repÚblica federativa do brasil supremo ......2014/11/06  · diÁrio da justiÇa eletrÔnico...

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro Publicação: sexta-feira, 07 de novembro SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Ricardo Lewandowski Presidente Ministra Cármen Lúcia Vice-Presidente Amarildo Vieira de Oliveira Diretor-Geral ©2014 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Ducentésima Vigésima Terceira Distribuição realizada em 4 de novembro de 2014. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO PENAL 889 (1) ORIGEM : AP - 609 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : BAHIA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA REVISOR : MIN. DIAS TOFFOLI AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RÉU(É)(S) : OZIEL ALVES DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : LEANDRO BEMFICA RODRIGUES DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO PENAL 890 (2) ORIGEM : IP - 2272010 - DELEGADO DE POLICIA PROCED. : RORAIMA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REVISOR : MIN. LUIZ FUX AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RÉU(É)(S) : PAULO CESAR JUSTO QUARTIERO ADV.(A/S) : TICIANO FIGUEIREDO DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO PENAL 891 (3) ORIGEM : PA - 100000009262200769 - MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REVISOR : MIN. GILMAR MENDES AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RÉU(É)(S) : IVO NARCISO CASSOL ADV.(A/S) : NASCIMENTO ALVES PAULINO DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO PENAL 892 (4) ORIGEM : INQ - 84304 - JUIZ FEDERAL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. LUIZ FUX REVISORA :MIN. ROSA WEBER AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RÉU(É)(S) : JACOB ALFREDO STOFFELS KAEFER ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS LOPES MADEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :GUSTAVO HENRIQUE DIETRICH DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.739 (5) ORIGEM : PROC - 70035709757 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : CLODETE ALBA DASSI ADV.(A/S) : MARILIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.582 (6) ORIGEM : AC - 200771120025140 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : SPRINGER CARRIER LTDA ADV.(A/S) :ANA LUIZA IMPELLIZIERI DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.592 (7) ORIGEM :AC - 415482002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO PROCED. : MATO GROSSO RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : UNIC - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ ADV.(A/S) : CLÁUDIO STÁBILE RIBEIRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :PATRÍCIA FARIAS CORRÊA DA COSTA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUIZA FARIAS CORRÊA DA COSTA AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.625 (8) ORIGEM : AC - 200371000154744 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA :MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :THEREZA MARIA SCHEIN GAVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RICARDO HANNA BERTELLI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.637 (9) ORIGEM : AC - 200372010019128 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ARLY IVÂ ROGODANZO (REPRESENTADO POR ÉRICA MARIA GEIGER ROGODANZO) E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ENANI FRANCISCO DA ROSA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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Page 1: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro Publicação: sexta-feira, 07 de novembro

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

Ministra Cármen LúciaVice-Presidente

Amarildo Vieira de OliveiraDiretor-Geral

©2014

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Ducentésima Vigésima Terceira Distribuição realizada em 4 de novembro de 2014.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO PENAL 889 (1)ORIGEM : AP - 609 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREVISOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : OZIEL ALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEANDRO BEMFICA RODRIGUES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO PENAL 890 (2)ORIGEM : IP - 2272010 - DELEGADO DE POLICIAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREVISOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : PAULO CESAR JUSTO QUARTIEROADV.(A/S) : TICIANO FIGUEIREDO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO PENAL 891 (3)ORIGEM : PA - 100000009262200769 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREVISOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : IVO NARCISO CASSOLADV.(A/S) : NASCIMENTO ALVES PAULINO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO PENAL 892 (4)ORIGEM : INQ - 84304 - JUIZ FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JACOB ALFREDO STOFFELS KAEFERADV.(A/S) : LUIZ CARLOS LOPES MADEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE DIETRICH

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.739 (5)ORIGEM : PROC - 70035709757 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : CLODETE ALBA DASSIADV.(A/S) : MARILIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.582 (6)ORIGEM : AC - 200771120025140 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SPRINGER CARRIER LTDAADV.(A/S) : ANA LUIZA IMPELLIZIERI DE SOUZA MARTINS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.592 (7)ORIGEM : AC - 415482002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIC - UNIVERSIDADE DE CUIABÁADV.(A/S) : CLÁUDIO STÁBILE RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PATRÍCIA FARIAS CORRÊA DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZA FARIAS CORRÊA DA COSTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.625 (8)ORIGEM : AC - 200371000154744 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : THEREZA MARIA SCHEIN GAVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO HANNA BERTELLI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.637 (9)ORIGEM : AC - 200372010019128 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ARLY IVÂ ROGODANZO

(REPRESENTADO POR ÉRICA MARIA GEIGER ROGODANZO) E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : ENANI FRANCISCO DA ROSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 2

HABEAS CORPUS 125.087 (10)ORIGEM : PROC - 1020140138293 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : GILSON FERREIRA GUINDANIIMPTE.(S) : GILSON FERREIRA GUINDANICOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRALCOATOR(A/S)(ES) : REDE GLOBO DE TELEVISÃOCOATOR(A/S)(ES) : GLOBO SAT

HABEAS CORPUS 125.115 (11)ORIGEM : HC - 294917 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : DIMAS DE CAMARGO JUNIORIMPTE.(S) : DIMAS DE CAMARGO JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 294.917 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.118 (12)ORIGEM : HC - 47051 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : R S DOS SIMPTE.(S) : MILTON JORDÃO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.119 (13)ORIGEM : HC - 295352 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : LUIS GUILHERME ORTOLANIMPTE.(S) : HELIO DONISETE CAVALLARO FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 295352 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.120 (14)ORIGEM : PPE - 729 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JAVIER MANUEL REVILLA PALOMINOIMPTE.(S) : ELUZAIRES DE SOUZA PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DA PPE Nº 729 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL

HABEAS CORPUS 125.121 (15)ORIGEM : HC - 307412 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : DENIS GUEDES SANCHESIMPTE.(S) : LEANDRO LOURENÇO DE CAMARGOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 307412 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.122 (16)ORIGEM : HC - 307392 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : WELLINGTON PEDRO POPPIIMPTE.(S) : LEANDRO LOURENÇO DE CAMARGOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.123 (17)ORIGEM : HC - 287691 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : IVAN ISAAC SILVA SANTOSIMPTE.(S) : LEANDRO LOURENÇO DE CAMARGOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.124 (18)ORIGEM : HC - 307409 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : MICHELL EDUARDO ANDRADEIMPTE.(S) : FELIPE BALLARIN FERRAIOLI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 307409 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.125 (19)ORIGEM : AResp - 485841 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : HANUSKA CRISTINA CARDIM CADIMOIMPTE.(S) : LEANDRO LUNARDO BENIZCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 485.841 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.126 (20)ORIGEM : HC - 307306 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : WILKER MONTEIRO DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 307.306 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.127 (21)ORIGEM : HC - 304565 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : MARCO ANTONIO FERNANDES JÚNIORIMPTE.(S) : FRANCISCO JOSE GAY E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 304.565 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.128 (22)ORIGEM : ARESP - 455215 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : GUMERCINDO FRANCISCO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO ARESP Nº 455.215 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 125.129 (23)ORIGEM : RHC - 51040 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : CLOVIS RUIZ RIBEIROIMPTE.(S) : FREDERICO DONATI BARBOSA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 125.130 (24)ORIGEM : HC - 274453 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : CLAUDIO TAVARES CAMPOSIMPTE.(S) : MARCELO KINTZEL GRACIANOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 274.453 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 33.309 (25)ORIGEM : TC - 00938220135 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : CARMEN LÚCIA TAVARES DANTASADV.(A/S) : CÍCERO ANTÔNIO LIRA DE ARAÚJOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 33.310 (26)ORIGEM : RESOLUÇÃO - 1992014 - CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS

ESTADUAIS - ANAMAGESADV.(A/S) : DANIEL CALAZANS PALOMINO TEIXEIRAIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 3

RECLAMAÇÃO 18.997 (27)ORIGEM : ARESP - 196195 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES

DO BRASIL - ANOREG/BRADV.(A/S) : MAURÍCIO GARCIA PALLARES ZOCKUNRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ADAIR VALENTIM DALTROZOADV.(A/S) : MARCELO CARLOS ZAMPIERIINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CRUZ ALTAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA

RECLAMAÇÃO 18.998 (28)ORIGEM : PROC - 06048244520148010070 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ACRERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECLDO.(A/S) : JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA

COMARCA DE RIO BRANCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA ELISÂNGELA SILVA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO DE CARVALHO MEDEIROS JUNIOR E

OUTRO(A/S)

RECLAMAÇÃO 18.999 (29)ORIGEM : RESP - 1354802 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : VIAÇÃO SANTA LUZIA E TURISMO LTDAADV.(A/S) : SPENCER DALTRO DE MIRANDA FILHO E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : EMERSON BARBOSA MACIEL

RECLAMAÇÃO 19.000 (30)ORIGEM : AGREXT - 200802010165247 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : LEONARDO CAPORALADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECLAMAÇÃO 19.001 (31)ORIGEM : HC - 21563872420148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : LEONARDO MARANI DOS SANTOSADV.(A/S) : ORLANDO MACHADO DA SILVA JÚNIOR E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 19.002 (32)ORIGEM : AI - 20071129820148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : TAKEO MATAYOSHIADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS PEREIRAADV.(A/S) : SILVIA HELENA PEREIRARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SAO

PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 19.004 (33)ORIGEM : ARESP - 551107 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : VERA LUCIA AZAMBUJA BISCHOFFADV.(A/S) : SAMARA FERREZZA

RECLAMAÇÃO 19.005 (34)ORIGEM : RO - 00008929420115040030 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOÃO FERNANDO PAIMADV.(A/S) : TATIANA CASSOL SPAGNOLOINTDO.(A/S) : EMPRESA DE TRENS URBANOS DE PORTO ALEGRE

S/A - TRENSURBADV.(A/S) : EDUARDO FLECK BAETHGENINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 19.006 (35)ORIGEM : RR - 24084320115020051 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DORIVAL DOS SANTOSADV.(A/S) : LISE CRISTINA DA SILVA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MODERN SERVICE LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA

LTDA - EPPADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 19.009 (36)ORIGEM : DC - 00003460520145120000 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 12º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E

EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA S/A - EPAGRIADV.(A/S) : CARLOS MAGNO DOS SANTOS JUNIORRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS

DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIA, PESQUISA E INFORMAÇÕES DE SANTA CATARINA - SINDASPI/SC

ADV.(A/S) : CAROLINE SCHWARZ DE ALMEIDA

RECLAMAÇÃO 19.010 (37)ORIGEM : AI - 20140714834 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CELSO RAMOSADV.(A/S) : JOÃO GUILHERME BISCARO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.067 (38)ORIGEM : AC - 4046612008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 4

RECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : APLB - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM

EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA DE OLIVEIRA SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 827.808 (39)ORIGEM : AC - 200793564751 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.376 (40)ORIGEM : AI - 98030477900 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : TEREZINHA HILST MATTAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS POLINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.379 (41)ORIGEM : AMS - 000221347720014036100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GE HYDRO INEPAR DO BRASIL S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO DE MELO FRANCO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.846 (42)ORIGEM : AMS - 50143025920134047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FCC FORNECEDORA COMPONENTES QUÍMICOS E

COUROS LTDAADV.(A/S) : HAROLDO LAUFFER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.390 (43)ORIGEM : PROC - 50435175020124047000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARCOS PAULO DIASADV.(A/S) : NELTI GONÇALVES DE SOUZARECDO.(A/S) : JOSÉ PIO MARTINSADV.(A/S) : SELMA CRISTINA SAITO AZEVEDO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.407 (44)ORIGEM : AC - 50617681020124047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CARLOS ERNESTO UMGELTERADV.(A/S) : IMÍLIA DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.429 (45)ORIGEM : AMS - 20060253795 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LILIANE DENISE DA MAIARECTE.(S) : MARCONDES WITT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO TRAUER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JOINVILLEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOINVILLERECDO.(A/S) : AMBIENTAL SANEAMENTO E CONCESSOES LTDAADV.(A/S) : SANDRA VIVIANE M FERNANDES COLOMBO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.542 (46)ORIGEM : PROC - 00066426820138260572 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 40ª CJ - ITUVERAVAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL S/A - CASSIADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MAIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FAUSTO VILELA ROSAADV.(A/S) : ZÉLIA DA SILVA FOGAÇA LOURENÇO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.587 (47)ORIGEM : AC - 10024043922095001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : CONCEIÇÃO PEREIRA DE ARAUJO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADRIANA CASTANHEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.588 (48)ORIGEM : PROC - 42798504 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO CURITIBA DE SAÚDE - ICSADV.(A/S) : TÉRCIO AMARAL DE CAMARGO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DIRCE AVANY LEMOSADV.(A/S) : ALESSANDRO MARCELO MORO RÉBOLI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.614 (49)ORIGEM : ADI - 10000120545793000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORAADV.(A/S) : CAMILA DRUMOND ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.803 (50)ORIGEM : MS - 50148607820144040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LUIZ ALBERTO BASSETTOADV.(A/S) : RAFAEL AUGUSTO BUCH JACOB E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CAIXAADV.(A/S) : ALICE SCHWAMBACH E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.817 (51)ORIGEM : RESP - 1294783 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DA PATRULHAADV.(A/S) : CLÁUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANKBOSTON LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : CESAR LOEFFLER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.847 (52)ORIGEM : PROC - 50104302420134047112 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GILBERTO JUVER VIEIRAADV.(A/S) : EDUARDO KOETZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.957 (53)ORIGEM : AC - 00002649020114058201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANAZITA CAVALCANTE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEOPOLDO WAGNER ANDRADE DA SILVEIRA E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 5

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.972 (54)ORIGEM : AC - 20070017336 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ACREPROCED. : ACRERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE RIO BRANCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR -GERAL DO MUNICÍPIO DE RIO

BRANCORECDO.(A/S) : PROMOVE PRODUÇÕES E DIVULGAÇÕES DE

EVENTOSADV.(A/S) : VIRGINIA MEDIM ABREU E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.979 (55)ORIGEM : AC - 200781000049313 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : FRANCISCA PERGENTINA DE MORAISADV.(A/S) : ANTÔNIO EDÍLSON MOURÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.983 (56)ORIGEM : PROC - 00009804820124036323 - TRF3 - SP - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANDREIA MONTEIRO JUVENCIO DA SILVAADV.(A/S) : FERNANDO ALVES DE MOURA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.003 (57)ORIGEM : AC - 08000077620134058002 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO ALVES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : HENRIQUE LOPES DE LIMA MACHADO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.007 (58)ORIGEM : AC - 50022127220114047210 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VALDIR MARANADV.(A/S) : VALDIR MARAN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.008 (59)ORIGEM : AC - 50045265220104047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BUSCHLE E LEPPER S/AADV.(A/S) : CÉLIA C GASCHO CASSULI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.094 (60)ORIGEM : AC - 200661090074510 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CERQUILHOADV.(A/S) : WAGNER RENATO RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.114 (61)ORIGEM : AI - 200203000439960 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBER

RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ANTONIO RIBEIRO DE ASSISADV.(A/S) : HELENA GRASSMANN PRIEDOLS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.144 (62)ORIGEM : AC - 50067611320104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ELIAS SEBASTIÃO TEXEIRAADV.(A/S) : WILLYAN ROWER SOARESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.145 (63)ORIGEM : AC - 00004098020124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ONERI ANTONIO MAZOCCOADV.(A/S) : MARLOS TOMÉ ZELICHMANN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.148 (64)ORIGEM : AC - 00009825720134059999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA JOSÉ BENIGNO SOARESADV.(A/S) : LEVI RODRIGUES VARELA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.159 (65)ORIGEM : AC - 50013685320104047115 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO HOSPITAL DE CARIDADE TRÊS

PASSOSADV.(A/S) : FÁBIO ADRIANO STURMER KINSEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CAIXAADV.(A/S) : CLÓVIS KONFLANZ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.185 (66)ORIGEM : AC - 50096283920114047001 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOÃO AUGUSTO SOARESADV.(A/S) : WILLYAN ROWER SOARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.237 (67)ORIGEM : AC - 50049398620104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LEÃO ALIMENTOS E BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.238 (68)ORIGEM : AC - 50310492020134047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDISON MATOS NÓVAKADV.(A/S) : JOVELINO ARTIFON

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.255 (69)ORIGEM : PROC - 50361197720114047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 6

RECDO.(A/S) : LUIZ AUGUSTO DIOGO MACIELADV.(A/S) : CESAR VALMOR TASSONI LEVORSE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.263 (70)ORIGEM : AC - 200571000081361 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BENO DAVI JOVCHELEVICH E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VITOR KORDYAS DOSSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.275 (71)ORIGEM : AC - 50092203820134047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOÃO PAULO BIANCHI PEREIRAADV.(A/S) : JOÃO THIAGO FILLUZRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.292 (72)ORIGEM : AI - 00000100720144040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : HAIDI KAMPHORST ARNHOLDADV.(A/S) : MÁRCIA MARIA PIEROZAN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.295 (73)ORIGEM : AC - 00074142220134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LÚIZA DE FÁTIMA VICARI POSSEBOMADV.(A/S) : JORGE CALVI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.296 (74)ORIGEM : AC - 00038110420144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ LUIZ GONÇALVES DOS SANTOSADV.(A/S) : ELÉSIO ROBERTO DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.297 (75)ORIGEM : AC - 00026886820144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CARMEM LAGOADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO OST E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.298 (76)ORIGEM : AC - 00067770820124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SANTINHA CATARINA STRAPAZZONADV.(A/S) : SERGIO LUIS DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.303 (77)ORIGEM : AC - 00113551420124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : IRACÍ KAISER DHEINADV.(A/S) : CARI ALINE NIEMEYER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.330 (78)ORIGEM : AC - 00048512120144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LAIDES TEREZINHA RIBEIROADV.(A/S) : VANESSA G PETRY TREVISAN BALBINOTE E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.333 (79)ORIGEM : AC - 00176122120134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTÔNIO DE SOUZA BUENOADV.(A/S) : ANA PAULA VERONA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.336 (80)ORIGEM : AC - 00240514820134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LOURDES BÉS CARLESSOADV.(A/S) : CELSO ARNO ROSSI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.339 (81)ORIGEM : AC - 00031667620144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARISA GARCIA DA ROSAADV.(A/S) : ADEVAL DA ROSA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.425 (82)ORIGEM : AC - 00087506120134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : IRENE PRESTES VEIGAADV.(A/S) : MARY CLEIDE UHLMANN

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.441 (83)ORIGEM : AC - 00161823420134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MADALENA MARTE NARDINIADV.(A/S) : NEIDE APARECIDA DA SILVA ALVES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.445 (84)ORIGEM : AC - 00179716820134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DA CRUZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ DAS GRAÇAS DE SOUZA DURÃES E OUTRO(A/

S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.449 (85)ORIGEM : AC - 00210508920124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DELCIO AUGUSTO POHLMANNADV.(A/S) : VILMAR LOURENÇO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.450 (86)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 7

ORIGEM : AC - 561842 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SEVERINA LÚCIA ALVARENGA DE SOUSAADV.(A/S) : FRANCISCO ADELMO CORDEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.451 (87)ORIGEM : AC - 26354 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARYLIANA SILVA DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.690 (88)ORIGEM : AC - 00155893920124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANILZA MADALENA DOS SANTOSADV.(A/S) : MÁRCIA ROZELI CASATTI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.695 (89)ORIGEM : AC - 10702110435345001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : I F F L REPRESENTADA POR EDERALDO JOSÉ

LOPESADV.(A/S) : RENATO COSTA DIAS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.700 (90)ORIGEM : AC - 00147663120134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARCELO MACULANADV.(A/S) : ALDO BATISTA SOARES NOGUEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.733 (91)ORIGEM : AC - 00033653520134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JULIA DANIELE DUTRA REPRESENTADA POR GILMAR

ANTÔNIO DUTRAADV.(A/S) : CLÁUDIO AUGUSTO BRAGA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.737 (92)ORIGEM : AC - 00016883320144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOÃO ADEMAR KUNZLERADV.(A/S) : ERNANI GRASSI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.744 (93)ORIGEM : AC - 00065106520144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DARCI KACHAVAADV.(A/S) : ANTÔNIO ALBERTO CASER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.754 (94)ORIGEM : AC - 00055056620114058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : PATRICIA NOBRE SOARESADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE PEDROSA NOGUEIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.778 (95)ORIGEM : AC - 00066535420144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MATILDE BUENO ROSAADV.(A/S) : TADEU KURPIEL JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.808 (96)ORIGEM : AC - 50021273820104047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VALDECIR JOSE GIOVANINIADV.(A/S) : IMÍLIA DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.827 (97)ORIGEM : AC - 00429044320088190004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ANA MARIA DE OLIVEIRA COUTINHOADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS LOPES DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.838 (98)ORIGEM : APCRIM - 200034000179901 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : TRAJANO TRISTÃO DE MACEDOADV.(A/S) : OLÍVIO ULISSES OTTORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.906 (99)ORIGEM : APCRIM - 02420030017586001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GIOVANNI MAGALHAES PORTOADV.(A/S) : JOILMA DE OLIVEIRA FERREIRA ARAÚJO DOS

SANTOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBARECDO.(A/S) : ANTÔNIO EDVALDO BEZERRA DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.977 (100)ORIGEM : RESP - 1435339 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : FRANCISCO BELARMINO DA SILVA FILHOADV.(A/S) : FERNANDA PACHECO SERPA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 849.430 (101)ORIGEM : AC - 200871080077733 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 8

RECDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : VILMAR LOURENÇO E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.184 (102)ORIGEM : AC - 00146287520094036105 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : IPR INDÚSTRIA DE PREFABRICADOS RAFARD LTDAADV.(A/S) : HAMILTON GONÇALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.688 (103)ORIGEM : PROC - 994060107405 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CCI CONSTRUÇÕES S/AADV.(A/S) : PEDRO PAULO DE REZENDE PORTO FILHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.623 (104)ORIGEM : AC - 00821677320098220001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARIO JORGE DE ALMEIDA REBELOADV.(A/S) : DANIEL HENRIQUE DE SOUZA GUIMARAES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 819.879 (105)ORIGEM : AC - 10105110315030001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARESADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MAGNA LEANDROADV.(A/S) : CÂNDIDO ANTÔNIO DE SOUZA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.808 (106)ORIGEM : AC - 50041271120104047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ADRIANO MOITEADV.(A/S) : MARIA ADIR MESSA TORRES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.328 (107)ORIGEM : AC - 00100811920108190045 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : AUTO POSTO PLATINUM LTDAADV.(A/S) : ALFREDO JOSÉ DE GODOI MACEDORECDO.(A/S) : HAROLDO DOS SANTOS RIZZOADV.(A/S) : RUBEM CANDIDO PIRES DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.336 (108)ORIGEM : AC - 20030110702120 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TRADICIONAL COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : FERNANDO FUGAGNOLI MADUREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.911 (109)ORIGEM : AC - 02245573320108040001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO AMAZONAS

PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : TRANSMANAUS - TRANSPORTES URBANOS

MANAUS SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO LTDA

ADV.(A/S) : JORGE ALEXANDRE MOTTA DE VASCONCELLOS E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : ANDREIA BARBOSA LIMAADV.(A/S) : IZABEL CRISTINA CIPRIANO DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.275 (110)ORIGEM : AC - 994061347990 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GE DAKO S/AADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IMPORT EXPRESS COMERCIAL IMPORTADORA LTDAADV.(A/S) : CARLOS VIRGILIO LASALVIA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.294 (111)ORIGEM : AC - 91249167520088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIA CLARA ROSA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ELLIS FEIGENBLATTRECDO.(A/S) : SONIA MARIA DINIADV.(A/S) : VALDERY MACHADO PORTELA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.390 (112)ORIGEM : AC - 200480000085818 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL EM SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

ADV.(A/S) : BRUNA RIBEIRO AMORIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.393 (113)ORIGEM : AC - 70052197506 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.394 (114)ORIGEM : PROC - 7921915 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES E SERVIDORES

EM SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICOS, CONVENIADOS, CONTRATADOS E/OU CONSORCIADOS AO SUS E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO PARANÁ

ADV.(A/S) : DENISE MARTINS AGOSTINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.402 (115)ORIGEM : PROC - 10063092120138260016 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANTONIO KLEIN NETOADV.(A/S) : MARCELO RAPCHANRECDO.(A/S) : ASTRID KLEINADV.(A/S) : MARCELO VIEIRA VON ADAMEK E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.582 (116)ORIGEM : AIRR - 00000775220125020084 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 9

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CINTIA MORENOADV.(A/S) : LÍLIAM REGINA PASCINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SEB DO BRASIL PRODUTOS DOMÉSTICOS LTDAADV.(A/S) : SÉRGIO DA COSTA BARBOSA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.674 (117)ORIGEM : AIRR - 1685920115040008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : VONPAR REFRESCOS S/AADV.(A/S) : ANA LUCIA HORN OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRÉ PEREIRA BORGESADV.(A/S) : LUCAS SCHARDONG SIQUEIRA MARTINAZZO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.739 (118)ORIGEM : AC - 70011913480 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : GUILHERME DE CASTRO BARCELLOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANGELIN ANTONINHO ACCORSSI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉ SORIANO CAETANOADV.(A/S) : MARCELO MÜLLER DE ALMEIDA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.743 (119)ORIGEM : PROC - 00271352120138260005 - TJSP - 5º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GREENLINE SISTEMA DE SAÚDE S/AADV.(A/S) : VAGNER GABRIEL MALAQUIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOÃO BATISTA ANDRÉ FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ABBAS JUNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.745 (120)ORIGEM : PROC - 09097082120128260037 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 13ª CJ - ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : AEROVIAS DE MÉXICO S/A DE C V AEROMÉXICOADV.(A/S) : ANDRÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : REINILDIS ROSITO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO AUGUSTO BERNARDI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : TAM - LINHAS AEREAS S/AADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.746 (121)ORIGEM : PROC - 06171877520108260016 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIMED - BELO HORIZONTE COOPERATIVA DE

TRABALHO MEDICOADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ WAGNER VILHENA REPRESENTADO POR

VANESSA ELLEN VILHENAADV.(A/S) : RAUL ALEJANDRO PERIS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SOCIEDADE BENEFICENTE DE SENHORAS

HOSPITAL SIRIO LIBANESADV.(A/S) : ADRIANO KAWASSAKI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.747 (122)ORIGEM : PROC - 11846 - TJSP - TURMA RECURSAL - 13ª CJ -

ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DALLAS AUTOMÓVEIS E ACESSÓRIOS LTDAADV.(A/S) : RAFAEL RODRIGO BRUNO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELIANA FLAUSINO DA SILVA BELLINTANIADV.(A/S) : VAGNER PIAZENTIN SIQUEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.799 (123)ORIGEM : PROC - 00053472120114036301 - TRF3 - SP - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE.(S) : JANIVALDO PEREIRA DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.865 (124)ORIGEM : AC - 201261830044908 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DAGMAR CHRISTINA DE JESUSADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.872 (125)ORIGEM : AC - 1523484120128060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : ISRAEL ALVES PACÍFICO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NINON TAUCHMANN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.921 (126)ORIGEM : AC - 200951020004644 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA EUNICE CARDOSO DE BRITOADV.(A/S) : JOSÉ MARINHO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.004 (127)ORIGEM : PROC - 00233990220104036301 - TRF3 - SP - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MAURA TIEKO SATO UEMAADV.(A/S) : IVO LOPES CAMPOS FERNANDES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.005 (128)ORIGEM : PROC - 00177817620104036301 - TRF3 - SP - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : IVO LOPES CAMPOS FERNANDESADV.(A/S) : IVO LOPES CAMPOS FERNANDES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.009 (129)ORIGEM : PROC - 200863110072083 - TRF3 - SP - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JACINTO HERMENEGILDO DA CONCEIÇÃOADV.(A/S) : JOSÉ ABÍLIO LOPES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.040 (130)ORIGEM : AI - 5879970 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COSAN COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES S/AADV.(A/S) : ROBSON IVAN STIVAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BERENICE RIBEIRO PAVAORECDO.(A/S) : EMERSON LUIZ RIBEIRO PAVÃOADV.(A/S) : RENATO VARGAS GUASQUE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.044 (131)ORIGEM : PROC - 00449794920118050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 10

RECDO.(A/S) : ALFREDO OLIVEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WAGNER VELOSO MARTINS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.068 (132)ORIGEM : PROC - 05085528120134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SIDRACK DE SOUZA MENINOADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.090 (133)ORIGEM : AC - 50016879520124047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALEXSANDRA PATRICIA BARCELOS FICAGNA

FERREIRARECTE.(S) : ROGERIO EMILSON FRANCA BARROSADV.(A/S) : GUSTAVO BERNARDI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA SEGURADORA S/AADV.(A/S) : CARLA PINTO DA COSTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.098 (134)ORIGEM : AI - 201230178845 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ARNALDO JORDY FIGUEIREDOADV.(A/S) : YURI JORDY NASCIMENTO FIGUEIREDO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : CLAUDIO AUGUSTO MONTALVÃO DAS NEVESADV.(A/S) : MARCUS VALERIO SAAVEDRA GUIMARAES DE

SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.122 (135)ORIGEM : PROC - 00006011220134036311 - TRF3 - SP - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE CARLOS AUGUSTOADV.(A/S) : CAIO FERRER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.142 (136)ORIGEM : PROC - 00007687520124036307 - TRF3 - SP - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PAULO DE TARSO TERVEDO ALMEIDAADV.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO FORCINITTI VALERA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.180 (137)ORIGEM : AC - 201301106006837 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : NILTON ISMAEL ROSAADV.(A/S) : DANNY MOREIRA DUARTERECDO.(A/S) : NILZA ALVES TEIXEIRA LIMAADV.(A/S) : ANTONIO VIEIRA DE CASTRO LEITERECDO.(A/S) : LEDA REGINA BITENCOURT DA SILVAADV.(A/S) : ANA CELIA BARBOSA BARRETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MAURÍCIO PAZ MARTINSADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO BRESSAN DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.183 (138)ORIGEM : PROC - 05159562320124058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ERINALDO LOPES DA SILVAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.188 (139)ORIGEM : PROC - 05131978620124058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUIZ CARLOS GOMES DO VALEADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.192 (140)ORIGEM : PROC - 05101766820134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : PAULO ROGERIO VILELA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.212 (141)ORIGEM : PROC - 20147005062061 - TJRJ - 5ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : GOLDEN CROSS ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE

SAÚDE LTDAADV.(A/S) : LUIZ FELIPE CONDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO TINIRECDO.(A/S) : NEIDE NERI DA MATA TINIADV.(A/S) : FERNANDA FERREIRA TEMPONI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DÉBORA BATISTA MARTINS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.218 (142)ORIGEM : AC - 02051611820118260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MAURO DE LIMARECTE.(S) : MICHEL MACHADO DE BARROSRECTE.(S) : MICHELLE MACHADO DE BARROSRECTE.(S) : ULISSES OLIVEIRA DE BARROS JUNIORADV.(A/S) : FRANCISCO FERNANDO ATTENHOFER DE SOUZA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAISADV.(A/S) : RENATO TADEU RONDINA MANDALITI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.227 (143)ORIGEM : PROC - 01478169020088050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GILMAR OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : WAGNER VELOSO MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.239 (144)ORIGEM : PROC - 00235976920118080048 - TJES - 3ª TURMA

RECURSAL - CAPITALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BV FINACEIRA S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : BERESFORD MARTINS MOREIRA NETO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GLOBAL SERVIÇOS DE COBRANÇA LTDAADV.(A/S) : GIULIO ALVARENGA REALE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALDECIR PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA BERNADETE LAURINDO MONTEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.289 (145)ORIGEM : PROC - 00067922620114036317 - TRF3 - SP - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA THEREZINHA MIRANDA CANAANADV.(A/S) : SUELI APARECIDA PEREIRA MENOSI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 11

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.408 (146)ORIGEM : AC - 201003990063486 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARIA IZABEL BOLDRIN DAS NEVESADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO PERRONE COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.463 (147)ORIGEM : AC - 10024056982457005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANA DO ROSÁRIO INÁCIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DILSON CHAVES DE MEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ANGELA DE FÁTIMA DAVID SIQUEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : AFFONSO ROMILDO ALVES BRANDÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AMARILIDE FERREIRA DOS SANTOS GLORIA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAYRA RODRIGUES GUALBERTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.527 (148)ORIGEM : PROC - 00001422920074036308 - TRF3 - SP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SISTEMA SUL DE RADIODIFUSÃO LTDAADV.(A/S) : CARLOS RENATO RODRIGUES SANCHESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.566 (149)ORIGEM : PROC - 00055503220114036317 - TRF3 - SP - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SONIA APARECIDA FERREIRAADV.(A/S) : SUELI APARECIDA PEREIRA MENOSI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.572 (150)ORIGEM : PROC - 00032731420094036317 - TRF3 - SP - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SEBASTÃO LOURENÇO DA CUNHAADV.(A/S) : SUELI APARECIDA PEREIRA MENOSI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.669 (151)ORIGEM : PROC - 05015967720124058402 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOAQUIM RELVA DE LIMAADV.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.760 (152)ORIGEM : AC - 02114099720118260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ALEXANDRE HERBAS CAMACHOADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GOLD CELESTINO BOUROOL EMPREENDIMENTOS

IMOBILIÁRIOS SPE LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO PINHEIRO GUIMARÃES PADILHA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.762 (153)ORIGEM : PROC - 10103753020138260053 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JANE APARECIDA BARBOSAADV.(A/S) : VINÍCIUS DE MARCO FISCARELLI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.771 (154)ORIGEM : MI - 70057040966 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ADRIANA SCHUCH E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VANESSA ROHR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIEL FERNANDO NARDÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.775 (155)ORIGEM : AI - 01009223020148269000 - COLÉGIO RECURSAL

CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS DE ALMEIDA OLIVEIRAADV.(A/S) : LEANDRO ZECCHIN DAS CHAGAS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.782 (156)ORIGEM : AI - 01008669420148269000 - TJSP - 5º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ATUA PROJETO IMOBILIÁRIO VI LTDAADV.(A/S) : MARIANA HAMAR VALVERDE GODOY E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RAFAEL CINTRA FAGUNDES BEZERRAADV.(A/S) : MARCIO MARTINS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.784 (157)ORIGEM : PROC - 10005182320148260053 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO CORREIA VALENTEADV.(A/S) : SÍLVIA LIMA PIRES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.804 (158)ORIGEM : PROC - 71004742292 - TJRS - 2ª TURMA RECURSAL

CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : MÁRCIO LOUZADA CARPENA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : REJANE DA SILVEIRA SEVERALADV.(A/S) : GEFFERSON DOS REIS SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.823 (159)ORIGEM : PROC - 00101759820128190205 - TJRJ - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RAIMUNDO FERREIRA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA S/AADV.(A/S) : EDUARDO CHALFIN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.827 (160)ORIGEM : PROC - 71004871174 - TJRS - 4ª Turma Recursal CívelPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LEANDRO GONÇALVES BRAGAADV.(A/S) : SANDRA DA SILVA JORGE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PAULO FERNANDO NOVACKADV.(A/S) : AIRTON CARRE CHAGAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.829 (161)ORIGEM : AC - 70057349870 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 12

DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.835 (162)ORIGEM : PROC - 00193098320118190206 - TJRJ - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CASABELLA CARIOCA COOPERATIVA HABITACIONALADV.(A/S) : PAULO CESAR PEREIRA DE SOUZARECDO.(A/S) : GILMAR MACHADO VIEIRA DE MELLOADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO DA SILVA CORREA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.848 (163)ORIGEM : PROC - 20147005147078 - TJRJ - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CASABELLA CARIOCA COOPERATIVA HABITACIONALADV.(A/S) : PAULO CESAR PEREIRA DE SOUZARECDO.(A/S) : ANDRÉ LUIS CONCEIÇÃO DA COSTAADV.(A/S) : JOSÉ MARDONIO ARAUJO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.859 (164)ORIGEM : AC - 200934000039582 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO

MINERAL - DNPMADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ DE OLIVEIRA E SOUZAADV.(A/S) : NEYDIANNE BATISTA GONÇALVES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.987 (165)ORIGEM : PROC - 00540851120094036301 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : NOEMIA PEREIRA SILVEIRAADV.(A/S) : JEFFERSON APARECIDO COSTA ZAPATERRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.027 (166)ORIGEM : PROC - 50563414120124047000 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FRANCISCA DE OLIVEIRA PASSOSADV.(A/S) : WILLYAN ROWER SOARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.071 (167)ORIGEM : AC - 50249573120104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CONDOR SUPER CENTER LTDAADV.(A/S) : JULIANO SIQUEIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.072 (168)ORIGEM : AC - 50029037620124047202 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : KARINE DAMIANI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.076 (169)ORIGEM : AC - 200339000116603 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MÁRIO FABRÍCIO CUNTO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAPHAEL SAMPAIO VALE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.080 (170)ORIGEM : AC - 00107211620104039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA JOSÉ TIOZORECDO.(A/S) : MATHEUS VINICIUS TIOZO DA SILVA REPRESENTADO

POR MARIA JOSÉ TIOZO DA SILVAADV.(A/S) : JULIANA VACARO DE SOUZA MARTINS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.087 (171)ORIGEM : AC - 10024096473798001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALENCAR DOS REIS COUTINHOADV.(A/S) : ALESSANDRA COIMBRA DE CASTRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.089 (172)ORIGEM : PROC - 00640103120094036301 - TRF3 - SP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DALVA APARECIDA ZAMBONIADV.(A/S) : MILTON DE ANDRADE RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.090 (173)ORIGEM : PROC - 05153895520134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CLAUDIO CARLOS DIASADV.(A/S) : ANA PATRÍCIA PEREIRA DE FREITAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.091 (174)ORIGEM : PROC - 05153384420134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : HELSON JOSE DE PAIVAADV.(A/S) : ANDREIA DE ARAÚJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.094 (175)ORIGEM : AC - 50005239620114047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TAKAI VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.099 (176)ORIGEM : AC - 20106006000896 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : M C DA S REPRESENTADA POR SUELI DA SILVAADV.(A/S) : ANGÉLICA DE CARVALHO CIONI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.100 (177)ORIGEM : PROC - 00391939720094036301 - TRF3 - SP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 13

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DIRCE DO CARMO FRANCHIADV.(A/S) : JEFFERSON APARECIDO COSTA ZAPATERRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.172 (178)ORIGEM : AC - 201061830055600 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : RAILDA BANDEIRA ANJOS CRUZADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.186 (179)ORIGEM : PROC - 05014370320134058402 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LINDOMAR VALE LUCENAADV.(A/S) : ANDREIA ARAUJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.190 (180)ORIGEM : AC - 201261830031550 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : IVOALICIO DE ALMEIDA PINHOADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.191 (181)ORIGEM : PROC - 00026262420064036317 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LUCIANO JOSE GALDINOADV.(A/S) : MARCELO LEOPOLDO MOREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.192 (182)ORIGEM : AC - 70046989869 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ROBSON DENOIR DA ROSA PEREIRAADV.(A/S) : SÍLVIA BEATRIZ MARTINS FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO GRANDEADV.(A/S) : HELOISA LUDTKE FALLK E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.195 (183)ORIGEM : PROC - 05009873220144058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA TEREZA DE MORAESADV.(A/S) : ANDREIA ARAUJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.197 (184)ORIGEM : PROC - 05118984020134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JACOB GUILHERME DOS SANTOSADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.198 (185)ORIGEM : PROC - 05213974820134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICA

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CARLOS JOSE MARQUES DE CARVALHOADV.(A/S) : ANDREIA DE ARAÚJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.199 (186)ORIGEM : PROC - 05190625620134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ELIZETE TERESINHA SANTOS CAVALCANTIADV.(A/S) : ANDREIA ARAUJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.204 (187)ORIGEM : AC - 199837000013110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.213 (188)ORIGEM : PROC - 05189898420134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSÉ GURGEL DE FREITASADV.(A/S) : ANDREIA ARAUJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.214 (189)ORIGEM : PROC - 05091650420134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GILBERTO AUGUSTO DE MORAISADV.(A/S) : ANDREIA DE ARAÚJO MUNEMASSA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.231 (190)ORIGEM : PROC - 00460612820084036301 - TRF3 - SP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ZUMA DA ROCHA MARTINSADV.(A/S) : MARCOS BAJONA COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.234 (191)ORIGEM : PROC - 201061830099688 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANTONIO LOPESADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.240 (192)ORIGEM : PROC - 00175375020104036301 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOSE ANTONIO SANCHES GONÇALEZ VALVERDEADV.(A/S) : RITA DE CASSIA GOMES VELIKY RIFFRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.248 (193)ORIGEM : AC - 201261830052334 - TRIBUNAL REGIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 14

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANTONIO RIBEIRO DOS SANTOSADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.254 (194)ORIGEM : AC - 00014735720124036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANTONIO DELA ANTONIOADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.293 (195)ORIGEM : AC - 201161830118675 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : EDIVAR CAETANO ALVESADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.314 (196)ORIGEM : AC - 5452005600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO BENTO DA SILVAADV.(A/S) : CLÓVIS MÁRCIO DE AZEVEDO SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.376 (197)ORIGEM : AMS - 00195868320024025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : THEREZINHA RODRIGUES FERREIRA GOMESRECTE.(S) : ROSILENE SANTOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PAULO VINÍCIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDACAO OSWALDO CRUZ FIOCRUZPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.387 (198)ORIGEM : MS - 50059717820144047100 - TRF4 - RS - 5ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : TÂNIA MARILIA GOMES FRAGAADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.393 (199)ORIGEM : AC - 50032894020114047009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE TEREZINHA GUMIEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.394 (200)ORIGEM : AC - 50012993720134047011 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIO FERREIRA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.395 (201)ORIGEM : AC - 50057797620134047005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ORLANDO GONCALVES MACHADOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.427 (202)ORIGEM : AI - 00003282420134040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ALTEMO ADVOGADOS ASSOCIADOSADV.(A/S) : CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.428 (203)ORIGEM : AC - 00007757920118260341 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DERBAL GONÇALVES DE MENDONÇAADV.(A/S) : RICHARD TELLES CÂNDIDO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : BV FINACEIRA S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.436 (204)ORIGEM : AC - 70057983355 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TEREZINHA MARIA LOVERA CARINIADV.(A/S) : FREDI RASCH E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.438 (205)ORIGEM : PROC - 71004681227 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RODRIGO DOS SANTOS DUTRAADV.(A/S) : TATIANE MEDIANEIRA DOS SANTOS DUTRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADVANCED CORRETORA DE CÂMBIO LTDAADV.(A/S) : RAFAEL VILELA BORGES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.439 (206)ORIGEM : AI - 70057964520 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : VERA REGINA DE MATOS MACHADOADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.444 (207)ORIGEM : AI - 70058065327 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CLAUDIA BELARDINELLI DA ROSAADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.472 (208)ORIGEM : PROC - 0056130218276 - TJMG - TURMA RECURSAL

DE BARBACENAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARISA DE FÁTIMA BERTOLIN ANDRADEADV.(A/S) : CAMILO LELIS FELIPE CURY E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADILSON AZI ALMEIDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 15

ADV.(A/S) : RAFAEL FRANCISCO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.484 (209)ORIGEM : ADI - 00265715220138190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CAMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : JOSÉ LUIS GALAMBA MINC BAUMFELDRECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.487 (210)ORIGEM : AC - 990104084733 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SEBASTIÃO DA SILVA MARTINSADV.(A/S) : JOÃO SIMÃO NETORECDO.(A/S) : AUTO POSTO SÃO CRISTÓVÃO DE LENÇÓIS LTDAADV.(A/S) : EVANDRO ROCHA CAMARGO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.490 (211)ORIGEM : AC - 70053609590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOÃO PAULO IBANEZ LEAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FERNANDO SOUZAADV.(A/S) : SIMONE LEMOS ALVES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.492 (212)ORIGEM : AC - 70055408074 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOÃO PAULO IBANEZ LEAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS ALBANO JUNGESADV.(A/S) : ARTUR GARRASTAZU GOMES FERREIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.515 (213)ORIGEM : PROC - 03011200043899 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOÃO PAULO IBANEZ LEAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RAMÃO ADOLFO DUBALADV.(A/S) : AUGUSTO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.516 (214)ORIGEM : PROC - 70057215964 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : CAROLINA COUTINHO LEITE BERGMANNADV.(A/S) : RAIMUNDO KLEBER XAVIER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.565 (215)ORIGEM : PROC - 00171437820138080347 - TJES - 1ª TURMA

RECURSAL - CAPITALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RICARDO ELETRO DIVINÓPOLIS LTDAADV.(A/S) : ELADIO MIRANDA LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OLINDA MARIA VIEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.566 (216)ORIGEM : AC - 994020178291 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPO

RECDO.(A/S) : J C S P REPRESENTADA POR MANOEL ANTONIO PEREIRA

RECDO.(A/S) : J S B REPRESENTADA POR MANOEL ANTONIO PEREIRA

ADV.(A/S) : ELISANDRA RODRIGUES PAIVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.615 (217)ORIGEM : AMS - 10607120030400001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOS DUMONTADV.(A/S) : FRANCISCO GALVÃO DE CARVALHORECDO.(A/S) : MÁRCIA MARIA CORRÊA PEREIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.636 (218)ORIGEM : AI - 00991085120138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELIANA MARIA DE ANDRADE PRADOADV.(A/S) : LUCIANA CARBONEZI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.638 (219)ORIGEM : AC - 91788718420098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : M L R D I E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DIJALMA LACERDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : A A TRECDO.(A/S) : S T R DE J S TADV.(A/S) : JOÃO MARCELO DE PAIVA AGOSTINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : J G DE LRECDO.(A/S) : A R F LRECDO.(A/S) : J DE TRECDO.(A/S) : M R DA R TADV.(A/S) : SIMÕES ANTÔNIO TREVISAN

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.651 (220)ORIGEM : PROC - 05013322020134058404 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA LEITE DE SOUSAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.676 (221)ORIGEM : PROC - 05189127520134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUIZ PEDRO PEREIRAADV.(A/S) : VENÍCIO BARBALHO NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.688 (222)ORIGEM : AC - 201130056050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GILBERTO NERY DE COSTAADV.(A/S) : ADRIANO DA CUNHA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CONDOMINIO GREENVILLE RESIDENCEADV.(A/S) : MARCELO ARAÚJO SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELITE SERVICOS DE SEGURANCA LTDAADV.(A/S) : RENATA HACHEM FRANCO MUNIZ CORDEIRO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.702 (223)ORIGEM : PROC - 05180983420114058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ISAAC ELEOTÉRIO DE SANTANAADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 16

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.703 (224)ORIGEM : PROC - 05059078020134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CICERO APARECIDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.722 (225)ORIGEM : PROC - 201261830108637 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALBINO MASATOSHI FUGIIADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.729 (226)ORIGEM : AC - 70032670325 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ELOI CONTINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ITALO TONONADV.(A/S) : MOZART MACHADO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : EDISON LUIS AGUIAR DE QUADROSADV.(A/S) : MOZART MACHADO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.747 (227)ORIGEM : AI - 00337281320128190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INTERNET GROUP DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FERNANDO DENIS MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CLÁUDIA PEIXOTO COLPOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.748 (228)ORIGEM : PROC - 20130184351000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GOOGLE BRASIL INTERNET LTDAADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ BROCK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO CARDOSORECDO.(A/S) : RAFAEL ZATTA CARDOSORECDO.(A/S) : J Z C REPRESENTADA POR CARLOS ALBERTO

CARDOSOADV.(A/S) : FERNANDO BONGIOLO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.761 (229)ORIGEM : PROC - 05055198020134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EDIVALDO ROLIM DA FONSECAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.768 (230)ORIGEM : AC - 201203990204686 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROBSON MESSIAS NUNES DE OLIVEIRA

REPRESENTADO POR SANDRA APARECIDA MARQUES DE OLIVEIRA

ADV.(A/S) : JULIANA CRISTINA MARCKIS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.769 (231)ORIGEM : AC - 00211922320124039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DE CAMPOS CORREA

MARTINIANOADV.(A/S) : JULIANA CRISTINA MARCKIS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.771 (232)ORIGEM : PROC - 05059445220094058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RAIMUNDO MACEDO E SILVAADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA

E ESTATÍSTICA - IBGEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.772 (233)ORIGEM : AC - 10105110294219001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARESADV.(A/S) : CAMILA DRUMOND ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALBA MARIA SEQHETO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÂNDIDO ANTÔNIO DE SOUZA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.776 (234)ORIGEM : PROC - 05058240920094058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DILZA FERNANDES BRANDÃOADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IBGE - FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE

GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.777 (235)ORIGEM : AI - 20515123720138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALAIR ANTONIO BATISTAADV.(A/S) : MARCIO NOGUEIRA BARHUM E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.789 (236)ORIGEM : PROC - 05131562220124058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CARLOS ALBERTO DA COSTAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.807 (237)ORIGEM : PROC - 05017012820104058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RUBENS ELISIÁRIO DA SILVAADV.(A/S) : JOSEAN ROBERTO PIRES CIRQUEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.829 (238)ORIGEM : AC - 07641147 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁRECDO.(A/S) : FERDINANDO SCHAUENBURGADV.(A/S) : JULIO CESAR BROTTO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 17

RECDO.(A/S) : NARA MARIA DE ARAUJO RAMOSADV.(A/S) : VIVIAN CRISTINA LIMA LÓPEZ VALLERECDO.(A/S) : INGO HENRIQUE HUBERTADV.(A/S) : RENE TOEDTER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : TRADENER LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WALDEMAR DECCACHE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.855 (239)ORIGEM : PROC - 1403807482014812000050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CLAUDEMIR SANTOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DIEGO TÓFOLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE

ASSOCIADOS DO CENTRO SUL DO MATO GROSSO DO SUL - SICREDI CENTRO-SUL - MS

ADV.(A/S) : JONAS RICARDO CORREIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.864 (240)ORIGEM : PROC - 05057890720134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LUIZ LOPES DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ANDREA DE ANDRADE TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.871 (241)ORIGEM : PROC - 90214082820138130024 - TJMG - TURMA

RECURSAL CÍVEL DE BELO HORIZONTE - 4ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DAYCOVAL S/AADV.(A/S) : IVAN MERCÊDO DE ANDRADE MOREIRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : ROY ROGERS VITORINO FERREIRAADV.(A/S) : KLEMENS VITORIANO DUARTE PESSOA E OUTRO(A/

S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.872 (242)ORIGEM : PROC - 05139053920124058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LOURDES BATISTA DANTASADV.(A/S) : JOAQUIM JACKSON ALVES MARTINS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.876 (243)ORIGEM : PROC - 05059241920134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ALEX GONZAGA DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : PAULO HUMBERTO PINHEIRO DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.881 (244)ORIGEM : AC - 70057683989 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO VOLKSWAGEN S/AADV.(A/S) : ANA PAULA CAPITANI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALDIR ERVINO GRAMS-MEADV.(A/S) : LEANDRO TOLFO VIEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LAERCIO ROQUE TOLFO VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.883 (245)ORIGEM : AC - 91085635720088260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IDEAL GUARU CORRETORA DE SEGUROS S/C LTDAADV.(A/S) : AURIO BRUNO ZANETTI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.885 (246)

ORIGEM : AC - 00139701620048050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JORGE LUÍS DE OLIVEIRA NEPOMUCENO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABIANO SAMARTIN FERNANDES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.891 (247)ORIGEM : ERESP - 1315243 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ROBERTO PIRES THOMEADV.(A/S) : MARLENE MOREIRA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.896 (248)ORIGEM : PROC - 05218048820124058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FNDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDNALVA PEDRO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.905 (249)ORIGEM : PROC - 2075192007 - TJBA - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S.A.ADV.(A/S) : LIA MAYNARD FRANK TEIXEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA PEREIRA DE JESUSADV.(A/S) : JOSÉ BENEDITO BRASIL FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.910 (250)ORIGEM : PROC - 011963550200680500011 - TJBA - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : EURÍPEDES BRITO CUNHA JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRÉA FERNANDES AMORIMADV.(A/S) : ANDRÉA FERNANDES AMORIM (EM CAUSA PRÓPRIA)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PLÁCIDO LIMA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.926 (251)ORIGEM : AMS - 994071348120 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CONGREGAÇÃO DAS FRANCISCANAS FILHAS DA

DIVINA PROVIDÊNCIAADV.(A/S) : MARCOS BIASIOLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.938 (252)ORIGEM : AI - 201161030094378 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ROSALINA ALVES BUENO PEREIRAADV.(A/S) : FLÁVIA LOURENÇO E SILVA FERREIRARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.948 (253)ORIGEM : PROC - 3202502007 - TJBA - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : MARIA ALICE ROCHA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDNA DAMASCENO DOS SANTOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.952 (254)ORIGEM : PROC - 727532008 - TJBA - 5ª TURMA RECURSAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 18: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 18

PROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS GÓES MONTEIRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JAIR ILSON DOS REIS FERREIRAADV.(A/S) : ABÍLIO FREIRE DE MIRANDA NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.962 (255)ORIGEM : AC - 564222 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ALBERTO RIBEIRO COUTINHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATA SONODA PIMENTEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.971 (256)ORIGEM : PROC - 1504522009 - TJBA - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS AVELINO VIANA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ERISMARIA BATISTA MIRANDAADV.(A/S) : HENRIQUE BONFIM CARVALHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.975 (257)ORIGEM : PROC - 3006832007 - TJBA - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : MARIA ALICE ROCHA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOANA MARIA DE JESUS DOS SANTOSADV.(A/S) : RICARDO ALEXANDRE ARAUJO PEIXOTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.977 (258)ORIGEM : PROC - 7457152006 - TJBA - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : EURÍPEDES BRITO CUNHA JÚNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FELIPE ALMEIDA DE FREITASRECDO.(A/S) : JAILTON DOS SANTOS MATOSRECDO.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO VIEIRA DE MATOSADV.(A/S) : ANÍSIO AMARAL VIANNA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.978 (259)ORIGEM : PROC - 11956462006 - TJBA - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S.AADV.(A/S) : FELIPE ALMEIDA DE FREITAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RAILDO ALMEIDA CARDOSOADV.(A/S) : WALTER SILVA RIBEIRO JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.980 (260)ORIGEM : PROC - 3695942007 - TJBA - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA ALICE ROCHA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALMIRA ASSIS DA SILVAADV.(A/S) : DANIELA MARTINS CALDAS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.981 (261)ORIGEM : PROC - 10045142007 - TJBA - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS AVELINO VIANA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NILSA SOUSA MIRANDAADV.(A/S) : CLÁUDIO GARCIA CHETTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.982 (262)ORIGEM : PROC - 3817802005 - TJBA - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : LEONARDO ALVES GONÇALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JUDICIARIO CUNHA PIMENTELADV.(A/S) : ANÍSIO AMARAL VIANNA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.994 (263)ORIGEM : PROC - 05054305720134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : NICANOR NEVES SOARESADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADERECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.996 (264)ORIGEM : AC - 10024110566759002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LUIZ ALBERTO DE SOUZA FERREIRA PINTOADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 847.998 (265)ORIGEM : AC - 00184422120124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ISALTINO PIO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSE ANTONIO ANDRE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.002 (266)ORIGEM : PROC - 50109330620124047201 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : HENRIQUE PAULO VANDERLINDADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.005 (267)ORIGEM : PROC - 50078061720134047204 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : RENATO EDISON RESSLERADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.010 (268)ORIGEM : AC - 00033573120074036108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : G P DE M REPRESENTADO POR F K C PRECDO.(A/S) : G P DE M REPRESENTADO POR F K C PRECDO.(A/S) : G P DE M REPRESENTADO POR F K C PADV.(A/S) : JAMES HENRIQUE DE AQUINO MARTINES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.013 (269)ORIGEM : PROC - 05059329320134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARCOS ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADERECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : PAULO HUMBERTO PINHEIRO DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.029 (270)ORIGEM : PROC - 50002199020124047102 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIM XAVIERADV.(A/S) : RODRIGO GINDRI FIORENZA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 19

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.035 (271)ORIGEM : PROC - 0049649422012402510101 - TRF2 - RJ - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSÉ MAGALHÃES DANTASADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELZA MAIMONE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.036 (272)ORIGEM : PROC - 01095010720134025151 - TRF2 - RJ - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : A J P G B REPRESENTADA POR GEORGE ALBERTO

GRANJA BUENOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.043 (273)ORIGEM : PROC - 05057389320134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GEILSON MOURA DOS SANTOSADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.044 (274)ORIGEM : AC - 70054322508 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIMED PORTO ALEGRE - SOCIEDADE

COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO LTDAADV.(A/S) : MARCELO CORRÊA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ ROBERTO PEREIRA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : MARIA PACHECO DOS SANTOSADV.(A/S) : NILMARA ALMADA DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.067 (275)ORIGEM : PROC - 05058774520134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VALTERLINO PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.068 (276)ORIGEM : PROC - 05058818220134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARCIO DA SILVA FERREIRAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : PAULO HUMBERTO PINHEIRO DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.069 (277)ORIGEM : PROC - 05058766020134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JAILTON FERNANDES CAVALCANTEADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : PAULO HUMBERTO PINHEIRO DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.070 (278)ORIGEM : PROC - 05057986620134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FRANCISCO ANTONIO MARCELINO DE MENDONCAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.071 (279)ORIGEM : PROC - 05057969620134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FRANCISCO TARCISIO DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.072 (280)ORIGEM : PROC - 05059277120134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PAULO VICENTE DE MOURAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.074 (281)ORIGEM : PROC - 05055093620134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FRANCISCO CORINGA MINORA NETOADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.075 (282)ORIGEM : PROC - 05054496320134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : REGINALDO OLEGARIO DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADERECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.076 (283)ORIGEM : PROC - 05054521820134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MANOEL GOMES NETOADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADERECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.077 (284)ORIGEM : PROC - 05054903020134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HAROLDO OLIVEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.078 (285)ORIGEM : PROC - 05054444120134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GILVAN MEDEIROS DE LIMAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.095 (286)ORIGEM : PROC - 05057873720134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARCOS ANTONIO SILVA DE ABREUADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.096 (287)ORIGEM : PROC - 05055215020134058401 - TRF5 - RN - TURMA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 20

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ANTONIA ADRIANA DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.097 (288)ORIGEM : PROC - 05057180520134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GEILSON BATISTA DE LIMAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.099 (289)ORIGEM : PROC - 05057207220134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARIO AUGUSTO DA SILVAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.103 (290)ORIGEM : PROC - 05055171320134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIA DALVACI SORIANOADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADERECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.109 (291)ORIGEM : PROC - 50035504720124047210 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARLENE ELISA GRIEBLER BORBUREMA GUSMAO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.118 (292)ORIGEM : PROC - 50013623820134047213 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUCIA PROBSTADV.(A/S) : FERNANDA LAURINDO FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.120 (293)ORIGEM : PROC - 50122771020124047205 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE PEDRO TANHOLIADV.(A/S) : ERNESTO ZULMIR MORESTONI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.122 (294)ORIGEM : PROC - 50006508420134047201 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : REGINA SUELI DE MIRAADV.(A/S) : NÍVIA MARIA WESTRUPP ALACON E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.128 (295)ORIGEM : PROC - 05057848220134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDES

RECTE.(S) : LUIZ CHAGAS ASSISADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.132 (296)ORIGEM : PROC - 20125151034084201 - TRF2 - RJ - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JORGE PERCILIO NATIVIDADEADV.(A/S) : JUSSARA MEDEIROS PEÇANHA SANCHES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.133 (297)ORIGEM : PROC - 05055154320134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : NILSON GONCALVES NEPOMUCENOADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.134 (298)ORIGEM : PROC - 05055128820134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EMILIANO KELLYS SOARESADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.146 (299)ORIGEM : PROC - 00298018620114039301 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.147 (300)ORIGEM : PROC - 00343313620114039301 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.152 (301)ORIGEM : AC - 00209832520104039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA DA SOLIDADE BARBOSA DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ WAGNER CORRÊA DE SAMPAIO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.155 (302)ORIGEM : AMS - 200261000195817 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO ARNALDO VIEIRA DE CARVALHOADV.(A/S) : JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.156 (303)ORIGEM : PROC - 00092636420088260038 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BENEDITO RAMOS DA SILVAADV.(A/S) : MARINA ELIANA LAURINDO SIVIERO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARAPREV - SERVIÇO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO

MUNICÍPIO DE ARARASADV.(A/S) : SILMARA CRISTINA FLAVIO PACAGNELLA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 21

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.162 (304)ORIGEM : AC - 50011207120114047012 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : RUTH HILDEGART DURKS AUFFINGERADV.(A/S) : MURILO MARTINEZ E SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.163 (305)ORIGEM : AC - 01762705520098260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ITALSPEED AUTOMOTIVE LTDAADV.(A/S) : SÉRGIO MELLO ALMADA DE CILLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.164 (306)ORIGEM : PROC - 00281034520114039301 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.165 (307)ORIGEM : PROC - 201203990214370 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA FRANCISCA SIQUEIRAADV.(A/S) : CLEUNICE ALBINO CARDOSO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.168 (308)ORIGEM : AC - 08007936320124058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROGERIO JUSTINO DE SOUZAADV.(A/S) : MARLY LYRA PINHEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.169 (309)ORIGEM : PROC - 50014839620134047203 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JORGE KRUHSADV.(A/S) : GILSON ANTONIO GIUMBELLI JR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.170 (310)ORIGEM : MS - 00281112220114039301 - TRF3 - SP - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.176 (311)ORIGEM : PROC - 05020883820134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : WILLAME COSTA DE LIMA REPRESENTADO POR

GERCIANA MARIA DE LIMAADV.(A/S) : LOURENNA NOGUEIRA FERNANDESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.189 (312)ORIGEM : PROC - 200761200005300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FELICIO ALVES

ADV.(A/S) : SONIA REGINA RAMIRORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.191 (313)ORIGEM : AC - 200661820169113 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MILTON SILVEIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RENATO CÉLIO BERRINGER FAVERY E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.195 (314)ORIGEM : AC - 201061830099718 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : EDISON CALDEIRA FONSECA FILHOADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.196 (315)ORIGEM : AC - 50131220320114047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EGYDIO PALLAORO FILHOADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.251 (316)ORIGEM : PROC - 05178535220134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DYANNA KARLA PINHEIRO TAVARESADV.(A/S) : RANIERY HUDSON JALES DE MEDEIROS E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.284 (317)ORIGEM : AC - 70054729439 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : METALURGICA SAO LUIZ LTDAADV.(A/S) : DÉLCIO PEDRO RABUSKE BACK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : MÁRIO LUIZ FINGER

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.352 (318)ORIGEM : PROC - 200895107066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : JOSÉ ORCÍLIO DE CASTRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LÍVIA DA COSTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.373 (319)ORIGEM : PROC - 00070020920138190051 - TJRJ - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FIDELIS GARCEZ DA SILVAADV.(A/S) : MANOEL GONÇALVES ROMA NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : WALTER WIGDEROWITZ NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.452 (320)ORIGEM : AC - 20020077334247001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 22

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

RECDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.454 (321)ORIGEM : PROC - 199961000217770 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JOSE CARLOS SANCHES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÉSAR RODOLFO SASSO LIGNELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.458 (322)ORIGEM : AC - 00035876220008080024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.462 (323)ORIGEM : AC - 00101132120088260038 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIA MARGARIDA BERNARDOADV.(A/S) : MARINÁ ELIANA LAURINDO SIVIERO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARAPREV - SERVIÇO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO

MUNICÍPIO DE ARARASADV.(A/S) : SILMARA CRISTINA FLAVIO PACAGNELLA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.463 (324)ORIGEM : PROC - 90247484320148130024 - TJMG - TURMA

RECURSAL CÍVEL DE BELO HORIZONTE - 10ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : PAULA RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GILMAR SOARESADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO GUIMARÃES FRAGA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.465 (325)ORIGEM : AC - 6172318 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICIPIO DE LONDRINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINARECDO.(A/S) : MANUELA BALAROTTI ALHO DA SILVAADV.(A/S) : MANUELA BALAROTTI ALHO DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.467 (326)ORIGEM : AC - 00567982220108120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JOEL RODRIGUES DA CRUZADV.(A/S) : ÉLITON APARECIDO SOUZA DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE MATO

GROSSO DO SUL - DETRAN/RSADV.(A/S) : ADRIANA SANTOS FEITOSA ESVICERO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.475 (327)ORIGEM : PROC - 06049079520138010070 - TJAC - 2ª TURMA

RECURSAL - RIO BRANCOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECDO.(A/S) : EVANGELINA MENDES DE MESQUITAADV.(A/S) : ANTONIO DE CARVALHO MEDEIROS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.481 (328)ORIGEM : PROC - 201292176245 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DO BRASILADV.(A/S) : ARY CARVALHO NETTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FABÍULA OLIVEIRA BARROSADV.(A/S) : JONNE CARLOS DE SOUZA OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.485 (329)ORIGEM : AC - 90911794720098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARCOS BONINI FLORESADV.(A/S) : DJALMA PEREIRA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.497 (330)ORIGEM : AR - 6875532007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DISLUB COMBUSTÍVEIS LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO ALMEIDA CARVALHO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAZIMARA DE OLIVEIRA STABILI DE FARIAS E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.500 (331)ORIGEM : AI - 00650817120128190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AUGUSTO TINOCOADV.(A/S) : CÁSSIA DAMIAN DE MELLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.503 (332)ORIGEM : PROC - 06052344020138010070 - TJAC - 2ª TURMA

RECURSAL - RIO BRANCOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECDO.(A/S) : ZILMAR BENÍCIO DA SILVAADV.(A/S) : ANTONIO DE CARVALHO MEDEIROS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.511 (333)ORIGEM : PROC - 05068602220144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA SEVERINA DOS SANTOS ABADEADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.513 (334)ORIGEM : AC - 200983080013500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARARIPINAADV.(A/S) : MOACIR ALFREDO GUIMARÃES NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.516 (335)ORIGEM : AC - 200751015118660 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RIOSTAR INDUSTRIA E COMERCIO LTDAADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 23

RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLAUDIO ROCHA DE MORAES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.520 (336)ORIGEM : PROC - 05103552520104058200 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA CELEIDE DA SILVA ANDREADV.(A/S) : JOSEAN ROBERTO PIRES CIRQUEIRARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.523 (337)ORIGEM : PROC - 05032151120134058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUIZ CARLOS BARROS BARBOSAADV.(A/S) : JOSEAN ROBERTO PIRES CIRQUEIRARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.529 (338)ORIGEM : PROC - 05002989420144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALZIRA BESERRA DOS SANTOS FERREIRAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.543 (339)ORIGEM : ARESP - 327089 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSEMAR CAVALIERE TALMAADV.(A/S) : CACILDA DE ARAÚJO SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA SEGURADORA S/AADV.(A/S) : EULER DE MOURA SOARES FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.546 (340)ORIGEM : PROC - 05133285820124058013 - TRF5 - AL - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : MARIA DE FATIMA ROCHA AMARALADV.(A/S) : ANDRÉ RICARDO FERREIRA DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.548 (341)ORIGEM : ARESP - 445474 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANSELMO FERREIRAADV.(A/S) : HEROLDES BAHR NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IVANETE RUPPEL PARANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDGARD LUIZ CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.550 (342)ORIGEM : AI - 20020100398706001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : ANTÔNIO BRAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RENATA SAYONARA TRINDADE DE VASCONCELOSADV.(A/S) : MARCIAL DUARTE DE SÁ FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.552 (343)ORIGEM : AC - 10024121019855001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CONCRETON LTDAADV.(A/S) : DENIZE DE CASTRO PERDIGÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.555 (344)ORIGEM : AC - 02037349720088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SCARLAT INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : MIGUEL CALMON MARATA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.557 (345)ORIGEM : PROC - 05150959720134058013 - TRF5 - AL - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : ANGELA DOS ANJOS ANDRADEADV.(A/S) : ANDRÉ RICARDO FERREIRA DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.564 (346)ORIGEM : AC - 01264576020068120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LARISSA LUCI FERNANDESADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXERRECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : MARIA LUCILIA GOMES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.573 (347)ORIGEM : PROC - 05000054020134058404 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BENEDITO CLAUDIO HENRIQUE DE VERCOZAADV.(A/S) : JOSEAN ROBERTO PIRES CIRQUEIRARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.575 (348)ORIGEM : PROC - 05177470220134058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOSE FERREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.576 (349)ORIGEM : PROC - 05003023420144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTER DO SANTOSADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.583 (350)ORIGEM : AC - 200401990111843 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JARDIVINA DE OLIVEIRA RAMOSADV.(A/S) : VLADIMIR MACÊDO DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.586 (351)ORIGEM : AC - 50045829720104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LIRA WAGNERADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 24: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 24

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.597 (352)ORIGEM : PROC - 08011800820134058400 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS BARBOSAADV.(A/S) : JASIEL JACOB DE MEDEIROS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.601 (353)ORIGEM : AC - 06353363220088260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : E V DE S PADV.(A/S) : JOÃO LOURENÇO RODRIGUES DA SILVARECDO.(A/S) : C A DOS SADV.(A/S) : SIMONE FOYEN

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.605 (354)ORIGEM : ARE - 05246468920084058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NELSON NASCIMENTO SILVAADV.(A/S) : PAULO EMANUEL PERAZZO DIAS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.610 (355)ORIGEM : AC - 70054167283 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIMED PORTO ALEGRE SOCIEDADE COOPERATIVA

DE TRABALHO MEDICO LTDAADV.(A/S) : MARCELO CORRÊA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : THAIS LUVIZETTO ROSAADV.(A/S) : PAULO RICARDO OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.615 (356)ORIGEM : PROC - 0368017272008812000150002 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA ARMINDA BAGNOLI GODOYADV.(A/S) : JÁDER EVARISTO TONELLI PEIXERRECDO.(A/S) : BANCO SCHAHIN S/AADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.628 (357)ORIGEM : PROC - 1020295 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GERALDO MAGELA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : DANIEL LAUFER E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : MARIALVA CELESTE DO NASCIMENTO JANACIEVICZRECTE.(S) : SIDNEI JANACIEVICZADV.(A/S) : ADRIANO SÉRGIO NUNES BRETAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.629 (358)ORIGEM : Ag - 1359301 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : TRANSPORTES COLETIVOS PÉROLA DO OESTE

LTDAADV.(A/S) : VICTORIO HAUAGGE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROSA MOREIRA VEIGAADV.(A/S) : VANESSA DORGIEVICZ ECHEVERRIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.631 (359)ORIGEM : PROC - 05076824520134058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECDO.(A/S) : SEVERINO MIGUEL DA SILVAADV.(A/S) : KEILA NASCIMENTO ARAUJO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.632 (360)ORIGEM : PROC - 05206869120094058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO INOCENCIO LIMAADV.(A/S) : EDUARDO CARNEIRO LEITE DA COSTA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.634 (361)ORIGEM : AC - 00173850220114049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FERRAGEM BISOGNIN LTDAADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ DAL PIVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.642 (362)ORIGEM : APCRIM - 00098609620014036102 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO LIBONIRECTE.(S) : PAULO SATURNINO LORENZATORECTE.(S) : EDSON SAVERIO BENELLIRECTE.(S) : GILMAR DE MATOS CALDEIRAADV.(A/S) : ALBERTO ZACHARIAS TORON E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : EDMUNDO ROCHA GORINIRECTE.(S) : MAURO SPONCHIADORECTE.(S) : ANTONIO JOSE ZAMPRONIADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.656 (363)ORIGEM : AC - 06040461220138010070 - TRF1 - AC - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : ACRERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECDO.(A/S) : ARIÉLITON COSTA DA PAIXÃOADV.(A/S) : JOÃO RODHOLFO WERTZ DOS SANTOS E OUTRO(A/

S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.658 (364)ORIGEM : AC - 70043572023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉRECDO.(A/S) : SERGIO RENATO GALIMBERTIADV.(A/S) : ROGÉRIO CALAFATI MOYSÉS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.659 (365)ORIGEM : PROC - 05228456520134058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ISABEL CRISTINA LINOADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.665 (366)ORIGEM : PROC - 50088012220114047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA TEREZA FREITAS LORETOADV.(A/S) : DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 25

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.666 (367)ORIGEM : PROC - 50147992820114040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EDSON LUIZ DE SIMONIADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.667 (368)ORIGEM : PROC - 50003258120144047005 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : PLUMA AGROAVICOLA LTDAADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.675 (369)ORIGEM : PROC - 50043972320104047112 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUIZ CARDOSO SCHEFFERADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.803 (370)ORIGEM : PROC - 00008402020148190000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : NEVARI COMERCIAL DE PRODUTOS ALIMENTICIOS

LTDAADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANÁ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.871 (371)ORIGEM : APCRIM - 70050530476 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : EZEQUIEL MAGRIN PELISSARIADV.(A/S) : ALCIDES FERNANDES DE ALMEIDARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.984 (372)ORIGEM : ARESP - 343579 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : A NADV.(A/S) : NAMI PEDRO NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.997 (373)ORIGEM : ARESP - 425607 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DANIEL DE AZEVEDO SILVAADV.(A/S) : PAULO DE SOUZA FLOR JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 848.998 (374)ORIGEM : APCRIM - 20120766545 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARCOS ANTONIO DELA JUSTINAADV.(A/S) : RAFAEL DE ASSIS HORN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.006 (375)ORIGEM : RESE - 9399697 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALEXANDRO GONZALEZ ESPINOLAADV.(A/S) : JOÃO EUGÊNIO FERNANDES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.014 (376)ORIGEM : ARESP - 474772 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FRANCISCO HÉLIO BEZERRA BESSAADV.(A/S) : ANIELLO MIRANDA AUFIERORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.046 (377)ORIGEM : APCRIM - 70053108866 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EMILIO DE DEUS MACHADOADV.(A/S) : CRISTIANE GESSINGER PAULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.059 (378)ORIGEM : EIAPCRIM - 200201000193710 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EUVALDO REGO E CUNHARECTE.(S) : CARLOS OSCAR ABRANTES NOGUEIRA GUEDESADV.(A/S) : EUCLIDES JÚNIOR CASTELO BRANCO DE SOUZARECTE.(S) : DEUSDETE ANTONIO NOGUEIRARECTE.(S) : RAIMUNDO NONATO MENEZES DE ARAUJOADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 125.076 (379)ORIGEM : HC - 172334 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ALAÉRCIO EGNALDO DE AZEVEDOADV.(A/S) : RAUL FERNANDO ALMADA CARDOSORECTE.(S) : ELCY CHAVESADV.(A/S) : RAUL FERNANDO ALMADA CARDOSORECTE.(S) : GERALDO JÚNIOR GONÇALVESADV.(A/S) : RAUL FERNANDO ALMADA CARDOSORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR EXCLUSÃO DE MINISTRO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 125.078 (380)ORIGEM : HC - 233594 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RAFAEL JOSE HASSONRECTE.(S) : MARCO POLO MARQUES CORDEIRORECTE.(S) : EDERVAL RUCCOADV.(A/S) : ARNALDO MALHEIROS FILHOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMINRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 125.079 (381)ORIGEM : HC - 182883 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ALEX SANDRO DA ROSA DO AMARALRECTE.(S) : LUIS VANDERLEI ALMEIDA INACIOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 26

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 125.080 (382)ORIGEM : HC - 294705 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EDERSON DA ROCHA FERREIRAADV.(A/S) : RENAN BORTOLETTORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 41 0 41

MIN. MARCO AURÉLIO 43 0 43

MIN. GILMAR MENDES 50 0 50

MIN. CÁRMEN LÚCIA 41 0 41

MIN. DIAS TOFFOLI 33 0 33

MIN. LUIZ FUX 50 0 50

MIN. ROSA WEBER 35 0 35

MIN. TEORI ZAVASCKI 33 0 33

MIN. ROBERTO BARROSO 56 0 56

TOTAL 382 0 382

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, JOÃO BOSCO MARCIAL DE CASTRO, Secretário Judiciário.

Brasília, 4 de novembro de 2014.

DECISÕES E DESPACHOS

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 789.339

(383)

ORIGEM : PROC - 50006610520124047119 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : RENAN ANDRADE DE SOUZAADV.(A/S) : ZENO FERNANDO STRUKAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Petição 33521/2014-STF (Petição 27483/2014-STF - fax)Em 27/5/2014, neguei seguimento ao agravo em virtude da ausência

de exaurimento da instância recursal ordinária. Após a interposição do agravo regimental (documento eletrônico 17),

a parte agravante apresenta a petição em exame, na qual propõe transação à parte agravada. (Documento eletrônico 21)

Instada a se manifestar, a União alega que não há qualquer interesse na proposta apresentada. (Documento eletrônico 28)

Isso posto, nada há a prover. Publique-se.Após, voltem-me os autos conclusos para apreciação do agravo

regimental.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.351 (384)ORIGEM : AI - 70028558666 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : DANIELA HEGEDEUS CRAIDY E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MÁRIO ZIMMERMANN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO ROMERO MAGALHÃES

Ante o silêncio com relação aos Ofícios 14.130/2013 e 16.264/2013 e tendo em vista o transcurso de tempo desde o protocolo da petição 48.001/2013-STF, informe o recorrente o estágio atual do processo 001/1.08.0026176-7 que tramita na 9ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de Porto Alegre, bem como acerca do eventual pagamento das parcelas referentes ao acordo realizado entre as partes, e ainda se possui interesse no prosseguimento do presente recurso, justificando-se.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília, 4 de novembro de 2014.Ministro Ricardo Lewandowski

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.041 (385)ORIGEM : ARESP - 245265 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RAIMUNDO JOSÉ DOS REIS FILHOADV.(A/S) : RAIMUNDO JOSÉ DOS REIS FILHORECDO.(A/S) : GABRIELA BARBOSA RIBEIROADV.(A/S) : LEUCES TEIXEIRA DE ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FERNANDA ALVES MACHADORECDO.(A/S) : KELLE ALVES SOUZAADV.(A/S) : ALEXANDRE DE SOUSA PIRES

Petição nº 46193/2013-STFRaimundo José dos Reis Filho apresenta embargos infringentes

contra decisão monocrática da Presidência. O presente recurso é manifestamente incabível, por não se enquadrar

nas hipóteses de cabimento previstas no art. 333 do Regimento Interno do STF.

Nesse sentido é a pacífica jurisprudência desta Corte: ARE 726.985-EI/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 382.298 AgR-ED-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; e RE 534.012 AgR-EI/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, não admito os embargos infringentes.Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.095 (386)ORIGEM : AIRR - 1012007720095010003 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PAULO CESAR DE SOUZAADV.(A/S) : LUIZ HENRIQUE NASSARALLARECDO.(A/S) : CÂNDIDO RODRIGUES DUARTEADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO JEAN TRANJANRECDO.(A/S) : CAFÉ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LTDAADV.(A/S) : ADILSON DE ALMEIDA LEMOSRECDO.(A/S) : ALBERTO DE PAIVA CAMPOSADV.(A/S) : MÔNICA GONÇALVES MACHADO E OUTRO(A/S)

Bem examinados os autos, verifico a petição do recurso extraordinário tenha foi transmitida, via fax, no prazo legal (3/12/2012, segunda-feira), porém os originais não foram protocolados na Corte de origem (conforme item 26 dos autos eletrônicos). Desse modo, inviável o recurso extraordinário.

Nesse sentido:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO VIA FAX.

INTEMPESTIVIDADE. ORIGINAL NÃO APRESENTADO (LEI 9.800/1999, ART. 2º). PRAZO CONTÍNUO E IMPRORROGÁVEL. Não merece ser conhecido o presente recurso, porquanto não apresentado no prazo legal o respectivo original. Agravo regimental não conhecido”( ARE 710136-AgR, Pleno, Dje 17/6/2013)

Com efeito, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que, em se tratando de recurso interposto por fax, ele só será tempestivo se o original for entregue em juízo dentro do prazo adicional a que se refere o art. 2º da Lei 9.800/1999, que é improrrogável e contínuo. Nesse sentido:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO INTERPOSTO POR MEIO DE FAC-SÍMILE. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE ORIGINAIS. CINCO DIAS IMPRORROGÁVEIS E CONTÍNUOS. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS NÃO INTERROMPEM OU SUSPENDEM PRAZO RECURSAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Os originais do recurso devem ser entregues em Juízo até cinco dias da data do término do prazo recursal. II - Esse prazo é improrrogável e contínuo, ainda que se trate de dia sem expediente forense. III - Embargos declaratórios que não foram conhecidos por serem intempestivos, não suspendem nem interrompem o prazo para a interposição de outro recurso. IV - Agravo regimental improvido” (AI 653.421-AgR/SP,de minha relatoria).

Isso posto, nego seguimento ao agravo.Considerando que a que os sucessores de ALBERTO DE PAIVA

CAMPOS, apesar de devidamente INTIMADOS ainda não se manifestaram quanto sucessão e representação processual, os prazos em relação a eles deverão correr em secretaria.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 27

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 843.701 (387)ORIGEM : PROC - 50133380320124047108 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CLECIO PEPIO DA SILVAADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES POETA DORNELLES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 631.240-RG - Tema 350).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 5 de novembro de 2014.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.591 (388)ORIGEM : PROC - 50013455120124047208 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SANDRA REGINA DA LUZADV.(A/S) : DÉBORA FERREIRA DE SOUZARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (ARE 808.107-RG – Tema 728).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.681 (389)ORIGEM : PROC - 05084641820144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CARLOS ALBERTO PIMENTEL NEGROMONTEADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (ARE 808.107-RG – Tema 728).

Isso posto, determino a devolução dos autos à origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.121 (390)ORIGEM : PROC - 05022821620144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA BERENICE DA COSTAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.211 (391)ORIGEM : PROC - 05205782320134058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SILVANA ROSANA MONTEIRO DE ANDRADE

ADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.751 (392)ORIGEM : AC - 00034941620108190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO DOS SANTOS SOARES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.455 (393)ORIGEM : ACO - 2455 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ACREREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

A Secretaria Judiciária prestou a seguinte informação:“A presente ação cível originária, proposta pelo Estado do Acre em

desfavor da União, visa à declaração de inexistência de relação jurídico-tributária decorrente da exação fiscal prevista no art. 22, IV da Lei 8.212/91.

Ocorre que o Estado do Acre, em momento anterior, 23/05/2014, ajuizou as ACO nº 2.442, ACO nº 2.443 e ACO nº 2.445, todas em desfavor da União, com o fim de desconstituir autos de infração relativos a débitos da contribuição previdenciária prevista no art. 22, IV da Lei 8.212/91.

A ACO nº 2.442, distribuída à Senhora Ministra Rosa Weber em 23/5/2014, é relativa ao débito da referida contribuição no período de 01/2009 a 12/2011, lançado no DEBCAD nº 51.041.421-4, devido pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado do Acre.

Na mesma data, foi distribuída para o Ministro Celso de Mello a ACO nº 2.443, que busca a desconstituição dos DEBCADs nº 37.156.505-7 e nº 51.010.710-9, lançados contra a Secretaria de Saúde do Estado do Acre, em relação a débitos da contribuição previdenciária em questão, no período de 01/2007 a 12/2009.

Por fim, a ACO nº 2.445, distribuída ao Senhor Ministro Ricardo Lewandowski também em 23/05/2014, tem por objeto a desconstituição do débito previdenciário em comento, lançado nos DEBCADs nº 37.102.866-3 e nº 51.010.685-4 contra a Secretaria de Educação e Esporte do Estado do Acre, relativo ao período de 01/2007 a 12/2009. Em 10/06/2014, o Relator negou seguimento a esta ação.

Em face do disposto no art. 69 do RISTF, consultamos Vossa Excelência sobre o procedimento adequado para o trâmite deste feito”.

Com efeito, a ACO 2.442/AC, de relatoria da Ministra Rosa Weber teve o seguimento negado em decisão de 22/9/2014, que transitou em julgado em 23/10/2014.

A ACO 2.445/AC, de minha relatoria, também teve o seguimento negado em decisão de 10/6/2014, cujo trânsito em julgado ocorreu em 1º/7/2014.

Assim, afastada a prevenção em relação a essa duas ações, nos termos do art. 69, § 2º, do Regimento Interno desta Corte, in verbis:

“§ 2º Não se caracterizará prevenção, se o Relator, sem ter apreciado liminar, nem o mérito da causa, não conhecer do pedido, declinar da competência, ou homologar pedido de desistência por decisão transitada em julgado”.

Por seu turno, a ACO 2.443/AC, de relatoria do Ministro Celso de Mello, teve a medida liminar deferida em 25/9/2014. O processo agora está na Procuradoria-Geral da República.

Isso posto, distribua-se a presente ação ao Ministro Celso de Mello,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 28

tendo em vista a prevenção firmada com a análise da ACO 2.443/AC.Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.555

(394)

ORIGEM : AC - 990102983668 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : IDILIO DE CAMPOSADV.(A/S) : ELENICE MARIA FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

DE SANTO ANDRÉ - SEMASAADV.(A/S) : FÁBIO AUGUSTO BATAGLINI FERREIRA PINTO E

OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao agravo sob o fundamento de que o recurso extraordinário seria intempestivo.

A parte agravante alega, em síntese, ter cumprido o prazo para a interposição do recurso extraordinário e junta documentos comprobatórios de sua alegada tempestividade.

Em face das considerações relatadas acima e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão (documento eletrônico 5), tornando-a sem efeito, e determino o regular processamento do recurso.

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.751 (395)ORIGEM : AC - 4017125100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CELSO VANDERLEI VIEIRAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Bem examinados os autos, verifico a inexistência de recurso a ser apreciado por este Tribunal.

No presente caso, da decisão do Tribunal a quo que julgou prejudicado o recurso extraordinário, foi interposto agravo regimental (art. 557, § 1º do CPC).

Assim, verifica-se ser indevida a remessa dos autos a este Tribunal, visto que não existe recurso pendente de julgamento. Desse modo, devolva-se o presente feito à Secretaria Judiciária para que proceda ao cancelamento da autuação e, após, baixem os autos à origem.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.665 (396)ORIGEM : PROC - 201161190066282 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ZILDA BARRETO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

A orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem

não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO/SE, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 9.471-AgR/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes; ARE 741.867-AgR/RR, Rel. Min. Rosa Weber; Rcl 16.356/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 768.243/RS, de minha relatoria; ARE 640.066/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; e ARE 769.350/RS, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 840.335 (397)ORIGEM : PROC - 246645901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VALDEMIR GOMES DE SOUZA JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.145 (398)ORIGEM : PROC - 0241494201 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILMAR NEVES DE AGUIAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c , do RISTF).

Publique-se. Brasília, 5 de novembro de 2014.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.165 (399)ORIGEM : PROC - 05010857920124058305 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ABDIAS SOARESADV.(A/S) : SEBASTIÃO CORREIA RAMOS JÚNIORRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 29: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 29

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.235 (400)ORIGEM : PROC - 05104605120144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VONETE FRANCISCA DE LIMAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.675 (401)ORIGEM : AI - 20946571220148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FABIO RIBEIRO DE SOUSAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO QUISSIRECDO.(A/S) : BANCO ITAUCARD S/AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.855 (402)ORIGEM : AC - 201200010020293 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUCIA RAMOS DE PINHO PESSOA MONTEIRO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANA LUIZA ERNEST C DA COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.355 (403)ORIGEM : PROC - 05052943920134058311 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ARNALDO VIEIRA DA SILVAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo contra despacho que determinou o sobrestamento do feito para aguardar o julgamento de leading case de repercussão geral.

De início, observo que o despacho ora agravado não exerceu juízo de admissibilidade do recurso extraordinário interposto, motivo pelo qual é incabível o agravo para esta Corte, conforme previsto no art. 544 do Código de Processo Civil.

Ademais, o sobrestamento do processo na origem com fundamento no art. 543-B do CPC caracteriza mero ato administrativo sem conteúdo decisório, sendo, portanto, insuscetível de recurso. Nesse sentido, menciono os seguintes precedentes:

“ATO DO RELATOR QUE, ADMITINDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS RESPECTIVOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA QUE, NESTE, SEJA OBSERVADO O QUE DISPÕE O ART. 543-B DO CPC – ATO JUDICIAL QUE NÃO POSSUI CONTEÚDO DECISÓRIO NEM SE REVESTE DE LESIVIDADE – IRRECORRIBILIDADE – CONSEQÜENTE NÃO-CONHECIMENTO DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO - INCONFORMISMO DA PARTE INTERESSADA QUE DEDUZIU NOVO RECURSO DE AGRAVO (‘AGRAVO INTERNO’), DESTA VEZ CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CONHECEU DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO – IMPROVIMENTO DESSE NOVO RECURSO, COM DETERMINAÇÃO DE DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO REFERENTE AO PRESENTE JULGAMENTO” (AI 503.064-AgR-AgR/MG, Rel. Min. Celso de Mello – grifos originais).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CPC. ATO JUDICIAL SEM CUNHO DECISÓRIO. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, haja vista não possuir conteúdo decisório nem se revestir de lesividade. Precedentes.

II Agravo regimental improvido” (AI 811.626-AgR-AgR/SC, de minha relatoria).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CAUTELAR. JURISDIÇÃO DO STF. INÍCIO. SOBRESTAMENTO NA ORIGEM. PROVIMENTO SEM CONTEÚDO DECISÓRIO. IRRECORRÍVEL.

1. A jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal somente é iniciada com a admissão do recurso extraordinário, ou com o provimento do agravo de instrumento no caso de juízo negativo de admissibilidade.

2. É incabível recurso da decisão de sobrestamento por se tratar de mero ato procedimental.

3. Agravo regimental improvido” (AC 2.574-AgR/SP, rel. min. Ellen Gracie).

Confiram-se, também: RE 589.519-AgR-ED/AM, Rel. Min. Roberto Barroso; ARE 749.259/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 741.784-AgR/RS, Rel. Min. Luiz Fux; ARE 740.715/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 705.038-AgR/MS, Rel. Min. Ellen Gracie; e RE 592.938-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau.

Saliento, no entanto, que eventuais equívocos podem ser corrigidos pelas instâncias a quo, de ofício ou mediante provocação das partes.

Isso posto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.605 (404)ORIGEM : AC - 200951010174644 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARCOS ANTONIO CRUZ CARVALHOADV.(A/S) : JOSEFA DAS GRAÇAS OLIVEIRARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

PLENÁRIO

Repercussão Geral

Quadragésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos dos arts. 95, 325, parágrafo único, e 329 do RISTF, com a redação da ER nº 21/2007.

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.029

(405)

ORIGEM : PROC - 201071590007668 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. LUIZ FUX

RECTE.(S) : JOSE CONCEIÇÃO FERREIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 30: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 30

ADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ÍNDICE. REAJUSTE DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. ART. 201, § 4º, DA CRFB/88. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, recusou o recurso ante a ausência de repercussão geral da questão, por não se tratar de matéria constitucional.

Ministro LUIZ FUXRedator para o acórdãoArt. 38, IV, b, do RISTF

Brasília, 5 de novembro de 2014.Thiago Fernandes LinsCoordenador de Acórdãos Substituto

Decisões Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de

Constitucionalidade(PUBLICAÇÃO DETERMINADA PELA LEI Nº 9.868, DE 10.11.1999)

JULGAMENTOS

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.350 (406)ORIGEM : ADI - 4350 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, HOSPITAIS

E ESTABELECIMENTOS E SERVIÇOS - CNSADV.(A/S) : ALEXANDRE VENZON ZANETTIINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALAM. CURIAE. : SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO

SEGURO DPVAT S/AADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, julgou improcedente a ação direta, nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Roberto Barroso. Falou pelo amicus curiae Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A a Dra. Ana Paula de Barcellos, OAB/RJ 95436. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.627 (407)ORIGEM : ADI - 4627 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLADV.(A/S) : ROGÉRIO PAZ LIMAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALAM. CURIAE. : SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO

SEGURO DPVATADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DIREITO DO

CONSUMIDOR E CONTRIBUINTEADV.(A/S) : DANIELLE FREITAS PAULINO

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, julgou improcedente a ação direta, nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Roberto Barroso. Falou pelo amicus curiae Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A a Dra. Ana Paula de Barcellos, OAB/RJ 95436. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

SECRETARIA JUDICIÁRIAJOÃO BOSCO MARCIAL DE CASTRO

SECRETÁRIO

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 51 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.312 (408)ORIGEM : RR - 3456009620055120046 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : A ANGELONI & CIA LTDAADV.(A/S) : DIEGO DANIEL STÜRMERRECDO.(A/S) : RODE KEILLA TONETE DA SILVAADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO ARRABAÇAAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS SUPERMERCADOS-

ABRASADV.(A/S) : HUMBERTO BRAGA DE SOUZA E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS BANCOS-FEBRABANADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELOSO E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO DO TRABALHODuração do TrabalhoIntervalo Intrajornada

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.261 (409)ORIGEM : AC - 50014348720104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : KOMATSU FOREST INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

MÁQUINAS FLORESTAIS LIMITADAADV.(A/S) : ALUIR ROMANO ZANELLATO FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAM. CURIAE. : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOABADV.(A/S) : RAFAEL BARBOSA DE CASTILHOAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS

SABOEIRAS E AFINS-ABISAADV.(A/S) : FÁBIO PALLARETTI CALCINI

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioAlíquotaÍndice da Alíquota

Brasília, 5 de novembro de 2014.Fabiane Pereira de Oliveira Duarte

Assessora-Chefe do Plenário

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

Ata da 29ª (vigésima nona) sessão extraordinária, realizada em 23 de outubro de 2014.

Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso.

Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros.

Secretária, Fabiane Pereira de Oliveira Duarte.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior.

JULGAMENTOS

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.350 (410)ORIGEM : ADI - 4350 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, HOSPITAIS

E ESTABELECIMENTOS E SERVIÇOS - CNSADV.(A/S) : ALEXANDRE VENZON ZANETTIINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALAM. CURIAE. : SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO

SEGURO DPVAT S/AADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, julgou improcedente a ação direta, nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Roberto Barroso. Falou pelo amicus curiae Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A a Dra. Ana Paula de Barcellos, OAB/RJ 95436. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.627 (411)ORIGEM : ADI - 4627 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 31: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 31

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLADV.(A/S) : ROGÉRIO PAZ LIMAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALAM. CURIAE. : SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO

SEGURO DPVATADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DIREITO DO

CONSUMIDOR E CONTRIBUINTEADV.(A/S) : DANIELLE FREITAS PAULINO

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, julgou improcedente a ação direta, nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Roberto Barroso. Falou pelo amicus curiae Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A a Dra. Ana Paula de Barcellos, OAB/RJ 95436. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.406 (412)ORIGEM : AC - 200871130016588 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. MARCO AURÉLIO

RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : GERALDO TEDESCOADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO LUNELLI

Decisão: Após o voto da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora), dando provimento ao recurso, e os votos dos Senhores Ministros Marco Aurélio e Dias Toffoli, negando-o, pediu vista dos autos a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausente, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Falou, pela União, o Dr. Fabrício Sarmanho de Albuquerque, Procurador da Fazenda Nacional. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 25.05.2011.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por maioria, decidindo o tema 368 da Repercussão Geral, negou provimento ao recurso, vencida a Ministra Ellen Gracie (Relatora), que lhe dava provimento. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Não votou a Ministra Rosa Weber por suceder à Ministra Ellen Gracie (Relatora). Redigirá o acórdão o Ministro Marco Aurélio. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 657.686 (413)ORIGEM : AI - 20100020177595 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA SILVINA DE OLIVEIRA ROCHAADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDEAM. CURIAE. : MUNICIPIO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : LUCIANA SANT'ANA NARDI

Decisão: Após o voto do Ministro Luiz Fux (Relator), julgando prejudicado o recurso, no que foi acompanhado pelos Ministros Roberto Barroso e Rosa Weber, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausentes a Ministra Cármen Lúcia, representando o Tribunal na Viagem de Estudos sobre Justiça Transicional, organizada pela Fundação Konrad Adenauer, em Berlim, entre os dias 5 e 9 de outubro de 2014, e na 100ª Sessão Plenária da Comissão Europeia para a Democracia pelo Direito (Comissão de Veneza), em Roma, nos dias 10 e 11 subsequentes; o Ministro Dias Toffoli que, na qualidade de Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, participa do VII Fórum da Democracia de Bali, na Indonésia, no período de 8 a 13 de outubro de 2014; o Ministro Teori Zavascki, justificadamente, e nesta assentada, o Ministro Gilmar Mendes. Falou pelo Distrito Federal o Dr. Marcello Alencar de Araújo, Subprocurador-Geral do Distrito Federal, OAB/DF 6.259. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.10.2014.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, decidindo o tema 511 da Repercussão Geral, por unanimidade, negou provimento ao recurso. Reajustou o voto o Ministro Luiz Fux (Relator), no que foi acompanhado pelos Ministros Roberto Barroso e Rosa Weber. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 724.347 (414)ORIGEM : AC - 200034000172681 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS ALBERTO MACHADO CONTE E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALDIR GUIMARÃES PASSARINHO

Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio (Relator), que desprovia o recurso, nos termos do seu voto, no que foi acompanhado pelo Ministro Luiz Fux, e os votos dos Ministros Roberto Barroso e Dias Toffoli, que davam provimento ao recurso, pediu vista dos autos o Ministro Teori Zavascki. Falou pela União a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça, Secretária-Geral do Contencioso da Advocacia Geral da União. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.520 (415)ORIGEM : AC - 01553797620108260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : HENRIQUE ALVES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉ DOS SANTOS GUINDASTERECDO.(A/S) : MARÍTIMA SEGUROS S/AADV.(A/S) : ANA PAULA DE BARCELLOS E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, decidindo o tema 771 da Repercussão Geral, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, negou provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Roberto Barroso. Falou, pela recorrida Marítima Seguros S/A, a Dra. Ana Paula de Barcellos, OAB/RJ 95436. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 23.10.2014.

Brasília, 23 de outubro de 2014.Fabiane Pereira de Oliveira Duarte

Assessora-Chefe do Plenário

ACÓRDÃOS

Centésima Sexagésima Sexta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.293 (416)ORIGEM : AR - 2293 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOSÉ LUIZ UMBELINOADV.(A/S) : ÁLVARO NEY MACHADOAGDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO

PARANÁ - CRC/PRADV.(A/S) : BOLESLAU SLIVIANY

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, desproveu o agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.10.2014.

AÇÃO RESCISÓRIA – ACÓRDÃO DO SUPREMO – AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DE MÉRITO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO PEDIDO. Não tendo o Supremo, no acórdão rescindendo, apreciado o mérito da controvérsia, fica revelada a inadequação do pedido rescisório.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.427

(417)

ORIGEM : MI - 4427 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DOS CABOS E

SOLDADOS POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES - ACS

ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(S) E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 32

INTERPOSTOS CONTRA ACÓRDÃO DO PLENÁRIO, DESCABIMENTO. AGRAVO DESPROVIDO.

1. Não é adequada a interposição de embargos de divergência contra acórdão do Plenário em ação de competência originária.

2. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.631

(418)

ORIGEM : AC - 992080325210 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GIVANILDO HONORIO DA SILVAADV.(A/S) : EDUARDO GEORGE DA COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EDSON PATRICIO SOARESADV.(A/S) : EDGARD ROMANO GARCIA RUIZ

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.601

(419)

ORIGEM : RESP - 1370270 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ANA LUISA BERNACCHI DOS SANTOSADV.(A/S) : OSMAR BERARDO CARNEIRO DA CUNHA FILHOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.888

(420)

ORIGEM : AC - 6385313 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIA TEREZA BAGGIO PINHEIRO GUIMARÃESADV.(A/S) : PAULO AFONSO MAGALHÃES NOLASCO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : PAULO MAZZANTE DE PAULAAGDO.(A/S) : WILMA LUCIA BORGES TURQUINOADV.(A/S) : RICARDO JORGE ROCHA PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.575

(421)

ORIGEM : AC - 392350320088090087 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTRUTURA METÁLICA SÃO JOSÉ LTDAADV.(A/S) : ONOFRE FERREIRA BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA FERREIRA GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ILSON ROBERTO DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 788.192

(422)

ORIGEM : AIRR - 15437220105060009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CELINO VITOR DE SOUZAADV.(A/S) : IDAEL CARLOS DE LIMAAGDO.(A/S) : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -

CONABADV.(A/S) : NILTON CORREIA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 788.598

(423)

ORIGEM : AC - 990102318630 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : WALDOMIRO NUMER JUNIORADV.(A/S) : VICENTE PIMENTEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : KEIZO KATAYAMAADV.(A/S) : CHRISTIAN PARDO NAVARRO E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 788.784

(424)

ORIGEM : AC - 20110111866368 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 33

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : I DA S H (REPRESENTADO POR V P DA S) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TATIANA DE QUEIROZ PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Plenário, 16.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 16.436 (425)ORIGEM :PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : WALLACE DARLAN SANTOS COSTAADV.(A/S) : THIAGO DE SOUZA BARBOSAEMBDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE TERESÓPOLISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou os embargos de declaração. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.10.2014.

Embargos de declaração em agravo regimental em reclamação. 2. Súmula Vinculante n. 14. Violação não configurada. 3. Omissão, contradição e obscuridade não demonstradas. Embargos protelatórios. 4. Inovação. Impossibilidade. 5. Os autos não se encontram em Juízo. Remessa regular ao Ministério Público. Existência de diversas providências requeridas pelo Parquet que ainda não foram implementadas ou que não foram respondidas pelos órgãos e que perderão eficácia se tornadas de conhecimento público. 6. Embargos de declaração rejeitados.

Brasília, 5 de novembro de 2014.Thiago Fernandes Lins

Coordenador de Acórdãos Substituto

PRIMEIRA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima Sexagésima Sexta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.070 (426)ORIGEM : MS - 20040020099215 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : SINAFITE/DF - SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS

INTEGRANTES DA CARREIRA AUDITORIA FISCAL DO TESOURO DO DISTRITO FEDERAL

ADV.(A/S) : RUBEM SANTOS ASSIS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. CRITÉRIO TEMPORAL PARA

PAGAMENTO DE 13º SALRÁRIO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 14.7.2006.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.818

(427)

ORIGEM : PROC - 00401423820108260053 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HERMINIA APARECIDA VETRANO DA SILVAADV.(A/S) : CRISTIANO APARECIDO NEVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SAO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 7.10.2014.

ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO – BASE DE CÁLCULO – VENCIMENTO – PRECEDENTE. O Tribunal concluiu que a base de incidência da gratificação por tempo de serviço é o vencimento, e não a remuneração. Recurso Extraordinário nº 563.708/MS, da relatoria da ministra Cármen Lúcia, julgado no Plenário.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 123.335 (428)ORIGEM : HC - 280291 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : EUVALDO BITTENCOURT MOREIRA JUNIORADV.(A/S) : EUVALDO BITTENCOURT MOREIRA JÚNIORAGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA PROFERIDA POR MINISTRA DE TRIBUNAL SUPERIOR. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. DETERMINAÇÃO PARA QUE O JUÍZO DA EXECUÇÃO, OBSERVADA A DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º, I, DA LEI Nº 8.072/1990 E DE PARTE DO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/2006, FIXE NOVO REGIME INICIAL E ANALISE A POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido do descabimento da impetração dirigida contra decisão monocrática proferida por Ministra de Tribunal Superior. 2. Na hipótese de que se trata, a Relatora do habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça concedeu a ordem de ofício para determinar ao Juízo da Execução que examine os requisitos objetivos e subjetivos para a fixação do regime inicial de cumprimento de pena e para a substituição da pena privativa de liberdade. Essa decisão, além de não ser teratológica, está alinhada à orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a declaração de inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/1990 e de parte do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 não implica “direito automático a esses benefícios [regime prisional diverso do fechado e penas restritivas de direitos]. A questão há de ser apreciada pelo juiz do processo à luz do preenchimento, ou não, dos requisitos legais dos arts. 33 e 44 do Código Penal (...)” (HC nº 120.663/SP, Relª. Min. Rosa Weber). 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 124.025 (429)ORIGEM : HC - 302402 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : CARLOS EDUARDO FARIAS LOURENÇOADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE CARNEIRO BARREIROSAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 302.402 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECISÃO DENEGATÓRIA DE MEDIDA CAUTELAR. SÚMULA 691/STF. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO TEMPORÁRIA. FORAGIDO. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA, ILEGALIDADE FLAGRANTE E DE CONTRARIEDADE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Não se admite a impetração de habeas corpus contra decisão denegatória de medida liminar (Súmula 691/STF). Essa orientação só é excepcionada em casos de teratologia, de evidente ilegalidade ou de manifesta contrariedade à orientação jurisprudencial do Tribunal. 2. Estando a

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 34

ordem de prisão cautelar baseada em dados objetivos da causa, notadamente na gravidade concreta dos fatos, não há como acolher a alegação de que as instâncias precedentes não teriam demonstrado a imprescindibilidade da custódia do ora agravante, ainda foragido. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 124.319 (430)ORIGEM : HC - 299689 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MOACIR GUIMARÃES MORAIS FILHOADV.(A/S) : MOACIR GUIMARÃES MORAIS FILHOAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 289.181 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. DESCABIMENTO. PEDIDO DE TRANCAMENTO DE APURAÇÃO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. DIREITO DE LOCOMOÇÃO NÃO VIOLADO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O julgamento de agravo regimental mediante a apresentação do recurso em mesa não viola o direito à ampla defesa. 2. A instauração de procedimento disciplinar não implica qualquer cerceio à liberdade de locomoção passível de ser corrigido na via do habeas corpus. 3. Recurso a que se nega provimento.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 3.638 (431)ORIGEM : RCL - 89864 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : EDER MOREIRA BRAMBILLAADV.(A/S) : ARNALDO PUCCINI MEDEIROSAGDO.(A/S) : JUÍZA FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE CORUMBÁ

(PROC. 2005.60.04.000349-5)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO MÔNACO JÚNIORINTDO.(A/S) : EDUARDO ZINÉZI DUQUEINTDO.(A/S) : FERNANDO CARLOS PUCCINI DE AMORIMINTDO.(A/S) : EDISON XAVIER DUQUEINTDO.(A/S) : MÓDULO ENGENHARIAINTDO.(A/S) : ARIEL DITTMAR RAGHIANTINTDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO DITTMAR DE SOUZAINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO BIÓTICA

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL.

ALEGADA AFRONTA À AUTORIDADE DA DECISÃO DENEGATÓRIA DE CAUTELAR NA ADI 2727/DF. SUPERVENIÊNCIA DE DECISÃO DE MÉRITO NO PARADIGMA INVOCADO. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO. INAPLICABILIDADE. AÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EX-PREFEITO.

Ao afastar a pretendida extensão do foro por prerrogativa de função à hipótese de ação por improbidade administrativa proposta em face de ex-prefeito, o ato reclamado, a par de não incidir em afronta ao decidido em sede de medida cautelar na ADI 2727/DF, convergiu com o decidido por esta Suprema Corte ao julgamento do mérito da aludida ação direta de inconstitucionalidade.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 11.087 (432)ORIGEM : PROC - 2000001501128 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO CEARÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE

COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO PELA CORTE DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL.

Firmou-se nesta Suprema Corte o entendimento de que incabível reclamação de decisão que, na origem, aplica o disposto nos arts. 543-A e 543-B do Código de Processo Civil. Contra decisão desse teor reputa-se admissível apenas agravo regimental no âmbito do próprio Tribunal a quo. Precedentes.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.568 (433)ORIGEM : MS - 171302126180000 - TRIBUNAL REGIONAL

ELEITORALPROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : WALLERY GISCAR DESTEN ALVES DA COSTA

RAPOSOADV.(A/S) : RAIMUNDO DE ARAÚJO SILVA JUNIORINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. MANDADO DE

SEGURANÇA IMPETRADO CONTRA ATO DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA.

Não há falar em usurpação da competência originária prevista no art. 102, I, “r”, da Constituição da República, tendo em vista que o ato reclamado, prolatado pelo Plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, não se traduz em julgamento de ação manejada com a finalidade de discutir decisão do Conselho Nacional de Justiça, mas em exame de mandado de segurança impetrado em face de decisão da Presidência da aludida Corte Eleitoral, proferida no bojo de processo administrativo individual do servidor impetrante.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 15.349 (434)ORIGEM : APC - 50070385820124047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : FERNANDO HOFFMANNADV.(A/S) : FABIANO BINHARA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ART. 102, I, “n”, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL INOCORRENTE. AJUDA DE CUSTO. REMOÇÃO. CONTROVÉRSIA NÃO FUNDADA EM PRERROGATIVA ESPECÍFICA E EXCLUSIVA DA MAGISTRATURA. PRECEDENTES.

O art. 102, I, “n”, da Carta Política não comporta exegese que desloque para o Supremo Tribunal Federal o julgamento de toda e qualquer ação ajuizada por magistrados.

Não amoldada a espécie ao art. 102, I, “n”, da Carta Política, incabível a reclamação (art. 102, I, “l”, da Carta Política). Precedentes: AO 1893 AgR/PA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 17.9.2014; Rcl 15637 AgR/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, 2º Turma, DJe 26.8.2014; Rcl 17796 AgR/RJ, Rel. Min. Celso De Mello, 2ª Turma, DJe 06.10.2014.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 15.368 (435)ORIGEM : PROC - 50025485120124047013 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ADRIANO ENIVALDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 35

INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE JACAREZINHO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ART. 102, I, “n”, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL INOCORRENTE. AJUDA DE CUSTO. REMOÇÃO. CONTROVÉRSIA NÃO FUNDADA EM PRERROGATIVA ESPECÍFICA E EXCLUSIVA DA MAGISTRATURA. PRECEDENTES.

O art. 102, I, “n”, da Carta Política não comporta exegese que desloque para o Supremo Tribunal Federal o julgamento de toda e qualquer ação ajuizada por magistrados.

Não amoldada a espécie ao art. 102, I, “n”, da Carta Política, incabível a reclamação (art. 102, I, “l”, da Carta Política). Precedentes: AO 1893 AgR/PA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 17.9.2014; Rcl 15637 AgR/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, 2º Turma, DJe 26.8.2014; Rcl 17796 AgR/RJ, Rel. Min. Celso De Mello, 2ª Turma, DJe 06.10.2014.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 15.672 (436)ORIGEM :PROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : AÉRCIO PEREIRA DE LIMA FILHOADV.(A/S) : RODRIGO NÓBREGA FARIASINTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL

CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA PARAÍBA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ART. 102, I, “n”, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL INOCORRENTE. AJUDA DE CUSTO. REMOÇÃO. CONTROVÉRSIA NÃO FUNDADA EM PRERROGATIVA ESPECÍFICA E EXCLUSIVA DA MAGISTRATURA. PRECEDENTES.

O art. 102, I, “n”, da Carta Política não comporta exegese que desloque para o Supremo Tribunal Federal o julgamento de toda e qualquer ação ajuizada por magistrados.

Não amoldada a espécie ao art. 102, I, “n”, da Carta Política, incabível a reclamação (art. 102, I, “l”, da Carta Política). Precedentes: AO 1893 AgR/PA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 17.9.2014; Rcl 15637 AgR/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, 2º Turma, DJe 26.8.2014; Rcl 17796 AgR/RJ, Rel. Min. Celso De Mello, 2ª Turma, DJe 06.10.2014.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 16.173 (437)ORIGEM : PROC - 050121128201340581015 - TRF5 - CE - 2ª

TURMA RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : NEWTON FLADSTONE BARBOSA DE MOURAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SEGUNDA TURMA RECURSAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DO ESTADO DO CEARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ART. 102, I, “n”, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL INOCORRENTE. AJUDA DE CUSTO. REMOÇÃO. CONTROVÉRSIA NÃO FUNDADA EM PRERROGATIVA ESPECÍFICA E EXCLUSIVA DA MAGISTRATURA. PRECEDENTES.

O art. 102, I, “n”, da Carta Política não comporta exegese que desloque para o Supremo Tribunal Federal o julgamento de toda e qualquer ação ajuizada por magistrados.

Não amoldada a espécie ao art. 102, I, “n”, da Carta Política,

incabível a reclamação (art. 102, I, “l”, da Carta Política). Precedentes: AO 1893 AgR/PA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 17.9.2014; Rcl 15637 AgR/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, 2º Turma, DJe 26.8.2014; Rcl 17796 AgR/RJ, Rel. Min. Celso De Mello, 2ª Turma, DJe 06.10.2014.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 17.214 (438)ORIGEM : RE - 633066 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MARIA JOSÉ ROBLEDO SÁADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁAGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ALEGADA AFRONTA À

AUTORIDADE DE DECISÃO QUE CONSIDERA AUSENTES OS REQUISITOS PROCESSUAIS DE APELO EXTREMO. NÃO CABIMENTO. RECURSO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. IRREGULARIDADE FORMAL. ART. 317, § 1º DO RISTF.

Não há falar em afronta à decisão da Suprema Corte quando esta se circunscreve ao exame de aspectos processuais, sem apresentar comando ou conteúdo de direito material a ser cotejado com o ato reclamado

Não preenchimento do requisito de regularidade formal expresso no artigo 317, § 1º, do RISTF: “A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada”.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 17.246 (439)ORIGEM :PROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : IVANILDA BARBOSA DOS SANTOSAGTE.(S) : MARIA DO SOCORRO FREIRE SILVAADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁAGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ALEGADA AFRONTA À

AUTORIDADE DE DECISÃO QUE CONSIDERA AUSENTES OS REQUISITOS PROCESSUAIS DE APELO EXTREMO. NÃO CABIMENTO. RECURSO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. IRREGULARIDADE FORMAL. ART. 317, § 1º, DO RISTF.

Não há falar em afronta à decisão da Suprema Corte quando esta se circunscreve ao exame de aspectos processuais, sem apresentar comando ou conteúdo de direito material a ser cotejado com o ato reclamado

Não preenchimento do requisito de regularidade formal expresso no artigo 317, § 1º, do RISTF: “A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada.”

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 17.692 (440)ORIGEM : AREsp - 313031 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : NAYANE MARIA DA SILVA RODRIGUES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁAGDO.(A/S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/A - BASAADV.(A/S) : DECIO FLAVIO GONCALVES TORRES FREIRE E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE

COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO PELA CORTE DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL.

Firmou-se nesta Suprema Corte o entendimento de que incabível

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 36: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 36

reclamação de decisão que, na origem, aplica o disposto nos arts. 543-A e 543-B do Código de Processo Civil. Contra decisão desse teor reputa-se admissível apenas agravo regimental no âmbito do próprio Tribunal a quo. Precedentes.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.174 (441)ORIGEM : AC - 1420325000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : AIR PIRES DE CAMPOSADV.(A/S) : EURO BENTO MACIELAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO CIVIL. ATO DE

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. CONTRATAÇÃO IRREGULAR. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 20.11.2000.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.699 (442)ORIGEM : AC - 20060021758000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : ADÃO MORALES BARRETOADV.(A/S) : ELOI OLIVEIRA DA SILVA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.

REMUNERAÇÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 04.8.2006.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.172 (443)ORIGEM : AC - 5124265000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CECORAMA VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : GABRIELA MARTINS MALUFEAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE AMERICANAADV.(A/S) : KELLY CRISTINA FÁVERO MIRANDOLA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente,

deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO TRIBUTÁRIO. TAXA DE ESGOTO. EVENTUAL OFENSA

REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 29.5.2006

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 639.080 (444)ORIGEM :PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : MURILO LEMOS SIMÃOADV.(A/S) : JOSUÉ DE SOUSA LIMAADV.(A/S) : RENATO CÉSAR PEREIRA LIMA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PRÁTICA

FORENSE. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEGALIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. INAFASTABILIDADE DA JURISIDIÇÃO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 27.8.2008.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

O exame da alegada ofensa ao art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Lei Maior, observada a estreita moldura com que devolvida a matéria à apreciação desta Suprema Corte dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Magna Carta.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 717.889 (445)ORIGEM : PROC - 201071500267283 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : EDIMÉA SOLANGE CAMPOS DA FONSECAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. NEGATIVA DE

PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. PROPORCIONALIDADE NO CÁLCULO DE GRATIFICAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL AFIRMADA NO ARE 808.997-RG/RS. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 04.6.2006.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 37: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 37

O Plenário Virtual desta Corte já proclamou a inexistência de repercussão geral da questão atinente à proporcionalidade no pagamento de gratificação em caso de aposentadoria proporcional, por versar matéria eminentemente infraconstitucional. Aplicável a sistemática da repercussão geral à espécie (arts. 543-B do CPC e 328 do RISTF).

