resenha de a casa edison e seu tempo

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Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=285022858010 Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Sistema de Información Científica Camila Koshiba Gonçalves Reseña de "A Casa Edison e seu tempo" de FRANCESCHI, Humberto M. Revista de História, núm. 149, diciembre, 2003, pp. 255-262, Universidade de São Paulo Brasil Como citar este artigo Fascículo completo Mais informações do artigo Site da revista Revista de História, ISSN (Versão impressa): 0034-8309 [email protected] Universidade de São Paulo Brasil www.redalyc.org Projeto acadêmico não lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto

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Revista de História, núm. 149, diciembre, 2003, pp. 255-262,Universidade de São PauloBrasil Como citar este artigo Fascículo completo Mais informações do artigo Site da revistaRevista de História,ISSN (Versão impressa): [email protected] de São PauloBrasilwww.redalyc.orgProjeto acadêmico não lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto

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  • Disponvel em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=285022858010

    Red de Revistas Cientficas de Amrica Latina, el Caribe, Espaa y PortugalSistema de Informacin Cientfica

    Camila Koshiba GonalvesResea de "A Casa Edison e seu tempo" de FRANCESCHI, Humberto M.

    Revista de Histria, nm. 149, diciembre, 2003, pp. 255-262,Universidade de So Paulo

    Brasil

    Como citar este artigo Fascculo completo Mais informaes do artigo Site da revista

    Revista de Histria,ISSN (Verso impressa): [email protected] de So PauloBrasil

    www.redalyc.orgProjeto acadmico no lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto

  • FRANCESCHI, Humberto M. A Casa Edison e seu tempo. Rio deJaneiro, Sarapu, 2002, 312 p.

    Camila Koshiba GonalvesMestranda em Histria Social FFLCH/USP

    livro do fotgrafo e colecionador Humberto Franceschi, A Casa Edison e seutempo, faz parte do projeto Cantares Brasileiros financiado pela Petrobrs, em par-ceria com o Instituto Moreira Salles (IMS) e com a gravadora Biscoito Fino. Essaparceria resultou em um belo trabalho de organizao, catalogao e digitalizaodo acervo de Franceschi, composto por 6 mil discos 78rpm, 5 mil fitas gravadas apartir de discos originais (que, somados, totalizam mais de 22.000 msicas), almde milhares de documentos escritos, partituras e fotografias que esto disponveisao pblico na sede do IMS, no Rio de Janeiro, desde 2002. Acompanham a edioquatro CDs, contendo cerca de 100 msicas, alm de cinco CD-Roms, com os docu-mentos e as partituras digitalizados. O livro vem, ainda, recheado de reprodues defotografias e documentos originais.

    A Casa Edison foi a primeira gravadora de discos 78rpm a se instalar na Amricado Sul, na cidade do Rio de Janeiro, e esteve em atividade entre os anos de 1902 a1932. O fato de a Casa ter registrado em discos tanto a produo musical do finaldo sculo XIX como a do incio do sculo XX, confere uma relevncia fundamentalao trabalho de catalogao e digitalizao do acervo de Franceschi. Estes registrossonoros e a documentao textual referente Casa so de importncia fundamentalpara o estudo da msica brasileira e dos meios de comunicao de massa no Brasil.

    No seria exagero dizer que h um silncio quase absoluto dos estudiosos comrelao s gravadoras de discos 78rpm no Brasil. Um dos perodos mais estudados

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    da msica brasileira os anos 30 no Rio de Janeiro , foi motivo de diversos traba-lhos, que utilizaram enfoques diversos e obtiveram diferentes resultados. Algunsautores esto, por exemplo, preocupados com as transformaes do samba (Sandroni2001); outros com a nacionalizao da cultura popular (Pedro 1982; Vianna 1999);outros ainda com o modernismo musical (Wisnik 1982; Naves 1998; Contier1988). Tais trabalhos, ainda que utilizem as gravaes de poca como pea funda-mental da anlise e admitam a importncia destes registros sonoros, no tm comoobjeto de estudo a gravadora em si: a gravao aparece como contribuio funda-mental para o estudo da msica brasileira, mas a gravadora no. Por outro lado, osautores que se preocuparam especificamente com a atuao e funcionamento daindstria fonogrfica, debruaram-se sobre o LP, que se consolida ao longo dos anos60 no Brasil e, portanto, contemplaram o perodo da Bossa Nova e do Tropicalismoem diante, delimitando o perodo de anlise a partir dessa dcada. (Dias 2000; Morelli1991; Paiano 1994).

