responsabilidade civil do estado conceito – corresponde à obrigação de reparar danos causados a...

RESPONSABILIDADE CIVIL DO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADOESTADO

Conceito – Corresponde à obrigação Conceito – Corresponde à obrigação de reparar danos causados a de reparar danos causados a terceiros em decorrência de terceiros em decorrência de comportamentos comissivos ou comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos, omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos.agentes públicos.

RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO EXTRACONTRATUAL DO

ESTADOESTADO

O título responsabilidade O título responsabilidade extracontratual do Estado se mostra extracontratual do Estado se mostra adequado à discussão do tema visto adequado à discussão do tema visto que restringe apenas para o tema da que restringe apenas para o tema da responsabilidade civil, ficando responsabilidade civil, ficando excluída a responsabilidade excluída a responsabilidade contratual.contratual.


ESTADOESTADO O fundamento da responsabilidade O fundamento da responsabilidade

patrimonial do Estado é bipartido:patrimonial do Estado é bipartido:Atos LícitosAtos Lícitos – Construção de um calçadão – Construção de um calçadão

que interesse à coletividade, não obstante que interesse à coletividade, não obstante impeça a utilização de um prédio, construído impeça a utilização de um prédio, construído e regularmente utilizado como garagem.e regularmente utilizado como garagem.

Atos IlícitosAtos Ilícitos – Descumprimento da Lei – o – Descumprimento da Lei – o fundamento é a própria violação da fundamento é a própria violação da legalidade, como ocorre quando o Estado legalidade, como ocorre quando o Estado interdita indústria poluente e depois verifica interdita indústria poluente e depois verifica que, em absoluto, não era poluente.que, em absoluto, não era poluente.


ESTADOESTADO

Teoria da Teoria da IrresponsabilidadeIrresponsabilidade

TeoriasTeorias

Teoria da Teoria da ResponsabilidadeResponsabilidade


ESTADOESTADO Teoria da Irresponsabilidade – Repousava Teoria da Irresponsabilidade – Repousava

na idéia de soberania: O Estado dispõe de na idéia de soberania: O Estado dispõe de autoridade incontestável perante o súdito; autoridade incontestável perante o súdito; ele exerce a tutela do direito, não ele exerce a tutela do direito, não podendo, por isso, agir contra ele; daí os podendo, por isso, agir contra ele; daí os princípios de que o rei não pode errar e o princípios de que o rei não pode errar e o de que aquilo que agrada ao príncipe tem de que aquilo que agrada ao príncipe tem força de lei.força de lei.

RESPONSABILIDADE COM CULPARESPONSABILIDADE COM CULPA TEORIAS CIVILISTASTEORIAS CIVILISTAS Teoria dos atos de império e de gestão – Os primeiros Teoria dos atos de império e de gestão – Os primeiros

seriam impostos ao particular de maneira coercitiva, seriam impostos ao particular de maneira coercitiva, independentemente de ordem judicial. Os segundos independentemente de ordem judicial. Os segundos seriam praticados pela Administração em situação de seriam praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares.igualdade com os particulares.

Essa distinção foi idealizada como meio de abrandar a Essa distinção foi idealizada como meio de abrandar a teoria da irresponsabilidade do monarca por prejuízos teoria da irresponsabilidade do monarca por prejuízos causados a terceiros. Passou-se a admitir a causados a terceiros. Passou-se a admitir a responsabilidade civil quando decorrente de atos de responsabilidade civil quando decorrente de atos de gestão e afastá-la nos prejuízos resultantes de atos de gestão e afastá-la nos prejuízos resultantes de atos de império.Distinguia-se a pessoa do rei, que praticaria atos império.Distinguia-se a pessoa do rei, que praticaria atos de império, da pessoa do Estado, que praticaria atos de de império, da pessoa do Estado, que praticaria atos de gestão, através de seus prepostos. A oposição a essa gestão, através de seus prepostos. A oposição a essa teoria surgiu, quer pelo reconhecimento da teoria surgiu, quer pelo reconhecimento da imposibilidade de dividir-se a personalidade do Estado, imposibilidade de dividir-se a personalidade do Estado, quer pela própria dificuldade, senão imposibilidade, de quer pela própria dificuldade, senão imposibilidade, de enquadrar-se como atos de gestão todos aqueles enquadrar-se como atos de gestão todos aqueles praticados pelo Estado na administração do patrimônio praticados pelo Estado na administração do patrimônio público e na prestação de seus serviços.público e na prestação de seus serviços.


