reverso 94 jornal do império

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Edição 94 Perfil Nerd Old School Como ser nerd no interior da Bahia entre as décadas de 1980 e 90 FERNANDO Caruso fala sobre universo Star Wars e o que espera do episódio VII Games em Livros e Filmes Entenda porque tantos jogos conhecidos estão indo parar no cimema e se tornando bestsellers Top Five Maiores vilões Seleção dos vilões por grau de vilania Lampião Verde O RPG que traz o Rei do Cangaço como super herói!

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Edição 94

P e r f i lNerd Old School Como ser nerd no interior da Bahia entre as décadas de 1980 e 90

F E R N A N D O Caruso

fala sobre universo Star Wars e o que espera

do episódio VII

G a m e s e m Livros e Filmes

Entenda porque tantos jogos conhecidos estão indo

parar no cimema e se tornando bestsellers

T o p F i v e Maiores vilões

Seleção dos vilões por grau de vilania

L a m p i ã oVerde O RPG que traz o Rei do Cangaço como super herói!

Edito:rial

De Volta Ao

< PassadoNo dia 21 de outubro de 2015

Marty Mcfly e o Dr. Emmert Brown chegaram com seu DeLorean em uma Hill Valley muito diferente. Eles estavam no futuro. Há 30 anos, no segundo filme da trilogia, o futuro imaginado por Robert Zemeckis, diretor de “De volta para o futuro”, possuía carros que voam, tênis que se ajustam sozinhos aos pés e skates flutuantes.

2015 virou presente e não demora a virar passado e com ele, nenhum des-ses apetrechos vistos por Mcfly e Dr. Brown. Na verdade, parece que ao contrário dos famosos personagens,

uma entrevista com o ator Fernan-do Caruso sobre Star Wars e uma matéria sobre um novo RPG com o cangaceiro Lampião de persona-gem principal que vem sendo pro-duzido aqui no Brasil. E em tem-pos de tantos heróis, falaremos da nossa classe favorita num top five bem polêmico: os maiores vilões da história.

Ajuste seus tênis, pegue seu Ho-verboard e prepare-se para essa viagem que preparamos para você!

Equipe Jornal do Império.

nós fizemos o caminho inverso e voltamos no tempo. Este ano foi marcado por estréias de novas ver-sões e/ou continuações de clássicos como Mad Max, Jurassic Park, Pol-tergeist e claro, pela grande espera pelo sétimo filme de Star Wars.

A segunda edição do Jornal do Império vem com essa mistura de passado e presente, onde trazemos uma pitada de nostalgia com o Per-fil de um nerd old school. Além disso, passeamos também por um limiar que consegue mesclar o an-tigo e novo, com uma reflexão so-bre o atual cinema de Hollywood e

Um produto

Exped:iente

Jornal do Império

> Rei:tor

Silvio Soglia

> Coordenadores:gerais

Péricles DinizRobério Ribeiro

> Editora:Chefe

Thielly Cristine

> Editor:Assistente

Lídio Gabriel

> Repor:tagem

Lídio GabrielThainá DayubeThielly Cristine

> Fotog:rafia

Thainá Dayube

> Arte :Sumar io

Thainá Dayube

> Diagra:mador

Uanderson Lima

> Revi :sor

UanDerson Lima P.S.: Contém imagens retiradas da internet

SUMáRIO

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Um Padawan no interior

“Pra você, o que é ser nerd?” Foi assim que comecei minha entrevista com o cine-asta cachoeirano Samir Suzart que disse: “É

complicado responder, porque não é algo como ‘quero ser nerd’ ou ‘vou ser nerd hoje’ e ai você amanhece, toma um chá e vira nerd. É um acúmulo de coisas, situações e afini-dades que você tem com uma cultura ou movimento que você se identifica.”

Samir nasceu em 1982, em Cachoeira, interior da Bahia e desde muito novo se iniciou neste universo. A responsá-vel por isso foi sua mãe, Helena Suzart, que lhe apresen-tou livros e desenhos animados dos quais ele é fã até hoje, como Thundercats.

