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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO RELATÓRIO TEMÁTICO RELATÓRIO PESQUISAS INOVADORAS SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - INDÚSTRIA METALÚRGICA- JUNHO/08 A MAIO/09

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI)

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE)

PROGRAMA OSASCO DIGITAL

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO

RELATÓRIO TEMÁTICO

RELATÓRIO PESQUISAS INOVADORAS SOBRE O MERCADO DE

TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO

- INDÚSTRIA METALÚRGICA-

JUNHO/08 A MAIO/09

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EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA

DO MUNICÍPIO DE OSASCO

Prefeito: Emídio Pereira de Souza

Secretária:

Dulce Helena Cazzuni

Secretário Adjunto: Luis Mansur Szajubok

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EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE

Direção Técnica

Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento

José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Cláudia Fragozo dos Santos – Coordenadora Administrativa e Financeira

Equipe Responsável pelo Projeto

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber – Supervisor dos Observatórios do Trabalho

Alexandre Guerra - Técnico Marcos Aurélio Souza – Técnico Ronnie Aldrin Silva - Técnico

Equipe Executora

DIEESE

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 – Parque da Água Branca – São Paulo – SP – CEP 05001-900

Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394 E-mail: [email protected] http://www.dieese.org.br

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Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

5

INTRODUÇÃO

6

I - DESEMPENHO DO SETOR DA INDÚSTRIA METALÚRGICA – BRASIL, GRANDES REGIÕES,

REGIÃO METROPLITANA OESTE E OSASCO

9

II - MOVIMENTAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO EM OSASCO SEGUNDO

CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS

11

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APRESENTAÇÃO

A presente pesquisa tem por objetivo analisar a movimentação e o perfil do emprego formal no

setor da Indústria Metalúrgica no município de Osasco, nos doze meses entre junho de 2008 e maio

de 2009, em comparação com os doze meses imediatamente anteriores, isto é, de junho de 2007 a

maio de 2008.

Para este fim, foi necessário caracterizar as classes de atividades econômicas que compõe a

Indústria Metalúrgica em Osasco. Desse modo, foram adotadas duas ações. Em primeiro lugar,

realizou-se uma pesquisa na página eletrônica do sindicato dos metalúrgicos de Osasco e região,

com o objetivo de verificar quais atividades econômicas foram contempladas pelas convenções

coletivas da categoria.

Em seguida, confrontaram-se essas atividades com a Classificação Nacional de Atividades

Econômicas (CNAE), na qual se verificou que a Indústria Metalúrgica, no município de Osasco,

está descrita na seção da Indústria de Transformação da CNAE, em seis divisões: metalurgia;

fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos; fabricação de equipamentos de

informática, produtos eletrônicos e ópticos; fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos;

fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de veículos automotores, reboques e

carrocerias.

Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, registro

administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, é apresentado o perfil das vagas

movimentadas nos doze meses de junho a maio de 2008 a 2009. Primeiro destaca-se o panorama

geral da movimentação do mercado formal na Indústria Metalúrgica para o Brasil, grandes regiões

e unidades da federação, em seguida identificam-se os elementos relevantes da movimentação da

Indústria Metalúrgica no município de Osasco, segundo algumas características dos trabalhadores e

das vagas, como gênero, grau de instrução, idade e grupos ocupacionais, entre outras.

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INTRODUÇÃO

De acordo com os dados levantados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

(CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, no acumulado entre os meses de junho de

2008 a maio de 2009, a Indústria Metalúrgica apresentou, em todo o país, um saldo negativo de

140.532 empregos formais. Nos doze meses anteriores, de junho de 2007 a maio de 2008, este

saldo foi positivo em 184.906 postos.

Por grandes regiões, o maior saldo absoluto negativo concentrou-se na região Sudeste, com a perda

de 100.958 novas vagas. Com este resultado, o Sudeste respondeu por 71,8% do saldo negativo

total registrado na Indústria Metalúrgica nacional.

