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AVEIRO – ABRIL 2016

ACES

BAIXO VOUGA RELATÓRIO DE ATIVIDADES - 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

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Ficha Técnica: Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga Relatório de Atividades do ACeS BV 2015. Aveiro, 2015 Título: Relatório de Atividades do ACeS BV 2015 Editores: Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga Autores: Diretor Executivo do ACeS BV; Conselho Clínico e da Saúde do ACeS BV; Observatório Local de Saúde do ACeS BV. Agradecimento: Unidade de Apoio à Gestão; Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados; Unidade de Saúde Pública; Unidades de Cuidados na Comunidade; Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados; Unidades de Saúde Familiar; Gabinete do Cidadão; Grupo Coordenador Local do PPCIRA. Impressão e Acabamento: Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga Reprodução Autorizada desde que a fonte seja citada, exceto para fins comerciais, que é proibido.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Mapa de pessoal do ACES BV (n.º de efectivos - ano 2015/2014) ........................................................... 17

Quadro 2 - População residente, por sexo e grupo etário, em Portugal, Região Centro e ACeS BV – 2014 .............. 23

Quadro 3 - Nº de Alunos matriculado sem modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014 ............................................................................................................................................... 28

Quadro 4 - Nados-vivos e Taxa de Natalidade (‰), no Continente, Região Centro e Região de Aveiro – 2010 a 2014 .................................................................................................................................................................................... 30

Quadro 5 - Dados e indicadores de mortalidade (total), na Região de Aveiro em 2013 ............................................ 34

Quadro 6 – Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12-2015 ....................................................................... 37

Quadro 7 - Distribuição do número e taxa de incidência (%) de utentes com algumas patologias, registadas a 31/12/2015 ................................................................................................................................................................. 39

Quadro 8 - Indicadores de Contratualização Externa – 2015 ..................................................................................... 43

Quadro 9 - Total de consultas e Visitas domiciliárias realizadas, em 2013, 2014 e 2015,por outros profissionais do ACeS ............................................................................................................................................................................ 50

Quadro 10 – N.º de Consultas realizadas em 2014 e 2015, por área, e sua variação ................................................. 51

Quadro 11 - Evolução dos Indicadores de Resultado da área de Saúde Mulher/Saúde Materna – 2005 a 2014 ...... 54

Quadro 12 - Mortalidade, por todas as causas, em pessoas com 65 e mais anos em 2013 na Região de Aveiro ...... 56

Quadro 13 - Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013 ............................. 58

Quadro 14 - Dados de Prevalência e Incidência de Doenças do Aparelho circulatório, em 2015 .............................. 59

Quadro 15 - Mortalidade por diabetes, em 2013 na Região de Aveiro ...................................................................... 61

Quadro 16 - Morbilidade – Taxas de Incidência e Prevalência da diabetes ................................................................ 61

Quadro 17 - Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética ACeS BV em 2015 ................................................... 63

Quadro 18 - Total de Utentes Diabéticos rastreados a retinopatia diabética no ano 2015por grupo etário e sexo (n/%)............................................................................................................................................................................ 63

Quadro 19 - Resultados do Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética no ACeS BV - Rastreio 2015, por Concelho ..................................................................................................................................................................... 64

Quadro 20 - Mortalidade por doenças do aparelho respiratório, em 2013 naRegião de Aveiro ............................... 64

Quadro 21 - Evolução dos Indicadores de Resultado na área das Doenças Respiratórias, 2013-2015 ...................... 66

Quadro 22 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro ...................................................... 66

Quadro 23 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro, segundo o sexo, relação de masculinidade e idade média à morte segundo o sexo – 2013 .................................................................................. 67

Quadro 24 – Incidência de doenças preveníveis pela vacinação ................................................................................ 69

Quadro 25 - Indicadores de execução – PNV 2015 ..................................................................................................... 70

Quadro 26 – Notificações de DDO .............................................................................................................................. 73

Quadro 27 – Casos notificados por DDO no ACeS BV em 2015 .................................................................................. 73

Quadro 28 - Atividades de Sanidade Marítima - Porto de Aveiro - em 2015 .............................................................. 77

Quadro 29 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por destino ....................................................................... 79

Quadro 30 - Mortalidade por VIH/SIDA, em 2012, no Baixo Vouga ........................................................................... 80

Quadro 31 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género e do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015 ............................................................................... 82

Quadro 32 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014 ......................................................................................................................................... 84

Quadro 33 - Evolução da distribuição do n.º total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2015 ....................................................................................................................... 84

Quadro 34 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ............................................................................................................................................. 85

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Quadro 35 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ...................................................................................... 86

Quadro 36 - Número absoluto e relativo (%) de alunos alvo de projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015 ................................................................................................ 87

Quadro 37 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015 ......................................................................................................................................................... 89

Quadro 38 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .................................................................. 90

Quadro 39 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ................................................................. 91

Quadro 40 – Tratamento oral efetuado por cheque dentista em 2015 ..................................................................... 93

Quadro 41 – Distribuição das crianças segundo o CPO das crianças que utilizaram cheque dentista, 2015 ............. 93

Quadro 42 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens, e respetiva taxa de utilização – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ............................................... 94

Quadro 43 - Evolução do número de cheques emitidos, utilizados e da Taxa de utilização de cheques dentista, por grupos etários às grávidas (2014 - 2015) .................................................................................................................... 95

Quadro 44 - Evolução dos resultados da taxa de utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI por grupo etário (2014 - 2015) ............................................................................................................................................................... 96

Quadro 45 - Consultas de saúde oral realizadas por higienista oral e médico dentista ............................................. 97

Quadro 46 - Indicadores de morbilidade .................................................................................................................... 98

Quadro 47 - Indicadores de Execução - 2015 ............................................................................................................. 98

Quadro 48 - N.º de análises microbiológicas de alimentos e superfícies nas cantinas ............................................... 99

Quadro 49 – N.º de colheitas de águas por tipologias, realizadas/previstas e % de cumprimentos/não cumprimentos, 2015 ................................................................................................................................................. 102

Quadro 50 – Proporção de UF auditadas em 2015. .................................................................................................. 105

Quadro 51 - Indicadores de Execução, 2015 ............................................................................................................. 105

Quadro 52 - Mortalidade por Acidentes e Sequelas - 2013 ...................................................................................... 107

Quadro 53 - Mortalidade por Acidentes de transporte e sequelas - 2013 ............................................................... 108

Quadro 54 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança a profissionais de saúde ............................................................................................................................................... 108

Quadro 55 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança pais/grávidas/puérperas que frequentem os projetos de preparação para o parto e projetos de recuperação pós parto. ......................................................................................................................................................................... 108

Quadro 56 - Atividades sobre prevenção de acidentes – N.º de Alunos, Professores abrangidos e Sessões........... 109

Quadro 57 - Distribuição do número de Consultas de Alcoologia realizadas por Centro de Saúde e ACeS, segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015 ........................................................................... 110

Quadro 58 - Mortalidade devido a abuso de álcool, em 2013, na Região de Aveiro ................................................ 110

Quadro 59 - Indicadores de Execução na área dos Problemas Ligados ao Álcool em 2013 - 2015 .......................... 111

Quadro 60 - Distribuição do número de Consultas de Cessação Tabágica realizadas por Centro de Saúde e ACeS , segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015 ......................................................... 112

Quadro 61 - Indicadores de Execução e Metas na área do Tabagismo .................................................................... 112

Quadro 62 - Perturbações mentais e do comportamento, 2013 (CID-10: F00-F99) ................................................. 113

Quadro 63 - Prevalência em 2015 ............................................................................................................................. 113

Quadro 64 - Indicadores de Execução na área de Saúde Mental ............................................................................. 113

Quadro 65 - Distribuição do nº vagas de ECCI, por Centro de Saúde, em 2014 ....................................................... 115

Quadro 66 - Resultados de indicadores ECCI por Centro de Saúde, 2015 ................................................................ 116

Quadro 67 - Número de visitas domiciliárias realizadas segundo o grupo de profissional ...................................... 119

Quadro 68 – Evolução de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, de 2013 a 2015 ................................... 119

Quadro 69 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015 ..................... 120

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Quadro 70 - Número de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS BV em 2015 ............................... 122

Quadro 71 - Número de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015 ............... 123

Quadro 72 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015 ........................................................... 125

Quadro 73 - Formação realizada no ACeS , em 2015 ................................................................................................ 126

Quadro 74 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas profissionais, no ACeS em 2015 .............................. 127

Quadro 75 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas e parcerias, no ACeS em 2015 ................................ 127

Quadro 76 - Dados das juntas médicas realizadas em 2015 ..................................................................................... 130

Quadro 77 – Execução económica – orçamento de 2015......................................................................................... 131

Quadro 78 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015 ................................................................................................... 132

Quadro 79 - Indicadores de Eficiência ...................................................................................................................... 135

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Tipologia das Unidades Funcionais do ACeS BV - 2015 .............................................................................. 15

Figura 2 - Distribuição das Unidades Funcionais do ACeS BV em 2015, por Centro de Saúde .................................. 15

Figura 3– Visitas de Acompanhamento da ERA, 2015 ................................................................................................ 15

Figura 4 - Organograma do ACeS BV ........................................................................................................................... 16

Figura 5 - Distribuição dos Trabalhadores, no ACeS Baixo Vouga, por carreira profissional, 2015 ............................ 18

Figura 6 – Distribuição dos Trabalhadores com Contrato em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, por carreira profissional, 2015 .......................................................................................................................................... 19

Figura 7 – Motivo da saída de profissionais ................................................................................................................ 20

Figura 8 - Saída de Profissionais em 2015 ................................................................................................................... 20

Figura 9 - Distribuição em % de trabalhadores segundo o género ............................................................................. 21

Figura 10 - Distribuição dos trabalhadores segundo o grupo etário ........................................................................... 21

Figura 11 - Mapa dos Concelhos do ACeS BV .............................................................................................................. 22

Figura 12 - Localização do ACeS BV na Região Centro ............................................................................................ 22

Figura 13 – Pirâmide etária da Região de Aveiro - 2014 ............................................................................................. 23

Figura 14 - População residente, por grupo etário, no ACeS BV ................................................................................ 24

Figura 15 - Evolução da % de crianças e jovens e idosos, no ACeS BV 2001-2014 ..................................................... 24

Figura 16 – Índices de envelhecimento, dependência de idosos e de jovens e índice de longevidade, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014 ..................................................................................................................... 25

Figura 17 - Idade Média da mãe ao nascimento do 1º filho, esperança média de vida à nascença e esperança média de vida aos 65 anos, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014 .............................................................. 26

Figura 18 -Taxas de crescimento efectivo, natual e migratório em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2014 ................................................................................................................................................................ 26

Figura 19 - Taxas brutas denatalidade e mortalidade, taxa de fecundidade geral e índice de fecundidade em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro - 2014 ................................................................................ 27

Figura 20 - Taxas de escolarização no ensino pré-escolar, básico, secundário e superior em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2013/2014 ........................................................................................................... 28

Figura 21 - % de Alunos matriculados em modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014 ............................................................................................................................................... 29

Figura 22 - Evolução da taxa de natalidade (%o) de 2010 a 2014............................................................................... 30

Figura 23 - Taxas Brutas de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2014 ......................................................... 31

Figura 24 - Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Baixo Vouga de 2008 a 2014 ........................... 32

Figura 25- Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região de Aveiro (NUTS - 2013) - 2013 .................................................................................................................................................................................... 35

Figura 26 - Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região de Aveiro, em 2013 .......................................................................................................................................................... 36

Figura 27 - Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12-2015 ........................................................................ 38

Figura 28 - Distribuição da taxa de incidência (%) de patologias com registos ICPC2 nos utentes inscritos a 31/12/2015 ................................................................................................................................................................. 39

Figura 29 – Distribuição de Utentes Inscritos, segundo a inscrição com ou sem médico de família e sem médico de família por opção,por Unidade Funcional em 31/12/2015 ......................................................................................... 40

Figura 30 – Utentes Inscritos no ACeS BV – 31/12/2015 ............................................................................................ 40

Figura 31 - Média de Utentes Inscritos por Médico de Família, segundo a Unidade Funcional e ACeS , 32/12/201541

Figura 32 - Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV (2015) ....................................................................... 42

Figura 33 – Indicadores de acesso – Personalização de Cuidados, 2015 .................................................................... 49

Figura 34 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços, 2015 .............................................................................. 49

Figura 35 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços em contexto domiciliário, 2015 ..................................... 49

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Figura 36- Distribuição das Consultas, por área, em 2015 .......................................................................................... 52

Figura 37- Total de Consultas, por área, em 2014 e 2015 .......................................................................................... 52

Figura 38 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Planeamento Familiar ................................................ 53

Figura 39 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância da Gravidez ................................................ 53

Figura 40 - Evolução da Taxa (‰) de Mortalidade Fetal Tardia entre os anos 2010-2014 ......................................... 54

Figura 41 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância saúde RN, da Criança e Adolescente ......... 55

Figura 42 - Evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal entre os anos 2010-2014 ..................................................... 55

Figura 43 - Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil de 2010 a 2014 ....................................................................... 56

Figura 44 - Indicadores de Execução da área da Saúde do Idoso: 2013-2015 ............................................................ 57

Figura 45 – Indicadores de Mortalidade por algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013 ............................................................................................................................................................................ 58

Figura 46 – Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) por algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013 ............................................................................ 59

Figura 47 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015 ..................... 60

Figura 48 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015 (Cont.) ......... 60

Figura 49 - Indicadores de Execução na área da Diabetes .......................................................................................... 62

Figura 50 - Indicadores de Execução na área da Diabetes (cont.) .............................................................................. 62

Figura 51 - Tx (%ooo) mortalidade padronizadas p/ todas idades por DPOC, Asma. Pneumonia e Gripe, 2013 ....... 65

Figura 52 - Mortalidade por DPOC, Pneumonia, Gripe e Asma, em 2013 na Região de Aveiro ................................. 65

Figura 53 - Mortalidade por Tumor maligno da mama; cólon, reto e ânus e; colo do útero em 2013 na Região de Aveiro .......................................................................................................................................................................... 68

Figura 54 - Evolução da taxa bruta (%o) de mortalidade por Tumores, de 2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região BV ..................................................................................................................................................... 68

Figura 55 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade - Rastreio Oncológico. ................................................... 69

Figura 56 - Evolução, 2014 para 2015, do PNV cumprido ou em execução aos 2, 7 e 14 anos .................................. 71

Figura 57 – N.º casos notificados com data diagnóstico de 2015, segundo a classificação ........................................ 74

Figura 58 – N.º casos (DDO)notificados com data diagnóstico de 2015 ..................................................................... 74

Figura 59 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por sexo .............................................................................. 78

Figura 60 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por idade ............................................................................. 79

Figura 61 – Tempo de permanência ........................................................................................................................... 79

Figura 62 – Evolução do número de kits de seringas trocados no ACeS BV de 2013 a 2015 ...................................... 81

Figura 63 – Número de Kits de seringas trocados, segundo os concelhos do ACeS BV em 2015 ............................... 82

Figura 64 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género, 2013/2015 ................................................................................................................................................................... 83

Figura 65 - Evolução do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015 ......................................... 83

Figura 66 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2015 ..................................................................................................................................................... 84

Figura 67 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2015 ...................................................................................................................................... 85

Figura 68 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ............................................................................................................................ 86

Figura 69 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ...................................................................................... 87

Figura 70 -Percentagem de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015 ..................................................................................................... 88

Figura 71 - Taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2014/2015 ................................................................................................................................................................... 88

Figura 72 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015 ......................................................................................................................................................... 89

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Figura 73 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .......................................................................... 90

Figura 74 - Evolução da taxa de utilização de cheques dentista (%) no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .......................................................................................................................... 91

Figura 75 - Evolução do número de cheques dentista emitidos e utilizados e do número de referenciações higienistas emitidas e utilizadas, no âmbito do SOCJ, segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ................................................................................................................................................................... 92

Figura 76 - Evolução da distribuição da taxa de utilização de cheques dentista e referenciações higienistas no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ................................................ 92

Figura 77 - Tratamento oral efetuado segundo a sua tipologia, em 2015 .................................................................. 93

Figura 78 – Índice de CPO das crianças que utilizaram cheque dentista .................................................................... 94

Figura 79 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .......................................................................................................................... 95

Figura 80 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOG segundo o grupo etário da grávida (2014 - 2015) ........................................................................................................................ 96

Figura 81 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOPI (2014-2015) ........................................................................................................................................................................... 97

Figura 82 - Indicadores de morbilidade ...................................................................................................................... 98

Figura 83 - Indicadores de Execução - 2015 ................................................................................................................ 99

Figura 84– Representação percentual das instituições que cumpriram a meta prevista para a fase 1 segundo o concelho em 2015 ..................................................................................................................................................... 100

Figura 85 – Distribuição dos valores médios de concentração de sal das escolas e instituições de cada um dos concelhos e no ACeS , na avaliação inicial (diagnóstico) e na fase 1, em 2015. ....................................................... 101

Figura 86 - Percentagem de cumprimentos/não cumprimentos segundo a tipologia de águas abrangidas por programas de vigilância, 2015 .................................................................................................................................. 102

Figura 87 - Produção anual de resíduos do grupo III e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015 ................... 103

Figura 88 - Produção anual de resíduos do grupo IV e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015 ................... 103

Figura 89 - Produção anual de resíduos do grupo III e IV e respectivos custos, no ACeS , 2015 .............................. 104

Figura 90 - Produção (Kg) anual de RH dos grupos I e II no ACeS em 2015 ............................................................. 104

Figura 91 – Distribuição (%) de alunos abrangidos por projetos de prevenção do consumo de álcool no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015 ................................................................................................ 109

Figura 92 – Distribuição (%) de alunos que foram alvo de projetos de prevenção do consumo de tabaco no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015 ................................................................................................ 111

Figura 93 - Taxa de ocupação das ECCI´s do ACeS BV, 2015 .................................................................................... 117

Figura 94 - Ganhos em independência nos autocuidados (%), no programa ECCI, 2015 ......................................... 117

Figura 95 - Taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão do Programa ECCI ................................................ 118

Figura 96 - Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%), no programa ECCI, por concelho do ACeS em 2015 ..................................................................................................................................................... 118

Figura 97 - Percentagem de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, no ano 2015 ...................................... 119

Figura 98 - Distribuição relativa (%) dos temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015 ..................... 120

Figura 99- Distribuição do nº de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo o acesso a cuidados de saúde (nível 2), 2015 ............................................................................................................................................ 121

Figura 100 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo os procedimentos administrativos (nível 2), 2015 ........................................................................................................ 121

Figura 101 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo a focalização no cliente (nível 2), 2015 ........................................................................................................................................... 122

Figura 102 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS, 2015 ................. 122

Figura 103 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015 .......................................................................................................................................................................... 123

Figura 104 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015 ............................................................ 125

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

8

Figura 105 – MCDT’s e Farmácias, em 2014 e 2015.................................................................................................. 132

Figura 106 – Custos com pessoal, em 2014 e 2015 .................................................................................................. 132

Figura 107 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015 ................................................................................................... 133

Figura 108 – Medicamentos Genéricos, Custo médio em medicamentos e MCDT facturados, por utilizador ........ 136

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9

SIGLAS/ABREVIATURAS ACeS –Agrupamentos de Centros de Saúde

ACeS BV – Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga

ACSS –Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.

ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.

ATL – Atividades dos tempos livres

AVC – Acidente Vascular Cerebral

BAS –Benefícios Adicionais Saúde

CAD – Centro de Aconselhamento e Detecção

CDP – Centro Diagnóstico Pneumológico

CHBV – Centro Hospitalar do Baixo Vouga

CMVMC – Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

CS – Centro de Saúde

CV– Cardiovascular

CSP – Cuidados de Saúde Primários

DDO – Doença de Declaração Obrigatória

DGS – Direcção Geral da Saúde

DM – Diabetes Mellitus

DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crónica

DSP – Departamento de Saúde Pública

eagenda - Marcação Electrónica de Consultas

ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados

ECL – Equipa Coordenadora Local

ECR – Equipa Coordenadora Regional

EGA – Equipa de Gestão de Altas

ERA – Equipa Regional de Apoio

GDH´s – Grupos de Diagnóstico Homogéneos

HgbA1c – Hemoglobina Glicosilada

IACS – Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde

ICPC2 – Classificação Internacional de Cuidados Primários, 2ª Edição

IGAS – Inspecção Geral das Atividades em Saúde

IMC – Índice de Massa Corporal

INE – Instituto Nacional de Estatística

INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

IPSS– Instituição Particular de Solidariedade Social

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10

IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis

HPV – Vírus do Papiloma Humano

HTA – Hipertensão Arterial

MCDT – Meio Complementar de Diagnóstico e Terapêutica

MIM@UF – Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais

NES – Necessidades Educativas Especiais

NLI – Núcleo Local de Inserção

NOC – Norma de Orientação Clínica

NUTS – Nomenclatura de Unidades Territoriais

OMS – Organização Mundial de Saúde

PA – Pressão Arterial

PEM – Prescrição Electrónica de Medicamentos

PF – Planeamento Familiar

PLA– Problemas Ligados ao Álcool

PNPAS – Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável

PNSE – Programa Nacional de Saúde Escolar

PNPSO– Programa Nacional de Saúde Oral

PNV – Programa Nacional de Vacinação

PNSIJ – Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil

PGRH – Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares

PPCIRA - Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

PVSACH – Programa Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano

PVSET – Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais

PVSOE -Programa Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento

PVSP -Programa Vigilância Sanitária de Piscinas

PVSZB -Programa Vigilância Sanitária de Zonas Balneares

REVIVE -Rede de Vigilância de Vectores

RH – Resíduos Hospitalares

RHV - Sistema Informático de Recursos Humanos

RIVD – Rede de Intervenção a Vítimas de Violência Doméstica

RN – Recém-nascido

RNCI – Rede Nacional de Cuidados Integrados

RNU - Registo Nacional de Utentes

SA – Sistemas de Abastecimento

SAM –Sistema de Apoio ao Médico

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11

SAPE - Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem

SAS – Síndrome de Apneia do Sono

SGSR - Sistema de Gestão de Sugestões e Reclamações

SGTD - Sistema de Gestão de Transporte de Doentes

SIARS - Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde

SICO – Sistema de Informação dos Certificados de Óbito

SICTH - Sistema de Informação da Consulta a Tempo e Horas ("Alert” P1)

SiiMA Rastreios - Sistema de Informação para Gestão de Programas de Rastreios

SINAVE - Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

SINUS - Sistema de Informação de Unidades de Saúde

SISO - Sistema Informático para a Saúde Oral

SNS – Serviço Nacional de Saúde

SOCJ - Saúde Oral em Crianças e Jovens

SOG - Saúde Oral nas grávidas

SOPI – Saúde Oral em Pessoas Idosas

SOSI - Saúde Oral em Saúde Infantil

TA - Tensão arterial

TAC – Toxinfeção Alimentar Colectiva

TOD – Toma observada Directa

UAG – Unidade de Apoio à Gestão

UCF - Unidade coordenadora funcional

ULS – Unidade Local de Saúde

USF – Unidade de Saúde Familiar

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade

UCCI – Unidade de Cuidados Continuados Integrados

UF – Unidade Funcional

URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USP – Unidade de Saúde Pública

VE – Vigilância Epidemiológica

VIH/SIDA – Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

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12

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................14

1 CARACTERIZAÇÃO DO ACES .........................................................................................................................15

1.1 UNIDADES FUNCIONAIS E ORGANOGRAMA DO ACES .............................................................................. 15

1.2 RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................... 17

1.3 ÁREA GEOGRÁFICA .................................................................................................................................... 21

1.4 POPULAÇÃO – INDICADORES DE POPULAÇÃO .......................................................................................... 23 1.4.1 População Residente ............................................................................................................................. 23

1.5 DADOS E INDICADORES SOCIOECONÓMICOS E CULTURAIS ..................................................................... 28 1.5.1 Indicadores de Educação ....................................................................................................................... 28

2 INDICADORES DE SAÚDE ..............................................................................................................................30

2.1 NATALIDADE .............................................................................................................................................. 30

2.2 MORTALIDADE ........................................................................................................................................... 31

2.3 MORBILIDADE ............................................................................................................................................ 36

2.4 POPULAÇÃO INSCRITA POR UNIDADE FUNCIONAL ................................................................................... 40 2.4.1 Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS Baixo Vouga ................................................................ 41

3 CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS ..........................................................................................................43

3.1 INDICADORES DE CONTRATUALIZAÇÃO EXTERNA: EIXO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL ........................ 43 3.1.1 Processo de Contratualização ............................................................................................................... 44

4 GOVERNAÇÃO CLÍNICA ................................................................................................................................46

5 ARTICULAÇÃO E CONTINUIDADE DE CUIDADOS...........................................................................................47

6 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO .................................................................................................................48

6.1 ACESSO ...................................................................................................................................................... 48

6.2 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE ........................................................................................................... 51

6.3 SAÚDE DA MULHER/PLANEAMENTO FAMILIAR ........................................................................................ 52

6.4 SAÚDE DA MULHER/SAÚDE MATERNA ..................................................................................................... 53

6.5 SAÚDE INFANTIL E JUVENIL ....................................................................................................................... 54

6.6 SAÚDE DO IDOSO ...................................................................................................................................... 56

6.7 VIGILÂNCIA DA DOENÇA CRÓNICA ............................................................................................................ 57 6.7.1 Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares – Hipertensão ................................................. 57 6.7.2 Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus ........................................................................................ 61 6.7.3 Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma) ..................................................... 64 6.7.4 Programa de Vigilância Oncológica ....................................................................................................... 66

6.8 PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO .................................................................................................... 69

6.9 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS ......................... 71 6.9.1 Doenças de Declaração Obrigatória ...................................................................................................... 72 6.9.2 Surto de Ébola ....................................................................................................................................... 75 6.9.3 Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos ............................. 75 6.9.4 Sanidade Internacional .......................................................................................................................... 76 6.9.5 Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA ........................................................................................ 80 6.9.6 Tuberculose/CDP ................................................................................................................................... 82

6.10 PROMOÇÃO DA SAÚDE ............................................................................................................................. 85 6.10.1 Promoção da Saúde em Meio Escolar .............................................................................................. 85

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

13

6.10.2 Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral .............................................................................. 89 6.10.3 Programa para a Promoção da Alimentação Saudável ..................................................................... 97

6.10.3.1 Programa Segurança Alimentar em cantinas (PSAC) .....................................................................................99 6.10.3.2 Projeto Sopa.come ......................................................................................................................................100

6.10.4 Programas de Saúde Ambiental ...................................................................................................... 101 5.10.4.1 ...........................................................................................................................................................................101 6.10.4.1 Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH); .............................................................................103 6.10.4.2 Programa da Rede de Vigilância de Vectores – REVIVE ...............................................................................105 6.10.4.3 Programa – Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Frio. ......................................................................105 6.10.4.4 Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência Energética .................................................106

6.10.5 Programa Nacional de Prevenção de Acidentes ............................................................................. 107 6.10.6 Programa Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool .......................................... 109 6.10.7 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ................................................... 111 6.10.8 Programa Nacional para a Saúde Mental ....................................................................................... 112

6.11 REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS ............................................................... 115

6.12 GABINETE DO CIDADÃO .......................................................................................................................... 119

6.13 QUALIDADE .............................................................................................................................................. 124

6.14 FORMAÇÃO .............................................................................................................................................. 126 6.14.1 Formação no ACeS .......................................................................................................................... 126 6.14.2 Formação pré e pós graduada ........................................................................................................ 126 6.14.3 Atividades de Formação Relevantes ............................................................................................... 127

6.15 ATIVIDADE CIENTIFICA/INVESTIGAÇÃO ................................................................................................... 128

6.16 OUTRAS ATIVIDADES ............................................................................................................................... 129 6.16.1 Parcerias de Promoção e Proteção da Saúde na Comunidade ....................................................... 129 6.16.2 Juntas Médicas ................................................................................................................................ 129

7 PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO ......................................................................... 131

7.1 AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO ............................................................................................ 131

7.2 EXECUÇÃO ECONÓMICA 2015 VERSUS EXECUÇÃO ECONÓMICA 2014 .................................................. 134 7.2.1 Indicadores de Eficiência ..................................................................................................................... 135

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................ 137

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

14

INTRODUÇÃO

O relatório de atividades de 2015 do ACeS Baixo Vouga é um documento que tem como objetivo

principal, evidenciar o desempenho no ano, bem como a sua evolução de 2013 a 2015. Na sua estrutura

pretendeu-se organizar a informação por áreas, apresentando-a maioritariamente em quadros e figuras.

No seu conteúdo tem-se presente, nos diversos programas/projetos e atividades desenvolvidas, o

contributo do ACeS na resposta aos quatro grandes eixos estratégicos do PNS 2012-2016, com a Revisão

e Extensão 2020 (cidadania em saúde; equidade e acesso adequado aos cuidados de saúde; qualidade

em saúde; politicas saudáveis), bem como aos quatro objetivos para o sistema de saúde (obter ganhos

em saúde; promover contextos favoráveis à saúde ao longo do ciclo de vida; reforçar o suporte social e

económico na saúde e na doença; fortalecer a participação de Portugal na saúde global).

Os resultados atingidos são bastante bons e revelam um bom desempenho de todos os profissionais de

saúde do ACeS Baixo Vouga. Revelam, também, uma evolução positiva de 2013 a 2015 que contribuiu

para a obtenção de ganhos e valor em saúde. Para esta evolução positiva contribuíram: a governação

clínica, a excelência técnica, a maturidade organizativa das unidades funcionais e respetivas equipas, a

contratualização interna e externa, o esforço na melhoria dos registos, a elaboração e implementação

de manuais de procedimentos, a informação disponível para monitorização/avaliação da atividade, a

formação em serviço, a existência de internos de formação específica, entre outros.

Também não podemos deixar de mencionar o contributo por parte dos utentes no que respeita à maior

confiança, valorização dos serviços prestados e satisfação percepcionada, relacionada com um aumento

da informação, literacia e melhoria na utilização dos serviços.

Em síntese, ao avaliar a evolução dos indicadores do ACeS Baixo Vouga, no período compreendido entre

2013 e 2015 é de destacar: o aumento no acesso a cuidados médicos e de enfermagem; a melhoria na

vigilância da doença crónica; a melhoria da vigilância oncológica; o aumento da precocidade da

vigilância das grávidas e dos RN e respetivo acompanhamento; a melhoria da vigilância da saúde infantil

e juvenil, a manutenção de elevadas taxas de cobertura de vacinação; a vigilância sanitária e

epidemiológica e a formação.

Os resultados atingidos em 2015 demonstram um crescendo na Organização, que reflete a gestão, a

governação clínica e o desempenho dos profissionais do ACeS, a quem se manifesta o reconhecimento.

O Diretor Executivo

(Manuel Duarte Rezende Sebe, Dr.)

