reunião final da comissão para definição da classe média no brasil

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Reunião final da Comissão Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média para Definição da Classe Média no Brasil no Brasil São Paulo, maio de 2012. São Paulo, maio de 2012.

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Apresentação contendo a base conceitual e a metodologia utilizadas para a definição da nova classe média brasileira. Reunião, ocorrida em São Paulo em 29 de maio de 2012, com presença do ministro da SAE/PR, Moreira Franco; o subsecretário de Ações Estratégicas da SAE/PR, Ricardo Paes de Barros e comissão de especialistas para avaliação dos critérios de identificação da nova classe média brasileira.

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Page 1: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Reunião final da ComissãoReunião final da Comissãopara Definição da Classe Médiapara Definição da Classe Média

no Brasilno Brasil

São Paulo, maio de 2012.São Paulo, maio de 2012.

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Missão da Comissão

Busca de uma definição

Empiricamente prática (possível de ser implantada com o tipo de informação tipicamente disponível),

Fidedigna (baixos erros de inclusão e exclusão),

Bases conceitual e metodologicamente sólidas e

De fácil compreensão.

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Adequação do uso do termo classe média.

Preferência por critério unidimensional.

Boa aceitação e facilidade do uso da renda.

Dada a escolha pela renda, precisamos definir os pontos de corte superior e inferior da classe média.

Mesmo adotando a renda para definir classe média,podemos usar outro critério para definir os cortes.

Escolha do critério em função do objetivo de formulação de políticas públicas.

Orientações da Comissão de Avaliação

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Distribuição da renda domiciliar per capita

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Rend

a pe

r cap

ita

(R$/

mês

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Percentil (%)

Distribuição da renda domiciliar per capita

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Ano

Evolução do tamanho da classe média quando os limites utilizados são o valor real do 1o e 3o quartil da distribuição de 2009:

Brasil, 2001-2009

Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 a 2009.Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 a 2009.

Page 7: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Há basicamente 3 maneiras de definirmos os pontos decorte na renda:

1. Como a renda é alocada (padrão de despesa dasfamílias);

2. Como a renda é composta (renda do trabalho, rendade transferências e outros rendimentos);

3. Expectativas sobre a renda futura (vulnerabilidade).

Principais opções

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Preferência do Grupo Técnico: vulnerabilidade.

Vantagem: guarda relação com a possibilidade de visão prospectiva e capacidade de planejamento.

O grau de vulnerabilidade é definido operacionalmente pelaprobabilidade de queda à condição de pobreza (renda percapita menor que R$140) em algum momento dos próximos5 anos, dada a renda familiar per capita inicial.

Escolha do Grupo Técnico

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Distribuição da população (%)

Grau de vulnerabilidade medido pela probabilidade de vir a ser pobre em algum momento ao longo dos próximos cinco anos

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Distribuição da população (%)

Grau de vulnerabilidade medido pela probabilidade de vir a ser pobre em algum momento ao longo dos próximos cinco anos

Rendainicial do setor (R$/m

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Como escapar à arbitrariedade?

Para cada ponto da distribuição de renda obtemos o graude vulnerabilidade.

O grau de vulnerabilidade é definido como o percentual depessoas que vivem em locais cuja renda per capita caiu abaixo da linha de pobreza em algum momento dos 5 anossubsequentes.

Com base no grau de vulnerabilidade, dividimos a população em três grupos, de forma a maximizar a homogeneidade dentro de cada grupo (polarização).

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(%)

Distribuição da população (%)

Grau de vulnerabilidade medido pela probabilidade de vir a ser pobre em algum momento ao longo dos próximos cinco anos

Rendainicial (R$/m

ês)

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Evolução da posição relativa da classe média na distribuição de renda

R$1.019

R$291

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Evolução do tamanho relativo da classe média

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Clas

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ia c

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laçã

oEvolução do tamanho relativo da classe média

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LimitePesquisa de propósitos

múltiplos PNADPesquisa de Orçamentos

Familiares - POF

Inferior 291 458

Superior 1019 1661

Razão entre os limites

3,5 3,6

Limites inferior e superior que definem a classe média

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Subdivisões da Classe Média

Uma vez definidos os pontos de corte inferior e superiorda classe média, podemos fazer novas divisões dentro de cada classe (baixa, média e alta).

Esta subdivisão é importante não apenas para fins de comparação com medidas correntes (como o Critério Brasil),mas sobretudo por facilitar o desenho de políticas direcionadas à classe média.

Propusemos a divisão da classe baixa em 3 grupos: abaixo da linha de extrema pobreza (R$70), entre a linha de extrema pobreza e a linha de pobreza (entre R$70 e R$ 140), entre a linha de pobreza e o início da classe média.

Page 18: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Subdivisões da Classe Média

Para a divisão da classe média, propusemos a realizaçãode um novo exercício de polarização, obtendo 3 grupos:i) baixa classe média, ii) média classe média, eiii) alta classe média.

Para a divisão da classe alta, propusemos a realização de um novo exercício de polarização, obtendo 2 grupos.