A vivência nerd no interior não é algo fácil hoje em dia quem dirás entre as décadas de 80 e 90. Como conseguir os últimos volumes dos quadrinhos? Como assistir aquele filme que lançou agora? Como participar de eventos? Sa-mir viveu todos esses dilemas na sua juventude, ainda com o acréscimo de viver sem internet naquela época. Segundo ele, a banca de revista – única na cidade – era o ponto onde ele podia encontrar algumas coisas, como as HQs e revistas sobre assuntos que lhe interessavam - outros objetos como seus colecionáveis só vie-ram fazer parte da sua coleção bem mais tarde.

Old School na era touchSamir é um nerd que viveu numa época de

transição de tecnologias, desde os botões até a tecnologia touch, e para ele, a maior diferença de ser um nerd há uns 20 anos atrás e agora é a internet. Quando mais jovem, era muito mais difícil para ele ler e colecionar quadrinhos e hoje essa leitura pode ser feita em compu-tadores, tablets, celulares; em sites espe-

cializados em scans. Mas, mesmo conhecendo essa facilidade, Samir não abre

mão das HQs em formato físico; ele acha importante esse contato com a obra e valoriza toda a magia de pegar, obser-var os desenhos e ter na sua estante. Por outro lado, ele tam-bém aproveita dessa modernidade, como poder ter todos os episódios de uma série ou vários filmes em seu pen drive ou HD.

Nerd Old School x Nerd atual A cultura nerd ultimamente anda tendo enorme visibili-

dade e a todo momento saem filmes, jogos, séries e objetos direcionados a esse público. Para alguns, todo esse boom não é visto com bons olhos, eles acreditam que toda essa facili-dade de “se tornar” nerd superficializa o universo, mas para Samir, toda essa produção é ótima.

Ele conta das dificuldades que enfrentou para ter acesso as coisas que queria e que fica muito feliz com toda essa facili-dade atual. Para ele, quanto mais coisas forem disponibiliza-das no mercado, nas redes e nos eventos, melhor.

Outra grande diferença de antes para agora é a questão da socialização gamer. Hoje é muito fá-cil se ter um console, jogos para PC ou instalar apps no celular, mas, há alguns anos, não era assim e os nerds que gostavam de jogar muitas vezes se reuniam nos fliperamas ou na casa de amigos para campeonatos e troca de jogos.

Para Samir, hoje em dia essa vivência anda cada vez mais difícil. O sentido de jogar

junto andou sendo modificado e ao invés das pessoas se reunirem para

algumas partidas, elas jogam online. Ele conta que apesar

de jogar online, não perde a oportunidade de chamar seus amigos para jogarem e conversarem em sua casa.

Há muito tempo atrás, num interior muito distante....

Thainá Dayube.

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O cinema comercial hollywoodiano passa por um momento delicado. A maioria – quase totalidade – das grandes produções, são hoje,

fruto de algum tipo de adaptação, remake, reboot ou continuação de franquias de sucesso.

Essa atitude está longe de ser condenável, afinal, o cinema já fez uso desse artifício inúmeras vezes no de-correr de sua história. Viagem à Lua (1902), o primei-ro filme de ficção científica, foi uma adaptação de um livro de Júlio Verne; O Vento Levou (1939), Dr. Jiva-go (1965), Laranja Mecânica (1971), Clube da Luta (1999), O Senhor dos Anéis (2001) e outros grandes filmes, foram adaptados da literatura. Ben-Hur, épico de 1959 com Charlton Heston, foi um remake dum filme dos anos 20, que por sua vez foi uma adaptação de um romance escrito em 1880. O fato dessas obras não serem originais não tira seus méritos.

No entanto, o cinema comercial de Hollywood está cada vez mais pautado por esse tipo de ação. A frequên-cia com que são lançados filmes desse tipo, é absurda. Todos os anos, o calendário de lançamentos tem menos obras originais, e se falarmos aqui, somente de filmes blockbusters, a situação se agrava ainda mais.

A indústria não aposta tanto em projetos inovadores e colocam todas as suas fichas em filmes que assegurem o seu investimento, são aqueles com um público já garan-tido; é o caso das adaptações de quadrinhos, best-sellers e franquias famosas. Os grandes lançamentos de 2015 ilustram bem essa situação: Jurassic World, Velozes e Furiosos 7, Vingadores: Era de Ultron, O Extermina-dor do Futuro: Gênesis, Mad Max: Estrada da Fúria, Star Wars VII: O Despertar da Força, Jogos Vorazes: A Esperança - Final entre outros.

