resumos de biologia molecular
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Aula 1 Conceito de GeneIntroduo
Objectivos da Biologia Molecular
A Biologia Molecular o estudo da
Biologiaa nvel molecular, com especial foco no
estudo da estrutura e funo do material
gentico e seus produtos de expresso, as
protenas. Mais concretamente, investiga as
interaces entre os diversos sistemas celulares,incluindo a relao entre DNA, RNA e sntese
proteica.
Um dos objectivos da Biologia Molecular compreender como a
informao armazenada nos genes (aspectos estruturais) e como essa
informao usada pelas clulas (aspectos funcionais).
Evoluo do Conceito de Informao Hereditria
Os traos hereditrios so definidos pela sua capacidade de passar
duma gerao para a outra duma forma previsvel.
Cronologia do DNAGregor Mendel (1865) descreve as leis
bsicas da hereditariedade a partir de um estudo
sobre sucessivas geraes de ervilhas verdes e
amarelas. Concluiu que existiam elementos
autnomos que controlavam as caractersticas
hereditrias.
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Os factores hereditrios so transmitidos inalterados de gerao em
gerao experincias com ervilheiras-de-cheiro.
Johann Friedrich Miescher (1869) Extrai o que se tornar
conhecido como DNA do ncleo de glbulos brancos e esperma.
Francis Galton (1876) Prope a "lei da hereditariedade ancestral"
cada progenitor contribua com dos trao herdados e os avs contribuam
com o resto. Foi o pai da eugenia (Definio: estudo dos agentes sob o
controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das
futuras geraes seja fsica ou mentalmente).
Walther Flemming (1878) Descobriu no ncleo
das clulas, a cromatina, e observou durante a mitose a
diviso desta substncia em filamentos mais tarde
denominados cromossomas.
Theodor Boveri (1888) Sugere pela primeira vez que os
cromossomas tenham um papel principal na hereditariedade. Verifica que o
esperma e o vulo contribuem com o mesmo nmero de cromossomas durante
a fertilizao.
DeVries, Correns, Tschermak (1900) Confirmam
independentemente as experincias de Mendel, sem terem conhecimentoprvio destas.
Sutton and Boveri (1903) Propem independentemente que os
factores hereditrios se localizam nos cromossomas.
Bateson (1905) Prope o termo "Gentica" para descrever o estudo
da hereditariedade.
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Garrod (1908) Confirma a hereditariedade recessiva na doena alfa-
fenilcetonuria.
Johannsen (1909) Prope que os factores hereditrios de Mendel
sejam designados genes.
Morgan (1910) Inicia os seus trabalhoscom a mosca da fruta
Drosophila melanogaster. Conclui que um gene est sempre num determinado
local dum dado cromossoma e introduz assim, o conceito de "mapeamento
gentico".
1920 Os cromossomas so constitudos por DNA e protenas.
Griffith (1928) Prope o conceito de princpio transformante, em
experincias com Streptococcus pneumoniae(S e R).
Experincia de Griffith:
Griffith usou duas estirpes que so distinguveis pela
aparncia das suas colnias quando crescidas em culturas laboratoriais. Numa
das estirpes, um tipo virulento normal, as clulas esto cobertas por uma
cpsula, dando s colnias uma aparncia lisa (smooth): da chamar-se S a
esta estirpe. Na outra estirpe, um tipo mutante, no virulento, que cresce nos
ratos mas no letal, a cpsula est ausente, dando a estas colnias um
aspecto rugoso (rough), sendo esta estirpe chamada de R.
Griffith matou algumas clulas virulentas, fervendo-as, e
injectou-as nos ratos. Os ratos sobreviveram, mostrando que as carcaas das
clulas no causam a morte. No entanto, ratos injectados com uma mistura declulas virulentas mortas pelo calor e clulas no virulentas vivas morreram.
Mais surpreendente ainda: clulas vivas podiam ser recuperadas dos ratos
mortos; estas clulas davam colnias lisas e eram virulentas aps injeco
subsequente. De alguma forma, os destroos das clulas S mortas,
converteram as clulas R vivas a clulas S vivas princpio transformante.
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Caspersson e Schultz (1938) Supunham que a informaohereditria (genes) estava contida nas protenas dos cromossomas.
Avery (1944) O princpio transformante ocido
desoxirribonucleicoou DNA.
Experincia de Avery, MacLeod e McCarty:
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Beadle e Ephrussi (1945) Propem que cada gene controla a
actividade dum nico enzima.
Chargaff (1949) Em todos os organismos, mantida a igualdade:
A/T = G/C, o que implica: (A+G) = (T+C), ou seja: [A]=[T] e [G]=[C].
Chase e Hershey (1952) Confirmam que o DNA o material
gentico, convencendo finalmente a comunidade cientfica.
Experincia de Chase e Hershey:
Levaram a cabo experincias com o fago T2:
consiste unicamente numa cpside que contm o material gentico, e infecta
uma bactria quando adere sua membrana externa, injectando o material
gentico. Como consequncia, o sistema gentico da bactria reproduz o vrus.
Numa primeira experincia, marcaram o DNA dos
fagos com oistopo radioactivofsforo-32 (P-32). Deixaram que os fagos da
cultura bacterianainfectassem as bactriasE.colie posteriormente retiraram
as coberturas proteicas das clulas infectadas mediante centrifugao.
Descobriram que o indicador radioactivo era visvel somente nas clulas
bacterianas e no nas coberturas proteicas.
Numa segunda experincia,
marcaram os fagos com o istopo
enxofre-35 (S-35). O aminocidos
cistena e metionina contm enxofre,diferentemente do DNA.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacteri%C3%B3fagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacteri%C3%B3fagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3topo_radioactivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3topo_radioactivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3topo_radioactivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_bacterianahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_bacterianahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_colihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_colihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_colihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador_%28qu%C3%ADmica%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador_%28qu%C3%ADmica%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Cisteinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cisteinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metioninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metioninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metioninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cisteinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador_%28qu%C3%ADmica%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_colihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_bacterianahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3topo_radioactivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacteri%C3%B3fago -
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Depois da separao, descobriu-se que
o indicador estava presente nas coberturas
proteicas, mas no nas bactrias infectadas.
Com isto confirmou-se que o material
gentico o que infecta as bactrias.
Rosalind Franklin e Maurice Wilkins (1950s) Uso da difraco de
raios X na anlise de fibras de DNA - as molculas so helicoidais com dois
tipos de periodicidade.
Watson e Crick (1953) Propem a estrutura do DNA em dupla hlice
e um mecanismo para a sua replicao.
1960Descoberta do RNA mensageiro (mRNA).
Jacob e Monod (1961) Teoria da regulao gnica.
Nirenberg (1961) Descobre o 1 tripleto originando a descoberta do
cdigo gentico.
Gilbert e Sanger (1977) Tcnica de sequenciao do DNA.
Hood ( 1986) Construiu o primeiro sequenciador automtico.
1986 - Incio do projecto de sequenciao Genoma Humano.
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O Gene
Gene
Unidade de informao biolgica (de hereditariedade). A informaogentica serve de base para processos bioqumicos.
O gene a sequncia de cidos nucleicos que transporta a informao
para uma dada protena ou molcula de RNA com actividade funcional.
H genes que codificam somente RNA.
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Actividade dos Genes
1. Genes Constitutivos(housekeeping) encontram-se sempre
em actividade, devido s suas protenas serem
permanentemente necessrias s clulas.
2. Genes Indutveis genes que permanecem silenciados at a
clula ser exposta a determinado estmulo que induz a sua
expresso.
3. Pseudogenes genes homlogos a outros genes, mas que no
so expressosno funcionam
Organizao Genmica
1. Genes Descontnuos (Split genes) a informao biolgica
contida em alguns genes (de Eucariotas) descontnua,
encontrando-se separada por sequncias intervenientes ou
intres de DNA.
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2. Opero cluster de genes codificantes para uma srie de
protenas (enzimas) que pertencem mesma via metablica.
Cluster: agrupamento de clulas da mesma famlia, mesmo
sendo codificados por genes diferentes (ex: famlia das globulinas, ,
-globulinas.
3. Famlias multignicas clusters de genes relacionados entre
si, sendo as respectivas sequncias semelhantes ou iguais.
Organizao Genmica em diferentes espcies
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Aula 2 Natureza do Material GeneticoMaterial Gentico
cidos Nucleicos
1. Contm informao acerca da estrutura das protenas (DNA);
2. Participam na seleco e ligao dos aminocidos necessrios
para formar as protenas (RNA);
3. Formam-se atravs de ligaes fosfodister entre nucletidos
sucessivos;
4. Para participar nessas ligaes, na posio 3 tem de haver
OH. A formao desta ligao d-se de 5 para 3.
