – RBC

ou da Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios - RBLE); • estar qualificado em Programa Setorial da Qualidade para Laboratórios, desde que

seja evidenciado que os equipamentos empregados nos ensaios tenham sua calibração rastreável à RBC ou à RBLE;

• evidenciar que os equipamentos empregados nos ensaios tenham sua calibração rastreável à RBC, à RBLE ou a padrões internacionais, segundo previsto na NBR ISO/IEC 17025 - Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração.

A empresa construtora deve ainda manter atualizados os registros de qualificação de seus fornecedores e de quaisquer ações necessárias, oriundas da qualificação (ver 4.2.4). 7.4.1.2. Processo de avaliação de fornecedores Nível B: A empresa construtora deve estabelecer, de maneira evolutiva, critérios para avaliar o desempenho de seus fornecedores em seus fornecimentos. Deve ser tomado como base a capacidade do fornecedor em atender aos requisitos especificados nos documentos de aquisição. A empresa construtora deve ainda manter atualizados os registros de avaliação de seus fornecedores e de quaisquer ações necessárias, oriundas da avaliação (ver 4.2.4).

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7.4.2. Informações para aquisição A empresa construtora deve assegurar, de maneira evolutiva, a adequação dos requisitos de aquisição especificados antes da sua comunicação ao fornecedor. 7.4.2.1 Materiais controlados Nível C (evolutivo): A empresa construtora deve garantir que os documentos de compra de materiais controlados descrevam claramente o que está sendo comprado, contendo especificações técnicas (por exemplo: requisitos para aprovação de produto, tipo, grau, classe, ou outra identificação precisa, normas técnicas relacionadas que devam ser observadas, certificações de produto, etc.) (ver Anexo 1). 7.4.2.2 Serviços controlados Nível C (evolutivo: A empresa construtora deve garantir que os documentos de contratação de serviços de execução controlados descrevam claramente o que está sendo contratado, contendo especificações técnicas (por exemplo: requisitos para aprovação, normas técnicas relacionadas que devam ser observadas, projetos e detalhes construtivos, procedimentos de execução, qualificação profissional ou da empresa requerida, etc.) (ver Anexo 1). 7.4.2.3 Serviços laboratoriais Nível B: A empresa construtora deve garantir que os documentos de contratação de serviços laboratoriais descrevam claramente, incluindo especificações técnicas, o que está sendo contratado. 7.4.2.4 Serviços de projeto e serviços especializados de engenharia Nível B: A empresa construtora deve garantir que os documentos de contratação de serviços de projeto e serviços especializados de engenharia descrevam claramente, incluindo especificações técnicas, o que está sendo contratado.

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7.4.2.5 Locação de equipamentos Nível A: A empresa construtora deve garantir que os documentos de contratação de serviços de locação de equipamentos descrevam claramente, incluindo especificações técnicas, o que está sendo contratado. 7.4.3. Verificação do produto adquirido Nível C: A empresa construtora deve instituir e implementar, de maneira evolutiva, inspeção ou outras atividades necessárias para assegurar que o produto adquirido atende aos requisitos de aquisição especificados. A empresa construtora deve estabelecer, de maneira evolutiva, procedimentos documentados de inspeção de recebimento (ver 8.2.4) para todos os materiais e serviços de execução controlados. Quando a empresa construtora ou seu cliente pretender executar a verificação nas instalações do fornecedor, a empresa construtora deve declarar, nas informações para aquisição, as providências de verificação pretendidas e o método de liberação de produto. 7.5. Operações de produção e fornecimento de serviço 7.5.1. Controle de operações A empresa construtora deve planejar e realizar a produção e o fornecimento de serviço sob condições controladas. Condições controladas devem incluir, de modo evolutivo e quando aplicável: a) a disponibilidade de informações que descrevam as características do produto; b) a disponibilidade de procedimentos de execução, quando necessário; c) o uso de equipamentos adequados; d) a disponibilidade e uso de dispositivos para monitoramento e medição; e) a implementação de monitoramento e medição; f) a implementação da liberação, entrega e atividades pós-entrega; g) a manutenção de equipamentos considerados críticos para o atendimento das

exigências dos clientes. A atividade de entrega inclui o fornecimento ao cliente de Manual de Uso, Operação e Manutenção, contendo as principais informações sobre as condições de utilização das

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instalações e equipamentos bem como orientações para a operação e de manutenção da obra executada ao longo da sua vida útil. 7.5.1.1 Controle dos serviços de execução controlados Nível C (evolutivo): A empresa construtora deve, de maneira evolutiva, garantir que os procedimentos afeitos aos serviços de execução controlados incluam requisitos para (ver Anexo 1): a) realização e aprovação do serviço, sendo que, quando a empresa construtora optar por

adquirir externamente algum serviço controlado ela deve:

a.1) definir o procedimento documentado de realização do processo, garantir que o fornecedor o implemente e assegurar o controle de inspeção desse processo; ou

a.2) analisar criticamente e aprovar o procedimento documentado de realização do

serviço definido pela empresa externa subcontratada e assegurar o seu controle de inspeção. Nota: caso o serviço seja considerado especializado, não há necessidade de

demonstração do procedimento de realização, ficando a empresa construtora dispensada de analisá-lo criticamente e de aprová-lo. A existência do procedimento documentado de inspeção, conforme previsto na Anexo 1, continua no entanto sendo obrigatória.

b) qualificação do pessoal que realiza o serviço ou da empresa subcontratada, quando

apropriado. 7.5.2. Validação de processos Nível A: A empresa construtora deve validar todos os processos de produção e de fornecimento de serviço onde a saída resultante não possa ser verificada por monitoramento ou medição subseqüente. Isso inclui os processos onde as deficiências só fiquem aparentes depois que o produto esteja em uso ou o serviço tenha sido entregue. A validação deve demonstrar a capacidade desses processos de alcançar os resultados planejados. A empresa construtora deve tomar as providências necessárias para esses processos, incluindo, quando aplicável:

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a) critérios definidos para análise crítica e aprovação dos processos; b) aprovação de equipamento e qualificação de pessoal; c) uso de métodos e procedimentos específicos; d) requisitos para registros (ver 4.2.4), e; e) revalidação. 7.5.3. Identificação e rastreabilidade 7.5.3.1. Identificação Nível C: Quando apropriado, a empresa construtora deve identificar o produto ao longo da produção, a partir do recebimento e durante os estágios de execução e entrega. Esta identificação tem por objetivo garantir a correspondência inequívoca entre projetos, produtos, serviços e registros gerados, evitando erros. No caso dos materiais estruturais, a identificação tem também por objetivo a rastreabilidade. A situação dos produtos, com relação aos requisitos de monitoramento e de medição, deve ser assinalada de modo apropriado de tal forma a indicarem a conformidade ou não dos mesmos, com relação às inspeções e aos ensaios feitos. Para todos os materiais controlados, a empresa construtora deve garantir que tais materiais não sejam empregados, por ela ou por empresa subcontratada, enquanto não tenham sido controlados ou enquanto suas exigências específicas não tenham sido verificadas. No caso de situações nas quais um desses materiais tenha que ser aplicado antes de ter sido controlado, o mesmo deve ser formalmente identificado, permitindo sua posterior localização e a realização das correções que se fizerem necessárias, no caso do não atendimento às exigências feitas. Para todos os serviços de execução controlados, a empresa construtora deve garantir que as etapas subseqüentes a eles não sejam iniciadas, por ela ou por empresa subcontratada, enquanto eles não tenham sido controlados ou enquanto suas exigências específicas não tenham sido verificadas. 7.5.3.2. Rastreabilidade Nível B: A empresa construtora deve garantir a rastreabilidade, ou identificação única dos locais de utilização de cada lote, para os materiais controlados cuja qualidade não possa ser

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assegurada através de medição e monitoramento realizados antes da sua aplicação. Devem ser mantidos registros de tal identificação (ver 4.2.4). 7.5.4. Propriedade do cliente Nível A: A empresa construtora deve ter cuidado com a propriedade do cliente enquanto estiver sob seu controle ou por ela sendo utilizada. A empresa construtora deve identificar, verificar, proteger e salvaguardar a propriedade do cliente fornecida para uso ou incorporação no produto. Caso a propriedade do cliente seja perdida, danificada ou considerada inadequada para uso, tal fato deve ser informado ao cliente e devem ser mantidos registros (ver 4.2.4). Nota: Propriedade do cliente pode incluir propriedade intelectual (por exemplo,

informações fornecidas em confiança). 7.5.5. Preservação de produto Nível C: A empresa construtora deve, de maneira evolutiva, garantir, para os materiais controlados, a correta identificação, manuseio, estocagem e condicionamento, preservando a conformidade dos mesmos em todas as etapas do processo de produção. Nível B: A empresa construtora deve preservar a conformidade dos serviços de execução controlados, em todas as etapas do processo de produção, até a entrega da obra. Essas medidas devem ser aplicadas, não importando se tais materiais e serviços estão sob responsabilidade da empresa construtora, ou de empresas subcontratadas. 7.6. Controle de dispositivos de medição e monitoramento Nível A: A empresa construtora deve determinar as medições e monitoramentos a serem realizados e os dispositivos de medição e monitoramento necessários para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados (ver 7.2.1).