ESTADOESTADO

ResponsabilidadeResponsabilidadeCOM CULPA

DO AGENTE, CIVIL OU SUBJETIVA DO SERVIÇO OU ADMINISTRATIVA

RESPONSABILIDADE COM RESPONSABILIDADE COM CULPACULPA

TEORIAS CIVILISTASTEORIAS CIVILISTAS

Teoria da Culpa Civil ou da Responsabilidade Teoria da Culpa Civil ou da Responsabilidade Subjetiva – Embora abandonada a distinção Subjetiva – Embora abandonada a distinção entre atos de império e de gestão, muitos entre atos de império e de gestão, muitos autores continuaram apegados à doutrina autores continuaram apegados à doutrina civilista, aceitando a responsabilidade do civilista, aceitando a responsabilidade do Estado desde que demonstrada a culpa. Estado desde que demonstrada a culpa. Procurava-se equiparar a reponsabilidade do Procurava-se equiparar a reponsabilidade do Estado à do patrão, ou comitente, pelos atos Estado à do patrão, ou comitente, pelos atos dos empregados ou prepostos. A doutrina dos empregados ou prepostos. A doutrina civilista serviu de inspiração ao artigo 15 do civilista serviu de inspiração ao artigo 15 do antigo Código Civil Brasileiro, atualmente antigo Código Civil Brasileiro, atualmente artigo 43.artigo 43.

RESPONSABILIDADE COM CULPARESPONSABILIDADE COM CULPA Art. 15. As pessoas jurídicas de direito Art. 15. As pessoas jurídicas de direito

público são civilmentepúblico são civilmente responsáveis por atos responsáveis por atos dos seus representantes que nessa dos seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros, qualidade causem danos a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do direito regressivo contra os causadores do dano. (Lei 3071, Código Civil de 1916)dano. (Lei 3071, Código Civil de 1916)

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. (Lei 10406, Código destes, culpa ou dolo. (Lei 10406, Código Civil de 2002)Civil de 2002)

RESPONSABILIDADE COM RESPONSABILIDADE COM CULPACULPA

TEORIAS PUBLICISTASTEORIAS PUBLICISTAS

Teoria da Culpa Administrativa ou Teoria da Culpa Administrativa ou Culpa do Serviço Público – Leva em Culpa do Serviço Público – Leva em conta a falta do serviço para dela conta a falta do serviço para dela inferir a responsabilidade da inferir a responsabilidade da Administração.Administração.


ESTADOESTADO

ResponsabilidadeResponsabilidadeSEM CULPA

DO RISCO ADMINISTRATIVO OU OBJETIVA DO RISCO INTEGRAL

RESPONSABILIDADE SEM RESPONSABILIDADE SEM CULPACULPA


Teoria do Risco Administrativo – Faz surgir a Teoria do Risco Administrativo – Faz surgir a obrigação de indenizar o dano do só ato lesivo e obrigação de indenizar o dano do só ato lesivo e injusto causado à vítima pela Administração. Não injusto causado à vítima pela Administração. Não se exige qualquer falta do serviço público, nem se exige qualquer falta do serviço público, nem culpa de seus agentes. Basta a lesão, sem o culpa de seus agentes. Basta a lesão, sem o concurso do lesado. Aqui não se cogita da culpa concurso do lesado. Aqui não se cogita da culpa da Administração ou de seus agentes, bastando da Administração ou de seus agentes, bastando que a vítima demonstre o fato danoso e injusto que a vítima demonstre o fato danoso e injusto ocasionado por ação ou omissão do Poder Público. ocasionado por ação ou omissão do Poder Público. Esta teoria permite que o Poder Público Esta teoria permite que o Poder Público demonstre a culpa da vítima para excluir ou demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização (Art. 37, § 6˚, C.F.)atenuar a indenização (Art. 37, § 6˚, C.F.)

