viver osasco - nº 06

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Baila Comigo Adulto ou criança em Osasco entra na dança Imóveis se Movem O setor se encontra à beira da total euforia

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Viver Osasco - nº 06

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V I V E R O S A S C O 1

Baila ComigoAdulto ou criança em

Osasco entra na dança

Imóveis se Movem O setor se encontra à beira da total euforia

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2 V I V E R O S A S C O V I V E R O S A S C O 3

SUMÁRIO

EDITORIAL – Minha Cidade, Minha CasaO agitado setor imobiliário de Osasco, os emancipadores e outros destaques.

MATÉRIA DE CAPA – A Notável Agitação dos ImóveisSe o país vive um “boom” imobiliário, Osasco é um pequeno grande exemplo.

BALÉ – Dançar, um Bom Passo para ViverElaine Lacerda dança, ensina a dançar e quer toda Osasco dançando de graça.

EMANCIPADORES – Ordem Unida pela IndependênciaComo foi e ainda é a altiva luta dos Emancipadores por cidadania e ética.

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SEÇÕES - Gente – Pessoas que fazem Osasco. 6

Acontece – O que se passa ao seu redor. 7

Obesidade Infantil – Bebê gordinho é bonitinho mas... 34

Direitos & Deveres – Aposentadoria por Invalidez. 36

Roteiro – Onde ir, e o que saborear em Osasco. 38

Cultura & Lazer – Escolha aqui o seu programa. 39

Escreve quem lê – Saiba o que diz o nosso leitor. 40

Vídeos – Veja nossas indicações para você ver em casa. 42

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SUMÁRIO

EDITORIAL – Minha Cidade, Minha CasaO agitado setor imobiliário de Osasco, os emancipadores e outros destaques.

MATÉRIA DE CAPA – A Notável Agitação dos ImóveisSe o país vive um “boom” imobiliário, Osasco é um pequeno grande exemplo.

BALÉ – Dançar, um Bom Passo para ViverElaine Lacerda dança, ensina a dançar e quer toda Osasco dançando de graça.

EMANCIPADORES – Ordem Unida pela IndependênciaComo foi e ainda é a altiva luta dos Emancipadores por cidadania e ética.

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SEÇÕES - Gente – Pessoas que fazem Osasco. 6

Acontece – O que se passa ao seu redor. 7

Obesidade Infantil – Bebê gordinho é bonitinho mas... 34

Direitos & Deveres – Aposentadoria por Invalidez. 36

Roteiro – Onde ir, e o que saborear em Osasco. 38

Cultura & Lazer – Escolha aqui o seu programa. 39

Escreve quem lê – Saiba o que diz o nosso leitor. 40

Vídeos – Veja nossas indicações para você ver em casa. 42

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Há um ano esta revista vem se dedican-do à tarefa de descobrir ou redescobrir esta fascinante cidade de Osasco. Pensávamos no começo que era fácil. Afinal, é a nossa casa. E, afinal, Osasco é um dos menores municípios do Brasil. E rico, a exemplo de outros casos que ocorrem na geografia econômico-social mundo afora, em que torrões liliputianos se fazem poderosos. Pequeno e forte, constatamos que Osasco é. E um dos aspectos que mais demonstra essa pujança é o verdadeiro acotovelamento em que se debatem os vários segmentos do setor imobiliário da cidade, em busca de uma casa, um lugar ao sol ou mais próximo das estrelas, no alto de arranha-céus. Descobrimos e redescobrimos ao lado desse frenesi que há nesta cidade, ainda, muitos e feios grotões. Neles, morar é um desafio; viver, um ato de coragem. Parece bom que essa pena esteja de mudança.Pequenos, como o próprio mapa da cidade, não partimos para mostrar casos individuais que ilustrassem essa reali-

EDITORIAL

Minha Cidade, Minha Casadade. Seriam dramáticos, mas pouco producentes para mudar algo. Preferi-mos mostrar quem são, o que pensam, como agem e quais são os instrumentos de que se valem os atores da transfor-mação em curso. No afã de conquistar, comprar, vender, ocupar uma casa, esses osasquenses estão fazendo uma cidade. Tomara que uma cidade melhor. Mas o que importa é que estão pondo mãos à obra. Esperamos que o trabalho desta edição, imperfeito, parcial, inculto e nem mes-mo belo, seja entendido por você, leitor de “Viver Osasco”.Ah! Não perca de vista essas majestosas figuras dos Emancipadores. A cidade existe porque eles primeiro a fizeram.E veja também outros lutadores do dia-a-dia de Osasco, como a artista que ensina que viver é uma dança, um “pas de deux” com a cidade.

Forte abraço

Edmilson ConceiçãoEditor

Comercial: Carlos Camargo - Cel.: 9745 [email protected]ão: W Gráfica e EditoraTiragem: 15.000 exemplaresViver Edições e Produções Ltda. telefone: 3608-0787 / 3695-3133 [email protected]

Editor: Edmilson ConceiçãoJornalista Responsavel: Shitomo Nakazato MT-14471Redação: Aline LamasEditor de Arte: Arnaldo Colón SilvaFotografia: Edson DarioDesigner: Henrique Vargas

Viver Osasco é uma publicação da Viver Edições e Produções Ltda.

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Há um ano esta revista vem se dedican-do à tarefa de descobrir ou redescobrir esta fascinante cidade de Osasco. Pensávamos no começo que era fácil. Afinal, é a nossa casa. E, afinal, Osasco é um dos menores municípios do Brasil. E rico, a exemplo de outros casos que ocorrem na geografia econômico-social mundo afora, em que torrões liliputianos se fazem poderosos. Pequeno e forte, constatamos que Osasco é. E um dos aspectos que mais demonstra essa pujança é o verdadeiro acotovelamento em que se debatem os vários segmentos do setor imobiliário da cidade, em busca de uma casa, um lugar ao sol ou mais próximo das estrelas, no alto de arranha-céus. Descobrimos e redescobrimos ao lado desse frenesi que há nesta cidade, ainda, muitos e feios grotões. Neles, morar é um desafio; viver, um ato de coragem. Parece bom que essa pena esteja de mudança.Pequenos, como o próprio mapa da cidade, não partimos para mostrar casos individuais que ilustrassem essa reali-

EDITORIAL

Minha Cidade, Minha Casadade. Seriam dramáticos, mas pouco producentes para mudar algo. Preferi-mos mostrar quem são, o que pensam, como agem e quais são os instrumentos de que se valem os atores da transfor-mação em curso. No afã de conquistar, comprar, vender, ocupar uma casa, esses osasquenses estão fazendo uma cidade. Tomara que uma cidade melhor. Mas o que importa é que estão pondo mãos à obra. Esperamos que o trabalho desta edição, imperfeito, parcial, inculto e nem mes-mo belo, seja entendido por você, leitor de “Viver Osasco”.Ah! Não perca de vista essas majestosas figuras dos Emancipadores. A cidade existe porque eles primeiro a fizeram.E veja também outros lutadores do dia-a-dia de Osasco, como a artista que ensina que viver é uma dança, um “pas de deux” com a cidade.

Forte abraço

Edmilson ConceiçãoEditor

Comercial: Carlos Camargo - Cel.: 9745 [email protected]ão: W Gráfica e EditoraTiragem: 15.000 exemplaresViver Edições e Produções Ltda. telefone: 3608-0787 / 3695-3133 [email protected]

Editor: Edmilson ConceiçãoJornalista Responsavel: Shitomo Nakazato MT-14471Redação: Aline LamasEditor de Arte: Arnaldo Colón SilvaFotografia: Edson DarioDesigner: Henrique Vargas

Viver Osasco é uma publicação da Viver Edições e Produções Ltda.

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GENTE

José SetterNascido em Osasco, aos 75 anos, preside em seu terceiro mandato a Ordem dos Emancipado-res de Osasco, entidade fundada em 19/02/1974, hoje com 289 associados fundadores e titulares e cerca de 200 suces-sores e simpatizantes, é reconhecida como órgão de utilidade pública pelo Decreto Municipal nº 4.400 de 20/08/1980, tem um extenso programa em comemoração aos 50 anos da cidade. Desde fevereiro de 2007 a O.E.O. participa intensamente das atividades do “Proje-to Osasco 50 anos”, tendo a missão de “Preservar o feito histórico e o valor que teve para nós tal conquista”, e manter viva a luta pela emancipação da cidade.

Pedro SilveiraNascido na cidade de Bernardino de Campos, com 21 anos, iniciou a profissão de “barbeiro” e dois anos depois aqui chegou em Osasco, onde até hoje aos 75 anos, é um dos mais antigos profissionais da cidade. Sempre gostou do que

faz, cuidando da formação profissional, aprimorando técnicas, valorizando a auto-estima e o bem estar de seus clientes, pois segundo ele, sempre procurou personalizar o corte, pois tinha que ser a cara do fre-guês. Em sua vida profissional foi também empreen-dedor, fundando um grande salão no bairro do Km 18, onde recebia personalidades ilustres da cidade, e lembra com muito orgulho que quando traba-lhou certa época em São Paulo, tinha como cliente, Gilmar dos Santos Neves, ex-goleiro da seleção.

Isa FerreiraResponsável pelo projeto “Domingo no Parque” que a Secretaria do Meio Ambiente promove todos os domingos nos seis parques da cidade, além destas atribuições, é uma excelente cantora e compositora de MPB,

com temas que valorizam e resgatam a natureza. Desde jovem suas composições e interpretações, tem como foco a educação ambiental, tendo se apresentado em diversos shows na Grande São Pau-lo. Ela valoriza os sons da natureza, pássaros, água, vento, ao que ela chama de “Ouvidos Pensantes” fazendo despertar as questões ambientais. Participa também dos grupos “Companhia Folia de Reis”, “Blo-co Carnavalesco Bela Época”, “Grupo Sol” e sempre diz: “Canto onde me chamam para cantar”.

VIVE

R O

SASC

O

VIVE

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SASC

O

ACONTECE

Grupo musical da Guarda Civil Municipal de Osasco, prepara seu primeiro CDParticipando de diversas atividades desde 2006, o grupo musical da GCM em parceria com o Estúdio Sons, prepara seu primeiro CD, tendo como carro chefe a música “Rio pela paz” vencedora do “2 º Festival de Mú-sica realizado na Escola de Artes de Osasco

em dezembro de 2010. Composto na maioria por guardas civis e também do corpo de vigias, o grupo nasceu da idéia de um projeto de inclusão social do Departamento de Segurança Urbana da Guarda Municipal, mostrando que é perfeitamente possível uma instituição policial possuir outros tipos de sensibilidade além da sua atuação junto à sociedade. Através do grupo musical, a GCM procura aproximar a administração pública e a comunidade através do trabalho de seus profissionais composta de seres humanos revestidos de profunda harmonia com os sentimentos que qualquer cidadão possui.

Lucy’s Closet agora em grande estilo e versatilidadeHá 5 anos comercializando grandes marcas com sucesso, a Lucy’s Closet agora em novo espaço especialmente plane-jado, numa área de 200 m² de conforto, bom gosto, com aromas e cores, cheia de novidades com coleções de grifes famosas, (Morena Rosa, Maria Valentina, Zinco, Reserva Natural, Lança Perfume, Pré Requesito, Duzani) espera vestir a mulher

do momento com beleza e sensualidade, com seus looks elegantíssimos e agora também com roupas masculinas. Além das roupas e acessórios da estação, a grande novidade é o “Espaço Marido”, onde não só os maridos, mas todos os acompanhan-tes podem esperar sem pressa, assistindo a programação da TV a cabo. Além do atendimento comercial é possível agendar atendimento com hora marcada, fora do horário comercial e finais de semana. Lucy’s Closet – Av. Carlos Morais Barros, 345 – 3683-5518 – www.lucyyscloset.com.br

GC

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GENTE

José SetterNascido em Osasco, aos 75 anos, preside em seu terceiro mandato a Ordem dos Emancipado-res de Osasco, entidade fundada em 19/02/1974, hoje com 289 associados fundadores e titulares e cerca de 200 suces-sores e simpatizantes, é reconhecida como órgão de utilidade pública pelo Decreto Municipal nº 4.400 de 20/08/1980, tem um extenso programa em comemoração aos 50 anos da cidade. Desde fevereiro de 2007 a O.E.O. participa intensamente das atividades do “Proje-to Osasco 50 anos”, tendo a missão de “Preservar o feito histórico e o valor que teve para nós tal conquista”, e manter viva a luta pela emancipação da cidade.

Pedro SilveiraNascido na cidade de Bernardino de Campos, com 21 anos, iniciou a profissão de “barbeiro” e dois anos depois aqui chegou em Osasco, onde até hoje aos 75 anos, é um dos mais antigos profissionais da cidade. Sempre gostou do que

faz, cuidando da formação profissional, aprimorando técnicas, valorizando a auto-estima e o bem estar de seus clientes, pois segundo ele, sempre procurou personalizar o corte, pois tinha que ser a cara do fre-guês. Em sua vida profissional foi também empreen-dedor, fundando um grande salão no bairro do Km 18, onde recebia personalidades ilustres da cidade, e lembra com muito orgulho que quando traba-lhou certa época em São Paulo, tinha como cliente, Gilmar dos Santos Neves, ex-goleiro da seleção.

Isa FerreiraResponsável pelo projeto “Domingo no Parque” que a Secretaria do Meio Ambiente promove todos os domingos nos seis parques da cidade, além destas atribuições, é uma excelente cantora e compositora de MPB,

com temas que valorizam e resgatam a natureza. Desde jovem suas composições e interpretações, tem como foco a educação ambiental, tendo se apresentado em diversos shows na Grande São Pau-lo. Ela valoriza os sons da natureza, pássaros, água, vento, ao que ela chama de “Ouvidos Pensantes” fazendo despertar as questões ambientais. Participa também dos grupos “Companhia Folia de Reis”, “Blo-co Carnavalesco Bela Época”, “Grupo Sol” e sempre diz: “Canto onde me chamam para cantar”.

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ACONTECE

Grupo musical da Guarda Civil Municipal de Osasco, prepara seu primeiro CDParticipando de diversas atividades desde 2006, o grupo musical da GCM em parceria com o Estúdio Sons, prepara seu primeiro CD, tendo como carro chefe a música “Rio pela paz” vencedora do “2 º Festival de Mú-sica realizado na Escola de Artes de Osasco

em dezembro de 2010. Composto na maioria por guardas civis e também do corpo de vigias, o grupo nasceu da idéia de um projeto de inclusão social do Departamento de Segurança Urbana da Guarda Municipal, mostrando que é perfeitamente possível uma instituição policial possuir outros tipos de sensibilidade além da sua atuação junto à sociedade. Através do grupo musical, a GCM procura aproximar a administração pública e a comunidade através do trabalho de seus profissionais composta de seres humanos revestidos de profunda harmonia com os sentimentos que qualquer cidadão possui.