Na Região Metropolitana de São Paulo, ainda de acordo com os dados do CAGED, a Indústria

Metalúrgica apresentou um saldo negativo de 33.856 postos de trabalho entre junho de 2008 a maio

de 2009. A Região Metropolitana Oeste1, no mesmo período, registrou um saldo negativo de 4.458

vagas.

A Indústria Metalúrgica, no município de Osasco, também apresentou um saldo negativo de

empregos formais, com a eliminação de 1.365 vagas nos doze meses de junho a maio de 2008 a

2009. No acumulado de junho a maio de 2007 a 2008 o município registrou um saldo positivo de

1.134 postos.

Segundo a Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE, a atividade da Indústria

Metalúrgica compõe a seção da Indústria de Transformação. Analisando-se a relação entre ambas,

observa-se que a Indústria Metalúrgica, nos doze meses encerrados em maio de 2009, respondeu

por 56,6% do saldo negativo total gerado na Indústria de Transformação.

Nos meses de junho e maio de 2008 a 2009, observa-se, por divisão de atividade econômica, que

na Indústria Metalúrgica no município de Osasco, a fabricação de veículos automotores, reboques

e carrocerias e a metalurgia respondeu por 93,3% do saldo registrado nos doze meses em questão.

1 Região formada pelos municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana do Parnaíba, acrescido dos municípios de Embu, Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande devido a utilização da base de atuação do sindicato dos metalúrgicos de Osasco e Região.

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A análise da Indústria Metalúrgica, segundo famílias ocupacionais relacionadas na Classificação

Brasileira de Ocupações - CBO, revela que 10 famílias ocupacionais, dentre aquelas ligadas à

Indústria Metalúrgica, representaram 77,9% do saldo negativo do emprego gerado entre junho de

2008 a maio de 2009. Nos doze meses de junho de 2007 a maio de 2008, a soma do saldo dessas

10 famílias ocupacionais representou uma participação de 48,9% do saldo positivo total.

Segundo nível educacional, nos doze meses de junho de 2008 a maio de 2009, as eliminações de

postos de trabalho na Indústria Metalúrgica concentraram-se entre os trabalhadores com ensino

médio completo, que apresentaram um saldo negativo de 820 postos, o que significou 60,1% do

saldo negativo total do período. A seguir aparecem os trabalhadores com ensino fundamental

completo, com saldo negativo de 193 vagas, representando 14,1% do saldo negativo total.

O resultado negativo no saldo de postos de trabalho na Indústria Metalúrgica, registrado no

município de Osasco mostra que os trabalhadores mais jovens, na faixa etária até 17 anos, foram

os únicos a apresentar, no período, saldo positivo, de 39 novas vagas. Segundo gênero, os

trabalhadores do sexo masculino responderam por 93,6% do saldo negativo total gerado entre

junho a maio de 2008 a 2009.

Em relação ao tamanho dos estabelecimentos, observa-se que o movimento de eliminação de

postos de trabalhos na Indústria Metalúrgica, entre junho de 2008 a maio de 2009, foi

predominante entre os grandes estabelecimentos (1000 ou mais empregados), que respondeu por

60,4% do saldo negativo total gerado.

Quando se analisa o saldo da movimentação do mercado de trabalho de Osasco pela ótica da

renda, nota-se que as faixas salariais de 2,01 a 3,0 salários mínimos (SM) e de 3,01 a 4,0 SM

apresentaram o maior saldo negativo entre junho de 2008 a maio de 2009, respectivamente, -566 e

-354 postos. Nesse período, apenas os trabalhadores com menor rendimento, até 2,0 SM,

apresentaram saldos positivos.

A análise do rendimento mostra que o salário médio dos admitidos e desligados na Indústria

Metalúrgica, no acumulado entre junho de 2008 a maio de 2009, foi superior ao dos doze meses

anteriores. Nos doze meses de junho a maio de 2008 a 2009, o salário médio dos admitidos (R$

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831,02) e dos desligados (R$ 943,78) foi 4,4% e 4,8% maiores que o dos doze meses anteriores,

respectivamente.

