ed.394 - nov/dez/2014 - jornal fecomércio informativo

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FECOMÉRCIO SESC SENAC O tema “Passivo trabalhista e as consequências jurídicas em âmbito empresarial” foi o foco da 6ª edição do tradi- cional Seminário de Direito do Trabalho, da Fecomércio MG. Mudanças na legislação e seus reflexos nas empresas foram debatidos com o objetivo de orientar os empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Estado sobre as relações trabalhistas entre empregadores e empregados. DIREITO TRABALHISTA EM PAUTA 34 FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC, SINDICATOS E SEBRAE BELO HORIZONTE – NOVEMBRO DE 2014 – JANEIRO DE 2015– EDIÇÃO 394 TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES www.fecomerciomg.org.br PÁGINAS 17 e 18 REPRESENTATIVIDADE PROCON Empresários e consumidores devem ficar atentos aos seus direitos e deveres Página 3 MERCADO ANÁLISES Pesquisas econômicas norteiam as decisões dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo Página 13 JURíDICO OBRIGAÇÕES FISCAIS Programe-se para as obrigações sociais e fiscais de dezembro e janeiro de 2015. Página 20 APRENDIZAGEM COMERCIAL: CIDADÃOS PREPARADOS PARA O MERCADO PÁG. 5 ENTREVISTA: INOVAçÃO E QUALIFICAçÃO, ALIADAS DO SUCESSO PÁG. 15 PLANEJAMENTO NA PONTA DO LÁPIS Incertezas no cenário político-econômico deixaram os consumidores mais cautelosos em 2014. Por isso, os resul- tados do comércio, em vários períodos, ficaram aquém do esperado. Uma das lições aprendidas pelos empresários foi a necessidade de ter um bom planejamento durante o ano todo. Entre as medidas a serem repensadas estão o controle orçamentário e o equilíbrio nos estoques. PÁGINAS 4 e 5 MESA BRASIL COMEMORA CRESCIMENTO E FAZ HOMENAGEM A PARTICIPANTES PÁGS. 6 E 7 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 2015 O dia 31 de janeiro é o prazo final para empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais quitarem a Contribuição Sindical. As contribuições patronais são a principal fonte de custeio das entidades sindicais e garantem que elas atuem como legítimas representantes da categoria. Além disso, o empresário em dia com a contribuição tem acesso aos produtos e serviços disponibilizados pela Fecomércio MG que são essenciais para a gestão de seu empreendimento. Assessoria jurídica, econômica e em negócios internacionais, que fornecem orientações para a tomada de decisões estratégicas, são alguns exemplos. PÁGINA 7 Banco de Imagens Proteção legal para os nossos empresários

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Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

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Page 1: Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMÉRCIO SESCSENAC

O tema “Passivo trabalhista e as consequências jurídicas em âmbito empresarial” foi o foco da 6ª edição do tradi-cional Seminário de Direito do Trabalho, da Fecomércio MG. Mudanças na legislação e seus reflexos nas empresas foram debatidos com o objetivo de orientar os empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Estado sobre as relações trabalhistas entre empregadores e empregados.

DIREItO tRAbAlhIStAEM pAutA

34

fecomércioinformativo

Publicação bimestral do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mg, sesc, senac, sindicatos e sebrae

belo Horizonte – novembro de 2014 – janeiro de 2015– edição 394

tiragem

150.000exemPlarescomProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentes

www.fecomerciomg.org.br

PáginaS 17 e 18

RepResentatividadeProconEmpresários e consumidores devem ficar atentos aos seus direitos e deveresPágina 3

meRcadoAnÁLISESPesquisas econômicas norteiam as decisões dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo Página 13

JuRídicooBrIGAÇÕES FIScAISPrograme-se para as obrigações sociais e fiscais de dezembro e janeiro de 2015. Página 20

apRendiZaGem comeRciaL:cidadÃos pRepaRados paRa o meRcadopÁG. 5

entRevista: inovaçÃo e

quaLificaçÃo, aLiadas

do sucessopÁG. 15

plANEjAMENtO NA pONtA DO lápIS

Incertezas no cenário político-econômico deixaram os consumidores mais cautelosos em 2014. Por isso, os resul-tados do comércio, em vários períodos, ficaram aquém do esperado. Uma das lições aprendidas pelos empresários foi a necessidade de ter um bom planejamento durante o ano todo. Entre as medidas a serem repensadas estão o controle orçamentário e o equilíbrio nos estoques.

PáginaS 4 e 5

mesa BRasiL comemoRa cRescimento e faZ homenaGem a paRticipantespÁGs. 6 e 7

CONtRIbuIçãO SINDICAl 2015O dia 31 de janeiro é o prazo final para

empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas gerais quitarem a Contribuição Sindical. as contribuições patronais são a principal fonte de custeio das entidades sindicais e garantem que elas atuem como legítimas representantes da categoria. além disso, o empresário em dia com a contribuição tem acesso aos produtos e serviços disponibilizados pela Fecomércio Mg que são essenciais para a gestão de seu empreendimento. assessoria jurídica, econômica e em negócios internacionais, que fornecem orientações para a tomada de decisões estratégicas, são alguns exemplos.

Página 7

Banc

o de

Imag

ens

Proteção legal para os nossos

empresários

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2 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

Palavra doPresidente

PresidenteLázaro Luiz GonzagaVice-presidentesSebastião da Silva andrade, glenn andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro gomes, Marcus do nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade RezendeSecretáriosCaio Márcio goulart, afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, Evando avelar Duarte TesoureirosMarcelo Carneiro árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins FacundesConselho Fiscal EfetivoJosé geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, gilbert Lacerda SilvaFecomércio InformativoPublicação bimestral do Sistema Fecomércio Mg, Sesc, Senac, Sindicatos e do Sebrae MinasContatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 e [email protected]ção – Fecomércio MGFernanda almada – Coord. ComunicaçãoEdição: Izabela Ventura – Fecomércio MG Saulo Penaforte – SescJosie Menezes – SenacProdução Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MgProjeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: Sempre EditoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes auditores independentesCaderno Sesc:Camila Lôbo – Coord. ComunicaçãoCaderno Senac:Márcia Misson – Coord. ComunicaçãoCaderno Sebrae:Teresa goulart – gerente de ComunicaçãoFecomércio MG:Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120Sesc Minas:Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Senac Minas:Rua Tupinambás, 1086, Centro,Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Sebrae Minas:Av. Barão Homem de Melo, 329, Nova Suíça, Belo Horizonte, CEP: 30 431 – 285

exPediente CENáRIO pOlítICO E ECONôMICO COM MuItAS INDAgAçõES

LÁZaRo LuiZ GonZaGapResidente do sistema fecoméRcio mG, sesc,

senac, sindicatos e do seBRae minas

Comunique-se conoscoE-mail: [email protected]

Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961

Estamos no momento de refletir sobre

as conclusões de 2014 e de planejar o ano

de 2015. É hora de contextualizarmos o

ambiente político e econômico para ela-

borar uma estratégia ainda mais eficaz

para as atividades produtivas.

neste ano, o clima foi um dos fatores

que afetou a economia. Tivemos uma es-

tiagem rigorosa no Sudeste e perspectivas

de chuvas reparadoras insuficientes no

curto prazo, o que pode continuar com-

prometendo a geração de energia de baixo

custo e a produção agropecuária.

Também influenciaram a economia

brasileira a queda do consumo, a eleva-

ção dos juros que afetam o crédito, o cres-

cimento da inflação, a redução do Produto

interno Bruto (PiB) e das metas de cres-

cimento. Citamos ainda os últimos resul-

tados eleitorais, que exigirão habilidades

especiais de relacionamento interpartidá-

rio dos gestores políticos, além da con-

juntura internacional instável (ainda em

decorrência da crise financeira america-

na de 2008), as influências negativas dos

conflitos armados, entre outros fatores.

É importante considerar que, para

fazer um planejamento, precisamos levar

em conta tanto os aspectos que estão sob

o nosso controle, quanto os que não estão.

a ambientação político-econômica requer

cautela, profissionalismo e um espírito

realista e otimista – afinal, o pessimismo

não constrói.

Devemos estar atentos aos desafios,

porém, mais focados nas oportunidades e

nas possibilidades decorrentes de vários

indicativos positivos de que o país dispõe

e que devem ser estudados e explorados.

Tal premissa deve ser observada princi-

palmente pelas empresas de menor porte,

cuja gestão ainda é muito influenciada

pela prática e intuição. É claro que esses

fatores são importantes, porém, cada vez

mais, mostra-se necessário potencializar

essas qualidades com conhecimentos téc-

nicos e acadêmicos.

Sugerimos que continuem fortalecen-

do e buscando apoio nas entidades de re-

presentação de sua categoria econômica,

e no Sebrae, que é um “S” especial que

une os outros sistemas de representação

sindical. Lembrem-se: dificuldades sem-

pre existiram e existirão, assim como as

soluções.

até breve!

Positividade divina sempre.

Sebr

ae M

inas

eRRata informamos que o sebrae minas faz parte do

sistema s, e não pertence ao sistema fecomércio mG, conforme ilustrado incorretamente na página 4 da edição 393 do fecomércio informativo.

“Quando não temos todas as competências, devemos nos cercar delas”. Baltasar gracián

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 3

rePresentatividade

Sistema Fecomércio MG na Superminas Food Show

déBoRa fRanca

a 28ª superminas food show 2014, um dos maiores eventos do varejo alimentício brasilei-ro, contou com a participação do sistema feco-mércio mG, sesc, senac e sindicatos. a feira foi realizada em Belo horizonte entre 21 e 23 de outubro. no estande da entidade, foi montado o supermercado pedagógico, ambiente utiliza-do pelos alunos do senac durante as aulas do curso de aprendizagem comercial em serviços de supermercado. o sesc apresentou receitas de sucos preparados com aproveitamento inte-gral de alimentos, por meio do programa mesa Brasil. Já a fecomércio mG fez a apresentação de produtos e serviços prestados, como certifi-

cação digital, linhas de financiamento, planos de saúde, certificados de origem e assessoria jurídica e econômica.

o estande do sistema destacou ainda ações do sindicato do comércio atacadista de Gêne-ros alimentícios de Belo horizonte e contagem (sincagen) e do sindicato do comércio varejis-ta de Gêneros alimentícios de Belo horizonte (sincovaga-Bh), bem como os serviços e bene-fícios para os empresários do setor de varejo. o sindicato do comércio varejista de material de construção, tintas, ferragens e maquinismo de Belo horizonte e Região (sindimaco Belo hori-zonte e Região) também marcou presença no evento, abrindo um canal de comunicação e de relacionamento com o setor de supermercados.

consumidores e empresários conscientes

iZaBeLa ventuRa

Empresários e consumidores devem ficar atentos aos seus direitos e deveres na hora de vender e comprar. É preciso observar o cumpri-mento da legislação específica que garante os di-reitos do consumidor e, nesse sentido, órgãos de defesa como o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-Mg) são os res-ponsáveis pela fiscalização. O objetivo, segundo o coordenador da instituição, Fernando abreu, é formar fornecedores e consumidores mais cons-cientes. Leia a seguir uma entrevista com o pro-motor de Justiça sobre o assunto.

Como é a atuação do Procon-MG e qual é a importância dele na defesa do consumidor no Estado?

O Procon-Mg é um órgão atuante que busca resolver os problemas coletivos dos consumido-res. Ele atua fomentando todo o sistema compos-to pelos Procons municipais e as promotorias de Justiça de Minas gerais, para esses órgãos coor-denarem uma política de proteção ao consumidor. O Procon-MG tem uma estrutura própria de fis-calização e atendimento que abrange também o interior do Estado e a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Qual a importância da articulação entre órgãos de defesa do consumidor e empresá-rios?

O diálogo entre empresários e órgãos de defe-sa do consumidor é fundamental. Muitas vezes, gestores cometem infrações por desconhecerem a

legislação, e estabelecer uma boa articulação en-tre todas as partes contribui para proporcionar ao empresário a capacidade de gerir melhor o negó-cio e atender ao consumidor com mais eficiência.

Cite alguns cuidados a serem observados pelos empresários e que são fiscalizados pelo Procon-MG.

É preciso observar a lei como um todo. Es-tatísticas das nossas fiscalizações apontam que, no comércio em geral, 90% das autuações são feitas pelo fato de os estabelecimentos não dis-ponibilizarem um exemplar do Código de Defesa do Consumidor na loja com um cartaz informa-tivo, além dos telefones de contato do Procon. Também são recorrentes problemas em relação à afixação de preços nos produtos das vitrines e gôndolas.

Quais os principais pontos referentes à le-gislação sobre a afixação de preços? Por que são tão importantes para o consumidor?

Um dos aspectos a ser levado em conta é dei-xar os preços visíveis e escritos de forma clara. a informação deve estar correta, legível, precisa e ostensiva, sem deixar dúvidas para o consumi-dor – é assim que ele vai decidir se quer entrar ou não no estabelecimento. O preço à vista deve ser sempre divulgado e, caso haja opção de parcela-mento, no mesmo local deve haver a citação das condições: número e valor das prestações, taxa de juros e demais acréscimos e encargos, bem como o valor total a ser pago com o financiamento. A informação clara é a estrutura de uma relação ju-rídica consumerista saudável.

Missões Internacionais para alavancar os negócios

Estudos e análises de outros mercados po-dem ajudar o empresário a conhecer diferentes práticas e trazer inovação para a sua realidade. Por isso, a Fecomércio Mg, em parceria com os sindicatos e o Sebrae Minas, elabora missões empresariais para estimular o desenvolvimento dos negócios, tornando-os mais rentáveis. neste ano, representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Tintas, Fer-ragens e Maquinismos de Belo Horizonte (Sin-dimaco BH e Região) foram para Orlando, nos Estados Unidos, conhecer o mercado de mate-riais de construção do país. “Foi possível avaliar melhor o negócio e trazer mais novidades para o nosso setor, que é altamente competitivo”, disse o presidente do sindicato, Julio gomes Ferreira. O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Minas gerais (Sin-cofarma Minas) levou um grupo para guadalaja-ra, no México. Segundo o economista e professor Nelson Barrizzelli, que acompanhou a comitiva, os canais de distribuição no México são variados. “É um mercado que vale ser analisado. Podemos aprender muito com os mexicanos”, afirma.

Prêmio Hugo Werneck reconhece preocupação ambiental

Valorizar iniciativas em prol do meio ambien-te. Esse é o objetivo do Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, entregue no dia 11 de novembro a 14 empresas e entidades à frente de projetos de preservação dos recursos naturais do Brasil. O presidente do Sistema Feco-mércio Mg, Sesc, Senac, Sindicatos e do Sebrae Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, entregou o troféu de Melhor Empresa ao presidente da Fiemg, Ola-vo Machado Júnior, pelo projeto Minas Sustentá-vel, do Sesi.

Em sua quinta edição, o prêmio Hugo Werne-ck é uma iniciativa do grupo Ecológico, integra-do pela Revista Ecológico, pela Hiram Firmino Consultoria & Comunicação Ambiental e pelo Movimento Sou Ecológico.

Neste ano, a cerimônia foi realizada no Teatro Francisco Nunes, em Belo Horizonte, com a par-ticipação da ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entre outras autoridades. A Fecomércio Mg foi uma das patrocinadoras do evento.