Lucy’s Closet agora em grande estilo e versatilidadeHá 5 anos comercializando grandes marcas com sucesso, a Lucy’s Closet agora em novo espaço especialmente plane-jado, numa área de 200 m² de conforto, bom gosto, com aromas e cores, cheia de novidades com coleções de grifes famosas, (Morena Rosa, Maria Valentina, Zinco, Reserva Natural, Lança Perfume, Pré Requesito, Duzani) espera vestir a mulher

do momento com beleza e sensualidade, com seus looks elegantíssimos e agora também com roupas masculinas. Além das roupas e acessórios da estação, a grande novidade é o “Espaço Marido”, onde não só os maridos, mas todos os acompanhan-tes podem esperar sem pressa, assistindo a programação da TV a cabo. Além do atendimento comercial é possível agendar atendimento com hora marcada, fora do horário comercial e finais de semana. Lucy’s Closet – Av. Carlos Morais Barros, 345 – 3683-5518 – www.lucyyscloset.com.br

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MATÉRIA DE CAPA

O Agito Imobiliário do Pequeno Notável

Apesar do seu pequeno espaço geográfico, Osasco tem notável expressão

na febre imobiliária que vive o país e a Grande São Paulo.

Reportagem: Edmilson Conceicão Colaboração: Aline Lamas

Se alguém duvidar que Osasco está vivendo um “boom” imobiliário,

basta conferir: nos últimos três anos, o preço do metro quadrado aqui se ele-vou 80%! Nenhum outro investimento se valorizou tanto no período.Derradeiro município antes de se chegar ao coração de São Paulo (para quem vem do oeste), Osasco é uma espécie de porta de entrada para a congestionada Sampa, a maior metrópole da metade sul do globo terrestre.Osasco, porem, não é um município de passagem, uma simples porta. Vem se mostrando uma saída – e das mais dinâ-micas – exatamente para a emperrada questão do déficit habitacional que cru-cifica o país. Não registramos isso com ufanismo, até porque Osasco contabiliza ainda mais de 120 mil favelados. Mas quem quiser conhecer melhor a Grande São Paulo (*) precisa deter atenção nesse pequeno (66 km2) município com formato de quibe grudado na capital. Pequeno notável, sim, como mostram alguns de seus dados econômico-sociais (Ver Quadro 1). O formigamento imobiliário que vive Osasco às vésperas do seu cinqüentená-rio é marcante por vários aspectos. Com exceção talvez do minúsculo São Caeta-no do Sul (índice 100% de urbanização) Osasco apresenta em termos relativos

CÉZ

AR

GRE

CCO

(*) Com licença do leitor bem-informado, é útil explicar que “Grande São Paulo” também não é um termo ufanista. É a expressão popular da definição legal de “Região Metropolitana de São Paulo”, que inclui além da capital 37 municípios ao seu redor, geograficamente contíguos ou que recebem sua influência mais direta em termos urbanísticos. Existem várias outras “regiões metropolitanas” no Brasil.

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MATÉRIA DE CAPA

O Agito Imobiliário do Pequeno Notável

Apesar do seu pequeno espaço geográfico, Osasco tem notável expressão

na febre imobiliária que vive o país e a Grande São Paulo.

Reportagem: Edmilson Conceicão Colaboração: Aline Lamas

Se alguém duvidar que Osasco está vivendo um “boom” imobiliário,

basta conferir: nos últimos três anos, o preço do metro quadrado aqui se ele-vou 80%! Nenhum outro investimento se valorizou tanto no período.Derradeiro município antes de se chegar ao coração de São Paulo (para quem vem do oeste), Osasco é uma espécie de porta de entrada para a congestionada Sampa, a maior metrópole da metade sul do globo terrestre.Osasco, porem, não é um município de passagem, uma simples porta. Vem se mostrando uma saída – e das mais dinâ-micas – exatamente para a emperrada questão do déficit habitacional que cru-cifica o país. Não registramos isso com ufanismo, até porque Osasco contabiliza ainda mais de 120 mil favelados. Mas quem quiser conhecer melhor a Grande São Paulo (*) precisa deter atenção nesse pequeno (66 km2) município com formato de quibe grudado na capital. Pequeno notável, sim, como mostram alguns de seus dados econômico-sociais (Ver Quadro 1). O formigamento imobiliário que vive Osasco às vésperas do seu cinqüentená-rio é marcante por vários aspectos. Com exceção talvez do minúsculo São Caeta-no do Sul (índice 100% de urbanização) Osasco apresenta em termos relativos

CÉZ

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CCO

(*) Com licença do leitor bem-informado, é útil explicar que “Grande São Paulo” também não é um termo ufanista. É a expressão popular da definição legal de “Região Metropolitana de São Paulo”, que inclui além da capital 37 municípios ao seu redor, geograficamente contíguos ou que recebem sua influência mais direta em termos urbanísticos. Existem várias outras “regiões metropolitanas” no Brasil.

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Osasco se prepara e o mercado responde bemQuando a atual administração assumiu a Prefeitura de Osasco, segundo declara o arquiteto e urbanista Sérgio Gonçal-ves, titular da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, havia projetos que esperavam aprovação, parados, até quatro anos. E muitas vezes nem o empreendedor nem a própria prefeitura conseguiam dizer onde estava o proces-so. “Hoje”, garante o Secretário, “nós apro-vamos uma planta muito mais rápido que a capital.” O segredo foi a instalação de computadores e um sistema de consultas “on line”, em que cada interessado, de posse de uma senha, pode saber exata-mente o que ocorre com o seu processo.A descomplicação foi muito mais além, segundo Sérgio Gonçalves. Modificou-se legislação, estabeleceram-se parcerias

com as construtoras e – pela porta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em particular do “Minha Casa Mi-nha Vida”, os empreendedores puderam inclusive pagar com obras (pontes, pré-dios públicos, parques) os investimentos canalizados pela prefeitura para as suas obras direcionadas para as classes de renda mais baixa. Entre essas obras, as concentradas no Morro do Socó (Portais 1 e 2) e do Jardim Vicentina. Focada no entendimento de que a falta de moradia ou a favelização é antes um problema social do que um fato econô-mico, a Prefeitura se esmerou em assumir a construção até de estação de trata-mento de esgoto, para garantir um status menos sacrificado à população atendida pelos projetos. A questão é: os grande projetos habitacionais da prefeitura de Osasco para as classes populares seriam suficientes para sensibilizar o mercado e provocar a agitação que se vê hoje?

a maior área urbanizada do país. Isto é, sem culpas nem cinismo, praticamente não possuímos área rural ou florestal. Para crescer, Osasco se verticaliza ou se reconstrói. Ambas as coisas estão sendo feitas. Sem pecadilhos? Não dá para afirmar. “Viver Osasco” tenta destrinchar neste espaço – proporcionalmente mais modesto que o “quibe” geográfico do município – o que está sendo feito. Mostramos também alguns dos agentes que se atiram ao frenesi de construir e/ou reconstruir parte da cidade. Seja pela visão de quem palmilha os grotões da periferia e dos PACs, seja com os olhos de quem sopesa a atividade imobiliária mais como um mercado e menos como habitações. Tentamos assim vislumbrar o que pode acontecer daqui para a frente, em especial para quem por nascimento ou opção decidiu viver Osasco.

Selecionamos para ilustrar esse flagrante quatro pontos cardeais do movimento imobiliário em Osasco: • o Secretário Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, arquite-to e urbanista Sérgio Gonçalves, um qualificado porta-voz das intervenções públicas na questão;• o diretor do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), Dr. Arthur Boiajian, advogado e autoridade da insti-tuição com atuação específica na Região Oeste da Grande São Paulo;• o Sr. Jason Mota Silva, sócio diretor da Mota Campos Comércio e Construções Ltda. representante dos construtores e empreendedores ligados à cidade; e • o Sr. Daniel Leonel, sócio diretor da Nu-nes Imóveis, uma respeitada imobiliária, segmento a cargo de quem repousa a tarefa de garimpar pessoas e oportu-nidades e intermediar sonhos de um imóvel e uma vida melhor.

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Osasco se prepara e o mercado responde bemQuando a atual administração assumiu a Prefeitura de Osasco, segundo declara o arquiteto e urbanista Sérgio Gonçal-ves, titular da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, havia projetos que esperavam aprovação, parados, até quatro anos. E muitas vezes nem o empreendedor nem a própria prefeitura conseguiam dizer onde estava o proces-so. “Hoje”, garante o Secretário, “nós apro-vamos uma planta muito mais rápido que a capital.” O segredo foi a instalação de computadores e um sistema de consultas “on line”, em que cada interessado, de posse de uma senha, pode saber exata-mente o que ocorre com o seu processo.A descomplicação foi muito mais além, segundo Sérgio Gonçalves. Modificou-se legislação, estabeleceram-se parcerias

com as construtoras e – pela porta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em particular do “Minha Casa Mi-nha Vida”, os empreendedores puderam inclusive pagar com obras (pontes, pré-dios públicos, parques) os investimentos canalizados pela prefeitura para as suas obras direcionadas para as classes de renda mais baixa. Entre essas obras, as concentradas no Morro do Socó (Portais 1 e 2) e do Jardim Vicentina. Focada no entendimento de que a falta de moradia ou a favelização é antes um problema social do que um fato econô-mico, a Prefeitura se esmerou em assumir a construção até de estação de trata-mento de esgoto, para garantir um status menos sacrificado à população atendida pelos projetos. A questão é: os grande projetos habitacionais da prefeitura de Osasco para as classes populares seriam suficientes para sensibilizar o mercado e provocar a agitação que se vê hoje?

a maior área urbanizada do país. Isto é, sem culpas nem cinismo, praticamente não possuímos área rural ou florestal. Para crescer, Osasco se verticaliza ou se reconstrói. Ambas as coisas estão sendo feitas. Sem pecadilhos? Não dá para afirmar. “Viver Osasco” tenta destrinchar neste espaço – proporcionalmente mais modesto que o “quibe” geográfico do município – o que está sendo feito. Mostramos também alguns dos agentes que se atiram ao frenesi de construir e/ou reconstruir parte da cidade. Seja pela visão de quem palmilha os grotões da periferia e dos PACs, seja com os olhos de quem sopesa a atividade imobiliária mais como um mercado e menos como habitações. Tentamos assim vislumbrar o que pode acontecer daqui para a frente, em especial para quem por nascimento ou opção decidiu viver Osasco.

Selecionamos para ilustrar esse flagrante quatro pontos cardeais do movimento imobiliário em Osasco: • o Secretário Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, arquite-to e urbanista Sérgio Gonçalves, um qualificado porta-voz das intervenções públicas na questão;• o diretor do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), Dr. Arthur Boiajian, advogado e autoridade da insti-tuição com atuação específica na Região Oeste da Grande São Paulo;• o Sr. Jason Mota Silva, sócio diretor da Mota Campos Comércio e Construções Ltda. representante dos construtores e empreendedores ligados à cidade; e • o Sr. Daniel Leonel, sócio diretor da Nu-nes Imóveis, uma respeitada imobiliária, segmento a cargo de quem repousa a tarefa de garimpar pessoas e oportu-nidades e intermediar sonhos de um imóvel e uma vida melhor.

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preço dos terrenos é o princípio de tudo, e chega a ser de tal ordem que poderá inviabilizar até mesmo a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida. Na visão do Dr. Boiajian, “ao aumentar o valor do financiamento (de R$ 130 mil para R$ 170 mil por unidade) o governo deslocou para a classe C o que era para a classe D e favoreceu a classe B.” Para o experimentado corretor, essa situação complica o cenário de um município que praticamente não tem classe A (é de uns 2 a 3% apenas”) e concentrada em

nichos arborizados dos fechados condo-mínios horizontais. Ou locais como Vila São Francisco e Parque dos Príncipes.“O custo em Osasco de um apartamen-to de 50 m²”, que é o mais construído, segundo o Dr. Boiajian, “é de 3.000 o m²”. Caro, mas ainda assim quase nada, se comparado com o metro quadrado do centro comercial da cidade. Diz o diretor do CRECI: “No calçadão da Antonio Agú, você não vai acreditar, o custo é de R$ 20.000 o m² do terreno, não importando o que está construído. E não se encontra quem queira vender.”Na observação do profissional, as facilidades de acesso por trem, a posição entre uma série de municípios com centros comerciais menores, a oeste, e o congestionado comércio da capital, a leste, é que contribuem para a valori-zação de Osasco. E isso faz da cidade,

“Nós na verdade nos preparamos bem para as circunstâncias que viriam a acon-tecer depois”, admite Sérgio Gonçalves. “Por isso estamos aproveitando melhor que outros o desenvolvimento que hoje se verifica.”As intervenções urbanas da adminis-tração municipal, com a confiança estabelecida junto aos empreendedores imobiliários, se estendeu e a cidade prati-camente está pipocando de projetos, en-tre os quais o novo centro, a nova esta-ção e até mesmo a recuperação de áreas degradadas que permitiram surgir como que do nada um parque de 150.000 m2. “O que temos aqui é uma harmonia en-tre a preocupação social com as classes mais populares e a questão da qualidade de vida, disseminada por toda a popu-lação”, nota o Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano.

Habitação e comércio em alta, apesar de imóveis carosA mídia, as intervenções do poder público e o Programa Minha Casa Minha Vida são as principais razoes que fazem o mercado imobiliário demasiadamente aquecido. Esta é a opinião do Dr. Arthur Boiajian, diretor do CRECI e da Remax, multinacional tida como a maior do mundo na comercialização de imóveis. Para o Dr. Boiajian, a alta desmesurada do

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preço dos terrenos é o princípio de tudo, e chega a ser de tal ordem que poderá inviabilizar até mesmo a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida. Na visão do Dr. Boiajian, “ao aumentar o valor do financiamento (de R$ 130 mil para R$ 170 mil por unidade) o governo deslocou para a classe C o que era para a classe D e favoreceu a classe B.” Para o experimentado corretor, essa situação complica o cenário de um município que praticamente não tem classe A (é de uns 2 a 3% apenas”) e concentrada em

nichos arborizados dos fechados condo-mínios horizontais. Ou locais como Vila São Francisco e Parque dos Príncipes.“O custo em Osasco de um apartamen-to de 50 m²”, que é o mais construído, segundo o Dr. Boiajian, “é de 3.000 o m²”. Caro, mas ainda assim quase nada, se comparado com o metro quadrado do centro comercial da cidade. Diz o diretor do CRECI: “No calçadão da Antonio Agú, você não vai acreditar, o custo é de R$ 20.000 o m² do terreno, não importando o que está construído. E não se encontra quem queira vender.”Na observação do profissional, as facilidades de acesso por trem, a posição entre uma série de municípios com centros comerciais menores, a oeste, e o congestionado comércio da capital, a leste, é que contribuem para a valori-zação de Osasco. E isso faz da cidade,

“Nós na verdade nos preparamos bem para as circunstâncias que viriam a acon-tecer depois”, admite Sérgio Gonçalves. “Por isso estamos aproveitando melhor que outros o desenvolvimento que hoje se verifica.”As intervenções urbanas da adminis-tração municipal, com a confiança estabelecida junto aos empreendedores imobiliários, se estendeu e a cidade prati-camente está pipocando de projetos, en-tre os quais o novo centro, a nova esta-ção e até mesmo a recuperação de áreas degradadas que permitiram surgir como que do nada um parque de 150.000 m2. “O que temos aqui é uma harmonia en-tre a preocupação social com as classes mais populares e a questão da qualidade de vida, disseminada por toda a popu-lação”, nota o Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano.