Em 2014, somente Interestelar, de Christopher No-lan, tinha um roteiro original entre as maiores arreca-dações do ano. Nolan é um dos poucos diretores que nadam contra a corrente e têm a capacidade de criar trabalhos incomuns, autorais, e lança-los no grande cir-cuito, como fez também com A Origem (2010).

Então Hollywood perdeu a criatividade? Não. De

fato, no cenário comercial está mais difícil ver filmes desse tipo, mas ainda existem produções com orça-mentos muito menores que alcançam certo destaque: Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), Boyhood, Wiplash, O Grande Hotel Budapeste, O Abutre, são filmes com premissas espetaculares e que ganharam destaque na premiação do Oscar do ano pas-sado. Volta e meia, Quentin Tarantino também aparece com filmes interessantes e com um olhar bem original. No entanto, esses filmes não têm a abrangência e a arre-cadação dos grandes blockbusters hollywoodianos, que por sua vez, não têm essa característica de originalidade.

Filmes como, Avatar (2009), Distrito 9 (2009), Gla-diador (2000), Gravidade (2013), serão mais difíceis de ver, a não ser que sejam continuações dos mesmos. Contudo, a Walt Disney Pictures, lançou esse ano um blockbuster que surpreendeu por causa de sua propos-ta. Tomorrowland, dirigido por Brad Bird (Os Incrí-veis) e roteirizado por Damon Landelof (Lost) é um filme de ficção científica com uma pitada adolescente, que usa muito bem os efeitos especiais e não esquece de elaborar um bom roteiro. Mas, apesar de ter elemen-tos inéditos e um trabalho de criação extraordinário, o longa não conquistou o público, por consequência, o estúdio não teve um bom retorno do seu investimento, que segundo o The Hollywood Reporter, foi de US$ 190 milhões.

O público já está se condicionando a assistir somen-te os filmes formatados que a indústria propaga. Com isso, o gênero de super-heróis nunca foi tão forte, fran-quias adolescentes – saídas da fôrma – surgem a torto e a direito, as que estão morrendo têm sido esticadas até o seu limite, e as que já morreram estão sendo ressuscita-das – é o caso do mundo de Harry Potter, que terá uma nova trilogia: Animais Fantásticos e Onde Habitam. É preciso lembrar que algumas histórias se esgotam, al-guns gêneros perdem a relevância. E o que vai acontecer se a indústria estiver dependente deles? Só resta esperar para ver....

Lídio Gabriel.

O cinema hollywoodiano e a falta de inovações

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Um homem que consegue um anel mágico capaz de lhe dar super poderes: essa premissa lhe pare-ce familiar? Pois errou se está pensando no clássico

herói da DC Comics, Lanterna Verde. Estamos falando é de Lampião! Sim, Virgulino Ferreira da Silva, um dos mais conhecidos personagens da nossa cultura está virando personagem de RPG nas mãos da equipe paraibana do estúdio Narsvera.

O game se chama “Lampião Verde – A maldição da Botija” e a história

se contextualiza assim: Lampião res-gata uma botija mágica e ganha poderes e

também uma maldição. Assim, ele terá que en-frentar seus erros do passado, se redimir e salvar o Sertão Profundo. De fato, o pontapé inicial

para a história do jogo foi uma paródia do Lanter-na Verde, mas Lampião tem seu próprio universo, todo criado a partir das lendas regionais.“Aqui no Nordeste, concebemos dois “Lampiões”,

um que está nos livros de História, sem virtudes, bandido, etc; mas há também um outro Lampião, que pertence à Fantasia, que conhecemos através da literatura de cordel, do cancioneiro, no geral, das histórias que ouvimos dos nossos avós e tios. Nos apropriamos desses dois personagens como se fos-sem um só, trazendo como conflito para o Lam-pião Fantástico, os supostos arrependimentos do Lampião Histórico. Assim, nossa história, é uma jornada pela redenção da alma do Lampião” afir-ma Rubem Medeiros, diretor do estúdio Narsvera.

O game está sendo produzido de forma indepen-dente e está com uma campanha de financiamento no Kickante; a equipe conta apenas com seis pes-soas. Segundo Rubem as duas maiores dificulda-des são essa pequena quantidade de pessoas para

Lampião VerdeO RPG brasileiro que traz para os gamers toda a magia do Sertão.

A maldição da Botija

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Lampião VerdeO RPG brasileiro que traz para os gamers toda a magia do Sertão.

