revisÃo de barroco - 3º ano

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QUESTÕES BARROCO, ARCADISMO, ROMANTISMO PROFESSOR JOÃO MARCOS WWW.esquecenao.blogs pot.com 01. I- A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades, conflitos, paradoxos, e contrastes, que convivem tensamente na unidade da obra. II- O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca, apresentam um imaginário bucólico, sempre povoado de pastoras e ninfas. III- A oposição espiritual sustentada pela Contra-Reforma expressa, no plano religioso, os mesmos dilemas de que o Barroco se ocupa. Quais estão corretas ? (A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III (D) Apenas I e III (E) I, II e III 02. (USF- SP) - " Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, Te lembra hoje Deus por sua Igreja; De pó te fez espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te." Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa: (A) o medo de ser infeliz, uma imensa angústia em face da vida, a que não consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos. (B) a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder divino. (C) a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual. (D) a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas conseqüências o lado material da vida. (E) a revolta contra os aspectos fatais que os deuses imprimem a seu destino e à vida na terra. 03. (UFRGS) - Selecione a alternativa correta em relação ao seguinte soneto, de Gregório de Matos Guerra: "A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro Em cada porta um bem freqüente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha. Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para o levar à praça e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados Trazidos sob os pés os homens nobres, Postas nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia." (A) O soneto ressalta uma crítica aos desmandos das autoridades e à futilidade dos habitantes citadinos.

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Page 1: REVISÃO DE BARROCO - 3º ANO

QUESTÕES BARROCO, ARCADISMO, ROMANTISMO

PROFESSOR JOÃO MARCOS

WWW.esquecenao.blogsp

ot.com01. I- A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades, conflitos, paradoxos, e contrastes, que convivem tensamente na unidade da obra.

II- O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca, apresentam um imaginário bucólico, sempre povoado de pastoras e ninfas.

III- A oposição espiritual sustentada pela Contra-Reforma expressa, no plano religioso, os mesmos dilemas de que o Barroco se ocupa.

Quais estão corretas ? (A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III (D) Apenas I e III (E) I, II e III

02. (USF- SP) - " Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te,Te lembra hoje Deus por sua Igreja;De pó te fez espelho, em que se veja

A vil matéria, de que quis formar-te."Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa:(A) o medo de ser infeliz, uma imensa angústia em face da vida, a que não consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos.(B) a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder divino.(C) a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual.(D) a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas conseqüências o lado material da vida.(E) a revolta contra os aspectos fatais que os deuses imprimem a seu destino e à vida na terra.

03. (UFRGS) - Selecione a alternativa correta em relação ao seguinte soneto, de Gregório de Matos Guerra:"A cada canto um grande conselheiro,Que nos quer governar cabana e vinha;Não sabem governar sua cozinha,E podem governar o mundo inteiro

Em cada porta um bem freqüente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha.Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,Para o levar à praça e ao terreiro.

Muitos mulatos desavergonhadosTrazidos sob os pés os homens nobres,Postas nas palmas toda a picardia,

Estupendas usuras nos mercados,Todos os que não furtam muito pobres:E eis aqui a cidade da Bahia."

(A) O soneto ressalta uma crítica aos desmandos das autoridades e à futilidade dos habitantes citadinos.(B) A temática revela reverência em relação àqueles que vivem honestamente sem ter a necessidade de explorar os mais humildes.(C) Neste poema, o poeta demonstra simpatia em relação aos mestiços, considerando-os importantes elementos no quadro de miscigenação racial.(D) No soneto evidenciam-se os bons costumes, a moral elevada dos habitantes do Brasil Colônia e o sentimento de solidariedade para com o próximo.

(E) O poema vincula o autor à temática e aos princípios estéticos europeus ao elaborar uma poesia satírica voltada para os conflitos do homem barroco.

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04. (F.O - SP) Sobre cultismo e conceptismo, os dois aspectos construtivos do Barroco, assinale a única alternativa incorreta. (A) O cultismo opera através de analogias sensoriais, valorizando a identificação dos seres por metáforas. O conceptismo valoriza a atitude intelectual, a argumentação.(B) Cultismo e conceptismo são partes construtivas do Barroco que não se excluem. É possível localizar no mesmo autor e até no mesmo texto os dois elementos.(C) O cultismo é perceptível no rebuscamento da linguagem, pelo abuso no emprego de figuras semânticas, sintáticas e sonoras. O conceptismo valoriza a atitude intelectual, o que se concretiza no discurso pelo emprego de sofismas, silogismos, paradoxos.(D) O cultismo na Espanha, Portugal e Brasil é também conhecido Gongorismo e seu mais ardente defensor, entre nós, foi o Pe. Antônio Vieira, que no Sermão da

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sexagésima, propõe a primazia da palavra sobre a idéia.(E) Os métodos cultistas mais seguidos por nossos poetas foram os de Gôngora e Marini, e o conceptismo de Quevedo foi o que maiores influências deixou em Gregório de Matos.

05. (UFRGS) - Com relação ao Barroco brasileiro, assinale a alternativa incorreta.(A) Os Sermões, do padre Antônio Vieira, elaborados numa linguagem conceptista, refletiram as preocupações do autor com problemas brasileiros da época, por exemplo a escravidão.(B) Os conflitos éticos vividos pelo homem do barroco corresponderam, na forma literária, ao uso exagerado de paradoxos e inversões sintáticas.(C) A poesia barroca foi a confirmação, no plano estético, dos preceitos renascentistas de harmonia e equilíbrio, vigentes na Europa no século XVI, que chegaram ao Brasil no século XVII, adaptados, então, à realidade nacional.(D) Um dos temas principais do Barroco é a efemeridade da vida, questão que foi tratada no dilema de viver o momento presente e, ao mesmo tempo, preocupar-se com a vida eterna.

(E) A escultura barroca teve no Brasil o nome de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que, no século XVIII, elaborou uma arte d tema religioso com traços nacionais e populares, numa mescla representativa do Barroco.

Instrução O texto abaixo refere-se à questão número 06.01 Triste Bahia! ó quão dessemelhante02 Estás e estou do nosso antigo estado!03 Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,04 Rica te vi eu já, tu a mi abundante.05 A ti trocou-te a máquina mercante,06 que em tua larga barra tem entrado, 07 A mi foi-me trocando e tem trocado08 Tanto negócio e tanto negociante.09 Deste em dar tanto açúcar excelente10 Pelas drogas inúteis, que abelhuda11 Simples aceitas do sagaz Brichote.12 Oh se quisera Deus que de repente13 Um dia amanheceras tão sisuda

14 Que fora de algodão o teu capote!

06. (UFRGS) - Com relação ao soneto de Gregório de Matos acima transcrito, assinale a afirmação incorreta.(A) A expressão quão dessemelhante (verso 1) aponta um contraste entre o passado e o presente, entre um antigo estado (verso 2) e um estado atual.(B) À lamentação expressa no primeiro quarteto, segue-se, no segundo, a menção às forcas motivadoras da transformação do estado anterior.(C) As transformações sofridas pela Bahia e pelo poeta aconteceram no passado e já se encerraram, conforme se pode constatar no segundo quarteto.(D) No primeiro Terceto, o caráter lesivo das trocas mencionadas torna-se evidente pelo contraste entre a excelência do açúcar e a inutilidade das drogas.(E) As duas últimas estrofes expressam o desejo do poeta de ver a Bahia modificar-se: passar de abelhuda a sisuda.