Habitação e comércio em alta, apesar de imóveis carosA mídia, as intervenções do poder público e o Programa Minha Casa Minha Vida são as principais razoes que fazem o mercado imobiliário demasiadamente aquecido. Esta é a opinião do Dr. Arthur Boiajian, diretor do CRECI e da Remax, multinacional tida como a maior do mundo na comercialização de imóveis. Para o Dr. Boiajian, a alta desmesurada do

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Construtora Mota Campos não tem difi-culdade de vender nessa faixa ainda na planta os lançamentos que faz. “Temos tradição e um, bom nome no mercado”, orgulha-se Jason Silva. “Somos desbra-vadores do mercado e responsáveis por um padrão construtivo que hoje é seguido amplamente em Osasco.”

Visionário garante aluguel, água e luz ...Há quarenta anos no mercado de locação e venda de imóveis em Osasco, a Nunes Imóveis tem algumas marcas interessan-tes. Foi pioneira, no longínquo ano de 1976, da modalidade “aluguel garantido”. “O mercado segue as regras da oferta e procura”, constata o Sr. Daniel Leonel, só-cio diretor da Nunes. “O negocio imobili-ário cresceu em demasia. O mercado em São Paulo está saturado e a demanda veio para a região oeste, pela facilidade de acesso: Castelo, Raposo, Rodoanel, ligação do trem com o metrô. “No programa Minha Casa Minha Vida,

desde uns quinze anos para cá, cada vez mais um pólo de serviços e de comércio, já que as indústrias foram sucessivamen-te alijadas para cidades com terrenos mais baratos e ainda favorecidas pela isenção de impostos.Se isso serve de consolo, algumas das mais poderosas aglomerações urbanas do mundo, depois de terem construí-do sua riqueza sobre bases industriais, estão se transformando em centros de serviços, comércio e tecnologia. É o caso da capital paulista. É também o caso de Osasco. Com a diferença de que, aqui, o tamanho reduzido de sua área e o fato de ser um concorrido corredor entre a capital e o interior, passam a ser deter-minantes do seu desenvolvimento.

Desbravador do Km 18 aproveita o momento irrealHá mais de trinta anos exclusivamente no mercado, construindo basicamente apartamentos para as classes B e C, a

Construtora Mota Campos aproveita os bons ventos atuais, mas acha que tudo – especialmente os preços dos terrenos – anda fora da realidade. “O aumento da faixa de financiamento do Programa Minha Casa Minha Vida alertou o mercado”, diz Jason Mota Silva, sócio diretor da construtora. “Se antes um dono de terreno se dispunha a vender por R$ 1.000, imediatamente ele dobrou o valor para R$ 2.000. Isso é um entrave nas negociações e em alguns casos leva a gente a cancelar o projeto.”Apesar da restrição, o construtor se orgulha de ter entregue no ano passado o edifício “As Gaivotas Condominium Resort” e este ano está entregando o “Canto dos Tuins”, com 96 apartamentos e três coberturas.Há que se encarar com certa relatividade a observação do titular da Mota Campos sobre o preço dos terrenos. Ele mesmo admite que seu foco são unidades de 85 a 125 m², e média de preço de R$ 4.500 o m², para as classes B e C. Bom negócio.Mesmo assim, no momento atual, a

não conseguimos ter sucesso, porque o metro quadrado dos terrenos em Osas-co é muito alto e os financiamentos de R$ 130.000 também não eram suficien-tes. Pode ser que agora funcione, que vai para R$ 170.000. Mas por outro lado o cara que queria vender seu terreno aumenta o preço também.“Em Osasco, no conjunto São Cristóvão, apartamentos que foram vendidos por R$ 80.000, estão vendendo por R$ 140.000. A procura em Osasco é muito grande e aí prevalece a lei da oferta e procura. Como não existe mais áreas e os terrenos estão caros, as construtoras preferem verticalizar, comprando 5 a 6 terrenos e construindo apartamentos.“Em relação a imóveis comerciais e indus-triais em Osasco são difíceis de comer-cializar, apesar da procura ser grande. Os investidores percebem que em outros municípios além de serem mais baratos, eles tem o incentivo das prefeituras. “Nas áreas comerciais somos muito procurados por grandes empresas de São Paulo, mas além de serem caros os aluguéis, eles desistem por não terem incentivos fiscais. “Independente dos órgãos públicos o mercado cresce por si. “Na área de venda, qualquer cidadão sonha com a casa própria, e nós ven-demos esse sonho. Basta o cliente ter o financiamento. “Somos procurados na área de avaliação por grandes empresas e pela a justiça, pela nossa experiência e tradição.“Temos proprietários de imóveis por nós administrados que moram nos EUA, Portu-gal, que nos confiaram pela nossa tradição.“Em relação ao Cartão Aluguel, que o governo está lançando como garantia do aluguel para o locatário, está difícil

Sérgio GonçalvesSecretário Municipal de Habitação

Dr. Arthur BoiajianDiretor do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis

Jason Mota SilvaSócio Diretor da Mota Campos

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Construtora Mota Campos não tem difi-culdade de vender nessa faixa ainda na planta os lançamentos que faz. “Temos tradição e um, bom nome no mercado”, orgulha-se Jason Silva. “Somos desbra-vadores do mercado e responsáveis por um padrão construtivo que hoje é seguido amplamente em Osasco.”

Visionário garante aluguel, água e luz ...Há quarenta anos no mercado de locação e venda de imóveis em Osasco, a Nunes Imóveis tem algumas marcas interessan-tes. Foi pioneira, no longínquo ano de 1976, da modalidade “aluguel garantido”. “O mercado segue as regras da oferta e procura”, constata o Sr. Daniel Leonel, só-cio diretor da Nunes. “O negocio imobili-ário cresceu em demasia. O mercado em São Paulo está saturado e a demanda veio para a região oeste, pela facilidade de acesso: Castelo, Raposo, Rodoanel, ligação do trem com o metrô. “No programa Minha Casa Minha Vida,

desde uns quinze anos para cá, cada vez mais um pólo de serviços e de comércio, já que as indústrias foram sucessivamen-te alijadas para cidades com terrenos mais baratos e ainda favorecidas pela isenção de impostos.Se isso serve de consolo, algumas das mais poderosas aglomerações urbanas do mundo, depois de terem construí-do sua riqueza sobre bases industriais, estão se transformando em centros de serviços, comércio e tecnologia. É o caso da capital paulista. É também o caso de Osasco. Com a diferença de que, aqui, o tamanho reduzido de sua área e o fato de ser um concorrido corredor entre a capital e o interior, passam a ser deter-minantes do seu desenvolvimento.

Desbravador do Km 18 aproveita o momento irrealHá mais de trinta anos exclusivamente no mercado, construindo basicamente apartamentos para as classes B e C, a

Construtora Mota Campos aproveita os bons ventos atuais, mas acha que tudo – especialmente os preços dos terrenos – anda fora da realidade. “O aumento da faixa de financiamento do Programa Minha Casa Minha Vida alertou o mercado”, diz Jason Mota Silva, sócio diretor da construtora. “Se antes um dono de terreno se dispunha a vender por R$ 1.000, imediatamente ele dobrou o valor para R$ 2.000. Isso é um entrave nas negociações e em alguns casos leva a gente a cancelar o projeto.”Apesar da restrição, o construtor se orgulha de ter entregue no ano passado o edifício “As Gaivotas Condominium Resort” e este ano está entregando o “Canto dos Tuins”, com 96 apartamentos e três coberturas.Há que se encarar com certa relatividade a observação do titular da Mota Campos sobre o preço dos terrenos. Ele mesmo admite que seu foco são unidades de 85 a 125 m², e média de preço de R$ 4.500 o m², para as classes B e C. Bom negócio.Mesmo assim, no momento atual, a

não conseguimos ter sucesso, porque o metro quadrado dos terrenos em Osas-co é muito alto e os financiamentos de R$ 130.000 também não eram suficien-tes. Pode ser que agora funcione, que vai para R$ 170.000. Mas por outro lado o cara que queria vender seu terreno aumenta o preço também.“Em Osasco, no conjunto São Cristóvão, apartamentos que foram vendidos por R$ 80.000, estão vendendo por R$ 140.000. A procura em Osasco é muito grande e aí prevalece a lei da oferta e procura. Como não existe mais áreas e os terrenos estão caros, as construtoras preferem verticalizar, comprando 5 a 6 terrenos e construindo apartamentos.“Em relação a imóveis comerciais e indus-triais em Osasco são difíceis de comer-cializar, apesar da procura ser grande. Os investidores percebem que em outros municípios além de serem mais baratos, eles tem o incentivo das prefeituras. “Nas áreas comerciais somos muito procurados por grandes empresas de São Paulo, mas além de serem caros os aluguéis, eles desistem por não terem incentivos fiscais. “Independente dos órgãos públicos o mercado cresce por si. “Na área de venda, qualquer cidadão sonha com a casa própria, e nós ven-demos esse sonho. Basta o cliente ter o financiamento. “Somos procurados na área de avaliação por grandes empresas e pela a justiça, pela nossa experiência e tradição.“Temos proprietários de imóveis por nós administrados que moram nos EUA, Portu-gal, que nos confiaram pela nossa tradição.“Em relação ao Cartão Aluguel, que o governo está lançando como garantia do aluguel para o locatário, está difícil

Sérgio GonçalvesSecretário Municipal de Habitação

Dr. Arthur BoiajianDiretor do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis

Jason Mota SilvaSócio Diretor da Mota Campos

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encontrar um fiador. Nós, além do fiador, aceitamos depósito caução, fiadores não residentes na cidade. Futuramente, com algumas correções e garantido pela Caixa, o Cartão deverá ser uma solução melhor. “O nosso sistema de aluguel garantido continua sendo um diferencial impor-tante. Enquanto as outras imobiliárias garantem só o primeiro aluguel, nós garantimos o aluguel, água, luz, e se vier a ação de despejo (jurídico) o proprie-tário não paga nada, a Nunes Imóveis

garante, pois ela tem o departamento jurídico que controla todas as situações. “Não sei se sou um visionário”, comenta o Sr. Daniel Leonel, “mas como os ver-dadeiros empreendedores que aprendi a admirar, procuro sempre agir com ética e responsabilidade. “O mercado de locação ainda é atraente para os proprietários, pois apesar dos atuais financiamentos, muitos ainda não têm a parcela inicial da entrada, que não é financiada.”

O “Minha Casa Minha Vida” é uma iniciativa do governo federal inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem como objetivo a cons-trução de “1 milhão de casas” em todo o país. Destina-se a famílias de baixa renda, de zero a 3 (subsidio) e de 3 a 10 (financiamento) salários mínimos. O “Minha Casa” funciona assim: a prefeitu-ra identifica as famílias necessitadas (que geralmente moram em favelas, em local específico), promove a reurbanização do local (ruas asfaltadas, redes de água, esgo-to e energia elétrica, condições para linhas de ônibus ou outras). Além disso, reserva áreas para escolas, instalação de parques, jardins e centros de lazer e esporte.Se a prefeitura faz tudo isso, como é que o “Minha Casa” é do governo federal?Bom. A prefeitura não dispõe de todos recursos (dinheiro). Na verdade, em Osasco, ela já tinha se preparado, inves-tindo na criação de áreas livres (bolsões) para a instalação das moradias. Mas o governo garante a construção das casas. Quem solta a grana do governo é a Caixa Econômica Federal.

Minha Casa, um Sonho Feito RealidadeQuem levanta as moradias são construto-ras particulares. Os recursos vão direto (sem passar pela Prefeitura) para as construtoras que tiverem seus projetos aprovados. A prefeitura planeja, inscreve cidadãos, urbaniza, cede terrenos e/ou isenta de tributos para que as construções tenham o mais baixo custo possível, organiza e cuida para que tudo corra direito. Aos moradores beneficiados e a toda a população (os recursos são de toda a população), cabe ficar de olho, fiscalizar, denunciar eventuais irregularidades.Em Osasco, o primeiro contrato foi assina-do em abril de 2009. As áreas localizam-se no Jardim Aliança e Vila Vicentina, beneficiando mais de 1500 pessoas O “Minha Casa Minha Vida” resolve em definitivo o problema da falta de mora-dias em Osasco? Aparentemente, não. É pouco. Segundo declara a prefeitura, são 150 favelas em toda Osasco, onde vivem 120 mil pessoas. Mas o caminho (pelo menos um caminho) está apontado. Cabe a todos os osasquen-ses decidir ampliá-lo ou melhorá-lo ou fazer de conta que o assunto não interessa. Quadro 1 Dados de uma Economia Forte

PIB: R$ 30 bilhões (IBGE 2008)• 3º PIB do Estado - atrás de São Paulo (R$357,1 bi) e Guarulhos (R$ 31,9 bi)• 0º PIB do PaísPopulação• Censo IBGE 2010: 666.469 moradores• Seade 2010: 730.000 moradores (Em dezembro passado, a Prefeitura pediu oficialmente ao IBGE a recontagem dos dados do último Censo.) • Cidade mais populosa da Região Oeste da GSP• 6ª mais populosa do Estado

• 26ª mais populosa do Brasil• 214.000 residências (ligações elétricas domiciliares)Orçamento Público (2011)• Receita: R$ 1,53 bi – 2ª da Região Oeste, atrás de Barueri (R$ 1,59 bi)• Arrecadação ICMS: (jan.2011) R$ 21,93 milhões - 2ª da Região Oeste (Barueri: R$ 38,05 milhões)• Arrecadação IPVA (jan.2011): R$ 26,15 milhões - maior da Região Oeste • Nota Fiscal Paulista: R$ 34 milhões em créditos – e a 7ª cidade no estado

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encontrar um fiador. Nós, além do fiador, aceitamos depósito caução, fiadores não residentes na cidade. Futuramente, com algumas correções e garantido pela Caixa, o Cartão deverá ser uma solução melhor. “O nosso sistema de aluguel garantido continua sendo um diferencial impor-tante. Enquanto as outras imobiliárias garantem só o primeiro aluguel, nós garantimos o aluguel, água, luz, e se vier a ação de despejo (jurídico) o proprie-tário não paga nada, a Nunes Imóveis

garante, pois ela tem o departamento jurídico que controla todas as situações. “Não sei se sou um visionário”, comenta o Sr. Daniel Leonel, “mas como os ver-dadeiros empreendedores que aprendi a admirar, procuro sempre agir com ética e responsabilidade. “O mercado de locação ainda é atraente para os proprietários, pois apesar dos atuais financiamentos, muitos ainda não têm a parcela inicial da entrada, que não é financiada.”

