responsabilidade civil 13_10

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1 - DA CLAUSULA DE NÃO INDENIZAR - responsabilidade contratual - convenção – partes excluem o dever de indenizar, em caso de inadimplemento da obrigação. - não pode violar – princípios de ordem pública - art. 25 CDC Vulnerabilidade do consumidor - art. 424 CC, contrato de adesão - a clausula só deverá ser admitida quando as partes envolvidas guardarem entre si relação de igualdade, de forma que a exclusão do direito de reparação não traduza renuncia da parte mais fraca. 2 - DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA - nota distintiva – conduta do agente - conduta culposa violadora do direito – reparação – RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA - conduta violadora do direito sem que seja necessário investigar se houve ou não culpa – RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA Qual é a regra? Responsabilidade civil subjetiva – art. 927, CC E a exceção? Responsabilidade civil objetiva - previsão legal - teoria do risco: a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, prejuízo a outrem. DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA 1) Da Responsabilidade Civil do Estado - art. 37, § 6° da CF - casos omissivos e comissivos? Comissivos e omissivos qualificados - para a vítima é indiferente: DANO É DANO - Agentes Públicos – responsabilidade subjetiva

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Page 1: Responsabilidade Civil 13_10

1 - DA CLAUSULA DE NÃO INDENIZAR

- responsabilidade contratual

- convenção – partes excluem o dever de indenizar, em caso de inadimplemento da obrigação.

- não pode violar – princípios de ordem pública

- art. 25 CDC

Vulnerabilidade do consumidor

- art. 424 CC, contrato de adesão

- a clausula só deverá ser admitida quando as partes envolvidas guardarem entre si relação de igualdade, de forma que a exclusão do direito de reparação não traduza renuncia da parte mais fraca.

2 - DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA

- nota distintiva – conduta do agente

- conduta culposa violadora do direito – reparação – RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA

- conduta violadora do direito sem que seja necessário investigar se houve ou não culpa – RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Qual é a regra? Responsabilidade civil subjetiva – art. 927, CC

E a exceção? Responsabilidade civil objetiva

- previsão legal

- teoria do risco: a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, prejuízo a outrem.

DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

1) Da Responsabilidade Civil do Estado

- art. 37, § 6° da CF

- casos omissivos e comissivos? Comissivos e omissivos qualificados

- para a vítima é indiferente: DANO É DANO

- Agentes Públicos – responsabilidade subjetiva

Direito de regresso – Estado condenado – responsabilidade civil objetiva – regresso condicionado à existência da culpa

Prejudicado aciona diretamente o agente

Prazo prescricional – art. 206, § 3º, V do CC

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Jurisprudência – responsabilidade civil do Estado em caso de falha ou mais do serviço público

2) Responsabilidade por acidente do trabalho

Seguro de acidente do trabalho é verba indenizatória de natureza previdenciária concedida pela previdência social ao trabalhador vítima de infortunística do trabalho. A ação deve ser ajuizada em face do INSS e o trabalhador deverá provar o acidente e o dano, pois a responsabilidade da autarquia previdenciária é objetiva. (Lei n°8.213/91)

O nexo causal é chamado “nexo técnico epidemiológico” que deverá ser demonstrado ou não pelo INSS. O prazo para a propositura da ação é de 5 anos para receber a verba securitária.

Art. 7°, XXVIII da CF trata do direito do trabalhador a receber seguro em caso de acidente de trabalho. Cumulativamente a prestação securitária do INSS há incidência de indenização por parte do empregador que agiu com culpa infringindo norma trabalhista ou de medicina e segurança no trabalho, em razão dos danos sofridos pelo trabalhador. Nesse caso a responsabilidade será subjetiva – art.927, CC. Entretanto, surge aqui a teoria do risco na possibilidade da atividade econômica gerar risco maior de dano ao trabalhador nas atividades que envolvam material explosivo ou inflamável e atividades afins. Estaremos diante da responsabilidade objetiva. O prazo para propositura da ação é de 3 anos – art. 206, § 3°, CC.

NÃO SE COMPENSA A INDENIZAÇÃO DEVIDA PELO EXPLORADOR DA ATIVIDADE COM OS BENEFICIOS PREVIDENCIÁRIOS EVENTUALMENTE PERCEBIDOS, POR SEREM DIVERSOS OS SEUS FUNDAMENTOS.

3 - RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO

Nas relações consumeristas tem-se 3 requisitos: subjetivo (consumidor x fornecedor), objetivo (produtos e serviços) e finalístico (consumidor é o destinatário final). Os arts. 2° e 3° do CDC conceituam o consumidor, o fornecedor, o produto e o serviço. A regra, nas relações de consumo, é a responsabilidade civil objetiva, exceto se o dano for causado por profissional liberal, quando então a responsabilidade será subjetiva (art. 14, CDC).

O vicio do produto ou serviço relacionam-se com o mau funcionamento, com a disparidade de quantidade, ou qualidade. A solução é a substituição da coisa, devolução do dinheiro ou abatimento do preço (arts. 18, 19 e 20, CDC)

O fato do produto ou serviço relacionam-se com os danos causados ao consumidor, sejam eles materiais, morais ou estéticos (art. 12 a 14, CDC).

O art. 931 do CC também apresenta a responsabilidade objetiva nas relações de consumo.