RESPONSABILIDADE SEM RESPONSABILIDADE SEM CULPACULPA


Teoria do Risco Integral – A Teoria do Risco Integral – A Administração ficaria obrigada a Administração ficaria obrigada a suportar todo e qualquer dano suportar todo e qualquer dano causado por terceiros, ainda que causado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vítima. resultante de culpa ou dolo da vítima.

RESPONSABILIDADE POR ATOS RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAISLEGISLATIVOS E JUDICIAIS

A Fazenda Pública só responde por atos A Fazenda Pública só responde por atos legislativos e judiciais, mediante legislativos e judiciais, mediante comprovação de culpa manifesta na sua comprovação de culpa manifesta na sua expedição, de maneira ilegítima e lesiva. expedição, de maneira ilegítima e lesiva. Essa distinção resulta do próprio texto Essa distinção resulta do próprio texto constitucional, que só se refere aos agentes constitucional, que só se refere aos agentes administrativos (servidores), sem aludir aos administrativos (servidores), sem aludir aos agentes políticos (parlamentares e agentes políticos (parlamentares e magistrados), que não são servidores da magistrados), que não são servidores da Administração Pública, mas sim membros de Administração Pública, mas sim membros de Poderes de Estado.Poderes de Estado.

EXCLUSÃO DA EXCLUSÃO DA REPONSABILIDADEREPONSABILIDADE

FALTA DO NEXO DE CAUSALIDADE FALTA DO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A AÇÃO OU OMISSÃO DO ENTRE A AÇÃO OU OMISSÃO DO ESTADO E O DANO.ESTADO E O DANO.

EXCLUSÃO DA EXCLUSÃO DA REPONSABILIDADEREPONSABILIDADE

Caso FortuitoCaso Fortuito EXCLUSÃOEXCLUSÃO Força MaiorForça Maior

ATENUANTE Vítima Concorreu ATENUANTE Vítima Concorreu Total ou Total ou ParcialmenteParcialmente

REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO

Forma de PagamentoForma de Pagamento

Lei em caso de entrega deLei em caso de entrega de

Procedimento Administrativo Amigável de bem imóvelProcedimento Administrativo Amigável de bem imóvel Prescrição em 5 anosPrescrição em 5 anos

Rito OrdinárioRito Ordinário Sujeito Passivo (Administração Pública ou Agente) Sujeito Passivo (Administração Pública ou Agente) Procedimento Judicial Forma de pagamento (de uma só vez, em $,salvo Procedimento Judicial Forma de pagamento (de uma só vez, em $,salvo

acordo)acordo) Execução do Crédito (Observado o Art. 100, da C.F./88)Execução do Crédito (Observado o Art. 100, da C.F./88) Prescrição (5 anos)Prescrição (5 anos)

INDENIZAÇÃO DO DANOINDENIZAÇÃO DO DANO

Dano EmergenteDano Emergente

COMPLETACOMPLETA

Lucro CessanteLucro Cessante

AÇÃO REGRESSIVAAÇÃO REGRESSIVA CONCEITO:CONCEITO:

É a medida judicial de rito ordinário, É a medida judicial de rito ordinário, prevista na parte final do § 6º, do prevista na parte final do § 6º, do artigo 37, da C.F./88, para a artigo 37, da C.F./88, para a Administração Pública reaver o que Administração Pública reaver o que desembolsou à custa do patrimônio, desembolsou à custa do patrimônio, do agente causador do dano, que do agente causador do dano, que tenha agido com dolo ou culpa.tenha agido com dolo ou culpa.

AÇÃO REGRESSIVAAÇÃO REGRESSIVA

Art. 37. A administração pública direta e Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: eficiência e, também, ao seguinte:

.................................................................... § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e

as de direito privado prestadoras de serviços as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.culpa.

