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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SO FRANCISCO

RELATRIO DE ESTAGIO CURRICULARTHIAGO EMANUEL BORGES DA SILVA

JUAZEIRO BA 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SO FRANCISCO CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA MECNICA

RELATRIO DE ESTGIO CURRICULAR

Relatrio apresentado ao Colegiado de Engenharia Mecnica (CEMEC), da Universidade Federal do Vale do So Francisco, como pr-requisito parcial para obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia Mecnica.

Orientador: Prof. Alan Christie Da Silva Dantas Co-orientadora: Prof. Ana Cristina Gonalves Castro Silva

JUAZEIRO - BA 2011

SUMRIO

1-

Introduo...................................................................................................................... 3 1.2.1 1.2.2 Objetivos Gerais ............................................................................................ 4 Objetivos especficos ................................................................................... 4

2-

Acumuladores Moura AS ............................................................................................ 6 2.1.1 Histrico .............................................................................................................. 6 2.1.2 Estrutura Organizacional................................................................................. 12 2.1.3 Linha de produtos ............................................................................................ 13 2.2.1 UGB 01: Produo de Placas ......................................................................... 19 2.2.2 UGBs Montagem: Montagem de Baterias .................................................... 20 2.2.3 UGB-04: Formao e Acabamento de Baterias ........................................... 21

3-

Atividades Desenvolvidas ........................................................................................ 23 3.1. Estudo de Tempos e Mtodos na Linha 09 da UGB Montagem ................ 23

3.1.2. Confeco das Planilhas para Anlise ........................................................ 27 3.1.3. Escolha da Bateria........................................................................................... 28 3.1.4. Tomada de Tempos ......................................................................................... 28 3.1.5. Preenchimento das planilhas eletrnicas e anlise dos resultados ..... 30 3.1.6. Apresentao de Takt Time ........................................................................... 31 3.1.7. Apresentao dos Resultados Obtidos....................................................... 33 3.2 - Participao no Pilar de Custo ........................................................................... 34 3.3 Atualizador dos indicadores da Unidade 01.................................................... 34 45Concluso .................................................................................................................... 36 Referncias Bibliogrficas ....................................................................................... 37

1- Introduo

O estgio um processo de aprendizagem indispensvel a um profissional que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira. Est no estgio a oportunidade de assimilar a teoria e a prtica, aprender as peculiaridades e macetes da profisso, conhecer a realidade do dia-a-dia, na profisso que se escolheu para exercer. Dessa forma no dia 07 de Dezembro de 2010, foi iniciado o estgio supervisionado na Empresa Acumuladores Moura SA, como parte das atividades para obteno do ttulo de graduao em Engenharia Mecnica no Centro de Ensino Superior UNIVASF (Universidade Federal do Vale do So Francisco). O estagio foi orientado pelo Prof. Alan Christie Da Silva Dantas juntamente com a co-orientao da Prof. Ana Cristina Gonalves Castro Silva, com vistas a compreender as mais modernas tcnicas de gesto com a metodologia da Manuteno Produtiva Total (TPM) gerenciadas por Pablo Marques do Nascimento, chefe do TPM da empresa Acumuladores Moura AS e orientador do estgio.. A importncia de se ter um TPM forte e ativo na empresa, possibilitar uma melhor condio para a mquina e consequentemente um melhor ambiente de trabalho para os operadores, conseguindo assim aumentar a produtividade da empresa.

1.1 Identificaes do campo de estgio

O estgio supervisionado foi desenvolvido na Empresa Acumuladores Moura SA, na secretaria do GQT/TPM da Unidade 01 situada na cidade de Belo Jardim - PE. A secretaria tem como objetivo a gesto, planejamento e controle do TPM, objetivando a melhoria da estrutura da empresa em termos materiais3

(mquinas, equipamentos, ferramentas, matria-prima, produtos etc.) e em termos humanos (aprimoramento das capacitaes pessoais envolvendo conhecimento, habilidades e atitudes) buscando o melhoramento contnuo dos processos produtivos e principalmente das pessoas. Este setor no focado somente no meio industrial, mas tambm na parte administrativa da empresa chamadas de Apoio. Como se sabe, fica bem claro que a cada dia o mercado est cada vez mais competitivo e se no forem utilizadas tcnicas, ferramentas inteligentes, as empresas podem correr risco de desaparecer ao longo do tempo.

1.2

Objetivos

1.2.1 Objetivos Gerais Desenvolver e aplicar a metodologia da ferramenta de Cronoanlise nas linhas de produo da Unidade 01 da empresa, atravs do apoio da secretaria de TPM, fazendo assim com que a produtividade das linhas de produo da empresa aumente e consequentemente um aumento do lucro da mesma.

1.2.2 Objetivos especficos Para alcanar o objetivo proposto pela empresa foram feitos algumas providencias: a) Conhecimento da Unidade 01 da empresa; Antes de qualquer aplicao diretamente importante o conhecimento da empresa onde se vai trabalhar. Com isso ocorreu o conhecimento de todas as UGBs (Unidade de Gerenciamento Bsico) da empresa, observando o que cada uma oferecia em relao a montagem das baterias. Foi feito um conhecimento aprofundado principalmente na UGB Montagem, onde o estudo de Cronoanlise iria ser implantado primeiramente.4

Para esse conhecimento aprofundado foi preciso do seguinte: 1- Observar as mquinas da linha; 2- Saber o que cada mquina produz para produo da bateria; 3- Saber como funcionam e o porqu de funcionarem dessa forma.