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A empresa construtora deve estabelecer processos para assegurar que a medição e o monitoramento possam ser realizados e sejam realizados de uma maneira coerente com os requisitos de medição e monitoramento. Quando for necessário assegurar resultados válidos, o dispositivo de medição deve ser: a) calibrado ou verificado a intervalos especificados ou antes do uso, utilizando padrões

rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração – RBC, à Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios - RBLE ou a padrões internacionais;

b) ajustado ou reajustado, como necessário; c) identificado para possibilitar que a situação da calibração seja determinada; d) protegido contra ajustes que possam invalidar o resultado da medição; e) protegido de dano e deterioração durante o manuseio, manutenção e armazenamento. Adicionalmente, a empresa construtora deve avaliar e registrar a validade dos resultados de medições anteriores quando constatar que o dispositivo não está conforme com os requisitos. A empresa construtora deve tomar ação apropriada no dispositivo e em qualquer produto afetado. Registros dos resultados de calibração e verificação devem ser mantidos (ver 4.2.4). NOTA: Ver NBR ISO 10012-1 e NBR ISO 10012-2 para orientação. 8 Medição, análise e melhoria 8.1. Generalidades Nível C: A empresa construtora deve, de maneira evolutiva, planejar e implementar os processos necessários de monitoramento, medição, análise e melhoria para: a) demonstrar a conformidade do produto; b) assegurar a conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade, e; c) melhorar continuamente a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade. Isso deve incluir a determinação dos métodos aplicáveis, incluindo técnicas estatísticas, e a abrangência de seu uso.

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8.2. Medição e monitoramento 8.2.1. Satisfação do cliente Nível A: Como uma das medições do desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade, a empresa construtora deve monitorar informações relativas à percepção do cliente sobre se a organização atendeu aos seus requisitos. Os métodos para obtenção e uso dessas informações devem ser determinados. 8.2.2. Auditoria interna Nível A: A empresa construtora deve executar auditorias internas a intervalos planejados para determinar se o seu Sistema de Gestão da Qualidade: a) está conforme com as disposições planejadas (ver 7.1), com os requisitos deste

Referencial e com os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade por ela instituídos, e;

b) está mantido e implementado eficazmente. Um programa de auditoria deve ser planejado, levando em consideração a situação e a importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os resultados de auditorias anteriores. Os critérios da auditoria, escopo, freqüência e métodos devem ser definidos. Todos processos definidos pelo Sistema de Gestão da Qualidade da empresa construtora devem ser auditados pelo menos uma vez por ano. A seleção dos auditores e a execução das auditorias devem assegurar objetividade e imparcialidade do processo de auditoria. Os auditores não devem auditar o seu próprio trabalho. As responsabilidades e os requisitos para planejamento e para execução de auditorias e para relato dos resultados e manutenção dos registros (ver 4.2.4) devem ser definidos em um procedimento documentado. O responsável pela área a ser auditada deve assegurar que as ações para eliminar não-conformidades e suas causas sejam tomadas sem demora indevida. As atividades de acompanhamento devem incluir a verificação das ações tomadas e o relato dos resultados de verificação (ver 8.5.2). Nota: Ver NBR ISO 10.011-1, NBR ISO 10.011-2 e NBR ISO 10.011-13 para orientação.

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8.2.3. Medição e monitoramento de processos Nível A: A empresa construtora deve aplicar métodos adequados para monitoramento e, quando aplicável, para medição dos processos do Sistema de Gestão da Qualidade. Esses métodos devem demonstrar a capacidade dos processos em alcançar os resultados planejados. Quando os resultados planejados não são alcançados, devem ser efetuadas as correções e as ações corretivas, como apropriado, para assegurar a conformidade do produto. 8.2.4. Inspeção e monitoramento de materiais e serviços de execução controlados e da obra Nível C: A empresa construtora deve estabelecer procedimentos documentados de inspeção e monitoramento das características dos materiais controlados (ver Anexo 1) e dos produtos resultantes dos serviços de execução controlados (ver Anexo 1), a fim de verificar o atendimento aos requisitos especificados. Isto deve assegurar a inspeção de recebimento, em ambos os casos, e deve ser conduzido nos estágios apropriados dos processos de execução da obra (ver 7.1). Nível A: A empresa construtora deve estabelecer procedimento para inspeção das características finais da obra antes da sua entrega, de modo a confirmar a sua conformidade às especificações e necessidades do cliente quanto ao produto acabado. Em ambos os casos, as evidência de conformidade com os critérios de aceitação devem ser mantidas. Os registros devem indicar a(s) pessoa(s) autorizada(s) a liberar o produto (ver 4.2.4). A liberação dos materiais e a liberação e entrega dos serviços de execução controlados e da obra não deve prosseguir até que todas as providências planejadas (ver 7.1) tenham sido satisfatoriamente concluídas, a menos que aprovado de outra maneira por uma autoridade pertinente e, quando aplicável, pelo cliente.

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8.3. Controle de materiais e de serviços de execução controlados e da obra não-conformes Nível B: A empresa construtora deve assegurar, de maneira evolutiva, que os materiais controlados, os produtos resultantes dos serviços de execução controlados e a obra a ser entregue ao cliente que não estejam de acordo com os requisitos definidos sejam identificados e controlados para evitar seu uso, liberação ou entrega não intencional. Estas atividades devem ser definidas em um procedimento documentado. A empresa construtora deve tratar os materiais controlados, os serviços de execução controlados ou a obra não-conformes segundo uma ou mais das seguintes formas: a) execução de ações para eliminar a não-conformidade detectada; b) autorização do seu uso, liberação ou aceitação sob concessão por uma autoridade

pertinente e, onde aplicável, pelo cliente; c) execução de ação para impedir a intenção original de seu uso ou aplicação originais,

sendo possível a sua reclassificação para aplicações alternativas. Devem ser mantidos registros sobre a natureza das não-conformidades e qualquer ação subseqüente tomada, incluindo concessões obtidas (ver 4.2.4). Quando o material, o serviço de execução ou a obra não-conforme for corrigido, esse deve ser reverificado para demonstrar a conformidade com os requisitos. Quando a não-conformidade do material, do serviço de execução ou da obra for detectada após a entrega ou início de seu uso, a empresa construtora deve tomar as ações apropriadas em relação aos efeitos, ou potenciais efeitos, da não-conformidade. 8.4. Análise de dados Nível A: A empresa construtora deve determinar, coletar e analisar dados apropriados para demonstrar a adequação e eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade e para avaliar onde melhorias contínuas podem ser realizadas. Isto deve incluir dados gerados como resultado do monitoramento e das medições e de outras fontes pertinentes. A análise de dados deve fornecer informações relativas a: a) satisfação do cliente (ver 8.2.1); b) conformidade com os requisitos do produto (ver 7.2.1);

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c) características da obra entregue, dos processos de execução de serviços controlados e dos materiais controlados, e suas tendências de desempenho, incluindo desempenho operacional dos processos, e incluindo oportunidades para ações preventivas;

d) fornecedores. 8.5. Melhoria 8.5.1. Melhoria contínua Nível A: A empresa construtora deve continuamente melhorar a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade por meio do uso da política da qualidade, objetivos da qualidade, resultados de auditorias, análise de dados, ações corretivas e preventivas e análise crítica pela direção. 8.5.2. Ação corretiva Nível A: A empresa construtora deve executar ações corretivas para eliminar as causas de não-conformidades, de forma a evitar sua repetição. As ações corretivas devem ser proporcionais aos efeitos das não-conformidades encontradas. Um procedimento documentado deve ser estabelecido para definir os requisitos para: a) análise crítica de não-conformidades, incluindo reclamações de cliente; b) determinação das causas de não-conformidades; c) avaliação da necessidade de ações para assegurar que aquelas não-conformidades

não ocorrerão novamente; d) determinação e implementação de ações necessárias; e) registro dos resultados de ações executadas (ver 4.2.4); f) análise crítica de ações corretivas executadas. 8.5.3. Ação Preventiva Nível A: A empresa construtora deve definir ações para eliminar as causas de não-conformidades potenciais, de forma a evitar sua ocorrência. As ações preventivas devem ser proporcionais aos efeitos dos problemas potenciais. Um procedimento documentado deve ser estabelecido para definir os requisitos para:

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a) identificação de não-conformidades potenciais e suas causas; b) avaliação da necessidade de ações para evitar a ocorrência de não-conformidades; c) definição e implementação de ações necessárias; d) registros de resultados de ações executadas (ver 4.2.4); e) análise crítica de ações preventivas executadas.