Por fim, registra-se que o tempo de permanência no emprego dos trabalhadores na Indústria

Metalúrgica é relativamente curto. Entre junho de 2008 a maio de 2009, 39,5% dos desligados

permaneceram no emprego no período entre 1,0 a 11,9 meses.

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1. DESEMPENHO DA INDÚSTRIA METALÚRGICA – BRASIL, GRANDES REGIÕES,

REGIÃO METROPOLITANA OESTE E OSASCO

No Brasil, entre junho de 2008 e maio de 2009, de acordo com o CAGED, foram eliminadas

140.532 vagas na Indústria Metalúrgica. Nos doze meses anteriores, o saldo foi positivo, com a

criação de 184.906 postos. O resultado negativo registrado nos doze meses até maio de 2009 foi

puxado principalmente pela região Sudeste, com saldo negativo de 100.958 postos, ou 71,1% do

total. Observou-se saldo negativo na Indústria Metalúrgica em todas as regiões do país entre junho

de 2008 e maio de 2009 (Gráfico 1).

GRÁFICO 1

Saldo de empregos na Indústria Metalúrgica Brasil e Grandes Regiões, jun/07 a mai/08 – jun/8 a mai/09

-200.000

-150.000

-100.000

-50.000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

jun/07 a mai/08 4.631 5.966 115.808 53.842 4.659 184.906

jun/08 a mai/09 -12.506 -2.505 -100.958 -23.838 -725 -140.532

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Brasil

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

A Região Metropolitana de São Paulo apresentou um saldo negativo na Indústria Metalúrgica de

33.856 vagas nos doze meses de junho de 2008 a maio de 2009. Nos doze meses anteriores, esse

resultado foi positivo, quando a região apresentou um saldo de emprego formal de 64.913 novos

postos. Desagregando a Região Metropolitana de São Paulo para a Região Metropolitana Oeste -

RMO, na qual está inserido o município de Osasco, observa-se um saldo negativo da Indústria

Metalúrgica nos doze meses de junho a maio de 2008 e 2009 (-4.458 vagas). Nos doze meses

anteriores, o saldo foi positivo, gerando 4.083 novas vagas. O município de Osasco registrou, entre

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junho de 2008 e maio de 2009, a eliminação de 1.365 postos na Indústria Metalúrgica. Entre junho

de 2007 a maio de 2008, o saldo, nessa atividade em Osasco, foi positivo, da ordem de 1.134

postos (Tabela 1).

TABELA 1

Saldo de empregos na Indústria Metalúrgica Brasil, Sudeste, Estado de São Paulo, RMSP, RMO e Município de Osasco,

jun/07 a mai/08 – jun/08 a mai/09

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Brasil 184.906 -140.532

Sudeste 115.808 -100.958

São Paulo 84.332 -73.974

RM São Paulo 64.913 -33.856

Região Metropolitana Oeste(1)4.083 -4.458

Osasco 1.134 -1.365

Saldo de Movimentação em 12 mesesLocalidade

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

(1) Composta pelos municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana do Parnaíba. A esta lista foram acrescentados os municípios de Embu, Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande, por pertencerem à base de atuação do sindicato dos metalúrgicos de Osasco e Região.

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2. MOVIMENTAÇÃO DA INDÚSTRIA METALÚRGICA EM OSASCO SEGUNDO

CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS

Quanto à participação da Indústria Metalúrgica no total do saldo gerado na Indústria de

Transformação, observa-se que nos doze meses de junho de 2008 a abril de 2009, assim como no

acumulado dos doze meses imediatamente anteriores, a Indústria Metalúrgica é a principal

responsável pelo resultado do saldo obtido em ambos os períodos. Nos doze meses encerrados em

maio de 2009, a Indústria Metalúrgica respondeu por 56,6% do saldo negativo do período. Entre

junho e maio de 2007 a 2008, esta classe de atividade foi responsável por 59,4% do saldo positivo

(Gráfico 2).