Para um aprofundamento sobre o conhecimento das maquinas encontradas nas linhas da UGB Montagem foi preciso conversar com operadores, EPs (Encarregados de Produo), Staffs e chefes do setor; b) Conhecimento da ferramenta de TPM Para o conhecimento da ferramenta do TPM foi feito uma apresentao inicial da estrutura pelo Chefe do TPM da empresa Pablo Marques pelo meio de integrao. Nessa apresentao se mostra toda estrutura do TPM de uma forma geral assim como uma apresentao do TPM que feito na empresa.

c) Curso de formao de Cronoanalista Para por em pratica as ferramentas de Cronoanlise foi preciso ter uma especializao do assunto. Com isso foi pago um curso no Instituto IMAM, situado na cidade de So Paulo SP. O curso teve durao de 1 semana, onde neste curso ocorreu o aprendizado do conceito e as ferramentas de implantao de um estudo de Cronoanlise focado para melhoria e aumento da produtividade das linhas de produo da empresa.

d) Implantao da Ferramenta de Cronoanlise

Implantar a ferramenta de Cronoanlise aprendida no curso do Instituto IMAM em uma linha de produo de bateria como um modo piloto escolhida pelos chefes e gerente do setor (UGB Montagem). Logo aps dos resultados obtidos, ocorrer a replicao do mtodo adotado.

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2- Acumuladores Moura AS

2.1 Introduo

2.1.1 Histrico A bateria de chumbo-cido foi inventada por Gaston Plant em 1860, perodo que remonta aos primrdios das clulas galvnicas. Durante estes 144 anos esta bateria sofreu aprimoramentos tecnolgicos os mais diversos possveis, fazendo com que a bateria de chumbo-cido continue sendo uma das baterias mais confiveis do mercado, atendendo a vrias aplicaes: bateria de arranque e iluminao em automveis, como fontes alternativas em no-breaks, em sistemas de trao para veculos e mquinas eltricas, etc. A composio bsica da bateria essencialmente, chumbo, cido sulfrico e materiais plsticos. O chumbo est presente na forma de chumbo metlico, ligas de chumbo, bixido de chumbo e sulfato de chumbo. O cido sulfrico se encontra na forma de soluo aquosa com concentraes variando de 27% a 37% em volume. O funcionamento da bateria se baseia na seguinte reao: Pb + PbO2 + 2H2SO4 2PbSO4 + 2H2O

que por sua vez resultado das duas semi-reaes: Pb + H2SO4 PbSO4 + 2H+ 2e-

PbO2 +2H+ + H2SO4 +2e- PbSO4 + 2H2O Sendo assim, na bateria existe um nodo de chumbo e um ctodo de bixido de chumbo. Durante a descarga tanto o nodo quanto o ctodo so convertidos em sulfato de chumbo. No processo de recarga o sulfato de6

chumbo convertido em chumbo e bixido de chumbo, regenerando o nodo e o ctodo, respectivamente. Nas baterias automotivas atuais, este material suportado em grades de ligas de chumbo. Em 1957 no agreste pernambucano, foi fundada Acumuladores Moura Ltda. As instalaes iniciais eram simples, com mquinas rudimentares, feitas de madeira de barana e ferro velho. Hoje em dia, a Acumuladores Moura produz anualmente cerca de 5 milhes de baterias, atendendo as demandas das montadoras de automveis (detm 55% do mercado) e do mercado de reposio (25% das baterias comercializadas). Para se manter nesta condio a empresa teve de atender s exigncias de mercado em relao ao custo e a qualidade realizando constantes melhorias tecnolgicas de seus processos/produtos satisfazendo tambm s crescentes exigncias de controle ambiental/ocupacional que esto na pauta do desenvolvimento contemporneo. Para isso foram criadas diversas parcerias com outras empresas do setor: a partir de 1967, a Moura adotou um programa de transferncia de tecnologia junto ao maior fabricante mundial de baterias da poca, a inglesa Chloride, parceria que durou at 1972. Em 1979, iniciou-se a formao da Rede de Depsitos Moura (RDM) responsvel pela distribuio de baterias em nvel nacional e internacional, constituindo-se na maior do pas na rea de baterias automotivas. No incio da dcada de 80, a Moura adquiriu outro importante parceiro tecnolgico: a Moll Batteries, considerada pela Volkswagen e Audi, o seu melhor fornecedor de baterias do mundo. Esta parceria foi mantida durante 15 anos. Por conta desta parceria, a Moura passou a fornecer para a Volkswagen do Brasil em 1988. Entre os anos de 1989 a 1994 a Moura teve como parceiro tecnolgico a alem Hoppecke. Outro importante parceiro tecnolgico foi a multinacional GNB Technologies, fornecedora da Ford Inglaterra e Ford EUA e detentora da patente mundial para a fabricao de baterias com a chamada Liga Prata,7

lanada exclusivamente no Brasil pela Moura. Esta parceria foi iniciada em 1996 e terminou no ano de 2000. As parceiras mais recentes (1998 e 2005) so a Exide Corporation e a Banner Batteries, grandes fabricantes mundiais de baterias e com base na Europa, que esto ajudando a Moura a se renovar tecnologicamente e preparar suas fbricas para as exigncias de fornecimento da Audi Alem e Renault. Com o objetivo de atender plenamente s necessidades do consumidor final e de se tornar a empresa mais competitiva do setor, atravs da plena participao dos seus funcionrios, a Moura implantou o Programa de Qualidade Total (PQT) e estabeleceu a misso e a viso de futuro da Moura, que so respectivamente: Liberar toda nossa energia para a satisfao dos nossos clientes. Sermos lderes nos mercados de Reposio e Montadoras, reconhecidos pelos clientes como sinnimo de excelncia. Todos os funcionrios tero crescido com a Empresa, motivados com a Qualidade de vida no trabalho e comprometidos com os objetivos de melhoria contnua. Como conseqncia da adoo do PQT, em 1994, ela obteve a Certificao ISO 9001 e a vem mantendo at os dias atuais. Em 1999, obteve o certificado QS 9000, que constitudo pelas normas das sries ISO 9000 acrescidas de exigncias da indstria automotiva americana (Ford, Chrysler e GM). Em dezembro de 2000, o American Bureau of Shipping Quallity Evaluations (ABS) revalidou a certificao para Acumuladores Moura S.A., que garante a qualidade total desde o projeto at a assistncia tcnica. Em 2003, o Grupo Moura trabalhou para que suas unidades fabris fossem certificadas com o ISSO 14001, que um certificado internacional que deu a empresa, o status de empresa ecologicamente correta. Em 2004, O Grupo MOURA foi certificado com a ISO/TS, que um certificado de qualidade especfico para montadoras de automveis.