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ANEXO 1A – Exigências complementares do subsetor de edificações

Este Anexo estabelece as particularidades do fornecimento de materiais e serviços de execução controlados, para o caso do subsetor de edificações. Serviços de Execução e Materiais Controlados A empresa construtora deve preparar uma lista própria de serviços de execução controlados que utilize e que afetem a qualidade do produto exigido pelo cliente, abrangendo no mínimo os serviços listados no item 1. Esta lista deve ser representativa dos sistemas construtivos por ela empregados em suas obras. Caso a empresa utilize serviços específicos que substituam serviços constantes da lista mínima, os mesmos devem ser controlados. A empresa deve, para o estabelecimento do planejamento da implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (requisito 4.1), respeitar as porcentagens mínimas de evolução do número de serviços de execução controlados estabelecido em sua lista, de acordo com o nível de qualificação, conforme item 2. Caso os sistemas construtivos empregados pela empresa nos tipos de obras cobertos pelo Sistema de Gestão da Qualidade não empreguem serviços de execução controlados que constem da lista mínima, ela será dispensada de estabelecer o(s) respectivo(s) procedimento(s) documentado(s), desde que seja obedecido, para cada nível, a quantidade mínima de serviços de execução controlados, conforme item 2. Para o nível A, deve ser obedecido o mínimo de vinte e cinco serviços de execução controlados. A partir dessa lista de serviços de execução controlados, a empresa construtora deve preparar uma lista de materiais5 que sejam neles empregados, que afetem tanto a qualidade dos serviços, quanto à do produto exigido pelo cliente. A empresa deve, para o estabelecimento do planejamento da implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (requisito 4.1), respeitar as porcentagens mínimas de evolução do número de materiais controlados estabelecido em sua lista, de acordo com o nível de qualificação, conforme item 4.

5 Notar que não há mais a exigência de 30 materiais, conforme prevê a versão de 23 de março de 2001 do SiQ-Construtoras, ficando a critério da empresa definir o seu número e do auditor de se assegurar que os mesmos garantem a qualidade dos serviços controlados e da obra.

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1. Definição dos serviços de execução controlados São os seguintes os serviços de execução obrigatoriamente controlados, segundo a etapa da obra, a partir dos quais a empresa deve elaborar sua lista de serviços controlados :

Serviços preliminares : 1. compactação de aterro; 2. locação de obra.

Fundações : 3. execução de fundação.

Estrutura : 4. execução de fôrma; 5. montagem de armadura; 6. concretagem de peça estrutural; 7. execução de alvenaria estrutural;

Vedações verticais : 8. execução de alvenaria não estrutural e de divisória leve; 9. execução de revestimento interno de área seca, incluindo produção de argamassa

em obra, quando aplicável; 10. execução de revestimento interno de área úmida; 11. execução de revestimento externo.

Vedações horizontais : 12. execução de contrapiso; 13. execução de revestimento de piso interno de área seca; 14. execução de revestimento de piso interno de área úmida; 15. execução de revestimento de piso externo; 16. execução de forro; 17. execução de impermeabilização; 18. execução de cobertura em telhado.

Esquadrias : 19. colocação de batente e porta; 20. colocação de janela.

Pintura : 21. execução de pintura interna; 22. execução de pintura externa.

Sistemas prediais : 23. execução de instalação elétrica; 24. execução de instalação hidro-sanitária; 25. colocação de bancada, louça e metal sanitário.

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Nota: Quando aplicável, deve ser incluída na lista de serviços de execução obrigatoriamente controlados a produção de materiais e componentes em obra, tais como: concreto, graute, blocos, elementos pré-moldados e argamassas.

Notar que, em qualquer nível, a empresa deve garantir que sejam também controlados todos os serviços de execução que tenham a inspeção exigida pelo cliente. A partir destes, ela deverá ampliar a lista de materiais controlados, considerando aqueles já relacionados como críticos para o atendimento das exigências dos clientes, e que sejam empregados em tais serviços. Nota: Observar o previsto no requisito 7.5.1.1, quando a empresa construtora optar por

adquirir externamente algum serviço de execução controlado.6 2. Evolução do número de serviços de execução controlados, conforme nível de qualificação Devem ser controlados no mínimo as seguintes porcentagens de serviços da lista de serviços de execução controlados da empresa, conforme o nível de qualificação: ��Nível C : 15 %; ��Nível B : 40 %; ��Nível A : 100 %. Para obtenção da qualificação em determinado nível, a empresa construtora deve: a) ter desenvolvido os procedimentos documentados para as porcentagens mínimas de

serviços de execução controlados determinados acima, e aplicá-los efetivamente em obra, tendo treinado pessoal e gerado registros de sua aplicação, no mínimo para a metade das porcentagens estabelecidas;

b) dispor de obras em número suficiente de modo que, a cada nível de qualificação, o(s)

auditor(es) possa(m) nela(s) observar a efetiva aplicação dos procedimentos, incluindo o treinamento de pessoal e geração de registros, no mínimo para um quarto das porcentagens estabelecidas. Em empresas construtoras que recebem auditorias seqüenciais de um mesmo O.C.C., em todos os níveis C, B e A, para o caso da auditoria no nível A o limite mínimo é de um quinto do total de serviços de execução controlados. Em ambos os casos, as quantidades restantes de serviços de execução controlados poderão ser auditadas sob a forma de registros7.

6 Observar que foram retirados as notas de rodapé que existiam junto a determinados materiais, na versão de 23 de março de 2001 do SiQ-Construtoras, que caracterizavam a não necessidade de elaboração dos respectivos procedimentos de execução. 7 Trata-se de um novo critério, que não constava do Sistema anterior. Isso, além de regulamentar a questão, evita que uma empresa construtora se qualifique apenas “no papel”.

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3. Definição dos materiais controlados A empresa construtora deve preparar uma lista mínima de materiais que afetem tanto a qualidade dos seus serviços de execução controlados, quanto a da obra, e que devem ser controlados. Esta lista deve ser representativa dos sistemas construtivos por ela utilizados e dela deverão constar, no mínimo, 20 materiais. Notar que, em qualquer nível, a empresa deve garantir que sejam também controlados todos os materiais que tenham a inspeção exigida pelo cliente, como também todos aqueles que considerou críticos em função de exigências feitas pelo cliente quanto ao controle de outros serviços de execução (ver item 2). 4. Evolução do número de materiais controlados, conforme nível de qualificação Devem ser controlados no mínimo as seguintes porcentagens de materiais da lista de materiais controlados da empresa, conforme o nível de qualificação: ��Nível C : 20 %; ��Nível B : 50 %; ��Nível A : 100 %. Para obtenção da qualificação em determinado nível, a empresa construtora deve: a) ter desenvolvido os procedimentos documentados para as porcentagens mínimas de

materiais controlados determinados acima, e aplicá-los efetivamente em obra, tendo treinado pessoal e gerado registros de sua aplicação, no mínimo para a metade das porcentagens estabelecidas;

b) dispor de obras em número suficiente de modo que, a cada nível de qualificação, o(s)

auditor(es) possa(m) nela(s) observar a efetiva aplicação dos procedimentos, incluindo o treinamento de pessoal e geração de registros, no mínimo para um quarto das porcentagens estabelecidas. Em empresas construtoras que recebem auditorias seqüenciais de um mesmo O.C.C., em todos os níveis C, B e A, para o caso da auditoria no nível A o limite mínimo é de um quinto do total de materiais controlados. Em ambos os casos, as quantidades restantes de materiais controlados poderão ser auditadas sob a forma de registros8.

8 Idem nota 7.

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ANEXO 2 –Tabela de equivalência com o SiQ-C de 23 de março de 2001

A seguir, é apresentada uma tabela de equivalência entre os presentes requisitos e os da versão de 23 de março de 2001 do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras. A mesma deve ser tomada com cuidado, pois a equivalência entre muitos dos requisitos, embora existente e tenha sido apontada, não é total. Complementações deverão ser feitas nas partes do Sistema de Gestão da Qualidade da empresa que tratem dos memos.