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Entrega de premiação pelo presidente do Sistema Fecomércio MG

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O presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga, visitou o Supermercado Pedagógico

notas

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4 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

déBoRa fRanca

Incertezas no cenário político-econômico e eventos como a Copa do Mundo deixaram os consumidores mais cautelosos em 2014. Por isso, os resultados do comércio durante boa parte do ano ficaram aquém do espera-do. Mas, como reverter esse cenário? Segun-do o economista da Fecomércio Mg gabriel ivo, algumas medidas podem ajudar o setor a se reerguer. “além de aproveitar oportu-nidades como o natal, a principal data do varejo, é fundamental que os empresários façam um bom planejamento durante todo o ano”, orienta.

Facilitar as formas de pagamento e dar descontos no valor à vista também podem ser boas estratégias, pois os consumidores têm sinalizado essas preferências nas pes-quisas, de acordo com o economista.

Outro ponto identificado em estudos con-duzidos pela Fecomércio MG e que preci-

negócios

plANEjAMENtONA pONtA DO lápIS

Empresário: saiba como incrementar os negócios

Banc

o de

Imag

ens

A dica para manter o orçamento equilibrado é planejar as contas

fazer controle frequente de estoque;

personalizaros serviços;

dar descontos no pagamento à vista.

aprimorar o atendimento;

investir em capacitaçãoda equipe;

traçar uma estratégiade marketing;

sa ser observado pelos empresários é o uso do cartão de crédito, que continua sendo o principal meio de pagamento utilizado pelos consumidores, independentemente da situa-ção financeira. Segundo Gabriel, esse favo-ritismo é explicado pelos seguintes fatores: comodidade, segurança, benefícios, prêmios oferecidos pelas operadoras e a possibilidade de pagamento parcelado. Entretanto, apesar da conveniência, o uso dessa modalidade sem planejamento deixou muitas pessoas en-dividadas, uma vez que ela possui os maiores juros do mercado. “Atualmente, a taxa mé-dia de juros em Belo Horizonte é de 12% ao mês”, diz.

Por isso, para manter o orçamento equilibrado, a dica é planejar as contas na ponta do lápis e ter disciplina para seguir os planos (veja o box na página 5). Para empresários, por exemplo, é fundamental adotar uma estratégia de marketing e vendas e fazer um rigoroso controle de estoque. Já os consumidores que já têm dívidas podem tentar negociar os débitos e controlar as compras por impulso e de produtos supérfluos.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 5

consumidor: confira dicas para equilibrar o orçamento

entenda o contexto do endividamentoa política econômica de incentivo que co-

meçou com a crise econômica no final de 2008 estimulou o consumo das famílias brasileiras. Também naquele momento, os Estados Unidos e a Europa reduziram as importações, fazendo as empresas brasileiras focarem o mercado in-terno, que ficou aquecido pelos estímulos ao consumo. “atualmente percebemos aumento do endividamento, da inadimplência e dos pre-ços (inflação), o que deixou a população mais cautelosa, diminuindo o consumo, pagando dí-vidas e evitando as compras por impulso”, res-salta o economista.

De acordo com a Pesquisa de Endividamen-to do Consumidor (PEC) realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio Mg, para saldar os compromissos em atraso, parte dos endividados reduziu a utilização do cartão de crédito no decorrer de 2014. No ano anterior, 54,9% afirmaram que gastariam o 13º salário com compras. neste ano, esse quadro é dife-rente, pois a expectativa é que 38,6% do salário extra seja para as compras e 34,4% para o pa-gamento de dívidas.

comércioApesar dos desafios, algumas empresas

conseguiram fechar 2014 com um balanço positivo. É o caso do proprietário da Disma-bel Artigos Religiosos e Papelaria, Sérgio Vaz Coelho. “no Dia dos namorados, vendemos muitos cartões e quadros. Já no Dia das Mães e dos Pais, a venda de crucifixos, quadros e cha-veiros cresceu. no natal, artigos como presé-pios mais uma vez entraram na lista dos mais vendidos”, conta.

planejar-se;

comprar o que é realmente necessário;

negociar dívidas;

mensurar os gastos na ponta do lápis;

não comprar por impulso;

pedir descontos;

evitar a opção de pagamento mínimodo cartão de crédito;

Lembrar-se de que o cheque especial não é extensão da renda, mas uma dívida cara.

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6 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 7

iZaBeLa ventuRa

Empresários do comércio de bens, servi-ços e turismo de Minas gerais têm até 31 de janeiro para quitar a Contribuição Sindical. Prevista no artigo 578 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ela é obrigatória. O valor cobrado varia de acordo com o capital social da empresa, que é aplicado em tabe-la estabelecida pela Confederação nacional do Comércio (CnC). Da quantia arrecadada, 60% é destinada ao sindicato que a represen-ta, 20% ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 15% à Fecomércio MG e 5% à CNC.

as contribuições patronais são a principal fonte de custeio das entidades sindicais e garantem que elas atuem como legítimas representantes da categoria. Segundo o coordenador de arrecadação da Fecomércio Mg, Hildebrando Vasconcelos Machado Filho, um dos principais benefícios de uma entidade forte é a representatividade legal nas negociações coletivas. “Trabalhamos para que as empresas representadas do

caPa

CONtRIbuIçãO SINDICAl 2015

comércio de bens, serviços e turismo tenham condições de prosperar, buscando alternativas e soluções para quaisquer elementos que possam interferir na administração dos negócios”, explica

outros benefíciosO empresário em dia com as contribui-

ções patronais tem acesso a uma série de be-nefícios disponibilizados pela Fecomércio MG que auxiliam na gestão do estabeleci-mento. Um deles é a assessoria econômica, que difunde o conhecimento das tendências do mercado por meio de pesquisas de opi-nião pública e avaliação do potencial de con-sumo, com a finalidade de garantir mais se-gurança na tomada de decisões estratégicas. A assessoria jurídica especializada assiste ao empresariado mineiro nas áreas tributá-ria, fiscal e trabalhista, entre outras. além disso, destaca-se a assessoria em negócios internacionais, para orientações no âmbito de exportação, importação, preferências ou-torgadas pelos acordos internacionais que

o Brasil participa, certificado e normas de origem, declaração de livre venda e demais vertentes ligadas ao comércio exterior.

Quem estiver inadimplente com as con-tribuições patronais, além de deixar de cum-prir com uma das obrigações legais da sua empresa, fica sujeito à fiscalização do Mi-nistério do Trabalho.

A referida fiscalização poderá ser efetu-ada por auditores fiscais do trabalho, com respaldo na legislação federal e nas instru-ções da Secretaria de Relações do Trabalho, órgão do MTE ao qual estão vinculadas as Delegacias Regionais do Trabalho. Os fis-cais do trabalho têm competência para rea-lizar notificações, autuações e aplicação de multas, sem prejuízo das ações de cobrança que podem ser ajuizadas pelos sindicatos.

Para obter mais informações sobre a con-tribuição e os benefícios para as empresas representadas, acesse o site www.fecomer-ciomg.org.br ou entre em contato pelo e--mail [email protected] ou telefone (31) 3270-3363.

EmprEsários têm até 31 dE janEiro para ficar Em dia com a contribuição

Banc

o de

Imag

ens

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aRiane BRaGa

as questões legais na relação entre empre-gados e empregadores são frequentes e deman-dam atenção dos empresários. Para sanar os principais questionamentos sobre a legislação, a coordenadora jurídica da Fecomércio Mg, Sandra Pinto, ministrou palestras sobre rotinas trabalhistas para os representados da Federação.

Segundo a advogada, é de suma impor-tância que os empresários tenham ciência da legislação trabalhista e conheçam as normas coletivas da categoria. As férias, por exemplo, devem ser escolhidas pelo empregador den-tro do prazo previsto na lei. “Nos termos do artigo 136 da Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT), somente o empregado estudante com menos de 18 anos terá direito a coincidir suas férias com as escolares. Todavia, deve ser

sindicatos

palestras gratuitas sobre o assunto foram ministradas pelo sincovaga-Bh, sindimaco Belo horizonte e Região e sincopeças, em parceria com a feco-mércio mG. fique atento à programa-ção no site www.fecomerciomg.org.br

EMpRESáRIOS DO SEtOR FARMACêutICO SE REúNEMNO ECONOFARMA

O Econofarma Edição Regional, reali-zado nos dias 6 e 7 de novembro, em Belo Horizonte, trouxe novidades para o setor farmacêutico de Minas gerais. Segundo o diretor da PH Eventos Paulo Heitor, empresa

Seminário do Farmácia Atual fortalece setor

a competitividade do setor farmacêuti-co foi o tema do vi seminário do farmácia atual, promovido pelo sindicato do comér-cio varejista de produtos farmacêuticos de minas Gerais (sincofarma minas), em par-ceria com o sebrae minas, em novembro. o objetivo foi fortalecer o segmento por meio de palestras sobre oportunidades de negócios e capacitação frente aos novos desafios do setor farmacêutico.

o evento contou com um workshop apresentado pelo farmacêutico e supervi-sor de treinamento do laboratório sem Ge-néricos, Rodrigo fagundes, e pela especia-lista em varejo com foco em farmácia, sil-via osso. fagundes falou sobre tendências do mercado farmacêutico e silvia abordou os desafios que precisam ser colocados em prática, como criar uma loja online e dis-ponibilizar rede wi-fi na farmácia.

analisada a convenção coletiva de trabalho para verificar a existência de outra previsão relacio-nada ao empregado estudante”.

Outro ponto importante é a exigência de al-guns documentos e a comprovação de experiên-cia em carteira. Segundo a advogada, o artigo 442-A da CLT veda a exigência de comprovação de experiência superior a seis meses. “O proces-so seletivo serve para isso. a empresa não pode fazer essa exigência ao anunciar a vaga”. Ela ressalta, ainda, que a solicitação de exames para comprovar qualquer tipo de doença também é vedada, pois é uma prática discriminatória, as-sim como o teste de gravidez.

a advogada frisa que, quando o funcioná-rio tem a falta injustificada, a empresa poderá descontar no mês seguinte a respectiva quanti-dade de vale-transporte fornecida nos dias em que o empregado faltou. no caso do vale ali-

mentação ou refeição, esse desconto não pode ser feito. “Está prevista no artigo 6º, inciso I da Portaria nº 03/2002, do Ministério do Tra-balho e Emprego, a proibição das empresas inscritas no Programa de alimentação do Tra-balhador de efetuarem a suspensão, redução ou supressão do benefício a título de punição do empregado”, explica. Conforme a advogada, é importante que as empresas busquem asses-soria jurídica e tenham cautela para não haver problemas trabalhistas.

COMO EvItARpASSIvOS tRAbAlhIStAS

organizadora da feira, o encontro proporcio-na aos empresários o que há de mais mo-derno na área. Foi montada, por exemplo, uma “drogaria modelo”, estande que serviu de inspiração para o setor, mostrando um layout de butique para os estabelecimentos, conforme explica Renato Diniz, diretor co-mercial do grupo Buzatto’s. “Trabalhamos com o marketing 3.0, que é totalmente fo-cado no consumidor. as pesquisas mostram que quem consome mais nas farmácias são as mulheres, assim, conseguimos aumentar o ticket médio de consumo expondo produ-tos que são de interesse desse público”.

O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Mi-nas gerais (Sincofarma Minas), em parceria com o Sistema Fecomércio Mg e o Sebrae Minas, marcou presença apresentando seus produtos e serviços. “É uma boa maneira para divulgar o sindicato e abrir uma frente de negócios para os nossos associados, de-vido às oportunidades de relacionamento”, ressalta o diretor do Sincofarma, Sebastião Eustáquio.

O Sincofarma Minas apresentou seus produtos e serviços durante a feira

Aria

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A palestrante Silvia Osso, o vice-presidente do Sincofarma Minas, Rony Anderson, e o palestrante Rodrigo Fagundes

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Page 9: Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 9

maRco auRéLio cunha de aLmeida pResidente do cRcmG

Mais um ano termina e chega aquele mo-mento importante de fazer um balanço das realizações e planejar o próximo ano. Nesse sentido, o Conselho Regional de Contabilida-de de Minas gerais (CRCMg) comemora os avanços de 2014 e planeja um 2015 com mais conquistas.

O ano de 2014 foi marcado pelo início de um novo mandato, com a diretoria empenha-da em ampliar a atuação do Conselho. Desde o início, a direção manteve uma agenda de en-contros com entidades buscando firmar novas parcerias, o que resultou nas assinaturas de ter-mos de cooperação com o Ministério Público de Minas gerais, com a Secretaria de Estado da Fazenda e com o Tribunal de Contas do Estado de Minas gerais.

A preocupação com a qualificação dos pro-fissionais contábeis foi outro foco. Neste ano, foram promovidos 144 cursos na capital e no interior, além de cinco edições do Seminário de

Integração Regional, 84 palestras e 12 edições do Café com Contabilista, o que reuniu mais de 15.600 participantes.

Também merecem destaque o Seminário de Prestações de Contas Eleitorais, o Seminário Bate-Bola Contábil, o Café com auditores e a Semana da Contabilidade.

E esse trabalho será maior em 2015. Já está programado o início das obras de ampliação da sede do CRCMg, com a abertura do processo licitatório para a execução da obra.

O ano também será marcado pela 10ª edição da Convenção de Contabilidade de Minas ge-rais, que, pela primeira vez, será realizada fora da capital mineira. Uberlândia foi escolhida para ser o palco das principais discussões sobre o se-tor e a profissão, em junho. Além desse evento, estão programados o iV Seminário internacional de Contabilidade Pública e o V Fórum nacional de gestão e Contabilidade Públicas, em março, e o Encontro nacional de Coordenadores de Ci-ências Contábeis, em outubro.

Por fim, o CRCMG aproveita esse momento de reflexão para desejar a todos os profissionais

da contabilidade, aos parceiros e à sociedade em geral, um ano novo de muitas realizações e bons negócios.

MOMENtO DE pROjEtAR O FutuRO

crcmg

fecon/mg

AçõES DA FECON-Mg E SINDICAtOS DOS CONtAbIlIStAS EM MINAS gERAIS

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RoGéRio maRques noé pResidente da fecon-mG

O ano de 2014 foi um grande sucesso para a classe contábil e o ano de 2015 promete ser melhor ainda. a Federação dos Contabilistas do Estado de Minas gerais, juntamente com os Sindicatos dos Contabilistas em Minas gerais, vai bater uma das maiores metas de qualificação profissional dos últimos anos em 2015: preparamos mais de 200 cursos para os profissionais da classe contábil do Estado, além do Café com o Contabilista, que os Sindicatos fazem mensalmente.

Para acompanhar essa agenda de eventos, vá até o Sindicato dos Contabilistas da sua região e verifique. Em janeiro, vamos pro-mover a primeira edição da revista eletrôni-ca Fato Contábil, com notícias atualizadas de todo o movimento de defesa da classe contábil e os benefícios que ela proporciona,

como atualizações sobre o relacionamento com os órgãos públicos.

Lançaremos o primeiro manual de orien-tação para o contador, com a descrição de procedimentos desde a entrada de um novo cliente até o final do relacionamento com

um consumidor antigo, garantindo a segu-rança do contador.

nossa luta em defesa do técnico em con-tabilidade continua, vamos até o fim com o intuito de proteger o profissional da classe contábil.

Page 10: Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

10 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

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Page 11: Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 11

turismo

INtElIgêNCIA COlAbORAtIvA pARA O FOMENtO DO RECEptIvO

maRiana Lima tuRismóLoGa da fecoméRcio mG

Muitas pessoas, quando pensam na pa-lavra turismo, logo a associam a férias, la-zer e descanso. Essa realidade é vivida em diversos ambientes, nos departamentos do poder público, nas associações de classe, na população em geral e até mesmo nas univer-sidades. É comum, nos cursos de turismo, a discussão sobre o dia a dia de uma agência de viagens emissiva, sobre os códigos das operadoras aéreas, sobre resorts e hotéis à beira-mar.

