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AVEIRO – ABRIL 2016
ACES
BAIXO VOUGA RELATÓRIO DE ATIVIDADES - 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
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Ficha Técnica: Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga Relatório de Atividades do ACeS BV 2015. Aveiro, 2015 Título: Relatório de Atividades do ACeS BV 2015 Editores: Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga Autores: Diretor Executivo do ACeS BV; Conselho Clínico e da Saúde do ACeS BV; Observatório Local de Saúde do ACeS BV. Agradecimento: Unidade de Apoio à Gestão; Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados; Unidade de Saúde Pública; Unidades de Cuidados na Comunidade; Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados; Unidades de Saúde Familiar; Gabinete do Cidadão; Grupo Coordenador Local do PPCIRA. Impressão e Acabamento: Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga Reprodução Autorizada desde que a fonte seja citada, exceto para fins comerciais, que é proibido.
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Mapa de pessoal do ACES BV (n.º de efectivos - ano 2015/2014) ........................................................... 17
Quadro 2 - População residente, por sexo e grupo etário, em Portugal, Região Centro e ACeS BV – 2014 .............. 23
Quadro 3 - Nº de Alunos matriculado sem modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014 ............................................................................................................................................... 28
Quadro 4 - Nados-vivos e Taxa de Natalidade (‰), no Continente, Região Centro e Região de Aveiro – 2010 a 2014 .................................................................................................................................................................................... 30
Quadro 5 - Dados e indicadores de mortalidade (total), na Região de Aveiro em 2013 ............................................ 34
Quadro 6 – Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12-2015 ....................................................................... 37
Quadro 7 - Distribuição do número e taxa de incidência (%) de utentes com algumas patologias, registadas a 31/12/2015 ................................................................................................................................................................. 39
Quadro 8 - Indicadores de Contratualização Externa – 2015 ..................................................................................... 43
Quadro 9 - Total de consultas e Visitas domiciliárias realizadas, em 2013, 2014 e 2015,por outros profissionais do ACeS ............................................................................................................................................................................ 50
Quadro 10 – N.º de Consultas realizadas em 2014 e 2015, por área, e sua variação ................................................. 51
Quadro 11 - Evolução dos Indicadores de Resultado da área de Saúde Mulher/Saúde Materna – 2005 a 2014 ...... 54
Quadro 12 - Mortalidade, por todas as causas, em pessoas com 65 e mais anos em 2013 na Região de Aveiro ...... 56
Quadro 13 - Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013 ............................. 58
Quadro 14 - Dados de Prevalência e Incidência de Doenças do Aparelho circulatório, em 2015 .............................. 59
Quadro 15 - Mortalidade por diabetes, em 2013 na Região de Aveiro ...................................................................... 61
Quadro 16 - Morbilidade – Taxas de Incidência e Prevalência da diabetes ................................................................ 61
Quadro 17 - Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética ACeS BV em 2015 ................................................... 63
Quadro 18 - Total de Utentes Diabéticos rastreados a retinopatia diabética no ano 2015por grupo etário e sexo (n/%)............................................................................................................................................................................ 63
Quadro 19 - Resultados do Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética no ACeS BV - Rastreio 2015, por Concelho ..................................................................................................................................................................... 64
Quadro 20 - Mortalidade por doenças do aparelho respiratório, em 2013 naRegião de Aveiro ............................... 64
Quadro 21 - Evolução dos Indicadores de Resultado na área das Doenças Respiratórias, 2013-2015 ...................... 66
Quadro 22 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro ...................................................... 66
Quadro 23 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro, segundo o sexo, relação de masculinidade e idade média à morte segundo o sexo – 2013 .................................................................................. 67
Quadro 24 – Incidência de doenças preveníveis pela vacinação ................................................................................ 69
Quadro 25 - Indicadores de execução – PNV 2015 ..................................................................................................... 70
Quadro 26 – Notificações de DDO .............................................................................................................................. 73
Quadro 27 – Casos notificados por DDO no ACeS BV em 2015 .................................................................................. 73
Quadro 28 - Atividades de Sanidade Marítima - Porto de Aveiro - em 2015 .............................................................. 77
Quadro 29 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por destino ....................................................................... 79
Quadro 30 - Mortalidade por VIH/SIDA, em 2012, no Baixo Vouga ........................................................................... 80
Quadro 31 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género e do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015 ............................................................................... 82
Quadro 32 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014 ......................................................................................................................................... 84
Quadro 33 - Evolução da distribuição do n.º total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2015 ....................................................................................................................... 84
Quadro 34 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ............................................................................................................................................. 85
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Quadro 35 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ...................................................................................... 86
Quadro 36 - Número absoluto e relativo (%) de alunos alvo de projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015 ................................................................................................ 87
Quadro 37 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015 ......................................................................................................................................................... 89
Quadro 38 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .................................................................. 90
Quadro 39 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ................................................................. 91
Quadro 40 – Tratamento oral efetuado por cheque dentista em 2015 ..................................................................... 93
Quadro 41 – Distribuição das crianças segundo o CPO das crianças que utilizaram cheque dentista, 2015 ............. 93
Quadro 42 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens, e respetiva taxa de utilização – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ............................................... 94
Quadro 43 - Evolução do número de cheques emitidos, utilizados e da Taxa de utilização de cheques dentista, por grupos etários às grávidas (2014 - 2015) .................................................................................................................... 95
Quadro 44 - Evolução dos resultados da taxa de utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI por grupo etário (2014 - 2015) ............................................................................................................................................................... 96
Quadro 45 - Consultas de saúde oral realizadas por higienista oral e médico dentista ............................................. 97
Quadro 46 - Indicadores de morbilidade .................................................................................................................... 98
Quadro 47 - Indicadores de Execução - 2015 ............................................................................................................. 98
Quadro 48 - N.º de análises microbiológicas de alimentos e superfícies nas cantinas ............................................... 99
Quadro 49 – N.º de colheitas de águas por tipologias, realizadas/previstas e % de cumprimentos/não cumprimentos, 2015 ................................................................................................................................................. 102
Quadro 50 – Proporção de UF auditadas em 2015. .................................................................................................. 105
Quadro 51 - Indicadores de Execução, 2015 ............................................................................................................. 105
Quadro 52 - Mortalidade por Acidentes e Sequelas - 2013 ...................................................................................... 107
Quadro 53 - Mortalidade por Acidentes de transporte e sequelas - 2013 ............................................................... 108
Quadro 54 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança a profissionais de saúde ............................................................................................................................................... 108
Quadro 55 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança pais/grávidas/puérperas que frequentem os projetos de preparação para o parto e projetos de recuperação pós parto. ......................................................................................................................................................................... 108
Quadro 56 - Atividades sobre prevenção de acidentes – N.º de Alunos, Professores abrangidos e Sessões........... 109
Quadro 57 - Distribuição do número de Consultas de Alcoologia realizadas por Centro de Saúde e ACeS, segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015 ........................................................................... 110
Quadro 58 - Mortalidade devido a abuso de álcool, em 2013, na Região de Aveiro ................................................ 110
Quadro 59 - Indicadores de Execução na área dos Problemas Ligados ao Álcool em 2013 - 2015 .......................... 111
Quadro 60 - Distribuição do número de Consultas de Cessação Tabágica realizadas por Centro de Saúde e ACeS , segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015 ......................................................... 112
Quadro 61 - Indicadores de Execução e Metas na área do Tabagismo .................................................................... 112
Quadro 62 - Perturbações mentais e do comportamento, 2013 (CID-10: F00-F99) ................................................. 113
Quadro 63 - Prevalência em 2015 ............................................................................................................................. 113
Quadro 64 - Indicadores de Execução na área de Saúde Mental ............................................................................. 113
Quadro 65 - Distribuição do nº vagas de ECCI, por Centro de Saúde, em 2014 ....................................................... 115
Quadro 66 - Resultados de indicadores ECCI por Centro de Saúde, 2015 ................................................................ 116
Quadro 67 - Número de visitas domiciliárias realizadas segundo o grupo de profissional ...................................... 119
Quadro 68 – Evolução de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, de 2013 a 2015 ................................... 119
Quadro 69 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015 ..................... 120
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Quadro 70 - Número de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS BV em 2015 ............................... 122
Quadro 71 - Número de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015 ............... 123
Quadro 72 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015 ........................................................... 125
Quadro 73 - Formação realizada no ACeS , em 2015 ................................................................................................ 126
Quadro 74 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas profissionais, no ACeS em 2015 .............................. 127
Quadro 75 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas e parcerias, no ACeS em 2015 ................................ 127
Quadro 76 - Dados das juntas médicas realizadas em 2015 ..................................................................................... 130
Quadro 77 – Execução económica – orçamento de 2015......................................................................................... 131
Quadro 78 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015 ................................................................................................... 132
Quadro 79 - Indicadores de Eficiência ...................................................................................................................... 135
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Tipologia das Unidades Funcionais do ACeS BV - 2015 .............................................................................. 15
Figura 2 - Distribuição das Unidades Funcionais do ACeS BV em 2015, por Centro de Saúde .................................. 15
Figura 3– Visitas de Acompanhamento da ERA, 2015 ................................................................................................ 15
Figura 4 - Organograma do ACeS BV ........................................................................................................................... 16
Figura 5 - Distribuição dos Trabalhadores, no ACeS Baixo Vouga, por carreira profissional, 2015 ............................ 18
Figura 6 – Distribuição dos Trabalhadores com Contrato em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, por carreira profissional, 2015 .......................................................................................................................................... 19
Figura 7 – Motivo da saída de profissionais ................................................................................................................ 20
Figura 8 - Saída de Profissionais em 2015 ................................................................................................................... 20
Figura 9 - Distribuição em % de trabalhadores segundo o género ............................................................................. 21
Figura 10 - Distribuição dos trabalhadores segundo o grupo etário ........................................................................... 21
Figura 11 - Mapa dos Concelhos do ACeS BV .............................................................................................................. 22
Figura 12 - Localização do ACeS BV na Região Centro ............................................................................................ 22
Figura 13 – Pirâmide etária da Região de Aveiro - 2014 ............................................................................................. 23
Figura 14 - População residente, por grupo etário, no ACeS BV ................................................................................ 24
Figura 15 - Evolução da % de crianças e jovens e idosos, no ACeS BV 2001-2014 ..................................................... 24
Figura 16 – Índices de envelhecimento, dependência de idosos e de jovens e índice de longevidade, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014 ..................................................................................................................... 25