07. (ITA-SP) Leia o texto abaixo e as afirmações que se seguem.

"Que falta nesta cidade? Verdade.Que mais por sua desonra? Honra.Falta mais que se lhe ponha? Vergonha. O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta,Numa cidade onde faltaVerdade, honra, vergonha."

Gregório de Matos Guerra.

I - Mantém uma estrutura formal e rítmica regular. II - Enfatiza as idéias opostas. III - Emprega a ordem direta. IV - Refere-se à cidade de São Paulo. V - Emprega a gradação. Então, pode-se dizer que são verdadeiras: a) Apenas I, II, IV.b) Apenas I, II, V. c) Apenas I, III, V.d) Apenas I, IV, V. e) Todas.

08. (UFRGS-RS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo sobre os dois grandes nomes do Barroco brasileiro. ( ) A obra poética de Gregório de Matos oscila entre os valores transcendentais e os valores

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mundanos, exemplificando as tensões do seu tempo. ( ) Os sermões do Padre Vieira caracterizam-se por uma construção de imagens desdobradas em numerosos exemplos que visam enfatizar o conteúdo da pregação. ( ) Gregório de Matos e o Padre Vieira, em seus poemas e sermões, mostram exacerbados sentimentos patrióticos expressos em linguagem barroca. ( ) A produção satírica de Gregório de Matos e o tom dos sermões do Padre Vieira representam duas faces da alma barroca no Brasil. ( ) O poeta e o pregador alertam os contemporâneos para o desvio operado pela retórica retumbante e vazia. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V - F - F - F - F b) V - V - V - V - F c) V - V - F - V - F d) F - F - V - V - V e) F - F - F - V – V

09. (Fatec-SP) As cousas do mundo "Neste mundo é mais rico o que mais rapa:Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;

Com sua língua, ao nobre o vil decepa:O velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa; Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por tulipa;Bengala hoje na mão, ontem garlopa.Mais isento se mostra o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazo a tripa E mais não digo, porque a Musa topaEm apa, epa, ipa, opa, upa."

Gregório de Matos Guerra.

A alternativa que melhor exprime as características da poesia de Gregório de Matos, encontradas no poema transcrito, é a que destaca a presença de: a) Inversões da sintaxe corrente, como em “Com sua língua, ao nobre o vil decepa” e “Quem menos falar pode”. b) Conflito entre os universos do profano e do sagrado, como se vê na oposição “Quem dinheiro tiver” e “pode ser Papa”. c) Metáforas raras e desusadas, como no verso experimental “a

Musa topa/Em apa, epa, ipa, opa, upa”. d) Contraste entre os pólos de antíteses violentas, como “língua” —“decepa” e “menos falar” —“mais increpa”. e) Imagens que exploram os elementos mais efêmeros e diáfanos da natureza, como “flor” e “tulipa”.

 10. (Ufscar-SP) "O pregar há-de ser como quem semeia,e não como quem ladrilha ou azuleja.Ordenado,mas como as estrelas.(...) Todas as estrelas estão por sua ordem;mas é ordem que faz influência,não é ordem que faça lavor.Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu,da outra hão-de dizer subiu.Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição,e também o das palavras."

Vieira, Sermão da sexagésima.

No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra xadrez tem o objetivo de: a) Defender a ordenação das idéias em um sermão. b) Fazer alusão metafórica a um certo tipo de tecido. c) Comparar o sermão de certos pregadores a uma verdadeira prisão. d) Mostrar que o xadrez se assemelha ao semear. e) Criticar a preocupação com a simetria do sermão.

11. (UFV-MG) Leia atentamente o fragmento do sermão do padre Antônio Vieira: "A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só

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grande [...]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer."

VIEIRA, Antônio. Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões.

O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela em que NÃO se confirmam essas tendências estéticas: a) A utilização da alegoria, da comparação, como recursos oratórios, visando à persuasão do ouvinte. b) A tentativa de convencer o homem do século XVII, imbuído de práticas e sentimentos comuns ao semipaganismo renascentista, a retomar o caminho do espiritualismo medieval, privilegiando os valores cristãos. c) A presença do discurso dramático, recorrendo ao princípio horaciano de "ensinar deleitando" — tendência didática e moralizante, comum à Contra-Reforma. d) O tratamento do tema principal — a denúncia à cobiça humana -

através do conceptismo, ou jogo de idéias. e) O culto do contraste, sugerindo a oposição bem x mal, em linguagem simples, concisa, direta e expressiva da intenção barroca de resgatar os valores greco-latinos.

12. (UFRJ) Lira XI "Não toques, minha musa, não, não toquesNa sonorosa lira,Que às almas, como a minha, namoradasDoces canções inspira: Assopra no clarim que apenas soa,Enche de assombro a terra!Naquele, a cujo som cantou Homero,Cantou Virgílio a guerra."

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu.

Marília de Dirceu apresenta um dos principais traços do Arcadismo. A opção que aponta essa característica temática, presente no texto, é a) O bucolismo. b) A presença de valores ou elementos clássicos. c) O pessimismo e negatividade. d) A fixação do momento presente. e) A descrição sensual da mulher amada.

13. (UFV-MG) Os árcades, no Brasil, assimilaram as idéias neoclássicas européias, muitas vezes, reinterpretando, cada um ao seu estilo, a realidade sociopolítica e cultural do país, como se observa no seguinte fragmento das Cartas chilenas: "Pretende, Doroteu, o nosso chefeerguer uma cadeia majestosa,que possa escurecer a velha famada torre de Babel e mais dos grandes,custosos edifícios que fizeram,para sepulcros seus, os reis do Egito.Talvez, prezado amigo, que imagineque neste monumento se conserve,eterna a sua glória, bem que os povos,ingratos, não consagrem ricos bustosnem montadas estátuas ao seu nome.Desiste, louco chefe, dessa empresa:um soberbo edifício levantadosobre ossos de inocentes, construídocom lágrimas dos pobres, nunca serve de glória ao seu autor, mas sim de opróbrio."