Essa é uma questão cultural, principal-mente brasileira, que precisa mudar. O turis-mo emissivo é sim importante, mas ele não define a atividade turística. Enquanto essa modalidade “envia” as pessoas para fora, a receptiva as recebe, o que gera movimenta-ção na cadeia produtiva do destino.

O fluxo circular de renda na economia de uma cidade poderia, de forma simplificada, ser descrito da seguinte maneira: as empre-sas (unidades produtivas) geram o mercado de produtos (bens e serviços), que abastece as famílias (consumidores), que oferta mão de obra para o mercado de fatores de pro-dução (mercado de trabalho). Esse é o ciclo econômico natural de um destino, mas como ele ficaria com a entrada de divisas dos turis-tas na cidade?

Em outras palavras, o que acontece no fluxo de renda dos destinos é a entrada de divisa adicional, ou seja, um reforço na eco-nomia local, tanto no comércio de bens e serviços quanto nos caixas do poder públi-co em função dos impostos arrecadados. Se esse dinheiro adicional fosse percebido po-sitivamente tanto pelo poder público quanto pelo privado, sem dúvida o turismo receptivo entraria no planejamento estratégico de des-tinos.

no entanto, essa constatação não acon-tece devido à falta de investimento, princi-palmente, em pesquisas e diagnósticos. Se o poder público promove um evento na cidade e traz inúmeros visitantes, mas não mensura quanto os mesmos gastaram na cidade, o que se tem no final é a conta do evento e, por

isso, a impressão de gasto, e não de inves-timento. informações consolidadas podem propiciar credibilidade ao setor, comprovan-do a importância e o retorno que o mesmo traz, o que se traduz em maior segurança para os investidores e, consequentemente, mais investimentos para a cidade, com uma men-suração real dos empregos gerados direta e indiretamente.

atualmente, não há dados de quanto o tu-rismo movimenta no Produto interno Bruto (PiB) dos destinos. Ter um cálculo efetivo dos impostos gerados é um fator fundamental para demonstrar o valor e a importância do setor. Afinal, de quem é a responsabilidade de fazer esse levantamento econômico? Da iniciativa privada ou dos órgãos de turismo? De todos os envolvidos. a cadeia de hotéis deve levantar as taxas de ocupação e perma-

nência; os restaurantes, os gastos dos visi-tantes; o comércio, o volume de vendas; os centros de convenções, o número de eventos; o poder público, os impostos arrecadados, e por aí vai.

Sem definição clara da responsabilidade de cada ator, não há pesquisa nem análise e, portanto, não há investimento. a falta de per-cepção da importância do turismo receptivo e do planejamento em longo prazo ocasiona ações isoladas e, com elas, não existe siner-gia ou visão de objetivo comum que gere retorno. O turismo tem baixa visibilidade e pouca influência política em função da au-sência de integração e atuação conjunta. É importante que cada ator faça sua parte de forma que o destino tenha um trabalho de in-teligência colaborativa para geração de valor e maximização dos resultados.

MERCADO DE BENS E SERVIÇOS

EMPRESAS

MERCADODE FATORES

FAMÍLIAS

TURISTA

Gastos

Rendas (salários, juros, lucros e aluguéis)

Demanda

DemandaOferta

Oferta

FLUXO CIRCULAR DE RENDA DA ECONOMIA

Legenda:Fluxo Monetário Fluxo Real Elaboração: Área de Estudos Econômicos / Núcleo de Turismo

Albe

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Wu

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12 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

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Page 13: Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 13

economia

MuDANçAS à vIStA: MElhOR quAlIDADE NOS DADOS

Luana de oLiveiRaanaLista de pesquisa da fecoméRcio mG

a área de Estudos Econômi-cos da Fecomércio Mg, setor es-tratégico da entidade, realiza uma série de pesquisas sobre aspectos diversos do comércio de bens, serviços e turismo. Mas para que esses dados são coletados? Vocês já se perguntaram? Poucos co-nhecem os levantamentos condu-zidos e a importância dos dados que estão por trás desse grande trabalho.

Nossa equipe realiza quatro grandes pesquisas fixas, sendo duas com os empresários do co-mércio varejista e outras duas com os consumidores. São elas, respectivamente: Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista; Balanço do Crédito; Pesquisa de Endividamento do Consumidor; Orçamento Doméstico. O objeti-vo dos estudos com o empresário nada mais é do que mostrar o de-sempenho dos negócios, identifi-car a percepção dele para o mês seguinte ao da pesquisa e levan-tar informações acerca da com-posição das vendas. no caso das pesquisas com o consumidor, o objetivo é traçar seu perfil desde

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o orçamento doméstico até o qua-dro de endividamento e a inadim-plência.

É importante destacar que es-ses objetivos variam de acordo com a dinâmica do mercado, e para atendê-los é imprescindível que estejamos em constante pro-cesso de atualização. Nesse con-texto, observamos a necessidade de uma reformulação, mas man-tendo a série histórica, o que é o principal desafio.

A coleta de dados produz infor-mação e conhecimento, aumenta a eficiência e eficácia da empresa e por consequência a torna mais competitiva, além de permitir uma melhor tomada de decisão em tem-pos de altíssima concorrência. E já é do consenso geral que as infor-mações compõem um dos maiores e mais valiosos ativos da empresa. Segundo o autor Cassarro (2003), “tanto mais dinâmica será uma empresa quanto melhores e mais adequadas forem as informações de que os gerentes dispõem para as suas tomadas de decisão”.

Diante disso, foram feitas mu-danças nas pesquisas e estudos

desde meados de 2013. Antes, os relatórios eram apresentados em Word com no mínimo 20 páginas entre gráficos e textos. Passou a ser adotado então o relatório em Excel, com uma redução de mais de 50% das páginas e uso de imagens e gráficos frente aos textos, uma vez que nossos lei-tores são muito mais visuais do que textuais.

após a reformulação do for-mato dos relatórios, foi possível constatar ainda uma quantidade excessiva de informações que geravam algumas dificuldades na comunicação com o públi-co. Sendo assim, nossa proposta

agora é tornar os relatórios ainda mais objetivos e dinâmicos, com índices mais claros e diretos. além disso, percebemos que era preciso implementar alterações que permitissem que pesquisas passassem a ser uma análise do cenário do comércio varejista, possibilitando de fato nortear as decisões dos empresários do co-mércio de bens, serviços e turis-mo da capital.

Convido todos a comparar nossos novos relatórios e avaliar se as mudanças surtiram efeito. Dessa forma, a Fecomércio Mg atenderá ainda melhor seus clien-tes, ou seja, você, empresário!

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Page 14: Ed.394 - NOV/DEZ/2014 - Jornal Fecomércio Informativo

14 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

notas emPresariais

Índices econÔmicos

COMO ATuALIzAR SuA DíVIDA PELO INPC: NOVEMBRO/2014

Mês/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

JanEiRO 1,55003575 1,47403858 1,38431493 1,32961733 1,24887504 1,17729665 1,10858871 1,05017121

FEVEREiRO 1,54247761 1,46393741 1,37551166 1,31801876 1,23724494 1,17132290 1,09848267 1,04359656

MaRÇO 1,53602630 1,45694408 1,37126075 1,30885677 1,23059970 1,16677249 1,09280011 1,03696001

aBRiL 1,52929739 1,44955137 1,36852370 1,29962940 1,22253099 1,16467607 1,08628241 1,02852610

MaiO 1,52533153 1,44033324 1,36103799 1,29021086 1,21379169 1,15726955 1,07991094 1,02056569

JUnHO 1,52137595 1,42663752 1,35292047 1,28468671 1,20691229 1,15093938 1,07614443 1,01447881

JULHO 1,51667426 1,41377219 1,34726197 1,28610142 1,20426292 1,14795470 1,07313964 1,01184801

agOSTO 1,51183638 1,40561960 1,34417038 1,28700232 1,20426292 1,14303963 1,07453654 1,01053431

SETEMBRO 1,50296886 1,40267398 1,34309590 1,28790385 1,19922617 1,13791899 1,07282003 1,00871862

OUTUBRO 1,49922081 1,40057312 1,34095038 1,28098653 1,19385382 1,13079499 1,06993121 1,00380000

nOVEMBRO 1,49473660 1,39360509 1,33773980 1,26930888 1,19004568 1,12282294 1,06344420 1,00000000

DEZEMBRO 1,48833675 1,38832944 1,33280841 1,25636829 1,18330086 1,11679226 1,05773245 -

Fonte: iBgE – Elaboração: Sistema Fecomércio Mg | Estudos EconômicosComo atualizar:1) Por exemplo: uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em janeiro de 2007.2) Na tabela o fator de atualização referente a janeiro de 2007 é 1,55003575.3) R$ 200,00 vezes 1,55003575 = R$ 310,01 que é o valor em 01/11/2014.

Fonte: FgV, iBgE, iPEaDElaboração: Sistema Fecomércio Mg | Estudos Econômicos

* Nova Poupança (MP 567/2012)Elaboração: Sistema Fecomércio Mg | Estudos Econômicos

santa heLena, rede de super-mercados de Sete Lagoas, come-mora 40 anos em 2014 e planeja a expansão de suas atividades. A empresa pretende investir R$ 5,5 milhões até o fim do primeiro se-mestre de 2015. A maior parcela do montante será destinada à cons-trução de um novo centro de dis-tribuição e o restante, a uma nova loja no bairro Boa Vista.

pÁtio savassi vai investir R$ 23,4 milhões em uma segunda ex-pansão. A ampliação vai agregar 2 mil m2 na atual Área Bruta Locá-vel (aBL) do centro de compras, que hoje é de 17.398 m2. A expec-tativa é a de que a obra fique pronta no primeiro trimestre de 2015.

LiG-LiG, rede de franquias que oferece culinária chinesa, planeja abrir unidades em cinco cidades mineiras: Belo Horizonte, uber-lândia, Juiz de Fora, Contagem e Uberaba. a rede aposta no seu diferencial: comida de qualidade e bom atendimento. a empresa opera em todo o Brasil com mais de 40 lojas, sendo duas unidades próprias e as demais franqueadas.

dBZ Jeans, grife mineira especia-lizada na confecção de calças jeans e moda casual, está investindo nas plataformas digitais para aumen-tar suas vendas e melhorar seu relacionamento com os clientes. a empresa lançou um aplicativo di-recionado aos atacadistas e já está colhendo bons resultados, como o aumento de 400% nas vendas re-alizadas a distância e deve contri-buir com 10% do crescimento da marca em 2015. A empresa deve lançar o e-commerce da grife no próximo ano.

POuPANÇA / TR / SALÁRIO / SELIC

2013 2014

DEZ Jan FEV MaR aBR Mai JUn JUL agO SET OUT

POUPanÇa (*) 0,5208 0,5496 0,6132 0,5540 0,5267 0,5461 0,5607 0,5467 0,6059 0,5605 0,5877

TR 0,494 0,1126 0,0537 0,0266 0,0459 0,0604 0,0465 0,1054 0,0602 0,0873 0,1038

SaLáRiO MíNIMO (R$) 678,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00

SELIC (%) 0,7897 0,8493 0,7901 0,7660 0,8227 0,8659 0,8245 0,9487 0,8660 0,9073 0,9505

íNDICES DE PREÇO %

íNDICES%2013 2014

acumulado12 meses (1)

nOV DEZ Jan FEV MaR aBR Mai JUn JUL agO SET OUT

igP-Di (FgV) 0,28 0,69 0,40 0,85 1,48 0,45 -0,45 -0,63 -0,55 0,06 0,02 0,59 3,21

inCC-Di (FgV) 0,35 0,10 0,88 0,33 0,28 0,88 2,05 0,66 0,75 0,08 0,15 0,17 6,87

igP-M (FgV) 0,29 0,60 0,48 0,38 1,67 0,78 -0,13 -0,74 -0,61 -0,27 0,20 0,28 2,96

inPC (iBgE) 0,54 0,72 0,63 0,64 0,82 0,78 0,60 0,26 0,13 0,18 0,49 0,38 6,34

iPCa (iBgE) 0,54 0,92 0,55 0,69 0,92 0,67 0,46 0,40 0,01 0,25 0,57 0,42 6,59

iPCa (iPEaD) 0,65 0,87 1,65 0,24 0,65 0,92 0,64 0,20 0,01 0,18 0,46 0,41 7,07

região Sudeste concentra 55,2% do PIB nacional

de acordo com a pesquisa contas Regionais do Brasil, divulgada em novembro pelo instituto Brasileiro de Geografia e estatística (iBGe), a participação da região sudeste no produto interno Bruto (piB) do país teve pequena queda, saindo de 55,4% para 55,2% entre 2010 e 2011.

giro econÔmico

a participação da região centro-oeste foi a que mais aumentou, de 8,8% para 9,8% do piB brasileiro, no mesmo período. de 2002 a 2012, outras duas regiões ganharam participação no piB nacional: o norte (de 4,7% para 5,3%) e o nordeste (13% para 13,6%).

em 2012, apenas oito estados (são paulo, Rio de Janeiro, minas Gerais, Rio Grande do sul, paraná, santa catarina, distrito federal e Bahia) concentravam 76,6% no piB, mas essa participação conjunta recuou 0,5% em relação a 2011. em relação a 2002, o grupo perdeu 3,1% de participação.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 15

iZaBeLa ventuRa

Empreendedorismo, inovação e diálo-go. O entrevistado desta edição, Sebastião da Silva andrade, parte dessas premissas para conquistar sucesso nos negócios e no engajamento frente a importantes entida-des patronais. Ele é presidente do Sindica-to do Comércio Varejista de Patos de Minas (Sindcomércio Patos de Minas) e vice-pre-sidente da Fecomércio MG. Confira a entre-vista.

Conte um pouco sobre sua trajetória profissional como empresário, como foi o ingresso no Sindcomércio Patos de Minas e sobre sua atuação como vice-presidente da Fecomércio MG

Comecei a empreender com o apoio do meu primeiro chefe, que me propôs socieda-de em uma loja de confecção e brinquedos. O negócio cresceu rapidamente e compra-mos outras empresas juntos. Como o espí-rito empreendedor está no meu sangue, ob-tive sucesso nas oportunidades que vieram adiante. Atualmente, sou sócio da financeira Supercred e da Paisan, de terraplanagem e pavimentação.

Participei da fundação do Sindicomércio Patos de Minas, em 1989. assumi a presi-dência em 1991, numa gestão de nove anos. O sindicato nasceu devido à necessidade da existência de uma entidade patronal para de-fender os interesses da categoria.

Em 2010, assumi o cargo de segundo vice-presidente da Fecomércio Mg e, em 2014, de primeiro vice-presidente, cargo que tem me proporcionado crescimento pessoal e profissional.

No Sindcomércio Patos de Minas, o se-nhor se tornou conhecido pela busca de uma administração mais inovadora. Pode-ria dar alguns exemplos dessa inovação?

Uma das inovações foi o ajuste da área ju-rídica, que fez com que nos aproximássemos dos empresários e contabilistas, e o estabele-cimento de novos convênios. Intensificamos a participação em ações da comunidade em parceria com entidades filantrópicas, Polícia Militar e poder público.

entrevista

INOvAçãO E quAlIFICAçãO: gRANDES AlIADAS DO SuCESSO

Quais as principais conquistas à frente do Sindcomércio Patos de Minas?

grandes conquistas são a participação nas Missões internacionais com a Fecomér-cio Mg e o Sebrae Minas. Outra iniciati-va foi a criação da Feira da Pechincha Tião andrade, que acontece anualmente durante a Festa do Milho. Realizada há 22 anos, ela é sucesso nacional e conta com mais de 40 estabelecimentos.

