revisÃo do 4º perÍodo

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Profª. Carin Sueli Dorow

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REVISÃO DO 4º PERÍODO. Profª. Carin Sueli Dorow. PROCESSO E PROCEDIMENTO. Conceito de processo Processo é instrumento usado para tornar efetivo um direito material (de conteúdo efetivo). - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Profª. Carin Sueli Dorow

Page 2: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Conceito de processo Conceito de processo

Processo é instrumento usado para tornar efetivo Processo é instrumento usado para tornar efetivo um direito material (de conteúdo efetivo). um direito material (de conteúdo efetivo).

"Processo é o método pelo qual se opera a "Processo é o método pelo qual se opera a jurisdição, com vistas à composição dos litígios. jurisdição, com vistas à composição dos litígios. É instrumento de realização da justiça; é relação É instrumento de realização da justiça; é relação jurídica, portanto, é abstrato e finalístico"jurídica, portanto, é abstrato e finalístico". . (Elpídio Donizetti)(Elpídio Donizetti)

"Processo é o sistema de compor a lide em juízo "Processo é o sistema de compor a lide em juízo através de uma relação jurídica vinculativa de através de uma relação jurídica vinculativa de direito público".direito público". (Humberto Teodoro Júnior)(Humberto Teodoro Júnior)

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Conceito de processoConceito de processo““O meio pelo qual se faz atuar a lei à espécie é o O meio pelo qual se faz atuar a lei à espécie é o que se chama processo. Este consiste numa série que se chama processo. Este consiste numa série de atos coordenados, tendentes à atuação da lei, de atos coordenados, tendentes à atuação da lei, tendo por escopo a composição da lide.”tendo por escopo a composição da lide.”““É o complexo de atividades que se É o complexo de atividades que se desenvolvem tendo por finalidade a provisão desenvolvem tendo por finalidade a provisão jurisdicional; é uma unidade, um todo, e é uma jurisdicional; é uma unidade, um todo, e é uma direção no movimento para a provisão direção no movimento para a provisão jurisdicional.”jurisdicional.”É o meio de que se vale o Estado para cumprir a É o meio de que se vale o Estado para cumprir a função jurisdicional. função jurisdicional.

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Page 4: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Conceito de procedimento Conceito de procedimento "Procedimento é o "Procedimento é o modus operandi modus operandi do processodo processo". ". (Carreira Alvim)(Carreira Alvim)““É a exteriorização do processo, é o rito ou o É a exteriorização do processo, é o rito ou o andamento do processo, o modo como se encadeiam andamento do processo, o modo como se encadeiam os atos processuaisos atos processuais."." (Pinto Ferreira) (Pinto Ferreira)““É o meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-É o meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o processo; é a manifestação extrínseca se e termina o processo; é a manifestação extrínseca deste, a sua realidade fenomenológica perceptíveldeste, a sua realidade fenomenológica perceptível."." (Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido (Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco)Rangel Dinamarco)

Page 5: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Distinção entre processo e procedimentoDistinção entre processo e procedimento O processo é o meio, o instrumento através do O processo é o meio, o instrumento através do

qual se obtém a prestação jurisdicional, o qual se obtém a prestação jurisdicional, o caminho formado por atos processuais que caminho formado por atos processuais que obedecem uma regra e que vão culminar em obedecem uma regra e que vão culminar em uma sentença.uma sentença.

Já o procedimento configurou-se como o modo Já o procedimento configurou-se como o modo em que se executa estes atos processuais.em que se executa estes atos processuais.

  

Page 6: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Ação é o direito subjetivo público de deduzir uma Ação é o direito subjetivo público de deduzir uma pretensão em juízo (subjetivo porque pertence a pretensão em juízo (subjetivo porque pertence a cada um; público porque conferido a todos pelo cada um; público porque conferido a todos pelo Estado e porque a lei processual é de ordem Estado e porque a lei processual é de ordem pública).pública).

É o direito de se invocar a tutela jurisdicional do É o direito de se invocar a tutela jurisdicional do Estado juiz. É a forma processual adequada para Estado juiz. É a forma processual adequada para defender, em juízo, um interesse.defender, em juízo, um interesse.

A regra do art. 6º, CPC, determina que ninguém A regra do art. 6º, CPC, determina que ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado em lei.salvo quando autorizado em lei.

Page 7: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Condições da açãoCondições da ação As condições da ação são também requisitos da As condições da ação são também requisitos da

ação, mas são requisitos especiais ligados à ação, mas são requisitos especiais ligados à viabilidade da ação, ou seja, com a possibilidade, viabilidade da ação, ou seja, com a possibilidade, pelo menos aparente, de êxito do autor da pelo menos aparente, de êxito do autor da demanda.demanda.

A falta de uma condição da ação fará o juiz A falta de uma condição da ação fará o juiz indeferir a inicial ou extinguir o processo por indeferir a inicial ou extinguir o processo por carência de ação, sem julgamento do mérito, carência de ação, sem julgamento do mérito, conf. os arts. 295, 267, VI e 329 do CPC. Caberá conf. os arts. 295, 267, VI e 329 do CPC. Caberá eventualmente emenda da inicial, art. 284, CPC, eventualmente emenda da inicial, art. 284, CPC, para que ela se ajuste as condições da ação.para que ela se ajuste as condições da ação.

