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Relatório de Actividades 2011 ACeS BV II, Aveiro, 1 de junho de 2012

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Relatório de Actividades 2011

ACeS BV II, Aveiro, 1 de junho de 2012

SSiiggllaass

AACCSSSS -- AAddmmiinniissttrraaççããoo CCeennttrraall ddoo SSiisstteemmaa ddee SSaaúúddee,, II.. PP..

AACCeeSS -- AAggrruuppaammeennttooss ddee CCeennttrrooss ddee SSaaúúddee

AACCeeSS BBVV IIII -- AAggrruuppaammeennttoo ddee CCeennttrrooss ddee SSaaúúddee ddoo BBaaiixxoo VVoouuggaa IIII

AARRSSCC –– AAddmmiinniissttrraaççããoo RReeggiioonnaall ddee SSaaúúddee ddoo CCeennttrroo,, II.. PP..

CCHHBBVV –– CCeennttrroo HHoossppiittaallaarr BBaaiixxoo VVoouuggaa

CCSS -- CCeennttrroo ddee SSaaúúddee

CCSSPP -- CCuuiiddaaddooss ddee SSaaúúddee PPrriimmáárriiooss

DDGGSS –– DDiirreeccççããoo GGeerraall ddaa SSaaúúddee

DDPPOOCC -- DDooeennççaa ppuullmmoonnaarr oobbssttrruuttiivvaa ccrróónniiccaa

EERRAA -- UUnniiddaaddee ddee MMiissssããoo ddee CCuuiiddaaddooss ddee SSaaúúddee PPrriimmáárriiooss

IINNEE –– IInnssttiittuuttoo NNaacciioonnaall ddee EEssttaattííssttiiccaa

IISSTT –– IInnffeeccççããoo SSeexxuuaallmmeennttee TTrraannssmmiissssíívveell

HHTTAA -- HHiippeerrtteennssããoo AArrtteerriiaall

MMIIMM –– MMeessttrraaddoo IInntteeggrraaddoo eemm MMeeddiicciinnaa

NNOOCC –– NNoorrmmaa ddee OOrriieennttaaççããoo CCllíínniiccaa

PPFF -- PPllaanneeaammeennttoo FFaammiilliiaarr

PPNNVV -- PPrrooggrraammaa NNaacciioonnaall ddee VVaacciinnaaççããoo

RRHH –– RReessíídduuooss HHoossppiittaallaarreess

RRNN –– RReeccéémm--nnaasscciiddoo

SSMM -- SSaaúúddee MMaatteerrnnaa

SSII -- SSaaúúddee IInnffaannttiill

SSIIJJ –– SSaaúúddee IInnffaannttiill ee JJuuvveenniill

SSNNSS –– SSeerrvviiççoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee

TTAA -- TTeennssããoo aarrtteerriiaall

TTRRMMGG -- TTeemmppooss mmááxxiimmooss ddee rreessppoossttaa ggaarraannttiiddooss

UUAAGG –– UUnniiddaaddee ddee AAppooiioo àà GGeessttããoo

UUCCFF -- UUnniiddaaddee ccoooorrddeennaaddoorraa ffuunncciioonnaall

UUFF –– UUnniiddaaddee FFuunncciioonnaall

UUSSFF –– UUnniiddaaddee ddee SSaaúúddee FFaammiilliiaarr

UUCCSSPP –– UUnniiddaaddee ddee CCuuiiddaaddooss ddee SSaaúúddee PPeerrssoonnaalliizzaaddooss

UUCCCC –– UUnniiddaaddee ddee CCuuiiddaaddooss nnaa CCoommuunniiddaaddee

UURRAAPP –– UUnniiddaaddee ddee RReeccuurrssooss AAssssiisstteenncciiaaiiss PPaarrttiillhhaaddooss

UUSSPP –– UUnniiddaaddee ddee SSaaúúddee PPúúbblliiccaa

Relatório de Atividades 2011

Índice

Introdução 1 1 Caracterização do ACeS 2 1.1 Organograma do ACeS 5

1.2 Recursos Humanos 6

1.3 Área geográfica 10

1.4 População

10

2 Contratualização e Resultados

16

2.1 Indicadores do Eixo Nacional

16

2.2 Indicadores do Eixo Regional

18

2.3 Indicadores do Eixo Local

18

2.4 Outros Indicadores

20

2.5 Processo de Contratualização 20

3 Avaliação do Plano de Acção

21

4 Plano de Investimentos e Orçamento Económico

50

5 Considerações Finais

52

““NNããoo éé ppoossssíívveell ggeerriirr oo qquuee nnããoo ssee ppooddee mmeeddiirr””

WWiilllliiaamm HHeewwlleetttt

Relatório de Atividades 2011

1

Introdução

Os ACeS são organizações de saúde em mudança. Nasceram como estruturas

organizacionais inovadoras, mas partiram de uma base já construída, os Centros de

Saúde, assumida pelos seus profissionais e utentes, com décadas de trabalho

satisfatório e com resultados gratificantes para as populações.

Sendo qualquer processo de mudança sempre doloroso, em tempos de escassez

(de recursos humanos e financeiros), o processo pode tornar-se ainda mais difícil,

árduo e delicado.

Esta visão crítica implica não só a percepção da envolvente externa, analisando

oportunidades e limitando ameaças, mas também o conhecimento dos pontos

fortes e dos pontos fracos da instituição, de modo a que seja possível uma melhor

adequação às necessidades por um lado e aos recursos, por outro.

No desempenho de qualquer instituição tem enorme importância o equilíbrio

económico-financeiro no âmbito de uma gestão adequada e eficiente, quer dos

recursos humanos, quer de todos os meios colocados à sua disposição para a

realização das suas actividades.

Sendo um processo dinâmico, o desempenho do ACeS foi sendo construído com a

participação de todos, na busca constante das melhores respostas para os nossos

stakeholders.

Para melhor satisfazer esses stakeholders precisamos de os escutar e de lhes falar,

sem certezas mas com convicções, na procura incessante das melhores respostas

para os problemas que diariamente se colocam às populações e aos profissionais

que servem.

Por estas razões foi nosso propósito melhorar a comunicação; com os profissionais

utilizando as reuniões formais mensais com todos os dezassete Coordenadores das

Unidades Funcionais, através de divulgação oportuna de Circulares Normativas e

Relatório de Atividades 2011

2

Informativas e Ofícios Circulares, bem como utilizando o email dos trabalhadores

para comunicações menos formais.

Com o objectivo de prestar esclarecimentos colectivos e enviar mensagens, quer de

novos modelos de organização de serviços, quer de Educação para a Saúde,

utilizou-se as Rádios e Jornais locais.

Mas porque a comunicação não é apenas difusão da informação e porque no

exercício da nossa actividade temos por missão proteger adequadamente os

nossos utentes proporcionando a melhor qualidade de serviço, acesso à

informação e segurança, humanidade de tratamento e atendimento, garantindo a

melhor prestação e a utilização mais adequada dos recursos, “ouvimos” a

comunidade, através da análise atenta e ponderada de todas as exposições

individuais ou colectivas e de todas as recomendações, achegas, críticas ou

conselhos que nos chegaram das mais variadas origens.

Com o mesmo sentido, reunimos com Presidentes de Autarquias (das quatro),

Presidentes de Juntas de Freguesia, de Associações Cívicas e Culturais e

Representantes dos Cidadãos.

1 Caracterização do ACeS

O ACeS BV II, criado pela Portaria n.º 274/2009 de 18 de Março, é um serviço

desconcentrado da Administração Regional de Saúde do Centro, I. P. (ARSC, I.P),

com autonomia administrativa e é constituído pelos órgãos de administração e

fiscalização do ACeS, a saber: Directora Executiva, o Conselho Executivo, o

Conselho Clínico e o Conselho da Comunidade e os Serviços de Apoio, na

dependência da Directora Executiva, compostos pela Unidade de Apoio à Gestão

(UAG) e Gabinete do Cidadão. Integra os Centros de Saúde de Albergaria-a-Velha,

Aveiro, Ílhavo e Vagos, reorganizados em Unidades Funcionais, isto é: uma

Unidade de Saúde Pública (USP), uma Unidade de Recursos Assistenciais

Partilhados (URAP), cinco Unidades de Saúde Familiares (USF), nove Unidades de

Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e uma Unidade de Cuidados na

Relatório de Atividades 2011

3

Comunidade (UCC). Cada unidade funcional é constituída por uma equipa

multiprofissional com autonomia organizativa e técnica que actua em articulação

com as restantes unidades.

Com a constituição das unidades funcionais a actividade assistencial é

contratualizada através da carteira básica e adicional de serviços, conforme as

situações e abrange várias áreas de intervenção com a respectiva definição de

indicadores. Estes indicadores fazem parte dos diversos programas em execução

nos serviços.

No ACeS Baixo Vouga II, a estrutura organizacional, assente em unidades

funcionais, não está concluída, o que fica a dever-se, principalmente, ao facto de os

profissionais que integram os Serviços de Saúde existentes serem insuficientes

para a funcionalidade das novas estruturas. Na verdade, a limitação de recursos,

nomeadamente o défice de médicos de família, a escassez de profissionais de

enfermagem e de assistentes técnicos, conjugada com a desactualização dos

ficheiros dos CSP, limitam a capacidade de transformação organizacional do ACeS.

O problema constante dos “utentes sem médico de família” é um encargo adicional

para os serviços e obriga a uma gestão casuística e quase diária das respostas

possíveis às suas necessidades.

Existe, pois, uma necessidade vital de compensar a saída de médicos de família

seniores, por aposentação, por limite de idade e por antecipação e,

simultaneamente, melhorar a equidade de acesso e de utilização de cuidados de

saúde, individual e familiar. Por isso, é indispensável proceder ao recrutamento

célere dos novos especialistas e corresponder às suas expectativas de praticar a

especialidade para que foram treinados numa equipa multiprofissional, com

requisitos de qualidade, avaliação e reconhecimento bem estabelecidos.

Em 2011 concluímos a organização dos Centros de Saúde em UCSP’s (em Ílhavo e

Albergaria o processo tinha sido concluído em 2010), em Aveiro a 17 de Janeiro e

em Vagos a 31 de Janeiro de 2011. Por escassez de profissionais não conseguimos

ainda organizar as UCC’s em três Centros de Saúde.

Relatório de Atividades 2011

4

Um dos principais desafios que o ACeS BV II projecta, para o ano de 2012, consiste

na consolidação das UCSP’s para que algumas possam evoluir para USF’s.

Para além disso é nosso propósito formalizar pelo menos mais uma UCC (e,

integrada nesta, uma ECCI), se pudermos contar com os profissionais de

enfermagem, contabilizados no mapa de pessoal aprovado para o ACeS para 2012.

Relatório de Atividades 2011

5

11..11 OOrrggaannooggrraammaa ddoo AACCeeSS

Relatório de Atividades 2011

6

1.2 Recursos Humanos

Com a implementação de diversas reformas no Serviço Nacional de Saúde no

sentido de fazer face à atual conjuntura económica do país, o setor da saúde tem

sido caracterizado por um decréscimo de recursos humanos em virtude do recurso

a mecanismos de aposentação, mobilidades internas na categoria, licenças de longa

duração, entre outros, com consequências gravosas para os serviços,

especialmente, pelo facto de não ser permitida a substituição desses profissionais.

A situação já outrora preocupante torna-se, assim, insustentável na medida em que

os trabalhadores indispensáveis para responderem às necessidades de uma

população, são notoriamente insuficientes.