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 727.285 (446)ORIGEM : AIRR - 234003420105130025 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOSÉ TEOTONIO NETOADV.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAADV.(A/S) : ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

RECURSO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO – EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. Quando envolvida controvérsia sobre cabimento de recurso, a via excepcional do extraordinário apenas é aberta se, no acórdão, constar premissa contrária à Constituição Federal.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 770.750 (447)ORIGEM : AC - 50168712820114047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CACIANO FOCHESATTOADV.(A/S) : FÁBIO MEDINA OSÓRIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CARLA DUARTE LINHARESADV.(A/S) : CRISTINE ZOTTAMNNAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO CARLOS CHAGASADV.(A/S) : PYRRO MASSELLAAGDO.(A/S) : ALICE SILVA ROSSI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL DA CÁS MAFFINI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FABIANA MARIANO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RONALDO DA COSTA DOMINGUES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALENCAR DE CARVALHO BITENCOURT E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CRISTINE ZOTTAMNNAGDO.(A/S) : CAMILA PLENTZ KONRATHADV.(A/S) : MAURÍCIO ROSADO XAVIERINTDO.(A/S) : DENIZ DIASINTDO.(A/S) : MARCELO DE LEONI GODOI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : TATIANA BRUGNERA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL.

INOBSERVÂNCIA DO ART. 543-A, § 2º, DO CPC. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA OU RECONHECIDA EM OUTRO RECURSO NÃO VIABILIZA APELO SEM A PRELIMINAR FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 5.11.2012.

Ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral. Inobservância do art. 543-A, § 2º, do CPC.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 809.227 (448)ORIGEM : AC - 00008316320124058500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ANDREA MOREIRA BATISTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCEL COSTA FORTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. ASSISTENTE SOCIAL. JORNADA DE

TRABALHO. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 31.7.2013.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 814.575 (449)ORIGEM : REsp - 1392941 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : SUCESSÃO DE FRANCISCO DE PAULA ESPIÑOSAADV.(A/S) : VANESSA ESCOBAR PRESTES

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

PLENÁRIO – RESERVA. Descabe confundir reserva de Plenário – artigo 97 da Constituição Federal – com interpretação de normas legais.

RECURSO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO – EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. Quando envolvida controvérsia sobre cabimento de recurso, a via excepcional do extraordinário apenas é aberta se, no acórdão, constar premissa contrária à Constituição Federal.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 826.334 (450)ORIGEM : PROC - 50008105820134047121 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL - CREA/RSADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DENISE FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : LUCIANO BONSEMBIANTE CAMPANA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

TAXA – CONSELHOS – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA-ART – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O Supremo, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.445/SC, sob o ângulo da repercussão geral, reafirmou a jurisprudência no sentido de a Anotação de Responsabilidade Técnica, instituída pela Lei nº 6.496/77, cobrada pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, ter natureza jurídica de taxa, sendo necessária a observância do princípio da legalidade.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 826.354 (451)ORIGEM : PROC - 50028154120124047104 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL- CREA/RS

ADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GILBERTO LUIZ LUZZIADV.(A/S) : RODRIGO DAL'FORNO DE CAMARGO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO TRIBUTÁRIO. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA

E AGRONOMIA. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA. NATUREZA JURÍDICA DE TAXA. NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 09.4.2014.

O Supremo Tribunal Federal entende que a Taxa de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, cobrada pelos Conselhos Regionais de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 38: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 38

Engenharia e Agronomia, possui natureza jurídica de taxa, razão porque submete-se ao princípio da legalidade tributária. Precedentes.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 826.363 (452)ORIGEM : PROC - 50061086220124047122 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - CREA/RS

ADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DANIEL PACHECO DA SILVEIRAADV.(A/S) : LUCIANO BONSEMBIANTE CAMPANA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO TRIBUTÁRIO. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA

E AGRONOMIA. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA. NATUREZA JURÍDICA DE TAXA. NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 17.4.2014.

O Supremo Tribunal Federal entende que a Taxa de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, cobrada pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, possui natureza jurídica de taxa, razão porque submete-se ao princípio da legalidade tributária. Precedentes.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 826.972 (453)ORIGEM : PROC - 50021825120134047118 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL- CREA/RS

ADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LAMONATO ENGENHARIA E SERVICOS LTDA - EPPADV.(A/S) : ARTUR ANTÔNIO GRANDO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

TAXA – CONSELHOS – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O Supremo, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.445/SC, sob o ângulo da repercussão geral, reafirmou a jurisprudência no sentido de a cobrança relativa à Anotação de Responsabilidade Técnica – instituída mediante a Lei nº 6.496/77 – pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia ter natureza jurídica de taxa, sendo necessária a observância do princípio da legalidade.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 827.159 (454)ORIGEM : PROC - 50147901720134047107 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL- CREA/RS

ADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERGIO DEBONIADV.(A/S) : JANETE MURARO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

TAXA – CONSELHOS – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O Supremo, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.445/SC, sob o ângulo da repercussão geral, reafirmou a jurisprudência no sentido de a cobrança relativa à Anotação de Responsabilidade Técnica – instituída mediante a Lei nº 6.496/77 – pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia ter natureza jurídica de taxa, sendo necessária a observância do princípio da legalidade.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 829.349 (455)ORIGEM : PROC - 50001423220134047107 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL - CREA/RSADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAMILA BERTOJAADV.(A/S) : JANETE DAMBROS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

TAXA – CONSELHOS – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA-ART – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O Supremo, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.445/SC, sob o ângulo da repercussão geral, reafirmou a jurisprudência no sentido de a Anotação de Responsabilidade Técnica, instituída pela Lei nº 6.496/77, cobrada pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, ter natureza jurídica de taxa, sendo necessária a observância do princípio da legalidade.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 829.609 (456)ORIGEM : AREsp - 00100203820114058100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : HOSPITAL PRONTO SOCORRO INFANTIL LTDAADV.(A/S) : RAUL QUEIROZ DIAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO TRIBUTÁRIO. REQUISITOS PARA PARCELAMENTO DE

DÉBITOS EXISTENTES. INÉRCIA DO CONTRIBUINTE E EXCLUSÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 27.9.2012.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.829

(457)

ORIGEM : AIRR - 990404720085020016 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : LOURDES PIMENTEL BUTIADV.(A/S) : DIVA GONÇALVES ZITTO MIGUEL DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR

PÚBLICO ESTADUAL IAMSPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO DO TRABALHO E PROCESSUAL DO TRABALHO.

RECURSO DE REVISTA. SERVIDOR PÚBLICO. AUTARQUIA ESTADUAL. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA AOS 70 ANOS DE IDADE. EXTINÇÃO DO CONTATO DE TRABALHO. SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 284/STF. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PUBLICADO EM 03.6.2011.

Cristalizada a jurisprudência desta Suprema Corte, a teor das Súmulas 282 e 356, de que “inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”, bem como que “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

Ausente impugnação específica, no recurso extraordinário, às razões de decidir adotadas pela Corte de origem, aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 39: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 39

Pela redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98 ao artigo 40 e seu parágrafo 1º e inciso II, da Carta Magna, a aposentadoria compulsória aos setenta anos se aplica aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à conformidade entre o conteúdo do acórdão recorrido e a jurisprudência desta Corte, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.596

(458)

ORIGEM : AC - 024010189538 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ANGELA MARIA GASPARINI COLA ROCHAAGTE.(S) : ANGELA PITANGA PINTO NADER BORGESAGTE.(S) : ANGELA RACHEL VALDETARO CAMPANHAAGTE.(S) : AUREA EUNICE MELLO DE CARVALHOAGTE.(S) : CLOTILDE NUNESAGTE.(S) : EDMEA BESSA SOARESAGTE.(S) : ELISABETH PRETTI ASSEFF HERMANNYAGTE.(S) : FRANCISCO MANOEL NEVES RIBEIROAGTE.(S) : JOSIAS FRANCISCO DE SOUZAAGTE.(S) : MARIA BERENICE PINHO DA SILVAAGTE.(S) : MARIA DE FATIMA RIBEIRO MODENESI FERRAZAGTE.(S) : MARIA IONE DE OLIVEIRAAGTE.(S) : MARIA DA PENHA CHAMON NUSSI SILVAAGTE.(S) : NORMINDA MEROTO LOPESAGTE.(S) : WILSON LOPES DE RESENDEAGTE.(S) : ZALUAR HENRIQUE DE FARIAAGTE.(S) : ROMULO VIVAS JUNQUEIRAADV.(A/S) : BRUNO DE PINHO E SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. RESOLUÇÃO Nº 1.935/2000. NATUREZA JURÍDICA. EXTENSÃO AOS INATIVOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF.

1. A Gratificação de Representação e sua extensão aos servidores inativos, quando sub judice a controvérsia sobre sua natureza, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Precedentes: ARE 781.182-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 7/10/2014, e AI 684.640-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 11/9/2014.

2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional local, torna inadmissível o recurso extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL – ORDINÁRIA – GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO INSTITUÍDA PELA RESOLUÇÃO Nº 1935/00 DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA – INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO NOS PROVENTOS DE SERVIDORES DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO – IMPOSSBILIDADE – VERBA DE NATUREZA PRO LABORE FACIENDO – INSTITUÍDA EM RAZÃO DE FUNÇÃO ESPECÍFICA – ART. 40, §8º DA CRFB – REDAÇÃ0 ANTERIOR A EMENDA CONSTITUICIONAL 41/2003 – POSICIONAMENTO SEDIMENTADO DO STJ – SOMENTE INCORPORA AOS PROVENTOS DE INATIVOS MEDIATNES PERMISSÃO LEGAL – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO”.

4. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.710

(459)

ORIGEM : PROC - 10024074940867001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ANGRAPORTO OFFSHORE LOGISTICA LTDAAGTE.(S) : OMEGATRANS LOGÍSTICA, TRANSPORTE E

LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS LTDAADV.(A/S) : RAFAEL FONTOURA NAUFEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA. DÉBITO FISCAL . ICMS. PREQUESTIONAMENTO. ALEGAÇÃO TARDIA. INVIABILIDADE.

1. O prequestionamento da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. A Súmula 282 do STF dispõe, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”.

2. A alegação tardia da matéria constitucional, só suscitada em sede de embargos de declaração, não supre o requisito do prequestionamento. Precedentes: ARE 693.333-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 19/9/2012, e AI 738.152-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8/11/2012.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “EMENTA: ANULATÓRIA – DÉBITO FISCAL – AUTO DE INFRAÇÃO – TRANSPORTE DE MERCADORIA – IRREGULARIDADES - NOTA FISCAL – DESCLASSIFICAÇÃO – CRÉDITO TRIBUTÁRIO DEVIDO – ICMES E MULTAS”.

4. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.969

(460)

ORIGEM : AC - 92335194820088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : TIBÚRCIO SILVEIRA NETOAGTE.(S) : MARIA CRISTINA GONÇALVES SILVA SILVEIRAADV.(A/S) : ELIAS MUBARAK JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CESP - COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULOADV.(A/S) : CRISTIANE RODRIGUES MONTALVÃO DE SOUZA E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. POSSE. REINTEGRAÇÃO. ESBULHO POSSESSÓRIO. PRODUÇÃO DE PROVAS. AGRAVO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUM. 287/STF. INCIDÊNCIA.

1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz à inadmissão do recurso extraordinário. Súmula 287 do STF. Precedentes: ARE 680.279-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 22/5/2012, e ARE 735.978-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 4/9/2013.

2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “REINTEGRAÇÃO DE POSSE - CERCEAMENTO DE DEFESA - Inexistência - Sendo o Juiz o destinatário das provas, cabe a ele verificar a pertinência da sua produção - Correto o julgamento antecipado - Ausência de afronta ao princípio da ampla defesa.”

3. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 724.914

(461)

ORIGEM : AIRR - 9934420105150133 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO

PRETO - FAMERPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : LUIS HENRIQUE OLIVEIRA FERREIRAADV.(A/S) : HENRIQUE MORGADO CASSEB E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO DO TRABALHO. REAJUSTE SALARIAL. RESOLUÇÕES

DO CONSELHO DOS REITORES DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS PAULISTAS-CRUESP. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 29.6.2012.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 40

ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 725.332

(462)

ORIGEM : AC - 70045990140 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ALBERTO LUIZ LENGLER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IVANETE REGOSO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CIMEIRA CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : RAFAEL CALETTI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. INADIMPLEMENTO PARCIAL DO PREÇO CONTRATADO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: “O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral”).

2. O recorrente deve demonstrar a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei. Nesse sentido, AI 731.924/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, e AI 812.378-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, Plenário.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. BEM IMÓVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. INADIMPLEMENTO PARCIAL DO PREÇO CONTRATADO. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA REJEITADA”.

4. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.848

(463)

ORIGEM : AMS - 200470080020650 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : NEIDE VIANAADV.(A/S) : ADALBERTO MARCOS DE ARAÚJO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – PAGAMENTO INDEVIDO – BENEFICIÁRIO DE BOA-FÉ – RESTITUIÇÃO – MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. O Supremo, consignando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter repercussão geral o tema referente à obrigação, atribuída ao beneficiário, de devolver quantia que, por erro da autarquia previdenciária, tenha percebido de boa-fé.

PLENÁRIO – RESERVA. Descabe confundir reserva de Plenário – artigo 97 da Constituição Federal – com interpretação de normas legais.

MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.441

(464)

ORIGEM : AC - 008023614200680500010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

PROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : LUCIA PENNA FACHINETTIADV.(A/S) : RAFAEL FACHINETTI BRANDÃO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. REAJUSTE.

EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 10.12.2010.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.396

(465)

ORIGEM : AC - 01176745820078260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : SOLEZ LTDAADV.(A/S) : MARCELO MANOEL BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : WALDMAN COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : DONIZETE DOS SANTOS PRATA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. USO DE MARCA. CONCORRÊNCIA DESLEAL. PERDAS E DANOS. AGRAVO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUM. 287/STF. INCIDÊNCIA.

1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz à inadmissão do recurso extraordinário. Súmula 287 do STF. Precedentes: ARE 680.279-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 22/5/2012, e ARE 735.978-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 4/9/2013.

2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Marcas e Patentes. Abstenção de uso de marca. Sentença que julgou extinta a ação, nos termos do artigo 267, VI, CPC. Admissibilidade.”

3. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.546

(466)

ORIGEM : AI - 1420683 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DEUSIMAR NEVES QUEIROZADV.(A/S) : EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRALINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : MARCOS DE FRANÇAINTDO.(A/S) : JOSÉ ELIZOMARTE FERNANDES VIEIRAINTDO.(A/S) : FRANCISCO DERMIVAL FERNANDES VIEIRAINTDO.(A/S) : MARCOS RIBEIRO SUPPIINTDO.(A/S) : ANTONIO EDIMAR BEZERRAINTDO.(A/S) : JOSÉ CHARLES MACHADO DE MORAISINTDO.(A/S) : PEDRO JOSÉ DA CRUZINTDO.(A/S) : DAVI SILVANO DA SILVAINTDO.(A/S) : FRANCISCO ÁLVARO DE CARVALHO LIMAINTDO.(A/S) : FLÁVIO AUGUSTO MATTIOLI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO DE INADMISSÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. OFENSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 41

REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SUM. 283/STF. INCIDÊNCIA. PRECEDENTE.

1. “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.” (Súmula 283/STF). Precedente: RE 505.028-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 12/9/2008.

2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PEÇAS OBRIGATÓRIAS. NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE DO AGRAVANTE. JUNTADA DE PEÇAS AUSENTES, QUANDO DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. LEI 12.322, DE 08/09/2010, EM VIGOR EM 09/12/2010. ALTERAÇÃO DO ART. 544 DO CPC. RECURSO CONTRA NEGATIVA DE SEGUIMENTO DO RECURSO ESPECIAL, QUE PASSA A SER AGRAVO, NOS PRÓPRIOS AUTOS. APLICAÇÃO RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica, no sentido de que cabe ao agravante zelar pela formação do Agravo de Instrumento, interposto contra decisão denegatória de Recurso Especial, cuidando para que todas as peças necessárias à sua composição estejam presentes, sob pena de não conhecimento da irresignação. II. Não é permitido à parte recorrente, quando da interposição do Agravo Regimental contra a decisão que não conheceu do Agravo de Instrumento – em vista da ausência de peça essencial à sua formação –, fazer a juntada do documento faltante, porquanto preclusa a oportunidade para tanto. III. Inaplicável, ao caso, a Lei 12.322, de 08/09/2010, em vigor em 09/12/2010 – que deu nova redação ao art. 544 do Código de Processo Civil, para determinar que, contra a decisão que negar seguimento ao Recurso Especial, caberá Agravo, nos próprios autos –, na medida em que, sendo norma de natureza processual, rege-se pelo princípio tempus regit actum, revelando-se descabido o pedido de sua aplicação retroativa. IV. Agravo Regimental desprovido.”

3. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.820

(467)

ORIGEM : RESP - 1293493 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MARIA JOSÉ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANTHONY FERNANDES OLIVEIRA LIMA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ GUIMARÃES FARIAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GIANCARLO PACHECO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. CONTRATO DE MÚTUO IMOBILIÁRIO. QUITAÇÃO DO SALDO DEVEDOR RESIDUAL. AGRAVO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUM. 287/STF. INCIDÊNCIA.

1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz à inadmissão do recurso extraordinário. Súmula 287 do STF. Precedentes: ARE 680.279-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 22/5/2012, e ARE 735.978-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 4/9/2013.

2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL - CONTRATO DE MÚTUO IMOBILIÁRIO - QUITAÇÃO DO SALDO DEVEDOR RESIDUAL - AVENÇA NÃO COBERTA PELA CLÁUSULA DO FCVS - RESPONSABILIDADE DOS MUTUÁRIOS - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL DA CASA BANCÁRIA. IRRESIGNAÇÃO DA AUTORA.”

3. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.000

(468)

ORIGEM : AI - 00447410920128190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRASADV.(A/S) : FREDERICO SIQUEIRA FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA BERENICE COSTA MATTAADV.(A/S) : MARCOS CÉSAR DE SOUZA LIMA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA

DIREITO CIIVL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. ASSISTÊNCIA À SAÚDE. COMPETÊNCIA. DECISÃO DA CORTE DE ORIGEM. DEFERIMENTO DE PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. AUSÊNCIA DE JUÍZO DEFINITIVO DE CONSTITUCIONALIDADE. SÚMULA 735/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 17.10.2012.

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que incabível recurso extraordinário da decisão que aprecia medida cautelar, antecipação de tutela ou provimento liminar, porque, em casos tais, não são proferidos juízos definitivos de constitucionalidade, podendo as decisões ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo pela instância a quo. Aplicação da Súmula 735/STF.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.253

(469)

ORIGEM : PROC - 90144000520108130024 - TJMG - TURMA RECURSAL CÍVEL DE BELO HORIZONTE - 4ª TURMA

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSE CELSO CENACHIADV.(A/S) : MARIA DA CONCEICAO CARREIRA ALVIM E OUTRO(A/

S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. AGRAVO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUM. 287/STF. INCIDÊNCIA.

1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz à inadmissão do recurso extraordinário. Súmula 287 do STF. Precedentes: ARE 680.279-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 22/5/2012, e ARE 735.978-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 4/9/2013.

2. In casu, o acórdão recorrido manteve a sentença, por seus próprios fundamentos, a qual condenou a recorrente ao pagamento da diferença relativa aos expurgos inflacionários advindos do Plano Collor I.

3. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.856

(470)

ORIGEM : AC - 70039209846 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. DISPONIBILIDADE DE

MEDICAMENTOS EM ESTOQUE. ESTABELECIMENTO PRISIONAL. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 14.02.2013.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.857

(471)

ORIGEM : AC - 01731466 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 42

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : EDNA MARIA BATISTA MENDESADV.(A/S) : GISELE LUCY MONTEIRO DE MENEZES E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO. LEI ESTADUAL Nº 10.565/1991. NATUREZA JURÍDICA. EXTENSÃO AOS INATIVOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF.

1. A Gratificação pelo Exercício do Magistério e sua extensão aos servidores inativos, quando sub judice a controvérsia sobre sua natureza, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Precedentes: ARE 781.182-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 7/10/2014, e AI 684.640-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 11/9/2014.

2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional local, torna inadmissível o recurso extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL. GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO. CARÁTER GERAL. [...] 3. A solução da lide passa não pelo lapso temporal de percepção, pela autora, quando em atividade, da Gratificação pelo Exercício do Magistério, mas sim pela natureza de tal vantagem. 4. De acordo com o art. 3º da Lei Estadual nº 10.565, de 11 de janeiro de 1991, é evidente que a atuação em regência de classe constitui atribuição própria do cargo de professor (atribuição precípua, aliás). Logo, a vantagem em tela, não obstante condicionada, por históricas razões de política administrativa, à atuação em sala de aula, a rigor não pode ser caracterizada como propter laborem. 5. Com efeito, se a vantagem é paga pelo desempenho das funções normais e próprias do cargo, e não em razão de atividades extraordinárias ou de condições especiais de trabalho, impende concluir tratar-se de vantagem em verdade inerente ao cargo, e como tal extensível aos inativos. […] 5. Reexame necessário parcialmente provido, prejudicado o apelo voluntário.”

4. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.556

(472)

ORIGEM : AC - 24465279200080600011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : MARIA RITA BARROS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO TELES DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR ESTADUAL.

PENSÃO POR MORTE. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 28.6.2011.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.615

(473)

ORIGEM : AI - 01360813920128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBER

AGTE.(S) : MKM SERVICE LTDAADV.(A/S) : FERNANDO CESAR LOPES GONÇALVESADV.(A/S) : MATHEUS CAMARGO LORENA DE MELLOAGDO.(A/S) : BRADESCO LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : ESTHER GRONAU LUZ E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO PROCESSUAL CIVIL. SÚMULAS 282 E 356 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 29.8.2012.

Cristalizada a jurisprudência desta Suprema Corte, a teor das Súmulas 282 e 356, de que “Inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”, bem como que “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.832

(474)

ORIGEM : AC - 200883000095721 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA

DE TRANSPORTES - DNITPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ BARTOLOMEU CORDEIRO CAVALCANTIAGDO.(A/S) : ADEHILDA FERREIRA CAVALCANTIADV.(A/S) : MANDERMIRO NOGUEIRA SOBRINHO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. INDENIZAÇÃO.

EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 27.8.2013.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 799.844

(475)

ORIGEM : AC - 70048715528 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGREAGDO.(A/S) : VERA LOURDES DE SOUZA VINCENZIADV.(A/S) : FRANCESCO COLOMBO FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA DOS

SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - PREVIMPA

ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA AUCH BRUNDO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 43

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. CRÉDITO PREVIDENCIÁRIO HABILITADO EM PROCESSO FALIMENTAR. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO MUNICÍPIO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 12.3.2013.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 799.978

(476)

ORIGEM : AC - 50003945520104047102 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ADRIANA DA ROSA BEVENHU DE MOURAAGDO.(A/S) : ALTAIR BEVENHU DE MOURAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO CONSTITUCIONAL. SAÚDE. FORNECIMENTO DE

MEDICAMENTO. SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERATIVOS. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 10.10.2012.

A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido da responsabilidade solidária dos entes federativos quanto ao fornecimento de medicamentos pelo Estado, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um deles, União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 802.086

(477)

ORIGEM : AC - 50000666920124047001 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : BENEDITO WALTER DE SOUZAADV.(A/S) : SANDRA MELISSA DE MEDEIROS SILVA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE

SERVIÇO. ADICIONAL. REQUISITOS PARA CONCESSÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 05.7.2013

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 802.446

(478)

ORIGEM : AC - 201230041092 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : GRÊMIO LITERÁRIO E RECREATRIVO PORTUGUÊSADV.(A/S) : MÁRIO ANTÔNIO LOBATO DE PAIVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO ALBINO BRAGANÇA ARAÚJO NOBREADV.(A/S) : TIAGO NASSER SEFER E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 7.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RECURSO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. 1. A petição de agravo regimental não impugnou os fundamentos da decisão ora agravada. Nesses casos é inadmissível o recurso, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 808.074

(479)

ORIGEM : AC - 00153629020078190002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓIAGDO.(A/S) : MIGUEL CARLOS CANDALADV.(A/S) : MARCIO CARLOS CANDAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA DO

RELATOR PARA JULGAMENTO MONOCRÁTICO NOS TERMOS DO ART. 544, § 4º, DO CPC. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 23.11.2012.

O caso ora em discussão é de típico julgamento monocrático do recurso, a incidir as disposições constantes no art. 544, § 4º, II, do Código de Processo Civil.

As razões do agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate e ao óbice da Súmula 279/STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 810.245

(480)

ORIGEM : AC - 10518100126235001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MARIA LUIZA FRANCOADV.(A/S) : CAMILA MONTENEGRO DO Ó DE MELLO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. PENALIDADE DE DEMISSÃO.

IRREGULARIDADE NO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEGALIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. INAFASTABILIDADE DA JURISIDIÇÃO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 13.5.2013.

O exame da alegada ofensa ao art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Lei Maior, observada a estreita moldura com que devolvida a matéria à apreciação desta Suprema Corte dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Magna Carta.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (481)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 44

813.180ORIGEM : AC - 20110111028640 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CARLOS PINTO FERREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DISTRITAL.

REMUNERAÇÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 09.7.2013.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 813.344

(482)

ORIGEM : AC - 2836697200680600011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : FRANCISCO GILBERTO DE LIMAADV.(A/S) : VANDERLER SOARES PEIXOTO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. MATRÍCULA

EM CURSO DE FORMAÇÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 11.11.2011.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 814.329

(483)

ORIGEM : AC - 00376687520128120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : MÁRCIO PIRESADV.(A/S) : ÉDER WILSON GOMES

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. CLÁUSULA EDITAL. LIMITE DE

IDADE. CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADO BOMBEIRO MILITAR. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE

LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 12.3.2014.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 814.621

(484)

ORIGEM : AC - 939621720078090031 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : VOTORANTIM METAIS NÍQUEL S/AADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTOADV.(A/S) : DENISE DE CÁSSIA ZILIOAGDO.(A/S) : JOSE FRANCISCO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : WILMA REGINA DE SOUZA OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCELO ÁLVARO PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO CIVIL. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS. ALEGAÇÃO

DE OFENSA AO ART. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEGALIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. INAFASTABILIDADE DA JURISIDIÇÃO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 16.6.2011.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição de 1988. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

O exame da alegada ofensa ao art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Lei Maior, observada a estreita moldura com que devolvida a matéria à apreciação desta Suprema Corte dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Magna Carta.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 820.031

(485)

ORIGEM : PROC - 00305622120104030000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : BOMBRIL HOLDING S/AADV.(A/S) : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. APLICAÇÃO DE

MULTA. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL.ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 09.3.2012.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 45: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 45

viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 820.572

(486)

ORIGEM : APCRIM - 990100045415 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : C C N DE AADV.(A/S) : FÁBIO TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOAGDO.(A/S) : BT COMMUNICATIONS DO BRASIL LTDA - BRITISH

TELECOMADV.(A/S) : LEONARDO MASSUD E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 7.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL. CRIME DE ESTELIONATO. ARTIGO 171 DO CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE EXAURIMENTO DAS VIAS ORDINÁRIAS. SÚMULA 281/STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283/STF. INCIDÊNCIA.

1. “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.” (Súmula 283/STF). Precedente: RE 505.028-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 12/9/2008.

2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “Estelionato – art. 171, caput, CP – afastada preliminar de cerceamento de defesa – diligência desnecessária – preclusão – Condenação mantida – robusto conjunto probatório – Majoração das penas – Recurso da Acusação e da Assistência providos.”

3. Agravo regimental DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 820.730

(487)

ORIGEM : AREsp - 330514 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JOSEMILSON DE OLIVEIRA SANTOSADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSO SELETIVO. CURSO DE

FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR. ELIMINAÇÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 26.08.2013

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 820.904

(488)

ORIGEM : PROC - 70054328810 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : AUREA DA ROSA FERNANDESADV.(A/S) : VITOR LINDOLFO GRESSLER

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO. ADICIONAL

NOTURNO.LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 10.098/1994 E LEI ESTADUAL 6.672/1974. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 13.12.2013.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.521

(489)

ORIGEM : PROC - 200961210021498 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE

SÃO PAULOADV.(A/S) : SIMONE APARECIDA DELATORREAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TREMEMBÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

TREMEMBÉ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO EXIGÊNCIA DE FARMACÊUTICO

COMO RESPONSÁVEL TÉCNICO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 15.11.2012.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 825.109

(490)

ORIGEM : AC - 00087121420128170000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

AGDO.(A/S) : GILSON BERNARDINO DA SILVA JÚNIORADV.(A/S) : ANNY BRITO ALVES DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. EVENTUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 46

OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 13.6.2012.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 825.561

(491)

ORIGEM : ARE - 1402627942014812000050004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ANTÔNIO ILÁRIOADV.(A/S) : FERNANDO DE CAMPOS LOBOAGDO.(A/S) : FEDERAL DE SEGUROS S/AADV.(A/S) : ROSÂNGELA DIAS GUERREIROAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : LUÍS FERNANDO BARBOSA PASQUINI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. SEGURO HABITACIONAL.

RECONHECIMENTO PELA CORTE ORIGEM DE INTERESSE DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. DETERMINAÇÃO DE REMESSA DOS AUTOS PARA JUSTIÇA FEDERAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR.ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 30.6.2014.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 828.644

(492)

ORIGEM : PROC - 0003425102010402516801 - TRF2 - RJ - 2ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : LUIS AFONSO DOS SANTOS REPRESENTADO POR

SUA CURADORA NEUCA CHAGAS NUNESADV.(A/S) : GREICE FREDERICA DO NASCIMENTO LEALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. REGIME MILITAR. INCLUSÃO DE

DEPENDENTE. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEGALIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. INAFASTABILIDADE DA JURISIDIÇÃO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.

NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 18.02.2014.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, da Lei Maior, observada a estreita moldura com que devolvida a matéria à apreciação desta Suprema Corte dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Magna Carta.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 829.271

(493)

ORIGEM : PROC - 50350512920104047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MAXIMIANO FERREIRA TOVOADV.(A/S) : MARCO TÚLIO DE ROSEAGDO.(A/S) : ADRIELA AZEVEDO SOUZA MARIATHADV.(A/S) : CLAUDIO AUGUSTO DIANA TERRAAGDO.(A/S) : JONAS DE ALMEIDA RODRIGUESADV.(A/S) : Fernanda Sant'AnaAGDO.(A/S) : LUCIANO CASAGRANDEADV.(A/S) : MAURICIO ROSADO XAVIERAGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -

UFRGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EVENTUAL

OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 27.02.2013.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.527

(494)

ORIGEM : PROC - 00197204220114025151 - TRF2 - RJ - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JOSE VASQUEZ PONTEADV.(A/S) : BRUNO MORENO CARNEIRO FREITAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -

UFRJPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO.

REVISÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 20.6.2013.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 47

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 832.189

(495)

ORIGEM : AI - 00032765920118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : GEMIRA MAGAZINE LTDAADV.(A/S) : NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE

PRECATÓRIOS À PENHORA. RECUSA PELA FAZENDA PÚBLICA. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 19.5.2011.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 832.545

(496)

ORIGEM : AI - 00257979020118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓIAGDO.(A/S) : MARCELO COELHO XAVIERADV.(A/S) : LEONARDO BRANDAO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA

CAUSA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 12.7.2011.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.044

(497)

ORIGEM : AREsp - 135815 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALUDIR DO ROSÁRIO SANTOSADV.(A/S) : SAULO BONAT DE MELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRASADV.(A/S) : ANDRÉIA BAMBINI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

DEVIDO PROCESSO LEGAL – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – NULIDADE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Se, de um lado, é possível haver situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária a interesses.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.141

(498)

ORIGEM : REsp - 1432800 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ROMILDO FERREIRA DO ROSÁRIOADV.(A/S) : FABIANO NEVES MACIEYWSKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ANDRÉIA BAMBINI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

DEVIDO PROCESSO LEGAL – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – NULIDADE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Se, de um lado, é possível haver situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária a interesses.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.664

(499)

ORIGEM : AC - 20020110160740001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA

PROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : SAULO DE TARCIO DA SILVAADV.(A/S) : ROBERTO PESSOA PEIXOTO DE VASCONCELLOS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.

HORAS EXTRAS E ADICIONAL NOTURNO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 20.5.2013.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.702

(500)

ORIGEM : PROC - 407406120085220105 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : MARIA ODETE QUARESMA DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 48

ADV.(A/S) : ALEXANDRE DE ALMEIDA RAMOS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAAUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL.

INOBSERVÂNCIA DO ART. 543-A, § 2º, DO CPC. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA OU RECONHECIDA EM OUTRO RECURSO NÃO VIABILIZA APELO SEM A PRELIMINAR FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 16.4.2009.

Ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral. Inobservância do art. 543-A, § 2º, do CPC.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.343

(501)

ORIGEM : RR - 1033002820095050121 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : PETROBRAS TRANSPORTE S/A - TRANSPETROADV.(A/S) : ANDRÉ BARACHÍSIO LISBÔA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO RAMO

QUÍMICO PETROLEIRO DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO E OUTRO(A/

S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO DO TRABALHO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO

VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 08.3.2013.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.736

(502)

ORIGEM : AC - 01152633019908190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : LUIS VITORIANO VIEIRA TEIXEIRAADV.(A/S) : DAVID MILECH E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE CARLOS JORGE SOARES DE AZEVEDO

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLÁUDIO CUPELLOINTDO.(A/S) : DAIZO ADMINISTRADORA LTDA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.938

(503)

ORIGEM : AI - 0278571101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : MAURA SIQUEIRA ROMÃOADV.(A/S) : ANDREA SOUTO MAIOR DO REGO MACIEL E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RICARDO ANTONIO VILLARROEL GUERREROADV.(A/S) : ANTONIO FERNANDO GALVÃO COELHO E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO CESGRANRIOADV.(A/S) : IZAIAS BEZERRA DO NASCIMENTO NETO E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO

DE QUESTÕES. MATÉRIAS AUSENTES NO EDITAL. ILEGALIDADE ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, II, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEGALIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. NATUREZA INFRACONSTITUCINAL DA CONTROVÉRSIA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 24.6.2014

Obstada a análise da suposta afronta aos incisos II, LIV e LV do artigo 5º da Carta Magna, porquanto dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 836.463

(504)

ORIGEM : AC - 200683000031590 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JABOATÃO DOS GUARARAPESADV.(A/S) : ANTONIO RICARDO ACCIOLY CAMPOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E

BIOCOMBUSTÍVEIS - ANPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E DE

GÁS NATURAL. DISTRIBUIÇÃO DE ROYALTIES. LEIS NS. 7.990/89 E 9.478/97. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 15.7.2011.

A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte.

As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 838.673

(505)

ORIGEM : AC - 00235418920128100001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

PROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : TYARA OLIVEIRA DOS SANTOSAGDO.(A/S) : LIANA RACHEL BANDEIRA COSTAADV.(A/S) : EDVALDO GALVÃO LIMA FILHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.

REMUNERAÇÃO. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 49: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 49

RECORRIDO PUBLICADO EM 16.12.2013.As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os

fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.789 (506)ORIGEM : AC - 200870000069311 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : KEITHE DE JESUS FONTES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVAEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 14.10.2014.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.

Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado, o que afasta a presença dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC.

A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que ocorreu regularmente.

Embargos de declaração desprovidos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 123.658 (507)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : SIDINEI BAUADV.(A/S) : RAFAELA NUNES GEHLENADV.(A/S) : ALESSSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 287.219 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. ACÓRDÃO EMBARGADO QUE ENTENDEU AUSENTE QUALQUER EXCEPCIONALIDADE CAPAZ DE JUSTIFICAR A SUPERAÇÃO DA SÚMULA 691/STF. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS DESPROVIDOS. 1. Os embargos de declaração não se prestam à rediscussão dos juízos fáticos e dos entendimentos teóricos que hajam se formado no julgamento de mérito. 2. O acórdão embargado considerou que os fatos implicados na ação penal – suposto homicídio praticado em via pública mediante 13 disparos de arma de fogo – autorizam a custódia cautelar para a garantia da ordem pública. 3. O inconformismo do embargante com o resultado do julgamento não se qualifica como omissão, contradição ou obscuridade para fins de cabimento de embargos de declaração. 4. Embargos desprovidos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 642.427

(508)

ORIGEM : PROC - 00138701620108100000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOEMBDO.(A/S) : OSVALDO MARINHO FALCÃO FILHOADV.(A/S) : JOSÉ RIBAMAR OLIVEIRA FERREIRA

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

E M E N T AEMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO ADMINISTRATIVO.

SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. INADEQUAÇÃO DO MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA “C” DO ART. 102, III, DA LEI MAIOR. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF.

CONTRADIÇÃO INOCORRENTE. CARÁTER INFRINGENTE.Inexistente descompasso lógico entre os fundamentos adotados e a

conclusão do julgado, a afastar a tese veiculada nos embargos declaratórios de que contraditório o decisum.

Não se prestam os embargos de declaração, não obstante sua vocação democrática e a finalidade precípua de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, para o reexame das questões de fato e de direito já apreciadas no acórdão embargado.

Ausente contradição justificadora da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 535 do CPC, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 642.478

(509)

ORIGEM : MS - 0140022009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOEMBDO.(A/S) : IRAN FERREIRA RODRIGUESADV.(A/S) : WILLIANS DOURADO COSTA

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

E M E N T AEMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO ADMINISTRATIVO.

SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL MILITAR. REFORMA. PROCESSO DISCIPLINAR. PERDA DE PATENTE. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 5º, XXXVI, DA LEI MAIOR. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO INOCORRENTE. CARÁTER INFRINGENTE.

Não se prestam os embargos de declaração, não obstante sua vocação democrática e a finalidade precípua de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, para o reexame das questões de fato e de direito já apreciadas no acórdão embargado.

Ausente omissão justificadora da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 535 do CPC, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 714.837

(510)

ORIGEM : AMS - 96315 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : VERA LUCIA SANTOSADV.(A/S) : RENATA TRIGUEIRO FREITAS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ACÓRDÃO – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 814.843

(511)

ORIGEM : RMS - 30442 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAEMBDO.(A/S) : LÚCIO ALONSO EREIRA NOBREADV.(A/S) : ANÍSIO RAIMUNDO TEIXEIRA GRÉCIA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ACÓRDÃO – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 815.130

(512)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 50: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 50

ORIGEM : ARESP - 422205 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : PAULO PERGENTINO PINHEIRO MOTTAADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 14.10.2014.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.673

(513)

ORIGEM : EIAC - 10024100388388004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISEMBDO.(A/S) : MARIA DA GLORIA CARDOZO DOS SANTOS

NOGUEIRAADV.(A/S) : CHRISTIANO OLIVEIRA PRATES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : VALÉRIA MIRANDA DE SOUZA

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 30.9.2014.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DE SERVIÇOS DE SAÚDE. INCIDÊNCIA MEDIANTE OPÇÃO SOBRE APENAS UM DOS CARGOS OCUPADOS PELO SERVIDOR. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSA VIOLAÇÃO À RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA.

Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado, o que afasta a presença dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC.

A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que ocorreu regularmente.

O acórdão recorrido não declarou a inconstitucionalidade da legislação estadual, limitando-se a proferir uma interpretação conforme ao quanto decidido pelo Plenário da Corte na ADI 3.106/MG.

Embargos de declaração desprovidos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 807.713

(514)

ORIGEM : AC - 20070110131930 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : SYLVIA FICHERADV.(A/S) : ADOVALDO DIAS DE MEDEIROS FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

E M E N T AEMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO ADMINISTRATIVO.

SERVIDORA PÚBLICA. PARTICIPAÇÃO EM ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO COLETIVA. GRATIFICAÇÃO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. OMISSÃO INOCORRENTE. CARÁTER INFRINGENTE.

Não se prestam os embargos de declaração, não obstante sua vocação democrática e a finalidade precípua de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, para o reexame das questões de fato e de direito já apreciadas no acórdão embargado.

Ausente omissão justificadora da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 535 do CPC, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 804.078

(515)

ORIGEM : AC - 20120011048 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTE

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio, Presidente. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAEMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO

REGIMENTAL. DIREITO CONSTITUCUIONAL. OMISSÃO DO ESTADO QUE FRUSTA DIREITOS FUNDAMENTAIS. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. CONTROLE JURISDICIONAL. POSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO TRIBUNAL. POSSIBILIDADE DE O RELATOR DECIDIR MONOCRATICAMENTE. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 04.05.2012.

A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que incabíveis embargos de declaração opostos em face de decisão monocrática. Recebimento como agravo regimental com fundamento no princípio da fungibilidade.

A Suprema Corte considera lícito ao Poder Judiciário determinar, em situações excepcionais, a adoção, pela Administração Pública, de medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princípio da separação dos Poderes. Precedentes.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou pela possibilidade de o relator decidir monocraticamente sobre pedidos manifestamente improcedentes ou contrários à jurisprudência predominante no Tribunal.

Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.

HABEAS CORPUS 110.038 (516)ORIGEM : PROC - 00000110720107060006 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : RUAN GOMES BIZERRAPACTE.(S) : QELSON TIAGO MAGALHÃES XAVIERPACTE.(S) : FABRÍSIO PABLO COSTAL VINHÁTICOPACTE.(S) : UALAMES MOREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITARADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma deferiu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 14.10.2014.

COMPETÊNCIA – DEFINIÇÃO. A competência é definida ante as causas de pedir e o pedido da ação proposta.

HABEAS CORPUS 122.274 (517)ORIGEM : RCH - 43609 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : SEBASTIÃO EDUARDO PEREIRAIMPTE.(S) : GABRIELA NEHME BEMFICA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinto o processo, nos termos do voto do relator. Unânime. Falou a Dra. Gabriela Bemfica, pelo paciente. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 14.10.2014.

DIREITO – ORGANICIDADE E DINÂMICA – HABEAS CORPUS – RECURSO ORDINÁRIO. A organicidade do Direito instrumental direciona ao cabimento de recurso ordinário em se tratando de acórdão, formalizado por força de habeas corpus, indeferindo a ordem.

PRISÃO PREVENTIVA – INSTRUÇÃO PROCESSUAL – EMBARALHAMENTO. A tentativa de embaralhar a instrução processual, mediante ameaça ou pressão junto a testemunhas, respalda a prisão preventiva.

HABEAS CORPUS 123.324 (518)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 51

ORIGEM : RHC - 40267 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : IVO NOCKOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinto o processo, sem julgamento da matéria de fundo, nos termos do voto da relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTAHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. SUBSTITUTIVO DE

RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CRIMES DE DESOBEDIÊNCIA E DE DESACATO. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. VALIDADE.

1. Contra acórdão exarado em recurso ordinário em habeas corpus remanesce a possibilidade de manejo do recurso extraordinário previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. Diante da dicção constitucional, inadequada a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.

2. Não é inválida a imposição, como condição para a suspensão condicional do processo, de prestação de serviços ou prestação pecuniária, desde que “adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado” e fixadas em patamares distantes das penas decorrentes de eventual condenação. Precedentes.

3. A imposição das condições previstas no § 2º do art. 89 da Lei 9.099/95 fica sujeita ao prudente arbítrio do juiz, não cabendo revisão em habeas corpus, salvo se manifestamente ilegais ou abusivas.

4. Habeas corpus extinto sem resolução de mérito.

HABEAS CORPUS 123.425 (519)ORIGEM : APM - 580920147070007 - JUIZ AUDITOR MILITAR DA

7º CJMPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : LUIS FELIPE DE OLIVEIRA SOARESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 14.10.2014.

EMENTAHABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL MILITAR. TRÁFICO,

POSSE OU USO DE ENTORPECENTE. ART. 290 DO CPM. INDULTO. ART. 1º, INCISO XIII, DO DECRETO N.º 8.172/2013. CÔMPUTO DO PERÍODO DE PROVA DO SURSIS COMO DE CUMPRIMENTO DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA JURÍDICA DISTINTA. REQUISITO OBJETIVO NÃO ATENDIDO. ORDEM DENEGADA.

1. Na dicção do art. 1º, XIII, do Decreto 8.172/2013 concede-se o indulto aos condenados “a pena privativa de liberdade, desde que substituída por restritiva de direitos, na forma do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, ou ainda beneficiadas com a suspensão condicional da pena, que, de qualquer forma, tenham cumprido, até 25 de dezembro de 2013, um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes”.

2. A suspensão condicional não tem natureza jurídica de pena, mas de suspensão da execução da pena privativa de liberdade. Precedentes.

3. Cumprimento do período de prova do sursis não atende ao requisito objetivo expressamente estabelecido no art. 1º, XIII, da Lei 8.712/2013, motivo pelo qual o paciente não faz jus ao benefício do indulto requerido, tampouco viável o reconhecimento da extinção de punibilidade do fato.

4. Inobservância, na hipótese, de requisito objetivo – cumprimento de um quarto da pena privativa de liberdade.

5. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 124.230 (520)ORIGEM : HC - 199248 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MARCOS ABILIO MARTINSIMPTE.(S) : HERBERT HILTON BIN JUNIOR E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou extinto o processo, sem julgamento do mérito, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Presidente. Por unanimidade, deferiu a ordem, de ofício, nos termos do voto da relatora. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Primeira Turma, 21.10.2014.

EMENTA

HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. SUBSTITUTIVO DE RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ROUBO PRATICADO COM EMPREGO DE ARMA. PRISÃO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. MOTIVAÇÃO GENÉRICA E ABSTRATA. CONCESSÃO DE OFÍCIO.

1. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional.

2. O decreto prisional foi motivado de forma genérica e abstrata, sem elementos concretos, amparados em base empírica idônea, quanto aos fundamentos da prisão preventiva.

3. A jurisprudência desta Corte Suprema reputa inidônea a fundamentação de prisão preventiva lastreada em circunstâncias genéricas e impessoais. Precedentes.

4. Habeas corpus extinto sem resolução de mérito, mas com concessão de ofício da ordem para revogar a prisão preventiva decretada em desfavor do paciente.

Brasília, 5 de novembro de 2014.Thiago Fernandes Lins

Coordenador de Acórdãos Substituto

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima Sexagésima Sexta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AÇÃO PENAL 858 (521)ORIGEM : INQ - 2984 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREVISOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : EDUARDO COSENTINO DA CUNHAADV.(A/S) : ALEXANDRE DE MORAES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, julgou improcedente a denúncia, com absolvição do acusado Eduardo Consentino da Cunha, por insuficiência de prova, nos termos do artigo 386, VI, do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo Ministério Público Federal, a Drª Déborah Duprat, e, pelo réu, o Dr. Alexandre de Moraes. 2ª Turma, 26.08.2014.

Ação penal. Crime de uso de documento falso. Artigo 304 do Código Penal. Insuficiência de prova quanto à ciência, pelo acusado, da falsidade do documento, circunstância imprescindível à configuração do dolo. Absolvição com fundamento no art. 386, VI, do Código de Processo Penal.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.127

(522)

ORIGEM : MS - 12839 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ASSOCIACAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND -

ABCPADV.(A/S) : MÁRCIO PESTANA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

E M E N T A: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – RENOVAÇÃO DO CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CEBAS) – ALEGADA CONSUMAÇÃO DE PRAZO DECADENCIAL (LEI Nº 9.784/99, ART. 54) – NÃO OCORRÊNCIA – LIQUIDEZ DOS FATOS – NÃO COMPROVAÇÃO – PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA – AUSÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 124.153 (523)ORIGEM : RHC - 45943 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOSE CARLOS ABISSAMRA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS ABISSAMRA FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 52

agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 07.10.2014.

Agravo regimental em habeas corpus. 2. Atentado violento ao pudor (presunção de violência). Condenação. Prisão preventiva devidamente justificada. 3. Decisão monocrática do STJ. Não interposição de agravo regimental. Princípio do colegiado e carência de exaurimento da instância. Ofensa da ampla defesa. Inocorrência. 4. Agravo regimental que não impugna os fundamentos da decisão agravada. Mera irresignação do quanto decidido. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 778.709 (524)ORIGEM : AI - 200404010288484 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ELIZABETH MORAES SILVEIRAADV.(A/S) : FELIPE NÉRI DRESCH DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE À MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.431 (525)ORIGEM : RMS - 30456 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : DIOGENES LAERCIO DE BARROS MIRANDAADV.(A/S) : WAGNER ROSSI RODRIGUESADV.(A/S) : DEBORA VELOSO MAFFIA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 14.10.2014.

Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Processual Civil e Administrativo. Servidor público estadual. Pagamento de quintos incorporados. Recusa da Administração com base em limites orçamentários. 3. Direito ao recebimento da vantagem. Valores atualizados. Legislação estadual nº 68/92. Inaplicabilidade dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00). Necessidade de revolvimento da legislação local. Súmula 280. 4. Alegação de fundamentação deficiente. Precedente: AI-QO-RG 791.292, Tema 339. 5. Produção judicial de provas. Contraditório e ampla defesa. Precedente: ARE-RG 639.228, Tema 424. 6. Estabilidade financeira. Constitucionalidade. Precedente: ADI 1.264. 7. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 8. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 808.352 (526)ORIGEM : AC - 200983000069763 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ITAPISSUMAADV.(A/S) : MOACIR ALFREDO GUIMARÃES NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RESTRIÇÕES DA LEI N. 9.717/1998. NORMAS GERAIS. PREVIDÊNCIA SOCIAL. EXTRAVASAMENTO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 834.429 (527)ORIGEM : AC - 50072605120114047003 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : OLINETI JOSEFA GRANZOTTO MUZULONADV.(A/S) : JOSÉ MIGUEL GARCIA MEDINA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HENRIQUE CAVALHEIRO RICCIAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao

recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO CONSTITUCIONAL – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 835.132 (528)ORIGEM : AI - 50138336520114040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CLAUDIO NAPOLEÃO AREIASADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. VALOR DA CAUSA. VARA ESPECIALIZADA PREVIDENCIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 838.179 (529)ORIGEM : AC - 50171541720124047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : VITAL MOACIR DA SILVEIRAADV.(A/S) : MANOEL DEODORO DA SILVEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL – MODALIDADES DE RECURSOS EXCEPCIONAIS QUE POSSUEM DOMÍNIOS TEMÁTICOS PRÓPRIOS – ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR QUE SE APOIA EM DUPLO FUNDAMENTO (UM, DE ÍNDOLE CONSTITUCIONAL, E OUTRO, DE CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL) – PRECLUSÃO QUE SE OPEROU, NA ESPÉCIE, EM RELAÇÃO AO FUNDAMENTO DE ÍNDOLE MERAMENTE LEGAL – SÚMULA 283/STF – RECURSO IMPROVIDO.

- O recurso extraordinário e o recurso especial são institutos de direito processual constitucional. Trata-se de modalidades excepcionais de impugnação recursal, com domínios temáticos próprios que lhes foram constitucionalmente reservados.

Assentando-se, o acórdão emanado de Tribunal inferior, em duplo fundamento, e tendo em vista a plena autonomia e a inteira suficiência daquele de caráter infraconstitucional, mostra-se inadmissível o recurso extraordinário em tal contexto (Súmula 283/STF), eis que a decisão contra a qual se insurge o apelo extremo revela-se impregnada de condições suficientes para subsistir autonomamente, consideradas, de um lado, a preclusão que se operou em relação ao fundamento de índole meramente legal e, de outro, a irreversibilidade que resulta dessa específica situação processual. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 839.216 (530)ORIGEM : PROC - 05083473820114058201 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ALCIMIR DA CUNHA VASCONCELOSADV.(A/S) : UILTON PEIXOTO DE CARVALHO SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO.

– A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 53

do recurso extraordinário. Precedentes.– A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional,

quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 807.141

(531)

ORIGEM : MS - 201000010076733 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARNAGUÁADV.(A/S) : MATTSON RESENDE DOURADOADV.(A/S) : MÁRLIO DA ROCHA LUZ MOURA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – RECURSO IMPROVIDO.

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 825.146

(532)

ORIGEM : PROC - 0187272001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

AGDO.(A/S) : MIRTYS DE OLIVEIRA BARBOSAADV.(A/S) : MARIA HELENA SANDES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 826.929

(533)

ORIGEM : PROC - 270472101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : ROSALI ROMÃO DA SILVA FURTADOADV.(A/S) : JOSÉ CAUBI ARRAES BANDEIRA JUNIOR E OUTRO(A/

S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 832.850

(534)

ORIGEM : AC - 200881000088475 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : SIMONE NASCIMENTO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SIMONE NASCIMENTO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 833.217

(535)

ORIGEM : PROC - 05017885520134058311 - TRF5 - PE - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARLENE ARAUJO DA SILVAADV.(A/S) : PAULO EMANUEL PERAZZO DIAS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 14.10.2014.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – APELO EXTREMO TAMBÉM DEDUZIDO COM FUNDAMENTO NO ART. 102, III, “B”, DA CONSTITUIÇÃO – ACÓRDÃO QUE NÃO DECLAROU A INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – RECURSO IMPROVIDO.

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Revela-se processualmente inviável o recurso extraordinário, quando, interposto com fundamento no art. 102, III, “b”, da Carta Política, impugna acórdão que não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 833.311

(536)

ORIGEM : AREsp - 448874 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : TEÓFILO RODRIGUES BARBALHO JÚNIORADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.496

(537)

ORIGEM : AC - 06016047320138010070 - TJAC - 2ª TURMA RECURSAL - RIO BRANCO

PROCED. : ACRERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACREAGDO.(A/S) : MARIA DE LIMA VICTORADV.(A/S) : ANTONIO DE CARVALHO MEDEIROS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. OFENSA AOS ARTIGOS 5º, XXXV, E 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STF NO SENTIDO DE QUE A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 54

CONSTITUIÇÃO EXIGE FUNDAMENTAÇÃO, AINDA QUE SUCINTA. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE ATENDE ÀS DIRETRIZES FIRMADAS NO AI 791.292-RG (REL. MIN. GILMAR MENDES, TEMA 339). ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. VEDAÇÃO. SÚMULA 279/STF.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.369

(538)

ORIGEM : AC - 02471390 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : CLEMILDO SERAFIM DA SILVAADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.809

(539)

ORIGEM : AC - 06016263420138010070 - TJAC - 2ª TURMA RECURSAL - RIO BRANCO

PROCED. : ACRERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACREAGDO.(A/S) : IRISLENE BARBOSA DE ARAÚJOADV.(A/S) : ANTONIO DE CARVALHO MEDEIROS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROGRESSÃO FUNCIONAL. PROFESSORES. LEIS COMPLEMENTARES 67/1999, 144/2005 e 228/2011 DO ESTADO DO ACRE. ANÁLISE DE DIREITO LOCAL. SÚMULA 280/STF. REAPRECIAÇÃO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INVIABILIDADE. SÚMULA 279/STF.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.994

(540)

ORIGEM : MS - 00021172420138220000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : ELANE FAMBRE MARÇALADV.(A/S) : ROSIMEIRY MARIA DE LIMA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 836.090

(541)

ORIGEM : ARESP - 210171 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : NILTON CESAR RIBEIRO DE SOUZAADV.(A/S) : SAULO BONAT DE MELLOAGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ANANIAS CÉZAR TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente,

o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 21.10.2014.EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES, TEMA 660). CABIMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA EXECUÇÃO PROVISÓRIA. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL MERAMENTE REFLEXA.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.906

(542)

ORIGEM : PROC - 200984020001313 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARIA DA SALETE DOS SANTOS MORAISADV.(A/S) : RAULINO SALES SOBRINHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. PARIDADE. ART. 40, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, COM ALTERAÇÃO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/2003. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.919

(543)

ORIGEM : APCRIM - 10001876420028260052 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MARCOS DE SOUZA GIMENEZADV.(A/S) : SOLANGE KORBAGEAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS NS. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 838.698

(544)

ORIGEM : HC - 00992188420128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : R S A JADV.(A/S) : MARCOS CÉSAR DA SILVAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO INTEMPESTIVO: SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O prazo para a interposição de agravo contra decisão denegatória de recurso extraordinário, em processo penal, é de cinco dias, subsistindo o enunciado da Súmula n. 699 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 829.592

(545)

ORIGEM : AC - 200984000042139 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 55

EMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : OLIVAL MANOEL DE OLIVEIRAADV.(A/S) : VINICIUS ARAÚJO DA SILVA

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 800.217

(546)

ORIGEM : PROC - 50065086420114047105 - TRF4 - RS - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : LUCIANO MARTINS VIDORADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS TEIXEIRA DE MOURAEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 820.566

(547)

ORIGEM : AREsp - 386417 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO

PAULO - SABESPADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CONDOMINIO EDIFICIO SAUSALITO RESIDENCE

FLATADV.(A/S) : RENÊ DE JESUS MALUHY JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e aplicou multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 14.10.2014.

Embargos de declaração em agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Fornecimento de água. Critério de classificação do usuário. Decreto estadual nº 41.446/96. Legislação infraconstitucional. 3. Incidência dos enunciados 279, 280 e 636 da Súmula do STF. 4. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 5. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.352

(548)

ORIGEM : APCRIM - 200540000030762 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ELIAS BARROSO DOS SANTOSADV.(A/S) : FABRÍCIO PAZ IBIAPINA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e concedeu de ofício a ordem de habeas corpus para declarar extinta a punibilidade do Recorrente, quanto ao crime previsto no art. 288 do Código Penal relativo à Ação Penal n. 2005.40.00.3076-0, a qual tramitou perante a Terceira Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, em decorrência da prescrição retroativa da pretensão punitiva, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. CONCESSÃO DE ORDEM DE HABEAS CORPUS DE OFÍCIO PARA DECLARAR EXTINTA A PUNIBILIDADE QUANTO AO CRIME PREVISTO NO ART. 288 DO CÓDIGO PENAL, EM DECORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO RETROATIVA DA PRETENSÃO PUNITIVA.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM (549)

AGRAVO 825.678ORIGEM : REsp - 1126369 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : GLAYDSON FERREIRA CARDOSO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.832

(550)

ORIGEM : AI - 01284219120128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : INDÚSTRIA MECÂNICA SAMOT LTDAADV.(A/S) : MIGUEL CALMON MARATA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 14.10.2014.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ACÓRDÃO QUE INDEFERE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA – ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE DEFINITIVIDADE – MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DO “FUMUS BONI JURIS” E DO “PERICULUM IN MORA” – INVIABILIDADE DO APELO EXTREMO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios – precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do “periculum in mora” e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada – não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em consequência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes.

EXTRADIÇÃO 1.355 (551)ORIGEM : PPE - 714 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : GOVERNO DE PORTUGALEXTDO.(A/S) : JOÃO CARLOS DE BARROS MOURAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, deferiu, em parte, a extradição, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA PELA JUSTIÇA PORTUGUESA. TRATADO ESPECÍFICO: REQUISITOS ATENDIDOS. CRIMES DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, ESTELIONATO E FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO. DUPLA TIPICIDADE. INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO (“INTRODUÇÃO EM LUGAR VEDADO AO PÚBLICO”): PRESCRIÇÃO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. EXTRADIÇÃO PARCIALMENTE DEFERIDA.

1. O pedido formulado pelo Estado Português atende aos pressupostos necessários ao seu deferimento parcial, nos termos da Lei n. 6.815/80 e do Tratado de Extradição específico, inexistindo irregularidades formais.

2. Ressalvada a prescrição, pelas legislações brasileira e portuguesa, do “crime de introdução em lugar vedado ao público”, correspondente ao tipo penal do art. 150 do Código Penal brasileiro (violação de domicilio), o Estado Requerente dispõe de competência jurisdicional para processar e julgar os demais crimes imputados ao Extraditando, que, naquele Estado, teria sido autor de atos que configuram, em tese, os delitos de “associação criminosa”, “burla qualificada”, burla simples, “falsificação de documento agravado” e falsificação de documento, conformando-se o caso ao disposto no art. 78, inc. I, da Lei n. 6.815/80 e com o princípio de direito penal internacional da territorialidade da lei penal.

3. Requisito da dupla tipicidade previsto no art. 77, inc. II, da Lei n. 6.815/1980 cumprido: fatos delituosos imputados ao Extraditando correspondentes, no Brasil, aos crimes de estelionato, associação criminosa e falsificação de documento (arts. 171, 288 e 298 do Código Penal brasileiro).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 56

4. Na ação de extradição o Supremo Tribunal não detém competência para examinar o mérito da pretensão deduzida pelo Estado Requerente ou o contexto probatório em que a postulação extradicional apoia-se. Precedentes.

5. Extradição parcialmente deferida.

HABEAS CORPUS 122.202 (552)ORIGEM : RHC - 36550 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : EVARISTO TRENTINPACTE.(S) : EVERLANE VICCARI TRENTIN OU EVERLANE

VICCARI TRENTIN RODRIGUES DA CUNHAPACTE.(S) : JURANDIR PEREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : MARCELO DI REZENDE BERNARDESADV.(A/S) : PEDRO PAULO GUERRA DE MEDEIROSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. CRIMES AMBIENTAL, RECEPTAÇÃO E CONTRABANDO. CONEXÃO: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ALTERAÇÃO SUPERVENIENTE DA COMPETÊNCIA. VALIDADE DOS ATOS PRATICADOS. ORDEM DENEGADA.

1. Fatos imputados aos Pacientes praticados em conexão com o crime de contrabando. Havendo concurso de crimes, a competência da Justiça Federal para um deles atrai, por conexão instrumental, a competência para o julgamento dos demais.

2. Alteração superveniente da competência pela extinção da punibilidade quanto ao crime de contrabando. Inexistência de nulidade dos atos processuais válidos quando praticados.

3. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 123.313 (553)ORIGEM : RHC - 46197 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : D V DE SIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 07.10.2014.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO (ART. 157, § 2º, I E II, DO CP) E CORRUPÇÃO DE MENOR (ART. 244-B DA LEI 8.069/1990). PRISÃO PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. MODO DE EXECUÇÃO DO DELITO. REFORMATIO IN PEJUS. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA.

1. Os fundamentos utilizados revelam-se idôneos para manter a segregação cautelar do paciente, na linha de precedentes desta Corte. É que a decisão aponta de maneira concreta a necessidade de garantir a ordem pública, tendo em vista a periculosidade do agente, evidenciada pelas circunstâncias em que o delito fora praticado.

2. O Superior Tribunal de Justiça limitou-se a trazer a lume circunstâncias já referidas pelas instâncias ordinárias, as quais, aliás, estão corroboradas pelo Auto de Prisão em Flagrante juntado aos autos pelo próprio impetrante. Nesse contexto, não há que falar que o acórdão impugnado tornou mais gravosa a situação jurídica do acusado.

3. Habeas corpus denegado.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 123.709 (554)ORIGEM : HC - 219376 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : VINICIO GOMES DE ANDRADEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. LATROCÍNIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. HABEAS CORPUS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. FIXAÇÃO DA PENA-BASE. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME, EM CONCRETO, DA SUFICIÊNCIA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS APRESENTADAS.

1. Não há nulidade na decisão que fixa a pena-base com fundamentação idônea. É inexigível a fundamentação exaustiva das circunstâncias judiciais consideradas; a sentença deve ser lida em seu todo. Precedentes.

2. Não se presta o recurso ordinário em habeas corpus para ponderar, em concreto, a suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas instâncias antecedentes para a majoração da pena. Precedentes.

3. Recurso ao qual se nega provimento.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 124.801 (555)ORIGEM : HC - 288783 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CLEVER RODOLFO CARVALHO VASCONCELOSADV.(A/S) : AGENOR NAKAZONEADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA MELO RODRIGUESRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 28.10.2014.

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. FALSIDADE IDEOLÓGICA E PREVARICAÇÃO. DENÚNCIA CONTRA PROMOTOR DE JUSTIÇA. ALEGAÇÃO DE INÉPCIA DA DENÚNCIA: IMPROCEDÊNCIA MANIFESTA. PRECEDENTES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Brasília, 5 de novembro de 2014.Thiago Fernandes Lins

Coordenador de Acórdãos Substituto

SECRETARIA JUDICIÁRIADecisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 3.725 (556)ORIGEM : PROC - 20130775729 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : FABIO ROBERTO LANGEADV.(A/S) : GHAZALEH PARHAM FARD E OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : BANCO FINASA BMC S/AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de ação cautelar com objetivo de afastar a retenção de recurso extraordinário (art. 542, § 3º, do CPC) interposto nos autos do Agravo de Instrumento 2013.077572-9, em trâmite no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). O requerente alega que o recurso extraordinário possui considerável probabilidade de êxito e que, ante a complexidade das medidas a que foi obrigado pela decisão, estaria presente o perigo na demora da prestação jurisdicional. Requer, por fim, seja julgada procedente a presente ação cautelar, determinando-se o imediato processamento do recurso extraordinário.

2. A Corte, em situações excepcionais, admite a superação de ordem de retenção na origem, determinada com base no § 3º do art. 542 do CPC, quando tal medida for indispensável para evitar que o julgamento postergado acarrete irremediável prejuízo do próprio recurso ou a ineficácia do futuro julgamento do apelo, podendo ser suscitada a questão, inclusive, mediante ação cautelar (nesse sentido: AC 3265-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 19/03/2013; e AC 695-QO, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 13/05/2013).

A procedência do pedido depende, contudo, do exame, ainda que precário, da viabilidade jurídica do próprio recurso extraordinário (AC 3.189-AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 08/10/2012).

A partir de consulta realizada no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, extrai-se que o acórdão objeto do recurso extraordinário recebeu a seguinte ementa:

“TUTELA ANTECIPADA. Insurgência. Financiamento de veículo. Revisional. Oferta de valores. Inscrição nos cadastros de inadimplentes e desapossamento do bem vedados. Pedidos deferidos no despacho inaugural. Ausente interesse. Declaração incidente de inconstitucionalidade. Lei que autoriza a capitalização de juros nas cédulas de crédito bancário. Discussão inócua. Revisão de contrato diverso. Quitação antecipada do ajuste. Expurgo de encargos. Análise inviável. Mérito da demanda. Juros remuneratórios. Anatocismo. Tarifas bancárias. Comissão de permanência. Matérias não examinadas na decisão recorrida. Agravo conhecido em parte e desprovido” (Agravo de Instrumento 2013.077572-9, Rel. Des. José Inacio Schaefer, 4ª Cãmara de Direito Comercial, j. 6/5/2014)

Está evidenciado, portanto, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão proferido no julgamento de agravo de instrumento, que, por sua vez, impugnou decisão precária e provisória, ainda sujeita a revogação ou alteração nas instâncias ordinárias, que indeferiu a antecipação dos efeitos da tutela (art. 273 do CPC), de modo que seu cabimento encontra óbice no enunciado da Súmula 735 desta Corte, que assim prescreve: "Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 57

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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AÇÃO CAUTELAR 3.736 (557)ORIGEM : PROC - 50006536220104047001 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : JOSE AUGUSTO CORREA SANDRESCHIADV.(A/S) : JOSE AUGUSTO CORREA SANDRESCHIRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de ação cautelar, com pedido liminar, para a atribuição de efeito suspensivo a recurso extraordinário (Processo 5000653-62.2010.404.7001), com o objetivo de impedir o redirecionamento da execução fiscal por fluência de prazo prescricional. Alega o requerente, em síntese, que o decurso do prazo de 5 anos, contados entre a citação da pessoa jurídica e a citação do sócio, impediria o redirecionamento dos executivos fiscais. Ao final requer “que de provimento temporário a este pedido de cautelar no sentido de que qualquer execução, seja da União, Estada ou Municípios que venham com o rotulo de Dissolução irregular da Sociedade para torná-las imprescritíveis, seja obstada, até que julguem o recurso extraordinário ao STF e o Especial do STJ, por se tratar de perigo de lesão irreparável ao Apelante na penhora de seus bens e prejuízos morais e profissionais (...)”.

2. O Supremo Tribunal Federal, em situações excepcionais, admite a atribuição de efeito suspensivo a recurso extraordinário, objeto de juízo negativo e admissibilidade perante o Tribunal de origem, desde que presentes, simultaneamente, os seguintes requisitos: (a) manifesta situação de verossimilhança (alta probabilidade de êxito do recurso extraordinário); e (b) configuração de situação de notória urgência, em que a imediata intervenção do STF seja indispensável a evitar dano irreparável ao direito pleiteado. É o que decidiu, por exemplo, a Segunda Turma no julgamento da AC 1.821-QO, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 4/4/2008:

“QUESTÃO DE ORDEM EM AÇÃO CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO ADMITIDO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO AINDA NÃO RECEBIDO NESTA CORTE. MEDIDA CAUTELAR CONCEDIDA PARA SUSPENDER OS EFEITOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. 2. Em situações excepcionais, em que estão patentes a plausibilidade jurídica do pedido - decorrente do fato de a decisão recorrida contrariar jurisprudência ou súmula do Supremo Tribunal Federal - e o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação a ser consubstanciado pela execução do acórdão recorrido, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar ainda que o recurso extraordinário tenha sido objeto de juízo negativo de admissibilidade perante o Tribunal de origem e o agravo de instrumento contra essa decisão ainda não tenha sido recebido nesta Corte. 3. Hipótese que não constitui exceção à aplicação das Súmulas 634 e 635 do STF. 4. Suspensão dos efeitos do acórdão impugnado pelo recurso extraordinário, até que o agravo de instrumento seja julgado. 5. Liminar referendada em questão de ordem. Unânime”. (no mesmo sentido: AC 2.744-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 25/4/2011; e AC 2.023-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, Dje de 8/10/2009).

Igualmente, não estaria configurada situação de contrariedade à jurisprudência do STF, conforme os precedentes desta Corte citados no acórdão recorrido (por exemplo, o MS 27260, Pleno, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 26/3/2010).

Ora, não demonstrada de maneira inequívoca a ocorrência de situação excepcional, caracterizada pela plausibilidade jurídica do pedido, apta a autorizar a concessão do efeito suspensivo pleiteado em momento anterior ao recebimento nesta Corte do agravo em recurso extraordinário, incabível se mostra a presente medida cautelar.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 347 (558)ORIGEM :PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARÉU(É)(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSLIT.PAS.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍLIT.PAS.(A/S) : ESTADO DO TOCANTINS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE TOCANTINS

DESPACHO: Tendo em vista a publicação do acórdão no dia 31/10/2014, resta prejudicado o pedido formulado à fl. 3.731, cumprindo destacar que este processo não está sob segredo de justiça, o que autoriza o atendimento de solicitações de divulgação e disseminação dos dados relativos às novas divisas entre os Estados envolvidos neste feito.

Publique-se.Brasília, 5 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 917 (559)ORIGEM : AC - 199901000333321 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Trata-se de “ação ordinária” ajuizada pelo Estado do Piauí contra a União Federal, objetivando, em síntese, seja reconhecida “(...) a total procedência da ação, com a condenação da Ré a se abster de fazer qualquer cobrança do valor de 290.698,3543 UFIR’s, bem como de abster-se de aplicar qualquer penalidade ao Hospital JUSTINO LUZ, antes do julgamento dos valores repassados ao Estado do Piauí para o Hospital JUSTINO LUZ” (fls. 10/11).

Observo que as partes são legítimas e se acham adequadamente representadas nesta sede processual (CPC, art. 12, I).

A contestação deduzida pela União Federal foi produzida no prazo assinalado, sendo certo que não foram suscitadas questões preliminares.

Este processo, por estar formalmente em ordem e ante a inexistência de provas a produzir, permite o julgamento antecipado da lide (CPC, art. 330, I).

Reconhecida a regularidade formal da presente ação, d etermino pronunciem-se as partes (Estado do Piauí e União Federal), sucessivamente, no prazo de 05 (cinco) dias (RISTF, art. 249), em alegações finais.

Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.410 (560)ORIGEM : ACO - 90161 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSORÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Cuidam os autos de Ação Cível Originária movida pelo Estado de Mato Grosso com o objetivo de obstar a União a proceder à inscrição do autor no CAUC/SIAFI.

Nos autos da Ação Cautelar nº 2.376, a liminar requerida foi deferida, a fim de determinar a suspensão temporária dos efeitos das inscrições do Estado Requerente nos sistemas CAUC/SIAFI/CADIN e em todo e qualquer sistema utilizado pela União que guardem pertinência com as dívidas do Estado autor relacionadas aos convênios mencionados no autos, referentes ao exercício de 2008. Nos autos da ação incidental AC 2.649, a liminar foi igualmente deferida para suspender os efeitos das mencionadas inscrições em relação ao ano de 2009.

Apensem-se a estes os autos da AC 2.649 (Petição 9840/2013, fls 198-199) e AC 2.376.

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.536 (561)ORIGEM : PROC - 00008785620144025103 - JUIZ FEDERAL DA 2º

REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 58

RÉU(É)(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRÉU(É)(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRÉU(É)(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORÉU(É)(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORÉU(É)(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO: Intime-se o Presidente do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP para que, se tiver interesse, possa comparecer à audiência inaugural de mediação, designada para o dia 20 de novembro de 2014, às 10:00 horas, no Gabinete do Ministro Luiz Fux - 3º andar, do Anexo II, do Supremo Tribunal Federal - STF.

Publique-se.Brasília, 05 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.171

(562)

ORIGEM : ADI - 5171 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MEMBROS DO

MINISTÉRIO PÚBLICO - CONAMPADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 48/2014. APLICAÇÃO DO RITO DO ART. 12, DA LEI Nº 9.868/1999. MANIFESTAÇÃO DA AGU E DA PGR.

DESPACHO: Cuida-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, proposta pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP, objetivando a declaração de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 48, de 13 de outubro de 2014, da Constituição do Estado do Amapá, por suposta ofensa aos arts. 127, § 2º e 128, § 3º, da CRFB/88. Eis o teor da norma impugnada:

“Art. 146. O Ministério Público do Estado tem como Chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, dentre Procuradores com mais de trinta e cinco anos de idade, que gozem de vitaliciedade, indicados em lista tríplice, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

Parágrafo único – A eleição do Procurador-Geral de Justiça do Estado, para cada biênio subsequente, será realizada sempre no dia 15 (quinze) de janeiro.”

A hipótese reveste-se de indiscutível relevância. Entendo deva ser aplicado o preceito veiculado pelo artigo 12 da Lei n. 9.868, de 10 de novembro de 1999, a fim de que a decisão venha a ser tomada em caráter definitivo e não nesta fase de análise cautelar.

Colham-se informações das autoridades requeridas, no prazo máximo de 10 [dez] dias. Imediatamente, após este prazo, dê-se vista ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de 5 [cinco] dias, para que cada qual se manifeste na forma da legislação vigente.

Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.175 (563)ORIGEM : ADI - 5175 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOSINTDO.(A/S) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Considerando-se a relevância da matéria, adoto o rito do artigo 12 da Lei 9.868/1999, de 10 de novembro de 1999. Assim, requisitem-se as informações definitivas, a serem prestadas no prazo de 10 dias; após, remetam-se os autos, sucessivamente, ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, para que se manifestem no prazo de 5 dias.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 886 (564)ORIGEM : AP - 00007018920104058000 - JUIZ FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ROSA WEBERREVISOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JOÃO JOSÉ PEREIRA DE LYRAADV.(A/S) : ADRIANO COSTA AVELINORÉU(É)(S) : ANTÔNIO JOSÉ PEREIRA DE LYRAADV.(A/S) : FÁBIO COSTA FERRARIO DE ALMEIDA

Vistos etc.1. Trata-se de denúncia contra o Deputado Federal João José

Pereira de Lyra e Antônio José Pereira de Lyra pelo cometimento do crime previsto no artigo 149 do Código Penal, a qual foi recebida, por maioria de votos, pelo Plenário desta Suprema Corte (fls. 987-8 e fls. 1039-40).

2. Não obstante a regra do artigo 7º da Lei nº 8.038/90, que prevê a realização do interrogatório logo após o recebimento da denúncia, tem-se entendido pela aplicação, às ações penais originárias em trâmite nesta Suprema Corte, das alterações introduzidas no processo penal brasileiro pela Lei nº 11.719/2008, com o deslocamento do interrogatório, a bem da ampla defesa, para o final da instrução (AP 528 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandovski, Tribunal Pleno, 24/03/2011, DJe-109, de 07-06-2011).

Assim, os acusados não serão interrogados nessa fase inicial, mas apenas ao final da instrução.

3. Citem-se os acusados, pessoalmente, para apresentarem defesa prévia no prazo de 05 (cinco) dias, desde logo especificando as provas que pretendem produzir e justificando a necessidade de cada requerimento.

4. Intimem-se, por publicação, os defensores constituídos. 5. Publique-se. Brasília, 02 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

AÇÃO PENAL 887 (565)ORIGEM : PROC - 100000000604201323 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIREVISOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JÂNIO NATAL ANDRADE BORGESADV.(A/S) : GAMIL FÖPPEL

DESPACHO: Delego ao Juiz de Direito Márcio Schiefler Fontes, magistrado instrutor convocado para atuar neste Gabinete, a condução da presente instrução penal, nos termos do art. 3º, III, da Lei 8.038/1990 e do art. 21-A do RISTF.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 887 (566)ORIGEM : PROC - 100000000604201323 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIREVISOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JÂNIO NATAL ANDRADE BORGESADV.(A/S) : GAMIL FÖPPEL

DESPACHO: O Supremo Tribunal Federal adotou entendimento no sentido de que o interrogatório deve ser realizado ao final da instrução criminal, nos termos do art. 400 do Código de Processo Penal, alterado pela Lei 11.719/2008, afastando a incidência dos arts. 7º da Lei 8.038/1990 e 235 do RISTF (AP 528 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, DJe de 08-06-2011).

Recebida a denúncia, cite-se o réu para apresentação de defesa prévia, no prazo de 5 (cinco) dias, a teor dos arts. 8º da Lei 8.038/1990 e 238 do RISTF.

Retifique-se a autuação, passando a constar como revisor o Exmo. Sr. Min. Celso de Mello, por força da alteração regimental operada pela Emenda 49/2014.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 59

Intime-se.Brasília, 4 de novembro de 2014Márcio Schiefler FontesJuiz InstrutorDocumento assinado digitalmente

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.221 (567)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : ANDRÉ ARRABALADV.(A/S) : CÁSSIO DJALMA SILVA CHIAPPINEMBDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao mandado de segurança, nos seguintes termos:

“(...) 3. À luz desses mesmos fundamentos, não se tem presente, no caso em exame, a alegada ilegitimidade do ato coator atribuído ao Conselho Nacional de Justiça, nem qualquer ofensa ou ameaça a direito líquido e certo afirmado pela parte impetrante.

4. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º do RISTF), ficando revogada a decisão que deferiu o pedido liminar e prejudicados os recursos pendentes.”

Em suma, alega o embargante a existência de omissão na ausência de apreciação do pedido de sobrestamento (Petição 31246/2013). Por fim, em caso de rejeição do recurso, requer a desistência da ação.

2. A decisão embargada concluiu pela negativa de seguimento da ação, o que afasta, por decorrência, a omissão referente ao pedido de sobrestamento e o acolhimento dos embargos declaratórios.

3. Diante do exposto, com base na orientação adotada pelo STF no julgamento do RE 669367, Rel. p/ acórdão Min. Rosa Weber, DJe de 10/05/2013, homologo o pedido de desistência. Fica prejudicado o julgamento dos embargos de declaração.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.819 (568)ORIGEM : RESOLUÇÃO - 80 - CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : ANA VIRGINIA DE ARAUJO SILVAADV.(A/S) : RODRIGO AZEVEDO GRECOEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de embargos de declaração opostos pelo impetrante, contra decisão monocrática que negou seguimento ao pedido, nos seguintes termos:

“(...) 5. No caso da impetração, os documentos demonstram que a parte impetrante foi designada à titularidade da serventia em caráter temporário (Portaria 507/2000 do TJPB) e sem a realização de concurso público, o que não atende às exigências do art. 236, § 3º, da Constituição.

6. Em suma, não se tem presente a alegada ilegitimidade do ato coator atribuído ao Conselho Nacional de Justiça nem a existência do direito líquido e certo afirmado pela parte impetrante.

7. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º do RISTF). Custas pela parte impetrante. Sem honorários advocatícios (Lei 12.016/09, art. 25).”

Em suma, alega a embargante a existência de omissão na análise de da tese relacionada à violação do princípio da motivação pela autoridade apontada como coatora.

2. Os embargos declaratórios se limitam a reiterar os argumentos da inicial para a concessão da ordem pleiteada. A decisão recorrida possui motivação clara sobre a ausência de ilegalidade no ato coator, pelo seguintes fundamentos: (a) o prazo decadencial de 5 anos, de que trata o art. 54 da Lei 9.784/1999, não se aplica à revisão de atos de delegação de serventias extrajudiciais editados após a Constituição de 1988; (b) os atos de provimento originário ou derivado (permuta e remoção) das serventias que não observarem o art. 236 da Constituição podem ser desconstituídos a qualquer tempo pelo CNJ, por serem inconstitucionais; (c) e a existência de lei estadual autorizadora de permuta ou remoção por ato do Tribunal de Justiça do Estado não supre a inconstitucionalidade do provimento. Acrescenta-se que, sobre a motivação da decisão administrativa, também não há a apontada omissão. Ao negar seguimento ao pedido, ficou clara a legitimidade do ato atribuído à

autoridade impetrada, o que fasta, por decorrência lógica, o alegado vício de motivação.

A decisão embargada observa a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto e, não havendo qualquer obscuridade, contradição ou omissão no julgado embargado, conforme exige o art. 535 do CPC, impõe-se a rejeição dos presentes embargos declaratórios.

3. Diante do exposto, rejeito os embargos de declaração.Publique-se. Intimem-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 17.992 (569)ORIGEM : ARESP - 323510 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : EDIMAR PEREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DANILO CLARIANO DE FARIA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAEMBDO.(A/S) : DOUGLAS FABIAN CINTRA RIBEIROADV.(A/S) : VÍTOR GLYDSTON COELHOEMBDO.(A/S) : LEONARDO ALVES FRANCOADV.(A/S) : ANA PAULA VEIGA SILVA MACHADOINTDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de embargos de declaração contra decisão monocrática que negou seguimento ao pedido. Consta da decisão impugnada:

“(...) No caso, é manifestamente improcedente o pedido, porquanto a Corte não admite a reclamação como meio processual adequado para a impugnação da sistemática de repercussão geral, sob alegação de equívoco na aplicação do precedente pelos Tribunais de origem:

‘CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO NA ORIGEM. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Não se admite reclamação contra decisão que, nos tribunais de origem, aplica a sistemática da repercussão geral, ressalvada a hipótese de negativa de retratação. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento (Rcl 17.375-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe de 05/06/2014. No mesmo sentido: Rcl 14.555-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Plenário, DJe de 05/06/2014; Rcl 15.042-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe de 31/03/2014; Rcl 11.217-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe de 18/02/2014; Rcl 16.479-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe de 19/02/2014)’.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido.”Em suma, alega que a decisão embargada seria contraditória, pois

ressalvou o cabimento da reclamação na hipótese de “negativa de retratação”.2. A decisão embargada observou a jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal sobre o assunto, de forma que, não havendo qualquer obscuridade, contradição ou omissão no julgado embargado, conforme exige o art. 535 do CPC, impõe-se a rejeição dos presentes embargos declaratórios.

3. Diante do exposto, rejeito os embargos de declaração.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 18.551 (570)ORIGEM : AREsp - 349432 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : IRACI TEREZINHA BELTRAMINADV.(A/S) : RODRIGO ARRUDA SANCHEZEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de embargos de declaração contra decisão monocrática que negou seguimento ao pedido. Consta da decisão impugnada:

“(...) No caso, é manifestamente improcedente o pedido, porquanto a Corte não admite a reclamação como meio processual adequado para a impugnação da sistemática de repercussão geral, sob alegação de equívoco na aplicação do precedente pelos Tribunais de origem:

‘CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO NA ORIGEM. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Não se admite reclamação contra decisão que, nos tribunais de origem, aplica a sistemática da repercussão geral, ressalvada a hipótese de negativa de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 60

retratação. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento (Rcl 17.375-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe de 05/06/2014. No mesmo sentido: Rcl 14.555-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Plenário, DJe de 05/06/2014; Rcl 15.042-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe de 31/03/2014; Rcl 11.217-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe de 18/02/2014; Rcl 16.479-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe de 19/02/2014)’.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido.”Em suma, alega a embargante que (a) a jurisprudência já admitiu o

cabimento da reclamação para corrigir a aplicação equivocada da sistemática da repercussão geral; e (b) deveria, assim, prevalecer o entendimento antes adotado, sob pena de impossibilitar a correção da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça.

2. A decisão embargada observou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, de forma que, não havendo qualquer obscuridade, contradição ou omissão no julgado embargado, conforme exige o art. 535 do CPC, impõe-se a rejeição dos presentes embargos declaratórios.

3. Diante do exposto, rejeito os embargos de declaração.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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EXTRADIÇÃO 1.334 (571)ORIGEM : PPE - 699 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : GOVERNO DA REPÚBLICA TCHECAEXTDO.(A/S) : PETR FALTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Observo que, não obstante regularmente intimado (fls. 365), o Senhor Petr Falta deixou de constituir novo mandatário judicial, consoante atesta a certidão exarada a fls. 366.

Sendo assim, encaminhem-se os presentes autos ao eminente Senhor Defensor Público-Geral Federal, para que designe Defensor Público, em ordem a propiciar, ao súdito estrangeiro em causa, a possibilidade de exercer defesa técnica neste processo de extradição (RISTF, art. 210, “caput”, e respectivo § 1º).

Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 122.062 (572)ORIGEM : HC - 282253 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : WESLEY ALVES JARDIMPACTE.(S) : ANDRÉ PEREIRA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

DELAÇÃO PREMIADA. OPOSIÇÃO DO SIGILO AOS DEMAIS CORRÉUS. ORDEM CONCEDIDA PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ACESSO AO TEOR DA DELAÇÃO PREMIADA PELOS CORRÉUS. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO em favor de WESLEY ALVES JARDIM e ANDRÉ PEREIRA DOS SANTOS contra julgado da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que, em 25.3.2014, não conheceu o Habeas Corpus n. 282.253-MS, mas, de ofício, concedeu a ordem para determinar que o Juízo da 1ª Vara Federal da 5ª Subseção Judiciária de Ponta Porã/MS afaste o sigilo do acordo de delação premiada firmado na ação penal n. 0001927-86.2012.4.03.6005.

2. Narra-se na inicial:“O Habeas Corpus n. 282.253/MS (2013/0377678-8) foi impetrado

perante o STJ, em benefício de Cláudio Adelino Gali, Levi Palma e Aparecido Sanches, apontando-se como autoridade coatora o Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Cláudio Adelino Gali, Levi Palma e Aparecido Sanches foram denunciados como incursos nos arts. 129 e 121, § 2º, I e IV, e 211, c/c 29, todos do Código Penal, e 14 da Lei n. 10.826/03, c/c 59 da Lei n. 6.001/73, nos autos da ação penal n. 0001927-86.2012.403.6005, em trâmite na 1ª Vara Federal de Ponta Porã/MS. Trata-se de ação penal ajuizada contra 19 (dezenove) réus em razão da empreitada criminosa que resultou na morte do indígena Nízio Gomes, bem como em lesões corporais no indígena Jhonaton Velasques Gomes (denúncia anexa). Vale dizer que entre os 19 réus há ainda alguns denunciados pela prática do crime de quadrilha ou bando, atualmente associação criminosa (art. 288 do CP).

A denúncia foi recebida pelo Juízo de Direito da 1ª Vara Federal de Ponta Porã/MS.

Citados, os réus acima mencionados apresentaram resposta escrita à acusação, ocasião em que alegaram suposto cerceamento de defesa. Argumentaram os réus que houve violação ao contraditório ao não serem disponibilizados a eles os acordos de delação premiada, o que, segundo eles, viola o disposto na Súmula Vinculante n. 14 .

O magistrado de primeiro grau, todavia, rejeitou as alegações e determinou a oitiva antecipada dos réus colaboradores , ora pacientes , nos termos do art. 19-A, p.ú., da Lei n. 9.807/99, conforme pedido do MPF.

Irresignada, a defesa de Cláudio Adelino Gali, Levi Palma e Aparecido Sanches impetrou habeas corpus no E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que indeferiu o pedido de liminar. Ressalta-se que o mérito ainda não foi julgado pela Corte de origem.

Contra decisão que decidiu o pedido liminar, foi impetrado novo habeas corpus, desta vez perante o colendo Superior Tribunal de Justiça, alegando a ocorrência de constrangimento ilegal, consistente na determinação de “oitiva antecipada dos réus colaboradores, sem que os defensores dos demais acusados tenham acesso aos acordos de delação premiada.”

(…) Em 25 de março de 2014 , o HC 282.253/MS foi julgado pela Sexta

Turma do STJ, que decidiu, por unanimidade, não conhecer da impetração, porém “conceder ordem de habeas corpus de ofício para determinar que o Juízo de Direito da 1ª Vara Federal da 5ª Subseção Judiciária da Comarca de Ponta Porã, afaste o sigilo dos acordos de delação premiada firmados com os corréus da ação penal n. 0001927-86.2012.4.03.6005”, decisão esta ainda pendente de publicação, mas já comunicada ao Juízo de origem pelo telegrama JCD6T-7008/2014” (Evento 2, fls. 2-4, destaques do original).

3. Daí a presente impetração, na qual se pretende o reconhecimento da nulidade da decisão pela qual se afastou o sigilo da delação premiada feita pelos Pacientes na ação penal n. 0001927-86.2012.4.03.6005.

Sustenta “que a Lei nº 12.850, de 02/08/2013, conforme estipulado em seu artigo 27, entrou em vigor 45 dias após a sua publicação oficial, que ocorreu em 05/08/2013. Logo, o 3º, do artigo 7º do referido diploma legal somente passou a produzir efeitos jurídicos após 19/09/2013 . Por outro lado, a decisão proferida pelo magistrado de primeiro grau que deferiu a oitiva antecipada dos réus colaboradores foi tomada em 19/08/2013. Por certo que o acordo de delação premiada foi pactuado muito antes dessa data” (Evento 2, fl. 5, destaques do original).

Afirma “que os réus colaboradores, ora pacientes, optaram por formalizar o acordo de delação premiada, na certeza de que o seu conteúdo seria sigiloso, justamente, por temer por suas vidas. Porém, com a edição da nova lei, o sigilo do acordo, após o recebimento da denúncia deixou de existir, restando saber se o ato validamente praticado, anterior a vigência da nova norma, deve ser preservado” (Evento 2, fls. 7-8, destaques do original).

Pondera “que o fim do sigilo do acordo de delação premiada, a partir do recebimento da denúncia, pode colocar em risco a integridade física dos colaboradores, em razão do acordo de alto risco pactuado pelos colaboradores com o órgão acusador” (Evento 2, fl. 8).

Conclui a Impetrante “que o sigilo do acordo de colaboração premiada, em relação à tutela da integridade do corréu colaborador, configura restrição de direitos fundamentais do corréu delatado consentânea com os pressupostos e requisitos do princípio da proporcionalidade” (Evento 2, fl. 11).

4. Este o teor dos pedidos:“Ante o exposto, a Defensoria Pública da União pugna pelo

conhecimento do remédio constitucional, a fim de que: a) LIMINARMENTE, seja suspensa a decisão proferida pelo STJ, até o julgamento final deste processo; b) No mérito, requer a concessão definitiva da ordem, a fim de que seja mantido o sigilo do acordo de colaboração premiada , pelo menos, até a produção da prova que se pretende com a oitiva dos réus colaboradores. Que seja determinado às autoridade competentes que sejam adotadas as medidas necessárias, previstas no artigo 5º, da Lei n. 12.850/13, como forma de se garantir a vida e a segurança dos pacientes..

Outrossim, requer que a Defensoria Pública da União seja intimada pessoalmente de todos os atos processuais na pessoa do Defensor Público-Geral Federal, notadamente para sessão de julgamento, e com a prerrogativa do prazo em dobro, conforme estabelece o art. 44, I da Lei Complementar 80/94“ (Evento 2, fls. 13-14, destaques do original).

5. Em 14.4.2014, indeferi a medida liminar requerida, requisitei informações e determinei vista ao Procurador-Geral da República.

6. Prestadas as informações, a Procuradoria-Geral da República opinou “pela concessão da ordem”.

7. Em 4.9.2014, os corréus CLÁUDIO ADELINO GALI, LEVI PALMA e APARECIDO SANCHES manifestaram-se nos termos seguintes:

“(...) 01. Em atendimento à decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça exarada no julgamento do Habeas Corpus nº 282.253/MS, no dia 28 de maio de 2014 o Juízo da 1ª Vara Federal de Ponta Porã/MS já disponibilizou pleno acesso aos acordos de delação premiada firmados com os corréus da Ação Penal n.º 0001927-86.2012.403.6005 (autos de Incidente de Homologação de Acordos de Colaboração Premiada de n.º 0002580-54.2013.4.03.6005).

02. Diante disso, nesta oportunidade requerem seja julgado prejudicado o presente pedido de Habeas Corpus , em razão da perda de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 61

objeto, conforme prevê o artigo 21, IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (...)”.

8. Em 1°.10.2014, requisitei novas informações ao Juízo da 1ª Vara Federal da 5ª Subseção Judiciária de Ponta Porã/MS.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.9. Em 15.10.2014, o Juízo de primeiro grau prestou informações,

ressaltando que, depois de recebido o “Telegrama JCD6T-7008/2014, Sexta Turma, do e. Superior Tribunal de Justiça, com o teor (síntese) da ordem concedida no Habeas Corpus n° 282.253/MS, Registro n° 2013/0377678-8; impetrantes: Thiago Tibinka Neuwert e outros; pacientes: Claudio Adelino Gali, Levi Palma e Aparecido Sanches, ‘para determinar que o juízo da 1ª Vara Federal da 5ª Subseção Judiciária da Comarca de Ponta Porã/MS, afaste o sigilo dos acordos de delação premiada firmados com os corréus da ação penal n. 0001927-86.2012.4.03.6005’”, a) foram “juntada[s] petiç[ões] dos corréus Cláudio, Levi e Aparecido, requerendo acesso integral dos autos para extração de cópias”; b) “os autos foram devolvidos ao Juízo pelo MPF em 08.05.2014”; e c) [c]om a juntada das petições (…) foi novamente dada vista ao MPF em 30.05.2014, com efetiva remessa em 03.06.2014”, sendo que, “considerando o prazo que os autos em que os autos permaneceram em secretaria, isto é de 08.05.2014 a 03.06.2014, conjugada com a declaração dos corréus, pode-se concluir que o acesso aos acordos se deu nesse período”.

Assim, a presente impetração está prejudicada, por perda superveniente de objeto.

10. Pelo exposto, em razão da mudança processada no quadro fáticojurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente habeas corpus, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 38 da Lei n. 8.038/90 e art. 659 do Código de Processo Penal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 123.184 (573)ORIGEM : RHC - 43817 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : RICHARD HERBERT PEREIRAIMPTE.(S) : WILLY PIRESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. HOMICÍDIO

DUPLAMENTE QUALIFICADO. CORRUPÇÃO DE MENORES. HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INVIABILIDADE JURÍDICA. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. QUESTÃO NÃO SUBMETIDA AO EXAME DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por WILLY PIRES em favor de RICHARD HERBERT PEREIRA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 25.2.2014, negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus n. 43.187-MG.

2. Na confusa petição inicial, o Impetrante informa que o “paciente encontra-se recolhido no presídio da cidade e comarca de Poços de Caldas, desde dia 12 de julho de 2013, em razão de prisão preventiva por ter supostamente praticado a conduta tipificada pelo art. 121 – inciso 2º I e IV c/c art. 29 do código penal e art. 244-B lei” (Evento 1, fl. 1).

3. Impetrado habeas corpus, “a colenda 7º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais entendeu por bem denegar a ordem de habeas corpus, cabendo ressaltar que referida decisão se deu por unanimidade” (Evento 1, fl. 13).

4. Contra a decisão de 2ª Instância, a defesa do Paciente interpôs, no Superior Tribunal de Justiça, o recurso ordinário em habeas corpus n. 43.817-MG e, em 25.2.2014, a Quinta Turma a ele negou provimento:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. MOTIVO TORPE. RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU OU DIFICULTOU A DEFESA DA VÍTIMA. CORRUPÇÃO DE MENORES. PRISÃO PREVENTIVA. PRETENDIDA REVOGAÇÃO. CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME E MOTIVAÇÃO. GRAVIDADE CONCRETA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA E NECESSÁRIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.

1. Não há falar em constrangimento ilegal quando a custódia cautelar está devidamente justificada na garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta do delito em tese praticado e da periculosidade social dos agentes envolvidos, bem demonstradas pelas circunstâncias em que ocorridos os fatos criminosos.

2. Caso em que o recorrente é acusado da prática de homicídio duplamente qualificado, praticado em concurso com outros agentes, inclusive

alguns menores, os quais perseguiram a vítima após uma discussão ocorrida no interior de uma Casa Noturna, tendo espancado-o até a morte e tudo, ao que parece, por motivo abjeto, qual seja, vingança.

3. Condições pessoais favoráveis não têm, em princípio, o condão de, isoladamente, ensejar a revogação da prisão preventiva, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a necessidade da custódia antecipada.

4. Recurso improvido” (Evento 1, fl. 3). 5. Daí a presente impetração, na qual o Impetrante alega excesso de

prazo para a formação da culpa.Sustenta “permanece(r) o suposto acusado impronunciado a

responder a nem a uma nem a outra, a 11 meses, enclausurado no presídio” (Evento 1, fl. 2), pelo que “solicita o requerente o relaxamento de prisão por ‘enis’ ilegalidades, por não ser preso em flagrante e encontra-se no excesso de prazo para instrução do feito pois encontra-se a 11 meses preso” (Evento 1, fl. 1).

6. Este o teor dos pedidos:“Diante de todo o exposto o recorrente aguarda que essa suprema

corte de provimento ao recurso para tomar sem feito a decisão (sic) empiguinado, ou seja, a decisão que denegou a ordem de habeas corpus e ainda que se digne a conceder ao paciente o direito de responder o processo em liberdade, pelo fato o fundamento já exposto, no presente recurso ordinário constitucional, com fulcro nos artigos 5° LXI, LVII, da constituição federal, art. 387 do código de processo penal, como de medidas da mais lídima justiça” (Evento 1, fl. 2).

7. Em 8.8.2014, indeferi o requerimento de medida liminar, requisitei informações e determinei vista à Procuradoria-Geral da República.

8. Prestadas as informações, a Procuradoria-Geral da República opinou pelo “não conhecimento do writ”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.9. A presente ação é juridicamente inviável, por ser incabível habeas

corpus contra decisão proferida em recurso ordinário em habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça.

Nesse sentido:“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS –

PRONUNCIAMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – NOVA IMPETRAÇÃO – IMPROPRIEDADE. Uma vez julgado pelo Superior Tribunal de Justiça o recurso ordinário formalizado em processo revelador de impetração, o acesso ao Supremo faz-se em via das mais afuniladas – mediante recurso extraordinário e não nova impetração” (HC 110.055, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ 9.11.2012); e

“Habeas corpus substitutivo de recurso extraordinário. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto, em face da inadequação da via eleita.

1. Impetração manejada em substituição ao recurso extraordinário, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 16/10/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 110.055/MG, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus em casos como esse.

2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo, analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não se evidencia na espécie.

3. Habeas corpus extinto por inadequação da via eleita” (HC n. 113.805, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ 15.4.2013).

10. Além disso, o objeto da ação (excesso de prazo na formação da culpa) não foi submetido ou apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça, que se restringiu à análise da presença dos requisitos para a prisão preventiva.

Consta no relatório do acórdão do recurso ordinário em habeas corpus n. 43.817-MG, interposto no Superior Tribunal de Justiça, que “sustenta o recorrente a ocorrência de constrangimento ilegal sob o argumento de que não teria sido apresentada fundamentação idônea para o decreto e a manutenção da sua custódia cautelar, aduzindo que a gravidade abstrata do delito não serviria como justificativa para a subsistência de sua constrição antecipada, reputando ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP” (Evento 1, fl. 5).

Dessa forma, este Supremo Tribunal estaria examinando matéria per saltum, contrariamente à sistemática processual constitucionalmente instituída para as competências judiciais no ordenamento jurídico brasileiro.

Em casos como o presente, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite seja conhecido o habeas corpus, por se ter como incabível o exame, per saltum, de fundamentos não apreciados pelo órgão judiciário apontado como coator (HC 73.390, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ 17.5.1996; e HC 81.115, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ 14.12.2001).

11. Na linha da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, “pode o Relator, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno, negar seguimento ao habeas corpus manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante, embora sujeita a decisão a agravo regimental” (HC 96.883-AgR, de minha relatoria, DJe 1º.2.2011).

Nesse sentido, entre outras, as decisões proferidas no julgamento do RHC 118.004, de minha relatoria, DJe 5.6.2013; RHC 117.983, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe 21.6.2013; RHC 117.164, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 19.6.2013; RHC 116.071, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 62

12.6.2013; RHC 117.976-MC, de minha relatoria, DJe 7.6.2013; RHC 117981, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 3.6.2013; HC 93.343, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 1º.2.2008; HC 89.994, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 22.11.2006; HC 94.134, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe 18.3.2008; HC 93.973, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe 13.3.2008; HC 92.881, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 31.10.2007; HC 88.803, Relator o Eros Grau, DJe 23.5.2006; HC 92.595, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe 5.10.2007; HC 92.206, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 17.8.2007; HC 91.476, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.8.2007; HC 90.978, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.4.2007; HC 87.921, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 15.2.2006; HC 87.271, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 30.11.2005; HC 92.989, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 21.2.2008; HC 93.219, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 11.12.2007; HC 96.883, de minha relatoria, DJe 9.12.2008; e HC 109.133-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 17.10.2011.

12. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicada a medida liminar requerida.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 123.527 (574)ORIGEM : HC - 288491 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : DAILTON PEREIRA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : EDUARDO SIANO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Eduardo Siano e outros, em favor de Dailton Pereira de Oliveira, contra decisão monocrática do Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator do HC 288.491/SP.

Conforme os autos, no dia 12.7.2009, na cidade de São Paulo, o paciente, juntamente com Edinaldo Lourival Brandão, com unidade de desígnios, subtraiu coisas alheias móveis avaliadas em R$ 10.150,00 (dez mil cento e cinquenta reais) e US$ 5.565,00 (cinco mil quinhentos e sessenta e cinco dólares americanos) em um furto consumado qualificado e em uma tentativa.

O réu foi condenado pela prática dos delitos descritos no art. 155, § 4º, incisos I, II e IV, do Código Penal (furto qualificado consumado) e no art. 155, § 4º, incisos III e IV c/c art. 14, inciso II, ambos do Código Penal (furto qualificado tentado) em concurso material (art. 69, caput, do Código Penal), à pena de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, além do pagamento de 17 (dezessete) dias-multa, no regime semiaberto (eDOC 3, p. 16-18).

Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação ao Tribunal de Justiça Bandeirante, que foi parcialmente provido para reconhecer a continuidade delitiva e reduzir a sanção para 2 (dois) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, nos termos da ementa a seguir transcrita (eDOC 3, p. 22):

“Furto triplamente qualificado consumado e furto qualificado tentado, ambos praticados nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução. Crimes da mesma espécie, que enseja o reconhecimento da continuidade delitiva (CP, art. 71), com redução das sanções. Provimento parcial”.

O recurso especial interposto não foi admitido na origem e o agravo do despacho denegatório não foi conhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (eDOC 5, p. 4).

Com o trânsito em julgado da condenação, expediu-se mandado de prisão e guia de recolhimento definitiva (eDOC 3, p. 26).

Contra os termos do mandado de prisão que consignaram que o paciente deveria ser “preso e recolhido em qualquer unidade de estabelecimento prisional do Estado de São Paulo”, a defesa manejou novo habeas corpus preventivo ao Tribunal de Justiça local. O TJ/SP deferiu parcialmente a ordem para a expedição de novo mandado de prisão, destacando-se que o paciente deve ser recolhido a estabelecimento prisional adequado ao cumprimento do regime semiaberto (eDOC 5).

Não obstante, novo habeas corpus foi impetrado junto ao Superior Tribunal de Justiça, arguindo-se, em suma, que, mesmo diante da decisão proferida pelo Tribunal paulista, a Secretaria de Administração Penitenciária encaminharia o paciente, quando preso, para o regime fechado, ante a inexistência de vagas no semiaberto. Buscou-se, portanto, a garantia do recolhimento em regime mais benéfico.

O Ministro relator negou seguimento ao feito, por não observar a existência de ato coator oriundo do Tribunal de Justiça de São Paulo, tendo em vista que houve a concessão da ordem, ainda que parcial, em favor do paciente.

Daí a impetração do presente writ. A defesa reitera as alegações anteriores. Diz que, ausente vaga em estabelecimento adequado ao cumprimento da pena no sistema semiaberto, deve, desde logo, ser colocado no regime aberto.

É o relatório suficiente. Decido.Destaco que a decisão atacada é monocrática e não houve a

interposição de agravo regimental.Registro que, na Turma, tenho me posicionado, juntamente com Sua

Excelência o Ministro Celso de Mello, pela possibilidade de conhecer o habeas corpus em casos idênticos.

Ocorre que a Segunda Turma já se posicionou no sentido contrário, pela impossibilidade do conhecimento (HC 119.115/MG, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, sessão de 6.11.2013), com fundamento na carência de exaurimento da jurisdição e por inobservância ao princípio da colegialidade, insculpido no art. 102, inciso II, “a”, da Constituição Federal.

No mesmo sentido, já se firmara o entendimento da Primeira Turma desta Suprema Corte. A esse propósito, cito: RHC 111.935/DF, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 30.9.2013; RHC 108.877/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 19.10.2011 e RHC 111.639/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 30.3.2012.

Contudo, ressalte-se que, em obediência ao princípio da proteção judicial efetiva (CF, art. 5º, XXXV), a aplicação desse entendimento jurisprudencial pode ser afastada no caso de patente constrangimento ilegal ou abuso de poder.

Não vislumbro a existência de constrangimento ilegal manifesto a justificar o conhecimento excepcional deste habeas corpus.

Não há falar em constrangimento ilegal por parte da Corte Superior.

Feitas essas considerações, ressalvo a minha posição pessoal, mas, em homenagem ao princípio do colegiado, inexistente constrangimento ilegal evidente a ser sanado, adoto a orientação no sentido de não conhecer do writ.

Ante o exposto, nego seguimento ao habeas corpus, nos termos do art. 21, § 1º, do RI/STF.

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 123.562 (575)ORIGEM : HC - 260967 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : NELSON ANTONIO BERTOLINO FARIASIMPTE.(S) : GLEIDMILSON DA SILVA BERTOLDICOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 260.967 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. ALEGADA

DEMORA PARA APRECIAÇÃO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. JULGAMENTO EFETUADO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por GLEIDMILSON DA SILVA BERTOLDI, advogado, em benefício de NELSON ANTONIO BERTOLINO FARIAS, contra ato do Relator do Habeas Corpus n. 260.967, Ministro Ericson Maranho, do Superior Tribunal de Justiça.

2. Narra-se na inicial:“O paciente foi denunciado, processado e condenado à pena de 3

(três) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, por infração ao artigo 14 da Lei nº 6.368/76.

Inconformado, interpôs recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, pleiteando, entre outras coisas, a fixação do regime aberto para o cumprimento da pena.

Foi negado provimento ao recurso, sob o argumento de que ‘Faz-se impossível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, pois, recorde-se, cuida-se de crime de associação para o tráfico. Acredito, com a devida permissão de entendimento em sentido contrário, não estar presente o princípio da suficiência da medida... O regime para o cumprimento da pena é o fechado, o único possível para o delito de associação para o tráfico’.

Foram opostos embargos de declaração, que foram rejeitados. Interposto Recurso Especial, ante a negativa de vigência do art. 33, §

2º, alínea ‘c’, e artigo 44 do Código Penal, este não foi admitido. Tendo em vista a ocorrência do trânsito em julgado das decisões que

não admitiram os recursos especiais, foi expedido mandado de prisão em desfavor do paciente.

A defesa do corréu Luís Henrique Gonçalves Bonfim, condenado à pena de 03 anos em regime inicial fechado por infração ao mesmo artigo que incurso o paciente, impetrou Habeas Corpus junto ao Superior Tribunal Superior (HC nº 157.855-SP), sendo certo que a ordem foi concedida para, de um lado, estabelecer o regime aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade; de outro lado, substituir a pena privativa de liberdade por prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana.

Quanto ao paciente, réu primário, de bons antecedentes e de circunstâncias judiciais favoráveis, pende mandado de prisão decorrente de gritante ilegalidade, uma vez que faz jus a extensão dos efeitos do v. acórdão que substituiu a pena privativa de liberdade quanto ao corréu Luís, com a fixação de regime menos gravoso, bem como a substituição da pena privativa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 63

de liberdade por restritiva de direitos. Visando sanar a ilegalidade apontada, impetrou-se habeas corpus

junto ao Superior Tribunal de Justiça em 03/12/2012 (HC nº 260.967), tendo o Ministério Público Federal apresentado parecer favorável a concessão da ordem em 15/02/2013, pugnando pela fixação do regime aberto para cumprimento da sanção imposta e substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Ocorre que, até o momento, o habeas corpus impetrado há mais de ano não foi julgado. Daí a presente ordem, para combater a patente negativa de jurisdição ao Paciente, que acabará resultando em sua prisão em regime fechado, ainda que de maneira manifestamente ilegal, como reconheceu a douta Subprocuradoria da República” (Evento 2, fls. 2-3, destaques do original).

3. O Impetrante sustenta excessiva demora na apreciação Habeas Corpus n. 260.967-SP pelo Superior Tribunal de Justiça.

Afirma que o “habeas corpus em favor do paciente foi impetrado em 03 de dezembro de 2012, e até a presente data ainda não foi julgado! Daí a ilegalidade do constrangimento a que está sendo submetido porque, em virtude da negativa da prestação jurisdicional, o paciente se vê na iminência de ter cumprido mandado de prisão em razão de imposição de regime de pena absolutamente ilegal” (Evento 2, fl. 4, destaques do original).

Conclui o Impetrante que a “inércia da autoridade apontada como coatora, atrai a competência desse egrégio Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, ‘i’, CF) para impedir que se consume a gravíssima iniquidade de o Paciente se ver preso sem que o Poder Judiciário aprecie a manifesta ilegalidade do regime inicial fixado” (Evento 2, fls. 4-5).

Este o teor dos pedidos:“Demonstrada a plausibilidade jurídica do pedido dada a ausência de

apreciação do habeas corpus impetrado há mais de ano, o periculum in mora é patente pelo fato de que está pendente de cumprimento mandado de prisão.

Aliás, importante frisar que, caso acolhida a pretensão do paciente perante o STJ, que conta com a concordância do MPF, sua pena privativa de liberdade será substituída por restritiva de direitos. Por outro lado, caso se mantenha o constrangimento ilegal decorrente da demora do julgamento de seu habeas corpus, impetrado há mais de ano, o Paciente poderá ser preso, em regime fechado, em razão de sentença e acórdão que fixaram o regime inicial de cumprimento de pena de forma absolutamente ilegal.

Nessa conformidade, requer-se seja concedida a liminar para afastar a execução do título judicial condenatório impugnado, com o recolhimento do mandando de prisão expedido em desfavor do Paciente, até o final julgamento do presente writ, e, no mérito, a concessão da ordem para se reconhecer o direito do Paciente a prestação jurisdicional em prazo razoável, como medida de JUSTIÇA!

Ao final, com os judiciosos suprimentos dos eminentes Ministros que compõem a Turma julgadora, requer-se seja conhecido e deferido o writ determinando-se ao Superior Tribunal de Justiça que coloque o feito em julgamento com urgência, com o que Vossa Excelência e os demais eminentes Ministros distribuirão, uma vez mais, a JUSTIÇA” (Evento 2, fl. 5).

4. Em 13.8.2014, requisitei informações antes do exame da medida liminar (Evento 9), as quais não foram prestadas (Evento 13).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Tem-se no sítio do Superior Tribunal de Justiça que, em

23.10.2014, o Ministro Ericson Maranho, do Superior Tribunal de Justiça, julgou o Habeas Corpus n. 260.967, por decisão monocrática, no sentido de não conhecer da impetração, mas conceder a “ordem de ofício para fixar o regime inicial aberto para o início do cumprimento da pena, bem como para que o Juízo das Execuções, analisando o caso concreto, avalie a possibilidade da substituição da pena privativa de liberdade por medidas restritivas de direitos”.

6. Pelo exposto, em função das mudanças processadas no quadro fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente habeas corpus, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 38 da Lei n. 8.038/1990 e art. 659 do Código de Processo Penal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 124.292 (576)ORIGEM : HC - 302966 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ANTÔNIO EUGÊNIO RIBEIRO DOMINGUES DE

MOURA PACHECOIMPTE.(S) : ROBERTO SERRA DA SILVA MAIACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 302966 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Roberto Serra da Silva Maia, em favor de Antônio Eugênio Ribeiro Domingues de Moura Pacheco, contra decisão proferida pelo Ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 302.966/GO.

Extrai-se dos autos que o paciente foi condenado, em primeira instância, às penas de 9 anos e 4 meses de reclusão pela prática do crime previsto no art. 158, § 1º, do Código Penal (extorsão qualificada), na forma continuada (art. 71, CP), e de 3 anos e 6 meses de reclusão pelo cometimento do delito descrito no art. 16 da Lei 7.492/86 (fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio), também na forma continuada (eDOC 9).

A sentença condenatória foi publicada em 25.3.2002 (eDOC 9, p. 49).Apenas a defesa interpôs recurso de apelação, ao qual foi dado

parcial provimento pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, tão somente para excluir da dosimetria da pena, que foi imposta ao paciente pela prática do crime previsto no art. 16 da Lei 7.492/86, a causa de aumento de pena decorrente da continuidade delitiva. A reprimenda restou fixada em 3 anos de reclusão para o referido delito (eDOC 10).

Ainda inconformada, a defesa interpôs recursos especial e extraordinário, os quais não foram admitidos na origem, motivo pelo qual foram aviados recursos de agravo para as Cortes competentes. Os autos transitaram em julgado no STJ em 7.3.2012 (eDOC 11, p. 8) e no STF em 15.10.2013 (eDOC 11, p. 15), sem que fosse dado qualquer provimento aos recursos manejados.

Tendo em vista o transcurso de tempo, a defesa peticionou ao Juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás requerendo o reconhecimento da prescrição da pretensão executória, o qual foi indeferido, ocasião em que determinou-se a expedição do mandado de prisão em desfavor do ora paciente (eDOC 13, p. 23-27).

Confira-se trecho da referida decisão:“Compulsando os autos, verifico que não transcorreu o prazo

prescricional de 8 anos desde a data do trânsito em julgado da condenação para ambas as partes, não havendo que se cogitar da ocorrência da prescrição da pretensão executória, como pretende a defesa do apenado Antônio Eugênio.

Como é cediço, a prescrição da pretensão executória tem por termo inicial a data do trânsito em julgado para ambas as partes (RSE 1698-91.1996.4.01.3500/GO) e ocorrerá se atingir os prazos previstos no art. 109, CP, antes do início do cumprimento da pena”. (eDOC 13, p. 25-26)

Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus (n. 0046086-73.2014.4.01.0000/GO) perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que indeferiu o pedido liminar, ao fundamento de que o termo inicial da contagem do prazo prescricional da pretensão executória é o trânsito em julgado para ambas as partes. Veja-se (eDOC 6):

“Embora pela previsão legal (art. 112, I, 1ª parte), o termo inicial seja o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação, observo que o entendimento jurisprudencial dominante é no sentido de que o termo inicial da contagem do prazo prescricional da pretensão executória é o trânsito em julgado para ambas as partes, porquanto somente neste momento é que surge o título penal passível de ser executado pelo Estado” (...). ( eDOC 6, p. 1)

Em face da referida decisão, a defesa impetrou o Habeas Corpus n. 302.966 perante o Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o writ (eDOC 15).

Daí o presente habeas corpus, no qual o impetrante requer, em síntese, o reconhecimento da prescrição da pretensão executória, ao argumento de que a contagem do prazo se inicia a partir do trânsito em julgado para a acusação, nos termos do art. 112, I, do Código Penal.

É o relatório.Decido.Trata-se de habeas corpus no qual o impetrante se insurge contra

decisão proferida pelo Ministro Moura Ribeiro, relator do HC n. 302.966/GO. Consoante consta dos autos, o aludido habeas corpus foi indeferido

liminarmente pelos seguintes fundamentos: “Além de o Desembargador-Relator haver consignado que ‘o

entendimento jurisprudencial dominante é no sentido de que o termo da contagem do prazo prescricional da pretensão executória é o trânsito em julgado para ambas as partes, porquanto somente neste momento é que surge o título penal passível de ser executado pelo Estado’, o que se coaduna com o precedente da própria 5ª Turma deste Tribunal, da relatoria do Ministro Jorge Mussi, segundo o qual ‘não há como se falar em início da prescrição a partir do trânsito em julgado para a acusação, tendo em vista a impossibilidade de se dar início à execução da pena, já que ainda não haveria uma condenação definitiva’ (HC n. 213.272, DJe de 18.9.12), não se mostrando, pois, manifestamente ilegal, o Tribunal a quo ainda não proferiu decisão de mérito capaz de estabelecer a competência do Superior Tribunal de Justiça. Nesse contexto, vem à baila o enunciado da Súmula 691, do Supremo Tribunal Federal:

Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao tribunal superior, indefere a liminar.

Diante do exposto, porque ainda não fixada a competência desta Corte, nos termos do art. 210, do seu Regimento Interno, o indeferimento liminar da ordem é medida que se impõe.

