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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO RELATÓRIO TEMÁTICO ESTUDO SOBRE OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE OSASCO (Tomada ex ante a intervenção pública) OUTUBRO DE 2010

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI)

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE)

PROGRAMA OSASCO DIGITAL

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO

RELATÓRIO TEMÁTICO

ESTUDO SOBRE OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

NO MUNICÍPIO DE OSASCO

(Tomada ex ante a intervenção pública)

OUTUBRO DE 2010

EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA

DO MUNICÍPIO DE OSASCO

Prefeito: Emídio Pereira de Souza

Vice-Prefeito

Dr. Faisal Cury

Secretária: Dulce Helena Cazzuni

Secretário Adjunto:

Luis Mansur Szajubok

EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE

Direção Técnica

Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento

José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Equipe Responsável pelo Projeto

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber – Supervisor dos Observatórios do Trabalho

Alexandre Guerra - Técnico Marcos Aurélio Souza – Técnico Ronnie Aldrin Silva - Técnico

Equipe Executora

DIEESE

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 – Parque da Água Branca – São Paulo – SP – CEP 05001-900

Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394 E-mail: [email protected] http://www.dieese.org.br

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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SUMÁRIO

I - APRESENTAÇÃO

5

I I – INTRODUÇÃO 5

III – OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

7

IV - METODOLOGIA

7

IV – PIRNCIPAIS RESULTADOS DA PESQUISA

8

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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I. Apresentação1

O presente documento visa apresentar os principais resultados da pesquisa com beneficiários

de Osasco realizada no momento de entrada no Programa Bolsa Família. A apresentação se fará sob

a forma de tabelas de distribuição de freqüência simples e cruzada das principais variáveis

investigadas por meio do instrumental/questionário. Os dados das tabelas apresentadas estão

expressos em números absolutos e em porcentagens, correspondentes à amostra dos beneficiários

no período de inserção no programa.

II. Introdução

A experiência brasileira recente vem mostrando que a expansão do programas de

transferência de renda vem contribuindo para melhorar a qualidade de vida de parcela significativa

da população e diminuir as desigualdades regionais e sociais.

Para alcançar esses objetivos, o Governo Federal, por meio do Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), criou o Programa Bolsa Família que realiza

transferência direta de renda com condicionalidades, beneficiando famílias em situação de pobreza

(renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de

até R$ 70).

O Programa pauta-se na articulação de três dimensões essenciais à superação da fome e da

pobreza:

• promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à

família;

• reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por

meio do cumprimentos das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam

romper o ciclo da pobreza entre gerações;

• coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento

das famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de

vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de geração de

1 Pesquisa realizada com os beneficiários do bolsa família no momento de entrada no programa.

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trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e demais

documentos.

O Programa Bolsa Família beneficia 12,4 milhões de famílias brasileiras e foi aperfeiçoado

e ampliado ao longo de seus seis anos de existência. O Ministério, em parceria com os municípios,

fez uma ampla atualização cadastral e aumentou o acompanhamento das condicionalidades:

• Educação: freqüência escolar mínima de 85% para crianças e adolescentes entre 6 e

15 anos e mínima de 75% para adolescentes entre 16 e 17 anos;

• Saúde: acompanhamento do calendário vacinal e do crescimento e desenvolvimento

para crianças menores de 7 anos; e pré-natal das gestantes e acompanhamento das nutrizes na faixa

etária de 14 a 44 anos;

• Assistência Social: freqüência mínima de 85% da carga horária relativa aos serviços

socioeducativos para crianças e adolescentes de até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho

infantil.

Numa parceria com diversas instituições públicas de controle, também colocou em

funcionamento a Rede Nacional de Fiscalização do Bolsa Família. Com o objetivo de apoiar os

municípios em todas essas atividades relacionadas ao programa, o MDS ainda instituiu o Índice de

Gestão Descentralizada (IGD) para repasse de recursos às Prefeituras.