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

15

1 CARACTERIZAÇÃO DO ACES

1.1 UNIDADES FUNCIONAIS E ORGANOGRAMA DO ACES

No empenho pela consolidação da reforma para os Cuidados de Saúde Primários, e dando resposta ao

Decreto-Lei nº 137/2013 de 7 de Outubro, o ACeS BV tem constituídas 47 unidades funcionais (17 UCSP,

18 USF, 10 UCC, 1USP e 1 URAP) e 1 UAG, distribuídas pelos 11 Centros de Saúde e Sede. Salienta-se que

em 2015 foram constituídas mais duas USF´s (resultantes da reconfiguração de 2 UCSP) e em 2016,

perspectiva-se constituir 5 USF´s, nos Centros de Saúde de Águeda (1), Aveiro (2), Oliveira do Bairro (1) e

Vagos (1) e uma UCC no CS Estarreja, conforme se pode verificar nas Figuras 1 e 2.

Figura 1 - Tipologia das Unidades Funcionais do ACeS BV - 2015

17

18

10

1 1

UCSP USF UCC USP URAP

Fonte: ACeS – 2015

Figura 2 - Distribuição das Unidades Funcionais do ACeS BV em 2015, por Centro de Saúde

0

1

2

3

4

5

4

1

3

2 2

0

1

2

0

1 11 1

0

5

1

4

0 0

5

0

11 1 1 1

0

1 1 1 1 1 1

UCSP USF UCC

Fonte: ACeS – 2015

Figura 3– Visitas de Acompanhamento da ERA,

2015

19

10

USF UCC

O ACeS participou, com a presença de um elemento do CCS, em 29 visitas de acompanhamento da ERA, sendo 10 a UCC e 19 A USF. Fonte: ACeS, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA

ÁGUEDA

USF Agueda Saúde Mais

USF Sentinela *

UCSP I

UCSP II

UCSP III

UCC Grei

ALBERGARIA

a VELHA

USF R. D. Tereza

UCSP

UCC Albergaria

ANADIA

UCSP I

UCSP II

UCSP III

UCC Anadia

AVEIRO

URAP

*Em processo de formalização

BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 201

Figura 4 - Organograma do ACeS BV

Diretor Executivo

Conselho Clínico e de Saúde

AVEIRO

USF Flor de Sal

USF Moliceiro

USF Santa Joana

USF Salinas

USF Aveiro Aradas

USF

Esgueira + *

UCSP II

UCC Aveiro

ESTARREJA

USF Terras Antuã

UCSP I

UCSP II

UCC Estarreja

ILHAVO

USF Atlântico Norte

USF Beira Ria

USF Costa da Prata

USF Leme

UCC Ilhavo

MURTOSA

UCSP

UCC Murtosa

OLIVEIRA BAIRRO

UCSP I

UCSP II

UCC Cubo Mágico da

Saúde

OVAR

USF Alpha

USF Barrinha

USF S. João Ovar

USF João Semana

USF Laços

UCC Ovar

UAG PPCIRA

Sistemas Informação

Gabinete

do Cidadão

USP

tividades 2015

16

USF Alpha

USF Barrinha

USF S. João

USF João

USF Laços

UCC Ovar

SEVER

VOUGA

UCSP

UCC Vouga

VAGOS

USF

Sra Vagos

UCSP II

UCC Vagos

Organograma ACES BV

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

17

1.2 RECURSOS HUMANOS

Quadro 1 - Mapa de pessoal do ACES BV (n.º de efectivos - ano 2015/2014)

2015 2014

Var.

2015/

2014

2015 2014

Var.

2015/

2014

2015 2014

Var.

2015/

2014

2015 2014

Var.

2015/

2014

2015 2014

Var.

2015/

2014

2015 2014

Var.

2015/

2014

2015 2014

Var.

2015/

2014

Pessoal Dirigente 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0

Assistente Operacional 85 87 -2 27 31 -4 0 0 0 0 112 118 -6

Assistente Técnico 182 181 1 30 31 -1 0 0 6 2 4 1 1 0 219 215 4

Enfermagem 272 257 15 2 2 0 0 1 2 -1 3 8 -5 6 5 1 284 274 10

Medicina Geral e Familiar 209 204 5 3 7 -4 43 40 3 3 4 -1 4 1 3 0 262 256 6

Medicina Sáude Pública 12 13 -1 0 5 3 2 0 0 0 17 16 1

TDT 27 24 3 0 0 0 0 0 27 24 3

Técnico Superior 15 17 -2 0 0 0 2 2 0 17 17 0

Técnico Superior Saúde 3 2 1 5 6 -1 0 0 0 0 8 8 0

TOTAL 805 786 19 67 77 -10 48 43 5 4 6 -2 15 11 4 7 6 1 946 929 17

Carreira/Vinculo

MAPA do PESSOAL do ACES BV (n.º de efectivos) - Ano 2015/2014

CTFP Tempo

Indeterm.CTFPR Certo CTFPRI (Internos) Avenças

Mobilidades para o

ACES CIT´s Totais

Fonte: SICA(Dados a 31.12.2014 e a 31.12.2015)

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

18

Pela análise do quadro 1, verificamos que, em termos de recursos humanos, o ACeS Baixo Vouga, em

31.12.2015 apresenta um total de 946 trabalhadores, sendo que alguns destes profissionais não fazem

parte do mapa de pessoal deste ACeS. Destes, 15 trabalhadores encontram-se a exercer a sua actividade

profissional no ACeS, ao abrigo de uma das figuras de mobilidade (mobilidade interna ou cedência de

interesse público) ou tendo celebrado contrato de prestação de serviço, em regime de avença (3

médicos de MGF e 1 enfermeira), bem como 67 trabalhadores com vínculo precário, com contrato de

trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo.

Figura 5 - Distribuição dos Trabalhadores, no ACeS Baixo Vouga, por carreira profissional, 2015

1

112

219

284

261

1727

178

Carreira/Vinculo Pessoal Dirigente Assistente Operacional

Assistente Técnico Enfermagem Medicina Geral e Familiar

Medicina Sáude Pública TDT Técnico Superior

Técnico Superior Saúde Fonte: ACeS BV

Do universo do total de trabalhadores (946), os que possuem contrato de trabalho em funções públicas

por tempo indeterminado representam 85,1% (805) e a sua distribuição por carreira profissional está

representada na figura 6.

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19

Figura 6 – Distribuição dos Trabalhadores com Contrato em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, por carreira profissional, 2015

1

85

182

272

208

1227 15 3

Pessoal Dirigente Assistente Operacional Assistente Técnico

Enfermagem Medicina Geral e Familiar Medicina Sáude Pública

TDT Técnico Superior Técnico Superior Saúde

Fonte: ACeS BV

Através da análise da evolução do números de efectivos, a exercer funções no ACeS Baixo Vouga, por

carreira profissional, no período compreendido entre 31.12.2014 e 31.12.2015, verifica-se um

acréscimo global de apenas 17 trabalhadores (um decréscimo de 6 Assistentes Operacionais e um

aumento de 4 Assistentes Técnicos, 10 enfermeiros, 5 médicos de Medicina Geral e Familiar e 1 médico

de Saúde Pública e de 3 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica).

De salientar que este acréscimo global de trabalhadores ficou a dever-se essencialmente à verificação

de uma situação extraordinária, decorrente da entrada, em Janeiro de 2015, de 27 trabalhadores

provenientes do Hospital José Luciano de Castro, de Anadia (6 Assistentes Operacionais, 8 Assistentes

Técnicos, 11 enfermeiros e 2 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica).

De referir que, para além destes, iniciaram funções mais 43 trabalhadores (2 Assistentes Técnicos, 15

médicos de MGF, 13 médicos internos de MGF, 2 médicos internos Saúde Pública, 9 enfermeiros, 1

Técnico Superior de Saúde e 1 Técnico de Diagnóstico e Terapêutica).

Todavia, em 2015, verificou-se a saída global de 53 trabalhadores, dos quais:

• 12 por motivo de aposentação;

• 16 por mobilidade interna/cedência de interesse público,

• 12 por denúncia/exoneração do contrato trabalho ou por falecimento e

• 13 na sequência de procedimento concursal.

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20

Figura 7 – Motivo da saída de profissionais

12

16

12

13

Aposentação Mobilidade Interna

Denuncia/Exoneração/falecimento Procedimento concursal

Fonte: ACeS BV

Por carreira profissional, em 2015, verificou-se a saída de 8 Assistentes Operacionais, 10 Assistentes

Técnicos, 13 enfermeiros, 11 médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF), 8 internos MGF, 2 Técnicos

Superiores e 1 Técnico Superior de Saúde.

Figura 8 - Saída de Profissionais em 2015 8

13

11

2

1

8

Assistentes Operacionais Assistentes Técnicos

Medicos MGF Técnicos Superiores

Técnicos Superiores de Saúde Internos MGF

Fonte: ACeS BV

Observa-se na figura 9 que, no universo de trabalhadores do ACeS Baixo Vouga, existe uma

preponderância de trabalhadores do género feminino (83%), correspondendo a 781 trabalhadores,

enquanto o género masculino representa apenas 17% desse universo, a que corresponde um total de

165 efectivos.

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21

Figura 9 - Distribuição em % de trabalhadores segundo o género

Fonte: ACeS BV

Pela análise do Figura 10, verifica-se que, em 2015, o grupo etário com maior representatividade no

ACeS Baixo Vouga foi o grupo dos 55 a 59 anos, com 169 trabalhadores, logo seguido do grupo etário

dos 50 a 54 anos, com 138 trabalhadores, representando uma estrutura mais envelhecida em termos de

recursos humanos. Este facto, aliado às dificuldades existentes na administração pública com o

desenvolvimento e operacionalização do recrutamento de novos trabalhadores, através da figura do

procedimento concursal, condiciona, significativamente, a capacidade de resposta de prestação de

cuidados de saúde deste ACeS.

Figura 10 - Distribuição dos trabalhadores segundo o grupo etário

Fonte: ACeS BV

1.3 ÁREA GEOGRÁFICA

O ACeS Baixo Vouga compreende a área geográfica de onze Concelhos/Centros de Saúde: Águeda,

Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e

Vagos. Estes 11 concelhos integram a Unidade Territorial Estatística de Nível III -NUT III - Região do Baixo

Vouga, sendo que, para fins estatísticos (NUT 2013), corresponde à Região de Aveiro (Figura 11).

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22

Figura 11 - Mapa dos Concelhos do ACeS BV

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

O ACeS BV, com uma área geográfica de 1.691,6 Km2 e uma densidade populacional de 215,3 hab/km2,

é um dos seis ACeS que integra a Administração Regional de Saúde do Centro e tem como limites, a

Norte o Grande Porto e Entre Douro e Vouga, a Este Dão Lafões, a Sul o Baixo Mondego e a Oeste o

Oceano Atlântico (Figura 12).

Figura 12 - Localização do ACeS BV na Região Centro

Fonte: Relatório de Atividades 2012 da ARSC

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23

1.4 POPULAÇÃO – INDICADORES DE POPULAÇÃO

1.4.1 População Residente

Figura 13 – Pirâmide etária da Região de Aveiro - 2014

-2,08

-2,34

-2,61

-2,75

-2,67

-2,68

-3,15

-3,60

-3,75

-3,66

-3,61

-3,26

-2,99

-2,59

-2,02

-1,74

-1,23

-0,76

2,02

2,20

2,55

2,67

2,70

2,74

3,30

3,91

4,11

4,01

3,97

3,63

3,29

3,03

2,55

2,37

1,91

1,58

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

0-04

05-09

10-14

15-19

20-24

25-29

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

65-69

70-74

75-79

80-84

85+

Pirâmide Etária Região Aveiro 2014

feminina%

masculina%

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

a) População residente por sexo e grupo etário

Em 2014 (INE, 2015), a população residente na área geográfica do ACeS BV situava-se em 364.457

habitantes (366.086 em 2013). De facto verificou-se, em 2014, um decréscimo de 0,44% da população

residente, o que corresponde a uma redução de 1.629 habitantes.

A distribuição da população residente, no ACeS, Região Centro e Portugal, por sexo e grupos etários (nº

e %) pode observar-se no Quadro 2.

Quadro 2 - População residente, por sexo e grupo etário, em Portugal, Região Centro e ACeS BV – 2014

0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos 65 e + Anos Total

Sexo N % N % N % N % N %

Portugal

HM 1 490 241 14,4 1 105 481 10,7 5 673 933 54,7 2 105 167 20,3 10 374 822 100

H 763 486 7,4 561 098 5,4 2 724 899 26,3 874 183 8,4 4 923 666 47,5

M 726 755 7,0 544 383 5,2 2 949 034 28,4 1 230 984 11,9 5 451 156 52,5

Região Centro

HM 294 490 13,0 233 108 10,3 1 215 182 53,7 521 212 23,0 2 263 992 100

H 151 141 6,7 118 601 11,0 587 609 26,0 216 465 9,6 1 073 816 47,4

M 143 349 6,3 114 507 9,6 627 573 27,7 304 747 13,5 1 190 176 52,6

ACeS BV

HM 50 256 13,8 39 337 10,8 202 819 55,6 72 045 19,8 364 457 100

H 25 620 7,0 19 750 5,4 97 290 26,7 30 381 8,3 173 041 47,5

M 24 636 6,8 19 587 5,4 105 529 29,0 41 664 11,4 191 416 52,5

Fonte: INE 2015 – Anuário Estatístico Região Centro, 2014

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24

Figura 14 - População residente, por grupo etário, no ACeS BV

50.256

39.337

202.819

72.045

0-14 15-24 25-64 65 e +

Fonte: INE 2015 – Anuário Estatístico Região Centro, 2014

Salienta-se a continuação da tendência no envelhecimento da população, à custa de uma redução da

população infanto/juvenil, e aumento da população idosa (Figura 15) no entanto o ACeS apresenta um

peso relativo (19,8%) inferior a Portugal (23,0%) e Região Centro (23,0%).

Figura 15 - Evolução da % de crianças e jovens e idosos, no ACeS BV 2001-2014

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

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25

b)Índices de Dependência, de Envelhecimento e de Longevidade

A população da Região de Aveiro é uma população envelhecida, à semelhança de Portugal, Continente e

Região Centro, constatando-se que o índice de envelhecimento é superior a 100%. Refere-se também

que o índice de dependência dos jovens é inferior ao de dependência dos idosos (Figura 16).

Relativamente ao índice de longevidade constata-se que cerca de 50% da população de 65 e mais anos

tem mais de 75 anos, o que traduz o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população.

Figura 16 – Índices de envelhecimento, dependência de idosos e de jovens e índice de longevidade, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

c)Idade Média da mãe ao nascimento do 1º filho, esperança média de vida à nascença e

esperança média de vida aos 65 anos

Da análise da Figura 17, destaca-se a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho ser aos 29,8

anos, o que é elevada, e a esperança de vida à nascença ser de 80,7 anos. No entanto como a esperança

de vida aos 65 anos é de cerca de 19 anos, isto reflecte a possibilidade média das pessoas com 65 anos

atingirem os 84 anos de vida.

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26

Figura 17 - Idade Média da mãe ao nascimento do 1º filho, esperança média de vida à nascença e esperança média de vida aos 65 anos, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

d) Taxas (%) de crescimento efetivo, natural e migratório

As taxas de crescimento efectivo, natural e migratório apresentam, todas, valores negativos (Figura 18).

Figura 18 -Taxas de crescimento efectivo, natual e migratório em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2014

-0,8

-0,7

-0,6

-0,5

-0,4

-0,3

-0,2

-0,1

0

Portugal Continente Região Centro Região de Aveiro

-0,5 -0,49

-0,76

-0,45

-0,22 -0,22

-0,49

-0,2

-0,29-0,28 -0,27

-0,24

Taxa de crescimento efetivo Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

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27

e) Taxas brutas de natalidade e mortalidade, taxa de fecundidade geral e índice de fecundidade

Na Região de Aveiro a taxa bruta de natalidade, em 2014, foi inferior à taxa bruta de mortalidade o que

implica haver um saldo fisiológico negativo.

A taxa de fecundidade geral (‰), que corresponde ao número total de nados-vivos relativamente às

mulheres em idade fértil entre os 15 e os 49 anos de idade, em 2014 na Região de Aveiro, foi de 32‰,

valor este inferior ao de Portugal e Continente.

Relativamente ao Índice sintético de fecundidade (Nº), este permite avaliar se o número de nascimentos

por mulher em idade fértil consegue garantir a substituição de gerações e, desta forma, contribuir para

a redução do envelhecimento populacional. Nos países desenvolvidos considera-se, como o nível

mínimo para a efectiva substituição de gerações, o número 2,1. Na Região de Aveiro este índice foi, em

2014 de 1,16 (em 2013 foi de 1,14), valor este inferior a 2,1, não permitindo assim a efectiva

substituição de gerações.

Na Região de Aveiro a taxa de fecundidade geral em 2014 foi de 32,0 ‰ (em 2013 de 31,8).

Figura 19 - Taxas brutas denatalidade e mortalidade, taxa de fecundidade geral e índice de fecundidade em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro - 2014

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

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28

1.5 DADOS E INDICADORES SOCIOECONÓMICOS E CULTURAIS

1.5.1 Indicadores de Educação

Na Figura 20 encontra-se representada a distribuição relativa da população em Portugal, Continente,

Região Centro, Região de Aveiro, segundo o nível de escolaridade, em 2013/2014.

Figura 20 - Taxas de escolarização no ensino pré-escolar, básico, secundário e superior em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2013/2014

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

Portugal Continente Centro Região de Aveiro

89,8 89,696,2 94,2

110,3 110,1 108,5 110,6116,3 116,9

114,2 111,5

32,7 34,1 35,6 33,1

Pré-escolar Ensino básico Ensino secundário Ensino Superior

Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014

No quadro 3 e Figura 21 observa-se a distribuição absoluta e relativa dos alunos matriculados segundo

o nível de ensino, em 2013/2014. Assim salienta-se que, em termos proporcionais e relativamente à

Região Centro, a Região de Aveiro apresenta valores superiores no ensino pré-escolar, 3º ciclo e ensino

superior.

Quadro 3 - Nº de Alunos matriculado sem modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014

Ens. Pré-escolar

1º Ciclo 2º

Ciclo 3º Ciclo

Ens. Secundário

Ens. Pós-Sec.

n/superior

Ensino Superior

Total

Portugal 265 414 424 284 249 754 383 421 385 210 11 544 349 658 2 069 285

Continente 251 059 399 439 234 625 361 230 364 417 11 097 343 612 1 965 479

Centro 54 290 84 142 49 524 78 478 80 393 4 055 75 693 426 575

Região de Aveiro 9 289 14 119 8 506 13 553 13 260 367 12 871 71 965

Fonte: INE, 2015 - Anuário Estatístico Região Centro, 2013

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29

Figura 21 - % de Alunos matriculados em modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Ens. Pré-escolar

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ens. Secundário

Ens. Pós-Sec. n/superior

Ensino Superior

12

,8

20

,5

12

,1

18

,5

18

,6

0,6

16

,9

12

,8

20

,3

11

,9

18

,4

18

,5

0,6

17

,5

12

,7

19

,7

11

,6

18

,4

18

,8

1,0

17

,7

12

,9

19

,6

11

,8

18

,8

18

,4

0,5

17

,9

Portugal Continente Centro Região de Aveiro

Fonte: INE, 2015 - Anuário Estatístico Região Centro, 2013

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30

2 INDICADORES DE SAÚDE

2.1 NATALIDADE

a) Nados Vivos e taxa de Natalidade

Na Região de Aveiro, as taxas de natalidade de 2010 a 2014 apresentam valores superiores às da Região

Centro mas inferiores às do Continente (Quadro 4 e Figura 22).

Quadro 4 - Nados-vivos e Taxa de Natalidade (‰), no Continente, Região Centro e Região de Aveiro – 2010 a 2014

NV = Nados-vivos no ano TN = Taxa de Natalidade (‰)

2010 2011 2012 2013 2014*

NV TN

(‰)

NV TN

(‰)

NV TN

(‰)

NV TN

(‰)

NV TN

(‰)

CONTINENTE 96.133 9,58 91.701 9,13 85 306 8,5 78.607 7,86 78.312 7,91

REGIÃO CENTRO 13.906 7,99 13.514 7,78 17 195 7,5 11.659 7,20 11.472 6,75

REGIÃO DE AVEIRO*

3.379 9,14 3.086 8,33 3 036 8,2 2.905 7,93 2.754 7,54

Fonte: INE, 2010, 2011, 2012, 2013, Ferramenta mort@lidades infantil, 2014*

Figura 22 - Evolução da taxa de natalidade (%o) de 2010 a 2014

Fonte: INE, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015

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31

b) Taxa de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2014

Apresenta-se na Figura 23 as taxas de natalidade e mortalidade geral do Continente, Região Centro e

Região de Aveiro onde se observa que a taxa de mortalidade é sempre superior à de natalidade o que se

traduz num saldo fisiológico negativo (menos 745 indivíduos na Região de Aveiro em 2014).

Figura 23 - Taxas Brutas de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2014

Fonte: Ferramenta mort@lidades infantil, 2014*

2.2 MORTALIDADE

a) Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal

A taxa de mortalidade infantil no Baixo Vouga, em 2014, foi de 2,08%o, o que corresponde a 6 óbitos

com menos de 1 ano. Esta taxa é inferior à registada na Região Centro (2,53%o) e no Continente

(2,77%o). Salienta-se que de 2008 a 2014 houve uma redução de 50% do número de óbitos.

A taxa de mortalidade neonatal, de 2008 a 2014, no Baixo Vouga apresentou os valores sempre

inferiores aos da Região Centro e do Continente, com excepção de 2011 e 2014. No Baixo Vouga,

naquele período a taxa oscilou entre os valores de 1,12 a 2,47%o.

A taxa de mortalidade neonatal precoce apresenta valores, no Baixo Vouga (2,08%o) superiores ao da

Região Centro (1,57%o) e do Continente (1,44%o), em 2014.

A taxa de mortalidade perinatal, em 2014, no Baixo Vouga (3,12 %o) foi inferior à da Região Centro

(3,48%o) e Continente (3,66%o).

A taxa de mortalidade fetal, no Baixo Vouga, em 2014, foi de 1,04%o, sendo inferior à registada na

Região Centro (1,92%o) e no Continente (2,26%o).

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32

A taxa de mortalidade perinatal alargada (inclui o nº de óbitos fetais de 28 ou mais semanas e óbitos de

nados-vivos com menos de 28 dias) registou no Baixo Vouga o valor de 3,12 %o, inferior ao da região

Centro (3,92%o) e ao do Continente (4,26%o).

A taxa de mortalidade Pós-neonatal, no Baixo Vouga apresentou, em 2014, uma taxa de 0%o, enquanto

na Região Centro foi de 0,52%o e a do Continente 0,74%o.

Na Figura 24, pode observar-se a variação da taxa de mortalidade Infantil e suas componentes, a Taxa

de Mortalidade Fetal e Perinatal no Baixo Vouga, no período de 2008 a 2014. Refere-se que estas taxas

representam pequenos números e qualquer pequena variação influencia a taxa. No entanto, verifica-se

que a taxa de mortalidade Neonatal Precoce apresenta tendência crescente e a taxa de mortalidade

Perinatal apresenta várias oscilações, neste período.

Figura 24 - Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Baixo Vouga de 2008 a 2014

Fonte: DGS, 2015. NATALIDADE, MORTALIDADE INFANTIL, FETAL E PERINATAL 2010/2014, NUTS 1999. Setembro / 2015

b) Dados e indicadores de mortalidade - Mortalidade Geral

A Região de Aveiro registou 3591 óbitos em 2013, mais de metade devido a doenças do aparelho

circulatório (1.100) e a tumores malignos (852).

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33

As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa básica de morte, tendo

originado 1.100 óbitos, representando 30,6% da mortalidade total ocorrida na Região de Aveiro.

No conjunto destas doenças, destacaram-se as mortes devido a doenças cerebrovasculares, que

representaram 12,2% do total (438 óbitos).

A doença isquémica do coração provocou 169 óbitos em 2013 (4,7%) e o enfarte agudo do miocárdio

117 mortes (3,3%).

Em média, as doenças do aparelho circulatório atingiram os homens cerca de cinco anos mais cedo, com

uma idade média ao óbito de 78,8 anos, contra 83,6 anos das mulheres.

Estas doenças mataram mais mulheres (52,1%) do que homens (47,9%) e causaram uma mortalidade

prematura de 12,3% (proporção de indivíduos falecidos com menos de 70 anos no total de mortes por

esta causa) e 1.488 anos potenciais de vida perdidos na Região de Aveiro em 2013.

Os tumores malignos foram a segunda causa de morte em 2013, provocando 852 óbitos, o que

correspondeu a 23,7% do total da mortalidade.

De entre os tumores malignos, evidenciaram-se 124 (3,5%) mortes causadas por cancro do cólon, reto e

ânus enquanto os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, foram responsáveis por 113

óbitos (3,1%).

O cancro matou mais homens (59,4%) do que mulheres (40,6%), tendo a idade média ao óbito se

situado nos 72,3 anos, mais elevada para as mulheres (73,7 anos) do que para os homens (71,4 anos).

A mortalidade prematura situou-se em 8,9%, mais elevada para os homens (11,0%) do que para as

mulheres (6,7%). Foram perdidos 3.652 anos potenciais de vida em 2013 devido a esta causa.

No caso das mulheres, o cancro da mama provocou 53 óbitos, tendo sido a idade média ao óbito de 70,6

anos. Já o cancro da próstata causou 58 óbitos em 2013, sendo a idade média ao óbito de 79,1 anos. O

cancro do estômago foi responsável por 2,5% (88) do total de óbitos.

No conjunto das doenças do aparelho respiratório (439), a pneumonia com 246 óbitos e a doença

pulmonar obstrutiva crónica com 71 óbitos, foram as causas com maior número de mortes

representando, respetivamente, 6,9% e 2,0% do total de óbitos na Região de Aveiro.

As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas causaram 207 óbitos em 2013, tendo a diabetes

mellitus sido a causa que provocou mais mortes (175 óbitos).

Da análise do Quadro 5 salienta-se:

- Na Região de Aveiro em 2013, conforme os resultados obtidos por causa de morte, verificaram-se

3.591 óbitos, dos quais 1.866 (52%) óbitos de homens e 1.725 (48%) de mulheres. Este total de óbitos

representa 3,4 % do total de óbitos verificados no país. Quanto ao sexo a taxa mais elevada, no global,

foi no sexo masculino, sendo que esta situação se verificou em todas as causas de morte, com excepção

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34

das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas e doenças do sistema osteomuscular e do

tecido conjuntivo.

- A idade média à morte foi de 77,6 anos (74,8 para os homens e 80,6 para as mulheres) na Região de

Aveiro, sendo superior à do país (77,4 anos).

- Do total de óbitos, 560 ocorreram em pessoas com menos de 65 anos, 3.031 em pessoas com 65 e

mais anos, 777 com menos de 70 anos e 2.495 em pessoas com 75 e mais anos.

- Relativamente à taxa de mortalidade padronizada por todas as causas (540,6%000), constatou-se que a

Região de Aveiro apresentou a taxa mais baixa de comparativamente com a de Portugal (553,9%000) e

Região Centro (556,3%000).

- Refere-se que a taxa de mortalidade padronizada para pessoas com menos de 65 anos foi de 158,3%000

e de 3.633,8%000 para pessoas com 65 e mais anos.

Em 2013, o número total de anos potenciais de vida perdidos foi de 10.841 anos, na Região de Aveiro,

sendo para os homens de 7.576 e para as mulheres 3.266 anos. Em média, o número de anos potenciais

de vida perdidos foi de 14 anos, sem grande diferença entre homens e mulheres, sendo este valor

superior ao de Portugal (13,7 anos) e Região Centro (13,3 anos). Este indicador reflecte os efeitos dos

determinantes de saúde na população.

Quadro 5 - Dados e indicadores de mortalidade (total), na Região de Aveiro em 2013 Causa de morte: Total de causas (CID-10: A00-Y89) Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 3.591 1.866 1.725

Relação de masculinidade 108,2

Idade média à morte (N.º de anos) 77,6 74,8 80,6

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 560 396 164

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3.031 1.470 1.561

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 777 538 239

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 2.495 1.129 1.366

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (p/ 100 000 habitantes) 540,6 698,1 413,9

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (p/ 100 000 habitantes) 158,3 232 90,5

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (p/ 100 000 habitantes) 3.633,80 4.469,30 3.030,90

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 979,00 1.068,70 897,6

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 10.841 7.576 3.266

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3.425,60 4.914,00 2.011,90

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 14 14,1 13,7

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3.183,00 4.517,30 1.947,10

Fonte: INE 2015,Causas de Morte 2013 (NUTS-2013)

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35

Mortalidade Padronizada

No ano 2013 as doenças do aparelho circulatório constituíram a principal causa de morte, apresentando

uma taxa de mortalidade padronizada de 150,5%ooo, que é superior à de Portugal, bem como à da

Região Centro.

Os tumores representam a segunda causa de morte, com uma taxa de 147,5%ooo, salientando-se que a

taxa de mortalidade em pessoas com menos de 65 anos é bastante elevada (62,4%ooo).

Na Figura 25, encontram-se elencadas as principais causas de morte padronizadas por ordem crescente.

Figura 25- Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região de Aveiro (NUTS - 2013) - 2013

Fonte: INE 2015, causas de morte 2013

Na Figura 26 apresentam-se, as taxas de mortalidade padronizadas pelos diversos tumores malignos.

Salienta-se que o tumor maligno que apresentou a taxa de mortalidade padronizada mais elevada foi o

da traqueia, brônquios e pulmão com 20,5%ooo, com um total de 113 óbitos, correspondendo a 13,1,4%

do total de óbitos por tumores malignos. Refere-se, no entanto que o tumor maligno com maior número

de óbitos foi o do cólon, reto e ânus com 124 óbitos.

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36

Figura 26 - Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes),

na Região de Aveiro, em 2013

Fonte: INE 2015, causas de morte 2013

2.3 MORBILIDADE

Para a caracterização do estado de saúde duma população é imperativo também analisar para além dos

dados de mortalidade, já apresentados, os dados de morbilidade.

A informação sobre dados de morbilidade é muito importante para a organização de serviços bem como

para a gestão da saúde/doença. Apresenta-se, de seguida, alguns indicadores de morbilidade, relativos à

população inscrita na área geográfica do ACeS BV.

a) Prevalência de registo de morbilidades – ICPC2

A Classificação Internacional de Cuidados Primários – Segunda Edição (ICPC2) é uma ferramenta vital

para a normalização da informação nos cuidados de saúde primários.

Verifica-se a necessidade de melhorar a codificação de forma a termos um registo de morbilidade o

mais real e correcto possível.

