responsabilidade social e Ética nas organizações

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Responsabilidade Social e Ética nas Organizações Paula Chies Schommer Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 JORGE AMADO Gestão Integrada da Qualidade e Certificações – 7 SUSTENTABILIDA DE Fonte figura: Projeto Sigma

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Responsabilidade Social e Ética nas Organizações. SUSTENTABILIDADE. Paula Chies Schommer Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009. Fonte figura: Projeto Sigma. JORGE AMADO Gestão Integrada da Qualidade e Certificações – 7. Agenda da disciplina – Dez 2008. Agenda da disciplina – Jan 2009. 3. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

Responsabilidade Social e Ética nas Organizações

Paula Chies Schommer

Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009

JORGE AMADOGestão Integrada da Qualidade e Certificações – 7

SUSTENTABILIDADE

Fonte figura: Projeto Sigma

Page 2: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

2

Agenda da disciplina – Dez 20081ª Aula – 18/12 2ª Aula – 19/12

Abertura

Ética: princípios, definições e relações com responsabilidade social

Ética, economia, política e cidadania

Leitura e debate de textos

Documentário: “The Story of Stuff” ( A História das Coisas)

Histórico debates sobre Ética e RSE no Brasil e no mundo

Ética, consumo e sustentabilidade

Ética e RSE como oportunidade de negócios e desenvolvimento

3ª Aula – 20/12

Documentário “The Corporation”

Trabalho em grupos

Page 3: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

3

Agenda da disciplina – Jan 20091ª Aula – 15 Jan 2ª Aula – 16 jan

Relembrando...

Sistematização dos desafios e oportunidades – trabalho elaborado pelos trios em dezembro

Desenvolvimento e seus adjetivos

Indicadores, normas e certificações relacionadas a Ética e RSE

Trabalho em pequenos grupos - Indicadores

Trecho Documentário – The Corporation

Filantropia, Investimento Social Privado e Cidadania Empresarial

Empresas e relações com outros atores na promoção do desenvolvimento

Comunicação entre empresas e partes interessadas

Relatórios de sustentabilidade

Balanços Sociais

Exercício com Indicadores Ethos de RSE

3ª Aula – 17 jan

Limites, dilemas e tendências do movimento da RSE

Trabalho final em grupos – apresentações do trabalho com Indicadores

Indicação de fontes para consulta

Encerramento

Page 4: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

4

Ética• Renato Janine

Ribeiro– relação entre moral

(costume, modo) e ética (caráter, modo de ser)

– Max Weber: ética da convicação (ou ética de princípios) e ética da responsabilidade

– Ética, política e cidadania

• Termos em voga:– Ética da vida– Ética do cuidado

(Leonardo Boff)– Ética e

responsabilidade social

Page 5: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

5

Critérios de avaliação ética para a tomada de decisão (Danilo Marcondes – PUC Rio)

1. Ação refletida (pensar, ponderar, fazer escolha consciente)

2. Transparência (nada para esconder)

3. Reciprocidade (“Não faça ao outro...”)

4. Solidariedade (importar-se com o outro e com o bem comum x levar vantagem em tudo)

5. Coerência (sentir, pensar, agir x “Faça o que eu digo, mas...” – Ética da casa x Ética da Rua)

Page 6: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

6

Ética e Responsabilidade Social

Moral e Valores

(Abordagem normativa)

Direitos e Deveres Cidadania

(Abordagem contratual)

Problemas sociais como variáveis a serem consideradas na gestão

RSE como vantagem competitiva

(Abordagem gerencial ou estratégica)

Page 7: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

7

Diferentes visões...Visão liberalResponsabilidade das

empresas: empregos, lucros, impostos. O social não é de sua competência específica

Visão críticaEmpresas

como vilãs

Visão políticaEmpresas são muito poderosas para ficar fora do debate público

Page 8: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

8

Abordagens – Ética e RSE (Kreitlon, 2004) Ética empresarial

(Business Ethics)

Abordagem ética ou normativa

-Ramo da ética aplicada

-Tratamento filosófico, normativo, moral, baseado em valores

Mercado e Sociedade

(Business & Society)

Ab. social ou contratual

-Perspectiva sociopolítica

-Abordagem contratual e inter-relacionada entre empresas e sociedade

Gestão questões sociais

(Social issues management)

Ab. gerencial ou estratégica

-Natureza utilitária

-Problemas sociais como variáveis a serem consideradas na gestão estratégica

-RSE como vantagem competitiva e como oportunidade de negócio

Page 9: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

9

1900 a 1960

-Desilusão com liberalismo-Profissionalização da gestão-Influência socialismo e movimentos antitrust- Debate sobre condições de trabalho, ética dos executivos e filantropia

1960 a 1980

-Mobilização cívica e revolucionária-Avanços científicos e movimentos ambientalistas-Crise do capitalismo-Surgimento da Business ethics (filosofia e gestão)-Distinção entre filantropia e responsabilidade: base para corrente Business & Society

1980 aos dias atuais

-Avanço de políticas neoliberais-Globalização e Financeirização da economia-Flexibilização da produção-Debates sobre desenvolvimento sustentável-Consolidação Business & society e surgimento Social issues management

Fonte: Kreitlon, 2004

Page 10: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

10

Como a gestão social e a gestão ambiental se

encontram?