O “Minha Casa Minha Vida” é uma iniciativa do governo federal inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem como objetivo a cons-trução de “1 milhão de casas” em todo o país. Destina-se a famílias de baixa renda, de zero a 3 (subsidio) e de 3 a 10 (financiamento) salários mínimos. O “Minha Casa” funciona assim: a prefeitu-ra identifica as famílias necessitadas (que geralmente moram em favelas, em local específico), promove a reurbanização do local (ruas asfaltadas, redes de água, esgo-to e energia elétrica, condições para linhas de ônibus ou outras). Além disso, reserva áreas para escolas, instalação de parques, jardins e centros de lazer e esporte.Se a prefeitura faz tudo isso, como é que o “Minha Casa” é do governo federal?Bom. A prefeitura não dispõe de todos recursos (dinheiro). Na verdade, em Osasco, ela já tinha se preparado, inves-tindo na criação de áreas livres (bolsões) para a instalação das moradias. Mas o governo garante a construção das casas. Quem solta a grana do governo é a Caixa Econômica Federal.

Minha Casa, um Sonho Feito RealidadeQuem levanta as moradias são construto-ras particulares. Os recursos vão direto (sem passar pela Prefeitura) para as construtoras que tiverem seus projetos aprovados. A prefeitura planeja, inscreve cidadãos, urbaniza, cede terrenos e/ou isenta de tributos para que as construções tenham o mais baixo custo possível, organiza e cuida para que tudo corra direito. Aos moradores beneficiados e a toda a população (os recursos são de toda a população), cabe ficar de olho, fiscalizar, denunciar eventuais irregularidades.Em Osasco, o primeiro contrato foi assina-do em abril de 2009. As áreas localizam-se no Jardim Aliança e Vila Vicentina, beneficiando mais de 1500 pessoas O “Minha Casa Minha Vida” resolve em definitivo o problema da falta de mora-dias em Osasco? Aparentemente, não. É pouco. Segundo declara a prefeitura, são 150 favelas em toda Osasco, onde vivem 120 mil pessoas. Mas o caminho (pelo menos um caminho) está apontado. Cabe a todos os osasquen-ses decidir ampliá-lo ou melhorá-lo ou fazer de conta que o assunto não interessa. Quadro 1 Dados de uma Economia Forte

PIB: R$ 30 bilhões (IBGE 2008)• 3º PIB do Estado - atrás de São Paulo (R$357,1 bi) e Guarulhos (R$ 31,9 bi)• 0º PIB do PaísPopulação• Censo IBGE 2010: 666.469 moradores• Seade 2010: 730.000 moradores (Em dezembro passado, a Prefeitura pediu oficialmente ao IBGE a recontagem dos dados do último Censo.) • Cidade mais populosa da Região Oeste da GSP• 6ª mais populosa do Estado

• 26ª mais populosa do Brasil• 214.000 residências (ligações elétricas domiciliares)Orçamento Público (2011)• Receita: R$ 1,53 bi – 2ª da Região Oeste, atrás de Barueri (R$ 1,59 bi)• Arrecadação ICMS: (jan.2011) R$ 21,93 milhões - 2ª da Região Oeste (Barueri: R$ 38,05 milhões)• Arrecadação IPVA (jan.2011): R$ 26,15 milhões - maior da Região Oeste • Nota Fiscal Paulista: R$ 34 milhões em créditos – e a 7ª cidade no estado

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A Vida em Passo de Dança Por Edmilson Conceição

Uma professora em Osasco propõe há duas décadas que dançar é um bom passo para viver melhor.

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A Vida em Passo de Dança Por Edmilson Conceição

Uma professora em Osasco propõe há duas décadas que dançar é um bom passo para viver melhor.

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A professora de balé Elaine Lacerda não tem o perfil longilíneo que se

espera de uma bailarina: é de estatura média, uma polegada a mais de cintura. Ainda assim, com toda a legitimidade, ela orgulhosamente dá aulas e ostenta seu nome numa das escolas mais queri-das e tradicionais de Osasco, o Studio de Dança Elaine Lacerda.Na sua especialidade, a professora Elaine é conteúdo, é informação, é história, é determinação, é guerreira. Elaine Lacer-da é pura dança. Ela é a sua escola. “Iniciei no balé com 8 anos de idade”, conta a professora. “Com 14 anos já dava aula. E aos 17 abri a minha própria escola.”Este rápido resumo não esclarece que Elaine Lacerda é formada em balé clás-sico pela Clayds Zwing, onde estudou doze anos, aperfeiçoando-se em jazz e dança moderna, participando do grupo

de dança da escola. Também não revela que ela fez curso de modelo e postura e continua a fazer cursos como o de informática, tudo em função da missão que se reservou na vida: contribuir para a arte da dança. “A dança muda a vida das pessoas”, justifica Elaine Lacerda. E exemplifica: “Um jovem com um pé no crime pôs o pé para dentro do estúdio e se modifi-cou. Hoje trabalha numa multinacional e telefona agradecendo a oportunidade que a dança lhe deu.”Não é só isso. Para a empresária da dança, disciplina, coordenação motora, conheci-mento, consciência corporal e auto-estima são coisas que a dança dá e que podem ser úteis para o cidadão comum em sua vida pessoal ou profissional. Esse espírito quase transcendental de amor à arte é que a professora incorpora

ao Stúdio de Dança Elaine Lacerda. E talvez explique seu sucesso. Mas há outros componentes que sem dúvida contribuem para o êxito da escola. Como a localização com acesso fácil por trem e ônibus, os modestos preços de seus cursos – média de R$ 73 mensais, duas aulas por semana – e um notável afluxo de alunos do sexo masculino, numa proporção muito maior que a de qualquer escola similar.– Essa freqüência de rapazes não inco-moda? Homem no balé não é sinônimo de pouca masculinidade?A professora não se abala com a provo-cação do repórter: “O balé não produz nem estimula homossexualismo”, argumenta ela. “É puro preconceito. Eu tenho um filho de 11 anos que dança, sem problemas. Tem meninos que dançam e têm namorada.

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A professora de balé Elaine Lacerda não tem o perfil longilíneo que se

espera de uma bailarina: é de estatura média, uma polegada a mais de cintura. Ainda assim, com toda a legitimidade, ela orgulhosamente dá aulas e ostenta seu nome numa das escolas mais queri-das e tradicionais de Osasco, o Studio de Dança Elaine Lacerda.Na sua especialidade, a professora Elaine é conteúdo, é informação, é história, é determinação, é guerreira. Elaine Lacer-da é pura dança. Ela é a sua escola. “Iniciei no balé com 8 anos de idade”, conta a professora. “Com 14 anos já dava aula. E aos 17 abri a minha própria escola.”Este rápido resumo não esclarece que Elaine Lacerda é formada em balé clás-sico pela Clayds Zwing, onde estudou doze anos, aperfeiçoando-se em jazz e dança moderna, participando do grupo

de dança da escola. Também não revela que ela fez curso de modelo e postura e continua a fazer cursos como o de informática, tudo em função da missão que se reservou na vida: contribuir para a arte da dança. “A dança muda a vida das pessoas”, justifica Elaine Lacerda. E exemplifica: “Um jovem com um pé no crime pôs o pé para dentro do estúdio e se modifi-cou. Hoje trabalha numa multinacional e telefona agradecendo a oportunidade que a dança lhe deu.”Não é só isso. Para a empresária da dança, disciplina, coordenação motora, conheci-mento, consciência corporal e auto-estima são coisas que a dança dá e que podem ser úteis para o cidadão comum em sua vida pessoal ou profissional. Esse espírito quase transcendental de amor à arte é que a professora incorpora

ao Stúdio de Dança Elaine Lacerda. E talvez explique seu sucesso. Mas há outros componentes que sem dúvida contribuem para o êxito da escola. Como a localização com acesso fácil por trem e ônibus, os modestos preços de seus cursos – média de R$ 73 mensais, duas aulas por semana – e um notável afluxo de alunos do sexo masculino, numa proporção muito maior que a de qualquer escola similar.– Essa freqüência de rapazes não inco-moda? Homem no balé não é sinônimo de pouca masculinidade?A professora não se abala com a provo-cação do repórter: “O balé não produz nem estimula homossexualismo”, argumenta ela. “É puro preconceito. Eu tenho um filho de 11 anos que dança, sem problemas. Tem meninos que dançam e têm namorada.

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E existem também aqueles que são homossexuais, como tem meninas também. Nós aceitamos a todos sem discriminação. O que importa é que, aqui dentro, o ambiente é de respeito, seriedade e profissionalismo.” E Elaine Lacerda conclui taxativa: “Quan-do bailarinos pisam num palco, eles e elas, têm é que ser profissionais. Na vida pessoal, cada um que seja o que quizer, desde que não prejudique os demais.”

A Dança das IdadesPara Elaine Lacerda, um curso de balé clássico profissionalizante tem que ser iniciado com a idade que ela própria começou: a partir dos 7 anos. Ela explica que são oito anos de curso e, quando o aluno estiver concluindo o ensino fundamental, no ensino regular, estará também se formando bailarino ou bailarina clássica.

No Studio de Dança Elaine Lacerda as crianças com menos de 7 anos podem fazer o Baby Class, um estágio adaptado à idade, e depois passam para o Pré-Balé, até completar os 7 anos. Apesar de advertir que a idade ideal para o início seria antes dos 10 anos, Elaine justifica que qualquer pessoa, a qualquer tempo, pode se beneficiar da prática da dança. “Para os adultos temos cursos especiais “cursos adequados tanto para aqueles que querem ser pro-fessores e já tenham alguma iniciação, quanto para aqueles que simplesmente querem aumentar a auto-estima.” A mágica para fazer que adultos entrem na dança, segundo a professora, é apli-car ao máximo as regras do balé clássico, com impactos menores, naturalmen-te. A dança se encarrega, então, de proporcionar uma “incrível diversão”: “Os adultos adoram”, sentem-se fisicamente

mais dispostos e até o plano psicológico melhora”, sustenta ela.Um dos pecados que no entanto não se pode cometer no ensino da dança é o de misturar num mesmo grupo alunos de idades diferentes: 5, 8, 12 anos. Elaine chega a se enfurecer: “Isso é completa-mente errado. É irresponsável e muito triste que escolas façam isso por aí”.

Provas do InvestimentoPelo que se depreende do entusiasmo da fundadora do Studio de Dança Elaine Lacerda, o balé e a dança seriam uma solução até para o problema do desem-prego no país. Exagero?“O Brasil é um dos maiores exporta-dores de dançarinos do mundo”, diz a professora. “Alemanha, Inglaterra, Rússia, Estados Unidos têm brasileiros em postos de destaque em seus elencos.” Para aproveitar isso, duas coisas seriam necessárias: que nossas escolas se for-rem de mais seriedade e qualidade em seus métodos e que os alunos tenham condições de resistir à pressão econô-mica que os faz abandonar os cursos no meio, em geral para se entregar a um trabalho comum.Aqui dentro mesmo há muitas oportuni-dades, garante a empresária, para quem “há dança para todo gosto” e nem todo mundo precisa ser bailarino para colher frutos com essa arte. “Os musicais”, observa Elaine Lacerda, “são um ramo em franco desenvolvimento aqui e no exterior.” Por outro lado, ela anuncia que vários alunos seus animam festas em bufês de debutantes ou casamentos, ganhando cachê. Ela sugere até que esse mercado poderia ser ainda maior, se shoppings organizassem shows em praças de alimentação, por exemplo.

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E existem também aqueles que são homossexuais, como tem meninas também. Nós aceitamos a todos sem discriminação. O que importa é que, aqui dentro, o ambiente é de respeito, seriedade e profissionalismo.” E Elaine Lacerda conclui taxativa: “Quan-do bailarinos pisam num palco, eles e elas, têm é que ser profissionais. Na vida pessoal, cada um que seja o que quizer, desde que não prejudique os demais.”

A Dança das IdadesPara Elaine Lacerda, um curso de balé clássico profissionalizante tem que ser iniciado com a idade que ela própria começou: a partir dos 7 anos. Ela explica que são oito anos de curso e, quando o aluno estiver concluindo o ensino fundamental, no ensino regular, estará também se formando bailarino ou bailarina clássica.

No Studio de Dança Elaine Lacerda as crianças com menos de 7 anos podem fazer o Baby Class, um estágio adaptado à idade, e depois passam para o Pré-Balé, até completar os 7 anos. Apesar de advertir que a idade ideal para o início seria antes dos 10 anos, Elaine justifica que qualquer pessoa, a qualquer tempo, pode se beneficiar da prática da dança. “Para os adultos temos cursos especiais “cursos adequados tanto para aqueles que querem ser pro-fessores e já tenham alguma iniciação, quanto para aqueles que simplesmente querem aumentar a auto-estima.” A mágica para fazer que adultos entrem na dança, segundo a professora, é apli-car ao máximo as regras do balé clássico, com impactos menores, naturalmen-te. A dança se encarrega, então, de proporcionar uma “incrível diversão”: “Os adultos adoram”, sentem-se fisicamente

mais dispostos e até o plano psicológico melhora”, sustenta ela.Um dos pecados que no entanto não se pode cometer no ensino da dança é o de misturar num mesmo grupo alunos de idades diferentes: 5, 8, 12 anos. Elaine chega a se enfurecer: “Isso é completa-mente errado. É irresponsável e muito triste que escolas façam isso por aí”.

Provas do InvestimentoPelo que se depreende do entusiasmo da fundadora do Studio de Dança Elaine Lacerda, o balé e a dança seriam uma solução até para o problema do desem-prego no país. Exagero?“O Brasil é um dos maiores exporta-dores de dançarinos do mundo”, diz a professora. “Alemanha, Inglaterra, Rússia, Estados Unidos têm brasileiros em postos de destaque em seus elencos.” Para aproveitar isso, duas coisas seriam necessárias: que nossas escolas se for-rem de mais seriedade e qualidade em seus métodos e que os alunos tenham condições de resistir à pressão econô-mica que os faz abandonar os cursos no meio, em geral para se entregar a um trabalho comum.Aqui dentro mesmo há muitas oportuni-dades, garante a empresária, para quem “há dança para todo gosto” e nem todo mundo precisa ser bailarino para colher frutos com essa arte. “Os musicais”, observa Elaine Lacerda, “são um ramo em franco desenvolvimento aqui e no exterior.” Por outro lado, ela anuncia que vários alunos seus animam festas em bufês de debutantes ou casamentos, ganhando cachê. Ela sugere até que esse mercado poderia ser ainda maior, se shoppings organizassem shows em praças de alimentação, por exemplo.

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Professores, cenógrafos, coreógrafos, ilu-minadores, figurinistas, fotógrafos e até fisioterapeutas especializados em assistir bailarinos são oportunidades que um bom curso de dança ajuda a encaminhar. A própria Elaine é exemplo de uma des-sas especialidades “parceiras” da dança: a organização de eventos. Ela começou organizando espetáculos de encerra-mento de cursos, com o objetivo de mostrar aos pais dos alunos o resultado do seu investimento. Dos espetáculos de encerramento de curso Elaine passou a organizar a participação de grupos da sua escola em festivais. Primeiro, com a meta de fazê-los “ganhar palco” e também de dar mais visibilidade para a escola. Além disso, os festivais são para a empresária uma forma de observar e aprender com a troca de experiências com grupos de outras regiões do país. A participação – já há seis anos seguidos – num desses eventos, talvez dos mais

famosos no Brasil, o Festival de Paraty, deu à escola de Osasco um impulso incomum. . No ano passado, a repor-tagem da respeitada revista carioca “AllDance” consagrou o Studio de Dança Elaine Lacerda, tornando-o conhecido de norte a sul como uma das estrelas do Festival de Paraty..