No quadro e figura seguintes apresenta-se a taxa de prevalência (‰) relativamente ao registo de

algumas patologias. Das patologias representadas a mais prevalente são as “alterações do metabolismo

dos lípidos”, seguida da “hipertensão arterial”, “perturbações depressivas” e “abuso de tabaco”.

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37

Quadro 6 – Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12-2015 Num Den Valor(‰)

Proporção de utentes c/ "alter. metab. lípidos" 98.526 380.302 259,07

Proporção de utentes com "hipertensão arterial" 83.916 380.302 220,66

Proporção de utentes c/ "perturb. depressivas" 41.792 380.302 109,89

Proporção de utentes com "abuso de tabaco" 34.262 380.302 90,09

Proporção de utentes com "obesidade" 31.981 380.302 84,09

Proporção de utentes com "diabetes mellitus" 30.346 380.302 79,79

Proporção utentes c/ "DM não insul. depend." 27.061 380.302 71,16

Proporção utentes com "distúrbio ansioso" 25.503 380.302 67,06

Proporção utentes com "osteoartrose do joelho" 21.073 380.302 55,41

Proporção de utentes com "excesso de peso" 19.630 380.302 51,62

Proporção utentes com "neoplasia maligna" 14.296 380.302 37,59

Proporção utentes com "HBP" 13.743 380.302 36,14

Proporção utentes com "doenças dentes e geng." 13.704 380.302 36,03

Proporção utentes com "osteoartrose da anca" 13.092 380.302 34,43

Proporção utentes com "rinite alérgica" 13.005 380.302 34,20

Proporção de utentes com "asma" 11.233 380.302 29,54

Proporção utentes com "osteoporose" 10.331 380.302 27,17

Proporção utentes com "sensação de ansiedade" 9.015 380.302 23,70

Proporção utentes com "doença do esófago" 6.078 380.302 15,98

Proporção de utentes com "abuso crónico álcool" 5.042 380.302 13,26

Proporção de utentes com "bronquite crónica" 4.499 380.302 11,83

Proporção de utentes com "DPOC" 4.464 380.302 11,74

Proporção utentes c/ "doença cardíaca isquémica" 4.281 380.302 11,26

Proporção utentes com "DM insulino depend." 3.409 380.302 8,96

Proporção utentes com "neoplasia mama feminina" 2.913 380.302 7,66

Proporção de utentes com "demência" 2.423 380.302 6,37

Proporção utentes com "neoplasia da próstata" 2.147 380.302 5,65

Proporção de utentes com "abuso de drogas" 1.670 380.302 4,39

Proporção utentes com "neoplasia cólon / recto" 1.961 380.302 5,16

Proporção utentes com "neoplasia estômago" 524 380.302 1,38

Proporção utentes com "neoplasia colo do útero" 467 380.302 1,23

Proporção de utentes com "Infeção VIH/Sida" 348 380.302 0,92

Proporção utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão" 273 380.302 0,72

Fonte: SIARS 31-12-2015

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ACeS BAIXO VOUGA

Figura 27 - Morbilidade

Fonte: SIARS 31-12-2015

b) Incidência de registo de morbilidades

No quadro 7 e figura 28 pode

algumas patologias, por ordem decrescente

“alteração do metabolismo dos lípidos”, “hipertensão arterial

a incidência apresenta alguma similitude com a prevalência. Verifica

apresenta alguma relação com o aumento de registos relacionados com os indicadores de

contratualização.

‰ utentes c/ "alter. metab. lípidos"‰ utentes com "hipertensão arterial"

‰ utentes c/ "perturb. depressivas"‰ utentes com "abuso de tabaco"

‰ utentes com "obesidade"‰ utentes com "diabetes mellitus"

‰ utentes c/ "DM não insul. depend."

‰ utentes com "distúrbio ansioso"‰ utentes com "osteoartrose do joelho"

‰ utentes com "excesso de peso"‰ utentes com "neoplasia maligna"

‰ utentes com "HBP"

‰ utentes com "doenças dentes e geng."‰ utentes com "osteoartrose da anca"

‰ utentes com "rinite alérgica"‰ utentes com "asma"

‰ utentes com "osteoporose"‰ utentes com "sensação de ansiedade"

‰ utentes com "doença do esófago"

‰ utentes com "abuso crónico álcool"‰ utentes com "bronquite crónica"

‰ utentes com "DPOC"‰ utentes c/ "doença cardíaca isquémica"

‰ utentes com "DM insulino depend."‰ utentes com "neoplasia mama feminina"

‰ utentes com "demência"

‰ utentes com "neoplasia da próstata"‰ utentes com "abuso de drogas"

‰ utentes com "neoplasia cólon / recto"‰ utentes com "neoplasia estômago"

‰ utentes com "neoplasia colo do útero"

‰ utentes com "Infeção VIH/Sida"‰ utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão"

Relatório de A

Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12

Incidência de registo de morbilidades - ICPC2

pode observar-se a taxa de incidência (%) de utentes

or ordem decrescente. A taxa mais elevada é “obesidade”

alteração do metabolismo dos lípidos”, “hipertensão arterial” e “abuso de tabaco”

a incidência apresenta alguma similitude com a prevalência. Verifica-se também que a inci

apresenta alguma relação com o aumento de registos relacionados com os indicadores de

109,89

90,09

84,09

79,79

71,16

67,06

55,41

51,62

37,59

36,14

36,03

34,43

34,20

29,54

27,17

23,70

15,98

13,26

11,83

11,74

11,26

8,96

7,66

6,37

5,65

4,39

5,16

1,38

1,23

0,92

0,72

0 50 100 150 200

‰ utentes c/ "alter. metab. lípidos"‰ utentes com "hipertensão arterial"

‰ utentes c/ "perturb. depressivas"‰ utentes com "abuso de tabaco"

‰ utentes com "obesidade"‰ utentes com "diabetes mellitus"

‰ utentes c/ "DM não insul. depend."

‰ utentes com "distúrbio ansioso"‰ utentes com "osteoartrose do joelho"

‰ utentes com "excesso de peso"‰ utentes com "neoplasia maligna"

‰ utentes com "HBP"

‰ utentes com "doenças dentes e geng."‰ utentes com "osteoartrose da anca"

‰ utentes com "rinite alérgica"‰ utentes com "asma"

‰ utentes com "osteoporose"‰ utentes com "sensação de ansiedade"

‰ utentes com "doença do esófago"

‰ utentes com "abuso crónico álcool"‰ utentes com "bronquite crónica"

‰ utentes com "DPOC"‰ utentes c/ "doença cardíaca isquémica"

‰ utentes com "DM insulino depend."‰ utentes com "neoplasia mama feminina"

‰ utentes com "demência"

‰ utentes com "neoplasia da próstata"‰ utentes com "abuso de drogas"

‰ utentes com "neoplasia cólon / recto"‰ utentes com "neoplasia estômago"

‰ utentes com "neoplasia colo do útero"

‰ utentes com "Infeção VIH/Sida"‰ utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão"

Relatório de Atividades 2015

38

12-2015

utentes com registo de

é “obesidade” seguida da

e “abuso de tabaco”. Verifica-se que

se também que a incidência

apresenta alguma relação com o aumento de registos relacionados com os indicadores de

259,07

220,66

250 300

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

39

Quadro 7 - Distribuição do número e taxa de incidência (%) de utentes com algumas patologias, registadas a 31/12/2015

Num. Den. Valor (%)

Incidência de "obesidade" 8.260 380.302 21,72

Incidência de "alteração metabolismo lípidos" 7.569 380.302 19,90

Incidência de "hipertensão arterial" 6.575 380.302 17,29

Incidência de "abuso de tabaco" 6.067 380.302 15,95

Incidência de "perturbação depressiva" 3.242 380.302 8,52

Incidência de "distúrbio ansioso" 2.673 380.302 7,03

Incidência de "diabetes mellitus" 2.623 380.302 6,90

Incidência de "osteoartrose do joelho" 2.194 380.302 5,77

Incidência de "neoplasia maligna" 2.056 380.302 5,41

Incidência de "osteoartrose da anca" 1.513 380.302 3,98

Incidência de "asma" 1.391 380.302 3,66

Incidência de "DPOC" 785 380.302 2,06

Incidência de "acidente vascular cerebral" 542 380.302 1,43

Incidência de "neoplasia maligna do cólon / recto" 306 380.302 0,80

Incidência de "neoplasia maligna da mama" 263 380.302 0,69

Incidência de "enfarte agudo do miocárdio" 247 380.302 0,65

Incidência de "acidente isquémico transitório" 126 380.302 0,33

Incidência de "Infeção VIH/Sida" 52 380.302 0,14

Incidência de "neoplasia maligna do colo do útero" 31 380.302 0,08

Fonte: SIARS 31/12/2015

Figura 28 - Distribuição da taxa de incidência (%) de patologias com registos ICPC2 nos utentes

inscritos a 31/12/2015

0,1

0,1

0,3

0,6

0,7

0,8

1,4

2,1

3,7

4,0

5,4

5,8

6,9

7,0

8,5

16,0

17,3

19,9

21,7

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Incidência "neoplasia maligna colo útero"

Incidência "Infeção VIH/Sida"

Incidência "acidente isquémico transitório"

Incidência "enfarte agudo do miocárdio"

Incidência "neoplasia maligna mama"

Incidência "neoplasia maligna cólon/recto"

Incidência "acidente vascular cerebral"

Incidência "DPOC"

Incidência "asma"

Incidência "osteoartrose anca"

Incidência "neoplasia maligna"

Incidência "osteoartrose joelho"

Incidência "diabetes mellitus"

Incidência "distúrbio ansioso"

Incidência "perturbação depressiva"

Incidência "abuso tabaco"

Incidência "hipertensão arterial"

Incidência "alteração metabolismo lípidos"

Incidência "obesidade"

Fonte SIARS 31/12/2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

40

2.4 POPULAÇÃO INSCRITA POR UNIDADE FUNCIONAL

Em 31/12/2015 estavam inscritos nas unidades funcionais (18 USF e 17 UCSP) do ACeS 378.688 utentes

(saldo: -5.039 face a 2014), dos quais 96% (363.816) têm médico de família atribuído (Saldo de 1,62%:

+5.808 face a 2014), 3,06% (11.616) não têm médico de família atribuído (saldo de 54,7%: -14.027 face a

2014) e 0,86 (3.256) não têm médico por opção do utente (saldo: + 2.280 face a 2014 - Figura 29). Esta

situação resulta da atualização do Registo Nacional de Utentes.

Dos utentes inscritos sem médico de família, 96% estão nas UCSP´s.

Figura 29 – Distribuição de Utentes Inscritos, segundo a inscrição com ou sem médico de família e sem médico de família por opção,por Unidade Funcional em 31/12/2015

Fonte: SIARS, 2015

Figura 30 – Utentes Inscritos no ACeS BV – 31/12/2015

Fonte: ACeS BV

363.816 (96,07%)

11.616 (3,06%) 3.256 (0,86%)

Utentes inscritos com médico de familia

Utentes inscritos sem médico de familia

Utentes inscritos sem médico de familia, por opção

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

41

Das 35 UF´s do ACeS , 17 têm uma média de utentes por médico de familia superior à média do ACeS

(1665 utentes), das quais 10 são USF´s (Figura 31).

Figura 31 - Média de Utentes Inscritos por Médico de Família, segundo a Unidade Funcional e ACeS , 32/12/2015

0

300

600

900

1200

1500

1800

2100

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17

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77

20

33

16

53

16

44

16

39

15

79 17

61

1.6

65

Fonte: SIARS, 2015

2.4.1 Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS Baixo Vouga

A pirâmide etária da população inscrita, em 2015, no ACeS Baixo Vouga, apresenta-se sob a forma de

“barril”, o que traduz a tendência que se verifica a nível nacional do progressivo envelhecimento da

população, conforme já foi referido anteriormente. No entanto, ressalta-se que, apesar da tendência

para o envelhecimento, a pirâmide etária apresenta uma base mais alargada que o topo (Figura 32).

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

42

Figura 32 - Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV (2015)

18.00015.00012.0009.0006.0003.00003.0006.0009.00012.00015.00018.000

>=85 anos

80-84 anos

75-79 anos

70-74 anos

65-69 anos

60-64 anos

55-59 anos

50-54 anos

45-49 anos

40-44 anos

35-39 anos

30-34 anos

25-29 anos

20-24 anos

15-19 anos

10-14 anos

5-9 anos

0-4 anos

Feminino

Masculino

Fonte: SIARS, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

43

3 CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS

3.1 INDICADORES DE CONTRATUALIZAÇÃO EXTERNA: EIXO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL

Apresenta-se no Quadro 8 informação relativa aos indicadores de contratualização externa dos eixos

nacional, regional e local, referentes a 2015.

Quadro 8 - Indicadores de Contratualização Externa – 2015

Contratualização Externa - Eixo Nacional

Peso (%) relativo

do indicador

Meta Contratua

lizada 2015

Resultado 2015

ID Designação

2013.006.01 FX Taxa de utilização de consultas médicas - 3 anos 5,0 90,0 88,4

2013.004.01 FX Taxa de domicílios enfermagem por 1.000 inscritos 4,0 145,0 155,2

2013.278.01 FX Proporção medicam. prescritos, que são genéricos 6,0 55,0 50,1

2013.047.01 FX Proporção utentes >= 14 A, c/ reg. hábit. tabágic. 4,0 46,0 49,8

2013.074.01 FX Proporção cons. méd. presenciais, com ICPC-2 6,0 96,0 97,9

GDH (ID 087) Taxa de internamento por doença cerebro-vascular, entre residentes com menos de 65 anos

3,0 6,00

6,37

2013.267.01 FX Índice de acompanhamento adequado em PF, nas MIF

6,0 0,555

0,566

GDH (ID 086) Proporção de recem nascidos de termo, de baixo peso

1,5 3,5

2,12

2013.064.01 FX Proporção jovens 14A, c/ cons. méd. vig. e PNV 2,5 63,0 65,6

GDH (ID 085) Incidência de amputação major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes

3,0 0,15

0,22

2013.056.01 FX Proporção idosos, sem ansiol. / sedat. / hipnót. 4,0 65,5 64,2

2013.068.01 FX Despesa medic. faturados, por utiliz. (PVP) 16,0 168,0 171,67

2013.264.01 FX Despesa MCDT fatur. por utiliz. (preço conven.) 8,0 61,1 73,1

Contratualização Externa - Eixo Regional

2013.023.01 FX Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 2,1 40,0 52,2

2013.271.01 FX Índice de acompanhamento adequado utentes DM 6,4 0,700 0,709

2013.045.01 FX Proporção mulheres [25; 60[ A, c/ colpoc. (3 anos) 6,4 56,5 47,6

2013.275.01 FL Proporção novos DM2 em terap. c/ metform. monot. 2,1 68,0 74,1

Contratualização Externa – Eixo Local

2013.034.01 FX Proporção obesos >=14A, c/ cons. vigil. obesid. 2A 4,0 49,0 59,3

2013.037.01 FX Proporção DM c/ cons. enf. vigil. DM último ano 4,0 82,0 78,1

Fonte: SIARS, 2015

Considera-se que, atendendo aos resultados obtidos, o índice de desempenho global foi bom. Há, no entanto, ainda caminho a percorrer nomeadamente nos indicadores de eficiência.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

44

3.1.1 Processo de Contratualização

O Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de fevereiro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 137/2013 de

7 de Outubro prevê, como instrumento de gestão do ACeS, o contrato-programa que tem como

objectivo definir instrumentos de acompanhamento e avaliação das atividades assistenciais e

económico-financeiras do ACeS.

O processo de contratualização com os cuidados de saúde primários já se encontra em desenvolvimento

desde 2010 e tem por base a contratação de cuidados de saúde, através do Contrato-Programa

celebrado entre o Conselho Diretivo da ARS e o Director Executivo do ACeS e, posteriormente de Cartas

de Compromisso estabelecidas entre o Director Executivo e as unidades funcionais do ACeS .

O processo de contratualização externa e interna, para 2015, foi desenvolvido em dois momentos

distintos que foram: a contratualização externa e a contratualização interna. Este processo teve por

base a informação da ACSS, nomeadamente a metodologia de contratualização e a operacionalização da

metodologia de contratualização, as orientações e estudos do Departamento de Contratualização da

ARSC e da ARSC. A existência de racional de metas e clusters, que estabelecem percentis, têm

contribuído para uniformizar critérios de negociação e contratualização.

Constata-se que a contratualização no ACeS BV é actualmente um processo que já está implementado

ainda que o grau de maturidade não seja uniforme em todas as unidades funcionais. Considera-se, uma

ferramenta importante na gestão das UF, na organização das equipas e na prestação de cuidados de

saúde e por isso o ACeS tem investido e reforçado este processo, que se reflecte no grau de exigência

dos profissionais, nos comportamentos dos vários elementos das equipas e na melhoria contínua da

actividade desenvolvida.

É importante continuar a melhorar os registos pois, sem eles não é possível monitorizar e avaliar o

trabalho realizado e os cuidados prestados de forma a garantir a qualidade dos mesmos. Refere-se,

entre outros, a necessidade de reforçar os registos de morbilidade nos cuidados de saúde primários,

através de uma codificação sistemática e rigorosa pelos profissionais.

É também importante a interoperabilidade entre os diversos sistemas informáticos para que a recolha

de dados seja cada vez mais completa e integrada de forma a dar visibilidade a o trabalho desenvolvido

pelos profissionais/equipas.

Para avaliação e monitorização das actividades salienta-se a necessidade de haver uma definição cada

vez mais objectiva dos indicadores, bem como a necessidade de se poder extrair atempadamente os

dados do SIARS.

a)Contratualização interna – Em 2015 foi realizada entre o ACeS e as 18USF’s, as 17 UCSP’s, as 10 UCC’s

e a USP, e formalizada com a assinatura das respectivas Cartas de Compromisso. Refere-se que não foi

realizada contratualização com a URAP mas, também foi desenvolvido o processo só não foi concluído

porque se ficou a aguardar orientações.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

45

O processo de negociação teve por base o histórico, o racional de metas e os percentis dos clusters. Em

2015 deveriam ter sido feitas três reuniões de monitorização o que não aconteceu porque o SIARS não

esteve activo, não havendo dados para monitorizar.

Foram apresentados os relatórios de actividade por muitas das UF, sendo esta uma área em que o ACeS

vai investir incentivando e apoiando as UF na sua realização.

Plano de acompanhamento interno – No processo de contratualização interna, cada UF apresentou um

tema/área de observação para a implementação de um plano de acompanhamento interno. Os

temas/Áreas apresentados para o PAI foram: Saúde infantil e Juvenil, Saúde Materna, Planeamento

Familiar, Hipertensão Arterial, Diabetes, Hábitos Tabágicos, Qualidade, DPOC, Utentes.

Carteira Adicional – Houve também a apresentação, por parte de 6 USF’s, carteiras adicionais que

foram aprovadas pelo ACeS, nas áreas da cessação tabágica (2), alcoologia (1) e pequena cirurgia (3).

Alargamento de horário – Foi apresentado por uma USF.

b) Contratualização externa - realizada entre a ARSC e o ACeS BV e formalizada com a assinatura

do Contrato-Programa. Neste processo foram contratualizados 13 indicadores definidos a nível

nacional, 4 seleccionados a nível regional e 2 a nível local. Foi elaborado e apresentado à ARSC,

o Plano de Desempenho do ACeS para 2015.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

46

4 GOVERNAÇÃO CLÍNICA

O Conselho Clínico e de Saúde, ao longo do ano 2015, deu continuidade e reforçou a sua ação no âmbito

da governação clínica. Neste âmbito, enumeram-se de seguida das atividades:

- Elaboração e divulgação de orientações para a Elaboração do Plano de Acompanhamento Interno

(PAI), na sequência de reunião na ARSC;

- O ACeS participou, com a presença de um elemento do CCS, em 29 visitas de acompanhamento da

ERA, sendo 10 a UCC e 19 A USF;

- Participação no processo de contratualização interna e externa;

- Monitorização dos indicadores de contratualização por unidade funcional e sua divulgação;

- Reunião com unidades funcionais, unidades coordenadoras funcionais, e profissionais;

- Formação em serviço;

- Reuniões com a ARSC e Hospitais de referência;

- Análise, tratamento e divulgação de informação sobre múltiplas áreas;

- Resposta a solicitações oriundas de entidades externas;

- Resposta a solicitações da ARSC, das Unidades Funcionais, dos Profissionais e Utentes;

- Colaboração na requalificação de espaços para funcionamento de unidades funcionais;

- Apoio na reconfiguração e organização das unidades funcionais;

- Nomeação de profissionais para a comissão de informatização das novas unidade funcionais;

- Acompanhamento e implementação do sistema de gestão de sugestões e reclamações;

- Apoios e colaboração com os internos de Medicina Geral e Familiar na organização do evento

“Academia Médica”;

- Apoio na organização e aquisição do equipamento para consulta do pé diabético nas unidades

funcionais;

- Nomeação de profissional para elo de ligação do ACeS com a Saúde 24 Sénior;

- Implementação do protocolo de cooperação com o CHBV/Pneumologia no âmbito das espirometrias;

- Apoio e divulgação de informação sobre o Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA);

- Colaboração com outras entidades externas para a realização de estudos de investigação;

- Dado parecer positivo para a realização de vários estudos de investigação em algumas unidades

funcionais;

- Acompanhamento e apoio ao processo de Acreditação da USF Barrinha;

- Acompanhamento do processo para a desmaterialização da receita médica;

- Nomeação de dois profissionais de enfermagem para desenvolverem e acompanharem o processo de

parametrização do SClínico/CIPE;

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

47

- Análise e divulgação às unidades funcionais do Relatório de Satisfação dos utentes do ACeS Baixo

Vouga, realizado pela Comissão da Qualidade e Segurança;

- Designação de 5 unidades funcionais, por solicitação da ARS Centro, para integrar um projeto piloto

relativo à utilização de testes de diagnóstico antigénio rápido (TDAR), para diagnóstico da amigdalite

aguda por estreptococos do Grupo A;

- Análise de 12 relatórios de atividades de 2014 (9 de USF´s e 3 UCC´s) e 9 Planos de atividades de 2015

(5 USF´s e 4 UCSP) e 8 regulamentos internos (7 USF e 1 USP), com retorno de informação/parecer às

respectivas unidades.

Ao longo de 2015 foram também elaboradas notas internas sobre as seguintes áreas:

• Avaliação da aptidão física e mental dos candidatos e condutores de veículos a motor - Decreto-

Lei nº 138/2012, de 5 de Julho que procede à alteração ao Código da Estrada e à aprovação do

Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir (RHLC);

• Solicitação de MCDT;

• Pedidos de Consulta via Alert P1;

• CRD (Cuidados Respiratórios Domiciliários) – Questões / Respostas;

• Elaboração e Revisão de Regulamento Interno – Algumas considerações;

• Critérios e procedimentos de organização das listas de utentes nos Agrupamentos de Centros de

Saúde (ACES) – Despacho nº 4389/2015 de 30 de Abril.

5 ARTICULAÇÃO E CONTINUIDADE DE CUIDADOS

Esta é uma área privilegiada pelo ACeS BV, tendo em vista a qualidade global dos cuidados prestados.

Assim destaca-se a:

• Articulação intra-institucional;

• Reconfiguração e organização das Unidades Funcionais;

• Articulação com os hospitais de referência: CHBV (Centro Hospitalar Baixo Vouga), CHUC (Centro

Hospitalar e Universitário de Coimbra), e CHEDV (Centro Hospitalar entre Douro e Vouga);

• Referenciação;

• Elaboração de protocolos;

• Constituição das UCF (Unidades Coordenadoras Funcionais) nas áreas da diabetes, saúde

materna e saúde infantil;

• Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: ECR, ECL e ECCI;

• Sector social;

• Sector Privado;

• Autarquias;

• CPCJ;

• Rede Social.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

48

6 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

6.1 ACESSO

O acesso aos cuidados de saúde define-se como a obtenção de cuidados de qualidade necessários e

oportunos, no local apropriado e no momento adequado.

A reforma dos cuidados de saúde primários, formalmente desencadeado com a Resolução do Concelho

de Ministros n.º 157/2005, publicada no Diário da Republica – 1.ª Serie B, de 12 de Outubro de 2005, e a

que foi, depois, dada sequência legislativa e operacionalização prática, é um factor determinante da

modernização do Serviço Nacional de Saúde com vista a uma maior cidadania, equidade e acesso,

qualidade e baseada numa aposta assente em políticas saudáveis (Eixos do Plano Nacional de Saúde).

Esta reforma centra-se na reorganização dos centros de saúde de modo a prestarem cuidados

personalizados, globais e integrados. Pretende-se aproximar a prestação de cuidados de saúde à

população, promovendo a resposta às necessidades, preferencialmente pela equipa de família e de

forma a rentabilizar os recursos físicos e humanos, tendo como objectivo não só ganhos mas também

valor em saúde.

Em 2015, os tempos máximos de resposta, os tempos de resposta garantidos e os tempos de resposta

em função do tipo de cuidados ou níveis de acesso, foram sempre que possível cumpridos. Salienta-se

que nas USF estes tempos foram cumpridos e por vezes antecipados, estando definidos em Regulamento

Interno das mesmas.

Estão afixadas em todas as Unidades Funcionais a Carta dos Direitos de acesso aos cuidados de saúde

pelos Utentes do SNS e os TMRG (tempos máximos de resposta garantidos).

Existem guias de acolhimento do utente, em todas as USF.

Nas figuras abaixo apresentam-se diversos indicadores de acesso e respectiva evolução onde se destaca

a evolução positiva em quase todos. Para esta positividade muito tem contribuído a organização das

unidades funcionais, a monitorização de tempos de espera, a elaboração de procedimentos, a

organização de horários com tempos definidos para a consulta programada, aberta e de

intersubstituição ao longo de todos os períodos de trabalho dos profissionais, a contratualização, entre

outros.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

49

Figura 33 – Indicadores de acesso – Personalização de Cuidados, 2015

94

97,7

93,1 96

81,7 79,2 80,33 81,21

55,7 57,962,06 58,68

40

50

60

70

80

90

100

110

2012 2013 2014 2015

% utentes inscritos c/ médico de família % consultas utente pelo próprio médico

% consultas utente pelo enfermeiro familia

Fonte: SIARS – 2015

Figura 34 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços, 2015

68,1

72,570,74 72,47

84,3

89,287,29 88,36

65,8

79,7 78,84

77,91

94,793,03

93,49

60

65

70

75

80

85

90

95

100

2012 2013 2014 2015

% utilização global consultas médicas/ano % utilização global consultas médicas 3 anos

% utilização global consultas enfermagem 3 anos Taxa utilização global consultas médicas/enf. 3 anos

Fonte: SIARS – 2015

Figura 35 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços em contexto domiciliário, 2015

14,0

125,1

22,5 22,513,8

143,9

31,7 31,4

13,3

155,2

38,0 37,5

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

Visitas domiciliárias

médicas (%o) inscritos

Visitas domiciliárias

enfermagem (%o) inscritos

% RN c/ domicilio de

enfermagem

% puérperas c/ domicilio

de enfermagem

2013 2014 2015

Fonte: SIARS – 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

50

No Quadro 9 apresenta-se o total de consultas e de visitas domiciliárias, por área profissional,

realizadas, em 2013, 2014 e 2015, por outros profissionais do ACeS.

Quadro 9 - Total de consultas e Visitas domiciliárias realizadas, em 2013, 2014 e 2015,por outros profissionais do ACeS

Consultas 2013 2014 2015 Variação (%) 2014/2015

Visitas Domiciliárias 2014

Visitas Domiciliárias 2015

Higiene Oral 1.485 2.638 2540 -0,04 39 24

Psicologia 2.026 1.854 1874 0,01 141 24

Nutrição 1.400 1.436 1559 0,09 44 66

Fisioterapia 1.857 1.279 1967 0,54 769 319

Serv. Social 2.037 3809 2887 -0,24* 577 1097

Ortoptista 4345

Radiologia 1976

Fonte: Relatório da URAP/2015 *Não inclui dados de um CS

- REGULAÇÃO INTERNA, ORGANIZAÇÃO E CONTROLO INTERNO –

De seguida apresenta-se alguns aspectos de regulação interna, organização e controlo interno com

reflexo no acesso aos cuidados de saúde:

- O Regulamento Interno do ACeS;

- Plano e Relatório de Atividades que incluem pontos relacionados com a matéria do acesso;

-Existência de documentos (Regulamentos/Manuais de Procedimentos) com afinidade temática com o

acesso:

• Gestão de doentes – Orientação,

• Serviço Social – Orientação,

• Serviço Financeiro – Manual de procedimentos,

• Aprovisionamento - Manual de procedimentos,

• Gestão de Recursos Humanos - Manual de procedimentos,

• Regulamento Interno,

• Manual de articulação inter-unidades e ACeS

Carta Dos Direitos De Acesso – Neste âmbito estão implementadas diversas medidas:

- Estão definidos pelo ACeS e de acordo com o departamento de contratualização, indicadores de

resultado nas componentes do acesso, qualidade, eficiência e produção.

- Os indicadores de resultado direccionados ao acesso são utilizados em todas as Unidades Funcionais e,

dentro de cada uma, a todos os profissionais.

- O ACeS faz a monitorização dos indicadores e respectiva análise e divulgação às unidades funcionais.

- Existem reuniões do Diretor Executivo, Conselho Clínico e da Saúde e UAG com as Unidades Funcionais

para apresentação e análise da informação sobre os indicadores.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

51

- As sugestões e reclamações ou outras formas de participação dos utentes/cidadãos são objecto de

tratamento próprio.

6.2 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE

Apresenta-se no Quadro 10, um resumo comparativo de consultas realizadas, por área, durante os anos

de 2014 e 2015, bem como a respectiva variação.

Constata-se que, no total das consultas de MGF, houve um aumento de 19.655 o que corresponde à

taxa de variação de 1,78%. Regista-se também uma variação positiva relativamente às primeiras

consultas, em todas as áreas, o que no global foi de 1,15%, o que traduz um aumento da acessibilidade

quer esta seja por iniciativa do utente ou pelos profissionais de saúde. Regista-se também uma variação

positiva, do total de consultas, em todas as áreas.

Em média cada utente teve 3,17 consultas e cada utilizador teve 4,38 consultas em 2015.

Quadro 10 – N.º de Consultas realizadas em 2014 e 2015, por área, e sua variação

Consultas 2014 2015 Variação 2014/2015 (%)

Área N.º 1ªs Consultas

N.º Cons. Subs.

Total Consultas

N.º 1ªs Consultas

N.º Cons. Subs.

Total Consulta

s

1ªs Cons.

N.º Cons. Subs.

