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    Algarves. Espanha e Portugal faziam parte desse acordo, por isso a SDantaAliana podia intervir nas colnias em caso elas tentassem libertar -se. Em1856, foi celebrado o Tratado de Paris, primeiro tratado coletivo perfeito, foramcelebrados tratados com pases no-europeus e acabou a Santa Aliana,substituda por uma poltica de "equilbrio de poder", baseada na DoutrinaMonroe.O que era a Doutrina Monroe de 1823? Era uma doutrina no-intervencionista criada pelo Presidente dos EUA Monroe,baseada em:a) o continente americano no pode ser colonizado por nenhuma potncia

    europia;

    b) no aceita interveno europia nos negcios internos de qualquer pasamericano;

    c) os EUA no devem, absolutamente, intervir nos negcios pertinentes aospases europeus.

    A distino entre grandes e pequenas potncias era uma violao aosprincpios tradicionais da soberania e da igualdade entre os Estados? SimQuais as origens das normas e princpios internacionais? Da civilizao ocidental e baseadas na ideologia crist, estruturadas porgrandes potncias.Que esforos foram feitos para restringir o domnio das grandespotncias?Clusula Calvo, apontada como cone de resistncia arbitragem nos paseslatino-americanos e doutrina drago. O que nos diz a Clusula ou Doutrina Calvo de 1868?

    Era uma tese defendida pelo argentino Carlos Calvo segundo a qual osestrangeiros que contratavam com o Estado no poderiam invocar privilgios

    no disponveis aos nacionais para dirimir questes provenientes da execuodo contrato, tornando exclusiva a competncia da corte nacional. Qual o objetivo da Clusula Calvo? Impedir a interveno dos pases do primeiro mundo. O que nos diz a Doutrina Drago de 1902?

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    O repdio ao emprego da fora por um Estado credor contra o Estado que lhedeve reparaes pecunirias motivadas por emprstimos externos ou danosprovenientes de guerra. Sua doutrina inspirou -se na tentativa de intimidaocontra a Venezuela, em dezembro de 1902, levada a efeito por trs potnciaseuropias que eram credoras desse Estado sul -americano: Alemanha,Inglaterra e Itlia. Drago reconhecia que as dvidas externas devem ser pagas;

    negava, contudo, o emprego da coero pelos Estados credores.

    O que aconteceu no perodo entre guerras (1919-1939)?a) Declnio do poder europeu e um fortalecimento dos EUA, surgindo a

    bipolaridade EUA-Rssia.b) Organizao Internacional do Trabalho (OIT), em 1919; c) Corte Permanente de Justia Internacional (1921); d) Pacto Briand-Kellog ou de Paris de 1928, em que condenou -se o uso da

    guerra como meio de soluo de conflitos internacionais. O que aconteceu aps a 2 Guerra Mundial? a) Organizao das Naes Unidas;b) Tribunais de Nurenberg e de Tquio; c) Organizaes Internacionais (FMI, Banco Mundial, OMC, etc) d) Guerra Fria (EUA X URSS).O que se entende como Guerra Fria? Conflito poltico-ideolgico entre os EUA (capitalismo) e Unio Sovitica(socialismo). chamada "fria" porque no houve qualquer combate fsico,embora o mundo todo temesse a vinda de um novo combate mundial por setratar de duas potncias com grande arsenal de armas nucleares. Norte -americanos e soviticos travaram uma luta ideolgica, poltica e econmicadurante esse perodo. O que o Pacto das Sociedades das Naes? Associao intergovernamental, com vocao universal, baseados emprincpios da segurana coletiva e da igualdade entre os Estados soberanos.Surgiu aps o fim da 1 Guerra Mundial. Projeto britnico: aps a Revoluo Russa e a impossibilidade de derrotar onovo regime, cria-se um cordo afastando a ex-URSS da Liga acreditando queisso pudesse afastar o ideal socialista. O projeto foi apoiado pelos EUA, pelospases-membros da Commomwealth e pelaAmrica Latina.

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    Quais os principais defeitos do Sistema da Sociedade das Naes? a) Nenhuma proibio foi colocada ao uso da fora;. b)A guerra no era banida completamente. c) Nenhuma ao coletiva foi iniciada para fazer cumprir o prprio pacto

    contra o estado agressor. d) Foi uma organizao enfraquecida em sua estrutura, incapaz de impor uma

    deciso coletiva.Quais as funes da Sociedade das Naes? a) Segurana internacional;

    b) cooperao econmica, social e humanitria;

    c) execuo do Tratado de Paz de Versalhes. Quantos e quais eram os pases -membros da Sociedade das Naes? Estados membros originrios - 32; associados - 13. Os EUA no ratificaram oTratado de Versalhes. Em1923 contava com 54 Estados. Permitia a retirada deseus membros. O Brasil foi o primeiro a faz-lo, pois no poderia conseguiruma cadeira como membro permanente no Conselho. O Brasil tambm tentaimpedir a entrada da Alemanha na organizao, mas falha e a Ale manha entracomo membro permanente no Conselho (1926). Foi uma organizaoenfraquecida em sua estrutura, incapaz de impor uma deciso coletiva a seusmembros.Qual a estrutura da Sociedade das Naes? Tripartite: uma Assemblia, com representao igualitria e plena; umConselho restrito e um Secretariado permanente. Sua sede em Genebra,na Sua, com rgos subsidirios tcnicos e comisses. Membrospermanentes do CONSELHO: EUA, Imprio Britnico, Frana. Itlia e Japo.As decises eram tomadas por unanimidade, cada membro poderia influir demaneira decisiva.Quais os sucessos da Sociedade das Naes? O territrio de Sarre, rico em carvo, reivindicado pela Alemanha e Frana,volta administrao da Alemanha aps a admini strao da SdN, que realizouum plebiscito junto populao que por maioria extraordinria optou porpertencer ao territrio germnico. Os trabalhos do Escritrio Internacional doTrabalho (Bureau International du Travail -BIT) foi dirigida com excelenteempenho. A OIT o nico sistema tripartite institucional, que permite aparticipao, alm dos Estados, de sindicatos patronais e centrais sindicais.Em menos de dez anos, foram mais de 26 projetos e mais de 30

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    recomendaes. Uma das conseqncias da Primeira Guerra Mundial foi oremapeamento poltico europeu, com a formao de novos Estadosconstitudos por uma grande variedade de grupos tnicos, lingsticos ereligiosos. Nesses tratados, os Estados se comprometiam a no discriminarmembros de grupos minoritrios e a garantir-lhes direitos especiais necessrios preservao de sua integridade tnica, religiosa ou lingstica. A partir da,

    firmava-se a necessidade da concluso de tratados especiais destinados proteo das minorias. A Liga das Naes passou a ser a guardi doscompromissos assumidos pelos Estados nos tratados, exercendo essa funoa partir de um sistema de peties a ser utilizado por membros dos gruposminoritrios quando da violao de seus direitos.