Versão «2000» Versão 23/03/2001

SEÇÃO REQUISITO REQUISITOS 4.1 Requisitos gerais 4.2.1. Generalidades 2.1. Sistema evolutivo

4.2.2. Manual da Qualidade 2.3. Manual da Qualidade e procedimentos

4.2.3. Controle de documentos 5. Controle de documentos e dados 4 Sistema de Gestão

da Qualidade 4.2. Requisitos de documentação

4.2.4. Controle de registros 16. Registros da qualidade

5.1. Comprometimento da direção da empresa

1.1. Política da Qualidade

5.2. Foco no cliente 3. Análise crítica de contrato

5.3. Política da qualidade 1.1. Política da Qualidade

5.4.1. Objetivos da qualidade 1.1. Política da Qualidade 5.4. Planejamento 5.4.2. Planejamento do Sistema de Gestão

da Qualidade 2.2. Planejamento de desenvolvimento e

implantação do Sistema

5.5.1. Responsabilidade e autoridade 1.3. Responsabilidade, autoridade e recursos

5.5.2. Representante da direção da empresa 1.2. Representante da Administração

5.5. Responsabilidade, Autoridade e Comunicação

5.5.3. Comunicação interna 1.2. Representante da Administração

5.6.1. Generalidades 1.4. Análise crítica da direção

5.6.2. Entradas para a análise crítica 1.4. Análise crítica da direção

5 Responsabilidade da direção da empresa

5.6. Análise crítica pela direção

5.6.3. Saídas da análise crítica 1.4. Análise crítica da direção

6.1. Provisão de recursos 1.3. Responsabilidade, autoridade e recursos

6.2.1. Designação de pessoal 1.3. Responsabilidade, autoridade e recursos 6.2. Recursos humanos 6.2.2. Treinamento, conscientização e

competência 18. Treinamento

6.3. Infra-estrutura 9.1.3. Planejamento e controle de obras

9.1.4. Plano de manutenção de equipamentos

6 Gestão de recursos

6.4. Ambiente de trabalho 9.1.3. Planejamento e controle de obras

7.1.1. Plano da Qualidade da Obra 2.4. Plano da Qualidade de Obras 7.1. Planejamento da Obra 7.1.2. Planejamento da execução da obra 9.1.3. Planejamento e controle de obras

9.1.4. Plano de manutenção de equipamentos

7.2.1. Identificação de requisitos relacionados à obra 3. Análise crítica de contrato

7.2.2. Análise crítica dos requisitos relacionados à obra 3. Análise crítica de contrato

7.2. Processos relacionados ao cliente

7.2.3. Comunicação com o cliente 3. Análise crítica de contrato

7 Execução da obra

7.3. Projeto 7.3.1. Planejamento da elaboração do projeto Sem equivalência

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Versão «2000» Versão 23/03/2001

SEÇÃO REQUISITO REQUISITOS 7.3.2. Entradas de projeto Sem equivalência

7.3.3. Saídas de projeto Sem equivalência

7.3.4. Análise crítica de projeto Sem equivalência

7.3.5. Verificação de projeto Sem equivalência

7.3.6. Validação de projeto Sem equivalência

7.3.7. Controle de alterações de projeto Sem equivalência

7.3.8. Análise crítica de projetos fornecidos pelo cliente

9.1.1. Análise crítica de projetos fornecidos pelo cliente

7.4.1. Processo de aquisição 6.1. Materiais controlados

6.3. Qualificação e avaliação de fornecedores

7.4.2. Informações para aquisição 6.2. Dados para aquisição 7.4. Aquisição

7.4.3. Verificação do produto adquirido 6.4 Verificação do produto adquirido

10.1. Inspeção e ensaios no recebimento

10.2. Inspeção e ensaios durante o processo

7.5.1. Controle de operações 9.1. Condições controladas

9.2. Serviços de execução controlados

19. Serviços associados

7.5.2. Validação de processos 9. Controle de processo

7.5.3. Identificação e rastreabilidade 8. Identificação e rastreabilidade

12. Situação de inspeção e ensaios

7.5.4. Propriedade do cliente 7. Controle de produtos fornecidos pelo cliente

7.5. Operações de produção e fornecimento de serviço

7.5.5. Preservação de produto 15. Manuseio, armazenamento, embalagem, preservação e entrega

7.6. Controle de dispositivos de medição e monitoramento

11. Controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios

8.1. Generalidades 10.3. Inspeção e ensaios finais

20. Técnicas estatísticas

8.2.1. Satisfação do cliente Sem equivalência

8.2.2. Auditoria interna 17. Auditorias internas da qualidade

8.2.3. Medição e monitoramento de processos

17. Auditorias internas da qualidade

20. Técnicas estatísticas 8.2. Medição e

monitoramento

8.2.4. Inspeção e monitoramento de materiais e serviços de execução controlados e da obra

10. Inspeção e ensaios

20. Técnicas estatísticas

8.3. Controle de materiais e de serviços de execução controlados e da obra não-conformes

13. Controle de produto não - conforme

8.4. Análise de dados 20. Técnicas estatísticas

8.5.1. Melhoria contínua 1.4. Análise crítica da direção

8.5.2. Ação corretiva 14.1. Ação corretiva

8 Medição, análise e melhoria

8.5. Melhoria

8.5.3. Ação preventiva 14.2. Ação preventiva

ANEXO 1A – Exigências complementares do subsetor de edificações 9.1. Condições controladas

9.2. Serviços de execução controlados

Anexo 1 - Serviços obrigatoriamente controlados

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Revisão do SiQ-Construtoras, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

Relatório Final

Parte II – Aspectos regimentais previstos no Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços

e Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000

(D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4), que devem ser alterados.

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Aspectos regimentais previstos no Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e

Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000 (D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4),

que devem ser alterados. O seguinte trecho do Regimento do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras (SiQ), definido pela Portaria nº 67, de 21 de novembro de 2000 (D.O.U. de 22/11/00, Seção 1, p. 3-4), deve ser alterado (indicação em itálico): CAPÍTULO II Da Estrutura do Sistema

Art. 10o Os Organismos de Certificação Credenciados (O.C.C.) do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras são organismos públicos, privados ou mistos, de terceira parte, autorizados pela Comissão Nacional a emitir Atestados de Qualificação do SiQ.

(...) § 3o Para efeitos deste Regimento, entende-se por subsetor cada um daqueles que

caracterizam as diferentes modalidades de obras presentes no Habitat, compreendendo, não exclusivamente, os seguintes:

a) obras superficiais de urbanização de áreas públicas; b) urbanização; c) saneamento básico; d) drenagem urbana; e) terraplenagem urbana; f) pavimentação urbana; g) obras de arte urbanas.

Sugere-se também uma revisão mais profunda do regimento, que inclua capítulos que tratem dos assuntos abaixo relacionados (as alterações propostas e os novos trechos a serem acrescentados encontram-se indicados em itálico). Tais acréscimos trazem sobretudo elementos para harmonizar o trabalho dos O.C.C. em suas auditorias em obras, e também os trabalhos das respectivas C.Q. Propõe igualmente novas definições de interesse e apresenta novidades quanto ao conteúdo dos Atestado de Qualificação, ao relacionamento dos O.C.C. com a C.N., ao tratamento das empresas que ja possuem um certificado NBR ISO 9001 ou 9002, ao tipo de relacionamento das empresas construtoras com seus subcontratados ou da formação de consórcios para efeito de qualificação e quanto às possíveis sanções aos O.C.C.

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CAPÍTULO II Da Estrutura do Sistema

Art. 10o Os Organismos de Certificação Credenciados (O.C.C.) do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras são organismos públicos, privados ou mistos, de terceira parte, autorizados pela Comissão Nacional a emitir Atestados de Qualificação do SiQ.

§ 1o São obrigações dos O.C.C. autorizados: (...) d) possuir corpo de auditores com formação universitária em engenharia civil ou

arquitetura, experiência comprovada mínima de quatro anos em construção civil e experiência comprovada em auditorias de Sistemas de Gestão da Qualidade; engenheiros com formações distintas serão aceitos, desde que possuam experiência comprovada mínima de seis anos em construção civil e experiência comprovada em auditorias de Sistemas de Gestão da Qualidade;

(...)

f) informar a C.N. das rescisões contratuais havidas com as empresas clientes, informando

as razões do ocorrido; g) informar a C.N. das suspensões de atestados havidas com as empresas clientes, por

desobediência ao prazo estipulado no parágrafo 2º do Art. 15; h) informar a C.N. das sanções aplicadas às empresas clientes; i) enviar semestralmente à C.N. um quadro estatístico das empresas auditadas

informando, por nível de qualificação, os requisitos cujo não atendimento originaram as não-conformidades detectadas.

Art. 11o As Comissões de Qualificação – C.Q. dos O.C.C. têm por atribuição darem

pareceres quanto à qualificação de determinada empresa num dado nível, baseando-se nos Requisitos para a especialidade técnica e subsetor em questão, em função da análise técnica de relatórios preparados pelos auditores dos Organismos de Certificação Credenciados.

(...)

§ 5o As reuniões da C.Q. só poderão se realizar com o comparecimento de pelo menos dois terços dos seus membros, sendo obrigatória a presença do presidente ou do seu vice-presidente.

§ 6o Embora deva-se perseguir o consenso de opiniões, as decisões da C.Q. devem ser

tomadas por maioria absoluta de votos da totalidade de seus membros. § 7o As decisões de qualificar ou não uma determinada empresa solicitante somente

poderão ser tomadas em reunião formal da Comissão de Qualificação. Nas qualificações no primeiro nível evolutivo previsto nos PSQ, decisões "ad hoc" poderão ser tomadas pelo presidente da Comissão desde que o relatório da auditoria não aponte qualquer não-conformidade. Nesse caso, a Comissão deverá ser informada da decisão na primeira reunião agendada.

