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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes – DNIT Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Sul Elaboração de projeto executivo de restauração da Ponte Internacional Barão de Mauá, sobre o Rio Jaguarão, na Rodovia BR-116/RS Rodovia: 116/RS Trecho: Div. SC/RS (Rio Pelotas) – Jaguarão (Fronteira Brasil/Uruguai) Subtrecho: Entr. RS-602 (p/Arroio Grande) – Jaguarão (Fronteira BR/UR) Segmento: km 661 Extensão: 590m Código do PNV: 116BRS3450 Lote: 0 PROJETO EXECUTIVO Volume 3 – Memória Justificativa TOMO C – Memorial Descritivo de Intervenções Arquitetônicas MAIO/2013

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transpo rtes – DNIT

Superintendência Regional no Estado do Rio Grande d o Sul

Elaboração de projeto executivo de restauração da Ponte Internacional Barão de Mauá, sobre o Rio Jaguarão, na Rodovia BR-116/RS

Rodovia: 116/RS

Trecho: Div. SC/RS (Rio Pelotas) – Jaguarão (Fronteira Brasil/Uruguai)

Subtrecho: Entr. RS-602 (p/Arroio Grande) – Jaguarão (Fronteira BR/UR)

Segmento: km 661

Extensão: 590m

Código do PNV: 116BRS3450

Lote: 0

PROJETO EXECUTIVO

Volume 3 – Memória Justificativa

TOMO C – Memorial Descritivo de Intervenções Arquitetônicas

MAIO/2013

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transpo rtes – DNIT

Superintendência Regional no Estado do Rio Grande d o Sul

Elaboração de projeto executivo de restauração da Ponte Internacional Barão de Mauá, sobre o Rio Jaguarão, na Rodovia BR-116/RS

Rodovia: 116/RS

Trecho: Div. SC/RS (Rio Pelotas) – Jaguarão (Fronteiro Brasil/Uruguai)

Subtrecho: Entr. RS-602 (p/Arroio Grande) – Jaguarão (Fronteira BR/UR)

Segmento: km 661

Extensão: 590m

Código do PNV: 116BRS3450

Lote: 0

Supervisão e Coordenação Geral de Desenvolvimento e Projetos/DPP/DNIT

Fiscalização: Superintendência Regional do Rio Grande do Sul

Contrato: 496/2009

Processo: 50600.002850/2007-36

Edital: 0328/2008-00

PROJETO EXECUTIVO

Volume 3 – Memória Justificativa

TOMO C – Memorial Descritivo de Intervenções Arquitetônicas

MAIO/2013

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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VOLUME 3 – MEMÓRIA

JUSTIFICATIVA

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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TOMO C – MEMORIAL DESCRITIVO

DE INTERVENÇÕES

ARQUITETÔNICAS

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................4

1. APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................................5

2. LOCALIZAÇÃO E MAPA DE SITUAÇÃO .......................................................................................7

DIAGNÓSTICO ARQUITETÔNICO .........................................................................................................8

3. DIAGNÓSTICO ARQUITETÔNICO ................................................................................................9

3.1. Considerações Iniciais .........................................................................................................9

3.2. Projeto de intervenção .........................................................................................................9

4. PONTE BARÃO DE MAUÁ .......................................................................................................... 15

4.1. Situação atual ................................................................................................................... 15

4.2. Análise do conjunto arquitetônico formado pelos torreões do lado brasileiro .................. 22

4.2.1. Frontarias .......................................................................................................... 24

4.2.2. Interior das torres .............................................................................................. 57

4.3. Análise do conjunto arquitetônico formado pelos torreões do lado uruguaio................... 88

4.3.1. Frontarias .......................................................................................................... 90

4.3.2. Interior das torres ............................................................................................ 113

4.4. Iluminação externa .......................................................................................................... 146

4.5. Especificações Técnicas ................................................................................................ 147

4.6. Resumo de Quantitativos das Intervenções nos Torreões ............................................. 151

ANEXO (RELATÓRIOS DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO DAS AMOSTRAS DE PARTES DAS EDIFICAÇÕES QUE COMPÕEM A PONTE) ..................................................................................... 154

5. TERMO DE ENCERRAMENTO ................................................................................................. 163

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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APRESENTAÇÃO

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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1. APRESENTAÇÃO

Este volume contém o Volume 3 Tomo C do Projeto Executivo de Engenharia para Recuperação, Reforço e Reabilitação da Ponte Rodoviária na BR-116/RS referente ao Processo n° 50600.002850/2007-36.

Os estudos foram desenvolvidos pelo consórcio entre as empresas Azambuja Engenharia e Geotecnia Ltda e Patrimonium Arquitetura e Restauro Ltda.

Este relatório contém os estudos realizados na seguinte Obra de Arte Especial:

• Rodovia: BR-116/RS

• Trecho: DIV SC/RS (RIO PELOTAS) – JAGUARÃO (FRONTEIRA BR/UR);

• Subtrecho: Ponte Barão do Mauá

• Fronteira BR/UR entr RS-602 (p/Arroio Grande) – Jaguarão;

• Km 661,0

• Código do PNV: 116BRS3450

Os principais elementos e datas de referência do referido contrato são os seguintes:

• Jurisdição: Superintendência Nacional de Infraestrutura de Transportes

• Contrato nº: 496/2009

• Data da Assinatura: 22/09/2009

• Data da publicação no DOU: 25/09/2009

Esse relatório é apresentado em seis volumes dividido em dezoito Tomos.

Assim, o presente Projeto Executivo possui a seguinte estrutura:

• Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentação para Concorrência,

o Tomo A – Considerações gerais do projeto

o Tomo B – Orçamento geral

• Volume 2 – Projeto de Execução da obra,

o Tomo A – Reconstituição do Projeto, Cadastro de Patologias, Plano de Trabalho e Detalhes,

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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o Tomo B – Detalhamento arquitetônico;

• Volume 3 – Memória Justificativa,

o Tomo A – Estudos Realizados,

o Tomo B – Projetos Estruturais e de Intervenções,

o Tomo C - Memorial Descritivo de Intervenções Arquitetônicas,

o Tomo D – Memória de Quantidades e Orçamento (1/3),

o Tomo E – Memória de Quantidades e Orçamento (2/3),

o Tomo F – Memória de Quantidades e Orçamento (3/3),

o Tomo G – Anexos;

• Volume 3B – Memória de Cálculo das estruturas;

• Volume 3E – Relatório Final de avaliação Ambiental;

• Volume 4 – Orçamento e Plano de Execução da obra

o Tomo A – Orçamento e Plano de Execução da Obra (1/5),

o Tomo B – Orçamento e Plano de Execução da obra (2/5);

o Tomo C – Orçamento e Plano de Execução da obra (3/5).

o Tomo D – Orçamento e Plano de Execução da obra (4/5)

o Tomo E – Orçamento e Plano de Execução da Obra (5/5)

Porto Alegre, Maio de 2013.

Eng. Eduardo Azambuja Coordenador Geral do Consórcio

Azambuja Engenharia e Geotecnia Patrimonium Arquitetura e Restauro

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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2. LOCALIZAÇÃO E MAPA DE SITUAÇÃO

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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DIAGNÓSTICO ARQUITETÔNICO

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

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3. DIAGNÓSTICO ARQUITETÔNICO

3.1. Considerações Iniciais

A Ponte Internacional Barão de Mauá por tratar-se de uma edificação de interesse de preservação da memória histórico-cultural está elevada à categoria de monumento.

De acordo com Olívio Gouvea Filho em “Do Patrimônio Cultural” podem-se considerar monumentos os bens isolados que apresentem excepcional valor histórico, arqueológico ou documental. Em alguns casos torna-se difícil fazer a distinção entre o monumento e o sítio onde se insere; o monumento pode ser considerado como componente do próprio sítio. Os monumentos, considerados isoladamente, compreendem os exemplares de arquitetura civil, religiosa e militar e as construções comemorativas. Serão também considerados como bens culturais fragmentos significativos ou ruínas desses exemplares.

Assim sendo, o projeto de restauro desta edificação requer uma abordagem diferenciada e especializada levando em consideração a metodologia e os parâmetros que consolidam os conceitos, normas e preceitos que orientam a preservação do patrimônio protegido.

Para tanto, constituiu-se este consórcio que associa os conhecimentos das áreas de engenharia e arquitetura para fazer frente a esta tarefa multidisciplinar.

Deste modo, ficam delegadas as questões relativas ao campo da engenharia à parte da edificação que compreende a ponte propriamente dita, ao passo que as construções destinadas ao uso das aduanas (torreões e sotéias) são o objeto primordial dos interesses do campo da arquitetura.

Esta separação de categorias, no entanto, não implica em tratos estanques e dissociados uma vez que o monumento é único e indivisível. A abordagem se dá, portanto, considerando os aspectos de ambos os pontos de vistas (engenharia e arquitetura), com o objetivo do melhoramento e resgate historio de estrutura.

3.2. Projeto de intervenção

Compreende-se por Projeto de Intervenção no Patrimônio Edificado, o conjunto de elementos necessários e suficientes para execução das ações destinadas a prolongar o tempo de vida de uma determinada edificação ou conjunto de edificações, englobando os conceitos de restauração, manutenção, estabilização, reabilitação entre outros. Cada um destes conceitos corresponde a um tipo de intervenção, cuja determinação depende, principalmente, do estado de conservação do bem.

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Segundo o “Manual de elaboração de projetos de preservação do Patrimônio Cultural” (Ministério da Cultura, Instituto do Programa Monumenta) o restauro é o conjunto de operações destinadas a restabelecer a unidade da edificação, relativa à concepção original ou intervenções significativas na sua história. O restauro deve ser baseado em análises e levantamentos inquestionáveis e a execução deve permitir a distinção entre original e intervenção.

Já a Manutenção, segundo o “Manual de elaboração de projetos de preservação do Patrimônio Cultural” (Ministério da Cultura, Instituto do Programa Monumenta) é o conjunto de operações preventivas destinadas a manter, principalmente, a edificação em bom funcionamento e uso. São exemplos: inspeções rotineiras, limpeza diária e periódica, pinturas, imunizações, reposições entre outras.

A estabilização é o conjunto de operações destinadas a manter a integridade estrutural em parte ou no todo da edificação. (“Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio Cultural” / Brasil, Ministério da Cultura, Instituto do Programa Monumenta, Cadernos Técnicos).

Ainda segundo o “Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio Cultural” (Ministério da Cultura, Instituto do Programa Monumenta) a reabilitação é o conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diversos daquele para o qual foi concebido.

Deste modo, os procedimentos necessários e específicos, bem como, a tomada de informações indispensáveis à elaboração de um projeto de restauro devem seguir as diretrizes, orientações e a sistematização preconizada pelos órgãos de proteção da área, a fim de determinar com precisão o grau e tipo de interferência adequado.

Assim sendo, adotamos como fio condutor deste projeto as orientações contidas no “Manual de elaboração de projetos de preservação do patrimônio cultural” Cadernos Técnicos / Instituto do Programa Monumenta / Ministério da Cultura / Brasil.

Deste modo, desenvolvemos o fluxograma que aparece na figura que mapeia estrutura e coordena as atividades que estão sendo levadas a cabo.

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Figura 3.1 – Fluxograma do projeto de restauro.

Concomitante a esta abordagem levou-se em consideração, ainda, as recomendações da Legislação Nacional e Internacional dedicadas a esta atividade, tais como:

• Carta de Atenas / 1933.

• Decreto Lei nº. 25 / 1936.

• Decreto Lei nº. 3.866 / 1941.

• Constituição dos Estados Unidos do Brasil / 1946.

• Decreto Lei nº. 8.534 / 1946.

• Recomendações de Nova Delhi / 1956.

• Lei dos Sambaquis / 1961.

• Recomendações de Paris – Paisagens e Sítios - Recomendações Relativas a Salvaguarda da Beleza e do Carácter das Paisagens e Sítios / 1962.

• Carta de Veneza / 1964.

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• Lei nº. 4.845 / 1965.

• Decreto nº. 58.054 / 1966.

• Normas de Quito / 1967.

• Constituição Federal / 1967.

• Recomendações sobre a Conservação dos Bens Culturais Ameaçados pela execução de Obras Públicas ou Privadas / 1968.

• Emenda Constitucional nº. 1 - Art. nº. 180 / 1969.

• Compromisso de Brasília / 1970.

• Decreto Lei nº. 66.967 / 1970.

• II Encontro de Governadores para Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do Brasil / 1970.

• Carta do Restauro / 1972.

• Declaração de Estocolmo / 1972.

• Convenção sobre a salvaguarda do Patrimônio Mundial, Cuyltural e Natural / 1972.

• Decreto Lei nº. 72.312 / 1973.

• Resolução de São Domingos / 1974.

• Carta Europeia do Patrimônio Arquitetônico / 1975.

• Declaração de Amsterdã / 1975.

• Decreto Lei nº. 6.292 / 1975.

• Recomendação Relativa à Salvaguarda dos Conjuntos Históricos e sua Função na Vida Contemporânea / 1976.

• Carta de Machu Picchu / 1977.

• Decreto Lei nº. 84.198 / 1979.

• Lei nº. 84.198 / 1979.

• Carta de Burra / 1980.

• Decreto Lei nº. 84.396.

• Carta de Florença / 1981.

• Declaração de Nairobi / 1982.

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• Declaração de Tlaxcala / 1982.

• Declaração do México / 1985.

• Carta de Washington / 1986.

• Carta de Petrópolis / 1987.

• Constituição Federal do Brasil / 1988.

• Carta de Cabo Frio / 1989.

• Carta do Rio de Janeiro / 1992.

• Carta de Brasília / 1995.

• Carta de Fortaleza / 1997.

• Decreto Lei nº. 3.551 / 2000.

Diante desta compilação podem-se destacar as questões relativas aos critérios de intervenção, preconizando assim, qual estratégia de ação se utilizará dos critérios abaixo descritos e conceituados.

a) Autenticidade

Será observada a manutenção da originalidade de todos os elementos constituintes do monumento, mesmo os que sofreram intervenção ao longo da existência da edificação.

Os critérios de intervenção deverão ainda considerar que, quando for constatado que houve substituição, sobreposição, adição e/ou subtração de materiais originais, os mesmos sejam recolocados segundo os critérios aqui estabelecidos.

As intervenções serão restaurativas, respeitando as intenções originais de projeto e execução.

b) Reversibilidade

Todas as intervenções deverão ter caráter de reversão da técnica empregada sem prejuízo ao artefato tratado. A reversibilidade pressupõe que no futuro havendo solução mais adequada tecnologicamente seja possível a sua aplicação sem prejuízo do material original.

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c) Contemporaneidade

As propostas de novas intervenções deverão trazer a marca do seu tempo para que fique claramente percebível a datação e não se confunda com os aspectos originais da época.

d) Diferenciação

As intervenções serão feitas respeitando os critérios de diferenciação entre os elementos antigos e novos, evidenciando o não pertencimento da interferência nova aos elementos originais, buscando soluções não miméticas.

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4. PONTE BARÃO DE MAUÁ

4.1. Situação atual

A Ponte Internacional Barão de Mauá, ao longo da sua existência tem sofrido além dos desgastes naturais causados pelo tempo, degradações e, principalmente, descaracterizações provocadas pela ação humana no uso equivocado de seus espaços, ou seja, na ocupação desordenada e sem critérios de preservação na apropriação deste prédio histórico.

Deste modo, em maior ou em menor grau, dependendo do trecho analisado, vários elementos de influência significativa foram suprimidos, escondidos, danificados ou simplesmente substituídos, e ainda, acrescentados (edículas1 e passadiços) descaracterizando e sacrificando sobremaneira a leitura arquitetônica original da obra.

(a) (b)

(c)

Figura 4.1 – (a) Construção de edículas e passadiço s contemporâneos; (b) Fechamento de arcadas com inserção de edícula; c) Alterações nas aberturas.

1 Construção complementar à edificação principal, sem comunicação com esta e em menor porte. Em habitações antigas servia como sanitário.

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(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.2 - (a) Alterações de vãos originais; (b) Inserções contemporâneas; (c) Inserção de aberturas e aparelhos de ar condicionado; (d) Fecha mento de arcadas

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(a)

(b) (c)

Figura 4.3 – (a) Sobreposição de pisos contemporâne os; (b) Iluminação fixada a frontaria; (c) Inserção de nova escada.

Cabe reconhecer que alguns dos elementos em mal estado de conservação tiveram seu processo de degradação acelerados não só pelo descaso e/ou desconhecimento técnico na conservação, mas também, por defeitos de projeto, bastante evidentes, que requerem medidas de correção.

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(a)

(b) (c)

Figura 4.4 - Vedação inadequada das aberturas.

Com relação ao entorno urbano junto às margens de ambos os lados do rio, se observa uma clara desorganização provocada pela ocupação não planificada e sazonal, e ainda, muito suscetível aos humores econômicos e suas implicações imediatas junto às regiões de fronteira.

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(a) (b)

Figura 4.5 - Comércio informal junto aos acessos da ponte.

A falta de infraestrutura e equipamentos urbanos básicos contribui na manutenção dos baixos padrões urbanísticos deste entorno, que a presença da singular obra monumental de forte apelo cultural e turístico representado pela ponte, não consegue, por si só, valorizar.

(a) (b)

Figura 4.6 - Tratamento do entorno urbanístico desq ualificado ou nulo.

Inserido nesta área e dialogando muito proximamente com a ponte, percebe-se, ainda, um conjunto formado por outras edificações também de importante interesse de preservação patrimonial, porem, em acelerado processo de degradação e desconectados entre si neste rico contexto a ser explorado, como a antiga alfândega2, no lado uruguaio e a casa de câmara e cadeia3 do lado brasileiro.

2 De origem árabe (ad-dīwān), significa aduana "registro", "escritório"; repartição governamental oficial de controle do movimento de entradas e saídas de mercadorias para o exterior ou dele provenientes, responsável, inclusive, pela cobrança dos tributos pertinentes. 3 Edificação erguida no período colonial para atender as necessidades de serviços administrativos, judiciais, penitenciários e religiosos. Geralmente compunham-se de duas partes distintas: a câmara e a cadeia. A câmara compreendia compartimentos destinados aos serviços camarários e judiciais. A cadeia atendia os compartimentos destinados à prisão. Quase sempre, a área de construção destinada à cadeia era maior que a reservada à câmara. Em geral tem dois pavimentos. O maior ou menor desenvolvimento de seu programa dependia da importância ou dos recursos materiais dos municípios onde se encontravam. Freqüentemente situava-se em lugar de destaque, constituindo-se de uma das edificações prioritária e de referência urbana.

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(a) (b)

Figura 4.7 – Antiga edificação da alfândega uruguai a.

(a) (b)

Figura 4.8 – Antiga casa de câmara e cadeia do lado brasileiro.

A fora isso, a flora e fauna ribeirinhas associadas às amplas e variadas perspectivas visuais deste contexto formado por rio e cidades umbilicadas pela ponte, exemplo de adequação e boa arquitetura que se integra perfeita e harmoniosamente a paisagem local, oferecem graciosamente condições únicas a necessária valorização deste espaço.

(a) (b)

Figura 4.9 – Vistas em planos gerais das cercanias da ponte.

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Nesse sentido, embora que timidamente, observam-se algumas ações de melhoramentos urbanos de qualificação destes espaços públicos, como é o caso das obras junto à bifurcação dos acessos a ponte na margem do rio no lado uruguaio; e do lado brasileiro, a construção de borda de contenção da margem do rio e a praça e pavimentação no lado Oeste da ponte.

(a) (b)

Figura 4.10 - (a) Parque de estacionamento da área comercial uruguaia; (b) Cais de contenção e praça no lado brasileiro

Concluindo esta introdução, a sinopse acima tem a intenção de permitir uma breve visão panorâmica da situação diagnosticada ao longo dos levantamentos realizados junto ao entorno urbano e a ponte, tanto na margem do lado brasileiro como no lado uruguaio do Rio Jaguarão. Assim, pode-se rapidamente ter uma visão geral dos principais problemas de conservação que refletem a contrapartida das necessidades de intervenção, sejam elas relacionadas ao projeto, ou seja, as patologias encontradas na ponte propriamente dita, como também, as que dizem respeito às iniciativas dos poderes públicos municipais, como é o caso das citações feitas com relação ao entorno urbano imediato ao redor da ponte e cabeceiras do rio.

Nas páginas seguintes, desenvolve-se o detalhamento esquemático do diagnóstico e prognóstico das patologias observadas junto aos torreões4, galerias5 e sotéias6 das edificações que formam o conjunto arquitetônico da ponte.

4 Torre larga e não muito alta frequentemente situada nos ângulos da construção integrada no corpo principal da edificação. 5 Compartimento amplo e alongado de pé direito alto ladeado por grandes aberturas, edificado ao rés do chão e característico de prédios públicos de escala magnânima. 6 Terraço descoberto, mirante, que forma a cobertura de uma parte da edificação.

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4.2. Análise do conjunto arquitetônico formado pe los torreões do lado brasileiro

Para descrever as edificações que constituem os prédios fiscais, serão utilizadas orientações e terminologias que podem ser esclarecidas a partir das Plantas Baixas esquemáticas que aparecem nas Figura 4.11 e Figura 4.12.

Figura 4.11 – Planta baixa esquemática do pavimento térreo do lado brasileiro.

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Figura 4.12 – Planta baixa esquemática do pavimento superior do lado brasileiro.

Figura 4.13 – Corte esquemático da edificação a Oes te no lado brasileiro com as orientações utilizadas no texto a seguir

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Figura 4.14 – Corte esquemático da edificação ao No rte no lado brasileiro com as orientações utilizadas no texto a seguir

4.2.1. Frontarias

As frontarias Nordeste da galeria e das torres Oeste/Sul e Sudoeste da galeria e das torres Norte/Leste apresentam fissuras generalizadas ao longo dos panos e fraturas junto às arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento

de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

Há presença de elementos estranhos a frontaria como luminárias contemporâneas que não se harmonizam com o trato original, bem como suportes de ornamentos móveis (bandeiras) e placas de identificação e homenagens em material de fácil degradação (ferro sem tratamento à corrosão) que provocam manchas irrecuperáveis à frontaria.

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(a) (b)

Figura 4.15 – (a) Frontaria Nordeste das torres Oes te/Sul; (b) Frontaria Sudoeste das torres Norte/Leste

Identificam-se, claramente, emendas junto ao revestimento devido à abertura do mesmo para inserção de tubulações recobertas com argamassas distintas da composição do traço original. Cabe ressaltar que o revestimento em questão não permite recomposição contemporânea sem deixar evidências (cicatrizes/testemunhos), devido à diferença de tempo de exposição ao sol, entre o antigo e o novo reboco; além da dificuldade de obtenção de um traço idêntico ao original em composição e granulometria7.