A Dança Antes, o Papo DepoisParalelamente, Elaine já dava mostras do seu espírito empreendedor, organizando o festival Criarte, em Osasco. “Eu adoro organizar festivais”, entusias-ma-se Elaine Lacerda. “Meu lugar não é no palco, mas nos bastidores. Como a região não oferecia oportunidades, iniciei o Criarte, uma série de quatro es-petáculos realizados a partir de 2007. A idéia acabou copiada e se diluindo, por falta de apoio, mas foi marcante.“ Segundo a professora, um evento como o Criarte parece um “mapa da mina”, mas não é fácil. “É preciso suar muito, e

além de competência exige sorte.”Competência é uma qualidade que mui-tos alardeiam, mas que Elaine Lacerda comprova, quando se trata de even-tos. No próprio Criarte, ela organizou workshops com especialistas convida-dos de vários cantos do país para discutir desafios a vencer e idéias para promover a cultura da dança. Colocou, igualmente, professores para dar aulas gratuitas. Ainda neste ano de 2011, um dos projetos que Elaine Lacerda acaricia tem o nome de “Por Trás da Dança”. Trata-se de um “bate-papo informal”, em que após cada espetáculo ela reuni-rá platéia e especialistas. Em discussão, naturalmente, a dança. Enfim, Elaine Lacerda, mais que uma bai-larina, empresária ou professora, é uma bem-vinda agitadora cultural, a serviço da dança. “A dança é muito mais que o mundinho de uma escola”, ela resume. Como todo criador, inquieta e insatisfei-ta, Elaine reclama da falta de apoio dos

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Professores, cenógrafos, coreógrafos, ilu-minadores, figurinistas, fotógrafos e até fisioterapeutas especializados em assistir bailarinos são oportunidades que um bom curso de dança ajuda a encaminhar. A própria Elaine é exemplo de uma des-sas especialidades “parceiras” da dança: a organização de eventos. Ela começou organizando espetáculos de encerra-mento de cursos, com o objetivo de mostrar aos pais dos alunos o resultado do seu investimento. Dos espetáculos de encerramento de curso Elaine passou a organizar a participação de grupos da sua escola em festivais. Primeiro, com a meta de fazê-los “ganhar palco” e também de dar mais visibilidade para a escola. Além disso, os festivais são para a empresária uma forma de observar e aprender com a troca de experiências com grupos de outras regiões do país. A participação – já há seis anos seguidos – num desses eventos, talvez dos mais

famosos no Brasil, o Festival de Paraty, deu à escola de Osasco um impulso incomum. . No ano passado, a repor-tagem da respeitada revista carioca “AllDance” consagrou o Studio de Dança Elaine Lacerda, tornando-o conhecido de norte a sul como uma das estrelas do Festival de Paraty..

A Dança Antes, o Papo DepoisParalelamente, Elaine já dava mostras do seu espírito empreendedor, organizando o festival Criarte, em Osasco. “Eu adoro organizar festivais”, entusias-ma-se Elaine Lacerda. “Meu lugar não é no palco, mas nos bastidores. Como a região não oferecia oportunidades, iniciei o Criarte, uma série de quatro es-petáculos realizados a partir de 2007. A idéia acabou copiada e se diluindo, por falta de apoio, mas foi marcante.“ Segundo a professora, um evento como o Criarte parece um “mapa da mina”, mas não é fácil. “É preciso suar muito, e

além de competência exige sorte.”Competência é uma qualidade que mui-tos alardeiam, mas que Elaine Lacerda comprova, quando se trata de even-tos. No próprio Criarte, ela organizou workshops com especialistas convida-dos de vários cantos do país para discutir desafios a vencer e idéias para promover a cultura da dança. Colocou, igualmente, professores para dar aulas gratuitas. Ainda neste ano de 2011, um dos projetos que Elaine Lacerda acaricia tem o nome de “Por Trás da Dança”. Trata-se de um “bate-papo informal”, em que após cada espetáculo ela reuni-rá platéia e especialistas. Em discussão, naturalmente, a dança. Enfim, Elaine Lacerda, mais que uma bai-larina, empresária ou professora, é uma bem-vinda agitadora cultural, a serviço da dança. “A dança é muito mais que o mundinho de uma escola”, ela resume. Como todo criador, inquieta e insatisfei-ta, Elaine reclama da falta de apoio dos

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setores empresariais e da pouca visão dos poderes públicos para a importân-cia da dança como elemento agregador da sociedade: “Nesses 23 anos”, comenta ela, “eu e meus alunos participamos de vários eventos representando a cidade de Osasco. Sempre às nossas próprias custas. Houve vezes em que, classifica-dos, não pudemos prosseguir, simples-mente por falta de um ônibus.”Mas a breve seção de queixas e reclama-ções da inspiradora do Studio de Dança Elaine Lacerda é logo substituída por seu habitual dinamismo. Ela faz uma proposta:“Por que não ter Osasco uma escola oficial de bailado? Quantas crianças não tiraríamos da rua, da droga? Municípios com muito menos estrutura têm sua es-cola. É só uma questão de visão política. Quem sabe agora, que temos um novo Secretario da Cultura, possamos dar

seqüência a essa idéia... Se precisarem de mim, estou à disposição.”– Professora, uma escola oficial não seria uma concorrência com a sua própria escola?“Certamente. Mas acho que esse é o passo certo a dar”, responde a surpreen-dente Elaine Lacerda. Pode ser só um passo. Porém pode ser um passo mais importante que a dança inteira, mais expressivo que uma Elaine Lacerda, seja ela uma bailarina obcecada atrás dos bastidores ou um Stúdio. Talvez seja apenas um passo. Mas poderia ser um importante passo para um “mundinho” mais generoso e mais amplo que o encantamento e o sonho de uma platéia.

Studio de Dança Elaine LacerdaTelefones: 2862-4963 / 3608-7742HTTP/elainelacerda.vila.bol.com.br

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setores empresariais e da pouca visão dos poderes públicos para a importân-cia da dança como elemento agregador da sociedade: “Nesses 23 anos”, comenta ela, “eu e meus alunos participamos de vários eventos representando a cidade de Osasco. Sempre às nossas próprias custas. Houve vezes em que, classifica-dos, não pudemos prosseguir, simples-mente por falta de um ônibus.”Mas a breve seção de queixas e reclama-ções da inspiradora do Studio de Dança Elaine Lacerda é logo substituída por seu habitual dinamismo. Ela faz uma proposta:“Por que não ter Osasco uma escola oficial de bailado? Quantas crianças não tiraríamos da rua, da droga? Municípios com muito menos estrutura têm sua es-cola. É só uma questão de visão política. Quem sabe agora, que temos um novo Secretario da Cultura, possamos dar

seqüência a essa idéia... Se precisarem de mim, estou à disposição.”– Professora, uma escola oficial não seria uma concorrência com a sua própria escola?“Certamente. Mas acho que esse é o passo certo a dar”, responde a surpreen-dente Elaine Lacerda. Pode ser só um passo. Porém pode ser um passo mais importante que a dança inteira, mais expressivo que uma Elaine Lacerda, seja ela uma bailarina obcecada atrás dos bastidores ou um Stúdio. Talvez seja apenas um passo. Mas poderia ser um importante passo para um “mundinho” mais generoso e mais amplo que o encantamento e o sonho de uma platéia.

Studio de Dança Elaine LacerdaTelefones: 2862-4963 / 3608-7742HTTP/elainelacerda.vila.bol.com.br

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A independência de Osasco foi muito mais difícil que a do Brasil. Não

bastou um imperador levantar a espada e dar um grito.Como não havia imperador por aqui, o que valeu – e valeu muito– foi a atuação de uma certa SADO – Sociedade dos Amigos do Distrito de Osasco. Foi essa

sociedade de amigos, que existia desde 1947 – e a partir de 1974 passaria a chamar-se Ordem dos Emancipadores de Osasco – que reuniu os defensores da independência, conquistada através de um plebiscito. Aliás, dois. No primeiro plebiscito – consulta aos moradores locais para saber se queriam

se desligar da capital – a população disse “não” à pretendida emancipação. Mas há controvérsias. Recaem suspeitas sobre o cartório local onde “dormiram” irregularmente as urnas e cujos donos eram líderes da corrente do “não”. (Ra-posas tomando conta de galinhas?) Mas pode ser que o povo não quis mesmo saber de independência. Teria sido sedu-zido pela lábia de funcionários públicos de São Paulo e suas famílias, que temiam perder a condição de privilegiados parti-cipantes da megaestrutura da capital.Numa segunda votação, porém,

venceram os argumentos do “sim”. A Vila de Osasco era populosa o bastan-te, contribuía por suas indústrias com expressiva arrecadação de impostos e deveria poder andar com suas próprias pernas. E a realidade era que, distante 16 quilômetros do centro, era esquecida, maltratada. Era mal servida em termos de fornecimentos públicos de água, esgoto, iluminação, transportes, asfalto, pavimentação de vias, segurança... Foi só os moradores tomarem consciência disso, para dizer “sim” à independência. (Para ver que não é à toa que “consciên-cia” rima com “independência”...) Se foi melhor assim? A frase atual de um membro da “Ordem”, André Frederico Menck, dá a resposta: “Se não fosse a emancipação, Osasco ainda hoje seria uma espécie de São Miguel Paulista”.

Carnaval de dificuldadesCom a vitória do “sim” – 70% dos moradores – ficou marcada a data para sacramentar a emancipação. A eleição dos dirigentes do novo município era o dia D: 7 de janeiro de 1962. Quem disse? Para surpresa de todos, na véspera da eleição, o noticiário “Repórter Esso” (mais famoso no rádio da época que o “Jornal Nacional” da tevê de hoje) anunciava a suspensão das eleições em Osasco. Sem explicações convincentes. Processos e protestos pra cá, reuniões e acertos pra lá, finalmente em 14 de fevereiro houve a eleição e no dia 19 de fevereiro de 1962 Hirant Sanazar tomou posse como primeiro prefeito da cidade de Osasco. Juntamente com Sanazar, tomaram posse os primeiros 23 vereadores. Fim dos problemas? Quem dera!

EMANCIPADORES

Ação e AmizadeFazem uma CidadePor Edmilson Conceição

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A independência de Osasco foi muito mais difícil que a do Brasil. Não

bastou um imperador levantar a espada e dar um grito.Como não havia imperador por aqui, o que valeu – e valeu muito– foi a atuação de uma certa SADO – Sociedade dos Amigos do Distrito de Osasco. Foi essa

sociedade de amigos, que existia desde 1947 – e a partir de 1974 passaria a chamar-se Ordem dos Emancipadores de Osasco – que reuniu os defensores da independência, conquistada através de um plebiscito. Aliás, dois. No primeiro plebiscito – consulta aos moradores locais para saber se queriam

se desligar da capital – a população disse “não” à pretendida emancipação. Mas há controvérsias. Recaem suspeitas sobre o cartório local onde “dormiram” irregularmente as urnas e cujos donos eram líderes da corrente do “não”. (Ra-posas tomando conta de galinhas?) Mas pode ser que o povo não quis mesmo saber de independência. Teria sido sedu-zido pela lábia de funcionários públicos de São Paulo e suas famílias, que temiam perder a condição de privilegiados parti-cipantes da megaestrutura da capital.Numa segunda votação, porém,

venceram os argumentos do “sim”. A Vila de Osasco era populosa o bastan-te, contribuía por suas indústrias com expressiva arrecadação de impostos e deveria poder andar com suas próprias pernas. E a realidade era que, distante 16 quilômetros do centro, era esquecida, maltratada. Era mal servida em termos de fornecimentos públicos de água, esgoto, iluminação, transportes, asfalto, pavimentação de vias, segurança... Foi só os moradores tomarem consciência disso, para dizer “sim” à independência. (Para ver que não é à toa que “consciên-cia” rima com “independência”...) Se foi melhor assim? A frase atual de um membro da “Ordem”, André Frederico Menck, dá a resposta: “Se não fosse a emancipação, Osasco ainda hoje seria uma espécie de São Miguel Paulista”.

Carnaval de dificuldadesCom a vitória do “sim” – 70% dos moradores – ficou marcada a data para sacramentar a emancipação. A eleição dos dirigentes do novo município era o dia D: 7 de janeiro de 1962. Quem disse? Para surpresa de todos, na véspera da eleição, o noticiário “Repórter Esso” (mais famoso no rádio da época que o “Jornal Nacional” da tevê de hoje) anunciava a suspensão das eleições em Osasco. Sem explicações convincentes. Processos e protestos pra cá, reuniões e acertos pra lá, finalmente em 14 de fevereiro houve a eleição e no dia 19 de fevereiro de 1962 Hirant Sanazar tomou posse como primeiro prefeito da cidade de Osasco. Juntamente com Sanazar, tomaram posse os primeiros 23 vereadores. Fim dos problemas? Quem dera!

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Ação e AmizadeFazem uma CidadePor Edmilson Conceição

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Imediatamente, a administração da capi-tal suspendeu todos os equipamentos e controles públicos existentes. Desativou os serviços de recolhimento de lixo, retirou professores e funcionários das escolas, desligou os poucos pontos de iluminação pública... Ficou claro então o porquê do adiamento da eleição: os miseráveis tinham ganho tempo para preparar a retirada e “limpar” a área! O caos herdado só foi vencido porque Osasco se mobilizou, numa enorme ação entre amigos. Empresários e em-presas (e o Bradesco é insistentemente citado), vereadores, prefeitura eleita, a população e especialmente os bata-

lhadores membros da SADO – todos se deram as mãos em solidária parceria. Só bem depois disso é que a letra “D” da sigla SADO deixou de existir, porque Osasco já não era mais um Distrito da capital, e sim um orgulhoso novo município. Foi assim que nasceu a Ordem dos Eman-cipadores de Osasco, em 19 de fevereiro de 1974. Contava então 12 anos de luta dentro do jovem município e 27 anos, a contar da fundação da SADO, em 1947. São portanto 64 anos em que um grupo de guerreiros de fibra projeta sobre a cidade de Osasco e para o futuro dela a marca da sua determinação e altivez.