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As condições da ação são trêsAs condições da ação são três:: Legitimidade para a causa:Legitimidade para a causa: legítimos para legítimos para

figurar em uma demanda judicial são os titulares figurar em uma demanda judicial são os titulares dos interesses em conflito (legitimação dos interesses em conflito (legitimação ordinária). O autor deve ser o titular da ordinária). O autor deve ser o titular da pretensão deduzida em Juízo. O réu é aquele que pretensão deduzida em Juízo. O réu é aquele que resiste a essa pretensão. A lei pode autorizar resiste a essa pretensão. A lei pode autorizar terceiros a virem em Juízo, em nome próprio, terceiros a virem em Juízo, em nome próprio, litigar na defesa de direito alheio (legitimação litigar na defesa de direito alheio (legitimação extraordinária). Ex.: Sindicatos.extraordinária). Ex.: Sindicatos.

A legitimidade para a causa deve existir nos dois A legitimidade para a causa deve existir nos dois pólos, ativo e passivo.pólos, ativo e passivo.

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Interesse de agir:Interesse de agir: o interesse de agir decorre da o interesse de agir decorre da análise da necessidade e da adequação. Compete análise da necessidade e da adequação. Compete ao autor demonstrar que sem a interferência do ao autor demonstrar que sem a interferência do Poder Judiciário sua pretensão corre riscos de não Poder Judiciário sua pretensão corre riscos de não ser satisfeita espontaneamente pelo réu. Ao autor ser satisfeita espontaneamente pelo réu. Ao autor cabe, também, a possibilidade de escolha da cabe, também, a possibilidade de escolha da tutela pertinente que será mais adequada ao caso tutela pertinente que será mais adequada ao caso concreto.concreto.

Possibilidade jurídica do pedido:Possibilidade jurídica do pedido: é a ausência é a ausência de vedação expressa em lei ao pedido formulado de vedação expressa em lei ao pedido formulado pelo autor em sua inicial.pelo autor em sua inicial.

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Elementos da açãoElementos da ação a) a) as partes as partes - os sujeitos da lide, os quais são os sujeitos - os sujeitos da lide, os quais são os sujeitos

da ação; b) da ação; b) o pedido o pedido - a providência jurisdicional - a providência jurisdicional solicitada quanto a um bem;solicitada quanto a um bem;

c) c) a causa de pedir a causa de pedir - as razões que suscitam a pretensão - as razões que suscitam a pretensão e a providência. É o fato do qual surge o direito.e a providência. É o fato do qual surge o direito.

Devem estar presentes em todas as ações, pois são os Devem estar presentes em todas as ações, pois são os identificadores destas.identificadores destas.

  Somente por meio dos elementos da ação que o juiz Somente por meio dos elementos da ação que o juiz poderá analisar a litispendência, a coisa julgada, a poderá analisar a litispendência, a coisa julgada, a conexão, a continência, etc., para evitar decisões conexão, a continência, etc., para evitar decisões conflitantes.conflitantes.

  

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Para o direito processual, os demandantes Para o direito processual, os demandantes em um processo são designados em um processo são designados simplesmente de "simplesmente de "partespartes". Parte autora é ". Parte autora é aquela que formula o pedido inicial ao juiz aquela que formula o pedido inicial ao juiz e parte ré é aquela que, pretensamente, e parte ré é aquela que, pretensamente, deva cumprir o pedido.deva cumprir o pedido.

As partes são sujeitos parciais da relação As partes são sujeitos parciais da relação processual, cada qual defendendo a sua processual, cada qual defendendo a sua verdade. Elas devem ter necessariamente verdade. Elas devem ter necessariamente legitimidade legitimidade "ad processum""ad processum" e e capacidade postulatória.capacidade postulatória.

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A legitimidade A legitimidade "ad processum" "ad processum" é a é a expressa pelo art. 7º do CPC: expressa pelo art. 7º do CPC: "Toda "Toda pessoa que se acha no exercício dos seus pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em direitos tem capacidade para estar em juízo.“juízo.“

A A "capacidade postulatória é a aptidão "capacidade postulatória é a aptidão que se tem para procurar em juízo... A lei que se tem para procurar em juízo... A lei exige que a parte esteja representada exige que a parte esteja representada em juízo por quem tenha capacidade em juízo por quem tenha capacidade postulatóriapostulatória". (Nelson Nery Júnior)". (Nelson Nery Júnior)