Observam-se, ainda, indícios da presença de fungos com penetração no substrato do revestimento, principalmente junto às reentrâncias das frontarias, balaustradas8 dos guarda-corpos das sotéias e no embasamento9 junto aos passeios públicos. Esta patologia evidencia a permeabilidade do revestimento original nesta área, uma vez que, a presença de umidade no substrato do revestimento potencializa a proliferação fúngica observada.

7 Ver análise laboratorial em anexo. 8 Anteparas de proteção, apoio e ornamentação usadas sob peitoris. 9 Parte inferior da construção, situada ao nível do chão, formando uma base saliente, neste caso, emoldurada, composta de base, dado (saliências verticais) e cornija (frisos em forma de peito de pomba em uma ou mais sucessão de aplicações).

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(a) (b)

Figura 4.16 – (a) Fissuras, emendas e presença de f ungos; (b) Soleiras de madeira sobre as originais em pedra

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento.

As aberturas externas destas frontarias apresentam alteração na altura das portas devido à inserção de soleiras em madeira, sobrepostas à original, para compensar a altura do piso interno, também de madeira, sobreposto ao de ladrilhos hidráulicos, também originais. Assim, a base das portas foi cortada para absorver a menor altura do vão. Soma-se a isso, a pouca altura entre o passeio público (alterado) e as soleiras originais das portas de acesso dispostas nestas frontarias. Como consequência observa-se que há penetração de água da chuva entre as soleiras originais e as sobrepostas contemporaneamente fazendo com que haja penetração de umidade entre os pisos originais e sobrepostos e, ainda, entre as soleiras de madeira e as folhas das portas.

As janelas dos torreões Oeste e Sul, voltadas para a frontaria Nordeste, bem como, dos torreões Norte e Leste, voltadas para a frontaria Sudoeste, apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, diante do rigor dos ventos. Este sistema não permite uma barreira muito eficiente na estanqueidade das aberturas, uma vez que, as águas que passam pelos batentes externos dos marcos não encontram mais limitações e resistência a sua entrada. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos10

dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais.

10 Formação pulverulenta de coloração variável (massa de esporos coloridos). Manchadores: ascomicetos e deuteromicetos que provocam coloração (azul-cinza), com manchas de formas e tamanhos variáveis. Podridão mole: ascomicetos e deuteromicetos que desenvolvem hifas no interior das paredes secundárias das células da madeira. Camada superficial escurecida que, quando úmida, fica amolecida e é facilmente removível. Podridão parda: basidiomicetos (nutrem-se de hidratos de carbono e lignina) produzem manchas escurecidas cor pardo-escuras. Podridão branca: removem o hidrato de carbono e a lignina. A madeira torna-se clara e macia.

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(a) (b)

Figura 4.17 – (a) Penetração de umidade entre os pi sos originais e contemporâneos; (b) Soleiras sobrepostas e as folhas de portas.

Assim sendo, como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada dos pontos de iluminação contemporâneos embutidos nos revestimentos, bem como, de todos os suportes de adereços decorativos.

Recuperação das partes faltantes e/ou em desagregação do revestimento com argamassa11 elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo).

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem12 propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica13 com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme indicação de cor da amostra recolhida junto às áreas mais protegidas do intemperismo, portanto, mais conservadas (aba de projeção do telhado dos torreões). Desta forma é possível dar uma aparência homogênea na cor da frontaria, uma vez que, não

11 Material aglutinante constituído por um aglomerante, um agregado miúdo e água, se apresentando, quando imediatamente preparado, como uma massa de consistência plástica que como tempo endurece. Existem vários tipos de argamassa. A composição dos materiais na argamassa e a dosagem destes variam comumente de acordo com o seu uso. A cal, o cimento, o barro e mais raramente o gesso são utilizados como aglomerante. A areia, o saibro e o pó de pedra são utilizados como agregados miúdos. A identificação da argamassa é feita através das proporções entre seus constituintes, o traço. Eventualmente, aos componentes da argamassa são adicionados corantes, impermeabilizantes, aditivos, isolantes e condutores elétricos, a fim de melhorar algumas de suas propriedades ou dar a esta características especiais. A preparação da argamassa é geralmente feita no canteiro de obras. Pode ser preparada manual ou mecanicamente. A qualidade da argamassa depende em grande parte da sua preparação (amassamento). Quando usada para ligar materiais, é também chamada liame. Ligar, revestir ou tapar com argamassa é chamado de argamassar. A superfície com acabamento em argamassa é chamada argamassada. 12 Vinte e um dias após o termino completo da atividade descontado os dias de chuva ou com teor de umidade relativa do ar igual ou acima de 90%. 13 Resina acrílica é um composto orgânico proveniente de matérias primas obtidas da destilação do petróleo, e derivada do ácido acrílico (CH2 = CH — COOH).

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havendo cobertura pictórica o revestimento sempre evidenciará as marcas das intervenções contemporâneas ensejadas.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.18 – Prospecção dos revestimentos externos com recolhimento de amostras para análises laboratoriais.

Remoção das soleiras contemporâneas de madeira e nivelamento dos meios-fios e passeios públicos, recuperando a altura e funcionalidade das soleiras originais, em pedra de granito rosa (extraído na região de Pedro Osório/RS com corte a talhadeira e acabamento apicoado) nas dimensões necessárias aos vãos.

Substituição das portas, que tiveram suas bases cortadas, por portas que recuperem a altura original dos vãos. No entanto, sugere-se a modificação do sistema de abertura dos vãos destas portas, de folhas que originalmente se abrem

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para dentro, pelo sistema que mantendo o mesmo desenho e dimensões, as façam abrir no sentido contrário, para fora. A justificativa para adoção desta inversão se deve ao fato de que a exposição destes grandes vãos ao intemperismo considerável da região, pressupõe a adoção de medidas radicais para melhorar a “performance” de estanqueidade das aberturas, cujo sistema atual comprovadamente não obteve a eficiência desejável. Além disso, com o sistema de abertura para o exterior, resolve-se o problema de facilitação das rotas de fuga em possíveis situações de emergência.

Figura 4.19 – Área de prospecção do residual mais í ntegro do capeamento pictórico do

revestimento externo

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, invertida para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas apresentadas.

Todas as aberturas a serem substituídas devem ser equipadas com as ferragens originais existentes. As ferragens atualmente faltantes nas esquadrias existentes ou não originais devem ser repostas nas novas aberturas seguindo a tipologia e morfologia das originais, conforme as indicações das plantas e planilhas.

As novas aberturas deverão ser produzidas em peças de iguais dimensões as originais em madeiras ditas “duras” (Ipê14, Itaúba15 ou Grápia16) com tratamento

14 Ipê é a designação comum de diversas árvores do gênero Tabebuía da família Bignoniaceae, notável por sua beleza e pela ampla distribuição geográfica. Possui várias espécies, com várias cores de floração: Ipê Amarelo, que inclui Ipê-amarelo-da-serra, ipê-amarelo-do-cerrado, ipê-mamona e outros (T. Alba, T. ochracea, T. serratifolia, T. umbellata, T. vellosoi); Ipê-roxo ou ipê-roxo-da-mata (Tabebuia avellanedae); Ipê-amarelo-do-serrado, caroba-do-campo, craibeira (T. caraíba); Ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê-amarelo-paulista (Tabebuia chrysotricha). 15 Itaúba (Ocotea megaphylla) é uma árvore da família das lauráceas, nativa do Brasil (especialmente dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Possuem folhas grandes e coriáceas, flores pálidas em panículas e frutos bacáceos, a madeira é utilizada na construção civil e naval. Também chamada de “nuva”.

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preventivo a futuros ataques biológicos através do emprego de inseticidas a base de Deltramethrina, Xilamon-tr, Acquatermit RF ou outro cupinicida17 de comprovada eficácia, durabilidade de suas propriedades físico-químicas, baixa combustibilidade e boa aceitação de camadas pictóricas de sobreposição.

(a) (b)

Figura 4.20 – Prospecções das camadas de cores apli cadas junto às esquadrias.

(a) (b)

Figura 4.21 – (a) Frontaria principal do pórtico do lado brasileiro; (b) Frontaria posterior do pórtico do lado brasileiro.

A pintura destas madeiras deverá seguir a indicação de cor dada pela prospecção pictórica feita junto às aberturas. Assim, sobre base de fundo para

16 Grápia (Apuleia leiocarpa) também recebe as denominações de Garapa, Grapiapunha, Amarelinho e Garapeira. É uma árvore com 25 a 30m de altura e diâmetro de 60 a 100 cm. Seu tronco cilíndrico é um pouco tortuoso, fino, duro, de cor pardo-amarelada que se desprende em placas finas. Possui cerne bege-amarelado ou amarelo levemente rosado até róseo-acastanhado, uniforme; alburno branco-amarelado, superfície lisa, lustrosa, de textura media; cheiro e gosto imperceptíveis. Ocorre nas matas pluviais do Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai. Na região amazônica verifica-se a presença de uma variedade dessa espécie (A. lejocarpa) que é denominada de Muiraluba ou Barajuba. 17 De base de naftenato de zinco: São produtos inseticidas e fungicidas, penetrantes e tóxicos contendo, entre outros componentes, naftenato de zinco, pentaclorofenol, Dieldrin, solventes alifáticos e aromáticos, parafina clorada e resinas sintéticas impermeabilizantes. De base de alcatrão: São produtos contendo alcatrão de hulha (piche) e de madeira (creosoto), além de sais fungicidas e inseticidas.

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madeira, indica-se tinta esmalte18 a base água na cor marrom acetinada aplicada pelo sistema “air less”19. Deverão ser consideradas três demãos de tinta antes da montagem e colocação das esquadrias e uma final de acabamento após o término da etapa. A mesma recomendação é sugerida para as aberturas remanescentes.

A vidraçaria devera ser nova e seguir as normas20 atuais para vidros lisos e translúcidos.

A estrutura porticada que une as frontarias Sudoeste e Nordeste através das torres Norte e Oeste no lado brasileiro do acesso a ponte, apresenta intensa presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento.

Esta patologia evidencia a permeabilidade do revestimento original nesta área, uma vez que, a presença de umidade no substrato do revestimento potencializa a proliferação fúngica observada.

Como consequência, observamos fissuras generalizadas do revestimento em toda a extensão do pórtico incluindo o acrotério21, o frontão22 abaixo que recebe o enquadramento de cercadura23 emoldurada e, ainda, o lacrimal24 em forma de friso do arqueamento inferior.

No interior do enquadramento emoldurado vê-se a presença de inúmeros grampos metálicos incrustados no revestimento, possivelmente ali colocados para a fixação de algum elemento institucional (placa alusiva ou comemorativa a iniciativa da construção da ponte) que não foi, até o momento, possível identificar.

Como intervenção de restauro, sugere-se a completa remoção da argamassa de revestimento do pórtico, tanto na sua frontaria principal como posterior, não sem antes modelar em fôrma de madeira com berço de silicone todos os aspectos decorativos que compõem a estrutura porticada (cimalhas25, frisos26 e molduras27). Além de promover a remoção destes elementos originais do modo mais íntegro possível para posterior consulta aos mesmos, quanto a dados de medições e posterior conservação museológica destas bases originais da modelagem, deverá ser criteriosamente mapeada a grade de frisados dos panos de revestimentos lisos

18 Produto à base de resina alquídica, pigmentos orgânicos e inorgânicos, aditivos específicos, hidrocarbonetos alifáticos e pequena fração de aromáticos. 19 Sistema por pressão, com pistola específica e recipiente, servindo e facilitando a aplicação em exteriores e interiores de tinta à base de água. Diminui a perda de produto durante a aplicação e permite a obtenção de camadas mais consistentes, espessas e homogêneas com deposição e penetração em todos os pontos da superfície. 20 EB92/55; NBR 7199; NBR 11706 e NBR 7210. 21 Elemento decorativo que coroa o frontão do pórtico. 22 Elemento de coroamento e arremate do pórtico destacado por elevações dentadas e curvilíneas. 23 Moldura ou arremate decorativo que contorna e forma o quadro em destaque no frontão do pórtico. 24 Cimalha inferior da arqueação do pórtico dotada de frisos em forma de peito de pomba que servem para evitar a precipitação (gotejamento) das águas da chuva que escorrem pelos frisos até os apoios do arco. 25 Arremate emoldurado formando saliências na superfície. 26 Faixa não muito larga, disposta no sentido horizontal e vertical. 27 Superfície saliente ou reentrante, estreita e alongada, que serve de arremate e ornamentação possibilitando criar efeitos de sombra e luz.

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e/ou tridimensionais. Em síntese, deverá ser dado trato de anastilose28 no revestimento dos pórticos sem, no entanto, promover sua posterior reintegração como preconiza o termo.

A reintegração do revestimento, bem como dos elementos ornamentais, deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – Norma BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

Figura 4.22 – Vista em detalhe da ornamentação do p órtico de acesso a ponte.

28 Trato que impõe uma restauração escrupulosa, com a recolocação nos seus lugares dos elementos originais encontrados (anastilose), cada vez que o caso o permita; os materiais novos necessários a esse trabalho deverão ser sempre reconhecíveis. «in Carta de Atenas - Outubro de 1931 - Escritório Internacional dos Museus - Sociedade das Nações»

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(a) (b)

Figura 4.23 – (a) Frontaria Noroeste da torre Norte no lado brasileiro; (b) Frontaria Noroeste da torre Oeste no lado brasileiro.

As frontarias Noroeste das torres Norte e Oeste do lado brasileiro apresentam fissuras ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos. Junto às escadarias de ambos os lados observa-se pontos críticos com relação ao descolamento, fratura e perda do revestimento causado pela movimentação diferenciada entre a rampa de acesso a ponte, as torres e as escadarias, o que pode ser observado através das rachaduras de trabalho demarcadas no piso onde estas estruturas se encontram.

(a) (b)

Figura 4.24 – (a) Danos ao revestimento junto à esc adaria da torre Sul; (b) Danos ao revestimento junto à escadaria da torre Norte.

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Há presença de elementos estranhos a frontaria como luminárias contemporâneas sobre as vergas das janelas nas bases das torres que não se harmonizam com o trato original.

Em ambos os lados existem aberturas não originais nas paredes utilizadas para a instalação de aparelhos de ar condicionado de janela.

No rés do chão da torre Norte há um vão fechado por gradil metálico, não original, que permite acesso ao interior da base da torre onde se vislumbra uma estrutura de concreto armado com uma abertura fechada em alvenaria voltada para a passagem a seco por baixo das torres. O interior da base é ocupado com tubulações e caixas de passagens contemporâneas da entrada de energia (que vem da área pública desde o transformador próximo, por via aérea) na direção da medição sob a escadaria contígua, daí voltando e subindo para distribuição de energia ao longo da rampa de acesso, das torres do lado brasileiro e na totalidade da ponte.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente junto à base das frontarias que são em concreto armado recoberto com um revestimento menos nobre em chapisco29. Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento destas frontarias que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento; no entanto, junto à superfície rugosa das áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença de camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor areia como o restante da pintura remanescente.

(a) (b) (c)

Figura 4.25 – (a) Acesso ao interior da torre Norte ; (b) Vão fechado em alvenaria; (c) Tubulação elétrica da ponte.

29 Argamassa usada para revestir paredes ou tetos. Sua finalidade é facilitar o revestimento posterior. Como redutor de custos, o chapisco pode ser usado como acabamento rústico, para revestimento externo, neste caso salpicado até cobrir totalmente a superfície.

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Figura 4.26 – Prospecção do revestimento de chapisc o das bases das torres Norte e Oeste.

Assim sendo, como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada dos pontos de iluminação contemporâneos embutidos junto às vergas das janelas dos pavimentos das bases das torres; as entradas e passagens de energia, telefonia e demais cabeamentos aéreos fixados as frontarias, assim como, de todos os suportes e demais elementos estranhos existentes.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – Norma BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Sugere-se, ainda, a substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, invertida para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas já apresentadas seguindo o tratamento de preservação da madeira, já especificado. E mais a eliminação do acesso a base da torre Oeste

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de

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resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

A pintura destas madeiras deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

(a) (b)

Figura 4.27 – (a) Escadaria de acesso a ponte junto ao torreão Oeste; (b) Escadaria de acesso a ponte junto ao torreão Norte.

Nas escadas externas, tanto da frontaria Noroeste da torre Norte como da frontaria Noroeste da torre Oeste, as arcadas foram fechadas com alvenarias vazadas nos vãos entre os pilares de apoio da estrutura de sustentação das mesmas; intervenção equivocada no sentido que acrescenta um elemento estranho à edificação, além de provocar a perda estética da leveza estrutural pretendida pelo projeto. Sob a arcada principal (vão de maior altura) junto à torre Norte observa-se uma porta contemporânea de acesso a caixa de medição e distribuição de energia que é levada a ponte (alimentação que supre de energia a rampa de acesso e as torres do lado brasileiro e a totalidade da ponte).

As balaustradas das escadarias compostas por travessas30, arcos vazados e base31 estilizadas, bem ao gosto do Neocolonial32, estilo dominante no projeto,

30 Coroamento superior longitudinal que serve de corrimão. 31 Caixas formadas junto aos degraus, na parte inferior da balaustrada, paralelas as travessas, também conhecidas pelo nome de banzo. 32 Movimento estético do começo do século XX especialmente associado à arquitetura. O movimento se propunha a resgatar a arquitetura e motivos decorativos típicos da época colonial americana de origem ibérica e empregá-los na arquitetura contemporânea. O neocolonial foi comum em toda a América Latina, incluindo o Brasil e no sul dos Estados Unidos. No Brasil está ligado à busca de uma arte genuinamente nacional. O marco de lançamento do movimento foi a conferência "A Arte Tradicional no Brasil" ditada em 1914 na Sociedade de Cultura Artística de São Paulo pelo arquiteto e engenheiro português Ricardo Severo. Na conferência, Severo defende o estilo colonial brasileiro de raízes lusitanas como o verdadeiro estilo nacional, em contraposição ao ecleticismo e o revivalismo da arquitetura da época que, segundo Severo, representavam estilos estranhos à tradição brasileira. Assim, o estilo neocolonial seria um movimento de viez ao mesmo tempo tradicionalista e moderno. A partir desse momento, o estilo neocolonial foi muito difundido na arquitetura brasileira. Ricardo Severo construiu uma série de edifícios no estilo em São Paulo e arredores, começando pelo Palacete Numa de Oliveira (1916), na Avenida

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embora bastante íntegros, apresentam fraturas junto às arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento.

Os degraus simples sem bocel33, executados em concreto armado atendem perfeitamente a Fórmula de Conforto de Blondell34; além dos degraus a meia altura há um patamar de descanso com medidas próximas ao patamar de chegada da escada junto à ponte. Estes pisos e espelhos apresentam desgaste bastante evidente embora visivelmente mais pronunciado na escadaria junto a torre Norte, justificado pelo superior volume de tráfego por esta escada em relação a do lado Oeste.

As escadarias apresentam níveis diferentes de chegada aos pisos inferiores causando, atualmente, supressões no número de degraus em uma e outra. Isso significa que ambos os lados da ponte tiveram os níveis de pisos, junto ao acesso de subida das escadas, alterados em relação à situação a época da construção da ponte.

Na escada contigua a torre Norte a calçada do piso inferior absorveu a altura de todo o degrau de convite35.

Na escada contigua a torre Oeste os três primeiros degraus junto ao acesso de subida estão encobertos pelo piso do atual nível inferior.

Estas intervenções equivocadas subtraem importantes detalhes, rigores e cuidados estéticos construtivos no sentido da intenção de projeto em promover um desenho de soluções harmoniosas ao conjunto arquitetônico da ponte. Neste caso, grosseiramente soterrados.

Observa-se ainda, que o sistema público de recolhimento das águas da chuva adotado para o trecho junto à escada contigua a frontaria Nordeste da torre Norte, por meio de calha a “céu aberto”, revestida com o mesmo material da pista de rolamento, sofre constantes transbordamentos, além de dificultar a circulação de pedestres. Some-se a isso, o fato que deságua em uma galeria que passa sob a pavimentação da rua, cuja elevação não considera os transtornos causados a torre Norte por conta da elevação da cota de nível deste arruamento.

Paulista, já demolido, e terminando no ainda existente edifício da Faculdade de Direito de São Paulo (1939), no Largo São Francisco. 33 Balanço do piso em relação ao espelho do degrau. 34 Blondell, arquiteto francês, estabeleceu uma fórmula empírica de conforto que permite calcular a largura do piso em função da altura do espelho e vice-versa. Esta fórmula é a seguinte: 2h + p = 0,64 m; Onde: h = espelho; p = piso a ser determinado onde 0,64 é a constante a ser seguida. 35 Degrau situado no nível mais baixo da escada, destacado com relação aos demais por apoiar a balaustrada de chegada do guarda-corpo e corrimão.

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Figura 4.28 – Escada junto à torre Norte com o degr au de convite absorvido pela calçada contemporânea

(a) (b) (c)

Figura 4.29 – (a) Acesso a escada da torre Oeste de sde a ponte; (b) Vista da descida da escada; (c) Vista da chegada da escada.

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(a)

(b) (c)

Figura 4.30 – (a) Vista Norte/Leste da calha pluvia l; (b) Galeria sob arruamento; (c) Vista Leste/Norte da calha pluvial.

Como intervenção de restauro sugere-se a remoção das alvenarias vazadas que encobrem as arcadas de ambas as escadas, a remoção das instalações elétricas sob a arcada da escada do lado Norte. Entende-se que estas instalações devem ser modernizadas (atualização normativa e redimensionamento) e ter as entradas refeitas de modo subterrâneo até os pontos de medição e centrais de distribuição a serem transferidas para um ponto interno (parede Sudoeste) da base da torre Norte. Do novo centro de distribuição (medição e distribuição da rede pública de iluminação e medição da rede privada - aduana - de energia) até os pontos de uso, sugere-se que as novas instalações sejam executadas usando como passagem a parte inferior da estrutura de ligação entre as torres Norte/Leste e Oeste/Sul. A partir daí, poderão ser embutidos nos passeios públicos que estão ao longo das duas laterais (passeios públicos) da extensão da ponte, podendo assim, acessar todos os lugares que se fizerem necessários.

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Figura 4.31 – Vista da parte inferior da estrutura de ligação entre as torres Norte/Leste e Oeste/Sul

Figura 4.32 – Passeios públicos que estão ao longo das laterais em toda a extensão da ponte

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – Norma BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

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Quanto aos degraus, sugere-se que seja feita a remoção da camada superficial do revestimento de argamassa e promovido o recapeamento, também em argamassa, no traço (1:2) (uma medida de cimento para duas medidas de areia média) adequado a resistência a abrasão a que estão sujeitos e acabamento liso com a borda do piso frisada para melhorar a aderência em dias de chuva.

Recuperação dos níveis dos pisos inferiores das escadarias (degraus de convite) com a eliminação do acréscimo da cota de nível incrementada contemporaneamente, retomando assim, o número de degraus originais, bem como, os aspectos arquitetônicos pretendidos pelo projeto.