Tomás Antônio Gonzaga. Cartas chilenas

Todas as alternativas abaixo apresentam características desse estilo literário, presente nos versos acima citados, EXCETO:

a) Valorização do ideal da vida simples e tranqüila. b) Tendência ao discurso em forma de diálogo do eu poético com um interlocutor. c) Utilização de linguagem elegante, rebuscada e artificial. d) Intenções didáticas, expressas no tom de denúncia e sátira. e) Caracterização do poeta como um pintor de situações e não de emoções.

14. (UFSM-RS) "Tu não verás, Marília, cem cativostirarem o cascalho e a rica terra,ou dos cercos dos rios caudalosos,ou da minada serra. Não verás separar ao hábil negrodo pesado esmeril a grossa areia,e já brilharem os granetes de oiro no fundo da bateia."No trecho de Marília de Dirceu, expressões como "cem cativos", "rios caudalosos" e "granetes de oiro" remetem para: a) A profissão de minerador exercida por Dirceu. b) Uma atividade econômica exercida na época. c) O desagrado de Dirceu em relação à atividade do pai de Marília. d) Preocupações de Dirceu relativas à poluição dos rios. e) A prosperidade em que vivia o povo brasileiro.

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15. (Ufla-MG) Apresentam-se em seguida três proposições: I, II e III. I. O momento ideológico, na literatura do Setecentos, traduz a crítica da burguesia culta aos abusos da nobreza e do clero. II. O momento poético, na literatura do Arcadismo, nasce de um encontro, embora ainda amaneirado, com a natureza e os afetos comuns do homem. III. Façamos, sim, façamos, doce amada, Os nossos breves dias mais ditosos. A característica que está presente nesses versos de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, é o "carpe diem" ("gozar a vida"). Marque: a) Se só a proposição I é correta. b) Se só a proposição II é correta. c) Se só a proposição III é correta. d) se só são corretas as proposições I e II. e) Se todas as proposições são corretas.

16. (Ufla-MG) Leia os seguintes fragmentos de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga. Texto I "Verás em cima de espaçosa mesaAltos volumes de enredados feitos;Ver-me-ás folhear os grandes livros,E decidir os pleitos."

Texto II "Os Pastores, que habitam este monte,Respeitam o poder do meu cajado; Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja me tem o próprio Alceste."Responda: a) Em qual dos fragmentos o sujeito lírico é caracterizado de acordo com a convenção arcádica? b) Explique.

17. (UFV-MG) Sobre o Arcadismo, anotamos: I. Desenvolvimento do gênero lírico, em que os poetas assumem postura de pastores e transformam a realidade num quadro idealizado. II. Composição do poema Vila Rica por Cláudio Manuel da Costa, o Glauceste Satúrnio. III. Predomínio da tendência mística e religiosa, expressiva da busca do transcendente. IV. Propagação de manuscritos anônimos de teor satírico e conteúdo político, atribuídos a Tomás Antônio Gonzaga. V. Presença de metáforas da mitologia grega na poesia lírica, divulgando as idéias dos inconfidentes.

Considerando as anotações anteriores, assinale a alternativa CORRETA: a) Apenas I e III são verdadeiras. b) Apenas II e IV são falsas.c) Apenas II e V são verdadeiras. d) Apenas III e V são falsas.e) Todas são verdadeiras.

18. (PUC-MG)

19. (UFPE) "Basta senhor, porque roubo em uma barca sou ladrão, e vós que roubais em uma armada sois imperador? Assim é. Roubar pouco é culpa, roubar muito é grandeza. O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas que levam de que eu trato, são os outros... ladrões de maior calibre e mais alta esfera... Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos, os outros furtam debaixo de seu risco, estes sem temor nem perigo; os outros se furtam são enforcados, e o bucolismo estes furtam e enforcam."

Antonio Vieira. Sermão do bom ladrão.

"Que havemos de esperar, Marília bela?Que vão passando os florescentes dias?As glórias que vêm tarde já vêm

frias; E pode enfim mudar-se a nossa estrela. Ah! Não, minha Marília,Aproveite-se o tempo, antes que faça

O estrago de roubar ao corpo as forçasE ao semblante a graça."

Tomás Antônio Gonzaga. Lira XIV.

Sobre a obra desses autores, analise as afirmativas a seguir. I. A obra de Gonzaga é exemplar do Arcadismo. O tema dos versos acima é o “carpe diem” (gozar a vida presente), escrito numa linguagem amena, sem arroubos, própria do Arcadismo. II. Despojada de ousadias sintáticas e vocabulares, a linguagem arcádica, no poema de Gonzaga, diferencia-se da linguagem rebuscada, usada pelo Barroco. III. O texto de Vieira, sendo Barroco, está pleno de metáforas, de linguagem figurada, de termos inusitados e eruditos, sendo de difícil compreensão. IV. Vieira adota a tendência barroca conceptista que leva para o texto o predomínio das idéias, do raciocínio, da lógica, procurando adequar os textos religiosos à realidade circundante. Está(ão) correta(s) apenas:

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a) I, II e III.b) I.c) II.d) I, II e IV. e) II, III e IV.

20. (Ufal) Considerando-se a produção poética de Gregório de Matos e Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que ambos: a) Cultivaram o soneto, forma fixa pela qual exploraram temas e recursos poéticos próprios dos diferentes períodos e estilos literários que tão bem representaram. b) Cultivaram o soneto, pois valorizaram o mesmo estilo de época predominante no século XVII, quando essa forma fixa de poesia era considerada superior a todas as demais. c) Notabilizaram-se pela sátira, dirigida contra os mandatários da Coroa portuguesa responsáveis pela exploração econômica do açúcar e pela corrupção política na Bahia. d) Notabilizaram-se por um tipo de lirismo sentimental que já prenunciava o movimento romântico, influindo diretamente nas obras de Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. e) Notabilizaram-se pela idealização do amor e da natureza, esses dois elementos centrais para a lírica que

seguia os padrões e os valores do chamado estilo neoclássico.

21. (UEL-PR) A chamada atividade literária das primeiras décadas de nossa formação histórica caracterizou-se por seu cunho pragmático estrito, seja a circunscrita ao parâmetro jesuítico, seja a decorrente de viagens de reconhecimento e informação da terra. São representantes dos dois tipos de atividade literária referidos no excerto acima: a) Gregório de Matos e Cláudio Manuel da Costa. b) Antônio Vieira e Tomás Antônio Gonzaga. c) José de Anchieta e Gabriel Soares de Sousa. d) Bento Teixeira e Gonçalves de Magalhães. e) Basílio da Gama e Gonçalves Dias.

22. (Ufal) Considere as seguintes afirmações: I. Gregório de Matos e Tomás Antônio Gonzaga compuseram poesia lírica, mas o talento de ambos encontrou sua expressão máxima nas sátiras. II. Em Marília de Dirceu, o árcade mineiro buscou figurar um equilíbrio

entre a vida rústica e a cultura ilustrada. III. Cláudio Manuel da Costa confronta a paisagem bucólica idealizada com a de sua terra natal. Está inteiramente correto o que vem afirmado SOMENTE em a) I. b) II. c) III. d) I e II.e) II e III.