    Quais os fracassos da Sociedade das Naes?As contradies do pacto, a volta do nacionalismo agressivo e revanchista noincio da dcada de 1930 faz a organizao entrar em declnio. (aps a crise de1929). Crise de 1929. Tenta estabelecer medidas coletivas, mas os estados seisolam. O egosmo nacional renasce e volta tradicional diplomacia bilateral e

    secreta. Surge o nazismo na Alemanha, militarismo expansionista no Japo, eo fascismo italiano. A organizao passa a exercer o controle da fabricaoblica e estabelece uma poltica de desarmamento com o intuito de controlar aAlemanha (poltica francesa). Hitler retira a Alemanha da organizao em 1933,pois queria dotar a Alemanha de foras armadas. O Pacto estabeleceuvagamente direitos e deveres aos Estados membros. Incapacidade de aplicarsanes a eventuais infratores das regras estabelecidas. Manuteno do statusquo europeu. O Pacto no criou a sociedade internacional, mas umaassociao de Estados de carter jurdico privado, pois no foi capaz de impor -se aos estados que no desejam integr-la.

    Qual a origem da Organizao das Naes Unidas (ONU)? De um bloco de pases ligados circunstancialmente em uma aliana militar,vitoriosos na 2 guerra. No dia 25 de abril de 1945, os delegados de 50 naesencontraram-se em So Francisco para a Conferncia das Naes Unidas,para constituio de uma organizao internacional. O texto da Carta, com 111artigos, foi adotado por unanimidade em 25 de junho de 1945. APolnia nopde participar da conferncia, mas assinou mais tarde a Cart a como membrooriginrio. quela altura, a vitria contra o Eixo era iminente e tornava -seimprescindvel institucionalizar as relaes internacionais, em moldesdiferentes do que fora a Liga das Naes. Como funciona o Sistema da ONU?

    A Carta das Naes Unidas entrou em vigor a partir de 24 de outubro de 1945.Foi ratificada por 51 Estados antes do final de 1945. Os Estados inimigosforam excludos do grupo como membros originrios e os outros tiveram que sesubmeter a um processo de admisso, por dois teros da Assemblia Geral. Quando e onde houve a primeira Assemblia Geral da ONU?

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    realizada a Primeira Assemblia Geral (AG), com a presena derepresentantes de 51 naes, no Central Hall, Westminster, em Londres. Qual a estrutura da ONU? A ORGANIZAO DAS NAES UNIDASESTRUTURAASSEMBLIA GERALCONSELHO DE SEGURANASECRETARIADOCORTE INTERNACIONAL DE JUSTIACONSELHO ECONMICO E SOCIALCONSELHO DE TUTELA

    Como funciona a Assemblia Geral da ONU? AAssemblia Geral constituda por todos os Estados membros. Cada Estadotem direito a um voto (art. 18 e art. 9.). composta de vrias comissesorgnicas.O que o Conselho de Direitos Humanos?

    O Conselho de Direitos Humanos o rgo criado pelos Estados -Membros daONU com o objetivo de reforar a promoo e a proteo dos direitos humanosem todo o planeta (criada em maro de 2007). Substitui a Comisso de DireitosHumanos das Naes Unidas. O Conselho de Direitos Humanos um rgosubsidirio da Assemblia Geral. Isto faz com que tenha de prestar contasdiretamente a todos os membros da ONU, numa anlise a que se submeterodentro de cinco anos. Os Estados-membros ponderaro, entre outras questes,se desejam elevar o Conselho categoria de rgo principal. O que so as Resolues da Assemblia Geral? AAssemblia manifesta a sua vontade por meio de resolues. A natureza

    das resolues de mera recomendao, sem qualquer elemento deconstrangimento se no cumpridas pelos Estados-membros ou pelo Conselhode Segurana. Tomada de decises: por maioria simples para questesprocessuais, e por maioria de 2/3 para questes fundamentais, como amanuteno da paz e segurana, admisso de novos membros, questesfinanceiras etc. AResoluo N. 377 de 1950 denominada de A Unio para aManuteno da Pazfoi adotada para tratar de assuntos que eram at ento decompetncia exclusiva dos Conselho de Segurana.

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    O que o Conselho de Segurana da ONU? O Conselho de Segurana constitudo por quinze Estados, sendo cincomembros permanentes (China, Frana, Rssia, Reino Unido e EstadosUnidos) e dez eleitos pela Assemblia Geral, por um perodo de dois anos (art.23, da Carta das Naes Unidas). A tomada de decises se d por uma

    unanimidade limitada, pois os membros permanentes do CS tm direito de vetoa qualquer deciso. A absteno ou a ausncia no impede que sedetermine um resultado unnime, mas limitado. Principaisresponsabilidades: manuteno da paz mundial e garantia da seguranacoletiva. Processo de tomada de deciso: prevalncia da regra deunanimidade (restrita ou limitada), pois h um verdadeiro direito de veto (artigo27, 3.), cuja conseqncia foi o fortalecimento da Assemblia Geral, quepassou a opinar sobre questes que o Conselho de Segurana no conseguiaalcanar uma soluo .A ausncia ou a absteno de um dos membros permanentes no impede quese determine um resultado unnime; Durante muito tempo foi paralisada pelos

    conflitos entre EUA e URSS, o interesse de um era vetado pelo outro e vice -versa; O CS se manifesta por decises que so impositivas e todos devemacat-la, sob pena de sofrer sanes por parte da ONU. O CS assume feiespolticas, com desigual distribuio do poder entre os membros; fica uma ntidaparcialidade. A hegemonia institucional izada dos detentores do poder de veto,poltico e parcial Lea os Estados a considerar mais importantes estarprotegidos por um dos grandes do que respeitar o direito. um monoplio dafora internacional. Quais as funes do Secretariado da ONU? a) administrativas,

    b) operacionais (de tipo poltico e militar) e

    c) ao diplomtica.O que a Corte Internacional de Justia (CIJ) da ONU? Principal rgo judicirio , mas no detm a possibilidade de impor suassentenas ao coletivo internacional, em face das peculiaridades do DireitoInternacional Pblico. Competncia da CIJ: Permite que um Estado no-membro das NaesUnidas seja parte de uma questo, fixando-lhe o valor da contribuio para asdespesas da CIJ art. 35, 2. e 3.. Artigo 92 da Carta da ONU. A CIJ poderdarparecer consultivo sobre qualquerquesto jurdica a pedido do rgo. Asentena da CIJ definitiva e inapelvel. Possui uma clusula facultativa dejurisdioobrigatria de acordo como o art. 36, 2. ECIJ. Ponto negativo: osgrandes conflitos internacionais no foram resolvidos pela CIJ, causando umasensao de impunidade dos infratores do DIP, pois prioriza menos o direito emais a negociao diplomtica preventiva.

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    O que o Conselho Econmico e Social da ONU? y O Conselho Econmico e Social constitudo por 54 membros, eleitos

    pelaAssemblia Geral por um perodo de trs anos (art. 61 da Carta dasNaes Unidas).

    O que o Conselho de Tutela da ONU? y O Conselho de Tutela composto por Estados membros que

    administrem territrios sob tutela, por outros tantos membros noadministradores de territrios sob tutela eleitos pela Assemblia Geral epelos membros do Conselho de Segurana ( art. 86, 1, da Carta daONU).

    Como a ONU v o uso da fora? Torna ilegal a utilizao unilateral da fora; mas prev que ela seja empregada,individual ou coletivamente para defender o denominado interessecomum; no

    define o que seja esse interesse - prembulo. A Segurana apresentou-secomo o primeiro e principal objetivo da nova organizao; No captulo VIIexistem aes preventivas, que estabelece uma nova conduo nas relaesinternacionais, pois no pretende agir para restaurar a paz, mas impedir quehaja a guerra; porm no define se a ao seria em uma guerra entre Estadosou se agiria no caso de uma guerra civil. A agresso ilegal, a contramedida legal.O que o Sistema Internacional de Tutela do ONU?

    y Reconhece o princpio da autodeterminao dos povos, para i sso criaum Sistema Internacional de Tutela para devolver a capacidade degoverno prprio a esses povos que estavam sob dominao art. 73, "b".Exceo - art. 83, 1.