E finalmente, reformulação do sistema pluvial do entorno próximo para eliminar a vala a “céu aberto” bem como a galeria sob a pista de rolamento e, por consequência, promover o rebaixamento para a cota original da citada via.

(a) (b) (c)

Figura 4.33 – (a) Torre Leste da frontaria Nordeste ; (b) Galeria e sotéia da frontaria Nordeste; (c) Torre Norte da frontaria Nordeste.

A frontaria Nordeste, voltada para o centro da cidade de Jaguarão, apresenta fissuras generalizadas ao longo dos panos e fraturas junto às arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos. Observa-se que na aresta que forma a base da galeria o descolamento do revestimento se dá devido ao impacto das batidas de veículos com altura superior a do vão.

Há presença de elementos estranhos a frontaria como vãos para aparelhos de ar condicionado de janela (torre lado Leste), na galeria (ao centro) há vãos grosseiramente fechados após a colocação de modelos do tipo “split”, cujos condensadores estão fixados logo abaixo; percebe-se a presença de suportes metálicos em uso ou abandonados utilizados como fixadores da variada fiação elétrica e de comunicações, que não necessariamente servem apenas a ponte, mas também, atendem outros consumidores da proximidade; no lado Norte da galeria junto à torre há inserção contemporânea de janela do tipo “maxi-ar” com caixilharia de madeira; junto à base da torre Leste, próximo a margem do rio, está posicionado

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um nicho que serve de abrigo a medição de água que atende as torres do lado brasileiro; as decidas pluviais que recolhem as águas da sotéia, em manilhas de ferro fundido, estão em bom estado de conservação embora os suportes de fixação estejam comprometidos pela corrosão e haja descontinuidade da tubulação próxima ao térreo.

Identificam-se, ainda, emendas junto ao revestimento, como no caso da inserção da janela contemporânea no lado Norte da galeria, com argamassas distintas da composição do traço original, bem como, partes faltantes e/ou em desagregação, como no caso da parte inferior da galeria, já citado, e a presença de fissuras no revestimento concentradas, principalmente, junto ao entablamento36 da sotéia.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente na frontaria da galeria e na balaustrada da sotéia.

Figura 4.34 – Tubulação pluvial de recolhimento da água da sotéia em manilhas de fero fundido.

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento liso que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento. No entanto, nas áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença da camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor areia como o restante da pintura remanescente.

As janelas da frontaria Nordeste apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, diante do rigor dos ventos, como já foi explicitado. Este sistema não permite uma barreira muito eficiente na estanqueidade das aberturas,

36 Conjunto de frisos e molduras que rematam e ornamentam a parte superior da galeria com aspecto de suporte ao guarda-corpo da sotéia.

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uma vez que, as águas que passam pelos batentes externos dos marcos não encontram mais limitações e resistência a sua entrada. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais.

Como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada de todas as inserções contemporâneas fixadas junto aos revestimentos (fiações e suportes, aparelhos de ar condicionado, aberturas contemporâneas e nichos de medição de água), bem como a recomposição das partes faltantes e/ou degradadas.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, invertida para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas já apresentadas seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – Norma BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Figura 4.35 – Registro de retirada de revestimento para análise laboratorial.

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Sugere-se, ainda, a recomposição das descidas pluviais em tubulações galvanizadas37 nos mesmos diâmetros atuais e substituição dos suportes metálicos por peças de igual aspecto tipo-morfológico, no entanto, protegidas por galvanização a fogo. E também, a realocação da medição de água para a passagem a seco sob a galeria Nordeste, eliminando-se assim, a visibilidade deste equipamento.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

.A pintura destas madeiras deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

(a) (b)

Figura 4.36 – (a) Vista do lado Norte da passagem s ob a ponte; (b) Vista do lado Leste da passagem sob a ponte.

37 Pesquisas demonstram que a corrosão é a principal responsável pela grande perda de ferro no mundo. Entre os processos de proteção já desenvolvidos, um dos mais antigos e bem sucedidos é a zincagem por imersão a quente, ou, como é mais conhecida, galvanização a fogo. Em 1741, o químico francês Melouin descobriu que o recobrimento com zinco poderia proteger o aço da corrosão. Em 1837, o engenheiro Sorel patenteou a galvanização a fogo, tendo utilizado o termo galvanização (do nome de Luigi Galvani, 1737-1798, um dos primeiros cientistas interessados na eletricidade) porque é a corrente galvânica que protege o aço. Ela se denomina desta maneira porque quando o aço e o zinco entram em contato em um meio úmido é criada uma diferença de potencial elétrico entre os metais. Assim, o primeiro objetivo da galvanização a fogo é impedir o contato do metal base, o aço (liga Ferro-Carbono) com o meio corrosivo. Como o zinco é mais anódico do que o elemento ferro na série galvânica, é ele que se corrói, originando a proteção catódica, ou seja, o zinco se sacrifica para proteger o ferro. Mesmo que uma pequena área fique exposta, o metal base não sofre os efeitos da corrosão, pois, sendo o zinco anódico ele aumentará sua taxa de corrosão protegendo catódicamente a área descoberta. (Fonte: Associação Brasileira da Construção Civil)

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A passagem a seco sob a ponte apresenta infiltrações de umidade através das juntas entre as estruturas das torres (lajes planas com vigotas transversais apoiadas nas vigas longitudinais das bordas na entrada e saída da passagem) e da ponte propriamente dita (estrutura arqueada ao centro da passagem).

Observam-se, ainda, a presença de fungos, principalmente junto às áreas onde há penetração de água.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.37 – Vista do lado Sudeste de Leste para S ul da passagem sob a ponte; (a) Estrutura da torre Leste; (b) Junção da estrutura da ponte co m as torres; (c) Junção da estrutura da

ponte com as torres; (d) Estrutura da torre Sul

No lado Sudeste percebe-se a presença de instalações elétricas que alimentam as torres através de condutores e caixas metálicas bastante comprometidas pela corrosão devido às infiltrações recorrentes incidentes.

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(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.38 – Vista do lado Noroeste de Oeste para Norte da passagem sob a ponte: (a) Estrutura da torre Oeste; (b) Junção da estrutura d a ponte com as torres; (c) Junção da

estrutura da ponte com as torres; (d) Estrutura da torre Norte.

No lado Noroeste há tubulações de esgoto cloacal em PVC38 que recolhem as águas do sanitário contemporâneo situado na galeria Nordeste.

No centro do vão, há instalações elétricas contemporâneas que alimentam as torres, cruzando a estrutura de lado a lado em condutores de PVC rígido suspensos por pendentes metálicos.

38 Tubo derivado do cloreto de polivinila (também policloreto de vinila; nome IUPAC policloroeteno) mais conhecido pelo acrónimo PVC (da sua designação em inglês Polyvinyl chloride) é um plástico não 100% originário do petróleo.

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Figura 4.39 – Caixa de concessionária de telefonia.

Ainda no lado Noroeste, junto à base da torre Norte, há uma caixa de passagem de uma concessionária de telefonia que serve aos dois países com fiação que se utiliza da lateral Nordeste da ponte para cruzar o rio.

É bastante evidente a corrosão das armaduras das lajes planas que apoiam o piso das galerias Nordeste e Sudoeste em toda a extensão destas.

Como intervenção de restauro sugere-se a remoção das instalações elétricas existentes, principalmente as que se utilizam de condutores metálicos, reconstituindo-as (segundo a normatização e modernização necessárias atualmente) com a incorporação de leito metálico (galvanizado) suspenso, próprio para esta finalidade, com separadores de vias para que uma única estrutura possa absorver as instalações tanto elétricas como de comunicações e lógica conduzidas por tubulações em PVC rígido individuais para cada uso. Sugere-se, ainda, que seja removida a caixa de passagem da concessionária de telefonia que se utiliza da face Nordeste da torre Norte, bem como, da tubulação que cruza de um lado a outro as margens do rio.

Remoção da tubulação em PVC da tubulação de esgoto, uma vez que, será orientada a remoção do banheiro contemporâneo da galeria Nordeste, a qual está sujeitada.

Como solução para o posicionamento dos condensadores dos aparelhos de ar condicionado (splits) a serem removidos das frontarias, sugerimos que os mesmos sejam posicionados sob as lajes de piso das galerias das torres com as tubulações percorrendo estas mesmas lajes até os evaporadores (de piso), conforme o sistema adotado para as tubulações elétricas.

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A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – Norma BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar a erosão da camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

Como medida de segurança, propomos a proibição do fluxo e estacionamento de veículos sob a passagem a seco das torres devido à altura destas em relação à pista de rolamento ser incompatível com as medidas mínimas exigidas para vias públicas.

(a) (b) (c)

Figura 4.40 – (a) Vista da torre Oeste; (b) Vista d a galeria e sotéia da frontaria Sudoeste; (c) Vista da torre Sul.

A frontaria Sudoeste voltada para o lado da casa de câmara e cadeia situada na praça apresenta fissuras generalizadas ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

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Há presença de elementos estranhos a frontaria como vãos para aparelhos de ar condicionado de janela (torre lado Sul e galeria central); percebe-se a presença de suportes metálicos em uso ou abandonados utilizados como fixadores da variada fiação elétrica e de comunicações, que atendem as torres, bem como, tubulação de alimentação de água abaixo da janela mais ao Sul da galeria; ainda no lado Sul da galeria, no vão entre a primeira e a segunda janela, há inserção contemporânea de outra janela do tipo “maxi-ar” com caixilharia de madeira; as decidas pluviais que recolhem as águas da sotéia, em manilhas de ferro fundido, estão em bom estado de conservação embora os suportes de fixação estejam comprometidos pela corrosão e haja descontinuidade da tubulação próxima ao térreo.

Identificam-se, ainda, emendas junto ao revestimento, como no caso da inserção da janela contemporânea inserida entre as janelas ao Sul da galeria, com argamassas distintas da composição do traço original, bem como, partes faltantes e/ou em desagregação, como no caso da parte inferior da galeria, já citado, e a presença de fissuras no revestimento concentradas, principalmente, nos vãos entre as janelas da frontaria da galeria.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente na frontaria da galeria, nos vãos entre janelas e na balaustrada da sotéia.

As janelas da frontaria Sudoeste apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, como já foi explicitado. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais.

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento liso que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento. No entanto, nas áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença da camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor areia como o restante da pintura remanescente.

Como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada de todas as inserções contemporâneas fixadas junto aos revestimentos (fiações e suportes, aparelhos de ar condicionado e aberturas contemporâneas).

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, invertida para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas já apresentadas seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de

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cal para seis medidas de areia média). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Sugere-se, ainda, a recomposição das decidas pluviais em tubulações galvanizadas nos mesmos diâmetros atuais e substituição dos suportes metálicos por peças de igual aspecto tipo-morfológico, no entanto, protegidas por galvanização a fogo.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

A pintura destas madeiras deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

(a) (b)

Figura 4.41 – (a) Frontaria Sudeste da torre Sul; ( b) Frontaria Sudeste da torre Leste.

As frontarias Sudeste da torre Sul e Leste do lado brasileiro apresentam fissuras ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

Há presença de elementos estranhos a frontaria como suportes de ferro, fiações e tubulações de abastecimento de água em ferro galvanizado ao lado de

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ambas as janelas e nas bases das torres, bem como, instalação de aparelhos de ar condicionado junto à janela do térreo da torre Leste.

Observa-se, ainda, que na base de ambas as torres o deságue direto no rio do esgoto sanitário dos banheiros existentes nas posições originais do projeto, no lado Sul, a tubulação externa do deságue sanitário já não existe mais, no entanto no lado Leste, ainda pode-se observar a tubulação em ferro fundido desta instalação.

(a) (b)

Figura 4.42 – (a) Escoamento sanitário da torre Sul ; (b) Escoamento sanitário da torre Leste.

Observa-se, também, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente junto à base das frontarias que são em concreto armado recoberto com um revestimento menos nobre em chapisco.

As janelas das frontarias Sudeste apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, como já foi explicitado. Este sistema não permite uma barreira muito eficiente na estanqueidade das aberturas, uma vez que, as águas que passam pelos batentes externos dos marcos não encontram mais limitações e resistência a sua entrada. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento liso que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento. No entanto, nas áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença da camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor areia como o restante da pintura remanescente.

Como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada das tubulações de água junto às bases das torres, assim como, de todos os suportes, fiações e demais elementos estranhos existentes. Sugere-se, ainda, que a partir do

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restauro, não seja mais permitido o uso destas frontarias ou outro elemento qualquer da ponte como suporte há qualquer nova inserção que seja.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, invertida para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas já apresentadas seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado.

Redirecionamento, redimensionamento e modernização do sistema de esgoto e abastecimento de água das unidades sanitárias (ver planta de detalhamento específico), utilizando como acesso ao sistema de abastecimento de água e escoamento de esgoto a passagem seca sob as torres.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – Norma BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

A pintura destas madeiras deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

Figura 4.43 – Vista das coberturas das torres Oeste e Norte ao fundo e Sul e Leste em primeiro plano.

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As coberturas das quatro torres são formadas por telhados de pavilhão39 recobertos com telhas cerâmicas do tipo capa40 e canal41 fixadas com emboçamento de argamassa nas pontas42 e bolsas43 da telha (telhado cravado44) numa inclinação de 23% com relação aos planos das lajes onde estão assentadas.

As cumeeiras são guarnecidas por linhas de telhas do mesmo tipo das demais e totalmente emboçadas em argamassa.

As abas são pronunciadas (80cm) em suporte de concreto armado formado pelo balanço da laje de cobertura com acabamento frisado no topo, embasadas por entablamentos horizontais onde parecem se apoiar.

Não há preocupação de projeto com relação ao uso de calhas e condutores tratando-se, portanto, de beirais livres.

Nos terços finais das cumeeiras externas Norte, Leste e Oeste, Sul das torres, há dutos de ventilação da tubulação original de esgoto, em ferro fundido, sobressaindo o telhado. Tubulação esta que nada mais é do que um prolongamento da própria coluna vertical interna de recolhimento de esgoto.

No ápice das coberturas, estão instalados para-raios do tipo Franklin, cujos aterramentos descem acompanhando a declividade da cumeeira e depois na vertical ao solo através de cabos de aço colocados junto ao encontro entre as torres e galerias das frontarias externas Sudoeste e Nordeste. Embora as agulhas do para-raios estejam em bom estado de conservação, as quatro descidas se encontram rompidas próximo ao solo.

De modo geral o conjunto formado pela cobertura de telhas e tesouras45, terças46, caibros47 e ripamentos48 de madeira, apresentam-se em bom estado de conservação.

Como intervenção de restauro destas coberturas se sugere o seguinte processo abaixo descrito.

As coberturas deverão seguir a tipologia (materiais/sistema construtivo) e morfologia (volumetria) originais com o emprego de telhas do mesmo tipo atual, “capa/canal-portuguesa”, contemporâneas (novas) quando não houver aproveitamento das em uso, desde que sejam obedecidos os parâmetros

39 Telhado formado por quatro águas triangulares em formato piramidal. 40 Telha cerâmica curva que apresenta forma de meia-cana usada nas coberturas com a concavidade voltada para cima. 41 Telha cerâmica curva que apresenta forma de meia-cana usada nas coberturas com a concavidade voltada para baixo. 42 Extremidade de menor dimensão da telha canal. 43 Extremidade de maior dimensão da telha canal. 44 Telhado com cobertura de telhas cujas extremidades são presas ou cravadas por meio de argamassa ou cravo às extremidades das demais. 45 Armação triangular composta de vigas de madeira que dá sustentação ao telhado. 46 Cada uma das peças dispostas horizontalmente sobre empenas das tesouras servindo de apoio aos caibros. 47 Cada uma das peças dispostas transversalmente sobre as terças para apoio do ripamento. 48 Conjunto de peças de madeira dispostas transversalmente aos caibros para apoiar e prender as telhas.

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dimensionais e de cor concordantes às originais, colocadas na posição dos canais do telhado. As posições das capas deverão ser refeitas com o reaproveitamento das telhas ainda originais em bom estado de conservação49. As telhas de reaproveitamento deverão passar por processo de requeima (efetuado em forno de olaria) para recuperação da tenacidade do barro de constituição.

Os caimentos (pontos) do telhado deverão seguir às empenas das tesouras originais.

As telhas deverão ser amarradas, uma a uma, as ripas transversais, por meio de ganchos feitos com fio de arame de cobre nº16, colocados entre as pontas de cada telha e a ripa superior de apoio da mesma (ver planta de detalhamento específico).

As telhas deverão ser emboçadas com mescla de argamassa a base de cal e areia com traço de (1:4) (uma medida de cal para quatro medidas de areia) junto às extremidades (ponta e bolsa). Deverá ser feita, imediata e rigorosa limpeza da telha, após o emboçamento, para remoção dos excessos de argamassa; evitando assim, a ocorrência de manchamento da superfície em contato com a cal.

Nas cumeeiras deverá ser deixado vão de ventilação junto aos bebedouros50. Deverá ser acrescido ao telhado, por sob os berços de apoio, subcobertura metálica em chapa galvanizada anodixada, lisa com 5mm de espessura, equivalente a chapa nº24, com trespasse de 10cm junto às emendas das mesmas.

A subcobertura deverá ser solidarizada entre si, nas justaposições do material sobre os berços, por mastique a base de adesivo elástico, monocomponente, tixotrópico, à base de poriuretano, para colagens flexíveis de superfícies metálicas (SikaBound T1 ou produto equivalente).

49 Entende-se por bom estado de conservação as telhas que passam pelos seguintes requisitos: A. Teste de percussão para definir a consistência do material com descarte das que apresentarem som não metálico; B. Teste de porosidade e absorção de água com descarte das que aumentarem em mais de 30% (trinta por cento) o peso inicial por absorção de umidade no prazo de 24hs (vinte e quatro horas) de imersão; C. Estiverem classificadas dentro de um parâmetro dimensional com discrepância máxima de 5% (cinco por cento); D. Não apresentarem empenamento que instabilize seu assentamento; E. Não apresentem partes faltantes; F. Estiverem limpas e livres de fungos, liquens e/ou qualquer outra incrustação que altere a sua coloração natural. 50 Nome dado aos vãos de ventilação formados entre as telhas de cumeeira e os canais do telhado.

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(a) (b)

Figura 4.44 – (a) Exemplo de cumeeira a ser executa da; (b) Exemplo da subcobertura a ser executada ( foto da Igreja de Santo Amaro/ Vila de Santo Amaro/ General Câmara/RS).

(a) (b)

(c)

Figura 4.45 – (a) Detalhe da vista interna de uma s ubcobertura; (b) Composição de telhas novas a utilizar; (c) Telhas antigas a utilizar; (Foto: Igreja de Santo Amaro/ Vila de Santo Amaro/ G eneral

Câmara/RS)

A estrutura de madeira deverá manter a angulação, posicionamento e dimensionamento presente na estrutura original observada no telhado atual.

Todas as peças deverão ser rigorosamente limpas e examinadas, visando localizar os trechos deteriorados ou atacados por umidade, fungos (podridões moles, pardas ou brancas), insetos (Xilófagos), plantas, liquens, protozoários, algas e bactérias.

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As deteriorações deverão ser removidas e feitas incrustações e/ou reforços de saneamento e/ou substituição das partes alteradas, em material compatível física e quimicamente ao original.

As peças de madeira faltantes ou que não apresentarem possibilidade de recuperação, devem ser incluídas ou substituídas por peças de iguais dimensões em madeiras ditas “duras” (Ipê, Itaúba ou Grápia), conforme já especificado para o trato de restauro de peças deste material.

Concluído o trabalho de recuperação das peças de madeira, antes da colocação do subtelhado, deverá ser efetuado tratamento preventivo a futuros ataques biológicos em toda a estrutura através do emprego de inseticidas a base de Deltramethrina, Xilamon-tr, Acquatermit RF, ou outro cupinicida de comprovada eficácia e durabilidade; baixa combustibilidade e toxidade.

Sugere-se, também, a manutenção das ventilações das tubulações de esgoto que sobressaem à cobertura, devidamente substituídos por peças de igual diâmetro e altura em aço galvanizado, uma vez que, atendem a proposta dos novos conjuntos sanitários projetados.

Com relação ao sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA), entendemos que se faz necessária a modernização do sistema com a troca do equipamento atual do tipo Franklin51 para o tipo Faraday52 (atualização normativa), observando-se que as decidas dos aterramentos poderá ficar disposta nas mesmas posições atuais, porem, não em cabos de aço anilhados, como atualmente, e sim, no sistema de fitas metálicas condutoras de energia coladas às frontarias que proporciona um aspecto mais discreto a este tipo de instalação.

Mais importante que um bom aterramento de para-raios, com medição ohmica bem baixa (NBR 7117:81 - Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos - Wenner), é a equalização dos aterramentos, como terra único (Teoria do Barco) e a instalação do BEP (Barra de Equalização de Potenciais) conforme determina a norma técnica de instalações de baixa e medias tensões de para-raios (NBR 5410).

51 Sistema de condutores metálicos, inventado em 1753 por Benjamin Franklin, que capta as descargas elétricas atmosféricas e as desvia para o solo a fim de evitar danos a edifícios. Como o raio tende a atingir o ponto mais alto de uma área, o pára-raios é instalado no topo do prédio. Liga-se ao chão por cabos de pequena resistência. Hoje existem meios mais eficientes de se proteger contra descargas atmosféricas do que o para-raios tipo Franklin. 52 A norma mais recente especifica o uso de para-raio do tipo gaiola de Faraday que consiste em proteger todo o perímetro do objeto com uma malha de cabos, e um anel, também, de cabo enterrado.

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(a) (b)

Figura 4.46 – Vista dos aterramentos de cabos de aç o sendo substituídos pelo sistema de fitas metálicas condutoras de energia; (Foto: Câmara de Comercio da Cidade do Rio Grande/ R S)

4.2.2. Interior das torres

Figura 4.47 – Vistas das paredes Sudoeste e Noroest e da base da torre Oeste

O interior da torre Oeste, no piso térreo, se constitui de uma área única formada por um quadrilátero onde as paredes externas Noroeste e Sudoeste, são dotadas de janelas; a parede externa Nordeste, tem uma porta de acesso ao exterior e a parede interna Sudeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Sudoeste; todas as aberturas centradas nos vãos das paredes.

As paredes, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

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(a)

(b) (c) (d)

Figura 4.48 – Prospecções das vedações : (a) e (b) Registro das prospecções de alvenaria; (c) argamassa de assentamento; (d) reboco das paredes i nternas.

O piso, originalmente em ladrilhos hidráulicos, esta encoberto por assoalho contemporâneo de madeira assentado sobre barroteamento fixado ao piso original. O espaço deixado entre o piso original e o atual, devido à altura do barroteamento, esta preenchido com areia. Os rodapés originais, também em ladrilhos hidráulicos, foram suprimidos.