Há 11 anos participamos dos caminhões de saúde do Sesc e do Senac, que levam atendimento gratuito à população. Também criamos a Comissão negocial de acordo Trabalhista, que visa fazer acordos entre

empresas e funcionários com reclamações trabalhistas.

Que lições aprendidas em sua traje-tória como empresário o senhor poderia compartilhar com outros empresários?

Uma das principais lições é que o em-presário também deve investir na própria qualificação. Participar de cursos, palestras e congressos são importantes ferramentas para o sucesso. Busco me aprimorar porque acredito que o aprendizado não tem fim. Quem não adquire novos conhecimentos não consegue transferir novidades aos cola-boradores e evoluir o negócio.

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Sempre aberto a adquirir novos conhecimentos, Sebastião da Silva Andrade aposta em gestão inovadora

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16 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 17

comércio exterior

A CultuRA EMpREENDEDORA EM uM CENáRIO DE COMplExIDADES

naiaRa seRpa Rocha anaLista de ReLações inteRnacionaisda fecoméRcio mG

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as empresas de pequeno e médio porte são a maioria na composição do setor terciário mineiro. É interessante observar que grande parte desses negócios são empreendimen-tos familiares, se perpetuam no mercado por meio de gerações, e, mesmo de forma impre-vista, são sucedidos por filhos e netos.

O paradoxo entre o dinamismo do mer-cado e o conservadorismo da cultura de uma empresa familiar é um grande desafio para os empresários que ocupam a linha de sucessão. Há diversos fatores limitantes à atuação deles no mercado, como o elevado grau de compe-titividade impresso pelos grandes players, a falta de planejamento, entre outros.

Dessa forma, investir em capacitação é uma boa saída para prosperar frente às difi-culdades. assim, a universidade americana Babson College se propõe a ensinar seu méto-

do exclusivo chamado Entrepreneurial Tought and Action (Pensamento e ação empreende-dora). O objetivo é motivar empresários a pen-sar e agir com vistas a descobrir algo novo por meio da postura empreendedora.

Em novembro de 2014, o Sistema Feco-mércio Mg, em parceria com o Sebrae Minas, organizou um programa de imersão na Bab-son College, no qual os diretores do Sistema puderam aprender novas técnicas de gestão. Durante quatro dias, os mesmos estudaram sobre como lidar com inteligência emocional nos negócios; compreender o cenário da em-presa familiar e a boa governança; gerenciar o crescimento, entre outros. Em visitas técnicas, o grupo pôde verificar, na prática, a aplicação de alguns conceitos introduzidos pela Babson.

Muito se discutiu acerca das particulari-dades culturais e até mesmo do custo Brasil,

fatores que atuam como condicionantes para o uso de certas posturas e mudanças empreen-dedoras ensinadas pela instituição americana. É interessante notar que o grupo concluiu que a cultura de um país se faz pelo seu povo, pela forma como se age dentro de sua empresa. não há esperança de melhorias, se não houver crença em seu negócio e em sua própria mu-dança cultural.

O objetivo do projeto foi tornar acessível aos empresários esse conhecimento, para que o mesmo seja multiplicado e trabalhado na economia mineira. É desse modo que o Siste-ma Fecomércio Mg cumpre com sua missão junto aos empresários que representa, e assim viabiliza o desenvolvimento dessa sociedade rumo a mudanças que levem ao crescimento do setor, por meio de uma nova consciência empreendedora.

Grande

Médio

MEI

Microempresa

Pequeno

REPRESENTATIVIDADE NO MERCADO PELO PORTE DA EMPRESA – 2013

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT. Gráfico considerando média nacional de todas as empresas ativas no mercado.Elaboração: Núcleo de Negócios Internacionais, 2014

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18 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

jurÍdico

DIREItO tRAbAlhIStA EM pAutA6º sEminário dE dirEito do trabalho discutE tEmas pErtinEntEsa EmprEgadorEs E funcionários

aRiane BRaGa

O Direito tem uma série de vertentes, entre elas, a que rege os princípios e normas das rela-ções trabalhistas entre empregadores e empre-gados: o Direito do Trabalho. O tema “Passivo trabalhista e as consequências jurídicas em âm-bito empresarial” foi o foco das discussões da 6ª edição do Seminário de Direito do Trabalho, realizado pela Fecomércio MG para discutir, analisar e orientar os empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas gerais.

Segundo a gerente jurídica da Fecomércio Mg, Tacianny Machado, o seminário é um projeto da área Jurídica da entidade, que a cada edição traz profissionais de renome para forta-lecer suas ações de representatividade e orientar profissionais do direito, de recursos humanos, de departamento de pessoal, empresários e con-tadores sobre os temas trabalhistas recorrentes no dia a dia corporativo. nessa edição, foram abordados os temas com o maior número de consultas atendidas pelo departamento Jurídico no decorrer do ano.

a abertura do encontro foi feita pelo presi-dente do Sistema Fecomércio Mg, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, que ressal-tou a importância do desenvolvimento e aper-feiçoamento dos empresários e profissionais da área em torno das questões trabalhistas.

As mudanças na legislação e seus reflexos no âmbito das empresas, tema do primeiro painel, contou com a participação do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª região, Sércio Peçanha. Em palestra sobre o contrato por prazo determinado e suas repercussões nas empresas, ele discorreu sobre as modalidades desse tipo de contrato e os requisitos específicos para adoção de cada modalidade de contratação. Em especial, abordou os contratos temporários regidos pela Lei 6019/1974 e a recente altera-ção do prazo de duração da contratação promo-vida pela Portaria 789/2014 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estendeu o período de contratação do trabalhador temporário para a substituição de pessoal regular e permanente para até nove meses.

O painel contou ainda com o debatedor Da-vidson Malacco, sócio do escritório Ferreira & Chagas. O professor enfatizou as questões que envolvem a estabilidade da gestante nas con-tratações por prazo determinado, bem como a garantia provisória de emprego decorrente de

O evento, em sua 6ª edição, reuniu profissionais de renome da área jurídica

acidente de trabalho, também nos contratos por prazo determinado. A mediadora do painel foi a gerente jurídica da Fecomércio Mg, Tacianny Machado.

No painel “Direito em 360°”, representan-do o corpo jurídico da Federação, as advogadas Sandra Pinto e Manuela Dantas falaram sobre rotinas trabalhistas. Ambas explicaram que as atividades da relação trabalhista são cercadas de funções que devem ser observadas além da óti-ca administrativa, para não haver consequências negativas em âmbito jurídico. “alertar os em-presários sobre essas obrigações possibilitará à empresa manter um controle mais eficaz de suas relações empregatícias, reduzindo os riscos de sofrer demandas judiciais e fiscalizações, trans-mitindo mais confiança e segurança na relação de trabalho”, enfatizou Manuela. O moderador desse painel foi o coordenador jurídico sindical da Fecomércio Mg Júlio Linhares.

Professora e advogada tributária, Melissa Folmann discorreu sobre as ações regressivas – que buscam a responsabilidade de tercei-ros – que vêm sendo movidas pelo o instituto nacional do Seguro Social (inSS) contra as empresas. “Em caso de acidentes de trabalho, o instituto nacional do Seguro Social (inSS) paga os devidos benefícios ao empregado e, posteriormente, cobra da empresa a restituição aos cofres públicos de todo o valor gasto em decorrência do incidente”, explica. Tais ações regressivas estão previstas em lei desde 1991, mas em 2010 foi constituída uma força-tarefa para as empresas restituírem o inSS em casos

de benefícios concedidos após acidentes de tra-balho. Melissa alerta que a maioria dos empre-sários não tem conhecimento sobre o assunto e, muitas vezes, é surpreendida.

O Seguro de acidente de Trabalho (SaT) e o Fator acidentário de Prevenção (FaP) para as empresas também foram abordados pela advo-gada. Ela explica que os empregadores ainda precisam arcar com o SAT — valor fixo e men-sal pago à receita — e com o FaP — fator mul-tiplicador do SaT, que aumenta de acordo com o número de acidentes registrados na empresa. Melissa sugere que as firmas invistam e refor-cem os procedimentos internos de segurança (como o uso dos Equipamentos de Proteção in-dividual e treinamentos para os colaboradores) para evitar ações de passivos trabalhistas. a ad-vogada da Fecomércio Mg Poliana Fonseca foi a moderadora dessa palestra.

O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas gerais (TJMg), Elpídio Donizetti, falou sobre as mudanças no código que tramita no Senado e deve ser aprovado em 2015. Ele é advogado, professor e membro da Comissão de Juristas no Senado Federal que acompanha o projeto de lei do novo Código de Processo Cívil (CPC). Ele chamou atenção para as possíveis alterações no processo do trabalho, seja em razão do artigo 8º da CLT ou do artigo 15º do projeto de lei, que determinam a aplica-ção supletiva ou subsidiária em casos omissos do processo civil. O moderador do último con-teúdo exposto no Seminário foi o advogado da Fecomércio Mg Thiago Magalhães.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394• 19

Tacianny Machado moderou a palestra do desembargador Sércio Peçanha (à esquerda) e o debatedor foi o advogado Davidson Malacco (à direita)

Júlio Linhares moderou a palestra de Sandra Pinto e Manuela Dantas

Poliana Fonseca foi moderadora da palestra da advogada Melissa Folmann

Thiago Magalhães moderou a palestra do desembargador aposentado do TJMG, Elpídio Donizetti

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Júlio Linhares moderou a palestra de Sandra Pinto e Manuela Dantas

Evento contou com a presença de empresários, advogados e diretores da Fecomércio MG

O presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga, fez a abertura do Seminário

Equipe da área Jurídica da Fecomércio MG e participantes do Seminário

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20 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 394

ObRIgAçõES SOCIAIS E FISCAIS | DEzEMbRO 2014

ObRIgAçõES SOCIAIS E FISCAIS | jANEIRO 2015

PiS – DCT no mês de admissão

DaCOn – MEnSaL Até o 5° dia útil do mês, referente ao mês de novembro de 2014

SaLáRiOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED até o dia 7

SPED / CONTRIBuIÇõES Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de novembro de 2014

DCTF – MEnSaL Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de novembro de 2014

RETENÇãO PIS/COFINS CSLLARTIGO 30 – LEI 10.833/03

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

IR FONTE – SALÁRIOS, AuTôNOMOS, ALuGuÉIS Até o último dia do 2º decêndio

SiMPLES naCiOnaL – RECOLHiMEnTO Até o dia 20

inSS – SaLáRiO Até o dia 20

COFINS / PIS / FATuRAMENTO Até o 25° dia do mês

CARNÊ LEãO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL até o último dia útil do mês

CONTRIBuIÇãO SOCIAL ESTIMATIVA / TRIMESTRAL até o último dia útil do mês

COnTRiBUiÇÃO SinDiCaL PaTROnaL no vencimento da guia

Âmbito federal

PiS – DCT no mês de admissão

DaCOn – MEnSaL Até o 5° dia útil do mês, referente ao mês de outubro de 2014

SaLáRiOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED até o dia 7

SPED/CONTRIBuIÇõES Até o 10° dia útil do mês, referenteao mês de outubro de 2014

DCTF – MEnSaL Até o 15° dia útil do mês, referenteao mês de outubro de 2014

RETENÇãO PIS/COFINS CSLL ARTIGO 30 – LEI 10.833/03

Até o último dia útil da quinzenaseguinte ao da retenção

IR FONTE – SALÁRIOS, AuTôNOMOS, ALuGuÉIS Até o último dia do 2º decêndio

SiMPLES naCiOnaL – RECOLHiMEnTO Até o dia 20

inSS – SaLáRiO Até o dia 20

CONFINS/PIS/FATuRAMENTO Até o 25° dia do mês

ICARNÊ LEãO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL até o último dia útil do mês

CONTRIBuIÇãO SOCIAL ESTIMATIVA/TRIMESTRAL até o último dia útil do mês

COnTRiBUiÇÃO SinDiCaL PaTROnaL no vencimento da guia

Âmbito federal

Âmbito estadual

indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes Até o dia 09

guia nac. informação apuração iCMS Sub. Trib. – gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DaPi

Âmbito municiPal

iSSimposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

iPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

Âmbito estadual

indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

guia nac. informação apuração iCMS Sub. Trib. – gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

iPVa – Cota Única ou 1ª Parcela A partir do dia 19/01/2015, de acordo com o final da placa.

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DaPi

Âmbito municiPal

iSSimposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05Ver legislação local

iPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

jurÍdico

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sescFecomércio inFormativo

Publicação do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais – sistema Fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

Projeto Habilidades de estudo (PHe) amPlia atividades em 2015

PÁgina 3

eventos musicais itinerantes se PreParam Para 2015

PÁgina 8

sesc saúde na emPresa oFerece acomPanHamento Humanizado

PÁgina 5

www.sescmg.com.br

mesa brasil sesc comemora crescimento

credibilidade do Programa é destaque em noite de

reconHecimento aos doadores, voluntÁrios e colaboradoresPÁginas 6 e 7

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2 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

artigo

O Sesc é uma instituição privada que tem por objetivo proporcionar bem-estar e qualida-de de vida ao trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo, à sua família e à sociedade em geral. Fundado em 1946, vem, a cada dia, consolidando-se como verdadeiro agente de transformação social. Em Minas Gerais, hoje, 77,31% dos matriculados correspondem a esse público-alvo, para o qual não medimos esfor-ços no sentido de fidelizar por meio da presta-ção de serviços. Para cumprir a nobre missão da instituição, estabelecemos princípios nor-teadores para alcançarmos nossas metas em 2015, especialmente o crescimento equilibra-do, sempre pautado pela qualidade e pelo de-senvolvimento social do indivíduo, em diver-sas ações nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer, turismo social e meio ambiente.

Nossa base estratégica, construída de forma coletiva, aposta no aprendizado e na evolução organizacional, por meio do aperfeiçoamento profissional e da revitalização da infraestrutura, para continuar ampliando o número de clientes comerciários e de menor renda; desenvolver o portfólio de produtos; fortalecer o relaciona-mento com sindicatos, poder público e demais parceiros, além de ampliar a interiorização e o reconhecimento social da instituição.

Nossos valores, mais do que nunca, serão os mobilizadores fundamentais das equipes: a ética para pensar, agir e contribuir para o crescimento humano; a qualidade na elabo-ração, no desenvolvimento e na oferta dos nossos serviços e produtos; a transparência na maneira de conduzir projetos e relações; o comprometimento com cada uma das ações idealizadas e com o modo como elas impac-tam cada pessoa; e a valorização das pessoas – interna e externamente.

O volume de municípios e a extensão ter-ritorial de Minas Gerais – estado que é con-siderado o resumo do Brasil –, por si só, já são grandes desafios a serem enfrentados em nossa jornada. Por meio de nossas unidades fixas e móveis, agências de serviços, cente-nas de eventos itinerantes e oito gerências

regionais, fazemo-nos presentes em número cada vez maior de cidades, em todas as re-giões do estado, catalisando nossa presença e capilarizando nossos atendimentos.

Não perdemos de vista também o prin-cípio fundamental da sustentabilidade (am-biental, social e econômica), que norteia nossa postura em relação ao cenário em que estamos inseridos e também todas as ações: os resultados dos produtos e serviços do Sesc devem ser duradouros e, mesmo que em constante renovação e aprimoramento, permanentes. Acreditamos que ações conti-nuadas e de qualidade, chancela do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, realmente transformam o ser humano. O fru-to do esforço integrado de todas as equipes em torno do ciclo da vida – desde a gesta-ção e a infância, passando pela adolescência, fase adulta e chegando à maturidade – torna o Sesc agente de transformação social, gera-ção de emprego, renda e qualidade de vida.