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Outros programas importantes que so desenvolvidos atualmente no Grupo Moura so: 5S: Programa de qualidade, baseado na reeducao dos hbitos, atravs de 5 sensos (utilizao, ordenao, limpeza, sade,

autodisciplina) que objetiva melhorar o ambiente de trabalho; Gerenciamento Pelas Diretrizes (GPD): Consiste no desdobramento das metas da diretoria (diretrizes) nos diversos nveis hierrquicos da empresa, atingindo at o nvel operacional; Gerenciamento da Rotina (GR): Busca uma melhoria da rotina diria e aumento de produtividade, atravs da padronizao da rotina diria, utilizando procedimentos operacionais, itens de controle, tratamento de anomalias, etc.; TPM (Total Productive Maintenance Manuteno Produtiva Total): Baseado na eliminao de perdas do processo e aumento da integrao homem mquina, visando aumento de produtividade, atravs dos oito pilares (manuteno autnoma, manuteno planejada, educao e treinamento, melhoria especfica, controle inicial, manuteno da qualidade, TPM nos escritrios e Segurana, Higiene e Meio ambiente). Este programa foi adotado inicialmente para as reas fabris da empresa; CCQ (Crculo do Controle da Qualidade): Programa que visa criao de crculos de qualidade formados por voluntrios do setor para atuarem na soluo de problemas diversos, adotado para as reas administrativas. Em 2002 a empresa lanou as baterias tracionrias da linha Log HPD, que geraram 15% de crescimento na receita. Atualmente, os produtos da Moura fornecem energia para veculos, embarcaes, telefonia celular e fixa e operaes logsticas. No segmento automotivo, a bateria Moura pea original de fbrica da Volkswagen, Ford, Renault (vans e afins), Fiat, Daimler Chrysler e Iveco. De cada 100 veculos produzidos no Brasil, 50 so equipados originalmente com bateria Moura.

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No ms de outubro de 2007, a fbrica bateu o recorde na produo de baterias: 405 mil unidades. Este recorde representa quase oito mil vezes a produo inicial da empresa, que quando comeou as atividades colocava no mercado menos de 50 baterias mensalmente. Com produo de cinco milhes de baterias por ano, a Moura referncia no mercado de acumuladores eltricos. A evoluo contnua nos ltimos cinco anos consolidou-se em 2007 com um faturamento de R$ 420 milhes, 45% a mais sobre o de 2006, ano em que cresceu 23% sobre 2005. A Figura (2.1), mostra a planta (parte frontal) da Acumuladores Moura em Belo Jardim.

Figura (2.1) - Portaria da Unidade 01 da Acumuladores Moura SA em Belo Jardim PE

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Principais etapas de sua evoluo

No ano de 2007 a Moura completou cinqenta anos de existncia. Durante este perodo a sua capacidade de produo cresceu

significativamente; foram muitos prmios e certificaes conquistadas. Dentre os principais acontecimentos de sua histria destacam-se os seguintes: 1957 - Fundao de uma pequena fbrica de baterias sob a denominao de Indstria e Comrcio de Acumuladores Ltda, em Belo Jardim (PE); 1958 - Incio das operaes. A produo atingia cerca de 50 baterias/ms; 1964 - Mudana da Ind. e Com. de Acumuladores Ltda para Acumuladores Moura S.A; 1965 - Aprovao do primeiro projeto de modernizao pela SUDENE para a construo de uma planta industrial mais moderna, com uma produo instalada de 60.000 baterias/ano; 1967 - Inaugurao da nova fbrica; 1983 - Incio do fornecimento de baterias Fiat Automveis S.A.; 1986 - Construo de mais uma fbrica de baterias em Itapetininga (SP), com recursos prprios; 1995 - Prmio 10 melhores da Fiat; 1995/96 - Recebimento da certificao da ISO 9001 e implantao de um amplo Programa de Qualidade. 1996 - Prmio Ford de Qualidade Q1 (Fornecedor de Classe Mundial); 1997 - Rompida a barreira de 2.000.000 unidades de baterias; 1999 - Certificao QS 9000; 1999 - Prmio VW de Qualidade Melhor Fornecedor de componentes eltricos; 1999 - Prmio Renault TOP FIVE; 2000 - Prmio VW Melhor Fornecedor do Brasil; 2000 - World Excellence Award Winner - Ford Motor Company;11

2002 - Prmio Top de Qualidade 2002; 2003 - ISO 14001 (Meio ambiente); 2005 - Top de Qualidade 2005 (IEPQ); 2006 - Prmio Ford de Melhor Fornecedor da Amrica Latina. 2008 Premio Mximo de Qualidade da Fiat, Quality Awards Fiat. 2010 Eleita a melhor fornecedora no quesito materiais eltricos pela Ford, Fiat e GM.

2.1.2 Estrutura Organizacional

Atualmente a Moura encontra-se dividida em unidades localizadas no Brasil e na Argentina, conforme exposto na Tabela 2.1:Tabela 2.1 - Estrutura organizacional do grupo Moura

A Unidade 01, onde o estgio foi desenvolvido, tem cerca de 750 funcionrios que, na maioria dos setores, trabalham em trs turnos na produo de baterias e em horrio comercial nas reas de Apoio Industrial. Nela so montadas, formadas e acabadas baterias automotivas, nuticas e

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estacionrias, de onde parte so enviadas para parte o mercado de reposio nacional e internacional e para as outras unidades. Esta unidade dividida basicamente em duas partes: rea fabril e reas de apoio administrativo. A rea fabril subdividida nas seguintes unidades gerenciais bsicas (UGBs): UGB 01 ou UGB Placas moinho, fundio, empastamento e cura/secagem; UGB Montagem montagem das baterias; UGB 04 ou UGB Formao e Acabamento formao e acabamento de baterias. A rea de apoio engloba setores como engenharia, PCP/logstica e toda a parte administrativa e financeira da unidade.

