revisão de história 3º ano
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REVISÃO DE HISTÓRIA 3º ANO
A Grécia Antiga, como é conhecida, abrange não um domínio, modelo governamental e povo específico,
mas um conjunto de comunidades que se espalhavam nas proximidades do Mar Mediterrâneo, sendo uma civilização que se estendia muito além do
país hoje existente. Apesar de dispersos geograficamente, estes vários povos uniam-se através de uma cultura comum, com mesmos
costumes, mesmas crenças e uma mesma língua. Por tal semelhança, esses povos reconheciam-se como
helenos, chamando de bárbaros os estrangeiros que não dividiam a mesma cultura, sendo esta a palavra-
chave para entender a clássica civilização grega.
A educação na Grécia Antiga
Era muito importante para a civilização que a cultura e o saber fossem difundidos amplamente, não
sendo por acaso que a filosofia e as ciências ganharam destaque na Grécia Antiga. Grande parte
da sociedade se mostrava educada, os meninos eram ensinados desde cedo a pensar e questionar os mistérios do mundo e meninas que, apesar de não terem os mesmos direitos dos homens, ainda
eram ensinadas pelas mães a serem cidadãs cultas. O saber era tão importante que mesmo soldados eram criados para usar não apenas o físico, mas
também a mente, e alguns conhecimentos chegavam a se estender até mesmo a alguns
escravos.
Religião, arte e economiaReligião: As crenças eram de extrema
importância para o povo grego, que possuíam uma das mitologias mais ricas da antiguidade, com heróis e monstros guiados pela bondade
ou pela fúria de seus deuses. A religião politeísta era um grande núcleo da
sociedade, uma vez que toda atividade era uma forma de honrar os deuses, de cuidar do solo para ser semeado a caçar nas florestas e
até mesmo ir guerrear
Apesar de muitas culturas do passado apresentarem múltiplas divindades, o panteão grego se destaca pelo fato de seus deuses serem tão falhos quanto
os próprios homens, agindo de acordo com o humor e podendo abençoar aqueles que os adoravam ou lançar
uma terrível vingança sobre os que os desafiavam. Portanto, irritá-los não era
uma opção
Arte: Era uma das formas que os gregos tinham para agradar os
deuses e honrar seus ancestrais. Principalmente através
da literatura e do teatro, histórias de grandes heróis, humanos e
divinos, eram propagadas e divertiam e educavam o povo.
As esculturas mostraram-se uma forma de agradar os deuses e imortalizar os semideuses, e neste ponto nota-se o
cuidado que havia com a estética, pois os gregos acreditavam que um belo corpo
era a representação exterior de uma boa alma. Como, mais uma vez, a religião era
um ponto central da sociedade, a construção de templos era cuidadosa, e a bela arquitetura influenciou e continua a
influenciar até hoje.
Economia: Cada cidade-estado grega demonstrava autonomia econômica, mas ao mesmo tempo, a troca de serviços e produtos era uma forma de desenvolver
o comércio e as amizades entre os povos. O aumento das redes comerciais entre os
povos também gerou aumento do trabalho escravo, desenvolvimento
marítimo e o uso das moedas.
Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da
Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-
europeia. Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras populações a formarem
cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo.
No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), temos o processo de ocupação da Grécia e a
formação dos primeiros grandes centros urbanos da região. Nessa época, vale destacar a ascensão da civilização creto-micênica que se desenvolveu graças ao seu movimentado comércio marítimo. Ao fim dessa época, as invasões dóricas foram responsáveis pelo
esfacelamento dessa civilização e o retorno às pequenas comunidades agrícolas subsistentes.
Logo em seguida, no Período Homérico (XI –VIII a.C.), as comunidades gentílicas
transformam-se nos mais importantes núcleos sociais e econômicos de toda a
Grécia. Em cada genos, uma família desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas de sua força de trabalho. Com o
passar do tempo, as limitações das técnicas agrícolas e o incremento populacional
ocasionou a dissolução dos genos.