A maldição da Botija

a grande demanda de trabalho que produzir o game exige e também se fa-zer notado, mesmo sendo um pequeno estúdio indie.

Bois-bumbá, Bonecos de Olinda, fauna e flora típica da re-gião e maracatu e baião como trilha sonora compõem o universo do jogo, que se passa no Sertão Profundo. “Apesar do jogo ter um perfil que funde a cultura regional ao universo pop de quadri-nhos e heróis, os personagens que vão dar vida ao jogo são muito inspirados em personagens do nordeste, como o Cego Cantador, Maria Bonita, Homem da Meia-noite, Carrancas do São Francisco, Caboclos de Lança”, conta o diretor.

As mulheres também se farão presentes no universo, com toda sua fortaleza e sabedoria. Maria Bonita tem um papel fundamental da condução da história e “o Sertão Profundo é habitado por mulheres muito bra-vas, assim como o mundo de fora, como chamamos, também o é”, diz Rubem.

A produção de games no Brasil é ampla e vem cres-cendo cada vez mais, porém, muitas delas focam no mercado internacional e esse ponto é exatamente o que motivou a equipe a fazer “A Maldição da Botija” e também é o que vem dando destaque a eles.

O RPG inicialmente sairá para PCs e MACs e fu-turas expansões não são descartadas pela equipe, que antes precisa ver a aceitação do público nas platafor-mas iniciais para migrar para consoles, por exemplo. Já sobre mobiles Rubem conta: “pautado no universo que criamos, é muito difícil que “A Maldição da Bo-tija” possa ser portada para mídias móveis, mas já te-mos em mente fazer outros jogos menores para outros dispositivos móveis explorando outros personagens, mecânicas, partes do mundo, e estéticas que resultam dessa primeira investida.”

Mais informações sobre o game e o financiamento coletivo em: facebook.com/lampiaoverdegame

Mapa Parcial do RPG

Imagens: Divulgação/ NARSVERA

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Para todo mocinho um vilão. Aquele que vai estragar sua felicidade e trazer o caos e a desordem para sua vida e cidade, aquele que tentará insistentemente

desmascará-lo e, por que não, eliminá-lo.

Os vilões, na realidade são seres injustiçados, gênios da es-tratégia que defendem seus próprios ideais e são comunicado-res por excelência (afinal é preciso uma lábia gigantesca para atrair seguidores).

Os MaiOres VIlõeS

Da HisTóriA(dos quadrinhos, do cinema e dos livros) Thielly Cristine.

SauronO antagonista da saga de Senhor dos anéis. Viveu na Terra Média

onde foram forjados três anéis de poder para os Reis-Elfos, sete para os Senhores-Anões e nove para os Homens Mortais. Mas Sauron não gostou de ser excluído disso e forjou um anel de poder para si mesmo: “um anel para a todos governar, um anel para encontrá-los, um anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los”. Mas Sau-ron pensou novamente: “Opa, tá pouco” e não satisfeito com esse anel, decidiu que queria todos os outros e, assim, tomar o mundo com a escuridão... Obviamente isso resultou uma guerra que matou milhares. Mesmo após sua “destruição” o seu anel de poder vagou pela Terra Média até que chegou as mãos de Frodo Bolseiro, que foi incumbido de levar o anel para a montanha da perdição onde ele poderia ser definitivamente destruído. Não preciso nem dizer que o pequeno Hobbit penou no processo, sendo perturbado de todas as formas possíveis, né?

VOLDEMORTTom Marvolo Riddle, também conhecido como Você-Sabe-

-Quem, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, Lord das trevas e Voldemort, é o vilão icônico da saga de Harry Potter. Estudante prodígio da casa Sonserina, Tom aparentava ser um estudante ex-tremamente educado e bonito, quando na realidade estava escon-dendo sua face cruel, arrogante, sádica, manipuladora, sociopata e megalomaníaca. Tão cruel que dividiu a própria alma em sete partes só para garantir que não morreria e atingiria sua meta de vida; livrar o mundo bruxo dos sangues ruins e, é claro, matar o mocinho da história: Harry Potter.Aviso: qualquer semelhança com Adolf Hitler não é mera

coincidência.