Não obstante a presente situação, o desempenho dos profissionais deste ACeS tem

sido fundamental no que respeita à sua contribuição para que sejam

disponibilizados serviços de saúde de qualidade e que visam, sobretudo, satisfazer

as necessidades de saúde dos utentes.

Com o novo modelo organizativo do ACES assente na criação de 17 Unidades

Funcionais, nomeadamente, 9 UCSPs, 5 USFs, 1 URAP, 1 USP e 1 UCC, com equipas

formadas e sem as quais não poderão subsistir, houve a necessidade de

distribuição dos trabalhadores pelas diferentes Unidades Funcionais passando as

mesmas a constituir os seus domicílios necessários.

Durante o mês de Julho de 2011 foram prorrogados os CTFPTR Certo, celebrados

em 2007 nos termos do Decreto-Lei n.º 276-A/2007, de 31 de Julho, até conclusão

dos procedimentos concursais abertos para ocupação de idênticos postos de

trabalho, conforme disposto no art.º 40º do Decreto-Lei 72-A/2010, de 18 de

Junho, diploma que veio estabelecer as normas de execução do Orçamento de

Estado para 2010.

Os supracitados procedimentos concursais, na sua maioria ainda em curso, tiveram

a sua abertura no decorrer do ano de 2010, no âmbito do despacho n.º

1335/2009/SEAP, de 12 de Outubro, do Senhor Secretário de Estado da

Administração Pública, para os postos de trabalho das seguintes carreiras: Médica,

Relatório de Atividades 2011

7

Enfermagem, Técnica de Diagnóstico e Terapêutica (TDT), Técnica Superior de

Saúde (TSS), Assistentes Técnica e Assistente Operacional.

Porém, o número de vagas postas a concurso não contemplaram todos os

trabalhadores em regime de CTFPTR Certo existentes neste ACES, nomeadamente,

nas carreiras Médica, Assistente Técnica e Assistente Operacional. A ausência

destes profissionais nas respetivas Unidades de Saúde comprometeria o seu

funcionamento, pelo que a prorrogação dos contratos daqueles trabalhadores que

não celebrarem CTFPT Indeterminado considera-se de extrema importância.

Para além do exposto, no global, o número de postos de trabalho ocupados por

trabalhadores com CTFPTR Certo e com CTFPT Indeterminado, são inferiores, em

todas as carreiras profissionais, ao número definido no mapa de pessoal deste

ACES para 2012, devidamente ratificado pelo Conselho Directivo da ARSC, em

13/10/2011, a saber: 1 Subdirector-Geral, 8 Técnicos Superiores, 8 Técnicos

Superiores de Saúde, 1 Técnico de Informática, 128 Assistentes Técnicos, 85

Assistentes Operacionais, 122 Médicos (MGF e SP), 17 Médicos Internos, 120

Enfermeiros e 20 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica.

Em suma, conforme descriminado no quadro 17 que a seguir se apresenta, para

responder às necessidades dos 178.525 cidadãos inscritos no ACeS BV II, incluindo

os 8.881 utentes sem médico de família atribuído, conta-se com a colaboração dos

seguintes profissionais:

• CTFPT Indeterminado - 345 trabalhadores a desempenharem funções, a

saber: 5 Técnicos Superiores (TS), 81 Assistentes Técnicos, 58 Assistentes

Operacionais, 1 Técnico de Informática, 103 Médicos de Medicina Geral e

Familiar e de Saúde Pública (incluindo a Diretora Executiva), 86

Enfermeiros, 11 TDTs (dos quais 1 aguarda aposentação) e 1 TSS.

• CTFPTR Certo – 70 trabalhadores: 16 Assistentes Operacionais, 17

Assistentes Técnicos, 4 TSS, 2 TDT, 28 Enfermeiros e 3 Médicos de CG,

sendo que um dos médicos está contratado ao abrigo do Decreto-Lei n.º

89/2010, de 21 de Julho.

Relatório de Atividades 2011

8

Para além dos trabalhadores atrás mencionados, o mapa de trabalhadores

contabiliza: 1 Enfermeiro com Contrato Individual de Trabalho em Cedência de

Interesse Público numa USF deste ACES, 14 Médicos Internos em CTFPTR Incerto e

2 Médicos em prestação de serviços em Regime de Avença.

Estes recursos humanos cooperam, ainda, com outros serviços não dependentes

deste ACES e que visam dar apoio às necessidades da comunidade, nomeadamente:

• CAD – Centro de Aconselhamento e Diagnóstico da SIDA - Serviços de

Psicologia e Enfermagem;

• Consulta do Viajante – Apoio de serviços médicos, de enfermagem,

administrativo e auxiliar;

• Unidade Fixa de Rastreio Pneumológico e Unidade Móvel de Rastreio

Pneumológico – Dois Técnicos de Radiologia efectuam o rastreio

pneumológico quer em Aveiro, na unidade fixa, quer nas localidades dos

três Agrupamentos do Baixo Vouga na unidade móvel, esta com o apoio de

um Assistente Operacional (motorista).

• Rastreio da Retinopatia Diabética – Serviços de Rastreio efectuados para

os três Agrupamentos do Baixo Vouga (e outros ACeS da ARS Centro) por

uma Técnica de Ortóptica, com o apoio de uma Assistente Técnica e de uma

Assistente Operacional.

• Loja do Cidadão – Encontra-se destacado um Assistente Técnico do ACeS.

• Laboratório Distrital de Saúde Pública de Aveiro – Encontram-se a

exercer funções no Laboratório um Assistente Técnico e dois Assistentes

Operacionais deste ACeS.

• Armazém – Serviços de recepção, armazenamento e distribuição de

materiais aos três Agrupamentos do Baixo Vouga. Este será desmantelado

no início do ano de 2012.

Alguns dos serviços elencados, nomeadamente, de Rastreio Pneumológico, da

Retinopatia Diabética, bem como os serviços inerentes ao armazenamento e

distribuição de material, são serviços inexistentes nos outros ACeS, pelo que com a

carência de trabalhadores existente neste ACeS, aumenta a dificuldade de gestão

Relatório de Atividades 2011

9

de recursos humanos nas Unidades Funcionais em virtude da cooperação dos

nossos trabalhadores naqueles serviços.

Relatório de Atividades 2011

10

1.3 Área geográfica

O Baixo Vouga II faz parte da Região Centro e integra quatro municípios do Distrito

de Aveiro: Albergaria-a-Velha, Aveiro, Ílhavo e Vagos e trinta e sete freguesias,

numa área geográfica de 598.94 km2.

Trata-se de uma zona de planície atravessada nos quatro concelhos pela bacia

hidrográfica do rio Vouga (a Ria de Aveiro).

A oeste confronta com o oceano Atlântico de que resultam quatro praias de grande

afluência sazonal: S. Jacinto, Barra, Costa Nova e Vagueira.

É servida pelo porto de Aveiro (porto internacional), atravessada por duas auto-

estradas, a A25 e a A17 e pela linha férrea do Norte.

1.4 População

A população residente no Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga II

(ACeS BV II) situava-se em 165.002 habitantes (Censos 2011 – Resultados

Preliminares).

A distribuição da população por Concelho e sexo encontra-se no quadro seguinte.

Relatório de Atividades 2011

11

QUADRO 1: POPULAÇÃO RESIDENTE POR CONCELHO DO ACeS BV II em 2011

HM H M

Albergaria 25.211 12.209 13.002

Aveiro 78.463 37.244 41.219

Ílhavo 38.563 18.383 20.180

Vagos 22.765 10.941 11.824

ACeS BV II 165.002 78.777 86.225

Região Centro 2.327.026 1.112.257 1.214.769

Continente 10.041.813 4.804.279 5.237.534

Portugal 10.555.853 5.052.240 5.503.613

Fonte: Censos 2011 (dados preliminares)

Quanto à distribuição da população residente por grupo etário em 2010, verifica-

se que, no grupo dos 0-14 anos existem 25.400 crianças (15,33%), no grupo etário

dos 15-24 anos registam-se 18.852 jovens (11,38%), no que respeita ao grupo

etário dos 25-64 anos a população é de 93.518 (56,46%) e no grupo etário de 65 e

mais anos, existem 27.879 idosos (16,83%), conforme se pode ler no quadro 2 :

Relatório de Atividades 2011

12

QUADRO 2: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO ACeS BAIXO

VOUGA II POR GRUPO ETÁRIO E SEXO em 2010

Grupo etário Masculino Feminino Total

0-14 12.784 7,70 12.616 7,63 25.400 15,33

15-24 9.637 5,82 9.215 5,56 18.852 11,38

25-64 46.068 27,81 47.450 28,65 93.518 56,46

65 e mais anos 11.980 7,23 15.899 9,60 27.879 16,83

ACeS BV II 80.469 48,56 85.180 51,44 165.649 100

Continente 4.907.502 48,38 5.236.098 51,62 10.143.600

Portugal 5.146.643 48,38 5.490.336 51,62 10.636.979

Fonte: INE 2010

A nível do ACeS BV II, no que respeita à evolução da população jovem e idosa de

2006 a 2010, constata-se que a população jovem apresenta uma tendência

decrescente, contrariamente à da população idosa que, a partir de 2007 foi sempre

superior (Gráfico 1).

GRÁFICO 1: EVOLUÇÃO PERCENTUAL DE JOVENS E IDOSOS NO ACeS BV II

15,3

16,8

15,715,8

15,715,5

16,2

15,9

15,7

16,5

14,5

15

15,5

16

16,5

17

2006 2007 2008 2009 2010

% Jovens % Idosos

Relatório de Atividades 2011

13

Taxa de população residente feminina

A taxa de população residente feminina em 2011 (INE) foi de 52,3% o que

corresponde a 86.225 mulheres.

DDeennssiiddaaddee PPooppuullaacciioonnaall

O ACeS BV II integra quatro concelhos e trinta e sete freguesias, tem uma

densidade populacional de 275,49 habitantes por km2, uma área geográfica de

598.94 km2 e uma população residente de 165.002 habitantes (Censos 2011 –

dados preliminares) conforme se pode observar pela informação constante no

quadro 3.

QUADRO 3: DENSIDADE POPULACIONAL/ÁREA GEOGRÁFICA E POPULAÇÃO

RESIDENTE DO ACES BV II

Concelho

Densidade

Populacional

Área

Geográfica

(Km2)

Número

Freguesias

Popoulação

Residente

Alb.-a-Velha 158,73 158,83 8 25.211

Aveiro 392,77 199,77 14 78.463

Ílhavo 513,79 75,056 4 38.563

Vagos 137,72 165,29 11 22.765

ACeS Baixo

Vouga II

275,49 598,94 37 165.002

Fonte: INE

TTaaxxaa ddee CCrreesscciimmeennttoo NNaattuurraall ee EEffeeccttiivvoo

Segundo dados do INE referentes ao ano de 2010, a taxa de crescimento natural é

bastante baixa embora positiva em todos os concelhos, ao contrário do ano

anterior em que dois concelhos (Albergaria e Vagos) apresentavam um

crescimento negativo. No que concerne à taxa de crescimento efectivo que

contabiliza os nascimentos e os óbitos, mas também a população migratória, o

concelho de Aveiro apresenta uma taxa negativa (ver quadro 4).

Relatório de Atividades 2011

14

QUADRO 4: TAXAS DE CRESCIMENTO NATURAL E EFECTIVO – ANO 2010

Concelho/CS Crescimento

Efectivo

(%)

Crescimento

Natural

(%)

Taxa Bruta de

Mortalidade

(%)

Taxa Bruta de

Natalidade

(%)

Albergaria 0,55 0,06 8,6 9,2

Aveiro - 0,44 0,13 9,6 11,0

Ílhavo 0,97 0,16 7,1 8,7

Vagos 0,51 0,00 7,9 7,9

Fonte: INE 2010

ÍÍnnddiicceess ddee DDeeppeennddêênncciiaa ee ddee EEnnvveellhheecciimmeennttoo

A população da área abrangida pelo ACeS é uma população envelhecida, à

semelhança de todo o país, constatando-se que o índice de envelhecimento é

superior a 100% em todos os Concelhos (ver quadro 5).