AÇÃO REGRESSIVAAÇÃO REGRESSIVA REQUISITOS:REQUISITOS:

a)a) Condenação da Administração Condenação da Administração Pública a indenizar, por ato lesivo Pública a indenizar, por ato lesivo de seu agente;de seu agente;

b)b) Pagamento do valor da indenização;Pagamento do valor da indenização;c)c) Conduta lesiva, dolosa ou culposa Conduta lesiva, dolosa ou culposa

do agente causador do dano.do agente causador do dano.


AgenteAgente

SUJEITO PASSIVOSUJEITO PASSIVO

HerdeirosHerdeiros


Pode ser intentada após afastamento do Pode ser intentada após afastamento do servidorservidor

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Procedimento pode ser levado a efeito na Procedimento pode ser levado a efeito na esferaesfera

administrativaadministrativa

AGENTES PÚBLICOSAGENTES PÚBLICOS Conceito:Conceito:

““São todas as pessoas físicas incumbidas, São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.”de alguma função estatal.”

Hely Lopes MeirellesHely Lopes Meirelles

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOSPÚBLICOS

Classificação:Classificação:

AGENTES POLÍTICOSAGENTES POLÍTICOSAGENTESAGENTES AGENTES ADMINISTRATIVOS AGENTES ADMINISTRATIVOSPÚBLICOS PÚBLICOS AGENTES HONORÍFICOS PARTICULARES AGENTES HONORÍFICOS PARTICULARES

EMEM AGENTES DELEGADOS COLABORAÇÃO AGENTES DELEGADOS COLABORAÇÃO

COM COM AGENTES CREDENCIADOS O PODER PÚBLICOAGENTES CREDENCIADOS O PODER PÚBLICO


AGENTES POLÍTICOS:AGENTES POLÍTICOS:

São os componentes do Estado em seus primeiros escalões, São os componentes do Estado em seus primeiros escalões, que atuam com ampla liberdade funcional. Em questões que atuam com ampla liberdade funcional. Em questões criminais, são processados em foros especiais (ex.: o criminais, são processados em foros especiais (ex.: o Prefeito Municipal é processado perante o Tribunal de Prefeito Municipal é processado perante o Tribunal de Justiça do estado-membro). São remunerados mediante Justiça do estado-membro). São remunerados mediante subsídio, pago em parcela única. Têm suas funções subsídio, pago em parcela única. Têm suas funções definidas na Constituição, que prevê direitos e garantias definidas na Constituição, que prevê direitos e garantias específicas (ex.: imunidade parlamentar).específicas (ex.: imunidade parlamentar).

São eles:São eles:a) chefes do Poder Executivo (Presidente da República, a) chefes do Poder Executivo (Presidente da República,

Governadores, Prefeitos e seus vices) e seus auxiliares Governadores, Prefeitos e seus vices) e seus auxiliares imediatos (Ministros e Secretários);imediatos (Ministros e Secretários);

b) membros do Poder Legislativo (Deputados, Senadores e b) membros do Poder Legislativo (Deputados, Senadores e Vereadores);Vereadores);


AGENTES ADMINISTRATIVOSAGENTES ADMINISTRATIVOS

São os que têm vínculo profissional com a Administração São os que têm vínculo profissional com a Administração Pública, sem exercerem poder político, uma vez que, no Pública, sem exercerem poder político, uma vez que, no exercício de suas funções, são hierarquicamente exercício de suas funções, são hierarquicamente subordinadas aos agentes políticos.subordinadas aos agentes políticos.