CoringaCoringa é um dos maiores vilões dos quadrinhos. O personagem

é arqui-inimigo de Batman. Ao contrário dos outros dois vilões já apresentados, Coringa é um sujeito “comum”, sem nenhuma habilidade sobre-humana, e talvez por isso sua maldade seja até mais malvada do que a de outros vilões! Ele apresenta uma inte-ligência genial, além de ser um ótimo estrategista. Possui grandes conhecimentos em química e outras ciências, o que leva a sua mais célebre arma: o Gás do Riso, um veneno que, inalado, leva a vítima à morte quase instantânea. A fixação de Coringa em seu rival ren-deu ao Homem-Morcego grandes traumas, como deixar paralítica a Batgirl Barbara Gordon e matar o Robin Jason Todd, além da esposa do Comissário Gordon.

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VOLDEMORTTom Marvolo Riddle, também conhecido como Você-Sabe-

-Quem, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, Lord das trevas e Voldemort, é o vilão icônico da saga de Harry Potter. Estudante prodígio da casa Sonserina, Tom aparentava ser um estudante ex-tremamente educado e bonito, quando na realidade estava escon-dendo sua face cruel, arrogante, sádica, manipuladora, sociopata e megalomaníaca. Tão cruel que dividiu a própria alma em sete partes só para garantir que não morreria e atingiria sua meta de vida; livrar o mundo bruxo dos sangues ruins e, é claro, matar o mocinho da história: Harry Potter.Aviso: qualquer semelhança com Adolf Hitler não é mera

coincidência.

CoringaCoringa é um dos maiores vilões dos quadrinhos. O personagem

é arqui-inimigo de Batman. Ao contrário dos outros dois vilões já apresentados, Coringa é um sujeito “comum”, sem nenhuma habilidade sobre-humana, e talvez por isso sua maldade seja até mais malvada do que a de outros vilões! Ele apresenta uma inte-ligência genial, além de ser um ótimo estrategista. Possui grandes conhecimentos em química e outras ciências, o que leva a sua mais célebre arma: o Gás do Riso, um veneno que, inalado, leva a vítima à morte quase instantânea. A fixação de Coringa em seu rival ren-deu ao Homem-Morcego grandes traumas, como deixar paralítica a Batgirl Barbara Gordon e matar o Robin Jason Todd, além da esposa do Comissário Gordon.

HannibalO comportamento assassino do canibal Hannibal Lecter foi

mostrado pela primeira vez em 1991, no filme O Silêncio dos Inocentes. O vilão é capaz de causar, ao mesmo tempo, fascinação e repúdio ao público. A primeira vítima de Han-nibal é Mason Verger, onde o vilão entorpece Verger e após pancada na nuca que o deixa tetraplégico; e não satisfeito, dá sua cabeça aos cães mantidos em cativeiro e privados de ali-mento. Incrivelmente Mason Verger sobrevive, tetraplégico e deformado facialmente. Preso graças a acusações de nada mais, nada menos do que canibalismo, Hannibal recebe visi-tas da agente do FBI Clarice Starling, que investiga o caso de outro serial killer. Ela acredita que Hannibal pode ajudá-la a entender o perfil psicológico do psicopata. Afinal quem é melhor do que um psicopata para entender outro?

É claro que existem outros vilões icônicos de outras sagas e universos que valem ser lembrados, como o The Master de Doctor Who que, sempre que se esbarram entre o tempo e espaço, busca di-ficultar a vida do Doctor ou Kilgrave, antagonista de Jessica Jones, que se diz apaixonado pela moça, mas não tem nenhum escrúpulo ao controlar a mente de quem cruza seu caminho de uma forma totalmente perversa.

Para finalizar essa lista, analisamos os maiores vi-lões em termos de malevolência, sociopatia, per-versidade, sadismo, crueldade, selvageria, desuma-nidade, psicopatia e, porque não, travessuras e já decidimos o campeão.

Darth VaderDarth Vader é considerado o pai da vilania. É o pro-

tagonista e antagonista da série de filmes Star Wars. Outrora, Vader foi conhecido como Anakin Skywalker, o garoto prodígio dos Jedi. Na esperança de salvar sua esposa Padmé Amidala, que possivelmente morreria durante o parto de seus filhos seguindo suas próprias previsões, junta-se ao lado negro da força após matar o Mestre Jedi Mace Windu, tornando-se assim, apren-diz do malévolo Darth Sidious. Uma vez seduzido pelo lado negro da força, Anakin, (agora Darth Vader) es-quece completamente que deveria salvar sua esposa e passa a se preocupar apenas consigo mesmo: resolve matar os outros Jedi, inclusive os mini Jedi (os padawa-ns) e no ápice de sua loucura usa a Força para enforcar Padmé, por ciúmes.