QUADRO 5: ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA E DE ENVELHECIMENTO – ANO 2010

Concelho

Índice de

Dependência

Jovens

Índice de

Dependência

Idosos

Índice de

Dependência

Total

Índice de

Envelhecimento

Albergaria-a-

Velha

22,3 25,8 48,0 115,7

Aveiro 23,0 24,4 47,4 105,8

Ílhavo 22,6 23,7 46,3 104,5

Vagos 21,6 27,1 48,7 125,3

ACeS Baixo

Vouga II

22,6 24,8 47,4 109,8

Continente 22,5 27,7 50,2 122,9

Fonte: INE 2010

Relatório de Atividades 2011

15

Utentes Inscritos

Por Unidade Funcional do ACeS à data de 30 de Abril de 2012

Centro de Saúde Unidade Funcional Número de

Utentes

Utentes sem

Médico de Família

Albergaria USF Rainha d. Tereza 12.418 563

UCSP Albergaria 14.145

Aveiro USF Moliceiro 15.070 5.133

USF Sta Joana 11.333

USF Flor de Sal 13.046

UCSP Salinas 6.293

ACSP Aveiro I 14.520

UCSP Aveiro II 19.395

Ílhavo USF Beira Ria 10.748 954

UCSP Atlântico Norte 8.968

UCSP Ílhavo I 12.250

UCSP Ílhavo II 10.035

Vagos UCSP Vagos I 14.612 3.645

UCSP Vagos II 6.727

Totais 14 169.560 10.295

Total de Utentes inscritos 179.855

Relatório de Atividades 2011

16

2 Contratualização e Resultados

22..11 IInnddiiccaaddoorreess ddoo EEiixxoo NNaacciioonnaall

Taxa de utilização global de consultas médicas – Indicador atingido (utilizando

a margem de 5%) mas que piorou relativamente ao ano anterior. Apesar do

esforço que as Unidades Funcionais estão a fazer, não se perspectiva grande

melhoria para o ano de 2012 com a alteração das taxas moderadoras.

OObbjjeeccttiivvooss NNaacciioonnaaiiss ddee CCSSPP EEiixxoo NNaacciioonnaall

Atingidos Ano 2010

Contratualizados 2011

Atingidos Ano 2011

Taxa de utilização global de consultas médicas

67,46% 70% 65,64% √

Taxa de utilização global de consultas de planeamento familiar

30,38% 31,5% 31,3% √

Percentagem de recém-nascidos, de termo com baixo peso

1,89% 2,05% 3.07% XX (1º semestre)

Percentagem de 1ªs consultas da vida efectuadas até aos 28 dias

73,74% 77% 82,4% √

Percentagem de utentes com Plano Nacional de Vacinação actualizado aos 13 anos

92,29% 95% 96,9% √

Percentagem de inscritos entre os 50 e 74 anos com rastreio de cancro do colo-rectal efectuado

8,2% 9,5% 14,46% √

Incidência de amputações em diabéticos na população residente <65

0,4 0,6 0,12 √ (1º semestre)

Incidência de acidentes vasculares cerebrais na população residente

7,11 8,43 3,79 √ (1º semestre)

Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e antidepressivos no mercado dos SNS em ambulatório (Dose Diária Definida/1000 habitantes/dia

94,83 125,0 88,36 √

Nº episódios agudos que deram origem a codificação de episódio (ICPC2)/Nº total de episódios

80,5 n.c. ---

Percentagem de utilizadores satisfeitos e muito satisfeitos

n.c. ---

Percentagem de consumo de medicamentos genéricos em embalagens no total de embalagens de medicamentos

24,1% 28% 28,85 √

Custo médio de medicamentos facturados por utilizador

226,48€ 201€ 196,01€ √ (7.6d1)

195,37€ (7.6d4)

Custo médio de MCDT facturados por utilizador

73,65€ 65€ 66,86€ XX

Relatório de Atividades 2011

17

Taxa de utilização global de consultas de planeamento familiar – Indicador

atingido (utilizando a margem de 5%). É possível melhorar.

Percentagem de recém-nascidos, de termo com baixo peso – Só temos dados

referentes ao primeiro semestre mas, a mantermos a mesma rota o indicador vai

piorar. Tratando-se de um indicador importante só podemos ter controle sobre a

sua evolução ao longo do ano se o pudermos monitorizar o que, até agora, não é

possível.

Percentagem de 1ªs consultas da vida efectuadas até aos 28 dias – Objectivo

superado; com a contratualização com as UCSP’s, verificou-se uma maior

preocupação com os registos e com os prazos previstos para as diferentes

consultas, que já eram tidos em conta pelas USF’s.

Percentagem de utentes com Plano Nacional de Vacinação actualizado aos 13

anos – Objectivo superado.

Percentagem de inscritos entre os 50 e 74 anos com rastreio de cancro do

colo-rectal efectuado – Apesar de não existir neste ACeS rastreio organizado a

meta foi superada.

Incidência de amputações em diabéticos na população residente <65 – A

manter-se o indicador como no primeiro semestre superamos o objectivo mas, não

é possível fazer a sua monitorização.

Incidência de acidentes vasculares cerebrais na população residente - A

manter-se o indicador como no primeiro semestre superamos o objectivo mas, não

é possível fazer a sua monitorização.

Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e

antidepressivos no mercado dos SNS em ambulatório (Dose Diária

Definida/1000 habitantes/dia – Quando da reunião de contratualização não

Relatório de Atividades 2011

18

dispúnhamos de dados referentes a 2010 do ACeS e portanto baseámo-nos nos

dados de 2009 do ACeS e de 2010 da ARS pelo que o valor contratualizado foi

muito alto relativo ao já atingido no ano anterior (94,83 euros). Assim foi fácil

superar a meta em valor muito significativo.

Percentagem de consumo de medicamentos genéricos em embalagens no

total de embalagens de medicamentos – O esforço por parte das Unidades

Funcionais e o acompanhamento por parte da UAG e Conselho Clínico tem dados

bons resultados que se concretizam no indicador.

Custo médio de medicamentos facturados por utilizador – Atingido quer se

considere o indicador 7.6d1 ou 7.6d4.

Custo médio de MCDT facturados por utilizador – Não atingido apesar de uma

evolução muito positiva e de aproximação à meta.

22..22 IInnddiiccaaddoorreess ddoo EEiixxoo RReeggiioonnaall

OObbjjeeccttiivvooss RReeggiioonnaaiiss ddaa CCSSPP -- EEiixxoo RReeggiioonnaall Atingidos

Ano 2010

Contratualizados

2011

Atingidos

Ano 2011

Percentagem de hipertensos com registo de TA em

cada semestre

5555,,6688 7755 5566,,4411 XX

Percentagem de mulheres dos 25 aos 64 anos com

colpocitologia actualizada

2277,,5588 4422 3355,,5588 XX

Percentagem de mulheres dos 50 aos 69 anos com

mamografia registada nos últimos 2 anos

3377,,9933 5500 5566,,4488 √

Percentagem de diagnóstico precoce (THSPKU) até

ao 7º dia de vida

8800,,1166 8855 8833,,8888 √

Percentagem de hipertensos com registo de TA em cada semestre – Não

atingido e muito distante da meta; tendo em atenção que estes doentes não estão

isentos de taxa moderadora (ao contrário dos doentes diabéticos), não se prevê

uma grande melhoria neste indicador. Para além disso a medição de TA na

farmácia ou em consultas de sub-sistemas (e neste ACeS 24,19% de utentes estão

Relatório de Atividades 2011

19

inscritos em sub-sistemas) é substancialmente mais económica pelo que, no

enquadramento actual, não será fácil melhorar muito este indicador.

Percentagem de mulheres dos 25 aos 64 anos com colpocitologia actualizada

- Não atingido apesar de uma evolução muito positiva e de aproximação à meta.

Percentagem de mulheres dos 50 aos 69 anos com mamografia registada nos

últimos 2 anos – O objectivo foi superado o que teve a ver não com a execução do

trabalho mas, fundamentalmente, do investimento das equipas nos registos. De

referir que o carro da Liga esteve durante quase todo o ano nos Centros de Saúde

do ACeS:

Percentagem de diagnóstico precoce (THSPKU) até ao 7º dia de vida –

Objectivo atingido (utilizando a margem de 5%). Evolução favorável.

22..33 IInnddiiccaaddoorreess ddoo EEiixxoo LLooccaall

OObbjjeeccttiivvooss RReeggiioonnaaiiss ddaa CCSSPP –– EEiixxoo LLooccaall Atingidos

Ano 2010

Contratuali

zados

2011

Atingidos

Ano 2011

Percentagem de crianças com PNV actualizado aos

2 anos de idade

93,09 95 97,7 √

Percentagem de 1ªs consultas de gravidez no 1º

trimestre

80,84 85 82,95 √

Percentagem de crianças com PNV actualizado aos 2 anos de idade -

Superado

Percentagem de 1ªs consultas de gravidez no 1º trimestre - Objectivo atingido

(utilizando a margem de 5%). Evolução favorável.

Relatório de Atividades 2011

20

22..44 OOuuttrrooss IInnddiiccaaddoorreess

O ACeS dispõe de outros indicadores inseridos nos Relatórios de Atividade da

Unidade de Saúde Pública, Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados e

Unidade de Cuidados na Comunidade, que se encontram disponíveis para consulta

no ACeS.

22..55 PPrroocceessssoo ddee CCoonnttrraattuuaalliizzaaççããoo

Contratualização Interna

O processo decorreu nos dias 20 e 21 de janeiro com as USF’s e em 3 e 4 de março

com as UCSP’s. Contámos sempre com a colaboração do Departamento de

Contratualização da ARS na preparação das reuniões. O Departamento esteve

presente como observador na reunião de contratualização com a USF Sta Joana no

dia 21 de janeiro. Todo o processo decorreu sem incidentes tendo sido assinadas

as Cartas de Compromisso com as USF’s e as Actas das Reuniões com as UCSP’s. Os

indicadores de eficiência só foram contratualizados em setembro devido ao atraso

do apuramento dos dados do ano anterior. Este foi um aspeto negativo

manifestado por todos os intervenientes no processo.

Contratualização Externa

Decorreu na sede da ARS no dia 5 de abril. Da parte da ARS esteve presente o Dr.

Joaquim Gomes em representação do Conselho Directivo e o Departamento de

Contratualização; pelo ACeS esteve presente a Diretora Executiva, o Conselho

Clínico e a responsável pela UAG. A discussão/negociação foi frutuosa e

esclarecedora tendo-se chegado a consensos. A contratualização externa culminou

com a assinatura do Contrato-programa em 30 de maio de 2011.

O processo de contratualização foi monitorizado ao longo de todo o ano de 2011,

designadamente através de:

• Recolha, tratamento e análise mensal dos dados extraídos do SIARS, por

Unidade Funcional e ACeS;

• Divulgação, com periodicidade bimensal, dos indicadores alvo de

contratualização interna, com evolução dos mesmos;

Relatório de Atividades 2011

21

• Apresentação, análise e discussão, em sede de reunião de Coordenadores

das Unidades Funcionais, da evolução dos indicadores e estudo

comparativo entre as diversas Unidades;

• Sensibilização para a importância dos registos de actividade;

• Envio a todas as Unidades Funcionais de todos os documentos de suporte às

reuniões acima mencionadas;

• Monitorização mensal, a partir de julho 2011, dos dados referentes á

prescrição eletrónica de medicamentos;

• Envio mensal dos indicadores de monitorização de prescrição de

medicamentos por médico/Unidade Funcional, devidamente tratados e

analisados.