Entre os séculos VIII e VI a.C., na Fase Arcaica da Grécia Antiga, os genos perderam espaço para uma pequena elite de proprietários de terra.
Tendo poder sobre os terrenos mais férteis, as elites de cada região se organizaram em
conglomerados demográficos e políticos cada vez maiores. É aqui que temos o nascimento das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga.
Paralelamente, os gregos excluídos nesse processo de apropriação das terras passaram a ocupar
outras regiões do Mediterrâneo
No período Clássico, que vai do século V até o IV a.C., a autonomia política das várias cidades-Estado era visivelmente confrontada com o
aparecimento de grandes conflitos. Inicialmente, os persas tentaram invadir o território grego ao
dispor de um enorme exército. Contudo, a união militar das cidades-Estado possibilitou a vitória dos gregos. Logo depois, as próprias cidades da Grécia Antiga decidiram lutar entre si para saber
quem imperaria na Península Balcânica.
O desgaste causado por tantas guerras acabou fazendo de toda a Grécia um alvo
fácil para qualquer nação militarmente preparada. A partir do século IV a.C., os
macedônios empreenderam as investidas militares que determinaram o fim da autonomia política dos gregos. Esses
eventos marcaram o Período Helenístico, que termina no século II a.C., quando os romanos conquistam o território grego
À Ilíada, epopeia guerreira, sucede a Odisseia, pacífica coletânea de lendas e aventuras marítimas.
Esse contraste corresponde a uma mudança, quando os povos da região renunciam às lutas em
territórios muito estreitos e se voltam para os países longínquos. Os poemas homéricos são
contemporâneos da grande expansão marítima dos fenícios e a Odisseia está cheia de violências e rapinas de todo tipo praticadas pelos fenícios, apresentados como mercadores descarados e
bandidos sem escrúpulos; mas devemos levar em conta, nessas narrativas, as rivalidades comerciais.
a Ilíada retrata uma grande aventura militar, durante a Guerra
de Tróia, quando povos gregos desenvolveram uma política de expansão. A Odisseia retrata a
relação amistosa entre os povos gregos, num contexto marcado pela
expansão do comércio
a organização política de fenícios e gregos os diferenciava da civilização egípcia Tanto os fenícios
como os gregos antigos se organizavam politicamente em cidades-estado, ou seja, as cidades
eram unidades políticas soberanas e não estavam subordinadas a um governo central. Isso significa
que para essas duas sociedades, o fato de pertencerem a um povo não significou a formação
de uma nação. Na antiguidade, fala-se em povo fenício, mas não existiu um “Estado fenício” e o
mesmo ocorreu com os gregos, pois tratamos de povo grego ou da mitologia grega e não existiu a
Grécia enquanto Estado.
A Grécia Antiga não conheceu um Estado centralizado. Organizou-se por
meio de cidades-estados, denominadas pólis. A pólis era uma construção social e política autodeterminada; todavia, a
disputa pela hegemonia na antiga Grécia a movia.
- A pólis expressava uma cultura e uma identidade
próprias, marcadamente urbanas, denominadas de ethos.
Nas pólis, a norma jurídica (lei), promulgada nos regimes democráticos ou outorgada nos regimes
aristocráticos, era reconhecida como ato orientado pela razão e, portanto, humano.
A experiencialização social e cultural que o grego antigo viveu nas pólis permitiu a capacidade de
explicar os problemas da comunidade no âmbito dela própria, fundamentalmente apartada dos
deuses.
A mulher no Egito Antigo teve um status privilegiado em comparação com outras civilizações antigas, pois possuía direitos sociais e jurídicos que lhe garantiam uma
significativa liberdade.A mulher ateniense casada vivia grande
parte do seu tempo confinada ao lar, estando submissa a um regime de quase
reclusão, privada de uma participação efetiva nas decisões políticas.