A cobertura é formada por laje de entrepiso em concreto armado revestida de reboco e pintura, não identificada. No entanto, o pé direito foi rebaixado contemporaneamente com placas de forro pacote53. Este forro não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras54, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

53 Fibra de madeira do tipo “soft” apresenta face pintada nos padrões lisos ou texturados. 54 Caixilho situado na parte superior de portas e janelas destinado a melhorar a iluminação e ventilação no interior da edificação além de função decorativa. Foi muito utilizada nas construções do século XIX. No caso em questão, trata-se de bandeiras com arqueação subdividida em leque de modo a formar arcos de círculo com o mesmo ângulo. Suas subdivisões são todas em peças de madeira.

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Figura 4.49 – Piso contemporâneo de madeira sobre o piso original de ladrilhos hidráulicos

Figura 4.50 – Registro da prospecção do piso contem porâneo de madeira

Figura 4.51 – Registro da prospecção do piso origin al de ladrilhos hidráulicos sob o piso contemporâneo de madeira

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Figura 4.52 – Vista do piso e da porta de acesso ao pavimento superior da torre Oeste

O piso superior (original) se constitui de um ambiente único formado por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste, Noroeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); e a parede externa Sudeste, possui uma porta de acesso a sotéia; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

As paredes originais, em razoável estado de conservação, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia encontrada no pavimento térreo sob o assoalho de madeira.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da cobertura.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da torre bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

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Figura 4.53 – Vista das tubulações contemporâneas e xpostas

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

A abertura interna, de acesso a galeria Sudoeste, apresenta bom estado de conservação não sendo observada patologia de maior gravidade, no entanto, teve parte das almofadas intermediárias cortadas para a introdução de um guichê em uma das folhas da porta e a altura modificada pelo acréscimo do piso de madeira, contemporâneo, sobre o piso original em ladrilhos hidráulicos.

(a) (b)

Figura 4.54 – (a) Registro da baixa estanqueidade d as aberturas; (b) Inserção de guichê na porta interna.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação do assoalho de madeira e forros contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e reconstituídos os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas (janelas para ar-condicionado de parede), e substituídas às portas e janelas originais

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(incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No canto Norte do pavimento térreo, sugerimos que seja inserido no piso um alçapão que permita o acesso ao porão formado pela base da torre, (conforme existente na torre Norte), e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável, como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia).

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto original presentes nesta área.

Como critério de projeto para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que sejam previstas tubulações específicas de atendimento (individualizadas) acompanhadas de duto de espera (para suprir futuros acréscimos), embutidas nos passeios públicos entre as medições (na base da torre Norte) e as caixas de derivações (também individualizadas) á serem instaladas na parede Nordeste (lado interno) da torre. Estas caixas de derivações deverão ser interligadas entre si com as caixas das demais áreas.

A partir das caixas de derivação sugerimos a padronização do sistema de distribuição a ser incrementado pelos responsáveis pelas ocupações das respectivas áreas.

Como sistema padronizador, propomos a utilização de eletrocalhas aparentes de alumínio na distribuição das fiações de energia, comunicação e lógica. A especificação desta solução leva em consideração o fato de que estes sistemas permitem uma variada gama de soluções sem a necessidade de percorrer caminhos embutidos ou apoiados nos suportes da edificação (pisos, paredes e tetos).

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Figura 4.55 – Exemplo de eletrocalhas que independe m da edificação para proporcionar a distribuição de fiações

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

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Figura 4.56 – Vistas das paredes Sudoeste e Noroest e da galeria Sudoeste

Figura 4.57 – Vistas internas da galeria Sudoeste.

O interior da galeria Sudoeste é formado por uma área definida por um quadrilátero onde a parede externa Nordeste é dotada de um conjunto de três portas de acesso ao exterior; a parede externa Sudoeste, de um conjunto de três janelas; a parede interna Noroeste dispõe de porta de acesso ao interior da torre Oeste e a parede interna Sudeste possui uma porta de acesso a torre Sul; todas as aberturas equidistantes a partir do centro dos vãos das paredes.

Junto à parede externa Sudoeste próximo a parede interna Sudeste há um sanitário contemporâneo de alvenaria.

Na continuação deste sanitário, no lado Nordeste, há uma divisória contemporânea transversal a área, em madeira, dotada de armários e porta que em conjunto com o sanitário segmentam em três ambientes o espaço original.

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As paredes, em razoável estado de conservação, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso, originalmente em ladrilhos hidráulicos, esta encoberto por assoalho contemporâneo de madeira assentado sobre barroteamento fixado ao piso original. O espaço deixado entre o piso original e o atual, devido à altura do barroteamento, esta preenchido com areia. Os rodapés originais, também em ladrilhos hidráulicos, foram suprimidos.

A cobertura é formada por laje de entrepiso em concreto armado revestida de reboco e pintura, não identificada. No entanto, o pé direito foi rebaixado contemporaneamente com placas de forro pacote. Este forro não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da galeria bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

A abertura interna, de acesso a torre Sul, apresenta bom estado de conservação não sendo observada patologia de maior gravidade, embora tenha alterações nas ferragens originais e na altura, modificada pelo acréscimo do piso de madeira, contemporâneo, sobre o piso original em ladrilhos hidráulicos.

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Figura 4.58 – Abertura interna de acesso a torre Su l

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados, do assoalho de madeira e forros contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e reconstituídos os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas (janelas para ar-condicionado de parede), e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto presentes nesta área.

Como critério de projeto para as instalações de energia, comunicação e lógica desta área, propõe-se que seja seguida a orientação explicitada como solução para a torre Oeste.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também

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a base da cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

Figura 4.59 – Vista da sotéia com a torre Sul ao fu ndo.

A sotéia Sudoeste apresenta as frontarias Sudeste e Noroeste com variadas incrustações de peças metálicas contemporâneas no revestimento, bem como a presença de antena de instrumentos de comunicação colocados junto ao parapeito central do lado Sudoeste e instalação de água na frontaria Sudeste.

O piso cerâmico contemporâneo permitiu a formação espontânea de juntas de trabalho em linhas nos dois sentidos da área, entre as placas de revestimento, demonstrando movimentação da estrutura suporte em relação ao piso de acabamento. No contorno do piso cerâmico junto às paredes e guarda-corpos o acabamento dos rodapés esta resolvido de modo grosseiro sem nenhuma preocupação estética ou comprometimento com a originalidade do projeto (ainda presente nas sotéias do lado uruguaio). Embora isso ocorra não há presença de umidade oriunda da sotéia na galeria situada abaixo.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento na balaustrada dos peitoris da sotéia como já citado na avaliação das frontarias Sudoeste e Nordeste.

Como intervenção de restauro sugere-se que seja removido o piso cerâmico e o substrato existente até a laje estrutural de sustentação da sotéia. Sobre este deverá ser estendido panos de argamassa com desníveis no sentido do centro para os guarda-corpos de ambos os lados da sotéia e daí caimentos buscando os

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condutores pluviais verticais originais situados a Norte, Oeste, Sul e Leste. Sobre esse piso deverá ser aplicada impermeabilização com manta asfáltica tipo III A, na espessura de 4mm (quatro milímetros), conforme o disposto na NBR 9952, aplicadas sobre o piso com asfalto elastomérico (o mesmo usado na manta propiciando maior flexibilidade ao sistema impermeabilizante, que sofre menos fadiga frente aos movimentos estruturais) derretido em caldeira a 180oC (cento e oitenta graus centígrados), e não com maçarico como geralmente se faz. O maçarico só deverá ser usado depois desse processo, em cima das mantas asfálticas completando a fixação sobre o piso. Para garantir a estanqueidade do sistema, a sobreposição da manta deverá ser de no mínimo 10cm (dez centímetros), evitando qualquer tipo de penetração na laje. Concluída esta etapa, deve ser efetuado o teste de estanqueidade, determinante para a garantia do sistema impermeabilizante, realizado com lâmina de 10cm (dez centímetros) de água por sete dias (o dobro do recomendado pela norma NBR 9574, que sugere um mínimo de 72 horas). Acabada a fase da impermeabilização, deverá ser procedida a etapa de isolação térmica, com instalação do revestimento em placas de EPS de 50mm (cinquenta milímetros) de espessura e 32kg/m³ (trinta e dois quilos por metro cúbico) de densidade, aderido ao sistema impermeabilizante por emulsão asfáltica. Ficando assim liberada a execução da proteção mecânica com argamassa de cimento e areia que após novo teste de estanqueidade receberá o acabamento final do piso. Neste caso, sugere-se lajota de barro cozido na cor natural (não esmaltado) com as dimensões de 10cm (dez centímetros) de largura, por 25cm (vinte e cinco centímetros) de comprimento e espessura mínima de 3cm (três centímetros), seguindo assim, a indicação dada pelo piso da sotéia Nordeste do lado uruguaio que parece ser ainda original. Como complemento desta atividade deverá ser feita a reconstituição dos rodapés em argamassa (mesma argamassa dos rebocos).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto (suportes, instalações e reservatórios de água, aberturas contemporâneas e etc...). Sugerimos que as futuras instalações de antenas ou outros elementos contemporâneos salientes sejam locados em área junto ao entorno urbano (fora dos domínios da ponte) e interligados aos pontos de uso, no interior das torres e galerias, através de cabeamentos que se utilizem dos dutos de espera conforme já explicitado.

A reintegração do revestimento (inclusive da balaustrada do guarda-corpo) deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

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Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

Figura 4.60 – Porta externa com paravento e escada de acesso ao piso intermediário contemporâneos da torre Sul.

O interior da torre Sul, no piso térreo, se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Sudoeste e Sudeste, são dotadas de janelas; a parede externa Nordeste, tem porta de acesso ao exterior e a parede interna Noroeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Sudoeste; todas as aberturas centradas nos vãos das paredes.

Figura 4.61 – Porta interna de acesso a galeria Sud oeste.

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No canto formado pelas paredes externas Sudoeste e Sudeste esta o banheiro original em alvenaria (bastante alterado). Junto a ele, onde agora temos a porta de um pequeno depósito, ficava o acesso a escada helicoidal indicada em projeto (suprimida); esta escada original foi substituída (modificada) por outra (com banzos metálicos e degraus vazados de madeira) que cruzam a frente do vão da janela da frontaria Sudeste e dá acesso primeiro a um entrepiso intermediário contemporâneo e depois ao pavimento superior original da torre.

(a) (b) (c)

Figura 4.62 – (a) Porta banheiro original sob a esc ada contemporânea; (b) Porta do vão de acesso a escada original; (c) Porta do vão de acess o a escada original.

Junto à porta de acesso ao exterior na frontaria Nordeste encontra-se um para-vento55 contemporâneo de madeira com caixilharia de vidros.

As paredes, em razoável estado de conservação, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso, originalmente em ladrilhos hidráulicos, esta encoberto por assoalho contemporâneo de madeira assentado sobre barroteamento fixado ao piso original. O espaço deixado entre o piso original e o atual, devido à altura do barroteamento, esta preenchido com areia (não há registro dos rodapés originais em ladrilhos hidráulicos). Os rodapés originais, também em ladrilhos hidráulicos, foram suprimidos.

O foro é formado pelo piso do espaço contemporâneo intermediário ao pé-direito original que ocupa toda a área da torre, com um piso em estrutura mista (barroteamento metálico e assoalho de madeira). Este entrepiso, no entanto, não leva em consideração a altura das aberturas que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua

55 Antepara, em geral de madeira, usada internamente diante de portas externas para evitar que o interior fique devassado e protegê-lo do vento.

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volumetria e escala, e particularmente, as aberturas e suas funções utilitárias e estéticas.

Figura 4.63 – Ambiente formado pelo entrepiso de ma deira contemporâneo (segundo piso).

Figura 4.64 – Para-vento contemporâneo da porta ext erna da frontaria Nordeste.

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Figura 4.65 – Interior da torre Sul com vista para as paredes Noroeste e Nordeste.

O piso superior (original) se constitui de um ambiente único formado por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste, Sudeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); e a parede externa Noroeste, possui uma porta de acesso a sotéia; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

Nesta área, sobre o canto formado pelas paredes Sudoeste e Noroeste (canto Oeste da torre) há construção em alvenaria de um sanitário contemporâneo que utiliza como descida da água servida a tubulação em ferro fundido (ø100mm) localizado na prumada do canto formado pelas paredes Sudeste e Sudoeste (canto Sul da torre) que originalmente servia como ventilação do sanitário original do pavimento térreo.

Figura 4.66 – Sanitário construído no canto Oeste d a torre Sul.

As paredes originais, em razoável estado de conservação, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

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O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia encontrada no pavimento térreo sob o assoalho de madeira.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da cobertura.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da torre bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação do assoalho de madeira, forros, entrepisos e ambientes segmentados contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e reconstituídos os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas (janelas para ar-condicionado de parede), e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No lado Sudoeste, sugerimos que seja alterada a configuração original do sanitário e escada de acesso ao pavimento superior reconfigurando a área térrea com um conjunto sanitário (masculino/feminino) de acessibilidade universal56 dispondo entre eles uma nova escada (metálica) helicoidal, fazendo referência a original, no entanto, de diâmetro (largura) mais confortável a subida do que a originalmente idealizada. Desta forma, teríamos os cantos Oeste e Sul ocupados pelos sanitários e entre estes, defronte a janela da parede Sudoeste, o acesso ao pavimento superior. Um dos sanitários utilizaria como sistema de ventilação e

56 Conforme o disposto na Norma Brasileira - ABNT NBR 9050/Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

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iluminação a janela original que existe para este fim na frontaria Sudoeste, e o outro, ventilação forçada (mecânica) e iluminação por uma esquadria acima da porta de acesso (porta com uma bandeira em caixilharia de madeira com vidro). O sistema de abastecimento de água seria feito através de reservatório de 250L (duzentos e cinquenta litros) disposto acima da laje de cobertura de cada um dos sanitários (no entrepiso formado entre a laje de teto dos sanitários e o piso do segundo pavimento). O escoamento da água servida e a ventilação da tubulação de esgoto utilizariam a coluna original existente no canto Sul sobressaindo a cobertura (que deverá ser substituída por outra galvanizada - incluindo seus suportes - com o mesmo diâmetro).

No canto Leste do pavimento térreo, sugerimos que seja inserido no piso um alçapão que permita o acesso ao porão formado pela base da torre, (conforme existente na torre Norte), e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável, como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da parede, de volta para o exterior (piso da sotéia). (ver planta de detalhamento específico).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto.

Como critério de projeto para as instalações de energia, comunicação e lógica, se sugere que sejam seguidas as orientações explicitadas como solução para a torre Oeste e a galeria Sudoeste.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN,1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada

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pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

Figura 4.67 – Vista da parede Sudoeste com a porta externa da torre Norte.

O interior da torre Norte, no piso térreo, se constitui de uma área única formada por um quadrilátero onde as paredes externas Noroeste e Nordeste, são dotadas de janelas; a parede externa Sudoeste, tem uma porta de acesso ao exterior e a parede interna Sudeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Nordeste; todas as aberturas centradas nos vãos das paredes.

As paredes, não comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, devido a recentes obras de reabilitação da área, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso, originalmente em ladrilhos hidráulicos, esta encoberto por assoalho contemporâneo de madeira assentado sobre barroteamento fixado ao piso original. O espaço deixado entre o piso original e o atual, devido à altura do barroteamento, esta preenchido com areia. Os rodapés originais, também em ladrilhos hidráulicos, foram suprimidos.

A cobertura é formada por laje de entrepiso em concreto armado revestida de reboco e pintura, não identificada. No entanto, o pé direito foi rebaixado contemporaneamente com placas de forro pacote. Este forro não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

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Figura 4.68 – Vista do piso e da soleira da porta d e acesso ao pavimento superior da torre Norte

O interior da torre Norte, no piso superior, se constitui de uma área única formada por um quadrilátero onde as paredes externas Sudoeste, Noroeste e Nordeste apresentam janelas, com exceção da parede externa Sudeste, onde há uma porta de acesso ao exterior (acesso a sotéia); todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

As paredes originais, em razoável estado de conservação, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia encontrada no pavimento térreo sob o assoalho de madeira.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da cobertura.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da torre bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

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Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação do assoalho de madeira e forros, contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e reconstituídos os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No canto Oeste do pavimento térreo, sugerimos que seja inserido no piso um alçapão que permita o acesso ao porão formado pela base da torre, (conforme existente na torre Norte), e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável, como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto.

Como critério de projeto para as instalações de energia, comunicação e lógica, se sugere que sejam seguidas as orientações explicitadas como solução para a torre Oeste e a galeria Sudoeste.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN,1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser

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empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

Figura 4.69 – Vista do sanitário contemporâneo cons truído no canto Norte da galeria Nordeste.

O interior da galeria Nordeste é formado por uma área definida por um quadrilátero onde a parede externa Sudoeste é dotada de um conjunto de três portas de acesso ao exterior; a parede externa Nordeste, de um conjunto de três janelas; a parede interna Noroeste dispõe de porta de acesso ao interior da torre Norte e a parede interna Sudeste possui uma porta de acesso a torre Leste; todas as aberturas equidistantes a partir do centro dos vãos das paredes.

No canto Norte formado pela parede externa Nordeste e a parede interna Noroeste há um banheiro contemporâneo de alvenaria em que o respaldo57 é dominado por aberturas de madeira parte em venezianas de ventilação e parte em vidros para iluminação segmentando o espaço único.

As paredes, não comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, devido a recentes obras de reabilitação da área, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso, originalmente em ladrilhos hidráulicos, esta encoberto por assoalho contemporâneo de madeira assentado sobre barroteamento fixado ao piso original. O espaço deixado entre o piso original e o atual, devido à altura do barroteamento, esta preenchido com areia. Os rodapés originais, também em ladrilhos hidráulicos, foram suprimidos.

57 Espaço formado entre a base superior da alvenaria e o teto ou forro de uma edificação.

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A cobertura é formada por laje de entrepiso em concreto armado revestida de reboco e pintura, não identificada. No entanto, o pé direito foi rebaixado contemporaneamente com placas de forro pacote. Este forro não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da galeria bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas. As aberturas internas, de acesso a torre Norte e Leste, apresentam bom estado de conservação não sendo observada patologia de maior gravidade, embora tenha alterações nas ferragens originais e na altura, modificada pelo acréscimo do piso de madeira, contemporâneo, sobre o piso original em ladrilhos hidráulicos.

(a) (b)

Figura 4.70 – (a) Vista da porta interna de acesso a torre Norte; (b) Vista da porta interna de acesso a torre Leste.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados, do assoalho de madeira e forros contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam

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o piso e reconstituídos os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; reorientada a instalação de ar-condicionado do tipo “split” (evaporador de piso e condensador sob a passagem a seco, abaixo), e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto presentes nesta área.

Como critério de projeto para as instalações de energia, comunicação e lógica desta área, propõe-se que seja seguida a orientação explicitada como solução para a torre Oeste.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal para quatro medidas de areia média) DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

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Figura 4.71 – Vista do piso da sotéia Nordeste

A sotéia Nordeste apresenta as frontarias Sudeste e Noroeste com variadas incrustações de peças metálicas contemporâneas no revestimento. O piso cerâmico contemporâneo permitiu a formação espontânea de juntas de trabalho em linhas nos dois sentidos da área, entre as placas de revestimento, demonstrando movimentação da estrutura suporte em relação ao piso de acabamento. No contorno do piso cerâmico junto às paredes e guarda-corpos o acabamento dos rodapés esta resolvido de modo grosseiro sem nenhuma preocupação estética ou comprometimento com a originalidade do projeto (ainda presente nas sotéias do lado uruguaio). Embora isso ocorra não há presença de umidade oriunda da sotéia na galeria situada abaixo.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento na balaustrada dos peitoris da sotéia como já citado na avaliação das frontarias Sudoeste e Nordeste.

Como intervenção de restauro sugere-se que seja removido o piso cerâmico e o substrato existente até a laje estrutural de sustentação da sotéia. Sobre este deverá ser estendido panos de argamassa com desníveis no sentido do centro para os guarda-corpos de ambos os lados da sotéia e daí caimentos buscando os condutores pluviais verticais originais situados a Norte, Oeste, Sul e Leste. Sobre esse piso deverá ser aplicada impermeabilização com manta asfáltica tipo III A, na espessura de 4mm (quatro milímetros), conforme o disposto na NBR 9952, aplicadas sobre o piso com asfalto elastomérico (o mesmo usado na manta propiciando maior flexibilidade ao sistema impermeabilizante, que sofre menos fadiga frente aos movimentos estruturais) derretido em caldeira a 180oC (cento e oitenta graus centígrados), e não com maçarico como geralmente se faz. O maçarico só deverá ser usado depois desse processo, em cima das mantas asfálticas completando a fixação sobre o piso. Para garantir a estanqueidade do sistema, a sobreposição da manta deverá ser de no mínimo 10cm (dez centímetros), evitando qualquer tipo de penetração na laje. Concluída esta etapa, deve ser efetuado o teste de

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estanqueidade, determinante para a garantia do sistema impermeabilizante, realizado com lâmina de 10cm (dez centímetros) de água por sete dias (o dobro do recomendado pela norma NBR 9574, que sugere um mínimo de 72 horas). Acabada a fase da impermeabilização, deverá ser procedida a etapa de isolação térmica, com instalação do revestimento em placas de EPS de 50mm (cinquenta milímetros) de espessura e 32kg/m³ (trinta e dois quilos por metro cúbico) de densidade, aderido ao sistema impermeabilizante por emulsão asfáltica. Ficando assim liberada a execução da proteção mecânica com argamassa de cimento e areia que após novo teste de estanqueidade receberá o acabamento final do piso. Neste caso, sugere-se lajota de barro cozido na cor natural (não esmaltado) com as dimensões de 10cm (dez centímetros) de largura, por 25cm (vinte e cinco centímetros) de comprimento e espessura mínima de 3cm (três centímetros), seguindo assim, a indicação dada pelo piso da sotéia Nordeste do lado uruguaio que parece ser ainda original. Como complemento desta atividade deverá ser feita a reconstituição dos rodapés em argamassa (mesma argamassa dos rebocos).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto (suportes, instalações e reservatórios de água, aberturas contemporâneas e etc...). Sugerimos que as futuras instalações de antenas ou outros elementos contemporâneos salientes sejam locados em área junto ao entorno urbano (fora dos domínios da ponte) e interligados aos pontos de uso, no interior das torres e galerias, através de cabeamentos que se utilizem dos dutos de espera conforme já explicitado.

A reintegração do revestimento (inclusive da balaustrada do guarda-corpo) deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – DIN 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

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Figura 4.72 – Vista da parede Sudeste da torre Lest e com a escada contemporânea cruzando a meia altura.