23. (UFPA) Tomás Antônio Gonzaga escreveu Marília de Dirceu, um dos mais conhecidos poemas de nosso Arcadismo. Leia duas estrofes da Lira I, da primeira parte do poema. “Eu, Marília, não sou algum vaqueiroQue viva de guardar alheio gado, De tosco trato, d`expressões grosseiro, Dos frios gelos e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leiteE mais as finas lãs, de que me visto.Graças, Marília bela, Graças à minha estrela!Irás a divertir-te na floresta, Sustentada, Marília, no meu braço;Aqui descansarei a quente sesta, Dormindo um leve sono em teu

regaço;Enquanto a luta jogam os pastores, E emparelhados correm nas campinas, Toucarei teus cabelos de boninas, Nos troncos gravarei os teus louvores.Graças, Marília bela, Graças à minha estrela!”

GONZAGA, Tomás Antônio. "Marília de Dirceu". É correto afirmar sobre as estrofes: (A) Ilustram não só preferências temáticas do Arcadismo, como o ideal de vida simples, o herói que se faz pela honradez e pelo trabalho, mas também o sentimento de transitoriedade da vida, que arrasta o poeta ao carpe diem (aproveitar a vida) horaciano. (B) Representam os temas do bucolismo, do fugere urbem (fuga da cidade), da áurea mediocritas (existência dentro da mediania), mas fogem do convencionalismo arcádico da linguagem simples, o que torna o poema artificial. (C) Apresentam a fina ironia de Gonzaga, o que liga o poema às Cartas Chilenas, escritas pelo autor, depois que estava preso, para ridicularizar o Visconde de Barbacena, feroz inimigo dos Inconfidentes. (D) Reiteram o nome de Marília nos estribilhos, mas, ao contrário do que

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pode parecer, esse recurso não imprime musicalidade ao texto, serve para enaltecer a mulher, vista, naquele momento, como elemento angélico e divinal, o que faz a poética de Gonzaga preceder o Romantismo. (E) Ilustram tópicos preferenciais do Arcadismo, como o locus amenus (lugar ameno), o ideal de vida simples, a pintura de cenas pastoris, e revelam os valores da classe burguesa, de então, presentes na preocupação econômica que o pastor enuncia.

24. (Ufam) Considerando, principalmente, o nome da musa inspiradora, somente um dos trechos abaixo foi escrito por Tomás António Gonzaga. Assinale-o. a) “Não sei, Marília, que tenho. Depois que vi o teu rosto, Pois quanto não é Marília,Já não posso ver com gosto. Noutra idade me alegrava, Até quando conversava Com o mais rude vaqueiro:Hoje, ó bela, me aborreceInda o trato lisonjeiro Do mais discreto pastor.” b) “Nilse? Nilse? Onde estás? Aonde espera Achar-te uma alma, que por ti

suspira; Se quanto a vista se dilata e gira Tanto mais de encontrar-te desespera!” c) “Eu vi a linda Estela e namorado Fiz logo eterno voto de querê-la; Mas vi depois a Nise e é tão bela, Que merece igualmente o meu cuidado. [ ]” d) “Uma, que às mais precede em gentileza, Não vinha menos bela do que irada:

Era Moema, que de inveja geme, E já vizinha à nau se apega ao leme.” e) Este lugar delicioso e triste, Cansada de viver, tinha escolhido Para morrer a miséria Lindóia. Lá, reclinada, como que dormia.”

25. (Ufam) Todas as características de estilo abaixo relacionadas pertencem ao Arcadismo, exceto: a) A defesa de uma função social para a literatura, que devia ter caráter didático. b) O retorno ao equilíbrio e à simplicidade dos modelos greco-romanos. c) O culto da teoria aristotélica da arte como imitação da natureza. d) A exaltação da vida campesina, com sua paisagem, seus pastores e seu gado.

e) O gosto pelo noturno, como forma de acentuar a atmosfera de mistério.

26. (UEL) Assinale a alternativa que

completa adequadamente a asserção:

O Romantismo, graças à ideologia

dominante e a um complexo

conteúdo artístico, social e político,

caracteriza-se como uma época

propícia ao aparecimento de

naturezas humanas marcadas por a. teocentrismo,

hipersensibilidade, alegria, otimismo e crença.

b. etnocentrismo, insensibilidade, descontração, otimismo e crença na sociedade.

c. egocentrismo, hipersensibilidade, melancolia, pessimismo, angústia e desespero.

d. teocentrismo, insensibilidade, descontração, angústia e desesperança.

e. egocentrismo, hipersensibilidade, alegria, descontração e crença no futuro.

27. (PUCCAMP)

"Cantor das selvas, entre bravas

matas

Áspero tronco da palmeira escolho,

Unido a ele soltarei meu canto,

Enquanto o vento nos palmares

zune,

Rugindo os longos, encontrados

leques."

Os versos acima, de Os Timbiras, de

Gonçalves Dias, apresentam

características da primeira geração

romântica: a. apego ao equilíbrio na

forma de expressão; presença do nacionalismo, pela temática indianista e pela valorização da natureza brasileira.

b. resistência aos exageros sentimentais e à forma de expressão subordinada às emoções; visão da poesia a serviço de causas sociais, como a escravidão.

c. expressão preocupada com o senso de medida; "mal do século"; natureza como amiga e confidente.

d. transbordamento na forma de expressão; valorização do índio como típico homem nacional; apresentação da natureza

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como refúgio dos males do coração.

e. expressão a serviço da manifestação dos estados de espírito mais exagerados; sentimento profundo de solidão.

28. (USC) A respeito do

Romantismo no Brasil, pode-se

afirmar que: a. sua ação nacionalista deu

origem às condições políticas que propiciaram a nossa Independência;

b. coincidiu com o momento decisivo de definição da nacionalidade e colaborou para essa definição;

c. espelhou sempre as influências estrangeiras, em nada aproveitando os costumes e a cor locais;

d. foi decisivo para o amadurecimento dos sentimentos nativistas que culminaram na Inconfidência Mineira;

e. ganhou relevo apenas na poesia, talvez por falta de talentos no cultivo da ficção.

29. (F.C.CHAGAS) O movimento

romântico, cujas origens estão na

Alemanha e na Inglaterra, adquiriu

na literatura brasileira um reflexo

extraordinário porque: a. nossas letras contavam, à

época, com artistas do talento de um Machado de Assis e de um Raul Pompéia;

b. coincidiu com o momento decisivo de definição da nossa nacionalidade e de valorização do nosso passado histórico;

c. prosperavam, entre nós, os sentimentos nativistas elevados ao mais alto plano estético, como demonstram os poemas "O Uruguai" e "Caramuru";

d. nosso complexo cultural de colonizadores encontrava na prosa intimista sua expressão mais adequada e natural;

e. nossos homens de letras e de ciências criaram teorias em que se demonstrava a flagrante superioridade do pensamento anglo-germânico sobre o de outros povos.