Page 11: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

11

Gestão Ambiental – alguns eventos (Nascimento, 2007)

1950 1953 - Acidente de Minamata (Japão) derramemento Mercúrio – 700 mortos e 9000 doentes crônicos

1957 – Tcheliabinski (URSS) – primeiro acidente nuclear

1960 1962 – Livro: “A Primavera Silenciosa, de Rachel Carson – alerta para perigos de pesticidas e poluentes

1970 1972 – Relatório “Os limites do crescimento” – por um grupo de cientistas para a Clube de Roma

1972 – Conferência de Estocolmo – 1ª da ONU para meio ambiente – 113 países, 250 ONGs. Criação de órgãos de controle ambiental em vários países, criação do PNUMA

1976 – Acidente Seveso – Itália – incêndio indústria pesticidas, emissão de dioxinas

1978 – Selo Ecológico (Alemanha) – primeiro selo ecológico – “Anjo Azul”

Page 12: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

12

Gestão Ambiental (Nascimento, 2007)

1984

1986

1987

1988

1989

Acidente de Bohpal (Índia) – gases tóxicos na atmosfera – Union

Carbide. 3.300 mortos e mais de 20.000 doentes crônicos

Acidente Nuclear de Chernobil (Ucrânia) – 31 mortos, 134 pessoas

com síndrome aguda de radiação e 237 suspeitas. Desde o acidente,

35.000 casos de câncer na região

Acidente de Basiléa (Suiça) – 30.000 litros de pesticida no Rio Reno

– 500 mil peixes mortos

Relatório “Nosso Futuro Comum” (Relatório Bruntland”

Protocolo de Montreal – proíbe CFCs

Constituição Brasileira – Cap. VI: “todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado...”

Acidente Exxon Valdez (Alasca) 37 milhões de litros de óleo no mar

Convenção da Basiléia (Suiça) – regulamenta a movimentação

transfronteiriça de resíduos perigosos

Page 13: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

13

Gestão Ambiental (Nascimento, 2007)

1992

1997

Rio 92 – 2ª Conferência ONU para o Meio Ambiente – 172 países, 10.000 participantes. Resultados: Agenda 21; Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade; Princípios para a administração sustentável de florestas

Criação do CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável

Protocolo de Quioto – Convenção sobre Mudanças Climáticas

Lançamento da Norma ISO 14.001

2001

2002

2007

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes

Rio + 10 – Convenção ONU – Joannesburgo (África do Sul)

2º Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas ONU – 2.500 cientistas, 130 países

Page 14: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

14

Termos associados• Ética • Filantropia (Amor ao Homem)• Cidadania corporativa

(direitos e deveres)• Responsabilidade social –

stakeholders (partes interessadas)

• Sustentabilidade• Governança (Corporativa)• Investimento social privado• Marketing

– Marketing social– Marketing relacionado a uma

causaFonte fotos: HELP - PER UNA VITA SENZA TABACCO - CAMPAGNA ITALIANA ANTI-TABAGISMO e Instituto Ronald McDonald

Page 15: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Formas de atuar (1)

1) Atuando de maneira ética e socialmente responsável em todas as etapas de sua atividade produtiva

Instituto Ethos – Localizador de Ferramentas de Gestão em RSE

Fonte: www.ethos.org/sistemas/conceitos_praticas/localizador

Sem deixar de ser rentável e competitivo

Page 16: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

16

Formas de atuar (2)2) Mediante

investimento social

• doações filantrópicas• compartilhando

capacidade gerencial e técnica

• programas de voluntariado empresarial

• iniciativas de marketing social

• apoiando iniciativas de desenvolvimento comunitário

Fonte fotos: www.citibank.com e www.petrobras.com.br

Page 17: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

17

Formas de atuar (3)

3) Mediante contribuição ao debate sobre políticas públicas,

nas áreas:

• Fiscal• Educacional• Produtiva (qualidade)• Ambiental• Responsabilidade

Social• ...• ...

Page 18: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

18

 

Page 19: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

19

“Responsabilidade social é uma forma de gerir uma empresa que busca maximizar os efeitos positivos sobre todas as pessoas que são e podem ser impactadas pela empresa.”

Fonte: palestra Oded Grajew – Instituto Ethos - 2003

“Antes de tomar qualquer decisão, questionar quem vai ser impactado por aquela decisão e

se vai melhorar a vida de quem será impactado. Se a conclusão é que vai prejudicar

mais do que melhorar, a decisão deve ser revista.”

Page 20: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Mas, por que as empresas investem na área social ou preocupam-se com responsabilidade social?

Quais as reais motivações dessas ações?

Page 21: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Há muitas razões para o mercado envolver-se com questões sociais...

As razões dificilmente são as mesmas de uma empresa para outra, mas os benefícios, para os negócios e para a sociedade, mostrarão que se deve incentivar a maior participação do mercado, sem suspeitas prévias sobre seus motivadores.

