repÚblica federativa do brasil supremo tribunal federal · 2012. 9. 19. · diÁrio da justiÇa...

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro de 2012 Publicação: quinta-feira, 20 de setembro de 2012 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Ayres Britto Presidente Ministro Joaquim Barbosa Vice-Presidente Amarildo Vieira de Oliveira Diretor-Geral ©2012 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Octogésima Quarta Distribuição realizada em 18 de setembro de 2012. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.029 (1) ORIGEM : PROC - 00056436720104058000 - JUIZ FEDERAL DA 5º REGIÃO PROCED. : ALAGOAS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AUTOR(A/S)(ES) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL RÉU(É)(S) : ESTADO DE ALAGOAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS RÉU(É)(S) : INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE ALAGOAS - IMA/AL ADV.(A/S) :ANTÔNIO DE PÁDUA CARVALHO PAES E OUTRO(A/S) RÉU(É)(S) : ESTALEIRO EISA ALAGOAS S/A ADV.(A/S) : MARCUS DE SALES LOUREIRO FILHO E OUTRO(A/S) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.855 (2) ORIGEM : ADI - 4855 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : RONDÔNIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - CFOAB ADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.221 (3) ORIGEM : AC - 200271000459113 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ARI ÁRSEGO ADV.(A/S) : MARCELO LIPERT AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.284 (4) ORIGEM : AC - 200271000459113 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ARI ÁRSEGO ADV.(A/S) : MARCELO LIPERT DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.704 (5) ORIGEM : AIRR - 1420200400523406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PROCED. : MATO GROSSO RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT ADV.(A/S) :LUIZ GOMES PALHA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : FELICIANO RODRIGUES BARBOSA ADV.(A/S) : GILMAR ANTÔNIO DAMIN REDISTRIBUÍDO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.854 (6) ORIGEM :AC - 6196175200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : DERSA - DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/A ADV.(A/S) : EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO FAZENDA TAMBORÉ RESIDENCIAL ADV.(A/S) :GIOVANI TRINDADE CASTANHEIRA MENICUCCI E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.193 (7) ORIGEM : EDERR - 1473200608403005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JOAQUIM RODRIGUES DA CONCEIÇÃO ADV.(A/S) :JOSÉ FERREIRA DA SILVA AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE MINERAÇÃO AREIENSE S/A ADV.(A/S) :OSVALDO JULIÃO DA SILVA JÚNIOR REDISTRIBUÍDO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.754 (8) ORIGEM :AC - 3560075200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : USINA SÃO FRANCISCO S/A ADV.(A/S) :JOSÉ MARIA DA COSTA ADV.(A/S) : OVÍDIO ROCHA BARROSA SANDOVAL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.472 (9) ORIGEM :AC - 5608717 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : PARANÁ RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) : JOSÉ DE JESUS CONCEIÇÃO ADV.(A/S) :ANTONIO ESTEVES DA SILVA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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Page 1: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2012. 9. 19. · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 185/2012

DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro de 2012 Publicação: quinta-feira, 20 de setembro de 2012

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Ayres BrittoPresidente

Ministro Joaquim BarbosaVice-Presidente

Amarildo Vieira de OliveiraDiretor-Geral

©2012

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Octogésima Quarta Distribuição realizada em 18 de setembro de 2012.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.029 (1)ORIGEM : PROC - 00056436720104058000 - JUIZ FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAUTOR(A/S)(ES) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRÉU(É)(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRÉU(É)(S) : INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE

ALAGOAS - IMA/ALADV.(A/S) : ANTÔNIO DE PÁDUA CARVALHO PAES E OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : ESTALEIRO EISA ALAGOAS S/AADV.(A/S) : MARCUS DE SALES LOUREIRO FILHO E OUTRO(A/S)

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.855 (2)ORIGEM : ADI - 4855 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOABADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIORINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.221 (3)ORIGEM : AC - 200271000459113 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ARI ÁRSEGOADV.(A/S) : MARCELO LIPERTAGDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.284 (4)ORIGEM : AC - 200271000459113 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ARI ÁRSEGOADV.(A/S) : MARCELO LIPERT

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.704 (5)ORIGEM : AIRR - 1420200400523406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : LUIZ GOMES PALHA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FELICIANO RODRIGUES BARBOSAADV.(A/S) : GILMAR ANTÔNIO DAMIN

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.854 (6)ORIGEM : AC - 6196175200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : DERSA - DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/AADV.(A/S) : EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO FAZENDA TAMBORÉ RESIDENCIALADV.(A/S) : GIOVANI TRINDADE CASTANHEIRA MENICUCCI E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.193 (7)ORIGEM : EDERR - 1473200608403005 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOAQUIM RODRIGUES DA CONCEIÇÃOADV.(A/S) : JOSÉ FERREIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE MINERAÇÃO AREIENSE S/AADV.(A/S) : OSVALDO JULIÃO DA SILVA JÚNIOR

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.754 (8)ORIGEM : AC - 3560075200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : USINA SÃO FRANCISCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ MARIA DA COSTAADV.(A/S) : OVÍDIO ROCHA BARROSA SANDOVAL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.472 (9)ORIGEM : AC - 5608717 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : JOSÉ DE JESUS CONCEIÇÃOADV.(A/S) : ANTONIO ESTEVES DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 2

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.595 (10)ORIGEM : AC - 70024704447 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : STAFF RECURSOS HUMANOS LTDAADV.(A/S) : ALMERINDO PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

LEOPOLDO

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.761 (11)ORIGEM : AC - 200871000217739 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LUCILA ARAUJOADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.849 (12)ORIGEM : PROC - 00083126420104040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : DOMINGOS JOÃO NOVELOADV.(A/S) : GENI KOSKURADV.(A/S) : HENRIQUE ZANUZZO CARNEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.850 (13)ORIGEM : AC - 200872000013656 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JACY JUREMA DALPONTEADV.(A/S) : ROGER BEGGIATOADV.(A/S) : EDUARDO PIZZOLATTI MIRANDA RAMOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.852 (14)ORIGEM : AC - 200371000467096 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : IVETE ROSSONIADV.(A/S) : WASHINGTON DIAS DA SILVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.881 (15)ORIGEM : AC - 200972000004076 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : EDMILSON ALVES DE SAADV.(A/S) : MICHELI DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

HABEAS CORPUS 115.244 (16)ORIGEM : HC - 0008494620126000000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : RICHARD DE SOUZA TIBÉRIOIMPTE.(S) : CLAUDIO ANTONIO DE PAIVA SIMONCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N.º 84.946 - PR DO TRIBUNAL

SUPERIOR ELEITORAL

HABEAS CORPUS 115.245 (17)ORIGEM :PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : VITOR MENDES NUNES FILHOPACTE.(S) : POLIANA SIMÕES DE SOUZA

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 249308 DO SUPERIOR TRIBUNA DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 115.246 (18)ORIGEM :PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MARTA CAMILO DE ALMEIDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 115.247 (19)ORIGEM : APCRIM - 1995010474358 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : EVALDO CORREA CHAVESIMPTE.(S) : EVALDO CORREA CHAVESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 115.248 (20)ORIGEM : PROC - 00000540420097010301 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ELCIMAR BRUNO GONÇALVESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 115.249 (21)ORIGEM : HC - 145296 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ELDIM PEREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 115.250 (22)ORIGEM : HC - 226224 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FLÁVIO MALDONADO CAVALCANTEIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 115.251 (23)ORIGEM : HC - 252839 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : JOSÉ EDUARDO COMITO DUTRA JUNIORIMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 252.839 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 115.252 (24)ORIGEM : APELAÇÃO - 203720087060006 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MARIA JOSÉ RIBEIRO ANJOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 115.253 (25)ORIGEM : HC - 114810 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : CÉSAR ALEJANDRO ENCISOIMPTE.(S) : CÉSAR ALEJANDRO ENCISOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DA PPE Nº 654 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 112.114 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 108.791 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 114.810 DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 3

HABEAS CORPUS 115.262 (26)ORIGEM : HC - 253501 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCOS KURNIKIMPTE.(S) : ADRIANO HISAO MOYSES KAWASAKICOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N.º 253.501 - SP DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 115.263 (27)ORIGEM : HC - 198801 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ALTEMAR DA SILVA CORREAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.036 (28)ORIGEM : MI - 5036 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : JOAO ROCHA DOS ANJOSADV.(A/S) : ARNALDO MACEDOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.037 (29)ORIGEM : MI - 5037 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : HEIDI MARI GONCALVES PINHEIROADV.(A/S) : PRISCILA DALLA PORTA NIEDERAUER CANTARELLIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.038 (30)ORIGEM : MI - 5038 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : DARCI FERREIRA TEIXEIRAADV.(A/S) : DANIELE CARVALHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.039 (31)ORIGEM : MI - 5039 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : LUIZ GUSTAVO VEIGAADV.(A/S) : PRISCILA DALLA PORTA NIEDERAUER CANTARELLIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.040 (32)ORIGEM : MI - 5040 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : TEREZINHA CHAPOVAL ROCHAADV.(A/S) : DANIELE CARVALHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.041 (33)ORIGEM : MI - 5041 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : EDUARDO FERNANDO ARTIGAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DANIELE CARVALHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.042 (34)ORIGEM : MI - 5042 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : JOSE MARIANO FELTRINADV.(A/S) : PRISCILA DALLA PORTA NIEDERAUER CANTARELLIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 31.628 (35)ORIGEM : EDITAL - 012008 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : EVANDRO DIAS DE SOUZAADV.(A/S) : MANUELA SIMÕES FALCÃO ALVIM DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 31.629 (36)ORIGEM : MS - 31629 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : JOSE GOBBO FERREIRAADV.(A/S) : PEDRO IVO MOEZIA DE LIMAIMPDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

PETIÇÃO 4.976 (37)ORIGEM : CM - 34 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : RODRIGO ZAMPOLI PEREIRAADV.(A/S) : RODRIGO ZAMPOLI PEREIRAREQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 14.526 (38)ORIGEM : AI - 811617 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ANTÔNIO VERISSIMO SOUZA FRANÇA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE ALBERTO SANTOS PENHA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 14.538 (39)ORIGEM : RHC - 30241 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : E DA S IINTDO.(A/S) : R M AINTDO.(A/S) : V B DA SINTDO.(A/S) : M VINTDO.(A/S) : S DA SINTDO.(A/S) : L H S PINTDO.(A/S) : A C DE OPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 14.539 (40)ORIGEM : PROC - 00007437020115240021 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : EMPRESA DE SANEAMENTO DE MATO GROSSO DO

SUL - SANESULADV.(A/S) : CLÁUDIA ASSIS LEONARDORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : VALDEMIR FRANCISCO DE LIMAADV.(A/S) : JOSÉ TIBIRIÇÁ MARTINS FERREIRAINTDO.(A/S) : SOLUÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS GERAIS

LTDA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 4

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 14.540 (41)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : BENEDITO JOSE DE SOUZAADV.(A/S) : BRUNO PRETI DE SOUZARECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE JAÚ - 17ª

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 14.541 (42)ORIGEM : PROCESSO - 1102011 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : LUCAS MARIANO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 14.542 (43)ORIGEM : MS - 10024102440062001 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : RUTH ESTELA DE BARROS FROSSARDADV.(A/S) : WAGNER NOGUEIRA FRANÇA BAPTISTA E OUTRO(A/

S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 693.236 (44)ORIGEM : PROC - 06000299820078200106 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA GORETI DE ALMEIDA SILVAADV.(A/S) : NARA RÚBIA SILVA VASCONCELOS GUERRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 700.393 (45)ORIGEM : AC - 20110067822 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.073 (46)ORIGEM : AC - 200238000106340 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO BASTOS AMARALADV.(A/S) : JOSÉ VÂNIO OLIVEIRA SENA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.083 (47)ORIGEM : AC - 200571000236496 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A

ADV.(A/S) : EDUARDO GOMES PLASTINAADV.(A/S) : PATRÍCIA MAIRA DOS PASSOS CIRELLI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.588 (48)ORIGEM : PROC - 70020635512 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : DEIVID VELLEDA CHAVESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 711.703 (49)ORIGEM : ARESP - 68428 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL MB LTDAADV.(A/S) : DANIEL CORRÊA SZELBRACIKOWSKI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 711.717 (50)ORIGEM : APCRIM - 00065353220064047001 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : VANDERCI MARIA MONTEIRORECDO.(A/S) : FRANCISCA MONTEIROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : JEAN RODRIGO ROCHA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 711.828 (51)ORIGEM : PROC - 112373 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : JOSE ROSANO DO AMARALADV.(A/S) : RICARDO ALMEIDA ALVES SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 712.655 (52)ORIGEM : HC - 201998 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : IVANILSON VIANA DA SILVADP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 713.199 (53)ORIGEM : APCRIM - 990100872574 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MÁRCIO MANUEL PAIMADV.(A/S) : MARIA CÂNDIDA DE FREITAS NICOLELARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.829 (54)ORIGEM : EDAIRR - 181418520045100014 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : GILVAN PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : JONAS DUARTE JOSÉ DA SILVAINTDO.(A/S) : VEG - SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LIRIAN SOUSA SOARES E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 5

ADV.(A/S) : FABIANO JERÔNIMO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.284 (55)ORIGEM : AC - 10134091183191001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PETISCO & MARA S/AADV.(A/S) : JOEL SOARES DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ PAULO CANARINHO GONÇALVESADV.(A/S) : MARCOS VINICIUS LOPES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.592 (56)ORIGEM : PROC - 200971580043819 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ARY WOLFFENBUTTELADV.(A/S) : ANTÔNIO LUIS WUTTKE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.283 (57)ORIGEM : AC - 20110227806 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECDO.(A/S) : LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RICARDO AUGUSTO NASCIMENTOI PEGOLO DOS

SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.362 (58)ORIGEM : AC - 990101458047 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PAULO LEITE CAMBAUVA JUNIORADV.(A/S) : EDMUR ADAO DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.363 (59)ORIGEM : AC - 00125271020098260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALESSANDRO ROBERTO DE CASTRO MELO AONAADV.(A/S) : CASSIA PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.382 (60)ORIGEM : PROC - 200751010218249 - JUIZ FEDERAL DA 2º

REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CARLOS ALBERTO FREIRE BOUZONADV.(A/S) : GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.399 (61)ORIGEM : AC - 199751010038343 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : REGINALDO FRANCISCO DA SILVA JUNIORADV.(A/S) : PEDRO FRANCISCO DE LIMA FILHORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.401 (62)ORIGEM : AC - 199851022024749 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : COMTROL COMERCIO E TRANSPORTE DE OLEOS

LTDAADV.(A/S) : TATIANA TAVARES DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.224 (63)ORIGEM : AC - 990104531985 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SILVIO DE JESUS GOMESADV.(A/S) : JOÃO PEREIRA DA SILVARECDO.(A/S) : FAZENDA DO ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : SECRETARIO DE SEGURANCA PUBLICA DO ESTADO

DE SAO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.228 (64)ORIGEM : PROC - 200971600039786 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ILAINI OTT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CHRISTIAN DE AMARANTE LIMARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.232 (65)ORIGEM : AC - 70035492099 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ADRIANA AZEVEDO DO AMARAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GERMANO ANDRÉ DOEDERLEIN SCHWARTZ E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.237 (66)ORIGEM : AC - 70038900478 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICIPIO DE CAXIAS DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO

SULRECDO.(A/S) : GUSTAVO FAUSTO MIELE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEO EVANDRO FIGUEIREDO DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.382 (67)ORIGEM : AI - 17812 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/AADV.(A/S) : ESTHER GRONAU LUZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSE CARLOS MARCHLADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO DE CASTRO JUNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.426 (68)ORIGEM : AC - 2010214906 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : ADELMO FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOAQUIM JOSÉ LAFAYETTE DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.430 (69)ORIGEM : RE - 520007320055100009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA FIRMO DE OLIVEIRA GOMESADV.(A/S) : EDSON DIAS QUIXABA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MATRIX SERVIÇOS ESPECIALIZADOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.472 (70)ORIGEM : AIRR - 1128407919975030088 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 6

RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SILVIO NEI DUTRAADV.(A/S) : ARISTIDES GHERARD DE ALENCAR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.473 (71)ORIGEM : RR - 3333820105030148 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : RIO BRANCO ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : DANIEL MUNIZ DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDERSON CRUZADV.(A/S) : OSMAR LÚCIO FERREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.480 (72)ORIGEM : PROC - 00058267620118170000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ASL - ASSISTÊNCIA À SAÚDE LTDAADV.(A/S) : LUCIANO DE SOUZA LEÃORECDO.(A/S) : HOSPITAL DE AVILA LTDAADV.(A/S) : SANDRO MARZO DE LUCENA ARAGÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.482 (73)ORIGEM : AC - 10024055832166002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : WILSON MELO LIMAADV.(A/S) : LECY MARCELO MARQUESRECDO.(A/S) : BRENO MADUREIRA SIMOESADV.(A/S) : LEONARDO HENRIQUE QUITES TEIXEIRA E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA MELO LIMA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.484 (74)ORIGEM : AC - 00322178720098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : REGINALDO ANTÔNIO FERNANDESADV.(A/S) : ALBANIR FRAGA FIGUEREDORECDO.(A/S) : LG ELETRONICS DA AMAZONIA LTDAADV.(A/S) : LUIZ GONZAGA DE SIQUEIRA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.491 (75)ORIGEM : AIRR - 2206004720095030030 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : THIARA SANTOS AMARALADV.(A/S) : GEORGE LUIZ BORGES ANTUNES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SICOOB CREDICOM - COOPERATIVA DE ECONOMIA

E CREDITO MUTUO DOS MEDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DA AREA DE SAUDE DE BELO HORIZONTE E CIDADES POLO DE MINAS GERAIS LTDA.

ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO ALVES LEÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.503 (76)ORIGEM : AIRR - 912009720075030143 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CENTER TRADING - INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/AADV.(A/S) : MARCELO IDESES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDSON MARCOS DE SOUZAADV.(A/S) : JAIME ANTÔNIO DA SILVAINTDO.(A/S) : COMPANHIA TEXTIL FERREIRA GUIMARÃES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.541 (77)ORIGEM : AC - 990104868742 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO IBI S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : RENATA MARIA SILVEIRA TOLEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROBERTA GIMENEZ DAMASCENOADV.(A/S) : KASSIA CORRÊA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.548 (78)ORIGEM : AI - 990100071955 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : MARINA EMILIA BARUFFI VALENTE BAGGIO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRENDA BEATRIZ ANDRIOLI SUAREZ DE LESCHADV.(A/S) : MARIA APARECIDA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.549 (79)ORIGEM : PROC - 990104401399 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : ROSILENE APARECIDA CORDEIROADV.(A/S) : FÁBIO ALEXANDRE SUMMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.553 (80)ORIGEM : PROC - 0010094312005826002 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VIAÇÃO ITAPEMIRIM S/AADV.(A/S) : LUCIANA TAKITO TORTIMARECDO.(A/S) : SORAIA BERNADIN ORDAHIADV.(A/S) : LEONRADO CYRILLO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.555 (81)ORIGEM : AI - 20100020044446 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : EMPRESA SANTO ANTÔNIO TRANSPORTE E

TURISMO LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROSENE CARLA BARRETO CUNHA CASTRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : EUCLIDES JÚNIOR CASTELO BRANCO DE SOUZA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.560 (82)ORIGEM : AC - 3052869720088190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : GILMAR CARVALHO PEREIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GUILHERME DAUDT BARONADV.(A/S) : LUÍS GUSTAVO DURÃES ALVES MONTEIRO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.589 (83)ORIGEM : PROC - 11142571 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSADV.(A/S) : MÁRCIA REGINA DE FINIS E OUTRO(S)RECDO.(A/S) : OXYLIFE EQUIPAMENTOS HOSPITALARES LTDAADV.(A/S) : EDILUCIA FATIMA SILVERIO DE LIMA RODRIGUES E

OUTRO(S) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.594 (84)ORIGEM : AC - 10024075765461001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DIMAP S/A PRODUTOS SIDERURGICOSADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE CANÇADO GONÇALVES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEVAX FACTORING LTDAADV.(A/S) : PRISCILLA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.605 (85)ORIGEM : PROC - 33040920105010000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 7

RECTE.(S) : VANIA CATARINA DA SILVA SERRANOADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIOADV.(A/S) : CASSIANO BALDACIM DA SILVARECDO.(A/S) : BANCO CITIBANK S/AADV.(A/S) : ALESSANDRO DE OLIVEIRA THULLER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.612 (86)ORIGEM : AC - 20050110820894 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : J A B NADV.(A/S) : RAQUEL FONSECA DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : L S Y DE FADV.(A/S) : LUÍS MAURICIO DAOU LINDOSO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.614 (87)ORIGEM : RR - 1089009120095150140 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE AQUINOADV.(A/S) : GILBERTO SANT'ANNA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA

DE ATIBAIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.615 (88)ORIGEM : AIRR - 1568005720055040030 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BRASKEM S/AADV.(A/S) : ROBERTO PIERRI BERSCH E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADI DE OLIVEIRA BORBAADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ MAIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.618 (89)ORIGEM : AIRR - 1074001619965040022 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : HELIO DA SILVA SAYDELLESADV.(A/S) : OSCAR JOSÉ PLENTZ NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.620 (90)ORIGEM : EDAIRR - 900007820095150134 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MI RAN HONG KANGADV.(A/S) : ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANA PAULA SANTANAADV.(A/S) : ELCIO J P VIGATTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.621 (91)ORIGEM : ERR - 1814001920085050222 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : DIRCEU MARCELO HOFFMANN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CLAUDIONOR BISPO DE SOUZAADV.(A/S) : EROMIR BARRETO DO SACRAMENTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.625 (92)ORIGEM : AC - 10702095888864001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LOJAS COLOMBO S/A COMÉRCIO DE UTILIDADES

DOMÉSTICASADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.626 (93)ORIGEM : AC - 99206036756250000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.629 (94)ORIGEM : EDAIAIRR - 23339420105020000 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BRÍGIDA ORABONA ABREU SAMPAIOADV.(A/S) : MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDO BANESPA DE SEGURIDADE SOCIAL -

BANESPREVADV.(A/S) : SERGIO SHIROMA LANCAROTTE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.633 (95)ORIGEM : AIRR - 43426620105150000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPADV.(A/S) : JOSÉ MARCO TAYAH E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : AIRTOM MARQUEZINI JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : TERESINHA APARECIDA RISSATO E GARCIAADV.(A/S) : ANDREZA JANAÍNA MARTINS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.635 (96)ORIGEM : PROC - 990100621149 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : JASMIM PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : RAFAEL LORES MEIS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.637 (97)ORIGEM : APCRIM - 200261810037371 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ANTONIO KAYRESRECTE.(S) : ALEXANDRE KAYRESADV.(A/S) : ANTÔNIO SÉRGIO DA SILVEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : OSWALDO KAYRESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.658 (98)ORIGEM : PROC - 00408367020118260053 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MÁRCIO DE OLIVEIRA LIMAADV.(A/S) : JOSÉ MARIA SOARES MENICONIRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.664 (99)ORIGEM : APCRIM - 00399004420108260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : AMADEU ALVES PINHEIRORECTE.(S) : FERNANDO ALVES PINHEIROADV.(A/S) : PAULO APARECIDO BARBOSARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MATEUS PALMIERI FIALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 8

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.740 (100)ORIGEM : PROC - 70044869493 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : CLAIRTON THEODORODP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.796 (101)ORIGEM : AI - 70042855767 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JOCELAINE FRANCISCA DE AGUIARADV.(A/S) : ARIANA BACCIN DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : CLOVES VICENTE POZZOBON E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HUMBERTO JOSÉ MEISTER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.799 (102)ORIGEM : PROC - 50047045220114047205 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INEZ MARIA FELISBINO DE ABREUADV.(A/S) : CESAR VILSON TOASSI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.805 (103)ORIGEM : AC - 01330505719998190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESPÓLIO DE MARILIA DOS SANTOS BARBOSA

RODRIGUES DE ARAUJO ABREU TEIXEIRAADV.(A/S) : ROGÉRIO PAIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRE MACHADO ANDRADEADV.(A/S) : DANIELLE AGOSTINHO BAPTISTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.815 (104)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RADEMACHER E AIOLFI CIA LTDAADV.(A/S) : ANA PAULA CASTANHO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.880 (105)ORIGEM : AC - 00061463820058260566 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : WALTER KONIG E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL LUÍS DEL SANTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALAN AUGUSTO DE ALMEIDAADV.(A/S) : MARCIUS MILORI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.895 (106)ORIGEM : AC - 199751010220418 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MOREIRA E TAVARES COMÉRCIO DE FRUTAS LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE SANTANA DA SILVARECDO.(A/S) : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -

CONABADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : RAPOZO DO MUMAITA COMÉRCIO DE FRUTAS LTDAINTDO.(A/S) : UNIAO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.899 (107)ORIGEM : AC - 00024221220094047104 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ARI AFONSO ADAMS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EUGENIO SCHOFFEN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.900 (108)ORIGEM : AC - 200751010287340 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : GERSON MENDONÇA DE FREITAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAIRO NOGUEIRA GUIMARÃESADV.(A/S) : DALVA GIL VIANNA GUIMARÃES SALLES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.901 (109)ORIGEM : AC - 0990780420098170001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : AMARO WANDERLEY DA SILVAADV.(A/S) : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.903 (110)ORIGEM : AI - 20100020160248 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ROGÉRIO DE JESUS DOURADOADV.(A/S) : ÁTILA DO VALE NOBRE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.906 (111)ORIGEM : AC - 70044968626 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MÓVEIS RODIAL LTDAADV.(A/S) : AIR PAULO LUZRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LAGOA VERMELHAADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO MULITERNO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.950 (112)ORIGEM : RESP - 799490 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOSÉ DE LUCAADV.(A/S) : LUIS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MARLI INGRID KUHNRECDO.(A/S) : ERNA IRMA KUHN PETRYRECDO.(A/S) : EUGÊNIO ALBERTO KUHNADV.(A/S) : LUIZ FELIPE MIORANDO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.966 (113)ORIGEM : APCRIM - 00175638320118030001 - TURMA

RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SINVAL DA SILVA ROLAADV.(A/S) : EVALDO SILVA CORRÊARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAPÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.973 (114)ORIGEM : APCRIM - 00143358020088260604 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 9

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : P H F DA SADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS GERMANO GOMES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.983 (115)ORIGEM : AC - 6498271 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : SERCOMTEL S/A TELECOMUNICAÇÕESADV.(A/S) : RODRIGO RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LOURENÇO APARECIDO DA ROCHAADV.(A/S) : MARIA ELIZABETH JACOB

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.997 (116)ORIGEM : AI - 10701092925968001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FELIPE EDUARDO SILVA CORDEIROADV.(A/S) : EDSON CARLOS CORDEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.005 (117)ORIGEM : AC - 00093856120098260032 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ROBERTA KASTNER BARRANCOS DA SILVEIRA

BARROSADV.(A/S) : SIMONE SANTANA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO NELLIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NILTON CEZAR DE OLIVEIRA TERRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.009 (118)ORIGEM : PROC - 201071520077130 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : NADIR CORRÊA SILVEIRADP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.012 (119)ORIGEM : AC - 29433619020098130313 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA DAS GRAÇAS MALAQUIAS REISADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : EVARISTO FERREIRA FREIRE JÚNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.015 (120)ORIGEM : AC - 0004756320078190031 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MARICÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE MARICÁRECDO.(A/S) : VANIA DOS SANTOS CARDOSO MARQUESADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO DE FREITAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.016 (121)ORIGEM : AC - 200643000002119 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ TARCISO DA SILVAADV.(A/S) : MAURÍCIO CORDENONZI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.019 (122)ORIGEM : AC - 990105728472 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLÍMPIO DE AZEVEDOADV.(A/S) : RANATO OLÍMPIO DE AZEVEDOADV.(A/S) : ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZRECDO.(A/S) : MAGALI GOMES DA SILVA GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADRIANA DE BARROS SOUZANI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.021 (123)ORIGEM : AC - 10024056925316002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : JOSÉ MARIA PEIXOTO DE MIRANDAADV.(A/S) : RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.022 (124)ORIGEM : AC - 20040110795433 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : VIPLAN - VIAÇÃO PLANALTO LTDAADV.(A/S) : THAISA FÉLIX DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.023 (125)ORIGEM : MS - 99920110002709001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : AMAURY BATISTA DE LIMAADV.(A/S) : RAFAELA DE OLIVEIRA RODRIGUES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.024 (126)ORIGEM : MS - 99920110006189001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO ABRANTES SARMENTOADV.(A/S) : JOSÉ GUSTAVO SAMPAIO DE SÁ E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.025 (127)ORIGEM : AC - 990101858940 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : HOTEL DE TURISMO PARQUE BALNEÁRIO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : ANA PAULA DA COSTA BARROS LIMA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.027 (128)ORIGEM : AC - 992051098686 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : ALESSANDRA OURIQUE DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE

SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : TATIANA SAYEGH E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANDEIRANTE ENERGIA S/AADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.029 (129)ORIGEM : AC - 20050111014659 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ROBSON HENRIQUES DE ARAUJOADV.(A/S) : JORGE PEREIRA CORTÊS E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 10

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.037 (130)ORIGEM : AC - 02310617220098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : EDSON ANTONIO FRANCISCO DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ ADOLFO NUNES DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.038 (131)ORIGEM : PROC - 201071640014420 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ADRIANO DREBES DE SOUZA (REPRESENTADO POR

CLAIR DREBES DE SOUZA)ADV.(A/S) : ADAIR RODRIGUES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.041 (132)ORIGEM : AR - 20090020063399 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ANA MARIA REBOUÇAS COELHO LIMAADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.043 (133)ORIGEM : AIRR - 11090820105030158 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RIO BRANCO ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ LOUREIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ MAURÍCIO DA SILVAADV.(A/S) : NAPOLEÃO PERDIGÃO DE CASTRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.048 (134)ORIGEM : AC - 992070427118 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANA MARIA AGUIAR FRANCHI DE PAIVA AFFONSO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUILHERME BOMPEAN FONTANA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE SÃO PAULO - DER/SPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.088 (135)ORIGEM : AC - 10216090705155001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE MINAS GERAIS DER/MGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : JOSE TRINDADE SILVAADV.(A/S) : ANTÔNIO SALVO MOREIRA NETO E OUTRO(S) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.090 (136)ORIGEM : AIRR - 1895009320075150003 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GLORIA MARIA BELINIADV.(A/S) : FABRÍCIO HENRIQUE DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EVANDRO NASCIMENTO NILOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.091 (137)ORIGEM : RR - 825409119985020003 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIAO (SUCESSORA DA EXTINTA RFFSA)PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECDO.(A/S) : ANTONIO ADAUTO DOS SANTOSADV.(A/S) : RICARDO QUINTAS CARNEIRORECDO.(A/S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTMADV.(A/S) : PAULO ROBERTO COUTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.092 (138)ORIGEM : AIRR - 1172002120095030061 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL - IMBELADV.(A/S) : THAÍS CARVALHO DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JORGE DURVALINOADV.(A/S) : SIMONE MARIA DE SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.094 (139)ORIGEM : AC - 70038111266 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : CAMILLA MARIA DE CENÇO RIGON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IVETE CABRAL CECINADV.(A/S) : ROGÉRIO CALAFATI MOYSÉS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.095 (140)ORIGEM : AIRR - 931000820085010541 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RIO BRANCO ALIMENTOS S.A.ADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ LOUREIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROBERTO PEREIRA ANTEROADV.(A/S) : ELISABETE RECKER SÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.099 (141)ORIGEM : AR - 000563076201080500000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : COMPANHIA DAS DOCAS DO ESTADO DA BAHIA

CODEBAADV.(A/S) : LUIZ FILIPE SÁ DE FREITAS E OUTRO(S) E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.114 (142)ORIGEM : RO - 1001009020095120000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS

METALURGICAS, MECANICAS E DE MATERIAL ELETRICO DE CRICIUMA E REGIAO

ADV.(A/S) : GILVAN FRANCISCO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE

SANTA CATARINA - FIESCRECDO.(A/S) : SINDICATO DAS INDUSTRIAS METALURGICAS,

MECANICAS E DE MATERIAL ELETRICO DE CARAVAGGIO

ADV.(A/S) : EVALDO DE FREITAS FENILLIRECDO.(A/S) : SINDICATO DAS INDUSTRIAS DE REPARACAO DE

VEICULOS E ACESSORIOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

ADV.(A/S) : ALFREDO ALEXANDRE DE MIRANDA COUTINHORECDO.(A/S) : SINDICATO DAS INDUSTRIAS METALURGICAS,

MECANICAS E DE MATERIAL ELETRICO DE CRICIUMA

ADV.(A/S) : SILVIO AUGUSTO BÚRIGO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.115 (143)ORIGEM : PROC - 201071640012344 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO

GRANDE DO SUL - COREN/RSADV.(A/S) : CLARISSA PEREIRA CARELLORECDO.(A/S) : MARISETE GONZATTI AREZIADV.(A/S) : ROBERTO CHAMIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 11

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.116 (144)ORIGEM : PROC - 50098125220124047003 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DO

PARANA - CRO/PRADV.(A/S) : ALEXANDRE RODRIGO MAZZETTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS DE PAULAADV.(A/S) : FABIANO FREITAS SOARES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.119 (145)ORIGEM : AC - 20010111222305 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : RAIMUNDA RODRIGUES DE SOUSAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.123 (146)ORIGEM : AC - 70038054680 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MÔNICA GOES DE ANDRADE MENDES DE ALMEIDA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MAURO LUIZ DONDONIADV.(A/S) : FÁBIO GUSTAVO BIZ E OUTRO(S) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.125 (147)ORIGEM : AIRR - 25524220105080000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CAIXA DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO

BANCO DA AMAZONIA - CAPAFADV.(A/S) : SÉRGIO LUÍS TEIXEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MANOEL DOS REMÉDIOS DA CUNHA GONÇALVESADV.(A/S) : PAULA FRASSINETTI COUTINHO DA SILVA MATTOS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/A - BASAADV.(A/S) : GUSTAVO ANDÈRE CRUZ E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.127 (148)ORIGEM : AI - 80022011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A - BNBADV.(A/S) : IONE MARIA BARRETO LEÃO E OUTRO(S) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALE GRANDE INDUSTRIA E COMERCIO DE

ALIMENTOS S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO ZAMPIERI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.128 (149)ORIGEM : AI - 990101732297 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : VANDA ROSA MACIEL BRITOSADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO MACIEL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 (150)ORIGEM : RR - 1368009120095150126 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LOBO GUIMARÃESRECDO.(A/S) : CARLOS MIGUEL DE ARAUJOADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO FACCIOLIINTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRASADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.147 (151)ORIGEM : AIRR - 37009520065020000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FERROVIAS BANDEIRANTES S.A. - FERROBANADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADILSON DOS SANTOS E OUTROS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ERALDO AURÉLIO RODRIGUES FRANZESE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.302 (152)ORIGEM : RESE - 5625267520088090051 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNILEVER BRASIL ALIMENTOS LTDARECTE.(S) : DENISE DE OLIVEIRA LEALADV.(A/S) : FLÁVIA RAHAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.320 (153)ORIGEM : RESE - 1184320117010301 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MIRTES DA SILVA COSTA COUTINHODP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.322 (154)ORIGEM : EIAPCRIM - 00000055220087030103 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ORACI LUIZ JUNIOR FERNANDESDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : GUSTAVO TIBES DOS SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.333 (155)ORIGEM : PROC - 70042557819 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : J V C SADV.(A/S) : JOÃO PAULO CARNEIRO SARAIVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.347 (156)ORIGEM : APCRIM - 10024100377308001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : F X D JADV.(A/S) : EDUARDO BELLI PEREIRA DE SOUZARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.632 (157)ORIGEM : RESE - 7260638201080600000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ANTONIO BATISTA FERNANDES FILHOADV.(A/S) : FRANCISCO MARCELO BRANDÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁINTDO.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS SILVA SANTOSADV.(A/S) : CLARA VERÔNICA LOPES LEAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.635 (158)ORIGEM : APCRIM - 990080837966 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PAULO CESAR DERINIADV.(A/S) : GERALDO COSME BARBOSA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 12

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.713 (159)ORIGEM : APCRIM - 12370 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOSÉ BEZERRA LINO TOCANTISADV.(A/S) : EPITÁCIO BRANDÃO LOPES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

TOCANTINS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.730 (160)ORIGEM : APCRIM - 993010739677 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : L A LADV.(A/S) : MARCOS JORGE DORIGHELLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : M B MADV.(A/S) : VALTER VALENTIN BUFANI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.782 (161)ORIGEM : PROC - 70045640505 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : WILSON TELLES JÚNIORDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.795 (162)ORIGEM : PROC - 01807940720098260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : R C DADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ MARTINS COELHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.805 (163)ORIGEM : RESE - 10071100034603001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : LUCIANO SIQUEIRA DA CUNHAADV.(A/S) : JOSÉ MATEUS CAMPOS MACIELRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.620 (164)ORIGEM : MS - 16037 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : C MADV.(A/S) : HUENDEL ROLIM WENDER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.621 (165)ORIGEM : MS - 17895 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TELMA AGUIRRA PILAGALLOADV.(A/S) : TAMAR CRISTMANNRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.622 (166)ORIGEM : MS - 16165 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ADILSON SOARES DA SILVAADV.(A/S) : CELSO LUIZ BRAGA DE LEMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.623 (167)ORIGEM : MS - 18259 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DAVI DO COUTO PITTAADV.(A/S) : BRUNO MARCELO RENNÓ BRAGARECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.218 (168)ORIGEM : HC - 215916 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : CARLOS ALBERTO RODRIGUESRECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.219 (169)ORIGEM : HC - 183465 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : WAGNER DIMAS DE PAULARECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.220 (170)ORIGEM : HC - 215906 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALPACTE.(S) : MARIA MADALENA SOARES FABRICIORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.222 (171)ORIGEM : HC - 242951 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : LUIS FERNANDO JANUARIORECTE.(S) : RODOLFO SANTANA VALENTINADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS VALENTIN DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.226 (172)ORIGEM : HC - 231556 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANDRE HENRIQUE CAMPOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.227 (173)ORIGEM : HC - 234138 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA DALVA DE ARAÚJOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.229 (174)ORIGEM : HC - 199424 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EDVALDO LIMA DOS SANTOSADV.(A/S) : JOÃO CARLOS PEREIRA FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 13

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 17 0 17

MIN. MARCO AURÉLIO 14 1 15

MIN. GILMAR MENDES 27 2 29

MIN. JOAQUIM BARBOSA 26 0 26

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 19 1 20

MIN. CÁRMEN LÚCIA 15 1 16

MIN. DIAS TOFFOLI 10 0 10

MIN. LUIZ FUX 26 0 26

MIN. ROSA WEBER 15 0 15

TOTAL 169 5 174

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 18 de setembro de 2012.

DECISÕES E DESPACHOS

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.042

(175)

ORIGEM : PROC - 20020077642284 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE PARANHOS DE MACEDO E

OUTRO(A/S)AGTE.(S) : CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITASADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE

LUCENA

DECISÃO : vistos, etc. Reconsidero a decisão agravada. E o faço ante a insubsistência do

óbice processual apontado às fls. 197.2. Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento

do RE 626.358-AgR, da relatoria de meu antecessor na Presidência, ministro Cezar Peluso, reviu sua própria jurisprudência e assentou que é de ser admitida a comprovação da tempestividade do recurso na ocasião da interposição do agravo regimental. Leia-se a ementa do julgado:

“RECURSO. Extraordinário. Prazo. Cômputo. Intercorrência de causa legal de prorrogação. Termo final diferido. Suspensão legal do expediente forense no juízo de origem. Interposição do recurso no termo prorrogado. Prova da causa de prorrogação só juntada em agravo regimental. Admissibilidade. Presunção de boa-fé do recorrente. Tempestividade reconhecida. Mudança de entendimento do Plenário da Corte. Agravo regimental provido. Voto vencido. Pode a parte fazer eficazmente, perante o Supremo, em agravo regimental, prova de causa local de prorrogação do prazo de interposição e da consequente tempestividade de recurso extraordinário.“

3. Encaminhem-se os autos à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do processo.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.362

(176)

ORIGEM : AC - 200451010047077 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2º REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIA APARECIDA DA CONCEIÇÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CAIXAADV.(A/S) : MARCELO VASCONCELLOS ROALE ANTUNES

DECISÃO : vistos, etc. Reconsidero a decisão agravada. E o faço ante a insubsistência do

óbice processual apontado às fls. 182.2. Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento

do RE 626.358-AgR, da relatoria de meu antecessor na Presidência, ministro Cezar Peluso, reviu sua própria jurisprudência e assentou que é de ser admitida a comprovação da tempestividade do recurso na ocasião da interposição do agravo regimental. Leia-se a ementa do julgado:

“RECURSO. Extraordinário. Prazo. Cômputo. Intercorrência de

causa legal de prorrogação. Termo final diferido. Suspensão legal do expediente forense no juízo de origem. Interposição do recurso no termo prorrogado. Prova da causa de prorrogação só juntada em agravo regimental. Admissibilidade. Presunção de boa-fé do recorrente. Tempestividade reconhecida. Mudança de entendimento do Plenário da Corte. Agravo regimental provido. Voto vencido. Pode a parte fazer eficazmente, perante o Supremo, em agravo regimental, prova de causa local de prorrogação do prazo de interposição e da consequente tempestividade de recurso extraordinário.“

3. Encaminhem-se os autos à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do processo.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.592

(177)

ORIGEM : AC - 10024101980605001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : HILDEU GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO LUCÍDIO DANTAS AVELLARAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO : vistos, etc. Reconsidero a decisão agravada. E o faço ante a insubsistência do

óbice processual apontado às fls. 268.2. Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento

do RE 626.358-AgR, da relatoria de meu antecessor na Presidência, ministro Cezar Peluso, reviu sua própria jurisprudência e assentou que é de ser admitida a comprovação da tempestividade do recurso na ocasião da interposição do agravo regimental. Leia-se a ementa do julgado:

“RECURSO. Extraordinário. Prazo. Cômputo. Intercorrência de causa legal de prorrogação. Termo final diferido. Suspensão legal do expediente forense no juízo de origem. Interposição do recurso no termo prorrogado. Prova da causa de prorrogação só juntada em agravo regimental. Admissibilidade. Presunção de boa-fé do recorrente. Tempestividade reconhecida. Mudança de entendimento do Plenário da Corte. Agravo regimental provido. Voto vencido. Pode a parte fazer eficazmente, perante o Supremo, em agravo regimental, prova de causa local de prorrogação do prazo de interposição e da consequente tempestividade de recurso extraordinário.“

3. Encaminhem-se os autos à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do processo.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.892

(178)

ORIGEM : PROC - 00186024620108190208 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SAMOC S/A - SOCIEDADE ASSISTENCIAL MÉDICA E

ODONTO CIRÚRGICAADV.(A/S) : KAMILA PEREIRA DA CRUZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ ALEXANDRE DE SÁADV.(A/S) : VERÔNICA GONÇALVES BARBOZA

DECISÃO : vistos, etc. Reconsidero a decisão agravada. E o faço ante a insubsistência do

óbice processual apontado às fls. 229.2. Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento

do RE 626.358-AgR, da relatoria de meu antecessor na Presidência, ministro Cezar Peluso, reviu sua própria jurisprudência e assentou que é de ser admitida a comprovação da tempestividade do recurso na ocasião da interposição do agravo regimental. Leia-se a ementa do julgado:

“RECURSO. Extraordinário. Prazo. Cômputo. Intercorrência de causa legal de prorrogação. Termo final diferido. Suspensão legal do expediente forense no juízo de origem. Interposição do recurso no termo prorrogado. Prova da causa de prorrogação só juntada em agravo regimental. Admissibilidade. Presunção de boa-fé do recorrente. Tempestividade reconhecida. Mudança de entendimento do Plenário da Corte. Agravo regimental provido. Voto vencido. Pode a parte fazer eficazmente, perante o Supremo, em agravo regimental, prova de causa local de prorrogação do prazo de interposição e da consequente tempestividade de recurso extraordinário.“

3. Encaminhem-se os autos à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do processo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 14

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.064 (179)ORIGEM : PROC - 00014390520118190051 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/AADV.(A/S) : WAGNER DE FIGUEIREDO LIMA JÚNIOR E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MARIA ALCINEIA HENRIQUE ALCANTARAADV.(A/S) : ALEX PENNA DE AQUINO

DECISÃO: vistos, etc.É de agravo (“nos próprios autos”, conforme a Lei 12.322/2010)

interposto contra decisão denegatória de admissibilidade a recurso extraordinário que se cuida.

2. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque, nos termos da jurisprudência majoritária desta nossa Casa de Justiça, é extemporâneo o apelo extremo interposto antes da publicação do acórdão proferido no julgamento dos embargos declaratórios. No caso, o acórdão foi publicado em 10/02/2012 (fls. 125), e a petição do recurso extraordinário, prematura, foi protocolada em 07/02/2012 (fls. 95), sem a necessária ratificação.

3. No mesmo sentido, confiram-se, por amostragem, os AIs 263.982-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 278.908-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 375.124-AgR-ED, da relatoria do ministro Celso de Mello; 502.004-AgR, da minha relatoria; 558.059-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 654.604-AgR-ED, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 694.014-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e 751.262-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; bem como os REs 427.317-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; 490.142-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 497.406-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; e 502.313, da relatoria da ministra Cármen Lúcia.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. O que faço frente ao art. 557 do CPC e à alínea “c” do inciso V do art. 13, c/c o § 1º do art. 21, ambos do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 04 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.654 (180)ORIGEM : AI - 994093183525 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANA DAMARIS DE GONZAGAADV.(A/S) : PEDRO LUIZ LESSI RABELLORECDO.(A/S) : MARIANE BELLODIADV.(A/S) : TÂNIA REGINA TRITAPEPE

DECISÃO: vistos, etc.É de agravo (“nos próprios autos”, conforme a Lei 12.322/2010)

interposto contra decisão denegatória de admissibilidade a recurso extraordinário que se cuida.

Tenho que o agravo não merece acolhida, ante a intempestividade do recurso extraordinário. Isso porque o acórdão recorrido foi publicado no dia 01/10/2010 (fls. 449) e a petição recursal foi protocolada na instância judicante de origem somente em 19/10/2010 (fls. 478), ou seja, após o término do prazo legal, que se deu em 18/10/2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. O que faço frente ao art. 557 do CPC e à alínea “c” do inciso V do art. 13, c/c o § 1º do art. 21, ambos do RI/STF.

Publique-se. Brasília, 04 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.924 (181)ORIGEM : PROC - 00035495820118190024 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO PANAMERICANO S/AADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JANE DA SILVA PIMENTAADV.(A/S) : JURANDIR VIDAL CLEMENTE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: vistos, etc.

É de agravo (“nos próprios autos”, conforme a Lei 12.322/2010) interposto contra decisão denegatória de admissibilidade a recurso extraordinário que se cuida.

Tenho que o agravo não merece acolhida, ante a intempestividade do recurso extraordinário. Isso porque o acórdão recorrido foi publicado no dia 27/04/2012 (fls. 91) e a petição recursal foi protocolada na instância judicante de origem somente em 15/05/2012 (fls. 76), ou seja, após o término do prazo legal, que se deu em 14/05/2012.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. O que faço frente ao art. 557 do CPC e à alínea “c” do inciso V do art. 13, c/c o § 1º do art. 21, ambos do RI/STF.

Publique-se. Brasília, 04 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.962 (182)ORIGEM : PROC - 99406162254650000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA LUISA SAMPAIO DE JESUSADV.(A/S) : JOSÉ DE GOUVEIARECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: vistos, etc.É de agravo (“nos próprios autos”, conforme a Lei 12.322/2010)

interposto contra decisão denegatória de admissibilidade a recurso extraordinário que se cuida.

2. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque, nos termos da jurisprudência majoritária desta nossa Casa de Justiça, é extemporâneo o apelo extremo interposto antes da publicação do acórdão proferido no julgamento dos embargos declaratórios. No caso, o acórdão foi publicado em 14/01/2011 (fls. 137), e a petição do recurso extraordinário, prematura, foi protocolada em 16/12/2010 (fls. 138), sem a necessária ratificação.

3. No mesmo sentido, confiram-se, por amostragem, os AIs 263.982-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 278.908-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 375.124-AgR-ED, da relatoria do ministro Celso de Mello; 502.004-AgR, da minha relatoria; 558.059-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 654.604-AgR-ED, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 694.014-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e 751.262-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; bem como os REs 427.317-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; 490.142-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 497.406-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; e 502.313, da relatoria da ministra Cármen Lúcia.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. O que faço frente ao art. 557 do CPC e à alínea “c” do inciso V do art. 13, c/c o § 1º do art. 21, ambos do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 04 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.652 (183)ORIGEM : PROC - 00154700220108190007 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/AADV.(A/S) : RONE ESTEVES CÔRTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ RONALDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO FURLANI FILHO

DECISÃO: vistos, etc.É de agravo (“nos próprios autos”, conforme a Lei 12.322/2010)

interposto contra decisão denegatória de admissibilidade a recurso extraordinário que se cuida.

Tenho que o agravo não merece acolhida, ante a intempestividade do recurso extraordinário. Isso porque o acórdão recorrido foi publicado no dia 07/02/2012 (fls. 179) e a petição recursal foi protocolada na instância judicante de origem somente em 23/02/2012 (fls. 140), ou seja, após o término do prazo legal, que se deu em 22/02/2012.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. O que faço frente ao art. 557 do CPC e à alínea “c” do inciso V do art. 13, c/c o § 1º do art. 21, ambos do RI/STF.

Publique-se. Brasília, 04 de setembro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Presidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 15

PLENÁRIO

ACÓRDÃOS

Centésima Trigésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.556 (184)ORIGEM : ADI - 134942 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIAADV.(A/S) : SYLVIA LORENA TEIXEIRA DE SOUSA E OUTROSINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

Decisão: Preliminarmente, o Tribunal, por unanimidade, julgou prejudicada a ação em relação ao artigo 2º da Lei Complementar nº 110/2001. Também por unanimidade, conheceu da ação quanto aos demais artigos impugnados, julgando, por maioria, parcialmente procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput, no que se refere à expressão “produzindo efeitos”, bem como de seus incisos I e II, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que a julgava procedente em maior extensão. Ausentes o Senhor Ministro Ayres Britto (Presidente), em viagem oficial para participar da 91ª Reunião Plenária da Comissão Europeia para a Democracia pelo Direito, em Veneza, na Itália, e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Falou, pela Advocacia-Geral da União, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça, Secretária-Geral de Contencioso. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Joaquim Barbosa (Vice-Presidente). Plenário, 13.06.2012.

EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS A CUSTEAR DISPÊNDIOS DA UNIÃO ACARRETADOS POR DECISÃO JUDICIAL (RE 226.855). CORREÇÃO MONETÁRIA E ATUALIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS).

ALEGADAS VIOLAÇÕES DOS ARTS. 5º, LIV (FALTA DE CORRELAÇÃO ENTRE NECESSIDADE PÚBLICA E A FONTE DE CUSTEIO); 150, III, B (ANTERIORIDADE); 145, § 1º (CAPACIDADE CONTRIBUTIVA); 157, II (QUEBRA DO PACTO FEDERATIVO PELA FALTA DE PARTILHA DO PRODUTO ARRECADADO); 167, IV (VEDADA DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DE PRODUTO ARRECADADO COM IMPOSTO); TODOS DA CONSTITUIÇÃO, BEM COMO OFENSA AO ART. 10, I, DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS - ADCT (AUMENTO DO VALOR PREVISTO EM TAL DISPOSITIVO POR LEI COMPLEMENTAR NÃO DESTINADA A REGULAMENTAR O ART. 7º, I, DA CONSTITUIÇÃO).

LC 110/2001, ARTS. 1º E 2º.A segunda contribuição criada pela LC 110/2001, calculada à alíquota

de cinco décimos por cento sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador, extinguiu-se por ter alcançado seu prazo de vigência (sessenta meses contados a partir da exigibilidade – art. 2º, §2º da LC 110/2001). Portanto, houve a perda superveniente dessa parte do objeto de ambas as ações diretas de inconstitucionalidade.

Esta Suprema Corte considera constitucional a contribuição prevista no art. 1º da LC 110/2001, desde que respeitado o prazo de anterioridade para início das respectivas exigibilidades (art. 150, III, b da Constituição).

O argumento relativo à perda superveniente de objeto dos tributos em razão do cumprimento de sua finalidade deverá ser examinado a tempo e modo próprios.

Ações Diretas de Inconstitucionalidade julgadas prejudicadas em relação ao artigo 2º da LC 110/2001 e, quanto aos artigos remanescentes, parcialmente procedentes, para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput, no que se refere à expressão "produzindo efeitos", bem como de seus incisos I e II.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.568 (185)ORIGEM : ADI - 139933 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREQTE.(S) : PARTIDO SOCIAL LIBERAL - PSLADV.(A/S) : WLADIMIR SÉRGIO REALEINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

Decisão: Preliminarmente, o Tribunal, por unanimidade, julgou prejudicada a ação em relação ao artigo 2º da Lei Complementar nº 110/2001. Também por unanimidade, conheceu da ação quanto aos demais artigos impugnados, julgando, por maioria, parcialmente procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput, no que se refere à expressão “produzindo efeitos”, bem como de seus incisos I e II, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que a julgava procedente em maior extensão. Ausentes o Senhor Ministro Ayres Britto (Presidente), em viagem oficial para participar da 91ª Reunião Plenária da Comissão Europeia para a Democracia pelo Direito, em Veneza, na Itália, e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Falou, pela Advocacia-Geral da União, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça, Secretária-Geral de Contencioso. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Joaquim Barbosa (Vice-Presidente). Plenário,

13.06.2012.EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS A CUSTEAR DISPÊNDIOS DA UNIÃO

ACARRETADOS POR DECISÃO JUDICIAL (RE 226.855). CORREÇÃO MONETÁRIA E ATUALIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS).

ALEGADAS VIOLAÇÕES DOS ARTS. 5º, LIV (FALTA DE CORRELAÇÃO ENTRE NECESSIDADE PÚBLICA E A FONTE DE CUSTEIO); 150, III, B (ANTERIORIDADE); 145, § 1º (CAPACIDADE CONTRIBUTIVA); 157, II (QUEBRA DO PACTO FEDERATIVO PELA FALTA DE PARTILHA DO PRODUTO ARRECADADO); 167, IV (VEDADA DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DE PRODUTO ARRECADADO COM IMPOSTO); TODOS DA CONSTITUIÇÃO, BEM COMO OFENSA AO ART. 10, I, DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS - ADCT (AUMENTO DO VALOR PREVISTO EM TAL DISPOSITIVO POR LEI COMPLEMENTAR NÃO DESTINADA A REGULAMENTAR O ART. 7º, I, DA CONSTITUIÇÃO).

LC 110/2001, ARTS. 1º E 2º.A segunda contribuição criada pela LC 110/2001, calculada à alíquota

de cinco décimos por cento sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador, extinguiu-se por ter alcançado seu prazo de vigência (sessenta meses contados a partir da exigibilidade – art. 2º, §2º da LC 110/2001). Portanto, houve a perda superveniente dessa parte do objeto de ambas as ações diretas de inconstitucionalidade.

Esta Suprema Corte considera constitucional a contribuição prevista no art. 1º da LC 110/2001, desde que respeitado o prazo de anterioridade para início das respectivas exigibilidades (art. 150, III, b da Constituição).

O argumento relativo à perda superveniente de objeto dos tributos em razão do cumprimento de sua finalidade deverá ser examinado a tempo e modo próprios.

Ações Diretas de Inconstitucionalidade julgadas prejudicadas em relação ao artigo 2º da LC 110/2001 e, quanto aos artigos remanescentes, parcialmente procedentes, para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput, no que se refere à expressão "produzindo efeitos", bem como de seus incisos I e II.

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1.366 (186)ORIGEM : ADI - 037600 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE. : ANOREG - BR - ASSOCIACAO DOS NOTARIOS E

REGISTRADORES DO BRASILADV. : FREDERICO HENRIQUE VIEGAS DE LIMA E OUTROAGDO. : CORREGEDOR GERAL DA JUSTICA DO ESTADO DO

PARANA

Decisão : Por votação unânime, o Tribunal negou provimento ao agravo regimental. Votou o Presidente. Ausentes, justificadamente, os Ministros Carlos Velloso e Marco Aurélio e, neste julgamento, o Ministro Néri da Silveira. Plenário, 12.09.96.

E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – ITENS NS. 17.1.10 E 17.1.10.2 DO PROVIMENTO CGJ/PR Nº 88/93 – ATOS DESVESTIDOS DE NORMATIVIDADE QUALIFICADA PARA EFEITO DE IMPUGNAÇÃO EM SEDE DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – NECESSÁRIA FORMULAÇÃO, EM REFERIDO CONTEXTO, DE JUÍZO PRELIMINAR DE LEGALIDADE – OBJETO JURIDICAMENTE INIDÔNEO EM SEDE DE AÇÃO DIRETA – CRISES DE LEGALIDADE SÃO INSUSCETÍVEIS DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – AÇÃO DIRETA DE QUE NÃO SE CONHECE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

CRISES DE LEGALIDADE NÃO LEGITIMAM A INSTAURAÇÃO DO PROCESSO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO.

- O controle normativo abstrato, para efeito de sua válida instauração, supõe a ocorrência de situação de litigiosidade constitucional que reclama a existência de uma necessária relação de confronto imediato entre o ato estatal de menor positividade jurídica e o texto da própria Constituição Federal.

- Mostra-se processualmente inviável a utilização da ação direta nos casos em que o reconhecimento da situação de inconstitucionalidade depende do prévio exame comparativo entre a regra estatal questionada (como a de um provimento meramente administrativo) e qualquer outra espécie jurídica de natureza infraconstitucional (como um diploma legislativo).

- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que crises de legalidade – que irrompem no âmbito do sistema de direito positivo, caracterizadas pela inobservância, por parte da autoridade pública, do seu dever jurídico de subordinação normativa à lei – revelam-se, por sua natureza mesma, insuscetíveis de controle jurisdicional concentrado, pois a finalidade a que se acha vinculado o processo de fiscalização normativa abstrata restringe-se, tão-somente, à aferição de situações configuradoras de inconstitucionalidade direta, imediata e frontal. Precedentes.

Brasília, 18 de setembro de 2012.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 16

PRIMEIRA TURMA

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 23ª. (vigésima terceira) Sessão Ordinária da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, realizada em 11 de setembro de 2012.

Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot.Secretária da Turma, Carmen Lilian Oliveira de Souza.Abriu-se a Sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a Ata da

Sessão anterior.COMUNICAÇÃOA SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Senhor Presidente, pela

ordem?O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE) - Pois não.

Ministra Cármen, com a palavra.A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Senhor Presidente, eu fui

transferida para a Segunda Turma e fiz questão de vir hoje. Vou pedir licença a Vossa Excelência e aos Senhores Ministros para

me retirar.Em primeiro lugar, comunico que passo a fazer parte da Segunda

Turma, mas eu não poderia deixar de vir e agradecer a todos os meus Colegas por essa passagem. Sem embargos, claro, continuamos não apenas juntos no Plenário, como nada impede que eu volte a participar da Primeira Turma.

Tem sido uma constante os Ministros participarem das duas Turmas, e eu não poderia deixar de fazer o registro formal; antes de tudo, o meu agradecimento.

Vou pedir licença a Vossa Excelência e aos Colegas para um agradecimento especial ao Ministro Marco Aurélio, que, quando cheguei, dos que estavam aqui, é o que ainda permanece e foi meu Presidente. Cheguei com o Ministro Pertence.

Aprendi muito com todos os Colegas: os que continuam no Tribunal e os que já saíram. Tenho, portanto, um preito de gratidão efetiva.

O meu deslocamento se deve basicamente a uma circunstância, agora, de que tenho sempre saído mais cedo em razão das minhas atribuições no Tribunal Eleitoral. E há uma dinâmica diferente na Segunda Turma: basicamente de não fazer intervalo e dar essa sequência, o que pode fazer com que os Advogados, portanto, possam ter a minha presença durante toda a sequência.

De toda sorte, fiz questão de vir, porque não há absolutamente nada que me desagrade mais do que mudanças, essas mudanças da paisagem humana. Eu acabo não me habituando apenas, mas gostando das pessoas que me rodeiam, de uma forma especial, porque a gente acaba se encontrando e isso se torna, da minha parte, um hábito muito saudável, muito fecundo.

Portanto, eu queria fazer o comunicado formal, fazer o agradecimento a cada um dos Ministros que são todos amigos meus, hoje: Vossa Excelência, como Presidente; o Ministro Marco Aurélio, que é o decano e, como eu disse, me recebeu no Eleitoral e depois foi o meu segundo Presidente aqui, durante um período que foi extremamente proveitoso para mim, e, de um forma especial, porque era o início da minha presença neste Tribunal, onde aprendi muito; Ministro Fux, que veio na sequência; a minha amiga Ministra Rosa Weber; também ao Doutor Rodrigo Janot, que foi dos primeiros Subprocuradores a estar presente nas sessões de que fiz parte.

Eu, portanto, Senhor Presidente, peço licença a Vossa Excelência para me retirar, deixando o meu sincero agradecimento pelo aprendizado que tive nesta Turma e que, durante algum tempo, agora, passo a deixar de me encontrar todas as terças-feiras, em parte, porque ainda tenho processos, inclusive, embargos e alguns processos votos vista, e virei, se Deus quiser, a esta Turma para o meu gáudio. Mas eu queria fazer isso formalmente para deixar bem registrado o meu agradecimento, afirmar as razões e dizer que tenho a certeza de que vou sentir muita saudade.

Disse até ao Ministro Marco Aurélio que, mesmo depois de decidido, eu cheguei a voltar atrás e resolvi que preferia ficar na Primeira Turma, onde há uma comodidade quase que emocional para mim.

Mas, afinal, houve a transferência e, portanto, queria agradecer aos servidores e a todos, mas, de uma forma muito especial, aos meus Colegas pelo tanto que me ajudaram neste período em que aqui estive.

O SENHOR RODRIGO JANOT (SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA) - Senhor Presidente, é com tristeza que recebo a notícia desse afastamento tão geometricamente curto, mas que fará privar do convívio, que dizia a Ministra Cármen Lúcia, desse convívio tão fraterno, tão cordial e tão rico que pude desfrutar desde o início, realmente, fui um dos primeiros membros do Ministério Público a receber aqui a presença da Ministra Cármen Lúcia.

É uma perda - para mim, pessoalmente - desses ensinamentos, dessas aulas cotidianas que são os votos da Ministra, mas - como diria o poetinha - a vida é arte dos encontros, embora existam tantos desencontros. Espero que essa separação métrica, de três, quatro metros que separam a Primeira da Segunda Turma não levem a uma separação, a um distanciamento mais profundo do convívio da Ministra Cármen Lúcia.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Não levará, se Deus quiser, Doutor Rodrigo.

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE) - Em nome da Turma, eu agradeço esse tempo de convívio com a Ministra Cármen Lúcia, que presidiu, durante todo o ano passado, com grande brilho, esta Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Em meu nome pessoal agradeço, desde a minha chegada, aqui, o convívio com Sua Excelência, o aprendizado, a solidariedade com que fui recebido aqui nos meus primeiros passos neste Tribunal.

A primeira sessão que eu participei neste Tribunal foi com a presença de Vossa Excelência e também do Ministro Marco Aurélio. À época, a Turma era presidida pelo Ministro Ayres Britto e ainda composta pelo Ministro Ricardo Lewandowski.

Fica esse registro, mas Vossa Excelência continuará conosco, pelo menos no que diz respeito a mim e ao Ministro Marco Aurélio, toda terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral e às quintas também.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - E com todos às quartas no Plenário.

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE) - E com todos às quartas e quintas-feiras no Plenário do STF, desfrutando desse saudoso convívio com Vossa Excelência.

Fica então o registro, em nome da Turma, da satisfação de termos convivido com Vossa Excelência, nesta Primeira Turma, e o desejo de felicidades, de sucesso e que, na Segunda Turma, Vossa Excelência também possa lá desenvolver, como sempre desenvolveu, com competência, com grande denodo, com grande dedicação, o ofício judicante para o qual Vossa Excelência é extremamente talhada.

As palavras aqui proferidas nesta tarde ficarão registradas nas atas da Primeira Turma.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Muito obrigada, Presidente. Eu peço licença?

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE) - Vossa Excelência fique à vontade.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, só pela ordem, como a nossa competência, em razão da matéria, eu tanto me bato por ela, mas há momentos que essa competência é conveniente. Eu gostaria apenas que Vossa Excelência registrasse que, por motivo de afeição, eu denego a ordem.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Está bem. Muito obrigada. Peço licença, Presidente, para me retirar.

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE) - Nós é que agradecemos.

JULGAMENTOS

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.687 (187)ORIGEM : PROC - 100110005954 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR MANOEL ALVES RABELOEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR SÉRGIO LUIZ TEIXEIRA GAMAEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR ADALTO DIA TRISTÃOEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR MAURÍLIO ALMEIDA DE ABREUEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR PEDRO VALLS FEU ROSAEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR SÉRGIO BIZZOTTO PESSOA DE

MENDONÇAEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR ÁLVARO MANOEL ROSINDO

BOURGUIGNONEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR ANNIBAL DE REZENDE LIMAEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR CARLOS HENRIQUE RIOS DO

AMARALEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR JOSÉ LUIS BARRETO VIVASEXCPTO.(A/S) : DESMBARGADOR CARLOS ROBERTO MIGNONEEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR RONALDO GONÇALVES DE

SOUZAEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR FÁBIO CLEM DE OLIVEIRAEXCPTO.(A/S) : DESEMBARGADOR NAMYR CARLOS DE SOUZA

FILHO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 27/2011, publicada no DJe de 24.11.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.372 (188)ORIGEM : RR - 8085389420015090053 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 17

AGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MANOEL SOCORRO FIGUEIREDOADV.(A/S) : LUIZ SALVADOR E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.561 (189)ORIGEM : MS - 124131 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DO

TRABALHO DA TERCEIRA REGIÃO - ASTTTERADV.(A/S) : TIAGO CARDOSO PENNAINTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TC Nº

01904520058)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.572

(190)

ORIGEM : AC - 200872000095612 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃO

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : IDELINO PFLEGERADV.(A/S) : CAROLINE LOUISI DONALD SPRICIGO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.314

(191)

ORIGEM : HC - 200406 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : FABIOLA BARBOSA DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS RIBEIRO DE FREITASAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.058

(192)

ORIGEM : HC - 17158820116000000 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CARLOS EDUARDO NOGUEIRA NARCISOADV.(A/S) : ANTONIO MAURÍCIO COSTAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.815

(193)

ORIGEM : AC - 135707 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : JOSÉ DE AQUINO VIEIRAADV.(A/S) : VALTER ROBERTO AUGUSTO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do

voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.244

(194)

ORIGEM : AC - 200934000172983 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1º REGIÃO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ROSANGELA TAVARES BENTIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GERALDO MAGELA HERMÓGENES DA SILVA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma acolheu os embargos de declaração para prestar esclarecimentos, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.760 (195)ORIGEM : AC - 200471000338070 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : CONSTRUTORA PICCOLI COUSANDIER LTDA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.123 (196)ORIGEM : APCRIM - 200805005961 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : JOÃO RENATO SILVÉRIO LUIZADV.(A/S) : MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMAEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.531

(197)

ORIGEM : PROC - 200432007016357 - TURMA REC. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : EDUARDO JOSÉ DE SOUZAADV.(A/S) : JOÃO RICARDO DE SOUZA DIXO JÚNIOR

Decisão: A Turma não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 719.545

(198)

ORIGEM : AC - 10024057063521001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : EDITE DE FÁTIMA LÔBO JARDIMADV.(A/S) : WALMIR BERNARDES JARDIMEMBDO.(A/S) : CONDOMÍNIO RECANTO DO VALE IIADV.(A/S) : MANOELINO RAMOS FILHO

Decisão: Por unanimidade, a Turma não conheceu dos embargos de declaração, com imposição de multa, e, por maioria de votos, determinou a baixa imediata dos autos, nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 18

HABEAS CORPUS 104.633 (199)ORIGEM : HC - 104633 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : IVO PESSOA CORREIAIMPTE.(S) : PAULO MARZOLA NETO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual. Por maioria de votos, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 108.183 (200)ORIGEM : HC - 175907 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : CARLOS AUGUSTO BATISTA MARTINSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual. Por maioria de votos, concedeu a ordem, de ofício, para que o juiz da execução avalie a questão referente ao regime inicial de cumprimento da pena, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 108.742 (201)ORIGEM : HC - 199890 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. DIAS TOFFOLI

PACTE.(S) : ANTÔNIO TAVARES DE SOUZAIMPTE.(S) : RODRIGO DE SÁ QUEIROGA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 199890 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: Por empate na votação, a Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Senhor Ministro Dias Toffoli, Redator para o acórdão e Presidente. Votaram pela denegação da ordem o Senhor Ministro Luiz Fux, Relator, e a Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 109.172 (202)ORIGEM : HC - 190426 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : IVAN ROSA DINIZIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 112.148 (203)ORIGEM : PROC - 00000790420117030103 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DIEGO AUGUSTO BONILHA FERREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 112.323 (204)ORIGEM : ARESP - 17129 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : NERUAS LUIZ TEIXEIRAIMPTE.(S) : ROBSON RIMOND BARUQUICOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº

17.129 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 112.689 (205)ORIGEM : hc - 168988 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FLORENTINA DE LOS ANGELES RUIZ DENIZPACTE.(S) : MARIA ADORACION PEREIRA CEDRESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 112.777 (206)ORIGEM : HC - 130573 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : LEONEL JOSÉ RAPOSOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 113.036 (207)ORIGEM : PROC - 19119907050005 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JOSÉ ROBERTO FERREIRA KUTISQUEIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 113.281 (208)ORIGEM : HC - 227605 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ALEXANDRE CAMPOS DOS SANTOSIMPTE.(S) : AHMAD LAKIS NETO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de ofício. Falaram: o Dr. Ahmad Lakis Neto, pelo Paciente, e o Dr. Rodrigo Janot, Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério Público Federal. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 113.282 (209)ORIGEM : HC - 228637 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : CARINE DA SILVA E SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pela Senhora Ministra Rosa Weber no sentido da concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 113.477 (210)ORIGEM : PROCESSO - 00000025620097100010 - JUIZ AUDITOR

MILITAR DA 10º CJMPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANTÔNIO BATALHA DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 19

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus e cassou a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

HABEAS CORPUS 113.685 (211)ORIGEM : HC - 204115 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DANÚBIA APARECIDA DOS REIS AMAROIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 26.684 (212)ORIGEM : MS - 84256 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

CIVIS NO ESTADO DO AMAPÁ - SINDSEP/APADV.(A/S) : TÂNIA MARIA MARTINS GUIMARÃES LEÃO FREITASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(TC Nº 01112719937)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 29/2011, publicada no DJe de 1º.12.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 27.966 (213)ORIGEM : MS - 42678 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : EUDINO LIMA DA SILVA FILHO (REPRESENTADO POR

EUDA DA SANTÍSSIMA VIRGEM BATISTA DA SILVA)IMPTE.(S) : CARMEN LUCIA FREIRE FERREIRAADV.(A/S) : JOÃO GUILHERME CARVALHO ZAGALLO E OUTRO(A/

S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(PROCESSO Nº 009.261./2005-9)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma denegou a ordem de segurança, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 28.529 (214)ORIGEM : MS - 200934000408118 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ELEISON JACINTO PEREIRAADV.(A/S) : ELEISON JACINTO PEREIRAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : GERENTE DA DIVISÃO DE PAGAMENTO DO

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 12/2012, publicada no DJe de 2.5.2012, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 28.829 (215)ORIGEM : MS - 28829 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MÁRIO FLÁVIO SIMAS NOVOADV.(A/S) : MÔNICA VIEIRA GALATE MATTOS E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.LIT.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de segurança, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 30.499 (216)ORIGEM : ACÓRDÃO - 33872010 - TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : VASCO ALVES DE OLIVEIRA JUNIORADV.(A/S) : AUGUSTO CESAR MOREIRA MARTINSIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 29/2011, publicada no DJe de 1º.12.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 30.704 (217)ORIGEM : TC - 02228920100 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : VALTER AMERICANO SALOMAO JUNIORADV.(A/S) : RAIMUNDO DA CONCEIÇÃO AIRES NETOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 18/2012, publicada no DJe de 31.5.2012, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

MANDADO DE SEGURANÇA 30.749 (218)ORIGEM : PROC - 01539120091 - TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : JOSE ELI DA SILVAADV.(A/S) : JULIANA PEDROSA MONTEIROIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma denegou a ordem de segurança, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.123 (219)ORIGEM : ADI - 676420000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : PREFEITO MUNICIPAL DE PEDRANÓPOLISADV.(A/S) : ANTÔNIO SÉRGIO GUIMARÃESRECDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE

PEDRANÓPOLIS

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 27/2011, publicada no DJe de 24.11.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.286 (220)ORIGEM : MS - 6803 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS TERMINAIS

PORTUÁRIOS - ABTPADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO E OUTROSRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 4/2010, publicada no DJe de 18.3.2010, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.911 (221)ORIGEM : MS - 14149 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 20

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALINE MIRILLI MAC CORD E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 20/2011, publicada no DJe de 6.10.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 (222)ORIGEM : MS - 13348 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ROMUALDO VASCONCELOSADV.(A/S) : RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 19/2011, publicada no DJe de 5.10.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.881 (223)ORIGEM : RMS - 30881 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUIZ CARLOS DE MELLO AZEVEDOADV.(A/S) : JOÃO PAULO DA SILVARECDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 14/2012, publicada no DJe de 16.5.2012, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.907 (224)ORIGEM : RMS - 30907 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : HEBER DE ALMEIDA ANTUNESADV.(A/S) : LEONARDO CHAGASRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 9/2012, publicada no DJe de 30.3.2012, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.974 (225)ORIGEM : MS - 15823 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUIZ ANTONIO FRANCA ESCOBARADV.(A/S) : JEFERSON NEVES ALVESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 29/2011, publicada no DJe de 1º.12.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.988 (226)ORIGEM : MS - 17315 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MERIDIAN ALVES BARBOSAADV.(A/S) : EVANDRO RUI DA SILVA COELHORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 30/2011, publicada no DJe de 7.12.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 107.860 (227)ORIGEM : HC - 175537 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SINDISWA MLALANDLEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.700 (228)ORIGEM : HC - 190188 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALPACTE.(S) : NAIARA MONIQUE DOS SANTOSPACTE.(S) : TATIANA MONICA DOS SANTOS GONÇALVESRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.276 (229)ORIGEM : AC - 72162706 - 2º TRIBUNAL DE ALCADA CIVIL DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOAQUIM RIBEIRO FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ FÁBIO COPPI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JACQUES SAMUEL BLINDERADV.(A/S) : RUFINO DE CAMPOSAGDO.(A/S) : OCTAVIO GUAZZELLI JÚNIORADV.(A/S) : VALTER EUSTÁQUIO FRANCO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.409 (230)ORIGEM : AI - 70018447318 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CECÍLIA BALLVÉ ALICE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADRIANA BRASIL FILIPPI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 229

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.297 (231)ORIGEM : AMS - 199961000255011 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : EQUITYPAR - COMPANHIA DE PARTICIPAÇÕESADV.(A/S) : ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 229

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.888 (232)ORIGEM : AC - 9596875000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : REGINA CHAVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ALESSANDRO ZERBINI RUIZ BARBOSA E

OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 21

Decisão: Idêntica à de nº 229

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.834

(233)

ORIGEM : AC - 199961000203825 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DIAS PASTORINHO S/A COMÉRCIO E INDÚSTRIAADV.(A/S) : MARIA ELIZA ZAIA PIRES DA COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MIRIAM A. PERES SILVA

Decisão: Idêntica à de nº 229

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.371 (234)ORIGEM : AC - 200400130553 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MARCIO FIDELIS ALMEIDA PONTESADV.(A/S) : EDSON FERREIRA DE ANAIDE E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 229

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.487

(235)

ORIGEM : PROC - 99010276340450000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : GLOBORR INDÚSTRIA E COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 229

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.958

(236)

ORIGEM : AMS - 200005000545043 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INTERNACIONAL GRÁFICA E EDITORA LTDAADV.(A/S) : RICARDO L. DE BARROS BARRETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.014 (237)ORIGEM : AMS - 75277 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : HOLANDA IMOBILIÁRIA E CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : SUZELE VELOSO DE OLIVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 424.251 (238)ORIGEM : AMS - 200084000129813 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DROGUISTAS POTIGUARES REUNIDOS LTDAADV.(A/S) : CHRISTIANE MÁRCIA DE CARVALHO MÁXIMO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SUZELE VELOSO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARIA HELENA URBANO RIBEMBOIM

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 445.256 (239)ORIGEM : AMS - 200161080095907 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : J.M. LUBRIFICANTES E PEÇAS PARA VEICULOS LTDAADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN- VERA SÍLVIA GRAMA POMPÍLIO MORENO

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.473 (240)ORIGEM : AC - 199938000306955 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CB ACABAMENTOS LTDA.ADV.(A/S) : MILTON CLÁUDIO AMORIM REBOUÇAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - JOSÉ LUIZ GOMES RÔLO

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.862 (241)ORIGEM : AMS - 199961000365849 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : STATUS COMERCIAL E CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : GUILHERME CEZAROTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - LÍGIA SCAFF VIANNA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 473.187 (242)ORIGEM : AMS - 200137000056340 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : LIVRARIA ESTUDANTIL LTDAADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - AFONSO AUGUSTO RIBEIRO COSTA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.270 (243)ORIGEM : AMS - 200105000043807 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : COBRÁS EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : SUZELE VELOSO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARIA CLÁUDIA GONDIM CAMPELLO

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 478.668 (244)ORIGEM : AC - 200271000079973 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CEDEMAX COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO LTDA

(ATUAL DENOMINAÇÃO DE CASA DO DESENHO REPRESENTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA)

ADV.(A/S) : CRISTIANO PRETTO E OUTROSADV.(A/S) : EDUARDO BRIGIDI DE MELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - RICARDO PY GOMES DA SILVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.179 (245)ORIGEM : AC - 199961000465935 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INTRA CORRETORA DE MERCADORIAS LTDAADV.(A/S) : MARCOS DE CARVALHO PAGLIARO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 22

ADV.(A/S) : PFN - JULIANA FURTADO COSTA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.135 (246)ORIGEM : AMS - 199961000089299 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : KASIL PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : FERNANDA ELISSA DE CARVALHO AWADA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARLY MILOCA DA CÂMARA GOUVEIA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.041 (247)ORIGEM : AMS - 199936000069130 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FAZENDA PLANORTE S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO DE ROSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - SÉRGIO MOACIR DE OLIVEIRA ESPÍNDOLA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.709 (248)ORIGEM : AMS - 199961000195385 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTRUTURAL MONTAGENS E EMPREENDIMENTOS

LTDAADV.(A/S) : JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - INAIÁ BRITTO DE ALMEIDA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.613 (249)ORIGEM : AC - 200061020121120 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ABUD SERVIÇOS RADIOLÓGICOS S/C LTDAADV.(A/S) : FÁBIO PALLARETTI CALCINI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ MATTHESAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - INAIÁ BRITTO DE ALMEIDA

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.346 (250)ORIGEM : PROC - 200882005026310 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : IVETE JUSTINO MOREIRAADV.(A/S) : IVETE JUSTINO MOREIRAAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 691.668 (251)ORIGEM : AI - 9367695700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : ALVARO DOS SANTOS NEVESADV.(A/S) : PATRICIA ALVES SUGANELLI

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.766

(252)

ORIGEM : AC - 200434000213127 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SÔNIA MARIA FARIA FLORENCIO SOBRINHOADV.(A/S) : ANTÔNIO TORREÃO BRAZ FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 236

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.745 (253)ORIGEM : AI - 10768746 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : CARLOS ALBERTO DA CUNHA ANSELMO

RODRIGUESADV.(A/S) : RODOLFO ZALCMAN E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CACIQUE COMPANHIA SECURITIZADORA DE

CRÉDITOS FINANCEIROSADV.(A/S) : ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.453 (254)ORIGEM : AG - 1141082 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ALEX GOMES LOPESADV.(A/S) : PAULO CÉSAR BRASILIENSE CANUTOEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 253

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.764

(255)

ORIGEM : PROC - 200432007019335 - TURMA REC. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : MAURÍCIO FIGUEIREDO DANTASADV.(A/S) : SHEILA BARTOLOTTI RAVEDUTTI

Decisão: Idêntica à de nº 253

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.091

(256)

ORIGEM : PROC - 200572950114824 - TURMA REC. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : EDUARDO DE FREITAS TORRESEMBDO.(A/S) : VALDEVINO STANGADV.(A/S) : VALMIR MEURER IZIDORIO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 253

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.863

(257)

ORIGEM : AC - 200551010093869 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : DÉCIO DE ARAÚJO VASCONCELLOSADV.(A/S) : HENRIQUE MOTTA DE VASCONCELLOS E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 253

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.093

(258)

ORIGEM : AC - 200138000150247 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 23

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : COOPERATIVA REGIONAL TRITICOLA

SANTIAGUENSE LTDAADV.(A/S) : LISIANI CALVANO PEREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS DO RIO GRANDE DO SUL - SEBRAE/RSADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E

PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAEADV.(A/S) : FREDERICO SCHULZ BUSS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESCINTDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

COMERCIAL - SENACADV.(A/S) : ELIANA LÉLIA DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 253

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 418.390 (259)ORIGEM : AC - 4110496 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : BENEDITA BAIA XAVIER JUNQUEIRAADV.(A/S) : MARCOS LUIS BORGES DE RESENDE

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 355.995 (260)ORIGEM : AC - 199701000110206 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTES. : MARIA ELIZA MOREIRA DAI DE CARVALHO E OUTRASADVDOS. : MÔNICA MELO MENDONÇA E OUTROSAGDA. : UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMGADVDOS. : JOSÉ LUIZ QUADROS DE MAGALHÃES E OUTROS

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.598 (261)ORIGEM : AC - 200151010071303 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CLÓVIS JOSÉ SACRAMENTO DA SILVAADV.(A/S) : GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.561 (262)ORIGEM : EIAC - 199804010590575 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ALBERTO BINATO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIAADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.189 (263)ORIGEM : AC - 12413051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : LAIR TORINA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRA PACHECO LEITÃOAGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : MARCOS ALBERTO GAZZETA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.389 (264)ORIGEM : PROC - 200501000628500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JOSÉ BENEDICTO DOMINGUESADV.(A/S) : VERA LUCIA RODRIGUES PEDROSO DE VARGASAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.042 (265)ORIGEM : AIRR - 461200710403409 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : BANCO SAFRA S/AADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE

SEGURANÇA E VIGILÂNCIA, TRANSPORTE DE VALORES, SEGURANÇA PESSOAL E DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS ORGÂNICOS DE SEGURANÇA E SIMILARES, SEUS AFINS E ANEXOS, DE UBERLÂNDIA E REGIÃO -SINDEESVU

ADV.(A/S) : ÂNGELA PARREIRA DE OLIVEIRA BOTELHO E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : ESTRELA AZUL SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA, SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA

ADV.(A/S) : JOSÉ ROQUE APARECIDO DE OLIVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 357.716 (266)ORIGEM : MS - 19990020039553 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO FERREIRA NASCENTESADV.(A/S) : DIOMAR CORRÊA DA COSTA NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.745 (267)ORIGEM : MS - 1361435 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS ALBUQUERQUE DO AMARALADV.(A/S) : DELIVAR TADEU DE MATTOSINTDO.(A/S) : PARANÁPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : FABIANO JORGE STAINZACK

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 609.727 (268)ORIGEM : AC - 200051010174379 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICACOES S A

EMBRATELADV.(A/S) : LUIZ ALBERTO BETTIOL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : BENEDITO PINHEIRO MEIRELESADV.(A/S) : JOSE CARLOS PEREIRA DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 625.258 (269)ORIGEM : AC - 19990110597027 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 24

ADV.(A/S) : DANIELA RODRIGUES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.363

(270)

ORIGEM : AC - 10024096892591001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : EMERSON DUARTE MENDONÇA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FELÍCIO BADIA

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.879

(271)

ORIGEM : PROC - 200871600016800 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MARIA LEONI SOUZA DA SILVAADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 690.017

(272)

ORIGEM : PROC - 200871510032890 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ARLENE TERRAADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.305

(273)

ORIGEM : PROC - 99409274001150001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/AADV.(A/S) : EDUARDO DE CARVALHO SOARES DA COSTA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CREFISA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : CELITA ROSENTHAL E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.925

(274)

ORIGEM : AC - 990093509334 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : HOTEL DEVILLE GUARULHOS LTDAADV.(A/S) : LINEU ALVARES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALEXANDRE SOUZA HERRERAADV.(A/S) : AURÉLIO PANÇA GALINA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.423

(275)

ORIGEM : AC - 0004604022006190030 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : JOEL COSTA DE SOUZA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : IGOR ROSÁRIO DOS REIS (REPRESENTADO POR

SILVIA SALINO DO ROSÁRIO) E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TAICÊ TEIXEIRA ACATAUASSÚ NUNES E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.622

(276)

ORIGEM : PROC - 200871510023839 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : VERA LUCIA RODRIGUES DA COSTAADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 259

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.813 (277)ORIGEM : RESP - 996593 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PPROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : FELICIANA DORNELLES MACHADOADV.(A/S) : PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVES

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.873

(278)

ORIGEM : PROC - 200838007112493 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MAURICIO DA MOTA SOBRINHOADV.(A/S) : ANDREW LIMA CRUZ E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 277

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.177 (279)ORIGEM : AC - 3676393 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : BRADESCO SEGUROS S/AADV.(A/S) : MARCELO LOPES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE CULTURA - APCADV.(A/S) : ERALDO LUIZ KÜSTER

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 818.751 (280)ORIGEM : RR - 265200401604003 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : CARLOS ALBERTOS CHAGAS XAVIERADV.(A/S) : RAFAELA POSSERA RODRIGUESEMBDO.(A/S) : RIO GRANDE ENERGIA S/A - RGEADV.(A/S) : LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA

Decisão: Idêntica à de nº 279

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 262.643

(281)

ORIGEM : AC - 1022813 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : VIAÇÃO PARAENSE LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO ARAÚJO PINHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 279

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.127

(282)

ORIGEM : AC - 20010131803 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 25

RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : JORGE ANTONIO MIGLIAVACCAADV.(A/S) : ARCIDES DE DAVIDEMBDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAEMBDO.(A/S) : ILVANIO LOSS PORTOADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE BLASI

Decisão: Idêntica à de nº 279

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 581.988 (283)ORIGEM : AC - 10024031115991001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : FERNANDO TOFFALINIADV.(A/S) : HUGO HELLENBERG SCALDAFERRI ZIEGLEREMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.831 (284)ORIGEM : PROC - 200105000471842 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ANTONIO SALVINO BARBOSA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO VALDEVINO CORREIAEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 283

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.277 (285)ORIGEM : AC - 00404953620074047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : JOÃO ANTÔNIO DA SILVA ROSAADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO TEIXEIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS

DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE - UFCSPAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 283

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. LUIZ FUX

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.187 (286)ORIGEM : AC - 2682504000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTOS

SUDAMERIS S/A (ATUAL DENOMINAÇÃO DE BANCO AMÉRICA DO SUL S/A)

ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE JUVICOL PRODUTOS DE

PETRÓLEO LTDAADV.(A/S) : RICARDO SIQUEIRA SALLES DOS SANTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.244 (287)ORIGEM : AC - 200338000305932 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CONCESSO MARCELINO DE SOUZAADV.(A/S) : REGINALDO LUIS FERREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.942 (288)ORIGEM : AC - 1284120 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : IZAURA PEREIRA EPIFANIOADV.(A/S) : PATRICIA CARLA DA COSTA LIRA BRAGA DE MORAIS

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.937 (289)ORIGEM : MS - 200900401154 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DO

MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - PREVI RIOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ALESSANDRA DE CASSIA MAIA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DANIELLE GOMES ALVES E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.840 (290)ORIGEM : AI - 73773805 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHOAGDO.(A/S) : PRISCILA DOMINGAS ROMÃO

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.585 (291)ORIGEM : PROC - 200804000110965 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO MUELLER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.538 (292)ORIGEM : RMS - 200181000162371 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : EUDE CARVALHO DE LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GLAYDDES MARIA SINDEAUX ESMERALDOAGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS

SECAS - DNOCSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 693.714 (293)ORIGEM : ADI - 00439239620118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO CARLOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

CARLOSAGDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSADV.(A/S) : JOAO LEMBO

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.611 (294)ORIGEM : AI - 90456129020098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : LUPERCIO MUSSI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 26

ADV.(A/S) : MARIA MADALENA WAGNER E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MYRNA SAGUIR MUSSI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUPÉRCIO MUSSIINTDO.(A/S) : IDA LUTIFI SAGUIR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.887 (295)ORIGEM : PROC - 00320080005691001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : MANUEL JUVINO DA SILVAADV.(A/S) : EDSON BATISTA DE SOUZA

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.104

(296)

ORIGEM : PROC - 3762001 - JUIZ FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : FRANCISCO IANNUZZIADV.(A/S) : AGENOR LUZ MOREIRA E OUTRO(A/S)ADV. : FERNANDO CARLOS LUZ MOREIRAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.413

(297)

ORIGEM : PROC - 13056 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE PAULO ROBERTO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARISA DE ARAÚJO ALMEIDA

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.696

(298)

ORIGEM : PROC - 00217266720118130079 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOELMA DA CONCEIÇÃO BAIÃO RIBASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.623

(299)

ORIGEM : AC - 991000544880 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : MARIA AZINETE TEIXEIRA REALADV.(A/S) : NELSON ROBERTO MARCANTONIO VINHA

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.588

(300)

ORIGEM : AIRR - 1846020105080000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO

RURAL DO ESTADO DO PARÁ - EMATER

ADV.(A/S) : JOÃO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : MARIA NAZILDA ALBUQUERQUE PINHEIRO DE NAZARÉ

ADV.(A/S) : ANTONIO FERREIRA DE CARVALHO

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.008

(301)

ORIGEM : PROC - 00069585720118260053 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : RICARDO SERENO FERNANDESADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 286

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.545

(302)

ORIGEM : AC - 10024110043304001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : DÊNIO DE MOURA PIRESADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS

Decisão: Idêntica à de nº 286

Processos com Decisões Idênticas:RELATORA: MIN. ROSA WEBER

AG.REG. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.849

(303)

ORIGEM : AMS - 96030678015 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : SANTA MARTA ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS SOARES ANTUNES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma deu provimento ao agravo regimental para determinar a reautuação do feito como recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 382.795 (304)ORIGEM : AMS - 200104010632686 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MB MOLDURAS DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO

LTDAADV.(A/S) : JUAREZ BITTENCOURT JUNIOR

Decisão: Idêntica à de nº 303

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.456 (305)ORIGEM : AC - 70016779282 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA -

UBEAADV.(A/S) : FABIO BRUN GOLDSCHMIDT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 303

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.858 (306)ORIGEM : AI - 200904000020804 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 27

PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOÃO LIBERATO NILSONADV.(A/S) : GIOVANNI GOSENHEIMER E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.867 (307)ORIGEM : AI - 200904000020816 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : GERALDO GOLOADV.(A/S) : GIOVANNI GOSENHEIMER E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 306

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.824 (308)ORIGEM : PROC - 01172007 - JUIZ DO TRABALHO DA 1º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ANTÔNIO ROMEU FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÍNTIA ROBERTA DA CUNHA FERNANDESAGDO.(A/S) : COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : GUILHERME VILELA DE PAULA

Decisão: Idêntica à de nº 306

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.910 (309)ORIGEM : AMS - 2001000128731 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : WILKSON SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : ANTÔNIO DELANO SOARES CRUZ

Decisão: Idêntica à de nº 306

Brasília, 11 de setembro de 2012.Carmen Lilian Oliveira de Souza

Secretária da Primeira Turma

ACÓRDÃOS

Centésima Trigésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 537.624 (310)ORIGEM : AC - 3461464 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ANNA GONÇALVES ALVARENGAADV.(A/S) : VILMA MALAGORI LEÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – PROVENTOS E PENSÕES – COBRANÇA – AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL. Somente com a Emenda Constitucional nº 41/2003 veio a ser autorizada a cobrança da contribuição social de inativos e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios – artigo 4º.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.359 (311)ORIGEM : AI - 5860845500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : JOSÉ COSTA TEIXEIRA DE FREITAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO CARLOS AMARAL DIODATTI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAAgravo regimental no agravo de instrumento. Repercussão geral.

Remessa dos autos ao Tribunal de origem para aplicação do art. 543-B do CPC. Prejuízo. Não ocorrência.

1. Não obstante o RE nº 568.647/RS ter sido julgado prejudicado por perda do objeto, é certo que houve sua substituição pelo RE nº 614.819/DF, para fins de julgamento da matéria, à luz do instituto da repercussão geral.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.318 (312)ORIGEM : AC - 7234365000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : CRISPINIANO PEREIRAADV.(A/S) : FRANCISCO CALMON DE BRITTO FREIRE E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PROVENTOS E PENSÕES - COBRANÇA - AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL. Somente com a Emenda Constitucional nº 41/2003 - artigo 4º -, veio a ser autorizada a cobrança da contribuição social de inativos e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.870 (313)ORIGEM : AC - 6066515700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EDMOND LAGNADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO LEITE DE BARROS ZANIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PRCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.300 (314)ORIGEM : AC - 200282000025982 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DA PARAÍBA - SINPEF/PBADV.(A/S) : CARMEM RACHEL DANTAS MAYER

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 28

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.339 (315)ORIGEM : AC - 3748945 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FEDERAÇÃO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DO

ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : CARLOS BUCKAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARATUBAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GRARATUBA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAAgravo regimental no agravo de instrumento. Tributário. IPTU.

Imunidade. Finalidade do imóvel. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.

1. A Corte de origem, com fundamento nos fatos e nas provas dos autos, concluiu não ser possível conceder a imunidade tributária pleiteada pela ora agravante.

2. Não se presta o recurso extraordinário ao reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência da Súmula nº 279/STF.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.879 (316)ORIGEM : AI - 753446 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOSÉ EMIDIO SAMPAIOAGTE.(S) : CONSTANTINO ELIAS COLEMAGTE.(S) : MAURO DE PAULO RIBEIROAGTE.(S) : ASSIS LOURENÇOAGTE.(S) : RUBENS DE FIGUEIREDOADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – ADEQUAÇÃO. Quando em questão controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Tribunal diverso, a via excepcional do recurso extraordinário apenas é aberta se no acórdão prolatado constar premissa contrária à Constituição Federal.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.434 (317)ORIGEM : AC - 20050326992 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EVANILDE CLAUDINOADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.918 (318)ORIGEM : AIRR - 681200412117409 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FIBRIA CELULOSE S/A (ATUAL DENOMINAÇÃO DE

ARACRUZ CELULOSE S/A)

ADV.(A/S) : JOSE ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GEUCILENE MELLO DE ALMEIDAADV.(A/S) : SÉRGIO VIEIRA CERQUEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 21.8.2012.

EMENTAAgravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de

prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípio da legalidade. Ofensa reflexa. Danos morais. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Pressupostos recursais. Ausência de repercussão geral. Precedentes.

1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada.

2. A afronta ao princípio da legalidade, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. Súmula nº 636 desta Corte.

3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF.

4. O Plenário desta Corte, no exame do RE nº 598.365/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros tribunais, dado o caráter infraconstitucional do tema.

5. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.248 (319)ORIGEM : PROC - 200672990006277 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARIA BUSARELOADV.(A/S) : ALEXANDRE ROBERTO FIAMONCINI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAAgravo regimental no agravo de instrumento. Previdenciário.

Restituição de valores indevidamente recebidos por beneficiários de boa-fé. Ausência de repercussão geral da matéria. Questão adstrita ao âmbito infraconstitucional. Precedentes.

1. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do AI nº 841.473/RS, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral do tema relativo à restituição dos valores recebidos indevidamente por beneficiários de boa-fé, dado o caráter infraconstitucional da matéria.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.596 (320)ORIGEM : PROC - 023080443403 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : MARTA ROSANE NOS CASSELADV.(A/S) : JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAM

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 (321)ORIGEM : MS - 96024590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : NISE MAGALHÃES GUIMARÃESADV.(A/S) : JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 29

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Pensionista de

servidor público. Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95. Redução dos proventos. Impossibilidade. Precedentes.

1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95 não poderia ter sido utilizada como fundamento para a redução dos proventos de pensionistas do Estado.

2. Controvérsia que deve ser dirimida segundo a redação da Constituição Federal então em vigor.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 408.841 (322)ORIGEM : EIAC - 199803103803 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CARLOS DE AGUIAR REGADAS JÚNIORADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.236 (323)ORIGEM : MS - 585362 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : ANTONIO PEDRO LUCASADV.(A/S) : GERMÂNIA DE MELO FERREIRA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO - CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.266 (324)ORIGEM : AC - 70018845511 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALINSUL COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDAADV.(A/S) : NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O

recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.664 (325)ORIGEM : RMS - 31081 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : WALMIR DOS REISADV.(A/S) : CLAUDIO SILVA DE ANDRADEAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : FELIPE DEIAB

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO.

1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral).

2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. APOSENTADORIA. ATO COMPLEXO. CONFIRMAÇÃO PELO TRIBUNAL DE CONTAS. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA QUE SE CONTA A PARTIR DESSE ÚLTIMO ATO. NÃO CONFIGURAÇÃO NA HIPÓTESE. PRECEDENTES. 1. É firme nesta Casa o entendimento de que a aposentadoria do servidor público, por se tratar de ato administrativo complexo, só se perfaz com a sua confirmação pelo respectivo tribunal de contas. Desse modo, apenas a partir dessa homologação pela corte de contas é que se conta o prazo decadencial para a Administração rever a concessão do benefício. 2. Agravo regimental improvido.”

4. Agravo Regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 (326)ORIGEM : AC - 20080110720422 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 30

ADV.(A/S) : TATIANA FREIRE ALVES

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - INVALIDEZ PERMANENTE - PROVENTOS INTEGRAIS – DOENÇA GRAVE - ART. 186, § 1º, DA LEI Nº 8.112/90 - HONORÁRIOS – FAZENDA PÚBLICA - RAZOABILIDADE - ART. 20, § 4º DO CPC – REDUÇÃO. 1. A Lei n° 10.887/2004, tratando sobre a aplicabilidade de dispositivos da EC 41/2003, nada dispôs sobre a aposentadoria por invalidez. Logo, incide na espécie a Lei n° 8.112/90, cujo diploma prevê a integralidade de proventos em caso de doença grave listada no § 1º do art. 186. 2. ‘Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior.’ (art. 20, § 4º, do CPC). 3. Recurso voluntário e remessa oficial conhecidos e providos parcialmente. Unânime.”

7. Agravo Regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.638 (327)ORIGEM : AC - 20080110939696 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : ORLANDO CHAVES DA COSTAADV.(A/S) : MANOEL WALTER VERAS ALVES FILHO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

6. In casu, o acórdão recorrido assentou: "ADMINISTRATIVO. SERVIDOR APOSENTADO POR INVALIDEZ. DOENÇA INCAPACITANTE. ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 41/2003. REDUÇÃO DE PROVENTOS. NULIDADE. Os proventos devem ser calculados de acordo

com a legislação de regência vigente no momento em que o servidor passou a reunir os requisitos necessários para a aposentadoria por invalidez."

7. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.010 (328)ORIGEM : AC - 20080755714 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : LUCIA ODELI PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS MARCHIORI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ADMISSIBILIDADE. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o recorrente demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral).

2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 (329)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDAADV.(A/S) : CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGELAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MARINGÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOCIEDADE EMPRESARIAL. ALÍQUOTAS FIXAS. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. DECRETO-LEI Nº 406/69. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração.

4. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 31

5. A controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93.

6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

8. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.”

9. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 656.473 (330)ORIGEM : RESP - 1182896 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : AÇUCAREIRA CORONA S/AADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SETOR SUCROALCOOLEIRO. LEI N. 4.870/65. FIXAÇÃO DE PREÇOS. INDENIZAÇÃO. VERIFICAÇÃO DO NEXO CAUSAL. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.

1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11.

2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário .

3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. FIXAÇÃO DE PREÇOS DOS PRODUTOS SUCRO-ALCOOLEIROS EM PARÂMETROS INFERIORES AOS DITAMES LEGAIS. DANO COMPROVADO POR PROVA PERICIAL IDÔNEA. EXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL. RESPONSABILIDADE CIVIL E OBJETIVA DO ESTADO, SEM PREJUÍZO DA POSSÍVEL AÇÃO DE REGRESSO CONTRA OS AGENTES PÚBLICOS RESPONSÁVEIS PELOS DANOS CAUSADOS A TERCEIROS. I – Se a União Federal, através do Instituto do Açúcar e do Álcool, fixou os preços dos produtos do setor sucro-alcooleiro em níveis inferiores aos custos de produção levantados pela Fundação Getúlio Vargas, praticou ato ilícito e ilegal, contrariando as disposições da Lei nº 4.870/65 e, por isso, deve responder pelos danos causados aos particulares, sem prejuízo da competente ação de regresso contra os agentes públicos responsáveis, conforme dispõe o art. 37, § 6º, da Constituição Federal e, nos limites da prova pericial constante dos autos. II – Na hipótese em exame, a pretensão da autora visa o integral cumprimento das disposições dos arts. 9º e 10º da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965 e 37, § 6º, da Constituição Federal, que restaram violados pelos agentes públicos da União promovida, buscando, no caso, a indenização justa e devida. III – Apelação e Remessa oficial desprovidas.”

5. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 672.648 (331)ORIGEM : EDAIRR - 158402719965020061 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JORGE SANTOS FREITAS

ADV.(A/S) : TARCISIO FONSECA DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. SUCESSÃO DA EXTINTA REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S/A PELA UNIÃO. MOMENTO DE APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/1997. Alegada contrariedade ao princípio da legalidade. Controvérsia decidida com base em norma infraconstitucional. Súmula n. 636 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.577

(332)

ORIGEM : MS - 20080740438 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : CELITO CORDIOLIADV.(A/S) : ALÍPIO JOSÉ MATTJE E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877

(333)

ORIGEM : RR - 558006620075240004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : SOUZA CRUZ S/AADV.(A/S) : ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS

VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL

ADV.(A/S) : ELIANE RITA POTRICH

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Trabalhista. Acordo ou convenção coletiva. Inserção de cláusula. Férias. Fracionamento. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes.

1. O Tribunal Superior do Trabalho concluiu, com base na Consolidação das Leis do Trabalho, pela impossibilidade de inserção de cláusula em acordo ou convenção coletiva que preveja o fracionamento das férias do obreiro fora das exceções legais.

2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.529

(334)

ORIGEM : AR - 20090249953000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ADALTON APARECIDO MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRIO SÉRGIO ROSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 32

GROSSO DO SULINTDO.(A/S) : APARECIDO DOMINGOS MARTINSADV.(A/S) : GISELLE AMARAL ROSA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.197

(335)

ORIGEM : AC - 2826771720068090051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : RODANEY FERREIRA GANDRA JUNIOR E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEVISÃO GOYÁ LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LYANA ROMERO SANT'ANNA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Civil.

Indenização. Dano moral. Divulgação de matéria jornalística. Ato ilícito. Demonstração. Não ocorrência. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.

1. O Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que os agravados não abusaram do direito de expressão ao veicular, em programa de televisão, notícia envolvendo os agravantes, sendo certo que, se eles sofreram algum constrangimento, esse não se deveu à conduta dos agravados, razão pela qual não teria ficado demonstrado, nos autos, ato ilícito apto a ensejar reparação.

2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.507

(336)

ORIGEM : AIRR - 898007120095150134 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : M R H KADV.(A/S) : FABRICIO COUTINHO PETRA DE BARROS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : A B DA SADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : C DO B LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PRODUÇÃO DE PROVAS. Alegada contrariedade aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Necessidade de análise de matéria infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. Precedentes. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.057

(337)

ORIGEM : MS - 16721 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : PEDRO FERNANDES SILVAADV.(A/S) : JOSE LAVINAS DA ROCHA FILHOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, por motivo de viagem oficial em representação à esta Suprema Corte, o Senhor Ministro Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 15.5.2012.

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – ASSESSORAMENTO JURÍDICO – EXECUTIVO. Consoante dispõe o artigo 131 da Constituição Federal, a Advocacia-Geral da União exerce a assessoria jurídica ao Poder Executivo.

ANISTIA – REVISÃO. Portaria geral concernente à revisão de anistias não gera, por si só, o direito de anistiado à impugnação – considerações.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 538.186 (338)ORIGEM : PROC - 20047000084579 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : BARCAS S/A TRANSPORTES MARÍTIMOSADV.(A/S) : MARCUS FONTES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : DEJANE DUARTE MICELIADV.(A/S) : SUELI DE SOUZA COUTINHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.730 (339)ORIGEM : RESP - 343719 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ARA MARIA DE PAULA LISBOA DA COSTA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ALESSANDRO ROSTAGNOEMBDO.(A/S) : VALKÍRIA RODRIGUES DE PAULAADV.(A/S) : SAUL PEREIRA DE SOUZA

Decisão: A Turma acolheu os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ESCLARECIMENTOS. Surgindo do contexto a necessidade de prestar esclarecimentos, os embargos de declaração devem ser providos, sem que isso implique eficácia modificativa.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.894 (340)ORIGEM : AC - 70025814773 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULEMBDO.(A/S) : IBI PARTICIPAÇÕES E NEGÓCIOS LTDAADV.(A/S) : LUIZ BASILIO FAGUNDES NEVES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RAZÕES DO AGRAVO REGIMENTAL. JUNTADA POSTERIOR. INADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES ENSEJADORAS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 535, I E II, DO CPC. INOCORRÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. REJEIÇÃO.

1. É dever processual da parte zelar pela correta formação do instrumento, não sendo possível a juntada posterior de cópia, ante a ocorrência da preclusão consumativa.

2. O inconformismo, que tem como real escopo a pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar, porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.

3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos. Precedentes.

4. Embargos de declaração REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.714 (341)ORIGEM : AC - 5517104 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ANA MARIA FRANCISCO DOS SANTOS TANNUSADV.(A/S) : MANOEL CARLOS FRANCISCO DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)EMBTE.(S) : ANA PAULA ALVARENGA MARTINSADV.(A/S) : FABIO ROBERTO BARROS MELLO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 33

EMBDO.(A/S) : ANA MARIA FRANCISCO DOS SANTOS TANNUSADV.(A/S) : MANOEL CARLOS FRANCISCO DOS SANTOS

TANNUSEMBDO.(A/S) : JOSÉ JORGE TANNUS JUNIORADV.(A/S) : ANA MARIA FRANCISCO DOS SANTOS TANNUSEMBDO.(A/S) : ANA PAULA ALVARENGA MARTINSADV.(A/S) : FABIO ROBERTO BARROS MELLO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.485 (342)ORIGEM : AC - 20080110683950 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALEMBDO.(A/S) : ANA LÚCIA FIGUEIRÓADV.(A/S) : BRENO PESSOA CARDOSO BORGES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 101.136 (343)ORIGEM : HC - 129192 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : EDUARDO BANKS DOS SANTOS PINHEIROADV.(A/S) : GERALDO GUIMARÃES SIASEMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 21.8.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. CONTROVÉRSIA RELACIONADA COM O IMPEDIMENTO DE ACESSO ÀS DEPENDÊNCIAS DE ENTIDADE PÚBLICA. SUPOSTA ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER. NATUREZA CÍVEL DA CONTROVÉRSIA. AUSÊNCIA DE AMEAÇA OU COAÇÃO A DIREITO DE LOCOMOÇÃO. INADEQUAÇÃO DA VIA DO WRIT. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. EMBARGOS DECLARAÇÃO. OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. EMBARGOS REJEITADOS.

1. O habeas corpus tem como escopo a proteção da liberdade de locomoção e seu cabimento tem parâmetros constitucionalmente estabelecidos, justificando-se a impetração sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de ir e vir, por ilegalidade ou abuso de poder, sendo inadequada o writ quando utilizado com a finalidade de proteger outros direitos. Precedente: HC(AgR) nº 82.880/SP, Tribunal Pleno, DJ de 16.05.2003.

2. In casu, a) a análise dos documentos que acompanham a impetração revela que o Interventor e Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no exercício do poder de polícia administrativa, ressaltando que a conduta em sentido contrário à determinação constituiria infração ao artigo 330 do Código Penal – crime de desobediência -, vedou o acesso do paciente às dependências da Faculdade de Direito/UFRJ em razão do tumulto estabelecido no âmbito da Universidade, quando estudantes e professores desejavam assumir a administração da entidade pública; b) acaso o ato praticado pela referida autoridade administrativa esteja eivado de ilegalidade ou abuso de poder, o interessado deverá valer-se de outras medidas judiciais protetivas de direito – verbi gratia, mandado de de segurança, medida cautelar, iter alia -, sendo inadmissível a via do habeas corpus, que tem parâmetros e hipóteses de cabimento constitucionalmente estabelecidos.

3. Embargos de declaração. Alegação de vício no acórdão proferido no agravo regimental, que não teria apreciado a controvérsia à luz do princípio do devido processo legal, como assentado no voto dissidente. In specie, a pretexto de sanar omissão do julgado, o embargante pretende fazer prevalecer os fundamentos do voto divergente, quando ficou evidenciada no

acórdão, à luz do princípio do devido processo legal, a inadequação da via do habeas corpus para a solução da controvérsia relacionada à existência de abuso de poder ou ilegalidade no exercício do poder de polícia pela autoridade administrativa – in casu, supostamente praticado pelo interventor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

4. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 388.658

(344)

ORIGEM : ERR - 523438980 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : GILSON GANGANAADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO DALLAPICCOLA SAMPAIOADV.(A/S) : SEDNO ALEXANDRE PELISSARIEMBDO.(A/S) : ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL S/AADV.(A/S) : RICARDO ADOLPHO BORGES DE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JR

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.607

(345)

ORIGEM : AMS - 200438000346678 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1A. REGIAO - DF

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DE ITAÚNA LTDA

- CREDIUNAADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAEmbargos de declaração em agravo regimental. Questões

afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade. Precedentes.

1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto, quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.

2. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.589

(346)

ORIGEM : AMS - 200061000496572 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3º REGIÃO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : ALEIXO PEREIRA ADVOGADOSADV.(A/S) : ROGÉRIO ALEIXO PEREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. REJEIÇÃO.

1. O inconformismo, que tem como real escopo a pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar, porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.

2. O magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.

3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos. Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8.9.2011; e RE n. 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 34

Turma, DJe de 9.9.2011.4. A existência de precedente firmado pelo Pleno desta Corte autoriza

o julgamento imediato de causas que versem sobre a mesma matéria, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do paradigma. (Precedentes: RE n. 408.167-AgR, 2ª Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 04.03.05, entre outros)

5. In casu, a decisão recorrida assentou: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. SOCIEDADE CIVIL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROFISSÃO LEGALMENTE REGULAMENTADA. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O FATURAMENTO - COFINS. ISENÇÃO. ARTIGO 6º, II, DA LEI COMPLEMENTAR N. 70/91. REVOGAÇÃO. ART. 56 DA LEI 9.430/96. CONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO DE EFEITOS. IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE. 1. A constitucionalidade do artigo 56 da Lei n. 9.430/96, que revogou a isenção da COFINS concedida às sociedades civis prestadoras de serviços profissionais pelo art. 6º, II, da Lei Complementar n. 70/91, foi reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento dos REs ns. 377.457 e 381.864, ambos da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes. Na oportunidade, rejeitou-se pedido de modulação de efeitos da decisão e permitiu-se a aplicação do artigo 543-B do CPC. A ementa dos referidos julgados restou consignada nos seguintes termos, verbis: “EMENTA: Contribuição social sobre o faturamento - COFINS (CF, art. 195, I). 2. Revogação pelo art. 56 da Lei 9.430/96 da isenção concedida às sociedades civis de profissão regulamentada pelo art. 6º, II, da Lei Complementar 70/91. Legitimidade. 3. Inexistência de relação hierárquica entre lei ordinária e lei complementar. Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição material entre as espécies legais. Precedentes. 4. A LC 70/91 é apenas formalmente complementar, mas materialmente ordinária, com relação aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC 1, Rel. Moreira Alves, RTJ 156/721. 5. Recurso extraordinário conhecido mas negado provimento.” 2. Ainda nesse sentido, os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte: AI n. 551.597-AgR-terceiro, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe de 19.12.11; RE n. 583.870-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, 2ª Turma, DJe de 01.06.11; RE n. 486.094-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 22.11.10; RE n. 511.916-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 09.10.09; RE n. 402.098-AgR-ED-ED, Relator o Ministro Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe de 30.04.09; RE n. 515.890 - AgR, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 06.02.09; RE n. 558.017-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 24.04.09; RE n. 456.182-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 05.12.08, entre outros. 3. As decisões tomadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal não possuem, por si, eficácia geral e vinculante, no entanto, formam orientação jurisprudencial dominante, pois são prolatadas pela expressão maior do princípio da colegialidade do órgão que ocupa a posição central no sistema jurisdicional. Vale dizer, as decisões proferidas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, em controle difuso de constitucionalidade, têm densidade normativa suficiente para autorizar o julgamento monocrático, nos termos do art. 557 do Código de Processo Civil (cf., em reforço, o art. 101 do RISTF)” (RE n. 518.672-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 19.06.09). 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. SOCIEDADE CIVIL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS. COFINS. ISENÇÃO. ART. 6º, II. L. C. 70/91. REVOGAÇÃO. ART. 56, LEI 9.430/96. LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA DE HIERAQUIA ENTRE LEI COMPLEMENTAR E ORDINÁRIA. PRECEDENTES. STF. 1. Dispensável a lei complementar para veicular a instituição de Cofins conforme assentado na ADC nº 1/DF, Rel. Min. Moreira Alves, j. 01/12/93). 2. A isenção conferida pelo art. 6º da LC 70/91 pode, validamente, ser revogada, como o foi, pelo art. 56 da Lei 9.430/96, independentemente de ofensa aos princípios constitucionais, vez que ausente hierarquia entre lei complementar e lei ordinária, atuando, tais espécies normativas em âmbitos diversos. Precedentes. 3. Apelo improvido.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

6 . Embargos de declaração REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.846

(347)

ORIGEM : AIRR - 2454003620005070001 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : LUIS CARLOS AIRES BARREIRA NANAN E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EMERSON MAIA DAMASCENO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples

rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.466 (348)ORIGEM : AC - 10024056972052001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIROADV.(A/S) : LUCAS DE MORAIS GUALTIERI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : TATIANA GONTIJO MACHADOADV.(A/S) : MÁRLIA FERREIRA BICALHOADV.(A/S) : VICENTE DE PAULA MENDES

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 21.8.2012.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão

em agravo regimental. Ofensa aos princípios da reserva de Plenário e da legalidade. Não ocorrência na espécie. Precedentes.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, conforme pacífica orientação desta Corte.

2. Não há violação da norma do art. 97 da Constituição Federal quando o Tribunal de origem não declara, expressamente, a inconstitucionalidade de lei ou afasta sua aplicabilidade. Precedentes.

3. A violação do princípio da legalidade, quando depende, para sua verificação, da análise de normas infraconstitucionais utilizadas na fundamentação da decisão recorrida, é meramente reflexa, o que torna inadmissível o apelo extremo.

4. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.230 (349)ORIGEM : APMS - 200771000308972 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : INDUSTRIA DE PRODUTOS QUIMICOS BARRACAO

LTDA EPPADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DELLAGIUSTINAEMBDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALEMBDO.(A/S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : ALINE LEAL FONTANELLA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão

dos embargos declaratórios em agravo regimental. Demanda de potência e de ultrapassagem. Prequestionamento. Ausência. Legislação infraconstitucional. Reexame. Precedentes.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.2. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos

constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.

3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF.

4. Agravo regimental não provido.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 342.388

(350)

ORIGEM : AMS - 96030412635 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : UNIÃOADV. : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : PREVIBOSCH SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA

PRIVADAADV.(A/S) : DALTON CESAR CORDEIRO DE MIRANDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TULIO FREITAS DO EGITO COELHO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 35

Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.EMENTASegundos embargos de declaração em agravo regimental em

agravo de instrumento. Inexistência dos apontados vícios ensejadores de sua interposição.

1. No julgamento do recurso, as questões postas pelas partes foram enfrentadas adequadamente. Inexistência, portanto, de quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.

2. Matéria exaustivamente analisada pela Turma, cujo julgamento bem reflete a posição assentada desta Corte sobre o tema.

3. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.270

(351)

ORIGEM : ROAR - 1593200300001007 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : EDMILSON SILVA DE SOUZA

Decisão: A Turma não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ACÓRDÃO PROFERIDO POR FORÇA DE IDÊNTICO RECURSO – ADEQUAÇÃO. Os sucessivos embargos de declaração somente são adequados quando o vício haja surgido pela primeira vez no julgamento dos anteriores.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.414

(352)

ORIGEM : PROC - 200870610023318 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ELSA PINHEIRO MIOLAADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : BEATRIZ FONSECA DONATO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.8.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

HABEAS CORPUS 98.162 (353)ORIGEM : HC - 25413 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANDRÉ LUIZ DOS SANTOSIMPTE.(S) : TÂNIA CRISTINA OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : DPE-SP - DANIELA SOLLBERGER CEMBRANELLICOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.3.2012.

EMENTA: HABEAS CORPUS. ROUBO CONSUMADO X FURTO TENTADO. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA A MODALIDADE TENTADA. AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS DENEGADO.

1. Não se comprova a presença de constrangimento ilegal a ferir direito do Paciente nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concessão da presente ordem de habeas corpus.