Servidores Públicos Servidores Públicos Agentes Estatutários MilitaresAgentes Estatutários MilitaresAdministrativos Servidores Administrativos Servidores

TemporáriosTemporários CeletistasCeletistas

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOSCLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS

I) I) estatutários: estatutários: seu regime jurídico é disciplinado em uma lei específica, seu regime jurídico é disciplinado em uma lei específica, denominada de estatuto. Dividem-se em:denominada de estatuto. Dividem-se em:

a) servidores públicos: a) servidores públicos: formam o principal grupo de estatutários, chegando a formam o principal grupo de estatutários, chegando a ser erroneamente identificados com esse gênero. A eles, são direcionadas a ser erroneamente identificados com esse gênero. A eles, são direcionadas a maioria das normas constitucionais relativas a agentes públicos. São maioria das normas constitucionais relativas a agentes públicos. São ocupantes de cargos públicos, efetivos ou em comissão, na Administração ocupantes de cargos públicos, efetivos ou em comissão, na Administração Direta e nas entidades de Direito Público da Administração Indireta. Os Direta e nas entidades de Direito Público da Administração Indireta. Os servidores federais são regidos pela Lei 8.112/90;servidores federais são regidos pela Lei 8.112/90;

b) militares: b) militares: eram considerados como espécie de servidores públicos, mas eram considerados como espécie de servidores públicos, mas com a Emenda Constitucional 18/98, passaram a formar uma categoria a com a Emenda Constitucional 18/98, passaram a formar uma categoria a parte. Obedecem a normas constitucionais diversas dos outros agentes parte. Obedecem a normas constitucionais diversas dos outros agentes públicos e ocupam postos ou graduações nas Forças Armadas, na Polícia públicos e ocupam postos ou graduações nas Forças Armadas, na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar. Os militares federais são regidos Militar e no Corpo de Bombeiros Militar. Os militares federais são regidos pela Lei 6.880/80;pela Lei 6.880/80;

c) agentes temporários (servidores temporários):c) agentes temporários (servidores temporários): contratados “por tempo contratados “por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público” (CF, art. 37, IX). Não ocupam cargos nem postos, mas apenas público” (CF, art. 37, IX). Não ocupam cargos nem postos, mas apenas exercem funções públicas por tempo determinado. Os temporários federais exercem funções públicas por tempo determinado. Os temporários federais são regidos pela Lei 8.745/93 e, secundariamente, pela Lei 8.112/90;são regidos pela Lei 8.745/93 e, secundariamente, pela Lei 8.112/90;

II) II) celetistas: celetistas: são os empregados públicos, regidos pela CLT e pelas são os empregados públicos, regidos pela CLT e pelas convenções coletivas de cada categoria. Ocupam empregos públicos e convenções coletivas de cada categoria. Ocupam empregos públicos e trabalham em entidades de Direito Privado da Administração Indireta. A eles trabalham em entidades de Direito Privado da Administração Indireta. A eles aplicam-se alguns dos dispositivos constitucionais relativos aos servidores aplicam-se alguns dos dispositivos constitucionais relativos aos servidores públicos, como a obrigatoriedade de concurso público e a proibição de públicos, como a obrigatoriedade de concurso público e a proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas.acumulação de cargos, empregos e funções públicas.


Agentes HonoríficosAgentes HonoríficosParticulares em Colaboração Agentes DelegadosParticulares em Colaboração Agentes Delegadoscom o Poder Público Agentes Credenciadoscom o Poder Público Agentes Credenciados Agentes de Fato Agentes de Fato

Necessários Necessários

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOSCLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOSparticulares em colaboração com o Poder Públicoparticulares em colaboração com o Poder Público são aqueles que exercem são aqueles que exercem

eventualmente funções públicas sem estarem, política ou profissionalmente, eventualmente funções públicas sem estarem, política ou profissionalmente, vinculados ao Estado. Dividem-se em:vinculados ao Estado. Dividem-se em:

a) a) agentes honoríficos (requisitadosagentes honoríficos (requisitados para a prestação de atividade pública): para a prestação de atividade pública): são são convocados, designados ou nomeados transitoriamente em razão de sua convocados, designados ou nomeados transitoriamente em razão de sua honorabilidade ou notória capacidade técnica. Exercem função pública momentânea e, honorabilidade ou notória capacidade técnica. Exercem função pública momentânea e, por isso, não estão sujeitos às regras constitucionais referentes à proibição de por isso, não estão sujeitos às regras constitucionais referentes à proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas. Entre os agentes honoríficos, acumulação de cargos, empregos e funções públicas. Entre os agentes honoríficos, têm-se os jurados e os mesários;têm-se os jurados e os mesários;