GRÁFICO 2 Participação da Indústria Metalúrgica no Setor da Indústria de Transformação

Osasco, jun/07 a mai/08 e jun/08 a mai/09

100,0%

59,4%

100,0%

56,6%

-150,0%

-100,0%

-50,0%

0,0%

50,0%

100,0%

150,0%

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Indústria de Transformação Indústria Metalúrgica

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

A Indústria Metalúrgica apresentou um saldo negativo acumulado entre os meses de junho de

2008 a maio de 2009 de 1.365 vagas. A análise mês a mês do saldo mostra que, a partir de

novembro de 2008, período em que o impacto da crise internacional atingiu com maior

intensidade na economia brasileira, a Indústria Metalúrgica passou a apresentar resultados

fortemente negativos, quando comparados aos mesmos meses do ano anterior. Novembro de 2008

apresentou saldo negativo de 200 postos, contra um saldo positivo de 22 vagas geradas no mesmo

mês de 2007. Em dezembro de 2008, foi registrado um saldo negativo de 283 postos formais. No

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mesmo período de 2007, este saldo foi negativo em 47 postos. Em janeiro de 2009, pior mês da

série, observou-se um saldo negativo de 777 postos. Em igual mês do ano anterior, este saldo foi

positivo em 68 vagas. Acrescente-se que janeiro de 2009 respondeu por 56,9% do saldo negativo

total registrado no acumulado dos doze meses de junho de 2008 a maio de 2009 (Gráfico 3).

GRÁFICO 3 Saldo mensal e acumulado da movimentação do emprego na Indústria Metalúrgica

Osasco - jun/07 a mai/08 e jun/08 a mai/09

89 63 69 -7151 173

21 22

-200-47

-283

-777

192

-168

235

-46

108

-40

84

-105

-1.365

4

1.134

124 6839

-1500

-1000

-500

0

500

1000

1500

06/07

06/08

07/07

07/08

08/07

08/08

09/07

09/08

10/07

10/08

11/07

11/08

12/07

12/08

01/08

01/09

02/08

02/09

03/08

03/09

04/08

04/09

05/08

05/09

jun

/07 a mai/08

jun

/08 a mai/09

Saldo jun/07 a mai/08 Saldo jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

Em relação à divisão da Classificação de Atividades Econômicas, observa-se que duas atividades

econômicas da Indústria Metalúrgica, nos doze meses encerrados em maio de 2009, responderam

por 93,3% do saldo negativo do período: Fabricação de veículos automotores, reboques e

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carrocerias apresentou saldo negativo de 665 postos, 48,7% do total. Seguido da Metalurgia, com

a eliminação de 608 vagas, isto é, 44,5% do total (Tabela 2).

TABELA 2 Saldo de empregos na Indústria Metalúrgica, por divisão CNAE

Osasco, jun/08 a mai/09

Divisão CNAE Admitidos Desligados SaldoParticipação em

Rel. ao Saldo

Metalurgia 396 1.004 -608 44,5%

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos575 599 -24 1,8%

Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos107 126 -19 1,4%

Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; fabricação de

máquinas e equipamentos 322 323 -1 0,1%

Fabricação de máquinas e equipamentos 282 330 -48 3,5%

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias 559 1.224 -665 48,7%

Total 2.241 3.606 -1.365 100,0%

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

Em relação às famílias ocupacionais, 10 delas explicam 77,9% do saldo negativo total entre junho

de 2008 e maio de 2009, o que significa a eliminação de 1.064 vagas. Nos doze meses anteriores,

essas mesmas 10 famílias geraram um saldo positivo de 555 novas vagas, isto é, 48,9% do total.

Os Preparadores e operadores de máquinas apresentaram, entre junho de 2008 a maio de 2009, o

maior saldo negativo no período (-278 postos), correspondendo a 20,4% do saldo negativo total.

Nos doze meses anteriores, a contratação desses trabalhadores respondeu por 8,3% do saldo

positivo total. Os Operadores de equipamentos de acabamento de chapas e metais (-169 postos) e

Alimentadores de linha de produção (-122 postos) registraram o segundo e terceiro piores

resultados. Entre junho de 2007 a maio de 2008, a família ocupacional Alimentadores de linha de

produção, com saldo de 358 vagas, respondeu por 31,6% do saldo positivo total (Tabela 3).