O interior da torre Leste, no piso térreo, se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Sudeste e Nordeste, são dotadas de janelas; a parede externa Sudoeste, tem porta de acesso ao exterior e a parede interna Noroeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Nordeste; todas as aberturas centradas nos vãos das paredes.

No canto formado pelas paredes externas Sudoeste e Sudeste esta o banheiro original em alvenaria (bastante alterado). Junto a ele, onde agora temos a porta de um pequeno depósito, ficava o acesso a escada helicoidal indicada em projeto (suprimida); esta escada original foi substituída (modificada) por outra (com banzos metálicos e degraus vazados de madeira) que cruzam a frente do vão da janela da frontaria Sudeste e dá acesso primeiro a um entrepiso intermediário contemporâneo e depois ao pavimento superior original da torre. Ao lado deste conjunto de alvenarias ainda originais, observa-se o fechamento da área contígua (canto Norte da torre) para uso como copa segmentando o ambiente original.

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Figura 4.73 – Porta banheiro original sob a escada contemporânea

As paredes, pouco comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, devido a recentes obras de reabilitação da área, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso originalmente em ladrilhos hidráulicos foi substituído ou está encoberto por revestimento cerâmico contemporâneo. Os rodapés originais, também em ladrilhos hidráulicos, foram suprimidos.

O foro é formado pelo piso do espaço contemporâneo intermediário ao pé-direito original que ocupa toda a área da torre, com um piso em estrutura mista (barroteamento metálico e assoalho de madeira). Este entrepiso, no entanto, não leva em consideração a altura das aberturas que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas e suas funções utilitárias e estéticas.

O espaço contemporâneo intermediário ao pé direito original ocupa toda a área da torre, com um piso em estrutura (barroteamento metálico e assoalho de madeira) que divide ao meio a altura da área original do pavimento térreo. Este entrepiso, no entanto, não leva em consideração a altura das aberturas que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas e suas funções utilitárias e estéticas.

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Figura 4.74 – Entrepiso de madeira contemporâneo pa ssando pela linha inferior da bandeira da porta do pavimento térreo.

Figura 4.75 - Interior do piso superior da torre Le ste.

O interior da torre Leste, no piso superior, se constitui de uma área única formada por um quadrilátero onde as paredes externas Sudoeste, Sudeste e Nordeste apresentam janelas, com exceção da parede externa Noroeste, onde há uma porta de acesso ao exterior (acesso a sotéia); todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

As paredes originais, em razoável estado de conservação, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia encontrada no pavimento térreo sob o assoalho de madeira.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

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A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da cobertura.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da galeria bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas bastante atacadas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

A abertura interna, de acesso a torre Sul, apresenta bom estado de conservação não sendo observada patologia de maior gravidade, embora tenha alterações nas ferragens originais e na altura, modificada pelo acréscimo do piso de madeira, contemporâneo, sobre o piso original em ladrilhos hidráulicos. Já a abertura externa da parede Sudoeste, apresenta recorte na caixilharia para a colocação de ar condicionado de janela.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação do ambiente segmentado e entrepiso contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e reconstituídos os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No lado Nordeste, sugerimos que seja alterada a configuração original do sanitário e escada de acesso ao pavimento superior reconfigurando a área com um conjunto sanitário (masculino/feminino) de acessibilidade universal dispondo entre eles uma nova escada (metálica) helicoidal, fazendo referência a original, no entanto, de diâmetro (largura) mais confortável a subida do que a originalmente idealizada. Desta forma, teríamos os cantos Norte e Leste ocupados pelos sanitários e entre estes, defronte a janela da parede Nordeste, o acesso ao pavimento superior. Um dos sanitários utilizaria como sistema de ventilação e iluminação a janela original que existe para este fim na frontaria Nordeste, e o outro, ventilação forçada (mecânica) e iluminação por uma esquadria acima da porta de acesso (porta com uma bandeira em caixilharia de madeira com vidro). O sistema de abastecimento de água seria feito através de reservatório de 250L (duzentos e cinquenta litros) disposto acima da laje de cobertura de cada um dos sanitários (no entrepiso formado entre a laje de teto dos sanitários e o piso do segundo

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pavimento). O escoamento da água servida e a ventilação da tubulação de esgoto utilizariam a coluna original existente no canto Leste sobressaindo à cobertura (que deverá ser substituída por outra galvanizada - incluindo seus suportes - com o mesmo diâmetro).

No canto Sul do pavimento térreo, sugerimos que seja inserido no piso um alçapão que permita o acesso ao porão formado pela base da torre, (conforme existente na torre Norte), e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável, como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área acessível por escada metálica do tipo marinheiro. Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto.

Como critério de projeto para as instalações de energia, comunicação e lógica, se sugere que sejam seguidas as orientações explicitadas como solução para a torre Oeste e a galeria Sudoeste.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro de areia média) – DIN 18550 Partes 1e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

Assim, concluímos as análises e sugestões as intervenções restaurativas a serem submetidas as torres, galerias e sotéias das edificações do lado brasileiro da

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ponte complementando os levantamentos registrados nas plantas elaboradas em conjunto com essa descrição.

4.3. Análise do conjunto arquitetônico formado pelo s torreões do lado uruguaio.

Para descrever as edificações que constituem os prédios fiscais, serão utilizadas orientações e terminologias que podem ser esclarecidas a partir das Plantas Baixas esquemáticas que aparecem nas Figura 4.76 e Figura 4.77.

Figura 4.76 – Planta baixa esquemática do pavimento térreo do lado uruguaio.

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Figura 4.77 – Planta baixa esquemática do pavimento superior do lado uruguaio.

Figura 4.78 – Corte esquemático da edificação a Sul no lado uruguaio.

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Figura 4.79 – Corte esquemático da edificação ao No rte no lado uruguaio.

4.3.1. Frontarias

As frontarias Nordeste da galeria e das torres Oeste/Sul e Sudoeste da galeria e das torres Norte/Leste apresentam fissuras generalizadas ao longo dos panos e fraturas junto às arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento

de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

(a) (b)

Figura 4.80 – (a) Frontaria Sudoeste das torres Nor te/Leste; (b) Frontaria Nordeste das torres Oeste/Sul.

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Há presença de elementos estranhos a frontaria como luminárias contemporâneas que não se harmonizam com o trato original, bem como suportes e placas de identificação e homenagens em material de fácil degradação (ferro sem tratamento à corrosão) que provocam manchas irrecuperáveis a frontaria.

Identificam-se, claramente, emendas junto ao revestimento devido à abertura do mesmo para inserção de tubulações recobertas com argamassas distintas da composição do traço original. Cabe ressaltar que o revestimento em questão não permite recomposição contemporânea sem deixar evidências (cicatrizes/testemunhos), devido à diferença de tempo de exposição ao sol, entre o antigo e o novo reboco; além da dificuldade de obtenção de um traço idêntico ao original em composição e granulometria.

Observam-se, ainda, indícios da presença de fungos com penetração no substrato do revestimento, principalmente junto às reentrâncias das frontarias, balaustradas dos guarda-corpos das sotéias e no embasamento junto aos passeios públicos. Esta patologia evidencia a permeabilidade do revestimento original nesta área, uma vez que, a presença de umidade no substrato do revestimento potencializa a proliferação fúngica observada.

Figura 4.81 – Presença de ação fúngica junto ao emb asamento e guarda-corpo da sotéia.

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento.

As aberturas externas destas frontarias (quatro delas) apresentam grosseira alteração formal com a inclusão de marquise alpendrada na altura das folhas móveis. Soma-se a isso, a variação na altura entre o passeio público (alterado) e as

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soleiras das portas de acesso dispostas nestas frontarias. Como consequência observa-se, intervenções diversas neste item na tentativa de evitar a penetração de água.

Figura 4.82 – Aberturas com inserção de marquise na altura das portas.

As janelas dos torreões Oeste e Sul, voltadas para a frontaria Nordeste, bem como, dos torreões Norte e Leste, voltadas para a frontaria Sudoeste, apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, diante do rigor dos ventos. Este sistema não permite uma barreira muito eficiente na estanqueidade das aberturas, uma vez que, as águas que passam pelos batentes externos dos marcos não encontram mais limitações e resistência a sua entrada. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais.

(a) (b)

Figura 4.83 – Apodrecimento das aberturas externas resultando em desagregação das peças de composição formal.

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Assim sendo, como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada dos pontos de iluminação contemporâneos embutidos nos revestimentos, bem como, de todos os suportes e adereços decorativos.

Recuperação das partes faltantes e/ou em desagregação do revestimento com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme indicação de cor visível junto às áreas mais protegidas do intemperismo, portanto, mais conservadas (aba de projeção do telhado dos torreões). Desta forma é possível dar uma aparência homogênea na cor da frontaria, uma vez que, não havendo cobertura pictórica o revestimento sempre evidenciará as marcas das intervenções contemporâneas ensejadas.

Figura 4.84 – Área de prospecção do residual mais í ntegro do capeamento pictórico do revestimento externo.

Nivelamento dos meios-fios e passeios públicos recuperando a tipologia e morfologia, além da altura e funcionalidade das soleiras originais, em pedra de granito rosa (extraído na região de Pedro Osório/RS com corte a talhadeira e acabamento apicoado) nas dimensões necessárias aos vãos.

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Substituição das portas (eliminando as marquises alpendradas) modificando o sistema de abertura dos vãos que originalmente se abrem para dentro, pelo sistema que mantendo o mesmo desenho e dimensões, as façam abrir no sentido contrário, para fora. A justificativa para adoção desta inversão se deve ao fato de que a exposição destes grandes vãos ao intemperismo considerável da região, pressupõe a adoção de medidas radicais para melhorar a “performance” de estanqueidade das aberturas, já que o sistema atual comprovadamente não obteve a eficiência desejável. Além disso, com o sistema de abertura para o exterior, resolve-se o problema de facilitação das rotas de fuga em possíveis situações de emergência.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, com a caixilharia abrindo no sentido invertido, para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas apresentadas acima.

Todas as aberturas a serem substituídas devem ser equipadas com as ferragens originais existentes. As ferragens atualmente faltantes nas esquadrias existentes ou não originais devem ser repostas nas novas aberturas seguindo a tipologia e morfologia das originais, conforme as indicações das plantas e planilhas.

As novas aberturas deverão ser produzidas em peças de iguais dimensões as originais em madeiras ditas “duras” (Ipê, Itaúba ou Grápia) com tratamento preventivo a futuros ataques biológicos através do emprego de inseticidas a base de Deltramethrina, Xilamon-tr, Acquatermit RF ou outro cupinicida de comprovada eficácia, durabilidade de suas propriedades físico-químicas, baixa combustibilidade e boa aceitação de camadas pictóricas de sobreposição.

A pintura destas madeiras deverá seguir a indicação de cor dada pela prospecção pictórica feita junto às aberturas. Assim, sobre fundo para madeira, indica-se tinta esmalte a base d’água na cor marrom acetinada aplicada pelo sistema “air less”. Deverão ser consideradas três demãos de tinta antes da montagem das esquadrias e uma final de acabamento após o término da montagem e colocação.

A vidraçaria devera ser nova e seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

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(a) (b)

Figura 4.85 – (a) Frontaria principal do pórtico do lado uruguaio; (b) Frontaria posterior do pórtico do lado uruguaio.

A estrutura porticada que une as frontarias Sudoeste e Nordeste através das torres Leste e Sul no lado uruguaio do acesso a ponte, assim como no lado brasileiro, apresenta intensa presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento.

Esta patologia evidencia a permeabilidade do revestimento original nesta área, uma vez que, a presença de umidade no substrato do revestimento potencializa a proliferação fúngica observada.

Como consequência, observamos fissuras generalizadas do revestimento em toda a extensão do pórtico incluindo o acrotério, o frontão abaixo que recebe o enquadramento de cercadura emoldurada e, ainda, o lacrimal em forma de friso do arqueamento inferior.

No interior do enquadramento emoldurado não se vê a presença de grampos metálicos incrustados no revestimento, como há no lado brasileiro, o que induz que nunca tenha havido a presença de elemento institucional (placa alusiva ou comemorativa a iniciativa da construção da ponte ou outra temática) naquele espaço.

Figura 4.86 – Vista em detalhe da ornamentação do p órtico de acesso a ponte.

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Como intervenção de restauro, sugere-se a completa remoção da argamassa de revestimento do pórtico, tanto na sua frontaria principal como posterior, não sem antes modelar em fôrma de madeira com berço de borracha de silicone todos os aspectos decorativos que compõem a estrutura porticada (cimalhas, frisos e molduras). Além de promover a remoção destes elementos originais do modo mais íntegro possível para posterior consulta aos mesmos, quanto a dados de medições e posterior conservação museológica destas bases originais da modelagem, deverá ser criteriosamente mapeada a grade de frisados dos panos de revestimentos lisos e/ou tridimensionais. Em síntese, deverá ser dado trato de anastilose no revestimento dos pórticos sem, no entanto, promover sua posterior reintegração como preconiza o termo.

A reintegração do revestimento, bem como dos elementos ornamentais, deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

(a) (b)

Figura 4.87 – (a) Frontaria Noroeste da torre Norte no lado uruguaio; (b) Frontaria Noroeste da torre Oeste no lado uruguaio.

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As frontarias Noroeste da torre Norte e Oeste do lado uruguaio apresentam fissuras ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

Há presença de elementos estranhos a frontaria como suportes de ferro, fiações e tubulações de abastecimento de água e recolhimento de água servida em ferro galvanizado e PVC abaixo de ambas as janelas e nas bases das torres, bem como, abertura de janela com caixilharia de madeira e vidro no canto superior Oeste da frontaria Noroeste.

Observa-se, ainda, que na base de ambas as torres o deságue direto no rio do esgoto sanitário dos banheiros existentes nas posições originais do projeto, no lado Leste da torre Norte, a tubulação externa do deságue sanitário já não existe mais e no lado Sul da torre Oeste, a tubulação em ferro fundido desta instalação esta encoberta pela vegetação aderida ao revestimento.

Observa-se, também, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente junto à base das frontarias que são em concreto armado recoberto com um revestimento menos nobre em chapisco.

As janelas das frontarias Noroeste apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, como já foi explicitado. Este sistema não permite uma barreira muito eficiente na estanqueidade das aberturas, uma vez que, as águas que passam pelos batentes externos dos marcos não encontram mais limitações e resistência a sua entrada. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento liso que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento. No entanto, nas áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença da camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor branca, diferente do restante da pintura remanescente em tom de areia.

Como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada das tubulações de água junto às bases das torres, assim como, de todos os suportes, fiações e demais elementos estranhos existentes.

Redirecionamento, redimensionamento e modernização do sistema de esgoto e abastecimento de água das unidades sanitárias, utilizando como acesso ao sistema de abastecimento de água e esgoto público a passagem seca sob as torres. No caso de não haver sistema de esgoto público implantado nas proximidades,

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deverá ser construída instalação de fossa séptica58 (conforme o disposto na Norma Brasileira - ABNT NBR 7229 / Projeto, construção e operação sistemas de tanques sépticos) para atendimento das unidades sanitárias.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, com a caixilharia abrindo no sentido invertido, para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas apresentadas e seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado.

Todas as aberturas a serem substituídas devem ser equipadas com as ferragens originais existentes. As ferragens atualmente faltantes nas esquadrias existentes ou não originais devem ser repostas nas novas aberturas seguindo a tipologia e morfologia das originais, conforme as indicações das plantas e planilhas.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

A pintura das aberturas de madeira deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

58 As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto domestico nas quais são feitas a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto.

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Figura 4.88 – Torre Leste, Galeria e Sotéia central e Torre Norte da frontaria Nordeste.

A frontaria Nordeste apresenta fissuras generalizadas ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

Há presença de elementos estranhos à frontaria como aparelho de ar condicionado na janela (pavimento térreo da torre Norte), tipo “split”; percebe-se a presença de suportes metálicos em uso ou abandonados utilizados como fixadores da variada fiação elétrica e de comunicações aparentes; junto à base da torre Norte, próximo a margem do rio, esta posicionada uma edícula contemporânea que serve de canil e depósito de lixo; as decidas pluviais que recolhem as águas da sotéia, em manilhas de ferro fundido, estão em bom estado de conservação embora os suportes de fixação estejam comprometidos pela corrosão e haja descontinuidade da tubulação original próxima ao térreo.

Identificam-se, inúmeras fissuras junto ao revestimento das bases das torres.

(a) (b)

Figura 4.89 – (a) Fissuras das bases das torres; (b ) Descontinuidade da tubulação pluvial original.

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EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente na frontaria da galeria, na balaustrada da sotéia e na parte superior das torres.

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento liso que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento. No entanto, nas áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença da camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor branca, diferente do restante da pintura remanescente em tom de areia.

As janelas da frontaria Nordeste apresentam infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, diante do rigor dos ventos, como já foi explicitado. Este sistema não permite uma barreira muito eficiente na estanqueidade das aberturas, uma vez que, as águas que passam pelos batentes externos dos marcos não encontram mais limitações e resistência a sua entrada. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais.

Como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada de todas as inserções contemporâneas fixadas junto aos revestimentos (fiações e suportes, aparelho de ar condicionado e edícula), bem como a recomposição das partes faltantes e/ou degradadas.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Sugere-se, ainda, a recomposição das decidas pluviais em tubulações galvanizadas nos mesmos diâmetros atuais e substituição dos suportes metálicos por peças de igual aspecto tipo-morfológico, no entanto, protegidas por galvanização a fogo.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, com a caixilharia abrindo no sentido invertido, para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas apresentadas e seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado.

Todas as aberturas a serem substituídas devem ser equipadas com as ferragens originais existentes. As ferragens atualmente faltantes nas esquadrias existentes ou não originais devem ser repostas nas novas aberturas seguindo a tipologia e morfologia das originais, conforme as indicações das plantas e planilhas.

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Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

A pintura destas madeiras deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

(a) (b)

Figura 4.90 – Vista do lado Nordeste de Oeste para Norte da passagem sob a ponte: (a) Estrutura da torre Oeste; (b) Junção da estrutura d a ponte com a torre Oeste

(a) (b)

Figura 4.91 – Vista do lado Nordeste de Oeste para Norte da passagem sob a ponte: (a) Junção da estrutura da ponte com a torre Norte; (b) Estrut ura da torre Norte.

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A passagem a seco sob a ponte apresenta infiltrações de umidade através das juntas entre as estruturas das torres (lajes planas com vigotas transversais apoiadas nas vigas longitudinais das bordas na entrada e saída da passagem) e da ponte propriamente dita (estrutura arqueada ao centro da passagem).

Observam-se, ainda, a presença de fungos, principalmente junto às áreas onde há penetração de água.

Percebe-se a presença de instalações elétricas que alimentam as torres através de condutores e caixas metálicas bastante comprometidas pela corrosão devido às infiltrações recorrentes e umidade relativa do ar, incidentes.

No lado Norte há tubulações de esgoto de água servida em PVC que recolhem as águas do sanitário acima.

É bastante evidente a corrosão das armaduras das lajes que apoiam o piso das galerias Nordeste e Sudoeste em toda a extensão destas, bem como, na estrutura arqueada da ponte, ao centro.

Como intervenção de restauro sugere-se a remoção das instalações elétricas existentes, principalmente as que se utilizam de condutores metálicos, reconstituindo-as (segundo a normatização e modernização necessárias atualmente) com a incorporação de leito metálico (galvanizado) suspenso, próprio para esta finalidade, com separadores de vias para que uma única estrutura possa absorver as instalações tanto elétricas como de comunicações e lógica conduzidas por tubulações em PVC rígido individuais para cada uso. Remoção da tubulação em PVC da tubulação de esgoto, uma vez que, será reorientada a nova tubulação hidro-sanitária.

Como solução para o posicionamento dos condensadores dos aparelhos de ar condicionado (splits), sugerisse que sejam locados sob as lajes de piso das galerias das torres com as tubulações percorrendo estas mesmas lajes até os evaporadores (de piso), conforme o sistema adotado para as tubulações elétricas.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar a erosão da camada superficial do revestimento.

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Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

Como medida de segurança, propomos a proibição do fluxo e estacionamento de veículos sob a passagem a seco das torres devido à altura destas em relação à pista de rolamento ser incompatível com as medidas mínimas exigidas para vias públicas.

Figura 4.92 – Vista da torre, da galeria e sotéia c entral e da torre Sul

A frontaria Sudoeste apresenta fissuras generalizadas ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

Há presença de elementos estranhos a frontaria como suportes metálicos em uso ou abandonados utilizados como fixadores da variada fiação elétrica e de comunicações, que atendem as torres, bem como, tubulações de alimentação de água; na galeria, no lado Leste, há inserção contemporânea de duas janelas do tipo “maxi-ar” com caixilharia de madeira; na torre Sul observa-se a presença de mais uma abertura contemporânea nos moldes das incorporadas a galeria; as decidas pluviais que recolhem as águas da sotéia, em manilhas de ferro fundido, estão em bom estado de conservação embora os suportes de fixação estejam comprometidos pela corrosão e haja descontinuidade da tubulação próxima ao térreo.

Identificam-se, ainda, emendas junto ao revestimento, como no caso das inserções das janelas contemporâneas inseridas na galeria e na torre Sul, com argamassas distintas da composição do traço original, bem como, partes faltantes e/ou em desagregação e a presença de fissuras no revestimento concentradas, principalmente, nas bases das torres.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente na frontaria da galeria, nos vãos entre janelas e na balaustrada da sotéia.

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As janelas da frontaria Sudoeste apresentam inserções variadas de elementos não originais (telas, grades e substituição de vidraçarias por tampões cegos), no entanto o mais grave são as infiltrações de umidade generalizadas provocadas pelo sistema de abrir da caixilharia de vidros, para o interior dos ambientes, como já foi explicitado. Este erro de concepção do projeto original das esquadrias tem provocado o surgimento de apodrecimentos dos marcos e caixilharias comprometendo ainda mais seus aspectos funcionais.

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento liso que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento. No entanto, nas áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença da camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor branca, diferente do restante da pintura remanescente em tom de areia.

Como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada de todas as inserções contemporâneas fixadas junto aos revestimentos (fiações e suportes e aberturas contemporâneas).

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Sugere-se, ainda, a recomposição das decidas pluviais em tubulações galvanizadas nos mesmos diâmetros atuais e substituição dos suportes metálicos por peças de igual aspecto tipo-morfológico, no entanto, protegidas por galvanização a fogo.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, com a caixilharia abrindo no sentido invertido, para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas apresentadas e seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado.

Todas as aberturas a serem substituídas devem ser equipadas com as ferragens originais existentes. As ferragens atualmente faltantes nas esquadrias existentes ou não originais devem ser repostas nas novas aberturas seguindo a tipologia e morfologia das originais, conforme as indicações das plantas e planilhas.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

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Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

A pintura das esquadrias deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

Figura 4.93 – Frontaria Sudeste das torres Sul e Le ste

As frontarias Sudeste das torres Sul e Leste do lado uruguaio apresentam fissuras ao longo dos panos e fraturas junto a arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento das alvenarias e ornamentos.