    Qual a nova dimenso da ONU? y universal e rene oficialmente 192 Estados. Houve uma a mpliao de

    suas atividades, sobretudo o auxlio ao desenvolvimento. A impossvelsocializao do desenvolvimento.As transformaes institucionais paralidar com os pases em desenvolvimento, tais como a UNCTAD ouCNUCED (Comisso das Naes Unidas para o Comrcio eDesenvolvimento), que visa promover o desenvolvimento econmico e

    social pelo comrcio e o PNUD, que visa desenvolver e transferirtecnologias, formar recursos humanos, criar estruturas para uma polticade desenvolvimento. O processo de descolonizao. Princpio daautodeterminao dos povos. Estabelecimento de normas de defesa dosdireitos humanos. Iniciativas humanitrias, como trabalhar em conjuntocom a Cruz Vermelha e com as organizaes no-governamentais, coma criao de umAlto Comissariado para os refugiados em 1951.

    O que significa a ONU como instrumento de poder?

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    y Os EUA conseguiram convencer o CS da necessidade de intervir naGuerra da Coria (1950-1953). O uso da fora norte-americana foilegitimado pela ONU. Na Guerra contra o Ira que que invadiu e ocupou oKuwait tambm foi legitimada a ao dos EUA pela ONU. Os Estadosque entram na guerra o fazem sem o aval da ONU, como o Iraque, aArgentina em relao s ilhas Malvinas/Falklands sob dominao

    britnica. Michael Hardt coloca se no estamos numa nova polticanorte-americana contra o poder europeu que se recusa a ceder seupoder em favor dos planos de guerra do Iraque. H uma ausncia de umcontra poder s foras polticas norte-americanas.

    Quais as conquistas da ONU? y Universalizao, democracia e o uso da diplomacia preventiva no lugar

    da fora.Como funciona a orientao democrtica no mbito da ONU? a) Os Estados devem comportar-se de forma democrtica e respeitar o

    processo democrtico;b) Os Estados devem promover a cooperao internacional em favor da

    democracia.O que so fontes do direito? So elementos bsicos estrutura do prprio direito internacional. A doutrinaas classifica em fontes formais e materiais do direito.

    O que so fontes formais? So "os processos de elaborao do direito, as diversas tcnicas queautorizam a considerar que uma regra pertence ao direito positivo" (Dihn,Dailler e Pellet). Quais as fontes do direito internacional de acordo com o Estatuto da CIJ? a) os tratados internacionais,

    b) o costume internacional,

    c) os princpios gerais de direito internacional, a jurisprudncia,d) a doutrina dos publicistas e a

    e) eqidade (exaequoetbono).

    A relao acima exaustiva?

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    No. Acrescentam-se os atos unilaterais, as resolues das organizaesinternacionais etc.Observa-se que o Estatuto no faz qualquer distino entre fontes formais emateriais dessa relao. De modo geral, podemos afirmar que os tratadosinternacionais, o costume internacional e os princpios gerais de direito so

    fontes formais de direito, apesar de alguns autores inserirem o costume comofonte material, por entender que o costume faz prova da existncia de umanorma de aplicao geral.

    Como fica a jurisprudncia e a doutrina? So consideradas fontes subsidirias e constituem fontes materiais de direito.J a eqidade no considerada fonte propriamente de direito, mas um meioque contribui para o processo de deciso. Como fica a competncia dos Estados no Direito Internacional ?A competncia dos Estados, sujeitos primrios de direito internacional, originria para celebrar tratados. A Conveno de Viena sobre Direito dosTratados de 1969, dispe sobre a importncia dos tratados como fonte dedireito internacional e de seu pa pel fundamental na histria das relaesinternacionais. Todavia, essa conveno limitou o mbito de sua aplicao atratados entre Estados, excluindo os demais tratados celebrados com outrossujeitos de direito internacional.

    E a competncia das Organizaes Internacionais? As organizaes internacionais, por outro lado, tm competncia derivada paraconcluir tratados, pois dependem dos termos do tratado constitutivo da prpriaorganizao. Essa capacidade foi reconhecida pela Conveno de Viena sobreTratados entre Estados e Organizaes Internacionais ou entre OrganizaesInternacionais, de 1986.

    O artigo 6 da Conveno estabelece que as organizaes internacionaispossuem capacidade para concluir tratados que sejam necessrios aoexerccio de suas funes e ao cumprimento de seus propsitos.

    Costume Internacionaly At a 2 guerra era a principal fonte do direito internacional. Com o

    aumento do nmero de membros da comunidade internacional e oavano da tecnologia, o costume passou a ser um instrumen toinsatisfatrio e lento para acompanhar a evoluo do DIP moderno. Em1969, a CIJ decidiu que a passagem de apenas um perodo curto noera bice criao de novas regras de DIP. Com o avano datecnologia, surgiu a expresso instantcustomaryinternationallaw.Tendo em vista no estar o DIP totalmente codificado, o costume ainda fonte do DIP, muito acentuada no comrcio internacional.

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    Princpios Gerais de Direito y So os princpios consagrados nas decises judiciais dos sistemas

    jurdicos dos Estados, ainda que no constituam norma totalmenteaceita por todos os pases. Basta que um nmero suficiente de Estadosos consagrem. So os mais vagos e de mais difcil caracterizao. H

    uma srie de princpios comuns s ordens internas, como os direitosadquiridos e o da justa indenizao pela nacionalizao de bensestrangeiros. Apactasundservanda, direito adquirido, princpio da boa -f. Dentre os princpios na esfera internacional esto os princpios jcitados e previsto na Carta da ONU.

    Fontes Subsidiriasy O Estatuto da CIJ estabelece que a Corte poder recorrer como meio

    auxiliar as decises judicirias doutrina de autores mais qualificados.Essas fontes tambm so chamadas de auxiliares ou acessrias.

    Jurisprudncia Internacional y As decises judicirias referem-se jurisprudncia, isto , decises dos

    tribunais, arbitrais, da CIJ, dos tribunais de Organizaes Internacionais.A tendncia da CIJ se guiar pela sua prpria jurisprudncia.

    Doutrina Internacionaly A opinio dos juristas mais categorizados supre as lacunas do DIP. O

    trabalho do Instituto de Direito Internacional e da Comisso de DIP dasNaes Unidas devem figurar como contribuies doutrinrias, at omomento que as regras propostas so aceitas em confernciainternacional. O papel da doutrina diminuiu muito e se questiona suainsero no art. 38. A prpria CIJ em seus julgamentos tem evitadomencionar a opinio de juristas.