O crescimento equilibrado, atrelado à busca constante pelos aperfeiçoamentos, sempre necessários, é foco constante e ponto primordial da atuação, das metas, das diretri-zes e dos desafios do Sesc no atendimento e na prestação de serviços diferenciados.

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Cada vez mais sesC para o trabalhador do ComérCio de bens, serviços e turismoRodRigo Penido duaRte

diRetoR Regional do SeSc

“AcreditAmos que Ações continuAdAs e de quAlidAde, chAncelA do sistemA Fecomércio mG, sesc, senAc e sindicAtos, reAlmente trAnsFormAm o ser humAno.”

Atividades divertidas, ofi cinas e brincadeiras para crianças de 5 a 12 anos. Vagas limitadas e condições especiais para os dependentes de comerciários matriculados.

Período de realização: de 19 a 30/01/2015 • Local: unidades SescPara horários e valores, consulte a unidade de sua preferência

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394 • 3

cibele neveS

Na hora de brincar, brincar. Na hora de estudar, estudar. Certamente, muitas pessoas já ouviram essa frase ao longo da infância. Mas que tal reunir tudo isso em um úni-co espaço e atrair as crianças para o estudo por meio do lúdico, proporcionando trocas de experiências, socialização e desenvolvi-mento da autonomia? É isso que oferece o Projeto Habilidades de Estudo (PHE), que propõe acompanhamento pedagógico, ativi-dades extracurriculares, esportivas e cultu-rais, gratuitamente, aos estudantes do Ensino Fundamental de seis a 11 anos.

Atualmente, são quase duas mil crian-ças em nove unidades. Em 2015, o projeto será implantado nos municípios de Araxá e Patos de Minas. Para marcar o novo ano, se-rão realizadas aulas inaugurais em todas as unidades, permitindo que os pais conheçam mais sobre o Sesc e as atividades do PHE.

O objetivo é promover a interação de todos os estudantes com o meio sociocul-tural, artístico e científico, proporcionando a apropriação e recriação dos conhecimen-tos. As crianças participam de atividades

em todas as áreas de atuação do Sesc, como esporte, educação, cultura, lazer e saúde. Ao longo do ano são desenvolvidas ações abordando diversos temas, como valores so-ciais, identidade, expressão corporal, teatro, higiene, meio ambiente e sustentabilidade, pinturas artísticas, reconhecimento do cor-po humano, música, contação de histórias, jogos pedagógicos, brincadeiras de rodas e antigas, natação, leitura, entre outros.

De acordo com a coordenadora de Educação Complementar do Sesc, Giselle Schrier da Silva, a proposta é atuar no de-senvolvimento das crianças como um todo. “O foco é trabalhar os estudantes em seu contexto, despertando o que eles trazem de conhecimento e incentivando a socialização e a busca de novas informações”, afirma. Segundo Schrier, outro aspecto valoriza-do pelo PHE é a socialização das crianças no grupo. “Buscamos trabalhar os valores, a convivência, e despertar a importância do respeito ao próximo para que se torne um cidadão crítico e reflexivo, além de ser uma oportunidade para a criança aprender diferentes conceitos brincando. Por meio da imaginação, ela pode expressar seus

sentimentos e formas de ver o mundo, asso-ciando-os ao seu dia a dia”, acrescenta.

A diferença no comportamento e de-senvolvimento é reconhecida pelos pais. Segundo a manicure Kelly Antoniela Bispo Ribeiro, o filho Jonathan Henrique Bispo Mendes, de oito anos, participante do PHE no Sesc Sete Lagoas, tornou-se outra crian-ça. “Ele era tímido, explosivo e intoleran-te. Hoje, está mais sociável, autoconfiante, empolgado para as atividades da escola e fez vários amigos. Até a professora fez elo-gios na reunião de pais, fiquei orgulhosa do avanço dele”, comemora a mãe.

Os alunos são atendidos nas unidades Sesc no período do contraturno escolar, durante quatro horas diárias, de segunda a sexta-feira. Para fazer parte do PHE, o alu-no precisa ter entre seis e 11 anos e integrar o perfil do Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG) do Sesc: estar matricu-lado em escolas públicas e possuir renda fa-miliar bruta de até três salários mínimos na-cionais, sendo, preferencialmente, filho de trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo. Cada criança pode permanecer no projeto por até cinco anos, desde que atenda anualmente aos critérios descritos.

Sobre o PHe

O Projeto Habilidades de Estudo (PHE) foi iniciado pelo Sesc em 2013. Atualmente, está presente em nove unidades: Juiz de Fora, Santa Quitéria, Poços de Caldas, Muriaé, Sete Lagoas, Bom Despacho, Uberaba, Uberlândia e Floresta.

O caráter inovador dessa proposta con-siste em criar condições para que a crian-ça desenvolva hábitos de estudo, atitudes de cidadania, habilidades para aprimorar a capacidade de ler e interpretar os fatos do mundo, opinar, criticar, além de dizer o que precisa e sente, escutar e interagir.

Os conteúdos passam a ganhar múltiplos significados a partir das experiências de crianças e instrutores, por meio da integra-ção, da quebra de paradigmas e do envolvi-mento com a família. O pilar do PHE é nunca deixar de sonhar e acreditar na transforma-ção pela educação.

desenvolvimento soCial e pedagógiCo para milhares de CriançasProjeto Habilidades de estudo (PHe) amPlia atividades em 2015

educação

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O Projeto desperta a importância do respeito ao próximo, para que a criança se torne um cidadão crítico e reflexivo. O PHE é também uma oportunidade de aprender, brincando, diferentes conceitos

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4 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

acontece

sesC no mar, uma experiênCia de suCessoPrimeira excursão marítima foi realizada entre 23/10 e 02/11

enContro de bandas Chega à 16ª edição Conquistando novas gerações

lazer e ConheCimento movimentam dia das Crianças

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Juiz de Fora Foi a Casa de grandes autores brasileiros no sesC literatura

Depois de 11 dias de diversão e descober-tas, os primeiros turistas do Sesc no Mar de-sembarcaram de volta a terra firme no dia 2 de novembro. Nas malas do grupo de 40 pessoas, muitas histórias para contar e lembranças ines-quecíveis a bordo do navio Monarch.

A coordenadora de excursões, Juliana Moreira Figueiredo, acompanhou a primeira viagem marítima e conta o resultado da expe-riência. “Foi um sucesso, todos os passageiros

gostaram muito, pois é uma oportunidade única de conhecer diferentes países e os costumes lo-cais em uma só jornada”, afirma.

Foram sete noites em alto-mar e outras duas hospedagens na Cidade do Panamá, com des-locamento a Colón, ponto de partida da embar-cação. A preparação para o próximo Sesc no Mar já começou, e a excursão deve acontecer no primeiro semestre de 2015. Acompanhe a programação no site sescmg.com.br.

Diversão e educação andaram juntas nos eventos realizados pelo Sesc especialmente para as crianças em outubro de 2014. Na praça da Estação, 14 mil pessoas participaram do Dia das Crianças Sesc. Além das ações da Rua de Lazer, também houve oficinas de educação em saúde, com orientações sobre a saúde bucal.

Incentivando a formação de jovens apre-ciadores das artes, o Sesc Palladium uniu dois ícones da cultura mineira no show Orquestra

& Bonecos. A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e o premiado Giramundo Teatro de Bonecos recriaram a fábula Pedro e o Lobo, es-petáculo que é um sucesso de público do grupo teatral desde 1993.

No parque das Mangabeiras, mais de dez mil crianças se divertiram com as brincadeiras da Rua de Lazer durante o 28º Fantástico Mundo da Criança. O tradicional evento é promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte com apoio do Sesc.

O resgate de tradições culturais e o encon-tro de gerações caracterizaram a 16ª edição do Encontro de Bandas, realizado pelo Sesc no dia 9 de novembro, em Belo Horizonte. Cerca de 400 músicos, divididos em 10 agremiações, desfilaram clássicos da música para a alegria de mais de duas mil pessoas de todas as idades. Depois do desfile, as bandas fizeram apresenta-ções especiais de 30 minutos na praça Floriano

Peixoto, o que permitiu uma maior interação com o público.

Ao lado do Minas ao Luar, do Sesc Chorinho e Samba na Praça e do Causos e Violas das Gerais, o Encontro mantém viva uma parcela importante da identidade do estado. O evento é realizado desde 1999. Na edição de 2014, mais de 50 pessoas contribuíram para a realização, entre colaboradores, fornecedores e lideranças do Sesc.

Em 2014, o Sesc Literatura: Grandes Escritores, projeto idealizado há mais de um ano pelo Sesc Juiz de Fora, levou à ci-dade da Zona da Mata mineira autores de re-nome, em encontros que abordaram a vida e a obra deles. Durante este ano, mais de 4,2 mil pessoas puderam dialogar com Gregório Duvivier, Martha Medeiros, Marina Colasanti, Luis Fernando Verissimo, Roberto

DaMatta, Mário Prata, Elisa Lucinda e Frei Betto, e conheceram um pouco mais sobre a carreira deles.

Além das palestras, foram realizadas ofici-nas de leitura, que mostraram como o ensino da língua está vinculado ao desenvolvimento do prazer em ler na sociedade contemporâ-nea. As atividades trazem sempre temas re-lacionados às obras dos autores convidados.

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394 • 5

saúde

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De um lado, a preocupação: levantamento feito com 194 mil pessoas em 200 organizações brasileiras pelo instituto CPH Health revelou que 76% delas praticam atividade física insufi-ciente, 68% trabalham sentadas a maior parte do dia, 48% têm elevado nível de ansiedade e 45% estão acima do peso ou obesas. De outro lado, a meta: colaboradores com menos preocupações, inclusive com a saúde, são mais felizes – uma pesquisa divulgada em 2014 pela Universidade de Warwick, do Reino Unido, revelou que a fe-licidade torna as pessoas 12% mais produtivas.

Entre essas duas pontas, uma forma de agir. O Sesc, percebendo a necessidade de levar mais qualidade de vida ao trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo, de forma ágil, perso-nalizada e com resultados práticos, criou o Sesc Saúde na Empresa. O projeto leva para as orga-nizações orientações sobre prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e promoção da saúde com diversos exames, além do acompanhamento multidisciplinar. Em Minas Gerais, a iniciativa é uma exclusividade do Sesc.

“Nosso diferencial é o acompanhamento dos resultados. Quando um paciente descobre, por exemplo, que o colesterol está elevado, ele recebe indicação para consultas com nutricionistas e car-diologistas do Sesc Saúde São Francisco. Lá, ele

recebe atendimento humanizado, com acompa-nhamento passo a passo da evolução”, explica o superintendente de Saúde do Sesc, Rodrigo Maia.

VantagenS

A empresa que contrata o serviço ganha em compromisso social, redução do absenteísmo e dos custos com assistência médica de funcioná-rios, melhora da autoestima, da produtividade, do bem-estar e da qualidade de vida no ambiente de trabalho, além do fortalecimento da imagem como promotora de saúde.

Como funCiona

A primeira etapa do projeto consiste na avalia-ção dos fatores de risco modificáveis para doenças crônicas não transmissíveis. Esse levantamento ocorre por meio de aplicação de um questionário sobre hábitos e estilos de vida e exames sanguí-neos que avaliam o perfil lipídico (colesterol, gli-cose e triglicérides). Além disso, a pressão arterial é aferida, e o percentual de gordura e o Índice de Massa Corporal (IMC) são calculados pela balan-ça de bioimpedância. Todos os dados são compi-lados e analisados para a avaliação dos riscos no aparecimento de doenças futuras.

Com o resultado, a empresa consegue ter um panorama da saúde de seus colaboradores, que, por sua vez, poderão receber acompa-nhamento profissional na unidade de saúde do Sesc, em Belo Horizonte. O acompanhamento

é individual e humanizado e ocorre após a ela-boração do diagnóstico de saúde.

O Sesc Saúde na Empresa conta com profis-sionais das áreas de enfermagem, odontologia, fisioterapia, nutrição, medicina e biomedicina.

exPeriênCia

O Minas Tênis Clube foi uma das primeiras instituições a contratar o serviço do Sesc, nas unidades dos bairros de Lourdes e Mangabeiras. Na primeira edição, 280 funcionários do grupo operacional foram atendidos e alguns deles pre-cisaram de encaminhamento médico, visando a continuidade das ações. A maioria apresentou ní-veis alterados de percentual de gordura corporal e circunferência abdominal, sendo observado um elevado número de colaboradores com sobrepe-so/obesidade. Até agosto deste ano, eles rece-beram o acompanhamento de nutricionistas ou cardiologistas. Para a coordenadora de Recursos Humanos do Minas, Julia Soares, a primeira ex-periência com o Sesc Saúde na Empresa foi bas-tante satisfatória, o que impulsionou a expansão do projeto em uma segunda etapa.

Esse segundo grupo integrou a ação no úl-timo mês de outubro. Foram 558 funcionários, que passaram por avaliações de fatores de risco e iniciam o acompanhamento em janeiro de 2015. “Mesmo tendo plano de saúde oferecido pela em-presa, nem sempre os colaboradores se lembram da importância do cuidado com a saúde. Quando o Minas traz o serviço para o local de trabalho, oferecendo uma pausa na programação para que os funcionários se cuidem, ele está reafirmando o compromisso com o bem-estar”, conclui Julia.

Como Contratar

Para contratar o serviço ou obter mais infor-mações, converse com a Superintendência de Saúde do Sesc em Minas Gerais pelo telefone (31) 3279-1476.

sesC leva saúde, prevenção e bem-estar para empresassesc saúde na emPresa oferece diagnóstico individualizado e acomPanHamento Humanizado

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O projeto leva para as organizações orientações sobre prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e promoção da saúde

Acompanhamento é feito de forma multidisciplinar

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6 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

cibele neveS

Números que expressam a grandiosidade de um programa que cresce a cada ano e cum-pre um importante papel de transformação social em diversos segmentos da sociedade. Com esse propósito, foram apresentados, na noite de 1º de dezembro, no Sesc Palladium, em Belo Horizonte, os resultados do progra-ma de segurança alimentar e nutricional e de combate ao desperdício Mesa Brasil Sesc.

A Orquestra de Câmara do Sesc abriu a solenidade com um repertório ensaiado ex-clusivamente para o evento. Em seguida, o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, revelou os números que ratificam a credibilidade da iniciativa. “O esforço de crescimento é contínuo. O Mesa Brasil tem uma nobre missão: a transformação de vi-das, sem ficar restrito ao assistencialismo.

Além de distribuir produtos que estão pró-prios para consumo, mas seriam descarta-dos, oferecemos capacitação aos que lidam com esses alimentos, em um ciclo vitorioso de geração de renda e disseminação do co-nhecimento”, afirmou.

Em uma noite repleta de homenagens emocionantes, o diretor regional destacou que os expressivos resultados – em novembro, a meta prevista para todo o ano já havia sido superada – só foram possíveis “graças às em-presas doadoras, ao empenho dos voluntários e às instituições beneficiadas, que confiam em nosso trabalho, sempre visando o crescimento e a melhoria para os próximos anos”.