3 Avaliação do Plano de Acção

Área: ACESSO

Personalização de Cuidados

A prestação de cuidados de forma personalizada é uma das características dos CSP

e à qual se deve dar a devida atenção e importância.

A análise desta forma de prestação de cuidados permite conhecer a acessibilidade

do utente ao seu médico de família.

Realça-se a importância da acessibilidade ao médico de família poder ser efectuada

não apenas através da consulta presencial mas também através de contactos não

presenciais. Desta forma podem ser resolvidos ou orientados casos diminuindo

assim o tempo de resposta.

IInnddiiccaaddoorreess ddee eexxeeccuuççããoo ee MMeettaass::

INDICADORES

ATINGIDO 2010 ATINGIDO 2011

% de consultas efectuadas ao utente pelo seu

médico de família 76,9 79,85

Relatório de Atividades 2011

22

Organização

A organização das Unidades Funcionais (por dias, programas e serviços) e das

consultas dos diferentes profissionais que as integram, permite que o utente possa

programar as suas deslocações à Unidade que o serve, saber como e em que

circunstâncias pode aceder a qualquer dos elementos da equipa de saúde e facilitar

o desenvolvimento das actividades por parte dos trabalhadores.

Utilização de Serviços

É importante conhecer a proporção de utentes inscritos que utiliza os serviços

prestados pelas unidades funcionais. Importante também é saber qual a

percentagem de utentes, por grupo etário e por programa, que utiliza os serviços.

Com esta informação podemos monitorizar e acompanhar o desenvolvimento de

diversos programas.

A informação por grupo etário está relacionada com as diferentes fases da vida. É

importante analisar dados sobre o acompanhamento dos utentes inscritos por

grupo etário.

IInnddiiccaaddoorreess ddee eexxeeccuuççããoo ee MMeettaass::

INDICADORES ATINGIDO 2010 ATINGIDO 2011

% de utilização global de consultas médicas 67,5 65,6

%0 de visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos 10,5 12,1

%0 de visitas domiciliárias médicas por 1.000

residentes 10,3 13,64

%0 de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000

inscritos 114,3 113,5

%0 de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000

residentes 116,7 128,2

Relatório de Atividades 2011

23

Área: QUALIDADE TÉCNICA/EFECTIVIDADE

Vigilância, Promoção da Saúde e Prevenção da Doença nas diversas Fases da

Vida

Saúde da Mulher/Planeamento Familiar

As actividades de Planeamento Familiar (PF) devem ser encaradas como uma

componente fundamental da prestação de cuidados em saúde reprodutiva.

O Planeamento Familiar é um direito de todo o cidadão consagrado na

Constituição. Foi já em 1976 que foram criadas as consultas de PF nos Centros de

Saúde através de um despacho do então Secretário de Estado da Saúde Dr. Albino

Aroso.

É um percurso longo que tem produzido muitos ganhos em saúde.

As actividades de Planeamento Familiar são, com já se referiu, uma componente

fundamental da prestação integrada de cuidados em saúde reprodutiva que deve

assegurar, também, outras actividades de promoção da saúde tais como:

informação e aconselhamento sexual, prevenção e diagnóstico precoce das ITS,

prevenção do cancro do colo do útero e da mama, prestação de cuidados pré-

concepcionais, prevenção do tabagismo, infertilidade.

A infertilidade tem sido considerada pela OMS como um problema de saúde

pública. “É num contexto de prestação de cuidados integrados em saúde

reprodutiva que se insere a abordagem clínica e a orientação, no âmbito da

medicina geral e familiar, dos casais que apresentam dificuldades em obter uma

gravidez bem sucedida”. Assim, a primeira abordagem pressupõe uma avaliação

global que deve ser feita a nível dos cuidados de saúde primários e seguidas as

normas de orientação em vigor.

O programa de PF articula-se, nomeadamente, com os programas de SM e rastreio

oncológico.

Refira-se que em 2011, a nível do ACES, a taxa de utilização de PF foi de 31.31%

(15-49 anos). Foram efectuadas 20.404 consultas, no total, o que significa que cada

utente teve, em média, 1,4 consultas. Foi também efectuada a distribuição de

produtos contraceptivos.

Relatório de Atividades 2011

24

IINNDDIICCAADDOORREESS DDEE EEXXEECCUUÇÇÃÃOO EE MMEETTAASS

NDICADORES ATINGIDO 2010 ATINGIDO 2011

% de mulheres em consultas de PF (15-49 anos) 30,4 31,3

% de mulheres em consultas de enfermagem de

PF

31,4 33,5

Média de consultas médicas em PF por utilizador 1,3 1,4

% mulheres vigiadas em PF 25-49 anos com

colpocitologia actualizada

63,5 74,0

Saúde da Mulher/Vigilância da Gravidez

A evidência científica disponível mostra que há uma clara relação entre a qualidade

dos cuidados prestados durante a gravidez e a redução da morbilidade e

mortalidade materna e perinatal, e a redução do baixo peso à nascença e

prematuridade.

A consulta pré-natal tem como objectivos:

• Avaliar o bem-estar materno e fetal através de parâmetros clínicos e

laboratoriais criteriosos;

• Detectar precocemente factores de risco que possam afectar a evolução da

gravidez e o bem-estar do feto e orientar correctamente cada situação;

• Promover a educação para a saúde integrando o aconselhamento e o apoio

psicossocial ao longo da vigilância periódica da gravidez.

Há instrumentos que devem ser conhecidos e implementados para uma correcta

vigilância da grávida tais como: as normas da DGS, o Boletim de Saúde da Grávida,

a Notícia de Nascimento.

O Boletim de Saúde da Grávida (BSG), é um documento obrigatório, é um

instrumento fundamental de transmissão dos dados relativos à saúde da grávida e

do feto, se for devidamente preenchido. Assegura a circulação da informação

clínica relevante, contribuindo para a articulação e interligação entre os cuidados

de saúde primários e os cuidados hospitalares.

A Notícia de Nascimento é também um documento de utilização obrigatória

criado pela Direcção Geral da Saúde. É um importante instrumento facilitador da

comunicação entre os hospitais e os centros de saúde/ unidades de saúde após o

Relatório de Atividades 2011

25

parto, nomeadamente nas situações de risco acrescido para a mãe ou para o

recém-nascido.

É ainda uma mais valia no sentido de promover a obtenção de ganhos em saúde

uma vez que possibilita a identificação rápida das situações de risco clínico ou

social, que careçam de intervenção específica.

Para que este documento cumpra a função é necessário que seja enviado, o mais

precocemente possível (no momento da alta da mãe), para a unidade de saúde da

respectiva área de residência da mãe (ou outro, por ela indicado). Os serviços de

obstetrícia e pediatria devem organizar-se de modo a garantir que todos os

nascimentos sejam notificados. As unidades de saúde devem prestar a devida

atenção e em especial às situações referenciadas como de risco, nomeadamente,

através da visitação domiciliária.

As UCF’s devem desempenhar um papel mais activo em todo este processo,

nomeadamente, acompanhando e avaliando a utilização das Notícias de

Nascimento e colaborando na sua implementação.

Realça-se a importância da articulação entre os dois níveis de cuidados através da

UCF (existem reuniões bimestrais). A Direcção Clínica do Centro Hospitalar e o

Conselho Clínico do ACeS devem assumir um papel de charneira para uma melhor

articulação, elaboração de protocolos e difusão da informação.

Salienta-se a importância da realização da consulta de revisão do puerpério que,

sendo a última consulta de vigilância no processo de gravidez e parto, constitui

uma oportunidade excelente de promoção da saúde quer da mãe quer do recém-

nascido e de orientação para a actividade de PF.

IINNDDIICCAADDOORREESS DDEE EEXXEECCUUÇÇÃÃOO EE MMEETTAASS

INDICADORES ATINGIDO 2010 ATINGIDO 2011

% de grávidas com 1º consulta no 1º trimestre de

gravidez

81,5 82,9

Nº médio de consultas médicas por grávida vigiada 7 6

% de grávidas com revisão do puerpério efectuada 44,1 44,6

% de visitas domiciliárias efectuadas a puérperas

vigiadas durante a gravidez

9 15,3

Relatório de Atividades 2011

26

Saúde do RN, da Criança e do Adolescente

A vigilância da Saúde Infantil é prioritária pela importância que se reveste o

acompanhamento nos primeiros anos de vida. O programa de actuação em Saúde

Infantil e Juvenil é um instrumento importante para a manutenção e promoção da

saúde e bem-estar das crianças e jovens.

O primeiro contacto deve ser feito o mais cedo possível, de preferência na 1ª

semana após a alta da Maternidade onde se faz o rastreio de doenças metabólicas -

"teste do pezinho" que deve ser realizado entre o 4º e o 7º dia de vida. Refere-se a

sua importância dado permitir detectar duas doenças graves (fenilcetonúria e

hipotiroidismo), que podem ser tratadas quando diagnosticadas precocemente.

A saúde não depende exclusivamente da prestação de cuidados, uma vez que a

influência do ambiente – social, biofísico e ecológico – é determinante. No entanto,

é indiscutível o impacto das acções de vigilância da saúde infantil e juvenil.

A Notícia de Nascimento, conforme já foi referido, é um instrumento valioso para a

melhoria da saúde da criança. Constata-se que, apesar de ser obrigatória não é

utilizada em todos os nascimentos e o seu envio é tardio. Este será um dos

aspectos a ser tratado pela UCF.

IInnddiiccaaddoorreess ddee eexxeeccuuççããoo ee MMeettaass

INDICADORES

ATINGIDO 2010 ATINGIDO 2011

% de 1ªs consultas na vida efectuadas até aos 28 dias 73,9 82,4

% de crianças c/ 3 ou mais cons med no 2º ano de

vida 59,9 70,1

% visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a

RN até aos 15 dias de vida 6,1 13,1

% de diagnósticos precoces (TSHPKU) realizados até

ao 7º dia de vida do RN 79,2 83,9

Nº médio de consultas de consultas de vigilância de

SI dos 0 – 11 meses 5 5,1

% de inscritos com peso e altura registados nos

últimos 12 meses (2 anos) 64,5 68,8

Relatório de Atividades 2011

27

Vacinação

A aplicação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) permite controlar as

doenças-alvo de vacinação. A incidência de algumas doenças transmissíveis e o seu

impacto em termos de saúde pública está a diminuir, graças às elevadas taxas de

cobertura resultantes da aplicação do PNV.

Para que o PNV continue a ser um êxito, é necessário manter as elevadas

coberturas vacinais, de forma garantir imunidade de grupo e protecção individual.

Aos profissionais de saúde compete divulgar o programa, motivar as famílias e

aproveitar todas as oportunidades para vacinar as pessoas, nomeadamente

através da identificação e aproximação de grupos, com menor acesso aos serviços

de saúde. Decorrentes de situações epidemiológicas ou outros factores que o

justifiquem, também aos profissionais de saúde competem, a operacionalização de

campanhas de vacinação, que são oportunamente divulgadas.

A principal finalidade deste programa, é proporcionar à população abrangida pelo

ACES Baixo Vouga II, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando

normas de procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir

adoptar, introduzir ou alterar medidas correctoras, contribuindo assim para o

controlo, eliminação e eventual erradicação de doenças alvo do PNV.