Page 13: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Todos os gastos que se fazem com e para Todos os gastos que se fazem com e para o processo, desde a petição inicial até a o processo, desde a petição inicial até a sua extinção. São despesas inerentes ao sua extinção. São despesas inerentes ao processo, correspondentes aos atos do processo, correspondentes aos atos do processo, e devidas ao Estado, aos processo, e devidas ao Estado, aos sujeitos da relação processual, tanto sujeitos da relação processual, tanto processuais como secundários, auxiliares processuais como secundários, auxiliares do juízo e as outras pessoas que do juízo e as outras pessoas que colaboram no desenvolvimento daquela colaboram no desenvolvimento daquela relação. (Moacyr Amaral Santos)relação. (Moacyr Amaral Santos)

Page 14: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Ex.: Preparo do feito, taxa judiciária, Ex.: Preparo do feito, taxa judiciária, selos devidos ao Estado, emolumentos e selos devidos ao Estado, emolumentos e taxas referentes aos atos dos juízes, taxas referentes aos atos dos juízes, órgãos do MP, auxiliares da justiça, órgãos do MP, auxiliares da justiça, peritos, etc.peritos, etc.

Princípio da sucumbência: O vencido Princípio da sucumbência: O vencido responde pelas despesas do processo e responde pelas despesas do processo e os honorários advocatícios. Artigo 20 do os honorários advocatícios. Artigo 20 do CPC.CPC.

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A relação processual possui uma A relação processual possui uma configuração tríplice, ou seja, apresenta configuração tríplice, ou seja, apresenta três sujeitos: Estado – juiz, autor e réu. três sujeitos: Estado – juiz, autor e réu. Porém, é possível ocorrer uma mudança Porém, é possível ocorrer uma mudança nesta configuração com a entrada de nesta configuração com a entrada de outros sujeitos na relação processual.outros sujeitos na relação processual.

Em síntese, o litisconsórcio é a Em síntese, o litisconsórcio é a pluralidade de partes, que pode ocorrer pluralidade de partes, que pode ocorrer tanto no pólo passivo (vários réus) como tanto no pólo passivo (vários réus) como no ativo (vários autores).no ativo (vários autores).

  

Page 16: REVISÃO DO 4º PERÍODO

São quatro as formas de se classificar o São quatro as formas de se classificar o litisconsórcio: Quanto à posição, quanto à litisconsórcio: Quanto à posição, quanto à sua formação, quanto ao regime de sua formação, quanto ao regime de tratamento dos litisconsortes, e quanto ao tratamento dos litisconsortes, e quanto ao momento de sua formação.momento de sua formação.

Quanto à sua posiçãoQuanto à sua posição, o litisconsórcio , o litisconsórcio pode ser pode ser ativo, passivo ou mistoativo, passivo ou misto..

Ativo:Ativo: quando, em um processo, houver quando, em um processo, houver diversos autores demandando em face de diversos autores demandando em face de somente um réu. somente um réu. Passivo:Passivo: quando quando somente um autor demanda em face de somente um autor demanda em face de vários réus. vários réus. MistoMisto quando diversos autores quando diversos autores demandarem em face de diversos réus.demandarem em face de diversos réus.

Page 17: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Quanto à sua formaçãoQuanto à sua formação, o litisconsórcio , o litisconsórcio pode ser pode ser necessárionecessário ou ou facultativofacultativo..

Necessário:Necessário: decorre de imposição legal decorre de imposição legal (como na ação de usucapião) ou da (como na ação de usucapião) ou da natureza da relação jurídica (como em uma natureza da relação jurídica (como em uma ação de anulação de casamento). Nesta ação de anulação de casamento). Nesta hipótese, impõe-se a presença de todos os hipótese, impõe-se a presença de todos os litisconsortes. A ausência de algum deles litisconsortes. A ausência de algum deles resulta na falta de legitimidade dos que resulta na falta de legitimidade dos que estiverem presentes e na extinção do estiverem presentes e na extinção do processo sem resolução de mérito.processo sem resolução de mérito.

Page 18: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Facultativo:Facultativo: é aquele que se forma em é aquele que se forma em função da vontade de quem propõe a função da vontade de quem propõe a demanda. Neste caso, a formação do demanda. Neste caso, a formação do litisconsórcio não é obrigatória.litisconsórcio não é obrigatória.

Moacyr Amaral Santos cita como exemplo o Moacyr Amaral Santos cita como exemplo o art. 1.314 do CC/2002 onde cada art. 1.314 do CC/2002 onde cada condômino pode, sozinho, reivindicar a condômino pode, sozinho, reivindicar a coisa de terceiro ou unir-se a outros coisa de terceiro ou unir-se a outros condôminos para esse fim. condôminos para esse fim.

Page 19: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Quanto ao regime de tratamento dos Quanto ao regime de tratamento dos litisconsortes, pode se falar em litisconsortes, pode se falar em litisconsórcio unitáriolitisconsórcio unitário e e litisconsórcio litisconsórcio simplessimples..

Unitário:Unitário: a situação jurídica litigiosa deverá a situação jurídica litigiosa deverá receber disciplina uniforme, ou seja, a receber disciplina uniforme, ou seja, a decisão da lide não poderá ser uma para decisão da lide não poderá ser uma para uma parte e outra para a outra. uma parte e outra para a outra. Simples: Simples: os os litisconsortes serão tratados como partes litisconsortes serão tratados como partes distintas, o destino de cada um é distintas, o destino de cada um é independente do destino dos demais. independente do destino dos demais. Autoriza o exame da causa de forma distinta Autoriza o exame da causa de forma distinta entre os diversos litisconsortes.entre os diversos litisconsortes.