Figura 17 - Idade Média da mãe ao nascimento do 1º filho, esperança média de vida à nascença e esperança média de vida aos 65 anos, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014 .............................................................. 26
Figura 18 -Taxas de crescimento efectivo, natual e migratório em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2014 ................................................................................................................................................................ 26
Figura 19 - Taxas brutas denatalidade e mortalidade, taxa de fecundidade geral e índice de fecundidade em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro - 2014 ................................................................................ 27
Figura 20 - Taxas de escolarização no ensino pré-escolar, básico, secundário e superior em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2013/2014 ........................................................................................................... 28
Figura 21 - % de Alunos matriculados em modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014 ............................................................................................................................................... 29
Figura 22 - Evolução da taxa de natalidade (%o) de 2010 a 2014............................................................................... 30
Figura 23 - Taxas Brutas de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2014 ......................................................... 31
Figura 24 - Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Baixo Vouga de 2008 a 2014 ........................... 32
Figura 25- Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região de Aveiro (NUTS - 2013) - 2013 .................................................................................................................................................................................... 35
Figura 26 - Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região de Aveiro, em 2013 .......................................................................................................................................................... 36
Figura 27 - Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12-2015 ........................................................................ 38
Figura 28 - Distribuição da taxa de incidência (%) de patologias com registos ICPC2 nos utentes inscritos a 31/12/2015 ................................................................................................................................................................. 39
Figura 29 – Distribuição de Utentes Inscritos, segundo a inscrição com ou sem médico de família e sem médico de família por opção,por Unidade Funcional em 31/12/2015 ......................................................................................... 40
Figura 30 – Utentes Inscritos no ACeS BV – 31/12/2015 ............................................................................................ 40
Figura 31 - Média de Utentes Inscritos por Médico de Família, segundo a Unidade Funcional e ACeS , 32/12/201541
Figura 32 - Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV (2015) ....................................................................... 42
Figura 33 – Indicadores de acesso – Personalização de Cuidados, 2015 .................................................................... 49
Figura 34 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços, 2015 .............................................................................. 49
Figura 35 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços em contexto domiciliário, 2015 ..................................... 49
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Figura 36- Distribuição das Consultas, por área, em 2015 .......................................................................................... 52
Figura 37- Total de Consultas, por área, em 2014 e 2015 .......................................................................................... 52
Figura 38 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Planeamento Familiar ................................................ 53
Figura 39 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância da Gravidez ................................................ 53
Figura 40 - Evolução da Taxa (‰) de Mortalidade Fetal Tardia entre os anos 2010-2014 ......................................... 54
Figura 41 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância saúde RN, da Criança e Adolescente ......... 55
Figura 42 - Evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal entre os anos 2010-2014 ..................................................... 55
Figura 43 - Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil de 2010 a 2014 ....................................................................... 56
Figura 44 - Indicadores de Execução da área da Saúde do Idoso: 2013-2015 ............................................................ 57
Figura 45 – Indicadores de Mortalidade por algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013 ............................................................................................................................................................................ 58
Figura 46 – Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) por algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013 ............................................................................ 59
Figura 47 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015 ..................... 60
Figura 48 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015 (Cont.) ......... 60
Figura 49 - Indicadores de Execução na área da Diabetes .......................................................................................... 62
Figura 50 - Indicadores de Execução na área da Diabetes (cont.) .............................................................................. 62
Figura 51 - Tx (%ooo) mortalidade padronizadas p/ todas idades por DPOC, Asma. Pneumonia e Gripe, 2013 ....... 65
Figura 52 - Mortalidade por DPOC, Pneumonia, Gripe e Asma, em 2013 na Região de Aveiro ................................. 65
Figura 53 - Mortalidade por Tumor maligno da mama; cólon, reto e ânus e; colo do útero em 2013 na Região de Aveiro .......................................................................................................................................................................... 68
Figura 54 - Evolução da taxa bruta (%o) de mortalidade por Tumores, de 2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região BV ..................................................................................................................................................... 68
Figura 55 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade - Rastreio Oncológico. ................................................... 69
Figura 56 - Evolução, 2014 para 2015, do PNV cumprido ou em execução aos 2, 7 e 14 anos .................................. 71
Figura 57 – N.º casos notificados com data diagnóstico de 2015, segundo a classificação ........................................ 74
Figura 58 – N.º casos (DDO)notificados com data diagnóstico de 2015 ..................................................................... 74
Figura 59 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por sexo .............................................................................. 78
Figura 60 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por idade ............................................................................. 79
Figura 61 – Tempo de permanência ........................................................................................................................... 79
Figura 62 – Evolução do número de kits de seringas trocados no ACeS BV de 2013 a 2015 ...................................... 81
Figura 63 – Número de Kits de seringas trocados, segundo os concelhos do ACeS BV em 2015 ............................... 82
Figura 64 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género, 2013/2015 ................................................................................................................................................................... 83
Figura 65 - Evolução do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015 ......................................... 83
Figura 66 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2015 ..................................................................................................................................................... 84
Figura 67 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2015 ...................................................................................................................................... 85
Figura 68 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ............................................................................................................................ 86
Figura 69 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ...................................................................................... 87
Figura 70 -Percentagem de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015 ..................................................................................................... 88
Figura 71 - Taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2014/2015 ................................................................................................................................................................... 88
Figura 72 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015 ......................................................................................................................................................... 89
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Figura 73 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .......................................................................... 90
Figura 74 - Evolução da taxa de utilização de cheques dentista (%) no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .......................................................................................................................... 91
Figura 75 - Evolução do número de cheques dentista emitidos e utilizados e do número de referenciações higienistas emitidas e utilizadas, no âmbito do SOCJ, segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ................................................................................................................................................................... 92
Figura 76 - Evolução da distribuição da taxa de utilização de cheques dentista e referenciações higienistas no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 ................................................ 92
Figura 77 - Tratamento oral efetuado segundo a sua tipologia, em 2015 .................................................................. 93
Figura 78 – Índice de CPO das crianças que utilizaram cheque dentista .................................................................... 94
Figura 79 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015 .......................................................................................................................... 95
Figura 80 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOG segundo o grupo etário da grávida (2014 - 2015) ........................................................................................................................ 96
Figura 81 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOPI (2014-2015) ........................................................................................................................................................................... 97
Figura 82 - Indicadores de morbilidade ...................................................................................................................... 98
Figura 83 - Indicadores de Execução - 2015 ................................................................................................................ 99
Figura 84– Representação percentual das instituições que cumpriram a meta prevista para a fase 1 segundo o concelho em 2015 ..................................................................................................................................................... 100
Figura 85 – Distribuição dos valores médios de concentração de sal das escolas e instituições de cada um dos concelhos e no ACeS , na avaliação inicial (diagnóstico) e na fase 1, em 2015. ....................................................... 101
Figura 86 - Percentagem de cumprimentos/não cumprimentos segundo a tipologia de águas abrangidas por programas de vigilância, 2015 .................................................................................................................................. 102
Figura 87 - Produção anual de resíduos do grupo III e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015 ................... 103
Figura 88 - Produção anual de resíduos do grupo IV e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015 ................... 103
Figura 89 - Produção anual de resíduos do grupo III e IV e respectivos custos, no ACeS , 2015 .............................. 104
Figura 90 - Produção (Kg) anual de RH dos grupos I e II no ACeS em 2015 ............................................................. 104
Figura 91 – Distribuição (%) de alunos abrangidos por projetos de prevenção do consumo de álcool no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015 ................................................................................................ 109
Figura 92 – Distribuição (%) de alunos que foram alvo de projetos de prevenção do consumo de tabaco no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015 ................................................................................................ 111
Figura 93 - Taxa de ocupação das ECCI´s do ACeS BV, 2015 .................................................................................... 117
Figura 94 - Ganhos em independência nos autocuidados (%), no programa ECCI, 2015 ......................................... 117
Figura 95 - Taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão do Programa ECCI ................................................ 118
Figura 96 - Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%), no programa ECCI, por concelho do ACeS em 2015 ..................................................................................................................................................... 118
Figura 97 - Percentagem de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, no ano 2015 ...................................... 119
Figura 98 - Distribuição relativa (%) dos temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015 ..................... 120
Figura 99- Distribuição do nº de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo o acesso a cuidados de saúde (nível 2), 2015 ............................................................................................................................................ 121
Figura 100 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo os procedimentos administrativos (nível 2), 2015 ........................................................................................................ 121
Figura 101 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo a focalização no cliente (nível 2), 2015 ........................................................................................................................................... 122
Figura 102 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS, 2015 ................. 122
Figura 103 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015 .......................................................................................................................................................................... 123
Figura 104 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015 ............................................................ 125
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
8
Figura 105 – MCDT’s e Farmácias, em 2014 e 2015.................................................................................................. 132
Figura 106 – Custos com pessoal, em 2014 e 2015 .................................................................................................. 132
Figura 107 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015 ................................................................................................... 133
Figura 108 – Medicamentos Genéricos, Custo médio em medicamentos e MCDT facturados, por utilizador ........ 136
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
9
SIGLAS/ABREVIATURAS ACeS –Agrupamentos de Centros de Saúde
ACeS BV – Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga
ACSS –Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.
ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.
ATL – Atividades dos tempos livres
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BAS –Benefícios Adicionais Saúde
CAD – Centro de Aconselhamento e Detecção
CDP – Centro Diagnóstico Pneumológico
CHBV – Centro Hospitalar do Baixo Vouga
CMVMC – Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas
CS – Centro de Saúde
CV– Cardiovascular
CSP – Cuidados de Saúde Primários
DDO – Doença de Declaração Obrigatória
DGS – Direcção Geral da Saúde
DM – Diabetes Mellitus
DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crónica
DSP – Departamento de Saúde Pública
eagenda - Marcação Electrónica de Consultas
ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados
ECL – Equipa Coordenadora Local
ECR – Equipa Coordenadora Regional
EGA – Equipa de Gestão de Altas
ERA – Equipa Regional de Apoio
GDH´s – Grupos de Diagnóstico Homogéneos
HgbA1c – Hemoglobina Glicosilada
IACS – Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde
ICPC2 – Classificação Internacional de Cuidados Primários, 2ª Edição
IGAS – Inspecção Geral das Atividades em Saúde
IMC – Índice de Massa Corporal
INE – Instituto Nacional de Estatística
INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
IPSS– Instituição Particular de Solidariedade Social
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
10
IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis
HPV – Vírus do Papiloma Humano
HTA – Hipertensão Arterial
MCDT – Meio Complementar de Diagnóstico e Terapêutica
MIM@UF – Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais
NES – Necessidades Educativas Especiais
NLI – Núcleo Local de Inserção
NOC – Norma de Orientação Clínica
NUTS – Nomenclatura de Unidades Territoriais
OMS – Organização Mundial de Saúde
PA – Pressão Arterial
PEM – Prescrição Electrónica de Medicamentos
PF – Planeamento Familiar
PLA– Problemas Ligados ao Álcool
PNPAS – Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável
PNSE – Programa Nacional de Saúde Escolar
PNPSO– Programa Nacional de Saúde Oral
PNV – Programa Nacional de Vacinação
PNSIJ – Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil
PGRH – Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares
PPCIRA - Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
PVSACH – Programa Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano
PVSET – Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais
PVSOE -Programa Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento
PVSP -Programa Vigilância Sanitária de Piscinas
PVSZB -Programa Vigilância Sanitária de Zonas Balneares
REVIVE -Rede de Vigilância de Vectores
RH – Resíduos Hospitalares
RHV - Sistema Informático de Recursos Humanos
RIVD – Rede de Intervenção a Vítimas de Violência Doméstica
RN – Recém-nascido
RNCI – Rede Nacional de Cuidados Integrados
RNU - Registo Nacional de Utentes
SA – Sistemas de Abastecimento
SAM –Sistema de Apoio ao Médico
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
11
SAPE - Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem
SAS – Síndrome de Apneia do Sono
SGSR - Sistema de Gestão de Sugestões e Reclamações
SGTD - Sistema de Gestão de Transporte de Doentes
SIARS - Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde
SICO – Sistema de Informação dos Certificados de Óbito
SICTH - Sistema de Informação da Consulta a Tempo e Horas ("Alert” P1)
SiiMA Rastreios - Sistema de Informação para Gestão de Programas de Rastreios
SINAVE - Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
SINUS - Sistema de Informação de Unidades de Saúde
SISO - Sistema Informático para a Saúde Oral
SNS – Serviço Nacional de Saúde
SOCJ - Saúde Oral em Crianças e Jovens
SOG - Saúde Oral nas grávidas
SOPI – Saúde Oral em Pessoas Idosas
SOSI - Saúde Oral em Saúde Infantil
TA - Tensão arterial
TAC – Toxinfeção Alimentar Colectiva
TOD – Toma observada Directa
UAG – Unidade de Apoio à Gestão
UCF - Unidade coordenadora funcional
ULS – Unidade Local de Saúde
USF – Unidade de Saúde Familiar
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade
UCCI – Unidade de Cuidados Continuados Integrados
UF – Unidade Funcional
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USP – Unidade de Saúde Pública
VE – Vigilância Epidemiológica
VIH/SIDA – Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
12
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................14
1 CARACTERIZAÇÃO DO ACES .........................................................................................................................15
1.1 UNIDADES FUNCIONAIS E ORGANOGRAMA DO ACES .............................................................................. 15
1.2 RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................... 17
1.3 ÁREA GEOGRÁFICA .................................................................................................................................... 21
1.4 POPULAÇÃO – INDICADORES DE POPULAÇÃO .......................................................................................... 23 1.4.1 População Residente ............................................................................................................................. 23
1.5 DADOS E INDICADORES SOCIOECONÓMICOS E CULTURAIS ..................................................................... 28 1.5.1 Indicadores de Educação ....................................................................................................................... 28
2 INDICADORES DE SAÚDE ..............................................................................................................................30
2.1 NATALIDADE .............................................................................................................................................. 30
2.2 MORTALIDADE ........................................................................................................................................... 31
2.3 MORBILIDADE ............................................................................................................................................ 36
2.4 POPULAÇÃO INSCRITA POR UNIDADE FUNCIONAL ................................................................................... 40 2.4.1 Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS Baixo Vouga ................................................................ 41
3 CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS ..........................................................................................................43
3.1 INDICADORES DE CONTRATUALIZAÇÃO EXTERNA: EIXO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL ........................ 43 3.1.1 Processo de Contratualização ............................................................................................................... 44
4 GOVERNAÇÃO CLÍNICA ................................................................................................................................46
5 ARTICULAÇÃO E CONTINUIDADE DE CUIDADOS...........................................................................................47
6 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO .................................................................................................................48
6.1 ACESSO ...................................................................................................................................................... 48
6.2 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE ........................................................................................................... 51
6.3 SAÚDE DA MULHER/PLANEAMENTO FAMILIAR ........................................................................................ 52
6.4 SAÚDE DA MULHER/SAÚDE MATERNA ..................................................................................................... 53
6.5 SAÚDE INFANTIL E JUVENIL ....................................................................................................................... 54
6.6 SAÚDE DO IDOSO ...................................................................................................................................... 56
6.7 VIGILÂNCIA DA DOENÇA CRÓNICA ............................................................................................................ 57 6.7.1 Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares – Hipertensão ................................................. 57 6.7.2 Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus ........................................................................................ 61 6.7.3 Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma) ..................................................... 64 6.7.4 Programa de Vigilância Oncológica ....................................................................................................... 66
6.8 PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO .................................................................................................... 69
6.9 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS ......................... 71 6.9.1 Doenças de Declaração Obrigatória ...................................................................................................... 72 6.9.2 Surto de Ébola ....................................................................................................................................... 75 6.9.3 Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos ............................. 75 6.9.4 Sanidade Internacional .......................................................................................................................... 76 6.9.5 Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA ........................................................................................ 80 6.9.6 Tuberculose/CDP ................................................................................................................................... 82
6.10 PROMOÇÃO DA SAÚDE ............................................................................................................................. 85 6.10.1 Promoção da Saúde em Meio Escolar .............................................................................................. 85
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
13
6.10.2 Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral .............................................................................. 89 6.10.3 Programa para a Promoção da Alimentação Saudável ..................................................................... 97
6.10.3.1 Programa Segurança Alimentar em cantinas (PSAC) .....................................................................................99 6.10.3.2 Projeto Sopa.come ......................................................................................................................................100
6.10.4 Programas de Saúde Ambiental ...................................................................................................... 101 5.10.4.1 ...........................................................................................................................................................................101 6.10.4.1 Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH); .............................................................................103 6.10.4.2 Programa da Rede de Vigilância de Vectores – REVIVE ...............................................................................105 6.10.4.3 Programa – Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Frio. ......................................................................105 6.10.4.4 Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência Energética .................................................106
6.10.5 Programa Nacional de Prevenção de Acidentes ............................................................................. 107 6.10.6 Programa Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool .......................................... 109 6.10.7 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ................................................... 111 6.10.8 Programa Nacional para a Saúde Mental ....................................................................................... 112
6.11 REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS ............................................................... 115
6.12 GABINETE DO CIDADÃO .......................................................................................................................... 119
6.13 QUALIDADE .............................................................................................................................................. 124
6.14 FORMAÇÃO .............................................................................................................................................. 126 6.14.1 Formação no ACeS .......................................................................................................................... 126 6.14.2 Formação pré e pós graduada ........................................................................................................ 126 6.14.3 Atividades de Formação Relevantes ............................................................................................... 127
6.15 ATIVIDADE CIENTIFICA/INVESTIGAÇÃO ................................................................................................... 128
6.16 OUTRAS ATIVIDADES ............................................................................................................................... 129 6.16.1 Parcerias de Promoção e Proteção da Saúde na Comunidade ....................................................... 129 6.16.2 Juntas Médicas ................................................................................................................................ 129
7 PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO ......................................................................... 131
7.1 AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO ............................................................................................ 131
7.2 EXECUÇÃO ECONÓMICA 2015 VERSUS EXECUÇÃO ECONÓMICA 2014 .................................................. 134 7.2.1 Indicadores de Eficiência ..................................................................................................................... 135
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................ 137
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
14
INTRODUÇÃO
O relatório de atividades de 2015 do ACeS Baixo Vouga é um documento que tem como objetivo
principal, evidenciar o desempenho no ano, bem como a sua evolução de 2013 a 2015. Na sua estrutura
pretendeu-se organizar a informação por áreas, apresentando-a maioritariamente em quadros e figuras.