Dogma central da Biologia Molecular:
foi descrito em 1958 por Francis Crick na tentativa de relacionar o DNA, o RNA
e as protenas. Diz que o DNA pode replicar-se e dar origem a novas molculas
de DNA, pode ainda ser transcrito em RNA, e este por sua vez traduz o cdigo
gentico em protenas. No entanto, algumas descobertas posteriores nocoincidiram com este Dogma:
O RNA pode sofrer replicao em alguns vrus e plantas
O RNA viral, atravs de uma enzima denominada transcriptase
reversa, pode ser transcrito em DNA
O DNA pode directamente traduzir protenas especficas sem
passar pelo processo de transcrio, porm o processo ainda
no est bem claro
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Cdigo Gentico:
Nucletido:
Diferentes pentoses:
Ribose Tem o grupoOH na extremidade 2
Desoxirribose em vez do grupoOH na extremidade 2, tem um H
Bases azotadas do especificidade s molculas
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Formao dadupla hlice
Esqueletohidrfilo
Desoxirriboses efosfatos viradospara o exterior
Interiorhidrfobo
Bases viradaspara o interior
O emparelhamentoorigina um minor groovee um major groove(esteideal para a ligao das
proteinas)
H emparelhamentoespecfico A-T e C-G
Estrutura das bases azotadas:
DNA
A estrutura tridimensional do DNA a dupla hlice surge a partir das
caractersticas qumicas e estruturais das suas duas cadeias polinucleotdicas.
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As duas cadeias polinucleotdicas so
complementares e anti-paralelas (d estabilidade).
A estrutura da dupla hlice estabilizada
por ligaes de hidrognio, foras de Van der Waals
e interaces dipolo-dipolo.
Propriedades do DNA:
Desnaturao e Annealing (Renaturao)
Desnaturao:
Separao reversvel das cadeias
Quebra das ligaes de hidrognio
Ligaes covalentes no so desfeitas
Renaturao:
Remoo das condies desnaturantes
DNA aquecido arrefecimento
Restabelecimento de pH ~7,0
Formao de novas ligaes de hidrognio
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Contedo em GC
O aumento do contedo em GC aumento o valor de Tm
(temperatura qual metade do DNA se encontra desnaturado).
Superenrolamentos (Supercoiling)
o Ocorre s em DNA fechado sem pontas livres/soltas
o O DNA fechado pode ser circular ou linear
o As pontas no tm liberdade rotacional
o Corresponde ao sobre enrolamento da dupla hlice de
DNA como resultado de uma tenso estrutural
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DNA torcido
na direco dahlice
superenrolamentopositivo
bases mais firmes
na direco oposta da hlice
superenrolamentonegativo
bases mais"frouxas"
O DNA pode ser torcido num processo denominado superenrolamento.
No estado relaxado do DNA, uma fita normalmente d uma volta completa ao
eixo da dupla hlice a cada 10,4 pares de base, mas se o DNA est torcido, as
cadeias ficam mais ou menos enroladas.
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Na natureza, o DNA apresenta um ligeiro superenrolamento negativo
que causado pela aco da enzima topoisomerase. Estes enzimas tambm
so necessrias para aliviar o stress de toro causado no DNA durante os
processos de transcrio e replicao.
Aula 3 Empacotamento do Material GeneticoEucariotas VS Procariotas
Eucariotas
Nos eucariotas as clulas tm compartimentos separados por
membranas, como o ncleo e o mitocndrio. O genoma fica restringido ao
ncleo.
Procariotas
Nos procariotas, no existem compartimentos internos. O genoma no
est num compartimento especfico.
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Empacotamento do Material Gentico
Empacotamento em Vrus
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Empacotamento em Procariotas
Nos procariotas, o genoma normalmente constitudo por um s
cromossoma circular.
Logo, o DNA enrolado aleatoriamente tem um volume 1000x superiorao volume da clula. Repulso entre cargas negativas dos fosfatos.
Nos Procariotas, o DNA acumula-se no nucleide.
Quando ocorre a lise bacteriana, as fibras de DNA so libertadas sob a
forma de loopsagarrados membrana da clula.
Empacotamento em Eucariotas
O empacotamento do material gentico denomina-se cromatina, nos
eucariotas.
D-se o nome de cromatina ao complexo de DNA e protenas (que
juntas denomina-secromossoma) que se encontra dentro do ncleo celular nas
clulas eucariotas. As principais protenas da cromatina so ashistonas.
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Numa clula eucariota, quase todo o DNA est compactado na
cromatina. O DNA "empacotado" na cromatina para diminuir o seu tamanho e
para permitir maior controle por parte da clula de tais genes.
Grande parte da cromatina localizada na periferia do ncleo,
possivelmente pelo fato de uma das principais protenas associadas com a
heterocromatina ligar-se a uma protena da membrana nuclear interna.
Conhecem-se dois tipos de cromatina:
Eucromatina consiste em DNA activo, ou seja, que pode-se
expressar como protenas e enzimas. O DNA est menos empacotado.
Heterocromatina consiste em DNA
inactivo e que parece ter funes estruturais durante o
ciclo celular. O DNA est altamente empacotado, o que
no permite o acesso a enzimas como os RNA e DNA
polimerases, por isso diz-se que a heterocromatina
inactiva.
Estrutura da cromatina
A fibra de 10 nm
A fibra de 10 nm, num estado parcialmente
"desenrolado", consiste num "rosrio" em que as
"contas" so os nucleossomas (baixa concentrao
salina).
A fibra de 30 nm
A fibra de 30 nm apresenta uma
estrutura "enrolada" Condies fisiolgicas.
Ampliao a 10 nm.
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A descoberta do Nucleossoma
Nucleossoma
O nucleossoma o nome dado unidade fundamental da cromatinae consiste numa unidade de DNA, dividida em duas espirais, que se enrolam
em torno de um disco proteico, constitudo por quatro pares de protenas
chamadas histonas.
O nuclease de micrococcus hidrolisa, inicialmente
(digesto parcial), entre os nucleossomas: nos mono-
nucleossomas, os fragmentos de DNA tm ~200 pb.
Aumentando o tempo de digesto pelo nuclease de
micrococcuso tamanho das bandas de DNA vai diminuindo
sucessivamente, em passos discretos: 200, 165 e 146 pb.
Estrutura cristalina do nucleossoma
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Sequncias de DNA que ficam em voltas diferentes do nucleossoma
podem ficar prximas.
Propriedades das histonas
Robert Kornberg estabeleceu que os nucleossomas so constitudos
por partes equimolares de todas as histonas, excepo da H1.
Protenas no-histnicas (NHPs) todas e quaisquer protenas
associadas cromatina, incluindo as que possuem funes de expresso
gentica (topoisomerases, RNA polimerases, etc.) ou condensao
(condensinas, coesinas, etc.).
Protenas HMG (high mobility group) constituem um grupo bem
definido das NHPs, com elevado nmero de resduos polares (funo
estrutural).
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Funo das histonas
Histona H1 necessria para que os complexos histona-DNA (a H1
liga-se externamente ao centro do nucleossoma) formem uma fibra de 30nm de
espessura, enrolando assim o DNA de uma forma ainda mais eficaz.
Histonas H2A, H2B, H3 e H4 As histonas H3 e H4 apresentam
sequncias idnticas em organismos distintos, sugerindo que desempenham
funes idnticas em todos os eucariotas.
Os tipos H2A e H2B possuem
tambm sequncias idnticas, com
algumas variaes especficas nas
espcies. Duas histonas de cada
classe (H2A,H2B, H3 e H4) agregam-
se para formar um nucleossoma,
juntamente com DNA, o chamado
octmero.
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Nucleossomas e Condensao da Cromatina
http://www.youtube.com/watch?v=Pj9cdVeIntY
Aula 4 A ativaao da cromatinaNucleossoma: permite que o DNA se encontre esttico. No entanto, a
sua estrutura tem de ser flexvel para que possam ocorrer processos de
transcrio (de mRNA) e de replicao (por exemplo na diviso celular).
At que ponto mantida a estrutura nucleossmica da cromatina
durante a replicao e a transcrio?
So visveis nucleossomas em ambas as
fibras de cromatina recm-replicada.
A estrutura nucleossmica da cromatina
deve desfazer-se durante a duplicao do DNA,
mas rapidamente reformada em ambas as
hlices da cromatina recm-replicada. Como?
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7/29/2019 Resumos de Biologia Molecular
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Existem dois modelos para explicar o que acontece aos nucleossomas
pr-existentes:
Modelo dispersivo: cada molcula-filha formada por pores da
molcula inicial e por regies sintetizadas de novo, a partir dos nucletidos
presentes na clula.
Modelo conservativo: a molcula de DNA progenitora mantm-se
ntegra, servindo apenas de molde para a formao da molcula-filha, a qual
seria formada por duas novas cadeias de nucletidos.