Total Consulta

s

1. Adultos 233.447 781.508 1.014.955 233.701 790.350 1.024.051 0,11 1,13 0,90

2. Saúde Infantil 45.655 69.724 115.379 46.699 75.717 122.416 2,29 8,60 6,10

3. Saúde Materna 2.761 18.263 21.024 2.870 17.906 20.776 3,95 6,35 6,01

4.Planeamento Familiar

29.598 7.186 36.784 31.779 8.775 40.554 7,37 22,11 10,25

5. Total Consultas de MGF (5 = 1+2+3+4 )

311.461 876.681 1.188.142 315.049 892.748 1.207.797 1,15 2,00 1,78

6. Vigilância de Doentes Diabéticos

25.938 59.062 85.000 28.017 59.162 87.179 8,02 0,17 2,56

7. Vigilância de Doentes Hipertensos

61.954 99.864 161.818 66.966 104.067 171.033 8,09 4,21 5,69

8.Rastreio oncológico

29.567 9.062 38.629

9. Consultas Médicas no Domicílio

5.430 5.721 5,36

10. Consultas de Enfermagem no Domicílio

56.586 61.871 9,34

11 Outras Especialidades* 5.158 1.752 6.910 5.716 2.169 7.885 10,82 23,80 14,11

*Saúde Pública e Medicina Dentária Fonte: SIARS 31/12/2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

52

Figura 36- Distribuição das Consultas, por área, em 2015

1.024.051

122.416

20.77640.554

7.885

2015 Total de Consultas

Adultos Saúde Infantil Saúde Materna

Planeamento Familiar Outras Especialidades*

Fonte – SIARS 2015

Figura 37- Total de Consultas, por área, em 2014 e 2015

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Adultos Saúde Infantil Saúde Materna Planeamento Familiar

Outras Especialidades*

2014 Total de Consultas 2015 Total de Consultas

Fonte – SIARS 2015

6.3 SAÚDE DA MULHER/PLANEAMENTO FAMILIAR

No que se refere ao Programa Nacional de Saúde Reprodutiva e Planeamento Familiar, o acesso ao

longo do triénio representado, apresentou uma evolução crescente nos principais indicadores do

Programa (Figura 38).

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53

Figura 38 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Planeamento Familiar

37,8

33,3 33,431,3

38,3

30,333,5 33,3

43,3

35,237,2 37,5

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

% utilização de consultas de PF

(med/enf)

% utilização de consultas de PF medicas

% utilização de cons. de enfermagem de P. F.

% MIF, com acompanhamento

adequado

2013 2014 2015

Fonte: SIARS – 2015

O acompanhamento adequado foi, a partir de 2015, avaliado como índice e apresentou um resultado de

0,57.

6.4 SAÚDE DA MULHER/SAÚDE MATERNA

No que se refere ao Programa de Saúde Materna, o ACeS ao longo do triénio representado, apresentou

uma evolução crescente nos principais indicadores do Programa (Figura 39).

Figura 39 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância da Gravidez

83,0

89,7

91,0

67,5 66,0

76,5

48,3

57,6

69,3

22,5

31,437,5

9,517,3

32,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2013 2014 2015

% de grávidas c/ 1ªs cons. 1º trimestre % grávidas c/ 6 ou + consultas de enfermagem

% grávidas c/ revisão puerpério efectuada % puérperas c/ domicilio de enfermagem

% grávidas c/acompanhamento adequado

Fonte: SIARS – 2015

O acompanhamento adequado foi, a partir de 2015, avaliado como índice apresentando um resultado

de 0,73.

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54

No que se refere a taxa de mortalidade Fetal Tardia, a tendência é decrescente, apesar de algumas

oscilações (Figura 40).

Figura 40 - Evolução da Taxa (‰) de Mortalidade Fetal Tardia entre os anos 2010-2014

2,38

2,27 2,65

2,312,23

2,65

2,06

2,7 2,99

1,92

3,36

2,16

3,44 3,09

1,04

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

2010 2011 2012 2013 2014

Continente Região Centro Baixo Vouga

Fonte: DGS, 2015

No Quadro abaixo apresentam-se dados de dois indicadores, com evolução de 2005 a 2014 no ACeS BV,

que podem ser influenciados pela qualidade da vigilância de saúde da grávida.

Quadro 11 - Evolução dos Indicadores de Resultado da área de Saúde Mulher/Saúde Materna – 2005 a 2014

Indicadores 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014

Proporção (%) de crianças com baixo peso à nascença

6,7 7,2 7,0 7,4 7,9 8,3 8,7 8,1 8,3

Proporção (%) de nascimentos pré-termo

6,8 9,1 10,1 9,5 8,6 8,1 7,7 7,3 8,2

Fonte: INE, 2006-2015

6.5 SAÚDE INFANTIL E JUVENIL

No que se refere ao Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, o ACeS ao longo do triénio

representado, apresentou uma evolução crescente nos principais indicadores do Programa (Figura41).

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55

Figura 41 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância saúde RN, da Criança e Adolescente

86,0

20,4

91,1

58,6 59,6

49,355,4

74,878,2

60,9

88,3

31,7

92,6

68,264,9

62,1 61,9

78,3 78,1

63,7

92,4

38,0

91,4

71,367,3 65,6 65,6

81,778,2

66,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

2013 2014 2015

Fonte: SIARS – 2015

A partir de 2015, o acompanhamento adequado de Saúde Infantil no 1º e 2º ano de vida, foi avaliado

como índice, apresentando o resultado de 0,84 e 0,79, respectivamente.

Quanto à evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal, de 2010 para 2014, os valores oscilaram de 4,2%o

em 2010 a 3,12%o em 2014, com 9 óbitos (Figura 42).

Figura 42 - Evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal entre os anos 2010-2014

3,49

3,76

4,14

3,55

3,68

3,5

3,75

4,284,1

3,48

4,2

3,39

4,374,46

3,123

3,3

3,6

3,9

4,2

4,5

4,8

2010 2011 2012 2013 2014

Continente Região Centro Baixo Vouga

Fonte: DGS, 2015

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56

No que respeita à taxa de mortalidade infantil, no Baixo Vouga de 2010 a 2014, os valores oscilaram de

0,74%o em 2010 a 3,14%o em 2012. Em 2014 a taxa situou-se em 2,08%o com 6 óbitos infantis (Figura

43).

Figura 43 - Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil de 2010 a 2014

2,45

3,12

3,322,9

2,8

1,87

2,88

3,34

2,23 2,53

0,74

3,09

3,14

2,072,08

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

2010 2011 2012 2013 2014

Continente Região Centro Baixo Vouga

Fonte: DGS, 2015

6.6 SAÚDE DO IDOSO

Pode observar-se no Quadro 12 alguns dados de mortalidade referentes ao ano de 2014 em,

pessoas com 65 e mais anos, na Região de Aveiro. Refere-se que 84,4% do total de óbitos ocorreu

em pessoas com 65 e mais anos, e destes 82,3% foram pessoas com 75 e mais anos.

Quadro 12 - Mortalidade, por todas as causas, em pessoas com 65 e mais anos em 2013 na Região de Aveiro

Causa de morte: Total de causas (CID-10: A00-Y89) Total Homens Mulheres

Idade média à morte (N.º de anos) 77,6 74,8 80,6

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3031 1470 1561

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 777 538 239

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 2495 1129 1366

Taxa bruta de mortalidade com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 979,0 1068,7 897,6

Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013

Dos indicadores apresentados na Figura 44, dois deles apresentam uma ligeira evolução positiva e um

com uma evolução negativa, reflectindo este a polimedicação no idoso.

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57

Figura 44 - Indicadores de Execução da área da Saúde do Idoso: 2013-2015

45,18 43,39

41,68

96,16 97,698,41

63,27 63,6764,16

0

20

40

60

80

100

120

2013 2014 2015

% utentes com ≥75 anos, c/ prescrição crónica < 5 fármacos

% utentes com ≥ 65 anos, s/ prescrição trimetazidina último ano

% inscritos com ≥65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Fonte: SIARS – 2016

6.7 VIGILÂNCIA DA DOENÇA CRÓNICA

6.7.1 Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares – Hipertensão

Mortalidade

As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa básica de morte, tendo

originado 1.100 óbitos, representando 30,6% da mortalidade total ocorrida na Região de Aveiro.

Em média, as doenças do aparelho circulatório atingiram os homens cerca de cinco anos mais cedo, com

uma idade média ao óbito de 78,8 anos, contra 83,6 anos das mulheres.

Estas doenças mataram mais mulheres (52,1%) do que homens (47,9%) e causaram uma mortalidade

prematura de 12,3% (proporção de indivíduos falecidos com menos de 70 anos no total de mortes por

esta causa) e 1.488 anos potenciais de vida perdidos, no total, e em média 11,9 anos.

A taxa bruta de mortalidade foi de 299,9 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada para os homens

(301,8) do que para as mulheres (298,1). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de

150,5 óbitos por 100 000 habitantes, tendo sido significativamente mais elevada para as idades de 65 e

mais anos (1 166,7), Quadro 13.

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58

Quadro 13 - Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013

Doenças do aparelho circulatório Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 1.100 527 573

Idade média à morte (N.º de anos) 81,3 78,8 83,6

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 92 69 23

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 1008 458 550

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 125 90 35

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 890 382 508

Relação de masculinidade 92

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 150,5 184,1 123,7

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 24,9 39,1 11,9

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 1.166,7 1.357,9 1.028,7

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 299,9 301,8 298,1

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 1.488 1.110 378

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 470 720 232,6

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,9 12,3 10,8

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 391,1 612,0 186,8

Fonte: INE 2015- Causas de morte 2013

No conjunto destas doenças, destacaram-se as mortes devido a doenças cerebrovasculares, que

representaram 12,2% do total (438 óbitos), a doença isquémica do coração que provocou 169 óbitos em

2013 (4,7%) e o enfarte agudo do miocárdio com 117 mortes (3,3%).

Figura 45 – Indicadores de Mortalidade por algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de

Aveiro, em 2013

0

100

200

300

400

500

Tx. (%ooo) mortalidade padronizadas

todas as idades

Tx. (%ooo) mortalidade padronizadas

<65 anos

Tx (%ooo) mortalidade

padronizadas ≥ 65

Tx. (%ooo) brutas de

mortalidade

Taxa (%ooo) anos

potenciais de vida perdidos

Taxas(%ooo) padronizadas

anos potenciais vida

perdidos

60,1

10,1

464,9

119,4

195,9167,6

25,67,3

173,6

46,1

127,2104,3

17,5 4,3

124,6

31,9

77,4 63,1

Doenças cerebrovasculares (CID-10: I60-I69) Doença isquémica do coração Enfarte agudo do miocárdio

Fonte: INE 2015- Causas de morte 2013

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59

Figura 46 – Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) por

algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013

60,125,6

17,5

Tx. (%ooo) mortalidade padronizadas todas as idades

Doenças cerebrovasculares (CID-10: I60-I69) Doença isquémica do coração Enfarte agudo do miocárdio

Fonte: INE 2015- Causas de morte 2013

Morbilidade por Doenças do Aparelho Circulatório

Quadro 14 - Dados de Prevalência e Incidência de Doenças do Aparelho circulatório, em 2015

Prevalência Total % Utentes

Morb.205.01 HipertensãoArterial 83.958 22,06

Morb. 214.01 Doença Cardíaca Isquémica 4.273 1,12

Incidência Total % Utentes Morb.213.01 Enfarte agudo do miocárdio 250 0,66

Morb. 224.01 Acidente Isquémico Transitório 133 0,35

Morb. 237.01 Hipertensão Arterial 6.756 17,75

Morb. 251.01 Acidente Vascular Cerebral 553 1,45 Fonte: SIARS – 31/12/2015

Quanto à avaliação da atividade apresenta-se nas Figuras que se seguem um conjunto de indicadores

com evolução de 2013/2015, que apresentam, todos eles, uma evolução positiva.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

60

Figura 47 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

% utentes c/ HTA,

c/ compromisso de vigilância

% utentes c/ HTA,

c/ registo PA cada semestre

%utentes c/ HTA,

c/ registo PA último semestre

% de utentes c/

HTA, c/ pelo menos um reg. de

IMC últimos 12 meses

% utentes c/ HTA,

≥25 anos, que têm a vacina

antitetânica atualizada

70,8

47,8

59,2 58,6

91,5

72,9

49,0

60,7 62,5

92,4

77,7

53,8

65,868,7

93,9

2013 2014 2015

Fonte: SIARS – 31/12/2015

Figura 48 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015 (Cont.)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

% utentes c/ HTA,

c/ cons. enf.

vigilância e registo da GRT último ano

% utentes c/ HTA,

c/ idade < 65 anos,

c/ PA < 150/90 mmHg

% utentes c/ HTA

(s/ DCV n/

diabetes), c/ determinação RC

últ. 3 A

% utentes c/ HTA,

c/

acompanhamento adequado

% de inscritos c/

idade ≥18 anos c/

diagnóstico de HTA

5,3

41,5

12,1

6,5

12,3

43,2

32,5

24,8 25,7

17,0

46,0

52,2

34,5

46,0

2013 2014 2015

Fonte: SIARS – 31/12/2015

A partir de 2015, o acompanhamento adequado de hipertensos, foi avaliado como índice, apresentando

o resultado de 0,64.

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61

6.7.2 Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus

Dados e Indicadores de mortalidade

No grupo das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas destaca-se a diabetes. Foram registados,

por esta causa de morte, 175 óbitos (dos quais 63,4% foram em mulheres), que representam 4,87% do

total de óbitos. A idade média ao óbito foi de 81 anos, mais elevada nas mulheres (81,5). A taxa bruta de

mortalidade foi de 47,7 óbitos por 100 000 habitantes e a taxa de mortalidade padronizada de 23,7. O

número de anos potenciais de vida perdidos foi de 108 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos,

de 34 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 4,3 (superior nos homens

com 5,8 anos).

Quadro 15 - Mortalidade por diabetes, em 2013 na Região de Aveiro

Causa de morte: Diabetes Mellitus Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 175 64 111

Idade média à morte (N.º de anos) 81 80,2 81,5

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 5 3 2

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 170 61 109

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 25 9 16

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 139 50 89

Relação de masculinidade 57,7

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 23,7 21,5 25,2

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 1,3 1,7 1

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 204,5 181,9 221

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 47,7 36,7 57,8

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 108 53 55

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 34 34,1 33,9

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 4,3 5,8 3,4

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 26 28 23,9

Fonte: INE 2015-Causas de morte 2013

Quadro 16 - Morbilidade – Taxas de Incidência e Prevalência da diabetes

Código Indicador Numerador Denominador Taxa %

236.01 FL Incidência de diabetes mellitus 2.686 380.586 7,06

198.01 FL Prevalecia de utentes com diabetes mellitus 30.357 380.586 7,98

212.01 FL inscritos com diagnóstico diabetes tipo 1 3.403 380.586 0,89

211.01 FL inscritos com diagnóstico diabetes tipo 2 27.080 380.586 7,12

Fonte: SIARS 2015

Indicadores de Execução

Quanto à avaliação da atividade apresenta-se nas Figuras que se seguem um conjunto de indicadores

com evolução de 2013/2015, que apresentam, todos eles, uma evolução positiva.

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62

Figura 49 - Indicadores de Execução na área da Diabetes

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

utentes c/ DM2 c/

compromisso vigilância

ut. c/ DM, c/ pelo menos 2

HgbA1c último ano, 2

semestres

utentes c/ DM, c/ pelo menos

1 HgbA1c último

semestre

utentes c/ DM, c/ pelo menos um exame pés

registado último ano

ut. c/ DM, c/ p/lo menos

uma ref. ou um reg. realiz ex.

retina, últ. ano

utentes c/ DM2, em

terapêutica c/ insulina

novos DM2 em terapêutica c/

metformina em monoterapia

77,0

58,865,7

61,8

32,0

6,0

47,6

79,1

62,6

70,365,1

33,1

6,4

52,3

83,1

68,5

74,7 72,3

41,5

6,7

74,1

2013 (%) 2014 (%) 2015 (%)

Fonte: SIARS 2015

Figura 50 - Indicadores de Execução na área da Diabetes (cont.)

0

20

40

60

80

100

utentes c/ DM, c/ microalbuminúria

último ano

utentes c/ DM, c/ último registo

HgbA1c ≤ 8,0 %

utentes c/ DM, c/ ≤ 65 anos, c/

último registo HgbA1c ≤ 6,5%

utentes c/ DM, c/ consulta de enf.

vigilância e registo GRT últ. ano

utentes c/ DM, c/ consulta de enf.

vigilância em diabetes último

ano

utentes c/ diabetes, c/

acompanhamento adequado

Rácio desp. fact (€) c/ inib. DPP-4 e

fat. c/ antid. orais, doent. c/ DM2

57,0 58,8

28,7

8,6

69,4

19,5

83,2

62,4 62,9

33,7

18,7

73,4

41,5

83,8

69,2 66,1

35,5

25,2

78,1

48,8

81,5

2013 (%) 2014 (%) 2015 (%)

Fonte: SIARS

A partir de 2015, o acompanhamento adequado de diabetes foi avaliado como índice, apresentando o

resultado de 0,71.

Rastreio da Retinopatia Diabética

Este rastreio é de extrema importância a nível da prevenção e tratamento atempado das lesões de

retinopatia diabética existentes, possibilitando um acréscimo em saúde da visão e qualidade de vida dos

Utentes Diabéticos da área de influência do ACeS. Sabe-se que a retinopatia diabética é a primeira causa

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63

de cegueira na idade activa. Muitas vezes é assintomática até atingir estadios graves. Cerca de 90% dos

casos de perda de visão ou cegueira pode ser evitado se existir um bom controlo metabólico, um

diagnóstico precoce das lesões de retinopatia diabética e um tratamento atempado.

Em 2015 foram rastreados 4.345 diabéticos nos Centros de Saúde de Ílhavo (2014/2015) e Aveiro.

Salienta-se o número elevado de faltas ao rastreio.

Quadro 17 - Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética ACeS BV em 2015

PROGRAMAÇÃO DO R.R.D. CENTRO DE

SAÚDE TOTAL DE

DIABÉTICOS

TOTAL INSCRITOS

no RASTREIO

REALIZARAM RASTREIO

FALTAS AO RASTREIO

De 01-12-2014 a 28-03-2015 Ílhavo 2502 1544 1226 318

De 31-03-2015 a 15-01-2016 Aveiro 4881 4228 3119 1140

TOTAL 4345 7383 5762 4345 1458

Fonte: URAP 2015

Relativamente aos utentes rastreados, em 2015, a maior proporção (71,9%) tinha idade superior a 60

anos, e era do sexo masculino (53,3%), como pode ser observado no quadro seguinte.

Quadro 18 - Total de Utentes Diabéticos rastreados a retinopatia diabética no ano 2015por grupo etário e sexo (n/%)

ACeS BV Nº

Utentes

Idade (anos) Sexo Nº utentes c/Insulina

0-30 31-60 >60 M F

Total (n.a) 4345 19 1200 3126 2318 2027 440

Total (%) 100% 0,4% 27,6% 71,9% 53,3% 46,7% 10,1%

Fonte: Relatório de atividades da URAP, 2015

Salienta-se que relativamente aos resultados do rastreio, foi diagnosticado maculopatia no olho direito

a 74 utentes (160 em 2014), o que representa 1,79%, e no olho esquerdo a 75 utentes (150 em 2014), o

que corresponde a 1,82%. Este diagnóstico implica referenciação para consulta e tratamento logo que

possível. Foi também diagnosticado retinopatia diabética proliferativa no olho direito a 6 utentes (15 em

2014) e no olho esquerdo a 4 utentes (12 em 2014). Esta situação é de referenciação para consulta e

tratamento urgente.

Foram referenciados para tratamento hospitalar 99 diabéticos, dos quais 35 iniciaram tratamento da RD

no ano 2015. Andam a ser seguidos em tratamento no CHBV 64 diabéticos.

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64

Quadro 19 - Resultados do Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética no ACeS BV - Rastreio 2015, por Concelho

CS Utente SEMANAS TOTAL

DE UTENTES

RESULTADOS

OD OE

R0 Rastreio

Anual

RL Rastreio

Anual

M C

ASAP

RP C

Urgente

R0 Rastreio

Anual

RL Rastreio

Anual

M C

ASAP

RP C

Urgente

C.S. Ílhavo 11 1226 972 153 29 0 999 199 27 0

C.S. Aveiro 36 3119 2627 303 45 6 2643 281 48 4

TOTAIS 47 4345 3599 456 74 6 3642 400 75 4

Legenda: RO - Sem retinopatia;RL – Retinopatia não proliferativa ligeira; M – maculopatia; RP – Retinopatia proliferativa

Fonte: Relatório de actividades da URAP, 2015

6.7.3 Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma)

Apresenta-se de seguida um conjunto de dados e indicadores de mortalidade, na Região de Aveiro em

2013, por doenças do aparelho respiratório salientando-se, no global, que as doenças do aparelho

respiratório constituíram a 3ª causa de morte, tendo-se registado 439 óbitos (dos quais 233 homens e

206 mulheres), o que equivale a 12,2% da mortalidade na Região.

A relação de masculinidade destes óbitos foi de 113,1 óbitos masculinos e a idade média ao óbito, de 84

anos. A taxa bruta de mortalidade foi de 119,7%ooo óbitos, mais elevada nos homens (133,4) do que

nas mulheres (107,2). A taxa de mortalidade padronizada para as idades de 65 e mais anos foi de

474,3%ooo óbitos. O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 255 anos, a taxa de anos poten-

ciais de vida perdidos, de 80,6 anos por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos,

de 8,5 (Quadro 20).

Quadro 20 - Mortalidade por doenças do aparelho respiratório, em 2013 naRegião de Aveiro

Causa de morte: Doenças do aparelho respiratório Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 439 233 206

Idade média à morte (N.º de anos) 84 82,6 85,7

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 17 12 5

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 422 221 201

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 30 24 6

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 393 199 194

Relação de masculinidade 113,1

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 56,3 76,2 42,4

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 4,6 6,7 2,7

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 474,3 638,5 363,7

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 119,7 133,4 107,2

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 255 170 85

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 80,6 110,3 52,4

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 8,5 7,1 14,2

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 65,8 90,3 44,1

Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013

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65

No conjunto das doenças do aparelho respiratório, em 2013, salientam-se as mortes motivadas por

pneumonia com 246, por DPOC com 71, gripe com 5 e asma com 2 óbitos.

Na Figura seguinte apresentam-se dados de mortalidade padronizadas para todas as idades, referentes

a 2013, relativos a algumas doenças na área: DPOC, asma, pneumonia e gripe.

Figura 51 - Tx (%ooo) mortalidade padronizadas p/ todas idades por DPOC, Asma. Pneumonia e Gripe,

2013

30,4

9,2

1,1

0,2

Pneumonia DPOC Gripe Asma

Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013

Figura 52 - Mortalidade por DPOC, Pneumonia, Gripe e Asma, em 2013 na Região de Aveiro

0

50

100

150

200

250

300

Tx. (%ooo)

mortalidade padronizadas para todas as

idades

Tx. (%ooo)

mortalidade padronizadas <

65 anos

Tx. (%ooo)

mortalidade padronizadas ≥

65

Tx. (%ooo)

brutas mortalidade

Tx. (%ooo)

anos potenciais vida perdidos

Tx. (%ooo)

padronizadas anos potenciais vida perdidos

9 1

78

27 20 1630

1

268

67

15 121 1 4 1 11 90 0 2 1 0 0

DPOC Pneumonia Gripe Asma

Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013

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66

Indicadores de resultado

Dos indicadores apresentados no Quadro abaixo, observa-se no período em análise um aumento dos

valores.

Quadro 21 - Evolução dos Indicadores de Resultado na área das Doenças Respiratórias, 2013-2015 Código

SIARS/ICPC2 Indicadores

Atingido 2013 (%)

Atingido 2014(%)

Atingido 2015(%)

2013.077.01 FL

Proporção de inscritos com diagnóstico de asma 2,31 2,61 2,97

2013.078.01 FL

Proporção de inscritos com diagnóstico (ICPC2) de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)

0,8 1,03 1,18

2013.049.01 Proporção de inscritos com diagnóstico de DPOC, com FeV1 em 3 anos

- 23,76 26,35

Fonte: SIARS 2015

6.7.4 Programa de Vigilância Oncológica

No quadro abaixo estão os resultados de dados e indicadores de mortalidade por tumores malignos, que

é a segunda causa de morte na Região de Aveiro, com um total de 865 óbitos, dos quais 514 foram

homens e 351mulheres. Este total de óbitos corresponde a 24,1% da mortalidade.

A relação de masculinidade desses óbitos foi de 146,4 óbitos masculinos por cada 100 femininos e a

idade média ao óbito devido a estas causas situou-se nos 72,4 anos.

A taxa bruta de mortalidade foi de 235,8óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nos homens

(294,4) do que nas mulheres (182,6).

A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 147,5%ooo, sendo de 62,4 e 836,0 óbitos

por 100 000 habitantes respectivamente para menos de 65 anos e 65 e mais anos.

O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 3.652 anos, a taxa de anos potenciais de vida

perdidos, de 1 154,0 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 11,4

(Quadro 22).

Quadro 22 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro

Causa de morte: Tumores malignos Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 865 514 351

Idade média à morte (N.º de anos) 72,4 71,4 73,8

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 228 148 80

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 637 366 271

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 321 224 196

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 420 240 202

Relação de masculinidade 146,4

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 147,5 204,9 102,0

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 62,4 84,6 42,1

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 836,0 1.178,0 586,6

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 235,8 294,4 182,6

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 3.652 2.295 1.358

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 1154,0 1.488,4 836,4

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,4 11,1 11,8

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 1003,3 1.305,3 725,9

Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013

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67

No conjunto das mortes motivadas por tumores malignos (865), em 2013, salienta-se que:

- O tumor com o maior número de óbitos foi o do cólon, reto e ânus;

- O tumor com maior número de óbitos no sexo masculino foi o da traqueia, brônquios e pulmão e o no

sexo feminino foi o da mama;

- A relação de masculinidade mais elevada registou-se no tumor da traqueia, brônquios e pulmão;

- A idade média à morte mais baixa verificou-se no tumor da traqueia, brônquios e pulmão e a mais

elevada no tumor da pele.

Quadro 23 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro, segundo o sexo, relação de masculinidade e idade média à morte segundo o sexo – 2013

Tumores Total de óbitos (N.º)

segundo o Sexo Relação de

masculinidade nos óbitos

Idade média à morte (em anos) segundo o Sexo

HM H M HM H M

traqueia, brônquios e pulmão (CID-10: C33-C34)

113 88 25 352,0 70,2 68,9 74,4

cólon, reto e ânus (CID-10: C18-C21) 124 74 50 148,0 73,9 73,4 74,6

mama (CID-10: C50) 55 2 53 3,8 70,5 67,5 70,6

estômago (CID-10: C16) 88 59 29 203,4 72,1 70,9 74,7

pâncreas (CID-10: C25) 38 21 17 123,5 72,8 69,0 77,4

próstata (CID-10: C61) 0 58 0 - - 79,1 -

fígado e das vias biliares intra-hepática (CID-10: C22)

43 30 13 230,8

72,8 72,9 73,1

colo do útero (CID-10: C53) 0 0 8 0,0 - - 66,9

ovário (CID-10: C56) 0 0 4 0,0 - - 76,6

Leucemia (CID-10: C91-C95) 43 18 25 72,0 73,0 70,9 74,5

bexiga (CID-10: C67) 26 16 10 160,0 76,4 75,5 78,0

pele (CID-10: C43) 5 2 3 66,7 78,1 65,0 86,8

Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013

Na Figura seguinte apresentam-se dados sobre a mortalidade por tumores malignos da mama, do colo

do útero e do cólon, reto e ânus.

Desta informação destaca-se, a existência ainda de um número significativo de óbitos com idade inferior

a 65 anos, sendo estas situações, pelo menos em parte, preveníveis com rastreio e diagnóstico precoce.

Destaca-se também o número elevado de anos potenciais de vida perdidos, nomeadamente no tumor

maligno do cólon, reto e ânus.

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68

Figura 53 - Mortalidade por Tumor maligno da mama; cólon, reto e ânus e; colo do útero em 2013 na Região de Aveiro

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Tx. (%ooo)

mortalidade padronizadas todas idades

Tx. (%ooo)

mortalidade padronizadas < 65

anos

Tx. (%ooo)

mortalidade padronizadas ≥ 65

Tx. (%ooo) brutas

de mortalidade

Tx. (%ooo) anos

potenciais vida perdidos

Tx. (%ooo)

padronizadas de anos potenciais vida perdidos

9,7 4,9

48,8

15

101,985,1

148

20,36,5

131,9

415

10,92,7 1,6 11,7 2,9

35,4 29,2

Mama Cólon, reto e ânus Colo do Útero

Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013

Na figura abaixo apresenta-se a evolução da taxa bruta (‰) de mortalidade por Tumores, de 2003 a

2013, no Continente, Região Centro e Região do BV, onde se constata uma tendência crescente.

Figura 54 - Evolução da taxa bruta (%o) de mortalidade por Tumores, de 2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região BV

Fonte: INE 2004-2015

Indicadores de execução

Da avaliação destes indicadores no período de 2013 a 2015 constata-se uma evolução positiva.

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69

Figura 55 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade - Rastreio Oncológico.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

% mulheres entre 50-70 anos c/ mamografia registada no

últimos 2 anos

% de mulheres entre 25-60 anos com colpocitologia

actualizada (3 anos)

% insc. entre 50-74 anos c/ rasteio de cancro colo-rectal

efectuado

63,7

44,4

26,1

60,9

45,0

30,1

63,4

47,6

35,5

2013 2014 2015

Fonte: SIARS 2015

6.8 PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

A aplicação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) permite controlar as doenças alvo de vacinação.

A incidência de algumas doenças transmissíveis e o seu impacto em termos de saúde pública está a

diminuir, devido às elevadas taxas de cobertura resultantes da aplicação do PNV. É necessário, no

entanto, considerar e identificar assimetrias geográficas, resultantes da existência de bolsas

populacionais com características que possam determinar níveis mais baixos de protecção.

O Programa Nacional de Eliminação do Sarampo (Norma n.º 6 da DGS de 2/04/2013) continua a ser

imlpementado cuja finalidade é manter a ausência de circulação do vírus do sarampo em Portugal e

obter o estatuto nacional de eliminação do sarampo, segundo os critérios da OMS.

A vacinação contra a gripe sazonal decorre de 1 outubro a 28 fevereiro, é gratuita para pessoas com

idade igual ou superior a 65 anos, para os profissionais de saúde e outros grupos de acordo com

orientações emanadas pela DGS e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita

médica ou guia de tratamento para ser administrada.

A situação na área geográfica do ACeS relativamente às doenças preveníveis pela Vacinação resume-se a

seguir.

Quadro 24 – Incidência de doenças preveníveis pela vacinação

Doença Nº Taxa %ooo

Tétano 0 0

Difteria 0 0

Tosse Convulsa 11 2,9

Sarampo 3 0,78

Rubéola 1 0,26

Parotidite 24 6,3

Hepatite B 14 3,7

Fonte: Relatório da USP 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

70

Apesar da percepção do global, por coorte, ser importante, em termos de vigilância epidemiológica é

necessária a informação por vacina para avaliar o risco de contrair as doenças preveníveis pela

vacinação.