2. É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que, para a consumação do crime de roubo, basta a verificação de que, cessada a clandestinidade ou a violência, o agente tenha tido a posse do objeto do delito, ainda que retomado, em seguida, pela perseguição imediata

3. Habeas corpus denegado.

HABEAS CORPUS 112.601 (354)ORIGEM : RESP - 1275078 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JESSICA CAROLINE NASCIMENTO BARCAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO RECURSO ESPECIAL Nº 1.275.078 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.

EMENTAHabeas corpus. Execução penal. Cometimento da falta grave.

Posse de chip de aparelho celular dentro do presídio. Falta cometida sob a égide da Lei nº 11.466/07. Ordem denegada.

1. A introdução de chip de telefone celular em estabelecimento penal constitui causa configuradora de falta grave pelo apenado.

2. A decisão hostilizada está em sintonia com o entendimento deste Supremo Tribunal, preconizado no sentido de que “o disposto no inciso VII do artigo 50 da Lei de Execução Penal alcança a introdução de chips de telefone celular em penitenciária” (HC nº 99.896/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 1º/2/11).

3. Ordem denegada.

Brasília, 18 de setembro de 2012.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 21ª (vigésima primeira) Sessão Ordinária da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, realizada em 11 de setembro de 2012.

Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.Secretária, Dra. Fabiane Duarte.Abriu-se a sessão às catorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior.ABERTURAO SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (PRESIDENTE)

- Antes de iniciar a sessão propriamente dita, eu gostaria de dar as boas-vindas à Ministra Cármen Lúcia, que acaba de nos honrar com a sua transferência para esta Segunda Turma.

Esta Segunda Turma, com toda a certeza, terá muito a ganhar com a presença de Sua Excelência, pela experiência que tem, pela sensibilidade que demonstra em seus julgamentos, e não apenas isso, pela experiência que tem também na administração da Turma de um grande Tribunal, que comanda com mãos firmes e com bastante competência, que é o Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, nós só temos a ganhar com sua presença.

Seja muito bem-vinda, Ministra Cármen Lúcia, e boa sorte.A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Muito obrigada, Senhor

Presidente.Eu que me sinto muito honrada de integrar esta Segunda Turma com

Vossa Excelência.O SENHOR SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA PAULO

DA ROCHA CAMPOS - Eu também gostaria, pelo Ministério Público, de me associar a essa manifestação de boas-vindas e desejar que Vossa Excelência tenha profícua passagem aqui, como certamente terá.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Muito obrigada.Eu agradeço muito, Senhor Presidente, e tentarei fazer o possível

para honrar a história desta Segunda Turma.O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (PRESIDENTE)

- Pois não. Muito obrigado.

JULGAMENTOS

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.853

(355)

ORIGEM : RMS - 24153 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : OLGA ELENA WEISCHTORDTADV.(A/S) : OLGA ELENA WEISCHTORDTAGDO.(A/S) : HERMANN DIETER WAGNER E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 36

ADV.(A/S) : VICTÓRIA CLAIRE WEISCHTORDT E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental e determinou a baixa imediata dos autos, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 113.537 (356)ORIGEM : AResp - 61361 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : EDSON ANTONIO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : NASCIMENTO ALVES PAULINOAGDO.(A/S) : RELATOR DO ARESP 61361 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.017 (357)ORIGEM :PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : GABRIELLE MARTINS SILVA MAUESADV.(A/S) : ALFREDO DE NAZARETH MELO SANTANAADV.(A/S) : GABRIELLE MARTINS SILVA MAUESINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO PORTO DE OLIVEIRA E SILVAAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 244.471 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Após o voto do Ministro Relator, que negava provimento ao agravo regimental, o julgamento foi suspenso em virtude de pedido de vista formulado pelo Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.732 (358)ORIGEM : HC - 246871 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOSE FERNANDO ALVES JUSTINOADV.(A/S) : MARCO AURELIO COSTA DOS SANTOSAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC N.º 246.871 - SP DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.638

(359)

ORIGEM : RESP - 200702709929 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : DORALIZ VIEGAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.525

(360)

ORIGEM : PROC - 00027831820078190065 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ZULEIKA DE VASCONCELLOS CALVETADV.(A/S) : MURILLO CÉSAR BRANDÃO GUELPELIEMBDO.(A/S) : VICTOR VINICIUS WERMELINGER BARANDIERADV.(A/S) : SIMONE DE SOUZA CORTEZ GODFROY

Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 663.162

(361)

ORIGEM : PROC - 06368891720088260100 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : SANTÍSSIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

VESTUÁRIO LTDAADV.(A/S) : LUCIANA GALVÃO VIEIRA DE SOUZA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ADRIANA R BORGES - ME

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração e aplicou multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

EXTRADIÇÃO 1.250 (362)ORIGEM : EXT - 1250 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA ARGENTINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : GOVERNO DA ARGENTINAEXTDO.(A/S) : BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMICADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO

Decisão: A Turma, por unanimidade, deferiu a extradição, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 109.744 (363)ORIGEM : HC - 199742 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ALEMAR JOSÉ DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 111.528 (364)ORIGEM : HC - 170754 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : LUCIANO ESTEVAM JORDÃOIMPTE.(S) : SILVANA DE ALMEIDA BALDUINO LACERDACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 111.670 (365)ORIGEM : HC - 200355 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : OTTO ALEXANDRE VICIANA GROSSIMPTE.(S) : FAHD DIB JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Após o voto da Ministra Relatora, que não conhecia do habeas corpus, o julgamento foi suspenso em virtude de pedido de vista formulado pelo Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 111.775 (366)ORIGEM :PROCED. : RORAIMARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ROSIANE GOMES DE ALBUQUERQUEIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.007 (367)ORIGEM : PROC - 673720087010301 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : KALLEY KENNEDY OLIVEIRA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 37

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem de habeas corpus, a fim de que seja reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.092 (368)ORIGEM : HC - 207987 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : BRAULINO MIRANDA COUTO NETOIMPTE.(S) : VINÍCIUS LÊDO SOUZA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.185 (369)ORIGEM : HC - 198360 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : C. J. DE S.IMPTE.(S) : ANTONIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.339 (370)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : RICARDO ALEXANDRE ALVES DE ALMEIDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.516 (371)ORIGEM :PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VITOR OLIVEIRA MOREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem em parte, para garantir à defesa o direito de apresentar razões escritas e sustentar oralmente seus argumentos por ocasião do julgamento da Correição Parcial 102-89.2011.7.01.0301/RJ do Superior Tribunal Militar, proposta em desfavor do paciente, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.652 (372)ORIGEM : RVC - 1398 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ALEXANDRE MAGNO RAMOSIMPTE.(S) : ALEXANDRE MAGNO RAMOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : MINISTRA RELATORA DO RESP 1.094.828/SP DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu, em parte, da impetração e, na parte conhecida, denegou a ordem. Concedeu, porém, a ordem, de ofício, para determinar ao juízo de execuções criminais que avalie se o impetrante/paciente reúne os requisitos necessários, previstos no art. 44 do Código Penal, para a substituição da reprimenda corporal por pena restritiva de direitos, na linha do que já decidiu esta Corte em diversos julgados, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.736 (373)ORIGEM : RESP - 1234078 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ANDERSON LUIS DA SILVEIRAIMPTE.(S) : SIMONE SCHROEDER E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO RESP Nº 1.234.078 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem para determinar ao juízo da execução que proceda à pretendida substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 112.772 (374)ORIGEM : RESP - 1238507 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : FRANCISCO INÁCIO SIRINOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1238507 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por maioria, concedeu a ordem para reconhecer a atipicidade da conduta imputada ao paciente e, por conseguinte, determinar o trancamento da ação penal, nos termos do voto do Relator, vencida a Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

HABEAS CORPUS 113.303 (375)ORIGEM : hc - 202416 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : SANDRA MOSIMANNIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem, em parte, para determinar ao juízo de primeiro grau que refaça a dosimetria da pena, considerando como pena-base a fixada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (5 anos), com o acréscimo de 1/6, por se tratar de tráfico internacional (art. 40, I, da Lei 11.343/2006), aplicando, em seguida, a causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas na fração de 1/3. Fixada a nova reprimenda, deverá aquele magistrado verificar se já ocorreu a extinção da punibilidade da paciente pelo cumprimento integral da pena e, se não for o caso, analisar a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos, atento aos princípios da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.769 (376)ORIGEM : HC - 131170 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MAURÍCIO SEBASTIÃO SEVERO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. GILMAR MENDES

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.982 (377)ORIGEM : AC - 4509264800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE -

COOPERPAS 10ADV.(A/S) : WALDEMAR CURY MALULY JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELIANA DOS SANTOSADV.(A/S) : PÉRSIA DE ARAÚJO DAVIDINTDO.(A/S) : COOPERATIVA MÉDICA - COOPERDOCADV.(A/S) : MÔNICA ALVES PICCHI

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 38

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.052 (378)ORIGEM : AC - 71520660 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : NET PIRACICABA LTDAADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANADEC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DA

CIDADANIA E DO CONSUMIDORADV.(A/S) : RONNI FRATTI E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.502 (379)ORIGEM : AC - 70026024042 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ELIANA CONCEIÇÃO DA SILVA FERNANDES

MACHADOADV.(A/S) : DÉCIO ANTÔNIO ERPEN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 377

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.703 (380)ORIGEM : AC - 7357055000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : DEPÓSITO DE MEIAS E MALHAS JACOB LTDAADV.(A/S) : RODRIGO MAITTO DA SILVEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.429 (381)ORIGEM : PROC - 20020500026963201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : GRAPI BEBIDAS REFRIGERANTES S/AADV.(A/S) : JOÃO SAMPAIO REGO NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.397 (382)ORIGEM : AMS - 200470000332569 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COMERCIAL ALIMENTÍCIA ZAMPROGNA LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : MARCOS RODRIGUES PEREIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.383 (383)ORIGEM : AC - 8934872 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESPÓLIO DE ELIZEU DA CONCEIÇÃO NERE E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO PERINO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LAR DOS VELHINHOS DE PIRACICABAADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO CALDARI E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 653.010 (384)ORIGEM : AC - 10024030107965001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDES

AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : LUIZ OLAVO FRANÇA VERSIANIADV.(A/S) : LUIZ OLAVO FRANÇA VERSIANI

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 638.670

(385)

ORIGEM : AC - 199851010030373 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2º REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -

CONABADV.(A/S) : NEI CALDERONAGDO.(A/S) : ATIVA - ASSOCIAÇÃO DOS TITULARES VAREJISTAS

DA CEASA - COBAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : NILSON MORAESINTDO.(A/S) : M Z DOCES E SALGADOS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NILSON MORAES

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.672

(386)

ORIGEM : RESP - 945828 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOSÉ VITORINO PRESTESADV.(A/S) : SAULO JOSÉ CARLOS FORNIELLES MARTINSAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.936

(387)

ORIGEM : AI - 00587519220118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE TRENS URBANOS -

CBTUADV.(A/S) : DECIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : WASHINGTON LUIZ NUNES DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO TANCREDO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.322

(388)

ORIGEM : AC - 994051552079 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃAGDO.(A/S) : ADÃO ADEMIR FUZINELLIADV.(A/S) : VÍTOR FÁBIO M LUCAS JUNIOR

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.167

(389)

ORIGEM : AC - 21782010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARCELO DE SOUSA SANTOSADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.933

(390)

ORIGEM : AC - 990101575043 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 39

RELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICIPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : EDNA MARIA DE SOUSA NASCIMENTOADV.(A/S) : RONALDO CESAR JUSTO

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.981

(391)

ORIGEM : RESE - 20110466659 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ELOIR FELISBINOADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO BURTET E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.147

(392)

ORIGEM : PROC - 05065971520084058101 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 5º REGIÃO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSE GARCIA RAMOS RODRIGUESADV.(A/S) : JOATAN BONFIM LACERDA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.411

(393)

ORIGEM : PROC - 200881015065887 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 5º REGIÃO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ELISA DA SILVA RODRIGUESADV.(A/S) : ROZÁRIA NETA BOMFIM LACERDA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.809

(394)

ORIGEM : PROC - 05065539320084058101 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 5º REGIÃO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSÉ ELOI MARTINSADV.(A/S) : JOATAN BONFIM LACERDA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 377

AG.REG. NA QUARTA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (395)ORIGEM : HC - 112157 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SEBASTIÃO ESCRIVANE REISADV.(A/S) : GERALDO LOPES DE OLIVEIRA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

AG.REG. NA QUINTA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (396)ORIGEM : HC - 112157 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : WILSON GOMES JUNIORADV.(A/S) : GERALDO LOPES DE OLIVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 395

AG.REG. NA SEXTA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (397)ORIGEM : HC - 112157 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARCOS DINIZ DE JESUS LOPESADV.(A/S) : JOAQUIM ALVES PALMEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 395

AG.REG. NA TERCEIRA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (398)ORIGEM : HC - 112157 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ARAKEN FERREIRA DE ANDRADEADV.(A/S) : GERALDO LOPES DE OLIVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 395

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.192

(399)

ORIGEM : RESP - 1020083 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : R D PEMBTE.(S) : C E S D PADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO DIETRICH FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração e determinou a imediata remessa dos autos à origem, independentemente de publicação do acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.233

(400)

ORIGEM : PROC - 2652011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : REGINA APARECIDA FERNANDES GOMESADV.(A/S) : RONALDO LABRIOLA PANDOLFIEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 399

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.274 (401)ORIGEM : AC - 2802680 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL POSITIVO LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIA DOTTI DORIAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁINTDO.(A/S) : COLÉGIO DOM BOSCO S/C LTDAADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE XAVIER

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.408 (402)ORIGEM : AC - 2802680 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : COLÉGIO DOM BOSCO S/C LTDAADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE XAVIERAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁINTDO.(A/S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL POSITIVO LTDAADV.(A/S) : ROGERIA DOTTI DÓRIAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DE ENSINO NOVO ATENEUADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO WERNER ROCHAINTDO.(A/S) : EXAME - CENTRO DE PREPARAÇÃO ESPECIALIZADA

S/C LTDAADV.(A/S) : DIEGO FELIPE MUNOZ DONOSOINTDO.(A/S) : OPET - ADMINISTRAÇÃO DE MÃO DE OBRA LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 40

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.981 (403)ORIGEM : AC - 200261820421532 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : PATHY TRANSFORMADORES ELETROELETRÔNICOS

LTDAADV.(A/S) : ANDRÉA DA SILVA CORRÊA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.926 (404)ORIGEM : AI - 8304105700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INCASE INDÚSTRIA MECÂNICA DE EQUIPAMENTOS

LTDAADV.(A/S) : JOSÉ RENAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.721 (405)ORIGEM : AC - 5091435100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNILEVER BRASIL LTDAAGTE.(S) : UNILEVER BRASIL ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.969 (406)ORIGEM : AC - 10024057021412002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ELETROZEMA LTDAADV.(A/S) : MARIA INÊS MURGELAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.837 (407)ORIGEM : AC - 70018539999 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : AGROTEC TECNOLOGIA AGRÍCOLA E INDUSTRIAL

LTDAADV.(A/S) : EDUARDO ANTONIO FELKL KÜMMEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.307 (408)ORIGEM : AC - 20040110269229 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : RONALDO CHIARATO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TANIA MACHADO DA SILVA

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.959 (409)ORIGEM : AC - 10137070041876001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAIS

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MANOEL GONÇALVES PINHEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALAN KARDEC F. SOUZAAGDO.(A/S) : LAURINDO RODRIGUES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO BOSCO KUMAIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.963 (410)ORIGEM : AC - 20030111012350 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : BERENILDE PENEDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARNALDO BOTÊLHO BARBOSA

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.517 (411)ORIGEM : AC - 200571020031983 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL SÃO PAULOADV.(A/S) : EDUARDO ANTONIO FELKL KÜMMEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.977 (412)ORIGEM : AC - 200970000086453 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EMPLOYER ORGANIZAÇÃO DE RECURSOS

HUMANOS LTDAADV.(A/S) : ALMERINDO PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.798

(413)

ORIGEM : AC - 10024080977556001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : ANA LÚCIA FERREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARLI LOPES DA SILVA PEIXOTO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.116

(414)

ORIGEM : AC - 20108059277 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A (INCORPORADOR

DO SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL)

ADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO MARTINS LEMOSADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO MARTINS LEMOS

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.517

(415)

ORIGEM : AC - 10024096539176001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 41

AGDO.(A/S) : MARIA GERALDA PINHEIROADV.(A/S) : ROBERTO MÁRCIO CARRUSCA VIEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.827

(416)

ORIGEM : AC - 10024097581649001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : NIVIA HISSA NOHMIADV.(A/S) : CID CAPOBIANGO SOARES DE MOURA

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.229

(417)

ORIGEM : AI - 70036786291 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TAUFFER COMÉRCIO DE MEDICAMENTOS LTDAADV.(A/S) : NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.760

(418)

ORIGEM : RR - 376008020085040861 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : AES SUL DISTRIBUIDORA GAUCHA DE ENERGIA S.A.ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR GOULART LANES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARCOS GUSTAVO ANTUNES MACEDOADV.(A/S) : PAULO VARANDAS JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELTON RICARDO DOTTO SANTANA - MEADV.(A/S) : SÉRGIO CAIUBI ANDRADE SILVEIRAAGDO.(A/S) : ELETRO INSTALADORA RURAL LTDA.ADV.(A/S) : LAÉRCIO ROQUE TOLFO VIEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.173

(419)

ORIGEM : AC - 10313092957858001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ÉRICA DE SOUZA BOY CASTROADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : EVARISTO FERREIRA FREIRE JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.612

(420)

ORIGEM : AC - 10024043586130001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE COOPERATIVA DE

TRABALHO MEDICOADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : F T S P (REPRESENTADO POR R P S P)ADV.(A/S) : IVANA MARA ALBINO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.774

(421)

ORIGEM : AC - 02414497 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TAIRONE CÉSAR DA SILVA PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.063

(422)

ORIGEM : PROC - 00182694520118260053 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARISA DIBBERNADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINSAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.044

(423)

ORIGEM : MS - 20090052491 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ARISTEU XENOFONTES LENZI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EMANUEL SOUZA ALBERTON E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Decisão: Idêntica à de nº 401

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.564

(424)

ORIGEM : AIRR - 549003120085030005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAVA - CAIXA VICENTE DE ARAÚJO DO GRUPO

MERCANTIL DO BRASILADV.(A/S) : CARLOS ODORICO VIEIRA MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARCELO MOREIRA PESSOAADV.(A/S) : JAMERSON DE FARIA MARRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : BANCO MERCANTIL DE INVESTIMENTOS S/A

Decisão: Idêntica à de nº 401

Processos com Decisões Idênticas:RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.662 (425)ORIGEM : AC - 70023961030 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COOPERATIVA TRITÍCOLA REGIONAL SANTO

ÂNGELO LTDA - COTRISAADV.(A/S) : EDILSON JAIR CASAGRANDEAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.024 (426)ORIGEM : AC - 7806835300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SOTENCO EQUIPAMENTOS LTDAADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.730 (427)ORIGEM : AC - 3971102 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 42

SANEPARADV.(A/S) : MARCUS VENÍCIO CAVASSIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUAÍRAADV.(A/S) : MARCOS AURÉLIO COMUNELLO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.690 (428)ORIGEM : AC - 20070499404 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANIZIO ANDRADE ROSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JUAREZ SOARES NOGUEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.483 (429)ORIGEM : MS - 185093101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ADRIANA RIBEIRO MARCONI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS NEVES FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.187 (430)ORIGEM : AC - 476568 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESPÓLIO DE CÂNDIDA DE SOUZA JENSENADV.(A/S) : RODRIGO GASPAR TEIXEIRAAGDO.(A/S) : AFONSO MEIER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROSANGELA URIARTE RIERA SUREDA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.200 (431)ORIGEM : AC - 2646304600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JÚLIA MARIA DIASADV.(A/S) : ELECIR MARTINS RIBEIROAGDO.(A/S) : SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO CAMILOADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO GUGLIELMI EID E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : GILBERTO MOZART GALINDOADV.(A/S) : ADAUTO ALONSO S SUANNESINTDO.(A/S) : CLÍNICA HOLÍSTICA DE ORTOPEDIA S/C LTDAADV.(A/S) : RICARDO DO AMARAL TUCUNDUVA

Decisão: Idêntica à de nº 425

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.981 (432)ORIGEM : AC - 200671000331837 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALZIRA BARROS MARRANQUIEL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.273 (433)ORIGEM : AC - 01988392 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : IRAN ALVES DUARTEADV.(A/S) : ELISABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.683 (434)ORIGEM : PROC - 20060011483862 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : GRAVAMES.COM PROCESSAMENTO DE DADOS

LTDAADV.(A/S) : ALMIR MEIRELLES ROSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 425

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.594 (435)ORIGEM : AC - 1767886 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SHELL BRASIL LTDAADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIMAGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.186 (436)ORIGEM : AI - 00244367220108190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : FREDERICO ROMANIELLO TELES BAETA ZEBRAL E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : THERESINHA ALBO SCHROEDERADV.(A/S) : PAULO HORN

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.492

(437)

ORIGEM : MS - 0000914442002402516002 - TURMA REC.JUIZ.ESP.FED.-SEÇ.JUD.RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOÃO ARAÚJO DE BARROSADV.(A/S) : IVALDO PACHÊCO ARAÚJOAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.425

(438)

ORIGEM : AC - 199801000148169 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1º REGIÃO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BELGO BEKAERT ARAMES S/AADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS DE ANDRADE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.012

(439)

ORIGEM : PROC - 818408220065100013 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARIA ABADIA DE OLIVEIRA BARBOSAADV.(A/S) : ANDRÉA DURAN SOUSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MÚLTIPLA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E

HIGIENIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Idêntica à de nº 425

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 43

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.197

(440)

ORIGEM : AC - 0067920732006819002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓIAGDO.(A/S) : MARIA IZABEL DE CARVALHO ALBINOADV.(A/S) : MORGANNA REZENDE LESSA CARDOSO E OUTRO(A/

S)

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.733

(441)

ORIGEM : MS - 70022011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : JOÃO FRANCISCO DA SILVA TINOCOADV.(A/S) : WILLIANS DOURADO COSTA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.753

(442)

ORIGEM : AR - 200601000471230 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1º REGIÃO

PROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE

SEGUROS PRIVADOS E CAPITALIZAÇÃO E DE AGENTES ATUÔNOMOS DE SEGUROS PRIVADOS E DE CRÉDITO E EM EMPRESAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA NO ESTADO DA BAHIA

ADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CARDOSO DA SILVA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.911

(443)

ORIGEM : PROC - 03028754720098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ERICK ANTÔNIO DE SOUZA DIONYSIOADV.(A/S) : LÉLIO ANTÔNIO DOS SANTOS CORRÊA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.091

(444)

ORIGEM : PROC - 00084854720118190212 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AMAURI CAMPOS LOPESADV.(A/S) : ALMIR LOPES FILHO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.096

(445)

ORIGEM : AC - 200900165906 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ELZA SOARES DE CASTROADV.(A/S) : ROSÂNGELA DA C LEAL SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.218

(446)

ORIGEM : AI - 994092624100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DO MOVIMENTO MORADIA DE

CAJAMARADV.(A/S) : DENIS PEREIRA LIMA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.874

(447)

ORIGEM : PROC - 200838007112671 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃO

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : EURÍPEDES LOURENÇO TABANEZADV.(A/S) : ERLI SCHWARTZ JUNIOR

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.877

(448)

ORIGEM : PROC - 200838007112880 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃO

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : RUBENS MARQUES JUNIORADV.(A/S) : ERLI SCHWARTZ JUNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.839

(449)

ORIGEM : PROC - 00021624520098190002 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : PEDRO IVO LEAO RIBEIRO AGRA BELMONTE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JORGE LUIZ QUINTANILHAADV.(A/S) : GABRIEL SANT'ANNA QUINTANILHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SUL AMÉRICA SEGURO SAÚDE S/AADV.(A/S) : ALBERTO MÁRCIO DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.103

(450)

ORIGEM : AMS - 20110004851000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : BRUNO DAMIERI DE OLIVEIRA MACIELADV.(A/S) : OLÍVIA MARIA MOREIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.698

(451)

ORIGEM : AC - 994050973288 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DIRCEU ANTONIO SCHIAVO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 44

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.834

(452)

ORIGEM : PROC - 201071500310437 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ADALBERTO MENEGHINIADV.(A/S) : IVONE DA FONSECA GARCIAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.877

(453)

ORIGEM : AC - 200900010040440 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : ELIESER PEREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO EDUARDO LOPES VIANA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.286

(454)

ORIGEM : REO - 00168829820088030001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : AMAPÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁAGDO.(A/S) : ROSENI MAIA RIBEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALAN MAURÍCIO FERREIRA DOS SANTOS

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.301

(455)

ORIGEM : AC - 20090121174 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ROSE CRISTINA BARBOSA DE FREITAS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELLE VIEIRA DE MELLO MOREIRAAGDO.(A/S) : HLUCHAN COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO SÉRGIO RÉGIS DE MENEZES E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SETAL - ENGENHARIA CONSTRUÇÕES E

PERFURAÇÕES S/AADV.(A/S) : RENATO DE LIMA E SOUZA

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.961

(456)

ORIGEM : AC - 994081500125 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ERNANI BENEDITO DA COSTAADV.(A/S) : AIRTON GUIDOLIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 425

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.138 (457)ORIGEM : AI - 5825194900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RICARDO TADEU SAUAIAADV.(A/S) : RICARDO TADEU SAUAIAAGDO.(A/S) : SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA -

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA MUTON DE ARAÚJOAGDO.(A/S) : ITAUSEG SAÚDE S/AADV.(A/S) : ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.687 (458)ORIGEM : AC - 200830122658 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IRITUIAADV.(A/S) : CLÁUDIO RONALDO BARROS BORDALOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁINTDO.(A/S) : WALCIR OLIVEIRA DA COSTAADV.(A/S) : CLÁUDIO RONALDO BARROS BORDALO

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.017 (459)ORIGEM : MS - 200500401715 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS MÉDICOS DO RIO DE JANEIRO -

SINMED/RJADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ BARBOSA PIMENTA JUNIOR

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.483 (460)ORIGEM : AC - 200900100476 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ANA CRISTINA CARDIA PETRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RICARDO BAPTISTAADV.(A/S) : CARLOS ARTUR DE A. MACEDO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 689.497 (461)ORIGEM : PROC - 201072500064090 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FREDOLINO COELHOADV.(A/S) : KAZIA FERNANDES PALANOWSKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.359 (462)ORIGEM : PROC - 201072500064076 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : OSCAR REGOADV.(A/S) : KAZIA FERNANDES PALANOWSKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 691.678 (463)ORIGEM : AC - 00320070007152001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : MARIA IVONETE GUEDES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 45

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.931 (464)ORIGEM : AC - 20070110881327 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : MARCELLO ALENCAR DE ARAUJOAGDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS DANTAS ARBÕESADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.254 (465)ORIGEM : AC - 00320080005501001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : ROBSON MONS SOUZA ALVESADV.(A/S) : EDSON BATISTA DE SOUZA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.952 (466)ORIGEM : RESP - 1044537 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CLAITON LUÍS FERNANDES DA CONCEIÇÃOADV.(A/S) : DORVALINO TIZATTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : VANDERLEI DEMARCHIINTDO.(A/S) : IRANI BRINO

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.569 (467)ORIGEM : PROC - 201172500029251 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : OSVALDO CLIMACOADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKIAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 457

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.211 (468)ORIGEM : AC - 200334000258407 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ROGÉRIO ANTÔNIO FREITAS DE NORONHA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROGÉRIO ANTONIO FREITAS DE NORONHA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 457

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.671

(469)

ORIGEM : PROC - 71003476314 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : BENITA GARCIA CABRALADV.(A/S) : PAULO VALMIR LOPES DE OLIVEIRAEMBDO.(A/S) : LUIZ FELIPE SEGER GARCIA LUFIEGOADV.(A/S) : LUIZ FELIPE SEGER GARCIA LUFIEGO

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de

Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 11.09.2012.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.851 (470)ORIGEM : AC - 70028228211 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : MARIA HENRIQUETA BECK MARQUESADV.(A/S) : ROBERTO MAJÓ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ATANAGILDO ESCOBAR DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUÍS ROGER VIEIRA AZZOLIN

Decisão: Idêntica à de nº 469

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.783 (471)ORIGEM : AC - 70015154669 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ANGELA ALLES RODRIGUESADV.(A/S) : FÁBIO LUIZ MAIA BARBOSA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 469

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.463 (472)ORIGEM : AC - 20080251436 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ARLIZ IND E COM DE MADEIRAS LTDAADV.(A/S) : NICÁCIO GONÇALVES FILHOEMBDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 469

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.016

(473)

ORIGEM : PROC - 50353928420124047100 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ALEU DE MATTOS PEREIRA FILHOADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 469

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.023

(474)

ORIGEM : PROC - 50354785520124047100 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : PAULO WANDERLEI CRISTOVÃOADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 469

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.533

(475)

ORIGEM : PROC - 201071550028510 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ANTENOR RODRIGUESADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 469

Brasília, 11 de setembro de 2012FABIANE DUARTE

Secretária

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 46

ACÓRDÃOS

Centésima Trigésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 533.958 (476)ORIGEM : MS - 1999305335 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁAGDO.(A/S) : BENEDITO AUGUSTO BANDEIRA FERREIRAADV.(A/S) : ARMANDO SOUTELLO CORDEIRO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ESTADO DO PARÁ. NULIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO AFASTADA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. ART. 130 DA LEI 5.810/1994. INCORPORAÇÃO. FUNÇÕES GRATIFICADAS. LEGISLAÇÃO LOCAL.

Agravo regimental a que se nega provimento.

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.774 (477)ORIGEM : AC - 20040004290 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MARCOS SILVEIRA PORTOADV.(A/S) : MARCELO SILVEIRA PORTOAGDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASINTDO.(A/S) : CARLOS JOSÉ GONÇALVES MELRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SIDNEY TAVARES OLIVEIRA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. FALTA DE PERTINÊNCIA ENTRE A FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E O CONTEÚDO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. SIMPLES INDICAÇÃO DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. SÚMULA 284 DO STF. PERDA DO OBJETO. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279.

O Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado. Ainda que assim não fosse, esta Corte firmou entendimento no sentido de que, em regra, as alegações de afronta aos mencionados princípios configuram, quando muito, ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.

É inadmissível recurso extraordinário que trata sobre matéria não apreciada pelo acórdão recorrido. Da mesma forma, não possibilita o processamento de apelo extremo a simples referência a dispositivo constitucional. Inteligência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário - Súmula 279.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.774 (478)ORIGEM : AC - 20040004290 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CARLOS JOSÉ GONÇALVES MELRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SIDNEY TAVARES OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASINTDO.(A/S) : MARCOS SILVEIRA PORTOADV.(A/S) : MARCELO SILVEIRA PORTO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.767 (479)ORIGEM : AC - 4784782006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS LEITE E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : BARTOLOMEU JOSÉ SERAFIM SENA GOMES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. ESTADO DA BAHIA. LEIS ESTADUAIS 3.903/1981 E 7.145/1997. EXTINÇÃO DE GRADUAÇÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 40, § 3º, DA LEI MAIOR, COM A REDAÇÃO DADA PELA EMENDA 20/1998. REEXAME DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. PRECEDENTES.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.836 (480)ORIGEM : PROC - 00018249320104040000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA

BIODIVERSIDADE - ICMBIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. VERIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE JUNTADA DE PEÇA CONSIDERADA PELO TRIBUNAL A QUO COMO INDISPENSÁVEL À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. RECURSO DE SUA COMPETÊNCIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Não cabe recurso extraordinário para rever decisão de tribunal que, apreciando recurso de sua competência, entendera necessária a juntada ao instrumento de documentos indispensáveis à compreensão da controvérsia.

Inexistência de ofensa ao art. 5º, LIV, da Constituição Federal.Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.633 (481)ORIGEM : MS - 20060158835 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : ULISSES SCHWARZ VIANAAGDO.(A/S) : FABIO AUGUSTO PALERMOADV.(A/S) : LEONARDO AVELINO DUARTE

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO. MATO GROSSO DO SUL. VANTAGEM PESSOAL. NATUREZA JURÍDICA. LEIS 2.065/1999 E 2.129/2000. SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 645.865 (482)ORIGEM : AC - 200272030000029 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HIDRÁULICA INDUSTRIAL S/A INDÚSTRIA E

COMÉRCIOADV.(A/S) : CÉLIA C. GASHO CASSULI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL.TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.

CREDITAMENTO. ENERGIA ELÉTRICA, COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES.

1. O Tribunal de origem concluiu que energia elétrica, combustíveis e lubrificantes não se equiparam a insumo ou matéria-prima que se incorpora na mercadoria industrializada. Conclusão diversa demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 636/STF).

2. O Supremo Tribunal Federal concluiu que não há direito constitucional assegurado ao creditamento de valores relativos à aquisição de energia elétrica, bens ou mercadorias de uso e consumo ou aqueles destinados à integração ao ativo fixo, mesmo que intermediários, que não se integrem diretamente à mercadoria circulada ou ao serviço prestado (crédito físico). Trata-se de benefício fiscal cuja aplicabilidade depende da existência de legislação infraconstitucional nesse sentido.

Agravo regimental a que se nega provimento.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 47

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.032

(483)

ORIGEM : PROC - 00351258420118260053 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : VALTER DOS ANJOS SANTIAGOADV.(A/S) : JOSÉ MARIA SOARES MENICONI

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – DIREITO LOCAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.323

(484)

ORIGEM : MS - 00050930820118100000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : LUIS CARLOS DE MORAESADV.(A/S) : LUÍS ANDERSON CUTRIM DE SOUSA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – DIREITO LOCAL – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.140 (485)ORIGEM : PROC - 909980 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : EMPREENDIMENTOS PAGUE MENOS S/AADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/

S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITOS

MERAMENTE INFRINGENTES. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

São inadmissíveis embargos de declaração com efeitos meramente infringentes. Eventuais efeitos infringentes dessa modalidade recursal só são admitidos como consequência da sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 353.608

(486)

ORIGEM : REOMS - 199804010892075 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : MARIA APARECIDA ROCHA PENNACCHI E

OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : FREDERICO DE MOURA THEOPHILO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu parcialmente os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALÍNEA DO

PERMISSIVO CONSTITUCIONAL EM QUE SE FUNDOU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ERRO MATERIAL. CORREÇÃO QUE NÃO PRODUZ EFEITOS INFRINGENTES. RESERVA DE PLENÁRIO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO.

Com razão a parte embargante ao afirmar que o recurso extraordinário foi interposto com base apenas na alínea “a” do permissivo constitucional. Da sanação do erro material, no entanto, não decorrem efeitos infringentes, pois não houve alteração do sentido do acórdão embargado.

A suposta ofensa à regra da reserva de plenário para a declaração de inconstitucionalidade de lei, questão prejudicial à matéria de fundo, não foi debatida no Tribunal de origem e também não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, assim, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356 do STF).

Embargos de declaração parcialmente providos para a correção do erro material, sem atribuição de efeitos modificativos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.700

(487)

ORIGEM : AMS - 200361060013499 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : RIO PRETO SERVIÇOS AUXILIARES DE

TRANSPORTES AÉREOS LTDAADV.(A/S) : JOSÉ LUIS POLEZI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITOS

MERAMENTE INFRINGENTES. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

São inadmissíveis embargos de declaração com efeitos meramente infringentes. Eventuais efeitos infringentes dessa modalidade recursal só são admitidos como consequência da sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.480

(488)

ORIGEM : AC - 200404010327866 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS MERCÚRIO LTDAADV.(A/S) : DÉBORA SÁTIRO GONÇALVESEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITOS MERAMENTE INFRINGENTES. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

São inadmissíveis embargos de declaração com efeitos meramente infringentes. Eventuais efeitos infringentes dessa modalidade recursal só são admitidos como consequência da sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.147

(489)

ORIGEM : AC - 10024061537304001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISEMBDO.(A/S) : MARISTELA MENDES ALVES MALAQUIAS E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012. EMENTA: Embargos de declaração com caráter infringente. Ausência de

omissão, obscuridade ou contradição.Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.072

(490)

ORIGEM : MS - 0231032009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOEMBDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS ARAÚJO CHAGASADV.(A/S) : WILLIANS DOURADO COSTA

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA : Embargos de declaração. Caráter infringente. Ausência de omissão, obscuridade ou contradição.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.031

(491)

ORIGEM : AI - 6831469 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : NAMER ASSAD E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DIVALMIRO OLEGÁRIO MAIA PEREIRAEMBDO.(A/S) : LUIZ HENRIQUE GUBERTADV.(A/S) : VÂNIA ELYR DE LARA

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: Embargos de declaração com caráter infringente. Ausência de omissão, obscuridade ou contradição.

Indeferimento do pedido de realização de sustentação oral no julgamento dos embargos de declaração. Aplicação da norma do art. 131, 2º, do RISTF.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.070

(492)

ORIGEM : PROC - 12372006 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO -

CELPEEMBTE.(S) : ROBERTO MANOEL GUEDES ALCOFORADOEMBTE.(S) : GUSTAVO CÉSAR DE ALENCARADV.(A/S) : MARIA CAROLINA DE MELO AMORIM E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : AFRÁNIO RODRIGUES BARBOSAADV.(A/S) : JOSUÉ COELHO MONTENEGRO

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 372.811 (493)ORIGEM : AMS - 199904010684150 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : MCDONALD'S COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : MARIA RITA GRADILONE SAMPAIO LUNARDELLI E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM

PROPÓSITO MODIFICATIVO E INTERPOSTO DE DECISÃO MONOCRÁTICA CONHECIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL.

PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO EXTRA PETITA. INEXISTÊNCIA.CONTRIBUIÇÃO AO INCRA. ESPECÍFICA TESE DA

REFERIBILIDADE OU DO BENEFÍCIO DIRETO. PRECEDENTES.A agravada reconheceu expressamente em suas razões de recurso

extraordinário não ter interesse em recorrer da parte do acórdão que versava sobre a contribuição destinada ao Funrural. Portanto, não está caracterizada decisão extra petita.

Esta Suprema Corte firmou orientação quanto a constitucionalidade da sujeição passiva das empresas urbanas à Contribuição ao INCRA. Matéria diversa da discussão sobre a inconstitucionalidade superveniente devido à modificação do art. 149 da Constituição.

Recurso de embargos de declaração conhecido como agravo regimental, ao qual se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.674 (494)ORIGEM : AI - 200504010224115 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : ANDRÉIA KURITZA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA : EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. SENTENÇA ORIUNDA DE AÇÃO COLETIVA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

A demonstração de existência de repercussão geral passou a ser exigida, nos termos da jurisprudência desta Corte, nos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados a partir de 3 de maio de 2007, data da entrada em vigor da Emenda Regimental 21/07 ao RISTF (cf. QO AI 664567). Inaplicabilidade ao caso, uma vez que a intimação do acórdão recorrido se deu antes do marco inicial fixado pela Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.322 (495)ORIGEM : AI - 200404010156749 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : JOSÉ VOLPI XAVIER DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. SENTENÇA ORIUNDA DE AÇÃO COLETIVA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

A demonstração de existência de repercussão geral passou a ser exigida, nos termos da jurisprudência desta Corte, nos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados a partir de 3 de maio de 2007, data da entrada em vigor da Emenda Regimental 21/07 ao RISTF (cf. QO AI 664567). Inaplicabilidade ao caso, uma vez que a intimação do acórdão recorrido se deu antes do marco inicial fixado pela Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.827

(496)

ORIGEM : PROC - 0005381642010402516701 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : JUVENCIO NILO DE AZEREDOADV.(A/S) : MANOEL BAÍA CAMPOS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 49

RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do órgão judiciário de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.787

(497)

ORIGEM : PROC - 25492011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : VIACAO PAULISTA LTDAADV.(A/S) : JOAO HENRIQUE FEITOSA BENATTIEMBDO.(A/S) : PEDRO SERAFIM JUNIORADV.(A/S) : CAIO MARCELO BASTOS MARTANI

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. REPARAÇÃO DE DANOS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, LV, e 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. IMPROCEDÊNCIA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF.

O Colégio Recursal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado, sem ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Esta Corte, ao apreciar o RE 635.729-RG (rel. Min. Dias Toffoli, DJe 24.08.2011), reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou o entendimento sobre a possibilidade de o colégio recursal dos juizados especiais fazer remissão aos fundamentos adotados na sentença.

Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame de fatos e provas, o que é inviável nesta esfera.

Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.766

(498)

ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ODARIA BATTINIADV.(A/S) : LINCO KCZAM E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITASADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.785

(499)

ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : CELSO LUIZ TULIOADV.(A/S) : LINCO KCZAMADV. : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITASEMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.918

(500)

ORIGEM : PROC - 200970500009538 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : JOSE APARECIDO DA SILVAADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.919

(501)

ORIGEM : PROC - 200970500009496 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ROSANE MARIA DEMETERCOADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 50

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.046

(502)

ORIGEM : PROC - 200971500124925 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ILDEU JOÃO KOLLINGADV. : ANTONIO LUIS WUTTKEEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – DECISÃO DA PRESIDÊNCIA DO ÓRGÃO JUDICIÁRIO DE ORIGEM QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO – OPOSIÇÃO, EM FACE DESSE ATO DECISÓRIO, DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – RECURSO INADMISSÍVEL – INAPTIDÃO PARA INTERROMPER OU PARA SUSPENDER A FLUÊNCIA DO PRAZO RECURSAL – CONSEQUENTE INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO POSTERIORMENTE INTERPOSTO – PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSO IMPROVIDO.

- Revela-se absolutamente inadmissível a oposição de “embargos de declaração” em face de decisão que, proferida em sede de controle prévio de admissibilidade de recurso extraordinário, nega trânsito ao apelo extremo.

- A utilização de espécie recursal evidentemente inadequada não tem aptidão sequer para interromper ou para suspender a fluência do prazo legal para efeito de oportuna interposição do recurso processualmente admissível. Precedentes.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.280

(503)

ORIGEM : PROC - 201071580069707 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : MARLI CONCEICAO DA SILVAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – DECISÃO DA PRESIDÊNCIA DO ÓRGÃO JUDICIÁRIO DE ORIGEM QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO – OPOSIÇÃO, EM FACE DESSE ATO DECISÓRIO, DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – RECURSO INADMISSÍVEL – INAPTIDÃO PARA INTERROMPER OU PARA SUSPENDER A FLUÊNCIA DO PRAZO RECURSAL – CONSEQUENTE INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO POSTERIORMENTE INTERPOSTO – PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSO IMPROVIDO.

- Revela-se absolutamente inadmissível a oposição de “embargos de declaração” em face de decisão que, proferida em sede de controle prévio de admissibilidade de recurso extraordinário, nega trânsito ao apelo extremo.

- A utilização de espécie recursal evidentemente inadequada não tem aptidão sequer para interromper ou para suspender a fluência do prazo legal para efeito de oportuna interposição do recurso processualmente admissível. Precedentes.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.447

(504)

ORIGEM : PROC - 200870630020219 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ADELÍCIA ARTERO ANDREOLIADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITASEMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRAADV.(A/S) : PATRÍCIA RAQUEL CAIRES JOST GUADANHIM

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.831

(505)

ORIGEM : PROC - 200970500015060 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ZILDA DE BARROSADV.(A/S) : LINCO KCZAM E OUTRO(A/S)ADV. : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITASEMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA

Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

HABEAS CORPUS 91.867 (506)ORIGEM : HC - 104838 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : DAVI RESENDE SOARESPACTE.(S) : LINDOMAR RESENDE SOARESIMPTE.(S) : JOSÉ LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Falou, pelos pacientes, a Dra. Camila Torres. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 24.04.2012.

HABEAS CORPUS. NULIDADES: (1) INÉPCIA DA DENÚNCIA; (2) ILICITUDE DA PROVA PRODUZIDA DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL; VIOLAÇÃO DE REGISTROS TELEFÔNICOS DO CORRÉU, EXECUTOR DO CRIME, SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL; (3) ILICITUDE DA PROVA DAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS DE CONVERSAS DOS ACUSADOS COM ADVOGADOS, PORQUANTO ESSAS GRAVAÇÕES OFENDERIAM O DISPOSTO NO ART. 7º, II, DA LEI 8.906/96, QUE GARANTE O SIGILO DESSAS CONVERSAS. VÍCIOS NÃO CARACTERIZADOS. ORDEM DENEGADA.

1. Inépcia da denúncia. Improcedência. Preenchimento dos requisitos do art. 41 do CPP. A denúncia narra, de forma pormenorizada, os fatos e as circunstâncias. Pretensas omissões – nomes completos de outras vítimas, relacionadas a fatos que não constituem objeto da imputação –- não importam em prejuízo à defesa.

2. Ilicitude da prova produzida durante o inquérito policial - violação de registros telefônicos de corréu, executor do crime, sem autorização judicial. 2.1 Suposta ilegalidade decorrente do fato de os policiais, após a prisão em flagrante do corréu, terem realizado a análise dos últimos registros telefônicos dos dois aparelhos celulares apreendidos. Não ocorrência. 2.2 Não se confundem comunicação telefônica e registros telefônicos, que recebem, inclusive, proteção jurídica distinta. Não se pode interpretar a cláusula do artigo 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos dados enquanto registro, depósito registral. A proteção constitucional é da comunicação de dados e não dos dados. 2.3 Art. 6º do CPP: dever da autoridade policial de proceder à coleta do material comprobatório da prática da infração penal. Ao proceder à pesquisa na agenda eletrônica dos aparelhos devidamente apreendidos, meio material indireto de prova, a autoridade policial, cumprindo o seu mister, buscou, unicamente, colher elementos de informação hábeis a esclarecer a autoria e a materialidade do delito (dessa análise logrou encontrar ligações entre o executor do homicídio e o ora paciente). Verificação que permitiu a orientação inicial da linha investigatória a ser adotada, bem como possibilitou concluir que os aparelhos seriam relevantes para a investigação. 2.4 À guisa de mera argumentação, mesmo que se pudesse reputar a prova produzida como ilícita e as demais, ilícitas por derivação, nos termos da teoria dos frutos da árvore venenosa (fruit of the poisonous tree), é certo que, ainda assim, melhor sorte não assistiria à defesa. É que, na hipótese, não há que se falar em prova ilícita por derivação. Nos termos da teoria da descoberta inevitável, construída pela Suprema Corte norte-americana no caso Nix x Williams (1984), o curso normal das investigações conduziria a elementos informativos que vinculariam os pacientes ao fato investigado. Bases desse entendimento que parecem ter

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 51

encontrado guarida no ordenamento jurídico pátrio com o advento da Lei 11.690/2008, que deu nova redação ao art. 157 do CPP, em especial o seu § 2º.

3. Ilicitude da prova das interceptações telefônicas de conversas dos acusados com advogados, ao argumento de que essas gravações ofenderiam o disposto no art. 7º, II, da Lei n. 8.906/96, que garante o sigilo dessas conversas. 3.1 Nos termos do art. 7º, II, da Lei 8.906/94, o Estatuto da Advocacia garante ao advogado a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. 3.2 Na hipótese, o magistrado de primeiro grau, por reputar necessária a realização da prova, determinou, de forma fundamentada, a interceptação telefônica direcionada às pessoas investigadas, não tendo, em momento algum, ordenado a devassa das linhas telefônicas dos advogados dos pacientes. Mitigação que pode, eventualmente, burlar a proteção jurídica. 3.3 Sucede que, no curso da execução da medida, os diálogos travados entre o paciente e o advogado do corréu acabaram, de maneira automática, interceptados, aliás, como qualquer outra conversa direcionada ao ramal do paciente. Inexistência, no caso, de relação jurídica cliente-advogado. 3.4 Não cabe aos policiais executores da medida proceder a uma espécie de filtragem das escutas interceptadas. A impossibilidade desse filtro atua, inclusive, como verdadeira garantia ao cidadão, porquanto retira da esfera de arbítrio da polícia escolher o que é ou não conveniente ser interceptado e gravado. Valoração, e eventual exclusão, que cabe ao magistrado a quem a prova é dirigida.

4. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 109.931 (507)ORIGEM : PROC - 97030052541 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : INAIÁ MARIA VILELA LIMAIMPTE.(S) : LUCELIA RODRIGUES SOARES VALERIO E OUTRO(A/

S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Após o voto do Ministro Relator, que denegava a ordem, o julgamento foi suspenso em virtude do pedido de vista formulado pelo Senhor Ministro Cezar Peluso. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2a Turma, 14.08.2012.

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

Habeas corpus. 2. Estelionato previdenciário. Condenação em primeiro grau. Apelação. Majoração da pena. 3. Ilegalidade na dosimetria. Reconhecimento da prescrição. 4. Reprimenda devidamente motivada. Inocorrência de prescrição. 5. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 111.608 (508)ORIGEM : RESP - 1245613 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ANDERSON PROLA PIRESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação majoritária, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Presidente, Ministro Celso de Mello. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 24.04.2012.

EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. PACIENTE DENUNCIADO PELO CRIME DE RECEPTAÇÃO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REPROVABILIDADE DA CONDUTA DO AGENTE. ORDEM DENEGADA.

I – A aplicação do princípio da insignificância, de modo a tornar a ação atípica, exige a satisfação, de forma concomitante, de certos requisitos, quais sejam, a conduta minimamente ofensiva, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a lesão jurídica inexpressiva.

II – Embora o valor do bem adquirido, à primeira vista, possa parecer pouco expressivo (R$ 50,00), à época dos fatos correspondia a quase 25% do salário mínimo vigente, o que não pode ser considerado ínfimo. Deve-se destacar, também, que, para o reconhecimento da insignificância da ação, não se pode levar em conta apenas a expressão econômica da lesão.

III – Impossível o reconhecimento do delito de bagatela, porquanto a conduta narrada reveste-se de significativa reprovabilidade, o que demonstra a necessidade da tutela penal.

IV – O delito de receptação (art. 180 do CP) traz consigo um enorme número de outros crimes, inclusive mais graves, pois é nele que se encontra incentivo para a prática de diversos crimes contra o patrimônio, a exemplo do furto e do roubo. É nesse contexto que se deve avaliar a reprovabilidade da conduta, e não apenas na importância econômica do bem subtraído ou, como no caso sob exame, no valor pago pelo paciente para, ilicitamente, adquirir um

produto de crime.V – Os autos dão conta da reiteração criminosa. Conforme ressaltado

pelas instâncias anteriores e pelo Ministério Público Federal, na certidão de antecedentes criminais que instrui os autos da ação penal, verifica-se que o paciente responde a outras cinco ações penais em curso, sendo: uma pelo crime de homicídio qualificado, duas pela prática de furto, uma pelo delito de violência doméstica e outra pelo suposto cometimento de roubo/extorsão.

VI – Ordem denegada.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.692 (509)ORIGEM : HC - 71819 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CÉLIO GOMES VENTURAADV.(A/S) : EDUARDO BANKS DOS SANTOS PINHEIRORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu o presente recurso como habeas corpus, superou o óbice inerente à supressão de instância e concedeu a ordem de ofício para conferir ao juízo da execução a tarefa de enquadrar o caso ao novo cenário jurídico trazido pela Lei 12.015/2009, devendo, para tanto, proceder à nova dosimetria da pena fixada, afastando o concurso material entre os ilícitos contra a dignidade sexual pelos quais o paciente foi condenado e aplicando a regra do crime continuado (CP, art. 71), nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012.

EMENTA: Recurso ordinário em Habeas corpus. Atentado violento ao pudor e estupro. Continuidade delitiva. Superveniência da Lei nº 12.015/2009, não examinada na origem. Supressão de instância. Não conhecimento. Evolução jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal. Habeas corpus concedido de ofício.

A Lei nº 12.015/2009, dentre outras inovações, deu nova redação ao art. 213 do Código Penal, unindo em um só dispositivo os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor.

Com isso, desapareceu o óbice que impedia o reconhecimento da regra do crime continuado no caso em análise.

Em atenção ao direito constitucional à retroatividade da lei penal mais benéfica (CF, art. 5º, XL), seria o caso de admitir-se a continuidade delitiva, porque presentes os seus requisitos autorizadores (CP, art. 71), já que as decisões proferidas pelas instâncias inferiores indicam que os fatos atribuídos ao paciente foram praticados nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução.

Ocorre que tal matéria não foi submetida à apreciação das instâncias ordinárias, razão por que o seu exame, diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, constituiria supressão de instância.

Por outro lado, nada impede a concessão de habeas corpus de ofício, para conferir ao juízo da execução o enquadramento do caso ao novo cenário jurídico trazido pela Lei 12.015/2009, devendo, para tanto, proceder à nova dosimetria da pena, afastando o concurso material e aplicando a regra do crime continuado (CP, art. 71), o que, aliás, encontra respaldo tanto na Súmula 611 do STF, quanto no precedente firmado no julgamento do HC 102.355 (rel. min. Ayres Britto, DJe de 28.5.2010).

Não conhecimento do recurso e concessão de habeas corpus de ofício.

Brasília, 18 de setembro de 2012.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.572 (510)ORIGEM : ACO - 1572 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Intime-se o autor para, no prazo de dez dias, dar seguimento à ação.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 52

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.087 (511)ORIGEM : ADI - 74154 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASILADV.(A/S) : MAURÍCIO GENTIL MONTEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL BARBOSA DE CASTILHOINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONASINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

AMAZONAS

DESPACHO: Tendo em vista a alteração do parâmetro constitucional pela Emenda 41/2003, colha-se a manifestação da Advocacia-Geral da União e do Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.451 (512)ORIGEM : ADI - 31731 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS

DESPACHOAÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – PREJUÍZO –

ELUCIDAÇÃO. 1. Consulta ao sítio da Casa Civil do Estado de Goiás na internet

revelou a revogação parcial da norma atacada ante a promulgação da Emenda Constitucional nº 46, de 9 de setembro de 2010, daquele Estado. Nesse ponto, vale ressaltar a modificação substancial dos dois dispositivos cuja constitucionalidade material é questionada, de forma a excluir o foro privilegiado conferido aos presidentes de autarquia estadual nos crimes comuns e de responsabilidade e a extinguir a competência originária atribuída ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para julgar os mandados de segurança e os habeas data impetrados contra atos de presidentes de autarquia.

Segundo informações publicadas na mesma página da internet, estão em vigor, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2004, os seguintes dispositivos da Constituição do Estado de Goiás: artigos 45, cabeça e parágrafo único, e 46, incisos I, III, IV, alíneas “a”, “b”, “d” e “e”, VI, alíneas “a” e “b”, VII e VIII, alíneas “b”, “f”, “h”, “i”, “j”, “l”, “m” e “n”.

2. Ante o quadro de parcial prejuízo desta ação direta, solicitem informações à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás acerca da vigência da mencionada norma, de modo a esclarecer o objeto ainda em exame.

3. Após, ao requerente para que se manifeste.4. Publiquem.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.851 (513)ORIGEM : ADI - 4851 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA BAHIA

DESPACHO: Vistos.Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de

liminar, ajuizada pelo Procurador-Geral da República contra o caput e §§ 1º, 4º e 5º do art. 2º da Lei nº 12.352/12 do Estado da Bahia. Eis o teor dos dispositivos questionados:

“Art. 2º - É facultada aos servidores legalmente investidos na titularidade das serventias oficializadas a opção de migrar para a prestação do serviço notarial ou de registro em caráter privado, na modalidade de delegação instituída por esta Lei.

§ 1º - Os notários e registradores das serventias oficializadas, caso não optem pela condição de delegatários, permanecerão regidos pelas normas aplicáveis aos servidores públicos, sendo-lhes assegurados todos os direitos adquiridos, hipótese em que ficarão à disposição do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que lhes designará função compatível com aquela para a qual prestaram concurso público.

(...)§ 4º - A opção referida no caput deverá ser manifestada por meio de

requerimento dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da publicação desta Lei.

§ 5º - A ausência de requerimento no prazo assinalado no § 4º implicará na opção pela continuidade na condição de servidor público.”

Afirma a requerente que o ajuizamento da ação se deu a partir das representações formuladas nos Procedimentos Administrativos MPF/PGR nº 1.00.000.001992/2012-89 e 1.00.000.014423/2011-12.

Aduz que os dispositivos questionados, em desacordo com o comando constitucional contido no art. 236, § 3º, da Constituição da República e com a jurisprudência desta Corte, “possibilitam aos servidores do Poder Judiciário baiano a opção de titularizar a delegação de serviços notariais e de registro sem o necessário concurso público de provas e títulos”.

Em razão da relevância da matéria e seu especial significado para a ordem social e para a segurança jurídica, entendo que deva ser aplicado o procedimento abreviado do art. 12 da Lei nº 9.868/99, a fim de que a decisão seja tomada em caráter definitivo.

Solicitem-se informações aos requeridos. Após, abra-se vista, sucessivamente, no prazo de cinco dias, ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.746 (514)ORIGEM : PROCESSO - 200438000529412 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : JOÃO BATISTA RIBEIROADV.(A/S) : LUIZ ARTUR MIRANDA MOREIRARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Trata-se de ação ordinária, autuada nesta Corte como ação originária,

proposta por Juiz Federal contra a União, com o objetivo de fazer incidir a atualização monetária sobre o abono provisório percebido com base no art. 6º da Lei nº 9.655/98 e no art. 2º, § 2º, da Lei nº 10.474/02.

O Federal Substituto da 8ª Vara da Seção Judiciária de Minas Gerais julgou improcedente os pedidos (fls. 81/87).

Opostos embargos de declaração (fls. 90/93), foram rejeitados (fls. 94/95).

Interposta Apelação e apresentadas contrarrazões, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região, reconhecendo a competência deste Supremo Tribunal Federal, determinou, de ofício, a remessa dos autos a esta Corte para processar e julgar a causa, anulando a sentença e prejudicada a apelação (fls. 115/118).

Opinou a douta Procuradoria-Geral da República pela improcedência dos pedidos.

Decido.De início, reconheço a competência deste Supremo Tribunal Federal

para julgar a presente ação, uma vez que se trata de matéria de interesse privativo de toda a magistratura nacional (art. 102, I, “n”, da CF/88).

Quanto ao mérito, esta Suprema Corte já fixou o entendimento no sentido de ser incabível a incidência de correção monetária ou qualquer outro tipo de atualização ou reajuste do valor nominal das parcelas correspondentes ao abono variável. Vide:

“AÇÃO ORIGINÁRIA. MAGISTRATURA. ABONO VARIÁVEL. FIXAÇÃO DE SUBSÍDIO. INTERESSE ESPECÍFICO DA MAGISTRATURA. COMPETÊNCIA DO STF. ART. 102, I, n, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI N. 10.474/2002. PARÂMETRO DE CÁLCULO. LEI N. 9.655/98. EC 19/98. PAGAMENTO DO BENEFÍCIO E EXAURIMENTO DOS EFEITOS. LEI N. 11.143/2005. NÃO-INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. 1. Interesse peculiar da magistratura. Competência do Supremo Tribunal Federal para o julgamento da causa (art. 102, I, n, da Constituição Federal). Precedentes. 2. A fixação do valor correspondente ao abono variável, instituído pela Lei n. 9.655/98, somente veio a ser efetivada em 2002, com a edição da Lei n. 10.474/02. 3. A Lei n. 10.474/2002 fixou o valor necessário para a concretização do abono variável de forma integral e definitiva. Inviável a pretensão de se fazer incidir legislação posterior, de 2005, fixadora de novo subsídio. Precedentes. 4. Improcedência da ação”.(AO 1510/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 30/5/11)

“AÇÃO ORIGINÁRIA. ABONO VARIÁVEL. INTERESSE DE TODA A MAGISTRATURA. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 102, INC. I, ALÍNEA N, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. 2. DIFERENÇAS SALARIAIS. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 9.655/1998. COBRANÇA DE DIFERENÇAS COM BASE NO VALOR ESTABELECIDO PELA LEI N. 11.143/2005. A FIXAÇÃO DO SUBSÍDIO FOI DETERMINADA PELA LEI N. 10.474/2002, E NÃO PELA LEI Nº 11.143/2005. PRECEDENTES: AO 1.157/PI E AO 1.412/SP. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. 3. EM QUESTÃO DE ORDEM, O PLENÁRIO RESOLVEU,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 53

POR UNANIMIDADE, AUTORIZAR O RELATOR A DECIDIR MONOCRATICAMENTE PEDIDOS QUE POSTULEM O RECEBIMENTO DE ABONO VARIÁVEL, COM EFEITOS RETROATIVOS A 1º.1.1998, ATÉ A DATA EM QUE FOI FIXADO O VALOR DOS SUBSÍDIOS DOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, PELA LEI N. 11.143/2005”. (AO 1524/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 18/6/10)

Em igual sentido: AO 1412/SP, Rel. Min. Menezes Direito, Tribunal Pleno, DJe 13/2/09; e AO 1157/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJ 16/3/07.

Na sessão plenária de 14/4/10, a Corte, em questão de ordem, autorizou os Ministros a decidirem monocraticamente poderiam decidir, monocraticamente casos idênticos ao presente (AO 1524/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 18/6/10).

Ante o exposto, na esteira dos precedentes mencionados, julgo improcedente a ação (art. 21, § 1º, do RISTF).

Condeno o autor nas custas e em honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) do valor da causa.

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 555 (515)ORIGEM : PROC - 038100533679 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERREVISOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : MARCO ANTÔNIO TEBALDIADV.(A/S) : CARLOS ADAUTO VIRMOND VIEIRA

Despacho em decorrência da delegação de fl. 493.Pelo despacho de fls. 502-503, foi designada a data de 25.9.2012,

para interrogatório do acusado, o Deputado Federal Marco Antônio Tebaldi.Pleiteou a Defesa a redesignação, argumentando que o acusado é

candidato a Prefeito da cidade de Joinville e que teria compromissos partidários eleitorais na referida data, além de outros compromissos.

Pleiteia que seja redesignada a data, “preferencialmente após a realização do segundo turno das eleições para Prefeito Municipal”.

O requerido quanto à redesignação é razoável diante dos compromissos previamente assumidos e a agenda eleitoral de candidato a Prefeito.

Assim, atendendo ao requerido, redesigno, excepcionalmente, a audiência de interrogatório do acusado Marcos Antônio Tebaldi para 31.10.2012, às 14:00, a ser realizada na Sala de Audiências do Supremo Tribunal Federal, em Brasília (Anexo II, Torre A, Cobertura, Sala 617), para o interrogatório do acusado Marco Antônio Tebaldi.

Intime-se, por mandado, o acusado que pode ser encontrado na Câmara dos Deputados.

Devem ser tomadas as providências necessárias pela Secretaria Judiciária para a realização da audiência, com a disponibilização dos servidores necessários e ainda para que seja procedida a tomada na referida data do depoimento por gravação, como é usual na Justiça comum, permitindo maior fidedignidade dos depoimentos.

Intime-se o Procurador Geral da República da redesignação e para que providencie a presença de representantes do Ministério Público na audiência.

Intime-se a Defesa, por publicação, deste despacho, ficando cientificada da redesignação, da data da audiência e da necessidade de sua presença e do cliente na referida data e horário.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012. Sergio Fernando Moro Magistrado instrutor Juiz Federal

AÇÃO PENAL 678 (516)ORIGEM : PROC - 223202009 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREVISOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRÉU(É)(S) : WEVERTON ROCHA MARQUES DE SOUSAADV.(A/S) : FABIANO DE CRISTO CABRAL RODRIGUES JUNIOR

DECISÃO: Vistos.Instadas as partes a se manifestarem sobre eventuais diligências

necessárias em razão de circunstâncias ou fatos apurados na instrução, requereu o Ministério Público Federal: “a) a expedição de ofício à Secretaria de Estado de Esporte e Juventude do Maranhão solicitando informações a

respeito da eventual capacidade do órgão era fornecer abrigo para cerca de 1.080 (mil e oitenta) pessoas (instalações físicas, camas, colchões, sanitários, etc) entre 9.12.2008 e 10.12.2008; e b) a expedição de ofício à 5ª Vara Criminal da Comarca de São Luís/MA solicitando informações a respeito do andamento da ação penal instaurada em razão do desmembramento do presente feito, bem como para que forneça cópia de eventuais provas e decisões, se houver” (fl. 471), enquanto a defesa se manteve silente (fl. 473).

Decido.Defiro o requerido pela acusação, determinando à Secretaria

Judiciária a expedição de ofícios: a) - à Secretaria de Estado de Esporte e Juventude do Maranhão solicitando informações, no prazo de 30 (trinta) dias, a respeito da eventual capacidade do órgão em fornecer abrigo para cerca de 1.080 (mil e oitenta) pessoas (instalações físicas, camas, colchões, sanitários, etc) entre 9/12/2008 e 10/12/2008; e b) à 5ª Vara Criminal da Comarca de São Luís/MA solicitando, em idêntico prazo, informações a respeito do andamento da ação penal instaurada em razão do desmembramento do presente feito, bem como para que forneça cópia de eventuais provas e decisões, se houver.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 688 (517)ORIGEM : PROC - 00018941020098050154 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREVISOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIARÉU(É)(S) : OZIEL ALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCELO ANTONIO ÁLVARES SILVAADV.(A/S) : OTAVIO HENRIQUE MENEZES DE NORONHAADV.(A/S) : ANNA CAROLINA MENEZES DE NORONHAADV.(A/S) : LEANDRO BEMFICA RODRIGUES

DESPACHO: Vistos.1 – Diante da informação de fls. 1.910/1.914, comunique-se ao Juízo

da Vara Federal da Subseção Judiciária de Barreiras/BA o endereço atualizado das testemunhas Valdecir Eberlein Schlosser e Michel Correia Brito, ex-vereadores do Município de Luís Eduardo Magalhães/BA, bem como expeça a Secretaria Judiciária as pertinentes cartas para a intimação postal dessas pessoas.

2 – Diante da certidão de fl. 1.916vº, dando conta da aparente tentativa do acusado em se furtar à intimação pessoal para as audiências designadas, determino o desentranhamento do mandado para derradeira tentativa de intimação pessoal do réu, ficando, desde já, alertada a defesa para o disposto no art. 367 do Código de Processo Penal, caso novamente não venha a ser o intimando localizado no endereço de seu atual domicílio.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO RESCISÓRIA 1.561 (518)ORIGEM : AR - 40782 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREVISOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARÉU(É)(S) : ANDERSON NEVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ DARCI DA ROCHA

DESPACHO: Defiro o pedido de fl. 2068, concedendo prazo improrrogável de dez dias para que o autor cumpra as determinações contidas na decisão de fls. 2059/2066, sob pena de extinção do feito sem resolução de mérito.

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.156 (519)ORIGEM : MS - 31156 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JACUNDA AGRO INDUSTRIAL LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 54

ADV.(A/S) : BRUNO VINICIUS FERREIRA DA VEIGA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CORREGEDOR DO CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DO PARÁ -

ITERPA

Contra a decisão que julgou extinto o mandado de segurança em face da decadência, interpõe agravo regimental a impetrante, Jacundá Agro Industrial Ltda. Sustenta que a decisão agravada (doc. 23) merece reforma, pois, não obstante ser correta a premissa de que o CNJ determinou aos Cartórios do Estado do Pará a notificação pessoal dos titulares dos registros imobiliários anulados, medida que deveria servir - entre outros fins - à delimitação do dies a quo para a impetração do mandado de segurança, na presente hipótese tal fato não pode ser usado como parâmetro, porque o Registro de Imóveis onde realizada a matrícula da propriedade da agravante se omitiu diante da orientação do CNJ. Salienta que só veio a tomar conhecimento do cancelamento de seu registro em 02.02.2012, quando requereu uma cópia da inscrição do imóvel e se deparou com tal circunstância. Dessa forma, não seria viável a declaração de decadência, pois o presente mandado de segurança foi impetrado em 14.02.2012, apenas alguns dias depois da data em que o ato se tornou conhecido.

É o relatório.Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo.A decisão agravada se baseia no fato de que o CNJ, após editar o ato

impugnado – que cancelou uma série de registros imobiliários em face de grave problema fundiário existente no Estado do Pará – determinou, em decisão complementar de 21.9.2010, que os Cartórios de Registro de Imóveis das áreas atingidas notificassem pessoalmente os proprietários acerca da adoção de tal medida, em prazo bastante exíguo. Assim, ter-se-ia omitido a agravante em justificar a tempestividade da utilização da via eleita, na medida em que sua inicial foi recebida pelo STF apenas em 14.02.2012, ou seja, cerca de dezesseis meses após a data regularmente prevista para a notificação.

Porém, interposto agravo regimental, a agravante trouxe aos autos certidão lavrada pela Oficiala do Registro Geral de Imóveis de Marabá na qual o serviço notarial admite não ter procedido à notificação da empresa agravante acerca do cancelamento da matrícula 141, relativa a seu imóvel. Nessas condições – ou seja, na ausência de comunicação idônea do ato apontado como lesivo – é pacífica na doutrina e na jurisprudência a recepção da data em que o próprio impetrante noticia ter tomado conhecimento daquele ato, conforme demonstram os precedentes, aplicáveis por similitude:

Agravo regimental em mandado de segurança. Tribunal de Contas da União. Ato de concessão de aposentadoria com proventos integrais considerado ilegal. Negativa de registro. Decadência. Agravo não provido. 1. O ato questionado consiste em ato comissivo individualizado do Tribunal de Contas da União, o qual julgou ilegal o ato de concessão de aposentadoria do agravante e a ele negou o registro. Nesse caso, não subsistem os argumentos de que o prazo decadencial para a impetração do mandamus se renova a cada pagamento da aposentadoria. O prazo decadencial alusivo à impetração começa a correr a partir da ciência do ato atacado. 2. O impetrante deixou fluir integralmente o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a impetração do mandado de segurança, uma vez que, tendo sido oficialmente cientificado do ato coator em 2008, somente veio a este Supremo Tribunal Federal em 30/7/10, quase dois anos depois. 3. Agravo regimental não provido (MS 28.980 AgR/DF, 1ª Turma, Min. Dias Toffoli, DJe de 04.9.2012).

Recurso ordinário em mandado de segurança - Enquanto há omissão continuada da Administração Pública, não corre o prazo de decadência para a impetração do mandado de segurança, sendo certo, porém, que essa omissão cessa no momento em que há situação jurídica de que decorre inequivocamente a recusa, por parte da Administração Pública, do pretendido direito, fluindo a partir daí o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a impetração da segurança contra essa recusa. - Em se tratando de concurso público, a abertura de novo concurso pela Administração Pública traduz situação jurídica de evidente recusa de aproveitamento dos candidatos do concurso anterior, pondo termo, assim, à omissão continuada pela falta desse aproveitamento, começando a correr o prazo de decadência para a impetração da segurança. - Ocorrência, no caso, da decadência. Recurso ordinário a que se nega provimento. (RMS nº 23.987/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 2/5/03).

DECADÊNCIA - MANDADO DE SEGURANÇA - PRESTAÇÕES SUCESSIVAS - ATOS COMISSIVOS E OMISSIVOS - DISTINÇÃO. Incide a decadência quando a impetração, embora a envolver relação jurídica de débito continuado, está dirigida contra ato comissivo, e não simplesmente omissivo, da autoridade coatora” (MS nº 25.136/PB, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 06/05/05).

Em face das peculiaridades do caso, a juntada, em 28.3.2012, de certidão admitindo a omissão da Serventia Extrajudicial no cumprimento da determinação do CNJ exime a agravante de ônus pelo longo decurso de tempo havido entre a decisão proferida por este órgão e a presente impetração, sendo, efetivamente, necessário dar crédito – ao menos até o recebimento de informações pela autoridade coatora – à afirmação da impetrante no sentido de que só veio a tomar conhecimento do ato impugnado em 02.02.2012, e por iniciativa própria.

Reconsidero, pois, a decisão agravada, e passo à análise da pretensão, reiterando o relatório desta:

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Jacundá Agro Industrial LTDA. contra ato praticado pelo Conselho Nacional de Justiça que, no Pedido de Providências nº 0001943-67.2009.2.00.0000, determinou o cancelamento de matrículas de imóveis agrários no Estado do Pará, incluída a relativa ao imóvel pertencente à impetrante, “sem assegurar-lhe o devido processo legal e o contraditório” (fl. 2/e-STF).

Sustenta a inicial que problemas fundiários locais haviam levado a Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça paraense a determinar, em 21.06.2006, o bloqueio de todas as matrículas relativas a imóveis registrados: (i) entre 16.07.1934 e 08.11.1964, com áreas superiores a 10.000 ha.; (ii) entre 09.11.1964 e 04.10.1988, com áreas superiores a 3.000 ha.; e (iii) a partir de 05.10.1988, com áreas superiores a 2.500 ha. A Corregedoria, porém, negou-se a determinar o cancelamento dos registros, ao argumento de que tal providência só poderia decorrer de ordem judicial, porque baseada em suposta nulidade do próprio título de propriedade, e não de mero vício formal do registro.

O Estado do Pará e outros formularam, a seguir, o citado Pedido de Providências. Em 16.08.2010, o então Corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Ministro Gilson Dipp, julgou procedente o pedido, que tramitou em segredo de justiça, porque, em resumo, os elementos fáticos demonstraram a insustentável situação fundiária do Estado paraense, onde constatada uma multiplicação descontrolada de supostos títulos de propriedade sobrepostos – cuja soma, às vezes, ultrapassa a área total do próprio município em que inseridos – e por não existir, em face dos preceitos constitucionais aplicáveis, impedimento legal a tanto.

A seguir, a Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça paraense determinou a execução da decisão pelos Cartórios de Registro de Imóveis do Interior, com as averbações necessárias e encerramento das matrículas antes bloqueadas. Em 21.09.2010, a Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon, complementou a deliberação do CNJ para determinar que os Cartórios procedessem à notificação pessoal dos titulares das matrículas canceladas e de direitos reais sobre os imóveis, cientificando o CNJ sobre o cumprimento ou fracasso da diligência.

Quanto ao tema de fundo, sustenta a inicial que (i) houve violação da ampla defesa e do contraditório, pois direitos individuais foram desconstituídos sem a oitiva prévia dos interessados; (ii) o CNJ não respeitou a Lei 9.784/99, que estabelece normas essenciais sobre o processo administrativo federal; (iii) as regras específicas de direito notarial e registros públicos impedem o cancelamento administrativo de matrículas, sendo necessário interpretar a Lei 6.739/79 em acordo com as garantias constitucionais estabelecidas posteriormente pela Constituição Federal de 1988; (iv) não é viável o cancelamento administrativo de matrícula sob argumento de existência de vício do título causal; (v) não existe amparo legal ao argumento de que cabe ao particular o afastamento da presunção – em si inexistente – de propriedade pública de todas as terras brasileiras; (vi) o bloqueio anterior permitia que os Juízes de Direito das Varas Agrárias do Estado autorizassem sua reversão em cada caso concreto, ao passo que o cancelamento se deu de forma abstrata, irrestrita e irrevogável; (vii) os títulos de propriedade são essenciais para a obtenção de créditos agrícolas, sem os quais a atividade econômica rural fica impossibilitada; (viii) já existem ações individuais, propostas pelo Estado do Pará e pelo Ministério Público, questionando os títulos de certas propriedades suspeitas; (ix) já se encontra expirado o prazo de três anos dado pelo art. 51 do ADCT para revisão de títulos de terra; (x) a impetrante é possuidora de boa-fé, exercendo atividade econômica regular na área; e (xi) ainda que irregulares, os títulos poderiam ser ratificados pelo Poder Público.

Quanto ao pedido de liminar, o fumus boni iuris decorre dos argumentos anteriormente mencionados, e o periculum in mora, dos fatos de que “a impetrante possui no imóvel rural valiosas benfeitorias, construções, equipamentos estacionários, plantações (...), introduzidas ao longo de mais de quatro décadas”, e que agora “está sendo condenada à total destruição de seu patrimônio”, inclusive porque o ato “estimulou nova onda de invasões dos imóveis rurais, dentre os quais o da impetrante, conforme registram os boletins de ocorrência anexados; além disso, “nenhum financiamento ou transação comercial de nenhuma natureza pode ser realizado” (fls. 43/44, e/STF). Assim, justificada a concessão de liminar para o restabelecimento da matrícula do imóvel de propriedade da impetrante.

Ao final, requer-se a anulação do ato coator e o cancelamento dos atos executórios a ele relacionados.

Conforme salientado na decisão anterior, a pretensão guarda similitude com as versadas nos anteriores Mandados de Segurança nº 29.375/PA, 30.231/PA, 30.220/PA, 30.215/PA, 30.222/PA, 30.040/PA e 29.312/PA, que suscitaram, aliás, a distribuição deste MS por prevenção. Os processos anteriores tiveram pedido de liminar parcialmente deferida em decisões proferidas pela Ministra Ellen Gracie. Ao decidir o pedido de liminar no MS 29.375/PA, a Relatora examinou minuciosamente o tema, proferindo decisão parcialmente transcrita a seguir:

“19. A leitura atenta e minuciosa dos autos me conduziu a uma profunda reflexão sobre as questões subjacentes a este caso, o que sobreleva a importância do julgamento cautelar a ser proferido.

De um lado, há a situação do impetrante que teve os registros de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 55

suas terras cancelados pela Corregedoria Nacional de Justiça.De outra parte, chama a atenção a situação caótica dos registros de

terras no Estado do Pará, que chegou ao ponto de ter municípios em que os registros e matrículas imobiliários apontam áreas territoriais maiores do que o próprio Estado, situação teratológica que certamente conduziu a Corregedoria Nacional de Justiça a tomar a decisão ora impugnada, para tentar colocar ordem na atividade registral daquela unidade federativa.

Constato, assim, que há necessidade de máxima prudência no presente caso. É que o simples deferimento do pedido de medida liminar poderá conduzir a situações temerárias, que a Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça do Estado do Pará buscou evitar, ao editar o Provimento 013/2006-CJCI, bloqueando matrículas de áreas rurais.

20. Vislumbro, entretanto, em juízo de delibação, a plausibilidade jurídica do pedido formulado na presente impetração.

Constato que o Pedido de Providências 0001943-67.2009.2.00.0000 tramitou em segredo de justiça, motivo por que não teve o impetrante acesso regular ao feito.

É dizer, não foi ele previamente intimado para se defender perante a Corregedoria Nacional de Justiça, o que ofende, a princípio, os mandamentos insertos no art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal.

(...)Ressalte-se que o próprio art. 214 da Lei 6.015/1973 (Lei de

Registros Públicos), utilizado como razão de decidir pelo então Corregedor Nacional de Justiça, Ministro Gilson Dipp, explicita, em seu parágrafo primeiro, que “a nulidade será decretada depois de ouvidos os atingidos”.

21. Saliente-se ainda a densidade jurídica dos argumentos postos na decisão proferida pela Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, ao indeferir o pedido de cancelamento administrativo das matrículas dos imóveis rurais bloqueadas por força do Provimento 013/2006-CJCI.

Entendeu a Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior que o cancelamento do registro por nulidade em si mesmo poderia ser realizado na via administrativa, mas a declaração de nulidade de um título que serviu como base para o registro, todavia, necessitaria de decisão judicial transitada em julgado”.

Por existir forte congruência fática entre as hipóteses, e com o objetivo de afastar a sempre indesejável atribuição de provimentos jurisdicionais diversos a casos semelhantes, adotam-se nesta oportunidade os mesmos fundamentos e conclusão anteriormente expostos.

Diante do exposto, em juízo de retratação relativo à decisão anterior (art. 317, § 2º, do RISTF), defiro em parte a liminar pleiteada nos mesmos limites das decisões liminares proferidas em casos semelhantes para suspender, apenas e tão-somente quanto à propriedade da impetrante, os efeitos da decisão proferida em 16.8.2012 pelo CNJ nos autos do Pedido de Providências 0001943-67.2009.2.00.0000, até o julgamento de mérito do presente mandado de segurança, permanecendo a impetrante, todavia, sujeita ao que expressamente dispôs a Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça do Estado do Pará no Provimento 013/2006-CJCI, ou seja, à manutenção da averbação do bloqueio da matrícula do imóvel.

Notifique-se a autoridade apontada como coatora para que preste informações no prazo de dez dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009). Comunique-se a Corregedoria Nacional de Justiça, a Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e o Estado do Pará, encaminhando-lhes cópias desta decisão.

Dê-se ciência à Advocacia-Geral da União (doc. 31). Após o encaminhamento das informações, abra-se vista dos autos ao

Ministério Público Federal.Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2.012.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 5.700 (520)ORIGEM : RCL - 196167 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : RELATOR DA RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL Nº

21593/2007 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

INTDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

MARANHÃO

DECISÃO: Recebo a manifestação de fl. 239 como pedido de desistência do presente agravo regimental, o qual homologo para que surtam seus efeitos legais (art. 21, VIII, do RI/STF).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.216 (521)ORIGEM : PROC - 00652004820095150081 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : MAURICIO DA SILVA MIRANDAAGDO.(A/S) : FÁBIO FERNANDO RONDANIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO SIGRI FILHOINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 851 (522)ORIGEM : PROC - 200535000027592 - JUIZ FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSEMBDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : ASSIR BARBOSA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de embargos de declaração opostos pelo Estado de Goiás,

em face da decisão de fls. 301, na qual não conheci de agravo regimental por intempestividade do recurso, já certificado o trânsito em julgado.

Defende o embargante a tempestividade do recurso interposto, pois dentro do decênio legal contado da intimação via postal do Estado de Goiás, em 28/5/10. Assevera, ainda, que o recurso de agravo regimental deveria ser suspenso a fim de aguardar o julgamento do RE nº 627.051/PE, com repercussão geral reconhecida.

É o breve relato. Decido.Vê-se que o agravante não observou o prazo para a interposição do

agravo regimental.A decisão agravada foi publicada no dia 21/5/10 (sexta-feira). Iniciada

a contagem do prazo - em dobro, conforme disposto no artigo 188 do Código de Processo Civil - no dia útil seguinte, 24/5/10 (segunda-feira), o prazo terminou no dia 2/6/10 (quarta-feira). A petição de agravo regimental, todavia, foi protocolada somente em 7/6/1 (segunda-feira seguinte), após o término do prazo. É, portanto, intempestivo.

Ressalte-se ser insuficiente para afastar a intempestividade do recurso a alegação de que “em 28/05/2010 o Estado de Goiás foi intimado via postal (fl. 272-4) realizando carga dos autos nesta mesma data (fl. 269)”. O prazo processual para o Estado recorrer começa a fluir após a publicação da decisão no Diário Oficial, pois os procuradores estaduais não gozam da prerrogativa da intimação pessoal. É o que o artigo 236 do Código de Processo Civil dispõe: “No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial”.

Sobre o tema, anote-se:“RECURSO - PRAZO - INTIMAÇÃO FICTA VERSUS PESSOAL. Não

sendo pessoal, a intimação ocorre normalmente com a ciência a ser dada ao representante do Estado - um procurador. A expedição de mandado não tem o condão de reabrir o prazo recursal considerada a intimação ficta mediante a publicação do ato no Diário Oficial. AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (AI nº 590.561/SP-Agr, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 23/2/07).

No mesmo sentido: RE nº 469.371/GO-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ de 24/9/10; AI 840.816/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, DJ de 19/4/12; AI 648.193/AM, Rel. Min. Dias Toffoli, DJ de 10/12/09.

Ademais, quanto a suspensão do feito para aguardar julgamento do RE nº 627.051/PE, ressalte-se que o referido recurso somente teve repercussão geral reconhecida em decisão de 26/5/11, quando já transitada em julgada a presente ação cível originária.

Além disso, a matéria versada no referido recurso extraordinário é diversa da presente ação, pois discute a imunidade tributária recíproca quanto à incidência de ICMS sobre o transporte de encomendas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, ao passo que, na presente ação, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 56

que se discute é a imunidade tributária recíproca quanto à incidência de IPVA sobre os veículos da empresa pública.

Por fim, é de se ressaltar que a sistemática da repercussão geral, prevista no art. 543-B do CPC, não se aplica aos feitos de competência originária desta Suprema Corte, restrita que é aos recursos extraordinários.

Ausente, portanto, a omissão arguida pelo embargante. Devidamente certificado o trânsito em julgado, rejeito os embargos de

declaração.Arquive-se.Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EXTRADIÇÃO 1.179 (523)ORIGEM : EXT - 1179 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REINO DA ESPANHARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHAEXTDO.(A/S) : JUAN MARTINEZ RAMONADV.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS SENA

DECISÃOEXTRADIÇÃO. NOTA VERBAL DO REINO DA ESPANHA.

DESISTÊNCIA DO PEDIDO DE EXTRADIÇÃO. PRESCRIÇÃO DA PENA DO EXTRADITANDO. PEDIDO DE DESISTÊNCIA HOMOLOGADO. EXPEDIÇÃO DO ALVARÁ DE SOLTURA. ARQUIVAMENTO DOS AUTOS.

Relatório1. Pelo Aviso n. 2162–MJ, e tendo como base no art. IX do Tratado de

Extradição firmado entre o Brasil e a Espanha, o Ministro de Estado da Justiça encaminhou “documentos justificativos e formalizadores do pedido de extradição do nacional espanhol JUAN MARTINEZ RAMON” (fl. 2), “portador do B.I. número 74.159.363, filho de José e de Nieves, nascido em Avileses (Múrcia-Espanha) em 4 de Janeiro de 1951” (fl. 11), formulado por via diplomática pelo Reino da Espanha (Nota Verbal n. 237, de 25.9.2009).

Solicitou, ainda, “providências no sentido de, se julgar cabível, determinar a prisão para fins de extradição do referido estrangeiro” (fl. 2).

2. O pedido foi instruído com documentos que noticiam ter sido o Extraditando condenado por “sentença transitada em julgado de 6 de junho de 2006 a (...) duas penas de 3 anos de prisão e duas penas de multa de 10 e 16 meses”, pelo cometimento “de um delito contra o direito dos trabalhadores pelo artº. 312.2 segunda premissa do Código Penal e de um delito de prostituição pelo artº. 188.1 do mesmo Código” (fl. 6).

Em razão daqueles fatos, o Juízo da Audiência Provincial de Valencia - Primeira Seção decretou, em 23.10.2006, a prisão para fins de execução do Extraditando, conforme documentos constantes dos autos (fls. 65-66 e 78-79 – traduzido).

3. Em 29.10.2009, decretei a prisão preventiva de JUAN MARTINEZ RAMON, nos termos do art. 82 da Lei n. 6.815/80, para fins de extradição.

4. Em razão da certidão de fl. 235 e do tempo decorrido entre a decretação da prisão preventiva do Extraditando e o não-cumprimento do mandado de prisão, determinei fossem a) notificada a representação diplomática do Estado requerente, por intermédio do Ministro de Estado da Justiça, para que se manifestasse a respeito da subsistência de interesse na extradição de JUAN MARTINEZ RAMON, e, em caso afirmativo, fornecesse informações e cópia de documentos que indiquem a presença do Extraditando no território brasileiro, sob pena de arquivamento da presente extradição, no prazo de 60 dias; e b) requisitadas informações ao Departamento de Polícia Federal quanto às medidas expendidas para o cumprimento do mandado de prisão, devendo, se for o caso, o paradeiro do Extraditando ser qualificado como incerto e não sabido.

5. Em 12.1.2012, o Ministro de Estado da Justiça informou que “em 25 de outubro de 2012, a Embaixada da Espanha foi regularmente notificada acerca das exigências formuladas por essa Suprema Corte” (fl. 246).

6. Em 9.4.2012, o Ministro de Estado da Justiça comunicou “que o mandado de prisão, para fins de extradição, do nacional espanhol JUAN MARTINEZ RAMON foi cumprido positivamente no dia 26 de janeiro de 2012” (fl. 303).

7. Em 9.8.2012, o Ministro de Estado da Justiça encaminhou a “Nota Verbal nº 138/2012, regularmente apresentada pela Missão Diplomática da [Espanha], por meio da qual confirma a prescrição da pena imposta ao nacional espanhol JUAN MARTINEZ RAMON, bem como informa o cancelamento do pedido de extradição do nominado” (fl. 322).

Este o teor da Nota Verbal espanhola, verbis:“(...) La Embajada de Espanã saluda atentamente al Ministerio de

Relaciones Exteriores del Brasil y tiene el honor de responder a su Nota Verbal nº 39 relativa a la solicitud de extradición de JUAN MARTINEZ RAMON, confirmando la prescripción de la pena que le fue impuesta y desistiendo, por tanto, de su extradición (...)” (fl. 323, transcrição conforme o original).

8. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se “pela extinção do feito e arquivamento dos autos”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.

9. A última nota verbal encaminhada pelo Governo da Espanha tem como objeto a desistência do pedido de extradição, caso em que, na linha da jurisprudência sedimentada deste Supremo Tribunal, a homologação é irrecusável. Nesse sentido, a Extradição n. 804-QO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 27.9.2002, verbis:

“EXTRADIÇÃO - DESISTÊNCIA - ESPÉCIES (DESISTÊNCIA DA AÇÃO DE EXTRADIÇÃO PASSIVA E DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO DA ORDEM EXTRADICIONAL) - POSSIBILIDADE - IRRELEVÂNCIA DA EXISTÊNCIA, OU NÃO, DE DECISÃO COM TRÂNSITO EM JULGADO - PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO EXTRADICIONAL QUE SE HOMOLOGA. - O ESTADO ESTRANGEIRO PODE REQUERER A DESISTÊNCIA DA AÇÃO DE EXTRADIÇÃO PASSIVA, ENQUANTO AINDA NÃO JULGADA, CABENDO, EM TAL HIPÓTESE, AO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL OU AO PRÓPRIO RELATOR DA CAUSA, A PRÁTICA DO ATO DE HOMOLOGAÇÃO DESSA UNILATERAL DECLARAÇÃO DE VONTADE. PRECEDENTES. - SE, NO ENTANTO, O PEDIDO DE EXTRADIÇÃO JÁ HOUVER SIDO APRECIADO E DEFERIDO, TORNAR-SE-Á LÍCITO, AO ESTADO ESTRANGEIRO, DESISTIR DA EXECUÇÃO DA ORDEM EXTRADICIONAL, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA, OU NÃO, DO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO PLENÁRIA PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL”.

Nesse sentido, entre outras, as decisões monocráticas proferidas nas Extradições ns. 1.217, de minha relatoria, DJ 23.5.2011; 1.192, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 20.8.2010; 862, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 1º.2.2005; 780, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ 8.5.2000; e nas Prisões Preventivas para Extradição ns. 650, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 24.9.2010; 97, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ 18.8.2000.

10. Ante o exposto, tendo o Estado requerente manifestado, expressamente, seu desinteresse na extradição e retirado o pedido antes formulado, homologo o pedido de desistência formulado, revogo o decreto de prisão preventiva expedido contra JUAN MARTINEZ RAMON e determino o arquivamento dos autos.

Expeça-se imediato alvará de soltura se por outro fato não estiver o Extraditando preso.

Oficie-se ao Ministro de Estado da Justiça e ao Estado Requerente; comunique-se, com urgência, via telex, ao Superintendente da Polícia Federal em Goiás.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

PETIÇÃO AVULSA NA EXTRADIÇÃO 1.216 (524)ORIGEM : EXT - 1216 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAEXTDO.(A/S) : JOE SOK NAM OU JOHN SOK NAM OU JOHN JOE

NAM OU JOHN JOE SOK NAM OU JONAM OU JOE NAM OU JOHN NAM

ADV.(A/S) : VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA

DESPACHO: Vistos. Trata-se de pedido de extradição instrutória formulado pelo Governo

dos Estados Unidos da América (Nota Verbal nº 429 - fls. 4/11), encaminhado por via diplomática ao Ministério das Relações Exteriores (fl. 3), com fundamento no art. IX do Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Governo daquele país, pelo qual se pediu a extradição do nacional norte-americano Joe Sok Nam, investigado naquele País pela prática do crime de roubo circunstanciado.

A Corte, em sessão plenária realizada em 2/3/11, acolheu o voto que proferi no sentido do deferimento do pedido de extraduição, com a “condição de que o Estado requerente, na eventual hipótese de condenação do extraditando pelo crime que motivou o pedido extradicional, assuma formalmente o compromisso de comutar eventual pena de prisão perpétua por pena privativa de liberdade que não ultrapasse o limite máximo de 30 anos, por força do que estabelece o art. 75 do Código Penal brasileiro, devendo, ainda, efetuar-se a detração do tempo de prisão ao qual ele foi submetido no Brasil (art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80)” (fl. 201).

Essa decisão transitou em julgado em 5/12/11 (fl. 333).Por intermédio da Petição/STF nº 47543/12, protocolada nesta Corte

aos 14/9//12, o extraditando declara que “os Estados Unidos da América imputam ao peticionário, a responsabilidade por outros fatos, de que são exemplo os intitulados casos de números 0066133401010; 040262201010; 097784901010” (fl. 344), enquanto o processo criminal a que se refere a Nota Verbal nº 429, pelo qual deferida a extradição do peticionário, é o de nº 661425, de sorte que, “ainda que indiretamente, foi e está sendo imputada a responsabilidade por fatos diversos em relação àqueles que serviram de base para a autorização, pelo Supremo Tribunal Federal, da extradição” (fl. 346 – grifos conforme o original).

Decido. Em síntese, noticia o extraditando que o Estado requerente,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 57

supostamente, estaria descumprido o Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América, já que não teria sido ela deferida em relação a outros crimes que não o de roubo qualificado, por incidência, na espécie, do art. XXI do Tratado de Extradição de regência, que traz a seguinte redação, in verbis:

“ARTIGO XXIO indivíduo, extraditado em virtude dêste Tratado, não será julgado

ou punido pelo Estado requerente por nenhum crime ou delito, cometido anteriormente ao pedido de sua extradição, que não seja o que deu lugar ao pedido, nem poderá ser reextraditado pelo Estado requerente para terceiro país que o reclame, salvo se nisso convier o Estado requerido, ou se o extraditado, pôsto em liberdade no Estado requerente, permanecer, voluntáriamente, no Estado por mais de 30 dias, contados da data em que tiver sido solto. Ao ser pôsto em liberdade, o interessado deverá ser informado das conseqüências a que o exporia sua permanência no território do Estado requerente.”

Dito isso, afirmo que não compete ao Supremo Tribunal Federal resolver questões relativas ao eventual descumprimento do tratado firmado entre o Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América, por não exercer soberania internacional, inerente à República Federativa do Brasil.

Com efeito, o nosso ordenamento confere a esta Suprema Corte a competência para analisar a legalidade e a procedência do pleito de extradição. Nesse contexto, tendo sido ela julgada no sentido de ser possível a entrega do súdito estrangeiro ao estado requerente, está exaurida a função jurisdicional da Corte (art. 102, inciso I, alínea “g”, da CF; art. 83 da Lei nº 6.815/80; e art. 207 do RISTF). Confira-se a RCL nº 11.243/República Italiana, Tribunal Pleno, Relator para acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11.

Por essas razões, mantendo cópia desta petição nos autos, determino o seu desentranhamento e encaminhamento do original e seus anexos ao Ministro de Estado da Relações Exteriores para que adote as providências que julgar pertinentes, com idêntico envio de cópia ao Ministro de Estado da Justiça.

Publique-se.Arquive-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 104.472 (525)ORIGEM : AP - 2008001994650 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FRANCISCO MAURO CÉSAR TEIXEIRA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : PABLO LOPES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: As informações prestadas pelo MM. Juiz de Direito da Vara Única da comarca de Aiuaba/CE evidenciam que não mais subsiste a situação versada nos presentes autos, eis que “(...) o processo-crime nº 2008.0019.9465-0 foi sentenciado e julgada improcedente a ação em 02/02/2011” (grifei).

A ocorrência desse fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC 74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC 84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES – RHC 82.345/RJ, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em consequência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em consequência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”, em virtude da perda superveniente de seu objeto.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 107.958 (526)ORIGEM : HC - 198570 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : FLAVIO ARAUJO FERREIRAIMPTE.(S) : ODILON VIEIRA NETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 198.570 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Com a inicial não veio a cópia da sentença proferida no Processo

nº 000414-14.2006.814-0028, em curso na 5ª Vara Penal da Comarca de Marabá/PA. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Juízo criminal.3. Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se nas providências.4. Publiquem. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 108.777 (527)ORIGEM : HC - 192640 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MÁRCIO ANTÔNIO RODRIGUESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Em consulta aos registros processuais que o E. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais mantém em sua página oficial na “Internet”, constatei que foi declarada extinta a punibilidade do ora paciente (Processo-crime nº 0042580.11.1992.8.13.0027).

A ocorrência desse fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC 74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC 84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES – RHC 82.345/RJ, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 109.016 (528)ORIGEM : HC - 198217 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : GILMAR DOS SANTOSIMPTE.(S) : GILMAR DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Noto a ausência de cópia das seguintes peças: a decisão na qual

não acolhido pleito de livramento condicional formulado pelo paciente,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 58

proferida pelo Juízo da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Dracena/SP no Processo nº 557563; e o acórdão que implicou o indeferimento do Habeas Corpus nº 0079006-42.2012.8.26.0000, formalizado no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pedido de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Juízo criminal e ao Tribunal estadual.3. Ao paciente-impetrante, para, querendo, antecipar-se nas

providências.4. Publiquem. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 109.403 (529)ORIGEM : HC - 145583 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : LEONARDO BEULKIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 145583 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: O presente writ, sem pedido de liminar, foi impetrado sob a alegação de constrangimento ilegal pela demora do STJ em julgar o HC n. 145.583, distribuído em 21/08/2009 e concluso desde 02/12/2009 com parecer ministerial.

Solicitem-se informações.Após, dê-se vista ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.451 (530)ORIGEM : HC - 206641 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : FERNANDO CÉSAR DE MATOSIMPTE.(S) : FERNANDO CÉSAR DE MATOSCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 206641 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS : CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME. NECESSIDADE DE EXAME CRIMINOLÓGICO. DECISÃO FUNDAMENTADA. HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. INVIABILIDADE DE CONCESSÃO, EX OFFICIO, DA ORDEM.

- Habeas corpus não conhecido, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência do Supremo Tribunal Federal.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra ato do Ministro Haroldo Rodrigues, do STJ, consubstanciado em decisão de seguinte teor:

"A petição inicial, elaborada de forma bastante confusa, pelo próprio impetrante/paciente, não tem condições de ser processada nesta instância, porquanto não permite visualizar o constrangimento que o paciente alega estar sofrendo.

Assim, indefiro liminarmente o pedido, a teor do disposto no art. 210 do Regimento Interno desta Corte."

Infere-se da inicial que o paciente teria cumprido 10 (dez) anos de pena, tendo sido negada a progressão de regime com fundamento em laudo criminológico adverso.

O paciente/impetrante requer, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem para que lhe seja deferida a progressão de regime.

É o relatório. DECIDO.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam

sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral -, com o objetivo viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudo nulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

É o caso de negar seguimento ao writ, por manifesta e inarredável incompetência do Supremo Tribunal Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 59

Ad argumentandum tantum, sequer é o caso de cogitar da concessão da ordem ex officio. Destarte, o entendimento pacificado nesta Corte é diametralmente oposto ao sustentado nas razões da impetração, conforme se pode inferir dos seguintes precedentes:

Ementa. - “Habeas corpus”. - Correto o parecer da Procuradoria-Geral da República ao salientar que, tratando-se, como se trata, de exame de requisitos subjetivos para a concessão de progressão quanto a regime de pena, e estando as decisões que a denegaram fundamentadas, não é a via sumária do “habeas corpus” o meio idôneo para reexaminá-los. “Habeas corpus” indeferido.

Hc 70.244/SP, 1ª Turma, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 13/05/1994)

“EMENTA: - DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA: PROGRESSÃO. REQUISITOS SUBJETIVOS. PROVA. “HABEAS CORPUS”. 1. Estão corretos o acórdão impugnado e o parecer do Ministério Público Federal, pois, havendo as decisões estaduais, de 1º e 2º graus, negado o benefício da progressão, por não preencher o sentenciado os requisitos subjetivos previstos na lei, segundo os elementos de prova, que examinou, não cabia ao Superior Tribunal de Justiça, reexaminá-los em Habeas Corpus, para eventualmente deferi-lo. Pela mesma razão, não o pode fazer esta Corte, dado o âmbito estreito do “writ”, que não admite interpretação de provas sobre fatos. 2. “H.C.” indeferido.”

(HC 80.713/SP, 1ª Turma, Rel. Min. SYDNEY SANCHES)In casu, o Juízo da Execução constatou a necessidade do exame

criminológico, por se tratar de condenado pela prática de crimes praticados com violência contra a pessoa, com significativa pena a cumprir cujo término dar-se-á em 2035.

Ex positis, não conheço do writ, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência desta Corte.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.455 (531)ORIGEM : HC - 139238 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : PEDRO RODRIGUES CONDÉ OU PEDRO RODRIGUES

CONDÉ FILHOIMPTE.(S) : PEDRO RODRIGUES CONDÉCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: O pleito cautelar restou indeferido.Remetam-se os autos ao Ministério Público para emissão de parecer.Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.558 (532)ORIGEM : HC - 146819 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : MARCELO RODRIGUES VALENCIOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146819 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: O presente writ foi impetrado sob o fundamento da demora do STJ em julgar o HC n. 146.819, consubstanciando ofensa à previsão constitucional de julgamento em tempo razoável (CF, art. 5º, inc. LXXVIII).

O julgamento reclamado ocorreu em 29/04/10, tendo o acórdão transitado em julgado em 12/07/10 (informação obtida em consulta feita no site do STJ).

Ex positis, julgo prejudicada impetração, por perda de seu objeto, com fundamento no art. 21, IX, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.561 (533)ORIGEM : HC - 186397 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ANTONIO CARLOS DA SILVAIMPTE.(S) : JEAN GUSTAVO MOISES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. FURTO TRIPLAMENTE QUALIFICADO, NA FORMA TENTADA (CP, ART. 155, § 4º, I, II E IV, C/C ART. 14, II). NULIDADE PROCESSUAL. INOBSERVÂNCIA DO ART. 212 DO CPP. PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE. PERDA DO OBJETO.

- Habeas corpus prejudicado.DECISÃO: O Juiz de Primeiro Grau proferiu decisão de seguinte teor:“Processo nº 421/08.Vistos.Ao relatório da r. sentença de fls. 142/147, que condenou o réu a 09

meses de reclusão a serem cumpridos em regime aberto, e 03 dias multa, substituída a pena corporal por uma restritiva de direitos consistente na prestação de serviços à comunidade com posterior individualização na fase de execução acrescento que esta transitou em julgado regularmente em julgado para o Ministério Público em 03/10/2011.

Conforme o cálculo elaborado pela zelosa serventia ocorreu nos presentes autos a prescrição em sua forma retroativa tendo em vista que entre o recebimento da denúncia e a publicação da r. sentença houve o decurso de 03 anos e 04 dias. A pena aplicada apresenta um lapso temporal de 02 anos.

Em face do exposto, com fundamento no artigo 107, inciso IV, do Código Penal, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do acusado ANTÔNIO CARLOS DA SILVA.

Considerando a existência de habeas corpus, perante o Colendo Supremo Tribunal Federal, determino a expedição de ofício comunicando a presente decisão.

[…].”O paciente foi condenado por furto triplamente qualificado, na forma

tentada (CP, art. 155, § 4º, I, II e IV.Sendo o pedido e a causa de pedir a nulidade de ato processual,

consistente em ofensa à regra estabelecida no art. 212 do CPP – o Juiz teria ouvido a testemunha de acusação na ausência do Promotor de Justiça –, o presente writ perdeu o objeto, porquanto torna-se despicienda anulação do ato quando já ocorrida a prescrição e a consequente extinção do processo.

Ex positis, julgo prejudicada a impetração, por perda de seu objeto, com fundamento no art. 21, IX, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.580 (534)ORIGEM : HC - 150177 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : JAIME MORAES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 150.177 NO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Trata-se de habeas corpus, sem pedido de liminar, impetrado sob o fundamento de demora do STJ em julgar o HC n. 150.177, distribuído em 07/10/2009 e concluso, com parecer ministerial, desde 16/12/2012.

A Defensoria Pública da União requer a concessão da ordem a fim de determinar ao relator a apresentação imediata do feito em mesa para julgamento.

Requisitem-se informações.Após, dê-se vista ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.641 (535)ORIGEM : HC - 170938 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : I F DE OIMPTE.(S) : RENATO SIMÃO DE ARRUDACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 170938 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS : CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. ESTUPRO CONTINUADO CONTRA VULNERÁVEL – ENTEADA DE 12 ANOS DE IDADE. (ART. 213, C/C OS ARTS. 224, A , 225, § 1º, II, E 226, II, POR DUAS VEZES, NA FORMA DO ART. 71, TODOS DO CÓDIGO PENAL). NEGATIVA DO APELO EM LIBERDADE. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FATO NOVO: INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAR A PRÁTICA DE NOVO ESTUPRO CONTRA A IRMÃ DA VÍTIMA,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 60

REFORÇANDO A NECESSIDADE DA PRISÃO CAUTELAR PARA EVITAR REITERAÇÃO DELITUOSA. INVIABILIDADE DE CONCESSÃO, EX OFFICIO, DA ORDEM.

- Habeas corpus ao qual se nega seguimento, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência do Supremo Tribunal Federal.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra ato de Relator, do STJ, que indeferiu pleito cautelar em idêntica sede processual.

Colhe-se dos autos que o paciente foi condenado à pena de 18 (dezoito) anos, 4 (quatro) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de estupro contra vulnerável (art. 213, c/c os arts. 224, a, 225, § 1º, II, e 226, II, por duas vezes, na forma do art. 71, todos do Código Penal), sendo-lhe negado o direito de recorrer em liberdade, não obstante tenha permanecido solto durante a instrução criminal.

O impetrante alega que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal em razão de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo que indeferiu o direito de recorrer em liberdade, bem como em virtude da decisão do Relator, no STJ, que indeferiu a medida liminar requerida para determinar a expedição de alvará de soltura.

Sustenta a inexistência de elementos concretos vinculados às hipóteses do art. 312 do Código de Processo Penal, razão pela qual a permanência do paciente no cárcere afronta o princípio da presunção de inocência.

Requer a concessão de liminar a fim de que o paciente seja posto imediatamente em liberdade.

A liminar foi indeferida.O Ministério Público Federal manifestou-se em parecer resumido

nestes termos:“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR

COMETIDO CONTRA A ENTEADA, DE APENAS 12 ANOS DE IDADE. CP, ART. 213 C/C OS ARTS. 224, A , 225, § 1º, II E 226, II, POR DUAS VEZES, NA FORMA DO ART. 71. PRISÃO CAUTELAR. INDEFERIMENTO DE MEDIDA LIMINAR PELO STJ NOS AUTOS DO HC Nº 170.938/SP. SUPERVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DE MÉRITO. ORDEM DENEGADA. PERDA DO OBJETO. WRIT PREJUDICADO. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. NEGATIVA DO DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE. FUNDAMENTAÇÃO EVIDENCIADA. REITERAÇÃO DO MESMO DELITO, PERPETRADO, DESTA VEZ, CONTRA A IRMÃ DA PRÓPRIA VÍTIMA. SUPERVENIÊNCIA DE FATO NOVO, QUE JUSTIFICA, POR SI SÓ, A CUSTÓDIA PROVISÓRIA PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

- Parecer pela prejudicialidade do mandamus ou, no mérito, pela denegação da ordem.”

É o relatório. DECIDO.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudo nulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

In casu, cabe registrar, ab initio, a prejudicialidade do feito em razão do julgamento de mérito do writ impetrado no Superior Tribunal de Justiça, exsurgindo novo título passível de impugnação pela via do recurso ordinário.

Sequer é a hipótese de concessão, ex officio, da ordem, porquanto, consoante afirmado no voto condutor do ato ora impugnado, adveio fato novo consistente na instauração de inquérito policial para apurar a prática de outro estupro praticado contra a irmã da vítima, evidenciando a necessidade da prisão cautelar para garantia da ordem pública em face da real possibilidade de reiteração delituosa.

Ex positis, nego seguimento ao writ, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência desta Corte.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 109.665 (536)ORIGEM : HC - 177950 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ROBERTO VIANA PEREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS : CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 61

INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. HC NO STJ COMO SUBSTITUTIVO DO RECURSO CABÍVEL. NÃO CONHECIMENTO. PRETENSÃO DE QUE O TRIBUNAL A QUO ANALISE AS QUESTÕES DE MÉRITO. NEGATIVA DE JURISDIÇÃO. IMPROCEDÊNCIA: OBSERVÂNCIA DE REGRAS CONSTITUCIONAIS DE COMPETÊNCIA. ROUBO QUALIFICADO (CP, ART. 157, § 2º, I). INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. HABEAS CORPUS. SEDE PROCESSUAL INADEQUADA. APREENSÃO DA ARMA DE FOGO COMO CONDIÇÃO DE INCIDÊNCIA DA MAJORANTE. DESNECESSIDADE. PRECEDENTES: HC 94237, 1ª TURMA, REL. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE DE 20-02-2009, E HC 98227/MS, REL. MIN. CARLOS BRITTO, 1ª TURMA, DJE DE 07/08/2009. INVIABILIDADE DE CONCESSÃO, EX OFFICIO, DA ORDEM.

- Habeas corpus ao qual se nega seguimento, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência do Supremo Tribunal Federal.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o seguinte teor:

“PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS PARA A CONDENAÇÃO. ROUBO QUALIFICADO. AUSÊNCIA DE PERÍCIA DA ARMA DE FOGO. DECRETO CONDENATÓRIO TRANSITADO EM JULGADO. IMPETRAÇÃO QUE DEVE SER COMPREENDIDA DENTRO DOS LIMITES RECURSAIS. ORDEM NÃO CONHECIDA.

I. Conquanto o uso do habeas corpus em substituição aos recursos cabíveis – ou incidentalmente como salvaguarda de possíveis liberdades em perigo – crescentemente fora de sua inspiração originária tenha sido muito alargado pelos Tribunais, há certos limites a serem respeitados, em homenagem à própria Constituição, devendo a impetração ser compreendida dentro dos limites da racionalidade recursal preexistente e coexistente para que não se perca a razão lógica e sistemática dos recursos ordinários, e mesmo dos excepcionais, por uma irrefletida banalização e vulgarização do habeas corpus.

II. Na hipótese, a condenação transitou em julgado e o impetrante não se insurgiu quanto à eventual ofensa aos dispositivos da legislação federal, no tocante à eventual insuficiência de provas para a condenação, em sede de recurso especial – questão que, ademais, demandaria o revolvimento do contexto fático-probatório -, preferindo a utilização do writ, em substituição aos recursos ordinariamente previstos no ordenamento jurídico.

III. Ordem não conhecida.”O paciente foi condenado pela prática do crime de roubo duplamente

circunstanciado (CP, art. 157, § 2º, I e II)1 à pena de 10 (dez) anos, 3 (três) meses e 6 (seis) dias de reclusão, em regime inicial fechado, seguindo-se a interposição de recurso de apelação que restou provido parcialmente para diminuir a pena para 9 (nove) anos e 9 (nove) meses de reclusão.

Irresignada com esse julgado, a Defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça sustentando a insuficiência de provas para embasar a condenação e, subsidiariamente, a exclusão da causa de diminuição de pena relativa ao emprego de arma de fogo, porquanto o artefato não teria sido apreendido e periciado, restando impossibilitada a averiguação de seu poder intimidatório.

A Quinta Turma do Tribunal a quo, por unanimidade, não conheceu do writ.

Daí esta impetração reiterando as razões postas a exame do STJ.A impetrante sustenta que o acórdão impugnado não pode obstar o

conhecimento do habeas corpus a despeito de ser substitutivo de recurso especial, porquanto tal remédio constitucional de proteção do direito de ir e vir não encontra óbice nem mesmo quando há sentença penal transitada em julgado, cabendo, inclusive, a concessão da ordem de ofício por qualquer juiz ou tribunal, à luz do art. 654 do CPP2.

Afirma “que a egrégia Quinta Turma, alegando uma pretensa defesa da racionalidade do regime recursal do processo penal, ofende ‘irracionalmente’ o regime de garantias da Constituição da República”, em particular o seu inciso LXVIII, verbis: “conceder-se-á ‘habeas corpus’ sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.

Requer a concessão da ordem a fim de determinar ao STJ que proceda ao enfrentamento das questões de mérito deduzidas no HC n. 177.950/MS.

Sem pedido de liminar.A PGR manifestou-se no sentido da denegação da ordem nestes

termos:“HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. ACÓRDÃO DO

TRIBUNAL A QUO QUE NÃO CONHECEU DA IMPETRAÇÃO. MANEJO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. EXCEÇÃO QUE SE FAZ QUANDO DEMONSTRADOS, ICTU OCULI, ILEGALIDADE, TERATOLOGIA OU ABUSO DE PODER. INOCORRÊNCIA. JULGADO QUE NÃO MERECE CENSURA. INCIDÊNCIA DA QUALIFICADORA DO EMPREGA DA ARMA DE FOGO (ART. 157, § 2º, INCISO I, DO CP). AUSÊNCIA DE APREENSÃO DO ARTEFATO. IRRELEVÂNCIA. CIRCUNSTÂNCIA EVIDENCIADA POR OUTROS MEIOS DE PROVA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

- Parecer pela denegação da ordem.”É o relatório. DECIDO.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I,

alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, verbis:Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a

guarda da Constituição, cabendo-lhe:I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudo nulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 62

superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Nesse contexto, é incongruente a determinação para que o Superior Tribunal de Justiça conheça de habeas corpus substitutivo do recurso cabível.

Não se trata de negativa de prestação jurisdicional, mas de necessária observância das regras constitucionais de competência.

Sequer é a hipótese de concessão, ex officio, da ordem, porquanto a alegação de insuficiência probatória demanda o reexame do acervo probatório, inviável, como é cediço, em habeas corpus.

Outrossim, a alegação a respeito da exigência da apreensão da arma de fogo para o efeito de caracterização da qualificado do inc. I do § 2º do art. 157 do Código Penal vem sendo reiteradamente refutada por esta Corte, consoante se vê dos seguintes julgados:

“EMENTA: ROUBO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO. APREENSÃO E PERÍCIA PARA A COMPROVAÇÃO DE SEU POTENCIAL OFENSIVO. DESNECESSIDADE. CIRCUNSTÂNCIA QUE PODE SER EVIDENCIADA POR OUTROS MEIOS DE PROVA. ORDEM DENEGADA.

I - Não se mostra necessária a apreensão e perícia da arma de fogo empregada no roubo para comprovar o seu potencial lesivo, visto que tal qualidade integra a própria natureza do artefato.

II - Lesividade do instrumento que se encontra in re ipsa. III - A qualificadora do art. 157, § 2º, I, do Código Penal, pode ser evidenciada por qualquer meio de prova, em especial pela palavra da vítima - reduzida à impossibilidade de resistência pelo agente - ou pelo depoimento de testemunha presencial.

IV - Se o acusado alegar o contrário ou sustentar a ausência de potencial lesivo da arma empregada para intimidar a vítima, será dele o ônus de produzir tal prova, nos termos do art. 156 do Código de Processo Penal. V - A arma de fogo, mesmo que não tenha o poder de disparar projéteis, pode ser empregada como instrumento contundente, apto a produzir lesões graves.

VI - Hipótese que não guarda correspondência com o roubo praticado com arma de brinquedo.

VII - Precedente do STF. VIII – Ordem indeferida.” (STF, 1ª Turma, HC 94237, Rel. Min.

Ricardo Lewandowski, DJe-035 DIVULG 19-02-2009, PUBLIC 20-02-2009)“EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.

ROUBO. CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA. EMPREGO DE ARMA DE FOGO. ARMA NÃO APREENDIDA. CONFISSÃO JUDICIAL E DECLARAÇÕES DA VÍTIMA. VALOR PROBANTE. ORDEM DENEGADA.

1. Na falta de apreensão da arma de fogo, mas comprovado o seu emprego por outros meios idôneos de prova, não há que se desclassificar o delito para roubo simples.

2. A incidência da majorante do inciso I do § 2º do art. 157 do CP se explica pelo maior potencial de intimidação e consequente rendição da vítima, provocada pelo uso de arma de fogo.

Precedentes. Ordem denegada.” (STF, HC 98227/MS, Rel. Min. Carlos Britto, 1ª

Turma, DJe-148, 07/08/2009).Ex positis, nego seguimento ao writ, com fundamento no art. 38 da

Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência desta Corte para julgá-lo.Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente_____________________________1Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.…§ 2º. A pena aumenta-se de um terço até metade:I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;II – se há o concurso de duas ou mais pessoas.2Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.§ 1º A petição de habeas corpus conterá:a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameça;b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício

ordem de habeas corpus, quando no curso do processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

HABEAS CORPUS 109.701 (537)ORIGEM : HC - 164698 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ANTHONY NWOKEDI TOBECHUKWUIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS : CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. DOSIMETRIA DA PENA. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES – ART. 33, C/C ART. 40, I, DA LEI N. 11.343/2006. NATUREZA E QUANTIDADE DA DROGA (1.945G DE COCAÍNA). CIRCUNSTÂNCIAS, À LUZ DO ART. 42 DA LEI N. 11.343/2006, PREPONDERANTES SOBRE AS ELENCADAS NO ART. 59 DO CÓDIGO PENAL E, IN CASU, CONSIDERADAS NA EXACERBAÇÃO DA PENA-BASE E NO CÁLCULO DA MINORANTE DE QUE TRATA O § 4º DO ART. 33 DA LEI DE DROGAS EM APENAS 1/6, AQUÉM DO QUE PRETENDIDO PELA DEFESA. INOCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTE: HC N. 108.120, REL. LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJE DE 17/11/2011. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA NO ATO IMPUGNADO. INVIABILIDADE DE CONCESSÃO, EX OFFICIO, DA ORDEM, EX OFFICIO.

- Habeas corpus não conhecido, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência do Supremo Tribunal Federal.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, substitutivo de recurso ordinário, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o seguinte teor:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. DOSIMETRIA. PENA-BASE. FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. NATUREZA E QUANTIDADE DE DROGAS APREENDIDAS. ART. 42 DA LEI 11.343/06. EXASPERAÇÃO DA REPRIMENDA. ARGUMENTAÇÃO IDÔNEA. MOTIVOS, CIRCUNSTÂNCIAS E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EM PARTE EVIDENCIADO. SANÇÃO REDIMENSIONADA.