Como se formam os novos nucleossomas?In vitroo DNA pode interatuar diretamente com
um octmero de histonas, ou pode interatuar com o
tetrmero H32-H42, ao que se segue a adio de dois
dmeros H2A E H2B.
In vivo a integridade dos nucleossomas durante
a replicao pode ser testada por experiencias de
cross-linkingdas histonas, isto faz-se atraves de:1. Crescer clulas na presena de
aminocidos pesados (por exemplo, marcados
radioativamente)
2. Posteriormente deixar a replicao do
DNA prosseguir em presena de aminocidos normais;
3. Adicionar agentes de cross-linkinge separar os nucleossomas
por gradientes de densidade (os octmeros iniciais tm aminocidos pesados e
por isso so mais densos do que os novos).
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7/29/2019 Resumos de Biologia Molecular
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Se ocorrer conservao dos nucleossomas o que se espera obter
uma banda numa zona de maior densidade, que corresponde aos octmeros
originais, e uma banda numa zona de menor densidade, que corresponde aos
nucleossomas novos, como visvel na figura correspondente hiptese A.
No entanto no o que se obtm, o que se obtm uma banda de
densidade intermdia entre a densidade dos nucleossomas novos e antigos.
Isto indica que as histonas se separam e voltam depois a ligar-se, sendo o
octmero formado tanto por histonas novas como pelas histonas originais, ou
seja, no h conservao do nucleossoma inteiro. Isto visvel na figura
correspondente hiptese B.
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Formao in vivo dos novos nucleossomas
Durante a replicao, o garfo replicativo
desloca os octmeros de histonas que se
dissociam em tetrmeros 2(H3+H4) e emdmeros H2A e H2B. Estes tetrmeros e dmeros
antigos misturam-se que outros tetrmeros e
dmeros novos. A ligao das histonas ao DNA
inicia-se por ligao dos tetrmeros 2(H3+H4)
ligao assistida por CAF-1, e depois que ocorre
a ligao dos dmeros H2A e H2B para formar o
octmero. A montagem dos octmeros aleatria quanto ao facto de ser uma
histona antiga ou nova. Quanto transcrio possvel que ocorra da mesma
forma.
Para ajudar assemblagem dos nucleossomas so necessrias
protenas acessrias:
CAF-1 e ASF1 so protenas de assemblagem de histonas
associadas maquinaria de replicao;
HIRA e a variante histnica H3.3 so usadas para assemblagem
independente da replicao.
Nucleossomas em fase
Os nucleossomas tm um posicionamento
(ou faseamento) pr-determinado?
O posicionamento dos nucleossomas
colocaria um local de restrio em posio nica,relativamente ao DNA linker, reconhecido pela
nuclease de micrococcus, que hidrolisa os
monmeros de DNA. O fragmento de restrio
tinha sempre o mesmo tamanho, pelo que se
obtm uma nica banda no gel de eletroforese.
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Na ausncia de posicionamento dos nucleossomas,
um dado local de restrio fica em todas as posies
possveis em diferentes cpias do genoma. So produzidos
fragmentos de todos os tamanhos quando um enzima de
restrio hidrolisa num local especifico (vermelho) e a
nuclease micrococcal hidrolisa junto das junes entre
nucleossomas (verde).
Transcrio
O que acontece aos nucleossomas?O RNA polimerase tem um tamanho maior do que o nucleossoma,
o que lhe dificulta seguir o DNA volta deste.
Quando o DNA est associado aos nucleossomas, o RNA
polimerase e os fatores de transcrio no tm acesso ao DNA.
Quando o RNA polimerase e os fatores de transcrio esto
ligados ao DNA, os octmeros de histonas (nucleossomas) no tm acesso ao
DNA.
Logo os nucleossomas tm de se dissociar para que os fatores de
transcrio e o RNA polimerase se possam ligar. Depois da transcrio, os
nucleossomas formam-se rapidamente.
A transcrio vai envolver o relaxamento e o desenrolamento do DNA
em certas regies da cromatina vai ocorrer portanto, uma alterao
conformacional do DNA.
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Histonas e ativao da cromatina
Experincia 1
Quando o DNA exposto em simultneo ahistonas e fatores basais de transcrio, as
histonas formam nucleossomas na TATA box
e bloqueiam o acesso aos fatores basais de
transcrio.
Experincia 2
Quando o DNA exposto aos fatores basaisantes das histonas (passo 1), os fatores basais
associam-se TATA box, deixando as
histonas de fora, quando posteriormente
adicionadas.
Experincia 3
Quando o DNA exposto em
simultneo a histonas, fatores basais e
ativadores, estes permitem a ligao
dos fatores TATA box, bloqueando o
acesso das histonas.
Concluses a retirar destas experincias
o Histonas e fatores basais de transcrio competem para o acesso
TATA box. Em simultneo, ganham as histonas.
o As histonas podem, portanto, ajudar represso de genes.
o Para haver ativao dos genes, as histonas tm de ser removidas
da TATA box.
o As protenas ativadoras podem desempenhar uma funo de
disrupo do nucleossoma e ativao de transcrio dos genes.
o No interior da regio codificante, o nucleossoma no inibe a
transcrio, embora possa abrandar a passagem do RNA polimerase.
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o Genes constitutivos (de housekeeping: ou seja, genes sempre
ligados) so normalmente desprovidos de nucleossomas na TATA box, ao
contrrio dos genes indutveis (ie, genes que so tem funo em determinadas
alturas). Estas zonas sem nucleossomas s ocorrem quando o gene ativo.
o Locais de hipersensibilidade ao DNase I
Os locais de hipersensibilidade so criados pela estrutura da cromatina
e variam de tecido para tecido (j que depende se o gene se encontra ativo ou
no). Pensa-se que estes locais resultam da ligao de protenas de regulao
que excluem os nucleossomas. Existem de locais de hipersensibilidade ao
DNase I nas regies que regulam a transcrio, nas origens de replicao degenes ativos e nos centrmeros, ou seja, so desprovidos de nucleossomas
todos os locais onde a dupla hlice inicia uma funo
Estes locais permitem a associao de protenas no histnicas. So
zonas muito sensveis a enzimas de restrio.
As localizaes dos locais de hipersensibilidade podem ser
determinados utilizando o enzima DNase I:
1. O DNase I vai hidrolisar num local de
hipersensibilidade, j que o local mais
exposto;
2. A molcula de DNA encontra-se
agora hidrolisada.
3. Hidrolisando com outro enzima de
restrio (local de hidrlise conhecido)
obtm-se um fragmento que numa ponta foi
hidrolisado pelo DNase I e noutra ponta foi
hidrolisado com o enzima de restrio.
4. Como se sabe onde o enzima de
restrio hidrolisa, atravs de uma
eletroforese sabe-se o tamanho do
fragmento em causa e, desta forma, onde
se encontrava o local de hipersensibilidade.
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o Os nucleossomas so deslocados e reassemblados durante a
transcrio
A maioria dos genes transcritos retm uma
estrutura nucleossmica, apesar das alteraes naorganizao da cromatina durante a transcrio.
Alguns genes altamente transcritos parecem
ser casos excecionais, sendo desprovidos de
nucleossomas.
Experincias mostram que o nucleossoma
continua ligado ao DNA, mas numa posio
diferente. O nucleossoma deve voltar suaposio inicial apos o processo de transcrio
estar concludo.
Os promotores ativos esto marcados por locais
de hipersensibilidade ao DNase porque os octmeros
de histonas foram deslocados do DNA.
Quando o RNA polimerase comea a sntese de
RNA, este encontra-se ligado aos locais onde o DNA
est livre de histonas. Para prosseguir durante a
elongao, as histonas e os octmeros que se
encontram frente tm de ser deslocados. No entanto,
para evitar que o DNA fique exposto (a enzimas de
restrio, por exemplo) necessrio que estas
protenas se voltem a ligar rapidamente.
In vitro, para que ocorra transcrio
necessrio adicionar a protena FACT (facilitates
chromatin transcription) que funciona como um factor
de elongao na transcrio. Esta protena vai causar
a dissociao da subunidade H2A-H2B do octmero,
ou seja, vai produzir hexassomas. Esta protena pode
tambm estar envolvida na montagem dos octmeros
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no final do processo de transcrio. Outros fatores so responsveis pela
libertao dos dmero H3 e H4.
Acetilao de HistonasA ativao da transcrio est associada com a
acetilao das histonas (adio de um grupo acetil
COCH3) na regio promotora.
As histonas possuem "caudas flexveis" que podem
sair do nucleossoma e sofrer acetilaes nos resduos de
lisina.