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Quanto ao Quanto ao momento de sua formação momento de sua formação ele pode ser ele pode ser inicialinicial (originário) ou (originário) ou ulteriorulterior (superveniente). (superveniente).

Inicial:Inicial: é aquele que já nasce juntamente é aquele que já nasce juntamente com a propositura da ação, ou seja, com a propositura da ação, ou seja, quando vários são os autores que a quando vários são os autores que a propõem ou quando vários são os réus propõem ou quando vários são os réus convocados pela citação inicial. convocados pela citação inicial.

O O Ulterior ou superveniente: Ulterior ou superveniente: é aquele é aquele que surge no curso do processo em razão que surge no curso do processo em razão de um fato posterior à propositura da de um fato posterior à propositura da ação.ação.

Page 21: REVISÃO DO 4º PERÍODO

O artigo 149 CPC:O artigo 149 CPC:

Prazo que envolve os litisconsortes. Prazo que envolve os litisconsortes. Conforme o texto do artigo, para a dobra Conforme o texto do artigo, para a dobra do prazo, são necessários procuradores do prazo, são necessários procuradores distintos para cada um dos litisconsortes.distintos para cada um dos litisconsortes.

Page 22: REVISÃO DO 4º PERÍODO

A fim de obviar ou reduzir os perigos da A fim de obviar ou reduzir os perigos da extensão dos efeitos da sentença a extensão dos efeitos da sentença a terceiros alheios à relação processual, o terceiros alheios à relação processual, o direito os admite, em certos casos, intervir direito os admite, em certos casos, intervir no processo em que não sejam partes, de no processo em que não sejam partes, de modo que do processo se valham para modo que do processo se valham para defesa de seus direitos ou interesses, defesa de seus direitos ou interesses, sujeitando-se, assim, à sentença a ser sujeitando-se, assim, à sentença a ser proferida.proferida.

É admissível não só no processo de É admissível não só no processo de conhecimento como também nos conhecimento como também nos processos executivos ou cautelares.processos executivos ou cautelares.

Page 23: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Intervenção provocada ou coacta: Intervenção provocada ou coacta: Nomeação à autoria – artigos 62-69 Nomeação à autoria – artigos 62-69 CPCCPCO Réu, no prazo que dispõe para a defesa, O Réu, no prazo que dispõe para a defesa, manifesta sua ilegitimidade passiva e manifesta sua ilegitimidade passiva e indica um terceiro para ocupar o seu lugar indica um terceiro para ocupar o seu lugar no pólo passivo da demanda. no pólo passivo da demanda. Ex.: Ex.: Nomeação do proprietário do imóvel, Nomeação do proprietário do imóvel, quando o caseiro tiver sido demandado em quando o caseiro tiver sido demandado em seu lugar.seu lugar.Inquilino que é acionado pela Prefeitura para Inquilino que é acionado pela Prefeitura para demolir parte da edificação.demolir parte da edificação.

Page 24: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Intervenção provocada ou coacta: Intervenção provocada ou coacta: Denunciação da lide Denunciação da lide – artigos 70-76 – artigos 70-76 CPCCPCModalidade de intervenção pela qual, o Modalidade de intervenção pela qual, o autor ou réu, podem requerer ao juiz que autor ou réu, podem requerer ao juiz que o garantidor seja chamado a integrar a o garantidor seja chamado a integrar a ação para, no futuro, eventualmente ação para, no futuro, eventualmente responder regressivamente por eventual responder regressivamente por eventual ônus suportado pela parte. ônus suportado pela parte. Ex. : Ex. : Denunciação da seguradora.Denunciação da seguradora.

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Intervenção provocada ou coacta: Intervenção provocada ou coacta: Chamamento ao processo Chamamento ao processo – arts. 77-80 – arts. 77-80 CPC.CPC.O réu requer, no prazo da defesa, que sejam O réu requer, no prazo da defesa, que sejam chamados a integrar a lide todos os seus co-chamados a integrar a lide todos os seus co-devedores. Demandado isoladamente, o devedores. Demandado isoladamente, o devedor poderá chamar ao processo os devedor poderá chamar ao processo os demais devedores solidários, no prazo da demais devedores solidários, no prazo da contestação.contestação.É admissível: I – do devedor na ação em que o fiador for É admissível: I – do devedor na ação em que o fiador for réu; II – dos outros fiadores, quando para a ação for citado réu; II – dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; III – de todos os devedores solidários, apenas um deles; III – de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum.ou totalmente, a dívida comum.