Quadro 25 - Indicadores de execução – PNV 2015

INDICADORES 2014 (%)

SINUS/SIARS 2015 (%)

SINUS /SIARS

Proporção de crianças com 2 anos, com PNV cumprido ou em execução até ao 2º aniversário

96,7/93,1 96,9/ 95,73

Proporção de crianças com 7 anos, com PNV cumprido ou em execuçãoaté ao 7º aniversário

97,0/94,3 95,3/ 94,82

Proporção de jovens com 14 anos, com PNV cumprido ou em execuçãoaté ao 14º aniversário

97,8/90,5 95,7/ 94,64

Proporção de crianças com 3 meses, com DTPaHibVIP (vacinação atempada)

97,1 99,6

Proporção de crianças com 3 meses, com VHB (vacinação atempada)

97,7 95,6

Proporção de crianças com 13 meses, com VASPR (vacinação atempada)

89,4 87,4

Proporção de crianças com 13 meses, com Men C (vacinação atempada)

90,6 88,4

Proporção de raparigas com 13 anos, com 3 doses de vacina HPV 71,6 90,2

Proporção de adultos com 25 anos com vacina tétano actualizada 90,5 87,69

Proporção de adultos com 65 anos com vacina tétano actualizada 89,9 87,9

Proporção de jovens com 18 anos com vacina VASPR actualizada 98,9 97,9

Proporção de profissionais de saúde com vacina VASPR (ou VAS) actualizada

91,8 91,8

Proporção dos utentes com 65 ou mais anos ou doença crónica com vacina anti-gripe sazonal

45,4* 38,27*

Fonte: SINUS e SIARS *Dados 31/12/2015

Da análise do quadro destaca-se:

A meta relativa ao PNV cumprido aos 7 anos de idade ficou, cerca de dois pontos percentuais abaixo da

meta estabelecida. Uma explicação possível será a influência do fator migração (os que emigram deixam

de responder às convocatórias e os que imigram não têm o PNV atualizado, de acordo com o nosso

calendário).

A Vacinação atempada com VHB II, aos 3 meses de idade, encontra-se desfasada 1,5% em relação à

meta. Tal facto poderá atribuir-se ao adiamento (incorrecto) desta vacina para cumprir a vacinação

pneumocócica ou outras (não pertencentes ao PNV).

Nos adultos com 65 anos a meta traçada é ambiciosa (relativamente ao estabelecido pela DGS – 85%).

Ficámos com um desfasamento de 2 pontos percentuais, mas 3% acima da meta proposta pela DGS.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

71

Relativamente à meta proposta para a imunização, dos profissionais de saúde, para o sarampo, ficámos

3 pontos percentuais abaixo.

Os indicadores de execução aos 10, 7 e 14 anos apresentam valores muito bons e com evolução positiva

de 2014 para 2015.

Figura 56 - Evolução, 2014 para 2015, do PNV cumprido ou em execução aos 2, 7 e 14 anos

86

88

90

92

94

96

% crianças c/ 2 anos,

PNV cumprido ou em

execução ao 2º aniversário

% crianças c/ 7 anos,

PNV cumprido ou em

execução ao 7º aniversário

% jovens c/ 14 anos,

PNV cumprido ou em

execução ao 14º aniversário

93,194,3

90,5

95,7394,82 94,64

2014 2015

Fonte: SIARS 2015

Outras Atividades desenvolvidas no âmbito do programa

• Foi realizada uma reunião do Núcleo Coordenador da Vacinação com os Enfermeiros de Saúde

Pública e os Interlocutores de Vacinação de todas as UF do ACeS BV. A agenda desta reunião foi:

início da vacinação Pneumocócica no PNV e alterações relativas a grupos de risco.

• Foram publicados artigos na comunicação social: jornais locais e institucionais relativamente à

vacinação e nomeadamente à vacinação contra a gripe.

• Foram realizados dois cursos de vacinação, destinados a médicos e enfermeiros, com a duração de

14 horas cada e distribuídos por dois dias.

6.9 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS

A epidemiologia estuda os fenómenos de saúde e dos seus determinantes. A vigilância epidemiológica

consiste num conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a deteção e prevenção de qualquer

mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade

de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controlo das doenças transmissíveis e não

transmissíveis.

O carácter cada vez mais abrangente da vigilância epidemiológica é hoje testemunhado pela enorme

diversidade de fenómenos que podem constituir o seu objecto, que vão desde os fenómenos da própria

saúde humana, a outros que a influenciam directa ou indirectamente, como é o caso de certas doenças

animais ou de factores ambientais.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

72

As doenças infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial, devido ao

aparecimento de novas doenças transmissíveis e a re-emergência de outras que se supunham

controladas, representando um desafio e uma preocupação para a saúde pública.

6.9.1 Doenças de Declaração Obrigatória

O sistema de vigilância de Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) é garantido através do Sistema

Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE). Trata-se de um sistema de vigilância de saúde pública

multifacetado, destinado a fornecer às Autoridades de Saúde Locais, Regionais e Nacional a capacidade

de monitorizar a ocorrência e disseminação de doenças transmissíveis, fornecendo a base para o

planeamento e intervenção na sua prevenção e controlo.

As doenças transmissíveis de declaração obrigatória são aquelas que foram definidas para uma

monitorização anual e para as quais a informação regular e temporalmente adequada, relativamente

aos casos individuais de doença, são considerados necessários para a sua prevenção e controlo.

A notificação de uma doença transmissível, a nível local, protege a saúde da população assegurando a

identificação e seguimento dos casos, identificação de contactos, investigação e contenção de surtos de

doença e limitar o risco ambiental. Permite, em paralelo, recolher, analisar, interpretar e divulgar dados

sobre essas doenças, identificar as suas tendências a nível local, regional e nacional e monitorizar a

necessidade e impacto dos programas nacionais de prevenção e controlo.

A aplicação informática de suporte ao SINAVE, desde 01 de Junho de 2014, era de utilização obrigatória

para o registo do inquérito epidemiológico pela Autoridade de Saúde de nível local. A partir de 1 de

Janeiro de 2015, também passou a ser de utilização obrigatória para a notificação de doenças

transmissíveis e outros riscos em saúde pública, permitindo ao médico, notificar em tempo real à

Autoridade de Saúde Local, Regional e Nacional. Esta notificação em tempo real e oportuno tem como

objectivo a implementação de medidas de prevenção e controlo, de acordo com as competências,

limitando assim a disseminação da doença e a ocorrência de casos adicionais

Doenças Notificadas

- Em 2015 foram notificados, no total, 406 casos de doenças dos quais 143 foram casos notificados com

data diagnóstico anterior a 2015.

- Foram validadas, no SINAVE, todas as notificações.

-Foram realizados 98,9% do total dos inquéritos epidemiológicos (274). Não foi realizado inquérito

epidemiológico em 3 casos (1 caso de Hepatite B e 2 casos de Hepatite C).

- Foram associados 2 casos de VIH/SIDA. Não houve criação de surtos pela sua inexistência.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

73

Quadro 26 – Notificações de DDO

Indicador Resultado (na ou

%)

% Notificações validadas no SINAVE 100%

% Inquéritos epidemiológicos realizados 98,9%

Nº casos notificados com data diagnóstico <2015 143

Nº casos notificados com data diagnóstico de 2015 263

Nº casos notificados 406

Nº casos confirmados 167

Nº casos prováveis 47

Nº casos possíveis 14

Nº casos que não são casos 35

Fonte: Relatório USP 2015

Em 2015, foram notificadas 406 DDO no ACeS BV, conforme tabela anexa, das quais 144 eram de

diagnóstico anterior a 2015, nomeadamente, casos de Hepatite B, C e VIH/SIDA. Assim, através do

SINAVE foram notificados 263 novos casos em 2015, destacando-se a Tuberculose, VIH/SIDA e Hepatite

C, como as DDO com maior número de casos.

Quadro 27 – Casos notificados por DDO no ACeS BV em 2015 Doenças de Declaração Obrigatória nº casos

notificados

nº casos notificados com data diagnóstico < 2015

Nº casos notificados com data diagnóstico

de 2015

nº casos notificados com data diagnóstico de 2015 classificados

Caso confirmado

Caso Provável

Caso Possível

Não é caso

Campilobacteriose 5 0 5 5 0 0 0

Doença de Creutzfeldt Jakob 1 0 1 0 1 0 0

Doença dos Legionários 11 1 10 10 0 0 0

Doença invasiva meningocócica 4 0 4 3 0 0 1

Doença invasiva pneumocócica 8 1 7 7 0 0 0

Doença invasiva por Haemophilus influenzae

1 0 1 1 0 0 0

Febre escaro-nodular (Rickettsiose) 11 0 11 1 7 0 3

Febre Q 1 0 1 1 0 0 0

Gonorreia 4 0 4 3 0 0 1

Hepatite A 1 0 1 1 0 0 0

Hepatite B 46 32 14 14 0 0 0

Hepatite C 95 59 36 34 0 0 2

Infeção por Chlamydia Trachomatis - Excluindo Linfogranuloma Venéreo

2 0 2 1 0 0 1

Leptospirose 3 0 3 2 0 0 1

Malária 7 0 7 7 0 0 0

Parotidite Epidémica 24 0 24 0 0 9 15

Rubéola - Excluindo Rúbeola Congénita 1 0 1 0 0 0 1

Salmoneloses não Typhi e não Paratyphi

10 0 10 10 0 0 0

Sarampo 3 0 3 0 0 0 3

Sífilis – Excluindo Sífilis Congénita 28 5 23 1 18 0 4

Tosse Convulsa 11 0 11 10 1 0 0

Tuberculose 51 8 43 18 19 5 1

VIH (Infeção por virús da imunodeficiência humana)/SIDA

78 37 41 38 1 0 2

Nº Total de casos 406 143 263 167 47 14 35

Fonte: Relatório USP 2015

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74

Figura 57 – N.º casos notificados com data diagnóstico de 2015, segundo a classificação

16747

14

35

Caso confirmado Caso Provável Caso Possível Não é caso

Fonte: Relatório USP 2015

Destaca-se em 2015, à semelhança de anos anteriores, a tuberculose respiratória com o maior número

de casos (43). O VIH e a Hepatite C encontram-se respectivamente no 2º e 3º lugar das DDO mais

notificadas.

Figura 58 – N.º casos (DDO)notificados com data diagnóstico de 2015

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

5

1

10

47

1

11

14

1

14

36

2 3

7

24

1

10

3

23

11

4341

Fonte: Relatório USP 2015

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75

6.9.2 Surto de Ébola

Em 2014, surgiu o surto de Ébola na África Ocidental que levou a OMS a decretar o estado de

emergência de Saúde Pública de âmbito internacional. Em Outubro de 2014 foi criada a Plataforma de

Resposta à Doença pelo Vírus Ébola e ao nível político foi reforçada com a criação da Comissão

Interministerial de Coordenação da Resposta ao Ébola, com o objetivo de coordenar as respostas e

decisões políticas de caráter intersectorial e transversal sobre o surto de Ébola.

A Plataforma de Resposta à Doença por Vírus Ébola, tinha como objetivo detetar precocemente casos

importados, impedir ou minimizar a ocorrência de casos secundários e de cadeias de transmissão da

doença em Portugal, bem como definir, divulgar e operacionalizar um Plano de Resposta/ Contingência,

com Orientações e Protocolos de atuação, que se encontrava operacional em todos os centros de saúde

do ACeS BV, até final de Setembro de 2015.

A 22 de Setembro de 2015, foi proposta a extinção da Comissão Interministerial de Coordenação da

Resposta ao Ébola, foi solicitado à Autoridade Nacional de Aviação Civil e à Direção Geral da Autoridade

Marítima a suspensão de material informativo sobre o Ébola. No âmbito da Sanidade Marítima foi

divulgada essa informação junto dos responsáveis.

6.9.3 Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos

O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) foi

considerado um programa de saúde prioritário pelo Despacho n.º 2902/2013 de 22 de fevereiro, tendo

resultado da fusão do Programa Nacional de Controlo de Infeção com o Programa Nacional de

Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos. Através do Despacho n.º 15423/2013 de 26 de

novembro foram criados os Grupos de Coordenação Regional e Local do PPCIRA.

Os objetivos gerais deste programa são a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde,

a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com

resistência a antimicrobianos (Despacho n.º 15423/2013).

O presente programa desenvolve-se durante um horizonte temporal de um ano e assenta nas seguintes

vertentes:

- Vertente Organizacional;

- Vertente de Vigilância Epidemiológica (VE);

- Vertente Práticas Clínicas Seguras;

- Vertente Formação/ Informação.

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76

Na elaboração deste programa foi tida em conta a realidade deste ACeS, caraterizado por um elevado

número de UF, grande dispersão geográfica, escassez de horas atribuídas aos elementos constituintes

do Grupo Coordenador Local do PPCIRA (GCL-PPCIRA) e recursos materiais insuficientes e/ou

inapropriados.

Pretende-se alcançar uma uniformização, adequação e implementação de procedimentos a respeitar

pelos profissionais de saúde do ACeS BV, no sentido de assegurar a qualidade dos serviços prestados e

consequentemente contribuir para a prevenção e o controlo da infecção nas UF, nas seguintes áreas de

intervenção:

- Higiene das mãos;

- Etiqueta respiratória;

- Utilização de EPIs;

- Descontaminação do equipamento clínico;

- Higiene ambiental;

- Manuseamento seguro da roupa;

- Recolha segura de resíduos;

- Práticas seguras na preparação e administração de injetáveis.

Em 2015, foi elaborado pelo Grupo Coordenador Local do PPCIRA e posteriormente distribuído às UF um

Manual de Procedimentos sobre Reprocessamento de DM, o qual pretende definir um conjunto de

especificações técnicas, uniformizando atuações a respeitar pelos profissionais de saúde do ACeS BV,

no sentido de assegurar a qualidade dos serviços prestados e consequentemente contribuir para a

prevenção e o controlo da infecção nas UF.

Relativamente à vertente formativa, o GCL propôs ao Conselho Clínico e de Saúde a realização de acções

de formação sobre tratamento adequado de feridas, tratamento das infecções respiratórias e urinárias/

prescrição antibiótica, que foram realizadas.

Para além disto, o GCL promoveu a participação dos EL de todas as UF do ACeS numa formação em

Coimbra realizada pelo GCR.

6.9.4 Sanidade Internacional

O Serviço de Sanidade Internacional compreende a Sanidade de Fronteiras nos portos de mar e

aeroportos da região e a Consulta do Viajante.

- Sanidade Marítima - Porto de Aveiro

Na área da Sanidade Internacional, o ACeS assegura a Sanidade Marítima do Porto de Aveiro.

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77

Pretende-se com a execução do programa dar cumprimento ao disposto no Regulamento Sanitário

Internacional (RSI), publicado no Diário da Republica I Série n.º 16 de 23 de Janeiro de 2008, e Manual

de Sanidade Marítima da Direcção Geral da Saúde de 3 de Novembro de 2011, visando o controlo dos

factores de risco ambientais e vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis nas fronteiras

portuárias, e assim diminuir o risco de importação e/ ou exportação de doenças transmissíveis.

No quadro abaixo encontra-se discriminado os resultados dos indicadores de execução relativos às

atividades desenvolvidas, neste âmbito.

Quadro 28 - Atividades de Sanidade Marítima - Porto de Aveiro - em 2015

INDICADORES META (%) Atingido em 2015

Nº TAXA (%)

Livres práticas concedidas 100 1024 100

Desembaraços concedidos 100 1415 100

Execução de vistorias a navios

100 70 100

Execução de prorrogações 100 1 100

Execução de notas de débito emitidas

100 1078 100

Execução de vistorias ambientais

70 10 70

Execução de colheitas de água para consumo humano

90 11 84,5

Fonte: Relatório USP 2015

O programa de Sanidade Marítima tem especificidades próprias. Esta situação obriga a que algumas das

atividades tenham metas de 100%. Se estas metas não fossem atingidas, os navios tinham que atrasar a

entrada e/ ou permanecer em Porto mais do que o tempo necessário às operações de carga e descarga,

situação que seria de todo incomportável.

Trata-se uma atividade que exige disponibilidade permanente, 24h/dia, incluindo feriados e fins-de-

semana.

A resposta dada às solicitações foi adequada. Não houve reclamações, nem nenhum navio sofreu

atrasos decorrentes das atividades dos serviços de Sanidade Marítima.

Dos certificados sanitários emitidos, 50 foram de isenção de controlo sanitário e 20 de controlo sanitário

(contemplam medidas de correção).

O número de desembaraços concedidos foi superior ao número de livres práticas, uma vez que o

desembaraço caduca ao final de 24 horas. Se o navio é colocado nas saídas é concedido o desembaraço,

se por razões operacionais não sair em 24horas necessita de novo desembaraço.

Realça-se a necessidade de adquirir equipamento de proteção individual para a realização das vistorias,

nomeadamente: casaco impermeável (um de verão), com a identificação “Sanidade Marítima” em

Português e Inglês e coletes reflectores.

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78

Para a vistoria à cozinha do navio, tem sido utilizado o material afeto à vigilância dos estabelecimentos

do ramo alimentar (bata e proteção para o cabelo). Quando é necessário medir o cloro e o pH da água,

utiliza-se o equipamento usado para a ACH e piscinas. Assim, considera-se que deveria ser assegurado

material exclusivo para a execução destas atividades.

A intervenção dos serviços de Sanidade Marítima implica custos para os agentes portuários. No ano

2015 foram cobradas taxas sanitárias no valor 242 850 € (duzentos e quarenta e dois mil, oitocentos e

cinquenta euros).

- Medicina de Viagens e Centro de Vacinação internacional de Aveiro

A Consulta de Medicina de Viagens é desenvolvida no Centro de Vacinação Internacional de Aveiro,

sediado no Laboratório de Saúde Pública de Aveiro.

Esta consulta do viajante é desenvolvida em equipa (Médico/Enfermeiro), onde é feita a avaliação do

risco clínico, educação e informação para a saúde e prescrição terapêutica (medicamentosa e vacinal) e

administração de vacinas. São também administradas, em consulta de enfermagem, vacinas resultantes

de prescrições externas (Centro Centro Hospitalar do Baixo Vouga e de privados).

Atividades

Em 2015,foram efetuadas 1.326 consultas médicas e 1.456 consultas de enfermagem. A consulta de

enfermagem registou mais 130 atendimentos a utentes provenientes de outras consultas exteriores e

portadores de prescrição vacinal. A equipa é assessorada, sob o ponto de vista administrativo, por uma

profissional que presta apoio à totalidade das consultas. Foram registados 3.152 atendimentos

telefónicos por esta profissional.

A procura da consulta verifica-se maioritariamente pelo sexo masculino (64%).

Figura 59 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por sexo

Sexo

36%

64%

Feminino Masculino

Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2015

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79

Quanto à idade dos utentes que procuram a consulta verifica-se que a tendência dos últimos anos se

mantém com a prevalência situada na idade adulta (21-60 anos)

Figura 60 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por idade

100

200

300

400

500

600

700

800

Não

referiu

<10

anos

10 a 20

anos

21 a 40

anos

41 a 60

anos

>60

anos

Idade

Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2015

Quanto ao destino, é o Continente Africano que é mais procurado (70,58%).

Quadro 29 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por destino

Destino - Continentes Frequência Percentagem

Africa 1058 70,53

Europa 4 0,27

Asia 313 20,87

Oceania 2 0,13

America 123 8,20

Total 1500 100,00

Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2015

Quanto à permanência constatou-se que o período com maior prevalência é o de até 15 dias.

Figura 61 – Tempo de permanência

100

200

300

400

500

600

700

Não

referiu

até 15

dias

16 dias a

1 mês

1 a 3

meses

+ 3 meses

Permanência

Fonte: Relatório da USP, 2015

Relativamente às vacinas inoculadas temos a registar que foram administradas 2.171 vacinas internacionais e 385 do PNV.

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80

6.9.5 Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA

O Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH/SIDA assume uma visão coincidente com

a da ONUSIDA que prevê zero novas infeções, zero mortes relacionadas com a SIDA e zero casos de

discriminação. Para concretizar esta visão é necessário, uma estratégia de prevenção e controlo da

infeção por VIH e coordenar o contributo de múltiplos setores e instituições numa perspetiva de

garantir uma abordagem multissetorial à infeção.

Mortalidade

No que respeita à mortalidade por VIH/SIDA, em 2013 na Região de Aveiro, houve 4 óbitos (dos quais 3

homens e 1 mulher).

No que respeita a esta causa, a relação de masculinidade ao óbito foi de 300 óbitos masculinos por cada

100 femininos e a idade média ao óbito, de 52,5 anos, o que é preocupante e contribui para a taxa de

mortalidade prematura.

A taxa bruta de mortalidade foi de 1,1 óbitos por 100 000 habitantes. A taxa de mortalidade pa-

dronizada para todas as idades foi de 0,9 óbitos por 100 000 habitantes, inferior à registada para as

idades de 65 e mais anos (1,8). O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 70 anos, a taxa de

anos potenciais de vida perdidos, de 22,1 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida

perdidos de 17,5 (quadro 30).

Quadro 30 - Mortalidade por VIH/SIDA, em 2012, no Baixo Vouga

VIH/SIDA Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 4 3 1

Idade média à morte (N.º de anos) 52,5 47,5 67,5

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 3 3 0

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 1 0 1

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 4 3 1

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 0 0 0

Relação de masculinidade 300

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 0,9 1,6 0,4

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0,8 1,8 0

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 1,8 0 3,2

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 1,1 1,7 0,5

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 70 68 3

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 22,1 43,8 1,5

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 17,5 22,5 2,5

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 18,6 37,5 1

Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

81

No sentido de contribuir para a diminuição do risco de infeção por VIH, bem como da vulnerabilidade à

infeção e do impacto da epidemia, foram desenvolvidas, pelo ACeS, diversas atividades:

- Realização de testes rápidos de VIH/SIDA – No ano 2015, apesar de estar em funcionamento esta

atividade nos concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo e Ovar, apenas foram feitos 2

testes rápidos com aconselhamento, um em Águeda e outro, em Estarreja. Ambos os testes realizados

apresentaram um resultado de negativo. O CAD de Aveiro em 2015, realizou 232 testes rápidos com

aconselhamento, dos quais 224 resultados foram negativos e 8 foram positivos, tendo estes últimos sido

encaminhados para a unidade de Infeciologia do Hospital de referência (Unidade de Aveiro – CHBV).

- “Programa diz Não a uma Seringa em Segunda Mão” – Este Programa tem como objetivos: prevenir a

transmissão endovenosa do VIH na população utilizadora de drogas injetáveis; evitar a partilha de

seringas facilitando o acesso a seringas estéreis; e evitar o abandono e reutilização de seringas

recolhendo-as para destruição.

Este programa iniciou no ACeS no ano 2013, altura em que as farmácias saíram do programa, numa

tentativa de reconduzir os utilizadores das farmácias para os CS. As farmácias estiveram sem trocar

seringas desde 2013 até finais de 2014, altura em que reiniciaram o programa. Assim, verificamos que

desde o inicio do programa nos Centros de Saúde registou-se um acréscimo da procura dos utilizadores

de drogas injetáveis por este serviço, situação que se inverte no último trimestre de 2014, em que com a

entrada das farmácias se regista uma redução da procura pelos CS. Ao longo destes 3 anos no ACeS

foram trocadas 5.679 Kits de seringas.

Figura 62 – Evolução do número de kits de seringas trocados no ACeS BV de 2013 a 2015

39

174

193192

126

200 204

195

222

203

220

186

264

216

174

199

272

243

189

242

198

115

169

177

10787

119

143

134

100

8390

104

100

0

50

100

150

200

250

300

ma

rço

ab

ril

ma

io

jun

ho

julh

o

ag

ost

o

sete

mb

ro

ou

tub

ro

no

vem

bro

de

zem

bro

jan

eir

o

feve

reir

o

ma

rço

ab

ril

ma

io

jun

ho

julh

o

ag

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o

sete

mb

ro

ou

tub

ro

no

vem

bro

de

zem

bro

jan

eir

o

feve

reir

o

ma

rço

ab

ril

ma

io

jun

ho

julh

o

ag

ost

o

sete

mb

ro

ou

tub

ro

no

vem

bro

de

zem

bro

2013 2014 2015

Evolução do Nº de Kits de seringas trocados no ACeS BV: 2013-2015

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

82

No ano 2015, no ACeS BV, foram trocadas 1.413 seringas nos concelhos de Aveiro, Ílhavo, Oliveira do

Bairro, Ovar e Vagos (Figura 63).

Foi no Centro de Saúde de Ílhavo que ocorreu o maior número de troca de seringas (70,77%), seguido

dos Centros de Saúde de Aveiro (15,57%) e de Vagos (9,2%), Oliveira do Bairro (3,8%) e Ovar (6%).

Figura 63 – Número de Kits de seringas trocados, segundo os concelhos do ACeS BV em 2015

0 0

220

0

1000

057

6 0

130

0

200

400

600

800

1000

1200

Nº de kits de seringas trocados, por concelho do ACeS BV em 2015

6.9.6 Tuberculose/CDP

No âmbito do Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose, o Centro de Diagnóstico e Tratamento

Pneumológico do ACeS , em 2015, foram notificadas 51 casos de tuberculose (DDO), 8 diagnosticadas

antes de 2015 e 43 com diagnóstico em 2015.

No âmbito do Centro de Diagnóstico e Tratamento Pneumológico no ano de 2015 foram realizadas

3.120 consultas, das quais 622 foram primeiras consultas. Ao longo dos anos representados, o género

masculino, foi o que apresentou uma maior frequência de consultas (Quadro 31 e Figura 64). No ano

2015 foram realizadas 1.151 provas tuberculinas e 196 inoculações de BCG.

Quadro 31 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género e do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015

Nº Total de Consultas

Nº Total de 1ªs

Consultas Inoculações com BCG Provas Tuberculinas

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Feminino 1135 1890 1550 310 293 320 - - - -

Masculino 1183 1933 1570 286 460 302 - - - -

Total 2318 3823 3120 596 757 622 637 471 196 1096 1361 1151

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2015

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83

Figura 64 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género, 2013/2015

0

500

1000

1500

2000

2013 2014 2015 2013 2014 2015

Nº Total de Consultas Nº Total de 1ªs Consultas

1135

1890

1550

310

293

320

1183

1933

1570

286 46

0

302

Feminino Masculino

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2015

Dos quadros apresentados registou-se neste triénio, uma ligeira flutuação no número de provas

tuberculina realizadas e uma redução, sobretudo a partir de 2014, do número de inoculações de BCG,

atribuíveis à ausência de vacina da BCG em Portugal em finais de 2015.

Figura 65 - Evolução do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015

637

471

196

1096

1361

1151

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

2013 2014 2015

Inoculações com BCG Provas Tuberculinas

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

- Foram 52, o número de doentes inscritos no CDP no ano de 2015, dos quais 38 (74,5%) eram do

género masculino. Em 2015, estiveram em vigilância 250 indivíduos, dos quais 126 eram do género

masculino. Foram acompanhados 283 indivíduos identificados como contactos, sendo a sua maioria do

género masculino (168) - Quadro 32 e Figura 66.

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84

Da análise comparativa entre o ano 2013 a 2015, podemos concluir que se verificou uma redução do

número de doentes (Quadro 30 e Figura 30).

Quadro 32 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014

Doentes Vigilância Contactos

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Feminino 22 34 14 76 111 124 209 287 115

Masculino 47 20 38 81 145 126 175 383 168

Total 69 54 52 157 256 250 384 670 283

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Figura 66 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2015

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Doentes Vigilância Contactos

22 34

14

76

111 12

4

209

287

115

47

20

38

81

145

126

175

383

168

Feminino Masculino

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Altas

Em 2015 houve 51 doentes com alta de CDP, na sua maioria do género masculino (34). Tiveram também

alta, 103 Indivíduos que estavam em vigilância e 452 contactos.

Quadro 33 - Evolução da distribuição do n.º total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com

alta segundo o género no CDP, 2013/2015 Doentes Vigilância Contactos

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Feminino 13 43 17 105 56 58 343 262 180

Masculino 40 26 34 144 68 45 327 321 272

Total 53 69 51 249 123 103 670 583 452

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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85

Figura 67 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2015

0

50

100

150

200

250

300

350

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

Doentes Vigilância Contactos

13

43

17

105

56 58

343

262

180

40

26 34

144

68

45

327

321

272

Feminino Masculino

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Relativamente à situação dos doentes em final de 2015 destaca-se: 31 indivíduos em tratamento no

Centro de Diagnóstico Pneumológico, dos quais 30 em “tratamento controlado”; 12 indivíduos

“negativaram”; 3 ainda se encontram em situação de “eliminadores de bacilos”; e 6 “curaram”.

6.10 PROMOÇÃO DA SAÚDE

6.10.1 Promoção da Saúde em Meio Escolar

O PNSE abrangeu as 4 áreas de intervenção, conforme o preconizado pelo programa em vigor para este

ano lectivo. Foram abrangidas 100% das escolas nos diferentes níveis de ensino incluindo as escolas

profissionais e privadas.

Da análise do quadro e figura seguintes, regista-se do ano lectivo 2013/2014 para 2014/2015 um

aumento na taxa de cobertura de alunos em todos os ciclos de estudos, tendo este aumento se ter feito

sentir mais no Ensino Secundário, seguido do 2º Ciclo do Ensino Básico. No que se refere à taxa de

cobertura de docentes, regista-se um aumento em todos os ciclos de estudo, com excepção do ensino

secundário.

Quadro 34 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

Fonte: Relatório da USP, 2015

2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15

Pré-escolar 6915 8390 4645 7300 67,2 87 389 458 204 354 52,4 77,29

1º Ciclo do Ensino

Básico 14247 13584 11837 12985 83,1 95,59 855 758 563 598 65,8 78,89

Básico 7840 8222 5586 8222 71,3 100 1199 910 734 598 61,2 65,71

Básico 11709 11603 8633 11120 73,7 95,84 1148 1085 477 877 41,6 80,83

Ensino Secundário 9920 9245 6070 9092 61,2 98,35 1292 1346 757 661 58,6 49,11

Taxa de Cobertura

PNPSE- docentes

(%)Nível de Ensino /

ano letivo

Nº total de alunos

Nº Total de alunos

abrangidos pelo

PNPSE

Taxa de Cobertura

PNPSE - alunos

(%)

Nº pessoal

docente

Nº Total de

docentes

abrangidos pelo

PNPSE

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86

Figura 68 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade

desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino

Básico

2º Ciclo do Ensino

Básico

3º Ciclo do Ensino

Básico

Ensino Secundário

67

,2

83

,1

71

,3

73

,7

61

,2

87

95

,59

10

0

95

,84

98

,35

52

,4

65

,8

61

,2

41

,6

58

,6

77

,29

78

,89

65

,71

80

,83

49

,11

Taxa de Cobertura PNPSE - alunos (%) 2013/2014 Taxa de Cobertura PNPSE - alunos (%) 2014/2015

Taxa de Cobertura PNPSE- docentes (%) 2013/2014 Taxa de Cobertura PNPSE- docentes (%) 2014/2015

Fonte: Relatório da USP, 2014/2015

- Inclusão escolar

Regista-se do ano letivo 2013/2014 para 2014/2015 um aumento do número de alunos do 1º Ciclo do

Ensino Básico com necessidades de saúde especiais (NSE) e um aumento do número de alunos com NSE

acompanhados, de 22,5% para 55,6%. No que se refere ao número de alunos com Necessidades

Educativas Especiais (NEE) regista-se de 2013/2014 para 2014/2015 um aumento do número de alunos

com NEE e redução do número de crianças com NEE e NSE (em simultâneo).