Os enzimas que catalisam a acetilao dashistonas podem ser de dois tipos:
Histona acetiltransferases ou HATs enzimas que promovem a
acetilao das histonas; que se dividem em:
o Grupo A envolvidos na transcrio;
o Grupo B atuam em histonas sintetizadas de novo no
citosol, esto tambm envolvidos na formao dos
nucleossomas;
Histona diacetilase ou HDACs enzimas que promovem a
desacetilao das histonas, provocam a condensao da cromatina
e a inibio da transcrio. A tricostatina e o cido butrico so
inibidores dos HDACs, e no laboratrio podem ser utilizados como
ativadores de genes normalmente inativos ou pouco expressos.
Os ativadores e os repressores dos genes
atuam via acetilao e desacetilao das caudas das
histonas
Demonstrou-se que fatores coativadores da
transcrio conhecidos possuam atividade de histona
acetilases (HAT) atuando nas "caudas" das histonas.
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A alterao do promotor envolve alteraes na cromatina
A remodelao de complexos pode facilitar a
ligao de complexos de acetiltransferases e vice
versa.
A metilao de histonas tambm pode
recrutar complexos que modificam cromatina.
Diferentes modificaes e complexos
facilitam a elongao da transcrio.
A metilao do DNA e das histonas est
associada cromatina inativada a longo prazo (e.g.,
genes silenciados)
A formao de heterocromatina iniciada quando a
protena RAP1 se liga ao DNA. SIR3/SIR4 ligam-se a
RAP1 e tambm s histonas H3/H4. O complexo vai
polimerizando ao longo da cromatina e pode ligar os
telmeros matriz nuclear.
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Aula 5 Auto perpetuaao do DNA
Replicao Semi-Conservativa
Experincia de Meselson & Stahl
Meselson e Stahl, em 1958, realizaram experincias que tinham como
objectivo comprovar a hiptese semi-conservativa, trabalhando com a
marcao do DNA por incorporao de 15N.
Os cientistas imaginaram que, se as duas cadeias polinucleotdicas de
uma molcula de DNA fossem marcadas, seria possvel fazer uma previso
sobre o destino dessas cadeias no decorrer das geraes seguintes.
Clulas de E.coli crescem em meio contendo apenas15
N (azotopesado istopo estvel com 8 neutres e 7 protes) durante vrias geraes.
O DNA extrado e centrifugado em gradiente de densidade.
As clulas so lavadas e passam a crescer em meio com 14N (azoto
normal 7 neutres e 7 protes).
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A replicao
O DNA replicado visualizado sob a forma dum "olho" flanqueado pelo
DNA ainda no replicado.
O "olho replicativo" forma uma estrutura em (theta) na replicaoduma molcula de DNA circular.
O replico
a unidade de replicao, ou seja, a poro de DNA que replicadopela mesma origem de replicao (Ori) e "entra em aco" apenas uma vez por
ciclo celular. Uma vez iniciada a replicao, esta s pra quando todo o
genoma da clula tiver sido replicado.
Nos procariotas existe apenas um replico, enquanto nos eucariotas
existe grande nmero de replices que tm de entrar em aco quase em
simultneo para todo o genoma ter sido replicado antes da diviso celular.
As regies Oriso ricas em timina e adenina a natureza destasligaes mais fraca que as de guanina e citosina, o que facilita a abertura da
cadeia dupla, e so reconhecidas por um par de enzimas, os helicases.
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Garfos Replicativos
Os garfos replicativos esto organizados em focino ncleo. A
replicao do DNA a partir dos garfos de replicao bidireccional.
Em E. colih um replico: os trminos
da replicao encontram-se no local de
encontro dos dois garfos replicativos.
Em Eucariotas h vrios replices por
cromossoma h fuso de replices.
Ncleo onde se v todo o DNA
corado com iodeto de propdeo.Ncleo marcado com um anticorpo anti-brometo
de desoxiuridina (BrdU) que identifica o DNA em
replicao
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Replicao em Crculos Rolantes
A origem inicia a replicao apenas numa das cadeias, produzindo
multmeros da sequncia original em cadeia simples (replicao unidireccional).
Como exemplo pode ser a replicao do genoma de certos fagos(como o fago M13).
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Replicao em D-loops
H uma origem de replicao diferente em cada uma das duas cadeias
(L e H):
1. Replicao da cadeia H inicia-se num "D loop" (com primer deRNA).
2. Replicao da cadeia L inicia-se quando origem L fica exposta
pela passagem do garfo replicativo do D-loop.
Exemplo: a replicao do DNA mitocondrial e no DNA dos
cloroplastos.
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O problema dos replices lineares
PROBLEMAS:
Tem de ser usada uma estratgia especial para poder replicar a cadeia
de DNA com uma extremidade 5 num replico linear. O DNA polimerase s funciona na direco 5'-3' e precisa de uma
extremidade 3'-OH como "primer.
SOLUES:
Converso da molcula linear em circular (fagos T4 e )
Formao duma estrutura especial, e.g., hairpin(Paramecia)
Extremidades de comprimento varivel (eucariotas)
Presena duma protena que permite a iniciao da sntese na prpria
extremidade (adenovrus, vrus de RNA da poliomielite)
Deslocao da cadeia: Um modo
de replicao do DNA de alguns
vrus que iniciada separadamente
nas duas extremidades da molcula
e em que a nova cadeia de DNA
cresce por deslocao da cadeia
me (homloga).
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Telmeros e Telomerase
Os extremos dos
cromossomasnormais so constitudos
por estruturas denominadas telmeros
que impedem a unio de cromossomas.
So estruturas constitudas por fileiras
repetitivas de protenas e DNA no
codificante.
Os telmeros esto presentes principalmente em clulas eucariticas,
visto que o DNA das clulas procariticas forma cadeias circulares, logo no
tem locais de terminao, embora existam excepes como: bactrias com
DNA linear e que possuem telmeros.
Telomerase: enzima que tem como funo adicionar sequncias
especficas e repetitivas de DNA extremidade 3' dos cromossomas, onde se
encontra o telmero. Este enzima um transcriptase reversa, tendo na sua
estrutura um modelo em RNA que utiliza para sintetizar o DNA telomrico, em
eucariotas.
A protena terminal de adenovrus liga-se
extremidade 5 do DNA, proporcionando umgrupo C-OH (citidina com 3-OH) que o
polimerase usa para iniciar a sntese da
nova cadeia de DNA.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimahttp://pt.wikipedia.org/wiki/DNAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%B4merohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Transcriptase_reversahttp://pt.wikipedia.org/wiki/RNAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryotahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryotahttp://pt.wikipedia.org/wiki/RNAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Transcriptase_reversahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%B4merohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomohttp://pt.wikipedia.org/wiki/DNAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima -
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Replicao e Ciclo Celular
O telomerase posiciona-se na cadeia
de DNA protuberante por emparelhamento de
bases com a sua molcula de RNA
ribozima. Vai adicionando as bases de acordocom o "molde". O ciclo recomea de novo
aps a adio duma unidade completa
(GGGTTG). O telomerase est activo nas
clulas germinais e estaminais onde muito
importante manter as sequncias
cromossmicas intactas.
Nas clulas somticas, oencurtamento do telmero d um limite ao
nmero de divises celulares possveis e
conduz senescncia.
A senescncia celular importante na
supresso do cancro.
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Em E. coli, a replicao do cromossoma bacteriano demora 40
minutoa, seguido de diviso celular 20 minutos depois.
Quando a bactria esta a crescer rapidamente, a replicao pode
decorrer mais rapidamente do que a diviso celular. O resultado podem ser
cromossomas bacterianos com mltiplos garfos replicativos.
Replicao em Eucariotas
Em bactrias, a segregao
cromossmica pode necessitar de
recombinao em locais especficos.
Um cromossoma circular replica-se
produzindo duas molculas-filhas
monomricas que segregam com as
clulas-filhas
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Aula 6 Mecanismos de Replicaao do DNA
DNA polimerase enzima que catalisa a
sntese da nova cadeia polinucleotdica de DNA
O DNA sintetizado pela adio de
nucletidos extremidade 3-OH da cadeia
nascente, de forma que a nova cadeia cresce na
direo 53. Os DNA polimerase necessitam de:
Uma cadeia molde;
Uma extremidade 3-OH livre;
Nucletidos
A separao das duas cadeias na extremidade livre (ou seja, no garfo
replicativo) cria foras de torso crescentes e faz com que o DNA ainda no
separado fique mais enrolado. Para corrigir estas foras de toro existe um
famlia de enzimas, os topoisomerases:
Topoisomerase tipo I: enzimas que hidrolisam uma cadeia de DNA(dando origem aos nicks)
Topoisomerase tipo II: enzimas que hidrolisam duas cadeias de DNA.
Mecanismo de ao do DNA topoisomerase I
A topoisomerase I introduz
um nick no DNA, permitindo a
rotao duma cadeia em torno daoutra, aliviando a fora de torso
que se acumula frente do garfo
replicativo. O nick transitrio,
sendo religado imediatamente aps
o topoisomerase I ter libertado a
outra cadeia.