Há presença de elementos estranhos a frontaria como suportes metálicos em uso ou abandonados utilizados como fixadores da variada fiação elétrica e de comunicações, que atendem as torres.

Junto às escadarias de ambos os lados, observa-se pontos críticos com relação ao descolamento, fratura e perda do revestimento causado pela movimentação diferenciada entre a rampa de acesso a ponte, as torres e as escadarias, o que pode ser observado através das rachaduras de trabalho demarcadas no piso onde estas estruturas se encontram.

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Figura 4.94 – Danos ao revestimento junto às escada rias da torre Norte e da torre Sul.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento, principalmente junto à base das frontarias que são em concreto armado recoberto com um revestimento menos nobre em chapisco.

Praticamente não há vestígios de camada pictórica sobre a superfície do revestimento destas frontarias que possa ser explorada no sentido de identificação da tipologia e morfologia deste capeamento; no entanto, junto à superfície rugosa das áreas das bases, revestidas com chapisco, percebe-se, claramente, a presença de camada pictórica de composição não identificada, porém, na cor branca, diferente do restante da pintura remanescente em tom de areia.

Assim sendo, como intervenção de restauro destas frontarias sugere-se a retirada das passagens de energia, telefonia e demais cabeamentos aéreos fixados as frontarias, assim como, de todos os suportes e demais elementos estranhos existentes.

A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976. Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Substituição das janelas com a introdução do sistema de abertura, com a caixilharia abrindo no sentido invertido, para o exterior dos ambientes, mantendo o mesmo desenho e dimensões, devido às justificativas apresentadas e seguindo o tratamento de preservação da madeira já especificado.

Todas as aberturas a serem substituídas devem ser equipadas com as ferragens originais existentes. As ferragens atualmente faltantes nas esquadrias

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existentes ou não originais devem ser repostas nas novas aberturas seguindo a tipologia e morfologia das originais, conforme as indicações das plantas e planilhas.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

A pintura das esquadrias deverá seguir o trato já descrito para esta atividade.

A vidraçaria devera seguir as normas atuais para vidros lisos e translúcidos.

(a) (b) (c)

Figura 4.95 – (a) Escadaria junto ao torreão Sul; ( b) Detalhe poste iluminação original; (c) Detalhe degraus em leque.

(a) (b)

Figura 4.96 – (a) Escadaria junto ao torreão Leste; (b) Detalhe do patamar visto de cima para baixo.

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Na escada externa da frontaria Sudeste da torre Sul, as arcadas foram fechadas com alvenarias nos vãos entre os pilares de apoio da estrutura de sustentação das mesmas acrescentando, ainda, uma edícula saliente aos arcos; intervenção equivocada no sentido que acrescenta um elemento estranho à edificação, além de provocar a perda estética da leveza estrutural pretendida pelo projeto.

As balaustradas das escadarias compostas por travessas, arcos vazados e base estilizada, bem ao gosto do Neocolonial, estilo dominante no projeto, embora bastante íntegros, apresentam fraturas junto às arestas e cantos vivos com perda de parte do revestimento de recobrimento.

Os degraus simples sem bocel, executados em concreto armado atendem perfeitamente a Fórmula de Conforto de Blondell; além dos degraus, a meia altura, há um patamar de descanso com medidas próximas ao patamar de chegada da escada junto à ponte. Estes pisos e espelhos apresentam desgaste em ambas as escadarias.

As escadarias apresentam níveis diferentes de chegada aos pisos inferiores causando, atualmente, supressões no número de degraus em uma e outra. Isso significa que ambos os lados da ponte tiveram os níveis de piso, junto aos acessos de subida das escadas, alterados em relação à situação a época da construção da ponte.

Assim, na escada contigua a torre Sul a calçada do piso inferior absorveu todo o degrau de convite.

Figura 4.97 – Escada junto à torre Sul com o degrau de convite absorvido pelo piso contemporâneo.

Na escada contigua a torre Leste o degrau de convite junto ao acesso de subida, também esta encoberto pelo piso do atual nível inferior.

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Figura 4.98 – Escada junto à torre Leste com o degr au de convite absorvido pelo piso contemporâneo.

Junto à escadaria do lado Norte, a frente da frontaria Sudeste da torre Leste, ao rés do chão, há uma edícula construída no vão entre a escada e a dita frontaria, assim como, sobre o acesso a ponte há outra edícula construída também no lado Leste (junto ao acesso de descida da escada Norte).

Figura 4.99 – Edícula construída sobre o acesso a p onte no lado Norte.

Estas intervenções equivocadas subtraem importantes detalhes, rigores e cuidados estéticos construtivos no sentido da intenção de projeto em promover um desenho de soluções harmoniosas ao conjunto arquitetônico da ponte. Neste caso, grosseiramente soterrados no caso dos degraus iniciais da subida das escadas e visivelmente obstrutivos das visuais originais do projeto, no caso das edículas contemporâneas.

Como intervenção de restauro sugere-se a remoção das alvenarias que encobrem à arcada da escada do lado Oeste e forma as edículas, além da remoção do passadiço incorporado ao patamar da escada do lado Norte incluindo a reintegração do guarda-corpo suprimido.

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A reintegração do revestimento deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das frontarias Sudeste e Nordeste.

Quanto aos degraus, sugere-se que seja feita a remoção da camada superficial do revestimento de argamassa e promovido o recapeamento, também em argamassa, no traço (1:2) (uma medida de cimento para duas medidas de areia média) adequado a resistência a abrasão a que estão sujeitos e acabamento liso com a borda do piso frisada para melhorar a aderência em dias de chuva.

E, finalmente, a recuperação dos níveis dos pisos inferiores das escadarias com a eliminação do acréscimo da cota de nível incrementada contemporaneamente, retomando assim, o número de degraus originais, bem como, os aspectos arquitetônicos pretendidos pelo projeto.

Figura 4.100 – Vista - das coberturas das torres Oe ste e Norte ao fundo e Sul e Leste em primeiro plano.

As coberturas das quatro torres são formadas por telhados de pavilhão recobertos com telhas cerâmicas do tipo capa e canal, fixadas com emboçamento

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de argamassa nas pontas e bolsas das telhas (telhado cravado), numa inclinação de 23% com relação aos planos das lajes onde estão assentadas.

As linhas de cumeeira são guarnecidas por linhas de telhas do mesmo tipo das demais e totalmente emboçadas em argamassa.

As abas são pronunciadas, 80cm (oitenta centímetros), em suporte de concreto armado formado pelo balanço da laje de cobertura com acabamento frisado no topo, embasadas por entablamentos horizontais onde parecem se apoiar.

Não há preocupação de projeto com relação ao uso de calhas e condutores tratando-se, portanto, de beirais livres.

Nos terços finais das cumeeiras externas Norte, Leste e Oeste, Sul das torres, há dutos de ventilação da tubulação original de esgoto, em ferro fundido, sobressaindo o telhado. Tubulação esta que nada mais é do que um prolongamento da própria coluna vertical interna de esgoto.

No ápice das coberturas, estão instalados para-raios do tipo Franklin, cujos aterramentos descem acompanhando a declividade da cumeeira e depois na vertical ao solo através de cabos de aço colocados junto ao encontro entre as torres e galerias das frontarias externas Sudoeste e Nordeste. Embora as agulhas do para-raios estejam em bom estado de conservação, as quatro descidas se encontram rompidas próximo ao solo.

De modo geral o conjunto formado pela cobertura de telhas e tesouras, terças, caibros e ripamentos de madeira, apresentam-se em bom estado de conservação.

Como intervenção de restauro destas coberturas se sugere o seguinte processo abaixo descrito.

As coberturas deverão seguir a tipologia (materiais/sistema construtivo) e morfologia (volumetria) originais com o emprego de telhas do mesmo tipo atual, “capa/canal-portuguesa”, contemporâneas (novas) quando não houver aproveitamento das em uso, desde que sejam obedecidos os parâmetros dimensionais e de cor concordantes às originais e posicionadas nos canais do telhado. As posições das capas deverão ser refeitas com o reaproveitamento das telhas ainda originais em bom estado de conservação. As telhas de reaproveitamento deverão passar por processo de requeima (efetuado em forno de olaria) para recuperação da tenacidade do barro de constituição.

Os caimentos (pontos) do telhado deverão seguir às empenas das tesouras originais.

As telhas deverão ser amarradas, uma a uma, as ripas transversais, por meio de ganchos feitos com fio de arame de cobre nº16 (número dezesseis), colocados entre as pontas de cada telha e a ripa superior de apoio da mesma.

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As telhas deverão ser emboçadas com mescla de argamassa a base de cal e areia com traço de (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985), junto às extremidades (ponta e bolsa). Deverá ser feita, imediata e rigorosa limpeza da telha, após o emboçamento, para remoção dos excessos de argamassa; evitando assim, a ocorrência de manchamento da superfície em contato com a cal.

Nas cumeeiras deverá ser deixado vão de ventilação junto aos bebedouros.

Deverá ser acrescido ao telhado, por sob os berços de apoio, subcobertura metálica em chapa galvanizada anodixada, lisa de 5mm (cinco milímetros) de espessura, equivalente a chapa nº24 (número vinte e quatro), com trespasse de 10cm (dez centímetros) junto às emendas das mesmas.

A subcobertura deverá ser solidarizada entre si, nas justaposições do material sobre os berços, por mastique a base de adesivo elástico, monocomponente, tixotrópico, à base de poriuretano, para colagens flexíveis de superfícies metálicas (Ex.: SikaBound T1 / Sika).

As deteriorações da madeira das estruturas suporte do telhado deverão ser removidas e feitas incrustações e/ou reforços de saneamento e/ou substituição das partes alteradas, em material compatível física e quimicamente ao original.

As peças de madeira faltantes ou que não apresentarem possibilidade de recuperação, deverão ser incluídas ou substituídas por peças de iguais dimensões em madeiras ditas “duras” (Ipê, Itaúba ou Grápia), conforme já especificado para o trato de restauro de peças deste material.

Concluído o trabalho de recuperação das peças de madeira, antes da colocação do subtelhado, deverá ser efetuado tratamento preventivo a futuros ataques biológicos em toda a estrutura através do emprego de inseticidas a base de Deltramethrina, Xilamon-tr, Acquatermit RF, ou outro cupinicida de comprovada eficácia e durabilidade; baixa combustibilidade e toxidade.

Sugere-se, também, a manutenção das ventilações das tubulações de esgoto que sobressaem à cobertura, uma vez que, poderão ser utilizados pelos conjuntos sanitários propostos neste projeto

Com relação á proteção de descargas atmosféricas (SPDA), entendemos que se faz necessária a modernização do sistema atual com a troca do equipamento do tipo Franklin para o tipo Faraday (atualização normativa), observando-se que as decidas dos aterramentos poderá ficar disposta nas mesmas posições atuais, porem, não em cabos de aço anilhados, como atualmente, e sim, no sistema de fitas metálicas condutoras de energia coladas às frontarias que proporciona um aspecto mais discreto a este tipo de instalação.

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4.3.2. Interior das torres

O interior da torre Oeste, no piso térreo, se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Noroeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); a parede externa Nordeste, tem uma porta de acesso ao exterior e a parede interna Sudeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Sudoeste; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

(a) (b)

Figura 4.101 – (a) Vista do sanitário e escada orig inais a Oeste da torre; (b) Vista da construção contemporânea a Leste da torre

No canto Oeste formado pelas paredes externas Sudoeste e Noroeste esta o banheiro original em alvenaria. Ao lado, foi mantida a porta de acesso à escada, também original, que leva a laje de cobertura do sanitário, onde a partir daí segue para o pavimento superior uma escada helicoidal (ainda bastante original).

Nos cantos Norte e Leste há presença de paredes de alvenaria, assim como no canto Sul, uma divisória de madeira e vidros que segmentam três novas áreas do espaço único original.

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(a) (b) (c)

Figura 4.102 – (a) Sanitário ainda bastante origina l; (b) Escada original 1° lance; (c) Escada original 2° lance.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento em reboco (ver anexo) com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de esmalte sintético.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro, diferenciando-se somente no piso do sanitário onde os ladrilhos hidráulicos atuais formam um tabuleiro bicolor em amarelo e marrom (mesmo piso encontrado na laje de entrepiso contemporâneo do pavimento acrescido acima).

Figura 4.103 – Vistas do entrepiso contemporâneo qu e divide o pé direito do pavimento térreo da torre Oeste (segundo piso)

O pé direito original foi divido em dois contemporaneamente por uma nova laje de concreto armado. Este novo entrepiso acrescido não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das

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bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Sobre este “segundo piso”, a Sudoeste, há presença de paredes de alvenaria que segmentam três novas áreas do espaço único original, tendo ainda a Nordeste uma circulação que dá acesso a galeria Sudoeste. Sobre esta circulação existe um sótão acima do forro de madeira que é acessado por uma escada de bordo59 também de madeira.

No canto Oeste formado pelas paredes externas Sudoeste e Noroeste esta a escada helicoidal, ainda bastante original que dá acesso ao piso inferior.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso da área é em ladrilhos hidráulicos formando um tabuleiro em amarelo e marrom (mesmo piso encontrado no sanitário do pavimento térreo).

(a) (b) (c)

Figura 4.104 – (a) Vistas do pavimento superior da torre Oeste (terceiro piso); (b) Vistas do pavimento superior da torre Oeste (terceiro piso); (c) Escada original no 2° pav.(terceiro piso).

O piso superior (original) agora “terceiro piso” se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste, Noroeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); e a parede externa Sudeste, possui uma porta de acesso a sotéia; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

59 Escada feita com duas tábuas paralelas servindo de banzos para apoio dos degraus (também de madeira). É também chamada de escada de moleiro ou escada de pernas-galgadas, ou ainda, pernas aprumadas, termo que designa a posição vertical de um elemento.

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Sobre esta laje, há presença de paredes de alvenaria que segmentam três novas áreas do espaço único original, sendo que uma delas (ao centro) forma um acesso que leva a sotéia Sudoeste.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

Aqui também o pé direito original foi divido em dois contemporaneamente da mesma forma que o pé direito do pavimento térreo, formando assim, um novo entrepiso em estrutura e assoalho de madeira que não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Figura 4.105 – Vistas do entrepiso contemporâneo qu e divide o pé direito do pavimento superior da torre Oeste (quarto piso)

Este “quarto piso” forma um ambiente único que ocupa todo espaço da torre, exceto na zona da escada de acesso ao pavimento abaixo (também em estrutura e degraus de madeira).

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As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso é em assoalho de madeira, assim como, os rodapés.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da cobertura.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da torre bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas originais, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

Cabe ressaltar que a abertura externa, de acesso a sotéia Sudoeste, apresenta-se completamente alterada, uma vez que, parte do vão superior esta bloqueado pelo “quarto piso” e o vão inferior foi diminuído com a introdução de uma parede de alvenaria.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados e entrepisos contemporâneos do interior da torre em ambos os pavimentos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas, e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No lado Sudoeste, sugerimos que seja alterada a configuração original do sanitário e escada de acesso ao pavimento superior reconfigurando a área com um conjunto sanitário (masculino/feminino) de acessibilidade universal dispondo entre eles uma nova escada (metálica) helicoidal, fazendo referência a original, no entanto, de diâmetro (largura) mais confortável a subida do que a originalmente idealizada. Desta forma, teríamos os cantos Oeste e Sul ocupados pelos sanitários e entre estes, defronte a janela da parede Sudoeste, o acesso ao pavimento superior. Um dos sanitários utilizaria como sistema de ventilação e iluminação a janela original que existe para este fim na frontaria Sudoeste, e o outro, ventilação forçada

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(mecânica) e iluminação por uma esquadria acima da porta de acesso (porta com uma bandeira em caixilharia de madeira com vidro). O sistema de abastecimento de água seria feito através de reservatório de 250L (duzentos e cinquenta litros) disposto acima da laje de cobertura de cada um dos sanitários (no entrepiso formado entre a laje de teto dos sanitários e o piso do segundo pavimento). O escoamento da água servida e a ventilação da tubulação de esgoto utilizariam a coluna original existente no canto Oeste sobressaindo à cobertura (que deverá ser substituída por outra galvanizada - incluindo seus suportes - com o mesmo diâmetro).

No canto Norte do pavimento térreo, sugerimos que seja inserido no piso um alçapão que permita o acesso ao porão formado pela base da torre, (conforme existente na torre Norte), e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável, como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia).

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto original presentes nesta área.

Como critério para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que seja seguida as indicações feitas para o lado brasileiro, uniformizando e sistematizando, assim, as intervenções nesta área.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, Aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da

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película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

(a) (b)

Figura 4.106 – (a) Vista do canto Oeste do lado Nor oeste da galeria; (b)Vista do canto Norte do lado Noroeste da galeria.

Figura 4.107 – Vistas do lado Sudeste da galeria Su doeste no pavimento térreo.

Figura 4.108 – Vistas da ala Noroeste segmentada do restante da galeria Sudoeste no pavimento térreo.

O interior da galeria Sudoeste é formado por uma área definida por um quadrilátero onde a parede externa Nordeste é dotada de um conjunto de três portas de acesso ao exterior; a parede externa Sudoeste, de um conjunto de três janelas; a parede interna Noroeste dispõe de porta de acesso ao interior da torre Oeste e a

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parede interna Sudeste possui uma porta de acesso a torre Sul; todas as aberturas equidistantes a partir do centro dos vãos das paredes.

Na galeria há presença de alvenarias sem revestimento (acabamento somente em pintura), bem como, uma divisória de madeira e vidro, segmentando seis ambientes, onde um deles ao Sul da galeria é utilizado como sanitário.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro.

Aqui também, o pé direito original foi divido em dois contemporaneamente por uma laje de concreto armado. Este novo entrepiso não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Neste “segundo piso” acrescido a galeria há uma circulação longitudinal ao longo do lado Nordeste que interliga as torres através de rasgos nas alvenarias de contato entre estes espaços. Junto a ela, voltados para o lado Sudoeste, há cinco ambientes formados por divisórias de madeira e um sexto, em alvenaria, utilizado como sanitário.

Figura 4.109 – Vistas do entrepiso contemporâneo qu e divide o pé direito do pavimento térreo (segundo piso).

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

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O piso e rodapés são formados por réguas de madeira, com exceção da área que serve como sanitário que é coberta por piso cerâmico.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da sotéia.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da galeria bastante despojado.

Como na torre Oeste, as instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa e embutidas, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Figura 4.110 – Instalações elétricas atuais.

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

As aberturas internas, de acesso as torres Oeste e Sul, estão em mal estado de conservação, sendo observadas patologias de gravidade devido ao emparedamento da esquadria no lado Sudeste e as alterações funcionais e estéticas do lado Noroeste.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados e entrepisos contemporâneos do interior da galeria); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas, e

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substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto original presentes nesta área.

Como critério para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que seja seguida as indicações feitas para o lado brasileiro, uniformizando e sistematizando, assim, as intervenções nesta área.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa avermelhada; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

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(a) (b)

Figura 4.111 – (a) Vista da sotéia com a torre Sul ao fundo; (b) Vista da sotéia com a torre Oeste ao fundo.

A sotéia Sudoeste apresenta as frontarias Sudeste e Noroeste com variadas incrustações de peças metálicas contemporâneas no revestimento. Bem como, a presença de antena de instrumentos de comunicação colocados junto ao parapeito central do lado Sudoeste e instalações e reservatórios de água em ambas as frontaria.

As aberturas originais encontram-se bastante alteradas sendo que na frontaria Noroeste há inclusive alteração de vão. Em ambas as frontarias foram inseridas aberturas contemporâneas de janelas.

O piso cerâmico, também contemporâneo, bastante deteriorado, possui frisos longitudinais e resíduos de argamassa.

Os rodapés no contorno da sotéia, tanto junto às paredes como aos guarda-corpos, ainda apresentam suas características originais (em argamassa de tipologia igual a do restante do revestimento externo) Não há presença de umidade oriunda da sotéia na galeria situada abaixo.

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento na balaustrada dos peitoris da sotéia como já citado na avaliação das frontarias Sudoeste e Nordeste.

Como intervenção de restauro sugere-se que seja removido o piso cerâmico e o substrato existente até a laje estrutural de sustentação da sotéia. Sobre este deverá ser estendido panos de argamassa com desníveis no sentido do centro para os guarda-corpos de ambos os lados da sotéia e daí caimentos buscando os condutores pluviais verticais originais situados a Norte, Oeste, Sul e Leste. Sobre esse piso deverá ser aplicada impermeabilização com manta asfáltica tipo III A, na

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espessura de 4mm (quatro milímetros), conforme o disposto na NBR 9952, aplicadas sobre o piso com asfalto elastomérico (o mesmo usado na manta propiciando maior flexibilidade ao sistema impermeabilizante, que sofre menos fadiga frente aos movimentos estruturais) derretido em caldeira a 180oC (cento e oitenta graus centígrados), e não com maçarico como geralmente se faz. O maçarico só deverá ser usado depois desse processo, em cima das mantas asfálticas completando a fixação sobre o piso. Para garantir a estanqueidade do sistema, a sobreposição da manta deverá ser de no mínimo 10cm (dez centímetros), evitando qualquer tipo de penetração na laje. Concluída esta etapa, deve ser efetuado o teste de estanqueidade, determinante para a garantia do sistema impermeabilizante, realizado com lâmina de 10cm (dez centímetros) de água por sete dias (o dobro do recomendado pela norma NBR 9574, que sugere um mínimo de 72 horas). Acabada a fase da impermeabilização, deverá ser procedida a etapa de isolação térmica, com instalação do revestimento em placas de EPS de 50mm (cinquenta milímetros) de espessura e 32kg/m³ (trinta e dois quilos por metro cúbico) de densidade, aderido ao sistema impermeabilizante por emulsão asfáltica. Ficando assim liberada a execução da proteção mecânica com argamassa de cimento e areia que após novo teste de estanqueidade receberá o acabamento final do piso. Neste caso, sugere-se lajota de barro cozido na cor natural (não esmaltado) com as dimensões de 10cm (dez centímetros) de largura, por 25cm (vinte e cinco centímetros) de comprimento e espessura mínima de 3cm (três centímetros), seguindo assim, a indicação dada pelo piso da sotéia Nordeste do lado uruguaio que parece ser ainda original. Como complemento desta atividade deverá ser feita a reconstituição dos rodapés em argamassa (mesma argamassa dos rebocos).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto (suportes, instalações e reservatórios de água, aberturas contemporâneas e etc...). Sugerimos que as futuras instalações de antenas ou outros elementos contemporâneos salientes sejam locados em área junto ao entorno urbano (fora dos domínios da ponte) e interligados aos pontos de uso, no interior das torres e galerias, através de cabeamentos que se utilizem dos dutos de espera conforme já explicitado.