Para sensibilizar e formar uma massa de atuação social no setor empresarial é preferível utilizar argumentos de negócios do que esperar pelo senso cívico ou filantrópico.

Fonte: Logan e outros, 1997

Page 22: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Categorias de RSE

Categoria / Motivação

1 Nascem para RSE

2 Crise como motivador principal

3 Movem-se em estágios (elementar, engajada, inovadora, integrada, transformadora)

4 Querem mudar as “regras do jogo”Ex: foco na base da pirâmideNovas Tecnologias

Fonte: palestra Philip Mirvis – UFBA 2006

Page 23: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

23

Fatores que mais influenciam movimento da RSE atualmente

Fundos de investimento socialmente responsáveis

Opinião pública Oportunidades de mercado (estratégias

focadas na base da pirâmide) Identidade (empresas não querem ser

identificadas como poluidoras, exploradoras etc)

Oportunidade de redução de custos

Fonte: palestra Philip Mirvis – UFBA 2006

Page 24: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

24

Brasil - elementos históricos

• Estado como principal agente do desenvolvimento

• Anos 1940/50: empresas estatais: desenvolvimento e serviços públicos

• “Homens de bem”: ação social principalmente por meio da Igreja

• Desigualdade histórica, sempre se atualizando

• Anos 1970 – Início do processo de reforma do Estado e de redemocratização

Page 25: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Responsabilidade Social Empresarial no Brasil:

organizações e conceitos

1998 – Responsabilidade Social EmpresarialPrêmio Nacional da Qualidade

1982 - Prêmio ECO / AMCHAM

1995 – Governança Corporativa

1995 – Cidadania Empresarial e Investimento Social Privado

1990

1981

Page 26: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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A concepção de sociedade civil

Estado

Sociedade Civil

Relações Comerciais(Mercado)

Estado

MercadoSociedade

Civil

Visão bipartite Visão tripartite

Page 27: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

27

Novas demandas, novos papéis

• De democracia representativa para democracia participativa

• Cidadania passiva x Cidadania ativa

• Interdependência ambiental, econômica e social

• Permeabilidade das fronteiras entre público e privado - espaço público compartilhado

• Noção de co-responsabilidade pelas questões públicas

Page 28: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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E O DESENVOLVIMENTO FOI GANHANDO ADJETIVOS...

– Desenvolvimento como crescimento econômico– Desenvolvimento

• Humano (PNUD)• Sustentável• Solidário ou alternativo

– Desenvolvimento como liberdade humana - Amartya Sen (fim e meio do desenvolvimento)

– Anti-desenvolvimento

Fonte foto: www.terra.com.br

Page 29: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

29

Definição ampliada de riqueza: bens materiais tangíveis + valores intangíveis ou éticos: preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável, dignidade no trabalho, defesa do consumidor, liberdade,

democracia ...

Page 30: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Desenvolvimento

• Processo gradual de mudança social, sugerindo o emprego de estratégias para produzir mudança, de maneira contínua

• Não existe ponto de chegada

• Nenhuma sociedade atinge um estágio pleno de desenvolvimento, embora use-se a terminologia: países desenvolvidos, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento

Page 31: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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PNUD – ênfase à política

O desenvolvimento humano envolve desafios sociais, tecnológicos e econômicos, mas também institucionais e políticos, com ênfase à governança, ao papel do Estado, à democracia e à participação

PNUD (2002): “a política é tão importante quanto a economia para um desenvolvimento bem-sucedido”

- participação democrática - meio e fim

- ênfase às estruturas de governança democrática

Page 32: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Desenvolvimento, política e liberdade

Amartya Sen

– Desenvolvimento como liberdade

– A expansão da liberdade humana como principal fim e principal meio do desenvolvimento

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Desenvolvimento sustentável...

“...desenvolvimento que busca atender as necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades”

(Fonte: Relatório Brundtland, 1987) Social

EconômicoAmbiental

Page 34: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Como ter solidariedade com gerações futuras se as necessidades atuais não são satisfeitas?

• Solidariedade:– inter-gerações– intra-geração:

minorias e desigualdades

– inter-espacial: entre regiões e países

Page 35: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Desenvolvimento alternativo ou solidário

•cidadania, inclusão de setores marginalizados e subordinação do econômico a outros objetivos e valores

•muito variado: toma forma a partir de 1970•não rejeita o crescimento econômico, porém busca

alternativas ao capitalismo emancipatórias e viáveis•crítica à estrita racionalidade econômica e à idéia de que a

economia é uma esfera independente da vida social, que exige sacrifício de bens e valores sociais, políticos, culturais e naturais

•ênfases: local, sociedade civil, comunidades marginalizadas como sujeitos e não como objetos de programas de desenvolvimento, estratégias de baixo para cima

•insere-se nessa proposta a idéia de Economia Solidária - alternativa solidária dentro do capitalismo

Page 36: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

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Alternativas ao desenvolvimento

• Especialmente entre os ecologistas• Rejeição da própria idéia de

desenvolvimento econômico• Proposição de estratégias anti-

desenvolvimentistas• Consumerismo verde e

consumerismo ético X anticonsumerismo

Page 37: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

37

Quais podem ser os papéis dos indivíduos, enquanto cidadãos,

consumidores ou membros de uma organização produtiva, para a

promoção da ética, da responsabilidade social e do desenvolvimento

sustentável?