Com tais fundamentos, indefiro liminarmente o pedido formulado neste habeas corpus”. (eDOC 15)

Da simples leitura do ato decisório, observa-se que a decisão

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 64

impugnada limitou-se a negar seguimento ao pedido formulado perante o STJ por configuração de hipótese de indevida supressão de instância.

Segundo jurisprudência consolidada deste Tribunal, não tendo sido a questão objeto de exame definitivo pelo Superior Tribunal de Justiça ou inexistindo prévia manifestação das demais instâncias inferiores, a apreciação do pedido da defesa implica supressão de instância, o que não é admitido, consoante a reiterada jurisprudência desta Corte. Nesse sentido: HC 103.282/PA, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 28.8.2013 e HC 114.867/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 14.8.2013.

In casu, em verdade, haveria dupla supressão de instância, uma vez que estaríamos a decidir antes do Superior Tribunal de Justiça e antes, inclusive, do próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Ademais, em obediência ao princípio da proteção judicial efetiva (CF, art. 5º, XXXV), a aplicação desse entendimento jurisprudencial somente pode ser afastada no caso de configuração de patente constrangimento ilegal ou abuso de poder.

No entanto, não vislumbro constrangimento ilegal manifesto a justificar excepcional conhecimento deste habeas corpus.

Isto porque o Plenário desta Corte, no julgamento do HC 84.078/MG, passou a entender que o princípio da presunção de inocência obsta a execução provisória da pena. Deste modo, a pretensão executória só terá início após a formação do título executivo, que se dá com o trânsito em julgado para ambas as partes.

O entendimento acima transcrito se estende para o termo inicial da contagem do prazo prescricional, pois, também, só será estabelecido após o trânsito em julgado tanto para defesa quanto para a acusação.

Corrobora esse entendimento o Parquet, conforme excerto da manifestação, a seguir transcrito:

“Desde logo se percebe a inadequação da via eleita, uma vez que, além da incidência da Súmula 691/STF, não foi interposto agravo regimental contra o r. despacho monocrático proferido no Superior Tribunal de Justiça.

E não há espaço para a concessão de habeas corpus de ofício. Isso porque o art. 112, I, do Código Penal, deve ter uma nova leitura,

em face do princípio constitucional da presunção de inocência (CF art. 5º, LVII) e da decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal que afirmou a inconstitucionalidade da chamada ‘execução provisória’: ‘o cumprimento antecipado da sanção penal ofende o direito constitucional à presunção da não-culpabilidade’. (HC Nº 84.078/MG, Rel. Min. Eros Grau).

Assim, não mais existindo a chamada ‘execução provisória’, vedada pela cláusula da presunção da inocência, a prescrição da pretensão executória só pode ter início após a formação do título executivo, que se dá com o trânsito em julgado para ambas as partes: ‘O termo inicial da contagem do prazo prescricional da pretensão executória é o trânsito em julgado para ambas as partes, porquanto somente neste momento é que surge o título penal passível de ser executado pelo Estado. Desta forma, não há como se falar em início da prescrição a partir do trânsito em julgado para a acusação, tendo em vista a impossibilidade de se dar início à execução da pena, já que ainda não haveria uma condenação definitiva, em respeito ao disposto no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal (STJ HC 163.261/SP, rel. Min. Jorge Mussi, djE 25.4.2011); ‘Não há que se falar em prescrição da pretensão executória, se ainda não houve o trânsito em julgado para ambas as partes’. (STJ Resp 252.403/PR, rel. Min. Gilson Dipp, DJ 3.6.2002)

Dessa forma, não há como se falar em início da prescrição a partir do trânsito em julgado para a acusação, tendo em vista a impossibilidade de se dar início à execução da pena antes da formação do título executivo, como exigido pelo art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal”. (eDOC 21)

Por fim, destaco que a decisão impugnada do STJ é monocrática e não houve a interposição de agravo regimental contra o referido decisum.

Ante o exposto, nego seguimento ao pedido formulado neste habeas corpus, por ser manifestamente incabível (art. 21, § 1º, do RI/STF).

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 124.549 (577)ORIGEM : RHC - 45494 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : J M RIMPTE.(S) : EDUARDO MACHADO PAUPERIOIMPTE.(S) : GUILHERME DE MIRANDA MACHADO PAUPERIOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado contra decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto no RHC 45.494/RJ. Eis a ementa da decisão atacada:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INOCORRÊNCIA. SÚMULA 309/STJ.

1. Nos termos do art. 38 da Lei n. 8.038/1990, combinado com o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, e, ainda, o art. 34, inciso XVIII, do

Regimento Interno deste Tribunal, é possível, que o Relator, por meio de decisão monocrática, negue seguimento a recurso ou a pedido manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante da respectiva Corte ou Tribunal Superior.

2. A execução mediante prisão civil é admissível para a cobrança das três últimas parcelas vencidas à data do ajuizamento da ação, como também de todas aquelas que se venceram no curso da lide (Súmula 309/STJ.)

3. No caso, eventual suspensão da execução em trâmite devido à pendência de julgamento da apelação nos autos de ação revisional sequer estaria de acordo com o entendimento desta Corte, que consolidou-se no sentido de que ‘a propositura da ação revisional não impede a execução de alimentos, ainda que sob o rito do art. 733 do CPC, não consistindo em óbice a eventual decretação de prisão civil do alimentante que se revela inadimplente.’ (HC 44270/SP, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, DJ de 03/10/2005)

4. Na ausência de qualquer subsídio capaz de alterá-los, deve a decisão recorrida ser mantida pelos próprios fundamentos.

5. Agravo regimental não provido”.Na inicial, alega-se o seguinte: (a) o paciente foi preso em virtude do

descumprimento de pagamento de pensão alimentícia; (b) apesar de ter realizado acordo judicial em 08/06/2006 para o pagamento de alimentos para sua filha, em valor equivalente a nove salários mínimos, teve uma redução de sua capacidade financeira a partir de 2009, o que o levou a propor ação revisional de alimentos; (c) a sentença de primeira instância julgou parcialmente procedente seu pedido, estando o processo em fase recursal; (d) apesar disso, o juiz da 2ª Vara de Família do foro regional da Barra da Tijuca determinou a intimação do paciente para pagamento dos alimentos controvertidos, o que levou à posterior determinação de sua prisão. Essa determinação seria ilegítima enquanto pendente ação de revisão. Requer a concessão de medida para que o paciente não seja coagido pela prisão civil.

2. Não se mostra presente situação de ilegítimo comprometimento à liberdade pessoal do paciente. O ajuizamento de ação de revisão de alimentos, quando já em curso o processo de execução da sentença que os fixou, não determina, por si só, a suspensão dos atos executivos. Poder-se-ia cogitar em suspensão como medida antecipatória no âmbito da ação revisional, desde que presente a verossimilhança do direito lá alegado, requisito esse que certamente não dispensaria o exame das circunstâncias de fato. Juízo dessa natureza não se comporta em sede de habeas corpus. Conforme decidiu o STF, “(...) a ação de habeas corpus, de rito sumário, não se presta à dilação probatória, ainda mais sobre fatos que demandariam profundo reexame do quadro fático-probatório, pois relacionados à capacidade econômico-financeira do executado” (HC 100104/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 11.09.2009).

3. Com essas considerações, nego seguimento ao pedido (RISTF, art. 21, § 1º). Arquive-se.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECONSIDERAÇÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 124.670

(578)

ORIGEM : RHC - 42016 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : CRISTIAN DOS SANTOS FERREIRAIMPTE.(S) : FERNANDA TRAJANO DE CRISTO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Não obstante as razões apontadas pela parte impetrante (petição eletrônica nº 52.429/2014), indefiro o pedido de reconsideração, apoiando-me, para tanto, nos próprios fundamentos que dão suporte à decisão denegatória do provimento cautelar requerido em favor do ora paciente, sem prejuízo de reapreciação da matéria quando do julgamento final da presente ação de “habeas corpus”.

2. Achando-se adequadamente instruída a presente impetração, ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 124.746 (579)ORIGEM : APn - 702 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : AMIRALDO DA SILVA FAVACHOIMPTE.(S) : ANA LUCIA ALBUQUERQUE ROCHA AQUINO E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Não vislumbro necessidade de trâmite do feito em segredo de justiça. Levante-se o sigilo. Corrija-se a autuação, para fazer constar o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 65

nome do paciente.Postergo a análise da medida liminar.Dispenso as informações pela autoridade impetrada, visto que

prestadas no HC 116.563, semelhante ao presente.Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República, para parecer.Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 124.866 (580)ORIGEM : HC - 302604 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOÃO PROCÓPIO JUNQUEIRA PACHECO DE ALMEIDA

PRADOIMPTE.(S) : THIAGO TIBINKA NEUWERTCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 302604 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra suposto constrangimento ilegal praticado nos autos do HC 302.604/SP, do Superior Tribunal de Justiça.

Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi denunciado pela suposta prática dos delitos previstos no art. 2º da Lei 12.850/2013, no art. 16 da Lei 7.492/86, no art. 22, caput, e parágrafo único, e no art. 21, parágrafo único, da Lei 7.492/86; (b) em 10/7/2014, teve sua prisão preventiva decretada pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR (processo 5031491-49.2014.404.7000/PR), para garantia da ordem pública; (c) buscando a revogação do decreto cautelar, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que denegou a ordem, e, posteriormente, outro HC no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator indeferiu o pedido de liminar, em decisão assim fundamentada:

“Thiago Tibinka Neuwert e outros, todos advogados, impetraram habeas corpus em favor de JOÃO PROCÓPIO JUNQUEIRA PACHECO DE ALMEIDA PRADO.

Investigado no âmbito da denominada ‘Operação Lava-Jato’ (Inquéritos Policiais n. 2006.70.00.018662-8 e n. 5049557-14.2013.404.7000), o paciente teve a sua prisão preventiva decretada em 10.07.2014.

Posteriormente, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia imputando-lhe a prática dos delitos previstos no art. 2º da Lei n. 12.850 de 2013, no art. 16 da Lei n. 7.492 de 1986, no art. 22, caput, e parágrafo único, por 1.114 (mil cento e quatorze) vezes, e no art. 21, parágrafo único, ambos da Lei n. 7.492 de 1986, c/c os arts. 29 e 69 do Código Penal; bem como no art. 1º, caput, c/c o § 4º da Lei n. 9.613 de 1998, por 07 (sete) vezes, c/c os arts. 29 e 69 do Código Penal.

Pelas razões sintetizadas na ementa do acórdão, a seguir reproduzida, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou prejudicado o agravo regimental interposto do indeferimento da liminar e denegou o habeas corpus lá impetrado:

‘HABEAS CORPUS. OPERAÇÃO LAVAJATO. PREVENÇÃO. ANÁLISE FÁTICA. COMPLEXIDADE DO TEMA. INVIABILIDADE. PRISÃO PREVENTIVA. REITERAÇÃO DELITIVA. ART. 312. REQUISITOS. MEDIDA SUBSTITUTIVA. INVIABILIDADE.

É inviável em sede de habeas corpus, rito no qual se exige prova pré-constituída, adentrar em questões fática complexas e que demandariam ampla análise dos fatos investigados, para definição da competência para julgamento ou eventual prevenção de segundo grau.

Não há necessária vinculação a inquérito policial, a investigação que surge do encontro fortuito de provas e que identifica grupos criminosos e fatos independentes.

Verificada, nos autos da ação originária, a presença dos elementos necessário à aplicação da prisão preventiva.

A possibilidade de reiteração das condutas delituosas imputadas ao paciente, sobretudo com participação no tráfico ilícito de grande quantidade de entorpecentes, revela maior risco à sociedade e à ordem pública, o que justifica o encarceramento cautelar.

Agravo regimental prejudicado. Ordem de habeas corpus denegada’ (fl. 202).

No writ em exame, os impetrantes sustentam, em síntese, que: a) ‘a concessão da ordem de habeas corpus é imperiosa em decorrência da evidente ilegalidade que reside na absoluta ausência de qualquer fundamento para a manutenção da prisão preventiva do paciente, pessoa idosa, com 68 anos de idade, que já se estende há quase dois meses’; b) ‘a decisão proferida pela 8ª Turma do TRF da 4ª Região resume-se a repetir as considerações do Juízo de primeiro grau quanto à prova da suposta participação do paciente nos fatos investigados’; (fl. 14); c) ‘os argumentos invocados para justificar a prisão preventiva do paciente são por demais genéricos e absolutamente insuficientes a demonstrar a incidência de qualquer das hipóteses do artigo 312 do Código de Processo Penal que indicam a presença do periculum libertatis autorizador da medida cautelar pessoal’ (fl. 15); d) ‘a existência de prevenção da 7ª Turma do TRF da 4ª

Região fica evidenciada em consulta aos feitos relacionados ao processo originário nº 2006.70.00.018662-8 em segundo grau (N.P.U. 0018662-05.2006.404.7000), comprovando que a competência do órgão julgador foi fixada a partir do Mandado de Segurança nº 2009.04.00.036431-1, distribuído à Relatoria do Des. Federal Tadaaqui Hirose’ (fl. 21); e) ‘a competência por prevenção é da Desembargadora Federal Claudia Cristina Cristofani (GAB47B), que sucedeu o Relator do feito originário na própria 7ª Turma, conforme dispõe o artigo 82, § 4º, do Regimento Interno do TRF da 4ª Região’ (fl. 24); f) ‘mesmo diante da demonstração dos equívocos acima relatados, o Relator da 8ª Turma do TRF da 4ª Região, a quem os autos foram atribuídos pelo sistema e-proc, ao invés de remeter os autos para análise de prevenção ao Gabinete que foi apontado como prevento (como aliás é de praxe naquela Corte), optou por levar o feito para julgamento de mérito, sem sequer abrir vista do Agravo Regimental ao representante do Ministério Público Federal’ (fl. 26).

Ao final, requereram a concessão da ordem: a) liminarmente, para que seja revogada a custódia preventiva do réu ou deferido o benefício da liberdade provisória, com a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, caso se entenda necessário; b) quanto ao mérito, para que seja reconhecida ‘a nulidade do julgamento realizado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em razão de violação direta à garantia do Juiz Natural (artigo 5º, LIII, da Constituição da República), com a imediata colocação do paciente em liberdade’ (fl. 43).

II - DECISÃO:01. Na ementa do acórdão relativo ao Habeas Corpus n. 277.224/RS,

julgado em 02.10.2014, assentei:‘As Turmas que compõem a Terceira Seção do Superior Tribunal de

Justiça firmaram o entendimento de não ser admissível habeas corpus impetrado em substituição aos recursos previstos nos incisos II e III do art.105 da Constituição da República (Quinta Turma, HC n. 277.152, Min. Jorge Mussi; HC n. 239.999, Min. Laurita Vaz; Sexta Turma, HC n. 275.352, Min. Maria Thereza de Assis Moura). No entanto, por força de norma cogente nela contida (art. 5º, inc. LXVIII) e também no Código de Processo Penal (art. 654, § 2º), cumpre aos Tribunais ‘expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando, no curso de processo, verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal’’.

O precedente se aplica ao caso em exame. Não há como conhecer do habeas corpus porque impetrado em substituição a recurso expressamente previsto na Constituição da República (art. 105, inc. II). No entanto, na petição inicial, é afirmado que o paciente sofre constrangimento ilegal à sua liberdade de locomoção.

Destarte, deve ser processado.Passo ao exame do pedido relacionado com a liminar.02. O ordenamento jurídico não prevê, expressamente, a concessão

de liminar em habeas corpus. Contudo, implicitamente está prevista no § 2º do art. 660 do Código de Processo Penal: ‘Se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegalidade da coação, o juiz ou o tribunal ordenará que cesse imediatamente o constrangimento’.

É admitida pela doutrina (Eugênio Pacelli de Oliveira, Curso de processo penal, Lumen Juris, 2009, 11ª ed., p. 807) e pelos tribunais. Porém, como medida absolutamente excepcional, reservada para casos em que se evidencie, de modo flagrante, coação ilegal ou derivada de abuso de poder, em detrimento do direito de liberdade, exigindo demonstração inequívoca dos requisitos autorizadores: o periculum in mora e o fumus boni iuris (STF, HC 116.638, Rel. Min. Teori Albino Zavascki; STJ, AgRgHC 22.059, Rel. Min. Hamilton Carvalhido).

Pelos fundamentos que passo a alinhavar, tenho que as circunstâncias excepcionais que autorizam a antecipação da tutela em habeas corpus não se encontram presentes no caso em análise.

02.01. Na decisão decretatória da prisão preventiva do paciente, assentou o Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Paraná:

‘Embora o quadro probatório seja provisório e a presente cognição seja sumária, reputo relevante o papel desempenhado por João Procópio no grupo criminoso, uma vez que as contas no exterior do grupo criminoso seriam, aparentemente, por ele controladas, ainda que eventualmente em posição subordinada, e teriam sido utilizadas diretamente na prática de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de crimes contra a Administração Pública.

Doutro lado, mesmo após a sua prisão, oportunizada defesa ao investigado, tanto por oitiva, como por sua defesa constituída, não apresentou ele esclarecimentos sobre sua posição no grupo criminoso e sobre a natureza, origem e destino das contas e movimentações bancárias no exterior.

[...]Pelo exposto, encontram-se presentes tanto os pressupostos como

os fundamentos para a prisão preventiva, primeiro, prova da participação relevante de João Procópio no grupo criminoso dirigido por Alberto Youssef, sendo ele responsável pela abertura e movimentação das contas do grupo no exterior, utilizadas para evasão fraudulenta de divisas e lavagem de dinheiro, segundo, risco à ordem pública, já que, no contexto de atividade habitual e profissional, necessária a prisão cautelar do líder do grupo e de seus principais subordinados, para prevenir a reiteração delitiva.

[...]O fato do investigado ser pessoa idosa, nascido em 1946, embora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 66

seja relevante, não previne a imposição da prisão cautelar, sendo se observar que essa condição aparentemente não o impediu de participar de forma relevante do grupo criminoso’ (fls. 48/49).

Confirmando-a, no voto, depois incorporado ao acórdão, acrescentou o relator do habeas corpus, Desembargador Federal João Pedro Gebran Neto:

‘Pesa sobre o paciente a suspeita de participação nos crimes de evasão de divisas (art. 22 da Lei nº 7.492/1986, lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/1998) e associação criminosa (art. 288 do CP).

Os elementos de prova até então colhidos estão a indicar o estreito relacionamento entre o paciente e o conhecido doleiro Alberto Youssef.

Relembrando alguns pontos importante da decisão recorrida, o paciente possuía mesa no escritório de Alberto Youssef. Foram encontrados documentos que revelam ser ele titular de empresas no exterior e extratos de contas bancárias em contas na Suíça, além de expressivas transações em nome da empresa Sanko Sider, segundo o Ministério Público Federal, envolvida em desvios de recursos na Petrobras. Também foram encontradas trocadas com terceiros indicando que o paciente era o responsável pela abertura e movimentação das contas correntes no exterior.

A decisão que determinou a segregação preventiva do paciente aborda com propriedade as atividades do paciente e individualiza condutas que revelam a sua importância no grupo criminoso comandado por Youssef’ (fls. 198/199).

Dos termos da decisão e do acórdão se infere que carece de um mínimo de consistência jurídica a tese de que são nulas, por falta de fundamentação; deles se infere que ‘os argumentos invocados para justificar a prisão preventiva do paciente’ não ‘são por demais genéricos e absolutamente insuficientes a demonstrar a incidência de qualquer das hipóteses do artigo 312 do Código de Processo Penal’, como é afirmado pelos impetrantes.

02.02. Conforme assentado na ementa do acórdão Habeas Corpus n. 95.024, ‘a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa, enquadra-se no conceito de garantia da ordem pública, constituindo fundamentação cautelar idônea e suficiente para a prisão preventiva’ (Rel. Min. Cármen Lúcia).

02.03. Para rejeitar a tese da nulidade do julgamento porque não atendidos os pressupostos legais e regimentais atinentes à prevenção e à distribuição, nesta fase processual, valho-me dos fundamentos do acórdão impugnado:

‘Postulada a distribuição do presente habeas corpus por prevenção ao MS nº 2009.04.00.036431-1/PR, da relatoria do Desembargador Federal Tadaaqui Hirose e julgado pela 7ª Turma.

A matéria invocada exigiria a comprovação de vinculação entre os fatos desencadeados do Inquérito Policial nº 2006.70.0018662-8/PR e aqueles que deram origem à denúncia em desfavor do paciente, o que não se mostra possível em sede de habeas corpus.

Somente em caso de flagrante incorreção e prova cabal do direito alegado, permite-se o manejo de habeas corpus para discutir eventual distribuição dos processos relacionados.

[...] Tal prova, refira-se em momento algum é trazida aos autos com a inicial, limitando-se a defesa a invocar mera prevenção formal a mandado de segurança impetrado em 14/10/2009, sem indicar qualquer vinculação fática.

[...]Na relação de eventual prevenção foi apontada às fls. 43-159 do

mandado de segurança, com indicação de dezenas de processo supostamente relacionados ao IPL nº 2006.70.0018662-8/PR, mas, repita-se, exclusivamente em razão dos nomes investigados.

Na relação, destacam-se dezenas de processos apreciados pela 7ª e 8ª Turmas, de modo que não procede a alegação de que os seguinte processos devem ser julgados pelo magistrado que primeiro conheceu dos fatos, pois, neste caso, não há relação direta entre aqueles fatos e os discutidos na Operação Lava-Jato’ (fls. 194/195).

02.03. De acordo com numerosas decisões unipessoais dos Ministros integrantes da Terceira Seção desta Corte, quando a ‘motivação que dá suporte à pretensão liminar confunde-se com o mérito do writ’, deve ‘o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento definitivo.’ (HC 306.389/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe de 14.10.2014, HC 306.666/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, DJe de 13.01.2014, HC 303.408/RJ, Rel. Min. Rogério Schietti, DJe de 15.09.2014; HC 296.843/SP; Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 24.06.2014 e HC 278.431/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe de 17.09.2013).

03. À vista do exposto, indefiro a liminar.Solicitem-se informações à autoridade coatora.Posteriormente, remetam-se os autos ao Ministério Público Federal”.Neste habeas corpus, os impetrantes sustentam, em suma, que (a) o

caso é de flagrante constrangimento ilegal a justificar a superação do enunciado da Súmula 691/STF, ante a “absoluta inexistência de fundamentos para a manutenção da prisão preventiva do paciente, pessoa idosa, com 68 anos de idade, que já perdura por mais de três meses”; (b) a decisão ora questionada limita-se a repetir os fundamentos apresentados pelas instâncias antecedentes, sem observar que o magistrado de primeiro grau rejeitou a denúncia quanto ao crime de lavagem de dinheiro; (c) não houve o adequado exame da possibilidade de se aplicar ao paciente uma ou mais das medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319 do CPP, conforme exige o art. 282, § 6º, do mesmo Código; (d) “conforme a jurisprudência, a inexistência

de fato concreto e apto a embasar a manutenção da segregação cautelar para a garantia da ordem pública caracteriza constrangimento ilegal”; (e) “o paciente preenche todos os requisitos necessários para a concessão de liberdade provisória, possuindo residência fixa na cidade de São Paulo/SP, bons antecedentes, ensino superior completo, atividade profissional lícita e reconhecida boa conduta social (…)”; (f) há de se considerar, ainda, que o paciente sofreu acidente vascular cerebral isquêmico (agosto de 2012) e, por isso, necessita de “tratamento e controles periódicos com neurologistas e cardiologistas, o que indica até mesmo a possibilidade subsidiária de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, na forma do art. 318, II, do CPP”; (g) os fatos imputados ao paciente são semelhantes aos atribuídos a um corréu que foi beneficiado com medidas cautelares diversas da prisão, o que impõe, na espécie, tratamento isonômico, nos termos do art. 580 do CPP. Requerem, liminarmente, a imediata revogação da prisão preventiva, com a colocação do paciente em liberdade; subsidiariamente, a concessão de liberdade provisória, “inclusive com a possibilidade de aplicação de medida cautelar pessoal diversa da prisão, na forma do artigo 319 do Código de Processo Penal, ou, em último caso, de prisão domiciliar, na forma do artigo 318, II, do Código de Processo Penal”.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Ademais, em relação à alegada necessidade de tratamento médico, não é possível afirmar, a partir dos documentos que instruem a inicial, se a questão fora submetida ao juízo de primeira instância, a quem compete, originariamente, avaliar as circunstâncias fáticas que envolvem o caso. Sendo esse o quadro, não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em caráter inaugural (e, portanto, suplantando a competência própria dos demais órgãos judiciários), antecipar juízo sobre a matéria.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao pedido (RISTF, art. 21, § 1º). Arquive-se.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 124.896 (581)ORIGEM : HC - 295830 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : M J DA SIMPTE.(S) : MARCELO VICENTINI DE CAMPOSIMPTE.(S) : FRANCISCO JOSÉ GÁYCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. ATO INFRACIONAL EQUIPARADO AO ROUBO DUPLAMENTE QUALIFICADO. ARTIGO 157, § 2º, I E II, DO CÓDIGO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. APLICAÇÃO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. CRIME COMETIDO COM VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA. ARTIGO 122, I, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA OU FLAGRANTE ILEGALIDADE. LIMINAR INDEFERIDA.

DECISÃO: Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o seguinte teor:

“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL EQUIPARADO AO DELITO DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. CRIME COMETIDO COM VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA. PREVISÃO NO ART. 122, I, DO ECA. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

– O Superior Tribunal de Justiça, seguindo entendimento sedimentado pelo Supremo Tribunal Federal, passou a não admitir o conhecimento de habeas corpus substitutivo de recurso próprio. Entretanto, o constrangimento ilegal suscitado na impetração será analisado, para que se verifique a possibilidade da concessão da ordem de ofício, em razão da existência de ilegalidade flagrante.

– Nos termos do art. 122 do Estatuto da Criança e Adolescente, a medida socioeducativa de internação é possível somente nas seguintes hipóteses: a) pela prática de ato infracional mediante grave ameaça ou violência contra a pessoa; b) pela reiteração no cometimento de outras

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 67

infrações graves; ou c) em razão do descumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente imposta.

– No caso dos autos, a internação foi determinada ao paciente em razão da prática de ato infracional grave, equiparado ao delito de roubo qualificado pelo concurso de pessoas e pelo uso de arma de fogo, conforme previsão do art. 122, I, da Lei 8.069/90.

Habeas corpus não conhecido.”Consta dos autos que o paciente foi submetido à medida

socioeducativa de internação, por prazo indeterminado, pela prática de ato infracional equiparado ao roubo duplamente qualificado, previsto no artigo 157, § 2º, I e II, do Código Penal.

Inconformada, a defesa interpôs apelação no Tribunal de origem, que negou provimento ao recurso, nos seguintes termos:

“APELAÇÃO. INFÂNCIA E JUVENTUDE. ATO INFRACIONAL EQUIPARADO À CONDUTA TÍPICA DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO. VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA QUE RECOMENDAM A IMPOSIÇÃO DE INTERNAÇÃO. PRECEDENTES. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.”

Em razão disso a defesa impetrou Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça, que decidiu pelo seu não conhecimento, nos termos do acórdão acima transcrito.

Sobreveio a impetração deste writ sustentando a ilegalidade da medida de internação do menor, por violação aos princípios de aplicação de medidas socioeducativas, como a excepcionalidade e o respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Defende que a gravidade abstrata do ato, por si só, não caracteriza fundamento idôneo para aplicar a medida de internação, diante do caráter excepcional da medida, ressaltando que o relatório psicossocial elaborado em juízo indicou a adequação da medida de liberdade assistida.

Requer a concessão de liminar para aplicação de medida socioeducativa de liberdade assistida e, no mérito, a confirmação da medida de urgência.

É o relatório, passo a decidir.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das

autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou tratar-se de jurisprudência defensiva. Não é disso que se cuida, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

O Supremo Tribunal Federal tem concedido habeas corpus de ofício em casos de teratologia ou de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na hipótese sub examine, porquanto não se vislumbra o fumus boni iuris e o periculum in mora.

Deveras, o art. 122, II, do Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, autoriza a medida de internação quando o ato infracional for praticado com violência ou grave ameaça à vítima, in verbis:

“Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou

violência a pessoa;II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida

anteriormente imposta.”In casu, as circunstâncias em que cometida a infração (roubo em

concurso de agentes e mediante grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo) e as condições pessoais do adolescente revelam, prima facie, a adequação da medida de internação.

Nesse sentido, trago trecho da sentença na parte que interessa, in verbis:

“Quanto à medida a ser aplicada, tratando-se de ato infracional grave, praticado mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo e concurso de pessoas, bem como sendo o adolescente evadido da escola, e, ainda, conforme pontua o relatório de diagnóstico polidimensional, apresenta dificuldade em introjentar reflexões pertinentes sobre os fatos que esteve envolvido e a ausência de imposição de limites pelos familiares, a única medida adequada é a internação.”

Da mesma forma, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao negar provimento ao recurso de apelação da defesa, assentou:

“A medida socioeducativa de internação mostrou-se adequada e motivadamente dosada, já que sopesadas as circunstâncias e a gravidade do ato infracional.

Além disso, conquanto o relatório elaborado pela equipe multiprofissional da Fundação Casa tenha sido favorável ao adolescente, o fato é que não assinalou a desnecessidade da imposição da medida de internação (fls. 43/48).

(...).Ademais, encontra respaldo no artigo 122, inciso I, do Estatuto da

Criança e do Adolescente, e guarda relação de proporcionalidade com os

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fatos, praticados com simulacro de arma de fogo, evidenciando intensa ousadia, incomum periculosidade e claro desvio comportamental.”

Ex positis, indefiro a liminar.Estando os autos suficientemente instruídos, dê-se vista ao Ministério

Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 124.923 (582)ORIGEM : HC - 294368 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : JOSE GLEBSON CESÁRIOIMPTE.(S) : RENATO PAULA LEITECOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 294.368 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO DUPLAMENTE QUALIFICADO – ART. 157, § 2º, INCISOS I E II. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. REGIME INICIAL FECHADO. PRETENSÃO, EM LIMINAR, DE REGIME SEMIABERTO. WRIT IMPETRADO EM FACE DE DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NÃO CONHECEU DE IDÊNTICA AÇÃO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE AGRAVO REGIMENTAL. IMPETRAÇÃO, PER SALTUM, DE HC NESTA CORTE. NÃO CONHECIMENTO. ANÁLISE DAS RAZÕES DA IMPETRAÇÃO APENAS PARA VERIFICAR A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE HC DE OFÍCIO. PEDIDO DE LIMINAR MANIFESTAMENTE SATISFATIVO.

- Liminar indeferida.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

contra decisão de Relatora, do STJ, in verbis:“Trata-se de habeas corpus, substitutivo de recurso especial, com

pedido de liminar, impetrado em favor de JOSÉ GLEBSON CESÁRIO, condenado à pena de 06 anos de reclusão, em regime inicial fechado, como incurso no art. 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal em face de acórdão proferido, em sede de apelação, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O Impetrante busca, liminarmente e no mérito, a fixação do regime inicial semiaberto e do percentual de aumento pelas majorantes no mínimo legal de um um terço (1/3), nos termos dos enunciados sumulares nºs 440 e 443 do Superior Tribunal de Justiça.

O pedido liminar foi indeferido (fls. 50/51).As judiciosas informações foram prestadas às fls. 58/93, com a

juntada de peças processuais pertinentes à instrução do feito.O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 97/99, opinando

pela parcial concessão da ordem de habeas corpus, par reduzir a pena e manter o regime inicial fechado, pois aplicado com base na gravidade concreta do delito.

É o relatório. Passo a decidir.Não se desconhece que a Primeira Turma do Supremo Tribunal

Federal e ambas as Turmas desta Corte, após evolução jurisprudencial, passaram a não mais admitir a impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário, nas hipóteses em que esse último é cabível. Isso porque a competência do Pretório Excelso e deste Superior Tribunal trata-se de matéria de direito estrito, prevista taxativamente na Constituição da República.

Não obstante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por ambas as Turmas, não tem admitido a extensão desse entendimento nos casos de writ substitutivo de recurso especial (HC 115715, Rel. Min. ROSA WEBER, Relator(a) p/ acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 11/06/2013, Dje-179 PUBLIC 12-09-2013/ RHC 117845, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, Dje-197 PUBLIC 07-10-2013; HC 113690, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 25/09/2012, Dje-197 PUBLIC 08-10-2012).

Diante disso, embora reconheça a ocorrência de abuso na utilização do habeas corpus em substituição ao recurso especial, vinha persistindo no conhecimento do writ em tais casos, por cautelar, até o final posicionamento da Suprema Corte.

Porém, fiquei vencida nesta Colenda Quinta turma (HC 266.835/SP e HC 274.618/SP, julgados em 21/11/2013), razão pela qual me curvo ao entendimento majoritário, para, ressalvado meu posicionamento pessoal, não conhecer do habeas corpus substitutivo do recurso especial, sem prejuízo de, eventualmente, se for o caso, deferir-se a ordem de ofício, em caso de flagrante ilegalidade.

No caso dos autos, que o Paciente foi denunciado como incurso no art. 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal, porque em concurso com cinco agentes, mediante emprego de arma de fogo, subtraiu diversos bens das vítimas, que foram assaltadas dentro de casa e trancadas no banheiro. Após perseguição, a Polícia conseguiu capturar dois dos agentes sendo que os demais, dentre eles o Paciente, fugiram. Dentro do carro dos flagrados foram apreendidas três armas de fogo e parte dos objetos roubados, com exceção do automóvel da vítima que foi localizado posteriormente.

O MM. Juiz sentenciante fixou a pena-base no mínimo legal, reconhecendo a primariedade do Paciente, entretanto, aumento a pena pelas duas qualificadoras em ½ (metade), ‘porque se cuida de crime grave, insista-

se, duplamente qualificado, perfazendo o total de 06 (seis) anos de reclusão’ (fl. 26). A sanção penal restou definitiva, na ausência de outras causas de aumento ou diminuição de pena. O regime inicial fechado foi imposto tendo em vista que ‘o delito foi praticado com violência e grave ameaça à pessoa, com utilização de arma, gerando alarma nessa pequena e pacata Comarca interiorana […] ainda não acostumada à criminalidade dos grandes centros urbanos’ (fl. 26).

Extrai-se dos autos que o Tribunal a quo manteve a dosimetria da pena, explicitando a seguinte motivação, ipsis litteris:

‘Finalmente, a pena-base foi dosada com critério e fixada no mínimo legal, observando-se as circunstâncias judiciais e a primariedade do acusado, aumentada em razão das qualificadoras, não merecendo reparos.

O regime fechado era mesmo de rigor, considerando que se trata de crime bastante grave, cometido em residência e mediante emprego de arma de fogo, o que denota periculosidade do agente e recomenda enérgica interferência estatal.’ (fl. 89)

A teor do trecho do acórdão supratranscrito, não há ilegalidade na aplicação da fração de aumento decorrente das majorantes do roubo em ½ (metade), pois foi estabelecida com base em motivação concreta, e não apenas no mero número de majorantes, sendo observado, nesse ponto, o enunciado da Súmula nº 443/STJ, segundo a qual: ‘[o] aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

[…]Ademais, tanto a sentença condenatória quanto o acórdão hostilizado

esclareceram que o regime fechado era imprescindível, igualmente, em razão das demais circunstâncias que envolveram o fato, nos exatos termos do art. 33, § 3º, c.c art. 59 do Código Penal – roubo realizado no interior de residência, com participação de cinco agentes e emprego de três armas de fogo.

Saliente-se que o fato de esse argumento não ter sido utilizado para a exasperação da pena-base demonstra, tão somente, a benevolência das instâncias ordinárias, não conduzindo à inferência de que há violação ao enunciado da Súmula nº 440/STJ. Esta, ao contrário, é muito clara em vedar a fixação de regime mais gravoso quando realizado com base na gravidade abstrata do delito.

Exemplificativamente:‘PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. (1)

IMPETRAÇÃO SUBSTITUTIVA DE RECURSO ESPECIAL. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. (2) REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA MAIS GRAVOSO. REFERÊNCIA A ELEMENTO CONCRETO. ILEGALIDADE. AUSÊNCIA. ORDEM NÃO CONHECIDA.

I. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeas corpus, em prestígio ao âmbito de cognição da garantia constitucional, e, em louvor à lógica do sistema recursal. In casu, foi impetrada indevidamente a ordem como substitutiva de recurso especial.

2. Não há manifesta ilegalidade a ser reconhecida. Por mais que a pena-base tenha sido fixada no mínimo legal, bem como o quantum da pena ser inferior a oito anos de reclusão, havendo menção a elemento concreto para o estabelecimento de regime inicial mais severo, não há falar em constrangimento ilegal. In casu, foi apontada significativa particularidade fática (não se podem equiparar, para efeito de valoração do injusto-típico, condutas como as descritas neste processo com outros delitos, nos quais, a despeito do concurso de agentes e emprego de armas, não são realizados disparos ou atos de violência pessoal contra os ofendidos. Houve maior desvalor do resultado nos delitos ora examinados e, portanto, é justo que, para reafirmação da norma penal violada, a resposta seja mais intensa, proporcional à gravida concreta do crime, demonstrada no processo) a evidenciar modus operandi com plus de reprovabilidade, autorizando, assim a aplicação do regime fechado.

3. Habeas corpus não conhecido’. (HC 196.030/SP, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/08/2013, DJe 26/08/2013 – grifei)

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO da ordem de habeas corpus.[…].”O paciente foi condenado à pena de 06 anos de reclusão, em regime

inicial fechado, como incurso no art. 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal.O impetrante alega, em síntese, que o paciente faz jus ao início do

cumprimento da pena no regime semiaberto, porquanto, ao proceder à dosimetria da pena, o magistrado não apontou qualquer circunstância judicial desfavorável, fixando o regime fechado com fundamento na gravidade abstrata do crime, por isso que restam afrontadas as Súmulas 718 e 719 desta Corte.

Requer, liminarmente e no mérito, a readequação do regime fechado para o semiaberto.

É o relatório.DECIDO.A decisão que não conheceu do habeas corpus no Tribunal a quo é

impugnável pela via do agravo regimental, e não por habeas corpus, per saltum, nesta Corte, por isso que resta inviabilizado o seu conhecimento.

Todavia, nada impede a análise das razões da impetração com o objetivo de verificar a possibilidade de concessão da ordem ex officio.

In casu, não obstante a densidade das razões jurídicas expostas na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 69

inicial, o pedido de liminar para determinar, desde já, a inserção do paciente no regime semiaberto é manifestamente satisfativo, por isso que o INDEFIRO.

Os autos estão suficientemente instruídos, razão pela dispenso a requisição de informações e dou vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se. Int..Brasília, 5 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 125.090 (583)ORIGEM : RESP - 1359752 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ARNALDO CÉSAR MARTINS DA CUNHAIMPTE.(S) : ARNALDO CÉSAR MARTINS DA CUNHAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1.359.752 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Despacho: Intime-se a Defensoria Pública da União (DPU) para a assistência cabível, devendo promover a emenda da inicial no prazo de 10 (dez) dias.

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 125.108 (584)ORIGEM : ARESP - 498879 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ALEXANDRE AREVALOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECEPTAÇÃO SIMPLES. RÉU REINCIDENTE. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA.

1. A aplicação do princípio da insignificância, causa excludente de tipicidade material, exige o exame quanto ao preenchimento de certos requisitos objetivos e subjetivos, traduzidos na irrelevância da lesão ao bem tutelado pela norma e na favorabilidade das circunstâncias em que foi praticado o crime e de suas consequências jurídicas e sociais.

2. Este Sodalício, em precedentes de ambas as Turmas que compõem a sua Terceira Seção, tem admitido a aplicação do princípio da insignificância quando, no exame do caso concreto, resta evidenciada a ínfima lesividade da conduta ao bem jurídico tutelado.

3. No caso, o agravante é reincidente, situação que, a teor do mais moderno entendimento do Superior Tribunal de Justiça, impede o reconhecimento do referido princípio, porquanto demonstra maior reprovabilidade de seu comportamento, circunstância suficiente e necessária a embasar a incidência do Direito Penal como forma de coibir a reiteração delitiva.

4. Agravo regimental improvido.” (AREsp 498.879-AgRg/MS, Rel. Min. JORGE MUSSI – grifei)Busca-se, na presente impetração, a concessão de medida cautelar

para “(...) que o paciente seja absolvido ou para que a execução da pena seja suspensa até o julgamento do mérito da presente ordem de ‘habeas corpus’”.

O exame dos fundamentos em que se apoia a presente impetração parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder geral de cautela outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos – que são necessários, essenciais e cumulativos –, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, e sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria no julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 125.110 (585)ORIGEM : HC - 306543 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : GASPAR FERREIRA DE SOUZAIMPTE.(S) : ROGÉRIO NÓBREGA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 306.543 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. INDEFERIMENTO DA

MEDIDA LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por ROGÉRIO NÓBREGA DA SILVA, advogado, em benefício de GASPAR FERREIRA DE SOUZA, contra decisão do Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 10.10.2014, indeferiu a medida liminar no Habeas Corpus n. 306.543:

“Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido liminar, impetrado em benefício de GASPAR FERREIRA DE SOUZA, em face de v. acórdão proferido pelo eg. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, nos autos do HC n. 277208-65.2014.8.09.0000.

Depreende-se dos autos que o paciente foi preso em flagrante pela prática, em tese, do delito capitulado no art. 33, caput, da Lei 11.343⁄2006, e que a prisão em flagrante foi convertida em preventiva por meio da r. decisão de 1ª instância, colacionada às fls. 119⁄122.

Postula o impetrante, no presente writ, em síntese, a revogação da prisão preventiva decretada em desfavor do paciente em razão da alegada ausência de fundamentação idônea para a segregação cautelar.

É o relatório.Decido.Na hipótese, ao menos neste juízo de prelibação, tenho que o r.

decisum que decretou a prisão preventiva do paciente está suficientemente fundamentado na necessidade de garantia da ordem pública, notadamente se considerada a elevada quantidade de entorpecentes apreendida, conforme se extrai do seguinte excerto da mencionada decisão impugnada, in verbis:

‘Verifica-se dos autos que o flagrado foi preso com uma considerável quantidade de substâncias entorpecentes além de balança de precisão, o que comprova a existência do crime e indícios suficientes de autoria, conforme demonstram o Auto de Exibição e Apreensão, Laudo de Exame de Constatação e os depoimentos acostados nos presentes autos’ (fl. 121).

(…)Dessarte, a análise dos autos, nos limites da cognição in limine, não

permite a constatação de indícios suficientes para a configuração do fumus boni iuris, não restando configurada, de plano, a flagrante ilegalidade, a ensejar o deferimento da medida de urgência, razão pela qual denego a liminar.

Solicitem-se, com urgência e via telegrama, informações atualizadas e pormenorizadas à autoridade tida por coatora.

Após, vista dos autos à d. Subprocuradoria-Geral da República”.2. O Impetrante requer o temperamento da Súmula n. 691 do

Supremo Tribunal Federal, alegando ter sido convertida a prisão em flagrante em preventiva “de forma genérica, amparada apenas na prova do crime, indícios de autoria e na gravidade abstrata e hediondez do delito, pois em nenhum momento [o juízo de origem] explicitou tantos os motivos cautelares institucionalizadores da segregação antecipada (Art. 312, CPP), como o porque de não substituir a prisão por outra medida cautelar prevista no art. 319, CPP, contrariando o Art. 93, IX, CF”.

Afirma que o “juiz de piso converteu a prisão em flagrante em Preventiva ao singelo argumento de que, no caso, segundo ele, sendo o crime de tráfico de drogas, por si só, devido a suposta gravidade do delito, já é presumido tanto o abalo a ordem pública como, risco de reiteração criminosa como a instrução criminal, mesmo não havendo respaldo destes elementos nos autos ou externado concretamente na r. decisão reprochada, contrariando o disposto no Art. 93, IX, CF”.

Ressalta ter o Paciente “predicativos pessoais favoráveis ao benefício postulado (art. 282, CPP), devido sua primariedade, ausência de antecedentes, residência fixa e profissão lícita”, e ter o Tribunal de Justiça de Goiás acrescido fundamentação à decisão de conversão da prisão em flagrante em preventiva, ao apontar a quantidade do entorpecente, o risco de fuga e a alteração “do cenário do crime (das provas)”.

Pondera ser possível a aplicação de outras medidas cautelares, nos termos do art. 319 do Código de Processo Penal.

Assevera“se constata[r] da certidão criminal, como da própria decisão

impugnada, acostada a esta pretensão que o paciente NUNCA SE ENVOLVEU EM QUALQUER TIPO DE OCORRÊNCIA POLICIAL, sendo este o primeiro e único fato delituoso que esta envolvida, sendo induvidosamente primário e detentor de bons antecedentes, não havendo nos autos ou/e na decisão vergastada, elementos mínimos que leve a concluir que tenha a personalidade voltada para submundo criminoso ou que em liberdade voltará a delinquir, demonstrando para tanto que a restituição do seu status libertatis

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 70

em hipótese alguma abalará a ordem pública.Também não é o caso de risco a ordem econômica, hipótese trazida

pela Lei n.º 8.884/94, com origem histórica no combate aos chamados ‘crimes do colarinho branco’. Nesse caso, o encarceramento visa impedir que o agente continue com sua atividade prejudicial à ordem econômica e financeira, o que não é nosso caso.

De igual forma não se pode falar em risco a conveniência da instrução processual, pois os autos não demonstra nenhum indício que leve a concluir que o paciente em liberdade possa interferir na produção de provas, tais como destruindo o cenário do crime ou coagindo testemunhas.

Não obstante ao que já fora propalado, o comprovante de endereço contido nesta pretensão, demonstra estar segura eventual aplicação da Lei Penal, sendo despicienda outras considerações nesse sentido, levando a conclusão de inexistir razões para abandonar o distrito da culpa”.

Este o teor dos pedidos:“requer se digne Vossa Excelência, conceder a presente ordem IN

LIMINE, para que cesse a arbitrariedade/abuso de poder aqui apontado e ANULAR/CASSAR a r. decisão que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva e, por conseguinte, revogar a prisão preventiva do paciente, ante a ausência de fundamentação ou, em outra hipótese, conceder a ordem constitucional para substituir a prisão por outra medida cautelar, prevista no Art. 319, do CPP, ante a inexistência dos requisitos que institucionalizam a segregação preventiva (art. 312, CPP), prestigiando as garantias constitucionais da presunção de inocência (5º, LVII, CF), garantindo ao paciente o direito Constitucional de aguardar em liberdade, o processo judicial, determinando a expedição alvará de soltura em seu benefício, confirmando-se ao final, a liminar concedida, tornando-a definitiva”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A decisão questionada é monocrática, de natureza precária,

desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Nela, o Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu a medida liminar requerida, por concluir ausentes as condições para o acolhimento do pedido, requisitou informações e determinou o encaminhamento do processo à Subprocuradoria-Geral da República, para, instruído o feito, se desse o regular prosseguimento do habeas corpus até o seu julgamento, na forma pleiteada.

O que se pediu naquele Superior Tribunal ainda não se exauriu em seu exame e em sua conclusão. A jurisdição ali pedida está pendente e o órgão judicial movimenta-se para prestá-la.

4. Este Supremo Tribunal tem admitido, em casos excepcionais e em circunstâncias fora do ordinário, o temperamento na aplicação da Súmula n. 691 do Supremo Tribunal (“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”). Essa excepcionalidade é demonstrada nos casos em que se patenteie flagrante ilegalidade ou contrariedade a princípios constitucionais ou legais na decisão questionada, o que não se tem na espécie vertente.

5. Consta na denúncia:“no dia 02 de julho de 2014, por volta 06h15min, na residência

localizada na Rua 07, Quadra 06, Lote 13, Jardim Arco Íris, Iporá-GO, GASPAR FERREIRA DE SOUZA, agindo de forma livre e consciente, tinha em depósito 02 (duas) porções de droga, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Consta, ainda, que no dia 02 de julho de 2014, por volta 06h15min, na Rua 07, Quadra 06, Lote 13, Jardim Arco Íris, Iporá-GO, GASPAR FERREIRA DE SOUZA, agindo de forma livre e consciente, possuía munições, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência.

Consta, por fim, que no dia 02 de julho de 2014, por volta 06h15min, na residência localizada na Rua 07, Quadra 06, Lote 13, Jardim Arco Íris, Iporá-GO, GASPAR FERREIRA DE SOUZA, agindo de forma livre e consciente, ofereceu vantagem indevida a funcionário público para omitir ato de ofício.

Segundo restou apurado, a Autoridade Policial, no dia 27 de junho de 2014, representou perante a Vara Criminal de Iporá-GO, pela expedição de mandado de busca e apreensão a ser cumprido na residência do denunciado, com fundamento nas declarações dos usuários de drogas Adenildo Rodrigues de Souza, Dalmi Ferreira Silva e Erasmo Silva Gonçalves, que informaram que, por diversas vezes, adquiriram substâncias entorpecentes de Gaspar Ferreira de Souza.

É dos autos que no dia 02 de julho de 2014, por volta das 06h15min, policiais civis, de posse do mandado de busca e apreensão, dirigiram-se para a residência de GASPAR FERREIRA DE SOUZA, localizada na Rua 07, Quadra 06, Lote 13, Jardim Arco Íris, Iporá-GO.

No imóvel, após buscas, foi encontrado dentro de um tijolo furado, uma trouxinha, contendo pedras de crack, em pequenas porções. No quintal, a polícia constatou que a terra estava fofa, razão pela qual cavaram buracos e foi encontrada 01 (uma) pedra grande de crack, sendo que uma se apresentava acondicionada em material plástico na cor amarela e a outra em material plástico na cor branco leitoso, ambas com massa bruta total de 159,840g (cento cinquenta e nove gramas, oitocentos e quarenta miligramas), bem como quatro balanças de precisão com resquícios de cocaína, conforme laudos de exame de constatação de fls. 23 e 25 dos autos.

Consta, ainda, que no imóvel foram localizadas 38 (trinta e oito) munições intactas, calibre 22, marca CBC, bem como 02 (duas) televisões, 03

(três) toca CDS, 09 (nove) DVDs, 03 (três) câmeras, 03 (três) máquinas digitais, 18 (dezoito) alianças na cor dourada, 01 (um) cartão de crédito master card/maestro da caixa poupança n. 6036890010203045117, em nome de Joves Ferreira da Silva, 01 (um) cartão de crédito visa Bradesco 4380154010019336, Ag. 1540-7 conta 1001933 digo 8 via 02 tipo 00, em nome de Weslinaira Rodrigues Souza, 01 (uma) carteira de identidade em nome de Aluízo Pereira do Nascimento, 01 (um) cheque da CEF, no valor de R$ 700,00 (setecentos reais), em nome de Valtuira da Silva Félix e vários objetos de origem duvidosa, conforme termo de exibição e apreensão de fls. 28/30 dos autos.

Por fim, enquanto eram realizadas as buscas na residência do denunciado, Gaspar Ferreira de Souza ofereceu dinheiro para o Delegado de Polícia, Ramon Queiroz Rodrigues da Silva, pedindo para falar em separado com o funcionário público e, logo em seguida, perguntou se tinha como fazerem um acordo, momento em que o autor dos fatos disse ‘se eu ligar pro meu advogado pra ele falar com o Senhor e lhe der um dinheiro pra deixar isso queto tem como?’, querendo dizer para a autoridade policial não prendê-lo em flagrante.

(…)Em assim agindo, Gaspar Ferreira de Souza praticou os crimes

descritos nos artigos 33 da Lei 11.343/2006, 12 da Lei 10.826/03 e 333 do Código Penal, na forma do artigo 69, do mesmo diploma legal, razão pela qual o MINISTÉRIO PÚBLICO requer a autuação da presente denúncia” (grifos nossos).

6. Ao considerar idônea a fundamentação para a prisão preventiva do Paciente, o Tribunal de Justiça de Goiás assentou:

“Em que pesem os argumentos expendidos pelo impetrante, no sentido de insuficiência de fundamentação da decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, verifica-se, compulsando os autos, que razão não assiste ao mesmo, tendo em vista que a prisão em flagrante foi devidamente homologada e convertida em preventiva (fls. 39/42-cópia), sob o fundamento de estarem presentes os requisitos previstos no artigo 312 e seguintes do Código de Processo Penal.

No caso em exame, tem-se do decreto de prisão preventiva, fundamentação suficiente, como se vê:

‘(...) verifica-se dos autos que o flagrado foi preso com uma considerável quantidade de substâncias entorpecentes além de balança de precisão, o que comprova a existência do crime e indícios suficientes de autoria, conforme demonstram o Auto de Exibição e Apreensão, Laudo de Exame de Constatação e os depoimentos acostados nos presentes autos.

Vislumbra-se a presença da hipótese autorizadora da prisão preventiva, prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal, qual seja, a garantia da ordem pública.

(…)Com efeito, na hipótese da garantia da ordem pública a prisão

cautelar é decretada, nas palavras de Fernando Capez,'com a finalidade de impedir que o agente, solto, continue a delinquir, ou de acautelar o meio social, garantindo a credibilidade da justiça, em crimes que provoquem grande clamor popular' (…)

Ademais, ressalto que a disseminação do consumo de drogas na cidade de Iporá-GO, motivado pela abertura de novos mercados para a traficância, tem deixado a sociedade pavorosa, em descredito, colocando em desprestígio a justiça e em dúvida a jurisdição, como instrumento da pacificação social.

Diante disso, por existir fortes indícios de autoria e prova da existência dos crimes noticiados no auto de prisão em flagrante, e uma vez preenchidos os pressupostos para a decretação da prisão preventiva, bem como por estarem presente na hipótese que a autoriza, necessário se faz o decreto da prisão preventiva do flagrado.

Ainda, tem-se que neste momento processual (flagrante) donde decorreu a prisão, impõe converter esta em preventiva com o fim de garantir a ordem pública, e resguardar a colheita de elementos informativos aptos a ensejar eventual instrução processual.

(...)Isto posto, HOMOLOGO a prisão em flagrante de Gaspar Ferreira

Souza e a converto em pisão preventiva (…)’.Ao exame dos excertos supratranscritos, constata-se que a

autoridade coatora expôs devidamente as razões de seu convencimento para decretar a constrição da liberdade do paciente, com arrimo na existência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva, a saber, prova da materialidade e indícios suficientes da autoria, estando a segregação alicerçada na garantia da ordem pública e da instrução processual.

(…)Ora, a ordem pública restou perturbada, tendo em vista a natureza e

considerável quantidade da droga apreendida (aproximadamente 159,840g – cento e cinquenta e nove virgula oitocentos e quarenta gramas de ‘crack’) e, ainda, foram apreendidos vários aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, celulares, balanças de precisão, 38 munições de calibre 22 intactas.

Impende registar que atualmente o tráfico de drogas é um dos maiores males da sociedade, que anseia por debelar esse mal do seu seio, que afeta uma fatia considerável de pessoas, em sua grande maioria, jovens, tirando a dignidade do ser humano e destruindo famílias.

(…)Ainda, quanto à fundamentação de conveniência para a instrução

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 71

processual, tem-se que o suposto autor do crime de tráfico de drogas deve ficar preso durante a colheita de provas e apuração da verdade real, para evitar que sejam apagados todos e quaisquer vestígios da atuação criminosa, frustrando, assim, a ação da Justiça, bem como para impedir a evasão do distrito da culpa.

Não obstante, também interessa à Justiça, na busca da verdade, conhecer a versão do acusado para os fatos que lhe são imputados, tanto que o interrogatório é importante meio de defesa e de prova. A liberdade do acusado pode levar à sua eventual fuga do distrito de culpa, com prejuízo a instrução regular do processo e dificuldades de aplicação da lei penal.

(…)Ressalte-se que também não merece guarida o pleito do impetrante

no que tange à suscitada tese de que o paciente possui predicados pessoais favoráveis à concessão do presente mandamus.

É de sabença trivial que as características pessoais positivas (como primariedade, bons antecedentes, ocupação laboral lícita e residência fixa), ainda que comprovadas, não têm o condão de garantir, por si sós, a revogação da prisão preventiva, mormente quando o julgador visualizar a presença de seus requisitos ensejadores, como no caso vertente, em que a constrição, repise-se, encontra-se regularmente fundamentada nos elementos necessários para o seu decreto.

(…)Ainda, vislumbra-se que na hipótese em apreciação nenhuma das

medidas descritas no artigo 319 do CPP revela-se suficiente e adequada, tendo em vista a intranquilidade que crimes desta natureza vêm gerando no meio social, desestruturando famílias e desencadeando vários outros delitos.

Portanto, não se cogita em aplicação de outra medida cautelar menos gravosa, posto que tal providência não seria suficiente e proporcional ao caso em apreciação” (grifos nossos).

7. Ao apreciar pedido para manutenção da prisão preventiva do Paciente, o juízo de origem afirmou:

“O Ministério Público ainda requereu a juntada do laudo pericial das munições apreendidas, bem como, que seja mantida a prisão preventiva do denunciado.

Pois bem.Impõe-se a manutenção da prisão do denunciado, porquanto

persistem os motivos que autorizaram a prisão preventiva, vez que não surgiu nenhum elemento novo capaz de modificar os pressupostos autorizadores da segregação cautelar.

Acrescento que, a prisão preventiva, como toda medida cautelar, tem sua duração condicionada à existência temporal de sua fundamentação, ou seja, não mais presentes as razões que ocasionaram sua decretação, a mesma pode ser revogada, ou renovada, sobrevindo razões que a justifiquem.

(…)Nota-se que a prisão preventiva do denunciado foi decretada por

estarem presentes os pressupostos autorizadores da prisão preventiva, prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal, quais sejam, materialidade e indícios de autoria, e seus requisitos, consistentes na garantia da ordem pública, bem como para assegurar a aplicação da lei penal.

Esses motivos, a meu ver, continuam presentes no caso em tela, dada a necessidade de resguardo da ordem pública, evidenciada pela gravidade dos fatos narrados nos autos, e para evitar a reiteração da prática delitiva. Portanto, persistem os pressupostos e os requisitos autorizadores da decretação da prisão preventiva.

Assim, por ora, e considerando as circunstâncias em que se deu o flagrante, necessária a manutenção da prisão preventiva do acusado” (grifos nossos).

8. Dessa forma, consideradas as circunstâncias do ato praticado e os fundamentos apresentados pelo juízo de origem, mantidos nas instâncias antecedentes, concluiu-se que a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão seria inadequada na espécie, harmonizando-se aquela decisão de constrição da liberdade do Paciente com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, o qual assentou ser a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi e pelo risco de reiteração delitiva, motivo idôneo para a custódia cautelar.

Nesse sentido:“HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE POR TRÁFICO DE

DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA: INADMISSIBILIDADE. DECISÃO QUE MANTEVE A PRISÃO. PERICULOSIDADE DA PACIENTE. QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. CIRCUNSTÂNCIAS SUFICIENTES PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR. ORDEM DENEGADA. 1. A proibição de liberdade provisória, nos casos de crimes hediondos e equiparados, decorre da própria inafiançabilidade imposta pela Constituição da República à legislação ordinária (Constituição da República, art. 5º, inc. XLIII): Precedentes. O art. 2º, inc. II, da Lei n. 8.072/90 atendeu o comando constitucional, ao considerar inafiançáveis os crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos. Inconstitucional seria a legislação ordinária que dispusesse diversamente, tendo como afiançáveis delitos que a Constituição da República determina sejam inafiançáveis. Desnecessidade de se reconhecer a inconstitucionalidade da Lei n. 11.464/07, que, ao retirar a expressão 'e liberdade provisória' do art. 2º, inc. II, da Lei n. 8.072/90, limitou-se a uma alteração textual: a proibição da liberdade provisória decorre da vedação da

fiança, não da expressão suprimida, a qual, segundo a jurisprudência deste Supremo Tribunal, constituía redundância. Mera alteração textual, sem modificação da norma proibitiva de concessão da liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados, que continua vedada aos presos em flagrante por quaisquer daqueles delitos. 2. A Lei n. 11.464/07 não poderia alcançar o delito de tráfico de drogas, cuja disciplina já constava de lei especial (Lei n. 11.343/06, art. 44, caput), aplicável ao caso vertente. 3. Irrelevância da existência, ou não, de fundamentação cautelar para a prisão em flagrante por crimes hediondos ou equiparados: Precedentes. 4. Ao contrário do que se afirma na petição inicial, a custódia cautelar do Paciente foi mantida com fundamento em outros elementos concretos, que apontam a periculosidade do Paciente e a quantidade de droga apreendida como circunstâncias suficientes para a manutenção da prisão processual. Precedentes. 5. Ordem denegada” (HC 99.447, de minha relatoria, DJe 19.3.2010, grifos nossos).

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. FINANCIAMENTO DO TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO FUNDAMENTADA. ORDEM PÚBLICA. PRIMARIEDADE E BONS ANTECEDENTES. DENÚNCIA QUE ATENDE AOS REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP. NECESSIDADE DE EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCOMPATIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. O paciente foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por financiar associação voltada para o tráfico ilícito de entorpecentes, fornecendo veículos para que fossem utilizados para buscar drogas, ou para que fossem negociados. 2. Observo que o decreto de prisão preventiva, na realidade, se baseou em fatos concretos observados pelo juiz de direito na instrução processual, notadamente a periculosidade do paciente, não só em razão da gravidade do crime perpetrado, mas também pelo modus operandi , já que a associação criminosa movimentava grande quantidade de drogas, cuja distribuição era comandada por um dos corréus do interior de um presídio. 3. Como já decidiu esta Corte, 'a garantia da ordem pública, por sua vez, visa, entre outras coisas, evitar a reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de maiores danos' (HC 84.658/PE, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 03/06/2005), além de se caracterizar 'pelo perigo que o agente representa para a sociedade como fundamento apto à manutenção da segregação' (HC 90.398/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 18/05/2007). 4. A circunstância de o paciente ser primário, ter bons antecedentes, trabalho e residência fixa não se mostra obstáculo ao decreto de prisão preventiva, desde que presentes os pressupostos e condições previstas no art. 312 do CPP (HC 83.148/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 02.09.2005). 5. A denúncia descreve suficientemente a conduta do paciente, a qual, em tese, corresponde ao delito descrito no art. 36 da Lei 11.343/06, já que financiaria a associação criminosa, fornecendo veículos para o transporte das drogas ou para que fossem negociados. 6. Diversamente do que sustentam os impetrantes, a descrição dos fatos cumpriu, satisfatoriamente, o comando normativo contido no art. 41 do Código de Processo Penal, estabelecendo a correlação entre a conduta do paciente e a imputação da prática delituosa. 7. A alegação de que a situação financeira do paciente revelaria a impossibilidade de ter praticado o delito narrado na denúncia exige, necessariamente, a análise do conjunto fático-probatório, o que ultrapassa os estreitos limites do habeas corpus. 8. Esta Corte tem orientação pacífica no sentido da incompatibilidade do habeas corpus quando houver necessidade de apurado reexame de fatos e provas (HC 89.877/ES, rel. Min. Eros Grau, DJ 15.12.2006). 9. Habeas corpus denegado” (HC 98.754, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 11.12.2009, grifos nossos).

“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO CAUTELAR. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. EXCESSO DE PRAZO. JUSTIFICATIVA. 1. A Primeira Turma desta Corte fixou entendimento no sentido de que a Lei n. 11.343/06 [Lei de Entorpecentes] proíbe a concessão de liberdade provisória ao preso em flagrante pela prática de tráfico de entorpecentes. Precedentes. 2. Ainda que se admita a liberdade provisória em caso de prisão em flagrante por tráfico de entorpecentes, a segregação cautelar para garantia da ordem pública encontra fundamento na periculosidade do paciente, evidenciada pela grande quantidade de droga [1.168 comprimidos de ecstasy], consubstanciando ameaça à sociedade. Não se trata de pequeno traficante. Precedentes. 3. Excesso de prazo da instrução criminal justificado pelo Juiz da causa. Ordem indeferida” (HC 94.872, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 19.12.2008, grifos nossos).

Na mesma linha: HC 102.119, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 25.6.2010; HC 99.929, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 4.6.2010; HC 97.462, de minha relatoria, DJe 23.4.2010; HC 98.130, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 12.2.2010, entre outros.

9. Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal consolidou-se no sentido de que as “condições subjetivas favoráveis (…) não obstam a segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar sua manutenção” (HC 96.182, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe 20.3.2009).

10. Na espécie vertente, as circunstâncias expostas na inicial e os documentos juntados comprovam ser imprescindível prudência na análise e na conclusão do que se contém no pleito, por não se poder permitir, sem fundamentação consistente, a supressão da instância a quo. A decisão liminar e precária proferida pelo Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, não exaure o cuidado do que posto a exame, estando a ação, ali em

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curso, a aguardar julgamento definitivo como pedido pela parte.Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PROCESSUAL

PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. A decisão questionada nesta ação é monocrática e tem natureza precária, desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Não vislumbrando a existência de manifesto constrangimento ilegal, incide, na espécie, a Súmula 691 deste Supremo Tribunal (‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’). Precedentes.

2. Agravo regimental não provido” (HC 90.716-AgR, de minha relatoria, DJ 1º.6.2007).

“HABEAS CORPUS - OBJETO - INDEFERIMENTO DE LIMINAR EM IDÊNTICA MEDIDA - VERBETE N. 691 DA SÚMULA DO SUPREMO.

A Súmula do Supremo revela, como regra, o não-cabimento do habeas contra ato de relator que, em idêntica medida, haja implicado o indeferimento de liminar” (HC 90.602, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ 22.6.2007).

Confiram-se, ainda, entre outros: HC 89.970, de minha relatoria, DJ 22.6.2007; HC 90.232, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 2.3.2007; e HC 89.675-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 2.2.2007.

11. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), prejudicada, por óbvio, a medida liminar requerida.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

INQUÉRITO 3.213 (586)ORIGEM : INQUÉRITO - 2662006 - TRIBUNAL REGIONAL

ELEITORALPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ANDRÉ LUÍS DANTAS FERREIRAINVEST.(A/S) : IVAN ATAÍDE DOS SANTOS

DECISÃOINQUÉRITO. DEPUTADO FEDERAL. CRIME DE TRANSPORTE

IRREGULAR DE ELEITORES. ART. 302 DO CÓDIGO ELEITORAL. DILIGÊNCIA REQUERIDA PELO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA: DEFERIMENTO.

Relatório1. Inquérito instaurado por determinação do Juiz Eleitoral de

Japaratuba-SE (fls. 19), para apurar a prática de conduta tipificada no art. 302 do Código Eleitoral (transporte irregular de eleitores), atribuída a Ivan Ataíde dos Santos.

2. Constatados indícios de participação do Deputado Federal André Moura, no ilícito, os autos foram encaminhados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe a este Supremo Tribunal Federal (fls. 213/214).

3. Em 13/12/2011 determinei:“(...)a) oficie-se ao Presidente do Tribunal de Contas de Sergipe e ao

Prefeito do Município de Pirambu, para que, no prazo máximo de quinze dias, encaminhem os esclarecimentos e os documentos requeridos pela Procuradoria-Geral da República, a fim de que sejam juntados aos autos deste inquérito;

b) na sequência, encaminhem-se os autos do inquérito ao Superintendente da Polícia Federal de Sergipe, a fim de que, no prazo de sessenta dias, proceda a oitiva das testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República;

c) posteriormente, deverá ser procedida à oitiva, a convite, do Deputado Federal André Moura, ou André Luis Dantas Ferreira (fl. 211), em Brasília ou em outro local por ele indicado, no prazo de trinta dias contados do término da oitiva das testemunhas.

9. Cumpridas as determinações, renove-se vista à Procuradoria-Geral da República.” (fls. 228/231)

4. Em 14/05/2012 (fls. 426/427), 15/05/2013 (fls. 458/459) e em 18/11/2013 (fls. 478/479) deferi dilação de prazo requerida pela Polícia Federal para o encerramento das diligências no presente Inquérito.

5. Em 13/10/2014, o Procurador-Geral da República assim se manifestou:

“O Procurador-Geral da República, tendo em vista a decisão que determinou a oitiva do Deputado Federal André Luis Dantas Ferreira após a oitiva das testemunhas (fls. 228/231), bem assim o seu pedido no mesmo sentido (fls. 501/504), requer proceda-se a oitiva do congressista.” (fls. 521)

6. Pelo exposto, e considerando o teor da manifestação do Ministério Público Federal, determino o encaminhamento dos autos ao

Superintendente da Polícia Federal de Sergipe para proceder, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, à oitiva, a convite, do Deputado Federal André Luís Dantas Ferreira, em Brasília ou em outro local por ele indicado.

7. Cumprida a diligência, dê-se nova vista ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

INQUÉRITO 3.576 (587)ORIGEM : PROC - 100000012812201111 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : PEDRO NOVAIS LIMAADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTROADV.(A/S) : ROBERTA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO QUEIROZADV.(A/S) : PEDRO IVO RODRIGUES VELLOSO CORDEIROADV.(A/S) : MARCELO TURBAY FREIRIAADV.(A/S) : LILIANE DE CARVALHO GABRIEL

DECISÃO: 1. Trata-se de inquérito penal instaurado para apurar suposta prática da conduta tipificada no art. 312 do Código Penal por Pedro Novais Lima, Deputado Federal, que teria desviado verba pública utilizada, em princípio, ao pagamento da assessoria parlamentar para remunerar empregados particulares.

Em novembro de 2012, o Ministério Público requereu a instauração do inquérito, além de diligências necessárias à formação da opinio delicti (fls. 2-7).

Instaurado o inquérito, as aludidas providências foram deferidas às fls. 285-286.

Cumpridas as diligências, os autos retornaram ao Ministério Público em maio de 2014 (fl. 522).

2. Em promoção de fls. 524-534, o Procurador-Geral da República manifestou-se nos seguintes termos:

“As oitivas realizadas não trouxeram elementos que viessem a corroborar com a tese de que o Deputado Federal Pedro Novais teria se utilizado de recursos públicos para remunerar seus empregados particulares, notadamente Adão dos Santos Pereira e Doralice Bento de Sousa.

Na realidade, alguns dos mencionados depoimentos apontam para o fato de que Adão e Doralice trabalharam no gabinete parlamentar e também, respectivamente, como motorista e governanta em sua residência privada. Destaque-se, no entanto, que as atividades públicas e particular não teriam ocorrido, de acordo com os relatos, de forma concomitante, como se verifica dos excertos abaixo:

[…]Ainda que possam ser identificadas pequenas incongruências entre

os depoimentos, eles são consonantes no sentido de que o exercício da função pública e a realização dos serviços privados prestados por Adão e Doralice não se confundiam. Pelo que se subsume das informações, além de serem diversos os momentos das prestações de serviços públicos e privados, as remunerações também não se confundiam, sendo as primeiras pagas com verbas públicas,e as segundas, com verbas particulares.

[…]Quanto aos depoimentos transcritos pela inicial da ação de

improbidade administrativa n. 0038747-19.2012.4.01.3400, tem-se que se tratam de declarações firmadas (fl. 333-342) por Jilmar Ribeiro de Souza, Raimundo Nonato Bezerra da Silva Filho, Francisco Venâncio Peixoto, Sebastião Correa e Gevaldo Souza de Aquino, que trabalharam – ou trabalharam – no período em que residia o Deputado Federal Pedro Novais à época. Afirmaram, de forma uníssona, que Doralice Bento de Sousa teria trabalhado para o parlamentar, possivelmente como empregada doméstica. Porém, nenhum deles soube precisar o período exato em que ela esteve trabalhando naquela residência.

Por fim, a vasta documentação acostada aos autos, contendo informações cadastrais de Adão dos Santos Pereira e Doralice Bento de Souza referentes ao período em que estiveram atuando na assessoria legislativa da Câmara dos Deputados – boa parte no Gabinete do Deputado Federal Pedro Novais - , apenas comprova os períodos trabalhados, suas remunerações e eventuais ocorrências, porém não traz elementos que demonstrem a prática do crime de peculato ou de qualquer outra ilegalidade.

Ante o exposto, o Procurador-Geral da República manifesta-se pelo arquivamento do feito em relação ao Deputado Federal Pedro Novais Lima, com a ressalva do art. 18 do CPP.”

3. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é irrecusável a promoção de arquivamento do inquérito policial, das peças de informação ou da comunicação de crime solicitada pelo Ministério Público, quando fundada na “ausência de elementos que permitam ao Procurador-Geral da República formar a opinio delicti” (Pet 2509 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJ 25-06-2004, PP-00873).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 73

No caso, o titular da ação penal opinou pelo arquivamento do expediente na consideração de inexistência de justa causa para a ação penal (Inq 3309, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, DJe de 18/02/2014; Inq 3578, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Dje de 14/02/2014; Inq 3735, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Dje de 06/02/2014), porquanto os elementos indiciários colhidos até o momento não são suficientes a apontar de modo concreto e objetivo materialidade e autoria delitivas, pelo contrário.

4. Ante o exposto, acolho a manifestação do Ministério Público e defiro o arquivamento deste inquérito em relação a Pedro Novais Lima, nos termos dos arts. 3º, I, da Lei 8.038/90, 21, XV, e 231, § 4º, do RISTF, ressalvada a hipótese do art. 18 do Código de Processo Penal.

Publique-se.Intimem-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.910 (588)ORIGEM : PROCESSO - 08001010960201221 - MINISTÉRIO DA

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : CIRO NOGUEIRA LIMA FILHOADV.(A/S) : VICENTE DE PAULO DE MOURA VIANAINVEST.(A/S) : IRACEMA MARIA PORTELLA NUNES NOGUEIRA LIMAADV.(A/S) : VICENTE DE PAULO DE MOURA VIANA E OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : SÉTIMO WAQUIMADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO (Referente às Petições Avulsas 41.767/2014, 45.023/2014, 45.405/2014, 47.032/2014, 47.679/2014 e 50.327/2014): Por meio da Petição 50.327, de 22 de outubro de 2014, a Corregedoria de Polícia Federal solicita o encaminhamento “dos originais de contratos de locação firmados entre o Deputado Federal Sétimo Waquim e a empresa Trevo Locadora de Veículos Ltda., conforme requisitado à Câmara dos Deputados nos termos da decisão de fls. 228/244, com vistas ao exame pericial determinado por esse órgão judicial”.

Deveras, foram solicitadas informações à Câmara dos Deputados, que as prestou por meio do Ofício 1305/14/GP (Petição Avulsa 47.679, de 08 de outubro de 2014), acompanhada de documentos. A Câmara afirmou que “Ante a solicitação de fornecimento dos contratos originais, cabe observar que, compondo a documentação comprobatória de despesa, são apresentados, juntamente à nota ou cupom fiscal original, comumente, apenas cópia do contrato de locação, permanecendo o contrato original de locação sob a posse do Deputado”.

Com esse esclarecimento, a Câmara dos Deputados encaminhou cópias dos contratos de locação, que deram origem à emissão das notas fiscais n° 226, de 14/03/2011; 227, de 14/03/2011; 249, de 04/04/2011; 250, de 04/04/2011; 267, de 28/04/2011; 273, de 04/05/2011; 290, de 27/05/2011; 291, de 27/05/2011; 313, de 27/06/2011; 351, de 11/08/2011; 370, de 05/09/2011; 404, de 04/11/2011; 389, de 04/10/2011; 420, de 02/12/2011; 463, de 01/03/2012; 463, de 01/03/2012; 464, de 01/03/2012; 491, de 25/04/2012; 492, de 25/04/2012; 508, de 28/05/2012; 551, de 06/08/2012; 569, de 08/10/2012; 570, de 08/10/2012; 585, de 07/11/2012; 593, de 07/12/2012; 610, de 31/01/2013; 610, de 31/01/2013; 620, de 11/03/2013; 632, de 24/04/2013; 634, de 29/04/2013; 633, de 29/04/2013; 654, de 21/06/2013; 657, de 01/07/2013; 653, de 21/06/2013; 658, de 01/07/2013; 672, de 19/08/2013; 676, de 12/09/2013; 682, de 02/10/2013; 688, de 15/10/2013.

Como se cuida de pedido de realização de exame grafotécnico, determino o encaminhamento dos mencionados documentos à Polícia Federal, para que analise a viabilidade de realização da perícia sobre as cópias.

Encaminhem-se, ainda, à Polícia Federal, para que proceda à devida juntada aos autos do Inquérito, as seguintes petições avulsas:

1) Petição Avulsa 47.679/2014, da Câmara dos Deputados, por meio do qual foram enviadas cópias das notas fiscais e dos contratos de locação firmados pelo Deputado Sétimo Waquim com a empresa Trevo Locadora;

2) Petição Avulsa 45.405/2014, do Ministério das Cidades, acompanhada de documentos e de duas mídias digitais;

3) Petição Avulsa 45.023/2014, do DETRAN/DF, prestando informações sobre cadeia dominial do veículo placa LVR 9751;

4) Petição Avulsa 47.032/2014, da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura de Teresina/PI, por meio do qual envia “informações resumidas impressas (29 páginas), 01 (um) CD contendo arquivos digitais das notas fiscais emitidas de 2010 a 2014, relativas à empresa TREVO LOCADORA DE VEÍCULOS LIMITADA, inscrita sob o CNPJ n° 01.971.190/0001-49, além das correspondentes notas fiscais impressas”;

5) Petição Avulsa 50.327/2014, do Departamento de Polícia Federal, por meio do qual foram solicitados documentos enviados a esta Corte pela Câmara dos Deputados.

Relativamente à Petição Avulsa 41.767/2014, cuida-se de

substabelecimento, com reservas, e pedido de cópias, formulados pelos representantes da Sra. Daniela Roberta Duarte da Cunha. Aguarde-se na Secretaria desta Corte, para oportuna juntada aos autos, quando da sua devolução pela Polícia Federal.

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.Brasília, 05 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.450 (589)ORIGEM : MI - 6450 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : ADEVANIR DONIZETE MENDANHAADV.(A/S) : JOAO ALBERTO COVREIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Considerando que demonstrado o requerimento e o indeferimento administrativo na inicial, em data posterior à aprovação da Súmula Vinculante 33 (em 09 de abril de 2014), notifique-se a autoridade impetrada para que preste informações no prazo de dez dias.

Dispensada a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República, por se tratar de processo com matéria similar à discutida em processos anteriores (RISTF, art. 52, parágrafo único).

Decorrido o prazo acima referido, retornem conclusos.Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MANDADO DE SEGURANÇA 27.552 (590)ORIGEM : MS - 122806 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : NEUDO LOPES VIANAADV.(A/S) : JOÃO GUILHERME CARVALHO ZAGALLOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

( PROCESSO Nº 01535419997)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EXCLUSÃO DE VANTAGEM ECONÔMICA RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. NÃO CONFIGURADA. MANDADO DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Neudo Lopes Viana contra ato praticado pelo Presidente do Tribunal de Contas da União - TCU.

Narra o impetrante que a Corte de Contas pretende suprimir de seus proventos recomposição salarial (URP 26,05%) deferida em decisão judicial com trânsito em julgado. Alega que o percentual foi implantado em seus proventos há mais de quinze anos.

Sustenta, em síntese, a ocorrência da coisa julgada quanto à decisão judicial que concedeu o pagamento das vantagens ao impetrante. Alega, ainda, a incidência da decadência (art. 54 da Lei 9.784/1999), impossibilitando a revisão do ato de concessão da parcela de URP por parte da Administração.

Requer, ao final, a concessão de liminar inaudita altera pars, para que a Universidade Federal do Maranhão se abstenha de praticar quaisquer atos tendentes a diminuir, suspender e/ou retirar a remuneração/proventos/pensões do(s) impetrante(s) a parcela referente a URP de fevereiro de 1989, e/ou que implique na devolução dos valores recebidos, e para determinar o restabelecimento do pagamento(s) da parcela de URP .

E, no mérito, pede que seja concedida de forma definitiva a incorporação da vantagem econômica (URP 26,05%) em sua remuneração.

Em 7/10/2008, meu ilustre antecessor, o Ministro Eros Grau deferiu a liminar para determinar a suspensão dos efeitos do acórdão do TCU em processo administrativo (fls. 100-102).

É o relatório. Decido. No caso sub examine, o presente mandamus visa a impugnar

acórdão do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal o ato de concessão de aposentadoria do impetrante, em virtude da inclusão no cálculo de seus proventos, de forma destacada, da vantagem denominada Unidade de Referência de Preço URP (26,05%), de fevereiro de 1989, referente a decisão judicial transitada em julgado.

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido à manutenção de parcelas de remuneração. O servidor público está sujeito à alteração do seu regime de remuneração, não podendo, apenas, sofrer redução na sua remuneração bruta. Nesse sentido:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 74

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO INCORPORADA: SUA ABSORÇÃO, POR LEI QUE MAJOROU VENCIMENTOS: INEXISTÊNCIA DE OFENSA A DIREITO ADQUIRIDO OU AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. TRIBUNAL DE CONTAS: JULGAMENTO DA LEGALIDADE DE APOSENTADORIAS: CONTRADITÓRIO. I. - Gratificação incorporada, por força de lei. Sua absorção, por lei posterior que majorou vencimentos: inexistência de ofensa aos princípios do direito adquirido ou da irredutibilidade de vencimentos, na forma da jurisprudência do STF. II. - Precedentes do STF. III. - O Tribunal de Contas, no julgamento da legalidade de concessão de aposentadoria, exercita o controle externo que lhe atribui a Constituição, no qual não está jungido a um processo contraditório ou contestatório. IV. - Mandado de Segurança indeferido.” (MS 24.784, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ 25/6/2004).

Assim, não existe direito à perpetuação das parcelas de remuneração de servidor público, porquanto, diante da possibilidade de modificação da estrutura remuneratória de uma carreira, até mesmo parcelas concedidas judicialmente sob a égide do regime jurídico antigo poderão ser eliminadas na hipótese de uma reestruturação, tal como ocorreu na hipótese dos autos.

Nesse diapasão, faz-se necessário trazer excerto do acórdão proferido pelo TCU, o qual destacou a circunstância de que, considerando-se a URP como vantagem pessoal e sua natureza de antecipação salarial, é necessário concluir que os reajustes salariais posteriores à sua concessão vieram a incorporar o valor que era pago em separado, verbis:

“5. No caso específico das vantagens decorrentes de planos econômicos, é entendimento aceito sem discussão nesta Corte que os pagamentos do percentual relativo à URP de fevereiro de 1989 (26,05%) não se incorporam aos salários em caráter permanente, pois têm natureza de antecipação salarial, sendo devidos somente até a reposição das perdas salariais havidas no ano anterior, o que ocorre na primeira data-base posterior ao gatilho, conforme o Enunciado nº 322 da Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho – TST.

6. Nesse sentido, prospera a posição firmada na oportunidade da prolação do Acórdão nº 1.857/2003 – TCU – Plenário, no sentido de que, “excetuada a hipótese de a decisão judicial haver expressamente definido que a parcela concedida deva ser paga mesmo após o subseqüente reajuste salarial, deve prevalecer a justa Súmula nº 322 do Tribunal Superior do Trabalho, cabendo a este Tribunal de Contas considerar ilegal o ato concessório, determinando a sustação dos pagamentos indevidos”.

7. A adoção de tal posicionamento constitui efetiva defesa da coisa julgada, pois estender o pagamento de parcelas antecipadas para além da data-base, sem expressa determinação nesse sentido, seria extrapolar os limites do próprio julgado e tipificar a ocorrência de bis in idem.”

Nesse contexto, caso os servidores pudessem manter todas as vantagens pecuniárias do regime anterior no novo regime, e nisso devem ser incluídas as calcadas em pronunciamentos judiciais, eles ficariam com o melhor dos mundos. As vantagens do regime antigo seriam mescladas com as do novo, possibilitando, até mesmo, a criação de remunerações acima do que poderia ser aceitável do ponto de vista da moralidade. Além disso, as parcelas remuneratórias do regime anterior nunca seriam suprimidas, e as novas seriam acrescidas, o que inviabilizaria, do ponto de vista de controle orçamentário, toda e qualquer alteração quanto ao aspecto remuneratório da carreira dos servidores.

A eventual menção, no corpo da sentença já transitada e favorável ao impetrante no sentido da incorporação da vantagem de 26,05% da URP não esvazia essas assertivas, à medida que tais incorporações restringiram-se ao período em que vigorou o regime jurídico antigo. Não há, assim, qualquer ofensa à coisa julgada na atuação do TCU.

Fixada essa premissa, importante analisar a alegação de ofensa à coisa julgada no tocante à sua eficácia temporal, vinculada, sobremaneira, pela cláusula rebus sic stantibus. Tal cláusula impõe que a força vinculativa das sentenças judiciais, notadamente as que tratam de relações jurídicas com efeitos prospectivos, permanece enquanto se mantiverem íntegras as situações de fato e de direito que lhe deram amparo no momento da sua prolação. Como aponta a doutrina, quer isso dizer, em concreto, que a sentença que aprecia um feito cujo suporte é constituído por relação dessa natureza [continuativa] atende apenas os pressupostos do tempo em que foi proferida, sem, entretanto, extinguir a própria relação jurídica, que continua sujeita às variações de seus elementos (PORTO, Sérgio Gilberto. Coisa Julgada Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 104).

Em outras palavras, relações jurídicas materiais que têm por objeto obrigações homogêneas de trato sucessivo (i.e., prestações periódicas e renováveis de tempos em tempos) admitem flexibilização de seu conteúdo, e mais, independentemente de ajuizamento de ação rescisória.

De fato, não seria razoável imaginar o contrário. Caso uma sentença judicial pudesse cristalizar determinada relação jurídica continuativa no tempo, os jurisdicionados teriam incentivos para ajuizar ações com o simples propósito de congelar o estado de fato ou de direito num dado instante, evitando que possíveis modificações futuras viessem a agravar sua posição jurídica.

Com efeito, a perda da eficácia da sentença judicial transitada em julgada por força de modificações no contexto fático-jurídico em que produzida não implica, per se , violação à garantia fundamental da coisa julgada (CRFB, art. 5º, XXXVI). Nessa esteira, não atenta contra a coisa julgada a

superveniente alteração do estado de direito, desde que, frise-se, a nova norma jurídica tenha eficácia ex nunc , sem efeitos retroativos.

Na hipótese dos autos, a decisão judicial, que deveria ter produzido efeitos até a data-base seguinte à concessão da URP, perdeu sua eficácia vinculante com a inovação do regime jurídico de remuneração dos servidores, que passou a abranger, sob novas rubricas, os valores anteriormente percebidos, assegurando-se, apenas, a irredutibilidade da remuneração .

No que concerne a alegada ocorrência da decadência administrativa, acentuo que o ato de aposentadoria de agentes públicos tem sido reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como um ato complexo. A despeito da controvérsia que o tema possa originar, é pacífico o entendimento nesta Corte de que, por se tratar de ato complexo, ele apenas se aperfeiçoa após o seu registro junto ao TCU. Assim, apenas após o registro da aposentadoria no TCU é que começaria a correr o prazo decadencial de 5 anos previsto no art. 54 da Lei nº 9.784 para a anulação do referido benefício.

Dessa forma, ainda que o benefício esteja sendo pago por mais de 5 anos, isso não acarreta a decadência do direito de anular.

Neste sentido, cito o MS 24.781/DF, Rel. orig. Min. Ellen Gracie, Red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 9/6/2011, assim ementado:

“Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de 10 (dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima). Garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da segurança.

I - Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União que consubstancia o exercício da competência constitucional de controle externo (art. 71, III, CF).

II - A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao princípio da confiança face subjetiva do princípio da segurança jurídica. Precedentes.

III - Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de Contas.

IV - Concessão parcial da segurança para anular o acórdão impugnado e determinar ao TCU que assegure ao impetrante o direito ao contraditório e à ampla defesa no processo administrativo de julgamento da legalidade e registro de sua aposentadoria, assim como para determinar a não devolução das quantias já recebidas.

V - Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar a devolução das importâncias pretéritas recebidas, na forma do que dispõe a Súmula 106 do TCU.”

Nesse tocante, anoto inexistir neste mandado de segurança a informação sobre a data em que o processo de aposentação deu entrada na Corte de Contas para aperfeiçoamento do ato, o que impossibilita aferir se o TCU efetivamente demorou mais de cinco anos para julgar a legalidade da aposentadoria do impetrante.

Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de segurança, na forma do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 28.059 (591)ORIGEM : MS - 71064 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : PAULA CRISTINA IZIQUE VICTORELLIADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PCA Nº

2008.10.00.001273-1)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Intime-se a parte impetrante para que junte procuração com outorga de poderes específicos para desistência (art. 38 do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 75

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 28.122 (592)ORIGEM : MS - 85963 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : JOÃO CARLOS PIOVEZANADV.(A/S) : PAULO RICARDO SCHIER E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 2008.10.00.001273-1)

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Com base na orientação adotada pelo STF no julgamento do RE 669367, Rel. p/ acórdão Min. Rosa Weber, DJe de 10/05/2013, homologo o pedido de desistência.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 28.587 (593)ORIGEM : MS - 28587 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS VALFRÉADV.(A/S) : SIDIRLENE SILVA BORGHI E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAIMPDO.(A/S) : UNIAOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, contra decisão do Conselho Nacional de Justiça que desconstituiu ato do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que nomeou a parte impetrante ao cargo de Tabelião do Cartório do Registro Civil e Tabelionato do Distrito de Jacupemba, Comarca de Aracruz, de 3ª Entrância – ES. Sustenta, em suma, que possui direito adquirido à titularidade da serventia (art. 47 da Lei 8.935/94). A liminar foi indeferida. A União ingressou na ação (fls. 59/62). A Corregedora Nacional de Justiça do CNJ prestou informações (fls. 59/66) e o Ministério Público Federal apresentou parecer, opinando pela denegação da segurança (fls. 73/79).

2. Está consolidada a jurisprudência do STF sobre o regime jurídico-constitucional dos serviços notariais e de registro, fixado no art. 236 e seus parágrafos da Constituição, normas consideradas autoaplicáveis. Cuida-se de serviço exercido em caráter privado e por delegação do poder público, para cujo ingresso ou remoção exige-se concurso público de provas e títulos.

Ou seja, a partir de 05.10.1988, a atividade notarial e de registro é essencialmente distinta da atividade exercida pelos poderes de Estado, e, assim, embora prestado como serviço público, o titular da serventia extrajudicial não é servidor e com este não se confunde (ADI 865-MC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Plenário, DJ de 08.04.1994; ADI 2602, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Plenário, DJ de 31.03.2006; e ADI 4140, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Plenário, DJe de 20.09.2011).

Confirma esse entendimento o julgado na ADI 2.891-MC (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Plenário, DJ de 27.06.2003), nos termos da ementa seguinte:

“Serviços notariais e de registro: regime jurídico: exercício em caráter privado, por delegação do poder público: lei estadual que estende aos delegatários (tabeliães e registradores) o regime do quadro único de servidores do Poder Judiciário local: plausibilidade da arguição de sua inconstitucionalidade, por contrariedade ao art. 236 e §§ e, no que diz com a aposentadoria, ao art. 40 e §§, da Constituição da República: medida cautelar deferida.”

Acrescenta-se que, a partir da Emenda Constitucional 22/82, promulgada em 29.06.1982 e publicada em 05.07.1982, que é exigida a realização de concurso público, por força da alteração dos arts. 206 e 207 na Constituição então vigente:

“Art. 206 - Ficam oficializadas as serventias do foro judicial mediante remuneração de seus servidores exclusivamente pelos cofres públicos, ressalvada a situação dos atuais titulares, vitalícios ou nomeados em caráter efetivo ou que tenham sido revertidos a titulares.”

“Art. 207 - As serventias extrajudiciais, respeitada a ressalva prevista no artigo anterior, serão providas na forma da legislação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, observado o critério da nomeação segundo a ordem de classificação obtida em concurso público de provas e títulos.”

A eventual persistência de serventias judiciais privatizadas, como ainda ocorre em alguns Estados da Federação, ademais de incompatível com o preceito do art. 31 do ADCT e do art. 96, I, da CF, pelo qual ficou assentado serem organizadas as carreiras e cargos dos tribunais e serviços auxiliares seus e dos juízos a eles vinculados, não serve como referência para igualar os serviços judiciais com os das serventias notariais e de registro.

De outra parte, a legislação estadual que os equipare ou assemelhe para qualquer finalidade, seja legislação de iniciativa do Poder Judiciário ou não, anterior à Constituição de 1988, deixou de ser compatível com a superveniente ordem normativa constitucional, o que, ressalvadas apenas as situações previstas no art. 32 do ADCT, importou sua não-recepção e, portanto, sua revogação.

À base desse pressuposto, tem-se como certo que, a partir da vigência da Constituição de 1988, o ingresso ou a movimentação dos titulares de serviço notarial e de registro, devem sempre estrita observância ao novo regime, ficando dependentes de prévio concurso de provas e títulos.

A superveniência da Lei 8.935/94 (de 18.11.1994), que regulamentou o art. 236 da Constituição, manteve a exigência de concurso de provas e títulos, tanto para o provimento originário quanto para o de remoção. Eis a redação originária do art. 16:

“Art. 16. As vagas serão preenchidas alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por concurso de remoção, de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia notarial ou de registro fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.”

Com a nova redação dada ao art. 16 pela Lei 10.506/02 (de 09.07.2002), a exigência de provas e títulos permaneceu exigível apenas para o provimento inicial. A partir de então, exige-se, para remoção, apenas o concurso de títulos:

“Art. 16. As vagas serão preenchidas alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por meio de remoção, mediante concurso de títulos, não se permitindo que qualquer serventia notarial ou de registro fique vaga, sem abertura de concurso de provimento inicial ou de remoção, por mais de seis meses.”

3. Esse entendimento foi cristalizado no Plenário desta Corte, no julgamento do MS 28.279 (Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 29.04.2011), embora pendentes embargos declaratórios, em tema semelhante. Na ocasião, a Corte afirmou expressamente: que (a) o art. 236, caput e § 3º, da CF contêm normas de natureza autoaplicável, produzindo efeitos que independem da Lei 8.935/94; (b) a decadência (art. 54 da Lei 9.784/99, e art. 91, parágrafo único, do RICNJ) não se aplica a situações inconstitucionais; e (c) não há direito adquirido à titularidade de serventias que tenham sido efetivadas sem a observância das exigências do art. 236, quando o ato tiver ocorrido após a vigência da CF/88.

Quanto à prevalência do regime constitucional novo e suas regras, não há dúvida de que a exigência de concurso de provas e títulos, específico para o ingresso na atividade e remoção dentro do serviço (sendo, nesse ultimo caso, depois de 2002, apenas de títulos), não poderia ser dispensada qualquer que fosse a legislação local anterior.

4. Sustenta-se, com invocação dos princípios da proteção da confiança, da segurança jurídica, da boa-fé e do ato jurídico perfeito, que o exercício precário e ilegítimo das serventias, mesmo não ocupadas de acordo com a Constituição anterior ou atual, não pode ser desconsiderado, devendo-se garantir aos ocupantes o direito de nelas se manterem, estando exaurido o poder de revisão dos atos administrativos correspondentes por força da decadência estabelecida pelo art. 54 da Lei 9.784/99.

A questão não é nova. É certo que a norma invocada estabelece limites ao poder de revisão dos atos do Poder público de que decorram efeitos favoráveis ao administrado, uma vez corrido o prazo de 5 anos da vigência da lei, ou a partir do ato respectivo, já que a Administração, ao cabo dele, perde o poder de revê-los, exceto quando verificada a má-fé do beneficiário. Essa espécie de autolimitação instituída pelo legislador tem por razão a proteção da segurança jurídica do administrado e significa que a Administração, de ordinário, depois desse prazo, decai do direito de revisão.

No entanto, a situação em exame tem outra conformação. A Constituição ordena a sujeição ao concurso público a quem não ostente essa condição de acesso à serventia ocupada, ordem essa que não está sujeita a prazo de qualquer natureza, não podendo cogitar de convalidação dos atos ou fatos que persistem em descumpri-la. Não há sentido algum, portanto, em se debater a respeito da decadência, nessas hipóteses.

Em suma, o prazo decadencial de 5 anos para revisão de atos administrativos (art. 54 da Lei 9.784/1999, e art. 91, parágrafo único, do RICNJ) não se aplica a situações inconstitucionais, como a dos autos, em que houve a delegação de serventia extrajudicial sem a prévia realização do devido concurso público. Essa foi a tese adotada no julgamento do MS 28.273 (Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Plenário, DJe de 21.02.2013), ocasião em que a Corte decidiu, por unanimidade, que o exame da investidura na titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito ao prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999. Eis o inteiro teor da ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. AFASTAMENTO DE TITULARES DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS DA ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO SEM CONCURSO PÚBLICO, MEDIANTE DESIGNAÇÃO OCORRIDA APÓS O ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. LEGALIDADE. CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.

I O Supremo Tribunal Federal sempre se pronunciou no sentido de que, sob a égide da Constituição de 1988, é inconstitucional qualquer forma de provimento dos serviços notariais e de registro que não por concurso público;

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 76

II Não há direito adquirido à efetivação em serventia vaga sob a égide da Constituição de 1988;

III O exame da investidura na titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito ao prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999, por se tratar de ato manifestamente inconstitucional.

IV Agravo regimental a que se nega provimento.”A propósito, o precedente do Plenário da Corte no MS 28.279 DF

(Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe 29.04.2011) segue esse entendimento: “(...) 5. Situações flagrantemente inconstitucionais como o provimento

de serventia extrajudicial sem a devida submissão a concurso público não podem e não devem ser superadas pela simples incidência do que dispõe o art. 54 da Lei 9.784/1999, sob pena de subversão das determinações insertas na Constituição Federal.”

No MS 28.371-AgRg (Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA) ficou mantida a decisão que negou seguimento ao pedido pelo qual se insurgia o impetrante contra o ato do CNJ com idêntico fundamento ao assentar que:

“(...) a regra de decadência é inaplicável ao controle administrativo feito pelo Conselho nacional de Justiça nos casos em que a delegação notarial ocorreu após a promulgação da Constituição de 1988, sem anterior aprovação em concurso público de provas (...).”

Com efeito, a partir de 05.10.1988, o requisito constitucional do concurso público é inafastável em ambas hipóteses de delegação de serventias extrajudiciais e sem a incidência de prazo decadencial: no ingresso, exige-se o concurso público de provas e títulos; na remoção (a partir da redação dada pela Lei 10.506/2002 à Lei 9.835/1994), concurso de títulos.

5. No caso da impetração, os documentos demonstram que a parte impetrante foi designada à titularidade da serventia em caráter provisório (Portaria 9/85 e Resolução 129/1986), o que afasta a aplicação o disposto no art. 47 da Lei 8.935/1994 (reproduzido no art. 4º, alínea a, da Resolução 80 do CNJ). Isso porque a aplicação da referida regra exige que a nomeação seja definitiva e atenda ao regime antes vigente, não basta, portanto, ser anterior à promulgação da Constituição Federal de 1988.

Ademais, as informações apresentadas pelo CNJ apontam que a parte impetrante não está cadastrada como titular da serventia (CNS 02.149-3).

6. Em suma, não se tem presente a alegada ilegitimidade do ato coator atribuído ao Conselho Nacional de Justiça nem a existência do direito líquido e certo afirmado pela parte impetrante.

7. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido, ficando prejudicado o recurso pendente (art. 21, § 1º do RISTF). Custas pela parte impetrante. Sem honorários advocatícios (Lei 12.016/09, art. 25).

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 29.219 (594)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : FRANCISCO ARAUJO FERNANDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABIANO FALCÃO DE ANDRADE FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, contra decisão do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que desconstituiu ato do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, que permutou os impetrantes entre os 2º Ofício de Notas da Comarca de São José de Mipibú/RN e 2º Ofício de Notas da Comarca de São Paulo do Potengi/RN. Sustentam, em suma, que a segurança jurídica e a boa fé limitam o poder de autotutela da Administração Pública. A liminar foi deferida. A União ingressou na ação (Petição 73.098/2010). A Corregedora Nacional de Justiça do CNJ prestou informações (Petição 69.327/2010) e o Ministério Público Federal apresentou parecer, opinando pela denegação da segurança (Petição 8.762/2013).

2. Está consolidada a jurisprudência do STF sobre o regime jurídico-constitucional dos serviços notariais e de registro, fixado no art. 236 e seus parágrafos da Constituição, normas consideradas autoaplicáveis. Cuida-se de serviço exercido em caráter privado e por delegação do poder público, para cujo ingresso ou remoção exige-se concurso público de provas e títulos.

Ou seja, a partir de 05.10.1988, a atividade notarial e de registro é essencialmente distinta da atividade exercida pelos poderes de Estado, e, assim, embora prestado como serviço público, o titular da serventia extrajudicial não é servidor e com este não se confunde (ADI 865-MC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Plenário, DJ de 08.04.1994; ADI 2602, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Plenário, DJ de 31.03.2006; e ADI 4140, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Plenário, DJe de 20.09.2011).

Confirma esse entendimento o julgado na ADI 2.891-MC (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Plenário, DJ de 27.06.2003), nos termos da ementa seguinte:

“Serviços notariais e de registro: regime jurídico: exercício em caráter privado, por delegação do poder público: lei estadual que estende aos

delegatários (tabeliães e registradores) o regime do quadro único de servidores do Poder Judiciário local: plausibilidade da arguição de sua inconstitucionalidade, por contrariedade ao art. 236 e §§ e, no que diz com a aposentadoria, ao art. 40 e §§, da Constituição da República: medida cautelar deferida.”

Acrescenta-se que, a partir da Emenda Constitucional 22/82, promulgada em 29.06.1982 e publicada em 05.07.1982, que é exigida a realização de concurso público, por força da alteração dos arts. 206 e 207 na Constituição então vigente:

“Art. 206 - Ficam oficializadas as serventias do foro judicial mediante remuneração de seus servidores exclusivamente pelos cofres públicos, ressalvada a situação dos atuais titulares, vitalícios ou nomeados em caráter efetivo ou que tenham sido revertidos a titulares.”

“Art. 207 - As serventias extrajudiciais, respeitada a ressalva prevista no artigo anterior, serão providas na forma da legislação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, observado o critério da nomeação segundo a ordem de classificação obtida em concurso público de provas e títulos.”

A eventual persistência de serventias judiciais privatizadas, como ainda ocorre em alguns Estados da Federação, ademais de incompatível com o preceito do art. 31 do ADCT e do art. 96, I, da CF, pelo qual ficou assentado serem organizadas as carreiras e cargos dos tribunais e serviços auxiliares seus e dos juízos a eles vinculados, não serve como referência para igualar os serviços judiciais com os das serventias notariais e de registro.

De outra parte, a legislação estadual que os equipare ou assemelhe para qualquer finalidade, seja legislação de iniciativa do Poder Judiciário ou não, anterior à Constituição de 1988, deixou de ser compatível com a superveniente ordem normativa constitucional, o que, ressalvadas apenas as situações previstas no art. 32 do ADCT, importou sua não-recepção e, portanto, sua revogação.

À base desse pressuposto, tem-se como certo que, a partir da vigência da Constituição de 1988, o ingresso ou a movimentação dos titulares de serviço notarial e de registro, devem sempre estrita observância ao novo regime, ficando dependentes de prévio concurso de provas e títulos.

A superveniência da Lei 8.935/94 (de 18.11.1994), que regulamentou o art. 236 da Constituição, manteve a exigência de concurso de provas e títulos, tanto para o provimento originário quanto para o de remoção. Eis a redação originária do art. 16:

“Art. 16. As vagas serão preenchidas alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por concurso de remoção, de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia notarial ou de registro fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.”

Com a nova redação dada ao art. 16 pela Lei 10.506/02 (de 09.07.2002), a exigência de provas e títulos permaneceu mantida apenas para o provimento inicial. A partir de então, impõe-se, para remoção, apenas o concurso de títulos:

“Art. 16. As vagas serão preenchidas alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por meio de remoção, mediante concurso de títulos, não se permitindo que qualquer serventia notarial ou de registro fique vaga, sem abertura de concurso de provimento inicial ou de remoção, por mais de seis meses.”

4. Esse entendimento foi cristalizado no Plenário desta Corte, no julgamento do MS 28.279 (Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 29.04.2011), embora pendentes embargos declaratórios, em tema semelhante. Na ocasião, a Corte afirmou expressamente: que (a) o art. 236, caput e § 3º, da CF contêm normas de natureza autoaplicável, produzindo efeitos que independem da Lei 8.935/94; (b) a decadência (art. 54 da Lei 9.784/99, e art. 91, parágrafo único, do RICNJ) não se aplica a situações inconstitucionais; e (c) não há direito adquirido à titularidade de serventias que tenham sido efetivadas sem a observância das exigências do art. 236, quando o ato tiver ocorrido após a vigência da CF/88.

Quanto à prevalência do regime constitucional novo e suas regras, não há dúvida de que a exigência de concurso de provas e títulos, específico para o ingresso na atividade e remoção dentro do serviço (sendo, nesse ultimo caso, depois de 2002, apenas de títulos), não poderia ser dispensada qualquer que fosse a legislação local anterior.

5. Sustenta-se, com invocação dos princípios da proteção da confiança, da segurança jurídica, da boa-fé e do ato jurídico perfeito, que o exercício precário e ilegítimo das serventias, mesmo não ocupadas de acordo com a Constituição anterior ou atual, não pode ser desconsiderado, devendo-se garantir aos ocupantes o direito de nelas se manterem, estando exaurido o poder de revisão dos atos administrativos correspondentes por força da decadência estabelecida pelo art. 54 da Lei 9.784/99.

A questão não é nova. É certo que a norma invocada estabelece limites ao poder de revisão dos atos do Poder público de que decorram efeitos favoráveis ao administrado, uma vez corrido o prazo de 5 anos da vigência da lei, ou a partir do ato respectivo, já que a Administração, ao cabo dele, perde o poder de revê-los, exceto quando verificada a má-fé do beneficiário. Essa espécie de autolimitação instituída pelo legislador tem por razão a proteção da segurança jurídica do administrado e significa que a Administração, de ordinário, depois desse prazo, decai do direito de revisão.

No entanto, a situação em exame tem outra conformação. A Constituição ordena a sujeição ao concurso público a quem não ostente essa condição de acesso à serventia ocupada, ordem essa que não está sujeita a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 77

prazo de qualquer natureza, não podendo cogitar de convalidação dos atos ou fatos que persistem em descumpri-la. Não há sentido algum, portanto, em se debater a respeito da decadência, nessas hipóteses.

Em suma, o prazo decadencial de 5 anos para revisão de atos administrativos (art. 54 da Lei 9.784/1999, e art. 91, parágrafo único, do RICNJ) não se aplica a situações inconstitucionais, como a dos autos, em que houve a delegação de serventia extrajudicial sem a prévia realização do devido concurso público. Essa foi a tese adotada no julgamento do MS 28.273 (Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Plenário, DJe de 21.02.2013), ocasião em que a Corte decidiu, por unanimidade, que o exame da investidura na titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito ao prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999. Eis o inteiro teor da ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. AFASTAMENTO DE TITULARES DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS DA ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO SEM CONCURSO PÚBLICO, MEDIANTE DESIGNAÇÃO OCORRIDA APÓS O ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. LEGALIDADE. CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.

I O Supremo Tribunal Federal sempre se pronunciou no sentido de que, sob a égide da Constituição de 1988, é inconstitucional qualquer forma de provimento dos serviços notariais e de registro que não por concurso público;

II Não há direito adquirido à efetivação em serventia vaga sob a égide da Constituição de 1988;

III O exame da investidura na titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito ao prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999, por se tratar de ato manifestamente inconstitucional.

IV Agravo regimental a que se nega provimento.”A propósito, o precedente do Plenário da Corte no MS 28.279 DF

(Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe 29.04.2011) segue esse entendimento: “(...) 5. Situações flagrantemente inconstitucionais como o provimento

de serventia extrajudicial sem a devida submissão a concurso público não podem e não devem ser superadas pela simples incidência do que dispõe o art. 54 da Lei 9.784/1999, sob pena de subversão das determinações insertas na Constituição Federal.”

No MS 28.371-AgRg (Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA) ficou mantida a decisão que negou seguimento ao pedido pelo qual se insurgia o impetrante contra o ato do CNJ com idêntico fundamento ao assentar que:

“(...) a regra de decadência é inaplicável ao controle administrativo feito pelo Conselho nacional de Justiça nos casos em que a delegação notarial ocorreu após a promulgação da Constituição de 1988, sem anterior aprovação em concurso público de provas (...).”

Com efeito, a partir de 05.10.1988, o requisito constitucional do concurso público é inafastável em ambas hipóteses de delegação de serventias extrajudiciais e sem a incidência de prazo decadencial: no ingresso, exige-se o concurso público de provas e títulos; na remoção (a partir da redação dada pela Lei 10.506/2002 à Lei 9.835/1994), concurso de títulos.

6. No caso da impetração, os documentos demonstram que os impetrantes ingressaram no cargo de Titular das respectivas serventias, por meio de concurso público (Doc. 03). Após sucessivas movimentações, em 15/8/2002, foram reciprocamente removidos por permuta. Esse último ato é apontado como ilegítimo pelo CNJ, por ausência de prévio concurso público.

As remoções foram efetivadas com amparo no art. 36, parágrafo único, da Lei Complementar 122/1994, que dispõe sobre “o regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado e das autarquias e fundações públicas estaduais”, nos seguintes termos:

“ (…) Art. 36. remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, comprovada, neste caso, a necessidade do serviço, para outro setor de trabalho, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Dá-se a remoção, a pedido, para outra localidade, independentemente de vaga, quando necessário ao servidor acompanhar cônjuge ou companheiro, ou por motivo de sua própria saúde ou da do cônjuge, companheiro ou dependente, comprovado por junta médica oficial.”

No entanto, a norma citada apresenta conteúdo direcionado aos servidores do Poder Judiciário, e não aos ocupantes das serventias extrajudiciais.

Não está evidenciado que a remoção foi antecedida de procedimento administrativo que assegurasse a impessoalidade e a igualdade de condições entre os inscritos. Foi, portanto, violado o art. 236, § 3º, da Constituição.

7. Em suma, não se tem presente a alegada ilegitimidade do ato coator atribuído ao Conselho Nacional de Justiça nem a existência do direito líquido e certo afirmado pelos impetrantes.

8. Diante do exposto, revogo a liminar deferida e nego seguimento ao pedido, ficando prejudicado o recurso pendente (art. 21, § 1º do RISTF). Custas pelos impetrantes. Sem honorários advocatícios (Lei 12.016/09, art. 25).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 30.537 (595)

ORIGEM : ACÓRDÃO - 75432010 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ANTONIO BRAZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUBENS PEREIRA LOPES E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EXCLUSÃO DE VANTAGEM ECONÔMICA RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. NÃO CONFIGURADA. MANDADO DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Antônio Bráz de Oliveira e outra contra ato praticado pelo Presidente do Tribunal de Contas da União - TCU.

Narram os impetrantes que a Corte de Contas pretende suprimir de seus proventos os percentuais de 26,05% (URP) e de 26,06% (Plano Bresser) deferidos em decisões judiciais com trânsito em julgado. Alegam que os percentuais foram implantados em seus proventos há mais de vinte anos.

Sustentam, em síntese, a ocorrência da coisa julgada quanto às decisões judiciais que concederam o pagamento das vantagens aos impetrantes. Alegam, ainda, a incidência da decadência (art. 54 da Lei 9.784/1999), impossibilitando a revisão do ato de concessão das parcelas salariais por parte da Administração.

Requerem, ao final, a concessão de liminar inaudita altera pars, para que a autoridade coatora se abstenha de suprimir das folhas de pagamento dos impetrantes as vantagens concernentes aos percentuais de 26,05% - URP e 26,06% - gatilho salarial, asseguradas por decisão judicial transitada em julgado”.

E, no mérito, pede que seja concedida de forma definitiva a incorporação das vantagens econômicas em sua remuneração.

Em 13/3/2013, indeferi a liminar. As informações foram prestadas. A União requereu seu ingresso no feito (documento eletrônico nº 30).É o relatório. Decido . Ab initio, defiro o ingresso da União no feito.No caso sub examine, o presente mandamus visa a impugnar

acórdão do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal o ato de concessão de aposentadoria dos impetrantes, em virtude da inclusão no cálculo de seu provento, de forma destacada, das parcelas referentes ao Plano Bresser 26,06% e à URP 26,05%, concedidas em decisão judicial transitada em julgado.

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido à manutenção de parcelas de remuneração. O servidor público está sujeito à alteração do seu regime de remuneração, não podendo, apenas, sofrer redução na sua remuneração bruta. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO INCORPORADA: SUA ABSORÇÃO, POR LEI QUE MAJOROU VENCIMENTOS: INEXISTÊNCIA DE OFENSA A DIREITO ADQUIRIDO OU AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. TRIBUNAL DE CONTAS: JULGAMENTO DA LEGALIDADE DE APOSENTADORIAS: CONTRADITÓRIO. I. - Gratificação incorporada, por força de lei. Sua absorção, por lei posterior que majorou vencimentos: inexistência de ofensa aos princípios do direito adquirido ou da irredutibilidade de vencimentos, na forma da jurisprudência do STF. II. - Precedentes do STF. III. - O Tribunal de Contas, no julgamento da legalidade de concessão de aposentadoria, exercita o controle externo que lhe atribui a Constituição, no qual não está jungido a um processo contraditório ou contestatório. IV. - Mandado de Segurança indeferido.” (MS 24.784, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ 25/6/2004).

Assim, não existe direito à perpetuação das parcelas de remuneração de servidor público, porquanto, diante da possibilidade de modificação da estrutura remuneratória de uma carreira, até mesmo parcelas concedidas judicialmente sob a égide do regime jurídico antigo poderão ser eliminadas na hipótese de uma reestruturação, tal como ocorreu na hipótese dos autos.

Nesse diapasão, faz-se necessário trazer excerto das informações enviadas pelo TCU, as quais destacaram a circunstância de que, considerando-se as parcelas como vantagens pessoais e sua natureza de antecipação salarial, é necessário concluir que os reajustes salariais posteriores à sua concessão vieram a incorporar o valor que era pago em separado, verbis :

Em regra, as sentenças judiciais concessivas do direito à antecipação salarial não contêm determinação para pagamento ad eternum aos servidores beneficiados. Os seja, a partir do momento que a antecipação foi absorvida pelos reajustes posteriores, cessaram-se os efeitos da sentença judicial. Por conseguinte, os atos desta Corte de Contas não violam a coisa julgada, pois não restringiu os já exauridos efeitos da sentença judicial. Apenas restringiu os efeitos de ato administrativo ilegal que extrapolou os limites temporais do ato jurisdicional transitado em julgado.

De maneira geral, não existe determinação judicial para o pagamento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 78

da aludida parcela até os dias atuais, pois os efeitos de sentença judicial referente à relação jurídica continuativa só perduram enquanto subsistir a situação de fato ou de direito que lhes deu causa, conforme prevê o art. 471, I, do CPC. Nesse sentido: RE 146331 Edv/SP (Relator: Ministro Cezar Peluso).

O que de fato está a se pleitear no presente writ é o pagamento eterno de antecipação salarial criada por meio de legislação que expressamente previa a sua absorção por reajustes dos salários em datas-bases futuras.

[…]O que se observa no presente caso, foi que os servidores receberam

durante anos, indevidamente, antecipação salarial injusta, saliente-se – uma vez que a recebiam de forma contrária à própria jurisprudência uniforme do TST – que deveria ter sido compensada em datas-bases futuras, já que a decisão judicial reportada apenas reconhece o direito à antecipação de percentual relativo a determinado plano econômico. Assim, a incorporação definitiva por ato administrativo extravasa os limites objetivos da coisa julgada e acaba por criar vantagem, o que é juridicamente impossível, coberta de inconstitucionalidade e ilegalidade, sendo, portanto, nula de pleno direito.

Em tese, não haveria qualquer ofensa à sentença judicial, tendo em vista que seus efeitos já tinham se exaurido com a absorção da antecipação salarial pelos reajustes posteriores.

Nesse contexto, caso os servidores pudessem manter todas as vantagens pecuniárias do regime anterior no novo regime, e nisso devem ser incluídas as calcadas em pronunciamentos judiciais, eles ficariam com o melhor dos mundos. As vantagens do regime antigo seriam mescladas com as do novo, possibilitando, até mesmo, a criação de remunerações acima do que poderia ser aceitável do ponto de vista da moralidade. Além disso, as parcelas remuneratórias do regime anterior nunca seriam suprimidas, e as novas seriam acrescidas, o que inviabilizaria, do ponto de vista de controle orçamentário, toda e qualquer alteração quanto ao aspecto remuneratório da carreira dos servidores.

A eventual menção, no corpo da sentença já transitada e favorável aos impetrantes no sentido da incorporação da vantagem de 26,05% da URP e de 26,06% do Plano Bresser não esvazia essas assertivas, à medida que tais incorporações restringiram-se ao período em que vigorou o regime jurídico antigo. Não há, assim, qualquer ofensa à coisa julgada na atuação do TCU.