Atualmente, a cidade de Osasco possui uma meta de 26 mil famílias no Programa. A

Prefeitura de Osasco, a partir da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão (SDTI/PMO)

é parceira do Governo Federal na implementação do programa no município e pretende ir além das

ações referentes ao cadastro e acompanhamento das condicionalidades. Desta forma, a SDTI/PMO

almeja caminhar de maneira inovadora na criação de metodologias para avaliação e monitoramento

dos impactos/resultados do programa junto aos seus beneficiários, visando contribuir para melhora

de diversos aspectos das condições de vida dessa parcela da população (entre eles: renda, inserção

no mercado de trabalho, escolaridade, saúde e moradia).

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III. Objetivos geral e específicos

Antes de tudo, é preciso esclarecer que os resultados dessa pesquisa correspondem à

primeira etapa da Proposta de avaliação e monitoramento dos impactos do Programa Bolsa Família

e seu relacionamento com as políticas de geração de ocupação e renda.

O objetivo geral de todas as etapas incluídas na proposta é avaliar e monitorar os impactos

do programa Bolsa Família junto a seus beneficiários e ao território ao qual pertencem.

Incluindo esta e etapas posteriores de pesquisa, pretende-se chegar aos seguintes objetivos

específicos:

� Desenvolver atividades de monitoramento, avaliação e análise de impactos e

resultados referentes aos aspectos socioeconômicos e expectativas junto à população diretamente

envolvida e seu território;

� Desenvolver atividades de caracterização e avaliação de processos de gestão

realizados pela SDTI/PMO;

� Elaborar recomendações e metodologias operativas que possam servir ao

aperfeiçoamento dos modelos de gestão SDTI/PMO e aplicação para outros grupos de beneficiários.

Ou seja, é desejável que a metodologia de análise desenvolvida, possa posteriormente, ser utilizada

para avaliar outros grupos/programas.

Desta forma, a presente pesquisa corresponde ao marco zero (tomada ex ante a intervenção

pública) e visou captar aspectos e características dos beneficiários no momento de entrada no

Programa Bolsa Família.

IV. Metodologia

Os trabalhos de campo dos levantamentos realizados pela equipe da SDTI/PMO ocorreram

em 12 de fevereiro de 2009. Compreendeu entrevistas com novos beneficiários do Programa Bolsa

Família provenientes de diversas áreas do município de Osasco. As entrevistas foram realizadas no

Centro de Formação dos Professores no momento de entrada das famílias no programa e contou

com 88 pesquisados.

Todos responderam a questionários padronizados, compostos predominantemente de

perguntas fechadas para as quais havia alternativas de respostas pré-codificadas.

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É importante lembrar que as entrevistas foram especialmente concebidas para captar

aspectos e características dos beneficiários no momento de entrada no Programa Bolsa Família

(tomada ex ante a intervenção pública). Para a consecução desse objetivo, o questionário aplicado

aos beneficiários possibilita observar os seguintes aspectos:

• perfil demográfico das famílias no momento anterior ao início da inserção no

programa de transferência de renda

• dados relativos à qualidade de vida dos beneficiários, tais como nível educacional,

emprego e desemprego, renda e ganhos indiretos por meio de programas governamentais, etc.;

• opiniões e expectativas da população-alvo diante do programa e dos resultados por

ele almejados, com ênfase nos aspectos vinculados às transformações perante as condições de vida;

• Além disso, a pesquisa pode avaliar os processos de gestão praticados “durante” a

inserção no Programa, ou seja, a relação da SDTI/PMO com seus beneficiários em seus diversos

momentos.

V. Principais resultados da pesquisa

Quanto à divulgação do Programa Bolsa Família, pode-se dizer que de um lado as

instituições que atuam cotidianamente nas localidades tiveram um papel decisivo (fazendo menção

às escolas, Portal do trabalhador, UBS e CRAS) e de outro lado, pode-se dizer que vizinhos/amigos

e disseminação de informações a partir da mídia de um modo geral também tiveram papel

importante. Ao perguntar aos beneficiários entrevistados sobre a maneira como souberam do

programa, nota-se que 36,4% dos beneficiários afirmaram ter sido apresentados ao programa por

instituições públicas, 29,5% por vizinhos ou amigos, 14,8% pelos meios de comunicação, 9,1%

pelas igrejas e 5,7% por carta ou telefone.