Page 38: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

38

Organização

Sociedade

Indivíduo

Interdependência entre as dimensões de ação

Page 39: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

39

Sustentabilidade, Comportamento e Consumo Consciente

• “Consumir com consciência do impacto do ato do consumo sobre a própria pessoa, as relações sociais, a economia e a natureza, buscando mobilizar outras pessoas na mesma direção.”

• Ato de consumo como ato político• Consumo como instrumento de bem estar

e não como fim em si mesmo

• “Ser” ou “Ter” como elementos que definem a identidade

• Entre os 20% da população mais rica, em 40 anos, o consumo aumentou 14 vezes

Fonte: palestra Helio Mattar / Instituto Akatu - Salvador, outubro 2006.

Page 40: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

40

Consumo Consciente: Dilemas e Caminhos

Consumo como fenômeno histórico

Séculos XVIII e XIX - Revolução Industrial: aumento da capacidade produtiva

Séculos XIX e XX - de sociedade agrícola para sociedade urbana

Século XX - Publicidade + Novos produtos, serviços e tecnologias

Necessidades Desejos Satisfação

Cultura de consumo

Page 41: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

41

Consumo Consciente: Dilemas e Caminhos

Consumo como fenômeno...

Econômico

produção, atendimento de necessidades, renda, riqueza, liberdade

definição ampliada de economia / definição ampliada de consumo: consumo como instrumento de bem estar e não como fim em si mesmo (Mattar, 2006)

desafio: entre os 20% da população mais rica, em 40 anos, o consumo aumentou 14 vezes (Mattar, 2006)

Social

padrões de consumo influenciados pelo habitus (Bourdieu, 1996)

fenômeno individual e relacional

Político

ato de consumo como ato político (Mattar, 2006)

“a política é tão importante quanto a economia para um desenvolvimento bem-sucedido” (PNUD, 2002)

Cultural

valores, ética

identidade - “Ser” ou “Ter” como elementos que definem a identidade (Mattar, 2006)

Page 42: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

42

Consumo Consciente: Dilemas e Caminhos

Consumidores podem premiar

1. Novas concepções de negócios, atentas aos desafios econômicos, sociais e ambientais da atualidade

2. Atendimento a novas necessidades e a demandas não atendidas de certas populações

3. Empresas mais avançadas em suas práticas em termos éticos e de responsabilidade social e ambiental

Papéis dos consumidores

Consumidores podem punir (boicotar, protestar)

1. Empresas e produtos com elevado grau negativo de impacto social e ambiental

2. Empresas que não demonstram compromisso e avanços contínuos no campo da ética e da responsabilidade social e ambiental

Consumidores podem refletir

1. Refletir continuamente sobre seus padrões de consumo e redefini-los, com consciência dos impactos de suas decisões

2. Influenciar outras pessoas para que também o façam

Page 43: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

43

Fonte: http://www.myfootprint.org/en/visitor_information/

Calculando a pegada ecológica

No teste criado pela Redefining Progress, cada pessoa pode calcular o impacto de seu modo de vida sobre o planeta, considerando fatores como:

Clima da região em que vive

Tipo de moradia

Fontes de energia utilizadas na moradia

Materiais utilizados na construção e mobília

Tipo de veículo para transporte

Percursos percorridos

Hábitos cotidianos para poupar energia e água e de reciclagem

Tipo de alimentação

Origem dos itens de alimentação

Hábitos gerais de consumo, como freqüência de substituição de bens

Page 44: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

44

Calculei minha pegada: se todas as pessoas no planeta tiverem estilo

de vida similar ao meu, precisaremos de:

1,09 Planetas Terra

Fonte: http://www.myfootprint.org/en/quiz_results/

Comparando minha pegada com a média brasileira:

Page 45: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

45

Consumo Consciente: Dilemas e Caminhos

Mas há limites, retrocessos, o processo não é linear...

A Pesquisa “Responsabilidade Social das Empresas: percepção do consumidor brasileiro (2006-2007), realizada pelo Instituto Akatu, mostra que, em comparação com os anos 2000 e 2007:

“O brasileiro está menos engajado em ações do que há alguns anos: premia e pune menos as empresas do que fazia no passado”

Para conhecer os dados da pesquisa na íntegra, basta acessar o link:

http://www.akatu.org.br/akatu_acao/publicacoes/responsabilidade-social-empresarial/rse-percepcao-do-consumidor-brasileiro-2006-e-2007

Page 46: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

46

• Medo de que não priorizar os acionistas (shareholders) no planejamento estratégico, em favor dos stakeholders gerasse queda no valor das ações

• O que aconteceu foi uma queda no valor das ações em função de problema de qualidade não comunicado aos consumidores

Exemplo de empresa americana:

Fonte: Oded Grajew (The Global Compact Learning Forum 2003)

Page 47: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

47

Para reflexão...• É possível combinar a visão de longo prazo

da perspectiva sustentável com a visão de curto prazo da lógica do mercado?