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CAPÍTULO IIB9 Das Definições

Art. ???o10 Para efeito do presente Regimento, alem das definições utilizadas na

NBR ISO 8402, ficam válidas, também, as seguintes definições:

1. Qualificação de Conformidade: Ato em que um terceiro demonstra existir garantia plena e adequada de que um produto, processo ou serviço devidamente identificado está em conformidade com uma norma ou outro documento normativo especificado.

2. Sistema de Qualificação: Sistema que possui seus próprios procedimentos de gestão, destinado a efetuar a qualificação de instalações, produtos, serviços e Sistema de Gestão da Qualidade ou pessoal.

3. Obra: Atividade fim de uma empresa construtora, representando uma prestação de serviços da qual decorre a execução parcial ou total do produto almejado pelo cliente.

4. Empresa solicitante: É aquela que, sendo prestadora de serviços do setor da Construção e desejando obter sua Qualificação pelo SiQ, tendo ainda estabelecido um contrato de prestação de serviços com um Organismo de Certificação Credenciado, e em função da implementação de um sistema de gestão da qualidade, solicita a este sua qualificação num dos níveis evolutivos previstos no SiQ.

5. Cliente: Pessoa física ou jurídica para quem a empresa solicitante trabalha. Pode ou não corresponder ao usuário final do produto projetado e construído. A empresa solicitante, na determinação das exigências que deve atender, pode identificar outras partes interessadas pelo seu Sistema de Gestão da Qualidade, além do cliente, a seu critério.

6. Organismo de Certificação Credenciado – O.C.C.: Organismo público, privado ou misto, independente, de terceira parte, que atende aos requisitos de credenciamento estabelecidos pelo Sistema Brasileiro de Certificação (INMETRO), e que tem por finalidade certificar a conformidade de uma empresa solicitante a um terminado sistema/programa da qualidade.

7. Atestado de Qualificação: Documento público atribuído à empresa solicitante, emitido por um O.C.C. indicando o nível de Qualificação de Conformidade com o SiQ. Atesta que uma empresa possui um Sistema de Gestão da Qualidade documentado, de acordo com os requisitos do SiQ, e obedecendo a regras e procedimentos do Sistema Brasileiro de Certificação.

8. Sistema da Qualidade ou Sistema de Gestão da Qualidade: Estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, atividades, capacidades e recursos que, em conjunto, têm por objetivo assegurar que os produtos, processos ou serviços satisfaçam às necessidades e expectativas dos clientes.

9. Não-conformidades maiores: São aquelas consideradas críticas e que impedem que o Sistema de Gestão da Qualidade da empresa alcance os seus objetivos, devendo ser definidas pelo O.C.C., obrigatoriamente incorporando as citadas neste Regimento

10. Acordo Setorial: Documento firmado entre entidade(s) do setor da Construção Civil e a Coordenação Geral do PBQP-H ou suas coordenações estaduais, regionais ou municipais que façam parte do PBQP-H, ou ainda as instituições parceiras do Programa, através do qual a(s) primeira(s) se compromete(m) a implantar um Programa Setorial da Qualidade junto a seus associados e a(s) segunda(s) a incentivare(m) os contratantes e financiadores de obras e serviços sob sua influência a introduzirem em seus editais de licitação e em suas sistemáticas de financiamento requisitos que induzam a participação de empresas que tenham aderido ao respectivo Programa Setorial.

11. Programa Setorial da Qualidade – PSQ: Documento elaborado por entidade(s) representativa(s) de um determinado setor da Construção Civil contendo o programa da qualidade específico, com seu diagnóstico, metas, prazos e requisitos da qualidade a serem implantados pelas empresas

9 Alterar numeração dos Capítulos, para integrar alterações que vierem a ser aprovadas pela Comissão Nacional. 10 Adequar numeração dos Artigos, para integrar alterações que vierem a ser aprovadas pela Comissão Nacional.

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associadas, coerente com o(s) Acordo(s) Setorial(is) que vier(em) a ser firmado(s) com a Coordenação Geral, as coordenações estaduais, regionais e municipais ou as instituições parceiras do PBQP-H.

12. Serviço especializado de engenharia: Serviço de natureza intelectual para a elaboração do qual, devido à necessidade de competências tecnológicas específicas, a empresa construtora tem que fazer apelo a outra empresa. São exemplos de serviços especializados de engenharia: sondagem, quantificação, orçamento, planejamento de obra, plano de higiene e segurança do trabalho, consultorias em geral, etc. A contratação de um serviço especializado de engenharia deve ser coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora em função de sua importância para a obtenção de um produto que atenda às expectativas do cliente.

13. Especialidade técnica: Area do conhecimento especifica envolvida na realização do projeto de um obra que, devido à necessidade de competências tecnológicas particulares, exige um nivel de especialização para seu desenvolvimento. São exemplos de especialidades técnicas: arquitetura, urbanismo, paisagismo, fundações, estrutura portante, sistemas prediais, pavimentos, redes de infra-estrutura, etc. A contratação de um serviço associado à especialidade de técnica por uma empresa construtora deve ser coberta pelo seu sistema de gestão da qualidade.

14. Subempreitada de serviço: Trata-se da contratação de fornecedor de um serviço ou subempreiteiro pela empresa construtora para a execução de uma determinada parte de uma obra. Tal contratação deve ser coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora.

15. Subempreitada global de serviço: Trata-se da contratação de um ou mais fornecedor de serviço ou subempreiteiros pela empresa construtora para a execução integral de uma obra. Tal contratação deve ser coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora.

16. Subempreiteiro: Fornecedor de um serviço para a empresa construtora decorrente da necessidade de execução de uma determinada parte de uma obra. Tal fornecimento implica na sub-rogação de direitos e obrigações da empresa construtora para o subempreiteiro, frente ao cliente.

17. Terceirização de serviços: Trata-se da contratação de terceiros pela empresa construtora cujo objeto de contrato não se relaciona diretamente com a obra contratada junto ao cliente. Tal contratação não é normalmente coberta pelo sistema de gestão da qualidade da empresa construtora.

18. Empresas compartilhadas: Duas ou mais empresas são consideradas compartilhadas quando apresentam razões sociais diferentes e alguma participação societária comum. Podem estar sediadas no mesmo endereço e podem compartilhar parte ou a totalidade de um Sistema de Gestão da Qualidade. Utilizam freqüentemente a mesma estrutura para execução dos serviços administrativo-financeiros e de execução de obras. Por razões contábeis e fiscais esta utilização comum dos serviços é formalizada através de contratos de prestação de serviços ou de empreitada. Elas compartilham vários ou todos os serviços necessários à execução de uma obra.

19. Consórcio de empresas: É constituído pela união formal de duas ou mais empresas, com personalidade jurídica própria, criado para atender a um objetivo específico, como a execução de uma obra ou serviço de engenharia.

20. Referenciais Tecnológicos referentes a materiais e componentes: São constituídos por um conjunto de requisitos definidos pelo cliente, por entidade de classe ou ainda por entidade de normalização que permitem a homogeneidade das ações para inspeção e recebimento de um dado material ou componente, contendo, conforme o caso, as tolerâncias permitidas.

21. Referenciais Tecnológicos referentes a serviços de execução: São constituídos por um conjunto de requisitos definidos pelo cliente, por entidade de classe ou ainda por entidade de normalização que permitem a homogeneidade das ações para o controle de produção e de recebimento de um dado serviço de execução de obra, contendo, conforme o caso, as tolerâncias permitidas.

CAPÍTULO IV Do Processo de Qualificação

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Art. 15o A qualificação no Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras é obtida por meio do seguinte processo:

(...)

§ 1o O exame da documentação fornecida pela empresas, em todas as instâncias do Sistema, assim como as auditorias, será feita exclusivamente com base no ponto de vista técnico.

§ 2o Na eventualidade da empresa não solicitar a auditoria de manutenção no prazo máximo

de 12 meses a partir da respectiva auditoria de qualificação, ela deverá ser submetida novamente a auditoria completa de requalificação no nível evolutivo em que se encontrava ou em outro nível qualquer.

§ 3o O O.C.C. deverá informar a C.N. sobre as suspensões de atestados havidas com as

empresas clientes, por desobediência ao prazo estipulado. Art. 12o A atribuição de uma Qualificação tem validade de três anos. Os Atestados de

Qualificação emitidos terão sua validade prevista no PSQ da empresa solicitante.

(...)

§ 3Bo Toda empresa pode, a qualquer momento, pedir modificação ou ampliação do escopo ou especialidade técnica para o qual havia sido qualificada anteriormente.