A Ordem dos Emancipadores de Osasco é uma rica instituição, com uma história que antecede a própria história oficial da cidade. Com menos de tres centenas de membros, na atu-alidade, exerce um papel semelhante ao que o “Senatus” cumpria na antiga Roma. Aconselha, coloca em jogo sua autoridade moral e não se transige ao defender princípios que estejam ao lado do interesse da população osasquense. Sem remuneração ou benesses, mas querida e reconheci-

Uma Instituição sempre Presente da como um núcleo de guardiões da cidadania. O longo rol de feitos e méritos dessa sociedade não cabe no modesto espaço desta despretensiosa “Viver Osasco”. Mas arriscamo-nos a relacionar, a seguir, alguns fatos, dados e flagrantes, que nos foram em vários momentos comuni-cados por um grupo de notáveis da “Ordem”, entre eles o presidente José Geraldo Setter.Esperamos com esses “flashes” contribuir para que toda Osasco possa conhecer

um pouco mais e se orgulhar da atuação desses desprendidos cidadãos. Salvo engano, não se encontra paralelo em nenhuma outra cidade brasileira.Restringimos ao máximo a nomeação de indivíduos no glossário (ordem alfabética) a seguir. Por considerar que as ações e a força desses homens ins-pirados está no coletivo e, assim, falam mais alto. AUTONOMISTAS – A principal via da cidade, a Avenida dos Autonomistas (“autonomistas” é o mesmo que “emanci-padores”) é uma merecida homenagem

aos guerreiros da emancipação de Osasco. CHAMADO – “Conclamamos nossos sucessores, filhos e netos de emanci-padores e simpatizantes da cidade a participar da perpetuação de nossos anseios.DESFILE – Os emancipadores todos os anos desfilado com cerca de 200 pessoas na comemoração da semana da pátria.LEMA – “Quem não conta sua história, não tem passado nem terá futuro. PRINCÍPIOS – 1) Cultivar a história

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Anastácio Sobrinho Costa, 100 anos e Janete Sanazar, esposa do ex-prefeito Hirant Sanazar

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Imediatamente, a administração da capi-tal suspendeu todos os equipamentos e controles públicos existentes. Desativou os serviços de recolhimento de lixo, retirou professores e funcionários das escolas, desligou os poucos pontos de iluminação pública... Ficou claro então o porquê do adiamento da eleição: os miseráveis tinham ganho tempo para preparar a retirada e “limpar” a área! O caos herdado só foi vencido porque Osasco se mobilizou, numa enorme ação entre amigos. Empresários e em-presas (e o Bradesco é insistentemente citado), vereadores, prefeitura eleita, a população e especialmente os bata-

lhadores membros da SADO – todos se deram as mãos em solidária parceria. Só bem depois disso é que a letra “D” da sigla SADO deixou de existir, porque Osasco já não era mais um Distrito da capital, e sim um orgulhoso novo município. Foi assim que nasceu a Ordem dos Eman-cipadores de Osasco, em 19 de fevereiro de 1974. Contava então 12 anos de luta dentro do jovem município e 27 anos, a contar da fundação da SADO, em 1947. São portanto 64 anos em que um grupo de guerreiros de fibra projeta sobre a cidade de Osasco e para o futuro dela a marca da sua determinação e altivez.

A Ordem dos Emancipadores de Osasco é uma rica instituição, com uma história que antecede a própria história oficial da cidade. Com menos de tres centenas de membros, na atu-alidade, exerce um papel semelhante ao que o “Senatus” cumpria na antiga Roma. Aconselha, coloca em jogo sua autoridade moral e não se transige ao defender princípios que estejam ao lado do interesse da população osasquense. Sem remuneração ou benesses, mas querida e reconheci-

Uma Instituição sempre Presente da como um núcleo de guardiões da cidadania. O longo rol de feitos e méritos dessa sociedade não cabe no modesto espaço desta despretensiosa “Viver Osasco”. Mas arriscamo-nos a relacionar, a seguir, alguns fatos, dados e flagrantes, que nos foram em vários momentos comuni-cados por um grupo de notáveis da “Ordem”, entre eles o presidente José Geraldo Setter.Esperamos com esses “flashes” contribuir para que toda Osasco possa conhecer

um pouco mais e se orgulhar da atuação desses desprendidos cidadãos. Salvo engano, não se encontra paralelo em nenhuma outra cidade brasileira.Restringimos ao máximo a nomeação de indivíduos no glossário (ordem alfabética) a seguir. Por considerar que as ações e a força desses homens ins-pirados está no coletivo e, assim, falam mais alto. AUTONOMISTAS – A principal via da cidade, a Avenida dos Autonomistas (“autonomistas” é o mesmo que “emanci-padores”) é uma merecida homenagem

aos guerreiros da emancipação de Osasco. CHAMADO – “Conclamamos nossos sucessores, filhos e netos de emanci-padores e simpatizantes da cidade a participar da perpetuação de nossos anseios.DESFILE – Os emancipadores todos os anos desfilado com cerca de 200 pessoas na comemoração da semana da pátria.LEMA – “Quem não conta sua história, não tem passado nem terá futuro. PRINCÍPIOS – 1) Cultivar a história

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Anastácio Sobrinho Costa, 100 anos e Janete Sanazar, esposa do ex-prefeito Hirant Sanazar

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para manter viva a luta pela emancipa-ção e o valor que teve para Osasco tal conquista. 2) Não deixar que os emanci-padores sejam esquecidos. 3) Estimular a consciência da cidadania como forma de cada morador, natural ou habitual transeunte osasquense possa contribuir para a melhoria da cidade com o pleno exercício de seus direitos e deveres. 4) Reivindicar dos poderes constituídos compromisso com a transparência, a ética e o desenvolvimento de Osasco. 5) Para os emancipadores, “a eman-cipação não aconteceu, ainda hoje, se houver em Osasco algum adulto analfabeto ou alguma criança em idade escolar sem vaga na escola”. 6) Não ter vergonha de sermos honestos. 7) Não apoiar interesses partidários ou de clas-ses ou grupos econômicos e políticos e nem discriminações raciais, religiosas e políticas. 8) Dar apoio aos representan-tes eleitos democraticamente. PROJETO 50 ANOS – O projeto “Osasco

50 anos”, que será comemorado em 2012 pela prefeitura, é uma idealização dos emancipadores e um bom exemplo de como autoridades podem discutir com a sociedade seus problemas. PROJETO 50 ANOS - PROPOSTAS Fazem parte da proposta da Ordem dos Emancipadores de Osasco encaminhada ao projeto “Osasco 50 anos”: disciplinar o superadensamento populacional; planejar o crescimento da cidade, preservando e criando áreas verdes, parques, jardins e alamedas; implantar a infra-estrutura necessária para cada região; reservar áreas para futuras obras emergenciais; implantar plano diretor e plano de gestão.SEDE – O terreno da atual sede dos emancipadores foi uma doação da antiga Eternit.SLOGAN DE OSASCO – Heliodoro de Vicenzo, um dos emancipadores, foi quem criou através da entidade o slo-gan: “Osasco, Cidade Trabalho”, em 1963.

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para manter viva a luta pela emancipa-ção e o valor que teve para Osasco tal conquista. 2) Não deixar que os emanci-padores sejam esquecidos. 3) Estimular a consciência da cidadania como forma de cada morador, natural ou habitual transeunte osasquense possa contribuir para a melhoria da cidade com o pleno exercício de seus direitos e deveres. 4) Reivindicar dos poderes constituídos compromisso com a transparência, a ética e o desenvolvimento de Osasco. 5) Para os emancipadores, “a eman-cipação não aconteceu, ainda hoje, se houver em Osasco algum adulto analfabeto ou alguma criança em idade escolar sem vaga na escola”. 6) Não ter vergonha de sermos honestos. 7) Não apoiar interesses partidários ou de clas-ses ou grupos econômicos e políticos e nem discriminações raciais, religiosas e políticas. 8) Dar apoio aos representan-tes eleitos democraticamente. PROJETO 50 ANOS – O projeto “Osasco

50 anos”, que será comemorado em 2012 pela prefeitura, é uma idealização dos emancipadores e um bom exemplo de como autoridades podem discutir com a sociedade seus problemas. PROJETO 50 ANOS - PROPOSTAS Fazem parte da proposta da Ordem dos Emancipadores de Osasco encaminhada ao projeto “Osasco 50 anos”: disciplinar o superadensamento populacional; planejar o crescimento da cidade, preservando e criando áreas verdes, parques, jardins e alamedas; implantar a infra-estrutura necessária para cada região; reservar áreas para futuras obras emergenciais; implantar plano diretor e plano de gestão.SEDE – O terreno da atual sede dos emancipadores foi uma doação da antiga Eternit.SLOGAN DE OSASCO – Heliodoro de Vicenzo, um dos emancipadores, foi quem criou através da entidade o slo-gan: “Osasco, Cidade Trabalho”, em 1963.

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ção da obesidade ainda na infância, para depois não ter que reeducar.A obesidade infantil é uma realidade presente cada vez mais nas famílias brasileiras. E muitas vezes os pais não sabem como lidar com essa situação. Na verdade, em muitos casos, se formos analisar o histórico familiar, podemos encontrar outros familiares com proble-mas de sobrepeso, obesidade ou doen-ças relacionadas ao excesso de peso, má alimentação e sedentarismo. Os pais devem dar o exemplo! Não dá para exigir do filho, algo que os pais não façam. Então, os hábitos da família devem mudar, todos em conjunto, um ajudando ao outro. Fatores que contribuem com a obe-sidade infantil - Com as conquistas das mulheres atualmente no mercado de trabalho, a questão alimentar tem sido um problema. De certa forma, a mulher tem que ser polivalente e dar conta de tudo com excelência, devido às cobran-ças realizadas pela sociedade. Para suprir a falta de tempo dessa mu-lher-mãe, muitas vezes de forma incons-ciente as mães preferem dar alimentos semiprontos ou totalmente práticos para o dia-a-dia delas. O resultado é o que vemos atualmente: uma alimentação rica em gorduras, açúcares, excesso de sódio e “calorias vazias”. isso quer dizer: alimentos que não fornecem nenhum tipo de benefício e nenhum nutriente para colaborar com um desenvolvimen-to forte e sadio de nossas crianças. Recomendamos: 1) Eliminar esse tipo de alimentação nos armários. 2) Separar – assim como fazemos com o dinheiro da luz, água, condomínio, etc. – o dinheiro do sacolão e da feira semanalmente, para a compra de legumes e principal-mente frutas. 3) Deixar uma fruteira bo-

nita e colorida ao alcance das crianças. Para facilitar, pode-se até mesmo deixar frutas picadas à disposição da criançada, em um recipiente com tampa.Essas são algumas ações que ajudam a mãe na sua rotina. Sabemos que as crianças de hoje não brincam como as de antigamente. As brincadeiras são na frente do computa-dor e na frente da televisão. Então é pre-ciso programar uma atividade diferente e ao ar livre. Pratique as atividades junto com seu(s) filho(s). Essa participação sua faz toda a diferença. O objetivo é a queima de calorias extras. Mas atenção: não é recomendável comer enquanto se faz essa atividade. Alguns hábitos positivos das famílias têm sido negligenciado e deixados de lado, dada a correria da vida moderna. Mas tanto quanto possível realize as refeições com seu(s) filho(s) em horários regulares em conjunto e longe de outras tarefas. Sempre incentivando o consumo de hortaliças, verduras, legumes e frutas.Mães e pais: se nos seus respectivos pratos houver espaço para alimentos e hábitos saudáveis, com certeza seus filhos serão seus espelhos. Outra coisa: sobremesa não é prêmio! É errôneo dizer: “coma toda a comida que depois você ganha a sobremesa”. Nada disso! De forma inconsciente, a criança associa a comida à “coisa ruim” e a parte boa à sobremesa. Em resumo, cabe aos pais não permitir que seus bebês se tornem crianças obesas e, mais tarde, adultos com problemas de saúde. E o caminho mais eficiente para isso não é nenhuma dieta. É a educação e a reeducação alimentar.

(*) A Dra. Talitta é nutricionista da Clínica Especializada de Nutrição – Espaço Reeducação Alimentar. Fone: 3684-0017 www.espacoreeducacaoalimentar.com.br

Fazer dieta não é fácil. Eu, particu-larmente, não recomendo isso a

ninguém, muito menos para crianças.Sabemos que dietas não funcionam. As pessoas não conseguem seguir uma dieta integralmente por longos dias. Isso, sem contar que nos privamos de nutrientes essenciais para a saúde física e emocional. E sem contar também com a frustração, após encerrada a dieta, de verificar que foram recuperados todos os quilos perdidos. E ganhos mais alguns de brinde. De verdade, fazer dieta não funciona! O

que podemos trabalhar é a reeducação alimentar, que é um conceito muito diferente. Na reeducação alimentar a pessoa não tem que seguir regras ou um cardápio para chegar ao objetivo. Simplesmente a pessoa é livre para comer. Livre, porém consciente das suas ações e habilitada com muitos truques práticos para o dia-a-dia de cada um. Reeducação alimentar é, portanto, mui-to superior à dieta. Mas não existe nada melhor do que a educação nutricional. Isto significa que é melhor, mais inteli-gente e mais eficiente iniciar a preven-

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OBESIDADE INFANTIL

Talitta A. Maciel (*)

É Possível Deixar de Ser Gordinho

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ção da obesidade ainda na infância, para depois não ter que reeducar.A obesidade infantil é uma realidade presente cada vez mais nas famílias brasileiras. E muitas vezes os pais não sabem como lidar com essa situação. Na verdade, em muitos casos, se formos analisar o histórico familiar, podemos encontrar outros familiares com proble-mas de sobrepeso, obesidade ou doen-ças relacionadas ao excesso de peso, má alimentação e sedentarismo. Os pais devem dar o exemplo! Não dá para exigir do filho, algo que os pais não façam. Então, os hábitos da família devem mudar, todos em conjunto, um ajudando ao outro. Fatores que contribuem com a obe-sidade infantil - Com as conquistas das mulheres atualmente no mercado de trabalho, a questão alimentar tem sido um problema. De certa forma, a mulher tem que ser polivalente e dar conta de tudo com excelência, devido às cobran-ças realizadas pela sociedade. Para suprir a falta de tempo dessa mu-lher-mãe, muitas vezes de forma incons-ciente as mães preferem dar alimentos semiprontos ou totalmente práticos para o dia-a-dia delas. O resultado é o que vemos atualmente: uma alimentação rica em gorduras, açúcares, excesso de sódio e “calorias vazias”. isso quer dizer: alimentos que não fornecem nenhum tipo de benefício e nenhum nutriente para colaborar com um desenvolvimen-to forte e sadio de nossas crianças. Recomendamos: 1) Eliminar esse tipo de alimentação nos armários. 2) Separar – assim como fazemos com o dinheiro da luz, água, condomínio, etc. – o dinheiro do sacolão e da feira semanalmente, para a compra de legumes e principal-mente frutas. 3) Deixar uma fruteira bo-

nita e colorida ao alcance das crianças. Para facilitar, pode-se até mesmo deixar frutas picadas à disposição da criançada, em um recipiente com tampa.Essas são algumas ações que ajudam a mãe na sua rotina. Sabemos que as crianças de hoje não brincam como as de antigamente. As brincadeiras são na frente do computa-dor e na frente da televisão. Então é pre-ciso programar uma atividade diferente e ao ar livre. Pratique as atividades junto com seu(s) filho(s). Essa participação sua faz toda a diferença. O objetivo é a queima de calorias extras. Mas atenção: não é recomendável comer enquanto se faz essa atividade. Alguns hábitos positivos das famílias têm sido negligenciado e deixados de lado, dada a correria da vida moderna. Mas tanto quanto possível realize as refeições com seu(s) filho(s) em horários regulares em conjunto e longe de outras tarefas. Sempre incentivando o consumo de hortaliças, verduras, legumes e frutas.Mães e pais: se nos seus respectivos pratos houver espaço para alimentos e hábitos saudáveis, com certeza seus filhos serão seus espelhos. Outra coisa: sobremesa não é prêmio! É errôneo dizer: “coma toda a comida que depois você ganha a sobremesa”. Nada disso! De forma inconsciente, a criança associa a comida à “coisa ruim” e a parte boa à sobremesa. Em resumo, cabe aos pais não permitir que seus bebês se tornem crianças obesas e, mais tarde, adultos com problemas de saúde. E o caminho mais eficiente para isso não é nenhuma dieta. É a educação e a reeducação alimentar.