Page 26: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Intervenção voluntária:Intervenção voluntária:Assistência Assistência – artigos 50-55– artigos 50-55O terceiro, com interesse jurídico, requer seu O terceiro, com interesse jurídico, requer seu ingresso no processo para auxiliar uma das ingresso no processo para auxiliar uma das partes. Tem cabimento em qualquer fase do partes. Tem cabimento em qualquer fase do processo e em qualquer ação ou rito.processo e em qualquer ação ou rito.O assistente recebe o processo no estado O assistente recebe o processo no estado em que se encontra.em que se encontra.Tem limitações: não pode desistir, Tem limitações: não pode desistir, transacionar ou reconhecer juridicamente o transacionar ou reconhecer juridicamente o pedido.pedido.Não pode questionar a sentença, exceto se Não pode questionar a sentença, exceto se tiver sido prejudicado por dolo ou culpa.tiver sido prejudicado por dolo ou culpa.

Page 27: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Intervenção voluntária:Intervenção voluntária:OposiçãoOposição – artigos 56-61 – artigos 56-61Com natureza de ação, o terceiro reivindica Com natureza de ação, o terceiro reivindica para si o bem litigioso entre autor e réu da para si o bem litigioso entre autor e réu da ação principal, em ação autônoma. Tem ação principal, em ação autônoma. Tem cabimento no processo de conhecimento, até a cabimento no processo de conhecimento, até a prolação da sentença.prolação da sentença.

Embargos de terceiro Embargos de terceiro – artigos 1046-1054– artigos 1046-1054Intervenção de credores na execução.Intervenção de credores na execução.

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Page 28: REVISÃO DO 4º PERÍODO

O Ministério Público é, na sociedade moderna, a O Ministério Público é, na sociedade moderna, a instituição destinada à preservação dos valores instituição destinada à preservação dos valores fundamentais do Estado enquanto comunidade. fundamentais do Estado enquanto comunidade.

Define-o a Constituição como "instituição Define-o a Constituição como "instituição permanente, essencial à função jurisdicional do permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis" (art. 127).sociais e individuais indisponíveis" (art. 127).

Não é subordinado aos órgãos do Poder Não é subordinado aos órgãos do Poder Judiciário.Judiciário.

Órgão promotor da justiça e da defesa social.Órgão promotor da justiça e da defesa social. Defesa de interesses do Estado e da sociedade.Defesa de interesses do Estado e da sociedade.

Page 29: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Função primeira: como representante do Função primeira: como representante do Estado, o direito de punir os infratores da Estado, o direito de punir os infratores da lei penal.lei penal.

Atua também nos processos civis, na Atua também nos processos civis, na fiscalização da boa execução das leis, na fiscalização da boa execução das leis, na proteção da família e dos interesses dos proteção da família e dos interesses dos incapazes e outros, aos quais ao Estado incapazes e outros, aos quais ao Estado cumpre proporcionar especial tutela.cumpre proporcionar especial tutela.

Page 30: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Órgãos de fé pública: escrivães, oficiais de Órgãos de fé pública: escrivães, oficiais de justiça, distribuidores, partidores, justiça, distribuidores, partidores, contadores, depositários públicos e contadores, depositários públicos e porteiros do auditórios (auxiliares do foro porteiros do auditórios (auxiliares do foro judicial), e tabeliães e registradores ou judicial), e tabeliães e registradores ou oficiais de registros públicos (auxiliares do oficiais de registros públicos (auxiliares do foro extrajudicial);foro extrajudicial);

Órgãos do Ministério Público: procuradores Órgãos do Ministério Público: procuradores da União e dos Estados, os promotores da União e dos Estados, os promotores públicos e os curadores;públicos e os curadores;

Órgãos de encargo judicial: tutores, Órgãos de encargo judicial: tutores, curadores especiais, testamenteiros, curadores especiais, testamenteiros, síndicos, avaliadores, arbitradores, peritos e síndicos, avaliadores, arbitradores, peritos e testemunhas (art. 139).testemunhas (art. 139).

Page 31: REVISÃO DO 4º PERÍODO

A doutrina contemporânea exclui do A doutrina contemporânea exclui do quadro de auxiliares aqueles que exerçam quadro de auxiliares aqueles que exerçam atividades que não sejam inerentes às atividades que não sejam inerentes às que se realizam no processo. Ex.: Foro que se realizam no processo. Ex.: Foro Extrajudicial, Ministério Público por ser um Extrajudicial, Ministério Público por ser um órgão autônomo e independente.órgão autônomo e independente.

Quem desempenha função de interessado Quem desempenha função de interessado na decisão judicial, não participa da na decisão judicial, não participa da natureza de auxiliar da justiça: tutores, natureza de auxiliar da justiça: tutores, curadores especiais, testamenteiros, curadores especiais, testamenteiros, síndicos, etc...síndicos, etc...

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Todos os órgãos do Poder Judiciário Todos os órgãos do Poder Judiciário exercem a função jurisdicional, e eles o exercem a função jurisdicional, e eles o fazem através de uma divisão de trabalho fazem através de uma divisão de trabalho denominada distribuição de competência.denominada distribuição de competência.

A competência estabelece os limites em A competência estabelece os limites em que cada órgão jurisdicional pode que cada órgão jurisdicional pode legitimamente exercer a função legitimamente exercer a função jurisdicional.jurisdicional.