TABELA 3 Movimentação do emprego na Indústria Metalúrgica, por desempenho das “famílias ocupacionais”

Osasco - jun/07 a mai/08 – jun/08 a mai/09

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Preparadores e operadores de máquinas 94 8,3% -278 20,4%Operadores de equipamentos de acabamento de chapas e metais 57 5,0% -169 12,4%Alimentadores de linhas de produção 358 31,6% -122 8,9%Trabalhadores de moldagem de metais e de ligas metálicas -2 -0,2% -120 8,8%Trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas 37 3,3% -92 6,7%Técnicos de controle da produção 40 3,5% -90 6,6%Operadores de máquinas a vapor e utilidades -35 -3,1% -82 6,0%Operadores de máquinas e equipamentos de elevação 0 0,0% -45 3,3%Montadores de máquinas, aparelhos e acessórios em linhas de montagem -2 -0,2% -38 2,8%Forneiros metalúrgicos (segunda fusão e reaquecimento) 8 0,7% -28 2,1%Total 555 48,9% -1064 77,9%

jun/07 a mai/08

Part. no Saldo Total Positivo

jun/08 a mai/09

Part. no Saldo Total Negativo

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

Por grau de instrução, as informações do CAGED entre junho de 2008 e maio de 2009, revelam que

na Indústria Metalúrgica o saldo negativo foi observado em todas as faixas de escolaridade, exceto

entre os trabalhadores com superior incompleto, que não apresentaram movimentação no saldo. O

pior resultado foi registrado entre os trabalhadores com Ensino Médio Completo (-820 postos),

seguido pelos trabalhadores com Ensino Fundamental Completo (-193 postos). Os dados do

CAGED mostram que, nos dois períodos de comparação, na Indústria Metalúrgica, os trabalhadores

com Ensino Médio Completo são os mais impactados tanto pela geração de novas vagas de

trabalho, quanto na eliminação de postos. Se por um lado, nos doze meses entre junho a maio de

2008 a 2009, estes trabalhadores foram os mais afetados, respondendo por 60,1% do saldo negativo

total, por outro, nos doze meses anteriores, os trabalhadores com esse grau de instrução

participaram com 69,2% do saldo positivo total (Tabela 4).

TABELA 4 Movimentação do emprego na Indústria Metalúrgica, segundo grau de instrução

Osasco - jun/07 a mai/08 – jun/08 a mai/09

jun/07 a mai/08

jun/08 a mai/09

Admitidos Desligados Admitidos Desligados Saldo Saldo Analfabeto 6 5 3 9 1 -6

Até o 5ª ano Inc. do Ens. Fundamental 38 37 11 42 1 -31

5ª ano Completo do Ensino Fundamental 72 63 30 144 9 -114Do 6ª ao 9ª ano Inc. do Ens. Fundamental 152 110 143 251 42 -108

Ensino Fundamental Completo 309 272 211 404 37 -193

Ensino Médio Incompleto 261 163 195 255 98 -60

Ensino Médio Completo 1.798 1.013 1.313 2.133 785 -820Educação Superior Incompleta 160 111 139 139 49 0

Educação Superior Completa 274 162 196 229 112 -33

Total 3.070 1.936 2.241 3.606 1.134 -1.365

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09Grau de Instrução

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

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Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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O saldo do mercado formal de trabalho de Osasco entre junho de 2008 a maio de 2009 mostrou que

apenas os jovens até 17 anos apresentaram saldo positivo no período. Todas as demais faixas etárias

registraram saldo negativo no acumulado dos doze meses, com destaque para os trabalhadores com

idade entre 30 a 39 anos, com saldo negativo de 446 postos. Nos doze meses anteriores, de junho a

maio de 2007 a 2008, estes trabalhadores obtiveram um saldo positivo de 150 postos. Os

trabalhadores com idade entre 40 a 49 anos, apresentaram, entre junho de 2008 e maio de 2009,

saldo negativo de 290 postos, seguidos pelos trabalhadores com idade entre 25 a 29 anos, com a

eliminação de 286 postos (Tabela 5).