2.1.3 Linha de produtos

A Acumuladores Moura S./A. produz baterias para partida de veculos automotores, baterias estacionrias para uso em sistemas de

telecomunicaes, no-breaks e sistemas de energia solar e elica, baterias tracionrias para uso em veculos eltricos e demandas industriais, e baterias nuticas, para uso em lanchas, iates e embarcaes de grande porte.

Moura com Prata - baterias para veculos automotores

A bateria automotiva, Figura (2.2), o principal produto do Grupo Moura. A tecnologia de utilizao da prata nas baterias proporciona uma maior vida til ao acumulador.

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Figura (2.2) - Bateria automotiva Moura com prata.

Moura Inteligente - baterias para veculos automotores

A Bateria Inteligente, Figura (2.3), tem uma vida til superior em at 50% a das baterias automotivas convencionais. Produzida com novos agentes de natureza qumica, eltrica e mecnica, esta bateria oferece um comportamento especial em relao aos mais rigorosos contextos externos. Nas situaes em que as baterias automotivas comuns sofrem um intenso desgaste, a Bateria Inteligente oferece respostas corretivas. O resultado uma maior capacidade de enfrentar os principais viles das baterias: elevao da temperatura no compartimento do motor, descargas acentuadas e prolongadas, dilataes resultantes dos ciclos de carga e descarga, e finalmente as vibraes que so transmitidas do veculo para a bateria. Assim, principalmente nas situaes crticas de operao que a Bateria Inteligente se distingue das baterias automotivas comuns.

Figura (2.3) - Bateria automotiva Moura Inteligente

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Moura Log HDP - Baterias tracionarias

A linha de baterias tracionrias Moura Log HDP, Figura (2.4), oferece elevado desempenho nas mais severas condies de uso, especialmente as resultantes das operaes em pisos irregulares e em altas temperaturas. Esse desempenho assegurado pela utilizao das mais modernas tcnicas no desenvolvimento de seus componentes e nos processos de fabricao. A tecnologia HDP possibilita o aumento da vida til e incremento da resistncia vibrao, atendendo a demanda de veculos de trao eltrica.

Figura (2.4) - Baterias tracionrias Log HDP

Moura Clean - Baterias estacionrias

As baterias estacionrias da linha Moura Clean, Figura (2.5), utilizam uma tecnologia completamente nova. Traz uma soluo definitiva para os problemas associados utilizao de baterias reguladas a vlvula (VRLA) em altas temperaturas. Esta nova famlia de baterias o resultado da experincia do Grupo Moura em projeto, desenvolvimento, industrializao e assistncia tcnica, associado s parcerias tecnolgicas com alguns dos maiores fabricantes mundiais do setor. As baterias estacionrias possuem duas aplicaes bsicas: flutuao e ciclos constantes de carga e descarga. No regime de operao de flutuao as15

baterias permanecem grandes perodos sob tenso de flutuao e em caso de falta do sistema externo de abastecimento, so destinadas a compensar as perdas internas e mant-las sempre em estado de plena carga. Estas baterias so utilizadas em sistemas de telecomunicaes, nobreaks, subestaes eltricas, alarmes de vigilncia eletrnica, iluminao de emergncia, sinalizao e hospitais. No regime de ciclos constantes a bateria submetida a um grande nmero de ciclos de carga e descarga, e fornece a energia necessria para as instalaes, sendo carregada em intervalos de tempo regulares. Estas baterias so utilizadas em sistemas de energia elica e solar, em monitoramento remoto, e sinalizao martima.

Figura (2.5) - Bateria estacionria Moura Clean

Moura Boat - Baterias nuticas

As baterias da linha Moura Boat, Figura (2.6), oferecem alto desempenho e durabilidade em aplicaes nuticas, proporcionando total segurana. Esta linha de baterias o resultado do constante investimento em pesquisa, associado experincia e ao pioneirismo da Moura em desenvolvimento de tecnologia de baterias. Em uma embarcao, as baterias podem ter duas funes distintas: partida e servio. A primeira utilizada para dar a partida no motor da embarcao, e projetada para fornecer uma alta corrente durante um curto16

intervalo de tempo; semelhante bateria utilizada para partir o motor de um automvel. A bateria de servio utilizada para alimentar os equipamentos e utilidades eltricas da embarcao, tais como iluminao, rdio, GPS, radar, microondas, refrigerados, bombas e outros itens de consumo, normalmente por intermdio de um inversor. A linha Moura Boat pioneira em baterias nuticas no Brasil.

Figura (2.6) - Bateria nutica Moura Boat.

Em resumo os componentes de um acumulador de chumbo podem ser vistos na Figura (2.11).

Figura (2.11) - Viso Geral dos Componentes de Uma Bateria.

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2.2 - Principais etapas do processo produtivo

As etapas de produo de uma bateria podem ser colocadas no seguinte fluxograma (Figura (2.12)).

Figura (2.12) - Fluxograma Genrico da Produo de um Acumulador.