(*) A Dra. Talitta é nutricionista da Clínica Especializada de Nutrição – Espaço Reeducação Alimentar. Fone: 3684-0017 www.espacoreeducacaoalimentar.com.br

Fazer dieta não é fácil. Eu, particu-larmente, não recomendo isso a

ninguém, muito menos para crianças.Sabemos que dietas não funcionam. As pessoas não conseguem seguir uma dieta integralmente por longos dias. Isso, sem contar que nos privamos de nutrientes essenciais para a saúde física e emocional. E sem contar também com a frustração, após encerrada a dieta, de verificar que foram recuperados todos os quilos perdidos. E ganhos mais alguns de brinde. De verdade, fazer dieta não funciona! O

que podemos trabalhar é a reeducação alimentar, que é um conceito muito diferente. Na reeducação alimentar a pessoa não tem que seguir regras ou um cardápio para chegar ao objetivo. Simplesmente a pessoa é livre para comer. Livre, porém consciente das suas ações e habilitada com muitos truques práticos para o dia-a-dia de cada um. Reeducação alimentar é, portanto, mui-to superior à dieta. Mas não existe nada melhor do que a educação nutricional. Isto significa que é melhor, mais inteli-gente e mais eficiente iniciar a preven-

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OBESIDADE INFANTIL

Talitta A. Maciel (*)

É Possível Deixar de Ser Gordinho

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rua Albino dos Santos, 224, centro. O atendimento é gratuito. Caso prefira, contrate um advogado. Esse profissional vai ajudá-lo a obter um suporte legal adequado, tornando maio-res as chances de sucesso na obtenção do benefício pretendido.Os custos da assistência desse advogado não são altos. Mas cuidado: tenha certeza de estar contratando os serviços de um advogado mesmo, e que seja sério na sua função. Peça referências de casos de sucesso, exija o número de registro dele na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e assim até pela Internet você poderá se prevenir contra a ação de golpistas.

Perícias ContraditóriasDe algum tempo para cá, é comum que o segurado ao ser avaliado pela perícia do INSS receba a chamada “alta progra-mada”. Isso significa que o INSS estabe-lece um período de afastamento, após o qual você estará automaticamente de alta, sem necessidade de nova perícia. Ou seja, estará “curado” de sua doença e terá que retornar ao trabalho. O que ocorre muitas vezes é que o período determinado pelo perito é insu-

ficiente para recuperação da saúde ou o segurado sequer possui perspectiva de melhora, pois sua incapacidade pode ser total e permanente. Indo ao Juizado Especial Previdenciário o segurado certamente será examinado por um médico especialista em seu tipo de do-ença. Isso facilitará uma maior possibilidade de que o pedido do segurado seja aceito. O que explica que decisões médicas – do INSS e do Juizado – possam ser contraditórias? É que na perícia do INSS muitas vezes o segurado será avaliado por um médico que não é especialista na enfermidade apresentada pelo segurado.Como se vê, o assunto não é tão sim-ples. E é agravado pelo fato de que o INSS enfrenta um problema crônico de falta de recursos, o que levaria a institui-ção a “forçar” ao máximo a negativa de concessão de benefícios. Mas isso é uma outra história. Nada tem a ver com o segurado impossibilitado de trabalhar por motivo de doença. Se ele cumpriu a lei e se contribuiu, ele tem di-reito ao benefício, na hora em que precisa.

(*) A Dra. Alecsandra J. Silva é advogada (OAB 190.837-SP), Av. Benedito Alves Turíbio, 31, cj. 1, Jardim Turíbio, Osasco.

Todo cidadão que esteja na condi-ção de segurado do INSS (Instituto

Nacional de Seguridade Social) e que por motivo de doença não possa mais trabalhar tem direito a ser aposentado por invalidez.Possui qualidade de segurado, para fins de aposentadoria por invalidez, o cida-dão que esteja vinculado ao INSS por mais de um ano. Essa vinculação ao INSS é comprovada pela carteira de Trabalho assinada ou pagamento de contribui-ções através de carnês. Em caso de acidente de trabalho, não é necessário o período de carência. Basta que o segurado possua 1 mês de contribuição na época do acidente. Isto vale também para doenças considera-das graves, entre elas HIV (AIDS), câncer e hepatite. Na teoria, esse sistema parece bom e justo. Infelizmente, hoje é comum o segurado ser reprovado no exame pericial (que comprova a

Aposentadoria por Invalidezincapacidade) realizado junto ao INSS. Essa é uma situação chata, desumana e incompreensível, quando fica evidente para o senso comum que o trabalhador está realmente doente e incapaz. Mas é preciso manter a calma, não desanimar.O que fazer?Como advogada, oriento ao segurado que a primeira atitude é não desistir. Jun-te laudos médicos, receitas, exames de laboratório e cópias de prontuários (ficha médica) de ambulatórios ou hospitais... tudo isso servirá como munição para uma batalha contra a decisão injusta dos peritos do INSS. Não esqueça de reunir cópias de todos os seus documentos pessoais de identificação (RG, CPF) e de outros documentos, como carteira de trabalho, que comprovem o vínculo com o INSS, e os carnês de contribuições. De posse de tudo isso, dirija-se pesso-almente ao Juizado Especial Previden-ciário. Em Osasco, esse Juizado fica na

DIREITOS & DEVERES

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rua Albino dos Santos, 224, centro. O atendimento é gratuito. Caso prefira, contrate um advogado. Esse profissional vai ajudá-lo a obter um suporte legal adequado, tornando maio-res as chances de sucesso na obtenção do benefício pretendido.Os custos da assistência desse advogado não são altos. Mas cuidado: tenha certeza de estar contratando os serviços de um advogado mesmo, e que seja sério na sua função. Peça referências de casos de sucesso, exija o número de registro dele na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e assim até pela Internet você poderá se prevenir contra a ação de golpistas.

Perícias ContraditóriasDe algum tempo para cá, é comum que o segurado ao ser avaliado pela perícia do INSS receba a chamada “alta progra-mada”. Isso significa que o INSS estabe-lece um período de afastamento, após o qual você estará automaticamente de alta, sem necessidade de nova perícia. Ou seja, estará “curado” de sua doença e terá que retornar ao trabalho. O que ocorre muitas vezes é que o período determinado pelo perito é insu-

ficiente para recuperação da saúde ou o segurado sequer possui perspectiva de melhora, pois sua incapacidade pode ser total e permanente. Indo ao Juizado Especial Previdenciário o segurado certamente será examinado por um médico especialista em seu tipo de do-ença. Isso facilitará uma maior possibilidade de que o pedido do segurado seja aceito. O que explica que decisões médicas – do INSS e do Juizado – possam ser contraditórias? É que na perícia do INSS muitas vezes o segurado será avaliado por um médico que não é especialista na enfermidade apresentada pelo segurado.Como se vê, o assunto não é tão sim-ples. E é agravado pelo fato de que o INSS enfrenta um problema crônico de falta de recursos, o que levaria a institui-ção a “forçar” ao máximo a negativa de concessão de benefícios. Mas isso é uma outra história. Nada tem a ver com o segurado impossibilitado de trabalhar por motivo de doença. Se ele cumpriu a lei e se contribuiu, ele tem di-reito ao benefício, na hora em que precisa.

(*) A Dra. Alecsandra J. Silva é advogada (OAB 190.837-SP), Av. Benedito Alves Turíbio, 31, cj. 1, Jardim Turíbio, Osasco.

Todo cidadão que esteja na condi-ção de segurado do INSS (Instituto

Nacional de Seguridade Social) e que por motivo de doença não possa mais trabalhar tem direito a ser aposentado por invalidez.Possui qualidade de segurado, para fins de aposentadoria por invalidez, o cida-dão que esteja vinculado ao INSS por mais de um ano. Essa vinculação ao INSS é comprovada pela carteira de Trabalho assinada ou pagamento de contribui-ções através de carnês. Em caso de acidente de trabalho, não é necessário o período de carência. Basta que o segurado possua 1 mês de contribuição na época do acidente. Isto vale também para doenças considera-das graves, entre elas HIV (AIDS), câncer e hepatite. Na teoria, esse sistema parece bom e justo. Infelizmente, hoje é comum o segurado ser reprovado no exame pericial (que comprova a

Aposentadoria por Invalidezincapacidade) realizado junto ao INSS. Essa é uma situação chata, desumana e incompreensível, quando fica evidente para o senso comum que o trabalhador está realmente doente e incapaz. Mas é preciso manter a calma, não desanimar.O que fazer?Como advogada, oriento ao segurado que a primeira atitude é não desistir. Jun-te laudos médicos, receitas, exames de laboratório e cópias de prontuários (ficha médica) de ambulatórios ou hospitais... tudo isso servirá como munição para uma batalha contra a decisão injusta dos peritos do INSS. Não esqueça de reunir cópias de todos os seus documentos pessoais de identificação (RG, CPF) e de outros documentos, como carteira de trabalho, que comprovem o vínculo com o INSS, e os carnês de contribuições. De posse de tudo isso, dirija-se pesso-almente ao Juizado Especial Previden-ciário. Em Osasco, esse Juizado fica na

DIREITOS & DEVERES

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CULTURA & LAZER

RICARDO HERZ TRIO O violinista, compositor e arranjador Ricardo Herz traz um repertório renovado cheio de swing, ritmo e energia. São choros, sambas, canções, valsas, baiões e xotes. Músico de sólida formação, criou um estilo muito próprio onde soma todas as suas experiências dentre elas música erudita, jazz, MPB, forró e choro. O trio é formado por Ricardo Herz (violino) acompanhado por Pedro Ito (bateria) e Michi Ruzitschka (violão de seis cordas). Tenda 1. Não recomendado para menores de 14 anos Grátis. 17/03 - Quinta, às 20h - Sesc Osasco

CHÁ CIRCO DA TARDEOficina envolvendo diversas técnicas circenses, como malabares, acrobacias, trapézio fixo, equilíbrio, entre outras, enfatizando a importância do Circo enquanto parte relevante da cultura e como instrumento para a melhora da qualidade de vida de nossa sociedade. Aprendendo e se divertindo, os participantes desenvolvem a coordenação motora, a flexibilidade e a expressão corporal através das técnicas circenses e aparelhos utilizados. Com a Cia. Tantan. Retirada de senhas com 30 min. de antecedência no Quiosque 2. Tenda 4 e Quadra Poliesportiva. Livre para todos os públicos. Grátis. 26/03, 27/03 - Sábado e domingo, das 14h às 17h - Sesc Osasco

CLÁSSICOS DA MÍMICA A partir da estrutura clássica dos espetáculos de pantomima, o personagem Extrabão, uma mistura de anti-herói e palhaço mímico, alinhava o espetáculo com esquetes acompanhado de muita música. Desta forma o espetáculo apresenta situações clássicas utilizadas por várias gerações de mímicos, porém mesclados com elementos contemporâneos. Tudo costurado com música ao vivo, instrumentos de percussão e o violão de oito cordas, tocados simultaneamente por Léo Nascimento. Com a Cia Megamini. Tenda 1. R$ 6,00 (inteira); R$ 3,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, 13/03 - Domingo, às 16h - Sesc Osasco

Sesc Osasco – Av. Sport Club Corinthians Paulista, 1.300 – tel.: 3184-0900

MÚSICA CIRCO ESPETÁCULOS

ROTEIRO

Paixão do paulistano agora está presente em OsascoLocalizado junto ao boulevard do Hotel Best Western, a tradicional pizzaria “Babbo Giovanni” se faz presente em Osasco, em instalações com design e decora-ção planejadas para proporcionar aos seus clientes um ambiente climatizado, acolhedor e aconchegante. Diariamente a casa oferece almoço, com variado buffet de saladas e pratos quentes por quilo, e a

noite jantares com cardápio especial e serviço à la carte. A casa serve todas as noites, as saborosas pizzas feitas artesanalmente, pioneiros desde 1917, com ingredientes de primeiríssima qualidade, assadas em forno a lenha e uma carta de vinhos selecionados por região, Itália, Portugal, França, Chile, Argentina e Brasil. Celebridades e personalida-des de destaque também se fazem presente para degustarem as maravilhosas pizzas da casa. Delivery com hora marcada e estacionamento com serviço de manobrista.Babbo Giovanni – Av. Dionízia Alves Barreto, 500 – 2109-4009 – www.babbo-osasco.com.br

Uma boa opção com um mix de serviços num só lugarInstalado num amplo e confortável espa-ço, com exuberantes salões, junto ao Sho-pping Fantasy, o “Padoca do Anão” oferece num único ambiente um complexo fami-liar, com inúmeras opções para passarem momentos agradáveis com atendimento de primeira. Diariamente serve almoço por quilo e a la carte, lanches rápidos,

quente e frio, bem como porções de batata frita, picanha, frango a passarinho, iscas de peixe e sucos naturais. Confeitaria com deliciosos quitutes, bolos, doces e salgados e na padaria com diversas opções de pães, inclusive light, frios e embutidos. Todas as noites na choperia, são servidos os mais variados drink’s, chopp Brahma e o delicioso chopp Black, com música ao vivo nos finais de semana. Aos sábados e domingos, buffet com café da manhã. Estacionamento gratuito por 2 horas. Padoca do Anão – Av. Autonomistas, 896 – 3651-8710 – www.padocadoanao.com.br

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CULTURA & LAZER

RICARDO HERZ TRIO O violinista, compositor e arranjador Ricardo Herz traz um repertório renovado cheio de swing, ritmo e energia. São choros, sambas, canções, valsas, baiões e xotes. Músico de sólida formação, criou um estilo muito próprio onde soma todas as suas experiências dentre elas música erudita, jazz, MPB, forró e choro. O trio é formado por Ricardo Herz (violino) acompanhado por Pedro Ito (bateria) e Michi Ruzitschka (violão de seis cordas). Tenda 1. Não recomendado para menores de 14 anos Grátis. 17/03 - Quinta, às 20h - Sesc Osasco

CHÁ CIRCO DA TARDEOficina envolvendo diversas técnicas circenses, como malabares, acrobacias, trapézio fixo, equilíbrio, entre outras, enfatizando a importância do Circo enquanto parte relevante da cultura e como instrumento para a melhora da qualidade de vida de nossa sociedade. Aprendendo e se divertindo, os participantes desenvolvem a coordenação motora, a flexibilidade e a expressão corporal através das técnicas circenses e aparelhos utilizados. Com a Cia. Tantan. Retirada de senhas com 30 min. de antecedência no Quiosque 2. Tenda 4 e Quadra Poliesportiva. Livre para todos os públicos. Grátis. 26/03, 27/03 - Sábado e domingo, das 14h às 17h - Sesc Osasco