    Analogia como Fonte Complementary A analogia no fonte formal do DIP, mas um meio de integrao.

    utilizada para preencher as lacunas do DIP. a aplicao de uma normaj existente a uma situao nova, quando semelhante a que aplicvel a norma j existente. As funes da analogia so confirmar asconcluses atingidas por outros mtodos de interpretao, esclarecer

    textos obscuros, suprir lacunas dos textos convencionais. Apesar dessasfunes sua aceitao ainda bastante restrita. A eqidade como Fonte Complementar

    y A equidade pode ser definida como aplicao dos princpios da justia aum determinado caso. No constitui uma fonte formal do DIP. O juizinternacional s pode decidir com base na eqidade quando as parteslitigantes lhe outorgam expressamente poderes para ta l. Tem diminudo

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    de importncia na jurisprudncia internacional, pois o julgamento combase na eqidade necessita que as partes tenham grande confiana nojuiz e devido evoluo do DIP positivo. A CIJ nunca decidiu com basena eqidade exclusivamente.A eqidade pode apresentar perigo por sebasear em noo imprecisa, e pode levar tambm arbitrariedade. Mas,de qualquer forma, permite que os interesses humanos no fiquem sem

    proteo.Atos emanados das Organizaes Internacionais como Fontes Derivadas

    y Os doutrinadores tm assinalado o aparecimento de uma nova fonteformal de DIP, que no se encontra no art. 38 do ECIJ, que a leiinternacional, isto , as decises das organizaes internacionais. A leiinternacional se teria formado com o fenmeno das associaesinternacionais, principalmente depois da 2 Guerra Mundial, e sedesenvolvido na Europa, como a CECA,CEE, EURATOM. Essa novafonte consiste em normas originadas numa organizao internacionalque se tornam obrigatrias para os Estados-membros independente de

    qualquer ratificao por sua parte. O que soft law?

    y So normas jurdicas no obrigatrias, seu cumprimento meramenterecomendado aos Estados, que podem, inclusive, no cumpri -las, semque haja sanes aos inadimplentes.

    O que Tratado Internacional?y uma manifestao de vontades concordantes imputvel a dois ou mais

    sujeitos de direito internacional e destinada a produzir efeitos jurdicos,segundo as regras do Direito Internacional (Paul Reuter)

    Como se classificam os Tratados? y H dois critrios de classificao: o primeiro sob uma ordem formal, que

    leva em conta o maior e menor nmero de participante em um tratado, eoutra de ordem material, que leva em conta a funo jurdica que otratado se prope: a realizao de um negcio jur dico (tratado-contrato)ou o estabelecimento de uma regra de direito (tratado normativo).

    Como funciona o Critrio Formal? y Quanto ao NMERO DE PARTES contratantes, os tratados podem ser:

    a) Tratado bilateral: o tratado celebrado entre duas partes. b) Tratado multilateral ou coletivo: o tratado celebrado entre vrias partes. c) Tratados Plurilaterais: o tratado celebrado entre membros de uma

    instituio internacional, vinculadas a um tratado geral.

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    Como funciona o Critrio Material? y Quanto natureza jurdica do ato, segundo Accioly, os tratados podem

    ser divididos emy Tratados-leis ou tratados-normativos e Tratados-contratos:

    O que so Tratados-leis ou Tratados Normativos? y So os tratados celebrados entre vrios Estados com o objetivo de fixar

    normas ou regras de direito que sejam objetivamente vlidas, e secaracterizam porque as vontades de todos os signatrios tm contedoidntico. Ex. convenes multilaterais como a de Viena, Carta da ONU,Pacto da Sociedade das Naes etc. Citam-se, tambm, os tratados decriao de unies internacionais administrativas, que exercem um papelimportante na vida contempornea. Ex.Unio Postal Internacional, UnioInternacional para a Proteo da Propriedade Intelectual, a OrganizaoMundial de Meteorologia, Organizao Mundial Sade etc.

    O que so Tratados Contratos? y So atos de carter subjetivo, que procuram regular interesses

    recprocos das partes. Geralmente so bilaterais, mas podem ocorrerem tratados multilaterais. Ex. tratados de paz ou de fronteiras. Ostratados-contratos podem ser: executados ou executrios

    O que so Tratados Executados ou Transitrios ou de Efeitos Limitados? y So os que devem ser logo executados, e dispem sobre a matria

    permanentemente. Ex. tratados de cesso ou permuta de territrio. O que so Tratados Executrios ou Permanentes ou de EfeitosSucessivos?

    y So os tratados que prevem atos a serem executados regularmente,toda vez que apresentarem as condies necessrias. Ex. como nostratados de comrcio e de extradio.

    Quais as condies de validade de um tratado? y Para que um tratado seja considerado vlido necessrio que as partes

    se submetam a certas condies. So elas: a) a capacidade das partes para celebrar tratados,

    b) que os agentes estejam habilitados,

    c) que haja consentimento mtuo,

    d) que o objeto do tratado seja lcito e possvel.

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    Capacidade das partes contratantes ou JUS TRACTUM OU "TREATY -

    MAKING POWER.y A doutrina tradicional admitia que somente os Estad os soberanos tinham

    direito de celebrar tratados. Com o surgimento e reconhecimento daexistncia de outros sujeitos de direito internacional, esta capacidade

    reconhecida tambm organizaes internacionais, aos beligerantes, Santa S e a outros entes internacionais. Nega-se essa capacidade sempresas multinacionais que, embora sujeitos de direito internacional,so pessoas jurdicas de direito privado. O direito interno (Constituio)pode dar aos estados federados este direito, como ocorre na Sua, nosEUA e naAlemanha. O governo federal do Brasil no ser responsvelse um Estado membro da federao concluir acordo sem que sejaouvido o Poder Executivo Federal e nem seja aprovado pelo Senado.Rezek salienta que os Estados-membros da federao brasileira nopodem contratar com uma organizao internacional a no ser que sejaemprstimo. Embora a Constituio americana permita a aos estados dafederao celebrar tratados, nenhum estado-membro jamais o fizeram

    para no violar a "treaty-making power" do governo federal. Como funciona a habilitao dos agentes signatrios?

    y A habilitao dos agentes signatrios de um tratado internacional feitapor "plenos poderes", que do aos negociadores o "poder de negociar econcluir o tratado (art. 7 da Conveno de Viena sobre o Direito dosTratados).As pessoas que recebem esses poderes so denominadasde plenipotencirios.Atualmente, esto dispensados dos plenos poderespara negociao e autenticao dos tratados: os chefes de estado e degoverno, ministros das relaes exteriores, chefes de missodiplomtica junto ao Estado em que se encontram acreditados. (ART. 7da Conveno de Viena). Nas Organizaes Internacionais no seexigem plenos poderes dos secretrios-gerais e dos secretrios-geraisadjuntos. Nos tratados bilaterais, os plenos poderes so trocados pelosnegociadores. Nos multilaterais, ocorre a "verificao dos instrumentospor uma comisso ou pelo secretariado e a sua disposio nos arquivosda reunio. Esse procedimento tem sua origem com a Conveno deViena. Os plenos poderes perderam muito a sua importncia com odesenvolvimento da ratificao. Na prtica tem-se admitido que orepresentante do estado inicie negociaes com plenos poderes a ttuloprovisrio (Mello).

    O que significa Consentimento Mtuo?

    y O tratado um acordo de vontades, e a sua adoo se efetua peloconsentimento mtuo de todos os Estados, que participam, da suaelaborao. Nos tratados multilaterais a adoo do texto se efetua pelamaioria de dois teros dos presentes e votantes (art. 9 (2) da CVDT.No devem sofrer nenhum vcio O erro, dolo ou coao viciam ostratados.

