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Identidade Cultural na Pós-Modernidade (Stuart Hall) No livro Stuart Hall nos diz sobre o que e a identidade e como ele se correlaciona com todas as possibilidades oferecidas dentro da perspectiva do mundo pós moderno. Na primeira parte do livro ele se dedica a falar sobre a questão do que realmente vem a ser a “Identidade”, se e algo concreto ou subjetivo, descritível ou não. Stuart Hall afirma que em sua teoria não existe apenas uma identidade capaz de qualificar um sujeito, mas que cada um individuo possui diversas formas de se compreender como parte integrante da sociedade, nisso ele também diz sobre os grupos, crenças, religião, raças, e o qual se pertence a cada uma um individuo seleto de vários grupos distintos, mas existe uma importante dentre essas discussões, de acordo com Stuart Hall, que e âmbito de cultura nacional. Nesse sentido fica mais fácil perceber que para o autor identidade não e apenas um substantivos que possui uma imagem denotativa mas algo mais complexo. Se aprofundando mais no livro percebemos que ele passa três concepções de identidade, desde o sujeito do iluminismo, que tinha certeza de seu lugar determinado, como individuo centrado nos seus saberes, em arranjo com a posição das classes na sociedade e com deus, passando pelo sujeito sociológico que e aquele que teve maior capacidade critica diante do que ele e imposto ate com o sujeito pós -moderno que não tem identidade fixa e muda constantemente. Hall explora ainda a questão do que é modernidade, para definir também o que é esse sentimento e fato de pós-modernidade. Ele também explana sobre a questão dessa chamada modernidade nos países que não tiveram parte significante na revolução industrial, e por isso tiveram uma modernidade tardia. Dessa forma, ele volta aos vários conceitos aplicados à palavra “globalização” para discutir seus ínfimos significados e seus impactos sobre as identidades culturais. Em outras palavras, ele discorre sobre o Imperialismo cultural, decorrente de formas físicas e

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Identidade Cultural na Pós-Modernidade (Stuart Hall)

No livro Stuart Hall nos diz sobre o que e a identidade e como ele se correlaciona com todas as possibilidades oferecidas dentro da perspectiva do mundo pós moderno. Na primeira parte do livro ele se dedica a falar sobre a questão do que realmente vem a ser a “Identidade”, se e algo concreto ou subjetivo, descritível ou não. Stuart Hall afirma que em sua teoria não existe apenas uma identidade capaz de qualificar um sujeito, mas que cada um individuo possui diversas formas de se compreender como parte integrante da sociedade, nisso ele também diz sobre os grupos, crenças, religião, raças, e o qual se pertence a cada uma um individuo seleto de vários grupos distintos, mas existe uma importante dentre essas discussões, de acordo com Stuart Hall, que e âmbito de cultura nacional. Nesse sentido fica mais fácil perceber que para o autor identidade não e apenas um substantivos que possui uma imagem denotativa mas algo mais complexo. Se aprofundando mais no livro percebemos que ele passa três concepções de identidade, desde o sujeito do iluminismo, que tinha certeza de seu lugar determinado, como individuo centrado nos seus saberes, em arranjo com a posição das classes na sociedade e com deus, passando pelo sujeito sociológico que e aquele que teve maior capacidade critica diante do que ele e imposto ate com o sujeito pós -moderno que não tem identidade fixa e muda constantemente. Hall explora ainda a questão do que é modernidade, para definir também o que é esse sentimento e fato de pós-modernidade. Ele também explana sobre a questão dessa chamada modernidade nos países que não tiveram parte significante na revolução industrial, e por isso tiveram uma modernidade tardia. Dessa forma, ele volta aos vários conceitos aplicados à palavra “globalização” para discutir seus ínfimos significados e seus impactos sobre as identidades culturais. Em outras palavras, ele discorre sobre o Imperialismo cultural, decorrente de formas físicas e políticas de imposição causadas por esses processos de dependência financeira e tecnológica, principalmente. É como se a sociedade moderna fosse um inteiro formado por inúmeras outras partes que não se relacionam necessariamente entre si, formando uma rede complexa de correlações, instituídas por cada um desses indivíduos complexos que se organizam de forma também complexa, dentro de suas comunidades por interesses afins. Além disso, pelos processos impositórios, há também relações de forças exteriores que agem sobre determinadas comunidades, por questões diversas, como política, economia ou intolerância religiosa. A partir de então Stuart Hall começa a caracterizar as ações humanas e suas implicações a partir da premissa de que há modificação sobre a sociedade. Desde quando o humanismo reinou certo sobre o mundo ocidental, e Deus deixou de ser o centro universal, o ser humano tomou esse posto de pilar central. Entretanto, com o advento da pós-modernidade, houve a chamada descentração do indivíduo. Por causa de toda descontinuidade de identidades formadoras do “eu”, há uma quebra com esse paradigma de um ser humano detentor de auto-conhecimento capaz de colocá-lo em um pedestal de conforto. À medida que o indivíduo começa a conviver mais com a sociedade, ele passa a compreendê-la melhor e adquire maiores habilidades que o capacitam a criticá-la e a discernir de uma melhor forma seus componentes. Nesse sentido, quando o ser humano passa a conviver dentro