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Tabela 1 - Como você ficou sabendo do Programa

Bolsa Família?

Nº. %

Instituições públicas 32 36,4

...escolas 17 19,3

...Portal do Trabalhador 6 6,8

...UBS 6 6,8

...CRAS 3 3,4

vizinhos ou amigos 26 29,5

Rádio/TV/ jornal/revista 13 14,8

igreja 8 9,1

carta/telefone 5 5,7

cartazes e faixas de divulgação 1 1,1

agente comunitário de saúde 1 1,1

outros 2 2,3

Total 88 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Mesmo com o esforço das diversas formas de divulgação apontadas, 23,9% tiveram

dificuldades para obter informações sobre o programa. E, de certa maneira, como uma conseqüência

disso, nota-se os conhecidos entraves que a população vulnerável socialmente encontra na obtenção

de documentação em vida cotidiana, onde 14,8% dos beneficiários relataram dificuldade na

obtenção da documentação exigida pela legislação do programa.

Quanto aos critérios adotados para inclusão das famílias no programa indicam que a maioria

tinha conhecimento do mesmo (representando 67,2% dos beneficiários). Enquanto, 72,7% dos

beneficiários possuem clareza sobre o valor de seu benefício.

Tabela 2 - Você encontrou alguma dificuldade para obter

informações sobre o Programa Bolsa Família?

Nº. %

Sim 21 23,9

Não 67 76,1

Total 88 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

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Tabela 3 - Você encontrou alguma dificuldade para obter a

documentação necessária para inscrição no programa?

Nº. %

Sim 13 14,8

Não 75 85,2

Total 88 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Quando o questionamento foi sobre o local onde se inscreveu no programa, 53,4% dos

entrevistados disseram que as inscrições foram feitas no Portal do Trabalhador. Na seqüência,

21,6% dos entrevistados disseram que procuraram outros locais da comunidade, 13,6% em igrejas,

10,2% em escolas e apenas 1,1% fizeram as inscrições durante o evento Prefeito no Bairro.

Tabela 4 - Onde você se inscreveu no programa?

Nº. %

No Portal do Trabalhador 47 53,4

Outro local da comunidade 19 21,6

Igreja 12 13,6

Escola 9 10,2

Prefeito no Bairro 1 1,1

Total 88 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

As cartas e telegramas informaram 72,7% dos entrevistados sobre a seleção para o Programa

Bolsa Família, 8,7% obtiveram a informação por meio do Portal do Trabalhador, 6,8% foram

informados pela Caixa Econômica Federal e 12,5% por meio de outras fontes.

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Tabela 5 - Como você ficou sabendo que havia sido selecionado

para o Programa Bolsa Família?

Nº. %

carta /telegrama 64 72,7

Portal do Trabalhador 7 8,0

Caixa econômica Federal 6 6,8

Outros 11 12,5

Total 88 100

Fonte: SDTI/PMO.

Os beneficiários avaliaram o atendimento realizado pelos funcionários no momento da

inscrição. Na média, estes beneficiários atribuíram nota 9,2 a esse atendimento – considerando que

as notas poderiam ser dadas em escala de 0 a 10.

Tabela 6 - De zero a dez, que nota você daria ao

seu atendimento quando fez a inscrição

Média Nº. Desvio Padrão

Total 9,22 88 1,368

Fonte: SDTI/PMO.

Em pergunta múltipla escolha, perguntou-se quais os principais motivos que levaram o

Governo Federal em parceria com a Prefeitura a implantar o programa. A resposta “para melhorar a

renda das famílias” foi mencionada em 83,9% dos casos, seguida pela resposta “garantir a

permanência de crianças na escola” em 20,7% dos casos, foram as mais apontadas. O que de certa

forma, mostra que a percepção dos beneficiários está de encontro com os objetivos formais do

programa.