    Sob esse ponto de vista, A Casa Edison... de Humberto Franceschi se apresentacomo um trabalho pioneiro. O autor aliou a anlise da produo musical da CasaEdison documentao deixada por Frederico Figner, seu proprietrio, que incluicontratos de cesso de direitos autorais, listas manuscritas de msicas gravadas, ano-taes diversas, notas biogrficas escritas pelo prprio Figner, dados sobre a Casae sobre o proprietrio encontrados na Junta Comercial do Rio de Janeiro, documentosreferentes s negociaes com as matrizes das gravadoras na Europa, entre outros.

    Com essa rica e indita documentao em mos, o autor procurou reconstituirmomentos importantes da existncia da Casa Edison e de seu proprietrio. FredFigner veio ao Brasil com a inteno de divulgar comercialmente a fantsticamquina falante. Aps perambular por diversas cidades, sair do pas e regressar aoBrasil com novas invenes, Figner fez sucesso com a divulgao do fongrafo,e acabou por fixar-se na capital do pas, abrindo loja para exibio paga do fongrafo.Sediados no Rio de Janeiro, a Casa Edison e Fred Figner passaram a exercer umimportante papel na gravao e distribuio de discos para o Brasil e para outrospases da Amrica do Sul. Isso durou pelo menos at 1927, quando a tecnologiadas gravaes eltricas fez com que a organizao das empresas fonogrficas fossecompletamente reformulada. Tal reformulao retirou a autonomia que Figner tevedurante mais de 20 anos e acabou por elimin-lo do mercado brasileiro em 1932.

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    Esse processo, alis, acompanhado com ateno por Franceschi, que, diga-se depassagem, v em Figner no s um fabricante ou comerciante de discos, mas tambmum preservador talvez at sem a inteno de uma msica brasileira genuna.Seu desaparecimento do mercado no incio da dcada de 30 visto como perda,talvez irreparvel, para a msica brasileira. Na opinio do autor, como veremosadiante, a msica nacional (positiva) est para a Casa Edison, assim como a in-fluncia estrangeira (negativa) est para a radiofonia.

    Figner, atravs de sua ltima gravadora a Parlophon ofereceu cidade do Riode Janeiro centenas de msicas; revelou compositores, instrumentistas e cantoresque deram incio fase de ouro da msica carioca. Foi seu ltimo legado.Aos 66 anos de idade, com 40 de gravao e venda de disco, lder do mercadode gravao e distribuidor exclusivo dos discos Odeon para todo o Brasil, Fignerpassou a ser, depois de perder a Odeon e a Parlophon, simples distribuidor. (...)Justamente ele, que tinha estabelecido no pas, com sede no Rio de Janeiro, aprimeira e maior rede nacional de comrcio a varejo de discos, aparelhos sono-ros e novidades industriais. (Franceschi 2002: 240)

    A riqueza da documentao utilizada por Franceschi se evidencia nas minuciosasdescries dos processos de fabricao do cilindro e do disco (acompanhadas, alis,por fotografias e desenhos). O desenvolvimento tecnolgico do aparelho leitor tam-bm acompanhado de perto pelo autor, que descreve os tin-foil fongrafos depapel de estanho, cujos cilindros no podiam ser removidos , passando pelos fon-grafos de exibio precursores das juke-boxes dos anos 40 , chegando at o gra-mofone de Berliner. Essas descries tornam-se interessantes pois formam o panode fundo da disputa tecnolgica entre as empresas fonogrficas em busca de mer-cados consumidores.

    O livro de Humberto Franceschi pode inspirar trabalhos mais aprofundados, umavez que A Casa Edison..., por conta da documentao que apresenta, instiga o estu-dioso a estabelecer outros recortes e abordagens. A capital paulista, por exemplo,foi a nica cidade que abrigou gravadoras denominadas emprezas nacionais pelaPhono-Arte, a primeira revista brasileira do phonographo (Cf. Phono-Arte, 15/01/1929, p.25). Estas empresas, embora tenham atuado em So Paulo por poucotempo (sete anos, no mximo), gravaram e venderam fonogramas especificamente

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    para o mercado paulista. Este apenas um, dos muitos exemplos que podem sercitados e demonstra a necessidade de estudos mais minuciosos a respeito da atuaodessas empresas no pas.