TABELA 5 Movimentação do emprego na Indústria Metalúrgica, segundo faixa etária

Osasco - jun/07a mai/08 e jun/08 a mai/09 jun/07 a mai/08

jun/08 a mai/09

Admitidos Desligados Admitidos Desligados Saldo Saldo

Ate 17 anos 92 27 78 39 65 39

18 a 24 anos 1.122 516 744 906 606 -162

25 a 29 anos 726 443 566 852 283 -286

30 a 39 anos 680 530 520 966 150 -446

40 a 49 anos 315 257 238 528 58 -290

50 a 64 anos 133 157 91 303 -24 -212

65 ou mais 2 6 4 12 -4 -8

Total 3.070 1.936 2.241 3.606 1.134 -1.365

Faixa Etáriajun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

Por gênero, os dados do CAGED mostram que, na Indústria Metalúrgica, nos dois períodos de

comparação, tanto o movimento de criação de postos, quanto de eliminação, é predominantemente

masculino. No acumulado dos doze meses de junho de 2008 a maio de 2009, os trabalhadores do

sexo masculino responderam por 93,6% do saldo negativo no período. Nos doze meses anteriores,

observou-se que os homens participaram com 85,2% do saldo positivo total gerado (Gráfico 4).

GRÁFICO 4

Participação no saldo total* de vagas na Indústria de Transformação, segundo gênero

Osasco - jun/07 a mai/08 – jun/08 a mai/09

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85,2%

14,8%

6,4%

93,6%

Masculino Feminino

% em Relação ao Saldo Total

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

*O período de junho de 2008 a maio de 2009 diz respeito à participação no saldo negativo do período.

Por tamanho de estabelecimento na Indústria Metalúrgica, entre junho de 2008 a maio de 2009, os

estabelecimentos de 5 a 9 empregados (8 postos) e os estabelecimentos de 10 a 19 empregados (24

postos), foram os únicos a apresentar saldo positivo no acumulado dos doze meses. As demais

faixas de tamanho de estabelecimento apresentaram saldo negativo no acumulado entre junho de

2008 a maio de 2009, com destaque para os grandes estabelecimentos (1000 ou mais empregados),

que responderam por 60,4% do saldo negativo total (Tabela 6).

TABELA 6 Movimentação do emprego na Indústria de Transformação, segundo tamanho do estabelecimento

Osasco - jun/07 a mai/08 e jun/08 a mai/09

jun/07 a mai/08

jun/08 a mai/09

Admitidos Desligados Admitidos Desligados Saldo Saldo

Até 4 184 95 99 103 89 -4

De 5 a 9 99 82 88 80 17 8

De 10 a 19 184 122 208 184 62 24

De 20 a 49 378 338 346 391 40 -45

De 50 a 99 254 225 291 347 29 -56

De 100 a 249 335 226 295 400 109 -105

De 250 a 499 472 389 433 678 83 -245

De 500 a 999 776 269 192 309 507 -117

1000 ou mais 388 190 289 1.114 198 -825

Total 3.070 1.936 2.241 3.606 1.134 -1365

Tamanho do Estabelecimento

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

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Ainda segundo tamanho dos estabelecimentos2, verificou-se que os grandes estabelecimentos (500

ou mais empregados) concentraram o saldo negativo de vagas na Indústria Metalúrgica,

respondendo por 69,0% do saldo negativo total do período. Registre-se que, de junho de 2007 a

maio de 2008, os grandes estabelecimentos responderam por 62,2% das vagas criadas (Gráfico 5).

GRÁFICO 5 Saldo do emprego na Indústria Metalúrgica, por tamanho de estabelecimento

Osasco - jun/07 a mai/08 – jun/08 a mai/09

237 192

705

-73

-350

-942-1200-1000-800-600-400-200

0200400600800

Micro e Pequeno Médio Grande

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

2 Considerando micro e pequeno estabelecimento aqueles com até 99 empregados, médio estabelecimento aqueles com

100 a 499 empregados e estabelecimento grande os que empregam 500 ou mais empregados.