A reintegração do revestimento (inclusive da balaustrada do guarda-corpo) deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

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Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

Figura 4.112 – Vistas internas do pavimento térreo da torre Sul.

Figura 4.113 – Vistas internas do pavimento térreo da torre Sul.

O interior da torre Sul, no piso térreo, se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Sudoeste e Sudeste, são dotadas de janelas; a parede externa Nordeste, tem porta de acesso ao exterior e a parede interna Noroeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Sudoeste; todas as aberturas centradas nos vãos das paredes.

Há presença de paredes de alvenaria de tijolos sem revestimento (acabamento somente em pintura) e em divisória de madeira que segmentam três novas áreas do espaço único original. Além disso, no canto Leste, há uma escada

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em concreto armado onde, sob ela, foi formado um ambiente utilizado como sanitário.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento em reboco (ver anexo) e estão encobertas por paredes internas contemporâneas sem revestimento e com acabamento de pintura em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro.

O pé direito original foi divido em dois contemporaneamente por uma nova laje de concreto armado. Este novo entrepiso acrescido não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Figura 4.114 - Vistas internas do entrepiso contemp orâneo que divide o pé direito do pavimento térreo da torre Sul (segundo piso).

Sobre este “segundo piso”, há presença de paredes de alvenaria que segmentam três novas áreas do espaço único original. Uma delas, a Oeste, forma um ambiente utilizado como sanitário, tendo ainda ao Norte uma circulação que dá

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acesso a galeria Sudoeste através de rasgo na alvenaria de contato entre estes. Sobre esta circulação existe um sótão acima do forro de madeira do ambiente utilizado como sanitário que é acessado por uma escada marinheiro, também de madeira.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento em reboco (ver anexo) e estão parcialmente encobertas por paredes internas contemporâneas sem revestimento e com acabamento de pintura em tinta a base de PVA.

O piso da área é em parquete60 em duas tonalidades formando um desenho regular geométrico.

Figura 4.115 - Vistas internas do pavimento superio r da torre Sul (terceiro piso).

60 Do francês (parquet) piso composto por tacos de madeira. Existem dois tipos de parquete: o parquete formado somente por tacos, usualmente iguais (como no caso descrito); e o parquete formado por tacos de dimensões e madeiras diferentes, também conhecido como “parquete mosaico” (mais elaborado) empregado em ambientes suntosos do início do século XIX.

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O piso superior (original) agora “terceiro piso” se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste, Sudeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); e a parede externa Noroeste, possui uma porta de acesso a sotéia; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

Sobre esta laje, há presença de paredes de alvenaria que segmentam quatro novas áreas do espaço único original, sendo que uma delas, a Sudoeste, forma um ambiente utilizado como cozinha; a Nordeste, há mais dois ambientes e no centro uma circulação que leva a sotéia Sudoeste, único acesso a esta área.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

Aqui também o pé direito original foi divido em dois contemporaneamente da mesma forma que o pé direito do pavimento térreo, formando assim, um novo entrepiso em estrutura e assoalho de madeira que não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Figura 4.116 – Vistas internas do entrepiso contemp orâneo que divide o pé direito do pavimento superior da torre Sul (quarto piso).

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Este “quarto piso” forma um ambiente único que ocupa todo espaço da torre, exceto na zona da escada de acesso ao pavimento abaixo (também em estrutura e degraus de madeira).

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés são formados por réguas de madeira.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde não se percebe infiltrações oriundas da cobertura.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da torre bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas originais, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

Cabe ressaltar que a abertura externa, de acesso a sotéia Sudoeste, apresenta-se completamente alterada, uma vez que, parte do vão superior esta bloqueado pelo “quarto piso” e o vão inferior teve as aberturas substituídas.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados incluindo as alvenarias que encobrem as paredes originais e entrepisos contemporâneos do interior da torre em ambos os pavimentos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas, e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No canto Leste do pavimento térreo, sugerimos que seja inserido no piso um alçapão que permita o acesso ao interior da base da torre (conforme existente na torre Norte) e que no rés do chão desta, seja construído um contrapiso impermeável como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria desta área acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

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Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia).

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto original presentes nesta área.

Como critério para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que seja seguida as indicações feitas para o lado brasileiro, uniformizando e sistematizando, assim, as intervenções nesta área.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

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(a) (b)

Figura 4.117 – (a) Vista do canto Oeste da torre No rte; (b) Vista da parede Sudeste da torre Norte.

(a) (b)

Figura 4.118 – (a) Vista da parede Nordeste da torr e Norte; (b) Vista do canto Norte da torre Norte.

O interior da torre Norte, no piso térreo, se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Noroeste e Nordeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); a parede externa Sudoeste, tem uma porta de acesso ao exterior e a parede interna Sudeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Nordeste; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

No canto Norte formado pelas paredes externas Nordeste e Noroeste esta o banheiro original em alvenaria. Ao lado, no espaço onde originalmente havia a escada que levava a laje de cobertura do sanitário, atualmente encontra-se um armário embutido neste vão.

No canto Oeste há uma escada em estrutura metálica e degraus de madeira e no centro um pilar de concreto armado que suportam uma área construída acima, (no pavimento superior) ambas contemporâneas.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento em reboco (ver anexo) com acabamento de pintura

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contemporânea em tinta a base de PVA. Estas paredes estão forradas com painéis contemporâneos de madeira do piso até a altura dos peitoris das janelas.

(a) (b)

(c)

Figura 4.119 – (a) Alçapão de acesso ao interior da base da torre; (b) Alçapão de acesso ao interior da base da torre; (c) Interior do porão da base da torre.

O piso permanece original em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro, já os rodapés estão encobertos ou foram suprimidos no ato da colocação dos painéis contemporâneos de madeira.

No canto Oeste há um alçapão com tampa em madeira que permite o acesso ao porão formado pela base oca da torre.

Figura 4.120 – Vista do entrepiso e escada contempo rânea que divide o pé direito do pav. térreo da torre Norte (segundo piso).

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O pé direito original foi divido em dois contemporaneamente por uma nova laje de concreto armado. Este novo entrepiso acrescido não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Sobre este “segundo piso”, há presença de paredes de alvenaria que segmentam três novas áreas do espaço único original, sendo a Nordeste uma circulação que dá acesso a galeria, também Nordeste; o canto Norte desta circulação abriga a escada caracol original que dá acesso ao pavimento superior da torre; no canto Oeste, há um ambiente utilizado como sanitário, e o restante da área é ocupado pelo mezanino acessado pelo pavimento térreo da torre.

Figura 4.121 – Vista do entrepiso contemporâneo que divide o pé-direito do pav. térreo e a escada que dá acesso ao pav. Superior.

O piso da área da circulação é em material vinílico61 e o da área do sanitário (um degrau acima) é cerâmico, ambos contemporâneos.

61 Piso em placas coláveis formados a partir de um composto a base de PVC.

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(a) (b) (c)

Figura 4.122 – (a) Escada original no 2° pav.(terce iro piso); (b) e (c) Vistas do pavimento superior da torre Oeste (terceiro piso).

O piso superior (original) agora “terceiro piso” se constitui de uma área única formada por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste, Noroeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); e a parede externa Sudeste, possui uma porta de acesso a sotéia Nordeste; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés permanecem originais em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde se percebe infiltrações oriundas da cobertura que originaram a perda de parte do revestimento.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da torre bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de

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plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas originais, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados, entrepisos contemporâneos, pilar de concreto e painéis de madeira das paredes e forros); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas, e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

No lado Nordeste, sugerimos que seja alterada a configuração original do sanitário e escada de acesso ao pavimento superior reconfigurando a área com um conjunto sanitário (masculino/feminino) de acessibilidade universal dispondo entre eles uma nova escada (metálica) helicoidal, fazendo referência a original, no entanto, de diâmetro (largura) mais confortável a subida do que a originalmente idealizada. Desta forma, teríamos os cantos Norte e Leste ocupados pelos sanitários e entre estes, defronte a janela da parede Nordeste, o acesso ao pavimento superior. Um dos sanitários utilizaria como sistema de ventilação e iluminação a janela original que existe para este fim na frontaria Nordeste, e o outro, ventilação forçada (mecânica) e iluminação por uma esquadria acima da porta de acesso (porta com uma bandeira em caixilharia de madeira com vidro). O sistema de abastecimento de água seria feito através de reservatório de 250L (duzentos e cinquenta litros) disposto acima da laje de cobertura de cada um dos sanitários (no entrepiso formado entre a laje de teto dos sanitários e o piso do segundo pavimento). O escoamento da água servida e a ventilação da tubulação de esgoto utilizariam a coluna original existente no canto Norte sobressaindo à cobertura (que deverá ser substituída por outra galvanizada - incluindo seus suportes - com o mesmo diâmetro).

No canto Oeste do pavimento térreo, sugerimos que seja mantido o alçapão de acesso ao interior da base da torre (substituindo a tampa original de madeira por outra de igual tipologia e morfologia), e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área, acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia)

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Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto original presentes nesta área.

Como critério para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que seja seguida as indicações feitas para o lado brasileiro, uniformizando e sistematizando, assim, as intervenções nesta área.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

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(a) (b)

(c)

Figura 4.123 – (a) Canto Sul do lado Sudeste da gal eria; (b) Lado Noroeste da galeria; (c) Vista do acesso ao pav. Intermediário.

O interior da galeria Nordeste é formado por uma área definida por um quadrilátero onde a parede externa Sudoeste é dotada de um conjunto de três portas de acesso ao exterior; a parede externa Nordeste, de um conjunto de três janelas; a parede interna Noroeste dispõe de porta de acesso ao interior da torre Norte e a parede interna Sudeste possui uma porta de acesso a torre Leste; todas as aberturas equidistantes a partir do centro dos vãos das paredes.

Na galeria há presença de duas divisórias de madeira e vidro, segmentando dois ambientes.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA. Estas paredes estão forradas com painéis contemporâneos de madeira do piso até a altura das vergas das portas.

O piso permanece original em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro, já os rodapés estão encobertos ou foram suprimidos no ato da colocação dos painéis contemporâneos de madeira.

Aqui também, o pé direito original foi divido em dois contemporaneamente por uma estrutura metálica e assoalho de madeira. Este novo entrepiso não leva em

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consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas abaixo das linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

Neste “segundo piso” acrescido a galeria há uma circulação longitudinal ao longo do lado Nordeste que interliga a galeria a torre Norte através de rasgo na alvenaria de contato entre estes espaços. Este espaço esta segmentado em dois ambientes por uma divisória de madeira e vidros no lado Noroeste.

Figura 4.124 – Vistas do entrepiso contemporâneo qu e divide o pé direito da galeria (segundo piso).

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com

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chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

O piso e rodapés são formados por réguas de madeira.

Figura 4.125 – Vista da laje de cobertura da galeri a Nordeste.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde se percebe infiltrações oriundas da sotéia.

Em nenhuma destas estruturas há registro de elementos decorativos, tornando assim, o interior da galeria bastante despojado.

As instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi comentado no levantamento das patologias das frontarias externas.

As portas internas, de acesso as torres Norte e Leste, estão em mal estado de conservação, principalmente a esquadria do lado Noroeste devido ao emparedamento da parte superior da abertura.

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação dos ambientes segmentados e os entrepisos e mezanino contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas, e substituídas às

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portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

Propomos, também, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto original presentes nesta área.

Como critério para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que seja seguida as indicações feitas para o lado brasileiro, uniformizando e sistematizando, assim, as intervenções nesta área.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada na torre Leste do lado uruguaio, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

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(a) (b)

Figura 4.126 – (a) Vista da sotéia com a torre Lest e ao fundo; (b) Vista da sotéia com a torre Norte ao fundo.

A sotéia Nordeste apresenta as frontarias Sudeste e Noroeste com variadas incrustações de peças metálicas contemporâneas no revestimento. Bem como, a presença no lado Sudeste de instalações e reservatórios de água sobre suportes de alvenaria e concreto armado.

As aberturas originais encontram-se bastante degradadas pelo intemperismo e a falta de manutenção.

O piso em lajotas de barro cozido, bastante atacados pela ação fúngica e a presença de vegetação, provocada pelo acúmulo de umidade no substrato, aparenta ser ainda original devido à tipologia que remete aos materiais disponíveis empregados na época.

Os rodapés no contorno da sotéia, tanto junto às paredes como aos guarda-corpos, ainda apresentam suas características originais (em argamassa de tipologia igual a do restante do revestimento externo).

Observa-se, ainda, a presença de fungos com penetração até o substrato do revestimento na balaustrada dos peitoris da sotéia como já citado na avaliação das frontarias Sudoeste e Nordeste.

Como intervenção de restauro sugere-se que seja removido o piso cerâmico e o substrato existente até a laje estrutural de sustentação da sotéia. Sobre este deverá ser estendido panos de argamassa com desníveis no sentido do centro para os guarda-corpos de ambos os lados da sotéia e daí caimentos buscando os condutores pluviais verticais originais situados a Norte, Oeste, Sul e Leste. Sobre esse piso deverá ser aplicada impermeabilização com manta asfáltica tipo III A, na espessura de 4mm (quatro milímetros), conforme o disposto na NBR 9952, aplicadas sobre o piso com asfalto elastomérico (o mesmo usado na manta propiciando maior flexibilidade ao sistema impermeabilizante, que sofre menos fadiga frente aos

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movimentos estruturais) derretido em caldeira a 180oC (cento e oitenta graus centígrados), e não com maçarico como geralmente se faz. O maçarico só deverá ser usado depois desse processo, em cima das mantas asfálticas completando a fixação sobre o piso. Para garantir a estanqueidade do sistema, a sobreposição da manta deverá ser de no mínimo 10cm (dez centímetros), evitando qualquer tipo de penetração na laje. Concluída esta etapa, deve ser efetuado o teste de estanqueidade, determinante para a garantia do sistema impermeabilizante, realizado com lâmina de 10cm (dez centímetros) de água por sete dias (o dobro do recomendado pela norma NBR 9574, que sugere um mínimo de 72 horas). Acabada a fase da impermeabilização, deverá ser procedida a etapa de isolação térmica, com instalação do revestimento em placas de EPS de 50mm (cinquenta milímetros) de espessura e 32kg/m³ (trinta e dois quilos por metro cúbico) de densidade, aderido ao sistema impermeabilizante por emulsão asfáltica. Ficando assim liberada a execução da proteção mecânica com argamassa de cimento e areia que após novo teste de estanqueidade receberá o acabamento final do piso. Neste caso, sugere-se lajota de barro cozido na cor natural (não esmaltado) com as dimensões de 10cm (dez centímetros) de largura, por 25cm (vinte e cinco centímetros) de comprimento e espessura mínima de 3cm (três centímetros), seguindo assim, a indicação dada pelo piso da sotéia Nordeste do lado uruguaio que parece ser ainda original. Como complemento desta atividade deverá ser feita a reconstituição dos rodapés em argamassa (mesma argamassa dos rebocos).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto (suportes, instalações e reservatórios de água, aberturas contemporâneas e etc...). Sugerimos que as futuras instalações de antenas ou outros elementos contemporâneos salientes sejam locados em área junto ao entorno urbano (fora dos domínios da ponte) e interligados aos pontos de uso, no interior das torres e galerias, através de cabeamentos que se utilizem dos dutos de espera conforme já explicitado.

A reintegração do revestimento (inclusive da balaustrada do guarda-corpo) deverá ser feita com argamassa elaborada de acordo com a aproximação levantada pelas análises laboratoriais dos aspectos tipo-morfológicos (quantitativos e granulométricos) do revestimento atual em cada área de aplicação (ver anexo). Traço (1:1:6) (uma medida de cimento e uma medida de cal hidratada para seis medidas de areia média) – BS 5262 (BSI, 1976). Aplicado sobre chapisco novo no traço de (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) para agregar adesão à alvenaria previamente exposta, limpa e umedecida.

Ataque as colônias fúngicas do revestimento remanescente através de hidrojateamento a baixa pressão para remoção das camadas orgânicas afloradas sem provocar erosão à camada superficial do revestimento.

Feita a reintegração e desinfestação superficial do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de

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resina acrílica com selador e tinta industrializada na cor areia, conforme o trato sugerido para a pintura das demais frontarias.

Figura 4.127 – Vistas internas do pavimento térreo da torre Leste.

O interior da torre Leste, no piso térreo, se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste e Sudeste, são dotadas de janelas; a parede externa Sudoeste, tem porta de acesso ao exterior e a parede interna Noroeste, possui uma porta interna de acesso a galeria Nordeste; todas as aberturas centradas nos vãos das paredes.

As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA. Estas paredes estão forradas com painéis contemporâneos de madeira do piso até a altura dos peitoris das janelas.

O piso permanece original em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro, já os rodapés estão encobertos ou foram suprimidos no ato da colocação dos painéis contemporâneos de madeira.

A cobertura é formada por laje de entrepiso em concreto armado revestida de reboco e pintura, não identificada. No entanto, o pé direito foi rebaixado contemporaneamente com forro de madeira com acabamento em pintura esmalte sintético na cor branca. Este forro não leva em consideração a altura das aberturas, que ficam, assim, cortadas nas linhas inferiores das bandeiras, descaracterizando sobremaneira o ambiente na sua volumetria e escala, e particularmente, as aberturas nas suas funções utilitárias e estéticas.

O piso superior da torre se constitui de uma área formada por um quadrilátero onde as paredes externas Nordeste, Sudeste e Sudoeste, são dotadas de janelas (uma janela em cada pano de parede); e a parede externa Noroeste, possui uma porta de acesso a sotéia; todas estas aberturas são centradas nos vãos das paredes.

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As paredes originais, bastante comprometidas pela degradação provocada pelo excesso de umidade e fraturas, são em alvenaria de tijolos maciços com chapisco e revestimento (ver anexo) em reboco com acabamento de pintura contemporânea em tinta a base de PVA.

Nestas paredes, devido à escamação das pinturas aplicadas contemporaneamente, pode-se perceber a pintura original onde há uma faixa horizontal em tom avermelhado que contorna todo o ambiente separando um rodaforro e teto de uma cor, no caso, branco e a parede abaixo em cor areia. Único elemento decorativo encontrado no interior da torre bastante despojada.

Figura 4.128 – Detalhe da pintura original observad a na torre Leste.

O piso permanece original em ladrilhos hidráulicos na mesma tipologia e morfologia utilizada no lado brasileiro.

Observa-se que a soleira da porta de acesso a sotéia esta em nível mais alto em relação, tanto ao piso interno como o externo, formando batentes as folhas de porta pelo lado de fora, acarretando grande quantidade de infiltração de água da chuva.

A cobertura (original) é formada por laje em concreto armado revestido de reboco e pintura, ambos com composição não identificada onde se percebe infiltrações oriundas da cobertura que originaram a perda de parte do revestimento.

Como na torre Norte, as instalações elétricas originais, em pequeno número, são embutidas nas alvenarias em tubulações metálicas comprometidas pela corrosão. Contemporaneamente foram incorporadas variadas instalações de energia, comunicação e lógica de forma aleatória em tubulações, também em variados materiais, de forma externa, fixadas ao revestimento. Não existem registros de plantas das instalações originais e tão pouco das instalações contemporâneas desta área.

Todas as aberturas externas originais, sem exceção, apresentam problemas de infiltrações da água da chuva devido à baixa estanqueidade, como já foi

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comentado no levantamento das patologias das frontarias externas e a falta de manutenção.

Figura 4.129 – Detalhe do estado de conservação das esquadrias da torre Leste

Como intervenção de restauro, sugerimos que sejam resgatados os aspectos formais do projeto original (eliminação das alvenarias e divisórias de segmentação dos ambientes, dos entrepisos, forros e painéis de madeira das paredes todos contemporâneos); substituídos os ladrilhos hidráulicos que formam o piso e os rodapés (seguindo a mesma tipologia e morfologia dos originais) também em ladrilhos hidráulicos; eliminadas as aberturas contemporâneas, e substituídas às portas e janelas originais (incluindo as internas), seguindo o critério exposto na análise das patologias das frontarias externas.

Sugerimos, ainda, que seja inserido no canto Sul alçapão de acesso a base da torre, conforme o existente na torre Norte do lado uruguaio e que no rés do chão desta, seja construído contrapiso impermeável como medida de saneamento e facilitação da manutenção de limpeza e vistoria da área, acessível por escada metálica do tipo marinheiro.

Como medida de solução para a infiltração de umidade do vão de acesso a sotéia, sugerisse o alargamento da soleira interna de modo que esta possa absorver uma calha coberta com grelha metálica vazada de deságue da infiltração de umidade, que venha a passar por baixo da porta, de volta para o exterior (piso da sotéia).

Propomos, mais uma vez, a retirada de todas as instalações de energia elétrica, comunicação e lógica, originais e contemporâneas, bem como, de todos os demais elementos estranhos ao projeto presentes nesta área.

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Como critério para as instalações de energia, comunicação e lógica sugerimos que seja seguida as indicações feitas para o lado brasileiro, uniformizando e sistematizando, assim, as intervenções nesta área.

E finalmente propomos, também, a substituição do revestimento interno (paredes e tetos) com argamassa à base de cal sem adição de cimento. Traço (1:4) (uma medida de cal hidratada para quatro medidas de areia média) – DIN 18550 Partes 1 e 2 (DIN, 1985). Aplicado sobre chapisco novo no traço (1:4) (uma medida de cimento para quatro medidas de areia grossa) com cobertura de no máximo 50% (cinquenta por cento) da área de alvenaria, no caso de paredes, ou laje de concreto, no caso de tetos, para formar ponte de adesão ao substrato previamente exposto, limpo e umedecido.

Feita a recomposição do revestimento, após o tempo de cura e secagem propomos a aplicação de camada pictórica a base de cal com tinta industrializada nas cores branca no teto e rodaforro, separando a cor das paredes, em areia, através de uma faixa de 2cm (dois centímetros) de largura na cor vermelha, também a base de cal, aplicada na parede no encontro com o rodaforro; conforme a indicação dada pela pintura original encontrada, resgatando assim a originalidade da composição. A indicação do tipo de tinta a ser empregada visa manter a possibilidade de transpiração das paredes, proporcionada pelo revestimento a base de cal, colaborando assim, para uma melhor aderência da película pictórica sem que esta prejudique a troca de umidade interna da parede com o ambiente. A pintura das esquadrias internas deverá seguir o trato já descrito para esta atividade na análise das frontarias externas.

4.4. Iluminação externa

Os postes de concreto tanto da rampa de acesso do lado brasileiro como da ponte, foram passíveis de resgate da tipo-morfologia original graças às duas unidades encontradas junto às escadarias Oeste e Norte das frontarias Sudeste no lado uruguaio que somados à unidade museografada no “Espacio Cultural Villa de Artigas – Museu de los Medios de Transporte” de Rio Branco serviram de referência a reconstituição representada em planta.