    Contudo, os objetivos mais amplos de Franceschi indicam uma outra direo.Segundo o autor, seu trabalho procura resgatar o desenvolvimento musical e his-trico da msica carioca em todas as suas formas de expresso, tanto populares comoeruditas, procurando assinalar gneros como indicadores de caminhos(Franceschi 2002). Para isso, o autor lana mo da histria da modinha, do lundu,do choro, do maxixe, do samba, da marcha e da msica dos ranchos, das grandessociedades carnavalescas e dos cordes, gneros musicais existentes no Rio de Ja-neiro, desde fins do sculo XIX. O livro parece dividir-se, portanto, em duas partes,que alternam-se na seqncia dos captulos. Franceschi trata, por exemplo, da im-plantao da Casa Edison (captulos 1, 2, 3 e 4) e a seguir conta um pouco a respeitoda modinha e do lundu (captulo 5); trata do primeiro disco fabricado no Brasil (cap-tulo 18), da rede de distribuio da Casa Edison (captulo 21), para em seguida tratardo carnaval carioca (captulo 22). Ao contar a histria dos gneros musicais, o autorsugere, durante o texto, que o leitor escute uma faixa de um dos CDs que acompa-nham o livro. A escuta deliciosa, e vale mais a pena do que o texto em si, querepete muitas das idias de autores j bastante conhecidos, como Jota Efeg, (Efeg1982), Jos Ramos Tinhoro (Tinhoro 1972; Tinhoro s/d). As informaes refe-rentes s msicas indicadas no corpo do texto encontram-se ao final do livro, nondice das Ilustraes Musicais, que est organizado pelo ttulo da msica, no pelafaixa ou pelas pginas do livro. Ao leitor, resta olhar ttulo por ttulo para saber qualmsica est ouvindo. Alm disso, o autor no fornece indicao de datas de lana-mento ou da gravao das msicas contidas nos CDs. Mesmo que esta seja umatarefa difcil para quem lida com gravaes 78rpm, uma datao, mesmo que apro-ximada, poderia ter sido includa.

    A transformao destes gneros musicais no passou, portanto, despercebida peloautor. Ainda que sejam poucas as referncias que Franceschi faz radiofonia quatroou cinco aluses durante as trezentas pginas do livro fica claro que, para ele, o principalagente dessa transformao foi o rdio. Quando toca nesse assunto, alis, o autor mostraum profundo desconforto diante da atuao do rdio, pois ele permitiu a difuso damsica norte-americana, das big-bands, e de tudo o mais que no fosse nosso:

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    Com o desenvolvimento do complexo radiofnico nos anos 30, 40 e 50, atin-gindo todo o territrio nacional, com grande quantidade de msicas estrangei-ras (...) desestabilizaram-se os ncleos regionais, de expresso muito forte masmuito concentrada, que no tiveram meios de defesa para enfrentar a novidadeque os invadia e os arrasava, nas casas e nas praas, de forma irreversvel.Dentre todos os malefcios causados [pelo rdio] nossa msica, o maior, eirreparvel, foi a substituio, ou melhor, a troca deliberada dos instrumentosde percusso por metais, feita com todo o poder da Rdio Nacional durante ofinal da dcada de 30 e por todos os anos 40 e 50. Aparentemente com preten-ses sinfnicas, na realidade, implantava o modelo das orquestras meldicasnorte-americanas e quebrava o cerne de nossa msica, que era o ritmo,notadamente a percusso. (Franceschi 2002: 197)

    Conseqentemente,

    A estrutura de composio fsica das orquestras para execuo de msica po-pular vinha pronta dos Estados Unidos (...). [e] tornou-se (...) domnio culturalarrasador at o que se constata hoje. E nenhum pas escapou (...); apenas peque-nos refres, repetidos exausto, fazem, atualmente, a base do mundo musicaldos pases subdesenvolvidos, como o nosso, que possua riqueza musical de cria-tividade incomparvel. (Idem, p. 197, grifo meu)

    E Franceschi no encontra sada para o problema:

    As transformaes operadas e desenvolvidas pela Rdio Nacional no forampor acaso. (...) tudo passou a ser jovem, (...) tudo nivelado por baixo. E o merca-do massificado cada vez mais crescendo, globalizando-se. A msica foi a gran-de arma dessa transformao, de comportamento e de costumes. (...). Atualmente(...), convencionou-se que os msicos interpretem, individualmente suas partese, no final, um produtor, reunindo todos os momentos gravados e selecionando-os segundo critrios tecnolgicos, ou at mesmo pessoais, monta o produto fi-nal. No deixa de ser um critrio. Mas o improviso criativo, trazido pelo dilogomusical, este no existir jamais. (Idem p.295)Nos anos 50 [a msica brasileira] aboleirou-se. Nos anos 60, bossanovou-se.Nos anos 70, tropicalizou-se. Nos anos 80 rockou-se. Nos anos 90, funkou-se.Na virada deste sculo, nada mais encontrou-se. (Idem p.09)