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O setor da Indústria Metalúrgica, nos doze meses de junho a maio de 2008 e 2009, caracterizou-se

pela manutenção dos empregos com baixos salários. Por nível de rendimento, no período analisado,

observou-se a geração de empregos nas faixas de renda até 2,0 salários mínimos (SM), destaque

para a faixa de 1,01 a 2,0 salários mínimos, com saldo positivo de 131 postos, seguido da faixa de

1,51 a 2,0 SM, com saldo positivo de 121 vagas. As faixas de renda acima de 2,01 salários mínimos

apresentaram saldo negativo. A faixa entre 2,01 a 3,0 salários mínimo (SM) registrou a eliminação

de 566 postos, respondendo por 41,5% do saldo negativo total entre junho de 2008 a maio de 2009

(Tabela 7).

TABELA 7 Movimentação do emprego na Indústria Metalúrgica, segundo faixa de salário

Osasco - jun/07 a mai/08 e jun/08 a mai/09

Admitidos Desligados Admitidos Desligados

jun/07 a

mai/08

jun/08 a

mai/09

ATE 0,5 0 1 2 1 -1 1

0,51 A 1,0 16 3 38 8 13 30

1,01 A 1,5 163 60 306 175 103 131

1,51 A 2,0 1.087 541 736 615 546 121

2,01 A 3,0 957 573 611 1.177 384 -566

3,01 A 4,0 288 279 217 571 9 -354

4,01 A 5,0 150 157 108 408 -7 -300

5,01 A 7,0 160 128 93 370 32 -277

7,01 A 10,0 133 88 80 159 45 -79

10,01 A 15,0 62 47 33 80 15 -47

15,01 A 20,0 18 26 8 19 -8 -11

MAIS DE 20,0 12 17 9 23 -5 -14

IGNORADO 24 16 0 0 8 0

Total 3.070 1.936 2.241 3.606 1.134 -1.365

Fx Sal. Mensal

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09 Saldo

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

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Observando a evolução do salário médio da Indústria Metalúrgica nos doze meses entre junho de

2008 a maio de 2009, constata-se que tanto para admitidos quanto para desligados, os rendimentos

foram superiores aos verificados entre junho de 2007 a maio de 2008. No acumulado dos meses de

junho de 2008 a maio de 2009, o salário médio dos admitidos foi de R$ 831,02, valor 4,4% superior

ao salário médio pago nos doze meses anteriores (R$ 796,26). Por outro lado, em igual período, o

rendimento médio dos trabalhadores desligados foi de R$ 943,78, isto é, 4,8% superior aos doze

meses anteriores (R$ 900,24).

Entre junho de 2008 a maio de 2009, o salário médio de admissão (R$ 831,02) foi inferior ao

salário médio de desligamento (R$ 943,78). Ou seja, neste período, o salário do trabalhador que foi

admitido correspondeu a 88,0% do salário do trabalhador que foi desligado, mesmo valor

apresentado nos doze meses precedentes (Gráfico 7).

GRÁFICO 7 Evolução do salário médio entre admitidos e desligados da Indústria Metalúrgica

Osasco - jun/07 a mai/08 e jun/08 a mai/09

AdmitidosDesligados

Adm/Desl

831,

02

943,

78

0,88

796,

26

900,

24

0,880,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

jun/07 a mai/08

jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.

Na Indústria Metalúrgica há uma predominância de ocupações com tempo de emprego

relativamente curto. Entre junho de 2008 a maio de 2009, 39,5% dos trabalhadores desligados tinha

1,0 a 11,9 meses de tempo no trabalho, valor um pouco superior aos doze meses de junho de 2007 a

maio de 2008 (38,1%) (Gráfico 8).

GRÁFICO 8

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Tempo de permanência no emprego dos desligados da Indústria de Transformação Osasco - jun/07 a mai/08 – jun/08 a mai/09

28,8%

38,1%

30,2%26,4%

39,5%

32,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

1,0 A 11,9 12,0 A 35,9 36,0 ou mais

jun/07 a mai/08 jun/08 a mai/09

Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: DIEESE.