30. (FUVEST)

I - "Ah! enquanto os destinos

impiedosos

Não voltam contra nós a face irada,

Façamos, sim façamos, doce amada,

Os nossos breves dias mais ditosos

II -"É a vaidade, Fábio, nesta vida,

Rosa, que da manhã lisonjeada,

Púrpuras mil, com ambição

dourada,

Airosa rompe, arrasta presumida."

III- "E quando eu durmo, e o

coração ainda

Procura na ilusão da lembrança,

Anjo da vida, passa nos meus

sonhos

E meus lábios orvalha de

esperança!"

Associe os trechos acima com os

respectivos movimentos literários,

cujas características estão

enunciadas abaixo.

Romantismo: evasão e devaneio na

realização de um erotismo difuso.

Arcadismo: aproveitamento do

momento presente ("carpe diem").

Barroco: efemeridade da beleza

física, brevidade enganosa da vida. a. romantismo; II- arcadismo;

III- barroco;b. barroco; II- arcadismo; III-

romantismo;c. arcadismo; II- romantismo;

III- barroco;d. arcadismo; II- barroco; III-

romantismo;

e. barroco; II- arcadismo; III- romantismo.

31. (F.C.CHAGAS)

"Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras

Onde canta o sabiá."

Nestes versos de Gonçalves Dias,

escritos em Portugal, o poeta vive

um momento marcado por a. solidão, devaneio e

idealização nacionalista.b. melancolia, tédio e ironia;c. amor a Portugal, devaneio e

idealização nacionalista;d. saudades, ânimo satírico e

pessimismo;e. alívio, expectativa e

otimismo.

32. (VUNESP) Baseando-se na

leitura do texto de Álvares de

Azevedo, assinale a única alternativa

incorreta.

"Junto a meu leito, com as mãos

unidas,

Olhos fitos no céu, cabelos soltos,

Pálida sombra de mulher formosa

Entre nuvens azuis pranteia orando.

É um retrato talvez. naquele seio

Porventura sonhei doiradas noites.

Talvez sonhando desatei sorrindo

Alguma vez nos ombros perfumados

Page 9: REVISÃO DE BARROCO - 3º ANO

Esses cabelos negros, e em delíquio

Nos lábios dela suspirei tremendo.

foi-se minha visão. E resta agora

Aquela vaga sombra na parede

– Fantasma de carvão e pó cerúleo,

Tão vaga, tão extinta e fumarenta

Como de um sonho o recordar

incerto."

(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte

de "Idéias Íntimas". In: CÂNDIDO,

A. & CASTELLO, J. A. Presença da

Literatura Brasileira, vol.II, São

Paulo, Difusão Européia do Livro,

1968, p. 26).

Considerando os aspectos temáticos

e formais do poema pode-se vinculá-

lo ao segundo momento do

movimento romântico brasileiro,

também conhecido como "geração

do spleen" ou "mal do século." a. A presença da mulher

amada torna-se o ponto central do poema. Isso é claramente manifestado pelas recordações do eu-lírico, marcado por um passado vivido, que sempre volta em imagens e sonhos.

b. texto reflete um articulado jogo entre o plano do imaginário e o plano real. Um dos elementos, entre

outros, que articula essa contradição é a alternância dos tempos verbais presente/passado.

c. Realidade e fantasia tornam-se a única realidade no espaço da poesia lírica romântica, gênero privilegiado dentro desse movimento.

d. Apesar de utilizar decassílabo, esse poema possui o andamento próximo ao da prosa. Esse aspecto formal é importante para intensificar certo prosaísmo intimista da poesia romântica.

33. (PUC) Considerado pela crítica

brasileira o escritor mais bem dotado

de sua geração, Álvares de Azevedo,

além das poesias, deixou-nos que

obra de prosa narrativa? a. Conde Lopo;b. Macário;c. espumas Flutuantes;d. Noite na Taverna;e. Pedro Ivo.

34. (U.FORTALEZA)

"Eu deixo a vida como deixa o tédio

Do deserto, o poento caminheiro

– Como as horas de um longo

pesadelo

Que se desfaz ao dobre de um

sineiro."

Os versos acima exemplificam: a. a utilização de metáforas

grandiosas para expressar a indignação com as injustiças sociais que caracteriza a obra de Castro Alves;

b. a temática da procura da morte como solução para os problemas da existência em que se encontra em Álvares de Azevedo;

c. tratamento ao mesmo tempo irônico e lírico a que Álvares de Azevedo submete o cotidiano;

d. a presença da natureza como cenário para o encontro do pastor com sua amada, como ocorre em Fagundes Varela;

e. a exploração de ecos, assonâncias, aliterações em busca de uma sonoridade válida por si mesma, como se vê na obra de Castro Alves

35. (F.C.CHAGAS) A poesia

confessional e fantasiosa de Álvares

de Azevedo pertence a uma geração

romântica situada entre a de a. Gonçalves Dias e a de

Cláudio Manuel da Costa

b. Gonçalves de Magalhães e a de Gonçalves Dias;

c. Castro Alves e a de Cruz e Sousa;

d. Gonçalves Dias e a de Castro Alves;

e. Cláudio Manuel da Costa e a de Tomás Antônio Gonzaga.

36. (FEI) Numere a coluna da

esquerda, de acordo com a coluna da

direita, tendo em vista a poesia

romântica brasileira:

1. primeira geração

2. segunda geração

3. terceira geração

( ) abolicionismo

( ) condoreirismo

( ) autocomiseração exacerbada

( ) obsessão pela morte

( ) indianismo

( ) nacionalismo

Agora, escolha a alternativa que

apresenta a seqüência correta dos

numerais: a. 2 - 3 - 2 - 1 - 2 - 1;b. 1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3;c. 3 - 2 - 2 - 1- 2 - 2;d. 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1;e. 3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1;

Page 10: REVISÃO DE BARROCO - 3º ANO

37. (F.C.CHAGAS) A palavra de

Castro Alves seria, no contexto em

que se inseriu, uma palavra aberta à

realidade da nação, indignando-se o

poeta com o problema do escravo e

entusiasmando-se com o progresso e

a técnica que já atingiam o meio

rural. Esse último aspecto permite

afirmar que Castro Alves a. identifica-se aos poetas da

segunda geração romântica no que se refere à concepção da natureza como refúgio.

b. afasta-se, nesse sentido, de outros poetas, como Fagundes Varela, que o consideram o campo um antídoto para os males da cidade;

c. trata a natureza da mesma forma que o poeta árcade que o antecedeu;

d. antecipa o comportamento do poeta parnasiano que se entusiasma com a realidade exterior;

e. idealiza a natureza da pátria, buscando preservar a sua simplicidade e pureza, tal como Gonçalves Dias.