Fixada essa premissa, importante analisar a alegação de ofensa à coisa julgada no tocante à sua eficácia temporal, vinculada, sobremaneira, pela cláusula rebus sic stantibus. Tal cláusula impõe que a força vinculativa das sentenças judiciais, notadamente as que tratam de relações jurídicas com efeitos prospectivos, permanece enquanto se mantiverem íntegras as situações de fato e de direito que lhe deram amparo no momento da sua prolação. Como aponta a doutrina, quer isso dizer, em concreto, que a sentença que aprecia um feito cujo suporte é constituído por relação dessa natureza [continuativa] atende apenas os pressupostos do tempo em que foi proferida, sem, entretanto, extinguir a própria relação jurídica, que continua sujeita às variações de seus elementos (PORTO, Sérgio Gilberto. Coisa Julgada Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 104).

Em outras palavras, relações jurídicas materiais que têm por objeto obrigações homogêneas de trato sucessivo (i.e., prestações periódicas e renováveis de tempos em tempos) admitem flexibilização de seu conteúdo, e mais, independentemente de ajuizamento de ação rescisória.

De fato, não seria razoável imaginar o contrário. Caso uma sentença judicial pudesse cristalizar determinada relação jurídica continuativa no tempo, os jurisdicionados teriam incentivos para ajuizar ações com o simples propósito de congelar o estado de fato ou de direito num dado instante, evitando que possíveis modificações futuras viessem a agravar sua posição jurídica.

Com efeito, a perda da eficácia da sentença judicial transitada em julgada por força de modificações no contexto fático-jurídico em que produzida não implica, per se , violação à garantia fundamental da coisa julgada (CRFB, art. 5º, XXXVI). Nessa esteira, não atenta contra a coisa julgada a superveniente alteração do estado de direito, desde que, frise-se, a nova norma jurídica tenha eficácia ex nunc , sem efeitos retroativos.

Na hipótese dos autos, a decisão judicial, que deveria ter produzido efeitos até a data-base seguinte à concessão das parcelas, perdeu sua eficácia vinculante com a inovação do regime jurídico de remuneração dos servidores, que passou a abranger, sob novas rubricas, os valores anteriormente percebidos, assegurando-se, apenas, a irredutibilidade da remuneração .

No que concerne a alegada ocorrência da decadência administrativa, acentuo que o ato de aposentadoria de agentes públicos tem sido reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como um ato complexo. A despeito da controvérsia que o tema possa originar, é pacífico o entendimento nesta Corte de que, por se tratar de ato complexo, ele apenas se aperfeiçoa após o seu registro junto ao TCU. Assim, apenas após o registro da aposentadoria no TCU é que começaria a correr o prazo decadencial de 5 anos previsto no art. 54 da Lei nº 9.784 para a anulação do referido benefício.

Dessa forma, ainda que o benefício esteja sendo pago por mais de 5 anos, isso não acarreta a decadência do direito de anular.

Neste sentido, cito o MS 24.781/DF, Rel. orig. Min. Ellen Gracie, Red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 9/6/2011, assim ementado:

“Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de 10 (dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima). Garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da segurança.

I - Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União que consubstancia o exercício da competência constitucional de controle externo (art. 71, III, CF).

II - A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao princípio da confiança face subjetiva do princípio da segurança jurídica. Precedentes.

III - Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de Contas.

IV - Concessão parcial da segurança para anular o acórdão impugnado e determinar ao TCU que assegure ao impetrante o direito ao contraditório e à ampla defesa no processo administrativo de julgamento da legalidade e registro de sua aposentadoria, assim como para determinar a não devolução das quantias já recebidas.

V - Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar a devolução das importâncias pretéritas recebidas, na forma do que dispõe a Súmula 106 do TCU.”

Nesse tocante, anoto inexistir neste mandado de segurança a informação sobre a data em que o processo de aposentação deu entrada na Corte de Contas para aperfeiçoamento do ato, o que impossibilita aferir se o TCU efetivamente demorou mais de cinco anos para julgar a legalidade da aposentadoria dos impetrantes.

Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de segurança, na forma do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 30.582 (596)ORIGEM : PROC - 00920720104 - TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : MARIA JOSE TEIXEIRA LOPES GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUBENS PEREIRA LOPESIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EXCLUSÃO DE VANTAGEM ECONÔMICA RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. NÃO CONFIGURADA. MANDADO DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Maria José Teixeira Lopes Gomes e outra contra ato praticado pelo Presidente do Tribunal de Contas da União - TCU.

Narram as impetrantes que a Corte de Contas pretende suprimir de seus proventos os percentuais de 26,05% (URP) e de 26,06% (Plano Bresser) deferidos em decisões judiciais com trânsito em julgado. Alegam que os percentuais foram implantados em seus proventos há mais de dezenove anos.

Sustentam, em síntese, a ocorrência da coisa julgada quanto às decisões judiciais que concederam o pagamento das vantagens aos impetrantes. Alegam, ainda, a incidência da decadência (art. 54 da Lei 9.784/1999), impossibilitando a revisão do ato de concessão das parcelas salariais por parte da Administração.

Requerem, ao final, a concessão de liminar inaudita altera pars, para que a autoridade coatora se abstenha de suprimir das folhas de pagamentos das impetrantes as vantagens concernentes aos percentuais de 26,05% - URP e 26,06% - gatilho salarial, asseguradas por decisão judicial transitada em julgado”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 79: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 79

E, no mérito, pede que seja concedida de forma definitiva a incorporação das vantagens econômicas em sua remuneração.

Em 13/3/2013, indeferi a liminar. As informações foram prestadas. A União requereu seu ingresso no feito (documento eletrônico nº 26).É o relatório. Decido . Ab initio, defiro o ingresso da União no feito.No caso sub examine, o presente mandamus visa a impugnar

acórdão do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal o ato de concessão de aposentadoria das impetrantes, em virtude da inclusão no cálculo de seu provento, de forma destacada, das parcelas referentes ao Plano Bresser 26,06% e à URP 26,05%, concedidas em decisão judicial transitada em julgado.

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido à manutenção de parcelas de remuneração. O servidor público está sujeito à alteração do seu regime de remuneração, não podendo, apenas, sofrer redução na sua remuneração bruta. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO INCORPORADA: SUA ABSORÇÃO, POR LEI QUE MAJOROU VENCIMENTOS: INEXISTÊNCIA DE OFENSA A DIREITO ADQUIRIDO OU AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. TRIBUNAL DE CONTAS: JULGAMENTO DA LEGALIDADE DE APOSENTADORIAS: CONTRADITÓRIO. I. - Gratificação incorporada, por força de lei. Sua absorção, por lei posterior que majorou vencimentos: inexistência de ofensa aos princípios do direito adquirido ou da irredutibilidade de vencimentos, na forma da jurisprudência do STF. II. - Precedentes do STF. III. - O Tribunal de Contas, no julgamento da legalidade de concessão de aposentadoria, exercita o controle externo que lhe atribui a Constituição, no qual não está jungido a um processo contraditório ou contestatório. IV. - Mandado de Segurança indeferido.” (MS 24.784, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ 25/6/2004).

Assim, não existe direito à perpetuação das parcelas de remuneração de servidor público, porquanto, diante da possibilidade de modificação da estrutura remuneratória de uma carreira, até mesmo parcelas concedidas judicialmente sob a égide do regime jurídico antigo poderão ser eliminadas na hipótese de uma reestruturação, tal como ocorreu na hipótese dos autos.

Nesse diapasão, faz-se necessário trazer excerto das informações enviadas pelo TCU, as quais destacaram a circunstância de que, considerando-se as parcelas como vantagens pessoais e sua natureza de antecipação salarial, é necessário concluir que os reajustes salariais posteriores à sua concessão vieram a incorporar o valor que era pago em separado, verbis :

“Consoante pode ser extraído do relatório e voto condutor do acórdão impugnado, a sentença judicial concedeu o direito a uma antecipação salarial. Entretanto, essa antecipação salarial, ou mesmo parcela incorporada, deveria ter sido absorvida pelos reajustes posteriores aplicados pela Administração. Dessa forma, observa-se que os novos planos de carreira, frise-se, posteriores ao trânsito em julgado da decisão judicial e, portanto, não abrangidos por ela, necessariamente fazem cessar os efeitos da sentença judicial. Por conseguinte, o ato desta Corte de Contas não violou a coisa julgada, pois não restringiu os já exauridos efeitos da sentença judicial. Apenas restringiu os efeitos de ato administrativo ilegal que extrapolou os limites temporais do ato jurisdicional transitado em julgado.

In casu, os efeitos de sentença judicial referente à relação jurídica continuativa só perduram enquanto subsistir a situação de fato ou de direito que lhes deu causa, conforme prevê o art. 471, I, do CPC. Nesse sentido: RE 146331 Edv/SP (Relator: Ministro Cezar Peluso).

No caso concreto, os reajustes posteriores nos vencimentos das ex-servidoras incorporaram o percentual concedido pela decisão judicial, modificando a situação de fato que deu origem à lide, inclusive houve a alteração do regime jurídico das impetrantes, que passaram de celetista a estatutário.”

Nesse contexto, caso os servidores pudessem manter todas as vantagens pecuniárias do regime anterior no novo regime, e nisso devem ser incluídas as calcadas em pronunciamentos judiciais, eles ficariam com o melhor dos mundos. As vantagens do regime antigo seriam mescladas com as do novo, possibilitando, até mesmo, a criação de remunerações acima do que poderia ser aceitável do ponto de vista da moralidade. Além disso, as parcelas remuneratórias do regime anterior nunca seriam suprimidas, e as novas seriam acrescidas, o que inviabilizaria, do ponto de vista de controle orçamentário, toda e qualquer alteração quanto ao aspecto remuneratório da carreira dos servidores.

A eventual menção, no corpo da sentença já transitada e favorável às impetrantes no sentido da incorporação da vantagem de 26,05% da URP e de 26,06% do Plano Bresser não esvazia essas assertivas, à medida que tais incorporações restringiram-se ao período em que vigorou o regime jurídico antigo. Não há, assim, qualquer ofensa à coisa julgada na atuação do TCU.

Fixada essa premissa, importante analisar a alegação de ofensa à coisa julgada no tocante à sua eficácia temporal, vinculada, sobremaneira, pela cláusula rebus sic stantibus. Tal cláusula impõe que a força vinculativa das sentenças judiciais, notadamente as que tratam de relações jurídicas com efeitos prospectivos, permanece enquanto se mantiverem íntegras as situações de fato e de direito que lhe deram amparo no momento da sua prolação. Como aponta a doutrina, quer isso dizer, em concreto, que a

sentença que aprecia um feito cujo suporte é constituído por relação dessa natureza [continuativa] atende apenas os pressupostos do tempo em que foi proferida, sem, entretanto, extinguir a própria relação jurídica, que continua sujeita às variações de seus elementos (PORTO, Sérgio Gilberto. Coisa Julgada Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 104).

Em outras palavras, relações jurídicas materiais que têm por objeto obrigações homogêneas de trato sucessivo (i.e., prestações periódicas e renováveis de tempos em tempos) admitem flexibilização de seu conteúdo, e mais, independentemente de ajuizamento de ação rescisória.

De fato, não seria razoável imaginar o contrário. Caso uma sentença judicial pudesse cristalizar determinada relação jurídica continuativa no tempo, os jurisdicionados teriam incentivos para ajuizar ações com o simples propósito de congelar o estado de fato ou de direito num dado instante, evitando que possíveis modificações futuras viessem a agravar sua posição jurídica.

Com efeito, a perda da eficácia da sentença judicial transitada em julgada por força de modificações no contexto fático-jurídico em que produzida não implica, per se , violação à garantia fundamental da coisa julgada (CRFB, art. 5º, XXXVI). Nessa esteira, não atenta contra a coisa julgada a superveniente alteração do estado de direito, desde que, frise-se, a nova norma jurídica tenha eficácia ex nunc , sem efeitos retroativos.

Na hipótese dos autos, a decisão judicial, que deveria ter produzido efeitos até a data-base seguinte à concessão das parcelas, perdeu sua eficácia vinculante com a inovação do regime jurídico de remuneração dos servidores, que passou a abranger, sob novas rubricas, os valores anteriormente percebidos, assegurando-se, apenas, a irredutibilidade da remuneração .

No que concerne a alegada ocorrência da decadência administrativa, acentuo que o ato de aposentadoria de agentes públicos tem sido reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como um ato complexo. A despeito da controvérsia que o tema possa originar, é pacífico o entendimento nesta Corte de que, por se tratar de ato complexo, ele apenas se aperfeiçoa após o seu registro junto ao TCU. Assim, apenas após o registro da aposentadoria no TCU é que começaria a correr o prazo decadencial de 5 anos previsto no art. 54 da Lei nº 9.784 para a anulação do referido benefício.

Dessa forma, ainda que o benefício esteja sendo pago por mais de 5 anos, isso não acarreta a decadência do direito de anular.

Neste sentido, cito o MS 24.781/DF, Rel. orig. Min. Ellen Gracie, Red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 9/6/2011, assim ementado:

“Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de 10 (dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima). Garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da segurança.

I - Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União que consubstancia o exercício da competência constitucional de controle externo (art. 71, III, CF).

II - A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao princípio da confiança face subjetiva do princípio da segurança jurídica. Precedentes.

III - Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de Contas.

IV - Concessão parcial da segurança para anular o acórdão impugnado e determinar ao TCU que assegure ao impetrante o direito ao contraditório e à ampla defesa no processo administrativo de julgamento da legalidade e registro de sua aposentadoria, assim como para determinar a não devolução das quantias já recebidas.

V - Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar a devolução das importâncias pretéritas recebidas, na forma do que dispõe a Súmula 106 do TCU.”

Nesse tocante, anoto inexistir neste mandado de segurança a informação sobre a data em que o processo de aposentação deu entrada na Corte de Contas para aperfeiçoamento do ato, o que impossibilita aferir se o TCU efetivamente demorou mais de cinco anos para julgar a legalidade da aposentadoria das impetrantes.

Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de segurança, na forma do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.

Publique-se. Intime-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 80

Brasília, 4 de novembro de 2014. Ministro LUIZ FUX

Relator Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.881 (597)ORIGEM : TC - 01675620126 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ARTUR COLOMBO CAVALCANTE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EXCLUSÃO DE VANTAGEM ECONÔMICA RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Artur Colombo Cavalcante e outros contra ato praticado pelo Presidente do Tribunal de Contas da União - TCU.

Narram os impetrantes que a Corte de Contas pretende suprimir de seus proventos recomposição salarial (URP 26,05%) deferida em decisões judiciais com trânsito em julgado. Alegam que o percentual foi implantado em seus proventos há mais de cinco anos.

Sustentam, em síntese, a ocorrência da coisa julgada quanto às decisões judiciais que concederam o pagamento das vantagens aos impetrantes.

Requerem, ao final, a concessão de liminar para que a Universidade Federal de Alagoas se abstenha de praticar quaisquer atos tendentes a suprimir, reduzir ou suspender a parcela referente a URP de fevereiro de 1989, ou que implique na devolução dos valores recebidos.

E, no mérito, pede que seja concedida de forma definitiva a incorporação da vantagem econômica (URP 26,05%) em suas remunerações.

Em 22/2/2013, indeferi a liminar. As informações foram prestadas (documento eletrônico nº 36).A União requereu o ingresso no feito (documento eletrônico nº 38).É o relatório. Decido. Ab initio, defiro o ingresso da União no feito.No caso sub examine, o presente mandamus visa a impugnar

acórdão do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal o ato de concessão de aposentadoria dos impetrantes, em virtude da inclusão no cálculo de seus proventos, de forma destacada, da vantagem denominada Unidade de Referência de Preço URP (26,05%), de fevereiro de 1989, referente a decisão judicial transitada em julgado.

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido à manutenção de parcelas de remuneração. O servidor público está sujeito à alteração do seu regime de remuneração, não podendo, apenas, sofrer redução na sua remuneração bruta. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO INCORPORADA: SUA ABSORÇÃO, POR LEI QUE MAJOROU VENCIMENTOS: INEXISTÊNCIA DE OFENSA A DIREITO ADQUIRIDO OU AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. TRIBUNAL DE CONTAS: JULGAMENTO DA LEGALIDADE DE APOSENTADORIAS: CONTRADITÓRIO. I. - Gratificação incorporada, por força de lei. Sua absorção, por lei posterior que majorou vencimentos: inexistência de ofensa aos princípios do direito adquirido ou da irredutibilidade de vencimentos, na forma da jurisprudência do STF. II. - Precedentes do STF. III. - O Tribunal de Contas, no julgamento da legalidade de concessão de aposentadoria, exercita o controle externo que lhe atribui a Constituição, no qual não está jungido a um processo contraditório ou contestatório. IV. - Mandado de Segurança indeferido.” (MS 24.784, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ 25/6/2004).

Assim, não existe direito à perpetuação das parcelas de remuneração de servidor público, porquanto, diante da possibilidade de modificação da estrutura remuneratória de uma carreira, até mesmo parcelas concedidas judicialmente sob a égide do regime jurídico antigo poderão ser eliminadas na hipótese de uma reestruturação, tal como ocorreu na hipótese dos autos.

Nesse diapasão, faz-se necessário trazer excerto do acórdão proferido pelo TCU, o qual destacou a circunstância de que, considerando-se a URP como vantagem pessoal e sua natureza de antecipação salarial, é necessário concluir que os reajustes salariais posteriores à sua concessão vieram a incorporar o valor que era pago em separado, verbis:

“3. Com efeito, os pagamentos dos percentuais oriundos de planos econômicos não se incorporam aos salários, em caráter permanente, pois têm natureza de antecipação salarial, sendo devidos somente até a reposição das perdas salariais havidas no ano anterior, o que ocorre na primeira data-base posterior à antecipação concedida, salvo quando expressamente determinado no comando da decisão judicial e, ainda assim, na forma de vantagem pessoal nominalmente identificada, sujeita exclusivamente aos reajustes gerais do funcionalismo (Acórdão nº 2.161/2005-P).

4. No presente caso, a continuidade do pagamento da parcela ora

questionada revela-se sem fundamento a partir do advento da MP 431/2008, de 14/5/2008, convertida na Lei 11.784/2008, que reestruturou a carreira do interessado, o que afasta a possibilidade de permanecer percebendo-as.

5. Registre-se, por fim, que, de acordo com a jurisprudência consolidada deste Tribunal, não representa afronta à coisa julgada decisão posterior deste Tribunal que afaste pagamentos oriundos de sentença judicial cujo suporte fático de aplicação já se tenha exaurido.”

Nesse contexto, caso os servidores pudessem manter todas as vantagens pecuniárias do regime anterior no novo regime, e nisso devem ser incluídas as calcadas em pronunciamentos judiciais, eles ficariam com o melhor dos mundos. As vantagens do regime antigo seriam mescladas com as do novo, possibilitando, até mesmo, a criação de remunerações acima do que poderia ser aceitável do ponto de vista da moralidade. Além disso, as parcelas remuneratórias do regime anterior nunca seriam suprimidas, e as novas seriam acrescidas, o que inviabilizaria, do ponto de vista de controle orçamentário, toda e qualquer alteração quanto ao aspecto remuneratório da carreira dos servidores.

A eventual menção, no corpo da sentença já transitada e favorável aos impetrantes no sentido da incorporação da vantagem de 26,05% da URP não esvazia essas assertivas, à medida que tais incorporações restringiram-se ao período em que vigorou o regime jurídico antigo. Não há, assim, qualquer ofensa à coisa julgada na atuação do TCU.

Fixada essa premissa, importante analisar a alegação de ofensa à coisa julgada no tocante à sua eficácia temporal, vinculada, sobremaneira, pela cláusula rebus sic stantibus. Tal cláusula impõe que a força vinculativa das sentenças judiciais, notadamente as que tratam de relações jurídicas com efeitos prospectivos, permanece enquanto se mantiverem íntegras as situações de fato e de direito que lhe deram amparo no momento da sua prolação. Como aponta a doutrina, quer isso dizer, em concreto, que a sentença que aprecia um feito cujo suporte é constituído por relação dessa natureza [continuativa] atende apenas os pressupostos do tempo em que foi proferida, sem, entretanto, extinguir a própria relação jurídica, que continua sujeita às variações de seus elementos (PORTO, Sérgio Gilberto. Coisa Julgada Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 104).

Em outras palavras, relações jurídicas materiais que têm por objeto obrigações homogêneas de trato sucessivo (i.e., prestações periódicas e renováveis de tempos em tempos) admitem flexibilização de seu conteúdo, e mais, independentemente de ajuizamento de ação rescisória.

De fato, não seria razoável imaginar o contrário. Caso uma sentença judicial pudesse cristalizar determinada relação jurídica continuativa no tempo, os jurisdicionados teriam incentivos para ajuizar ações com o simples propósito de congelar o estado de fato ou de direito num dado instante, evitando que possíveis modificações futuras viessem a agravar sua posição jurídica.

Com efeito, a perda da eficácia da sentença judicial transitada em julgada por força de modificações no contexto fático-jurídico em que produzida não implica, per se , violação à garantia fundamental da coisa julgada (CRFB, art. 5º, XXXVI). Nessa esteira, não atenta contra a coisa julgada a superveniente alteração do estado de direito, desde que, frise-se, a nova norma jurídica tenha eficácia ex nunc, sem efeitos retroativos.

Na hipótese dos autos, a decisão judicial, que deveria ter produzido efeitos até a data-base seguinte à concessão da URP, perdeu sua eficácia vinculante com a inovação do regime jurídico de remuneração dos servidores, que passou a abranger, sob novas rubricas, os valores anteriormente percebidos, assegurando-se, apenas, a irredutibilidade da remuneração .

Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de segurança, na forma do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.953 (598)ORIGEM : PROC - 50082012 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ALDECI DE ARAUJO CHAVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO MADSON ERASMO SILVAIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EXCLUSÃO DE VANTAGEM ECONÔMICA RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Aldeci de Araújo Chaves e outros contra ato praticado pelo Presidente do Tribunal de Contas da União - TCU.

Narram os impetrantes que a Corte de Contas pretende suprimir de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 81: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 81

seus proventos recomposição salarial (URP 26,05%) deferida em decisões judiciais com trânsito em julgado.

Sustentam, em síntese, a ocorrência da coisa julgada quanto às decisões judiciais que concederam o pagamento das vantagens aos impetrantes.

Requerem, ao final, a concessão de liminar para a imediata suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo TCU.

E, no mérito, pede que seja concedida de forma definitiva a incorporação da vantagem econômica (URP 26,05%) em suas remunerações.

Em 28/5/2013, indeferi a liminar. As informações foram prestadas (documento eletrônico nº 14).É o relatório. Decido. No caso sub examine, o presente mandamus visa a impugnar

acórdão do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal o ato de concessão de aposentadoria dos impetrantes, em virtude da inclusão no cálculo de seus proventos, de forma destacada, da vantagem denominada Unidade de Referência de Preço URP (26,05%), de fevereiro de 1989, referente a decisão judicial transitada em julgado.

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido à manutenção de parcelas de remuneração. O servidor público está sujeito à alteração do seu regime de remuneração, não podendo, apenas, sofrer redução na sua remuneração bruta. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO INCORPORADA: SUA ABSORÇÃO, POR LEI QUE MAJOROU VENCIMENTOS: INEXISTÊNCIA DE OFENSA A DIREITO ADQUIRIDO OU AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. TRIBUNAL DE CONTAS: JULGAMENTO DA LEGALIDADE DE APOSENTADORIAS: CONTRADITÓRIO. I. - Gratificação incorporada, por força de lei. Sua absorção, por lei posterior que majorou vencimentos: inexistência de ofensa aos princípios do direito adquirido ou da irredutibilidade de vencimentos, na forma da jurisprudência do STF. II. - Precedentes do STF. III. - O Tribunal de Contas, no julgamento da legalidade de concessão de aposentadoria, exercita o controle externo que lhe atribui a Constituição, no qual não está jungido a um processo contraditório ou contestatório. IV. - Mandado de Segurança indeferido.” (MS 24.784, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ 25/6/2004).

Assim, não existe direito à perpetuação das parcelas de remuneração de servidor público, porquanto, diante da possibilidade de modificação da estrutura remuneratória de uma carreira, até mesmo parcelas concedidas judicialmente sob a égide do regime jurídico antigo poderão ser eliminadas na hipótese de uma reestruturação, tal como ocorreu na hipótese dos autos.

Nesse diapasão, faz-se necessário trazer excerto do acórdão proferido pelo TCU, o qual destacou a circunstância de que, considerando-se a URP como vantagem pessoal e sua natureza de antecipação salarial, é necessário concluir que os reajustes salariais posteriores à sua concessão vieram a incorporar o valor que era pago em separado, verbis:

“4.As vantagens oriundas de provimentos judiciais relativos a perdas ocorridas em função de planos econômicos devem ser consideradas como antecipação salarial, sendo absorvidas pelos aumentos remuneratórios subsequentes, tanto a título de reajuste geral quanto de reformulação da estrutura de remuneração. A jurisprudência desta Corte de Contas é pacífica a respeito (Acórdãos 1857/2003, 2161/2005 e 269/2012-TCU-Plenário).”

Nesse contexto, caso os servidores pudessem manter todas as vantagens pecuniárias do regime anterior no novo regime, e nisso devem ser incluídas as calcadas em pronunciamentos judiciais, eles ficariam com o melhor dos mundos. As vantagens do regime antigo seriam mescladas com as do novo, possibilitando, até mesmo, a criação de remunerações acima do que poderia ser aceitável do ponto de vista da moralidade. Além disso, as parcelas remuneratórias do regime anterior nunca seriam suprimidas, e as novas seriam acrescidas, o que inviabilizaria, do ponto de vista de controle orçamentário, toda e qualquer alteração quanto ao aspecto remuneratório da carreira dos servidores.

A eventual menção, no corpo da sentença já transitada e favorável aos impetrantes no sentido da incorporação da vantagem de 26,05% da URP não esvazia essas assertivas, à medida que tais incorporações restringiram-se ao período em que vigorou o regime jurídico antigo. Não há, assim, qualquer ofensa à coisa julgada na atuação do TCU.

Fixada essa premissa, importante analisar a alegação de ofensa à coisa julgada no tocante à sua eficácia temporal, vinculada, sobremaneira, pela cláusula rebus sic stantibus. Tal cláusula impõe que a força vinculativa das sentenças judiciais, notadamente as que tratam de relações jurídicas com efeitos prospectivos, permanece enquanto se mantiverem íntegras as situações de fato e de direito que lhe deram amparo no momento da sua prolação. Como aponta a doutrina, quer isso dizer, em concreto, que a sentença que aprecia um feito cujo suporte é constituído por relação dessa natureza [continuativa] atende apenas os pressupostos do tempo em que foi proferida, sem, entretanto, extinguir a própria relação jurídica, que continua sujeita às variações de seus elementos (PORTO, Sérgio Gilberto. Coisa Julgada Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 104).

Em outras palavras, relações jurídicas materiais que têm por objeto obrigações homogêneas de trato sucessivo (i.e., prestações periódicas e renováveis de tempos em tempos) admitem flexibilização de seu conteúdo, e mais, independentemente de ajuizamento de ação rescisória.

De fato, não seria razoável imaginar o contrário. Caso uma sentença

judicial pudesse cristalizar determinada relação jurídica continuativa no tempo, os jurisdicionados teriam incentivos para ajuizar ações com o simples propósito de congelar o estado de fato ou de direito num dado instante, evitando que possíveis modificações futuras viessem a agravar sua posição jurídica.

Com efeito, a perda da eficácia da sentença judicial transitada em julgada por força de modificações no contexto fático-jurídico em que produzida não implica, per se , violação à garantia fundamental da coisa julgada (CRFB, art. 5º, XXXVI). Nessa esteira, não atenta contra a coisa julgada a superveniente alteração do estado de direito, desde que, frise-se, a nova norma jurídica tenha eficácia ex nunc, sem efeitos retroativos.

Na hipótese dos autos, a decisão judicial, que deveria ter produzido efeitos até a data-base seguinte à concessão da URP, perdeu sua eficácia vinculante com a inovação do regime jurídico de remuneração dos servidores, que passou a abranger, sob novas rubricas, os valores anteriormente percebidos, assegurando-se, apenas, a irredutibilidade da remuneração .

Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de segurança, na forma do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 32.336 (599)ORIGEM : TC - 00391520107 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : EURENICE MARIA DA SILVAADV.(A/S) : PEDRO PAULO CASTELO BRANCO COELHO E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Vistos etc. Trata-se de mandado de segurança impetrado por Eurenice Maria da

Silva contra ato praticado pelo Tribunal de Contas da União. A impetrante afirma ter ingressado na carreira de docência de nível

superior em 1º.02.1977, na Fundação Universidade Federal do Acre (UFAL), como auxiliar de ensino. Colocada à disposição da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1º.4.1978, passou a ocupar o cargo de professora colaboradora. A seguir, foi efetivada como professora assistente I em 1º.01.1981. Aposentou-se em 17.02.2003 na categoria de Professor Adjunto IV, com tempo de serviço acrescido de 20%, nos termos da Portaria nº 64, de 17.02.2003. Já em 2011, o TCU, por meio do Acórdão nº 3054/2011, excluiu da contagem de tempo de serviço como professora o período de um ano, um mês e vinte e nove dias relativo ao cargo de auxiliar de ensino, porque esta atividade não seria exclusivamente dirigida ao magistério. Em consequência, não mais estariam satisfeitos os requisitos para a concessão da aposentadoria especial.

A inicial sustenta ter ocorrido o transcurso de mais de cinco anos entre a data de entrada do pedido de aposentadoria no TCU e a decisão final proferida, em violação do art. 54 da Lei 9.784/99. Quanto ao mérito, alega existir “direito líquido e certo à (...) aposentadoria especial, porquanto o período de docência desconsiderado pelo TCU de 01 (um) ano, 01 (um) mês e 29 (vinte e nove) dias foi completamente exercido dentro da sala de aula, na função de professora (...) de nível superior” (inicial, fl. 3), conforme seria permitido pelo art. 2º da Lei nº 5.539/68, então em vigor. Alega que a nomenclatura do cargo daria margem a uma interpretação errônea das funções exercidas, e que, recentemente, os auxiliares de ensino teriam passado a ser denominados de ‘professores auxiliares’, tornando clara a inserção do cargo na carreira do magistério superior.

Os pedidos estão assim deduzidos:“a) ‘Ex positis’, requer-se que seja o presente ‘writ’ recebido e

regularmente processado, determinando-se imediatamente a anulação da decisão do TCU no Acórdão 1216/2013 – Segunda Câmara, em razão de o exercício do cargo de auxiliar de ensino representar, de fato, uma função do magistério superior, conforme demonstrado, e tornando-se, portanto, irrevogável o ato de concessão de aposentadoria concedido à impetrante.

b) não sendo acatado o pedido exposto no item acima, pede-se a anulação imediata da decisão do TCU em virtude da decorrência da decadência, em respeito ao princípio da segurança jurídica, e a consequente invalidação do ato de aposentação da servidora, em função do decurso de mais de 10 anos desde o início do ato” (doc. 2, fl. 12).

É o relatório. Não há pedido de liminar. Constato, porém, ter sido juntado aos autos

simples comprovante de agendamento de pagamento de títulos, documento insuficiente à prova da ocorrência do recolhimento devido.

Intime-se a impetrante para que, em cinco dias, providencie elementos aptos a demonstrar o efetivo recolhimento das custas, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, ‘caput’, e parágrafo único do CPC).

Brasília, 03 de novembro de 2.014.Ministra Rosa Weber

Relatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 82: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 82

MANDADO DE SEGURANÇA 32.966 (600)ORIGEM : PROC - 00041526720132000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : MARIA JOSÉ MARQUES TORRES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JUAREZ MIGUEL SILVA SANTOSIMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Cumpra-se na íntegra o despacho de 16/6/2014, em que foi determinada, após a reiteração de Ofício solicitando informações à autoridade impetrada, a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 33.288 (601)ORIGEM : PP - 00061668720148000000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOMANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇA. REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO. MODIFICAÇÃO DE REGRAS PARA ELEIÇÃO DOS OCUPANTES DOS CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS: QUESTIONAMENTO DA VALIDADE DA NOVA DISCIPLINA POR PRETENSA CONTRARIEDADE AO ART. 102 DA LOMAN. ALEGADA AMEAÇA DE LESÃO À AUTONOMIA ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA DISPOR SOBRE AS ELEIÇÕES DE SEU CORPO DIRETIVO. REQUERIMENTO DE LIMINAR. NECESSIDADE DE INFORMAÇÕES PRÉVIAS URGENTES. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório 1. Mandado de segurança preventivo, com requerimento de medida

liminar, impetrado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em 22.10.2014, contra atos do Conselho Nacional de Justiça, consubstanciados no processamento dos Pedidos de Providências ns. 0006166-87.2014.8.00.0000 e 0006191-03.2014.2.00.0000 e do Procedimento de Controle Administrativo n. 0006190-18.2014.2.00.0000, que estariam a ameaçar a autonomia administrativa do Impetrante para a escolha dos ocupantes dos cargos de sua administração superior.

O caso 2. O Impetrante narra que, após intensos debates sobre a alteração

de normas regimentais sobre o processo de eleição dos integrantes de sua administração superior, os integrantes do Plenário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acolheram, por maioria, as seguintes proposições: “(i) todos os 180 desembargadores são elegíveis para os cargos da Alta Administração, (ii) que não é possível a reeleição, (iii) que anterior membro da Administração pode concorrer ao mesmo cargo, desde que observado um intervalo de dois mandatos, (iv) que somente os Desembargadores podem votar, excluindo-se os magistrados de 1º grau, (v) que o quórum para eleição para os cargos diretivos é o da maioria absoluta dos membros e (vi) que as normas aprovadas teriam vigência imediata” (fl. 8).

Essas propostas teriam sido reproduzidas e consolidadas na Resolução TJ/TP/RJ n. 1/2014.

Relata que o inconformismo com o resultado dessas deliberações teria conduzido cinco desembargadores a apresentarem ao Conselho Nacional de Justiça o Pedido de Providências n. 0006166-87.2014.8.00.0000, no qual arguiram ilegalidade e inconstitucionalidade do art. 3º daquela resolução, o qual teria “pass[ado] a permitir a reeleição de Desembargador para o mesmo cargo da Administração Superior do TJRJ” (fl. 4).

Sobre os mesmos fundamentos foram apresentados o Pedido de Providências n. 0006191-03.2014.2.00.0000 e o Procedimento de Controle Administrativo n. 0006190-18.2014.2.00.0000, respectivamente, pelo Desembargador aposentado Thiago Ribas Filho e pelo Sindicato dos Titulares de Serventias, Ofícios de Justiça e Similares do Estado do Rio de Janeiro.

O Impetrante sustenta que o processamento desses procedimentos evidenciaria “ameaça a direito líquido e certo que, no caso em exame, está configurada pela possibilidade real e concreta de que o Conselho Nacional de Justiça, por meio dos procedimentos acima mencionados, venham a proferir decisões impedindo a eficácia de norma regimental, com análise de sua suposta inconstitucionalidade” (fl. 6).

Destaca que a Constituição da República atribui ao Poder Judiciário “competência para eleger seus órgãos, elaborar seus regimentos e dispor sobre a sua organização judiciária” (fl. 7), pelo que a atuação do Conselho Nacional de Justiça nos mencionados procedimentos poderia representar interferência indevida na autonomia administrativa e financeira do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Enfatiza não dispor o Conselho Nacional de Justiça de competência para exercer o controle de constitucionalidade do art. 3º da Resolução TJ TP/RJ 01/2014 e menciona precedentes jurisprudenciais que afirma corroborarem sua tese.

Sustenta que “a definição dos critérios de escolha dos membros da Administração do Tribunal de Justiça cabe somente ao próprio Tribunal, por meio de deliberação dos seus membros, sendo passível de controle apenas eventual nulidade procedimental” (fl. 17).

Assinala que “a pendência dos processos administrativos e a ameaça de decisão que suspenda as regras eletivas aprovadas pela Resolução TJ/TP/RJ 001/2014 geram situação de incerteza e impossibilita a continuidade dos atos preparatório das eleições” (fl. 17), que devem ocorrer em 8.12.2014.

Requer medida liminar para suspender a tramitação dos Pedidos de Providências ns. 0006166-87.2014.8.00.0000 e 0006191-03.2014.2.00.0000 e do Procedimento de Controle Administrativo n. 0006190-18.2014.2.00.0000 e sustar os efeitos de atos porventura já praticados.

No mérito, pede “sejam extintos e arquivados definitivamente os procedimentos que visem ao afastamento das normas regimentais impugnadas junto ao CNJ, em razão do reconhecimento da validade da Resolução TJ/TP/RJ nº 01/2014, diante da não recepção do artigo 102 da LOMAN” (fl. 22).

A plausibilidade dos argumentos apresentados aliada à gravidade da situação posta a exame, que demonstra potencial conflito entre o exercício das competências constitucionalmente atribuídas ao Conselho Nacional de Justiça e a autonomia administrativa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para dispor sobre as normas que regerão as eleições para os cargos de direção, evidenciam a necessidade de se ouvir previamente a autoridade apontada como coatora para, após as informações, decidir sobre a liminar requerida.

8. Notifique-se o Conselho Nacional de Justiça para, com a urgência que o presente caso requer, prestar as informações no prazo máximo e improrrogável de dez dias (art. 7º, inc. I, da Lei n. 12.016/2009 c/c o art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

9. Intime-se a Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 7º, inc. II, da Lei n. 12.016/2009.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 33.291 (602)ORIGEM : TC - 03236120130 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : MICHELLE GLORIA COELHO PINTOADV.(A/S) : RUI PEDRO FONSECA NOGUEIRA DA FONSECA E

CASTROIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de mandado de segurança, com pedido liminar, impetrado contra ato do Tribunal de Contas da União que instaurou sindicância investigativa e determinou o afastamento preventivo da impetrante pelo prazo de 30 dias (Portarias – SEGEDAM 52 e 53, de 24/10/2014). Alega, em síntese, que: (I) o disposto previsto no art. 147 da Lei 8112/1990 teria aplicação restrita ao processo administrativo disciplinar, e não à fase de sindicância; e (II) o objetivo da referida norma seria o afastamento do investigado, e não da denunciante. Por fim, postula o deferimento de medida liminar e no mérito requer seja “declarado o direito da Impetrante de se manter no exercício do cargo e anulado a medida de afastamento preventivo que lhe foi aplicada”.

2. A concessão de medidas de urgência, em processo civil, está condicionada a requisitos próprios, da relevância do direito (fumus boni iuris) e do risco de dano (periculum in mora) previstos, fundamentalmente, no art. 273 do CPC (para medidas antecipatórias de tutela) e nos arts. 804 e 798 (para medidas de natureza cautelar). Ausentes, na espécie, ambos os requisitos.

Em juízo de cognição sumária, ao que parece, o ato apontado como coator está amparado no art. 147 da Lei 8112/1990, o que torna frágil o direito defendido. Da mesma forma, não há nos autos nenhuma demonstração de risco de dano irreparável, a justificar a indispensabilidade da medida liminar pleiteada.

3. Diante do exposto, indefiro o pedido liminar. Notifique-se a autoridade impetrada para que preste informações no prazo de dez dias.

Após, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.Decorrido o prazo acima referido, retornem conclusos.Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKI

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 83

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 33.293 (603)ORIGEM : AO - 1946 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULIMPDO.(A/S) : RELATOR DA AÇÃO ORIGINÁRIA Nº 1.946 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Vistos etc. Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado

pelo Estado do Rio Grande do Sul contra decisão monocrática do Ministro Luiz Fux, em antecipação de tutela, na Ação Originária nº 1.946/DF.

O ato apontado como coator é o mesmo anteriormente impugnado pelo MS nº 33.263/DF, distribuído a minha relatoria em 13.10.2014 e do qual não conheci, indeferindo a inicial com apoio no art. 10 da Lei nº 10.016/09, por decisão publicada em 15.10.2014. Não houve interposição de recurso contra essa decisão.

Portanto, a questão de fundo novamente toma por pressuposto o ajuizamento de ação originária pela Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB - visando à obtenção de auxílio-moradia ao fundamento principal da quebra de isonomia, já concedida a vantagem prevista na LOMAN a parte dos membros da magistratura, e à alegação de que suficiente a tanto a inexistência de residência oficial à disposição do magistrado na seção judiciária. Ainda a teor da inicial, em 25.9.2014, o Ministro Luiz Fux deferiu a antecipação de tutela “aos magistrados da Justiça Militar e dos Estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo, com o destaque de que o pagamento do referido auxílio independe de regulamentação pelo CNJ, tal como já deferido na AO 1.773 e na ACO 2.511”, acrescentando ainda que a decisão produziria efeitos “a partir do mesmo momento da liminar deferida na AO 1.773” (inicial, fl. 3).

Conquanto haja identidade relativa ao ato impugnado entre a presente impetração e o anterior MS nº 33.263/DF, o impetrante esclarece ter neste deduzido pretensão à anulação do próprio ato jurisdicional, enquanto que, nesta oportunidade, vem requerer apenas a concessão de efeito suspensivo a agravo regimental interposto nos autos da AO nº 1.946/DF, contra a decisão combatida. Quanto ao cabimento da impetração, portanto, alega não repisar pretensão de revisão imediata do mérito do ato impugnado, mas pleitear o afastamento de sua eficácia, diante da inexistência de previsão de efeito suspensivo ao agravo regimental disciplinado pelo art. 317 do RISTF. O parâmetro da presente impetração estaria voltado à obstaculização de efeitos deletérios da decisão monocrática proferida no bojo da AO nº 1.946/DF, até julgamento colegiado da controvérsia.

Nesse contexto, sustenta existir “elevadíssima probabilidade de o decisum vir a ser reformado pelo órgão colegiado que o apreciar” (inicial, fl. 5), porque, nos termos da inicial, presentes fundadas razões de ordem processual e material a sustentar entendimento contrário ao ora vigente.

No âmbito processual, o Estado do Rio Grande do Sul alega eivada a decisão dos seguintes vícios: (i) inexistência de situação de urgência a demandar atuação monocrática do Relator da causa, na medida em que o auxílio-moradia não representa verba ordinariamente paga à magistratura; (ii) em consequência, desrespeitado o art. 273 do CPC, pois ausentes tanto a verossimilhança da alegação quanto o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; (iii) litispendência entre as Ações Originárias 1.773/DF e 1.946/DF e a AO 1.649/DF, esta ajuizada em 2010 pela Associação dos Juízes Federais – AJUFE, ao menos desde a admissão dessa associação como assistente litisconsorcial na AO 1.773/DF, com o que se teria configurado tríplice identidade de partes, causas de pedir e pedidos; (iv) em consequência da preexistência da AO 1.649/DF, prevento estaria o Ministro Roberto Barroso para todas as ações de igual pedido ou causa de pedir; (v) existência de fundada dúvida a respeito da própria competência do Supremo Tribunal Federal para o exame de controvérsia, pois pendente de conclusão o julgamento da Rcl 11.323 AgR/SP, de minha relatoria, no momento com pedido de vista do Ministro Gilmar Mendes, em que se discute o correto alcance da regra de competência prevista no art. 102, I, ‘n’, da Constituição Federal; e (vi) afronta ao entendimento firmado na ADC nº 4-MC/DF, pois concedida antecipação de tutela contra a Fazenda Pública em matéria remuneratória.

Quanto o mérito da decisão, o Estado do Rio Grande do Sul insurge-se em síntese aos seguintes argumentos: (vii) o art. 65 da LC nº 35/79 limita-se a facultar a concessão do auxílio-moradia; (viii) o art. 37, § 11, da Constituição Federal exige previsão expressa em lei para concessão de qualquer verba, inclusive as de caráter puramente indenizatório; (ix) a imposição de despesa aos Tribunais de Justiça estaduais seria causa de violação do art. 96, II, da Constituição Federal; (x) indisfarçável o intuito de corrigir, por via reflexa, supostas distorções salariais sofridas pela magistratura, causando afronta ao regime de subsídio em parcela única previsto no art. 39, § 4º, da Constituição Federal; (xi) os casos de concessão

de auxílio-moradia a juízes estaduais baseiam-se em leis expressas editadas pelos respectivos entes federativos; (xii) a Súmula 339/STF veda o incremento de vencimentos de servidores públicos sob pretexto isonômico; (xiii) esse entendimento acaba de ser reiterado pela Súmula Vinculante 88, segundo a qual “não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”; (xiv) diante de entendimento jurisprudencial que resguarda a boa-fé dos servidores em relação a pagamentos de natureza alimentar, é fundado o receio de que, revertida a decisão monocrática, sejam mantidos seus efeitos até então concretizados, causando prejuízo ao impetrante diante da não devolução dos valores percebidos; e (xv) há potencial multiplicador na controvérsia em razão da extensão do mesmo entendimento ao Ministério Público e à Defensoria Pública.

Os pedidos estão assim deduzidos:“b) seja concedida medida liminar, sem a oitiva da parte contrária,

com fundamento no art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, a fim de que se agregue, imediatamente, efeito suspensivo ao agravo regimental interposto pelo Estado contra a decisão monocrática que concedeu a antecipação de tutela requerida na ação originária (AO) 1946;

c) no mesmo ato de concessão da medida liminar, seja determinado à Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que se abstenha de efetuar o pagamento de qualquer valor relativo à pretensão contida nos autos da AO 1946; (...)

e) por fim, a procedência do pedido, com a concessão definitiva da segurança, para o fim de suspender os efeitos da decisão monocrática que, concedendo a medida liminar, antecipou a tutela na ação originária (AO) 1946, até que seja apreciado, pelo órgão colegiado competente desse Supremo Tribunal Federal, o agravo regimental contra ela interposto” (inicial, fls. 32-3).

É o relatório. De acordo com certidão lavrada pela Seção de Recebimento e

Distribuição de Originários (doc. 23), o presente mandado de segurança foi distribuído por prevenção ao MS nº 33.263/DF, conforme indicação fornecida, com destaque, pela própria inicial.

Ocorre que, conforme relatado, indeferi a inicial do mandado de segurança anterior, dele não conhecendo porque incabível, em decisão datada de 14.10.2014 e publicada no dia seguinte. Não houve recurso contra essa decisão.

Nos termos do art. 69, § 2º, do RISTF, “Não se caracterizará prevenção, se o Relator, sem ter apreciado liminar, nem o mérito da causa, não conhecer do pedido, declinar da competência, ou homologar pedido de desistência por decisão transitada em julgado”, considerado ainda o entendimento manifestado nos HC nº 122.742/DF e 123.169/DF a respeito da aplicação dessa regra regimental.

Submeto, portanto, o processo à consideração da Presidência do STF, para análise da necessidade de eventual redistribuição aleatória do feito.

Brasília, 31 de outubro de 2014. Ministra Rosa Weber

Relatora

RECLAMAÇÃO 16.819 (604)ORIGEM : PROC - 00030602220064036314 - TURMA REGIONAL

DE UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANTÔNIO MARCOS DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : THIAGO COELHO

Vistos etc.1. Tendo em vista a manifestação do Procurador-Geral da República,

bem como o entendimento externado pela maioria dos integrantes deste Supremo Tribunal Federal, em reclamações análogas à presente, entendo prudente reconsiderar a decisão por meio da qual indeferi o pedido de medida liminar.

2. Transcrevo o teor da decisão cuja autoridade, na ótica do reclamante, teria sido afrontada:

“Trata-se de petição acostada aos autos pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil na qual se noticia a paralisação do pagamento de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do País, determinada após o julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e 4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. Segundo narra a peça, “os recursos estão disponíveis, mas a Presidência de alguns Tribunais entendeu por paralisar os pagamentos/levantamentos de valores enquanto não modulados os efeitos da r. decisão”. Requer-se, em seguida, seja determinada “a continuidade dos pagamentos até que o e. Plenário module os efeitos da v. decisão, com a consequente expedição de ofícios a todos os Tribunais de Justiça”. Pede-se ainda sejam os entes devedores instados ao repasse e ao depósito dos

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 84

recursos junto aos Tribunais locais, sob pena de incidência do regime sancionatório. É o relato suficiente. Decido. A decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional nº 62/09, assentando a invalidade de regras jurídicas que agravem a situação jurídica do credor do Poder Público além dos limites constitucionalmente aceitáveis. Sem embargo, até que a Suprema Corte se pronuncie sobre o preciso alcance da sua decisão, não se justifica que os Tribunais Locais retrocedam na proteção dos direitos já reconhecidos em juízo. Carece de fundamento, por isso, a paralisação de pagamentos noticiada no requerimento em apreço. Destarte, determino, ad cautelam, que os Tribunais de Justiça de todos os Estados e do Distrito Federal deem imediata continuidade aos pagamentos de precatórios, na forma como já vinham realizando até a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo a sistemática vigente à época, respeitando-se a vinculação de receitas para fins de quitação da dívida pública, sob pena de sequestro. Expeça-se ofício aos Presidentes de todos os Tribunais de Justiça do País. Publique-se.”

Destaco que a aludida decisão cautelar foi ratificada, em 24.10.2013, pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal.

3. A ilustrada maioria dos integrantes desta Suprema Corte, balizada em interpretação do referido pronunciamento cautelar, entende revestida de densa plausibilidade jurídica a tese, veiculada por entes públicos em diversas reclamações, de que, enquanto não modulados temporalmente os efeitos das decisões prolatadas nas ADIs nºs 4.357 e 4.425, merecem manutenção os critérios para pagamento de valores devidos pela Fazenda Pública, inclusive quanto à correção monetária, observados os índices aplicáveis à poupança, preconizados nos arts. 100, § 12, da Constituição da República e 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pelo art. 5º da Lei 11.960/2009).

A propósito do tema, transcrevo ementa de julgado da Segunda Turma desta Corte:

“Ementa: CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA NOS AUTOS DAS AÇÕES DIRETAS DE CONSTITUCIONALIDADE 4.357 E 4.425. APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA SEM CONSIDERAR A SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DO JULGAMENTO DE MÉRITO DAS REFERIDAS AÇÕES DIRETAS. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (Rcl 16940 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 15.10.2014)

No mesmo sentido, recordo, dentre várias, as seguintes decisões monocráticas: Rcl 17622 MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 13.6.2014; Rcl 17614, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03.10.2014; Rcl 17344, Rel. Min. Marco Aurélio DJe de 27.5.2014; Rcl 17938 MC, Rel. Min. Cármen Lúcia DJe de 05.08.2014; Rcl 17250 MC, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 25.02.2014; Rcl 16984 MC, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 03.02.2014; Rcl 16651 MC, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje 03.02.2014; Rcl 17483 MC, Rel. Min. Celso de Mello, Dje de 08.04.2014.

4. Evidenciada a plausibilidade jurídica do pedido, entendo presente o perigo da demora, pois a decisão reclamada, ao fixar critério de cálculo diverso do preconizado nos arts. 100, § 12, da Magna Carta e 1º-F da Lei 9.494/97, pode conduzir ao pagamento de valores, a título de atualização monetária, em descompasso com o paradigma invocado.

5. Ante o exposto, em juízo de retratação, defiro o pedido de medida liminar, para suspender, até final julgamento desta reclamação, a eficácia da decisão proferida pela Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, nos autos do processo nº 0003060-22.2006.4.03.6314, na parte em que fixou critério de atualização monetária distinto do previsto nos arts. 100, § 12, da Magna Carta e 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pelo art. 5º da Lei 11.960/2009).

Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 16.935 (605)ORIGEM : APC - 01587667120088190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TERCEIRA VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : WILLEBALDO MATHIAS SANTOS FILHOADV.(A/S) : ALINE SILVEIRA O. A. MONTEIRO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação contra decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Processo 0158766-71.2008.8.19.0001) que, adotando a sistemática da repercussão geral, não conheceu de agravo interposto contra inadmissibilidade de recurso extraordinário (art. 543-B, § 3º, do CPC). Alega o reclamante, em síntese, que teria havido usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal para

apreciação da matéria constitucional. O Ministério Público Federal apresentou parecer, opinando pela procedência do pedido (doc. 11).

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, é manifestamente improcedente o pedido, porquanto a Corte não admite a reclamação como meio processual adequado para a impugnação da sistemática de repercussão geral, sob alegação de equívoco na aplicação do precedente pelos Tribunais de origem:

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO NA ORIGEM. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Não se admite reclamação contra decisão que, nos tribunais de origem, aplica a sistemática da repercussão geral, ressalvada a hipótese de negativa de retratação. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl 17.375-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe de 05/06/2014. No mesmo sentido: Rcl 14.555-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Plenário, DJe de 05/06/2014; Rcl 15.042-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe de 31/03/2014; Rcl 11.217-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe de 18/02/2014; Rcl 16.479-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe de 19/02/2014).

Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 17.668 (606)ORIGEM : PROC - 00414367720098190014 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : KARINA GOMES BARBOSA SILVAADV.(A/S) : ANA CAROLINA PINTO COELHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação contra decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Processo 0041436-77.2009.8.19.0014) que, adotando a sistemática da repercussão geral, não conheceu de agravo interposto contra inadmissibilidade de recurso extraordinário (art. 543-B, § 3º, do CPC). Alega o reclamante, em síntese, que teria havido usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal para apreciação da matéria constitucional. A autoridade reclamada prestou informações (Petição 23.057/2014) e o Ministério Público Federal apresentou parecer, opinando pela procedência do pedido (doc. 16).

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, é manifestamente improcedente o pedido, porquanto a Corte não admite a reclamação como meio processual adequado para a impugnação da sistemática de repercussão geral, sob alegação de equívoco na aplicação do precedente pelos Tribunais de origem:

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO NA ORIGEM. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Não se admite reclamação contra decisão que, nos tribunais de origem, aplica a sistemática da repercussão geral, ressalvada a hipótese de negativa de retratação. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl 17.375-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe de 05/06/2014. No mesmo sentido: Rcl 14.555-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Plenário, DJe de 05/06/2014; Rcl 15.042-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe de 31/03/2014; Rcl 11.217-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe de 18/02/2014; Rcl 16.479-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe de 19/02/2014).

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido.Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.341 (607)ORIGEM : RT - 00010140920145030070 - JUIZ DO TRABALHO DA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 85: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 85

3º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO BATISTA DO GLÓRIAADV.(A/S) : ALVARO FERREIRA GARCIA NETORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

PASSOSPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ ASTER DIASADV.(A/S) : SILVIO ALVES DOS SANTOS

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que, no prazo de 10 (dez) dias, atribua valor à causa, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 18.401 (608)ORIGEM : RCL - 19185 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : R R J VIDEO LOC E COM LTDA - ME E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUBENS RICCIOLI JUNIORRECLDO.(A/S) : RELATOR DA RCL Nº 19185 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

ESPECIAIS CÍVEIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : AURA REGINA TAVARES VIEIRA BRAGAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO ROCHA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação constitucional contra decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, nos autos da Rcl 19.185, que supostamente teria contrariado o entendimento adotado por esta Corte no julgamento do RE 571.572 ED.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

Segundo pacífica jurisprudência da Corte, não se admite reclamação constitucional fundada em suposto desrespeito à autoridade de súmulas e decisões proferidas pelo STF destituídas de efeito vinculante. Nesse sentido:

“PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO - AGRAVO REGIMENTAL - RECLAMAÇÃO - AFRONTA A TEXTO DE RESOLUÇÃO DO STF E DE SÚMULA SEM EFEITO VINCULANTE - AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. As hipóteses constitucionais de cabimento da reclamação não compreendem o exame de aparente afronta a texto de resolução administrativa do STF ou de súmula destituída de eficácia vinculante. 2. O agravo interno deve impugnar analiticamente os fundamentos da decisão recorrida. 3. Agravo regimental não provido” (Rcl 9.344-AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, DJe de 22/1/2010. Ementário 02420-01).

“(...) Não cabe reclamação quando utilizada com o objetivo de fazer prevalecer a jurisprudência desta Suprema Corte, em situações nas quais os julgamentos do Supremo Tribunal Federal não se revistam de eficácia vinculante, exceto se se tratar de decisão que o STF tenha proferido em processo subjetivo no qual haja intervindo, como sujeito processual, a própria parte reclamante. - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. - A reclamação, constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033), não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual. Precedentes” (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe de 05/8/2011).

No caso, a reclamação adota como parâmetro de confronto processo subjetivo destituído de caráter vinculante. É, portanto, manifestamente improcedente o pedido, porquanto o reclamante não ocupa posição de sujeito processual no RE 571.572 ED. Evidencia-se, dessa forma, a natureza eminentemente recursal da pretensão deduzida, o que a consolidada jurisprudência desta Corte não admite, conforme revela antigo precedente que inaugurou tal entendimento, reafirmado até os dias atuais, mesmo diante da superveniência da CF/88:

“A RECLAMAÇÃO, MEDIDA EXCEPCIONAL, DESTINADA A RESGUARDAR A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL OU GARANTIR A AUTORIDADE DAS SUAS DECISÕES (ART. 161 DO REG. INTERNO), NÃO

SE PODE CONVERTER EM SIMPLES SUCEDÂNEO DE RECURSO. NÃO CONHECIMENTO.” (Rcl 31, Rel. Min. Djaci Falcão, Pleno, DJ de 13/9/1974).

3. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.674 (609)ORIGEM : PROC - 21611812009 - TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : RIVERTON MUSSI RAMOSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO MOTA FERRAZ E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GILBERTO ALVES DE SOUZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Ante a certidão da Secretaria Judiciária, no sentido da ausência de manifestação do reclamante (doc. 25), reitere-se o despacho de 2/10/2014.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.690 (610)ORIGEM : PROC - 7809720095100008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES E

VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS - VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO DISTRITO FEDERAL - SEMPREVIAJAVEND

ADV.(A/S) : PATRIQUENIA BUENO SANTOS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS PROPAGANDISTAS,

PROPAGANDISTAS - VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO DISTRITO FEDERAL - SINDPROFAR/DF

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar, contra acórdão prolatado pelo Superior Tribunal do Trabalho, nos autos do AIRR 7809720095100008 ED-Ag-ED-ED, que supostamente teria usurpado a competência desta Corte.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

É da jurisprudência desta Corte, entretanto, não ser cabível a reclamação quando proposta após o trânsito em julgado do ato impugnado, conforme a Súmula 734: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal. No caso, a ação levada ao TST já transitou em julgado, não sendo mais admissível a presente reclamação.

Ademais, a tese exposta na inicial reforça a incompatibilidade da pretensão deduzida com a via reclamatória, pois busca desconstituir o acórdão reclamado sob o argumento da incompetência do TST para a análise dos pressupostos de admissibilidade recursal. A consolidada jurisprudência desta Corte não admite a utilização da reclamação como sucedâneo recursal, conforme revela antigo precedente que inaugurou tal entendimento, reafirmado até os dias atuais, mesmo diante da superveniência da CF/88:

“A RECLAMAÇÃO, MEDIDA EXCEPCIONAL, DESTINADA A RESGUARDAR A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL OU GARANTIR A AUTORIDADE DAS SUAS DECISÕES (ART. 161 DO REG. INTERNO), NÃO SE PODE CONVERTER EM SIMPLES SUCEDÂNEO DE RECURSO. NÃO CONHECIMENTO.” (Rcl 31, Rel. Min. Djaci Falcão, Pleno, DJ de 13/09/1974).

3. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 86

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 18.773 (611)ORIGEM :PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ORÓSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ORÓSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : VICENTE ALVES DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, no sentido da fixação da competência da Justiça Trabalhista para julgamento de causa movida por servidor contratado por prazo temporário para o exercício de funções de vigilante. Sustenta o reclamante, em síntese, que a relação jurídica mantida entre as partes seria de caráter jurídico-administrativo. Assim, ainda que tenha havido desvirtuamento na contratação do profissional, a competência seria da Justiça Comum, tendo havido desrespeito, por parte do TRT da 7ª Região, ao conteúdo da decisão proferida por esta Corte no julgamento da ADI 3.395-MC (Rel. Min. Cezar Peluso, Pleno, DJ de 10/11/2006).

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, há ofensa à ADI 3.395-MC, porquanto esta Corte firmou jurisprudência no sentido de que, mesmo nas hipóteses de eventual desvirtuamento na contratação, a competência para julgamento de ações que envolvam o Poder Público e seus profissionais é da Justiça Comum:

“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO - ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL - DISSÍDIO ENTRE SERVIDORES E O PODER PÚBLICO - ADI nº 3.395/DF-MC - CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO - INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

1. A reclamação é meio hábil para conservar a autoridade do Supremo Tribunal Federal e a eficácia de suas decisões. Não se reveste de caráter primário ou se transforma em sucedâneo recursal quando é utilizada para confrontar decisões de juízos e tribunais que afrontam o conteúdo do acórdão do STF na ADI nº 3.395/DF-MC.

2. Compete à Justiça comum pronunciar-se sobre a existência, a validade e a eficácia das relações entre servidores e o poder público fundadas em vínculo jurídico-administrativo. É irrelevante a argumentação de que o contrato é temporário ou precário, ainda que haja sido extrapolado seu prazo inicial, bem assim se o liame decorre de ocupação de cargo comissionado ou função gratificada.

3. Não descaracteriza a competência da Justiça comum, em tais dissídios, o fato de se requerer verbas rescisórias, FGTS e outros encargos de natureza símile, dada a prevalência da questão de fundo, que diz respeito à própria natureza da relação jurídico-administrativa, posto que desvirtuada ou submetida a vícios de origem, como fraude, simulação ou ausência de concurso público. Nesse último caso, ultrapassa o limite da competência do STF a investigação sobre o conteúdo dessa causa de pedir específica.

4. A circunstância de se tratar de relação jurídica nascida de lei local, anterior ou posterior à Constituição de 1988, não tem efeito sobre a cognição da causa pela Justiça comum.

5. Agravo regimental não provido. (Rcl 7.633-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, DJe de 16/09/2010).

No caso, está evidenciada a natureza jurídico-administrativa da relação, pois os documentos demonstram que a contratação temporária decorreu da aplicação da Lei 3/2005 (doc. 6). Por outro lado, o Juízo reclamado consignou ser suficiente para atrair a competência da Justiça do Trabalho a dedução de pedidos de natureza trabalhista (doc. 8).

3. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação, para cassar o acórdão reclamado (Processo 00006300720135070026), e fixar a competência da Justiça Comum estadual para julgamento da causa.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 18.817 (612)ORIGEM : PROC - 07192494720108260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : CIENCIAS E LETRAS ENSINO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS PEREIRA E OUTRO(A/S)

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SOROCABAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SOROCABA

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que: (a) atribua valor à causa; e (b) comprove o recolhimento das custas processuais, nos termos da Resolução STF 527/2014, tudo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.823 (613)ORIGEM : PROC - 00161455520134025151 - JUIZ FEDERAL DA 2º

REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : LUIZ CARLOS LEITE PINNAADV.(A/S) : ERCOLE SANTO DE BARTOLORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que: (a) comprove o recolhimento das custas processuais, nos termos da Resolução STF 527/2014; (b) junte procuração com outorga de poderes específicos; e (c) instrua a presente reclamação com o interior teor do ato reclamado, tudo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.831 (614)ORIGEM : RCL - 18831 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : SANDRA CARVALHO FERREIRA TERENADV.(A/S) : VAGNER RICARDO HORIORECLDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE POMPÉIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE POMPÉIARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA COMISSÃO DO CONCURSO

PÚBLICO DE PROVAS E PROVAS E TÍTULOS DO MUNICÍPIO DE POMPEIA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que: (a) atribua valor à causa; (b) junte procuração com outorga de poderes específicos; e (c) instrua a presente reclamação com o interior teor do ato reclamado, tudo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.839 (615)ORIGEM : PROC - 00161420320134025151 - JUIZ FEDERAL DA 2º

REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ANTONIO CARLOS MOREIRAADV.(A/S) : ERCOLE SANTO DE BARTOLORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DO 2º JUIZADO ESPECIAL FEDERAL

CIVIL DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO RECLAMAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREPARO. PROVIDÊNCIAS

PROCESSUAIS. Relatório 1. Reclamação ajuizada por Antonio Carlos Moreira, em 10.10.2014,

contra decisão proferida pelo Segundo Juizado Especial Cível da Seção

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 87

Judiciária do Rio de Janeiro, o qual teria julgado improcedente a “ação de equiparação de auxílio alimentação”(fl. 2 da petição inicial).

2. A Secretaria Judiciária deste Supremo Tribunal Federal certificou não ter havido comprovação do recolhimento de custas previstas na Resolução n. 527/STF, de maio de 2014.

3. Pelo exposto, determino ao Reclamante, no prazo máximo e improrrogável de cinco dias, comprovar o adequado recolhimento das custas processuais ou a impossibilidade de fazê-lo (art. 284 do Código de Processo Civil).

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECLAMAÇÃO 18.849 (616)ORIGEM : PROC - 50039849720114047007 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ALEXANDRE FELIPE DE SOUZAADV.(A/S) : RAQUEL GONCALVES NUNESRECLDO.(A/S) : RELATORA DO RECURSO Nº

5003984-97.2011.404.7007 DA 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que, no prazo de 10 (dez) dias, atribua valor à causa, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.885 (617)ORIGEM : RO - 00011074020125180129 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 18º REGIÃOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : JAIRO RIBEIRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JAIRO RIBEIRO DE OLIVEIRARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ELISABETE BATISTA DE FREITAS SILVAADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO XAVIER FRANCO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A.ADV.(A/S) : DIRCEU MARCELO HOFFMANN

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que: (a) atribua valor à causa; (b) junte procuração com outorga de poderes específicos; e (c) comprove o recolhimento das custas processuais, nos termos da Resolução STF 527/2014, tudo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 18.903 (618)ORIGEM : RCL - 18903 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : MÁRIO EDUARDO ALVES CATTAIADV.(A/S) : VAGNER RICARDO HORIORECLDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE POMPÉIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE POMPÉIARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA COMISSÃO DO CONCURSO

PÚBLICO DE PROVAS E PROVAS E TÍTULOS DO MUNICÍPIO DE POMPEIA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que: (a) atribua valor à causa; e (b) junte procuração com outorga de poderes específicos, tudo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC). Defiro o pedido de assistência judiciária gratuita (art. 12 da Lei 1.060/50).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKI

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 18.910 (619)ORIGEM : PROC - 20140110313076 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E

DOS TERRITÓRIOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA DO AMPARO DE CARVALHO COSTAADV.(A/S) : ANA FLÁVIA PESSOA TEIXEIRA LEITE

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar, contra acórdão proferido pela 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do TJDFT, no julgamento do Processo 20140110313076, em razão de suposta usurpação da competência da Corte, bem como de desrespeito à medida cautelar deferida nos autos da ADI 4.357/DF (rel. p/acórdão Min. Luiz Fux). Alega o requerente, em síntese, que: (a) o acórdão reclamado assentou que a correção monetária, por força da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 1º F da Lei 9.494/97 (redação dada pela Lei 11.960/09), deveria ser calculada com base no IPCA; (b) ao assim decidir, teria desobedecido medida cautelar deferida nos autos da ADI 4.357, no sentido da manutenção da sistemática anterior de pagamentos dos precatórios, até que o STF se pronuncie conclusivamente acerca dos efeitos da decisão de mérito proferida nos autos da referida ADI; e (c) teria havido, assim, usurpação de competência da Corte, na medida em que a Turma Recursal do TJDFT aplicou decisão mérito proferida nos autos da ADI 4.357, sem que haja pronunciamento conclusivo da Suprema Corte acerca do início de sua eficácia. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para seu deferimento.

2. O deferimento de medidas liminares supõe presentes a relevância jurídica da pretensão, bem como a indispensabilidade da providência antecipada, para garantir a efetividade do resultado do futuro e provável juízo de procedência.

Com efeito, não obstante a declaração de inconstitucionalidade das expressões “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança” e “independentemente de sua natureza”, contidas no § 12 do art. 100 da CF/88, bem como a declaração de inconstitucionalidade, em parte, por arrastamento do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009), o relator para acórdão das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357 e 4.425, Min. Luiz Fux, atendendo a petição apresentada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, na qual se noticiava “a paralisação do pagamento de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do País, determinada após o julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e 4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal”, em 11/04/2013, deferiu medida cautelar, determinando:

“ad cautelam, que os Tribunais de Justiça de todos os Estados e do Distrito Federal deem imediata continuidade aos pagamentos de precatórios, na forma como já vinham realizando até a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo a sistemática vigente à época, respeitando-se a vinculação de receitas para fins de quitação da dívida pública, sob pena de sequestro”.

Essa medida cautelar, deferida pelo relator, foi ratificada pelo Plenário da Corte na sessão de julgamento de 24/10/2013, a significar que, enquanto não revogada, continua em vigor o sistema de pagamentos de precatórios “na forma como vinham sendo realizados”, não tendo eficácia, por enquanto, as decisões de mérito tomadas pelo STF Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357 e 4.425.

Ora, como se pode perceber em juízo preliminar e sumário, a 1ª Turma Recursal do TJDFT, ao estabelecer índice de correção monetária diverso daquele fixado pelo art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009), nos termos do decidido pela Corte no julgamento de mérito das ADIs 4.357 e 4.425, aparentemente, descumpriu referida medida cautelar.

3. Ante o exposto, defiro a liminar, para determinar o sobrestamento do Processo 20140110313076, em trâmite na 1ª Turma Recursal do TJDFT, até o julgamento final desta reclamação ou ulterior deliberação em sentido contrário.

Comunique-se. Notifique-se a autoridade reclamada para que preste informações. Após, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 18.920 (620)ORIGEM : AI - 1417204 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 88

RELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : NEUSA MARIA CRISTINO SIMÕES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO TANCREDO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BAYER S.A.ADV.(A/S) : JORGE NEVES DE OLIVEIRA

RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. COMPETÊNCIA. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DA SÚMULA VINCULANTE 22 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ATO RECLAMADO ANTERIOR À EDIÇÃO DO VERBETE VINCULANTE. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Cuida-se de reclamação, com pedido de liminar, ajuizada por Neusa Maria Cristino Simões e outros em face de decisão proferida pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que teria violado o enunciado da Súmula Vinculante 22 desta Corte.

Os reclamantes narram que, em 2003, ajuizaram ação de reparação de danos diante do acidente de trabalho de Manoel Bendito Simões, que causou-lhe a morte, tendo sido a sentença de mérito proferida em 17/3/2009.

Afirmam que, em grau de recurso, a Quarta Câmara do Tribunal de Justiça Fluminense deixou de aplicar a Súmula Vinculante 22 desta Corte, o que deu ensejo à oposição de embargos de declaração, rejeitados.

Prosseguem informando que, contra esse decisum, interpuseram recurso especial, inadmitido, bem como agravo de instrumento, provido para determinar a remessa dos autos à Justiça do Trabalho. Essa decisão, no entanto, foi reformada, o que deu azo à interposição de agravo interno, desprovido, e, ainda, de embargos de declaração, pendentes de apreciação.

É contra a decisão que deu provimento ao agravo de instrumento que se insurgem.

Os reclamantes aduzem, em amparo a sua pretensão, que“A Súmula vinculante nº 22/STF tem efeito erga omnes, razão pela

qual todos os processos e ações de indenização por danos materiais e morais decorrentes de acidente de trabalho devem ser processados e julgados pela Justiça Trabalhista, mesmo que o processo já tenha sido ajuizado e não possua sentença de mérito quando da promulgação da EC 45/2004”.

Sustentam, ainda, que “(...) a ação de reparação de danos decorrentes da relação de trabalho foi proposta pelos ora reclamantes em 17/08/2003, porém a sentença de Mérito somente foi prolatada em 17 de março de 2009, isto é, em momento posterior à promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.”

Requerem, ao final, seja deferida a liminar para “que sejam anulados todos os atos praticados por juízo incompetente e os autos sejam imediatamente remetidos à Justiça do Trablaho”.

No mérito, pugnam pela“procedência da presente Reclamação, a fim de, confirmando-se a

liminar, a fim de cassar o ato reclamado, aplicando-se a SUV n. 22 para declarar a competência da Justiça Trabalhista para processar e julgar a ação proposta pelos ora reclamantes”.

É o relatório. DECIDO.A presente reclamação não merece seguimento. Explico.A decisão apontada na inicial como contrária à Súmula Vinculante 22

assentou que, no que atine à competência para o julgamento do feito, a matéria já havia sido definitivamente apreciada pela Quarta Turma do STJ, nos autos do AgRg no Ag 838.653/RJ (Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de 27/03/2006), no qual ficou determinada a competência da Justiça Comum para a apreciação da lide, tendo tal decisão transitado em julgado. Transcrevo, por oportuno, o seguinte excerto da decisão reclamada:

“apesar de se concluir que a súmula vinculante nº 22 abarca a hipótese ora questionada, sua edição se deu apenas em 2.12.2009, enquanto a questão relativa à competência para o julgamento da presente lide já havia sido apreciada por este Pretório em decisão que transitou em julgado no dia 12/6/2007 (AgRg no Ag 838.653/RJ, Relator o eminente Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, DJe de 27/03/2006). Nesse contexto, não há falar em desrespeito ao aludido enunciado vinculante (…).

Tem-se, pois, que a decisão desta egrégia Corte, que fixou a competência da Justiça Comum para o julgamento da lide, proferida e transitada em julgado antes da edição da súmula vinculante 22/STF, deve prevalecer.

Diante de tais premissas, em respeito à coisa julgada e ao princípio da segurança jurídica, não é possível o acolhimento de novo pedido de exame da competência para o julgamento do feito”.

Diante desse quadro, é a decisão que primeiro apreciou o tema relativo à competência que deve ser considerada para efeito de verificação da suposta violação ao referido enunciado sumular.

Pois bem. Consoante mencionado anteriormente, a decisão que fixou a competência da Justiça Comum para o feito (AgRg no Ag 838.653/RJ) transitou em julgado em 12/6/2007.

A Súmula Vinculante 22, por sua vez, foi aprovada pelo Tribunal Pleno em 2/12/2009 e publicada no DJe de 11/12/2009, e possui o seguinte teor:

“a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que

ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04”.

Verifica-se, pois, que o verbete vinculante que se alega desrespeitado foi editado em data muito posterior à decisão reclamada.

A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de que não cabe Reclamação por alegação de afronta à autoridade de decisão ou de súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal proferida/editada posteriormente ao ato reclamado. É o que se colhe dos seguintes arestos:

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO. DECISÃO RECLAMADA PROFERIDA EM DATA ANTERIOR AO PRONUNCIAMENTO DO STF DOTADO DE EFICÁCIA VINCULANTE. NÃO CABIMENTO. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é pacífica quanto ao não cabimento de reclamação quando o ato reclamado é anterior à decisão tida por violada.

2. Agravo regimental não provido” (Rcl 10.199-AgR/SC, Rel. Min. Teori Zavascki).

“O CABIMENTO DE RECLAMAÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 103-A, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, PRESSUPÕE A EXISTÊNCIA DE SÚMULA VINCULANTE ANTERIOR À DECISÃO IMPUGNADA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (Rcl 7.989-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia).

“RECLAMAÇÃO. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa à súmula vinculante n. 10. Decisão anterior à edição desta. Seguimento negado. Agravo improvido. Não cabe reclamação por ofensa a súmula vinculante editada após a decisão impugnada” (Rcl 8.846-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso).

“Agravo interno em reclamação – Alegada ofensa à autoridade do STF e à eficácia da Súmula Vinculante nº 10 - Decisão reclamada anterior ao paradigma – Desrespeito não configurado - Agravo regimental não provido. 1 - Ato reclamado anterior à Súmula Vinculante nº 10, que se apresentou como paradigma. Caso de não conhecimento da reclamação, conforme jurisprudência do STF. Precedentes do Plenário: Rcl nº 1.723/CE-AgR-QO, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8/8/01; Rcl nº 4.131/SP, relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 6/6/08 e Rcl nº 4.644/SC-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia. 2- A tese de que houve julgamento definitivo apenas quando o Tribunal se pronunciou em embargos declaratórios equivale a dizer que esse instante, de fato, só ocorrerá quando houver o trânsito em julgado. Trata-se de perpetuação indevida da jurisdição, o que, na prática, inviabiliza a própria ideia de posteridade da súmula vinculante 3 - Agravo regimental não provido.”(Rcl 7.900 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli)

Ex positis, nego seguimento à presente Reclamação, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ficando prejudicado o exame do pedido de liminar.

Publique-se. Int.. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECLAMAÇÃO 18.923 (621)ORIGEM : PROC - 00014820920135120053 - JUIZ DO TRABALHO

DA 12º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ISAC RECCO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : MANOEL DOS SANTOS BERTONCINI E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE

CRICIÚMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : COLÉGIO CRISTO REIADV.(A/S) : SANDRO SVENTNICKAS E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Intime-se o reclamante para que: (a) atribua valor à causa; e (b) comprove o recolhimento das custas processuais, nos termos da Resolução STF 527/2014, tudo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284, parágrafo único, do CPC).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 18.938 (622)ORIGEM : RR - 519009320095040511 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DIOMAR ADAO MARQUES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 89

ADV.(A/S) : KÁTIA MICHELE SCHULZ E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS TRABALHADORES

AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI LTDA - COOMTAAUADV.(A/S) : THALES ZAMPROGNA DE SOUZA

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que manteve a condenação subsidiária do município às verbas devidas pela empregadora prestadora de serviços (TST–RR-51900-93.2009.5.04.0511). O reclamante alega, em suma, a ocorrência de violação ao decidido na ADC 16.

2. O deferimento de medidas liminares supõe presentes a relevância jurídica da pretensão, bem como a indispensabilidade da providência antecipada, de modo a garantir a efetividade do resultado de futuro e provável juízo de procedência. O requisito da urgência, entretanto, não se encontra presente. É que não há nos autos nenhuma demonstração de risco de dano irreparável, pois a alegação limitada ao envolvimento de recursos públicos, por si só não justifica a indispensabilidade da medida liminar pleiteada. De todo oportuno, portanto, que se ouça a autoridade reclamada sobre a situação fática questionada nos autos.

3. Ante o exposto, indefiro a liminar. Solicitem-se informações à autoridade reclamada. Após, à Procuradoria-Geral da República para parecer.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 18.967 (623)ORIGEM : RESP - 1106504 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSE ALBERTO RAVISONADV.(A/S) : CRISTIANO BORGES CASTILHOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar, contra acórdão proferido pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Resp 1.106.504 AgRg, em razão de suposta usurpação da competência da Corte, bem como de desrespeito à medida cautelar deferida nos autos da ADI 4.357/DF (rel. p/acórdão Min. Luiz Fux). Alega o requerente, em síntese, que: (a) o acórdão reclamado assentou que a correção monetária, por força da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 1º F da Lei 9.494/97 (redação dada pela Lei 11.960/09), deveria ser calculada com base no IPCA; (b) ao assim decidir, teria desobedecido medida cautelar deferida nos autos da ADI 4.357, no sentido da manutenção da sistemática anterior de pagamentos dos precatórios, até que o STF se pronuncie conclusivamente acerca dos efeitos da decisão de mérito proferida nos autos da referida ADI; e (c) teria havido, assim, usurpação de competência da Corte, na medida em que o Superior Tribunal de Justiça aplicou decisão de mérito proferida nos autos da ADI 4.357, sem que haja pronunciamento conclusivo da Suprema Corte acerca do início de sua eficácia. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para seu deferimento.

2. O deferimento de medidas liminares supõe presentes a relevância jurídica da pretensão, bem como a indispensabilidade da providência antecipada, para garantir a efetividade do resultado do futuro e provável juízo de procedência.

Com efeito, não obstante a declaração de inconstitucionalidade das expressões “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança” e “independentemente de sua natureza”, contidas no § 12 do art. 100 da CF/88, bem como a declaração de inconstitucionalidade, em parte, por arrastamento do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009), o relator para acórdão das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357 e 4.425, Min. Luiz Fux, atendendo a petição apresentada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, na qual se noticiava “a paralisação do pagamento de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do País, determinada após o julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e 4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal”, em 11/04/2013, deferiu medida cautelar, determinando:

“ad cautelam, que os Tribunais de Justiça de todos os Estados e do Distrito Federal deem imediata continuidade aos pagamentos de precatórios, na forma como já vinham realizando até a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo a sistemática vigente à época, respeitando-se a vinculação de receitas para fins de quitação da dívida pública, sob pena de sequestro”.

Essa medida cautelar, deferida pelo relator, foi ratificada pelo Plenário da Corte na sessão de julgamento de 24/10/2013, a significar que, enquanto não revogada, continua em vigor o sistema de pagamentos de precatórios “na forma como vinham sendo realizados”, não tendo eficácia, por enquanto, as decisões de mérito tomadas pelo STF Ações Diretas de Inconstitucionalidade

4.357 e 4.425.Ora, como se pode perceber em juízo preliminar e sumário, a 6ª

Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao estabelecer índice de correção monetária diverso daquele fixado pelo art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009), nos termos do decidido pela Corte no julgamento de mérito das ADIs 4.357 e 4.425, aparentemente, descumpriu referida medida cautelar.

3. Ante o exposto, defiro a liminar, para determinar o sobrestamento do Resp 1.106.504 AgRg, em trâmite na 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, até o julgamento final desta reclamação ou ulterior deliberação em sentido contrário.

Comunique-se. Notifique-se a autoridade reclamada para que preste informações. Após, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 19.006 (624)ORIGEM : RR - 24084320115020051 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DORIVAL DOS SANTOSADV.(A/S) : LISE CRISTINA DA SILVA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MODERN SERVICE LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA

LTDA - EPPADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação constitucional, com pedido liminar, ajuizada pela União em face de acórdão proferido pela 2a Turma do Tribunal Superior do Trabalho, nos autos do RR-2408-43.2011.5.02.0051 que, ao afastar o disposto no § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, teria violado a orientação firmada por esta Corte no julgamento da ADC 16, ocasião em que o referido preceito foi declarado constitucional.

A decisão reclamada reconheceu a responsabilidade do ente público na presente relação trabalhista, ao fundamento de que ficou demonstrada sua culpa in vigilando, e in eligendo nos termos da Súmula 331, do TST.

Requer-se, liminarmente, a suspensão dos efeitos do Processo n. 2408-43.2011.5.02.0051. No mérito, pugna-se pela cassação da referida decisão.

Dispenso a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República, por entender que o processo já está em condições de julgamento (art. 52, parágrafo único, RISTF).

Decido. O Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou a

constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 que dispõe sobre a impossibilidade jurídica de transferência de responsabilidade à Administração Pública de encargos decorrentes do não cumprimento, pelo contratado, de obrigações trabalhistas, fiscais ou comerciais, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Eis a ementa desse julgado: “Responsabilidade CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a

administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995”.

Nessa oportunidade, esta Corte salientou que eventual responsabilização do poder público no pagamento de encargos trabalhistas não decorre de responsabilidade objetiva, mas deve vir fundamentada no descumprimento, pela Administração Pública, de obrigações decorrentes do contrato, devidamente comprovada no caso concreto.

No ato reclamado, o juízo de segundo grau consignou a responsabilidade do ente público para o adimplemento de encargos trabalhistas, ao fundamento de que houve culpa in vigilando e culpa in eligendo, o que autorizaria a sua condenação subsidiária.

Nesse sentido, seria o reclamante responsável, subsidiariamente, pelos obrigações trabalhistas não adimplidas por empresa contratada para prestação de serviços.

Contudo, não se vislumbra, na decisão objeto de reclamação, análise da conduta dolosa ou culposa do ente público na condução do contrato, que teria contribuído para o resultado danoso ao empregado.

Dessa forma, não há dúvidas de que a referida decisão encerra

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 90: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 90

contrariedade ao quanto disposto no julgamento da ADC 16, que julgou constitucional o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93. Isso porque a presunção de culpa in vigilando ou in eligendo vai de encontro ao entendimento firmado no citado paradigma.

Ante o exposto, julgo procedente a reclamação, motivo pelo qual fica prejudicada a análise do pedido liminar, nos termos do art. 161, parágrafo único, do RISTF, para cassar o acórdão reclamado, proferido pela 2a Turma do Tribunal Superior do Trabalho, nos autos do RR-2408-43.2011.5.02.0051, no ponto em que reconheceu a responsabilidade subsidiária da União em face do inadimplemento de obrigações trabalhistas por empresa contratada para a prestação de serviços.

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 124.963

(625)

ORIGEM : HC - 283905 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : KEVIN MEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. LIMINAR. TRÁFICO DE ENTORPECENTES – ARTIGO 33 DA LEI N. 11.343/2006. MINORANTE DO § 4º. DESCABIMENTO. RÉU DEDICADO À ATIVIDADE CRIMINOSA DO TRÁFICO DE DROGAS, SUA PRINCIPAL E ÚNICA FONTE DE RENDA. REGIME INICIAL MENOS GRAVE DO QUE O FECHADO. PRETENSÃO INVIÁVEL EM FACE DO QUANTUM DA PENA. AUSÊNCIA DO FUMUS BONI IURIS.

- Liminar indeferida.DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido

de liminar, interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o seguinte teor:

HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO CONFIRMAD EM SEDE DE APELAÇÃO. IMPETRAÇÃO SUBSTITUTIVA DE RECURSO ESPECIAL. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO OCORRÊNCIA. QUANTIDADE, NATUREZA E DIVERSIDADE DAS DROGAS. QUANTUM DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA. NÃO INCIDÊNCIA. DEDICAÇÃO ÀS ATIVIDADES CRIMINOSAS. PACIENTE FAZIA DA NARCOTRAFICÃNCIA SUA FONTE DE RENDA. AFERIÇÃO. REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIABILIDADE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS E REGIME ABERTO. IMPOSSIBILIDADE. PENA SUPERIOR A QUATRO ANOS. NÃO CONHECIMENTO.

1. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeas corpus, em prestígio ao âmbito de cognição da garantia constitucional, e, em louvor à lógica do sistema recursal. In casu, foi impetrada indevidamente a ordem como substitutiva de recurso especial.

2. In casu, não se vislumbra ilegalidade manifesta a ser reconhecida, porquanto as instâncias ordinárias adotaram fundamentos concretos para justificar a exasperação da pena-base acima do mínimo legal, não parecendo arbitrário o quantum imposto, tendo em vista a quantidade, a natureza e a diversidade das drogas apreendidas – 28 buchas de cocaína e 1 bucha de maconha – (art. 42 da Lei nº 11.343/2006).

3. Concluído pelas instâncias de origem, com arrimo nos fatos da causa, que o paciente se dedicava às atividades criminosas, fazendo da narcotraficância sua fonte de renda, não incide a causa especial de diminuição de pena, porquanto não preenchidos os requisitos previstos no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06. Para concluir em sentido diverso, há necessidade de revolvimento do acervo probatório, providência incabível na via estreita do habeas corpus.

4. A substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos submete-se à regência do art. 44 do Código Penal, segundo o qual só faz jus ao benefício legal o condenado a pena inferior a 4 anos. Na espécie, tendo a reprimenda final alcançado 7 anos de reclusão, não é possível a pretendida substituição. Pelo mesmo raciocínio, também é inviável a fixação do regime aberto.

5. Habeas corpus não conhecido.O paciente foi condenado à pena de 7 (sete) anos de reclusão, em

regime inicial fechado, pela prática do crime tipificado no artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 (tráfico de entorpecentes).

A sentença transitou em julgado.A recorrente alega, em síntese, ausência de fundamentação para

negar a minorante do § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006, bem como para determinar o regime inicial fechado, porquanto a “qualidade e quantidade de droga apreendida, não serve para justificar sequer o afastamento do privilégio, muito menos para embasar o estabelecimento do regime de cumprimento da pena em parâmetros diversos do previsto no argigo 33 e

seguintes do Código Penal”.Requer, liminarmente e no mérito, o provimento do recurso para

“reformar a r. Decisão recorrida, de modo a que seja reconhecido o privilégio previsto no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, bem como fixado o regime inicial de pena em conformidade com o previsto no art. 33 e seguintes do Código Penal”.

O Ministério Público Federal apresentou contrarrazões, das quais extraio o seguinte:

Inicialmente, verifica-se que o recorrente, ao argumento de que a quantidade e a qualidade da droga não são elementos hábeis a afastar a incidência do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 nem a justificar a fixação do regime inicial fechado, insurge-se contra o acórdão de fls. E-STJ 429/444.

Entretanto, referido fundamento – quantidade e qualidade dos entorpecentes apreendidos – não foi utilizado pelas instâncias ordinárias ou mesmo pelo STJ para refutar a causa especial de diminuição de pena nem para manter o regime inicial de cumprimento de pena mais gravoso.

Dito isso, força convir que o presente RHC não rebate os fundamentos do acórdão recorrido, e, por isso, não deve ser conhecido. [….]

[…]Caso vencida a prejudicial acima, no mérito,é de ver que não tem

razão o recorrente.Notório que a benesse insculpida no § 4º do art. 33 da Lei nº

11.343/2006 somente é aplicada se o acusado, cumulativamente, for primário, tiver bons antecedentes, não se dedicar a atividades criminosas nem integrar organização criminosa.

Na espécie, ao contrário do que alega o recorrente, a referida causa especial de diminuição de pena foi afastada não em razão da quantidade e qualidade da droga apreendida, mas sim, porque das provas dos autos extrai-se que ele se dedicava às atividades criminosas de narcotráfico. A propósito, transcreve-se parte do acórdão que trata desse tema:

‘Por outro lado, mantenho a punição fixada na sentença, porque ela está em consonância com as circunstâncias fáticas e pessoais do apelante. Sobre a reduçõa do § 4º, negada pela Juíza de Direito, concordo com a Julgadora que corretamente afirmou:

‘Deixo de aplicar o benefício contido no § 4º, do art. 33, da Lei nº 11.343/06 ao réu, pois restou amplamente comprovado que se dedicava ao tráfico de drogas para auferir dinheiro e vantagens, fazendo dessa empreitada criminosa uma fonte de renda. Outrossim, não demonstrou atividade lícita.’ - destacou-se. (e-STJ 381).

Comprovado que o recorrente se dedicava à atividade criminosa, impossível ser ele beneficiado com causa especial de diminuição de pena, insculpida no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. Mais, rever tal entendimento das instâncias ordinárias implicaria incursão aprofundada nas provas dos autos, o que é incompatível com a via estreita do habeas corpus.

Adiante, a pena foi fixada em sete anos de reclusão (e-STJ), o que impede a fixação do regime aberto, nos termos do art. 33, § 2º, c, do CP, já que a reprimenda é superior a quatro anos.

Desta feita, há de ser mantido o acórdão recorrido, porque em consonância com a legislação penal.”

É o relatório. DECIDO.O pedido de liminar, além de manifestamente satisfativo, não tem,

prima facie, respaldo em razões jurídicas plausíveis.Destarte, tendo a sentença afirmado que o tráfico de entorpecentes é

a única e principal fonte de renda do paciente, evidenciando sua dedicação a tal atividade ilícita, não faz ele jus à minorante do § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006, in verbis: § 4º: Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa”. [grifei]

Outrossim, tal afirmação judicial é insuscetível de ser elidida em sede de habeas corpus, que, como é cediço, não comporta o reexame dos fatos e das provas carreadas aos autos.

A pretensão de regime mais benéfico do que o fechado esbarra no quantum da pena.

Ex positis INDEFIRO a liminar, por não visualizar, de plano, o fumus boni iuris.

Dê-se vista ao Ministério Público Federal.É o relatório. Publique-se. Int..Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ROSA WEBER

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.767 (626)ORIGEM : PROC - 469974120124013400 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 91

AUTOR(A/S)(ES) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO DF E TERRITÓRIOS

ADV.(A/S) : JONAS MODESTO DA CRUZRÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos moldes do art. 29 da Resolução STF nº 427, de 20 de abril de 2010.

À Secretaria Judiciária, para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.808 (627)ORIGEM : PROCESSO - 50017357220134047115 - JUIZ DE

DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : JOÃO BATISTA BRITO OSÓRIOADV.(A/S) : JOÃO BATISTA BRITO OSÓRIORÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Despacho: Idêntico ao de nº 626

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.902 (628)ORIGEM : PROCESSO - 29569520134013903 - JUIZ FEDERAL DA

1º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : SOCIEDADE COMERCIAL DO ROCHEDO LTDAADV.(A/S) : RENATO MAURILIO LOPESRÉU(É)(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRÉU(É)(S) : ITERPA - INSTITUTO DE TERRAS DO PARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRARÉU(É)(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 626

AÇÃO RESCISÓRIA 1.993 (629)ORIGEM : AR5 - 110793 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERREVISOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRÉU(É)(S) : HERMIDE LANZARINI SARTIADV.(A/S) : EMANUELLE SILVEIRA DOS SANTOS

Despacho: Idêntico ao de nº 626

RECURSOS

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 791.590

(630)

ORIGEM : RESP - 1387001 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BEATRIZ CORDEIRO ABAGGEADV.(A/S) : LUCIANO BORGES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : OSVALDO MARCINEIROINTDO.(A/S) : CELINA CORDEIRO ABAGGEINTDO.(A/S) : VICENTE DE PAULA FERREIRAINTDO.(A/S) : DAVI DOS SANTOS SOARESINTDO.(A/S) : AIRTON BARDELLI DOS SANTOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO SERGIO CRISTOFOLINIINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

O Ministro Marco Aurélio encaminhou o presente feito à Presidência para que se pronunciasse sobre eventual prevenção por força de conexão probatória destes autos com o HC 119.908/PR, de minha relatoria.

Isso posto, encaminhem-se os autos à Ministra Cármen Lúcia, Vice-

Presidente, nos termos do disposto no art. 14 do RISTF, para que decida sobre a necessidade de redistribuição deste feito.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.143 (631)ORIGEM : AC - 200400101923 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : SERASA S/AADV.(A/S) : JEFFERSON SANTOS MENINI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NÚCLEO DE DEFESA DO CONSUMIDORPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Defiro o adiamento nos termos requeridos.Publique-se. Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 817.040 (632)ORIGEM : AC - 10439040347072005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : TNL PCS S/AADV.(A/S) : ANDRÉ MYSSIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MURIAÉADV.(A/S) : MAYRA RODRIGUES GUALBERTO E OUTRO(A/S)

Defiro o adiamento nos termos requeridos.Publique-se. Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.983

(633)

ORIGEM : AC - 20050110862612 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : ADAILTON DA ROCHA TEIXEIRAADV.(A/S) : ARISTIDES FELICIANO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ANTERIORES À NOMEAÇÃO EM OUTRO CARGO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. MATÉRIA JULGADA PELO REGIME DA REPERCUSSÃO GERAL. MODIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO E RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDOS.

Relatório1. Em 1º.8.2012, neguei seguimento ao agravo no recurso

extraordinário interposto pelo Distrito Federal contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual decidira “que a posse em novo cargo público não acarreta a perda do direito à VPNI, haja vista que esta se encontra incorporada ao patrimônio jurídico do servidor”. A ementa do julgado é a seguinte:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ANTERIORES À POSSE EM OUTRO CARGO PÚBLICO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO”.

2. Publicada essa decisão no DJe de 6.8.2012, interpõe o Distrito Federal, em 15.8.2012, tempestivamente, agravo regimental.

3. O Agravante argumenta que, “ao decidir o Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 410.946-DF – acórdão DJe de 07.05.10, o Plenário do Supremo Tribunal Federal reformou outra decisão do STJ que foi adotada em situação análoga a que é debatida nestes autos. (…) O Tribunal Pleno do STF decidiu que o ministro aposentado do STJ José Arnaldo da Fonseca não tinha o direito de receber os quintos incorporados aos proventos de membro de Ministério Público quando de sua nomeação para a magistratura”.

E sustenta que “o Supremo Tribunal Federal há muito tem entendimento consolidado pela inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Não há dúvida de que a questão posta no recurso é constitucional”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 92

Requer o provimento do presente recurso.4. Houve alteração na jurisprudência deste Supremo Tribunal quanto

à questão tratada nos autos. O acórdão recorrido diverge da nova orientação firmada, pelo que, em juízo de retratação, reconsidero a decisão agravada.

Reexamino o agravo no recurso extraordinário.5. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA. POSSE EM NOVO CARGO PÚBLICO. DIREITO INCORPORADO AO PATRIMÔNIO JURÍDICO DO SERVIDOR.

1. A posse em novo cargo público, ainda que afeto à outra Unidade da Federação, não acarreta a perda do direito À Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, uma vez que esta se encontra incorporada ao patrimônio jurídico do servidor, na condição de direito adquirido. Precedentes do STJ.

2. Recurso provido”.6. O Recorrente alega terem sido contrariados os arts. 18 e 32, § 1º,

da Constituição da República.Afirma “obrigar o ente federado a suportar o ônus de uma vantagem

concedida no âmbito federal, sem que haja lei distrital expressa, configura[r] uma afronta à autonomia, caracterizando inclusive um desequilíbrio orçamentário do Distrito Federal”.

Argumenta que, “se o Supremo entende que não há direito adquirido a regime jurídico nem mesmo quando o servidor permanece durante toda a vida no mesmo cargo em que tomou posse, que dirá quando voluntariamente adere a outro regime jurídico e pretende trazer consigo os benefícios/privilégios do regime jurídico anterior que abandonou”.

7. A decisão de inadmissão do recurso extraordinário adotou como fundamento a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta.

8. No agravo interposto, o Agravante reitera as razões do recurso extraordinário e afirma ter ocorrido ofensa constitucional direta

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.9. Razão jurídica assiste ao Agravante.10. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral do

tema em debate e, no julgamento de mérito do recurso paradigma, o RE n. 587.371, Relator o Ministro Teori Zavascki, afirmou a impossibilidade de o servidor transportar as vantagens pessoais adquiridas no exercício de determinado cargo público para outro cargo no qual venha a ser nomeado posteriormente:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO DE “QUINTOS”. PRETENSÃO DE CONTINUAR PERCEBENDO A VANTAGEM REMUNERATÓRIA NO EXERCÍCIO DE CARGO DE CARREIRA DIVERSA. INVIABILIDADE. 1. A garantia de preservação do direito adquirido, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, assegura ao seu titular também a faculdade de exercê-lo. Mas de exercê-lo sob a configuração com que o direito foi formado e adquirido e no regime jurídico no âmbito do qual se desenvolveu a relação jurídica correspondente, com seus sujeitos ativo e passivo, com as mútuas obrigações e prestações devidas. 2. As vantagens remuneratórias adquiridas no exercício de determinado cargo público não autoriza o seu titular, quando extinta a correspondente relação funcional, a transportá-las para o âmbito de outro cargo, pertencente a carreira e regime jurídico distintos, criando, assim, um direito de tertium genus, composto das vantagens de dois regimes diferentes. 3. Por outro lado, considerando a vedação constitucional de acumulação remunerada de cargos públicos, não será legítimo transferir, para um deles, vantagem somente devida pelo exercício do outro. A vedação de acumular certamente se estende tanto aos deveres do cargo (= de prestar seus serviços) como aos direitos (de obter as vantagens remuneratórias). 4. Assim, não encontra amparo constitucional a pretensão de acumular, no cargo de magistrado ou em qualquer outro, a vantagem correspondente a “quintos”, a que o titular fazia jus quando no exercício de cargo diverso. 5. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento” (Plenário, DJe 24.6.2014, grifos nossos).

11. Naquela assentada, o voto do Relator foi acompanhado pela maioria dos Ministros em seu fundamento e extensão, do qual se extrai do seguinte excerto:

“é certo que a Constituição assegura ao titular de direito adquirido a garantia de sua preservação, inclusive em face de lei nova, garantia essa que inclui a faculdade de exercê-lo no devido tempo. Mas não é menos certo que os direitos subjetivos, assim adquiridos, somente podem ser exercidos nos termos em que foram formados e segundo a estrutura que lhes conferiu o regime jurídico no âmbito do qual se desenvolveu a relação jurídica correspondente, com seus sujeitos ativo e passivo, com as mútuas obrigações e prestações devidas.

É no âmbito desse regime, e somente nele, e perante o sujeito que tem o dever jurídico de prestar, que o titular do direito adquirido estará habilitado a exigir a corresponde prestação. Não se pode considerar legítimo, por exemplo, que um servidor estadual, que tenha incorporado aos seus vencimentos determinadas vantagens como integrante de uma determinada carreira (v.g., oficial de justiça), possa, em nome do direito assim adquirido, exigir que tais vantagens continuem sendo pagas no âmbito de uma nova

relação funcional, em outra carreira (v.g., procurador do Estado), ou que venha a manter com outra entidade (um Município ou a União ou, mesmo, uma pessoa de direito privado); ou que direitos adquiridos no âmbito de relações privadas, possam ser exigidas de outra pessoa, pública ou privada; ou que direitos adquiridos numa relação funcional com a União venham a ser exercidos no âmbito de outra relação funcional de natureza diversa, ou em carreira distinta, ou em face de outra pessoa jurídica de direito público. Os exemplos podem ser multiplicados, todos ilustrando o que antes se afirmou: os direitos adquiridos somente podem ser legitimamente exercidos nos termos em que foram formados, segundo a estrutura que lhes conferiu o correspondente regime jurídico no âmbito do qual foram adquiridos e em face de quem tem o dever jurídico de entregar a prestação. Tais direitos não estão revestidos da qualidade que os demandantes pretendem lhes dar, ou seja, de uma espécie de portabilidade que permite exercê-los fora da relação jurídica donde se originaram, ainda mais quando tal relação já não mais subsiste e, portanto, já não há qualquer dever de contraprestação por parte do servidor” (grifos nossos).

O acórdão recorrido destoa da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, sendo insustentável juridicamente.

12. Pelo exposto, dou provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário para reformar o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, conforme orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal (art. 544, § 4º, inc. II, al. c, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 794.058

(634)

ORIGEM : APCRIM - 20101010038389 - TJDFT - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : GILMAR JOÃO DE SOUSAADV.(A/S) : LEOCADIO RAIMUNDO MICHETTIADV.(A/S) : ROSANGÊLA RODRIGUES DE SOUSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

DESPACHO: Os advogados constituídos nestes autos apresentam, por meio da Petição 49093/2014, renúncia ao mandato, devidamente acompanhada da prova de cientificação, na forma do artigo 45 do Código de Processo Civil.

Intime-se o recorrente para que, no prazo de 10 (dez) dias, regularize a representação processual, sob pena de lhe ser nomeado advogado dativo.

Publique-se.Brasília, 5 de novembro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.498

(635)

ORIGEM : AC - 20130200404 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARIA ÂNGELA VARELA DE ALENCARAGTE.(S) : IRACEMA MENDES VARELAADV.(A/S) : PRISCILLA VARELA DE ALENCAR CUNHAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

DESPACHO: Para efeito da aplicação do artigo 543-B do Código de Processo Civil pelo tribunal de origem, esclareço que no tema 439 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 606.199, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 7.2.2014, o STF firmou o entendimento no sentido de que os servidores inativos, com base no artigo 40, § 8º, da Constituição Federal (redação anterior à da EC 41/03), possuem o direito de ter seus proventos ajustados, em condições semelhantes aos servidores da ativa, com base nos requisitos objetivos decorrentes do tempo de serviço e da titulação, aferíveis até a data da inativação.

No caso concreto, os servidores inativos que possuem direito à paridade, caso aposentados sob o regime de 40 horas/semanais, têm assegurado o direito ao cálculo dos proventos de aposentadoria com base nas 40 horas/semanais, e os que se aposentaram sob o regime de 30 horas/semanais, têm assegurado o direito ao cálculo dos proventos de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 93: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 93

aposentadoria com base nas 30 horas/semanais.Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem para aplicação da

sistemática da repercussão geral, conforme decidido na fl. 384. Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.603 (636)ORIGEM : AC - 716447 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO

DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO DO ESTADO DO PARANÁ

ADV.(A/S) : HEGLISSON TADEU MOCELIN NEVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO

DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO DE PONTA GROSSA E REGIÃO

ADV.(A/S) : OLINDO DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM

COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS E AGRÍCOLAS DE CASTRO E REGIÃO

ADV.(A/S) : MIRIAN APARECIDA DOS SANTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – SINDICATO – DESMEMBRAMENTO – ADMISSIBILIDADE – FILIAÇÃO QUE NÃO OBRIGA A SEUS FILIADOS PERMANECEREM OU FORMAREM NOVO SINDICTO REPRESENTATIVO – O QUE SE COLIMA SÃO OS INTERESSES DOS FILIADOS – DECISÃO MANTIDA – RECURSOS DESPROVIDOS.

Em face da nova ordem constitucional que confere autonomia aos trabalhadores para deixarem de se filiar a determinado sindicato e criarem ou formarem nova entidade sindical, não há reparo na sentença que assim solucionou a quaestio.”

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário. Precedentes: AI 755.510-AgR, Relª Ellen Gracie; RE 216.613-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim; e RE 262.387-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, assim ementado:

“DIREITO DO TRABALHO. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EMPRESA DE CRÉDITO - CONTEC. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS - CNTIF. COEXISTÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA AO PRINCÍPIO DA UNICIDADE SINDICAL. IDENTIDADE ENTRE AS BASES TERRITORIAIS DE ATUAÇÃO E ENTRE AS CATEGORIAS REPRESENTADAS. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E DE PROVAS. SÚMULA 279/STF. DESTINAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. PRETENSÃO DE QUE TAL CONTRIBUIÇÃO SEJA RECEBIDA PELA CNTIF. CANCELAMENTO DO REGISTRO CIVIL DE TAL ENTIDADE. PERDA DO OBJETO.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.”Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21,

§ 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.634 (637)ORIGEM : AI - 2404582 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : F. T. INDUSTRIAL REFLORESTADORA LTDAADV.(A/S) : VIVIANE BURGER BALAROTTIAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que decidiu pela competência da Justiça Comum estadual para processar e julgar ação de acidente de trabalho, assim como pela legitimidade do Ministério Público para ajuizar referida ação em nome de

pessoa hipossuficiente.A exemplo do que consignou o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar

prejudicado o recurso especial simultaneamente interposto ao presente recurso (REsp 811.585), o recurso extraordinário também perdeu seu objeto em face da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça no Agravo de Instrumento 1.032.409/STJ, sob a relatoria do Ministro Ari Pargendler, cuja fundamentação é a seguinte:

“O Superior Tribunal de Justiça decidiu que compete à Justiça do Trabalho julgar as ações de reparação de danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho propostas pelo empregado contra o empregador, salvo aquelas que tenham sido sentenciadas - que seguirão seu curso na Justiça estadual (CC nº 51.712, SP, Relator Ministro Barros Monteiro, DJ de 14.09.2005).

Como no presente caso não houve sentença proferida por juiz de direito, a competência é mesmo da Justiça do Trabalho.

Nego, por isso, provimento ao agravo.”Diante do exposto, e com base no art. 557, caput, do CPC e no art.

21, IX, do RI/STF, julgo prejudicado o recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 641.348 (638)ORIGEM : AC - 70012002614 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : RICARDO FERREIRA DA COSTAADV.(A/S) : ANDRÉ SANTOS CHAVESAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO:Afasto o sobrestamento de fls. 105 e passo à análise do presente

agravo de instrumento.Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de o Poder

Judiciário proceder a revisão geral anual nos vencimentos de servidor público ante a inércia do poder público em regulamentar o previsto no art. 37, X, da Constituição.

O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE 565.089-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio, reconheceu a existência de repercussão geral da controvérsia ora discutida. O tema ficou assim ementado (Tema 19):

“VENCIMENTOS – REPOSIÇÃO DO PODER AQUISITIVO – ATO OMISSIVO – INDENIZAÇÃO – INCISO X DO ARTIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO DO TEMA. Ante a vala comum da inobservância da cláusula constitucional da reposição do poder aquisitivo dos vencimentos, surge com repercussão maior definir o direito dos servidores a indenização.”

Diante do exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.733 (639)ORIGEM : AMS - 80642 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : VIVEL - VIEIRA VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª região, assim ementado (fls. 32):

“TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS. RECOLHIMENTO DO PIS E DA COFINS APENAS SOBRE A MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

- A incidência do PIS e da OCFINS sobre a receita bruta da pessoa jurídica encontra-se em plena harmonia com o Texto Constitucional, sendo vedado ao Poder Judiciário autorizar exclusões ou deduções além daquelas expressamente previstas na lei, sob pena de atuar como legislador positivo.

- A análise da natureza do contrato travado entre a concessionária e a montadora não se mostra relevante para o deslinde da questão, porquanto o que interessa, para fins de incidência daquelas exações, ‘é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas’ (art. 3º,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 94

§1º, da Lei nº 9.718/98).- Identificar a base imponível como a diferença financeira entre o

valor repassado para a montadora e o valor de venda ao consumidor final implica incidir o PIS e a COFINS não sobre o faturamento, mas sobre o lucro, interpretação esta não autorizada pelo Ordenamento Jurídico.

- Precedentes deste Tribunal, do STJ e das demais Cortes Regionais.- Apelação não provida.” Os embargos declaratórios opostos foram acolhidos tão somente

para esclarecer que as deduções previstas no art. 3º, § 1º, III, da Lei nº 9.718/1998 foram revogadas antes de sua regulamentação, motivo pelo qual não chegaram a produzir efeitos.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 150, II; 170; e 179, todos da Carta. Sustenta, em síntese, que a base de cálculo do tributo deve corresponder ao montante relativo à diferença entre o valor da venda ao consumidor e o montante repassado à montadora, pois a base econômica não deve abranger valores repassados a terceiros.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “o acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação infraconstitucional pertinente”. Em sede de agravo, a parte reitera os argumentos aduzidos na peça do recurso extraordinário.

A pretensão não merece acolhida. Nos termos da jurisprudência da Corte, a pretensão de excluir da base de cálculo do Pis/Cofins os valores auferidos no exercício do objeto social, posteriormente repassados a terceiros, não encontra ressonância constitucional. Nesse sentido, confira-se a ementa do ARE 693.830-AgR, julgado sob relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Base de cálculo. PIS/COFINS. Exclusão dos valores transferidos a terceiros. Ofensa reflexa. Precedentes.

1. A Corte firmou o entendimento de que possibilidade de exclusão dos valores transferidos a terceiros da base de cálculo do PIS e da COFINS paira no âmbito da legislação infraconstitucional, sendo a eventual ofensa à Constituição meramente reflexa, o que não viabiliza o apelo extremo.

2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 3. Agravo regimental não provido.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a , do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.477 (640)ORIGEM : EIAC - 9704482760 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIMED DE CORNÉLIO PROCÓPIO - COOPERATIVA

DE TRABALHO MÉDICO LTDAADV.(A/S) : MARCO TÚLIO DE ROSE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc. Contra a decisão monocrática, na qual foi negado seguimento ao

agravo, maneja agravo regimental Unimed de Cornélio Procópio – Cooperativa de Trabalho Médico Ltda.

Alega que a matéria em exame teve repercussão geral reconhecida no RE 597.315.

É o relatório. Assiste-lhe razão.A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à

existência de repercussão geral no RE 597.315.Ante o exposto, torno sem efeito a decisão recorrida para aplicar o

paradigma da repercussão geral. Devolvam-se os autos ao Tribunal a quo para os fins previstos no art.

543-B do CPC. Publique-se. Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.744 (641)ORIGEM : AIRR - 207200501118407 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : AGÊNCIA GOIANA DE COMUNICAÇÃO - AGECOMADV.(A/S) : KÁRITA JOSEFA MOTA MENDESAGDO.(A/S) : HÉLIO COSTAADV.(A/S) : LUCIANA RITA DE SOUZAAGDO.(A/S) : CONSÓRCIO DE EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO E

NOTÍCIAS DO ESTADO - CERNEADV.(A/S) : LUIZ HENRIQUE SOUZA DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. SUCESSÃO TRABALHISTA. AGECOM. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.

Inexiste violação literal e direta dos arts. 16 e 21 da Lei Complementar nº 101/2000 e 37, II e X, e 169, § 1º, da Constituição da República, tendo em vista que, com a sucessão do CERNE pela AGECOM, decorrente de lei estadual, esta última assumiu toda a atividade, pessoal e patrimônio do primeiro, razão pela qual deve se responsabilizar pelos benefícios estipulados no Plano de Cargos e Salários do sucedido, incorporados ao contrato de trabalho do Reclamante. Precedentes.

Agravo de instrumento a que se nega provimento.”O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da

conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário. Precedentes: RE 569.678-AgR, Rel. Min. Ayres Britto; e ARE 653.848, Rel. Min. Ricardo Lewandowski.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.014 (642)ORIGEM : EDRR - 1338199904615008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSUÉ FERREIRA CARDOSOADV.(A/S) : OSWALDO KRIMBERG

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“RECURSO DE REVISTA. 1 – NULIDADE DO JULGADO. ALTERAÇÃO DO PROCEDIMENTO EM SEDE RECURSAL. Embora o Regional tenha alterado o rito para sumaríssimo, infere-se da decisão recorrida que não foi utilizada a faculdade prevista no art. 895, § 1º, da CLT, restando fundamentados os tópicos objeto do inconformismo da reclamada, o que possibilita o julgamento do recurso não havendo qualquer prejuízo às partes. Não conheço.

2 – ACORDO COLETIVO PRORROGAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO. A prorrogação de acordo coletivo por prazo indeterminado, através de termo aditivo, apenas é inválido naquilo que ultrapassar 2 anos. Entendimento da OJ 322 da SDI-1 do TST. Conheço. Recurso de revista parcialmente conhecido e parcialmente provido.”

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame de cláusulas de acordo coletivo (Súmula 454/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário. Precedentes: AI 730.377, Rel.ª Min.ª Rosa Weber; e AI 805.678, Rel. Min. Dias Toffoli; e AI 800.530-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO TRABALHISTA. CONVENÇÃO COLETIVA. PRORROGAÇÃO. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 614, § 3º , DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE CLÁUSULAS DE CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

[...]”Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21,

§ 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.905 (643)ORIGEM : EDERR - 66705920009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 95: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 95

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : VILMA FERREIRA LIMAADV.(A/S) : HEILER MONTEIRO SOARESAGDO.(A/S) : MOIDA COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO PINTO DA CUNHA LYRA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“RECURSO DE EMBARGOS. MINISTÉRIO PÚBLICO. MENOR ASSISTIDO POR REPRESENTANTE LEGAL. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. DESNECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO PARQUET. A representação da menor por sua mãe, que é sua representante legal, supre o interesse do Ministério Público para, na qualidade de parte, atuar no processo em defesa de interesse de menor. Sua intervenção, nesse caso, fica limitada à condição de custos legis. Desse modo, a falta de intervenção do Ministério Público, no primeiro grau de jurisdição, quando o interesse de menor que visa a proteger já se encontra resguardado e assistido pela representante legal, não incorre em nulidade, porque ausente o prejuízo a justificá-la. Exegese dos artigos 82, I, do CPC; 793 da CLT; e 83 da Lei Complementar nº 75/93. Embargos não conhecidos.”

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.807 (644)ORIGEM : AMS - 199902010535035 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO

PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS. INCIDÊNCIA SOBRE VENDA DE IMÓVEL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA: PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO NO PONTO. INCIDÊNCIA SOBRE LOCAÇÃO DE IMÓVEL. REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra inadmissão de recurso extraordinário

interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra julgado do Tribunal Regional Federal da Segunda Região , o qual manteve a seguinte decisão:

“Trata-se de apelação em mandado de segurança, interposta pelos contribuintes, inconformados com a r. sentença de fls. 118/123, que denegou a segurança postulada na inicial nos seguintes termos: líc) seja, ao final, concedida a segurança ora impetrada, para que a IMPETRANTE não seja compelida a pagar COFINS, a partir do mês de competência de fevereiro de 1999, sobre suas outras receitas brutas que não decorrentes exclusivamente de venda de mercadorias e serviços nem sobre suas receitas bruta decorrentes de venda e locação de imóveis. " (fls. 16/17)

Apelo da impetrante, às fls.126/135, pugnando pela reforma da sentença.

Autos recebidos nesta Egrégia Corte (fls. 152v), foram remetidos à douta Procuradoria Regional da República para parecer, a qual opinou, às fls. 154/158 pelo provimento do apelo. É o relatório. Decido:

A matéria discutida nos presentes autos foi objeto de exame por esta Quarta Turma durante o julgamento da Apelação em Mandado de Segurança n°: 1999.02.01.059688-7.

(…)ISTO POSTO, NEGO SEGUIMENTO AO APELO DAS

IMPETRANTES, COM FULCRO NO ART. 557 DO CPC, BEM COMO ART.

43, § 1º, II DO REGIMENTO INTERNO DESTA COLENDA CORTE REGIONAL” (grifos nossos).

2. No recurso extraordinário, as Agravantes alegam contrariados os arts. 5º, incs. XXXV e LIV, 69, 154, inc. I, 195, inc. I, e 246, da Constituição da República, sustentando:

“a "locação de bens imóveis" não é "prestação de erviços" e "venda de imóveis" não é "venda de mercadorias", porque nos termos dos conceitos técnicos de direito privado:

a) locação de bens imóveis é a cessão do uso e gozo do solo, das edificações e construções, mediante certa retribuição (art. 79 c/c o art. 565 do C. Civil); e

b) prestação de serviços é o trabalho lícito que pode ser contratado mediante retribuição (art. 594 do C. Civil c/c art. 226 C. Comercial);

c)imóveis são o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente (art. 19 do C. Civil);

d)mercadorias são bens móveis e semoventes (art. 191 do Código Comercial).

6.6. De fato, a CF/88 utiliza esses vocábulos para discriminar competência tributária:

i) aos Municípios compete tributar a venda de imóveis pelo ITBI (art. 156, II, da CF/88) e a prestação d"i serviços pelo ISS (art. 156, III, da CF/88);

ii) aos Estados compete tributar a venda de mercadorias pelo ICMS (art. 155, II, da CF/88); e

iii) à União Federal, para tributar o faturamento pelas contribuições sociais (art. 195, I, da CF/88).