b) b) agentes delegados: agentes delegados: “são particulares que recebem a incumbência da execução de “são particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante” (Meirelles, 2007, p.). Têm responsabilidade objetiva no tocante aos danos delegante” (Meirelles, 2007, p.). Têm responsabilidade objetiva no tocante aos danos causados a particulares. Nesse caso, a responsabilidade do Estado é subsidiária, ou causados a particulares. Nesse caso, a responsabilidade do Estado é subsidiária, ou seja, a obrigação de pagar a indenização surge apenas se o particular for insolvente. seja, a obrigação de pagar a indenização surge apenas se o particular for insolvente. São agentes delegados: concessionários e permissionários de obras e de serviços São agentes delegados: concessionários e permissionários de obras e de serviços públicos, serventuários de cartórios não estatizados, leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos, serventuários de cartórios não estatizados, leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos e qualquer pessoa que execute uma atividade estatal delegada;públicos e qualquer pessoa que execute uma atividade estatal delegada;

c) c) agentes credenciados (contratados por locação civil de serviços):agentes credenciados (contratados por locação civil de serviços): aqueles aqueles que recebem a incumbência de representar a Administração Pública em determinado que recebem a incumbência de representar a Administração Pública em determinado evento ou na prática de determinada atividade, mediante remuneração. Ex.: advogado evento ou na prática de determinada atividade, mediante remuneração. Ex.: advogado estrangeiro que representa a União em um processo no corte de Nova Iorque;estrangeiro que representa a União em um processo no corte de Nova Iorque;

d) d) gestores de negócios públicos (agentes de fato necessário)gestores de negócios públicos (agentes de fato necessário): exercem funções : exercem funções públicas em situações emergenciais, sem autorização da Administração Pública. Ex.: públicas em situações emergenciais, sem autorização da Administração Pública. Ex.: qualquer pessoa do povo que realize uma prisão em flagrante (Código de Processo qualquer pessoa do povo que realize uma prisão em flagrante (Código de Processo Penal, art. 320). Em vista da excepcionalidade da situação, sua atuação é considerada Penal, art. 320). Em vista da excepcionalidade da situação, sua atuação é considerada lícita. Situação diversa é a do agente de fato putativo, que, de má-fé, se faz passar por lícita. Situação diversa é a do agente de fato putativo, que, de má-fé, se faz passar por agente público. Nesse caso, além da atuação ser ilícita, a pessoa responde pelo crime agente público. Nesse caso, além da atuação ser ilícita, a pessoa responde pelo crime de usurpação de função pública (Código Penal, art. 328).de usurpação de função pública (Código Penal, art. 328).

FUNCIONÁRIO PÚBLICOFUNCIONÁRIO PÚBLICO

Designação arcaica de agente públicoDesignação arcaica de agente público

O “caput” do artigo 327 do código O “caput” do artigo 327 do código Penal define funcionário público como Penal define funcionário público como “todas as pessoas físicas incumbidas, “todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do definitiva ou transitoriamente, do exercício de uma função estatal”.exercício de uma função estatal”.

PROCESSO ADMINISTRATIVOPROCESSO ADMINISTRATIVO

Processo administrativo é o gênero, que Processo administrativo é o gênero, que se reparte em várias espécies, dentre se reparte em várias espécies, dentre as quais as mais frequentes as quais as mais frequentes apresentam-se no processo disciplinar apresentam-se no processo disciplinar e no processo tributário ou fiscal.e no processo tributário ou fiscal.