A Guerra do Peloponeso foi um conflito militar entre as cidades-estado de Atenas e Esparta. Ocorreu entre os anos de 431 e 404 a.C. Esta guerra foi
relatada detalhadamente por dois historiadores da Grécia Antiga, Xenofonte e Tucídides.
Para compreender melhor esta guerra é necessário entender as diferenças que existiam entre Esparta e
Atenas na antiguidade. Enquanto Esparta era voltada para o militarismo, Atenas era o centro político e
cultural do período. Esta guerra também envolveu outras cidades-estado que se alinharam com Atenas
ou Esparta.
Jogos OlímpicosComo os jogos eram realizados no
templo de Zeus, não era permitida a entrada de mulheres no local, somente
homens participavam e assistiam o evento. Os homens que participavam
dos jogos eram escolhidos após rígidas investigações de conduta, sendo que
qualquer violação era motivo para que esse fosse punido severamente.
Apesar dos jogos serem de caráter religioso, também era utilizado para
apregoar a paz e a harmonia entre os gregos. Para os vencedores das
competições, era entregue uma coroa, alimentação gratuita por toda a sua
vida, garantia de seu lugar em teatros e o título de herói de sua cidade.
Com a invasão romana sobre os gregos, os Jogos Olímpicos foram perdendo sua força e sua identidade. Os jogos então
eram realizados entre escravos e animais selvagens, o que foi proibido em 392 a.C. pelo imperador romano Theodosius I quando se converteu ao
cristianismo, proibindo também toda e qualquer manifestação pagã na Grécia
era importante para as Cidades-Estado gregas vencer nos Jogos
Olímpicos Para garantir o prestígio da cidade frente às demais cidades
helênicas
O filme “300″, que fez grande sucesso nos cinemas de todo o mundo em
2007, tematiza uma das batalhas mais importantes das Guerras Médicas. Tal evento pode ser caracterizado como
um conflito quefoi causado pelo processo de expansão
territorial do império persa, que ambicionava expandir seus domínios
sobre os gregos
As Guerras Médicas foram os confrontos
entre gregos e persas durante o século V a.C. que foram provocados pela
disputa sobre a região da Jônia na Ásia Menor. As colônias gregas tentaram se
livrar do domínio persa e garantir a hegemonia sobre um
importante ponto estratégico de comércio.
As Guerras Médicas trouxeram como consequência para Grécia a hegemonia de
Atenas sobre as cidades gregas, o revigoramento da democracia, a decadência do Império Persa, a criação da Confederação
de Delos e a rivalidade entre Atenas e Esparta. Os gregos conseguiram impedir a presença dos persas em seu território após
três vitórias, mas os persas continuaram tendo influência sobre as cidades gregas por
todo o Período Clássico.
Sólon, legislador ateniense, iniciou uma reforma que mediou as lutas sociais, entre
os ricos e os pobres, que eclodiram na Ática, na virada do século VI. Entre as
medidas desse reforma, está a abolição da servidão por dívidas no campo, o que
significou o fim domecanismo pelo qual os pequenos
camponeses caiam nas mãos dos grandes proprietários fundiários e se tornavam seus
cultivadores dependentes
Feudalismo na Idade MédiaSociedade Medieval, Economia,
Influência da Igreja, Idade Média, organização do feudo,
suseranos e vassalos, senhor feudal, cavaleiros, servos, sistema feudal.
O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras), no
século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características
gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos
senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho
dos servos.
Estrutura Política do FeudalismoPrevaleceram na Idade Média as relações de
vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano.
O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se
estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais,
donos de lotes de terras (feudos).
Sociedade feudalA sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade
social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero
(membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era
isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e
pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da
produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do
moinho e forno do senhor feudal).
Economia feudalA economia feudal baseava-se principalmente na
agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de
produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste
período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na
Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente
rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura
ReligiãoNa Idade Média, a Igreja Católica dominava o
cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a
psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder
econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os
monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam
grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.