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    Uma das formas de compreender esse desconforto do autor diante dastransformaes da msica brasileira seria admitir que o autor trabalha com opressuposto de que h uma msica brasileira nossa, original, encontrada porele no incio do sculo XX no Rio de Janeiro Pixinguinha, por exemplo, seria omaior msico brasileiro de todos os tempos. (Idem p.191). Esse pressuposto nosajuda a explicar tambm os motivos pelos quais o autor acompanha a trajetria deFigner e da Casa Edison sempre ligada transformao dos gneros musicais: asduas esferas conjugadas valorizam a atividade de Figner (o repertrio das modinhasestaria completamente perdido se no tivessem havido as gravaes da Casa Edison.Id., p.68 ou Nas primeiras dcadas do sculo XX [o lundu] teve todas as suas formasgravadas em discos Odeon da Casa Edison., Id. p.71); valorizam tambm a msicacarioca do incio do sculo, que, na sua opinio, foi sensvel o suficiente para captartodas as transformaes que se operavam na sociedade carioca (Nos primeiros anosdo sculo XX, o Rio de Janeiro passou por verdadeira onda de reformas (...). Todasbem humoradamente registradas pelo cancioneiro popular e documentadas em disco,especialmente nos Odeon da Casa Edison. Id. p.129). Talvez fosse mais interessantecaminhar num outro sentido e visualizar a msica brasileira e a atuao da CasaEdison num plano mais amplo, inserindo-as no contexto do desenvolvimento dosmeios de comunicao de massa no Brasil e no desenvolvimento da msica urbanade massas. (Wisnik 1982; Schwarz 1997).

    Certamente, os prximos estudos sobre a Casa Edison (ou sobre a msicabrasileira em geral) aproveitar-se-o de todo o caminho j percorrido por HumbertoFranceschi, no apenas no que se refere ao texto de A Casa Edison e seu tempo,mas principalmente pela organizao e acesso a seu valioso acervo. Qualquer umque tenha tentado resgatar a histria da msica brasileira deparou-se com a falta deorganizao dos acervos pblicos (quando h dados nesses acervos...), ou com osparcos recursos tecnolgicos disponveis para audio ou reproduo dos originais.Por sua vez, os donos dos acervos privados tm informaes suficientes para saberque o setor pblico no trataria as suas colees com muito zelo (basta lembrarmoso que ocorreu com o acervo de Micio Caff, doado ao Museu da Imagem e doSom de So Paulo).

    No caso do acervo de Humberto Franceschi, seus fonogramas passaram porprocessos de restaurao e remoo de chiados, sem, no entanto, distorcer o contedo

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    original da gravao. Isso somente foi possvel graas ao desenvolvimento deprocessos digitais, coincidentemente, produto da tecnologia mecnica da gravaoem cilindros original da qual ele mesmo trata. Seus documentos escritos foramdigitalizados e ele prprio quem chama a ateno do leitor para a novidade: osfotoCDs so elementos-chave de renovao no processo de coleta de dados, deinformao histrica e documental. (...) Porque um simples CD pode conter milharesde documentos passveis de serem impressos exatamente como o original (...) e,em pouco tempo, poder-se- dispor de arquivos inteiros e partes de bibliotecas nagaveta da mesa do computador. E em fonte primria. (FRANCESCHI, p.11) Defato, a digitalizao uma importante contribuio da tecnologia ao trabalho depreservao do documento e facilita o trabalho do pesquisador. Mas s vivel sehouver investimentos relativamente altos.

    Fragmentos da memria da msica brasileira foram preservados por HumbertoFranceschi e, agora, disponibilizados ao pblico pelo IMS/Petrobrs. Vale lembrar que omesmo IMS adquiriu o acervo do pesquisador Jos Ramos Tinhoro e promete ao pblico,em breve, um novo e importante trabalho de organizao, catalogao e digitalizao deseu acervo... Motivos de sobra para comemorar. Mas tambm para refletir.

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    anos 60. Dissertao de Mestrado apresentada Escola de Comunicaes e Artes daUSP, So Paulo, 1994, 241p.

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    PEDRO, Antonio. Samba da Legitimidade. Dissertao de mestrado apresentada aoDepartamento de Histria da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas daUniversidade de So Paulo, 1982, 157p.

    SANDRONI, Carlos. Feitio Decente. Transformaes do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro, Jorge Zahar/UFRJ, 2001, 158p.

    SCHWARZ, Roberto. Nacional por Subtrao in Que horas so? So Paulo, Cia. dasLetras, 1997.

    TINHORO, Jos Ramos. Msica Popular. Teatro e Cinema. Petrpolis. Vozes, 1972, 284p.. Pequena Histria da Msica Popular. So Paulo, Crculo do Livro, s/d.

    VIANNA, Hermano. O Mistrio do Samba. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor/EditoraUFRJ, 1999, 193p.

    WISNIK, Jos Miguel. Getlio da Paixo Cearense (Villa-Lobos e o Estado Novo) in ONacional e o Popular na Cultura Brasileira. Msica. SQUEFF, Enio e WISNIK, JosMiguel. So Paulo, Editora Brasiliense, 1982, pp.129-191.