38.

"Agora, peço a você.

Ó caboclo brasileiro,

caboclo ainda cativo,

ler o 'Navio Negreiro'

para ficar informado

do passado cativeiro.

Era um navio maldito,

uma ave de rapina

voando a flor do oceano,

no bojo a gana a assassina

conduzia ouro humano:

a rapa negra era a mina.

Caboclo, não chore não,

não chora quando o poema

apertar-lhe o coração;

se não puderimpe ou gema

ou grite de indignação.

caboclo, este o dilema.

Depois leias as Vozes d'África

com a mesma indignação

contra os senhores de escravos,

ó caboclo do sertão,

o cativeiro de hoje

é o mesmo: cana e algodão."

39. (VUNESP) As quatro estrofes

acima constituem trecho de uma

obra, publicada em 1952, em que um

poeta modernista, autor do longo

poema "Invenção de Orfeu", conta à

maneira dos poetas populares das

feiras nordestinas, a vida e as

aventuras de um poeta do

romantismo brasileiro. Assinale nas

alternativas abaixo aquela que

contenha respectivamente: a temática versada

pelas estrofes acima; nome do poeta

romântico; título da primeira obra

deste poeta romântico; nome do poeta

modernista autor desse texto à moda de cordel.

I. temática regionalista; II- Gonçalves Dias; III- Primeiros Cantos; IV- Mário de Andrade.

II. temática amorosa; II- Álvares de Azevedo; III- Lira dos Vinte Anos; IV- Ferreira Gullar.

III. temática racial; II- Casimiro de Abreu; III- Primaveras: IV- Carlos Drummond de Andrade.

IV. temática urbana; II- Olavo Bilac; III- Tarde; IV- Oswald de Andrade.

V. temática de crítica social; II- Castro Alves; III- Espumas Flutuantes; IV- Jorge de Lima.

40. (FUVEST) "O primeiro

cearense, ainda no berço, emigrava

da terra da pátria. Havia aí uma

predestinação de uma raça?"

Eis aí uma reflexão sob a forma de

pergunta que o autor, ......, faz a si

mesmo com toda propriedade, e por

motivos que podemos interpretar

como pessoais, ao finalizar o

romance ........ .

Assinale a alternativa que completa

os espaços. a. José Lins do Rego -

Menino do Engenho;b. José de Alencar - Iracema;c. Graciliano Ramos - São

Bernardo;d. Aluísio Azevedo - O

Mulato;e. Graciliano Ramos - Vidas

Secas.

(FUVEST) Texto para as questões

41 e 43:

"Sua ambição literária era, contudo,

imensa e pode ser aferida, não só por

sua produção romanesca, como pelo

projeto gigantesco que delineara de

maneira bem significativa, na sua

indiscutidíssima introdução ao

romance Sonhos d'Ouro. Está fora

de dúvida que (o romancista)

considerava sua obra como fator

primacial da criação realmente

Page 11: REVISÃO DE BARROCO - 3º ANO

orgânica de nossa literatura".

(Eugênio Gomes).

41. (FUVEST) O romancista a que

se refere o crítico é: a. João Guimarães Rosa;b. Joaquim M. de Macedo;c. Bernardo Guimarães;d. José de Alencar;e. Manuel Antônio de

Almeida.

42. (FUVEST) Assinale a opção em

que vêm citadas obras do

romancista, objeto da questão

antecedente. a. Cortiço e Casa de Pensão;b. Fogo Morto e Banguê;c. A Moreninha e O Moço

Louro;d. Grande Sertão: Veredas e

Saragana;e. Senhora e O Guarani

43. (FUVEST) Lucíola e Senhora;

O Gaúcho, Sertanejo; e o Guarani e

As Minas de Prata representam na

obra de Alencar, de acordo com os

seus conteúdos e seus cenários,

romances de tipos, respectivamente: a. urbanos, regionalistas e

indianistas e históricos;b. documentais, sociais e

histórico-indianistas;c. europeus, nacionais e

indianistas;

d. psicológicos, documentais e folclóricos;

e. realistas, impressionistas e românticos.

44. (PUC) Nos romances Senhora e

Lucíola, José de Alencar dá um

passo em relação à crítica dos

valores da sociedade burguesa, na

medida em que coloca como

protagonistas personagens que se

deixam corromper por dinheiro.

Entretanto, essa crítica se dilui e ele

se reafirma como escritor romântico,

nessas obras, porque a. pune os protagonistas no

final, levando-os a um casamento infeliz;

b. justifica o conflito dos protagonistas com a sociedade pela diferença de raça: uns, índios idealizados; outros, brasileiros com maneiras européias;

c. confirma os valores burgueses, condenando os protagonistas à morte;

d. resolve a contradição entre o dinheiro e valores morais tornando os protagonistas ricos e poderosos;

e. permite aos protagonistas recuperarem sua dignidade pela força do amor.

45. (FUVEST) Entre as obras mais

comentadas do Visconde de Taunay

estão: O Encilhamento, A Retirada

da Laguna e, principalmente, o

romance: a. A Moreninha;b. Inocência;c. Clarissa;d. Rosa;e. A Escrava Isaura

(PUCCAMP) Da questão 46 a 48,

você vai usar o texto abaixo.

Texto crítico

"Embora seja importante indagar das

razões por que público brasileiro dos

anos de 1870 avidamente leu e com

entusiasmo aplaudiu "A Escrava

Isaura", razões que encontram o

principal motivo em onda então

crescente de sentimento

abolicionista – convenhamos em que

muito mais importante o

comportamento desse público é,

para a crítica, a natureza desse

romance.

Mesmo lido com simpatia, "A

Escrava Isaura" não resiste à crítica.

Seu enredo resulta em ser

inverossímil, tais e tantos são os

expedientes primários do Autor,

usados para conduzir por

determinados caminhos e para

desenlace preestabelecido: em

freqüentes ex-abruptos, mudam os

sentimentos dos protagonistas com

relação à bela e desditosa Isaura, e

assim de protetores se transformam

de pronto em pérfidos algozes,

servindo à linha dramática

premeditada pelo ficcionista; não

menos precipitada e artificialmente

se engendram e desenrolam as

situações ou episódios concebidos

sempre com a intenção de marcar

"passos" da via "crucis" da

desgraçada heroína, que, por fim,

mais arrastada pelo autor que pelas

forças do drama que vive, encontra

no alto do seu calvário, ao invés do

sacrifício final (o que teria dado ao

romance verossimilhança e força), a

salvação e a felicidade extrema.