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Algumas topoisomerases s reconhecem
superenrolamentos negativos e outras s reconhecem
superenrolamentos positivos. As topoisomerases dos
eucariotas so semelhantes, mas reconhecem
enrolamentos positivos ou negativos e ligam-se
covalentemente cadeia de DNA que hidrolisam.
As topoisomerases so
responsveis por separar os
cromossomas no final da replicao
em E. coli, atravs do processo de
decatenao (processo em que se
desligam duas molculas de DNA que
se encontram interligadas, o oposto
de catenao)
Replicao do DNA
1. Ab ert ur a da du pla h lice
A replicao requer uma helicase para separar as cadeias da dupla
hlice de DNA usando energia custa da hidrlise de ATP.
As SSBPs ("single-stranded binding proteins") so necessrias
para manter separadas as duas cadeias simples
2. O Priming necessrio para o incio da sntese de DNA
Todos os DNA polimerases requerem uma extremidade 3-OH livre
para iniciar a sntese de DNA.
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3. Elongao e Topoisomerases
A estrutura antiparalela das duas cadeias de DNA constitui um
problema para a replicao. Enquanto o garfo de replicao avana, ambas as
cadeias filhas devem ser sintetizadas enquanto as cadeias me se encontram
expostas. No entanto o garfo replicativo avana no sentido 5-3 numa cadeia e
no sentido 3-5 noutra, e os cidos nucleicos so sintetizados apenas na
direo 5-3. Este problema resolvido sintetizando a cadeia 3-5 numa srie
de pequenos fragmentos que so formados no sentido 5-3.
Na cadeia lder, a sntese de DNA procede de forma continua na
direo 5-3, enquanto molcula de DNA desenrolada. Na cadeia atrasada,
(uma parte do DNA original tem de estar exposto) formam-se segmentos na
direo oposta do garfo replicativo. Estes fragmentos, denominados,
fragmentos de Okazaki vo se juntando, formando uma cadeia atrasada
completa.
Sntese das cadeias lder e atrasada em E. coli:
a) Interveno de DNA helicases (que separam as duas cadeias),
SSBPs ("single stranded binding proteins") que impedem o re-emparelhamento
do DNA e de topoisomerases
b) Sntese de primer de RNA (10-60 nt) pela primase
c) A sntese das duas cadeias catalisada por um dmero assimtrico
da DNA polimerase III.
Replicao da cadeia atrasada
a) O primer de RNA (10-60 bases)
sintetizado pela primase, baseado na cadeia-me de
DNA
b) A DNA polimerase sintetiza a nova cadeia
DNA a partir do 3-OH do primerde RNA
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c) A polimerase remove o RNA a 5 no final do fragmento de Okazaki
seguinte e preenche o espao com DNA
d) A DNA ligase une dois fragmentos de Okazaki adjacentes e
terminados
4. Terminao
Em E.coli, a replicao termina numa zona de repeties de 20 bp
(zonas de terminao de replicao = "ter")
As duas molculas de DNA resultantes esto interligadas catenanos
A separao (decatenao) feita pela topoisomerase IV.
Enzimas includos no modelo de sntese de DNA (E. coli)
Helicase: abre as cadeias da dupla hlice original
Single stranded BPs (SSB): impedem o reemparelhamento das
cadeias
Topoisomerase II: reduz a tenso na dupla hlice frente do RF
Primase (RNA polimerase): inicia as novas cadeias de DNA
DNA polimerase III: o principal enzima replicativo
DNA polimerase I: remove os primers de RNA
DNA ligase: liga os fragmentos de Okazaki na cadeia atrasada
Topoisomerase IV: faz a descatenao dos dois novos
cromossomas (circulares)
Assemblagem in vivo do DNA Polimerase IIIO DNA polimerase constitudo por 10 protenas:
Existem 2 copias do centro ativo. Cada centro ativo contm uma
subunidade (que confere atividade ao DNA polimerase), uma subunidade
(que confere atividade de proofreading3-5).
Existem 2 cpias da subunidade de dimerizao, , que ligam os
dois centros catalticos
Existem 2 cpias de subunidade de processividade, , que soresponsveis por ligar os centros catalticos s respetivas cadeias;
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O complexo um grupo de 5 protenas, clamp loader, que
posiciona as subunidades de processividade no DNA, formando um clamp
sua volta. responsvel por adicionar um par de dmeros a cada cadeia de
DNA.
Mecanismo de assemblagem:
1. O dmero e o complexo
reconhecem o primer e formam um complexo
inicial. Nesta reao, o complexo hidrolisa o ATP
e transfere as subunidades para o primer. O par
de subunidades forma um clamp que se liga
volta do DNA e assegura a processividade. A
hidrolise do ATP permite a ligao da subunidade
ao DNA.
2. A ligao ao DNA altera a
conformao da subunidade na ligao ao
complexo , aumentando a afinidade da subunidade
para o centro ativo do polimerase. Esta alterao conformacional o que vai
permitir que o centro ativo se ligue ao DNA.
3. O dmero liga-se ao centro ativo do polimerase promovendo a
dimerizao atravs da ligao de dois centros ativos. O holoenzima
assimtrico porque apenas tem um complexo .
Modelo dimrico do DNA polimerase
Enquanto uma subunidade
sintetiza a cadeia lder de forma contnua,
a outra subunidade vai sintetizando de
forma descontnua a cadeia atrasada,
iniciando e terminando os fragmentos de
Okazaki. O clamp associado cadeia
atrasada dissocia-se e reassocia-se para
cada fragmento de Okazaki.
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Enzimas e fatores de replicao
DNA polimerases
DNA polimerase I: reparao de DNA; remove os primers de
RNA nos fragmentos de Okazaki e substitui-os por DNA
DNA polimerase II: reparao de DNA; funo no muito bem
esclarecida
DNA polimerase III: sintetiza cadeias de DNA. Faz parte dum
grande complexo, o holoenzima do DNA polimerase III. Uma das
subunidades deste holoenzima a subunidade , que mantm
a polimerase III associada ao DNA.
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Aula 7 A Transcriao em Procariotas
O cido Ribonucleico (RNA)
O RNA desempenha as suas funes em cadeia simplese a sua diversidade estrutural muito superior do DNA. As
principais funes do RNA so o armazenamento e
transmisso da informao genticae a catlise enzimtica
(ribozimas).
O processo de sntese de RNA a partir da informao
armazenada de forma permanente no DNA chama-se
transcrio.Na transcrio, um sistema enzimtico complexo
converte a informao contida num segmento de DNA em
cadeia dupla numa cadeia de RNA cuja sequncia de bases
complementar a uma das cadeias de DNA.
O processo semelhante para os trs tipos de RNA: mRNA, tRNA e
rRNA.
Transcrio e Replicao
Semelhanas:
O mecanismo fundamental da reaco semelhante;
A transcrio d-se de 5 3;
Ambas necessitam dum molde para a sntese do DNA/RNA;
Os processos dividem-se em trs fases: iniciao, elongao eterminao.
Diferenas:
A transcrio selectiva apenas um gene ou um grupo
especfico de genes transcrito de cada vez;
Na transcrio, apenas uma das cadeias transcrita;
A transcrio no necessita de um iniciador (primer);
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A iniciao da transcrio complexa, dividindo-se em ligao
dos factores ao DNA e iniciao da sntese de RNA.
Unidade TranscricionalUma unidade transcricional uma poro de DNA transcrita numa
nica molcula de RNA (transcrito primrio), comeando no promotor e
acabando no terminador.
A transcrio pelo RNA polimerase
A funo do RNA polimerase copiar uma das cadeias de DNA em
RNA.
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Cadeia Codificante e Cadeia Molde
As duas cadeias de DNA tm funes distintas na transcrio, s uma
serve de molde sntese do RNA: cadeia molde.
A cadeia de DNA complementar cadeia molde designa-se por cadeia
no molde ou cadeia codificante (m designao que traduz o facto de ser
idntica molcula de RNA sintetizada, excepto devido presena de ribose e
uracilo).
A cadeia codificante de um dado gene pode estarem qualquer uma das
cadeias de DNA num cromossoma.
As sequncias que regulam a transcrio so por conveno descritas
pela sequncia na cadeia no-molde (por isso chamada "codificante").
A bolha Transcricional
Durante a transcrio, a
"bolha" transcricional
mantida no interior do
RNA polimerase.
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As fases da transcrio:
1. Pr-iniciao reconhecimento do DNA molde.
2. Iniciaoincioda sntese da cadeia de RNA pela adio dos
primeiros 2-9 ribonucletidos.
A sntese de RNA ocorre
na "Bolha" Transcricional.
O RNA polimerase no
necessita de primer. O primeiro
nucletido fica intacto (semperda de pirofosfato).
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3. Elongao aumento da cadeia de RNA na direco 5 3
pela adio de ribonucletido.