Quadro 35 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

Nº Alunos do 1º

Ciclo do Ensino Básico

% de alunos com NSE alvo de acompanhamento pela SE, no 1º CEB

% de alunos com NEE e simultaneamente NSE em relação ao total alunos com NEE, no 1ºCEB

Nº alunos NSE

Nº de alunos NSE acompanhados

% Nº de alunos NEE

Nº de alunos NEE e NSE

%

2013/2014 14247 178 40 22,5 406 246 60,6

2014/2015 13584 257 143 55,6 529 197 37,2

Fonte: Relatório da USP, 2014/2015

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87

Figura 69 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

70

2013/2014 2014/2015

22,5

55,660,6

37,2

% alunos NSE acompanhados % alunos NEE e NSE

Fonte: Relatório da USP, 2014/2015

- Estilos de Vida - No que se refere à área dos estilos de vida e quanto à percentagem de alunos alvo de

projetos de promoção da saúde e/ou projetos de prevenção de comportamentos de risco, pode-se

concluir que foi no ensino secundário onde se verificou um maior investimento em Saúde Escolar,

seguido do 3º Ciclo do Ensino Básico (Quadro 36 e Figura 70), situação já verificada no ano letivo

anterior.

Quadro 36 - Número absoluto e relativo (%) de alunos alvo de projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015

Projetos nas áreas da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco

Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

2º Ciclo do Ensino Básico

3º Ciclo do Ensino Básico

Ensino Secundário

N % N % N % N % N %

Promoção de Ambientes Seguros e Saudáveis 2438 35,3 6530 45,8 3303 42,1 5122 43,7 4978 50,2

Prevenção do Consumo de Tabaco 0 0 0 0 1320 16,8 2219 19 4978 50,2

Promoção da Alimentação Saudável 2768 40 6621 46,5 3096 39,5 3800 32,5 3763 37,9

Educação Sexual 0 0 568 4 618 7,9 2025 17,3 2312 23,3

Prevenção Consumo de Álcool 0 0 0 0 767 9,8 1414 12,1 905 9,1

Prevenção Consumo de Substância Ilícitas

0 0 0 0 336 4,3 832 7,1 905 9,1

Promoção da Saúde Mental 0 0 57 0,4 152 1,9 835 7,1 0 0

Promoção de escovagem de dentes em ambiente escolar

1778 33,8 427 4,2 98 1,8 0 0 0 0

Promoção da realização de bochechos com fluoreto de sódio

0 0 7560 74,3 0 0 0 0 0 0

Fonte: Relatório da USP, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

88

Salienta-se que os projetos de promoção da alimentação saudável são os que apresentam maior taxa de

cobertura que é acima dos 81% em todos os ciclos de estudos, seguido do de ambientes seguros e

saudáveis que é acima dos 60% em todos os ciclos de estudos. Todos estes projectos visam aumentar a

literacia em saúde de forma a promover comportamentos e estilos de vida saudáveis.

Figura 70 -Percentagem de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

Promoção de Ambientes

Seguros e Saudáveis

Prevenção do Consumo de

Tabaco

Promoção da Alimentação

Saudável

Educação Sexual Prevenção Consumo de

Álcool

Prevenção Consumo de

Substância Ilícitas

Promoção da Saúde Mental

Promoção de escovagem de

dentes em ambiente escolar

35

,3

0

40

0 0 0 0

33

,8

45

,8

0

46

,5

4

0 0 0,4

4,2

42

,1

16

,8

39

,5

7,9 9

,8

4,3

1,9

1,8

43

,7

19

32

,5

17

,3

12

,1

7,1

7,1

0

50

,2

50

,2

37

,9

23

,3

9,1

9,1

0 0

Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico 2º Ciclo do Ensino Básico 3º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário

Fonte: Relatório da USP, 2015

Figura 71 - Taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2014/2015

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Pré-escolar 1º Ciclo do

Ensino Básico

2º Ciclo do

Ensino Básico

3º Ciclo do

Ensino Básico

Ensino

Secundário

87,095,6

100,095,8 98,4

77,3 78,9

65,7

80,8

49,1

%Cobertura PNPSE - alunos 2014/2015 %Cobertura PNPSE - docentes 2014/2015

Fonte: Relatório da USP, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

89

6.10.2 Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

No ano 2015 o ACeS desenvolveu um conjunto de atividades na área da promoção e proteção da saúde

oral em crianças e jovens no âmbito do programa, das quais se destaca: o bochecho de flúor em soluto e

a escovagem dos dentes na escola.

Assim, foram 7817 alunos (57,5%) abrangidos pelo bochecho com fluoreto de sódio nas escolas do 1º

Ciclo do Ensino Básico e 2765 alunos (22%) abrangidos de escovagem de dentes na escola, dos quais

1814 são alunos do ensino pré-escolar.

Quadro 37 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015

Nível de ensino

Nº Total de

Alunos

Nº de Alunos do 1.º CEB a Fazer Bochechos c/

Fluoreto de Sódio

% de Alunos do 1.º CEB a Fazer

Bochechos c/ Fluoreto de Sódio

Nº de alunos que escovam os dentes

nos estabelecimentos de educação

% de Alunos que escovam os dentes

nos estabelecimentos de educação

Ensino Pré-escolar

8252 0 0,0 1814 22,0

1º Ciclo do Ensino Básico

13584 7817 57,5 927 6,8

2.º Ciclo do Ensino Básico

7972 0 0,0 24 0,3

3.º Ciclo do Ensino Básico

11234 0 0,0 0 0,0

Ensino Secundário

8495 0 0,0 0 0,0

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Figura 72 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

% de Alunos do 1.º CEB a Fazer

Bochechos c/ Fluoreto de Sódio

% Alunos escovam os dentes

nos Estabelecimentos de Educação

0

22

57,5

6,8

00,3

Ensino Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico 2.º Ciclo do Ensino Básico

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

90

Foram ainda realizadas atividades na prestação de cuidados personalizados, preventivos e curativos a

grupos vulneráveis como seja a Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) e a Saúde Oral em Crianças e Jovens

(SOCJ).

- SOSI: No âmbito da SOSI foram emitidos 1374 cheques na Consulta de SI a crianças com menos de 7

anos de idade e utilizados 937 (68%) (Quadro 38 e Figura 73).

Quadro 38 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

Idade/ Ano letivo

<5 anos 5 Anos 6 anos Total

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

Nº de Cheques Utilizados 233 305 304 347 251 285 778 937

Nº de Cheques Emitidos 517 467 609 501 415 406 1541 1374

Taxa de Utilização dos cheques dentistas (%)

45 65 50 69 60,5 70 50,5 68

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Figura 73 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

70

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

<5 anos 5 Anos 6 anos Total

45

65

50

6960,5

70

50,5

68

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015 Verifica-se que houve do ano letivo 2013/2014 para o ano letivo 2014/2015, uma melhoria na taxa de

utilização dos cheques dentistas em todas as idades consideradas.

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91

Figura 74 - Evolução da taxa de utilização de cheques dentista (%) no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

70

2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15

<5 anos 5 Anos 6 anos Total

45

65

50

69

60,5

70

50,5

68

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

- SOCJ: Saúde Oral em Crianças e Jovens foram rastreadas as crianças dos 7, 10 e 13 anos das escolas

públicas e IPSS´s, tendo sido emitidos 15.070 cheques dentistas e 1.376 referenciações para higienista

oral sendo que, foram utilizados 11.468 cheques dentistas e 955 referenciações higienista oral, o que

corresponde a uma taxa de utilização de 77% e 69%, respetivamente (Quadro 39, Figura 75 e Figura 76).

Quadro 39 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

Idade 7 anos 10 Anos 13 anos Total

Ano letivo 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15

Nº de Cheques Utilizados

3116 3211 3227 3124 5815 5133 12158 11468

Nº de Cheques Emitidos

3855 4031 4750 4538 7215 6501 15820 15070

Taxa de utilização dos cheques dentistas (%)

81 80 68 69 81 79 77 77

Nº de Referenciações Higienistas Orais Utilizados

426 515 129 203 178 237 733 955

Nº de Referenciações Higienistas Orais Emitidos

737 713 320 306 478 357 1535 1376

Taxa de Utilização referenciação higienista oral (%)

58 72 40 66 37 66 48 69

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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92

Figura 75 - Evolução do número de cheques dentista emitidos e utilizados e do número de

referenciações higienistas emitidas e utilizadas, no âmbito do SOCJ, segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015

7 anos 10 Anos 13 anos

31

16

32

11

32

27

31

24

58

15

51

33

38

55

40

31 47

50

45

38

72

15

65

01

42

6

51

5

12

9

20

3

17

8

23

773

7

71

3

32

0

30

6

47

8

35

7

Nº de Cheques Utilizados Nº de Cheques Emitidos

Nº de Referenciações Higienistas Orais Utilizados Nº de Referenciações Higienistas Orais Emitidos

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Em termos evolutivos, apesar da taxa de utilização de cheques dentistas total ser igual em ambos os

anos letivos considerados (2013/2014 e 2014/2015), nas idades específicas verifica-se algumas

oscilações. No que se refere à taxa de utilização de referenciação higienista oral, regista-se um aumento

da taxa de utilização de 48% para 69%, sendo que este aumento é registado em todas as idades

consideradas (Figura 76).

Figura 76 - Evolução da distribuição da taxa de utilização de cheques dentista e referenciações higienistas no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015

7 anos 10 Anos 13 anos Total

81 80

68 69

81 79 77 77

58

72

40

66

37

66

48

69

Taxa de utilização dos cheques dentistas (%) Taxa de Utilização referenciação higienista oral (%)

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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93

No Quadro e Figura seguintes encontra-se a informação sobre o tratamento oral efectuado pelos

médicos dentistas aderentes ao PNSO.

Quadro 40 – Tratamento oral efetuado por cheque dentista em 2015

Idade 7 anos 10 Anos 13 anos Total

Aplicação Tópica de fluoretos 509 202 228 939

Instrução e motivação de higiene oral na criança 515 208 237 960

Destartarização 347 139 182 618

Polimento dentário 466 188 210 844

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Verifica-se que é nas crianças dos 7 anos onde são efectuados mais tratamentos dentários e nas crianças

com 10 anos onde se regista um menor número. Salienta-se que o tipo de tratamento dentário realizado

em maior número é a instrução e motivação de higiene oral na criança, seguido da aplicação tópica de

fluoretos.

Figura 77 - Tratamento oral efetuado segundo a sua tipologia, em 2015

0

100

200

300

400

500

600

Aplicação Tópica

de fluoretos

Instrução e

motivação de higiene oral na

criança

Destartarização Polimento dentário

509

515

347

466

202

208

139 18

8228

237

182 21

0

7 anos 10 Anos 13 anos

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

No Quadro e Figura seguintes encontram-se representadas a distribuição absoluta e relativa das

crianças, segundo o índice de CPO, que utilizam cheque dentista.

Quadro 41 – Distribuição das crianças segundo o CPO das crianças que utilizaram cheque dentista, 2015

7 anos 10 Anos 13 anos Total

n % n % n % n %

Dente São 5394 55,8 4529 71,5 5507 75,0 15430 66,1

Dente Selado 80 0,8 330 5,2 881 12,0 1291 5,5

Dente Ausente 4200 43,4 1479 23,3 951 13,0 6630 28,4

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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94

Figura 78 – Índice de CPO das crianças que utilizaram cheque dentista

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7 anos 10 Anos 13 anos

5394

4529

5507

80330

881

4200

1479951

Dente São Dente Selado Dente Ausente

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

No que se refere à emissão de cheque dentista para tratamento de 2 dentes permanentes com cárie a

crianças de 8, 9, 11, 12, 14 e 15 anos, que tiveram acesso ao PNPSO nos anos anteriores e que

terminaram os planos de tratamento, verifica-se um aumento do número de cheques emitidos e

utilizados, do ano letivo 2013/2014 para 2014/2015, com uma taxa de utilização global que evoluir de

61 para 82% (Quadro 42 e Figura 79).

Quadro 42 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens, e respetiva taxa de utilização – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

Idade/ Ano letivo

8 Anos 9 Anos 11 Anos 12 Anos 14 Anos 15 Anos Total

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

20

13

/20

14

20

14

/20

15

Nº de Cheques Utilizados

75 91 89 117 44 71 80 92 17 49 0 0 305 420

Nº de Cheques Emitidos

137 105 148 146 72 92 107 113 33 55 0 0 497 513

Taxa de Utilização dos cheques dentistas (%)

55 85 60 80 61 77 75 81 13 89 0 0 61 82

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

95

Figura 79 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015

0

20

40

60

80

100

120

140

16020

13/2

014

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

2013

/201

4

2014

/201

5

8 Anos 9 Anos 11 Anos 12 Anos 14 Anos 15 Anos

75

91 89

117

44

7180

92

17

49

0 0

137

105

148 146

72

92

107113

33

55

0 0

Nº de Cheques Utilizados Nº de Cheques Emitidos

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

- SOG: Relativamente à emissão de cheque dentista às grávidas cuja situação clínica o justifique, verifica-

se que foram emitidos em 2015, 3690 cheques (mais 249 face ao ano anterior) e utilizados 2651

cheques (mais 125 face ao ano anterior), o que corresponde a uma taxa de utilização de 72%.

Quadro 43 - Evolução do número de cheques emitidos, utilizados e da Taxa de utilização de cheques dentista, por grupos etários às grávidas (2014 - 2015)

Idade/Anos <15 Anos

15-19 Anos 20-24 Anos 25-29 Anos 30-34 Anos

35-39 Anos

>=40 Anos TOTAL

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

Cheques utilizados 6 1 135 125 311 371 665 705 890

874

436

506

83 69 2526 2651

Cheques emitidos 7 2 165 157 439 511 906 956

1202

1225

623

784

107

105 3449 3690

Taxa de Utilização 86 50 82 80 71 73 73 74 74 71 70 69 78 66 73 72

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

Conclui-se ainda que é nas idades inferiores a 19 anos e superiores a 40 anos onde se regista uma maior

taxa de utilização de cheques dentista.

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96

Figura 80 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOG segundo o grupo etário da grávida (2014 - 2015)

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

<15 Anos 15-19 Anos 20-24 Anos 25-29 Anos 30-34 Anos 35-39 Anos >=40 Anos

6 1

135

125

311 37

1

665

705

890

874

436 50

6

83 69

7 2

165

157

439 51

1

906 95

6

1202

1225

623

784

107

105

Cheques utilizados Cheques emitidos

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

- SOPI: No que se refere à Saúde Oral em Pessoas Idosas (SOPI) com emissão de dois cheques no

máximo, num período de 12 meses, aos utentes do SNS beneficiários do Completo Solidário verificamos

que, foram emitidos 374 cheques dentistas em ambos os anos considerados e utilizados 335 cheques

dentista em 2015 (mais 5 cheques que no ano anterior), o que traduz uma taxa de utilização de 90%

(Quadro 44 e Figura 81).

Quadro 44 - Evolução dos resultados da taxa de utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI por grupo etário (2014 - 2015)

Idade/Anos

< 65 Anos 65-69 Anos

70-74 Anos

75-79 Anos

>=80 Anos TOTAL

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

20

14

20

15

Cheques utilizados 8 2 85 77 95 132 82 63 60 60 330 335

Cheques emitidos 10 2 99 84 106 140 92 78 67 70 374 374

Taxa de Utilização 80 100 86 92 90 94 89 81 90 86 88 90

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

No que se refere ao PNSO, o grupo etário dos idosos foi o que apresentou uma maior taxa de utilização

de cheques dentista.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

97

Figura 81 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do

SOPI (2014-2015)

0

20

40

60

80

100

120

140

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

< 65 Anos 65-69 Anos 70-74 Anos 75-79 Anos >=80 Anos

82

8577

95

132

82

63 60 60

102

99

84

106

140

92

7867 70

Cheques utilizados Cheques emitidos

Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015

- HIV: No que se refere à saúde oral em pessoas com HIV, verifica-se que em 2015 foram emitidos e

utilizados 8 cheques dentista, no grupo etário dos 26 aos 35 anos, e 6 cheques dentistas no grupo etário

dos 36 aos 45 anos.

No grupo etário dos 46 aos 55 anos foram emitidos 2 cheques dentista, não tendo nenhum sido

utilizado.

No que se refere às consultas de Saúde Oral, por profissionais da URAP do ACeS BV, foram realizadas no

ano 2015, 2.420 consultas.

Quadro 45 - Consultas de saúde oral realizadas por higienista oral e médico dentista

Consulta Medicina

Dentária Higiene Oral Total

Nº Consultas 890 1530 2.420

Fonte: Relatório da URAP, 2015

6.10.3 Programa para a Promoção da Alimentação Saudável

O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem como finalidade melhorar o

estado nutricional da população. Um consumo alimentar adequado e a consequente melhoria do estado

nutricional dos cidadãos tem um impacto direto na prevenção e controlo das doenças mais prevalentes

a nível nacional (cardiovasculares, oncológicas, diabetes, obesidade…).

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

98

Quadro 46 - Indicadores de morbilidade

Código ICPC2

Problema

Prevalência Incidência

2014 2015 2014 2015

Número % Número % Número % Número %

T93 Alterações do metabolismo dos Lípidos

93.221 24,1 98.526 25,9 8.143 2,11 7.569 2

T82 Obesidade 24.704 6,4 31.981 8,4 2.740 0,71 8.260 2,2

T83 Excesso de Peso 16.260 4,2 19.630 5,2 - - - -

Fonte: SIARS, 2015

Ao nível da morbilidade regista-se um aumento da prevalência nos problemas identificados na Figura

82.

Figura 82 - Indicadores de morbilidade

PREVALÊNCIA

05

1015202530

Alterações do

metabolismo

dos Lípidos

Obesidade Excesso de

Peso

24,1

6,44,2

25,9

8,45,2

2014 2015

INCIDÊNCIA

0

0,5

1

1,5

2

2,5

Alterações do

metabolismo dos Lípidos

Obesidade

2,11

0,71

22,2

2014 2015

Fonte: SIARS, 2015

Indicadores de Execução

Apresenta-se no Quadro 47 alguns indicadores de execução relacionados com esta área.

Refere-se que, de 2014 para 2015, a evolução dos indicadores foi positiva.

Quadro 47 - Indicadores de Execução - 2015

Código SIARS

Indicadores Numerador Denomi

nador Atingido 2014(%)

Atingido 2015(%)

2013.018.01 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 51.283 82.058 62,50 68,71

2013.031.01 Proporção de crianças 7 A, com peso e altura 2.696 3.452 78,10 78,24

2013.033.01 Proporção utentes>14 A, com peso e altura últimos 3 anos

166.655 338.527 49,23 56,21

2013.034.01 Proporção obesos ≥14 A com consulta vigilância obesidade 2 A

9.797 23.958 40,89 59,33

Fonte: SIARS, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

99

Figura 83 - Indicadores de Execução - 2015

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Proporção de hipertensos com IMC (12 meses)

Proporção de crianças 7 A, com

peso e altura

Proporção utentes>14 A, com

peso e altura últimos 3 anos

Proporção obesos ≥14 A com consulta vigilância obesidade

2 A

62,5

78,1

49,23

40,89

68,71

78,24

56,21 59,33

2014 (%) 2015(%)

Fonte: SIARS, 2015

O ACeS dispõe de dois nutricionistas, que desenvolvem a sua atividade em duas vertentes principais:

nutrição clínica e nutrição comunitária, em articulação com todas as Unidades funcionais. No ano 2015

foram realizadas 1.559 consultas, a 479 utentes.

6.10.3.1 Programa Segurança Alimentar em cantinas (PSAC)

O PSAC pretende assegurar a identificação dos perigos para a saúde dos consumidores e promover a

implementação das medidas e condições necessárias para controlar os perigos e assegurar que os

géneros alimentícios sejam próprios para consumo humano tendo em conta a sua utilização.

Neste âmbito procedeu-se à realização de um conjunto de atividades:

- Atualização do cadastro das cantinas no ACeS;

- Atualização da ficha de diagnóstico para avaliação das condições estruturais e de funcionamento

nas cantinas;

- Realização de vistorias a 63,2% das cantinas cadastradas;

- Realização de análises microbiológicas de alimentos, utensílios, equipamentos e superfícies, em

cantinas e mãos dos manipuladores (Quadro 48).

Quadro 48 - N.º de análises microbiológicas de alimentos e superfícies nas cantinas

N.º Colheitas Previstas

N.º Colheitas Realizadas

%

Nº total

Alimentos Saladas Zaragatoa

375 378 100,8 376 204 373

Fonte: Relatório da USP, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

100

No cumprimento do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável o ACeS Baixo Vouga

desenvolve vários projetos, dirigidos a vários stakeholders e em diversos settings, que se encontram

devidamente descritos no respectivo capítulo.

6.10.3.2 Projeto Sopa.come

O ACeS integra também, com o Departamento de Saúde Pública o Programa Minor Sal.Saúde, no

projeto sopa.come, com o objetivo de reduzir a proporção de sal ingerido na alimentação.

Em 2015, identificaram-se 259 escolas/instituições, nas quais foi efetuado o diagnóstico de situação da

concentração de sal na sopa, de Março a Junho de 2015 e a implementação da fase 1 foi feita no último

quadrimestre (de Setembro a Dezembro) de 2015.

De acordo com os resultados dos indicadores podemos concluir que, em 54,04% das escolas/instituições

foi cumprida a meta prevista para a fase 1: Concentrações de sal na sopa menores ou iguais que 0,5 gr

NaCl/100 gr de sopa.

Na Figura 87, podemos concluir que, Anadia foi o concelho onde se registou uma maior percentagem

(79,3%) de escolas/instituições que cumpriram a meta prevista para a fase 1, seguido do da Murtosa e

Aveiro. Estarreja foi o concelho que apresentou menor percentagem de cumprimento da meta prevista

para a fase 1.

Figura 84– Representação percentual das instituições que cumpriram a meta prevista para a fase 1 segundo o concelho em 2015

0

20

40

60

80

57,552,4

79,3

60

13

67

55

44,750

58,854,05

% de amostras de sopas que cumprem a meta 1, por concelho, 2015

Fonte: Relatório da USP, 2015

Da análise do Figura 88, podemos concluir que, na fase inicial o concelho da Murtosa, foi o que

apresentou uma média mais elevada de concentração de sal na sopa confecionada nas

escolas/instituições, situação que foi completamente revertida na fase 1, em que se posicionou como o

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

101

segundo concelho com menor concentração de sal na sopa. Na fase 1 o concelho que apresentou menor

média foi o de Anadia.

Regista-se os concelhos de Oliveira do Bairro e Estarreja em cuja média da fase inicial para a fase 1

aumentou, sendo que o concelho de Ovar manteve a média nestes dois momentos de avaliação.

Figura 85 – Distribuição dos valores médios de concentração de sal das escolas e instituições de cada um dos concelhos e no ACeS , na avaliação inicial (diagnóstico) e na fase 1, em 2015.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,5

2

0,5

1

0,5

3

0,5

2 0,5

7

0,5

1

0,6

5

0,4

7 0,5

2

0,5

4

0,4

8

0,5

2

0,5

0,5

0,3

6

0,4

6

0,6

2

0,4

2 0,4

9

0,5

2

0,4

7

0,4

7

0,4

8

Fase Diagnóstico: Média concentração de sal* Fase 1: Média concentração de sal*

*gramas de sal/100g de sopa Fonte: Relatório da USP, 2015

6.10.4 Programas de Saúde Ambiental

A Saúde Ambiental pode ser definida como uma área da saúde pública que estuda os fatores de risco

ambientais e avalia a sua repercussão na saúde humana. A sua intervenção é feita através do

desenvolvimento e implementação de planos, programas e projetos, nomeadamente: Programa

Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano (PVSACH), Programa Vigilância Sanitária de Piscinas

(PVSP), Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais (PVSET), Programa Vigilância

Sanitária de Oficinas de Engarrafamento (PVSOE), Programa Vigilância Sanitária de Águas Balneares

(PVSZB), Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH), REVIVE e Programa – Temperaturas

Extremas – Módulo Calor e Frio e Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência

Energética.

5.10.4.1 a): Programa Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano (PVSACH), Programa Vigilância

Sanitária de Piscinas (PVSP), Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais (PVSET),

Programa Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento (PVSOE), Programa Vigilância Sanitária

de Águas Balneares (PVSZB)

Os programas implementados para os vários tipos de águas têm como característica comum a

complementaridade de intervenção com outras entidades, de acordo com as responsabilidades

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102

tuteladas em conformidade com as politicas nacionais e comunitárias. Para além disso, todos eles se

desenvolvem em três vertentes: tecnológica, analítica e epidemiológica. Não foi notificada nenhuma

situação de doença associada ao consumo/utilização de água.

Quadro 49 – N.º de colheitas de águas por tipologias, realizadas/previstas e % de cumprimentos/não cumprimentos, 2015

Tipologia de Águas

Previstas Realizadas % análise realizadas Cumpre Não Cumpre

Bac. F.Q. Legionela

Bac. F.Q. Legion

ela Bac. F.Q.

Legionela

N % N %

Consumo Humano

634 279

663 265

104,57 94,98

512 77,2 151 22,8

Piscinas 758 281

728 285

96 38

600 82,4 128 17,6

Balneares 110

104

95

99 94,2 5 5,8

Termas 17

6 18

6 105,88

100 23 95,8 1 4,4

Engarrafamento

48

53

110,42 -

48 90,6 5 9,4

TOTAL 1.567 560 6 1.566 550 6 100 98,2 100 1282 81,6 290 18,4

*Foram obtidos valores superiores a 100%, uma vez que houve necessidade de efectuar um número de colheitas superior ao previsto Fonte: Relatório USP, 2015

Da análise do Quadro 49 e Figura 86, salienta-se a elevada percentagem de cumprimentos,

apresentando o valor mais baixo de 77,2% para as águas de consumo humano e o mais elevado, para as

águas termais com 95,8%.

Figura 86 - Percentagem de cumprimentos/não cumprimentos segundo a tipologia de águas abrangidas por programas de vigilância, 2015

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Consumo

Humano

Piscinas Balneares Termas Engarrafamento TOTAL

77,282,4

94,2 95,890,6

81,6

22,817,6

5,8 4,49,4

18,4

Cumpre % Não Cumpre %

Fonte: Relatório USP, 2015

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103

6.10.4.1 Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH);

O PGRH apostou nas seguintes estratégias de intervenção:

Normalização de procedimentos associados à gestão de RH nas várias Unidades Funcionais do ACeS;

Realização e promoção de ações de formação/ sensibilização junto dos profissionais de saúde com

intervenção na gestão de RH;

Auditorias com aplicação de Check-list para avaliação das condições estruturais, equipamentos,

procedimentos e circuitos em matéria de gestão de RH.

Nas figuras seguintes apresenta-se a produção anual por grupo/tipo de resíduos.

Figura 87 - Produção anual de resíduos do grupo III e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015

500

1500

2500

3500

4500

5500

6500

7500

8500

3472

1769

3002

5613

3086 3102

1311 1375

4348

990

1991

5242

2672

4532

8475

4660 4684

1979 2077

6565

1495

3006

PRODUÇÃO (Kg) CUSTO (€)

Fonte: Relatório da USP, 2015

Figura 88 - Produção anual de resíduos do grupo IV e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

400

177

299

622

279

396

137172

506

85

272

789

348

589

1226

550

780

269340

997

168

537

PRODUÇÃO (Kg) CUSTO (€)

Fonte: Relatório da USP, 2015

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104

Figura 89 - Produção anual de resíduos do grupo III e IV e respectivos custos, no ACeS , 2015

0

10000

20000

30000

40000

50000

Produção Kg Custo€ Produção Kg Custo €

Grupo IV Grupo III

33466593,4

30058,1

45386,8

Fonte: Relatório da USP, 2015

Figura 90 - Produção (Kg) anual de RH dos grupos I e II no ACeS em 2015

18551,02

25273,02

287,016973,37

671,85

2520,3

32,31

Resíduos urbanos e equiparados

Papel e cartão

Vidro

Plástico

Tonners e tinteiros

Pilhas

Lâmpadas fluorescentes

Fonte: Relatório da USP, 2015

Realização de auditorias – visitas diagnósticas

As visitas diagnósticas às UF foram iniciadas no 2º semestre de 2015 e concluídas a 29 de Fevereiro de

2016.

No quadro seguinte apenas se encontram contabilizadas as UF em que as visitas diagnósticas foram

efetuadas em todas as instalações que integram a repetiva UF (sede e pólos), situando o valor a

31/12/2015 em 57,4%. Importa referir que em muitas UF já havia algumas instalações auditadas (como

é caso da USP e URAP).

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105

Quadro 50 – Proporção de UF auditadas em 2015. Concelho Total de

UF UF auditadas %

Águeda 6 1 16,7

Albergaria 3 3 100,0

Anadia 4 4 100,0

Aveiro 8 5 62,5

Estarreja 3 3 100,0

Murtosa 2 2 100,0

Ílhavo 5 0 0,0

O. Bairro 3 3 100,0

Ovar 6 2 33,3

S. Vouga 2 1 50,0

Vagos 3 3 100,0

USP 1 0 0,0

URAP 1 0 0,0

TOTAL 47 27 57,4

Fonte: Relatório da USP, 2015

6.10.4.2 Programa da Rede de Vigilância de Vectores – REVIVE

O REVIVE contribui regularmente para a rede de vigilância de vectores a nível de toda a Europa.

A vigilância permitindo detectar atempadamente qualquer alteração no número, na diversidade e papel

do vector, privilegia a prevenção, em detrimento da resposta à emergência.

Quadro 51 - Indicadores de Execução, 2015

INDICADORES 2015

Nº de armadilhas colocadas nos locais previamente seleccionados como mais susceptíveis para captura de vectores adultos

54

Nº de criadouros (“ovitraps”) aplicados nos terminais do Porto de Aveiro para a pesquisa de vectores no estado larvar.