• Como alinhar sustentabilidade e competitividade?

• É possível um “capitalismo sustentável, que preserva recursos disponíveis e, ao mesmo tempo, incentiva o consumismo?

Page 48: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

48

Gestão questões sociais

(Social issues management)

Abordagem gerencial ou estratégica

-Natureza utilitária

-Problemas sociais como variáveis a serem consideradas na gestão estratégica

-RSA como vantagem competitiva e como oportunidade de negócio

Page 49: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

49

“Empresas ganhadoras e líderes do Século 21 são as que incorporam as oportunidades que emergem do conhecimento e da análise dos desafios, tendências e expectativas da sociedade, integrando-os em suas estratégias e fazendo o que sabem fazer de melhor – negócios, de maneira que seu engajamento seja sustentável”.

Julio Moura – Grupo Nueva (BID/Ethos, 2006)

Page 50: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

50

Quatro pilares das empresas de sucesso

1. Novos conhecimentos - esforços disciplinados de

leitura das expectativas, tendências e desafios

das sociedades e do planeta, incorporando tais

conhecimentos a suas estratégias;

Julio Moura – Grupo Nueva (BID/Ethos, 2006)

Page 51: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

51

Quatro pilares das empresas de sucesso

2. Identificação de oportunidades de negócios nesses desafios, fazendo

aquilo que fazem de melhor, como inovar para apresentar soluções e

produtos que incluam novos setores da sociedade na solução dos

problemas. Para isso:

– diálogo com outros setores da sociedade,

– parcerias para solução de problemas,

– pressão saudável sobre os governos, para serem mais eficientes,

ambiente de negócios propício para fazer investimentos;

– comércio justo entre os países;

– legislação simples e transparente para os investimentos que apóiam o

crescimento, em especial da pequena e média empresa;

– investimentos em infra-estrutura necessária ao desenvolvimento;

Julio Moura – Grupo Nueva (BID/Ethos, 2006)

Page 52: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

52

Quatro pilares das empresas de sucesso

3. Alinhamento dessas oportunidades de negócios com as estratégias centrais (core strategies) da empresa;

Julio Moura – Grupo Nueva (BID/Ethos, 2006)

Page 53: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

53

Quatro pilares das empresas de sucesso

4. Inclusão de medições de resultados em longo prazo; 4.1 incorporação da visão e dos valores da responsabilidade social por todos os empregados, para mudança cultural que vai além do líder ou do responsável pela parte social e ambiental;4.2 ferramentas, sistemas e processos que integrem essa visão dentro de seu planejamento e de sua vida diária, 4.3 sistemas de incentivos de executivos e empregados dentro dessa visão.

Julio Moura – Grupo Nueva (BID/Ethos, 2006)

Page 54: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

54

Negócios na base da pirâmide

Stuart L. Hart

“Capitalism at the Crossroads: The Unlimited Business Opportunities in Solving the World´s Most Difficult Problems” (2005)

Brasil: “Capitalismo na Encruzilhada” (2006)

C.K. PrahaladA Riqueza na Base da Pirâmide - Brasil (2005) Redução da pobreza e da desigualdade via mercado

Page 55: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

55

Negócios na base da pirâmide

• Modelo de negócios que passa pela melhoria da qualidade de vida das pessoas mais carentes, exigindo respeito à diversidade cultural e conservação da integridade ecológica do planeta, por meio de negócios lucrativos.

• Comprometimento com as populações locais, buscando soluções mais apropriadas a necessidades específicas, aproveitando recursos locais, com menor impacto sobre o ambiente

• Soluções criativas, inovadoras

• 4 bilhões de pessoas – renda inferir a US$ 1,5 mil por ano

Page 56: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

56

Novos negócios...

• Novas fontes de energia• Eficiência no uso de recursos energéticos• Reciclagem e logística reversa• Ecodesign• Produtos “selo verde” – consumo verde,

consumo ético, consumo consciente• Comércio Justo – Fair Trade• Mercado de Créditos de Carbono –

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo• Sistemas alternativos de transporte• Dos produtos aos serviços• ...

Page 57: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

57

Finanças Sustentáveis

1. Ampliação do acesso a serviços bancários e a crédito

2. Microcrédito3. Crédito responsável4. Análise de crédito – Princípios do Equador5. Financiamentos socioambientais6. Seguros ambientais7. Mercado de créditos de carbono8. Fundos de investimento socialmente

responsáveis9. Transparência10.Combate à lavagem de dinheiro11.Segurança da informação

Page 58: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

58

Influência de diferentes atores na sustentabilidade

• Empresas

• Governos

• Clientes empresariais

• Consumidores

• ONGs

• Mídia

• Organismos internacionais

• ...