4. Terminao libertao do polimerase e da cadeia de RNA
completa.
A transcrio em Procariotas
O alinhamento de mltiplos promotores evidencia a conservao de
nucletidos em determinadas posies a montante do local de incio da
transcrio.
O promotor uma sequncia especfica no DNA qual os RNA
polimerases se ligam.
O Promotor
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Mutaes no promotor do opero Lac podem resultar quer no
aumento ou na diminuio da actividade de transcrio, consoante a
mutao se aproxima ou afasta da sequncia cannica de consensus.
Promotores em Procariotas
Um promotor tpico possui 3 componentes:
1. a sequncia a35;
2. a sequncia a10;
3. o incio da transcrio (startpoint).
Uma das cadeias de DNA no promotor possui os pontos de contacto
para o RNA polimerase.
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O RNA polimerase de E.coli
Os RNA polimerases de bactrias, especialmente de Escherichia coli,
so os melhores caracterizados gentica e bioquimicamente.
Em todas as bactrias, um nico tipo de RNA polimerase responsvelpela sntese de rRNA, mRNA e tRNA ao contrrio dos eucariotas, onde o
rRNA, mRNA e tRNA so descritos, tipicamente, por diferentes RNA
polimerases: Pol I, II e III.
Holoenzima (Enzima completo) forma do RNA polimerase que
competente para iniciar a transcrio. Consiste nas cinco subunidades do
enzima core e no factor . A composio das suas subunidades est na figura
seguinte.
O "core" dos RNA polimerases bacterianas so complexos de ~400
kDa com mltiplas subunidades e com a estrutura geral 2.
As subunidades e so as principais subunidades catalticas.
O domnio CTD ("C-terminal domain") o domnio do RNA
polimerase que est envolvido na estimulao da transcrio por contacto com
as protenas reguladoras.
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O Papel da Subunidade
A subunidade primeiramente responsvel pelo
reconhecimento do promotor.
Subunidades sigma distintas reconhecem diferentessequncias de consensus.
Factor anti-sigma Uma protena que se liga a um factor
sigma inibindo a sua capacidade de se ligar a promotores especficos.
Aminocidos da subunidade contactam bases especficas na
cadeia no transcrita da sequncia10 do promotor.
A hlice da subunidade sigma determina a sua especificidade.
A subunidade tambm contribui para o reconhecimento do
promotor.
A subunidade mais comum a 70.
A subunidade no possui centro activo para proofreading.
Os erros na transcrio so de 1 em 104-105 nucletidos
incorporados. A correco de um erro faz-se por reverso da actividade de
polimerase.
A subunidade dissocia-se do enzima logo aps o
reconhecimento, ficando apenas o enzima core durante o resto da transcrio.
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O modelo para o movimento do enzima sugerido pela sua estrutura
cristalogrfica:
O DNA move-se atravs dum
canal no RNA polimerase e faz uma
curva acentuada no centro activo.
Alteraes de conformao em
certos mdulos flexveis do enzima
controlam a entrada nucletidos no
centro activo.
Complexos de Iniciao do RNA polimerase
O RNA polimerase liga-se aopromotor, formando um complexo fechado(o DNA est intacto).
O DNA desemparelha parcialmentejunto regio -10, formando um complexoaberto.
A transcrio inicia-se levando auma alterao conformacional nocomplexo.
Na presena do complexo ternrio, a
iniciao abortiva.Passa-se fase da elongao, com
a libertao da subunidade .
O reconhecimento de diferentespromotores feito mediante o uso dediferentes subunidades .
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Posicionamento do RNA polimerase
Inicialmente, o RNApolimerase contacta com
a regio entre -55 e +20.
Quando a subunidade sigma se
dissocia, o enzima core contrai-se
at -30.
Quando o enzima se move alguns
pares de bases, torna-se mais
compactamente organizado no
complexo de elongao.
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Reconhecimento do Alvo pelo RNA polimerase
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Reciclagem da subunidade e do Enzima core
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Aco dos Enhancers
So sequncias estimuladoras da
transcrio que podem acelerar aconverso do complexo binrio fechado
em complexo aberto.
Elongao da Transcrio
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Reincio da Transcrio
Um RNA polimerase parada pode reiniciar a transcrio por uma
reaco de hidrlise na extremidade 3.
Terminao por Palindromas
Palindroma tem a propriedade de poder ser lida tanto da direita para
a esquerda como da esquerda para a direita.Exemplo:
5'-GAATTC-3'
3'-CTTAAG-5'
Este tipo de segmento um palndroma de DNA, que significa que
ambos os segmentos tm a mesma sequncia de nucletidos, mas com ordem
inversa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guaninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adeninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Timinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citosinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Timinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adeninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adeninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adeninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Timinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Timinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citosinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citosinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Timinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Timinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adeninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adeninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guaninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guanina -
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Os terminadores intrnsecos incluem
regies palindromas de 7 a 20 pb.
A estrutura em "stem-and-loop" inclui
uma regio rica em GCs ("stem") e
outra com uma srie de Us.
Terminao Independente de Rho ()
Os sinais independentes de formam uma pequena regio em "hairpin" e
possuem uma sequncia de 3 As na cadeia molde junto da extremidade 3 do
"hairpin".
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Terminao Dependente de Rho
()
1. O factor Rho, liga-se a um local rut ("rho utilization site");
2. O factor Rho persegue o RNA polimerase, ligado a este;
3. Quando o polimerase abranda (ou pra) num stem-and-loop, o factor
Rho, consegue "apanh-lo;
4. Rho induz a terminao desfazendo o hbrido DNA-RNA e todos os
componentes so libertados.
Transcrio e Traduo
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Anti-Terminao
Pode ser usado um mecanismo de anti-terminao para controlar a
transcrio. Os factores de anti-terminao atuam como subunidades do RNA
polimerase que ignoram (fazem o readthrough) os sinais de terminao.
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Aula 8 A transcriao em Eucariotas
Principais diferenas em relao transcrio de procariotas
O processo mais complexo, devido estrutura nucleossmica do
DNA.
Existem 3 RNA polimerases diferentes no ncleo das clulas
eucariticas: RNA polimerases I, II e III (para alm da RNA polimerase
mitocondrial e, nas plantas, da RNA polimerase dos cloroplastos); nos
procariotas apenas existe um RNA polimerase com capacidade de
reconhecimento do promotor (subunidade ).
Cada um dos RNA polimerases nucleares no se liga diretamente ao
seu promotor respetivo mas sim a protenas designadas fatores de transcrio
que, por sua vez, se ligam a sequncias de DNA especficas que constituem
cada promotor.
Os mRNAs so mais estveis e os processos de transcrio e
traduo so espacialmente e temporalmente separados (ou seja, a transcrio
ocorre no ncleo e a traduo ocorre no citoplasma).
Fatores auxiliares
Fatores Basais - so necessrios ao incio da transcrio em todos os
promotores. Formam um complexo com a RNA polimerase em torno do incio
da transcrio (IT).
Fatores a Montante (Upstream Factors) so protenas que se ligam
ao DNA a montante do IT. So ubiquitrios e a sua atividade no regulada.
Fatores Indutveis - atuam como os fatores a montante, mas possuem
atividade reguladora. Ligam-se a elementos de resposta.
Fator de Transcrio Qualquer protena necessria para o incio da
transcrio, mas que no seja parte integrante da RNA polimerase.
Enhancers Sequncias que estimulam a transcrio, mas que se
situam a uma distncia considervel do IT (a montante ou a jusante) e em
qualquer orientao.
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RNA polimerases
Transcrio pelo RNA polimerase I
A RNA Polimerase I usa um promotor bipartido:
Spacer no-transcrito Uma regio entre a unidade transcricional
num "cluster" de genes em tandem.
O promotor da RNA polimerase I consiste num promotor core e num
elemento a montante do promotor (UPE, "upstream promoter element").
O fator UBF1 enrola o DNA em torno duma estrutura proteica para
trazer o core e o UPE em proximidade.
Transcrio pelo RNA polimerase III
A RNA Polimerase III usa trs tipos de promotores:
Promotores internos (tipo I e II) que tm curtas sequncias de
consensus localizadas dentro da unidade transcricional e que induzem a
iniciao a ocorrer a uma distncia fixa "upstream".
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Promotores upstream Contm trs curtas sequncias de
consensos "upstream" do incio da transcrio e s quais se ligam fatores de
transcrio.
Transcrio pelo tRNAs em levedura
A eficincia da transcrio depende do correto posicionamento de dois
nucleossomas a montante do gene do tRNA e da maquinaria de transcrio nogene.
Transcrio pelo RNA polimerase II: complexo de iniciao
A RNA pol II requere sete fatores gerais de transcrio, ou GTFs
("general transcription factors") e ATP para iniciar a transcrio.