Processo Administrativo Processo Administrativo

DisciplinarDisciplinar Processo Administrativo EspecialProcesso Administrativo Especial


Princípios:Princípios:

Legalidade Objetiva;Legalidade Objetiva;Oficialidade ou Impulsão;Oficialidade ou Impulsão;Informalismo;Informalismo;Verdade Material;Verdade Material;Garantia de Defesa;Garantia de Defesa;


Fases do Processo Administrativo:Fases do Processo Administrativo:

Instauração;Instauração;Instrução;Instrução;Defesa;Defesa;Relatório;Relatório;Julgamento.Julgamento.

PROCESSO ADMINISTRATIVOPROCESSO ADMINISTRATIVO Modalidades de Processo Administrativo:Modalidades de Processo Administrativo:

Processo de Expediente (apenas encerram papeis, Processo de Expediente (apenas encerram papeis, registram situações administrativas, recebem pareceres e registram situações administrativas, recebem pareceres e despachos de tramitação ou meramente enunciativos de despachos de tramitação ou meramente enunciativos de situações preexistentes. Ex: pedido de certidões);situações preexistentes. Ex: pedido de certidões);

Processo de Outorga (todo aquele em que se pleiteia Processo de Outorga (todo aquele em que se pleiteia algum direito ou situação individual perante a algum direito ou situação individual perante a Administração. Ex: licenciamento de edificação);Administração. Ex: licenciamento de edificação);

Processo de Controle (aquele em que a Administração Processo de Controle (aquele em que a Administração realiza verificações e declara situação, direito ou conduta realiza verificações e declara situação, direito ou conduta do administrado ou de servidor, com caráter vinculante do administrado ou de servidor, com caráter vinculante para as partes. Ex: Verificação de atividades sujeitas à para as partes. Ex: Verificação de atividades sujeitas à fiscalização);fiscalização);

Processo Punitivo (Promovido pela Administração para a Processo Punitivo (Promovido pela Administração para a imposição de penalidade por infração de lei, regulamento imposição de penalidade por infração de lei, regulamento ou contrato.ou contrato.

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Conceito:Conceito:

É o meio de apuração e punição de É o meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados funcional de determinados estabelecimentos da Administração.estabelecimentos da Administração.


Características:Características:

I.I. Baseia-se na supremacia especial que o Baseia-se na supremacia especial que o Estado mantém sobre todos aqueles que Estado mantém sobre todos aqueles que se vinculam a seus serviços ou se vinculam a seus serviços ou atividades, definitiva ou transitoriamente, atividades, definitiva ou transitoriamente, submetendo-se a sua disciplina;submetendo-se a sua disciplina;

II.II. É um processo punitivo;É um processo punitivo;III.III. É sempre necessário para a imposição de É sempre necessário para a imposição de

pena de demissão ao servidor estável;pena de demissão ao servidor estável;


Dúvidas:Dúvidas:

A pena de demissão é aplicável somente ao servidor estável?

As demais punições também dependerão de Processo Administrativo Disciplinar

para sua aplicação?


Ideia:Ideia:Qualquer penalidade, seja qual for, dependerá, para sua aplicação, de P.A.D., assegurada ampla defesa. Essa regra vale tanto para servidores estáveis, como para não estáveis.

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Características:Características:

I.I. Deve ser instaurado por portaria da Deve ser instaurado por portaria da autoridade competente;autoridade competente;

II.II. A comissão tem plena liberdade na A comissão tem plena liberdade na colheita de provas;colheita de provas;

III.III. É facultado ao indiciado ou ao seu É facultado ao indiciado ou ao seu advogado o exame dos autos na advogado o exame dos autos na repartição, para a apresentação da defesa repartição, para a apresentação da defesa e indicação de suas provas no prazo e indicação de suas provas no prazo regulamentar, possibilitando-lhe o regulamentar, possibilitando-lhe o acompanhamento de toda a instrução acompanhamento de toda a instrução (Due Process of Law – Devido Processo (Due Process of Law – Devido Processo Legal)Legal)