De acordo a Figura (2.12), existem dois pontos iniciais na produo do acumulador. Um com o chumbo mole e outro com o chumbo liga. Resumidamente, a partir do chumbo mole feito o xido de chumbo no moinho. O xido utilizado na masseira para se produzir a massa. Paralelamente, a partir do chumbo liga so produzidas as grades. A massa empastada na grade para se produzir as placas. As placas ento so levadas para estufas onde ocorrem os processos de cura e de secagem. Posteriormente as placas so agrupadas na montagem com a ajuda das pequenas peas, que foram produzidas a partir de um chumbo liga de composio diferente do chumbo liga utilizado na fundio de grades. Os grupos de placas (denominados de elementos) so colocados nas caixas que por sua vez so seladas e levadas formao. Finalmente feita uma18

inspeo final e colocadas as etiquetas nas caixas, no acabamento. A bateria est pronta. A partir desse ponto, dividiremos o processo de fabricao de baterias, utilizado no Grupo Moura. Esse processo, se desenvolve nas quatro UGBs existentes na UN-01. A descrio do processo detalhado, segue a diviso por unidades, existente na fbrica. Moinho Chumbo mole 2.2.1 UGB 01: Produo de Placas

Na UGB-01Placas, so produzidas as grades, as massas e as placas, que sero enviadas para as UGB Montagem, a partir dos lingotes de chumbo provenientes da UN-04. As principais etapas do processo so: A obteno do xido de chumbo (PbO) feita a partir da fuso de lingotes de chumbo mole, onde o metal fundido depositado continuamente nos moinhos (reatores) que fazem a oxidao do chumbo. Em seguida, as partculas so enviadas para um ciclone que faz a separao das partculas oxidadas, as mais leves (menores) seguem para as masseiras e as mais pesadas (maiores) retornam para serem reaproveitadas no processo. Como medida de controle utilizamse teores menores ou iguais a 30% de chumbo livre; A massa preparada conforme a grade que ir pertencer. composta basicamente de gua, xido, soluo de cido sulfrico, fibra e aditivos. Para garantir que a massa possuir boas propriedades, so realizados testes de umidade, densidade e plasticidade; Nas empastadeiras realizada a deposio da massa na grade, formando a placa; As grades podem ser obtidas por fundio ou por expanso. Na fundio, a cada batida da mquina fundidora so produzidas duas grades. Estas devem ser isentas de defeitos como: vazios, falta de preenchimento, porosidades, etc. Para a placa positiva (liga prata), o ideal de 12 a 15 batidas/minuto; j para a placa negativa (liga clcio), 14 a 18 batidas/minuto. Outro tipo de produo por fundio a19

fundidora de fita Cominco (grade negativa). No caso da produo por expanso, uma fita de chumbo-liga produzida na mquina Properzi (grade positiva). Em seguida, so laminadas, conformadas e enroladas em bobinas para seguirem para as empastadeiras; Aps o empastamento das grades, as mesmas so levadas para o processo de cura/secagem em estufas com umidade e temperatura controladas. A placa curada ainda passa por um teste de queda de massa, onde a mesma solta de determinada altura e a massa deve permanecer aderida a grade com mnima ou nenhuma falha;

2.2.2 UGBs Montagem: Montagem de Baterias

Nesta unidade so montadas as baterias cruas, em 10 linhas de montagem, que sero enviadas para as unidades de formao em Belo Jardim/PE e em Itapetininga/SP. O processo funciona com lay-out em linha, onde as etapas consistem em: A placa curada posta na lixadora de orelhas, envelopada e encaminhada para a solda COS (cast on strap) que tem a funo de unir as placas e as pequenas peas (strap) que so produzidas na UN- 05; Os conjuntos de placas so montadas nas clulas da caixa da bateria e seguem para o processo de soldagem inter-cell que interligar as mesmas; Posteriormente feita a selagem, ou seja, a unio da caixa com a tampa atravs do aquecimento das mesmas; Depois da selagem realizado um teste de vazamento para verificar a qualidade do selamento e garantir que no haver escoamento da soluo para o exterior e tambm de um elemento para outro dentro da bateria; Por fim ocorre a solda dos terminais nos postes que foram colocados durante o processo de solda COS. Esta solda deve permitir uma boa

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conduo de eletricidade e, o contato entre a caixa e o terminal deve ser perfeito para que no haja vazamento;

2.2.3 UGB-04: Formao e Acabamento de Baterias

A UGB-04 dividida em Formao e Acabamento. Na Formao, as baterias recebem a soluo de cido sulfrico e o ciclo de carga eltrica, necessrios ao seu carregamento, enquanto no Acabamento, as baterias j formadas, so niveladas, lavadas, lacradas e recebem todas as identificaes necessrias, estando as baterias prontas para expedio. O processo resume-se em: Depois dos testes de vazamento, as baterias so enviadas aos bancos de formao onde recebem a soluo de cido sulfrico (gua desmineralizada e cido sulfrico) e so ligadas a um retificador que fornecer as correntes eltricas necessrias s transformaes

eletroqumicas; Os fatores influentes no processo so a pureza e a densidade da soluo de cido; Dependendo do destino final das baterias (exportao, reposio, montadoras, etc.) a densidade pode variar de uma para outra; As baterias podem permanecer na formao de 12 a 30 horas; Aps a formao, as baterias esto prontas para uso. No entanto, para segurana e uma melhor esttica, elas devem passar pelo setor de acabamento onde so realizados: a limpeza das mesmas, testes de desempenho, afixao de etiquetas e todo processo de embalagem; Inicialmente as baterias passam pela MAN (mquina de nivelar) que faz o nivelamento da soluo de cido sulfrico; logo em seguida, so mandadas para a MLS (mquina de lavar e secar) onde so lavadas com gua, uma mistura de gua e sabo, novamente gua e por fim so secadas; Aps a lavagem/secagem realizada a limpeza dos bornes, pois a camada de xido que se forma no borne positivo pouco condutora o21

que pode dificultar o teste de alta descarga (TAD) alm da influncia esttica; Depois do teste de alta descarga ocorre o selamento final da bateria, onde a sobretampa incorporada a tampa. A temperatura do espelho de selagem varia entre 430C a 500C, o tempo de queima varia de 1 a 4 segundos e o tempo de selagem de 3 a 14 segundos; Em seguida realiza-se o teste de vazamento que possui os seguintes parmetros: P = 130 a 150 mbar, tench. = 3s - 16s (linha 1) / 3s - 6s (linha 2 e 3) e tteste = 3s 5s; A afixao de etiquetas requer que a bateria esteja totalmente limpa e seca. Aps a colocao das embalagens, as baterias so enviadas para o setor de expedio e de l so enviadas para as montadoras ou centros de distribuio.