•Investidores e

credores

–Investidores

privados

–Empreendedores

–Capitalistas de risco

Page 59: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

59

“Criando valor” - possíveis correlações entre fatores de sustentabilidade e

sucesso comercial

• Fatores de sustentabilidade– Governança e gestão– Engajamento stakeholders– Melhora processo

ambiental– Produtos e serviços

ambientais– Crescimento da economia

local– Desenvolvimento da

comunidade– Gestão de recursos

humanos

• Fatores de sucesso comercial– Crescimento receitas

e acesso a mercados– Economia de custos e

produtividade– Acesso ao capital– Gestão de riscos e

licença para operar– Capital humano– Valor de marca e

reputação

Page 60: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

Socially Responsible Investing (SRI)

60

• Família criada em 1999• Considera Best in class

em cada categoria/setor• Triple Bottom Line –

econômico, social e ambiental

• Influencia investimentos de 6 bilhões de dólares por ano

• Empresas de 57 setores, diversos países

Brasileiras (Set 2008):

Aracruz Celulose SABanco Itaú HoldingBanco Bradesco SA

Itausa Investimentos Itaú SA

CEMIGPetrobrasUsiminas

Votorantim Celulose e Papel

Page 61: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

61

2005 – 28 empresas brasileiras (de 121 convidadas)

2006/2007: 34 empresas, 43 ações, 14 setores

2007/2008: 32 empresas, 40 ações (Carteira teórica)

Conselho: Bovespa, ABRAPP, ANBID, APIMEC, IBGC, IFC, Ethos, MMA, + PNUMA.

Metodologia: GVCes FGV-SP

Dimensões de análise:

1. Geral

2. Governança Corporativa

3. Econômica e financeira

4. Ambiental

5. Social

Page 62: Responsabilidade Social e Ética  nas Organizações

62

Fundos de ações com foco em sustentabilidade nos bancos

• ABN AMRO Ethical• ABN AMRO FI AÇÕES ETHICAL II• BB TOP AÇÕES ÍNDICE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

FIA• BRADESCO FIA Índice de Sustentabilidade Empresarial• BRADESCO Prime FIA Índice de Sustentabilidade

Empresarial• HSBC FIA SUST EMP – Ações Sustentabilidade Empresarial• ITAU EXCELÊNCIA SOCIAL AÇÕES FI• SAFRA ISE – Fundo de Investimento em Ações

(Fonte: ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento)

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Tipos de Investimento Social Privado

• Investimento social corporativo

• Investimento social comunitário

• Investimento social familiar

• Venture philanthropy

• Social investment funds

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GIFE – GRUPO DE INSTITUTOS, FUNDAÇÕES E EMPRESAS

TIPOLOGIA DO INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO

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IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada –

www.ipea.gov.br/asocial

Região Montante Investido* Montante / PIB

2000 2004 2000 2004

Sudeste 5,7 bilhões 3,3 bilhões 0,66 0,34

Nordeste 406,6 milhões 537 milhões 0,20 0,22

Sul 500 milhões 562,7 milhões 0,19 0,19

Centro-Oeste 184 milhões 240,8 milhões 0,16 0,18

Norte 75 milhões 93,8 milhões 0,10 0,11

Brasil 6,9 bilhões 4,7 bilhões 0,43 0,27

Gasto Social em Ações para a Comunidade - INPC Em valores constantes de 2004. Deflacionado pelo INPC médio anual . Fonte: IPEA/Pesquisa Ação Social das Empresas, 2006

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Questões para debate (Texto: Maria Celia Paoli – Bibliografia

recomendada)• Filantropia empresarial: não questiona modelo

político que gerou exclusão• As privadas são mais eficientes? Noção de gestão

eficaz de recursos sociais, distribuídos aleatória e privadamente, em lugar da deliberação participativa ampliada sobre os bens públicos

• Estado visto como incompetente • Despolitização da questão social• Ação social das empresas: não constitui espaço

público e controle público• De cidadãos designados como sujeitos de direitos

a receptores de favores e generosidades

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Questões para debate (Paoli)

• Investimento social das empresas pode preservar as hierarquias tradicionais que produzem o “disempowerment” dos cidadãos

• Cidadãos de 2a e 3a classe que dependem das intenções, interesses e flutuações dos acertos e enganos próprios ao mundo mercantil e inerentes a sua “liberdade”

• Trazer mais a questão para o campo da política e menos da virtuosidade

• Nada poderia ser dito contra, se estivéssemos em uma sociedade que garantisse direitos universalizados

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• “Temos muitos problemas, mas possuímos todos os recursos para resolvê-los.”

• É preciso “vontade política de fazer esta escolha”.

• Pelo poder que concentram, empresas não podem ficar fora da discussão e das ações

• Estratégia das duas cenouras

Oded Grajew (The Global Compact Learning Forum 2003)

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Lester Thurrow: distinção

entre

líderes e exploradores

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A minha alma tá armada e apontada para a cara do sossego

Pois paz sem voz, paz sem voz

Não é paz, é medo

Às vezes falo com a vida

Às vezes ela me diz

Qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz

Minha alma – a paz que eu não quero (O Rappa)

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Governança e Cidadania Corporativa

• Conjunto de princípios e sistemas de gestão destinados à criação ou preservação de valor para a sociedade– Governança corporativa (métodos de gestão da empresa:

estrutura e estratégias)– Governança ambiental (meios de preservação do meio

ambiente)– Governança pública

• Considera custos sociais• Comportamento oportunista x princípios de governança• Para além das obrigações legais• Expectativa de aumento das chances de

sustentabilidade a longo prazo

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Governança e sustentabilidade