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    O que vem a ser objeto lcito e possvel? y nulo o tratado que violar norma imperativa de DIN. Estas normas so

    muito poucas.A nulidade do tratado ocorre mesmo quando a normaimperativa for posterior a ele. O tratado no pode ter um objeto quecontrarie a moral, nem um objeto impossvel de ser executado Nestes

    casos, a parte pode por fim ao tratado. Como se d o processo de concluso do tratado?

    y O Tratado um ato complexo que depende de procedimento para a suaconcluso. Esse procedimento compreende as seguintes fases:negociao, assinatura ou adoo, ratificao, adeso.

    Como pode ser a negociao? y A negociao pode se revestir de duas formas:

    a) Bilateralb) Multilateralc) Plurilateral.Como funciona a negociao de um Tratado Bilateral?

    y A negociao de tratado bilateral se desenvolve entre as chancelariasinteressadas, ou seja, entre o Ministro das Relaes Exteriores e oagente diplomtico de outro Estado, assistidos por especialistas e portcnicos. Ex. a negociao de tratados comerciais etc.).A negociaoinicia-se geralmente pela troca de nota diplomtica e tem lugar noterritrio de um dos Estados.

    Como funciona a negociao de T ratados Multilaterais?y A negociao de tratados multilaterais se desenvolve nas grandes

    conferncias e congressos.y Ex. Conferncia de Paz de 1919 para a preparao do Tratado de

    Versalhes. Quando no realizada no seio da Organizao internacional,tem incio com a convocao de uma conferncia diplomticainternacional ad hoc, por parte de um grupo e Estados, ou mesmo de

    uma organizao internacional. Como funcional a negociao de Tratados Plurilaterais?

    y So acordados no seio de um outro tratado e pelos Estados-membros.Adiferena em relao aos acordos multilaterais consiste no fato de queos acordos comerciais plurilaterais no criam nem obrigaes nemdireitos para os Estados membros que no os hajam aceitado. Cf. artigo2 (3) doAcordo de Marrakesh que institui a OMC.

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    No que consiste a adoo do texto? y A adoo do texto feita por todos os Estados negociadores. Quando

    h um conferncia, o texto do tratado adotado por 2/3 dos Estadospresentes e votantes, se no for acordado o contrrio.

    Como se escolhe o idioma do tratado? y No caso de o idioma no ser comum s partes contratantes, geralmente

    escolhido o idioma de um terceiro Estado. O Tratado precisa ser assinado?

    y Sim, uma vez redigido os tratados necessrio assin-lo. Com odesenvolvimento da ratificao como ato discricionrio, a assinaturadiminuiu a importncia.Archaga aponta os seguintes elementos:autentica o texto do tratado; atesta que os negociadores esto de acordocom o texto tratado; os dispositivos referentes ao prazo para tro ca ou

    depsito dos instrumentos de ratificao e a adeso so aplicados apartir da assinatura; os contratantes devem abster de atos que afetemsubstancialmente o valor do instrumento assinado, exceo art. 18, "b",da Conveno de Viena; A assinatura pode ter valor poltico; Podesignificar que o Estado reconhece as normas costumeiras tornadasconvencionais.

    O que assinatura diferida? y Consiste em dar aos Estados um prazo maior para a assinatura do

    tratado, afim de que os Estados que no participaram das negociaesfigurem como partes contratantes originrias.

    O que assinatura ad referendum? y aquela que necessita se confirmada pelo Estado de quem a fez. A

    ordem de assinatura obedece o princpio alternado. Nos tratadosfirmados com a Santa S, os pases catlicos do a ela preferncia. Nostratados multilaterais, adota-se a ordem alfabtica.

    O que ratificao? y Etimologicamente, ratificar significa confirmar e instituto antigo que

    vem sofrendo variao atravs do tempo. Na poca da monarquiaabsoluta era uma solenidade redundante, pois o soberano reconhecia oato praticado por seu agente diplomtico. Atualmente, segundoFrancisco Rezek, ratificao um ato unilateral com que o sujeito dedireito internacional, signatrio de um tratado, exprime defi nitivamente,no plano internacional, sua vontade de obrigar -se. O regime jurdico daratificao se inspira em um princpio fundamental: a autoridadecompetente para ratificar um tratado vem determinada pelo direitopblico interno do Estado interessado.

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    Quais as caractersticas da ratificao? y 1) Competncia: via de regra, cabe ao chefe de Estado formalizar a

    ratificao, firmando a respectiva carta instrumental. No se discute noforo internacional a legitimidade de um primeiro ministro, ou mesmo deum ministro de relaes exteriores, em que seu prprio nome pretenda

    ratificar certo tratado. A Conveno de Viena, fiel ao costume, deixouclaro que os chefes de governo e ministros de exterior se presumemcompetente para todos os atos relativos concluso de um tratado.

    y 2) Discricionariedade: a ratificao expresso final do consentimento e to discricionria quo livre o Estado soberano para celebrar tratadosinternacionais. No comete nenhum ilcito internacional o Estado que seabstm de ratificar um acordo firmado em foro bilateral ou coletivo.Entretanto, Charles Rosseau pondera que a recusa pode, s vezes,entender como politicamente inoportuna ou inamistosa, embora lcita. OBrasil no ratificou o tratado de amizade e comrcio celebrado com aPrsia em 1903. No h norma costumeira, em direito das gentes,estabelecendo prazo mximo para ratificao do tratado. O tratado

    poder calcar-se a respeito, deixando valer o princpio da discrioquanto ao ensejo em que cada Estado o ir ratificar, ou certa clusulafinal poder fixar o prazo, como dois anos para que sobrevenham asratificaes, ou uma data fixa. Caso venha o Estado perder o prazoestipulado no tratado para ratificar, poder valer -se da prerrogativa deingressar mediante a adeso.

    y 3) Irretratabilidade: a ratificao como ato unilateral e discricionrio, irretratvel. Opera-se desde que formalizada a expresso individual doconsentimento definitivo.

    O que o depsito do Instrumento de Ratificao? y O depsito dos instrumentos de ratificao ocorre nos tratados

    multilaterais desde o sculo XIX. O depositrio surgiu na convenosanitria internacional em 1852, que ficou depositada junto ao governofrancs. O Estado depositrio geralmente onde se celebrou aconferncia.

    y Desde a Liga das naes e com a ONU passou a existir umacentralizao do depsito dos instrumentos de ratificao, uma vez queeles passaram a ser depositado no seu secretariado nas convenescelebradas sob os seus auspcios. Esse procedimento seguido pelasdemais organizaes internacionais.

    O que adeso?

    y A adeso ou acesso a clusula inserida em um tratado que permite aum Estado no contratante se tornar parte dele. Tem sido muito utilizadanos tratados multilaterais, e em princpio ocorre quando o tratado previuexpressamente. Caso o tratado silencie, necessrio o consentimentodos Estados-partes no tratado. A adeso pode ocorrer antes da entradaem vigor do tratado. A maioria dos doutrinadores se tem manifestado nosentido de que a adeso no deve estar sujeita a ratificao, uma vez

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    que o Estado ao aderir ao tratado, j o encontra pronto e deve terrefletido sobre ele. O Brasil segue os dois processos de adeso: ora sed por sua adeso definitiva, autorizado o Executi vo pelo Congressonacional, ora o faz "ad referendum", subordinando a posterior aprovaodo Poder Legislativo. (art. 49 e 84 da CF/88)

    O que reserva?y um ato unilateral, singular e escrito, feito por um Estado, a fim de

    afastar os efeitos jurdicos de certos preceitos legais de um tratado, aoassinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado ou a ele aderir,independentemente do que estabelecer o tratado. Possibilita uma maiorparticipao nos tratados multilaterais, visto que permite a uma partedeixar de dar seu consentimento a uma ou mais disposies. Pode serretirada a qualquer tempo.