E depois disso não teve mais volta meus caros, Lord Vader transpirava poder, domínio, autoconfiança, as-sertividade e determinação. Usando estes atributos para o mal, combinados com seu traje negro e sua voz amea-çadora, Vader provocava em todos um profundo terror mesclado à uma boa dose de admiração.

Níve

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Vil

ania

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A tor, humorista, nerd e apaixonado por Qua-drinhos. Sim, estamos falando do Fernando Caruso. O ator que dubla o vilão Agente

Kallus na série Star Wars Rebels, anda sempre por den-tro do que acontece na cena nerd e podemos acom-panhá-lo através do podcast Podcrastinadores, do site Abacaxi Voador, onde também escreve na coluna Ca-verna do Caruso.Caruso estava na primeira edição da Jedicon Bahia,

participando da abertura com o painel “O despertar da Força” e também de um Talkshow. Batemos um papo com o ator sobre sua paixão sobre Star Wars, confira abaixo:Jornal do Império: Como começou sua relação com

o universo Star Wars?Fernando Caruso: Começou com a remasterização

do filme em 97 quando eles botaram os filmes todos no cinema novamente, eu até então não era tão fã e quando vi no cinema, fiquei encantado. E aí, comecei a buscar mais coisas, como livros e quadrinhos e conheci o pessoal do Conselho Jedi do Rio de Janeiro, partici-pei da primeira Jedicon em São Paulo e fui mantendo contato.JDI: Como tem sido a experiência de dublar um per-

sonagem do universo Star Wars?FC: É um sonho. Até hoje quando a Disney liga pra

pedir um horário pra gravar, é sempre um dia de traba-lho muito feliz. Cada vez que eu chego eu tenho acesso a uns pedacinhos de informações da série, é muito em-polgante. Eu vou trabalhar como fã até hoje.JDI: O que você acha dos materiais de expansão que

têm saído ultimamente?FC: Eu acho legal. Me lembro muito da época em que

eu assistia os filmes lá na época da remasterização e eu gostava muito e só tinha os filmes pra ver, então, eu fi-cava nessa carência. Eu queria muito ler os livros, mas a editora que tinha não tinha republicado e você tinha que catar na gringa e são muitos, pra você saber por onde começar é difícil. Então, agora a Aleph que ta lançando tudo bonitinho, com as capas até mais bonitas que as originais e eu acho ótimo a gente ter isso aqui, porque o Brasil era um ponto cego nesse sentido, a gente tinha que comprar tudo importado, então, acho maneiro a gente ter isso aqui.JDI: E qual desses materiais de expansão você mais gos-

ta?FC: Eu gosto mais dos HQs, porque é a minha paixão,

então meu primeiro contato com o universo expandido foi nos quadrinhos mesmo. Ainda acompanho a série Le-gacy, que sai pelos quadrinhos da Dark Horse então tô completando essa aí e fico sempre tentando acompanhar.JDI: Quais são suas expectativas para esse novo filme?FC: Cara, minha expectativa ta alta, mas, eu sempre

fico com o pé atrás, porque a gente se feriu muito emo-cionalmente nos prequels, mas, por outro lado eu confio muito no J.J. Abrams. Gostei muito do trabalho que ele fez com Star Trek e eu sei que ele é muito fã então eu acho que ele vai tá com muito cuidado fazendo o tra-balho. O que eu sempre repito pra mim mesmo é que na pior das hipóteses, a gente vai ter a trilha do Jhon Williams então, qualquer coisa a gente fecha os olhos e curte o filme.

Fernando Caruso: star Wars em Filmes, quadrinhos, livros e as expeCtativas para o

episodio vii Thainá Dayube.