Competência Competência "é o poder que tem um "é o poder que tem um órgão jurisdicional de fazer atuar a órgão jurisdicional de fazer atuar a jurisdição diante de um caso jurisdição diante de um caso concreto”concreto” (Vicente Greco Filho). (Vicente Greco Filho).

Chama-se competência essa quantidade Chama-se competência essa quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos (Liebman).cada órgão ou grupo de órgãos (Liebman).

Page 33: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Classificação: Classificação: Internacional e InternaInternacional e Interna Art. 88Art. 88: descreve os casos em que o Brasil tem : descreve os casos em que o Brasil tem

competência internacional concorrente. Significa que a competência internacional concorrente. Significa que a demanda pode ser ajuizada no Brasil ou perante demanda pode ser ajuizada no Brasil ou perante autoridade judiciária de outro país que também tenha autoridade judiciária de outro país que também tenha competência internacional para o caso em questão.competência internacional para o caso em questão.

Ex.: Réu estrangeiro domiciliado no Brasil, ou do Ex.: Réu estrangeiro domiciliado no Brasil, ou do cumprimento de uma obrigação cujo lugar do cumprimento de uma obrigação cujo lugar do pagamento é o Brasil.pagamento é o Brasil.

Art. 89Art. 89: descreve os casos em que o Brasil tem : descreve os casos em que o Brasil tem competência internacional exclusiva. Significa que a competência internacional exclusiva. Significa que a demanda só pode ser ajuizada perante autoridade demanda só pode ser ajuizada perante autoridade judiciária brasileira.judiciária brasileira.

Ex.: questões que envolvem imóveis situados no Brasil.Ex.: questões que envolvem imóveis situados no Brasil.

Page 34: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Classificação: Internacional e InternaClassificação: Internacional e Interna A competência interna visa fixar qual é o órgão A competência interna visa fixar qual é o órgão

jurisdicional competente para um determinado processo.jurisdicional competente para um determinado processo. A competência é fixada no momento da propositura da A competência é fixada no momento da propositura da

ação, pelas regras vigentes nesta data (pouco importa ação, pelas regras vigentes nesta data (pouco importa as alterações de fato e de direito supervenientes). Trata-as alterações de fato e de direito supervenientes). Trata-se do princípio da perpetuatio jurisdictionis (CPC, art. se do princípio da perpetuatio jurisdictionis (CPC, art. 87). As únicas alterações supervenientes que podem 87). As únicas alterações supervenientes que podem implicar mudança de competência no curso de um implicar mudança de competência no curso de um processo já iniciado estão determinadas na parte final do processo já iniciado estão determinadas na parte final do art. 87: Supressão do órgão judiciário originalmente art. 87: Supressão do órgão judiciário originalmente competente; competente;

Alteração de competência em razão da matéria ou da Alteração de competência em razão da matéria ou da hierarquia.hierarquia.

Page 35: REVISÃO DO 4º PERÍODO

ClassificaçãoClassificação: Absoluta e Relativa: Absoluta e RelativaAbsoluta:Absoluta: Alegada pelo juiz ou pelas partes, a Alegada pelo juiz ou pelas partes, a qualquer momento e em qualquer grau de qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição. Até dois anos após trânsito em jurisdição. Até dois anos após trânsito em julgado, via ação rescisória (art. 485 II). Pelas julgado, via ação rescisória (art. 485 II). Pelas partes, em preliminar de contestação, pois é partes, em preliminar de contestação, pois é prejudicial de mérito. Art. 301, II, CPCprejudicial de mérito. Art. 301, II, CPCRelativa:Relativa: Somente as partes podem alegar e no Somente as partes podem alegar e no primeiro momento, sob pena de preclusão, o que primeiro momento, sob pena de preclusão, o que torna o juiz relativamente incompetente em juiz torna o juiz relativamente incompetente em juiz competente.competente.Deve ser alegada na exceção de incompetência.Deve ser alegada na exceção de incompetência.

Page 36: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Critérios determinativos da competência:Critérios determinativos da competência: Para J.E.CARREIRA ALVIM, as diversas teorias Para J.E.CARREIRA ALVIM, as diversas teorias

procuram assentar as suas bases, de um procuram assentar as suas bases, de um modo geral, nos seguintes modo geral, nos seguintes elementoselementos::

Competência Absoluta:Competência Absoluta: a)a)Matéria Matéria – segundo a natureza da relação – segundo a natureza da relação

jurídica, objeto da causa. (arts. 91 e 92) Ex.: jurídica, objeto da causa. (arts. 91 e 92) Ex.: Direito criminal, civil, eleitoral, família, etc...Direito criminal, civil, eleitoral, família, etc...

b)b)Função Função – segundo a função que o órgão – segundo a função que o órgão jurisdicional é chamado a exercer em jurisdicional é chamado a exercer em relação a uma determinada demanda. (art. relação a uma determinada demanda. (art. 93). Ex.: Tribunal do Juri que é competente 93). Ex.: Tribunal do Juri que é competente para julgar crimes dolosos contra a vida.para julgar crimes dolosos contra a vida.c)c)Pessoas Pessoas – segundo a condição dos sujeitos – segundo a condição dos sujeitos em lide. Ex.: Julgamento de autarquias.em lide. Ex.: Julgamento de autarquias.