    Quando o Tratado entra em vigor? y A vigncia do tratado pode ocorrer de duas formas:

    a) Vigncia Contempornea do Consentimento

    b) Vigncia Diferida

    Como funciona a vigncia contempornea do consentimento? y Na troca de notas corrente que sejam simultneos o trmino da

    negociao. Os tratados bilaterais so concludos geralmente sem ainterveno formal do chefe de Estado, e sua vigncia imediata. Nostratados multilaterais ou coletivos raramente a entrada em vigor contempornea da consumao do vnculo. Fixa o quorum necessriopara a sua entrada em vigor.

    E a vigncia diferida? y Certos prazos de acomodao fluem antes da entrada em vigor. A

    vacatio representa a real utilidade. Permite que seja dado a conhecer nointerior das naes pactuantes. O prazo o conhecimento costuma ser de30 dias, mas pode ocorrer de ser mais longo. Ex. Conveno dasNaes Unidas sobre o direito do mar fixa o prazo de 12 meses, artigo..

    Como se faz o registro e a publicidade? y O Pacto da Sociedade das Naes mandava que todo compromisso

    internacional fosse por ele imediatamente registrado na secretaria daorganizao, que o faria publicar (ARTIGO 18).

    y O sistema das Naes Unidas repetiu neste particular o artigo 18 diz noart. 102 da Carta de So Francisco prev que os tratados devero serregistrados ser publicados pela secretaria. O volume da coletnea detratados ultrapassa mil.

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    E os registros regionais especializados? y Coexistem com o sistema das Naes Unidas, sistemas menores, ora

    em organizaes regionais, ora em organizaes especializadas. OPacto da Liga dos Estados rabes de 1945 determinou que o registroseria feito na secretaria da organizao, no Cairo. A OEA ma ntm um

    perfeito sistema de registro e divulgao dos tratados interamericanos(artigo 146 ). O direito internacional indiferente ao mtodo eleito peloEstado para promover a recepo de norma convencional por seuordenamento jurdico. E importante que o tratado seja cumprido de boa-f pelas partes. No Brasil, um tratado regularmente concludo dependeda publicidade para integrar o acervo normativo nacional, habilitando -seao cumprimento por particulares e governantes e garantia de vignciapelo judicirio. Os tratados se promulgam por decreto do presidente darepblica, Publicam-se no Dirio Oficial da Unio apenas os que hajamprescindido de assentimento parlamentar e da interveno confirmatriado chefe de Estado.

    y A simples publicao no Dirio Oficial autorizada pelo ministro das

    relaes Exteriores e efetivada pela Diviso deAtos Internacionais doItamaraty, garante a introduo no ordenamento jurdico nacional dosacordos celebrados no molde do executivo .

    Como se interpreta um Tratado? y A interpretao de um tratado significa determinar o exato sentido a

    norma jurdica expressa num texto obscuro, impreciso, contraditrio,incompleto ou ambguo REZEK.A interpretao de tratados estconsagrada na Seo II da Conveno de Viena, arts. 31 e 33, queestipulam que os tratados devem ser interpretados de boa -f.Art. 31.Deve ser levado em considerao no s o texto, mas o prembulo eanexos, bem como qualquer acordo feito entre as partes por ocasio daconcluso de tratado. Questiona-se se este acordo prvio poderia ser ouno em forma tcita. O tratado deve ser interpretado como um todo,cujas partes se completam umas s outras. Um termo ser entendidoem sentido especial se estiver estabelecido e essa era a inteno daspartes.Artigo 31 (4)Assim, praxe incluir uma lista das as expressesutilizadas e seu sentido em relao ao tratado. No caso de haver tratadoem duas ou mais lnguas, e houver discrepncia entre os textos quefazem f, cada parte contratante est obrigada pelo texto em sua prprialngua, salvo disposio expressa em contrrio. Para evitar isso, escolheum terceiro idioma que far f. Artigo 33.A complexidade surge nos

    tratados multilaterais. Ver Carta da ONU - vrios idiomas. Entretanto, aforma adotada pela Conveno de Viena no satisfatria. Artigo 33 (3).Artigo 31.A interpretao pode dar-se no plano internacional, tantoquanto no mbito interno de cada uma das partes. A interpretao autntica quando proporcionada pelas prprias partes pactuantes. Elapode tomar forma de um novo acordo, e ndole puramente interpretativa.Este um dos poucos casos em que um sistema constitucional como odo Brasil pode tolerar o acordo executivo, no sujeito aprovao doCongresso Nacional.

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    O que se entende por globalizao? y um processo inevitvel decorrente da expanso do capitalismo que

    visa a homogeneidade mundial, priorizando as idias do livre comrcio,eliminando barreiras entre os pases com o objetivo de encurtar asdistncias sociais, polticas, tecnolgicas e econmicas.

    Quais os pontos positivos e negativos da globalizao? a) Positivos - possibilita o desenvolvimento social, econmico, poltico e

    tecnolgico dos pases em desenvolvimento e subdesenvolvidos; aumentaos fluxos do comrcio internacional, gerando riquezas; aumenta a integraoeconmica e a interdependncia; aumenta a necessidade de democracia etransparncia.

    b) Negativos - gera distores, como por exemplo, o desemprego e aquebradeira generalizada em alguns setores da economia, em funo daimensa assimetria entre as economias; gera distores tambm em funo

    da deteriorao das relaes de troca (commodities X produtosindustrializados); corrupo cultural imposta pelos pases ricos,especialmente EUA.

    De que forma o direito pode ajudar a promover uma globalizao maisjusta?

    y Negociando tratados mais equilibrados, justos e eqitativos. Eliminando -se as barreiras ao livre comrcio, os subsdios aos produtos agrcolas naEuropa, EUA e Japo.

    A globalizao afeta a soberania dos Estados? y Sim, porque diminui a sua auto-determinao. Ex. Bomba Atmica.

    Como a processualstica dos Tratados Internacionais no direitobrasileiro?

    y composta das seguintes etapas: projeto, assinatura, submisso aoCongresso Nacional, ratificao, promulgao e registro na ONU.

    No que consiste a fase do Projeto? y Como regra geral, pode-se afirmar que o rgo competente do PoderExecutivo para entabular negociaes diplomticas que tenham em vista

    a celebrao de atos internacionais o Ministrio das RelaesExteriores (Decreto n. 2.246, de 06/06/1997, Anexo I, artigo 1, III). Oincremento de acordos, de natureza eminentemente tcnica, temproporcionado a participao de outros rgos governamentais noprocesso negociador internacional. Terminada a negociao de um atobilateral, o projeto, por vezes rubricado pelos negociadores, vai apreciao das autoridades dos respectivos pases. A minuta rubricada

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    indica to somente concordncia preliminar.A negociao de tratadomultilateral no mbito de uma organizao internaciona l realizadaconforme os procedimentos da organizao, que prepara o texto originaldo ato a ser assinado. A Delegao brasileira deve observar asinstrues do Governo brasileiro, transmitidas geralmente pelo Ministriodas Relaes Exteriores, e cabe Diviso de Atos Internacionais

    preparar o credenciamento da Delegao e a Carta de Plenos Poderes. No que consiste a fase da Assinatura?