A ligao do TFIID TATA box (ou Inr) o primeiro passo da iniciao:
a TBP posiciona a RNA Pol II na TATA box.
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Iniciao de transcrio
Elementos "upstream" e os fatores que a eles se ligam aumentam a
frequncia da iniciao
Papel do TFIIH
O TFIIH funciona como local de ancoragem de um complexo de
enzimas envolvidos na reparao do DNA
Mutaes no "domnio XPD" do TFIIH so causadoras de
doenas
Fatores de iniciao do RNA polimerase II
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7/29/2019 Resumos de Biologia Molecular
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A TBP um Fator Universal de Posicionamento
A TBP a componente do fator de posicionamento
que requerida para os trs tipos de RNA polimerases se
ligarem ao seu promotor.Para o RNA polimerase II o fator TFIID, que
consiste na TBP mais aproximadamente 14 TAFs.
As trs polimerases ligam-se via fatores de
compromisso.
Promotor do RNA polimerase IIUm promotor tpico do RNA polimerase II consiste em dois tipos de
regies:
1. Promotor core que inclui a
TATA box, onde se ligam os fatores basais, e
situado perto do incio da transcrio (IT).
2. Sequncias a Montante onde
se ligam os fatores a montante. Estas podemincluir os elementos de resposta, onde se ligam os fatores indutveis
(elementos reguladores), no caso dos genes indutveis.
Funo de Diferentes Regies no Promotor
TATA box (TATAAAA) situa-se a cerca de -30 nucletidos do
incio da transcrio. Quando mutada, altera-se o local de incio da
transcrio.
CAAT box (GGCCAATCT) - a cerca de -75/-80 do IT; mutaes
sugerem um papel na determinao da eficincia da transcrio, e no
na especificidade do promotor. Funciona em qualquer orientao.
GC box (GGGCGG) - a cerca de -90 do IT ocorre frequentemente
em mltiplas cpias e em qualquer orientao. Atua sobre os fatores
basais, determinando a frequncia da transcrio.
Octmero (ATTTTGCAT) - responsvel por interaes protena-
protena que determinam a eficincia da transcrio.
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Promotores vs. Enhancers
Enhancers
So sequncias de DNA que atuam:
A distncias geralmente grandes do incio da transcrio. Estadistncia ao promotor varivel.
Em qualquer orientao.
Podem-se localizar a jusante do incio da transcrio.
Promotores
Sequncias de DNA que se encontram a uma distncia (relativamente)
fixa e curta do incio da transcrio.
O Aparelho Transcricional em Eucariotas
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Aula 9 Regulaao da Transcriao em Procariotas
Porqu regular a Expresso dos Genes?
Procariotas
O gene 1 um gene constitutivo (ou de housekeeping).
Os genes 2 e 3 so genes indutveis, sendo activados consoante o tipo
de glcido presente no meio.
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Eucariotas
1. Genes de plantas que respondem luz;
2. Hormonas que regulam a expresso gnica;
3. Clulas especializadas expressam genes diferentes.
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Regulao Transcricional
Regulao Negativa
Na regulao negativa, um repressor liga-se ao operador evitando queum gene seja expresso.
Exemplo: operes repressveis que so controlados negativamente
pelo produto final da via biossinttica a que pertencem.
Regulao Positiva
Na regulao positiva, necessrio um factor de transcrio ligar-se ao
promotor a fim de permitir que o RNA polimerase inicie a transcrio.
Exemplo: operes indutveis que so controlados positivamente pelo
substrato da respectiva via metablica.
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Um repressor pode evitar a iniciao pelo
RNA polimerase.
Factores de transcrio permitem que o
RNA polimerase se ligue ao promotor.
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Opero da Lactose
Opero indutvel em procariotas, requerido para o transporte e o
metabolismo da lactose em Escherichia colie outras bactrias.
O opero lac regulado por diversos factores, em particular a
disponibilidade de glicose e lactose no meio extracelular.
A regulao gentica do opero lac foi o primeiro mecanismo complexo
de regulao gnica a ser elucidado e um dos principais exemplos de
regulao gentica em procariotas.
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Organizao do Opero Lac
Regulao Alostrea do Opero Lac
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Regulao do opero Lac
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Represso do Opero Lacpela Glucose
Quando existe glicose, que preferencialmente usada, os genes
que codificam os enzimas envolvidos no catabolismo de outros glcidos no
so expressos, ou seja, a glicose reprime o opero lac na presena do seu
indutor lactose.
A represso pela glicose mediada por um sistema positivo de
controlo, que est dependente dos nveis de cAMP. O enzima que converte em
ATP em cAMP activado quando os nveis de glicose esto baixos, o cAMP
liga-se a uma protena reguladora da transcrio, a CAP, que por sua vez se
liga sua sequencia alvo (localizado antes do inicio do opero) e faz com que
a subunidade do RNA polimerase se ligue mais facilmente ao promotor.
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CAP e RNA polimerase
CAP catabolite activator protein um activador
transcricional.
Duas molculas de cAMP (AMP cclico) ligam-se CAP
com cooperatividade negativa e funcionam como efectores alostrios
aumentando a afinidade da protena para o DNA.
CAP tem uma estrutura em hlice que lhe permite ligar-se
a sucessivas major grooves de DNA. Isto abre a molcula de DNA,
permitindo que o RNA polimerase se ligue e transcreva os genes
envolvidos no catabolismo da lactose. Assim, CAP aumenta a
expresso do opero lac, quando a lactose est presente, mas a
glicose no.
Represso do Opero Lac
O repressor Lac controlado
por uma pequena molcula indutora. Um
indutor pode funcionar convertendo umaprotena repressora numa forma com baixa
afinidade para o operador.
O repressor tem 2 locais de
ligao: um para o operador do DNA e
outro para o indutor.
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Indutor gratuito indutores que se assemelham a autnticos
indutores da transcrio, mas no so substratos para os enzimas induzidos.
Opero do TriptofanoA regulao da transcrio do opero do triptofano pode ser
generalizada para os restantes aminocidos e uma regulao por
represso do produto final pois, ao contrrio do opero da lactose que est
sempre silenciado na ausncia do substrato, o opero do triptofano est
sempre activo, sendo reprimido apenas quando este aminocido abunda na
clula.
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Mecanismo de Atenuao
A regulao por atenuao exclusiva dos procariotaspois implica
que a transcrio e a traduo ocorram em simultneo, o que no se verifica
em organismos eucariotas.A atenuao da transcrio age impedindo o alongamento a partir de
determinados stios, que no so mais do que sequncias especficas.
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Aula 10 Regulaao da transcriao em Eucariotas
A expresso dos genes em eucariotas ,
principalmente, controlada no incio da
transcrio. Este controlo envolve mudanas
estruturais da cromatina na regio do promotor,
acompanhado com a ligao do aparelho
transcricional basal ao promotor.
Os intres so depois removidos do
mRNA transcrito. O RNA maduro migra depois do
ncleo para o citoplasma. Esta transio pode ser
especificamente controlada em clulas
embrionrias. A regulao dos fatores de
transcrio permite controlar um elevado nmero
de genes alvo.
Um gene regulado por uma sequncia promotora (e, por vezes um
ou mais enhancers) que compreende vrios elementos em cis.
Cada um destes elementos reconhecido por uma protenaespecfica: elementos em trans(ou fatores de transcrio). O conjunto destes
elementos indispensvel para a RNA polimerase iniciar a sua atividade, em
conjunto com os fatores basais.
Os fatores de transcrio s se encontram presentes na sua forma
ativa sob condies em que o gene deve ser expresso. Na sua ausncia, o
gene no ativado por via desse fator.
Gene Humano da Metalotionena
Um elemento que causa que um gene responda a um dado fator
denominado elemento de resposta. Exemplos de elementos de resposta:
GRE Glucocorticoid response element
MRE Metal response element
TRE TPA (tumour promoting agent) response element
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A regio qual os fatores se ligam no fica muito longe da regio que
vo ativar. Podem localizar-se tanto nos promotores como nos enhancers. A
ligao do ativador ao elemento de resposta necessria para que o RNA
polimerase inicie a transcrio. Um ativador pode apenas estar ativo em
determinadas condies e so essas condies que vo determinar quando o
gene vai ser expresso.
O gene da metalotionena um exemplo de como um gene pode ser
regulado por vrios fatores. Este gene est ativo, mas induzido por elevadas
concentraes de metais pesados (como o cdmio) ou por glucocorticoides.
A TATA e a GC box esto localizadas perto da regio de
iniciao. Para a expresso basal so tambm necessrios dois elementos
basais, BLE basal level elements, que se encaixam na categoria de
enhancers. Estes elementos, embora perto do local de iniciao, podem ser
movidos para outro sitio sem perder a sua atividade.
Ativao da transcrio
Ativadores: determinam a frequncia da transcrio.