No seu conteúdo tem-se presente, nos diversos programas/projetos e atividades desenvolvidas, o
contributo do ACeS na resposta aos quatro grandes eixos estratégicos do PNS 2012-2016, com a Revisão
e Extensão 2020 (cidadania em saúde; equidade e acesso adequado aos cuidados de saúde; qualidade
em saúde; politicas saudáveis), bem como aos quatro objetivos para o sistema de saúde (obter ganhos
em saúde; promover contextos favoráveis à saúde ao longo do ciclo de vida; reforçar o suporte social e
económico na saúde e na doença; fortalecer a participação de Portugal na saúde global).
Os resultados atingidos são bastante bons e revelam um bom desempenho de todos os profissionais de
saúde do ACeS Baixo Vouga. Revelam, também, uma evolução positiva de 2013 a 2015 que contribuiu
para a obtenção de ganhos e valor em saúde. Para esta evolução positiva contribuíram: a governação
clínica, a excelência técnica, a maturidade organizativa das unidades funcionais e respetivas equipas, a
contratualização interna e externa, o esforço na melhoria dos registos, a elaboração e implementação
de manuais de procedimentos, a informação disponível para monitorização/avaliação da atividade, a
formação em serviço, a existência de internos de formação específica, entre outros.
Também não podemos deixar de mencionar o contributo por parte dos utentes no que respeita à maior
confiança, valorização dos serviços prestados e satisfação percepcionada, relacionada com um aumento
da informação, literacia e melhoria na utilização dos serviços.
Em síntese, ao avaliar a evolução dos indicadores do ACeS Baixo Vouga, no período compreendido entre
2013 e 2015 é de destacar: o aumento no acesso a cuidados médicos e de enfermagem; a melhoria na
vigilância da doença crónica; a melhoria da vigilância oncológica; o aumento da precocidade da
vigilância das grávidas e dos RN e respetivo acompanhamento; a melhoria da vigilância da saúde infantil
e juvenil, a manutenção de elevadas taxas de cobertura de vacinação; a vigilância sanitária e
epidemiológica e a formação.
Os resultados atingidos em 2015 demonstram um crescendo na Organização, que reflete a gestão, a
governação clínica e o desempenho dos profissionais do ACeS, a quem se manifesta o reconhecimento.
O Diretor Executivo
(Manuel Duarte Rezende Sebe, Dr.)
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
15
1 CARACTERIZAÇÃO DO ACES
1.1 UNIDADES FUNCIONAIS E ORGANOGRAMA DO ACES
No empenho pela consolidação da reforma para os Cuidados de Saúde Primários, e dando resposta ao
Decreto-Lei nº 137/2013 de 7 de Outubro, o ACeS BV tem constituídas 47 unidades funcionais (17 UCSP,
18 USF, 10 UCC, 1USP e 1 URAP) e 1 UAG, distribuídas pelos 11 Centros de Saúde e Sede. Salienta-se que
em 2015 foram constituídas mais duas USF´s (resultantes da reconfiguração de 2 UCSP) e em 2016,
perspectiva-se constituir 5 USF´s, nos Centros de Saúde de Águeda (1), Aveiro (2), Oliveira do Bairro (1) e
Vagos (1) e uma UCC no CS Estarreja, conforme se pode verificar nas Figuras 1 e 2.
Figura 1 - Tipologia das Unidades Funcionais do ACeS BV - 2015
17
18
10
1 1
UCSP USF UCC USP URAP
Fonte: ACeS – 2015
Figura 2 - Distribuição das Unidades Funcionais do ACeS BV em 2015, por Centro de Saúde
0
1
2
3
4
5
4
1
3
2 2
0
1
2
0
1 11 1
0
5
1
4
0 0
5
0
11 1 1 1
0
1 1 1 1 1 1
UCSP USF UCC
Fonte: ACeS – 2015
Figura 3– Visitas de Acompanhamento da ERA,
2015
19
10
USF UCC
O ACeS participou, com a presença de um elemento do CCS, em 29 visitas de acompanhamento da ERA, sendo 10 a UCC e 19 A USF. Fonte: ACeS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA
ÁGUEDA
USF Agueda Saúde Mais
USF Sentinela *
UCSP I
UCSP II
UCSP III
UCC Grei
ALBERGARIA
a VELHA
USF R. D. Tereza
UCSP
UCC Albergaria
ANADIA
UCSP I
UCSP II
UCSP III
UCC Anadia
AVEIRO
URAP
*Em processo de formalização
BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 201
Figura 4 - Organograma do ACeS BV
Diretor Executivo
Conselho Clínico e de Saúde
AVEIRO
USF Flor de Sal
USF Moliceiro
USF Santa Joana
USF Salinas
USF Aveiro Aradas
USF
Esgueira + *
UCSP II
UCC Aveiro
ESTARREJA
USF Terras Antuã
UCSP I
UCSP II
UCC Estarreja
ILHAVO
USF Atlântico Norte
USF Beira Ria
USF Costa da Prata
USF Leme
UCC Ilhavo
MURTOSA
UCSP
UCC Murtosa
OLIVEIRA BAIRRO
UCSP I
UCSP II
UCC Cubo Mágico da
Saúde
OVAR
USF Alpha
USF Barrinha
USF S. João Ovar
USF João Semana
USF Laços
UCC Ovar
UAG PPCIRA
Sistemas Informação
Gabinete
do Cidadão
USP
tividades 2015
16
USF Alpha
USF Barrinha
USF S. João
USF João
USF Laços
UCC Ovar
SEVER
VOUGA
UCSP
UCC Vouga
VAGOS
USF
Sra Vagos
UCSP II
UCC Vagos
Organograma ACES BV
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
17
1.2 RECURSOS HUMANOS
Quadro 1 - Mapa de pessoal do ACES BV (n.º de efectivos - ano 2015/2014)
2015 2014
Var.
2015/
2014
2015 2014
Var.
2015/
2014
2015 2014
Var.
2015/
2014
2015 2014
Var.
2015/
2014
2015 2014
Var.
2015/
2014
2015 2014
Var.
2015/
2014
2015 2014
Var.
2015/
2014
Pessoal Dirigente 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0
Assistente Operacional 85 87 -2 27 31 -4 0 0 0 0 112 118 -6
Assistente Técnico 182 181 1 30 31 -1 0 0 6 2 4 1 1 0 219 215 4
Enfermagem 272 257 15 2 2 0 0 1 2 -1 3 8 -5 6 5 1 284 274 10
Medicina Geral e Familiar 209 204 5 3 7 -4 43 40 3 3 4 -1 4 1 3 0 262 256 6
Medicina Sáude Pública 12 13 -1 0 5 3 2 0 0 0 17 16 1
TDT 27 24 3 0 0 0 0 0 27 24 3
Técnico Superior 15 17 -2 0 0 0 2 2 0 17 17 0
Técnico Superior Saúde 3 2 1 5 6 -1 0 0 0 0 8 8 0
TOTAL 805 786 19 67 77 -10 48 43 5 4 6 -2 15 11 4 7 6 1 946 929 17
Carreira/Vinculo
MAPA do PESSOAL do ACES BV (n.º de efectivos) - Ano 2015/2014
CTFP Tempo
Indeterm.CTFPR Certo CTFPRI (Internos) Avenças
Mobilidades para o
ACES CIT´s Totais
Fonte: SICA(Dados a 31.12.2014 e a 31.12.2015)
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
18
Pela análise do quadro 1, verificamos que, em termos de recursos humanos, o ACeS Baixo Vouga, em
31.12.2015 apresenta um total de 946 trabalhadores, sendo que alguns destes profissionais não fazem
parte do mapa de pessoal deste ACeS. Destes, 15 trabalhadores encontram-se a exercer a sua actividade
profissional no ACeS, ao abrigo de uma das figuras de mobilidade (mobilidade interna ou cedência de
interesse público) ou tendo celebrado contrato de prestação de serviço, em regime de avença (3
médicos de MGF e 1 enfermeira), bem como 67 trabalhadores com vínculo precário, com contrato de
trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo.
Figura 5 - Distribuição dos Trabalhadores, no ACeS Baixo Vouga, por carreira profissional, 2015
1
112
219
284
261
1727
178
Carreira/Vinculo Pessoal Dirigente Assistente Operacional
Assistente Técnico Enfermagem Medicina Geral e Familiar
Medicina Sáude Pública TDT Técnico Superior
Técnico Superior Saúde Fonte: ACeS BV
Do universo do total de trabalhadores (946), os que possuem contrato de trabalho em funções públicas
por tempo indeterminado representam 85,1% (805) e a sua distribuição por carreira profissional está
representada na figura 6.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
19
Figura 6 – Distribuição dos Trabalhadores com Contrato em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, por carreira profissional, 2015
1
85
182
272
208
1227 15 3
Pessoal Dirigente Assistente Operacional Assistente Técnico
Enfermagem Medicina Geral e Familiar Medicina Sáude Pública
TDT Técnico Superior Técnico Superior Saúde
Fonte: ACeS BV
Através da análise da evolução do números de efectivos, a exercer funções no ACeS Baixo Vouga, por
carreira profissional, no período compreendido entre 31.12.2014 e 31.12.2015, verifica-se um
acréscimo global de apenas 17 trabalhadores (um decréscimo de 6 Assistentes Operacionais e um
aumento de 4 Assistentes Técnicos, 10 enfermeiros, 5 médicos de Medicina Geral e Familiar e 1 médico
de Saúde Pública e de 3 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica).