180

Nº de vistorias realizadas aos locais susceptíveis de serem criadouros naturais 120

Nº de amostras enviadas ao CEVDI para posterior análise e classificação. 32

Nº de comunicação dos resultados das análises feitas às entidades envolvidas 3 Fonte: Relatório da USP, 2015

Nenhuma das espécies capturadas foi considerada de risco de transmissão de doença. Todas as espécies

identificadas fazem parte da fauna de culicídeos de Portugal, não se tendo identificado espécies não

autóctones.

6.10.4.3 Programa – Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Frio.

O Programa é constituído por dois módulos: MÓDULO CALOR que incide na época Primavera-Verão (15

de Maio a 30 de Setembro) e o MÓDULO FRIO no período de Outono-Inverno (15 Novembro e 31

Março).

Tem como finalidade minimizar os efeitos negativos da exposição a temperaturas extremas sobre a

população (e em particular os grupos vulneráveis).

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

106

No âmbito deste programa procedeu-se à divulgação dos planos de contingência (módulo calor e

módulo frio) e do material informativo, particularmente aos grupos mais vulneráveis, sobre os

cuidados a adotar.

6.10.4.4 Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência Energética

Este plano visa a promoção da eficiência energética, traduzindo-se numa mitigação dos impactos

negativos, associados às alterações climáticas. Por outro lado, a implementação das medidas nele

propostas asseguram a redução dos custos com eletricidade, combustíveis e água das entidades

públicas do setor da saúde, e também a redução da produção de resíduos.

Desde 2011 é efetuada a monitorização de consumos e custos com energia, água e produção de

resíduos de todas as entidades do Ministério da Saúde (MS). Para este efeito, trimestralmente, os

Gestores Locais de Energia e de Carbono (GLE) de todas as entidades do MS enviam para a ACSS, IP a

informação relacionada com os consumos e custos com energia, água e produção de resíduos do

trimestre em causa, assim como as medidas implementadas. A informação recebida pela ACSS, IP é, no

caso das unidades do SNS, previamente validada pelos respetivos GLEC das Administrações Regionais de

Saúde, IP (ARS, IP).

Recentemente, foram enviados ao ACeS BV os relatórios de monitorização trimestral (RMT) referentes

aos três primeiros trimestre de 2015. Através da análise dos dados, é evidente que, na vertente redução

dos consumos há que melhorar, nomeadamente na questão do consumo da energia elétrica. Neste

caso, considera-se que para além do trabalho a desenvolver ao nível da sensibilização dos utilizadores

dos edifícios para a adopção de comportamentos que permitam a poupança energética, é fundamental

a introdução de critérios de sustentabilidade nas compras.

Espera-se que o trabalho de monitorização dos consumos e custos com energia eléctrica, gás (natural,

propano ou butano), água e recolha, transporte e tratamento de resíduos hospitalares dos grupos III e

IV no ACeS BV que tem sido desenvolvido nesta área contribua para aumentar o conhecimento relativo

aos mesmos e refletir sobre a necessidade de implementar medidas conducentes à promoção das

políticas de sustentabilidade.

Atividades desenvolvidas

• Registo na plataforma – “Portal do PEBC e Eco.AP do Ministério da Saúde” – dos dados de consumos

e custos associados a energia elétrica, gás (natural, propano ou butano), água e recolha, transporte e

tratamento de RH dos grupos III e IV dos edifícios do ACeS BV (referentes ao ano 2015);

• Foi elaborado e divulgado a todas as UF um folheto informativo.

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107

6.10.5 Programa Nacional de Prevenção de Acidentes

No ano de 2013 na Região de Aveiro, os acidentes e sequelas provocaram 98 óbitos, dos quais 68

homens e 30 mulheres. A relação de masculinidade ao óbito, para esta causa de morte, foi de 226,7

óbitos masculinos por cada 100 femininos e a idade média à morte foi de 63,3 anos. A taxa bruta de

mortalidade foi de 26,7 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada para os homens (38,9) do que para

as mulheres (15,6). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 19,4 óbitos por 100

000 habitantes, tendo sido significativamente mais elevada para as idades de 65 e mais anos (71,7). O

número de anos potenciais de vida perdidos foi de 1185 anos, a taxa de anos potenciais de vida

perdidos, de 374,4 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 24,7 anos

(Quadro 52).

Quadro 52 - Mortalidade por Acidentes e Sequelas - 2013

Óbitos por Acidentes e sequelas (CID-10: V01-X59,Y85-Y86) - 2012 Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 98 68 30

Idade média à morte (N.º de anos) 63,3 59,3 72,4

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 43 34 9

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 55 34 21

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 48 38 10

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 37 20 17

Relação de masculinidade 226,7

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 19,4 31,3 9,0

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 13 21,5 4,8

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 71,7 110,4 42,8

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 26,7 38,9 15,6

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 1185 1010 175

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 374,4 655,2 107,8

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 24,7 26,6 17,5

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 363,3 646,3 90,7

Fonte: INE, 2015 – Causas de morte 2013

Os acidentes de transporte e sequelas constituem um problema de saúde pública. Na Região de Aveiro

em 2013, por esta causa houve 39 óbitos dos quais 29 eram homens e 10 mulheres. Importa referir o

facto da idade média à morte ser de 53,2 anos, no total, e de 49,1anos para os homens e 65 para as

mulheres. Também 38,5% dos óbitos, por esta causa, ocorreram antes dos 65 anos. Acresce a isto o

facto de ter havido 783 anos potenciais de vida perdidos. A taxa de mortalidade padronizada para todas

as idades foi de 8,9 óbitos por 100 000 habitantes, sendo esta taxa superior à registada no País (6,2) e na

Região Centro (8,8).

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108

Quadro 53 - Mortalidade por Acidentes de transporte e sequelas - 2013

Óbitos por Acidentes de transporte e sequelas (CID-10: V01-V99,Y85) Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 39 29 10

Idade média à morte (N.º de anos) 53,2 49,1 65,0

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 24 19 5

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 15 10 5

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 27 21 6

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 8 4 4

Relação de masculinidade 290,0

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 8,9 14,8 3,5

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 7,4 12,4 2,7

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 21 34,6 10,3

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 10,6 16,6 5,2

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 783 668 115

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 247,3 433 70,9

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 29,0 38,8 19,2

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 241,9 430,8 59,1

Fonte: INE, 2015 – Causas de morte 2013

Tendo em conta a magnitude e transcendência dos acidentes de viação, é fundamental que haja um

trabalho global, intersectorial e sustentável de promoção da segurança e de prevenção dos acidentes.

Neste âmbito, foi realizada a formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de

Retenção de Criança (SRC) a equipas de saúde, equipas dos projetos de preparação para o parto e

parentalidade; c) equipas de Saúde Escolar e às grávidas/pais nos projetos de preparação para o parto e

parentalidade (Quadro 54 e 55).

Quadro 54 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança a profissionais de saúde

Nº Sessões

Nº Unidades Funcionais Nº Formandos

Médicos Enf. Técnicos Outros Total

6 29 24 48 2 3 77

Quadro 55 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança pais/grávidas/puérperas que frequentem os projetos de preparação para o parto e projetos

de recuperação pós parto.

Nº Sessões

Nº Pais/grávidas Nº Puerperas

62 477 53

No âmbito deste programa foram realizadas várias actividades, das quais se destacam:

- Disponibilização de material informativo: brochuras Bebés, Crianças e Jovens em Segurança – Cadeiras

Auto 2015,

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109

- Realização de atividades de sensibilização dirigidas à comunidade sobre a promoção da segurança e

prevenção de acidentes não intencionais:

Exercício Simulacro (Prevenção e Emergência em Catástrofe) no dia 19 de março de

2015 – UCC Anadia;

Workshop sobre transporte seguro de crianças no automóvel, dinamizado pela equipa

do PNPA, na Academia Pública organizada pelo Centro Dinamizador de Conteúdos em

Medicina Geral e Familiar, no dia 4 de julho de 2015, no Centro de Congressos de Aveiro;

Iªs Jornadas "Bebés, Crianças e Jovens em Segurança" da DGS – participação da

comunidade educativa (IPSS), no dia 25 de setembro, no Centro de Congressos de Aveiro.

- No âmbito da Saúde Escolar foram realizadas diversas atividades, no âmbito da prevenção de acidentes,

no ano letivo 2014/2015. Foram efectuadas 86 sessões que abrangeram 1.900 alunos e 117 professores

(Quadro 56).

Quadro 56 - Atividades sobre prevenção de acidentes – N.º de Alunos, Professores abrangidos e Sessões

Nível Ensino Nº Alunos Nº Professores Nº Sessões

1º Ciclo 310 21 22

2º Ciclo 307 42 15

Secundário 1283 54 49

Total 1900 117 86

Fonte: Relatório da USP, 2015

6.10.6 Programa Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool

A prevenção dos PLA é feita pelos profissionais de saúde em qualquer contacto que tenham com o

utente em contexto de consulta seja médica, de enfermagem ou doutros profissionais de saúde, sendo

de difícil de mensuração. No entanto, o forte da prevenção dos PLA, acontece em contexto de Saúde

Escolar. O 3º Ciclo do Ensino Básico foi o que apresentou maior representatividade.

Figura 91 – Distribuição (%) de alunos abrangidos por projetos de prevenção do consumo de álcool no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015

Fonte: ACeS, 2015

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Controlo dos Problemas Ligados ao Álcool

No que se refere à área de controlo dos PLA, para além das intervenções breves realizadas por cada

profissional da saúde em contexto de consulta, é ainda assegurado no ACeS as consultas de Alcoologia.

Da análise do Quadro 2, destacamos negativamente o facto dos Centros de Saude de Estarreja, Murtosa,

Sever do Vouga e de Vagos não desenvolverem a consulta de Alcoologia. No total do ACeS, no ano 2015,

foram realizadas 1824 consultas de alcoologia, das quais 265 (14,5%) foram primeiras consultas e 1559

foram consultas seguintes.

Quadro 57 - Distribuição do número de Consultas de Alcoologia realizadas por Centro de Saúde e ACeS, segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015

Águeda

Albergaria a Velha

Anadia Aveiro Ílhavo Oliveira Bairro

Ovar Total

Mulher

Nº de Primeiras consultas

5 9 9 33 2 2 4 64

Nº de Consultas seguintes

48 15 37 56 75 12 147 390

Homem

Nº de Primeiras consultas

30 66 39 13 12 5 36 201

Nº de Consultas seguintes

161 106 216 15 63 41 567 1169

Total 244 196 301 117 152 60 754 1824

Fonte: ACeS, 2015

O abuso de álcool constitui no Baixo Vouga um problema de saúde pois, em 2013, por esta causa houve

8 óbitos dos quais 4 homens e 4 mulheres. Realça-se o facto da idade média à morte ser de 66,9 anos e

o número de anos potenciais de vida perdidos, ser em média de 11,5 anos.

Quadro 58 - Mortalidade devido a abuso de álcool, em 2013, na Região de Aveiro

Mortalidade - Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica) (CID-10: F10) Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 8 4 4

Idade média à morte (N.º de anos) 66,9 63,8 70

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 3 2 1

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 5 2 3

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 5 3 2

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 3 1 2

Relação de masculinidade 100

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 1,5 1,7 1,2

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0,8 1,1 0,5

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 6,8 6,7 6,7

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 2,2 2,3 2,1

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 58 38 20

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 18,2 24,3 12,3

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,5 12,5 10

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 14,9 19,8 10,4

Fonte: INE 2015-Causas de Morte, 2013

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111

Quadro 59 - Indicadores de Execução na área dos Problemas Ligados ao Álcool em 2013 - 2015 Código SIARS

INDICADORES 2013 2014 2015

2013.053.01 FX

% de inscritos com idade ≥14 anos, com quantificação dos hábitos alcoólicos nos últimos 3 anos

26,3 39,17 50,89

2013.054.01 FX

% de inscritos com idade ≥14 anos e com hábitos alcoólicos, a quem foi realizada consulta relacionada com alcoolismo nos últimos 3 anos

60,6 58,44 57,36

P15 ‰ Utentes com codificação ICPC2 de Abuso Crónico de álcool 3 2,7 1,33

Fonte: SIARS, 2015

Ao longo dos anos representados verifica-se um aumento da percentagem de inscritos com 14 e mais

anos, com quantificação de hábitos alcoólicos, nos últimos dos 3 anos, aumento que não foi

compensado com a realização da consulta para este fim.

6.10.7 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo

A prevenção do Tabagismo é feita pelos profissionais de saúde em qualquer contacto que tenham com o

utente em contexto de consulta seja médica, de enfermagem ou doutros profissionais de saúde. A

prevenção Tabagismo acontece na fase da vida e setting onde ela tem início, a adolescência e em

contexto de Saúde Escolar. Os 3º e 2º Ciclos do Ensino Básico foram os que apresentaram maior

representatividade.

Figura 92 – Distribuição (%) de alunos que foram alvo de projetos de prevenção do consumo de tabaco no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015

Fonte: ACeS, 2015

No que se refere à área de controlo do tabagismo, para além das intervenções breves realizadas por

cada profissional da saúde em contexto de consulta, é ainda assegurado no ACeS as consultas de

cessação tabágica.

No total do ACeS no ano 2015 foram realizadas 660 consultas de cessação tabágica, das quais 193

(29,2%) foram primeiras consultas e 467 foram consultas seguintes.

5,75,7

15,1

20,2

11,5

% ACeS

Pré-escolar 1º Ciclo do EB 2º Ciclo do EB 3º Ciclo do EB Secundário

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112

Quadro 60 - Distribuição do número de Consultas de Cessação Tabágica realizadas por Centro de Saúde e ACeS , segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015

Águeda Albergaria

a Velha Anadia Aveiro Ílhavo

Oliveira

Bairro Total

Mulher

Nº de Primeiras consultas 0 12 3 27 28 3 73

Nº de Consultas seguintes 0 8 13 66 27 42 156

Homem

Nº de Primeiras consultas 9 29 13 27 36 6 120

Nº de Consultas seguintes 57 47 35 74 54 44 311

Total 66 96 64 194 145 95 660

Fonte: ACeS, 2015

No Quadro 61, constatamos uma evolução positiva de todos os indicadores, o que traduz uma maior

qualidade nos registos/atividade. Regista-se um aumento da proporção de inscritos com 14 e mais anos,

com quantificação de hábitos tabágicos nos últimos 3 anos, e um aumento da taxa de utentes com

abuso crónico de tabaco.

Quadro 61 - Indicadores de Execução e Metas na área do Tabagismo

Fonte: SIARS, 2015

6.10.8 Programa Nacional para a Saúde Mental

As perturbações mentais e do comportamento na Região de Aveiro, em 2013, traduziram-se em 49

óbitos (dos quais 19 homens e 30 mulheres). Para estas causas, a relação de masculinidade ao óbito foi

de 63,3 óbitos masculinos por cada 100 femininos e a idade média ao óbito, de 80,4 anos. A taxa bruta

de mortalidade foi de 13,4 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nas mulheres (15,6) do que nos

homens (10,9). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 6,8 óbitos por 100 000

habitantes. O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 110 anos, a taxa de anos potenciais de

vida perdidos, de 34,8 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 13,8

(Quadro 62).

Código INDICADORES Atingido em

2013 Atingido em 2014

Atingido em 2015

2013.047.01 Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos

27,98 39,16 49,78

2013.277.01 Proporção de fumadores, com consulta relacionada com tabaco, no último ano

- 13,66 16,23

Morb.200.01 ‰ de Utentes com codificação ICPC2 de Abuso crónico do tabaco

65,78 77,91 90,5

Morb.240.01 Incidência de Tabaco - - 16,49

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113

Quadro 62 - Perturbações mentais e do comportamento, 2013 (CID-10: F00-F99) Perturbações mentais e do comportamento (CID-10: F00-F99) Total Homens Mulheres

Total de óbitos (N.º) 49 19 30

Idade média à morte (N.º de anos) 80,4 74,2 84,3

Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 5 4 1

Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 44 15 29

Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 8 6 2

Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 39 12 27

Relação de masculinidade 63,3

Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 6,8 7 6,4

Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 1,4 2,3 0,5

Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 50,8 45,1 53,9

Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 13,4 10,9 15,6

Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 110 90 20

Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 34,8 58,4 12,3

Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 13,8 15 10

Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 28,7 48,4 10,4

Fonte: INE, 2015 – Causas de Morte 2013

Nos Quadros 63 e 64 pode observar-se alguns registos de utentes, em número e percentagem, com

problemas/patologias nesta área, bem como de indicadores de execução.

Quadro 63 - Prevalência em 2015

Prevalência

Total Registos

% Utentes

Morb. 206.01 PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 41.858 11

Morb. 227.01 DISTÚRBIO ANSIOSO / 25.578 6,72

Morb. 228.01 ESTADO DE ANSIEDADE 9.056 2,38

Morb. 207.01 DEMÊNCIA 2.424 0,64

Morb. 201.01 ABUSO DE DROGAS 1.668 0,44 Fonte: SIARS, 2015

Quadro 64 - Indicadores de Execução na área de Saúde Mental

Fonte: SIARS, 2015

Código INDICADORES Atingido em

2015

2013.055.01 Proporção de adultos com depressão e com terapêutica anti-depressiva.

30,04

2013.056.01 Proporção de idosos sem ansiolíticos, sedativos e hipnóticos

64,16

2013.297.01 Proporção de idosos sem prescrição prolongada de ansiolíticos, sedativos e nem de hipnóticos

76,75

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114

Parcerias com o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Hospitalar de Infante D.

Pedro (Aveiro) do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV):

• Articulação com o Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital de Aveiro e os Centros de saúde de

Águeda, Aveiro e Ovar, com o objectivo de desenvolver uma consultoria de pedopsiquiatria:

- Triagem de casos para a consulta de pedopsiquiatria;

- Discussão clínica de casos já acompanhados;

- Consultadoria de casos sem indicação para a consulta mas que beneficiam de

acompanhamento a nível local, através de uma intervenção coordenada entre os diversos

intervenientes, foram avaliados 128 casos;

- Função formativo-pedagógica dos técnicos locais na área da psiquiatria da criança/jovem.

Todas as situações de encaminhamento de menores para a Pedopsiquiatria, são, primeiro, avaliadas

pela equipa multidisciplinar do Centro de Saúde (Psicóloga, Enfermeira, Técnica de Serviço Social e

Médica) e depois são discutidos os casos em reuniões mensais com a equipa de Pedopsiquiatria,

sendo delineado o acompanhamento mais adequado para cada situação.

• Articulação com departamento de Saúde Mental Comunitária do Departamento de Psiquiatria

e Saúde Mental da Unidade Hospitalar de Infante D. Pedro (Aveiro) do Centro Hospitalar Baixo

Vouga (CHBV), com os Centros de Saúde de Águeda e Ovar com o objectivo geral de criar um

serviço de consultoria, em que a Equipa de Saúde Mental Comunitária do CHBV apoia as equipas

de Saúde das Unidades Funcionais do Centro de Saúde de Águeda. Neste sentido, é privilegiado

um maior controlo do doente do foro da Saúde Mental /Psiquiatria em situação de agudização do

doente crónico ou de situações agudas que surjam, com vista à redução/minimização do número

de internamentos, melhoria dos cuidados de saúde e melhoria da qualidade de vida dos doentes e

familiares.

• O ACeS tem quatro psicólogas que realizam consultas de psicologia dirigidas às crianças até aos

10 anos de idade, em situação de depressão, medos/fobias, problemas comportamentais e de

desenvolvimento, práticas educativas inadequadas e outras (excluem-se dificuldades de

aprendizagem), nos centros de Saúde do ACeS. Em 2015 foram efectuadas 1.874 consultas.

• Salienta-se o envio para avaliação psiquiátrica de urgência, através da emissão de mandados de

condução de 94 utentes.

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115

6.11 REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

São objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e

integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os

Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua

autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se

encontra.

O desenvolvimento orgânico - funcional da Rede tem por base a equipa coordenadora local (ECL) e a

equipa prestadora local (ECCI), em articulação com a equipa coordenadora regional (ECR).

• Equipa Coordenadora Local

No ACeS estão criadas 3 ECL, respectivamente em Águeda, Ílhavo e Ovar.

• Equipas de Cuidados Continuados Integrados

As Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) são de âmbito concelhio e integram-se nas

Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), direccionam a sua intervenção multidisciplinar a pessoas

em situação de dependência funcional, doença terminal, ou em processo de convalescença, com rede

de suporte social, cuja situação não requer internamento.

Estão constituídas 10 ECCI, com 119 vagas das quais 9 são de cuidados paliativos, que dão resposta aos

concelhos de Águeda, Albergaria -a- Velha, Anadia, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do

Vouga e Vagos.

Quadro 65 - Distribuição do nº vagas de ECCI, por Centro de Saúde, em 2014

Águeda Albergaria Anadia Aveiro Ílhavo Murtosa O. Bairro Ovar Sever Vagos Total

vagas

15(2)* 10 20(5)* 10 5 10(2)* 10 10 10 10 110 (9)*

* Vagas cuidados paliativos

Fonte: Relatório de atividades UCC’s, 2015

No quadro 66 apresenta-se um conjunto de resultados dos indicadores de atividade das ECCI’s.

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116

Quadro 66 - Resultados de indicadores ECCI por Centro de Saúde, 2015

Numerador/Denominador/Indicador Águeda Alb-a-Velha Anadia Aveiro Ílhavo Murtosa

Oliveira Bairro

Ovar Sever Vouga

Vagos

I – 4 Taxa de ocupação da ECCI (%) 93,68 94,06 86,25 76,92 90,26 98,9 92,1* 84,1 78* 86,55

N Nº de pessoas admitidas no Programa ECCI, no período em análise - - 207 10 22 23 - - - 36

D Nº de pessoas definidas no compromisso assistencial no Programa ECCI, no período em análise

- - 240 13 5 - - - - (1)

I- 5 % de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24 horas após admissão na ECCI

100 100 100 100 100 100 94,1 100 100 86

N Nº de pessoas com pelo menos um contacto no local domicílio, no serviço UCC, com Programa ECCI associado, realizado nas primeiras 24 horas após admissão no programa

32 5 30 13 22 23 16 22 15 31

D Nº de pessoas admitidas na ECCI no período em análise 32 5 30 13 22 23 17 22 15 36

I - 6 Ganhos em independência nos autocuidados (%) 100 14,29 80,95 53,8 31,81 77,7 52,9 62,5 20 66,67 N Nº de pessoas admitidas no programa ECCI e no serviço UCC, a quem foi documentada

uma modificação positiva na opinião clínica em elo menos um autocuidado no período em análise comparativamente ao grau de dependência documentado no momento inicial da identificação do fenómeno de enfermagem

13 2 17 7 7 14 9 5 3 18

D Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise, a quem foi identificada dependência em algum autocuidado

13 14 21 13 22 18 17 8 15 27

I -7 Proporção de Utentes admitidos na ECCI avaliados com escala de risco de úlcera pressão (UP)

100 100 100 100 100 100 100 100 100 97,22

N Nº de utentes admitidos na ECCI avaliados com escala de risco de úlcera de pressão 32 14 30 13 22 23 17 24 15 35 D Nº de utentes admitidos na ECCI no período em análise 32 14 30 13 22 23 17 24 15 36 I Taxa de eficácia na prevenção de UP (%) 91,42 100 85,71 100 0 95,2 100 93,1 90 87,50 N Nº de pessoas com pelo menos um contacto no serviço UCC, com programa ECCI

associado, no período em análise a quem não foi documentado o diagnóstico de enfermagem UP presente com origem no domicílio com data posterior à data de início do DE Risco de UP em que exista pelo menos uma intervenção no âmbito da Prevenção de UP

32 14 24 13 0 1 17 27 1 2

D Nº de pessoas com pelo menos um contacto no serviço UCC, com programa ECCI associado, no período em análise a quem foi documentado o DE Risco de UP

35 14 28 13 13 21 17 29 15 16

I - 9 Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%) 90,47 100 80 100 100 NA 54,5 75,9 50 25 N Nº de pessoas admitidos no serviço UCC, num determinado período de tempo, em que

foi documentado o DE papel de prestador de cuidados adequado, com data posterior à data de inicio do DE papel de prestador de cuidados não adequado, e que exista pelo menos uma intervenção realizada que contribua para a resolução do diagnóstico

19 5 20 13 17 NA 6 22 1 1

D Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise, a quem foi documentado o DE papel de prestador de cuidados não adequado, no período em análise

21 5 25 13 17 0 11 29 2 4

Fonte: Relatório de atividades UCC’s, 2015

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117

Na Figura 93, verifica-se que todas as ECCI´s do ACeS Baixo Vouga apresentam taxas de ocupação altas,

sempre superiores a 76%. O Concelho da Murtosa, seguido do de Albergaria-a-Velha e Águeda, são os

que apresentam uma taxa de ocupação mais elevada.

Figura 93 - Taxa de ocupação das ECCI´s do ACeS BV, 2015

Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015

Todas as ECCI´s, apresentam a 100% dos utentes, visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24

horas após a respectiva admissão ECCI, com exceção da de Vagos (86%) e de Oliveira do Bairro (94,1%).

No que se refere aos ganhos em independência nos autocuidados (%), constata-se que existe grande

disparidade entre os concelhos. Destaca-se neste indicador o concelho de Águeda com um resultado de

100% e o de Albergaria-a-Velha com 14,9% (Figura 94).

Figura 94 - Ganhos em independência nos autocuidados (%), no programa ECCI, 2015

Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015

Relativamente à taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão, pode-se constatar que todas as

ECCI´S apresentam neste indicador uma taxa superior a 85%, com exceção da ECCI de Ílhavo, que

apresenta uma taxa nula (Figura 95).

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

118

Figura 95 - Taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão do Programa ECCI

Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015

A taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado, apresenta também alguma

heterogeneidade, destacando-se os concelhos de Albergaria-a-Velha, Aveiro e Ílhavo com melhores

resultados, de 100%. Na ECCI da Murtosa este indicador é não aplicável, dado que não tinham, na

admissão nenhum prestador de cuidados cujo papel estivesse inadequado. A ECCI de Vagos, foi a que

apresentou menor taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (Figura 96).

Figura 96 - Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%), no programa ECCI, por concelho do ACeS em 2015

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10090,47

100

80

100 100

54,5

75,9

50

25

Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%)

Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015

As ECCI integram profissionais da URAP pelo se apresentam algumas das atividades, por área

profissional (Quadro 67).

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

119

Quadro 67 - Número de visitas domiciliárias realizadas segundo o grupo de profissional

Área Visitas domiciliárias Consultas

Fisioterapia 318 105

Higiene oral 24 2

Nutrição 66 -

Psicologia 24 -

Serviço Social 700 149

Fonte: Relatório URAP 2015

6.12 GABINETE DO CIDADÃO

O Gabinete do Cidadão insere-se nos serviços de apoio ao ACeS e funciona na dependência do Diretor

Executivo do ACeS Baixo Vouga.

O gabinete do cidadão em si dá resposta aos três dos quatro eixos estratégicos do Plano Nacional de

Saúde 2016/2020, que são o acesso, a qualidade e a cidadania.

No âmbito do Gabinete do Cidadão do ACeS BV, em 2015, foram recebidas e tratadas 406 exposições,

das quais 385 (94,8%) foram reclamações. Destaca-se positivamente os 17 elogios manifestados e as 4

sugestões apresentadas.

Todas as exposições apresentadas ao Gabinete do Cidadão foram comunicadas à Entidade Reguladora

da Saude, e o tempo médio de resposta foi de 24 dias.

Quadro 68 – Evolução de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, de 2013 a 2015

ÁREA DE INTERVENÇÃO

ATIVIDADE/ CUIDADO

PRESTADO INDICADOR

2013 2014 2015

Nº %o inscritos Nº %o inscritos Nº %o inscritos

Monitorização do grau de

satisfação do serviço

Sugestões Nº de sugestões escritas 8 0,02 3 0,007 4 0,01

Queixas no Livro Amarelo

Nº queixas registadas no Livro Amarelo

347 0,9 482

1,2 385

1,02

Elogios Nº de Elogios 8 0,021 11 0,028 17 0,04

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

Figura 97 - Percentagem de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, no ano 2015

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

120

Das 406 exposições realizadas e analisadas de acordo com o seu conteúdo informacional, emergiram

414 temas que foram categorizados, segundo os temas (Nível 1), conforme se pode visualizar no Quadro

69 e Figuras seguintes.

Quadro 69 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015

Temas (Nível 1)

Acesso a cuidados de saúde 161

Cuidados de saúde e segurança do doente 31

Elogio/Louvor 17

Focalização no doente 43

Instalações e serviços complementares 18

Outros temas 59

Procedimentos Administrativos 69

Questões financeiras 6

Sugestão 4

Tempos de espera 6

Total 414

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

De todos os temas, do nível 1, os que mais se destacam são o acesso a cuidados de saúde, seguido de

procedimentos administrativos, de outros e da focalização no doente.

Figura 98 - Distribuição relativa (%) dos temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

No que se refere aos temas (nível 2) relacionados com o acesso a cuidados de saúde, regista-se com

maior número, a resposta em tempo útil/razoável, seguida da inscrição no médico de família.

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121

Figura 99- Distribuição do nº de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo o acesso a cuidados de saúde (nível 2), 2015

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

Relativamente aos temas (nível 2) relacionados com os procedimentos administrativos, regista-se com

maior número o atendimento telefónico, seguido da qualidade da informação institucional

disponibilizada.

Figura 100 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo os procedimentos administrativos (nível 2), 2015

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

Relativamente aos temas (nível 2) relacionados com a focalização no cliente, regista-se com maior

número, a delicadeza do pessoal administrativo auxiliar e de apoio, e a delicadeza do pessoal clínico.

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122

Figura 101 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo a focalização no cliente (nível 2), 2015

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

Da análise do Quadro 70 e Figura 102, constatamos que o grupo profissional mais visado nas exposições

apresentadas foi o dos médicos, seguida dos coordenadores/dirigentes e depois dos assistentes

técnicos.

Quadro 70 - Número de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS BV em 2015

GRUPO PROFISSIONAL VISADO N.º Exposições

Coordenador/Dirigente 115

Médico 149

Enfermeiro 31

Outro técnico superior de saúde/Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 2

Assistente Técnico 87

Assistente Operacional 4

Outro 18

Total 406

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

Figura 102 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS, 2015

28,3

36,7

7,6

0,5

21,4

1 4,4

% de exposições segundo o grupo profissional visado

Coordenador/Dirigente

Médico

Enfermeiro

Outro técnico superior de saúde/Tec. Diag. e Terapeutica

Assistente Técnico

Assistente Operacional

Outro

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

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123

Da análise do Quadro 71 e Figura 103, constatamos que as diligências e/ou medidas mais adoptadas

face às exposições apresentadas foram: a implementação de medidas correctivas, com pedido de

desculpa, seguido da situação em que não foi necessário fazer diligências, dado que a explicação foi

aceite pelo reclamante ou porque se tratou de elogio/louvor.