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3- Atividades Desenvolvidas

3.1. Estudo de Tempos e Mtodos na Linha 09 da UGB Montagem

Com o intuito de eliminar as perdas provenientes da produo a empresa Acumuladores Moura AS, implantou no ano de 2000 o TPM Total Productive Maintenance (Manuteno Produtiva Total). O TPM o conjunto de atividades onde mantm o compromisso voltado para o resultado. Sua excelncia est em atingir a mxima eficincia do sistema de produo, maximizar o ciclo total de vida til dos equipamentos aproveitando todos os recursos existentes buscando perda zero (NAKAJIMA, 1989). o conceito mais moderno de manuteno. O TPM exige a participao de todos os elementos da cadeia operativa, desde o operador do equipamento, passando pelos elementos da manuteno e pelas chefias intermdias, at aos nveis superiores de gesto. Com a utilizao da tcnica do TPM possvel a eliminao das perdas decorrentes de m qualidade ou no conformidade, tanto do produto, processo ou equipamento, quanto do nvel de atendimento. A sua vantagem sobre os demais conceitos que, com o TPM, possvel obter os indicadores de desempenho de produtividade, performance e qualidade atuais, eficincia e compar-los a um referencial de excelncia (benchmarking). Com isso a empresa passou a procurar ferramentas inovadoras alem das ferramentas do TPM.

Como se sabe produtividade a reduo do tempo gasto para executar um servio, ou o aumento da qualidade de produtos elaborados, com a manuteno dos nveis de qualidade, sem o acrscimo de mo-de-obra ou aumento dos recursos necessrios. Produtividade no somente maior quantidade. preciso avaliar a qualidade do servio.

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Com essa definio de produtividade juntamente com o pensamento de uma ferramenta que atuasse nas linhas de produo envolvendo mo de obra, mquina, foi observado a importncia da implantao de um Cronoanalista na empresa. Desta forma foi oferecido e pago pela empresa um curso de Cronoanlise no instituto IMAM em So Paulo SP, no perodo de uma semana com um total de 24 horas de curso. Neste curso foi assimilado o conceito de produtividade, os meios de como agir para o aumento da mesma, a importncia do tempo para a produtividade, entre outros. Neste mesmo curso foi feito toda uma preparao e treinamento para a formao de um Cronoanalista. Com esse conhecimento da parte de conceito da ferramenta juntamente com o treinamento feito, pde-se aplicar nas linhas de produo da montagem (UGB Montagem) a ferramenta de Cronoanlise, afim de um estudo aprofundado para o aumento da produtividade. O referente projeto teve as seguintes etapas:

3.1.1. Levantamento das atividades de cada posto de trabalho

Para cada mquina que constitui uma linha da montagem possui a quantidade determinada de operadores trabalhando. Mostrando a linha de uma forma mais detalhada, conforme a Figura (3.1) tem a distribuio atual de operadores na linha.

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Figura (3.1) Linha 09 da UGB Montagem

Descrevendo a Linha 09, usada no projeto, temos as seguintes mquinas: MCL (Mquina de Cortar e Lixar): mquina responsvel em cortar e lixar as orelhas das placas produzidas na UGB 01; TKM (Mquina Tekmax): mquina responsvel por envelopamento da placa (positiva ou negativa a depender da bateria) e formao dos elementos (conjunto de placas positivas e negativas) que preenchem a bateria; TBS (Mquina de solda COS): mquina responsvel por criar os straps (peas de chumbo feito por meio de fundio do chumbo e soldada nas orelhas dos elementos) e soldar nas orelhas das placas, a fim de ter capacidade de fluir corrente entre os elementos (Figura (3.2));

Figura (3.2) Mquina TBS

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SIC (Mquina de solda SIC): Mquina responsvel por soldar os straps dos elementos afim de fechar o circuito da bateria;

TCC (Mquina de Teste de Curto Circuito): mquina responsvel por testar a bateria atravs de uma simulao de carga, observando assim se a bateria foi soldada corretamente;

SLR (Mquina de Selagem de Tampa): mquina responsvel por selagem da tampa da bateria;

LVB (Levantamento de Borne): nessa faze a bateria tem os bornes levantados, que nada mais do que os plos das baterias criados. Nessa linha, assim como em outras da UGB Montagem, feito manualmente com o auxilio de canecas, varetas de chumbo e maarico. Em outras linhas pode ser feita atravs de mquina (Figura (3.3));

TVZ (Mquina de Teste de Vazamento): mquina responsvel por fazer um teste de presso com a finalidade de detectar algum vazamento ocorrido na selagem (Figura (3.3)).

Figura (3.3) Local de Levantamento de Borne (LVB) e Mquina TVZ

Cada operador da linha tem suas respectivas atividades em sua mquina.26

Atividade do posto de trabalho nada mais do que tudo aquilo que o operador faz para que sua mquina produza um produto que atenda a solicitao da mquina seguinte, ocorrendo assim o fluxo continuo da linha. Para o levantamento dessas atividades dos postos de trabalho foi preciso de 1 ms, utilizando somente a observao e senso critico adquirido no curso, diretamente no Gemba (cho de fbrica) junto as mquinas (uma de cada vez) da linha escolhida (Linha 09). Ao final das atividades levantadas, houve solicitao de confirmao atravs dos operadores da linha, EP, Chefes e Staffs do setor. Confirmao concedida segue-se para o prximo passo.