De salientar que este acréscimo global de trabalhadores ficou a dever-se essencialmente à verificação
de uma situação extraordinária, decorrente da entrada, em Janeiro de 2015, de 27 trabalhadores
provenientes do Hospital José Luciano de Castro, de Anadia (6 Assistentes Operacionais, 8 Assistentes
Técnicos, 11 enfermeiros e 2 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica).
De referir que, para além destes, iniciaram funções mais 43 trabalhadores (2 Assistentes Técnicos, 15
médicos de MGF, 13 médicos internos de MGF, 2 médicos internos Saúde Pública, 9 enfermeiros, 1
Técnico Superior de Saúde e 1 Técnico de Diagnóstico e Terapêutica).
Todavia, em 2015, verificou-se a saída global de 53 trabalhadores, dos quais:
• 12 por motivo de aposentação;
• 16 por mobilidade interna/cedência de interesse público,
• 12 por denúncia/exoneração do contrato trabalho ou por falecimento e
• 13 na sequência de procedimento concursal.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
20
Figura 7 – Motivo da saída de profissionais
12
16
12
13
Aposentação Mobilidade Interna
Denuncia/Exoneração/falecimento Procedimento concursal
Fonte: ACeS BV
Por carreira profissional, em 2015, verificou-se a saída de 8 Assistentes Operacionais, 10 Assistentes
Técnicos, 13 enfermeiros, 11 médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF), 8 internos MGF, 2 Técnicos
Superiores e 1 Técnico Superior de Saúde.
Figura 8 - Saída de Profissionais em 2015 8
13
11
2
1
8
Assistentes Operacionais Assistentes Técnicos
Medicos MGF Técnicos Superiores
Técnicos Superiores de Saúde Internos MGF
Fonte: ACeS BV
Observa-se na figura 9 que, no universo de trabalhadores do ACeS Baixo Vouga, existe uma
preponderância de trabalhadores do género feminino (83%), correspondendo a 781 trabalhadores,
enquanto o género masculino representa apenas 17% desse universo, a que corresponde um total de
165 efectivos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
21
Figura 9 - Distribuição em % de trabalhadores segundo o género
Fonte: ACeS BV
Pela análise do Figura 10, verifica-se que, em 2015, o grupo etário com maior representatividade no
ACeS Baixo Vouga foi o grupo dos 55 a 59 anos, com 169 trabalhadores, logo seguido do grupo etário
dos 50 a 54 anos, com 138 trabalhadores, representando uma estrutura mais envelhecida em termos de
recursos humanos. Este facto, aliado às dificuldades existentes na administração pública com o
desenvolvimento e operacionalização do recrutamento de novos trabalhadores, através da figura do
procedimento concursal, condiciona, significativamente, a capacidade de resposta de prestação de
cuidados de saúde deste ACeS.
Figura 10 - Distribuição dos trabalhadores segundo o grupo etário
Fonte: ACeS BV
1.3 ÁREA GEOGRÁFICA
O ACeS Baixo Vouga compreende a área geográfica de onze Concelhos/Centros de Saúde: Águeda,
Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e
Vagos. Estes 11 concelhos integram a Unidade Territorial Estatística de Nível III -NUT III - Região do Baixo
Vouga, sendo que, para fins estatísticos (NUT 2013), corresponde à Região de Aveiro (Figura 11).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
22
Figura 11 - Mapa dos Concelhos do ACeS BV
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
O ACeS BV, com uma área geográfica de 1.691,6 Km2 e uma densidade populacional de 215,3 hab/km2,
é um dos seis ACeS que integra a Administração Regional de Saúde do Centro e tem como limites, a
Norte o Grande Porto e Entre Douro e Vouga, a Este Dão Lafões, a Sul o Baixo Mondego e a Oeste o
Oceano Atlântico (Figura 12).
Figura 12 - Localização do ACeS BV na Região Centro
Fonte: Relatório de Atividades 2012 da ARSC
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
23
1.4 POPULAÇÃO – INDICADORES DE POPULAÇÃO
1.4.1 População Residente
Figura 13 – Pirâmide etária da Região de Aveiro - 2014
-2,08
-2,34
-2,61
-2,75
-2,67
-2,68
-3,15
-3,60
-3,75
-3,66
-3,61
-3,26
-2,99
-2,59
-2,02
-1,74
-1,23
-0,76
2,02
2,20
2,55
2,67
2,70
2,74
3,30
3,91
4,11
4,01
3,97
3,63
3,29
3,03
2,55
2,37
1,91
1,58
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
0-04
05-09
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
80-84
85+
Pirâmide Etária Região Aveiro 2014
feminina%
masculina%
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
a) População residente por sexo e grupo etário
Em 2014 (INE, 2015), a população residente na área geográfica do ACeS BV situava-se em 364.457
habitantes (366.086 em 2013). De facto verificou-se, em 2014, um decréscimo de 0,44% da população
residente, o que corresponde a uma redução de 1.629 habitantes.
A distribuição da população residente, no ACeS, Região Centro e Portugal, por sexo e grupos etários (nº
e %) pode observar-se no Quadro 2.
Quadro 2 - População residente, por sexo e grupo etário, em Portugal, Região Centro e ACeS BV – 2014
0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos 65 e + Anos Total
Sexo N % N % N % N % N %
Portugal
HM 1 490 241 14,4 1 105 481 10,7 5 673 933 54,7 2 105 167 20,3 10 374 822 100
H 763 486 7,4 561 098 5,4 2 724 899 26,3 874 183 8,4 4 923 666 47,5
M 726 755 7,0 544 383 5,2 2 949 034 28,4 1 230 984 11,9 5 451 156 52,5
Região Centro
HM 294 490 13,0 233 108 10,3 1 215 182 53,7 521 212 23,0 2 263 992 100
H 151 141 6,7 118 601 11,0 587 609 26,0 216 465 9,6 1 073 816 47,4
M 143 349 6,3 114 507 9,6 627 573 27,7 304 747 13,5 1 190 176 52,6
ACeS BV
HM 50 256 13,8 39 337 10,8 202 819 55,6 72 045 19,8 364 457 100
H 25 620 7,0 19 750 5,4 97 290 26,7 30 381 8,3 173 041 47,5
M 24 636 6,8 19 587 5,4 105 529 29,0 41 664 11,4 191 416 52,5
Fonte: INE 2015 – Anuário Estatístico Região Centro, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
24
Figura 14 - População residente, por grupo etário, no ACeS BV
50.256
39.337
202.819
72.045
0-14 15-24 25-64 65 e +
Fonte: INE 2015 – Anuário Estatístico Região Centro, 2014
Salienta-se a continuação da tendência no envelhecimento da população, à custa de uma redução da
população infanto/juvenil, e aumento da população idosa (Figura 15) no entanto o ACeS apresenta um
peso relativo (19,8%) inferior a Portugal (23,0%) e Região Centro (23,0%).
Figura 15 - Evolução da % de crianças e jovens e idosos, no ACeS BV 2001-2014
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
25
b)Índices de Dependência, de Envelhecimento e de Longevidade
A população da Região de Aveiro é uma população envelhecida, à semelhança de Portugal, Continente e
Região Centro, constatando-se que o índice de envelhecimento é superior a 100%. Refere-se também
que o índice de dependência dos jovens é inferior ao de dependência dos idosos (Figura 16).
Relativamente ao índice de longevidade constata-se que cerca de 50% da população de 65 e mais anos
tem mais de 75 anos, o que traduz o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população.
Figura 16 – Índices de envelhecimento, dependência de idosos e de jovens e índice de longevidade, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
c)Idade Média da mãe ao nascimento do 1º filho, esperança média de vida à nascença e
esperança média de vida aos 65 anos
Da análise da Figura 17, destaca-se a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho ser aos 29,8
anos, o que é elevada, e a esperança de vida à nascença ser de 80,7 anos. No entanto como a esperança
de vida aos 65 anos é de cerca de 19 anos, isto reflecte a possibilidade média das pessoas com 65 anos
atingirem os 84 anos de vida.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
26
Figura 17 - Idade Média da mãe ao nascimento do 1º filho, esperança média de vida à nascença e esperança média de vida aos 65 anos, em Portugal, Região Centro e Região de Aveiro, 2014
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
d) Taxas (%) de crescimento efetivo, natural e migratório
As taxas de crescimento efectivo, natural e migratório apresentam, todas, valores negativos (Figura 18).
Figura 18 -Taxas de crescimento efectivo, natual e migratório em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2014
-0,8
-0,7
-0,6
-0,5
-0,4
-0,3
-0,2
-0,1
0
Portugal Continente Região Centro Região de Aveiro
-0,5 -0,49
-0,76
-0,45
-0,22 -0,22
-0,49
-0,2
-0,29-0,28 -0,27
-0,24
Taxa de crescimento efetivo Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
27
e) Taxas brutas de natalidade e mortalidade, taxa de fecundidade geral e índice de fecundidade
Na Região de Aveiro a taxa bruta de natalidade, em 2014, foi inferior à taxa bruta de mortalidade o que
implica haver um saldo fisiológico negativo.
A taxa de fecundidade geral (‰), que corresponde ao número total de nados-vivos relativamente às
mulheres em idade fértil entre os 15 e os 49 anos de idade, em 2014 na Região de Aveiro, foi de 32‰,
valor este inferior ao de Portugal e Continente.
Relativamente ao Índice sintético de fecundidade (Nº), este permite avaliar se o número de nascimentos
por mulher em idade fértil consegue garantir a substituição de gerações e, desta forma, contribuir para
a redução do envelhecimento populacional. Nos países desenvolvidos considera-se, como o nível
mínimo para a efectiva substituição de gerações, o número 2,1. Na Região de Aveiro este índice foi, em
2014 de 1,16 (em 2013 foi de 1,14), valor este inferior a 2,1, não permitindo assim a efectiva
substituição de gerações.