CLÁSSICOS DA MÍMICA A partir da estrutura clássica dos espetáculos de pantomima, o personagem Extrabão, uma mistura de anti-herói e palhaço mímico, alinhava o espetáculo com esquetes acompanhado de muita música. Desta forma o espetáculo apresenta situações clássicas utilizadas por várias gerações de mímicos, porém mesclados com elementos contemporâneos. Tudo costurado com música ao vivo, instrumentos de percussão e o violão de oito cordas, tocados simultaneamente por Léo Nascimento. Com a Cia Megamini. Tenda 1. R$ 6,00 (inteira); R$ 3,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, 13/03 - Domingo, às 16h - Sesc Osasco

Sesc Osasco – Av. Sport Club Corinthians Paulista, 1.300 – tel.: 3184-0900

MÚSICA CIRCO ESPETÁCULOS

ROTEIRO

Paixão do paulistano agora está presente em OsascoLocalizado junto ao boulevard do Hotel Best Western, a tradicional pizzaria “Babbo Giovanni” se faz presente em Osasco, em instalações com design e decora-ção planejadas para proporcionar aos seus clientes um ambiente climatizado, acolhedor e aconchegante. Diariamente a casa oferece almoço, com variado buffet de saladas e pratos quentes por quilo, e a

noite jantares com cardápio especial e serviço à la carte. A casa serve todas as noites, as saborosas pizzas feitas artesanalmente, pioneiros desde 1917, com ingredientes de primeiríssima qualidade, assadas em forno a lenha e uma carta de vinhos selecionados por região, Itália, Portugal, França, Chile, Argentina e Brasil. Celebridades e personalida-des de destaque também se fazem presente para degustarem as maravilhosas pizzas da casa. Delivery com hora marcada e estacionamento com serviço de manobrista.Babbo Giovanni – Av. Dionízia Alves Barreto, 500 – 2109-4009 – www.babbo-osasco.com.br

Uma boa opção com um mix de serviços num só lugarInstalado num amplo e confortável espa-ço, com exuberantes salões, junto ao Sho-pping Fantasy, o “Padoca do Anão” oferece num único ambiente um complexo fami-liar, com inúmeras opções para passarem momentos agradáveis com atendimento de primeira. Diariamente serve almoço por quilo e a la carte, lanches rápidos,

quente e frio, bem como porções de batata frita, picanha, frango a passarinho, iscas de peixe e sucos naturais. Confeitaria com deliciosos quitutes, bolos, doces e salgados e na padaria com diversas opções de pães, inclusive light, frios e embutidos. Todas as noites na choperia, são servidos os mais variados drink’s, chopp Brahma e o delicioso chopp Black, com música ao vivo nos finais de semana. Aos sábados e domingos, buffet com café da manhã. Estacionamento gratuito por 2 horas. Padoca do Anão – Av. Autonomistas, 896 – 3651-8710 – www.padocadoanao.com.br

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EDUCAÇÃO MORAL E FÍSICASr. EditorAdorei a matéria feita pelo professor de Educação Física Artânio Silva Santos, pois através dela a população pôde ter um maior esclarecimento a cerca do assunto atividade física. Eu como educadora física fico muito feliz quando há espaço para a expansão do assunto, já que se torna uma utilidade pública. Ana Valéria Baptista FelippeCREF: [email protected] Sr. EditorGostaria de agradecer a oportunidade que vocês me deram de escrever o artigo sobre atividade física (“Tenha um Verão Ativo”, página 30, Viver Osasco 5, jan/fev 2011). (...) Estou recebendo muitos elogios, tanto ao artigo como à revista, pois

algumas pessoas ainda não conheciam a publicação. Gostaram do formato e do objetivo.Queria saber de vocês, se é possível dis-ponibilizar a revista em mídia, para que eu possa passar a outras pessoas, através de email.Artânio Santos [email protected] Resposta da Redação:Obrigado, Ana Valéria e Artânio. Vocês provam não só cultivar a educação física, como a educação moral. Contem sempre conosco.Quanto ao conteúdo em mídia, Artânio, é possível, sim. Mas talvez seja mais fácil e menos custoso acessar diretamente nosso site: www.revistaviverosasco.com.br. Lá você encontra, página por página, todas as edições de Viver Osasco.

ESCREVE QUEM Lê

FIEL AOS AZUIZINHOSSr. EditorA Juventude Cívica de Osasco agradece e cumprimenta a equipe da revista Viver Osasco (Edição nr 5, jan/fev 2011) pela brilhante matéria “Os Pássa-ros Azuis da Cidadania”. A matéria realmente expressou a essência do tra-balho realizado na Juco nestes quase 49 anos de existência e mais sistema-ticamente nos últimos 21 anos. (...). A matéria é fiel à nossa história, ao sucesso de nossos alunos e ao sucesso da Juco. Salientamos que na página 16 consta que o vereador Rubinho Bastos é um dos nossos voluntários. O nobre verea-dor foi aluno estagiário da Entidade, e não colaborador-voluntário.Nossos sinceros agradecimentos.Profa. Daniela Yuri Presidenta e Diretora Executiva - [email protected]

PEDRA DIFERENTESr. Editor“Excelência” à publicação do poema “Crack” (página 36, Viver Osasco 5, jan/fev 2011). Trata-se mesmo de uma pedra bem diferente daquela pedra do Drummond.Abraços e sucesso à Revista.Tiko Lee [email protected]

Prezado leitor Nesta Seção você tem oportunidade de dizer, com suas próprias palavras, o que sente ou pensa em relação a reportagens e artigos publicados por Viver Osasco. Aqui é a sua tribuna, livre. Envie-nos suas sugestões e suas críticas ou aponte nossos eventuais deslizes. Lembre-se que nosso desejo também é o seu, o de trabalhar por uma Osasco melhor. Reservamo-nos o direito de resumir ou editar seus comentários, preservando o sentido do conteúdo, a fim de adequar o texto ao nosso padrão editorial. Excluiremos tão-somente a defesa de ilegalidades, juízos preconcei-tuosos e tabuísmos. Fora isso, a casa é sua. Fique à vontade. Entre em contato pelo email: [email protected]

OSASCO MERECESr. EditorGostaria de agradecer o carinho de vocês, visitando meu atelier e mostrando um pouco do meu cantinho e do meu trabalho (“A Visão Caliente da Vida”, página 24, Viver Osasco 5, jan/fev 2011). Vocês realmente surpreenderam com tanta atenção e bom gosto na edição. Agradeço também o carinho dos leitores, que de maneira recepti-va homenagearam meu trabalho. Parabéns a todos! Osasco merece ter pessoas como vocês. Nanci Caliente Talento & Cia. [email protected] A FORÇA DA MATÉRIASr. Editor Parabenizamos e agradecemos ao pessoal da redação e equipe técnicapela matéria publicada em Viver Osasco (“Victoria Parra, a Bolsa e a Vida”, página 22, edição nr 4, nov/dez 2010), que mostrou nossa historia, bem como nossos produtos: bolsas, calçados e acessórios, tudo confec-cionado em couro. Podemos perceber a força da revista. Muitos clientes vieram apos a leitura da matéria. Claudeir ParraVictoria Parra Bolsas [email protected]

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EDUCAÇÃO MORAL E FÍSICASr. EditorAdorei a matéria feita pelo professor de Educação Física Artânio Silva Santos, pois através dela a população pôde ter um maior esclarecimento a cerca do assunto atividade física. Eu como educadora física fico muito feliz quando há espaço para a expansão do assunto, já que se torna uma utilidade pública. Ana Valéria Baptista FelippeCREF: [email protected] Sr. EditorGostaria de agradecer a oportunidade que vocês me deram de escrever o artigo sobre atividade física (“Tenha um Verão Ativo”, página 30, Viver Osasco 5, jan/fev 2011). (...) Estou recebendo muitos elogios, tanto ao artigo como à revista, pois

algumas pessoas ainda não conheciam a publicação. Gostaram do formato e do objetivo.Queria saber de vocês, se é possível dis-ponibilizar a revista em mídia, para que eu possa passar a outras pessoas, através de email.Artânio Santos [email protected] Resposta da Redação:Obrigado, Ana Valéria e Artânio. Vocês provam não só cultivar a educação física, como a educação moral. Contem sempre conosco.Quanto ao conteúdo em mídia, Artânio, é possível, sim. Mas talvez seja mais fácil e menos custoso acessar diretamente nosso site: www.revistaviverosasco.com.br. Lá você encontra, página por página, todas as edições de Viver Osasco.

ESCREVE QUEM Lê

FIEL AOS AZUIZINHOSSr. EditorA Juventude Cívica de Osasco agradece e cumprimenta a equipe da revista Viver Osasco (Edição nr 5, jan/fev 2011) pela brilhante matéria “Os Pássa-ros Azuis da Cidadania”. A matéria realmente expressou a essência do tra-balho realizado na Juco nestes quase 49 anos de existência e mais sistema-ticamente nos últimos 21 anos. (...). A matéria é fiel à nossa história, ao sucesso de nossos alunos e ao sucesso da Juco. Salientamos que na página 16 consta que o vereador Rubinho Bastos é um dos nossos voluntários. O nobre verea-dor foi aluno estagiário da Entidade, e não colaborador-voluntário.Nossos sinceros agradecimentos.Profa. Daniela Yuri Presidenta e Diretora Executiva - [email protected]

PEDRA DIFERENTESr. Editor“Excelência” à publicação do poema “Crack” (página 36, Viver Osasco 5, jan/fev 2011). Trata-se mesmo de uma pedra bem diferente daquela pedra do Drummond.Abraços e sucesso à Revista.Tiko Lee [email protected]

Prezado leitor Nesta Seção você tem oportunidade de dizer, com suas próprias palavras, o que sente ou pensa em relação a reportagens e artigos publicados por Viver Osasco. Aqui é a sua tribuna, livre. Envie-nos suas sugestões e suas críticas ou aponte nossos eventuais deslizes. Lembre-se que nosso desejo também é o seu, o de trabalhar por uma Osasco melhor. Reservamo-nos o direito de resumir ou editar seus comentários, preservando o sentido do conteúdo, a fim de adequar o texto ao nosso padrão editorial. Excluiremos tão-somente a defesa de ilegalidades, juízos preconcei-tuosos e tabuísmos. Fora isso, a casa é sua. Fique à vontade. Entre em contato pelo email: [email protected]

OSASCO MERECESr. EditorGostaria de agradecer o carinho de vocês, visitando meu atelier e mostrando um pouco do meu cantinho e do meu trabalho (“A Visão Caliente da Vida”, página 24, Viver Osasco 5, jan/fev 2011). Vocês realmente surpreenderam com tanta atenção e bom gosto na edição. Agradeço também o carinho dos leitores, que de maneira recepti-va homenagearam meu trabalho. Parabéns a todos! Osasco merece ter pessoas como vocês. Nanci Caliente Talento & Cia. [email protected] A FORÇA DA MATÉRIASr. Editor Parabenizamos e agradecemos ao pessoal da redação e equipe técnicapela matéria publicada em Viver Osasco (“Victoria Parra, a Bolsa e a Vida”, página 22, edição nr 4, nov/dez 2010), que mostrou nossa historia, bem como nossos produtos: bolsas, calçados e acessórios, tudo confec-cionado em couro. Podemos perceber a força da revista. Muitos clientes vieram apos a leitura da matéria. Claudeir ParraVictoria Parra Bolsas [email protected]

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Comer, rezAr e AmAr - Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher so-nha ter – marido, casa, e carreira bem-su-cedida – ainda sim, está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja. Di-vorciada e num momento decisivo, Gilbert sai da zona de conforto, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhe-cimento. Ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália; o poder da oração na Índia, e, inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar prova que existe mais de uma maneira de levar a vida e de viajar pelo mundo.reflexoS dA AmizAde - Para se acertar com a esposa e o filho de 13 anos, o artista plástico Tom Warshaw, que leva uma vida boêmia em Paris, volta aos seus 13 anos no Greenwich Village, em Nova York. Ele reme-mora a depressão da mãe, a amizade com

o deficiente Pappas, o primeiro amor e a tragédia que mudou sua vida. E lembra da misteriosa Lady Bernadette, presidiária da casa de detenção do bairro, que usava um espelho e muita sensibilidade para orientá-lo em suas decisões. Reflexos da Amizade é uma tocante e divertida viagem de acerto de contas com o passado... e o futuroo oitAvo diA - Harry é um empresário estressado, que trabalha no departamento comercial de um banco e foi abandonado por sua esposa e filhas há pouco tempo. Deprimido, ele se dedica ao trabalho durante os 7 dias da semana. Até que um dia decide vagar pelas estradas, sem rumo definido. Após quase atropelar Georges, o encontro acontece: Um homem com Síndrome de Down cuja mãe morreu e um ocupado homem de negócios, divorciado e sem a posse dos filhos, acabam desenvo-vendo uma amizade especial.

Vivian Freire Zanfolin - telefone 3683-1519Psicóloga CRP 61488 - Pós Graduada - USP

VÍDEOS

Filmes inclusivos

COMER, REZAR E AMAR

REFLEXOS DA AMIZADE

O OITAVO DIA

“Verifiquem a classificação etária dos filmes, observando se estão adequados à idade de seus filhos”

Page 43: Viver Osasco - nº 06

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Comer, rezAr e AmAr - Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher so-nha ter – marido, casa, e carreira bem-su-cedida – ainda sim, está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja. Di-vorciada e num momento decisivo, Gilbert sai da zona de conforto, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhe-cimento. Ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália; o poder da oração na Índia, e, inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar prova que existe mais de uma maneira de levar a vida e de viajar pelo mundo.reflexoS dA AmizAde - Para se acertar com a esposa e o filho de 13 anos, o artista plástico Tom Warshaw, que leva uma vida boêmia em Paris, volta aos seus 13 anos no Greenwich Village, em Nova York. Ele reme-mora a depressão da mãe, a amizade com

o deficiente Pappas, o primeiro amor e a tragédia que mudou sua vida. E lembra da misteriosa Lady Bernadette, presidiária da casa de detenção do bairro, que usava um espelho e muita sensibilidade para orientá-lo em suas decisões. Reflexos da Amizade é uma tocante e divertida viagem de acerto de contas com o passado... e o futuroo oitAvo diA - Harry é um empresário estressado, que trabalha no departamento comercial de um banco e foi abandonado por sua esposa e filhas há pouco tempo. Deprimido, ele se dedica ao trabalho durante os 7 dias da semana. Até que um dia decide vagar pelas estradas, sem rumo definido. Após quase atropelar Georges, o encontro acontece: Um homem com Síndrome de Down cuja mãe morreu e um ocupado homem de negócios, divorciado e sem a posse dos filhos, acabam desenvo-vendo uma amizade especial.

Vivian Freire Zanfolin - telefone 3683-1519Psicóloga CRP 61488 - Pós Graduada - USP

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