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de um ambiente completamente urbano, como uma metrópole, e é forçado a se relacionar com os mais diversos tipos de pessoas, seja por quais situações forem, ele acaba sendo absorvido por esse todo, e se torna parte dele. É aqui que o sujeito iluminista é totalmente desmentido, pois se admite que alguns poderes tentam controlar a formação da identidade. Sendo que, essa identidade é composta durante toda a vida, ou seja, o processo é sempre contínuo, não há formas de haver um conceituamento concreto. Dentro dessa rede de correlações, é perceptível também que essas homogeneizações interferem na cultura global, mas também na cultura local, graças à exportação de cultura. Hall exemplifica com um das polarizações mais notáveis atualmente, o Oriente versus o Ocidente, que se modificou a partir do momento que houve correntes imigratórias. Por um outro lado, outros processos foram instaurados, como a xenofobia, causada por causa da diversidade cultural dentro de um mesmo território, que constrói estereótipos preconceituosos. Além disso, é preciso compreender que dentro de uma mesma cultura há indivíduos diferentes, e com a imigração, essas pessoas transferem-se para outras culturas e acabam por formar novas culturas. Hall pontua dois pontos essenciais dentro dessa discussão. O primeiro é a respeito das trocas culturais que sempre acontecem de formas distintas para cada um dos dois pólos. E a segunda é sobre o fato de que com um pólo hegemônico, as outras culturas tornam-se periféricas; e mesmo que haja um poder centralizador, existem trocas entre os pontos periféricos. Stuart Hall finaliza discutindo questões como o sincretismo, que nada mais é do que a fusão de várias culturas que contribuem para formar uma única cultura. Para o autor, essa busca por uma cultura pura é pré-requisito para instaurar uma tirania. Dessa forma, ele também permeia uma explanação sobre o fundamentalismo, ou extremismo, que se estabelece principalmente em países pobres, por que esses são mais vulneráveis política e economicamente. O autor afirma que nesse caso os desvios causados pela globalização são alimentados pelo ocidente, mas ao mesmo tempo, e contraditoriamente, o ocidente se descentraliza. Hall conclui que o nacionalismo e a rotulação de etnia seriam formas arcaicas de apego, uma forma de o indivíduo se caracterizar como parte da sociedade de uma forma que cause mais conforto.

Antropologia e Imagem ( Andrea Barbosa e Edgar Teodoro da Cunha)

No livro Antropologia e Imagem ele nos remete a pensar sobre a disciplina antropológica na area da imagem cinema e video . todas elas guardam um pouco das facetas da longa discussao acerca desse assunto a imagem como uma questao de metodos, a imagem e pensada como artefato culturalpois e passivel de se transformar em objeto da antropologia; a linguagem audiovisual como um caminho possivel para elaboraçao e divulgaçao dos resultados de pesquisa, constituindo se em alternativa a etnografia classica, e ainda a utilizaçao do debate em torno da imagem, realizada em qualquer um desses cassos como subsidio para uma discussao epistemologica da pratica antropologica.