Os representantes das empresas que com-pareceram ao evento receberam placas de reconhecimento, com a frase “Sou doador”. Os voluntários foram presenteados com um kit executivo do Sesc, e as entidades

beneficiadas ganharam uma placa de sinali-zação. Para finalizar a solenidade, o Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente do Bairro Cabana Pai Tomaz e Região fez uma apresentação de percussão. Os jovens, que têm as refeições complementadas por meio do Mesa Brasil Sesc, entregaram ao diretor regional e ao superintendente de Saúde do Sesc, Rodrigo Maia, um quadro produzido a partir de materiais reutilizados.

reSultadoS

Baseado na parceria entre a sociedade civil, o empresariado e as instituições sociais, o Mesa Brasil Sesc superou, já no mês de novembro, a meta estabelecida pelo Departamento Nacional do Sesc para 2014, tanto para doações quan-to para refeições. Em 11 meses, foram doados mais de 1,7 milhões de quilos de alimentos, complementando mais de 17 milhões de refei-ções. A meta era de 1,4 milhões de quilos.

mesa brasil

mesa brasil sesC mostra CresCimento expressivo e Faz homenagem a partiCipantesevento de aPresentação de resultados foi marcado Pela credibilidade e Pelo reconHecimento de quem faz o Programa acontecer

O evento contou com uma exibição especial da Orquestra de Câmara do Sesc. Além da apresentação dos resultados, houve uma homenagem aos representantes das empresas doa-doras e aos voluntários do Mesa Brasil

O Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente do Bairro Cabana Pai Tomaz e Região, uma das instituições beneficiadas pelo programa, fez uma apresentação de percussão e en-tregou um quadro ao diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, e ao superintendente de Saúde, Rodrigo Maia. Na última foto à direita, o voluntário José Pedro de Oliveira recebe homenagem das mãos do diretor regional do Sesc

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394 • 7

Nos últimos quatro anos, a palavra de ordem foi evolução. Em 2010, o Programa contava com 22 empresas doadoras, e atu-almente são 229. Essas empresas colabo-ram com alimentos, materiais de limpeza e itens de higiene. As doações são entregues a crianças, jovens, adultos e idosos de 773 instituições (em 2010 eram 259), entre cre-ches, casas de apoio, abrigos, hospitais, comunidades terapêuticas e instituições de longa permanência.

Paralelamente ao esforço de colaboradores, voluntários e doadores, houve investimento em infraestrutura de recebimento e distribui-ção, com a aquisição de um galpão preparado para receber grandes volumes, equipado com uma câmara de refrigeração, pátio de manobra e estacionamento, salas administrativas, além de uma frota própria, com 11 veículos.

Outro foco importante do Mesa Brasil Sesc é promover a conscientização. Além das doações, também são oferecidos aos voluntários e às instituições atendidas cur-sos para captação de recursos e oficinas de

técnicas de aproveitamento integral dos ali-mentos e boas práticas de manuseio, conser-vação e preparação. Em 2014, até novem-bro, cerca de 4,5 mil pessoas participaram dessas ações.

O trabalho de coleta e distribuição é feito por 284 voluntários. Atualmente, são três pos-tos avançados no estado: em Belo Horizonte; Uberlândia, no Triângulo; e Montes Claros, no Norte de Minas. Para conhecer a rede de solidariedade que forma o Programa, acesse www.sescmg.com.br, saiba quem são os do-adores e para onde vai o volume arrecadado. Lá você também encontra receitas e assiste ao vídeo institucional do Mesa Brasil Sesc.

reSPonSáVeiS Pelo SuCeSSo

A participação dos voluntários é peça fun-damental na rotina e logística do Programa. José Pedro de Oliveira doa seu tempo e dis-posição desde 2001 e se orgulha de fazer par-te da equipe que, segundo ele mesmo afir-ma, tem transformado vidas. “Amo estar lá e saber que ajudo muitas pessoas. Acredito no Programa e faço o que for preciso, separo alimentos, guardo, enfim, o que precisarem, estou à disposição”, conta.

Os doadores também trouxeram testemu-nhos de mudança, não apenas contribuindo socialmente, mas com a transformação em suas rotinas de trabalho. Para o superin-tendente do Supermercado Bretas, Nicanor Carvalho Lessa, que representou no palco o conjunto de empresas participantes, é muito satisfatório participar de um programa com

tamanha amplitude social. Lessa destacou a mudança e o engajamento de seus funcioná-rios. “Hoje, os próprios colaboradores perce-bem que alguns produtos podem ser aprovei-tados e perguntam se podem separar para o Mesa. Eles já incorporaram os princípios. É fantástico”, acrescentou.

Para Irene de Fátima Parreiras Vieira, coordenadora da Creche Bom Pastor, insti-tuição beneficiada pelo Mesa Brasil em Belo Horizonte, a parceria com o Programa mu-dou a realidade em que viviam e promoveu também a valorização de funcionários. “É notável a mudança física e psicológica das crianças. Além disso, as atividades de forma-ção oferecidas foram um sucesso, e as nossas cantineiras estão se sentindo honradas e valo-rizadas com o aprendizado”, destacou. Irene, que representou as instituições beneficiadas em todo o estado, encerrou sua fala com uma frase atribuída a Albert Einstein que se aplica bem a todos os participantes do Mesa Brasil Sesc: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

mesa brasil

A coordenadora da Creche Bom Pastor, Irene de Fátima Parreiras Vieira, com o superintendente de Saúde do Sesc, Rodrigo Maia

O superintendente do Supermercado Bretas, Nicanor Lessa, falou em nome das empresas doadoras

Descrição 2010 2011 2012 2013Até novembro

de 2014

Alimentos arrecadados 500.644 Kg 618.558 Kg 1.133.519 Kg 1.308.562 Kg 1.745.488 Kg

Empresas doadoras 22 24 79 115 229

Ações Educativas - 17 54 136 174

MESA BRASIL SESC: A EVOLUÇÃO

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8 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

cultura

ana Paula Rachid

Preencher uma lacuna existente no cenário da dança em Minas Gerais. Foi com esse obje-tivo que o Sesc criou, há um ano, seu primeiro corpo artístico, que transita pelos estilos clássi-co, neoclássico e contemporâneo.

Desde a sua estreia oficial, em agosto de 2013, a companhia já se apresentou para mais de 40 mil pessoas, com espetáculos gratuitos. Nesse primeiro ano de atuação, os bailarinos executaram trabalhos criados pelos coreógra-fos Henrique Rodovalho, Ricardo Scheir e Cassi Abranches, o que resultou em um reper-tório rico e variado.

Em 2014, a companhia realizou uma tur-nê por Minas Gerais, participou de festivais no estado e fora dele, além de apresentar um novo repertório. “A companhia aos poucos se firma no cenário da dança mineira como um dos principais expoentes de talentos”, diz a gerente do corpo artístico, Maria Elisa Medeiros. “Além dos espetáculos, realizamos atividades educativas para alunos de escolas

públicas e idosos nas cidades onde nos apre-sentamos. Dessa forma, potencializamos a função de formação de público e de democra-tização do acesso à cultura”, comenta.

A mineira Camila Gomes, de 25 anos, faz parte do grupo de 22 bailarinos desde o início e diz ter realizado um sonho ao poder viver da dança. “Sempre quis trabalhar com o que eu mais gosto de fazer e poder continuar na minha cidade. A Cia. Sesc de Dança me pro-porcionou isso, e eu espero que continuemos crescendo e levando a dança para mais luga-res e pessoas”, afirma. E esses são os objeti-vos e metas da Cia. de Dança para 2015. O Sesc pretende ampliar o número de municí-pios que receberão apresentações e estender tanto os intercâmbios com coreógrafos quanto as ações de formação de público.

Viçosa foi a última cidade a receber, em 2014, a turnê de espetáculos e ações forma-tivas do grupo, no mês de novembro. Foram realizadas oficina de balé clássico, ministrada pela professora da Cia. Sesc de Dança Renata Araújo; oficina de dança contemporânea, com

Daphne Chequer, também professora da com-panhia; e aula aberta com a professora Dóris de Almeida Dornelles, do curso de Dança da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Além disso, os bailarinos apresentaram uma parte do espetáculo para aproximadamente 300 crianças, na tarde que antecedeu a apre-sentação principal. O corpo artístico apre-sentou, para o auditório repleto, a tradicional Oblivion, de Astor Piazzolla, com coreogra-fia de Cassi Abranches. Em seguida, Plano, de Cassi Abranches, e Grito Suspenso, de Ricardo Scheir.

um ano de Conquistas e amadureCimentocia. sesc de dança já se aPresentou Para mais de 40 mil Pessoas em seu Primeiro ano e Pretende amPliar atuação no estado em 2015

leonaRdo abReu

Foram nove meses na estrada levando mú-sica e cultura aos quatro cantos do estado. De fevereiro a outubro deste ano, os eventos mu-sicais itinerantes do Sesc percorreram mais de 40 mil km, resgatando o que há de melhor na tradição musical e cultural de Minas, sempre com apresentações gratuitas.

Causos e Violas das Gerais, Minas ao Luar e Sesc Chorinho e Samba na Praça

levaram para as praças e ruas um público su-perior a 100 mil pessoas. De 28 de feverei-ro, com o Minas ao Luar abrindo o Carnaval de BH, até 18 de outubro, quando o Sesc Chorinho e Samba na Praça realizou a última edição do ano, em Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste do estado, foram 64 apresenta-ções, em 59 cidades.

“Desde 2013, todos os eventos musicais itinerantes têm sido impulsionados pela forte interação entre as áreas do Sesc envolvidas em sua realização. O entusiasmo, a criati-vidade e a paixão das equipes refletiu posi-tivamente em transformações que tornaram nossos espetáculos ainda mais atraentes e catalisaram excelentes resultados”, comenta o coordenador de Produção Musical do Sesc, Flávio Mateus da Silva.

Em 2015, a programação começa em feve-reiro, com as edições especiais de Carnaval do Minas ao Luar, do Sesc Chorinho e Samba na Praça e do Causos e Violas das Gerais, segui-das da turnê pelo interior do estado.

de Carona Com a CulturadePois de nove meses na estrada, eventos musicais itinerantes do sesc se PreParam Para 2015

Bailarinos executaram repertório rico e variado

Eventos musicais itinerantes do Sesc percorreram mais de 40 mil km, resgatando a tradição cultural de Minas

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deStaqueEm 2014, o mês de março foi um importante marco para os produ-tos itinerantes de Cultura do Sesc. O Minas ao Luar gravou seu pri-meiro DVD: Minas ao Luar ao Vivo Sesc Palladium. O show emocionou o público e contou com os oito gru-pos que participam da itinerância do produto (Clube do Choro, Sarau Brasileiro, Sanducka e Banda, Voz e Arte, Mauro Silva e Conjunto Musical, Canta Brasil Seresta Show, Flor de Abacate e Rodrigo Miranda e Banda), com a participação es-pecial do cantor Sérgio Reis. Na ocasião, foi lançado ainda o Minas ao Luar: Canções – Vol. 3, terceiro disco do produto musical do Sesc.

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PUBLICAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS – SISTEMA FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS | WWW. MG . SENAC .BR

APRENDER COM AMÃO NA MASSA METODOLOGIA DIFERENCIADA DO SENAC APROXIMA JOVENS

APRENDIZES DA REALIDADE DO MERCADO. NA FOTO,

ATIVIDADE PRÁTICA EM SUPERMERCADO PEDAGÓGICO

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SENACFECOMÉRCIO INFORMATIVO

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ENCONTRO DE

VENDEDORES

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CONCURSO PREMIA

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TECNOLÓGICA

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2 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

Educação, a alavanca do dEsEnvolvimEnto Econômico, social E cultural

“Educar é prEciso.

Mais nEcEssário

ainda é quE a

Educação chEguE

a todas as

classEs sociais,

principalMEntE as

dE baixa rEnda. ”

Maria Rosa da Silva Costa, 31 anos, casada, mãe de quatro filhos. Exemplo de mulher bra-sileira, que não desiste de seus sonhos. A edu-cação abriu-lhe portas. Após concluir o curso Técnico em Administração pelo Senac, na ci-dade de Ituiutaba, montou seu próprio negócio, a pastelaria Arte do Sabor. Viu seus rendimen-tos aumentarem em 100%, quando tinha apenas uma barraca de pastéis na Feira da Junqueira.

A vida melhorou, comprou um carro, mudou--se com a família para uma casa maior e hoje custeia tratamento de saúde para um dos filhos.

O curso no Senac proporcionou à Maria uma visão de futuro. Com ideias inovadoras e espírito empreendedor, ela se lançou à nova empreitada. Assim como Maria, outras vidas foram transformadas pela educação. Direito fundamental de todo cidadão, ela é a mola propulsora para a melhoria da qualidade de vida e, consequentemente, o desenvolvimento do nosso país. Pessoas bem capacitadas criam bons negócios, melhoram a produtividade das empresas. A economia gira e a renda da popu-lação aumenta, proporcionalmente à sua au-toestima. Bens são adquiridos, viagens, pas-seios e estudos realizados. O conhecimento e o acesso à informação constroem caminhos para o desenvolvimento econômico, social e cultural de cada cidadão.

Apesar das crises que assolam o mundo, o jeito empreendedor e criativo do brasileiro en-contra formas de se reinventar – seja em seu próprio negócio, seja como funcionário de uma organização. Viva a economia criativa, as ideias inovadoras e a educação. É por meio dela que aprendemos a nos preparar para a vida e enfrentar desafios. Da mesma forma que Ma-

luciano FagundEsdirEtor rEgional do sEnac

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ARTIGO

ria Rosa, os alunos do Senac são qualificados para se tornar profissionais diferenciados (leia matéria sobre a formatura dos alunos de gra-duação tecnológica em Hotelaria, página 6, e Talento Profissional, página 7). Nossas meto-dologias privilegiam o aprendizado na prática (veja como funciona o programa Jovem Apren-diz, página 5). Nossos docentes são experts do mercado, trazendo tendências atuais de suas áreas para a sala de aula.

Educar é preciso. Mais necessário ainda é que a educação chegue a todas as classes sociais, principalmente as de baixa renda. Com a expansão do financiamento estudantil, como o Fies, de bolsas de ensino, a exemplo do Pronatec, e do crescimento da educação a distância, o acesso à aprendizagem se demo-cratizou. Dados do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (www.portal.inep.gov.br) - compro-vam essa realidade. Mas devemos ir além e colocar a qualidade como componente intrín-seco à educação brasileira. Esse é o desafio das instituições de ensino. Essa é a política que norteia as diretrizes do Senac: “desenvol-ver ações educacionais inovadoras, visando a satisfação dos clientes, dentro de um processo contínuo de melhoria da organização”.

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394 • 3

Acontece

O ano de 2014 foi marcado pela qualifi-cação de empresários do comércio em Poços de Caldas. Em sua primeira edição, o Sindi-comércio da cidade realizou, em setembro, o Mês do Empreendedor, que teve uma extensa programação de atividades realizadas com o apoio do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Se-nac e do Sebrae, além dos Correios e do Con-vention & Visitors Bureau. “O evento teve 100% de sucesso. A integração dos parceiros foi fundamental”, destaca o presidente do Sin-dicomércio de Poços de Caldas, Victor Mar-

Dados do Instituto Brasileiro de Coaching mostram que esse mercado cresce em Belo Horizonte. No primeiro semestre de 2014, o número de pessoas que buscou a formação aumentou em 7,2%. A quantidade de empresas que recorreu ao profissional “coach” também cresceu em 4,75%. As organizações que investiram em coaching alcançaram resultados tangíveis em seus negócios, melhorando seus índices entre 25% e 27%. Esses dados foram comparados entre o primeiro semestre de 2013 e mesmo período de 2014.