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Critérios determinativos da competência:Critérios determinativos da competência: Competência Relativa:Competência Relativa:

a)a)Valor da causa Valor da causa - segundo o valor - segundo o valor econômico da relação jurídica, objeto da econômico da relação jurídica, objeto da demanda. Ex.: Competência Juizados demanda. Ex.: Competência Juizados Especiais (Lei 9099/95)Especiais (Lei 9099/95)

b)b)Território Território – segundo o lugar onde se – segundo o lugar onde se encontram os sujeitos ou o objeto da encontram os sujeitos ou o objeto da relação jurídica que constitui objeto do relação jurídica que constitui objeto do processo.(arts. 94-101)processo.(arts. 94-101)

Regra: As ações devem ser propostas no Regra: As ações devem ser propostas no domicílio do réu.domicílio do réu.

Page 38: REVISÃO DO 4º PERÍODO

O juiz é o sujeito processual que se mantém O juiz é o sujeito processual que se mantém sempre imparcial e eqüidistante das partes.sempre imparcial e eqüidistante das partes.É o juiz quem dirige o processo, competindo-É o juiz quem dirige o processo, competindo-lhe assegurar às partes igualdade de lhe assegurar às partes igualdade de tratamento, velar pela rápida solução do tratamento, velar pela rápida solução do litígio, prevenir ou reprimir qualquer ato litígio, prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e, tentar a contrário à dignidade da justiça e, tentar a qualquer momento, conciliar as partes (art. qualquer momento, conciliar as partes (art. 125, CPC).125, CPC).

Page 39: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Cabe a ele, ainda, dar a prestação Cabe a ele, ainda, dar a prestação jurisdicional nos limites em que for jurisdicional nos limites em que for pedida (art. 128, CPC) e observando o pedida (art. 128, CPC) e observando o art. 132 do CPC que dispõe que o juiz art. 132 do CPC que dispõe que o juiz titular ou substituto, que concluir a titular ou substituto, que concluir a audiência, julgará a lide, salvo se estiver audiência, julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.autos ao seu sucessor.

Page 40: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Artigos 154 a 157 do CPCArtigos 154 a 157 do CPC São aqueles atos, praticados no processo, que São aqueles atos, praticados no processo, que

têm por efeito a constituição, a conservação, têm por efeito a constituição, a conservação, o desenvolvimento, a modificação ou a o desenvolvimento, a modificação ou a cessação da relação processual.cessação da relação processual.

Atos das partes: arts. 158-161Atos das partes: arts. 158-161 Atos do juiz: arts. 162-165Atos do juiz: arts. 162-165 Exemplos: O principal ato das partes: a Exemplos: O principal ato das partes: a

petição inicial, que é o principal ato petição inicial, que é o principal ato constitutivo da relação processual, e o constitutivo da relação processual, e o principal ato do juiz: a sentença, que é o ato principal ato do juiz: a sentença, que é o ato que extingue o processo. que extingue o processo. 

Outros exemplos: defesa, laudo pericial, Outros exemplos: defesa, laudo pericial, interrogatório de testemunhas, recursos, etc.interrogatório de testemunhas, recursos, etc.

Page 41: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Do tempo e do lugar dos atos processuais: Do tempo e do lugar dos atos processuais: arts. 173-176arts. 173-176

Dos prazos: arts. 177-199 Dos prazos: arts. 177-199

Das comunicações dos atos: arts. 200-242 Das comunicações dos atos: arts. 200-242

Das Nulidades: arts. 243-250Das Nulidades: arts. 243-250

De outros atos processuais: arts. 251-261De outros atos processuais: arts. 251-261

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As nulidades (arts. 243 ao 250, CPC)As nulidades (arts. 243 ao 250, CPC)

De um modo geral, no Direito Processual De um modo geral, no Direito Processual Civil existem atos inexistentes, atos Civil existem atos inexistentes, atos absolutamente nulos e atos relativamente absolutamente nulos e atos relativamente nulos.nulos.

a) Ato Inexistente é o que contém um grau a) Ato Inexistente é o que contém um grau de nulidade tão grande e visível, que de nulidade tão grande e visível, que dispensa declaração judicial para ser dispensa declaração judicial para ser invalidado, p. ex.: um júri simulado ou invalidado, p. ex.: um júri simulado ou uma sentença assinada por uma uma sentença assinada por uma testemunha.testemunha.