6.7. Vê-se, pois, que o acórdão recorrido ofendeu o art. 195, I, da CF/88, porque ampliou o conceito constitucional de faturamento ao equiparar "locação de imóveis" a "prestação de serviços" e "imóveis" a "mercadorias" para legitimar a exigência da COFINS sobre as receitas decorrentes da locação e venda de imóveis”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de ausência de ofensa constitucional direta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. Quanto à incidência da Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social – COFINS sobre a venda de imóvel, o Supremo Tribunal assentou:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. COFINS. Incidência sobre a venda de bens imóveis. Artigo 2º, LC nº 70/91. Afronta reflexa. 1. A jurisprudência da Corte tem firme posição pela natureza infraconstitucional da controvérsia envolvendo a incidência da COFINS sobre a venda de bens imóveis, à luz da Lei Complementar nº 70/91. 2. Eventual afronta ao Princípio da Legalidade, caso ocorresse, seria meramente reflexa ou indireta. 3. Agravo regimental não provido” (AI 429.066-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 25.4.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCIDÊNCIA DE COFINS SOBRE A VENDA DE BENS IMÓVEIS. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CONTROVÉRSIA. PRECEDENTES. É pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que a controvérsia relativa à incidência de Cofins sobre a venda de bens imóveis tem índole infraconstitucional. A alegação de afronta aos princípios contidos no art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, quando dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, não permite o trânsito de eventual recurso extraordinário, uma vez que não acarreta ofensa direta à Constituição Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 592.080-AgR, Relator o Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 25.2.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. COFINS E CONTRIBUÇÃO PARA O PIS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DE VALORES TRANSFERIDOS A TERCEIROS. ART. 3º, § 2º, III, DA LEI 9.718/98. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCIDÊNCIA. VALORES DECORRENTES DA VENDA DE IMÓVEIS RECEBIDOS COMO PAGAMENTO. EMPRESA CONSTRUTORA E INCORPORADORA DE IMÓVEIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a questão referente à exclusão de valores transferidos a terceiros das bases de cálculo da contribuição para o PIS e da COFINS, nos termos do art. 3º, § 2º, III, da Lei 9.718/98, possui natureza infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição se daria de forma meramente reflexa. II – Esta Corte também concluiu ser de caráter infraconstitucional a discussão envolvendo a incidência da COFINS e da contribuição para o PIS sobre valores decorrentes da venda de imóveis por empresa construtora e incorporadora de imóveis. III – Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 747.929-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 6.3.2014, grifos nossos).

5. Quanto à incidência da COFINS sobre a locação de imóvel, este Supremo Tribunal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso ao analisar o Recurso Extraordinário n. 599.658-RG, Relator o Ministro Luiz Fuz:

“CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS. INCIDÊNCIA SOBRE A LOCAÇÃO DE IMÓVEIS, INCLUSIVE SOBRE A RENDA AUFERIDA NA LOCAÇÃO DE IMÓVEL PRÓPRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA” (DJe

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 96

26.2.2013, grifos nossos). Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar

à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

7. Pelo exposto, quanto à incidência da COFINS sobre a venda de imóvel, nego seguimento ao agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Quanto à incidência da COFINS sobre a locação de imóvel, dou provimento para admitir o recurso extraordinário para observância do art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.563 (645)ORIGEM : AC - 200700152926 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIROAGDO.(A/S) : ROSELI RIBEIRO DE SOUZA FELÍCIOADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DA SILVEIRA SODRÉ E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“Apelação Cível. IPERJ. Pecúlio post mortem. Verba indenizatória. Cônjuge. Legitimidade passiva. Lei Estadual/RJ nº 285/1.979 que se coaduna com a ordem constitucional instaurada após a EC 20/98. Direito ao benefício que se reconhece. Sentença que determinou aplicação de juros moratórios ‘na forma da lei’. Afastamento da regra especial prevista no art. 1º-F da Lei nº 9.494/1.997 que se restringe às hipóteses de verbas remuneratórias. Aplicação do art. 406 c/c art. 161, § 1º CTN. Juros de 1% a.m. Autarquia-apelante que requer isenção do pagamento de custas. Isenção apenas das custas e não da taxa judiciária. Inteligência dos arts. 20, caput do CPC, 115 do CTE/RJ, 111, II do CTN, da súmual nº 76 do TJRJ e dos enunciados nº 27 (Aviso TJ nº 72/06) e nº 16 do FETJ. Recurso a que se dá parcial provimento.”

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação local aplicada ao caso (Súmula 280/STF) e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário. Precedentes: ARE 701.096-AgR, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; ARE 698.595-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; ARE 696.127-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio; e ARE 776.511-AgR, julgado sob a relatoria da Ministra Rosa Weber, assim ementado:

“DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PROCESSUAL CIVIL. POLICIAL MILITAR. ESTADO DO RIO DE JANEIRO. LEI ESTADUAL Nº 285/79. AUXÍLIO-FUNERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO DISPONIBILIZADO EM 05.4.2013.

A suposta ofensa aos postulados constitucionais somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Aplicação do óbice da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

Divergir do entendimento do acórdão recorrido quanto ao preenchimento dos requisitos legais e sobre o direito da ora agravada ao recebimento do benefício denominado pecúlio post mortem, previsto nos arts. 26 e 45, da Lei Estadual nº 285/79, demandaria a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie e o reexame da moldura fática constante no acórdão regional, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.”Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21,

§ 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.083 (646)ORIGEM : PROC - 20090123329000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

AGTE.(S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL

ADV.(A/S) : PAULO TADEU HAENDCHEN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JUNIOR GONÇALVES DA ROCHAADV.(A/S) : WALDNO PEREIRA DE LUCENA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é a decisão que

inadmitiu o recurso extraordinário, interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, assim ementado:

“AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – COBRANÇA, C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO – ENERSUL – ATO NORMATIVO DA ANEEL – COMPETÊNCIA – JUSTIÇA ESTADUAL – RECURSO IMPROVIDO.

Não é necessário que a ANEEL esteja incluída no polo passivo da demanda para ser reconhecida a ilegalidade de seus atos normativos. Enquanto a União ou suas autarquias não ingressarem, efetivamente, no processo, seja como parte ou terceiro interessado, não há razão jurídica ou mesmo lógica para a remessa dos autos à Justiça Federal.”

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 21, XII, b; 22, IV; e 109, I, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que a suposta ofensa se restringe à análise da legislação infraconstitucional.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, à exceção do art. 109, I, os demais dispositivos constitucionais tidos por violados não foram apreciados pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para suprimir eventual omissão, de modo que o recurso extraordinário carece, no ponto, do necessário prequestionamento, nos termos das Súmulas 282 e 356/STF.

Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a simples alegação de existência de interesse de um dos entes enumerados no art. 109, I, da Constituição Federal não justifica o deslocamento da competência para a Justiça Federal. Nessa linha, vejam-se o RE 172.708, Rel. Min. Moreira Alves; o RE 588.134 AgR, Rel.ª Min.ª Ministra Cármen Lúcia; e o AI 857.924, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. REVISÃO TARIFÁRIA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AGÊNCIA REGULADORA. INTERESSE PROCESSUAL NÃO CONFIGURADO. COMPETÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. A competência da Justiça Federal não se configura com a simples alegação de interesse da ANEEL. Precedente: ARE 757.952-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 28/10/2013.

2. O prequestionamento da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.

3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõe, respectivamente, verbis : é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada e o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não podem ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento .

4. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

5. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONEXÃO E INCOMPETÊNCIA PRECEDENTES PELA INOCORRÊNCIA DESERÇÃO ISENÇÃO PREVISTA NA LEI REJEITADA POR IMPERTINÊNCIA LITISPENDÊNCIA ANÁLISE COM MÉRITO PROVIDO. É impertinente a arguição de ausência de preparo do recurso quando há Lei concedente de isenção ao recorrente. Tendo a alegada ocorrência de litispendência vinculação direta com o objeto do recurso, justifica-se a sua análise conjuntamente à matéria devolvida. Reiterados precedentes do respectivo Tribunal e de Instância Superior, reconhecendo a impossibilidade de alterar a competência absoluta por conta de eventual conexão e de que a Justiça comum é competente para julgar demanda instaurada para repetir indébito da concessionária de serviço público, justificam a reforma da decisão declinatória.

6. Agravo DESPROVIDO .”Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21,

§ 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 22 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.367 (647)ORIGEM : AI - 200900225505 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 97

AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : NOVA SOLAR CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : JOÃO BORSOI NETO

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República. Publique-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 819.326 (648)ORIGEM : AMS - 200339000042822 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : AGROPALMA S/AADV.(A/S) : JOSÉ PAULO DE CASTRO EMSENHUBER E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc. Contra a aplicação da sistemática da repercussão geral, considerado

o RE 593.544, insurgem-se Agropalma S/A e CRAI Agroindústrial S/A.Alegam que o tema do presente recurso é distinto daquele versado

no precedente indicado.É o relatório. Assiste-lhes razão.A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à

existência de repercussão geral no RE 577.302. Ante o exposto, retifico o ato apenas para adequar o paradigma da

repercussão geral.Retifique-se a autuação tendo em vista que são duas agravantes.Devolvam-se os autos ao Tribunal a quo para os fins previstos no art.

543-B do CPC. Publique-se. Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 827.417 (649)ORIGEM : AIRR - 177200403802417 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO

PAULO - SABESPADV.(A/S) : RENATA MOUTA PEREIRA PINHEIROAGDO.(A/S) : GERT WOLGANG KAMINSKIADV.(A/S) : CRISLAINE VANILZA SIMÕES

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu pela competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o presente processo, em que se discute pedido de complementação de aposentadoria, que decorre da Lei estadual nº 4.819/1958, revogada pela Lei estadual nº 200/1974, editadas pelo Estado de São Paulo.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que o Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que a competência, na hipótese, é da Justiça comum (RE 586.453, Plenário, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie, Rel. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli). Entretanto, na mesma ocasião, tendo em vista a necessidade de se preservar a segurança jurídica, o Tribunal modulou os efeitos temporais da decisão, ressalvando os processos em que já tivesse havido decisão de mérito proferida até a data de julgamento do recurso extraordinário (20.02.2013). Nesses casos, foi mantida a competência da Justiça do Trabalho até a decisão final em eventual execução.

No caso, já houve sentença de mérito proferida em 20.02.2008 (fls. 51/54). Deve ser mantida, assim, a competência da Justiça do Trabalho.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 839.727 (650)ORIGEM : AIRR - 1206403320055040030 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : PATRICIA DE AZEVEDO BACH RADINAGDO.(A/S) : NEUSA TEREZINHA DA SILVAADV.(A/S) : MONYA RIBEIRO TAVARES PERINI

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho que manteve entendimento no sentido de ser aplicável o prazo prescricional previsto no art. 2.028 do Código Civil “às pretensões de indenização por dano moral e/ou material decorrente de acidente de trabalho, se a lesão é anterior à vigência da Emenda Constitucional nº 45/2004”. E concluiu: “no caso vertente, a lesão ocorreu em 1995/1996, anteriormente, portanto, à vigência da referida emenda constitucional, não havendo falar em aplicação do prazo prescricional trabalhista à hipótese”.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria imprescindível a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Ademais, o Supremo Tribunal Federal já assentou entendimento pela ausência de repercussão geral a questão acerca de modificação de valor fixado a título de indenização por danos morais, em face do óbice da Súmula 279/STF. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 743.771, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes (Tema 655):

“DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VALOR FIXADO A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO 279 DA SÚMULA DO STF. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.023 (651)ORIGEM : PROC - 20099006352 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ACRERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : GRAZIELLE OUTRAMARIO WUTZKEADV.(A/S) : FERDINANDO FARIAS ARAÚJO NETOAGDO.(A/S) : VRG LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : VIRGINIA MEDIM ABREU

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, do qual se extrai da ementa o seguinte trecho:

“RECURSO INOMINADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO DA ADVOGADA. INEXISTÊNCIA. SENTENÇA. HIPÓTESE DE ERRO DE FATO EVIDENTE. POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO EX OFFICIO. ARTIGO 463, I, DO CPC. PRECLUSÃO E COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA. SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.

[...]”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição. A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob

o fundamento de inexistência de prequestionamento. O recurso é inadmissível, tendo em vista que a jurisprudência do

Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário interposto para uma nova apreciação dos fatos e do seu enquadramento à legislação processual que disciplina, de forma específica, o instituto da coisa julgada e seus limites objetivos. Nesse sentido, veja-se a ementa do RE 575.974 AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ayres Britto:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. CONTROVÉRSIA REFERENTE AOS LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. AFRONTA AO INCISO XXXVI DO ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. VIOLAÇÃO REFLEXA. SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS INCISOS XXXV, LIV E LV DO ART. 5º E AO INCISO IX DO ART. 93 DA MAGNA CARTA. INSUBSISTÊNCIA.

1. A discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes.

2. Incidência da Súmula 279/STF. 3. Ofensa às garantias constitucionais do processo, se existente,

ocorreria de modo reflexo ou indireto. 4. O acórdão está devidamente fundamentado, embora em sentido

contrário aos interesses da parte agravante.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 98

5. Agravo regimental desprovido.”Qaunto à discussão acerca da representação processual, para

chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindíveis seriam a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.863 (652)ORIGEM : AI - 200804000287890 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : BENTO MARCELINO CARDOSO

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute o pagamento de custas e

emolumentos cobrados da Fazenda Pública Federal pelo Judiciário estadual.O recurso extraordinário é inadmissível, uma vez que não discute

matéria constitucional. Com efeito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição.

Nesse sentido: AI 826.496. Rel. Min. Gilmar Mendes; e RE 628.842, Rel. Min. Ricardo Lewandowski.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.343 (653)ORIGEM : AC - 200671170009823 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA MACHADINHENSE -

ACMMADV.(A/S) : PAULO EDSON NICOLODIINTDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES -

ANATELADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a demora da administração

pública em apreciar processo administrativo para a concessão de autorização para o funcionamento de rádio comunitária.

O Tribunal de origem, com base na Lei nº 9.784/1999, aplicou o prazo de 30 dias para que a administração concluísse o processo.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria imprescindível a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 849.941 (654)ORIGEM : AC - 200780000061876 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOÃO FERREIRA DE FRANÇA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO DE SANTANA DANEU

DECISÃO:Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de extensão

a servidores inativos, no mesmo patamar que é pago aos servidores em

atividade, da vantagem denominada Gratificação de Desempenho de Atividade e Seguridade Social do Trabalho (GDASST).

O recurso não deve ser provido, tendo em conta que a decisão proferida pelo Tribunal de origem está alinhada à jurisprudência desta Corte (RE 572.052-RG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.234 (655)ORIGEM : AC - 00021164920094047102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : SIRLEI BITENCOURT PACHECOADV.(A/S) : LUCIANA GIL COTTA

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a forma de cálculo da

Gratificação Específica do Magistério Superior – GEMAS incorporada por servidor público aposentado.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria imprescindível a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Veja-se, a propósito, o ARE 783.019, Rel. Min. Gilmar Mendes.Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21,

§ 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.358 (656)ORIGEM : AC - 200385000071796 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : JOSÉ ADIELSON ANDRADE VIEIRAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO REIS CLETOAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a legalidade da Portaria

interministerial nº 118/2000 que suspendeu os efeitos da anistia anteriormente concedida ao agravante.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Vejam-se, a propósito, os seguintes julgados: ARE 750.598, Rel. Min. Teori Zavascki; ARE 769.756, Rel. Min. Gilmar Mendes; e ARE 795.394, Rel. ª Min. ª Cármen Lúcia.

Ademais, o Plenário do Supremo Tribunal Federal já assentou a inexistência de repercussão geral da controvérsia relativa à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal (Tema 660 - ARE 748.371-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes).

Diante do exposto, com base no art. 557, caput , do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.296 (657)ORIGEM : AC - 000246721500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MARCOS RAYMUNDO PESSÔA DUARTE E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : JOSÉ DE MAGALHÃES BARROSO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 99

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a ocorrência, ou não, de

dano ao erário capaz de ensejar a aplicação das penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Ademais, o Plenário do Supremo Tribunal Federal já assentou a inexistência de repercussão geral da controvérsia relativa à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal (Tema 660 - ARE 748.371-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes).

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.053 (658)ORIGEM : AC - 20040110499793 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : ABÍLIO RODRIGUES DA SILVA SOBRINHOADV.(A/S) : ALEXANDRE STROHMEYER GOMES

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, que reconheceu a ocorrência de preterição de candidato aprovado dentro do número de vagas previstas em edital de concurso público.

O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em conta que para dissentir da conclusão do Tribunal de origem seria imprescindível uma nova análise dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Tais providências são inviáveis nesta instância extraordinária, nos termos da Súmula 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.358 (659)ORIGEM : AC - 200471000307796 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ANA MARIA DA SILVA CARNEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 435 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o AI-RG 842.063, DJe 2.9.2011. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.495 (660)ORIGEM : EIAC - 200570000028381 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPRPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ARAMIS ANTÔNIO NICKELADV.(A/S) : LUCIANA GIL COTTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO:

Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado (fls. 181):

“EMBARGOS INFRINGENTES. SERVIDOR PÚBLICO. REVISÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS. LAPSO TEMPORAL. IMPOSSIBILIDADE. VANTAGEM PESSOAL. DECRETO Nº 95.689/88.

1. Transcorrido prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99.2. A Administração não pode, extemporaneamente e a pretexto de

exercer a autotutela, desconsiderar e fazer tabula rasa da repercussão do fenômeno da passagem do tempo sobre situações jurídicas consolidadas sob os seus próprios auspícios, in casu, há mais de cinco anos.

3. Esta Corte, por sua Segunda Seção, assentou que a vantagem pessoal nominalmente identificada estabelecida pelo art. 5º do Decreto 95.689/88, ao contrário do que ocorre geralmente com as vantagens pessoais percebidas por servidores públicos, integra o vencimento do cargo efetivo, vez que teve o objetivo de evitar redução salarial da categoria e nível ocupados por servidor reclassificado face à implantação do PUCRCE. Assim, em se tratando de vencimento do cargo efetivo, sobre ele devem incidir todas as verbas que adotam como base de cálculo o vencimento básico do cargo.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV; 37, caput e § 5º; e 71 da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que eventual ofensa ao texto constitucional somente seria indireta ou reflexa.

O recurso extraordinário não deve ser admitido. A parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso, independentemente das especificidades do caso concreto o que, de forma inequívoca, não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Como já registrado por este Tribunal, a “simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579-AgR/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ainda que superado o óbice, nota-se que o Tribunal de origem assentou que a “a vantagem pessoal nominalmente identificada estabelecida pelo art. 5º do Decreto 95.689/88, ao contrário do que ocorre geralmente com as vantagens pessoais percebidas por servidores públicos, integra o vencimento do cargo efetivo, vez que houve o objetivo de evitar redução salarial da categoria e nível ocupados por servidor reclassificado face à implantação do PUCRCE” (fls. 178-verso).

Com efeito, dissentir da conclusão acerca da natureza da gratificação, exigiria o reexame dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), bem como a análise da legislação infraconstitucional pertinente. Nesse sentido, veja-se o seguinte trecho da ementa do RE 697.710-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RESERVA DE PLENÁRIO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. PRÊMIO EDUCAR. EXTENSÃO A SERVIDORES INATIVOS. NATUREZA DA VANTAGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

[...]II - A jurisprudência do STF orienta-se no sentido de que a análise da

prévia definição pelo Tribunal a quo da natureza da vantagem concedida situa-se em âmbito infraconstitucional. Entender de forma contrária ao que definido pelo Tribunal de origem demanda a interpretação das normas infraconstitucionais pertinentes, sendo certo que eventual ofensa à Constituição seria meramente indireta. Precedentes.

III - Agravo regimental a que se nega provimento.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.536 (661)ORIGEM : AMS - 200361000222886 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : SPP AGAPRINT INDUSTRIAL COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MARCONDES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 100

Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado (fls. 236-246):

“TRIBUTÁRIO – IPI – NÃO-CUMULATIVIDADE – INSUMOS IMUNES, ISENTOS, SUJEITOS À ALÍQUOTA ZERO E NÃO-TRIBUTADOS – PRODUTO FINAL TRIBUTADO – CREDITAMENTO – IMPOSSIBILIDADE.

1. O princípio da não-cumulatividade tem como objetivo impedir a incidência sucessiva do tributo nas fases da produção de determinado bem, permitindo que seja descontado o valor pago na etapa anterior. Desse modo, permite-se apenas a compensação do valor pago de IPI na operação anterior, efetuando-se novo cálculo do tributo agora sobre o ‘novo’ produto industrializado.

2. É equivocada a idéia de que o IPI é um imposto sobre o valor agregado, pois vem sendo individualmente tributado em cada etapa do processo produtivo com o mero benefício do desconto do valor cobrado a esse título na etapa anterior.

3. O contribuinte não tem direito a se creditar do IPI relativo a insumos isentos ou com alíquota zero, como se tributados fossem. Os produtos intermediários foram dissolvidos no processo de industrialização do produto final, que será adotado como base de cálculo final para a apuração do IPI devido, não havendo que se falar em créditos fictícios nessa técnica de tributação.

4. A Constituição da República ao tratar do assunto expressamente reconhece a compensação com o montante cobrado, ou seja, incidente nas operações anteriores. Não existindo cobrança, não há o que se compensar, concluindo-se que o texto constitucional realmente estabeleceu a proibição de creditamento nos casos em que não houve cobrança ou pagamento do tributo.

5. Para a compensação, essencial a verificação do ônus tributário, motivo pelo qual inviável nos casos de não-incidência, alíquota zero ou isenção dos insumos.

6. Não há direito automático à escrituração do IPI nessas hipóteses, apenas pela circunstância de não ter a Constituição expressamente afastado a sua possibilidade como fez com o ICMS (artigo 155, parágrafo 2º, II, a). Embora ambos estejam submetidos à regra da não-cumulatividade, o IPI tem regra clara e própria exigindo compensação do montante cobrado nas operações anteriores.

7. O STF vinha entendendo que a não-cumulatividade visava garantir a tributação pelo valor agregado, admitindo o creditamento do IPI nos casos de insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributados. Contudo, a questão retornou recentemente à discussão na Corte Constitucional (RE 353.657/PR) com forte tendência de posicionamento contrário que afasta o reconhecimento dos precedentes antigos e a pacificação da matéria.

8. O critério que considera a alíquota do produto final como parâmetro para apurar o crédito referente ao insumo não encontra respaldo legal e acarreta ofensa aos princípios da isonomia e da essencialidade.”

Foram opostos embargos de declaração, os quais foram rejeitados (fls. 255-262).

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte alega violação ao art. 153, § 3º, II, da Carta. Sustenta, em síntese, que o princípio da não-cumulatividade assegura ao contribuinte o direito de se creditar do valor pago a título de IPI nas operações anteriores, ainda que se trate de aquisição de produtos imunes, isentos ou sob regime de alíquota zero.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob o fundamento de que o acórdão recorrido encontra-se alinhado à orientação jurisprudencial desta Corte.

Em sede de agravo, a parte argumenta que o Tribunal de origem não possui competência para a análise do mérito recursal, bem assim, que a supressão da instância extraordinária importou em cerceamento de defesa.

A pretensão não merece acolhida. O atual entendimento deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a técnica da não-cumulatividade é concretizada pela compensação do montante devido em uma operação com o valor do tributo cobrado em operações anteriores.

Nas hipóteses de aquisição de insumos desonerados - isenção, alíquota zero ou não tributação - não há como vislumbrar eventual apropriação de crédito derivado de imposto não pago na operação anterior. Isso porque, para que seja aplicado o princípio da não-cumulatividade, é condição sine qua non que haja a incidência anterior do imposto. Este tem sido o entendimento adotado por ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IPI. CREDITAMENTO. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA. AUSÊNCIA DO DIREITO. PRECEDENTES DA CORTE. 1. A regra constitucional da não cumulatividade é direcionada ao crédito do valor cobrado na operação anterior. 2. Impossibilidade de creditamento em relação a insumo adquirido sob qualquer regime de desoneração, inexistindo dado específico a conduzir ao tratamento diferenciado. 3. Agravo regimental não provido.” ( AI 686798 AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IPI. CREDITAMENTO. AQUISIÇÃO DE INSUMOS FAVORECIDOS PELA ALÍQUOTA-ZERO, NÃO-TRIBUTAÇÃO E ISENÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que não há direito à utilização de créditos do ipi na aquisição de insumos não-tributados, isentos ou sujeitos à alíquota zero. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido.” (RE 508708 AgR, julgado sob a relatoria do

Ministro Ayres Britto)”Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido, uma vez ter

consignado o seguinte:“Nesse sentido, entendo que o contribuinte não tem direito a se

creditar do IPI relativo a produtos imunes, isentos, não-tributados ou tributados à alíquota zero, como se tributados fosse. Ora, os produtos intermediários foram dissolvidos no processo de industrialização do produto final, que sera adotado como base de cálculo final para a pauração do IPI devido, não havendo que se falar em créditos fictícios nessa técnica de tributação.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 861.569 (662)ORIGEM : AC - 10024080575376001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : JAQUELINE APARECIDA BERGAMASCHINEADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Leia-se o seguinte trecho do voto condutor do acórdão recorrido (fls. 123/124):

“Da análise detida dos autos, verifica-se que não há qualquer respaldo a legitimar a pretensão da recorrente – servidora do poder executivo municipal -, uma vez que a perícia única produzida nos autos do processo n. 0024.08.234.915-0 disponível no endereço eletrônico www.tjmg.br/sf/docpro/0024082349150 concluiu, de forma inequívoca, que os percentuais de aumento concedidos à reestruturação de cargos e salários ocorrida no Prefeitura Municipal de Belo Horizonte foram superiores as perdas apuradas no laudo em tela.

Na data dos fatos, a apelante ocupava o cargo de Professor Municipal II (fl. 13/15), tendo realizado a opção pelo regime estatutário, nos termos do ‘Estatuto dos Servidores Públicos do Quadro Geral de Pessoal do Município de Belo Horizonte vinculados à Administração Direta’ - Lei Municipal n. 7.169/1996 – (f. 37), motivo pelo qual se submeteu ao ‘Plano de Carreira dos Servidores da Educação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte’, instituído pela Lei Municipal n. 7.235/1996.

É importante salientar que restaram apuradas pela perícia diferenças percentuais ‘que, dependendo dos reajustes salariais concedidos, no período de novembro de 1993 a fevereiro de 1994’, significam ganho ou perda para o servidor.

Ainda consoante o referido laudo, tais diferenças, decorrentes da metodologia de cálculo utilizada para conversão dos vencimentos de cruzeiro real para URV, repercutiram sucessivamente nos vencimentos de alguns servidores, ‘até o momento em que ocorreu a reestruturação de cargos e salários’ destes.

Nesse passo, a Lei Municipal n. 7.235/1996 deu início a uma nova relação jurídico entre o Município de Belo Horizonte e seus servidores, pondo fim àquela havida anteriormente e fixando o termo final para o pagamento de vantagens pretéritas.”

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a , c, d, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV; e 37, XV, da Constituição. Sustenta que “a Lei Municipal nº 7.235/96 tão somente REESTRUTURA os cargos da educação municipal, bem como progressão futuras, por escolaridade ou especialização. Então, a citada lei não concedeu nenhum reajuste real, que não as meras incorporações previstas nos §§ 7º e 9º do art. 5º da mesma lei” (fls. 142).

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356/STF; (ii) “improcede o inconformismo fundado nas alíneas ‘c’ e ‘d’ porquanto, não tendo o Colegiado julgado válida lei ou ato de governo local em detrimento da Constituição da República ou lei local contestada em face de lei federal, esvazia-se o extraordinário manejado desse pressuposto específico”; e (iii) “cumpre afastar o debate em torno das normas de direito federal, o que, por óbvio, não encontra sede na via eleita.

O recurso extraordinário não deve ser provido. Em primeiro lugar, quanto à suposta ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...]

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 101

II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Em segundo lugar, a decisão proferida pelo Tribunal de origem está alinhada à jurisprudência no Supremo Tribunal Federal, que, ao julgar o RE 561.836-RG, sob a relatoria do Mininstro Luiz Fux, decidiu que, com o advento de lei que reestrutura a carreira de servidor público, concedendo aumento real, pode haver compensação entre esse aumento e os valores devidos a título de URV. Veja-se o seguinte trecho do mencionado julgado:

“5) O término da incorporação dos 11,98%, ou do índice obtido em cada caso, na remuneração deve ocorrer no momento em que a carreira do servidor passa por uma restruturação remuneratória, porquanto não há direito à percepção ad aeternum de parcela de remuneração por servidor público. 6) A irredutibilidade estipendial recomenda que se, em decorrência da reestruturação da carreira do servidor, a supressão da parcela dos 11,98%, ou em outro percentual obtido na liquidação, verificar-se com a redução da remuneração, o servidor fará jus a uma parcela remuneratória (VPNI) em montante necessário para que não haja uma ofensa ao princípio, cujo valor será absorvido pelos aumentos subsequentes. 7) A reestruturação dos cargos no âmbito do Poder Judiciário Federal decorreu do advento da Lei nº 10.475/2002, diploma legal cuja vigência deve servir de termo ad quem para o pagamento e incorporação dos 11,98% no âmbito do referido Poder.”

Em terceiro lugar, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, com base na Lei municipal nº 7.169/1996, que reestruturou a carreira dos professores do Município de Belo Horizonte, e nos laudos perícias acostados aos autos, decidiu que “os percentuais de aumento concedidos na reestruturação de cargos e salários ocorrida na Prefeitura Municipal do Belo Horizonte foram superiores as perdas apuradas no laudo em tela” (fls. 123). Com efeito, para dissentir desse entendimento, seriam necessárias uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, assim como a análise da legislação local aplicada ao caso, providências que não têm lugar neste momento processual, nos termos das Súmulas 279 e 280/STF. Nesse sentido, vejam-se os seguintes precedentes: AIs 819.621 e 859.493, ambos da relatoria da Ministra Cármen Lúcia.

Por fim, a parte recorrente não indicou a razão pela qual caberia o recurso extraordinário pelas alíneas c e d do dispositivo constitucional autorizador. Hipótese que atrai a incidência da Súmula 284/STF.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 825.551

(663)

ORIGEM : AI - 544090520086180011 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : FRANCISCO DE ASSIS AMADO COSTAEMBTE.(S) : FRANCISCO WILSON AMARAL AGUIARADV.(A/S) : JACYLENNE COELHO BEZERRAADV.(A/S) : DEBORAH DE OLIVEIRA FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MESSIAS RIBEIRO BATISTA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARMEN GEAN VERAS DE MENESESADV.(A/S) : MÁRIO AUGUSTO SOEIRO MACHADO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Homologo a renúncia ao direito de recorrer e, em consequência, declaro extinto este procedimento recursal.

À Secretaria, para certificar o trânsito em julgado do acórdão de fls. 2.032/2.038.

Após, devolvam-se os autos à origem.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.393 (664)ORIGEM : PROC - 31271 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁEMBDO.(A/S) : TAMPAFLEZ INDUSTRIAL TLDAADV.(A/S) : RODRIGO MENDES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO:

Trata-se de embargos de declaração cujo objeto é decisão monocrática do Ministro Joaquim Barbosa, relator originário do feito, que determinou a devolução dos autos à origem, pelos seguintes fundamentos:

“O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Precatório adquirido de terceiro. Compensação com débito tributário. Art. 78, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 566.349, rel. min. Cármen Lúcia).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.”

A agravante alega que não há perfeita identidade entre a questão em apreço neste processo e o assunto debatido no RE nº 566.349, uma vez que, no de autoria da embargada, há pretensão de que haja a compensação de precatórios com débitos tributários de pessoa jurídica diversa; e, no último, pretende-se a compensação de débitos tributários com precatórios de natureza alimentar, adquiridos de terceiros.

De início, reconsidero a decisão embargada e passo a apreciar a matéria.

Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado (fls. 387):

“TRIBUTÁRIO – COMPENSAÇÃO – PRECATÓRIO – PESSOA JURÍDICA DISTINTA – IMPOSSIBILIDADE – PRECEDENTES.

1. A jurisprudência pacífica desta Corte Superior firmou entendimento de que é inviável a compensação de débito tributário com precatório emitido por pessoa jurídica da distinta da credora.

2. Precedentes: RMS 27.706/MG, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 3.12.2009, DJe 11.12.2009; AgRg no RMS 28.419/PR, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 18.8.2009, DJe 27.8.2009.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição. A parte recorrente alega violação ao art. 78, § 2°, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Sustenta, em síntese, que a imposição de limitação à compensação de créditos tributários não encontra respaldo no texto constitucional, que somente impõe como condição para que os créditos adquiram poder liberatório de pagamento a própria mora do Estado.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que “o reconhecimento da alegada negativa de vigência ao art. 78, §2º, do ADCT, configura situação de ofensa meramente reflexa à Constituição Federal”. Em sede de agravo, a parte insiste na alegação de ofensa direta aos dispositivos constitucionais destacados no recurso extraordinário.

A pretensão não merece acolhida. De início, ressalto que, nos termos da jurisprudência desta Corte, o precatório somente poderá ser utilizado como garantia para o pagamento de tributos que se encontrem na competência do ente responsável pelo pagamento do título.

Com efeito, é bem verdade que a Corte reconheceu a repercussão geral da questão constitucional relacionada à eficácia plena do art. 78, § 2º, do ADCT. Todavia, a par da necessidade de haver regulamentação, é certo que a possibilidade de proceder à compensação está adstrita a precatórios e tributos relacionados ao mesmo ente federativo.

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido, uma vez ter consignado o seguinte: “a jurisprudência pacífica desta Corte Superior firmou entendimento de que é inviável a compensação de débito tributário com precatório emitido por pessoa jurídica distinta da credora”.

Ademais, registro que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é infraconstitucional o litígio referente à compensação de crédito tributário com precatórios expedidos por ente federativo diverso daquele competente para instituir e arrecadar o tributo. De fato, os Estados e a União possuem regras próprias sobre compensação, as quais estão previstas no âmbito exclusivo da legalidade. Nesse sentido, confira-se a ementa do ARE 736.781-AgR, julgado sob relatoria do Ministro Teori Zavascki:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. PRECATÓRIO. COMPENSAÇÃO COM CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS DE ICMS. PRECATÓRIO EXPEDIDO POR ENTE PÚBLICO DIVERSO DO CREDOR DO TRIBUTO. ANÁLISE DE NORMAS LOCAIS. INVIABILIDADE. SÚMULA 280/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 102

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.361

(665)

ORIGEM : PROC - 200351010211882 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : CEDORJ - CENTRO DE DENSITOMETRIA ÓSSEA DO

RIO DE JANEIRO LTDA S/C E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS

DECISÃOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DETERMINAÇÃO DE RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM: ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NADA A PROVER. DECISÃO MANTIDA. IMEDIATA BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Em 20.5.2014, a Primeira Turma deste Supremo Tribunal acolheu

os embargos de declaração opostos por CEDORJ Centro de Densitometria Óssea do Rio de Janeiro Ltda. S/C e outros, atribuindo-lhes efeitos infringentes, para anular o acórdão embargado e determinar a observância do art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, por ter sido reconhecida a repercussão geral da questão relativa à constitucionalidade da revogação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins conferida às sociedades prestadoras de serviços profissionais por lei ordinária (fls. 536-542).

Publicada essa decisão no DJe de 3.6.2014 (fl. 543), opõe a União, tempestivamente, em 13.6.2014, embargos de declaração (fls. 545-547).

2. Afirma a Embargante ter sido o mérito da repercussão geral “julgado pelo Plenário dessa Suprema Corte, em 17/9/2008, ocasião em que a questão de ordem suscitada pelo Ministro Gilmar Mendes foi acolhida pelo Plenário e reconhecida a repercussão geral da matéria nos autos do RE 377.457” (fl. 546).

Aponta estar “demonstrado o erro da decisão: o leading da presente questão é o RE 377.457, no qual foi rejeitado o pedido de modulação formulado pela parte contribuinte, e, conquanto penda de apreciação os embargos declaratórios, milhares de processos já foram julgados por essa Suprema Corte.” (fl. xx).

Requer sejam acolhidos os embargos para sanar a omissão apontada.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A peça denominada de embargos de declaração deve ser

apreciada como petição simples, pois a determinação de retorno dos autos à origem com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, não tendo natureza de decisão, mas de ato de mero expediente, não enseja interposição de recurso (AI 745.044-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 27.10.2010; e AI 696.454-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 19.12.2008).

4. A Embargante não apresentou argumentos a demonstrar ausência de identidade material entre o tema do presente recurso e aquele objeto do paradigma em repercussão geral, pelo que há de prevalecer a decisão questionada.

Informa-se no sítio deste Supremo Tribunal Federal, o RE n. 377.457, citado pela União, tão somente substituiu o RE 575.093 como paradigma de repercussão geral.

5. Ademais, este Supremo Tribunal firmou entendimento de serem irrecorríveis os despachos de devolução dos autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral:

“RECURSO. Agravo Regimental. Despacho que determina devolução dos autos ao tribunal a quo para aplicação da sistemática da repercussão geral. Ato de mero expediente. Incidência do art. 504 do CPC. Agravo não conhecido. É inadmissível agravo regimental contra ato de mero expediente que determina a devolução do feito ao tribunal de origem para aplicação da sistemática da repercussão geral” (AI 778.643-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Plenário, DJe 7.12.2011).

6. Eventual necessidade de troca de decisão paradigma não obsta a devolução dos autos à origem, pois, julgado o mérito do recurso extraordinário no qual reconhecida a repercussão geral, as instâncias ordinárias deverão observar o disposto no § 3º do art. 543-B, do Código de Processo Civil:

“Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se”.

7. Pelo exposto, de se manter a decisão de devolução dos autos à

origem.8. À Secretaria, para providenciar a imediata baixa dos autos à

origem.Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 290.950 (666)ORIGEM : EIAC - 2570342602 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ESPÓLIO DE ANNA KIRMAIER MONTEIROADV.(A/S) : SILVESTRE DE LIMA NETOEMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOEspólio de Anna Kirmaier Monteiro opõe tempestivos embargos de

declaração contra decisão mediante a qual o Ministro Sepúlveda Pertence deu provimento ao recurso extraordinário interposto pelo ora embargante.

A decisão está assim fundamentada:“REE, a, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São

Paulo que, em ação expropriatória proposta pela Fazenda Pública estadual, julgou procedente a pretensão indenizatória do recorrente, contudo, na razão de 50% do valor auferido por perito oficial, uma vez que 50% da área fora considerada como de proteção permanente pelo Código Florestal.

Alega o RE, em síntese, violação do artigo 5º, XXII, XXIV, XXXVI e LV, da Constituição; sustenta que “a indenização da cobertura deve ser total e não pode se restringir a apenas 50% do seu valor, consoante entendeu o voto divergente, não obstante tenha este reconhecido que ‘a restrição administrativa, derivada do Código Florestal, não exclui a obrigação do poder Público indenizar o proprietário da área com cobertura vegetal, quando por interesse público resolve desapropriá-la’” (f. 968).

Decido.Tem razão o recorrente.O acórdão recorrido diverge da jurisprudência deste Tribunal que, em

caso análogo ao presente, entendeu que as áreas referentes à reserva florestal Serra do Mar devem ser indenizadas, não obstante as limitações administrativas inerentes a tais propriedades, v.g., os RE 134.297, Celso, RTJ 158/205; e RE 267.817, Corrêa, RTJ 184/322, este assim ementado:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ESTAÇÃO ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS. DESAPROPRIAÇÃO. MATAS SUJEITAS À PRESERVAÇÃO PERMANENTE. VEGETAÇÃO DE COBERTURA. INDENIZAÇÃO DEVIDA. 1. Desapropriação. Cobertura vegetal sujeita a limitação legal. A vedação de atividade extrativista não elimina o valor econômico das matas preservadas, nem lhes retira do patrimônio do proprietário. 2. Impossível considerar essa vegetação como elemento neutro na apuração do valor devido pelo Estado expropriante. A inexistência de qualquer indenização sobre a parcela de cobertura vegetal sujeita a preservação permanente implica violação aos postulados que asseguram os direito de propriedade e a justa indenização (CF, artigo 5º, incisos XXII e XXIV). 3. Reexame de fatos e provas técnicas em sede extraordinária. Inadmissibilidade. Retorno dos autos ao Tribunal de origem para que profira nova decisão, como entender de direito, considerando os parâmetros jurídicos ora fixados. Recurso extraordinário conhecido em parte e, nesta, provido.’

Na linha dos precedentes, dou provimento aos recursos extraordinários (art. 557, § 1º-A, do C.Pr.Civil) para, no ponto em que afastou a pretensão indenizatória quanto às matas de preservação permanente, cassar o acórdão recorrido, e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem afim de que, reexaminada a causa considerando a questão de direito ora assentada, profira outra decisão como entender de direito.” (grifei)”.

Alega o embargante, em suma, o seguinte:“ (…)Ocorre que o invocado dispositivo legal (art. 1º-A, do art. 557, do

CPC) ao permitir ao Relator prover de imediato o recurso, não prevê, data vênia, a necessidade de retorno dos autos ao Tribunal ‘a quo’ para que este reanalise a matéria, mesmo porque poderá ele concluir em confronto à v. Decisão superior mantendo a inindenizabilidade das matas de preservação, criando situação adversa e prejudicial ao ora embargante, que teve reconhecido por Vossa Excelância o direito ao pagamento total das matas do seu imóvel” (fls. 1528/1529).

Examinados os autos, decido. É assente o entendimento da Corte quanto ao não cabimento dos

embargos quando opostos contra decisão monocrática. Confiram-se os seguintes julgados: RMS nº 27.382/DF, Primeira Turma, DJe de 6/11/13 e MI nº 877/DF-ED, Tribunal Pleno, DJe de 23/10/13, ambos de minha relatoria, ARE nº 684.532/SP-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 4/9/13; ARE nº 750.388/SP-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/7/13.

Embora inadmissíveis, não se pode renegar a reiterada jurisprudência deste Supremo Tribunal a respeito da sua conversão em agravo regimental, tendo em vista o princípio da fungibilidade recursal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 103

A esse respeito colaciono julgados do Tribunal Pleno:“Embargos de declaração na revisão criminal. Não cabimento contra

decisão monocrática. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Matéria criminal. Repetição dos mesmos fundamentos deduzidos em ação anterior. Inadmissibilidade. Recurso não provido.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.2. A jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido do não

cabimento de embargos de declaração opostos contra decisão monocrática.3. O Supremo Tribunal Federal não admite a repetição de pedido

anterior com as mesmas razões e os mesmos fundamentos desse, sem nenhuma inovação. Precedentes.

4. Agravo regimental não provido” (RvC nº 5.428/PE-ED, de minha relatoria, DJe de 28/6/13);

“Embargos de declaração nos embargos de divergência no agravo regimental nos embargos de declaração no agravo de instrumento. Matéria criminal. Recurso oposto contra decisão monocrática. Não cabimento. Conversão em agravo regimental. Possibilidade. Precedentes. Embargos de divergência opostos sem assinatura de advogado subscritor. Recurso inexistente. Precedentes. Caráter protelatório do recurso. Baixa imediata dos autos ao juízo de origem. Precedentes.

1. Os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, embora não admissíveis, podem ser convertidos em agravo regimental, na esteira da uníssona jurisprudência desta Suprema Corte.

2. Na espécie, conforme assentado na decisão atacada, a petição de embargos de divergência encontra-se sem a assinatura do advogado subscritor da peça, o que torna inexistente o recurso.

3. Pretensão de um novo julgamento do feito - que foi legitimamente decidido segundo a pacífica jurisprudência desta Corte - evidenciada a partir da interposição de sucessivos recursos manifestamente infundados.

4. É firme a jurisprudência da Corte no sentido de que, ‘quando animados de intuito meramente protelatório, embargos de declaração devem ser rejeitados, com determinação de cumprimento imediato da decisão cuja eficácia esteja suspensa, independentemente do seu trânsito em julgado’ (Ext nº 928/PT-ED-ED, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 14/9/07).

5. Agravo regimental não provido.6. Baixa imediata dos autos ao Juízo de origem, independentemente

da publicação do acórdão, tendo em vista o caráter manifestamente protelatório dos recursos” (AI nº 458.072/CE-EDAgREDV-ED, de minha relatoria, DJe de 27/2/13);

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. ADI 3.395-MC. Conversão em agravo regimental dos embargos de declaração opostos contra decisão monocrática. Alegação de que eventuais decisões proferidas pela Justiça do Trabalho teriam transitado em julgado antes que fosse suspenso o andamento das ações trabalhistas. Não-comprovação. Competência da Justiça Comum para julgar ações contra o poder público municipal. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl nº 10.292/MA-ED, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 4/6/12).

No mesmo sentido, ressalto julgados de ambas as Turmas: ARE nº 720.862/RJ-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 21/10/13; e ARE nº 754.291/RS-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 17/9/13.

Entretanto, esse não é o caso dos autos, uma vez que a inicial dos embargos apresentados não preenche um dos pressupostos necessários à análise do agravo regimental, qual seja a impugnação de todos os fundamentos da decisão que se pretende infirmar.

Em casos assim, a jurisprudência desta Suprema Corte é firme no sentido de que a parte deve impugnar, na petição de agravo regimental, todos os fundamentos da decisão agravada. Nesse sentido, confiram-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Inviável o agravo regimental no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada. Precedentes” (RE nº 563.881/RN-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/2/08);

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. fundamentos INATACADOS. 1. A agravante não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Incidência do artigo 317, § 1º, do RISTF. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 664.174/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 1º/2/08);

“Embargos de declaração em recurso extraordinário. 2. Decisão monocrática do relator. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Recurso que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 490.720/MS-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 1º/2/08).

Anote-se que a Segunda Turma ao julgar, em 6/11/13, o ARE nº 754.956/SP-ED, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, assentou, pelas mesmas circunstâncias, a impossibilidade de conversão dos embargos e dele não conheceu.

Diante desse quadro, não conheço dos embargos.Publique-se.

Brasília, 31 de outubro de 2014.Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.768

(667)

ORIGEM : PROC - 00312790420098260482 - TJSP - TURMA RECURSAL - 51ª CJ - CARAGUATATUBA

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ARMANDO AFONSO ARNONIADV.(A/S) : DIOGO SILVA NOGUEIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : TELEFÔNICA BRASIL S.AADV.(A/S) : RICARDO MALACHIAS CICONELO E OUTRO(A/S)

Decisão: Trata-se de petição de embargos de declaração na qual se questiona ato que determinou a remessa dos autos à origem, com base no ARE-RG 748.371, DJe 1º.8.2013; e no ARE-RG 739.382,DJe 3.6.2006, ambos de minha relatoria, para os fins do disposto no art. 543-B do CPC.

Cumpre destacar que o ato que determina a remessa dos autos à origem para a aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, por isso, não desafia impugnação.

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJ e 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação . 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem (grifei)”.

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel. Min. Eros Grau; DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min Ellen Gracie; DJe 19.11.2008 e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo essa última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se (CPC, art. 543-B, § 3º grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância processualmente relevante de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente .

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, § 1º) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, § 2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006).

Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo”. (destaquei)

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJ e 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso .

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 104

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional.

Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar (grifei)”. Assim, nada há a deferir. Determino a imediata baixa dos autos. Publique-se. Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 808.295

(668)

ORIGEM : AC - 00184803820118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : MANOEL HERCULANO MARQUES FONTES NETO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO SÉRGIO FARIAS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA. JULGADO FUNDAMENTADO EM SÚMULA DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROTELATÓRIO. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NÃO CABIMENTO. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado

proferido pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. EXTENSÃO DE REAJUSTE. SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

2. Os Embargantes asseveram que “o argumento no sentido de que o tribunal a quo agiu como

legislador positivo é equivocado, já que a lei nº 1.206/87 já existia muito antes da extensão efetivada pela presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a implementação do reajuste se deu em decorrência da declaração de inconstitucionalidade de dispositivo legal (art. 5º da Lei 1206/87), que concedeu mera reposição do poder aquisitivo da moeda ao funcionalismo estadual, mas excluiu os serventuários da Justiça em seu art. 5º, violando Princípio da Isonomia”.

Sustentam que “I. O Poder Judiciário não agiu como legislador;II. O poder judiciário local não aumentou vencimentos, mas tão

somente estendeu aos demais servidores, o reajuste concedido pela lei nº 1.206/87, o que significa a reposição da perda do poder monetário, em virtude da alta inflação que assolava o país, à época;

III. Foi a lei quem o fez;E assim o fez, porque a declaração de inconstitucionalidade do art. 5º

da Lei 1206/87 no Mandado de Segurança 583/87 operou seus efeitos erga omnes, amparando os ora embargantes e outros tantos servidores do Poder Judiciário fluminense. Se os dispositivos foram declarados inconstitucionais, a contrário senso, estenderam a todos os serventuários o direito ao recebimento do reajuste devido.

Frise-se, mais uma vez, que a Lei 1206/87 já existia sendo o art. 5º declarado inconstitucional, não sendo, portanto, o caso de aplicação da Súmula 339 do STF”

Apontam como paradigmas de divergência jurisprudencial os seguintes julgados da Primeira Turma: a) Recurso Extraordinário com Agravo n. 810.939-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 14.8.2014; b) Recurso Extraordinário com Agravo n. 785.355, Relatora a Ministra Rosa Weber, decisão monocrática.

Requerem a admissão dos embargos de divergência .Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.Os embargos de divergência são cabíveis contra decisão de Turma

deste Supremo Tribunal que dissentir de julgado da outra Turma ou do Plenário (art. 330 do Regimento interno do Supremo Tribunal Federal).

4. Na espécie vertente, a Segunda Turma concluiu que o Poder Judiciário não pode equiparar vencimentos sob o fundamento do princípio constitucional da isonomia, conforme entendimento consolidado na Súmula n.

339 do Supremo Tribunal Federal. 5. O julgamento da Segunda Turma está no mesmo sentido da

jurisprudência consolidada deste Supremo Tribunal Federal, estampada na Súmula n. 339 e na Súmula Vinculante n. 37, a demonstrar manifesto caráter protelatório deste recurso:

“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”.

Também no Recurso Extraordinário n. 592.317, Relator o Ministro Gilmar Mendes, com repercussão geral reconhecida, na sessão plenária de 28.8.2014, este Supremo reafirmou seu o enunciado sumular n. 339:

“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem a função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, reafirmou o Enunciado 339 da Súmula do STF e deu provimento a recurso extraordinário para reformar acórdão que estendera gratificação com base no princípio da isonomia. O Tribunal afirmou que a jurisprudência do STF seria pacífica no sentido de que o aumento de vencimentos de servidores dependeria de lei e não poderia ser efetuado apenas com base no princípio da isonomia. Salientou que tampouco seria possível a equiparação salarial, a pretexto de resguardar a isonomia entre servidores de mesmo cargo, quando o paradigma emanasse de decisão judicial transitada em julgado. Observou que, nos termos da Lei 2.377/1995 do Município do Rio de Janeiro, a gratificação de gestão de sistemas administrativos seria específica para os servidores em exercício na Secretaria Municipal de Administração - SMA. Frisou que o recorrido, apesar de ocupante de cargo efetivo da SMA, estaria em exercício em secretaria diversa. Dessa forma, não cumpriria os requisitos legais para o recebimento e a incorporação da referida gratificação. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Rosa Weber, quanto ao conhecimento do recurso. Pontuavam que o conflito de interesse teria solução final no âmbito do Poder Judiciário estadual, já que a controvérsia envolveria interpretação conferida à lei municipal e ao decreto que a regulamentara. Além disso, seria necessário revolver os elementos probatórios para assentar premissas diversas das constantes do acórdão recorrido. Vencido também no mérito o Ministro Marco Aurélio, que negava provimento ao recurso extraordinário.” (RE 592.317/RJ, Informativo n. 756)”.

Confiram-se, ainda, os seguintes julgados:

“Servidor público. Isonomia. Artigo 39, § 1º, da Constituição Federal. Súmula 339 do STF. Esta Corte, como demonstram os precedentes invocados no parecer da Procuradoria-Geral da República, tem entendido que continua em vigor, em face da atual Constituição, a súmula 339 (Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia), porquanto o § 1º do artigo 39 da Carta Magna é preceito dirigido ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador. Contra lei que viola o princípio da isonomia é cabível, no âmbito do controle concentrado, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, que, se procedente, dará margem a que dessa declaração seja dada ciência ao Poder Legislativo para que aplique, por lei, o referido princípio constitucional; já na esfera do controle difuso, vício dessa natureza só pode conduzir à declaração de inconstitucionalidade da norma que infringiu esse princípio, o que, eliminando o beneficio dado a um cargo quando deveria abranger também outros com atribuições iguais ou assemelhadas, impede a sua extensão a estes. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 173.252, Relator o Ministro Moreira Alves, Plenário, DJ 18.5.2001).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA. RETRIBUIÇÃO ADICIONAL VARIÁVEL – RAV. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS POR DECISÃO JUDICIAL SOB O FUNDAMENTO DE ISONOMIA. SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 718.428-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 3.4.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. EQUIPARÇAÇÃO SALARIAL DE SERVIDORES. REAJUSTE DE PROVENTOS COM FUNDAMENTO EM ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339 DO STF. PRECEDENTE. VINCULAÇÃO DE SALÁRIO PROFISSIONAL AO SALÁRIO MÍNIMO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. I – A teor do Súmula 339 do STF, não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Precedentes. II – Conforme orientação do Tribunal, é inconstitucional qualquer vinculação de salário profissional ao salário mínimo, nos termos do que dispõe o art. 7º, IV, da Constituição Federal. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE 521.332-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 25.11.2010).

6. Nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, “não cabem embargos se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada”.

Assim, ausente a pretensa divergência, incabíveis os presentes embargos:

“I – Embargos de divergência: inadmissibilidade, ‘quando houver

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 105

jurisprudência firme do Plenário no mesmo sentido da decisão embargada’ (Súmula 247)” (RE 433.257-AgR-EDEDv-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 16.2.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSONÂNCIA DA DECISÃO EMBARGADA COM O ACÓRDÃO PROFERIDO PELO TRIBUNAL PLENO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO. Embargos de divergência. Não-cabimento. A teor do disposto no artigo 332 do Regimento Interno desta Corte, não cabem embargos se a jurisprudência do Plenário estiver firmada no sentido da decisão embargada. Agravo regimental não provido” (RE 153.781-EDv-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 25.4.2003).

7. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 356.159 (669)ORIGEM : AMS - 199904011168294 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EUROPA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : DELUCI DE FÁTIMA DE SOUZA SAN MARTINRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:Trata-se recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda

Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:“TRIBUTÁRIO. CORREÇÃO MONETÁRIA DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS DAS EMPRESAS. ART. 4, DA LEI 9249/95.1. A correção monetária está sujeita ao princípio da legalidade estrita

e somente lei formal expressa é que poderá determinar seu cabimento.2. Ao contribuinte não é dado arvorar-se no direito de utilizar índice de

correção monetária que lhe pareça mais favorável.3. O artigo 4º da Lei 9249/95 não modifica o fato gerador, nem a base

de cálculo do imposto de renda, bem como não se trata de majoração de tributo, não se subordinando, portanto, aos princípios constitucionais tributários.

4. Apelação improvida.”Os embargos de declaração opostos foram acolhidos tão somente

para fins de prequestionamento.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º; 145, I, § 1º; 150, I, III a e b, e IV; 153, III; 155, II; e 195, todos da Constituição. Sustenta, em síntese, que “a não correção monetária das demonstrações financeiras acarretou indevido e irreal aumento do lucro líquido, acarretando recolhimentos a maior de IR e CSSL”.

De início, reconsidero a decisão de fls. 181. Não remanescem razões para manter o sobrestamento do feito. Passo à análise do mérito.

A pretensão não merece acolhida. A parte recorrente pretende deduzir da base econômica do IRPJ e da CSLL montante relativo à depreciação da moeda, associado à ocorrência de lucro fictício, que decorre da supressão da correção monetária sobre as demonstrações financeiras. Verifico, contudo, que a jurisprudência da Corte tem se orientado no sentido da impossibilidade de acolher tal pretensão mediante a ausência de previsão legal para tanto. Nessa linha, leia-se ementa do RE 473.216-AgR, julgado sob relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. Supressão da correção monetária pela Lei nº 9.249/1995. Suposto desvirtuamento do conceito de lucro para fins de tributação. Controvérsia que repousa na esfera da legalidade. Impossibilidade de o Poder Judiciário atuar como legislador positivo.

1. A jurisprudência pacífica desta Corte reconhece que não têm ressonância constitucional as alegações de suposta deformação do critério material de incidência do Imposto sobre a Renda em virtude da supressão da correção monetária implementada pela Lei nº 9.249/95.

2. Não cabe ao Poder Judiciário, na ausência de previsão legal nesse sentido, autorizar a correção monetária da tabela progressiva do Imposto de Renda.

3. Agravo regimental não provido.”No mesmo sentido, destaco a ementa do RE 510.088-AgR, julgado

sob relatoria do Ministro Teori Zavascki: “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA. CORREÇÃO MONETÁRIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINENCEIRAS. LEI 9.249/95. REVOGAÇÃO. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1. A jurisprudência do STF é no sentido de que a controvérsia a respeito da incidência ou não da correção monetária das demonstrações financeiras do imposto de renda da pessoa jurídica, de que trata o art. 4º da Lei 9.249/95, ofende de modo apenas indireto ou reflexo a Constituição Federal (RE 473.216 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma,

DJe 20/03/2013).2. Agravo regimental a que se nega provimento.” Diante do exposto, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do

RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 528.314 (670)ORIGEM : AMS - 200161000228338 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PLÁSTICOS MUELLER S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIOADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO DE MELO FRANCO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado (fls. 286):

“MANDADO DE SEGURANÇA. CEF. LEIGITMIDADE PASSIVA. FGTS. CONTRIBUIÇÕES. LEI COMPLEMENTAR Nº 110/2001.

I. Rejeitada preliminar de ilegitimidade passiva da CEF. Posicionamento da maioria, vencido o relator.

II. As contribuições instituídas pela Lei Complementar nº 110/2001 subsumem-se em regra-matriz constitucional. Inteligência do art. 149 da C.F.

III. Inexigibilidade do recolhimento da contribuição incidente na despedida de empregado sem justa causa. Incompatibilidade com o princípio princípio da capacidade contributiva.

IV. Exigibilidade do recolhimento da contribuição do art. º da lei instituidora, respeitado o princípio inscrito no art. 105, III, ‘b’, da C.F.

V. Recursos da CEF, da União e remessa oficial parcialmente providos.”

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a e c, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 150, II; 154, I; e 167, IV, todos da Carta. Sustenta, em síntese, que, não se tratando de contribuições, taxas ou empréstimos compulsórios, e não havendo possibilidade quanto à classificação como impostos extraordinários, devem os tributos previstos na Lei Complementar nº 110/2001 ser qualificados como impostos residuais, fazendo-se necessária a observância dos princípios constitucionais aplicáveis à espécie.

De início, reconsidero o sobrestamento e passo a analisar o mérito. A pretensão não merece acolhida. Com efeito, este Supremo Tribunal

Federal, no julgamento da ADI nº 2.556/DF, consignou que os tributos criados pela Lei Complementar nº 110/2001 não são contribuições para a seguridade social, mas, sim, contribuições sociais gerais, que se submetem à regência do artigo 149 da Constituição. Na oportunidade, concluiu-se pelo afastamento das restrições constitucionais aplicáveis aos impostos, em razão de se tratar da espécie tributária contribuição, caracterizada pela prévia escolha da destinação específica do produto arrecadado. Confira-se, a propósito, a ementa da decisão:

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS A CUSTEA DISPÊNDIOS DA UNIÃO ACARRETADOS POR DECISÃO JUDICIAL (RE 226.855). CORREÇÃO MONETÁRIA E ATUALIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS). ALEGADAS VIOLAÇÕES DOS ARTS. 5º, LIV (FALTA DE CORRELAÇÃO ENTRE NECESSIDADE PÚBLICA E A FONTE DE CUSTEIO); 150, III, B (ANTERIORIDADE); 145, § 1º (CAPACIDADE CONTRIBUTIVA); 157, II (QUEBRA DO PACTO FEDERATIVO PELA FALTA DE PARTILHA DO PRODUTO ARRECADADO); 167, IV (VEDADA DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DE PRODUTO ARRECADADO COM IMPOSTO); TODOS DA CONSTITUIÇÃO, BEM COMO OFENSA AO ART. 10, I, DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS - ADCT (AUMENTO DO VALOR PREVISTO EM TAL DISPOSITIVO POR LEI COMPLEMENTAR NÃO DESTINADA A REGULAMENTAR O ART. 7º, I, DA CONSTITUIÇÃO).

LC 110/2001, ARTS. 1º E 2º.A segunda contribuição criada pela LC 110/2001, calculada à alíquota

de cinco décimos por cento sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador, extinguiu-se por ter alcançado seu prazo de vigência (sessenta meses contados a partir da exigibilidade – art. 2º, §2º da LC 110/2001). Portanto, houve a perda superveniente dessa parte do objeto de ambas as ações diretas de inconstitucionalidade.

Esta Suprema Corte considera constitucional a contribuição prevista no art. 1º da LC 110/2001, desde que respeitado o prazo de anterioridade para início das respectivas exigibilidades (art. 150, III, b da Constituição).

O argumento relativo à perda superveniente de objeto dos tributos em razão do cumprimento de sua finalidade deverá ser examinado a tempo e modo próprios.

Ações Diretas de Inconstitucionalidade julgadas prejudicadas em relação ao artigo 2º da LC 110/2001 e, quanto aos artigos remanescentes,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 106: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 106

parcialmente procedentes, para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput, no que se refere à expressão "produzindo efeitos", bem como de seus incisos I e II.”

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido, uma vez ter consignado o seguinte:

“As contribuições instituídas pela Lei Complementar 110/01 não são carentes de fundamento de validade, adequando-se à regra-matriz do artigo 149 da Constituição, sob este aspecto não incidindo sua cobrança no vício de inconstitucionalidade.

(…)Com efeito, o artigo 149 da Constituição determina a observância das

limitações do art. 150, III, estando a cobrança da contribuição sujeita ao princípio da anualidade do exercício financeiro, pressuposto que manifestamente se trata de contribuição não-previdenciária.”

Diante do exposto, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.125 (671)ORIGEM : RMS - 12223 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : RUITEMBERG NUNES PEREIRAADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS ROCHA PIRES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Determinada a devolução dos autos à origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC (Tema 124 – fl. 582), a Presidência do Tribunal a quo remeteu os autos a esta Corte em virtude do acolhimento do pedido de desistência formulado nos autos do recurso paradigma – RE 591.470.

Verifico que o paradigma indicado na decisão da fl. 582 foi substituído, em 16.9.2014, pelo RE 825.274-RG. A propósito, confira-se o teor despacho em que determinada a substituição:

"[...] determino que seja procedida à substituição do RE 591.470/MG pelo presente recurso e à atualização dos sistemas informatizados da Corte, para fazer constar o RE 825.274/DF como paradigma do Tema 124 da Repercussão Geral. Redistribua-se este processo, nos termos do art. 325-A do RISTF, com a devida compensação."

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.318 (672)ORIGEM : AMS - 200551040017470 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CAFÉ FAVORITO S/AADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUESRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado (fls. 304):

“PIS E COFINS. SISTEMÁTICA DE RECOLHIMENTO. DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEIS. ALTERAÇÃO PELA MP 1.991-15/200 (CONVERTIDA NA LEI Nº 9.990/2000). ILEGITIMIDADE.

1. Após a mudança da sistemática de recolhimento do PIS e da Cofins sobre combustíveis, operada pela Lei nº 9.990/2000. a alíquota das contribuições devidas pela refinaria foi aumentada e a alíquota dos demais elementos da cadeia (distribuidoras e comerciantes varejistas) foi reduzida a zero. Com isso, apenas as refinarias passaram a sofrer a incidência efetiva do PIS e da Cofins.

2. Não pode a apelante insurgir-se em face de situação referente a relação jurídica (formada entre a União e as refinarias de petróleo) da qual não faz parte. Seria defesa de direito alheio em nome próprio, ou seja, hipótese de legitimação extraordinária que, por ser excepcional, precisa de autorização em lei (art. 6º do CPC), o que não ocorre.

3. Ainda que se entendesse tratar-se de substituição tributária, a apelante figuraria, nesse contexto, como substituída, não fazendo parte, portanto, da relação jurídica tributária, que é formada entre o substituto e o Fisco.

4. Precedentes.5. Apelação improvida”Os embargos de declaração opostos foram conhecidos tão somente

para fins de prequestionamento.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º; 150, II, e § 7º; 194, parágrafo único, V; 195, § 6º; e 246 todos da Carta. Sustenta, em síntese, que: (i) diante da não ocorrência do fato gerador presumido, deve haver o creditamento da parcela calculada sobre a operação não realizada, que já vem inserida na nota fiscal; (ii) a Lei nº 9.990/2000 somente poderia ter eficácia sobre fatos geradores ocorridos a partir de novembro do mesmo ano; e (iii) a legislação estabeleceu alíquotas diferenciadas nos termos do art. 195, § 9º, da Carta, artigo introduzido pela Emenda Constitucional nº 20/1998, o qual não poderia ser alterado por Medida Provisória.

A pretensão não merece acolhida. Primeiramente, verifico que o regime de apuração monofásico aplicado às refinarias baseia-se, exclusivamente, nas disposições da Lei nº 9.990/2000. Não obstante, com amparo na lei mencionada, o acórdão recorrido afastou a legitimidade da recorrente. Confira-se, a propósito, o trecho a seguir transcrito:

“Efetivamente, com a mudança da sistemática, operada pela Lei nº 9.990/2000, a impetrante, ora apelante, foi desonerada do recolhimento das referidas contribuições, dada a redução da alíquota incidente sobre sua operação a zero. Com isso, portanto, apenas as refinarias passaram a sofrer a incidência efetiva do PIS e da Cofins.

Assim, de fato, não poderia a ora apelante insurgir-se em face de situação referente a relação jurídica (formada entre a União e as refinarias de petróleo) da qual não faz parte.(...)”

Nos termos da jurisprudência da Corte, as controvérsias relacionadas a regime especial de apuração monofásico não encontram ressonância constitucional. Nesse sentido, confira-se o precedente a seguir:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS E CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS. DIREITO AO CRÉDITO. TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. DECISÃO SUFICIENTEMENTE MOTIVADA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 18.06.2009. Suficientemente explicitados os motivos de decidir, inexistente o vício de nulidade por negativa de prestação jurisdicional. A discussão travada nos autos não alcança status constitucional, porquanto solvida à luz da interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Agravo regimental conhecido e não provido.” (RE 760122 AgR, Relª Minª. Rosa Weber.

Quanto à suposta violação ao art. 195, § 6º, da Constituição Federal, a jurisprudência tem se orientado no sentido de que o prazo da anterioridade nonagesimal começa a ser contado da publicação da Medida Provisória que majorou a contribuição e não da publicação da lei que resultou de sua conversão (RE 487.475-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Por fim, no tocante à alegada ofensa ao art. 246, da Constituição Federal, observo que a jurisprudência está sedimentada no sentido de que a restrição prevista nesse dispositivo não se aplica à edição de medida provisória que não institua ou regulamente o tributo, mas se limite a alterar algum de seus elementos. Nesse sentido, confira-se ementa do RE 598.500-AgR, julgado sob relatoria do Ministro Marco Aurélio:

“CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL – MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.807/99 – MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA – CONSTITUCIONALIDADE. Não viola o artigo 246 da Carta,medida provisória que implica majoração da alíquota de contribuição já criada com base no artigo 195, inciso I, da Constituição Federal. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.”

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.429 (673)ORIGEM : AMS - 200581000052170 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EMPREENDIMENTOS PAGUE MENOS S/AADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado (fls. 138):

“TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. REGIME DE TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA EM RELAÇÃO A PRODUTOS FARMACÊUTICOS. LEI Nº 10.147/2000. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL NO ART. 195, § 9º, CF/88.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 107: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 107

NÃO CONFIGURAÇÃO DE MODALIDADE DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DISSIMULADA. INAPLICABILIDADE DO ART. 150, §7º, DA CARTA MAGNA. APELO EM MANDADO DE SEGURANÇA DESPROVIDO.

1. O regime da tributação monofásica do PIS e da COFINS em relação à cadeia econômica dos produtos farmacêuticos, instituído pela Lei nº 10.147, de 21 de dezembro de 2000, encontra fundamento constitucional de validade no art. 195, § 9º, da CF/88, não constituindo uma modalidade de substituição tributária progressiva dissimulada, de modo que não atrai os ditames do art. 150, §7º, da CF/88, inexistindo, na espécie, qualquer direito à restituição imediata e integral.

2. Precedentes desta Corte. 3. Apelo em Mandado de Segurança conhecido, mas desprovido. ”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 150, § 7º, da Carta. Sustenta, em síntese, que a sistemática de tributação monofásica prevista na Lei nº 10.147/2000 se trata de mera substituição tributária progressiva, circunstância que lhe conferiria o direito de restituição, sob forma de compensação, em caso de não ocorrência do fato gerador presumido.

A pretensão não merece acolhida. Nos termos da jurisprudência da Corte, a controvérsia relativa à possibilidade de creditamento de Pis e Cofins recolhidos em razão da venda de medicamento não enseja a abertura da via extraordinária. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Tributário. PIS e COFINS. Creditamento. Combustíveis. Controvérsia decidida com base na legislação local. 3. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 839.561-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. COFINS E CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. DIREITO AO CRÉDITO. TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de legislação infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 709.352-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski)

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 653.522 (674)ORIGEM : RESP - 1069702 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SAFRA LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTIL

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIERRECTE.(S) : CITIBANK LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : RICARDO JUNQUEIRA DE ANDRADERECTE.(S) : VOLKSWAGEN LEASING S/A - ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : ROGÉRIO VIEIRA DE MELO DA FONTERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : BANCO ITAÚ UNIBANCO S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO BRAZ DA SILVAINTDO.(A/S) : BMG LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTILADV.(A/S) : LUCIANO RANGEL DE AGUIARINTDO.(A/S) : FORD LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTILADV.(A/S) : FERNANDA CALDAS MENEZESINTDO.(A/S) : ABN AMRO ARRENDAMENTO MERCANTIL S/AINTDO.(A/S) : CONTINENTAL BANCO S/AINTDO.(A/S) : PONTUAL LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILINTDO.(A/S) : EXCEL LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTILINTDO.(A/S) : BCN LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL S/AADV.(A/S) : ARISTIDES JOSÉ CAVALCANTI BATISTAINTDO.(A/S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Referente à Petição/STF 48.391/2014: DECISÃO: 1. Homologo o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado

entre (I) Itaú Leasing Arrendamento Mercantil; (II) Unibanco Leasing Arrendamento Mercantil; (III) Bandeirantes Leasing Arrendamento Mercantil; (IV) Fináustria Leasing Arrendamento Mercantil; e (V) Fiat Leasing Arrendamento Mercantil S/A e o Ministério Público do Estado de Pernambuco para que produza os efeitos de direito.

Em consequência, julgo extinto o processo, com julgamento de mérito, nos termos do art. 269, III, do CPC, quanto às empresas que formalizaram o acordo.

2. Retornem os autos à Procuradoria-Geral da República para parecer quanto aos recursos extraordinários interpostos por Safra Leasing S/A; Citibank Leasing S/A; e Volkswagen Leasing S/A.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 668.225 (675)ORIGEM : AC - 200872040002402 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM SAÚDE E

PREVIDÊNCIA DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL NO ESTADO DE SANTA CATARINA - SINDPREVS/SC

ADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado (fls. 287):“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE

DESEMPENHO DE ATIVIDADE DO SEGURO SOCIAL - GDASS. EXTENSÃO A INATIVOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. A Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social - GDASS - instituída pela Medida Provisória nº 146/2003 e transformada na Lei nº 10.855/2004, sofrendo nova alteração pela Lei nº 10.997/2004 e pela Medida Provisória nº 359/2007, convertida na Lei nº 11.501/2007 deve ser estendida aos inativos em pontuação variável conforme a sucessão de leis que regem a vantagem tendo como base para o cálculo os mesmos parâmetros aplicáveis aos ativos, entre dezembro/2003 e o mês em que se implemente o mecanismo de aferição de desempenho de que trata o art. 11 da Lei nº 10.855/2004.

2. Nos termos do artigo 20, § 4º, do Código de Processo Civil, nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz.

3. Apelações desprovida.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXIV, XXXV, LIV e

LV; 37, caput; 40, § 8º; e 93, IX, todos da Constituição.O recurso não deve ser admitido. De início, ressalte-se que a

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se o seguinte trecho da ementa do AI 839.837-AgR , julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...]II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Quanto à alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição, o Plenário deste Tribunal já firmou o entendimento de que as decisões judiciais não precisam ser necessariamente analíticas, bastando que contenham fundamentos suficientes para justificar suas conclusões. Nesse sentido, reconhecendo a repercussão geral da matéria, confira-se a ementa do AI 791.292-QO-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.”

Ademais, nota-se que a decisão recorrida está alinhada à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A legislação que instituiu a gratificação em análise determinou sua graduação segundo uma avaliação de desempenho institucional (parcela geral) e individual (parcela específica), a ser realizada conforme critérios que serão instituídos por ato do Poder Executivo. Até que sobrevenha a regulamentação e sejam realizadas as avaliações, a lei determina que todos os servidores da ativa receberão pelo mesmo patamar.

Nesse contexto, o acordão recorrido entendeu que a hipótese seria

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 108

de gratificação dotada de caráter genérico, o que imporia a sua extensão aos servidores inativos ainda beneficiados pela regra de paridade. Vale dizer: aos servidores que tenham se aposentado antes da edição da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou que, nos termos de seu art. 3º, já tivessem reunido as condições para tanto.

Esse é, precisamente, o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal em diversas oportunidades, inclusive em relação à gratificação em análise. Nesse sentido, confira-se a ementa do RE 595.023-AgR, julgado sob a relatoria da Ministra Carmem Lúcia:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE PREVIDENCIÁRIA - GDAP E GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE SEGURO SOCIAL - GDASS: CARÁTER GERAL. POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Ressalta-se, ainda, que o Plenário desta Corte, no julgamento do RE 631.389-RG, sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio, ao tratar de controvérsia análoga à destes autos, ressaltou que o direito de extensão aos inativos e pensionistas do benefício possui uma limitação, qual seja, a efetiva ocorrência da primeira avaliação de desempenho. Ficou assentado, também, não ser possível que os efeitos financeiros do término da generalidade da gratificação retroajam à data anterior à realização das avaliações. Tal entendimento é plenamente aplicável à GDASS.

Na hipótese, o Tribunal de origem entendeu que há “inércia da administração em apurar o desempenho de seus servidores e de suas instituições” (fls. 286), de modo que as limitações temporais apresentadas pelo recorrente não são cabíveis no caso.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput , do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 23 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 693.736 (676)ORIGEM : AC - 10000120060130287 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIARECDO.(A/S) : DILEUZA ROMUALDA RAMOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ZÊNIA LUCIANA CERNOV DE OLIVEIRA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Segunda Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia, assim ementado (fls. 323):

“Arguição de inconstitucionalidade. Servidor público. Demissão. Vínculo jurídico estatutário. Reintegração. Indenização Pecuniária.

1. Arguição de inconstitucionalidade da Lei n. 1.196/03 não acolhida, especialmente em razão do seu caráter meramente autorizativo.

2. Existe o vínculo jurídico entre o servidor, mesmo aquele que não prestou concurso público e o Estado, pois equipara-se ao servidor que ocupa cargo permanente na Administração Estadual.

3. O fato de a Lei n. 1.196/03, que determinou a reintegração dos servidores públicos estaduais demitidos pelo Decreto n. 8.955/00 e 9.044/00, não ter citado o Decreto n. 8.954/00, que demitiu os recorrentes, não lhe retira o direito de retorno ao cargo público, pois os decretos mencionados referem-se a situações idênticas as suas, porquanto se aplica o princípio da isonomia.

4. Havendo reintegração ao cargo público, é devida a indenização, calculada com base no valor correspondente à remuneração do servidor reintegrado, contada a partir da vigência da Lei 1.196/2003.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente aponta violação aos arts. 37, caput e II, e 169, §1º, I, ambos da Constituição.

O recurso não deve ser conhecido, tendo em conta que a parte recorrente não apresentou preliminar formal e fundamentada de repercussão geral das questões constitucionais discutidas, exigível quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido após 03.05.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21 (AI 664.567-QO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence). Falta-lhe, portanto, requisito de admissibilidade previsto no art. 102, § 3º, da CF, c/c art. 543-A, § 2º, do CPC, atraindo a incidência do art. 327, § 1º, do RI/STF. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 713.080-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Rel. Min. Luiz Fux:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FAMÍLIA. ALIMENTOS. EXECUÇÃO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. DISCUSSÃO SOBRE CÁLCULOS JUDICIAIS. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CPC E ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso que o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for

suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.07).

2. A jurisprudência do Supremo fixou entendimento no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07: ‘II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem, seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327). 2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita ‘à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal’ (Art. 543-A, § 2º).’

[…]4. Agravo Regimental desprovido.”Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21,

§ 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 714.115 (677)ORIGEM : AC - 20080199062713 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FUNDIÇÃO CATAGUASES INDÚSTRIA METALÚRGICA

LTDAADV.(A/S) : LEONARDO HENRIQUES DE MENDONÇA E OUTRO(A/

S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, LIV e LV, 37, caput, 93, IX, e 150, IV, da Lei Maior. Inicialmente determinada a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC, retornaram os autos a esta Corte. Informa a Presidência do Tribunal a quo divergência da matéria apresentada nos presentes autos com a debatida no recurso apontado como paradigma.

É o relatório. Decido. Assiste razão.A questão constitucional objeto do caso em apreço embora guarde

similitude com o paradigma indicado, possui particularidades que impedem sua aplicação. Nesse sentir, torno sem efeito a decisão da fl. 84, e passo ao exame do recurso.

Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 109

Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados

nas razões recursais, consagradores dos princípios da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Inviável apreciar o alegado caráter confiscatório da multa fiscal, notadamente porque, segundo a jurisprudência desta Corte, a aferição da natureza confiscatória depende do exame do acervo probatório constante dos autos, insuscetível de revolvimento em sede de recurso extraordinário, tendo em vista os termos da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes:

“DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO. MULTA DE 50% DO VALOR DO IMPOSTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE FATOS E DE PROVAS. SÚMULA STF 279. A aplicação do princípio do não confisco tributário (art. 150, IV, da CF/1988) às sanções pecuniárias envolve um juízo de proporcionalidade entre o ilícito e a penalidade. Pressupõe, portanto, a clara delimitação de cada um desses elementos. Diante da controvérsia acerca do ilícito praticado, a aferição, por esta Corte, de eventual violação do princípio do não confisco, em decorrência da aplicação de multa de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido, encontra óbice na natureza extraordinária do apelo extremo e, em especial, no entendimento cristalizado na Súmula STF 279: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Agravo regimental conhecido e não provido.” (AI 769089 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 05/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-049 DIVULG 13-03-2013 PUBLIC 14-03-2013)

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Tributário. Prequestionamento. Ausência. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Débitos tributários. Juros. Taxa SELIC. Legitimidade. Multa. Caráter confiscatório. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando o dispositivo constitucional que nele se alega violado não está devidamente prequestionado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 3. O Plenário desta Corte, enfrentando o assunto à luz do princípio da isonomia, firmou entendimento no sentido da legitimidade da incidência da taxa SELIC na atualização de débito tributário, desde que exista lei legitimando o uso desse índice. 4. O caráter confiscatório da multa, no caso em exame, somente seria aferível mediante reexame do quadro fático-

probatório. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 5. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (Sem destaque no original. ARE 722727 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 05/02/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-051 DIVULG 15-03-2013 PUBLIC 18-03-2013)

No caso, embora o Tribunal a quo tenha reduzido o valor da multa fiscal, não explicitou elementos essenciais para o exame da questão em sede de recurso extraordinário, silenciando sobre a gravidade do ato ilícito que teria deflagrado a aplicação da sanção, bem como sobre eventuais justificativas apontadas pela autoridade fiscal e a magnitude do patrimônio da infratora, circunscrevendo-se a rechaçar a aplicação de multa em valor excessivo.

Inexistente, por seu turno, a alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, entendendo o Supremo Tribunal Federal que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido: RE 634.900-AgR/PI, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 22.5.2013; e ARE 757.716-AgR/BA, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe 07.10.2013, assim ementado:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONTROLE DE LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS PELO PODER JUDICIÁRIO – ANÁLISE DOS REQUISITOS LEGAIS DO ATO PRATICADO – POSSIBILIDADE – AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES – REEXAME DE FATOS E PROVAS, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA – INADMISSIBILIDADE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 715.790 (678)ORIGEM : MS - 10788 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CIRO AFONSO DE ALCANTARAADV.(A/S) : ANA PAULA DANTAS MAGNO E OUTRO(A/S)

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 718.583 (679)ORIGEM : AC - 200303990137283 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BANCO DAS NAÇÕES SAADV.(A/S) : BRUNO FAGUNDES VIANNA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado (fls. 309):

“CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÃO AO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS). FUNDO SOCIAL DE EMERGÊNCIA. EMENDA CONSTITUCIONAL 01/94. BASE DE CÁLCULO. RECEITA BRUTA OPERACIONAL DEFINIDA NO ART. 44 DA LEI 4.506/64, NO ART. 12 DO DECRETO-LEI 1.598/77 E NO ART. 226 DO DECRETO N. 1.041/94.

1. Disciplina da contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) pela Emenda Constitucional 01/94, bem como pela Medida Provisória 517/94 e suas sucessivas reedições.

2. Possibilidade do uso de medida provisória para disciplinar matéria tributária. Precedentes do STF.

3. A alíquota de 0,75% deve incidir sobre a "receita operacional bruta", assim definida no art. 44 da Lei 4.506/64, no art. 12 do Decreto-lei 1.598/77 e no art. 226 do Decreto n. 1.041/94, vigentes por ocasião da publicação da Emenda Constitucional 17/97. Precedentes do TRF da 3ª Região.

4. A legislação ordinária não pode alterar o conceito de receita bruta. Jurisprudência firmada pelo STF, ao colocar em cotejo a Lei 9.718/98, em face do art. 110 do CTN.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 110

5. Apelação provida.” O recurso busca fundamento no art. 102, III, b, da Constituição

Federal. Sustenta, em síntese, que correspondem ao conceito de receita bruta operacional todas as receitas resultantes das atividades que constituam objeto da pessoa jurídica, o que incluiria, portanto, as receitas financeiras provenientes de aplicações.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 609.096, sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame. Confira-se, a propósito, a ementa da manifestação:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. COFINS E CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. INCIDÊNCIA. RECEITAS FINANCEIRAS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. CONCEITO DE FATURAMENTO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL”.

Na oportunidade, o Ministro Relator aduziu o seguinte:“No caso concreto, a repercussão deriva do fato de ser de interesse

geral, tanto do ponto de vista jurídica como econômico, definir a exigibilidade do PIS para as instituições financeiras”.

Diante do exposto, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 721.756 (680)ORIGEM : RR - 562200406319004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : BERCKMAM DE ALMEIDA NUNESADV.(A/S) : JULIANA RAPOSO TENÓRIO

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Estado de Alagoas. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 37, II e § 2º, e 114 da Lei Fundamental.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

A matéria constitucional versada no art. 114 da Lei Maior não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé".

Quanto à alegada violação do art. 37, II e § 2º da Lei Maior, o entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Recurso extraordinário. Direito Administrativo. Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento do FGTS. Artigo 19-A da Lei nº 8.036/90. Constitucionalidade. 1. É constitucional o art. 19-A da Lei nº 8.036/90, o qual dispõe ser devido o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na conta de trabalhador cujo contrato com a Administração Pública seja declarado nulo por ausência de prévia aprovação em concurso público, desde que mantido o seu direito ao salário. 2. Mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação do

empregado público, nos termos do art. 37, § 2º, da Constituição Federal, subsiste o direito do trabalhador ao depósito do FGTS quando reconhecido ser devido o salário pelos serviços prestados. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.” (RE 596478, Rel. Min. Ellen Gracie, Rel. p/ ac. Min. Dias Toffoli, Tribunal Pleno, DJe 1º.3.2013 – destaquei)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 804.113 (681)ORIGEM : AC - 20120291770 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GUSTAVO EUSTÁQUIO DE MACEDO CAMPOS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO PALMA SILVAADV.(A/S) : STEPHANY SAGAZ PEREIRARECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : IPREV - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAADV.(A/S) : WILLIAN GARCIA DA SILVA

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, manejam

recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Gustavo Eustáquio de Macedo Campos e outro (a/s). Aparelhado o recurso extraordinário na afronta aos arts. 5º, XX, 40, caput, 149, §§ 1º e 12, 150, I, 194, V e VI, 195, caput e § 5º, 198, 199, § 1º, e 201, caput, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.9.2011; ARE 647.735-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 27.6.2012; e RE 774.491-AgR/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 21.8.2014, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. REGIME PRÓPRIO DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTAS E EQUILÍBRIO ATUARIAL. SÚMULAS 279/STF E 280/STF.PRECEDENTES O acolhimento da pretensão dos contribuintes impõe uma revisão dos critérios de equilíbrio financeiro e atuarial do regime próprio de previdência estabelecido pelo Estado. Nos termos da jurisprudência da Corte firmada em casos análogos, a análise das razões recursais demanda o reexame do acervo probatório constante dos autos, bem como um juízo interpretativo sobre a legislação local pertinente (Leis Complementares estaduais nº 266/2004 e 412/2008), circunstâncias vedadas nos termos das Súmulas 279/STF e 280/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 806.850 (682)ORIGEM : AR - 01392125620118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 111: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 111

RECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SANDRA LOPES CARDOSO PAREJO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAIR GUSTAVO BOARO GONÇALVESINTDO.(A/S) : FLAVIA PIRES BARBOSA FERREIRA PIRES

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Estado de São Paulo. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, LXXI, 22, XXIII, e 40, § 4º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Ausente impugnação específica, no recurso extraordinário, às razões de decidir adotadas pela Corte de origem para julgar improcedente a ação rescisória, quais sejam, a inexistência de violação literal a texto de lei e o não-cabimento de ação rescisória de acórdão fundado na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.” Nesse sentido: ARE 656.357-AgR, 2ª Turma, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 23.02.2012; AI 762.808-AgR, 2ª Turma, rel. Min. Ayres Britto, DJe 30.3.2012; RE 356.310-AgR-segundo, 1ª Turma, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 11.10.2011; e RE 656.256-AgR, 1ª Turma, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 05.3.2012, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

De mais a mais, verifico que recurso extraordinário discute a legitimidade do Governador do Estado para figurar no polo passivo do Mandado de Injunção e a competência da União para legislar sobre a matéria, o que corresponde ao mérito do acórdão rescindendo. Segundo o entendimento desta Corte, as alegações referentes ao mérito do julgado rescindendo não viabilizam a abertura da via extraordinária, pois as razões devem voltar-se contra os fundamentos do acórdão proferido no julgamento da ação rescisória, na hipótese, inexistência de ofensa a literal disposição legal. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. 1. A possibilidade de admissão de recurso extraordinário em ação rescisória restringe-se aos fundamentos constantes da própria rescisória, e não aos do acórdão rescindendo. 2. Recurso especial não provido. Ausência de substituição do julgado recorrido. Art. 512 do Código de Processo Civil. Preclusão de eventual matéria constitucional. 3. Alegada afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 678.004-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 24.5.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. O RECURSO EXTRAORDINÁRIO DEVE VERSAR SOBRE VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL ADVINDA DO ACÓRDÃO QUE NEGOU CONHECIMENTO À RESCISÓRIA E NÃO SOBRE A MATÉRIA DE FUNDO TRATADA NO ACÓRDÃO. AGRAVO IMPROVIDO. I - A recorrente não atacou os fundamentos do acórdão referente à incidência da Súmula 343 do STF. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 284 do STF. Precedentes. II - A Jurisprudência do Supremo Tribunal é no sentido de que, em Ação rescisória, o Recurso Extraordinário deve versar sobre violação constitucional advinda do próprio acórdão que negou conhecimento à ação rescisória e não sobre a matéria de fundo versada no acórdão rescindendo. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (AI 756.135-AgR/CE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 16.11.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. 1. A questão alusiva ao cabimento de ação rescisória se enquadra no âmbito processual, o que não autoriza a abertura da via recursal extraordinária. 2. De mais a mais, é firme o entendimento desta nossa Casa de Justiça no sentido de que ‘o recurso extraordinário interposto em processo de ação rescisória há de voltar-se contra fundamentação do acórdão nela proferido e não a da decisão rescindenda’ (RE 408.409-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence). 3. Agravo regimental desprovido” (AI 598.496-AgR/RS, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 19.4.2012).

Incabível, por seu turno, a interposição do apelo extremo pelo permissivo da alínea “b” do art. 102, III, da CF/88, deixando o Tribunal de origem de declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. Colho os seguintes precedentes o AI 531.878-AgR/DF, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª turma, DJe 25.4.2012; e o AI 759.677-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 15.8.2012, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DESAPROPRIAÇÃO. JUSTA INDENIZAÇÃO. 1. Parâmetros delimitados por avaliação prévia. Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 2. Recurso extraordinário interposto com base na alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República. Inexistência de declaração de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 3. Interposição simultânea de recursos extraordinário e especial. Aplicabilidade do art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil somente se admitidos os recursos. Precedentes. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.

Ressalto que o Supremo Tribunal Federal, julgando o mérito do RE 590.809-RG, Plenário, 22.10.2014, submetido à sistemática da repercussão geral, firmou entendimento de que incabível ação rescisória para desconstituir julgado com base em nova orientação da Corte. Na oportunidade, provido o recurso extraordinário para reformar a decisão recorrida e julgar improcedente o pedido rescisório. Sobre a questão, colho trecho do voto proferido pelo Ministro Relator, verbis:

“Não comungo da opinião, linear, consoante a qual, cuidando-se de matéria constitucional, deva ser afastada, aprioristicamente, a pertinência do Verbete nº 343. Votei nesse sentido nas Ações Rescisórias nº 1.409/SC e nº 1.578/PR, da relatoria da ministra Ellen Gracie, versada a majoração de alíquotas da contribuição ao Finsocial. Na ocasião, ressaltando que os pronunciamentos das Turmas eram no mesmo sentido das decisões rescindendas, tendo o Pleno definido a controvérsia, com envergadura maior, em momento apenas posterior à formação da coisa julgada, não acolhi os pleitos formulados com base em violência à literalidade de lei. Não me impressionou o fato de estar envolvida interpretação constitucional. Mantenho-me fiel à posição então assumida.

A rescisória deve ser reservada a situações excepcionalíssimas, ante a natureza de cláusula pétrea conferida pelo constituinte ao instituto da coisa julgada. Disso decorre a necessária interpretação e aplicação estrita dos casos previstos no artigo 485 do Código de Processo Civil, incluído o constante do inciso V, abordado neste processo. Diante da razão de ser do verbete, não se trata de defender o afastamento da medida instrumental a rescisória presente qualquer grau de divergência jurisprudencial, mas de prestigiar a coisa julgada se, quando formada, o teor da solução do litígio dividia a interpretação dos Tribunais pátrios ou, com maior razão, se contava com óptica do próprio Supremo favorável à tese adotada. Assim deve ser, indiferentemente, quanto a ato legal ou constitucional, porque, em ambos, existe distinção ontológica entre texto normativo e norma jurídica. Esta é a lição do professor Luiz Guilherme Marinoni:

Imaginar que a ação rescisória pode servir para unificar o entendimento sobre a Constituição é desconsiderar a coisa julgada. Se é certo que o Supremo Tribunal Federal deve zelar pela uniformidade na interpretação da Constituição, isso obviamente não quer dizer que ele possa impor a desconsideração dos julgados que já produziram coisa julgada material. Aliás, se a interpretação do Supremo Tribunal Federal pudesse implicar na desconsideração da coisa julgada como pensam aqueles que não admitem a aplicação da Súmula 343 nesse caso -, o mesmo deveria acontecer quando a interpretação da lei federal se consolidasse no Superior Tribunal de Justiça. (MARINONI, Luiz Guilherme. Processo de Conhecimento . 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 657).

A observância do verbete se mostra ainda mais imperiosa, na situação concreta, se considerada a natureza do pronunciamento do Supremo tomado como novo paradigma.

Na origem, o acórdão foi rescindido para conformá-lo à decisão deste Tribunal no sentido de o alcance do princípio da não cumulatividade não autorizar o lançamento de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI em decorrência da aquisição de insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero. Vê-se não se tratar de referência a ato por meio do qual o Supremo assentou, com eficácia maior, a inconstitucionalidade de norma. Estivesse envolvida declaração da espécie, poderia até cogitar, com muitas reservas, do afastamento do verbete em favor do manejo da rescisória apenas para evitar a vinda à balha indiscriminada de decisão judicial, transitada em julgado, fundada em norma proclamada inconstitucional, nula de pleno direito. Mas não é este o caso ora examinado. Pretende-se, na realidade, utilizar a ação rescisória como mecanismo de uniformização da interpretação da Carta, particularmente, do princípio constitucional da não cumulatividade no tocante ao Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, olvidando-se a garantia constitucional da coisa julgada material.

Como afirmado pela mestre Ada Pellegrini Grinover, eventual afastamento do Verbete nº 343, por envolvimento de matéria constitucional, não pode ter razão genérica, e sim específica para as situações em que, no ato rescindendo, determinada lei foi proclamada constitucional, vindo, posteriormente, o Supremo a concluir pela inconstitucionalidade, com efeitos abrangentes, a repercutirem fora das balizas subjetivas do processo . Para a processualista, em caso contrário, como na espécie, posterior declaração incidental de constitucionalidade nada nulifica, não se caracterizando a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 112

categoria da inexistência, pelo que devem ficar a salvo da rescisória decisões, tomadas em dissídio jurisprudencial, em sentido oposto à nova posição do Supremo (GRINOVER, Ada Pellegrini. Ação Rescisória e Divergência de Interpretação em Matéria Constitucional. Revista de Processo nº 87, São Paulo: RT, 1997, p. 37/47).

Não posso admitir, sob pena de desprezo à garantia constitucional da coisa julgada, a recusa apriorística do mencionado verbete, como se a rescisória pudesse conformar os pronunciamentos dos tribunais brasileiros com a jurisprudência de último momento do Supremo, mesmo considerada a interpretação da norma constitucional. Neste processo, ainda mais não sendo o novo paradigma ato declaratório de inconstitucionalidade, assento a possibilidade de observar o Verbete nº 343 da Súmula se satisfeitos os pressupostos próprios.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 807.088 (683)ORIGEM : AC - 9705416109 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA ELISETE FEITOSA VIEIRA DA SILVA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DO SOCORRO RIBEIRO FARIAS

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 40, § 4º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: ARE 777.413-AgR/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 18.8.2014; AI 770.248-AgR/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 17.12.2013; e RE 631.227-AgR/DF, Rel. Min. Ayres Britto. 2ª Turma, DJe 14.10.2011, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. TÉCNICO DO TESOURO NACIONAL. FORMA DE CÁLCULO DA “RETRIBUIÇÃO DO ADICIONAL VARIÁVEL” (RAV). CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. OFENSA REFLEXA À MAGNA CARTA DE 1988. PRECEDENTES. 1. É firme a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça no sentido de que apenas a afronta direta à Constituição Federal enseja o cabimento do recurso extraordinário. 2. Agravo regimental desprovido.”

De mais a mais, verifico que o Tribunal de origem valeu-se de fundamentação infraconstitucional suficiente para solucionar a questão posta nos autos – “(...) Inteligência do art. 184 da Lei 1.711, de 28.10.52; art. 192 da Lei 8.112, de 11.12.90, combinado com o art. 50, 'caput', da Lei 7.711/88...” (fl. 165) –, a qual restou preclusa em virtude da negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Aplicação da Súmula 283/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.” Nesse sentido: RE 500.185-AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª turma, DJe 26.4.2012; e RE 585.095-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 05.9.2011, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO RECORRIDO: FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISÃO DE TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS. MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. SÚMULA 283 DO STF. DESNECESSIDADE DE EXAME DE REPERCUSSÃO GERAL. ART. 323

DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RISTF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ante o não cabimento de recurso especial contra acórdão de Juizado Especial, permaneceu incólume o fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do acórdão recorrido. Incidência da Súmula 283 desta Corte. II – Consoante o art. 323 do RISTF, a verificação da existência, ou não, de repercussão geral ocorrerá quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão. III - Agravo regimental improvido."

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 807.429 (684)ORIGEM : PROC - 50131098920114047201 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ARLINDO SCHORKADV.(A/S) : JUCÉLIO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Arlindo Schork. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV, 37, 194, IV, e 201, § 4º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 626489, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 16/10/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-184 DIVULG 22-09-2014 PUBLIC 23-09-2014)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 807.432 (685)ORIGEM : PROC - 50094312320124047204 - TRF4 - SC - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SERGIO NORBERTO CANARINADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 113

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Sergio Norberto Canarin . Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 150, VI, “c”, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Esta Corte já decidiu que a discussão acerca da natureza de determinada verba para fins de incidência do imposto de renda reveste-se de índole infraconstitucional, de modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. VALORES RECEBIDOS EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. INCIDÊNCIA. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO AI Nº 705.941. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. 1. Os valores recebidos em reclamatória trabalhista, quando sub judice a controvérsia sobre seu caráter indenizatório para fins de incidência de imposto de renda, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do AI 705.941, Rel. Min. Cezar Peluso. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. TOTAL DOS VALORES RECEBIDOS EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. FÉRIAS NÃO GOZADAS. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA. FORMA DE RESTITUIÇÃO”. 3. Agravo regimental DESPROVIDO.” (AI 860100 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 03.9.2014)”

“Agravo regimental em recurso extraordinário. Tributário. Incidência de imposto de renda sobre participação nos lucros e resultados da empresa. Natureza jurídica da verba. Questão infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Ausência de repercussão geral. 1. O Plenário da Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do AI nº 705.941/SP, Relator o Ministro Cezar Peluzo, concluiu pela ausência da repercussão geral de controvérsia referente à definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória) para fins de incidência de imposto de renda, por entender que a discussão possui natureza infraconstitucional. 2. Agravo regimental não provido.” (RE 789547 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 04.6.2014)

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Rescisão de contrato de trabalho. Verbas rescisórias. Natureza jurídica. Definição para fins de incidência de Imposto de Renda. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória), para fins de incidência de Imposto de Renda, versa sobre matéria infraconstitucional.” (AI 705941 RG, Rel. Min. Cezar Peluso, Plenário Virtual, DJe 23.4.2010)

Por seu turno, as instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ademais, a aplicação de tal legislação ao caso concreto, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, não enseja a apontada violação do art. 150, VI, “c”, da Constituição da República.

De mais a mais, de todo inaplicável ao caso o dispositivo constitucional indicado nas razões recursais, controvertida a questão acerca da incidência do imposto de renda sobre verba recebida a título de “Benefício Especial Temporário”, paga por entidade de previdência privada a pessoa física.

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 808.459 (686)ORIGEM : AC - 50025034220104047005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DAVI VALENTIN CORREIAADV.(A/S) : JALCEMIR DE OLIVEIRA BUENO

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, foi manejado

recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Aparelhado o recurso na alegação de afronta aos arts. 5º, XXXVI, e 201, caput e § 1º, da Constituição Federal.

Vindos os autos a esta Corte, foi aplicada à espécie a sistemática da repercussão geral, com base na decisão proferida no RE 808.459/PR-RG.

Devolvido o recurso à origem, com fundamento no art. 543-B do CPC, o Tribunal a quo determinou seu retorno a esta Corte, mantido o entendimento anteriormente exarado.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Este, o teor da ementa do acórdão proferido na origem:“PREVIDENCIÁRIO. REEXAME DE RECURSO. ART. 543-B, §3º, DO

CPC. REVISÃO DE BENEFÍCIO. IRSM DE FEVEREIRO/94. TETO. VALOR EXCEDENTE. PRIMEIRO REAJUSTE. INCORPORAÇÃO. DECADÊNCIA. RE Nº 626.489/SE. RESP Nº 1.326.114/SC. 1. Os benefícios previdenciários concedidos antes da edição da MP nº 1.523-9, de 28/06/1997, estão sujeitos à decadência, devendo o prazo decenal, em regra, ser computado a partir de 01/08/1997, à luz do próprio art. 103 da Lei nº 8.213/91. 2. A Lei nº 10.999, de 15-12-2004, garantiu expressamente o direito à revisão dos benefícios previdenciários concedidos com data de início posterior a fevereiro/94, mediante a inclusão integral do IRSM de fevereiro/94, no percentual de 39,67%, no fator de correção dos salários de contribuição anteriores a março/94. 3. As ações revisionais sobre essa temática buscam, em verdade, o cumprimento de norma jurídica relacionada a direito fundamental que vincula toda atividade estatal, não sendo abrangidas pelo prazo de que trata o art. 103, caput, da Lei 8.213/91, portanto. A revisão do ato de concessão é determinada por lei e a ação revisional, deve-se compreender, busca o cumprimento do comando legal. Segundo a orientação deste TRF, o prazo decenal de extinção do direito passa a fluir, nestes casos, a partir da vigência do ato normativo que determinou a revisão em questão. 5. Não incide a decadência relativamente a pedido de revisão da renda mensal mediante a incorporação do valor excedente ao teto (na data da concessão) aos proventos por ocasião do primeiro reajuste, uma vez que o art. 103, caput, da Lei nº 8213/91 prevê prazo extintivo de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão do benefício. Não se tratando, na hipótese, de revisão do ato de concessão do benefício, não há falar em decadência. 6. Mantida a decisão da Turma, que afastou a decadência e deu provimento à apelação.”

Como se vê, a hipótese vertente não guarda identidade com a situação jurídica delineada nos autos do RE 808.459/PR-RG.

De fato, na esteira da jurisprudência desta Corte, a discussão versada nos autos não alcança estatura constitucional, tendo em vista que a análise das violações apontadas no apelo extremo demandaria, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie e o revolvimento do conteúdo fático-probatório dos autos, em desatenção à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. PEDIDO DE REVISÃO. BENEFÍCIO CONCEDIDO APÓS A EDIÇÃO DA MP Nº 1.523/97. DECADÊNCIA. MATÉRIA DE NATUREZA INFRACONSTITUCIONAL. CONTROVÉRSIA ACERCA DO TERMO ‘REVISÃO’ DO ART. 103 DA LEI Nº 8.213/1991. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A jurisprudência do Supremo Tribuna Federal é firme no sentido de que é de índole infraconstitucional a controvérsia quanto à decadência do pedido de revisão dos benefícios concedidos após a edição da MP nº 1.523/97. Precedentes. Situa-se no plano da legalidade, e não da constitucionalidade, a controvérsia trazida pela parte recorrente, referente à interpretação do termo ‘revisão’ constante no art. 103 da Lei nº 8.213/1991. Embargos de declaração conhecidos como agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 704.398-ED/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 1º.4.2014.)

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Previdenciário. 3. Revisão de benefício previdenciário concedido após a edição da MP 1.523, de 27.6.1997. Decadência. Matéria infraconstitucional. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 782.559-AgR/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 05.8.2014.)

Cito, ainda, a seguinte decisão monocrática, proferida em hipótese idêntica à dos autos:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO: DECADÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão de inadmissão de

recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado da Turma Recursal de Pernambuco:

‘EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE RMI. IRSM DE FEVEREIRO DE 1994. DECADÊNCIA. ART. 103 DA LEI 8.213/91. INAPLICABILIDADE. RENÚNCIA À PRESCRIÇÃO. LEI 10.999/2004. RECURSO PROVIDO. 1. Resta inaplicável ao caso dos autos o instituto da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 114

decadência previsto no art. 103 da Lei n. 8.213/91, já que houve a renúncia à decadência quando do reconhecimento administrativo, por meio de lei, do direito à revisão do IRSM nos salários-decontribuição anteriores a 02/94. 2. É que a Lei n. 10.999/2004 reconheceu o direito à revisão citada de forma expressa, sem fazer ressalvas quanto ao momento de início do benefício, de acordo com o art. 1º a seguir colacionado: ‘Fica autorizada, nos termos desta Lei, a revisão dos benefícios previdenciários concedidos com data de início posterior a fevereiro de 1994, recalculando-se o salário-de-benefício original, mediante a inclusão, no fator de correção dos salários-de-contribuição anteriores a março de 1994, do percentual de 39,67% (trinta e nove inteiros e sessenta e sete centésimos por cento), referente ao Índice de Reajuste do Salário Mínimo - IRSM do mês de fevereiro de 1994.’, donde se conclui que houve renúncia à decadência, na medida em que o Poder Público estendeu a todos os aposentados o direito à revisão pleiteada. (...) 5. Registre-se, ainda, que a prescrição no âmbito do direito civil extingue a pretensão, na forma do art. 189 do novo Código Civil, entendimento este que se aplica por analogia ao Direito Público, à míngua de regulamentação diversa da matéria, donde se conclui que a decadência do art. 103 da Lei n. 8.213/91 tem natureza jurídica de prescrição do fundo do direito, a qual pode, evidentemente, ser interrompida ou mesmo renunciada. 6. Recurso provido, para reconhecer a renúncia à decadência quanto à revisão do benefício pelo IRSM de 02/94, bem como, para julgar de plano o mérito do pedido, determinando a revisão do benefício na forma pleiteada, com pagamento das parcelas em atraso, respeitada a prescrição qüinqüenal’.

2. O Recorrente alega que a Turma Recursal teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.

(...)5. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.6. A Turma Recursal concluiu pela decadência do direito à revisão do

benefício da Recorrente. A apreciação do pleito recursal demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n. 8.213/1991 e Lei n. 10.999/2004). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE APOSENTADORIA. BENEFÍCIO CONCEDIDO APÓS A MEDIDA PROVISÓRIA N. 1.523/1997. DECADÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE 727.936-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.4.2013).

‘O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes. AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011’ (AI 833.410-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.6.2012).

‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL. DECADÊNCIA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE 693.541-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).

7. Este Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, poderiam configurar,se fosse o caso, ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.”Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário,

consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 809.306 (687)ORIGEM : PROC - 50021675520124047203 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ALTAIR BITENCOURTADV.(A/S) : CLAUDIO JOSÉ DE CAMPOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Altair Bitencourt. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV, 37, 194, IV, e 201, § 4º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 626489, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 16/10/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-184 DIVULG 22-09-2014 PUBLIC 23-09-2014)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 810.407 (688)ORIGEM : AC - 50160571620114047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ADEMAR ANTÔNIO DE AZEREDOADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO GOMES DE MENEZES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Ademar Antônio de Azeredo. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 14 da Emenda Constitucional 20/98 e 5º da Emenda Constitucional 41/2003.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Registrado pela Corte de origem que “(... ) o salário de benefício da parte autora foi apurado em valor inferior ao teto vigente na data da concessão, não tendo havido limitação ao teto...” (fl. 120), considero o entendimento adotado no acórdão recorrido ajustado à jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição da República demanda interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao exercício do controle

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 115: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 115

de constitucionalidade das normas, pois não se declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado provimento ao recurso extraordinário” (RE 564.354-RG, Relatora Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 15.02.2011 - destaquei)

Divergir da posição adotada pela Corte de origem para aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo, exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 811.094 (689)ORIGEM : AC - 200881000104341 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : VERA LÚCIA PONTES SILVAADV.(A/S) : HELDER LIMA DE LUCENA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA A

SECA - DNOCSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Vera Lúcia Pontes Silva. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, LIV e LV, 37, XV, e 40, § 4º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo

infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

No mérito, o entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, no sentido de que inexiste direito adquirido à forma de cálculo da remuneração, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido: ARE 666.868-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 11.6.2012; e RE 643.289-AgR/RS, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 08.02.2012, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INSTITUIÇÃO DA REMUNERAÇÃO NA FORMA DE SUBSÍDIO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO E A FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. INEXISTÊNCIA. PRESERVAÇÃO DO VALOR NOMINAL. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE N. 563.965. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. 1. O regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração e, em consequência, não provoque decesso de caráter pecuniário, não viola o direito adquirido (Precedentes: RE n. 597.838-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 24.2.11; RE n. 601.985-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 1.10.10; RE n. 375.936-AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 25.8.06; RE n. 550.650-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, 2ª Turma, DJe de 27.6.08, entre outros). 2. A repercussão geral do tema, reconhecida no julgamento do RE n. 563.965-RG/RN, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, confirmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração, enfatizando, ainda, a legitimidade de lei superveniente que, sem causar decesso remuneratório, desvincule o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão ou função de confiança outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (destaquei)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 811.096 (690)ORIGEM : MS - 050014641 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRECDO.(A/S) : SOLANGE MÁRCIA SANTOS DA SILVARECDO.(A/S) : JOSÉ HAROLDO VIANA FILHORECDO.(A/S) : LUCIANO LOPES DE CASTRO TELESRECDO.(A/S) : ANA CRISTINA ALVES DE SOUSARECDO.(A/S) : HELTON AUGUSTO DINIZ SOUSARECDO.(A/S) : GUARNIERNE DOS SANTOS OLIVEIRARECDO.(A/S) : ADOLFO MELO VELOSO JÚNIORRECDO.(A/S) : ANTÔNIO CARMOS BEZERRARECDO.(A/S) : FRANCISCO MATIAS DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : LEONARDO GONÇALVES MÜLLERRECDO.(A/S) : LOURIVAL FRANCISCO DA SILVARECDO.(A/S) : ANTÔNIO FRANCISCO MARQUES DE SOUSARECDO.(A/S) : GEOVANEI MOTA BRITORECDO.(A/S) : FERNANDO FREITAS DA SILVARECDO.(A/S) : SÔNIA REGINA BASTOS ARAÚJORECDO.(A/S) : ANTÔNIO DE OLIVEIRA SOUSARECDO.(A/S) : FLÁVIO GEISEL RODRIGUES DE ARAÚJORECDO.(A/S) : EDILSON CÂNDIDO DA SILVA SALESRECDO.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO LEALRECDO.(A/S) : JOÃO RICARDO PINTO SOUSAADV.(A/S) : VALDÍLIO SOUSA FALCÃO FILHO

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 608.482-RG, verbis :

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. ELIMINAÇÃO. POSSE/EXERCÍCIO EM CARGO PÚBLICO POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL DE CARÁTER PROVISÓRIO. APLICAÇÃO DA CHAMADA “TEORIA DO FATO CONSUMADO”. PRESENÇA DA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 116

REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL DISCUTIDA. Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à aplicação da chamada “teoria do fato consumado” a situações em que a posse ou o exercício em cargo público ocorreram por força de decisão judicial de caráter provisório.”

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 811.387 (691)ORIGEM : PROC - 50124763220124047205 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : PAULO FORMAGIADV.(A/S) : JOÃO CARLOS STAACKRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Paulo Formagi. É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Verifico ausente indicação, nas razões do apelo extremo, do dispositivo constitucional que teria sido violado pelo acórdão recorrido.

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido: ARE 656.357-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 23.02.2012; AI 762.808-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 30.3.2012; RE 356.310-AgR-segundo, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 11.10.2011; e RE 656.256-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 05.3.2012, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

De mais a mais, o entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 626489, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 16/10/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-184 DIVULG 22-09-2014 PUBLIC 23-09-2014)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 812.918 (692)ORIGEM : AMS - 200770050032650 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : R E COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS LTDAADV.(A/S) : DIOGO TADEU DAL'AGNOLRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 574706 RG, verbi :

“Reconhecida a repercussão geral da questão constitucional relativa à inclusão do ICMS na base de cálculo da COFINS e da contribuição ao PIS. Pendência de julgamento no Plenário do Supremo Tribunal Federal do Recurso Extraordinário n. 240.785.”

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 814.359 (693)ORIGEM : AC - 50096076620114047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MÁRIO JOSÉ SKALSKIADV.(A/S) : BOGDAN OLIJNYK JÚNIOR

Vistos etc.Pendem de julgamento final nesta Corte as ADIs 4.357/DF e

4.425/DF, em que discutido o alcance da declaração de inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional 62/2009.

Diante da correlação do tema com a hipótese em apreço, determino o sobrestamento do feito até a decisão definitiva a ser proferida nas ADIs 4.357/DF e 4.425/DF.

Aguarde-se na Secretaria Judiciária.Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 816.231 (694)ORIGEM : AC - 200038000091115 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LEONIR MARTINS BORGESADV.(A/S) : LUCIANO DE ARAÚJO FERRAZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DO BANCO CENTRAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Leonir Martins Borges. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 48, XI, da Lei Maior, e 25 do ADCT.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE. RECEPÇÃO. (1) O salário-educação, na vigência da EC 01/69 (art. 178), foi considerado constitucional. (2) A CF/88 recepcionou o referido encargo como contribuição social destinada ao financiamento do ensino fundamental (art. 212, §5º), dando-lhe caráter tributário. Essa recepção manteve toda a disciplina jurídica do novo tributo, legitimamente editada de acordo com a ordem pretérita. (3) O art. 25 do ADCT revogou todas as delegações de competência outorgadas ao Executivo, sobre a matéria reservada ao Congresso Nacional, mas não impediu a recepção dos diplomas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 117: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 117

legais legitimamente elaborados na vigência da Constituição anterior, desde que materialmente compatíveis com a nova Carta. (4) Até a publicação da Lei nº 9.424/96, o salário-educação continuou regido pelas regras construídas no sistema precedente. (5) Recurso não conhecido” (RE 272.872, Rel. Min. Ilmar Galvão, Rel. p/ Acórdão: Min. Nelson Jobim, Tribunal Pleno, DJ 10.10.2003)”

“Conselho Monetário Nacional: competência para dispor sobre a taxa de juros bancários: ADCT/88, art. 25: L. 4.595/64: não revogação. 1.Validade da aplicação ao caso, da L. 4.595/64, na parte em que outorga poderes ao Conselho Monetário Nacional para dispor sobre as taxas de juros bancários, uma vez que editada dentro do prazo de 180 dias estipulado pelo dispositivo transitório, quando o Poder Executivo possuía competência para dispor sobre instituições financeiras e suas operações: indiferente, para a sua observância, que tenha havido ou não a prorrogação admitida no art. 25 do ADCT; portanto, não há falar em revogação da Lei 4.595/64. 2.RE provido, para determinar que o Tribunal a quo reaprecie a demanda tendo em conta o disposto na L. 4.595/64.” (RE 286.963, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 20.10.2006)

“CONSTITUCIONAL. TAXA DE JUROS BANCÁRIOS. ART. 25 DO ADCT: NÃO REVOGAÇÃO DA LEI 4.595/64. 1. O art. 25 do ADCT não revogou a Lei 4.595/64. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido.” (RE 395171 AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 11.12.2009)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. SELO DE CONTROLE DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. RESSARCIMENTO. ESTIPULAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE COBRANÇA PELO MINISTRO DA FAZENDA. ART. 3º DO DECRETO LEI 1.347/1975. INSUBSISTÊNCIA DA DELEGAÇÃO APÓS O ADVENTO DA NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL. ART. 25 DO ADCT. POSSIBILIDADE DE COBRANÇA COM FUNDAMENTO NOS ATOS NORMATIVOS EDITADOS EM MOMENTO ANTERIOR AO PRAZO FIXADO NO ART. 25 DO ADCT. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência desta Corte fixou orientação no sentido de que o art. 25 do ADCT, ao determinar a revogação de todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, tornou insubsistentes, perante a nova ordem constitucional, apenas as delegações anteriormente concedidas, sem, contudo, invalidar os diplomas normativos editados sob a ordem constitucional precedente com fulcro nas atribuições delegadas. II – Agravo regimental improvido.” (RE 435.278 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 20.3.2012)

Verifico, ademais, ausente impugnação específica, no recurso extraordinário, às razões de decidir adotadas pela Corte de origem, relativamente à inexistência de “(...) prova de que a reestruturação administrativa da autarquia tenha gerado quaisquer dano ao patrimônio público ou à moralidade administrativa...”

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 283 e 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.” e “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.” Nesse sentido: ARE 656.357-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 23.02.2012; AI 762.808-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 30.3.2012; RE 356.310-AgR-segundo, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 11.10.2011; RE 500.185-AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª turma, DJe 26.4.2012; RE 585.095-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 05.9.2011; RE 656.256-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 05.3.2012, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

De mais a mais, o Tribunal de origem consignou que, na espécie, ausente a prova de dano ao patrimônio público ou à moralidade administrativa, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 820.962 (695)ORIGEM : EIAC - 200570000288378 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBER

RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NELSON ROSALINO SANDINIADV.(A/S) : JULIANA DE CARVALHO ANTUNES E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 196 e 198 da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ademais, a aplicação de tal legislação ao caso concreto, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, não enseja a apontada violação dos arts. 196 e 198 da Constituição da República.