1. Em se tratando de crime de tráfico de drogas, como ocorre na espécie, na fixação da penas, deve-se considerar, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade da substância entorpecente, a personalidade e a conduta social do agente, consoante o disposto no art. 42 da Lei n. 11.343/06.

2. Verificado que a Corte Estadual levou em consideração a natureza e a elevada quantidade de droga apreendida, não há que se falar em constrangimento ilegal quando a sanção básica foi fixada um pouco acima do mínimo legalmente previsto, vez que apontados fundamentos concretos a justificar maior reprimenda.

3. Não tendo sido demonstradas, de forma concreta, as razões pelas quais foram considerados desfavoráveis os motivos do crime, as circunstâncias e as consequências do delito, de rigor a redução da pena-base nesse ponto.

CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. FRAÇÃO DO REDUTOR. DISCRICIONARIEDADE. CIRCUNSTÂNCIAS, NATUREZA E QUANTIDADE DE DROGA. REDUÇÃO INFERIOR AO MÁXIMO JUSTIFICADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL AUSENTE.

1. Tendo o legislador previsto apenas os pressupostos para a incidência do benefício legal, deixando, contudo, de estabelecer os parâmetros para a escolha entre a menor e a maior frações indicadas para a mitigação pela incidência do § 4º do art. 33 da nova Lei de Drogas, devem ser consideradas as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade da droga, a personalidade e a conduta social do agente.

2. Juízo de proporcionalidade que admite a aplicação do redutor mínimo de 1/6 (um sexto), de acordo com o previsto nos arts. 42 da Lei 11.343/06 e 59 do CP, dadas as circunstâncias do caso concreto, bem como a elevada quantidade e a natureza da substância entorpecente apreendida com o paciente - "cocaína" -, cuja nocividade é maior do que a de outras drogas. 3. Habeas corpus parcialmente concedido, apenas para reduzir a pena-base imposta ao paciente, tornando a sua reprimenda definitiva em 5 (cinco) anos, 1 (um) mês e 7 (sete) dias de reclusão e pagamento de 554 (quinhentos e cinquenta e quatro) dias-multa, mantidos, no mais, a sentença condenatória e o acórdão objurgado.”

O paciente foi condenado, em 06/05/2009, à pena de 4 (quatro) anos, 10 (dez) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime inicial, fechado, sem o direito de apelar a liberdade ante a persistência dos fundamentos da prisão cautelar, pelo crime de tráfico transnacional de entorpecentes – art. 33, c/c art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006.

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região proveu, parcialmente, o recurso de apelação da defesa para reconhecer a atenuante da confissão espontânea, em razão de que a pena foi reduzida em 6 (seis) meses, e, também parcialmente, deu provimento ao apelo da acusação para fixar a pena-base acima do mínimo legal, à consideração da grande quantidade de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 63

entorpecente, resultando, alfim, na pena de 6 (seis) anos e 5 (cinco) meses de reclusão.

A defesa interpôs habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que concedeu a ordem parcialmente para reduzir a pena-base, restando a pena totalizada em 5 (cinco) anos, 4 (quatro) meses e 5 (cinco) dias de reclusão.

Daí o presente writ pelo qual a Defensoria Pública da União sustenta a ocorrência de bis in idem consistente na consideração da quantidade e da natureza da droga (dois quilos e meio de cocaína) para agravar a pena-base e para aplicar a minorante do § 4º do art. 33 em apenas 1/6.

Requer a concessão da ordem a fim de que a minorante seja aplicada em 2/3.

Não houve pedido de liminar.A PGR manifestou-se em parecer cuja ementa ostenta o seguinte

teor:“HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES.

CONDENAÇÃO. DOSIMETRIA DA PENA. QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. FUNDAMENTAÇÃO UTILIZADA NO AUMENTO DA PENA-BASE E FIXAÇÃO DA FRAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06. AUSÊNCIA DE BIS IN IDEM. EXISTÊNCIA DE OUTROS FATORES MOTIVADORES DO QUANTUM DE PENA APLICADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO.

Parecer pela denegação da ordem.”É o relatório. DECIDO.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e

recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudo nulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Ad argumentandum, sequer é o caso de concessão, ex officio, da ordem, porquanto o Tribunal de Regional Federal da 3ª Região exacerbou a pena-base com fundamento no art. 42 da Lei de Entorpecentes, o qual dispõe que a natureza e a quantidade da droga devem ser consideradas com preponderância sobre as circunstâncias judiciais elencadas no art. 59 do Código Penal, mantendo a minorante do § 4º do art. da Lei de Drogas em apenas 1/6 com base também na quantidade e qualidade da droga (aproximadamente dois quilos de cocaína – 1.945g), valendo consignar a harmonia do acórdão com o entendimento da 1ª Turma desta Corte, consoante assentado na ementa do HC n. 108.120, de que fui relator, publicada no DJe de 17/11/2011, verbis:

“EMENTA: HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. ARTS. 33, § 4º, E 42 DA LEI Nº 11.343 (LEI DE DROGAS). QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. APRECIAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA NA TERCEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA. POSSIBILIDADE, CASO NÃO CONSIDERADA NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA. INEXISTÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTES DA PRIMEIRA TURMA. ORIENTAÇÃO DA SEGUNDA TURMA EM SENTIDO CONTRÁRIO. QUESTÃO DE ORDEM A FIM DE AFETAR A MATÉRIA AO PLENÁRIO. VENCIDA A PRELIMINAR DILATÓRIA, ORDEM DENEGADA.

1. A quantidade de droga objeto do delito pode ser utilizada pelo magistrado na primeira ou na terceira fase de aplicação da pena, desde que incida apenas uma vez, a fim de evitar-se o bis in idem.

2. Os princípios da culpabilidade e da proporcionalidade impõem que a pena para o fato delituoso seja a mesma, independentemente da fase em que a circunstância seja considerada pelo julgador, por isso que a elevada quantidade da droga é critério hábil a impedir a incidência da minorante prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 no seu grau máximo, de dois terços, salvo se antes utilizada para aumentar a pena-base.

3. O art. 42 da Lei de Drogas, que determina que “o juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto”, não constitui óbice à utilização desses mesmos fatores na terceira fase da dosimetria, máxime porque, se assim não fosse, faltariam ao magistrado critérios para aplicar a escala prevista no § 4º do art. 33 do diploma em comento.

4. Conforme já decidido por esta 1ª Turma, verbis: “A causa especial de diminuição de pena de que trata o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 pode ser aplicada em apenas 1/6 (um sexto), num intervalo de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), com fundamento na quantidade de entorpecente, que é critério preponderante fixado na lei, revelando a justeza da sanção no caso concreto” (HC 104195, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011).

5. In casu: (i) o paciente foi surpreendido com 67 (sessenta e sete) invólucros plásticos contendo cocaína, incidindo no tipo previsto no artigo 12, caput, da Lei nº 6.368/76; (ii) após aplicar a pena-base no mínimo legal (três anos de reclusão), o Tribunal de Justiça decidiu que a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 não deveria retroagir, tendo

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 64

em vista que a aplicação da minorante em conjunto com a pena mínima prevista no art. 33, caput, do novel diploma para o delito de tráfico (cinco anos de reclusão) não seria favorável ao réu, pois se considerou que a elevada quantidade de droga apreendida impediria uma diminuição expressiva; (iii) o montante da droga, assim, apenas foi apreciado na terceira fase de aplicação da pena, não na primeira, o que afasta por completo a alegação de bis in idem.

6. Questão de ordem suscitada, a fim de afetar o julgamento ao Plenário, na forma do art. 22, p. u., a, do RISTF, na medida em que a 2ª Turma vem decidindo de forma diametralmente oposta (HC 106313, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/03/2011; HC 98172, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma; HC 101317, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/06/2010).

6. Vencida a preliminar dilatória, ordem denegada.”Ex positis, não conheço do writ, com fundamento no art. 38 da Lei n.

8.038/90, por manifesta incompetência desta Corte, restando prejudicado o exame do pleito cautelar.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 109.766 (538)ORIGEM : HC - 164459 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : EDIMAR CESARIO RIBEIROIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 164.459 NO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, sem pedido de liminar, em que se imputa ao Superior Tribunal de Justiça constrangimento ilegal em razão da demora no julgamento do HC n. 164.459/ES, distribuído em 15 de março de 2010.

A impetrante alega violação do inc. LXXVIII do art. 5º da Constituição Federal, verbis: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.

Requer a concessão da ordem para determinar o julgamento célere do mencionado habeas corpus.

É o sucinto relatório. DECIDO.Julgamento reclamado ocorreu em 27/08/2012 (informação obtida no

site do Superior Tribunal de Justiça).Ex positis, julgo prejudicado o writ, com fundamento no art. 21, IX, do

RISTF.Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 110.614 (539)ORIGEM : HC - 213719 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOAQUIM BARBOSA DE LIMAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – CESSAÇÃO DO ATO IMPUGNADO –

DESISTÊNCIA. 1. A impetrante informa não mais haver interesse no prosseguimento

do processo e requer a desistência do habeas corpus. 2. Homologo-a para que produza os efeitos legais. 3. PubliquemBrasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 111.748 (540)ORIGEM : RESP - 1193169 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : MARLON RODRIGUESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Juízo da 7ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, visando obter informações a respeito da execução da pena de 08 (oito) meses imposta ao paciente em virtude da prática do crime previsto no artigo 155, § 4º, IV, combinado com o artigo 14, II, do Código Penal, por sentença proferida no Processo-Crime nº 0024.081.78834-1

Com o expediente, encaminhe-se cópia do parecer emitido pela Procuradoria Geral da República.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.649 (541)ORIGEM : HC - 216775 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : EDMÁRIO TERTO DE ANDRADEIMPTE.(S) : JOÃO VIEIRA NETOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOLIMINAR – EXTENSÃO A CORRÉUS – DEFERIMENTO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Tem este teor a decisão mediante a qual Vossa Excelência deferiu o

pedido liminar formulado pelo paciente e estendido, por força do artigo 580 do Código de Processo Penal, a diversos corréus, a saber: Alexandre Santana Leite, Geraldo Antonio dos Santos Filho, Reginaldo Manoel Rufino, Jardel Jose da Silva, Flávio da Silva, Oziel Henrique da Silva, Milton Macedo Magalhães de Oliveira Júnior, Anderson Bartolomeu de Oliveira, Jonas Alexandre da Silva, Thiago da Silva Neri Batista, Flávio Brás de Souza, José Eurico dos Santos, Wilson Joaquim da Silva, Webson Joaquim da Silva, Wellington Joaquim da Silva, Alexsandro Vieira Alves, Elias Terto de Andrade e Fábio Jóse da Silva:

PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA – HABEAS CORPUS – LIMINAR DEFERIDA.

1. A Assessoria prestou as seguintes informações:O paciente foi preso temporariamente, em 20 de maio de 2010, e

denunciado pela prática de um homicídio qualificado e pela tentativa de outro, também na forma qualificada, ambos praticados em concurso de agentes, bem como pelo cometimento dos crimes de quadrilha armada e comércio ilegal de arma de fogo. Ao receber a denúncia em 16 de junho de 2010, o Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, Estado de Pernambuco, converteu a custódia temporária em preventiva. Segundo consignou, a materialidade e a autoria estavam suficientemente baseadas nos laudos da perícia e nas transcrições das interceptações telefônicas realizadas no decorrer dos cinco meses de investigação. Assinalou que o modo como operava o grupo de extermínio evidencia a periculosidade dos integrantes da quadrilha, ante os indícios de serem homens violentos, andarem armados e intimidarem os moradores da região, causando temor às testemunhas, perigo à ordem pública e risco à aplicação da lei penal. Destacou a existência de elementos a indicar o paciente como mandante e negociante de armas de fogo.

O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco indeferiu o habeas formalizado. Consoante assentou, o depoimento da empregada doméstica do paciente assim como as interceptações telefônicas efetuadas comprovavam a periculosidade, apontando-o como integrante de grupo de extermínio temido na comunidade.

O Superior Tribunal de Justiça não acolheu o pedido de liberdade provisória. Entendeu estar a custódia cautelar devidamente fundamentada na garantia da ordem pública, da aplicação da lei penal e na conveniência da produção probatória. Considerou que o fim da instrução não afasta a necessidade da prisão por conveniência da instrução, pois é bifásico o procedimento do Tribunal do Júri.

Neste habeas, o impetrante sustenta ser o paciente primário, de bons antecedentes, possuir residência fixa e ocupação lícita. Assevera que as provas produzidas durante a instrução não demonstraram qualquer participação nos fatos imputados. Aponta ofensa ao princípio da presunção da não culpabilidade e aduz não haver mais os motivos ensejadores da prisão preventiva.

Requer a aplicação de medidas cautelares diversas da preventiva, presentes os artigos 319 e 321 do Código de Processo Penal. No mérito, busca a confirmação da providência.

O habeas está concluso para apreciação do pleito de concessão de liminar.

2. As premissas lançadas na decisão atinente à prisão preventiva não encontram apoio no arcabouço jurídico. Após remeter à materialidade e aos indícios, apontando-os demonstrados, o Juízo fez alusão à credibilidade da Justiça bem como à necessidade de acautelar o meio social. A base mostrou-se a gravidade da prática delituosa e a repercussão havida.

No tocante à preservação da ordem pública, simples imputação não serve, ante o princípio da não culpabilidade, a respaldar a preventiva. Também é neutra a óptica concernente ao respeito à Justiça e à repercussão de eventuais delitos cometidos. Sob o ângulo do enquadramento do crime

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 65

como hediondo, deve-se levar em conta ainda que não ocorreu a prisão em flagrante. Quanto à menção às testemunhas, a incolumidade destas foi referida a partir da suposição de existir possibilidade de impor-se a lei do silêncio. Em momento algum, ficou revelado ato concreto dirigido a embaralhar a instrução processual.

3. Defiro a liminar pleiteada. Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas próprias: caso o paciente não esteja sob custódia por motivo diverso do retratado na decisão proferida pelo Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes no Processo NPU0007869-15.2010.8.17.0810. Advirtam-no da necessidade de permanecer no distrito da culpa, atendendo aos chamamentos judiciais.

4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.5. Publiquem.Brasília – residência –, 10 de abril de 2012, às 10h20.Ao deferir os pedidos de extensão formulados, Vossa Excelência

consignou:Verifica-se a identidade de situações. Conforme ressaltei ao

implementar a medida acauteladora quanto ao corréu, as premissas lançadas na decisão atinente à prisão preventiva não encontram apoio no ordenamento jurídico. O respeito ao princípio da não culpabilidade, nesta fase processual, deve ser observado. A credibilidade da Justiça não é abalada pela gravidade dos delitos ou pela repercussão destes no meio social, mostrando-se indevida a inversão da ordem natural das coisas – prendendo para, depois, apurar.

Por meio de petições eletrônicas, corréus ainda não beneficiados pela extensão dos efeitos da liminar concedida ao paciente requerem a mesma medida.

Pela Petição/STF nº 27.656/2012, formalizada pelo Dr. José Ronaldo Pessoa de Oliveira, pretende-se o implemento de igual providência em favor do corréu Luiz Henrique Bezerra da Silva.

Mediante as Petições/STF nº 30.904, nº 31.496, nº 37.473 e nº 39.928, de 2012, a Dra. Fátima Regina de Lima Praxedes pleiteia o mesmo benefício para os corréus André Luiz Dias de Souza, Adriano Paulino dos Anjos, Wemerson Joaquim da Silva, Tárcio Soares de Araújo, André Franklin da Silva Ribeiro, Elias da Paz Alves e Júnior José de Oliveira.

Nas Petições/STF nº 32.607 e nº 42.411, de 2012, a Dra. Kelly Regina Cabral de Oliveira requer a extensão em favor dos corréus José Cícero de Araújo, Almir Ferreira dos Santos, Thiago Silva e Viviane Ferreira de Oliveira. Igualmente, busca o deferimento da medida em benefício de Wemerson Joaquim da Silva e Tárcio Soares de Araújo, já mencionados nas referidas petições protocolizadas pela Dra. Fátima Regina de Lima Praxedes.

Já pela Petição/STF nº 31.399/2012, o Dr. Antônio Fernando dos Santos requer a extensão em favor do corréu José Hamilton da Silva Júnior.

Nas aludidas petições, sustenta-se, essencialmente, haverem sido os corréus denunciados, juntamente com o paciente, na Ação Penal nº 0007869-15.2010.8.17.0810, encontrando-se recolhidos em razão do mesmo ato, havendo identidade de situação fática e jurídica em relação ao paciente. Discorre-se sobre o constrangimento ilegal a que estão submetidos, ante a ausência de fundamentação concreta do decreto prisional, baseado apenas na gravidade abstrata do delito. Pleiteia-se o reconhecimento da identidade de situações e a expedição de alvarás de soltura em favor dos requerentes.

O processo revela que, ao receber a denúncia, o Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes/PE, evocando a garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal, determinou, uniformemente, a prisão preventiva de todos os corréus da referida ação penal.

2. O título concernente à preventiva, já afastada quanto ao paciente, é único considerados este último e os corréus que apresentaram requerimento. Cabe estender a providência acauteladora aos ora peticionários – citados na alínea “a” – e aos demais acusados também alcançados pelo ato de constrição – mencionados na letra “b”:

a) Luiz Henrique Bezerra da Silva, André Luiz Dias de Souza, Adriano Paulino dos Anjos, Wemerson Joaquim da Silva, Tárcio Soares de Araújo, André Franklin da Silva Ribeiro, Elias da Paz Alves, Júnior José de Oliveira, José Cícero de Araújo, Almir Ferreira dos Santos, Thiago Silva, Viviane Ferreira de Oliveira e José Hamilton da Silva Júnior.

b) Claudemir Ribeiro Batista, Joab de Lima Alves, Zenaldo Luiz da Silva, Heleno José do Nascimento Júnior, Renilton Oliveira da Silva e Jeimisson Eduardo da Silva.

3. Defiro a extensão da aludida liminar. Expeçam os alvarás de soltura, a serem cumpridos com os cuidados próprios: caso os beneficiários não estejam presos por motivo diverso da referida custódia preventiva, alvo do exame por este Tribunal, formalizada no Processo NPU 0007869-15.2010.8.17.0810, em curso no Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes. Advirtam-nos da necessidade de permanecerem no distrito da culpa, atendendo aos chamamentos judiciais e observando os parâmetros próprios à vida em sociedade.

4. Deem sequência a este habeas corpus.5. Publiquem.Brasília – residência –, 14 de setembro de 2012, às 15h35.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.935 (542)ORIGEM :

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARGARITA ANDREA CUBAS SOTOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DO RECURSO ORDINÁRIO

CONSTITUCIONAL – INADEQUAÇÃO.PROCESSO – LIMINAR DE OFÍCIO – IMPROPRIEDADE.HABEAS CORPUS – AUDIÇÃO DA PROCURADORIA GERAL DA

REPÚBLICA.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A paciente foi presa em flagrante, no dia 26 de abril de 2009, e

denunciada pela suposta prática do delito previsto no artigo 33 (tráfico de entorpecentes) combinado com o inciso I do artigo 40 (causa de aumento decorrente da transnacionalidade do crime), todos da Lei nº 11.343, de 2006.

O Juízo da 1ª Vara Federal Criminal de Foz do Iguaçu/PR, na Ação Penal nº 2009.70.02.002863-0/PR, proferiu sentença condenatória, impondo a pena de dois anos e onze meses de reclusão, no regime inicial fechado. Consignou ser incabível a substituição da pena ou a suspensão condicional do processo, ante as vedações constantes do artigo 44 da Lei nº 11.343, de 2006. Negou-lhe, ainda, o direito de recorrer em liberdade, por subsistirem os requisitos da preventiva.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em 13 de abril de 2010, deu parcial provimento à apelação interposta pelo Ministério Público, elevando para um quarto a fração da majorante relativa à internacionalidade do tráfico. Em consequência, a sanção foi aumentada para três anos, um mês e quinze dias de reclusão, deixando de convertê-la em restritiva de direitos, em razão do mencionado óbice da Lei de Entorpecentes.

Contra esse ato, protocolou-se Recurso Especial – de nº 1.234.361/PR. Em 31 de março de 2011, o ministro Jorge Mussi, em decisão monocrática, proveu em parte o apelo para determinar que o Tribunal Regional Federal analisasse, nos termos do artigo 44 do Código Penal, o preenchimento dos requisitos para concessão de medidas alternativas substitutivas à reclusão.

O processo retornou ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Em 8 de novembro de 2011, a 7ª Turma do referido Tribunal julgou, por maioria, inaplicável a substituição da pena privativa de liberdade, porquanto descabida a concessão do benefício à ré, estrangeira e sem vínculo familiar e laboral no país.

Impetrado habeas – de nº 226.705/PR – no Superior Tribunal de Justiça, o pedido liminar foi indeferido em 30 de novembro de 2011, ao argumento de que a medida cautelar seria satisfativa. Em 15 de março de 2012, ao apreciar o mérito, a Quinta Turma não concedeu a ordem. Assentou inexistir constrangimento ilegal, pois a gravidade em concreto do crime – consideradas a nocividade e a quantidade de droga apreendida – e a ausência de laços com o país demonstrariam ser a conversão da custódia insuficiente para a prevenção e repressão do delito. Consignou que a prática da infração durante a vigência da Lei nº 11.464/2007 implica a imposição legal de regime inicial fechado.

Neste habeas, formalizado em 29 de março de 2012, a impetrante sustenta a obrigatoriedade da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos quando fixada em patamar igual ou inferior a quatro anos de reclusão e mostrarem-se favoráveis as circunstâncias judiciais e pessoais. Ressalta a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 2º da Lei 8.072, de 1990, com a redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007, por ofender o princípio da individualização da pena. Cita precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo no quais se reconhece a possibilidade de fixação de regime inicial aberto ou semiaberto para cumprimento da reprimenda nos crimes de tráfico de drogas. Salienta constituir flagrante ofensa aos princípios da isonomia e da individualização da pena a proibição de concessão de benefícios à ré, por ser estrangeira.

Requer o deferimento de liminar para determinar o implemento de sanções alternativas substitutivas da reclusão ou a transferência para regime mais brando de cumprimento de pena.

Em atenção ao pedido de informações solicitadas por Vossa Excelência, o Juízo da 1ª Vara Federal Criminal de Foz do Iguaçu/PR prestou esclarecimentos sobre o estágio do processo. Anexou cópia do Auto de Prisão em Flagrante e da sentença.

Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revela a superveniência do trânsito em julgado do acórdão impugnado nesta impetração, ocorrido em 19 de abril de 2012.

O habeas encontra-se concluso para apreciação da medida acauteladora.

2. Este habeas corpus revela-se como substitutivo do recurso ordinário constitucional, surgindo, assim, a inadequação. De qualquer modo, o caso concreto não autoriza o implemento de liminar de ofício. Afastou-se a substituição da pena restritiva da liberdade pela de direitos ante as peculiaridades envolvidas na espécie, considerado não só o fato de a paciente não ter vínculo no Brasil como também a quantidade de droga apreendida.

3. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.4. Publiquem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 66

Brasília – residência –, 14 de setembro de 2012, às 16h15.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

HABEAS CORPUS 113.387 (543)ORIGEM : HC - 233030 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUCIANO ESTEVAM JORDÃOIMPTE.(S) : SILVANA DE ALMEIDA BALDUINO LACERDACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 233030 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Com a inicial não veio a cópia da decisão mediante a qual foi

determinada a prisão preventiva do paciente, no Processo nº 048.10.000035-4, em curso no Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo/ES. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Tribunal estadual.3. À impetrante, para, querendo, antecipar-se nas providências. 4. Publiquem. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 113.716 (544)ORIGEM : HC - 242082 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JONATHAS CLEVELARES ZAMPIROLIIMPTE.(S) : LUCIANO JACINTO CABRALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 242.082 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Noto a ausência de cópia da decisão em que determinada a prisão

preventiva do paciente e do ato que implicou o indeferimento do pedido de liberdade provisória, referente ao Processo-Crime nº 0037821-91.2010.8.19.0031, em curso no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em fase de apelação. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Tribunal estadual.3. Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se nas providências. 4. Publiquem. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 114.080 (545)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ANDREIA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DO RECURSO ORDINÁRIO

CONSTITUCIONAL – INADEQUAÇÃO.FURTO – OBJETO DE PEQUENO VALOR – INSIGNIFICÂNCIA

VERSUS PRIVILÉGIO – AUSÊNCIA DE ESPAÇO PARA IMPLEMENTO DA LIMINAR DE OFÍCIO.

1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A paciente foi sumariamente absolvida pela prática do delito previsto

no artigo 155, § 4º, inciso II, do Código Penal – furto qualificado mediante abuso de confiança –, com base no princípio da insignificância, haja vista o valor inferior a R$ 238,00 (duzentos e trinta e oito reais) do telefone celular furtado.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul proveu a apelação interposta pelo Ministério Público para determinar o prosseguimento da ação penal. Consoante assinalou, o preço do bem alcançava 47% do valor do salário mínimo à época. Salientou ainda a circunstância de a ora paciente ter-se valido de relação de amizade e confiança com a vítima para subtrair o aparelho de telefone.

O ato atacado é o acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça no Habeas Corpus nº 223.243-RS. O julgamento foi resumido na seguinte ementa:

HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE.

1. Para a incidência do princípio da insignificância, são necessários a

mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. Precedentes do STF.

2. Na hipótese, a conduta perpetrada não pode ser considerada irrelevante para o Direito Penal. A ação revela lesividade suficiente para justificar a persecução penal, reconhecendo-se a ofensividade do comportamento, uma vez que, a paciente, aproveitando-se da confiança da vítima, apropriou-se do bem móvel.

3. Na hipótese, o bem foi avaliado em R$ 238,00 (duzentos e trinta e oito reais), não se podendo considerar a coisa subtraída de valor bagatelar, notadamente tomando-se por ase o salário mínimo vigente à época (ano de 2010), de R$ 510,00 (quinhentos e dez reais).

4. Ordem denegada.Neste habeas, a impetrante salienta o pequeno valor do objeto

furtado, ressaltando que o preço de R$ 238,00 corresponderia a um aparelho celular novo. Assevera a ausência de ofensividade ao bem jurídico tutelado e o grau reduzido de reprovabilidade da ação. Diz da inexistência de tipicidade material.

Em âmbito liminar, requer seja reconhecida a atipicidade da conduta. No mérito, busca a confirmação da providência e a absolvição da paciente.

O processo encontra-se concluso para apreciação da medida acauteladora.

2. De início, surge a inadequação deste habeas corpus no que voltado contra decisão proferida, em idêntica medida, pelo Superior Tribunal de Justiça. Existe instrumental próprio para a impugnação – o recurso ordinário constitucional.

No mais, observem o disposto no artigo 155, § 2º, do Código Penal. Sendo primário o agente e de pequeno valor a coisa subtraída, pode o juiz substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. Daí a inviabilidade de cogitar-se de implemento de liminar de ofício.

3. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.4. Publiquem.Brasília – residência –, 14 de setembro de 2012, às 18h35.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 114.287 (546)ORIGEM : RESP - 1258989 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : SAULO RODRIGUES BELHITZIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – CESSAÇÃO DO ATO IMPUGNADO –

DESISTÊNCIA. 1. A impetrante informa não mais haver interesse no prosseguimento

do processo e requer a desistência do habeas corpus. 2. Homologo-a para que produza os efeitos legais. 3. PubliquemBrasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 114.537 (547)ORIGEM : HC - 162443 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCEL FERREIRA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : IOLANDA ISIS DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOINFORMAÇÕES – SILÊNCIO – REITERAÇÃO.1. A Secretaria Judiciária certificou que a impetrante, apesar de

intimada da decisão proferida em 21 de agosto de 2012, não se manifestou.2. Reiterem os termos da intimação, por meio postal, sublinhando o

silêncio até aqui notado.3. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 114.574 (548)ORIGEM : HC - 237301 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MICHAEL DOUGLAS TIMOTEO DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 237.301 DO SUPERIOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 67

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – CESSAÇÃO DO ATO IMPUGNADO –

DESISTÊNCIA. 1. A impetrante informa não mais haver interesse no prosseguimento

do processo e requer a desistência do habeas corpus. 2. Homologo-a para que produza os efeitos legais. 3. PubliquemBrasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 114.846 (549)ORIGEM : ARESP - 142013 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOSÉ ÁLVARO SANTIAGOIMPTE.(S) : ANDERSON ALEXANDRINO CAMPOSCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 142.013 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOPROCESSO – ADVOGADOS DIVERSOS – REQUERIMENTO DE

INTIMAÇÃO ESPECÍFICA – DESCONSIDERAÇÃO – LIMINAR DEFERIDA.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:O paciente foi condenado a doze anos de reclusão, em regime inicial

fechado, por infringir o artigo 121, § 2º, inciso II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), sendo-lhe permitido aguardar o julgamento do recurso em liberdade.

A apelação interposta no Tribunal de Justiça de São Paulo não mereceu provimento. Os embargos declaratórios a seguir apresentados foram providos para ficarem especificados os dispositivos legais observados pelo Colegiado no primeiro pronunciamento.

A defesa protocolou recurso especial, ao qual o Tribunal de Justiça negou seguimento. Contra essa decisão, interpôs-se agravo no Superior Tribunal de Justiça, o qual foi desprovido.

Impetrado habeas – de nº 240.130/SP – no Superior Tribunal de Justiça, o relator deferiu a liminar para assegurar ao paciente o direito de permanecer solto até a preclusão maior da ação penal. Ressaltou ter respondido ao processo em liberdade e haver cláusula explícita, na sentença, a prever a custódia apenas após o trânsito em julgado do título judicial. Consignou configurar flagrante ilegalidade a decisão posterior do juízo monocrático que implicou a expedição de ordem de prisão preventiva, sem apontar fato novo a respaldá-la.

Neste habeas, o impetrante alega existência de situação excepcional a justificar o afastamento do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Assenta padecer de nulidade a publicação do ato do qual resultou o desprovimento do Agravo em Recurso Especial nº 142.013/SP. Afirma que o próprio nome não constou da publicação de 5 de junho de 2012, no Diário da Justiça eletrônico, o que lhe teria obstado o exercício do direito de apresentar agravo regimental.

Informa haver protocolado, no Tribunal de Justiça, petição de substabelecimento, requerendo expressamente que também fosse intimado de todos os atos processuais. Salienta que a publicação foi lançada apenas no nome de um dos substabelecidos, sem qualquer menção a outros advogados.

Em âmbito liminar, busca a expedição de contramandado de prisão em favor do paciente, para que possa aguardar solto o exaurimento das vias recursais. No mérito, pleiteia seja renovada a publicação em comento, com a devolução do prazo para agravar regimentalmente a decisão.

Segundo revelou consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, em 17 de agosto de 2012, com pronunciamento individual, o ministro Marco Aurélio Bellizze julgou prejudicado o Habeas Corpus nº 240.130/SP. Assentou descaber falar-se em prisão provisória, mas em cumprimento de pena, porquanto o ato do qual resultou a inadmissão do recurso especial transitou em julgado no dia 2 de julho de 2012.

Mediante petição eletrônica, formalizada em 12 de setembro de 2012, o impetrante desiste do pleito referente à alegada prevenção do ministro Dias Toffoli para apreciação do processo.

O habeas está concluso para exame do pedido de concessão de medida acauteladora.

2. Constata-se que, mediante petição, ainda no Tribunal de Justiça de São Paulo, pleiteou-se que as intimações se fizessem em nome de certo advogado: “... requerendo também que este subscritor seja intimado para absolutamente todos os atos processuais de ora em diante, sob pena de nulidade absoluta por cerceamento de defesa”. Esse pedido não foi observado quando o Superior Tribunal de Justiça veio a veicular, no Diário da Justiça eletrônico, o julgamento do Agravo no Recurso Especial nº 142.013/SP.

3. Ante o quadro, defiro a medida acauteladora. Expeçam o contramandado de prisão em favor do paciente considerado o título condenatório formalizado no processo-crime em que interposto o referido recurso especial.

4. Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça.5. Com o pronunciamento, colham o parecer da Procuradoria Geral

da República.6. Publiquem.Brasília – residência –, 14 de setembro de 2012, às 14h30.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 115.061 (550)ORIGEM : PROC - 00304122320128080024 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : GERARDO BOHORQUEZ MONDRAGON E

OUTRO(A/S)IMPTE.(S) : EDUARDO SANTOS SARLO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 252702 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: O HC 252.702/STJ não deu ensejo a esta impetração, porquanto concedeu a ordem a um dos corréus da ação penal originária e é ora citado pelos impetrantes apenas como reforço de argumentação, sem a pretensão de extensão da ordem, de modo que a autoridade coatora é o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, e não o Superior Tribunal de Justiça, justificando a atuação da Presidência, em conformidade com a alínea d do inciso V do art. 13 do RISTF.

Ex positis, à Presidência para deliberar a propósito.Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 115.149 (551)ORIGEM : HC - 188578 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : URAIWAN SANGJINDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de URAIWAN SANGJINDA, cidadã tailandesa, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 188.578/SP, Rel. Min. Jorge Mussi.

Consta dos autos que a paciente foi condenada à pena de 7 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico internacional de drogas (art. 33, combinado com o art. 40, I, da Lei 11.343/2006), por ter sido flagrada no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP tentando embarcar para Dubai/Emirados Árabes Unidos com 259g de cocaína escondidos em seu corpo.

Inconformada, a defesa apelou para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que deu parcial provimento ao recurso para reconhecer a incidência da atenuante de confissão espontânea (art. 65, III, b, do CP) e da causa especial de redução de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, reduzindo, por consequência, a sanção para 5 anos, 4 meses e 5 dias de reclusão. A condenação transitou em julgado em 3/2/2011.

Buscando a fixação da pena-base no mínimo legal, a aplicação da minorante no patamar máximo previsto em lei (2/3) e a substituição da pena privativa de liberdade por sanção restritiva de direitos, a Defensoria Pública da União impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem, em acórdão assim ementado:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. DOSIMETRIA. PENA-BASE. FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. NATUREZA E QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. ART. 42 DA LEI 11.343/06. EXASPERAÇÃO DA REPRIMENDA. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA E IDÔNEA NESSE PONTO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL AUSENTE.

1. Em se tratando de crime de tráfico de drogas, como ocorre na espécie, na fixação das penas, deve-se considerar, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade da substância entorpecente, a personalidade e a conduta social do agente, consoante o disposto no art. 42 da Lei n. 11.343/06.

2. Verificado que as instâncias ordinárias levaram especialmente em consideração a natureza e a quantidade de droga apreendida - 259 gramas de cocaína -, não há que se falar em constrangimento ilegal quando a sanção básica foi fixada um pouco acima do mínimo legalmente previsto, vez que apontados fundamentos concretos a justificar maior reprimenda.

CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. FRAÇÃO DO REDUTOR. DISCRICIONARIEDADE. NATUREZA E QUANTIDADE DO ENTORPECENTE APREENDIDO. REDUÇÃO INFERIOR AO MÁXIMO ACERTADA. COAÇÃO INOCORRENTE.

1. Tendo o legislador previsto apenas os pressupostos para a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 68

incidência do benefício legal, deixando, contudo, de estabelecer os parâmetros para a escolha entre a menor e a maior frações indicadas para a mitigação pela incidência do § 4º do art. 33 da nova Lei de Drogas, devem ser consideradas as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do CP, e, com preponderância, a natureza e a quantidade da droga, a personalidade e a conduta social do agente.

2. Inexiste ilegalidade na aplicação do redutor no percentual de 1/6 (um sexto), de acordo com o previsto nos arts. 42 da Lei 11.343/06 e 59 do CP, dada a natureza - cocaína - e a quantidade de substância entorpecente apreendida – 259 gramas.

PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. VEDAÇÃO LEGAL. ART. 44 DA NOVA LEI DE DROGAS. REPRIMENDA SUPERIOR A 4 (QUATRO) ANOS DE RECLUSÃO. REQUISITO OBJETIVO. NÃO PREENCHIMENTO. CONSTRANGIMENTO NÃO EVIDENCIADO.

1. Não preenchido o requisito objetivo para a concessão da permuta, já que a reprimenda definitiva é superior a 4 (quatro) anos de reclusão, inexiste constrangimento ilegal a ser sanado no tocante à negativa de substituição da sanção reclusiva por medidas alternativas.

2. Ordem denegada”.É contra essa decisão que se insurge a impetrante.Alega, inicialmente, que são inidôneos os fundamentos apresentados

pelo magistrado de primeiro grau para fixar a pena-base acima do mínimo legal, considerando desfavoráveis à paciente seis das oito circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal.

No que concerne à causa especial de redução prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, argumenta que o TRF da 3ª Região, embora tenha reconhecido a aplicação de tal benefício à paciente, não fundamentou a não fixação do patamar máximo (2/3) de forma adequada.

Aduz, outrossim, que, caso seja fixada a redução na fração de 2/3, a paciente terá direito à substituição da reprimenda corporal por sanção restritiva de direitos, porque estão presentes os requisitos objetivos e subjetivos do art. 44 do Código Penal. Do mesmo modo, diz que a paciente reúne todos os requisitos autorizadores para a fixação do regime prisional aberto, nos termos do art. 33, § 2º, c, do mesmo Codex.

Requer, ao final, liminarmente, a concessão da ordem, para aplicar a redução máxima prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 (2/3) e, por consequência, substituir a pena privativa de liberdade por sanção restritiva de direitos, bem como fixar o regime aberto para o cumprimento da reprimenda.

É o breve relatório. Decido. A concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

Ademais, no caso concreto, a liminar pleiteada tem caráter satisfativo, confundindo-se com o mérito da impetração, que será oportunamente examinado pela Turma julgadora.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de um exame mais aprofundado por ocasião do julgamento colegiado, indefiro a medida liminar.

Estando bem instruídos os autos, ouça-se o Procurador-Geral da República.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

HABEAS CORPUS 115.161 (552)ORIGEM : HC - 252786 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUIZ CARLOS GONÇALO ELÓIIMPTE.(S) : LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 252.786 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Com a inicial não veio a cópia da denúncia e da decisão que

determinou a prisão preventiva do paciente no Processo nº 0024.12.210.702-2, em curso no Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte/MG. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Juízo criminal.3. Aos impetrantes, para, querendo, anteciparem-se nas providências.4. Publiquem. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 115.162 (553)ORIGEM : HC - 207700 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCELO HENRIQUE CAMARGO

IMPTE.(S) : LEANDRO LUNARDO BENIZ E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Com a inicial não veio a notícia sobre a data do cumprimento do

mandado de prisão expedido em desfavor do paciente, bem como a cópia da denúncia referente ao Processo nº 428.01.2010.004351-9 (Controle nº 296/2010), em curso no Juízo da 1ª Vara Judicial Foro Distrital de Paulínia/SP, e do acórdão formalizado no Habeas Corpus nº 207.700/SP pelo Superior Tribunal de Justiça. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Juízo criminal e ao Superior Tribunal de Justiça.

3. Aos impetrantes, para, querendo, anteciparem-se nas providências.4. Publiquem. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 115.168 (554)ORIGEM : HC - 252670 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : DIOLENO NASCIMENTO LEMOSIMPTE.(S) : MANFREDO BRAGA FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 252.670 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Com a inicial não veio a cópia do mandado de prisão devidamente

cumprido no Processo nº 2431096-7/2009, em curso na Vara Crime da Comarca de Poções/BA. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Juízo criminal.3. Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se nas providências.4. Publiquem. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 115.179 (555)ORIGEM : AP - 470 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : PLÍNIO MARCOS MOREIRA DA ROCHACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DA AP Nº 470 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Plínio Marcos Moreira da Rocha contra ato do Relator da Ação Penal 470/DF, Ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, visando à decretação de nulidade do processo. À falta de individualização dos pacientes, presume-se sejam eles os acusados naquela ação penal.

O Impetrante alega, em síntese, que “o foro privilegiado fere de morte a nova ordem jurídica estabelecida pela Constituição da República Federativa do Brasil”. Invoca como fundamentos as disposições do Pacto de São José da Costa Rica, promulgado pelo Decreto nº 678, de 06.11.1992.

Vêm os autos conclusos. É o breve relato. Decido. Manifesto o descabimento deste habeas corpus, enquanto se volta

contra ato de Ministro desta Corte, o Ministro Relator da Ação Penal 470, à luz da jurisprudência firmada pelo Plenário deste Supremo Tribunal no sentido de que não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte (HC 86.548/SP, rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Assentada, tal diretriz, na aplicação analógica do enunciado da Súmula 606/STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso .

No mesmo sentido, v.g., os seguintes julgados: HC 91.207/RJ, rel. p/ acórdão Min. Eros Grau, Plenário, maioria, DJe 05.3.2010; HC 100.397/MG, rel. p/ acórdão Min. Cármen Lúcia, Plenário, maioria, DJe 01.7.2010; HC 100.738/RJ, rel. p/ acórdão Min. Cármen Lúcia, Plenário, maioria, DJe 01.7.2010; e HC 104.843-AgR/BA, rel. Min. Ayres Britto, Plenário, maioria, DJe 02.12.2011. Tal compreensão, recentemente foi reafirmada pelo Pleno, em incidente envolvendo hipótese de competência originária, ao decidir que não cabe habeas corpus para o Plenário contra ato de Ministro do Supremo Tribunal Federal (HC 107323 Relatora para o acórdão Ministra Carmen Lúcia Pleno, por maioria j. 01.3.2012, Dje de 30.5.2012).

A inadmissibilidade do presente habeas corpus, na forma exposta, enseja por si só a extinção do processo sem resolução do mérito, tornando despiciendo comando de intimação dos presumidos pacientes para

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 69

dizerem sobre eventual interesse na impetração do presente writ , na linha do art. 192, § 3º, do Regimento Interno, sufragado em decisões desta Suprema Corte (v.g.: HC 69.889-1 Rel. Min. Celso de Mello Primeira Turma j. 22.02.2004, DJ de 10.6.1994; e HC 97.198, Rel. Min. Celso de Mello, 29.6.2012). E isso porque, a despeito da amplitude da legitimatio ad causam ativa nesta ação constitucional - consabido que o habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, independente de qualificação profissional e procuração específica (art. 5º, LXVIII, da CF/88, e art. 654 do Código de Processo Penal)-, é notório o fato de os pacientes, inseridos no polo passivo da AP 470, terem advogados constituídos nos autos.. Não há como presumir que a interferência de terceiro, se faça no interesse da Defesa e dos acusados, pelo menos em sua integralidade. Condicionado estaria, assim, o trânsito do presente habeas corpus a sua não desautorização pelos pacientes, não fora, como já explicitado anteriormente, a inadequação do seu manejo contra ato de Ministro deste STF.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Arquivem-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra Rosa Weber Relatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 115.180 (556)ORIGEM : HC - 216693 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : EMERSON LEITE VICENTEIMPTE.(S) : RICARDO GOUVEIA PIRES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 216.693 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Ricardo Gouveia Pires e outro, em favor de EMERSON LEITE VICENTE, contra suposta demora no julgamento de mérito do HC 216.693/SP do Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Adilson Viera Macabu (Desembargador convocado do TJ/RJ).

Consta dos autos que o paciente está sendo processado, com outras quatro pessoas ainda não identificadas, pela suposta prática do crime de roubo qualificado (art. 157, § 2º, II e V, do CP), por duas vezes, em concurso formal (art. 70 do CP), porque, em 14/4/2010, teria subtraído, por meio de ameaça e com restrição à liberdade de duas vítimas, R$ 70,00 em dinheiro pertencentes a uma delas, uma chave da porta de entrada do CIRETRAN de Sorocaba, 2.296 Certificados de Registro de Veículos preenchidos e 1.996 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos em branco, todos de propriedade do Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo.

Os impetrantes relatam, ainda, que o paciente se encontra preso preventivamente desde 20/10/2011, por força de decisão baseada “tão somente na gravidade abstrata do crime, em completa afronta ao nosso ordenamento pátrio”.

Narram, também, que, buscando a revogação da prisão cautelar, a defesa manejou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que denegou a ordem, e, posteriormente, outro writ no Superior Tribunal de Justiça, mas até o momento o processo não foi julgado.

É contra a alegada demora no julgamento de mérito do habeas corpus manejado no STJ que se insurgem os impetrantes.

Aduzem, inicialmente, que o feito foi impetrado em 17/8/2011, e desde 28/10/2011 encontra-se concluso ao Relator. Alertam, outrossim, que “o Relator de referido processo é o e. Desembargador convocado Adilson Macabu, que no dia 22 de agosto deixou de integrar o. E. Superior Tribunal de Justiça, razão pela qual referido feito deverá ser redistribuído (...)”.

Asseveram, ademais, que, “em que pese o flagrante excesso de prazo para o julgamento do

Habeas Corpus em trâmite perante o E. Superior Tribunal de Justiça, não é demais ressaltar que a ordem de prisão é uma medida cautelar, ou seja, deveria ter lugar somente como medida para assegurar a ordem do processo em trâmite perante a Comarca de Sorocaba, o que, com certeza não se trata da hipótese vertente”.

Requerem, ao final, liminarmente, a revogação da prisão preventiva, “confirmando-se a liminar concedida em posterior decisão, considerando que as razões autorizadoras para tanto não existem, mormente pela falta de utilidade e necessidade do uso de referida medida excepcional”, e, alternativamente, “seja concedido salvo conduto ao paciente até que o Habeas Corpus nº 2146.693/SP, seja julgado (...)”.

É o relatório suficiente. Decido. A concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

Ademais, no caso concreto, a liminar pleiteada tem caráter satisfativo, confundindo-se com o mérito da impetração, que será oportunamente examinado pela Turma julgadora.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de uma apreciação mais aprofundada por ocasião do julgamento de mérito, indefiro a medida liminar.

Em virtude do término do período de convocação do Min. Adilson

Viera Macabu (Desembargador convocado do TJ/RJ), solicitem-se informações ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça.

Oficie-se, ainda, ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Sorocaba/SP, para que informe o atual andamento processual da ação penal movida contra o paciente (Processo 602.01.2010.025815-0, controle 1076/2010).

Com as informações, ouça-se o Procurador-Geral da República. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

HABEAS CORPUS 115.185 (557)ORIGEM : HC - 252123 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : RENE RODRIGUES LIMAIMPTE.(S) : MARIA ERBENIA RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N.º 252.123 - CE DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Erbenia Rodrigues e outro, em favor de RENE RODRIGUES LIMA, contra decisão do Ministro Sebastião Reis Júnior, que indeferiu a liminar pleiteada no HC 252.123/CE do Superior Tribunal de Justiça.

Os impetrantes sustentam, preliminarmente, que o caso é de superação do enunciado da Súmula 691 desta Corte, “em face da flagrante ofensa aos ditames legais, bem como, ante o risco iminente de prejuízo irreparável, conforme constata-se pelos fatos a seguir expostos”.

Quanto ao mérito, narram que o paciente está sendo processado pela suposta prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/2006 (tráfico de drogas), havendo contra ele ordem de prisão preventiva, que ainda não foi cumprida.

Buscando a revogação da custódia cautelar, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, que denegou a ordem, e, posteriormente, outro writ no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator indeferiu a medida liminar.

É contra essa decisão que se insurgem os impetrantes.Sustentam, em síntese, a desnecessidade da prisão cautelar,

argumentando que o magistrado de primeiro grau fundou as suas razões “na gravidade do delito, bem como nos maus antecedentes do paciente, referindo-se à pretérita instauração de um inquérito policial contra este”.

Destacam, além disso, que o paciente “é primário, tem profissão definida e na condição de Microempresário radicado em Fortaleza/CE permanece no desempenho de suas funções”.

Requerem, ao final, liminarmente, a “expedição de Salvo-Conduto, com vista a evitar a concretização da ameaça ao direito de locomoção do paciente e, no julgamento do mérito, seja confirmado o provimento sumário”.

É o relatório suficiente. Decido. A decisão questionada possui o seguinte teor: “(...)Desprovida de previsão legal específica (artigos 647 a 667 do Código

de Processo Penal), a liminar em tema de habeas corpus, admitida pela doutrina e jurisprudência pátrias, reclama, por certo, a demonstração inequívoca dos requisitos cumulativos das medidas cautelares, o periculum in mora e o fumus boni iuris.

Em juízo preliminar, não há como afastar estas motivações do acórdão atacado (fls. 12/16):

'[...]No caso em apreço, a quaestio iuris cinge-se na existência e

configuração dos contornos da prisão preventiva decretada em desfavor ao Paciente, pelo que é de se verificar o critério da justa causa para a aplicação e a efetividade da medida, ao abrigo da legalidade estrita.

O nascedouro legal da prisão preventiva encontra-se no art. 312, 313 e 315 do CPP.

[...]Ao confronto, para a análise do caso concreto, ante a necessidade de

conferir-se a verossimilhança das assertivas contidas na inicial, é mister transcrever trechos do decisum do Juízo a quo, Dr. Francisco Duarte Pinheiro, referente ao tema de que se trata:

'(...) 'Em atendimento ao item '1' da peça delatória, considerando o cunhado do primeiro delatado RENE RODRIGUES LIMA, segundo depoimentos carreados ao inquérito policial tem envolvimento direto no tráfico de drogas na comunidade denominada Oitão Preto, agindo em parceria com os dois primeiros delatados, os quais resultaram presos em flagrante e RENÉ ao sentir o aporte policial, evadiu-se de sua residência, demonstrando indícios veemente de sua participação no crime de tráfico reconhecidamente, segundo as autoridades policiais exercido largamente na referida comunidade; considerando ainda, que em liberdade, o acusado com certeza seguirá na prática do nojento crime de tráfico com o fito de obter lucro fácil e por conseguinte, estimulando a usuários de drogas a praticarem crimes diversos, principalmente roubo, dentre outros patrimoniais com o objetivo de adquirir a erva maldita, resultando disso na intranquilidade e na insegurança das pessoas honestas e pacíficas daquela comunidade, com fincas no art. 312, do

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 70

CPP, hei por bem decretar a custódia preventiva do delatado RENE RODRIGUES LIMA em obséquio ao resguardo da paz social e a garantia da ordem pública ameaçadas pela ação nociva de indivíduo que pretende se locupletar as custas da miséria alheia. (FLS. 14).

(...) Ao meu juízo, em efetivando análise do pedido em epígrafe verifica-se patenteado os requisitos e fundamentos legais para a decretação da medida extrema, vislumbrando-se dos elementos indiciários trazidos à luz na peça policial e retratados na acusatória que o requerente supostamente funcionava como fornecedor da droga comercializada pelos corréus denunciados FLAVIO LOPES DE OLIVEIRA BENEDITA BARBOSA DE SOUSA, denotando-se dos autos que RENE RODRIGUES LIMA vinham supostamente empreendendo tal atividade nefasta e nociva ao corpo social, embora já detentor de antecedentes criminais, o que evidentemente corrobora para a segregação do mesmo. (...)' (FLS. 97/98).

[...]Verifica-se, portanto, que o decreto constritivo não se ressente de

fundamentação, mas está respaldado em justificativas idôneas e suficientes à manutenção da segregação provisória, como forma de garantir a ordem pública.

[…]'.Nesse contexto, considero prudente reservar ao Colegiado o

pronunciamento definitivo, no momento apropriado. Posto isso, indefiro a liminar.Solicitem-se informações ao juiz de primeiro grau e, com estas, abra-

se vista ao Ministério Público Federal” (grifos no original).A superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente seria

justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquele decisum as hipóteses mencionadas, aptas a justificar a superação do referido verbete.

Verifica-se que o Ministro do STJ apreciou tão somente os requisitos autorizadores da concessão daquela excepcional medida e concluiu pela inexistência deles, destacando, ainda, que considera “prudente reservar ao Colegiado o pronunciamento definitivo, no momento apropriado”.

Não há, nesse ato, nenhuma ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder. Muito pelo contrário. Não se pode exigir, nessa fase processual, que o Relator esgote os fundamentos pelos quais a ordem deva ou não ser concedida. Se os argumentos dos impetrantes não foram suficientes para, a priori, formar o convencimento daquele Magistrado, caberá ao Colegiado respectivo, depois de instruído o processo, analisar as questões postas sob exame, não havendo, nesse procedimento, nenhum constrangimento ilegal.

Ante esse quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça, não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

HABEAS CORPUS 115.187 (558)ORIGEM : HC - 252772 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MARCOS ROBERTO MARQUES LISBOAIMPTE.(S) : PLÍNIO LEITE NUNES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 252.772 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:Vistos. Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de

liminar, impetrado pelo advogado Plínio Leite Nunes e outros, em favor de Marcos Roberto Marques Lisboa, apontando como autoridade coaotra a Ministra Assusete Magalhães, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 252.772/PE, impetrado àquela Corte.

Inicialmente, asseveram os impetrantes que o caso concreto autoriza o afastamento do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.

No mais, sustentam, em síntese, o constrangimento ilegal imposto ao paciente, tendo em vista que a competência para processá-lo e julgá-lo não seria da Justiça Federal de Pernambuco e sim da Justiça Federal de Mato Grosso.

Aduzem, para tanto, que: “(...) o critério ordinário para fixação da competência em matéria

penal é o da territorialidade (CPP, art. 70, caput). É dizer, é determinada, em regra, pelo lugar em que se consumou a infração, ou, em caso de tentativa, onde se deu o último ato executório.

Trata-se de regra, contudo, inaplicável ao caso dos autos, uma vez que a premissa acusatória firma-se na suposta prática de crimes conexos, cometidos em pelo menos duas unidades da federação: Mato Grosso, que seria a ‘base’ de Paulo Leandro e por onde a droga ingressaria no país

(consumando-se o crime de tráfico internacional), e Pernambuco, onde o Paciente supostamente redistribuiria a substância adquirida junto a Paulo Leandro.

Tais premissas, com efeito, são firmadas pela autoridade policial, pelo juízo singular e, agora, pela Corte Regional.

Se assim é, a única regra aplicável à espécie é a do art. 78, II, ‘a’, do Código de Processo Penal, segundo a qual ‘Na determinação da competência por conexão ou continência, (...) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave’, no caso, o suposto delito de tráfico internacional de drogas, cuja pena máxima cominada é de 15 (quinze) anos” (fls. 10/11 da inicial – grifos conforme o original).

Asseveram, ainda, a falta de fundamentação apta a justificar a necessidade da sua medida constritiva, bem como a ausência dos pressupostos autorizadores da prisão, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Requerem, liminarmente, a revogação da prisão preventiva o paciente, bem como a seja determinada a suspensão da ação penal no juízo de origem até o “julgamento de mérito do writ em curso no STJ” (fl. 15 da inicial – grifo conforme o original).

Examinados os autos, decido.Há óbice jurídico-processual para o conhecimento do habeas

corpus. Primeiro porque, cuida-se, na espécie de decisão indeferitória de

liminar, devendo incidir, na espécie, a Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de 'habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Confira-se, a propósito, a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de MARCOS ROBERTO MARQUES LISBOA, apontando, como autoridade coatora, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5a Região.

Depreende-se dos autos que o paciente teve sua prisão preventiva decretada pelo Juízo da 4ª Vara Federal de Pernambuco, pela suposta prática de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, em concurso de pessoas (fls. 313/314 e-STJ).

Impetrado habeas corpus perante o Tribunal Regional Federal da 5a Região, objetivando a desconstituição da prisão cautelar, foi a ordem denegada.

Daí a impetração do presente writ, em que alegam os impetrantes: a) a competência da Justiça Federal do Mato Grosso para o processo e o julgamento do feito, porquanto o suposto delito de tráfico de drogas teria sido praticado na cidade de Cuiabá/MT, determinando a competência daquela Seção Judiciária para todos os crimes conexos; b) a inconsistência do decreto de prisão preventiva, o qual não estaria devidamente fundamentado.

Pugnam os impetrantes, nesse contexto, pela concessão de liminar, para garantir ao paciente o direito de aguardar em liberdade o julgamento do mérito do writ, assim como para determinar a suspensão do curso do procedimento criminal. No mérito, requerem o deferimento da ordem, a fim de que seja reconhecida a incompetência da 4ª Vara Federal de Pernambuco para processar e julgar a causa e, consequentemente, a anulação da prisão cautelar imposta (fls. 1/12 e-STJ).

É o relatório.A liminar em habeas corpus não possui previsão legal,

caracterizando-se como uma construção doutrinária e jurisprudencial, que depende da demonstração clara da presença de seus dois requisitos, quais sejam o fumus boni iuris e o periculum in mora.

No caso, a impetração ataca o acórdão do TRF da 5a Região que, ao indeferir a ordem lá manejada, recebeu a seguinte ementa (fl. 349 e-STJ):

‘CONSTITUCIONAL. PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. LAVAGEM DE DINHEIRO. COMPETÊNCIA. REQUISITOS PARA A SEGREGAÇÃO CAUTELAR. OBSERVÂNCIA DOS DITAMES DA LEI 12.403/11.GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E APLICAÇÃO DA LEI PENAL. DENEGAÇÃO DA ORDEM.

1. Paciente preso em decorrência de investigação policial – operação Orador - que identificou quadrilha que atuava na prática de delito de tráfico internacional de entorpecentes e lavagem de dinheiro.

2. Competência da 4a Vara Federal de Pernambuco para apreciação da matéria. A uma, porque o fato de as operação terem por objetivo o combate ao tráfico internacional de drogas vindas da Bolívia não pode levar à conclusão de que o juízo (de Mato Grosso) que primeiro funcionou em feito de uma das operações é prevento para análise de todos os processos relativos às demais operações. É que embora conexos, os fatos são distintos e independentes. A duas, porque para melhor apuração da verdade real dos fatos, nada melhor que a investigação ocorra no local de atuação do paciente, no caso, o estado de Pernambuco.

3. Considera-se idônea decisão judicial que ao decretar a prisão preventiva do paciente fundamentou sua decisão na necessidade de garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, vez que presentes a materialidade delitiva, indícios suficientes de autoria, tendo sido constatada a impossibilidade de aplicação de outras medidas cautelares. Observância dos ditames da Lei 12.403/11 que introduziu modificações no Código de Processo Penal. 4. Habeas corpus denegado.’

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 71

Da leitura dos autos, ao menos em sede de cognição sumária, não se detecta manifesta ilegalidade, apta a ensejar o deferimento da medida de urgência.

Pelo exposto, indefiro o pedido de liminar” (fls. 1/2 do anexo 11 – grifos conforme o original).

É certo que a jurisprudência desta Suprema Corte tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não ocorre na espécie.

Com efeito, essa circunstância, por si só, já inviabilizaria conhecimento da presente impetração, uma vez que não se verifica situação de flagrante ilegalidade apta a ensejar o afastamento excepcional da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.

Segundo porque, ainda que fosse o caso de superação da súmula em questão, a impetração esbarra na decisão da Primeira Turma que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário constitucional, previsto no art. 102, inciso II, alínea “a” da Carta da República.

Segundo o dispositivo em questão, compete a este Supremo Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o ‘habeas-corpus’, o mandado de segurança, o ‘habeas-data’ e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.

Conforme expressamente consignado pelo eminente relator naquela assentada, “o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº 108.715/RJ).

Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea “a” da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não é o caso dos autos.

Ressalvo, ademais, meu entendimento pessoal, já consignado em sentido contrário naquele julgamento da Turma, pelo cabimento do habeas corpus substitutivo nesses casos. Contudo, adoto o entendimento do colegiado e o aplico à espécie.

Ante o exposto, entendendo não demonstrada, satisfatoriamente, nenhuma ilegalidade flagrante apta a ensejar uma concessão de ofício, nos termos do art. 38 da Lei nº 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 115.190 (559)ORIGEM : HC - 195760 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : LUCIVAL MARQUES DA SILVAIMPTE.(S) : DANIEL LEON BIALSKI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:Vistos. Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de

liminar, impetrado pelos advogados Daniel Leon Bialski e Guilherme Pereira Gonzalez Ruiz Martins em favor de Lucival Marques da Silva, apontando como autoridade coatora a Quinta Turma, do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 195.760/SP, impetrado àquela Corte, Relator o Ministro Gilson Dipp.

Os impetrantes sustentam, em síntese, o constrangimento ilegal imposto ao paciente, tendo em vista que a sentença condenatória teria se pautado exclusivamente em depoimento de uma única testemunha, “desconsiderando outros 12 (doze) depoimentos de testemunhas presenciais do delito, que afirmam uníssona e insofismavelmente não ter o Paciente participado do delito, ou quando apresentado este às testemunhas sob o crivo do contraditório judicial, disseram nunca tê-lo visto“ (fl. 9 da inicial – grifos conforme o original).

Esclarecem que “a prova testemunhal, quando desacompanhada de outros elementos que a corroborem, JAMAIS pode ser considerado como meio de prova idôneo e apto para a condenação, mormente em um caso complexo como o ora apresentado, onde diversas outras testemunhas corroboram em sentido contrario os dizeres daquela testemunha que serviu de móvel ao decreto punitivo” (fl. 12 da inicial – grifos conforme o original).

Afirmam, ainda, que “pelo que foi decidido nos autos do habeas

corpus n.° 94.897/SP, que tramitou perante o Superior Tribunal de Justiça e concedeu a ordem para ABSOLVER corréu no mesmo processo originário (Doc. 21)”, seria viável, “por similaridade, a anulação do decisum punitivo e ou pela consequente decretação da extensão ABSOLUTÓRIA, porque ali como aqui inexiste prova contumaz para arrimar a decisão proferida e agora contestada” (fl. 13 da inicial – grifos conforme o original)

Por fim, defendem a nulidade do julgamento que manteve a condenação do paciente por ausência de “FUNDAMENTAÇÃO E MOTIVAÇÃO IDÔNEA, EM ARREPIO AO INCISO IX DO ARTIGO 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL” (fl. 14 da inicial).

Requerem o deferimento da liminar para suspender “o cumprimento da reprimenda e andamento da execução criminal relativa a esta reprimenda (...)” e, no mérito, pedem a concessão da ordem para “para ABSOLVER o Paciente das imputações lhe assacadas e ou para ao menos, ANULAR o V. Acórdão proferido, determinando a renovação do julgamento e exame de tudo o quanto apresentado pela defesa constituída” (fl. 20 da inicial – grifos conforme o original).

Examinados os autos, decido.O Superior Tribunal de Justiça denegou a ordem no HC nº

195.760/SP, em decisão assim fundamentada:“CRIMINAL. HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO.

NEGATIVA DE AUTORIA. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. NÃO OCORRÊNCIA. ART. 580 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. CARÁTER EXCLUSIVAMENTE PESSOAL. INAPLICABILIDADE. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.

I. A via estreita do habeas corpus não se presta para a análise de questões que demandam revolvimento do conjunto fático-probatório, como a apontada negativa de autoria no delito a ele imputado.

II. O posicionamento desta Corte é no sentido de ser descabida qualquer análise mais acurada acerca da motivação utilizada nas instâncias inferiores para a condenação do paciente, assim como a verificação da sua justiça, se não evidenciada flagrante ilegalidade.

III. O Colegiado Estadual, além de ter apreciado a alegação defensiva relacionada à negativa de autoria, bem fundamentou o acórdão quanto à imputação atribuída ao réu.

IV. A extensão do benefício concedido ao corréu, previsto no art. 580 do Código de Processo Penal, no concurso de agentes, só aproveita aos coautores, se fundada em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal.

V. Ordem parcialmente conhecida, e nesta extensão, denegada” (fl. 1 do anexo 43).

Há óbice jurídico-processual para o conhecimento do writ. No caso, a impetração foi manejada em substituição ao recurso

ordinário constitucional, prescrito no art. 102, inciso II, alínea “a” da Carta da República, o que esbarra na decisão da Primeira Turma que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário.

Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o ‘habeas-corpus’, o mandado de segurança, o ‘habeas-data’ e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.

Conforme expressamente consignado pelo eminente relator naquela assentada, “o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº 108.715/RJ).

Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea “a” da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não é o caso dos autos.

Apenas para registro, ressalto que o julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça está em consonância com o entendimento desta Suprema Corte, preconizada no sentido de que “a análise dos elementos de convicção acerca das circunstâncias judiciais avaliadas negativamente na sentença condenatória é incompatível com a via estreita do habeas corpus, por demandar minucioso exame fático e probatório inerente a meio processual diverso” (HC nº 98.446/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 3/5/11).

Destaco ainda do magistério jurisprudencial deste Supremo Tribunal o entendimento de a extensão de benefício concedido a corréu (art. 580 do Código de Processo Penal) só aproveitaria ao paciente, se fundada em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal. Confira-se:

“Habeas corpus. Processual penal. Pedido de extensão indeferido no Superior Tribunal de Justiça. Ausência de similitude processual (art. 580 do CPP). Precedentes desta Corte. Ordem denegada. 1. O Superior Tribunal de Justiça não poderia deferir ao paciente a extensão da decisão que concedeu

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 72

a ordem de habeas corpus ao co-réu, adotando os mesmos fundamentos, uma vez que essa decisão foi baseada em motivos de caráter exclusivamente pessoal. ‘A extensão da decisão em habeas corpus para co-réu somente pode abranger aquele que esteja em situação objetiva e/ou subjetivamente idêntica à do beneficiado’ (HC nº 87.768-extensão/RJ, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 15/6/07). 2. Habeas corpus denegado” (HC nº 94.822/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe de 20/2/09).

Ressalvo, ademais, meu entendimento pessoal, já consignado em sentido contrário naquele julgamento da Turma, pelo cabimento do habeas corpus substitutivo nesses casos. Contudo, adoto o entendimento do colegiado e o aplico à espécie.

Ante o exposto, entendendo não demonstrada, satisfatoriamente, nenhuma ilegalidade flagrante apta a ensejar uma concessão de ofício, nos termos do art. 38 da Lei nº 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 115.215 (560)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : VICTOR DE JESUS ROCHAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DESPACHO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de Victor de Jesus Rocha, apontando como autoridade coatora o Superior Tribunal Militar, que deu parcial provimento à apelação interposta pelo Parquet Militar, afastando a ocorrência da desistência voluntária do crime de roubo imputado ao paciente, condenando-o pela prática do referido crime em sua modalidade tentada.

Sustenta a impetrante, em linhas gerais, o constrangimento ilegal imposto ao paciente, que teve reconhecido, em sentença de primeiro grau, a desistência voluntária da escalada criminosa, e em segundo grau viu sua conduta ser indevidamente requalificada como roubo na modalidade tentada.

Narra a impetrante que: “(...)“o denunciado, em coautoria com o civil não identificado, após

ingressarem na OM, deslocaram-se até a altura do Posto 03 (P3) e utilizando um blindado como cobertura, aguardaram a passagem do Soldado do Efetivo Variável Tarcísio Werneck dos Santos, que fazia a ronda entre os Postos 03 e 04 (P4 e P4). O Sd EV Tarcísio Werneck dos Santos, ao passar pelo blindado estacionado, foi surpreendido e abordado pelo indiciado, que saiu de trás do carro e gritou “perdeu!, perdeu!”, sendo que o civil saiu pela frente do blindado estacionado.”

Da narrativa dos fatos, conjugada à informação de estar o acusado portando arma de fogo, percebe-se que o militar rendido, Sd Weneck, estava subjugado e sem meios de reação que não expusesse sua integridade física a risco.

Assim, se a escalada criminosa foi interrompida não foi por outro motivo que não a desistência, como ato volitivo do autor, da prática do ilícito.

Para que se configurasse hipótese de tentativa seria indispensável que a escalada criminosa fosse interrompida por elementos externos à vontade do agente.

(…)No caso dos autos, percebe-se o acerto da sentença de primeiro grau

neste aspecto, sem qualquer revolvimento fático e probatório. Basta a valoração das informações trazidas nos autos para perceber que o paciente deteve o ‘iter criminis’ em desenvolvimento, por ato exclusivo de sua vontade. Ainda que a desistência não tenha sido espontânea, vez que ocorreu após o seu reconhecimento pela vítima, certamente foi voluntária” (fl. 3 da inicial).

Requer o deferimento da liminar para “suspender o processo 2.25.2011.7.02.0102 em curso no STM, enquanto não julgado definitivamente o presente ‘writ’” (fl. 5 da inicial) e, no mérito, pede a concessão da ordem para que “seja restabelecida a sentença de primeiro grau, que reconheceu a desistência voluntária na prática iniciada do delito de roubo, e absolveu o paciente de tal imputação” (fl. 5 da inicial).

Examinados os autos, decido.Narra a impetrante, na inicial, que: “(...)o paciente teria ingressado clandestinamente no quartel onde servia,

acompanhado de um civil, com o objetivo de subtrair um fuzil. Tendo rendido a Sentinela, apesar do rosto coberto por um gorro, foi reconhecido por esta que o chamou pelo nome. Na seqüência, o paciente se evadiu do local sem nada levar.

Regularmente processado o feito, em primeiro grau o paciente foi condenado a uma pena de 1 ano de detenção, pelo crime de ingresso clandestino (art. 302 do CPM), e absolvido do delito de roubo qualificado, pela desistência voluntária da prática delitiva.

Irresignadas, acusação e defesa apelaram. O Egrégio Superior Tribunal Militar, por unanimidade de votos, deu parcial provimento a ambos os recursos, reconhecendo a consução do delito de ingresso clandestino pelo roubo, e entendendo pela prática do roubo na modalidade tentada.

A pena foi estabelecida em 1 ano, 9 meses e 10 dias. Incidiu a causa de aumento do uso de arma de fogo, no patamar de 1/3 e a causa de diminuição da tentativa no patamar de 2/3.

Apresentados Embargos Declaratórios, os mesmos foram rejeitados” (fl. 2 da inicial).

Transcrevo a ementa do julgado proferido por aquela Corte Militar:“APELAÇÃO. RECURSOS DA DEFESA E DA ACUSAÇÃO.

INGRESSO CLANDESTINO. ROUBO DE FUZIL CONCURSO DE CRIMES. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. EXCLUSÃO DO CR1ME-MEIO. TENTATIVA. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA. INTERRUPÇÃO DOS ATOS EXECUTÓRIOS. VOLUNTARIEDADE NÃO CONFIGURADA.

A invasão do quartel por militar, a fim de subtrair arma de fogo, a princípio, faz vislumbrar a ocorrência de dois delitos: ingresso clandestino e roubo. No entanto, verificando-se que a primeira conduta perfaz elemento necessário à investida contra o patrimônio da Força, o crime-meio será absorvido pelo crime-fim e o agente, por conseguinte, será responsabilizado apenas pelo roubo. Tal técnica de resolução de conflito aparente de normas encontra respaldo no princípio da consunção.

Uma vez interrompida a execução do ‘iter criminis’, em face do receio de ser descoberta a identidade do autor do delito, estará configurada a tentativa e não a tese defensiva de desistência voluntária. A voluntariedade não se manifestou como atitude advinda do agente, o qual foi forçado a resignar-se com o malogro de sua ação, no momento em que foi reconhecido pelo militar de quem retirou o fuzil.

Apelo defensivo parcialmente provido para excluir o delito de ingresso clandestino, em face da consunção pelo roubo.

Apelo ministerial provido para reformar a sentença absolutória e condenar o ex-Soldado como incurso na figura típica de roubo qualificado (emprego de arma de fogo -art. 242, §22, inciso I, do CPM).

Decisão unânime.” (www.stm.jus.br).Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.Na hipótese vertente, tenho por presentes os requisitos necessários

ao deferimento da liminar.O Superior Tribunal Militar ao prover o recurso interposto pelo

Parquet militar com atuação perante aquela Corte Superior, afastou a ocorrência da desistência voluntária, sob as seguintes premissas, in verbis:

“(...)Assiste razão ao apelo do ‘Parquet’ que requereu a condenação do

réu à pena do crime de roubo, na forma tentada, afastando a desistência voluntária.

A desistência voluntária é uma espécie de tentativa abandonada e para sua caracterização é imprescindível que o agente interrompa voluntariamente a execução do delito, obstruindo, assim, a consumação.

A tentativa, por sua vez, ocorre quando o agente inicia a execução e não a consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. Luiz Regis Prado (Comentários ao Código Penal, 4ª Ed. RT. São Paulo. 2007, p. 87) conceitua, ‘in verbis’:

"Para a configuração da tentativa, exige-se: a) início de execução; b) inocorrência do resultado por circunstâncias alheias à vontade do agente; c) dolo em relação aos elementos do tipo objetivo. Em nosso ordenamento, o fundamento de punibilidade da tentativa é encontrado na teoria objetiva, pela qual a tentativa é punida em razão do perigo que acarreta ao bem jurídico protegido - probabilidade de causação do resultado ilícito".

No presente caso, o réu ingressou clandestinamente em Organização Militar, pulou o muro num ponto sem vigilância, andou vários metros, venceu obstáculos e ficou de tocaia esperando a melhor oportunidade para abordar e subtrair o fuzil da sentinela que fazia ronda do ponto P3 ao ponto P4. No momento da abordagem, o militar rendido reconheceu o meliante e chamou-o pelo nome. Nesse momento, o invasor não prosseguiu na execução do crime, o que nos permite concluir que foi por temor do reconhecimento.

Abandonar a execução por receio de ser reconhecido é uma forma de tentativa e não de desistência voluntária. Esse também é o escólio do professor Damásio (DE JESUS, Damásio Evangelista. Direito Penal. 29ª Ed. Saraiva. 2008. Vol. I. p. 342), a seguir:

"O importante é que sua conduta seja voluntária, não determinada por circunstância alheia à sua vontade. Dessa forma, se o sujeito só desiste de seu intento de cometer o crime diante do perigo de ser preso em flagrante, ao perceber que seus movimentos são atentamente seguidos por outrem não há falar em desistência voluntária." (STM, Apelação n° 2-25.2011.7.02.0102/SP, Rel. Min. Ten. Brig. Ar José Américo dos Santos).

Em uma análise preliminar da questão, observo que existem entendimentos divergentes sobre as condições necessárias ao reconhecimento da desistência voluntária, inclusive por parte do mesmo doutrinador. Damásio Evangelista de Jesus (Código Penal Anotado, 19ª ed., 2ª tir., São Paulo: RT, 2009, p. 57), em sentido contrário àquele mencionado no aresto vergastado, assinala que “não importa a natureza do

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motivo: o sujeito pode desistir ou arrepender-se por medo, piedade, receio de ser descoberto, decepção com a vantagem do crime, remorso, repugnância pela conduta, ou por qualquer outra razão. O importante é que a conduta seja voluntária, não determinada por circunstância alheia à sua vontade”.

Verifico, ademais, que julgado deste Supremo Tribunal já reconheceu em que os motivos para a desistência voluntária são irrelevantes:

“TENTATIVA INACABADA - DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA. AGENTE QUE PENETROU EM AUTOMOVEL, REBENTANDO OS VIDROS E TENTOU POR O MOTOR EM MARCHA DEPOIS DE LIGAR O RÁDIO, MAS DEPOIS DESISTIU DO INTENTO. APLICAÇÃO DO ART. 13 DO C.P. A DESISTÊNCIA PODE SER VOLUNTÁRIA, AINDA QUE NÃO ESPONTÂNEA. OS MOTIVOS SÃO IRRELEVANTES.” (RE nº 66.008/SP, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Aliomar Baleeiro, 28/5/69, RTJ 49-03, p. 421).

Diante desse quadro, defiro a liminar para suspender os efeitos do acórdão proferido pelo Superior Tribunal Militar nos autos da Apelação n° 2.25.2011.7.02.0102/SP até o julgamento definitivo desta impetração.

Por estarem os autos devidamente instruídos com as peças necessárias ao entendimento da questão, dispenso as informações da autoridade coatora.

Vista ao Ministério Público Federal.Publique-se.Comunique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 2.539 (561)ORIGEM : PROC - 30 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : MÁRIO COUTO FILHOADV.(A/S) : SÁBATO GIOVANI MEGALE ROSSETTI

DESPACHO TRANSAÇÃO PENAL – CUMPRIMENTO. 1. A Secretaria Judiciária, à folha 535, certifica que o investigado,

apesar de devidamente intimado, não apresentou os comprovantes da entrega dos remédios objeto da transação penal.

2. Reiterem a intimação do investigado.3. Publiquem.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

INQUÉRITO 3.528 (562)ORIGEM : PROC - 200801129286 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSINVEST.(A/S) : M M HADV.(A/S) : ELISAURA DE FÁTIMA MARTINS E OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : E M A C E SADV.(A/S) : RODRIGO MOTA NÓBREGA

DESPACHO: A Corte Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás determinou a remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 102, inciso I, letra “b”, da Constituição Federal, tendo em conta o possível envolvimento de parlamentar federal nos fatos objeto da investigação.

Encaminhem-se os autos à Procuradoria Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.997 (563)ORIGEM : MI - 4997 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : DEJANIR OLIVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : PRISCILA DALLA PORTA NIEDERAUER CANTARELLIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO (Petição STF n. 46.854/2012)PETIÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. PROCESSO

ADMINISTRATIVO PENDENTE DE APRECIAÇÃO. DEFERIMENTO DE

DILAÇÃO DE PRAZO.1. Em 28.8.2012, fixei o prazo de dez dias para que o Impetrante

demonstrasse que a Administração Pública teria negado o seu pedido de aposentadoria especial com fundamento na ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República (doc. 8).

2. Em 11.9.2012, o Impetrante informou que “ingressou com o requerimento administrativo em 31/08/2012. Deste modo, vai necessitar de maior prazo para a tramitação do seu pedido junto a Autarquia, uma vez que os servidores da UFSM recentemente retornaram de uma greve que durou dois meses” (doc. 10). Requereu “a dilação do prazo em 59 dias, nos termos do artigo 182 do CPC, para possibilitar o cumprimento da diligência e regularização processual” (doc. 10).

3. Requerimento deferido.Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.027 (564)ORIGEM : MI - 5027 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : SINDICATO DOS MEDICOS DE GOVERNADOR

VALADARESADV.(A/S) : RONALD AMARAL JUNIORIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOMANDADO DE INJUNÇÃO – DOCUMENTOS NECESSÁRIOS –

PROCURAÇÃO – AUSÊNCIA DE JUNTADA DAS PEÇAS.1. Não foram juntadas as peças essenciais ao exame do pedido bem

como a procuração outorgada ao responsável pelo protocolo eletrônico.2. Providencie o reclamante as citadas peças, sob pena de

indeferimento da inicial.3. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.031 (565)ORIGEM : MI - 5031 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : CÁSAR PAULO SIMIONATOADV.(A/S) : JEAN PAULINO DA SILVA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOMANDADO DE INJUNÇÃO – SITUAÇÃO FUNCIONAL –

ELUCIDAÇÃO 1. O impetrante noticia ser servidor público municipal, ocupante do

cargo de médico. O documento anexado informa o início do exercício em 12 de março de 1985, sem, contudo, identificá-lo como servidor em atividade. Esclareça o impetrante a situação funcional em que se encontra atualmente.

2. Publiquem.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 24.152 (566)ORIGEM : MS - 152875 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : ÁLVARO JOSÉ CABRINI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MEIRE DAS GRAÇAS OLIVEIRA LOPES FERREIRAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de mandado de segurança, com pedido de liminar,

impetrado por ÁLVARO JOSÉ CABRINI E OUTROS contra ato praticado pelo EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, e com o objetivo de desconstituir decreto expropriatório de 20/8/2001, pelo qual atesta o interesse social, para fins de reforma agrária, de imóvel rural de propriedade dos impetrantes.

Relatam que (i) “são legítimos proprietários da Fazenda Santa Filomena I, constante da matrícula 11.149, com área registrada de 547,0439 hectares, localizada no Município de Itaquiraí, Estado de Mato Grosso do Sul, conforme faz prova certidão em anexo (doc. 02)”; (ii) “a referida Fazenda fora objeto de avaliação de produtividade (…) por parte do INCRA – Instituto

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 74

Nacional e reforma Agrária, para o fim de constatar sua produtividade e utilidade para fins de reforma agrária”; (iii) “realizada a vistoria, entendendo a Administração Pública, por meio do INCRA, como passível de desapropriação do imóvel para fins de reforma agrária, notificou o particular para apresentar defesa (…)”; (iv) “foi interposto recurso administrativo com pedido de efeito suspensivo, o qual não foi apreciado”; (v) “o MM. Juiz de Direito da Vara Federal de Dourados (MS), deferiu o sobrestamento do processo administrativo, inaudita altera pars”; (vi) “a despeito dessa concessão, a Administração, que havia inobservado a exigência de motivação para suas decisões – na verdade sequer deu decisão, seja concedendo ou não ao menos o efeito suspensivo requerido – remeteu os autos para Brasília, propiciando, por consequência, o decreto de desapropriação para fins de reforma agrária, o que foi proferido quase simultaneamente com a citação (citação essa de decisão proferida em 22 de agosto de 2001) da decisão de sobrestamento do processo administrativo, ocasionando, portanto, seu descumprimento.”

Requerem a concessão da medida liminar, e no mérito pugnam pela declaração de nulidade do ato impugnado.

O eminente Ministro Néri da Silveira, deferiu a liminar e solicitou prévias informações (fl. 305), as quais foram prestadas pela autoridade coatora (fls. 315/446).

O parecer da douta Procuradoria-Geral da República é pela denegação da ordem (fls. 450/455).

É o relatório. Decido. I - A moldura fatico-jurídica da impetração Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato

praticado pelo EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, consubstanciado na edição do decreto expropriatório de 20/8/2001, pelo qual atesta o interesse social, para fins de reforma agrária, de imóvel rural de propriedade dos impetrantes.

O mandamus esta fundamentado nos seguintes argumentos fáticos e jurídicos:

a) ausência de motivação dos atos nas decisões e no transcorrer do processo administrativo: “O administrado tem, dentre seus direitos e garantias, nos termos da nova Lei nº 9.847/99, o da motivação dos atos administrativos que lhe interessam. Na verdade, todo e qualquer ato administrativo deve ser fundamentado.”;

b) a concessão de liminar em ação de produção antecipada de prova, ajuizada na primeira instância da justiça federal, na qual se ordenou a suspensão do procedimento administrativo, impede a edição do decreto presidencial;

c) “ (…) denota-se perfeitamente cabível a demonstração objetiva da manobra estatal no sentido de pular a etapa administrativa para agilizar a publicação do decreto presidencial, ocasionando, por conseguinte, a supressão do procedimento administrativo tradicional.”;

d) a pretensão estatal em proceder a desapropriação “ sofre abalo por conta da obtida prova de produtividade do imóvel objeto de desapropriação, do mesmo processo que havia concedido liminarmente o sobrestamento da fase administrativa.”;

e) em razão da obtenção de cautelar de produção antecipadas de provas, “(…) demonstrado pelo próprio Poder Judiciário a produtividade do imóvel em questão, elimina-se, sem sombra de dúvidas qualquer pretensão expropriatória, vez que destrói a finalidade do referido ato administrativo (…).”;

f) a supressão do processo administrativo, ao reforçar o caráter vinculador do artigo 65 da Lei nº 9.847/99, ante o disposto pelo §1º, do artigo 59,“Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.”;

g) a Administração agiu com abuso de poder, “os dois elementos constitutivos preponderantes deste mandato, quais sejam, a supressão do processo administrativo, e a existência de decisão sobrestando o próprio processo administrativo, são mostra de que a Administração cometeu abuso de poder (…).”;

h) impossibilidade de desapropriação de média propriedade, “ a propriedade em apreço tem a extensão de 540,00 há, o que a classifica como média propriedade rual, nos termos da Lei nº 8.629/93, artigo 4º, III, “a”, (...). O proprietário possui, de fato, outras propriedades rurais, todas em condomínio com terceiros. Contudo, da soma de suas partes em todas as outras fazendas, não se extrapola o tamanho correspondente à média propriedade rural, além de estarem em condomínio (…).”.

II - O caso dos autos e a natureza da ação mandamental O mandado de segurança é remédio constitucional colocado à

disposição do jurisdicionado quando seu direito líquido e certo estiver sendo violado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade. Vide o que dispõe o artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

....................................................................................................... LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito

líquido e certo , não amparado por 'habeas-corpus' ou 'habeas-data', quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

(grifou-se).Ӄ assente nesta Corte a impossibilidade de discutir em sede de

mandado de segurança questões controversas que envolvam fatos e provas, em razão da impossibilidade de dilação probatória.

Esse entendimento corrobora a própria natureza do mandado de segurança, na medida em que é necessária a presença cristalina do direito líquido e certo. Sobre o tema, veja-se o que diz a doutrina:

“Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesta na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante: se sua existência for duvidosa, se sua extensão ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de situações e fato ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meio judiciais. (MEIRELLES, Hely Lopes; WALD, Arnold; MENDES, Gilmar Ferreira. Mandado de segurança e ações constitucionais. 22 ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 34) .”

Extrai-se dos autos, em clara contraposição ao estreito limite da ação mandamental, a ausência de prova inequívoca do alegado pelos impetrantes, no que se refere às alegações acerca da produtividade do imóvel rural.

Para melhor análise, transcrevo o teor das referidas alegações: (i) “a pretensão estatal em proceder a desapropriação sofre abalo por conta da obtida prova de produtividade do imóvel objeto de desapropriação, do mesmo processo que havia concedido liminarmente o sobrestamento da fase administrativa.”; (ii) em razão da obtenção de cautelar de produção antecipadas de provas, (…) demonstrado pelo próprio Poder Judiciário a produtividade do imóvel em questão, elimina-se, sem sombra de dúvidas qualquer pretensão expropriatória, vez que destrói a finalidade do referido ato administrativo (…).”.

E isso porque, em consulta ao andamento processual da ação cautelar nº 2001.6002.1594-2, na Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul, verifico que não há decisão judicial, transitada em julgado, acerca da produtividade do imóvel rural.

De forma que subsiste a controvérsia documental em torno do índice de produtividade do imóvel rural, o que basta para descaracterizar a necessária liquidez dos fatos subjacentes ao direito subjetivo invocado pelos impetrantes, tornando impertinente a utilização da via processual do mandado de segurança.

Nesse sentido, esta Corte já se manifestou, com relação à estreita natureza da ação mandamental, ressaltando a sua incompatibilidade com controvérsia acerca da produtividade do imóvel rural, veja-se:

“AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. REFORMA AGRÁRIA. CONTROVÉRSIA ACERCA DA PRODUTIVIDADE DE IMÓVEL RURAL. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE DE PRODUZIR PROVAS EM MANDADO DE SEGURANÇA. SUPOSTA TURBAÇÃO E ESBULHO OCORRIDA APÓS A REALIZAÇÃO DE VISTORIA DO INCRA. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE À DESAPROPRIAÇÃO. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. EXISTÊNCIA DE LICENÇA . AGRAVO DESPROVIDO. I - O entendimento pacífico desta Corte é no sentido da impossibilidade de se discutir em sede de mandado de segurança questões controversas sobre a correta classificação da produtividade do imóvel suscetível de desapropriação, por demandar dilação probatória. Precedentes. II - A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a desapropriação somente é vedada nos casos em que o esbulho possessório ocorre anteriormente ou durante a realização da vistoria, o que não é o caso dos autos. Precedentes. III – É possível a realização de desapropriação para fins de reforma agrária em imóveis abrangidos por áreas de proteção ambiental, desde que cumprida a legislação pertinente. Precedentes. No caso, foi obtida licença prévia para assentamento de reforma agrária. IV – Agravo regimental a que se nega provimento” (MS nº 25.576-AgR/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, Dje de 5/8/11)” (Grifei).

“MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. REFORMA AGRÁRIA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. NOTIFICAÇÃO POR EDITAL. POSSIBILIDADE. INDIVIDUALIZAÇÃO DAS GLEBAS. PRODUTIVIDADE DO IMÓVEL. SEGURANÇA DENEGADA. É parte legítima para impetrar mandado de segurança contra decreto que declara de interesse social para fins de reforma agrária o atual proprietário do imóvel, ainda que outros fossem os proprietários no momento em que foi realizada a vistoria pelo INCRA. Inexistência de nulidade da notificação das então proprietárias do imóvel. Notificação feita por edital e acompanhamento pessoal, por uma das condôminas, do trabalho efetuado pelo INCRA. A ausência de registro individualizado no Cartório de Registro de Imóveis das glebas que cabem a cada uma das condôminas faz com que seja legítima a consideração do imóvel como um todo indiviso. Impossibilidade de verificação da produtividade do imóvel, por demandar dilação probatória, incabível no mandado de segurança. Ordem denegada” (MS nº 25.325/DF, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, Dje de 19/12/08)” (Grifei).

“MANDADO DE SEGURANÇA - IMÓVEL RURAL - DESAPROPRIAÇÃO PARA REFORMA AGRARIA - OFENSA À COISA JULGADA - INOCORRÊNCIA - EXISTÊNCIA DE MAIS DE UM IMÓVEL RURAL EM NOME DOS IMPETRANTES - IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DE

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 75

INEXPROPRIABILIDADE (CF, ART. 185, "IN FINE") - INVOCAÇÃO DA PRODUTIVIDADE FUNDIÁRIA COMO FUNDAMENTO AUTÔNOMO DE IMPUGNAÇÃO DO DECRETO PRESIDENCIAL (CF, ART. 185, II) - CONTROVÉRSIA SOBRE A PRODUTIVIDADE DO IMÓVEL - ILIQUIDEZ DO DIREITO ALEGADO - "WRIT" DENEGADO. - A CIRCUNSTÂNCIA DE HAVER SIDO ANTERIORMENTE CONCEDIDO MANDADO DE SEGURANÇA AOS IMPETRANTES, EM VIRTUDE DA AUSÊNCIA DOS ATOS LEGISLATIVOS RECLAMADOS PELOS ARTS. 184, PAR. 3., E 185, I, DA CONSTITUIÇÃO, NÃO IMPEDE QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, TENDO PRESENTE A EDIÇÃO SUPERVENIENTE DA LEI COMPLEMENTAR N. 76/93 E DA LEI N. 8.629/93 - E UMA VEZ OBSERVADOS OS PRESSUPOSTOS NELAS ESTABELECIDOS -, VENHA A RENOVAR, PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA, E SEM QUALQUER OFENSA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA, DECLARAÇÃO EXPROPRIATÓRIA CONCERNENTE AO MESMO IMÓVEL RURAL. - PARA EFEITO DE REFORMA AGRÁRIA, A MÉDIA PROPRIEDADE RURAL, AINDA QUE IMPRODUTIVA, CONSTITUI BEM OBJETIVAMENTE IMUNE À AÇÃO EXPROPRIATÓRIA DA UNIÃO FEDERAL, DESDE QUE O SEU TITULAR NÃO POSSUA OUTRO IMÓVEL RURAL (CF, ART. 185, I, C/C LEI N. 8.629/93, ART. 4., PARÁGRAFO ÚNICO). UNITITULARIDADE DOMINIAL: CONDIÇÃO NÃO SATISFEITA PELOS IMPETRANTES. - A PROPRIEDADE PRODUTIVA INDEPENDENTEMENTE DE SUA EXTENSÃO TERRITORIAL E DA CIRCUNSTÂNCIA DE O SEU TITULAR SER, OU NÃO, PROPRIETÁRIO DE OUTRO IMÓVEL RURAL, REVELA-SE INTANGÍVEL A AÇÃO EXPROPRIATÓRIA DO PODER PÚBLICO EM TEMA DE REFORMA AGRÁRIA (CF, ART. 185, II), DESDE QUE COMPROVADO, DE MODO INQUESTIONÁVEL, PELO IMPETRANTE, O GRAU ADEQUADO E SUFICIENTE DE PRODUTIVIDADE FUNDIÁRIA. A CONTROVÉRSIA DOCUMENTAL EM TORNO DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DO IMÓVEL RURAL BASTA PARA DESCARACTERIZAR A NECESSÁRIA LIQUIDEZ DOS FATOS SUBJACENTES AO DIREITO SUBJETIVO INVOCADO PELOS IMPETRANTES, TORNANDO IMPERTINENTE, POR AUSÊNCIA DE UM DE SEUS REQUISITOS ESSENCIAIS, A UTILIZAÇÃO DA VIA PROCESSUAL DO MANDADO DE SEGURANÇA. PRECEDENTES” (MS nº 22.022/ES, Relator o Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ de 4/11/94)”.

Quanto às alegações concernentes à ausência de motivação do decreto expropriatório e das decisões no transcorrer do processo administrativo, não identifico violação cristalina ao direito liquido e certo dos impetrantes, na medida em que está incontroverso nos autos que o Decreto de 20 de agosto de 2001, no seu item VIII, faz expressa referência ao Processo INCRA / SR-16 / nº 54290.00, processo administrativo que motivou a expedição do referido decreto expropriatório e observou os postulados do contraditório e ampla defesa, haja vista a manifesta participação dos impetrantes no curso do procedimento administrativo, evidenciado nos presentes autos.

Ressalte-se que o Senhor Advogado-Geral da União, ao prestar as informações que foram solicitadas, esclarece (fls. 319/320) que o imóvel foi classificado: “(...) como média propriedade rural improdutiva, considerando-se os índices de 65,50 % para o GUT (Grau de utilização da Terra ) e 100% para o GEE (Grau de Eficiência na Exploração), (…).”

Os impetrantes aduzem a nulidade do decreto expropriatório, também, em razão (i) “da concessão de liminar em ação de produção antecipada de provas, ajuizada na primeira instância da justiça federal, na qual se ordenou a suspensão do procedimento administrativo, que impediria a edição do decreto presidencial.”; (ii) “ a demonstração objetiva da manobra estatal no sentido de pular a etapa administrativa para agilizar a publicação do decreto presidencial, ocasionando, por conseguinte, a supressão do procedimento administrativo tradicional.”; (iii)“(…) os dois elementos constitutivos preponderantes deste mandato, quais sejam, a supressão do processo administrativo, e a existência de decisão sobrestando o próprio processo administrativo, são mostra de que a Administração cometeu abuso de poder.”.

Da mesma forma, não vislumbro latente vício apto a configurar a nulidade do ato ora impugnado, na medida em que a análise da ordem cronológica entre a citação (22/8/2001) e a expedição do decreto expropriatório (21/8/2001), impõe concluir-se pela ausência de abuso de poder ou supressão do procedimento administrativo.

O Senhor Advogado-Geral da União, ao prestar as informações que foram solicitadas, defende (fls. 321/322):

“ (…) já havia sido editado o decreto de declaração do imóvel como de interesse social, com vistas à reforma agrária, in Diário Oficial de 21 de agosto de 2001, na oportunidade em que haver-se-ia de constituir a relação processual com a citação válida do INCRA, no respeitante à ação cautelar de produção antecipada de prova pericial (Autos n. 2001.6002.1594-2), em que, em nível de primeiro grau de jurisdição, restou deferido ‘o pedido de produção antecipada de prova pericial, determinando o sobrestamento do processo administrativo nº 54290.000822/00-84’, figurando como Requerido o INCRA. A citação ocorreu em 22 de agosto de 2001.”

Consigno, também, que no caso de processo administrativo para desapropriação, visando o implemento da reforma agrária, tem-se que a ausência de eficácia suspensiva do recurso administrativo não obsta a edição do decreto desapropriatório.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:“MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE

REFORMA AGRÁRIA. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DA AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA. 1. Recurso administrativo. Art. 61 da Lei 9.784/99. Inexistência de efeito suspensivo e de impedimento à edição do decreto expropriatório. 2. Análise da produtividade do imóvel: questão que foge ao âmbito do mandado de segurança. 3. Código Florestal, art. 16, § 2º. Não deve ser considerada, simplesmente, a reserva legal de 20%, mas sim a área efetivamente preservada. 4. Inexistência de direito líquido e certo. 5. Segurança denegada” (MS nº 24.449/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje de 25/4/08) (Grifei).

“CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL QUE DECLARA IMÓVEL RURAL DE INTERESSE SOCIAL, PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. 1. Vistoria realizada pelos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra prescinde da intimação feita pessoalmente a ambos os cônjuges. 2. Desnecessária a intimação da entidade de classe quando não foi ela quem indicou ao órgão fundiário federal a área passível de desapropriação para fins de reforma agrária. 3. Existência de recurso em processo administrativo não impede a expedição do decreto expropriatório. 4. Índice de produtividade do imóvel: questão que não se discute na via do mandado de segurança. Precedentes. 5. Mandado de segurança denegado”(MS nº 26.121/DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe de 4/4/08) (Grifei).

“DESAPROPRIAÇÃO - REFORMA AGRÁRIA - VISTORIA. Descabe confundir com vistoria simples manifestação de agrônomo em laudo pericial. RECURSO ADMINISTRATIVO - EFEITO. Segundo o artigo 61 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, "salvo disposição legal em contrário, o recurso administrativo não tem efeito suspensivo". A regra incide em se tratando de processo administrativo para desapropriação que vise ao implemento da reforma agrária. DESAPROPRIAÇÃO - INTERESSE SOCIAL - DECRETO - OPORTUNIDADE E ALCANCE. A ausência de eficácia suspensiva do recurso administrativo viabiliza a edição do decreto desapropriatório no que apenas formaliza a declaração de interesse social, relativamente ao imóvel, para efeito de reforma agrária, decorrendo a perda da propriedade de decisão na ação desapropriatória, não mais sujeita, na via recursal, a alteração)” (MS nº 25.477/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe de 2/5/08) (Grifei).

“MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. ALEGAÇÃO DE DISCREPÂNCIA ENRE AS ÁREAS VISTORIADAS E AS CONSTANTES DO DECRETO PRESIDENCIAL. ERRO NA AVALIAÇÃO DE PRODUTIVIDADE. DEMONSTRAÇÃO COM LAUDO PARTICULAR. INVASÃO POR INTEGRANTES DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - MST. ALTERAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DO IMÓVEL. DECRETO EDITADO ANTES DA FINALIZAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. EXISTÊNCIA DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NÃO CONSIDERADA PELO INCRA. A apreciação da produtividade do imóvel e a comprovação de eventual discrepância de metragem das áreas físicas em discussão demandam dilação probatória inviável no espectro processual do mandado de segurança. A jurisprudência do STF é firme em considerar que as invasões hábeis a ensejar a aplicação do § 6º do art. 2º da Lei nº 8.629/93 são aquelas ocorridas durante a vistoria, ou antes dela (MS 26.136). No caso, a invasões ocorreram vários meses depois da medida administrativa. A interposição de recurso administrativo não impede a edição de atos pela Administração Pública, nos termos da Lei nº 9.784/99. Os recursos administrativos não têm efeito suspensivo. Precedente: MS 24.163. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a área de reserva florestal não identificada no registro imobiliário não é de ser subtraída da área total do imóvel para o fim de cálculo da produtividade. Precedente: MS 22.688. Mandado de segurança indeferido” (MS nº 25.186/DF, Relator o Ministro Ayres Britto, Tribunal Pleno, DJ de 2/3/07) (Grifei).

“RECURSO ADMINISTRATIVO - EFEITO. Segundo o artigo 61 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, "salvo disposição legal em contrário, o recurso administrativo não tem efeito suspensivo". A regra incide em se tratando de processo administrativo para desapropriação que vise ao implemento da reforma agrária. DESAPROPRIAÇÃO - INTERESSE SOCIAL - DECRETO - OPORTUNIDADE E ALCANCE. A ausência de eficácia suspensiva do recurso administrativo viabiliza a edição do decreto desapropriatório no que apenas formaliza a declaração de interesse social, relativamente ao imóvel, para efeito de reforma agrária, decorrendo a perda da propriedade de decisão na ação desapropriatória, não mais sujeita, na via recursal, a alteração” (MS nº 24.163/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ de 19/9/03) (Grifei).

Ademais, registro que a hipotética atribuição de efeito suspensivo ao recurso administrativo interposto pelos impetrantes, por si só, seria suficiente para impedir o conhecimento do presente mandamus, ante o alcance da norma contida no artigo 5º, inciso I, da Lei nº 1.533/1951 (artigo 5º, inciso I, da Lei nº 12.016/2009), segundo a qual “não se dará mandado de segurança quando se tratar de ato de que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independente de caução”.

Passo, agora, a enfrentar os seguintes argumentos, apresentados pelos impetrantes: “a impossibilidade de desapropriação de média propriedade, a propriedade em apreço tem a extensão de 540,00 ha, o que a classifica como média propriedade rual, nos termos da Lei nº 8.629/93, artigo

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 76

4º, III, “a”, (...). O proprietário possui, de fato, outras propriedades rurais, todas em condomínio com terceiros. Contudo, da soma de suas partes em todas as outras fazendas, não se extrapola o tamanho correspondente à média propriedade rural, além de estarem em condomínio (…).”.

Afasto, imediatamente, a tese de que a configuração de média propriedade rural é suficiente para impedir a ação expropriatória da União.

Isso porque, para alcançar a prerrogativa da inexpropriabilidade da pequena ou média propriedade rural, é imprescindível que o expropriado seja titular de um único imóvel rural, conforme dispõe o artigo 185, inciso I, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;

II - a propriedade produtiva.Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade

produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.”

Frise-se que o registro público é revestido de presunção iuris tantum, prevalecendo, nos estritos termos de seu conteúdo, o que faz estar presente, in casu, situação que possibilita a ação expropriatória da União na média propriedade rural.

Com efeito, os impetrantes juntaram aos autos cópias dos registros públicos (fls. 32/66), individualizados nas matrículas nºs 1.607, 10.706, 1.930 e 12.383, os quais evidenciam, de modo inquestionável, a titularidade, por parte dos impetrantes, de propriedades distintas, tornando, assim, o imóvel objeto da matrícula nº 11.149 suscetível de desapropriação.

Tem-se, por fim, que é suscetível de desapropriação para fins de reforma agrária a média propriedade rural, se o proprietário possuir outra propriedade rural.

Nesse sentido firmou-se o entendimento desta Suprema Corte, veja-se:

“DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 6º, § 2º, INCISOS I E II DA LEI 8.629/93. ALEGAÇÃO IMPROCEDENTE. PRODUTIVIDADE DA TERRA. COMPROVAÇÃO AFERIDA MEDIANTE LAUDO DO INCRA. MATÉRIA CONTROVERTIDA A EXIGIR DILAÇÃO PROBATÓRIA. POSSIBILIDADE DE DESAPROPRIAÇÃO DA MÉDIA PROPRIEDADE RURAL E IMUNIDADE À AÇÃO EXPROPRIATÓRIA. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS PELO IMPETRANTE. MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDO, ASSEGURANDO-SE A UTILIZAÇÃO DAS VIAS ORDINÁRIAS. 1. Inconstitucionalidade do art. 6º, § 2º, incisos I e II da Lei nº 8.629/93. Inexistência. Matéria já dirimida pelo Plenário desta Corte no sentido de que a elaboração dos índices fixados nesta lei, referentes à produção agrícola e à lotação de animais nas pastagens, está sujeita às características variáveis no tempo e no espaço e vinculadas a valores censitários periódicos, não condizentes com o grau de abstração e permanência que se espera de providência legislativa, mantendo-se, assim, essa atribuição, ao Poder Executivo. Precedente. 2. Índice de produtividade do imóvel rural. Fato complexo que reclama produção e cotejo de provas. Liquidez dos fatos descaracterizada. Mandado de Segurança. Inadequação da via eleita. Precedente: MS 22.022 (DJU de 04.11.94). 3. Expropriação de média propriedade rural. Proprietário possuidor de outros imóveis rurais. Unititularidade dominial não satisfeita. Imunidade à ação expropriatória de média propriedade rural, ainda que improdutiva. Inexistência. 4. Mandado de Segurança indeferido” (MS nº 22.478/PR, relator o Ministro Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ de 26/9/97).

“Mandado de segurança. Desapropriação. Imóvel rural. 2. Ato do Presidente da República. Decreto publicado em 2.12.94, que declarou de interesse social, para fins de reforma agrária, imóvel rural denominado FAZENDA NOVA TATIANE. 3. Nulidade do decreto pleiteada, ao fundamento de: a)ser a área do imóvel inferior à consignada no decreto; b) o decreto compromete o exercício da ampla defesa; c) a propriedade há de ser declarada como média propriedade, tornando-se imune à desapropriação pretendida, a teor do art. 185, I, da CF. 4. Liminar indeferida. 5. Parecer da Procuradoria-Geral da República pelo indeferimento do mandamus. 6. A só menção equivocada à área do imóvel não basta a afirmar-se a nulidade do ato declaratório, nem a circunstância de dele não constar o nome do titular do domínio expropriado. 7. Consoante o parágrafo único do art. 4º, da Lei nº 8.629/93, são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária a pequena e média propriedade rural, "desde que o seu proprietário não possua outra propriedade rural". 8. No caso, não há falar em direito certo e líquido a obstar os efeitos do Decreto impugnado. 9. Mandado de segurança indeferido” (MS nº 22.187/PB, relator o Ministro Néri da Silveira, Tribunal Pleno, DJ de 5/5/2000).

“MANDADO DE SEGURANÇA - IMÓVEL RURAL - DESAPROPRIAÇÃO PARA REFORMA AGRÁRIA - OFENSA À COISA JULGADA - INOCORRÊNCIA - EXISTÊNCIA DE MAIS DE UM IMÓVEL RURAL EM NOME DOS IMPETRANTES - IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DE INEXPROPRIABILIDADE (CF, ART. 185, "IN FINE") - INVOCAÇÃO DA PRODUTIVIDADE FUNDIÁRIA COMO FUNDAMENTO AUTÔNOMO DE IMPUGNAÇÃO DO DECRETO PRESIDENCIAL (CF, ART. 185, II) - CONTROVÉRSIA SOBRE A PRODUTIVIDADE DO IMÓVEL - ILIQUIDEZ DO

DIREITO ALEGADO - "WRIT" DENEGADO. - A CIRCUNSTÂNCIA DE HAVER SIDO ANTERIORMENTE CONCEDIDO MANDADO DE SEGURANÇA AOS IMPETRANTES, EM VIRTUDE DA AUSÊNCIA DOS ATOS LEGISLATIVOS RECLAMADOS PELOS ARTS. 184, PAR. 3., E 185, I, DA CONSTITUIÇÃO, NÃO IMPEDE QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, TENDO PRESENTE A EDIÇÃO SUPERVENIENTE DA LEI COMPLEMENTAR N. 76/93 E DA LEI N. 8.629/93 - E UMA VEZ OBSERVADOS OS PRESSUPOSTOS NELAS ESTABELECIDOS -, VENHA A RENOVAR, PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA, E SEM QUALQUER OFENSA À AUTORIDADE DA COISA JULGADA, DECLARAÇÃO EXPROPRIATÓRIA CONCERNENTE AO MESMO IMÓVEL RURAL. - PARA EFEITO DE REFORMA AGRÁRIA, A MÉDIA PROPRIEDADE RURAL, AINDA QUE IMPRODUTIVA, CONSTITUI BEM OBJETIVAMENTE IMUNE À AÇÃO EXPROPRIATÓRIA DA UNIÃO FEDERAL, DESDE QUE O SEU TITULAR NÃO POSSUA OUTRO IMÓVEL RURAL (CF, ART. 185, I, C/C LEI N. 8.629/93, ART. 4., PARÁGRAFO ÚNICO). UNITITULARIDADE DOMINIAL: CONDIÇÃO NÃO SATISFEITA PELOS IMPETRANTES. - A PROPRIEDADE PRODUTIVA INDEPENDENTEMENTE DE SUA EXTENSAO TERRITORIAL E DA CIRCUNSTÂNCIA DE O SEU TITULAR SER, OU NÃO, PROPRIETÁRIO DE OUTRO IMÓVEL RURAL, REVELA-SE INTANGÍVEL À AÇÃO EXPROPRIATORIA DO PODER PÚBLICO EM TEMA DE REFORMA AGRÁRIA (CF, ART. 185, II), DESDE QUE COMPROVADO, DE MODO INQUESTIONÁVEL, PELO IMPETRANTE, O GRAU ADEQUADO E SUFICENTE DE PRODUTIVIDADE FUNDIÁRIA. A CONTROVÉRSIA DOCUMENTAL EM TORNO DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DO IMÓVEL RURAL BASTA PARA DESCARACTERIZAR A NECESSÁRIA LIQUIDEZ DOS FATOS SUBJACENTES AO DIREITO SUBJETIVO INVOCADO PELOS IMPETRANTES, TORNANDO IMPERTINENTE, POR AUSÊNCIA DE UM DE SEUS REQUISITOS ESSENCIAIS, A UTILIZAÇÃO DA VIA PROCESSUAL DO MANDADO DE SEGURANÇA. PRECEDENTES” (MS nº 22.022/ES, Relator o Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ de 4/11/94)” (Grifei).

Forçoso reconhecer, assim, a ausência do direito líquido e certo a amparar a pretensão dos impetrantes; mostra-se de rigor, portanto, denegar-se a ordem.

Anote-se, por oportuno que, nos termos do artigo 205 do Regimento Interno desta Corte, em hipóteses como a presente, em que o mandado de segurança versar “matéria objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal”, poderá o relator decidi-lo monocraticamente.

E tal tipo de agir, conferido ao relator do feito, também já foi submetido ao crivo do Plenário desta Corte, o qual referendou tal possibilidade, ao apreciar o MS nº 27.236-AgR/DF, relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJe de 30/4/10), cuja ementa assim dispõe, na parte em que interessa:

“(...) Nos termos do art. 205 do Regimento Interno do STF, pode o Relator julgar monocraticamente pedido que veicule pretensão incompatível com a jurisprudência consolidada desta Corte, ou seja, manifestamente inadmissível. IV - Agravo regimental improvido. “

III - Dispositivo Ante o exposto, na linha da jurisprudência da Corte, nego seguimento

ao mandado de segurança (art. 21, § 1º, RISTF), cassando a liminar anteriormente deferida.

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.404 (567)ORIGEM : MS - 31404 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : DEMÓSTENES LÁZARO XAVIER TORRESADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/

S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ALBERTO MACHADO CASCAIS MELEIROADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: (Petição eletrônica n. 40.343/2012)MANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO DE ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR DO SENADO FEDERAL. PROCESSO DISCIPLINAR. LIMINAR INDEFERIDA. PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO DE DESISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PODER ESPECÍFICO PARA DESISTIR. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

1. Mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado em 14.6.2012 por Demóstenes Lázaro Xavier Torres, Senador da República, contra ato do Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal e do Presidente da Mesa do Senado Federal.

2. Em 15.6.2012, indeferi a liminar pleiteada (DJe 18.6.2012).3. Em 13.8.2012, o Impetrante requereu a desistência da presente

ação (Petição STF n. 40.343).4. A pacífica jurisprudência deste Supremo Tribunal reconhece ser

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 77

“lícito ao impetrante desistir, a qualquer tempo, da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada” (RE 423.403/SP, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 18.10.2007; RE 466.210/SP, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 14.3.2007; ACO 763/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 22.8.2006; MS 25.542-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 16.12.2005; RE 318.281-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 21.9.2007; e AI 419.258-AgR/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.8.2007).

5. Entretanto, a homologação de tal pedido depende da comprovação de que os advogados requerentes dispõem de poderes específicos para desistir (art. 38 do Código de Processo Civil), o que não se verifica na espécie.

6. Pelo exposto, concedo o prazo de cinco (05) dias para a regularização do pedido de homologação de desistência do presente mandado de segurança.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra Cármen Lúcia Relatora

MANDADO DE SEGURANÇA 31.407 (568)ORIGEM : MS - 31407 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : DEMÓSTENES LÁZARO XAVIER TORRESADV.(A/S) : LILIANE DE CARVALHO GABRIEL E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA MESA DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ALBERTO MACHADO CASCAIS MELEIRO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: (Petição eletrônica n. 40.341/2012)MANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO DE ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR DO SENADO FEDERAL. PROCESSO DISCIPLINAR. LIMINAR DEFERIDA EM PARTE. PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO DE DESISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PODER ESPECÍFICO PARA DESISTIR. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

1. Mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Demóstenes Lázaro Xavier Torres contra ato do Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal e do Presidente da Mesa do Senado Federal.

2. O processo foi-me distribuído por prevenção em 15.6.2012 (sexta-feira), considerada a sua vinculação com o Mandado de Segurança n. 31.404.

3. Em razão de minha ausência, devidamente certificada, e da alegação do Impetrante no sentido do perecimento do direito objeto da impetração no dia 18.6.2012 (segunda-feira), os autos foram conclusos ao Ministro Dias Toffoli para apreciação da liminar (art. 38, I, do RISTF).

Em 18.6.2012, Sua Excelência deferiu em parte o pedido para garantir ao Impetrante “que a deliberação acerca do parecer final do processo disciplinar contra ele aberto [fosse] realizada em sessão que deve ocorrer em no mínimo três dias úteis de interstício contados após a divulgação pública da ‘primeira parte do parecer do relator” (grifos no original, DJe 20.6.2012).

4. Em 13.8.2012, o Impetrante requereu a desistência da presente ação (Petição STF n. 40.341).

5. A pacífica jurisprudência deste Supremo Tribunal reconhece ser “lícito ao impetrante desistir, a qualquer tempo, da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada” (RE 423.403/SP, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 18.10.2007; RE 466.210/SP, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 14.3.2007; ACO 763/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 22.8.2006; MS 25.542-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 16.12.2005; RE 318.281-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 21.9.2007; e AI 419.258-AgR/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.8.2007).

6. Entretanto, a homologação de tal pedido depende da comprovação de que os advogados dispõem de poderes específicos para desistir (art. 38 do Código de Processo Civil), o que não se verifica na espécie.

7. Pelo exposto, concedo o prazo de cinco (05) dias para a regularização do pedido de homologação de desistência do presente mandado de segurança.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra Cármen Lúcia Relatora

MANDADO DE SEGURANÇA 31.413 (569)ORIGEM : PROC - 00075124920092000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

IMPTE.(S) : CARLOS PRUDENCIOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. SINDICÂNCIA.

ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. ADIAMENTO DA SESSÃO DE JULGAMENTO. ABERTURA DE PRAZO PARA MANIFESTAÇÃO SOBRE DOCUMENTOS. MANIFESTAÇÃO DO IMPETRANTE. FALTA DE INTERESSE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

1. Mandado de segurança preventivo, com pedido de medida liminar, impetrado por Carlos Prudêncio, em 18.06.2012, contra o Conselho Nacional de Justiça (Sindicância n. 0004182-10.2010.2.00.0000).

2. O Impetrante sustenta que a omissão na resposta ao requerimento de acesso aos documentos que teriam sido juntados após a apresentação de sua defesa administrativa, conjugada com a proximidade da data para o julgamento da sindicância, evidenciariam cerceamento de seu direito de defesa. Pede que “antes de ser julgada a sindicância seja conferida ao impetrante a oportunidade para se manifestar quanto à documentação juntada após a sua defesa prévia”.

3. Em 25.6.2012, a Corregedora Nacional de Justiça informou que, “recebido o requerimento formulado pelo sindicado, determinou o adiamento do julgamento da sindicância (…) [e] concedeu o prazo de cinco dias para que [ele] possa se manifestar acerca da referida documentação” (Ofício n. 859/CNJ/COR, fl. 3).

4. Em 1º.8.2012, determinei que o Impetrante se manifestasse sobre o seu interesse jurídico no prosseguimento da ação.

5. Em 8.8.2012, o Impetrante pediu o arquivamento do mandado de segurança (petição eletrônica n. 39.687/2012).

6. Pelo exposto, julgo extinto o processo sem resolução de mérito (art. 267, inc. VI, do Código de Processo Civil).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE SEGURANÇA 31.424 (570)ORIGEM : PROC - 000000001273201132 - CONSELHO NACIONAL

DO MINISTÉRIO PÚBLICOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : RUDYARD PASCHOALETTOADV.(A/S) : MOACYR AMÂNCIO DE SOUZA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DO

MINISTÉRIO PÚBLICO - CNMPADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República para manifestação

como custos legis.Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.452 (571)ORIGEM : MS - 31452 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : JOSÉ ADÉRCIO LEITE SAMPAIOADV.(A/S) : JOSÉ LEOVEGILDO OLIVEIRA MORAIS E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Vistos etc.Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado

por JOSÉ ADÉRCIO LEITE SAMPAIO, Procurador Regional da República, contra ato pelo qual o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA indeferiu o seu pedido de “renúncia à promoção ao cargo de Procurador Regional da República e consequente retorno ao cargo de Procurador da República, com lotação na Procuradoria da República do Estado de Minas Gerais”.

O impetrante narra ter sido promovido em 25.4.2005 do cargo de Procurador da República, que exercia na Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais, ao cargo de Procurador Regional da República, com lotação na Procuradoria Regional da República da 1ª Região, em Brasília. Noticia que em 24.4.2012 apresentou “pedido de renúncia à promoção e consequente retorno ao cargo de Procurador da República, bem como à lotação de origem”.

Sustenta amparada, a pretensão de renúncia à promoção, no art. 199, § 4º, da Lei Complementar nº 75/1993, agregando que, na data da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 78

apresentação do pedido de renúncia, existiam cargos vagos de Procurador da República, inclusive para lotação na Procuradoria da República do Estado de Minas Gerais. Alega que a autoridade coatora teria invocado condições diversas daquelas previstas na norma de regência, a denotar o caráter subjetivo do inferimento. Indigita lesão aos arts. 199, § 4º, da Lei Complementar 75/1993 e 37, caput, da Constituição da República.

Refere existirem atualmente três cargos vagos de Procurador da República naquela lotação, conforme declaração emitida pelo Secretário-Geral do Ministério Público Federal em 19.6.2012, motivo pelo qual ainda estariam presentes os requisitos legais para a renúncia à promoção.

Requer a concessão de medida acauteladora para que seja determinada “a lotação do impetrante na Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais, até decisão definitiva nesta ação mandamental”. Reputa configurado o fumus boni juris necessário ao deferimento da liminar. Além disso, condicionada a renúncia à promoção, nos termos do art. 199, § 4º, da LC 75/1993, à existência de vaga na categoria imediatamente anterior, evidenciaria o periculum in mora a circunstância de que em andamento concurso para provimento de cargos de Procurador da República, “o que poderá resultar não apenas o preenchimento dos cargos vagos, mas, também, a lotação na Procuradoria da República onde o impetrante exercia suas funções, antes de ser promovido, e para onde deseja retornar, por razões de ordem familiar”.

