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Responsabilidade do Estado Pelo Dano Ambiental Insuficiência das fórmulas tradicionais.

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Responsabilidade do Estado

Pelo Dano Ambiental

Insuficiência das fórmulas

tradicionais.

Danos Ambientais derivados de

condutas comissivas do Estado Na hipótese de conduta comissiva do Estado o direito pátrio

consagra o princípio da responsabilidade objetiva;

CF/88 prevê que “ As pessoas jurídicas de Direito Público e as deDireito Privado prestadoras de serviços públicos responderão pelosdanos que seus agentes,nessa qualidade, causarem a terceiros,assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos dedolo ou culpa”.

Hoje admite-se a teoria do risco integral em sua plenitude

Deve-se evitar a privatização dos lucros e a socialização dosprejuízos em danos ambientais causados pelo Estado.

Todo ato comissivo da Administração que resulte dano ambientalenseja sua responsabilidade objetiva, admitida apenas a excludenteda força maior, que pode ser um fato ou evento decorrente da açãoda administração.

Danos Ambientais Derivados de

Condutas Omissivas do Estado

Em matéria da danos decorrentes de condutasomissivas do Estado em geral, prevalece nadoutrina nacional o entendimento de que deveser aplicado o princípio da responsabilidadesubjetiva.

Ex. Quando o dano foi possível em decorrênciade uma omissão do Estado( o serviço nãofuncionou, funcionou tardia ou ineficientemente)aplica-se a responsabilidade subjetiva .

O Estado só pode ser responsabilizado sedescumpriu dever legal que lhe era imposto .

Danos Ambientais derivados de

Condutas Omissivas do Estado Somente uma análise judicial poderá verificar, se a

Administração Pública estava, ou não, obrigada aimpedir o dano, agindo de forma preventiva e no deverde cautela.

Neste caso é necessário demonstrar a culpa pornegligência, imprudência ou imperícia no serviçoensejador do dano, quando o Estado deveria ter agidocom cautela.

Ex. Os tribunais tem responsabilizado o Estado pordanos causados por inundações devidas a chuvasintensas, quando a limpeza das bocas-de-lobo, dasgalerias de águas pluviais e das canalizações doscórregos não foi efetivada a tempo, antes da previsívelprecipitação.

Responsabilidade Solidária do

Estado

Outro aspecto ligado à omissão ou à inércia da

Administração é o da sua eventual

responsabilidade solidária em relação ao

poluidor ou causador do dano ambiental.

Se os atos de licenciamento, fiscalização e

controle não se deram dentro dos critérios

legais previstos, é de se considerar que houve

mau funcionamento do serviço, decorrente da

ilegalidade dos atos administrativos, surge a

responsabilidade do Poder Público.

Responsabilidade Solidária do

Estado Mas e se os danos ambientais decorrem de

atividades, que mesmo prejudiciais aoambiente, tenha sido perfeita e regularmentelicenciada, desenvolvida e fiscalizada?Sabemos que a eventual licitude da atividadepoluidora não serve de fundamento paradesonerar o poluidor da obrigação de responderpelo dano ambiental que tenha causado.

Mesmo assim o Poder Público deve respondersolidariamente com o particular, para compelir oPoder Público a ser prudente, orientar e ordenara saúde ambiental.

Jurisprudência Ambiental Brasileira

e o papel do Poder Judiciário Os dispositivos legais brasileiros relativos á proteção do

meio ambiente são considerados internacionalmentecomo estando dentre os mais avançados.

O Direito Brasileiro hoje possui instrumentosprocessuais que se prestam à tutela judicial daqualidade do meio ambiente – ação civil pública, açãopopular, medidas cautelares e ação indenizatória.

Apesar disso, é notório que a degradação do meioambiente tem atingido níveis alarmantes no Brasil pelosseguintes motivos: falta de estrutura dos órgãosadministrativos ambientais, falta de educação ambientaldo público em geral, falta de continuidade de políticaspúblicas ambientais.

Posicionamento dos Tribunais

O STJ tem aceitado a tese da responsabilidadeobjetiva e solidária dos agentes da lesão pelosdanos causados ao meio ambiente e àNatureza, e a irrestrita legitimidade daAdministração Pública para a imposição demultas e penalidades, inclusive com a interdiçãode estabelecimento ou atividade.

O STJ também já deixou assentado que aAdministração pode cobrar as despesas delimpeza e saneamento dos agentes causadoresda poluição ou lesão, com base naresponsabilidade objetiva.