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mas o livro tem um objetivo de criar um percuso de contato e interlocuçlao entre a antropologia e a produçao de imagen. tratando de fazer uma discurssao sobre a elaboraçao do conhecimento antropologico e universo da imagem; Assim mostrando um novo ponto de vista visando a criaçao de varias pertes para discurssao, para Fazer as pessoas discutir sobre a introduçao da imagem no campo da antropologia. A antropologia e imagem teve seu primeiro encontro em historia de construlao da linguagfem fotografica . houve meios de aproximaçoes ao longo da historia deles, mas ela expressaram formas de ver e construir problemas de uma maneira facil, embora a construçao da noçao de "medida humana" e de sua importancia para a reflexao sobre o mundo e a vida remetem que a antiguidade classica e descriçao de diferentes povos e grupos com quais os gregos se relacionavam ja estivessem pressene na hobra de herodoto, aristoteles e Xenofontes, A antropologia como campo de produçao que depois se transformara em disciplina cientifica, e uma criaçao do humanismo do seculo XVIII, um momento bastante especifico da historisa do pensamento preocupando se com a sistemastizaçao racional do conhecimento humano sobre diversas areas, incluindo o proprio homem em sua vida em sociedade. Nesse momento tornava se importante sistematizar o conhecimento sobre os outros nao europeus distantes no espaço mas simbolicamente proximos o bastante para serem considerados ameaçadores.O livro tambem apresenta o pensamento filosofico humanista do seculo XVIII e como construiu uma nova noçao de alteridade enquanto a percepçao das diferenças enfatizando as semelhanças. a Alteridade e marcada pela busca de uma origem da humanidade cuja memoria se perdeu ha muito por questoes externas ao proprio homem mas que de alguma maneira esses homens poderiam fazer relembrar oque era.

Estetica (Kathrin H. Rosenfield)

O livro nos leva a pequenas perguntas sobre nos mesmo e a sociedade em si com coisas simples de facil explicaçao; A estética surgiu como disciplina quando a arte (e a natureza) ainda pareciam fontes privilegiadas de sabedoria e conhecimento ético. Esse horizonte, no entanto, mudou nos últimos duzentos anos, com a afirmação do pensamento científico e tecnológico. Nesse livro, a autora toma como base as idéias de pensadores como Aristóteles, Platão, Kant e Hegel e apresenta os conceitos fundamentais da estética e os problemas que eles colocam hoje. "A palavra "estética" vem do grego aísthesis, que significa sensação, sentimento. Diferentemente da poética, que já parte de gênero artísticos constituídos, a estética analisa o complexo das sensações e dos sentimentos, investiga sua integração nas atividades físicas e menttais do homem, debruçando-se sobre as produções (artísticas ou não) da sensibilidade, com o fim de determinar suas relações com o conhecimento, a razão e a ética. A questão básica proposta pelo termo gira em torno do problema do gosto: nossos juízos de valor e preferências quanto às coisas sensíves são meramente subjetivos e arbitrários? As regras de gosto seriam meras convenços, normas impostas pela autoridade de grupos ou indivíduos? Ou haveria no gosto um elemento racional ou uma capacidade autônoma de perceber e julgar?" relevante para uma visao da experiência estética como atividade