Pugna, por fim, pela procedência da ação, a fim de que seja reconhecido “o direito do impetrante de renunciar à promoção ao cargo de Procurador Regional da República e retornar ao cargo de Procurador da República, com lotação na Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais”.

Nas informações prestadas, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA afirma baseado o indeferimento do pedido de renúncia à promoção do autor na interpretação teleológica e axiológica do art. 199, § 4º, da LC 75/1993, à luz dos arts. 2º, parágrafo único, I, II, VI e XIII, da Lei 9.784/1999 e 37, caput, da Constituição da República, “diante da situação fática no caso em concreto – membro do Ministério Público Federal com mais de 7 (sete) anos no exercício do cargo de Procurador Regional da República”, por manifestar sujeição do interesse público ao particular.

Pela petição nº 38032/2012, a União requer ingresso no feito (art. 7º, II, da Lei 12.016/2009).

É o relatório.Decido.Eis o teor do art. 199, § 4º, da Lei Complementar 75/1993, que dispõe

sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União:

“É facultada a renúncia à promoção, em qualquer tempo, desde que haja vaga na categoria imediatamente anterior.”

Como evidencia o dispositivo transcrito, é condição da renúncia à promoção, na carreira dos membros do Ministério Público Federal, a existência de vaga na categoria imediatamente anterior, e a documentação trazida comprova a existência de três cargos vagos na Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais.

Comporta, a solução da presente controvérsia, distintas interpretações razoáveis das normas de regência da espécie e dos preceitos norteadores de direito administrativo. Se, de um lado, o pedido do impetrante de “renúncia à promoção ao cargo de Procurador Regional da República e consequente retorno ao cargo de Procurador da República, com lotação na Procuradoria da República do Estado de Minas Gerais” foi indeferido ao fundamento de que essa faculdade não poderia mais ser exercida, por ele contar “com mais de sete anos no exercício do cargo de Procurador Regional da República”, de outro, há precedente desta Corte, da lavra do eminente Ministro Luiz Fux, a assegurar a renúncia à promoção, ao exame de liminar em caso idêntico (MS 30.915, DJe 13.2.2012), com base nos seguintes fundamentos:

“Reitera o Impetrante seu pedido de concessão de medida liminar. Alega que, nas informações que prestou neste mandamus, o Exmo. Sr. Procurador-Geral da República se limitou a reproduzir a fundamentação do indeferimento do pleito formulado em esfera administrativa, qual seja, a exegese do art. 199, § 4º, da Lei Complementar nº 75/93 segundo a qual, à luz do princípio da razoabilidade, a expressão ‘em qualquer tempo’ do indigitado dispositivo legal seria limitada pelo decurso de prazo significativo no exercício das funções do cargo. Assinala, ainda, que a iminência do encerramento do XXV Concurso Público para o Cargo de Procurador da República.

É o breve relatório. Decido.Como destacado pelo Impetrante, a autoridade impetrada não

apresentou novos argumentos impeditivos da pretensão deduzida no presente mandamus, sendo certo que, como antes salientado, uma análise primeira da norma não sugere a limitação temporal alvitrada no ato coator. Ao revés, as informações prestadas apontam em sentido oposto, ao mencionar exemplos nos quais direitos e prerrogativas ‘eternos’ foram objeto de limitação por força de lei posterior – in casu, a Lei Complementar nº 75/93 não sofreu modificação em seu texto para estabelecer limites temporais à incidência do art. 199, § 4º.

Assinale-se, ademais, que o edital do supracitado certame, atualmente em curso, prevê a existência da vaga pretendida pelo Impetrante em Umuarama/PR e o art. 2º, § 2º, do mesmo edital prevê que o número de

vagas e localidades poderão ser modificadas por causas supervenientes, o que significa que não haverá prejuízo ao regular andamento do concurso.

Outrossim, a concessão da tutela de urgência é cabível, na medida em que permite à Administração Superior da Procuradoria-Geral da República conhecer da alteração do quadro de vagas previamente ao momento do provimento dos cargos pelos aprovados no concurso e, com isso, gerenciar a alocação dos candidatos aprovados. Paralelamente, a providência não acarreta necessariamente a redução do número de vagas disponíveis, uma vez que, concretizada a renúncia à promoção do Impetrante, abrir-se-á vaga na categoria superior (Procurador Regional da República), a ser provida mediante promoção que, automaticamente, gerará vacância nas categorias inferiores, até que se abra vaga na classe inicial da carreira.

Em virtude do acima exposto, CONCEDO A LIMINAR, para assegurar ao Impetrante a sua renúncia à promoção, bem assim a sua lotação no Município de Umuarama/PR.”

In casu, a iminente conclusão do concurso público em andamento para provimento de cargos de Procurador da República pode levar ao preenchimento dos cargos atualmente vagos na lotação pretendida pelo impetrante. Essa circunstância evidencia o periculum in mora e recomenda a concessão da tutela de urgência a fim de evitar a ineficácia do eventual provimento.

Observo, por oportuno, não representar a presente medida prejuízo algum à realização do concurso público em andamento, uma vez que, vindo a ser ocupada a vaga de Procurador Regional da República aberta em razão da lotação do impetrante na Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais, abrir-se-á vaga na mesma categoria daquela por ele pretendida.

Ante o exposto, forte no art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, defiro o pedido liminar para determinar a lotação do impetrante na Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais, até o julgamento definitivo do presente mandado de segurança.

Intime-se a União, na pessoa do seu Advogado-Geral, nos termos dos arts. 35, I, da Lei Complementar nº 73/1993 e 7º, II, da Lei 12.016/2009.

À Secretaria Judiciária.Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

MANDADO DE SEGURANÇA 31.557 (572)ORIGEM : PROC - 00819720051 - TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : MOACYR CANIZO DE BRITO FILHOADV.(A/S) : WALDIR LINCOLN PEREIRA TAVARESIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : RELATORA DO PROC 008.197/2005-1 DO TRIBUNAL

DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República para manifestação

como custos legis . Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.595 (573)ORIGEM : MS - 31595 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MARISA DE ALMEIDAADV.(A/S) : SIMONE CRISTINE DAVELIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : COMISSÃO ORGANIZADORA DO XIX CONCURSO

PARA PROVIMENTO DO CARGO DE JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECLAMAÇÃO – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.1. A impetrante informa esgotado o interesse no prosseguimento da

ação, em razão do estágio atual do procedimento que tramita no Conselho Nacional de Justiça.

2. Ante o quadro, homologo o pedido de desistência para que produza os efeitos legais.

3. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 79

Relator

MANDADO DE SEGURANÇA 31.615 (574)ORIGEM : PROC - 01907420050 - TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : ANTONIO MARTINS FERREIRAADV.(A/S) : RENATO DUARTE DOS PASSOS FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Cuida-se de mandado de segurança, com pedido de liminar,

impetrado contra ato do Tribunal de Contas da União que, na análise do ato inicial de concessão de aposentadoria de servidor público, julgou ilegal o pagamento de vantagens decorrentes de planos econômicos (URP), incorporado aos proventos sob o título de “DECISÃO JUDICIAL TRANS JULG”.

Embora, na peça vestibular, ANTONIO MARTINS FERREIRA figure como autor do mandamus, os documentos juntados aos autos para fins de identificação do impetrante, bem como o instrumento de representação processual outorgado indicam que a legitimação ad causam para figurar no polo ativo da demanda recai sobre SONIA MARIN.

Ante o exposto, determino a emenda da inicial, no prazo de dez dias, a fim de que o polo ativo da demanda seja corretamente identificado, sob pena de extinção (art. 284 do CPC).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.616 (575)ORIGEM : MS - 31616 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : CLAYTON EMANUEL RODRIGUESADV.(A/S) : ALEXANDRE TRICHEZADV.(A/S) : MARIO ZUNINOADV.(A/S) : JOSE ALMEIDA RODRIGUES FILHOIMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA – INFORMAÇÕES.MANDADO DE SEGURANÇA – LIMINAR – INDEFERIMENTO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Clayton Emanuel Rodrigues argui omissão ilegal do Procurador-Geral

da República. Segundo narra, foi aprovado em processo seletivo para o curso de mestrado conjunto pelas Universidades de Coimbra, Siegen e Uppsala, respectivamente, em Portugal, Alemanha e Suécia, consoante informado por correio eletrônico em 2 de julho de 2012.

Afirma haver requerido, em 19 de julho de 2012, afastamento do país para estudos no exterior sem ônus para a Administração, entre os dias 15 de setembro de 2012 e 19 de setembro de 2014, conforme os artigos 95 e 96-A da Lei nº 8.112/1990, e os Decretos nº 1.387/1995 e 91.800/1985, ou gozo de licença para tratar de interesse particular, pelo prazo de 3 anos, a partir de 20 de setembro de 2012, na forma do disposto no artigo 91 da Lei nº 8.112/90. O pedido foi endereçado à Procuradora-Chefe da Procuradoria da República no Estado do Rio Grande do Sul e ao Procurador-Geral da República, devidamente acompanhado dos documentos comprobatórios do alegado, e autuado sob o nº 1.29.000.001612/2012-98, estando atualmente na Secretaria de Gestão de Pessoas da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, Distrito Federal.

Segundo diz, até esta data, não obteve qualquer resposta quanto ao requerimento. Noticia que o curso terá início em 17 de setembro de 2012. Assevera temer não conseguir realizar o mestrado, ante o silêncio das autoridades apontadas como coatoras, com severos prejuízos para a carreira profissional, tais como a impossibilidade de ascensão profissional e percepção do adicional de qualificação previsto na Lei nº 11.415/2006.

Articula com a violação ao direito constitucional de petição, que afirma possuir como corolário o dever de reposta. Argumenta que, embora a noção de prazo razoável para a resposta envolva certa apreciação subjetiva, descabe entender legítimo o silêncio por período superior a dois meses. Evoca o disposto no artigo 48 da Lei nº 9.784/1999 bem como os princípios da eficiência e razoabilidade. Aduz não se poder prejudicar o administrado em razão da mora da Administração Pública.

Sob o ângulo do risco, alude ao início do curso em 17 de setembro de 2012. Ressalta que será obrigado a perder aulas e, ainda mais grave, desistir do curso, caso não ocorra o exame do pedido formalizado no mencionado processo administrativo. Busca a concessão de liminar para que seja autorizado a se ausentar do país, quer pelo fundamento estampado nos artigos 95 e 96-A da Lei nº 8.112/1990, quer em razão do artigo 91 do mesmo diploma legal. Requer, ainda, a determinação de prazo para que o Procurador-

Geral da República responda ao requerimento formalizado no Processo Administrativo nº 1.29.000.001612/2012-98. No mérito, pleiteia a confirmação da providência.

O processo encontra-se concluso para a apreciação do pedido de medida acauteladora.

2. A inicial está datada de 10 deste mês, tendo ocorrido a distribuição do processo em 12 seguinte. A exiguidade do tempo, presente o início do curso no exterior, em 17 próximo, não autoriza a concessão de liminar, no que apontado ato omissivo do Procurador-Geral da República.

3. Indefiro-a.4. Solicitem informações.5. Publiquem.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.625 (576)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : EDMILSON BARBOSA LERAYADV.(A/S) : MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIORIMPDO.(A/S) : CORREGEDOR-GERAL DO CONSELHO NACIONAL DO

MINISTÉRIO PÚBLICOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Edmilson Barbosa Leray, contra decisão do Corregedor Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público, que, nos autos da Reclamação Disciplinar 0.00.000.000968/11-05, determinou a realização de diligência consistente na oitiva de três testemunhas nos autos do Procedimento Disciplinar Preliminar 020/2011, em trâmite na Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Pará.

Em 17/9/2012, a Secretaria Judiciária desta Corte certificou que este feito foi protocolizado sem que houvesse a comprovação do recolhimento das custas previstas na Resolução 479/STF, de 27/1/2012.

Isso posto, intime-se o impetrante para que, no prazo de 10 (dez) dias, efetue o recolhimento das custas processuais (art. 59, II, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECLAMAÇÃO 11.323 (577)ORIGEM : MS - 200661810074828 - JUIZ FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 26ª VARA FEDERAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO

TRABALHO DA 15ª REGIÃO - AMATRA XV E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : VLADEMIR DE FREITAS

DESPACHONos termos dos arts. 16 da Lei 8.038/1990 e 160 do RISTF, dê-se

vista ao Procurador-Geral da República, no prazo de cinco dias.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 13.672 (578)ORIGEM : AG - 008861146201182600005000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JEFFERSON GOMES REIPERTINTDO.(A/S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO

Petição/STF nº 45.439/2012 (eletrônica)DECISÃORECLAMAÇÃO – OBJETO – PREJUÍZO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Em 29 de maio de 2012, Vossa Excelência proferiu a seguinte

decisão:RECLAMAÇÃO – AFASTAMENTO DE PRECEITO LEGAL –

AUSÊNCIA DE INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE – VERBETE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 80

VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO – LIMINAR DEFERIDA.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A Defensoria Pública do Estado de São Paulo afirma que a 12ª

Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir decisão no Agravo Regimental nº 0088611-46.2011.8.26.0000/50000, olvidou o Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo.

Segundo narra, o HSBC Bank Brasil S.A. formalizou ação de cobrança contra Jefferson Gomes Reipert, em trâmite no Juízo da 3ª Vara Cível do Foro Regional de São Miguel Paulista, em São Paulo. Como o réu não foi encontrado, o Juízo deferiu a citação por edital e, ante o não comparecimento do demandado, determinou o ingresso da Defensoria Pública na qualidade de curadora especial, consoante o artigo 9º, inciso II, do Código de Processo Civil. Afirma haver requerido o adiantamento da verba honorária, pedido não acolhido pelo Juízo. Em seguida, interpôs agravo de instrumento, ao qual o Desembargador relator do recurso teria negado seguimento, fazendo-o com fundamento na ausência de capacidade postulatória do subscritor, haja vista não estar inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Noticia a protocolação de novo agravo regimental, desprovido pelo mesmo motivo, assentando-se a ineficácia do artigo 4º, § 6º, da Lei Complementar nº 80/1994, com a redação atribuída pela Lei Complementar federal nº 132/2009.

Aduz que o artigo 97 da Constituição da República prevê que o afastamento de dispositivo de lei por vício de inconstitucionalidade somente pode ser proclamado pela maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, do respectivo órgão especial, nunca por órgão fracionário. Assevera que a inobservância do citado verbete vinculante teria ocorrido, porque, embora ausente declaração expressa de inconstitucionalidade, o preceito não foi aplicado em decorrência da suposta ineficácia. Ressalva que, na decisão, o vocábulo acabou utilizado de forma atécnica.

Argumenta que o veto parcial a diversos dispositivos da Lei Complementar nº 132/2009, inclusive aqueles que versavam o fim da exigência de inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil para a participação no concurso público de admissão nos quadros da Defensoria Pública, não tem o condão de afastar o que está explicitamente estampado no artigo 4º, § 6º, da Lei Complementar nº 80/1994. Defende que as razões de veto não possuem cunho jurídico e que o acórdão impugnado criou hipótese de “veto por arrastamento”. Quanto à legislação estadual sobre o funcionamento da Defensoria, editadas com base no artigo 24, inciso XIII, da Carta de 1988, diz que tiveram a eficácia paralisada em virtude da modificação das normas gerais sobre a referida entidade, por simples aplicação do artigo 24, § 4º, da Lei Maior. Aponta a derrogação do § 1º do artigo 3º da Lei nº 8.906/1994.

Postula a concessão de medida acauteladora para suspender a eficácia do pronunciamento impugnado. Sob o ângulo do risco, alude ao comando contido na primeira decisão proferida de modo individual pelo relator do recurso, no sentido de regularizar-se a representação processual da parte, o que equivale à destituição do Defensor Público natural do processo. Tal ato, segundo articula, afronta a inamovibilidade prevista no artigo 134, § 1º, da Carta da República. Salienta estar em tramitação, no Supremo, a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.636, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, na qual o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil questiona a constitucionalidade do dispositivo. Assim, se este Tribunal optou por obter mais informações para julgar a matéria, não poderia o reclamado avançar na análise do tema.

No mérito, pede a cassação do ato judicial atacado, determinando-se seja a questão afetada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos termos do artigo 103-A, § 3º, da Constituição Federal.

Vossa Excelência projetou o exame do pedido de concessão de medida acauteladora para momento posterior à vinda das informações. Em 21 de maio de 2012, a Secretaria certificou o decurso do prazo sem que essas tivessem chegado ao Tribunal.

O processo encontra-se concluso para a apreciação do pleito de liminar.

2. Nota-se haver sido afastado, sem a instauração do incidente de inconstitucionalidade, o § 6º do artigo 4º da Lei Complementar nº 80/1994, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei Complementar nº 132/2009, no que reconhece a capacidade postulatória do Defensor Público como mera decorrência da nomeação e posse no referido cargo.

A utilização de vocábulo impróprio – ineficácia – não tem o condão de modificar o resultado prático da decisão: o afastamento, por inconstitucionalidade, do mencionado dispositivo. É precisamente essa a situação alcançada pelo Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo. Eis o teor:

Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

3. Defiro a liminar para suspender, até o exame final desta reclamação, a eficácia do acórdão proferido pela 12ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no julgamento do Agravo Regimental nº 0088611-46.2011.8.26.0000/50000.

4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.5. Publiquem.Mediante a petição em referência, a reclamante noticia o

descumprimento da aludida decisão. Diz haver requerido ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a suspensão do julgamento da Apelação nº 0121529-30.2007.8.26.0005, sob a alegação de que fora deferida liminar, nesta reclamação, para afastar a eficácia do acórdão formalizado pela 12ª Câmara de Direito Privado do mencionado Tribunal. Afirma que o Desembargador relator, em ato posterior ao julgamento do recurso, salientou que a medida acauteladora implementada não impedia o exame de mérito da ação, cuja procedência deixou de ser atacada nas razões da apelação. Ressalta, ainda, que o citado recurso somente foi recebido porque subscrito por Defensor Público inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

O processo encontra-se na Procuradoria Geral da República.2. Atentem para os parâmetros desta reclamação. Busca-se a

cassação de pronunciamento judicial mediante o qual não foi conhecido agravo de instrumento interposto sob o patrocínio da Defensoria, ao argumento de que defensor não inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil é despido de capacidade postulatória. Tal decisão teria afastado a constitucionalidade do artigo 4º, § 6º, da Lei Complementar nº 80/1994, sem observância do artigo 97 da Carta Federal. Esse foi o ato alcançado pela medida acauteladora por mim deferida, e não a tramitação do processo em si. Daí a possibilidade de ser prolatada sentença.

Cumpre salientar que a decisão interlocutória impugnada versava indeferimento do pedido de antecipação da verba honorária devida à Defensoria Pública. Sucumbente o réu cujos interesses eram patrocinados pela Defensoria, mostra-se inequívoca a perda de objeto do referido recurso, porquanto já não se pode mais cogitar de verba honorária ou da respectiva antecipação.

3. Ante o quadro, declaro o prejuízo do pedido.4. Publiquem.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 13.839 (579)ORIGEM : PROC - 20120013145 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MARGARETE MARIA DA SILVA DE ARAUJO

CAVALCANTIADV.(A/S) : ADELMO SÉRGIO PEREIRA CABRAL E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE ALAGOASINTDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS

DECISÃO: Margarete Maria da Silva de Araújo Cavalcanti requer, na petição nº 39740/2012, a homologação da desistência da presente reclamação.

Ex positis, homologo o pedido de desistência desta reclamação, nos termos do art. 21, VIII, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 13.846 (580)ORIGEM : MC - 20120013145 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : JAYME LUSTOSA DE ALTAVILA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS BARROS MERO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE ALAGOASINTDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS

DECISÃO: Jayme Lustosa de Altavila e outros requerem, na petição nº 40297/2012, a homologação da desistência da presente reclamação.

Ex positis, homologo o pedido de desistência desta reclamação, nos termos do art. 21, VIII, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.168 (581)ORIGEM : RR - 554002220095190004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DE ALAGOAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 81

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : WALTER SANTOS PINTOADV.(A/S) : AFRÂNIO DE LIMA SOARES JÚNIORINTDO.(A/S) : CASTELO SERVIÇOS LTDA

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado de Alagoas, contra acórdão prolatado, em 20/6/2012, pela 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Processo TST-RR-55400-22.2009.5.19.0004, assim ementado:

“RECURSO DE REVISTA. 1. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO.

Nos termos do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, a Administração Pública não responde pelo débito trabalhista apenas em caso de mero inadimplemento da empresa prestadora de serviço, o que não exclui sua responsabilidade em se observando a presença de culpa, mormente em face do descumprimento de outras normas jurídicas. Tal entendimento foi firmado pelo Supremo Tribunal Federal quando do julgamento da ADC nº 16 em 24.11.2010.

Na hipótese dos autos, presume-se a culpa in vigilando do ente público, por descumprimento das normas de fiscalização do contrato de prestação de serviços celebrado previstas na Lei nº 8.666/93, ante a ausência de comprovação de sua efetiva realização, aplicando-se, ao caso, a inversão do ônus da prova, em face da hipossuficiência do empregado no tocante à capacidade de produzir tal prova.

Presente a culpa do ente público, correta a condenação em sua responsabilidade subsidiária, nos termos da Súmula nº 331, IV e V.

Recurso de revista de que não se conhece.(...)” (destaque no original).O reclamante alega, em síntese, que o juízo reclamado, sem

demonstrar inequivocamente de que forma o Estado de Alagoas teria falhado na fiscalização da execução do contrato firmado, manteve decisão que, com base na Súmula 331, IV, do TST, teria afastado a incidência do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, condenando-o, então, a responder subsidiariamente pelo pagamento de créditos trabalhistas devidos por empresa por ela contratada.

Sustenta, desse modo, a ocorrência de afronta à autoridade da decisão prolatada pelo Plenário desta Corte na Ação Direta de Inconstitucionalidade 16/DF, assim ementada:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995”.

Requer, liminarmente, a suspensão imediata dos efeitos da decisão ora impugnada e, no mérito, a sua cassação definitiva.

Solicitadas informações, no último período de férias forenses, pelo Presidente desta Corte, Ministro Ayres Britto, prestou-as o Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ministro João Oreste Dalazen, por meio da Petição STF 42.355/2012.

É o relatório. Decido o pedido de liminar.Este Tribunal, no julgamento da ADC 16/DF, Rel. Min. Cezar Peluso,

declarou a constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/1993, entendendo, por conseguinte, que a mera inadimplência do contratado não tem o condão de transferir à Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

No entanto, reconheceu-se, naquela assentada, que eventual omissão da Administração Pública no dever de fiscalizar as obrigações do contratado poderia gerar essa responsabilidade, acaso caracterizada a culpa in vigilando do ente público.

No caso dos autos, não vislumbro, ainda que de forma perfunctória, própria deste momento processual, ofensa ao que decidido por ocasião do referido julgamento.

Isso porque a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ora reclamante, ao que tudo indica, não se baseou, exclusivamente, na mera inadimplência da empresa contratada, mas por ter o juízo reclamado concluído, com base nos elementos constantes dos autos, que restou configurada a culpa in vigilando do ente público.

Transcrevo, nessa linha, o seguinte trecho da decisão ora em exame:“Firmadas as proposições acima delineadas, conclui-se que há

responsabilidade subsidiária da Administração Pública quando verificada sua omissão culposa em função de descumprimento de normas de observância obrigatória, sendo seu o ônus da prova de demonstrar o cumprimento da Lei.

Na hipótese dos autos, conforme se depreende da leitura do v. acórdão regional e da r. sentença não há informações quanto à comprovação de culpa in eligendo pelo reclamante. Presume-se, assim, que o procedimento licitatório e o ato de contratação se deram em conformidade com a lei, tendo em vista o princípio da presunção de legitimidade dos atos

administrativos.Não há, ainda, notícia de que o ente público reclamado teria

demonstrado o cumprimento das normas da Lei nº 8.666/1993 no que diz respeito à fiscalização da execução do contrato de prestação de serviço, de modo a afastar sua culpa in vigilando. Em assim sendo, presume-se existente sua culpa in vigilando, em face da aplicação da inversão do ônus da prova, conforme já explanado.

Não há, assim, falar em violação do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993, visto versar sobre hipótese de mero inadimplemento das verbas trabalhistas pelo prestador de serviços, o que não ocorreu no presente caso, em que se reconhece a culpa in vigilando, repita-se, em face da ausência de provas do ESTADO [DE ALAGOAS] em afastar tal culpa” (grifos meus).

Ressalte-se que não cabe averiguar, na via estreita da ação reclamatória, o acerto ou o desacerto dos fundamentos que levaram o órgão prolator da decisão ora atacada a formar sua convicção pela existência de falha do reclamante na fiscalização da fiel execução do contrato por parte da empresa por ele contratada.

Nesse mesmo sentido, entre outras, as decisões proferidas nas Reclamações 14.419-MC/RS, Rel. Min. Celso de Mello; 14.346-MC/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; 13.941-MC/MG, Rel. Min. Cezar Peluso; 13.455-MC/SP, de minha relatoria; 13.272-MC/MG, Rel. Min. Rosa Weber; 13.219-MC/SP, Rel. Min. Ayres Britto; e 13.204-MC/AM, Rel. Min. Luiz Fux.

Isso posto, indefiro o pedido de medida liminar.Ouça-se a Procuradoria Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECLAMAÇÃO 14.200 (582)ORIGEM :PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOVA ITARANAADV.(A/S) : EDILTON DE OLIVEIRA TELESRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

JEQUIÉINTDO.(A/S) : NELSON GALVÃO SOUZA OU NELSON GALVÃO DE

SOUZAADV.(A/S) : PABLO PICASSO SILVA DIAS

DECISÃO: Vistos. Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada pelo MUNICÍPIO DE NOVA ITARANA em face do JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE JEQUIÉ, cuja decisão teria afrontado a autoridade deste Supremo Tribunal Federal e a eficácia do que decidido no julgamento da ADI nº 3.395-DF.

O autor alega que, a despeito de haver entre as partes vínculo jurídico de natureza estatutária, e não laborativa, a Justiça do Trabalho julgou ação trabalhista movida por servidor contra o Município de Nova Itarana, o que é vedado pela orientação desta Corte, nos termos da ADI nº 3.395/DF-MC.

Requer seja deferido pedido liminar para suspender os efeitos da decisão reclamada, bem como o curso da Reclamação Trabalhista nº 138-80.2012.5.05.0551, até final julgamento da presente ação constitucional.

No mérito, postula seja julgada procedente a reclamação constitucional para cassar a decisão reclamada, “determinando o imediato arquivamento da ação proposta em juízo incompetente”.

É o relatório.O reclamante juntou documentos por meio eletrônico, de entre eles

cópia da Lei municipal nº 14/92, editada com o fim de “instituir o Regime Jurídico Único dos Servidores do Município de Nova Itarana”.

Juntou-se, também, cópia da decisão reclamada, cujos fundamentos transcrevo, na parte que interessa:

“O reclamante afirma que foi contratado pelo Município de Nova Itarana em 28/05/1974 e afastado de suas atividades laborais em 15/03/2010, em razão de aposentadoria.

Acrescenta, ainda, que o contrato de trabalho celebrado entre as partes sempre foi regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O Município de Nova Itarana, por seu turno, suscita a incompetência material da Justiça do Trabalho, sob o fundamento de que o vínculo de trabalho estabelecido com o Reclamante é uma tipica relação de ordem estatutária, portanto, de caráter jurídico-administrativo.

Aduz o supracitado ente público que com o advento da Lei municipal nº 014/92 foi instituído o regime jurídico único e estatutário para os servidores do Município de Nova Itarana, fato que tornou, no seu entender, esta Justiça Especializada incompetente para julgar a presente lide e motivo por que pleiteia a extinção do processo sem julgamento do mérito.

Contudo, razão não assiste ao Município demandado.Depreende-se dos autos que a relação jurídica havida entre o

Reclamante e o Reclamado esteve regida pela Consolidação das Leis do trabalho durante todo o período em que durou a relação de trabalho, o que significa que o advento da Lei municipal nº 014/92 não converteu

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 82

automaticamente o regime do contrato celetista para estatutário, conforme tenta fazer crer o ente público.

(…)Veja-se, portanto, que os dispositivos transcritos acima são claros no

sentido de que a publicação da supracitada Lei não implicou automaticamente a transferência do regime jurídico do contrato de trabalho do autor de celetista para estatutário, porque o legislador municipal condicionou tal processo de mudança à opção do obreiro pelo novo regime instituído, qual seja, o estatutário, o que deveria ocorrer após este ser informado acerca das vantagens e desvantagens do mesmo.”

O perfil constitucional da reclamação é o que a ela confere a função de preservar a competência e garantir a autoridade das decisões deste Tribunal (art. 102, inciso I, alínea l, CF/88), bem como resguardar a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-A, § 3º, CF/88).

Em torno desses conceitos, a jurisprudência da Corte desenvolveu parâmetros à utilização dessa figura jurídica, dentre os quais se destaca a aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo das decisões paradigmáticas do STF. Nesse sentido, a Rcl nº 6.534/MA-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe-197 de 17/10/08, cuja ementa transcrevo parcialmente:

“(...)– Os atos questionados em qualquer reclamação - nos casos em

que se sustenta desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal - hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação ao parâmetro de controle emanado deste Tribunal.” (grifos no original).

No caso, tem-se que NELSON GALVÃO DE SOUZA foi contratado em 28/5/74, encerrando-se o vínculo laboral em virtude de sua aposentadoria, em 15/3/10.

O trabalhador ajuizou, então, reclamação na Justiça especializada, requerendo o pagamento de verbas correspondentes aos períodos laborados, tendo o MUNICÍPIO DE NOVA ITARANA alegado a existência de vínculo jurídico-administrativo em razão da edição da Lei municipal nº 14/1992, estando a relação jurídica regulamentada nos termos do regime jurídico único dos servidores públicos.

Esta Suprema Corte, entretanto, decidiu que a transposição automática do regime celetista para o estatutário é inconstitucional quando diga respeito a trabalhadores admitidos sem prévia aprovação em concurso público. Nesse sentido, a ADI nº 1.150/RS, Relator o Ministro Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ de 17/4/98, cuja ementa é parcialmente reproduzida abaixo:

“(...)– Inconstitucionalidade da expressão ‘operando-se automaticamente

a transposição de seus ocupantes’ contida no § 2º do artigo 276, porque essa transposição automática equivale ao aproveitamento de servidores não concursados em cargos para cuja investidura a Constituição exige os concursos aludidos no artigo 37, II, de sua parte permanente e no § 1º do artigo 19 de seu ADCT.”

Assim, o regime previamente regulamentado pela CLT de trabalhadores não concursados não se altera com a superveniência de lei local que o transforma automaticamente para estatutário, por ofensa aos artigos 37, inciso II, da Constituição Federal, e 19, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Nesse sentido, transcrevo trecho do voto proferido pelo Ministro Moreira Alves, no precedente referido:

“(...)Esse dispositivo não distingue, para os efeitos da transposição

decorrente da implantação do regime jurídico único, os concursados dos não concursados, razão porque, tendo em vista a exigência do artigo 37, II, da Carta Magna, e do § 1º do artigo 19 de seu ADCT, é de se dar ao texto em causa exegese conforme à Constituição, para excluir da aplicação dele, interpretação que considere abrangidas, em seu alcance, as funções de servidores celetistas que não ingressaram nelas mediante o concurso a que aludem os referidos dispositivos constitucionais.”

Verifico que a situação debatida nos presentes autos não se assemelha ao entendimento fixado na decisão paradigmática do STF apontada pelo reclamante – ADI nº 3.395/DF-MC –, que suspendeu qualquer interpretação ao art. 114, I, da CF/88, que inclua na competência da Justiça do Trabalho as causas instauradas entre o Poder Público e servidores a ele vinculados por típica relação estatutária ou jurídico-administrativa.

Nesse sentido, precedente recente julgado no Plenário do Supremo Tribunal Federal, assim ementado:

“COMPETÊNCIA. Reclamatória trabalhista. Ação proposta por servidor público contratado sem concurso, embora estável nos termos do art. 19 do ADCT da CF vigente. Petição inicial que demonstra a consequente natureza trabalhista da relação jurídica. Feito da competência da Justiça do Trabalho. Inexistência de ofensa ao acórdão da ADI nº 3.395. Reclamação indeferida liminarmente. Agravo improvido. Se a petição inicial de reclamação trabalhista reconhece a natureza trabalhista da relação jurídica em que funda o pedido, o feito é da competência da Justiça do Trabalho” (Rcl nº 7.415/RO-Agr, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe de 9/4/10).

Assim delineada a moldura fático-jurídica do objeto da presente ação,

entendo que não há identidade entre o debate travado nessa reclamação constitucional e o entendimento consubstanciado no julgamento da ADI nº 3.395/DF-MC apto a instaurar o exercício da jurisdição, em sede reclamatória, pelo Supremo Tribunal Federal.

Não pode o autor valer-se da reclamação constitucional para saltar graus jurisdicionais, fazendo subir, per saltum, a matéria à apreciação do STF. Nesse sentido:

“O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes” (Rcl nº 5.926/SC-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe-213 de 13/11/09).

Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, nos termos do artigo 21, § 1º, do RISTF, prejudicada a apreciação do pedido liminar.

Publique-se. Int..Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 14.340 (583)ORIGEM : ARESP - 56878 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : DIOGO DE FREITAS AMORIM E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IRAPONIL SIQUEIRA SOUSA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ADRIANO RAIMUNDO MAIAADV.(A/S) : MAURÍLIO ANÍSIO DE ARAÚJO

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada contra decisão que, emanada do órgão judiciário ora reclamado, está assim ementada:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO QUE DEIXA DE IMPUGNAR OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA Nº 182⁄STJ.

I - É inviável o agravo regimental que deixa de atacar, especificamente, todos os fundamentos da decisão agravada - Súmula n.º 182⁄STJ.

II - Na espécie, a recorrente deixou de combater o fundamento da decisão agravada, reproduzindo apenas as alegações aduzidas no recurso extraordinário interposto.

Agravo regimental não conhecido.” (AREsp 56.878-AgR-AgR/PB, Rel. Min. FELIX FISCHER – grifei)A parte ora reclamante alega que o órgão judiciário em questão teria

incidido em comportamento usurpador da competência desta Suprema Corte, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso ao agravo deduzido contra a decisão que negou trânsito ao recurso extraordinário, porque ausente a repercussão geral da matéria constitucional nele suscitada.

Sendo esse o contexto, passo a apreciar, em caráter preliminar, a admissibilidade, no caso em exame, do instrumento constitucional da reclamação.

Ao proceder a tal indagação, devo registrar que o Plenário do Supremo Tribunal Federal – ao apreciar pretensão reclamatória idêntica à ora em exame – não conheceu da Rcl 7.547/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE, fazendo-o em acórdão assim ementado:

“RECLAMAÇÃO. SUPOSTA APLICAÇÃO INDEVIDA PELA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE ORIGEM DO INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO PROFERIDA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.336-RG/RO. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOCORRÊNCIA.

1. Se não houve juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, não é cabível a interposição do agravo de instrumento previsto no art. 544 do Código de Processo Civil.

2. O Plenário desta Corte decidiu, no julgamento da Ação Cautelar 2.177-MC-QO/PE, que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pelo Tribunal de origem, de decisão contrária ao entendimento firmado no julgamento da repercussão geral, nos termos do § 4º do art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Fora dessa específica hipótese não há previsão legal de cabimento de recurso ou de outro remédio processual para o Supremo Tribunal Federal.

4. Inteligência dos arts. 543-B do Código de Processo Civil e 328-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

5. Possibilidade de a parte que considerar equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo interno perante o Tribunal de origem.

6. Oportunidade de correção, no próprio âmbito do Tribunal de origem, seja em juízo de retratação, seja por decisão colegiada, do eventual equívoco.

7. Não-conhecimento da presente reclamação e cassação da liminar anteriormente deferida.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 83

8. Determinação de envio dos autos ao Tribunal de origem para seu processamento como agravo interno.

9. Autorização concedida à Secretaria desta Suprema Corte para proceder à baixa imediata desta Reclamação.” (grifei)

É oportuno registrar que essa orientação foi reafirmada em decisões plenárias resultantes do julgamento conjunto da Rcl 7.569/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE, e do AI 760.358-QO/SE, Rel. Min. GILMAR MENDES, realizados na mesma sessão em que firmado o precedente anteriormente referido.

Impõe-se destacar, por relevante, que esses precedentes têm sido observados por eminentes Juízes desta Suprema Corte (Rcl 9.395/BA, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 9.432/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 9.436/CE, Rel. Min. AYRES BRITTO – Rcl 9.547/CE, Rel. Min. CEZAR PELUSO – Rcl 9.576/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO, v.g.):

“RECLAMAÇÃO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NEGADO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA IDÊNTICA A DE PRECEDENTE SUBMETIDO AO PROCEDIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL. SEGUIMENTO NEGADO. ALEGAÇÃO DE APLICAÇÃO EQUIVOCADA E DE USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO STF (SÚMULA 727). ATO RECLAMADO. DECISÃO MONOCRÁTICA. NECESSIDADE DE MANIFESTAÇÃO DO COLEGIADO. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. REMESSA AO ÓRGÃO JURISDICIONAL RECLAMADO.

Em sessão plenária de 19.11.2009, resolvendo questão de ordem no Agravo de Instrumento n. 760.358 (Rel. Min. Gilmar Mendes), interposto pela União contra decisão de Presidente de Turma Recursal de Juizado Especial Federal que entendeu prejudicado o recurso extraordinário da agravante devido ao julgamento da matéria constitucional nele suscitada no RE 597.154 (Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 29.5.2009), conforme autorizado pelo § 3º do art. 543-B do Código de Processo Civil, o Supremo Tribunal Federal assentou a necessidade de manifestação do Colegiado ‘a quo’ sobre o equívoco apontado pela agravante, no sentido da inaplicabilidade do precedente invocado (RE 597.194) ao caso dos autos, donde o não conhecimento do agravo e a sua devolução à origem para sua apreciação como agravo regimental (Informativo n. 568).”

(Rcl 9.454/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)“Esta Corte, reunida em sessão plenária, concluiu que a reclamação

não é o remédio adequado para apreciar a correção da aplicação de precedente em repercussão geral (Rcl 7.547 e Rcl 7.569, rel. min. Ellen Gracie, julgados em 19.11.2009).

Do exposto, não conheço da presente reclamação.”(Rcl 9.448/DF, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, não conheço da

presente reclamação.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 14.355 (584)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPRPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : BRANDINA LEITE DOS SANTOSADV.(A/S) : CRISTY HADDAD FIGUEIRA

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ em face do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, cuja decisão teria afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e a eficácia do que decidido na ADC nº 11/DF-MC.

Na peça vestibular, o reclamante alega que:“O Tribunal Regional do Trabalho negou provimento a agravo de

petição da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, sob o entendimento de que o prazo para a Fazenda Pública opor embargos continua sendo de 10 (dez) dias, sob o fundamento de ser inconstitucional a Medida Provisória 2.180-35, que acrescentou o art. 1º-B da Lei n. 9.494/1997, ampliando para 30 (trinta) dias o prazo dos arts. 730 do CPC e 884 da CLT.

Interposto recurso de revista e, em ato contínuo, agravo de instrumento em face de ter sido denegado o seu seguimento, a Colenda Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho pronunciou-se em decisão ementada nos seguintes termos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. NÃO PROVIMENTO. EXECUÇÃO. PRAZO PARA OS EMBARGOS À EXECUÇÃO. INTEMPESTIVIDADE.

1 - Trata-se de recurso em fase de execução, e por isso somente é cabível por ofensa direta e literal a norma da Constituição Federal, nos termos do art. 896, § 2º, da CLT.

2 - Não ficou demonstrada a violação da literalidade do art. 5º, LV, da

CF/88, na forma exigida pelo art. 896, § 2º, da CLT, porque o exame da violação desse dispositivo constitucional passa antes pela análise de legislação de natureza infraconstitucional, como se vê dos próprios julgados que analisaram a matéria objeto de discussão, e, nesse caso, a ofensa seria de forma reflexa, o não se admite em execução. Agravo de instrumento a que se nega provimento.

Ocorre que assim decidindo, a Colenda Turma do TST afrontou diretamente o que restou decidido por esse Excelso Supremo Tribunal Federal por ocasião do julgamento da Medida Cautelar proferida no bojo da ADC nº 11 (...)”

Requer seja deferido pedido limiar para suspender os efeitos da decisão reclamada, bem como o curso da execução, presente o periculum in mora ante a iminência de o Poder Público ser compelido a cumprir sentença condenatória antes da apreciação de embargos à execução tempestivamente opostos.

No mérito, postula seja julgada procedente a reclamação para reconhecer “a tempestividade dos embargos à execução opostos pelo Instituto dentro do prazo de 30 (trinta) dias previsto no artigo 730 do CPC, na redação dada pelo artigo 1º-B da Lei n. 9.494/1997, acrescentado por força da Medida Provisória nº 2180-35/2001”.

É o relatório.A questão trazida a este Supremo Tribunal Federal encontra-se

pacificada, pois “a decisão que deixa de receber embargos à execução trabalhista opostos no prazo legal, afastando a aplicação do art. 1º-B da Lei n. 9.494/1997, descumpre a decisão proferida na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 11-MC/DF.” (Rcl nº 5.758/SP, Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, julgado em 13/5/09, DJe-148 de 7/8/09).

Esse é o entendimento do Plenário do STF, o qual deixou assentado que a autoridade do decidido na ADC nº 11/DF-MC é vinculante e, por esse fato, ter-se-ia de imprimir o imediato processamento dos embargos à execução opostos sob a regência dos prazos previstos no art. 730, CPC, e no art. 884, CLT, com as modificações introduzidas pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei nº 9.494/97.

Transcrevo decisões monocráticas desta Corte nesse sentido: “1. Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada

pelo Município de Cipó - BA, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal e 156 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, em face de acórdão proferido pela Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (fls. 13-18). A decisão ora impugnada negou provimento ao agravo de petição interposto da decisão do Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Alagoinhas - BA que, nos autos de execução trabalhista (Processo 01109-2005-222-05-00-3), julgara intempestivos, nos termos do art. 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, os embargos à execução opostos pelo Município de Cipó (fl. 57). O reclamante sustenta, em síntese, que a Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região afrontou o acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade 11-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 29.6.2007. Ressalta, além disso, a existência do perigo na demora, consubstanciado na possibilidade de ocorrência de dano irreparável, tendo em vista a discrepância entre os valores apontados pela Fazenda Pública como corretos e aqueles indicados pelos exeqüentes. 2. Requisitaram-se informações (fl. 51), que foram devidamente prestadas pela relatora do Agravo de Petição 01109-2005-222-05-00-3 (fls. 55-56). 3. O pedido de medida liminar foi deferido (fls. 74-77). 4. A Procuradoria-Geral da República vislumbrou ofensa à decisão proferida na ADC 11-MC/DF e opinou pela procedência da reclamação (fls. 84-87). 5. A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em controle abstrato de constitucionalidade, a ocorrência de usurpação de sua competência ou a desobediência a súmula vinculante. Logo, seu objeto é e só pode ser a verificação de uma dessas hipóteses para se sanar imediatamente o abuso acaso verificado. O acórdão ora impugnado, ao considerar intempestivos os embargos à execução opostos pelo Município de Cipó, afrontou o acórdão proferido no julgamento da Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade 11/DF. É que o Plenário desta Corte, ao julgar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 11-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, determinou a suspensão de todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B acrescentado pela Medida Provisória 2.180-35/2001 à Lei 9.494/97, em acórdão que porta a seguinte ementa: 'FAZENDA PÚBLICA. Prazo processual. Embargos à execução. Prazos previstos no art. 730 do CPC e no art. 884 da CLT. Ampliação pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei Federal nº 9.494/97. Limites constitucionais de urgência e relevância não ultrapassados. Dissídio jurisprudencial sobre a norma. Ação direta de constitucionalidade. Liminar deferida. Aplicação do art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. Ficam suspensos todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35.' (DJ 29.6.2007) Em seu voto, o eminente relator, Ministro Cezar Peluso, consignou: 'Nesse juízo prévio e sumário, estou em que o Chefe do Poder Executivo não transpôs os limites daqueles requisitos constitucionais, na edição da Medida Provisória nº 2.180-35, em especial no que toca ao art. 1º-B, objeto desta demanda. Com efeito, é dotada de verossimilhança a alegação de que as notórias insuficiências da estrutura burocrática de patrocínio dos interesses do Estado, aliadas ao crescente volume de execuções contra a Fazenda Pública,

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 84

tornavam relevante e urgente a ampliação do prazo para ajuizamento de embargos. Tal alteração parece não haver ultrapassado os termos de razoabilidade e proporcionalidade que devem pautar a outorga de benefício jurídico-processual à Fazenda Pública, para que se não converta em privilégio e dano da necessária paridade de armas entre as partes no processo, a qual é inerente à cláusula due process of law (arts. 5º, incs. I e LIV; CPC, art. 125) (ADI nº 1.753-MC, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE , DJ de 12.06.1998). A observação é, aliás, sobremodo conveniente ao caso do art. 884 da CLT, cujo prazo se aplica a qualquer das partes, não apenas à Fazenda Pública. Além disso, faz muito foi apresentado, com igual propósito, o projeto de lei nº 2.689/96 (fls. 52/53), sem que até agora fosse objeto de deliberação, enquanto mais um elemento expressivo da relevância e da urgência da edição d a Medida Provisória nº 2.180-35, cujo art. 1º-D, que exime a Fazenda Pública do pagamento de honorários advocatícios nas execuções não embargadas, a Corte já deu incidenter tantum por constitucional, no julgamento do RE nº 420.816. E o requisito do periculum in mora, também esse se faz presente. Como demonstrado pelo autor, é já caracterizada a desavença jurisprudencial sobre a constitucionalidade da norma, e cuja incerteza implica riscos evidentes de gravame ao interesse público. Basta pensar que inúmeros embargos à execução, opostos sob confiança da validez dos textos legais, podem reputar-se intempestivos. E não se cingem ao Poder Público os perigos dessa instabilidade: a ninguém interessa a multiplicação de recursos sobre a validade constitucional do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35, os quais só agravarão o congestionamento da máquina judiciária e o consequente retardo no desfecho dos processos.' (DJ 29.6.2007) Todavia, em 13.5.2009, o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar as Reclamações 5.758/SP e 6.428/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgou procedentes os pedidos formulados pela União, em casos em que se discutia a eficácia vinculante da decisão proferida na ADC 11-MC/DF, para determinar o imediato processamento dos embargos à execução opostos (DJE 22.5.2009). Naquela ocasião asseverou o Plenário que não seria plausível que se determinasse a suspensão de processos há muitos anos em tramitação, sob pena de afronta ao princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal. Em consulta ao sítio do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região na internet, verifico que a Reclamação Trabalhista 01109-2005-222-05-00-3 foi ajuizada em 19.12.2005, ou seja, há aproximadamente 4 (quatro) anos. 6. Ante o exposto, com fundamento no art. 161, parágrafo único, do RISTF, julgo procedente o pedido formulado na presente reclamação e determino o processamento imediato pelo Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Alagoinhas dos embargos à execução opostos no prazo previsto no art. 1º-B da Lei 9.494/97, nos autos da Execução Trabalhista 01109-2005-222-05-00-3. Comunique-se esta decisão ao Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Alagoinhas e ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região.” (Rcl nº 6.112, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 4/9/09)

“1. Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, contra decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho (AIRR 3372/2005-131-15-40.0). Alega o reclamante que a decisão, ao considerar o prazo de 5 (cinco) dias para oposição de embargos à execução, tal como disposto na superada redação do art. 884 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, violou a decisão cautelar deste Supremo Tribunal Federal na ADC n° 11/DF. E requer concessão de medida liminar, para que 'seja recebida a impugnação oposta pelo INSS perante a 12ª Vara do Trabalho de Campinas, nos autos do Processo n. 3372/2005-RT-5, ou seja suspensa a execução' (fls. 10). 2. É caso de liminar. A Medida Provisória n° 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, acrescentou à Lei n ° 9.494/1997 o art. 1-B, com a seguinte redação: 'Art. 1-B. O prazo a que se refere o caput dos arts. 730 do Código de Processo Civil, e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a ser de 30 (trinta) dias.' Tal norma é objeto da ADI n° 2.418/DF, da qual sou relator, e que tramita segundo o rito do art. 12 da Lei n° 9.868/99, pendendo de julgamento definitivo. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADC-MC nº 11, da qual sou também relator, deferiu pedido liminar, para suspender os processos em que se discute a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35. Eis os termos da ementa do acórdão: 'FAZENDA PÚBLICA. Prazo processual. Embargos à execução. Prazos previstos no art. 730 do CPC e no art. 884 da CLT. Ampliação pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei federal nº 9.494/97. Limites constitucionais de urgência e relevância não ultrapassados. Dissídio jurisprudencial sobre a norma. Ação direta de constitucionalidade. Liminar deferida. Aplicação do art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. Ficam suspensos todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35'. Na oportunidade, asseverei que 'tal alteração parece não haver ultrapassado os termos de razoabilidade e proporcionalidade que devem pautar a outorga de benefício jurídico-processual à Fazenda Pública, para que se não converta em privilégio e dano da necessária paridade de armas entre as partes no processo, a qual é inerente à cláusula due process of law (arts. 5º, incs. I e LIV; CPC, art. 125) (ADI nº 1.753-MC, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 12.06.1998).' Nesses termos, é possível vislumbrar a presença dos requisitos para concessão da medida liminar nesta reclamação. A cópia da decisão impugnada está presente às fls. 184/195 do apenso, e dela se pode ver que o Juízo não recebeu embargos à execução opostos pela União, por intempestividade verificada em relação ao prazo de 5 (cinco) dias previsto na

antiga redação do art. 884 da CLT, o que faz presumir a não-aplicação do art. 1-B da Lei n° 9.494/1997. Importante ressaltar que, em casos idênticos, medida liminar tem sido concedida (cf. RCL n° 5.665/RS, Rel. Min. MENEZES DIREITO, DJ de 27.11.2007; RCL nº 5816/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 18.02.2008; RCL nº 5813/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 18.02.2008). 3. Ante o exposto, defiro medida liminar, para suspender o processo da Execução Trabalhista nº AIRR 3372/2005-131-15-40.0, em curso no Tribunal Superior do Trabalho. Solicitem-se informações à autoridade prolatora do ato impugnado (arts. 14, inc. I, da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 157 do RISTF). Após, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República (arts. 16 da Lei nº 8 .038, de 28.05.1990, e 160 do RISTF). Publique-se. Int.. Brasília, 26 de maio de 2009. Ministro CEZAR PELUSO Relator” (Rcl nº 8.281/SP-MC, Relator o Ministro Cezar Peluso, Dje de 12/6/09).

Tem-se que o reclamado, como se infere da leitura do ato decisório cuja cópia foi juntada aos auto, aplicando entendimento que considerou a MP nº 2.180-35 continente de norma inconstitucional, o que, à evidência, é algo contrário ao que deliberado neste Pretório Excelso na paradigmática ADI nº 11/DF.

Transcrevo a decisão reclamada, na parte que interessa para a compreensão do que se está a decidir na presente ação constitucional:

“O Plenário desta Corte, em 4/8/2005, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência suscitado no RR-70/1192-011-04-00.7, declarou a inconstitucionalidade do art. 4º da Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que ampliou os prazos fixados nos arts. 730 do CPC e 884 da CLT (…)

Diante dessa decisão, esta Corte continuou entendendo que o prazo para a oposição de embargos à execução pela Fazenda Pública seria aquele previsto no art. 884 da CLT.”

Em caso de evidência do ato atentatório à autoridade e à eficácia de decisão deste Tribunal é mais do que justificável a apreciação imediata do mérito da reclamação, em favor da reclamante, com prejuízo do pedido de liminar.

Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para determinar que a autoridade reclamada receba os embargos do devedor opostos, em conformidade ao definido na ADI nº 11/DF.

Publique-se. Int..Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.409 (585)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DILOMAR CORREAADV.(A/S) : TATIANA CASSOL SPAGNOLO

DESPACHO: Cuida-se de Reclamação, proposta pela União, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que teria descumprido a orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI nº 3.395/DF.

Antes de manifestar-me sobre o pedido liminar, entendo que deve ser ouvida a autoridade reclamada.

Ante o exposto, requisitem-se informações da autoridade reclamada, nos termos do art. 157 do RISTF.

Prestadas as informações, à Procuradoria-Geral da República (art. 160 do RISTF).

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 14.417 (586)ORIGEM : RO - 12967200901109005 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 9º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ LEANDRO ZAMBERLANADV.(A/S) : JOSE CUNHA GARCIAINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DO PARANÁ - DER/PRADV.(A/S) : LAURO ROCHA HOFFINTDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 85

INTDO.(A/S) : LYNX VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDAADV.(A/S) : GABRIELA STEFFENS SPERB

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela União, em que se aponta o desrespeito, por parte de acórdão proferido, em 5/10/2011, pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, à autoridade da decisão prolatada na Ação Declaratória de Constitucionalidade 16/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

A reclamante sustenta, em síntese, que o juízo reclamado, ao reformar sentença que sequer havia considerado demostrada a prestação de serviços em seu favor, afastou a aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, para condená-la subsidiariamente a pagar créditos trabalhistas, em afronta ao teor do julgamento proferido na referida ação declaratória de constitucionalidade.

Alega, nesse sentido, que o órgão judiciário reclamado, em lugar de demonstrar, para a caracterização da conduta culposa, a existência inequívoca de falha ou falta de fiscalização por parte da União, “se limitou a fazer menção genérica à responsabilidade por culpa in vigilando da Administração Pública, sem se imiscuir no contexto fático para assentar a ocorrência de eventual omissão na condução do contrato administrativo”.

Pugna, dessa forma, pela concessão de medida liminar para suspender, de imediato, os efeitos do acórdão ora impugnado e, no mérito, pela sua cassação.

É o relatório necessário.Decido.Consigno, inicialmente, que deixo de solicitar informações e de ouvir

a Procuradoria Geral da República, tanto pela presença de elementos documentais suficientes para a apreciação definitiva do feito, como pela existência de jurisprudência firmada pelo Plenário desta Corte sobre a matéria versada nos autos (RISTF, art. 52, parágrafo único).

No mérito, destaco que este Tribunal, no julgamento da ADC 16/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, declarou a constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/1993, entendendo, por conseguinte, que a mera inadimplência do contratado não tem o condão de transferir à Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

No entanto, reconheceu-se, naquela assentada, que eventual omissão da Administração Pública no dever de fiscalizar as obrigações do contratado poderia gerar essa responsabilidade, acaso efetivamente demonstrada a culpa in vigilando do ente público.

No caso dos autos, todavia, é evidente a ofensa ao que decidido por ocasião do referido julgamento plenário.

Com efeito, conforme se depreende do decisum ora impugnado, a 4ª Turma do TRT da 9ª Região, apenas com base na inadimplência da empresa contratada e sem expor minimamente, com base nos elementos constantes dos autos, a conduta culposa concretamente imputável ao ente público, transferiu automaticamente à União a responsabilidade subsidiária pelo pagamento dos encargos trabalhistas.

Transcrevo, nesse sentido, o seguinte trecho da decisão ora contestada:

“Estando cabalmente comprovado, por prova documental e testemunhal, que o recorrente atuou em benefício da Receita Federal do Brasil em Curitiba, seu exato posto de trabalho mostra-se irrelevante para fins de responsabilização da União, a qual não demonstrou a devida fiscalização do contrato de prestação de serviços celebrado com a ex-empregadora do reclamante, de modo que referida pessoa política deve responder subsidiariamente por todos os créditos pertinentes ao período de fevereiro a junho de 2006, nos exatos termos da Súmula 331, IV a VI, do c. TST (redação dada pela Resolução 174/2011 - DEJT 27.05.2011)”.

Desse modo, ao afastar a aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, com fundamento na Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, o órgão judiciário reclamado descumpriu a decisão do Supremo Tribunal Federal na ADC 16/DF.

Destaco, nesse sentido, a ementa da Rcl 9.894-AgR/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes:

“Agravo Regimental em Reclamação. 2. Direito do Trabalho. Súmula 331, IV, do Tribunal Superior do Trabalho. Acórdão de Órgão Fracionário. Violação à Cláusula de Reserva de Plenário. Súmula Vinculante 10. Ocorrência. 3. Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública. Afastamento. Art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. Constitucionalidade. Precedente. ADC 16. 4. Agravo regimental a que se dá provimento, para reconsiderar a decisão agravada e julgar procedente a reclamação”.

Na mesma linha, cito, ainda, as seguinte decisões monocráticas em que foram analisados casos análogos: Rcl 12.994/SP, Rcl 13.056/DF e Rcl 13.190/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia; Rcl 11.732/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; Rcl 12.069/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; e Rcl 12.861/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Ressalto, por fim, que o Plenário deste Tribunal, ao julgar questão de ordem suscitada na referida Rcl 9.894-AgR/RO, autorizou a apreciação definitiva e monocrática, pelos respectivos relatores, dos casos que tratassem de idêntica questão.

Isso posto, julgo procedente a reclamação para cassar a decisão proferida pela 4ª Turma do TRT da 9ª Região nos autos do Processo 12967-2009-011-09-00-5 (RO), na parte em que declara a responsabilidade

subsidiária da União, e determinar que outra seja proferida em seu lugar, considerando-se o acórdão prolatado pelo Plenário desta Corte no julgamento da ADC 16/DF.

Fica prejudicada, por conseguinte, a apreciação do pedido de medida liminar.

Comuniquem-se o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região e o Tribunal Superior do Trabalho, onde se encontra pendente de julgamento o AIRR 1296700-18.2009.5.09.0011.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECLAMAÇÃO 14.469 (587)ORIGEM : RT - 00000633720125020062 - JUIZ DO TRABALHO DA

2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPADV.(A/S) : MARCO AURELIO FUNCK SAVOIARECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 62ª VARA DO TRABALHO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : SÍLVIO LUIS DO NASCIMENTOADV.(A/S) : EVODIR DA SILVAINTDO.(A/S) : GSV GRUPO DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA S/C LTDAADV.(A/S) : ROQUE HERMINIO D'AVOLA FILHOINTDO.(A/S) : BANCO DO BRASILADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de medida liminar, ajuizada pela Universidade de São Paulo – USP, contra sentença proferida, em 28/6/2012, pelo Juízo da 62ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP nos autos do Processo 0000063-37.2012.5.02.0062.

A reclamante alega, em síntese, que o juízo reclamado condenou-a automaticamente, por suposta culpa in eligendo, a responder subsidiariamente pelo pagamento de créditos trabalhistas devidos por empresa prestadora de serviços por ela contratada.

Sustenta que a aplicação da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho ao caso sob exame representou inequívoco afastamento da incidência do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993.

Defende, desse modo, a ocorrência de afronta à decisão prolatada na Ação Declaratória de Constitucionalidade 16/DF, pois, ao responsabilizar automaticamente a reclamante, “não se investigou se o inadimplemento teve como causa a falta ou a falha de fiscalização exercida pela Administração Pública”.

Requer, por tais razões, a suspensão liminar dos efeitos da sentença reclamada e, no mérito, a sua cassação, “determinando, consequentemente, que a eminente juíza profira nova decisão, em respeito à autoridade da decisão do Colendo Supremo Tribunal Federal”.

É o relatório necessário.Decido.Consigno, inicialmente, que deixo de solicitar informações e de ouvir

a Procuradoria Geral da República, tanto pela presença de elementos documentais suficientes para a apreciação definitiva do feito, como pela existência de jurisprudência firmada pelo Plenário desta Corte sobre a matéria versada nos autos (RISTF, art. 52, parágrafo único).

No mérito, destaco que este Tribunal, no julgamento da ADC 16/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, declarou a plena constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/1993, entendendo, por conseguinte, que a mera inadimplência do contratado não tem o condão de transferir à Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

No entanto, reconheceu-se, naquela assentada, que eventual omissão da Administração Pública no dever de fiscalizar as obrigações do contratado poderia gerar essa responsabilidade, acaso demonstrada a culpa in vigilando do ente público.

No caso dos autos, todavia, é evidente a ofensa ao que decidido por ocasião do referido julgamento plenário.

Com efeito, conforme se depreende do decisum ora reclamado, o Juízo da 62ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP, apenas com base na inidoneidade da empresa contratada e sem expor minimamente a conduta culposa concretamente imputável ao ente público, de acordo com os elementos constantes dos autos, transferiu automaticamente à reclamante a responsabilidade subsidiária pelo pagamento dos encargos trabalhistas.

Transcrevo, nesse sentido, o seguinte trecho da decisão ora contestada:

“Conforme o princípio da proteção ao trabalhador e a teoria do risco explicam, há uma preocupação de não deixar ao desabrigo o obreiro, pontificando uma responsabilidade indireta daquele que, embora não seja o empregador direto, tenha se beneficiado da atividade do trabalhador contratado pelo tomador de serviços. Há aqui a 'culpa in iligendo', pela qual

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 86

admite-se a culpa daquele que escolheu uma má pessoa ou empresa para desempenhar a tarefa confiada.

Ademais, há a responsabilidade do tomador de serviços quando a prestadora não possuir idoneidade econômico-financeira para satisfazer os haveres de seus empregados. Nesse sentido é a opinião de nossos Tribunais:

(...)Diante de tais fatos, declara-se a segunda, terceira e quarta

reclamadas, tomadoras dos serviços do reclamante, responsáveis subsidiárias aos termos da presente decisão, nos períodos de 03.05.2011 a julho de 2011, nos meses de agosto e setembro de 2011, e nos meses de outubro e novembro de 2011, respectivamente, em caso de inadimplência da primeira reclamada, como pleiteado na inicial.

Por fim, há que ser ressaltado que não há falar-se em inconstitucionalidade, posto que a LICC é clara ao permitir a aplicação analógica em casos em que a lei é omissa, sendo certo que a Lei 8666/93 não é aplicável à espécie, mas sim ao contrato mantido entre as rés” (grifos meus).

Desse modo, ao afastar a aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, com fundamento na Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, o órgão reclamado descumpriu a decisão do Supremo Tribunal Federal na ADC 16/DF.

Destaco, nesse sentido, a ementa da Rcl 9.894-AgR/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes:

“Agravo Regimental em Reclamação. 2. Direito do Trabalho. Súmula 331, IV, do Tribunal Superior do Trabalho. Acórdão de Órgão Fracionário. Violação à Cláusula de Reserva de Plenário. Súmula Vinculante 10. Ocorrência. 3. Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública. Afastamento. Art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. Constitucionalidade. Precedente. ADC 16. 4. Agravo regimental a que se dá provimento, para reconsiderar a decisão agravada e julgar procedente a reclamação”.

Na mesma linha, cito, ainda, as seguinte decisões monocráticas em que foram analisados casos análogos: Rcl 12.994/SP, Rcl 13.056/DF e Rcl 13.190/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia; Rcl 11.732/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; Rcl 12.069/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; e Rcl 12.861/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Ressalto, por fim, que o Plenário deste Tribunal, ao julgar questão de ordem suscitada na referida Rcl 9.894-AgR/RO, autorizou a apreciação definitiva e monocrática, pelos respectivos relatores, dos casos que tratassem de idêntica questão.

Isso posto, julgo procedente esta reclamação para cassar a sentença reclamada, na parte em que manteve a condenação subsidiária da Universidade de São Paulo – USP, proferida, em 28/6/2012, pelo Juízo da 62ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP nos autos do Processo 0000063-37.2012.5.02.0062, e determinar que outra seja proferida em seu lugar, considerando-se a decisão do Plenário desta Corte no julgamento da ADC 16/DF.

Fica prejudicada, assim, a apreciação do pedido de medida liminar.Comunique-se.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECLAMAÇÃO 14.476 (588)ORIGEM : PROCESSO - 00405200700303005 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 3º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : WAGNER NOGUEIRA FRANÇA BAPTISTAADV.(A/S) : WAGNER NOGUEIRA FRANÇA BAPTISTARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RFFSA (EXTINTA)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: A presente reclamação não está devidamente instruída. Faltam-lhe cópias de peças indispensáveis, tais como aquelas referentes às decisões objeto desta medida, além de documentos outros que comprovem a situação processual exposta pela parte ora reclamante.

Sendo assim, assino, ao ora reclamante, o prazo de dez (10) dias para adequada instrução da presente causa, sob pena de extinção deste processo.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 14.483 (589)ORIGEM : AC - 00040006220114036103 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : NELSON BOVO

ADV.(A/S) : LUIS EDUARDO BORGES DE SOUZARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃOINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES – MEDIDA

LIMINAR – EXAME POSTERGADO.1. Deem ciência, via postal, desta reclamação ao interessado.2. Solicitem informações. Com o recebimento, apreciarei o pedido de

concessão de medida acauteladora formulado na inicial.3. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 14.516 (590)ORIGEM : RECLAMAÇÃO TRABALHIS - 00059006620095070021 -

JUIZ DO TRABALHO DA 7º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICIPIO DE OCARAADV.(A/S) : DANIEL CARLOS MARIZ SANTOS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DALVA STELA SILVA DE ANDRADEADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ SAMPAIO FERREIRA

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES –

PARECER DA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA.1. Deem ciência, via postal, desta reclamação à interessada e

solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer do Procurador-Geral da República.

2. Publiquem.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.518 (591)ORIGEM : RCL - 1933 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESPÓLIO DE LUIZ BARBOSA DE LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OSWALDO BARBOSA FERREIRA DA SILVA E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ROBERTO GODOY NEVESADV.(A/S) : SERGIO ARNALDO CRUZ DE OLIVEIRA

DESPACHO: A presente reclamação não está devidamente instruída. Faltam-lhe cópias de peças indispensáveis, tais como aquelas referentes às decisões objeto desta medida, além de documentos outros que comprovem a situação processual exposta pela parte ora reclamante.

Sendo assim, assino, aos ora reclamantes, o prazo de dez (10) dias para adequada instrução da presente causa, sob pena de extinção deste processo.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 14.523 (592)ORIGEM : TC - 619910 - TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : FRANCISCO JOSÉ CUNHA DE QUEIROZADV.(A/S) : FRANCISCO REGIS DOS SANTOS ALBUQUERQUE E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO

DO CEARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por FRANCISCO JOSÉ CUNHA DE QUEIROZ em face do TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ e do ESTADO DO CEARÁ, cujos atos estariam afrontando a autoridade do Supremo Tribunal Federal e a eficácia do julgado nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 849/MT, 1.779/PE e 3.715/TO.

Na peça vestibular, o reclamante narra que “o Tribunal de Contas dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 87

Municípios do Estado do Cará (TCM-CE) julgou irregulares as contas do Reclamante, quando este exerceu o cargo de Prefeito do Município de Pacajus, no período de 2004 a 2008, consubstanciados nas Tomadas de Contas Especiais nºs 6.199/10 (Acórdão 1.471/2012) e 5210 (Acórdãos nºs 82/2009 e 1382/2011)”.

O reclamante aduz que, ao julgar as contas, o Tribunal de Contas extrapolou a competência estritamente opinativa conferida à Corte Administrativa na análise das contas do Chefe do Poder Executivo local, afrontando a autoridade do STF e a eficácia de seus julgados.

Requer seja deferido pedido liminar para suspender os efeitos das decisões administrativas proferidas pelo TCM-CE - que julgaram irregulares as contas apresentadas pelo ora reclamante -, presente o periculum in mora ante a causa de inelegibilidade inscrita no art. 1º, I, “g”, da Lei Complementar nº 64/90, com a redação dada pela Lei Complementar nº 135/2010.

No mérito, postula seja julgada procedente a reclamação para declarar nulos os acórdãos contrários ao entendimento vinculante desta Corte firmado no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 849/MT, 3.715/TO e 1.779/PE, devendo a Corte de Contas proceder a nova avaliação das contas apresentadas, limitando-se a oferecer parecer opinativo.

É o relatório.I. O CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO O perfil constitucional da reclamação é o que a ela confere a função

de preservar a competência e garantir a autoridade das decisões deste Tribunal (art. 102, inciso I, alínea l, CF/88), bem como resguardar a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-A, § 3º, CF/88).

Em torno desses conceitos, a jurisprudência desta Corte desenvolveu parâmetros para a utilização dessa figura jurídica, entre os quais se destacam:

1. Reclamação não pode se confundir com sucedâneo recursal, ação rescisória ou emprestar efeito suspensivo a RE. “O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo a quo” (Rcl nº 5.703/SP-AgR, Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe-195 de 16/10/09). Precedentes: Rcl nº 5.926/SC-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe-213 de 13/11/09; Rcl nº 5.684/PE-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe-152 de 15/8/08.

2. Impossibilidade do uso da reclamação como meio de saltar graus jurisdicionais. “O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes” (Rcl nº 5.926/SC-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe-213 de 13/11/09). Nesse sentido, a Rcl nº 5.684/PE-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe-152 de 15/8/08.

3. Caráter estrito da competência do STF no conhecimento das reclamações. “A competência originária do Supremo Tribunal Federal não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição. Precedentes” (Rcl nº 5.411/GO-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe-152 de 15/8/08).

II. OS PARADIGMAS O reclamante aponta como paradigmas de confronto na presente

reclamação as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 849/MT, 1779/PE e 3.715/TO.

Transcrevo as ementas das decisões paradigmas:“Tribunal de Contas dos Estados: competência: observância

compulsória do modelo federal: inconstitucionalidade de subtração ao Tribunal de Contas da competência do julgamento das contas da Mesa da Assembléia Legislativa - compreendidas na previsão do art. 71, II, da Constituição Federal, para submetê-las ao regime do art. 71, c/c. art. 49, IX, que é exclusivo da prestação de contas do Chefe do Poder Executivo. I. O art. 75, da Constituição Federal, ao incluir as normas federais relativas à ‘fiscalização’ nas que se aplicariam aos Tribunais de Contas dos Estados, entre essas compreendeu as atinentes às competências institucionais do TCU, nas quais é clara a distinção entre a do art. 71, I - de apreciar e emitir parecer prévio sobre as contas do Chefe do Poder Executivo, a serem julgadas pelo Legislativo - e a do art. 71, II - de julgar as contas dos demais administradores e responsáveis, entre eles, os dos órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. II. A diversidade entre as duas competências, além de manifesta, é tradicional, sempre restrita a competência do Poder Legislativo para o julgamento às contas gerais da responsabilidade do Chefe do Poder Executivo, precedidas de parecer prévio do Tribunal de Contas: cuida-se de sistema especial adstrito às contas do Chefe do Governo, que não as presta unicamente como chefe de um dos Poderes, mas como responsável geral pela execução orçamentária: tanto assim que a aprovação política das contas presidenciais não libera do julgamento de suas contas específicas os responsáveis diretos pela gestão financeira das inúmeras unidades orçamentárias do próprio Poder Executivo, entregue a decisão definitiva ao Tribunal de Contas.” (ADI nº 849/MT, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJe de 23/4/1999).

“CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO. INCISOS VI E VII DO ARTIGO 14 E AS EXPRESSÕES "E DAS MESAS DIRETORA DAS CÂMARAS MUNICIPAIS" E "E A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL", CONTIDAS, RESPECTIVAMENTE, NO INCISO III DO § 1.º E

NO § 2.º, AMBOS DO ARTIGO 86. Disposições que, na conformidade da orientação assentada na jurisprudência do STF, ao atribuírem competência exclusiva à Assembléia Legislativa para julgar as contas do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, do Tribunal de Justiça e das Mesas Diretoras das Câmaras Municipais, entram em choque com a norma contida no inciso I do artigo 71 da Constituição Federal. Procedência da ação.” (ADI nº 1.779/PE, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, DJ de 14//2001).

“Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Constituição do Estado do Tocantins. Emenda Constitucional n° 16/2006, que criou a possibilidade de recurso, dotado de efeito suspensivo, para o Plenário da Assembléia Legislativa, das decisões tomadas pelo Tribunal de Contas do Estado com base em sua competência de julgamento de contas (§ 5º do art. 33) e atribuiu à Assembléia Legislativa a competência para sustar não apenas os contratos, mas também as licitações e eventuais casos de dispensa e inexigibilidade de licitação (art. 19, inciso XXVIII, e art. 33, inciso IX e § 1º). 3. A Constituição Federal é clara ao determinar, em seu art. 75, que as normas constitucionais que conformam o modelo federal de organização do Tribunal de Contas da União são de observância compulsória pelas Constituições dos Estados-membros. Precedentes. 4. No âmbito das competências institucionais do Tribunal de Contas, o Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a clara distinção entre: 1) a competência para apreciar e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Poder Executivo, especificada no art. 71, inciso I, CF/88; 2) e a competência para julgar as contas dos demais administradores e responsáveis, definida no art. 71, inciso II, CF/88. Precedentes. 5. Na segunda hipótese, o exercício da competência de julgamento pelo Tribunal de Contas não fica subordinado ao crivo posterior do Poder Legislativo. Precedentes. 6. A Constituição Federal dispõe que apenas no caso de contratos o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional (art. 71, § 1º, CF/88). 7. As circunstâncias específicas do caso, assim como o curto período de vigência dos dispositivos constitucionais impugnados, justificam a concessão da liminar com eficácia ex tunc. 8. Medida cautelar deferida, por unanimidade de votos” (ADI nº 3.715/TO-MC, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJ de 25/8/2006).

III – O CASO DOS AUTOS A questão em debate na presente reclamação consiste em saber se

os Acórdãos do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará violam a autoridade desta Suprema Corte e a eficácia do julgado nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 849/MT, 1.779/PE e 3.715/TO.

Essa Suprema Corte já se manifestou no sentido de que há “distinção entre: 1) a competência para apreciar e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Poder Executivo, especificada no art. 71, inciso I, CF/88; 2) e a competência para julgar as contas dos demais administradores e responsáveis, definida no art. 71, inciso II, CF/88” (ADI nº 3.715/TO-MC, Relator o Ministro Gilmar Mendes). Afirmou também que o modelo federal é de “observância compulsória”, nas Constituições estaduais, para a fixação da competência dos Tribunais de Contas dos Estados.

Ocorre que o entendimento acima referido foi firmado em sede de controle concentrado de constitucionalidade, portanto, trata-se de um juízo abstrato da lei que fixa a competência dos Tribunais de Contas dos Estados de Mato Grosso (ADI nº 849/MT), de Pernambuco (ADI nº 1.779/PE) e de Tocantins (ADI nº 3.715/TO-MC), tendo como parâmetro as normas insertas na Constituição Federal relativamente ao Tribunal de Contas da União.

Nenhuma das ações apontadas como paradigma na presente reclamação, entretanto, dizem respeito a atos normativos que regulamentaram a competência do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará.

Dessa forma, o conhecimento da questão em debate nos autos exige que se admita como possível a atribuição de efeitos irradiantes aos motivos determinantes, tese que não encontra amparo absoluto na jurisprudência desta Corte.

No tocante à cautela de que se deve imbuir o julgador quando a solução da demanda envolver a aplicação da teoria da transcendência dos motivos determinantes em sede reclamatória, transcrevo, em parte, voto do Ministro Joaquim Barbosa proferido em julgado desta Suprema Corte:

“(...) é importante distinguir o alcance da aplicabilidade dos fundamentos utilizados pela Corte ao decidir com a extensão, por inferência ou indução, dos precedentes a quadros que não se assemelham àqueles examinados por ocasião dos respectivos julgamentos. O ponto é relevante na medida em que o procedimento instrutório e as salvaguardas do contraditório e da ampla defesa, no campo da reclamação constitucional, não têm a mesma intensidade do devido processo legal aplicado aos diversos tipos de procedimento utilizados no controle de constitucionalidade concentrado ou difuso, objetivo ou subjetivo.

Por oportuno, relembro que o rito de processamento da reclamação constitucional é abreviado, de reduzida fase instrutória e que não requer a citação ou a intimação prévia e necessária de eventuais interessados, circunstâncias que o torna constitucionalmente inadequado para extirpar do sistema jurídico, abruptamente, texto legal cuja validade é controvertida. Faz-se necessário observar não apenas a regra da reserva de plenário (full bench – art. 97 da Constituição), mas também as garantias da pluralização do debate constitucional, com a coleta de informações e provas necessárias, a manifestação dos responsáveis pela edição do ato tido por inconstitucional, a apresentação de defesa pelo advogado-geral da União e a possibilidade da participação de entidades na qualidade de amici curiae. Todas essas

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 88

salvaguardas, contudo, estão ausentes do procedimento relativo à reclamação constitucional.

A observância do devido processo legal não tolhe a vocação do Supremo Tribunal Federal para exercer o papel que a Constituição Federal lhe atribui. A Corte não se furta ao exercício do controle de constitucionalidade, mas o juiz constitucional deve ter presente a profunda gravidade da declaração de incompatibilidade de uma norma à Constituição. É nesse sentido que leio as regras de bom aviso a que aludia Lúcio Bittencourt. Trata-se de deferência não a governantes ou a indivíduos, mas à representação democrática que imbui a atividade legislativa” (Rcl nº 5.719/SP-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de 5/5/2011).

No entanto, mesmo que se tivesse como possível a aplicação da teoria da transcendência dos motivos determinantes, os fundamentos sustentados para solução das ações paradigmas não seriam suficientes para decidir a controvérsia apresentada nos presentes autos.

Não se verifica a identidade entre o debate travado na presente reclamação e o julgado nas ações de controle concentrado paradigmáticas aptas a instaurar o exercício da jurisdição, em sede reclamatória, pelo Supremo Tribunal Federal.

Ressalto que o reclamante alega que, em decorrência das deliberações da Corte Administrativa, estará impedido de participar das eleições de 2012, em razão da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso I, alínea “g”, da Lei Complementar nº 64/90, com a redação dada pela Lei Complementar nº 135/2010.

Assim delineada a moldura fático-jurídica sobre a qual recai a apreciação da presente ação, tenho que a pretensão do reclamante consiste em obter decisão judicial desta Suprema Corte que, suspendendo os efeitos dos atos reclamados (acórdãos do TCM-CE), sirva de obstáculo ao oferecimento de impugnação ao registro de sua candidatura ou garanta sua condição de elegibilidade, o que deverá ser solicitado e debatido na Justiça Eleitoral, conforme art. 10 e seguintes da Lei nº 9.504/97.

O autor pretende fazer prevalecer o entendimento de que a Câmara Municipal detém competência exclusiva para julgar as contas do Chefe do Poder Executivo local, não podendo o parecer da Corte de Contas servir de fundamento para declarar a inelegibilidade de candidato, dado seu caráter meramente opinativo.

O tema referente à possibilidade de a deliberação da Corte de Contas estadual relativamente às contas do Chefe do Poder Executivo local prevalecer enquanto não sobrevier decisão pelo Poder Legislativo competente para deliberar definitivamente sobre a matéria, a fim de reconhecer a inelegibilidade do candidato que teve contas declaradas irregulares, é matéria cujo debate foi iniciado nesta Suprema Corte quando do julgamento do RE nº 597.362/BA, ao qual se aplicou a sistemática da repercussão geral.

A ementa da decisão por que o STF reconheceu a repercussão geral da matéria foi assim redigida:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. COMPETÊNCIA PARA JULGAR CONTAS DO CHEFE DO EXECUTIVO. A questão posta nos autos --- competência exclusiva da Câmara Municipal para julgar as contas do Chefe do Executivo, atuando o Tribunal de Contas como órgão opinativo --- nitidamente ultrapassa os interesses subjetivos da causa” (RE nº 597.362/BA-RG, Relator o Ministro Ayres Britto, Plenário Virtual, DJe de 5/6/2009)

No julgamento do mérito do RE nº 597.362/BA, o Ministro Eros Grau proferiu voto no sentido de negar provimento ao recurso a fim de assentar, em síntese, que, por não haver cominação de prazo para o Poder Legislativo deliberar sobre o parecer prévio da Corte de Contas, nenhum efeito poderá surtir do ato, em especial, não poderá ser negado registro à candidatura de quem teve as contas rejeitadas pela Corte Administrativa.

Após vista dos autos, proferi voto divergente para afirmar que, enquanto o Poder Legislativo não houver deliberado, prevalecerá o parecer do Tribunal de Constas, cujos efeitos somente deixarão de prevalecer “por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal” (§ 2º do art. 31 da Constituição Federal).

O julgamento foi suspenso em razão de pedido de vista formulado pela Ministra Cármen Lúcia.

Desta forma, ressalto que o tema em debate na presente reclamação encontra-se controvertido nesta Suprema Corte no RE nº 597.362/BA.

Nas ações paradigmas, o STF não apreciou a questão referente aos efeitos que poderão advir do parecer prévio editado pela Corte de Contas estadual, especialmente em relação à inelegibilidade prevista no art. 1º, I , “g”, da Lei Complementar nº 64/90, com a redação dada pela Lei Complementar nº 135/2010.

Com efeito, a reclamação é meio excepcional. Deve ser utilizada subsidiariamente, à míngua de instrumentos recursais, pois não se apresenta como sucedâneo dessa espécie. Em antigas – e ainda úteis - lições da doutrina autorizada de Egas Dirceu Moniz de Aragão (A correição parcial. São Paulo: J. Bushatsky, 1969. p. 108/109), encontra-se a assertiva no sentido de que, na reclamação, “não se visa a compor um conflito de interesse mas, unicamente, preservar a competência do Supremo Tribunal, posto que, como ficou destacado, todos os casos de reclamação se contêm nesse único.”. Adiante, o autor ainda escreve, com igual acerto, que:

“No estudo de seu cabimento sobressai o caráter supletivo da reclamação.

O acesso ao Supremo Tribunal é discriminado nem só pela própria

Constituição Federal, que disciplina os casos de sua competência, originária e de recursos, como pelas leis processuais, que dispõem sobre os remédios de que podem socorrer-se os interessados para obviar aos males oriundos de conflitos judiciais.

Desde a ação, que é o mais amplo de todos os meios processuais, até os mais restritos, destinados a resolver situações ou incidentes que afetem o transcorrer da relação processual, a lei contém todo o procedimento.

...........................................................................................Segue-se que a reclamação é, indisfarçavelmente, uma medida

singular, cujo cabimento é condicionado pela ausência de outra qualquer fórmula normal de submeter um dado tema ao Supremo Tribunal” (MONIZ DE ARAGÃO, Egas Dirceu. Op. cit. p. 113)

Assim, a elegibilidade ou inelegibilidade de FRANCISCO JOSÉ CUNHA DE QUEIROZ deve ser suscitada e comprovada pelos meios processuais colocados à disposição do reclamante perante a autoridade judiciária competente para conhecer originariamente o caso concreto, não podendo a autora valer-se da reclamação constitucional para saltar graus jurisdicionais, fazendo subir, per saltum, a matéria à apreciação do STF (vide item 2 do capítulo II desta decisão).

Não se concebe a conexão entre as mencionadas decisões em controle concentrado e o direito que o autor pretende ver resguardado com a presente reclamação.

IV. DISPOSITIVO Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, nos termos do artigo

21, § 1º, do RISTF, prejudicada a apreciação do pedido liminar.Publique-se. Int..Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECLAMAÇÃO 14.529 (593)ORIGEM : Rcl - 14529 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : SARA MARIA FRANCISCA MEDEIROS CABRALADV.(A/S) : CARLOS FABIO ISMAEL DOS SANTOS LIMARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃORECLDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE

SEGUIMENTO AO PEDIDO.1. Sara Maria Francisca Medeiros Cabral, ex-Prefeita do Município de

Bayeux, no Estado da Paraíba, articula com a inobservância dos acórdãos formalizados pelo Supremo nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 3.715/TO, 1.779/PE e 849/MT, pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Paraíba.

Segundo sustenta, o Supremo fizera distinção entre o julgamento das contas do Chefe do Poder Executivo e as dos demais administradores públicos. No primeiro caso, caberia ao Tribunal de Contas apenas proferir parecer prévio, conforme previsto no artigo 71, inciso I, da Carta Federal, para posterior exame pelo Poder Legislativo, ao passo que, nos demais casos, o Tribunal teria competência para julgar diretamente as contas, na forma do artigo 71, inciso II, da Lei Maior.

Diz da violação de tal entendimento pelos Acórdãos nº 5359/2009 e nº 5717/2011 proferidos pelo Tribunal de Contas da União. Assevera que somente a Casa Legislativa Municipal poderia julgar as aludidas contas.

Sob o ângulo do risco, alude à manutenção do indeferimento de sua candidatura, nos termos do artigo 1º, I, “g”, da Lei Complementar nº 64/90 e do artigo 11, parágrafo 5º, da Lei nº 9.504/97, ante a probabilidade da sentença final não ser proferida a tempo de permitir a reforma da decisão que indeferiu o seu pedido de registro da candidatura.

Postula o deferimento de liminar para suspender os efeitos dos Acórdãos supracitados, ambos do Tribunal de Contas da União. No mérito, requer seja o pedido julgado procedente, para declarar a nulidade de todos os aludidos atos.

2. Descabe emprestar a essa via excepcional os contornos de incidente de uniformização de jurisprudência. A reclamação pressupõe a usurpação de competência do Supremo ou o desrespeito a decisão por ele proferida, o que não ocorre na espécie. Conforme apontado na própria inicial, tem-se como olvidados acórdãos deste Tribunal que implicaram a declaração de inconstitucionalidade de normas dos Estados do Tocantins, Pernambuco e Mato Grosso. Em síntese, está baseada a reclamação na transcendência dos motivos determinantes dos atos formalizados e não na inobservância dos dispositivos deles constantes.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 89

RECURSOS

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.164 (594)ORIGEM : AC - 4560875500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : LUIZ EDMUR DE ALBUQUERQUE NETTOADV.(A/S) : MANUEL DOS SANTOS FERNANDES RIBEIRO

DECISÃOVistos.Estado de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental contra

decisão em que determinei a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para aplicação do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil, com a seguinte fundamentação:

“Vistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 476.894/SP, Relator o Ministro Gilmar Mendes, pela existência de repercussão geral da matéria constitucional então suscitada, a qual se mostra coincidente, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada no presente recurso, qual seja, questionamento acerca da possibilidade de serem estabelecidos subtetos remuneratórios inferiores ao implementado pela Constituição Federal, na redação que lhe atribuiu a Emenda Constitucional nº 19/98.

Nas Questões de Ordem suscitadas pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente, no Agravo de Instrumento nº 715.423/RS, e pelo Ministro Cezar Peluso, Relator, no Recurso Extraordinário nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal decidiu que o regime previsto no artigo 543-B, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, na hipótese de já ter sido reconhecida por esta Corte a repercussão geral da matéria constitucional discutida nos autos, aplica-se, também, aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumentos respectivos, concluindo pela devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Assim, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja aplicado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Sustenta o agravante que “a questão versada no presente extraordinário, quanto à interpretação do artigo 37, XI, da Constituição Federal, na redação da emenda constitucional 19/98, não trata apenas da regularidade da lei que fixa o subteto estadual, mas sim da exclusão de determinadas vantagens pessoais incorporadas à remuneração para fins do limite remuneratório” (fl. 317).

Decido.Tem razão o agravante. Compulsando os autos, verifica-se que a

única matéria tratada nos presentes autos diz respeito à exclusão de vantagem de caráter pessoal, na vigência da Emenda Constitucional nº 19/98, da base de cálculo do teto remuneratório constante do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal.

Com efeito, o acórdão recorrido negou provimento à apelação interposta pelo ora agravante para manter a sentença de primeiro grau que consignou, expressamente, que “não é objeto de discussão nestes autos a existência do ‘teto’ ou seu valor” (fl. 133).

Destarte, reconsidero a decisão agravada e, desde logo, passo ao exame do recurso extraordinário.

O apelo extremo foi interposto, com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“APELAÇÃO – Procuradores do Estado – sub-teto limitado aos vencimentos dos Ministro do Supremo Tribunal Federal – Emenda Constitucional nº 19/98, a qual deu nova redação ao artigo 37, da Constituição Federal – a base de cálculo do teto remuneratório deve excluir as vantagens de caráter pessoal – entendimento pacífico do STF e STJ – honorários advocatícios mantidos em 10% sobre o valor da condenação – Recursos improvidos” (fl. 227).

Sustenta o recorrente violação do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal.

Apresentadas contrarrazões (fls. 292 a 294), o recurso extraordinário (fls. 238 a 272) foi admitido (fls. 300/301).

Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência

desta Corte firmou entendimento no sentido de que as vantagens de caráter pessoal na vigência da Emenda Constitucional nº 19/98 devem ser excluídas da base de cálculo do teto remuneratório constante do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal. Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VANTAGENS PESSOAIS. TETO REMUNERATÓRIO. ART. 37, XI, NA REDAÇÃO DADA PELA EC 19/98. EXCLUSÃO. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as vantagens pessoais estavam excluídas do teto remuneratório vigente à época da Emenda Constitucional 19/98. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 606.114/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/11).

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVOS REGIMENTAIS EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSÃO POR MORTE. TETO REMUNERATÓRIO. ARTS. 37, XI, DA CF/88. VANTAGENS PESSOAIS. EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. 1. Consoante a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, até o advento da EC 41/2003 (ainda que posterior à EC 19/1998), devem as vantagens pessoais ser excluídas do teto remuneratório previsto no inciso XI do art. 37 da Magna Carta. 2. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que a pensão por morte deverá corresponder ao valor da respectiva remuneração do servidor falecido, respeitados os limites previstos no art. 37, XI, da Constituição Federal. 3. Agravos regimentais a que se nega provimento” (RE nº 543.650/MA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14/12/10).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. SUBTETO REMUNERATÓRIO. LEI MUNICIPAL 12.477/1997. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que o art. 37, XI, da Carta Magna, com a redação dada pela EC 19/98, na parte que trata do teto remuneratório, não é autoaplicável, por depender da promulgação da lei de fixação do subsídio de Ministro do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. II – O Plenário do Tribunal, no julgamento do RE 228.080/SC, concluiu pela possibilidade de fixação, após a EC 19/98, pelos Estados da Federação, bem como pelos Municípios, de subteto de vencimentos em montante inferior ao previsto no art. 37, XI, da Constituição, excluídas as vantagens pessoais. Precedentes. III – Constitucionalidade da fixação de subteto pela Lei municipal 12.477/1997. Precedentes. IV – Agravo regimental improvido” (RE nº 495.673/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 25/11/10)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TETO REMUNERATÓRIO. EXCLUSÃO DAS VANTAGENS PESSOAIS. PERÍODO POSTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL N. 19/98 E ANTERIOR À NORMA DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/03. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que, no período anterior à Emenda Constitucional n. 41/03, ainda que posterior à Emenda Constitucional n. 19/98, as vantagens pessoais estavam excluídas do teto remuneratório” (RE nº 491.480/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 21/8/09).

O acórdão recorrido está em conformidade com essa orientação jurisprudencial.

Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada e, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.017 (595)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : MARCOS JOSÉ DA COSTA MOREIRA REISADV.(A/S) : RICARDO TOFI JACOB

DECISÃO: Reconsidero a decisão ora agravada, restando prejudicado, em consequência, o exame do recurso de agravo contra ela interposto.

Passo a apreciar, desse modo, o presente recurso extraordinário.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 715.423- -

QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 702.362-RG/RS, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 90

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à “Competência para processar e julgar crime de violação de direito autoral (§ 2º do art. 184 do CP)” (Tema nº 580 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Isso significa que se impõe, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.076 (596)ORIGEM : APCRIM - 50178998820114040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : JAQUELINE DE FATIMA LULUDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : JOÃO VEIGA DE OLIVEIRA

DECISÃO: Reconsidero a decisão ora agravada, restando prejudicado, em consequência, o exame do recurso de agravo contra ela interposto.

Passo a apreciar, desse modo, o presente recurso extraordinário.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 715.423- -

QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 702.362-RG/RS, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à “Competência para processar e julgar crime de violação de direito autoral (§ 2º do art. 184 do CP)” (Tema nº 580 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Isso significa que se impõe, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.518 (597)ORIGEM : PROC - 10024057573339001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES

MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSMADV.(A/S) : VINÍCIUS GODINHO SILVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ DO NASCIMENTOADV.(A/S) : JOSÉ MAURÍCIO DE CASTRO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.O Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio

eletrônico, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 160 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da discussão acerca da Contribuição Previdenciária sobre pensões e proventos de militares inativos entre as Emendas Constitucionais n°s 20/98 e 41/03. O tema é objeto do RE n° 596.701/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, que está sendo processado neste Supremo Tribunal Federal.

Anote-se o trecho do voto do Ministro Relator do referido recurso extraordinário, na decisão pela Repercussão Geral da questão constitucional apresentada:

“A questão constitucional apresenta relevância do ponto de vista jurídico, uma vez que a definição acerca do regime previdenciário aplicável aos militares norteará o julgamento de inúmeros processos similares a este”.

Nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela

possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 5 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.608 (598)ORIGEM : AC - 3279912003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : ANELIA CARNEIRO SOUZAADV.(A/S) : DAVID LEAL DINIZ

DECISÃO:Vistos.Estado da Bahia interpõe agravo de instrumento contra a decisão que

não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 208 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que, confirmando sentença de primeiro grau, concedeu segurança para permitir que a recorrida, menor de 18 (dezoito) anos, realizasse exame supletivo para efeito de conclusão de ensino médio, tendo em vista a obtenção de êxito em vestibular.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

14/11/04, como expresso na certidão de folha 11, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar. A discussão dos autos não dispensa a análise da legislação

infraconstitucional pertinente. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO À REALIZAÇÃO DE EXAME SUPLETIVO. REQUISITO DE IDADE INATENDIDO. 1. CONTROVÉRSIA DECIDIDA CENTRALMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 2. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA “B” DO INCISO III DO ART. 102 DA COSTITUIÇÃO REPUBLICANA. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA FORMA DO ART. 97 DO MAGNO TEXTO. 3. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL PRECLUSO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283/STF. 1. Na esteira da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o reexame de legislação infraconstitucional é providência que não tem lugar neste momento processual. 2. A admissão do recurso extraordinário com fundamento na alínea “b” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal está condicionada à existência de declaração formal de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, na forma do art. 97 da Carta Magna. 3. “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida está calcada em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles” (Súmula 283/STF). Agravo regimental desprovido” (AI nº 627.610/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 28/3/12)

No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 758.669/BA, Relatora a Ministra Ellen Gracie (DJ de 27/6/11) e RE nº 633.817/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia (DJ de 1º/3/11).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.917 (599)ORIGEM : AC - 199903991096416 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : KLABIN S/A, ATUAL DENOMINAÇÃO DE KLABIN

FABRICADORA DE PAPEL E CELULOSE S/A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 91

ADV.(A/S) : MARCELO SALLES ANNUNZIATA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos.Klabin S.A. interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 146, inciso III e 150, inciso I, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. JULGAMENTO ULTRA PETITA. CSL. ARTIGO 41 DO DECRETO Nº 332/91. DIFERENÇA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. BTNF. IPC. BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. INEXISTÊNCIA DE INOVAÇÃO À ORDEM LEGAL. REGULAMENTAÇÃO CONVERGENTE COM A LEI Nº 8.200/91. BENEFÍCIO OU FAVOR LEGAL.

1. Não pode prevalecer a r. sentença, na parte em que apreciou o pedido em extensão maior do que aquela contida na inicial, tendo em vista o princípio da congruência.

2. Sedimentada, pela Suprema Corte, a interpretação no sentido de que cabe à lei definir os indexadores fiscais, não tendo o contribuinte, a partir dos conceitos de renda ou lucro, direito à inflação real, por estimativa econômica e sem previsão legal, para a correção monetária das demonstrações financeiras. A previsão pela Lei nº 8.200/91 do direito à dedução, na apuração do lucro real, da diferença de correção monetária, no ano-base de 1990, entre a variação do IPC e do BTNF, configura exclusivamente benefício fiscal, que pode ser limitado pela lei, tanto em termos de prazo, percentual, como quanto ao tributo em que aplicável para efeito de apuração da base de cálculo.

3. A regra do artigo 41 do Decreto nº 332/91 não padece de vício, como apontado, pois “a Lei nº 8.200/91 só permite, relativamente à apuração da CSL, a correção monetária da conta “Ativo Permanente”, excluindo-a de qualquer outra demonstração financeira.” (RESP nº 386.908, Rel. Min. CASTRO MEIRA).

4. Inexistente o indébito fiscal, resta prejudicado o pedido de compensação.

5. Em face da sucumbência, cabe condenar a autora em custas e verba honorária, esta fixada conforme os critérios do § 4º do artigo 20 do Código de Processo Civil, e a jurisprudência uniforme da Turma.

6. Precedentes”.Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

11/1/06, conforme expresso na certidão de folha 235, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que para acolher a pretensão da agravante e ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo, serio mister o prévio reexame da legislação infraconstitucional pertinente, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Nesse sentido, anote-se:

“TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – ILL. CONSTITUCIONALIDADE. INOVAÇÃO DE MATÉRIA EM AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. COMPATIBILIDADE DO DECRETO 332/91 COM A LEI 8.200/91. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - É incabível a inovação de fundamento em agravo regimental, porquanto a matéria arguida não foi suscitada no recurso extraordinário tampouco foi debatida no Tribunal de origem. II - A questão referente à suposta incompatibilidade do Decreto 332/91 com as disposições da Lei 8.200/91 não possui natureza constitucional, porquanto depende da análise do cotejo da norma regulamentadora com a lei ordinária, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário. III - Agravo regimental improvido” (RE nº 554.025/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/2/11).

Nesse mesmo sentido:“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL: QUESTÃO

CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356-STF. TRIBUTÁRIO. CORREÇÃO MONETÁRIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Art. 3º, I, da Lei 8.200/91, redação do art. 11 da Lei 8.682/93. I. - Questão constitucional posta no RE não prequestionada no acórdão. Incidência das Súmulas 282 e 356-STF. II. - Constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei 8.200/91, redação do art. 11 da Lei 8.682/93: RE 201.465/MG, Plenário, "DJ" de 10.5.2002. III. - Questão referente à suposta inconstitucionalidade do Decreto 332/91, se existente, seria indireta ou reflexa, não ensejando, portanto, o cabimento do recurso extraordinário. Precedentes. IV. - Agravo não provido”. (AI nº 495.415/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 18/10/05).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.293 (600)ORIGEM : PROC - 4912504401 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SERGIO CRAGNOTTIAGTE.(S) : CRAGNOTTI & PARTNERS CAPITAL INVESTMENT

BASIL S/AADV.(A/S) : FERNANDO MAURO BARRUECOAGDO.(A/S) : BOMBRIL HOLDING S/AADV.(A/S) : PAULO DE TARSO N. MAGALHÃESAGDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIAGDO.(A/S) : DYNAMO PUMA FUNDO MÚTUO DE INVESTIMENTOS

EM AÇÕES - CARTEIRA LIVREAGDO.(A/S) : DYNAMO COUGAR FUNDO DE INVESTIMENTOS EM

AÇÕES - CARTEIRA LIVREAGDO.(A/S) : DYNAMO EQUITY FUNDAGDO.(A/S) : MERCATTO PORTFOLIO FIAADV.(A/S) : CELSO WEIDNER NUNES

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DESERÇÃO.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. O recurso extraordinário foi interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferido nos seguintes termos:

“Agravo Interno. Decisão que negou seguimento a agravo de instrumento manifestamente improcedente. Apelação. Pedido de diferimento no recolhimento do preparo no bojo do recurso de apelação. Indeferimento, com declaração de deserção do recurso, bem acertado. Hipótese que não se amolda à previsão legal. Mantendo o posicionamento exarado, nega-se provimento ao agravo interno” (fl. 355).

Os embargos declaratórios opostos foram rejeitados.3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal.

4. Os Agravantes argumentam que “Resta atendido o requisito do prequestionamento com o debate da

questão constitucional controvertida, não se exigindo que haja expressa menção aos dispositivos constitucionais violados no v. acórdão recorrido” (fls. 17-18).

No recurso extraordinário, alegam que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. LXXIV, da Constituição.

Sustentam que, “considerando os balanços patrimoniais de fls. 243/244, restara plenamente comprovada a insuficiência de recursos dos recorrentes, advindo a plena obrigatoriedade de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita sob o pálio do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988” (fl. 383).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. A alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LXXIV, da Constituição

da República foi formulada nos embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido, mas não no agravo regimental interposto pelos ora Agravantes contra decisão monocrática do Relator.

Tem-se atendido o requisito do prequestionamento quando oportunamente suscitada a matéria, o que se dá em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente. Quando, suscitada a matéria constitucional pelo interessado, não há o debate ou o pronunciamento do órgão judicial competente, é que pode, e deve, haver a oposição de embargos declaratórios para que se supra a omissão, como é próprio desse recurso. Apenas, pois, nos casos de omissão do órgão julgador sobre a matéria constitucional que tenha sido arguida na causa, é que os embargos declaratórios cumprem o papel de demonstrar a ocorrência do prequestionamento.

A inovação da matéria em embargos é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento. Primeiramente, porque, se não se questionou antes (prequestionou), não se há cogitar da situação a ser provida por meio dos embargos. Em segundo lugar, se não houve prequestionamento da matéria, não houve omissão do órgão julgador, pelo que não prosperam os embargos pela ausência de sua condição processual. Assim, os embargos declaratórios não servem para suprir a omissão da parte que não tenha cuidado de providenciar o necessário questionamento em momento processual próprio.

Nesse sentido:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 92

“1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada. Precedentes” (AI 580.465-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2008).

“I. RE: PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA 356. O QUE, A TEOR DA SÚMULA 356, SE REPUTA CARENTE DE PREQUESTIONAMENTO É O PONTO QUE, INDEVIDAMENTE OMITIDO PELO ACÓRDÃO, NÃO FOI OBJETO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; MAS, OPOSTOS ESSES, SE, NÃO OBSTANTE, SE RECUSA O TRIBUNAL A SUPRIR A OMISSÃO, POR ENTENDÊ-LA INEXISTENTE, NADA MAIS SE PODE EXIGIR DA PARTE, PERMITINDO-SE-LHE, DE LOGO, INTERPOR RECURSO EXTRAORDINÁRIO SOBRE A MATÉRIA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E NÃO SOBRE A RECUSA, NO JULGAMENTO DELES, DE MANIFESTAÇÃO SOBRE ELA” (RE 210.638, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19.6.1998).

Dessa forma, não foi atendido o requisito do prequestionamento. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo Tribunal, pois a questão constitucional somente foi suscitada nos embargos opostos contra os termos da decisão recorrida.

7. Ademais, o reexame da controvérsia sobre a concessão da gratuidade de justiça pelo Tribunal de origem demandaria a análise de legislação infraconstitucional (Lei n. 1.060/1950 e Lei Estadual n. 11.608/2003), inviável em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Gratuidade de justiça. Declaração de hipossuficiência. Questão infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto questão relativa à declaração de hipossuficiência, para obtenção de gratuidade de justiça, versa sobre matéria infraconstitucional” (AI 759.421-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 13.11.2009, grifei).

Nada há a prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 773.628 (601)ORIGEM : AC - 70026543868 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : IVAN HERSEI OLIVEIRA SEVEROADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Vistos.Esta Corte, ao examinar o RE nº 592.317/RJ, concluiu pela existência

da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 315 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata de definir “se o Poder Judiciário ou a Administração Pública podem, ou não, aumentar vencimentos de servidores públicos civis e militares regidos pelo regime estatutário, ou estender-lhes vantagens e gratificações, com base no princípio da isonomia, na equiparação salarial ou a pretexto de revisão geral anual”.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo, a fim de admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que sejam apensados aos autos originais, devendo-se aplicar, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.208 (602)ORIGEM : AC - 200532000083827 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : DILMAR SANTOS ÁVILAADV.(A/S) : JOÃO MACHADO MITOSO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO: Vistos.

Dilmar Santos Ávila interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos LIV e LV, e 93, inciso IX da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta turma do Tribunal Regional da 1ª Região, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EX-PREFEITO MUNICIPAL. ART. 12, CAPUT DA LEI N° 8.428/92. INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS. ERRO MATERIAL PASSÍVEL DE CORREÇÃO. OCORRÊNCIA DE GRAVE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. APELAÇÃO IMPROVIDA. 1. A pena imposta em procedimento administrativo não se confunde e nem obsta a que sejam aplicadas as sanções próprias decorrentes do ato de improbidade, previstas na Lei 8.429/92. Inteligência dos arts. 12, caput e 21 da Lei n° 8.429/92. 2. A inclusão equivocada pelo MM. Juiz a quo do número do Acordão do TCU, no lugar onde deveria constar o número do Convênio, consiste em mero erro material, que pode ser objeto de correção, de ofício, ou por meio de embargos de declaração, a teor do quanto disposto no art. 463 do CPC. 3. O farto conjunto probatório, evidenciado nos autos, não deixa dúvidas da responsabilidade do apelante pela prática dos atos de improbidade administrativa, sobretudo pelo uso de notas fiscais inidôneas, oriundas de empresas que não trabalham com a venda do produto supostamente adquirido pela prefeitura, dando como ocorrida aquisição inexistente. 4. Por fim, de mencionar a gravidade dos fatos, porquanto consta do relatório técnico da FUNASA/MS, fl. 230 do anexo, que o nível epidemiológico da malária no município teve severo incremento, exatamente no período em que deveria ter sido executado o convênio e não o foi. ”(...)Mesmo que haja a devolução dos recursos utilizados indevidamente ao erário, são inquestionáveis os prejuízos irreparáveis causados à população que foi acometida de malária em decorrência da não aplicação de recursos conforme pactuados no Plano de Trabalho. Mais uma vez o maior prejudicado é a população...” 6. Apelação improvida” (fl. 193).

Opostos embargos declaratórios (fls. 83 a 89), foram rejeitados (fl. 37).

Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra no ilustrado Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro Barros, pelo desprovimento do agravo de instrumento.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante contrárias à pretensão dos recorrentes, tendo as instâncias de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 93

da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes ” (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.017 (603)ORIGEM : AC - 10024073841223001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MARIA ELISA VIEIRA MARTINS PALERMOADV.(A/S) : GERALDINO EMÍLIO JORGELINOADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Estado de Minas Gerais interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 2º, 24, inciso XII, 37, caput, 39, 40, § 5º, 149 e 169, § 1º, inciso I, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“Previdenciário. Mandado de segurança. Pensão por morte paga à viúva de ex-servidor da extinta Minas Caixa. Revisão do benefício com fundamento na regra da paridade. Hipótese em que o ex-servidor faleceu antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Eficácia imediata das normas constitucionais. Subsunção do caso concreto à redação original do art. 40, § 5.º, da Constituição Federal. A garantia originalmente insculpida no art. 40, § 5º, da Constituição Federal, era de eficácia imediata, conferindo ao pensionista o direito à revisão do benefício por morte do ex-servidor, independentemente de lei específica que estabelecesse fonte de custeio, de sorte que o benefício correspondesse ao valor dos vencimentos/proventos do servidor, se vivo estivesse”(fl. 14).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o acórdão recorrido está em harmonia com a orientação firmada por esta Corte no sentido de que o artigo 40, § 5º, da Constituição Federal, em sua redação original, é norma de aplicabilidade imediata, o que implica a percepção pelos pensionistas da totalidade dos vencimentos ou proventos a que faria jus o servidor se na atividade estivesse. Nesse sentido, os seguintes precedentes: MI nº 211/DF, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 18.8.95, AI nº 630.311-AgR/PI, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 30/11/07, e RE nº 567.927/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 13/3/09, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PENSIONISTA. AUTO-APLICABILIDADE DO § 4O DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO ORIGINÁRIA). 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o MI 211, Relator para o acórdão o ministro Marco Aurélio, firmou o entendimento de que o § 5o do art. 40 da Carta Magna, cuja redação originária estatuía que o benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido’, é, sim, norma auto-aplicável. 2. Precedentes: REs 161.224 e 179.646, da relatoria do Ministro Paulo Brossard; AI 190.673 e RE 210.347, da relatoria do ministro Celso de Mello; AI 396.406, da relatoria do ministro Carlos Velloso; RE 367.089, da relatoria do ministro Moreira Alves; RE 291.775, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e Rcl 2442-MC e AI 422.436, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence. 3. Agravo regimental desprovido”.

Ademais, a controvérsia acerca da natureza jurídica da pensão percebida por beneficiário de servidor falecido, está restrita à interpretação da legislação local e ao reexame das provas dos autos, operações vedadas em

sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte.

Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 684.702/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 5/5/08; AI nº 567.251/MG, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 17/8/06; AI nº 538.789/MG, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 24/8/05; AI nº 532.752/MG, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 17/3/05; e AI nº 521.176/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 30/11/04.

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.563 (604)ORIGEM : AC - 124596906 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ACADEMIA PAULISTA ANCHIETA S/C LTDAADV.(A/S) : ADRIANA INÁCIA VIEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRISCILA ROMEIRO DO AMARAL CAMARGOADV.(A/S) : CAROLINA KHACHIKIAN

DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão cuja ementa tem o seguinte teor (Fls. 80):

“Contrato de prestação de serviços educacionais. Ação indenizatória. Instituição de ensino que cancela curso universitário em andamento, por reputá-lo deficitário. Dano moral reconhecido Cabimento da devolução dos valores pagos no ano letivo cancelado. Apelo improvido.”

Alega a parte ora agravante ofensa ao art. 207, da Constituição federal.

Não prospera o recurso. Observo, inicialmente, a ausência de prequestionamento da suposta

afronta à autonomia universitária. Incide, no ponto, o óbice das Súmulas 282 e 356, desta Corte.

Ademais, o exame da alegada ofensa exigiria análise das cláusulas contratuais que regeram a relação entre as partes, providência vedada pelo enunciado da Súmula 454-STF.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.968 (605)ORIGEM : AC - 3283112003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : S.S.A. (MENOR PÚBERE) ASSISTIDA POR NILTON

AZEVEDO AMORIMADV.(A/S) : DAVID LEAL DINIZ

DECISÃO:Vistos.Estado da Bahia interpõe agravo de instrumento contra a decisão que

não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 208 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que, confirmando sentença de primeiro grau, concedeu segurança para permitir que a recorrida, menor de 18 (dezoito) anos, realizasse exame supletivo para efeito de conclusão de ensino médio, tendo em vista a obtenção de êxito em vestibular.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

29/1/04, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar. A discussão dos autos não dispensa a análise da legislação

infraconstitucional pertinente. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO À REALIZAÇÃO DE EXAME SUPLETIVO. REQUISITO DE IDADE INATENDIDO. 1. CONTROVÉRSIA DECIDIDA CENTRALMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 2. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA “B” DO INCISO III DO ART.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 94

102 DA COSTITUIÇÃO REPUBLICANA. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA FORMA DO ART. 97 DO MAGNO TEXTO. 3. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL PRECLUSO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283/STF. 1. Na esteira da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o reexame de legislação infraconstitucional é providência que não tem lugar neste momento processual. 2. A admissão do recurso extraordinário com fundamento na alínea “b” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal está condicionada à existência de declaração formal de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, na forma do art. 97 da Carta Magna. 3. “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida está calcada em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles” (Súmula 283/STF). Agravo regimental desprovido” (AI nº 627.610/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 28/3/12)

No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 758.669/BA, Relatora a Ministra Ellen Gracie (DJ de 27/6/11) e RE nº 633.817/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia (DJ de 1º/3/11).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.276 (606)ORIGEM : AMS - 200470000395660 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : TWS ASSESSORIA EMCOMÉRCIO EXTERIOR E

DESPACHO ADUANEIRO LIMITADAADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Vistos.O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, no exame do RE nº

578.635/RS, Relator o Ministro Menezes Direito, concluiu pela ausência de repercussão geral da matéria referente à controvérsia sobre a constitucionalidade da contribuição de 0,2% destinada ao INCRA.

Entretanto, esta Corte em revisão de tese, ao examinar o RE nº 630.898/RS, de minha relatoria, concluiu pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos.

O assunto corresponde ao tema 495 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da recepção ou não da contribuição destinada ao INCRA pela Constituição Federal de 1988 e a natureza jurídica da referida contribuição após a edição da EC nº 33/01, abarcando, ainda, a questão da referibilidade, ou seja, da existência de nexo direto entre as finalidades da contribuição ao INCRA e os sujeitos passivos da obrigação tributária, tal como definidos na norma instituidora da contribuição, incluindo-se, nesse contexto, as empresas urbanas.

Ademais, nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo, a fim de admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que sejam apensados aos autos originais, devendo-se aplicar, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.586 (607)ORIGEM : PROC - 069030054530 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : ROGÉRIO AFONSO BEILER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RONALDO FERMIANO MENDES NETOADV.(A/S) : GLAUCO MELO ELIAS

D E S P A C H OO recurso especial interposto pela parte ora agravante foi provido

pelo Superior Tribunal de Justiça para “afastar a limitação de 12% ao ano à taxa de juros remuneratórios e admitir a capitalização mensal e a cobrança da comissão de permanência, após o vencimento da dívida”.

Não subsiste, pois, interesse recursal a impulsionar o recurso extraordinário em que perseguida a reforma da decisão pela qual limitados à base de 12% ao ano os juros aplicáveis ao contrato de financiamento objeto da lide, cujo trânsito visa o agravo de instrumento a liberar.

Ante o exposto, julgo prejudicado o presente apelo (RISTF, art. 21, IX).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.013 (608)ORIGEM : AIRR - 498199701804403 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ADELINA MARIA ZANETTINIADV.(A/S) : OSWALDO CAUDURO DE SOUZA

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no ARE 697.514, verbis :

“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial. Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral.

Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, o qual entendeu pela prescrição do direito da parte recorrente às diferenças de complementação de aposentadoria. O acórdão impugnado consignou que, por se tratar de parcelas nunca recebidas, provenientes de norma regulamentar revogada antes da aposentadoria do recorrente, ocorreu a prescrição total do direito à mencionada complementação, devendo ser aplicada ao caso a Súmula 326/TST, na medida em que a ação foi ajuizada após biênio prescricional. Desse modo, não há que se falar em contrariedade à Súmula 327/TST. O recorrente opôs dois embargos de declaração. Enquanto o primeiro foi acolhido apenas para prestar esclarecimentos, sem imprimir efeito modificativo, o segundo foi rejeitado.

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, a, da Constituição Federal, a parte recorrente sustenta a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, alega violação aos artigos 5º, XXXVI; e 7º, XXIX, do texto constitucional.

Nas razões recursais, argumenta-se o direito ao pagamento de diferenças de complementação de aposentadoria, tendo em vista a inobservância dos planos de benefícios vigentes à época da admissão do recorrente. Nesse sentido, insurge-se, em síntese, contra decisão do Tribunal de origem que reconheceu a prescrição total do direito à mencionada complementação, nos termos da Súmula 326 do TST. Sustenta-se que, no caso, ocorreu apenas a prescrição parcial, de acordo com a Súmula 327 do TST.

Na origem, o recurso extraordinário foi inadmitido, ao seguinte fundamento:

‘A Constituição da República não exaure a disciplina da prescrição no âmbito do Direito do Trabalho.

A distinção entre prescrição total e parcial demanda, necessariamente, o exame de normas ordinárias, em especial do Código Civil, que regulamentam a matéria’.

Observados os demais requisitos de admissibilidade do presente recurso, submeto a matéria à análise de repercussão geral.

Em síntese, discute-se acerca da espécie de prescrição que deve ser aplicada na esfera do Direito do Trabalho, se total ou parcial.

Verifico que o Tribunal de origem decidiu a questão referente à prescrição trabalhista se total ou parcial à luz da legislação infraconstitucional e da jurisprudência do TST.

O entendimento desta Corte é no sentido de que a discussão quanto à incidência da prescrição no direito trabalhista situa-se no âmbito infraconstitucional. Desse modo, configura ofensa reflexa ao texto constitucional mera alegação de violação a dispositivos constitucionais quando a controvérsia cingir-se à interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário.

Sobre o tema, confiram-se os seguintes precedentes de ambas as Turmas: ARE-AgR 676.216, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 16.5.2012; AI-AgR 714.508, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 5.6.2009; AI-AgR 617.001, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 7.3.2008; e AI-AgR 819.935, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 2.3.2011, cujas ementas transcrevo respectivamente:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. Natureza jurídica da parcela denominada PL-DL 1971. Prescrição total ou parcial. Necessidade de análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental ao qual se nega provimento’.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 95

‘TRABALHISTA. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PROCESSUAL TRABALHISTA. DIFERENÇAS DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL OU PARCIAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação processual trabalhista. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A Corte tem se orientado no sentido de que a discussão acerca da incidência da prescrição total ou parcial no pedido de devolução de valores descontados mensalmente da complementação de aposentadoria situa-se no âmbito infraconstitucional. Precedentes. III - Agravo regimental improvido’.

‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Admissibilidade de recurso trabalhista. 3. Ofensa reflexa à CF/88. Precedentes. 4. Dicotomia entre espécies de prescrição - parcial ou total. Controvérsia infraconstitucional. Precedentes. 5. Decisão devidamente fundamentada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento’.

‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA TRABALHISTA. CONTROVÉRSIA ACERCA DA ESPÉCIE DE PRESCRIÇÃO, SE TOTAL OU PARCIAL. ALEGADA VIOLAÇÃO AO INCISO XXIX DO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES. 1. Caso em que eventual ofensa à Carta Magna e 1988 ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido’.

Cito ainda outros julgados: AI-AgR 840.736, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.5.2011; AI-ED 750.097, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.3.2011; AI-AgR 702.126, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 31.3.2011; ARE-AgR 665.952, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 9.5.2012; e AI-AgR 840.541, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 24.5.2011.

Ante o exposto, neste caso, em razão da natureza eminentemente infraconstitucional da matéria, manifesto-me pela inexistência de repercussão geral da questão constitucional suscitada”.

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem. Publique-se.Brasília, 06 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.734 (609)ORIGEM : AIRR - 1276200220204407 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SÉRGIO OLIVEIRA DE LA TORREADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : SILVIA ALEGRETTI E OUTRO(A/S)

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no ARE 697.514, verbis :

“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial. Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral.

Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, o qual entendeu pela prescrição do direito da parte recorrente às diferenças de complementação de aposentadoria. O acórdão impugnado consignou que, por se tratar de parcelas nunca recebidas, provenientes de norma regulamentar revogada antes da aposentadoria do recorrente, ocorreu a prescrição total do direito à mencionada complementação, devendo ser aplicada ao caso a Súmula 326/TST, na medida em que a ação foi ajuizada após biênio prescricional. Desse modo, não há que se falar em contrariedade à Súmula 327/TST. O recorrente opôs dois embargos de declaração. Enquanto o primeiro foi acolhido apenas para prestar esclarecimentos, sem imprimir efeito modificativo, o segundo foi rejeitado.

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, a, da Constituição Federal, a parte recorrente sustenta a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, alega violação aos artigos 5º, XXXVI; e 7º, XXIX, do texto constitucional.

Nas razões recursais, argumenta-se o direito ao pagamento de diferenças de complementação de aposentadoria, tendo em vista a inobservância dos planos de benefícios vigentes à época da admissão do recorrente. Nesse sentido, insurge-se, em síntese, contra decisão do Tribunal de origem que reconheceu a prescrição total do direito à mencionada complementação, nos termos da Súmula 326 do TST. Sustenta-se que, no caso, ocorreu apenas a prescrição parcial, de acordo com a Súmula 327 do TST.

Na origem, o recurso extraordinário foi inadmitido, ao seguinte fundamento:

‘A Constituição da República não exaure a disciplina da prescrição no âmbito do Direito do Trabalho.

A distinção entre prescrição total e parcial demanda, necessariamente, o exame de normas ordinárias, em especial do Código Civil, que regulamentam a matéria’.

Observados os demais requisitos de admissibilidade do presente recurso, submeto a matéria à análise de repercussão geral.

Em síntese, discute-se acerca da espécie de prescrição que deve ser aplicada na esfera do Direito do Trabalho, se total ou parcial.

Verifico que o Tribunal de origem decidiu a questão referente à prescrição trabalhista se total ou parcial à luz da legislação infraconstitucional e da jurisprudência do TST.

O entendimento desta Corte é no sentido de que a discussão quanto à incidência da prescrição no direito trabalhista situa-se no âmbito infraconstitucional. Desse modo, configura ofensa reflexa ao texto constitucional mera alegação de violação a dispositivos constitucionais quando a controvérsia cingir-se à interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário.

Sobre o tema, confiram-se os seguintes precedentes de ambas as Turmas: ARE-AgR 676.216, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 16.5.2012; AI-AgR 714.508, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 5.6.2009; AI-AgR 617.001, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 7.3.2008; e AI-AgR 819.935, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 2.3.2011, cujas ementas transcrevo respectivamente:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. Natureza jurídica da parcela denominada PL-DL 1971. Prescrição total ou parcial. Necessidade de análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental ao qual se nega provimento’.

‘TRABALHISTA. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PROCESSUAL TRABALHISTA. DIFERENÇAS DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL OU PARCIAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação processual trabalhista. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A Corte tem se orientado no sentido de que a discussão acerca da incidência da prescrição total ou parcial no pedido de devolução de valores descontados mensalmente da complementação de aposentadoria situa-se no âmbito infraconstitucional. Precedentes. III - Agravo regimental improvido’.

‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Admissibilidade de recurso trabalhista. 3. Ofensa reflexa à CF/88. Precedentes. 4. Dicotomia entre espécies de prescrição - parcial ou total. Controvérsia infraconstitucional. Precedentes. 5. Decisão devidamente fundamentada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento’.

‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA TRABALHISTA. CONTROVÉRSIA ACERCA DA ESPÉCIE DE PRESCRIÇÃO, SE TOTAL OU PARCIAL. ALEGADA VIOLAÇÃO AO INCISO XXIX DO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES. 1. Caso em que eventual ofensa à Carta Magna e 1988 ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido’.

Cito ainda outros julgados: AI-AgR 840.736, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.5.2011; AI-ED 750.097, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.3.2011; AI-AgR 702.126, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 31.3.2011; ARE-AgR 665.952, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 9.5.2012; e AI-AgR 840.541, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 24.5.2011.

Ante o exposto, neste caso, em razão da natureza eminentemente infraconstitucional da matéria, manifesto-me pela inexistência de repercussão geral da questão constitucional suscitada”.

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem. Publique-se.Brasília, 06 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.758 (610)ORIGEM : AC - 10396090434780 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MAURÍCIO TOLEDO JACOBADV.(A/S) : ALLAN DIAS TOLEDO MALTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JAQUELINE GERÚBIA LUCASADV.(A/S) : GEOVANE DE OLIVEIRA CERQUEIRA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que concedeu mandado de segurança, para determinar a reintegração de servidora em cargo público.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 96

664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que (...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007. ( DJ de 06.09.2007).

Verifico que a publicação da decisão impugnada deu-se em 28.04.2010 (fls. 69) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário, conforme observado na decisão agravada.

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.258

(611)

ORIGEM : REOMS - 199938030015714 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1A. REGIAO - DF

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : BANCO TRIÂNGULO S/AADV.(A/S) : ARTHUR PEREIRA DE CASTILHO NETO E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Petição 44414/2012-STFOscar L. de Morais, Margaret Ann Brindeiro e Bruno Antony de Morais

requerem seja sanada suposta nulidade na publicação do acórdão que julgou, nestes autos, os Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Agravo Regimental no Recurso Extraordinário. Alegam, para tanto, que em 6/6/2012 protocolizaram petição de juntada de substabelecimento (Petição 29773/2012-STF), por meio do qual lhes teriam sido conferidos poderes para atuarem no feito. Solicitaram, também, naquela petição, que nas futuras publicações constassem seus nomes, na forma do art. 236, § 1º, do CPC. Afirmam que, a despeito desse pedido, a publicação do acórdão ocorreu sem que seus nomes constassem da autuação do recurso.

Aduzem, ainda, que a solicitação foi reiterada em outra ocasião, nos termos da Petição 34775/2012-STF, na qual os advogados Angela Paes de Barros di Franco e Vinícius Branco comunicaram a renúncia aos seus poderes e requereram que as futuras publicações fossem realizadas em nome dos advogados “recentemente constituídos pelo Recorrente (Petição de n. 29.773/2012, juntada aos autos no último dia 12 de junho)”.

O pedido não merece acolhida. Na Petição 29773/2012-STF, Oscar L. de Morais, Bruno da Rocha

Antony de Morais, Arthur de Castilho Neto e Margaret Ann Brindeiro requereram a juntada de substabelecimento e que das futuras publicações constassem os seus nomes. Ocorre, contudo, que estes advogados trouxeram, na ocasião, instrumento de mandato em que o Banco Triângulo, representado por seu Diretor de Operações, José Antônio Rossi Salles, e por seu Diretor Administrativo, Valentin Antônio Zordan, nomeia e constitui seus mandatários Angela Paes de Barros di Franco, Vinícius Branco, Pauliran Gomes e Silva e Melyssandra Martins Costa, além de outro instrumento de mandato em que o Banco Triângulo nomeou e constituiu seus procuradores Pauliran Gomes e Silva e Max Estevan de Moraes Silva. Não, há, nestes autos, instrumento de mandato ou substabelecimento em nome dos advogados signatários desta Petição 44414/2012-STF.

Isso posto, indefiro o pedido, visto que os advogados subscritores desta petição não possuem procuração ou substabelecimento nos autos.

Devolva-se aos subscritores.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.970 (612)ORIGEM : AC - 5120935000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : APAMAGIS - ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE

MAGISTRADOSADV.(A/S) : ELAINE FONTENELLE

DESPACHO: Vistos. Cumpra-se o despacho de fl. 300, aguardando os autos, na

Secretaria, a conclusão do julgamento do mérito do recurso então mencionado.

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 562.268 (613)ORIGEM : AMS - 200172030001534 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ELEVACAR ELEVADORES MECÂNICOS LTDA.ADV.(A/S) : EDILSON JAIR CASAGRANDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Vistos. Esta Corte concluiu pela existência da repercussão geral de uma das

matérias constitucionais versadas nestes autos ao examinar o RE n° 590.809/RS. O assunto corresponde ao tema nº 136 da Gestão por temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata do creditamento de IPI pela aquisição de insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero.

Como o resultado do julgamento do mencionado RE n° 590.809/RS poderá refletir no deslinde do caso concreto, determino o sobrestamento do feito até o julgamento do referido recurso extraordinário.

Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária até a conclusão do referido julgamento.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.089 (614)ORIGEM : AC - 3914135100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RUBENS ORSI DE CAMPOS FILHOADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO

JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FENAJUFE

ADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DE SANTA CATARINA - SINPOFESCADV.(A/S) : SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DOS

SERVIDORES PÚBLICOS - ANDESPADV.(A/S) : WLADIMIR SÉRGIO REALE E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : SINDICATO DAS CLASSES POLICIAIS CIVIS NO

ESTADO DO PARANÁ - SINCLAPOLADV.(A/S) : NAOTO YAMASAKI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS

DO BRASIL - AMEBRASILADV.(A/S) : JOSÉ DO ESPÍRITO SANTOASSIST.(S) : SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DE LONDRINA E

REGIÃO - SINDIPOLADV.(A/S) : EURICO HUMMIG FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS INVESTIGADORES DE POLÍCIA

DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : FRANCEO DELFINO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO UNIÃO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DOUGLAS MATTOS LOMBARDI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES FEDERAIS DOS EX-

TERRITÓRIOS E DO ANTIGO DISTRITO FEDERAL DO BRASIL-AMFETADF

ADV.(A/S) : JOSÉ JERONIMO FIGUEIREDO DA SILVA E OUTRO(A/S)

INTDO.(A/S) : SINDICATO SERVIDORES PODER LEGISLATIVO FEDERAL E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - SINDILEGIS

ADV.(A/S) : AFONSO CARLOS MUNIZ MORAES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃO DOS AUDITORES FEDERAIS DE CONTROLE

EXTERNO - AUDITARADV.(A/S) : JULIANO COSTA COUTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS PROCURADORES DA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 97

FAZENDA NACIONAL - SINPROFAZADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCOINTDO.(A/S) : FÓRUM NACIONAL DE ADVOCACIA PÚBLICA

FEDERAL (FORUM)ADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCOINTDO.(A/S) : SINDICATO DA POLÍCIA FEDERAL NO DISTRITO

FEDERAL (SINDIPOL/DF)ADV.(A/S) : MARTA SIMÕES DE LARA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA SUCEN -

ASSUCENADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA B. LOPES VIVASINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS GUARDAS

MUNICIPAIS - ABRAGUARDASADV.(A/S) : REGINALDO LUIZ DA SILVAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS CABOS E SOLDADOS DA POLÍCIA

MILITAR E BOMBEIROS MILITAR DE GOIÁSADV.(A/S) : JOSÉ MARIA SILVA SOBREIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DEFENSORES

PÚBLICOS FEDERAIS - ANADEFADV.(A/S) : RAFAEL DA CÁS MAFFINIINTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISINTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOINTDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAINTDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - SINTUFALADV.(A/S) : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DA BAHIA - SINDIPOL/BAADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS CAMINHAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS

ESTADUAIS - ANAMAGESADV.(A/S) : ANTONIO SBANO JUNIOR E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS

AUTÁRQUICOS NOS ENTES DE FORMULAÇÃO, PROMOÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA POLÍTICA DA MOEDA E DO CRÉDITO - SINAL

ADV.(A/S) : VERA MIRNA SCHMORANTZ E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DE CIÊNCIA,

TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA - ASFOC -SN

ADV.(A/S) : ROGÉRIO ROCHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO

PÚBLICO FEDERAL - ASMPFADV.(A/S) : CRISTIANO LUIZ BRANDÃO CUNHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES

PÚBLICOS - CNSPADV.(A/S) : JÚLIO BONAFONTEINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO

PODER JUDICIÁRIO - ANSJADV.(A/S) : JÚLIO BONAFONTEINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO

DE POLÍCIA FEDERAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-SINPEF/RN

ADV.(A/S) : DANIELLE GUEDES DE ANDRADE RICARTEINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TÉCNICOS-CIENTÍFICOS DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL-SINTERGSADV.(A/S) : VERA MIRNA SCHOMORANTZ E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - CONDSEFADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM

ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE

BRASÍLIA-SINDSAÚDEADV.(A/S) : LEONARDO CHAGASINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -SIND-JUSTIÇA

ADV.(A/S) : JORGE ÁLVARO DA SILVA BRAGA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

INTDO.(A/S) : SINDIFISCO NACIONAL - SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES-FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

ADV.(A/S) : PRISCILA MEDEIROS DE ARAÚJO BACCILE E OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 42.721/2012DECISÃO VENCIMENTO – REPOSIÇÃO DO PODER AQUISITIVO – INÉRCIA

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – ATO OMISSIVO – INDENIZAÇÃO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JULGAMENTO INICIADO – SINDICATO – ADMISSÃO COMO TERCEIRO.

1. Juntem.2.O Gabinete prestou as seguintes informações:O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do

Brasil – Sindfisco Nacional requer a admissão no processo como interessado. Alega que a matéria em debate é importante para os respectivos filiados. Apresenta procuração e documentos constitutivos.

No extraordinário, discute-se o direito dos servidores públicos a indenização ante a inobservância da cláusula de reposição do poder aquisitivo dos vencimentos – artigo 37, inciso X, da Carta da República.

O Tribunal, em 17 de dezembro de 2007, reconheceu a existência de repercussão geral da matéria constitucional suscitada. A apreciação do recurso foi iniciada em 9 de junho de 2011, sendo suspensa em razão do pedido de vista formulado pela Ministra Cármen Lúcia.

3.O tema em debate possui repercussão ímpar ante a inércia do Poder Público considerado o ditame constitucional. Haveria risco na admissão indeterminada de terceiros, das inúmeras entidades sindicais e associativas de servidores. Ficaria comprometido o próprio julgamento, mas este foi iniciado, já foram feitas as sustentações da tribuna, seguindo-se ao voto que proferi, no sentido do provimento do recurso, o pedido de vista da Ministra Cármen Lúcia. O terceiro, assistente de uma das partes, recebe o processo no estágio em que se encontra.

4.Defiro o pedido formulado.5.Publiquem.Brasília, 3 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.582 (615)ORIGEM : AC - 70014769061 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : VARIG S/A - VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSEADV.(A/S) : VERA LUCIA SCHERER OLIVEIRA

DECISÃO Vistos.O Estado do Rio Grande do Sul interpõe recurso extraordinário contra

acórdão proferido pela Vigésima Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE AÉREO DE CARGAS DOMÉSTICAS. STF. CONVÊNIO 66/88. INCONSTITUCIONALIDADE NECESSIDADE. LEI ESTADUAL Nº 8.820/89. LEI COMPLEMENTAR 87/96.REPRISTINAÇÃO.INOCORRÊNCIA.

1. O Supremo Tribunal Federal julgou procedente a ADI 1.089, para declarar inconstitucional o Convênio 66/88, sem redução de texto, excluindo, ao efeito de incidência do ICMS, da compreensão da expressão serviços de transportes interestadual e intermunicipal a navegação área. Isto porque, em se tratando de nova hipótese de incidência tributária, é indispensável lei complementar.

2. A partir do advento da Lei Complementar nº 87/96, somente é cabível a instituição de ICMS sobre os serviços de transporte aéreo interestadual e intermunicipal de carga. É que o Supremo Tribunal Federal julgou procedente, em parte, a ADI 1.600 para declarar inconstitucional a Lei Complementar nº 87/96 no tocante à incidência do ICMS sobre os serviços de transporte aéreo de passageiros internacional, interestadual e intermunicipal e sobre os serviços de transporte aéreo de cargas internacional.

3. É inconstitucional a Lei nº 8.820/1989 do Estado do Rio Grande do Sul na parte em que instituiu o ICMS sobre os serviços de transporte aéreo de carga interestadual e intermunicipal antes da edição da Lei Complementar nº 87/97. Isto porque, por força da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI 1.089, a instituição do ICMS sobre os serviços de transporte aéreo de carga interestadual e intermunicipal pelos Estados está subordinada à prévia edição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 98

de lei complementar. 4. A superveniência da Lei Complementar nº 87/96 não teve o condão

de sanar o vício de inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 8.820/89 na parte em que instituiu o ICMS sobre o serviço de transporte aéreo sobre cargas domésticas.

Recurso provido” (fl. 305).Insurge-se, no apelo extremo, amparado na alínea “a”, do permissivo

constitucional, sustentando violação dos artigos 24, inciso I, 97 e 155, inciso II, da Constituição Federal e 34, §§ 3º e 8º, do ADCT, aduzindo que o acórdão recorrido, em última análise, reconheceu a inconstitucionalidade de dispositivo legal do Estado do Rio Grande do Sul, violando o que dispõe o artigo 97 da Constituição Federal, que atribui a competência para tanto ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça.

Sustenta, ainda, ter ocorrido violação ao artigo 24, inciso I, da Constituição Federal e ao artigo 34, §§ 3º e 8º do ADCT. Nesse particular, afirma que deve prevalecer a supremacia da competência impositiva das pessoas pessoas políticas na hipótese de inação do legislador complementar.

Ao final, afirma que foi violado o artigo 155, inciso II, da Constituição Federal, com espeque no entendimento de que o dispositivo invocado, à luz da alteração promovida pela Emenda Constitucional nº 03/93, tem espectro mais amplo que o antigo ICM, na medida em que passou a incidir sobre o transporte – inclusive aéreo.

Decido.De início, cumpre rechaçar de plano a suposta violação ao artigo 97

da Constituição Federal que estaria consubstanciada na impossibilidade de um órgão fracionário do tribunal a quo reconhecer a inconstitucionalidade de um dispositivo de lei.

Esta Corte tem entendimento pacífico no sentido de que não fere a cláusula de reserva de plenário, o julgado proveniente de órgão fracionário do tribunal de origem, que aplica a jurisprudência firmada pelo Pleno ou por ambas as Turmas desta Corte, sem submissão da questão ao órgão especial do Tribunal de origem. Nesse sentido:

“Não há reserva de Plenário (art. 97 da Constituição) à aplicação de jurisprudência firmada pelo Pleno ou por ambas as Turmas desta Corte. Ademais, não é necessária identidade absoluta para aplicação dos precedentes dos quais resultem a declaração de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade. Requer-se, sim, que as matérias examinadas sejam equivalentes. Assim, cabe à parte que se entende prejudicada discutir a simetria entre as questões fáticas e jurídicas que lhe são peculiares e a orientação firmada por esta Corte. De forma semelhante, não se aplica a reserva de Plenário à constante rejeição, por ambas as Turmas desta Corte, de pedido para aplicação de efeitos meramente prospectivos à decisão” (AI nº 607.616-AgR/RJ, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1/10/10.)

O que se pode constatar é que o Tribunal de origem balizou seu entendimento nas orientações que ficaram assentadas no julgamento de duas ADI’s apreciadas por esta Corte (nºs 1.089 e 1.600); logo, não houve declaração de inconstitucionalidade por parte do Tribunal de origem e, sim, aplicação dos precedentes emanados por este Supremo Tribunal Federal.

Adentrando propriamente na matéria ora sob consideração, constata-se que após a celebração do Convênio ICMS 66/88, o Estado do Rio Grande do Sul editou a Lei nº 8.820, em 27 de janeiro de 1989, a qual deu amparo à Fazenda Pública daquele Estado para exigir o ICMS sobre as prestações de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

Posteriormente, no julgamento da ADI nº 1.089, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do Convênio 66/88, sem redução de texto, excluindo da incidência do ICMS a navegação aérea. Ficara assentada a imprescindibilidade de Lei Complementar para conceber uma nova hipótese de incidência para o imposto. Nesse sentido:

“TRANSPORTE AÉREO. ICMS. Dada a gênese do novo ICMS na Constituição de 1988, tem-se que sua exigência no caso dos transportes aéreos configura nova hipótese de incidência tributária, dependente de norma complementar à própria carta, e insuscetível, à luz de princípios e garantias essenciais daquela, de ser inventada, mediante convênio, por um colegiado de demissíveis ad nutum. Procedência da ação direta com que o Procurador-Geral da República atacou o regramento convenial da exigência do ICMS no caso dos transportes aéreos”. (ADI nº 1.089-MC, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Francisco Rezek, DJ de 27/6/97).

As diretrizes anteriormente fixadas no Convênio 66/88 foram reproduzidas na Lei Complementar 87/96, restando sanado, em tese, o vício que fora destacado na ADI nº 1.089, haja vista que na hipótese o alargamento do critério material da incidência estaria sendo ampliado em sede de Lei Complementar.

Ocorre que novamente a pretendida ampliação da hipótese de incidência do ICMS referente aos serviços de transporte teve sua constitucionalidade questionada. Na ocasião do julgamento da ADI nº 1.600, o Supremo Tribunal Federal julgou a ação procedente, em parte, para declarar inconstitucional a Lei Complementar nº 87/96, no tocante à incidência do ICMS sobre os serviços de transporte aéreo de passageiros internacional, interestadual e intermunicipal e sobre os serviços de transporte aéreo de cargas internacional. Confira-se:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI COMPLEMENTAR 87/96. ICMS E SUA INSTITUIÇÃO. ARTS. 150, II; 155, § 2º, VII 'A', E INCISO VIII,

CF. CONCEITOS DE PASSAGEIRO E DE DESTINATÁRIO DO SERVIÇO. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. ALÍQUOTAS PARA OPERAÇÕES INTERESTADUAIS E PARA AS OPERAÇÕES INTERNAS. INAPLICABILIDADE DA FÓRMULA CONSTITUCIONAL DE PARTIÇÃO DA RECEITA DO ICMS ENTRE OS ESTADOS. OMISSÃO QUANTO A ELEMENTOS NECESSÁRIOS À INSTITUIÇÃO DO ICMS SOBRE NAVEGAÇÃO AÉREA. OPERAÇÕES DE TRÁFEGO AÉREO INTERNACIONAL. TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE CARGAS. TRIBUTAÇÃO DAS EMPRESAS NACIONAIS. QUANTO ÀS EMPRESAS ESTRANGEIRAS, VALEM OS ACORDOS INTERNACIONAIS - RECIPROCIDADE. VIAGENS NACIONAL OU INTERNACIONAL - DIFERENÇA DE TRATAMENTO. AUSÊNCIA DE NORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE AS UNIDADES FEDERADAS. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO ART. 151, CF É O DAS RELAÇÕES DAS ENTIDADES FEDERADAS ENTRE SI. NÃO TEM POR OBJETO A UNIÃO QUANDO ESTA SE APRESENTA NA ORDEM EXTERNA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE AÉREO, DE PASSAGEIROS - INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL. INCONSTITUCIONALIDADE DA EXIGÊNCIA DO ICMS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE CARGAS PELAS EMPRESAS AÉREAS NACIONAIS, ENQUANTO PERSISTIREM OS CONVÊNIOS DE ISENÇÃO DE EMPRESAS ESTRANGEIRAS. AÇÃO JULGADA, PARCIALMENTE PROCEDENTE” (ADI nº 1.600, Tribunal Pleno, Relator para o acórdão o Ministro Nélson Jobim, DJ de 20/6/03).

É possível extrair do julgado acima a conclusão de que a incidência, sobre os serviços de transporte aéreo de pessoas, em qualquer hipótese, é inconstitucional, da mesma forma que a incidência sobre o serviço de transporte de cargas internacional.

Conjugando o que foi asseverado na referida ADI, com a orientação de que “a exigência no caso dos transportes aéreos configura nova hipótese de incidência tributária, dependente de norma complementar à própria carta” (ADI 1089) não se pode olvidar de que sequer a exigência do imposto sobre a prestação de serviços de transporte aéreo de carga interestadual e intermunicipal seria possível à luz da Lei nº 8.820/89 do Estado do Rio Grande do Sul. Para a referida hipótese, somente após a edição da Lei Complementar nº 87/96, tornou-se possível a exigência do ICMS diante da prestação de serviços de transporte aéreo.

Corroborando as razões que militam pela impossibilidade dos Estados instituírem o imposto exercendo competência legislativa plena, mediante a falta de Lei Complementar editada pela União Federal, cumpre trazer à colação jurisprudência assentada nesse sentido:

“TRIBUTÁRIO - ADICIONAL AO IMPOSTO DE RENDA (LEI Nº 6.352/88, DO ESTADO DE SÃO PAULO) - INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA INSTITUIÇÃO - AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR NACIONAL (CF, ART. 146) - IMPOSSIBILIDADE DO EXERCÍCIO, PELO ESTADO-MEMBRO, DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA - RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.

- É inconstitucional a Lei nº 6.352, de 29/12/88, que, editada pelo Estado de São Paulo, instituiu o adicional ao imposto de renda no âmbito daquela unidade da Federação.

- Os Estados-membros não podem instituir, mediante ato legislativo próprio, o tributo a que se refere o art. 155, II, da Constituição (Adicional ao Imposto de Renda) enquanto não for editada, pela União Federal, a lei complementar nacional prevista no art. 146 da Lei Fundamental da República. A existência desse "vacuum legis" não confere aos Estados-membros a possibilidade de exercerem, com base nas regras inscritas no art. 24, § 3º, da Constituição e no art. 34, § 3º, do ADCT/88, competência legislativa plena, eis que as recíprocas interferências que se estabelecerão, obrigatoriamente, entre o imposto de renda, sujeito à competência legislativa da União, e o adicional ao imposto de renda, incluído na esfera de competência impositiva dos Estados-membros, reclamam a edição de lei complementar nacional que indique soluções normativas necessárias à superação de possíveis conflitos de competência entre essas entidades políticas.

- O poder de tributar deferido às pessoas estatais investidas de capacidade política não deve ser exercido com desrespeito aos direitos públicos subjetivos dos contribuintes ou com ofensa às limitações constitucionais que restringem o desempenho, pelas entidades tributantes, de sua competência impositiva” (RE nº 149.955/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3/9/93).

Recentemente, a Segunda Turma deste Supremo Tribunal Federal teve a oportunidade de manifestar-se sobre pretensão análoga, ocasião em que foi mantida a jurisprudência anteriormente firmada pelo Tribunal Pleno. Confira-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR NACIONAL QUE DISPONHA SOBRE O TRIBUTO NOS TERMOS DO ART. 146, III, A, DA CONSTITUIÇÃO. EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PLENA PELOS ESTADOS MEMBROS COM AMPARO NO ART. 24, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. PREVISÃO DE ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS EM RAZÃO DO TIPO DE VEÍCULO. POSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ante a omissão do legislador federal em estabelecer as normas gerais pertinentes ao imposto sobre a doação de bens

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 99

móveis, os Estados-membros podem fazer uso de sua competência legislativa plena com fulcro no art. 24, § 3º, da Constituição. II – A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que, mesmo antes da EC 42/03 – que incluiu o § 6º, II, ao art. 155 da CF –, já era permitida a instituição de alíquotas de IPVA diferenciadas segundo critérios que não levem em conta a capacidade contributiva do sujeito passivo, por não ensejar a progressividade do tributo. É o que se observa no caso dos autos, em que as alíquotas do imposto foram estabelecidas em razão do tipo e da utilização do veículo. III – Agravo regimental improvido.” (RE nº 601.247-AgR/RS, Segunda Turma, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/6/12).

O entendimento pretendido pelo Estado do Rio Grande do Sul sugere que a superveniência da Lei Complementar nº 87/96 poderia convalidar a Lei Estadual nº 8.820/89. O acolhimento dessa tese implicaria em conceber uma espécie anômala de constitucionalidade superveniente, pois se estaria a admitir a premissa de que o advento da espécie legislativa constitucionalmente adequada para o disciplinamento da matéria teria o condão de manter hígida a norma anterior, que legislou sobre questão afeta a outra modalidade de ato normativo.

Contudo, cumpre enfatizar que a tese da constitucionalidade superveniente já foi rechaçada no âmbito desta Corte, prevalecendo o entendimento de que a primeira lei deve ser expungida do ordenamento por ter sido editada em desconformidade com a norma constitucional vigente no momento de sua edição. Nesse sentido, destacamos o RE nº 343.801-AgR/PR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto (DJe de 26/6/12).

Ante o exposto, nego provimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.505 (616)ORIGEM : AC - 24970010914 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO ESPIRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : EDUARDO RIOS SANTOSADV.(A/S) : ANCELMA DA PENHA BERNARDOSRECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

DECISÃO:Vistos.Eduardo Rios Santos interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a”, do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INDENIZAÇÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DECORRENTE DO PODER DISCIPLINAR INERENTE À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RECURSO DESPROVIDO.

1. Reflete exercício regular de direito, não ensejando reparação, a atuação da Administração Pública consistente no afastamento preventivo de servidor na instauração de sindicância, tendo em vista que tais providências, além de expressamente previstas na legislação estadual, estão lastreadas no exercício do poder disciplinar administrativo. Incidência do art. 160, inciso I, do CC/1916, que vigia à época dos fatos.

2. Recurso conhecido e desprovido” (fl. 9).Alega o recorrente, em suma, violação dos artigos 5º, inciso LV,

XXXV, 37, § 6º, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.Contra-arrazoado (fls. 28 a 39), o recurso extraordinário (fls. 17 a 25)

foi admitido (fls. 41/42).Decido.Anote-se, primeiramente, que o acórdão recorrido foi publicado em

25/4/07, como expresso na certidão de folha 16, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nº 282 e 356 desta Corte.

Por outro lado, para chegar a entendimento diverso do expresso no acórdão recorrido, seria necessário o reexame de fatos e provas que permeiam a lide, algo inadmissível no recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Ato administrativo. Anulação. Responsabilidade civil do Estado. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios da

legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. O Tribunal de Justiça concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que, na ação de indenização proposta pelo ora agravado, restaram demonstrados os pressupostos da responsabilidade civil do Estado. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (AI nº 769.427/PE-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 15/8/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 802.403/SC-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 25/11/10).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego provimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.458 (617)ORIGEM : AC - 200051010060672 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CGU COMPANHIA DE SEGUROSADV.(A/S) : FRANCISCO CARLOS ROSAS GIARDINA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Vistos.Verifico que o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por

meio eletrônico, no exame do RE nº 598.572/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, pela existência da repercussão geral da matéria referente à discussão acerca da constitucionalidade, ou não, da contribuição adicional de 2,5% sobre a folha de salário, instituída pelo art. 22, 1º, da Lei nº 8.212/91.

Como o julgamento da referida ação poderá refletir no deslinde deste feito, determino o seu sobrestamento até a apreciação do RE nº 598.572/SP pelo Plenário da Corte. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária, até então.

Publique-se. Brasília, 05 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.940 (618)ORIGEM : AC - 5240255300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : DANTAS DUARTE ADVOGADOSADV.(A/S) : ALEXANDRE DANTAS FRONZÁGLIA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Município de São Paulo interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Décima Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL – Ação Declaratória c/c repetição de indébito – Contribuição para custeio dos serviços de iluminação pública – EC nº 39/2002 que autorizou os municípios a instituírem a contribuição – 1) Lei Municipal que estende a cobrança para expansão da rede de iluminação, circunstância que se afasta da autorização legal de apenas servir ao custeio do valor gasto com o serviço de iluminação pública. 2) Cobrança que não se encontra lastreada no valor gasto pelo Município com o serviço, mas no consumo de energia elétrica, levando em consideração tratar-se de consumo residencial ou não residencial. Sentença reformada – Recurso provido”(fl. 239).

Alega o recorrente violação do artigo 149-A, da Constituição Federal, uma vez que sustenta ser constitucional a contribuição de iluminação pública – COSIP, instituída pelo Município de São Paulo.

Decido.A irresignação merece prosperar, haja vista que esta Corte tem

entendimento pacificado no sentido de considerar constitucional a contribuição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 100

para o custeio do serviço de iluminação pública, art. 149-A, da Constituição Federal. Nesse sentido, anote-se:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RE INTERPOSTO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP. ART. 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR 7/2002, DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ, SANTA CATARINA. COBRANÇA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA. UNIVERSO DE CONTRIBUINTES QUE NÃO COINCIDE COM O DE BENEFICIÁRIOS DO SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO QUE LEVA EM CONSIDERAÇÃO O CUSTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA E O CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA QUE EXPRESSA O RATEIO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICÍPIO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. INOCORRÊNCIA. EXAÇÃO QUE RESPEITA OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. I - Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. II - A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva. III - Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. IV - Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. V - Recurso extraordinário conhecido e improvido” (RE nº 573.675/SC, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 22/5/09).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para, reconhecendo a constitucionalidade da contribuição de iluminação pública instituída pelo Município de São Paulo, julgar a ação improcedente, restabelecendo, por conseguinte, em todos os seus termos, a sentença de primeiro grau, inclusive quanto ao ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 04 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.458 (619)ORIGEM : AC - 6716585000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : EUNICE BARCELLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FABIO RIBEIRO CREDIDIOADV.(A/S) : MANUEL S FERNANDES RIBEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos.Eunice Barcellos de Oliveira interpõe recurso extraordinário, com

fundamento nas alíneas “a” e “c” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Servidores estaduais inativos – Magistério – Pretensão ao recebimento do chamado do ‘Bônus Mérito’ ou, simplesmente, ‘Bônus’ - Leis Complementares nº 891/00, 909/01, 928/02, 948/03 e 963/04 – Inadmissibilidade – Vantagem dirigida apenas aos servidores em atividade, vinculada ao trabalho – Inexistência de ofensa ao disposto no artigo 40, § 8º, da Constituição Federal – Precedentes – Sentença de improcedência da ação – Desprovimento do recurso” (fl. 285).

Alega a recorrente violação do artigo 40, § 8º, da Constituição Federal.

Contra-arrazoado (fls. 394 a 410), o recurso extraordinário (fls. 380 a 388) foi admitido (fls. 412/413).

Decido.Não merece prosperar a irresignação.A jurisprudência do Plenário deste Supremo Tribunal Federal firmou

entendimento de que são extensíveis aos servidores inativos as vantagens de caráter geral, concedidas aos servidores ativos, de acordo com o artigo 40, § 8º, da Constituição Federal.

Em que pese tais considerações, o Tribunal de origem, interpretando a legislação local e as provas dos autos, concluiu que se trata de gratificação pro labore faciendo, porquanto não deve ser concedida aos inativos.

Com efeito, a discussão acerca da possibilidade de extensão aos inativos e pensionistas da vantagem denominada “Bônus Mérito” ou “Bônus” concedida aos servidores do ensino público em atividade, bem como sobre a natureza jurídica desta vantagem, está restrita à interpretação da legislação local e ao reexame dos fatos e provas que compõem a lide, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:

“CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. MAGISTÉRIO. PROVENTOS. BÔNUS E BÔNUS MÉRITO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. II - A apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato, o que não é possível em RE. III - Agravo regimental improvido” (RE nº 558.502/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 12/9/08).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. VANTAGEM CONCEDIDA AOS SERVIDORES EM ATIVIDADE. EXTENSÃO AOS INATIVOS. BÔNUS MÉRITO. CARÁTER. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido quanto ao caráter da vantagem postulada e à existência, ou não, de direito dos agravantes à sua percepção, implicaria, necessariamente, o reexame da legislação local, o que é inviável na via extraordinária. Incide o óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 555.853/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 16/5/08).

Anote-se, por fim, que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 565.713/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada nesse feito em virtude de sua natureza infraconstitucional. A decisão do Plenário está assim ementada:

“Não há repercussão geral da questão constitucional relativa à extensão aos professores aposentados da rede pública de ensino do Estado de São Paulo dos benefícios denominados Bônus e Bônus Mérito previstos nas Leis Complementares estaduais nº 891/2000, 909/2001, 928/2002, 948/2003 e 963/2004” (DJE nº 55, publicado em 28/3/08).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.159 (620)ORIGEM : AC - 6199 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE

TOCANTINSPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINSRECDO.(A/S) : EUNICE MARIA DE OLIVEIRA SANTOSADV.(A/S) : DIOGO VIANA BARBOSA

DECISÃO:Vistos.Estado de Tocantins interpõe recurso extraordinário, com fundamento

na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quarta Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA CONCEDIDO. IGEPREV. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL PARA JULGAR. PRAZO PRESCRICIONAL NÃO CONFIGURADO. VIOLAÇÃO DO DIREITO DOS IMPETRANTES. OCORRÊNCIA.

I – O objeto do Mandado de Segurança será sempre a correção de ato ou omissão de autoridade, desde que ilegal e ofensivo de direito individual ou coletivo, líquido e certo dos impetrantes,

II – Nas relações entre servidor e Estado, configurado está o trato sucessivo, cujo prazo decadencial para impetração de mandado de segurança renova-se a cada mês.

III – APELO CONHECIDO E IMPROVIDO” (fl. 179).Alega o recorrente violação dos artigos 37, inciso II, 40 e 109, inciso I,

da Constituição Federal. Afirma a impossibilidade dos recorridos submeterem-se a regime jurídico próprio, aduzindo para tanto, o seguinte:

“(...) o servidor somente será considerado efetivo, se tiver ingressado no serviço púbico via de concurso. Não sendo assim, mesmo estabilizado no serviço púbico será remetido ao Regime Geral de Previdência Social.

Em nenhum documento dos autos as apeladas fizeram provas de que tenham se submetido a concurso público.

As alegações das apeladas de que foram efetivadas por apostilas ou por Decreto de Chefes de poder não pode prosperar, dado que tais atos, por ferirem a Constituição Federal, são nulos de pleno direito e, como tais, não produzem efeito jurídico algum” (fl. 212).

Contra-arrazoado (fls. 217 a 228), o recurso extraordinário (fls. 198 a 213) foi admitido.

Decido.A preliminar de incompetência da Justiça Estadual deve ser afastada,

uma vez que o Supremo Tribunal Federal já firmou o entendimento de que compete à Justiça comum estadual processar e julgar as causas entre os servidores públicos estaduais e o Estado com quem mantém vínculo. Nesse

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 101

sentido, anote-se: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA ESTADUAL E

O TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME ESPECIAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. I - Compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos a regime especial disciplinado por lei local editada antes ou após a Constituição Republicana de 1988. II - Conflito conhecido para declarar competente a Justiça Estadual amazonense” (CC nº 7.201/AM, Tribunal Pleno, Relator para acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 11/12/08).

No mérito, a irresignação não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão:

“No caso dos autos, a controvérsia está na ilegalidade do ato que transferiu as Apeladas para o Regime Geral de Previdência Social INSS, com fundamento no que prescreve a Emenda Constitucional n. 20, de 15 de dezembro de 1998.

A alteração trazida pela EC nº 20, implementou várias alterações na área previdenciária, dentre as quais, a de maior relevância está a distinção entre servidores efetivos, celetistas e comissionados, instituindo também dois tipos de regimes para os servidores, quais sejam, o Regime Próprio, somente para os efetivos, e o Regime Geral da Previdência Social, para os celetistas, comissionados, empregados públicos e demais trabalhadores do setor privado.

Oportuno dizer que, com o advento da Lei Estadual nº 1.614, de 04 de outubro de 2005, foram excluídos do Regime Próprio da Previdência Social do Estado do Tocantins os servidores remanescentes do Estado de Goiás, desde que não fossem efetivos:

“Art. 4º – É segurado do RPPS-TO o :a) – ativo, ocupante de cargo efetivos, investido mediante concurso

público;§ 3º – Excluem-se do regime instituído nesta Lei: I – os

remanescentes do Estado de Goiás não efetivos, estabilizados ou não; II – os ocupantes exclusivamente de cargo de provimento em comissão; III – os deputados Estaduais; IV – qualquer outro agente vuja situação funcional ou vínculo de exercício não decorra de concurso púbico’ (Negritei)”

Resta evidente que o Magistrado a quo decidiu com maestria ao retomar os descontos previdenciários das apeladas para o Regime de Previdência Estadual IGEPREV, pois são servidoras públicas efetivas, conforme preconiza os artigos 37 e 40, caput, da Carta Magna c/c artigo 4º, inciso I, alínea ‘a’, da Lei Estadual nº 1.614/05” (fls. 176/177).

A sentença de primeiro grau consignou que “das provas coligidas nos autos conclui-se que os impetrantes são servidores públicos de caráter efetivo, porquanto foram aprovados em concurso púbico e nomeados em caráter efetivo, muito embora o referido certame tenha sido realizado em período anterior à criação deste Estado do Tocantins” (fl. 122).

Com efeito, para divergir do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional invocada e das provas dos autos, o que é inviável na sede extraordinária. Nesse sentido, anote-se:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Estabilidade excepcional. Artigo 19 do ADCT. Requisitos para o reconhecimento da estabilidade demonstrados na origem. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (RE nº 437.392/RJ-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 7/5/12).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Servidora pública. 3. Estabilidade financeira. Cumprimento dos requisitos da LC 03/90. 4. Necessidade de reexame dos fatos e provas. Incidência do Verbete 279 da Súmula desta Corte. 5. Mantida a decisão recorrida. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 614.284/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 6/9/11).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.600 (621)ORIGEM : AC - 154847800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEO S/A

(SUCESSORA DE TEXACO BRASIL S/A PRODUTOS DE PETRÓLEO)

ADV.(A/S) : ALOISIO AUGUSTO MAZEU MARTINS E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos. O Estado do Minas Gerais interpõe recurso extraordinário contra o

acórdão proferido pela Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO – CERTEZA E LIQUIDEZ DA CDA- ILISÃO SOMENTE POR PROVA INEQUÍVOCA. A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, mas pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. Improvida a ilisão, deve a execução prosseguir em seus termos. (fl. 200)”.

Insurge-se, no apelo extremo, amparado nas alíneas “a” e “b”, do permissivo constitucional, sustentando a violação do artigo 155, § 2º, inciso II, alíneas “a” e “b”, da Constituição Federal.

Opostos embargos de declaração (fls. 220 a 224), foram rejeitados (fls. 228 a 232).

Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 396 a 405), o recurso foi admitido na origem (fls. 417 a 419), subindo os autos a esta Suprema Corte.

O recurso especial paralelamente interposto teve parcial provimento para, tão somente, reconhecer a incidência da Taxa SELIC na correção do débito tributário em atraso (fls. 470 a 475).

Decido.Em apertada síntese, aduz o recorrente que a Constituição Federal

impõe como regra geral que nas operações isentas ou imunes não haverá apropriação de crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, havendo, inclusive, a obrigação de anular o crédito relativo às operações anteriores.

A Fazenda Pública sustenta que a regra constitucional acima mencionada não poderia sujeitar-se a exceções de ordem infra-constitucional, sob pena de restar subvertida a intenção do constituinte originário, que não fez ressalvas a esse respeito. Perfilhando tal entendimento, alega ser flagrante a inconstitucionalidade do art. 33 do Convênio 66/88, o qual traduzia permissivo para manutenção de créditos em hipótese específica de saída isenta.

Em abono de sua tese, o Estado menciona a liminar concedida na ADI nº 715-7/DF, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Paulo Brossard (DJ de 18/12/92). Na ocasião, fora arguida a inconstitucionalidade do referido artigo e esta Corte admitiu que o dispositivo impugnado estaria a estabelecer como regra aquilo que a Constituição indicou como exceção. Dessa forma, restou suspensa a eficácia do artigo impugnado.

Especificamente com relação aos efeitos da liminar concedida na aludida ADI, o recorrente defende que tal decisão tem o condão de expungir o dispositivo impugnado do ordenamento jurídico. Sob tal ponto de vista, aduz que, independentemente da ADI nº 715-7/DF ter sido julgada prejudicada posteriormente, o dispositivo confrontado não teve sua vigência restabelecida. Logo, desde a liminar deferida por esta Corte, não se cogita da incidência da exceção insculpida no art. 33 do Convênio 66/88.

O Tribunal de origem, por sua vez, manifesta entendimento contrário. Afirma que não há fundamento para negar a apropriação dos créditos por parte do contribuinte.

O acórdão recorrido consigna que pelo fato da ADIN nº 715-7/DF ter sido julgada prejudicada, deve ser tornada sem efeito a liminar anteriormente concedida. Sob essa ótica, por não ter sido confirmada, a liminar não pode regular as relações ocorridas durante o tempo em que se manteve em vigor. Neste esteio, urge a conclusão de que o afastamento da medida acautelatória importa em reconhecer a existência de regulares efeitos concernentes ao ato normativo suspenso.

Em uma análise preliminar, a dinâmica dos argumentos sugere que a solução que sobrevirá ao feito deve dirimir se os efeitos da liminar proferida em controle concentrado se mantêm hígidos diante da hipótese da ADI ser extinta por ter sido reputada prejudicada, sobretudo quando tal decisão ocorre motivada pelo advento de alteração na legislação.

Contudo, tenho que o deslinde de tal questão se mostra prescindível, na medida em que o entendimento manifestado na ADI 715-7MC/DF já está superado pela jusrisprudência desta Corte. Nesse sentido, não faz sentido perquirir se devem ser mantidos incólumes ou não os efeitos de uma decisão cuja orientação restou superada. Nesse sentido:

“A conclusão adotada na ADI 715-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, encontra-se superada, conforme se observa do julgamento da ADI 2.320/SC, Rel. Min. Eros Grau, e da ADI 600/DF, Rel. Min. Marco Aurélio.

Extrai-se do julgamento destas ações diretas que a Corte considera constitucional a exceção à regra constitucional que determina a anulação do crédito relativo às operações que antecedem casos de isenção ou não-incidência, nos termos da ressalva prevista no art. 155, § 2º, II, b, da CF, desde que realizada via lei complementar ou convênio (na forma do art. 34 do ADCT), e que a exclusão à regra não compreenda toda e qualquer forma de isenção ou não-incidência transformando a exceção em regra , embora possa abarcar situação específica de isenção ou não-incidência expressamente disposta na Constituição. No caso dos autos, discute-se a constitucionalidade do art. 33 do Convênio 66/88, que, em suma, determina a manutenção do

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 102

crédito de ICMS relativo às operações que antecedem à saída interestadual do petróleo e seus derivados e da energia elétrica, operação esta que não é tributada. O dispositivo em debate atende às exigências reconhecidas pela Corte, uma vez que, traduz-se em exceção à regra de anulação do crédito relativo às operações anteriores à isenção ou não-incidência, estabelecida por meio de convênio entre os Estados e que recai apenas sobre a não-incidência do ICMS em relação às operações que destinem a outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica” (grifamos) (RE nº 569.131/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1/8/08).

No mesmo sentido da decisão colacionada, entendo que a interpretação que deve ser conferida ao art. 155, § 2º, inciso II, alíneas “a” e “b”, da Constituição Federal, é justamente aquela que reconhece que nossa Magna Carta veda a apropriação de crédito nas hipóteses em que a saída é sujeita à isenção ou não-incidência, admitindo, contudo, exceções previstas em lei.

Reafirmo que não faz sentido perquirir os efeitos da medida acautelatória que suspendeu a eficácia do art. 33 do Convênio 66/88 pois o fundamento da decisão foi justamente a impossibilidade de excepcionar a regra constitucional, posicionamento já superado nesta Corte. Corroboramos o alegado, destacando os julgados a seguir:

“[...] A norma impugnada, ao assegurar o direito à manutenção do crédito fiscal em casos em que há redução da base de cálculo ou isenção, não afronta o princípio da não-cumulatividade. Ao contrário, viabiliza sua observância, em coerência com o disposto no artigo 32, II, do Convênio ICMS n. 36/92. 2. O artigo 155, § 2º, inciso II, "b" da CB prevê que a isenção ou não-incidência acarretará a anulação do credito relativo às operações anteriores, salvo determinação em contrário“(ADI nº 2.320, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 16/3/07).

“IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ISENÇÃO - CRÉDITO - ANULAÇÃO - REGRA VERSUS EXCEÇÃO. Consoante dispõe o § 2º do artigo 155 da Carta da República, a isenção ou a não-incidência acarretam, em regra, a anulação do crédito referente a operações anteriores, devendo a exceção estar prevista expressamente em lei. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ISENÇÃO - CRÉDITO - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - INTELIGÊNCIA DO § 2º DO ARTIGO 155 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Em Direito, descabe confundir institutos, expressões e vocábulos. O preceito da alínea "b" do inciso II do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal não é afastado ante a circunstância de o contribuinte atuar, em fase toda própria, inconfundível com a responsabilidade tributária direta, como substituto tributário, cumprindo perquirir a existência ou não de recolhimento do imposto, na primeira condição, quando da saída final do produto” (RE nº 199.147/RJ, Tribunal Pleno, Relator para o Acórdão o Ministro Marco Aurélio, DJe de 14/11/08).

Como é sabido, o Convênio 66/88 equipara-se materialmente à Lei Complementar pois, por força do que previu o art.34, § 8º, do ADCT, a referida norma regulou as diretrizes gerais do ICMS, servindo como pressuposto de validade para a legislação dos Estados, no que concerne à disciplina do referido imposto até o advento da Lei Complementar nº 87/96.

Firme no sentido de que a jurisprudência admite exceção à vedação constitucional de que trata o artigo 155, inciso II, alíneas “a” e “b”, da Constituição Federal e sendo certo que o dispositivo que previa a manutenção do crédito constava de diploma que possuía status de Lei Complementar, não há fundamento para dissentir do acórdão recorrido, ainda que no aresto a mesma conclusão seja proveniente de raciocínio diverso.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 6 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.642 (622)ORIGEM : AMS - 200270000634000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : STATOMAT MÁQUINAS ESPECIAIS LTDAADV.(A/S) : ALFREDO LINCOLN PEDROSO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Vistos. Esta Corte concluiu pela existência da repercussão geral de uma das

matérias constitucionais versadas nestes autos ao examinar o RE n° 590.809/RS. O assunto corresponde ao tema nº 136 da Gestão por temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata do creditamento de IPI pela aquisição de insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero.

Como o resultado do julgamento do mencionado RE n° 590.809/RS poderá refletir no deslinde do caso concreto, determino o sobrestamento do

feito até o julgamento do referido recurso extraordinário.Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária até a conclusão

do referido julgamento.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.502 (623)ORIGEM : AMS - 199934000363540 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL

SUPERIOR ELEITORAL - ASSERTSEADV.(A/S) : IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Associação dos Servidores do Tribunal Superior Eleitoral - Assertse

interpõe recurso extraordinário, com fundamento nas alíneas “a”e “c” do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SERVIDOR PÚBLICO. FUNÇÃO COMISSIONADA. PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA VEDAÇÃO AO CONFISCO. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA

A exigência da contribuição social sobre os valores recebidos em decorrência do exercício de função comissionada ou gratificada, por atender à proporcionalidade e a capacidade contributiva, absorvendo apenas uma parcela da renda do contribuinte, está em consonância como os princípios constitucionais da isonomia e vedação ao confisco. Precedente da 2ª Seção (MS Nº 1999.01.00.084987-0/BA)”.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Alega a recorrente violação dos artigos 40, caput, e §§ 2º e 3º, 150,

inciso II, 195, § 5º e 201 da Constituição Federal, uma vez que “a contribuição previdenciária, portanto, não pode ter base de cálculo diversa do valor dos benefícios que serão auferidos pelo servidor quando vier a se aposentar. Se a remuneração do cargo em comissão ou da função de confiança do servidor público não repercute no valor das aposentadorias ou pensões, então também não pode mais ser tributada para custeio do sistema de previdência do servidor público, sob pena de ferir o necessário equilíbrio entre contribuição e benefício”

Contra-arrazoado, o recurso extraordinário foi admitido.O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado,

negou seguimento ao recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário.

Decido.Anote-se, inicialmente, que a recorrente foi intimada do acórdão dos

embargos de declaração em 18/7/02, como expresso na certidão de folha 273, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação merece prosperar, uma vez que no julgamento dos Processos Administrativos nºs. 316.794 e 316.170, Relator o Ministro Maurício Corrêa, na sessão administrativa do Tribunal Pleno de 18 de dezembro de 2002, este Supremo Tribunal firmou entendimento no sentido de que não incide contribuição previdenciária sobre as parcelas recebidas pelos servidores públicos, referentes ao exercício de função ou cargo comissionado, não incorporável ao vencimento para o cálculo da aposentadoria, a partir da vigência da Lei n. 9.783/99, nos seguintes termos:

“Examinando a questão, no que pelo sistema antigo, o servidor podia aposentar-se com as vantagens do cargo efetivo, acrescido das vantagens do cargo em comissão (atualmente função comissionada). Isso ocorria pela aposentadoria no cargo efetivo com a opção pelo cargo em comissão, ou com a aposentadoria no próprio cargo em comissão (artigo 193 da Lei 8.112/90). Também era facultado ao servidor incorporar os chamados quintos, ou seja, a partir do exercício de uma determinada função, seu valor ia sendo incorporado definitivamente ao vencimento, vantagem essa que, ao final, compunha os proventos de aposentadoria.

A Constituição Federal, por sua vez, previa em seu artigo 40 que o servidor se aposentadoria com proventos integrais. No § 5º fazia alusão à totalidade dos vencimentos. Portanto, no sistema constitucional e legal anterior à Emenda 20/98, o servidor público ocupante de função comissionada podia levar para a aposentadoria vantagens pecuniárias decorrentes desse exercício, sendo mesmo lógico que incidisse a contribuição previdenciária sobe essa parcela.

O sistema, no entanto, foi sensivelmente alterado pela EC 20/98. O § 3º do artigo 40 da CF passou a ter a seguinte redação:

‘§ 3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião de sua concessão, serão calculados com base na remuneração dos servidor no cargo efetivo em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 103

que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração’.

Portanto, a aposentadoria passou a ter por parâmetro exclusivamente o cargo efetivo, não mais se cogitando do cargo em comissão ou função comissionada. Por outro lado, o artigo 193 foi revogado pela Lei 9.527, de 10.12.97, que também extinguiu a incorporação de quintos.

A nova sistemática, portanto, não autoriza que o servidor se aposente com as vantagens decorrentes do exercício do cargo em comissão, seja diretamente, ou mesmo indiretamente por via da incorporação de quintos. Salvo direitos adquiridos, preservados a título de vantagens pessoais, é certo que a função comissionada não é hoje considerada para fins de fixação dos proventos de aposentadoria ou pensão estatutária. Nem mesmo a opção pode ser levada para inatividade, dado que ela configura um acréscimo à remuneração do cargo efetivo, não a integrando, portanto (artigo 5º da Lei 10.475/02).

Nesses termos, parece igualmente lógico que não incida a contribuição previdenciária sobre essa parcela, até em face do que dispõem os artigos 40, § 12, c/c o artigo 201, § 11, e o artigo 195, § 5º, todos da Constituição Federal.

Por outro lado, tenho que o sistema legal também não autoriza a cobrança. A Lei anterior (9.630/96) adotava como base de cálculo para a contribuição a remuneração do servidor prevista na Lei 8.852/94, ou seja, a soma dos vencimentos com os adicionais de caráter individual e demais vantagens, nestas compreendidas as relativas à natureza ou ao local de trabalho e a prevista no art. 62 da Lei n. 8.112, de 1990, ou outra paga sob o mesmo fundamento, sendo excluídas: (...).

É de observar que as retribuições pelo exercício da função comissionada constava expressamente no conceito de remuneração adotado pela lei para fins de contribuição previdenciária. Além dela, incluíam-se na base de cálculo os vencimentos e todas as demais vantagens a ele inerentes.

Atualmente vige a Lei 9.783/99, que adotou outra base de cálculo, que denominou ‘remuneração de contribuição’, nos seguintes termos:

‘Parágrafo único. Entende-se como remuneração de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual, ou quaisquer vantagens, inclusive as relativas à natureza ou ao local de trabalho, ou outra paga sob o mesmo fundamento, excluídas: (...).’

Vê-se, desde logo, que não há mais menção expressa quanto aos valores decorrentes do exercício de função comissionada. Portanto, a lei nova, hoje em vigor, manteve na base de cálculo da contribuição o vencimento e as vantagens a ele inerentes, quaisquer que sejam elas, e não mais tratou da função comissionada (artigo 62), até porque, como visto, o sistema constitucional vigente não mais autoriza que essa parcela específica integre os proventos de aposentadoria.

Registro que não é possível considerar a retribuição do cargo em comissão como quaisquer vantagens, por ausente qualquer correção com o cargo efetivo. Na verdade, co cargo em comissão é circunstancial, eventual e transitório. O servidor pode ser nomeado e demitido a qualquer momento. Tanto assim é que na lei anterior o legislador teve que expressamente incluir a parcela na base de cálculo da contribuição previdenciária.

Finalmente, é importante distinguir seguridade social e previdência social. A primeira, além de abranger a segunda, inclui a assistência social e a saúde. Essas duas últimas, porém, não são custeadas pelas contribuições dos servidores que se limitam a colaborar com o tente público no custeio do regime de previdência e não da seguridade social com um todo (CF, artigo 40, caput, e artigo 1º da Lei 9.873/99). Além disso, o sistema contributivo pressupõe uma necessária correlação entre a contribuição e o benefício.

Por outro lado, o Procurador-Geral da República, ao emitir parecer nos autos da AO 945/RO, de minha relatoria, defendeu essa mesma tese nos seguintes termos:

‘Com o advento da Emenda Constitucional 20/98, o regime contributivo e a correspondência entre montantes globais de contribuição e benefício foi mantido, mas a correspondência passou a ter caráter individual, para cada servidor. A parcela com a qual o servidor contribuiu para a previdência deve equivaler, no futuro, ao benefício por ele percebido por ocasião de sua aposentadoria, não devendo incidir sobre as parcelas não incorporáveis ao seu vencimento a contribuição previdenciária. Portanto, de acordo com a legislação atual, a contribuição previdenciária do servidor público tem caráter de capitalização coletiva e há correção entre benefício e a contribuição.’

Após mencionar a já citada decisão do TCU e a ADI-MC 2.010, Celso de Mello, DJ de 12/04/02, assim conclui o Professor Geraldo Brindeiro:

‘Ora por ser de capitalização coletiva e de correlação entre o valor das contribuições e dos benefícios o regime atualmente adotado, por ser inviável a incorporação aos proventos da retribuição pelo exercício da função comissionada e ante a ausência de menção a essa retribuição, expressamente arrolada na legislação anterior, na vigente Lei n. 9.783/99, não se revela possível integrá-la na base de cálculo da contribuição previdenciária.’

A mencionada Ação Originária foi extinta por decisão monocrática.Portanto, penso que a proposta da administração está correta e bem

fundamentada. A partir da Lei 9.873/99 e na forma do sistema atualmente em vigor, não cabe mais o desconto de contribuição previdenciária sobre a retribuição devida pelo exercício de função comissionada”

No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões: RE nº 602.766/RS, Relator o Ministro Ayres Britto (DJe de 11/4/12); AI nº 799.026/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio (DJe de 29/3/12); RE nº 363.414/BA, Relator o Ministro Gilmar Mendes (DJ de 29/9/05) e RE nº 553.634/RS, Relator o Ministro Cezar Peluso (DJ de 4/10/07).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para conceder a segurança impetrada, declarando a não incidência da contribuição previdenciária sobre a função comissionada. Custas ex legis, não havendo que se falar em honorários de advogado, nos termos da Súmula nº 512, desta Corte

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.012 (624)ORIGEM : AC - 200572020040470 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : DULCE HELENA SANTINADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS ROSSI

Decisão:Vistos.União interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea “a”

do permissivo constitucional, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“CIVIL. USUCAPIÃO. DECLARAÇÃO DE DOMÍNIO.Imóvel usucapiendo que, não obstante encontrar-se em área de

fronteira, não se constitui em terra devoluta e, portanto, não integra o rol dos bens pertencentes à União” (fl. 191).

Alega a recorrente, em suma, violação do artigo 20, inciso II e § 2º, da Constituição Federal.

Sem contrarrazões (fl. 198), o recurso extraordinário (fls. 193 a 197) foi admitido (fl. 199).

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros, opina “pelo não-conhecimento do recurso extraordinário” (fls. 206 a 208).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.O acórdão recorrido julgou procedente a ação de usucapião de

imóvel, sob os seguintes fundamentos:“A sentença recorrida deve ser confirmada.Do parecer da douta representação do Ministério Público Federal

nesta instância transcrevo, por adequados ao justo desate da lide, os seguintes tópicos:

‘O recurso não merece prosperar.Destarte, a discussão enfrentada nos autos centra-se no fato de que

o imóvel usucapiendo, nada obstante encontrar-se em área de fronteira, não se constitui em terra devoluta, portanto não integra o rol de bens pertencentes à União (art. 20, II, CF).

Oportuno mencionar o parecer ministerial de fls. 147/150 ao asseverar que 'para a caracterização de terra devoluta indispensável à defesa das fronteiras, deve haver uma comprovação lógica e fática de que a ocupação de tais áreas, por particulares, possa efetivamente ocasionar qualquer risco aos interesses da União no resguardo e proteção de suas fronteiras'.

Nesta mesma linha trilhou a sentença sob combate (fls. 151/156). O estudo desenvolvido pelo magistrado singular demonstra a evolução do tema atinente às terras devolutas em nosso país, bem como sua adesão à tese de qjue a prova de tal característica compete à União demonstrar.

No caso, aduz o julgador 'a quo' que o imóvel descrito nos autos está cercado por outros bens particulares, inferindo-se não ser área relevante à defesa das fronteiras necionais.

Rechaça-se, ainda, o argumento da União esposado nas razões de recurso atribuindo à apelada o 'onus probandi' quanto à natureza usucapível do bem pretendido, conquanto cediço pertencer àquela a tarefa de se opor à

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 104

pretensão autoral demonstrando, modo cabal e inequívoco, tratar o imóvel guerreado de terra devoluta (STF, RE n.º 86234/MG, Rel. Min. Moreira Alves, j. 12.11.76).

(...)Demais disso, a documentação arregimentada aos autos dá conta de

que a autora está na posse do imóvel descrito na exordial, configurando-se assim o requisito temporal exigido pela lei de regência à consubstanciação da usucapião extraordinária, nos termos do art. 551, do Código Civil de 1916, face ao disposto no art. 2.028, do Código Civil vigente.’

Ante o exposto, voto por negar provimento à apelação e à remessa "ex officio" (fl. 190) .

Com efeito, eventual análise acerca da alegada violação do dispositivo constitucional objeto do presente recurso demandaria o necessário reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como de normas infraconstitucionais utilizadas em sua fundamentação, o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a Súmula 279 desta Corte.

Nesse sentido, citem-se os seguintes precedentes, que bem se adequam à exegese da controvérsia instaurada nestes autos:

“AGRAVO REGIMENTAL. USUCAPIÃO. ÁREA LOCALIZADA EM ILHA COSTEIRA. REQUISITOS PREENCHIDOS EM MOMENTO ANTERIOR AO ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988. ALEGAÇÃO DE DOMÍNIO DA UNIÃO. REEXAME DE FATOS E DE DISPOSITIVOS INFRACONSTITUCIONAIS. ÓBICE Da SÚMULA 279 DO STF. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. ACÓRDÃO EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA FIRMADA NO RE 101.037, rel. min. Francisco Rezek, Tribunal Pleno, DJ 19.04.1985. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 460.401/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 4/11/11).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. USUCAPIÃO URBANO. AQUISIÇÃO. REQUISITOS. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O acórdão recorrido concluiu que foram atendidos os requisitos exigidos pelo artigo 183 da Constituição do Brasil para a aquisição da propriedade por meio de usucapião urbano. 2. Necessidade de reexamina-se fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE n° 593.566/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 17/4/09);

“CONSTITUCIONAL. CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. USUCAPIÃO ESPECIAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. FATOS E PROVAS. 1. O acórdão recorrido decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental improvido.” (AI n° 586.219/RS-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 11/9/09);

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. USUCAPIÃO DE DOMÍNIO ÚTIL. TERRENO DE MARINHA. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. I - O julgamento do RE demanda o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (RE nº 534.546/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/9/08).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.898 (625)ORIGEM : PROC - 24980208292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SHV GAS BRASIL LTDAADV.(A/S) : ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

DECISÃO.Vistos. Verifico que a matéria discutida no RE nº 593.849/MG-RG, Relator o

Ministro Ricardo Lewandowski, que está sendo processado neste Supremo

Tribunal Federal, poderá refletir no deslinde do caso concreto da presente lide. O assunto teve sua repercussão geral reconhecida e corresponde ao tema 201 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da discussão, à luz do art. 150, § 7º, da Constituição Federal, acerca da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS pago a mais no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida.

Como o resultado do julgamento do mencionado RE nº 593.849/MG poderá refletir no deslinde do caso concreto, determino o sobrestamento do feito até a conclusão do julgamento do referido recurso.

Deve o processo permanecer na Secretaria Judiciária até a conclusão do mencionado julgamento.

Publique-se. Brasília, 05 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.237 (626)ORIGEM : AC - 3460499 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA MAISTRO TENORIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARUCIA VIEIRA LIMA CANESINADV.(A/S) : LEONARDO MIZUNO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Em sessão eletrônica, apreciando o RE 561.158-RG (substituído pelo RE 643.158), de relatoria do min. Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral de uma das questões suscitadas no presente recurso (taxa de extinção de incêndios/taxa de combate a sinistros - possibilidade de cobrança de taxa pela utilização potencial do serviço de extinção de incêndios - Tema 16). Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento da matéria pelo Plenário desta Corte, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.038 (627)ORIGEM : AC - 10070073704 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMARECDO.(A/S) : NAÍZA SOBRALADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS BARBOSA CAVALCANTE

DECISÃO: Vistos.Estado de Roraima interpõe recurso extraordinário, com fundamento

na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Turma Cível da Câmara Única do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – MORTE DE PRESO – PRESCRIÇÃO – O PRAZO PRESCRICIONAL CONTRA A FAZENDA PÚBLICA É DE 5 (CINCO ANOS) – RESPONSABILIDADE CIVIL – OBJETIVA – DEMONSTRAÇÃO DE CULPA – DESNECESSIDADE – FATO IMPREVISÍVEL – A ADMINISTRAÇÃO TINHA PLENO CONHECIMENTO DO RISCO DE MORTE, POR CRIAR A SITUAÇÃO – CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA – O DETENTO NÃO FOI ASSASSINADO POR CAUSA DE SEU COMPORTAMENTO, MORREU PORQUE O ESTADO NÃO TOMOU AS CAUTELAS NECESSÁRIAS PARA ASSEGURAR-LHE A VIDA – NEXO DE CAUSALIDADE – PRESENTE – VALOR DA INDENIZAÇÃO – EXCESSIVO – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE” (fl. 124).

Contra-arrazoado (fls. 138 a 148), o recurso extraordinário (fls. 129 a 136) foi admitido (fls. 150 a 152).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que o Estado tem o dever de zelar pela

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 105

integridade física e moral do preso sob sua custódia, atraindo então a responsabilidade civil objetiva, razão pela qual é devida a indenização por danos morais e materiais decorrentes da morte do detento. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE DE PRESO SOB CUSTÓDIA DO ESTADO. CONDUTA OMISSIVA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE n° 594.902/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 2/12/10);

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MORTE DE PRESO SOB CUSTÓDIA DO ESTADO. OMISSÃO ESTATAL. INTEGRIDADE FÍSICA DO PRESO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Tribunal possui o entendimento de que o Estado se responsabiliza pela integridade física do preso sob sua custódia, devendo reparar eventuais danos. Precedentes. II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à existência de nexo causal entre a omissão do Estado e o resultado morte, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI n° 799.789/GO-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1°/2/11);

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Morte de preso no interior de estabelecimento prisional. 3. Indenização por danos morais e materias. Cabimento. 4. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Teoria do risco administrativo. Missão do Estado de zelar pela integridade física do preso. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE n° 418.566/PB-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 28/3/08).

Ademais, os pontos relativos à verificação da existência de nexo de causalidade e ausência de causas excludentes de responsabilidade estão vinculados aos fatos e provas que permeiam a lide, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279desta Corte. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. NEXO DE CAUSALIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. ENUNCIADO 279 DA SÚMULA/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n° 702.268/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1°/3/11).

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da CF. Acidente de trânsito. Comprovação do fato e do nexo causal. Indenização por dano material 3. Incidência das Súmulas 279 e 283 do STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE n° 587.311/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 30/11/10);

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. CONTROVÉRSIA SOBRE A EXISTÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE n° 516.494/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09) .

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO (CF, ART. 37, § 6º) - CONFIGURAÇÃO - "BAR BODEGA" - DECRETAÇÃO DE PRISÃO CAUTELAR, QUE SE RECONHECEU INDEVIDA, CONTRA PESSOA QUE FOI SUBMETIDA A INVESTIGAÇÃO PENAL PELO PODER PÚBLICO - ADOÇÃO DESSA MEDIDA DE PRIVAÇÃO DA LIBERDADE CONTRA QUEM NÃO TEVE QUALQUER PARTICIPAÇÃO OU ENVOLVIMENTO COM O FATO CRIMINOSO - INADMISSIBILIDADE DESSE COMPORTAMENTO IMPUTÁVEL AO APARELHO DE ESTADO - PERDA DO EMPREGO COMO DIRETA CONSEQÜÊNCIA DA INDEVIDA PRISÃO PREVENTIVA - RECONHECIMENTO, PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA LOCAL, DE QUE SE ACHAM PRESENTES TODOS OS ELEMENTOS IDENTIFICADORES DO DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-COMPROVAÇÃO, PELO ESTADO DE SÃO PAULO, DA ALEGADA INEXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL - CARÁTER SOBERANO DA DECISÃO LOCAL, QUE, PROFERIDA EM SEDE RECURSAL ORDINÁRIA, RECONHECEU, COM APOIO NO EXAME DOS FATOS E PROVAS, A INEXISTÊNCIA DE CAUSA EXCLUDENTE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO - INADMISSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS E FATOS EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA (SÚMULA 279/STF) - DOUTRINA E PRECEDENTES EM TEMA DE RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - ACÓRDÃO RECORRIDO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (RE n° 385.943/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 18/2/10).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.294 (628)ORIGEM : MS - 482012007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : RUFINO LEMES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO REUS BIASI

DESPACHO: Vistos.Verifico que o Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por

meio eletrônico, no exame do RE nº 596.701/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, pela existência da repercussão geral da matéria referente a discussão similar à versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 160 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da discussão acerca da contribuição previdenciária sobre pensões e proventos de militares inativos entre a Emenda Constitucional n° 20/98 e a Emenda Constitucional n° 41/03.

Apesar de, à princípio, os recursos tratarem de matérias diversas, ambos discutem a questão que diz respeito aos critérios legais para a cobrança da contribuição previdenciária sobre proventos dos militares inativos, de modo que o julgamento da referida ação poderá vir a refletir no deslinde deste feito.

Determino o seu sobrestamento até a apreciação do RE nº 596.701/MG pelo Plenário da Corte. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária, até então.

Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.522 (629)ORIGEM : MS - 846017 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : MARIA JOSE DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ OMAR DE MELO JÚNIOR

Decisão:Vistos.Estado de Pernambuco interpõe recurso extraordinário contra

acórdão do Segundo Grupo de Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Estado de Pernanbuco, assim ementado na parte que interessa:

“CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPRESTABILIDADE DO WRIT. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. PRELIMINARES REJEITADAS. PENSÃO POR MORTE. VALOR INTEGRAL. SEGURANÇA CONCEDIDA. DECISAO UNÂNIME

- O § 8º do artigo 40 da Constituição da República assegura que ‘as pensões serão revistas na mesma proporção e na mesma data, sempre que modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que se serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei” (fl. 89).

Alega o recorrente ofensa aos §§ 7º e 8º do artigo 40 da Constituição da República.

Sem contrarrazões (fl. 134), o recurso extraordinário (fls. 123 a 131) foi admitido na origem (fls. 137/138).

Examinados os autos, decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

28/11/05, conforme expresso na certidão de fl. 109, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

O inconformismo não merece colher êxito, uma vez que o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária (Lei Complementar Estadual nº 27/1999), de modo que a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta ou reflexa. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Ademais, a jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de que a discussão acerca da natureza jurídica de gratificação concedida aos servidores em atividade está restrita à interpretação da legislação local. Sobre o tema, destaca-se o seguinte julgado da relatoria do Ministro Cezar Peluso :

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 106

Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República” (RE nº 586.949/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 13/3/09).

Nesse mesmo sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/2/09).

“SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/3/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A INATIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 16/5/08).

Isso posto, nos termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.740 (630)ORIGEM : MS - 20070003519 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : MARCELLO MELO DO AMARALADV.(A/S) : JERÔNIMO JOSÉ SÁ PEIXOTO PINHEIRO

DECISÃO:Vistos.Estado do Amazonas interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA. DELEGADOS. LEI Nº 2.271/94. VENCIMENTOS.

- Rejeitada a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, posto que a pretensão não contraria a Súmula 339, do Supremo Tribunal Federal.

- Refutada a arguição de decadência do direito à impetração, por se tratar de prestação de trato sucessivo.

- Situação que configura paridade, sendo uma garantia constitucional.Precedentes neste Egrégio Tribunal.SEGURANÇA CONCEDIDA” (fl. 107). Opostos embargos de declaração (fls. 123 a 137), foram rejeitados

(fls. 143 a 148).Alega o recorrente violação do artigo 37, inciso XIII, da Constituição

Federal, uma vez que manifesta a “inconstitucionalidade material do texto contido no art. 130 da Lei n. 2.271/94, que estabelece uma forma de vinculação indireta entre os Delegados de Polícia Civil e os Secretários de Estado” (fl.180).

Sem contrarrazões (fl. 181), o recurso extraordinário (fls. 170 a 180) foi admitido (fls. 183 a 185).

O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado (fl. 216), negou provimento ao recurso especial interposto paralelamente ao apelo extremo.

Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo

Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em 26/6/07 (fl. 149), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral.

Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos.

Com efeito, merece prosperar a irresignação, haja vista que o acórdão recorrido não está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, no sentido de ser vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies de reajuste para efeito de remuneração de servidores públicos. Sobre o tema, destaca-se o acórdão proferido pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI nº 120/AM, Relator o Ministro Moreira Alves, cuja impugnação era análoga ao presente caso, conforme se observa de trecho do voto abaixo transcrito:

“(...)No concernente às expressões ‘tendo como parâmetro a

remuneração do Comandante Geral’, o que significa dizer que, na escala de graduação da remuneração dos postos ou graduações da Polícia Militar do Estado, se toma como parâmetro para a fixação da remuneração escalonada a do Comandante Geral dessa Polícia, tenho-as como inconstitucionais, pela singela razão de que o parâmetro adotado não é evidentemente cargo de carreira, mas função a ser exercida por quem está no topo da carreira – ou seja, no posto coronel – com remuneração que é superior a dos que se encontram nesse posto, dada a função do comando geral da corporação. A questão, portanto, não diz respeito – como pretende o parecer da Procuradoria-Geral da República – ao sistema seguido nas forças armadas, em que há escalonamento fixo a partir do mais alto posto da carreira militar, mas sim, à vinculação a um parâmetro que se situa fora da carreira e que serve de base para a fixação da remuneração do mais alto posto da carreira. Há, pois, ofensa ao disposto no art. 37, XIII, da Constituição, uma vez que não ocorre a exceção prevista no inciso XII do mesmo dispositivo, nem a determinada pelo § 1º do artigo 39”.

Nesse mesmo sentido, o acórdão proferido na ADI nº 955/PB, o qual ficou assim ementado:

“I. Servidor público: equiparação, por norma constitucional estadual, de vencimentos de Procuradores do Estado de classe especial e do Procurador-Geral do Estado: inconstitucionalidade (CF, art. 37, XIII).

II. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente, em parte, para declarar a inconstitucionalidade da expressão ‘atribuindo-se à classe de grau mais elevado remuneração não inferior à do Procurador-Geral do Estado constante no inciso VI do artigo 136 da Constituição do Estado da Paraíba’” (Plenário, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/8/06).

Anote-se os seguintes julgados aplicando essa orientação em casos idênticos aos dos autos:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. DELEGADO DE POLÍCIA DO ESTADO DO AMAZONAS. IMPOSSIBILIDADE DE VINCULAÇÃO DE REMUNERAÇÃO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 603.324/AM-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/3/11).

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DELEGADO DE POLÍCIA ESTADUAL. REAJUSTE DE VENCIMENTOS. PARÂMETRO. REMUNERAÇÃO DE DELEGADO-GERAL DA POLÍCIA CIVIL. OFENSA DIRETA AO ART. 37, XIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO EM DESACORDO COM A JURISPRUDÊNCIA DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. I - O caso dos autos contraria a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies de reajuste para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Precedentes. II - Ofensa direta ao art. 37, XIII, da Constituição. III - Agravo regimental improvido” (RE nº 585.303/AM-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/8/10).

No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: RE nº 603.728/AM, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 8/8/12; RE nº 607.286/AM, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 8/8/11; e RE nº 635.694/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 19/5/11.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para denegar a segurança. Sem condenação em honorários, nos termos da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 107

Súmula nº 512/STF. Custas ex lege.Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.043 (631)ORIGEM : AI - 200804000023140 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ASSOCIACAO DOS SERVIDORES DA JUSTICA

FEDERAL NO PARANA - ASSERJUSPARADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALASSIST.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO

CONSUMIDOR - IDECADV.(A/S) : LEONARDO SAMPAIO DE ALMEIDA

Petição/STF nº 44.881/2012DECISÃOSUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL – AMPLITUDE – DEFINIÇÃO.PROCESSO SUBJETIVO – INTERVENÇÃO DE TERCEIRO –

INDEFERIMENTO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do

Brasil – Sindfisco Nacional requer a admissão no processo como interessado. Alega ter entre os próprios objetivos a defesa de direitos e interesses dos respectivos filiados, quer como substituto processual em ações coletivas, quer como representante legal em ações individuais. Ressalta patrocinar inúmeras ações coletivas, daí buscar o reconhecimento da amplitude da substituição processual das associações civis, profissionais ou sindicais. Apresenta procuração e documentos constitutivos.

O Tribunal, em 18 de novembro de 2011, assentou a existência de repercussão geral da matéria constitucional suscitada – o momento oportuno de exigir-se a comprovação de filiação do substituído processual, para fins de execução de sentença proferida em ação coletiva ajuizada por associação, se em data anterior ou até a formalização da demanda.

Vossa Excelência admitiu a participação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC e indeferiu a da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN.

O processo é eletrônico.2. O processo é subjetivo. A participação de terceiro surge no campo

da excepcionalidade. Isso não se verifica na espécie. Discute-se, com o recurso extraordinário, o momento para ter-se filiação a substituto processual, isso objetivando os efeitos da decisão a ser proferida.

3. Indefiro a participação do requerente.4. Recebo a peça apresentada como memorial. Venha-me quando da

conclusão do processo visando a feitura de relatório e voto.5. Publiquem.Brasília – Supremo –, 10 de setembro de 2012, às 13h25.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

(Em consequência, fica intimado o Dr. David Odisio Hissa da decisão acima).

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.140 (632)ORIGEM : AC - 10024056978489001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : NILCE LOURDES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO

DECISÃO: Vistos.Estado de Minas Gerais interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL – ADMINISTRATIVO – MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDORA PÚBLICA APOSENTADA – PRETENDIDA EQUIPARAÇÃO DOS PROVENTOS À REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES EM ATIVIDADE – DECRETO Nº 36.737/95 – ALTERAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO – SERVIDORA JUBILADA NO DESEMPENHO DA MAIOR JORNADA – ART. 40§ 8º, DA CR/88 (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA Nº 20/98) – DIREITO LÍQUIDO E CERTO À PARIDADE ENTRE PROVENTOS E REMUNERAÇÃO. 1 - Tratando-se de mandado de segurança contra ato da Administração Pública consistente na omissão continuada no pagamento à requerente dos proventos acrescidos do aumento conferido aos servidores da

ativa, o ajuizamento da ação após transcorridos os prazos do art. 18 da Lei nº 1.533/1951 e do artigo 1º do Decreto nº 20.910/1932 da vigência do ato normativo concessivo daquele aumento não configura a decadência ou a prescrição do direito à impetração, pois este se renova mês a mês. 2 – Embora o aumento remuneratório previsto no Decreto nº 36.737/95 seja devido aos servidores que fizeram a opção pela jornada de trabalho de oito horas, a servidora pública que se jubilou no exercício daquela jornada de trabalho – quando vigente o Decreto nº 16.409/1974 – tem o direito líquido e certo a receber o mesmo reajuste concedido ao pessoal da ativa, nos termos do § 8º do art. 40 da CR/88 (redação dada pela EC 20/98), que prevê a paridade entre proventos de aposentadoria e remuneração dos servidores em atividade. 3 – Preliminares rejeitadas e recurso provido” (fl. 95).

Opostos embargos de declaração (fls. 108/111), foram parcialmente acolhidos para sanar omissão, sem efeitos modificativos (fls. 119 a 125).

Alega o recorrente violação dos artigos 37, inciso XVI, e 40, § 8º, da Constituição Federal.

Contra-arrazoado (fls. 238 a 245), o recurso extraordinário (fls. 228 a 232) foi admitido (fls. 247 a 249).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, uma vez que o Tribunal de origem decidiu a controvérsia acerca da pretensão de equiparação dos proventos da parte autora com os vencimentos dos servidores da ativa com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente (Decretos nºs 29.302/89 e 36.737/95). Registre-se que o voto do Relator destacou expressamente que:

“Ocorre que, no presente caso, a situação dos autos se mostra distinta da verificada nos aludidos precedentes. De fato, consoante relatado na inicial e confirmado pelos documentos de f. 12/14, a ora impetrante, ex-ocupante do cargo de Técnico de Assuntos Educacionais – hoje correspondente ao de Analista de Educação III -, logrou a obtenção da aposentadoria em 24/10/1987 (fl. 13), quando vigorava o Decreto nº 16.409, de 10/07/1974, o qual previa a jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais. Em consequência, não foi ela abrangida pela redução da duração jornada de (oito) para 6 (seis) horas, trazida pelo Decreto nº 29.302/1989.

Bem por isto, não vejo óbice em aplicar-se, na espécie, a norma do citado art. 40, § 8º, da Constituição de 1988, uma vez que, embora o Decreto nº 36.737/1995 tenha previsto a jornada de 8 (oito) horas como opção a ser feita pelo servidor, a autora-apelante aposentou-se no exercício da jornada máxima de trabalho, fazendo jus aos mesmos benefícios devidos aos servidores em atividade que se enquadrem nesta situação.

Nesta hipótese, a extensão dos benefícios aos servidores inativos opera-se automaticamente, não dependendo de referência expressa na lei concessiva do aumento remuneratório nem do atendimento de qualquer outra condição” (fl. 102).

Assim, o exame da controvérsia não prescinde do reexame da mencionada legislação local e do conjunto fático probatório carreado aos autos, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Nesse caso, a eventual ofensa à Constituição Federal, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não autoriza a interposição recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se:

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. ISONOMIA ENTRE ATIVOS E INATIVOS. CONTROVÉRSIA DIRIMIDA À LUZ DA RESOLUÇÃO 11/96 DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, DA LEI ESTADUAL 13.770/00, BEM COMO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demandaria a análise da legislação ordinária aplicada à espécie, bem como o revolvimento dos fatos e provas dos autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (AI nº 466.125/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 28/8/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO: INCORPORAÇÃO DE QUINTOS E DÉCIMOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 586.148/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/2009).

Sobre o tema, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 830.252/MG, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 22/2/12; e AI nº 795.458/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 10/5/10.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 108

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.242 (633)ORIGEM : MS - 20090017143 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : JEZIEL FRANCISCO ALVESADV.(A/S) : ANA CECÍLIA SALVADOR MARQUES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : FABIO MARTINS RIBEIRO E OUTRO(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que assegurou ao ora recorrido - servidor público do Estado do Amazonas - a manutenção do critério de cálculo do adicional por tempo de serviço com base nas Leis estaduais 2.271/1994 e 2.875/2004.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, e 37, XIV, da mesma Carta.

A pretensão recursal merece acolhida.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE

563.965-RG/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, reconheceu a repercussão geral do tema em debate e confirmou a sua jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração. Salientou, ainda, a legitimidade de lei superveniente que, sem causar decesso remuneratório, altere o cálculo da vantagem incorporada aos vencimentos do servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. O acórdão do referido julgado foi assim ementado:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE.

1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico.

2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, consequentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração.

3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento”.No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras:

RE 591.869-AgR/AM, Rel. Min. Dias Toffoli; RE 589.241-AgR/AM, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 599.977-AgR/AM, Rel. Min. Celso de Mello; RE 589.118-AgR/AM e RE 647.668/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 494.628-AgR/AM, Rel. Min. Ayres Britto; RE 600.225-AgR/AM, Rel. Min. Eros Grau; RE 615.009/AM, Rel. Min. Luiz Fux.

Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A). Sem honorários (Súmula 512 do STF).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.512 (634)ORIGEM : PROC - 200970070008649 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GRALHA AZUL AVICOLA LTDAADV.(A/S) : DALTON LUIZ DALLAZEMADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE PERINRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos.Gralha Azul Avícola Ltda interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“AGRAVO LEGAL. CPMF. ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. CONSTITUCIONALIDADE. REPERCUSSÃO GERAL.

1. A alíquota de 0,38% da CPMF prevista na EC n° 42/2003 é constitucional e não viola a anterioridade mitigada. Precedentes do Tribunal de do STF.

2. Afirmando o Supremo Tribunal Federal, em repercussão geral que a matéria em discussão não afrontou a Constituição, especificamente a anterioridade nonagesimal, não merecem prosperar quaisquer outros argumentos que contrariem àqueles delineados pela Suprema Corte” (fl. 217).

Opostos embargos de declaração, foram acolhidos apenas para fins de prequestionamento.

Insurge-se a recorrente contra supostas violações aos artigos 2º, 5º, incisos II, XXXV, LIV e LV, 37, caput, 59, parágrafo único, 146, inciso III, 150, inciso I e 195, § 6º, da Constituição Federal, bem como dos artigos 84 e 90, do ADCT.

Alega que a EC nº 42, no que atine à CPMF, só teve vigência a partir de 15/2/04, uma vez que foi publicada em 31/12/03 e como não foi referido em seu texto prazo de aplicação, aplica-se, assim, o lapso geral de 45 dias prescrito na LICC (art. 1º c/c art. 101 do CTN). Portanto, não obstante o início da vigência da EC nº 42/03 ter-se iniciado em 15/2/04, tal emenda ainda estava submetida à regra da anterioridade nonagesimal.

Contra-arrazoado, o recurso extraordinário foi admitido.Decido.A irresignação não merece prosperar.Primeiramente, no que concerne às alegações de afronta aos

princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, como já consolidado pela jurisprudência desta Corte, se tais violações forem dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, tal como aqui se dá, configuram apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265-AgR/RJ, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Quanto ao mérito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 566.032/RS (DJe de 23/10/09), Relator para acórdão o Ministro Gilmar Mendes, reafirmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que é constitucional a cobrança da CPMF com base na alíquota de 0,38%, estabelecida pela Emenda Constitucional nº 42/03, mesmo no período dos 90 dias posteriores à sua publicação, pois a revogação do artigo que estipulava diminuição de alíquota da CPMF, não pode ser equiparada à majoração de tributo. Tal acórdão restou assim ementado:

“1. Recurso extraordinário. 2. Emenda Constitucional nº 42/2003 que prorrogou a CPMF e manteve alíquota de 0,38% para o exercício de 2004. 3. Alegada violação ao art. 195, §6º, da Constituição Federal. 4. A revogação do artigo que estipulava diminuição de alíquota da cpmf, mantendo-se o mesmo índice que vinha sendo pago pelo contribuinte, não pode ser equiparada à majoração de tributo. 5. Não incidência do princípio da anterioridade nonagesimal. 6. Vencida a tese de que a revogação do inciso II do §3º do art. 84 do ADCT implicou aumento do tributo para fins do que dispõe o art. 195, §6º da CF. 7. Recurso provido”.

O entendimento assentado nesse julgado é aplicável à espécie, dele não divergindo a decisão recorrida, diversamente do alegado pela recorrente. Portanto, como a matéria em questão já foi enfrentada por esta Corte e se consolidou o entendimento de que não houve afronta à Constituição Federal, não merecem prosperar quaisquer alegações contrárias ao julgado.

Nesse mesmo sentido:“AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO

PROVISÓRIA SOBRE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA. CPMF. EC 42/2003. REGRAS DA ANTERIORIDADE E DA VACATIO LEGIS. VIOLAÇÕES NÃO CARACTERIZADAS. Segundo orientação firmada por esta Suprema Corte no julgamento do RE 566.032, a EC 42/2003 prorrogou a cobrança da CPMF calculada à alíquota de 0,38%, sem implicar aumento ou recriação do tributo. Por tal razão, era-lhe inaplicável a regra da anterioridade de noventa dias, “nonagesimal”, “especial” ou “noventena”. Pelas mesmas razões, isto é, a não caracterização de ruptura de regime jurídico fomentador de justa expectativa à redução do tributo, também é inaplicável à cobrança do tributo o prazo de vacatio legis previsto na Lei de Introdução ao Código Civil – LICC. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE nº 633.441/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Dje de 14/11/11).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 631.090 (635)ORIGEM : AC - 10024061285532001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 109

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DANONE S/AADV.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO ALBINO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : EDUARDO MUZZIADV.(A/S) : JULIANA GONÇALVES PEIXOTO MUZZI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Vistos.Danone S.A. interpõe recurso extraordinário, com fundamento na

alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO - ICMS E MULTAS - FORNECIMENTO DE REFEIÇÃO COLETIVA DESACOBERTADA DE DOCUMENTAÇÃO FISCAL IDÔNEA - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ADQUIRENTE – LEGALIDADES - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MAJORADOS. A legislação estadual impõe ao contribuinte do imposto, adquirente de mercadorias, a obrigação de exigir do alienante, também contribuinte, a prova de sua regularidade fiscal, sob pena de se tornar responsável solidário pelo não recolhimento do imposto devido na operação, com seus acréscimos legais, inclusive multa por infração para a qual tenham concorrido por ação ou omissão. Revela-se legítima a cobrança de multas fixadas nos limites previstos na legislação tributária, pelo que inexiste qualquer excesso na cobrança e efeito confiscatório. Julgada improcedente ação anulatória, os honorários advocatícios devem ser fixados segundo o disposto no artigo 20, § 4º, CPC, e, dada as peculiaridades do caso concreto, necessária sua majoração, a fim de que seja adequado ao citado dispositivo legal” (fl. 336).

Alega a recorrente violação dos artigos 150, inciso IV e 155, § 2º, inciso II, da Constituição Federal.

Contra-arrazoado, o recurso extraordinário foi admitido.O Superior Tribunal de Justiça, em decisão já transitada em julgado,

não conheceu do agravo de instrumento interposto da decisão que não admitiu o recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Insurge-se a recorrente, no apelo extremo, quanto à negativa do seu

direito de compensar os créditos do ICMS bem como quanto à aplicação da multa, sustentando que “é equivocado o entendimento asseverado pelos i. Julgadores da 6ª Câmara Cível do E. TJ de MG, exposto no teor do v. Acórdão recorrido. Isto porque a recusa do direito de a Recorrente compensar crédito/débito do ICMS não só desrespeita a sistemática de tal tributo, como também viola o princípio constitucional da não-cumulatividade”.

Aduz, ainda que “a multa aplicada no auto de infração revela caráter confiscatório e deve ser rechaçada, pois representa quase dez vezes mais que o valor da obrigação, também inexistente”.

Ocorre que o Tribunal de origem decidiu a controvérsia consignando que “no direito tributário, a responsabilidade por infrações, como o descumprimento de obrigações principais e acessórias, normalmente traduzíveis em penas pecuniárias, é objetiva, prescindindo da ideia de culpa, não sendo aplicável ao caso concreto, o direito à compensação de crédito/débito do ICMS, decorrente do princípio da não-cumulatividade do imposto, uma vez que a autora, na situação tributária descrita, utiliza da mercadoria em fim alheio à sua atividade empresarial (art. 21, II, LC 87/96)”.

Prossegue afirmando que “no tocante ao argumento de serem confiscatórias as multas de revalidação e isolada, força é convir que não resta caracterizada nenhuma conduta praticada com excesso ou desvio de poder conferido pela Lei estadual 6.763/75 – arts. 55,II e 56, II. (…) Aliás, sequer houve nos autos a tentativa de demonstrar que a cobrança das multas é capaz de comprometer a continuidade do exercício da atividade empresarial da autora, como forma de justificar o alegado efeito confiscatório, desrazoável ou desproporcional do valor”.

Como visto, para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem e acolher a pretensão da recorrente, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente (Código Tributário Nacional, Lei Complementar nº 87/96 e Lei estadual n° 6.763/75), o que é incabível em sede de recurso extraordinário.

Ademais, ressalto que no julgamento da ADI nº 2.010-MC (Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 12/4/02) esta Corte estabeleceu alguns parâmetros pelos quais poderia ser identificado o efeito confiscatório. Extraio trecho pertinente de sua ementa:

“A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados pelo Poder Público. (…).

O Poder Público, especialmente em sede de tributação [...] não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se essencialmente

condicionada pelo princípio da razoabilidade”. Todavia, nas razões do presente recurso, a empresa ora recorrente,

limita-se a afirmar, de forma genérica, que a multa aplicada teria caráter confiscatório, não trazendo, contudo, argumentos adequados a caracterizar, de plano, a desarrazoabilidade ou a desproporcionalidade da multa fiscal aplicada em relação à hipótese aqui em discussão. Portanto, a análise do caráter da multa aplicada e eventual efeito confiscatório somente seria aferível mediante exame do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso extraordinário (Súmula nº 279 desta Corte).

Ante ao exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.194 (636)ORIGEM : REsp - 1172919 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : GIL TEOBALDO DE AZEVEDOADV.(A/S) : GIL TEOBALDO DE AZEVEDORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MOURA DUBEUX ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : RICARDO RAMOS DA SILVA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que porta a seguinte ementa:

“CONSTITUCIONAL E PROCESSO CIVIL. AÇÃO POPULAR. ACOLHIMENTO DE PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO. EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO AUTOR PARA REQUERIMENTO DE EVENTUAIS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS. VIOLAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. NULIDADE ABSOLUTA.

- Apelação e remessa oficial de sentença que julgou extinta a ação popular, sem julgamento do mérito, acolhendo preliminar de carência de ação.

- Embora seja necessário que o autor demonstre, ainda que minimamente, a potencialidade da lesão que indica, a jurisprudência sempre foi clara no sentido de que ação popular não é mandado de segurança, permitindo ampla dilação probatória e não exigindo que a prova da ilegalidade e da lesividade do ato ao patrimônio público seja pré-constituído.

- A ausência de intimação do autor para requerimento de eventuais provas a serem produzidas, em especial quando se trata de previsão legal (art. 7º, inciso V, da Lei nº 4.717/65), resulta em claro prejuízo, principalmente quando se trata de ação na defesa de interesse público.

- Nulidade absoluta da sentença, por violação do contraditório e ampla defesa.

- Remessa necessária e apelação providas”.Neste RE, fundado no art. 102, III, a , da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, XXXV, LIV, LV, LXXIII e LXXVIII, e 93, IX, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.Ressalte-se, preliminarmente, que o art. 5º, LXXVIII, da Constituição

não foi prequestionado. Assim, Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria.

Ademais, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 4.717/1965). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual. Negativa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 110

de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. Ofensa reflexa. Ação popular. Requisitos. Verificação. Legislação infraconstitucional. Precedentes.

1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada.

2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.

3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o exame da legislação infraconstitucional e a análise de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da Súmula nº 636/STF.

4. O entendimento desta Corte é de que a verificação in concreto dos requisitos autorizadores da ação popular é matéria de índole infraconstitucional, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário.

5. Agravo regimental não provido” (AI 571.343-AgR/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. AÇÃO POPULAR. EXTINÇÃO DO PROCESSO POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. SÚMULA STF 279. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA À CF.

1. As razões do agravo regimental não atacam todos os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. Precedentes.

2. O exame da violação do art. 5º, LXXIII, da CF, no caso, demanda o reexame de fatos e provas dos autos (Súmula STF 279), bem como a análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 4.717/65 e CPC), hipóteses inviáveis em sede extraordinária.

3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 736.336-AgR/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie).

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.012 (637)ORIGEM : PROC - 200681100015783 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOACY DEMÉTRIO DE SOUZAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO MARTINS RODRIGUES E

OUTRO(A/S)

DECISÃO:Vistos.União interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea “a”

do permissivo constitucional, contra acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Ceará, assim ementado na parte que interessa:

“Administrativo. Previdenciário. Servidor aposentado do extinto DNER sob a égide da Lei nº 1050/50. Vantagens concedidas aos servidores ativos do DNIT extensíveis aos inativos do ex-DNER. Direito adquirido.

1. Embora o autor já estivesse aposentado por ocasião da criação do DNIT, e, portanto, não mais recebesse seus proventos por conta da nova autarquia, mas pelo Ministério dos Transportes, tal fato não fulmina seu direito, posto que a regra aqui aplicável, Lei nº 1.050/50, não distingue entre as situações mencionadas.

2. O fato de ser o autor remunerado pelos cofres do Ministério dos Transportes e não do DNIT não afasta seu direito já adquirido à equiparação, haja vista que, embora a criação do DNIT em sucessão do DNER tenha sido operada por lei, as medidas administrativas ali referidas servem tão somente para atribuir responsabilidades pelo pagamento dos respectivos servidores, sejam eles ativos ou inativos.

3. Não convence o argumento de que houve mera criação de carreiras e não reajuste de salários e proventos, fato que afastaria o direito do autor, pois, se a criação de tais carreiras importou em reajuste remuneratório, não h´como negar o direito à equiparação pleiteada pelo autor, a teor do que dispõe o art. 1º, da Lei nº 1.050/50.

Rejeito o argumento da União no sentido de inaplicabilidade do art. 7º, da C nº 41/2003, ao presente caso, posto que todos os requisitos ali previstos estão aqui presentes, por se tratar de servidor público aposentado dos quadros de autarquia federal, cuja aposentadoria estava em regular fruição na data de sua publicação. Não há, portanto, razões para afastar sua aplicação integral.

5. Direito à equiparação reconhecido. Apelação provida” (fl. 67).Opostos embargos de declaração (fls. 75 a 83), foram rejeitados (fls.

85/86).Alega o recorrente violação dos artigos 2º, 5º, incisos II e XXXV, 37,

caput e inciso X, 61, § 1º, inciso II, alínea ‘a’, 63 e 169, § 1º, da Constituição Federal.

Contra-arrazoado (fls. 110 a 133), o recurso extraordinário (fls. 87 a 107) foi admitido (fl. 134).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão da parte recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se ainda que o Tribunal de origem, ao decidir a controvérsia em tela, consignou expressamente que:

“Não convence o argumento de que houve mera criação de carreiras e não reajuste de salários e proventos, fato que afastaria o direito do autor, pois, se a criação de tais carreiras importou em reajuste remuneratório, não há como negar o direito à equiparação pleiteada pelo autor, a teor do que dispõe o art. 1º, da Lei 1.050/50.

Estando a referida Lei em pleno vigor por ocasião da concessão da aposentadoria do autor, é de se observá-la integralmente, mesmo que posteriormente revogada, pois é entendimento já pacificado na jurisprudência que a lei aplicável é aquela vigente ao tempo da aposentação.

Entender de forma diversa seria impedir a efetivação do direito adquirido do autor, haja vista que, como a autarquia na qual se aposentou foi extinta, não haveria como ser novamente beneficiado pela Lei nº 1.050/50 e, assim, restaria inócua a determinação legal.

Vale notar que o autor foi realmente aposentado por invalidez, nos termos do art. 176, III, da Lei nº 1.711/52, conforme se vê às fls. 15/6, enquadrando-se, portanto, na norma supratranscrita” (fl. 70).

Desse modo, verifica-se que para superar o entendimento firmado no acórdão recorrido seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente (Leis nºs 1.050/50 e 11.171/05) e do conjunto fático probatório carreado aos autos, o que é incabível na via extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Nesse sentido anote-se:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 111

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PENSIONISTA DE EX-SERVIDOR PÚBLICO. EQUIPARAÇÃO DA PENSÃO AOS VENCIMENTOS DA ATIVIDADE. JULGADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ENQUADRAMENTO EM TABELA REMUNERATÓRIA DA CARREIRA. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 611.047/CE-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/3/11).

No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 704.002/CE, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 30/8/12; RE nº 702.252/RS, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/8/12; e RE nº 680.863/DF, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 15/5/12; RE nº 600.463/CE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 13/5/10; e RE nº 702.251/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 29/8/12.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.014 (638)ORIGEM : AC - 08302003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : VALDEMAR MARQUES DE JESUSADV.(A/S) : JOSÉ GILSON DOS SANTOS E OUTRO(S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pela Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.

O presente recurso perdeu o objeto.Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao

Recurso Especial 878.355/SE, interposto pelo ora recorrente, para “julgar extinto o processo com resolução de mérito, a teor do art. 269, IV, do Cód. de Pr. Civil” (fl. 381 do e-STJ, com trânsito em julgado certificado à fl. 392 do e-STJ).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (RISTF, art. 21, IX).Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 643.414 (639)ORIGEM : AC - 200681000197140 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA,

ARQUITETURA E AGRONOMIA NO CEARÁ - CREA/CEADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

DECISÃO: Vistos. Estado do Ceará interpõe recurso extraordinário (fls. 201 a 212), com

fundamento na alínea “a”do permissivo constitucional, contra acórdão da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DO CEARÁ. IPVA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. RECONHECIMENTO.

1. O ponto central da controvérsia consiste em saber se basta ou não ter a natureza jurídica de autarquia para o ente usufruir do benefício fiscal estabelecido pelo art. 150, VI, a, da Constituição Federal.

2. A r. sentença foi exarada no sentido de que além da natureza autárquica, a Carta Magna exige que o ente seja instituído e mantido pelo Poder Público, requisito que a parte ora Apelante não atende, pois é mantida pelo recolhimento de contribuições dos profissionais que lhe são subordinados e demais taxas necessárias ao exercício das profissões que lhe são afetas.

3.Não merece acolhida a alegativa da Administração tributária de que não se cuidam de entidades mantidas pela União ou qualquer outro ente do poder público, uma vez suas despesas serem custeadas por contribuições enquadráveis no gênero tributo, meio normal de cobertura das despesas estatais.

4. Os veículos pertencentes ao CREA-CE encontram-se destinados à sua finalidade essencial de fiscalização das profissões, configurando atividade típica do Estado, o que dá ensejo ao reconhecimento da imunidade tributária.

5. Precedentes desta Egrégia Corte.6. Apelação provida” (fl. 198).

Aduz, o recorrente, em seu apelo extremo, violação dos artigos 150, inciso VI, alínea “a”, §§ 2° e 3° e 155, inciso III, da Constituição Federal, uma vez que:

“No caso da imunidade tributária perseguido pelo Recorrido, tal não se lhe aplica também: a uma, por não ser uma entidade mantida pelo Poder Público. A sua manutenção é feita através da cobrança de contribuições de seus associados e pelos serviços que eventualmente presta. É o caso de se aplicar o disposto contido no art. 150, §3°, que estabelece que a imunidade em questão não se aplica nos casos em que haja contra prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário”.

Contra-arrazoado (fls. 222 a 231), o recurso extraordinário foi admitido, na origem (fl. 232), subindo os autos a esta Suprema Corte.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Verifico que o artigo 155, inciso III, da Constituição Federal, indicado

como violado no recurso extraordinário, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Outrossim, este Supremo Tribunal firmou jurisprudência no sentido de que os conselhos regionais e os conselhos federais de profissão são autarquias.

No julgamento da ADI nº 641, Relator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio (DJ de 12/3/93), este Supremo Tribunal entendeu serem os Conselhos de fiscalização profissional autarquias inseridas na estrutura do Poder Executivo Federal, conforme segue, in verbis:

“O Conselho requerente é uma autarquia corporativista, uma pessoa jurídica de direito público, não podendo ser equiparada a uma entidade de classe de âmbito nacional, cujo objetivo maior é a defesa dos interesses da categoria, da classe, enquanto o Conselho Federal exerce verdadeira fiscalização no tocante à atividade, no caso, dos farmacêuticos”.

No julgamento do Mandado de Segurança nº 22.643, Relator o Ministro Moreira Alves (DJ de 4/12/98), mais uma vez esta Corte manifestou-se pela natureza jurídica de autarquia dos conselhos de profissão:

“Mandado de segurança.- Os Conselhos Regionais de Medicina, como sucede com o

Conselho Federal, são autarquias federais sujeitas à prestação de contas ao Tribunal de Contas da União por força do disposto no inciso II do artigo 71 da atual Constituição.

- Improcedência das alegações de ilegalidade quanto à imposição, pelo TCU, de multa e de afastamento temporário do exercício da Presidência ao Presidente do Conselho Regional de Medicina em causa.

Mandado de segurança indeferido” (Grifo nosso).Dessa forma, há que se considerar o Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Ceará, como uma autarquia.

No mesmo sentido, a decisão monocrática no RE n° 559.814/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia (DJe de 29/9/09).

Ademais, esta Corte firmou entendimento no sentido de que as autarquias estão abrangidas pela imunidade tributária recíproca, desde que a natureza de suas atividades sejam de inequívoco serviço público, não distribuam lucros ou resultados de forma direta ou indireta para particulares, que concedam acréscimo patrimonial ao poder público e não desempenhem atividades econômicas de modo a não conferir vantagem econômica não extensível às empresas privadas. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE RECÍPROCA. AUTARQUIA. SERVIÇO PÚBLICO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO. ATIVIDADE REMUNERADA POR CONTRAPRESTAÇÃO. APLICABILIDADE. ART, 150, §3º DA CONSTITUIÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL.

1. Definem o alcance da imunidade tributária recíproca sua vocação para servir como salvaguarda do pacto federativo, para evitar pressões políticas entre entes federados ou para desonerar atividades desprovidas de presunção de riqueza.

2. É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausência de capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre iniciativa e concorrência) .

3. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não altera a conclusão.

Agravo regimental conhecido, mas ao qual se nega provimento” (RE n° 399.307/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/4/10).

Entretanto, para verificar se a autarquia recorrida preenche os requisitos para a concessão da imunidade tributária, seria necessário o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula n° 279 desta Corte.

Sobre o tema, anote-se:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 112

DIREITO TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTA NOSSA CORTE. EXTENSÃO ÀS AUTARQUIAS. ALÍNEA "A" DO INCISO VI DO ART. 150 DA MAGNA CARTA DE 1988. PRECEDENTES. SÚMULA 724 do STF. 1. A imunidade tributária recíproca dos entes políticos, prevista na alínea "a" do inciso VI do art. 150 da Constituição Republicana, "é extensiva às autarquias, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes". Precedentes: AI 495.774-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; bem como os REs 212.370-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; e 220.201, da relatoria do ministro Moreira Alves. 2. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demandaria o reexame dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 3. Aplicação das súmulas 279 e 724 do STF. 4. Agravo regimental desprovido”(AI 744.269/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 6/8/10).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.147 (640)ORIGEM : AC - 199351010608634 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : AISLAN FRANCISCO LEITE COSTAADV.(A/S) : KÁTIA CRISTINA MACHADOADV.(A/S) : EDUARDO MENDES TKACZENKO

Trata-se de recurso extraordinário em que se discute a obrigação dos oficiais militares desligados voluntariamente do serviço, antes do cumprimento do lapso temporal legalmente previsto, de indenizar os cofres públicos pelas despesas decorrentes de sua formação profissional.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 680.871-RG/RS, Rel. Min. Luiz Fux).

Isso posto, determino, com base no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que neles se discute questão que será apreciada no RE 680.871-RG/RS.

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 655.815 (641)ORIGEM : RESP - 1237771 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : INGE GISELA FUHRMEISTER BAUERADV.(A/S) : MIRIAM WINTER

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. DIVERGÊNCIA

JURISPRUDENCIAL DEMONSTRADA. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO ESPECIAL. ART. 242 DA LEI N. 1.711/52. PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. ART. 1º DA LEI N. 3.373/58. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE.

1. A demonstração da similitude fática e da divergência na interpretação do direito entre o acórdão recorrido e o paradigma está em conformidade com o disposto nos arts. 541, parágrafo único, do Código de Processo Civil e 255, § § 1º e 2º, do Regimento Interno do STJ.

2. A jurisprudência pacífica desta Corte reconhece a possibilidade de cumulação entre a pensão especial, prevista no art. 242 da Lei n. 1.711/52, e a previdenciária, estabelecida pelo art. 1º da Lei n. 3.373/58, pois tratam-se de institutos com natureza e suporte fático diversos. Precedentes: AgRg no Resp 1.087.612/RS, Rel. Min. OG Fernandes, Sexta Turma, julgado em 19.10.2010, DJe 16.11.2010; AgRg no REsp 1.113.374/PE, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado em 29.9.2009, Dje 26.10.2009.

Agravo regimental improvido” (fl. 243 do e-STJ).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 40, §§ 2º e 5º, da mesma Carta.A pretensão recursal merece acolhida. O acórdão recorrido está em

dissonância do entendimento desta Corte no sentido de que o benefício de pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos percebidos pelo servidor à época de seu falecimento, nos termos do art. 40, § 5º, da Constituição Federal, na redação original, até o limite estabelecido em lei. Não havendo lei fixando tal limite, este corresponderá aos vencimentos do

instituidor da pensão, por imposição de norma constitucional. Nesse sentido decidiu a Segunda Turma, ao apreciar o RE 241.925/PE, Rel. Min. Ellen Gracie:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO ESPECIAL (ART. 242 DA LEI Nº 1.711/52 C/C LEI Nº 6.782/80) E PENSÃO POR MORTE. CUMULAÇÃO. LIMITAÇÃO PREVISTA NO ART. 40, § 5º DA CF, EM SUA REDAÇÃO ORIGINAL.

1. A dedução dos benefícios previdenciários da pensão recebida pela recorrida é medida que se impõe em razão de o quantum não poder extrapolar a totalidade dos vencimentos do servidor à época de seu falecimento. Inteligência do art. 40, § 5º da CF, em sua redação original.

2. Recurso provido”.No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes: AI 721.354-

AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 520.982-AgR/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 602.054/RS, Rel. Min. Eros Grau; RE 434.922/DF, Rel. Min. Ayres Britto; RE 655.913/RS, de minha relatoria.

Isso posto, dou provimento ao recurso (CPC, art. 557, § 1º-A), para limitar a pensão devida à ora recorrida à totalidade dos vencimentos percebidos pelo servidor à época de seu falecimento, restabelecendo a sentença de primeiro grau. Honorários a serem fixados pelo Juízo de origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.752 (642)ORIGEM : AAIRR - 698199834201401 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELCIO ROMEIRO DE ABREUADV.(A/S) : LUIZ PAULO FAGUNDES MOREIRARECDO.(A/S) : VIAÇÃO SUL FLUMINENSE TRANSPORTE E TURISMO

LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE BARBOSA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do qual destaco o seguinte trecho da ementa:

“(...).CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO NA

FASE DE EXECUÇÃO. DISCRIMINAÇÃO DAS PARCELAS INDENIZATÓRIAS. A conciliação realizada na fase de execução, pondo termo ao processo, substitui a sentença de conhecimento, passando a valer como decisão irrecorrível (parágrafo único do artigo 831 da CLT) e se constituindo em título executivo que pode versar, inclusive, sobre matéria não posta em juízo (arts. 764, § 3º, e 876 da CLT c/c o inciso III do art. 475-N do CPC, acrescentado pela Lei 11.232/2005).

Agravo não provido”.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, 97 e 114, VIII, da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida.Quanto à alegada ofensa ao art. 97 da Constituição, como tem

consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Os Ministros desta Corte, no AI 797.937-RG/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia em questão – possibilidade de homologação judicial de acordo celebrado em fase de execução de sentença condenatória trabalhista resultar em diminuição da base de cálculo das contribuições previdenciárias devidas –, por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.760 (643)ORIGEM : EDRR - 627200430404000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CARLOS RAFAEL DA SILVAADV.(A/S) : GILSON JOSÉ DOS SANTOSRECDO.(A/S) : SE COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 113

LTDAADV.(A/S) : MARTIUS VINÍCIUS KRABBE

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“RECURSO DE REVISTA DA UNIÃO. SENTENÇA CONDENATÓRIA

TRANSITADA EM JULGADO. ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. Embora juridicamente possível a celebração de acordo entre as partes na fase de execução, não lhes é facultado dispor sobre crédito de terceiro - já credor em face de sentença condenatória -, no caso, o INSS, ex vi do artigo 832, § 6°, da CLT. Portanto, em observância ao princípio constitucional da coisa julgada e às disposições normativas no tocante à contribuição social por parte do empregado, a jurisprudência desta Corte vem se posicionando no sentido de que deve ser respeitado o direito das partes à celebração de acordo sem, entretanto, permitir que deliberem em prejuízo do INSS quanto às contribuições previdenciárias constituídas pela sentença exequenda. Nessa linha, limita o acordo apenas em termos gerais, uma vez que a sentença estaria substituída tão somente no valor e não na natureza ou na declaração daquilo que é de terceiro, mas sim no equivalente à receita do próprio INSS, razão pela qual deve ser determinada a incidência da contribuição previdenciária sobre o valor total do acordo celebrado, respeitada a proporção das verbas de natureza salarial e indenizatória contidas na decisão transitada em julgado. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido”.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, 97 e 114, VIII, da mesma Carta.

Os embargos declaratórios opostos foram acolhidos, sem efeito modificativo.

A pretensão recursal não merece acolhida.Quanto à alegada ofensa ao art. 97 da Constituição, como tem

consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Além disso, os Ministros desta Corte, no AI 797.937-RG/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia em questão – possibilidade de homologação judicial de acordo celebrado em fase de execução de sentença condenatória trabalhista resultar em diminuição da base de cálculo das contribuições previdenciárias devidas –, por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.779 (644)ORIGEM : RE - 05040072720114058500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECDO.(A/S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECTE.(S) : EDVALDO FERREIRA LIMAADV.(A/S) : HELINO SILVA DE OLIVEIRA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. EQUIPARAÇÃO

SALARIAL. FUNASA. AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO.Trata-se de ação ajuizada em face da UNIÃO FEDERAL, objetivando

que a ré proceda à equiparação do auxilio alimentação percebido pelo autor com o benefício percebido pelos membros do Tribunal de Contas da União.

O Juiz sentenciante rejeitou o pedido autoral sob o fundamento de que inexiste previsão legal para o pleito do autor.

O Tribunal de Contas da União (TCU) é um órgão independente que auxilia o Congresso Nacional no exercício da função de controle externo da administração financeira e orçamentária. Órgão vinculado ao Poder Legislativo. Já a FUNASA possui personalidade jurídica própria, vinculada ao poder executivo.

A forma pela qual as instituições em análise se organizam, não guarda qualquer relação obrigacional ou de vínculo subordinativo a ponto da aplicação do princípio da igualdade no que tange à remuneração de seus administrados.

Ressalte-se o entendimento firmado pelo STF, na súmula 339, cujo enunciado é o seguinte: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento da isonomia.

Recurso improvido”.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa ao princípio da isonomia. Sustentou-se, ainda, que a Lei 8.112/1990 assegura isonomia de vencimentos entre servidores dos três

Poderes e que, por isso, “tanto para o autor quanto para os servidores do TCU aplica-se o mesmo diploma legal, Lei nº 8.460/92 com as alterações dadas pela Lei 9.527/97”.

A pretensão recursal não merece acolhida.O exame do recurso extraordinário demanda a prévia análise das

normas infraconstitucionais pertinentes ao caso. Assim, eventual ofensa à Constituição seria apenas indireta, o que inviabiliza o apelo extremo.

Além disso, o acolhimento do pedido de majoração do auxílio-alimentação no mesmo patamar recebido pelos servidores do TCU implicaria ofensa à Súmula 339 do STF, segundo a qual não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, proferidas em casos semelhantes ao dos autos: ARE 680.006/RJ, Rel. Min. Luiz Fux; RE 670.974/RN e RE 670.688/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.806 (645)ORIGEM : AIRR - 1198402020045150099 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INDÚSTRIA NARDINI S/AADV.(A/S) : CAMILA PILOTTO GALHOADV.(A/S) : DOURIVAL DE FREITAS CINTRARECDO.(A/S) : JAIR ROBERTO ALVES DE GODOIADV.(A/S) : MAICIRA BAENA ALCALDE PEREIRA DE SOUSA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACORDO CELEBRADO EM FASE DE EXECUÇÃO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DA COISA JULGADA.

O Regional, corretamente, deu prioridade à transação celebrada entre às partes, em obediência ao princípio da conciliação, aplicável, inclusive, na fase de execução. Agir de forma diversa importaria em sobrepor a forma à substância, uma vez que a função precípua do Poder Judiciário é a composição ou solução de conflitos. Nessa perspectiva, a decisão hostilizada pela agravante não viola o artigo 5°, XXXVI, da Constituição da República.

Agravo de instrumento a que se nega provimento”.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, 97 e 114, VIII, da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida.Quanto à alegada ofensa ao art. 97 da Constituição, como tem

consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Além disso, os Ministros desta Corte, no AI 797.937-RG/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia em questão – possibilidade de homologação judicial de acordo celebrado em fase de execução de sentença condenatória trabalhista resultar em diminuição da base de cálculo das contribuições previdenciárias devidas –, por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 673.932 (646)ORIGEM : RR - 1404009019955020444 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DONIZETE BARBOSAADV.(A/S) : ALEXANDRE LEANDRORECDO.(A/S) : CATTALINI TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : MARIA IRENE DOS SANTOS PINTO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA CONDENATÓRIA. CONTRIBUIÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 114

PREVIDENCIÁRIA.Não há impedimento legal para a homologação de acordo, após o

trânsito em julgado de decisão judicial, posto que o acordo é bem vindo em qualquer fase do processo, até mesmo no momento da execução (artigo 764, § 3º, da CLT), sem que isso represente ofensa à coisa julgada. A conciliação entabulada, em qualquer fase, substitui a sentença transitada em julgado, passando a constituir novo título executivo judicial. Essa possibilidade jurídica não ofende os interesses da Previdência Social, cuja cobrança de contribuição previdenciária tem por objeto o valor remuneratório que, ao fim, for efetivamente incorporado ao patrimônio do trabalhador.