Tão primário e artificial quanto o

enredo que domina a obra, dando-

lhe típica estrutura novelesca ou

romanesca, é, não digo a concepção,

mas o modo de conduzir

personagens: Isaura, Malvina, Rosa,

Leôncio, Álvaro, Belchior, André, o

Dr. Geraldo, Martim e Miguel, se

Page 12: REVISÃO DE BARROCO - 3º ANO

têm peculiaridades físicas e morais

que os caracterizam suficientemente

e os individualizam na galeria das

personagens da ficção romântica, se

ocupam posições bem "marcadas"

no palco dos acontecimentos,

decomposto em dois cenários (uma

fazenda de café da Baixada

Fluminense e o Recife), não chegam

contudo, a receber suficiente estofo

psicológico: daí a impressão que

deixam, não apenas de símbolos

dramáticos quase vazios, senão que

também títeres (vá lá a cansada

imagem) conduzidos pelo autor,

para esta ou aquela ação

indispensável, a seu ver, às suas

principais intenções".

(Antônio Soares Amora, "O

Romantismo", vol. II de A

Literatura Brasileira).

46. (PUCCAMP) Segundo o texto: a. "A Escrava Isaura"

consagrou-se como um bom romance por causa da aceitação que teve entre o público leitor de 1870.

b. "A Escrava Isaura" não é um bom romance porque o público leitor de 1870 o leu avidamente e o aplaudiu com entusiasmo.

c. O leitor deve ter muito cuidado ao ler ou aplaudir um romance, pois poderá consagrar uma obra medíocre.

d. "A Escrava Isaura" não é um bom romance para a crítica, embora o público o haja lido com entusiasmo, movido pelo sentimento abolicionista.

e. "A Escrava Isaura" não pode ser considerado um bom romance por causa do sentimento abolicionista.

47. (PUCCAMP) Antônio Soares

Amora diz-nos, no texto, que: a. a crítica, ao avaliar um

romance, baseia-se na natureza da obra e não simplesmente nas reações do público leitor;

b. a crítica ataca os romances que cativam a simpatia e o entusiasmo dos leitores;

c. Bernardo Guimarães, ao escrever seu romance "A Escrava Isaura", não se preocupou com a crítica e, sim, com a Abolição;

d. é muito difícil a crítica avaliar romances de grande popularidade e aceitação;

e. romance da natureza é para a crítica muito mais importante do que o

comportamento do público leitor.

48. (PUCCAMP) De texto

concluímos que: a. de tal modo os episódios de

"A Escrava Isaura" são dominados pela precipitação e artificialidade, que a ação resulta muito mais da inserção do Autor do que das forças do conflito;

b. a típica estrutura novelesca de "A Escrava Isaura" caracteriza-se pelo desenvolvimento do enredo, pela concepção das personagens e pelo desfecho;

c. em "A Escrava Isaura" o Autor vive um drama cujas forças o arrastam a um calvário onde encontra, em vez do sacrifício final, a sua felicidade;

d. a bela e desditosa Isaura muda os sentimentos dos protagonistas, levando-os ao sacrifício final, no alto do calvário;

e. para a heroína é muito mais importante encontrar a salvação e a felicidade extrema do que o sacrifício final, no alto do Calvário.

49. (ITA-SP) O tema do excerto

abaixo relaciona-se à representativa

tendência de um determinado estilo

literário. Assinale, então, a opção

cujos autores pertencem à tendência

e ao estilo em questão:

"Amei-te sempre: – e pertencer-te

quero

Para sempre também, amiga morte.

Quero o chão, quero a terra - esse

elemento

que não se sente dos vaivéns da

sorte." a. Casimiro de Abreu,

Visconde de Taunay, José de Alencar.

b. Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Junqueira Freire.

c. Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama.

d. Castro Alves, Gonçalves Dias, Manuel Antônio de Almeida.

e. Gregório de Matos, Padre Vieira, Bernardo Guimarães.

50. (UECE) Sobre José de Alencar é

correto afirmar: a. Focaliza, em suas

personagens, os traços mais objetivos dos caracteres,

Page 13: REVISÃO DE BARROCO - 3º ANO

em termos de paixões, virtudes e defeitos morais, pelos quais a sociedade é freqüentemente responsabilizada, como se vê, por exemplo, em Lucíola.

b. Alcança sua maior glória com o romance histórico, que lhe deu oportunidade de pesquisar fielmente o passado nacional e fugir da observação da vida contemporânea, cujo aspecto urbano sempre evitou retratar.

c. Mesmo sem abandonar definitivamente as soluções românticas para os problemas dos heróis, revelou grande capacidade de denunciar certos aspectos profundos da realidade social e individual, e, nesse sentido, pode ser considerado um precursor de Machado de Assis.

51. (FUVEST-SP) "A identificação

da natureza com o sofrimento

humano, a tragédia perene do

amante rejeitado, o jovem andarilho

condenado à vida errante em sua

curta eternidade, a solidão do artista.

E, enfim, a resignação e a

reconciliação – ressentidas um

pouco, por certo."

O texto acima enumera preferências

temáticas e concepções existenciais

dos poetas: a. barrocos.b. arcádicos.c. românticos.d. simbolistas.e. parnasianos.

52. (FUVEST-SP) Sobre o romance

indianista de José de Alencar, pode-

se afirmar que: a. analisa as reações

psicológicas da personagem como um efeito das influências sociais.

b. é um composto resultante de formas originais do conto.

c. dá forma ao herói amalgamando-o à vida da natureza.

d. representa contestação política ao domínio português.

e. mantém-se preso aos modelos legados pelos clássicos.

53. (UFES) A leitura de Lucíola, de

José de Alencar, revela a(o): a. preferência pelo uso de

regionalismos.

b. visão idealizada da mulher, mesmo em seus aspectos negativos.

c. sentimento indianista do autor.

d. preocupação em exaltar a natureza.

e. descrição materialista e carnal do amor.

54. (UFES) Em relação ao romance Lucíola, de José de Alencar, só não é correto dizer que:

a. analisa o drama íntimo de uma mulher, dividida entre o amor conjugal e a riqueza material.

b. é escrito em forma de cartas, que serão reunidas e publicadas pela senhora que aparece no texto.

c. narrado em 1ª pessoa retrata um perfil de mulher aparentemente mundana e frívola.

d. protagonista relata, através de sua visão romântica, a sina da prostituição de Lúcia.

e. autor revela aspectos negativos dos costumes burgueses do Rio de Janeiro de cem anos atrás.