As GuerrasA guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores
feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. Os cavaleiros formavam a base
dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas,
representavam o que havia de mais nobre no período medieval. O residência dos nobres eram
castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de
proteção
Para organizar a exploração das terras no feudo, senhores feudais e servos utilizavam uma série de critérios organizacionais. Essas
formas de organização facilitavam o controle sobre a rotina dos servos e a
regulamentação das várias taxas impostas sobre a produção agrícola. De fato, sem o
emprego desses critérios, a delimitação do uso das propriedades seria um tanto
quando mais complicado.
Geralmente, as terras eram dividas em três categorias elementares: o manso senhorial, o manso servil e o manso
comunal. O manso senhorial correspondia à metade das terras cultiváveis em todo o feudo. Os alimentos ali produzidos eram
integralmente repassados ao dono das terras e o servo tinha a obrigação de dedicar entre três a quatro dias da semana ao cultivo destes terrenos.
Logo abaixo, temos a demarcação do manso servil. Do ponto de vista legal, a posse do manso servil tinha natureza
dupla: uma posse legal, pertencente ao senhor do feudo; e uma posse útil
estabelecida pelo servo. Por meio do uso dessas terras o servo retirava a produção
necessária para a obtenção de seu sustento e o pagamento dos vários
tributos e obrigações exigidos pelo senhor feudal
O manso comunal era compreendido como todos os terrenos da propriedade
que poderiam ser utilizados concomitantemente pelo senhor feudal e os seus servos. Na maioria das vezes,
o manso comunal correspondia aos bosques e pastos onde poderia ser feita a criação de animais, o recolhimento de
alimentos silvestres, a caça e a obtenção de lenha.
Observando esse processo de divisão de terras, podemos notar claramente que o
senhor feudal tinha controle sobre a grande parte da produção agrícola. Além de contar com toda a riqueza gerada em
seu manso, ainda extraía uma porção dos produtos do manso servil sob a forma de
imposto. Dessa forma, é possível compreender que as relações servis eram
cingidas pelo signo da desigualdade.
Expansão MarítimaNo século XV, início da Idade Moderna, a Europa via sua economia cada vez mais
comprometida com a queda de consumo dos bens produzidos na zona rural e agrícola. O mercado interno europeu passava por sérias complicações. Para
abastecer o consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do
Oriente, como especiarias, objetos raros e pedras preciosas.
Entretanto, para comprar este material os europeus tinham que negociar com os
mercadores árabes, pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar
Mediterrâneo, passando pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. Muitos
mercadores envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais
caros, o que acabou contribuindo para a crise econômica europeia.
As Expansões Marítimas eram caras e nenhum comerciante rico era capaz de se embrenhar pelos mares sem recursos do rei. A figura do
monarca era essencial para este empreendimento, pois ele conseguia captar
recursos públicos de toda a nação para investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as primeiras bússolas e astrolábios para que os
embarcadores pudessem se orientar. Um importante avanço foi o surgimento da primeira
caravela, que tornava possível longas viagens
marítimas.
A primeira nação europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal, graças a sua consolidação como Estado bem organizado
militarmente e independência das demais nações do continente. Com o poder centralizado nas
mãos do rei Dom João I, os portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações marítimas, na busca dos produtos das Índias.
Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios e novas possibilidades de atingir seus
interesses.
Outro país que teve acentuada importância na Expansão Marítima foi a Espanha que,
junto com Portugal, investiu na colonização dessas novas terras exploradas.
Dentre os principais fatores ligados à Expansão Marítima está o descobrimento do Brasil e da América, no final do século
XV. Este novo continente foi crucial para que a economia da Europa se estabilizasse
novamente.
A História e Literatura têm trazido contribuições importantes para
compreensão do desenvolvimento das civilizações e da expansão marítima. Como o poema "Mar Português", de
Fernando Pessoa Refere-se à expansão marítima portuguesa durante os
séculos XV e XVI, ampliando a esfera política e geográfica do mundo
conhecido