3.1.2. Confeco das Planilhas para Anlise

Hoje em dia com o advento da tecnologia e da pressa em obter resultados temos a existncia de softwares que nos auxiliam e ajudam em obter resultados mais rapidamente e neste caso no diferente. Com o auxilio do Office Excel eu confeccionei as planilhas aprendidas no curso onde se armazenada as informaes gerais como a listagem das atividades , os tempos de cada atividade, a freqncia em que cada atividade feita, observaes, calculo de Takt Time (corresponde ao ritmo de produo necessrio para atender a demanda, ou seja, o tempo de produo que tm-se disponvel pelo nmero de unidades a serem produzidas em funo da demanda), Simograma (Grfico que mostra relao do Tempo Homem, Tempo Mquina e Tempo Homem-Mquina), tempo de ciclo da linha, deteco da mquina gargalo (so todos os pontos dentro de um sistema industrial que limitam a capacidade final de produo), etc.

Para cada planilha com essas informaes possuem formulas, clculos, condies, gerao de grficos para gesto vista, etc, onde utilizando o Excel temos uma rapidez e uma eficincia nos calculose nos grficos, ganhando

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assim um tempo gio e uma forma de demonstrar no s com nmeros mas de forma visual o que se ocorre com os resultados obtidos. Feito as planilhas na secretaria de TPM, passou-se para o prximo passo.

3.1.3. Escolha da Bateria

As atividades levantadas anteriormente serviro para qualquer tipo de bateria nesta linha, pois as mquinas sero as mesmas e a quantidade de operadores tambm ser o mesmo. Na linha 09 so montadas 3 tipos de baterias direcionadas a caminhes. Mas para se obter um estudo seguro e completo do projeto, foi preciso levantar informaes referente a bateria de maior giro da linha 09. Com a ajuda do setor da logstica, a bateria de maior giro a bateria 12 MF 105 que utiliza molde GR31. Como essa bateria a de maior giro na linha, automaticamente a bateria que possibilitar uma maior produtividade logo aps as analises levantadas e Cronoanlise. Com isso os tempos e observaes foram feitos somente quando esta bateria estava rodando na linha. Posteriormente passou-se ao prximo passo. melhorias aplicadas de acordo com a ferramenta de

3.1.4. Tomada de Tempos

Cronoanlise o estudo da atividade manufatureira onde se procure mensurar, atravs de levantamento de tempos, movimentos, e de anlises dos diversos mtodos aplicados s reais necessidades do setor fabril em toda a sua extenso. Com isso a secretaria de TPM fez o pedido de compra de um cronometro com memria de at 30 tempos diferentes juntamente com o tempo28

acumulativo de observao, possibilitando o cronometrista obter uma mdia mais precisa do tempo levantado. Como as atividades levantadas anotadas em uma planilha impressa e fixada em uma prancheta comeou-se a medir os tempos em que cada atividade feita, conforme mostra a Figura (3.4). O inicio se deu exatamente onde o fluxo normal da linha se inicia que na mquina Cortar e Lixar. Logo encerrado todos os tempos das atividades da Cortar e Lixar passou-se para a prxima mquina que a mquina Tekmax, onde da mesma forma que foi feita anteriormente, tomou-se o tempo das atividades e anotados na planilha. Em sequncia vem a mquina TBS, fazendo assim o mesmo processo anterior com tomada de tempo de cada atividade e anotao. Com isso para cada mquina da linha e suas respectivas atividades so feitos os mesmos processos de tomada de tempos e anotaes na planilha.

Figura (3.4) Levantamento de tempos das atividades no posto de trabalho

Com o comando e planejamento do PCP, as linhas da UGB Montagem em geral tm a obrigao de fazer setups para atender a quantidade programada pela empresa referente ao planejamento. Com isso as o projeto fica suspenso at o retorno da bateria de referencia retornar a rodar na linha. Desta forma o projeto ainda est em andamento, no processo de tomada de tempos. Assim que for encerrado esse passo do projeto de levantamento de tempos das atividades, vem o prximo passo.29

3.1.5. Preenchimento das planilhas eletrnicas e anlise dos resultados

J com todos os tempos levantados, ocorrer nesta fase do projeto o preenchimento das planilhas feitas no Excel (Figura 3.5) com os tempos levantados e listados na prancheta.

Figura (3.5) Preenchimento das Planilhas

Preenchido os campos correspondentes, a planilha calcular os tempos corrigidos com determinados fatores de correo do tempo. O ritmo a velocidade que o operador faz tal atividade imposta na sua mquina. O estudo do ritmo importante para equalizar o tempo necessrio pra tal atividade. Se um operador gozando de boa sade, que j tem uma experincia fazendo essa atividade e levando em considerao a mquina rodando na sua perfeita ordem, ou seja, sem defeitos tem-se que este operador ele possui um coeficiente de ritmo de 100%. Isso significa que o tempo medido naquela operao, um tempo real. J um operador mais lento, eventualmente possuir um tempo maior medido na mesma atividade.com isso devemos equalizar o tempo com um coeficiente em mdia de 80% a 99%. Isso significa que de acordo com o tempo tirado e com seu ritmo haver um acrscimo de tal porcentagem imposta por mim na observao afim de equalizar esse tempo, pois no se pode ter um tempo de atividade nica levando em considerao somente o melhor operador. Isso acarreta perda pelo motivo de estar-se propondo que todos os operadores faam tal atividade com um tempo que no30

o adequado. Da mesma forma se utiliza pra um operador que mais gil ainda, com um coeficiente de ritmo de 101% a 120%. Os outros coeficientes de correo de tempo so relacionados monotonia do operador naquela atividade, disposio ou relacionado ao peso e em relao ao ambiente (temperatura e umidade do ar). Todos estes coeficientes so lanados nas planilhas, calculados e indicando o tempo padro de cada atividade. Atravs desse tempo padro so feito as anlises de melhoria, onde podemos agir e ver se possvel reduzir ou at eliminar esses tempos das atividades. Aps todos os clculos, temos a possibilidade de fazer uma amostra em gesto vista. Isso ocorre no prximo passo.