Recurso de revista não conhecido”.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, e 114, VIII, da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida.Os Ministros desta Corte, no AI 797.937-RG/AM, Rel. Min. Cezar

Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia em questão – possibilidade de homologação judicial de acordo celebrado em fase de execução de sentença condenatória trabalhista resultar em diminuição da base de cálculo das contribuições previdenciárias devidas –, por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.088 (647)ORIGEM : AC - 50003138820104047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CALÇADOS BOTTERO LTDAADV.(A/S) : AIRTOM PACHECO PAIM JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : DELEGADO DA RECEITA FEDERAL EM NOVO

HAMBURGOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO AO SAT A PARTIR DE PARÂMETROS ESTABELECIDOS POR REGULAMENTAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.

TEMA N.º 554 DA REPERCUSSÃO GERAL DO STF. DEVOLUÇÃO DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos que versa sobre a constitucionalidade do artigo 10 da Lei nº 10.666/2003, regulamentada por Decretos, cujos dispositivos disciplinaram sobre a alteração das alíquotas de contribuição do Seguro Acidente do Trabalho – SAT, atualmente denominado Riscos Ambientais do Trabalho – RAT, em razão do desempenho da empresa a ser aferido de acordo com o Fator Acidentário de Prevenção – FAP. Trata-se do Tema nº 554 da Repercussão Geral do STF, que será submetido à apreciação do Pleno desta Corte, nos autos do RE n.º 684.261, de minha relatoria.

In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PRESCRIÇÃO.

INOCORRÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO SAT/RAT. LEI Nº 10.666/2003. CONSTITUCIONALIDADE. DECRETO Nº 3.048/1999. FAP. LEGALIDADE.

1. No caso, a ação foi ajuizada em 28-03-2010, portanto, somente estariam fulminados pela prescrição os pagamentos referentes a fatos geradores anteriores a 28-03-2005. No entanto, o pedido da impetrante, conforme se verifica na inicial, limita-se aos valores que entende terem sido indevidamente recolhidos em virtude do que está disposto no art. 10 da Lei nº 10.666/2003 e no art. 202-A do Decreto nº 3.048/1999, com as alterações dos Decretos nº s 6.042/2007 e 6.957/2009. Logo, não contemplando, parcelas anteriores ao quinquenio que antecedeu ao ajuizamento deste mandamus.

2 . O artigo 22, inciso II, da Lei n. 8.212/91 instituiu o tributo e fixou as alíquotas máxima e mínima, enquanto o art. 10 da Lei 10.666/03 estabeleceu a redução em 50% ou o aumento em 100%, na forma do que dispuser o regulamento. Reconhecida a constitucionalidade da delegação da tarefa de determinar o que seja atividade preponderante e risco leve, médio e grave, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal, certamente o é a que delega a função de definir o que seja desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica a partir dos índices de frequência, gravidade e custo.

3. O art. 10 da Lei n.º 10.666/2003 consagrou hipótese de delegação técnica, delineando os critérios a serem observados, remetendo ao regulamento - Decreto nº 3.048/1999 - a aferição do desempenho da empresa

em face da respectiva atividade econômica, levando em consideração os resultados obtidos a partir da valoração dos índices de frequência, gravidade e custo (FAP)”.

Destarte, aplicando a decisão Plenária no RE nº 579.431, secundada, a posteriori pelo AI nº 503.064-AgR-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO; AI nº 811.626-AgR-AgR, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, e RE nº 513.473-ED, Relator o Ministro CEZAR PELUSO, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem (artigo 328, parágrafo único, do RISTF c.c. artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.140 (648)ORIGEM : RESP - 1120113 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MAKRO ATACADISTA S/AADV.(A/S) : RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGOADV.(A/S) : VICENTE COELHO ARAÚJO E OUTRO(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que porta a seguinte ementa:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONFERÊNCIA DE MERCADORIAS NA SAÍDA DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL, APÓS REGULAR PAGAMENTO. EXERCÍCIO DO DIREITO DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO. MERO DESCONFORTO. ABUSIVIDADE DA CONDUTA NÃO COMPROVADA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ.

1. O reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor nas relações de consumo deve sempre almejar o desejável equilíbrio da relação estabelecida entre o consumidor e o fornecedor. A proteção da boa-fé nas relações de consumo não equivale a favorecer indiscriminadamente o consumidor, em detrimento de direitos igualmente outorgados ao fornecedor.

2. A prática da conferência indistinta de mercadorias pelos estabelecimentos comerciais, após a consumação da venda, é em princípio lícito e tem como base o exercício do direito de vigilância e proteção ao patrimônio, razão pela qual não constitui, por si só, prática abusiva. Se a revista dos bens adquiridos é realizada em observância aos limites da urbanidade e civilidade, constitui mero desconforto, a que atualmente a grande maioria dos consumidores se submete, em nome da segurança.

3. Recurso especial a que se nega provimento”.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, violação aos arts. 5º, X, XXII, e XXXV, 93, IX, e 170, V, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.Quanto à alegada nulidade do acórdão recorrido por negativa de

prestação jurisdicional e ausência de fundamentação, cabe ressaltar que a decisão atacada está devidamente fundamentada, sendo certo que não há negativa de prestação jurisdicional se o acórdão, embora fundamentado, está em dissonância com os interesses do recorrente. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral”.

No mesmo sentido, menciono, ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 712.035-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 743.094-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; RE 520.187-AgR/MG, de minha relatoria.

Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, proferido no julgamento de recurso especial, somente legitimará o uso da via recursal extraordinária se a questão constitucional nele versada for diversa daquela decidida pela instância ordinária. Assim, a matéria constitucional impugnável via RE deve ter surgido, originariamente, no julgamento do recurso especial, o que não é o caso dos autos. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 409.973-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 302.930-AgR-ED/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria; AI 641.299-AgR/PR, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 115

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.850 (649)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VALDOMIRO CHOMEM E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO TANURI MENDES E OUTRO(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“ADMINISTRATIVO. FILHO MILITAR TEMPORÁRIO.

FALECIMENTO. DANO MORAL CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO. CRITÉRIOS DE ARBITRAMENTO. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. SÚMULA 54/STJ.

1.- Estão caracterizados todos os pressupostos da responsabilidade civil, em especial o nexo causal porque, não estivesse o filho dos autores presente no interior da viatura acidentada, no momento do evento lesivo, ele não teria falecido precocemente.

2.- A perda de um ente querido é, por si só, um acontecimento que causa indescritível dor e sofrimento no ser humano, passível de reparação pela via do dano moral.

3.- O arbitramento do valor da indenização pelo dano moral é ato complexo para o julgador que deve sopesar, dentre outras variantes, a extensão do dano, a condição sócio-econômica dos envolvidos, a razoabilidade, a proporcionalidade, a repercussão entre terceiros, o caráter pedagógico/punitivo da indenização e a impossibilidade de se constituir em fonte de enriquecimento indevido.

4.- Em se tratando de indenização pelo dano moral, o termo inicial dos juros de mora é a data do evento danoso (Súmula 54/STJ)” (fl. 201 do e-STJ).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, X, XXXV, LIV, LV e § 2º, 7º, XXVIII, 37, § 6º, 61, § 1º, 93, IX, e 142, § 3º, X, da mesma Carta. Sustentou-se, ainda, que

“(...) a questão deve ser analisada sob o prisma estatutário (militar), pois a responsabilidade estabelecida no art. 37, § 6º, da Constituição Federal é da União em relação a terceiros atingidos por atos praticados por seus agentes, e não perante seus próprios agentes” (fl. 252 do e-STJ).

Aduziu-se, também, a inexistência de prova da ocorrência do dano moral e dos requisitos para a configuração da responsabilidade estatal. Por fim, afirmou-se que o valor fixado a título de indenização foi elevado e desproporcional.

A pretensão recursal não merece acolhida. Quanto à alegada ofensa aos arts. 5º, X e § 2º, 7º, XXVIII, 61, § 1º, e

142, § 3º, X, da Constituição, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Além disso, como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria.

Destaque-se, também, que esta Corte possui entendimento no sentido de que não cabe ao intérprete fazer distinções quanto ao vocábulo “terceiro” contido no art. 37, § 6º, da Constituição. Entende-se que a exclusão da responsabilidade objetiva do Estado em relação aos danos causados aos próprios agentes públicos estabeleceria diferenciação não contemplada no referido dispositivo constitucional. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI 473.381-AgR/AP, Rel. Min. Carlos Velloso:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. AGENTE E VÍTIMA: SERVIDORES PÚBLICOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO: CF, art. 37, § 6º.

I. – O entendimento do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que descabe ao intérprete fazer distinções quanto ao vocábulo 'terceiro' contido no § 6º do art. 37 da Constituição Federal, devendo o Estado responder pelos danos causados por seus agentes qualquer que seja a vítima, servidor público ou não. Precedente.

II. - Agravo não provido”. No mesmo sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: RE

631.084/RS, Rel. Min. Ayres Britto; RE 541.749/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 779.443/PR, Rel. Min. Eros Grau; RE 607.014/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 435.444/RS e RE 435.734/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 508.125/MG, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 425.278/AP, de minha relatoria.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 689.268 (650)ORIGEM : AC - 50000127420104047001 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ARMARINHOS PARANÁ SANTA CATARINA LTDAADV.(A/S) : MÁRCIO LUIZ BLAZIUS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO AO SAT A PARTIR DE PARÂMETROS ESTABELECIDOS POR REGULAMENTAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.

TEMA N.º 554 DA REPERCUSSÃO GERAL DO STF. DEVOLUÇÃO DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos que versa sobre a constitucionalidade do artigo 10 da Lei nº 10.666/2003, regulamentada por Decretos, cujos dispositivos disciplinaram sobre a alteração das alíquotas de contribuição do Seguro Acidente do Trabalho – SAT, atualmente denominado Riscos Ambientais do Trabalho – RAT, em razão do desempenho da empresa a ser aferido de acordo com o Fator Acidentário de Prevenção – FAP. Trata-se do Tema nº 554 da Repercussão Geral do STF, que será submetido à apreciação do Pleno desta Corte, nos autos do RE n.º 684.261, de minha relatoria.

In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO SAT/RAT. LEI Nº

10.666/2003. CONSTITUCIONALIDADE. DECRETO Nº 3.048/1999. FAP. LEGALIDADE.

1. O artigo 22, inciso II, da Lei n. 8.212/91 instituiu o tributo e fixou as alíquotas máxima e mínima, enquanto o art. 10 da Lei 10.666/03 estabeleceu a redução em 50% ou o aumento em 100%, na forma do que dispuser o regulamento. Reconhecida a constitucionalidade da delegação da tarefa de determinar o que seja atividade preponderante e risco leve, médio e grave, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal, certamente o é a que delega a função de definir o que seja desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica a partir dos índices de frequência, gravidade e custo.

2. O art. 10 da Lei n.º 10.666/2003 consagrou hipótese de delegação técnica, delineando os critérios a serem observados, remetendo ao regulamento - Decreto nº 3.048/1999 - a aferição do desempenho da empresa em face da respectiva atividade econômica, levando em consideração os resultados obtidos a partir da valoração dos índices de frequência, gravidade e custo (FAP)”.

Destarte, aplicando a decisão Plenária no RE nº 579.431, secundada, a posteriori pelo AI nº 503.064-AgR-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO; AI nº 811.626-AgR-AgR, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, e RE nº 513.473-ED, Relator o Ministro CEZAR PELUSO, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem (artigo 328, parágrafo único, do RISTF c.c. artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.285 (651)ORIGEM : AC - 200171000026125 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SALVADOR DOS SANTOSADV.(A/S) : RAUL PORTANOVA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE

PROVENTOS. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE QUANDO DO CUMPRIMENTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 116

DOS REQUISITOS PARA A APOSENTADORIA: PRECEDENTES. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do Tribunal Regional da 4ª Região:

“PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DOS PROVENTOS. DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO. RETROAÇÃO DO PBC. REVISÃO DE RMI. PBC MAIS BENÉFICO SÚMULA Nº 260/TFR. S. 02 DO TRF4. ART. 58 ADCT. 13º SALÁRIO. 1. O direito à aposentadoria coincide com o momento em que preenchidos os requisitos estabelecidos em lei para o seu gozo, logo, tendo o segurado cumprido as exigências legais para inativar-se não se justifica impedi-lo do direito ao cálculo do benefício naquela data apenas por ter permanecido laborando, até porque, trata-se de opção que, na realidade, redundou em proveito da própria Previdência. 2. O segurado tem direito adquirido ao cálculo do benefício de acordo com as regras vigentes quando da reunião dos requisitos para aposentação, independentemente de prévio requerimento administrativo para tanto. Precedentes do STF e do STJ. 3. Apesar de o art. 122 da Lei n. 8.213-91 prever a retroação do PBC nos casos de aposentadoria integral, é possível a extensão desse direito aos casos de concessão de aposentadoria proporcional, em face do princípio da isonomia e em respeito ao critério da garantia do benefício mais vantajoso, como, aliás, preceitua o Enunciado N.º 5 do próprio Conselho de Recursos da Previdência Social. 4. A Súmula nº 260/TFR tem incidência até 03/89, pois a partir de 04/89 os benefícios foram revistos, mantendo-os pela equivalência da renda mensal com o número de salários mínimos, de acordo com o art. 58 do ADCT da Constituição Federal de 1988. 5. No regime anterior à Lei 8.213/91 é devida a correção dos salários-de-contribuição anteriores aos 12 últimos meses na forma da Súmula n° 2 desta Corte. Alterada a renda inicial, impõe-se a revisão na forma do art. 58 do ADCT. 6. De outra parte, é devido aos segurados aposentados da Previdência Social a gratificação natalina correspondente ao valor dos proventos no mês de dezembro desde a promulgação da Carta Política de 1988, tendo em vista a auto-aplicabilidade do § 6º, do art. 201 da CF-88” (grifos nossos).

Os embargos declaratórios opostos pelo Recorrente foram parcialmente conhecidos e, nessa parte, rejeitados.

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.

Argumenta que, “apesar de presentes os requisitos necessários para a aposentadoria por tempo de serviço já em data anterior, qual seja, junho-1998, a parte autora optou por permanecer em atividade laboral, o que indica que não faria jus ao cálculo de benefício com tal termo final de apuração dos salários-de-contribuição integrantes do período básico de cálculo, sob pena de afronta ao ato jurídico perfeito” (grifos no original).

Afirma que “a falta de requerimento administrativo de benefício na época em que preenchidos os requisitos para a aposentadoria não pode resultar em benefício para aquele segurado que optou por perceber em atividade até o momento em que realizou o requerimento administrativo de benefício de aposentadoria, o que implica necessária atenção, neste caso, à legislação então vigente, inclusive, com a utilização dos salários-de-contribuição apurados até a data de requerimento administrativo, não podendo fazer retroagir a legislação previdenciária”.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. No voto condutor do acórdão, o Desembargador Relator

asseverou:“Controverte-se nos autos acerca do direito à declaração de

existência (e correspondente violação) de direito adquirido à outorga de aposentadoria na forma mais favorável aos interesses da parte autora, em contraponto a que lhe foi deferida por ocasião da DER (NB 42/041.474.982-0, DIB em 18-05-93), apurada em face da data em que implementados os requisitos para sua fruição (01-06-88) e, consequentemente, da obrigação do INSS em revisar a renda mensal inicial do amparo que lhe concedeu, mediante a substituição dessa RMI pela que seria devida naquela ocasião.

Do exame dos autos, verifica-se que o autor possuía, na data do requerimento administrativo, em 06-95, 40 anos, 01 mês e 09 dias de tempo de serviço. Portanto, aferível de plano que, em 06-88, o autor teria tempo de serviço suficiente para concessão do benefício.

O art. 5º, XXXVI, da CF/88, dispõe, in verbis: (...).Com base nesse preceito constitucional, não vejo como se negar

que, havendo satisfeito todos os requisitos para se aposentar, o direito do segurado de perceber os proventos na conformidade da legislação da época já se havia consubstanciado, sendo, portanto, imodificável por legislação posterior mais desfavorável, muito menos pelo fato de ter o segurado, inadvertidamente, permanecido a contribuir para os cofres da Previdência. (...)

O STF há muito tem se manifestado acerca desta questão. Uma de suas primeiras decisões encontra-se na Súmula 359, que inicialmente trazia como elemento fundamental para a solidificação do direito a manifestação expressa da vontade do servidor, consubstanciada no requerimento de aposentadoria. Dispôs a Súmula 359, em sua redação primitiva, com base em jurisprudência formada por acórdão de 1963, in verbis: (...)

Contudo, observo que a citada Súmula sofreu reformulação, sendo que hoje o requisito da manifestação da vontade ou o requerimento tornou-se

irrelevante. No recurso de Mandado de Segurança 11.395, DJ 18/03/1965, Relator o Ministro Luiz Gallotti, assim se decidiu:

Se, na vigência da lei anterior, o funcionário havia preenchido todos os requisitos para a aposentadoria, não perde os direitos adquiridos pelo fato de não haver solicitado a concessão. (...)

No Recurso Extraordinário 262.082-RS, DJ 10/04/2001, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence cita o voto-condutor do Ministro Luiz Gallotti no leading case da revisão da Súmula 359, que diz in verbis:

‘No citado RMS 9.813, o Ministro Gonçalves de Oliveira (Relator) entendera que, se o impetrante requeresse a aposentadoria na vigência da lei anterior, teria direito adquirido; mas, quando requereu, essa lei já não vigorava e, assim, tinha apenas expectativa de direito.

Aí, é que, data venia, divirjo. Um direito adquirido já adquirido não se pode transmudar em expectativa de direito, só porque o titular preferiu continuar trabalhando e não requerer a aposentadoria antes de revogada a lei cuja vigência ocorrera a aquisição do direito. Expectativa de direito é algo que antecede à sua aquisição; não pode ser posterior a esta.

Uma coisa é a aquisição do direito; outra, diversa, é o seu uso ou exercício. Não devem as duas ser confundidas. E convém ao interesse público que não o sejam, porque, assim, quando pioradas pela lei as condições de aposentadoria se permitirá que aqueles eventualmente atingidos por ela, mas já então com os requisitos para se aposentarem de acordo com a lei anterior, em vez de o fazerem imediatamente, em massa, como costuma ocorrer, com grave ônus para os cofres públicos, continuem trabalhando, sem que o tesouro tenha que pagar, em cada caso, a dois; ao novo servidor em atividade e ao inativo."

No Recurso Extraordinário nº 258.570-RS, julgado em 05/03/2002, o Ministro Moreira Alves acorda: (...)

Da mesma maneira entende o Ministro Carlos Velloso, no AGRG. RE nº 270.476-RS, DJ 11/06/2002: (…)

Esse entendimento, inclusive, já foi albergado pela Lei de Benefício e seu respectivo regulamento, consoante se vê do teor do art. 122 da Lei 8.213-91 e dos art. 32, § 9º e 56, §§ 3º e 4º do Decreto 3.048-99. (...)

Ainda que o art. 122 da Lei 8.213-91 preveja sua incidência apenas sobre a aposentadoria integral, tenho que é perfeitamente possível a extensão dessa garantia também às aposentadoria proporcionais, tendo em vista o princípio da isonomia e o direito ao benefício mais vantajoso, conforme preconizado pelo próprio INSS no Enunciado nº 05, do Conselho da Previdência Social:

A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido.

No mesmo sentido, ainda, a Instrução Normativa nº 20, de 11-10-97, expedida pelo INSS. Vejamos: (…)

Destaco, por fim, que não se está a falar em direito à retroação da DIB, mas sim de direito à forma de cálculo da RMI da aposentadoria em 06-88” (grifos nossos).

5. A assentada jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme no sentido de que, em matéria previdenciária, a lei de regência é a vigente ao tempo em que reunidos os requisitos para a concessão do benefício (princípio tempus regit actum). Nesse sentido:

“EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. REEXAME DE ATO DE APOSENTADORIA PARA O FIM DE EXCLUSÃO DE PARCELA CONSIDERADA ILEGAL. POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE INTERPRETAÇÃO DA LEI. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. 1. O que regula os proventos da inatividade é a lei (e não sua interpretação) vigente ao tempo em que o servidor preencheu os requisitos para a respectiva aposentadoria (Súmula 359/STF). Somente a lei pode conceder vantagens a servidores públicos. 2. Inexiste direito adquirido com fundamento em antiga e superada interpretação da lei. 3. Não há que se falar em segurança jurídica porque: a) a aposentadoria do impetrante data de 2004, sendo de 2001 a mudança de interpretação da lei de regência do caso; b) o ato de aposentadoria do autor ainda não foi registrado pelo TCU; c) o entendimento anterior jamais foi aplicado pela Corte de Contas quanto ao impetrante; d) a determinação para o reexame da aposentadoria do autor ocorreu menos de dois anos depois da concessão do benefício previdenciário, não se podendo invocar transcurso de prazo decadencial de cinco anos. 4. Segurança denegada” (MS 26.196/PR, Rel. Min. Ayres Britto, Tribunal Pleno, DJ 1º.2.2011, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA REGULADA PELA EC 41/03. SÚMULA 359 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - Os proventos regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o servidor reuniu os requisitos da inatividade, ainda quando só requerida na vigência da lei posterior menos favorável. Súmula 359 do STF. II - Agravo regimental improvido” (RE 548.189-AgR/SC, Rel. Min, Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 26.11.2010).

“PREVIDENCIÁRIO. PROVENTOS DA APOSENTADORIA CALCULADOS COM BASE NA LEGISLAÇÃO VIGENTE AO TEMPO DA REUNIÃO DOS REQUISITOS QUE, TODAVIA, FORAM CUMPRIDOS SOB O REGIME DA LEI ANTERIOR, EM QUE O BENEFÍCIO TINHA POR BASE VINTE SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO EM VEZ DE DEZ. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DO DIREITO ADQUIRIDO. Hipótese a que também se revela aplicável - e até com maior razão, em face de decorrer o direito de contribuições pagas ao longo de toda a vida laboral - a Súmula 359, segundo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 117

a qual os proventos da inatividade se regulam pela lei vigente ao tempo em que reunidos os requisitos necessários à obtenção do benefício, não servindo de óbice à pretensão do segurado, obviamente, a circunstância de haver permanecido em atividade por mais alguns anos, nem o fato de a nova lei haver alterado o lapso de tempo de apuração dos salários de contribuição, se nada impede compreenda ele os vinte salários previstos na lei anterior. Recurso conhecido e provido” (RE 266.927/RS, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 10.11.2000).

6. Ademais, o Tribunal a quo analisou a questão com base na legislação aplicável à espécie (Leis ns. 8.213/1991). Assim, a alegada afronta à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1) JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NA LEI N. 8.213/91: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2) CONJUGAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE DIFERENTES REGIMES PREVIDENCIÁRIOS: IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 682.270-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.8.2009).

“Invoca, o agravante, argumentos de ordem fático-probatória e de cunho infraconstitucional, insuscetíveis de apreciação nesta fase recursal e que não infirmam o entendimento adotado pelo precedente citado na decisão agravada, segundo o qual o art. 202 da Carta Magna não é auto-aplicável, pois dependia de integração legislativa, somente implementada pelas Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 1991. Agravo regimental improvido” (RE 348.072-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Primeira Turma, DJ 21.2.2003).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.707 (652)ORIGEM : PROC - 200034000434255 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : GERSON DA SILVA MARTINS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO QUE TENHA REPERCUTIDO NO CAMPO DOS INTERESSES INDIVIDUAIS. PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA Nº 138 DA GESTÃO POR TEMAS DA REPERCUSSÃO GERAL DO STF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. A Administração Pública somente pode alterar a forma de cálculo e/ou suprimir pagamentos de valores da Gratificação de Produção Suplementar - GPS em processo administrativo, assegurados aos servidores, ativos ou inativos, o contraditório e a ampla defesa (RE nº 594.296/MG, relator o Ministro Dias Toffoli).

2. In casu, o acórdão recorrido assentou (fl. 239):ADMINISTRATIVO. REMESSA OFICIAL. IMPRENSA NACIONAL.

SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. PENSIONISTA. GRATIFICAÇÃO POR PRODUÇÃO SUPLEMENTAR. ALTERAÇÃO DO VALOR. SÚMULA 473 DO STF. AUSÊNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. DIFERENÇAS DEVIDAS. LIMITAÇÃO. LEI 10.432/02. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. COMPENSAÇÃO. 1. A Administração Pública, nos termos da Súmula nº 473 do STF, tem o dever de rever seus atos, anulando-os quando eivados de vícios, assegurando o direito ao contraditório e à ampla defesa ao servidor público atingido pela revisão. 2. Para modificar os valores da Gratificação por Produção Suplementar – GPS, incorporado aos proventos de servidor inativo e pensionista da Imprensa Nacional, necessária a instauração de procedimento administrativo em que assegure o contraditório e a ampla defesa. Precedentes deste Tribunal. 3. Os servidores e pensionistas, que tiveram indevidamente alterações na gratificação integrante de sua remuneração, têm direito ao restabelecimento da mesma, desde a data em que modificada até a edição da Lei nº 10.432, de 24/04/2002, com pagamento das diferenças devidas. 4. No caso concreto o cálculo da GPS será efetuado com as limitações impostas em sentença, contra a qual os servidores e pensionistas não interpuseram recurso. 5. A correção monetária deve ser aplicada desde a data em que cada parcela se tornou devida (Súmula 19 deste Tribunal), com a utilização dos índices constantes do Manual de Cálculos da Justiça Federal. 6. Juros de mora de 1% ao mês, a partir da citação, até o advento da MP2.180-35/01, quando devem incidir no percentual de 0,5% (meio por cento) ao mês. 7. Ressalvado

o direito da UNIÃO em compensar eventuais valores pagos sob o mesmo título. 8. Remessa oficial parcialmente provida.

3. Recurso extraordinário a que se nega provimento. DECISÃO: Cuida-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO,

com fulcro no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, em face de acórdão prolatado pela Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado (fl. 239):

ADMINISTRATIVO. REMESSA OFICIAL. IMPRENSA NACIONAL. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. PENSIONISTA. GRATIFICAÇÃO POR PRODUÇÃO SUPLEMENTAR. ALTERAÇÃO DO VALOR. SÚMULA 473 DO STF. AUSÊNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. DIFERENÇAS DEVIDAS. LIMITAÇÃO. LEI 10.432/02. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. COMPENSAÇÃO.

1. A Administração Pública, nos termos da Súmula nº 473 do STF, tem o dever de rever seus atos, anulando-os quando eivados de vícios, assegurando o direito ao contraditório e à ampla defesa ao servidor público atingido pela revisão.

2. Para modificar os valores da Gratificação por Produção Suplementar – GPS, incorporado aos proventos de servidor inativo e pensionista da Imprensa Nacional, necessária a instauração de procedimento administrativo em que assegure o contraditório e a ampla defesa. Precedentes deste Tribunal.

3. Os servidores e pensionistas, que tiveram indevidamente alterações na gratificação integrante de sua remuneração, têm direito ao restabelecimento da mesma, desde a data em que modificada até a edição da Lei nº 10.432, de 24/04/2002, com pagamento das diferenças devidas.

4. No caso concreto o cálculo da GPS será efetuado com as limitações impostas em sentença, contra a qual os servidores e pensionistas não interpuseram recurso.

5. A correção monetária deve ser aplicada desde a data em que cada parcela se tornou devida (Súmula 19 deste Tribunal), com a utilização dos índices constantes do Manual de Cálculos da Justiça Federal.

6. Juros de mora de 1% ao mês, a partir da citação, até o advento da MP2.180-35/01, quando devem incidir no percentual de 0,5% (meio por cento) ao mês.

7. Ressalvado o direito da UNIÃO em compensar eventuais valores pagos sob o mesmo título.

8. Remessa oficial parcialmente provida.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, LV, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que “Após a análise de todas as defesas apresentadas, concluiu a Administração por manter-se a revisão realizada, que, como já dito, eliminou uma série de ilegalidades que vinham ocorrendo no cálculo da GPS” (fl. 294).

Não foram apresentadas as contrarrazões. É o Relatório. DECIDO. A irresignação não merece prosperar. O acórdão recorrido está em conformidade com a jurisprudência

deste Tribunal, o qual entende que a Administração Pública somente poderia alterar a forma de cálculo e/ou suprimir o pagamento do valor da Gratificação de Produção Suplementar - GPS em processo administrativo, assegurados aos servidores, ativos ou inativos, o contraditório e a ampla defesa.

Ressalte-se que no julgamento do mérito do RE nº 594.296/MG, relator o Ministro Dias Toffoli, na sessão dia 21/092011, cuja repercussão geral da matéria em discussão já havia sido reconhecida, o Plenário desta Corte reconheceu a necessidade do respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, previamente à tomada de decisão administrativa que implique em redução dos proventos de servidor público.

Tal decisão restou assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO.

EXERCÍCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISÃO DE CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO E DE QUINQUÊNIOS DE SERVIDORA PÚBLICA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

1. Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo administrativo.

2. Ordem de revisão de contagem de tempo de serviço, de cancelamento de quinquênios e de devolução de valores tidos por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de submetida a questão ao devido processo administrativo, em que se mostra de obrigatória observância o respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa.

3. Recurso extraordinário a que se nega provimento”.Ainda sobre o tema, as seguintes decisões: RE nº 678.461, Relator o

Ministro Celso de Mello, DJe de 31/08/2012; RE nº 675.967, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 18/04/2012 e RE nº 630.537, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 12/04/2012.

Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao recurso extraordinário, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 118

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.915 (653)ORIGEM : AI - 200904000343198 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CAROLINA IANTAS MAROCHI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE A DATA DA CONTA DE LIQUIDAÇÃO E A DATA DE EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. DEVOLUÇÃO DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos – cabimento de juros de mora no período compreendido entre a data da conta de liquidação e a data de expedição do precatório. O tema será submetido à apreciação do Plenário desta Corte, nos autos do RE 579.431-QO, Relator o Ministro Presidente.

Destarte, aplicando a decisão Plenária no RE n. 579.431, secundada, a posteriori pelo AI n. 503.064-AgR-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO; AI n. 811.626-AgR-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, e RE n. 513.473-ED, Rel. Min CÉZAR PELUSO, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem (art. 328, parágrafo único, do RISTF c.c. artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.217 (654)ORIGEM : AMS - 199961080040030 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CASA OMNIGRÁFICA DE MÁQUINAS LTDAADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MAIAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE SOUZA FREITAS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 4°, SEGUNDA PARTE, DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005. PRECEDENTE. RE N. 566.621. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea b do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL – PRESCRIÇÃO – TRIBUTO LANÇADO POR HOMOLOGAÇÃO – TERMO INICIAL – TESE DOS "CINCO MAIS CINCO" – ART. 4º DA LEI COMPLEMENTAR 118/2005 – ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NO ERESP 644.736/PE. 1. A Corte Especial, na Argüição de Inconstitucionalidade no EREsp 644.736/PE, acolheu o incidente para reconhecer a inconstitucionalidade da expressão "observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, I, da Lei nº 5.107, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional", constante do art. 4º, segunda parte, da LC 118/2005. 2. Agravo regimental não provido”.

2. A Recorrente alega que “o art. 4º da Lei Complementar n. 118/2005 é, sim, constitucional, não havendo falar em natureza modificativa, mas tão somente interpetativa, do art. 3º da referida lei” (grifos no original).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. Em 4.8.2011, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 566.621/

RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal decidiu:

“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o

prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido”(DJ 11.10.2011).

O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal.

5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.219 (655)ORIGEM : AC - 200338000069256 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DEZOITO COMUNICAÇÃO LTDAADV.(A/S) : JOÃO PAULO SANTOS DA COSTA CRUZADV.(A/S) : MARCELO DIAS GONÇALVES VILELA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 4°, SEGUNDA PARTE, DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005. PRECEDENTE. RE N. 566.621. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea b do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO RETROATIVA DO ART. 3º DA LC 118/2005. INCONSTITUCIONALIDADE. MATÉRIA JULGADA SOB O RITO DO ART. 543-C DO CPC. 1. Conforme decidido pela Corte Especial, é inconstitucional a segunda parte do art. 4º da LC 118/2005, que determina a aplicação retroativa do disposto em seu art. 3º. 2. Orientação reafirmada pela Primeira Seção, no julgamento do Resp 1.002.932/SP, sob o rito dos recursos repetitivos. 3. Agravo Regimental não provido”.

2. A Recorrente alega que “o art. 4º da Lei Complementar n. 118/2005 é, sim, constitucional, não havendo falar em natureza modificativa, mas tão somente interpetativa, do art. 3º da referida lei” (grifos no original).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. Em 4.8.2011, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 566.621/

RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal decidiu:

“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

Page 119: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2012. 9. 19. · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 185/2012

STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 119

dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido”(DJ 11.10.2011).

O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal.

5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.277 (656)ORIGEM : AC - 50006163820104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ZELIA KUHL VALACHINSKI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANO ÂNGELO CARDOSO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que condenou a União a conceder aos recorridos a extensão dos efeitos financeiros decorrentes da reclassificação dos cargos distribuídos ao DNIT, em virtude da extinção do DNER.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 2º e 61, § 1º, II, a, da mesma Carta, bem como ao art. 7º da EC 41/2003.

A pretensão recursal não merece acolhida.Ressalte-se, preliminarmente, que a alegada ofensa ao art. 7º da EC

41/2003, por não se aplicar aos autores Zélia Kuhl Valachinski, Carmita Spautz Costa e João Gaspar Secconi, ora recorridos, em razão da data em que instituídas suas pensões, não foi prequestionada. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis 11.171/2005 e 10.233/2001). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquelas normas pelo Juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, destaco o RE 611.047-AgR/CE, Rel. Min. Cármen Lúcia, cuja ementa segue transcrita:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PENSIONISTA DE EX-SERVIDOR PÚBLICO. EQUIPARAÇÃO DA PENSÃO AOS VENCIMENTOS DA ATIVIDADE. JULGADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ENQUADRAMENTO EM TABELA REMUNERATÓRIA DA CARREIRA. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 611.047-AgR/CE, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Cito, ainda, as seguintes decisões, entre outras: ARE 640.864/CE,

Rel. Min. Dias Toffoli; RE 680.863/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 600.463/CE, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 602.198/CE, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.288 (657)ORIGEM : MS - 20060334143 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ERNI FÁTIMA BOTH SOLDATELLIADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE PROFESSOR. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A ADI 3.772/DF. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. NÃO CABIMENTO DO RECURSO PELA ALÍNEA C DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SUMULAS N. 279 E 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alíneas a e c, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

“CONSTITUCIONAL – ADMINISTRATIVO – MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL – APOSENTADORIA ESPECIAL - CÔMPUTO DE TEMPO EM ATIVIDADE ADMINISTRATIVA EM ESTABELECIMENTO DE ENSINO – MANDADO DE SEGURANÇA – LEGITIMIDADE PASSIVA – ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. (...)

2. A Lei n. 11.301, de 2006, tem natureza interpretativa, aplicando-se, por isso, retroativamente. Entendimento contrário importaria em admitir que lei modificou os critérios relativos ao tempo de serviço computável para efeito de aposentadoria estabelecidos na Constituição da República”.

Os embargos declaratórios opostos pela Recorrente foram rejeitados.2. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os

“princípios da máxima proporcionalidade, do Estado de direito, segurança jurídica, da celeridade processual e, em última análise, do próprio Estado democrático de direito e da dignidade humana”.

Argumenta que “a decisão recorrida coloca-se em total confronto com o novo entendimento do STF, no julgamento da ADIN n. 3772/2006, em que o PRETÓRIO EXCELSO DEU INTERPRETAÇÃO CONFORME À LEI N. 11.301, PARA EXCLUIR DA APOSENTADORIA ESPECIAL APENAS OS ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO, GARANTINDO-SE, POIS, A APOSENTADORIA ESPECIAL A TODOS OS PROFESSORES, AINDA QUE NÃO TENHAM PRESTADO SEU TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO EXCLUSIVAMENTE EM SALA DE AULA, AFASTADO POR READAPTAÇÃO FUNCIONAL, FUNÇÕES DE CONFIANÇA DE DIREÇÃO EM SECRETARIA E EM SECRETARIA DE ESCOLA, EM COORDENAÇÃO E ASSORAMENTO PEDAGÓGICO, ETC” (grifos no original).

Assevera existir “clara pertinência entre a função exercida pela recorrente, em Apoio Pedagógico de Alunos com Deficiência de Aprendizagem, em conformidade dentre aquelas atividades exercidas por professores e que foram objeto do julgamento da ADI 3772, que admitiu a contagem do tempo de serviço quando o professor exerce a função de coordenação e assessoramento pedagógico, prestado em estabelecimento de ensino, por professor de carreira, como é o caso do presente feito” (grifos no original).

Pede o provimento do presente recurso extraordinário para “reformar o acórdão atacado, concedendo à recorrente a contagem do tempo de serviço em que exerceu atividade de APOIO PEDAGÓGICO DE ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, para fins de Aposentadoria Especial de Professor” (grifos no original).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.772/DF,

Redator para o Acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE MANEJADA CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE ACRESCENTOU O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. CARREIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL PARA OS EXERCENTES DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, § 5º, E 201, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE, COM INTERPRETAÇÃO CONFORME. I - A função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 120

atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição Federal. III - Ação direta julgada parcialmente procedente, com interpretação conforme, nos termos supra” (DJ 29.10.2009, grifos nossos).

5. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator afirmou:

“Extrai-se dos autos que:I) a impetrante nasceu em 28.7.1956 (fl. 70). Portanto, conta com

mais de 50 (cinquenta) anos de idade;II) de 1976 a 1981, exerceu o cargo de Professor Temporário em

escolas estaduaus (fl. 20);III) em 12.02.1981, foi nomeada no cargo de Professor I classe A,

padrão PF-07 (fl. 20);IV) exerceu as funções de a) ‘Secretária de 2º Grau’ (17.02.1981 a

16.06.1981); b) ‘Diretora de 2º Grau’ ( 14.06.1984 a 13.01.1986); c) ‘Secretária de Escola’ (25.06.1991 a 30.04.1993); ‘Diretora de Escola’ (07.12.2000 a 01.10.2001);

V) de 17.02.1994 a 15.12.1995 e 11.03.1996 a 30.6.1997, afastou-se para exercer atividades na Prefeitura de águas de Chapecó;

À luz do disposto na Lei n. 11.301/2006 e na decisão do Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.772-2, concluo que apenas o tempo em que a impetrante afastou da regência de classe para exercer a atividade indicada no item ‘V’ (Prefeitura de Águas de Chapecó) não é computável para efeito de aposentadoria especial.

6. À vista do exposto, concedo parcialmente a segurança, para que seja determinado que averbem na ficha funcional da impetrante, para efeito de aposentadoria especial (CR, art. 40, 5º), o tempo de serviço prestado como ‘Secretária de 2º Grau’; ‘Diretora de 2º Grau’; ‘Secretária de Escola’ e ‘Diretora de Escola’” (grifos nossos).

No julgamento dos embargos de declaração, o Desembargador Relator asseverou que:

“Anoto: - Na petição inicial, a impetrante não apontou, objetivamente, os

períodos em que esteve afastada da regência de classe e sequer menciona que foi ‘cedida’ ao Município de águas de Chapecó.

- As informações mencionadas foram extraídas da ‘TRANSCRIÇÃO FUNCIONAL’ da impetrante (fls. 18-22).

- Consta da ‘DECLARAÇÃO’ subscrita pelo ‘Diretor do Departamento Municipal de Educação’ que a impetrante, no período de 17.02.1994 a 01.01.1997, foi afastada da ‘E.E.B. Irineu Bornhausen em Águas de Chapecó’, onde exercia cargo efetivo de professora, ‘para ter exercício na Prefeitura Municipal de Águas de Chapecó-SC, para atuar na Descentralização de ensino na função de Apoio Pedagógico com alunos com deficiência de aprendizagem’ (fl. 135). O documento não é suficiente para comprovar que as funções exercidas encontram-se entre aquelas que, conforma a Lei n. 11.301, de 2006 e a decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI n. 3.772, conferem direito ao cômputo do tempo de contribuição para efeito de ‘aposentadoria especial’” (grifos nossos).

6. O Tribunal de origem assentou que as atividades desempenhadas pela Recorrente no período de “de 17.02.1994 a 15.12.1995 e 11.03.1996 a 30.6.1997, [período em que se] afastou para exercer atividades na Prefeitura de águas de Chapecó” não poderiam ser abrangidas pela Lei n. 11.301/2006 para fins de aposentadoria especial, como decidido na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.772/DF.

Concluir de modo diverso demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Incide a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 40, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1) POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO DO TEMPO DE READAPTAÇÃO DO PROFESSOR E DO TEMPO DE EXERCÍCIO DOS CARGOS DE COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO E DE DIREÇÃO ESCOLAR. PRECEDENTES. 2) CONTROVÉRSIA SOBRE O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DA MAGISTÉRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 831.266-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.3.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. ABONO DE PERMANÊNCIA: PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 594.389/SE, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.11.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO PÚBLICO. APOSENTADORIA. TEMPO DE SERVIÇO. CÔMPUTO. ADI N. 3.772. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF” (AI 842.684-AgR/SC, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 28.9.2011).

7. Inadmissível o recurso extraordinário pela alínea c do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República. Incide a Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal. Confira-se o seguinte julgado:

“Recurso extraordinário. - Inocorrência da hipótese prevista na alínea ‘c’ do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Falta de fundamentação, por isso mesmo, a esse respeito. Aplicação da Súmula 284” (RE 148.355, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 5.3.1993).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.297 (658)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSE ALCEU GONCALVES NOVALSADV.(A/S) : ANDRÉ GONÇALVES IRACEMA EGERINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA

DE TRANSPORTES - DNITPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente apelo extremo, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

O exame da presente causa, no entanto, evidencia que o recurso extraordinário não se mostra processualmente viável, eis que a controvérsia nele suscitada traduz situação configuradora de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

Com efeito, a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário.

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.646 (659)ORIGEM : EIEXFISC - 552012 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA TURÍSTICA DE

PRESIDENTE EPITÁCIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA

TURÍSTICA DE PRESIDENTE EPITÁCIORECDO.(A/S) : TEREZINHA COR DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO

DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. INEXISTÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DESATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 2º DO ART. 543-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do juízo de direito da 2ª Vara Judicial da Comarca de Presidente Epitácio/SP, que decidiu:

“a exequente alegou nos embargos infringentes, a título de prequestionamento, a violação à Lei n. 6.830/80, que não faz distinção sobre o valor mínimo para a execução e dispõe em seu art. 2º, § 1º, a possibilidade de executar qualquer valor. Apontou a violação ao art. 5º, inc. XXXV, da Constituição Federal, que confere a todos o direito de acesso à Justiça, e ao art. 156, inc. III, da CF, que instituiu o imposto sobre a propriedade territorial urbana de qualquer natureza.

Da análise deste caderno processual verifico que assiste razão à recorrente, pois na sentença que julgou os embargos infringentes tais matérias não foram analisadas e isso é necessário para fins de

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 121

prequestionamento e eventual interposição de recurso. Entretanto, deve ser mantida rejeição aos embargos infringentes. Isso

porque a Lei de Execuções Fiscais deve ser interpretada de acordo com os princípios constitucionais que regulam a Administração Pública, em especial o da eficiência, o qual seria desrespeitado no caso do procedimento de execuções fiscais de valores ínfimos.

O art. 5º, inc. XXXV, da CF, impôs que, ‘a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito’, consagrando o princípio da inafastabilidade da jurisdição. Tal dispositivo trata do direito de demanda incondicionado, prevendo amplo direito de solicitar ao Judiciário pronunciamento sobre o caso concreto. Contudo, esta regra não deve ser confundida com o direito de ação, que é condicionado. Ademais, pode a municipalidade aguardar que o débito ultrapasse a quantia citada na sentença que extinguiu o feito para ingressar em juízo.

Frise-se que não se está emitindo indevido juízo de valor sobre o mérito do ato administrativo ou sobre a relação custo/benefício da cobrança do crédito, mas sendo analisada a falta de interesse de agir, na modalidade utilidade, ao se cobrar uma dívida inferior ao custo da cobrança, condição da ação prevista em lei (arts. 3º e 267, inc. VI, do Código de Processo Civil).

Além disso, vale destacar que a competência para instituir o imposto sobre a propriedade territorial urbana está prevista no art. 156, inc. I, da Constituição da República, e que a decisão em questão não está restringindo indevidamente a competência tributária da parte exequente, tendo em vista que agiu amparada em outros princípios constitucionais.

Por fim, nada impede que a municipalidade continue cobrando a dívida na via administrativa ou aguarde o aumento do débito para o ajuizamento de nova ação executiva contra o devedor, desde que isso ocorra dentro do lustro prescricional” (fls. 38-39).

2. O Recorrente alega que o juízo a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXV, e 156, inc. I, da Constituição da República.

Argumenta que:“Indiscutível que a r. sentença terminativa contrariou a Lei Federal

6.830/80 – Execuções Fiscais – que é o veículo legal para que a União, Estados e Municípios promovam a execução judicial para cobrança de suas respectivas dívidas ativas.

Referido diploma legal não faz distinção de valores dos títulos e nem estabelece valor mínimo como quer o decisório embargado. Aliás, e de modo contrario, seu § 1º do artigo 2º fala em ‘qualquer valor’ e o faz sem expressar o mínimo como estabeleceu a r. sentença recorrida, situação informa que ela contrariou a referida Lei 6.830/80.

(...)A r. sentença recorrida, igualmente contrariou o artigo 5º, inciso

XXXV, da Constituição Federal que dá a todos, inclusive às pessoas jurídicas, o direito de ação, ou de acesso à justiça para buscar a tutela jurisdicional. A questão constitucional não foi enfrentada no julgamento dos embargos infringentes, mas o foi na decisão dos embargos declaratórios, devidamente prequestionada.

Esse princípio constitucional violado pela r. sentença, dá a embargante o direito de deduzir sua pretensão executiva para a cobrança de crédito fiscal regularmente instituído.

(...)Além da disposição constitucional apontada, a r. decisão embargada

contrariou o artigo 156, I, da mesma Constituição Federal que instituiu o Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU – em favor dos municípios. Esse tributo é objeto de cobrança conforme faz certo a certidão de dívida ativa anexada com a inicial. A prevalecer a integridade da r. sentença recorrida, o embargante ficará impedido de instituir esse tributo em quantia inferior à indicada na r. sentença terminativa, porque em caso de inadimplência do contribuinte, o Poder Público Municipal fica inibido de realizar a cobrança executiva, consoante o entendimento esposado pelo decisório monocrático” (fls. 45-48).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.Em 5.6.2012 (fl. 40), a Fazenda Pública municipal foi intimada para

ciência do inteiro teor do julgado recorrido. No entanto, não há, na petição de recurso extraordinário, preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Desta forma, o Recorrente não atendeu ao disposto no § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil e no art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal, o que inviabiliza o recurso extraordinário.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

REPERCUSSÃO GERAL. INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL NA PETIÇÃO RECURSAL. A demonstração da existência de repercussão geral passou a ser exigida, nos termos da jurisprudência desta Corte, nos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados a partir de 3 de maio de 2007, data da entrada em vigor da Emenda Regimental n. 21/07 ao RISTF. Ausência, na petição do recurso extraordinário, dessa preliminar formal. O art. 557 do Código de Processo Civil autoriza o relator a negar seguimento a recurso manifestamente intempestivo, incabível ou improcedente e, ainda, quando a matéria em debate se refira a tema já pacificado nesta Corte. A questão referente à inconstitucionalidade da exigência de demonstração da existência de repercussão geral não foi prequestionada. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 636.776-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,

Segunda Turma, DJe 17.5.2011).Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.4. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.213 (660)ORIGEM : AC - 20020034380 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : TÂNIA GOMES DE MELOADV.(A/S) : SORAYA CHAVES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, cuja ementa tem o seguinte teor:

“Apelações Cíveis. Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais. Procedência só pelos danos morais. Apelo. Preliminares de ofensa ao devido processo legal e ausência de fundamentação da sentença. Rejeição.

- Restando os fatos já sobejamente provados, não há necessidade de maior dilação probatória, não configurando também ofensa ao devido processo legal.

- Havendo ligeiras contradições no corpo da sentença, mas sem afetar o seu conteúdo, não há que se falar em ausência de fundamentação.

- Em não se verificando prejuízo à parte, não há que se falar em danos materiais.

- Configurado o dano moral, o montante indenizatório deve minimizar o prejuízo sofrido e inibir à prática de atos que possam vir a prejudicar outrem.

- Preliminares rejeitadas. Apelos improvidos.” (Fls. 157.)Alega-se violação do disposto nos arts. 5º, XXXV, LIV e LV; e 93, IX,

da Carta Magna.É o relatório. Decido.Sem razão a parte recorrente.Inicialmente, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE

639.228-RG (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 31.08.2011 - Tema 424 ), recusou o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral em tema tratado no presente feito, por não haver questão constitucional a ser dirimida. Eis a ementa do referido acórdão:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional.” (Grifos originais)

Ademais, inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Não há violação do art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a parte ora agravante.

Por fim, ainda que superados os referidos óbices, concluir diversamente do acórdão recorrido demandaria o reexame dos fatos e provas que fundamentaram a decisão, o que é vedado nesta via (Súmula 279/STF).

Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.806 (661)ORIGEM : RESP - 1302773 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSÉ GALDINO DO CARMOADV.(A/S) : VLADIMIR GALDINO DE QUEIROZ

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO E

PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR E PENSIONISTA DO EXTINTO DNER. APLICAÇÃO DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO ÓRGÃO SUCESSOR, DNIT. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 122

PRECEDENTES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDORES PÚBLICOS APOSENTADOS DO EXTINTO DNER. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO DNIT. APLICAÇÃO. MATÉRIA SUBMETIDA AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. RECURSOS REPETITIVOS. – A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que os servidores aposentados pelo extinto DNER, ainda que tenham passado a compor o quadro de inativos do Ministério dos Transportes, fazem jus às mesmas retribuições dos servidores ativos daquela autarquia que foram incorporados ao DNIT. Agravo regimental improvido."

Os embargos declaratórios opostos pela Recorrente foram rejeitados.2. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts.

2º, 37, inc. X, 40, §§ 4º e 8º, 61, § 1º, inc. II, alíneas a e c, 167, inc. II e 169, § 1º, inc. I e II, da Constituição da República.

Argumenta que “inexiste (...) ofensa ao princípio da paridade de vencimentos posto que a Lei 11.171/05 é específica para os integrantes da nova carreira do DNIT não havendo como estender as vantagens aos inativos e pensionistas do extinto DNER que se encontram vinculados ao Ministério dos Transportes” (grifos no original).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. No voto condutor do acórdão recorrido, o Ministro Relator

asseverou:“Nada obstante o empenho da agravante, persisto no entendimento

externado no decisório agravado.Consoante outrora consignado, a Primeira Seção, no julgamento do

Resp 1.244.632/CE, de relatoria do Ministro Castro Meira, in DJe 13.9.2011, submetido ao regime dos recursos repetitivos do art. 543-C do Código de Processo Civil e da Resolução/STJ n. 8/2008, firmou o entendimento de que o servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o quadro de inativos do Ministério dos Transportes, deve ter como parâmetro de seus proventos a retribuição dos servidores ativos do DNER absorvidos pelo DNIT, pois esta autarquia é que sucedeu o DNER, não havendo razão jurídica para justificar qualquer disparidade.

A propósito, por mais recentes, confiram-se os seguintes julgados:‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.

FUNDAMENTOS NÃO INFIRMADOS DE MODO SUFICIENTE. ENUNCIADO N. 283 DA SÚMULA DO PRETÓRIO EXCELSO. INCIDÊNCIA. SERVIDORES PÚBLICOS APOSENTADOS DO EXTINTO DNER. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO DNIT. APLICAÇÃO. MATÉRIA SUBMETIDA E JULGADA SOB O RITO DO ART. 543-C DO CPC. RECURSOS REPETITIVOS. (…) - A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de os servidores aposentados pelo extinto DNER, que passaram a compor o quadro de inativos do Ministério dos Transportes, fazem jus às mesmas retribuições dos servidores ativos do DNER que foram incorporados ao DNIT, autarquia que sucedeu o DNER. Agravo regimental improvido’ (AgRg no REsp 1.253.782/RS, da minha relatoria, DJe de 29.2.2012).

"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. REJEIÇÃO. (RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO DO EXTINTO DNER. DNIT. SUCESSOR DO DNER. VINCULAÇÃO DO INATIVO AO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO DNIT. APLICAÇÃO. MATÉRIA SUBMETIDA E JULGADA SOB O RITO DO ART. 543-C DO CPC. RECURSOS REPETITIVOS.) (….) 4. Ademais, a discussão central do recurso especial, relativa à revisão de proventos e vantagens de servidor aposentado do extinto DNER, em função do reajuste remuneratório concedido pela Lei n. 11.171/05 aos servidores do DNIT, foi amplamente apreciada pelo Tribunal de origem, não havendo falar em ausência de prequestionamento. Vale ressaltar que, consoante entendimento consolidado nesta Corte Superior, considera-se implicitamente prequestionada a matéria quando demonstrada a apreciação da causa à luz da legislação federal tida por violada, embora não haja menção expressa do dispositivo legal. 5. Embargos de declaração rejeitados" (EDcl no Resp 1.263.856/CE, Ministro Mauro Campbell Marques, DJe de 9.12.2011).

‘ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR DO EXTINTO DNER. APLICAÇÃO DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO ÓRGÃO SUCESSOR, DNIT. IRRELEVÂNCIA DA VINCULAÇÃO DO INATIVO AO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. MATÉRIA PACIFICADA EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. RESP. 1.244.632/CE, REL. MIN. CASTRO MEIRA, DJE 13.09.2011. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O Servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o quadro de inativos de órgão diverso do DNIT (no caso, o Ministério dos Transportes), deve ter como parâmetro de seus proventos a retribuição dos seus colegas ativos do DNIT, pois esta autarquia é a sucessora do DNER, não havendo justificativa jurídica para a disparidade. 2. A Administração pode lotar o Servidor onde melhor lhe aprouver, no entanto, não pode, com isso, deliberadamente gerar prejuízo remuneratório. 3. Não é dado ao Poder Público criar subterfúgio para deixar de cumprir regramento expresso existente no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União (arts. 189 e 224) que impõe a paridade de vencimentos e proventos entre os

servidores ativos e inativos e pensionistas (REsp. 1.244.632/CE, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJe 13.09.2011). 4. Agravo Regimental desprovido" (AgRg no Resp1.273.023/CE, Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 24.11.2011).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental” (grifos nossos).

5. Para se concluir de modo diverso do acórdão recorrido, seria imprescindível analisar a legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Leis n. 11.171/2005 e 10.233/2001), o que é vedado em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PENSIONISTA DE EX-SERVIDOR PÚBLICO. EQUIPARAÇÃO DA PENSÃO AOS VENCIMENTOS DA ATIVIDADE. JULGADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ENQUADRAMENTO EM TABELA REMUNERATÓRIA DA CARREIRA. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 611.047-AgR/CE, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 18.3.2011).

E ainda: RE 680.863/DF, de minha relatoria, DJ 15.5.2012; RE 611.047/CE, de minha relatoria, DJ 7.12.2010; RE 600.463/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 13.5.2010; RE 602.198/CE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 22.9.2009; RE 549.931/PE, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 17.12.2007.

Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.361 (662)ORIGEM : AC - 10672094026826001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUCAS MASCARENHAS BARRIOSADV.(A/S) : ANDRÉA MARIA MENDES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IMG SILVA & CIA LTDAADV.(A/S) : ILMA PENA BARBOSARECDO.(A/S) : AROLDO LUCIANO MOREIRARECDO.(A/S) : ROBERTO EXPEDITO VIEIRA DE SOUZA

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“EMBARGOS DE TERCEIRO – FRAUDE À EXECUÇÃO DECRETADA NO FEITO DA EXECUÇÃO – REJEIÇÃO LIMINAR DOS EMBARGOS – DECISÃO MANTIDA. - Nada mais cabendo ser decidido quanto a ocorrência de fraude à execução, vez que já reconhecida a sua ocorrência no feito da execução, o negócio de compra e venda do bem que pretende defender o embargante de terceiro é passível de nulidade, cabendo a este, através de procedimento próprio, reivindicar seus direitos contra o alienante que, certamente, quando do negócio entabulado, sabia se tratar de bem penhorado, motivo porque deve ser mantida a sentença que rejeitou liminarmente os embargos de terceiro” (fl. 51).

No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, haja vista que ao dispositivo constitucional apontado como violado carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 123

infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes ” (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo regimental desprovido” (AI nº 813.007/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 3/3/11);

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.394 (663)ORIGEM : AC - 01156188320038190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSÉ LUIZ CANEDO DE MAGALHÃESADV.(A/S) : LEANDRO CARVALHO GOMES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUA E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PRECE - PREVIDÊNCIA COMPLEMENTARADV.(A/S) : HISASHI KATAOKA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“Apelação Cível. Ação ordinária. Previdência Privada. PRECE. Pretensão do recebimento de supostas diferenças relativas à complementação de aposentadoria do autor/apelante. Laudo pericial conclusivo e bem fundamentado no sentido de que o benefício do autor foi corretamente calculado e reajustado. Pretendida estipulação de benefício inicial a que o autor faria jus em valor superior ao teto para contribuição que esbarra no princípio básico de cálculo atuarial. Necessidade de correspondência entre o valor da contribuição e o valor do benefício. Precedente deste TJERJ. Correta a sentença que julgou improcedente os pedidos. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

Opostos embargos declaratórios (fls. 591 a 596), foram rejeitados (fls. 599 a 601).

No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, 37, parágrafo 9º, e 60, parágrafo 4º e inciso IV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do

recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

O Tribunal de origem examinou a controvérsia dos autos à luz da legislação infraconstitucional pertinente, dos elementos fático-probatórios dos autos e, em especial, da laudo pericial realizado na espécie. Assim, para se concluir de forma diversa daquela assentada no acórdão atacado seria necessário o reexame das mencionadas normas legais aplicadas, de cláusulas contratuais e do Estatuto da recorrida, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nº 279 e 454 desta Corte. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA E/OU PENSÃO - ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL - SÚMULA 454/STF - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. - A análise de pretensão jurídica, quando dependente de interpretação de cláusulas inscritas em contrato de previdência privada (Súmula 454/STF), revela-se processualmente inviável em sede de recurso extraordinário, pois, em referido tema, a decisão emanada do Tribunal recorrido reveste-se de inteira soberania. Precedentes” (AI nº 671.660/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 24/4/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. REVISÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. (SÚMULA N. 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 836.845/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia DJe de 25/4/11).

“AGRAVO REGIMENTAL, NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. MIGRAÇÃO PARA NOVO PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS DO REGULAMENTO DA ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 760.386/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 12/3/10).

Como se não bastasse, é pacífica a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que o conceito dos institutos do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não se encontra na Constituição Federal, senão na legislação ordinária (Lei de Introdução ao Código Civil, artigo 6º).

Nessa conformidade, encontra-se sob o pálio da proteção constitucional, tão somente a garantia desses direitos, mas não seu conteúdo material, isoladamente considerado, conforme bem, explicitado nos seguintes precedentes: AI nº 638.758/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07, RE nº 437.384/RS-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 8/10/04 e AI nº 135.632/RS-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3/9/99.

Da ementa desse último julgado, dadas as preciosas lições que encerra para o deslinde da controvérsia instaurada nestes autos, transcreve-se o seguinte trecho:

“O sistema constitucional brasileiro, em cláusula de salvaguarda, impõe que se respeite o direito adquirido (CF, art. 5º, XXXVI). A Constituição da República, no entanto, não apresenta qualquer definição de direito adquirido, pois, em nosso ordenamento positivo, o conceito de direito adquirido representa matéria de caráter meramente legal. Não se pode confundir, desse modo, a noção conceitual de direito adquirido (tema da legislação ordinária) com o princípio inerente à proteção das situações definitivamente consolidadas (matéria de extração constitucional), pois é apenas a tutela do direito adquirido que ostenta natureza constitucional, a partir da norma de sobredireito inscrita no art. 5º, XXXVI, da Carta Política. Tendo-se presente o contexto normativo que vigora no Brasil, é na lei - e nesta, somente - que repousa o delineamento dos requisitos concernentes à caracterização do significado da expressão direito adquirido. É ao legislador comum, portanto - sempre a partir de uma livre opção doutrinária feita dentre as diversas correntes teóricas que buscam determinar o sentido conceitual desse instituto - que compete definir os elementos essenciais à configuração do perfil e da noção mesma de direito adquirido. Cabe ter presente, por isso mesmo, a ampla discussão, que , travada entre os adeptos da teoria subjetiva e os seguidores da teoria objetiva, influenciou, decisivamente, o legislador ordinário brasileiro na elaboração da Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), pois, como se sabe, a LICC de 1916 (que entrou em vigor em 1917) consagrou a doutrina sustentada pelos subjetivistas (art. 3º), enquanto a LICC de 1942, em seu texto, prestigiou a teoria formulada pelos objetivistas (art. 6º), muito embora o legislador, com a edição da Lei nº 3.238/57, que alterou a

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 124

redação do art. 6º da LICC/42, houvesse retomado os cânones inspiradores da formulação doutrinária de índole subjetivista que prevaleceu, sob a égide dos princípios tradicionais, na vigência da primeira Lei de Introdução ao Código Civil (1916). Em suma: se é certo que a proteção ao direito adquirido reveste-se de qualificação constitucional, consagrada que foi em norma de sobredireito que disciplina os conflitos das leis no tempo (CF, art. 5º, XXXVI), não é menos exato - considerados os dados concretos de nossa própria experiência jurídica - que a positivação do conceito normativo de direito adquirido, ainda que veiculável em sede constitucional, submete-se, no entanto, de lege lata, ao plano estrito da atividade legislativa comum. OFENSA À CONSTITUIÇÃO POR VIA REFLEXA. - A ofensa oblíqua da Constituição, inferida de prévia vulneração da lei, não oferece trânsito ao recurso extraordinário. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, torna-se inviável admitir e processar o apelo extremo. O exame da eventual superação dos limites impostos pela lei (deliberação ultra legem) e a verificação de que a resolução administrativa teria permanecido citra legem ou atuado contra legem constituem matérias que refogem ao domínio temático reservado pela Carta Política ao âmbito de incidência do recurso extraordinário”.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.422 (664)ORIGEM : AC - 201000256 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ACRERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : VIVO S/AADV.(A/S) : SASHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário em que se discute a legitimidade da sistemática de substituição tributária progressiva do ICMS, instituída pelo Estado do Acre, nos termos da Lei Complementar Estadual 55/1997.

A solução da controvérsia contida nos autos poderá ser influenciada pelo julgamento do RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria.

Isso posto, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento final do RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.053 (665)ORIGEM : AC - 200133000236450 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : HUMBERTO HENRIQUE GARCIA ELLERYADV.(A/S) : ANTÔNIO LAGO JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Protocolado o agravo regimental, via fax, em 6.9.2012 (quinta-feira), não foi apresentado por meio eletrônico, tal como exigido no parágrafo único do art. 7º da Resolução STF 427/2010, o documento original no prazo de cinco dias da Lei 9.800/1999.

Logo, inexistente o referido recurso.À Secretaria Judiciária, para que devolva a Petição n. 46.367/2012-

STF ao seu subscritor, certifique o trânsito em julgado e proceda à baixa imediata dos autos.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 690.986 (666)ORIGEM : AC - 9299225000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : AUTO POSTO MÁGICO LTDAADV.(A/S) : EDUARDO ALVES DA SILVA PENA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“Administrativo/Fiscal - Mandado de segurança - Posto de combustível - Indeferimento de inscrição estadual no cadastro de contribuintes do ICMS, em razão de apenamento anterior dos sócios pela comercialização de produtos adulterados - Possibilidade - Exegese do art. 4º da Lei Estadual n° 11.929/05 - Direito líquido e certo inexistente - Sentença denegatória que se mantém - Recurso desprovido” (fl. 337 do e-STJ).

No RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 5º, X, XIII, XVII, XLI, XLV, LV e § 2º, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. É o caso dos autos em relação às supostas violações ao art. 5º, X, XLI, LV e § 2º, da CF.

Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau.

Outrossim, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Estadual 11.929/2005). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquele diploma legal pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.308 (667)ORIGEM : AC - 100241009716130011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ALEXANDRE EUSTÁQUIO VANUCCIADV.(A/S) : CASSIANO PIRES VALENTE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO – AÇÃO ORDINÁRIA – PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE – VANTAGEM PECUNIÁRIA – NATUREZA JURÍDICA DE GRATIFICAÇÃO – PAGAMENTO A SERVIDOR INATIVO – DESCABIMENTO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL – INAPLICABILIDADE – APELO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. Consistindo o Prêmio de Produtividade, no âmbito do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais, vantagem pecuniária ‘propter laborem’, destinada ao incentivo à melhoria do desempenho dos servidores no exercício de suas atribuições junto à Administração Pública Estadual, descabida a pretensão autoral de pagamento sem efetivo exercício do cargo, vez que aposentado. Recurso improvido” (fl. 116).

Opostos embargos de declaração (fls. 130 a 133), foram rejeitados (fls. 135 a 138).

No recurso extraordinário (fls. 141 a 186), sustenta-se violação do artigo 40, § 4º, da Constituição Federal e artigo 7º da Emenda Constitucional nº 41/03.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 125

O inconformismo não merece colher êxito, uma vez que o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária (Lei Estadual nº. 17.600/08), de modo que a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta ou reflexa. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Ademais, a jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de que a discussão acerca da natureza jurídica de gratificação concedida aos servidores em atividade está restrita à interpretação da legislação local. Sobre o tema, destaca-se o seguinte julgado da relatoria do Ministro Cezar Peluso :

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República” (RE nº 586.949/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 13/3/09).

Nesse mesmo sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/2/09).

“SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/3/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A INATIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 16/5/08).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.338 (668)ORIGEM : EDRR - 26007720065010471 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : EYMARD DUARTE TIBÃES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ BRITO AMORIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PEDRO PAULO BRUMADV.(A/S) : MIRNA ANDRÉA LEMOS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário

que interpôs, exarado pela Presidência do Tribunal a quo, maneja agravo. Na minuta, sustenta a parte agravante que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aponta violação direta do art. 5º, II, XXXV, LIV e LV, da Lei Maior.

Sem contraminuta.É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento do recurso

extraordinário, exarada na origem: “A C. 8ª Turma deu parcial provimento ao Recurso de Revista da

Reclamada. No tema ‘inépcia da inicial’, afirmou que na petição inicial o Reclamante expôs os fatos dos quais decorre o pedido e que requereu expressamente a desconsideração da demissão, não havendo falar em inépcia. Nos tópicos ‘multa por litigância de ‘má-fé’ e ‘reintegração’, consignou que as controvérsias foram decididas com base nos fatos e provas, sendo vedado, pela Súmula n° 126 do TST, o seu reexame. Por fim, excluiu da

condenação os honorários advocatícios.Quanto ao tema inépcia da inicial, o Recurso Extraordinário é

inadmissível, porquanto não apontou violação a qualquer dispositivo constitucional.

No que diz respeito à aplicação da multa por litigância de má-fé e ao tema reintegração, o acórdão recorrido tem natureza processual - versa requisito de admissibilidade recursal, disciplinado pela legislação processual trabalhista.

O E. STF, nos autos do RE nº 598.365/MG, decidiu que não há repercussão geral da questão pertinente aos requisitos de admissibilidade de recurso no Tribunal de origem (Rel. Min. Carlos Britto, DJe de 26/3/2010).

Nos termos dos arts. 543-A, § 5º, do CPC e 326 do RISTF, a decisão da E. Corte que nega a existência de repercussão geral é irrecorrível e estende-se a todos os recursos que tratam de questão idêntica. Confira-se:

‘Art. 543-A.[...][...]§ 5º Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para

todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (destaques acrescentados)

Art. 326 – Toda decisão de inexistência de repercussão geral é irrecorrível e, valendo para todos os recursos sobre questão idêntica, deve ser comunicada, pelo(a) Relator(a), à Presidência do Tribunal, para fins do artigo subsequente e do art. 329. (destaques acrescentados)’.

No tema honorários advocatícios, não há interesse recursal, porquanto atendida a pretensão da Recorrente em Recurso de Revista.

Ante o exposto, nego seguimento ao Recurso Extraordinário.”Por seu turno, ao adequado enfrentamento da controvérsia,

transcrevo as razões de decidir, quando do julgamento do recurso veiculado na origem:

“Preenchidos os pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso.

a) Conhecimento 1 - INÉPCIA DA INICIAL A Recorrente sustenta a inépcia da inicial. Alega que o Autor não

pleiteou a declaração de nulidade da dispensa, mas o pagamento de salários e a manutenção dos benefícios de inclusão em plano de saúde e odontológico custeado, em parte, pela Reclamada. Afirma que é genérica a pretensão de pagamento de salários. Aponta violação dos artigos 267, I, e 295, I e II, do CPC.

O Regional, em relação ao tema, consignou: ‘A petição inicial contém a exposição dos fatos dos quais decorre

logicamente o pedido, preenchendo os requisitos do art. 840 da CLT. Portanto, não há que se falar em inépcia, mormente ao considerar-se que o réu exerceu o seu pleno direito de defesa e que não houve óbice à cognição, nem à devida prestação jurisdicional.

Por fim, ainda que o autor não tenha-se utilizado da melhor técnica processual, requereu expressamente às fls. 04 a 'desconsideração da demissão', ou seja, a nulidade da dispensa e o retorno ao trabalho.

Rechaça-se a prefaciai’ (fls. 143/143v). Sem razão. Verifica-se que o Regional concluiu que na petição inicial o

Reclamante expôs os fatos dos quais decorre o pedido e que requereu expressamente a desconsideração da demissão.

O Processo do Trabalho rege-se pelo princípio da simplicidade e, nos termos do art. 840, § 1º, da CLT, basta que a inicial contenha breve exposição dos fatos a fim de que o julgador proceda a seu enquadramento jurídico, tal como feito pelo Reclamante.

Assim, incólumes os artigos 267, I, e 295, I e II, do CPC. Não conheço. 2 - MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ A Recorrente sustenta que é indevida a condenação por litigância de

má-fé ao pagamento de multa de 1% e de indenização de 20% sobre o valor da causa. Alega que ao apresentar defesa e interpor recurso ordinário apenas exerceu seu direito constitucional ao contraditório, à ampla defesa e ao duplo grau de jurisdição. Aponta violação do art. 5º, LIV e LV, da Constituição da República.

O Regional, em relação ao tema, consignou: ‘Como se viu acima, o autor tencionava ver-se reintegrado aos

quadros da ré, requerendo, de plano, a antecipação da tutela. A ré foi instada a se manifestar e informou que não havia prova inequívoca da incapacidade do reclamante na data da dispensa e que este não estaria em benefício previdenciário (fls. 31/33).

Na sentença, a ré foi condenada como litigante de má-fé, por ter alterado a verdade dos fatos ao suscitar em defesa a mesma matéria deduzida na referida manifestação, ou seja, após tomar ciência de todos os documentos e fatos comprovados nos autos. Além disso, afirmou textualmente às fls. 82 que 'o reclamante trabalhou normalmente nos dias 08/12/2005, quinta-feira, e 09/12/2005, sexta-feira, folgando no sábado e domingo subsequentes, como será comprovado por testemunhas', fato este que notadamente não ocorreu, uma vez que o autor no dia 08/12 esteve sob cuidados médicos, recomendando o profissional que o reclamante se afastasse por tempo indeterminado, como visto no tópico anterior.

Registre-se que no recurso insistiu a apelante que o autor não se

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 126

encontra em benefício previdenciário, sem produzir qualquer prova neste sentido e que este teria laborado normalmente nos dias anteriormente citados, evidenciando mais uma vez a sua conduta imprópria.

É dever processual da parte proceder com lealdade e boa-fé (art. 14, II, do CPC). E não age desta forma aquela que provoca retardo no processo, aduzindo razões completamente díspares dos fatos colocados nos autos, alterando a verdade dos fatos ou retardando desnecessariamente o andamento processual. Por conseguinte, agindo a reclamada de forma desleal, correta a sentença que a condenou como litigante de má-fé.

Entendo, ainda, que o presente recurso tem natureza meramente procrastinatória, na medida em que a parte agiu novamente com deslealdade, suscitando matérias incontroversas nos autos e alterando, com isso, a verdade dos fatos. Declara-se a ré como litigante de má-fé, também nesta instância, aplicando-se nova multa à reclamada no importe de 10% sobre o valor da causa e em 20% de verba honorária. Nada a reparar’ (fls. 144/144v).

Sem razão. Verifica-se que o Regional, com base na análise do conjunto fático-

probatório, concluiu que a Reclamada alterou a verdade dos fatos e que causou a procrastinação do andamento processual, aduzindo fatos divorciados do colocados nos autos e com deslealdade.

Assim, a pretensão da Recorrente de desconstituir a assertiva do acórdão recorrido pressupõe o reexame de fatos e provas, procedimento incabível nesta instância, nos termos da Súmula 126 do TST. Inviável, portanto, a verificação de ofensa ao art. 5º, 5º, LIV e LV, da Constituição da República.

Não conheço. 3 - REINTEGRAÇÃO. ÔNUS DA PROVA A Recorrente sustenta que o Reclamante não comprovou a

incapacidade laboral na data da dispensa. Alega que o Autor não percebia benefício previdenciário que configurasse hipótese de suspensão do contrato de trabalho e consequente impedimento à rescisão contratual. Aponta violação dos artigos 5º, II, da Constituição da República, 818 da CLT e 333, I, do CPC.

O Regional, em relação ao tema, consignou: ‘A ré afirma que dispensou o autor em 12/12/2005 por ter-se

ausentado do trabalho injustificadamente nos dias 08 e 09/12/05 e que este ter-se-ia se recusado a tomar ciência da carta comunicando o fato.

Verifica-se às fls. 12 que o autor, no dia 08/12/2005 - data da festa comemorativa da empresa, para a qual havia sido convidado (fls. 20/21), esteve sob cuidados médicos. No atestado foi expressamente mencionada a sua incapacidade laborativa, recomendando-se o seu afastamento por prazo indeterminado. Sabendo-se que os quinze primeiros dias de ausência por determinação médica são de responsabilidade do empregador, o contrato estaria suspenso desde então, estando plenamente justificadas as faltas nos dias 08 e 09/12.

De outro norte, no dia 12/12/2005 o reclamante foi novamente atendido na unidade médica, ficando internado até o dia 15/12/2005, portanto, não poderia ter comparecido à reclamada para realizar o exame demissional ou para receber as resilitórias. Também não é crível que a ré não tenha tido ciência do referido atestado e do estado de saúde do autor. Em seguida, ou seja, em 05/01/2006, requereu o empregado a concessão de auxílio-doença (fls. 28).

Como se observa, a atitude da ré foi completamente arbitrária e abusiva. A uma, porque sequer diligenciou junto ao reclamante para saber o motivo de suas faltas, sendo certo tratar-se de empregado com 17 anos de empresa. A duas, porque uma vez emitido o atestado médico recomendando o seu afastamento por tempo indeterminado, o contrato de trabalho se suspendeu, não sendo autorizada a sua ruptura, na forma do art. 476 da CLT.

Ante o exposto, correta a decisão que determinou a reintegração do autor.

Nada a prover’ (fls. 143v/144). Sem razão. Revela-se impertinente a indicação de ofensa aos artigos 818 da

CLT e 333 do CPC, uma vez que a discussão relativa à distribuição do ônus probatório só adquire relevância em se tratando de decisão proferida ante a ausência de prova ou em face de prova dividida. E, no caso, restou evidente que o Regional decidiu com base na prova efetivamente produzida pelo Reclamante.

De outra parte, não se reconhece a alegada violação do art. 5º, II, da Constituição da República, na medida em que o postulado da legalidade insculpido no referido preceito corresponde a princípio geral do nosso ordenamento jurídico, pelo que a sua violação, em regra, não será direta e literal, como exigido pela alínea "c" do artigo 896 da CLT, uma vez que pressupõe a revisão da interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. Inteligência da Súmula 636 do STF.

Não conheço. 4 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS A Recorrente pugna pela exclusão da condenação ao pagamento de

honorários advocatícios, ao argumento de que não foram atendidos os requisitos previstos nas Súmulas 219 e 329 do TST e OJ 305 da SBDI-1 desta Corte.

O Regional, em relação ao tema, consignou: ‘A condenação da ré na verba honorária de 20% encontra amparo

no art. 18 do CPC, sendo descabida a reforma.

Nada a reparar’ (fls. 144v). Com razão. Encontra-se pacificado nesta Corte o entendimento de que, na

Justiça do Trabalho, o deferimento dos honorários advocatícios está jungido à presença dos requisitos elencados na Súmula 219, I, quais sejam: que a parte esteja assistida por sindicato da categoria profissional e comprove a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou se encontre em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento e da respectiva família.

Dessa forma, a decisão regional, ao deferir o pagamento de honorários advocatícios com base no art. 18 do CPC, demonstra contrariedade aos termos da Súmula 219, I, do TST.

Conheço. b) Mérito HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS Conhecido o Recurso de Revista por contrariedade à Súmula 219, I,

do TST, dou-lhe provimento para excluir da condenação os honorários advocatícios.”

Ao exame dos declaratórios, assim se manifestou a Corte de origem:“A Embargante sustenta que a Oitava Turma incorreu em omissão.

Alega que a manutenção da multa por litigância de má-fé é equivocada, ao argumento de que no ato da dispensa a Reclamada não sabia que o Autor estava doente, tampouco que passou a usufruir do auxílio-doença. Afirma que ao apresentar contestação e recurso ordinário apenas exerceu seu direito constitucional ao contraditório, à ampla defesa e ao duplo grau de jurisdição, não restando caracterizada litigância de má-fé. Sustenta, no que tange à reintegração, que alegou em contestação que o Reclamante não estava inapto para o trabalho na data da sua dispensa, não podendo esta ser considerada inválida. Assevera que o Reclamante não se desincumbiu do ônus de comprovar sua incapacidade laboral na data da dispensa. Requer sejam sanadas as omissões apontadas e pugna pela concessão de efeito modificativo ao julgado.

Sem razão. Os vícios autorizadores dos embargos de declaração, previstos nos

artigos 897-A da CLT e 535 do CPC, são aqueles que obstaculizam o exercício do direito da parte interessada de recorrer da decisão para a instância superior, quais sejam omissão, contradição ou obscuridade.

Os embargos de declaração não se prestam, pois, para rediscutir as questões já devidamente examinadas no acórdão embargado ou para impugnar a fundamentação adotada pelo órgão julgador.

E da simples leitura do acórdão embargado (fls. 207/210v) e das razões recursais depreende-se que inexiste qualquer omissão, bem como se revela evidente que a pretensão da Embargante reveste-se de caráter infringente.

Com efeito, esta Oitava Turma não conheceu do Recurso de Revista da Reclamada nos temas "Multa por litigância de má-fé" e "Reintegração. Ônus da prova", ao fundamento de que o Regional, com base na análise do conjunto fático-probatório, incabível de reexame nesta instância por óbice da Súmula 126 do TST, concluiu que a Reclamada alterou a verdade dos fatos e que causou a procrastinação do andamento processual, aduzindo fatos divorciados dos colocados nos autos e com deslealdade. Ressaltou, ainda, que a indicação de ofensa aos artigos 818 da CLT e 333 do CPC é impertinente, tendo em vista que a discussão relativa à distribuição do ônus probatório só adquire relevância em se tratando de decisão proferida ante a ausência de prova ou em face de prova dividida, restando evidente que o Regional decidiu com base na prova efetivamente produzida pelo Reclamante.

Assim, não se divisa qualquer omissão a ser sanada, pois o acórdão embargado está fundamentado de maneira clara e expressa.

Constata-se, portanto, que a irresignação da Reclamada com a decisão embargada não encontra respaldo nos permissivos constantes dos artigos 535, I e II, do CPC e 897-A da CLT, porquanto não restou configurada a existência de nenhum vício apto a justificar a oposição da presente medida, mas, apenas, o inconformismo da parte com a conclusão do julgado, contrária ao seu interesse, levando-o a lançar mão dos embargos declaratórios para fim diverso a que se destinam.

Rejeito os Embargos de Declaração.”Nada colhe o agravo.O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados

nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da efetividade da prestação jurisdicional, da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 127

05.8.2005)."Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal

Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005).

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

Não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.727 (669)ORIGEM : RR - 626001719965020002 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃO (SUCESSORA DA EXTINTA REDE

FERROVIÁRIA FEDERAL S/A - RFFSA)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LOURIVAL RODRIGUES LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SONIA APARECIDA DE LIMA SANTIAGO FERREIRA DE

MORAES E OUTRO(A/S)

Bem examinados os autos, verifico a existência de erro material na decisão que, em 3/9/2012, negou seguimento ao agravo, uma vez que a hipótese dos autos não guarda similitude com o paradigma apontado na referida decisão.

Assim, evidente a ocorrência de erro material a autorizar a retificação de ofício, torno sem efeito a decisão proferida em 3/9/2012.

Manifeste-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.802 (670)ORIGEM : AC - 3297314000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RHUBIA BETHANIA SOCORRO LEMOS DE BRITO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL DE SOUZA CAMPOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROSSI RESIDENCIAL S/AADV.(A/S) : SYLVIA HOSSNI RIBEIRO DO VALLE E OUTRO(A/S)

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Sétima Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“RESPONSABILIDADE CIVIL – Indenização – Dano moral – Aquisição de unidade imobiliária – Ausência de ventilação natural num dos compartimentos de banho, aplicado sistema elétrico de exaustão para ventilação forçada – Indenização – Não cabimento – Detalhado projeto – Registro correspondente – Condição que não prejudica a utilização – Técnica diversa utilizada e de prévia indicação no projeto que não sustenta abatimento no preço – Recebimento do bem sem qualquer ressalva – Sentença confirmada – RECURSO NÃO PROVIDO” (fl. 277).

Opostos embargos de declaração (fls. 334 a 343), foram rejeitados (fls. 349 a 356).

No recurso extraordinário (fls. 359 a 405), sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos II, X, XXXVI, LIV, LV, LIX e LX, 37, caput, 93, inciso IX, e

150, inciso II, da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

No que se refere aos artigos 5º, incisos II, X, XXXVI, LIV, LIX e LX, 37, caput, 93, inciso IX, e 150, inciso II, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelos recorrentes. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que o Tribunal de origem decidiu a controvérsia em tela com base na legislação infraconstitucional pertinente e no conjunto fático-probatório carreado aos autos, cujo reexame é incabível na via extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636 desta Corte.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.506 (671)ORIGEM : PROC - 200863020048596 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NEIDE PRIETO DA SILVAADV.(A/S) : AUREA APARECIDA DA SILVA

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário sob os fundamentos de que eventual ofensa ao texto constitucional seria meramente reflexa e de que incide, na espécie, o óbice da Súmula 279 do STF.

O agravo não merece acolhida. É que o recorrente deixou de atacar o fundamento da decisão agravada referente à incidência, no caso, da Súmula 279 desta Corte. Ressalto que incumbe ao recorrente o dever de impugnar, de forma específica, todos os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 128

DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF.

(...) IV – Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria, Primeira Turma).“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.756 (672)ORIGEM : PROC - 200863020070097 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : HERONDINA VENÂNCIOADV.(A/S) : PATRÍCIA FELIPE LEIRA

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário sob os fundamentos de que eventual ofensa ao texto constitucional seria meramente reflexa e de que incide, na espécie, o óbice da Súmula 279 do STF.

O agravo não merece acolhida. É que o recorrente deixou de atacar o fundamento da decisão agravada referente à incidência, no caso, da Súmula 279 desta Corte. Ressalto que incumbe ao recorrente o dever de impugnar, de forma específica, todos os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF.

(...) IV – Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria, Primeira Turma).“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.914 (673)ORIGEM : MS - 1133 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ITAÚ UNIBANCO S/A

ADV.(A/S) : LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARLINDO ROSSETOADV.(A/S) : MÁRCIO SEBASTIÃO DUTRA

DECISÃO:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Colégio Recursal 50ª Circunscrição Judiciária do Estado de São Paulo, assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA – DESCABIMENTO DA IMPETRAÇÃO – INAPLICABILIDADE, NA ESPÉCIE, DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE – ERRO INESCUSÁVEL – VOTO PELA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO (FALTA DE INTERESSE-ADEQUAÇÃO – ART. 267, VI, CPC) – NO MÉRITO – VOTO SEJA DENEGADA A ORDEM SEM A IMPOSIÇÃO DE PENALIDADES” (fl. 280).

No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 5º, incisos II, XXXVI, LIV e LV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, haja vista que os dispositivos constitucionais apontados como violados carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ressalte-se que a Turma Recursal denegou a ordem por inadequação da via eleita.

Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Anote-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.982 (674)ORIGEM : PROC - 200763010357014 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : NILSON FERREIRA ROSAADV.(A/S) : NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 129

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em que se discute a revisão dos índices de reajuste de benefício previdenciário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação dos arts. 5º, I, II, XXXIV, XXXV e LV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria.

Ademais, este Tribunal firmou entendimento no sentido de que a discussão a respeito dos índices de reajuste de benefício previdenciário possui natureza infraconstitucional. Desse modo, eventual ofensa à Constituição se daria de forma meramente reflexa. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI 854.711-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1. Índices de reajuste de benefício previdenciário. Impossibilidade de análise de legislação infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2. Alegada inconstitucionalidade do art. 41, inc. II, da Lei n. 8.213/1991. Inadmissibilidade de inovação de argumentos em agravo regimental. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.441 (675)ORIGEM : AR - 70034902361 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA JURACI SCHUCHADV.(A/S) : MARLON ANDRÉ KAMPHORSTRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NOVA BOA VISTA - RSADV.(A/S) : PAULO ROBERTO IHME

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RESCINDENDO: INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu:“AÇÃO RESCISÓRIA. SERVIDOR PÚBLICO. CONCURSO

PÚBLICO. IRREGULARIDADES APONTADAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO. DESCONSTITUIÇÃO DO ATO DE APOSENTADORIA.

AS HIPÓTESES LEGAIS PREVISTAS NO ART. 485 DO CPC SÃO TAXATIVAS, NÃO SE ADMITINDO AMPLIAÇÃO. TAMPOUCO SE PRESTAM PARA ANÁLISE DA JUSTIÇA DA DECISÃO. ERRO DE FATO. INOCORRÊNCIA. O erro de fato, nos termos do § 1º do art. 485, do CPC, se dá quando a sentença admitir um fato inexistente ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. O não-acolhimento da tese resultante do Processo Administrativo instaurado pelo Município de Nova Boa Vista pela Portaria n. 887/2001 não configura erro de fato. ART. 485, VII, DO CPC. DOCUMENTO NOVO DEVE SER DE TAL ORDEM QUE, SOZINHO, SEJA CAPAZ DE ALTERAR O RESULTADO DA SENTENÇA RESCINDENDA.

Existência de pronunciamento judicial no sentido defendido pela parte autora não se enquadra na hipótese legal de documento novo. ART. 485, V, DO CPC. AUSÊNCIA DE QUALQUER INDICAÇÃO DE DISPOSIÇÃO DE LEI QUE ENTENDE VIOLADA.

POR MAIORIA, JULGARAM IMPROCEDENTE A AÇÃO RESCISÓRIA, VENCIDO O RELATOR” (fl. 643).

Não foram opostos embargos de declaração.3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que, “do acórdão que julga improcedente a ação rescisória, não cabe interpor recurso extraordinário com alegação de ofensa a dispositivos que dizem respeito ao mérito da controvérsia” (fl. 781).

4. A Agravante sustenta que:“Em razões de decidir entendeu o julgador que o agravante interpôs

recurso extraordinário sem ter preenchido as condições exigidas pelo juízo de admissibilidade no que tange à falta de demonstração da repercussão geral.

(...)O recurso extraordinário demonstra com clareza a repercussão geral

do tema, quanto à validade da legislação existente, no que tange à validação do concurso público como forma de ingresso no funcionalismo público” (fl. 786).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 37, caput e inc. II, da Constituição:

“No caso de Maria Juracy ocorreu erro de fato, ao considerar inexistente a prova de que a admissão ao serviço público fora convalidada pelo Município. Assim, considerou inexistente o fato (resultado de convalidação e acatamento pelo Município) do resultado do processo administrativo. Assim, houve engano, desatenção ou omissão do julgador quanto ao fundamento principal da controvérsia, que é a convalidação da situação pelo Município atendendo ao resultado do processo administrativo (ampla defesa – contraditório).

Assim, no presente caso, e diante da possibilidade que seja relativizado o inc. II do art. 37 da CF, no sentido de que pela segurança jurídica, boa fé, e longo decurso de tempo, a situação seja convalidada, mesmo quando violadora do inc. II do 37 da CF. Motivo pelo qual merece reparo a decisão que considerou ilegal a admissão em concurso público quando foram preenchidos os requisitos do art. 37, II, e portanto violadora da Constituição Federal, o que autoriza o presente extraordinário.

(...)Desta feita, a ação rescisória é via processual idônea para

desconstituir julgado com base no referido dispositivo [art. 485, inciso IX, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil] quando o erro de fato decorre da falha na percepção do julgador no pertinente às provas constantes dos autos originários, e que não tenha havido controvérsia nem pronunciamento judicial sobre esse fato.

(...)No presente caso o relator não considerou o resultado do processo

administrativo, nem examinou o fato de que o Município acatou a decisão da comissão processante ao convalidar a aposentadoria da servidora, continuando com o pagamento dos salários desta desde Dezembro de 2004 (relatório final da comissão), até o mês de Junho de 2004” (fls. 715-717).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante.Este Supremo Tribunal assentou que as alegações referentes ao

mérito do julgado rescindendo não viabilizam o recurso extraordinário interposto em ação rescisória.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. 1. A possibilidade de admissão de recurso extraordinário em ação rescisória restringe-se aos fundamentos constantes da própria rescisória, e não aos do acórdão rescindendo. 2. Recurso especial não provido. Ausência de substituição do julgado recorrido. Art. 512 do Código de Processo Civil. Preclusão de eventual matéria constitucional. 3. Alegada afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 678.004-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.5.2012, grifei).

“Correção monetária de contas do FGTS. Ação rescisória: aplicação da Súmula 343. Recurso extraordinário: descabimento: incidência das Súmulas 282 e 356. 1. Firme a jurisprudência do STF no sentido de que o recurso extraordinário interposto em processo de ação rescisória há de voltar-se contra fundamentação do acórdão nela proferido e não a da decisão rescindenda. No caso, o acórdão recorrido decidiu questão prejudicial de inadmissibilidade da ação rescisória, enquanto o RE fundou-se em violação de dispositivo constitucional atinente só mérito da decisão rescindenda. 2. Agravo regimental: motivação da decisão agravada: necessidade de impugnação” (RE 408.409-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 28.5.2004).

7. Ademais, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos termos seguintes:

“Na peça inicial, a parte autora alega não ter sido analisado pela Câmara, o resultado do processo administrativo instaurado pelo Município de Nova Boa Vista pela Portaria n. 887/2001, incorrendo, assim, em erro de fato.

(...)Outrossim, a ausência de consideração quanto à conclusão do

processo administrativo que declarava a validade do ato administrativo, por si só, não autoriza o enquadramento nas hipóteses legais previstas no art. 485 do CPC, as quais, como cediço, são taxativas, não se admitindo ampliação, cumprindo salientar que ‘a má apreciação da prova ou a injustiça da sentença

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 130

não autorizam o exercício da ação rescisória’” (fls. 647-648).Tem-se, portanto, que o Tribunal a quo analisou o cabimento de ação

rescisória e decidiu conforme a legislação processual ordinária, doutrina e jurisprudência correspondentes. Assim, eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que afasta o cabimento do recurso extraordinário.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

PROCESSUAL CIVIL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - É de natureza infraconstitucional o debate acerca dos pressupostos de admissibilidade de ação rescisória. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes. II - Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido” (RE 655.192-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 5.6.2012).

Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.698 (676)ORIGEM : AC - 200690419996 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MÁRCIA FERNANDES DA SILVA MORAES E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : LÍVIA MARQUES DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : HUGO DE MORAES EMPREENDIMENTOS

IMOBILIÁRIOS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : REGINA ANDRADE TANNUS SEABRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma Julgadora da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do estado de Goiás que, em síntese, manteve a sentença de 1º Grau que julgou improcedente a ação de consignação em pagamento e julgou procedente a ação de rescisão do instrumento contratual de compromisso e compra e venda de bem imóvel.

No recurso extraordinário alega-se violação do artigo 6º da Constituição Federal, sustentando ser incabível a capitalização mensal dos juros no contrato celebrado entre as partes.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que o dispositivo constitucional indicado como violado no recurso extraordinário carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Aplicam-se na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ressalte-se que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos, nas cláusulas do pacto firmado entre as partes e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário.

Anote-se que o acórdão atacado consignou, expressamente, que “a parte autora deveria ter feito prova inconteste (através de perícia contábil, por exemplo), de que as apeladas estão cobrando juros de forma capitalizada mensalmente, como alega, mesmo não tendo sido contratados, e, se assim não o fez, não há como acatar essa argumentação para afastar os cálculos dos valores das prestações apresentadas pelas recorridas” (fl. 170). Incidência das Súmulas nºs 279, 454 e 636 desta Suprema Corte.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.036 (677)ORIGEM : PROC - 200981015043240 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : TEREZINHA DE SOUSA QUEIROZADV.(A/S) : JOATAN BONFIM LACERDA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

SERVIDOR DO EXTINTO DNER. APLICAÇÃO DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO DNIT. EQUIPARAÇÃO DA PENSÃO AOS VENCIMENTOS DA ATIVIDADE. 1) FALTA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado da Segunda Turma Recursal da Seção Judiciária do Ceará:

“Com o advento da Lei n. 10.233/2001, foi extinto o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER e criado o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT.

O referido diploma legal criou os quadros de Pessoal Específico na ANTT, ANTAQ e no DNIT, com a finalidade de absorver servidores do Regime Jurídico Único, dos quadros de pessoal do DNER e do Ministério dos Transportes. Quanto aos servidores inativos e pensionistas do DNER, transferiu-se ao Ministério dos Transportes a responsabilidade pelo pagamento de seus proventos e pensões, mantidos os vencimentos, direitos e vantagens adquiridos.

Quando da criação do Plano Especial de Cargos do DNIT pela Lei n. 11.171/2005, de acordo com o disposto no art. 3º, somente foram enquadrados no novo plano de cargos os servidores ‘pertencentes ao Quadro de Pessoal do DNIT, nele lotados em 1º de outubro de 2004, ou que venham a ser para ele redistribuídos, desde que as respectivas redistribuições tenha sido requeridas até 31 de julho de 2004’. O legislador, portanto, excluiu da reestruturação os servidores do DNER já aposentados, bem como aqueles que não tivessem sido redistribuídos ao DNIT nos limites temporais fixados.

Destarte, a Lei n. 11.171/2005 ensejou fosse delineada situação discriminatória em relação aos aposentados e pensionistas do DNER, o que, em última análise, representa ofensa ao art. 40, parágrafo 8º, da Constituição Federal, em sua redação original, assim como à regra constante no art. 7º da EC n. 41/2003.

(…) Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso para JULGAR

PROCEDENTE o pedido da parte autora e condenar a União a conceder-lhe a extensão dos efeitos financeiros decorrentes da reclassificação dos cargos distribuídos ao DNIT, em virtude da extinção do DNER, de forma que perceba seus proventos com base na nova tabela remuneratória, referente ao cargo transformado/reclassificado, mantendo-se as vantagens pessoais hoje percebidas pela parte autora no seu valor histórico. CONDENO, ainda, a União ao pagamento das diferenças de proventos, respectivas a cada pagamento mensal deste benefício previdenciário, decorrentes da reclassificação em tela, desde a data da publicação da Lei n. 11.171/2005 (5/9/2005), com correção monetária desde o pagamento a menor e juros de mora de 0,5% (meio por cento) ao mês, a partir da citação, até o mês de junho de 2009, devendo a partir do mês seguinte, incidir na forma do art. 1º-F, da Lei n. 9.494/97, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009” (doc. 12).

Não foram opostos embargos de declaração.2. A Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 2º, 5º, inc.

II, 37, caput, inc. X (redação da Emenda Constitucional n. 19), 61, § 1º, inc. II, alínea a, 63 , 93, inc. IX, e 169, § 1º, da Constituição da República.

No recurso extraordinário, a Agravante afirma que:“A matéria impugnada no presente recurso encontra-se devidamente

prequestionada, mormente quanto à violação aos dispositivos constitucionais insculpidos nos arts. 5º, II (condenar a Ré a fazer coisa não prevista em lei); 2º (ingerência do Poder Judiciário sobre aspectos remuneratórios afeitos ao Poder Executivo); 37, caput e inciso X (redação da EC nº 19); art. 61, § 1º, inciso II, alínea “a”, e 63; 169, § 1º (ante a necessidade de previsão orçamentária), conforme será exposto mais adiante.

Prequestionou-se, ainda, o inciso IX do art. 93 da CF/88, vez que efetivamente não restou atendido o pressuposto da motivação do acórdão de fls., porquanto a questão à aferição da legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade dos atos do Judiciário restou mitigada.

Destarte, o que estava ao alcance da parte foi feito, isto é, opuseram-se os competentes embargos, mas, apesar disso, omisso permaneceu a Turma do Juizado Especial Federal do Estado do Ceará, pelo que entende-se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 131

prequestionada a matéria, estando admissível o presente apelo” (doc. 13, fls. 4-5).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal (doc. 16).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. Os arts. 2º, 5º, inc. II, 37, caput, inc. X (redação da Emenda

Constitucional n. 19), 61, § 1º, inc. II, alínea a, 63, e 169, § 1º, da Constituição da República, suscitados no recurso extraordinário, não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem e, ao contrário do que afirmado pela Agravante, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009).

7. Ademais, a alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.874 (678)ORIGEM : AC - 02474607920098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE AGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(S) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NELSON DE SOUZA GONCALVES RODRIGUESADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO SILVA GOMES

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. 1)

INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“AGRAVO INOMINADO NAS APELAÇÕES CÍVEIS. AGRAVO RETIDO.

I - EXTEMPORANEIDADE DO APELO APRESENTADO.RATIFICAÇÃO DAS RAZÕES APÓS A DECISÃO DOS EMBARGOS

DE DECLARAÇÃO. NECESSIDADE. II - RECURSOS NÃO CONHECIDOS.1. O apelo interposto pela ré é extemporâneo, porquanto foi

apresentado antes da decisão que analisou os embargos de declaração opostos pelo autor, os quais visavam integrar a sentença, sem que a

recorrente, posteriormente, ratificasse suas razões. Exegese do verbete 418 da Jurisprudência do STJ. Precedentes do STJ e TJRJ.

2. Agravo retido prejudicado, em razão do não conhecimento do apelo da concessionária. Doutrina.

3. Da mesma forma, prejudicado o recurso adesivo, por força do art. 500, III, do CPC, pois subordinado ao principal. Precedentes do TJRJ.

4. Recurso não provido.”Os embargos de declaração de declaração opostos foram rejeitados.2. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º,

inc. II, LIV, LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.Argumenta ser inaplicável a “súmula 418 do Superior Tribunal de

Justiça, eis que versa sobre hipótese de recurso especial, além de que, no caso concreto, ocorreu a peculiaridade de ter sido regularmente recebido o recurso de apelação, bem como a manutenção da sentença na origem” (doc. 3, fl. 11).

Assevera que “não é necessário muito esforço para se observar que a matéria tida como apreciada pelo v. acórdão dos embargos de declaração, na verdade, não o foi, eis que mantidas incólumes as omissões, cada qual, por si só, apta a dar azo ao provimento do Extraordinário, pois, em manifesta contrariedade aos artigos 5°, LIV, LV, e 93, IX, da Constituição Federal” (doc. 3, fl. 11).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob o fundamento de inexistir ofensa direta à Constituição da República.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 14.11.2008, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.919 (679)ORIGEM : AIRR - 75963720105010000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : VERA REGINA DA SILVAADV.(A/S) : ARISTEU GARCIA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 132

INTDO.(A/S) : TARCTI ASSESSORIA EMPRESARIAL E SERVIÇOS LTDA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ART. 1º-F DA LEI N.

9.494/97. JUROS DE MORA. FAZENDA PÚBLICA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. JUROS DE MORA. FAZENDA PÚBLICA. INAPLICABILIDADE DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 À RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. OJ 382 DA SDI-1/TST. No tocante aos juros de mora, conforme a jurisprudência iterativa, notória e atual desta Corte Superior, sedimentada na Orientação Jurisprudencial n.º 382 da SDI-1/TST, a Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros, prevista no art. 1º-F da Lei n.º 9.494, de 10/09/1997. Assim, a pretensão da União quanto à aplicação do artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97 encontra óbice na OJ nº 382 da SDI-1/TST (Súmula n.º 333 do TST).

MULTA POR EMBARGOS PROTELATÓRIOS. Incensurável a decisão Regional ao aplicar a multa prevista no parágrafo único do artigo 538 do CPC, porque, consoante registrado, nos termos dos artigos 897-A da CLT e 535 do CPC, não se verifica nenhuma omissão ensejadora de Embargos Declaratórios, mas apenas o intuito de protelar o feito. Agravo de Instrumento a que se nega provimento”.

Não foram opostos embargos de declaração.3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. A Agravante argumenta que:“Nas razões do recurso extraordinário, a União alegou a violação do

art. 5º, caput e II, da Constituição Federal (princípios da igualdade e da legalidade), tendo em vista o afastamento da incidência de dispositivo já declarado constitucional pelo STF no julgamento do RE 453.740/RJ”.

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, caput e inc. II, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos desse recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante.7. O Desembargador Convocado Relator Sebastião Geral de Oliveira

afirmou:“Em que pese à limitação dos juros de mora a 0,5% ao mês quanto

às condenações impostas à Fazenda Pública (Orientação Jurisprudencial n.º 7 do Tribunal Pleno, recentemente alterada pela Resolução 175/2011), conforme a jurisprudência iterativa, notória e atual desta Corte Superior, a Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros prevista no art. 1º-F da Lei nº 9.494, de 10/09/1997.

A matéria está sedimentada na Orientação Jurisprudencial n.º 382 da SDI-1 do TST, que consagra:

JUROS DE MORA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494, DE 10.09.1997. INAPLICABILIDADE À FAZENDA PÚBLICA QUANDO CONDENADA SUBSIDIARIAMENTE. (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)

A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros, prevista no art. 1º-F da Lei nº 9.494, de 10.09.1997.

Por conseguinte, a admissibilidade do Recurso de Revista encontra óbice no § 4° do art. 896 da CLT e na Súmula n° 333 desta Corte Superior”.

8. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade, se dependente do exame de legislação infraconstitucional (Consolidação das Leis do Trabalho, Lei n. 9.494/1997), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENHORA. INTIMAÇÃO PESSOAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação

jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta” (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2010).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 14.11.2008).

Incide no caso presente a Súmula n. 636 do Supremo Tribunal:“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio

constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.972 (680)ORIGEM : AC - 70036989812 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : LEONICE STREDA MONTINIADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. COBRANÇA DE

CUSTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PELO JUDICIÁRIO LOCAL: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu:“SERVIDOR PÚBLICO. MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL.

PROMOÇÕES RETROATIVAS. ISENÇÃO DE CUSTAS PROCESSUAIS. IMPOSSIBILIDADE. Não se confunde mais o termo empregado pelo legislador "emolumentos" com custas judiciais e taxa judiciária após a atual interpretação doutrinária e jurisprudencial emanada da doutrina e do eg. Supremo Tribunal Federal. No direito público, a terminologia posta na lei deve observar a técnica e os princípios elencados na CF-88. Sustentar isenção com base no art. 11, parágrafo único, da Lei-RS nº 8.121/85, é defender posição que contraria o princípio da autonomia do Poder Judiciário como hoje previsto na CF-88, com a redação da EC nº 45/04, bem como abandonar a linguagem técnica e adotar termo vulgar na interpretação da lei. Condenação do Estado ao pagamento de custas que se mostra imperativa, com o recolhimento do valor na conta própria do Poder Judiciário. A recente publicação da Lei-RS nº 13.471, de 23JUN10, não alcança as situações anteriores à data da sua vigência. APELAÇÃO IMPROVIDA”.

Os embargos de declaração foram assim julgados:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.

MAGISTÉRIO. PROMOÇÃO RETROATIVA. ISENÇÃO DE CUSTAS. IMPOSSIBILIDADE. Não havendo omissão, contradição ou obscuridade no acórdão, os embargos merecem improvimento. Rediscussão da matéria aclarada no julgamento inadmissível em embargos de declaração. Pré-questionamento pretendido consumado. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO IMPROVIDOS”.

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) a incidência da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal; b) o acórdão estaria fundamentado; e c) a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. O Agravante argumenta que:“O aresto não se manifestou sobre todos os dispositivos

constitucionais tidos por violados e devidamente apontados nos embargos de declaração opostos (art. 2º, 98, § 2º, 99, 102, § 3º, 146, III, e 150, I, da CF).

(...)A toda evidência, o fundamento do acórdão, bem como do recurso

extraordinário, é constitucional (art. 98, § 2º, CF), não se podendo falar em ofensa indireta, tampouco em violação a direito local, mas, sim, em frontal, visto que o órgão julgador emprestou equivocada interpretação a artigos da Carta Federal”.

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 2º, 25, 5º, inc. LV, 93, inc. IX, 98, § 2º, 99, 135, 145, inc. II, e 150, inc. I, VI, alínea a, da Constituição.

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 133

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Ademais, quanto à isenção de taxas judiciárias, custas e emolumentos, no julgamento do Agravo de Instrumento n. 826.496, Relator o Ministro Gilmar Mendes, este Supremo Tribunal assentou a inexistência da repercussão geral da questão discutida neste recurso extraordinário, nos seguintes termos:

“Custas e emolumentos cobrados da Fazenda Pública pelo Judiciário estadual. Controvérsia quanto à subsistência de isenção na legislação estadual. Discussão restrita ao âmbito infraconstitucional. Repercussão geral rejeitada” (Dje 24.5.2011).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.245 (681)ORIGEM : AC - 199938000155813 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CAF SANTA BÁRBARA LTDAADV.(A/S) : RODOLFO DE LIMA GROPEN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPENSAÇÃO DA

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL COM A CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS “EFETIVAMENTE PAGA”. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“COMPENSAÇÃO DA CSSL COM A ‘COFINS EFETIVAMENTE PAGA’. ARTIGO 8º, PARÁGRAFO 1º, DA LEI 9.718/1998 (REDAÇÃO ORIGINAL).

1. O depósito do montante integral do tributo não acarreta a extinção do crédito tributário, mas, apenas, a suspensão de sua exigibilidade (CTN, artigo 151, inciso II). A extinção somente se verifica após a conversão do depósito em renda (CTN, artigo 156, inciso VI; Lei 9.703/1998, artigo 1º, parágrafo 3º, inciso II).

2. A expressão ‘COFINS efetivamente paga’, contida no artigo 8º, parágrafo 1º, da Lei 9.178/1998, na redação original, não abarca o depósito judicial ou administrativo do tributo devido. Precedentes desta Corte.

3. Apelação e remessa oficial providas”.Os embargos de declaração opostos foram rejeitados:3. A decisão agravada teve como fundamentos para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento e a circunstância de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. A Agravante argumenta que:“Restou demonstrada (...) a ofensa direta aos precitados artigos 5º,

XXXV, LV, 93, IX, e 150, II, da CR/88, devidamente prequestionados com a oposição dos Embargos de Declaração".

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º, caput, inc. XXXV e LV, 93, inc. IX, e 150, inc. II, da Constituição.

“À medida que as questões supracitadas foram objeto de debate pela

recorrente, forçoso concluir que ao negar provimento ao recurso de embargos de declaração, o v. aresto fustigado contrariou os artigos 5º, LV, e 93, IX, da CR/88.

(...)Ao negar provimento ao pleito almejado pela Recorrente, consistente

no reconhecimento da possibilidade de utilizar os depósitos judiciais equivalentes à majoração de alíquota da COFINS para promover a compensação prevista no artigo 8º, § 1º, da Lei 9.718/1998, o C. Tribunal a quo recorrido aduziu que os depósitos judiciais não configuram pagamento, pois somente o são ‘quando o processo judicial ou administrativo for encerrado com decisão favorável à Fazenda Nacional’.

(...)Sucede que o impedimento à compensação entre a COFINS

depositada e a CSSL devida acaba por discriminar a Recorrente pelo simples fato de ela pleitear em juízo o reconhecimento da inexigibilidade da majoração de alíquota da primeira contribuição, direito este que, lhe é constitucionalmente assegurado (art. 5º, XXXV, da CR/88), representando, ainda, patente afronta aos artigos 5º, caput, e 150, II, da Carta Magna”.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos desse recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante.7. O Juiz Federal Leão Aparecido Alves, relator convocado, afirmou:“A possibilidade de compensação constitui uma exceção. A exceção

não admite aplicação de analogia ou de interpretação extensiva (...). Por isso, ‘[o] direito à compensação tributária deve ser analisado à luz do princípio da legalidade estrita, em conformidade com o que dispõe o art. 170 do CTN: (...).

Por conseguinte, a expressão ‘COFINS efetivamente paga’, contida no artigo 8º, parágrafo 1º, da Lei 9.718/1998, na redação original, não abarca o depósito judicial ou administrativo devido.

(...)Não cabe argumentar, de outra parte, que esse entendimento violaria

o disposto no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição (...)Em juízo, como é consabido, a parte não está obrigada a depositar

parte nem a totalidade do tributo sob discussão para o ajuizamento de qualquer causa. Os precedentes informam, diuturnamente, que o depósito do valor do tributo sob discussão é uma faculdade do contribuinte.

(...)Dessa forma, a limitação contida na expressão ‘efetivamente paga’

não implica excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito”.

8. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

9. A controvérsia sobre a equivalência do depósito judicial ao ‘pagamento efetivo’ da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, para fins de compensação com a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, demanda a análise da legislação infraconstitucional (Código Tributário Nacional, Lei n. 9.703/1998 e Lei n. 9.718/1998). Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA. DEDUÇÃO DE VALORES DE DEPÓSITOS JUDICIAIS PARA APURAÇÃO DO LUCRO REAL. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 635.791-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 22.6.2011).

“TRIBUTÁRIO. COFINS. ART. 8º, CAPUT, e § 1º, DA LEI 9.718/98. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. REGIME DE COMPENSAÇÃO. PRAZO NONAGESIMAL. CONSTITUCIONALIDADE. COMPENSAÇÃO DOS VALORES RECOLHIDOS A MAIOR COM OUTROS TRIBUTOS. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. I - O Supremo Tribunal Federal, nos julgamentos dos RE 336.134/RS e RE 357.950/RS, decidiu pela constitucionalidade do art. 8º, caput, e § 1º, da Lei 9.718/98. II - Desnecessidade de lei complementar para majoração de alíquota de contribuição cuja instituição ocorreu nos termos do art. 195, I, da CF. Precedentes. III - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a apreciação das questões relativas à compensação dos valores recolhidos a maior com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 134

outros tributos e à aplicação de correção monetária e de juros depende da análise de normas infraconstitucionais e do prévio exame de fatos e provas. Ofensa reflexa à Constituição. Precedentes. IV - O prazo nonagesimal (CF, art. 195, § 6º) é contado a partir da publicação da Medida Provisória que houver instituído ou modificado a contribuição. V - Agravo Regimental Improvido” (RE 453.490-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 10.11.2006).

Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,

inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.450 (682)ORIGEM : AC - 20100542327 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : EVERALDO LUÍS RESTANHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS ANDREY DE SOUSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA TOURNIER SERAFIMADV.(A/S) : LUIS ANTÔNIO REQUIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TELEFONIA. CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES. EMISSÃO. DIFERENÇAS. PRESCRIÇAO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, CAPUT e I, DA CF/88. MATÉRIA DE ORDEM INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. DISCUSSÃO ACERCA DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454/STF. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA. INADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. A violação constitucional dependente da análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

4. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos. Súmula 279/STF, in verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

5. As cláusulas contratuais ou editalícias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11.

6. In casu, o acórdão recorrido assim assentou, in verbis: “PROCESSUAL CIVIL. RAZÕES DE APELAÇÃO INTEIRAMENTE DISSOCIADAS DO DECIDIDO NA SENTENÇA. MOTIVAÇÃO INEXISTENTE. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO. INTELIGÊNCIA DO ART. 514, INCISO ii, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. (…) APELO NÃO CONHECIDO.”

7. Agravo a que se nega seguimento.DECISÃO: Cuida-se de recurso extraordinário com agravo interposto

pela BRASIL TELECOM S/A com o objetivo de ver reformada a r. decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo no art. 102, III, alínea “a”, do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Terceiro Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, verbis:

“Trata-se de recurso extraordinário interposto por Brasil Telecom S/A contra decisão proferida por Câmara de Direito Comercial deste Tribunal.

O Supremo Tribunal Federal, em plenário virtual, decidiu que “não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto contrato de participação financeira e subscrição de ações de telefonia, com complementação dos títulos acionários, versa sobre matéria infraconstitucional “ (…) Porque a matéria versada no recurso extraordinário coincide com a tratada no referido agravo de instrumento, falta à admissão do apelo extremo o requisito indispensável de repercussão geral, nos termos do art. 543-B, §2º, do CPC.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, caput e I, da Constituição Federal. Assevera, em síntese, que a decisão recorrida violou o princípio da

isonomia ao não considerar a incidência da prescrição da pretensão autoral prevista na lei 6.404/76.

Em seu agravo contra inadmissão do recurso extraordinário, o recorrente argui ofensa direta ao princípio da isonomia e que há repercussão geral da matéria.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Não merece prosperar o presente apelo. É que a controvérsia foi decidida com fundamento na legislação

infraconstitucional de regência (Leis nº 8.078/90 e nº 10.406/02) e na análise de matéria fático-probatória e de cláusulas contratuais (Súmulas 279 e 454/STF). A ofensa à Constituição Federal, se ocorrente, seria indireta, o que por si só não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária.

Este Tribunal já assentou que a referida matéria situa-se no campo infraconstitucional e a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Ademais, a controvérsia tratada nos autos já foi analisada no AI 729.263 – RG, da relatoria do Min. Cezar Peluso, DJe de 16/10/2009, em que o Plenário desta Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional. O referido agravo está assim ementado:

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Telefonia. Contrato de participação financeira. Subscrição de ações. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Recurso não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto contrato de participação financeira e subscrição de ações de telefonia, com complementação dos títulos acionários, versa sobre matéria infraconstitucional.”

Ex positis, nego seguimento ao agravo, com fundamento no art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.586 (683)ORIGEM : AC - 20090631682 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : EVERALDO LUÍS RESTANHOADV.(A/S) : MARCOS ANDREY DE SOUSARECDO.(A/S) : JOSE JAIR CORREAADV.(A/S) : LISETE SCALABRIN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TELEFONIA. CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES. EMISSÃO. DIFERENÇAS. PRESCRIÇAO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, CAPUT e I, DA CF/88. MATÉRIA DE ORDEM INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REEXAME DE FATOS E PROVAS. DISCUSSÃO ACERCA DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DA CORTE. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA. INADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. A violação constitucional dependente da análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

4. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos. Súmula 279/STF, in verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

5. As cláusulas contratuais ou editalícias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 135

6. In casu, a controvérsia foi decidida no acórdão recorrido, com fundamento nas Leis nº 8.078/90 (CDC) e nº 10.406/02 (Código Civil), na análise de matéria fático-probatória e de cláusulas de contrato, in verbis: “APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES EMITIDAS EM DECORRÊNCIA DE CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA FIRMADO COM EMPRESA DE TELEFONIA. PRELIMINRA DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM REPELIDA – BRASIL TELECOM S/A, EMPRESA CONTRATADA, SUCESSORA DA TELESC (…) PRELIMINAR – CARÊNCIA DA AÇÃO COM RELAÇÃO AOS DIVIDENDOS REFERENTE ÀS AÇÕES FALTANTES – INACOLHIMENTO – PREFACIAL AFASTADA – RECURSO DESPROVIDO. (…) PREJUDICIAL DE MÉRITO – PRETENSÃO EM VER RECONHECIDA A OCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO TRIENAL, PREVISTA NO ART. 287, II, “G”, DA LEI N.º 6.404/76; RECONHECIDA A RELAÇÃO DE CONSUMO, A PRESCRIÇÃO DO ART. 27 DO CDC – PRESCRIÇÃO NÃO CONFIGURADA – RELAÇÃO JURÍDICA DE NAUREZA OBRIGACIONAL – APLICAÇÃO DA REGRA GERAL CONTIDA NO ART. 177 DO CC/1916 OUART. 205 DO CC/2002, OBSERVADO O DISPOSTO NO ART. 2028 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 – PRECEDENTES DO STJ – PRESCRIÇÃO AFASTADA – RECURSO DESPROVIDO. (…) EMISSÃO DAS AÇÕES EM DATA POSTERIOR A DO EFETIVO PAGAMENTO -DIREITO DO AUTR A DIFERENÇA CONSTATADA ENTRE O NÚMERO DE AÇÕES A QUE FARIA JUS NA DATA DO DESEMBOLSO E AS QUE FORAM EFETIVAMENTE EMITIDAS (…) PRESCRIÇÃO DOS DIVIDENDOS (ART. 206, § 3º, III, CC) INOCORRENTE – RECURSO DESPROVIDO (...)”

7. Agravo a que se nega seguimento.DECISÃO: Cuida-se de recurso extraordinário com agravo interposto

pela BRASIL TELECOM S/A com o objetivo de ver reformada a r. decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo no art. 102, III, alínea “a”, do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Terceiro Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, verbis:

“Trata-se de recurso extraordinário interposto por Brasil Telecom S/A contra decisão proferida por Câmara de Direito Comercial deste Tribunal.

O Supremo Tribunal Federal, em plenário virtual, decidiu que “não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto contrato de participação financeira e subscrição de ações de telefonia, com complementação dos títulos acionários, versa sobre matéria infraconstitucional “ (…) Porque a matéria versada no recurso extraordinário coincide com a tratada no referido agravo de instrumento, falta à admissão do apelo extremo o requisito indispensável de repercussão geral, nos termos do art. 543-B, §2º, do CPC.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, caput e I, da Constituição Federal. Assevera, em síntese, que a decisão recorrida violou o princípio da isonomia ao não considerar a incidência da prescrição da pretensão autoral prevista na lei 6.404/76.