Na Região de Aveiro a taxa de fecundidade geral em 2014 foi de 32,0 ‰ (em 2013 de 31,8).
Figura 19 - Taxas brutas denatalidade e mortalidade, taxa de fecundidade geral e índice de fecundidade em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro - 2014
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
28
1.5 DADOS E INDICADORES SOCIOECONÓMICOS E CULTURAIS
1.5.1 Indicadores de Educação
Na Figura 20 encontra-se representada a distribuição relativa da população em Portugal, Continente,
Região Centro, Região de Aveiro, segundo o nível de escolaridade, em 2013/2014.
Figura 20 - Taxas de escolarização no ensino pré-escolar, básico, secundário e superior em Portugal, Continente, Região Centro e Região de Aveiro, 2013/2014
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Portugal Continente Centro Região de Aveiro
89,8 89,696,2 94,2
110,3 110,1 108,5 110,6116,3 116,9
114,2 111,5
32,7 34,1 35,6 33,1
Pré-escolar Ensino básico Ensino secundário Ensino Superior
Fonte: INE 2015 - Anuário Estatístico da Região Centro, 2014
No quadro 3 e Figura 21 observa-se a distribuição absoluta e relativa dos alunos matriculados segundo
o nível de ensino, em 2013/2014. Assim salienta-se que, em termos proporcionais e relativamente à
Região Centro, a Região de Aveiro apresenta valores superiores no ensino pré-escolar, 3º ciclo e ensino
superior.
Quadro 3 - Nº de Alunos matriculado sem modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014
Ens. Pré-escolar
1º Ciclo 2º
Ciclo 3º Ciclo
Ens. Secundário
Ens. Pós-Sec.
n/superior
Ensino Superior
Total
Portugal 265 414 424 284 249 754 383 421 385 210 11 544 349 658 2 069 285
Continente 251 059 399 439 234 625 361 230 364 417 11 097 343 612 1 965 479
Centro 54 290 84 142 49 524 78 478 80 393 4 055 75 693 426 575
Região de Aveiro 9 289 14 119 8 506 13 553 13 260 367 12 871 71 965
Fonte: INE, 2015 - Anuário Estatístico Região Centro, 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
29
Figura 21 - % de Alunos matriculados em modalidades de educação/formação segundo o nível de ensino ministrado, 2013/2014
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
Ens. Pré-escolar
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ens. Secundário
Ens. Pós-Sec. n/superior
Ensino Superior
12
,8
20
,5
12
,1
18
,5
18
,6
0,6
16
,9
12
,8
20
,3
11
,9
18
,4
18
,5
0,6
17
,5
12
,7
19
,7
11
,6
18
,4
18
,8
1,0
17
,7
12
,9
19
,6
11
,8
18
,8
18
,4
0,5
17
,9
Portugal Continente Centro Região de Aveiro
Fonte: INE, 2015 - Anuário Estatístico Região Centro, 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
30
2 INDICADORES DE SAÚDE
2.1 NATALIDADE
a) Nados Vivos e taxa de Natalidade
Na Região de Aveiro, as taxas de natalidade de 2010 a 2014 apresentam valores superiores às da Região
Centro mas inferiores às do Continente (Quadro 4 e Figura 22).
Quadro 4 - Nados-vivos e Taxa de Natalidade (‰), no Continente, Região Centro e Região de Aveiro – 2010 a 2014
NV = Nados-vivos no ano TN = Taxa de Natalidade (‰)
2010 2011 2012 2013 2014*
NV TN
(‰)
NV TN
(‰)
NV TN
(‰)
NV TN
(‰)
NV TN
(‰)
CONTINENTE 96.133 9,58 91.701 9,13 85 306 8,5 78.607 7,86 78.312 7,91
REGIÃO CENTRO 13.906 7,99 13.514 7,78 17 195 7,5 11.659 7,20 11.472 6,75
REGIÃO DE AVEIRO*
3.379 9,14 3.086 8,33 3 036 8,2 2.905 7,93 2.754 7,54
Fonte: INE, 2010, 2011, 2012, 2013, Ferramenta mort@lidades infantil, 2014*
Figura 22 - Evolução da taxa de natalidade (%o) de 2010 a 2014
Fonte: INE, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
31
b) Taxa de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2014
Apresenta-se na Figura 23 as taxas de natalidade e mortalidade geral do Continente, Região Centro e
Região de Aveiro onde se observa que a taxa de mortalidade é sempre superior à de natalidade o que se
traduz num saldo fisiológico negativo (menos 745 indivíduos na Região de Aveiro em 2014).
Figura 23 - Taxas Brutas de Natalidade (%o) e Mortalidade Geral (%o) – 2014
Fonte: Ferramenta mort@lidades infantil, 2014*
2.2 MORTALIDADE
a) Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal
A taxa de mortalidade infantil no Baixo Vouga, em 2014, foi de 2,08%o, o que corresponde a 6 óbitos
com menos de 1 ano. Esta taxa é inferior à registada na Região Centro (2,53%o) e no Continente
(2,77%o). Salienta-se que de 2008 a 2014 houve uma redução de 50% do número de óbitos.
A taxa de mortalidade neonatal, de 2008 a 2014, no Baixo Vouga apresentou os valores sempre
inferiores aos da Região Centro e do Continente, com excepção de 2011 e 2014. No Baixo Vouga,
naquele período a taxa oscilou entre os valores de 1,12 a 2,47%o.
A taxa de mortalidade neonatal precoce apresenta valores, no Baixo Vouga (2,08%o) superiores ao da
Região Centro (1,57%o) e do Continente (1,44%o), em 2014.
A taxa de mortalidade perinatal, em 2014, no Baixo Vouga (3,12 %o) foi inferior à da Região Centro
(3,48%o) e Continente (3,66%o).
A taxa de mortalidade fetal, no Baixo Vouga, em 2014, foi de 1,04%o, sendo inferior à registada na
Região Centro (1,92%o) e no Continente (2,26%o).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
32
A taxa de mortalidade perinatal alargada (inclui o nº de óbitos fetais de 28 ou mais semanas e óbitos de
nados-vivos com menos de 28 dias) registou no Baixo Vouga o valor de 3,12 %o, inferior ao da região
Centro (3,92%o) e ao do Continente (4,26%o).
A taxa de mortalidade Pós-neonatal, no Baixo Vouga apresentou, em 2014, uma taxa de 0%o, enquanto
na Região Centro foi de 0,52%o e a do Continente 0,74%o.
Na Figura 24, pode observar-se a variação da taxa de mortalidade Infantil e suas componentes, a Taxa
de Mortalidade Fetal e Perinatal no Baixo Vouga, no período de 2008 a 2014. Refere-se que estas taxas
representam pequenos números e qualquer pequena variação influencia a taxa. No entanto, verifica-se
que a taxa de mortalidade Neonatal Precoce apresenta tendência crescente e a taxa de mortalidade
Perinatal apresenta várias oscilações, neste período.
Figura 24 - Taxas de Mortalidade (TM) Infantil, Fetal e Perinatal no Baixo Vouga de 2008 a 2014
Fonte: DGS, 2015. NATALIDADE, MORTALIDADE INFANTIL, FETAL E PERINATAL 2010/2014, NUTS 1999. Setembro / 2015
b) Dados e indicadores de mortalidade - Mortalidade Geral
A Região de Aveiro registou 3591 óbitos em 2013, mais de metade devido a doenças do aparelho
circulatório (1.100) e a tumores malignos (852).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
33
As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa básica de morte, tendo
originado 1.100 óbitos, representando 30,6% da mortalidade total ocorrida na Região de Aveiro.
No conjunto destas doenças, destacaram-se as mortes devido a doenças cerebrovasculares, que
representaram 12,2% do total (438 óbitos).
A doença isquémica do coração provocou 169 óbitos em 2013 (4,7%) e o enfarte agudo do miocárdio
117 mortes (3,3%).
Em média, as doenças do aparelho circulatório atingiram os homens cerca de cinco anos mais cedo, com
uma idade média ao óbito de 78,8 anos, contra 83,6 anos das mulheres.
Estas doenças mataram mais mulheres (52,1%) do que homens (47,9%) e causaram uma mortalidade
prematura de 12,3% (proporção de indivíduos falecidos com menos de 70 anos no total de mortes por
esta causa) e 1.488 anos potenciais de vida perdidos na Região de Aveiro em 2013.
Os tumores malignos foram a segunda causa de morte em 2013, provocando 852 óbitos, o que
correspondeu a 23,7% do total da mortalidade.
De entre os tumores malignos, evidenciaram-se 124 (3,5%) mortes causadas por cancro do cólon, reto e
ânus enquanto os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, foram responsáveis por 113
óbitos (3,1%).
O cancro matou mais homens (59,4%) do que mulheres (40,6%), tendo a idade média ao óbito se
situado nos 72,3 anos, mais elevada para as mulheres (73,7 anos) do que para os homens (71,4 anos).
A mortalidade prematura situou-se em 8,9%, mais elevada para os homens (11,0%) do que para as
mulheres (6,7%). Foram perdidos 3.652 anos potenciais de vida em 2013 devido a esta causa.
No caso das mulheres, o cancro da mama provocou 53 óbitos, tendo sido a idade média ao óbito de 70,6
anos. Já o cancro da próstata causou 58 óbitos em 2013, sendo a idade média ao óbito de 79,1 anos. O
cancro do estômago foi responsável por 2,5% (88) do total de óbitos.