Para ampliar as discussões sobre o assunto, o Núcleo de Pós-Graduação e Educação a

Distância do Senac sediou, na capital mineira, entre os dias 6 e 10 de outubro, a segunda edição do evento, promovido pelo Senac e pelo Grupo Inove Coaching (inovecoaching.com.br). O encontro reuniu coaches, gestores, consultores, educadores, empresários, profissionais de recursos humanos, professores, estudantes e pesquisadores.

“Aproveitei a oportunidade para ´re-pensar´as práticas de gestão nas organizações, que agora também estabelecem como desafio a atenção ao bem-estar das pessoas, priorizando a gestão sustentável”, destacou a aluna do Senac Luciene Kenia Silva, do curso de MBA em Gestão Estratégica de Pessoas.

Segundo a coach do Grupo Inove Silmara Pereira, o processo de coaching permite melhorar a gestão do tempo, o relacionamento interpessoal e intrapessoal, o trabalho em equipe, a motivação de grupos, a gestão financeira, a orientação profissional, de apoio à saúde e à aposentadoria.

Mesa Brasil Latas de leite em pó foram arrecadadas no

evento e doadas ao Mesa Brasil, Programa de Segurança Alimentar e Nutricional do Sesc, que atende às necessidades das pessoas assistidas pelas instituições cadastradas na ação.

Belo Horizonte receBeu a2ª seMana inove coacHing

aline BarBosa, da rede coMunicação

adriana linHares

Mês do eMpreendedor teM saldo positivo eM sua priMeira edição

chesi. “Em função das agendas de todos é um desafio reunir os empresários do comércio. Por isso mesmo essa oportunidade de aperfei-çoamento foi tão importante”, diz.

Durante 30 dias, as atividades tiveram, em média, 1.200 participantes de Poços de Caldas e cidades do entorno, entre empresários do co-mércio, estudantes e profissionais liberais. O Senac realizou palestras sobre vendas, gestão financeira, atendimento ao cliente e temas mo-tivacionais. As atrações culturais e a infraes-trutura do evento foram oferecidas pelo Sesc.

Além disso, consultores do Sebrae minis-traram workshops e clínicas tecnológicas. “A programação foi muito interessante. Mi-nha mãe tem um comércio há 19 anos e va-mos abrir uma filial. Como vou administrá--la, vim buscar novas informações”, conta a empresária Raquel dos Santos. Proprietário de uma tradicional loja de quitandas, Gláu-cio Peron aprovou o evento. “Estou gostan-do muito. As palestras são muito boas para quem está começando e para quem já tem um empreendimento.”

O Mês do Empreendedor possibilitou 30 dias de programação especial em Poços de Caldas

Ronaldo Cioffi Júnior

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4 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

Giro

Vendedores são homenageados no interior de minas

Tradicional em municípios como Montes Claros, Sete Lagoas e Ipatinga, o Encontro de Vendedores expande sua atuação e, neste ano, prestigia os profissionais de vendas de destaque em 12 cidades mineiras. O evento foi promovido pelo Senac, pelos sindicatos do comércio e entidades empresariais de Go-vernador Valadares, Ipatinga, Coronel Fabri-ciano, Lavras, Varginha, Juiz de Fora, Mon-tes Claros, Ituiutaba, São João del-Rei, Sete Lagoas, Araxá e Uberaba.

Cada uma das 855 empresas inscritas in-dicou um profissional de sua equipe, levando em consideração o talento, domínio técnico, empatia e investimento em qualificação pro-fissional, entre outros critérios. Em Ipatinga,

Roberta Borato

Inovar Produções

Roberta Borato

Governador Valadares

Varginha

Ituiutaba

alexandre Farid

o empresário Herbert Valério Almeida, do Depósito Livramento, decidiu homenagear seu vendedor Guilherme Andrade, que, além de uma medalha e um certificado de Vende-dor do Ano, ganhou também uma TV de 32 polegadas. “O fato de o Guilherme ter ven-cido despertou o interesse da minha equipe para melhorar a produtividade e investir no aprimoramento profissional”, observou Her-bert. A vendedora Rejane Duarte Costa, da loja Eletricanorte, de Sete Lagoas, foi pre-miada logo na sua primeira participação no evento. “Na loja, somos sete vendedores e eu fiquei surpresa quando anunciaram meu nome para receber a homenagem”, contou.

O consultor de marketing Diego Berro

acompanhou o evento em todas as cidades para ministrar a palestra “Estratégias da Ge-nialidade em Vendas” e ficou impressionado com o sucesso da iniciativa. “Tivemos plateia lotada em todos os encontros, inclusive em Ituiutaba, por exemplo, que atraiu 400 pesso-as. Isso comprova a credibilidade do Senac e dos sindicatos em todas as regiões”, afirmou. Diego conta que já realizou consultorias e palestras sobre vendas para várias entidades, mas nunca com a proposta de prestigiar e premiar os vendedores. “É muito importante para os empresários destacar o desempenho de seus funcionários e promover um momen-to como este de interação e aprendizagem”, comentou.

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Point da Photo

Montes Claros

São João del-Rei

Sete Lagoas

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394 • 5

Qualificação do público jovem e orientações profissionais para a conquista do primeiro emprego. É esse o objetivo do Programa Jovem Aprendiz (Decreto-Lei nº 8622, de 10 de janeiro de 1946), realizado por meio de parcerias entre o Senac e as empresas. A iniciativa, além de capacitar para o mercado, auxilia na formação de jovens de 16 a 24 anos.

Segundo a diretora de escola do Senac em Minas, Janaina Perdigão, os programas de aprendizagem comercial em Serviços de Supermercado, Serviços Administrativos, Serviços de Almoxarifado, Vendas, Atendimento em Postos de Combustíveis, Operador de Computadores e Help Desk têm propostas pedagógicas em consonância com o mercado. “No decorrer do curso, os jovens desenvolvem competências pessoais e sociais, além de habilidades profissionais específicas de acordo com o segmento profissional das empresas que os contratam”, conta. Os cursos têm duração de um ano, sendo parte do tempo dedicada às aulas no Senac e outra à aplicação dos conhecimentos no local de trabalho.

Formação complementar De acordo com a supervisora pedagógica dos

cursos da Aprendizagem Comercial, Cristiane de Souza, as competências e habilidades são

assimiladas por meio de uma metodologia de projetos e de empresas simuladas, que contribuem para aproximar o jovem da realidade organizacional e de mercado.

Neste ano, a realização da II Feira de Empresa Simulada – Senac/ Sebrae - Cesbrasil possibilitou aos aprendizes a vivência das rotinas de uma empresa em seus principais setores: Compras, RH, Financeiro, Marketing, entre outros. Além disso, o Programa também conta com as ações integradoras como o Projeto Gentileza, Oficina Afetiva e Plano de Negócios.

Estes visam à prática dos temas trabalhados em sala e dão ao aprendiz a oportunidade de atuar como profissional completo e agente de mudanças.

Em Governador Valadares, após concluir o curso de Aprendizagem Comercial em Serviços Administrativos, o jovem Lucas Paulo Andrade Silva foi contratado pelo Hospital São Lucas. “A capacitação do Senac proporcionou a ele uma base de conhecimentos adequada para a prática na empresa”, afirmou a gerente de Recursos Humanos do hospital, Pâmella Rocha.

CAPA

Arquivo Senac

programa Jovem aprendiz: #oportunidades de emprego, #inclusão social, #Formação proFissional

Thalita Santos

Aprendizagem Comercial: cidadãos responsáveis e preparados para o mercado

aline BarBosa, da rede comunicação

“Desde março de 2010, o Hermes Pardini mantém a parceria com o Senac para a capacitação dos seus jovens aprendizes. São 61 alunos dos cursos de Aprendizagem Comercial de Serviços Administrativos, de Almoxarifado e de Vendas. A instituição, além de oferecer uma boa forma-ção técnico-profissional aos jovens, os qualifica com competências sociais, pessoais e humanas, e nos oferece o apoio necessário para que a atuação dos aprendizes e da nossa empresa seja cada vez mais assertiva. A cada ano, a relação do Hermes Pardini com o Senac se estreita, gerando e potencializando valor positivo que reflete significativamente no desenvolvimento dos aprendi-zes para o mercado de trabalho e na atuação diária deles em nossa empresa. ”

Ilíada Sister Teixeira Lages, Consultora Interna em Responsabilidade Social do Hermes Pardini

cLiENTE Em dESTAQUE

Empresário, saiba como participar no www.mg.senac.br

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6 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

Em Foco

Primeira turma de tecnólogos em Hotelaria atesta qualidade da Faculdade senac

Rachel Mockdeci

socialmente resPonsável

A tecnóloga Luciana Correia, ao lado do coordenador

de Hotelaria, Wagner Teles

adriana linHares

aline BarBosa, da rede comunicação

Formação na área e referência da institui-ção de ensino. Esses foram os critérios que o coordenador de Hotelaria do Hospital Ibiapa-ba, em Barbacena, Wagner Teles, utilizou ao contratar uma das primeiras tecnólogas em hotelaria graduadas pela Faculdade Senac. “Para ocupar essa vaga, procuramos valorizar a formação do profissional, já que o segmen-to hospitalar exige serviços mais especializa-dos”, explica o gestor. A formatura da turma ocorreu no final de setembro. Desde então, 100% dos novos profissionais ingressaram no mercado. “O curso é muito bom. Recomendo bastante. Contribuiu muito para minha vida profissional”, conta a ex-aluna Luciana Cor-reia, que assumiu o cargo de assistente de Ho-telaria do Hospital Ibiapaba, dois meses após

As unidades Barbacena e Contagem da Fa-culdade Senac receberam em outubro, pela pri-meira e segunda vez, respectivamente, o selo de “Instituição Socialmente Responsável”, concedido pela Associação Brasileira de Man-tenedoras de Ensino Superior (ABMES). Esse reconhecimento, em função de ações realiza-das por alunos e docentes durante a Campanha Nacional da Responsabilidade Social no Ensi-no Superior Particular, reconhece que as unida-des estão engajadas com as causas sociais e o ensino responsável.

Em Barbacena, as atividades foram pro-movidas por alunos e professores do curso de graduação tecnológica em Hotelaria. Nos dias 17 e 18 de setembro, eles desenvolveram um projeto de lazer e recreação voltado para cre-ches do município. A iniciativa se tornou um programa extensivo, que terá continuidade ao longo de 2015 por meio de atividades ofereci-

concluir o curso. Embora recente, a graduação tecnológica

em Hotelaria da Faculdade Senac Unidade Bar-bacena tem se tornado referência. Após visita in loco da Comissão Avaliadora do Ministério da Educação, em maio, o curso obteve conceito 4, em uma escala de 1 a 5. Organização didá-tico-pedagógica, qualificação do corpo docen-te e infraestrutura foram alguns dos aspectos avaliados. “O principal diferencial do curso é o desenvolvimento do aluno nas dimensões téc-nica, humana e conceitual pela parceria estreita entre a teoria e a prática. Para isso é oferecida a estrutura do Hotel Senac Grogotó, que opor-tuniza aos alunos uma experiência completa e real de um empreendimento hoteleiro”, afirma o diretor da Faculdade, Alexandre Machado.

100% dos novos profissionais estão no mercado

das a outras instituições.Já em Contagem, estudantes e docentes dos

cursos de Ciências Contábeis e Administração realizaram, entre os dias 30 de agosto e 22 de setembro, visitas técnicas à Associação de Pro-teção e Assistência aos Condenados (Apac) de Nova Lima. A ação foi direcionada para a apli-cação de melhorias logísticas no sistema fecha-do e semiaberto da associação.

Ao desenvolverem ações sociais ligadas às suas áreas de atuação profissional, os partici-pantes contribuem efetivamente para a melho-ria da qualidade de vida da comunidade.

quatro estrelas no guia do estudanteOutro reconhecimento recebido pela Faculdade Senac – Unidade Contagem foi a conquista

da nota 4 (em uma escala até 5) na avaliação realizada pelo Guia do Estudante – Melhores Universidades para Curso de Administração. O índice tem tradição no meio acadêmico e influência junto aos vestibulandos. A classificação qualifica e habilita o curso como um dos melhores de Administração do estado de Minas Gerais.

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Em foco

Boas práticas para um mundo melhor. A definição resume os vencedores do Talento Profissional 2014. Promovido pela Faculdade Senac, o concurso premia projetos acadêmi-cos inéditos, desenvolvidos por graduandos e pós-graduandos. Nesta edição, os escolhidos têm em comum a presença de soluções favo-ráveis a um futuro mais sustentável, inclusi-vo e empreendedor.

Representando a diretoria regional na pre-miação, no dia 7 de novembro, o assessor téc-nico Arnaldo Galvão destacou a importância da iniciativa. “Nos últimos três anos revelamos o potencial de profissionais dispostos a desenvol-ver soluções que permitam a aplicabilidade do seu aprendizado.” Os primeiros colocados ga-nharam notebooks, os segundos e terceiros ta-blets e todos foram agraciados com medalhas.

Na categoria pós-graduação, o projeto ven-

Desde 2012, o Talento Profissional re-cebeu cerca de 50 inscrições nas duas cate-gorias, concentradas nas áreas de hotelaria, ciências contábeis, gastronomia, adminis-tração, gestão empresarial, de pessoas e fi-

cedor propôs a sensibilização de empresários do Mercado Central, na capital, para a implan-tação de medidas que evitem o desperdício de alimentos, água e energia. Um dos autores desse trabalho foi o aluno Eraldo Pereira, que cursa MBA em Gestão Gastronômica e Hote-leira no Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância do Senac. “Vencer o concurso abre fronteiras do mercado. Você começa a ser visto com outros olhos”, disse.

Alunos do mesmo curso de Pereira foram os vice-campeões da categoria. Eles sugeriram a adoção do gerenciamento de resíduos sóli-dos em restaurantes de Barbacena. O terceiro lugar ficou com estudantes da pós-graduação em Gestão Empresarial do Senac em Pouso Alegre. O projeto relaciona o mapeamento de competências a melhorias para o setor super-mercadista, como a redução de rotatividade.

Os primeiros colocados na categoria pós-graduação fizeram um

diagnóstico de sustentabilidade no Mercado Central

Vencedores da categoria graduação representaram Barbacena

ConCurso premia alunos talentosos e seus projetos inovadores

vitrine para o merCado

adriana linhares

Já a categoria graduação teve como vence-dores os estudantes da graduação tecnológica em Hotelaria, da Faculdade Senac Unidade Barbacena. O projeto dos premiados trata-se de um diagnóstico que demonstrou limitações para a adoção do Sistema Público de Escritu-ração Digital (Sped) no segmento hoteleiro. “O concurso foi muito representativo, pois nos proporcionou crescimento profissional e inte-gração”, avalia uma das autoras, Ester de Pau-la. O segundo lugar, escrito por graduandos em Ciências Contábeis da Faculdade Senac Unida-de Contagem, aborda o uso de ferramenta para capacitação gerencial de profissionais de nível técnico. Já o terceiro projeto premiado foi de estudantes de graduação tecnológica em Hote-laria, que sensibilizaram empresários de meios de hospedagem da região de Barbacena para investir em acessibilidade.

Simplesmente Retrato

nanceira. “Além de reconhecer os melhores alunos, estimulamos o espírito empreende-dor, pois os projetos podem ser aplicados no mercado. Também proporcionamos ao meio empresarial conhecer os talentos do Senac”,

diz a gerente de Desenvolvimento Educacio-nal, Railda Mendes.

Acesse www.mg.senac.br/faculdade e veja a relação completa dos vencedores de cada categoria – graduação e pós-graduação.