    y A assinatura uma fase necessria da processualstica dos atosinternacionais, pois com ela que se encerram as nego ciaes e seexpressa o consentimento de cada parte contratante. A ConstituioFederal estipula que competente para celebrar atos internacionais emnome do Governo brasileiro o Presidente da Repblica (Art. 84, VIII)(competncia originria).Ao Ministro de Estado das Relaes Exteriorescabe "auxiliar o Presidente da Repblica na formulao da polticaexterior do Brasil, assegurar sua execuo e manter relaes com

    Estados estrangeiros, organismos e organizaes internacionais"(conforme estabelece o Decreto n 2.246, de 6 de junho de 1997, queaprova a estrutura regimental do MRE) (competncia derivada).Qualquer autoridade pode assinar um ato internacional, desde quepossua Carta de Plenos Poderes, firmada pelo Presidente da Repblicae referendada pelo Ministro das Relaes Exteriores. Segundo o artigo7 da Conveno de Viena sobre o Direito dos Tratados, a adoo ouautenticao de texto de tratado, bem como a expresso deconsentimento em obrigar-se pelo mesmo, deve ser efetuada porpessoa detentora de plenos poderes. Exclui-se de tal regra para ostratados em geral, os Chefes de Estado, Chefes de Governo (porcompetncia constitucional) e os Ministros das Relaes Exteriores (porcompetncia legal). Portanto, a capacidade de outros Ministros ouqualquer outra autoridade assinarem atos internacionais deriva deplenos poderes especficos para cada caso dada pelo Presidente daRepblica.A nica exceo regra geral da obrigatria apresentaodos plenos poderes a que se refere aos atos bilaterais o u multilateraisfirmados pelos Embaixadores acreditados, por o serem como"extraordinrio e plenipotencirio". Carta de credenciamento odocumento que designa delegao para participar em encontros econferncias internacionais, geralmente autorizando o chefe dadelegao a assinar a ata final. O documento em questo, assinadopelo Ministro das Relaes Exteriores. Exige-se a Carta de Plenos

    Poderes para a assinatura de Convenes durante confernciainternacional.No que consiste a fase de submisso ao Congresso Nacional?

    y Em regra, todos os atos bilaterais ou multilaterais esto sujeitos, pordeterminao constitucional, aprovao pelo Congresso Nacional (Art49, I, da CF). Prepara-se uma Exposio de Motivos, na qual o Ministrodas Relaes Exteriores explica as razes que levaram assinatura

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    daquele instrumento e solicita que o Presidente da Repblica, por umaMensagem, o submeta ao Congresso Nacional. Caso no haja textooriginal em portugus, no caso de atos multilaterais, a traduo do texto obrigatria.Aprovada a exposio de motivos e assinada a mensagemao Congresso pelo Presidente da Repblica, o ato internacional encaminhado para exame e aprovao, sucessivamente, pela Cmara

    dos Deputados e pelo Senado Federal. Antes de ser levado aosrespectivos Plenrios, o instrumento avaliado, em ambas as Casas,pelas Comisses de Constituio e Justia e de Relaes Exteriores epor outras Comisses interessadas na matria. A aprovaocongressual materializada por Decreto Legislativo, assinado peloPresidente do Senado, publicado no Dirio Oficial da Unio.

    No que consiste a fase de ratificao? y Uma vez publicado o Decreto Legislativo, encontra -se encerrada a etapa

    de apreciao e de aprovao do ato. Procede-se ento a suaratificao ou confirmao, junto (s) outra(s) Parte(s) Contratante(s), do

    desejo brasileiro de obrigar -se por aquele documento. Nos processosbilaterais, a ratificao pode ser feita por troca de notas, podendo o atoentrar em vigor, conforme determine seu texto, na da ta de recebimentoda segunda nota ou num prazo estipulado aps essa data. Pode -seainda efetivar a ratificao por troca de instrumentos de ratificao, oque se faz com certa solenidade, mediante a lavratura de uma Ata. Oatos multilaterais so ratificados por meio do depsito da Carta deRatificao junto ao pas ou rgo multilateral depositrio. Este seincumbe de notificar o fato aos demais signatrios. Assim como ascartas de plenos poderes, as cartas (ou instrumentos) de ratificao sofirmadas pelo Presidente da Repblica e referendadas pelo Ministro deEstado das Relaes Exteriores.

    No que consiste a fase de promulgao? y A validade e executoriedade do ato internacional no ordenamento

    interno brasileiro d-se atravs de sua promulgao. Publicado oDecreto Legislativo que aprovou o ato internacional, cabe ao Executivopromulg-lo, por decreto assinado pelo Presidente da Repblica ereferendado pelo Ministro das Relaes Exteriores. Esse decreto acompanhado de cpia do texto e publicado no Dirio Oficial da Unio.O ato internacional que dispensou a aprovao congressual, objetoapenas de publicao.

    No que consiste a fase de registro na ONU? y Nos termos do artigo 102 da Carta das Naes Unidas, os atos

    internacionais bilaterais celebrados pelo B rasil, aps entrarem em vigor,so encaminhados pela Diviso deAtos Internacionais Misso doBrasil junto s Naes Unidas em Nova York para serem registradosjunto ao Secretariado das Naes Unidas. Quanto aos atos multilaterais,

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    conforme j indicado, cabe ao depositrio a responsabilidade do registronas Naes Unidas.

    Quando utilizada a terminologia Tratado? y Para os acordos solenes. Ex. Tratado de paz. Tratado de Versalhes,

    Tratados de Paz de Vestflia; Tratado deAssuno para a Constituiodo Mercosul.E Conveno?

    y o tratado que cria normas gerais. Ex. Conveno sobre o Direito doMar e do Clima

    E Declarao?y usada para acordos que criam princpios jurdicos ou afirmam uma

    atitude poltica comum. uma norma de soft law. Ex. Declarao deParis de 1856, Declarao dos Direitos do Homem

    E a Ata?y Ocorre quando se estabelecem regras de direito. Entretanto, h atos

    entre estados que no so tratados, vez que no produzem efeitosjurdicos obrigatrios, mas que tm carter normativo no aspecto p olticoe moral. Em portugus, ns usamos a palavra "ata" e no "ato". Ex. Atade Helsinque de 1975.

    E o Pacto?y um tratado solene formal celebrado entre dois ou mais Estados.

    Usado pela primeira vez no Pacto da Liga das Naes. Ex. Pacto daSociedade das Naes. Pacto de Varsvia.

    E o Protocolo?y Pode ter dois significados: protocolo de uma conferncia, que a ata de

    uma conferncia; protocolo acordo: um verdadeiro tratado, em que socriadas normas jurdicas. utilizada neste caso como suplemento a umacordo j existente. Ex. Protocolo de Kyoto

    E o Estatuto?y Empregado para os tratados coletivos geralmente estabelecendo

    normas para os tribunais internacionais. Ex. Estatuto da CIJ. Estatuto deRoma do Tribunal Penal Internacional

    E o Acordo?

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    y geralmente usado para os tratados de cunho econmico, financeiro,comercial e cultural.

    E o Modus Vivendi?y Designa um acordo temporrio. Ex.: modus vivendi de 1936, sobre a

    navegao do Reno. E a concordata?

    y assinada pela Santa S sobre assuntos religi osos. Trata de matriaque seja da competncia comum da Igreja e do Estado.