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autônoma. Por onde começar? A maioria dos manuais de estetica parte (consciente ou inconscientemente) de um pressuposto empírico e instrumental compartilhado com as histórias da arte. Supõe-se que haveria uma “origem” da arte: os restos arqueológicos de instrumentos e obras (por exemplo, pinturas rupestres) pré-históricos comprovariam interesses ou finalidades praticas dessas produções “artísticas”. Nessa visao, a experiência estética e a arte não teriam um estatuto autônomo, e sim preencheriam urna função determinada por necessidades alheias 51 arte, No entanto, e facil conceberque, independentemente da oposição da função instrumental e do estatuto “desinteressado” ou estético dos objetos pré-históricos, existem e sempre existiram formas efômeras de experiencia estética. Qual seria a “funçao” de gestos e sons ritmados, por exemplo? Eles servem a um "interesse”, preenchem finalidades predeterminadas? Ou constituem uma ordenação simultaneamente estética e lógica? Não seriam essas realidades sensíveis antes os elementos básicos, a linguagem e a matriz, por assim dizer, que deram origem 21 cultura? É verdade que, nas culturas arcaicas, é difícil distinguir entre os aspectos utilitarios e os estéticos: duas pontas de flecha encontradas num túmulo, delicadamente esculpidas em zigata e cristal, representariam “utensílios” de caça ou objetos “belos” que dignificam os restos mortais da pessoa enterrada? Os canais de irrigação e as pirâmides no planalto boliviano são meros dispositivos tecnológicos ou obras-primas da escultura? Mencionamos esses exemplos apenas para mostrar como a coisa estetica e a tecnológica,o objeto sensível e sua dimensão outra (transcendente ou ontológica), se confundem inextricavelmente.Durante muitos milênios, a história da arte se confundiu com a história da cultura, as coisas belas estavam integradas aos cultos religiosos, políticos e sociais, as práticas da vida cotidiana e as técnicas que sustentavam a sobrevivência ou a conquista do espaço vital.

Sociedade de Consumo (Livia Barbosa)

Sociedade de consumo é um dos inúmeros rótulos utilizados por intelectuais, acadêmicos, jornalistas e profissionais de marketing para se referir à sociedade contemporânea. Ao contrário de termos como sociedade pós›moderna, pós-industrial e pósfiluminista _ que sinalizam para 0 fim ou ultrapassagem de uma época sociedade de consumo, à semelhança das expressões sociedade da informação, do conhecimento, do espetaculo, de capitalismo desorganizado e de risco, Entre outras, remete 0 leitor para uma determinada dimensão, percebida como especifica e, portanto,definidora, para alguns, das sociedades contemporâneas. ntretanto, no caso do termo sociedade de consumo a dimensão singularizada do consumo traz alguns embaraços conceituais. Consumir, seja para fins de satisfação de “nescessidades basicas” e/ou “superfluas” duas categorias básicas de entendimento da atividade de consumo nas sociedades ocidentais contemporâneas 7 é uma atividade presente em toda e qualquer sociedade humana. Nesse sentido, uma questão se impõe de imediato: se todas as sociedades humanas consomem para poderem se reproduzirfísica e socialmente, se todas manipulam artefatos e objetos da cultura material para fins simbólicos de diferenciação, atribuição de status, pertencimento e gratificação individual, o que significa consumo no rótulo de sociedade de consumo? Ele sinaliza para algum tipo de consumo particular ou para um tipo de sociedade específica com arranjos institucionais, princípios classificatórios e valores particulares? A resposta para essa questão é: as duas coisas simultaneamente,