Em seu agravo contra inadmissão do recurso extraordinário, o recorrente argui ofensa direta ao princípio da isonomia e que há repercussão geral da matéria.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Não merece prosperar o presente apelo. É que a controvérsia foi decidida com fundamento na legislação

infraconstitucional de regência (Leis nº 8.078/90 e nº 10.406/02) e na análise de matéria fático-probatória e de cláusulas contratuais (Súmulas 279 e 454/STF). A ofensa à Constituição Federal, se ocorrente, seria indireta, o que por si só não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária.

Este Tribunal já assentou que a referida matéria situa-se no campo infraconstitucional e a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Ademais, a controvérsia tratada nos autos já foi analisada no AI 729.263 – RG, da relatoria do Min. Cezar Peluso, DJe de 16/10/2009, em que o Plenário desta Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional. O referido agravo está assim ementado:

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Telefonia. Contrato de participação financeira. Subscrição de ações. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Recurso não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto contrato de participação financeira e subscrição de ações de telefonia, com complementação dos títulos acionários, versa sobre matéria infraconstitucional.”

Ex positis, nego seguimento ao agravo, com fundamento no art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se.

Brasília, 14 de setembro de 2012. Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 (684)ORIGEM : AC - 00064322320098190064 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BENTO PIRES DA ROSAADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMONDRECDO.(A/S) : RUTH SANTOS RAPOSOADV.(A/S) : LEONARDO PEREIRA THOME

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“Direito Civil. Demanda de reintegração de posse. Sentença de parcial procedência. Recurso da autora. Julgado que, nesta demanda de reintegração de posse rescindiu contrato de comodato supostamente celebrado entre as partes. Nulidade da sentença, que violou o princípio da correção entre a demanda e o provimento jurisdicional. Decisão extra petita. Reconhecimento de ofício da nulidade. Feito maduro para julgamento. Demanda de reintegração de posse que deve ser apreciada segundo o binômio posse e esbulho. Imóvel deixado a cinco herdeiros. Regime de condomínio no qual apenas um dos condôminos exercia posse direta, enquanto os demais exerciam apenas posse indireta. Autora que é sucessora do herdeiro que residia no imóvel. Posse direta sobre todo o bem que deriva da condição de proprietária. Impossibilidade de se reconhecer a existência de comodato sobre fração ideal. Objeto deste negócio jurídico que recai sobre coisa, isto é, bem corpóreo. Inteligência do art. 579 do CC. Exclusividade que teve origem na renúncia da posse direta pelos cotitulares em favor daquele que já estava no local. Réu, que, por adquirir 3/5 do bem, tomou-se apenas possuidor indireto, já que os demais condôminos não poderiam transferir uma posse direta que não tinham. Exercício de tal faculdade que, para ser exercido, dependeria de prévia notificação da parte autora. Configuração do esbulho. Jus possidendi que deverá ser discutido pela via própria. Recurso provido para se julgar procedente o pedido de reintegração na posse do bem, determinando-se a expedição do respectivo mandado”.

2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º, inc. II, XXXV, LIV e LV, 93, inc. IX, da Constituição da República.

Assevera que "a falta de fundamentação do venerável acórdão de fls., ora hostilizado, no enfrentamento do mérito, quanto aos aspectos relevantes articulados nos embargos de declaração, implica negativa da prestação jurisdicional de vez que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário deverão ser fundamentados, sob pena de nulidade, impedindo, inclusive o exercício da garantia constitucional do contraditório, diante do cerceio de defesa".

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que os recursos teriam sido “interpostos na pendência de julgamento dos embargos de declaração opostos pela própria parte ora Recorrente”.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Em 24.8.2011, o Agravante opôs embargos de declaração contra o

acórdão recorrido. O recurso extraordinário foi interposto em 27.7.2011. O julgamento dos referidos embargos ocorreu em 29.8.2011, posterior à interposição do recurso extraordinário, o qual não foi objeto de ratificação.

Assim, o recurso extraordinário é extemporâneo.Nesse sentido, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração e sem posterior ratificação” (RE 449.252-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 16.4.2009).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Recurso extraordinário interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração. Agravo regimental improvido. Salvo posterior ratificação, é extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes da publicação do acórdão dos

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 136

embargos de declaração, ainda que o julgamento destes não tenha implicado modificação substancial do teor do julgamento original” (AI 766.052-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 15.4.2010).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.890 (685)ORIGEM : AC - 70033106998 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MÔNICA GOES DE ANDRADE MENDES DE ALMEIDA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMÉRCIO E REPRESENTACOES MILANI LTDAADV.(A/S) : ADEMIR ABIDO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Tendo em vista a inexistência de recurso dirigido a esta Suprema Corte, encaminhem-se os presentes autos ao Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal, com a proposta de cancelamento da autuação deste recurso extraordinário com agravo, bem como de sua distribuição.

Publique-se.Brasília, 06 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.951 (686)ORIGEM : AI - 990102865495 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JORGE PERES GUIMARÃESADV.(A/S) : GIL REIGADARECDO.(A/S) : CHRISTIAN UWE BRAUNADV.(A/S) : PAULO EDUARDO MELILLO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“COISA MÓVEL. Compra e venda. Barco. Resilição do negócio. Inexistência de excesso de penhora e de execução. Bens penhorados que não permitem divisão cômoda. Falta de indicação, por outro lado, de eventual erro na conversão de moeda estrangeira para a nacional, tudo não indo além de genérica alegação. Agravo denegado”. (e-DOC 1, p. 91)

No apelo extremo, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, II, do texto constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se violação ao princípio da legalidade.Decido. O recurso não merece prosperar. Inicialmente, ressalto que a orientação sumulada desta Corte é no

sentido de que é inadmissível o recurso extraordinário quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.

No caso, verifica-se que o recorrente não demonstrou de que forma o acórdão recorrido teria afrontado a Constituição da República, cingindo-se a suscitar apenas o princípio constitucional acima enumerado.

Registro que é necessária, para a admissão do recurso extraordinário, a demonstração efetiva de ofensa à Constituição Federal, o que não ocorreu no caso dos autos, motivo pelo qual incide, na hipótese, a Súmula 284 do STF. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO RECURSAL. SÚMULAS STF 284 E 287. 1. Razões do agravo regimental que não atacam o fundamento da decisão impugnada. 2. É imprescindível para a admissão do apelo extremo previsto no art. 102, III, da Constituição Federal que a demonstração de ofensa à norma constitucional seja posta com clareza, o que não foi suficientemente feito pela parte recorrente. Súmulas STF 284 e 287. Precedentes. 3. Recurso Extraordinário interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição Federal , sem indicação de dispositivos constitucionais na petição do recurso . 4. Inexistência de argumento capaz de infirmar a decisão agravada, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI-AgR 786.680, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.6.2011).

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito eleitoral. Recurso especial eleitoral. Cabimento. Recurso extraordinário deficiente. Ausência de indicação dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Incidência da súmula 284 do STF. Ausência da preliminar formal de

repercussão geral. Agravo regimental desprovido. 1 . O recurso extraordinário é inadmissível quando ausente a indicação dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Incide no caso o disposto na Súmula 284 do STF, verbis: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia. 2. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 3. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 28.02.11: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. 4. In casu , o acórdão originariamente recorrido assentou: Prestação de contas de campanha. Recurso especial. Direito intertemporal. 1. A jurisprudência deste Tribunal Superior, anterior ao advento da Lei nº 12.034/2009, pacificou-se no sentido do não cabimento de recurso em processo de prestação de contas, tendo em vista seu caráter administrativo. 2. A Lei nº 12.034/2009 acrescentou os §§ 5º, 6º e 7º ao art. 30 da Lei nº 9.504/97, prevendo expressamente o cabimento de recurso em processo de prestação de contas de campanha, inclusive dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral. 3. Conforme já decidido pelo Tribunal, tais disposições têm eficácia imediata, dado o caráter processual, e aplicam-se aos processos em curso, admitindo-se o recurso desde que interposto na vigência da Lei nº 12.034/2009. 4. Não é cabível o recurso especial no processo de prestação de contas, se ele foi interposto antes da publicação da nova lei. Agravo regimental não provido. 5. Agravo regimental desprovido” (ARE-AgR 664.727, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 25.4.2012).

Ante o exposto, nego provimento ao recurso (art. 544, §4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.956 (687)ORIGEM : PROC - 200871500292416 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CRISPIN LUCAS JESUS SILVAADV.(A/S) : EWERTON CARVALHO DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. REVISÃO. TETO. CRITÉRIO DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO. A REPERCUSSÃO GERAL NÃO DISPENSA O PREENCHIMENTO DOS DEMAIS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS. MATÉRIA DE ORDEM INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INADMISSIBILIDADE DA VIA EXTRAORDINÁRIA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

4. In casu, o acórdão recorrido negou provimento ao recurso inominado interposto pela parte autora confirmando a sentença por seus próprios fundamentos, na qual o pedido inicial fora julgado improcedente negando-se o pleito de reajustamento da renda mensal do benefício, sob argumento de que, apesar da majoração do limite máximo do salário-de-contribuição pelas EC nº 20/98 e 41/03, tal majoração caracterizou apenas

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 137

uma nova definição de novo limite, porém, não indicou que a intenção do legislador fosse o reajuste dos benefícios, eis que tal matéria deve ser objeto de legislação ordinária. Por fim, concluiu que o pleito de manutenção do coeficiente de proporcionalidade entre a renda mensal e o teto, é um reajuste que a Emenda Constitucional não concedeu.

5. Agravo a que se nega seguimento.DECISÃO: Cuida-se de recurso extraordinário com agravo manejado

por CRISPIN LUCAS JESUS SILVA, contra decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, interposto com fulcro no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, em face de decisão prolatada pelo Presidência da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:

“Trata-se de recurso extraordinário interposto pela parte autora, contra acórdão proferido pela Turma Recursal.

É inviável o seguimento do recurso no presente caso. A controvérsia cinge-se ao âmbito infraconstitucional, sendo a violação alegada, caso existente, reflexa ou indireta. (…) Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.”

Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados. Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs

recurso extraordinário com fulcro no art. 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão geral e apontando como violado o artigo 84, inciso IV, da Magna Carta. Sustenta a tese de que o recorrente faz jus ao reajuste de seu benefício, eis que houve abuso do poder regulamentar com edição do Decreto 5.061/2004 e da Portaria 5.188/99 da Previdência Social, que regulamentaram os valores do teto dos benefícios, em contrariedade às Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/03.

O Tribunal a quo inadmitiu o apelo extremo sob fundamento de que a questão de fundo versa acerca de matéria de ordem infraconstitucional.

Em sua minuta de agravo, o agravante reitera as alegações do recurso extraordinário.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Destaca-se que a controvérsia debatida no feito consiste no direito ao reajustamento de benefícios e salários-de-contribuição, consoante as Emendas Constitucionais nº 20/98 e n.º 41/03, Medida Provisória nº 1.824/99, Portaria 5.188/99 da Previdência Social e Decreto nº 5.061./2004, que estabeleceram os índices.

A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário.

A Corte nos autos do RE 686.143-RG/PR, do Relator Min. Cezar Peluso, posicionou-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia em questão, por entender que a discussão tem natureza infraconstitucional, decisão essa que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso

extraordinário em que se discute a revisão da renda mensal do benefício previdenciário pela aplicação dos mesmos índices de reajuste aplicados ao teto dos salários-de-contribuição. O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no RE 686.143-RG/PR, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia em questão, por entenderem que a discussão tem natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 27 de agosto de 2012. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI – Relator” (ARE 700304, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 27/08/2012, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-172 DIVULG 30/08/2012 PUBLIC 31/08/2012)

“AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CRITÉRIOS DE REAJUSTE DE BENEFÍCIO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República. O recurso extraordinário foi interposto contra julgado da Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais – Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, que manteve sentença proferida nos termos seguintes: “Menciona a parte autora que o INSS aplicou o índice integral e não pro rata ao reajustar o teto dos benefícios previdenciários, alterados pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e 41/03, em junho de 1999 e maio de 2004 (através da Portaria nº 5.188/99 e do Dec. nº 5.061/04). Argumenta que somente a Constituição pode estabelecer, com a finalidade de ajuste atuarial, disparidade de critérios entre os reajustes do teto e dos benefícios. Sustenta a inconstitucionalidade e ilegalidade da sistemática adotada e alega que os mesmos índices aplicados ao teto devem ser estendidos aos benefícios. (…) Na hipótese, percebe-se

que de fato foram aplicados ao teto os índices integrais de reajuste e não pro rata em junho de 1999 e maio de 2004, conforme referido pela parte autora. Todavia, não há qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade no referido procedimento. A este passo, cumpre registrar que o reajuste do teto do salário-de-contribuição, para que seja preservado seu valor real, está vinculado ao reajuste dos benefícios previdenciários, não o inverso. O reajuste dos benefícios é feito por regramento específico, por índices e nas épocas estabelecidas pelo legislador ordinário (por expressa delegação constitucional – art. 201, § 4º, da CF c/c os arts. 41 e 41-A da Lei nº 8.213/91), e não está, reitere-se, atrelado à elevação do teto, sendo possível elevar o limite das contribuições sem majorar os benefícios em manutenção. Ademais, embora o art. 28, § 5º, da Lei nº 8.212/911 estabeleça correlação entre a elevação dos benefícios e do teto, referido dispositivo não autoriza a extensão aos benefícios dos reajustes operados em relação ao limite do salário-de-contribuição. De fato, há vinculação entre o valor do salário-de-benefício e do próprio benefício e o teto do salário-de-contribuição, conforme disposto nos arts. 29, § 2º, e 33, ambos da Lei nº 8.213/91, que estabelecem que aqueles não podem ultrapassar a importância estipulada para este. Dessa forma, para preservar o valor real dos benefícios, o teto do salário-de-contribuição não pode sofrer reajuste em percentual inferior ao aplicado às prestações em manutenção, o que não significa que seja possível estender aos benefícios eventual elevação operada quanto ao teto” (grifos nossos). 2. O Recorrente alega que teriam sido contrariados o art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e o art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003. Afirma que “toda vez que os benefícios da Previdência Social são reajustados (atualmente o reajuste é anual) ocorre, de forma automática, também o reajuste do limite máximo de contribuição ou do teto de contribuição ao INSS. (…) Houve nas competências junho/1999 e maio/2004 reajuste do limite máximo do teto de contribuição sem a necessária replicação dos mesmos índices para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, violando-se, assim, garantia constitucional dos segurados” (grifos no original). Sustenta que: “existem algumas regras fundamentais relacionadas aos reajustes dos benefícios previdenciários, assim como existe um procedimento em relação à majoração do teto de recolhimento das contribuições previdenciárias. O teto de recolhimento das contribuições previdenciárias deve ser reajustado na mesma periodicidade e pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme expressa disposição contida nas Emendas Constitucionais n. 20, de 15/12/1998 e n. 40, de 19/12/2003. (…) este mecanismo de ajuste atuarial podia ser aplicado pelo legislador constitucional. Entretanto, tal mecanismo, por expressa vedação contida no texto das referidas Emenda Constitucionais, não poderia em hipótese alguma ser aplicado pelo legislador infraconstitucional (…) em junho de 1999 (primeiro reajuste após a Emenda Constitucional n. 20/98, através da Portaria 5.188/99) e em maio de 2004 (primeiro reajuste após a Emenda Constitucional n. 40/03, através do Secreto 5.061/04), o legislador infraconstitucional, desrespeitando a limitação que lhe foi imposta, majorou o teto de contribuições de forma dessincronizada com o reajuste concedido aos benefícios do RGPS. Essa majoração indevida ocorreu (…) porque não foi observado – em ambos os reajustes – o critério pro rata pois foram aplicados os índices de reajustes integrais (correspondentes à apuração anual) sobre valores existentes apenas a partir de dezembro (de 1998 e de 2003, respectivamente). (…) O que se pretende com a presente ação, portanto, é que o Poder Judiciário, no uso de suas atribuições constitucionais, garanta a estrita observância do texto constitucional no que toca à matéria objeto de análise” (grifos no original). 3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. 4. No agravo interposto, a Agravante reitera os argumentos do recurso extraordinário. Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 7. A Turma Recursal de origem decidiu a controvérsia com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente. Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. ÍNDICES DE REAJUSTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INOVAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. Reajustamento de benefícios previdenciários é matéria de índole infraconstitucional. Nos termos da jurisprudência da Corte, não é possível inovar em agravo regimental. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 704.372-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 13.8.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1. Índices de reajuste de benefício previdenciário. Impossibilidade de análise de legislação infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2. Alegada inconstitucionalidade do art. 41, inc. II, da Lei n. 8.213/1991. Inadmissibilidade de inovação de argumentos em agravo regimental. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 854.711-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.5.2012). Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 15 de agosto de 2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 138

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora (ARE 703777, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 15/08/2012, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-166 DIVULG 22/08/2012 PUBLIC 23/08/2012)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DO CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL - RMI. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 2. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 638.905-AGR-SEGUNDO, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJ 4.6.2010)

“SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE RMI. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO I – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissível o RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria reflexa. Precedente. II – Agravo regimental improvido.” (AI 737.342-AGR-SEGUNDO, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJ 4.10.2011)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 816.477-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 24.6.2011, grifos nossos). “Agravo regimental no recurso extraordinário. 2. Previdenciário. Índices aplicáveis. Reajustamento de benefícios previdenciários. 3. A definição de critérios para assegurar o reajustamento dos benefícios de modo a preservar o seu valor real está restrita ao âmbito da legislação infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento”. (RE 588.956-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 30.5.2011 – grifos nossos).

Ex positis, nego seguimento ao agravo de instrumento com fundamento no disposto no artigo 544, § 4º, II, b, do Código de Processo Civil e artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.226 (688)ORIGEM : AC - 200651010222005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSE FERNANDES BARBOSAADV.(A/S) : GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

MILITAR. ANISTIA. NATUREZA DO ATO DE EXPULSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

"ADMINISTRATIVO. ANISTIA. MILITAR TEMPORÁRIO. INCORPORAÇÃO APÓS A EDIÇÃO DA PORTARIA 1.104/64 DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA. NÃO COMPROVADA MOTIVAÇÃO EXCLUSIVAMENTE POLÍTICA. LICENCIAMENTO POR CONCLUSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO.

1. A questão sob exame cinge-se à declaração da condição de anistiado político de militar temporário licenciado em 1976, pela Portaria n. 1.104/GM3/1964, para, consequentemente, fazer jus à reparação econômica por meio de prestações mensais permanentes e continuadas, na forma da Lei n. 10.559/2002.

2. A sentença recorrida extinguiu o processo, com julgamento do mérito, fundamentando-se na tese de que a relação jurídica se encontra fulminada pela prescrição, eis que a ação foi ajuizada cerca de 18 (dezoito) anos após a promulgação da Constituição da República.

3. A edição da Lei n. 10.559, de 13.11.2002, configurou renúncia tácita ao prazo prescricional.

4. Com efeito, a Administração reconheceu o cunho político da Portaria n. 1.104/GM3-64, por meio da Súmula Administrativa n. 2002.07.0006-CA, editada pelo Plenário da Comissão de Anistia, órgão subordinado ao Ministério da Justiça, no sentido de que os cabos incorporados anteriormente à vigência fazem jus à anistia.

5. Entretanto, os cabos incluídos no serviço ativo da Força Aérea

posteriormente à edição da aludida Portaria não têm direito à anistia, tendo em vista que em relação a estes a norma - preexistente - tinha conteúdo genérico e impessoal. Precedentes do STJ e deste Tribunal.

6. O Apelante, ex-cabo da Aeronáutica foi licenciado em 1976. A Lei do Serviço Militar (n. 4.375/64) e o Decreto 57.654/66, que a regulamentou, submetem a disciplina dos prazos e das condições de engajamento e reengajamento ao poder discricionário da autoridade competente, que decide de acordo com os critérios de conveniência e oportunidade.

7. Não restou demonstrado nos autos qualquer vinculação entre o licenciamento do autor e as medidas políticas antirrevolucionárias, da época, que pudesse imprimir ilegalidade ao ato de desligamento do serviço militar (art. 333, inc. I, do CPC).

8. Recurso de apelação improvido. Manutenção da improcedência do pedido, por outros fundamentos".

2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Assevera que:“Em 08/10/1964, o então Ministro da Aeronáutica (...) expulsou pela

Portaria 1.103-GM2 alguns componentes da ACAFAB [Associação de Cabos da Força Aérea Brasileira]. Em 12/10/1964, publicou a Portaria 1.104/64-GM3, que excluiu compulsoriamente vários praças e baixa patente ligados à ACAFAB, determinando tempo máximo para sua permanência na Força, sustando os direitos garantidos pela Portaria 570/54, então em vigor.

(...)A medida da Aeronáutica atingiu não apenas os praças que tinham

uma atividade política, mas toda a categoria, que ingressou submetida a um outro regime de tempo de serviço. Sendo a Portaria n. 1.104/64 um ato meramente político que visava a atingir determinados cidadãos, nasceu com um vício de origem, com uma nulidade, que tornava ilegítimos seus efeitos tanto para aqueles que ingressaram na FAB antes da referida portaria, quanto para aqueles que ingressaram na FAB após a sua promulgação”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Concluir de modo diverso do acórdão recorrido demandaria o

reexame das provas dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. ANISTIA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 735788-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.6.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MILITAR. ANISTIA. ART. 8º DO ADCT. NATUREZA DO ATO DE EXPULSÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A controvérsia acerca da natureza jurídica do ato de expulsão do militar, para efeito de concessão da anistia prevista no art. 8º do ADCT, requer o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 do STF. II - Agravo regimental improvido” (RE 601.202-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 9.11.2010).

“Constitucional. Anistia (art. 8º, ADCT e Lei 6.683/79). Controvérsia sobre a natureza jurídica do ato de expulsão. Reexame de provas. Incidência da Súmula 279. Regimental não provido” (RE 329.656-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 6.6.2003).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.292 (689)ORIGEM : ARESP - 132380 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃRECDO.(A/S) : REGINALDO LIMA RODRIGUESADV.(A/S) : SHINDY TERAOKA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

DEMISSÃO DE SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. 1) CONTROLE JUDICIAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 139

DO ATO ADMINISTRATIVO: INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. 2) ANÁLISE DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“O princípio da Separação dos Poderes não impede que o Poder Judiciário verifique a realidade e a proporcionalidade dos motivos invocados para a demissão. Deve ser reintegrado o servidor que não praticou o fato pelo qual punido e se não razoável a manutenção da pena pelo efetivamente ocorrido.” (doc. 4, fl. 109).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art.

2º da Constituição da República.Assevera que “a reforma do v. acórdão é medida de rigor, dada a

flagrante violação ao art. 2º da Constituição Federal, que garante a independência dos Poderes da República e veda venha o Judiciário a adentrar no mérito do ato administrativo e decidir sobre a conveniência, oportunidade, eficiência ou justiça desse ato” (doc. 7, fls. 17).

Assevera que “as testemunhas do servidor demitido no processo judicial foram predispostas contra a administração, posto que a testemunha Luiz Otávio Prudente Cruz demanda várias causas em face da Administração, a exemplo do processo no 637.01.2005.011134-7 - Ordem no 1.312/2005 da Terceira Vara Cível da Comarca de Tupã/SP. Na mesma guarida a testemunha e também servidor municipal, Sr. Marco Antonio Barbosa, integrante do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Tupã, atualmente como Presidente, defende desarrazoadamente qualquer servidor, independente da justiça da causa ou qualquer direito, não sendo testemunha da verdade, mas apenas defensor de interesses da classe.” (doc. 7, fls. 19-20).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a ofensa à Constituição da República, se existente, seria indireta (doc. 7, fls. 104).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal assentou que o

controle judicial dos atos administrativos não contraria o art. 2º da Constituição da República:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. INSPETOR DE SEGURANÇA. CONTRATAÇÃO PRECÁRIA DE PESSOAL. PRETERIÇÃO CARACTERIZADA. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. POSSIBILIDADE DE CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ABUSIVOS E ILEGAIS. AGRAVO IMPROVIDO” (RE 629.574- AgR, Rel. Min. Ricardo Lewnadowski, Segunda Turma, Dje 23.4.2012 – grifos nossos).

“O regular exercício da função jurisdicional, por isso mesmo, desde que pautado pelo respeito à Constituição, não transgride o princípio da separação de poderes” (MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 12.5.2000 – grifos nossos).

“Não há falar haja o acórdão contrariado o disposto no art. 2º, C.F. É que cabe ao Judiciário fazer valer, no conflito de interesses, a vontade concreta da lei e da Constituição. Se assim procede, estando num dos polos da ação o Estado, o fato de o Judiciário decidir contra a pretensão deste não implica, evidentemente, ofensa ao princípio da separação dos poderes, convindo esclarecer que, conforme lição de Balladore Palieri, constitui característica do Estado de Direito sujeitar-se o Estado à Jurisdição” (RE 443.158, Rel. Min. Carlos Velloso, decisão monocrática, DJ 8.4.2005, trânsito em julgado em 6.5.2005 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido.7. Ademais, no voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador

Relator Barreto Fonseca afirmou:“O apelante foi demitido por ter agredido seus superiores, incidindo

na alínea e do inciso II do caput do artigo 177 da Lei municipal de Tupã nº 2.979/89.

Ora, a testemunha Luiz Otávio (f. 215) contou que tão só ouvira uma conversa um pouco alterada e que a seu pedido o apelante saiu do local. A testemunha Isaias (f. 216) viu o apelante conversando de modo muito alterado e nervoso, mas não assistiu a nenhuma agressão física. A testemunha Marcos Antônio (f. 217) afirmou categoricamente que não houve

nenhum ato de agressão física.Os superiores que teriam sofrido a agressão contaram, Paulo de

Oliveira (f. 218), que o apelante vinha em sua direção, falando alto e apresentava estar muito nervoso, e quando chegou perto do Joaquim o agarrou pelo ombro dizendo que ele era culpado do nervoso dele, e que o apelante colocou a mão no seu peito, dela testemunha, e também a empurrou, e, Joaquim (f. 219), que o apelante começara a falar alto e, na sequência, se aproximou e o agarrou pelo ombro dando-lhe um chaqualhão, mas não chegou a cair. É preciso muita predisposição contra o apelante, pessoa cuja benignidade levou um anterior integrante da comissão processante a postular sua substituição (cópia de f. 40), para ver um ato de agressão física em um simples agarrar de ombro com chaqualhão e em um colocar a mão no peito e empurrão.

De notar que, no procedimento administrativo, a testemunha João Donizete, que segundo um dos superiores, tudo presenciara (f. 50), negou ter visto agressão e impedido o apelante de pegar uma enxada.

A demissão em razão de agressões que não houve e por discussão sem maiores consequências em um galpão de almoxarifado e oficina é desproporcional e fere o princípio da razoabilidade.

Os motivos do ato administrativo o vinculam. Se o apelante não incorreu nos incisos cuja desobediência fundamentou a demissão, essa deve ser afastada.

Demais, a proporcionalidade e a razoabilidade se inserem no princípio da eficiência (caput do artigo 37 da Constituição da República). Desproporcionada e não razoável a aplicação da pena de demissão a. servidor com mais de dez anos de trabalho por fatos de pequena monta.)”.

O Tribunal a quo apreciou a matéria à luz dos fatos e das provas constantes dos autos.

Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o reexame do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL. EXISTÊNCIA DE CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO. ATO ILEGAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.980-AgR/MA, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 26.10.2011, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS NO EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS. PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RE N. 598.099). REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO ” (RE 666.092-AgR/BA, Rel. Min. Fux, Primeira Turma, DJ 23.4.2012).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.379 (690)ORIGEM : AC - 994092768511 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARCO ANTONIO BERGAMO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEILA HAJJAR BORGES GOYTACAZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE LAUFT EQUIPAMENTOS

INDUSTRIAIS LTDAADV.(A/S) : ALFREDO LUIZ KUGELMAS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL.

ART. 544 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Apelação Cível.Ação declaratória de exclusão do quadro societário – Alteração

contratual referente à exclusão dos sócios não arquivada na Junta Comercial – Superveniência de falência – Impossibilidade de arquivamento da alteração contratual após decretada a falência – Improcedência da ação mantida, com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 140

observação no que toca à alteração a fundamentação.Nega-se provimento ao recurso, com observação.” (doc. 3, fl. 108).Não foram opostos embargos de declaração.2. Os Agravantes afirmam que o Tribunal de origem teria contrariado

o art. 5º, inc. XX e XXXVI, da Constituição da República.3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a

violação ao texto constitucional, se existente, seria indireta. (doc. 4, fl. 29).Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assistem aos Agravantes.6. O agravo é intempestivo.A decisão agravada foi publicada em 8.2.2012 (doc. 4, fl. 31), o prazo

começou a fluir em 9.2.2012 e findou em 22.2.2012.O agravo, no entanto, foi protocolizado no dia 23.2.2012 (doc. 4, fl.

47), quando exaurido o prazo legal de 10 dias.Este Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que “a

inobservância desse requisito temporal, pela parte recorrente, provoca, como necessário efeito de caráter processual, a incognoscibilidade do recurso interposto” (AI 793174 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, Dje 3.12.2010).

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

INTEMPESTIVIDADE. SÚMULA 322. Não terá seguimento pedido ou recurso dirigido ao Supremo Tribunal Federal, quando manifestamente incabível, ou apresentado fora do prazo legal. Agravo regimental improvido.” (AI 165469-AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 27.10.1995 – grifos nossos).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Decisão agravada que entendeu ser o recurso extraordinário intempestivo. Comprovação nos autos de interposição do recurso fora do prazo legal. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 595707-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 7-12-2006).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do

Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.445 (691)ORIGEM : AC - 992070481392 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S/AADV.(A/S) : DOUGLAS DONIZETTI CHEFER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JR CATANDUVA TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : ARISTÓTELES MARTINS

Petição/STF nº 45.689/2012DECISÃOAGRAVO – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.1.Centrovias Sistemas Rodoviários S/A formula desistência do

agravo, nos termos do artigo 501 do Código de Processo Civil.2.Ante o disposto no Regimento Interno desta Corte, homologo o

pedido de desistência do recurso para que produza os efeitos legais.3.Publiquem.Brasília, 5 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.559 (692)ORIGEM : AC - 20020050224191001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO BRAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RÔMULO MORGAN DE MORAES REISADV.(A/S) : ANDREI DORNELAS CARVALHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/

SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação

de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como

indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto.

Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância “a quo”. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do órgão de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 06 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.572 (693)ORIGEM : AC - 990101146363 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS VICTOR ARAGÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SELARIA CHUVICO COMÉRCIO DE SELA COURO EM

GERAL - MEADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DE MATTOS FRANCO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo não se revela viável.

É que, em situações assemelhadas à destes autos, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em reiterados pronunciamentos, tem assinalado não caber recurso extraordinário contra decisões (a) que deferem, ou não, provimentos liminares ou (b) que concedem, ou não, a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, pelo fato de tais atos decisórios – precisamente porque apenas fundados na verossimilhança das alegações ou na mera plausibilidade jurídica da pretensão deduzida – não veicularem qualquer juízo conclusivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em consequência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição.

Cabe assinalar, por necessário, que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal já firmaram entendimento no sentido de que o ato decisório – que apenas examina a ocorrência do “periculum in mora” e a relevância jurídica da pretensão deduzida pelo autor – não traduz manifestação jurisdicional conclusiva em torno da procedência, ou não, dos fundamentos jurídicos alegados pela parte interessada, inviabilizando, desse modo, a utilização do recurso extraordinário, ante a ausência de contrariedade a qualquer dispositivo constitucional, ainda que o provimento de índole cautelar possa, eventualmente, revestir-se de caráter satisfativo (AI 269.395/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 226.471/RO, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 232.068- -AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 234.153/PE, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 239.874-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – RE 272.194/AL, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, v.g.):

“RE – DEMANDA CAUTELAR – LIMINAR. A liminar concedida em demanda cautelar, objeto de confirmação no julgamento de agravo de instrumento, não é impugnável mediante recurso extraordinário.”

(AI 245.703-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)“Agravo regimental. Não cabimento de recurso extraordinário

contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do ‘fumus boni iuris’ e do ‘periculum in mora’.

- Em se tratando de acórdão que deu provimento a agravo para deferir a liminar pleiteada por entender que havia o ‘fumus boni iuris’ e o ‘periculum in mora’, o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos (no caso, constitucionais) do mandado de segurança eram relevantes, o que, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra ‘a’ do inciso III do artigo

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 141

102 da Constituição (que é a dos autos) que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo.

Agravo a que se nega provimento.”(AI 252.382-AgR/PE, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei)“RE: cabimento: decisão cautelar, desde que definitiva: conseqüente

inadmissibilidade contra acórdão que, em agravo, confirma liminar, a qual, podendo ser revogada a qualquer tempo pela instância a quo, é insuscetível de ensejar o cabimento do recurso extraordinário, não por ser interlocutória, mas sim por não ser definitiva.”

(RE 263.038/PE, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)Cumpre referir, ainda, no sentido da presente decisão, a

existência de julgamento emanado da colenda Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, cujo entendimento, sobre a matéria ora em análise, reiterou a diretriz jurisprudencial que se vem de mencionar, advertindo – mesmo tratando-se de hipótese de tutela antecipatória – não se revelar cabível a interposição de recurso extraordinário, por inocorrente, em tal situação, “manifestação conclusiva” sobre matéria de índole constitucional (RE 315.052/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, “in” Informativo/STF nº 270).

Não se pode perder de perspectiva, na apreciação da presente causa, que o entendimento jurisprudencial ora referido sempre prevaleceu no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, na matéria, ao admitir a possibilidade de interposição de recurso extraordinário contra decisão interlocutória, tem enfatizado a necessidade de tal ato decisório revelar-se definitivo (RTJ 17-18/114, Rel. Min. VICTOR NUNES – RTJ 31/322, Rel. Min. EVANDRO LINS):

“(...) O recurso extraordinário é admissível de decisão de caráter interlocutório, quando ela configura uma questão federal, encerrada definitivamente nas instâncias locais.”

(RTJ 41/153, Rel. Min. HERMES LIMA – grifei)Cumpre acentuar, neste ponto, que essa orientação acha-se

presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 735 do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte conteúdo:

“Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.” (grifei)

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.630 (694)ORIGEM : AI - 200901000330967 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : FABÍOLA SOUSA COELHO DOS SANTOSADV.(A/S) : FABÍOLA SOUSA COELHO DOS SANTOS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

DEFERIMENTO DE LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA: SÚMULA N. 735 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCURSO PÚBLICO. MINISTÉRIO DA SAÚDE. TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR. PROVA DE TÍTULOS.

1. Pela literalidade da regra do Edital não é exigida a apresentação da declaração mencionada na alínea ‘c’ do item 8.8.3 do Edital, na hipótese de apresentação de contrato de prestação de serviços. A ausência de tal declaração não frustra o cumprimento da finalidade a que se destina a norma supracitada, porque à vista dos documentos juntados aos autos é possível aferir a espécie dos serviços prestados pela candidata e o período de prestação dos serviços. Não está prejudicada, portanto, a avaliação dos títulos apresentados.

2. Agravo de instrumento a que se nega provimento” (fl. 188).Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. No recurso extraordinário, a Agravante alega que o Tribunal a quo

teria contrariado os arts. 2º, 5º, caput, e 37, inc. I e II, da Constituição da República.

Argumenta que “não se admite alteração da lei do concurso, com o propósito de favorecer candidato determinado, constituindo-se este ato, se

praticado, flagrante ofensa aos princípios da legalidade, da igualdade, da impessoalidade e da moralidade administrativa” (fl. 218).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob o fundamento de incidência da Súmula n. 284 do Supremo Tribunal (fl. 222).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O acórdão recorrido manteve a medida liminar deferida em

mandado de segurança para obrigar banca examinadora de concurso público a avaliar título apresentado por candidata.

As medidas antecipatórias e cautelares, por não representarem pronunciamento definitivo, mas provisório, a respeito da controvérsia, devem ser confirmadas (ou, se for o caso, revogadas) pela sentença que julgar o mérito da causa, podendo, ademais, ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo, até mesmo pelo órgão que as deferiu.

Assim, a natureza precária e provisória do juízo desenvolvido em liminar ou tutela antecipada não viabiliza o recurso extraordinário, pois somente com a sentença é que se terá o pronunciamento definitivo, na instância específica, sobre as questões jurídicas enfrentadas na apreciação das liminares.

Confiram-se os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO QUE MANTEVE DEFERIMENTO DE MEDIDA LIMINAR EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SÚMULA 735 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (RE 559.691-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.8.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. LIMINAR OU TUTELA ANTECIPADA: ATO DECISÓRIO NÃO DEFINITIVO. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 735 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 652.802-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.2.2009 – grifos nossos).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Acórdão recorrido que deu provimento a agravo de instrumento para indeferir liminar, reformando decisão que deferira liminar na ação cautelar originária para autorizar a parte agravante 'a participar com seus animais, de todos os eventos da raça Mangalarga Marchador'. Aplicação da súmula 735. Agravo improvido. Não cabe recurso extraordinário contra decisão que defere ou indefere medida cautelar. 3. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (AI 552.178-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 28.11.2008 – grifos nossos).

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO QUE CONFIRMA INDEFERIMENTO DE LIMINAR MANDAMENTAL - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DO 'FUMUS BONI JURIS' E DO 'PERICULUM IN MORA' - AUSÊNCIA DE QUALQUER PRONUNCIAMENTO SOBRE OS FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA IMPETRAÇÃO FUNDAMENTAL - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO PELA EMPRESA CONTRIBUINTE - ACOLHIMENTO DA POSTULAÇÃO RECURSAL DEDUZIDA PELO MUNICÍPIO - AGRAVO PROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam medidas cautelares ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios - precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do 'periculum in mora' e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes" (AI 439.613-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 17.10.2003 – grifos nossos).

7. Incide na espécie vertente a Súmula n. 735 do Supremo Tribunal:“Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida

liminar”.Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 142

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.637 (695)ORIGEM : AC - 990104872626 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALEXANDRE SALASADV.(A/S) : ROBERTO CASTRO SALASRECDO.(A/S) : BANCO ITAÚ BBA S/AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 2º DO ART. 543-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e c, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

"ARRENDAMENTO MERCANTIL. AÇÃO DE RESILIÇÃO. MORA CARACTERIZADA. IMPROCEDÊNCIA RECONHECIDA. RECURSO IMPROVIDO”.

2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, inc. LIV, da Constituição da República.

Assevera que "está provado nos autos, documentalmente, que o banco-recorrido descumpriu a lei, descaracterizou o instituto do arrendamento mercantil".

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob o fundamento de ausência da preliminar de repercussão geral da questão constitucional, nas razões do recurso extraordinário.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Agravante foi intimado do acórdão dos embargos de declaração

opostos em 28.2.2011. No entanto, não há na petição de recurso extraordinário preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Logo, o Agravante não atendeu ao disposto no § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil e no art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO ELEITORAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. LEI N. 11.418/2006: NORMAS GERAIS APLICÁVEIS A TODOS OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. REPERCUSSÃO GERAL IMPLÍCITA: INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO” (AI 703.114-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 4. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 744.686-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 26.6.2009).

“1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 3. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Precedente. 4. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 5. Agravo regimental desprovido” (AI 692.400-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 30.5.2008).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.

8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.897 (696)ORIGEM : PROC - 200970510000453 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALCINO PALUDETTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LINCO KCZAMRECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Paraná:

"Na hipótese destes autos, a parte autora informa que executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, nesta ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado.

E, nesse aspecto, não merece procedência o pedido inicial.(...) a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de

ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito".

2. O Agravante afirma que a Turma Recursal de origem teria contrariado os arts. 5º, inc. II, XXXV, XXXVI, 21, inc. VIII, e 22, inc. XIX, da Constituição da República.

Sustenta que:“não houve pronunciamento judicial expresso no referido título

executivo judicial acerca dos juros remuneratórios no período integral. Em outras palavras, não formou-se a coisa julgada material com relação ao pedido de incidência dos juros remuneratórios por todo o período. (...) Verifica-se não estar o objeto da presente lide, restrito aos juros remuneratórios, prejudicado pela eficácia preclusiva da coisa julgada, tampouco pela eficácia erga omnes atribuída pelo art. 16, da Lei nº 7.347/85, que estende os efeitos da coisa julgada além das partes do processo, relativizando a primeira parte do art. 472, do CPC, (...) pois os terceiros (no caso os poupadores paranaenses) "jamais poderão ser atingidos negativamente pela sentença proferida em processo em que não tenham sido partes", isto é, a coisa julgada só se estende a terceiros 'in utilibus'”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de ausência de contrariedade direta à Constituição.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Concluir de modo diverso do acórdão recorrido demandaria a

análise dos limites objetivos da coisa julgada, o que é vedado em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta” (RE 621.648-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.10.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 143

OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A questão relativa aos limites objetivos da coisa julgada é de índole infraconstitucional. Assim, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, não dando margem ao cabimento do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 761.943-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 7.10.2010).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.951 (697)ORIGEM : AI - 05596368820108260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : PATRÍCIA COELHO MOREIRA BAZZO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LEONOR DAS NEVES DIASADV.(A/S) : KARINA DAS GRAÇAS VIEIRA BARCELOS

DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra recurso extraordinário interposto de acórdão (cuja intimação da parte se deu em 28.04.2011) proferido no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Verifico que a parte ora agravante não desenvolveu, na petição de recurso extraordinário, argumentação suficiente acerca das circunstâncias que poderiam configurar a relevância social e jurídica das questões constitucionais aventadas na petição de recurso extraordinário. Há, portanto, deficiência formal que o inviabiliza.

Nesse sentido: AI 709.995, rel. min. Cármen Lúcia, DJE 24.06.2008. Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.057 (698)ORIGEM : AC - 92153643120078260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ALCIR DE OLIVEIRARECTE.(S) : AMÁLIA APARECIDA FERNANDES OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS CÁCERES MUNHOZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA HABITACIONAL REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO - COHAB-RPADV.(A/S) : JOÃO BATISTA BARBOSA TANGO E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de agravo interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a ) em virtude da ausência da preliminar formal de repercussão geral.

Correta a decisão agravada. Verifico que a publicação do acórdão recorrido se deu em 14.10.2010

(e -STJ 1230) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Do exposto, nos termos do art. 544, § 4º, II, a , do Código de Processo Civil, conheço do agravo e nego-lhe seguimento.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.135 (699)ORIGEM : AC - 70038292603 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO

SULRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORESADV.(A/S) : ANDRÉ VONONI DE GODOY

DECISÃO: O presente recurso não impugna o único fundamento em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma

das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como

indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto.

Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância “a quo”. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do Tribunal de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacado, especificamente, o único fundamento da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.228 (700)ORIGEM : PROC - 00657289720118190001 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : VICTOR SILVA FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MEILTON FOURNIER DA SILVAADV.(A/S) : JÂNIO CARLOS ALMEIDA DE CARVALHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. REVISÃO CONTRATUAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.

3. A Súmula 282 do STF dispõe, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”.

4. As cláusulas contratuais e estatutárias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11.

5. In casu, o acórdão recorrido negou provimento ao recurso inominado, mantendo a sentença por seus próprios fundamentos, que julgou parcialmente procedente o pedido formulado na inicial para condenar a ora recorrente a abster-se de efetuar, em seu favor, lançamento a débito, decorrente do contrato de empréstimo celebrado entre as partes, na conta corrente do recorrido, em valor superior ao percentual de 30% (trinta por cento) dos ganhos líquidos da parte autora, assim considerada a remuneração bruta, abatidos os descontos obrigatórios, sob pena de ter que devolver, e em dobro, os valores cobrados em desacordo à presente decisão.

6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo. DECISÃO: Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto pelo BANCO

SANTANDER (BRASIL) S/A, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 135/137 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pela Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, que negou provimento ao recurso inominado, mantendo a sentença por seus próprios fundamentos, que

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 144

julgou parcialmente procedente o pedido formulado na inicial para condenar a ora recorrente a abster-se de efetuar, em seu favor, lançamento a débito, decorrente do contrato de empréstimo celebrado entre as partes, na conta corrente do recorrido, em valor superior ao percentual de 30% (trinta por cento) dos ganhos líquidos da parte autora, assim considerada a remuneração bruta, abatidos os descontos obrigatórios, sob pena de ter que devolver, e em dobro, os valores cobrados em desacordo à presente decisão.

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição Federal.

O órgão a quo negou seguimento ao apelo extremo, por entender que alegada ofensa a preceito constitucional, se houvesse, somente se verificaria de modo reflexo, além da necessidade de análise e interpretação de cláusula contratual, o que atrai a incidência do verbete nº 454 do STF. Asseverou ainda que, no caso concreto, apesar das críticas do recorrente, o v. Acórdão recorrido não aborda qualquer questão de direito intertemporal.

É o Relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao agravante.Verifica-se, na espécie, que os dispositivos da Constituição Federal

que o agravante considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

A respeito da aplicação das referidas súmulas assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).”

E:“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).

Ainda nesse sentido:“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O

requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).

A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes:

AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.

Por fim, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a verificação da validade de cláusulas contratuais ou editalícias encerra reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incide, no caso, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário.

Sobre o verbete sumular, assim discorre Roberto Rosas: O Código Civil não se estende além do art. 85 no tocante à

interpretação dos atos jurídicos. Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade acima do sentido literal da linguagem. Menos regras temos em relação à interpretação dos contratos. Mas podemos verificar que essa interpretação está no plano dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz. Como observa Washington de Barros Monteiro, para chegarmos à interpretação do contrato é necessário reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a real vontade do agente e, assim, corrigindo sua manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente ( Curso , v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser examinados no STF quando da apreciação do recurso extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância, aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por José Rodrigues de Carvalho ( Do Recurso Extraordinário , Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814). Ver súmula 5 do STJ. (ROSAS, Roberto, in , Direito Sumular, Malheiros).

Nesse sentido: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL.

1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária.

2. Agravo regimental desprovido. (RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL.

1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária.

2. Agravo regimental desprovido. (AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.236 (701)ORIGEM : AC - 000660720078190208 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO ITAU UNIBANCO S/AADV.(A/S) : ALFREDO FERNANDES PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IVANO ERLEI MONTES VIEGASRECDO.(A/S) : ALICER ELLER QUIRINO DIAS VIEGASADV.(A/S) : NADIELE FONSECA

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Décima Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado na parte que interessa:

“Apelação Cível. Indenizatória. Financiamento imobiliário. Aprovação em promessa de compra e venda. Recusa ilegítima pela instituição financeira no momento da lavratura da escritura e entrega das chaves. Aponte negativador não comprovado. Ilicitude caracterizada. Falha na prestação do serviço. Obrigação de proceder ao financiamento previamente ajustado. Dano moral configurado. Ausência de responsabilidade da incorporadora imobiliária. Honorários de sucumbência. Redução. Provimento parcial do primeiro apelo. Desprovimento do segundo recurso” (fl. 404).

Opostos embargos de declaração (fls. 419 a 423), foram rejeitados (fls. 427 a 434).

No recurso extraordinário (fls. 436 a 441), sustenta-se violação do artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 145

recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, haja vista que o dispositivo constitucional apontado como violado no recurso extraordinário carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, a alegada violação do artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em sede de recurso extraordinário, conforme previsto na Súmula nº 636 desta Corte, que assim dispõe, in verbis:

“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Ressalte-se, por fim, que o Tribunal de origem decidiu a controvérsia em tela com base na legislação infraconstitucional pertinente e no conjunto fático-probatório carreado aos autos, cujo reexame é incabível na via extraordinária. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.247 (702)ORIGEM : PROC - 5222011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : ANDRÉ DE ALMEIDA RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS BORZANIADV.(A/S) : ANA PAULA DE MORAES FRANCO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão de Turma Recursal de Juizado Especial que deu provimento a recurso inominado, para aumentar a sucumbência da recorrente, condenando-a, também, ao pagamento de indenização por danos morais, decorrentes de falha no fornecimento de energia elétrica.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 5º, V e X, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Ademais, a Constituição assegura a indenização por dano moral, mas não estabelece seus parâmetros, que se situam no plano infraconstitucional.

Do exposto, nos termos do art. 544, § 4º, II, a , do Código de Processo Civil, conheço do agravo e nego-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.339 (703)ORIGEM : EIEXEC - 5422009 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BARIRIADV.(A/S) : DEISE MONTANI LEONI ALVES PEREIRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : LUIS HENRIQUE BARBOSAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO.

MUNICÍPIO. EXECUÇÃO FISCAL. CRÉDITO DE PEQUENO VALOR. PRESCRIÇÃO RECONHECIDA DE OFÍCIO: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. INTERESSE DE AGIR DO MUNICÍPIO: ACÓRDÃO RECORRIDO DISSONANTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO PROVIDO E RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Vara Única da Comarca de Bariri/SP decidiu:

“(...)Com relação à ausência de interesse de agir, inicialmente, convém

salientar que não foi negado o direito de a exequente propor a execução, já que, como se infere do previsto pelos arts. 5º, XXXV, da Constituição Federal e 3º do Código de Processo Civil, somente foi obstado o prosseguimento do feito em decorrência da inexistência de interesse processual em sua espécie utilidade.

Isso porque, repita-se, a presente execução fiscal tem como valor quantia irrisória, contextualmente considerada. Dessa forma, ao invés de carrear recursos para os cofres públicos, inibir a inadimplência e a sonegação, a cobrança de valores da dívida ativa, em prejuízo do interesse público (...). Então, o prosseguimento da execução mostra-se manifestamente antieconômico, em face do exagerado descompasso entre os custos e o benefício demandado.

Por outro lado, é evidente que o valor do crédito deve ser aferido segundo o informado quando da propositura da ação, pois as condições da ação, como o enfocado interesse processual, dever ser examinadas de pronto, justamente para que não ocorra ou não prospere o que com elas se objetiva evitar: referido descompasso entre o custo e o benefício pleiteado. Sob pena, ademais, de o processo servir somente a si mesmo, desvirtuando-se os seus princípios e as regras mais basilares para uma eficaz entrega da prestação jurisdicional.

De outro lado, a conclusão de falta de interesse processual neste caso não se confunde com os institutos da anistia e a da remissão. Não está sendo julgada a existência do crédito tributário nem declarada a sua extinção ou exclusão.

Posto isso, nego provimento aos presentes embargos infringentes” (fl. 17).

3. A decisão agravada teve os seguintes fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) a circunstância de que, “das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional – ORTN, somente se admitirão embargos infringentes e de declaração, considerado o valor da dívida na data da distribuição, conforme expressa o art. 34 da Lei n. 6.830/80” (fl. 31); b) a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta; e c) a incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante argumenta que “não agiu certo o d. Juízo ‘a quo’, pois cabível o recurso denegado a teor do entendimento constante da Súmula 640 dessa Egrégia Corte Superior” (fl. 41).

No recurso extraordinário, alega que o juízo a quo teria contrariado os arts. 2º, 5º, inc. XXXV, 146, inc. III, alínea b, e 150, § 6º, da Constituição da República.

Sustenta que:“Inicialmente, entendemos ser vedado o pronunciamento de ofício da

prescrição nas ações de execução fiscal, diante do disposto no art. 146, III, ‘b’, da Constituição Federal: (...).

A r. decisão recorrida, ‘data maxima venia’, ofendeu essa norma constitucional, pois, aplicou dispositivo de lei ordinária (Lei n. 11.280/06) em matéria tributária que, por sua vez, só pode ser tratada por meio de lei complementar.

Muito embora a Lei n. 11.280/06 tenha inserido em nosso ordenamento jurídico a possibilidade do juiz pronunciar de ofício a prescrição, suas disposições não são aplicáveis às ações de execução fiscal, por tratarem de matéria tributária.

(...)Assim, considerando que a data em que a presente ação foi

distribuída e que a data da última parcela do imposto do ano de 2004, não ocorreu a prescrição, de vez, que distribuída antes.

Caso a tese anterior não seja acolhida, o que não espera o recorrente, cumpre também alegar, ‘ad argumentandum’ que a partir da data da inscrição em dívida ativa, dos créditos tributários declarados prescritos, houve a suspensão do prazo prescricional por 180 (cento e oitenta) dias, a teor do disposto no art. 2º, § 3º, da Lei 6.830/80, e assim, os créditos vencidos após maio de 2004 não estariam prescritos.

A r. sentença de primeira instância extinguiu a execução fiscal sob o fundamento de falta de interesse de agir (CPC, arts. 267, VI e 598), em razão do valor cobrado, tendo-o como de pequena monta. Interposta apelação (...) foi recebida como embargos infringentes e sem sua decisão, o d. juízo ‘a quo’, houve por bem negar provimento a esse recurso, mantendo-se a decisão anterior.

Tal decisão configura-se em verdadeira remissão de tributos, que somente é permitida por lei específica, a teor do disposto no art. 150, § 6º, da Constituição Federal e desde que observados certos requisitos legais (Lei Complementar 101/00, art. 14 e seus respectivos incisos e parágrafos). Dispõe a referida norma constitucional: (...).

(...)A r. decisão ‘a quo’ veio a ferir, inclusive, direto fundamental da

Fazenda Pública, ora Recorrente (art. 5º, inciso XXXV), visto que está excluindo da apreciação do Poder Judiciário a cobrança de dívida ativa devidamente inscrita, ou seja, irá lesar a Recorrente que estará privada de receber o crédito tributário, porque outro meio coativo não há.

Além, é claro, de ferir o princípio fundamental da divisão e harmonia dos Poderes (art. 2º da Constituição Federal), visto que está a influir em

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competência do Poder Executivo Municipal” (fls. 23 e 26).Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Inicialmente, cumpre afastar os óbices da decisão agravada apenas quanto à alegada ausência de interesse de agir do Município de Bariri/SP ao propor execução fiscal de valor diminuto, pois essa matéria já foi julgada, em caso idêntico, por este Supremo Tribunal, o que demonstra cuidar-se de matéria constitucional, única a autorizar a análise em recurso extraordinário.

7. Quanto ao reconhecimento da prescrição de ofício, razão jurídica não assiste ao Agravante, pois o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário n. 583.747, Relator o Ministro Menezes Direito, não reconheceu a repercussão geral deste tema por tratar-se de matéria infraconstitucional:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL” (DJe 30.4.2009).

Nesse julgamento, o Ministro Relator afirmou:“a jurisprudência desta Corte demonstra que a questão relativa à

possibilidade do pronunciamento de ofício da prescrição em execução fiscal é decidida com base na interpretação das Leis n. 6.830/80 e 11.208/06 e que, desse modo, eventual ofensa à Constituição Federal seria, se ocorresse, indireta ou reflexa”.

8. Sobre a execução fiscal de valor diminuto, ajuizada pelo Município do Bariri/SP, o acórdão recorrido destoa da jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou possibilidade de município executar judicialmente créditos tributários de pequeno valor:

“TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO. VALOR DIMINUTO. INTERESSE DE AGIR. SENTENÇA DE EXTINÇÃO ANULADA. APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO AOS DEMAIS RECURSOS FUNDADOS EM IDÊNTICA CONTROVÉRSIA. 1. O Município é ente federado detentor de autonomia tributária, com competência legislativa plena tanto para a instituição do tributo, observado o art. 150, I, da Constituição, como para eventuais desonerações, nos termos do art. 150, § 6º, da Constituição. 2. As normas comuns a todas as esferas restringem-se aos princípios constitucionais tributários, às limitações ao poder de tributar e às normas gerais de direito tributário estabelecidas por lei complementar. 3. A Lei n. 4.468/84 do Estado de São Paulo - que autoriza a não-inscrição em dívida ativa e o não-ajuizamento de débitos de pequeno valor - não pode ser aplicada a Município, não servindo de fundamento para a extinção das execuções fiscais que promova, sob pena de violação à sua competência tributária. 4. Não é dado aos entes políticos valerem-se de sanções políticas contra os contribuintes inadimplentes, cabendo-lhes, isto sim, proceder ao lançamento, inscrição e cobrança judicial de seus créditos, de modo que o interesse processual para o ajuizamento de execução está presente. 5. Negar ao Município a possibilidade de executar seus créditos de pequeno valor sob o fundamento da falta de interesse econômico viola o direito de acesso à justiça. 6. Sentença de extinção anulada. 7. Orientação a ser aplicada aos recursos idênticos, conforme o disposto no art. 543-B, § 3º, do CPC” (RE 591.033, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe 25.2.2011).

Nesse julgamento, a Ministra Ellen Gracie observou:“Quanto à alegação do magistrado ‘a quo’ de que as execuções são,

via de regra, infrutíferas, cabe destacar que tal não justifica negar o acesso do credor ao Judiciário. Pelo contrário, se a Justiça é ineficaz, impende que o próprio Judiciário atue no sentido de buscar procedimentos mais efetivos, fazendo uso de meios mais ágeis.

(...)O interesse processual é identificado pela necessidade da tutela

jurisdicional para obter o reconhecimento ou a satisfação do direito. Verifica-se o interesse processual mediante análise do binômio ‘necessidade-adequação’. O interesse tratado como condição da ação está ligado à idéia de que a parte só possa exercer o seu direito mediante intervenção judicial, ou seja, de que a via judicial seja meio necessário para a tutela do direito. E quanto a isso, como visto, não há dúvida, porquanto é vedado ao Município fazer uso, por contra própria, de qualquer meio constritivo.

Desse modo, ainda que não se possa vislumbrar na decisão do Magistrado violação ao postulado da separação dos poderes (art. 2º da CF), porquanto a análise das condições da ação é sim competência do Magistrado, certo é que a decisão de extinção violou, isto sim, a garantia de acesso à Justiça”.

9. Pelo exposto, dou provimento ao agravo e, desde logo, parcial provimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil) apenas para reconhecer o interesse de agir do Município de Bariri/SP. Por não ter havido condenação em custas na origem, deixo de determinar a inversão do ônus.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.677 (704)ORIGEM : PROC - 002201001755420 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FIAT AUTOMÓVEIS S/AADV.(A/S) : ADELMO DA SILVA EMERENCIANORECDO.(A/S) : NEUZA FERREIRA GOMESADV.(A/S) : SEVERINO VITURINO DOS SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

DECISÃO: A controvérsia objeto dos presentes autos já foi analisada no RE 598.365 RG, Rel. Min. Ayres Britto, DJe de 25/03/2010, em que o Plenário desta Corte recusou o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral, visto que a matéria está restrita à análise de norma infraconstitucional. O mencionado precedente está assim ementado:

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso 'elemento de configuração da própria repercussão geral', conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento. Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.892 (705)ORIGEM : AC - 20060310275959 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARIA DA PAZ COUTINHO GOMESADV.(A/S) : GERALDO OLIVEIRA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ORCA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : AFONSA EUGÊNIA DE SOUZA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao resolver questão de ordem suscitada no AI 664.567/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, decidiu “(...) que a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007 (...)” (grifei).

Cumpre observar que a parte ora agravante foi intimada do acórdão recorrido em data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007 (06/05/2011), o que faz incidir, sobre ela, consoante definido em mencionado julgamento plenário, o ônus processual de proceder à demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário que deduziu, da repercussão geral das questões constitucionais.

É importante registrar, ainda, segundo decidido nesse mesmo julgamento (AI 664.567-QO/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Pleno), que o Presidente do Tribunal recorrido, no exercício do controle prévio de admissibilidade recursal, dispõe de competência para verificar, em relação aos casos nos quais a intimação do acórdão recorrido tenha se verificado a partir de 03/05/2007, se o recorrente procedeu, ou não, à demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões discutidas.

Essa visão do tema – que bem reflete a diretriz jurisprudencial agora firmada por esta Suprema Corte – foi exposta, de modo claro, por GLAUCO GUMERATO RAMOS (“Repercussão Geral na Teoria dos Recursos. Juízo de Admissibilidade. Algumas Observações”, “in” Revista Nacional de Direito e Jurisprudência nº 84, ano 7, dezembro/2006, p. 53), em lição na qual reconhece assistir, ao Presidente do Tribunal “a quo”, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade, a verificação da demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º) – de decidir sobre a efetiva existência, no caso, da repercussão geral.

Esse mesmo entendimento é perfilhado por GUILHERME BEUX NASSIF AZEM (“A Súmula 126 do STJ e o Instituto da Repercussão Geral”, p. 91/95, item n. 2, “in” “Revista Jurídica” nº 358, agosto de 2007) e CARLOS AUGUSTO DE ASSIS (“Repercussão Geral como Requisito de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 147

Admissibilidade do Recurso Extraordinário - Lei 11.418/2006”, p. 32/46, item V, “in” “Revista Dialética de Direito Processual” nº 54, setembro 2007).

É claro que o juízo prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, a ser exercido, em um primeiro momento, pela Presidência do Tribunal recorrido, não se confunde com o reconhecimento de que a matéria arguida no apelo extremo possui, ou não, relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, pois, quanto a esse aspecto, somente o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência para apreciar, em cada caso, a existência, ou não, da repercussão geral.

O exame dos presentes autos evidencia que a parte ora agravante, ao interpor o recurso extraordinário, não demonstrou, “em preliminar do recurso” (CPC, art. 543-A, § 2º), a existência da repercussão geral, o que torna incognoscível o apelo extremo em questão.

Impende assinalar, por relevante, que essa orientação jurisprudencial vem sendo observada em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a propósito de questão essencialmente idêntica à que ora se examina nesta sede recursal (AI 667.027/PI, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 559.059/AC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 565.119/MG, Rel. Min. MENEZES DIREITO – RE 566.728/BA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.).

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.024 (706)ORIGEM : PROC - 71003315843 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUIZ HENRIQUE ARAGÃO SOARESADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTOADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTAADV.(A/S) : MICHELANGELO DE AGUIAR COIROADV.(A/S) : LUIS HUMBERTO GAMPERT BATTAGLINADV.(A/S) : ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 596 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 708.403, de minha relatoria. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.227 (707)ORIGEM : PROC - 035115041218 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : HEITOR CAMPANA NETOADV.(A/S) : ERNANDES GOMES PINHEIRO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONFIGURAÇÃO DE DANOS MORAIS. ESPERA EM FILA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.

3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

5. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

6. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

7. In casu, o acórdão recorrido deu provimento ao recurso inominado do ora recorrido para reformar a sentença e condenar o banco recorrente ao pagamento de indenização por danos morais.

8. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.DECISÃO: Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto por BANCO

BRADESCO S/A, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 121/122 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional contra acórdão prolatado pela 1ª Turma Recursal do Estado do Espírito Santo que deu provimento ao recurso inominado do ora recorrido para reformar a sentença e condenar o banco recorrente ao pagamento de indenização por danos morais.

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, V e X, da Constituição Federal.O órgão a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que

a pretensão denota inexorável revolvimento do contexto fático-probatório.É o Relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao agravante.Verifica-se, na espécie, que o dispositivo da Constituição Federal que

a agravante considera violado não foi debatido no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

A respeito da aplicação das referidas súmulas assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).”

E:“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).

Ainda nesse sentido:“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O

requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 148

instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).

A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.

A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Demais disso, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.397 (708)ORIGEM : AC - 20100289009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALUIS SCHAEFER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JONAS ANTÔNIO WERNER E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO

COMERCIAL. TELEFONIA. CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. PRAZO PRESCRICIONAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA

SEGUIMENTO.Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA DE ADIMPLEMENTO CONTRATUAL DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA VISANDO À COMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES EMITIDAS A MENOR.

RECURSO DA RÉ PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA – REJEIÇÃO –

A TRANSFERÊNCIA DAS AÇÕES A TERCEIROS NÃO OBSTA QUE O CONTRATANTE ORIGINÁRIO RECLAME A SUBSCRIÇÃO A MENOR – OBRIGAÇÃO DA BRASIL TELECOM EM SUBSCREVER AÇÕES FALTANTES EM FAVOR DO CONSUMIDOR, QUE CONTRATOU COM SUA ANTECESSORA.

‘Diante da sucessão da Telesc S.A. pela Brasil Telecom S.A., esta passou a integrar as relações jurídicas advindas dos contratos de participação financeira e deve responder, em primeiro lugar, por eventuais inadimplementos’ (Apelação cível n. 2007.061702-6, de Laguna, rel. Des. Jorge Schaefer Martins, j. em: 31.1.2008).

PREJUDICIAIS DE MÉRITO – INAPLICABILIDADE DOS PRAZOS PRESCRICIONAIS DOS ARTS. 287, II, "g", DA LEI DAS S.A (TRIENAL), 1° DA LEI N. 9.494/97 (QUINQUENAL) E 206, § 3º, III, IV E V, DA LEI SUBSTANTIVA CIVIL EM VIGOR – INOCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PRINCIPAL E RESPECTIVOS DIVIDENDOS – INCIDÊNCIA DO LAPSO TEMPORAL DO ART. 177 DO CC/1916 OU ART. 205 DO CC/2002 – AÇÃO DE NATUREZA PESSOAL – PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA OU DECENDIAL – REGRA DE TRANSIÇÃO DO ART. 2.028 DO CC/2002.

É vintenário ou decendial o prazo prescricional para ajuizamento de demanda obrigacional visando à complementação de ações, em razão da subscrição a menor destas em favor do adquirente de linha telefônica que integralizou capital ao celebrar contrato de participação financeira (art. 177 do CC/1916 ou 205 do CC/2002).

MÉRITO – CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA – AQUISIÇÃO DE LINHA TELEFÔNICA – VENDA CASADA DE AÇÕES – SUBSCRIÇÃO A MENOR PELA EMPRESA DE TELEFONIA – CLÁUSULA REGIDA PELA PORTARIA N. 86/91 DO EXTINTO MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA – DEMANDA VISANDO À COMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES. APURAÇÃO DO VALOR EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PROVA PERICIAL. PEDIDO DE AFASTAMENTO DA COTAÇÃO EM BOLSA DE VALORES NO TOCANTE AS AÇÕES DA TELEFONIA FIXA – RAZÕES DISSOCIADAS DO PRONUNCIAMENTO JUDICIAL. PRÉ-QUESTIONAMENTO – DESNECESSIDADE DE APONTAR TODOS OS DISPOSITIVOS LEGAIS INVOCADOS PELA PARTE. INSURGÊNCIA DE AMBAS AS PARTES CRITÉRIO PARA CÁLCULO DO VALOR PATRIMONIAL DAS AÇÕES (VPA) – BALANCETE DO MÊS DA INTEGRALIZAÇÃO – SÚMULA 371 DO STJ – ENTENDIMENTO JÁ APLICADO NA SENTENÇA BJURGADA – AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR DA PARTE RÉ EM SEDE RECURSAL – PLEITO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO NESTE TOCANTE.

Segundo a súmula 371 do Superior Tribunal de Justiça, nos contratos de participação financeira para aquisição de linha telefônica, o valor patrimonial da ação (VPA) é apurado com base no balancete do mês da integralização.

RECURSO DA PARTE AUTORADOBRA ACIONÁRIA – CISÃO PARCIAL DO CAPITAL SOCIAL DA

TELESC S/A – INCORPORAÇÃO DA PARCELA CINDIDA PELA TELESC CELULAR S/A – BRASIL TELECOM S/A – SOCIEDADE EMPRESÁRIA SUCESSORA DAS OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS PELA TELESC S/A – PARTE LEGÍTIMA PARA RESPONDER PELAS AÇÕES DE TELEFONIA CELULAR SUBSCRITAS A MENOR - SENTENÇA CASSADA EM PARTE – ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA – APLICAÇÃO DO ART. 515, §3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

‘Nos casos de extinção do procedimento, sem julgamento do mérito, cassada a sentença, pode o Tribunal julgar desde logo a lide se a causa versar sobre questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento, ex vi do artigo 515, § 3°, do Código de Processo Civil, acrescentado pela Lei n. 10.352, de 26.12.2001’ (Apelação Cível n. 2004.000567-9, de Joinville, rel. Des. Paulo Roberto Camargo Costa).

PLEITO DE CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO DECORRENTE DA CHAMADA DOBRA ACIONÁRIA E RESPECTIVOS DIVIDENDOS, BONIFICAÇÕES E JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO – PROVIMENTO. "(...)3. A legitimidade passiva da BRASIL TELECOM S/A, sucessora da CRT, decorre de ela haver celebrado o contrato de participação financeira com o nítido propósito de assumir obrigações. (...) 8.- A chamada "dobra acionária" é devida, calculada segundo a correspondência do valor patrimonial da ação, estabelecido segundo o mesmo critério constante do Resp 975.834-RS, Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa. 9.- Recurso Especial do autor improvido e Recurso Especial da ré provido em parte" (REsp 1037208 / RS, Relator Ministro Sidnei Beneti)

REQUERIMENTO VISANDO A DETERMINAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DE CÓPIA DO CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 149

FINANCEIRA – RADIOGRAFIA ACOSTADA AOS AUTOS QUE SUPRE AS INFORMAÇÕES SOLICITADASPELA PARTE AUTORA – PLEITO NÃO ACOLHIDO.

PLEITO VISANDO A CONDENAÇÃO DA PARTE DEMANDANTE NAS PENAS POR LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ Â– AUSÊNCIA DOS REQUISITOS QUE VIABILIZAM A MEDIDA.

‘A litigância de má-fé só se configura quando comprovado o dolo processual, a resistência completamente injustificada e a intenção malévola de causar efetivo prejuízo à parte contrária por conduta injurídica" (Apelação Cível n. 2002.001479-6, de Jaraguá do Sul, rel. Des. Mazoni Ferreira).

JUROS DE MORA A CONTAR DA CITAÇÃO, DEVIDOS NOS TERMOS DO ART. 406 DO CC/02 – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA NESTE PONTO. READEQUAÇÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS FRENTE AS REFORMAS OPERADAS NA SENTENÇA OBJURGADA.

PLEITO DE MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PATAMAR REQUERIDO JÁ APLICADO NA SENTENÇA OBJURGADA – AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR EM SEDE RECURSAL.

RECURSO DA PARTE RÉ CONHECIDO EM PARTE E, NESTA, DESPROVIDO.

RECURSO DA PARTE AUTORA CONHECIDO EM PARTE E, NESTA, PROVIDO PARCIALMENTE” (fls. 90-92, doc. 3).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta (fl. 17, doc. 4).

3. A Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, caput e inc. I, da Constituição da República.

Afirma que o “o que se discute neste recurso extraordinário é a prescrição da pretensão da parte autora, em cuja decisão o tribunal a quo acabou por violar frontalmente o princípio da isonomia ” (fl. 140, doc. 3 – grifos no original).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A controvérsia em debate foi decidida com base na legislação

infraconstitucional aplicável (Lei n. 6.404/1976). Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Confira-se, a propósito, o seguinte julgado: “Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação

de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação reflexa à Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada à norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que é a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO COMERCIAL. TELEFONIA. CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. VALOR DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 730.934-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

E, em casos análogos, as seguintes decisões monocráticas: AI 785.778, de minha relatoria, DJe 18.11.2010; AI 525.954, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 30.3.2005; AI 565.834, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 8.11.2005; e AI 510.006, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 16.11.2003.

Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.398 (709)ORIGEM : AC - 994081147570 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANTÔNIO APARECIDO RAYMUNDO BITENCOURTADV.(A/S) : DIANA PAOLA SALOMÃO FERRAZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS DE RIBEIRÃO

PRETO - DAERPADV.(A/S) : SILVIA HELENA BAVARESCO ALVES DOS SANTOS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO LOCAL: SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“SERVIDOR PUBLICO MUNICIPAL. RIBEIRÃO PRETO. PRETENSÃO AO REAJUSTE DE SEUS VENCIMENTOS REFERENTE A MARÇO DE 1990, DE ACORDO COM A LEI MUNICIPAL 5.695/90. INADMISSIBILIDADE. SERVIDOR ADMITIDO APÓS A REFERIDA LEI. IMPROCEDÊNCIA. NECESSIDADE. RECURSO DO RÉU PARCIALMENTE PROVIDO” (fl. 3, doc. 4).

2. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) a insuficiência de argumentos para infirmar a fundamentação do acórdão recorrido; b) a ausência de contrariedade às normas constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das alíneas a , b , c e d do inc. III do art. 102 da Constituição da República; e c) a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 93-94, doc. 4).

3. O Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, caput, 7º, inc. XXX, e 39, § 3º, da Constituição da República.

Requerem“a reforma do v. Acórdão, a fim de que seja mantida a sentença de

primeira instância, para que seja aplicado no caso em tela o princípio da isonomia de vencimentos e seja condenada a ré ao pagamento do reajuste de 28,35%, que deverá incidir sobre os vencimentos de todos os servidores, sejam eles admitidos antes ou depois de 1990” (fl. 30, doc. 4).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Desembargador Relator Ferraz de Arruda afirmou:“cumpre evidenciar que o autor é servidor do DAERP, admitido em

data posterior à Lei Municipal n° 5.695/90, que dispôs, em seu artigo 1º, o seguinte:

(…)Ocorre que a Municipalidade aplicou somente parte deste reajuste,

restando 28,35%, cujo pagamento foi assegurado com a edição da Lei Complementar Municipal n° 1.636/04, assim redigida:

(…)Percebe-se que a Lei Municipal n° 1.636/04 foi desnecessária, já que

veio apenas para assegurar o pagamento daquele restante prometido pela Lei 5.695/90, e não para conceder reajustes a quem não tinha direito anteriormente adquirido.

No caso, o autor pretende o recebimento do percentual supracitado de 28,35%, mas não tem direito, já que não o adquiriu” (fls. 5-7, doc. 4).

A controvérsia foi decidida com base na interpretação e na aplicação da Lei n. 5.695/1990 e da Lei Complementar n. 1.636/2004, ambas do Município de Ribeirão Preto-SP. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional local, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide a espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 150

Brasília, 17 de setembro de 2012.Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.403 (710)ORIGEM : AC - 994092398885 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JAIME FURLANETIADV.(A/S) : SERGIO DE MENDONÇA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARULHOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARULHOS

Petição/STF nº 45.867/2012DECISÃOAGRAVO – RENÚNCIA A DIREITO – HOMOLOGAÇÃO – BAIXA DO

PROCESSO À ORIGEM.1.Jaime Furlaneti formula desistência do agravo e renuncia ao direito

em que se funda a ação. Pede a extinção do processo nos termos do artigo 269, inciso V, do Código de Processo Civil.

2.Baixem o processo ao Juízo, para a apreciação do pedido. Se for homologada a renúncia, ficará prejudicado o agravo. Caso a decisão seja no sentido de não a acolher, o processo deverá retornar a este Tribunal para o exame do recurso. De qualquer modo, caberá ao Juízo comunicar a esta Corte o ato praticado.

3.Publiquem.Brasília, 5 de setembro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.408 (711)ORIGEM : AC - 351554720090001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GILDA MARIA VON SYDOWADV.(A/S) : MÔNICA SOUZA DE MATTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PARQUES E JARDINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“DIREITO ADMINISTRATIVO.INDENIZACAO POR DANO MORAL. QUEDA DE ÁRVORE. DANO

MORAL. AUSÊNCIA DE PROVA. MERO DISSABOR. REFORMA DA SENTENÇA. INCONFORMISMO DA AUTORA MANIFESTADO POR MEIO DE AGRAVO. APRECIAÇÃO OBRIGATÓRIA DA CONTROVÉRSIA PELO COLEGIADO.

Não me parece um caso de dano moral, mas de mero aborrecimento por falta de luz de um dia para o outro.

Não há nos autos qualquer prova da perda dos alimentos perecíveis que estavam na geladeira da autora, nem acerca do período em que houve a interrupção do fornecimento de energia elétrica, sendo certo que a autora afirma que foi de apenas um dia.

Ora, o apagar das luzes em face de forte tempestade, que determinou a queda de arvores sobre a rede elétrica, poderá gerar dano moral caso afete sobremaneira a dignidade da pessoa, ferindo, maculando, injuriando, difamando o seu direito personalíssimo e não me parece que tenha ocorrido tal fato, mesmo porque sequer existe relação de consumo, que pudesse, quiçá, traduzir dano 'in re ipsa’.

Experimentou mero dissabor, que não pode ser alçado ao patamar do dano moral, pois não 6 agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas aflições ou angústias (STJ — 4' Turma, REsp 489.187-R0- AgRg, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j. 13.5.03, DJU 2316/2003, p. 385).

Recurso ao qual se nega provimento” (fl. 143).2. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 37, §

6º, da Constituição da República.Argumenta que “o evento danoso, a omissão da Fundação Parques e Jardins e o

nexo de causalidade foram devidamente comprovados nos autos, limitando-se a discussão quanto à responsabilidade da Recorrida e aos danos morais

decorrentes do mencionado incidente” (fl. 161).3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de

incidência das Súmula n. 279, 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal (fls. 175-179).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O Desembargador Relator Lindolpho Morais Marinho afirmou:“Não há nos autos qualquer prova da perda dos alimentos perecíveis

que estavam na geladeira da autora, nem acerca do período em que houve a interrupção do fornecimento de energia elétrica, sendo certo que a autora afirma que foi de apenas um dia.

Conclui-se que a situação em exame não é apta a gerar danos morais passíveis de compensação, uma vez que no caso sub judice não se vislumbra nenhuma ofensa aos direitos da personalidade da parte autora, tratando de mero aborrecimento do dia a dia.

Experimentou mero dissabor, que não pode ser alçado ao patamar do dano moral, pois não é agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas aflições ou angústias (STJ -4a Turma, REsp 489.187-RO-AgRg, rel. MM. Salvio de Figueiredo, j. 13.5.03, DJU 231612003, p. 385)” (fl. 146).

O Tribunal a quo apreciou a matéria à luz dos fatos e das provas constantes dos autos.

Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o reexame do que posto e amplamente debatido nas instâncias inferiores, procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO - PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - SOBERANIA DESSE PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA - INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, DA EXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o ‘eventus damni’ e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes” (RE 481.110-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 9.3.2007).

“RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ALEGADA FALTA DE COMPROVAÇÃO DE NEXO CAUSAL, EM VIOLAÇÃO AO § 6º DO ART. 37 DA CARTA DA REPÚBLICA. MATÉRIA PROBATÓRIA. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O recurso, ao sustentar a ausência de provas hábeis a caracterizar o liame entre os danos causados à recorrida e a ação ou omissão da União, como exigido pelo dispositivo constitucional sob enfoque, pretende o reexame do conjunto probatório dos autos, o que é inviável ante o preceituado na mencionada súmula desta Corte. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 346.978, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 7.3.2003 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 598.078-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 22.10.2009).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.425 (712)ORIGEM : AI - 717700180 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MANOEL ALVES DE SOUZA NETOADV.(A/S) : ANDREA RODRIGUES ROSSI E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 151

RECDO.(A/S) : NORTOX S/AADV.(A/S) : CLAUDIO HENRIQUE STOEBERL

DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

PRODUÇÃO DE PROVAS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Goiás:

"PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. DECISÃO AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. IMPUGNAÇÃO AO LAUDO DE AVALIAÇÃO. I – Não se exige do juiz que sua decisão seja extensamente fundamentada, apenas, que sejam claras e expressas as razões de seu convencimento, haja vista que ele não está obrigado a responder todas as alegações apresentadas pelas partes quando já encontrados motivos suficientes e eficazes para fundamentar sua decisão. II – O Oficial de Justiça/Avaliador, no exercício de seu múnus, é serventuário dotado de fé pública, cuja prática de atos lesivos, sujeita-o à reparação civil pelos danos causados a terceiro. Inteligência do art. 144, inciso II/CPC. III – As exceções previstas nos incisos do art. 683, do CPC, que autorizam a realização de nova avaliação judicial de bens móveis, exigem para seu ordenamento, sejam demonstrados os erros alegados no laudo elaborado pelo oficial avaliador ao juízo. A simples insurgência contra o valor, sem fundamento provatório, afasta tal possibilidade. IV – Não há que se falar em impropriedade de realização da avaliação antes do julgamento dos embargos à execução, uma vez que sua oposição não acarreta, como visto, a imediata suspensão do processo, a teor do artigo 739-A do CPC, acrescido pela lei federal nº 11.382/2006. Agravo de instrumento conhecido e desprovido".

2. O Agravante afirma que a Turma Recursal de origem teria contrariado o art. 5º, inc. LIV e LV, e 93, IX, da Constituição da República.

Assevera que "indeferindo o pedido de produção de provas foram tolhidos os direitos do recorrente ao contraditório pleno e a ampla defesa, ferindo nossa Lei Maior".

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que não teria havido prequestionamento dos dispositivos apontados como contrariados, aplicando a Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de processo Civil, com as alterações da Lei n.

12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão dos Agravantes, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, de dispositivos do Código de processo Civil e do Código civil), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO: INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 5º, INC. XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 806.616-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.11.2010).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta.

Precedentes. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido” (AI 756.336-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 22.10.2010).

8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.429 (713)ORIGEM :PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO AERUS DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : SÉRGIO CASSANO JÚNIORRECDO.(A/S) : MARCOS LACHMANADV.(A/S) : EDSON MARTINS AREIAS

DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DESATENDIMENTO À LEI N. 11.418/2006 E AO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA COMPLEMENTAR FECHADA. INSTITUTO AERUS DE SEGURIDADE SOCIAL. AÇÃO DE RESCISÃO DO CONTRATO COM RESTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES. INTERVENÇÃO NA INSTITUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO PLANO DE BENEFÍCIO. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. REJEIÇÃO DA PREJUDICIAL. ANULAÇÃO DA SENTENÇA. TEORIA DA CAUSA MADURA. APLICAÇÃO DO ART. 515, §3º, DO CPC.

1. Presença na hipótese sub judice das condições da ação, inclusive o interesse de agir. Direito do autor ao provimento judicial que reconheça seu direito ao recebimento das contribuições vertidas em favor do plano de previdência complementar. 2. Contrato já rescindido diante do rompimento do vínculo empregatício com uma das patrocinadoras, VARIG S.A. 3. Resgate das contribuições que deve ser obtido da entidade previdenciária, a quem competia a administração do Plano de Benefícios e a arrecadação dos recursos diretamente dos participantes-ativos (funcionários) mediante direta consignação em folha de pagamento. 4. Legitimidade passiva ad causam da ré/apelada, cumprindo-lhe suportar os efeitos da condenação. 5. Não compete ao plano de previdência a restituição dos aportes feitos pelo autor, a uma por que o contrato foi firmado com a ré/apelada e a duas porquanto dito plano, verdadeiro “produto” do ente previdenciário, ressente-se de personalidade jurídica e, portanto, de patrimônio próprio, não sendo possível habilitar os créditos do autor/apelante no processo que promove, erroneamente, sua liquidação extrajudicial. Sucumbência recíproca configurada. Provimento parcial do apelo”

2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º e 93, inc. X, da Constituição da República.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento da ausência de demonstração, em preliminar, da existência de repercussão geral da questão constitucional, nos termos do § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. O julgado recorrido foi publicado em 3.9.2010, mas não há, na

petição de recurso extraordinário, preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Como afirmado na decisão agravada, os Agravantes descumpriram a Lei n. 11.418/2006 e o art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. REQUISITO NÃO OBSERVADO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE, REALIZADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 152

NO TRIBUNAL A QUO , PARA APRECIAR, COMO OCORREU NO CASO, A EXISTÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 718.993-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. preliminar formal . Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade . Precedente. 4. ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 744.686-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 26.6.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. INEXISTÊNCIA. PETIÇÃO EM APARTADO. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PRECEDENTES. 1. A recorrente não ofereceu preliminar formal e adequadamente fundamentada, no que tange a eventual repercussão geral das questões constitucionais debatidas no caso, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06. 2. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido da exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007 . Precedente. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 746.303-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 9.6.2009).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se . Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.487 (714)ORIGEM : AMS - 994071663385 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTES

URBANOS DE SÃO PAULO S/A - EMTU/SPADV.(A/S) : CLEYTON RICARDO BATISTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARIOSVALDO DE JESUS ROCHAADV.(A/S) : DÉBORA ROMANO DE ALVARENGA FREIREINTDO.(A/S) : DIRETOR PRESIDENTE DA EMPRESA

METROPOLITANA DE TRANSPORTES URBANOS DE SÃO PAULO S/A - EMTU

ADV.(A/S) : DIVA STACIARINI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo assim ementado (fls. 148):

“MANDADO DE SEGURANÇA – ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TARIFAS NOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVO – LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 666/91 – PRETENSÃO À RENOVAÇÃO DA CARTEIRA DE PASSAGEIRO ESPECIAL – RECUSA INJUSTIFICADA – ORDEM DENEGADA – RECURSO DO IMPETRANTE PROVIDO.”

Sustenta-se, no recurso extraordinário, violação do disposto nos arts. 2º, 5º, caput, e 37, caput, da Constituição.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito dos arts. 2º e 5º, caput, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto dos embargos de declaração de fls. 153-156, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Também não preenche o requisito do prequestionamento a alegação de afronta ao art. 37, caput. Com efeito, o recorrente inovou nos autos, ao suscitar nos embargos de declaração matéria que não consta das contrarrazões de apelação (fls. 122-126), estranha, portanto, à controvérsia. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000).

Ainda que superado este óbice, é inviável apreciar a arguição de ofensa ao princípio da legalidade, porque demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. É pacífico o entendimento deste Tribunal no sentido de não ser admissível alegação de ofensa que, advindo de má aplicação, interpretação ou inobservância de normas infraconstitucionais, seria meramente indireta ou reflexa. Inclusive, a Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal assim dispõe:

Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a

interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. Do exposto, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso

extraordinário.Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.565 (715)ORIGEM : AC - 42373020040003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CARLOS ALBERTO GOMES PARREIRAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO MARTINS DE ALMEIDA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANGRA

DOS REIS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao resolver questão de ordem suscitada no AI 664.567/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, decidiu “(...) que a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007 (...)” (grifei).

Cumpre observar que a parte ora agravante foi intimada do acórdão recorrido em data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007 (29/07/2011), o que faz incidir, sobre ela, consoante definido em mencionado julgamento plenário, o ônus processual de proceder à demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário que deduziu, da repercussão geral das questões constitucionais.

É importante registrar, ainda, segundo decidido nesse mesmo julgamento (AI 664.567-QO/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Pleno), que o Presidente do Tribunal recorrido, no exercício do controle prévio de admissibilidade recursal, dispõe de competência para verificar, em relação aos casos nos quais a intimação do acórdão recorrido tenha se verificado a partir de 03/05/2007, se o recorrente procedeu, ou não, à demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões discutidas.

Essa visão do tema - que bem reflete a diretriz jurisprudencial agora firmada por esta Suprema Corte – foi exposta, de modo claro, por GLAUCO GUMERATO RAMOS (“Repercussão Geral na Teoria dos Recursos. Juízo de Admissibilidade. Algumas Observações”, “in” Revista Nacional de Direito e Jurisprudência nº 84, ano 7, dezembro/2006, p. 53), em lição na qual reconhece assistir, ao Presidente do Tribunal “a quo”, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade, a verificação da demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º) – de decidir sobre a efetiva existência, no caso, da repercussão geral.

Esse mesmo entendimento é perfilhado por GUILHERME BEUX NASSIF AZEM (“A Súmula 126 do STJ e o Instituto da Repercussão Geral”, p. 91/95, item n. 2, “in” “Revista Jurídica” nº 358, agosto de 2007) e CARLOS AUGUSTO DE ASSIS (“Repercussão Geral como Requisito de Admissibilidade do Recurso Extraordinário - Lei 11.418/2006”, p. 32/46, item V, “in” “Revista Dialética de Direito Processual” nº 54, setembro 2007).

É claro que o juízo prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, a ser exercido, em um primeiro momento, pela Presidência do Tribunal recorrido, não se confunde com o reconhecimento de que a matéria argüida no apelo extremo possui, ou não, relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, pois, quanto a esse aspecto, somente o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência para apreciar, em cada caso, a existência, ou não, da repercussão geral.

O exame dos presentes autos evidencia que a parte ora agravante, ao interpor o recurso extraordinário, não demonstrou, “em preliminar do recurso” (CPC, art. 543-A, § 2º), a existência da repercussão geral, o que torna incognoscível o apelo extremo em questão.

Impende assinalar, por relevante, que essa orientação jurisprudencial vem sendo observada em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a propósito de questão essencialmente idêntica à que ora se examina nesta sede recursal (AI 667.027/PI, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 559.059/AC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 565.119/MG, Rel. Min. MENEZES DIREITO – RE 566.728/BA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.).

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário a que ele se refere (CPC, art. 544, § 4º, II, “a”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 153

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.630 (716)ORIGEM : MS - 00214458920118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : LET'S PLAY MOTEL LTDAADV.(A/S) : FABIO RICARDO SALLES DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no AI 800.074-RG/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada:

“Requisitos de admissibilidade. Mandado de segurança. Revisão. Recurso Extraordinário. Não cabimento. Matéria infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral.”

O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.711 (717)ORIGEM : AC - 10024110036639001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DANIELLE CRISTINA DE SOUZA SILVAADV.(A/S) : MARLI LOPES DA SILVA PEIXOTORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DECISÃO: O presente recurso não impugna o único fundamento em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como

indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto.

Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância “a quo”. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do Tribunal de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacado, especificamente, o único fundamento da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.723 (718)ORIGEM : AC - 200938000168272 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FORMA ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : ANDRÉA BESSONE SADI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : CESAR VILAZANTE CASTRO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. OBRIGAÇÕES AO PORTADOR. PRESCRIÇÃO. DECADÊNCIA. RECURSO REPETITIVO (REsp 1050199/RJ).

1. O Superior Tribunal de Justiça, examinando a questão posta no regime dos recursos repetitivos (REsp 1050199/RJ), firmou entendimento de que, tendo em vista que a obrigação de restituição do empréstimo compulsório é de natureza administrativa e que as obrigações ao portador não são debêntures, o prazo prescricional, em tese, é de cinco anos, nos termos do Decreto 20.910/32.

2. Não fora isso, aquela Corte assentou que o ‘direito ao resgate configura-se direito potestativo e, portanto, a regra do art. 4º, § 11, da Lei 4.156/62, que estabelece o prazo de 5 anos, tanto para o consumidor efetuar a troca das contas de energia por OBRIGAÇÕES AO PORTADOR, quanto para, posteriormente, efetuar o resgate, fixa prazo decadencial e não prescricional’.

3. No caso a obrigação foi emitida em 1972, ou seja, foi exercido o direito potestativo de apresentação da contas de energia elétrica e constituído o crédito representado pelo título abrindo-se o prazo decadencial, conforme decidiu o e. STJ para cobrança do referido crédito. Considerando-se o prazo de 5 anos, de imediato ou após o transcurso dos 20 anos, a prescrição teria ocorrido, na melhor das hipóteses, em 1997. Ajuizada a ação em 2009 é patente a inexigibilidade do crédito.

4. Apelação desprovida”. (eDOC 2, p. 119 – grifos no original)No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, II,

“a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos artigo 5º, XXII e LV, do texto constitucional

Sustenta-se que o acórdão impugnado “(...) fere o direito de propriedade do recorrente, já que torna sem nenhum valor as debêntures de propriedade deste (…)”. (eDOC 2, p. 157).

Decido.O recurso não merece prosperar.No caso, verifico que o Tribunal a quo decidiu a questão acerca da

prescrição e consequente ausência de exigibilidade e liquidez do título executivo, com base em legislação infraconstitucional (Lei n. 4.156/62, Decreto-Lei 1.512/76 e Decreto 20.910/32). Desse modo, para se entender de forma diversa, seria necessária a interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais, procedimento incabível na via extraordinária.

Nesse sentido: RE-AgR 345.160, Rel. Min. Nelson Jobim, DJe 29.11.2002; AI-AgR 602.530, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 6.608.2010; AI-AgR 608.967, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJe 10.08.2007; e AI-AgR 818.234, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.4.2011, cuja ementa dispõe:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. PRESCRIÇÃO: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

Confirmando a orientação supra, esta Corte apreciou, por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-RG 735.933, de minha relatoria, DJe 6.12.2010, matéria relativa a correção monetária e a juros nos casos de restituição do empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, oportunidade em que rejeitou a existência de repercussão geral, tendo em vista a natureza infraconstitucional da questão posta, nos seguintes termos:

“EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. Lei 4.156/62. RESTITUIÇÃO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. METÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA”.

Ante o exposto, nego provimento ao recurso (arts. 21, §1º, RISTF e 544, §4º, II, “a”, do CPC) .

Publique-se. Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.737 (719)ORIGEM : AI - 00456421120118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 154

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ERIC OLIVEIRA GUARANÁ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BEATRIZ GIL EMOINGTADV.(A/S) : LUCIANA PEIXOTO FREITAS VELLOSO BAHIA E

OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO RETIDO. ART. 542, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. CIRCUNSTÂNCIA EXCEPCIONAL NÃO DEMONSTRADA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“Antecipação de tutela concedida em ordem a permitir a participação da agravada no curso de formação para provimento do cargo de Contadora da Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás, de que fora excluída por ausência de prova de sua graduação em Ciências Contábeis --, em vias de conclusão.

Agravo de instrumento. ‘Somente se reforma a decisão concessiva ou não da antecipação de tutela, se teratológica, contrária à Lei ou à prova dos autos.’ (Súmula 59).

Decisão objurgada que não se reveste de qualquer das qualidades mencionadas, mas, ao revés, exibe-se prudente e comedida, a par de revestida de aparente juridicidade, sobremodo porque harmonizada por inteiro com os encerros da Súmula 266 STJ, firme no sentido de que" O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público", a que se subsume a hipótese dos autos na medida em que o curso de formação a que se refere o edital da competição é, ainda, etapa de sua realização, tanto que se reveste de caráter obrigatório e eliminatório como, sem dificuldades, se recolhe da cláusula 15 do edital da respectiva competição e do parágrafo único do artigo 10 do Regimento Interno do Programa de Formação da Petrobrás.

Precedentes deste E. Tribunal de Justiça.Recurso a que se nega seguimento.”Os embargos declaratórios opostos foram rejeitados.2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os

arts. 2º, 5º, caput, 37, caput e inc. I e II, e 173, § 1º, inc. II, da Constituição da República.

No agravo, sustenta que, “em regra, os recursos extraordinários, quando interpostos contra decisão interlocutória em processo de conhecimento, ficam retidos nos autos. Contudo, em algumas situações, como na concessão de medidas liminares ou de antecipação dos efeitos da tutela, essa norma tem sido temperada pela boa e correta jurisprudência dos Tribunais Superiores, no intuito de impedir a ocorrência de consequências processuais e materiais danosas e dispendiosas que poderão ocorrer se o recurso extraordinário não for apreciado.”

3. O Tribunal de origem determinou que o recurso extraordinário ficasse retido, nos termos do art. 542, § 3º, do Código de Processo Civil.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O Supremo Tribunal Federal assentou que o recurso extraordinário

interposto contra decisões interlocutórias deve ficar retido até decisão final, excepcionadas as situações nas quais se demonstre existência de circunstâncias evidenciando necessidade de seu imediato processamento.

Todavia, a Agravante não conseguiu demonstrar a possibilidade de danos irreparáveis capazes de justificar o destrancamento do recurso. Assim, prevalece a retenção do recurso nos termos do art. 542, § 3º, do Código de Processo Civil. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO NÃO DEFINTIVA. RECURSO RETIDO. APLICAÇÃO DO ART. 542, § 3º DO CPC. AGRAVO IMPROVIDO. I - O recurso extraordinário interposto de decisão interlocutória, não definitiva, que não põe termo ao processo, deverá ficar retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final ou no prazo para as contrarrazões. II - Agravo regimental improvido” (AI 696.847-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 22.5.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO CAUTELAR. DESTRANCAMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO RETIDO NA ORIGEM (ART. 542, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL). AUSÊNCIA DE PROVA DA IRREPARABILIDADE DO DANO CAUSADO PELO TRANCAMENTO DO RECURSO NA ORIGEM E DE DEMONSTRAÇÃO DA

VIABILIDADE DO RECURSO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AC 2758-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 13.4.2011).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.940 (720)ORIGEM : AI - 70038727046 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : LUIS FERNANDO OSSIG CENTENOADV.(A/S) : JANE CRISTINA FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO

SUL

Luis Fernando Ossig Centeno, ora recorrente, em petição apresentada no Superior Tribunal de Justiça, requer a desistência do agravo interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário (fl. 423 do e-STJ).

Isso posto, ante a regularidade do pedido, homologo a desistência do recurso (art. 21, VIII, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.008 (721)ORIGEM : AC - 2307606920078090100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FALCULDADES INTEGRADAS DO PLANALTO

CENTRAL -FIPLACADV.(A/S) : LENIO CÉSAR GODINHO JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NIVALDO DA SILVAADV.(A/S) : CÉLIO AFONSO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra a seguinte decisão monocrática de Desembargadora do Tribunal de Justiça de Goiás:

“Em sendo assim, não há que se falar em reforma da sentença pelo simples fato de o juiz não ter se valido de todos os argumentos invocados pela parte, se as razões por ele consideradas foram suficientes para lhe formar o convencimento.

Quanto à alegação de que existem nos autos provas suficientes da existência das dívidas contraídas pelo apelado, melhor sorte não assiste à apelante.

De fato, para que seja anulado o negócio jurídico em tela, há que se comprovar o vício apontado, qual seja, o dolo do recorrido, consubstanciado em sua omissão em informar à recorrente a verdadeira situação financeira em que se encontrava a associação à época do ajuste.

Ou seja, a prova da existência dos débitos não é capaz de ilidir a necessidade de se demonstrar uma possível conduta dolosa do apelado, nos moldes acima delineados.

Nessa senda, agiu de forma acertada o magistrado, pois diante do conjunto fático e probatório contido nos autos, realmente, extrai-se que a autora, ora apelante, não se desincumbiu do ônus de demonstrar os fatos constitutivos do seu direito.

(…)Ante o exposto, com fulcro nas disposições do caput do artigo 557 do

Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso, dada sua manifesta improcedência, pelo que mantenho inalterada a sentença em todos os seus termos.”

Os embargos de declaração opostos foram acolhidos apenas para “sanar a contradição presente na decisão embargada, retificando-a conforme acima transcrito, contudo, sem alterar-lhe a essência.”

2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 93, inc. IX, da Constituição da República.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 155

incidência da Súmula n. 281 do Supremo Tribunal Federal.Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Ademais, este Supremo Tribunal Federal assentou que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, conforme o disposto no inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois é necessário o esgotamento da jurisdição na origem.

Na espécie vertente, o recurso extraordinário foi interposto contra decisão monocrática proferida por Desembargadora relatora do Tribunal a quo, contra a qual ainda seria cabível a interposição do agravo interno previsto no § 1º do art. 557 do Código de Processo Civil.

Além disso, no julgamento dos embargos de declaração não foram apreciadas as matérias enfrentadas pela decisão da relatora, não houve, assim, o esgotamento da instância ordinária.

Essa circunstância atrai a incidência da Súmula n. 281 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO. AUSÊNCIA DE DECISÃO DE ÚLTIMA INSTÂNCIA. VIA RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM. SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Inviável o agravo de instrumento no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário. Precedentes. 2. A decisão monocrática de relator que nega seguimento a recurso de apelação não é decisão de última instância, pois pode ser impugnada por agravo” (AI 651.750-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma. DJe 17.4.2009, grifos nossos).

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Recurso Extraordinário. Exaurimento das instâncias ordinárias. Não ocorrência. Agravo regimental não provido. Súmula 281. Não se admite recurso extraordinário quando ainda cabível a interposição de recurso nas instâncias ordinárias. 2. RECURSO. Extraordinário. Falta de recolhimento de preparo. Inadmissibilidade. Agravo Regimental não provido. É dever da parte recorrente, no ato da interposição do recurso, comprovar o recolhimento do preparo sob pena de deserção” (AI 567.358-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 28.3.2008, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.012 (722)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CLEUSA FERREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : ALEXANDRE MOREIRA BRANCORECDO.(A/S) : UNIBANCO AIG SEGUROS S/AADV.(A/S) : ADILSON MONTEIRO DE SOUZA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CIVIL.

SEGURO DE VIDA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da

Constituição da República.O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado da

Tribunal de Justiça de São Paulo:“SEGURO DE VIDA E ACIDENTES PESSOAIS. COBRANÇA.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC). LEUCEMIA. 1. Se a sentença preencheu os requisitos do artigo 458, do Código de Processo Civil, expondo a magistrada, de forma clara, a razão pela qual julgou o pedido improcedente, não há que se falar em nulidade. 2. A simples denominação de acidente para o AVC, não garante indenização securitária, mesmo que súbito, imprevisto ou fortuito, pois é evento interno, do aparelho circulatório, que não se confunde com o sinistro segurado, de acidente exclusivamente de causa externa. 3. Não se tratando de risco coberto pelo seguro, é indevida a indenização securitária. Sentença mantida. Recurso improvido.”

2. A Agravante afirma que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 5º, inc. II, XXXXII, XXXV, e XXXVI, 37, caput, art. 93, inc. IX, e 170, inc. V, da Constituição da República.

Assevera que “o Tribunal a quo não analisou aos olhos da Lei do Consumidor, a inexistência, nas condições gerais do contrato de seguro de vida, de cláusula vedando o pagamento de indenização em caso de evento de acidente vascular cerebral – AVC, seguido de morte. Não há, nas condições gerais do seguro de vida, cláusula especificando que o AVC não se enquadra em morte acidental.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os seguintes fundamentos a) incidência das Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal, b) ofensa indireta à Constituição.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. O Desembargador Relator Felipe Ferreira afirmou que:“Depreende-se dos autos que a segurada faleceu em decorrência de

um acidente vascular cerebral hemorrágico e leucemia mieloide aguda (fl. 17). Assim, pode-se concluir que acidente vascular cerebral sofrido pelo segurado, bem como a leucemia, não se enquadram no conceito de acidente previsto na apólice do seguro, não havendo, portanto, cobertura para evento lesivo.”

O novo exame da decisão impugnada exigiria a análise das cláusulas constantes do contrato de seguro, procedimento incabível de ser adotado validamente no recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 454 do Supremo Tribunal Federal.

8. Ademais, para o deslinde da matéria posta à apreciação judicial, as instâncias originárias examinaram os elementos probatórios dos autos, que não podem ser reexaminados na via extraordinária, conforme a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL, DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS E DAS PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 644.481-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.10.2011).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454 DO STF. I - Decisão monocrática que negou seguimento ao agravo de instrumento em razão da ausência de prequestionamento, da configuração de ofensa reflexa à Constituição, da necessidade de reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e da interpretação de cláusulas contratuais. II - Inexistência de novos argumentos capazes de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que deve ser mantida. III - Agravo regimental improvido” (AI n. 513.665-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 6.10.2006).

9. O Supremo Tribunal Federal assentou, ainda, que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 156

de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.053 (723)ORIGEM : AC - 992090730282 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : TITO LÍVIO JOSÉ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDUARDO NOGUEIRA PENIDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : TÁCITO BARBOSA C MONTEIRO FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja ementa tem o seguinte teor (fls. e-STJ 334):

“EMBARGOS À EXECUÇÃO – LOCAÇÃO. Cerceamento de defesa afastado – Renúncia expressa da fiadora ao benefício de ordem – Excesso penhora – Preclusão – Prosseguimento da execução.

Apelação não provida.”Nas razões do recurso extraordinário, a parte agravante aponta

violação do art. 5º,LV, da Constituição federal, sustentando que o Tribunal a quo deixou de observar as garantias do contraditório e da ampla defesa, ao indeferir produção de provas.

É o relatório. Decido.A Segunda Turma, ao julgar pretensão análoga à ora formulada, fixou

o seguinte entendimento:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. VIOLAÇÃO DE NORMAS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. COMPETÊNCIA DO STJ EM RECURSO ESPECIAL.

1. O julgamento antecipado da lide, quando a questão proposta é exclusivamente de direito, não viola o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório. Precedente.

2. Esta Corte já decidiu que 'se houve julgamento antecipado da lide sem a oportunidade para produção de provas cabíveis, podia e devia o ora agravante ter interposto Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça, submetendo, a seu exame, a alegação de violação a normas do Código de Processo Civil, a esse respeito. Não o tendo feito, preclusas ficaram essas questões infraconstitucionais, como as de caráter estritamente processual' (AGRAG Nº 150.179/MG, DJ de 19/12/96).

Agravo regimental a que se nega provimento. ” (AI 203.793–AgR, rel. min. Maurício Corrêa, DJ de 19.12.1997).

Confiram-se, ainda: AI 756.858-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 02.10.2009) e AI 692.834-AgR (rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 06.02.2009).

Ademais, verifico que concluir diversamente do tribunal de origem demandaria o exame do quadro fático-probatório. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Do exposto, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.150 (724)ORIGEM : AI - 5683581420108260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : USIFAST LOGÍSTICA INDUSTRIAL S/ARECTE.(S) : PAULO SÉRGIO RIBEIRO DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO ISAAC FREIRE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DA GLORIA DE SANTANAADV.(A/S) : MANOEL SANTANA PAULO E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA CITAÇÃO. COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DA PARTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Citação. Comparecimento espontâneo (artigo 214, § 1º, do Código de Processo Civil) mediante a juntada de procurações ao advogado. Ingresso de medida cautelar incidental e manifestação nos autos do processo de execução. Ciência inequívoca dos termos da execução. Citação suprida pelo comparecimento espontâneo. Recurso não provido.”

2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, inc. LV, da Constituição da República.

Assevera que “o fato de os executados não terem sido devidamente citados no processo de Execução causou flagrante desrespeito aos princípios do contraditório e ampla defesa e, consequente insegurança jurídica para as partes.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Cumpre afastar, inicialmente, o óbice imposto pela decisão agravada quanto à alegada ausência de prequestionamento, pois a matéria constitucional posta à apreciação foi suscitada em momento processual adequado.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão da Agravante.

6. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia sobre a desnecessidade da citação com base na interpretação e aplicação do Código de Processo Civil.

Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE POR AUSÊNCIA DE CITAÇÃO NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. MATÉRIA PROCESSUAL. 1. Alegada contrariedade aos princípios constitucionais da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do ato jurídico perfeito e da inafastabilidade da prestação jurisdicional. Necessidade de análise de matéria infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 653.851-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 5.3.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CARTA ROGATÓRIA. COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO. CITAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 760.791-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 20.11.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CITAÇÃO: ALEGAÇÃO DE NULIDADE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 635.856-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.188 (725)ORIGEM : APCRIM - 20100034813 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BRUNO RODRIGUES DERZIADV.(A/S) : MARIZETE DE SOUZA CALDAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONAS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL

PENAL. AGRAVO INTEMPESTIVO: SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado do Tribunal de Justiça do Amazonas, que manteve a condenação do ora Agravante às penas de 2 anos e 8 meses de detenção e suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor por 1 ano pela prática do crime do art. 302, parágrafo único, inc. II, do Código de Trânsito Brasileiro.

2. No recurso extraordinário, o Agravante sustenta a “inexistência de prova suficiente para [sua] condenação” (fl. 309) e contrariedade ao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República pela rejeição dos embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal a quo sob o fundamento de ausência de preliminar de repercussão geral na petição recursal e falta de prequestionamento (fls. 367-369).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O agravo é intempestivo.A decisão agravada foi publicada em 1º.7.2011 (fl. 370). O prazo

começou a fluir em 4.7.2011, segunda-feira, e findou em 8.7.2011, sexta-feira.O agravo, no entanto, foi protocolizado no dia 11.7.2011 (fl. 385),

quando exaurido o prazo previsto no art. 28 da Lei 8.038/90 (Súmula n. 699 do Supremo Tribunal: “o prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”).

Confira-se o seguinte julgado:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

7. Ressalte-se a inaplicabilidade ao processo penal do prazo de dez dias da Lei n. 12.322/2010:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo” (ARE 639.846-AgR-QO, Redator p/ acórdão Min. Luiz Fux, Plenário, Dje 20.3.2012 – grifos nossos).

8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.207 (726)ORIGEM : APCRIM - 1353611 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : TOCANTINSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EDMILSON RODRIGUES NOGUEIRAADV.(A/S) : ANTONIO IANOWICH FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

TOCANTINS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL

PENAL. AGRAVO INTEMPESTIVO: SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado do Tribunal de Justiça de Tocantins, que manteve a condenação do ora Agravante pela prática do crime do art. 121, § 2º, inc. I e IV, do Código Penal, mas reduziu a 14 anos de reclusão (regime inicial fechado) a pena a ele imposta.

2. No recurso extraordinário, o Agravante sustenta contrariedade aos arts. 218 e 461 do Código de Processo Penal e ao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República, porque sua condenação não estaria amparada em prova suficiente, o júri seria parcial e não teriam sido “ouvidas todas as testemunhas de defesa” (fl. 1199).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal a quo sob o fundamento de ausência de ofensa constitucional direta e incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal (fls. 1248-1249).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O agravo é intempestivo.A decisão agravada foi publicada em 9.3.2012 (fl. 1251). O prazo

começou a fluir em 12.3.2012, segunda-feira, e findou em 16.3.2012, sexta-feira.

O agravo, no entanto, foi protocolizado no dia 21.3.2012 (fl. 1253), quando exaurido o prazo previsto no art. 28 da Lei 8.038/90 (Súmula n. 699 do Supremo Tribunal: “o prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”).

Confira-se o seguinte julgado:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

7. Ressalte-se a inaplicabilidade ao processo penal do prazo de dez dias da Lei n. 12.322/2010:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo” (ARE 639.846-AgR-QO, Redator p/ acórdão Min. Luiz Fux, Plenário, Dje 20.3.2012 – grifos nossos).

8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 158

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.232 (727)ORIGEM : APCRIM - 00120100023843001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SANDRO FARIAS DO NASCIMENTOADV.(A/S) : FÉLIX ARAÚJO FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

PROCESSUAL PENAL. 1) INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) ART. 5º, INC. XLVI E LV, DA CONSTITUIÇÃO: AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado do Tribunal de Justiça da Paraíba, que manteve a condenação do ora Agravante à pena de 7 anos e 6 meses de reclusão (regime inicial fechado) pela prática do crime do art. 121, caput, do Código Penal.

Tem-se nesse julgado:“Em preliminar, o apelante sustenta a tese de houve omissão do

magistrado, na formulação do quesito requerido pela defesa, que, segundo seu entendimento, gerou nulidade, conforme preceitos do artigo 593, inciso III do Código de Processo Penal.

Eis como o quesito deveria ser ditado referente à culpa, segundo o apelante:

"Assim agindo, o réu Sandro Farias do Nascimento, somente deu causa ao resultado morte da vitima Débora Gomes da Silva, prevendo que esta morte pudesse ocorrer, embora não desejasse e nem acreditasse que a morte da vitima acontecesse".

Nota-se, de plano, que o quesito, da forma como ele pretende que seja elaborado está totalmente sem nexo e poderia até mesmo confundir os jurados. Tanto é, que o magistrado indeferiu o pedido da defesa e editou o quesito da culpa da seguintes forma:

"Assim agindo, o réu Sandro Farias do Nascimento somente deu causa ao resultado morte da vítima por imprudência, conduzindo o seu veículo com excesso de velocidade?"

De fato, o quesito pretendido pela defesa possui uma redação confusa, sendo prudente o entendimento do magistrado em não submetê-lo aos jurados.

Ademais, a tese relativa à desclassificação para homicídio culposo foi bem exposta na última pergunta feita ao Corpo de Sentença, in verbis: "Assim agindo, o réu Sandro Farias do Nascimento somente deu causa ao resultado morte da vítima por imprudência, conduzindo o seu veiculo com excesso de velocidade? "

E como não poderia deixar de ser, por maioria, o júri respondeu NÃO, sem qualquer perplexidade, condenando o ora apelante.

Não restando evidenciado qualquer prejuízo à defesa no que se refere à redação dos quesitos, não há que se falar em nulidade quanto a esse ponto.

Rejeito, assim, a preliminar.(…)Por fim, insurge-se a defesa contra o quantum da pena-base aplicada

para o crime do artigo 121, caput do Código Penal.No artigo 59 do Digesto Penal estão elencadas oito circunstâncias

judiciais: a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade, os motivos, as circunstâncias em que se deu o fato, as consequências do crime e o comportamento da vítima.

De seu exame, o juiz deve extrair a pena necessária e suficiente para reprovação e prevenção do crime. Como se infere da análise do art. 68 do Código Penal, a pena-base é a que seria aplicada ao réu na ausência de qualquer outra causa de modificação, consideradas as quantidades mínima e máxima cominadas ao crime.

Em minucioso exame da dosimetria da sanção efetuada pelo magistrado a quo (fl. 381/382), vislumbra-se que a reprimenda aplicada ao apelante foi devidamente fundamentada e razoável, não merecendo, pois, reforma. Vejamos:

"A culpabilidade do réu neste instante, especificamente avaliada pelo Conselho de Sentença e convalidada no mais do feito, testemunha ação dolosa eventual, sua ação em dirigir seu veiculo com excesso de velocidade, assumiu o risco de causar a morte da inditosa vítima.

Quanto aos motivos do crime, existe nos autos referência de que o inculpado voltava de uma festa de Caturité, neste Estado, dirigindo um veículo de sua propriedade, oportunidade em que permitiu que no trevo de acesso a PB-148, a vítima e outras pessoas andassem na carroceria do carro,

resultando mais adiante num acidente e consequente morte da citada jovem.Os antecedentes do réu são normais, nada que comprometa o seu

passado, embora tenha anos se envolvido em acidente de trânsito, bem como, respondido a ação penal em juizado Especial de Queimadas, é pelo tempo, tecnicamente primário, mas, não desfruta de bons antecedentes.

As circunstâncias em que o crime ocorreu são em princípios contrárias ao réu, indicando o processo uma ação genericamente em condições favoráveis à sua ação, que me dispenso de mais especificamente adentrar, conquanto isoladamente reconhecida pelo Egrégio Sinédrio Popular.

As consequências do crime, irreparáveis, em face da vida ceifada e da profunda lesão causada ao meio social, indefeso no seu pavor à crença na impunidade, reflexo da orfandade cidadã e do individualismo campeante a tão pouco baratear a existência humana.

Quanto ao comportamento da vítima, divorciado de alguma aparente motivação de sua parte ao epílogo macabro, e ao desfecho à imensurável, fixo-lhe a PENA-BASE, enfim atendendo as circunstâncias judiciais suso analisadas, em 08 (oito) anos e seis (06) meses de reclusão, e não havendo circunstâncias agravantes ou causas especiais de aumento de pena a incidir no caso presente, mas considerando por derradeiro a atenuante de confissão espontânea prevista no artigo 65, inc. IIII, "d", do CP, reduzo a sanção imposta em 01 anos de reclusão, para, torná-la definitiva em 07 (sete) anos e seis (06) meses de reclusão"

Entendo que o magistrado agiu corretamente na dosagem da reprimenda, eis, que atento às circunstâncias do art. 59 do Código Penal, e de forma fundamentada, foi aplicada a pena-base em 08 (oito) anos e 06 (seis) meses de reclusão, ou seja, dois anos e eis meses acima do mínimo legal.

A reprimenda deve ser fixada acima do mínimo em abstrato previsto ao tipo, quando houver circunstâncias judiciais reconhecidamente desfavoráveis ao agente, que foi o que aconteceu no presente caso.

Analisando as circunstâncias judiciais, conclui o Ministério Público, em sede de contrarrazões : "(...) Sob sua ótica, quatro delas foram desfavoráveis ao apenado (culpabilidade, motivos, circunstâncias e consequências). A forma como o magistrado aplica uma elevação da pena sobre a pena mínima imputada ao crime praticado é de caráter meramente subjetivo e este subjetividade é amparada por Lei, já que o Juiz tem livre convencimento para prolatar sua decisão)" (fl. 408).

No mesmo norte, pronunciou-se a Procuradoria de Justiça (fl. 418): "A aplicação da pena foi realizada de maneira correta: para o crime de homicídio o Código Penal estipula uma punição de 06 a 20 anos, logo analisando as circunstâncias judiciais, quatro delas não foram favoráveis ao apelante, elevando a pena em dois anos e seis meses e, em seguida, atenuada em um ano, tornando-se definitiva em sete anos e seis meses de reclusão, não havendo o que se modificar, vez que a decisão está devidamente fundamentada".

Feitas estas considerações. rejeitadas as preliminares, no mérito, não conheço do primeiro fundamento (julgamento manifestamente contrário à prova dos autos) e nego provimento quanto ao segundo (diminuição da pena-base), para manter a sentença vergastada em todos os seus termos” (fls. 625-629 - grifos nossos).