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Industria de games desperta interesse na Literatura e no Cinema

A indústria de games evoluiu muito nos últimos 20 anos. Os jogos ficaram cada vez mais realistas, seus personagens mais complexos e sua produção passou a envolver o investimento de milhões de

dólares. Segundo matéria do Estadão, em 2015, o fatura-mento chegou a US$ 74,2 bilhões, ultrapassando a indús-tria cinematográfica e musical juntas. Por causa desse ritmo crescente, outras mídias viraram sua atenção para o sucesso do mundo dos games e aproveitaram para tirar uma “cas-quinha”.A literatura e principalmente o cinema investem em adap-

tações de jogos em uma escala cada vez maior. Algumas franquias como: Assassin’s Creed, God of War, Resident Evil, Diablo, Halo, World Of Warcraft, Uncharted, Mass Effect e Need For Speed, ganharam suas versões na literatura e no cinema. A série de livros Assassin´s Creed, lançada no Brasil pela Ga-

lera Record, chegou a ter três sequências no mesmo ano, em 2012. Hoje, ela já tem 5 livros lançados no Brasil e 7 nos Estados Unidos. O autor Anton Gill (sob o pseu-dônimo de Oliver Bownden) afirmou em diversas entrevistas que a Ubisoft lhe deu total liberdade de criação, e mesmo assim, a série de livros fica clara-mente engessada nos plot’s dos games. A indústria do cinema faz adaptações de jogos a

mais tempo que a literatura. A primeira a ir para a telona foi Super Mario Bros (1993), que não teve nem sucesso de público, nem de crítica. Além de mal dirigido, o roteiro do lon-ga era baseado em uma ideia um tanto confusa. O filme justificava a existên-cia dos monstros antagonistas, por meio de uma dimensão paralela, cria-da a partir da queda do meteoro que dizimou os dinossauros a milhões de anos. Confuso? Pois é, o resultado não poderia ser pior. O investimento foi de US$ 42 milhões e arrecadou por volta de US$ 20 milhões.Seguindo com as adaptações,

Hollywood achou em Resident Evil (2002) seu maior sucesso. Pelo menos comercial. A fran-quia já arrecadou mais de US$ 900 milhões em 5 filmes, o sexto está previsto para 2017. Apesar de no começo a fran-quia de filmes se levar a sério, como um pós-apocalíptico zumbi, ela acabou mudan-do e se tornou um filme B, justificando a diversão mais pelo tosco e bizarro de suas cenas, do que pelas

histórias ou atuações.Em 2016, está prevista a estreia de dois filmes inspirados

nos games. Assassin’s Creed e Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos. Este último é visto com muito otimismo pelo público ligado ao game. Sua produção envolveu o inves-timento de US$ 100 milhões. Dirigido por Duncan Jones, o mesmo de Lunar (2009) e Contra o Tempo (2011), o longa já tem as gravações avançadas e até trailer lançado.Um dos motivos para as adaptações é que o público gamer,

supostamente, gostaria de ver seus jogos preferidos na telona. No entanto, os filmes já dividem muito as opiniões nesse ce-nário. O corretor turístico, Naum Menezes, diz que aguarda ansiosamente qualquer produção cinematográfica relacionada ao mundo dos games. Para ele, somente algumas falharam no seu propósito, mas a maioria o agrada. Já o seu primo, Lucas Menezes, estudante, acha que os filmes não são bons. Mas admite que eles têm um papel muito importante na divulga-ção dos jogos, “passei a jogar muitos deles só depois que vi os

filmes”.O designer Rafael Bacellar, acha que os filmes não tiveram muita sorte até agora, apesar de achar o Prín-cipe da Pérsia [maior arrecadação de adaptações de games, US$ 336 milhões] um filme muito bom. Para ele, os filmes são decepcionantes e ruins, basi-camente por erros dos envolvidos nos projetos. Por isso, vê os próximos filmes com muito otimismo, “eles têm uma grande chance de consertar os erros

das adaptações anteriores” e espera que outros jogos que ele admira sejam levados a telo-

na, como The Witcher e God Of War.Apesar das semelhanças, os games

e os filmes são produtos diferen-tes, que geram experiências dis-tintas. Alguns jogos têm premissas muito parecidas com as produções hollywoodianas, mas eles exigem mais dos seus consumidores. Nos jogos, os fãs podem se envolver por horas e se tornar o herói da-quelas histórias, já no cinema, a experiência é mais contemplati-va (mesmo que os bons filmes sobrevivam por muito tempo depois de assistido em conver-sas e discussões). Os projetos cinematográficos deveriam ter um enfoque maior na obra em si do que somente no retorno financeiro. Para po-der assim, agradar tanto ao público geral quanto os fãs, que fazem com que esse gênero tenha relevância.

Lídio Gabriel.

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