IInnddiiccaaddoorreess ddee eexxeeccuuççããoo ee MMeettaass

INDICADORES ATINGIDO 2010 ATINGIDO 2011EM

2011

% crianças com PNV actualizado aos 2 anos 92,8 97,7

% crianças com PNV actualizado aos 7 anos 97,4 98,2

% crianças com PNV actualizado aos 14 anos 82,2 96,9

% de raparigas de 13 anos de com vacina HPV 91,6 92,5

% jovens com PNV actualizado aos 18 anos 98,0 97,9

% de adultos com 25 anos com Td ou T actualizada 84,2 87,4

% de adultos com 65 anos com Td ou T actualizada 82,6 85,4

Relatório de Atividades 2011

28

Programa de Vigilância Oncológica/Rastreios

As doenças oncológicas constituem a segunda principal causa de morte em

Portugal e têm um profundo impacto nos doentes, nos familiares e na sociedade

em geral. É importante estabelecer uma estratégia global e integrada de ação nas

diferentes áreas relacionadas com a prevenção e tratamento do cancro, de forma a

obter maior qualidade e equidade de cuidados. Esta estratégia está integrada e

articulada com a estratégia regional e nacional.

A evidência científica actual é consensual sobre a utilidade de programas de

rastreio do cancro em três áreas: colo do útero, mama e cólon e recto.

GRÁFICO 3: INCIDÊNCIA DE CANCRO COLORECTAL, COLO DO ÚTERO E MAMA

– 2008

CCaannccrroo ddaa mmaammaa ffeemmiinniinnaa

Segundo a OMS “o rastreio do cancro da mama através de mamografia reduz em

35% a mortalidade por cancro da mama em mulheres entre os 50 e os 69 anos,

correspondendo a uma vida salva em cada 500 mulheres rastreadas”.

Este tipo de patologia é cada vez mais prevalente entre as mulheres. O Rastreio

permite o diagnóstico em fases mais precoces o que traduz ganhos em saúde, por

Relatório de Atividades 2011

29

contribuir para o aumento da taxa de sobrevivência e da qualidade de vida destas

mulheres - 60% dos cancros da mama são diagnosticados em fases precoces,

localizados o que representa, para as mulheres, uma taxa de sobrevida, a 5 anos, de

98%.

Torna-se necessário melhorar os sistemas de informação para que seja possível

identificar adequadamente a população elegível (população alvo - critérios de

exclusão), para a poder sensibilizar para as vantagens da realização do rastreio,

sobretudo nas mulheres que são convidadas a participar pela 1ª vez, em que a taxa

de participação é muito baixa quando comparada com a das mulheres que já

integram o programa. É muito boa a articulação com o centro coordenador do

Rastreio da Liga Portuguesa para o Cancro – Núcleo Regional do Centro, sendo

conhecida atempadamente a previsão dos períodos de rastreio em cada concelho.

É fundamental motivar as equipas de saúde para que se envolvam mais ainda na

sensibilização das mulheres e para evitar a prescrição de mamografias de rastreio

na sua prática clínica.

A última volta ainda está a decorrer em Aveiro, no entanto já podemos avançar

taxas de participação global nos restantes concelhos: 73,7% em Albergaria-a-

Velha, 56,33 em Ílhavo e 66,6% em Vagos.

Importa realçar a diferença nas taxas de participação de acordo com o facto de ser

uma 1ª convocatória ou uma repetição.

CCaannccrroo ddoo ccoolloo úútteerroo

É a neoplasia ginecológica mais frequente. O rastreio é fundamental porque

permite, pela aplicação de um teste simples, identificar alterações cervicais que

implicam a referenciação precoce para Unidades de Patologia Cervical (UPC), onde

o diagnóstico será estabelecido. Este circuito permite o diagnóstico de lesões em

fases muitas vezes assintomáticas e o seu tratamento atempado, reduzindo assim a

incidência de cancro invasivo.

Em 2011 a percentagem de mulheres entre os 25 e 49 anos com colpocitologia

actualizada (uma em três anos) era de 35,58%.

A infecção pelo Vírus do papiloma humano (HPV) é o principal factor de risco

para o cancro do colo do útero. Existe mais de uma centena de serotipos do HPV, e

Relatório de Atividades 2011

30

a infecção é muito frequente. Os serotipos 16 e o 18 são responsáveis por cerca de

70% dos casos de cancro do colo do útero. São de transmissão sexual. Existe vacina

disponível que inclui estes serotipos e que já se encontra integrada no PNV desde

2007.

CCaannccrroo ccoolloo--rreeccttaall

O cancro do cólon e recto, fortemente dependente de hábitos e estilos de vida, em

que o excesso de consumo de alguns alimentos tem um papel determinante, tem

vindo a manifestar-se com prevalências crescentes. É o 2º tipo mais frequente de

cancro em Portugal com uma taxa de incidência de cerca de 31/100000 e de

mortalidade de cerca de 14/%.ooo em ambos os sexos (mas com maior expressão

no sexo masculina) de acordo com dados do IARC de 2008.

Cerca de 90% destes cancros têm uma lesão precursora, detectável em fase pré

sintomática e tratável. Por esta razão a implementação de rastreios de base

populacional permite assinaláveis ganhos em saúde.

Estudos americanos e europeus mostram que o rastreio de base populacional por

pesquisa de sangue oculto nas fezes (3 amostras) pode reduzir a mortalidade entre

18 e 33% de acordo com a periodicidade anual ou bienal do teste e a incidência em

20%.

Uma em cada três mortes poderia ser evitada se as pessoas com mais de 50 anos

fossem vigiadas com regularidade, uma vez que mais de 90% destes tumores

ocorrem depois daquela idade.

O rastreio sistemático do cancro do cólon e recto, está em execução em alguns

Centros de Saúde da ARSC desde há alguns anos, mas não neste ACeS. Apesar disso,

é realizado oportunisticamente pelos clínicos na sua prática diária sendo que, em

2011, a população alvo rastreada situava-se nos 14,46%.

Relatório de Atividades 2011

31

INDICADORES DE EXECUÇÃO E METAS

INDICADORES

ATINGIDO 2011

% de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada

nos últimos dois anos 56,48%

% de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia

actualizada (uma em 3 anos) 35,58%

% de inscritos entre os 50 e 74 anos com rastreio de cancro colo-

rectal efectuado 14,46 %

Indicadores de Morbilidade na população inscrita

PATOLOGIAS Nº N Nº soluto T TAXA (%o)

Taxa (%o)

Cancro da Mama Feminina (X76) 993 10,6

Cancro do Colo do Útero (X75) 155 1,7

Cancro do Colon/Recto (D75) 582 3,2

Fonte: ICPC2

Vigilância clínica das situações de doença crónica

Dentro das doenças crónicas destaca-se:

• Programa da Vigilância da Diabetes Mellitus;

• Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares;

• Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma);

Há uma multiplicidade de determinantes e factores que estão subjacentes ao

desenvolvimento destas doenças crónicas, como seja:

� Determinantes socioeconómicos, culturais, ambientais, políticos. Dentro

destes determinantes salienta-se a globalização, a urbanização e o

envelhecimento da população;

Relatório de Atividades 2011

32

� Factores de risco comuns modificáveis, tais como: alimentação não saudável,

inactividade física e consumo de tabaco;

� Factores de risco não modificáveis: idade e hereditariedade;

� Factores de risco intermédios: Hipertensão, diabetes, dislipidémias, excesso

de peso e obesidade.

Há estudos que indicam que 80% das doenças cardíacas prematuras, AVC’s e

diabetes tipo 2 podem ser prevenidas e 40% dos casos de cancro também pode ser

prevenido.

Existem para isso intervenções não dispendiosas e eficazes.

O meio de prevenir e controlar doenças crónicas é recorrer a uma acção

abrangente e integrada.

Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus

A diabetes constitui actualmente um dos maiores problemas do mundo pois, é uma

doença crónica sem cura conhecida e uma das causas mais importantes de

morbilidade e de mortalidade. Causa complicações frequentes e graves, evitáveis

desde que tenha um controlo adequado. Vários estudos têm demonstrado que os

programas de prevenção que promovam a mudança do estilo de vida podem

reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2, uma vez que uma

das suas causas está relacionada com os hábitos alimentares e com o

sedentarismo. Neste contexto, é importante desenvolver uma estratégia de

intervenção eficaz que promova estilos de vida saudáveis (exercício e

alimentação).

Diabetes tipo 1 é uma das doenças crónicas mais frequentes nas crianças e jovens.

Este tipo de diabetes não é possível prevenir mas é possível tratar, controlar e

vigiar. Refere-se que também há diabetes tipo 2 em crianças, muitas vezes

relacionada com estilos de vida/obesidade.

Trata-se duma doença de elevada prevalência na nossa população aumentando

esta percentagem à medida que a idade avança. No entanto existe ainda um

subdiagnóstico ou seja há pessoas que desconhecem que têm a doença, dado que a

diabetes pode considerar-se uma doença silenciosa pois, na fase inicial, os

sintomas não são perfeitamente identificáveis pelo doente.

Relatório de Atividades 2011

33

Segundo o estudo de prevalência – PREVADIAB - na população Portuguesa entre os

20 e 79 anos a taxa de prevalência em 2009 era de 11,7%, sendo 9,5% para as

mulheres e 14,2% para os homens. Refere-se que nesse estudo, dos 11,7%

diabéticos 5,1% não sabiam que tinham diabetes. Refere-se ainda que foi

encontrada uma percentagem de 23,2% pessoas com pré-diabetes.

Indicadores de execução e metas

INDICADORES ATINGIDO 2011

% diabéticos com pelo menos 2 HbA1C registada (1 em cada

semestre) 67,88%

% diabéticos com pelo menos um exame dos pés registado 79,12%

% diabéticos dos 18-75 anos com consulta de enfermagem 86,36%

Prevalência da diabetes na população inscrita 13,11%

Indicadores de Morbilidade na população inscrita

PATOLOGIAS Nº N Nº soluto T TAXA (%o)

Taxa (%o)

Diabetes “Insulinodependente” (T89) 1.557 8,6

Diabetes “Não Insulinodependente” (T90) 9.906 54,8

Fonte: ICPC2

Também o rastreio da retinopatia diabética deve ser efectuado de forma

sistemática a fim de detectar lesões que possam ser tratadas atempadamente,

diagnosticando diabéticos em risco de cegueira. Salienta-se que a retinopatia

diabética é a principal causa de cegueira evitável na população entre os 20 e 64

anos de idade.

No quadro que se segue apresentam-se os dados relativos ao rastreio da retinopatia

diabética referente aos quatro CS do ACeS (6º rastreio).

Relatório de Atividades 2011

34

Da análise dos dados do quadro salienta-se:

A percentagem de utentes convocados para rastreio relativamente ao diagnosticado foi

de 52,6%. Esta percentagem parece ser bastante baixa, no entanto, há que atender aos

critérios de exclusão (utentes não colaborantes, sem autonomia de mobilização para

poderem permanecer sentados ou tenham sido submetidos a tratamento especializados).

Um outro motivo será o facto de serem convocados os utentes identificados pelos

médicos de família respectivos, o que pode não estar a ser feito na totalidade.

A percentagem de utentes rastreados relativamente aos convocados, situou-se em

89,6%.

A percentagem de utentes convocados e que faltaram ao rastreio foi de 10,9%. As faltas

têm vários motivos, entre os quais estão a falta de transporte, o estar a ser seguido em

consulta de oftalmologia.

Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morbilidade e mortalidade no

nosso país. A HTA é um factor de risco causal e modificável das doenças

cardiovasculares, nomeadamente no AVC e na doença isquémica cardíaca.