3.1.6. Apresentao de Takt Time

Com esses tempos calculados podemos ter o Takt Time da linha, onde podemos fazer um balanceamento da mesma, distribuindo ou at retirando operadores obsoletos a depender do diagnstico levantado. Na Figura (3.6), pode-se observar o Tact Time da linha 09 referente ao tempo normal, ou seja, o tempo observado no cronometro. Cada bloco que forma a coluna em observao, referente a uma atividade desenvolvida no posto de trabalho de cada mquina.

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Figura (3.6) Takt Time da linha 09 em tempo normal

Com a anlise da Figura (3.6), tem-se que algumas atividades esto levando um tempo excessivo, fazendo assim a linha esta fora do Takt Time indicado pela linha preta. Outra forma de se analisar o Takt Time da linha, com a correo do tempo em relao ao ritmo do operador na atividade. Isso se observa na Figura (3.7).

Figura (3.7) Takt Time da linha 09 em tempo Padro

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Fazendo

uma

analogia

comparativa,

tem-se

que

determinadas

atividades aumentam seu tempo e outras diminuem seu tempo, mas da mesma forma algumas atividades esto fora do Takt Time. Alm destas duas formas apresentadas, pode-se ainda fazer um ajuste no tempo da atividade com referencia aos coeficientes de correo como, Monotonia, Posio do trabalho, Esforo e Meio Ambiente. Com essas correes o grfico se apresenta de acordo com a Figura (3.8):

Figura (3.8) Takt Time da linha 09 em tempo tericol

3.1.7. Apresentao dos Resultados Obtidos

Aps todo o trabalho feito, alguns problemas foram observados na linha que acarretam diretamente sobre a situao que a linha se encontra. Alguns problemas sistemticos como operador fazendo funo que no faz parte do seu posto de trabalho, atividades que no deveriam existir, componentes de mquinas que precisam ser reajustadas ao invs de trocadas, etc. que devem ser corrigidas urgentemente. Devido a esses problemas, ocorrer uma apresentao destes grficos de como se encontra a situao atual que a linha 09, juntamente com as33

possibilidades de melhorias levantadas aos EPs, Chefes e Gerente da UGB Montagem no dia 15/08/2011. Aps essa apresentao, os responsveis iram ver as possibilidades e viabilidades das melhorias e implant-las, pois como se sabe existem melhorias de alto custo e que tem-se uma determinada demora para a aquisio de verba, com abertura de uma CI (custo de investimento). Com o sucesso esperado nesse projeto, haver uma replicao do trabalho para as outras linhas da UGB Montagem e posteriormente nas outras linhas das demais UGBs da Unidade 01.

3.2 - Participao no Pilar de CustoUma atividade tambm realizada no perodo de estgio, a participao na implantao do pilar de custo na empresa como secretrio, e tem como meta ajudar no apoio as UGBs da Unidade 01 em desdobrar o custo industrial e identificar oportunidades de ganho. Para isso sero realizados benchmarking, cursos e treinamentos a fim de ampliar a viso do custo industrial de modo a contabilizar as perdas de recursos e nortear os outros pilares para que trabalhem de forma a minimizar os gastos desnecessrios.

3.3 Atualizador dos indicadores da Unidade 01

Nesta atividade tenho a responsabilidade em atualizar os indicadores de OEE (eficincia global) dos grupos autnomos, Quebras, Radar (diagnstico de acompanhamento dos grupos), Qualidade, Acidentes, etc. da Unidade 01. Para ter sucesso nessa atividade conto com a ajuda dos facilitadores da secretaria do TPM, cujo os mesmos esto ligados diretamente aos grupos autnomos da empresa.

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Essa atualizao feita mensalmente, e passou por uma padronizao estruturada por Pablo Marques e executada por mim. Com esse padro, a gesto a vista da situao da UGB e ate mesmo do grupo autnomo em si. Com esse levantamento temos uma forma de observar como esta a situao em relao a esses indicadores na Unidade 01 como um todo.

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4- Concluso

Levando-se em considerao uma anlise geral das atividades apresentadas, pode-se afirmar que o estgio se mostrou uma grande experincia profissional e pessoal devido s diversas situaes presenciadas, que trouxeram aprendizagens juntamente com bons desafios a serem superados. Mesmo com o estgio prximo do fim, as atividades no foram encerradas. E mesmo depois de encerradas, as mesmas sero aperfeioadas e replicadas e implementadas com mais vigor. Com as fortes exigncias por parte dos clientes corporativos e dos rgos governamentais, a tendncia de investimento em melhorias para um aumento da qualidade e da produtividade da empresa ser alavancada. Entretanto, apesar de todo aprendizado e aes realizadas, ainda h muito que se aprender ainda sobre o mtodo aplicado aperfeioando cada vez mais com idias inovaes a fim de elevar a produo da Unidade 01 como um todo. Existem grandes oportunidades de ganho e potenciais pouco explorados que, se estimulados de forma correta, podem trazer benefcios

incomensurveis a produtividade.

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5- Referncias Bibliogrficas

MIRSHAWKA, V. e OLMEDO. N. L. TPM a Moda Brasileira. So Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda., 1994. Informaes institucionais. Disponvel em: www.moura.com.br. Acesso em janeiro de 2011. TAKAHASHI, Y. e OSADA, T. TPM / MPT Manuteno Produtiva Total. 1 ed. So Paulo: Instituto IMAN, 1993. NAKAJIMA, Seiichi. Introduo ao TPM - Total Productive Maintenance. So Paulo: IMC Internacional Sistemas Educativos Ltda., 1989. BUENO, F., KURATOMI, S., PAULO, Jos Pereira. Cronoanlise Base da Racionalizao, da produtividade e da Reduo de Custos. So Paulo: Grfica Brasil, 17 Edio, 2011. SATTIN, Walter. Cronoanlise Formao de Cronoanalistas e

Processistas. So Paulo: Instituto IMAN, 2011.

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