Repressores: protenas que inibem a expresso dum gene.
o Podem atuar evitando que ocorra a transcrio ligando-se
a um operador no DNA ou prevenindo a traduo ligando-
se ao RNA.
Epigentica: inclui alteraes que influenciam o fentipo semalterao do gentipo.
o Estas consistem em alteraes nas propriedades da
clula que so herdadas, mas que no representam uma
alterao da informao gentica.
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Vrios Elementos Um Gene
Cada acontecimento
regulador depende apenas da ligao
de um fator em transno elemento emciscorrespondente.
Cada elemento regulador
(promotor ou enhancer) pode por si s
ativar o gene, independentemente dos
restantes.
Para um dado fator de
transcrio, o respetivo elemento em cise a regio ativada (promotor) situam-se em locais diferentes, o que explica como diferentes regies reguladoras, a
distncias variveis do promotor, possam funcionar independentemente.
Domnios Zinc Finger
Alguns aminocidos ligam o io zinco e formam um domnio
independente na protena.
O io zinco ligado por aminocidosconservados de histidina e cistena.
Os zinc fingerso domnios comuns no DNA
que liga protenas; os zinc fingers organizam-se
numa srie de repeties tandem.
O C-terminal de cada finger forma hlices enquanto o N-terminal
forma folhas .
O Finger pode estar envolvido na ligao do
RNA e no do DNA ou pode no estar relacionado
com a ligao de nenhum cido nucleico.
Os aminocidos antes do primeiro zinc
finger determinam a sequncia do DNA alvo; os que
se encontram antes do segundo controlam o
espaamento entre os locais em que so reconhecidos por cada subunidade
de um dmero.
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A evidncia de que o primeiro zinc
finger que ligava o DNA veio da
experincia de trocar a especificidade da
sequncia antes desse finger. O finger do
recetor de estrognio (localizado antes do
primeiro finger) foi eliminado e substitudo
pela sequencia do recetor de
glucocorticoide. A nova protena passou a
apresentar especificidade para o GRE (o alvo do recetor do glucocorticoide) em
vez de apresentar para o ERE (o alvo do recetor de estrognio).
Ativao da transcrio por hormonas esterides
Uma hormona esteroide pode atravessar a membrana celular por
difuso simples. Dentro da clula, o
glucocorticoide liga-se ao seu recetor (a
localizao destes recetores ainda no est
esclarecida, pensa-se que existem em equilbrio
entre o ncleo e o citoplasma), o que converte a
protena para a sua forma ativa que tem uma
elevada afinidade para o DNA, pelo que o
complexo hormona-recetor se encontra sempre
localizado no ncleo.
O recetor ativado reconhece uma sequncia especfica que identifica o
GRE. O GRE, normalmente, encontra-se localizado no enhancer, que se
encontra a alguns pares de bases do promotor. Quando o complexo hormona-
recetor se liga ao enhancer, o promotor mais perto ativado e dando incio
transcrio.
A ativao do enhancercorresponde ao mecanismo geral pelo qual os
esteroides regulam alguns genes.
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Aula 11 Processamento de RNAs: mRNAs de Eucariotas
Processamento do mRNA em Eucariotas
Nos procariotas, o mRNA est pronto a ser traduzido logo aps a
transcrio. J nos organismos eucariotas, o transcrito de pr-mRNA
sintetizado no ncleo ainda vai sofrer extensas modificaes at poder ser
utilizado no processo de traduo.
O processamento de mRNA de eucariotas ocorre no ncleo e inclui:
Capping em 5 adio ao terminal 5 de um nucletido com
uma base modificada, 7-metil guanilato. neste terminal que se vo ligar os
ribossomas para que se d a traduo completa do mRNA;
Poliadenilaoadio de nucletidos de adenina ao terminal 3
e formao de uma cauda poli-A de comprimento varivel (pode atingir 200-300
bases). Para alm de regular mecanismos de traduo e estabilidade, esta
cauda tem ainda um papel protectorna medida em que atrasa a digesto do
RNA pelo RNase, permitindo assim que a sua sequncia codificante se
mantenha ntegra durante um perodo de tempo maior.
A poliadenilao no um processo exclusivo dos
eucariotas, tendo-se vindo a verificar que tambm ocorre em
alguns mRNAs de procariotas;
Splicingremoo de intres e colagem de exes intres so
sequncias que no codificam para o mRNA final, em oposio ao exes, que
codificam informao para o mRNA maduro. Ocorre em grandes complexos, os
spliceossomas, formados por protenas e pequenos RNAs nucleares
(snRNA). Os snRNAs reconhecem sequncias nos locais de splicing do pr-
mRNA e catalisam a reaco de splicing. A maioria dos genes de eucariotas
contm mltiplos intres pelo que possvel juntar exes em diferentes
combinaes atravs de mecanismos de splicing alternativo.
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Estes mecanismos, muito importantes na regulao da expresso
gentica, permitem ainda que intres passem a ser considerados exes, no
sendo removidos e permitindo novas combinaes.
Capping
O cap bloqueia a extremidade 5 do mRNA e pode ser metilado em
vrias posies.
1. Presente em todos os "caps" (posio 7 da guanina terminal).
Enzima: guanina 7-metiltransferase
2. Posio 2-O da base primeiro (da cadeia original). Enzima: 2-O-
metiltransferase.
3. Em 10% dos casos, tambm h metilao na posio 2-O da
segunda base original: "CAP 2".
CAP 1
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O cap tem influncia na eficincia da traduo.
Cap0 uma s metilao na posio 7da guanina (pelo guanina-
7-metil-transferase).
Cap1 a 1 base transcrita (geralmente A ou G) pode tambmestar metilada (pelo 2-O-metil-transferase) no oxignio 2. Esta metilao
predomina nos mRNAs de eucariotas, excepo dos unicelulares.
A adio dum grupo metilo no azoto N6do cap1pode ocorrer nos
Eucariotas superiores, se a base deste 2 nucletido fr a adenina.
Cap2 a 2 base transcritapode tambm apresentar metilao
no oxignio 2 (10-15% dos mensageiros).
Podem ainda ocorrermetilaes internasno mRNA (nas adeninas)
Poliadenilao
A sequncia AAUAAA
necessria para a clivagem e
poliadenilao da extremidade 3.
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1. A poliadenilao inicia-se quando o complexo da RNA polimerase II
sintetiza o sinal AAUAAA na extremidade 3 da molcula do mRNA precursor.
2. O CPSF liga-se ao sinal de consensos (AAUAAA) e forma um complexo
contendo os endonucleases CFI e CFII que clivam o transcrito a juzante do
sinal de poliadenilao, formando nova extremidade 3. A PAP liga-se agora a
esta extremidade.
3. Os endonucleases dissociam-se e a nova extremidade 3 poliadenilada
pela actividade da PAP.
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A poliadenilao do mRNA:
Ocorre em 2/3 dos mRNAs de Eucariotas ausente nas histonas);
um acontecimento precoce na biossntese do mRNA: ~1 min
aps a polimerase passar AAUAAA;
O tamanho da cauda ~200 A;
A adio da cauda catalisada pelo enzima poli(A) polimerase
(PAP). A sua actividade distributiva (liga-se e dissocia-se para cada base
ligada), para a sntese dos primeiros ~20 A;
A actividade da PAP torna-se processiva (uma cadeia
polimerizada durante uma associao), para a sntese dos restantes ~200 A,
quando mediada pelo CPSF (cleavage poliadenylation specificity factor) e do
seu cofactor CstF, e em presena da PABP (poly(A) binding protein);
Para cada espcie de mRNA, apenas 70% possui cauda;
A presena da cauda poli(A) est relacionada com estabilidade e
com o transporte ncleo-citoplasma;
Principal consequncia prtica: isolamento de mRNA.
Alguns mensageiros (de Eucariotas) no possuem cauda poli(A).
Exemplo: mensageiros das histonas: a formao da sua extremidade
3depende da estrutura secundria e do snRNA U7.
A formao da extremidade 3 nos mRNAs das histonas depende dum
hairpin conservado e duma sequncia que emparelha com o RNA U7.
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Os mRNAs eucariotas so modificados, processados e transportados
Splicing
O splicing depende apenas do reconhecimento de pares de junes de
splicing as junes de splicing so lidas aos pares.
Todos os locais de splicing 5 so funcionalmente equivalentes, assim
como todos os locais de splicing 3.
Outras sequncias adicionais conservadas, quer a 5 quer a 3 dos
locais de splicing, definem estes ltimos como funcionais entre os numerosos
potenciais locais presentes no pr-mRNA.
Na figura seguinte mostra-se a remoo de 3 intres por splicing
correto atravs do reconhecimento de pares de junes de splicing.
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O splicing nuclear decorre por duas reaces de esterificao.
O intro libertado como um "lariat" quando clivado no seu local de
splice 3 e os exes esquerda e d