No conjunto das doenças do aparelho respiratório (439), a pneumonia com 246 óbitos e a doença
pulmonar obstrutiva crónica com 71 óbitos, foram as causas com maior número de mortes
representando, respetivamente, 6,9% e 2,0% do total de óbitos na Região de Aveiro.
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas causaram 207 óbitos em 2013, tendo a diabetes
mellitus sido a causa que provocou mais mortes (175 óbitos).
Da análise do Quadro 5 salienta-se:
- Na Região de Aveiro em 2013, conforme os resultados obtidos por causa de morte, verificaram-se
3.591 óbitos, dos quais 1.866 (52%) óbitos de homens e 1.725 (48%) de mulheres. Este total de óbitos
representa 3,4 % do total de óbitos verificados no país. Quanto ao sexo a taxa mais elevada, no global,
foi no sexo masculino, sendo que esta situação se verificou em todas as causas de morte, com excepção
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
34
das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas e doenças do sistema osteomuscular e do
tecido conjuntivo.
- A idade média à morte foi de 77,6 anos (74,8 para os homens e 80,6 para as mulheres) na Região de
Aveiro, sendo superior à do país (77,4 anos).
- Do total de óbitos, 560 ocorreram em pessoas com menos de 65 anos, 3.031 em pessoas com 65 e
mais anos, 777 com menos de 70 anos e 2.495 em pessoas com 75 e mais anos.
- Relativamente à taxa de mortalidade padronizada por todas as causas (540,6%000), constatou-se que a
Região de Aveiro apresentou a taxa mais baixa de comparativamente com a de Portugal (553,9%000) e
Região Centro (556,3%000).
- Refere-se que a taxa de mortalidade padronizada para pessoas com menos de 65 anos foi de 158,3%000
e de 3.633,8%000 para pessoas com 65 e mais anos.
Em 2013, o número total de anos potenciais de vida perdidos foi de 10.841 anos, na Região de Aveiro,
sendo para os homens de 7.576 e para as mulheres 3.266 anos. Em média, o número de anos potenciais
de vida perdidos foi de 14 anos, sem grande diferença entre homens e mulheres, sendo este valor
superior ao de Portugal (13,7 anos) e Região Centro (13,3 anos). Este indicador reflecte os efeitos dos
determinantes de saúde na população.
Quadro 5 - Dados e indicadores de mortalidade (total), na Região de Aveiro em 2013 Causa de morte: Total de causas (CID-10: A00-Y89) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 3.591 1.866 1.725
Relação de masculinidade 108,2
Idade média à morte (N.º de anos) 77,6 74,8 80,6
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 560 396 164
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3.031 1.470 1.561
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 777 538 239
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 2.495 1.129 1.366
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (p/ 100 000 habitantes) 540,6 698,1 413,9
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (p/ 100 000 habitantes) 158,3 232 90,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (p/ 100 000 habitantes) 3.633,80 4.469,30 3.030,90
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 979,00 1.068,70 897,6
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 10.841 7.576 3.266
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3.425,60 4.914,00 2.011,90
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 14 14,1 13,7
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 3.183,00 4.517,30 1.947,10
Fonte: INE 2015,Causas de Morte 2013 (NUTS-2013)
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
35
Mortalidade Padronizada
No ano 2013 as doenças do aparelho circulatório constituíram a principal causa de morte, apresentando
uma taxa de mortalidade padronizada de 150,5%ooo, que é superior à de Portugal, bem como à da
Região Centro.
Os tumores representam a segunda causa de morte, com uma taxa de 147,5%ooo, salientando-se que a
taxa de mortalidade em pessoas com menos de 65 anos é bastante elevada (62,4%ooo).
Na Figura 25, encontram-se elencadas as principais causas de morte padronizadas por ordem crescente.
Figura 25- Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes), na Região de Aveiro (NUTS - 2013) - 2013
Fonte: INE 2015, causas de morte 2013
Na Figura 26 apresentam-se, as taxas de mortalidade padronizadas pelos diversos tumores malignos.
Salienta-se que o tumor maligno que apresentou a taxa de mortalidade padronizada mais elevada foi o
da traqueia, brônquios e pulmão com 20,5%ooo, com um total de 113 óbitos, correspondendo a 13,1,4%
do total de óbitos por tumores malignos. Refere-se, no entanto que o tumor maligno com maior número
de óbitos foi o do cólon, reto e ânus com 124 óbitos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
36
Figura 26 - Tumores (CID-10: C00-D48) - Taxas de mortalidade padronizadas (por 100 000 habitantes),
na Região de Aveiro, em 2013
Fonte: INE 2015, causas de morte 2013
2.3 MORBILIDADE
Para a caracterização do estado de saúde duma população é imperativo também analisar para além dos
dados de mortalidade, já apresentados, os dados de morbilidade.
A informação sobre dados de morbilidade é muito importante para a organização de serviços bem como
para a gestão da saúde/doença. Apresenta-se, de seguida, alguns indicadores de morbilidade, relativos à
população inscrita na área geográfica do ACeS BV.
a) Prevalência de registo de morbilidades – ICPC2
A Classificação Internacional de Cuidados Primários – Segunda Edição (ICPC2) é uma ferramenta vital
para a normalização da informação nos cuidados de saúde primários.
Verifica-se a necessidade de melhorar a codificação de forma a termos um registo de morbilidade o
mais real e correcto possível.
No quadro e figura seguintes apresenta-se a taxa de prevalência (‰) relativamente ao registo de
algumas patologias. Das patologias representadas a mais prevalente são as “alterações do metabolismo
dos lípidos”, seguida da “hipertensão arterial”, “perturbações depressivas” e “abuso de tabaco”.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
37
Quadro 6 – Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12-2015 Num Den Valor(‰)
Proporção de utentes c/ "alter. metab. lípidos" 98.526 380.302 259,07
Proporção de utentes com "hipertensão arterial" 83.916 380.302 220,66
Proporção de utentes c/ "perturb. depressivas" 41.792 380.302 109,89
Proporção de utentes com "abuso de tabaco" 34.262 380.302 90,09
Proporção de utentes com "obesidade" 31.981 380.302 84,09
Proporção de utentes com "diabetes mellitus" 30.346 380.302 79,79
Proporção utentes c/ "DM não insul. depend." 27.061 380.302 71,16
Proporção utentes com "distúrbio ansioso" 25.503 380.302 67,06
Proporção utentes com "osteoartrose do joelho" 21.073 380.302 55,41
Proporção de utentes com "excesso de peso" 19.630 380.302 51,62
Proporção utentes com "neoplasia maligna" 14.296 380.302 37,59
Proporção utentes com "HBP" 13.743 380.302 36,14
Proporção utentes com "doenças dentes e geng." 13.704 380.302 36,03
Proporção utentes com "osteoartrose da anca" 13.092 380.302 34,43
Proporção utentes com "rinite alérgica" 13.005 380.302 34,20
Proporção de utentes com "asma" 11.233 380.302 29,54
Proporção utentes com "osteoporose" 10.331 380.302 27,17
Proporção utentes com "sensação de ansiedade" 9.015 380.302 23,70
Proporção utentes com "doença do esófago" 6.078 380.302 15,98
Proporção de utentes com "abuso crónico álcool" 5.042 380.302 13,26
Proporção de utentes com "bronquite crónica" 4.499 380.302 11,83
Proporção de utentes com "DPOC" 4.464 380.302 11,74
Proporção utentes c/ "doença cardíaca isquémica" 4.281 380.302 11,26
Proporção utentes com "DM insulino depend." 3.409 380.302 8,96
Proporção utentes com "neoplasia mama feminina" 2.913 380.302 7,66
Proporção de utentes com "demência" 2.423 380.302 6,37
Proporção utentes com "neoplasia da próstata" 2.147 380.302 5,65
Proporção de utentes com "abuso de drogas" 1.670 380.302 4,39
Proporção utentes com "neoplasia cólon / recto" 1.961 380.302 5,16
Proporção utentes com "neoplasia estômago" 524 380.302 1,38
Proporção utentes com "neoplasia colo do útero" 467 380.302 1,23
Proporção de utentes com "Infeção VIH/Sida" 348 380.302 0,92
Proporção utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão" 273 380.302 0,72
Fonte: SIARS 31-12-2015
ACeS BAIXO VOUGA
Figura 27 - Morbilidade
Fonte: SIARS 31-12-2015
b) Incidência de registo de morbilidades
No quadro 7 e figura 28 pode
algumas patologias, por ordem decrescente
“alteração do metabolismo dos lípidos”, “hipertensão arterial
a incidência apresenta alguma similitude com a prevalência. Verifica
apresenta alguma relação com o aumento de registos relacionados com os indicadores de
contratualização.
‰ utentes c/ "alter. metab. lípidos"‰ utentes com "hipertensão arterial"
‰ utentes c/ "perturb. depressivas"‰ utentes com "abuso de tabaco"
‰ utentes com "obesidade"‰ utentes com "diabetes mellitus"
‰ utentes c/ "DM não insul. depend."