Quadro 71 - Número de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015

DILIGÊNCIAS / MEDIDAS ADOPTADAS N.º

Exposições

Abertura processo interno - envio para o Gabinete Jurídico 2

Implementação de medidas preventivas - introdução de alterações nos serviços 31

Implementação de medidas corretivas - pedido de desculpas 43

Implementação de medidas corretivas - recomendação 32

Implementação de medidas corretivas - introdução de alterações nos serviços 3

Sem diligências - reclamação sem fundamento 13

Sem diligências - elogio/louvor 15

Sem diligências - folha de reclamação anulada 12

Sem diligências - explicação aceite pelo reclamante 35

Outras 75

Total 261

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

Figura 103 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015

0,811,9

16,5

12,3

1,155,7

4,6

13,4

28,7

% de Exposições segundo as deligências / medidas adotadasAbertura processo interno - envio para o Gabinete Jurídico

Implementação de medidas preventivas -introdução de alterações nos serviços

Implementação de medidas corretivas -pedido de desculpas

Implementação de medidas corretivas -recomendação

Implementação de medidas corretivas -introdução de alterações nos serviços

Sem diligências - reclamação sem fundamento

Sem diligências - elogio/louvor

Sem diligências - folha de reclamação anulada

Sem diligências - explicação aceite pelo reclamante

Outras

Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015

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124

6.13 QUALIDADE

A qualidade em saúde refere-se “à prestação de cuidados de saúde acessíveis e equitativos, com um

nível profissional óptimo, que tem em conta os recursos disponíveis e como objectivo a adesão e

satisfação do cidadão”. Refere-se a uma adequação dos cuidados de saúde às necessidades e

expectativas do cidadão e ao melhor desempenho possível.

O ACeS Baixo Vouga imprime um esforço elevado para favorecer uma cultura de melhoria contínua da

qualidade para a criação de valor em saúde.

O ACeS BV apoia e orienta as UF´s relativamente à observância das normas técnicas e tem promovido

diversas atividades relativas aos processos e procedimentos assistenciais com vista à melhoria da

atividade desenvolvida.

Está criada e em funcionamento a Comissão da Qualidade e Segurança do ACeS que em 2015 fez a

análise dos questionários de satisfação dirigidos aos utentes aplicados em Outubro 2014, e foi aplicado

um questionário de satisfação a todos os profissionais do ACeS (Sede e unidades funcionais).

Está nomeada e em funcionamento a GCL-PPCIRA, no ACeS.

Estão elaborados e implementados diversos manuais de boas práticas nas unidades funcionais (Manual

de procedimentos pela Comissão do PPCIRA sobre “A higienização de Instalações e Equipamentos”;

Manual de Boas Práticas na Diabetes elaborado pela UCF Diabetes; Manual de procedimentos no

âmbito do Resíduos Hospitalares; Manual de implementação de práticas seguras sobre

reprocessamento de dispositivos médicos). Destaca-se ainda que várias unidades funcionais,

nomeadamente USF’s, têm criado manuais de procedimentos.

Foram efectuadas auditorias internas no âmbito dos resíduos hospitalares e do PPCIRA (campanha das

precauções básicas em controlo da infeção).

O ACeS promoveu e incentivou a formação interna e externa dos profissionais, assim como a formação

pré e pós graduada em diversas áreas profissionais. No âmbito desta formação, o ACeS articulou com

diversas instituições de ensino.

No que se refere à utilização segura da medicação - No âmbito da implementação da Norma 12 dos

Serviços Farmaceuticos relativa aos medicamentos LASA (Look-Alike, Sound-Alike), foi feito, em 2015, o

acompanhamento/auditoria a 14 (40%) das 35 unidades funcionais (USF e UCSP). Nas UF´s onde a

norma não estava implementada foi feita a respectiva informação e sensibilização para os

procedimentos a adoptar.

Quanto ao consumo de antimicrobianos, foi feita a análise de consumos de quinolonas (expresso em

DDD/1000 inscritos/dia) no ACeS BV nos anos de 2013, 2014 e 2015. Desta análise ressalta a diminuição

do consumo de quinolonas de 2013 para 2015, conforme se pode concluir do Quadro 72 e Figura 104.

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125

Quadro 72 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015 2013 2014 2015

Ciprofloxacina 0,490 0,430 0,360

Levofloxacina 0,120 0,120 0,150

Ofloxacina 0,020 0,010 0,010

Prulifloxacina 0,070 0,060 0,050

Moxifloxacina 0,030 0,020 0,020

Norfloxacina 0,060 0,050 0,050

Lomefloxacina 0,003 0,000 0,000

DDD/1000inscritos/dia 0,790 0,690 0,590

Fonte: SIARS, 2015

Figura 104 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015

Fonte: SIARS, 2015

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

0,50,49

0,12

0,02

0,07

0,030,06

0,003

0,43

0,12

0,01

0,06

0,020,05

0

0,36

0,15

0,010,05

0,020,05

0

2013 2014 2015

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126

6.14 FORMAÇÃO

6.14.1 Formação no ACeS

Considera-se de extrema importância a formação contínua dos profissionais como processo dinâmico de

atualização e aperfeiçoamento de conhecimentos e boas práticas visando o desenvolvimento

profissional e a melhoria da qualidade dos cuidados prestados.

O ACeS BV pretende estimular e criar uma cultura organizacional de formação, qualidade, humanização

e rigor científico, bem como estimular e promover a formação profissional inter- unidades.

Atendendo às restrições financeiras a formação foi efectuada essencialmente com profissionais do ACeS

e em parceria com CHBV.

No Quadro 72 apresenta-se as acções de formação realizadas no ACeS.

Quadro 73 - Formação realizada no ACeS , em 2015

Áreas Temáticas

Conteúdos Programáticos Nº Sessões

Oradores Participantes

Saúde

Dermatologia em Cuidados de Saúde Primários - Aspectos práticos

2 CHBV e ACeS BV 29

Espirometrias – Programa ConecTar CHBV e ACeS BV

Segurança Rodoviária – Transporte Seguro de Automóvel 4 ACeS BV 51

Violência Doméstica 2 Externo

Vacinação 4 ACeS BV 92

Testamento Vital e os Cuidados de Saúde Primários 2 Externo 27

Educação Sexual 2 ACeS BV 27

Feridas Crónicas 2 ACeS BV

Anticoagulação Oral e Antiagregação Plaquetar – Prevenção Primária e Secundária

1 CHBV e ACeS BV

20

Antibioterapia nas Infeções Respiratórias e Urinárias 1 CHBV e ACeS BV 27

Insulinoterapia na Diabetes Tipo 2 6 CHBV -UCFD 177

Cancro do Colo do Útero 1 IPO Centro e ACeS BV

Informática Parametrização em Enfermagem 15 ACeS BV 273

Fonte: ACeS, 2015

Refere-se também a possibilidade de frequência de formação externa pelos profissionais, através de

comissões gratuitas de serviço.

Salienta-se a existência da boa prática nalgumas UF, nomeadamente USF’s, da partilha da formação à

equipa (em reunião ou através da elaboração de relatório).

Salienta-se ainda a existência de planos de formação em serviço/interna nas UF, nomeadamente nas

USF´s.

6.14.2 Formação pré e pós graduada

Uma das vertentes que o ACeS privilegia é a formação pré e pós graduada.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

127

No quadro 74 estão distribuídos os estagiários e internos que tiveram formação no ACeS , por área

profissional. Refere-se que, no total, tiveram formação, 382 (282 em 2014) profissionais de áreas

diversas.

Quadro 74 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas profissionais, no ACeS em 2015

Fisi

ote

rap

ia

Sau

de

Am

bie

nta

l

Enfe

rmag

em

Ger

om

tolo

gia

Inte

rnat

o

Méd

ico

de

MG

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Inte

rnat

o

Méd

ico

de

Saú

de

blic

a

Inte

rnat

o

Méd

ico

do

A

no

Co

mu

m Total

9 7 285 19 44 5 13 382

Fonte: ACeS, 2015

Realça-se do Quadro 75, a existência de parcerias com várias instituições de Ensino Superior e Ordens

Profissionais.

Quadro 75 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas e parcerias, no ACeS em 2015

Área Parceria Nº Observações

Fisioterapia Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 2

9 estágios Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro 7

Saude Ambiental Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Coimbra 7 7 estágios

Enfermagem

Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis

53

285 Estágios

Universidade de Aveiro (112 Licenciatura, 44 Mestrados, 2 Erasmus)

158

Escola Superior de Saúde de Viseu (44 Licenciaturas, 4 Mestrados)

48

Instituto Politécnico de Portalegre 9

Escola Superior da Guarda 17

Gerontologia Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro 19

Médicos

Internato Médico de MGF 44

11 – 4º ano 13 – 3º ano 7 – 2º ano 12- 1º ano

Internato Médico de Saude Pública 5 1 – 4º ano 2 – 3º ano 2 – 2º ano

Internato Médico do Ano Comum 13

Fonte: ACeS, 2015

6.14.3 Atividades de Formação Relevantes

Nestas atividades de formação, considera-se as dirigidas à população (comunidade) e as dirigidas aos

profissionais da saúde ou outros. Salienta-se que nestas atividades foram utilizadas diversas

metodologias e formas de abordagem de acordo com os objetivos e o grupo alvo a abranger.

- Atividades de Formação na comunidade – com a integração de esforços sustentados de todos os

sectores da sociedade, com foco no acesso, qualidade, políticas saudáveis e cidadania e com o objectivo

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

128

de maximizar os ganhos em saúde e criando valor em saúde e aumentar a literacia em saúde da

população.

- Atividades de formação dos profissionais – estas atividades desenvolvidas quer como formandos quer

como formadores, que abaixo se enumeram, visam:

Incentivar a actualização dos Profissionais;

Promover a motivação dos Profissionais;

Responder às necessidades manifestadas;

Fomentar o intercâmbio e divulgar experiências;

Desenvolver capacidades, competências, saberes e actuações.

6.15 ATIVIDADE CIENTIFICA/INVESTIGAÇÃO

A investigação é também um dos aspectos que o ACeS BV privilegia promovendo e apoiando a

realização e divulgação de trabalhos científicos/investigação com o objectivo de criar conhecimento,

capacitação e literacia em saúde.

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129

6.16 OUTRAS ATIVIDADES

6.16.1 Parcerias de Promoção e Proteção da Saúde na Comunidade

a) REDE SOCIAL - Neste âmbito foram desenvolvidas as seguintes atividades: articulação entre os

técnicos que integrem a Rede Social, os CSP e os cuidados diferenciados

c) RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO/ NUCLEOS LOCAIS DE INSERÇÃO (NLI)

Aos Núcleos Locais de Inserção compete a gestão processual continuada dos percursos de inserção dos

beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).

c) COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS

Funciona em modalidade alargada e modalidade restrita dos seus membros e exerce a sua competência

na área do município, tem suporte legal na Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro, onde se integra por

concelho pelo menos um elemento da saúde.

d) NÚCLEO DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO

O NACJR faz a identificação da condição/integridade física da criança, bem como do seu

desenvolvimento global, estabelecendo um plano integrado de apoio à família e promovendo a

articulação com outros recursos comunitários no primeiro nível de intervenção, nomeadamente as

escolas, os serviços sociais, as autarquias e outras estruturas da comunidade com intervenção nas áreas

da infância e da juventude (Crianças e Jovens dos 0-18 anos de idade).

e) SISTEMA NACIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA

A Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), entende-se como um conjunto de medidas de apoio

integrado centrado na criança e na família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa, no

âmbito da educação, da saúde e da ação social.

f) COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL

A Comissão Municipal de Protecção Civil visa assegurar a articulação entre todas as entidades e

instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de protecção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe, garantindo os meios

considerados necessários, adequados e proporcionais à gestão da ocorrência em cada caso concreto.

6.16.2 Juntas Médicas

As juntas médicas têm por objectivo proceder à avaliação das incapacidades das pessoas com

deficiência, tal como definido no artigo 2.º da Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto, para efeitos de acesso

às medidas e benefícios previstos na lei para facilitar a sua plena participação na comunidade.

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ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015

130

A avaliação da incapacidade é efectuada nos termos do Decreto -Lei n.º 202/96, de 23 de Outubro,

alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 291/2009 de 12 de Outubro, e com base na Tabela Nacional

de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (TNI), aprovada pelo Decreto-Lei

n.º 352/2007, de 23 de Outubro.

Estão nomeadas, para a área geográfica do ACeS, 3 juntas médicas.

Nos 102 períodos de juntas médicas, foram observados 2219 utentes e avaliados 2149. Por período

foram, em média, observados 21,8 e avaliados 21,1 utentes (quadro 76).

Quadro 76 - Dados das juntas médicas realizadas em 2015 DADOS/ JUNTAS MÉDICAS – 2015 TOTAL/2014 TOTAL/2015 VARIAÇÃO

Nº de períodos de juntas médicas de incapacidade realizadas 100 102 0,02

Nº de doentes convocados 2113 2295 0,09

Nº de utentes que faltaram 83 76 -0,08

Nº de utentes avaliados 1885 2149 0,14

Nº de processos pendentes 55 70 0,27

Nº de utentes com incapacidade < 60% 43 61 0,42

Nº de utentes com incapacidade ≥ 60 e < 80% 1352 1593 0,18

Nº de utentes com incapacidade ≥ 80% 490 495 0,01

Nº de utentes observados 1940 2219 0,14 Fonte: Relatório da USP, 2015

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131

7 PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO

7.1 AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO

Relativamente ao Orçamento Económico espelhado no acordo modificativo do Contrato-Programa ACeS

2015, refere-se que o ACeS cumpriu as metas estipuladas no tocante ao controlo de execução do

referido orçamento, pois em termos globais, a despesa assumida não apresenta um registo significativo

muito elevado face ao orçamentado.

Quadro 77 – Execução económica – orçamento de 2015

Orçamento Execução Desvio Valor Desvio %

DADOS ECONÓMICOS

Custos e Perdas (Total) 95.917.894 100.531.653 4.613.759 4,81%

CMVMC 1.793.378 2.078.601 285.223 15,90%

Subcontratos (621) 59.898.395 62.184.160 2.285.765 3,82%

Assistência Ambulatória 692 791 99 14,31%

Meios Complementares de Diagnóstico 12.514.635 13.490.405 975.770 7,80%

Meios Complementares de Terapêutica 12.503.699 12.936.805 433.106 3,46%

Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 29.727.235 30.613.821 886.586 2,98%

Internamentos 1.843 17.177 15.334 832,01%

Transporte de Doentes 2.003.337 2.151.392 148.055 7,39%

Trabalhos Executados no Exterior 2.831.832 2.839.663 7.831 0,28%

Outras rubricas de Subcontratos 315.122 134.107 -181.015 -57,44%

Fornecimentos e Serviços Externos (622) 1.808.319 2.603.145 794.826 43,95%

Pessoal (64) 32.410.081 33.461.198 1.051.117 3,24%

Remunerações dos Orgãos Diretivos 77.515 80.289 2.774 3,58%

Remunerações de pessoal 25.950.478 27.084.455 1.133.977 4,37%

Remunerações Base 18.556.215 18.796.358 240.143 1,29%

Suplementos Remuneratórios 4.172.520 4.829.910 657.390 15,76%

Outras Remunerações de Pessoal 3.221.743 3.458.188 236.445 7,34%

Outros Encargos com Pessoal 6.382.088 6.296.456 -85.632 -1,34%

Outros Custos e Perda Operacionais 1.284 689 -595 -46,34%

Custos e Perdas Financeiras 2.606 17135 14.529 557,52%

Custos e Perdas Extraordinárias 3.831 186725 182.894 4774,05%

CUSTOS E PERDAS ACES BV/2015

Previsão Execução Económica de 2015 (valores fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP.)

Fonte: ACeS, 2015

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132

Figura 105 – MCDT’s e Farmácias, em 2014 e 2015

Fonte: ACeS BV, 2015

Figura 106 – Custos com pessoal, em 2014 e 2015

Fonte: ACeS BV, 2015

Quadro 78 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015

Orçamento ExecuçãoDesvio

ValorDesvio %

DADOS ECONÓMICOS

Proveitos e Ganhos (Total) (3) 115.034.187 115.020.898 -13.289 -0,01%

Prest. Serv. Outras Entid. Resp. (7122) 1.979.769 1.787.191 -192.578 -9,73%

Taxas Moderadoras (71227) 1.967.866 1.775.941 -191.925 -9,75%

Consultas 1.820.323 1.634.438 -185.885 -10,21%

Urgência / SAP 23 38 15 65,22%

MCDT 3.035 3.798 763 25,14%

Outros 144.485 137.667 -6.818 -4,72%

Outras rubricas de Prestaçoes de serviços 11.903 11.250 -653 -5,49%

Impostos e Taxas 321.834 282.482 -39.352 -12,23%

Outras rubricas de Proveitos e Ganhos 112.732.584 112.951.225 218.641 0,19%

Proveitos e Ganhos ACES BAIXO VOUGA/2015

Previsão de Execução Económica de 2015 (valores fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP.)

Fonte: ACeS BV, 2015

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133

Figura 107 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015

Fonte: ACeS BV, 2015

Os quadros supra demonstram a Execução Económica do ano de 2015, estabelecendo uma comparação

com o valor Orçamentado para o mesmo ano.

Fazendo uma breve análise ao mesmo, verifica-se que a rubrica 61 (CMVMC) registou um aumento

(15,90%) face ao orçamentado.

Os fornecimentos e serviços externos tiveram um aumento considerável (43,95%), sendo explicado, em

parte, pelo incremento da rubrica “transportes de pessoal” na utilização de viaturas de aluguer para

realização de domicílios mas, essencialmente, pelo elevado registo na rubrica “Limpeza Higiene e

Conforto”

Relativamente a subcontratos, em termos globais não se verifica grande variação mas analisando as

diversas rubricas podemos referir que se verifica uma variação positiva enorme na rubrica

“Internamentos” (832,01%), e uma diminuição significativa da rubrica “Outras Rúbricas de

Subcontratos” (-57,44%).

Em analogia, os Custos com o Pessoal (64) aumentaram (3,24%), face ao valor orçamentado, tendo

contribuído essencialmente para este aumento o valor da rubrica Suplementos Remuneratórios

(15,76%) e Outras Remunerações de Pessoal (7,34%).

Quanto aos Proveitos e Ganhos, em termos globais, verifica-se uma diminuição em 2015 (-0,01%) pouco

significativa comparativamente ao valor do Orçamento.

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134

Outra análise aqui apresentada tem a ver com a evolução dos Custos e Perdas/Proveitos e Ganhos do

ano de 2015, comparativamente com a execução económica 2014, sendo aqui espelhado a variação dos

Custos e Proveitos, em valor e percentagem.

7.2 EXECUÇÃO ECONÓMICA 2015 VERSUS EXECUÇÃO ECONÓMICA 2014

2014 2015 Desvio Valor Desvio %

DADOS ECONÓMICOS

Custos e Perdas (Total) 97.213.104 100.531.653 3.318.549 3,41%

CMVMC 1.831.846 2.078.601 246.755 13,47%

Subcontratos (621) 60.940.302 62.184.160 1.243.858 2,04%

Assistência Ambulatória 707 791 84 11,88%

Meios Complementares de Diagnóstico 12.783.079 13.490.405 707.326 5,53%

Meios Complementares de Terapêutica 12.586.533 12.936.805 350.272 2,78%

Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 30.364.898 30.613.821 248.923 0,82%

Internamentos 1.883 17.177 15.294 812,21%

Transporte de Doentes 2.046.310 2.151.392 105.082 5,14%

Trabalhos Executados no Exterior 2.835.010 2.839.663 4.653 0,16%

Outras rubricas de Subcontratos 321.882 134.107 -187.775 -58,34%

Fornecimentos e Serviços Externos (622) 1.844.358 2.603.145 758.787 41,14%

Pessoal (64) 32.593.695 33.461.198 867.503 2,66%

Remunerações dos Orgãos Diretivos 77.592 80.289 2.697 3,48%

Remunerações de pessoal 26.019.848 27.084.455 1.064.607 4,09%

Remunerações Base 18.537.676 18.796.358 258.682 1,40%

Suplementos Remuneratórios 4.262.021 4.829.910 567.889 13,32%

Outras Remunerações de Pessoal 3.220.151 3.458.188 238.037 7,39%

Outros Encargos com Pessoal 6.496.255 6.296.456 -199.799 -3,08%

Outros Custos e Perda Operacionais 1.312 689 -623 -47,48%

Custos e Perdas Financeiras 2.663 17135 14.472 543,45%

Custos e Perdas Extraordinárias -1.072 186725 187.797 17518,38%

ACES BV/2015CUSTOS E PERDAS

Previsão Execução Económica de 2015 (valores provisórios fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP.)

Fonte: ACeS BV, 2015

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135

2014 2015Desvio

ValorDesvio %

DADOS ECONÓMICOS

Proveitos e Ganhos (Total) (3) 117.451.490 115.020.898 -2.430.592 -2,07%

Prest. Serv. Outras Entid. Resp. (7122) 1.979.769 1.787.191 -192.578 -9,73%

Taxas Moderadoras (71227) 1.967.866 1.775.941 -191.925 -9,75%

Consultas 1.820.323 1.634.438 -185.885 -10,21%

Urgência / SAP 23 38 15 65,22%

MCDT 3.035 3.798 763 25,14%

Outros 144.485 137.667 -6.818 -4,72%

Outras rubricas de Prestaçoes de serviços 11.903 11.250 -653 -5,49%

Impostos e Taxas 321.834 282.482 -39.352 -12,23%

Outras rubricas de Proveitos e Ganhos 115.149.887 112.951.225 -2.198.662 -1,91%

Proveitos e Ganhos ACES BAIXO VOUGA

Previsão Execução Económica de 2015 (valores provisórios fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP:)

Fonte: ACeS BV, 2015 Podemos referir que os Custos e Perdas de 2015, em termos globais, comparativamente com a

execução económica de 2014, registam uma variação positiva (3,41%).

Destaca-se o aumento de algumas rubricas em 2015 nomeadamente o CMVMC (13,47%), Subcontratos

(2,04%), Fornecimentos e Serviços Externos (41,14%), Custos com o Pessoal (2,66%), Outros Custos e

Perdas Financeiras (543,45%) e Outros Custos e Perdas Extraordinárias (17518,38%), comparativamente

com os valores do período homólogo.

Salienta-se também uma variação negativa na rúbrica Outros Custos e Perdas Operacionais (47,48%).

Os Proveitos e Ganhos de 2015 apresentam uma pequena diminuição em termos globais,

comparativamente a 2014, sendo explicada pela variação negativa da rúbrica Taxas Moderadoras (-

9.75%) e da rúbrica Impostos e Taxas (-12,23%).

7.2.1 Indicadores de Eficiência

Quadro 79 - Indicadores de Eficiência

ÁREA DE INTERVENÇÃO ATIVIDADE/ CUIDADO

PRESTADO

INDICADOR 2012 2013 2014 2015

Adequação da prescrição de medicamentos

% de medicamentos faturados que são genéricos 37,23 39,82 50,1

Custo médio de medicamentos facturados por

utilizador 179,92€ 174,54€ 172,19€ 171,67€

Adequação da prescrição de MCDT

Custo médio de MCDT facturados por utilizador 58,73€ 60,483€ 63,16€ 65,42€

Fonte: SIARS, 2015

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136

Figura 108 – Medicamentos Genéricos, Custo médio em medicamentos e MCDT facturados, por utilizador

0

50

100

150

200

% de medicamentos faturados que são

genéricos

Custo médio de medicamentos facturados

por utilizador

Custo médio de MCDT facturados por utilizador

179

,92

58,

73

37,2

3

174,

54 €

60,4

8 €

39,8

2

172,

19 €

63,

16 €

50,

1

171,

67

65,4

2 €

2012 2013 2014 2015

Fonte: SIARS, 2015

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137

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente Relatório evidenciaram-se as atividades desenvolvidas pelos profissionais do ACeS BV,

tendo em consideração as linhas estratégicas definidas no Plano de Desempenho, das quais se

destacam:

- Unidades Funcionais – Foram constituídas 2 novas USF e reorganizadas as UCSP´S.

- Recursos Humanos – de 2014 para 2015, houve uma diminuição de 17 profissionais, com especial

enfoque nos enfermeiros (10) e médicos de medicina Geral e Familiar (6).

- População Residente (2014 )– Continua a constatar-se o envelhecimento da população, traduzindo-se

por um lado no aumento do índice de envelhecimento (143,7%), de dependência de idosos (29,8%) e

longevidade (48,5%) e por outro na diminuição da taxa de natalidade (7,5%o) e no saldo fisiológico

negativo (-745). O envelhecimento e os estilos de vida menos saudáveis acentuam o aumento da

prevalência das doenças crónicas, nomeadamente as cérebro-cardiovasculares, a hipertensão arterial e

a diabetes, que são também importantes fatores de risco para outras doenças.

- População Inscrita – De acordo com os dados do SIARS, havia em 31/12/2015, 378.688 utentes

inscritos, dos quais 363.816 (96%) com médico de família.

- Mortalidade Infantil – Apresenta no global, uma tendência decrescente, com uma taxa de 2,08%o, que

é inferior à da Região Centro e Continente.

- Mortalidade Geral – A primeira causa de morte na Região de Aveiro, à semelhança da Região Centro e

de Portugal, são as doenças do aparelho circulatório, apresentando a Região de Aveiro um valor

superior (150,5%o). A relação de masculinidade dos óbitos para todas as causas foi de 108,2 óbitos

masculinos por cada 100 femininos. A idade média à morte, por todas as causas, foi de 77,6 anos.

- Anos de vida potencialmente perdidos – O número médio de anos de vida perdidos (ano 2013) na

Região de Aveiro (14) foi superior ao de Portugal (13,7) e ao da Região Centro (13,3). No entanto, as

taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos na Região de Aveiro foi a mais baixa, com

3.183%ooo, comparativamente com Portugal (3.455,7%ooo) e Região Centro (3.319,0%ooo).

- Morbilidade – De acordo com a ICPC2, destaca-se com maior número de registos, quer na prevalência,

quer na incidência, as “alterações do metabolismo dos lípidos”, seguida da “hipertensão sem

complicações”.

- Indicadores de Produtividade – Houve um aumento do número de consultas realizadas de 2014 para

2015, com uma taxa de variação de 1,78%.

- Indicadores de Acesso – Salienta-se um aumento da taxa de cobertura de consultas pelo próprio

médico e de visitas domiciliárias de enfermagem no global, ao recém-nascido e à puérpera.

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- Indicadores de Qualidade Técnica/Efetividade – Houve uma melhoria nas diferentes áreas de

intervenção: vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença nas diferentes fases da vida;

vigilância oncológica/rastreios; e vigilância clínica nas situações de doença crónica. No que se refere ao

PNSE no ano letivo 2014/2015 foram abrangidas as 4 áreas de intervenção: a Saúde Individual e

Coletiva; a Inclusão Escolar; o Ambiente Escolar e os Estilos de Vida. Foram alvo de intervenção 100%

das escolas nos diferentes níveis de escolaridade, com pelo menos uma atividade. No PNPSO foram

utilizados, no global, 11.468 cheques-dentista, dos 15.070 cheques emitidos, refletindo uma taxa de

utilização de 76,1%.

- Indicadores de Eficiência – Houve um aumento da prescrição de medicamentos genéricos e uma

redução do custo médio de medicamentos faturados por utilizador.

- Saúde Ambiental - Foram realizadas 663 análises bacteriológicas e 265 análises Físico-químicas às

águas de consumo humano, das quais 512 (77,2 %) cumprem os requisitos necessários. Nas águas das

piscinas foram realizadas 728 análises bacteriológicas e 285 análises Físico-químicas, das quais 600

(82,4%) cumprem os requisitos necessários. Nas águas balneares regista-se o cumprimento em 94,2%

das análises. Foram produzidos, em 2015, no ACeS , 30.058,1 Kg de resíduos do grupo III e 3.346 Kg de

resíduos do grupo IV.

- DDO -Em 2015 foram notificados, 406 casos de doenças, dos quais 167 eram de casos confirmados.

- Vacinação - A avaliação do PNV através do SINUS vacinação, do esquema cumprido ou em execução,

mostra que os resultados de cobertura vacinal se situam acima dos 95%, para os grupos etários dos 2,

7, e 18 anos.

- Projetos de intervenção comunitária – Foram realizados um vasto conjunto de projetos que visam a

educação, a prevenção, promoção e proteção da Saúde realizados em diferentes grupos da população e

em diversas áreas.

- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – Na ECCI, a taxa de ocupação variou entre 76,9%

e 98,9%; a taxa de eficácia de visitação domiciliária nas primeiras 24 horas oscilou entre 86% e 100%.

- Gabinete do Cidadão – Em 2015 houve 406 exposições, das quais 385 foram reclamações, 17 elogios e

4 sugestões.

- Formação – O ACeS promoveu e realizou 42 formações em serviço em diferentes áreas. Tiveram

formação, em diferentes áreas, 382 estagiários e internos.

- Atividade científica/investigação – Foram desenvolvidos vários trabalhos de investigação, que foram

publicados em congressos, conferencias e revistas científicas.

- Parcerias – Os profissionais do ACeS integram diversas parcerias no âmbito da promoção e proteção

de saúde na comunidade: rede social, rendimento social de inserção, CPCJ, NACJR, intervenção precoce,

comissão municipal de educação, e comissão municipal de proteção civil.

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- Juntas Médicas – Em junta médica, foram observados 2.219 utentes e avaliados 2.149. Por período

foram, em média, observados 21,8 utentes e avaliados 21,1.

- Orçamento Económico Custos e Perdas - O ACeS cumpriu as metas estipuladas no tocante ao controlo

de execução do referido orçamento.

Neste relatório ficou bem patente o trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde das unidades

funcionais do ACeS com o cidadão, no acompanhamento do seu ciclo de vida em situações de saúde e

doença, bem como a preocupação com a família, na vivência das suas transições normativas e

acidentais, com especial enfoque no cidadão, família e comunidade, como cliente e recurso. Realça-se

que, para a consecução daquele trabalho, há um conjunto de outros domínios de atividade, transversais

que se apresentam como suporte fundamental à sua boa execução.

Não obstante algumas carências (recursos humanos, equipamentos, instalações e sistemas de

informação), pode concluir-se, que no ano de 2015, o ACeS deu resposta ao seu Plano de Desempenho e

ao Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (Revisão e Extensão 2020).

Assim, num contexto de avaliação geral, poder-se-á considerar que o grau de realização das atividades

planeadas e das metas previstas para o ano 2015, é francamente positivo, mantendo-se o caminho para

se continuar a progredir na concretização das atividades cometidas ao ACeS, bem como, a contribuir

ativamente para a melhoria do estado de saúde da população.