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GruposLimites superiores

absolutos2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Extremamente pobre 81 11 10 11 9 8 7 6 5 5

Pobre mas não extremamente pobre

162 28 27 28 26 23 20 18 16 15

Vulnerável 291 49 48 50 47 45 40 38 35 34

Baixa classe média 441 65 64 66 65 62 57 55 52 50

Média classe média 641 76 76 78 76 75 72 70 68 67

Alta classe média 1019 87 87 88 87 86 85 84 83 82

Biaxa classe alta 2480 96 96 97 97 96 96 96 96 96

Alta classe alta ........ 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Evolução do limite relativo superior dos oito grupos de renda em que população foi dividida

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GruposLimites superiores

absolutos2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Extremamente pobre 81 11 10 11 9 8 7 6 5 5

Pobre mas não extremamente pobre

162 16 17 17 16 15 13 12 11 10

Vulnerável 291 21 21 21 21 22 20 20 19 19

Baixa classe média 441 16 16 16 18 17 17 16 17 17

Média classe média 641 11 12 11 12 13 15 16 16 17

Alta classe média 1019 11 10 10 11 11 13 14 14 15

Biaxa classe alta 2480 10 10 9 10 10 11 12 13 13

Alta classe alta ........ 4 4 3 3 4 4 4 4 4

Evolução do tamanho relativo dos oito grupos de renda em que população foi dividida

Page 21: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Alternativas consideradas pelo Grupo Técnico

Definindo outras formas para vulnerabilidade:

1. A partir da probabilidade de que se esteja emcondição de pobreza no próximo ano, dada a rendadomiciliar per capita inicial;

2. A partir da probabilidade de ser estruturalmente pobre, dada a renda domiciliar per capita.

A pobreza estrutural é definida pela renda per capita predita para o domicílio inferior a R$140.

Os resultados obtidos foram bastante similares.

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Limite

Vulnerabilidade como chance de cair na

pobreza em algum momento nos

próximos cinco anos

Vulnerabilidade como chance de cair na

pobreza no próximo ano

Vulnerabilidade estrutural

Inferior 291 303 294

Superior 1019 1056 969

Razão entre os limites

3,5 3,5 3,3

Limites inferior e superior que definem a classe média

Page 23: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza

em algum momento nos

próximos cinco anos

Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza no próximo ano

Vulnerabilidade estrutural

Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza

em algum momento nos

próximos cinco anos

Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza no próximo ano

Vulnerabilidade estrutural

Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza

em algum momento nos

próximos cinco anos

Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza no próximo ano

Vulnerabilidade estrutural

2001 49 51 49 87 88 86 38 37 37

2002 49 51 49 87 88 86 38 37 37

2003 51 51 51 88 89 87 37 38 36

2004 49 50 49 87 88 87 38 38 38

2005 46 47 46 87 88 86 41 41 40

2006 41 42 41 85 86 84 44 44 43

2007 39 40 39 84 85 83 45 45 44

2008 36 37 36 83 84 82 47 47 46

2009 34 35 33 82 83 81 48 48 48

Evolução dos limites relativos e do tamanho da classe média

Ano

Limite relativo inferior Limite relativo superior Tamanho relativo da classe média

Page 24: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Alternativas consideradas pelo Grupo Técnico

Foram também consideradas definições baseadas no padrão de despesa das famílias.

Relação entre parcela das despesas com bens essenciais erenda familiar per capita.

Relação entre parcela das despesas com bens supérfluos erenda familiar per capita.

Novamente se fez uso do método de polarização paradefinição dos pontos de corte inferior e superior da classe

média. Os resultados obtidos foram bastante similares.

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Centésimos da Distribuição

Participação da despesa com bens essenciais por centésimo da distribuição da renda per capita

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3

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LimiteParticipação de bens

essenciais na despesa Participação de bens

supérfluos na despesa

Inferior 288 303

Superior 1009 1056

Razão entre os limites

3,5 3,5

Limites inferior e superior que definem a classe média

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Participação de bens essenciais

na despesa

Participação de bens supérfluos

na despesa

Participação de bens essenciais

na despesa

Participação de bens supérfluos

na despesa

Participação de bens essenciais

na despesa

Participação de bens supérfluos

na despesa

2001 48 50 86 87 38 37

2002 48 50 86 87 38 37

2003 49 51 87 88 38 37

2004 46 49 87 88 41 39

2005 45 46 86 87 41 41

2006 40 42 84 85 44 43

2007 38 39 84 84 46 45

2008 35 37 82 84 47 47

2009 33 35 82 83 49 48

Evolução dos limites relativos e do tamanho da classe média

Ano

Limite relativo inferior Limite relativo superior Tamanho relativo da classe média

Page 28: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Alternativas consideradas pelo Grupo Técnico

Investigou-se também alternativas mais simples de cortesdefinidos diretamente no espaço da renda:

Polarização na renda; Entorno da mediana (50%-150%; 50%-200%); Cortes no Primeiro e Terceiro Quartil.

Page 29: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

LimitePolarização direta na

renda Entorno da mediana

(metade e dobro) 1o e 3o Quartis

Inferior 310 219 231

Superior 1096 877 802

Razão entre os limites

3,5 4,0 3,5

Limites inferior e superior que definem a classe média

Page 30: Reunião final da Comissão para Definição da Classe Média no Brasil

Polarização direta na

renda

Entorno da mediana

(metade e dobro)

1o e 3o

Quartis

Polarização direta na

renda

Entorno da mediana

(metade e dobro)

1o e 3o

Quartis

Polarização direta na

renda

Entorno da mediana

(metade e dobro)

1o e 3o

Quartis

2001 50 39 40 88 84 83 38 45 43

2002 50 38 40 89 84 82 39 46 42

2003 52 39 41 89 85 83 37 46 42

2004 49 36 39 89 84 83 40 48 44

2005 46 35 36 88 84 82 42 49 46

2006 42 29 31 87 81 79 45 52 48

2007 40 28 30 86 81 78 46 53 48

2008 37 25 27 85 79 77 48 54 50

2009 35 24 25 84 79 75 49 55 50

Limite relativo inferior

Ano

Limite relativo superior Tamanho relativo da classe média

Evolução dos limites relativos e do tamanho da classe média

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Centésimos da distribuição

Composição da renda familiar por centésimos da distribuição

Renda do trabalho

Transferências

Rendimento de ativos