(...)

Art. 13o Em todas as etapas do processo será vedado aos membros da Comissão de Qualificação ter acesso a qualquer informação que permita a identificação da empresa solicitante.

(...)

§ 2o Os membros da C.Q. não poderão, sob qualquer pretexto, participar do julgamento de empresa onde mantenham qualquer vínculo societário, diretivo ou funcional. Cabe à Gerencia de Certificação de cada O.C.C. declarar previamente o eventual impedimento de qualquer membro da C.Q. e convocar consequentemente o respectivo suplente. Todos os membros da C.Q. deverão assinar, junto ao O.C.C., Termo de Conflito de Interesse. CAPÍTULO IVB Dos Procedimentos e Obrigações dos Organismos de Certificação Credenciados

Art. 114o11 Não pode existir contrato entre o O.C.C. e a empresa com prazo inferior a 12 meses sendo, nestes casos, obrigatória a existência de cláusula contratual que permita ao O.C.C. a verificação, mediante a realização de auditoria extra, de eventual reclamação de cliente.

Art. 115o Para o dimensionamento de auditorias de qualificação inicial, com o objetivo de

padronização dos critérios entre os O.C.C., é obrigatória a observância de : § 1o Utilização dos critérios para definir dimensionamento mínimo de auditorias e

amostragem dos canteiros de obras, no caso de empresas que solicitem qualificação baseada no SiQ-Construtoras, de acordo com a tabela do Anexo I.

11 Capítulo inteiramente novo; numeração fantasia dos artigos.

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§ 2o Verificação completa de todos os requisitos constantes no referencial SiQ- Construtoras, para cada nível de qualificação solicitado pela empresa, independente do tempo decorrido entre as auditorias dos níveis anteriores.

§ 3o No caso da realização de auditorias extras, devido a denúncias, os valores da Anexo I,

quanto ao número de canteiros auditados, não são mais aplicados, devendo ser auditados os canteiros que sejam indicados pelo denunciante, ou outros mais, a critério do O.C.C.

Art.116o Para a realização das auditorias de qualificação nos diversos níveis do SiQ-

Construtoras devem ser utilizadas : I. Lista Padrão de Verificação, de acordo com o Anexo II, que apresenta os pontos

mínimos a serem observados, para as diferentes especialidades técnicas; II. Quadro: Características da Obra Auditada, para o caso de empresas construtoras,

de acordo com o Anexo III. Art.117o Quando da solicitação de qualificação de conformidade pela empresa, o O.C.C.

deve solicitar: I. o Contrato Social com suas últimas alterações e seu registro na Junta Comercial ou

órgão equivalente; II. a relação dos serviços subempreitados e seus respectivos fornecedores; III. o relato de eventual condição especial de funcionamento na sua estrutura

organizacional.

§ 1o Estas eventuais condições especiais e os serviços subempreitados devem ser verificados nas auditorias pelo O.C.C., devendo, portanto, haver uma caracterização rigorosa da situação da empresa solicitante quanto à subempreitada de serviços.

§ 2o As verificações que o O.C.C. realiza na empresa solicitante são as mesmas,

independentemente do fato dela empregar serviços subempreitados ou mão-de-obra própria. § 3o As informações sobre subempreitada de serviços, sem quebra do anonimato, devem

estar disponíveis para os membros da Comissão de Qualificação quando da análise da auditoria realizada para qualificação da empresa solicitante.

§ 4o O O.C.C. deve indicar em documento anexo ao Atestado de Qualificação, e

mencionado no corpo deste, as eventuais condições especiais acima verificadas e os serviços empreitados e seus respectivos fornecedores, desde que excedam àqueles usualmente praticados pelo setor.

§ 5o O Atestado de Qualificação, emitido nas condições acima, só é válido se as condições

indicadas forem mantidas. Em caso de alguma alteração a empresa deve notificar imediatamente o O.C.C. que deve verificar a necessidade de nova auditoria.

Art.118o Os certificados NBR ISO 9001:1994 ou 2000 e NBR ISO 9002:1994, cujos escopos

ou especialidades técnicas atendam aos requisitos do SiQ-Construtoras, são aceitos desde que os O.C.C. responsáveis pela outorga dos mesmos verifiquem e atestem o atendimento aos requisitos específicos, com destaque para os referentes a Materiais e Serviços Controlados e a Referenciais Tecnológicos (para materiais e serviços), cabíveis nos níveis de qualificação pretendidos, e que o processo seja submetido à sua Comissão de Qualificação.

§ 1o Caso necessário, deve ser realizada auditoria complementar para verificar o

atendimento a estes requisitos específicos, com a apresentação à respectiva Comissão de Qualificação das evidencias de seu perfeito atendimento.

§ 2o O mesmo procedimento deve ser aplicado para os Atestados de Qualificação emitidos

para outros Programas Setoriais, de outras localidades do país.

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Art.119o Para as reuniões das Comissões de Qualificação o O.C.C. deve providenciar: I. Sempre que necessária, a presença dos auditores a fim de esclarecer dúvidas dos

membros da comissão, oriundas dos relatórios das auditorias efetuadas; II. Cópias atualizadas das respectivas normas de referência utilizadas nas auditorias; III. Ata de Análise de Processos, de acordo com o Anexo IV; IV. Tabela (no caso de empresas construtoras): materiais e serviços controlados,

constante na Lista Padrão de Verificação, do Anexo V, com a evolução da empresa nos serviços e materiais controlados;

V. Evidencias documentais da implementação eficaz das ações corretivas determinadas pela empresa solicitante em conseqüência das não-conformidades detectadas nas auditorias.

VI. Relatório da auditoria anterior, quando registrada não-conformidade, para os processos de empresas que estejam evoluindo de nível.

Art. 120o Quando da qualificação de empresas compartilhadas, o O.C.C. deve verificar as

Condições Básicas de Garantia da Qualidade a ser apresentadas pela empresa solicitante que pratique a terceirização/subempreitadas de serviços administrativos e/ou técnicos, de acordo com os parágrafos abaixo:

§ 1o Somente são aceitas para qualificação de conformidade as empresas compartilhadas

caso a empresa solicitante declare, através da alta administração e conforme estabelecido no seu Manual da Qualidade, a sua política de terceirização / subempreitada de serviços referente aos diferentes níveis de qualificação.

§ 2o A empresa solicitante deve apresentar, no mínimo: a) instalações próprias de escritório; b) estrutura diretiva e gerencial própria (técnica e administrativa), dotada de infra-

estrutura adequada; c) representante da administração próprio, dotado de infra-estrutura adequada; d) manual da qualidade próprio; e) estrutura técnico / administrativa própria capaz e suficiente para garantir a qualidade

nos serviços terceirizados / subempreitados.

§ 3o Os procedimentos relacionados à subempreitada de serviços devem sempre contemplar as especificações e as fases de contratação, acompanhamento dos serviços, pontos de inspeção e recebimento dos mesmos, sendo que empresa solicitante deve ter estrutura técnica própria de fiscalização dos serviços contratados.

§ 4o O plano da qualidade de obra deve ser sempre o da empresa solicitante. No caso de

subempreitada de serviços técnicos, o plano da qualidade da empresa sub-contratada, quando existente, e após sofrer análise crítica, deve ser incorporado ao plano da empresa solicitante, ou atender explicitamente aos procedimentos desta.

§ 5o A empresa solicitante, caso exigido no nível de qualificação pretendido, deve

demonstrar pleno atendimento aos requisitos:

a) 4. Sistema de Gestão da Qualidade; b) 5.1. Comprometimento da direção da empresa; c) 5.2. Foco no cliente; d) 7.2. Processos relacionados ao cliente; e) 8.2.2. Auditoria interna; f) 8.2.3. Medição e monitoramento de processos; g) 8.5.2. Ação corretiva; h) 8.5.3. Ação preventiva.

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Isto deve se dar sem prejuízo de todos os demais requisitos cabíveis, ou seja, deve ficar caracterizada a responsabilidade da empresa solicitante com relação aos Sistemas de Gestão da Qualidade das empresas sub-contratadas.

§ 6o A empresa solicitante não pode ser auditada com base em obra onde pratique a subempreitada global dos serviços.

§ 7o A empresa solicitante que praticar a subempreitada parcial de serviços com

fornecedores qualificados no mesmo nível ou equivalente não precisa ser auditada nestes serviços, desde que o Atestado de Qualificação do fornecedor esteja em seu período de validade. Sempre o atestado concedido deve atender ao especificado no Art. 117, Parágrafos 4o e 5o.

§ 8o Uma obra somente pode ser utilizada para auditoria de uma única empresa. No

entanto, se a empresa solicitante houver subempreitado parte dos serviços para um fornecedor que esteja em processo de qualificação, os serviços por este executados podem ser auditados, nesta obra, para efeito da qualificação do fornecedor. Somente é permitido que um mesmo canteiro seja utilizado para auditoria de várias empresas desde que haja evidencias da clara delimitação da atuação de cada uma destas empresas (contrato registrado em cartório e ART/CREA).