Diagnóstico sistemático da retinopatia diabética

Centro

Saúde

Nº Diabeticos

Diagnosticados

Utentes

Convocados

Utentes que

efectuaram

exames/utentes

convocados

Utentes que

efectuaram

exames/utentes

diagnosticados

Utentes que

faltaram/utentes

convocados

N.º % N.º % N.º % N.º %

Albergaria-

a-Velha

1.501 1.375 91,6% 1.198 87,1% 1.198 79,8% 177 12,9%

Aveiro 4.524 2.354 52,0% 2.235 94,9% 2.235 49,4% 147 6,2%

Ilhavo 2.818 1.044 37,0% 865 82,9% 865 30,7% 179 17,1%

Vagos 1.226 526 42,9% 451 85,7% 451 36,8% 75 14,3%

ACeS BV II 10.069 5.299 52,6% 4.749 89,6% 4.749 47,2% 578 10,9%

Relatório de Atividades 2011

35

É uma patologia frequente. Estima-se que a prevalência da HTA, a nível nacional na

população adulta, seja de 43% e que a taxa de controlo não seja superior a 11%

(Sociedade Portuguesa de Hipertensão, 2006).

No ACES Baixo Vouga II a prevalência da Hipertensão Arterial (com e sem

complicações), era de 169,3%0 na população inscrita, de acordo com os registos da

ICPC 2011. Este valor denota um sub-registo (e/ou sub-diagnóstico) dos doentes

hipertensos. Desconhece-se a taxa de hipertensos controlados bem como a taxa de

determinação do risco global cardiovascular. Verificam-se ainda diferentes

metodologias e actuações por parte dos profissionais na organização do

atendimento/consulta/vigilância ao utente hipertenso.

Innddiiccaaddoorreess ddee eexxeeccuuççããoo ee MMeettaass

INDICADORES ATINGIDO 2010

Prevalência da hipertensão na população inscrita 16,93%

% de hipertensos com registo de pressão arterial em cada

semestre 56,41%

% de hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos

12 meses 73,72%

% de hipertensos com 25 e mais anos c/vacina do tétano

actualizada 93,12%

Indicadores de Morbilidade na população inscrita

PATOLOGIAS AS PATOLOGIAS N Nº T TAXA (%o)

XA o)

Doença Cardíaca Isquémica com angina (K74) 1658 9,2

Doença Cardíaca Isquémica sem angina (K76) 1108 6,1

Hipertensão com complicações (K 87) 5.786 32,0

Hipertensão sem complicações (K 86 24.817 137,3

Isquemia Cerebral Transitória (K89) 293 1,6

Acidente Vascular Cerebral (K 90) 2003 11,1

Fonte: ICPC2

Relatório de Atividades 2011

36

Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma)

A DPOC (Bronquite Crónica e Enfisema) e Asma são consideradas como as

doenças crónicas que mais frequentemente causam insuficiência respiratória,

representando causas importantes de morbilidade crónica e mortalidade. São

patologias que provocam perda de qualidade de vida do doente.

Estas patologias são responsáveis por uma elevada frequência de consultas

médicas e de serviços de urgência, assim como por um significativo número de

internamentos hospitalares, frequentemente prolongados, além de contribuir para

o consumo de fármacos e de oxigenoterapia (OLD) e ventiloterapia domiciliárias

de longa duração ou mesmo para toda a vida.

A prevalência da DPOC em Portugal, nos adultos activos, estima-se em cerca de 5,3

% da população e caracteriza-se por causar limitação ventilatória geralmente

progressiva, com reduzida reversibilidade, evoluindo por exacerbações e cuja

frequência aumenta com a gravidade da doença.

Indicadores de Morbilidade na população inscrita

PATOLOGIAS Nº soluto TTAXA (%o)

Taxa (%o)

Bronquite Crónica (R79) 1530 8,5

DPOC (R95) 1071 5,9

Asma (R90) 3524 19,9

FFoonnttee:: IICCPPCC22

VViiggiillâânncciiaa ddaa SSaaúúddee MMeennttaall

As perturbações da Saúde Mental estão incluídas no Programa Nacional de

Intervenção Integrada sobre Determinantes da Saúde Relacionados com os Estilos

de Vida. Tal como outras doenças crónicas não transmissíveis as perturbações da

saúde mental como a depressão e a demência constituem, hoje, importantes causas

de morbilidade e mortalidade nas sociedades desenvolvidas. Contribui para este

facto o envelhecimento da população.

Relatório de Atividades 2011

37

Em Portugal estima-se que existam cerca de 153.000 pessoas com demência,

90.000 com Doença de Alzheimer.

“A Alzheimer Europe calcula o número de cidadãos europeus com demência em 7,3

milhões. Para Portugal este número é estimado em mais de 90 000. Face ao

envelhecimento da população nos estados-membros da União Europeia os

especialistas prevêem uma duplicação destes valores em 2040 na Europa Ocidental,

podendo atingir o triplo na Europa de Leste. Todos os anos, 1,4 milhões de cidadãos

europeus desenvolvem demência, o que significa que a cada 24 segundos, um novo

caso é diagnosticado”.

Segundo alguns estudos, as pessoas diagnosticadas com depressão têm duas vezes

mais probabilidades de desenvolver demência

Sabe-se, e deve-se ter presente, que há factores determinantes da saúde, quer

sejam individuais (genéticos, biológicos e psicológicos), ambientais, económicos,

sociais e/ou culturais que contribuem para o aumento da prevalência destas

situações. Assim só com o trabalho de todas as interfaces com a saúde, em que o

cidadão está no centro, e de forma integrada é que é possível desenvolver

programas e actividades com sucesso. Este sucesso talvez não seja visível a curto

prazo mas sê-lo-á, com toda a certeza, a médio e longo prazo.

Indicadores de Morbilidade na população inscrita

PATOLOGIAS Nº N Nº soluto T TAXA (%o)

Taxa (%o)

Demência (P70) 625 3,5

Perturbações Depressivas (P76) 13.300 73,6

Fonte: ICPC2

Vigilância da Saúde Ambiental

Programa de Vigilância Sanitária da Agua de Consumo Humano (PVSACH)

Este programa é para o triénio 2010-2012, tem como objetivo geral prevenir as

doenças transmitidas pela água para consumo humano, como objetivos

específicos: reforçar a implementação da vertente tecnológica do programa,

identificar factores de risco existentes ou potenciais; uniformizar critérios e

procedimentos ao nível da USP do ACES Baixo Vouga II e fornecer informação ao

Relatório de Atividades 2011

38

público utilizador e entidades competentes e como estratégias: melhorar o

conhecimento dos sistemas de abastecimento e o seu funcionamento, das

características da água e das zonas de abastecimento consideradas mais

problemáticas; e a articulação com outras entidades com competências legalmente

definidas.

Quanto às actividades desenvolvidas destaca-se:

Atividade Atingido

Reuniões com os profissionais da USP do ACES envolvidos nas

actividades do Programa (apresentação das várias fases do programa

e actualização da documentação)

50%

Elaboração e/ ou actualização do cadastro dos SA de ACH inseridos no

âmbito geográfico do ACES Baixo Vouga II;

Em curso

Realização de vistorias aos SA cadastrados para levantamento técnico e para

identificação dos factores de risco ambiental

Em curso

Articulação com as entidades gestoras dos SA para recolha de informação

necessária à implementação da vertente tecnológica

Em curso

Identificação dos antecedentes históricos do sistema relativos às vertentes

higio-sanitária e tecnológica, analítica e pidemiológica

Em curso

Identificação dos antecedentes históricos do sistema relativos às vertentes

higio- sanitária e tecnológica, analítica e epidemiológica

Em curso

Programação das colheitas – elaboração do

Mapa anual

100%

Colheita de amostras de água para realização

de análises que complementem as realizadas

no âmbito do programa de controlo

100%

Comparação e interpretação da informação obtida através dos programas,

com recurso a dados de caracterização do estado de saúde dos consumidores

(obtidos, nomeadamente, a partir de bases de dados de morbilidade ou de

inquéritos epidemiológicos)

Não houve nenhuma situação

conhecida de doença

associada ao consumo de

água de consumo humano

Avaliação do Programa Elaboração do relatório

anual

Indicador Nº Taxa (%)

% de análises bacteriológicas efectuadas 143 100

% de análises físico-químicas efectuadas 75 97,4

% de análises com resultados não conformes 4 2,8

Relatório de Atividades 2011

39

O PVSACH, tal como foi estruturado apostava na dinamização da vertente

tecnológica, o que implicava a identificação e caracterização dos sistemas de

abastecimento, pressupondo a análise das medidas de gestão e manutenção dos

equipamentos e da qualidade da água.

A implementação desta vertente é de extraordinária importância, uma vez que os

problemas que podem afectar um SA podem surgir em qualquer um dos seus

componentes, em resultado de deficientes condições estruturais ou de

funcionamento. Esta estratégia poderá ser também fundamentada com a

publicação do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto, uma vez que o nº 2 do

artigo 30º deste diploma sublinha que as acções de vigilância sanitária devem ter

em conta o conhecimento do sistema de água e o seu funcionamento e as

características da água e das zonas de abastecimento consideradas mais

problemáticas.

Neste contexto, no âmbito deste Programa considera-se que devem ser

acompanhadas as condições de exploração dos sistemas de abastecimento, visto

serem decisivas em termos da qualidade e quantidade da água abastecida, para tal

é de extraordinária importância o estabelecimento de uma boa articulação entre as

AS e as entidades gestoras.

Assim, deve existir um conhecimento real dos meios técnicos (instalações e

equipamento, meios de deslocação aos locais, capacidade laboratorial, se aplicável)

e humanos (disponibilidade de pessoal técnico habilitado) à disposição para cada

sistema. Além disso, deve ter-se conhecimento das operações de manutenção e

limpeza realizadas no sistema, bem como das intervenções realizadas, quer de

rotina quer devidas a problemas surgidos.

Pelo que, no decorrer de 2012, se pretende que a intervenção dos nossos serviços

invista e privilegie este tipo de intervenções.

Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas 2010-2012 (PVSP)

O programa tem como objetivo geral prevenir os perigos para a saúde dos

utilizadores e trabalhadores de piscinas do tipo I e II, como objetivos específicos :

identificar os factores de risco existentes ou potenciais decorrentes da utilização

das piscinas; promover a adopção de uma mais adequada gestão dos riscos

identificados no que se refere à identificação e manipulação dos agentes químicos

Relatório de Atividades 2011

40

potencialmente perigosos, de forma a controlar os perigos relacionados com a

exposição a esses agentes; promover a implementação de práticas de trabalho na

perspectiva da segurança e saúde; realçar a importância de desenvolver

programas de controlo da qualidade do ar em piscinas cobertas (incluindo

monitorizações periódicas); salientar a importância de desenvolver programas de

vigilância da saúde dos trabalhadores que privilegiem avaliação de riscos para a

saúde a que os mesmos se encontram sujeitos; manter uma base de dados

actualizada, reforçar a implementação da vertente tecnológica do programa e

uniformizar critérios e procedimentos ao nível da USP do ACES Baixo Vouga II.

Como estratégias foi definido promover a alteração dos procedimentos de

avaliação das condições de instalação e de funcionamento/ operação das piscinas;

articulação com entidades exploradoras das piscinas e a divulgação de informação

aos gestores e aos utilizadores de piscinas.