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8 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 394

O município de Capitólio, no Sul de Minas, é um paraíso com cerca de 8 mil habitantes e per-tence ao Circuito Nascentes das Gerais. A cidade, conhecida por sua simplicidade e hospitalidade, proporciona aos visitantes conforto e tranquili-dade – tanto para aqueles que estão em busca de paz e sossego, quanto para quem está à procura de agitação. Um destino ideal para curtir as férias.

Sua principal atração é a represa de Furnas, que brinda a região com lagos de água verde--esmeralda. Uma verdadeira praia cercada pelas belas montanhas de Minas, o que possibilita ao turista praticar esportes e atividades náuticas. Passeios de lancha, veleiro, caiaque e jet ski estão entre os favoritos. Grutas, cachoeiras e cânions que podem chegar a mais de 20 metros de altura também emolduram o cenário.

dicA do dEscubrAmiNAs.com

Um paraíso no sUl de minas

Escarpas do Lago: um dos atrativos nesse destino especial

Fabiana Coelho

Ronie Peterson

Saiba maiS:

descubraminas.com

Karina otoni

Além dos passeios aquáticos, a cidade ofere-ce boas opções para os fãs de esportes. A Trilha do Sol é ideal para a prática de rapel, escalada e trekking. O Morro do Chapéu, com 1.293 metros de altitude, proporciona uma vista privilegiada da extensão do Lago de Furnas e municípios vizi-nhos. Para os amantes da cultura, a visita ao Acer-vo Cultural de Capitólio – onde ficam expostos quadros, livros e fotos que contam a história do município – e à Igreja Matriz de São Sebastião, com sua arquitetura contemporânea, são outros roteiros indicados.

E como uma boa cidade mineira, Capitólio também se destaca pela gastronomia. Com tan-ta água, nada mais natural que a sua especiali-dade seja pratos a base de peixe, principalmen-te traíras e tilápias.

dicA do cHEF

A estação mais quente do ano chegou. Nessa época, muitos aproveitam para curtir a vida debaixo do sol na praia, na piscina ou em casa. O verão também pede comidas e bebidas leves, com ingredien-tes que combinam com a temporada. O chef executivo do Hotel Senac Grogotó, Mauro César de Paula, preparou duas receitas de drinques que harmonizam perfeitamente com a ocasião. Uma ótima pedida para servir em festas e reuniões de amigos.

drinqUes refrescantes

Drinque Kir royal ingreDienteS:• 20 ml de licor de cassis• 100 ml de espumante ou champanhe• 1 unidade de cereja de marrasquino

moDo De preparo:Sirva o licor de cassis na taça e com-plete com o champanhe ou espuman-te. Decore com a cereja. Esse drinque harmoniza bem com frutas vermelhas (morango, framboesa e amora).

Drinque moSaico De gelatina ingreDienteS:• 1 cubo pequeno de gelatina de limão com Vodca• 1 cubo pequeno de gelatina neutra com Curaçau Blue• 1 cubo pequeno de gelatina de cereja com cassis• 1 cubo pequeno de gelatina de uva• Espumante gelado para completar

moDo De preparo:Siga as instruções de preparo da gelatina e, na finalização, acrescente a cada uma o correspon-dente a 100 ml da bebida solicitada. Conserve-a na geladeira e no momento de usar, corte-a em cubos. Em uma taça previamente gelada, coloque as gelatinas e em seguida complete com o espumante.

DicaS importanteS:•Não coloque a bebida alcoólica na mistura quente ou morna, pois o álcool vai evaporar.•Você pode fazer a gelatina com um ou dois dias de antecedência e conservá-la tampada na geladeira.•Escolha bebidas e sabores que combinem. Saquê combina com morango e pêssego; cachaça com lichia e limão e vodca com quase tudo.

A dica dos drinques foi do chef executivo

Mauro de Paula

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sebraeFecomércio inFormativo

região de são gotardo

Produtores de

hortiFrutis de camPos

altos, ibiá, rio Paranaíba

e são gotardo

ganham identidade

PróPria.

Página 4

Publicação do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais – sistema Fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

www.sebraemg.com.br

cidades Para o Futuro

seminário na caPital

mineira traz novidades

acerca de cidades

que criam esPaços

estratégicos de

desenvolvimento.

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sebrae minas lança centro de reFerência em educação emPreendedora e Premia educadores

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minas gerais, reFerência em emPreendedorismo

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Mig

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artigo

Jovens empreendedores de todo o Brasil poderão, brevemente, se beneficiar do conhe-cimento acumulado em duas décadas pela Es-cola de Formação Gerencial do Sebrae Minas. Fundada em 1994 pelo então presidente do Con-selho da entidade, Stefan Salej, a EFG vem se destacando pela qualidade do ensino de padrão internacional, graças ao trabalho de seus diri-gentes e colaboradores.

Aproveitando a experiência da Escola e o am-biente de conhecimento sustentado pelo grande número de excelentes universidades e renomadas escolas de negócios, existentes no estado, decidi propor ao Sebrae Nacional a criação de um Cen-tro de Referência em Educação Empreende-dora em Minas Gerais.

Reconhecendo o interesse de outros estados e a importância para o desenvolvimento de empre-sários bem formados, o Sebrae Nacional decidiu aproveitar a bem-sucedida experiência mineira, criando esse Centro de Referência em Belo Ho-rizonte. Sua missão é prospectar, gerar e dissemi-nar conhecimentos e práticas, visando o estímulo e desenvolvimento da Educação Empreendedora nas unidades do Sebrae e na sociedade. Daqui, se irradiará para todo o país um conhecimento avan-çado que deve colaborar para a melhoria substan-cial do atendimento às necessidades dos empre-endedores atuais e futuros.

O Centro deve atuar como ponte entre a infor-mação e instituições que se destacam na dissemi-nação e abordagem inovadora do tema. Firmará parcerias estratégicas com universidades, centros internacionais, instituições de fomento, centros de pesquisas, poder público, especialistas renomados e empresas que desenvolvam soluções inovado-ras. O objetivo dessa estratégia, que complementa ações no segmento da Educação Empreendedora e Orientação Empresarial, é prover o Sistema de conhecimento e soluções de informação, consul-toria e educação na área da gestão empresarial.

Este é o terceiro Centro de Referência do Se-brae no país. Os outros dois estão instalados no Rio de Janeiro (Artesanato Brasileiro) e Cuiabá (Sustentabilidade). Em Belo Horizonte, a dinâmi-ca de trabalho será a de uma plataforma de ino-vação, atualização e desenvolvimento de marcos teóricos e referenciais, como observatório das tendências e melhores práticas. Além disso, irá

definir parcerias estratégicas e ações para disse-minar e implantar a Cultura Empreendedora e divulgar a produção desse conhecimento em con-gressos acadêmicos e empresariais, mídia geral e especializada, palestras, conferências e seminá-rios, no Brasil e no exterior.

De imediato, a unidade vai realizar estudos e mapear o comportamento empreendedor, fazer análises comparativas sobre o impacto da atitu-de empreendedora, buscar referências e intera-ção com instituições especializadas e centros de estudos, de renome nacional e internacional, em complementaridade e valorização da produção do Sistema Sebrae, produzindo pesquisas, livros e estudos de casos que serão compartilhados com instituições de ensino e, por fim, promover visitas e pesquisas de benchmarking, dentro e fora do país, para conhecer as melhores práticas. Criar, enfim, relacionamentos e compartilhar co-nhecimento.

Destaco, portanto, que a Educação Empre-endedora é o caminho certo para que o Brasil avance a um novo patamar de desenvolvimen-to, com as pequenas empresas desempenhando seu papel transformador e contribuindo para a geração de melhores oportunidades de trabalho, renda e prosperidade.

“Daqui, se irraDiará

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 393 • 3

Educação EmprEEndEdora, dE minas para o país

emPreendedorismo

ca de oportunidades e capacidade de correr riscos calculados em empreitadas empreendedoras. Res-salte-se que tais características não são necessaria-mente inatas, ao contrário, podem ser estimuladas e desenvolvidas desde a infância. Nesta segunda edição, o Prêmio recebeu 83 inscrições de institu-tos de ensino das várias regiões do estado.

Os projetos vencedores, nas categorias Ensino Fundamental, Médio e Superior, têm em comum o desenvolvimento de competências empreendedo-ras como iniciativa, planejamento e o compromis-

O Sebrae Minas anunciou, durante a Confe-rência Regional Educação Empreendedora, em novembro, o lançamento do Centro de Referência em Educação Empreendedora que será instalado em Belo Horizonte e passará a funcionar a partir do próximo ano. “Temos, em Minas, um caldo de cultura que justifica a instalação, aqui, deste Centro, que vai irradiar conhecimento e empreen-dedorismo para todo o país”, afirmou o presiden-te do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional, Roberto Simões, idealizador do órgão. Na mes-ma solenidade foram conhecidos os vencedores da segunda edição do Prêmio Cultura Empreen-dedora Sebrae Minas. Fechando o evento, duas palestras acerca do tema empreendedorismo: do especialista norte americano Gary Schoeniger, e do rapper brasileiro Emicida.

O CentrOO Centro de Referência em Educação Empre-

endedora, fruto da parceria Sebrae Minas-Sebrae Nacional, será instalado na sede da instituição em Belo Horizonte como um reconhecimento ao tra-balho contínuo que ela vem desempenhando em função desta prática. “O Centro tem o propósito de funcionar como um observatório das melhores práticas de educação empreendedora no Brasil e no mundo”, destacou o diretor de Operações do Sebrae Minas, Fábio Veras. O Centro de Refe-rência de BH será o terceiro do Sistema Sebrae no país. Os outros são o do Artesanato Brasileiro, instalado no Rio de Janeiro/RJ, e o de Sustentabi-lidade, em Cuiabá/MT.

O PrêmiOO Prêmio Cultura Empreendedora Sebrae Mi-

nas reconhece educadores que estimulam crianças e jovens a pensarem “fora da caixa”. Os mestres incutem nos alunos noções de criatividade, bus-

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esSebrae MinaS preMia educadoreS eMpreendedoreS e lança centro de referência eM educação eMpreendedora para atender o paíS

Dirigentes do Sebrae e vencedores do prêmio Cultura Empreendedora

Educação EmprEEndEdora: um caminho para o dEsEnvolvimEnto

so com metas. Os projetos vencedores foram: no Ensino Fundamental, o livro “Hoje tem Clube?”, desenvolvido por alunos do Instituto Coração de Jesus (ICJ), de Belo Horizonte. O Colégio Padre Machado, também de BH, conquistou o primeiro lugar no Ensino Médio com o projeto “Empreen-dedorismo na base da escola - simulando realida-des e treinando competências”. Na categoria En-sino Superior, o vencedor foi o projeto “Núcleo de Empreendedorismo”, do Centro Universitário Sul de Minas (UNIS-MG), com sede em Varginha.

Cidades empreendedorasBelo Horizonte sediou, no princípio de de-

zembro, o Seminário Internacional Cidade Em-preendedora – Para transformar é preciso conhe-cer. Promovido pelo Sebrae Minas, o encontro mostrou, aos cerca de 400 presentes (gestores públicos, lideranças empresariais e comunitá-rias) a importância do planejamento urbano de longo prazo na criação de um ambiente de pros-peridade nas cidades.

Entre outras, foram apresentadas boas prá-ticas de planejamento urbano no mundo, com foco no desenvolvimento socioeconômico das cidades, como em Medellín/Colômbia, Barce-lona/Espanha e Torino/Itália, além das nacio-nais Maringá/PR e Belo Horizonte. O Sebrae Minas acredita que a promoção da competiti-vidade das cidades cria um ambiente favorável ao avanço dos pequenos negócios e incentiva políticas públicas que promovem o desenvolvi-

mento sustentável dos municípios.Segundo o relatório The Competitiveness of

Cities do World Economic Forum, as cidades são motores de produtividade e peças essenciais no aumento da competitividade de regiões e na-ções. Num momento de crescimento acelerado da população mundial e rápida urbanização, elas se tornam espaços estratégicos de desenvol-vimento, com investimentos em infraestrutura básica e ecossistemas de inovação que atraem negócios e talentos.

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agronegócios

Uma extensa porção de terras (cerca de 500 km2) da região do Alto Paranaíba, no Centro--Oeste mineiro, engloba quatro municípios - Campos Altos, Ibiá, Rio Paranaíba e São Go-tardo -, e ostenta uma impressionante produção de cenoura, alho, batata e abacate, hortifrutis que originaram a marca Região de São Gotar-do, lançada oficialmente na quinta-feira, 6 de novembro, em São Gotardo. “O mundo inteiro trabalha com marca. Como nosso produto é de boa qualidade e já é bem aceito no mercado, nada mais justo que tenhamos também a nossa marca”, ressalta o produtor Jorge Kiryu.

O agricultor, diretor da Cooperativa Agro-pecuária do Alto Paranaíba (Coopadap) e presidente do Conselho Regulador da Marca Região de São Gotardo, é mais um descenden-te de japoneses que nos anos 1980 aportaram na região atraídos pelo Programa de Assenta-mento Dirigido do Alto Paranaíba (Padap), do Governo Federal. Munidos de muita compe-tência e trabalho, a colônia nipônica (maioria absoluta entre os 350 produtores integrados à marca) transformou uma região semiárida em um dos mais férteis celeiros de frutas e horta-liças do país.

A cenoura teve uma colheita, na safra 2012/2013, de 344 mil toneladas, correspon-dente a 30% do total nacional; a cultura do alho (29 mil toneladas) equivale a 20% da safra brasileira. Destaque também para a pro-dução de batatas (66 mil toneladas) e abacate (17 mil toneladas). Além desses, a região é também grande produtora de beterraba, café, cebola, milho e soja. Os produtores estão dis-tribuídos em grupos e organizados em duas cooperativas: a pioneira Coopadap (capaci-

região de São gotardo é a Marca que repreSenta 350 produtoreS do Maior celeiro de hortifrutiS de MinaS

marca própria para os agricultorEs minEiros do cEntro-oEstE

dade de armazenamento de 80 mil toneladas) e a Cooperativa de Agronegócios do Cerrado Brasileiro (Coopacer).

emPresa referênCiaA Sekita Agronegócios é um mega empre-

endimento agrícola da Região de São Gotardo, administrada por um Conselho com 43 sócios e com compradores fiéis em todo o Brasil. A produção média anual é de 65 mil toneladas de cenoura, 36 mil toneladas de alho e 20 mil toneladas de beterraba. Com exceção do alho (que deve ser plantado com o “dente” em uma posição específica, algo ainda não possível com maquinário), todo o manejo na lavoura é meca-nizado. No total, a Sekita emprega 850 pessoas de São Gotardo e cidades vizinhas.

As três culturas – cenoura, alho e beterraba – formam o carro-chefe da Sekita Agronegócios, empresa referência do agronegócio brasileiro que mesmo assim não para de se transformar e utilizar todos os recursos disponíveis. O maqui-nário é importado (da Holanda e Alemanha); o

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Região produz 30% da cenoura do país

pivô central utiliza água dos córregos locais e de piscinões instalados em pontos estratégicos (cada um com capacidade média de 60 milhões de litros); câmaras refrigeradas para estocagem dos produtos. “As câmaras nos permitem abas-tecer o mercado durante todo ano”, explica o agrônomo Eduardo Sekita, diretor-agrícola da empresa.

A busca pela eficiência é uma constante na Sekita. Pensando nisso, a empresa instituiu o projeto leiteiro, em que a alimentação do gado absorve as sobras “defeituosas” da colheita (produtos com má formação física, mas em perfeito estado nutricional). Hoje são 1,1 mil vacas em lactação, das quais são retirados 37 mil litros de leite por dia. A meta para 2015 é chegar a 50 mil litros/dia.