Page 43: REVISÃO DO 4º PERÍODO

b) b) Nulidade Absoluta Nulidade Absoluta ocorre nos casos ocorre nos casos expressamente cominados e na violação expressamente cominados e na violação de dispositivo de ordem pública, como na de dispositivo de ordem pública, como na citação irregular (art. 247, CPC) ou na citação irregular (art. 247, CPC) ou na incompetência absoluta (art. 113, CPC). incompetência absoluta (art. 113, CPC).

c) c) Nulidade Relativa Nulidade Relativa ocorre nas ocorre nas irregularidades sanáveis, em que não há irregularidades sanáveis, em que não há cominação expressa de nulidade, como cominação expressa de nulidade, como numa publicação com ligeiro erro gráfico. numa publicação com ligeiro erro gráfico.

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Tanto a nulidade absoluta como a nulidade Tanto a nulidade absoluta como a nulidade relativa podem ser declaradas de ofício pelo relativa podem ser declaradas de ofício pelo juiz. As nulidades relativas e os atos sujeitos a juiz. As nulidades relativas e os atos sujeitos a anulabilidade devem ser alegados na primeira anulabilidade devem ser alegados na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos oportunidade em que couber à parte falar nos autos (contestação), sob pena de preclusão. As autos (contestação), sob pena de preclusão. As nulidades absolutas podem ser alegadas a nulidades absolutas podem ser alegadas a qualquer tempo, mas, em certos casos, a parte qualquer tempo, mas, em certos casos, a parte responderá pelas custas se não o fizer na responderá pelas custas se não o fizer na primeira oportunidade em que lhe caiba falar primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos. nos autos.

  

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Espécies de vícios processuais:Espécies de vícios processuais:

Atos processuais nulos, anuláveis e Atos processuais nulos, anuláveis e inexistentes,inexistentes, segundo a lição de segundo a lição de Couture, Couture, de de acordo com a violação ocorrida.acordo com a violação ocorrida.

Atos inexistentesAtos inexistentes: não reúnem os mínimos : não reúnem os mínimos requisitos de fato para sua existência como ato requisitos de fato para sua existência como ato jurídico – afeta assim a própria vida do ato. Jamais jurídico – afeta assim a própria vida do ato. Jamais se convalida e não precisa ser invalidado. Caso se convalida e não precisa ser invalidado. Caso raríssimo. Ex.: sentença proferida por quem não é raríssimo. Ex.: sentença proferida por quem não é juiz. O CPC considera de forma expressa como juiz. O CPC considera de forma expressa como inexistente o previsto no artigo 37, § único.inexistente o previsto no artigo 37, § único.

Page 46: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Todavia, a principal regra em matéria de Todavia, a principal regra em matéria de nulidades é que, salvo nos casos de interesse nulidades é que, salvo nos casos de interesse público, não se decretará a nulidade se não público, não se decretará a nulidade se não houver prejuízo para a parte, ou quando o juiz houver prejuízo para a parte, ou quando o juiz puder decidir do mérito a favor da parte a quem puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveita a declaração de nulidade.aproveita a declaração de nulidade.

Um ato absolutamente nulo no direito material Um ato absolutamente nulo no direito material nunca se convalida. No direito processual, a nunca se convalida. No direito processual, a sentença absolutamente nula pode vir a ser sentença absolutamente nula pode vir a ser convalidada. Ex.: atos decisórios poderão ser convalidada. Ex.: atos decisórios poderão ser considerados válidos conforme expressamente considerados válidos conforme expressamente dispõe o artigo 122 do CPC, ao dizer que o dispõe o artigo 122 do CPC, ao dizer que o Tribunal ao apreciar o conflito de competência, Tribunal ao apreciar o conflito de competência, pronunciará sobre a validade dos atos decisórios pronunciará sobre a validade dos atos decisórios do juízo incompetente.do juízo incompetente.

  

Page 47: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Quando a lei prescrever determinada Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.pela parte que lhe deu causa.

  Quando a lei prescrever determinada Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.outro modo, lhe alcançar a finalidade.

A nulidade dos atos deve ser alegada na A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de parte falar nos autos, sob pena de preclusão. preclusão.

Page 48: REVISÃO DO 4º PERÍODO

Não se aplica esta disposição às Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, ofício, nem prevalece a preclusão, provando, a parte, legítimo impedimento.provando, a parte, legítimo impedimento.

  É nulo o processo, quando o MP não for É nulo o processo, quando o MP não for intimado a acompanhar o feito em que intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. Se o processo tiver corrido, deva intervir. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.que o órgão devia ter sido intimado.

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As citações e as intimações serão nulas, As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das quando feitas sem observância das prescrições legais.prescrições legais.

Anulado o ato, reputam-se de nenhum Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes que dele efeito todos os subseqüentes que dele dependam; todavia, a nulidade de uma dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.que dela sejam independentes.

Page 50: REVISÃO DO 4º PERÍODO

O juiz, ao pronunciar a nulidade, O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos ou fim de que sejam repetidos ou retificados. O ato não se repetirá nem se retificados. O ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. Quando puder decidir do mérito a parte. Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará, nem mandará repetir o ato pronunciará, nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.ou suprir-lhe a falta.

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O erro de forma do processo acarreta O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Dar-se-á o as prescrições legais. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.desde que não resulte prejuízo à defesa.

Page 52: REVISÃO DO 4º PERÍODO

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