O prazo prescricional para a reparação civil está previsto no art. 27 do CDC e é de 5 anos e tem natureza prescricional no caso do fato do produto.

No caso de vício, os prazos estão previstos no art. 26 do CDC e são decadenciais.

RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL

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4 - RESPONSABILIDADE CIVIL ENTRE CÔNJUGES

- é possível em caso de comportamento reprovável

- meras desavenças, animosidades, relacionamento extraconjugal não enseja indenização, precisam extrapolar a normalidade genérica.

- há possibilidade de indenização no caso de casamento putativo e diante de acusação infundada de adultério.

5 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS AMBIENTAIS

O meio ambiente é um bem jurídico essencial à vida, à saúde e à felicidade.

O dano ecológico é regido pela lei n° 6.938/91.

A responsabilidade civil é objetiva.

São legitimados a propor ação de responsabilidade civil e criminal os MPs da União e dos Estados através de ação civil pública.

Pelo principio do poluidor pagador, o causador do dano deve arcar com as despesas de repressão, reparação e prevenção da poluição provocada.

A responsabilidade é solidária.

6 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR USUCAPIÃO OU ESBULHO (PERDA DA POSSE MEDIANTE VIOLÊNCIA – ART. 952, CC)

No caso de pedido de reintegração de posse, o usurpador, mesmo ocorrendo caso fortuito ou força maior pelos danos causados na coisa, se for impossível restituir o bem, pagará o equivalente.

A indenização deverá abranger os lucros cessantes e danos emergentes. Habilita-se no caso de turbação.

7 - RESPONSABILIDADE POR OFENSA À HONRA

Honra é o conjunto de atributos morais, físicos, intelectuais e demais dotes da pessoa que é merecedora de apreço na vida em sociedade.

Honra pode ser subjetiva, que é o sentimento de cada um a respeito de si mesmo com o objetivo que é a reputação do indivíduo.

Injuria é a ofensa, ofensa subjetiva.

Calunia é a imputação de fato falso definida como crime.

Difamação é fato falso não definido como crime, esse não gera a honra subjetiva.

Honra é um direito da personalidade e sua violação gera reparação por danos morais e materiais.

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A pessoa jurídica só tem honra objetiva – art. 953, CC.

Caso o ofendido não possa provar o prejuízo, o juiz fixará o mandante.

8 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR OFENSA À LIBERDADE PESSOAL

Liberdade é um direito fundamental de conduzir-se de acordo com sua vontade, de modo a fazer ou não fazer tudo aquilo que o ordenamento jurídico permite ou não proíbe.

O parágrafo único do art. 954 do CC considera ato ofensivo o cárcere privado, a prisão por queixa ou denúncia falsa de má-fé e a prisão ilegal.

Danos morais e patrimoniais.

9 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR ACIDENTE DE TRÂNSITO

É responsabilidade civil extracontratual que trás presunção de culpa.

Abalroamento traseiro, deverá ser provado culpa exclusiva de terceiros ou da própria vítima.

10 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR HOMICÍDIOS

Direito à vida é constitucionalmente garantido, é o direito da personalidade.

A indenização em caso de homicídio está prevista no art. 948 do CC e engloba tratamento da vítima, funeral, luto da família.

Prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia.

Há entendimento do STF de que se deve pagar na proporção de 2/3 dos prováveis rendimentos, com a redução para 1/3 até o fim da vida.

Pode ser em prestação periódica.

Súmula 491 do STF: é indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho remunerado.

11 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS FÍSICOS

Trata-se de lesões corporais não se esquecendo dos danos estéticos, somente as lesões corporais graves que diminuam ou retirem da vítima capacidade laborativa.

Estão sujeitos a pensionamento vitalício, ensejam indenizações por dano moral e patrimonial – art. 950 do CC.

O pensionamento pode ser transitório e cessa com a recuperação da vítima.

12 - RESPONSABILIDADE CIVIL POR FATO DE TERCEIRO

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Caracteriza-se pela responsabilidade civil indireta.

Uma pessoa que não é causadora do dano, mas com esta guarda algum vínculo jurídico é chamada a responder.

Depende de previsão legal e tem por fim resguardar a vítima do dano.

Possível reparação – art. 932, 933 do CC.

Teremos 3 atores:

- dos pais, tutores e curadores: os tutores e curadores têm direito de regresso em relação aos curatelados e tutelados, os pais não.

- responsabilidade do empregador em relação aos empregados.

- dos estabelecimentos que respondem onerosamente pelos danos de seus hóspedes, albergue ou para fins de educação.

- responsabilidade de quem participar gratuitamente de produto de crime. No caso de coautoria, os coautores respondem solidariamente.

13 - RESPONSABILIDADE CIVIL PELA GUARDA DE COISAS INANIMADAS OU ANIMAIS

No caso dos animais a teoria é do guardião, respondem quem é o proprietário.

Art. 936 do CC, a responsabilidade é objetiva e para se eximir deverá provar culpa exclusiva da vítima ou força maior.

Casos inanimados, a responsabilidade civil é objetiva, responde pela ruina de todo ou parte do prédio o seu proprietário – art. 937 do CC.

Para responsabilizar o detentor ou possuidor, a vítima terá de fazer prova da culpa dele.

O habitante responde objetivamente pelos danos causados pelas coisas atiradas indevidamente do edifício – art. 938 do CC.

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