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Tabela 7 - Em sua opinião, por que o Governo Federal implantou este programa em

parceria com a prefeitura de Osasco?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

para melhorar a renda das famílias 73 57,5% 83,9%

Para garantir a permanência de

crianças na escola 18 14,2% 20,7%

para capacitar os desempregados

para conseguirem um emprego 9 7,1% 10,3%

combate à fome na cidade 9 7,1% 10,3%

Outros 6 4,7% 6,9%

porque é um direito da população 4 3,1% 4,6%

para ampliar a participação dos

beneficiários 3 2,4% 3,4%

para melhorar a saúde do município 2 1,6% 2,3%

para combater a violência 2 1,6% 2,3%

para ajudar a montar um negócio

próprio 1 ,8% 1,1%

Total 127 100,0% 146,0%

Fonte: SDTI/PMO.

Ao serem indagados sobre quais eram as exigências e compromissos que a família deve

cumprir para permanecer no programa, 42,5% dos entrevistados disseram que a principal exigência

é a freqüência escolar dos filhos. Na seqüência, 26% disseram que eram as condicionalidades de

saúde, 14,4% responderam que a renda familiar era a exigência principal do programa. Ainda com

relação aos compromissos do programa, 12,3% dos entrevistados não souberam ou não

responderam a questão, 2,1% disseram que o beneficiado deveria ser morador do município, 1,4%

responderam que os atendidos pelo programa deveriam ter freqüência de atividades sócioeducativas

e finalmente, 1,4% apontam freqüência nas atividades dos Centros de Referência de Assistência

Social (CRAS).

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Tabela 8 - Você sabe quais são as exigências e compromissos que a família deve

cumprir para permanecer no Programa Bolsa Família?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

freqüência escolar 62 42,5% 70,5%

Saúde 38 26,0% 43,2%

renda familiar 21 14,4% 23,9%

não sabe/não respondeu 18 12,3% 20,5%

morar no município 3 2,1% 3,4%

freqüências de atividades sócios

educativas 2 1,4% 2,3%

freqüências nas atividades do CRAS 2 1,4% 2,3%

Total 146 100,0% 165,9%

Fonte: SDTI/PMO.

Mais de 81% das pessoas que responderam o questionário disseram que as exigências e

compromissos do Bolsa Família são corretas. Por outro lado, 7,6% não concordam com as

condicionalidades e 11,6% dos entrevistados não opinaram.

Tabela 9 -Você acha que as exigências dos

programas são corretas?

Nº. %

Sim 70 81,4

Não 6 7,0

não sabe 10 11,6

Total 86 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Em uma questão de múltipla escolha, parte significativa dos entrevistados não sabe os locais

para informações ou reclamações sobre o programa. Já 40,8% dos beneficiários, apontam a SDTI e

Portal do Trabalhador como o local de referência onde poderiam fazer reclamações ou solicitar

informações sobre o Programa, 5,1% disseram que as reclamações poderiam ser feitas em unidades

da saúde, 5,1% em escolas e 4,1% disseram que as solicitações poderiam ser efetuadas por meio de

serviço telefônico. Apenas 2,0% dos entrevistados disseram que os locais seriam os Centros de

Referência da Assistência Social e 1,0% disseram que seria em agencias da Caixa Econômica

Federal (CEF). Os que colocaram a opção “outros” somam 6,1% dos entrevistados.

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Tabela 10 - Você sabe em quais locais pode solicitar informações ou fazer

reclamações sobre o Programa Bolsa Família?

Respostas Percentual dos

casos N %

SDTI/Portal 40 40,8% 45,5%

não sabe 35 35,7% 39,8%

Outros 6 6,1% 6,8%

Escola 5 5,1% 5,7%

Unidades de saúde 5 5,1% 5,7%

serviço telefônico 4 4,1% 4,5%

CRAS 2 2,0% 2,3%

Caixa Econômica Federal 1 1,0% 1,1%

Total 98 100,0% 111,4%

Fonte: SDTI/PMO.