Dentro das atividades destaca-se:

Atividade Atingido

ACES envolvidos nas actividades do Programa apresentação das várias

fases do programa e actualização da documentação

50%

Identificação das piscinas abrangidas pelo Programa 100%

Elaboração/ actualização do cadastro das piscinas do tipo I e II

existentes no âmbito geográfico do ACES

100%

piscinas abrangidas pelo Programa para caracterização técnica das

instalações e avaliação das condições de segurança, higio-sanitárias e de

funcionamento, com recurso ao questionário de avaliação constante no

Anexo II – A da CN nº 14/ DA de 21 de Agosto de 2008.

100%

Realização de acções inspectivas anuais para avaliação das condições de

segurança, higio-sanitárias e de funcionamento das piscinas do Tipo 1 e

Tipo 2, para aplicação do o questionário de avaliação do Anexo II-B da

CN nº 14/DA 21 de Agosto de 2008;

100%

Articulação com os gestores das piscinas para: divulgação do modelo de

Livro de Registo Sanitário – importância dos registos e forma de

preenchimento

100% de divulgação e

58% implementados

Articulação com os gestores das piscinas para: Divulgação da lista de

parâmetros microbiológicos e físico-químicos propostos na CN nº

14/DA, para que estes passem a ser os parâmetros monitorizados para

efeitos de controlo da qualidade da água das bacias

100% de divulgação e

89% implementado

Relatório de Atividades 2011

41

Atividade (cont.) Atingido

Estabelecimento de um circuito de forma a ter acesso aos resultados do

controlo da qualidade da água das bacias (incluindo tanques de

hidromassagem) – proposta de circuito de informação

22,2%

Elaboração do mapa anual de programação de colheitas. 100%

Sensibilização para organização dos SST e efectivo cumprimento das

condições de SST no trabalho aplicadas à actividade

Feita em 2010

Avaliação anual do Programa Avaliação efetuada

Indicador Nº N Nº soluto T TAXA (%)

Taxa (%o)

% de análises bacteriológicas efectuadas 263 96,3

%º de análises físico-químicas efectuadas 123 93,1

% de análises com resultados não conformes 43 16,4

Atendendo à multiplicidade de perigos em termos de Saúde Pública associados à

frequência ou à laboração em piscinas, pretende-se com a implementação deste

programa a identificação e caracterização desses perigos e assegurar a existência

de planos de monitorização e controlo dos mesmos, de modo a que a saúde e

segurança dos utilizadores e trabalhadores seja assegurada.

Neste contexto, durante 2011, foram desenvolvidas as actividades descritas neste

relatório e que procuraram integrar as directrizes da Circular Normativa nº

14/DA, de 21/08/2009 da Direcção Geral da Saúde. Haverá necessidade de

algumas dessas actividades serem continuadas ao longo do horizonte do programa

e de prever outro tipo de intervenções, nomeadamente um reforço da verificação

dos métodos de controlo da qualidade do ar em piscinas cobertas e uma adequada

informação a todos os actores envolvidos nesta área, com especial relevância para

os gestores de piscinas e os utilizadores.

É necessário consolidar a articulação com os gestores das piscinas e reforçar a

sensibilização junto destes para a necessidade de optimização dos princípios de

gestão da qualidade da água, como forma de limitar a formação de sub-produtos da

desinfecção.

Uma vez que a higiene das piscinas é fortemente influenciada pela higiene dos seus

Relatório de Atividades 2011

42

utilizadores, prevemos para este ano a realização de acções de sensibilização, por

forma a advertir os banhistas sobre todas as normas que devem observadas antes

de entrar nos tanques, como por exemplo, o uso de touca e chinelos, circuitos de

deslocação destinados aos utilizadores, duche prévio, ente outros. Espera-se que as

actividades desenvolvidas e as que estão programadas possam contribuir para a

prevenção dos perigos identificados e criar condições para que as piscinas sejam

efectivamente locais promotores de Saúde.

PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES

O Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de Setembro, na redacção que lhe foi conferida pelo

Decreto-lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, estabelece o regime geral da gestão de

resíduos.

De acordo com este diploma legal, actualmente é considerado “resíduo hospitalar –

RH” o “resíduo resultante de actividades médicas desenvolvidas em unidades de

prestação de cuidados de saúde, em actividades de prevenção, diagnóstico,

tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais,

em farmácias, em actividades médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que

envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e tatuagens”

(alínea z) do art. 3º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro).

A Unidade de Saúde Pública (USP) do ACeS Baixo Vouga II incluiu no seu Plano de

Acção um Programa de “Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH)”, o qual tem como

objectivo geral a “Prevenção de perigos para a saúde dos profissionais de saúde e dos

utentes associados a uma gestão inadequada dos RH”.

É de referir que, após a elaboração deste programa, evidenciaram-se ao longo do ano

2011 constrangimentos que condicionaram a sua implementação, de acordo com o

ritmo proposto. Na base desses constrangimentos está a escassez de recursos

humanos que obriga os profissionais existentes a multiplicarem–se por mais tarefas

que as inicialmente previstas, dificultando a prossecução de determinadas

actividades pré-estabelecidas. No entanto, chama-se a atenção, para o facto de, apesar

destes constrangimentos, ter sido elaborado um documento que pretende

sistematizar um conjunto de especificações técnicas relacionadas com procedimentos

Relatório de Atividades 2011

43

a respeitar pelos profissionais de saúde do ACeS BV I, com o objectivo de contribuir

para a prevenção de perigos quer ambientais, quer para a saúde dos profissionais e

dos utentes, associados a uma gestão inadequada dos RH. Assim, a elaboração deste

documento constituiu a primeira etapa da pretendida realização do Plano de Gestão

de Resíduos Hospitalares. Pretende-se que estas directrizes tenham interesse prático,

uniformizando actuações e procedimentos, os quais após a sua divulgação deverão

ser efectivados pelos profissionais de saúde intervenientes neste processo, uma vez

que tal é fundamental para permitir o cumprimento dos objectivos de um sistema

eficiente de gestão de RH.

Salienta-se ainda que, durante 2011, foram equipadas todas as unidades de saúde

com “bioboxs”/ contentores de transporte o que possibilita/ facilita a implementação

das normas já divulgadas relativamente aos RH produzidos no domicílio dos utentes.

Haverá, porém, necessidade de algumas das actividades inicialmente propostas

serem continuadas ao longo do horizonte do programa e de prever outro tipo de

intervenções, incluindo a redefinição de algumas estratégias.

Produção de RH dos GIII e IV no ACeS BVII em 2011

Concelho Nº RH grupo III

soluto

RH Grupo IV a

(%o)

Albergaria-a-Velha 1196,45 108,25

Aveiro 4912,96 368,75

Ílhavo 2110,75 307,20

Vagos 1529,45 103,75

PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DA SAÚDE

Gerir e participar na execução dos programas de intervenção no âmbito da

prevenção, proteção e promoção da saúde da população em geral ou de grupos

específicos desta.

Cabe à USP do ACeS BVII desenvolver, construir, monitorizar e avaliar

programas/projetos a implementar localmente, dirigidos à população escolar,

grupos vulneráveis ou população em geral, nomeadamente o Programa Nacional

de Saúde Escolar (PNSE), o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

Relatório de Atividades 2011

44

(PNPSO), assim como outros projetos quer no âmbito da intervenção escolar

(Lanches Saudáveis; O que Comemos; Crescer Feliz; Equipas Pluridisciplinares;

Posturas Corretas; Cidade Amiga das Crianças; Ruído nas Escolas; Projeto Saber

para Ser +; Na Medida Certa), quer no âmbito da intervenção comunitária

(Multisendas; Unidade Móvel de Apoio aos Trabalhadores do Sexo de Rua,

Construindo Famílias, CPCJ e NCJR Aveiro, Intervenção sobre estilos de vida

saudáveis em lares do concelho de Vagos).

PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE ESCOLAR (PNSE)

O Programa de Saúde Escolar no ano letivo 2010/2011 abrangeu as 4 áreas de

intervenção, conforme o preconizado pelo programa nacional. Foram abrangidas

100% das escolas nos diferentes níveis de escolaridade, exceto nas EB2,3 com

intervenção em 72,7% e nas Escolas profissionais em que abrangemos apenas 50%

das escolas.

Áreas de intervenção:

1) Saúde Individual e Coletiva através da monitorização de acidentes, do PNV e

EGS;

2) Saúde Ambiental através da avaliação das Condições de Segurança, Higiene e

Saúde nas Escolas e Vigilância Sanitária da água de consumo e qualidade alimentar.

Condições de Segurança, Higiene e Saúde nas Escolas

No concelho de Aveiro foram avaliadas as condições de Segurança, Higiene e Saúde

nas Escolas, no ano letivo 2010/2011, em 25 recintos escolares, tendo todas elas

apresentado melhorias relativamente à avaliação anterior.

É de realçar que das 15 escolas com serviço de alimentação e de confeção na

própria escola, 11 foram alvo de avaliação das condições de segurança alimentar e

de recolha de 13 alimentos para posterior análise laboratorial no Laboratório

Distrital de Saúde Pública de Aveiro.

“Ruído nas Escolas”

Colaboração com o grupo que esteve a desenvolver o projeto ruído nas escolas, da

ARSC, em articulação com o estabelecimento de ensino selecionado para estudo e

que faz parte do nosso parque escolar.

Relatório de Atividades 2011

45

No concelho de Aveiro foram realizadas avaliações em 5 escolas EB2,3 e realizadas

7 ações de sensibilização aos alunos. Nos concelhos de Vagos e Albergaria-a-Velha

foi avaliada 1 EB2,3 em cada concelho.

3) Promoção da Saúde através de projetos dirigidos aos alunos e professores;

No âmbito do PNSE foram também desenvolvidos outros Projetos Específicos de

Promoção da Saúde onde as temáticas mais abordadas foram a Educação

Alimentar, Vida Ativa e Saudável, as Competências Pessoais e Sociais, as “Posturas

Corretas” e a Educação Sexual.

INTERVENÇÃO NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR

Projeto “Lanches Saudáveis”

Constatou-se ao longo dos anos que os lanches do meio-da-manhã, das crianças e

jovens a frequentar os jardins de infância (JI) e escolas do ACeS BVII,

respetivamente, não eram saudáveis, pelo que uma intervenção a este nível se

tornou pertinente.

O projeto visa a promoção da qualidade nutricional dos lanches dos alunos do pré-

escolar, da variedade de alternativas “saudáveis” disponíveis no bufete das escolas

EB2,3, bem como a análise nutricional das ementas nas IPSS.

Foram abrangidas 80 escolas do pré-escolar num total de 2594 alunos; 48 escolas

do 1.º ciclo num total de 3740 alunos; 3 escolas do 2.º ciclo num total de 309

alunos; 8 escolas do 3.º ciclo num total de 506 alunos e 2 secundárias num total de

119 alunos abrangidos.

Foi feita uma Candidatura à Missão Sorriso com o projeto [email protected].

Rastreio de Excesso de Peso e Obesidade

No concelho de Vagos encontra-se em desenvolvimento o projeto “Na Medida

Certa”, tendo sido avaliadas 98% das crianças do último ano do Ensino Pré-Escolar

e Básico. Constaram das atividades deste projeto a monitorização do IMC, o

encaminhamento para a consulta de nutrição do Hospital Infante D. Pedro de

Aveiro, a promoção de conhecimentos individuais, familiares e comunitários, a

avaliação de ementas, a avaliação das condições de higiene e segurança dos

refeitórios.

Relatório de Atividades 2011

46

No concelho de Albergaria-a-Velha foi realizado o rastreio de pré-obesidade e

obesidade infantil a todos os alunos a frequentarem o 1.º ano do 1.º ciclo com

consentimento informado.

Formação Manipuladores de alimentos

Foram abrangidos 88% dos manipuladores/ajudantes dos refeitórios escolares no

concelho de Vagos.