Empresas com capacidade/habilidade

para conciliar interesses diversos

Melhor capacidade de gestão

Sustentabilidade (da empresa e da sociedade)

•Modelos de gestão que valorizam a cooperação, a participação e a representação de interesses diversos

•Padrões de decisão flexíveis

•Ambientes e processos decisórios complexos

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Governança Corporativa e Sustentabilidade

• Convicção de que a sustentabilidade empresarial está ancorada na prática consistente de três processos:

• Engajamento das partes interessadas• Transparência• Prestação de contas (accountability)

• Combina adesão voluntária e pressão dos stakeholders

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Governança Corporativa• É o sistema pelo qual

as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre:– acionistas/cotistas– conselho de

administração– diretoria– auditoria independente– conselho fiscal.

•As boas práticas de governança têm a finalidade de:

•aumentar o valor da sociedade• facilitar seu acesso ao capital e• contribuir para sua perenidade

Fonte: www.ibgc.org.br

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Melhores práticas de governança corporativa no

Brasila. Reforma na Lei das S.A. (2001) – objetivo: fortalecer o

mercado de capitais no Brasil - mais transparência e credibilidade

b. Criação do Novo Mercado pela Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa;

c. Linhas de crédito oferecidas pelo BNDES, incentivando a criação de novas sociedades anônimas e a adoção de boas práticas de governança corporativa;

d. Novas regras de investimento por parte de fundos de pensão;

e. Projetos de reforma das demonstrações contábeis.

Fonte: IBGC, 2007

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Governança e Responsabilidade social: pactos, normas e ferramentas

de gestão

• Gerais ou Universais– Declaração dos

Direitos Humanos– Declaração do Rio ou

Agenda 21– Carta da Terra– Protocolo de Quioto– Metas do Milênio– ...

• Específicos (por setor ou país)– Normas Série ISO– AA 1000– SA 8000– OHSAS 18001– Princípios de

Governança Corporativa (OCDE)

– Balanço Social– Global Reporting

Initiative (GRI)– The Global Compact

(Pacto Global)– ...

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Leitura e debate a respeito de normas, pactos e

certificações relacionados à responsabilidade social

empresarial

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Fonte: www.pnud.org.br

AS METAS DO MILÊNIO

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• Princípios de Direitos Humanos1. Respeitar e proteger os direitos humanos; 2. Impedir violações de direitos humanos;

• Princípios de Direitos do Trabalho3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho;4. Abolir o trabalho forçado;5. Abolir o trabalho infantil;6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho;

• Princípios de Proteção Ambiental7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;8. Promover a responsabilidade ambiental;9. Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente.

• Princípio contra a Corrupção 10. Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

Fonte: www.pactoglobal.org.br

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Indicadores Ethos de Responsabilidade Social

Empresarial• Surgimento e evolução• Ênfases: auto-avaliação e aprendizagem• Temas:

1. Valores, Transparência e Governança2. Público Interno3. Meio Ambiente4. Fornecedores5. Consumidores e clientes6. Comunidade7. Governo e Sociedade

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Justificar

Indicadores Ethos de RSE

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Indicadores Ethos de RSE

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Indicadores Ethos de RSE

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Etapas do processo de trabalho com Indicadores Ethos

1) Escolher facilitadores

internos2) Capacitar

os facilitadores

3) Criar grupos de trabalho por

temas, definir lideranças e

agenda

4) Discutir por tema e

preencher os indicadores

5) Consolidar os temas

6) Enviar dados ao Ethos pelo sistema

7) Baixar relatório do site do Ethos

8) Apresentar e avaliar o relatório

9) Planejar novas ações

10) Implementar as ações

11) Avaliar ações implementadas

* Elaborar Balanço Social

Ciclo PDCA

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Objetivos das empresas ao adotar modelos reconhecidos de relatórios / balanços sociais

Principal:

Agregar valor à marca

(estratégia de mercado)

Podem servir, também, para:

– avaliação– avanços na gestão,– diálogo com partes

interessadas– relação com

investidores– construção da

reputação

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Balanços sociais no Brasil

• Modelo IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas– Criado em 1997– Principal vantagem:

simplicidade

• Guia do Instituto Ethos– Lançado em 2001– Sugere princípios e

critérios para elaboração de balanços sociais:

• Relevância

• Veracidade

• Comparabilidade

• Regularidade

• Verificabilidade

• Clareza

www.premiobalancosocial.org.br

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Etapas da construção do balanço social

Planejar o trabalho e escolher a estrutura

(modelo) Designar participantes(internos e externos-

stakeholders)

Coletar dados e informações

Consolidar os dados

Elaborar e analisar o texto

Verificar e auditaras informações

Publicar e divulgar o relatório

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Erros comuns na construção de relatórios

1. Confundir com divulgação de investimento social

2. Mais aparência do que transparência

- muitos relatórios: “parabéns para mim mesmo”

3. Uso de materiais não sustentáveis para impressão e divulgação

4. Gasto excessivo

5. Não consultar sequer o stakeholder interno (público interno, muitas vezes, nem sabe o que é)

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Global Reporting Initiative – GRI(www.globlalreporting.org)

• Ong internacional de origem ambiental – CERES – Boston

• Motivação: canal de diálogo e exposição pública de informações sobre as empresas

• Objetivo principal: transparência

• Foco: multistakeholders

• Versões: 1999, 2002 e 2006

• Diretrizes GRI – diretrizes para elaboração de relatórios que abordam aspectos relacionados à sustentabilidade econômica, social e ambiental das organizações

• Divididas em:– Princípios– Indicadores de performance

(econômico, ambiental, trabalho, direitos humanos etc.)