I.I. Concluída a instrução, a comissão Concluída a instrução, a comissão processante deverá relatar o apurado e processante deverá relatar o apurado e opinar pela absolvição ou punição do opinar pela absolvição ou punição do acusado, indicando, neste caso, os acusado, indicando, neste caso, os dispositivos infringidos, podendo dispositivos infringidos, podendo divergir da acusação inicial, sugerir a divergir da acusação inicial, sugerir a instauração de outros processos e instauração de outros processos e apontar providências complementares apontar providências complementares de interesse da Administração, desde de interesse da Administração, desde que o faça motivadamenteque o faça motivadamente


Características:Características:I.I. No julgamento a autoridade competente No julgamento a autoridade competente

deverá sempre fundamentar sua deverá sempre fundamentar sua decisão, com motivação própria ou decisão, com motivação própria ou adoção dos fundamentos do relatório, adoção dos fundamentos do relatório, tanto para a condenação quanto para a tanto para a condenação quanto para a absolvição. Permitido lhe é discordar do absolvição. Permitido lhe é discordar do parecer da comissão para impor pena parecer da comissão para impor pena não pedida, minorar, agravar ou excluir não pedida, minorar, agravar ou excluir a responsabilidade do acusado. O que a responsabilidade do acusado. O que não se admite é julgamento sem não se admite é julgamento sem fundamentação, ainda que sucinta.fundamentação, ainda que sucinta.



I.I. É permitido ao Poder Judiciário examinar o É permitido ao Poder Judiciário examinar o Processo Administrativo Disciplinar para Processo Administrativo Disciplinar para verificar se a sanção imposta é legítima e se a verificar se a sanção imposta é legítima e se a apuração da infração atendeu ao devido apuração da infração atendeu ao devido procedimento legal. O que se nega ao procedimento legal. O que se nega ao Judiciário é o poder de substituir ou modificar Judiciário é o poder de substituir ou modificar penalidade disciplinar a pretexto de fazer penalidade disciplinar a pretexto de fazer justiça, pois, ou a punição é legal, e deve ser justiça, pois, ou a punição é legal, e deve ser confirmada, ou é ilegal, e há que ser anulada. confirmada, ou é ilegal, e há que ser anulada. É inadmissível a substituição da É inadmissível a substituição da discricionariedade legítima do administrador discricionariedade legítima do administrador por arbítrio ilegítimo do juiz.por arbítrio ilegítimo do juiz.

SINDICÂNCIASINDICÂNCIA

Conceito:Conceito:

É o meio sumário de elucidação de É o meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para irregularidades no serviço para subsequente instauração de subsequente instauração de processo e punição do infrator.processo e punição do infrator.

Hely Lopes Hely Lopes MeirellesMeirelles

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOPROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

Conceito:Conceito:

É todo aquele que se destina à É todo aquele que se destina à determinação, exigência ou dispensa determinação, exigência ou dispensa do crédito fiscal, bem como à fixação do crédito fiscal, bem como à fixação do alcance de normas de tributação do alcance de normas de tributação em casos concretos, pelos órgãos em casos concretos, pelos órgãos competentes tributantes, ou à competentes tributantes, ou à imposição de penalidade ao imposição de penalidade ao contribuintecontribuinte

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOPROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

Nesse contexto, estão compreendidos todos Nesse contexto, estão compreendidos todos os procedimentos fiscais próprios, sob as os procedimentos fiscais próprios, sob as modalidades de modalidades de controlecontrole (processos de (processos de lançamento e de consulta), de lançamento e de consulta), de outorgaoutorga (processos de isenção) e de (processos de isenção) e de punição punição (processos por infração fiscal), sem se falar (processos por infração fiscal), sem se falar nos processos impróprios, que são as nos processos impróprios, que são as simples autuações simples autuações de expedientede expediente que que tramitam pelos órgãos tributantes e tramitam pelos órgãos tributantes e repartições arrecadadoras para a repartições arrecadadoras para a notificação do contribuinte, cadastramento notificação do contribuinte, cadastramento e outros atos complementares de interesse e outros atos complementares de interesse do fisco.do fisco.

responsabilidade civil do estado conceito – corresponde à obrigação de reparar danos causados a...

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