Projeto “O Que Comemos"

Projeto-piloto de prevenção de obesidade infantil, desenvolvido em parceria com a

Câmara Municipal Aveiro e Universidade de Aveiro, que envolveu crianças do 1.º

ciclo de escolas inseridas em Bairros Sociais.

Foram desenvolvidas formações a professores sobre alimentação saudável, para

implementação, em contexto de sala de aula, de uma agenda (Diário) com uma

forte componente lúdica/jogos didáticos relativos à educação alimentar.

Projeto “Crescer Feliz”

Este projeto tem como objetivos promover o desenvolvimento de um conjunto de

competências pessoais e sociais nos 30 alunos a frequentar o 4.º ano do 1.º ciclo do

ensino básico de Mamodeiro e Povoa do Valado e nos 20 alunos do 5.º ano da

EB2,3 de S. Bernardo e melhorar a comunicação entre filhos e pais, ensinando aos

últimos práticas educativas adequadas. Realizaram-se 10 sessões por turma, 4

sessões com pais e 1 uma conjunta pais e filhos.

Projeto “Rastreios Posturais”

Projeto que envolve rastreios em crianças a frequentar o 5.º ano de uma EB2,3.

Foram rastreadas 68 crianças, das quais 15 foram encaminhadas para a Fisiatria

do Hospital Infante D. Pedro de Aveiro. Foram realizadas 9 sessões de educação

postural a 212 alunos do 5.º ano de duas EB2,3.

Foi feita sensibilização em todas as escolas (Albergaria-a-Velha, Aveiro) aos pais

das crianças que vão frequentar o 1.º e 5.º ano de escolaridade na compra das

mochilas, através de distribuição de folhetos (Anexo 9).

“Projeto Cidade Amiga das Crianças”

Parceria com a Câmara Municipal Aveiro - Divisão de Ação Social, Universidade de

Aveiro e Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro. Visa a promoção de

medidas que garantam a informação dirigida às crianças e o seu envolvimento

Relatório de Atividades 2011

47

ativo em assuntos que lhes digam respeito, tendo em conta as suas opiniões nos

processos de decisão. A USP colaborou na discussão e implementação do projeto.

Projeto “Saber para Ser +” – Concelho de Ílhavo

Projeto de educação sexual, desenvolvido com a colaboração de internos de

medicina geral e familiar. Foram envolvidas 2 escolas secundárias de Ílhavo e a

população alvo foi constituída por 180 alunos do 11.º ano de escolaridade.

O projeto envolveu várias fases: apresentação da metodologia; pré-avaliação de

conhecimentos (pré-teste); formação de grupos por tema; distribuição de material

de apoio; autoaprendizagem/pesquisa/elaboração da apresentação do tema;

formação entre pares, com a supervisão dos profissionais de saúde; avaliação final.

4) Inclusão Escolar através da identificação e encaminhamento de alunos com

Necessidades de Saúde Especiais (NEE).

“Equipas Pluridisciplinares”

No concelho de Aveiro, estas equipas preveem um trabalho de articulação entre a

Escola e a Saúde, com vista à promoção da igualdade de oportunidades, à

valorização da educação e à promoção de uma melhoria da qualidade de ensino

para uma efetiva inclusão escolar dos alunos com Necessidades Educativas

Especiais (Anexo 10). A articulação destas equipas com as Equipas de Saúde e do

HIP - Consulta de Desenvolvimento do Serviço de Pediatria são uma mais valia

dinamizada pela Equipa de Saúde Escolar. Foram avaliadas 77 crianças.

“CRTIC EE”

O Centro de Recursos TIC Eixo/Aveiro (CRTIC EE) é um Centro vocacionado para a

avaliação de alunos com NEECP (Anexo 11). A participação na avaliação destes

alunos e na orientação em equipa destas crianças pela Terapeuta foi uma

valorização na intervenção da Equipa de Saúde Escolar, no âmbito da inclusão

escolar.

Relatório de Atividades 2011

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PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL

Ensino Pré-escolar

Neste grau de ensino, existiu no último ano letivo, um aumento muito significativo

do investimento no Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral por parte das

equipas dos centros de saúde. Foram abrangidas 98,8% das escolas do pré-escolar

(96,4% das crianças).

Ensino Básico 1.º ciclo

Verificou-se pela primeira vez, uma total adesão das escolas ao programa nos

quatro concelhos do ACeS BVII. Foram abrangidas 100,0% das escolas do pré-

escolar (64,1% dos alunos).

Ensino Básico 2.º e 3.º ciclos

A intervenção nestes dois graus de ensino no âmbito da saúde oral resume-se

especialmente à realização de ações de educação para a saúde.

Projeto de Saúde Oral em Crianças e Jovens

Foram abrangidas 100% das crianças das coortes de 7, 10 e 13 anos de idade.

Intervenção clínica dos Higienistas Orais

A percentagem de crianças abrangidas pela consulta de saúde oral é bastante

inferior ao número de referenciações emitidas (46,7%).

Projeto de Saúde Oral na Saúde Infantil

Verifica-se uma grande discrepância entre o número de cheques emitidos e os

efetivamente utilizados (58,3%), o que nos conduz à necessidade de uma maior

sensibilização por parte dos médicos de família para os critérios de inclusão deste

projeto.

Relatório de Atividades 2011

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Projetos de Saúde Oral na Grávida e Saúde Oral no Idoso

Nas grávidas verifica-se uma grande discrepância entre o número de cheques

emitidos e os efetivamente utilizados (53,8%), contrariamente ao grupo dos idosos

(81,2%).

Projeto de Saúde Oral na Deficiência

O centro de saúde de Ílhavo tem desenvolvido um projeto destinado a crianças e

jovens com necessidades de saúde/educativas especiais que frequentam a

CERCIAV (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de

Aveiro).

As atividades desenvolvidas pelo projeto foram, nomeadamente a implementação

de um bochecho de flúor, realização de sessões de educação para a saúde,

realização de rastreios orais, realização de consultas de saúde oral preventiva e

encaminhamentos médico-dentários.

Juntas Médicas

Em 2011, em junta médica, foram observados 457 utentes e avaliados, com

emissão de atestados multiuso, 436 utentes.

Foram efetuadas juntas em 30 períodos, durante o ano, o que significa que em

média foram observados 15,2 utentes por período.

Foram convocados 492 utentes dos quais 35 (7,1%) faltaram e 21 (4,3%) ficaram

pendentes tendo transitado para o ano 2012.

Do total de utentes avaliados (436), foi atribuída incapacidade de ≥60% e <80% a

309 utentes, a 96 utentes a incapacidade de ≥ 80% e a 31 utentes a incapacidade

≤60%.

Durante o ano deram entrada processos instruídos nos quatro Centros de Saúde

que integram o ACeS (Albergaria-a-Velha, Aveiro, Ílhavo e Vagos).

A 31/12/2011 encontravam-se a aguardar avaliação em junta médica 44

processos, dos quais 21 correspondem a processos pendentes de 2011.

Refere-se que foram arquivados processos pendentes de anos anteriores em que

os utentes não deram qualquer informação sobre os mesmos.

Relatório de Atividades 2011

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4 Plano de Investimentos e Orçamento Económico

Nível de execução do plano de investimentos

Obras/Instalações previstas no PD 2011 Nível execução

UCSP Aveiro II (pólo de Esgueira): valor estimado de € 325 000 Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

USF Atlântico Norte (Extensão de Saúde da Gafanha da Nazaré): valor

estimado de € 210 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

USF Beira Ria (pólo da Costa Nova): valor estimado de € 150 000 Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

USF Salinas (Extensão de Saúde de Cacia): valor estimado de € 75 000 Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

UCSP Vagos II (pólo de Ponte de Vagos) valor estimado de € 150 000 Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

UCSP Albergaria-a-Velha I (pólo sul): valor estimado de € 250 000 Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

Reparação das coberturas e fachadas da sede do CS Ílhavo, que se traduz no

valor estimado de € 100 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

Reparação das coberturas e fachadas da sede do CS Aveiro, que se traduz no

valor estimado de € 150 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

Descrição 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Ano 2011

Nº Juntas Médicas 11 7 4 8 30

Nº de doentes convocados 181 111 69 131 492

Nº de utentes que faltaram 11 11 2 11 35

Nº processos pendentes 8 4 4 5 21

Nº utentes avaliados 162 96 63 115 436

Nº utentes avaliados c/ incapacidade <60% 12 6 6 7 31

Nº utentes avaliados c/ incapacidade >=60% e

<80%

124 69 34 82 309

Nº utentes avaliados c/ incapacidade >80% 26 21 23 26 96

Nº utentes observados 170 100 67 120 457

Relatório de Atividades 2011

51

Reparação das coberturas e fachadas da sede do CS Albergaria-a-Velha, que

se traduz no valor estimado de € 100 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

Aplicação de película solar no CS Vagos, dada a grande extensão de vidro do

edifício, tendo em vista a maximização da poupança energética e o conforto

dos utilizadores da unidade. Valor orçado em € 50 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

USF Beira Ria (pólo da Gafanha da Nazaré): Criação de uma entrada

independente para a USF, com separação do respectivo espaço físico

nomeadamente através de parede/porta interna colocada entre o Módulo C

e o Módulo D. Valor estimado de € 10 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

Instalações sanitárias e vestiários para os funcionários da USF Beira Ria.

Valor estimado de € 28 000

Reportado à DIE da ARSC;

Não iniciado.

Obs.: Os quatro primeiros projectos, estava previsto serem objeto de candidaturas ao QREN no ano de

2011.

Aquisição de mobiliário médico previsto no PD 2011 Nível execução

Equipamento médico cirúrgico;

Equipamento de Imagiologia;

Equipamento de laboratório;

Mobiliário hospitalar, de desinfecção e esterilização, de hotelaria e outros.

Sistema de digitalização e impressão a laser a seco para o equipamento de

radiologia do Centro de Saúde de Albergaria-a-Velha.

Reportado à ARSC;

Não iniciado.

Não iniciado

Aquisição de Equipamento de Transporte previsto no PD 2011 Nível execução

Aquisição de viaturas Não iniciado

Aquisição de Equipamentos Informáticos previsto no PD 2011 Nível execução

Aquisição de Servidores, computadores, computadores portáteis, impressoras,

projectores multimédia e Quiosques

Não iniciado

Aquisição de Equipamento Administrativo previsto no PD 2011 Nível execução

Aquisição de mobiliário administrativo (armários, arquivos secretárias, cadeiras,

etc.); Scanners, Faxes e telemóveis

Não iniciado

Aquisição de Sistemas de Informação previsto no PD 2011 Nível execução

Renovação das licenças dos sistemas anti-vírus.

Em curso

Relatório de Atividades 2011

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Aquisição de Equipamento diverso previsto no PD 2011 Nível execução

Sistemas de Alarme de intrusão Não iniciado

Avaliação do orçamento económico Não tendo obtido resposta, até à presente data, ao pedido efectuado, via email, em

24/05/2012, ao Departamento de Gestão Financeira da ARSC, no qual se solicitava

o envio dos balancetes de contabilidade analítica do ano de 2011, tendo em vista a

avaliação do orçamento económica do ACeS BVII, do ano de 2011, não nos é

possível efectuar essa análise, por falta dos dados necessários à mesma.

5 - Considerações Finais

Chegámos ao fim de 2011, entendendo que 2012 se apresenta cheio de

interrogações e dúvidas. Sabemos de onde viemos e o que fizemos para aqui

chegar; sabemos para onde pretendemos ir, mas hesitamos qual o rumo a tomar,

num quadro de incertezas e de indefinição de estratégias para os Cuidados de

Saúde Primários a nível Nacional.