“EMENTA: ADMINISTRATIVO. SUSPENSÃO DE REPASSE FINANCEIRO E CADASTRAMENTO JUNTO AO SUS. COMPETÊNCIA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A alegada violação ao art. 198, I, e 199 da Constituição depende da análise de legislação infraconstitucional. Eventual violação à Constituição somente se daria de forma indireta, sendo incabível o recurso extraordinário. II - Agravo regimental improvido.” (AI 540253 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 10-08-2007)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. INSCRIÇÃO NO CADASTRO INFORMATIVO DOS CRÉDITOS NÃO QUITADOS DO SETOR PÚBLICO FEDERAL - CADIN. RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÙNICO DE SAÚDE - SUS. LEI N. 10.522/2002. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”(AI 779210 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 30.4.2010)

Verifico, ademais, subsistir fundamentação infraconstitucional suficiente para solucionar a questão posta nos autos – Lei 8.080/90 –, a qual restou definitiva em virtude da negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Aplicação da Súmula 283/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.” Nesse sentido: RE 500.185-AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª turma, DJe 26.4.2012; e RE 585.095-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 05.9.2011, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO RECORRIDO: FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISÃO DE TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS. MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. SÚMULA 283 DO STF. DESNECESSIDADE DE EXAME DE REPERCUSSÃO GERAL. ART. 323 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RISTF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ante o não cabimento de recurso especial contra acórdão de Juizado Especial, permaneceu incólume o fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do acórdão recorrido. Incidência da Súmula 283 desta Corte. II – Consoante o art. 323 do RISTF, a verificação da existência, ou não, de repercussão geral ocorrerá quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão. III - Agravo regimental improvido."

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 821.187 (696)ORIGEM : AC - 20090613536 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO

EXTREMO SUL BRDEADV.(A/S) : MÁRIO KORB FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOÃO ÉRICO DE SOUZARECDO.(A/S) : JUCELY ROSA DE SOUZA

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 118

ADV.(A/S) : SÉRGIO FERNANDO HESS DE SOUZA E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 3º e 5º, II, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ademais, a aplicação de tal legislação ao caso concreto, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, não enseja a apontada violação do art. 3º e 5º, II, da Constituição da República. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NOVA APRECIAÇÃO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. Hipótese em que para dissentir do entendimento do Tribunal de origem seria necessário nova apreciação do material probatório constantes dos autos (Súmula 279/STF), bem como a análise da legislação infraconstitucional pertinente. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 811723 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 08-08-2014)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. IMÓVEL RURAL. RECUSA. ORDEM LEGAL. ART. 655 DO CPC E ART. 11 DA LEI 6.830/80. EXISTÊNCIA DE ATIVOS FINANCEIROS. PENHORA ON LINE. BACEN-JUD. LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1. O prequestionamento da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. 2. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não podem ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. 3. A legitimidade da penhora pelo sistema BACEN-JUD, independente do esgotamento das vias extrajudiciais a fim de localizar outros bens penhoráveis, não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por envolver discussão de tema de caráter infraconstitucional. Precedente: ARE 642.119-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 15/3/2012. 4. A questão sub judice não revela repercussão geral apta a dar seguimento ao apelo extremo, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do ARE 683.099, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 14/2/2013. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. OFERECIMENTO DE IMÓVEL RURAL. RECUSA FUNDADA NA INOBSERVÂNCIA DA ORDEM LEGAL. LEGITIMIDADE. PENHORA ONLINE. BACEN-JUD. REGIME DA LEI 11.382/2006. CONSTRIÇÃO VIÁVEL, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE OUTROS BENS PASSÍVEIS DE PENHORA. 1 . A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a penhora (ou eventual substituição de bens penhorados) deve ser efetuada conforme a ordem legal, prevista no art. 655 do CPC e no art. 11 da Lei 6.830/80, podendo a Fazenda Pública recusar a nomeação de bem, no caso, imóvel rural, quando fundada na inobservância da ordem legal, sem que isso implique ofensa ao art. 620 do CPC (Resp 1.090.898/SP, 1ª Seção, Rel. Min. Castro Meira, DJe de 31.8.2009 - recurso submetido à sistemática prevista no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 - Presidência/STJ).2 . A Corte Especial/STJ, ao apreciar o Resp 1.112.943/MA (Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15.9.2010), aplicando a sistemática prevista no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 - Presidência/STJ, confirmou a orientação no sentido de que, no regime da Lei 11.382/2006, não há mais necessidade do prévio esgotamento das diligências para localização de bens do devedor, para se efetivar a penhora online. 3 . Se a Fazenda exequente não concorda com a nomeação à penhora de bem imóvel, porque não obedecida a ordem do art. 11 da Lei n. 6.830/80, ela não pode ser compelida a aceitar outro bem, no caso de haver ativos financeiros da executada aptos à garantia da execução, uma vez que o dinheiro encontra em primeiro na ordem de preferência legal (AgRg no REsp 1248706/RS, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 07/06/2011, DJe 10/06/2011). 4. Recurso especial provido. 6. Agravo regimental Desprovido.” (ARE 693288 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 16-09-2013)

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Penhora. Discussão acerca da penhorabilidade de bem. 3. Controvérsia decidida à luz do contexto fático-probatório dos autos e da legislação processual aplicável. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 647213 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 13-03-2012)

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Bem de família. Impenhorabilidade. Prequestionamento. Ausência. Legislação

infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando o dispositivo constitucional que nele se alega violado não está devidamente prequestionado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (ARE 785917 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07-04-2014)

Por seu turno, na esteira da Súmula 636/STF: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Verifico, ademais, subsistir fundamentação infraconstitucional suficiente para solucionar a questão posta nos autos – Lei 8.009/90 –, a qual restou definitiva em virtude do não-conhecimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Aplicação da Súmula 283/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”. Nesse sentido: RE 500.185-AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; e RE 585.095-AgR/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 05.9.2011, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO RECORRIDO: FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISÃO DE TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS. MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. SÚMULA 283 DO STF. DESNECESSIDADE DE EXAME DE REPERCUSSÃO GERAL. ART. 323 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RISTF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ante o não cabimento de recurso especial contra acórdão de Juizado Especial, permaneceu incólume o fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do acórdão recorrido. Incidência da Súmula 283 desta Corte. II – Consoante o art. 323 do RISTF, a verificação da existência, ou não, de repercussão geral ocorrerá quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão. III - Agravo regimental improvido."

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 822.443 (697)ORIGEM : AC - 20080110486094 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : HELOISA MÁRCIA ROCHAADV.(A/S) : GILBERTO GARCIA GOMES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, ementado nos seguintes termos:

“CONSTITUCIONAL - ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA - SERVIDOR PÚBLICO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - PROVENTOS INTEGRAIS – EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 41/2003 E LEI 10.887/2004 - DATA DO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA - SÚMULA 359/STF – RECURSO E REMESSA OFICIAL NÃO PROVIDOS.

1. O servidor público aposentado por moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, terá direito aos proventos integrais (art. 40, § 1º, I, da CF).

2. Nos termos da Súmula nº 359 do Supremo Tribunal Federal, ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários'.

3. Embora o ato de aposentadoria por invalidez tenha sido editado na vigência da Emenda Constitucional nº 41/2003, a beneficiária reuniu os requisitos necessários à sua concessão em momento anterior, quando diagnosticada a doença grave e incurável que a incapacitou para o trabalho, por isso, aplica-se ao caso as regras da Emenda Constitucional nº 20/1998.

4. Recurso e remessa oficial não providos”. (eDOC 3, p. 67).No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III,

“a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, aponta-se violação ao artigo 40, § 1º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se que a aposentadoria do recorrido submete-se as regras da EC 41/2003 e da Lei 10.887/2004, uma vez que

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 119

ocorreu em 1º.9.2004.Decido.O recurso não merece prosperar.Verifica-se que a decisão do Tribunal de origem está em consonância

com a orientação jurisprudencial firmada por esta Corte, no sentido de que são devidos proventos integrais ao servidor aposentado por invalidez permanente decorrente de doença grave, contagiosa ou incurável. Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – MOLÉSTIA GRAVE – CF, ART. 40, § 1º, I, NA REDAÇÃO DADA PELA EC Nº 41/03 – DOENÇA PREVISTA EM LEI – PROVENTOS INTEGRAIS – POSSIBILIDADE – PRECEDENTES FIRMADOS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (RE-AgR 678.148, Rel. Min. Celso de Mello Segunda Turma, DJe 13.12.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ART. 40, § 1º, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, COM A ALTERAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/2003. DOENÇA PREVISTA EM LEI. INTEGRALIDADE DOS PROVENTOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE-AgR 683.686, Rel. Min. Cármen Lúcia Segunda Turma, DJe 4.10.2012).

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 823.772 (698)ORIGEM : AC - 200983000197248 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SÔNIA MARIA DA SILVAADV.(A/S) : JOÃO RAPHAEL CORREIA BARBOSA DE SÁ E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Sônia Maria da Silva. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 37 e 39 da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ademais, a aplicação de tal legislação ao caso concreto, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, não enseja a apontada violação do art. 37 e 39 da Constituição da República. Nesse sentido:

"Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário. Ofensa reflexa e reexame de provas (Súmula nº 279). 1. A Corte tem entendimento pacífico no sentido de que a violação aos preceitos constitucionais insculpidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV, LV; e 37, caput, do Texto Maior, configura, via de regra, como no presente caso, mera ofensa reflexa, sendo, dessa forma, incabível a interposição de apelo extremo. 2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 3. Agravo regimental não provido." (AI 839.585-AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012)

"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I Esta Corte firmou orientação no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. II - Agravo regimental improvido." (ARE 646.526-AgR/RN, Rel. Min. Ricardo Lewanowski, 2ª Turma, DJe 06.12.2011)

Por seu turno, o Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF:“Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 826.609 (699)ORIGEM : PROC - 200900135636 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JASON JESUINO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO LAR SÃO FRANCISCO DE PAULA -

FUNLARADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. TRANSPORTE

PÚBLICO MUNICIPAL. PASSE LIVRE. DOENÇA. LEI MUNICIPAL N. 3.167/2000 E DECRETO MUNICIPAL N. 19.936/2001. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULAS NS. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do

art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“AGRAVO INOMINADO. APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. TRANSPORTE COLETIVO MUNICIPAL. DOENÇA CRÔNICA. LEI N. 3.167/00. INCONSTITUCIONALIDADE. SEGUIMENTO NEGADO, COM BASE NO ART. 557 DO CPC. O Órgão Especial deste Egrégio Tribunal de Justiça, no julgamento da Representação de Inconstitucionalidade n. 41/2006, declarou a inconstitucionalidade dos artigos 1º, 3º, 12, 15, §§ 1º e 2º, 16, 21, 22, 23, §§ 1º e 2º, da Lei Municipal n. 3.167/2000. Recurso improvido” (fl. 62).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. O Recorrente alega ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 1º,

inc. III, e 196 da Constituição da República.Afirma que,“tratando-se de pessoa carente de recursos, como é o caso (…), não

basta o Estado disponibilizar o tratamento, mas também os meios de acesso a este, sob pena de total ineficácia do serviço de saúde.

O óbice apontado como argumento para que não fosse posto à disposição o transporte gratuito para tratamento de saúde viola o postulado da dignidade da pessoa humana, o que não se admite” (fl. 83).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. A apreciação do pleito recursal demandaria a análise da legislação

infraconstitucional aplicável à espécie (Lei municipal n. 3.167/2000 e Decreto municipal n. 19.936/2001) e o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo. A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário. Incidem, na espécie, as Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATUIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratuidade do serviço de transporte público aos portadores de necessidades especiais, quando sub judice a controvérsia, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 847845 AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 11/12/2012, e ARE 794.663/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12/3/2014. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “AÇÃO CIVIL PÚBLICA. GRATUIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS MENTAIS EM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO”. 3. Agravo regimental DESPROVIDO” (ARE 764.417-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.5.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 120

594.028-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).“Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Irani da Silva Faria. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 196 da Constituição Federal.

É o relatório.Decido.Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de

origem, por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário’. Colho precedentes:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATUIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratuidade do serviço de transporte público aos portadores de necessidades especiais, quando sub judice a controvérsia, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 847845 AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 11/12/2012, e ARE 794.663/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12/3/2014. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA. GRATUIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS MENTAIS EM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO’. 3. Agravo regimental DESPROVIDO’ (ARE 764.417-AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 12.5.2014).

‘1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a concessão de passe livre no transporte público urbano - com base na Lei municipal 3.167/2000, declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - a usuário portador de doença crônica (fls. 97-99). No RE, a parte agravante alega ofensa aos artigos 5º, e 196, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que a declaração de inconstitucionalidade da lei pelo Tribunal de Justiça não pode ser obstáculo para a concessão de benefício destinado a dar aplicação efetiva a preceito constitucional do amplo acesso à saúde (fls. 102-110). 2. O recurso não merece prosperar.

Preliminarmente, verifico que os dispositivos aos quais se alegou violação não se encontram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, nem opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356). 3. Em casos semelhantes ao dos presentes autos, esta Corte tem se pronunciado no sentido de que o exame das violações alegadas demandaria a análise de fatos e provas e de legislação local (Lei municipal 3.167/2000), hipóteses inviáveis em sede extraordinária (Súmulas STF 279 e 280). Nesse sentido: AI 761.265/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.10.2009; RE 575.952/RJ, rel. Min. Carlos Britto, DJe 01.7.2009; e AI 509.222/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 09.5.2008. 4. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC). Publique-se. Brasília, 26 de agosto de 2010. Ministra Ellen Gracie Relatora’ (AI 711899, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 09.9.2010).

‘DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEIS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República. 2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: ‘Trata-se de ação visando a condenação do Município do Rio de Janeiro e da Fundação Lar São Francisco de Paula – Funlar a conceder a gratuidade de transporte à Apelada. (...) A matéria é regida pela Lei Orgânica do Município, pela Lei Municipal n. 3.167/2000 e Decretos Municipais 19.936/2001 e 24.043/2003. (...) No caso em exame, embora a doença suportada pela Apelada não esteja no rol das previstas na legislação municipal, em princípio, tal fato não retira o seu direito de obter o benefício, desde que comprove que esta doença seja crônica. (...) No entanto, os atestados de fls. 18 e 19 não comprovam a necessidade de comparecimento constante ao hospital, para efeito de obter a gratuidade no transporte, com a concessão de passe livre’ (fl. 12 – grifos nossos). 3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, e 196 da Constituição da República. 4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 63-65). A Agravante alega que essa súmula seria inaplicável à espécie vertente e que não haveria qualquer impedimento ao processamento do recurso extraordinário. Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. Razão

jurídica não assiste à Agravante. 6. Conforme se depreende dos excertos acima, o Tribunal a quo fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e na aplicação de leis locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal’ (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos nossos). ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos’ (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos). ‘EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009). ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 25 de setembro de 2009. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora’ (AI 761265, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.10.2009).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)” (RE 826.616, Relatora a Ministra Rosa Weber, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 26.9.2014).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEIS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

‘Trata-se de ação visando a condenação do Município do Rio de Janeiro e da Fundação Lar São Francisco de Paula – Funlar a conceder a gratuidade de transporte à Apelada.

(...)A matéria é regida pela Lei Orgânica do Município, pela Lei Municipal

n. 3.167/2000 e Decretos Municipais 19.936/2001 e 24.043/2003.(...)No caso em exame, embora a doença suportada pela Apelada não

esteja no rol das previstas na legislação municipal, em princípio, tal fato não retira o seu direito de obter o benefício, desde que comprove que esta doença seja crônica.

(...)No entanto, os atestados de fls. 18 e 19 não comprovam a

necessidade de comparecimento constante ao hospital, para efeito de obter a gratuidade no transporte, com a concessão de passe livre’ (fl. 12 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, e 196 da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 63-65).

A Agravante alega que essa súmula seria inaplicável à espécie vertente e que não haveria qualquer impedimento ao processamento do recurso extraordinário.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. Conforme se depreende dos excertos acima, o Tribunal a quo

fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e na aplicação de leis locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 121

Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal’ (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos nossos).

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos’ (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos).

‘EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (AI 761.265, de minha relatoria, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 15.10.2009, grifos nossos).

Confiram-se os seguintes julgados: RE 828.002/RJ, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 11.9.2014, AI 725.495/RJ, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 1º.2.2011, e RE 560.454/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 18.11.2010.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 828.622 (700)ORIGEM : MS - 00062785620108050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : FRANCISCO EMMANUEL DA SILVA BORGESADV.(A/S) : SEBÁSTIAN BORGES DE ALBUQUERQUE MELLO

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Estado da Bahia. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV, XXXVII, LIII, LIV e LV, e 100 da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios do juiz natural e da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso

extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM PEDIDO DE ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES. SUPRIMENTO DE OMISSÃO QUANTO À ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E DO JUIZ NATURAL. MATÉRIA DE CUNHO INFRACONSTITUCIONAL, CONSTITUINDO EVENTUAL OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PERSISTÊNCIA DA INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A garantia constitucional do duplo grau de jurisdição (art. 5º, LV) insere-se no âmbito de proteção do princípio constitucional da ampla defesa, insculpido no mesmo enunciado normativo da Carta Magna, razão pela qual o tema foi enfrentado no acórdão embargado sob essa ótica, consignando-se a natureza infraconstitucional da controvérsia. 2. A violação do princípio constitucional do juiz natural (art. 5º, LIII), implica suprir a omissão do acórdão embargado para assentar que, também nessa hipótese, há eventual ofensa indireta ou reflexa, que não autoriza a interposição do recurso extraordinário. 3. Mantida a inadmissibilidade do recurso extraordinário, é de se rejeitar a atribuição dos pretendidos efeitos infringentes. 4. Embargos declaratórios a que se dá provimento parcial” (AI 845.223 AgR-ED, Relator Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 02.4.2012).

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Violação ao art. 5º, XXXVII e LIII, da Constituição. 3. Controvérsia que depende do exame prévio de normas infraconstitucionais. Ofensa reflexa à Constituição Federal. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 691327 AgR, Relator Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 25.02.2013)

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

Por seu turno, registrado pela Cote de origem:“Na situação vertente há que prevalecer a natureza mandamental do

provimento, ao que não pode arredar-se este Órgão, inapto a qualquer remodelação do julgado, mormente no que tange ao seu alcance e tradução substancial (parcelas que, devem integrar o quanto devido e/ou forma de pagamento dos atrasados)”

Verifico ausente impugnação específica, no recurso extraordinário, às razões de decidir adotadas pela Corte de origem.

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.” Nesse sentido: ARE 656.357-AgR, 2ª Turma, Rel. Min.Joaquim Barbosa, DJe 23.02.2012; AI 762.808-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 30.3.2012; RE 356.310-AgR-segundo, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 11.10.2011; e RE 656.256-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 05.3.2012, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 122

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 829.620 (701)ORIGEM : AC - 200800155637 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EDITE SANTOS DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. TRANSPORTE

PÚBLICO MUNICIPAL. PASSE LIVRE. DOENÇA. LEI MUNICIPAL N. 3.167/2000 E DECRETO MUNICIPAL N. 19.936/2001. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULAS NS. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do

art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“Administrativo. Transporte gratuito a ser concedido a pessoa portadora de doença crônica. Pleito deduzido com fulcro na Lei Municipal 3.167/2000. Sentença que reconhece o direito. Recurso dos entes municipais. Advento do reconhecimento da inconstitucionalidade dos artigos da lei que embasaram a pretensão. Provimento do recurso para julgar-se improcedente a pretensão” (fl. 121, grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. A Recorrente alega ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 5º,

inc. XXXV, 6º, 37 e 196 da Constituição da República.Afirma que“o pedido em questão foi deduzido tomando-se por base os preceitos

constitucionais pertinentes (arts. 5º, XXXV, 6º, 37 e 196) e não a referida lei. Todavia, esses dispositivos legais não foram observados, fato, inclusive, que deu azo à interposição de embargos declaratórios, aos quais foi negado provimento.

Efetivamente, a obrigação de fornecimento do ‘passe livre’, na hipótese, não se funda na Lei 3.167/2000, mas na própria Constituição Federal, uma vez que se trata de um consectário lógico do direito à saúde ali previsto e assegurado. O mero fornecimento gratuito do medicamento ao enfermo crônico hipossuficiente, que necessite locomover-se até um hospital para efetuar tratamentos, por si só, não é suficiente” (fl. 142).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. A apreciação do pleito recursal demandaria a análise da legislação

infraconstitucional aplicável à espécie (Lei municipal n. 3.167/2000 e Decreto municipal n. 19.936/2001) e o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo. A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário. Incidem, na espécie, as Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATUIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratuidade do serviço de transporte público aos portadores de necessidades especiais, quando sub judice a controvérsia, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 847845 AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 11/12/2012, e ARE 794.663/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12/3/2014. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA. GRATUIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS MENTAIS EM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO’. 3. Agravo regimental DESPROVIDO” (ARE 764.417-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.5.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

“Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Irani da Silva Faria. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 196 da Constituição Federal.

É o relatório.Decido.Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de

origem, por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária,

em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário’. Colho precedentes:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATUIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratuidade do serviço de transporte público aos portadores de necessidades especiais, quando sub judice a controvérsia, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 847845 AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 11/12/2012, e ARE 794.663/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12/3/2014. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA. GRATUIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS MENTAIS EM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO’. 3. Agravo regimental DESPROVIDO’ (ARE 764.417-AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 12.5.2014).

‘1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a concessão de passe livre no transporte público urbano - com base na Lei municipal 3.167/2000, declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - a usuário portador de doença crônica (fls. 97-99). No RE, a parte agravante alega ofensa aos artigos 5º, e 196, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que a declaração de inconstitucionalidade da lei pelo Tribunal de Justiça não pode ser obstáculo para a concessão de benefício destinado a dar aplicação efetiva a preceito constitucional do amplo acesso à saúde (fls. 102-110). 2. O recurso não merece prosperar.

Preliminarmente, verifico que os dispositivos aos quais se alegou violação não se encontram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, nem opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356). 3. Em casos semelhantes ao dos presentes autos, esta Corte tem se pronunciado no sentido de que o exame das violações alegadas demandaria a análise de fatos e provas e de legislação local (Lei municipal 3.167/2000), hipóteses inviáveis em sede extraordinária (Súmulas STF 279 e 280). Nesse sentido: AI 761.265/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.10.2009; RE 575.952/RJ, rel. Min. Carlos Britto, DJe 01.7.2009; e AI 509.222/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 09.5.2008. 4. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC). Publique-se. Brasília, 26 de agosto de 2010. Ministra Ellen Gracie Relatora’ (AI 711899, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 09.9.2010).

‘DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEIS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República. 2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: ‘Trata-se de ação visando a condenação do Município do Rio de Janeiro e da Fundação Lar São Francisco de Paula – Funlar a conceder a gratuidade de transporte à Apelada. (...) A matéria é regida pela Lei Orgânica do Município, pela Lei Municipal n. 3.167/2000 e Decretos Municipais 19.936/2001 e 24.043/2003. (...) No caso em exame, embora a doença suportada pela Apelada não esteja no rol das previstas na legislação municipal, em princípio, tal fato não retira o seu direito de obter o benefício, desde que comprove que esta doença seja crônica. (...) No entanto, os atestados de fls. 18 e 19 não comprovam a necessidade de comparecimento constante ao hospital, para efeito de obter a gratuidade no transporte, com a concessão de passe livre’ (fl. 12 – grifos nossos). 3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, e 196 da Constituição da República. 4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 63-65). A Agravante alega que essa súmula seria inaplicável à espécie vertente e que não haveria qualquer impedimento ao processamento do recurso extraordinário. Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. Conforme se depreende dos excertos acima, o Tribunal a quo fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e na aplicação de leis locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 123

Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal’ (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos nossos). ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos’ (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos). ‘EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009). ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 25 de setembro de 2009. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora’ (AI 761265, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.10.2009).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)” (RE 826.616, Relatora a Ministra Rosa Weber, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 26.9.2014).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEIS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

‘Trata-se de ação visando a condenação do Município do Rio de Janeiro e da Fundação Lar São Francisco de Paula – Funlar a conceder a gratuidade de transporte à Apelada.

(...)A matéria é regida pela Lei Orgânica do Município, pela Lei Municipal

n. 3.167/2000 e Decretos Municipais 19.936/2001 e 24.043/2003.(...)No caso em exame, embora a doença suportada pela Apelada não

esteja no rol das previstas na legislação municipal, em princípio, tal fato não retira o seu direito de obter o benefício, desde que comprove que esta doença seja crônica.

(...)No entanto, os atestados de fls. 18 e 19 não comprovam a

necessidade de comparecimento constante ao hospital, para efeito de obter a gratuidade no transporte, com a concessão de passe livre’ (fl. 12 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, e 196 da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 63-65).

A Agravante alega que essa súmula seria inaplicável à espécie vertente e que não haveria qualquer impedimento ao processamento do recurso extraordinário.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. Conforme se depreende dos excertos acima, o Tribunal a quo

fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e na aplicação de leis locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal’ (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos

nossos).‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA

INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos’ (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos).

‘EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (AI 761.265, de minha relatoria, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 15.10.2009, grifos nossos).

Confiram-se os seguintes julgados: RE 828.002/RJ, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 11.9.2014, AI 725.495/RJ, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 1º.2.2011, e RE 560.454/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 18.11.2010.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 837.387 (702)ORIGEM : AC - 20110110111568 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : LUCIANO CÂNDIDO DE MELOADV.(A/S) : WANDER PEREZ

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que deu provimento à apelação, anulando o ato de exclusão do candidato do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Distrito Federal em razão de ter idade superior à prevista no Edital no momento de efetivação da matrícula.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.No recurso extraordinário, a parte recorrente aduz, preliminarmente, a

existência da repercussão geral da matéria e aponta, com base no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, violação aos arts. 2º, 5º, caput, 37, caput, I e II, 42, § 1°, e 142, § 3°, X, todos da CF/88. Defende, em suma, que (a) a exigência de idade limite para ingresso no quadro do Corpo de Bombeiros Militar está amparada em lei; (b) o acórdão recorrido ofende o ordenamento constitucional ao fazer prevalecer o princípio da razoabilidade em detrimento do princípio da legalidade; (c) “(...) a exigência legal de limite de idade para o ingresso no CBMDF é, portanto, constitucionalmente razoável, uma vez que se coaduna com o que estabelecem os artigos 37, incisos I e II; 42, § 1° e 142, § 3°, inciso X, todos da Lei Maior.” (fl. 576).

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 124

JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012. Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está

acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável a apreciação em recurso extraordinário de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, e aos princípios da inafastabilidade da jurisdição e da motivação das decisões, que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa. Nesse sentido: AI 796.905 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21/05/2012; AI 622.814 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 08/03/2012; ARE 642.062 AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19/08/2011.

4. De outro lado, no tocante à alegação de ofensa ao art. 37, caput, da Constituição Federal, em relação ao princípio da legalidade, incide o óbice da Súmula 636/STF: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

5. Por fim, as razões expostas no recurso extraordinário não infirmam o principal fundamento utilizado pelo órgão de origem para manter o candidato nos quadros da corporação militar. De fato, a Corte de origem analisou as peculiaridades que permeiam esta controvérsia à luz do princípio da razoabilidade. Todavia, fê-lo não no sentido de considerar desarrazoada a imposição de limite etário para ingresso na carreira do corpo de bombeiros militar, como sustenta a parte recorrente, mas sim a tardia exclusão de candidato que já se encontrava devidamente matriculado, tendo frequentado quatro meses do curso de formação.

Como se vê, o recurso descuidou dos motivos essenciais que fundamentam a conclusão do aresto impugnado, o que impede seu conhecimento, a teor das Súmulas 283 e 284/STF.

6. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 839.065 (703)ORIGEM : AC - 00517852120108020001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : MACIEL DA SILVA PEDROSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO COSTA PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, o Tribunal de origem confirmou a sentença que decidira a demanda fundamentada em normas locais (Leis Estaduais 6.772/2006 e 6.682/2006) e nos fatos da causa. Dessa forma, a reversão do acórdão impõe a análise das provas dos autos e a interpretação e aplicação da legislação local pertinente, o que é vedado no âmbito do recurso extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. No mesmo sentido:

EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. HORAS EXTRAS. LEGISLAÇÃO ESTADUAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE EVENTUAL AFRONTA AOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS INVOCADOS NO APELO EXTREMO

DEPENDENTE DA REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA CONSTANTE DO ACÓRDÃO RECORRIDO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 28.02.2013.

Divergir do entendimento do Tribunal a quo acerca da inexistência do direito à percepção de horas extras pela ora agravante demandaria a análise da legislação local aplicável à espécie, bem como a reelaboração da moldura fática delineada na origem, inviável em sede recursal extraordinária. Aplicação dos óbices das Súmulas 280 e 279/STF. Precedentes. (ARE 793.508-AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 26/3/2014).

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAIS CIVIS QUE TRABALHAM EM REGIME DE PLANTÃO. HORAS EXTRAS. SÚMULAS 279 E 280/STF.

Caso em que a resolução da controvérsia demandaria a análise da legislação local e o reexame dos fatos e provas constantes nos autos. Providências vedadas em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Precedentes.

Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 743.028-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 25/9/2013).

4. Por fim, no que tange à alegação de cabimento do recurso extraordinário pela alínea “c” do art. 102, III, da Carta Magna, o recurso extraordinário não pode ser conhecido. Isso porque, não há, na fundamentação do apelo, a indicação adequada da questão constitucional controvertida, uma vez que a parte recorrente deixou de informar qual lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal foi julgado válido pelo Tribunal de origem, incidindo, na espécie, o óbice da Súmula 284 do STF.

5. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 840.749 (704)ORIGEM : PROC - 00015981920138220010 - TJRO - 2ª TURMA

RECURSAL - JI-PARANÁPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOÃO PAULO NASCIMENTO GOMESADV.(A/S) : SALVADOR LUIZ PALONI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, não houve emissão, pela decisão recorrida, de juízo acerca da matéria de que tratam as normas insertas nos artigos 7º, VI, e 37, XV, da CF/88, tampouco a questão foi suscitada no momento oportuno, em sede dos embargos de declaração, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, o recurso extraordinário não pode ser conhecido, incidindo o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF.

4. Por fim, o acolhimento do recurso dependeria da análise da legislação local pertinente (Leis Complementares Estaduais 413/07 e 528/09, e Lei Estadual 2.165/09), incidindo a vedação estabelecida pela Súmula 280 do STF.

5. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 125

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 842.517 (705)ORIGEM : PROC - 354020002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : POSTO RIO BAHIA DE MURIAÉ LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO XAVIER AMARAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fls. 354):

“PROCESSUAL – TRIBUTÁRIO – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – DIFERENÇA ENTRE O VALOR PRESUMIDO E O VALOR REAL DA VENDA AO CONSUMIDOR FINAL – RESTITUIÇÃO. O substituto tributário só tem direito à restituição do tributo pago se o fato gerador presumido não se realizar. Segurança denegada. Sentença reformada em reexame necessário.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, LXIX, e 150, §7º, ambos da Carta. Sustenta, em síntese, que detém direito à restituição do valor recolhido antecipadamente, quando o valor da operação de venda a consumidor final for inferior ao arbitrado pelo fornecedor.

O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE 593.849, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional ora discutida (Tema 201). Veja-se a ementa do julgado:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. RESTITUIÇÃO DA DIFERENÇA DO IMPOSTO PAGO A MAIS NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA E BASE DE CÁLCULO REAL. ART. 150, § 7º, DA CF. ADI 2.675/PE, REL. MIN. CARLOS VELLOSO E ADI 2.777/SP, REL. MIN. CEZAR PELUSO, QUE TRATAM DA MESMA MATÉRIA E CUJO JULGAMENTO JÁ FOI INICIADO PELO PLENÁRIO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se.Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 842.656 (706)ORIGEM : AC - 00125555620124049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ILSE DHEIN KALCHNERADV.(A/S) : NELMO JOSÉ BECK E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Pendem de julgamento final nesta Corte as ADIs 4.357/DF e

4.425/DF, em que discutido o alcance da declaração de inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional 62/2009.

Diante da correlação do tema com a hipótese em apreço, determino o sobrestamento do feito até a decisão definitiva a ser proferida nas ADIs 4.357/DF e 4.425/DF.

Aguarde-se na Secretaria Judiciária.Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 843.558 (707)ORIGEM : PROC - 00217927520128050001 - TJBA - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CONCESSIONÁRIA BAHIA NORTE S/AADV.(A/S) : CLÉCIO DA ROCHA REIS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRÉ SANTANA CUNHAADV.(A/S) : EDUARDO TOSTO MEYER SUERDIECK E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de

que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, a análise da afronta ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal demanda o reexame das provas constantes dos autos, incidindo o óbice da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Com efeito, tendo acórdão recorrido reconhecido o nexo de causalidade entre a conduta negligente da concessionária de serviço público e os danos causados ao veículo do recorrido, indispensável o exame de fatos para acolher-se a tese recursal.

4. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 843.883 (708)ORIGEM : PROC - 50582983420134047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ARMANDO FARIAS POLNOWADV.(A/S) : LUÍZA AMARAL DULLIUS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE

ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO: DECADÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do

art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado da Primeira Turma Recursal do Rio Grande do Sul:

“Trata-se de demanda em que a parte autora postula a revisão do ato de concessão de benefício de auxílio-doença, cuja DIB é 01/08/2001, já na vigência, portanto, da MP n. 1.523-9/97.

Atualmente, estabelece o caput do art. 103 da Lei n. 8.213/91:Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer

direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

Sobre o instituto da decadência, assim se posicionam as instâncias uniformizadoras dos Juizados Especiais Federais (os grifos são meus):

(...)Nesta senda, o que se vê é que as Cortes Pátrias reconhecem a

natureza decadencial do prazo previsto no caput do art. 103 da Lei n. 8.213/91, aplicando-o indistintamente à revisão do ato de concessão de benefícios previdenciários, não havendo de se cogitar de sua inconstitucionalidade, conforme já teve oportunidade de decidir o e. Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4, AC 5000125-37.2011.404.7213, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 02/03/2012), o qual já assentou, igualmente, que 'os institutos da prescrição e da decadência ao mesmo tempo que impõem limitações ao direito de revisão dos benefícios previdenciários prestam-se para preservar a estabilidade das situações jurídicas, evitando o pagamento de indenizações de grande vulto, em prejuízo de toda a

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 126

coletividade de beneficiários do sistema previdenciário', sendo que 'mostra-se descabido dar à lei interpretação restritiva onde o legislador assim não o fez, inexistindo amparo para que seja declarada a inconstitucionalidade do art. 103 da Lei n. 8.213/91, de modo que à expressão 'revisão do ato de concessão' seja atribuído o sentido de 'revisão, em caráter constitutivo, do ato de concessão'' (TRF4, AC 5004867-66.2010.404.7108, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 02/03/2012).

Assim, e considerando que a presente demanda somente foi proposta em 25/10/2013, depois de escoado o decênio legal, impõe-se reconhecer a decadência do direito de revisar o ato de concessão do benefício objeto do feito, não merecendo acolhida a insurgência recursal.

Ressalto, por oportuno, que a sentença, no ponto em que reconheceu a impossibilidade de revisão do benefício derivado, está conformada ao entendimento sedimentado no âmbito da Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais da 4ª Região. Confira-se:

(…)De igual forma, não tem qualquer relevância para fins de contagem

do lapso decadencial em relação à ação individual eventual ação coletiva a qual a parte autora faz questão de não se associar, já que não pretende se sujeitar aos termos do acordo lá homologado. Ademais, o seu benefício nem mesmo se enquadra dentre aqueles que serão revisados por força do acordo entabulado na indigitada ação coletiva, considerando a sua data de início.

Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados no percentual de 10% sobre o valor atualizado da causa (IPCA-E), cuja exigibilidade fica suspensa enquanto perdurar o benefício da AJG.

Ressalto, por fim, que a presente decisão não viola nenhum dos dispositivos mencionados pelas partes.

Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso da parte autora.”

2. O Recorrente alega ter a Turma Recursal contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.

Argumenta que, “em razão da ilegalidade reconhecida pelo INSS, o que caracteriza inclusive direito adquirido, não estaria o benefício decadente, porquanto concedido após 17/04/2002”.

Analisados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. Esclareça-se, inicialmente, ser o objeto do Recurso Extraordinário

n. 626.489 com repercussão geral reconhecida a possibilidade de reconhecimento da decadência, com base no prazo estabelecido pela Medida Provisória n. 1.523/1997 aos benefícios previdenciários concedidos antes do início da sua vigência em 27.6.1997, o que não ocorre na espécie vertente, pois a data de início do benefício (DIB) pago ao Recorrente foi 19.11.1997, ou seja, posterior à vigência daquela medida provisória.

5. A Turma Recursal concluiu pela decadência do direito à revisão do benefício do Recorrente. A apreciação do pleito recursal demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n. 8.213/1991). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE APOSENTADORIA. BENEFÍCIO CONCEDIDO APÓS A MEDIDA PROVISÓRIA N. 1.523/1997. DECADÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 727.936-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.4.2013).

“O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes. AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011” (AI 833.410-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.6.2012).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL. DECADÊNCIA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 693.541-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).

6. Este Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, poderiam configurar, se fosse o caso, ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 844.250 (709)ORIGEM : AC - 199361000063247 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NEUSA ALVES SOARESRECDO.(A/S) : SIBELE ALVES SOARESRECDO.(A/S) : EDILAINE ALVES SOARESADV.(A/S) : JOÃO LYRA NETTO E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO À SAÚDE.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES POLÍTICOS. NEXO CAUSAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do

art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da Terceira Região:

“PROCESSUAL CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL - ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ATENDIMENTO HOSPITALAR DEFICIENTE - MORTE DE PACIENTE DENTRO DE AMBULÂNCIA DURANTE TRANSPORTE - AGRAVO RETIDO - LEGITIMIDADE DA UNIÃO - IMPOSSIBILIDADE DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE PELO CUSTOS LEGIS - DANO MORAL EXISTENTE - CORREÇÃO MONETÁRIA - SÚMULA 362 DO STJ - PENSÃO MENSAL - DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMPROVADA - POSSIBILIDADE - SUCUMBÊNCIA - EQUIDADE.

I - Não se conhece do agravo retido interposto pelo Estado de São Paulo porque não requerido o seu conhecimento por ocasião da apresentação das razões recursais (artigo 523, § 1º, CPC).

II - A União possui legitimidade para figurar no polo passivo porque a Constituição Federal determina que a saúde é dever do Estado em todas as suas esferas.

III - O instituto da denunciação da lide tem por finalidade permitir que a parte deduza, em relação a terceiro, no mesmo processo, direito regressivo de que se considera titular. De acordo com o artigo 71 do CPC deve ser promovida pelo autor ou pelo réu, donde se conclui que o Ministério Público, quando se manifesta na condição de fiscal da lei, não tem legitimidade para pleitear a denunciação com fundamento no inciso III do artigo 70.

IV - Também não é situação de litisconsórcio necessário, pois a lei não culmina de nulidade o feito pela ausência de uma das partes. Diante da responsabilidade solidária dos entes públicos e da previsão constitucional do direito de regresso (art. 37, § 6º), desnecessária a inclusão, ex officio, da Fundação São Paulo. Extinção da lide com fulcro no artigo 267, VI, do CPC, devendo os autores arcarem com honorários advocatícios fixados em R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais).

V - Cuidam os autos de ação de indenização decorrente de mau atendimento em unidade hospitalar, que culminou com o falecimento do paciente, por embolia pulmonar, durante procedimento de transporte em ambulância. De acordo com o artigo 196 da Carta da República, o direito à saúde deve ser assegurado pelo Estado, conferindo aos cidadãos acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

VI - O médico do INPS, autarquia que inicialmente compunha a lide, afirmou em seu laudo que o paciente apresentou, no início, um quadro de gripe que chegou a complicar e acarretou uma pneumonia extensa que levou ao edema pulmonar e à morte. Concluiu ter havido "falta de cuidados médicos" e também "falta de interesse do falecido" em minimizar a moléstia em seu início, pois insistiu em retornar ao trabalho mesmo estando doente.

VII - O depoimento testemunhal de uma técnica de enfermagem, que trabalhava junto à ambulância, foi contundente ao dizer que o paciente se apresentou na Santa Casa de Pirapora, foi encaminhado para a Santa Casa de Sorocaba, onde foi medicado com Voltarem e determinado o seu retorno à Santa Casa de Pirapora; ao chegar nesta, fora novamente encaminhado para a Santa Casa de Sorocaba, vindo a falecer dentro da ambulância durante o trajeto entre Salto de Pirapora e Sorocaba.

VIII - Sem dúvida houve falha na prestação do serviço, ensejando a obrigação de indenizar (art. 37, § 6º, CF). Há nexo causal entre o falecimento e a falta de diagnóstico e tratamento adequados; o dano é evidente diante da certidão de óbito de um jovem de 22 anos de idade.

IX - Conquanto não seja possível assegurar que o rápido atendimento garantiria a vida do paciente, é certo que a celeridade no início do tratamento aumentaria as chances de sua sobrevivência.

X - O jogo de "empurra-empurra" entre os hospitais fere o princípio da dignidade da pessoa humana, estampado na Carta da República e eleito como um dos fundamentos da nação. Nenhuma dúvida paira, assim, sobre a dor que incidiu sobre a família (esposa e filhas), sofrimento este digno de reparação pela via dos danos morais.

XI - Missão das mais difíceis consiste em mensurar o valor da dor, do sofrimento, do abalo moral. Os autores postularam montante equivalente a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 127: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 127

100 salários mínimos, sendo este o máximo a ser deferido pelo juízo sob pena de ofensa ao artigo 460 do CPC. Acontece que, apesar da falha do serviço, o médico do INPS também assegurou ter concorrido falta de interesse do falecido em se cuidar adequadamente quando surgido os primeiros sintomas da moléstia. Diante desta situação, não cabe a fixação da indenização no valor pleiteado e nem tampouco a manutenção daquele fixado pelo juízo, mostrando-se pertinente a sua fixação em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).

XII - O termo inicial da correção monetária é questão sumulada pelo Superior Tribunal de Justiça: "Súmula 362 - A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento."

XIII - Demonstrada a dependência econômica das autoras em relação ao falecido, cabível o pagamento de pensão mensal, por conta das rés, no valor de um salário mínimo para cada uma, devendo a viúva receber até completar 65 anos de idade e as filhas até os 24 anos.

XIV - Sucumbência mantida.XV - Agravo retido não conhecido. Provido apelo da Fundação São

Paulo. Apelação dos autores parcialmente provida. Negado provimento às apelações da União e do Estado de São Paulo e à remessa oficial” (grifos nossos).

2. A Recorrente alega ter o Tribunal de origem contrariado o art. 198, inc. I, da Constituição da República.

Sustenta que “a participação da União, como gestora federal do SUS, limita-se, no que pertine à prestação dos serviços médicos e hospitalares, ao repasse de recursos financeiros, cabendo aos Municípios e supletivamente aos Estados os serviços e ações de saúde”.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. O Supremo Tribunal Federal assentou a responsabilidade solidária

da União,dos Estados e dos Municípios em matéria de saúde:“Agravo regimental no recurso extraordinário. Prestação de saúde.

Legitimidade passiva da União. Responsabilidade solidária dos entes da Federação em matéria de saúde. Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte pacificou entendimento no sentido de que a responsabilidade dos entes da Federação, no que tange ao dever fundamental de prestação de saúde, é solidária. 2. Agravo regimental não provido” (RE 575.179-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7.5.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À SAÚDE (ART. 196, CF). FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS. CHAMAMENTO AO PROCESSO. DESLOCAMENTO DO FEITO PARA JUSTIÇA FEDERAL. MEDIDA PROTELATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O artigo 196 da CF impõe o dever estatal de implementação das políticas públicas, no sentido de conferir efetividade ao acesso da população à redução dos riscos de doenças e às medidas necessárias para proteção e recuperação dos cidadãos. 2. O Estado deve criar meios para prover serviços médico-hospitalares e fornecimento de medicamentos, além da implementação de políticas públicas preventivas, mercê de os entes federativos garantirem recursos em seus orçamentos para implementação das mesmas. (arts. 23, II, e 198, § 1º, da CF). 3. O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isto porque, uma vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional. 4. In casu, o chamamento ao processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o restabelecimento da saúde da recorrida. 5. Agravo regimental no recurso extraordinário desprovido” (RE 607.381-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 17.6.2011).

5. O Tribunal de origem decidiu:“Dos documentos acostados aos autos observa-se que o perito

nomeado pelo INPS afirma que o quadro clínico do pai e marido das autoras parecia "no seu início uma gripe que chegou a complicar em pneumonia extensa que levou ao edema pulmonar e morte", e que de fato, "houve na realidade falta de cuidados médicos e também falta de interesse do falecido, no início da moléstia, com sua insistência em voltar ao trabalho estando doente" (fls. 92) - grifo inexistente no original.

Concluiu o expert, Dr. Plínio Amaral Rogick: O quadro descrito pela viúva, parecia realmente no seu início uma gripe que chegou a complicar em pneumonia extensa que levou ao edema pulmonar e morte. Não cabe enquadramento em moléstia profissional ou acidente de trabalho. Houve na realidade falta de cuidados médicos e também falta de interesse do falecido, no início da moléstia, com sua insistência em voltar ao trabalho estando doente. Faltaram ao autor-falecido cuidados de resguardo em casa e faltaram cuidados médicos eficientes (fl. 92).

(…) Portanto, entendo que as provas produzidas são bastante convincentes no sentido de que o óbito apenas ocorreu em função da deficiência do atendimento médico prestado a Marcos Soares. A testemunha Diva, técnica em enfermagem, foi firme ao dizer que o estado do paciente era visivelmente grave, situação esta que também deveria ter sido constatada

pelos médicos que o atenderam, os quais, indubitavelmente, possuem preparo para realizar diagnósticos. O mesmo se diga em relação ao médico do INPS, que afirmou ter havido falta de cuidados médicos.

Sem dúvida, a questão da prestação do serviço está relacionada ao déficit na saúde brasileira e não especificamente à conduta do servidor público que poderia, eventualmente, ter agido com imprudência, negligência ou imperícia (art. 37, § 6º, CF). A superlotação dos hospitais e a falta de equipamentos necessários representam lesão ao paciente.

O dano é evidente diante da certidão de óbito de um jovem de 22 anos de idade, casado e pai à época de duas crianças”.

A apreciação do pleito recursal dependeria do reexame de provas, o que não pode ser adotado em recurso extraordinário, nos termos da Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal Federal:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. NEXO DE CAUSALIDADE. ART. 37, § 6º, CF/88. INCIDÊNCIA. 1. O Tribunal ‘a quo’, diante da análise do conjunto fático-probatório da causa, concluiu pela responsabilidade objetiva do Estado, porquanto comprovado o nexo causal entre o danos causados à autora decorrentes de erro na programação do pagamento de pensão alimentícia descontada em folha de pagamentos de pensionista por determinação judicial (Súmula STF n. 279). 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 574.298-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 13.6.2011).

O julgado recorrido não divergiu dessa orientação jurisprudencial.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 844.769 (710)ORIGEM : AC - 200661060014250 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ORLANDO DOS SANTOS LEMEADV.(A/S) : IBIRACI NAVARRO MARTINS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 567.985, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ acórdão Min. GILMAR MENDES, DJe de 3/10/2013, Tema 27, sob o regime do art. 543-B do CPC (repercussão geral), assentou entendimento no sentido de que se constatou, em decorrência de notórias mudanças fáticas e jurídicas, a ocorrência de processo de inconstitucionalização dos critérios objetivos estabelecidos pelo art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. Esse acórdão ficou assim ementado:

Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição.

A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu os critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo seja concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

2. Art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232.

Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que “considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo”.

O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente.

Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS.

3. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei 8.742/1993.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda familiar per capita estabelecido pela LOAS.

Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de se contornar o critério objetivo e único estipulado pela LOAS e de se avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes.

Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais

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Page 128: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 128

elásticos para a concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a Municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas.

O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores posicionamentos acerca da intransponibilidade do critérios objetivos.

Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro).

4. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993.

5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.3. Quanto à interpretação extensiva ao parágrafo único do art. 34 da

Lei 10.741/2003, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 580.963, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 14/11/2013, Tema 312, sob o regime do art. 543-B do CPC (repercussão geral), reconheceu a inconstitucionalidade parcial, sem pronunciamento de nulidade, da referida norma para estender a sua aplicação aos portadores de deficiência e excluir, do cômputo da renda per capita familiar, benefício previdenciário recebido por idoso.

4. Considerada a especial eficácia vinculativa desses julgados (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos.

Assim, por estar em consonância com o entendimento jurisprudencial acima demonstrado, o acórdão recorrido não merece reparos.

5. Por fim, quanto à alegada ofensa ao art. 97 da Constituição Federal, inaplicável a reserva de plenário ante a existência de pronunciamento do Tribunal Pleno do STF (RE 567.985, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ acórdão Min. GILMAR MENDES, DJe de 3/10/2013; e RE 580.963, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 14/11/2013) sobre a específica questão constitucional. Aplicável ao caso o disposto no art. 481, parágrafo único, do CPC. Nesse sentido:

AGRAVO REGIMENTAL. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RESERVA DE PLENÁRIO. DESNECESSIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. DESPROPORCIONALIDADE. GRAVIDADE OU POTENCIAL OFENSIVO DO ATO PUNIDO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. Como o acórdão recorrido está em conformidade com os precedentes da Corte sobre a matéria de fundo (desproporcionalidade de multa tributária), é inexigível a submissão da controvérsia ao Plenário (art. 481, par. ún., do CPC). Agravo regimental ao qual se nega provimento. (RE 594.515 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 22/5/2012)

6. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.077 (711)ORIGEM : PROC - 201033007004579 - TRF1 - BA - 1ª REGIÃO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA ADELINA PEDROSO NASCIMENTOADV.(A/S) : MURILO MARTINS CAMELO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-

segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA , Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA , Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. De outro lado, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais. Nesse sentido: ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660, Plenário, DJe de 1º/8/2013; AI 796.905AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21/5/2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/3/2012; e ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19/8/2011.

4. Ademais, o objeto deste aproxima-se de tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do AI 841.473 (Rel. Min. MINISTRO PRESIDENTE Tema 425), por se tratar de questão infraconstitucional.

5. Por fim, o acórdão recorrido não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, não havendo se falar em cabimento do recurso pela hipótese do art. 102, III, b, da CF/88.

6. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.112 (712)ORIGEM : MS - 20080020027463 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ANTONIO LUIZ RODRIGUESADV.(A/S) : ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, no qual se alega violação aos artigos 40, §5º; 205, caput; e 206, V, do texto constitucional, pelo acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

O acórdão recorrido assim assentou:“Mandado de segurança. Direito líquido e certo. Produção de provas.

Professor. Aposentadoria Especial. Funções de magistério. Sala de aula.1. A avaliação do direito líquido e certo só impede a apreciação do

mérito quando há necessidade de produção de provas em face da controvérsia de fatos constantes da inicial.

2. Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado fora da sala de aula (Súmula 726 do STF)” (fl. 85).

Nas razões recursais, sustenta-se, em síntese, que para fins de aposentadoria especial de professor, considera-se o tempo de serviço prestado em função de direção de escola de ensino fundamental, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

A Presidência do TJDFT inadmitiu o recurso por vislumbrá-lo incabível.

Interposto o agravo de instrumento, dei-lhe provimento para melhor exame do recurso extraordinário (fl. 227).

Decido.Assiste razão à recorrente.Inicialmente, convém reproduzir o assentado pelo Tribunal de origem:“Nos termos do §5º da Constituição Federal, a redução de cinco anos,

para fins de aposentadoria de professor, só pode ocorrer se o tempo de serviço for exercido efetivamente nas funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Acerca da expressão ‘funções de magistério’, tenho que, na esteira da jurisprudência predominante, somente estão abrangidas aquelas em que o professor encontra-se em sala de aula, excluídas as de natureza administrativa” (fl. 87).

Sendo assim, constato que o acórdão recorrido diverge da jurisprudência iterativa desta Corte, segundo a qual as funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, logo aqueles que a exercem fazem jus ao regime especial de aposentadoria do art. 40, §5º, do texto constitucional.

A propósito, o Tribunal Pleno assim se pronunciou no âmbito da ADI 3.772, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 27.3.2009:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE MANEJADA CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE ACRESCENTOU O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. CARREIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL PARA OS EXERCENTES DE FUNÇÕES DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 129: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 129

DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, § 5º, E 201, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE, COM INTERPRETAÇÃO CONFORME. I - A função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição Federal. III - Ação direta julgada parcialmente procedente, com interpretação conforme, nos termos supra.”

Ante o exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço e dou provimento ao recurso extraordinário para reconhecer o direito da parte recorrente ao cômputo do tempo de serviço prestado em funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico na concessão de aposentadoria especial para a carreira de magistério, para fins da aposentadoria especial prevista no art. 40, § 5º, da Carta. Invertido o ônus de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.163 (713)ORIGEM : AC - 50535673820124047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SEBASTIAO PEDRO FERREIRAADV.(A/S) : CÉLIO VITOR BETINARDI E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Pendem de julgamento final nesta Corte as ADIs 4.357/DF e

4.425/DF, em que discutido o alcance da declaração de inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional 62/2009.

Diante da correlação do tema com a hipótese em apreço, determino o sobrestamento do feito até a decisão definitiva a ser proferida nas ADIs 4.357/DF e 4.425/DF.

Aguarde-se na Secretaria Judiciária.Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.328 (714)ORIGEM : PROC - 50527203620124047000 - TRF4 - PR - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NIVAIR DE JESUS BATISTAADV.(A/S) : ZENIMARA RUTHES CARDOSO E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Aparelhado o recurso na alegação de afronta aos arts. 5º, caput, 195, § 5º, e 201, caput e § 1º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Cômputo do tempo de gozo de auxílio-doença para fins de carência. Possibilidade. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, para fins de cômputo da

carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes: ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE 824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3. Agravo regimental não provido.” (ARE 746.835-AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.10.2014.)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA CONTRIBUTIVA DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. ART. 29, § 5º, DA LEI N. 8.213/1991: APLICAÇÃO RESTRITA À APOSENTADORIA PRECEDIDA DE AUXÍLIO-DOENÇA INTERCALADO COM TRABALHO (ART. 36, § 7º, DO DECRETO N. 3.048/1999). JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (RE 836.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 08.10.2014.)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.330 (715)ORIGEM : PROC - 50021981220114047009 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OLINDA DA SILVA ALMEIDAADV.(A/S) : RAFAELA SIEIRO QUADROS BETENHEUSER

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Aparelhado o recurso na alegação de afronta aos arts. 5º, caput, 195, § 5º, e 201, caput e § 1º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Cômputo do tempo de gozo de auxílio-doença para fins de carência. Possibilidade. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes: ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE 824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3. Agravo regimental não provido.” (ARE 746.835-AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.10.2014.)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA CONTRIBUTIVA DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. ART. 29, § 5º, DA LEI N. 8.213/1991: APLICAÇÃO RESTRITA À APOSENTADORIA PRECEDIDA DE AUXÍLIO-DOENÇA INTERCALADO COM TRABALHO (ART. 36, § 7º, DO DECRETO N. 3.048/1999). JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (RE 836.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 08.10.2014.)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 130: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 130

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.331 (716)ORIGEM : PROC - 50072678820124047009 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ERONI DE MORAES SOUZAADV.(A/S) : VINICIUS LOPES BENCK E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Aparelhado o recurso na alegação de afronta aos arts. 5º, caput, 195, § 5º, e 201, caput e § 1º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Cômputo do tempo de gozo de auxílio-doença para fins de carência. Possibilidade. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes: ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE 824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3. Agravo regimental não provido.” (ARE 746.835-AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.10.2014.)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA CONTRIBUTIVA DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. ART. 29, § 5º, DA LEI N. 8.213/1991: APLICAÇÃO RESTRITA À APOSENTADORIA PRECEDIDA DE AUXÍLIO-DOENÇA INTERCALADO COM TRABALHO (ART. 36, § 7º, DO DECRETO N. 3.048/1999). JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (RE 836.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 08.10.2014.)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.335 (717)ORIGEM : PROC - 50215539820124047000 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA KOTOVICZ SOCZEKADV.(A/S) : MARCO ANTONIO GROTT E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Aparelhado o recurso na alegação de afronta aos arts. 5º, caput, 195, § 5º, e 201, caput e § 1º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da

jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Cômputo do tempo de gozo de auxílio-doença para fins de carência. Possibilidade. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes: ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE 824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3. Agravo regimental não provido.” (ARE 746.835-AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.10.2014.)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA CONTRIBUTIVA DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. ART. 29, § 5º, DA LEI N. 8.213/1991: APLICAÇÃO RESTRITA À APOSENTADORIA PRECEDIDA DE AUXÍLIO-DOENÇA INTERCALADO COM TRABALHO (ART. 36, § 7º, DO DECRETO N. 3.048/1999). JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (RE 836.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 08.10.2014.)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.361 (718)ORIGEM : AC - 50125553320114047112 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CENI LOURDES DE BRUM BARROSADV.(A/S) : MAURO SÉRGIO MURUSSI

Vistos etc.Pendem de julgamento final nesta Corte as ADIs 4.357/DF e

4.425/DF, em que discutido o alcance da declaração de inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional 62/2009.

Diante da correlação do tema com a hipótese em apreço, determino o sobrestamento do feito até a decisão definitiva a ser proferida nas ADIs 4.357/DF e 4.425/DF.

Aguarde-se na Secretaria Judiciária.Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.429 (719)ORIGEM : AC - 00010147420118260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARIA IRMA BECA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉ LUIS FROLDI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. EXTENSÃO A INATIVOS DE VANTAGENS CONCEDIDAS EM ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007).

2. In casu, a parte não cumpriu o referido requisito ao impugnar o acórdão recorrido que assentou: “PREVIDÊNCIA – COMPLEMENTAÇÃO – FEPASA – PISO SALARIAL DE 2,5 SALÁRIOS MÍNIMOS –

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 131

INADMISSIBILIDADE – PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO AFASTADA – AÇÃO IMPROCEDENTE”.

3. Recurso extraordinário DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se recurso extraordinário interposto por MARIA IRMA BECA

E OUTRO(A/S), com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acordão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado, in verbis (fl. 274):

“PREVIDÊNCIA – COMPLEMENTAÇÃO – FEPASA – PISO SALARIAL DE 2,5 SALÁRIOS MÍNIMOS – INADMISSIBILIDADE – PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO AFASTADA – AÇÃO IMPROCEDENTE”.

Nas razões do apelo extremo alegam violação do artigo 7º, V e VI, da Constituição Federal.

É o relatório. DECIDO.Razão não assiste aos recorrentes.Os recorrentes não fundamentaram adequadamente a preliminar de

repercussão geral, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418/06.

Não basta a simples afirmação de que o tema tenha repercussão geral, faz-se necessária a fundamentação adequada que supra as exigências do disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418/06 e art. 327, § 1º, do RISTF. In casu, o agravante não se desonerou de demostrar a existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa, deixando inócua a preliminar apresentada.

O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da Questão de Ordem no AI 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007, fixou o seguinte entendimento:

“I. Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria criminal e a exigência constitucional da repercussão geral.

[...] II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de

admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem,

seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327).

2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal (Art. 543-A, § 2º).

III. Recurso extraordinário: exigência de demonstração, na petição do RE, da repercussão geral da questão constitucional: termo inicial.

[...] 4. Assim sendo, a exigência da demonstração formal e

fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007.”

Insta ressaltar que a intimação do acórdão impugnado deu-se, no caso sub examine, em data posterior à fixada no citado julgamento.

Ex positis, DESPROVEJO o recurso, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.608 (720)ORIGEM : AC - 20120042328 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTERECDO.(A/S) : KRISTINE MAY SHELMAN DE SOUZA ROSADO

AMARALADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO DELGADO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O recurso foi interposto intempestivamente. O representante do Ministério Público foi intimado pessoalmente do acórdão recorrido em 4/12/2013 (quarta-feira, e-STJ, fl. 1.061), iniciando-se a contagem do prazo de trinta dias para a interposição do recurso no dia seguinte, em 5/12/2013. O apelo extremo somente foi protocolado em 7/5/2014 (e-STJ, fl. 1.137); fora, portanto, do prazo previsto no art. 508, c/c art. 188 do Código de Processo Civil.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.987 (721)ORIGEM : AC - 50015814920114047204 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PEDRO MARTINS ANTUNESADV.(A/S) : CLÉLIA MARA FONTANELLA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

Vistos, etc.Pendem de julgamento nesta Corte as ADIs 4.357/DF e 4.425/DF, em

que discutido o alcance da declaração de inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional 62/2009.

Diante da correlação do tema com a hipótese em apreço, determino o sobrestamento do feito até a decisão definitiva a ser proferida nas ADIs 4.357/DF e 4.425/DF.

Aguarde-se na Secretaria Judiciária.Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.749 (722)ORIGEM : AC - 2013204358 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOSSA SENHORA DO SOCORROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NOSSA

SENHORA DO SOCORRORECDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO DORIA FILHOADV.(A/S) : JOÃO CARLOS MACHADO CARVALHO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do ARE 646.000 RG (Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJe de 29/06/2012) - TEMA 551. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.932 (723)ORIGEM : AC - 50020229420104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DUALPLAC INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : DULCIOMAR CÉSAR FUKUSHIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS TON RAMOS

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, II, 37, 150, § 6º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Está no acórdão recorrido:“TRIBUTÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. PEDIDO DE CORREÇÃOMONETÁRIA. VALORES RESTITUÍDOS. PROCESSO

ADMINISTRATIVO. MORA DOFISCO. DECADÊNCIA/PRESCRIÇÃO. SELIC. TERMO INICIAL.1. Hipótese em que os pedidos de ressarcimento de créditos foramapreciados em 22/05/2009 em virtude de liminar obtida nesse sentido

e os valores

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 132: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 132

foram restituídos sem a correção monetária que ora se requer. Como a demanda

pleiteando a correção monetária decorrente da mora do fisco foi proposta dentro do

quinquênio que sucedeu às decisões administrativas, afasta-se a alegação de

decadência/prescrição.2. Em regra, não incide correção monetária sobre os créditos

escriturais.No entanto, é devida a atualização monetária de tais créditos quando

o seuaproveitamento, pelo contribuinte, sofre demora em virtude da

resistência oposta porilegítimo ato administrativo ou normativo do Fisco.3. O artigo 24 da Lei nº 11.457/2007 determina que a decisãoadministrativa seja proferida no prazo máximo de 360 dias a contar

do protocolo depetições, recursos ou defesas. Transcorrido o prazo máximo para que

seja proferidaa decisão acerca do pedido de ressarcimento, reputa-se o Fisco em

mora, poisestará retendo indevidamente os valores que devia alcançar ao

contribuinte,devendo, a partir de então, incidir a taxa SELIC, mesmo índice

utilização para repararo retardamento do contribuinte no atendimento da obrigação

tributária.”Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo

Tribunal Federal entende que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido, cito o RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; e o ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, assim ementado:

"Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento."

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE

REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ademais, a aplicação de tal legislação à espécie (ou ao caso concreto), consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, não enseja a apontada violação dos arts. 37, 150, § 6º, da Constituição da República.

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.986 (724)ORIGEM : AC - 50061128120114047107 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGFRECDO.(A/S) : LOTARIO THIELADV.(A/S) : IARA SOLANGE DA SILVA SCHNEIDER

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o INSS Instituto Nacional do Seguro Social. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV, 194 e 195 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 133

direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Está no acórdão recorrido:“PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. CONVERSÃO DO

TEMPOCOMUM EM ESPECIAL. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA

ESPECIAL.TUTELA ESPECÍFICA.1. Uma vez exercida atividade enquadrável como especial, sob a

égide dalegislação que a ampara, o segurado adquire o direito ao

reconhecimento como tal. 2.Constando dos autos a prova necessária a demonstrar o exercício de

atividadesujeita a condições especiais, conforme a legislação vigente na data

da prestação dotrabalho, deve ser reconhecido o respectivo tempo de serviço. 3.

Demonstrado otempo de serviço especial por 15, 20 ou 25 anos, conforme a

atividade exercida pelosegurado e a carência, é devida à parte autora a aposentadoria

especial, nos termosda Lei nº 8.213/91. 4. Determina-se o cumprimento imediato do

acórdão naquilo quese refere à obrigação de implementar e/ou restabelecer o benefício,

por se tratar dedecisão de eficácia mandamental que deverá ser efetivada mediante

as atividades decumprimento da sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC,

sem anecessidade de um processo executivo autônomo (sine intervallo).”O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da

jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO COM CONVERSÃO E CONTAGEM DE PERÍODO TRABALHADO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. NECESSIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. O benefício previdenciário, nas hipóteses em que sub judice o preenchimento dos requisitos para sua concessão, demanda a análise da legislação infraconstitucional e do reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Precedentes: ARE 662.120-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 8/2/2012, e ARE 732.730-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 4/6/2013. 2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO COM CONVERSÃO E CONTAGEM DE PERÍODO TRABALHADO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. SENTENÇA IMPROCEDENTE. RECURSO DA PARTE AUTORA. NEGADO PROVIMENTO”. 5. Agravo regimental DESPROVIDO.” (ARE 827909- AgR; Rel. Min. Luix Fux, 1ª Turma, DJe 24.10.2014)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.994 (725)ORIGEM : AC - 50411403420114047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBER

RECTE.(S) : RUBEM ANTONIO DE FREITAS BARROS - MEADV.(A/S) : VINICIUS OCHOA PIAZZETA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Rubem Antonio de Freitas Barros – ME. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, LIV, LV, 93, IX, 145, § 1º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 134

Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002)."TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE

REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Está no acórdão recorrido:“TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. LEGITIMIDADEPASSIVA. DISSOLUÇÃO IRREGULAR. PRESCRIÇÃO.

INOCORRÊNCIA.MULTA. ATRASO NA ENTREGA DA DCTF. OBRIGAÇÃO

ACESSÓRIA.PENALIDADE. APLICAÇÃO. INSTRUÇÃO NORMATIVA. LEI Nº10.426/02.1. O redirecionamento foi deferido em razão de haver indicativos

suficientes deque a empresa encerrou irregularmente suas atividades, deixando de

funcionar em seudomicílio fiscal Aplicação da Súmula 435 do STJ.2. Hipótese que não transcorreu o lustro prescricional.3. A entrega da Declaração das Contribuições e Tributos Federais-

DCTFconstitui-se em obrigação acessória, cujo descumprimento enseja a

cobrança de multa, semqualquer vínculo com o fato gerador do tributo4. A obrigação acessória de entrega da DCTF está prevista

legalmente eminstruções normativas da Secretaria da Receita Federal, tendo

respaldo em lei ordinária,assim, como a multa pelo atraso na entrega da declaração.5. É legítima a exigência de multa pela entrega com atraso da DCTF,

mesmo emperíodo anterior ao advento da Lei nº 10.426/02.”O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova

produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.243 (726)ORIGEM : PROC - 50249005620134040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : COOPERATIVA DE TRABALHADORES ORGANIZADA

LTDA - COORGANIZADAADV.(A/S) : GIOVANNI FRANCESCO MARRONE ARONNARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Cooperativa de Trabalhadores Organizada Ltda - Coorganizada. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, LV, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o

que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 847.330 (727)ORIGEM : AC - 00059774320134049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOSE MARIA ANTUNESADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, no qual se alega violação aos arts. 5º; 7º, IV; 37, caput; 150, caput, II e IV; 194, IV; e 201, §§3º e 4º, do texto constitucional, pelo acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O acórdão recorrido assim assentou, no que interessa:“PREVIDENCIÁRIO. REVISIONAL. APOSENTADORIA POR TEMPO

DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. COMPROVAÇÃO. REQUISITOS PREENCHIDOS. REVISÃO CONCEDIDA.” (eDOC 5, p. 7).

Nas razões recursais, o recorrente alega, em síntese, a inconstitucionalidade do artigo 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, e do art. 100, §12º, da Constituição Federal (acrescentado pela EC n. 62/2009). Ademais, postula a aplicação de índice que garanta a recomposição plena do poder aquisitivo original da moeda em face do processo inflacionário.

A Vice-Presidência do TRF-4 admitiu o recurso por vislumbrar a presença de todos os requisitos de admissibilidade.

Decido.A irresignação não merece prosperar.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 135: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 135

Ao aplicar o art. 1º-F da Lei 9.494/97, o Tribunal a quo decidiu em consonância com a jurisprudência desta Corte firmada no AI-RG 842.063, assim ementado:

“Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Art. 1º-F da Lei 9.494/97. Aplicação. Ações ajuizadas antes de sua vigência. Repercussão geral reconhecida. Precedentes. Reafirmação da jurisprudência. Recurso provido. É compatível com a Constituição a aplicabilidade imediata do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com alteração pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, ainda que em relação às ações ajuizadas antes de sua entrada em vigor”. (AI 842.063 RG, DJe 2.9.2011)

Ainda que assim não fosse, deve-se aguardar o julgamento do Plenário deste Tribunal sobre a modulação dos efeitos das declarações proferidas nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357 e 4.425, conforme se verifica do precedente abaixo:

“Com efeito, não obstante a declaração de inconstitucionalidade das expressões índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança e independentemente de sua natureza, contidas no § 12 do art. 100 da CF/88, bem como a declaração de inconstitucionalidade, em parte, por arrastamento do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009), o relator para acórdão das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357 e 4.425, Min. Luiz Fux, atendendo a petição apresentada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, na qual se noticiava a paralisação do pagamento de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do País, determinada após o julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e 4.425, realizado em 14.3.2013, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 11.4.2013, deferiu medida cautelar, determinando: ad cautelam, que os Tribunais de Justiça de todos os Estados e do Distrito Federal deem imediata continuidade aos pagamentos de precatórios, na forma como já vinham realizando até a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em 14.3.2013, segundo a sistemática vigente à época, respeitando-se a vinculação de receitas para fins de quitação da dívida pública, sob pena de sequestro. Essa medida cautelar, deferida pelo relator, foi ratificada pelo Plenário da Corte na sessão de julgamento de 24/10/2013, a significar que, enquanto não revogada, continua em vigor o sistema de pagamentos de precatórios na forma como vinham sendo realizados, não tendo eficácia, por enquanto, as decisões de mérito tomadas pelo STF Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357 e 4.425. Ora, como se pode perceber em juízo preliminar e sumário, o Superior Tribunal de Justiça, ao estabelecer índice de correção monetária diverso daquele fixado pelo art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009), nos termos do decidido pela Corte no julgamento de mérito das ADIs 4.357 e 4.425, aparentemente, descumpriu referida medida cautelar”.(Rcl 16.475-MC, Rel. Ministro Teori Zavascki, DJe 20.11.2013).

Assim, enquanto não forem decididos os pedidos de modulação dos efeitos, continuará em vigor o sistema de pagamentos de precatórios na forma como vinham sendo realizados.

Confira-se o seguinte julgado:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

INCONSTITUCIONALIDADE DA EXPRESSÃO ÍNDICE OFICIAL DE REMUNERAÇÃO BÁSICA DA CADERNETA DE POUPANÇA. REAJUSTE REMUNERATÓRIO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS FIXADOS COM BASE NO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/1997, ALTERADO PELO ART. 5º DA LEI N. 11.960/2009. JULGADO RECORRIDO CONSOANTE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (RE 798.541 AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe 6.5.2014)

Desse modo, observa-se que, quanto à aplicabilidade da Lei 11.960/09, esta Corte já firmou se manifestou, no julgamento pelo Plenário do AI 842.063-RG/RS (tema 435), DJe 2.9.2011, momento em que reconheceu a repercussão geral do tema em debate e reafirmou a sua jurisprudência no sentido de que o art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com alteração dada pela Medida Provisória 2.180-35/2001, tem aplicabilidade imediata, independentemente da data de ajuizamento da ação.

Ante o exposto, conheço do recurso extraordinário para negar-lhe provimento (Art. 557, caput, CPC e art. 21, §1º, RISTF).

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 637.968 (728)ORIGEM : AI - 9271685300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JOSÉ ANTONIO BARROS MUNHOZADV.(A/S) : FERNANDA CARDOSO DE ALMEIDA DIAS DA ROCHARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO : Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de

processamento e julgamento de Prefeitos por atos de improbidade

administrativa com fundamento na Lei nº 8.249/1992.O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o ARE

683.235-RG, sob a relatoria do Ministro Teori Zavascki, concluiu pela presença de repercussão geral da matéria em exame (Tema 576). Veja-se a ementa do mencionado paradigma:

“Recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Aplicação da Lei de Improbidade Administrativa Lei 8.429/1992 a prefeitos. 3. Repercussão Geral reconhecida.”

Diante do exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Brasília, 23 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.692 (729)ORIGEM : AC - 6269995000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MATOZINHO EDMAR PIMENTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANA CRISTINA DE MOURARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO:Trata-se de processo em que servidores públicos do município de

São Paulo pleiteiam reajustes de seus vencimentos/proventos, com base nas Leis municipais nºs 10.688/1988 e 10.722/1989.

O recurso extraordinário é inadmissível. O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, no exame do RE 632.767-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, assentou a ausência de repercussão geral da controvérsia ora em debate, por se restringir ao âmbito infraconstitucional. Veja-se a ementa do referido julgado:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. REAJUSTES DE VENCIMENTOS. ÍNDICES APLICÁVEIS. COMPENSAÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES DE REAJUSTES. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. LEIS 10.688/1988, 10.722/1989, 11.722/1995 E 12.397/1997. PORTARIAS 256/1994 E 261/1994. DECRETOS 35.932/1996, 36.249/1996, 36.559/1996 E 36.769/1997. SÚMULA 280 DO STF. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, c/c o art. 543-A, § 5º, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e indefiro liminarmente o recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.207 (730)ORIGEM : AC - 00057270220108220001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO VELHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

VELHORECDO.(A/S) : NEIDE TEIXEIRA NEVESADV.(A/S) : SANDRO LÚCIO DE FREITAS NUNES

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute o pagamento de gratificação

de incentivo e localidade para servidor público municipal.A sentença assentou que o recorrido, servidor público, preencheu os

requisitos legais para o recebimento da gratificação mencionada. Entendimento que foi confirmado pelo acórdão recorrido.

A decisão agravada, por sua vez, negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que não estão presentes os pressupostos para sua admissibilidade.

A decisão deve ser mantida. Isso porque a parte recorrente não apresenta argumentos capazes de viabilizar o processamento do recurso extraordinário, o qual deve ser inadmitido.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a , do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.571 (731)ORIGEM : AC - 20108043377 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 136

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL

S/A - ENERSULADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA CARDOSO MENDESADV.(A/S) : DARLEI FAUSTINO DA FONSECA

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a restituição de valores

despendidos em edificação de rede de eletrificação rural.A sentença e o acórdão proferido pelo Tribunal de origem foram

convergentes no sentido de julgar procedente o pedido formulado pela ora agravada.

A decisão agravada, por sua vez, negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que não estão presentes os pressupostos para sua admissibilidade.

A decisão deve ser mantida. Isso porque a parte recorrente não apresenta argumentos capazes de viabilizar o processamento do recurso extraordinário, o qual deve ser inadmitido.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.768 (732)ORIGEM : AC - 70037387552 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CLEUNICE DE ALMEIDAADV.(A/S) : SÉRGIO MACHADO CEZIMBRARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PANAMBIADV.(A/S) : SUSANA CRISTINA NOSCHANG

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de estender o

pagamento do adicional de eficiência a servidor público que não exerce as funções preconizadas na lei que concede tal vantagem.

A sentença e o acórdão proferido pelo Tribunal de origem foram convergentes no sentido de julgar improcedente o pedido formulado pelo ora agravante.

A decisão agravada, por sua vez, negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que não estão presentes os pressupostos para sua admissibilidade.

A decisão deve ser mantida. Isso porque a parte recorrente não apresenta argumentos capazes de viabilizar o processamento do recurso extraordinário, o qual deve ser inadmitido.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.629 (733)ORIGEM : AI - 20020099501351 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ENSINE - ESCOLAS SUPERIORES INTEGRADAS DO

NORDESTE LTDAADV.(A/S) : CRISTIANE TRAVASSOS LIMA DE MEDEIROS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LEANDRO SOUTO MAIOR MUNIZ DE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : HENRIQUE SOUTO MAIOR MUNIZ DE ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA

CATARINA - UNISULADV.(A/S) : GREICY DARELA BET TRAMONTIN E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal Mista da Comarca da Capital/PB, que manteve sentença de 1ª instância que condenara a parte recorrente à restituição em dobro de valores cobrados indevidamente, bem como à indenização por danos morais no valor de R$ 2.500,00 (fls. 423).

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, LIV e LV; e 207 da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “coloca entre a decisão impugnada e a Constituição interpretação de Lei Federal (art. 40 da Lei 9.099/95), o que não é permitido

no manejo do Recurso Extraordinário, segundo a doutrina e a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal”; e (ii) “o recorrente pretende, através dele, que a Suprema Corte reveja matéria fática já analisada, o que a transformaria numa terceira instância ordinária, o que não é possível” (fls. 411/412).

O recurso não deve ser provido. De início, nota-se que a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. O recurso extraordinário, portanto, carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição.

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes”

Ademais, a solução da controvérsia pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário, nos termos da Súmulas 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 17 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.837 (734)ORIGEM : ROAR - 113007920075040000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RONALDO GUIMARÃES MARTINSADV.(A/S) : MARCELO DE SOUZA FIUSSONRECDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO

GRANDE DO SULADV.(A/S) : TAIS FENSTERSEIFER

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado (fls. 1089):

“AÇÃO RESCISÓRIA - CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL - EMPREGADOS - INAPLICABILIDADE DA ESTABILIDADE DO ART. 41 DA CF - VIOLAÇÃO NÃO CONFIGURADA.

1. O Reclamante ajuizou ação rescisória calcada no inciso V (violação de lei) do art. 485 do CPC, apontando como violados os arts. 3º, ‘caput’, I, II, III e IV, da Lei 9.962/00, 21 e 22 da Lei 8.112/90, 58, ‘caput’ e § 3º da Lei 9.649/98, 159 do CC revogado, 186 do CC atual, 5º, XIII, 21, XXIV, 22, XVI, 37, § 1º, I, II e III, e § 2º, 41, § 1º, I, II e III, e § 2º, 70, parágrafo único, 149 e 175 da CF, bem como a OJ 5 da SDC do TST, buscando desconstituir acórdão da 2ª Turma do 4º TRT, considerando-se beneficiário de estabilidade no emprego, na medida em que ingressou na autarquia (Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul) mediante concurso público, há mais de seis anos, razão pela qual não poderia ter sido dispensado imotivadamente.

2. De plano, a alegada violação da OJ 5 da SDC do TST, tropeça no óbice da OJ 25 da SBDI-2 desta Corte. Por outro lado, os arts. 159 do CC revogado, 186 do CC atual, 5º, XIII, 21, XXIV, 22, XVI, 37, § 1º, I, II e III, e § 2º, 70, parágrafo único, 149 e 175 da CF não foram debatidos na decisão rescindenda, o que atrai o óbice da Súmula 298, I, do TST.

3. Cinge-se a controvérsia à aplicabilidade da estabilidade conferida pelo art. 41 da CF aos empregados dos conselhos regionais e federais de fiscalização do exercício profissional. A jurisprudência desta Corte Superior, consoante precedentes da SBDI-1 e das Turmas, já se posicionou quanto a esse tema, firmando o entendimento de que os conselhos regionais e federais de fiscalização do exercício profissional não possuem natureza autárquica em sentido estrito, ao contrário, são autarquias ‘sui generis’, dotadas de autonomia administrativa e financeira, não lhes sendo aplicáveis as normas relativas à administração interna das autarquias federais, inclusive no que diz respeito à estabilidade do art. 41 da CF.

4. Desse modo, não procede o corte rescisório sobre o prisma da violação de lei.

Recurso ordinário desprovido.”O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a e c, da

Constituição Federal. A parte recorrente sustenta violação aos arts. 1º, III; 5º, LV; 37, I, II e III e § 2º; 39, caput; 41, §§ 1º e 2º; 70, caput e parágrafo único; 149; e 175, todos da Constituição. Alega que “ingressou na Autarquia através de processo seletivo público, obtendo aprovação e, após 06 anos aproximadamente de serviço prestado foi dispensado pelo órgão fiscalizado por um ato de repleta magnitude, sem qualquer oportunidade de defesa, entendendo possuir a estabilidade prevista no art. 41 da CF” (fls. 1129).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 137

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário, sob o fundamento de que “não se pode atribuir aos respectivos empregados o direito à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal de 1988” (fls. 1137).

O recurso deve ser provido. De início, ressalte-se que o Supremo Tribunal Federal possui jurisprudência pacífica no sentido de que os Conselhos de fiscalização de profissões possuem a natureza jurídica de autarquia federal, sendo entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, de modo que os seus funcionários são considerados servidores públicos. Sobre a questão, confira-se a ementa da ADI 1.717/RJ, julgada sob a relatoria do Ministro Sydney Sanches:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS.

1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3º do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998, como já decidiu o Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação Direta é julgada procedente, quanto ao mais, declarando-se a inconstitucionalidade do "caput" e dos § 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do mesmo art. 58.

2. Isso porque a interpretação conjugada dos artigos 5°, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da Constituição Federal, leva à conclusão, no sentido da indelegabilidade, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas, como ocorre com os dispositivos impugnados.

3. Decisão unânime.”Na hipótese, o recorrente ingressou nos quadros do Conselho

Regional de Contabilidade do Estado do Rio Grande do Sul por meio de concurso público, sendo demitido de forma imotivada.

As entidades fiscalizadoras, por fazerem parte da Administração Pública Indireta têm todos os seus atos sujeitos ao controle legal, de modo que se torna inviável a dispensa imotivada de servidor – cujo ingresso se deu por meio de concurso público – sem a submissão ao devido processo administrativo. Assim, evidente, no caso, o desrespeito aos termos do art. 37, da Constituição Federal. Sobre a questão, e nesse mesmo sentido, confiram-se os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Conselhos de fiscalização profissional. Natureza de autarquia reconhecida por esta Suprema Corte. Precedentes.

1. O servidor de órgão de fiscalização profissional, cuja natureza jurídica é inegavelmente de autarquia federal, não pode ser demitido sem a prévia instauração de processo administrativo.

2. Inaplicabilidade, no caso, da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte, porque não se declarou inconstitucionalidade de lei, tampouco se afastou sua incidência.

3. Agravo regimental não provido.” (RE 563.820-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. AUTARQUIA FEDERAL. SERVIDOR PÚBLICO CONCURSADO: IMPOSSIBILIDADE DE DISPENSA IMOTIVADA. ESTABILIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO DISSONANTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (RE 735.703-ED, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia, Segunda Turma).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, c, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e dou parcial provimento ao recurso extraordinário, apenas para anular a dispensa e determinar que sua eventual renovação seja precedida de devido processo legal. Inverto os ônus da sucumbência.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.861 (735)ORIGEM : PROC - 1968004020055130001 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ZILL BEZERRA DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ ARAÚJO DE LIMARECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 648.454 (736)

ORIGEM : AC - 5504896 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : AUTARQUIA MUNICIPAL DE SAÚDE - AMSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINARECDO.(A/S) : ADÉLIA OLIVA MARQUES VALENTE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROGER STRIKER TRIGUEIROS

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a base de cálculo para o

pagamento de horas extras a servidores públicos municipais.O recurso extraordinário é inadmissível, uma vez que não discute

matéria constitucional. Com efeito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 649.087 (737)ORIGEM : RR - 1207006620075010079 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EMPRESA DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - EMOPADV.(A/S) : MARCELO MELLO MARTINSRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS

DA CONSTRUÇÃO CIVIL, DE LADRILHOS HIDRÁULICA E PRODUÇÃO DE CIMENTO E DE MÁRMORES E GRANITOS E DA CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS, PAVIMENTAÇÃO E OBRAS DE TERRAPLANAGEM EM GERAL E MANUTENÇÃO E MONTAGEM INDUSTRIAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : JORGINA PEIXOTO BONIFÁCIO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu o recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“EMPRESA PÚBLICA – REAJUSTE SALARIAL PREVISTO EM CONVENÇÕES COLETIVAS – APLICABILIDADE – ART. 173, § 1º, II, DA CF.

1. O art. 173, § 1º, II, da CF estabelece que as empresas públicas que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços devem se sujeitar ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

2. O art. 169, § 1º, II, da CF não exige das empresas públicas e das sociedades de economia mista dotação orçamentária para concessão de reajustes salariais.

3. ‘In casu’, o Regional decidiu que é vedado às empresas publicas concederem reajustes salariais previstos em convenções coletivas da respectiva categoria profissional sem prévia dotação orçamentária.

4. Assim, merece reforma o acórdão regional, para que sejam aplicados à Reclamada, Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro – EMOP -, os reajustes salariais previstos nas convenções coletivas da respectiva categoria profissional.

Recurso de revista provido.”O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da

Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 7º, XXVI; 173, § 1º, II; e 169, § 1º, I e II, todos da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que não houve ofensa direta aos dispositivos constitucionais tidos por violados.

O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista que o Plenário do Supremo Tribunal Federal assentou que o “‘a concessão de qualquer vantagem’ pelos ‘órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderá ser feita’ ‘se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes’ e ‘se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista” (MS 22.160, Rel. Min. Sydney Sanches).

Nessa mesma linha, vejam-se o AI 780.888, Rel. Min. Marco Aurélio e o AI 751.727, Rel. Min. Dias Toffoli, assim ementado:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Empresas públicas. Sujeição às convenções coletivas de trabalho. Artigo 169, § 1º, incisos I e II, da Constituição Federal. Possibilidade. Precedentes.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 138

1. A Corte firmou entendimento no sentido de que a sujeição das empresas públicas e das sociedades de economia mista às convenções coletivas de trabalho não ofende as normas do art. 169, § 1º, incisos I e II, da Constituição Federal.

2. Agravo regimental não provido.” Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.152 (738)ORIGEM : AC - 70039107404 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GENI DA FÁTIMA GONÇALVESADV.(A/S) : FELIPE FLORIANI BECKERRECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO HOSPITAL CENTENÁRIOADV.(A/S) : RAQUEL DE AZEVEDO

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute os percentuais para

pagamento de adicional de insalubridade à servidora pública municipal.A sentença e o acórdão proferido pelo Tribunal de origem foram

convergentes no sentido de julgar improcedente o pedido formulado.A decisão agravada não admitiu o recurso extraordinário, por

ausência dos pressupostos para a sua admissibilidade.Com razão o Tribunal de origem. Isso porque o recurso

extraordinário, além de não reunir as condições processuais para a sua admissibilidade, não envolve matéria constitucional.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas nego-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.586 (739)ORIGEM : PROC - 691596401 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PEDRO HENRIQUE XAVIERADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE XAVIERRECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão que assentara a falta de interesse de agir do ora recorrente, diante da desnecessidade da homologação de cessão de crédito decorrente de precatório requisitório.

O recurso extraordinário é inadmissível, uma vez que não discute matéria constitucional. Com efeito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição.

Nesse sentido e sobre casos análogos: ARE 835.349, Relª. Minª. Rosa Weber; ARE 716.465, Rel. Min. Dias Toffoli; e ARE 700.576, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 660.065 (740)ORIGEM : PROC - 00448406020095030135 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO RAMO

FINANCEIRO DE GOVERNADOR VALADARES E REGIÃO

ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIORECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM SOCIEDADE

COOPERATIVAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - SINTRAF

ADV.(A/S) : KLAISTON SOARES DE MIRANDA FERREIRARECDO.(A/S) : COOPERATIVA DE POUPANÇA E CRÉDITO DO VALE

DO RIO DOCE LTDA - SICOOB CREDIRIODOCEADV.(A/S) : MARCELO WERNECK NOGUEIRA DA GAMA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMPREGADOS DE COOPERATIVAS. SINDICATO REPRESENTATIVO. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. NÃO PROVIMENTO.

1. Os empregados de cooperativas de crédito não se equiparam aos bancários, sendo indevida a contribuição em face dos referidos profissionais ao sindicato representativo dos empregados de bando. Precedentes.

2. Agravo de instrumento a que se nega provimento.”O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da

conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário. Precedentes: ARE 653.168-AgR, Rel. Min. Luiz Fux; ARE 711.491-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli; e ARE 659.042-AgR, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 660.811 (741)ORIGEM : AC - 9542535400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ARACELI CROZARIOL MONTEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MESSIAS TADEU DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROSRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SAO PAULO

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute o pagamento do Adicional

Operacional Penitenciário (AOP) a servidores públicos inativos e pensionistas do Estado de São Paulo.

O recurso extraordinário é inadmissível, uma vez que não discute matéria constitucional. Com efeito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição.

Nesse sentido e sobre a mesma controvérsia: RE 826.197, Relª. Minª. Rosa Weber; ARE 663.423, Rel. Min. Dias Toffoli; e ARE 657.628, Rel. Min. Marco Aurélio.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.256 (742)ORIGEM : PROC - 200834007000320 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : COLEMAR ANTÔNIO DA CRUZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRESSA MIRELLA CASTRO TORRESRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO:Trata-se de processo em que se discute a extensão do percentual de

10,87%, de que trata a MP nº 1.053/1995, convertida na Lei nº 10.192/2001, a servidor público federal.

O recurso não deve ser provido, tendo em conta que a decisão proferida pelo Tribunal de origem está alinhada à jurisprudência desta Corte (AI 857.367-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma; e RE 412.428-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 139

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 663.047 (743)ORIGEM : PROC - 20075050005904601 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RAYNO ALVES MACIELPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ALEX WERNER ROLKE

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a nulidade do acórdão

recorrido, tendo em vista não ter sido intimada pessoalmente a Defensoria Pública da União.

O recurso extraordinário é inadmissível, uma vez que não discute matéria constitucional. Com efeito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição.

Nesse sentido e sobre a mesma controvérsia, veja-se o RE 654.190, Rel. Min. Ricardo Lewandowski.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.697 (744)ORIGEM : RI - 200972550086934 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : RODRIGO CENI DE ANDRADEADV.(A/S) : ALBERTO PIERO CENI LEMOS

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute o pagamento de ajuda de

custo, em decorrência de remoção a pedido, de membro da Advocacia-Geral da União.

O recurso não deve ser admitido. O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 742.578-RG, sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, reafirmou a jurisprudência desta Corte para assentar a ausência de repercussão geral da controvérsia, por se tratar de matéria de âmbito infraconstitucional. Confira-se a ementa do referido julgado:

“REPERCUSSÃO GERAL. ADMINISTRATIVO. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. REMOÇÃO A PEDIDO. AJUDA DE CUSTO. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b , c/c o art. 543-A, § 5º, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e indefiro liminarmente o recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.450 (745)ORIGEM : ADI - 10000095043279000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE UNAÍRECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE UNAÍADV.(A/S) : ALESSANDRA BAGNO FONSECA RODRIGUES DE

ALMEIDARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fls. 174):

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – LEI MUNICIPAL – CONTRATO TEMPORÁRIO – FUNÇÕES – EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO – AUSÊNCIA – CARÁTER ESSENCIAL E PERMANENTE – CLÁUSULA ABERTA E GENÉRICA – IMPOSSIBILIDADE – INCONSTITUCIONALIDADE. Não se admite a manutenção no ordenamento jurídico municipal de dispositivo de lei que contenha cláusula aberta e

genérica, quando esta possa implicar ofensa à Constituição Estadual. Incabível a interpretação conforme a Constituição quando a técnica enseja a criação de norma jurídica, atividade própria do Poder Legislativo. São inconstitucionais os dispositivos da Lei Municipal que autorizam a celebração de contratos temporários para funções de caráter essencial e permanente na Administração Pública, ofendendo o disposto no art. 22 da Constituição do Estado. Julgada procedente a ação.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a e c, da Constituição Federal. A parte recorrente sustenta violação aos arts. 5º, LIV; 30 e 37, IX, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “o prazo recursal não é contado em dobro, ainda em se tratando de parte revestida de prerrogativa especial, conforme orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal” (fls. 249).

A decisão deve ser mantida. De fato, o recurso extraordinário é intempestivo, tendo em vista que o acórdão recorrido foi publicado em 17/12/2010 (fls. 209) e a petição de recurso extraordinário somente foi protocolizada em 08/02/2011 (fls. 212), ou seja, após o término do prazo recursal disposto no art. 508 do Código de Processo Civil (15 dias). Cumpre lembrar que a jurisprudência desta Corte se orienta no sentido da inaplicabilidade do prazo especial previsto no art. 188 do CPC ao recurso extraordinário interposto em processos objetivos. Nesse sentido, vejam-se os seguintes precedentes: ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello; ADI 1.797-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão; AI 788.453-AgR Rel. Min. Ricardo Lewandowski; ARE 707.339-AgR, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; RE 561.935-ED-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes; e RE 658.375-AgR, Rel. Min. Celso de Mello.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.688 (746)ORIGEM : MS - 000701996201080500000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : ALEXSANDRO BATISTA SANTOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DESPACHO: Abra-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.607 (747)ORIGEM : AMS - 01635080820098190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : RODRIGO DA SILVA ALVESADV.(A/S) : AUGUSTO MARCIO PARANHOS DE ABREU DOS

SANTOS

DECISÃO:Trata-se de processo em que o ora recorrido pleiteia a concessão de

licença das funções de bombeiro militar durante o período de realização de curso de formação para ingresso na carreira da polícia civil.

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 2º; 37, caput; e 42, da Constituição

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o argumento de que “a alegada ofensa aos artigos da Constituição da República, se existisse, seria reflexa” (fls. 169).

Admissível o agravo, passo a examinar o recurso extraordinário. Em situação semelhante à presente (RE 662.265/DF), o Ministro Luiz Fux assim decidiu, em pronunciamento monocrático que transitou em julgado:

“Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo DISTRITO FEDERAL, com fulcro no art. 102, III, a, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal que reconheceu direito de servidores públicos do Distrito Federal a licença para participar de curso de formação, prevista no art. 20, §2º, da Lei 8.112/1990, conforme ementa acima citada.

Interpostos embargos de declaração, estes restaram rejeitados.Em suas razões recursais, a recorrente aponta violação aos artigos

18, caput, e 32, § 1º, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 140

TJDFT violou a autonomia legislativa do Distrito Federal.Foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário (fls.

225/231). É o relatório. DECIDO.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

O recurso não merece prosperar. A segurança foi concedida na instância a quo nos termos do que foi

pedido na inicial. (fl. 149), para que o recorrido pudesse gozar da licença pelo período de duração do curso de formação, com término previsto para 08/12/2006 (fls. 189).

Sendo assim, é evidente a perda de objeto da presente recurso, uma vez exaurido o direito pleiteado pelos recorridos. No mesmo sentido, RE 402.034-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 20.8.2004.

Ex positis, com fundamento no art. 21, IX do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o recurso extraordinário por perda de seu objeto. Publique-se.”

A mesma ratio aplica-se ao caso dos autos. O ora recorrido pediu, e obteve, provimento liminar que lhe garantiu a licença de suas atividades funcionais para a realização de curso de formação da polícia civil em julho de 2009, decisão que foi confirmada por todas as demais instâncias. Portanto, há mais de cinco anos o recorrido alcançou a licença pleiteada, o que demostra a perda do objeto da presente ação.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, IX do RI/STF, julgo prejudicado o recurso.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.150 (748)ORIGEM : ADI - 20090026647 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JUN ITI HADAADV.(A/S) : FÉLIX JAYME NUNES DA CUNHARECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE BODOQUENAADV.(A/S) : MÁRCIO ANTÔNIO TORRES FILHO

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, assim ementado (fls. 142):

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL – DIRETOR DE ESCOLA – ELEIÇÃO – POSSIBILIDADE – PEDIDO INDEFERIDO.

Não é vedada a instituição de eleição para o preenchimento do cargo de diretor de escola municipal, porquanto tal prática não viola disposição da Carta Magna.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente sustenta violação aos arts. 2º; 27, II; 37, II; e 84, XXV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que incide, no caso, a Súmula 282/STF.

O recurso extraordinário é intempestivo, tendo em vista que o acórdão recorrido foi publicado em 24/08/2010 (fls. 148) e a petição de recurso extraordinário somente foi protocolizada em 23/09/2010 (fls. 149), ou seja, após o término do prazo recursal disposto no art. 508 do Código de Processo Civil (15 dias). Cumpre lembrar que a jurisprudência desta Corte se orienta no sentido da inaplicabilidade do prazo especial previsto no art. 188 do CPC ao recurso extraordinário interposto em processos objetivos. Nesse sentido, vejam-se os seguintes precedentes: ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello; ADI 1.797-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão; AI 788.453-AgR Rel. Min. Ricardo Lewandowski; ARE 707.339-AgR, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; RE 561.935-ED-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes; e RE 658.375-AgR, Rel. Min. Celso de Mello.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.207 (749)ORIGEM : AC - 70044483113 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DEBORA ALMEIDA DA SILVA MOREIRAADV.(A/S) : ROBERTA BRENNER OCHULACKI

RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CRUZ ALTAADV.(A/S) : VIRLEI HENRIQUE KLETKE BECKER

DECISÃO:Trata-se de processo que se discute a constitucionalidade da

reestruturação da carreira de servidor público ocorrida por meio da Lei Complementar municipal nº 42/2008.

O recurso não deve ser provido, uma vez que a decisão proferida pelo Tribunal de origem está alinhada à jurisprudência desta Corte (ARE 679.792, Rel. Min. Dias Toffoli; e ARE 686.666, Rel. ª Min. ª Cármen Lúcia).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.277 (750)ORIGEM : AC - 6193239 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : PARANAPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : ANTÔNIO ROBERTO MONTEIRO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : DARLAN NEGRÃO MENDESADV.(A/S) : HANY KELLY GUSSO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de dois agravos cujo objeto é decisão que negou seguimento

aos recursos extraordinários interpostos pelo Estado do Paraná e pela ParanaPrevidência contra acórdão que decidira pela pagamento da aposentadoria integral do recorrido.

Os recursos são inadmissíveis, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Vejam-se, a propósito, os seguintes julgados: RE 560.725-AgR, Rel.ª Min. ª Cármen Lúcia; e AI 794.831-AgR, Rel. Min, Joaquim Barbosa.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço dos agravos e nego seguimento aos recursos extraordinários.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.469 (751)ORIGEM : PROC - 990101038285 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : LAZARA SALATHIEL DE JESUSADV.(A/S) : SIDNEI RODRIGUES DE OLIVEIRA

DECISÃO: Trata-se agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que reconheceu o direito da ora recorrida de se manter como beneficiária do regime de assistência médica e odontológica de seu ex-marido.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para chegar a conclusão pretendida pelo recorrente, seriam imprescindíveis a prévia análise da legislação infraconstitucional pertinente, bem como o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário, nos termos das Súmulas 279 e 280/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.254 (752)ORIGEM : RR - 1298005120065170009 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 141

RECTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BÁNCARIOS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - SEEB

ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.606 (753)ORIGEM : AC - 00106644020074047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANDRÉ LOPES SANT'ANAADV.(A/S) : CLAÚDIO OTÁVIO XAVIER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a regularidade do processo

administrativo de demarcação de terreno de marinha.O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da

conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Ademais, o Plenário do Supremo Tribunal Federal já assentou a inexistência de repercussão geral da controvérsia relativa à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal (Tema 660 - ARE 748.371-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.124 (754)ORIGEM : AC - 10024080060106003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ÓTICA E OPTOMETRIA DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - CROO/MGADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO SILVEIRA TRINDADE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO: Abra-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.709 (755)ORIGEM : EDEDAIRR - 423401720065020050 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGASADV.(A/S) : GUSTAVO ANDÈRE CRUZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RUBEN CÉSAR KEINERTADV.(A/S) : SID H RIEDEL DE FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que manteve sentença que julgara procedente pedido de reintegração do empregado, ora recorrido, aos quadros da Fundação Getúlio Vargas.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento

do recurso extraordinário. Precedentes: ARE 696.843-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.566 (756)ORIGEM : PROC - 00162073220118260053 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARISA DIBBERNADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS

Referente à petição STF 54.845/2012.Tendo em vista as informações e o pedido constantes na petição em

epígrafe, torno sem efeito o sobrestamento determinado para os fins do art. 543-B do CPC e julgo prejudicado o recurso extraordinário por perda de objeto (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.018 (757)ORIGEM : AC - 20100144451 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATALRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTERECDO.(A/S) : ISABEL CRISTINA COSTA DE MEDEIROSADV.(A/S) : CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 7º, IV, 37, XIII,39, § 3º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Está no acórdão recorrido:“PROCESSUAL CIVIL, ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL.

APELAÇÃO EM AÇÃO ORDINÁRIA. FÓRMULA DE REAJUSTE DOS VENCIMENTOS DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS, SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE NATAL. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO. JUNTADA, NO CURSO DA LIDE, DE ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE À SUA HOMOLOGAÇÃO. SITUAÇÃO CONSOLIDADA HÁ QUASE 02 (DUAS) DÉCADAS. ATO ADMINISTRATIVO CONVALIDADO EM RAZÃO DO DECURSO DE TEMPO. BOA-FÉ EVIDENCIADA. APLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. PRECEDENTES DO TJRN E STF. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.”

O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.544 (758)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 142

ORIGEM : AC - 02818691820088190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EDSON PORTO MARGONARADV.(A/S) : FERNANDA CASTRO CAVALCANTI GUERRARECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que julgou improcedente pedido de concessão de licença sindical, formulado por diretor financeiro de sindicato de servidores públicos. O Tribunal estadual, diante da inexistência de norma estadual disciplinadora do art. 84 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, editada em simetria ao art. 8º da Constituição Federal, adotou a seguinte fundamentação:

“[...]Não obstante, na aplicação da simetria com a normativa federal,

limitados aos cargos de Presidente e Vice-Presidente, certo que, por analogia, ante a inexistência de diploma no plano estadual que discipline a regra, devido à declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 1.762/90, que regulava a concessão de licença para mandato classista, permite a concessão de licença sindical a apenas dois servidores, nas entidades que tenham entre 5.001 e 30.000 associados (art. 92, II, Lei nº 8.112/90), ao qual o apelante não se insere nesse contexto. Aliás, entendimento em consonância com a jurisprudência do E.STJ (RMS 23.297/RJ – Min. Arnaldo Esteves Lima, RMS 16.306/MA – Min. José Arnaldo da Fonseca).

[...]”O recurso é inadmissível, tendo em vista que, para dissentir da

conclusão do Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional aplicada ao caso e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 738.083 (759)ORIGEM : AC - 0036812012 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DELTA AIR LINES INCADV.(A/S) : CARLA CHRISTINA SCHNAPP E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIANA BRAGA DE CARVALHORECDO.(A/S) : JORGE RACHID MUBÁRACK MALUFRECDO.(A/S) : JANIA BUHATEM MALUFADV.(A/S) : JORGE RACHID MUBÁRACK FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TIAGO TRAJANO OLIVEIRA DANTAS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSUMIDOR.

PRESTAÇÃO DEFEITUOSA DE SERVIÇO DE TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL: INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Maranhão:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. EMPRESA AÉREA. VOO INTERNACIONAL. ATRASO. PERDA DA CONEXÃO. ILÍCITO CARACTERIZADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ART. 37, § 6º, CF/88 E ART. 14 DO CDC. EXCLUDENTES DO DEVER DE INDENIZAR NÃO VERIFICADAS. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. 1 - Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de transporte aéreo, uma vez que os passageiros inserem-se no conceito de consumidores, enquanto destinatários finais, e a companhia, por seu turno, enquadra-se como fornecedora, na medida em que oferece serviços (art. 2º e 3º do CDC); 2 - Enseja indenização por danos morais o descumprimento do contrato pela empresa aérea, que atrasou o horário do voo e inviabilizou o comparecimento de passageiro em outro País, respondendo objetivamente pelos danos que ocasionar, por ser concessionária de serviço público, nos termos do preceituado no dispositivo inserto no art. 37, § 6º, da CF/88 e no art. 14 do CDC; 3 - O dano moral deve ser fixado com prudência e em valores razoáveis, respeitando a teoria da

proporcionalidade combinada com a do desestímulo, e atendendo às peculiaridades do caso concreto. Verificada a proporcionalidade dos valores fixados, deve a sentença ser mantida; 4 - Apelo improvido”.

2. A Agravante afirma ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 5º, § 2º, e 178, caput, da Constituição da República.

Argumenta que “não poderia o código de defesa do consumidor, mediante normas de caráter geral, excluir do ordenamento a Convenção de Montreal ignorando a imperatividade determinada pelo artigo 178 da Constituição Federal”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada de incidência das Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal, por estar a matéria prequestionada.

A superação desse fundamento, todavia, não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante, não lhe assistindo razão jurídica.

6. O tribunal de origem afirmou ter ficado“incontroverso o fato de que os recorridos estavam com as

passagens marcadas para o dia 27/12/2008, no trecho Fortaleza – Atlanta- Las Vegas, porém diante do atraso de duas horas em fortaleza, perderam a hora do embarque no segundo trecho em atlanta, fato este que originou todos os dissabores sofridos.

Com relação à alegação de excludente de dever de indenizar em função do fato de terceiro (agência que vendeu os bilhetes), embora seja esta também uma prestadora de serviços, tem-se que não restou demonstrado que o fato originário da perda do voo foi atraso na saída da aeronave, ou seja, é fator imputável apenas à empresa aérea”.

A apreciação do pleito recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie vertente (Código de Defesa do Consumidor), o que inviabiliza o recurso extraordinário. Incide na espéice a Súmula n. 279:

“DIREITO DO CONSUMIDOR. DANOS MORAIS. ATRASO DE VOO INTERNACIONAL QUE ENSEJOU PERDA DA CONEXÃO. REACOMODAÇÃO EM NOVO VOO EM CLASSE ECONÔMICA APESAR DE CONTRATADA CLASSE EXECUTIVA. MÁ PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. CARACTERIZAÇÃO DE DANO MORAL. INDENIZAÇÃO PROPORCIONAL. ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE EVENTUAL AFRONTA AOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS INVOCADOS NO APELO EXTREMO DEPENDENTE DA REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA CONSTANTE NO ACÓRDÃO REGIONAL. SÚMULA 279/STF. ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL DO DEBATE. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 15.10.2010. (...)” (ARE 691.437-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJ 5.3.2013).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 557, § 1º, DO CPC. DANOS MORAIS E MATERIAIS. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO DE VÔO INTERNACIONAL. PERMANÊNCIA DA RECORRENTE NO EXTERIOR POR MAIS DE UM DIA. APONTADA VIOLAÇÃO À CONVENÇÃO DE MONTREAL. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DECIDIU A CONTROVÉRSIA À LUZ DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO ENCARTADO NOS AUTOS. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. (…) 6. Agravo regimental desprovido” (AI 841.332-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 21.9.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. “OVERBOOKING”. REEXAME DE FATOS E PROVAS. ÓBICE DO ENUNCIADO 279 DA SÚMULA/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. PRECLUSÃO. Agravo regimental a que se nega provimento”(AI 477.801-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 24.6.2011) .

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DANOS MORAIS DECORRENTES DE ATRASO OCORRIDO EM VOO INTERNACIONAL. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NÃO CONHECIMENTO. (...) 3. Não cabe discutir, na instância extraordinária, sobre a correta aplicação do Código de Defesa do Consumidor ou sobre a incidência, no caso concreto, de específicas normas de consumo veiculadas em legislação especial sobre o transporte aéreo internacional. Ofensa indireta à Constituição de República. 4. Recurso não conhecido”(RE 351.750, Relator o Ministro Marco Aurélio, Redator para o acórdão o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 25.9.2009).

7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 143

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.989 (760)ORIGEM : AC - 200142000015641 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : URZENIR DA ROCHA FREITAS FILHOADV.(A/S) : ALEXANDRE CÉSAR DANTAS SOCORRO E OUTRO(A/

S)

DESPACHO: Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos termos do art. 29 da Resolução nº 427, de 20 de abril de 2010.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.413 (761)ORIGEM : AR - 10000034036129000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : BETIM VEICULOS S/AADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos termos do art. 29 da Resolução nº 427, de 20 de abril de 2010.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.139 (762)ORIGEM : PROC - 00120100202736 - TJRN - 1ª TURMA

RECURSAL - CAPITALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CWBR - ARTEFATOS DE MOVIMENTAÇÃO E

ELEVAÇÃO LTDAADV.(A/S) : EDNARDO GREGÓRIO ALVES AZEVEDOADV.(A/S) : TATIANA DE AZEVEDO LAHOZRECDO.(A/S) : ARIANE COURA ESTRELAADV.(A/S) : JOSINEI PEREIRA DANTAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Rio Grande do Norte, assim ementado (fls. 181):

“DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. RESPONSABILIDADE PELA MÁ PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO ARBITRADO DE FORMA EXCESSIVA. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO EM ATENDIMENTO AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E À ANÁLISE DO CASO CONCRETO. MANTIDA A SENTENÇA COMBATIDA NOS DEMAIS TERMOS POR SUAS PRÓPRIAS RAZÕES. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 93, IX, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que, “compulsando os autos, observa-se que a Recorrente, ao interpor o presente Recurso Extraordinário (evento 139), juntou aos autos apenas o comprovante do valor referente as custas do recurso em foco, deixando de comprovar o pagamento das custas de remessa e retorno que integra essa espécie recursal, o que implica na insuficiência do preparo, o incorrendo assim em patente inobservância ao que preceitua o artigo 511 do Código de Processo Civil, de aplicação subsidiária” (fls. 252).

A decisão agravada está correta. Esta Corte já firmou entendimento de que, nos termos do disposto no art. 511 do Código de Processo Civil e no art. 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, o preparo do recurso extraordinário deve ser efetuado dentro do prazo cominado para sua

interposição. Nesse sentido, veja-se a ementa do ARE 707.484-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Porte de remessa e retorno do recurso extraordinário. Comprovação no ato de interposição. Ausência. Deserção. Precedentes.

1. O preparo do recurso extraordinário deve ocorrer concomitantemente à sua interposição. Sua não efetivação, conforme os ditames legais, enseja a deserção do recurso.

2. Agravo regimental não provido.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento. Publique-se. Brasília, 10 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.336 (763)ORIGEM : PROC - 03220090211544 - TJBA - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIO MARQUES DE SOUZAADV.(A/S) : MARINA BASILERECDO.(A/S) : CASSI - CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS

FUNCIONARÁRIOS DO BANCO DO BRASILADV.(A/S) : ANTONIO FRANCISCO COSTAADV.(A/S) : DANNIEL ALLISSON DA SILVA COSTA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 1ª Turma Recursal Cível e Criminal dos Juizados Especiais do Estado da Bahia, assim ementado (fls. 40):

“RECURSO INOMINADO. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE CIRURGIA CARDIOVASCULAR COM MÉDICO NÃO CREDENCIADO. SERVIÇO INCLUSO NA COBERTURA. COMPROVADA A EXISTÊNCIA DE MÉDICO CREDENCIADO. IMPROVIMENTO DO RECURSO. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 6º e 197 da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de “ausência de violação direta e frontal a norma constitucional, revelando-se imprópria esta via excepcional, de acordo com o entendimento da Suprema Corte” (fls. 78).

O recurso não deve ser provido. De início, nota-se que as alegações de ofensa à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram suscitadas nos embargos de declaração opostos para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, o acórdão recorrido fundamentou sua decisão com base no material fático-probatório dos autos, bem como nas cláusulas do contrato firmado entre as partes, cujo reexame não é possível em sede de recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 13 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.800 (764)ORIGEM : AC - 8865054 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MELTON ADMINISTRADORA DE BENS LTDAADV.(A/S) : PRISCILA MELO CHAGAS TURKOT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

DESPACHO: Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos termos do art. 29 da Resolução nº 427, de 20 de abril de 2010.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 787.267 (765)ORIGEM : PROC - 71004086021 - TJRS - 2ª TURMA RECURSAL

CÍVEL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 144

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ORIENTE TRANSPORTES LTDA - MEADV.(A/S) : ANSELMO FRAMARIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S/AADV.(A/S) : GILBERTO SOARES DA CUNHAADV.(A/S) : LUCINEIDE MARIA DE ALMEIDA ALBUQUERQUE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : WAGNER MENEGAZADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado (fls. 147):

“REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. INEXISTÊNCIA DE PROVA NOS AUTOS. MERAS ALEGAÇÕES.

1. Inexiste nos autos prova a fim de demonstrar o direito alegado pela parte autora, ônus que lhe competia, à teor do art. 333, I, do CPC.

2. As meras alegações não servem como prova; a fim de prosperar a pretensão da parte autora.

3. Decisão recorrida mantida por seus próprios fundamentos.RECURSO IMPROVIDO.”O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a da

Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 1º, III; e 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria para que se configurasse a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal” (fls. 269).

O recurso não deve ser provido. De início, nota-se que as alegadas ofensas à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão quanto a esses temas. Nesse ponto, portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, incide, no caso, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Por fim, para dissentir do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente e do material fático-probatório dos autos, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 09 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 787.433 (766)ORIGEM : AC - 200338000245478 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EDMAR KADOUR ANDRADEADV.(A/S) : DIOMAR SÁVIO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos termos do art. 29 da Resolução nº 427, de 20 de abril de 2010.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 791.906 (767)ORIGEM : AI - 0189612201 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO CRUZEIRO DO SUL S/A

ADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : FRANCISCO LOURENÇO DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MARQUES DE ALMEIDA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, assim ementado (fls. 36):

“RECURSO DE AGRAVO EM APELAÇÃO CÍVEL. ESTELIONATO PRATICADO POR PESSOA QUE AGIA EM NOME DO BANCO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. DANOS MATERIAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA.

O valor do empréstimo não reconhecido pelo consumidor e debitado indevidamente em conta corrente deverá ser restituído, configurando-se dano moral.

Conduta fraudulenta exercida por representante autônomo da instituição bancária reclama a aplicação do Art. 34 do CDC que dispõe que “o fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos”.

Danos materiais arbitrados em R$200,00 (duzentos reais) e danos morais em R$ 6.000,00 (seis mil reais).

Recurso a que se nega provimento, para manter íntegro o decisum vergastado.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º XXXV, LIV, LV; e 93, IX, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “não cuidou de cumprir o disposto no art. 543-A do Código de Processo Civil c/c art. 327 RISTF que tratam da Repercussão Geral no Recurso Extraordinário” (fls. 153).

O recurso é inadmissível, tendo em vista que a parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso, independentemente das especificidades do caso concreto, o que, de forma inequívoca, não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Como já registrado por este Tribunal, a “simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ademais, incide, no caso, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se o seguinte trecho da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição, o Plenário deste Tribunal já assentou o entendimento de que as decisões judiciais não precisam ser necessariamente analíticas, bastando que contenham fundamentos suficientes para justificar suas conclusões. Nesse sentido, reconhecendo a repercussão geral da matéria, veja-se a ementa do AI 791.292-QO-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 798.487 (768)ORIGEM : AC - 00098423720124058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 145: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 145

RECTE.(S) : LIGIA VERAS VALADARES LINSADV.(A/S) : JOSÉ MARIA GAMA DA CÂMARA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Verifico que determinei a devolução dos autos para os fins do art. 543-B do CPC, por entender que a controvérsia estaria representada na sistemática da repercussão geral pelo Tema 313, cujo paradigma é o RE-RG 626.489, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 2.5.2012.

Encaminhados os autos ao Tribunal de origem, este devolveu o processo ao STF por considerar que houve preclusão da matéria constitucional, razão por que incabível o recurso extraordinário (fl. 165-166).

Assiste razão ao Tribunal a quo. Desse modo, reconsidero a decisão de fl. 161, e passo a julgar o recurso.

Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. CADUCIDADE DO DIREITO À REVISÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. PRETENSÃO DA PARTE AGRAVANTE EM AFASTAR A ORIENTAÇÃO PRECONIZADA PELO STJ NO RESP 1309529 PR e RESP 1.326.114/SC. INADMISSIBILIDADE, MÁXIME EM FACE DA CIRCUNSTÂNCIA DE QUE A SITUAÇÃO FÁTICA RETRATA HIPÓTESE NA QUAL O AJUIZAMENTO DA AÇÃO SUCEDEU QUANDO TRANSCORRIDO MAIS DE UM DECÊNIO DA NOVA REDAÇÃO DO ART. 103 DA LEI 8.213/91. IMPROVIMENTO”. (fl. 114)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, XXXVI, do texto constitucional.

A recorrente aduz, em síntese, a não ocorrência da decadência do direito à revisão da aposentadoria (fl. 125).

Decido. As razões recursais não merecem prosperar. Inicialmente, verifica-se que a questão constitucional ventilada no

recurso está preclusa, uma vez que não foi arguida em momento oportuno. Com efeito, o recurso extraordinário volta-se contra acórdão do

Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que se limitou a manter a decisão de inadmissibilidade do recurso especial com fundamento na sistemática do art. 543-B (recursos repetitivos).