§ 10o O Atestado de Qualificação outorgado mediante auditorias de obras ou serviços

realizados em regime de consórcio somente tem validade para a pessoa jurídica do consórcio, não podendo, sob nenhuma hipótese, ser utilizado individualmente por qualquer das empresas constituintes.

Art. 121o Nos caso de qualificações iniciais ou de manutenção, somente é admitida auditoria

de empresas que não disponham de obras em andamento no caso da qualificação no Nível D do SiQ-Construtoras.

Art. 122o Não podem ser efetuadas auditorias para qualificação em obras que não atendam

ao escopo do referencial escolhido, quanto à especialidade técnica e subsetor de atuação Art. 123o Quando vierem a existir Referenciais Tecnológicos / Códigos de Práticas ou

documentos de mesma natureza, reconhecidos nacionalmente, referentes a materiais, componentes, equipamentos de obras e serviços de execução serão considerados itens auditáveis pelos O.C.C. e o seu não atendimento integral será considerado como não-conformidade maior, independente da amostragem realizada.

Art. 124o Os O.C.C. devem verificar a evidência de que a empresa solicitante, em

empregando materiais cuja certificação seja compulsória, se assegura do uso de produtos que atendam à essa exigência.

Art. 125o Não devem ser consideradas como ações corretivas pela empresa solicitante

proposições do tipo: ”serão providenciados ...” ou “serão orientados a ...”, devendo a eficácia das mesmas ser evidenciada de maneira objetiva para a Comissão de Qualificação.

Art. 126o Para o caso de ocorrência de não-conformidades de caráter documental, o O.C.C.

pode aceitar evidencias documentais da implementação da ação corretiva. Todavia para o caso de não-conformidades relacionadas a procedimentos de serviços e materiais controlados, além da evidencia documental, eventualmente deve ser realizada auditoria de acompanhamento ou follow up específica para avaliação in loco da eficácia das ações corretivas destas não-conformidades.

Art. 127o O O.C.C. deve observar sempre um intervalo mínimo de 30 dias entre uma

auditoria e a eventual realização de uma auditoria de acompanhamento ou follow up. Art. 128o Quando a auditoria registrar não-conformidades maiores relacionadas a aspectos

estruturais das obras auditadas, o O.C.C. deve realizar auditoria de acompanhamento ou follow up na empresa solicitante antes de submeter o processo à respectiva Comissão de Qualificação.

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Art. 129o No caso de qualificações na especialidade técnica “execução de obras em sua

totalidade ou parcialmente”, para as não-conformidades referentes ao requisito de treinamento, conscientização e competência do SiQ-Construtoras, registradas em auditorias, os O.C.C. devem obrigatoriamente realizar auditoria de acompanhamento ou follow up para verificação da eficácia das ações corretivas antes de submeter o processo à respectiva Comissão de Qualificação.

Art. 130o Com o objetivo de induzir o restante da cadeia produtiva da construção a aderir ao

PBQP-H, o O.C.C. deve verificar as evidencias de consulta comercial aos fornecedores de serviços e materiais que estiverem qualificados dentro de seus respectivos PSQ.

CAPÍTULO V Das Sanções às Empresas e aos O.C.C.

(...)

Art. 18B O Sistema considera como falta grave que O.C.C. tenham emitido atestados de qualificação em situação de conflito de interesse ou em desacordo com este Regimento.

§ 1o Cabe à C.N. analisar as denúncias ou constatações de faltas graves, bem como para

as providências cabíveis; no caso de aplicação de sanções, deverá ser garantido o direito de defesa, conforme estabelecem os regulamentos do INMETRO. CAPÍTULO VII Anexos Anexo I – Tabela para Dimensionamento de Auditorias e Critérios de Amostragem para Canteiros de Obras. Anexo II.1 – Lista Padrão de Verificação (Empresas Construtoras). Anexo III – Características da Obra Auditada (Empresas Construtoras) (Modelo ilustrativo). Anexo IV – Ata de Análise de Processos (Modelo ilustrativo). Anexo V – Tabela: Materiais e Serviços Controlados (Empresas Construtoras) (Modelo ilustrativo).

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Anexo I – Tabela para Dimensionamento de Auditorias e Critérios de Amostragem para Canteiros de Obras.

Auditoria de Sistema Evolutivo SiQ-C Dimensionamento Mínimo de Auditores (Homem.dia) Número de empregados auditados (NA) Nível D Nível C Nível B Nível A ManutençãoEntre 1 e 29 0,5 1,0 1,5 2,0 1,0 Entre 30 e 59 0,5 1,0 2,0 3,5 1,0 Entre 60 e 99 0,5 1,0 2,5 4,0 1,5 Entre 100 e 249 0,5 1,0 3,0 4,5 1,5 Entre 250 e 499 0,5 1,0 3,5 5,0 2,0 Entre 500 e 999 0,5 1,5 4,5 7,0 2,5 Acima de 999 (mínimo) 1,0 2,0 6,0 9,5 3,0

2. Critério mínimo de amostragem do número de canteiros de obras nc:

Número de obras em andamento do mesmo escopo Número mínimo de obras auditadas (nc)1 a 3 1 4 a 8 2

9 a 20 3 Acima de 20 4

3. Critério para a determinação do número de empregados auditados NA para o dimensionamento mínimo de auditores:

E = número de funcionários do(s) escritório(s) nc = número total de canteiros de obras auditados, definido pelo critério 2. NA = número total de funcionários objeto da auditoria:

NA = E + somatória dos funcionários das obras auditadas nc, incluindo de fornecedores de serviços de execução.

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Anexo II – Lista Padrão de Verificação (Empresas Construtoras).

A ser desenvolvido posteriormente, em conjunto com os O.C.C.

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Anexo III – Características da Obra Auditada (Empresas Construtoras). Exemplo de modelo no qual constam as informações mínimas que devem ser disponibilizadas às Comissões de Qualificação.

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Código da Empresa :

Pág.: _________ de : __________ Data: ____/____/____

CARACTERÍSTICAS DA OBRA AUDITADA

OBS Tipo da Obra Executada:

Área construída M2: Unidades:

Serviços em execução:

( ) Terraplanagem ( ) Instalações

( ) Fundações ( ) Acabamento

( ) Estrutura ( ) Pavimentação

( ) Alvenaria ( ) Saneamento

( ) Revestimentos ( ) Obras-de-Arte

ASSINALAR OS SERVIÇOS EM EXECUÇÃO NA OBRA AUDITADA Quantidade de Funcionários:

Diretos: Indiretos: Subempreitadas:

Obra: Início: ____/___ Término/Previsão: ____/____

O documento deve ainda trazer comentários do auditor sobre:

• eficiência do treinamento realizado; • qualidade dos serviços constatados em obra, incluindo da obra acabada; • efetividade da análise crítica do Sistema de Gestão da Qualidade realizada pela

direção da empresa; • efetividade das ações corretivas praticadas; • efetividade das auditorias internas praticadas.

No caso de ter havido não-conformidade em auditoria anterior, submetida à Comissão de Qualificação, as mesmas devem acompanhar o Relatório.

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Anexo IV – Ata de Análise de Processos (Modelo ilustrativo). SiQ-Construtoras - QUALIFICAÇÃO DE SISTEMAS EVOLUTIVOS DA CONSTRUÇÃO ATA DE ANÁLISE DE PROCESSOS DA COMISSÃO DE QUALIFICAÇÃO

Reunião: Data: Compartilhada com: Ordem Código Nível atual Desde: Auditoria: Data: * Auditor: Resultados auditorias: Não conformidades maiores Não conformidades menores Observações Recomendação da Equipe Auditora: Decisão da C.Q.:

Comentários:

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Anexo V – Tabela: Materiais e Serviços Controlados (Modelo ilustrativo). Empresa: Código: CC

Auditorias Datas: Auditor Auditorias Datas: Auditor Nível D: / / Nível B: / / Nível C: / / Nível A: / /

Materiais Controlados P A Serviços Controlados P A

1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 10 11 11 12 12 13 13 14 14 15 15 16 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 28 29 30 Instruções para preenchimento: 1. Descreva os materiais ou serviços controlados nas colunas correspondentes. Se no nível A existirem mais que 30 materiais ou 25 serviços, complete a numeração nas linhas subseqüentes. Somente preencha em cada auditoria os materiais/serviços para os quais já foram estabelecidos os respectivos procedimentos. 2. Assinale nas colunas P (procedimento estabelecido) e A (procedimento aplicado) a letra correspondente ao nível auditado. 3. Exemplo: Para um determinado material/serviço na auditoria Nível C foi verificado a existência do procedimento, mas não sua aplicação - na coluna P será anotado a Letra C. Se na auditoria de Nível B for constatada a sua aplicação, então na coluna A será anotada a letra B.