Ao serem indagados se consideravam importante que as crianças em idade escolar

freqüentam instituições de ensino, a resposta foi afirmativa em 100% dos casos, ou seja, todos os

entrevistados avaliaram como importante.

Tabela 11 - Você considera importante que crianças em idade

escolar freqüentem a escola?

Nº. %

sim 88 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Complementando a questão anterior, os entrevistados foram questionados, novamente em

múltiplas escolhas, qual seria o motivo da importância dos estudos. Neste caso, 40,9% das pessoas

disseram que o fato de ter instrução, 31,5% responderam que estudar é importante para conseguir

um trabalho ou emprego de melhor qualidade, 10,7% dos entrevistados acreditam que os estudos

ajudam a subir ou melhorar de vida, 4,7% acreditam que este seja o melhor caminho para a

cidadania e apenas 3,1% dos entrevistados tiveram outro tipo de resposta.

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Tabela 12 - Por qual motivo?

Respostas Percentual dos

casos N %

ter instrução 52 40,9% 59,1%

conseguir trabalho ou emprego de

melhor qualidade 40 31,5% 45,5%

subir ou melhorar de vida 25 19,7% 28,4%

caminho para cidadania 6 4,7% 6,8%

outra 4 3,1% 4,5%

Total 127 100,0% 144,3%

Fonte: SDTI/PMO.

Ainda em relação à freqüência escolar, 82,4% dos entrevistados responderam

afirmativamente que, no momento da inscrição no Programa Bolsa Família, todos os filhos com

idade entre 6 e 17 anos freqüentavam normalmente a escola. No entanto, 17,6% disseram que os

filhos não freqüentavam as aulas.

Tabela 13 - Quando você fez inscrição todos os seus filhos com

idade entre 6 e 17 anos, freqüentavam normalmente a escola?

Nº. %

sim 70 82,4

não 15 17,6

Total 85 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Com relação a casos de desnutrição na família, a grande maioria dos entrevistados, ou seja,

97,7% consideraram que não havia pessoas desnutridas em casa e apenas 2,3% confirmaram casos

de desnutrição.

Tabela 14 - Há algum caso de desnutrição na família?

Nº. %

Sim 2 2,3

Não 86 97,7

Total 88 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

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Quando questionados sobre a carteirinha de vacinação das crianças com idade entre 0 e 6

anos, 86% dos entrevistados disseram que as vacinas estavam em dia e 14% apontavam para

carteira desatualizada no momento da inscrição no Programa Bolsa Família.

Tabela 15 - Quando você fez a inscrição, as vacinas das crianças

0 a 6 anos estavam em dia?

Nº. %

Não 12 14,0

Sim 74 86,0

Total 86 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

A maioria dos pais entrevistados, 91,9% disseram que acompanham a vida escolar das

crianças e/ou adolescentes, 3,5% das pessoas disseram que não acompanham e 4,7% responderam

não ter crianças ou adolescentes estudando em casa.

Sobre a participação dos pais em atividades na escola dos filhos, 36,2% dos entrevistados

disseram que só participam de reuniões de classe, 20,3% afirmaram só participarem de festas na

escola, 10,2% disseram que vão a palestras, 9,6% participam de apresentações artísticas dos alunos,

5,1% fazem parte da associação de pais e mestres, 4,5% estão em conselhos de escola, 2,8%

participaram do Programa Escola da Família. Ainda com relação à participação dos pais em

atividades escolares, 9,0% disseram não participar de nenhuma ação e apenas 2,3% responderam

participar de outras atividades que não mencionadas na questão.

Tabela 16 - A família acompanha a vida escolar

da criança ou adolescente?