É firme o entendimento desta Corte no sentido de que o acórdão somente legitimará o uso da via recursal extraordinária se, nesse próprio acórdão, desenhar-se, originariamente, a questão de direito constitucional. Nesse sentido confiram-se os seguintes julgados:

“ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU E QUE POSSUI DUPLO FUNDAMENTO (CONSTITUCIONAL E LEGAL): IMPRESCINDIBILIDADE, EM TAL CASO, DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL (STJ) E DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF) - RECURSO IMPROVIDO. - Se o acórdão emanado de Tribunal de segundo grau assentar-se em duplo fundamento (constitucional e legal), impõe-se, à parte interessada, o dever de interpor tanto o recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quanto o recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, sob pena de, na ausência do apelo extremo, a parte recorrente sofrer, por força de sua própria omissão, os efeitos jurídico-processuais da preclusão pertinente à motivação de ordem constitucional. Se tal ocorrer, a existência de fundamento constitucional inatacado revelar-se-á bastante, só por si, para manter, em face de seu caráter autônomo e subordinante, a decisão proferida por Tribunal de segunda instância. - O acórdão do Superior Tribunal de Justiça somente legitimará o uso da via recursal extraordinária, se, nele, se desenhar, originariamente, a questão de direito constitucional. Surgindo esta, contudo, em sede jurisdicional inferior, a impugnação, por meio do recurso extraordinário, deverá ter por objeto a decisão emanada do Tribunal de segundo grau, pois terá sido este, e não o Superior Tribunal de Justiça, o órgão judiciário responsável pela resolução 'incidenter tantum' da controvérsia de constitucionalidade. Precedentes”. (RE-AgR 409.973, Segunda Turma, Rel. Min. CELSO DE MELLO , DJe 26.3.10)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM FACE DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL DECIDIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. PRECLUSÃO. FUNDAMENTAÇÃO RECURSAL INSUFICIENTE. SÚMULA 284/STF. EXAME DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO”. (ARE 796.553 AgR, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 15.5.2014)”

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual civil. Decisão suficientemente motivada. Questão decidida em segundo grau. Ausência de interposição de recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. preclusão. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada mediante decisão suficientemente fundamentada, não obstante contrária à pretensão do recorrente 2. Não se admite recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau. 3. Pretensão de

rejulgamento da questão de mérito já decidida pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região e mantida pelo Superior Tribunal de Justiça, não tendo sido manejado, por inércia do agravante, recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. 4. Agravo regimental não provido”. (ARE 713.164 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 30.10.2013)”

No mesmo sentido, cito ainda os seguintes precedentes desse Tribunal: AI-AgR 714.886, Primeira Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJe 27.3.09; RE-AgR 557.872, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 6.11.09; AI-AgR 666.003, Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 19.12.07; AI-AgR 149.518, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 11.2.1994.

Ademais, ainda que assim não fosse, tem-se que a questão quanto à aferição da decadência preposta nos autos cinge-se à interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.213/91), razão pela qual não merece galgar a instância extraordinária, nos termos da orientação assentada na jurisprudência desta Corte.

A propósito, cito os seguintes precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DO CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL - RMI. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 2. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI 638.905-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 4.6.2010)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO”. (ARE 800.361-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 29.4.2014)”

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) ÍNDICE DE REAJUSTAMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO RE 686.143-RG/PR MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (ARE 729.792-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 26.3.2013)”

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Revisão de benefício previdenciário. decadência. Legislação infraconstitucional. Ofensa indireta ou reflexa. Impossibilidade. Precedentes. 1. A revisão dos benefícios previdenciários após a edição da Medida Provisória n° 1.523/97 é de índole eminentemente infraconstitucional, configurando apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 2. Agravo regimental não provido. (AI 853.620 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 27.11.2013)”

Ante o exposto, reconsidero a decisão de fl. 161 e conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, a, do CPC).

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 800.068 (769)ORIGEM : PROC - 70247955220108090008 - TJGO - 1ª TURMA

RECURSAL DA 3ª REGIÃO - INHUMASPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ELI NUNES PERESADV.(A/S) : NEVES TEODORO REZENDE DE SOUSA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : CENTRO COMERCIAL JAIARAADV.(A/S) : LÚCIO GOMES DE JESUS

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça de Goiás, assim ementado (fls. 204):

“INDENIZAÇÃO. EVENTUAL DANO NÃO PROVADO. AUSÊNCIA DO MÍNIMO DE PROVAS CONSTITUTIVAS DO DIREITO. ATRASO NA OBRA JUSTIFICÁVEL. RAZOABILIDADE.

1- O atraso na entrega foi devidamente justificado e trata-se de caso de força maior, bem como o empreendedor tomou o tempo todas as medidas necessárias para minorar eventuais prejuízos entregando o empreendimento no menor prazo possível.

2- O documento juntado aos autos comprova a relação entre as partes mas não comprova qualquer abuso ou excesso por ventura praticado;

3- A conduta praticada, por si só, não gera dano moral ao contrário não há prova de ato ilícito praticado pela Recorrida;

4- Mantida a sentença, na íntegra,5- Deixo de condenar na sucumbência em face a concessão da

assistência judiciária;

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 146: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 146

6- RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao princípio constitucional da igualdade.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “No caso em deslinde, não verifico qualquer ofensa ou negativa de vigência à Norma Fundamental Suprema que autorize a admissibilidade do levante, sobretudo quando não se discutiu nas instâncias ordinárias, de forma expressa, qualquer tese constitucional, mediante alegação da parte interessada e enfrentamento explícito dos órgãos judicantes”; e (i) “a matéria de fundo recai, exatamente, sobre a análise jurídica dos fatos e das provas produzidas” (fls. 252/253).

O recurso não deve ser conhecido. De início, tal como constatou a decisão agravada, a parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso, independentemente das especificidades do caso concreto, o que, de forma inequívoca, não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Como já registrado por este Tribunal, a “simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski) .

Ademais, a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, para dissentir do acórdão recorrido, seria necessária a análise do material fático-probatório dos autos, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 21 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 800.164 (770)ORIGEM : AC - 70041411489 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CHARQUEADASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CHARQUEADASRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Despacho: Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para parecer.

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 802.066 (771)ORIGEM : AI - 128738 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : N R DO B S/ARECTE.(S) : A S T DADV.(A/S) : RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos termos do art. 29 da Resolução nº 427, de 20 de abril de 2010.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.779 (772)ORIGEM : PROC - 00142320620114013900 - TRF1 - PA/AP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : HENRIQUE ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : MIGUEL KARTON CAMBRAIA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais dos Estados do Pará e do Amapá, assim ementado:

“NATUREZA: PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO DO TETO DE CONTRIBUIÇÃO. APLICAÇÃO RETROATIVA AOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003. IMPOSSIBILIDADE NO CASO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a e d, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 14 da EC 20/1998 e ao art. 5º da EC 41/2003.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “as razões recursais estão dissociadas da fundamentação que embasou o julgado desta Turma Recursal”, tendo em vista que o acórdão recorrido manteve sentença que julgara improcedente o pedido “em razão de a RMI do autor ser inferior ao teto vigente à época, o que denota que o valor de seu benefício não sofreu qualquer redução”, e não em face da “inaplicabilidade das Emendas Constitucionais nºs 20/98 e 41/2003”. Entendeu-se, ainda, que “o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional”.

O recurso extraordinário é inadmissível. Isso porque a peça recursal não aponta, de forma clara e concreta, as razões pelas quais seria cabível a interposição do recurso extraordinário pelo art. 102, III, d, da Constituição. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 284/STF:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.”

De qualquer forma, o Supremo Tribunal Federal entende “ser possível a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 àqueles que percebem seus benefícios com base em limitador anterior, levando-se em conta os salários de contribuição que foram utilizados para os cálculos iniciais” (passagem do voto condutor do acórdão, proferido pela Ministra Cármen Lúcia no RE 564.354, Pleno).

O mencionado entendimento, contudo, não aproveita à pretensão, uma vez que o benefício em análise não foi limitado ao teto no momento de sua concessão, conforme assentou o acórdão recorrido.

Assim, para dissentir da conclusão do Colegiado de origem, faz-se necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF:

“Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.789 (773)ORIGEM : PROC - 00128983420114013900 - TRF1 - PA/AP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : OSMAR DOS SANTOS RAMOSADV.(A/S) : MIGUEL KARTON CAMBRAIA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO.

TETO DE CONTRIBUIÇÃO: IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado da Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Pará:

“a pretensão em obter reajuste do benefício concedido antes da edição das ECs 20/98 e 41/03, de acordo com os novos tetos nelas estabelecidos, encontra-se em perfeita sintonia com a jurisprudência dos Tribunais e do Colendo Supremo Tribunal Federal. No entanto, in casu, apesar do salário de benefício ter sido limitado ao teto, quando da concessão,

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 147

nas épocas de promulgação das ECs 20/98 e 41/03, a renda mensal não estava limitada aos tetos de R$ 1.081,50 e R$ 1.869,34, razão pela qual a parte autora não faz jus à revisão pleiteada, devendo ser mantida a sentença de improcedência do pedido” (fl. 75, grifos nossos).

2. O Agravante alega ter o Tribunal de origem contrariado o art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e o art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003.

Sustenta não ser “possível que um segurado que obteve o benefício em novembro de 1998 e sua média de contribuições tenha ultrapassado o teto antigo, fique restringido em R$ 1.081,50 mesmo depois da EC nº 20/98, e outro segurado nas mesmas condições, só por ter requerido o benefício após dezembro de 1998 e sua média de contribuições seja igual ao segurado do exemplo anterior, possa se beneficiar do novo valor de R$ 1.200,00. O mesmo valendo para os segurados que se aposentaram em dezembro de 2003”.

Assevera que “tal discrepância não recebe guarida na nossa Carta Magna e nem de qualquer outra legislação ordinária” (fl. 35).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Como assentado na decisão agravada, o acórdão recorrido

harmoniza-se com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 564.354/SE, de minha relatoria, decidiu:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição da República demanda interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado provimento ao recurso extraordinário” (DJe 15.2.2011, grifos nossos).

Nesse julgamento, observei:“9. Da leitura do referido dispositivo [art. 14 da Emenda Constitucional

n. 20/1998] se extrai não ter ocorrido mero reajuste do “teto” previdenciário, mas majoração.

Diversamente do que sustenta a Recorrente, a pretensão que o ora Recorrido sustenta na ação é de manter seus reajustes de acordo com índices oficiais, conforme determinado em lei, sendo possível que, por força desses reajustes seja ultrapassado o antigo “teto”, respeitando, por óbvio, o novo valor introduzido pela Emenda Constitucional n. 20/98.

10. Sendo essa a pretensão posta em juízo, entendo sem razão a autarquia Recorrente, como bem colocado no voto condutor do acórdão recorrido:

“O cálculo das prestações pecuniárias previdenciárias de trato continuado é efetivado, em regra, sobre o salário de benefício (Lei nº 8.213/91), e tem como limite máximo o maior valor de salário de contribuição. Assim, após a definição do salário de benefício, calculado sobre o salário de contribuição, deve ser aplicado o limitador dos benefícios da previdência social, a fim de se obter a Renda Mensal do Benefício a que terá direito o segurado. Dessa forma, a conclusão inarredável que se pode chegar é a de que, efetivamente, a aplicação do limitador (teto) para definição da RMB que perceberá o segurado deve ser realizada após a definição do salário de benefício, o qual se mantém inalterado, mesmo que o segurado perceba quantia inferior ao mesmo. Assim, uma vez alterado o valor limite dos benefícios da Previdência Social, o novo valor deverá ser aplicado sobre o mesmo salário de beneficio calculado quando da sua concessão, com os devidos reajustes legais, a fim de se determinar a nova RMB que passará a perceber o segurado. Não se trata de reajustar e muito menos alterar o benefício. Trata-se, sim, de manter o mesmo salário de benefício calculado quando da concessão do benefício, só que agora lhe aplicando o novo limitador dos benefícios do RGPS” (fl. 74).

11. O acórdão recorrido não aplicou o art. 14 da Emenda Constitucional retroativamente, nem mesmo o fez com base na retroatividade mínima, não tendo determinado o pagamento do novo valor aos beneficiários.

O que se teve foi apenas a aplicação do novo “teto” para fins de cálculo da renda mensal de benefício” (grifos nossos).

Confiram-se também os seguintes julgados:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. 1. A alteração do teto do salário de contribuição não enseja reajuste nos mesmos índices dos benefícios de prestação continuada. Precedentes. 2. Índices de reajustes da renda mensal de benefício. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 707.813-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.10.2012).

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reajuste de benefício previdenciário. Interpretação de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição. Agravo regimental não provido. Não se tolera, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. 2. PREVIDÊNCIA SOCIAL. Reajuste de benefício de prestação continuada. Índices aplicados para atualização do salário-de-benefício. Arts. 20, § 1º e 28, § 5º, da Lei nº 8.212/91. Princípios constitucionais da irredutibilidade do valor dos benefícios (Art. 194, IV) e da preservação do valor real dos benefícios (Art. 201, § 4º). Não violação. Precedentes. Agravo regimental improvido. Os índices de atualização dos salários-de-contribuição não se aplicam ao reajuste dos benefícios previdenciários de prestação continuada” (AI 590.177-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 27.4.2007).

7. A apreciação do pleito recursal, como posto no recurso, demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional (Leis ns. 8.212/1991 e 8.213/1991). A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário:

“EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento. Ausência. Renda mensal inicial. Revisão. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. Inadmissível em recurso extraordinário o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 580.307-AgR/RJ, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 19.12.2012, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DO CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL - RMI. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 2. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 638.905-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 4.6.2010, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 808.283 (774)ORIGEM : AREsp - 10145110441279006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUCIANA CAMAROTA DOMITH BRIGATOADV.(A/S) : ELISÂNGELA MÁRCIA DO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORAADV.(A/S) : TARSO DUARTE DE TASSIS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo e determino o processamento do recurso extraordinário.

Após, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República para parecer.

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 810.070 (775)ORIGEM : AC - 00101237920104058100 - TRIBUNAL REGIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 148

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA ENIR TEIXEIRA ALBUQUERQUEADV.(A/S) : JOSÉ MARIA GAMA DA CÂMARA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Verifico que determinei a devolução dos autos para os fins do art. 543-B do CPC, por entender que a controvérsia estaria representada na sistemática da repercussão geral pelo Tema 313, no RE-RG 626.489, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 2.5.2011 (fl. 211).

Encaminhados os autos ao Tribunal de origem, este devolveu o processo ao STF por considerar que houve preclusão da matéria constitucional, razão por que incabível o recurso extraordinário (fl. 215-216).

Assiste razão ao Tribunal a quo. Desse modo, reconsidero a decisão de fl. 211, e passo a julgar o recurso.

Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. CADUCIDADE DO DIREITO À REVISÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. PRETENSÃO DA PARTE AGRAVANTE EM AFASTAR A ORIENTAÇÃO PRECONIZADA PELO STJ NO RESP 1309529 – PR e RESP 1.326.114/SC. INADMISSIBILIDADE, MÁXIME EM FACE DA CIRCUNSTÂNCIA DE QUE A SITUAÇÃO FÁTICA RETRATA HIPÓTESE NA QUAL O AJUIZAMENTO DA AÇÃO SUCEDEU QUANDO TRANSCORRIDO MAIS DE UM DECÊNIO DA NOVA REDAÇÃO DO ART. 103 DA LEI 8.213/91. IMPROVIMENTO” (fl. 150).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, XXXVI, do texto constitucional.

A recorrente aduz, em síntese, a não ocorrência da decadência do direito à revisão da aposentadoria (fl. 176).

Decido. As razões recursais não merecem prosperar. Inicialmente, verifica-se que a questão constitucional ventilada no

recurso está preclusa, uma vez que não foi arguida em momento oportuno. Com efeito, o recurso extraordinário volta-se contra acórdão do

Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que se limitou a manter a decisão de inadmissibilidade do Recurso Especial com fundamento na sistemática do art. 543-B (recursos repetitivos).

É firme o entendimento desta Corte no sentido de que o acórdão somente legitimará o uso da via recursal extraordinária se, nesse próprio acórdão, desenhar-se, originariamente, a questão de direito constitucional. Nesse sentido confiram-se os seguintes julgados:

“ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU E QUE POSSUI DUPLO FUNDAMENTO (CONSTITUCIONAL E LEGAL): IMPRESCINDIBILIDADE, EM TAL CASO, DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL (STJ) E DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF) - RECURSO IMPROVIDO. - Se o acórdão emanado de Tribunal de segundo grau assentar-se em duplo fundamento (constitucional e legal), impõe-se, à parte interessada, o dever de interpor tanto o recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quanto o recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, sob pena de, na ausência do apelo extremo, a parte recorrente sofrer, por força de sua própria omissão, os efeitos jurídico-processuais da preclusão pertinente à motivação de ordem constitucional. Se tal ocorrer, a existência de fundamento constitucional inatacado revelar-se-á bastante, só por si, para manter, em face de seu caráter autônomo e subordinante, a decisão proferida por Tribunal de segunda instância. - O acórdão do Superior Tribunal de Justiça somente legitimará o uso da via recursal extraordinária, se, nele, se desenhar, originariamente, a questão de direito constitucional. Surgindo esta, contudo, em sede jurisdicional inferior, a impugnação, por meio do recurso extraordinário, deverá ter por objeto a decisão emanada do Tribunal de segundo grau, pois terá sido este, e não o Superior Tribunal de Justiça, o órgão judiciário responsável pela resolução 'incidenter tantum' da controvérsia de constitucionalidade. Precedentes”. (RE-AgR 409.973, Segunda Turma, Rel. Min. CELSO DE MELLO , DJe 26.3.10)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM FACE DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL DECIDIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. PRECLUSÃO. FUNDAMENTAÇÃO RECURSAL INSUFICIENTE. SÚMULA 284/STF. EXAME DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO”. (ARE 796.553 AgR, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 15.5.2014)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual civil. Decisão suficientemente motivada. Questão decidida em segundo grau. Ausência de interposição de recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. preclusão. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada mediante decisão suficientemente fundamentada, não obstante contrária à

pretensão do recorrente 2. Não se admite recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau. 3. Pretensão de rejulgamento da questão de mérito já decidida pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região e mantida pelo Superior Tribunal de Justiça, não tendo sido manejado, por inércia do agravante, recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. 4. Agravo regimental não provido”. (ARE 713.164 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 30.10.2013)

No mesmo sentido, cito ainda os seguintes precedentes desse Tribunal: AI-AgR 714.886, Primeira Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJe 27.3.09; RE-AgR 557.872, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 6.11.09; AI-AgR 666.003, Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 19.12.07; AI-AgR 149.518, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 11.2.1994.

Ademais, ainda que assim não fosse, tem-se que a questão quanto à aferição da decadência preposta nos autos cinge-se à interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.213/91), razão pela qual não merece galgar a instância extraordinária, nos termos da orientação assentada na jurisprudência desta Corte.

A propósito, cito os seguintes precedentes:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DO CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL - RMI. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 2. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI 638.905-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 4.6.2010)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO”. (ARE 800.361-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 29.4.2014)”

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) ÍNDICE DE REAJUSTAMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO RE 686.143-RG/PR MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (ARE 729.792-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 26.3.2013)”

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Revisão de benefício previdenciário. decadência. Legislação infraconstitucional. Ofensa indireta ou reflexa. Impossibilidade. Precedentes. 1. A revisão dos benefícios previdenciários após a edição da Medida Provisória n° 1.523/97 é de índole eminentemente infraconstitucional, configurando apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 2. Agravo regimental não provido. (AI 853.620 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 27.11.2013)”

Ante o exposto, reconsidero a decisão de fl. 211 e conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, a, do CPC).

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.249 (776)ORIGEM : AC - 07520110049303001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA CÉLIA OLIVEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : MÁRCIA CARLOS DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BAYEUXADV.(A/S) : CARLOS ANTÔNIO VIEIRA FERNANDES FILHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, cuja ementa dispõe:

“APELAÇÃO CÍVEL. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. MUNICÍPIO DE BAYEUX. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE LEI LOCAL ASSEGURANDO A PERCEPÇÃO DA REFERIDA PARCELA ÀQUELA CATEGORIA. VINCULAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SENTENÇA EM CONFORMIDADE COM OS PRECEDENTES DESTA CORTE DE JUSTIÇA. APLICAÇÃO DO ART. 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NEGATIVA DE SEGUMENTO AO RECURSO.

- A Administração Pública está vinculada ao princípio da legalidade, segundo o qual o gestor só pode fazer o que a lei autoriza. Desse modo, ausente a comprovação da existência de disposição legal municipal assegurando à determinada categoria profissional a percepção do adicional

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 149

de insalubridade, não há como se determinar o seu pagamento. Precedentes do Tribunal de Justiça da Paraíba”. (eDOC 2, p. 88)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, aponta-se violação dos artigos 7º, XXII, e 198, §§ 4º e 5º, do texto constitucional, bem como o art. 2º da Emenda Constitucional 51/2006.

Na espécie, alega-se que a decisão impugnada, ao desconsiderar a validade do processo seletivo para ingresso da parte recorrente no serviço público, afrontou o art. 9º da Lei 11.350/2006. Afirma-se que, no caso de contratação de agentes comunitários de saúde por parte do Poder Público, a realização de processo seletivo público é suficiente, por si só, para caracterizar a validade do contrato de trabalho.

Argumenta-se ainda que os agentes comunitário de saúde fazem jus ao adicional de insalubridade, previsto no art. 58, XI, da Lei Orgânica do município.

Decido.O recurso não merece prosperar.Isso porque o Tribunal de origem decidiu a controvérsia em

consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido que é indispensável a regulamentação da percepção do adicional de insalubridade por parte do ente federativo competente, a fim de que o referido direito social integre o rol dos direitos aplicáveis aos servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A propósito, confira-se o RE 169.173, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 16.5.1997, ementado a seguir:

“Servidor público. Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. Art. 7º, XXIII, da Constituição Federal.

- O artigo 39, § 2º, da Constituição Federal apenas estendeu aos servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios alguns dos direitos sociais por meio de remissão, para não ser necessária a repetição de seus enunciados, mas com isso não quis significar que, quando algum deles dependesse de legislação infraconstitucional para ter eficácia, essa seria, no âmbito federal, estadual ou municipal, a trabalhista. Com efeito, por força da Carta Magna Federal, esses direitos sociais integrarão necessariamente o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mas, quando dependem de lei que os regulamente para dar eficácia plena aos dispositivos constitucionais de que eles decorrem, essa legislação infraconstitucional terá de ser, conforme o âmbito a que pertence o servidor público, da competência dos mencionados entes públicos que constituem a federação.

Recurso extraordinário conhecido, mas não provido”. Nesse mesmo sentido, cito os seguintes julgados monocráticos: RE

637.282, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 31.8.2012; e RE 477.520, Relo. Min. Celso de Melo, DJe 15.6.2010.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 826.635 (777)ORIGEM : AMS - 200651010233258 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ALOÉS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado (fls. 687):

APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA E AGRAVO INTERNO. TRIBUTÁRIO. IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA. AÇÃO FISCAL. PENA DE PERDIMENTO. ARTIGO 618, INCISO VI, DO RA. DANO AO ERÁRIO. ARTIGO 23, INCISO IV E § 1o, DO DECRETO Nº 1455/76. ARTIGO 5o, XXII E XV e 93, X, DA CF/88. LEI Nº 4717/65, ARTIGO 2o. AGRAVO RETIDO NÃO CONHECIDO.

1.Inobservância da regra insculpida no artigo 523 do CPC. Agravo retido não conhecido.

2.A recorrente realizou negócio com empresa sob investigação fiscal. Segundo as informações prestadas pela autoridade coatora, trata-se da denominada “Operação Dilúvio” referente ao IPL nº 20067008000208-4.

3.O julgador apreciou os fatos e a farta documentação constante dos autos, dosando com razoabilidade a norma aduaneira aplicada à hipótese.

4.Não se vislumbra nenhuma ofensa aos incisos XXII e XV, do artigo 5o, da CF/88 nem à Lei nº 4717/65 (artigo 2o, parágrafo Único, d). Tanto o auto de infração quanto a sentença estão exaustivamente fundamentados,

nos termos do artigo 93, X, da CF/88, motivo pelo qual não se pode acatar o pedido de cancelamento do auto de infração e a anulação da penalidade aplicada, com a consequente liberação da mercadoria, eis que, ao contrário do que entende a recorrente, na ação fiscal restou caracterizado o dano ao erário.

5.Agravo retido não conhecido. Apelação desprovida.O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da

Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 1º, IV; 3º, II; 5º, XXII e XV; 93, X; e 170, todos da Carta. Sustenta, em síntese, que “(...) a medida administrativa de abusiva constrição patrimonial, atenta contra os interesses individuais e comunitários, na medida em que um complementa o outro, o que fica patente face a verdadeira meta do Estado de Direito, que em última análise se enfeixa no bem comum, o que resultou na infringência aos princípios constitucionais do livre exercício de qualquer atividade: artigo 17, § único da C.F, da motivação: art. 93, inciso X, C. F, da primazia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: artigo 1º, inciso IV, da C.F, da prioridade do desenvolvimento nacional: artigo 3º, inciso II, C.F, de Propriedade: artigo 5º, inciso XXII, da Constituição Federal”.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob o fundamento de que a discussão “(...) encontra óbice no enunciado da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal, uma vez que para dissentir-se do acórdão impugnado, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória”.

A pretensão não merece acolhida. O Supremo Tribunal Federal, analisando casos análogos, manifestou-se no sentido da necessidade de revolvimento do acervo fático e probatório na hipótese do recurso estar amparado nas circunstâncias motivadoras da aplicação da pena de perdimento de bens em procedimento aduaneiro. Neste sentido, destaco as ementas dos seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO USADO COM RESTRIÇÃO JUDICIAL. PENA DE PERDIMENTO DE BEM. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 643.124 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPORTAÇÃO DE GARRAFAS E ENGRADADOS USADOS. GUIA DE IMPORTAÇÃO. REVISÃO ADUANEIRA. PENA DE PERDIMENTO DE BENS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (RE 508.324 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia)

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Aeronave. Permanência ininterrupta no país, sem guia de importação. Auto de infração administrativa. Pena de perdimento de bem. Art. 514, inc. X, do Decreto nº 91.030/85, cc. art. 23, caput, IV e § único, do Decreto-Lei nº 1.455/76. Art. 153, § 11, da Constituição Federal de 1967/69. Aplicação de normas jurídicas incidentes à época do fato. Inexistência de ofensa à Constituição Federal de 1988. Agravo regimental não provido. Precedentes. Súmula 279. Não pode conhecido recurso extraordinário que, para reapreciar questão sobre perdimento de bem importado irregularmente, dependeria do reexame de normas subalternas. (RE 251.008 AgR, Rel. Min. Cezar Peluso)

Confirmando a orientação assentada pela Corte, registro que o voto condutor do acórdão recorrido fez constar as seguintes considerações:

“Diante dos fatos apurados pelas autoridades fazendárias, não restam dúvidas de que o procedimento realizado pela recorrente ALOÉS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. foi, no mínimo, inadequado.

Porém pesam sobre a apelante as graves constatações das divergências entre o original do Conhecimento de Carga nº ANRM260010482352 (endossado em branco) apresentado pela empresa ALOÉS e outro original do mesmo documento encontrado em diligências realizadas junto a ALIANÇA NAVEGAÇÃO E LOGÍSTICA LTDA. & CIA., endossado em preto à RIO LAGOS TRADING S/A, conforme relatado no auto de infração (fls. 33/44).

Ressalte-se, ainda, que as autoridades aduaneiras apuraram que o endosso constante do verso desse documento encontrava-se revestido de falsidade.” (Negrito acrescentado)

Com efeito, o acolhimento da pretensão importaria em desconsiderar as premissas fixadas pelo acórdão recorrido, o que se faria necessário para reputar inadequado o procedimento adotado no caso concreto. Mostra-se aplicável, portanto, o teor da Súmula n. 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de agosto de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 829.440 (778)ORIGEM : AC - 20080130099570 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : J C F DE O

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 150

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECDO.(A/S) : W D PADV.(A/S) : RONALDO PINHEIRO DE ALMEIDA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado (fls. 445/446):

“PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. APELAÇÃO. AGRAVO RETIDO. DESNECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE NOVA PROVA PERICIAL. GUARDA DE MENOR. PRESERVAÇÃO DOS INTERESSES DO ADOLESCENTE. VONTADE MANIFESTA DE PERMANECER RESIDINDO COM O GENITOR. RELATÓRIO TÉCNICO RECOMENDA SEJA RESPEITADA A VONTADE DO ADOLESCENTE. NÃO CONFIGURADA ALIENAÇÃO PARENTAL. RECURSOS IMPROVIDOS.

1. Agravo retido para produção de noa prova pericial improvido. 1.1. Sendo o juiz o destinatário da prova, reputando ter condições de prolatar a sentença, deve proceder ao julgamento antecipado da lide, dispensando a produção de provas inúteis e desnecessárias, prestando obséquio aos princípios da rápida tramitação do litígio, economia e celeridade processuais. 1.2 Em assim agindo estará o magistrado zelando pela rápida tramitação do litígio, apenas uma de suas preocupações. 1.3 Enfim. “constantes dos autos elementos de prova documental suficientes para formar o convencimento do julgador, não incorre cerceamento de defesa se julgada antecipadamente a controvérsia” (STJ, Ag. 14.952-DF-AgRg, 4ª Turma, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo, DJU 03.02.1992, pág. 472).

2. A guarda tem por objetivo preservar os interesses do menor, incluindo-se os aspectos patrimoniais, morais, psicológicos de que necessita o menor para se desenvolver como indivíduo. 2.1 Em questões envolvendo a guarda e responsabilidade de menores o julgador deverá preservar os interesses do infante.

3 Nas provas colhidas nos autos, verifica-se a nítida intenção do menor de permanecer residindo com o pai, ao passo que o Relatório Técnico recomenda de que seja respeitada a vontade do adolescente. 3.1 Embora a recorrente aponte a existência de vícios na declaração de vontade do menor por meio da alienação parental realizadas pelo apelado, tais vícios não restaram demonstrados.

4. Observando o melhor interesse do menor, princípio basilar que rege as relações com criança ou adolescente, destaca-se a importância de predominar a vontade do menor em desfrutar da companhia do genitor na medida em que julga, diante do par parental, ser a pessoa que tem mais afinidade naquele momento, sem prejuízo de eventuais alterações, mormente em prol de um desenvolvimento hígido do menor.

5. Mesmo que ainda menor, não se pode desprezar sua vontade, haja vista já ser pessoa que tem discernimento suficiente para escolher com qual dos pais morar, sendo sua vontade levada em consideração, quando a sua escolha não lhe comprometer o desenvolvimento moral e psicológico.

6. Agravo retido e apelação improvidos.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, LV, da Constituição. A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento

de que “a análise da tese sustentada pela recorrente importaria no revolvimento de questões fático probatórias, o que é vedado na instância excepcional por força do enunciado sumular 279 da Corte Suprema” (fls. 460).

O recurso é inadmissível. De início, nota-se que a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Ademais, para dissentir do acórdão recorrido seria necessária a análise do material fático-probatório dos autos, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 829.751 (779)

ORIGEM : AI - 70038681482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MAURO ANDRÉ DALTROZORECDO.(A/S) : FÁTIMA REGINA DOS REIS DALTROZOADV.(A/S) : JORGE LUIZ BARLETE E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado (fls. 85):

“AGRAVO ITCD. BASE DE CÁLCULO. DÍVIDAS. NÃO INCIDÊNCIA.As dívidas não devem ser acrescidas, mas abatidas do monte-mor

para efeitos de base de cálculo de tributos, razão pela qual não podem servir de base para a incidência do ITCD.

Negaram provimento.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 145, § 1°; 150, IV e 155, § 1°, todos da Carta. Sustenta que, em caso de separação judicial, a entrega a um dos cônjuges de bens de valores superiores à meação constitui doação sujeita à incidência do ITCD – Imposto de Transmissão por Doação, independente da existência de dívidas que pesem sobre os bens.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de ausência de prequestionamento da matéria constitucional ora em discussão. A parte agravante alega que a matéria constitucional foi objeto de discussão na ADIN n° 70007457880, utilizada como suporte de fundamentação do acórdão recorrido. No ensejo, reiterou as teses deduzidas no extraordinário.

A pretensão não merece acolhida. As alegações de ofensa à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado, tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Nesse ponto, portanto, o recurso extraordinário carece do devido prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF). Não obstante, no mérito, o acórdão recorrido encontra-se em harmonia com a diretriz jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal. Neste sentido, confira-se a ementa do AI 733976, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. ITCMD. Base de cálculo. Vedação às deduções do montante partilhável. Alegação de que a tributação sobre o valor integral desse montante não teria caráter confiscatório. Ofensa meramente reflexa. 1. A conformação do critério quantitativo, da forma elastecida adotada pela lei estadual, com a definição de base de cálculo que se extrai da norma geral, é questão prejudicial à conclusão pelo reconhecimento do caráter confiscatório. Resta, assim, evidenciado, tratar-se de contencioso de mera legalidade. 2. Mesmo se restasse superada a questão de a ofensa ser de ordem infralegal, cumpre observar que a vedação das deduções deforma a regra matriz de incidência do imposto, fazendo incidir tributo onde não há base imponível. 3. Agravo regimental não provido.” (Negrito acrescentado)

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4°, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.216 (780)ORIGEM : PROC - 00112575620114013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : VALDECI DA SILVA FERNANDESADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, assim ementado (fls. 98/99):

“PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL INICIAL. APLICABILIDADE DO PRAZO DECADENCIAL DO ART. 103 DA LEI Nº 8.213/1991 AOS BENEFÍCIOS ANTERIORES E POSTERIORES À EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.523-9/1997. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DA TNU. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.

1. A Turma Nacional de Uniformização, na sessão realizada em 08.02.2010, no julgamento do PEDILEF nº 2006.70.50.007063-9, entendeu ser aplicável o art. 103 da Lei nº 8.213/1991 à revisão de todos os benefícios previdenciários, sejam eles anteriores ou posteriores à Medida Provisória nº 1.523-9/1997.

2. Tomando, por analogia, o raciocínio utilizado pelo STJ na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 151

interpretação do art. 54 da Lei 9.784/99 (REsp nº 658.130/SP), no caso dos benefícios concedidos anteriormente à entrada em vigência da medida provisória, deve ser tomado como termo a quo para a contagem do prazo decadencial, não a DIB (data de início do benefício), mas a data da entrada em vigor do diploma legal.

3. Em 01.08.2007, 10 anos contados do ‘dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação’ recebida após o início da vigência da Medida Provisória nº 1.523-9/1997, operou-se a decadência das ações que visem à revisão de ato concessório de benefício previdenciário instituído anteriormente a 26.06.1997, data da entrada em vigor da referida MP.

4. Assim, inafastável a conclusão de que benefícios concedidos antes da entrada em vigor da MP 1.523-9/97, como é o caso dos autos, estão sujeitos ao prazo decadencial de 10 (dez) anos. No interregno compreendido entre a DIB do benefício e a data da entrada em vigor da MP 1.523-9/97 não corre prazo decadencial, por ausência de previsão legal. O início do lapso decadencial é marcado, portanto, pela data da entrada em vigor dessa Medida Provisória.

5. Sendo a ação ajuizada após 01.08.2007, há de ser reconhecida a decadência nos termos da fundamentação ora exposta.

6. Sentença mantida. Recurso improvido. Processo extinto com resolução do mérito, nos termos do art. 269, IV, do CPC.

7. A parte autora, recorrente vencida, honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 12 da Lei 1.060/50.

8. Acórdão lavrado com fundamento no artigo 46 da Lei nº 9.099/95.”Consta das razões do recurso extraordinário que “não há que se falar

em decadência para o direito da parte Autora pleitear a revisão de seu benefício previdenciário, tendo em vista que se houvesse prazo para o ingresso da presente revisão, esse PRAZO FOI PRORROGADO ATÉ 05/02/2014, ou seja, dez anos com a entrada em vigor da lei 10.839/2004, de 05 de fevereiro de 2004” (fls. 109). No mérito, a parte recorrente pede a determinação para que o INSS revise para maior o valor da RMI da aposentadoria por tempo de contribuição, “considerando-se como no cálculo da apuração do salário de benefício apenas e tão somente os 80% (oitenta por cento) maiores salários de contribuição, efetivamente recolhidos, existentes no período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994 até a data do início do benefício”.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que “a matéria abordada no Recurso Extraordinário não trata de afronta direta ao texto constitucional, mas sim de ofensa indireta, reflexa à Constituição Federal, sendo inviável o exame do recurso”.

O recurso extraordinário é inadmissível. Inicialmente, observo que a parte recorrente não indicou o dispositivo constitucional autorizador do apelo, nem preceitos constitucionais que eventualmente teriam sido violados pelo acórdão recorrido. Nessas condições, aplica-se a Súmula 284/STF:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.”

Ademais, a parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões discutidas no recurso extraordinário, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso, independentemente das especificidades do caso concreto, o que, por evidente, não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Como já assentado por este Tribunal, a “simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

De qualquer forma, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o mérito do RE 626.489, com repercussão geral reconhecida, (Tema 313 - Aplicação do prazo decadencial previsto na Medida Provisória nº 1.523/97 a benefícios concedidos antes da sua edição), decidiu que o prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória nº 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. Veja-se, nesse sentido, a ementa do referido RE 626.489:

“RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal

regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.”

Ao contrário da pretensão deduzida pela parte recorrente, incide o prazo decadencial instituído pela Medida Provisória nº 1.523, de 28.06.1997. Com efeito, levando em consideração que o ato de concessão do benefício discutido nestes autos ocorreu antes do advento da mencionada MP 1.523, no caso em 1º.02.1997, conta-se o prazo de 10 (dez) anos a partir de 1º.08.1997. No entanto, a ação revisional da qual decorre o presente recurso foi ajuizada somente em 14.02.2011, em desacordo com jurisprudência do STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.585 (781)ORIGEM : AREsp - 201424552551 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : RODRIGO OCTAVIO CORTE DAVIDRECTE.(S) : FABIANAH SOLON DAVIDADV.(A/S) : TATIANA PENNA FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AUTO VIAÇÃO ALPHA S/AADV.(A/S) : LUCIANO OLIVEIRA ARAGÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBSON DOMINGUES DE OLIVEIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que, em ação de indenização, afastou a condenação da parte recorrida por danos morais e materiais em virtude da culpa da vítima.

No recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se ofensa ao seu art. 37, § 6º, porquanto presentes os pressupostos da responsabilidade civil objetiva.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA , Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, a análise da violação ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal demanda o reexame das provas constantes dos autos, incidindo o óbice da Súmula 279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. O acórdão recorrido assevera que (a) conforme o depoimento de testemunha que também estava no coletivo no momento do acidente, ‘em momento algum o motorista do coletivo fez uma manobra brusca, pois o mesmo estava quase parado, e não teve nenhuma culpa no acidente’; (b) o depoente defende versão dos fatos que colide com aquela relatada por dois passageiros do coletivo; (c) se o recorrente tentou desviar, foi porque viu o coletivo; e, se não conseguiu, foi porque vinha em velocidade incompatível com o local e as condições do trânsito (e-STJ, fls. 404/405). Destarte, demanda profunda análise fática refutar essas colocações a fim de reconhecer a presença dos pressupostos do dever de indenizar. No mesmo sentido:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO NÃO CONFIGURADA. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA RECONHECIDA. NECESSIDADE DE NOVA ANÁLISE DOS FATOS E DO MATERIAL PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. Acórdão recorrido que afasta o nexo de causalidade entre os danos experimentados pela parte ora agravante e a alegada falta do serviço público, assentando, ainda, a responsabilidade exclusiva da vítima. Hipótese em que resolução da controvérsia demandaria o reexame dos fatos e do material probatório constantes dos autos, de modo que a alegada afronta

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 152

ao art. 37, § 6º, da Constituição encontra óbice na Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento. AI 763.873 AgR/SP, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 19/03/2014.

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. VEÍCULO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NEXO CAUSAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. 1. O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: EMENTA: AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA POR DANOS CAUSADOS A TERCEIROS POR AGENTES PÚBLICOS. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. A Administração Pública assume o risco e responde civilmente pelos danos por ventura causados injustamente a terceiros por seus agentes na realização de certa atividade administrativa. Assim, ausente a comprovação de uma das excludentes de sua responsabilidade objetiva, tal como a culpa exclusiva da vítima, é dever do Estado indenizar a vítima pelos danos sofridos em decorrência de acidente de trânsito. II DANOS MATERIAIS. RESSARCIMENTO DOS VALORES NECESSÁRIOS PARA O TRATAMENTO. OBRIGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. Impõe-se ao Estado a obrigação de ressarcir à vítima dos valores necessários ao tratamento, uma vez comprovado nos autos. III DANOS MORAIS. OBSERVÂNCIA DOS PARÂMETROS LEGAIS. MANUTENÇÃO. Apurados os danos morais, principalmente em decorrência dos abalos sofridos pela vítima no acidente, mostrando-se o valor arbitrado em conformidade com o ordenamento jurídico e os princípios que norteiam a proporcionalidade e razoabilidade, impõe-se a sua manutenção. [...] APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. 4. Agravo regimental DESPROVIDO. ARE 745.462 AgR/GO, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 07/10/2013.

Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O Tribunal de origem afastou a responsabilidade civil da ora agravada com fundamento nos fatos e provas da causa, tendo concluído pela existência de culpa exclusiva da vítima. Incide, na espécie, o óbice da Súmula STF 279. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. AI 810.632 AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 22/08/2011.

4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 831.465 (782)ORIGEM : PROC - 20003169120148260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NEI CALDERON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTÔNIA FANI DAL BELLOADV.(A/S) : JOÃO CAVINATO SANCHEZ

Referente à Petição/STF 40.635/2014:DECISÃO: Homologo o pedido de desistência, na forma do art. 21, VIII,

do RISTF, para que produza os efeitos legais. Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 833.735 (783)ORIGEM : AI - 2018513942048260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGENOR MARTINADV.(A/S) : ROGÉRIO MILANESI DE MAGALHAÃES CHAVES E

OUTRO(A/S)

Referente à Petição/STF 40.636/2014:DECISÃO: Homologo o pedido de desistência, na forma do art. 21, VIII,

do RISTF, para que produza os efeitos legais. Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 833.933 (784)ORIGEM : PROC - 00097705220138260037 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 13ª CJ - ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANDERSON IVANHOÉ BRUNETTIADV.(A/S) : ANDERSON IVANHOÉ BRUNETTIRECDO.(A/S) : BV FINACEIRA S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : CATARINA OLIVEIRA DE ARAÚJO COSTA E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Colégio Recursal da 13º Circunscrição Judiciária da Comarca de Araraquara/SP que manteve sentença de 1ª instância que julgara improcedente o pedido do recorrente de danos morais pela inscrição indevida de seu nome em sistema de proteção ao crédito.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, V, X, XXXII; e 170, V, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a análise demandaria exame de matéria infraconstitucional, o que não é possível” (fls. 207).

O recurso não deve ser provido. De início, tal como constatou a decisão agravada, para dissentir do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário.

Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa à indenização por danos morais em decorrência de cadastramento indevido em órgãos de proteção ao crédito. Nessa linha, veja-se a ementa do RE 602.136-RG, julgado sob a relatoria da Ministra Ellen Gracie:

“INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. CADASTRAMENTO INDEVIDO EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço o agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 13 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.553 (785)ORIGEM : PROC - 200900115668 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUZIA PEDREIRA GARRIDOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIOCOM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL. PASSE LIVRE. DOENÇA. LEI MUNICIPAL N. 3.167/2000 E DECRETO MUNICIPAL N. 19.936/2001. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULAS NS. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTO – GRATUIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO A PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA – IMPOSSIBILIDADE – DECISÃO QUE NÃO MERECE REPAROS – NEGA-SE PROVIMENTO AO PRESENTE RECURSO.

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 153

(…)Trata-se de Agravo Regimental interposto contra a decisão

monocrática deste Des. Relator, de fls. 94-99, que, com fulcro no artigo 557 do Código de Processo Civil, negou provimento ao recurso de apelação interposto, mantendo a sentença.

Alega a Agravante que a decisão deve ser reformada, uma vez que tal decisão deveria ter sido dada por órgão colegiado. Afirma que os dispositivos considerados inconstitucionais ainda não foram assim declarados pelas instâncias extraordinárias.

Tendo em vista o recurso mencionado alhures submeto a decisão à apreciação da Câmara e transcrevo, a seguir, seu inteiro teor:

‘O artigo 12 da Lei Municipal n. 3.167/00 autorizava a gratuidade de transporte aos portadores de deficiência física e de doença crônica. Assim, todos os portadores de doença crônica que necessitassem de tratamento continuado teriam direito ao benefício.

Contudo, foi reconhecida a inconstitucionalidade da Lei Municipal n. 3.167/00, que assim foi declarada pelo Órgão Especial do TJERJ, no julgamento da Representação de Inconstitucionalidade n. 41/06, sendo certo que a referida declaração de inconstitucionalidade vincula todos os órgão julgadores deste Tribunal, conforme se depreende do artigo 97 da Constituição Federal e artigo 481, § 1º, do Código de Processo Civil.

Ademais, nos autos da Representação de Inconstitucionalidade n. 2006.007.00057 que foi julgada procedente, foi declarada integralmente a inconstitucionalidade da lei impugnada, retirando-se a eficácia dos artigos 1º, 3º, 12, 15, §§ 1º e 2º, 16, 21, 22, 23, §§ 1º e 2º, da Lei n. 3.167/2000 do Município do Rio de Janeiro, publicada tal decisão em 19.3.2007 do Diário Oficial deste Estado.

Dessa maneira, tendo em vista que o direito da autora estava embasado na mencionada lei municipal declarada inconstitucional, torna-se manifestamente improcedente seu pedido.

(…)Por tais razões, conheço e nego provimento ao recurso interposto,

com base no artigo 557 do Código de Processo Civil, mantendo a sentença prolatada pelo juízo a quo em sua integralidade’.

Submetida a decisão monocrática ao colegiado e aprovada por unanimidade, passo à análise do mérito do Agravo Regimental.

Nota-se que as razões utilizadas pela Agravante para recorrer da decisão já transcrita, se limitam a repetir o que já consta nos autos, sendo certo que o assunto já foi debatido e esclarecido através da decisão monocrática que está bem fundamentada.

(...)Por tais fundamentos, voto no sentido de negar provimento ao

presente Agravo Regimental interposto na Apelação Cível n. 2009.001.15668” (fls. 108-114, grifos nossos).

2. A Agravante alega ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 5º e 196 da Constituição da República.

Afirma que “os artigos invocados remontam ao tema de proteção integral à vida e

à saúde do cidadão, não podendo este direito ser negligenciado, unicamente, por não conseguirem os entes públicos estabelecer mecanismos de execução, seja por si só, ou em parceria com as permissionárias de serviços de transporte coletivo.

(…)Assim, é inaceitável acolher-se como fundamento a repelir o direito

líquido e certo da Recorrente, o resultado provisório de declaração de inconstitucionalidade na qual não se discutiu o seu direito seja de forma concreta ou genérica, mas apenas a forma de execução do serviço por parte das transportadoras.

(…)Como dito acima, esse direito provém da própria Constituição

Estadual e da Lei Orgânica do Município, sendo, porquanto, o resultado da representação, invocada pelo acórdão vergastado, inoperante face ao munícipe, já que, naquela ação, não se discutiu a existência desse dever – indiscutivelmente – do réu, Município, mas tão somente a exequibilidade por parte do ente privado” (fls. 117-125).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. A apreciação do pleito recursal demandaria a análise da legislação

infraconstitucional aplicável à espécie (Lei municipal n. 3.167/2000 e Decreto municipal n. 19.936/2001) e o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo. A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário. Incidem, na espécie, as Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATUIDADE DO SERVIÇO DE

TRANSPORTE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratuidade do serviço de transporte público aos portadores de necessidades especiais, quando sub judice a controvérsia, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 847845 AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 11/12/2012, e ARE 794.663/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12/3/2014. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA. GRATUIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS MENTAIS EM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO’. 3. Agravo regimental DESPROVIDO” (ARE 764.417-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.5.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

“Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Irani da Silva Faria. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 196 da Constituição Federal.

É o relatório.Decido.Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de

origem, por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário’. Colho precedentes:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATUIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratuidade do serviço de transporte público aos portadores de necessidades especiais, quando sub judice a controvérsia, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 847845 AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 11/12/2012, e ARE 794.663/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12/3/2014. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA. GRATUIDADE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS MENTAIS EM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO’. 3. Agravo regimental DESPROVIDO’ (ARE 764.417-AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 12.5.2014).

‘1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a concessão de passe livre no transporte público urbano - com base na Lei municipal 3.167/2000, declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - a usuário portador de doença crônica (fls. 97-99). No RE, a parte agravante alega ofensa aos artigos 5º, e 196, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que a declaração de inconstitucionalidade da lei pelo Tribunal de Justiça não pode ser obstáculo para a concessão de benefício destinado a dar aplicação efetiva a preceito constitucional do amplo acesso à saúde (fls. 102-110). 2. O recurso não merece prosperar.

Preliminarmente, verifico que os dispositivos aos quais se alegou violação não se encontram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, nem opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356). 3. Em casos semelhantes ao dos presentes autos, esta Corte tem se pronunciado no sentido de que o exame das violações alegadas demandaria a análise de fatos e provas e de legislação local (Lei municipal 3.167/2000), hipóteses inviáveis em sede extraordinária (Súmulas STF 279 e 280). Nesse sentido: AI 761.265/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.10.2009; RE 575.952/RJ, rel. Min. Carlos Britto, DJe 01.7.2009; e AI 509.222/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 09.5.2008. 4. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC). Publique-se. Brasília, 26 de agosto de 2010. Ministra Ellen Gracie Relatora’ (AI 711899, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 09.9.2010).

‘DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEIS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República. 2. O recurso inadmitido tem como objeto o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 154

seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: ‘Trata-se de ação visando a condenação do Município do Rio de Janeiro e da Fundação Lar São Francisco de Paula – Funlar a conceder a gratuidade de transporte à Apelada. (...) A matéria é regida pela Lei Orgânica do Município, pela Lei Municipal n. 3.167/2000 e Decretos Municipais 19.936/2001 e 24.043/2003. (...) No caso em exame, embora a doença suportada pela Apelada não esteja no rol das previstas na legislação municipal, em princípio, tal fato não retira o seu direito de obter o benefício, desde que comprove que esta doença seja crônica. (...) No entanto, os atestados de fls. 18 e 19 não comprovam a necessidade de comparecimento constante ao hospital, para efeito de obter a gratuidade no transporte, com a concessão de passe livre’ (fl. 12 – grifos nossos). 3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, e 196 da Constituição da República. 4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 63-65). A Agravante alega que essa súmula seria inaplicável à espécie vertente e que não haveria qualquer impedimento ao processamento do recurso extraordinário. Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. Conforme se depreende dos excertos acima, o Tribunal a quo fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e na aplicação de leis locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal’ (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos nossos). ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos’ (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos). ‘EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009). ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 25 de setembro de 2009. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora’ (AI 761265, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.10.2009).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)” (RE 826.616, Relatora a Ministra Rosa Weber, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 26.9.2014).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEIS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

‘Trata-se de ação visando a condenação do Município do Rio de Janeiro e da Fundação Lar São Francisco de Paula – Funlar a conceder a gratuidade de transporte à Apelada.

(...)A matéria é regida pela Lei Orgânica do Município, pela Lei Municipal

n. 3.167/2000 e Decretos Municipais 19.936/2001 e 24.043/2003.(...)No caso em exame, embora a doença suportada pela Apelada não

esteja no rol das previstas na legislação municipal, em princípio, tal fato não retira o seu direito de obter o benefício, desde que comprove que esta doença seja crônica.

(...)No entanto, os atestados de fls. 18 e 19 não comprovam a

necessidade de comparecimento constante ao hospital, para efeito de obter a gratuidade no transporte, com a concessão de passe livre’ (fl. 12 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, e 196 da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 63-65).

A Agravante alega que essa súmula seria inaplicável à espécie vertente e que não haveria qualquer impedimento ao processamento do recurso extraordinário.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. Conforme se depreende dos excertos acima, o Tribunal a quo

fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e na aplicação de leis locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal’ (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos nossos).

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos’ (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos).

‘EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (AI 761.265, de minha relatoria, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 15.10.2009, grifos nossos).

Confiram-se os seguintes julgados: RE 828.002/RJ, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 11.9.2014, AI 725.495/RJ, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 1º.2.2011, e RE 560.454/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 18.11.2010.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 834.907 (786)ORIGEM : PROC - 223328120104013900 - TRF1 - PA/AP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PAULO CÉSAR DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO VELOSO DE CARVALHORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado do Pará, assim sumulado (fls. 244):

“RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 155

AUSÊNCIA DE OFENSA POR PARTE DOS OFICIAIS DO COMANDO DA MARINHA DO BRASIL. DANO MORAL INEXISTENTE. PEDIDO REJEITADO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 37, § 6º, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “a peça recursal deixou de indicar o requisito da preliminar formal de repercussão geral, pressuposto especial de admissibilidade, o que impede o seguimento do recurso”; e (ii) “pretende o recorrente o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos” (fls. 269).

O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista que a parte recorrente não apresentou preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das questões constitucionais discutidas, o que atrai a incidência do art. 327, § 1º, do RI/STF. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 713.080-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FAMÍLIA. ALIMENTOS. EXECUÇÃO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. DISCUSSÃO SOBRE CÁLCULOS JUDICIAIS. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CPC E ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso que o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.07).

2. A jurisprudência do Supremo fixou entendimento no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07: II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem, seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327). 2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal (Art. 543-A, § 2º).

[…] 4. Agravo Regimental desprovido.”Ademais, a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo

acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão quanto a esses temas. Nesse ponto, portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, a parte recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 14 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.153 (787)ORIGEM : PROC - 50009985220114047111 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SANDOR ELENOR KOPPADV.(A/S) : ALEXANDRE DORNELLES MARCOLIN E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na alínea “b” do art. 102, III, da Lei Maior e na alegação de afronta aos arts. 1º, IV, 5º, incisos XXXVI, LIV e LV, 195, § 5º, e 201, caput e § 3º, da Carta Magna.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual,

o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.11.2004.)

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJE 15.8.2008.)

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 05.9.2003.)

Na esteira da jurisprudência desta Corte, a discussão versada nos autos não alcança estatura constitucional, tendo em vista que a análise das violações apontadas no apelo extremo demandaria, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, em desatenção à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior. Nesse sentido, cito as seguintes decisões monocráticas:

“AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. MARCO TEMPORAL DE EFEITOS FINANCEIROS. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. INVIABILIDADE DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM BASE NA AL. B DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (ARE 820.539/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 1º.8.2014.)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO NOVO CÁLCULO DA RMI EM DECORRÊNCIA DE AÇÃO TRABALHISTA. OFENSA REFLEXA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SUM. 279/STF. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE Nº 748.371. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA.” (ARE 810.226/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 19.8.2014.)

Incabível, por seu turno, a interposição do apelo extremo pelo permissivo da alínea “b” do art. 102, III, da Constituição Federal de 1988, deixando o Tribunal de origem de declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. Colho os seguintes precedentes: AI 759.677-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 15.8.2012; e AI 627.610-AgR/BA, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 28.3.2012, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO À REALIZAÇÃO DE EXAME SUPLETIVO. REQUISITO DE IDADE INATENDIDO. 1. CONTROVÉRSIA DECIDIDA CENTRALMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 2. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA 'B' DO INCISO III DO ART. 102 DA COSTITUIÇÃO REPUBLICANA. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA FORMA DO ART. 97 DO MAGNO TEXTO. 3. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL PRECLUSO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283/STF. 1. Na esteira da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o reexame de legislação infraconstitucional é providência que não tem lugar neste momento processual. 2. A admissão do recurso extraordinário com fundamento na alínea 'b' do inciso III do art. 102 da Constituição Federal está condicionada à existência de declaração formal de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, na forma do art. 97 da Carta Magna. 3. 'É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida está calcada em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles' (Súmula 283/STF). Agravo regimental desprovido.” (destaquei)

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 156

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.608 (788)ORIGEM : AI - 20565494520138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : NEI CALDERON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GERALDO MARAFONADV.(A/S) : NIELFEN JESSER HONORATO E SILVA E OUTRO(A/S)

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no ARE 748371.

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem. Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.042 (789)ORIGEM : AC - 10672083098471001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : CLARINA INSTALAÇÕES TÉCNICAS LTDAADV.(A/S) : ANTÔNIO FERNANDO DRUMMOND BRANDÃO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“APELAÇÃO – EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – CONSTITUCIONAL – TRIBUTÁRIO – ICMS E ISSQN – MONTAGEM DE PAINEL ELÉTRICO POR ENCOMENDA – EMPREITADA MISTA – OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL SERVIÇO INCLUÍDO NAS LISTAS ANEXAS ÀS LEIS COMPLEMENTARES N. 56/87 E 116/03 – NÃO INCIDÊNCIA DE ICMS.

- Nos casos de operações mistas, vale dizer, as que envolvem a prestação de serviços (obligatio faciendi) e a entrega de mercadoria (obligatio dandi), incide ICMS sempre que o serviço (a obrigação de fazer) não estiver indicado em lei complementar como objeto de incidência do tributo municipal; por outro lado, incide ISSQN, quando o serviço estiver elencado no rol previsto em lei.

- A montagem de painéis elétricos personalizados (por encomenda) constitui, na hipótese, uma execução, por empreitada mista, de uma obra de construção civil. Em tais contratos, a empreiteira se compromete a fazer e entregar a obra contribuindo com o seu trabalho e com os materiais (art. 610, CC). Destarte, os painéis elétricos, materiais viabilizadores e integrantes dos contratos de empreitada mista, e, além disso, por não se sujeitarem à mercancia, não são mercadorias. Por tais razões, incide, na operação em análise, o ISSQN, e não o ICMS.”

Foram opostos embargos de declaração, aos quais foi negado provimento.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 155, §2º, IX, b, e 156, III, ambos da Carta. Sustenta, em síntese, que a industrialização em questão ocorre sobre mercadoria em etapa da cadeia de circulação, motivo pelo qual a atividade encontra-se incluída no campo de incidência do ICMS, sobretudo porque utilizada no processo industrial da encomendante como peça para equipamento empregado na produção de outros bens.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que “a Turma julgadora dirimiu a questão posta em juízo, principalmente, sob enfoque legal, pelo que o recorrente deveria ter interposto recurso especial, para infirmar os respectivos fundamentos infraconstitucionais”. Em sede de agravo, a parte alega que o recurso tem respaldo em decisão deste Supremo Tribunal Federal em questão similar à dos presentes autos.

Na ocasião do julgamento do AI 803.296/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, a Primeira Turma deste tribunal definiu critérios aptos a orientar a definição do tributo a ser cobrado em cada uma das hipóteses, conforme se extrai da ementa a seguir:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Serviço de composição gráfica com fornecimento de mercadoria . Conflito de incidências entre o ICMS e o ISSQN. Serviços de composição gráfica e customização de embalagens meramente acessórias à mercadoria. Obrigação de dar manifestamente preponderante sobre a obrigação de fazer, o que leva à conclusão de que o ICMS deve incidir na espécie.

1. Em precedente da Corte consubstanciado na ADI nº 4.389/DF-MC, restou definida a incidência de ICMS sobre operações de industrialização por

encomenda de embalagens, destinadas à integração ou utilização direta em processo subsequente de industrialização ou de circulação de mercadoria.

2. A verificação da incidência nas hipóteses de industrialização por encomenda deve obedecer dois critérios básicos: (i) verificar se a venda opera-se a quem promoverá nova circulação do bem e (ii) caso o adquirente seja consumidor final, avaliar a preponderância entre o dar e o fazer mediante a averiguação de elementos de industrialização.

4. À luz dos critérios propostos, só haverá incidência do ISS nas situações em que a resposta ao primeiro item for negativa e se no segundo item o fazer preponderar sobre o dar.

5. A hipótese dos autos não revela a preponderância da obrigação de fazer em detrimento da obrigação de dar. Pelo contrário. A fabricação de embalagens é a atividade econômica específica explorada pela agravante. Prepondera o fornecimento dos bens em face da composição gráfica, que afigura-se meramente acessória. Não há como conceber a prevalência da customização sobre a entrega do próprio bem.

6. Agravo regimental não provido.” (Negrito acrescentado)À luz do cenário fático e probatório dos autos, o Tribunal de origem

consignou o seguinte:“A apelante presta um serviço de montagem de painéis elétricos feitos

por encomenda, vale dizer, assume, com os seus contratantes, uma obrigação de facere, consistindo os painéis em simples materiais viabilizadores da prestação do serviço, ou seja, da execução dos contratos de empreitada, e não mercadorias, uma vez que não estão destinados ao comércio.

(…) Destarte, consistindo a atividade de fabricação de painéis elétricos por encomenda em uma prestação de serviço e não em uma operação mercantil, há de se afastar a incidência do ICMS.

Razão assiste ao apelante ao afirmar que o presente caso se subsume aos itens 32 e 7.02 das Listas de Serviços, o primeiro pertinente à Lista de Serviços anexa à LC nº 56/87, e o segundo à Lista anexa à LC nº 116/2003, in verbis. (...)

Destarte, firmado que a montagem de painéis elétricos personalizados (por encomenda) constitui uma execução, por empreitada mista, de uma obra de construção civil, e que os painéis elétricos não são mercadorias, mas sim materiais viabilizadores e integrantes dos contratos de empreitada mista, incide em tal operação o ISSQN, e não o ICMS.”

Diante do contexto narrado, prevalece a execução de serviços, o que atrai a incidência do ISS. Saliente-se que não cabe a esta Corte divergir das premissas fáticas determinadas pelas instâncias ordinárias, sob pena de afronta ao teor da Súmula 279/STF. Nesta linha, confira-se a ementa do precedente AI 826.468-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Tributário. ISS. Industrialização por encomenda. Metalurgia. Lei Complementar n. 116/2003. 3. Incidência da Súmula 279. Controvérsia que depende do reexame do conjunto fático-probatório. 4. Ofensa reflexa. Necessidade de exame prévio de normas infraconstitucionais. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.043 (790)ORIGEM : PROC - 32782013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 16ª CJ

- SÃO JOSÉ DO RIO PRETOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NORIVAL TOMAZ DA SILVARECDO.(A/S) : SIRLEY CAMAZANO TOMAZ DA SILVAADV.(A/S) : DANIELLE CAMAZANO SILVA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Colégio Recursal da 16º Circunscrição do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que manteve sentença de 1ª instância. Sentença que: (i) declarou inexigível o débito no valor R$ 1.669,28; (ii) determinou o imediato cumprimento dos termos do Instrumento Particular com caráter de escritura Pública, de Cessão onerosa de direitos e obrigações, com a cobrança das parcelas mensais nos moldes avençados; e (iii) condenou o recorrente a pagar à parte recorrida, a título de danos morais, a quantia de R$ 13.560,00 (fls. 169/170).

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, caput, XXXV e LV da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 157

meramente legal.” (fls. 269). O recurso não deve ser provido. De início, nota-se que as alegadas

ofensas à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão quanto a esses temas. Nesse ponto, portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, incide a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Com efeito, não foi ofendida a garantia da inafastabilidade do controle jurisdicional, pois a parte recorrente teve acesso a todos os meios de impugnação previstos na legislação processual, havendo o acórdão recorrido motivado suas conclusões de forma satisfatória.

Por fim, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido da ausência de repercussão geral da questão sobre modificação de valores em condenação de danos morais por demandar a análise do material fático probatório dos autos. Incide no caso, igualmente, a Súmula 279/STF. Veja-se, a propósito, a ementa do ARE 743.771-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VALOR FIXADO A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO 279 DA SÚMULA DO STF. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b , do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 08 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.395 (791)ORIGEM : AC - 20130110256958 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ROSIMEIRE GONÇALVES DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO

GERAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM. BAIXA IMEDIATA.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TERÇO ADICIONAL DE FÉRIAS. INCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA CONTRIBUTIVIDADE. VIOLAÇÃO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. RESTITUIÇÃO. PARCELAS. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. NATUREZA TRIBUTÁRIA. REGRAS ESPECÍFICAS. APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97, COM A REDAÇÃO DITADA PELA LEI Nº 11.960/09. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL POR ARRASTAMENTO PELA SUPREMA CORTE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FAZENDA PÚBLICA. APRECIAÇÃO EQUITATIVA. CRITÉRIOS. EXPRESSÃO. INADEQUAÇÃO. MAJORAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. QUINQUENAL. OBSERVÂNCIA. REPERCUSSÃO GERAL. RECONHECIMENTO. SOBRESTAMENTO DO PROCESSO. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA MANTIDA.

1. O reconhecimento de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal não constitui hipótese de sobrestamento automático de todas as ações que tramitam no judiciário, seja em primeira ou segunda instância, sendo irrefutável que esta exegese exorbita os postulados constitucionais que prestigiam o devido processo legal, pois é certo que o trancamento esperado apenas deverá ser cogitado por ocasião do exame de eventual recurso

extraordinário a ser interposto contra acórdão deste egrégio Tribunal de Justiça.

2. O reconhecimento de repercussão geral sobre a matéria em foco, qual seja, a incidência de contribuição social sobre o terço constitucional de férias dos servidores públicos, não autoriza o sobrestamento de ação cognitiva que, conquanto verse sobre a mesma quaestio iuris, encontra-se ainda em jurisdição ordinária e, portanto, não se suborna aos instrumentos processuais de controle legal da multiplicidade de recursos extraordinários.

3. O lançamento da contribuição previdenciária sobre o adicional de férias não ocorre por homologação, mas de ofício, pois o tributo é descontado diretamente do vencimento do servidor quando ocorre o fato gerador, qual seja, o pagamento do terço constitucional, resultando daí que a prescrição da pretensão destinada à repetição do indébito derivado da incidência indevida da contribuição previdenciária é aquele atinente aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou seja, o quinquenal, nos termos do art. 168, I, do CTN, ensejando que os efeitos da sentença que reconhece devida a restituição do indevidamente descontado retroaja aos cinco anos precedentes à propositura da ação.

4. O terço constitucional de férias, por ostentar natureza indenizatória, não se incorpora à remuneração do servidor para efeitos previdenciários e, conseguintemente, já que desprezado na elaboração dos cálculos de concessão de eventual benefício previdenciário a ser pago ao contribuinte, é impassível de sofrer a incidência da contribuição previdenciária, notadamente porque, se o adicional de férias é um indiferente atuarial, a incidência da contribuição sem a devida retribuição por ocasião da elaboração dos cálculos de concessão do benefício de aposentadoria ofende o princípio da contributividade que informa os regimes previdenciários.

5. A atualização e incremento moratório dos débitos fazendários que ostentem natureza tributária é regulada por legislação específica, não sendo alcançados pelo enunciado legal contido no artigo 5º da Lei nº 11.069/09, que ditara nova redação ao artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, porquanto a expressão ‘independentemente de sua natureza’, inserta nesse preceptivo fora declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, por arrastamento, como forma de ser assegurada equidade entre a fórmula de apuração passiva e ativa das obrigações de natureza tributária da Fazenda Pública (ADIN 4357).

6. Ostentando o indébito derivado de contribuições previdenciárias indevidamente incidentes sobre o terço constitucional de férias fruído por servidores públicos natureza tributária, as parcelas a serem repetidas como corolário do reconhecimento da ilegalidade da incidência havida devem ser atualizadas monetariamente desde o desembolso mediante o uso do IPCA, e, a partir do trânsito em julgado da sentença, para fins de atualização monetária e incremento da mora, sofrer a incidência exclusivamente da taxa SELIC (Lei nº 9.250/95, art. 39, § 4º).

7. Acolhido o pedido, os honorários advocatícios que devem ser necessariamente debitados à Fazenda Pública, de conformidade com os critérios legalmente delineados, devem ser mensurados em importe apto a compensar os trabalhos efetivamente executados pelos patronos da parte vencedora, observado o zelo com que se portaram, o local de execução dos serviços e a natureza e importância da causa, devendo ser majorados se mensurados originariamente em importe que não se coaduna com sua destinação teleológica e com os parâmetros fixados pelo legislador de forma a emergirem da exata ponderação dos critérios que modulam o critério de equidade que deve presidir sua apuração (CPC, art. 20, §§ 3º e 4º).

8. Apelações conhecidas, desprovida a do Distrito Federal e provida a dos autores. Reexame necessário conhecido e parcialmente provido. Unânime”(fls. 362-363).

2. No recurso extraordinário, o Agravante alega ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 7º, inc. XVII, 39, § 3º, 40, 150, § 6º, 194, 195 e 201, caput, incs. I a V e § 11, da Constituição da República.

Argumenta que“não merece prosperar a tese segundo a qual o adicional de férias

teria natureza indenizatória.O simples fato de o adicional ter por escopo proporcionar ao

trabalhador, no período de descanso, a percepção de um reforço financeiro, a fim de que possa usufruir de forma plena o direito constitucional do descanso remunerado de forma alguma autoriza a conclusão de que se trata de verba indenizatória.

Em verdade, como os adicionais fazem parte dos vencimentos do servidor, sendo a retribuição pecuniária devida pelo exercício de cargo público com valor fixado em lei, forçoso reconhecer que o adicional de férias tem caráter remuneratório.

(…)Incontestável que o regime previdenciário dos servidores públicos

está marcado pelo caráter contributivo e solidário, tal como assentado no art. 40 da Constituição Federal.

Dentro desse contexto, não há lugar para se cogitar de contraprestação específica como requisito para a validade da cobrança da contribuição previdenciária.

(…)Não há dúvida, portanto, de que a cobertura da previdência social vai

muito além do simples pagamento de aposentadorias, notadamente pelo caráter de universalidade da cobertura e do atendimento, protegendo até mesmo os trabalhadores em situação de desemprego involuntário que, por óbvio, encontram-se momentaneamente sem contribuir para o regime” (fls.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 158

390-394).3. Na decisão agravada, adotou-se como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento da matéria constitucional.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada relativo à ausência de prequestionamento, por ter sido a matéria objeto de oportuna impugnação.

6. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.068-RG, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, substituído pelo Ministro Roberto Barroso, este Supremo Tribunal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional suscitada na espécie:

“CONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REGIME PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO. BASE DE CÁLCULO. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. GRATIFICAÇÃO NATALINA (DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO). HORAS EXTRAS. OUTROS PAGAMENTOS DE CARÁTER TRANSITÓRIO. LEIS 9.783/1999 E 10.887/2004. CARACTERIZAÇÃO DOS VALORES COMO REMUNERAÇÃO (BASE DE CÁLCULO DO TRIBUTO). ACÓRDÃO QUE CONCLUI PELA PRESENÇA DE PROPÓSITO ATUARIAL NA INCLUSÃO DOS VALORES NA BASE DE CÁLCULO DO TRIBUTO (SOLIDARIEDADE DO SISTEMA DE CUSTEIO). 1. Recurso extraordinário em que se discute a exigibilidade da contribuição previdenciária incidente sobre adicionais e gratificações temporárias, tais como 'terço de férias', 'serviços extraordinários', 'adicional noturno', e 'adicional de insalubridade'. Discussão sobre a caracterização dos valores como remuneração, e, portanto, insertos ou não na base de cálculo do tributo. Alegada impossibilidade de criação de fonte de custeio sem contrapartida de benefício direto ao contribuinte. Alcance do sistema previdenciário solidário e submetido ao equilíbrio atuarial e financeiro (arts. 40, 150, IV e 195, § 5º da Constituição). 2. Encaminhamento da questão pela existência de repercussão geral da matéria constitucional controvertida” (DJe 22.5.2009, grifos nossos).

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar-se o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

7. Dada a irrecorribilidade da decisão de devolução de recurso à instância de origem, seguindo a sistemática da repercussão geral (MS 31.445-AgR/RJ, de minha relatoria, Plenário, DJ 25.2.2013; MS 32.060-ED/SP, Relator o Ministro Dias Toffoli, Plenário, DJ 6.11.2013; MS 28.982- AgR/PE, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJ 15.10.2010; RE 629.675-AgR/SP, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 21.3.2013; RE 595.251-AgR/RS, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 9.3.2012; AI 503.064-AgR-AgR,/MG, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 26.3.2010; AI 811.626-AgR-AgR/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 3.3.2011; RE 513.473-ED/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 18.12.2009), AI 790.033-AgR/DF, Relator o Ministro Cezar Peluso, Plenário, DJ 2.5.2012, determino a baixa imediata dos autos.

8. Pelo exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário, observando-se quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

À Secretaria Judiciária para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.652 (792)ORIGEM : AC - 06070266320128010070 - TJAC - 2ª TURMA

RECURSAL - RIO BRANCOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO VOLKSWAGEN S/AADV.(A/S) : MÉLANIE GALINDO MARTINHO AZZIRECDO.(A/S) : UMBELINA VIANA DE ARAÚJOADV.(A/S) : GILMARA RODRIGUES DUARTE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão que não admitiu recurso extraordinário assim ementado:

“CDC. VEÍCULO. FINANCIAMENTO. COBRANÇA DE TAXAS E TARIFAS. TEMA JULGADO EM RECURSO REPETITIVO PELO STJ. CASO ESPECÍFICO DE TARIFA DE CADASTRO, SERVIÇOS PRESTADOS E IOF, QUE JÁ FORA AFASTADO PELA SENTENÇA. [...]” (eDOC 13).

No apelo extremo, interposto com fundamento no artigo 102, III, a , da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, II e XXXVI, do texto constitucional.

Alega-se, em síntese, a legalidade da cobrança tarifária (tarifa de

cadastro) e a impossibilidade de revisar contrato, sob pena de violar o ato jurídico perfeito.

É o relatório. Decido. A pretensão recursal não merece prosperar. Verifico que a controvérsia dos autos foi dirimida à luz da legislação

infraconstitucional aplicável (CDC) e das cláusulas constantes do contrato firmado entre as partes, o que atrai o óbice constante nas Súmulas 454 e 636 do STF.

Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes: AI 796.905-AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21.5.2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 08.3.2012; ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19.8.2011; AI-AgR 599.166, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 26.6.9; e AI-AgR 480.482, de minha relatoria, DJ 3.3.2006, este último assim ementado:

"Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. cédula de crédito industrial. Penhora. Violação ao princípio do ato jurídico perfeito (art. 5o, XXXVI da Constituição Federal). Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento".

A propósito, cito também o seguinte precedente: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COMPRA E VENDA DE MADEIRA. RESCISÃO CONTRATUAL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL, DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS E DAS PROVAS INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 454. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI 847.594-ED/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 19.9.2011).

Ademais, vale destacar ainda que a controvérsia relativa à violação ao ato jurídico perfeito, tal como posta nos autos, é de natureza meramente reflexa, o que torna insuscetível da análise na via recursal extraordinária. Nesse sentido, confira-se o AI-AgR 733.225, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 24.9.2010; e o AI-AgR 775.056, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.11.2010, da seguinte forma ementados, respectivamente:

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTIGOS 5º, XXXVI, LIV E LV, 195, §5º E 202, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. PROVA E INTERPRETAÇÃO DE REGRA CONTRATUAL. SÚMULAS STF 279 E 454. 1. A discussão atinente à ocorrência ou não de capitalização anual de juros é matéria que demanda revolvimento de material fático-probatório e interpretação de norma contratual, ao que se aplicam as Súmulas STF 279 e 454. 2. A possível violação aos postulados do ato jurídico perfeito , do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa configura ofensa reflexa à CF. 3. Agravo regimental improvido”.

“DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 5º, II, XXXVI, LIV E LV DA CF. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - A Corte tem se orientado no sentido de que a verificação, no caso concreto, da ocorrência ou não de violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito situa-se no campo infraconstitucional. Precedentes. III Agravo regimental improvido”.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (arts. 21, § 1º, do RISTF e 544, § 4º, II, a , do CPC).

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDES Relator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.930 (793)ORIGEM : AC - 20080111434916 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELISABETE SOARES DE MATHIAADV.(A/S) : LEANDRO MADUREIRA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : ADELMO DA SILVA EMERENCIANO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. REVISÃO DE BENEFÍCIO. PRESCRIÇÃO. TRATO SUCESSIVO. ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO. APLICAÇÃO AOS PARTICIPANTES QUE NÃO DETENHAM A CONDIÇÃO DE BENEFICIÁRIO. NORMAS VIGENTES AO TEMPO DO FATO GERADOR” (eDOC 7, p. 48).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 93, IX, do texto constitucional.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 159

Nas razões recursais, alega-se a inobservância do direito acumulado da parte recorrente, quando da alteração de dispositivos regulamentares da parte recorrida.

A Presidência do TJDFT inadmitiu o recurso por reputar que o caso se resolve no âmbito infraconstitucional e ofensa à Constituição Federal, caso houvesse, seria indireta. Ademais, o recálculo da renda mensal implicaria o reexame de cláusulas contratuais.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Inicialmente, ressalto que, na espécie, o Tribunal de origem apreciou

as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do recorrente. Portanto, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação ou violação à inafastabilidade jurisdicional.

Anoto, ainda, que esta Corte reconheceu a repercussão geral da questão constitucional acima discutida, ementada nos seguintes termos:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral” (AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, Pleno, DJe 13.8.2010).

Igualmente, vale dizer que o Supremo Tribunal Federal já assentou, sob a sistemática da repercussão geral (tema 660), que não há repercussão geral em relação à violação dos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, conforme o ARE-RG 748.371, de minha relatoria, DJe 1º.8.2013. Nesse sentido, tal orientação deve ser aplicada no caso em comento, de modo a não conhecê-lo.

Veja-se a ementa do referido julgado:“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à

suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Em relação ao direito adquirido, tem-se que o Tribunal de origem assim assentou:

“Com efeito, depois de detida análise dos autos e do direito aplicável à espécie, entende a relatoria do feito, que as alterações discutidas têm eficácia em relação ao recorrente” (eDOC 7, p. 56).

Na espécie, verifico que divergir do entendimento adotado pelo tribunal a quo demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, bem como a interpretação das cláusulas contratuais, o que não enseja a abertura do recurso extraordinário, uma vez que se aplicam os Enunciados 279 e 454 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte:

“Agravos regimentais no recurso extraordinário com agravo. Previdência Privada. Suplementação de aposentadoria. Preenchimento dos requisitos. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas e de cláusulas de regulamento de benefícios. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios do ato jurídico perfeito, do direito adquirido, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de cláusulas de regulamento de benefícios, de legislação infraconstitucional, e o reexame dos fatos e das provas da causa. Incidência das Súmulas nºs 454, 636 e 279/STF. 3. Agravos regimentais não providos.”(ARE 679143 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 10.04.2014)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. ESTATUTO E REGULAMENTOS. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do reexame dos fatos e provas constantes dos autos e a interpretação de cláusulas contratuais da entidade de previdência privada, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 454 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido.”(ARE 644881 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 20.9.2011)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. MIGRAÇÃO PARA NOVO PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS DO

REGULAMENTO DA ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”(AI 760386 AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe 12.3.2010)

Especificamente acerca do direito acumulado, cito os seguintes julgados desta Corte: AI 820.042, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 26.3.2012 e ARE 736.415, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 15.3.2013.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (Art. 544, §4º, II, a, CPC e art. 21, §1º, RISTF).

Publique-se.Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 838.370 (794)ORIGEM : PROC - 10451070074583001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS -

COPASAADV.(A/S) : ADEMIR OVÍDIO MAGALHÃES PEREIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO VERDE GAIA DE PROTEÇÃO

AMBIENTALADV.(A/S) : OMAR QBAR RIBEIRO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 18, 21, 22, 24, VI, § 1º, 37, XXI, e 150, II, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo Tribunal Federal entende que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido, cito o RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; e o ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, assim ementado:

"Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento."

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

Nesse contexto, o entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da orientação firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido: RE 669.510, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 02.10.2014.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 160

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 838.471 (795)ORIGEM : PROC - 370588320138260001 - COLÉGIO RECURSAL

CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DIRCE GALASTRI PARONIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma do Segundo Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis da Capital do Estado de São Paulo, assim ementado (fls. 155):

“Plano de saúde – contrato de prazo sucessivo e de execução continuada – aplicação da lei vigente à época dos fatos – relação de consumo – vedada a discriminação do idoso no plano de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade e alteração da faixa etária – art. 15, par. Único, da Lei 9.656/98, art. 15, par. 3º, da Lei 10.741/03 e Resolução RN 63/03, art. 2º – abusividade configurada – Súmula TJ-91 – recurso não provido – sentença mantida.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: “no que tange à irresignação recursal fundada na negativa de vigência de preceito, o recurso não preenche o requisito da irregularidade formal, na medida em que não houve a escorreita citação dos preceitos supostamente agredidos, pois: a) não se apontou de maneira clara qual teria sido a violação; b) não indicou a recorrente qual teria sido a parte específica do decisum que afrontou (e em que medida afrontou) cada norma; e, ainda porque: c) as alegadas violações, teriam ocorrido, sempre, de maneira indireta, oblíqua ou reflexa (transversa), o que é inadmissível. O recurso, sem prejuízo de esbarrar em todos os óbices anteriormente destacados, ainda é inadmissível por falta de prequestionamento, aliás, que o recorrente sequer se preocupou em efetuar nas instâncias ordinárias e ao qual, na petição recursal, simplesmente deixou de aludir ou indicar“ (fls. 197/198).

O recurso não deve ser provido. De início, quanto à alegação de ofensa aos arts. 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição, o Plenário deste Tribunal já assentou o entendimento de que as decisões judiciais não precisam ser necessariamente analíticas, bastando que contenham fundamentos suficientes para justificar suas conclusões. Nesse sentido, reconhecendo a repercussão geral da matéria, veja-se a ementa do AI 791.292-QO-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.”

Ademais, a parte recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, bem como das cláusulas do contrato firmado entre as partes. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF. Veja-se, no mesmo sentido, a ementa do ARE 810.615 AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. REAJUSTE POR FAIXA ETÁRIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454/STF. PRECEDENTES. OFENSA REFLEXA.

1. O reajuste por faixa etária dos planos de saúde, quando sub judice a controvérsia, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, bem como a interpretação de cláusulas contratuais, o que torna inviável o recurso extraordinário a teor do Enunciado da Súmula 454 do Supremo Tribunal Federal, verbis : Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário . Precedentes: AI 633.761-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma DJe de 20/4/2012, e RE 797.343-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 25/03/2014.

2. In casu , o acórdão extraordinariamente recorrido manteve a sentença por seus próprios fundamentos, a qual julgou improcedente o pedido formulado nos seguintes termos: Logo em havendo previsão expressa dos percentuais de aumento em caso de deslocamento da faixa etária no contrato firmado entre as partes, o que possibilitou a parte autora a opção de contratar ou não a ré, outra alternativa não resta senão a improcedência. Ante o exposto, julgo improcedente a presente ação.

3 . Agravo regimental DESPROVIDO .” Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 17 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 838.490 (796)ORIGEM : PROC - 00019345020118260602 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SOROCABAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ CLAUDIO DE MORAESADV.(A/S) : MILENA SOLA ANTUNES E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 5ª Turma do Colégio Recursal

“Leasing. Devolução do VRG. Revelia. Ação julgada procedente, reconhecendo o direito de restituição do VRG. Recurso da requerida postulando a devolução do VRG após o desconto dos encargos contratuais. Recurso improvido, ante a demora da recorrente em providenciar alienação do bem e apurar o saldo contratual. Entendimento firmado pelo STJ no julgamento de recursos repetitivos modulado para a situação fática dos autos. Sentença mantida pelos próprios fundamentos.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, caput, XXXV, XXXVI e LIV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “não se admite a interposição de recurso extraordinário, se a alegada ofensa ao texto constitucional se mostra indireta, em razão da má aplicação ou interpretação e mesmo inobservância de normas de caráter infraconstitucional” (fls. 201/202).

O recurso não deve ser provido. De início, nota-se que as alegadas ofensas à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ademais, para dissentir do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Por fim, cabe registrar que a suscitada violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição só entra no plano constitucional quando a eficácia inerente ao ato jurídico perfeito é violada pela aplicação de uma nova lei, discutindo-se matéria de direito intertemporal. No presente recurso, a parte recorrente não cogita de retroação de lei superveniente, somente postula uma nova apreciação dos fatos e das cláusulas constantes do contrato celebrado entre as partes, o que não enseja a abertura da via extraordinária. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 15 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 838.838 (797)ORIGEM : PROC - 00357315820138130521 - TJMG - TURMA

RECURSAL DE PONTE NOVAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : AILTON DE AVILA BARBOSAADV.(A/S) : JOSÉ DE LOURDES FERNANDES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRASÃO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA-

MEADV.(A/S) : MARCELO ANDRADE MENDONÇA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal do Grupo Jurisdicional de Ponte Nova/MG, do qual se extrai o seguinte trecho (fls. 85-87):

“Da detida análise dos fatos e fundamentos trazidos à apreciação desse órgão colegiado, frente ao contexto probatório dos autos e à luz do melhor direito aplicável à espécie, tem-se que a irresignação do recorrente não merece ser acolhida.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 161: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 161

Afinal, vê-se que o magistrado a quo examinou de forma correta os aspectos da lide, trazendo fundamentação clara e convincente em sua sentença, pelo que esta merece ser confirmada, nos termos do art. 46, da Lei 9.099, de 1995.

Ademais, rechaço as preliminares aventadas pela defesa, uma vez que os documentos de fls. 48/65 não tiveram influência relevante sobre a decisão combatida, notadamente pelo fato da fundamentação cingir-se às cláusulas do contrato firmado entre as partes.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, LV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que, “em que pese a arguição de repercussão geral ter sido demonstrada formalmente e em tópico próprio, não foi ela devidamente fundamentada nos termos do parágrafo 1º, do artigo 543-A, do Código de Processo Civil” (fls. 115).

O recurso não deve ser provido. De início, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Ademais, o acórdão recorrido fundamentou sua decisão com base no material probatório constante dos autos, bem como nas cláusulas do contrato firmado entre as partes, cujo reexame é inviável em sede de recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 09 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.656 (798)ORIGEM : PROC - 140061260 - TJMG - TURMA RECURSAL DE

BARBACENAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MULTI BRASIL FRANQUEADORA E PARTICIPAÇÕES

LTDAADV.(A/S) : SUSY GOMES HOFFMANN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GIOVANE HENRIQUE DE SOUZA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : GISELE AUGUSTA SOARES FERREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal de Barbacena/MG que manteve sentença de 1ª instância que condenara a recorrente à restituição em dobro de valores cobrados indevidamente, bem como indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (fls. 154):

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, II, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “não foi a matéria explicitamente colocada por ocasião do recurso, nem tampouco amplamente discutida no acórdão”; e (ii) “não ocorreu ofensa direta e frontal à Constituição Federal, sendo as alegações lançadas no presente recurso, atinentes ao mérito, o que foge à regra da modalidade recursiva da qual lança mão o recorrente” (fls. 193/194).

O recurso não deve ser provido. De início, nota-se que a alegação de ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. O recurso extraordinário, portanto, carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Em se tratando especificamente de supostas ofensas ao princípio da legalidade, o que se pode discutir nesta sede, em linha de princípio, é o eventual descumprimento da própria reserva legal, ou seja, da exigência de que determinada matéria seja disciplinada por lei, e não por ato secundário. Não é disso que se trata nos autos. Nessa linha, veja-se o seguinte trecho da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes”

Ademais, a solução da controvérsia pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário, nos termos da Súmulas 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 16 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.943 (799)ORIGEM : PROC - 20130110177377 - TJDFT - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECDO.(A/S) : ORGANIZACAO SEBBA MATERIAIS PARA

CONSTRUCAO LTDAADV.(A/S) : IRAN AMARALRECDO.(A/S) : IRENE DE SOUSA SENA CORADOADV.(A/S) : LAURA ARNT DE GÓES

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado (fls. 158):

“CONSUMIDOR. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. CONFECÇÃO DE MÓVEIS MODULADOS PARA COZINHA. FALHA NA EXECUÇÃO DO PROJETO. DISSABORES INTENSOS. DANO MORAL. PROPRIEDADE DO QUANTUM REPARATÓRIO.

1. A convicção de que infidelidade contratual não gera dano moral cede diante de um cenário que inclui diversos infortúnios enfrentados pelo consumidor em decorrência do erro e execução inadequada do projeto de armários de cozinha.

2. Recurso conhecido e não provido.3. Confirmo, por seus próprios fundamentos, a sentença recorrida,

nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.4. Condeno a recorrente ao pagamento das custas e dos honorários,

fixados em 10% do valor da condenação.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “a Suprema Corte já externou entendimento no sentido de não haver repercussão geral nas causas que envolvem responsabilidade civil por danos morais, mesmo porque decorrentes de fatos particulares e específicos do caso concreto”; (ii) “a parte recorrente pretende, por via oblíqua, o reexame do conteúdo probatório, o que é vedado em sede de recurso extraordinário”; (iii) “a questão de fundo posta no apelo é de cunho infraconstitucional, conforme expresso às f. 173, não cabendo a sua análise pelo Supremo Tribunal Federal”; (iv) “já decidiu o Supremo Tribunal Federal que não há violação ao texto da Constituição Federal, nem negativa de prestação jurisdicional, quando a decisão judicial está fundamentada”; e (v) “não se verifica o prequestionamento da questão constitucional sustentada, seja pela ausência de embargos para tal fim ou mesmo em razão da questão constitucional não ter sido ventilada no acórdão recorrido” (fls. 186-188).

O recurso é inadmissível. De início, observo que as alegadas ofensas à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ademais, incide a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que assentou que as violações aos preceitos constitucionais consagradores dos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa demandam, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie. Em se tratando especificamente de supostas ofensas ao princípio da legalidade, o que se pode discutir nesta sede, em linha de princípio, é o eventual descumprimento da própria reserva legal, ou seja, da exigência de que determinada matéria seja disciplinada por lei, e não por ato secundário. Não é disso que se trata nos autos. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Quanto à alegada ofensa ao art. 93, IX, da Constituição, o Plenário deste Tribunal já assentou o entendimento de que as decisões judiciais não precisam ser necessariamente analíticas, bastando que contenham fundamentos suficientes para justificar suas conclusões. Nesse sentido, reconhecendo a repercussão geral da matéria, veja-se a ementa do AI 791.292-QO-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 162

extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.”

Por fim, tal como constatou a decisão agravada, incide a pacífica jurisprudência desta Corte no sentido da ausência de repercussão geral da questão sobre danos morais por prestação de serviços. Veja-se, nesse sentido, a ementa do AI 765.567-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Direito do Consumidor. Responsabilidade do Fornecedor. Indenização por danos morais e materiais. Prestação de serviço. Ineficiência. Matéria infraconstitucional. Repercussão geral rejeitada.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 14 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.976 (800)ORIGEM : AC - 70056378235 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PAMPARÁFIA INDÚSTRIA E COMÉRÇIO DE

EMBALAGENS LTDAADV.(A/S) : OTÁVIO AUGUSTO XAVIER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado (fls. 684):

“AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA. ISS SOBRE INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. ATIVIDADE RELACIONADA À FABRICAÇÃO DE FIO DE RÁFIA POR EXTRUSÃO DE POLIPROPILENO. INCIDÊNCIA.

Há incidência de ISS sobre a industrialização por encomenda, por se enquadrar no conceito de prestação de serviço e na previsão do item 14.05 da Lista Anexa da Lei Complementar n° 116/03. Irrelevante que os bens sejam posteriormente comercializados pelo encomendante, uma vez que a atividade fim da autora é a prestação de serviços.

AGRAVO DESPROVIDO. UNÂNIME.” Foram opostos embargos de declaração, aos quais foi negado

provimento.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a e c, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 155, II e § 2º, I, e 156, III, todos da Carta. Sustenta, em síntese, que não incide ISS sobre a hipótese dos autos, uma vez que as embalagens por ela fabricadas seriam meros insumos dos produtos finais de seus clientes, motivo pelo qual deveria ser cobrado ICMS sobre a atividade.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob o seguinte fundamento: “a apreciação do tema constitucional trazido à debate não se exime do reexame dos elementos de convicção considerados pela Corte (verbete n. 279 do STF), assim como demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais, no caso, a Lei Complementar 116/2003”.

Em sede de agravo, a parte alega que o recurso pretende o correto enquadramento jurídico da atividade por ela desempenhada e o exame sobre as alegadas ofensas ao texto constitucional.

A pretensão merece acolhida. A instância ordinária divergiu da orientação adotada pelo Supremo Tribunal Federal. Nos termos da jurisprudência da Corte, a confecção de embalagens é atividade sujeita à incidência de ICMS. Neste sentido, confira-se a ementa do precedente abaixo:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONFLITO ENTRE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA E IMPOSTO SOBRE OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. PRODUÇÃO DE EMBALAGENS SOB ENCOMENDA PARA POSTERIOR INDUSTRIALIZAÇÃO (SERVIÇOS GRÁFICOS). AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA PARA DAR INTERPRETAÇÃO CONFORME AO O ART. 1º, CAPUT E § 2º, DA LEI COMPLEMENTAR 116/2003 E O SUBITEM 13.05 DA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA. FIXAÇÃO DA INCIDÊNCIA DO ICMS E NÃO DO ISS. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.

Até o julgamento final e com eficácia apenas para o futuro (ex nunc),

concede-se medida cautelar para interpretar o art. 1º, caput e § 2º, da Lei Complementar 116/2003 e o subitem 13.05 da lista de serviços anexa, para reconhecer que o ISS não incide sobre operações de industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à integração ou utilização direta em processo subseqüente de industrialização ou de circulação de mercadoria. Presentes os requisitos constitucionais e legais, incidirá o ICMS.”

Na oportunidade, a Ministra Ellen Gracie, em voto vista, ressaltou o seguinte:

“(...) No caso dos autos, o objeto principal do contrato é a produção e a entrega de embalagens. Este o fim colimado. Por certo que as embalagens devem ter tais ou quais características e que sua produção seja feita sob encomenda, para acondicionamento dos produtos do contratante, contendo a impressão da marca e demais informações necessárias ou úteis. Mas o objetivo final é a produção e a circulação das embalagens como um todo, em grande número, para utilização pela contratante em seu próprio processo produtivo. (...) A atividade de impressão de marca e informações na embalagem não constitui senão uma das etapas do processo produtivo e sequer pode ser considerada como das mais importantes. De nada adianta à indústria compradora das embalagens que delas constem as inscrições necessárias, se forem entregues em dimensões inadequadas ao produto que nelas será acondicionado, se o material não for apropriado à sua proteção ou conservação, se não tiver a resistência necessária para o empilhamento e transporte pretendidos. (Negritos acrescentados)

Nos autos do AI 803.296/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, a Primeira Turma confirmou a orientação do Plenário e avançou para definir critérios aptos a orientar a definição do tributo a ser cobrado nas operações híbridas, tal como a industrialização por encomenda. A ementa do julgado segue abaixo transcrita:

Agravo regimental no recurso extraordinário. Serviço de composição gráfica com fornecimento de mercadoria . Conflito de incidências entre o ICMS e o ISSQN. Serviços de composição gráfica e customização de embalagens meramente acessórias à mercadoria. Obrigação de dar manifestamente preponderante sobre a obrigação de fazer, o que leva à conclusão de que o ICMS deve incidir na espécie.

1. Em precedente da Corte consubstanciado na ADI nº 4.389/DF-MC, restou definida a incidência de ICMS sobre operações de industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à integração ou utilização direta em processo subsequente de industrialização ou de circulação de mercadoria.

2. A verificação da incidência nas hipóteses de industrialização por encomenda deve obedecer dois critérios básicos: (i) verificar se a venda opera-se a quem promoverá nova circulação do bem e (ii) caso o adquirente seja consumidor final, avaliar a preponderância entre o dar e o fazer mediante a averiguação de elementos de industrialização.

4. À luz dos critérios propostos, só haverá incidência do ISS nas situações em que a resposta ao primeiro item for negativa e se no segundo item o fazer preponderar sobre o dar.

5. A hipótese dos autos não revela a preponderância da obrigação de fazer em detrimento da obrigação de dar. Pelo contrário. A fabricação de embalagens é a atividade econômica específica explorada pela agravante. Prepondera o fornecimento dos bens em face da composição gráfica, que afigura-se meramente acessória. Não há como conceber a prevalência da customização sobre a entrega do próprio bem.

6. Agravo regimental não provido. (negrito acrescentado) Partindo dos parâmetros adotados pelo Supremo Tribunal Federal,

não se pode desconsiderar o papel da atividade exercida no contexto de todo o ciclo produtivo. Neste particular, deve ser perquirido se o recorrente presta um serviço marcado por um talento humano específico e voltado ao destinatário final ou desempenha atividade essencialmente industrial, que constitui apenas mais uma etapa dentro da cadeia de circulação. No intuito de dirimir esta questão à luz das circunstâncias do caso concreto, transcrevo trecho da sentença de fls. 625/627:

“O que importa é que ficou demonstrado nos autos que a autora recebe o polímero granulado da Sulráfia, transforma-o em fio por processo de extrusão e retorna-o à encomendante (Sulráfia).

Para tais operações a parte emitiu notas fiscais de ICMS, tendo como natureza da operação ‘Retorno de mercadoria utilizada na industrialização’, tal como constatado na Perícia Judicial (quesitos 1 a 6 do réu, fls. 447/449), destinando-se a abastecer a encomendante que é indústria que utiliza tais materiais para produzir embalagens sob encomenda de terceiros (p. ex., para arroz, farelo, tanino, ração, uréia – itens 1.5 e 1.9 do Laudo do Perito Judicial Engenheiro – fls. 562 e 563).”

Diante do exposto, com base no art. 544, II, c, do CPC, conheço do agravo para dar provimento ao recurso extraordinário de modo a afastar a incidência do ISS sobre a atividade prestada pela recorrente. Fica restabelecida a condenação em custas e honorários fixada pela sentença.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 840.066 (801)ORIGEM : AC - 20120110019484 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 163

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : RÁDIO E TELEVISÃO BANDEIRANTES LTDAADV.(A/S) : HELOÍSA HELENA DE MACEDO E ALMEIDA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PEDRO IVAN GUIMARÃES ROGEDOADV.(A/S) : LÍCIA GOMES DE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 739.382 (Rel. Min. GILMAR MENDES – Tema 657), por se tratar de questão infraconstitucional. Considerando que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF), indefiro liminarmente o agravo.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 840.236 (802)ORIGEM : PROC - 11761 - TJSP - TURMA RECURSAL - 13ª CJ -

ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ ALMEIDA DE SOUZAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PATROCÍNIO ROSA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Colégio Recursal da 13º Circunscrição Judiciária da Comarca de Araraquara/SP, do qual se extrai o seguinte trecho (fls. 100/101):

“Além da revelia, que por si só já acarretava a presunção de veracidade da inexistência do débito, conforme disposto no art. 20 da Lei 9.099/95, a recorrente não trouxe aos autos absolutamente nenhuma prova da suposta relação contratual mantida com o recorrido, que justificasse a inscrição do débito impugnado em cadastro de inadimplência.

A declaração de inexistência era, pois, inarredável.Do mesmo modo, inafastável era o reconhecimento do dano moral,

nos termos do Enunciado 54 do FOJESP.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, caput, XXXV e LV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a análise demandaria exame da matéria infraconstitucional, o que não é possível” (fls. 120).

O recurso é inadmissível. De início, nota-se que a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Nesse ponto, portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Ademais, não foi ofendida a garantia da inafastabilidade do controle jurisdicional, uma vez que a parte recorrente teve acesso a todos os meios de impugnação previstos na legislação processual, havendo o acórdão recorrido examinado todos os argumentos e motivado suas conclusões de forma satisfatória.

A parte recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, bem como das cláusulas do contrato firmado entre as partes. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF.

Por fim, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa à indenização por danos morais em decorrência de cadastramento indevido em órgãos de proteção ao crédito. Nessa linha, veja-se a ementa do RE 602.136-RG, julgado sob a relatoria da Ministra Ellen Gracie:

“INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. CADASTRAMENTO INDEVIDO EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO

FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 17 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 840.778 (803)ORIGEM : PROC - 00520726620094013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EDSON ESTEVÃO DA SILVAADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado (fls. 119-120):

“PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL INICIAL. APLICABILIDADE DO PRAZO DECADENCIAL DO ART. 103 DA LEI Nº 8.213/1991 AOS BENEFÍCIOS ANTERIORES E POSTERIORES À EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.523-9-1997. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DA TNU. DECADÊNCIA RECONHECIDA DE OFÍCIO. RECURSO DO INSS PREJUDICADO. PROCESSO EXTINTO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.

1. A Turma Nacional de Uniformização, na sessão realizada em 08.02.2010, no julgamento do PEDILEF nº 2006.70.50.007063-9, entendeu ser aplicável o art. 103 da Lei nº 8.213/1991 à revisão de todos os benefícios previdenciários, sejam eles anteriores ou posteriores à Medida Provisória nº 1.523-9/1997.

2. Tomando, por analogia, o raciocínio utilizado pelo STJ na interpretação do art. 54 da Lei 9.784/99 (Resp nº 658.130/SP), no caso dos benefícios concedidos anteriormente à entrada em vigência da medida provisória, deve ser tomado como termo a quo para a contagem do prazo decadencial, não a DIB (data de início do benefício), mas a data da entrada em vigor do diploma legal.

3. Em 01.08.2007, 10 anos contados do “dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação” recebida após o início da vigência da Medida Provisória nº 1.523-9/1997, operou-se a decadência das ações que visem à revisão de ato concessório de benefício previdenciário instituído anteriormente a 26.06.1997, data da entrada em vigor da referida MP.

4. Assim, inafastável a conclusão de que benefícios concedidos antes da entrada em vigor da MP 1.523-9/97, como é o caso dos autos, estão sujeitos ao prazo decadencial de 10 (dez) anos. No interregno compreendido entra a DIB do benefício e a data da entrada em vigor da MP 1.523-9/97 não corre prazo decadencial, por ausência de previsão legal. O início do lapso decadencial é marcado, portanto, pela data da entrada em vigor dessa Medida Provisória.

5. Sendo a ação ajuizada após 01.08.2007, há de ser reconhecida a decadência nos termos da fundamentação ora exposta.

6. Decadência reconhecida de ofício. Recurso prejudicado. Processo extinto com resolução do mérito, nos termos do art. 269, IV, do CPC.

7. Incabível a condenação em honorários advocatícios.8. Acórdão proferido nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.”O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da

Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5°, XXXVI, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a matéria abordada no Recurso Extraordinário não trata de afronta direta ao texto constitucional, mas sim de ofensa indireta, reflexa à Constituição Federal, sendo inviável o exame do recurso” (fls. 196).

O recurso não deve ser provido, tendo em vista que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o mérito do RE 626.489, com repercussão geral reconhecida, (Tema 313 - Aplicação do prazo decadencial previsto na Medida Provisória nº 1.523/97 a benefícios concedidos antes da sua edição), decidiu que: (i) o direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário; (ii) é legítima a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário; (iii) o prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória nº 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição; (iv) inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 164: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 164

decadência. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 16 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 840.783 (804)ORIGEM : PROC - 00176941620114013400 - TJDFT - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NEDIMAR DE PAIVA GADELHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO ALVES MOREIRA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que o acórdão recorrido segue a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.880, julgado sob a sistemática da repercussão geral.

De início, nota-se que esta Corte já assentou ser incabível o agravo previsto no art. 544 do CPC contra decisão do Tribunal de origem que, ao aplicar a sistemática da repercussão geral, considera prejudicado o recurso extraordinário (AI 760.358-QO, Rel. Min. Presidente, à época o Ministro Gilmar Mendes). Tal entendimento foi recentemente reafirmado pelo Plenário desta Corte ao não conhecer agravo interposto contra decisão do órgão a quo que negou seguimento a recurso extraordinário com fundamento em julgado deste Tribunal, que fixou ser a controvérsia ausente de repercussão geral (ARE 761.661, Rel. Min. Presidente).

É verdade que a Corte tem cogitado da necessidade de atenuação desse critério rígido, inclusive em processos dos quais pedi vista para maior reflexão (Rcl 11.408 e Rcl 11.427). Sem prejuízo disso, a orientação do Plenário, como mencionado, tem sido a de se manter, por ora, a jurisprudência restritiva.

De toda forma, ingressando no exame do caso em tela, não estaria caracterizado erro de enquadramento por parte da instância de origem. Isso porque, de fato, o Supremo Tribunal Federal, após reconhecer a existência de repercussão geral da controvérsia versada nestes autos, entendeu que a parcela denominada GDPST deve ser estendida aos servidores inativos nos mesmos moldes de cálculo aplicados aos servidores ativos (RE 631.880-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Presidente, à época Ministro Cezar Peluso).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, I, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, não conheço do agravo.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.109 (805)ORIGEM : PROC - 01869360520128190004 - TJRJ - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RIO ITA LTDAADV.(A/S) : MAXIMINO GONÇALVES FONTES NETO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VANESSA JULIASSE LIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal dos Juizados Cíveis e Criminais da Capital do Estado do Rio de Janeiro que manteve sentença de 1ª instância. A sentença condenou a recorrente à restituição de danos materiais no montante de R$ 699,00, bem como à indenização por danos morais no valor de R$ 1.000,00 por assalto sofrido dentro do transporte coletivo (fls. 71).

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, LV, e 93, IX, ambos da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de ausência de preparo (fls. 111).

O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal atribui à parte recorrente o ônus de comprovar o efetivo recolhimento do preparo, em conformidade com os ditames legais, no momento da interposição do recurso. Assim, não há como afastar a pena de deserção decretada ao recurso extraordinário sob exame, cujo preparo foi recolhido para a Secretaria do Superior Tribunal de Justiça

(fls. 104), em desacordo com a Resolução 527/2014 do STF, vigente ao tempo do recolhimento. Nesse sentido, vejam-se o ARE 462.410, Rel. Min. Teori Zavascki; o ARE 641.499, Rel. Min. Dias Toffoli.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC, e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se. Brasília, 20 de outubro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.739 (806)ORIGEM : PROC - 04492025320128190001 - TJRJ - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MIRIAM LEONARDO DA SILVA PINTOADV.(A/S) : FRANCISCO GALDINO FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : ANDREIA DE LIMA PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto de acórdão da Segunda Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio de Janeiro, que manteve sentença de 1ª instância. Sentença da qual se extraem os seguintes trechos (fls. 26/27):

“Pelos contato que tive com as partes, bem como pela prova dos autos, depreendi que a autora fez um empréstimo com a Crefisa.

E, por essa empresa, vem sendo descontada em sua conta corrento do Banco Santander, ora réu.

A autora questiona esse empréstimo.Assim sendo, entendo, com todo o respeito, que a Crefisa é

litisconsorte passivo necessário.Realmente, a autora confirma empréstimo com a Crefisa e questiona

na cobrança feita por essa empresa.Cobrança essa feita em sua conta bancária do Santander. Mas,

qualquer eventual declaração do Poder Judiciário a respeito da cobrança feita afeta substancialmente a esfera de interesse da Crefisa, a quem deve ser dado direito de defesa.

Realmente, a lide, tal como está, não pode eventualmente declarar ilegalidade de cobrança sem sequer ouvir o cobrador.

Isso posto, julgo extinto o processo sem resolução do mérito dado ao equívoco do polo passivo, que deve ser complementado pela Crefisa e, por consequência lógica, revogo a tutela de fls. 18 em todos os seus efeitos.

Sem a imposição de ônus de sucumbência (art. 55, da Lei nº 9.099/95).”

A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, LIV e 7º, X, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “o recorrente, na petição de encaminhamento do recurso extraordinário interposto, não indicou o permissivo constitucional que o autorizaria, não atendendo, pois, ao comando do art. 321 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal” (fls. 112).

O recurso é inadmissível. De início, nota-se que a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foi suscitada nos embargos de declaração opostos para sanar tal omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Por fim, para dissentir do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente e do material fático-probatório dos autos, procedimento inviável em recurso extraordinário. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.758 (807)ORIGEM : PROC - 02081451920098040015 - TJAM - 2ª TURMA

RECURSAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 165

PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GILVAN LIMA PERDIGÃOADV.(A/S) : NEWTON SAMPAIO DE MELO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Amazonas. Acórdão do qual se extrai o seguintes trecho (fls.183):

“Há julgamento extra petita quando o juiz concede prestação jurisdicional diferente da que foi postulada ou quando defere a prestação requerida, porém, com base em fundamento não invocado como causa de pedir. O julgamento ocorrido fora dos limites traçados pela parte está sujeito à declaração de nulidade.

Assim, conheço dos embargos de declaração, para dar provimento, anulando o Acórdão quanto a redução do valor da multa, condenando a recorrida ao pagamento das astreintes a contara a partir da data posterior a data fixada no último cálculo de atualização realizado por servidor, até a data do efetivo cumprimento da obrigação, no mais, confirmo o Acórdão em todos os seus termos.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, II e XXXV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a parte objetiva, por via transversa, um reexame da questão atinente ao mérito da demanda, através de nova valoração das provas produzidas, medida inviável em sede de Recurso Extraordinário” (fls. 211-213).

O recurso não deve ser provido, tendo em vista que as alegações de ofensa à Constituição não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. O recurso extraordinário, portanto, carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ademais, para dissentir da conclusão do Colegiado de origem quanto ao valor da multa aplicada, considerado excessivo, seriam imprescindíveis nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), bem com a análise de matéria infraconstitucional. Vejam-se, nessa linha: ARE 682.770-AgR, Rel.ª Min.ª Rosa Weber; ARE 750.060-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 756.470, julgado sob a relatoria da Ministra Cármen Lúcia, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. ASTREINTES. VALOR CONSIDERADO EXCESSIVO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Incide, no caso, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Em se tratando especificamente de supostas ofensas ao princípio da legalidade, o que se pode discutir nesta sede, em linha de princípio, é o eventual descumprimento da própria reserva legal, ou seja, da exigência de que determinada matéria seja disciplinada por lei, e não por ato secundário. Não é disso que se trata nos autos. Nessa linha, veja-se o seguinte trecho da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes”

Por fim, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pela ausência de repercussão geral da questão sobre alteração, de ofício, de multa fixada pelo juízo por não cumprimento de sentença. (RE 556.385 RG, Rel. Min. Menezes Direito)

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.770 (808)ORIGEM : PROC - 71773139320118090007 - TJGO - 2ª TURMA

RECURSAL DA 3ª REGIÃO - ANÁPOLISPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CINTHIA GOULART PEREIRAADV.(A/S) : DÉBORA BATISTA DE OLIVEIRA COSTA MACHADO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A

ADV.(A/S) : LUCIANE AYRES BARBOSA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do 2º Juizado Especial Cível da Comarca de Anápolis/GO, assim ementado (fls. 215):

“DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. CARTÃO DE CRÉDITO. DISCRICIONARIEDADE. ECONOMIA DE MERCADO. LEGITIMIDADE CONSUMIDOR.

1- Em uma economia de mercado, como é a brasileira, as empresas bancárias têm ampla deliberalidade na concessão ou não de crédito.

2- A medida em que a concessão de crédito é ato de livre deliberação da reclamada (detentora do capital), portanto, discricionário, não havendo, outrossim, obrigação legal no sentido de impor-lhe a “cessão” de crédito.

3- Não existe vedação legal, que restrinja o direito da instituição financeira de conceder o crédito.

4- O Código de Defesa do Consumidor não impõe qualquer limitação quanto a concessão ou supressão do crédito, desde que esteja o consumidor ciente desta possibilidade, ou seja, crédito sujeito a análise.

5- Não há provas de que a informação foi encaminhada pela operadora de telefonia, bem como de que a informação é decorrente de algum cadastro;

6- Reforma da sentença para julgar improcedentes todos os pedidos iniciais.

7- Em face do disposto no Artigo 55 da Lei nº 9.099/95 deixo de condenar a Recorrente na sucumbência.

8- Recurso conhecido e provido.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, V e X, da Constituição. A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes

fundamentos: (i) não há “qualquer ofensa ou negativa de vigência à Norma Fundamental Suprema que autorize a admissibilidade de levante, sobretudo quando não se discutiu nas instâncias ordinárias, de forma expressa, qualquer tese constitucional, mediante alegação da parte interessada e enfrentamento explícito dos órgãos judicantes”; e (ii) “a matéria de fundo recai, exatamente, sobre a análise jurídica dos fatos e das provas produzidas, o que afronta a teor da Súmula nº 279, do STF” (fls. 284/285).

O recurso é inadmissível. De início, nota-se que a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

De qualquer forma, a parte recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, para tentar comprovar a ocorrência de dano moral. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Veja-se, no mesmo sentido, o AI 600.110-AgR, julgado sob a relatoria da Ministra Cármen Lúcia:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.929 (809)ORIGEM : PROC - 00005734420138220018 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CAMILA VIEIRA MARTINSADV.(A/S) : AGNALDO JOSÉ DOS ANJOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Colégio Recursal de Ji-Paraná/RO, assim ementado (fls. 130-verso):

“AGENTE PENITENCÁRIO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DEVIDO. BASE DE CÁLCULO E PERCENTUAL. DISPOSITIVOS DE LEI ESPECÍFICA REVOGADA. INAPLICABILIDADE. DISCIPLINA CONFORME LEGISLAÇÃO VIGENTE. Embora o adicional de insalubridade do agente penitenciário do Estado de Rondônia tenha sido previsto em lei específica (LC n. 413/2007) houve derrogação desta norma pela Lei Complementar n. 528/2009, devendo, portanto, prevalecer a regulamentação da Lei Ordinária n. 2.165/2009, regra aplicável servidores públicos da Administração Direita e Indireta do Estado de Rondônia. Não pode a sentença fundamentar-se em lei revogada, devendo ser adequada à legislação vigente. Sentença mantida quanto ao reconhecimento do direito ao adicional, e no percentual, alterada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 166

somente quanto à base de cálculo e percentual devido. Recurso parcialmente provido.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 7º, VI, e 37, XV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que “o recorrente foi empossado no cargo quando já estava em vigor a Lei n. 2.165/2009, não havendo que se falar em redutibilidade de remuneração” (fls. 147).

O recurso extraordinário é inadmissível. Nota-se que as supostas ofensas ao texto constitucional não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. O recurso extraordinário carece, portanto, de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ainda que superado o óbice apontado, para dissentir da conclusão do Colégio Recursal acerca da base de cálculo do adicional de insalubridade, seria necessária a análise da legislação local pertinente (Leis Complementares estaduais nºs 413/2007 e 528/2009 e Lei estadual nº 2.165/2009), bem como o reexame dos fatos e provas constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Nessa linha, veja-se o AI 729.394-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. Servidor público municipal. Adicional de insalubridade. Ofensa a direito local. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.

1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local e de fatos e provas. Incidência das Súmulas nº 280 e 279 desta Corte.

2. Agravo regimental não provido.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.936 (810)ORIGEM : PROC - 00228053420064047195 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSEFA CARNEIRO MARTINAZZO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BERNADETE LERMEN JAEGER E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da egrégia Turma Regional de Uniformização do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim fundamentado (fls. 166):

“De fato, a sentença de origem, confirmada pelo acórdão da Turma Recursal respectiva, entendeu que a certidão de recolhimento de tributos municipais (taxa de rodágio) em nome do pai do autor, onde está qualificado como agricultor, não pode ser considerada como início de prova material, extinguindo o feito sem resolução de mérito.

Ocorre que esta Turma Regional de Uniformização já decidiu que a certidão comprobatória do pagamento da Taxa de rodágio como início de prova material do direito subjetivo invocado, verbis: “A certidão comprobatória do pagamento da taxa de rodágio serve como início da prova material da atividade rural. Valoração jurídica do acervo probatório à luz da jurisprudência dominante do STJ e da Turma Nacional de Uniformização não se confunde com o reexame do contexto fático-probatório, o que é vedado no âmbito do pedido de uniformização” (grifei) (TRU da 4ª Região, IUJEF nº 2005.72.95.008748-1, Relator p/ acórdão Juiz Federal Alexandre Gonçalves Lippel, DJU 27.05.2008).

Em vista disso, a solução encontrada pelo julgador a quo não é adequada, devendo ser anulada a sentença de extinção para que o feito retorne à origem a fim de que a certidão comprobatória do pagamento da taxa de rodágio seja considerada como início de prova material e analisado o restante do conjunto probatório coligido aos autos.

Ante o exposto, uma vez conhecido o incidente de uniformização, voto por DAR-LHE PROVIMENTO e ANULAR a sentença.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação “à cláusula do devido processo legal (art. 5º, inciso LIV da Constituição) e às que lhe são correlatas (art. 5º, caput, XXXV, XXXVI, LIII e LV)” (fls. 188).

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “o STF já se pronunciou sobre a questão no seguinte sentido: […] a alegação de contrariedade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, se dependentes de análise prévia da

legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa constitucional indireta.” (fls. 223-v).