55. (UFPR) Qual das informações

sobre José de Alencar é correta?

a. Alencar inaugurou a ficção brasileira com a publicação de sua obra Cinco minutos.

b. Alencar foi um romancista que soube conciliar um romantismo exacerbado com certas reminiscências do Arcadismo, manifestas, principalmente, na linguagem clássica.

c. Alencar, apesar de todo o idealismo romântico, conseguiu, nas obras Lucíola e Senhora, captar e denunciar certos aspectos profundos, recalcados, da realidade social e individual, onde podemos detectar um pré-realismo ainda inseguro.

d. A obra de Alencar, objetivando atingir a História do Brasil e a síntese de suas origens, volta-se exclusivamente para assuntos indígenas e regionalistas, sem incursões pelo romance urbano.

e. indianismo de José de Alencar baseou-se em dados reais e pesquisa antropológica, apresentando, por isso, uma imagem do índio brasileiro sem deformação ou idealismo.

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56. (UFSCar-SP) Na obra narrativa

de José de Alencar nota-se: a. que seus personagens são

marcados por profunda estrutura psicológica.

b. um anseio de evasão no tempo e no espaço animado por acentuado egotismo.

c. um grande menosprezo pelo colonizador branco e pela nobreza portuguesa.

d. menos precisão e menor participação emotiva no ato de escrever.

e. um total desligamento entre a realidade humana e a paisagem, que aparece apenas como cenário.

57. (CEETEPS-SP) José de Alencar

faz críticas às relações humanas na

sociedade carioca da sua época,

preocupada apenas com a ostentação

e o status que só o dinheiro confere.

Em três romances, o autor retrata

perfis de mulheres que, embora se

defrontem com os homens, em plano

de igualdade, são no final, redimidas

ou dominadas pelo amor. Trata-se

de: a. A escrava Isaura, Iracema,

D. Guidinha do Poço

b. Iaiá Garcia, Viuvinha, Inocência

c. Diva, Lucíola, Senhorad. Luzia-Homem, A

Moreninha, As asas de um anjo

e. A pata da gazela, Sonhos d'ouro, Leonor de Mendonça.

58. (UCP-PR) O desejo de morrer e

a sentimentalidade doentia são

características da poesia do autor de

Lira dos vinte anos. Trata-se de: a. Gonçalves Dias.b. Castro Alves.c. Gonçalves de Magalhães.d. Casimiro de Abreu.e. Álvares de Azevedo.

59. (PUC-RS)

"Era a virgem do mar! na escuma

fria

Pela maré das águas embaladas!

Era um anjo entre nuvens d'alvorada

Que em sonhos se banhava e se

esquecia!"

A estrofe demonstra que a mulher

aparece freqüentemente na poesia de

Álvares de Azevedo como figura: a. sensual.b. concreta.c. próxima.d. natural.e. inacessível.

60. (UFPA) Os poemas de Álvares

de Azevedo desenvolvem

atmosferas variadas que vão do

lirismo mais ingênuo ao erotismo,

com toques de ironia, tristeza,

zombaria, sensualidade, tédio e

humor. Estas características

demonstram: a. a carga de brasilidade do

seu autor.b. a preocupação do autor

com os destinos de seu país.

c. os aspectos neoclássicos que ainda persistem nos versos desse autor.

d. ultra-romantismo, marcante nesse autor.

e. aspecto social de seus versos.

61. (UFRN) Sobre Gonçalves Dias,

é correto afirmar: a. natural do Ceará, escreveu

obras indianistas como A Confederação dos Tamoios e Ubirajara.

b. poeta gaúcho, destacou-se, dentro do Romantismo, pela poesia lírica e sentimental como, por exemplo, Lira dos Vinte Anos e A Noite na Taverna.

c. poeta maranhense, um dos principais representantes do

Romantismo, escreveu poesias sentimentais e poemas de enaltecimento do índio como, por exemplo, Timbiras.

d. natural de Minas Gerais, foi um dos representantes do Pré-Modernismo ao escrever Inspirações do Claustro.

e. poeta paulista, pertencente ao Parnasianismo, ficou famoso com a obra Conferências Literárias.

62. (UFES)

"Minha terra não tem palmeiras...

E em vez de um mero sabiá,

Cantam aves invisíveis

Nas palmeiras que não há."

(Mário Quintana)

O texto deve ser considerado uma: a. reafirmação da estética

romântica e seus principais dogmas.

b. negação da estética romântica, questionando seu olhar que se detém mais na paisagem que no social.

c. paródia de um texto de Oswald de Andrade, que assim se inicia: "minha terra tem palmares/ Onde gorjeia o mar.".

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d. releitura crítica da célebre "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.

e. releitura não crítica das estéticas nacionalistas e sentimentalistas.

63. (FAU-SP) O indianismo de

nossos poetas românticos é: a. uma forma de apresentar o

índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça brasileira.

b. um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.

c. um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.

d. um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.

e. uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.

64. (U.F. Juiz de Fora-MG) Em

relação ao Romantismo brasileiro,

todas as afirmações são verdadeiras.

Exceto: a. expressão do nacionalismo

através da descrição de costumes e regiões do Brasil.

b. análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira.

c. desenvolvimento do teatro nacional.

d. expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas.

e. caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.

65. (OSEC-SP) A época romântica

caracteriza-se por ser: a. lusófoba e nacionalista.b. de influência somente

inglesa.c. ateia e influenciada pelo

positivismo.d. carente de bons poetas.

66. (FMABC-SP) Assinale a

alternativa em que se encontram três

características do movimento

literário ao qual se dá o nome de

Romantismo: a. predomínio da razão,

perfeição da forma,

imitação dos antigos gregos e romanos

b. reação anticlássica, busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação

c. anseio de liberdade criadora, busca de verdades absolutas e universais, arte pela arte

d. desejo de expressar a realidade objetiva, visão materialista do universo

e. preferência por temas medievais, rebuscamento de conteúdo e de forma, tentativa de expressar a realidade inconsciente.

67. (UNESP-SP)

"lá?

ah!

sabiá...

papá...

maná...

sofá...

sinhá...

cá?

bah!"

O poema acima, do poeta

contemporâneo José Paulo Paes,

alude parodisticamente ao poema: a. "Voz do poeta", de

Fagundes Varela

b. "As pombas", de Raimundo Correia

c. "Círculo vicioso", de Machado de Assis

d. "Canção do Tamoio", de Gonçalves Dias

e. nda

68. (UFRS) A produção de Álvares

de Azevedo é, no Brasil, a maior

expressão: a. do culto à naturezab. do cientificismoc. da arte pela arted. do culto ao "bom

selvagem"e. do mal-do-século.

69. (FMU/FIAM-SP) O homem de

todas as épocas se preocupa com a

natureza. Cada período a vê de modo

particular. No Romantismo, a

natureza aparece como: a. um cenário cientificamente

estudado pelo homem; a natureza é mais importante que o elemento humano.

b. um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua realização.

c. um cenário sem importância nenhuma; é apenas pano de fundo para as emoções humanas.

d. confidente do poeta, que compartilha seus

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sentimentos com a paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.

e. um cenário idealizado, onde todos são felizes e os poetas são pastores.