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dependendo da abordagem teorica utilizada. Ou seja, para alguns autores, a sociedade de consumo é aquela que pode ser definida por um tipo específico de consumo,o consumo de signo ou commodity sign, como é o caso de Iean Baudrillard em seu livro A sociedade de consumo. Para outros a sociedade de consumo englobaria caracteristicas sociologicas para além do comrrzodity sign, como consumo de massas c para as massas, alta taxa de consumo e de descarte de mercadorias per capita, presença da moda, sociedade de mercado, sentimento permanente de insaciabilidade e o consumidor como um de seus principais personagens sociais. Entretanto, uma definição do que é sociedade de consumo não e simples, ao contrário. O termo sociedade de consumo vem freqüentemente associado a outros conceitos como sociedade de consumidores, cultura de consumo,cultura de consumidores e consumismo, que são, na maioria das vezes, usados como sinônimos uns dos outros. Embora esses termos designem dimensões da realidade muitopróximas uma das outras, como cultura e sociedade, o que Sociedade de consumo torna difícil falar sobre uma sem avançar na outra, do ponto de vista analítico é possivel e desejável que se diferencie sociedade de consumo e de consumidores de cultura do consumo e de consumidores por duas razões. Primeiro, quando utilizamos cultura do consumo e/ou sociedade de consumo estamos enfatizando esferas da vida social e arranjos institucionais que não se encontram, na pratica, uniformemente combinados entre si, podendo ser encontrados desvinculados uns dos outros. Isto significa que algumas sociedades podem ser sociedades de mercado, terem instituições que privilegiam o consumidor e os seus direitos mas que, do ponto de vista cultural, o consumo não e utilizado como a principal forma de reprodução nem de diferenciação social, e variáveis como sexo, idade, grupo étnico e status ainda desempenham um papel importante naquilo que é usado e consumido. Ou seja, a escolha da identidade e do estilo de vida não é um ato individual e arbitrário, como alguns autores o interpretam no contexto das sociedades ocidentais contemporâneas. A sociedade indiana seria um bom exemplo dessa disjunção entre sociedade e cultura de consumo. Nela, a religião desempenha um papel importante nos tipos de alimentos que podem ser consumidos, nos critérios de poluição que estruturam as diferentes práticas de preparação e ingestão dos mesmos e na escolha dos cônjuges, uma tarefa deixada a cargo dos pais na ausência de uma ideologia do amor romântico, que o relacione diretamente a casamento e vida em comum. Paralelamente a essas lógicas e praticas culturais que afetam diretamente o direito de escolha individual, extremamente valorizado nas culturas de consumidores de algumas sociedades ocidentais, existe uma intensa econoinia de mercado e instituições que procuram proteger o “freguês”, lançando mão de princípios tanto tradicionais,baseados em um código moral, corno de institucionais modernos, baseados em codigojurídico e legal, expresso nanoção de direitos do consumidor. Origina-se dessa disjunção a necessidade de pensarmos sobre sociedades e culturasde consumo ou sobre etnografias de sociedades e culturas de consumo.Segundo, devemos ter clara a distinção entre sociedade e cultura porque, para muitos autores como Frederic Jameson, Zygman Bauman, Iean Baudrillard e outros - a cultura do consumo ou dos consumidores e a cultura da sociedade pós-moderna, e o conjunto de questões discutidas sob esse rótulo e bastante específico. Ele inclui a relação íntima e quase causal entre consumo, estilo de vida, reprodução social e identidade, a autonomia da esfera cultural, a estetização e comoditização da realidade, o signo como mercadoria e um conjunto de atributos negativos atribuído ao consumo tais como: perda de autenticidade das relações sociais, materialismo e superficialidade, entre outros. Por outro lado, autores como Don Slater, Daniel Miller, Grant McCracl<en, Colin Campbell, Pierre Bourdieu e Mary Douglas, por exemplo, abordam a sociedade de

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consumo ou consumo a partir de temas que não são considerados pela discussão pós-moderna mas nem por isso são menos importantes. Aliás, muito pelo contrário, esses autores investigam o consumo sob perspectivas altamente relevantes, tais É Sociedade de consumo como: quais as razões que levam as pessoas a consumirem determinados tipos de bens, em determinadas circunstâncias e maneiras? Qual o significado e importância do consumo como um processo que media relações e práticassociais, as relações das pessoas com a cultura material e o impacto desta na vida social? Qual o papel da cultura inaterial no desenvolvimento da subjetividade humana? É possível a elaboração de uma teoria sobre consumo que de conta de todas as suas modalidades? Em suma, esses autores investigam como o consumo se conecta com outras esferas da experiência humana e em que medida ele funciona como uma “janela” para o entendimento de múltiplos processossociais e culturais. Esses dois tipos de abordagem e de autores que estudam a sociedade e a cultura de consumo diferenciam se entre si, também, pelo embasamento empírico das suas respectivas argumentações. No caso dos autores que discutem a cultura do consumo como a cultura da sociedade pós-moderiia ou do capitalismo tardio a crítica social sobressai-se em relação à fundamentação empírica e sociológica. A sociedade parece emergir de um conjunto de suposições sobre a cultura eontemporânea que são toma das como dados e quase nunca desafiadas criticamente. Dai a quase total ausência da visão dos agentes sociais sobre os seus próprios atos e uma postura teorica universalizante sobre o significado e o papel do consumo na vida cotidiana das pessoas, que não distingue tipos de consumo, grupos sociais e os múltiplos significados da atividade de consumir.