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Relatório Final

Parte III – Alterações do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras

para que este passe a ser aplicável a outros subsetores que o de edificações

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Alterações do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras SiQ-Construtoras para que este passe a ser aplicável a outros subsetores que o de edificações A maneira segundo a qual o Sistema foi redigido neste documento faz com que todas alterações tenham que ocorrer apenas no Anexo 1A, criando anexos 1B, 1C, etc., voltados a subsetores outros que o de edificações. Desse modo, para cada novo subsetor, será necessário: a) preparar-se uma lista contendo os serviços de execução obrigatoriamente controlados

(requisito 1 do Anexo); b) definir-se, caso a caso, o numero mínimo de materiais a serem controlados. Os subsetores que deverão ser tratados, de modo a haver uma harmonização nacional, são:

• obras superficiais de urbanização de áreas públicas; • saneamento básico; • drenagem urbana; • terraplenagem urbana; • pavimentação urbana; • obras de arte urbanas.

Trabalhos de harmonização de listas de serviços de execução controlados já vêm sendo feitos, dentre os quais o do SENAI-PR e da Fundação Carlos Alberto Vanzolini.

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Revisão do SiQ-Construtoras, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

Relatório Final

Parte IV – Proposta alternativa para o estabelecimento dos níveis de

qualificação.

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Relatório Final de Consultoria para o PRODOC/PNUD 53 Elaboração de Revisão do SiQ-Construtoras do PBQP-H, tendo em vista a versão 2000 da série de normas NBR ISO 9.000

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Proposta alternativa para o estabelecimento dos níveis de qualificação As alterações aqui propostas dizem respeito a dois pontos fundamentais: a) supressão quase total dos requisitos relacionados ao acompanhamento e à melhoria da

eficiência da gestão da empresa construtora; cita-se em especial a postergação para a certificação segundo a NBR ISO 9001 dos requisitos: política e objetivos da qualidade, análise crítica pela direção, auditoria interna, medição e monitoramento de processos e ação preventiva;

b) supressão total dos requisitos relacionados aos projetos executados internamente pela empresa construtora.

Objetivou-se assim facilitar o acesso das empresas construtoras à qualificação no nível A. O referencial passaria a ter um quinto nível, que na verdade corresponde a uma releitura das exigências da NBR ISO 9001. Este quinto nível corresponderia ao conteúdo integral da Parte I deste documento. O principal risco de tal medida, que seria conseqüência sobretudo do ponto a) acima exposto, seria dificultar o acesso à certificação NBR ISO 9001 no final do processo, na medida em que um dos aspectos conceituais mais importantes desta seria em parte sacrificado: proporcionar um mecanismo de evolução para as empresas (ambos fortementes relacionados à questão do estabelecimento e do acompanhamento da política e dos objetivos da qualidade). Por outro lado, ao enfraquecer este aspecto, a empresa construtora teria provavelmente menos capacidade de atender plenamente às exigências dos clientes. A supressão dos demais pontos, de natureza mais técnica, teria conseqüências menos importantes, supondo-se que o referencial se aplique sobretudo a empresas construtoras que, quando for o caso, contratem externamente os projetos dos produtos que oferecerão a seus clientes. A adoção desta proposta implicaria numa revisão do conjunto de requisitos, para a realização das adaptações necessárias de alguns textos, separando o que passaria a ser exigido no nível A+ do que continuaria sendo exigido no nível A, ou mesmo em níveis inferiores12. Talvez fosse interessante incluir um requisito semelhante ao requisito 9.1.2, da versão de 23 de março de 2001, voltado à coordenação e controle de recebimento de projetos contratados, válido a partir do nível B, devido à eliminação dos requisitos 7.3.1 a 7.3.7. Resumindo, a decisão deve ser tomada a vista do seguinte compromisso:

“facilitar o acesso ao nível A, que já é bastante completo, e eventualmente levar-se à implementação nas empresas de Sistemas de Gestão da Qualidade que não

12 Esse é o caso, principalmente, dos textos dos requisitos 5.1. Comprometimento da direção da empresa, 5.4.2. Planejamento do Sistema de Gestão da Qualidade, 5.5.3. Comunicação interna, 6.1. Provisão de recursos, 7.2.3. Comunicação com o cliente, 8.4. Análise de dados e 8.5.1. Melhoria contínua.

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respondam integralmente aos principios da NBR ISO 9001, ficando a certificação segundo este referencial como um diferencial que poderia ser previsto nos Acordos Setoriais em situações específicas, ou impor condições para que no nível final A o Sistema respeite integralmente às exigências da NBR ISO 9001 ?”

Quadro Alternativo - Níveis de Qualificação

SiQ-Construtoras – versão «2000» Nível de qualificação

SEÇÃO REQUISITO D C B A A+4.1 Requisitos gerais 4.2.1. Generalidades I II II II II

4.2.2. Manual da Qualidade I I I I I

4.2.3. Controle de documentos I I II II II 4 Sistema de Gestão

da Qualidade 4.2. Requisitos de documentação

4.2.4. Controle de registros I I I I I

5.1. Comprometimento da direção da empresa

I I I I II

5.2. Foco no cliente I I I

5.3. Política da qualidade I

5.4.1. Objetivos da qualidade I 5.4. Planejamento 5.4.2. Planejamento do Sistema de Gestão da

Qualidade I I I I I

5.5.1. Responsabilidade e autoridade I I I I I

5.5.2. Representante da direção da empresa I I I I II 5.5. Responsabilidade, Autoridade e Comunicação

5.5.3. Comunicação interna I I

5.6.1. Generalidades I

5.6.2. Entradas para a análise crítica I

5 Responsabilidade da direção da empresa

5.6. Análise crítica pela direção

5.6.3. Saídas da análise crítica I

6.1. Provisão de recursos I I I I II

6.2.1. Designação de pessoal I I I I I 6.2. Recursos humanos 6.2.2. Treinamento, conscientização e

competência I II III III

6.3. Infra-estrutura I I

6 Gestão de recursos

6.4. Ambiente de trabalho I

7.1.1. Plano da Qualidade da Obra I II II 7.1. Planejamento da Obra

7.1.2. Planejamento da execução da obra I I

7.2.1. Identificação de requisitos relacionados à obra I I I

7.2.2. Análise crítica dos requisitos relacionados à obra I I I 7.2. Processos relacionados ao cliente

7.2.3. Comunicação com o cliente I I

7.3.1. Planejamento da elaboração do projeto I

7.3.2. Entradas de projeto I

7.3.3. Saídas de projeto I

7.3.4. Análise crítica de projeto I

7.3.5. Verificação de projeto I

7.3.6. Validação de projeto I

7.3.7. Controle de alterações de projeto I

7.3. Projeto

7.3.8. Análise crítica de projetos fornecidos pelo cliente I I

7.4.1. Processo de aquisição I II II II

7 Execução da obra

7.4. Aquisição

7.4.2. Informações para aquisição I II III III

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SiQ-Construtoras – versão «2000» Nível de qualificação

SEÇÃO REQUISITO D C B A A+ 7.4.3. Verificação do produto adquirido I I I I

7.5.1. Controle de operações I II III III

7.5.2. Validação de processos I I

7.5.3. Identificação e rastreabilidade I II II II

7.5.4. Propriedade do cliente I

7.5. Operações de produção e fornecimento de serviço

7.5.5. Preservação de produto I II II II

7.6. Controle de dispositivos de medição e monitoramento

I I

8.1. Generalidades I I I I

8.2.1. Satisfação do cliente I I

8.2.2. Auditoria interna I

8.2.3. Medição e monitoramento de processos I 8.2. Medição e monitoramento 8.2.4. Inspeção e monitoramento de materiais e

serviços de execução controlados e da obra

I I II II

8.3. Controle de materiais e de serviços de execução controlados e da obra não-conformes

I I I

8.4. Análise de dados I I

8.5.1. Melhoria contínua I I

8.5.2. Ação corretiva I I

8 Medição, análise e melhoria

8.5. Melhoria

8.5.3. Ação preventiva I

Nota : as indicações "II", “III” ou "IIII" significam que o requisito exige o desenvolvimento de novos pontos do Sistema de Gestão da Qualidade entre diferentes níveis de qualificação.

Todos os presentes requisitos, inclusive os indicados em todos os níveis onde aparecem com "I", devem ser entendidos como evolutivos, ou seja, suas exigências devem ser atendidas em todas as áreas aplicáveis, a cada estágio de desenvolvimento ou nível de qualificação do Sistema de Gestão da Qualidade da empresa, sendo cumulativos; o nível mais avançado inclui as exigências de todos os níveis anteriores. O quinto nível A+ atende integralmente às exigências da NBR ISO 9001, podendo a empresa construtora solicitar certificação simultânea à qualificação segundo este referencial.