Nº. %

sim 79 91,9

não 3 3,5

não há crianças adolescente

estudando 4 4,7

Total 86 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

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17 - Os pais participam de alguma atividade na escola?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

não 16 9,0% 19,0%

reunião de classe 64 36,2% 76,2%

associação de pais e mestres 9 5,1% 10,7%

programa escola da família 5 2,8% 6,0%

festas 36 20,3% 42,9%

apresentação artísticas dos alunos 17 9,6% 20,2%

palestras 18 10,2% 21,4%

conselho de escola 8 4,5% 9,5%

outros 4 2,3% 4,8%

Total 177 100,0% 210,7%

Fonte: SDTI/PMO.

Quando a questão era a situação de trabalho das crianças/adolescentes de até 16 anos, 73,3%

dos beneficiários disseram que não há crianças ou adolescentes trabalhando nesta situação, 3,5%

dizem que existem pessoas trabalhando nestas condições e 2,3% disseram que os adolescentes

trabalham como aprendizes. Ainda, 1,2% não souberam responder e para 19,8% dos entrevistados

disseram que a questão não se aplica.

18 - Algumas das crianças/adolescentes de até

16 anos trabalha atualmente?

Nº. %

sim 3 3,5

sim,como aprendiz 2 2,3

não 63 73,3

não sabe/não respondeu 1 1,2

não se aplica 17 19,8

Total 86 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

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18

Sobre o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), 70,1% dos entrevistados

disseram não utilizarem os recursos do equipamento público e apenas 29,9% das pessoas disseram

que já utilizaram um dos CRAS da cidade.

19 - Você ou alguém da família já utilizou o CRAS?

Nº. %

sim 26 29,9

não 61 70,1

Total 87 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Os entrevistados foram indagados se algum membro da família participava de programas

específicos. O resultado aponta que 44% se cadastrou para vagas de emprego no Portal do

Trabalhador, 22,2% era beneficiário do Leve Leite, 13,1% do Programa Renda Cidadã, 3,6% do

Bolsa Aluguel, 2,4% do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), 1,2% do Programa

Frente de Trabalho, 1,2% do Agente Jovem e 14,3% de outros programas.

20 - Algum membro de sua família participa de um destes programas?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

Cadastrou para vaga de emprego no

Portal do Trabalhador

37 44,0% 58,7%

Leve leite 20,2% 27,0%

outros 12 14,3% 19,0%

Programa Renda Cidadã 11 13,1% 17,5%

Bolsa Aluguel 3 3,6% 4,8%

Peti 2 2,4% 3,2%

Programa Frente de Trabalho 1 1,2% 1,6%

Agente Jovem 1 1,2% 1,6%

Total 84 100,0% 133,3%

Fonte: SDTI/PMO.

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

19

Ao serem questionados sobre desemprego no núcleo familiar, constata-se que 72,1%

estavam, sendo 44,2% o próprio cadastrado para o programa e 27,9% outros membros da família.

Entre os desempregados, 38,2% disseram que estão desempregadas em até um ano, 20,6%

de um a dois anos, 22,1% de dois a quatro anos, 8,8% de quatro a seis anos e 10,3% mais de seis

anos.

21 - Você ou alguém de sua família está desempregado?

Nº. %

sim/beneficiário 42 44,2

sim/outros membros da família 27 27,9

não 17 19,8

Total 86 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

22 - Há quanto tempo está desempregado?

Nº. %

Até 1 ano 26 38,2

De 1 a 2 anos 14 20,6

De 2 a 4 anos 15 22,1

De 4 a 6 anos 6 8,8

De 6 a 18 anos 7 10,3

Total 68 100,0

Fonte: SDTI/PMO.

Com relação ao motivo do desemprego, 35% dos entrevistados disseram que não encontram

trabalho, 26,3% disseram que falta qualificação, 13,8% que o fator idade pesa na hora de conseguir

um emprego e 20% alegaram outros motivos.

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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23 - Motivo do desemprego?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

não encontra trabalho 28 35,0% 41,2%

encontra mas o salário é baixo 4 5,0% 5,9%

idade 11 13,8% 16,2%

falta qualificação 21 26,3% 30,9%

outro 16 20,0% 23,5%

Total 80 100,0% 117,6%

Fonte: SDTI/PMO.