2. No recurso extraordinário, o Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. XLVI, e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República pelas seguintes razões: a) “omissão de formulação de quesito requerido pela defesa” (fl. 654); b) pena-base “incompatível com as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal” (fl. 659), fixada “em patamar muito superior ao mínimo legal, sem (…) supedâneo em fundamentação concreta e vinculada, legitimadora da exasperação na resposta penal” (fl. 655).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal a quo sob os fundamentos de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal e ausência de ofensa constitucional direta (fls. 696-697).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada relativo à incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal, pois as questões formuladas no recurso extraordinário têm natureza estritamente jurídica.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 159

satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Ademais, pela jurisprudência do Supremo Tribunal, a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XLVI e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, do Código de Processo Penal), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que "Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada". Precedentes. 2. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 580.465-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2008 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. HOMICÍDIO. NULIDADE DO JULGAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência dos óbices das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de violação meramente reflexa do texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 757.450-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 4.12.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. ÔNUS DA PROVA E DOSIMETRIA DA PENA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 842.032- AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 12.5.2011 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL. ARTS. 5º, XLVI, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. A parte agravante não demonstra a presença nos autos da peça que a decisão agravada teve como ausente, qual seja, a certidão de publicação do acórdão recorrido. Trata-se de peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo de instrumento. Ausência de prequestionamento. Questão não ventilada no acórdão recorrido e que não foi suscitada em embargos de declaração. Óbice previsto pelos enunciados das Súmulas 282 e 356/STF. Alegação de violação dos arts. 5º, XLVI, e 93, IX, da Constituição Federal. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional (Código Penal) para a verificação de contrariedade à Carta Magna. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta. Precedente. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 586.491-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 28.11.2008 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA CRIMINAL. DOSIMETRIA DA PENA. INCISO IX DO ART. 93 DA CF/88. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM APOIO NO ARTIGO 59 E CAPUT DO ARTIGO 71 DO CÓDIGO PENAL. OFENSA INDIRETA AO MAGNO TEXTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO DESPROVIDO. (...) O acórdão recorrido não invocou nenhum direto comando constitucional para nele fazer repousar a decisão afinal proferida. Controvérsia decidida à luz do artigo 59 e do caput do artigo 71 do Código Penal. Pelo que eventual ofensa ao Magno Texto ocorreria de modo indireto ou reflexo (...). Agravo regimental desprovido” (RE 569.378-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 26.6.2009 – grifos nossos)

8. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.485 (728)ORIGEM : AC - 200390022004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL

PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MIRAVERDE CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS

LTDARECTE.(S) : LAURO DE FREITAS VALE E SILVA KUHNADV.(A/S) : ANDRÉA MARIA SILVA E SOUZA PAVAN RORIZ DOS

SANTOSRECDO.(A/S) : ANTONIO SERGIO PARREIRA DE MELLOADV.(A/S) : DIMARINS MOREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ROGÉRIO WAGNER CARRARA DO AMARALADV.(A/S) : PEDRO DA SILVEIRA LEÃO NETTOINTDO.(A/S) : MIRA ASSUMPÇÃO EMPREENDIMENTOS E

PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO AIRES CRUVINEL E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ODEMIR ALBINO MICHELETTIADV.(A/S) : FLÁVIO WAKIM E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

1) ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA PELO INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 2) MATÉRIA INFRACONSTUTICIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Triplo Apelo. Ação de Indenização de danos morais e materiais. (...) XII – Dano moral. Caracterizado. A prática de ato ilícito e a inexecução do contrato de compra e venda de imóvel impõe ao causador do dano o dever de indenizar, seja pelo abalo à honra objetiva ou pela privação do uso do bem adquirido e a decepção decorrente da venda em duplicidade. XIII – Dano moral. Valor abusivo. Redução. Princípio da razoabilidade e proporcionalidade. O quantum arbitrado a título de reparação moral deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Assim sendo, necessário se faz a redução da verba indenizatória de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para R$ 10.000,00 (dez mil reais). XIV – Juros moratórios e correção monetária. Questão de ordem pública. Os juros moratórios e a correção monetária são matérias de ordem pública, podendo ser tratadas de ofício pelo Tribunal, inteligência do artigo 293 do Código de Processo Civil. XV – Danos morais. Correção monetária e juros moratórios. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento. Já os juros de mora incidirão a partir do evento danoso. XVI – Ônus sucumbenciais. Sentença omissa. Possibilidade de reforma de ofício. Consectário lógico da derrota. A condenação nas verbas de sucumbência decorre do fato objetivo da derrota no processo, cabendo ao juiz condenar, de ofício, a parte vencida, independentemente de provocação expressa do autor ou do réu, porquanto trata-se de pedido implícito, cujo exame decorre da lei processual civil. XVII – Verba honorária. A fixação da verba honorária tem como parâmetro a natureza jurídica da sentença proferida, sendo, pois, o pedido principal eminentemente declaratório (anulação de segunda venda do imóvel), necessário se faz a fixação dos honorários advocatícios com a observância dos critérios previstos no artigo 20, § 4º, do Código de Processo Civil (apreciação equitativa do juiz), atendidos os pressupostos do § 3º, alíneas 'a', 'b', e 'c', do aludido codex. Conheço dos recursos, dou parcial provimento ao primeiro e terceiro apelos e desprovejo o segundo.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. Os Agravantes afirmam que o Tribunal de origem teria contrariado

os arts. 5º, inc. LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.Sustentam que “sem a devida autorização para a produção de provas

por parte destes Recorrentes, lhes foi retirado o direito a ampla defesa, já que não tiveram a oportunidade de produzir as provas necessárias que levariam à improcedência da demanda.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão dos Agravantes, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 160

satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Não se há afirmar cerceamento de defesa pelo indeferimento da produção de prova, pois cabe ao juiz da causa o exame de sua suficiência e a eventual necessidade de dilação probatória.

No julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo n. 639.228, Relator o Ministro Presidente, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral desta questão, nos seguintes termos:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional” (DJe 31.8.2011).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

8. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Lei n. 10.820/2003), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.551 (729)ORIGEM : PROC - 200970510003193 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : FATIMA REGINA BONJORNOADV.(A/S) : LINCO KCZAM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando o ARE 689.765-RG, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (“Ajuizamento de ação individual autônoma para pleitear o direito aos juros remuneratórios de caderneta, reconhecido em ação coletiva transitada em julgado” – Tema 577), em acórdão assim ementado:

“AÇÃO AUTÔNOMA DE COBRANÇA. POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. PLANOS ECONÔMICOS. JUROS REMUNERATÓRIOS. EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.”

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.653 (730)ORIGEM : PROC - 71003498458 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JULIANE VASCONCELOS ERENORECTE.(S) : CARLA DE LIMAADV.(A/S) : CLARISSA TELLES DA SILVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 89, CAPUT, DA

LEI N. 9.099/1995: CONSTITUCIONALIDADE. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório

1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado da Turma Recursal do Juizado Especial do Rio Grande do Sul:

“Ausência de oferta da suspensão condicional do processo.A questão, como já referido na sentença condenatória, foi enfrentada

pela Turma Recursal Criminal no julgamento do habeas corpus impetrado pelas rés (71002953958, constante dos autos).

Cabível acrescentar apenas que atualmente as rés não fazem jus ao benefício, pois respondem a processos criminais” (fl. 125 – grifos nossos).

Tem-se no habeas corpus acima mencionado:“Em que pese ambas as pacientes não registrarem sentença

condenatória definitiva, ainda que tenha se beneficiado a ré Juliana, em menos de cinco anos, pela transação penal, compreendeu o representante do Ministério Público que os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias do crime não indicavam ser necessária e suficiente a adoção da medida (critério subjetivo, inc. III do § 2º do art 76 da Lei 9.099/95).

Outrossim, só fariam jus as pacientes à suspensão condicional do processo caso não estivessem sendo processadas ou tendo sido condenadas por outro crime (critério objetivo, art. 89, caput, da Lei 9.099/95), ainda que atendidos os demais requisitos autorizadores da suspensão condicional da pena (art. 77 do CP), o que não se verifica no caso trazido a exame.

Tais dispositivos legais permanecem em pleno vigor e não violam os princípios da legalidade, da presunção de inocência e do devido processo legal” (fl. 68 – grifos nossos).

2. As Agravantes alegam que o critério objetivo para a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei n. 9.099/1995: “desde que o acusado não esteja sendo processado”) contrariaria os princípios da legalidade, da “presunção de inocência” (fl. 137), da proporcionalidade e do devido processo legal.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Juízo de origem sob os fundamentos de falta de prequestionamento e ausência de ofensa constitucional direta (fl. 155).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão agravada, pois a matéria objeto do recurso extraordinário é constitucional e foi objeto de debate e decisão prévios no Juízo de origem.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão das Agravantes.

6. Este Supremo Tribunal assentou a constitucionalidade do critério objetivo do art. 89, caput, da Lei n. 9.099/1995:

“Examino a questão do art. 89 da L. 9.099/95.O Procurador Regional da República opinou ‘pela remessa do ... feito

à 1ª instância, para análise de ... aplicação do benefício previsto no art. 89 da Lei nº 9.099/95’ (fls. 59).

O Promotor de Justiça disse da impossibilidade de oferecer proposta de suspensão do processo.

O recorrente respondia a outro processo criminal (autos nº 408/96, 3ª Vara; fls.72).

Essa circunstância impede a concessão do benefício (L. 9.099/95, art. 89.

A medida despenalizadora da Suspensão Condicional do Processo (L. 9.099/95, art. 89) visa evitar que o autor do fato não tenha que ser submetido aos efeitos deletérios do processo.

Uma vez respondendo a um processo e condenado por outro, a medida não se justifica.

Precedentes: HC 73.793, MAURÍCIO CORRÊA; HC 74463, CELSO DE MELLO; AGED 202.467, MOREIRA ALVES.

A restrição não é inconstitucional. Ela não viola o princípio constitucional da inocência.A medida do art. 89 é de política criminal.Não se constitui em um direito subjetivo do acusado.A lei pode fixar as condições que, no manejo de tal política, entender,

desde que razoáveis. É o caso.A lei visa a suspensão de um processo.Havendo mais de um processo e suspenso um, o outro continuaria.A suspensão de um não satisfaria o objetivo da lei.Por outro lado, para concessão do benefício não se examina a

culpabilidade do acusado.Quando já condenado, como no caso, o benefício oportuno é o da

suspensão condicional da pena (sursis)” (RHC 79.460, Red. p/ acórdão Min. Nelson Jobim, Plenário, DJ 18.5.2001 – grifos nossos).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 161

“Suspensão condicional do processo: revogação. 1. Nos termos do art. 89 da L. 9.099/95 - cuja constitucionalidade foi reconhecida pelo plenário, em 16.12.99, no RHC 79.460, Nelson Jobim, DJ 18.5.01 - não cabe a suspensão condicional do processo quando o acusado esteja sendo processado ou já tiver sido condenado por outro crime. 2. Não satisfeito o "pressuposto negativo" imposto pela própria lei, pode ser revogado o benefício por decisão proferida após o período de prova, embora haja de fundar-se em fatos ocorridos até o termo final dele: precedente (HC 80.747, Pertence, DJ 19.10.2001)” (HC 85.106, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 4.3.2005 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.663 (731)ORIGEM : EIAPCRIM - 816820107110011 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : PHELIPE ESTEVAN FERREIRA MATOSDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

PENAL. POSSE DE DROGA EM RECINTO MILITAR. APLICAÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (ART. 290 DO CÓDIGO PENAL MILITAR): CONSTITUCIONALIDADE. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado do Superior Tribunal Militar, que manteve (com base na jurisprudência do Supremo Tribunal) a condenação do ora Agravante (flagrado na posse de 0,8 grama da substância conhecida como maconha) à pena de 1 ano de reclusão pela prática do crime do art. 290, caput, do Código Penal Militar.

2. O Recorrente alega que o art. 290 do Código Penal Militar contrariaria o princípio da proporcionalidade e as Convenções de Nova Iorque (1961) e Viena (1988), “que não se coadunam com a penalização do indivíduo que use ou porte drogas ilícitas para o seu consumo pessoal” (fl. 298).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob os fundamentos de ausência de ofensa constitucional direta e necessidade de reexame de fatos e provas (fl. 321).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão agravada, pois a matéria objeto do recurso extraordinário é estritamente jurídico-constitucional.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

6. Este Supremo Tribunal assentou a constitucionalidade da resposta penal mais severa do art. 290 do Código Penal Militar (comparada ao art. 28 da Lei n. 11.643/2006) à posse de droga em recinto militar:

“HABEAS CORPUS. CRIME MILITAR. CONSCRITO OU RECRUTA DO EXÉRCITO BRASILEIRO. POSSE DE ÍNFIMA QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE EM RECINTO SOB ADMINISTRAÇÃO CASTRENSE. INAPLICABILIDADE DO POSTULADO DA INSIGNIFICÂNCIA PENAL. INCIDÊNCIA DA LEI CIVIL Nº 11.343/2006. IMPOSSIBILIDADE. RESOLUÇÃO DO CASO PELO CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE DA LEGISLAÇÃO PENAL CASTRENSE. ORDEM DENEGADA. 1. A questão da posse de entorpecente por militar em recinto castrense não é de quantidade, nem mesmo do tipo de droga que se conseguiu apreender. O problema é de qualidade da relação jurídica entre o particularizado portador da substância entorpecente e a instituição castrense de que ele fazia parte, no instante em que flagrado com a posse da droga em pleno recinto sob administração militar. 2. A tipologia de relação jurídica em ambiente castrense é incompatível com a figura da insignificância penal, pois, independentemente da quantidade ou mesmo da espécie de entorpecente sob a posse do agente, o certo é que não cabe distinguir entre adequação apenas formal e adequação real da conduta ao tipo penal incriminador. É de se pré-excluir, portanto, a conduta do

paciente das coordenadas mentais que subjazem à própria tese da insignificância penal. Pré-exclusão que se impõe pela elementar consideração de que o uso de drogas e o dever militar são como água e óleo: não se misturam. Por discreto que seja o concreto efeito psicofísico da droga nessa ou naquela relação tipicamente militar, a disposição pessoal em si para manter o vício implica inafastável pecha de reprovabilidade cívico-funcional. Senão por afetar temerariamente a saúde do próprio usuário, mas pelo seu efeito danoso no moral da corporação e no próprio conceito social das Forças Armadas, que são instituições voltadas, entre outros explícitos fins, para a garantia da ordem democrática. Ordem democrática que é o princípio dos princípios da nossa Constituição Federal, na medida em que normada como a própria razão de ser da nossa República Federativa, nela embutido o esquema da Tripartição dos Poderes e o modelo das Forças Armadas que se estruturam no âmbito da União. Saltando à evidência que as Forças Armadas brasileiras jamais poderão garantir a nossa ordem constitucional democrática (sempre por iniciativa de qualquer dos Poderes da República), se elas próprias não velarem pela sua peculiar ordem hierárquico-disciplinar interna. 3. A hierarquia e a disciplina militares não operam como simples ou meros predicados institucionais das Forças Armadas brasileiras, mas, isto sim, como elementos conceituais e vigas basilares de todas elas. Dados da própria compostura jurídica de cada uma e de todas em seu conjunto, de modo a legitimar o juízo técnico de que, se a hierarquia implica superposição de autoridades (as mais graduadas a comandar, e as menos graduadas a obedecer), a disciplina importa a permanente disposição de espírito para a prevalência das leis e regulamentos que presidem por modo singular a estruturação e o funcionamento das instituições castrenses. Tudo a encadeadamente desaguar na concepção e prática de uma vida corporativa de pinacular compromisso com a ordem e suas naturais projeções factuais: a regularidade, a normalidade, a estabilidade, a fixidez, a colocação das coisas em seus devidos lugares, enfim. 4. Esse maior apego a fórmulas disciplinares de conduta não significa perda do senso crítico quanto aos reclamos elementarmente humanos de se incorporarem ao dia-a-dia das Forças Armadas incessantes ganhos de modernidade tecnológica e arejamento mental-democrático. Sabido que vida castrense não é lavagem cerebral ou mecanicismo comportamental, até porque – diz a Constituição – “às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar” (§ 1º do art. 143). 5. O modelo constitucional das Forças Armadas brasileiras abona a idéia-força de que entrar e permanecer nos misteres da caserna pressupõe uma clara consciência profissional e cívica: a consciência de que a disciplina mais rígida e os precisos escalões hierárquicos hão de ser observados como carta de princípios e atestado de vocação para melhor servir ao País pela via das suas Forças Armadas. Donde a compatibilidade do maior rigor penal castrense com o modo peculiar pelo qual a Constituição Federal dispõe sobre as Forças Armadas brasileiras. Modo especialmente constitutivo de um regime jurídico timbrado pelos encarecidos princípios da hierarquia e da disciplina, sem os quais não se pode falar das instituições militares como a própria fisionomia ou a face mais visível da ideia de ordem. O modelo acabado do que se poderia chamar de “relações de intrínseca subordinação”. 6. No caso, o art. 290 do Código Penal Militar é o regramento específico do tema para os militares. Pelo que o princípio da especialidade normativo-penal impede a incidência do art. 28 da Lei de Drogas (artigo que, de logo, comina ao delito de uso de entorpecentes penas restritivas de direitos). Princípio segundo o qual somente a inexistência de um regramento específico em sentido contrário ao normatizado na Lei 11.343/2006 é que possibilitaria a aplicação da legislação comum. Donde a impossibilidade de se mesclar esse regime penal comum e o regime penal especificamente castrense, mediante a seleção das partes mais benéficas de cada um deles, pena de incidência em postura hermenêutica tipificadora de hibridismo ou promiscuidade regratória incompatível com o princípio da especialidade das leis. 7. Ordem denegada” (HC 103.684, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário, Dje 13.4.2011 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.419 (732)ORIGEM : APCRIM - 990105712428 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA PIRESADV.(A/S) : ROGÉRIO NUNESRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 162

AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL PENAL. INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DESATENDIMENTO DA LEI N. 11.418/2006 E DO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Trata-se de recurso interposto por Carlos Roberto de Oliveira Pires contra a r. decisão de fls. 166/170, que julgou procedente a inicial e que o condenou a 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, em regime fechado, e a 583 (quinhentos e oitenta e três) dias-multa, à razão mínima ao dia-multa, como incurso no art. 33, caput , da Lei 11.343/06 , negado o direito de recorrer em liberdade.

(…)Ficou demonstrado, estreme de dúvidas, que, nas condições de

tempo e lugar descritas na inicial, o apelante foi surpreendido por policiais militares, na posse ilegal de 1 (um) tijolo de cocaína, com peso líquido de 990,8 gramas e 1 (um) tijolo de crack (composto à base de cocaína), num total líquido de 978,6g, cujas quantidades, diversidade e circunstâncias da apreensão indicam a destinação ao comércio clandestino de drogas.

(…)Nesse sentido, é a coesa e insuspeita prova oral da acusação,

constituída pelos testemunhos dos policiais militares Edmilson dos Santos Elizeu (fls. 3 e 119) e Saturno Donizetti de Almeida (fls. 4 e 117/118).

(…)Insta consignar, ainda, que divergências de ordem secundária entre

os relatos dos policiais, em especial, os apresentados em juízo, não se prestam a comprometê-los, mas lhe conferem maior certeza.

(…)Quanto à pueril versão exculpatória do apelante, só deduzida em

juízo (fls. 113), após sugestivo silêncio da fase policial (fl. 6), no sentido de negar a posse do entorpecente, consistente em assaque contra os policiais desprovido até mesmo do mérito da novidade, porque isolada e afastada, com segurança, pela prova oral da acusação, não merece credibilidade.

A prova oral da defesa não se presta a alterar o panorama do conjunto probatório (fls. 120, 121, 122,123 e 124).

(…)Impõe-se a redução das penas-base aos mínimos legais, quais

sejam, 5 (cinco) anos de reclusão e 500 (quinhentos) dias-multa, pois o aumento decorrente do reconhecimento da agravante da reincidência não merece prevalecer, pois não constam condenações definitivas” (fls. 239-243 - grifos nossos).

2. No recurso extraordinário, o Agravante sustenta contrariedade ao art. 5º, inc. LV e LVII, da Constituição da República pelas seguintes razões: a) condenação embasada exclusivamente em provas inquisitoriais; b) negativa de recorrer em liberdade.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal a quo sob o fundamento de ausência de preliminar de repercussão geral da questão constitucional (fl. 301).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O julgado recorrido foi publicado em 2.9.2011 (fl. 259). No entanto,

não há, na petição de recurso extraordinário (fls. 268-274), preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Como afirmado na decisão agravada, o Agravante descumpriu a Lei n. 11.418/2006 e o art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL PENAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. REQUISITO NÃO OBSERVADO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE, REALIZADO NO TRIBUNAL A QUO, PARA APRECIAR, COMO OCORREU NO CASO, A EXISTÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 718.993-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009 – grifos nossos).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PENAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. LEI N. 11.418/2006: NORMAS GERAIS APLICÁVEIS A TODOS OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. PRECEDENTE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE: INADMISSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 601.692-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).

“PROCESSO PENAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO CRIMINAL. PRELIMINAR. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Nos termos do art. 327, e § 1º, do RISTF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral serão recusados. A obrigação incide, inclusive, quando eventualmente aplicável o art. 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil. Precedentes. II - No julgamento do AI 664.567-QO/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, esta Corte assentou que não há falar ‘em uma imanente repercussão geral de todo recurso extraordinário em matéria criminal, porque em jogo, de regra, a liberdade de locomoção’, pois ‘para obviar a ameaça ou lesão à liberdade de locomoção - por remotas que sejam -, há sempre a garantia constitucional do habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII)’” (AI 705.218-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 5.6.2009 – grifos nossos).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 4. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 744.686-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 26.6.2009 – grifos nossos).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.433 (733)ORIGEM : APCRIM - 70034952952 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : LUIZ AUGUSTO SILVEIRA NUNESDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CRIME DE TRÁFICO

DE DROGAS. VEDAÇÃO À SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITO: INCONSTITUCIONALIDADE (HC 97.256). JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“PENAS SUBSTITUTIVAS. A redação restritiva do artigo 44 da Lei nº 11.343/06 não alcança a figura do art. 33, § 4º. Quantidade de pena que permite a substituição. Condições pessoais do agente favoráveis. Substituição deferida por PSC e LFS, considerando a natureza do crime, a espécie e quantidade da droga” (fl. 272 – grifos nossos).

Tem-se nesse julgado:“Acrescento que o Supremo Tribunal Federal, ainda que por maioria e

em caso isolado, já declarou (HC 97.256) a inconstitucionalidade dos artigos 33, § 4º e 44 da Lei 11.343/06, na parte em que vedada a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos” (fl. 286 – grifos nossos).

2. No recurso extraordinário, o Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. XLVI, da Constituição da República ao afastar “dispositivos legais [que] vedam a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em delito de tráfico” (fl. 322).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob o fundamento de ausência de ofensa constitucional direta (fls. 380-381).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 163

4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada, pois a matéria objeto do recurso extraordinário é constitucional.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

6. Este Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade da vedação prevista na Lei n. 11.343/06 à substituição por pena restritiva de direitos da pena privativa de liberdade imposta a condenados por crime de tráfico de drogas:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ART. 44 DA LEI 11.343/2006: IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA (INCISO XLVI DO ART. 5º DA CF/88). ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA” (HC 97.256, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário, Dje 16.12.2010 - grifos nossos).

Esse entendimento tem sido reafirmado em reiterados julgados das Turmas deste Supremo Tribunal:

“HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTE. POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal assentou serem inconstitucionais os arts. 33, § 4º, e 44, caput, da Lei 11.343/2006, na parte em que vedavam a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em condenação pelo crime de tráfico de entorpecentes (HC 97.256, Rel. Min. Ayres Britto, sessão de julgamento de 1º.9.2010, Informativo/STF 598). 2. Ordem concedida” (HC 102.351, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 15.10.2010 – grifos nossos).

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. JULGAMENTO DA QUESTÃO PELO PLENÁRIO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA” (HC 102.796, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje 5.5.2011 – grifos nossos).

“Habeas corpus. Tráfico de entorpecentes. Delito praticado sob a égide da Lei nº 11.343/06. Substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. Possibilidade. Aplicação do art. 44 do Código Penal. Substituição admissível. Precedente do Pleno. 1. O Tribunal Pleno desta Suprema Corte, em 1º/9/10, ao analisar o HC nº 97.256/RS, Relator o Ministro Ayres Britto, por maioria de votos, declarou incidenter tantum a inconstitucionalidade dos arts. 33, § 4º, e 44, caput, da Lei nº 11.343/06, na parte em que vedavam a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em condenação pelo crime de tráfico de entorpecentes. 2. Ordem concedida” (HC 102.055, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 29.3.2011 – grifos nossos).

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ART. 44 DA LEI 11.343/2006: IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO PLENÁRIO DO STF (HC 97.256). OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA (INCISO XLVI DO ART. 5º DA CF/88). ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA” (HC 104.718, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, Dje 10.5.2011 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.534 (734)ORIGEM : AIRR - 12635620105030148 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINERAÇÃO NOSSA SENHORA DO PILAR LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GILMAR TEIXEIRA BUENAADV.(A/S) : FIRMINO LOBATO DA COSTA E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário sob os fundamentos de que o acórdão recorrido encontra-se devidamente fundamentado, bem como de que eventual ofensa ao texto constitucional, se existente, seria meramente reflexa e que esta Corte reconheceu a inexistência de repercussão geral do tema atinente à aplicação de multa em julgamento de embargos de declaração tidos por protelatórios.

O agravo não merece acolhida. É que os recorrentes deixaram de atacar os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a repetir as razões do extraordinário. Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da súmula 287 do STF.

(...)IV - Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria, Primeira Turma).“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...)O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.398 (735)ORIGEM : AC - 20000124048971 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICIPIO DE FORTALEZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FORTALEZARECDO.(A/S) : RAIMUNDA SANTOS GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSBERTO DOS SANTOS GARCEZ E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Esta Corte, ao examinar o RE nº 592.317/RJ, concluiu pela existência

da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 315 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata de definir “se o Poder Judiciário ou a Administração Pública podem, ou não, aumentar vencimentos de servidores públicos civis e militares regidos pelo regime estatutário, ou estender-lhes vantagens e gratificações, com base no princípio da isonomia, na equiparação salarial ou a pretexto de revisão geral anual”.

Assim, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.086 (736)ORIGEM : AC - 20000130700381 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSÉ FELISBERTO MAIA DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO APRÍGIO DA SILVARECDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

Despacho: Idêntico ao de nº 735

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.398 (737)ORIGEM : AC - 3065915500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 164

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JAIR SANTORO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUBENS FERREIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 735

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.492 (738)ORIGEM : AC - 10024097211668001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : ALEXANDRE TEIXEIRA BATISTAADV.(A/S) : GENEROSO FLÁVIO DE ALMEIDA

DECISÃO: Vistos.Esta Corte, ao examinar o ARE nº 646.000/MG, concluiu pela

existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 551 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da “possibilidade, ou não, de extensão de direitos concedidos aos servidores públicos efetivos aos servidores e empregados públicos contratados para atender necessidade temporária e excepcional do setor público”.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo, a fim de admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que se aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.968 (739)ORIGEM : PROC - 024506400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : MARIA CHRISTINA LOPES DE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE MELO SILVA SALES E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 738

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ROSA WEBER

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.648 (740)ORIGEM : AMS - 199903990543991 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DA FRATERNIDADE JUDICIÁRIAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS MECCIA E OUTRO(A/S)

Verifico que há recurso pendente de julgamento no Superior Tribunal de Justiça.

Determino o sobrestamento do feito até conclusão do julgamento naquela Corte Superior (art. 543, CPC).

À Secretaria Judiciária.Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.270 (741)ORIGEM : AC - 70005459698 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : PRESTEMAR COMÉRCIO REPRESENTAÇÕES E

EXPORTAÇÕES LTDAADV.(A/S) : JOSÉ INÁCIO RODRIGUES SEDREZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MIGUEL RUBENS SAMPAIO DE BARROS

AGDO.(A/S) : DÉBORA MARA MAYORA DUARTEADV.(A/S) : GERCI LUIZ DUARTEAGDO.(A/S) : CARMEN LAURA SANTOS DA COSTAAGDO.(A/S) : PAULO FERNANDO SANTOS DA COSTAAGDO.(A/S) : PAULO FERNANDO SANTOS DA COSTA JUNIORAGDO.(A/S) : MARIA REGINA FARIAS DA COSTAADV.(A/S) : ALVARO DA COSTA GANDRA

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.347 (742)ORIGEM : AC - 3722205 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : CASA DE VIDROS SANTA TEREZINHA LTDA - MEADV.(A/S) : PHILIPPE ALEXANDRE TORRE

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.662 (743)ORIGEM : AC - 20060110046676 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : HELDER CUNHA SILVAADV.(A/S) : VANESSA PEREIRA DE SOUSA CALDERON E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ACADEMIA DE TÊNIS DE BRASÍLIAADV.(A/S) : ERIC FURTADO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.343 (744)ORIGEM : AI - 5145535 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : LUIZ HENRIQUE GUBERT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OKSANDRO OSDIVAL GONÇALVESAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ALTAYR CYRO GUBERTADV.(A/S) : SANDRO MARCELO KOZIKOSKIINTDO.(A/S) : CÉLIA MARIA GUBERT FREUA BUFÁIÇALADV.(A/S) : MARCO POLO DE OLIVEIRA E SILVA

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.947 (745)ORIGEM : AI - 70031464704 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.107 (746)ORIGEM : AC - 70028225472 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : M L GOMES ADVOGADOS ASSOCIADOS E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ATHOS GUSMÃO CARNEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : NILZA SILVESTRE TUFURETI

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.136 (747)ORIGEM : AC - 3944602006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 165

AGTE.(S) : BOMPREÇO BAHIA SUPERMERCADOS LTDAADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.648 (748)ORIGEM : AC - 200751018104129 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MARIA EUGENIA FRANCISCA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : TATIANA TROMMER BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 740

AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.920 (749)ORIGEM : AC - 3521946 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE CULTURA - APCADV.(A/S) : JULIO CESAR RODRIGUES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO FERNANDO DE MORAES NICOLAUADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE ANDRADE VIANNA E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

Despacho: Idêntico ao de nº 740

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 18 de setembro de 2012.

REPUBLICAÇÕES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.644 (750)ORIGEM : PROC - 7037587602 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A (INCORPORADOR DO BANCO

NOSSA CAIXA S/A)ADV.(A/S) : VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JORGE FERREIRA VITAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADÍLSON MACHADO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia da petição de recurso extraordinário, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 20 de janeiro de 2011.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Republicado por determinação do Presidente em 5 de setembro de 2012 (folha 181 dos autos).

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)(286) (444) (662)ADAIR RODRIGUES E OUTRO(A/S) (131)ADAUTO ALONSO S SUANNES (431)ADELMO DA SILVA EMERENCIANO (704)ADELMO SÉRGIO PEREIRA CABRAL E OUTRO(A/S) (579)ADEMIR ABIDO E OUTRO(A/S) (685)ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) (333)ADÍLSON MACHADO E OUTRO(A/S) (750)ADILSON MONTEIRO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (722)ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)(239) (242) (606)ADRIANA BRASIL FILIPPI E OUTRO(A/S) (230)ADRIANA DE BARROS SOUZANI E OUTRO(A/S) (122)ADRIANA INÁCIA VIEIRA E OUTRO(A/S) (604)ADRIANA R BORGES - ME (361)ADRIANO HISAO MOYSES KAWASAKI (26)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(1) (3) (4) (14) (28) (29) (30) (31) (32) (33)(34) (35) (36) (37) (40) (46) (49) (54) (60) (61)(62) (69) (70) (89) (137) (164) (165) (166) (167) (188)(189) (189) (194) (197) (212) (213) (213) (214) (215) (215)(216) (216) (217) (218) (218) (220) (221) (222) (223) (224)(225) (226) (252) (255) (257) (261) (264) (284) (314) (330)(331) (337) (347) (351) (359) (392) (393) (394) (432) (437)(439) (461) (462) (467) (468) (496) (510) (514) (519) (563)(564) (565) (566) (567) (568) (569) (570) (570) (572) (573)(574) (576) (577) (581) (583) (584) (585) (586) (593) (608)(614) (623) (624) (636) (637) (640) (641) (652) (656) (658)(661) (665) (669) (677) (679) (688) (694)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(92) (116) (123) (135) (177) (281) (283) (310) (384) (406)(489) (603) (614) (621) (632) (635) (667)AFONSA EUGÊNIA DE SOUZA (705)AFONSO CARLOS MUNIZ MORAES E OUTRO(A/S) (614)AFRÂNIO DE LIMA SOARES JÚNIOR (581)AGENOR LUZ MOREIRA E OUTRO(A/S) (296)AHMAD LAKIS NETO E OUTRO(A/S) (208)AIR PAULO LUZ (111)AIRTOM MARQUEZINI JUNIOR E OUTRO(A/S) (95)AIRTOM PACHECO PAIM JUNIOR E OUTRO(A/S) (647)AIRTON GUIDOLIN E OUTRO(A/S) (456)ALAN KARDEC F. SOUZA (409)ALAN MAURÍCIO FERREIRA DOS SANTOS (454)ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA (463)ALBANIR FRAGA FIGUEREDO (74)ALBERTO MACHADO CASCAIS MELEIRO (567)ALBERTO MACHADO CASCAIS MELEIRO E OUTRO(A/S) (568)ALBERTO MÁRCIO DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (449)ALCIR DE OLIVEIRA (698)ALEMAR JOSÉ DA SILVA (363)ALESSANDRA OURIQUE DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (128)ALESSANDRO DE OLIVEIRA THULLER E OUTRO(A/S) (85)ALESSANDRO ROSTAGNO (339)ALESSANDRO ZERBINI RUIZ BARBOSA E OUTRO(A/S) (232)ALEX PENNA DE AQUINO (179)ALEXANDRA PACHECO LEITÃO (263)ALEXANDRE BARBOSA (642)ALEXANDRE CAMPOS DOS SANTOS (208)ALEXANDRE DANTAS FRONZÁGLIA E OUTRO(A/S) (618)ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (90)ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) (335)ALEXANDRE LEANDRO (646)ALEXANDRE MAGNO RAMOS (372)ALEXANDRE MOREIRA BRANCO (722)ALEXANDRE ROBERTO FIAMONCINI (319)ALEXANDRE RODRIGO MAZZETTO E OUTRO(A/S) (144)ALEXANDRE SANTANA DA SILVA (106)ALEXANDRE TRICHEZ (575)ALFREDO ALEXANDRE DE MIRANDA COUTINHO (142)ALFREDO DE NAZARETH MELO SANTANA (357)ALFREDO FERNANDES PEREIRA E OUTRO(A/S) (701)ALFREDO LINCOLN PEDROSO E OUTRO(A/S) (622)ALFREDO LUIZ KUGELMAS (690)ALINE LEAL FONTANELLA (349)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 166

ALÍPIO JOSÉ MATTJE E OUTRO(A/S) (332)ALLAN DIAS TOLEDO MALTA E OUTRO(A/S) (610)ALMERINDO PEREIRA E OUTRO(A/S)(10) (412)ALMIR LOPES FILHO (444)ALMIR MEIRELLES ROSA E OUTRO(A/S) (434)ALOISIO AUGUSTO MAZEU MARTINS E OUTRO(A/S) (621)ALTEMAR DA SILVA CORREA (27)ALVARO DA COSTA GANDRA (741)ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (652)AMADEU ALVES PINHEIRO (99)ANA CECÍLIA SALVADOR MARQUES E OUTRO(A/S) (633)ANA CRISTINA CARDIA PETRA E OUTRO(A/S) (460)ANA MARIA FRANCISCO DOS SANTOS TANNUS (341)ANA PAULA CASTANHO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (104)ANA PAULA DA COSTA BARROS LIMA E OUTRO(A/S) (127)ANA PAULA DE MORAES FRANCO E OUTRO(A/S) (702)ANCELMA DA PENHA BERNARDOS (616)ANDERSON ALEXANDRINO CAMPOS (549)ANDERSON LUIS DA SILVEIRA (373)ANDERSON PROLA PIRES (508)ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO (706)ANDRÉ DE ALMEIDA RODRIGUES E OUTRO(A/S) (702)ANDRÉ GONÇALVES IRACEMA EGER (658)ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS (353)ANDRÉ VONONI DE GODOY (699)ANDRÉA BESSONE SADI E OUTRO(A/S) (718)ANDRÉA DA SILVA CORRÊA E OUTRO(A/S) (403)ANDRÉA DURAN SOUSA E OUTRO(A/S) (439)ANDRÉA MARIA MENDES E OUTRO(A/S) (662)ANDRÉA MARIA SILVA E SOUZA PAVAN RORIZ DOS SANTOS (728)ANDREA RODRIGUES ROSSI E OUTRO(A/S) (712)ANDREI DORNELAS CARVALHO E OUTRO(A/S) (692)ANDREIA DA SILVA (545)ANDREW LIMA CRUZ E OUTRO(A/S) (278)ANDREZA JANAÍNA MARTINS E OUTRO(A/S) (95)ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS E OUTRO(A/S) (625)ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO E OUTRO(A/S)(231) (253)ÂNGELA PARREIRA DE OLIVEIRA BOTELHO E OUTRO(A/S) (265)ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ (122)ANNA CAROLINA MENEZES DE NORONHA (517)ANTHONY NWOKEDI TOBECHUKWU (537)ANTÔNIO JOSÉ BRITO AMORIM E OUTRO(A/S) (668)ANTONIO AUGUSTO DALLAPICCOLA SAMPAIO (344)ANTÔNIO BATALHA DO NASCIMENTO (210)ANTÔNIO BRAZ DA SILVA E OUTRO(A/S) (692)ANTONIO CARLOS DA SILVA (533)ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO E OUTROS (220)ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO E OUTRO(A/S) (567)ANTÔNIO CARLOS DE ANDRADE VIANNA E OUTRO(A/S) (749)ANTONIO CARLOS GERMANO GOMES E OUTRO(A/S) (114)ANTONIO CARLOS MARCHIORI (328)ANTONIO CARLOS MECCIA E OUTRO(A/S) (740)ANTONIO CARLOS VICTOR ARAGÃO E OUTRO(A/S) (693)ANTÔNIO DE PÁDUA CARVALHO PAES E OUTRO(A/S) (1)ANTÔNIO DE ROSA E OUTRO(A/S) (247)ANTÔNIO DELANO SOARES CRUZ (309)ANTONIO ESTEVES DA SILVA (9)ANTONIO FERREIRA DE CARVALHO (300)ANTONIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVA (369)ANTONIO IANOWICH FILHO (726)ANTÔNIO JOSÉ LOUREIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)(133) (140)ANTÔNIO JOSÉ MAIA (88)ANTÔNIO JOSÉ SAMPAIO FERREIRA (590)ANTONIO KAYRES (97)ANTÔNIO LAGO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (665)ANTONIO LUIS WUTTKE (502)ANTÔNIO LUIS WUTTKE E OUTRO(A/S) (56)ANTONIO MAURÍCIO COSTA (192)ANTONIO PENTEADO MENDONÇA (457)ANTÔNIO SALVO MOREIRA NETO E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (135)ANTONIO SBANO JUNIOR E OUTRO(A/S) (614)ANTÔNIO SÉRGIO DA SILVEIRA (97)ANTÔNIO SÉRGIO GUIMARÃES (219)ANTÔNIO TAVARES DE SOUZA (201)ANTÔNIO TORREÃO BRAZ FILHO E OUTRO(A/S) (252)ARCIDES DE DAVID (282)ARIANA BACCIN DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (101)ARISTEU GARCIA E OUTRO(A/S) (679)ARISTIDES GHERARD DE ALENCAR (70)ARISTÓTELES MARTINS (691)ARMANDO SOUTELLO CORDEIRO (476)

ARNALDO BOTÊLHO BARBOSA (410)ARNALDO MACEDO (28)AROLDO LUCIANO MOREIRA (662)ARTHUR PEREIRA DE CASTILHO NETO E OUTRO(A/S) (611)ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA BAHIA (513)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS (512)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS (511)ASSIR BARBOSA DA SILVA E OUTRO(A/S) (522)ASSIS LOURENÇO (316)ATHOS GUSMÃO CARNEIRO E OUTRO(A/S) (746)ÁTILA DO VALE NOBRE E OUTRO(A/S) (110)AUGUSTO CESAR MOREIRA MARTINS (216)AUREA APARECIDA DA SILVA (671)AURÉLIO PANÇA GALINA E OUTRO(A/S) (274)BANCO MERCANTIL DE INVESTIMENTOS S/A (424)BARTOLOMEU JOSÉ SERAFIM SENA GOMES E OUTRO(A/S) (479)BEATRIZ FONSECA DONATO (352)BRAULINO MIRANDA COUTO NETO (368)BRENO PESSOA CARDOSO BORGES E OUTRO(A/S) (342)BRUNO MARCELO RENNÓ BRAGA (167)BRUNO PRETI DE SOUZA (41)BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/S) (485)BRUNO VINICIUS FERREIRA DA VEIGA E OUTRO(A/S) (519)C. J. DE S. (369)CAIO MARCELO BASTOS MARTANI (497)CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI

(600)

CAMILA PILOTTO GALHO (645)CAMILLA MARIA DE CENÇO RIGON E OUTRO(A/S) (139)CARINE DA SILVA E SILVA (209)CARLOS ADAUTO VIRMOND VIEIRA (515)CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S)(475) (503)CARLOS ALBERTO DELLAGIUSTINA (349)CARLOS ALBERTO MENDES FORTE (639)CARLOS ALBERTO MUELLER E OUTRO(A/S) (291)CARLOS ALBERTO NASCIMENTO (706)CARLOS ALBERTO PORTO DE OLIVEIRA E SILVA (357)CARLOS ALBERTO RODRIGUES (168)CARLOS ALBERTO TANURI MENDES E OUTRO(A/S) (649)CARLOS ALEXANDRE PARANHOS DE MACEDO E OUTRO(A/S) (175)CARLOS ALEXANDRE PERIN (634)CARLOS ARTUR DE A. MACEDO E OUTRO(A/S) (460)CARLOS AUGUSTO BATISTA MARTINS (200)CARLOS BARROS MERO E OUTRO(A/S) (580)CARLOS BUCK (315)CARLOS FABIO ISMAEL DOS SANTOS LIMA (593)CARLOS HENRIQUE DE MATTOS FRANCO E OUTRO(A/S) (693)CARLOS NEVES FILHO E OUTRO(A/S) (429)CARLOS ODORICO VIEIRA MARTINS E OUTRO(A/S) (424)CARLOS ROBERTO MACIEL (149)CARLOS ROBERTO MARTINS RODRIGUES E OUTRO(A/S) (637)CARLOS SOARES ANTUNES E OUTRO(A/S) (303)CARMEM RACHEL DANTAS MAYER (314)CARMEN LAURA SANTOS DA COSTA (741)CAROLINA KHACHIKIAN (604)CAROLINE LOUISI DONALD SPRICIGO (190)CASSIA PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (59)CASSIANO BALDACIM DA SILVA (85)CASSIANO PIRES VALENTE E OUTRO(A/S) (667)CASTELO SERVIÇOS LTDA (581)CÉLIA C. GASHO CASSULI E OUTRO(A/S) (482)CÉLIO AFONSO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (721)CELITA ROSENTHAL E OUTRO(A/S) (273)CELSO LUIZ BRAGA DE LEMOS E OUTRO(A/S) (166)CELSO WEIDNER NUNES (600)CÉSAR ALEJANDRO ENCISO (25) (25)CESAR AUGUSTO MULITERNO E OUTRO(A/S) (111)CESAR AUGUSTO SILVA GOMES (678)CESAR VILAZANTE CASTRO E OUTRO(A/S) (718)CESAR VILSON TOASSI E OUTRO(A/S) (102)CHRISTIAN DE AMARANTE LIMA (64)CHRISTIANE MÁRCIA DE CARVALHO MÁXIMO E OUTRO(A/S) (238)CID CAPOBIANGO SOARES DE MOURA (416)CÍNTIA ROBERTA DA CUNHA FERNANDES (308)CLAIRTON THEODORO (100)CLARA VERÔNICA LOPES LEAL (157)CLARISSA PEREIRA CARELLO (143)CLARISSA TELLES DA SILVA (730)CLÁUDIA ASSIS LEONARDO (40)CLAUDIO ANTONIO DE PAIVA SIMON (16)CLÁUDIO ARAÚJO PINHO E OUTRO(A/S) (281)CLAUDIO HENRIQUE STOEBERL (712)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 167

CLÁUDIO RONALDO BARROS BORDALO(458) (458)CLÁUDIO SÉRGIO RÉGIS DE MENEZES E OUTRO(A/S) (455)CLAUDIO SILVA DE ANDRADE (325)CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL (329)CLEYTON RICARDO BATISTA E OUTRO(A/S) (714)COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CELPE (492)COMPANHIA TEXTIL FERREIRA GUIMARÃES (76)CONGRESSO NACIONAL(184) (185)CONSTANTINO ELIAS COLEM (316)CONSTRUTORA PICCOLI COUSANDIER LTDA (195)CORREGEDOR GERAL DA JUSTICA DO ESTADO DO PARANA (186)CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S) (265)CRISTIANO LUIZ BRANDÃO CUNHA E OUTRO(A/S) (614)CRISTIANO PRETTO E OUTROS (244)CRISTY HADDAD FIGUEIRA (584)DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)(272) (276)DALTON CESAR CORDEIRO DE MIRANDA E OUTRO(A/S) (350)DALTON LUIZ DALLAZEM (634)DALVA GIL VIANNA GUIMARÃES SALLES E OUTRO(A/S) (108)DANIEL CARLOS MARIZ SANTOS E OUTRO(A/S) (590)DANIEL CORRÊA SZELBRACIKOWSKI (49)DANIEL LEON BIALSKI E OUTRO(A/S) (559)DANIEL MUNIZ DA SILVA E OUTRO(A/S) (71)DANIELA RODRIGUES TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (269)DANIELE CARVALHO E OUTRO(A/S)(30) (32) (33)DANIELLE AGOSTINHO BAPTISTA (103)DANIELLE GOMES ALVES E OUTRO(A/S) (289)DANIELLE GUEDES DE ANDRADE RICARTE (614)DANÚBIA APARECIDA DOS REIS AMARO (211)DAVI RESENDE SOARES (506)DAVID ODISIO HISSA (631)DAVID LEAL DINIZ(598) (605)DÉBORA ROMANO DE ALVARENGA FREIRE (714)DÉBORA SÁTIRO GONÇALVES (488)DÉCIO ANTÔNIO ERPEN E OUTRO(A/S) (379)DECIO FREIRE E OUTRO(A/S) (387)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(42) (52) (354) (578)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO (520)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (376)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

(45)

DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(48) (100) (161) (733)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(18) (20) (21) (22) (24) (27) (39) (50) (118) (153)(154) (168) (169) (170) (172) (173) (176) (200) (202) (203)(205) (206) (207) (209) (210) (211) (227) (228) (363) (366)(367) (370) (371) (372) (374) (375) (508) (527) (529) (532)(534) (536) (537) (538) (539) (540) (542) (545) (546) (548)(560) (596) (731)DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO (551)DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (45)DEISE MONTANI LEONI ALVES PEREIRA E OUTRO(A/S) (703)DELEGADO DA RECEITA FEDERAL EM NOVO HAMBURGO (647)DELIVAR TADEU DE MATTOS (267)DENIS PEREIRA LIMA (446)DESEMBARGADOR ADALTO DIA TRISTÃO (187)DESEMBARGADOR ÁLVARO MANOEL ROSINDO BOURGUIGNON (187)DESEMBARGADOR ANNIBAL DE REZENDE LIMA (187)DESEMBARGADOR CARLOS HENRIQUE RIOS DO AMARAL (187)DESEMBARGADOR FÁBIO CLEM DE OLIVEIRA (187)DESEMBARGADOR JOSÉ LUIS BARRETO VIVAS (187)DESEMBARGADOR MANOEL ALVES RABELO (187)DESEMBARGADOR MAURÍLIO ALMEIDA DE ABREU (187)DESEMBARGADOR NAMYR CARLOS DE SOUZA FILHO (187)DESEMBARGADOR PEDRO VALLS FEU ROSA (187)DESEMBARGADOR RONALDO GONÇALVES DE SOUZA (187)DESEMBARGADOR SÉRGIO BIZZOTTO PESSOA DE MENDONÇA (187)DESEMBARGADOR SÉRGIO LUIZ TEIXEIRA GAMA (187)DESMBARGADOR CARLOS ROBERTO MIGNONE (187)DIANA PAOLA SALOMÃO FERRAZ E OUTRO(A/S) (709)DIEGO AUGUSTO BONILHA FERREIRA (203)DIEGO FELIPE MUNOZ DONOSO (402)DIMARINS MOREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (728)DIOGO VIANA BARBOSA (620)DIOLENO NASCIMENTO LEMOS (554)DIOMAR CORRÊA DA COSTA NETO E OUTRO(A/S) (266)DIRCEU MARCELO HOFFMANN E OUTRO(A/S) (91)

DIVA STACIARINI E OUTRO(A/S) (714)DIVALMIRO OLEGÁRIO MAIA PEREIRA (491)DORVALINO TIZATTO E OUTRO(A/S) (466)DOUGLAS DONIZETTI CHEFER E OUTRO(A/S) (691)DOUGLAS MATTOS LOMBARDI E OUTRO(A/S) (614)DOURIVAL DE FREITAS CINTRA (645)DPE-SP - DANIELA SOLLBERGER CEMBRANELLI (353)DYNAMO COUGAR FUNDO DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES - CARTEIRA LIVRE

(600)

DYNAMO EQUITY FUND (600)DYNAMO PUMA FUNDO MÚTUO DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES - CARTEIRA LIVRE

(600)

E DA S I (39)EDILSON JAIR CASAGRANDE (425)EDILSON JAIR CASAGRANDE E OUTRO(A/S) (613)EDILTON DE OLIVEIRA TELES (582)EDILUCIA FATIMA SILVERIO DE LIMA RODRIGUES E OUTRO(S) E OUTRO(A/S)

(83)

EDIMAR CESARIO RIBEIRO (538)EDMÁRIO TERTO DE ANDRADE (541)EDMILSON SILVA DE SOUZA (351)EDMUR ADAO DA SILVA (58)EDSON ANTONIO DE OLIVEIRA (356)EDSON BATISTA DE SOUZA (295)EDSON BATISTA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (465)EDSON CARLOS CORDEIRO (116)EDSON DIAS QUIXABA E OUTRO(A/S) (69)EDSON FERREIRA DE ANAIDE E OUTRO(A/S) (234)EDSON MARTINS AREIAS (713)EDUARDO ALVES DA SILVA PENA E OUTRO(A/S) (666)EDUARDO ANTONIO FELKL KÜMMEL E OUTRO(A/S)(407) (411)EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S) (6)EDUARDO BANKS DOS SANTOS PINHEIRO (509)EDUARDO BELLI PEREIRA DE SOUZA (156)EDUARDO BRIGIDI DE MELLO E OUTRO(A/S) (244)EDUARDO DE CARVALHO SOARES DA COSTA E OUTRO(A/S) (273)EDUARDO DE FREITAS TORRES (256)EDUARDO GOMES PLASTINA (47)EDUARDO MACHADO DIAS (302)EDUARDO MENDES TKACZENKO (640)EDUARDO MUZZI (635)EDUARDO NOGUEIRA PENIDO E OUTRO(A/S) (723)EDUARDO PIZZOLATTI MIRANDA RAMOS (13)EDUARDO SANTOS SARLO E OUTRO(A/S) (550)ELAINE FONTENELLE (612)ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA(504) (696)ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA E OUTRO(A/S)(498) (729)ELCIMAR BRUNO GONÇALVES (20)ELCIO J P VIGATTO E OUTRO(A/S) (90)ELDIM PEREIRA DA SILVA (21)ELECIR MARTINS RIBEIRO (431)ELEISON JACINTO PEREIRA (214)ELIANA LÉLIA DA SILVA E OUTRO(A/S) (258)ELIANE RITA POTRICH (333)ELIEZER PEREIRA MARTINS (422)ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)(301) (389) (614)ELISABETE RECKER SÁ (140)ELISABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) (433)ELISAURA DE FÁTIMA MARTINS E OUTRO(A/S) (562)ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S) (150)EMANUEL SOUZA ALBERTON E OUTRO(A/S) (423)EMERSON LEITE VICENTE (556)EMERSON MAIA DAMASCENO (347)EPITÁCIO BRANDÃO LOPES E OUTRO(A/S) (159)ERALDO AURÉLIO RODRIGUES FRANZESE (151)ERALDO LUIZ KÜSTER (279)ERIC FURTADO E OUTRO(A/S) (743)ERIC OLIVEIRA GUARANÁ E OUTRO(A/S) (719)ERLI SCHWARTZ JUNIOR (447)ERLI SCHWARTZ JUNIOR E OUTRO(A/S) (448)ERNA IRMA KUHN PETRY (112)ERNANDES GOMES PINHEIRO E OUTRO(A/S) (707)EROMIR BARRETO DO SACRAMENTO E OUTRO(A/S) (91)ESTHER GRONAU LUZ E OUTRO(A/S) (67)EUCLIDES JÚNIOR CASTELO BRANCO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (81)EUDINO LIMA DA SILVA FILHO (REPRESENTADO POR EUDA DA SANTÍSSIMA VIRGEM BATISTA DA SILVA)

(213)

EUGENIO SCHOFFEN E OUTRO(A/S) (107)EURICO HUMMIG FILHO E OUTRO(A/S) (614)EVALDO CORREA CHAVES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 168

(19) (19)EVALDO DE FREITAS FENILLI (142)EVALDO SILVA CORRÊA (113)EVANDRO RUI DA SILVA COELHO (226)EVARISTO FERREIRA FREIRE JÚNIOR E OUTRO(A/S)(119) (419)EVERALDO LUÍS RESTANHO (683)EVERALDO LUÍS RESTANHO E OUTRO(A/S) (682)EVODIR DA SILVA (587)EWERTON CARVALHO DA SILVA (687)EYMARD DUARTE TIBÃES E OUTRO(A/S) (668)FABIANO DE CRISTO CABRAL RODRIGUES JUNIOR (516)FABIANO FREITAS SOARES E OUTRO(A/S) (144)FABIANO JERÔNIMO (54)FABIANO JORGE STAINZACK (267)FÁBIO ALEXANDRE SUMMA (79)FABIO BRUN GOLDSCHMIDT E OUTRO(A/S) (305)FÁBIO GUSTAVO BIZ E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (146)FÁBIO LUIZ MAIA BARBOSA E OUTRO(A/S) (471)FÁBIO MARTINS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (438)FABIO MARTINS RIBEIRO E OUTRO(A/S) (633)FÁBIO PALLARETTI CALCINI E OUTRO(A/S) (249)FABIO RIBEIRO CREDIDIO (619)FABIO RICARDO SALLES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (716)FABIO ROBERTO BARROS MELLO(341) (341)FABÍOLA SOUSA COELHO DOS SANTOS (694)FABRICIO COUTINHO PETRA DE BARROS E OUTRO(A/S) (336)FABRÍCIO HENRIQUE DE SOUZA E OUTRO(A/S) (136)FADAIAN CHAGAS CARVALHO (632)FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO(A/S)(489) (603)FAHD DIB JUNIOR (365)FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA - FIESC

(142)

FELÍCIO BADIA (270)FELIPE DEIAB (325)FÉLIX ARAÚJO FILHO E OUTRO(A/S) (727)FERNANDA ELISSA DE CARVALHO AWADA E OUTRO(A/S) (246)FERNANDO ANTÔNIO ALBINO DE OLIVEIRA (635)FERNANDO CARLOS LUZ MOREIRA (296)FERNANDO CÉSAR DE MATOS(530) (530)FERNANDO LUCÍDIO DANTAS AVELLAR (177)FERNANDO MAURO BARRUECO (600)FIRMINO LOBATO DA COSTA E OUTRO(A/S) (734)FLÁVIA RAHAL E OUTRO(A/S) (152)FLAVIO ARAUJO FERREIRA (526)FLÁVIO MALDONADO CAVALCANTE (22)FLÁVIO OLÍMPIO DE AZEVEDO (122)FLÁVIO WAKIM E OUTRO(A/S) (728)FLORENTINA DE LOS ANGELES RUIZ DENIZ (205)FRANCEO DELFINO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S) (614)FRANCISCO APRÍGIO DA SILVA (736)FRANCISCO CALMON DE BRITTO FREIRE E OUTRO(A/S) (312)FRANCISCO CARLOS ROSAS GIARDINA E OUTRO(A/S) (617)FRANCISCO DE ASSIS SENA (523)FRANCISCO EDUARDO LOPES VIANA (453)FRANCISCO INÁCIO SIRINO (374)FRANCISCO MARCELO BRANDÃO E OUTRO(A/S) (157)FRANCISCO MAURO CÉSAR TEIXEIRA DE OLIVEIRA (525)FRANCISCO REGIS DOS SANTOS ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S) (592)FREDERICO DE MOURA THEOPHILO E OUTRO(A/S) (486)FREDERICO HENRIQUE VIEGAS DE LIMA E OUTRO (186)FREDERICO ROMANIELLO TELES BAETA ZEBRAL E OUTRO(A/S) (436)FREDERICO SCHULZ BUSS E OUTRO(A/S) (258)GABRIEL SANT'ANNA QUINTANILHA E OUTRO(A/S) (449)GABRIELA STEFFENS SPERB (586)GABRIELLE MARTINS SILVA MAUES (357)GENEROSO FLÁVIO DE ALMEIDA (738)GENI KOSKUR (12)GEORGE LUIZ BORGES ANTUNES E OUTRO(A/S) (75)GEOVANE DE OLIVEIRA CERQUEIRA (610)GERALDINO EMÍLIO JORGELINO (603)GERALDO COSME BARBOSA E OUTRO(A/S) (158)GERALDO GUIMARÃES SIAS (343)GERALDO LOPES DE OLIVEIRA(395) (396) (398)GERALDO MAGELA HERMÓGENES DA SILVA E OUTRO(A/S) (194)GERALDO OLIVEIRA DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (705)GERARDO BOHORQUEZ MONDRAGON E OUTRO(A/S) (550)GERCI LUIZ DUARTE (741)GERMÂNIA DE MELO FERREIRA (323)GERMANO ANDRÉ DOEDERLEIN SCHWARTZ E OUTRO(A/S) (65)

GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA(261) (688)GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (60)GIL REIGADA (686)GIL TEOBALDO DE AZEVEDO (636)GILBERTO SANT'ANNA E OUTRO(A/S) (87)GILMAR ANTÔNIO DAMIN (5)GILMAR CARVALHO PEREIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (82)GILMAR DOS SANTOS(528) (528)GILSON JOSÉ DOS SANTOS (643)GILVAN FRANCISCO E OUTRO(A/S) (142)GIOVANA MICHELIN LETTI E OUTRO(A/S) (428)GIOVANI TRINDADE CASTANHEIRA MENICUCCI E OUTRO(A/S) (6)GIOVANNI GOSENHEIMER E OUTRO(A/S)(306) (307)GISELLE AMARAL ROSA E OUTRO(A/S) (334)GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA (747)GLAUCO MELO ELIAS (607)GLAYDDES MARIA SINDEAUX ESMERALDO (292)GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S) (432)GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA (513)GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO (429)GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA (2)GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS (511)GOVERNO DA ARGENTINA (362)GOVERNO DA ESPANHA (523)GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (524)GUILHERME BOMPEAN FONTANA E OUTRO(A/S) (134)GUILHERME CEZAROTI E OUTRO(A/S) (241)GUILHERME VILELA DE PAULA (308)GUSTAVO ANDÈRE CRUZ E OUTRO(A/S) (147)GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS(499) (504) (505)GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S)(352) (500) (501)GUSTAVO TIBES DOS SANTOS (154)HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) (330)HELINO SILVA DE OLIVEIRA (644)HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO E OUTRO(A/S) (316)HENRIQUE MOTTA DE VASCONCELLOS E OUTRO(A/S) (257)HENRIQUE ZANUZZO CARNEIRO (12)HISASHI KATAOKA E OUTRO(A/S) (663)HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO (578)HUENDEL ROLIM WENDER E OUTRO(A/S) (164)HUGO HELLENBERG SCALDAFERRI ZIEGLER (283)HUGO MENDES PLUTARCO(614) (614)HUMBERTO JOSÉ MEISTER E OUTRO(A/S) (101)HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)(119) (419)I F DE O (535)IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S) (623)ILMA PENA BARBOSA (662)INAIÁ MARIA VILELA LIMA (507)INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DO PARÁ - ITERPA (519)IOLANDA ISIS DE OLIVEIRA (547)IONE MARIA BARRETO LEÃO E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (148)IRANI BRINO (466)IRAPONIL SIQUEIRA SOUSA E OUTRO(A/S) (583)ISABEL CRISTINA MUTON DE ARAÚJO (457)ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)(11) (271)ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S)(378) (414)IVALDO PACHÊCO ARAÚJO (437)IVAN ROSA DINIZ (202)IVANA MARA ALBINO OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (420)IVANILSON VIANA DA SILVA (52)IVANO ERLEI MONTES VIEGAS (701)IVETE JUSTINO MOREIRA (250)IVO PESSOA CORREIA (199)IVONE DA FONSECA GARCIA (452)JAIME ANTÔNIO DA SILVA (76)JAIME MORAES DE OLIVEIRA (534)JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) (442)JAIRO NOGUEIRA GUIMARÃES (108)JAMERSON DE FARIA MARRA E OUTRO(A/S) (424)JANE CRISTINA FERREIRA E OUTRO(A/S) (720)JÂNIO CARLOS ALMEIDA DE CARVALHO (700)JAQUELINE DE FATIMA LULU (596)JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E OUTRO(A/S)(109) (421)JEAN GUSTAVO MOISES E OUTRO(A/S) (533)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 169

JEAN PAULINO DA SILVA E OUTRO(A/S) (565)JEAN RODRIGO ROCHA (50)JEFERSON NEVES ALVES (225)JEFFERSON GOMES REIPERT (578)JERÔNIMO JOSÉ SÁ PEIXOTO PINHEIRO (630)JESSICA CAROLINE NASCIMENTO BARCA (354)JOÃO ANTONIO FACCIOLI (150)JOÃO BATISTA BARBOSA TANGO E OUTRO(A/S) (698)JOÃO BOSCO KUMAIRA E OUTRO(A/S) (409)JOÃO CARDOSO DA SILVA (442)JOÃO CARLOS AMARAL DIODATTI (311)JOÃO CARLOS PEREIRA FILHO (174)JOÃO CORREA SOBANIA(499) (500) (501) (505)JOÃO DÁCIO ROLIM (435)JOÃO GUILHERME CARVALHO ZAGALLO E OUTRO(A/S) (213)JOAO HENRIQUE FEITOSA BENATTI (497)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S) (92)JOAO LEMBO (293)JOÃO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO E OUTRO(A/S) (300)JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA(631) (653)JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA E OUTRO(A/S) (494)JOÃO MACHADO MITOSO E OUTRO(A/S) (602)JOÃO PAULO CARNEIRO SARAIVA (155)JOÃO PAULO DA SILVA (223)JOÃO PAULO SANTOS DA COSTA CRUZ (655)JOÃO PEREIRA DA SILVA (63)JOÃO REUS BIASI (628)JOÃO RICARDO DE SOUZA DIXO JÚNIOR (197)JOÃO SAMPAIO REGO NETO E OUTRO(A/S) (381)JOÃO SIGRI FILHO (521)JOÃO TANCREDO E OUTRO(A/S) (387)JOÃO VEIGA DE OLIVEIRA (596)JOÃO VIEIRA NETO (541)JOAQUIM ALVES PALMEIRA (397)JOAQUIM BARBOSA DE LIMA (539)JOAQUIM JOSÉ LAFAYETTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (68)JOATAN BONFIM LACERDA E OUTRO(A/S)(392) (394) (677)JOEL COSTA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (275)JOEL SOARES DA SILVA E OUTRO(A/S) (55)JONAS ANTÔNIO WERNER E OUTRO(A/S) (708)JONAS DUARTE JOSÉ DA SILVA (54)JONATHAS CLEVELARES ZAMPIROLI (544)JORGE ÁLVARO DA SILVA BRAGA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (614)JORGE PEREIRA CORTÊS E OUTRO(A/S) (129)JOSBERTO DOS SANTOS GARCEZ E OUTRO(A/S) (735)JOSÉ ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA (130)JOSE ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S) (318)JOSÉ ALBERTO DIETRICH FILHO E OUTRO(A/S) (399)JOSE ALBERTO SANTOS PENHA E OUTRO(A/S) (38)JOSE ALMEIDA RODRIGUES FILHO (575)JOSÉ ÁLVARO SANTIAGO (549)JOSÉ ANTÔNIO ALVES LEÃO (75)JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (734)JOSÉ CARLOS BARBOSA CAVALCANTE (627)JOSÉ CARLOS CÁCERES MUNHOZ E OUTRO(A/S) (698)JOSE CARLOS PEREIRA DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (268)JOSÉ CARLOS ROSSI (624)JOSÉ CARLOS VALENTIN DE OLIVEIRA (171)JOSE CUNHA GARCIA (586)JOSÉ DE GOUVEIA (182)JOSÉ DO ESPÍRITO SANTO (614)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (290)JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/S) (405)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/S)(79) (149) (707)JOSÉ EDUARDO COMITO DUTRA JUNIOR (23)JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) (569)JOSÉ EMIDIO SAMPAIO (316)JOSE EYMARD LOGUERCIO (85)JOSÉ FERREIRA DA SILVA (7)JOSÉ GILSON DOS SANTOS E OUTRO(S) (638)JOSÉ GUSTAVO SAMPAIO DE SÁ E OUTRO(A/S) (126)JOSÉ HENRIQUE CANÇADO GONÇALVES E OUTRO(A/S) (84)JOSÉ INÁCIO RODRIGUES SEDREZ E OUTRO(A/S) (741)JOSÉ JERONIMO FIGUEIREDO DA SILVA E OUTRO(A/S) (614)JOSE LAVINAS DA ROCHA FILHO (337)JOSÉ LEOVEGILDO OLIVEIRA MORAIS E OUTRO(A/S) (571)JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS (321)JOSÉ LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA E OUTRO(A/S) (506)JOSÉ LUIS POLEZI E OUTRO(A/S) (487)JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO(A/S)

(262) (614)JOSÉ LUIZ BARBOSA PIMENTA JUNIOR (459)JOSÉ LUIZ MARTINS COELHO (162)JOSÉ LUIZ MATTHES (249)JOSÉ LUIZ QUADROS DE MAGALHÃES E OUTROS (260)JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (127)JOSÉ MARCO TAYAH E OUTRO(A/S) (95)JOSÉ MARIA DA COSTA (8)JOSÉ MARIA SILVA SOBREIRO E OUTRO(A/S) (614)JOSÉ MARIA SOARES MENICONI(98) (483)JOSÉ MATEUS CAMPOS MACIEL (163)JOSÉ MAURÍCIO DE CASTRO E OUTRO(A/S) (597)JOSÉ OMAR DE MELO JÚNIOR (629)JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S) (248)JOSÉ RENA (404)JOSÉ ROBERTO CALDARI E OUTRO(A/S) (383)JOSÉ ROBERTO FERREIRA KUTISQUE (207)JOSÉ ROQUE APARECIDO DE OLIVEIRA (265)JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAM (320)JOSÉ TIBIRIÇÁ MARTINS FERREIRA (40)JOSÉ VÂNIO OLIVEIRA SENA E OUTRO(A/S) (46)JOSUÉ COELHO MONTENEGRO (492)JUAREZ BITTENCOURT JUNIOR (304)JUAREZ SOARES NOGUEIRA E OUTRO(A/S) (428)JUIZ DO TRABALHO DA 62ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO (587)JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE JEQUIÉ (582)JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE JAÚ - 17ª SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

(41)

JUIZ FEDERAL DA 26ª VARA FEDERAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(577)

JULIANA GONÇALVES PEIXOTO MUZZI E OUTRO(A/S) (635)JULIANA PEDROSA MONTEIRO (218)JULIANE VASCONCELOS ERENO (730)JULIANO COSTA COUTO E OUTRO(A/S) (614)JÚLIO BONAFONTE(614) (614)JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S) (132)JÚLIO CÉSAR GOULART LANES E OUTRO(A/S) (418)JULIO CESAR RODRIGUES E OUTRO(A/S) (749)JURANDIR VIDAL CLEMENTE E OUTRO(A/S) (181)KALLEY KENNEDY OLIVEIRA DOS SANTOS (367)KAMILA PEREIRA DA CRUZ E OUTRO(A/S) (178)KARINA DAS GRAÇAS VIEIRA BARCELOS (697)KASSIA CORRÊA SILVA (77)KÁTIA CRISTINA MACHADO (640)KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (467)KAZIA FERNANDES PALANOWSKI E OUTRO(A/S)(461) (462)L H S P (39)LAÉRCIO ROQUE TOLFO VIEIRA (418)LAURO ROCHA HOFF (586)LEANDRO BEMFICA RODRIGUES (517)LEANDRO CARVALHO GOMES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (663)LEANDRO LUNARDO BENIZ E OUTRO(A/S) (553)LECY MARCELO MARQUES (73)LEILA HAJJAR BORGES GOYTACAZ E OUTRO(A/S) (690)LÉLIO ANTÔNIO DOS SANTOS CORRÊA (443)LENIO CÉSAR GODINHO JUNIOR E OUTRO(A/S) (721)LEO EVANDRO FIGUEIREDO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (66)LEONARDO AVELINO DUARTE (481)LEONARDO BEULK (529)LEONARDO CHAGAS(224) (614)LEONARDO HENRIQUE QUITES TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (73)LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY E OUTRO(A/S) (552)LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S) (258)LEONARDO MIZUNO E OUTRO(A/S) (626)LEONARDO PEREIRA THOME (684)LEONARDO SAMPAIO DE ALMEIDA (631)LEONEL JOSÉ RAPOSO (206)LEONRADO CYRILLO (80)LILIANE DE CARVALHO GABRIEL E OUTRO(A/S) (568)LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S) (345)LINCO KCZAM(499) (696)LINCO KCZAM E OUTRO(A/S)(498) (505) (729)LINDOMAR RESENDE SOARES (506)LINEU ALVARES E OUTRO(A/S) (274)LIRIAN SOUSA SOARES E OUTRO(A/S) (54)LISETE SCALABRIN E OUTRO(A/S) (683)LISIANI CALVANO PEREIRA E OUTRO(A/S) (258)LÍVIA MARQUES DE OLIVEIRA (676)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 170

LUCAS DE MORAIS GUALTIERI E OUTRO(A/S) (348)LUCELIA RODRIGUES SOARES VALERIO E OUTRO(A/S) (507)LUCIANA GALVÃO VIEIRA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (361)LUCIANA PEIXOTO FREITAS VELLOSO BAHIA E OUTRO(A/S) (719)LUCIANA TAKITO TORTIMA (80)LUCIANO ÂNGELO CARDOSO (656)LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (322)LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO(A/S) (673)LUCIANO DE SOUZA LEÃO (72)LUCIANO ESTEVAM JORDÃO(364) (543)LUCIANO JACINTO CABRAL (544)LUCIVAL MARQUES DA SILVA (559)LUÍS ALFREDO COSTA (706)LUÍS ANDERSON CUTRIM DE SOUSA (484)LUIS ANTÔNIO REQUIÃO (682)LUIS EDUARDO BORGES DE SOUZA (589)LUIS FERNANDO JANUARIO (171)LUÍS GUSTAVO DURÃES ALVES MONTEIRO E OUTRO(A/S) (82)LUIS HUMBERTO GAMPERT BATTAGLIN (706)LUÍS MAURICIO DAOU LINDOSO (86)LUIS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA E OUTRO(A/S) (112)LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA (280)LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (104)LUÍS ROGER VIEIRA AZZOLIN (470)LUIZ ALBERTO BETTIOL E OUTRO(A/S) (268)LUIZ ANTONIO DE CASTRO JUNIOR (67)LUIZ ANTÔNIO FURLANI FILHO (183)LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) (471)LUIZ ANTÔNIO TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (285)LUIZ ARTUR MIRANDA MOREIRA (514)LUIZ AUGUSTO GUGLIELMI EID E OUTRO(A/S) (431)LUIZ AUGUSTO SILVEIRA NUNES (733)LUIZ BASILIO FAGUNDES NEVES E OUTRO(A/S) (340)LUIZ CARLOS DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (601)LUIZ CARLOS GONÇALO ELÓI (552)LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S) (663)LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (678)LUIZ CLÁUDIO ISAAC FREIRE E OUTRO(A/S) (724)LUIZ DARCI DA ROCHA (518)LUIZ FÁBIO COPPI E OUTRO(A/S) (229)LUIZ FELIPE MIORANDO (112)LUIZ FELIPE SEGER GARCIA LUFIEGO (469)LUIZ FERNANDO MAIA (654)LUIZ FILIPE SÁ DE FREITAS E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (141)LUIZ GOMES PALHA E OUTRO(A/S) (5)LUIZ GONZAGA DE SIQUEIRA FILHO E OUTRO(A/S) (74)LUIZ GUSTAVO BURTET E OUTRO(A/S) (391)LUIZ OLAVO FRANÇA VERSIANI (384)LUIZ PAULO FAGUNDES MOREIRA (642)LUIZ ROBERTO WERNER ROCHA (402)LUIZ SALVADOR E OUTRO(A/S) (188)LUPÉRCIO MUSSI (294)LYANA ROMERO SANT'ANNA (335)LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S) (128)M V (39)MAICIRA BAENA ALCALDE PEREIRA DE SOUSA (645)MANFREDO BRAGA FILHO (554)MANOEL BAÍA CAMPOS E OUTRO(A/S) (496)MANOEL CARLOS FRANCISCO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (341)MANOEL CARLOS FRANCISCO DOS SANTOS TANNUS (341)MANOEL SANTANA PAULO E OUTRO(A/S) (724)MANOEL WALTER VERAS ALVES FILHO (327)MANOELINO RAMOS FILHO (198)MANUEL DOS SANTOS FERNANDES RIBEIRO (594)MANUEL S FERNANDES RIBEIRO (619)MANUELA SIMÕES FALCÃO ALVIM DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (35)MARCEL FERREIRA DE OLIVEIRA (547)MARCELLE VIEIRA DE MELLO MOREIRA (455)MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO (464)MARCELO ANTONIO ÁLVARES SILVA (517)MARCELO DIAS GONÇALVES VILELA (655)MARCELO HENRIQUE CAMARGO (553)MARCELO IDESES E OUTRO(A/S) (76)MARCELO LIPERT(3) (4)MARCELO LOPES E OUTRO(A/S) (279)MARCELO OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)(106) (181)MARCELO RODRIGUES VALENCIO (532)MARCELO SALLES ANNUNZIATA E OUTRO(A/S) (599)MARCELO SILVEIRA PORTO(477) (478)MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)

(298) (420)MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA (653)MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)(495) (631)MARCELO VASCONCELLOS ROALE ANTUNES (176)MÁRCIA REGINA DE FINIS E OUTRO(S) (83)MÁRCIO ANTÔNIO RODRIGUES (527)MARCIO AUGUSTO LISBOA DOS SANTOS JUNIOR (576)MÁRCIO LUIZ BLAZIUS E OUTRO(A/S) (650)MÁRCIO SEBASTIÃO DUTRA (673)MARCIUS MILORI (105)MARCO ANTONIO AIRES CRUVINEL E OUTRO(A/S) (728)MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO (362)MARCO ANTONIO MARTINS DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (715)MARCO AURELIO COSTA DOS SANTOS (358)MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND (684)MARCO AURELIO FUNCK SAVOIA (587)MARCO POLO DE OLIVEIRA E SILVA (744)MARCOS ALBERTO GAZZETA E OUTRO(A/S) (263)MARCOS ANDREY DE SOUSA (683)MARCOS ANDREY DE SOUSA E OUTRO(A/S) (682)MARCOS AURÉLIO COMUNELLO (427)MARCOS DE CARVALHO PAGLIARO E OUTRO(A/S) (245)MARCOS JORGE DORIGHELLO E OUTRO(A/S) (160)MARCOS KURNIK (26)MARCOS LUIS BORGES DE RESENDE (259)MARCOS RIBEIRO DE FREITAS (191)MARCOS ROBERTO DE FREITAS (120)MARCOS ROBERTO MARQUES LISBOA (558)MARCOS RODRIGUES PEREIRA (382)MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S) (657)MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA (196)MARCOS VINICIUS LOPES E OUTRO(A/S) (55)MARCUS DE SALES LOUREIRO FILHO E OUTRO(A/S) (1)MARCUS FONTES E OUTRO(A/S) (338)MARCUS VENÍCIO CAVASSIN E OUTRO(A/S) (427)MARCUS VINÍCIUS CAMINHA (614)MARGARITA ANDREA CUBAS SOTO (542)MARIA ADORACION PEREIRA CEDRES (205)MARIA APARECIDA SILVA (78)MARIA CÂNDIDA DE FREITAS NICOLELA (53)MARIA CAROLINA DE MELO AMORIM E OUTRO(A/S) (492)MARIA CLÁUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO E OUTRO(A/S) (221)MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S) (23)MARIA CRISTINA LAPENTA (451)MARIA DE FÁTIMA MELO LIMA E OUTRO(A/S) (73)MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA (175)MARIA ELIZA ZAIA PIRES DA COSTA E OUTRO(A/S) (233)MARIA ELIZABETH JACOB (115)MARIA ERBENIA RODRIGUES (557)MARIA INÊS MURGEL (406)MARIA IRENE DOS SANTOS PINTO (646)MARIA JOSÉ RIBEIRO ANJOS (24)MARIA MADALENA SOARES FABRICIO (170)MARIA MADALENA WAGNER E OUTRO(A/S) (294)MARIA RITA GRADILONE SAMPAIO LUNARDELLI E OUTRO(A/S) (493)MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES E OUTRO(A/S) (94)MARINA EMILIA BARUFFI VALENTE BAGGIO E OUTRO(A/S) (78)MÁRIO SÉRGIO ROSA E OUTRO(A/S) (334)MARIO ZUNINO (575)MARISA DE ARAÚJO ALMEIDA (297)MARIZETE DE SOUZA CALDAS E OUTRO(A/S) (725)MARLI INGRID KUHN (112)MARLI LOPES DA SILVA PEIXOTO (717)MARLI LOPES DA SILVA PEIXOTO E OUTRO(A/S) (413)MÁRLIA FERREIRA BICALHO (348)MARLON ANDRÉ KAMPHORST (675)MARLON RODRIGUES (540)MARTA CAMILO DE ALMEIDA (18)MARTA SIMÕES DE LARA E OUTRO(A/S) (614)MARTIUS VINÍCIUS KRABBE (643)MATEUS PALMIERI FIALHO (99)MAURÍCIO CORDENONZI E OUTRO(A/S) (121)MAURICIO DA SILVA MIRANDA (521)MAURÍCIO GENTIL MONTEIRO E OUTRO(A/S) (511)MAURÍLIO ANÍSIO DE ARAÚJO (583)MAURO DE PAULO RIBEIRO (316)MEIRE DAS GRAÇAS OLIVEIRA LOPES FERREIRA (566)MICHAEL DOUGLAS TIMOTEO DOS SANTOS (548)MICHELANGELO DE AGUIAR COIRO (706)MICHELI DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (15)MIGUEL RUBENS SAMPAIO DE BARROS (741)MILTON CLÁUDIO AMORIM REBOUÇAS E OUTRO(A/S) (240)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ (402)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 171

MINISTRA RELATORA DO RESP 1.094.828/SP DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(372)

MIRAVERDE CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA (728)MIRIAM WINTER (641)MIRNA ANDRÉA LEMOS DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (668)MIRTES DA SILVA COSTA COUTINHO (153)MOACYR AMÂNCIO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (570)MÔNICA ALVES PICCHI (377)MÔNICA GOES DE ANDRADE MENDES DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)(146) (685)MÔNICA MELO MENDONÇA E OUTROS (260)MÔNICA SOUZA DE MATTOS E OUTRO(A/S) (711)MÔNICA VIEIRA GALATE MATTOS E OUTRO(A/S) (215)MORGANNA REZENDE LESSA CARDOSO E OUTRO(A/S) (440)MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (289)MURILLO CÉSAR BRANDÃO GUELPELI (360)NADIELE FONSECA (701)NADIR CORRÊA SILVEIRA (118)NAIARA MONIQUE DOS SANTOS (228)NAOTO YAMASAKI E OUTRO(A/S) (614)NAPOLEÃO PERDIGÃO DE CASTRO (133)NARA RÚBIA SILVA VASCONCELOS GUERRA (44)NASCIMENTO ALVES PAULINO (356)NEI CALDERON (385)NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO(A/S)(235) (324) (417)NELSON ROBERTO MARCANTONIO VINHA (299)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/S) (382)NERUAS LUIZ TEIXEIRA (204)NICÁCIO GONÇALVES FILHO (472)NILSON MORAES(385) (385)NILTON CEZAR DE OLIVEIRA TERRA E OUTRO(A/S) (117)NILZA SILVESTRE TUFURETI (746)NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (614)NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S) (674)ODILON VIEIRA NETO (526)OKSANDRO OSDIVAL GONÇALVES (744)OLGA ELENA WEISCHTORDT (355)OLÍVIA MARIA MOREIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S) (450)OPET - ADMINISTRAÇÃO DE MÃO DE OBRA LTDA (402)ORACI LUIZ JUNIOR FERNANDES (154)OSCAR JOSÉ PLENTZ NETO E OUTRO(A/S) (89)OSMAR LÚCIO FERREIRA (71)OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)(93) (446)OSMAR MENDES PAIXÃO E OUTRO(A/S) (297)OSVALDO JULIÃO DA SILVA JÚNIOR (7)OSWALDO BARBOSA FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (591)OSWALDO CAUDURO DE SOUZA (608)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR (2)OTAVIO HENRIQUE MENEZES DE NORONHA (517)OTTO ALEXANDRE VICIANA GROSS (365)OVÍDIO ROCHA BARROSA SANDOVAL E OUTRO(A/S) (8)PABLO LOPES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (525)PABLO PICASSO SILVA DIAS (582)PATRICIA ALVES SUGANELLI (251)PATRICIA CARLA DA COSTA LIRA BRAGA DE MORAIS (288)PATRÍCIA COELHO MOREIRA BAZZO E OUTRO(A/S) (697)PATRÍCIA FELIPE LEIRA (672)PATRÍCIA MAIRA DOS PASSOS CIRELLI (47)PATRÍCIA RAQUEL CAIRES JOST GUADANHIM (504)PAULA FRASSINETTI COUTINHO DA SILVA MATTOS E OUTRO(A/S)

(147)

PAULO VARANDAS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (418)PAULO APARECIDO BARBOSA (99)PAULO CÉSAR BRASILIENSE CANUTO (254)PAULO DE TARSO N. MAGALHÃES (600)PAULO EDUARDO MELILLO E OUTRO(A/S) (686)PAULO FERNANDO SANTOS DA COSTA (741)PAULO FERNANDO SANTOS DA COSTA JUNIOR (741)PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVES (277)PAULO HENRIQUE BLASI (282)PAULO HENRIQUE DE SOUZA FREITAS (654)PAULO HENRIQUE MELO SILVA SALES E OUTRO(A/S) (739)PAULO HORN (436)PAULO MARZOLA NETO E OUTRO(A/S) (199)PAULO ROBERTO COUTO (137)PAULO ROBERTO IHME (675)PAULO SÉRGIO MARTINS LEMOS (414)PAULO VALDEVINO CORREIA (284)PAULO VALMIR LOPES DE OLIVEIRA (469)PEDRO DA SILVEIRA LEÃO NETTO (728)PEDRO FRANCISCO DE LIMA FILHO (61)

PEDRO HENRIQUE XAVIER(401) (402)PEDRO IVO LEAO RIBEIRO AGRA BELMONTE E OUTRO(A/S) (449)PEDRO IVO MOEZIA DE LIMA (36)PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S) (151)PEDRO LUIZ LESSI RABELLO (180)PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO E OUTRO(A/S) (614)PEDRO PERINO E OUTRO(A/S) (383)PEDRO RODRIGUES CONDÉ (531)PEDRO RODRIGUES CONDÉ OU PEDRO RODRIGUES CONDÉ FILHO

(531)

PÉRSIA DE ARAÚJO DAVID (377)PFN - AFONSO AUGUSTO RIBEIRO COSTA (242)PFN - INAIÁ BRITTO DE ALMEIDA(248) (249)PFN - JOSÉ LUIZ GOMES RÔLO (240)PFN - JULIANA FURTADO COSTA (245)PFN - LÍGIA SCAFF VIANNA (241)PFN - MARIA CLÁUDIA GONDIM CAMPELLO (243)PFN - MARIA HELENA URBANO RIBEMBOIM (238)PFN - MARLY MILOCA DA CÂMARA GOUVEIA (246)PFN - MIRIAM A. PERES SILVA (233)PFN - RICARDO PY GOMES DA SILVEIRA (244)PFN - SÉRGIO MOACIR DE OLIVEIRA ESPÍNDOLA (247)PFN- VERA SÍLVIA GRAMA POMPÍLIO MORENO (239)PHELIPE ESTEVAN FERREIRA MATOS (731)PHILIPPE ALEXANDRE TORRE (742)PLÍNIO LEITE NUNES E OUTRO(A/S) (558)PLÍNIO MARCOS MOREIRA DA ROCHA (555)POLIANA SIMÕES DE SOUZA (17)PPROCURADOR-GERAL FEDERAL (277)PRCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE SÃO PAULO (313)PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PEDRANÓPOLIS (219)PRESIDENTE DA MESA DO SENADO FEDERAL (568)PRESIDENTE DA REPÚBLICA(28) (30) (32) (184) (185) (565)PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(30) (32) (565)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO(214) (572)PRISCILA DALLA PORTA NIEDERAUER CANTARELLI(29) (31) (34) (563)PRISCILA DOMINGAS ROMÃO (290)PRISCILA MEDEIROS DE ARAÚJO BACCILE E OUTRO(A/S) (614)PRISCILLA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (84)PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE MARICÁ (120)PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ (321)PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (443)PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO (711)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(47) (107) (195) (231) (236) (237) (258) (291) (303) (304)(345) (346) (381) (403) (411) (412) (438) (482) (485) (486)(487) (488) (493) (599) (606) (611) (613) (617) (622) (631)(634) (647) (650) (655) (681) (718) (740)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(1) (50) (51) (52) (112) (153) (154) (168) (169) (170)(171) (172) (173) (174) (191) (192) (227) (228) (268) (269)(333) (376) (399) (466) (480) (509) (512) (513) (515) (561)(571) (575) (595) (596) (602) (636) (647) (731)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA(517) (747)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA (727)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS(152) (562)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(156) (516)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(391)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(8) (42) (53) (93) (97) (99) (114) (158) (160) (162)(163) (400) (404) (648) (732)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ (113)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (725)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ (157)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

(187)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (458)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ(386) (401) (427)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(196) (254)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(48) (100) (101) (155) (161) (379) (730) (733) (745) (746)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 172

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS(159) (726)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(110) (124) (129) (132) (145) (259) (266) (326) (327) (342)(408) (410) (464)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(479) (598) (605)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA(125) (126) (295) (463) (465) (614)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS(1) (477) (478) (579) (580) (581)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(522) (614)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO(614) (628)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(57) (334) (450)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(109) (288) (323) (421) (429) (433) (435) (614) (629) (739)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA (614)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA (627)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(282) (317) (320) (328) (332) (423) (518) (614) (657)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(28) (58) (59) (63) (98) (134) (182) (193) (235) (301)(311) (380) (389) (405) (422) (426) (451) (483) (594) (614)(619) (666) (737) (742)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(68) (638)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE (664)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ (454)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(630) (633)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(309) (322) (510) (592) (639) (736)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(616) (625)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(38) (441) (484) (490) (520)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ (476)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(9) (30) (32) (267)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(453) (614)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(130) (234) (325) (445) (614)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(44) (45)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(39) (65) (230) (305) (324) (340) (379) (407) (417) (601)(614) (615) (680) (706) (745)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (425)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS (620)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA (87)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE PRESIDENTE EPITÁCIO

(659)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS (715)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(43) (270) (302) (413) (415) (416) (717) (738)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL(66) (699) (720)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (735)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GRARATUBA (315)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS (710)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA (749)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ (329)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃO (521)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI (440)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (141)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SANTOS (312)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS(96) (294) (390)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS (293)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO (10)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(251) (299) (587) (612) (618)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃ(388) (689)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO(289) (434) (459) (716)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(1) (11) (12) (13) (15) (41) (56) (64) (102) (108)(118) (121) (131) (190) (250) (271) (272) (276) (278) (285)(292) (296) (306) (307) (316) (319) (349) (447) (448) (452)

(456) (473) (474) (475) (480) (493) (494) (495) (502) (503)(584) (586) (589) (606) (642) (643) (644) (645) (646) (649)(651) (653) (654) (658) (671) (672) (674) (687) (748)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(350) (382)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL(262) (287)R D P (399)R M A (39)RAFAEL BARBOSA DE CASTILHO (511)RAFAEL DA CÁS MAFFINI (614)RAFAEL DE SOUZA CAMPOS E OUTRO(A/S) (670)RAFAEL LORES MEIS E OUTRO(A/S) (96)RAFAEL LUÍS DEL SANTO E OUTRO(A/S) (105)RAFAELA DE OLIVEIRA RODRIGUES (125)RAFAELA POSSERA RODRIGUES (280)RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (123)RAIMUNDO DA CONCEIÇÃO AIRES NETO (217)RANATO OLÍMPIO DE AZEVEDO (122)RAPOZO DO MUMAITA COMÉRCIO DE FRUTAS LTDA (106)RAQUEL ELITA ALVES PRETO (426)RAQUEL FONSECA DA COSTA E OUTRO(A/S) (86)RAUL PORTANOVA E OUTRO(A/S) (651)REGINA ANDRADE TANNUS SEABRA E OUTRO(A/S) (676)REGINALDO LUIS FERREIRA E OUTRO(A/S) (287)REGINALDO LUIZ DA SILVA (614)RELATOR DA AP Nº 470 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (555)RELATOR DA RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL Nº 21593/2007 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

(520)

RELATOR DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 17.129 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(204)

RELATOR DO ARESP 61361 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(356)

RELATOR DO ARESP Nº 142.013 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(549)

RELATOR DO HC 145583 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (529)RELATOR DO HC 150.177 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (534)RELATOR DO HC 170938 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (535)RELATOR DO HC N.º 246.871 - SP DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(358)

RELATOR DO HC N.º 252.123 - CE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(557)

RELATOR DO HC N.º 253.501 - SP DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(26)

RELATOR DO HC N.º 84.946 - PR DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

(16)

RELATOR DO HC Nº 108.791 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (25)RELATOR DO HC Nº 112.114 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (25)RELATOR DO HC Nº 146819 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(532)

RELATOR DO HC Nº 198.570 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(526)

RELATOR DO HC Nº 199890 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(201)

RELATOR DO HC Nº 206641 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(530)

RELATOR DO HC Nº 216.693 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(556)

RELATOR DO HC Nº 233030 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(543)

RELATOR DO HC Nº 237.301 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(548)

RELATOR DO HC Nº 242.082 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(544)

RELATOR DO HC Nº 244.471 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(357)

RELATOR DO HC Nº 249308 DO SUPERIOR TRIBUNA DE JUSTIÇA (17)RELATOR DO HC Nº 252.670 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(554)

RELATOR DO HC Nº 252.786 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(552)

RELATOR DO HC Nº 252702 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(550)

RELATOR DO RESP Nº 1238507 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(374)

RELATORA DA PPE Nº 654 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (25)RELATORA DO HC 164.459 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (538)RELATORA DO HC Nº 114.810 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (25)RELATORA DO HC Nº 252.772 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(558)

RELATORA DO HC Nº 252.839 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(23)

RELATORA DO RECURSO ESPECIAL Nº 1.275.078 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(354)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 173

RELATORA DO RESP Nº 1.234.078 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(373)

RENATA ALVARENGA FLEURY E OUTRO(A/S) (609)RENATA MARIA SILVEIRA TOLEDO E OUTRO(A/S) (77)RENATO DE LIMA E SOUZA (455)RENATO DUARTE DOS PASSOS FILHO E OUTRO(A/S) (574)RENATO LOBO GUIMARÃES (150)RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)(91) (609)RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S) (708)RENATO SIMÃO DE ARRUDA (535)RENE RODRIGUES LIMA (557)RICARDO ADOLPHO BORGES DE ALBUQUERQUE (344)RICARDO ALEXANDRE ALVES DE ALMEIDA (370)RICARDO ALMEIDA ALVES SANTOS (51)RICARDO AUGUSTO NASCIMENTOI PEGOLO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

(57)

RICARDO DO AMARAL TUCUNDUVA (431)RICARDO GOUVEIA PIRES E OUTRO(A/S) (556)RICARDO L. DE BARROS BARRETO E OUTRO(A/S) (236)RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S) (222)RICARDO QUINTAS CARNEIRO (137)RICARDO RAMOS DA SILVA (636)RICARDO SIQUEIRA SALLES DOS SANTOS (286)RICARDO TADEU SAUAIA (457)RICARDO TOFI JACOB (595)RICHARD DE SOUZA TIBÉRIO (16)RITA DE CÁSSIA B. LOPES VIVAS (614)RITA DE CÁSSIA MAISTRO TENORIO E OUTRO(A/S) (626)ROBERTO CASTRO SALAS (695)ROBERTO CHAMIS (143)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)(359) (680)ROBERTO EXPEDITO VIEIRA DE SOUZA (662)ROBERTO MAJÓ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (470)ROBERTO MANOEL GUEDES ALCOFORADO (492)ROBERTO MÁRCIO CARRUSCA VIEIRA (415)ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) (232)ROBERTO PIERRI BERSCH E OUTRO(A/S) (88)ROBERTO VIANA PEREIRA (536)ROBERTO ZAMPIERI E OUTRO(A/S) (148)ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S) (86)ROBSON RIMOND BARUQUI (204)RODOLFO DE LIMA GROPEN E OUTRO(A/S) (681)RODOLFO ZALCMAN E OUTRO(A/S) (253)RODRIGO DE SÁ QUEIROGA E OUTRO(A/S) (201)RODRIGO GASPAR TEIXEIRA (430)RODRIGO LEITE DE BARROS ZANIN E OUTRO(A/S) (313)RODRIGO MAITTO DA SILVEIRA (380)RODRIGO MOTA NÓBREGA (562)RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO (648)RODRIGO RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S) (115)RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA (37)ROGER BEGGIATO (13)ROGERIA DOTTI DÓRIA (402)ROGÉRIA DOTTI DORIA (401)ROGÉRIO AFONSO BEILER E OUTRO(A/S) (607)ROGÉRIO ALEIXO PEREIRA E OUTRO(A/S) (346)ROGÉRIO ANTONIO FREITAS DE NORONHA E OUTRO(A/S) (468)ROGÉRIO CALAFATI MOYSÉS E OUTRO(A/S) (139)ROGÉRIO NUNES (732)ROGÉRIO PAIM E OUTRO(A/S) (103)ROGÉRIO ROCHA E OUTRO(A/S) (614)RONALD AMARAL JUNIOR (564)RONALDO CESAR JUSTO (390)RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) (474)RONALDO LABRIOLA PANDOLFI (400)RONE ESTEVES CÔRTES E OUTRO(A/S) (183)RONNI FRATTI E OUTRO(A/S) (378)ROQUE HERMINIO D'AVOLA FILHO (587)ROSÂNGELA DA C LEAL SILVA E OUTRO(A/S) (445)ROSANGELA URIARTE RIERA SUREDA (430)ROSE CRISTINA BARBOSA DE FREITAS E OUTRO(A/S) (455)ROSENE CARLA BARRETO CUNHA CASTRO E OUTRO(A/S) (81)ROSIANE GOMES DE ALBUQUERQUE (366)ROZÁRIA NETA BOMFIM LACERDA E OUTRO(A/S) (393)RUBENS FERREIRA (737)RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S) (262)RUFINO DE CAMPOS (229)S DA S (39)SÁBATO GIOVANI MEGALE ROSSETTI (561)SANDRA MOSIMANN (375)SANDRO MARCELO KOZIKOSKI (744)SANDRO MARZO DE LUCENA ARAGÃO (72)

SASHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S) (664)SAUL PEREIRA DE SOUZA (339)SAULO JOSÉ CARLOS FORNIELLES MARTINS (386)SAULO RODRIGUES BELHITZ (546)SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

(429)

SECRETARIO DE SEGURANCA PUBLICA DO ESTADO DE SAO PAULO

(63)

SEDNO ALEXANDRE PELISSARI (344)SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S) (473)SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS(38) (40) (43) (69) (97) (136) (145) (294) (298) (336)(336) (439) (573) (585) (586) (587) (588) (588) (590) (591)(592) (659) (695) (703)SERGIO ARNALDO CRUZ DE OLIVEIRA (591)SÉRGIO CAIUBI ANDRADE SILVEIRA (418)SÉRGIO CASSANO JÚNIOR (713)SERGIO CRAGNOTTI (600)SERGIO DE MENDONÇA E OUTRO(A/S) (710)SÉRGIO LUÍS TEIXEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (147)SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO(A/S) (614)SERGIO SHIROMA LANCAROTTE E OUTRO(A/S) (94)SÉRGIO VIEIRA CERQUEIRA E OUTRO(A/S) (318)SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC (258)SEVERINO VITURINO DOS SANTOS (704)SHEILA BARTOLOTTI RAVEDUTTI (255)SHINDY TERAOKA (689)SIDNEY TAVARES OLIVEIRA(477) (478)SILVANA DE ALMEIDA BALDUINO LACERDA(364) (543)SILVIA ALEGRETTI E OUTRO(A/S) (609)SILVIA HELENA BAVARESCO ALVES DOS SANTOS (709)SILVIO AUGUSTO BÚRIGO (142)SIMONE CRISTINE DAVEL (573)SIMONE DE SOUZA CORTEZ GODFROY (360)SIMONE MARIA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (138)SIMONE SANTANA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (117)SIMONE SCHROEDER E OUTRO(A/S) (373)SONIA APARECIDA DE LIMA SANTIAGO FERREIRA DE MORAES E OUTRO(A/S)

(669)

SORAYA CHAVES E OUTRO(A/S) (660)SUELI DE SOUZA COUTINHO E OUTRO(A/S) (338)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(18) (21) (22) (27) (39) (199) (200) (202) (205) (206)(208) (209) (211) (343) (353) (363) (364) (365) (366) (368)(369) (370) (375) (506) (507) (508) (525) (527) (528) (531)(533) (536) (537) (539) (540) (541) (542) (545) (546) (547)(551) (553) (559)SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR(19) (20) (24) (203) (207) (210) (367) (371) (560)SUZELE VELOSO DE OLIVEIRA(237) (238)SUZELE VELOSO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (243)SYLVIA HOSSNI RIBEIRO DO VALLE E OUTRO(A/S) (670)SYLVIA LORENA TEIXEIRA DE SOUSA E OUTROS (184)TÁCITO BARBOSA C MONTEIRO FILHO E OUTRO(A/S) (723)TAICÊ TEIXEIRA ACATAUASSÚ NUNES E OUTRO(A/S) (275)TAMAR CRISTMANN (165)TANIA MACHADO DA SILVA (408)TÂNIA MARIA MARTINS GUIMARÃES LEÃO FREITAS (212)TÂNIA REGINA TRITAPEPE (180)TARCISIO FONSECA DA SILVA E OUTRO(A/S) (331)TARCTI ASSESSORIA EMPRESARIAL E SERVIÇOS LTDA (679)TATIANA CASSOL SPAGNOLO (585)TATIANA FREIRE ALVES (326)TATIANA MONICA DOS SANTOS GONÇALVES (228)TATIANA SAYEGH E OUTRO(A/S) (128)TATIANA TAVARES DA SILVA E OUTRO(A/S) (62)TATIANA TROMMER BARBOSA E OUTRO(A/S) (748)THAÍS CARVALHO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (138)THAISA FÉLIX DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (124)TIAGO CARDOSO PENNA (189)TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (593)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(42) (578)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (550)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO (521)TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO (589)TULIO FREITAS DO EGITO COELHO (350)ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S) (464)ULISSES SCHWARZ VIANA (481)UNIAO (106)UNILEVER BRASIL ALIMENTOS LTDA (152)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 174

UNILEVER BRASIL LTDA (405)URAIWAN SANGJINDA (551)USIFAST LOGÍSTICA INDUSTRIAL S/A (724)V B DA S (39)VALMIR MEURER IZIDORIO E OUTRO(A/S) (256)VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)(472) (660) (750)VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA (524)VALTER EUSTÁQUIO FRANCO (229)VALTER ROBERTO AUGUSTO (193)VALTER VALENTIN BUFANI E OUTRO(A/S) (160)VANDERCI MARIA MONTEIRO (50)VANDERLEI DEMARCHI (466)VANESSA PEREIRA DE SOUSA CALDERON E OUTRO(A/S) (743)VÂNIA ELYR DE LARA (491)VERA LUCIA RODRIGUES PEDROSO DE VARGAS (264)VERA LUCIA SCHERER OLIVEIRA (615)VERA MIRNA SCHMORANTZ E OUTRO(A/S) (614)VERA MIRNA SCHOMORANTZ E OUTRO(A/S) (614)VERÔNICA GONÇALVES BARBOZA (178)VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS(579) (580)VICENTE COELHO ARAÚJO E OUTRO(A/S) (648)VICENTE DE PAULA MENDES (348)VICTOR DE JESUS ROCHA (560)VICTOR RUSSOMANO JR (344)VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (94)VICTOR SILVA FERREIRA E OUTRO(A/S) (700)VICTÓRIA CLAIRE WEISCHTORDT E OUTRO(A/S) (355)VILMA MALAGORI LEÃO (310)VINÍCIUS GODINHO SILVEIRA E OUTRO(A/S) (597)VINÍCIUS LÊDO SOUZA E OUTRO(A/S) (368)VINÍCIUS MARCELO BORGES E OUTRO(A/S) (317)VÍTOR FÁBIO M LUCAS JUNIOR (388)VITOR MENDES NUNES FILHO (17)VITOR OLIVEIRA MOREIRA (371)VLADEMIR DE FREITAS (577)VLADIMIR GALDINO DE QUEIROZ (661)WAGNER DE FIGUEIREDO LIMA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (179)WAGNER DIMAS DE PAULA (169)WAGNER NOGUEIRA FRANÇA BAPTISTA (588)WAGNER NOGUEIRA FRANÇA BAPTISTA E OUTRO(A/S) (43)WALDEMAR CURY MALULY JUNIOR E OUTRO(A/S) (377)WALDIR LINCOLN PEREIRA TAVARES (572)WALMIR BERNARDES JARDIM (198)WASHINGTON DIAS DA SILVA (14)WILLIANS DOURADO COSTA(441) (490)WILSON TELLES JÚNIOR (161)WLADIMIR SÉRGIO REALE (185)WLADIMIR SÉRGIO REALE E OUTRO(A/S) (614)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

PETIÇÃO AVULSA NA EXTRADIÇÃO 1.216 (524)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.572 (510)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.029 (1)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.087 (511)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.556 (184)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.568 (185)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.451 (512)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.851 (513)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.855 (2)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.687 (187)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.746 (514)AÇÃO PENAL 555 (515)AÇÃO PENAL 678 (516)AÇÃO PENAL 688 (517)AÇÃO RESCISÓRIA 1.561 (518)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.561 (189)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.156 (519)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1.366 (186)AG.REG. NA QUARTA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (395)AG.REG. NA QUINTA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (396)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 5.700 (520)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.216 (521)AG.REG. NA SEXTA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (397)AG.REG. NA TERCEIRA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 85.000 (398)AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.276 (229)AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 418.390 (259)AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.409 (230)

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 355.995 (260) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 533.958 (476)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 537.624 (310)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.598 (261)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.561 (262)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.297 (231)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.774 (478)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.274 (401)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.359 (311)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.189 (263)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.318 (312)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.389 (264)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.187 (286)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.870 (313)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.981 (403)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.300 (314)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.339 (315)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.879 (316)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.662 (425)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.244 (287)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.926 (404)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.024 (426)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.942 (288)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.730 (427)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.721 (405)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.969 (406)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.434 (317)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.837 (407)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.690 (428)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.918 (318)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.248 (319)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.483 (429)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.187 (430)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.858 (306)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.867 (307)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.200 (431)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.042 (265)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.982 (377)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.052 (378)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.372 (188)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.502 (379)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.937 (289)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.273 (433)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.683 (434)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.888 (232)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.186 (436)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.824 (308)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.767 (479)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.840 (290)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.138 (457)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.687 (458)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.596 (320)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.017 (459)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 850.836 (480)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.633 (481)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.585 (291)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.538 (292)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.307 (408)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.959 (409)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.963 (410)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.517 (411)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.483 (460)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 113.537 (356)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.017 (357)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.732 (358)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 (321)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 357.716 (266)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 382.795 (304)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 408.841 (322)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.014 (237)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 424.251 (238)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 445.256 (239)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.473 (240)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.745 (267)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.862 (241)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 473.187 (242)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.270 (243)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 478.668 (244)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.179 (245)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.135 (246)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.041 (247)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.709 (248)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.613 (249)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.429 (381)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 175

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.397 (382)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.371 (234)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.456 (305) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.383 (383)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.164 (594)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.236 (323)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.813 (277)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.910 (309)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 609.727 (268)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.346 (250)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 625.258 (269)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.266 (324)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.664 (325)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 (326)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.638 (327)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.010 (328)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 645.865 (482)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 (329)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 653.010 (384)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 656.473 (330)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.977 (412)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 672.648 (331)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 689.497 (461)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.359 (462)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 691.668 (251)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 691.678 (463)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 693.714 (293)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.931 (464)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.611 (294)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.887 (295)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.254 (465)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.952 (466)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.017 (595)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.569 (467)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.076 (596)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.211 (468)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 638.670 (385)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.672 (386)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.363 (270)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.042 (175)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.577 (332)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.798 (413)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.116 (414)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 (333)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.529 (334)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.104 (296)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.572 (190)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.413 (297)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.517 (415)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.197 (335)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.766 (252)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.827 (416)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.936 (387)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.879 (271)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 690.017 (272)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.696 (298)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.362 (176)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.487 (235)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.229 (417)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.492 (437)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.425 (438)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.623 (299)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.012 (439)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.197 (440)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.305 (273)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.507 (336)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.588 (300)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.592 (177)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.733 (441)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.753 (442)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.008 (301)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.032 (483)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.760 (418)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.173 (419)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.925 (274)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.423 (275)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.612 (420)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.774 (421)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.892 (178)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.911 (443)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.322 (388)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.545 (302)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.096 (445)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.091 (444)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.218 (446)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.873 (278)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.874 (447)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.877 (448)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.063 (422)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.167 (389)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.323 (484)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.839 (449)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.933 (390)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.044 (423)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.103 (450)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.564 (424)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.698 (451)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.834 (452)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.877 (453)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.981 (391)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.147 (392)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.286 (454)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.301 (455)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.411 (393)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.809 (394)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.961 (456)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.622 (276)AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.057

(337)

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.314

(191)

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.058

(192)

AG.REG. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.849

(303)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.853

(355)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.958

(236)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.834

(233)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.221 (3)AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.284 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.518 (597)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.608 (598)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.704 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.917 (599)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.854 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.293 (600)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.648 (740)AGRAVO DE INSTRUMENTO 773.628 (601)AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.208 (602)AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.193 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.754 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.017 (603)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.270 (741)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.347 (742)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.563 (604)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.968 (605)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.276 (606)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.662 (743)AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.343 (744)AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.947 (745)AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.107 (746)AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.586 (607)AGRAVO DE INSTRUMENTO 826.013 (608)AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.472 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.595 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.136 (747)AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.644 (750)AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.648 (748)AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.734 (609)AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.920 (749)AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.758 (610)AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.761 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.849 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.850 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.852 (14)AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.881 (15)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 851 (522)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 538.186 (338)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.745 (253)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.730 (339)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.177 (279)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.453 (254)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.894 (340)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.714 (341)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 818.751 (280)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 176

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.140 (485)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.485 (342)EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 101.136 (343)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 262.643

(281)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 353.608

(486)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 388.658

(344)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.764

(255)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.091

(256)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.700

(487)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.863

(257)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.127

(282)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.093

(258)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.607

(345)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.480

(488)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.147

(489)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.072

(490)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.589

(346)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.815

(193)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.846

(347)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.192

(399)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.525

(360)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 663.162

(361)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.244

(194)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.031

(491)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.671

(469)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.233

(400)

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 581.988 (283)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.760 (195)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.851 (470)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.783 (471)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.466 (348)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.123 (196)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.230 (349)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.463 (472)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 372.811 (493)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.831 (284) EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.674 (494) EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.322 (495)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.277 (285)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.827

(496)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.787

(497)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.766

(498)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.785

(499)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.918

(500)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.919

(501)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.046

(502)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.280

(503)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.414

(352)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.447

(504)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.831

(505)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.016

(473)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.023

(474)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.533

(475)

EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.638

(359)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 342.388

(350)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.531

(197)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.270

(351)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.258

(611)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 719.545

(198)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.070

(492)

EXTRADIÇÃO 1.179 (523)EXTRADIÇÃO 1.250 (362)HABEAS CORPUS 91.867 (506)HABEAS CORPUS 98.162 (353)HABEAS CORPUS 104.472 (525)HABEAS CORPUS 104.633 (199)HABEAS CORPUS 107.958 (526)HABEAS CORPUS 108.183 (200)HABEAS CORPUS 108.742 (201)HABEAS CORPUS 108.777 (527)HABEAS CORPUS 109.016 (528)HABEAS CORPUS 109.172 (202)HABEAS CORPUS 109.403 (529)HABEAS CORPUS 109.455 (531)HABEAS CORPUS 109.451 (530)HABEAS CORPUS 109.558 (532)HABEAS CORPUS 109.561 (533)HABEAS CORPUS 109.580 (534)HABEAS CORPUS 109.641 (535)HABEAS CORPUS 109.665 (536)HABEAS CORPUS 109.701 (537)HABEAS CORPUS 109.744 (363)HABEAS CORPUS 109.766 (538)HABEAS CORPUS 109.931 (507)HABEAS CORPUS 110.614 (539)HABEAS CORPUS 111.528 (364)HABEAS CORPUS 111.608 (508)HABEAS CORPUS 111.670 (365)HABEAS CORPUS 111.748 (540)HABEAS CORPUS 111.775 (366)HABEAS CORPUS 112.007 (367)HABEAS CORPUS 112.092 (368)HABEAS CORPUS 112.148 (203)HABEAS CORPUS 112.185 (369)HABEAS CORPUS 112.323 (204)HABEAS CORPUS 112.339 (370)HABEAS CORPUS 112.516 (371)HABEAS CORPUS 112.601 (354)HABEAS CORPUS 112.649 (541)HABEAS CORPUS 112.652 (372)HABEAS CORPUS 112.689 (205)HABEAS CORPUS 112.736 (373)HABEAS CORPUS 112.772 (374)HABEAS CORPUS 112.777 (206)HABEAS CORPUS 113.036 (207)HABEAS CORPUS 113.282 (209)HABEAS CORPUS 113.281 (208)HABEAS CORPUS 113.303 (375)HABEAS CORPUS 113.387 (543)HABEAS CORPUS 113.477 (210)HABEAS CORPUS 113.685 (211)HABEAS CORPUS 113.716 (544)HABEAS CORPUS 114.287 (546)HABEAS CORPUS 114.537 (547)HABEAS CORPUS 114.574 (548)HABEAS CORPUS 115.061 (550)HABEAS CORPUS 115.162 (553)HABEAS CORPUS 115.161 (552)HABEAS CORPUS 115.168 (554)HABEAS CORPUS 115.179 (555)HABEAS CORPUS 115.185 (557)HABEAS CORPUS 115.187 (558)HABEAS CORPUS 115.190 (559)HABEAS CORPUS 115.215 (560)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 177

HABEAS CORPUS 115.249 (21)HABEAS CORPUS 115.246 (18)HABEAS CORPUS 115.245 (17)HABEAS CORPUS 115.248 (20)HABEAS CORPUS 115.247 (19)HABEAS CORPUS 115.244 (16)HABEAS CORPUS 115.250 (22)HABEAS CORPUS 115.251 (23)HABEAS CORPUS 115.253 (25)HABEAS CORPUS 115.252 (24)HABEAS CORPUS 115.262 (26)HABEAS CORPUS 115.263 (27)INQUÉRITO 2.539 (561)INQUÉRITO 3.528 (562)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.997 (563)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.027 (564)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.036 (28)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.037 (29)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.038 (30)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.039 (31)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.031 (565)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.041 (33)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.042 (34)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.040 (32)MANDADO DE SEGURANÇA 24.152 (566)MANDADO DE SEGURANÇA 26.684 (212)MANDADO DE SEGURANÇA 27.966 (213)MANDADO DE SEGURANÇA 28.529 (214)MANDADO DE SEGURANÇA 28.829 (215)MANDADO DE SEGURANÇA 30.499 (216)MANDADO DE SEGURANÇA 30.704 (217)MANDADO DE SEGURANÇA 30.749 (218)MANDADO DE SEGURANÇA 31.404 (567)MANDADO DE SEGURANÇA 31.407 (568)MANDADO DE SEGURANÇA 31.413 (569)MANDADO DE SEGURANÇA 31.424 (570)MANDADO DE SEGURANÇA 31.557 (572)MANDADO DE SEGURANÇA 31.595 (573)MANDADO DE SEGURANÇA 31.615 (574)MANDADO DE SEGURANÇA 31.628 (35)MANDADO DE SEGURANÇA 31.629 (36)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.452 (571)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.616 (575)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.625 (576)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.168 (581)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.409 (585)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.518 (591)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.935 (542)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 114.080 (545)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 114.846 (549)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 115.149 (551)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 115.180 (556)PETIÇÃO 4.976 (37)RECLAMAÇÃO 11.323 (577)RECLAMAÇÃO 13.672 (578)RECLAMAÇÃO 13.839 (579)RECLAMAÇÃO 13.846 (580)RECLAMAÇÃO 14.200 (582)RECLAMAÇÃO 14.340 (583)RECLAMAÇÃO 14.355 (584)RECLAMAÇÃO 14.417 (586)RECLAMAÇÃO 14.469 (587)RECLAMAÇÃO 14.476 (588)RECLAMAÇÃO 14.483 (589)RECLAMAÇÃO 14.516 (590)RECLAMAÇÃO 14.523 (592)RECLAMAÇÃO 14.526 (38)RECLAMAÇÃO 14.529 (593)RECLAMAÇÃO 14.539 (40)RECLAMAÇÃO 14.538 (39)RECLAMAÇÃO 14.541 (42)RECLAMAÇÃO 14.540 (41)RECLAMAÇÃO 14.542 (43)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.123 (219)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.970 (612)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 562.268 (613)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.089 (614)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.582 (615)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.505 (616)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.458 (617)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.940 (618)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.458 (619)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.159 (620)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.600 (621)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.642 (622)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.502 (623)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.012 (624)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.898 (625)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.237 (626)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.038 (627)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.294 (628)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.522 (629)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.740 (630)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.043 (631)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.140 (632)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.242 (633)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.398 (735)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.512 (634)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 631.090 (635)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.086 (736)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.194 (636)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.012 (637)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.014 (638)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.398 (737)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 643.414 (639)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.147 (640)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 655.815 (641)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.752 (642)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.760 (643)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.779 (644)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.806 (645)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 673.932 (646)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.088 (647)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 679.140 (648)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.850 (649)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 689.268 (650)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 693.236 (44)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 700.393 (45)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.285 (651)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.707 (652)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 706.915 (653)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.217 (654)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.219 (655)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.277 (656)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.288 (657)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.297 (658)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 707.646 (659)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.213 (660)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.806 (661)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.073 (46)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.083 (47)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.588 (48)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 711.703 (49)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 711.717 (50)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 711.828 (51)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 712.655 (52)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 713.199 (53)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.492 (738)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.361 (662)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.394 (663)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.422 (664)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.053 (665)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.968 (739)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 690.986 (666)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.308 (667)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.829 (54)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.338 (668)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.727 (669)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.802 (670)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.064 (179)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.654 (180)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.506 (671)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.756 (672)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.914 (673)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.982 (674)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.441 (675)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.698 (676)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.924 (181)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.962 (182)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.036 (677)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.652 (183)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.874 (678)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.919 (679)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.972 (680)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.245 (681)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.284 (55)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.450 (682)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.586 (683)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.592 (56)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 (684)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.890 (685)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.956 (687)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.951 (686)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.226 (688)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.292 (689)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.379 (690)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.445 (691)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.559 (692)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.572 (693)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.637 (695)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.630 (694)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.897 (696)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.951 (697)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.057 (698)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.135 (699)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.228 (700)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.236 (701)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.247 (702)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.339 (703)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.677 (704)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.892 (705)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.024 (706)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.227 (707)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.283 (57)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.397 (708)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.398 (709)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.403 (710)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.408 (711)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.429 (713)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.425 (712)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.487 (714)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.565 (715)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.630 (716)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.711 (717)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.723 (718)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.737 (719)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.940 (720)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.008 (721)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.012 (722)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.053 (723)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.150 (724)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.188 (725)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.207 (726)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.232 (727)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.362 (58)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.363 (59)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.382 (60)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.399 (61)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.401 (62)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.485 (728)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.551 (729)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.653 (730)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.663 (731)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.228 (64)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.224 (63)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.232 (65)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.237 (66)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.382 (67)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.419 (732)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.426 (68)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.433 (733)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.430 (69)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.472 (70)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.473 (71)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.484 (74)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.482 (73)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.480 (72)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.491 (75)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.503 (76)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.534 (734)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.541 (77)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.549 (79)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.548 (78)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.553 (80)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.555 (81)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.560 (82)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.589 (83)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.594 (84)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.605 (85)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.618 (89)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.615 (88)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.614 (87)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.612 (86)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.621 (91)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.620 (90)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.626 (93)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.629 (94)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.625 (92)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.635 (96)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.633 (95)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.637 (97)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.658 (98)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.664 (99)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.740 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.796 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.799 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.805 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.815 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.880 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.899 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.895 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.906 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.903 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.901 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.900 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.950 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.966 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.973 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.983 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.997 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.009 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.005 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.015 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.012 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.019 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.016 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.021 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.022 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.023 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.024 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.025 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.027 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.029 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.038 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.037 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.048 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.041 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.043 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.088 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.099 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.095 (140)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.094 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.092 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.091 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.090 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.119 (145)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.115 (143)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.116 (144)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.114 (142)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.127 (148)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.128 (149)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.123 (146)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.125 (147)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 (150)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.147 (151)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.302 (152)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.322 (154)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.320 (153)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.333 (155)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.347 (156)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.635 (158)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.632 (157)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.713 (159)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.730 (160)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.782 (161)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.795 (162)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.805 (163)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.286 (220)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.911 (221)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 (222)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.881 (223)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.907 (224)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.974 (225)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.988 (226)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.620 (164)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.621 (165)

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STF - DJe nº 185/2012 Divulgação: quarta-feira, 19 de setembro Publicação: quinta-feira, 20 de setembro 179

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.622 (166)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.623 (167)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 107.860 (227)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.700 (228)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.692 (509)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.769 (376)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.219 (169)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.218 (168)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.229 (174)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.226 (172)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.227 (173)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.222 (171)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 115.220 (170)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.408 (402)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.774 (477)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.981 (432)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.594 (435)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 837.703 (380)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2798156