    E o Compromisso?y Utilizado para os acordos sobre litgios que vo ser submetidos

    arbitragem.E a Troca de Notas?

    y So acordos sobre matria administrativa E os Acordo em forma simplificada ou Acordo Executivo?

    y So aqueles que no so submetidos ao Poder Legislativo paraaprovao. So concludos pelo Poder Executivo. Ex. Acordos com oFMI

    E a Carta?y o tratado em que se estabelecem direitos e deveres. O termo tambm

    utilizado para instrumentos constitutivos de organizaesinternacionais. Ex. Carta das Naes Unidas

    E os Convnios?y So tratados que versam sobre matria cultural ou transporte.

    E a Acomodao ou Compromisso? y Palavra no utilizada no Brasil. um acordo provi srio. Tem por

    finalidade regular a aplicao de um tratado anterior (Rousseau). E o Gentleman`s Agreement?

    y Est regulamentado por normas morais. So bastante comuns nospases anglo-saxes.A sua finalidade fixar um programa de aopoltica. No criam obrigao jurdica para o Estado, uma vez que soassinados em nome pessoal.

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    Em quais atos internacionais o Estado manifesta seu consentimento para

    obrigar-se por um tratado, por meio da troca ou do depsito deinstrumentos?

    y Ratificao, adeso, aprovao e aceitao. O que a denncia de um tratado?

    y a comunicao do fim de um acordo ou tratado. Quais os meios de Soluo Pacfica de Controvrsias (SPC)? a) Diplomticos;b) Polticos;c) Jurisdicionais.Quais os meios diplomticos de SPC?a) Entendimento direto; b) Bons ofcios;c) Sistema de consultas;d) Mediao;e) Conciliao;f) Inqurito.O que entendimento direto?

    y a negociao direta (sem interveno de terceiros) entre as partes,oralmente ou atravs da troca de notas entre chancelarias eembaixadas.

    O que se entende por bons ofcios? y a negociao entre as partes facilitada pela ao amistosa de um

    terceiro, chamado prestador de bons ofcios, em carter instrumental, ouseja, sem propor soluo para o conflito. O que sistema de consultas?

    y um entendimento direto (sem a interveno de terceiros), programadoe peridico.

    O que mediao?

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    y a negociao entre as partes facilitada pela ao de um mediador,escolhido de comum acordo, que toma conhecimento do desacordo edas razes das partes e prope uma soluo, que por sua vez, noobriga as partes.

    O que conciliao? y a negociao entre as partes facilitada pela ao de um conciliador,

    previsto no tratado, que toma conhecimento do desacordo e das razesdas partes e prope uma soluo, que por sua vez, no obriga aspartes.

    O que inqurito?y uma preliminar de instncia diplomtica, poltica ou jurisdicional,

    conduzido, via de regra, por uma comisso, com o objetivo de apurar osfatos controversos.

    Quais os meios polticos de SPC? a) rgo polticos das Naes Unidas;b) Esquemas regionais e especializados. Quais os rgos polticos das Naes Unidas? a)Assemblia Geral;b) Conselho de Segurana das Naes Unidas.Quando possvel o uso dos meios polticos?

    y Em conflitos de certa gravidade que possam ameaar a paz mundial ouregional.

    O Conselho de Segurana pode agir preventiva ou corretivamente? Emque caso?

    y Sim, valendo-se at mesmo do uso da fora militar, se houver consensoentre os 5 membros permanentes.

    O que se entende por esquemas regionais e especializados? y So organizaes de alcance regional e vocao poltica. Ex. Liga dos

    Estados rabes e a Organizao dos EstadosAmericanos (OEA). Quais os meios jurisdicionais de SPC? a)Arbitragem

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    b) Soluo judiciria. Quais as espcies de arbitragem utilizadas na SPC? a) Jurisdio ad hoc;b)rbitros e tribunais arbitrais;c) Corte permanente de arbitragem. O que jurisdio ad hoc?

    y quando as partes escolhem um rbitro, de confiana mtua,descrevem o conflito e delimitam o direito aplicvel, assumindo ocompromisso de cumprir a sentena. No tem carter permanente, ouseja, so transitrios ou temporrios.

    O que so rbitros ou tribunais arbitrais? y Geralmente, estadistas de primeiro nvel ou rbitros da Corte

    Permanente deArbitragem, escolhidos de comum acordo entre aspartes, mediante o compromisso prvio de aceitar a sentena.

    O que Corte Permanente de Arbitragem? y uma lista permanente de pessoas qualificadas para funcionar como

    rbitros, quando escolhidas pelos Estados litigantes. Qual a base jurdica da arbitragem?

    y o compromisso arbitral assumido em um tratado bilateral em que aspartes descrevem o litgio, indicam as regras do direito aplicvel,designam o rbitro ou tribunal arbitral, prazos e regras e comprometem -se a aceitar e cumprir a sentena.

    Cabe recurso da sentena arbitral? y No, irrecorrvel, mas cabe pedido de interpretao.

    A sentena arbitral definitiva e obrigatria? y Sim, afinal, vale o Princpio Geral de Direito, pacta sunt servanda.

    A sentena arbitral executria? y No, seu cumprimento depende da boa f e da honradez das partes.

    Como funciona a soluo judiciria na SPC?

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    y uma opo soberana que s deve ser utilizada quando as partesdecidirem previamente se submeterem autoridade das cortesinternacionais. um fenmeno recente.

    Qual a principal Corte Internacional judiciria de SPC? y Corte Internacional de Justia (CIJ) ou Corte de Haia, no mbito daONU.

    Quais as caractersticas da Corte de Haia? a) Formada por 15 membros efetivos; b) Os membros so eleitos, separadamente, pela Assemblia Geral e pelo

    Conselho de Segurana; c) Mandato de 9 anos; d) Permitida a reeleio;e) Renovao de 1/3 a cada 3 anos; f) No pode ser integrada por 2 juzes da mesma nacionalidade; g) Presidente e vice-presidente, mandato de 3 anos com reeleio; h) Salrios equivalentes aos dos juzes da suprema corte dos pases do G-7.Qual a competncia da Corte de Haia?

    y Litgios entre Estados soberanos, desde que estes aceitem a jurisdioda Corte, evidenciada, no caso do autor pelo protocolo da demanda e,no caso do demandado, pela no rejeio do foro e pela contestao domrito.

    O Estado pode recusar a jurisdio da Corte quando est obrigado aaceit-la por fora de tratado ou por ser signatrio da clusula facultativade jurisdio obrigatria?

    y NoO que a Clusula facultativa de jurisdio obrigatria?

    y O Estado membro da ONU pode assinar ou no esta Clusula. Seassinar, se obriga por antecipao a aceitar a jurisdio da Corte deHaia sempre que demandado por outro Estado tambm comprometidocom a Clusula, em base de reciprocidade. Tal assinatura pode ser porprazo determinado e tambm em razo da matria.

    Quais as lnguas de trabalho da Corte de Haia?

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    y Francs e ingls.Qual a natureza do acrdo da Corte de Haia?

    y Definitivo, obrigatrio e pode ser executrio em situaes excepcionais,em face dos poderes do Conselho de Segurana da ONU.

    O que competncia consultiva da Corte de Haia? y a competncia para emitir pareceres consultivos a pedido da

    Assemblia Geral e do Conselho de Segurana da ONU. Existem outras Cortes judicirias internacionais?

    y Sim, as regionais e especializadas. Ex. Corte de Justia da UnioEuropia, Tribunal Internacional de Direito do Mar e CorteInteramericana de Direitos Humanos.