Os postes de ferro fundido foram passíveis de resgate da tipo-morfologia original (também representada em planta) graças à unidade museografada no Instituto Histórico e Geográfico de Jaguarão que, além disso, deu suporte a pesquisa iconográfica que permitiu a identificação destes equipamentos (postes de concreto e de ferro fundido) nos seus locais de origem.

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Figura 4.130 – Postes remanescentes da iluminação o riginal da ponte.

Assim, concluímos as análises e sugestões as intervenções restaurativas a serem submetidas as torres, galerias e sotéias das edificações do lado uruguaio da ponte complementando os levantamentos e propostas de intervenção registradas nas plantas elaboradas em conjunto com essa descrição.

Observação: A partir do restauro, seria interessante que não fosse mais permitido o uso das paredes, pisos, forros ou outro elemento qualquer desta edificação como suporte a qualquer nova inserção sem a prévia autorização dos respectivos órgãos de preservação do patrimônio cultural. Neste sentido, ou seja, o da preservação do bem tombado em bom estado de conservação após o restauro, seria interessante o comprometimento destas instituições com a elaboração de um manual de uso deste bem, comprometendo a responsabilidade da aplicação do mesmo, aos usuários da edificação.

4.5. Especificações Técnicas

Segue a baixo as especificações técnicas das intervenções nos Torreões. As especificações complementares (EC-OE) estão descritas em detalhes no Volume 1 Tomo B.

DNER-ES 344/97 – Edificações – Serviços Preliminares

DNIT 027/2004-ES – Demolições de Dispositivos de Concreto

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DNIT 080/2006-ES – Preparação de Superfícies de Concreto Apicoamento e Jateamento

DNIT 081/2006-ES – Remoções no Concreto

DNIT 084/2006-ES – Tratamento da Corrosão

EC-OE-02 – Preparo do Substrato por Saturação com Água

EC-OE-03 – Enchimento com Argamassa a Base de Cimento

EC-OE-05 – Escarificação Mecânica

EC-OE-43 – Andaime Plataformas e Bandejas Salva Vidas

EC-OE-44 – Remoções e Demolições

EC-OE-45 – Rebaixamento das Juntas da Alvenaria Interna

EC-OE-46 – Demolição Criteriosa de Frisos e Detalhes

EC-OE-47 – Subcobertura Metálica Chapa Galvanizada/Anodixizada 0,5mm

EC-OE-48 – Forma de Silicone para Moldagem dos Frisos e Detalhes

EC-OE-49 – Execução de Frisos e Detalhes

EC-OE-50 – Emboço Traço 1:3 (Cimento e Areia) Espessura 2,0cm

EC-OE-51 – Reboco Traço 1:3 (Cimento e Areia) Espessura 2,0cm, Preparo Mecânico

EC-OE-52 – Pintura Acrílica para Frontarias

EC-OE-53 – Pintura Interna a Cal Especial – 3 Demãos

EC-OE-54 – Piso em Ladrilho Hidráulico 20x20cm, Assentado com Argamassa Colante

EC-OE-55 – Rodapé de Ladrilho Hidráulico 20x20cm

EC-OE-56 – Soleira em Pedra de Granito cinza Apicoado

EC-OE-57 – Impermeabilização com Manta Asfáltica 4mm, Incluso Emulsão Asfáltica

EC-OE-58 – Isolação Térmica em Placas de Isopor de 5cm de Espessura

EC-OE-59 – Piso de lajota de Barro Cozido

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EC-OE-60 – Contrapiso Armado de 8cm

EC-OE-61 – Escada Metálica Helicoidal – Fornecimento e Instalação

EC-OE-62 – Instalação Hidrossanitárias e Pluviais

EC-OE-68 – Imunização Madeiramento Cobertura com Imunizante Incolor

EC-OE-69 – Chapisco em Tetos e Paredes traço 1:3 (Cimento e Areia), Espessura 0,5cm, Preparo Mecânico

EC-OE-70 – Reboco para Paredes Argamassa traço 1:4,5 (Cal e Areia Fina Peneirada), e=0,5cm, Preparo Mecânico

EC-OE-71 – Reboco para Tetos Argamassa Traço 1:4,5 (Cal e Areia Fina Peneirada, e=0,5cm, Preparo Mecânico)

EC-OE-73 – Vidro para Esquadrias

EC-OE-75 – Alvenaria em Tijolo Cerâmico maciço 5x10x20cm 1 ½ vez (Espessura 30cm), Assentado com Argamassa Traço 1:2:8 (Cimento, Cal, e Areia)

EC-OE-77 – Proteção Mecânica com Argamassa Traço 1:3 (Cimento e Areia), Espessura 2cm

EC-OE-83 – Esquadrias Internas e Externas

EC-OE-84 – Cordão de Arremate com Telha Cerâmica Tipo Canal Emboçada com Argamassa Traço 1:3 (Cimento e Areia)

EC-OE-85 – Estrutura para Telha Cerâmica, em Madeira Aparelhada, Apoiada em Parede

EC-OE-86 – Cobertura para Telha Cerâmica Tipo Canal, com Argamassa Traço 1:3 (Cimento e Areia) e Arame Recozido

EC-OE-89 – regularização de Piso/Base em Argamassa Traço 1:3 (Cimento e Areia Grossa sem Peneiramento), Espessura 3,0cm, Preparo Mecânico

EC-OE-90 – Alvenaria em Tijolo Cerâmico Furado 10x20x20cm, ½ vez, Assentado em Argamassa Traço 1:2:8 (Cimento, Cal e Areia), Juntas 12mm

EC-OE-92 – Pintura Esmalte Fosco para Madeira, Quatro Demãos, Incluso Aparelhamento com Fundo Nivelador Branco Fosco

EC-OE-93 – Alçapão em Ferro 0,7mx0,7m, Incluso Ferragens

EC-OE-94 – escada Tipo Marinheiro em Tubo de Aço Galvanizado 1 ½

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

EC-OE-95 – Fundo Selador Acrílico Ambientes Internos/Externos uma Demão

EC-OE-105 – remoção dos Suportes, Adereços e Elementos Contemporâneos

EC-OE-106 – Remoções de Instalações (Elétrica. Telefônica e Hidrossanitária)

EC-OE-108 – Demarcação da Área de Reparo

151

PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

4.6. Resumo de Quantitativos das Intervenções nos T orreões

ITEM COMP. DESCRIÇÃO ESPECIFICAÇÃO UNID QUANT.

2 S 03 940 00 COMPACTAÇÃO MANUAL - M3 23,682 S 04 999 57 LASTRO DE BRITA BC - M3 23,685 S 04 999 08 DEMOLIÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONCRETO ARMADO DNIT 027/2004-ES M3 45,65

PN-001LIMPEZA DE SUPERFÍCIES COM JATO DE ALTA PRESSÃO DE AR E ÁGUA

DNIT 080/2006-ES M2 3.704,36

PN-004 DEMARCAÇÃO DA ÁREA DE REPARO COM DISCO DE CORTE EC-OE-108 M 2.240,28PN-006 LIMPEZA DO SUBSTRATO COM JATO DE AR COMPRIMIDO DNIT 080/2006-ES M2 186,69

PN-007 PROTEÇÃO DE ARMADURAS COM TINTAS DE ALTO TEOR DE ZINCO DNIT 084/2006-ES M 1.964,29

PN-008 PREPARO DO SUBSTRATO POR SATURAÇÃO COM ÁGUA EC-OE-02 M2 186,69PN-009 ENCHIMENTO COM ARGAMASSA BASE DE CIMENTO EC-OE-03 M2 186,69PN-015 APICOAMENTO DE GRANDES ÁREAS EC-OE-05 M2 186,69

PN-025TUBO DE AÇO GALVANIZADO COM COSTURA 4" (100MM), INCLUSIVE CONEXÕES - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 M 208,00

PN-030CORDÃO DE ARREMATE COM TELHA CERÂMICA TIPO CANAL EMBOCADA COM ARGAMASSA TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA)

EC-OE-84 M 200,36

PN-031ESTRUTURA PAR TELHA CERÂMICA, EM MADEIRA APARELHADA, APOIADA EM PAREDE

EC-OE-85 M2 644,04

PN-032COBERTURA EM TELHA CERÂMICA TIPO CANAL, COM ARGAMASSA TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA) E ARAME RECOZIDO

EC-OE-86 M2 644,04

PN-033

LAVATÓRIO LOUÇA BR MÉDIO LUXO C/LADRÃO MED 55X45 RABICHO CROMADO 1/2", C/COLUNA INCL ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO FERRAGENS EM METAL CROMADO SIFÃO 1680 DE 1"X1 1/4" APARELHO MISTURADOR 1875/C45 C/AREJADOR VA

EC-OE-62 UND 8,00

PN-034TORNEIRA CROMADA 1/2" OU 3/4" PARA LAVATÓRIO, PADRÃO POPULAR, COM ENGATE FLEXÍVEL EM METAL CROMADO 1/2"X30CM - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 UND 8,00

PN-038REGISTRO PRESSÃO 3/4" COM CANOPLA ACABAMENTO CROMADO SIMPLES - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 UND 4,00

PN-039REGULARIZAÇÃO DE PISO/BASE EM ARGAMASSA TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA GROSSA SEM PENEIRAR), ESPESSURA 3,0CM, PREPARO MECÂNICO

EC-OE-89 UND 1.011,31

PN-040ALVENARIA EM TIJOLO CERÂMICO FURADO 10X20X20CM, 1/2 VEZ, ASSENTADO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA), JUNTAS 12MM

EC-OE-90 M2 87,36

PN-042

PINTURA ESMALTE FOSCO PARA MADEIRA, TRÊS DEMÃOS ANTES DA MONTAGEM E UMA DE ACABAMENTO APÓS MONTAGEM, INCLUSO APARELHAMENTO COM FUNDO NIVELADOR BRANCO FOSCO

EC-OE-92 M2 1.255,68

PN-043 ALÇAPÃO EM FERRO 0,7MX0,7X, INCLUSO FERRAGENS EC-OE-93 UND 8,00

PN-044TUBO PVC ROSCÁVEL ÁGUA FRIA 1" (25MM), INCLUSIVE CONEXÕES - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 M 48,00

PN-045AUTOMÁTICO DE BÓIA SUPERIOR 10A/250V - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 UND 8,00

PN-047

CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO MACIÇO 60X60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTE COM BARRA LISA (CIMENTO E AREIA, TRAÇO 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO E FUNDO DE CONCRETO 15MPA TIPO

EC-OE-62 UND 16,00

PN-048CHAPISCO EM PAREDE TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA), ESPESSURA 0,5CM, PREPARO MECÂNICO

EC-OE-69 M2 2.996,37

PN-049TUBO PVC ESGOTO JS PREDIAL DN 40MM, INCLUSIVE CONEXÕES - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 M 16,00

PN-050VASO SANITÁRIO COM CAIXA DE DESCARGA ACOPLADA - LOUÇA BRANCA

EC-OE-62 UND 8,00

PN-051ESCADA TIPO MARINHEIRO EM TUBO AÇO GALVANIZADO 1 1/2" 5 DEGRAUS

EC-OE-94 M 40,56

PN-052RAMAL PREDIAL DE ESGOTO EM TUBO PVC ESGOTO DN 100MM - FORNECIMENTO, INSTALAÇÃO, ESCAVAÇÃO E REATERRO

EC-OE-62 M 55,00

PN-053 PASSADIÇO DE MADEIRA PARA PEDESTRES DNER-ES 344/97 M2 733,20

PN-054TAPUME DE CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA (6MM) - PINTURA A CAL - APROVEITAMENTO 2X

DNER-ES 344/97 M2 1.075,36

PN-055FUNDO SELADOR ACRÍLICO AMBIENTES INTERNOS/EXTERNOS, UMA DEMÃO

EC-OE-95 M2 3.455,89

PN-085PORTA DE MADEIRA ALMOFADADA SEMI-OCA 1a 0,80X2,10X INCLUSO ADUELA, ALIZAR, DOBRACIÇA E FECHADURA PADRÃO POPULAR

EC-OE-83 UND 4,00

PN-086DEMOLIÇÃO DE ALVENARIA DE TIJOLOS FURADOS S/REAPROVEITAMENTO

EC-OE-44 M3 354,12

PN-099 LOCAÇÃO DE ANDAIME METÁLICO TUBULAR TIPO TORRE EC-OE-43 M/MES 4.884,00

QUADRO DE QUANTIDADES DOS TORREOES

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

ITEM COMP. DESCRIÇÃO ESPECIFICAÇÃO UNID QUANT.

PN-111DEMOLIÇÃO DE CAMADA DE ASSENTAMENTO/CONTRAPISO COM USO DE PONTEIRO, ESPESSURA ATÉ 4CM

EC-OE-44 M2 773,78

PN-112PROTEÇÃO DE FACHADA COM TELA DE POLIPROPILENO FIXADA EM ESTRUTURA DE MADEIRA COM ARAME GALVANIZADO

EC-OE-43 M2 3.463,32

PN-118ANDAIME SUSPENSO PLATAFORMA C/1,5M DE LARGURA CAP. CARGA ATÉ 500KG CABO 45M

EC-OE-43 MÊS 48,00

PN-119REMOÇÃO DOS SUPORTES, ADEREÇOS E ELEMENTOS CONTEMPORÂNEOS

EC-OE-105 UND 213,00

PN-120REMOÇÃO DE INSTALAÇÕES (ELÉTRICAS, TELEFÔNICAS E HIDROSSANITÁRIAS)

EC-OE-106 M 1.402,62

PN-121 REMOÇÃO DE APARELHO DE AR CONDICIONADO EC-OE-44 UND 11,00PN-122 REMOÇÃO DE ABERTURAS EC-OE-44 M2 421,81PN-123 REMOÇÃO DE REVESTIMENTO EXTERNO EC-OE-44 M2 1.650,41PN-124 DEMOLIÇÃO DE ESCADAS DE MADEIRA EC-OE-44 M2 56,71PN-125 REMOÇÃO DE FORRO PACOTE EC-OE-44 M2 297,82PN-126 REMOÇÃO DE PISO TABUÃO EC-OE-44 M2 512,24PN-127 REMOÇÃO DA AREAI SOB TABUÃO EC-OE-44 M3 10,00PN-128 REMOÇÃO DE PISO CERÂMICO/LADRILHO EC-OE-44 M2 583,19PN-129 REMOÇÃO DE REVESTIMENTO INFERIOR DA LAJE DE ENTREPISO EC-OE-44 M2 490,55PN-130 REMOÇÃO DE REVESTIMENTO INTERNO DAS PAREDES EC-OE-44 M2 2.995,83PN-131 REBAIXAMENTO DAS JUNTAS DE ALVENARIA INTERNA EC-OE-45 M2 2.995,83PN-132 DEMOLIÇÃO CRITERIOSA DE FRISOS E DETALHES EC-OE-46 M 146,41PN-134 SUBCOBERTURA METÁLICA CHAPA GALVANIZADA 0,5MM EC-OE-47 M2 644,04PN-135 FORMA DE SILICONE PARA MOLDAGEM DOS FRISOS E DETALHES EC-OE-48 M 146,41PN-136 EXECUÇÃO DE FRISOS E DETALHES EC-OE-49 M 146,41PN-137 EMBOÇO TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA) ESPESSURA 2,0CM EC-OE-50 M2 4.473,29

PN-138REBOCO TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA) ESPESSURA DE 2,0CM, PREPARO MECÂNICO

EC-OE-51 M2 1.626,62

PN-139 PINTURA ACRÍLICA PARA FRONTARIAS - DUAS DEMÃOS EC-OE-52 M2 3.455,89PN-140 PINTURA INTERNA A CAL ESPECIAL - 3 DEMÃOS EC-OE-53 M2 3.409,19PN-141 PISO EM LADRILHO HIDRÁULICO 20X20CM EC-OE-54 M2 759,82PN-142 RODAPÉ DE LADRILHO HIDRÁULICO 20X20CM EC-OE- 55 M 506,00PN-143 SOLEIRA EM PEDRA DE GRANITO CINZA APICOADO EC-OE-56 M 43,74

PN-144IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA 4MM, INCLUSO EMULSÃO ASFÁLTICA

EC-OE-57 M2 251,49

PN-145ISOLAÇÃO TÉRMICA EM PLACAS DE ISOPOR DE 5CM DE ESPESSURA

EC-OE-58 M2 251,49

PN-146 PISO DE LAJOTA DE BARRO COZIDO EC-OE-59 M2 251,49PN-147 CONTRAPISO ARMADO E=8M EC-OE-60 M2 236,72

PN-148A ESCADA METÁLICA HELICOIDAL - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO EC-OE-61 UND 4,00

PN-148BCORRIMÃO (GUARDA-CORPO) METÁLICO PARA ESCADA HELICOIDAL - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-61 UND 4,00

PN-149 PORTA 03 FOLHAS ABRIR COM POSTIGO E BANDEIRA MEIO CÍRCULO EC-OE-83 UND 20,00

PN-150 PORTA 03 FOLHAS ABRIR COM BANDEIRA RETA EC-OE-83 UND 8,00PN-151 PORTA 02 FOLHAS ABRIR SEM BANDEIRA EC-OE-83 UND 8,00PN-152 JANELA 1 FOLHA ABRIR SEM BANDEIRA SANITÁRIO EC-OE-83 UND 4,00

PN-153 JANELA 03 FOLHAS ABRIR COM POSTIGO E BANDEIRA MEIO CÍRCULO EC-OE-83 UND 28,00

PN-154 JANELA 03 FOLHAS ABRIR COM BANDEIRA RETA EC-OE-83 UND 24,00PN-155 BARRA CROMADA RETA DE 1,0M EC-OE-62 UND 16,00PN-156 BARRA CROMADA "L" 60 x 60CM EC-OE-62 UND 8,00PN-157 REMOÇÃO DO PASSADIÇO EC-OE-44 M2 8,04PN-226 RESERV. DE FIBROC. CAP=250L SOBRE, ESTRUT. DE MADEIRA EC-OE-62 UND 8,00

PN-230IMUNIZAÇÃO MADEIRAMENTO COBERTURA COM IMUNIXANTE INCOLOR

EC-OE-68 M2 644,04

PN-231CHAPISCO EM TETOS TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA), ESPESSURA 0,5CM, PREPARO MECÂNICO

EC-OE-69 M2 487,67

PN-233REBOCO PARA PAREDES ARGAMASSA TRAÇO 1:4,5 (CAL E AREIA FINA PENEIRADA), ESPESSURA 0,5CM, PREPARO MECÂNICO

EC-OE-70 M2 2.921,52

PN-234REBOCO PARA TETOS ARGAMASSA TRAÇO 1:4,5 (CAL E AREIA FINA PENEIRADA), ESPESSURA 0,5CM PREPARO MECÂNICO

EC-OE-71 M2 487,67

PN-237 VIDRO LISO COMUM TRANSPARENTE, ESPESSURA 4MM EC-OE-73 M2 193,68

QUADRO DE QUANTIDADES DOS TORREOES

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

ITEM COMP. DESCRIÇÃO ESPECIFICAÇÃO UNID QUANT.

PN-240ALVENARIA EM TIJOLO CERÂMICO MACIÇO 5X10X20CM 1 1/2 VEZ (ESPESSURA 30CM), ASSENTADO COM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA)

EC-OE-75 M2 6,00

PN-241RETIRADA DE DIVISÓRIAS EM CHAPAS OU TÁBUAS, COM RETIRADA DO ENTARUGAMENTO

EC-OE-44 M2 268,22

PN-242 DEMOLIÇÃO DE TELHAS CERÂMICAS OU DE VIDRO EC-OE-44 M2 644,04PN-243 DEMOLIÇÃO DE TELHAS ONDULADAS EC-OE-44 M2 15,57

PN-244RETIRADA DE ESTRUTURA DE MADEIRA PONTALETEADA PARA TELHAS ONDULADAS

EC-OE-44 M2 15,57

PN-245RETIRADA DE ESTRUTURA DE MADEIRA COM TESOURAS PARA TELHAS CERÂMICAS OU DE VIDRO

EC-OE-44 M2 644,04

PN-246 RETIRADA DE CUMEEIRAS CERÂMICAS EC-OE-44 M 200,36

PN-247RETIRADA DE ASSOALHO DE MADEIRA, INCLUSIVE RETIRADA DE VIGAMENTO

EC-OE-44 M2 83,96

PN-248CAIXA SIFONADA EM PVC 150X185X75MM SIMPLES - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO

EC-OE-62 UND 8,00

PN-249 BANDEJA SALVA-VIDAS/COLETA DE ENTULHO, COM TÁBUA EC-OE-43 M 220,80PN-251 LOCAÇÃO DE ANDAIME METÁLICO TIPO FACHADEIRO EC-OE-43 M2/MÊS 36.723,24

PN-253PROTEÇÃO MECÂNICA COM ARGAMASSA TRAÇO 1:3 (CIMENTO E AREIA), ESPESSURA 2CM

EC-OE-77 M2 251,49

RODOVIA: BR116/RSTRECHO: Divisa SC/RS (Rio Pelotas) - Jaguarão (Fronteira Brasil/Uruguai)SUB-TRECHO: Ponte Barão do Mauá (Jaguarão - Rio Branco)SEGMENTO: km 661,0EXTENSÃO: 590 mPNV: 116BRS3450

REFERÊNCIA: ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA RESTAURAÇÃO DA PONTE INTERNACIONAL BARÃO DE MAUÁ, SOBRE O RIO JAGUARÃO NA FRONTEIRA BRASIL-URUGUAI

QUADRO DE QUANTIDADES DOS TORREOES

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

ANEXO (Relatórios de ensaios de laboratório das

amostras de partes das edificações que compõem a

ponte)

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PROJETO EXECUTIVO VOLUME 3 TOMO C

EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

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EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

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EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

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EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

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EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDEE PPRROOJJEETTOO EEXXEECCUUTTIIVVOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA PPAARRAA RREESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOO DDAA PPOONNTTEE IINNTTEERRNNAACCIIOONNAALL BBAARRÃÃOO DDEE MMAAUUÁÁ,, SSOOBBRREE OO RRIIOO JJAAGGUUAARRÃÃOO NNAA FFRROONNTTEEIIRRAA BBRRAASSIILL--UURRUUGGUUAAII

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5. TERMO DE ENCERRAMENTO

Azambuja Engenharia e Geotecnia Ltda. apresenta o Volume 3 Tomo C, referente ao Projeto Executivo de Engenharia para Recuperação, Reforço e Reabilitação da Ponte Mauá na BR-116/RS, Trecho: DIV SC/RS (RIO PELOTAS) – JAGUARÃO (FRONTEIRA BR/UR) - Subtrecho: Ponte Barão do Mauá;

Este volume contém 163 páginas numeradas sequencialmente.

Eng. Eduardo Azambuja Coordenador Geral do Consórcio

Azambuja Engenharia e Geotecnia Patrimonium Arquitetura e Restauro