– Protocolos técnicos (buscam padronizar formas de coleta de dados)

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• Amplo processo de discussão

pública das diretrizes, com

participação de distintos setores

• Em construção: sistema eletrônico

para envio de dados

(comparabilidade)

• Novo foco: valorização pelo

mercado financeiro para a tomada

de decisões

• Por ser de âmbito global, padrões

são avançados para alguns países,

elementares para outros

• Brasil

– Grupo de discussão GRI (Ethos, Aberje, FGV/Ces, IBGC, Apimec, Abrapp, Observatório Social,...)

– foco em setores críticos (mineração, agribusiness, petróleo e gás, indústria química)

– Possibilidade de indicadores específicos para o país

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Limites e dilemas do movimento da RSE

Interno: o central é ganhar dinheiro; responsabilidade social é secundário

Crença de que o papel central na área social não é das empresas

Ninguém quer ser o responsável pela definição de novos padrões (colocar a cabeça à frente do grupo)

Natureza das empresas e do sistema na qual estão inseridas

Pouco poder de pressão da sociedade sobre as empresas

A maioria das empresas ainda prioriza a filantropia

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Tendências no discurso do movimento da RSE

• Responsabilidade social empresarial rima com desenvolvimento sustentável

• Problemas sociais e ambientais como oportunidades de negócios

• Responsabilidade social empresarial como diferencial competitivo

• Profissionalização da gestão

• Articulação e consolidação de ferramentas de gestão

• Incentivo a novas estratégias de pressão sobre as empresas

• Permeabilidade das fronteiras entre público e privado - espaço público compartilhado

• Noção de co-responsabilidade pelas questões públicas

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“A questão principal não é a tecnologia, mas a política. O grande

desafio do século XXI é da mudança do sistema de valores que está por trás da economia

global, de modo a torná-lo compatível com as exigências da

dignidade humana e da sustentabilidade ecológica.”

Fonte: (Capra, 2002, pg. 268)

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Embora reconheçamos limites e desafios da responsabilidade social empresarial...

• É importante reconhecer que:– a capacidade coletiva de ação é essencial para

políticas justas e redistributivas– pelo poder que concentram, empresas não podem

estar fora do debate público e da renegociação do pacto social

– é importante fortalecer a identidade, capacidade ou vocação de cada tipo de organização, ao mesmo tempo em que se fortalece a integração entre elas

• É necessário construir mecanismos institucionais e organizacionais de relação que promovam justiça social

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Indicações para consultaInstituto Ethos de Empresas e Resp. Social www.ethos.org.br

Grupo de Institutos, Fundações e Empresas www.gife.org.br

Compêndio para a Sustentabilidade On-Line www.institutoatkwhh.org.br/compendio

Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social – CIAGS/UFBA

www.gestaosocial.org.br

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa www.ibgc.org.br

PNUD - Brasil www.pnud.org.br

Conferências Interamericanas sobre Responsabilidade Social

www.csramericas.org

ISO 26000 www.iso.org/sr

Índice de Sustentabilidade Empresarial da BOVESPA (ISE)

www.isebovespa.fgvsp.br

Centro de Estudos em Sustentabilidade da EAESP – FGV Ces

www.ces.fgvsp.br

Instituto Akatu www.akatu.org.br

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“... a realidade não se reduz ao que

existe. A realidade é um campo de

possibilidades em que têm cabimento

alternativas que foram marginalizadas

ou que nem sequer foram tentadas”

(Santos e Rodríguez, 2002:25)

Ampliação do espectro do possível

Práticas suficientemente utópicas para desafiar o status quo e suficientemente viáveis para não serem descartadas

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Sobre realidade e esperança...

O tipo de esperança sobre a qual penso freqüentemente,...compreendo-a acima de tudo como um estado da mente, não um estado do mundo. Ou nós temos a esperança dentro de nós ou não temos; ela é uma dimensão da alma, e não depende essencialmente de uma determinada observação do mundo ou de uma avaliação da situação... [A esperança] não é a convicção de que as coisas vão dar certo, mas a certeza de que as coisas têm sentido, como quer que venham a terminar.

Václav Havel, In: Capra, 2002, pg. 273

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A novidade

Música de Bi Ribeiro, Hebert Vianna e João Barone

Letra de Gilberto Gil

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Paula Chies Schommer

E-mail: [email protected]

Telefone: (71) 9178.9647