Quando a questão se tratava de doações regulares, 78,4% dos entrevistados disseram que

não recebem nenhuma doação, 5,4% das pessoas disseram que recebem cesta básica e leite, 4,1%

disse receber material escolar, 2,7% dos beneficiados disseram que recebem roupas e sapatos e

4,1% elencaram outros produtos que não foram citados na pergunta.

Das instituições ou órgãos que fazem doações para os beneficiados a Prefeitura de Osasco

aparece em primeiro lugar com 50% dos entrevistados, seguida do Governo Estadual (16,7%),

Igrejas (16,7%) e de outras instituições (16,7%).

24 - Sua família recebe alguma doação regular?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

não recebe nenhuma doação regular 58 78,4% 82,9%

cesta básica 4 5,4% 5,7%

leite 4 5,4% 5,7%

material escolar 3 4,1% 4,3%

outro produto não citado acima 3 4,1% 4,3%

roupa e sapato 2 2,7% 2,9%

Total 74 100,0% 105,7%

Fonte: SDTI/PMO.

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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25 - Se sim, de qual instituição/órgão recebe alguma doação regular?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

Prefei tura 6 50,0% 54,5%

Governo Estadual 2 16,7% 18,2%

igreja 2 16,7% 18,2%

outros 2 16,7% 18,2%

Total 12 100,0% 109,1%

Fonte: SDTI/PMO.

A renda mensal familiar dos beneficiários no momento de entrada no Programa BF era de

R$ 364,63 (não incluídos a bolsa financeira que iriam receber).

Além disso, a maioria dos beneficiários possuem algum aparelho eletrônico ou

eletrodomésticos em sua residência, nos percentuais a seguir: televisão (97,7%), geladeira (93,2%),

telefone Celular (65,9%), DVD (58%), tanquinho (54,5%), aparelho de som (47,7%), forno de

microondas (39,8%), telefone fixo (36,4%), máquina de lavar (17%), computador sem acesso à

internet (5,7%), tv a cabo (3,4%), computador com acesso à internet (2,3%) e apenas 1,1% disseram

ter freezer em casa.

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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26 - Indique o que existe na sua casa

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

televisão 86 18,7% 97,7%

geladeira 82 17,8% 93,2%

tele fone celular 58 12,6% 65,9%

DVD 51 11,1% 58,0%

tanquinho 48 10,4% 54,5%

aparelho de som 42 9,1% 47,7%

forno microondas 35 7,6% 39,8%

tele fone fixo 32 7,0% 36,4%

máquina de lavar 15 3,3% 17,0%

computado sem acesso a internet 5 1,1% 5,7%

TV a cabo 3 ,7% 3,4%

computador com acesso a internet 2 ,4% 2,3%

freezer 1 ,2% 1,1%

Total 460 100,0% 522,7%

Qual sua renda familiar mensal?

Média Nº. Desvio Padrão

Total 364,63 84 194,540

Fonte: SDTI/PMO.

Já com relação à infra-estrutura urbana na rua dos beneficiados, 89,7% disseram ter

iluminação pública, 88,5% contam com a coleta de lixo, 82,8% moram em ruas asfaltadas, 74,7%

tem guias e sarjetas na rua, 73,6% disseram ter esgoto na rua onde moram e apenas 5,7% das

pessoas que responderam o questionário disseram não contar com nenhuma destas benfeitorias na

rua onde moram.

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

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27 - Na rua da sua casa existe?

Respostas Percentual dos

casos Nº. %

iluminação pública 78 21,6% 89,7%

coleta de lixo 77 21,3% 88,5%

asfalto 72 19,9% 82,8%

guias e sarjetas 65 18,0% 74,7%

esgoto 64 17,7% 73,6%

nenhuma destas benfei torias 5 1,4% 5,7%

Total 361 100,0% 414,9%

Fonte: SDTI/PMO.