O recurso não deve ser provido, tendo em vista que incide, no caso, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se o seguinte trecho da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 13 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.964 (811)ORIGEM : AC - 20130110330297 - TJDFT - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : LPS BRASÍLIA CONSULTORIA DE IMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTORECDO.(A/S) : CLÁUDIA REGINA SANTOS DE VASCONCELOSADV.(A/S) : TRISTANA CRIVELARO SOUTO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo cujo objeto é decisão

que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pela Segunda Turma Recursal do Juizados Especiais do Distrito Federal, assim ementado:

“JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. JULGAMENTO EXTRA PETITA. DESCABIMENTO. INTERESSE DE AGIR. NECESSIDADE, ADEQUAÇÃO E UTILIDADE. CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL NA PLANTA. COMISSÃO DE CORRETAGEM. COBRANÇA ABUSIVA. ÔNUS DO VENDEDOR. DEVER DE INFORMAÇÃO. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. CABIMENTO. 1. Acórdão lavrado em conformidade com o disposto no art. 46 da Lei 9.099/1995, e arts. 12, inciso IX, 98 e 99 do Regimento Interno das Turmas Recursais. 2. PRELIMINARES - JULGAMENTO "EXTRA PETITA": A congruência entre o pedido e a sentença deve ser aferida a partir da parte dispositiva desta, e não a partir dos fundamentos explicitados. Não houve julgamento de outros pedidos além da condenação da recorrente à devolução dobrada da comissão de corretagem, razão pela qual se rejeita a preliminar de julgamento extra petita. 3. INTERESSE DE AGIR: Rejeita-se a preliminar de ausência de interesse de agir, uma vez que os pedidos deduzidos são úteis, adequados e necessários à satisfação da pretensão material posta em juízo. Preliminar rejeitada. 4. MÉRITO: Tratando-se de aquisição de imóvel em construção diretamente da construtora, é abusiva a cláusula que transfere ao adquirente o ônus do pagamento de comissão de corretagem. 5. O consumidor não aufere qualquer proveito com a suposta intermediação empreendida pelo corretor, pois a aquisição é pactuada diretamente com a construtora. O corretor não age, nesta hipótese, como intermediário ou prestador autônomo de serviço, mas como verdadeiro preposto da construtora, de modo a facilitar a atividade empresarial desta. 6. Ausente justificativa aceitável para a cobrança indevida, a devolução deve ser dobrada, consoante art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. 7. Recurso conhecido. Preliminares rejeitadas. No mérito, nego provimento. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. 8. Condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) que deverá incidir sobre o valor da condenação, devidamente atualizado. (art. 55 da Lei 9.099/95).”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte agravante alega violação aos arts. 1º, III e IV; 5º, caput e XXXVI; 6º, caput; e 170, caput, todos da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “as questões de fundo postas no apelo são de cunho infraconstitucional, não cabendo a sua análise pelo Supremo Tribunal Federal, até porque, se ofensa houvesse, esta seria indireta à Lex Mater” (fls. 268).

O recurso não deve ser provido. Para dissentir do acórdão recorrido, seriam imprescindíveis a análise da legislação infraconstitucional pertinente, a interpretação de cláusulas contratuais e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF. Veja-se, nesse sentido, a ementa do ARE 677.531-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Comissão de corretagem. Consumidor. Ofensa reflexa. Reexame de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 167

provas. Impossibilidade. Precedentes. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação

infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

Agravo regimental não provido.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.031 (812)ORIGEM : AC - 10290090651172001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GRANJA RIO MINAS LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINERAÇÃO VALE DO ARAGUAIA LTDAADV.(A/S) : HUGO LEONARDO TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário por intempestividade, tendo em vista que a interposição de embargos infringentes manifestamente inadmissíveis não interrompe o prazo do recurso extraordinário.

Sustenta a parte agravante, em síntese, que o recurso era cabível, porquanto fora interposto em face de acórdão não unânime, com a finalidade de fazer prevalecer o voto vencido.

2. Correta a decisão agravada. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que embargos infringentes julgados manifestamente incabíveis pelo Tribunal de origem não interrompem nem suspendem o prazo para a interposição do recurso extraordinário. Nesse sentido:

EMENTA Embargos de declaração no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Embargos infringentes opostos contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Hipóteses de cabimento afastadas na origem. Intempestividade do recurso extraordinário. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. A jurisprudência da Corte é no sentido de que os embargos infringentes, quando manifestamente incabíveis, não interrompem ou suspendem o prazo para a interposição do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental não provido. (ARE 771.388 ED/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 19/12/2013).

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Os embargos infringentes opostos ao acórdão recorrido, manifestamente incabíveis, não suspendem ou interrompem o prazo para interposição de outro recurso. Precedentes. II - Agravo regimental improvido. (AI 689.164 AgR/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 22/5/2009).

E também: Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

INTEMPESTIVO. INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA INCABÍVEIS. NÃO INTERRUPÇÃO DO PRAZO. O recurso extraordinário é intempestivo, porquanto prevalece nesta Corte o entendimento de que o recurso manifestamente incabível, não suspende ou interrompe o prazo para a interposição de outro recurso. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 738.488 AgR/DF, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Presidente, Tribunal Pleno, DJe de 24/3/2014).

3. Ademais, ainda que fosse possível superar o juízo negativo de admissibilidade no tocante à intempestividade, subsistiriam fortes óbices ao prosseguimento do recurso extraordinário.

Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais. Nesse sentido: ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660, Plenário, DJe de 1º/8/2013; AI 796.905AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21/5/2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/3/2012; e ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19/8/2011.

Efetivamente, a matéria relativa à locação e à rescisão do contrato de arrendamento mercantil não possui índole constitucional.

4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.114 (813)ORIGEM : AC - 9275470222008260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : VANESSA STAVALEADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO STÁVALERECDO.(A/S) : AMC - SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDAADV.(A/S) : THALITA RODRIGUES CATILLO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que, em ação monitória, negara provimento ao apelo pela ausência de enfrentamento dos fundamentos da sentença.

2. A intempestividade do recurso impede seu conhecimento. A agravante interpôs agravo no dia 8/5/2014 (e-STJ, fl. 233), na pendência, portanto, da publicação da decisão recorrida, que somente ocorreu no dia 14/5/2014 (e-STJ, fl. 227). Não houve, em momento algum, ratificação do agravo interposto prematuramente, a fim de viabilizar a via eleita, de modo que a extemporaneidade impede o seu conhecimento. Neste sentido:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INOBSERVÂNCIA DO PRAZO RECURSAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTEMPESTIVO. RECURSO NÃO CONHECIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE IMPUGNA INTERPRETAÇÃO DADA AO ARTIGO 595 DO CPP. RECURSO DE APELAÇÃO CONSIDERADO DESERTO PELA FUGA DO RÉU. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO PARA DETERMINAR AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE REEXAMINE A ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE APELAÇÃO. PRECEDENTE. 1. Não merece prosperar o presente recurso, porquanto intempestivo. 2. O Recurso Extraordinário impugna decisão do Tribunal de Justiça que considerou deserta a apelação interposta porque o apelante, ora agravante, evadiu-se do distrito da culpa. 3. Habeas corpus concedido de ofício, para determinar ao Tribunal de Justiça que reexamine a admissibilidade do recurso de apelação. Precedente. 4. Recurso de Agravo de Instrumento não conhecido. Habeas corpus concedido, de ofício. (AI 548272/SP Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 20/6/2008)

3. Ante o exposto, não conheço do agravo em recurso extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.558 (814)ORIGEM : EIEXEC - 05011532620128260637 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃADV.(A/S) : FÁBIO EVANDRO PORCELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANA LUCIA PIRES BALBINOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática que manteve os argumentos insertos na sentença para extinguir a execução fiscal, tendo em vista o irrisório do valor executado.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte alega violação aos arts. 2º; 5º, XXXV e LX; 30, III; 145, I e II; 150, § 6º; e 156, todos da Carta. Sustenta, em síntese, que não compete ao Poder Judiciário analisar sobre a necessidade econômica de qualquer demanda, uma vez que essa iniciativa depende de poder discricionário da Administração Pública.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob os seguintes fundamentos:

(i) “não superado o requisito de admissibilidade recursal consistente na demonstração no interesse geral/social”;

(ii) “o artigo da Constituição Federal, enfocado pelo recorrente, não foi apreciado pela decisão recorrida, de modo explícito, como vendo sendo exigido pela Excelsa Corte, faltando, assim, uma condição para o processamento do recurso, que é o pré-questionamento viabilizador da instância excepcional” e

(iii) “a pretensa contrariedade ao artigo 5º, da Constituição Federal, seria resultante de infringência a normas legais, operando-se por via indireta ou reflexa”.

Em sede de agravo, a parte argumenta que a questão suscitada possui repercussão geral, está prequestionada e que houve afronta direta ao texto constitucional.

A pretensão merece acolhida. O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 591.033-RG, julgado sob relatoria da Ministra Ellen Gracie, firmou entendimento no sentido de que, inexistindo legislação editada pelo ente federativo competente para a instituição do tributo que dispense a inscrição em dívida ativa ou o ajuizamento dos créditos até determinado valor estipulado, é inviável ao Judiciário extinguir execuções fiscais ao argumento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 168

de que estaria ausente o interesse processual. Confira-se, a propósito, ementa da decisão:

“TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO. VALOR DIMINUTO. INTERESSE DE AGIR. SENTENÇA DE EXTINÇÃO ANULADA. APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO AOS DEMAIS RECURSOS FUNDADOS EM IDÊNTICA CONTROVÉRSIA.

1. O Município é ente federado detentor de autonomia tributária, com competência legislativa plena tanto para a instituição do tributo, observado o art. 150, I, da Constituição, como para eventuais desonerações, nos termos do art. 150, § 6º, da Constituição.

2. As normas comuns a todas as esferas restringem-se aos princípios constitucionais tributários, às limitações ao poder de tributar e às normas gerais de direito tributário estabelecidas por lei complementar.

3. A Lei nº 4.468/84 do Estado de São Paulo - que autoriza a não-inscrição em dívida ativa e o não-ajuizamento de débitos de pequeno valor - não pode ser aplicada a Município, não servindo de fundamento para a extinção das execuções fiscais que promova, sob pena de violação à sua competência tributária.

4. Não é dado aos entes políticos valerem-se de sanções políticas contra os contribuintes inadimplentes, cabendo-lhes, isto sim, proceder ao lançamento, inscrição e cobrança judicial de seus créditos, de modo que o interesse processual para o ajuizamento de execução está presente.

5. Negar ao Município a possibilidade de executar seus créditos de pequeno valor sob o fundamento da falta de interesse econômico viola o direito de acesso à justiça.

6. Sentença de extinção anulada.7. Orientação a ser aplicada aos recursos idênticos, conforme o

disposto no art. 543-B, § 3º, do CPC.”No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE

836.502/SP, Rel. Min. Teori Zavaski e ARE 836.496, Rel. Min. Marco Aurélio. Diante do exposto, com base no art. 544, II, c, do CPC, conheço do

agravo para dar provimento ao recurso extraordinário e determinar o prosseguimento da execução fiscal.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.583 (815)ORIGEM : AC - 02250060720098260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PAULO CANDIDO DIASADV.(A/S) : ANDRÉ DOS SANTOS GUINDASTERECDO.(A/S) : MARÍTIMA SEGUROS S/AADV.(A/S) : DÁRCIO JOSÉ DA MOTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute a constitucionalidade do art.

21 da MP nº 451/2008, convertida na Lei nº 11.945/2009, alterando os arts. 3º e 5º da Lei nº 6.194/1974.

As referidas normas são objeto da ADI 4.627/DF, Rel. Min. Luiz Fux, que aguarda julgamento neste Tribunal (Pauta 12/2012, DJe 30.03.2012).

Diante do exposto, com base no art. 21, I, do RI/STF, determino o sobrestamento do presente recurso até que seja concluído o julgamento da mencionada ação.

Aguarde-se o julgamento na Secretaria. Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.725 (816)ORIGEM : AC - 00989732620108050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : ANDRE LUIS LIMA SILVARECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO TEIXEIRA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : CARLOS FERNANDO DE ALCANTARA LESSARECDO.(A/S) : DANIEL OLIVEIRA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : DISTEFANO TEIXEIRA MACEDORECDO.(A/S) : EDIVALDO ARAUJO DA SILVARECDO.(A/S) : JERSON PIRES DE CARVALHORECDO.(A/S) : JOÃO BOSCO BISPO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : JOILSON BARBOSA SILVA BONFIMRECDO.(A/S) : JOSE CICERO CONCEICAO MEDRADORECDO.(A/S) : JOSE RAIMUNDO NOGUEIRA LOUVORESRECDO.(A/S) : JOSENILSON SOUZA

RECDO.(A/S) : JOSENILTON COUTO DA SILVARECDO.(A/S) : LUIZ CESAR DOS REIS SANTOSRECDO.(A/S) : RAILSON DOS SANTOS MARQUESRECDO.(A/S) : RIVELINO ROBERTO BARBOSA DE SOUZAADV.(A/S) : WAGNER VELOSO MARTINS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. Esta Corte, no julgamento do ARE 685.053 (Rel. Min. Presidente AYRES BRITTO - Tema 605), entendeu pela inexistência de repercussão geral da questão relativa à percepção da Gratificação de Atividade e da Gratificação de Habilitação pelos Policiais Militares do Estado da Bahia, por se tratar de matéria infraconstitucional, proferindo decisão cuja eficácia se estende a todos os recursos sobre matéria idêntica.

3. No que toca à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da CF/88, relativa à suposta negativa de prestação jurisdicional, deve ser observado entendimento assentado por esta Corte, do qual não divergiu o acórdão recorrido, no julgamento do AI 791.292 QO - RG (Min. Rel. GILMAR MENDES, DJe de 13/8/2010), cuja repercussão geral foi reconhecida, para reafirmar jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que:

“(…) o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.”

4. Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 843.353 (817)ORIGEM : AI - 02522536420128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : FRANCISCO FRANCOADV.(A/S) : JORGE TADEU GOMES JARDIM E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. INTEMPESTIVIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.Relatório 1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado da 24ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – TEMPESTIVIDADE – PEÇA OBRIGATÓRIA – Ausência de juntada da certidão de intimação da decisão agravada, peça obrigatória, o que impede a análise da tempestividade do recurso – Impossibilidade de se auferir, através dos demais elementos constantes dos autos, a tempestividade do recurso – Dados lançados no ‘SAJ’ que não suprem a necessidade da juntada da certidão – Hipótese de não cumprimento do art. 525, do CPC – Agravo de instrumento não conhecido”.

2. O Agravante afirma ter o Tribunal de origem contrariado o art. 5º, incs. II, XXXV, LIV e LV, da Constituição da República.

3. Na decisão agravada, adotou-se como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. O agravo é intempestivo. 6. A decisão de inadmissibilidade foi disponibilizada em 10.6.2014,

terça-feira, publicada em 11.6.2014, quarta-feira (doc. 9, fl. 75). No entanto o Agravante não observou o prazo legal de dez dias e protocolizou o agravo em 24.6.2014, terça-feira (doc. 9, fl. 78), após o término do prazo legal, ocorrido em 23.6.2014, segunda-feira.

Confira-se o seguinte julgado:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. ADMINISTRATIVO. DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE SERGIPE. HORAS EXTRAS. FORMA DE CÁLCULO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RECURSO INCABÍVEL. AGRAVO INTEMPESTIVO. 1. A tempestividade constitui requisito recursal de admissibilidade indispensável,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 169

razão pela qual o recorrente deve obedecer aos prazos previstos no Código de Processo Civil. 2. In casu , a parte agravante interpôs o agravo após o transcurso do prazo recursal de 10 dias, previsto no artigo 544, caput , do CPC, o que torna forçoso o não conhecimento do agravo em recurso extraordinário. 3. Os embargos de declaração são incabíveis contra decisão de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedente: ARE 728.395-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 19/8/2013. 4. Agravo regimental DESPROVIDO” (ARE 741.876, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 18.3.2014, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 544, § 4º, inc. II, al.

a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 843.397 (818)ORIGEM : PROC - 30004603520138260048 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 6ª CJ - BRAGANÇA PAULISTAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DANIEL FERREIRA GONÇALVES DA SILVAADV.(A/S) : ARNALDO GONÇALVES DA SILVARECDO.(A/S) : AUTO POSTO RAÍZES LTDA.ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO DE NOVAES RIBEIRO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO

CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO: DANOS MATERIAIS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Colégio Recursal da Circunscrição de Bragança Paulista:

“RESPONSABILIDADE CIVIL. Furto de veículo em estacionamento. Responsabilidade do fornecedor pelo ressarcimento dos danos efetivamente comprovados. Sentença mantida como lançada” (fl. 131).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. O Agravante afirma contrariados os arts. 5º, inc. XXXVI, § 7º, inc.

IV, e 195, § 5º, da Constituição da República, o art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e o art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003.

Sustenta que “os documentos (provas) juntados na exordial não foram analisados pelo juiz a quo, que comprovam que na data dos fatos, em 20/10/2012, o Autor, deixou seu veículo sob a guarda da Ré, para que a mesma efetuasse lavagem e limpeza do mesmo. Tudo poderia ter sido comprovado pelo próprio testemunho do próprio funcionário do Recorrido, funcionário Harley, que deixou de ser ouvido pelo MM Juiz“ (fl. 148).

Alega que “o autor sofreu um prejuízo, em decorrência da negligência da Ré, portanto, deve responder por culpa ‘in vigilando’, já que recebeu o carro aos seus cuidados e pior, além dos prejuízos sofridos pela negligência do recorrido, ainda é condenado” (fl. 149).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Juiz da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Atibaia

assentou:“Aqui vale ressaltar que o consumidor é considerado hipossuficiente

na relação de consumo, tanto é que o próprio legislador constituinte, no art. 5º, inciso XXXII, da Constituição Federal, determinou que o Estado promoverá a defesa do consumidor, reforçando esse comando no próprio texto constitucional, agora no art. 170.

(…)Indiscutível a responsabilidade da requerida perante seus

consumidores caso haja danos ou prejuízos em seu estabelecimento comercial, sendo certo ainda que essa responsabilidade é objetiva.

Necessário ainda consignar que não afasta tal responsabilidade a alegação de fato de terceiro, pois crimes como o ocorrido não são capazes de romper o nexo de causalidade.

Contudo, para que haja a responsabilidade civil não basta a ocorrência de uma ato ilícito, sendo necessária a comprovação dos danos decorrentes.

No caso destes autos, isto não ocorreu, sendo certo que se mostra absolutamente dispensável a produção de prova oral quanto à isto, pois essa

demonstração decorre de documentos que deveriam ter sido juntados.(…)Assim, para que haja a responsabilidade civil necessária é a prova

efetiva , seja do dano material seja do dano moral.No caso, em que pese o quanto argumentado e trazido pelo autor,

impossível se definira ocorrência do dano material alegado, posi somente os danos direitos e efetivos são indenizáveis.

Nenhum documento foi apresentado quanto à suposta diferença do valor do veículo no montante de R$91,00.

Quanto à despesa com o despachante, tal se deu para regularização de patrimônio próprio do autor, não havendo nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano alegado, pois aplica-se a chamada causalidade adequada.

(…)Inviável se imputar à requerida valores referente à contrato entre o

autor e terceira pessoa, motivo pelo qual inexiste possibilidade de cobrança de valores referentes à apólice de seguro cujo prêmio foi pago ao autor.

Por fim, não há nos autos prova cabal do que razoavelmente deixou o autor de lucrar com o ato ilícito praticado pela ré.

(…)Quanto ao pedido de danos morais, não estando presente o autor no

momento do crime, não tendo ele experimentado qualquer outra situação extraordinária capaz de abalar sua honra e imagem, improcedente o pedido de danos morais.

Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial” (grifos nossos).

7. A apreciação do pleito recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, procedimento inadmissível em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE FRETE. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. 1. (...). 2. Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 3. Reexame de fatos e provas e do contrato. Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 714.372-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 14.2.2013, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. CARTÃO DE CRÉDITO. LIMITE REDUZIDO UNILATERALMENTE. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ATO JURÍDICO PERFEITO. INOCORRÊNCIA. OFENSA REFLEXA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. (...). 2. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. 3. A Súmula 279 do STF dispõe: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. A verificação de validade das cláusulas contratuais encerra reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão na via do recurso extraordinário, a teor da Súmula 454 do STF, verbis: ‘Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário’. 6.’In casu’, a instância judicante de origem (...). 7. Agravo regimental desprovido” (ARE 684.413-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 25.9.2012, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 843.648 (819)ORIGEM : AC - 10024100628502005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : JOSÉ BALBINO DA PAIXÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. PACIENTES HIPOSSUFICIENTES. DEVER DO PODER PÚBLICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS. ART. 196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 170

1. O fornecimento de medicamentos a pacientes hipossuficientes é dever solidário dos entes federados de qualquer esfera (federal, estadual e municipal). Precedentes: ARE 744.170-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 3/2/2014, e RE 716.777-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 16/5/2013.

2. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. In casu , o acórdão recorrido assentou: “AÇÃO ORDINÁRIA – SAÚDE – FORNECIMENTO DO MEDICAMENTO DOXAZOSINA – CONDENAÇÃO IMPOSTA AO ESTADO E AO MUNICÍPIO – FÁRMACO ABRANGIDO NA RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS – INCLUSÃO NO COMPONENTE BÁSICO DO MUNICÍPIO – RAZOABILIDADE – SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.”

4. Agravo DESPROVIDO. DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto pelo

MUNICIPIO DE BELO HORIZONTE, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acórdão que manteve integralmente a sentença cujo dispositivo assim dispôs:

“AÇÃO ORDINÁRIA – SAÚDE – FORNECIMENTO DO MEDICAMENTO DOXAZOSINA – CONDENAÇÃO IMPOSTA AO ESTADO E AO MUNICÍPIO – FÁRMACO ABRANGIDO NA RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS – INCLUSÃO NO COMPONENTE BÁSICO DO MUNICÍPIO – RAZOABILIDADE – SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. - A saúde, nos termos do art.196 da Constituição, é qualificada como “ direito de todos e dever do Estado”, de modo que as políticas públicas desenvolvidas pelos entes federados para viabilizar sua adequada prestação devem ser observadas e consideradas perante as circunstâncias específicas de cada caso concreto. Perante esse contexto, incumbe ao Município o dever de fornecer medicamento contido nas listas de medicamentos destinados à atenção básica na área da saúde, por designo dos atos regulamentares que estruturam o Sistema Único de Saúde.”

Não foram opostos embargos de declaração. Em suas razões recursais, sustenta a violação aos artigos 1º, 60, §4º,

I e 194, I, e 198 da Constituição Federal. O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por não

vislumbrar ofensa direta à Constituição Federal. É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

Não merece prosperar o presente agravo. O acórdão recorrido não destoa da jurisprudência desta Suprema

Corte que já se firmou no sentido de que o fornecimento de medicamentos a pacientes hipossuficientes é dever solidário dos entes federados, podendo ser requeridos em qualquer esfera (federal, estadual e municipal). Nesse sentido, invoco os seguintes julgados:

“SAÚDE FORNECIMENTO DE REMÉDIOS. O preceito do artigo 196 da Constituição Federal assegura aos necessitados o fornecimento, pelo Estado, dos medicamentos indispensáveis ao restabelecimento da saúde.” (ARE 744.170-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 3/2/2014)

“PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA ONCOLÓGICA NEOPLASIA MALIGNA DE BAÇO PESSOA DESTITUÍDA DE RECURSOS FINANCEIROS DIREITO À VIDA E À SAÚDE NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL FORNECIMENTO GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE PESSOAS CARENTES DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, CAPUT, E 196) PRECEDENTES (STF) RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (RE 716.777-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 16/5/2013).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.142 (820)ORIGEM : PROC - 9300792 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOSÉ EDUARDO FONTOURA BINI

ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO FONTOURA BINIRECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 181, 339 e 660 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o RE 598.365, Dje 26.03.2010, de relatoria do Ministro Ayres Britto, e o AI-QO-RG 791.292, DJe 13.8.2010, e o ARE-RG 748.371, DJe 1º.8.2013, ambos de minha relatoria. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.265 (821)ORIGEM : AI - 50068256620134040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO SUL - FURGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ZULEMA HELENA RIBEIRO ERNANDESADV.(A/S) : RENATO DUARTE DOS PASSOS FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 564.132-RG/RS, Rel. Min. EROS GRAU, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que é virtualmente idêntica à mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à “Fracionamento de execução contra a Fazenda Pública para pagamento de honorários advocatícios.” (Tema nº 18 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Sendo assim, e pelas razões expostas, determino, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.277 (822)ORIGEM : AREsp - 200241000018129 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOÃO MANUEL BATISTAADV.(A/S) : MOISÉS ADÃO BATISTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA , Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA , Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 171

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. De outro lado, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais. Nesse sentido: ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660, Plenário, DJe de 1º/8/2013; AI 796.905AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21/5/2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/3/2012; e ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19/8/2011.

Efetivamente, a tese suscitada no recurso, no sentido de que (a) a suspensão do benefício previdenciário após o primeiro julgamento administrativo não ofende os princípios supra e (b) é ilegítimo exigir o exaurimento de todas as instâncias, está inteiramente calcada em disposições infraconstitucionais (Lei 8.212/91, art. 69, § 3º, e 126; Lei 9.784/99; Decreto 3.048/99), cujo exame é indispensável para o reconhecimento da procedência dos argumentos do INSS.

4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.281 (823)ORIGEM : PROC - 05195597920134058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : B S D S S REPRESENTADA POR NATERCIA MARIA DA

SILVAADV.(A/S) : JOSENILDO VIANA DE LIMA

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na alegação de afronta aos arts. 5º, § 3º, 194, parágrafo único, 195, § 5º, e 203, V, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Transcrevo, por oportuno, os seguintes trechos do acórdão recorrido:“No caso em tela, Parte Autora é portadora da Síndrome de

Maroteaux – Lamy ou Mucopolissacaridose tipo VI. Penso que não há dúvida acerca da incapacidade da parte autora.

Quanto à miserabilidade, cerne da controvérsia, observa-se que o genitor da Autora é cortador de cana e possui renda declarada na perícia social de aproximadamente R$ 500,00 mensais no período de safra, ausente a renda durante a entressafra (anexo 35). O INSS, no entanto, apresenta o CNIS com renda um pouco superior ao salário mínimo em atividade sazonal de cortador de cana (anexo 38).

Registre-se que a renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo gera presunção absoluta de miserabilidade, mas não é um critério absoluto. Trata-se de um limite mínimo, motivo pelo qual a renda superior a este patamar não afasta o direito ao benefício se a miserabilidade restar comprovada por outros meios.

(...)Tendo em vista esse entendimento, e analisando detidamente a prova

dos autos, em especial o mandado de verificação social (anexos 35 e 36) , com as informações trazidas pelo assistente social, sobretudo as fotos da residência da Autora, observo que a mesma se encontra em situação de miserabilidade, sendo necessária a proteção do Estado.

Restam, pois, cumpridos os requisitos de incapacidade e miserabilidade exigidos pela LOAS para a concessão do benefício.”

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição. A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo fosse concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovassem não

possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 2. Art. 20, § 3º da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232. Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que ‘considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo’. O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente. Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS. 3. Reclamação como instrumento de (re)interpretação da decisão proferida em controle de constitucionalidade abstrato. Preliminarmente, arguido o prejuízo da reclamação, em virtude do prévio julgamento dos recursos extraordinários 580.963 e 567.985, o Tribunal, por maioria de votos, conheceu da reclamação. O STF, no exercício da competência geral de fiscalizar a compatibilidade formal e material de qualquer ato normativo com a Constituição, pode declarar a inconstitucionalidade, incidentalmente, de normas tidas como fundamento da decisão ou do ato que é impugnado na reclamação. Isso decorre da própria competência atribuída ao STF para exercer o denominado controle difuso da constitucionalidade das leis e dos atos normativos. A oportunidade de reapreciação das decisões tomadas em sede de controle abstrato de normas tende a surgir com mais naturalidade e de forma mais recorrente no âmbito das reclamações. É no juízo hermenêutico típico da reclamação – no ‘balançar de olhos’ entre objeto e parâmetro da reclamação – que surgirá com maior nitidez a oportunidade para evolução interpretativa no controle de constitucionalidade. Com base na alegação de afronta a determinada decisão do STF, o Tribunal poderá reapreciar e redefinir o conteúdo e o alcance de sua própria decisão. E, inclusive, poderá ir além, superando total ou parcialmente a decisão-parâmetro da reclamação, se entender que, em virtude de evolução hermenêutica, tal decisão não se coaduna mais com a interpretação atual da Constituição. 4. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei 8.742/1993. A decisão do Supremo Tribunal Federal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda familiar per capita estabelecido pela LOAS. Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de contornar o critério objetivo e único estipulado pela LOAS e avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes. Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais elásticos para concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas. O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores posicionamentos acerca da intransponibilidade do critérios objetivos. Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro). 5. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. 6. Reclamação constitucional julgada improcedente.” (Rcl 4.374/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 04.9.2013; destaquei.)

Ressalte-se que o Tribunal de origem lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento. Nesse contexto, somente mediante o revolvimento do quadro fático delineado seria possível analisar a alegação de que inatendidos os requisitos legais necessários à concessão do benefício. Inadmissível, pois, o recurso extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.462 (824)ORIGEM : PROC - 201003000340859 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUIS GLÁUCIO DE CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WERLY GALILEU RADAVELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 172

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO E

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCLUSÃO DO SÓCIO DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA. DECRETO-LEI N. 1.736/1979, LEI N. 8.620/1993, CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da Terceira Região:

“AGRAVO DE LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. MATÉRIA PRECLUSA. SEGURANÇA JURÍDICA. RECURSO IMPROVIDO.

1. Agravo regimental conhecido como legal, nos termos do §1º do artigo 557 do Código de Processo Civil.

2. Ausência de fundamentos aptos a modificar o entendimento adotado na decisão agravada.

3. Considerando que os recorrentes limitaram-se a aguardar o pronunciamento judicial acerca do segundo incidente, ainda que a questão neste suscitada configure matéria de ordem pública, que pode ser apreciada em qualquer momento ou grau de jurisdição - como é o caso da legitimidade ad causam -, uma vez decidida a controvérsia relativa à manutenção dos sócios no feito, e não tendo sido oportunamente impugnada a decisão, preclusa se toma a matéria, em prestígio à segurança jurídica.

4. Agravo regimental conhecido como legal e improvido”. 2. Os Agravantes alegam contrariados os arts. 5º, incs. XIII, 146, inc.

III, e 170, parágrafo único, da Constituição da República, argumentando:“a responsabilidade tributária deverá seguir os preceitos do artigo

135, III do CTN, pois o Código Tributário Nacional é uma Lei Complementar e não do artigo 13 da Lei Ordinária de n° 8620/93 que criava uma responsabilidade solidária entre os sócios e a sociedade limitada, a qual inclusive tem seu próprio regramento no Código Civil.

O artigo 13 da Lei Ordinária 8620/93 está em total descompasso com o sistema jurídico vigente no país, especialmente as normas de direito tributário, bem como as normas que regulam as sociedades. Referido artigo criava uma responsabilidade objetiva e solidária dos sócios com os débitos com a previdência social, onde sabemos que a responsabilidade tributária do sócio é subjetiva, depende de comprovação dos requisitos do artigo 135 do CTN, bem como não há solidariedade, pois há a distinção da pessoa jurídica com a pessoa física dos seus sócios.

Nos mais as regras das sociedades somente atribuem a chamada responsabilidade por substituição aos sócios por dívidas da sociedade se houver fraude, o que nos autos não houve qualquer comprovação ou indícios”.

3. Na decisão agravada se adotou como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão de direito não assiste aos Agravantes.6. A apreciação do pleito recursal demandaria o reexame do conjunto

fático-probatório do processo e a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Decreto-Lei n. 1.736/1979, Lei n. 8.620/1993, Código de Processo Civil e Código Tributário Nacional). A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. SÓCIO-GERENTE. POLO PASSIVO. ALEGADA DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 8º DO DECRETO-LEI 1.736/79 EM DESRESPEITO AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INVIABILIDADE. OFENSA REFLEXA. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 2. O Tribunal de origem não declarou a inconstitucionalidade do dispositivo legal indicado (art. 8º do Decreto-Lei n. 1.736/1979), simplesmente ofereceu a correta prestação jurisdicional ao caso, por interpretação dos dispositivos estabelecidos em norma infraconstitucional, o Código Tributário Nacional. 3. Agravo regimental desprovido” (ARE 731.497-AgR, Relator o

Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 1º.8.2013).“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE LIQUIDEZ E CERTEZA. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE. ART. 135 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 750.245-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. SÓCIO-GERENTE. POLO PASSIVO. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu

recurso extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu:

“PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO – ART. 557 DO CPC – EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO AO SÓCIO ART. 135 DO CTN.

1. A Lei Adjetiva Civil autoriza o Relator a, por meio de decisão singular, enfrentar o mérito recursal e dar ou negar seguimento aos recursos que lhe são distribuídos.

2. Decisão monocrática no sentido de negar seguimento ao agravo de instrumento em face da decisão que, em execução fiscal, indeferiu o pedido de inclusão dos sócios da empresa executada no polo passivo do feito.

3. Busca-se, com esteio no art. 8º do Decreto-lei nº 1.736/79, o direcionamento da execução fiscal em face dos sócios, como devedores solidários, ou seja, como devedores principais, já que na solidariedade a obrigação pode ser exigida em sua inteireza de qualquer um dos co-devedores solidários. A solidariedade não se presume, ou decorre da lei ou da vontade das partes.

4. No entanto, o C STJ consolidou entendimento no sentido contrário, segundo o qual independentemente da natureza do débito (mesmo se referentes ao IRRF ou IPI), para o sócio ser responsabilizado pela dívida da empresa deverá ser comprovada a sua condição de gerente, bem como a prática de atos em infração à lei, contrato social ou estatutos da sociedade ou a ocorrência de abuso de poder, consoante previsto no inciso III do artigo 135 do CTN.

5. O sócio, o diretor, o gerente ou o representante são órgãos de que se vale a pessoa jurídica para a realização do seu objeto social. A atribuição de responsabilidade tributária, por substituição, nos termos do artigo 135, III, do CTN, somente é cabível nos casos de gestão com excesso de poderes ou infração à lei ou ao contrato, assim consideradas a gestão fraudulenta com intuito de lesar o credor que comprovada a conduta irregular.

6. O inadimplemento não configura infração à lei, e o fato de não haver bens bastantes para garantir a execução não autoriza o seu redirecionamento automático, o qual somente se admite se comprovada alguma das hipóteses previstas no art. 135, III, do CTN, ou a dissolução irregular da sociedade.

7. Necessário ainda perscrutar sobre a qualidade daqueles que integram o quadro social da pessoa jurídica excetuada, bem como a época da ocorrência dos fatos geradores do débito excutido, porquanto a responsabilização dos sócios pelas dívidas tributárias da empresa está jungida à contemporaneidade do exercício da gerência, direção ou representação da pessoa jurídica executa e a época da ocorrência dos fatos geradores dos débitos objeto da execução fiscal.

8. No presente caso, a executada teve sua falência decretada. Com efeito, para que se autorizasse o redirecionamento da execução em face do sócio, cumpria à exequente comprovar ter ocorrido crime falimentar ou a existência de indícios de falência irregular. A simples quebra não pode ser causa de inclusão do sócio no polo passivo da execução.

9. No que tange ao pedido de inclusão dos sócios no polo passivo do feito, formulado com base no art. 13 da Lei nº 8.620/93, consigno que adotava o entendimento de que, interpretando-se sistematicamente a legislação de regência, chegava-se à conclusão que a responsabilidade solidária da referida Lei alcançava tão somente as contribuições decorrentes de obrigações previdenciárias que, não obstante fossem destinadas à Seguridade Social, abrangendo a Saúde, a Assistência e a Previdência, tinham origem em contribuições cuja capacidade tributária era do Instituto Nacional do Seguro Social. Cumpre-se aduzir, no entanto, que o art. 13 foi revogado pelo artigo 79, VII, da Lei nº 11.941/2009.

10. Ausência de alteração substancial capaz de influir na decisão proferida quando da negativa de seguimento do recurso.” (fls. 41-42, doc. 5).

Os embargos declaratórios opostos foram rejeitados.2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os

arts. 5º, inc. XXXVI e LV, 93, inc. IX, e 97 da Constituição da República.Assevera que acórdão atacado “foi proferido com violação ao art. 93,

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 173

inciso IX, da Constituição Federal, ao deixar de se pronunciar sobre as questões suscitadas nos embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional, fincando imotivado nos pontos abordados, muito embora a Recorrente tenha diligentemente requerido sua manifestação.” (fl. 73, doc. 5).

Sustenta que “houve irregular declaração de inconstitucionalidade dos artigos 8º do DL nº 1736/79 e 124, II, do CTN e, para o afastamento regular da incidência do referido dispositivo legal, haveria necessidade de se observar o artigo 97 da Constituição Federal, e da Súmula Vinculante nº 10, do E.STF e apontada a existência de nulidade absoluta já que não observou a necessária reserva de plenário, dando-se provimento ao presente Recurso Extraordinário.” (fl. 81, doc. 5).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os seguintes fundamentos: a) inexistência de ofensa direta à Constituição da República; e b) harmonia do julgado com a jurisprudência deste Supremo Tribunal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.(...)6. Razão jurídica não assiste à Agravante.7. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao inc. IX do

art. 93 da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

8. Tampouco há que se falar em contrariedade ao art. 97 da Constituição, pois o Tribunal de origem não declarou a inconstitucionalidade do dispositivo legal indicado (art. 8º do Decreto-Lei n. 1.736/1979), mas ofereceu a correta prestação jurisdicional ao interpretar e aplicar as normas infraconstitucionais. Neste sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS. ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO – ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 679.351-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.10.2012).

9. Ademais, a questão em debate foi decidida com base na legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Código Tributário Nacional) e no conjunto fático-probatório dos autos. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE LIQUIDEZ E CERTEZA. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE. ART. 135 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 750.245-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa constitucional indireta” (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da Agravante.

10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal)” (ARE 739.865/SP, de minha relatoria, decisão monocrática transitada em julgado, DJe 4.4.2013).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

al. a, do Código de Processo Civil e arts. 21, § 1º, e 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.475 (825)ORIGEM : AC - 10024101163434001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ROSEANE MARTINS VIEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE MARTINS GERVÁSIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fls. 256):

“ADMINISTRATIVO - CONSTITUCIONAL - AÇÃO ORDINÁRIA - SERVIDOR PÚBLICO - PROMOÇÃO POR ESCOLARIDADE ADICIONAL - ATOS NORMATIVOS - REGULAMENTAÇÃO - REQUISITOS LEGAIS - PROVA DO CUMPRIMENTO - AUSÊNCIA - REFORMA DA SENTENÇA.

- ‘O Decreto 44.769/08 e a Resolução Conjunta SEPLAG/SEF não ultrapassaram o poder regulamentar conferido pela Lei nº 15.464/05, ao fixarem requisitos para fins de promoção por escolaridade adicional.’ (Ap Cível/Reex Necessário 1.0024.10.291703-6/001)”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, II; 37, caput; e 84, IV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279, 280 e 636/STF.

A decisão deve ser mantida. Nota-se que o Tribunal de origem concluiu que os recorrentes não preencheram todos os requisitos para a promoção pleiteada. Com efeito, dissentir da conclusão do acórdão recorrido demandaria o reexame dos fatos e do material probatório constante dos autos, bem como uma nova análise da legislação local aplicável ao caso (Leis estaduais nºs 15.464/2005 e 16.190/2006). Nessas hipóteses, incidem as Súmulas 279 e 280/STF.

Ademais, em se tratando especificamente de supostas ofensas ao princípio da legalidade, o que se pode questionar nesta sede, em linha de princípio, é o eventual descumprimento da própria reserva legal, ou seja, da exigência de que determinada matéria seja disciplinada por lei, e não por ato secundário. Não é disso que se trata nos autos. A hipótese, portanto, atrai a incidência da Súmula 636/STF:

“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se. Brasília, 24 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.509 (826)ORIGEM : AC - 20120138973 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ADAUTO GOMES DE OLIVEIRA BARROS E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : RICARDO GIRÃO D'ÁVILA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JAQUESSOM MARCELINO DE SOUZAADV.(A/S) : JULLY HEYDER DA CUNHA SOUZA

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, LV, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 174

dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.542 (827)ORIGEM : EIEXEC - 05000638020128260637 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃ E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ORIDES SIMÃO PERES MEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática que manteve os argumentos insertos na sentença para extinguir a execução fiscal, tendo em vista o irrisório do valor executado.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte alega violação aos arts. 2º; 5º, XXXV e LX; 30, III; 145, I e II; 150, § 6º; e 156, todos da Carta. Sustenta, em síntese, que não compete ao Poder Judiciário analisar sobre a necessidade econômica de qualquer demanda, uma vez que essa iniciativa depende de poder discricionário da Administração Pública.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob os seguintes fundamentos:

(i) “não superado o requisito de admissibilidade recursal consistente na demonstração no interesse geral/social”;

(ii) “o artigo da Constituição Federal, enfocado pelo recorrente, não foi apreciado pela decisão recorrida, de modo explícito, como vendo sendo exigido pela Excelsa Corte, faltando, assim, uma condição para o processamento do recurso, que é o pré-questionamento viabilizador da instância excepcional” e

(iii) “a pretensa contrariedade ao artigo 5º, da Constituição Federal, seria resultante de infringência a normas legais, operando-se por via indireta ou reflexa”.

Em sede de agravo, a parte argumenta que a questão suscitada

possui repercussão geral, que a matéria constitucional encontra-se devidamente prequestionada e que houve afronta direta ao texto constitucional.

A pretensão merece acolhida. O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 591.033-RG, julgado sob relatoria da Ministra Ellen Gracie, firmou entendimento no sentido de que, inexistindo legislação editada pelo ente federativo competente para a instituição do tributo que dispense a inscrição em dívida ativa ou o ajuizamento dos créditos até determinado valor estipulado, é inviável ao Judiciário extinguir execuções fiscais ao argumento de que estaria ausente o interesse processual. Confira-se, a propósito, ementa da decisão:

“TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO. VALOR DIMINUTO. INTERESSE DE AGIR. SENTENÇA DE EXTINÇÃO ANULADA. APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO AOS DEMAIS RECURSOS FUNDADOS EM IDÊNTICA CONTROVÉRSIA.

1. O Município é ente federado detentor de autonomia tributária, com competência legislativa plena tanto para a instituição do tributo, observado o art. 150, I, da Constituição, como para eventuais desonerações, nos termos do art. 150, § 6º, da Constituição.

2. As normas comuns a todas as esferas restringem-se aos princípios constitucionais tributários, às limitações ao poder de tributar e às normas gerais de direito tributário estabelecidas por lei complementar.

3. A Lei nº 4.468/84 do Estado de São Paulo - que autoriza a não-inscrição em dívida ativa e o não-ajuizamento de débitos de pequeno valor - não pode ser aplicada a Município, não servindo de fundamento para a extinção das execuções fiscais que promova, sob pena de violação à sua competência tributária.

4. Não é dado aos entes políticos valerem-se de sanções políticas contra os contribuintes inadimplentes, cabendo-lhes, isto sim, proceder ao lançamento, inscrição e cobrança judicial de seus créditos, de modo que o interesse processual para o ajuizamento de execução está presente.

5. Negar ao Município a possibilidade de executar seus créditos de pequeno valor sob o fundamento da falta de interesse econômico viola o direito de acesso à justiça.

6. Sentença de extinção anulada.7. Orientação a ser aplicada aos recursos idênticos, conforme o

disposto no art. 543-B, § 3º, do CPC.”No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE

836.502/SP, Rel. Min. Teori Zavaski e ARE 836.496, Rel. Min. Marco Aurélio. Diante do exposto, com base no art. 544, II, c, do CPC, conheço do

agravo para dar provimento ao recurso extraordinário e determinar o prosseguimento da execução fiscal.

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.574 (828)ORIGEM : RESP - 1341263 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : NELSON MENDESADV.(A/S) : SAULO BONAT DE MELLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ANANIAS CÉZAR TEIXEIRAADV.(A/S) : ANDRÉIA BAMBINI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado, no que interessa:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS EM SEDE DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA. NÃO CABIMENTO. QUESTÃO PACIFICADA EM JULGAMENTO DE REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA PELA CORTE ESPECIAL. RESP 1.291.736/PR. DECISÃO AGRAVADA QUE SE MANTÉM, POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS”. (eDOC 7, p. 61)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, sustenta-se violação dos artigos 5º, XXX e LV; e 133 do texto constitucional.

Na espécie, a decisão recorrida aplicou os artigos 543-A e 543-B do CPC, com fundamento no entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do AI-QO-RG 791.292, DJe 13.8.2010 e do ARE-RG 748.371, DJe 1º.8.2013, ambos de minha relatoria, bem como negou seguimento quanto à suposta ofensa ao art. 133 da Constituição Federal.

É o relatório.Decido. A irresignação não merece prosperar. No que tange à suposta ofensa ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição

Federal, registro que esta Corte, na Questão de Ordem no AI 760.358, de minha relatoria, DJe 3.12.2009, firmou o entendimento no sentido de que não cabe ao Supremo Tribunal Federal rever decisão que, na origem, aplica o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 175

disposto no art. 543-B do CPC, assim ementado: “Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de

agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”. (grifamos)

Nesse sentido, ressalta-se que não cabe a interposição do agravo previsto no artigo 544 de CPC contra decisão de tribunal de origem que aplica a sistemática da repercussão geral.

Ademais, no que tange à suposta violação ao art. 133 do texto constitucional, observo que o Tribunal de origem decidiu acerca dos honorários advocatícios com base na legislação processual aplicável à espécie, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Previdenciário e Processo Civil. Fixação dos honorários advocatícios. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 706.879-AgR/Mg, da minha relatoria, Segunda Turma, DJe 06.6.2014)

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELO TRIBUNAL A QUO. SUPOSTA AFRONTA AO ART. 133 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E ART. 20 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 14.10.2010. A suposta afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais dependeria da análise de legislação infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da Lei Maior. Agravo regimental conhecido e não provido”. (ARE 717.020-AgR/PE, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 25.10.2013)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.671 (829)ORIGEM : AC - 00444015720098050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOSENILTON RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WAGNER VELOSO MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO: Esta Corte, no julgamento do ARE 685.053 (Rel. Min. Presidente AYRES BRITTO - Tema 605), entendeu pela inexistência de repercussão geral da questão relativa à percepção da Gratificação de Atividade e da Gratificação de Habilitação pelos Policiais Militares do Estado da Bahia, por se tratar de matéria infraconstitucional. Considerando que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF), indefiro liminarmente o agravo.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.674 (830)ORIGEM : PROC - 00017980720108260370 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A

ADV.(A/S) : ANGELO AURELIO GONCALVES PARIZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : M A XARABA BELOTTI DE CAMPOS- MEADV.(A/S) : MARDQUEU SILVIO FRANÇA FILHO E OUTRO(A/S)

Referente à Petição/STF 50.873/2014:DECISÃO: Homologo o pedido de desistência, na forma do art. 21, VIII,

do RISTF, para que produza os efeitos legais. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.781 (831)ORIGEM : PROC - 00047370420138260483 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 28ª CJ - PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE VENCESLAURECDO.(A/S) : JOSÉ MARCOS TOITO DE LIMAADV.(A/S) : CHRISTIANO CARRASCO RAINHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Colégio Recursal da 28ª Circunscrição Judiciária do Estado de São Paulo, assim ementado (fls. 185):

“Município de Pres. Venceslau. Embargos ao cumprimento de sentença coletiva. Legitimidade do exequente e competência do juízo. Preliminares afastadas. Cálculo realizado na esteira do acórdão transitado em julgado. Recurso improvido.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, XXXVII e LIII, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário sob os fundamento de que a ofensa à Constituição somente ocorreria de maneira indireta e de que incidem, na hipótese, as Súmulas 279 e 454/STF.

O recurso extraordinário é inadmissível. Nota-se que a suposta ofensa ao texto constitucional não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. O recurso extraordinário carece, portanto, de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ainda que superado o óbice apontado, nota-se que a matéria suscitada pela parte recorrente é de índole meramente processual, inviável de análise nesta sede, por situar-se no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido, veja-se o RE 816.706-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.797 (832)ORIGEM : PROC - 20147005242440 - TJRJ - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : I E T TECNOLOGIA E SERVIÇOS LTDA - HD DOCTORADV.(A/S) : WALKER TONELLO JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HILTON FIGUEIREDOADV.(A/S) : ANDERSON PEREIRA LESSA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal dos Juizados Cíveis e Criminais da Capital do Estado do Rio de Janeiro que manteve sentença de 1ª instância. A sentença condenou a parte recorrente a entregar o HD (disco rígido) do autor em seu endereço, bem como ao pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 3.000,00 (fls. 46).

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, V, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “o atento exame das razões recursais revela que o recorrente pretende, por via transversa, a revisão da matéria de fato, apreciada e julgada com base nas provas produzidas nos autos”; e (ii) “o inconformismo sistemático, manifestado em recurso carente de fundamentos relevantes, que não demonstre como o v. Acórdão recorrido teria ofendido os

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 176: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 176

dispositivos alegadamente violados e que nada acrescente à compreensão e ao debate quaestio iuris – posto que indique corretamente o permissivo constitucional sobre o qual se sustenta -, não atende aos pressupostos de regularidade formal dos recursos de natureza excepcional e impede a exata compreensão da controvérsia, circunstâncias que atraem a incidência da Súmula 284/STF” (fls. 90/91).

O recurso não deve ser provido. De início, a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ademais, a solução da controvérsia pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 753.420 AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CARACTERIZAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL INDENIZÁVEL. DETERMINAÇÃO DO VALOR A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO. MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

II Agravo regimental improvido.”Outros julgados no mesmo sentido: ARE 660.140-AgR, Rel. Min. Dias

Toffoli; e ARE 733.066-AgR, Rel.ª Min.ª Rosa Weber. Por fim, incide a firme jurisprudência desta Corte no sentido da

ausência de repercussão geral da questão sobre modificação de valores em condenação de danos morais por demandar a análise do material fático probatório dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Veja-se, a propósito, a ementa do ARE 743.771-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VALOR FIXADO A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO 279 DA SÚMULA DO STF. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.801 (833)ORIGEM : PROC - 20147005149725 - TJRJ - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : IOLANDA LIMA NOGUEIRAADV.(A/S) : MANOEL GONÇALVES ROMA NETORECDO.(A/S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : WALTER WIGDEROWITZ NETO E OUTRO(A/S)

DESPACHO : Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro Luís Roberto Barroso Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.860 (834)ORIGEM : PROC - 00021274420108260588 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARGEMIRO FRANCHI FILHOADV.(A/S) : JULIANA FERNANDES DE MARCO E OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 50.867/2014DECISÃODESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.1. Banco do Brasil S/A formula desistência do recurso.2. Ante o disposto no Regimento Interno desta Corte, homologo o

pedido de desistência para que produza os efeitos legais.3. Publiquem.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.864 (835)ORIGEM : PROC - 00101716920128110048 - TJMT - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : CRISTIANE BELLINATI GARCIA LOPES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSE MARIA MOREIRAADV.(A/S) : ELIAS BERNARDO SOUZA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo interposto contra decisão que, aplicando a sistemática da repercussão geral (CPC, art. 543-B, § 2º), não admitiu o recurso extraordinário.

2. O Plenário desta Corte firmou o entendimento de que não cabe recurso ou reclamação ao Supremo Tribunal Federal para rever decisão do Tribunal de origem que aplica a sistemática da repercussão geral, a menos que haja negativa motivada do juiz em se retratar para seguir a decisão da Suprema Corte (AI 760.358 QO, Rel. Min. GILMAR MENDES; Rcl 7.569 e Rcl 7.547, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 11/12/2009; AI 783.839 ED, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, DJe 1/2/2011; ARE 682753 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 1/8/2012).

3. Diante do exposto, não conheço do agravo e determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, a fim de que lá seja apreciado como agravo interno.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.885 (836)ORIGEM : AC - 6789372008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS DE SANTANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE BARROSO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O presente recurso não impugna os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não basta, portanto, considerada a diretriz jurisprudencial referida,

que a parte agravante, ao deduzir a sua impugnação, restrinja-lhe o conteúdo, limitando-o a alegações extremamente vagas, sem desenvolver, de modo consistente, as razões que apenas genericamente enunciou.

Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que tornar-se-á inviável a apreciação do recurso interposto.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.887 (837)ORIGEM : AC - 20120710103436 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 177: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 177

RECTE.(S) : COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO DOS SERVIDORES E MEMBROS DA JUSTIÇA DO TRABALHO E DO MPT LTDA - SICOOB CREDJUSTRA

ADV.(A/S) : FERNANDA BASÍLIO LAGE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NEI CARDOSO DA SILVAADV.(A/S) : NILTON DONIZETE DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado:

“DIREITO DO CONSUMIDOR. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. OBRIGAÇÃO DE RESSARCIR OS PREJUÍZOS. MÁ-FÉ. AUSDÊNCIA. 1. O art. 20 do CDC preconiza que o fornecedor responde pelos vícios de qualidade do serviço prestado, podendo o consumidor, nesse caso, exigir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente corrigida. 2. ‘A repetição de indébito em dobro prevista no Código de Defesa do Consumidor não prescinde da prova de má-fé do credor’ (AgRg no AREsp 225.393/RJ, Rel. Min. MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 23/04/2013, DJe 07/05/2013). 3. Recursos conhecidos e não providos. (eDOC 3, p. 30

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, sustenta-se violação do artigo 5º, caput, do texto constitucional.

Aponta-se que o Código de Defesa do Consumidor não pode ser aplicado nas causas que tratam de cooperativa de crédito, sob pena de ofensa ao princípio da igualdade.

É o relatório.Decido. A irresignação não merece prosperar. Verifico que divergir do entendimento adotado pelo acórdão recorrido

demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, providência vedada na via extraordinária, em face do óbice previsto no Enunciado 279 da Súmula do STF.

Quanto ao tema, confira-se o seguinte julgado:Agravo regimental no agravo de instrumento. Competência do relator.

Código de Defesa do Consumidor. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O relator do agravo de instrumento tem competência para reexaminar o juízo de admissibilidade emitido pelo Tribunal de origem e para examinar, desde logo, o mérito do recurso extraordinário. 2. Inadmissível em recurso extraordinário o reexame da legislação infraconstitucional e de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nºs 636 e 454/STF. 3. Agravo regimental não provido, com aplicação da multa prevista no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil. (AI 734.191-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 19.11.2010)

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL, DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, bem como a análise do acervo fático-probatório dos autos e de cláusulas contratuais. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo regimental desprovido”. (AI 769.024-AgR/MG, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 21.3.2011)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 04 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 844.985 (838)ORIGEM : PROC - 00258098920128110001 - TJMT - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OLDEMIR CARLOS ALVES DA COSTAADV.(A/S) : JANE RODRIGUES BARROS E OUTRO(A/S)

Referente à Petição/STF 50.866/2014:DECISÃO: Homologo o pedido de desistência, na forma do art. 21, VIII,

do RISTF, para que produza os efeitos legais. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.060 (839)ORIGEM : PROC - 313140072916 - TJMG - TURMA RECURSAL DE

IPATINGA - 1ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

RECTE.(S) : ADÃO FRANCISCO GOMESADV.(A/S) : ROBLEDO SOUTO SILVARECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO XAVIERADV.(A/S) : POLLYANA JORGE CASTANHEIRA SILVA E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal de Ipatinga/MG, assim ementado (fls. 99):

“AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL – DANOS MORAIS INEXISTENTES – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – RECURSO IMPROVIDO.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, V e X, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) “não indica Súmula ou Repercussão Geral em confronto com a questão apreciada, sem indicação de nenhuma divergente do STF”; (ii) “não houve ofensa aos arts. 5, X, da CF, não se fazendo presente a questão da relevância e menos ainda a ocorrência da repercussão geral”; e (iii) “possível ofensa à legislação federal ou interpretação equivocada não comporta o recurso extraordinário” (fls. 129).

O recurso não deve ser provido. De início, a alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ademais, a solução da controvérsia pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 753.420 AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CARACTERIZAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL INDENIZÁVEL. DETERMINAÇÃO DO VALOR A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO. MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

II Agravo regimental improvido.”Outros julgados no mesmo sentido: ARE 660.140-AgR, Rel. Min. Dias

Toffoli; e ARE 733.066-AgR, Rel.ª Min.ª Rosa Weber. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.061 (840)ORIGEM : PROC - 313140133775 - TJMG - TURMA RECURSAL DE

IPATINGA - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : PAULA RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : KELEM TATIANI ROCHAADV.(A/S) : MAURÍCIO PEDROSA PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO (Petição n. 51.217/2014)1. Em 28.10.2014, Banco do Brasil S/A requereu a homologação da

desistência do presente recurso extraordinário com agravo.2. O advogado da parte, subscritor da petição, dispõe de poderes

especiais para desistir.3. Pelo exposto, homologo o pedido de desistência deste recurso

(art. 501 do Código de Processo Civil e art. 21, inc. VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a imediata baixa destes autos.

Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.079 (841)ORIGEM : PROC - 218782012 - TJES - 1ª TURMA RECURSAL -

CAPITALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ALPHAVILLE VITÓRIA EMPREENDIMENTOS

IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : LUCIANA NAZIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIS FELIPE TORRES ISES

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 178

RECDO.(A/S) : JULIANA BIANCHIADV.(A/S) : RODRIGO BARCELLOS GONÇALVESRECDO.(A/S) : JACUHY - EMPREENDIMENTOS E LAZER LTDAADV.(A/S) : ODAIR DE MELO CARDOSO E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o recurso.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Ademais, o Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida e no exame de cláusulas contratuais para firmar seu convencimento (fl. 153), verbis:

“Ao contrário do afirmado pela recorrida, observo que o 6º instrumento de alteração do contrato social (fls. 110/121), trazendo em seu bojo a alteração da sede social, somente foi registrado na Junta Comercial do Espírito Santo em 23/12/2010, não obstante tenha sido protocolado no dia 21/12/2010.

Assim, ainda que a ação tenha sido protocolada no dia 04/03/2011, portanto em data posterior, não seria razoável exigir-se dos autores/recorrentes o conhecimento da alteração do contrato social da empresa, principalmente porque no contrato de promessa de compra e venda que os mesmos firmaram com a recorrida (fls. 38/46) consta o endereço indicado para a citação como sendo aquele informado pelos autores.

Da relação jurídico-processual decorrem vários deveres tipicamente processuais, entre eles, o de boa-fé, lealdade, probidade e de colaboração

para o alcance dos fins do processo. Por outro lado, analisando-se a questão também sob a ótica material, verifica-se que a relação jurídica subjacente à lide imanta-se dos princípios e normas próprios do sistema consumerista, principalmente o da vulnerabilidade do consumidor no mercado. Assim, seria mais do que razoável exigir-se que a empresa recorrida, por ser parte em vários contratos de trato sucessivo entabulados com consumidores deste Estado, comunicasse aos seus clientes a mudança de sua sede social, seja através de simples correspondência, e-mail, ou até mesmo com informação inserida no boleto bancário enviado mensalmente para o pagamento das parcelas do contrato, mas assim não agiu.

Concluo, assim, como violadora do princípio da boa fé objetiva, que deve informar não só a formação do vínculo contratual, como também o seu desenrolar, a atitude da empresa recorrida de captar vários clientes neste Estado, em um empreendimento de alto valor econômico, e depois alterar a sua sede social, sem nenhuma comunicação. Por fim. ainda que a sede social da empresa tenha sido transferida para São Paulo, o escritório ou sucursal ainda funciona no Município de Serra.

Dessa forma, reputo válidas as citações de ambas as requeridas e, com base no art. 20, da Lei n° 9.099/95, considerando verdadeiros os fatos alegados pelo autor.”

Desta forma, a aferição da ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

E demandaria, ainda, o reexame da interpretação conferida pelo Tribunal de origem a cláusulas contratuais, o que atrai o óbice da Súmula 454/STF, segundo a qual: “simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.117 (842)ORIGEM : PROC - 20130710225127 - TJDFT - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : COL CONSTRUÇÕES ORTEGA E ADMINISTRAÇÃO

LTDAADV.(A/S) : JOÃO RODRIGUES NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOÃO PAULO MORAES ALMEIDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALÉRIO BATISTA TEIXEIRA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo cujo objeto é decisão

que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pela Terceira Turma Recursal do Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Distrito Federal, assim ementado:

“CONSUMIDOR. COMISSÃO DE CORRETAGEM. IMÓVEL NOVO OU EM CONSTRUÇÃO. ÔNUS DA VENDENDORA. INDEVIDA TRANSFERÊNCIA DE ENCARGO PARA O CONSUMIDOR. RESTITUIÇÃO DEVIDA EM DOBRO. SENTENÇA MANTIDA. 1. A atividade desenvolvida pela ré encontra-se amoldada ao conceito de fornecedor, trazido pelo artigo 3º da lei de regência da relação.

2. A cobrança da comissão de corretagem representa indevida transferência, para o consumidor, de encargo financeiro inerente à atividade empreendida pelo fornecedor, sem lastro causal que a justifique, sendo os serviços de corretagem realizados no exclusivo interesse deste último. 3. O corretor que atua previamente credenciado pela construtora, em estande de vendas por vezes localizado no próprio canteiro de obras, age, por óbvio, no interesse exclusivo do fornecedor, perdendo a autonomia que caracteriza a atividade de aproximação, apresentando-se em verdadeira relação de subordinação, equiparando-se às figuras do representante, do comissário, ou mesmo do empregado.4. Mostra-se, em tais hipóteses, abusiva a transferência de tal encargo ao consumidor, posto que se trata de custo assumido e inerente à própria atividade empresarial da construtora.5. A repetição em dobro dos valores indevidamente vertidos a título de comissão de corretagem prescinde da prova de má-fé, posto que decorre do próprio risco do negócio, sendo a cobrança engano injustificável, nos termos do artigo 42, parágrafo único, do CDC.

6. Recurso conhecido e desprovido. Sentença mantida, por seus próprios fundamentos, servindo a súmula de julgamento como acórdão.

7. Condenada a recorrente vencida ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, que arbitro em 10% (dez por cento) do valor corrigido da condenação, ex vi do art. 55 da Lei nº 9.099/95.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 179: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 179

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte agravante alega violação aos arts. 5º, II, XXXV, e 93 da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a questão de fundo posta no apelo é de cunho infraconstitucional, não cabendo a sua análise pelo Supremo Tribunal Federal, até porque, se ofensa houvesse, esta seria indireta à Lex Mater”.

O recurso não deve ser provido. Para dissentir do acórdão recorrido, seriam necessárias a análise da legislação infraconstitucional pertinente, a interpretação de cláusulas contratuais e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 454/STF.

Ademais, em se tratando especificamente de suposta ofensa ao princípio da legalidade, o que se pode discutir nesta sede, em linha de princípio, é o eventual descumprimento da própria reserva legal, ou seja, da exigência de que determinada matéria seja disciplinada por lei, e não por ato secundário. Não é disso que se trata nos autos. Veja-se, nesse sentido, a ementa do ARE 677.531-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Comissão de corretagem. Consumidor. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes.

Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

Agravo regimental não provido.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.130 (843)ORIGEM : AC - 990103528140 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELIZABETH SOARES LIMAADV.(A/S) : MARIA APARECIDA SILVA MARQUESRECDO.(A/S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR. Pensão por morte do filho da autora. Não instituição da autora como beneficiária (art. 13 da Lei n. 452/74) e ausência de declaração de dependência econômica (art. 60 do Decreto n. 7.391/75). Circunstâncias que não impedem o acolhimento do pedido. Rejeição que se funda na inexistência de elementos que demonstrem a existência de relação de dependência à época do óbito. Dependência para fins previdenciários, nos termos do art. 8º da Lei Estadual 452/74. Sentença de procedência. Recursos oficial e voluntário da autarquia providos.” (eDOC 2, P. 52)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, “d”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação aos arts. 1º, III; 3º, I; 5º, I; 6º, do texto constitucional.

A recorrente defende, em síntese, que possui o direito a pensão em razão de ser dependente econômica.

Decido. A irresignação não merece prosperar. Isso porque a admissão da via extraordinária pela alínea “d”

pressupõe que o Tribunal a quo tenha declarado válida lei local em face de lei federal, homenageando aquela em detrimento desta. E não foi o que ocorreu na hipótese dos autos.

Assim, verifico que os argumentos trazidos no extraordinário são incapazes de permitir a exata compreensão da controvérsia, consoante o óbice preconizado no verbete 284 da Súmula de jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal.

Sobre este aspecto, entre outros, confiram-se os seguintes precedentes: AI-AgR 544.265, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 8.10.2010; RE-AgR 508.906, Rel Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 20.11.2009; AI-AgR 697.615, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 23.10.2009, e RE 177.927, Rel. Min. Maurício Corrêa, acórdão redigido pelo Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 4.11.1996. Deste último, da ementa, extrai-se:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a fundamentação que lhe dá suporte não guarda qualquer relação de pertinência com o conteúdo do acórdão proferido pelo Tribunal inferior. A incoincidência entre as

razões que fundamentam a petição recursal e a matéria efetivamente versada no acórdão recorrido constitui hipótese configuradora de divórcio ideológico, que inviabiliza a exata compreensão da controvérsia jurídica, impedindo, desse modo, o próprio conhecimento do recurso extraordinário (Súmula 284/STF). Precedentes.”

Ainda que assim não fosse, verifico que, para divergir do Juízo a quo, no que se refere ao direito de recebimento da pensão por morte, seria necessária a prévia análise das normas infraconstitucionais locais aplicáveis à espécie (Lei Estadual 452/74), bem como o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280.

Cito, a propósito, o ARE-AgR 642.527/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, assim ementado:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE. FILHA SOLTEIRA. OFENSA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO CONFIGURADA. APLICAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280/STF. Controvérsia limitada à aplicação de legislação local, a inviabilizar o reexame da matéria na via extraordinária. Aplicação da Súmula 280/STF: por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido.”

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.179 (844)ORIGEM : PROC - 50068702220134047000 - TJPR - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JORGE IRINEU DEMETRIOADV.(A/S) : EDUARDO CHAMECKI E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 1º, IV, e parágrafo único, 2º, 5º, caput, II, LIV e LV, 37, caput, 93, IX, 194, § 1º, 195, caput, e § 5º, 201, caput, e § 1º da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior),

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 180: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 180

demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional, Decretos n°s. 2.172/1997 e 3.048/1999, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (ARE 665429 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 12/06/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-150 DIVULG 31-07-2012 PUBLIC 01-08-2012).

Ademais, o Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. CONFIGURAÇÃO DA ESPECIALIDADE DA ATIVIDADE LABORAL. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.(ARE 666962 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 13/03/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-064 DIVULG 28-03-2012 PUBLIC 29-03-2012).

“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE PROFESSOR. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS ARTIGOS 2º, 5º, 44, 48, 59, 201, § 1º E 194, P.U., III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGADA OFENSA AO ART. 201, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. INVIABILIDADE. SÚMULA 279 DO STF.

SUPOSTA VIOLAÇÃO DO ART. 96, III, DA LEI 8.213/1991. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento”.(RE 593915 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 06/12/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-022 DIVULG 31-01-2012 PUBLIC 01-02-2012).

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.205 (845)ORIGEM : AC - 20040111115847 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARIA YVONE DE OLIVEIRA MELLOADV.(A/S) : ADOVALDO DIAS DE MEDEIROS FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO ADVENTISTA NORTE BRASILEIRA DE

PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE - HOSPITAL ADVENTISTA DE BELÉM

ADV.(A/S) : VANDERLEI JOSÉ VIANNA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário aos fundamentos de que (a) não ocorreu o necessário prequestionamento da matéria constitucional; e (b) a apreciação da tese recursal demandaria o reexame das cláusulas contratuais, bem como do conjunto fático-probatório, incidindo, assim, os óbices das Súmulas 279 e 454 do STF.

No agravo, sustenta-se (a) a inexistência de revolvimento de matéria fática; (b) vulneração expressa ao texto constitucional. No mais, repisa os argumentos de mérito do extraordinário.

2. Como se vê, a parte agravante não impugnou especificamente todos os motivos suficientes para manter a decisão agravada, nada aduzindo sobre o óbice da Súmula 282/STF, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.244 (846)ORIGEM : AC - 00125303220119130001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOAO PATRICIO SOBRINHO FILHOADV.(A/S) : MURILO LUIZ DE FREITAS CASTRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário, porquanto (a) não foi demonstrada, em preliminar devidamente fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso; (b) o recorrente pretende a análise de ofensa à legislação infraconstitucional; (c) o recurso encontra empecilho na Súmula 636/STF; (d) o apelo exige o exame de direito previsto em legislação local, incidindo o óbice da Súmula 280/STF; (e) a controvérsia demanda o reexame de provas, o que impede a abertura da via extraordinária, a teor do que dispõe a Súmula 279/STF; e (f) o acórdão recorrido está em conformidade com o entendimento consolidado por meio da Súmula 673/STF.

No agravo, a parte recorrente alega que (a) a repercussão geral da matéria foi devidamente arguida; e (b) não incide o óbice da Súmula 636/STF.

2. Como se vê, a parte agravante não impugnou especificamente todos os fundamentos suficientes para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.252 (847)ORIGEM : PROC - 50051897620114047003 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 181: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 181

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DO

PARANÁ - CRO/PRADV.(A/S) : ALEXANDRE RODRIGO MAZZETTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BARBIERI E TRINDADE LTDAADV.(A/S) : JOÃO EVERARDO RESMER VIEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário por deserção, uma vez que o Conselho ora agravante não comprovou o recolhimento das custas no prazo legal.

No agravo, a parte recorrente alega, em suma, a inaplicabilidade do art. 4º, parágrafo único, da Lei 9.289/96, pois, com a definição da natureza autárquica (ocorrida após o julgamento, pelo STF, da ADI 1717/DF), afastaram-se os tratamentos discriminatórios em relação aos Conselhos, que não se distinguem das demais autarquias federais, razão pela qual não mais subsiste a diferenciação inaugurada pelo parágrafo único, artigo 4º, da Lei de Custas.

2. Nada obstante a natureza jurídica de autarquia conferida aos Conselhos Profissionais, a eles não se aplica a isenção de recolhimento de custas conferida aos entes públicos relacionados no caput do art. 4º da Lei 9.289/96, conforme dispõe expressamente o parágrafo único do referido dispositivo ("Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais feitas pela parte vencedora"). Nesse sentido:

Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. CONSELHOS PROFISSIONAIS. CUSTAS PROCESSUAIS. ISENÇÃO. INEXISTÊNCIA ART. 4º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 9.289/96. 1. Apesar de ostentarem a natureza de autarquia, os Conselhos Profissionais estão excluídos da isenção do pagamento de custas. É o que estabelece o parágrafo único do art. 4º da Lei 9.289/96. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.(ARE 778625 ED, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 01-04-2014)

3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.271 (848)ORIGEM : MS - 10000120724513000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MARCUS FRAZAO FROTAADV.(A/S) : RAFAEL DE PAIVA KRAUSS SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário pelas seguintes justificativas: (a) a análise de violação de cláusula do edital 01/2011 que regulamentou concurso público de provas e títulos não é matéria que enseja interposição de recurso extraordinário; (b) em relação ao instituto jurídico da decadência, o recurso apresenta deficiência na sua fundamentação, incidindo o óbice da Súmula 284/STF; e (c) o acórdão recorrido se baseou nos elementos informativos dos autos e na legislação local, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do STF.

No agravo, a parte recorrente sustenta, em suma, que (a) ocorreu ofensa direta a dispositivos da Constituição Federal; e (b) a apreciação do apelo dispensa exame de fatos e provas, não incidindo o óbice da Súmula 279/STF. No mais, repisa as razões do apelo.

2. Como se vê, as razões do agravo não impugnaram especificamente todos os fundamentos suficientes para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.272 (849)ORIGEM : AC - 10024060600848001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JULIANA MAGALHÃES PRATES REPRESENTADA POR

JOANA D'ARC MAGALHÃES GOMES

ADV.(A/S) : HENRIQUE JÚDICE MAGALHÃES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO FORLUMINAS DE SEGURIDADE SOCIAL -

FORLUZADV.(A/S) : RODRIGO PAGANI ROCHA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA INÊS FURTADO URBIETAADV.(A/S) : HELCIO LINHARES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA , Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA , Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, o deslinde da controvérsia demandaria a análise de legislação infraconstitucional, de cláusulas contratuais, bem como do conjunto fático-probatório dos autos, o que não é cabível no âmbito do recurso extraordinário, conforme estabelecem as Súmulas 279 e 454 do STF. Nesse sentido, em caso análogo:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. PENSÃO POR MORTE. REVISÃO. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. REAPRECIAÇÃO DOS FATOS E DO MATERIAL PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. REEXAME DO ESTATUTO DAS ENTIDADES ORA AGRAVADAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454/STF. Não há matéria constitucional em controvérsias sobre direito à revisão de benefícios concedidos por entidade de previdência privada. Precedentes. Para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, bem como dos estatutos das entidades ora agravadas. Nessas condições, a hipótese atrai as Súmulas 279 e 454/STF. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 778.792 AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, Dje de 14/5/2014)

4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.297 (850)ORIGEM : MS - 00109671220118050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : AGNALDO SANTOS MOTAADV.(A/S) : ANTÔNIO JOÃO GUSMÃO CUNHA E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, XXXV, 37, caput, I, II, 93, IX, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 182: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 182

de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)

Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo Tribunal Federal entende que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido, cito o RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; e o ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, assim ementado:

"Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento."

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE

REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.392 (851)ORIGEM : AC - 70058756834 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, de cuja ementa se extraem os seguintes trechos (fls. 185 e verso):

“APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APELAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. FALTA DE REGULARIDADE FORMAL. REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO FUNDAMENTAL À EDUCAÇÃO E À SEGURANÇA. DETERMINAÇÃO DE REFORMA DE ESCOLA PELO PODER JUDICIÁRIO. SEPARAÇÃO DE PODERES. INVASÃO DE COMPETÊNCIA DO PODER EXECUTIVO. EXCEPCIONALIDADE.

[…]2.O direito à educação – que representa prerrogativa constitucional

deferida a todos, segundo o que preconiza o artigo 205 da Constituição Federal –, notadamente às crianças, conforme dispõem os artigos 208, I e IV, e 227 caput da Constituição da República –, qualifica-se como um dos direitos fundamentais sociais mais expressivos.

3.A efetivação do direito ao aprendizado não se encontra adstrita à avaliação de caráter discricionário feita pela Administração Pública. A força vinculante da norma constitucional mostra-se limitadora à discricionariedade político-administrativa, por meio de juízo de conveniência e oportunidade.

4.Ao Poder Judiciário se reconhece, excepcionalmente, poder para determinar a implementação de políticas públicas definidas na Lei Fundamental, diante da omissão dos órgãos estatais competentes, sobretudo quando se mostra pública e notória a inércia do Administrador Público em concretizar as metas delineadas pelo constituinte.

5.No caso, restou comprovado que o Estado do Rio Grande do Sul manteve-se inerte, demonstrando total descaso em buscar realizar os reparos mínimos necessários a fim de possibilitar que os alunos do Instituto de Educação Gomercinda Dornelles da Fontoura pudessem assistir as aulas com um mínimo de segurança e conforto, sem estarem expostos a riscos.

APELAÇÃO NÃO CONHECIDA.SENTENÇA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSÁRIO.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega ofensa aos arts. 2°; 60, § 4º, III; 165, I a III; e 167, I e II, todos da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que não restou configurada no acórdão recorrido qualquer violação ao texto constitucional.

O recurso não deve ser provido. Isso porque o acórdão recorrido se alinha à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que afirma a possibilidade, em casos emergenciais, de implementação de políticas públicas pelo Judiciário, ante a inércia ou morosidade da Administração, como medida assecuratória de direitos fundamentais. Não se trata, aqui, de interferir na competência do Poder Executivo quanto à conveniência e oportunidade para a realização de políticas públicas – e a consequente disposição de recursos para tal fim – mas, sim, de assegurar a proteção do direito fundamental à educação. Nessa linha, vejam-se os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. DETERIORAÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 183: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 183

DAS INSTALAÇÕES DE INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO. CONSTRUÇÃO DE NOVA ESCOLA. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO BÁSICA. PRECEDENTES.

As duas Turmas do Supremo Tribunal Federal possuem entendimento de que é possível ao Judiciário, em situações excepcionais, determinar ao Poder Executivo a implementação de políticas públicas para garantir direitos constitucionalmente assegurados, a exemplo do direito ao acesso à educação básica, sem que isso implique ofensa ao princípio da separação dos Poderes. Precedentes.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (Primeira Turma, ARE 761.127-AgR, sob a minha relatoria)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CRIANÇA DE ATÉ SEIS ANOS DE IDADE - ATENDIMENTO EM CRECHE E EM PRÉ-ESCOLA - EDUCAÇÃO INFANTIL - DIREITO ASSEGURADO PELO PRÓPRIO TEXTO CONSTITUCIONAL (CF, ART. 208, IV) - COMPREENSÃO GLOBAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL À EDUCAÇÃO - DEVER JURÍDICO CUJA EXECUÇÃO SE IMPÕE AO PODER PÚBLICO, NOTADAMENTE AO MUNICÍPIO (CF, ART. 211, § 2º) - RECURSO IMPROVIDO.

[…]- Embora resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e

Executivo, a prerrogativa de formular e executar políticas públicas, revela-se possível, no entanto, ao Poder Judiciário, determinar, ainda que em bases excepcionais, especialmente nas hipóteses de políticas públicas definidas pela própria Constituição, sejam estas implementadas pelos órgãos estatais inadimplentes, cuja omissão - por importar em descumprimento dos encargos político-jurídicos que sobre eles incidem em caráter mandatório - mostra-se apta a comprometer a eficácia e a integridade de direitos sociais e culturais impregnados de estatura constitucional. A questão pertinente à "reserva do possível". Doutrina.” (Segunda Turma, RE 410.715-AgR, Rel. Min. Celso de Mello)

Outros precedentes no mesmo sentido podem ser encontrados quanto aos direitos fundamentais à segurança (RE 628.159-AgR, Rel.ª Min.ª Rosa Weber; RE 367.432-AgR, Rel. Min. Eros Grau; e AI 734.487-AgR, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie), à saúde (ARE 740.800-AgR, Rel.ª Min.ª Carmén Lúcia; RE 581.352-AgR, Rel. Min. Celso de Mello; RE 642.536-AgR, Rel. Min. Luiz Fux), ao meio ambiente equilibrado (RE 658.171-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli; RE 563.144-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes), à assistência jurídica gratuita aos necessitados (AI 739.151, Rel.ª Min.ª Rosa Weber; AI 598.212-ED e RE 763.667-AgR, ambos Rel. Min. Celso de Mello), entre outros.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.455 (852)ORIGEM : PROC - 51449793520128090062 - TJGO - 1ª TURMA

RECURSAL DA 1ª REGIÃO - GOIÂNIAPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : KATANA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : ERICH RODRIGO NOGUEIRARECDO.(A/S) : MOEMA DOS SANTOSADV.(A/S) : ÁTILA HORBYLON DO PRADO E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSUMIDOR.

VÍCIO DO PRODUTO. GARANTIA CONTRATUAL. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Juizado Especial Cível de Goiânia:

“RECURSO CÍVEL. CODECON. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DEFEITO DO PRODUTO. DEMORA NA REPOSIÇÃO DE PEÇA DO VEÍCULO NOVO. FALA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA MONOCRÁTICA” (fl. 290).

Os embargos declaratórios opostos foram rejeitados.2. Na decisão agravada, foram adotadas como fundamentos para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas ns. 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal.

3. A Agravante argumenta que, “para verificação da ilegalidade ou não da responsabilização imposta em primeira instância e mantida pela Turma Julgadora, não é preciso a análise de qualquer prova ou mesmo o incursionamento na matéria fática. Para se chegar a conclusão, basta tão

somente se verificar se existe ou não alguma norma legal, especialmente o art. 32 do Código de Defesa do Consumidor, impondo a obrigação do fornecimento de peças de reposição à agravante” (fl. 388).

4. No recurso extraordinário, alega-se ter a Turma Recursal contrariado o art. 5º, inc. II, da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão pela qual não se admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante.7.A apreciação da controvérsia sobre a existência de dano moral e

material demandaria o reexame do acervo fático-probatório constante do processo, o que não pode ser adotado validamente em recurso extraordinário, nos termos da Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal Federal.

Ademais, a alegada contrariedade ao art. 5º, inc. II, da Constituição da República esbarra no óbice da Súmula n. 636 do Supremo Tribunal Federal, pela qual se tem não caber “recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”:

“Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa ao pagamento de horas in itinere decidida pelo acórdão recorrido à luz da legislação infraconstitucional: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636; inocorrência de negativa de prestação jurisdicional ou violação dos princípios constitucionais apontados no recurso extraordinário” (AI 233.548-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 18.3.2005).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANOS MORAIS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DAS PROVAS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 776.516-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.12.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 5º, II, XXXV E LIV, DA CF/88. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279/STF. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.092-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 19.5.2006).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.466 (853)ORIGEM : AI - 3103991 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E

PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

RECDO.(A/S) : MARIA DO CARMO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ OMAR DE MELO JÚNIOR

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Veja-se o seguinte trecho do acórdão recorrido (fls. 177 e verso):

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO DE AGRAVO. MILITAR. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO TERMINATIVA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. NÃO PROVIMENTO DO AGRAVO. […]

-Também não deve prevalecer a tese do apelado de que a extensão da referida gratificação aos inativos dependeria, necessariamente, de declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos da Lei Complementar Estadual nº 59/2004, sob pena de ofensa à cláusula de reserva

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 184

de plenário (art. 97 da CF), assim como da Súmula Vinculante nº10.-É bem verdade que existe decisão monocrática proferida pela Min.

Cármem Lúcia no bojo do ARE 678.627/PE, proferida em 07 de maio de 2012, que reconheceu ofensa ao art. 97 da CF em julgado da 8ª Câmara Cível desta Corte de Justiça que reconheceu o caráter geral da Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo sem declarar expressamente a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Complementar Estadual nº 59/2004.

-Todavia, em sessão realizada em 28 de agosto de 2012, posterior àquela decisão monocrática, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, composta, inclusive, pela Min. Cármem Lúcia, proferiu julgamento unânime no sentido de que o caráter geral da Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, interpretação conferida por este eg. TJPE à parcela prevista na Lei Complementar Estadual nº 59/2004, não implica violação à cláusula de reserva de plenário ou à Súmula Vinculante nº10, como se vê dos seguintes trechos do aresto:

"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIO NAL E ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. CARÁTER GERAL. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS. ANÁLISE DA NATUREZA JUR ÍDICA DA VERBA. IMPOSSIBILIDADE. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AUMEN TO DE REMUNERAÇÃO. LEI ESPECÍFICA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. OFENSA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REG IMENTAL DESPROVIDO. (...)5. A ofensa a direito local não viabiliza o apelo extremo (Súmula 280 do ST F). 6. O princípio da reserva de plenário resta indene nas hipóteses em que não há declaração de inconstitucionalidade por órgão fracionário do Tribunal de origem, mas apenas a interpretação e a conclusão de que a lei invocada não é aplicável ao caso em apreço. Precedentes: ARE 676.661-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 15/05/2012; e RE 612.800-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 05/12/2011. (…)

8. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE-AgR 686995, LUIZ FUX, STF.)"

-Assim, não se pode afirmar que a tese aqui propugnada implicaria violação à cláusula de reserva de plenário e à Súmula Vinculante nº10, razão pela qual a jurisprudência pacífica deste eg. TJPE deve ser mantida.

- Por unanimidade, negou-se provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator, mantendo-se a decisão terminativa concedida no bojo da apelação nº0310399-1.”

Opostos embargos declaratórios, o Tribunal de origem modificou o acórdão recorrido apenas para suprir omissão quanto à suposta violação ao art. 37, X, da Constituição, nos seguintes termos: “A inserção da Gratificação de Policiamento Ostensivo nos proventos dos inativos não se trata de aumento de remuneração, mas sim, de atender à regra constitucional de paridade remuneratória entre ativos, inativos e pensionistas. Deste modo, não há ofensa ao princípio da legalidade estrita (art. 37, X, da Constituição Federal), visto que o mesmo não se aplica ao caso em análise” (fls. 203).

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 37, X; 40, §§ 7º e 8º; e 97 da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) a parte não fundamentou de maneira satisfatória a existência de repercussão geral da matéria; (ii) incide, na hipótese, a Súmula 280/STF; e (iii) o acórdão está alinhado à jurisprudência desta Corte.

O recurso não deve ser provido. Quanto à alegada violação ao art. 97 da Constituição, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não se deve confundir interpretação de normas legais com a declaração de inconstitucionalidade dependente da observância da cláusula de reserva de plenário. Nessa linha, veja-se o ARE 723.052, julgado sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio, assim ementado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO RESERVA DE PLENÁRIO. Descabe confundir reserva de Plenário– artigo 97 da Constituição Federal – com interpretação de normas legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.”

No caso, o Tribunal de origem apenas realizou interpretação sistemática com o intuito de alcançar o verdadeiro sentido da norma, sem que houvesse qualquer declaração de sua incompatibilidade com a Constituição Federal. Assim, não há que falar em ofensa ao art. 97 da Constituição.

Ademais, o acórdão impugnado assentou que a Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo possui caráter geral, de modo que deve ser estendida aos inativos e pensionistas. Dissentir da conclusão do Tribunal de origem acerca da natureza da referida vantagem exigiria o reexame da legislação local pertinente, bem como uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Nesse sentido, vejam-se os seguintes julgados:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. MILITAR. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. CARÁTER GERAL. EXTENSÃO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS.

INTERPRETAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 59/2004. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL TRAVADO NO TRIBUNAL DE ORIGEM. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 13.7.2010. A suposta ofensa aos postulados constitucionais somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Incide, na espécie, o óbice da Súmula 280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Agravo regimental conhecido e não provido.” (AI 836.453-AgR, Rel.ª Min.ª Rosa Weber, Primeira Turma)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. 1) Vantagem de caráter geral: extensão aos inativos. Precedentes. 2) Natureza da gratificação. Impossibilidade de análise de legislação local e de reexame das provas. Súmula ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 3) Agravo regimental ao qual se nega provimento”. (ARE 753.796-AgR, Rel.ª Min.ª Cármem Lúcia, Segunda Turma)

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.482 (854)ORIGEM : AI - 19425520116260000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : K I I LTDAADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado:

REPRESENTAÇÃO. DOAÇÃO ELEITORAL. EXAME DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL NA CORTE DE ORIGEM. INCURSÃO NO MÉRITO. POSSIBILIDADE. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTA CORTE SUPERIOR. NÃO CONFIGURADA. PRECEDENTES. SUPOSTA IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO DE PROVA EMPRESTADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NÃO COMPROVAÇÃO DA FORMAÇÃO DE GRUPO ECONÔMICO. RECURSO QUE DEIXA DE IMPUGNAR FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRECEDENTES. INVERSÃO DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E 7 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DA DIVERGÊNCIA. FUNDAMENTO DO ACÓRDÃO RECORRIDO NÃO INFIRMADO NAS RAZÕES DO APELO NOBRE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. CONFIGURADA. ART. 3º DA RESOLUÇÃO-TSE Nº 23.193/2009. PRAZO DECADENCIAL PARA A PROPOSITURA DA REPRESENTAÇÃO. CONSIDERAÇÃO DA DATA DO AJUIZAMENTO PERANTE JUÍZO INCOMPETENTE. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. INEXISTÊNCIA DE NOVAS PROVAS. AUSÊNCIA DE ABERTURA DE PRAZO PARA ALEGAÇÕES FINAIS. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. QUEBRA DE SIGILO FISCAL DO DOADOR. EXISTÊNCIA DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. LICITUDE DA PROVA. EVIDENCIADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

1. Não subsiste a alegada usurpação da competência, pois é possível o Tribunal a quo, em juízo de admissibilidade, apreciar o mérito do recurso especial eleitoral.

2. A suposta impossibilidade de aproveitamento de prova emprestada não foi analisada pelo Tribunal a quo nem foi objeto de embargos declaratórios, atraindo a incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

3. A propósito da existência de grupo econômico, não foram infirmados os fundamentos da decisão agravada, atraindo a aplicação dos enunciados 182 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça.

4. O Tribunal de origem, soberano na análise das circunstâncias fáticas da causa, concluiu que não ficou comprovada nos autos a existência do grupo econômico, de forma a albergar a tese segundo a qual deveria ser considerado o faturamento bruto daquele conglomerado empresarial - e não da pessoa jurídica isoladamente ¿ para fixar o limite de doação a campanha eleitoral, o que atrai o óbice das Súmulas 279/STF e 7/STJ.

5. Não cabe o recurso especial eleitoral, mesmo com base na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 185

alegação de dissídio pretoriano, quando a decisão objurgada estiver calcada no revolvimento do conjunto fático-probatório constante dos autos.

6. Não foi infirmado o fundamento do aresto objurgado segundo o qual também não é possível levar em consideração a suposta existência de grupo econômico porque este não possui personalidade jurídica, mas o § 1º do art. 81 da Lei nº9.504/97 impõe expressamente que o limite das doações seja calculado tendo por base o faturamento bruto das pessoas jurídicas. Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

7. A legitimidade do Ministério Público Eleitoral para ajuizar representação prevista na Lei das Eleições, especificamente para o pleito de 2010, decorre diretamente do comando normativo contido no art. 3º da Res.-TSE nº23.193/2009.

8. Em se tratando de prazo decadencial, a contagem deve considerar a data em que originalmente foi ajuizada a ação, ainda que tenha ocorrido em juízo incompetente. Precedentes.

9. Não havendo pedido para apresentação de outras provas que justificassem nova manifestação da parte, embora essa tenha sido intimada a tanto, não se verifica prejuízo decorrente da ausência de abertura de prazo para alegações finais.

10. A prova carreada aos autos, oriunda da quebra do sigilo fiscal, deve ser considerada lícita, porquanto foi colhida após a devida autorização judicial.

11. Agravo regimental desprovido.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente suscita a violação direta aos arts. 1º, III, 5º, X, XXXV, XXXVII, LIII, LIV, LV e § 2º, 127, § 1º, 128, § 5º, I, 129, §§ 2º e 3º, e 145, § 1º, todos da Carta.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) ausência de prequestionamento; (ii) ofensa reflexa; (iii) reexame de fatos e provas.

Os argumentos do recorrente são basicamente três: desrespeito ao princípio do promotor natural, ilicitude da prova e ausência de fundamentação das decisões. Registro, de início, que a pretensão não merece acolhida. Com razão a decisão agravada ao apontar a inadmissibilidade do extraordinário.

A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do AgR-REspe nº 682-68/DF, assentou a legitimidade ativa da Procuradoria Regional Eleitoral em hipótese idêntica a dos autos prestigiando o fato de o Tribunal Regional Eleitoral ser o órgão competente para o julgamento da representação na data em que ajuizada (art. 96, inciso II, da Lei nº 9504/97). Verifico, portanto, que a representação foi proposta pelo órgão dotado de atribuição no momento da prática do ato. A alteração posterior da jurisprudência não poderia gerar efeitos retroativos para alcançar situações pretéritas perfeitamente adequadas às disposições normativas em vigor ao tempo da sua realização. Ademais, trata-se de interpretação lançada sobre normas legais e infralegais (Lei nº 9504/97 e Resolução nº 23.193/2010)

No tocante à quebra de sigilo, verifico que o acolhimento da pretensão demandaria reconhecer a ilicitude da prova. Ocorre que as instâncias ordinárias assentaram que a prova carreada aos autos foi devidamente autorizada pela autoridade judicial competente. Desta forma, verifico que o êxito do recurso encontra óbice na vedação constante da Súmula nº 279/STF. Neste sentido, destaco os precedentes a seguir:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ELEITORAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. INELEGIBILIDADE DE CANDIDATO. AUSÊNCIA DE CONTROVÉRSIA SOB A ÓTICA CONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. PRECEDENTES. Hipótese em que para dissentir do entendimento do Tribunal de origem seria necessário nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, bem como o reexame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso. Incidência da Súmula 279/STF. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 769.835-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso)

“Embargos de declaração em recurso extraordinário com agravo. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Discussão acerca do regular preenchimento de pressupostos e requisitos processuais de recurso especial eleitoral, ao qual o TSE negou seguimento (por força da Súmula 284/STF). Ausência de repercussão geral. Matéria infraconstitucional. RE-RG 598.365. 4. Discussão acerca da inexistência de irregularidades de doação de recursos eleitorais, com base no art. 23 da Lei 9.504/97. 5. Necessidade de prévia análise e interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Impossibilidade. Ofensa reflexa. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 766.359 ED, Rel. Min. Gilmar Mendes)

No tocante à alegação de violação ao princípio do devido processo legal e com relação ao dever constitucional de fundamentar as decisões judiciais, ressalto que a jurisprudência tem se orientado no sentido de que tais controvérsias não encontram ressonância constitucional. Neste sentido, destaco o ARE 808070, Rel. Min. Ricardo Lewandowski:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. SUSCITADA VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA LEI MAIOR. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. PRAZO PRESCRICIONAL. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. AGRAVO A QUE SE NEGA

PROVIMENTO. I – Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. II – A exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador indique de forma clara as razões de seu convencimento. III – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. IV – Agravo regimental a que se nega provimento.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 03 de novembro de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.538 (855)ORIGEM : PROC - 201203990228654 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NATALINA DE JESUS GARCIA JOAQUIMADV.(A/S) : BENEDITO MACHADO FERREIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 567.985, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ acórdão Min. GILMAR MENDES, DJe de 3/10/2013, Tema 27, sob o regime do art. 543-B do CPC (repercussão geral), consolidou entendimento em relação à matéria discutida no presente recurso extraordinário. Esse acórdão ficou assim ementado:

Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição.

A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu os critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo seja concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

2. Art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232.

Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que “considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo”.

O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente.

Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS.

3. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei 8.742/1993.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda familiar per capita estabelecido pela LOAS.

Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de se contornar o critério objetivo e único estipulado pela LOAS e de se avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes.

Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais elásticos para a concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a Municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas.

O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores posicionamentos acerca da intransponibilidade do critérios objetivos.

Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 186

parte do Estado brasileiro). 4. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de

nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art.

543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos.

Assim, por estar em consonância com o entendimento jurisprudencial acima demonstrado, o acórdão recorrido não merece reparos.

3. Por fim, quanto à alegada ofensa ao art. 97 da CF/88, é desnecessário o cumprimento da formalidade da reserva de plenário ante a existência de pronunciamento do Tribunal Pleno do STF (RE 567.985, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ acórdão Min. GILMAR MENDES, DJe de 3/10/2013) sobre a específica questão constitucional. Aplicável ao caso o disposto no art. 481, parágrafo único, do CPC. Nesse sentido:

AGRAVO REGIMENTAL. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RESERVA DE PLENÁRIO. DESNECESSIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. DESPROPORCIONALIDADE. GRAVIDADE OU POTENCIAL OFENSIVO DO ATO PUNIDO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. Como o acórdão recorrido está em conformidade com os precedentes da Corte sobre a matéria de fundo (desproporcionalidade de multa tributária), é inexigível a submissão da controvérsia ao Plenário (art. 481, par. ún., do CPC). Agravo regimental ao qual se nega provimento. (RE 594.515 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 22/5/2012)

4. Diante do exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.548 (856)ORIGEM : PROC - 200870500156543 - TRF4 - PR - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ANTÔNIO FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo interposto contra decisão que, aplicando a sistemática da repercussão geral (CPC, art. 543-B, § 2º), inadmitiu o recurso extraordinário.

2. O Plenário desta Corte firmou o entendimento de que não cabe recurso ou reclamação ao Supremo Tribunal Federal para rever decisão do Juízo de origem que aplica a sistemática da repercussão geral, a menos que haja negativa motivada do juiz em se retratar para seguir a decisão da Suprema Corte (AI 760.358 QO, Rel. Min. GILMAR MENDES; Rcl 7.569 e Rcl 7.547, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 11.12.2009; AI 783.839 ED, Rel. Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, DJe 1/2/2011; ARE 682.753 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 1/8/2012).

3. Diante do exposto, não conheço do agravo e determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, a fim de que lá seja apreciado como agravo interno.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.552 (857)ORIGEM : PROC - 07320090025666 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTO S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO BRAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSINALDO GOMES DA SILVAADV.(A/S) : AMÉRICO GOMES DE ALMEIDA

Decisão: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 33 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 592.377, Rel. Min. Marco Aurélio. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.

Brasília, 4 de novembro de 2014. Ministro Gilmar Mendes

Relator Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.555 (858)ORIGEM : AC - 09662473 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : OI S/AADV.(A/S) : ROBERTA CARVALHO DE ROSIS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : TEREZA DE OLIVEIRA VICENTEADV.(A/S) : JOSÉ ARI MATOS

DECISÃO: Verifico que, quando do julgamento do Resp n. 1.467.205/PR, o Superior Tribunal de Justiça extinguiu a ação cautelar de exibição de documentos sem resolução do mérito (eDOC 3, p. 17).

Nesses termos, julgo prejudicado o presente recurso por perda superveniente do objeto, nos termos do art. 21, IX, do RI/STF.

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.585 (859)ORIGEM : AC - 201203990291133 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROSEMEIRE CRISTINA GONÇALVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JEFFERSON CÉSAR DE OLIVEIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

AUXÍLIO-RECLUSÃO. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO: IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Décima Turma do Tribunal Regional Federal da Terceira Região decidiu:

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. REQUISITOS. COMPROVAÇÃO.

I - A concessão do benefício auxílio-reclusão deve observar os requisitos previstos na legislação vigente ao tempo do recolhimento à prisão, porquanto devem ser seguidas as regras da pensão por morte, consoante os termos do artigo 80 da Lei 8.213/91.

II- Agravo retido não conhecido. A apelação do INSS parcialmente provida” (grifos nossos).

Os embargos declaratórios opostos foram rejeitados.3. Na decisão agravada foram adotadas como fundamentos para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição e a incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante argumenta que,“não obstante não restar demonstrado o preenchimento do quesito

baixa renda, o INSS foi condenado no pagamento do benefício vindicado.(...) em face do teor da decisão recorrida, há a necessidade de

discussão acerca dos requisitos impostos à concessão do benefício de auxílio-reclusão, pelo artigo 13 da Emenda Constitucional 20/98: sobretudo o conceito de segurado de baixa renda.

Ademais, o v. aresto atacado, ao deferir o benefício de auxílio-reclusão, mesmo restando incontroverso nos autos que o último salário-de-contribuição integral pago ao recluso superava em muito o limite fixado no artigo 116 do Decreto n. 3.048/99, acabou por violar o preceituado no artigo 13 da Emenda Constitucional 20/98; assim como os artigos 195, § 5º, e 201, inc. IV, da Constituição Federal”.

No recurso extraordinário, alega-se ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 97, 194, inc. III, 195, § 5º, e 201, inc. IV, da Constituição da República e 13 da Emenda Constitucional n. 20/1998.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos desse recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 187

Sendo este o caso, analisam-se os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. A apreciação do pleito recursal dependeria do reexame de provas,

procedimento inviável em recurso extraordinário, nos termos da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Novo exame do julgado impugnado exigiria, ainda, a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Lei n. 8.213/91 e Decreto n. 3.048/1999). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Auxílio-reclusão. Prequestionamento. Ausência. Preenchimento dos requisitos para percepção do benefício. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. (...). 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (ARE 791.166-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7.5.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 782.536-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010, grifos nossos).

7. Quanto à alegada contrariedade ao art. 97 da Constituição da República, de se realçar não ter o Tribunal de origem declarado inconstitucional ou afastado, por julgar inconstitucional, a Lei n. 8.213/1991. Apenas interpretou-a sistematicamente, baseando-se na jurisprudência:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. LEI N. 8.213/1991. RESTITUIÇÃO DE VALORES CONCEDIDOS POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. 1. Reserva de plenário. Ausência de contrariedade ao art. 97 da constituição da República. Inexistência de declaração de inconstitucionalidade de lei federal. Precedentes. 2. Inexistência de repercussão geral. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 736.891-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 13.6.2013, grifos nossos).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, pelo que nada há a prover quanto às alegações do Agravante.

8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.588 (860)ORIGEM : PROC - 50081107420124047002 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARCOS ANTONIO DIASADV.(A/S) : EVANGELISTA DA SILVA SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão que manteve a sentença para reconhecer e averbar o período de 6.3.1997 a 14.7.2011, como atividade exercida sob condições especiais. (eDOC 83)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, sustenta-se violação dos artigos 5º, XXXVI, LIV e LV; 195, § 5º; e 201, § 1º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, argumenta-se ofensa aos princípios do equilíbrio atuarial e financeiro e da prévia fonte de custeio.

Alega-se a ausência de previsão legal e regulamentar acerca do reconhecimento do tempo de serviço especial, pela exposição à eletricidade para período posterior a 5 de março de 1997.

É o relatório.Decido. O recurso não merece prosperar. No caso, verifico que divergir do entendimento adotado pelo acórdão

recorrido demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, providência vedada na via extraordinária, em face do óbice previsto no Enunciado 279 da Súmula do STF.

Ressalte-se ainda que, ao reconhecer a atividade exercida pelo autor como tempo de serviço especial, o Tribunal a quo interpretou legislação infraconstitucional (Lei 8.213/91 e o Decreto 2.172/1997, entre outros). Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo tribunal de origem restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente

recurso. Confira-se, a propósito, o seguinte julgado:“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA.

ELETRICITÁRIOS. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem assentado que a discussão sobre a base de cálculo do adicional de periculosidade dos eletricitários é de natureza infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI 722.293-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 19.12.2008)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.606 (861)ORIGEM : AC - 3257875900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : COOPCRED - COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS

FORNECEDORES DE CANA E AGROPECUARISTAS DA REGIÃO OESTE PAULISTA

ADV.(A/S) : MARCOS HENRIQUE SARTIRECDO.(A/S) : DESTILARIA PIONEIROS S/AADV.(A/S) : LEONILDO MIALICHI CARÓSIO E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, caput, II e XXXV, 93, IX, 149 e 192 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09).

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08).

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03).

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido: ARE 719.778, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 05.6.2013 e ARE 736.858, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 06.8.2013, com a seguinte decisão:

“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

‘TAXA - Instituição pelo Decreto lei 3.855/41 e art. 64 da Lei 4.870/65 - Legitimidade ativa para cobrança - Após a extinção do IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), pertence à União, nos termos do art. 23 da Lei n. 8.029/90 - Extinção do processo, sem resolução do mérito nos termos do art. 267, IV do CPC - Ilegitimidade ativa’ ( fl. 587 do e-STJ ).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 188: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 188

No RE, fundado no art. 102, III, ‘a’, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, XXXV, 93, IX, 149 e 192, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Além disso, ainda que afastado esse óbice, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto-Lei 3.855/41, Lei 4.870/65 e Lei 8.029/90). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquelas normas pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: ARE 719.778/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, e AI 746.730/SP, Rel. Min. Eros Grau.

Por fim, com a negativa de seguimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (ARE 269.641/SP, com trânsito em julgado certificado à fl. 725 do e-STJ), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido, o que atrai a incidência da Súmula 283 do STF. Nesse sentido: AI 785.229/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 588.235-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 627.964-AgR/RS e RE 594.910/MT, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput ).”Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante

também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.682 (862)ORIGEM : PROC - 00100560920054036302 - TRF3 - SP - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARIA DA SILVA BIAGGIADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE PASTORI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário ao argumento de que a parte recorrente deixou de indicar qual dispositivo constitucional foi violado pelo acórdão recorrido, incidindo o óbice da Súmula 284/STF.

No agravo, a parte agravante sustenta que a matéria objeto do recurso foi prequestionada. No mais, reitera os argumentos do apelo.

2. Como se vê, o recorrente não impugnou especificamente o fundamento suficiente para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.690 (863)ORIGEM : PROC - 50101836720134047201 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JULIA DA SILVA VIEIRAADV.(A/S) : CLAUDIO JOSÉ DE CAMPOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário sob o argumento de que a ofensa à Constituição ocorreria apenas de maneira reflexa.

No agravo em recurso extraordinário, a agravante alega que a matéria objeto do recurso possui repercussão geral. No mais, reitera as razões de mérito do recurso extraordinário.

2. Como se vê, as razões do agravo não impugnaram especificamente o único fundamento suficiente para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso

extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.734 (864)ORIGEM : PROC - 200661140016548 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : HENRIQUE CHAIN COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRASMETAL WAELZHOLZ S/A INDÚSTRIA E

COMÉRCIOADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, a parte recorrente não demonstrou adequadamente as razões pelas quais entende violado, pelo acórdão recorrido, o art. 34, § 12º, do ADCT. Na verdade, limitou-se a manifestar, genericamente, sua irresignação contra o julgado, o que caracteriza a deficiência na fundamentação do apelo extremo. Incabível o extraordinário, nos termos da Súmula 284 deste Tribunal: é inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia. Não atacados suficientemente os fundamentos da decisão agravada, torna-se inviável o recurso.

4. Por fim, o objeto deste recurso, com relação aos critérios de correção monetária para a devolução de empréstimo compulsório de energia elétrica, diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do AI 735.933-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 319), por se tratar de questão infraconstitucional. Registre-se que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

Adite-se que o Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento de que os demais aspectos relativos à forma de devolução dos valores cobrados a título de empréstimo compulsório são de natureza infraconstitucional, de maneira que eventual ofensa à Constituição, se houvesse, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa. Nesse sentido: AI 591.381-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 6/3/2009; e AI 618.070-AgR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, DJ de 2/3/2007.

5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.755 (865)ORIGEM : PROC - 0770120110029705 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 36ª CJ - ARAÇATUBAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TRINITY NOGUEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALDIR NASCIMBENE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

Page 189: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2014/11/06  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 219/2014 Divulgação: quinta-feira,

STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 189

RECDO.(A/S) : SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT

ADV.(A/S) : CELSO FARIA DE MONTEIRO E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão do recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado da Turma Recursal de Araçatuba:

“Quanto a forma de atualização da dívida e consectários razão assiste à recorrente porquanto há excesso de execução.

O valor da condenação de R$ 13.500,00, trazido ao padrão monetário da época do fato (maio de 1992), importa em Cr$ 7.017.657,11, o qual, atualizado até abril de 2013, sempre utilizando a tabela prática do TJSP, resulta em R$ 13.777,27.

Os juros de mora devem ser contados por quinze meses resultando no valor de R$ 2.066,58.

A multa de 1% fixada pelo reconhecimento do caráte5r protelatório dos embargos de declaração é de R$ 152,93 e o valor da indenização de 20%, também fixados pelo mesmo motivo, é de R$ 3.058,71, ambos calculados sobre o valor da causa.

Por fim, o valor total, atualizado até maio de 2013 é de R$ 21.457,06.Note-se que, a rigor, sobre esse valor incidiria a multa de 10%

prevista pelo art. 475-J do Código de Processo Civil, a qual, inexplicavelmente, não foi incluída no cálculo, nem há requerimento do credor nesse sentido.

Houve o levantamento de R$ 21.796,03 por parte dos credores (fls. 211), de modo que a obrigação foi satisfeita, resguardado o direito da recorrente de cobrar o valor da diferença.

Ante o exposto, dá-se provimento ao recurso, declarando-se extinta a execução, na forma do art. 794, inciso I, do Código de Processo Civil”.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os fundamentos de

ausência de repercussão geral e de ofensa constitucional direta.3. Os Agravantes alegam ser “evidente que houve equívoco no

julgamento do Tribunal, pois se vigorar aquele valor, a condenação diminuiu, o que não pode acontecer em virtude de o valor R$ 13.500,00 ter transitado em julgado e a correção monetária só tende a aumentar, nunca a diminuir (…) Assim, é evidente que o presente agravo tem questões relevantes e de interesse público, devendo, portanto, se apreciado, sob pena de causar enorme prejuízo aos agravantes, pessoas pobres e humildes”.

No recurso extraordinário, alegam ter o Tribunal de origem contrariado o art. 5º, inc. LV, da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.5. O Supremo Tribunal Federal assentou que as alegações de

contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), poderiam configurar, se fosse o caso, ofensa constitucional indireta:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Alegada afronta aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Necessidade de análise de matéria infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 860.409-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.4.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ASTREINTES. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE Nº 748.371. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA. 1. A multa diária aplicada em face do descumprimento de decisão judicial, quando sub judice a controvérsia, implica em análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que inviabiliza o conhecimento do apelo extremo. Precedentes: ARE 691.369-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 28/5/2013 e ARE 759.021-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 1º/10/2013. 2. Os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e dos limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica

infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do ARE nº 748.371, da Relatoria do Min. Gilmar Mendes. 3. A prestação jurisdicional resta configurada com a prolação de decisão devidamente fundamentada, embora contrária aos interesses da parte. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 4/6/2013. 4. A decisão judicial tem que ser fundamentada (art. 93, IX), ainda que sucintamente, sendo prescindível que a mesma se funde na tese suscitada pela parte. Precedente: AI-QO-RG 791.292, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010. 5. In casu, o acórdão recorrido manteve a decisão que determinou o pagamento de multa diária em caso de descumprimento de decisão judicial. 6. Agravo regimental DESPROVIDO” (ARE 769.188-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 25.2.2014, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.6. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

al. a, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.762 (866)ORIGEM : PROC - 00056181920138260438 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : RODRIGO GABRIEL HERADÃOADV.(A/S) : VANESSA LOPES DE SOUZA

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 632.853.

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem. Publique-se.Brasília, 31 de outubro de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.810 (867)ORIGEM : AC - 10024121659460001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE MINAS GERAIS DER/MGADV.(A/S) : LUIS GUSTAVO LEMOS LINHARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUCIMAR FERNANDES DA SILVARECDO.(A/S) : AROLDO DE CAMPOS CARVALHORECDO.(A/S) : JOSE PEREIRA DA SILVARECDO.(A/S) : ROBSON BARBOSA DA SILVARECDO.(A/S) : IRINEU GOMES FERREIRARECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DA COSTA XAVIER REIS MARTINSADV.(A/S) : RACLY ARAÚJO ANDRADE

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 190

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Quanto à alegada violação aos artigos 5º, XXXV, LIV, LV, e 93, IX, da CF/88, no julgamento do AI 791.292 QO-RG/PE (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 339), cuja repercussão geral foi reconhecida, e já julgado no mérito, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a Constituição da República exige acórdão ou decisão fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas. A fundamentação do acórdão recorrido se ajusta às diretrizes desse precedente.

4. Ademais, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais. Nesse sentido: ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660, Plenário, DJe de 1º/8/2013; AI 796.905AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21/5/2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/3/2012; e ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19/8/2011.

5. Por fim, o acolhimento do recurso dependeria da análise da legislação local pertinente (Decreto Estadual 44.035/2005 e Lei Estadual 19.445/2011), o que é vedado em recurso extraordinário pelo óbice da Súmula 280/STF: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.

6 . Diante do exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Intime-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.812 (868)ORIGEM : PROC - 05100199520134058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ADEMIR JOSE DE MELOADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca da violação das matérias de que tratam as normas insertas nos artigos 2º, 97, 150, § 6º, e 153, III, § 2º, I, da Carta Magna, tampouco as questões foram suscitadas no momento oportuno, em sede dos embargos de declaração, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, o recurso extraordinário não pode ser conhecido, incidindo o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF.

4. Ainda que superados esses óbices, a Turma Recursal decidiu a controvérsia tão somente a partir da legislação infraconstitucional pertinente, de modo que eventual ofensa à Constituição, se existente, seria meramente indireta ou reflexa.

5. Por fim, quanto à alínea “b” do inciso III do art. 102 da Constituição, a interposição do apelo extremo sob esse fundamento só é cabível quando o acórdão recorrido declara a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, o

que não ocorreu no presente caso. 6. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.875 (869)ORIGEM : AC - 00161491820064039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOSE FRANCISCO ANTONIO DOS SANTOSADV.(A/S) : DIRCEU SCARIOT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário sob o argumento de que não houve exaurimento da instância ordinária.

No agravo, a parte agravante aduz que (a) a matéria possui repercussão geral; (b) a ofensa à Constituição ocorreu de maneira direta. No mais, repisa os argumentos recursais.

2. Como se vê, as razões do agravo não impugnaram especificamente o único fundamento suficiente para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.920 (870)ORIGEM : PROC - 50111216220134047201 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARIA RIBEIRO DA SILVAADV.(A/S) : CLAUDIO JOSÉ DE CAMPOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário sob o argumento de que a ofensa à Constituição ocorreria apenas de maneira reflexa.

No agravo em recurso extraordinário, a agravante alega que a matéria objeto do recurso possui repercussão geral. No mais, reitera as razões de mérito do recurso extraordinário.

2. Como se vê, as razões do agravo não impugnaram especificamente o único fundamento suficiente para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.927 (871)ORIGEM : PROC - 00446631220094036301 - TRF3 - SP - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELVIRA EID FARHATADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 313 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 626.489, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 2.5.2012. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7170071

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 191

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.940 (872)ORIGEM : MS - 00298615920114039301 - TRF3 - SP - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais (ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660).

4. Por fim, o acolhimento do recurso dependeria da análise da legislação ordinária e do conjunto fático probatório dos autos, esbarrando no óbice da Súmula 279/STF. De fato, a matéria relativa aos requisitos do mandado de segurança teve sua repercussão geral negada por esta Corte na análise do AI 800.074 RG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 318. Veja-se a ementa:

Requisitos de admissibilidade. Mandado de segurança. Revisão. Recurso Extraordinário. Não cabimento. Matéria infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral.

5 . Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.947 (873)ORIGEM : MS - 00280913120114039301 - TRF3 - SP - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo

constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais (ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660).

4. Por fim, o acolhimento do recurso dependeria da análise da legislação ordinária e do conjunto fático probatório dos autos, esbarrando no óbice da Súmula 279/STF. De fato, a matéria relativa aos requisitos do mandado de segurança teve sua repercussão geral negada por esta Corte na análise do AI 800.074 RG, Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 318. Veja-se a ementa:

Requisitos de admissibilidade. Mandado de segurança. Revisão. Recurso Extraordinário. Não cabimento. Matéria infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral.

5 . Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 30 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.981 (874)ORIGEM : PROC - 201060060007295 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NILDA DE LIMA GONCALVESADV.(A/S) : SÉRGIO FABYANO BOGDAN E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 567.985, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ acórdão Min. GILMAR MENDES, DJe de 3/10/2013, Tema 27, sob o regime do art. 543-B do CPC (repercussão geral), consolidou entendimento em relação à matéria discutida no presente recurso extraordinário. Esse acórdão ficou assim ementado:

Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição.

A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu os critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo seja concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

2. Art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232.

Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que “considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo”.

O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente.

Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS.

3. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei 8.742/1993.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda familiar per capita estabelecido pela LOAS.

Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de se contornar o critério objetivo e único estipulado pela LOAS e de se avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes.

Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais elásticos para a concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei

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STF - DJe nº 219/2014 Divulgação: quinta-feira, 06 de novembro de 2014 Publicação: sexta-feira, 07 de novembro de 2014 192

10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a Municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas.

O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores posicionamentos acerca da intransponibilidade do critérios objetivos.

Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro).

4. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993.

5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art.

543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos.

Assim, por estar em consonância com o entendimento jurisprudencial acima demonstrado, o acórdão recorrido não merece reparos.

3. Por fim, quanto à alegada ofensa ao art. 97 da CF/88, é desnecessário o cumprimento da formalidade da reserva de plenário ante a existência de pronunciamento do Tribunal Pleno do STF (RE 567.985, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ acórdão Min. GILMAR MENDES, DJe de 3/10/2013) sobre a específica questão constitucional. Aplicável ao caso o disposto no art. 481, parágrafo único, do CPC. Nesse sentido:

AGRAVO REGIMENTAL. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RESERVA DE PLENÁRIO. DESNECESSIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. DESPROPORCIONALIDADE. GRAVIDADE OU POTENCIAL OFENSIVO DO ATO PUNIDO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. Como o acórdão recorrido está em conformidade com os precedentes da Corte sobre a matéria de fundo (desproporcionalidade de multa tributária), é inexigível a submissão da controvérsia ao Plenário (art. 481, par. ún., do CPC). Agravo regimental ao qual se nega provimento. (RE 594.515 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 22/5/2012)

4. Diante do exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 3 de novembro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.997 (875)ORIGEM : AC - 00034530720118080038 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CAIXA BENEFICENTE DOS MILITARES ESTADUAIS

DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOADV.(A/S) : FÁBIO DAHER BORGESRECDO.(A/S) : VALTO PINHEIROADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO TARDIN RODRIGUES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário por deficiência na fundamentação do recurso, o que atrai o óbice da Súmula 284/STF.

No agravo, a parte agravante sustenta, em síntese, que (a) a decisão agravada contrariou o instituto da preclusão, ao argumento de que a Corte de origem, em processo similar, admitiu recurso extraordinário sobre o mesmo tema, impossibilitando, assim, a rediscussão da matéria e a consequente negativa de seguimento deste apelo extremo; e (b) o objeto do recurso possui repercussão geral.

2. Como se vê, a parte agravante não impugnou especificamente o único fundamento suficiente para manter a decisão agravada, o que acarreta o não conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de outubro de 2014.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.107 (876)ORIGEM : PROC - 05182187720114058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SOST CRISTEN FELIX DE MEDEIROS

ADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 160 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 596.701, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 19.6.2009. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de novembro de 2014.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.117 (877)ORIGEM : ARE - 05101541020134058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EDINILSON MARQUES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV e 37, X, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005).

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA

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