‰ utentes com "distúrbio ansioso"‰ utentes com "osteoartrose do joelho"
‰ utentes com "excesso de peso"‰ utentes com "neoplasia maligna"
‰ utentes com "HBP"
‰ utentes com "doenças dentes e geng."‰ utentes com "osteoartrose da anca"
‰ utentes com "rinite alérgica"‰ utentes com "asma"
‰ utentes com "osteoporose"‰ utentes com "sensação de ansiedade"
‰ utentes com "doença do esófago"
‰ utentes com "abuso crónico álcool"‰ utentes com "bronquite crónica"
‰ utentes com "DPOC"‰ utentes c/ "doença cardíaca isquémica"
‰ utentes com "DM insulino depend."‰ utentes com "neoplasia mama feminina"
‰ utentes com "demência"
‰ utentes com "neoplasia da próstata"‰ utentes com "abuso de drogas"
‰ utentes com "neoplasia cólon / recto"‰ utentes com "neoplasia estômago"
‰ utentes com "neoplasia colo do útero"
‰ utentes com "Infeção VIH/Sida"‰ utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão"
Relatório de A
Morbilidade – Prevalência de Patologias em 31-12
Incidência de registo de morbilidades - ICPC2
pode observar-se a taxa de incidência (%) de utentes
or ordem decrescente. A taxa mais elevada é “obesidade”
alteração do metabolismo dos lípidos”, “hipertensão arterial” e “abuso de tabaco”
a incidência apresenta alguma similitude com a prevalência. Verifica-se também que a inci
apresenta alguma relação com o aumento de registos relacionados com os indicadores de
109,89
90,09
84,09
79,79
71,16
67,06
55,41
51,62
37,59
36,14
36,03
34,43
34,20
29,54
27,17
23,70
15,98
13,26
11,83
11,74
11,26
8,96
7,66
6,37
5,65
4,39
5,16
1,38
1,23
0,92
0,72
0 50 100 150 200
‰ utentes c/ "alter. metab. lípidos"‰ utentes com "hipertensão arterial"
‰ utentes c/ "perturb. depressivas"‰ utentes com "abuso de tabaco"
‰ utentes com "obesidade"‰ utentes com "diabetes mellitus"
‰ utentes c/ "DM não insul. depend."
‰ utentes com "distúrbio ansioso"‰ utentes com "osteoartrose do joelho"
‰ utentes com "excesso de peso"‰ utentes com "neoplasia maligna"
‰ utentes com "HBP"
‰ utentes com "doenças dentes e geng."‰ utentes com "osteoartrose da anca"
‰ utentes com "rinite alérgica"‰ utentes com "asma"
‰ utentes com "osteoporose"‰ utentes com "sensação de ansiedade"
‰ utentes com "doença do esófago"
‰ utentes com "abuso crónico álcool"‰ utentes com "bronquite crónica"
‰ utentes com "DPOC"‰ utentes c/ "doença cardíaca isquémica"
‰ utentes com "DM insulino depend."‰ utentes com "neoplasia mama feminina"
‰ utentes com "demência"
‰ utentes com "neoplasia da próstata"‰ utentes com "abuso de drogas"
‰ utentes com "neoplasia cólon / recto"‰ utentes com "neoplasia estômago"
‰ utentes com "neoplasia colo do útero"
‰ utentes com "Infeção VIH/Sida"‰ utentes c/ "neoplasia brônquio/pulmão"
Relatório de Atividades 2015
38
12-2015
utentes com registo de
é “obesidade” seguida da
e “abuso de tabaco”. Verifica-se que
se também que a incidência
apresenta alguma relação com o aumento de registos relacionados com os indicadores de
259,07
220,66
250 300
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
39
Quadro 7 - Distribuição do número e taxa de incidência (%) de utentes com algumas patologias, registadas a 31/12/2015
Num. Den. Valor (%)
Incidência de "obesidade" 8.260 380.302 21,72
Incidência de "alteração metabolismo lípidos" 7.569 380.302 19,90
Incidência de "hipertensão arterial" 6.575 380.302 17,29
Incidência de "abuso de tabaco" 6.067 380.302 15,95
Incidência de "perturbação depressiva" 3.242 380.302 8,52
Incidência de "distúrbio ansioso" 2.673 380.302 7,03
Incidência de "diabetes mellitus" 2.623 380.302 6,90
Incidência de "osteoartrose do joelho" 2.194 380.302 5,77
Incidência de "neoplasia maligna" 2.056 380.302 5,41
Incidência de "osteoartrose da anca" 1.513 380.302 3,98
Incidência de "asma" 1.391 380.302 3,66
Incidência de "DPOC" 785 380.302 2,06
Incidência de "acidente vascular cerebral" 542 380.302 1,43
Incidência de "neoplasia maligna do cólon / recto" 306 380.302 0,80
Incidência de "neoplasia maligna da mama" 263 380.302 0,69
Incidência de "enfarte agudo do miocárdio" 247 380.302 0,65
Incidência de "acidente isquémico transitório" 126 380.302 0,33
Incidência de "Infeção VIH/Sida" 52 380.302 0,14
Incidência de "neoplasia maligna do colo do útero" 31 380.302 0,08
Fonte: SIARS 31/12/2015
Figura 28 - Distribuição da taxa de incidência (%) de patologias com registos ICPC2 nos utentes
inscritos a 31/12/2015
0,1
0,1
0,3
0,6
0,7
0,8
1,4
2,1
3,7
4,0
5,4
5,8
6,9
7,0
8,5
16,0
17,3
19,9
21,7
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Incidência "neoplasia maligna colo útero"
Incidência "Infeção VIH/Sida"
Incidência "acidente isquémico transitório"
Incidência "enfarte agudo do miocárdio"
Incidência "neoplasia maligna mama"
Incidência "neoplasia maligna cólon/recto"
Incidência "acidente vascular cerebral"
Incidência "DPOC"
Incidência "asma"
Incidência "osteoartrose anca"
Incidência "neoplasia maligna"
Incidência "osteoartrose joelho"
Incidência "diabetes mellitus"
Incidência "distúrbio ansioso"
Incidência "perturbação depressiva"
Incidência "abuso tabaco"
Incidência "hipertensão arterial"
Incidência "alteração metabolismo lípidos"
Incidência "obesidade"
Fonte SIARS 31/12/2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
40
2.4 POPULAÇÃO INSCRITA POR UNIDADE FUNCIONAL
Em 31/12/2015 estavam inscritos nas unidades funcionais (18 USF e 17 UCSP) do ACeS 378.688 utentes
(saldo: -5.039 face a 2014), dos quais 96% (363.816) têm médico de família atribuído (Saldo de 1,62%:
+5.808 face a 2014), 3,06% (11.616) não têm médico de família atribuído (saldo de 54,7%: -14.027 face a
2014) e 0,86 (3.256) não têm médico por opção do utente (saldo: + 2.280 face a 2014 - Figura 29). Esta
situação resulta da atualização do Registo Nacional de Utentes.
Dos utentes inscritos sem médico de família, 96% estão nas UCSP´s.
Figura 29 – Distribuição de Utentes Inscritos, segundo a inscrição com ou sem médico de família e sem médico de família por opção,por Unidade Funcional em 31/12/2015
Fonte: SIARS, 2015
Figura 30 – Utentes Inscritos no ACeS BV – 31/12/2015
Fonte: ACeS BV
363.816 (96,07%)
11.616 (3,06%) 3.256 (0,86%)
Utentes inscritos com médico de familia
Utentes inscritos sem médico de familia
Utentes inscritos sem médico de familia, por opção
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
41
Das 35 UF´s do ACeS , 17 têm uma média de utentes por médico de familia superior à média do ACeS
(1665 utentes), das quais 10 são USF´s (Figura 31).
Figura 31 - Média de Utentes Inscritos por Médico de Família, segundo a Unidade Funcional e ACeS , 32/12/2015
0
300
600
900
1200
1500
1800
2100
UC
SP
Ág
ue
da
I
UC
SP
Ág
ue
da
II
UC
SP
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III
UC
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15
23
15
10
18
55
17
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20
16
26
14
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16
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14
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16
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74
7
16
97
17
71
17
15
19
75
15
95 17
77
20
33
16
53
16
44
16
39
15
79 17
61
1.6
65
Fonte: SIARS, 2015
2.4.1 Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS Baixo Vouga
A pirâmide etária da população inscrita, em 2015, no ACeS Baixo Vouga, apresenta-se sob a forma de
“barril”, o que traduz a tendência que se verifica a nível nacional do progressivo envelhecimento da
população, conforme já foi referido anteriormente. No entanto, ressalta-se que, apesar da tendência
para o envelhecimento, a pirâmide etária apresenta uma base mais alargada que o topo (Figura 32).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
42
Figura 32 - Pirâmide Etária da População inscrita no ACeS BV (2015)
18.00015.00012.0009.0006.0003.00003.0006.0009.00012.00015.00018.000
>=85 anos
80-84 anos
75-79 anos
70-74 anos
65-69 anos
60-64 anos
55-59 anos
50-54 anos
45-49 anos
40-44 anos
35-39 anos
30-34 anos
25-29 anos
20-24 anos
15-19 anos
10-14 anos
5-9 anos
0-4 anos
Feminino
Masculino
Fonte: SIARS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
43
3 CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS
3.1 INDICADORES DE CONTRATUALIZAÇÃO EXTERNA: EIXO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL
Apresenta-se no Quadro 8 informação relativa aos indicadores de contratualização externa dos eixos
nacional, regional e local, referentes a 2015.
Quadro 8 - Indicadores de Contratualização Externa – 2015
Contratualização Externa - Eixo Nacional
Peso (%) relativo
do indicador
Meta Contratua
lizada 2015
Resultado 2015
ID Designação
2013.006.01 FX Taxa de utilização de consultas médicas - 3 anos 5,0 90,0 88,4
2013.004.01 FX Taxa de domicílios enfermagem por 1.000 inscritos 4,0 145,0 155,2
2013.278.01 FX Proporção medicam. prescritos, que são genéricos 6,0 55,0 50,1
2013.047.01 FX Proporção utentes >= 14 A, c/ reg. hábit. tabágic. 4,0 46,0 49,8
2013.074.01 FX Proporção cons. méd. presenciais, com ICPC-2 6,0 96,0 97,9
GDH (ID 087) Taxa de internamento por doença cerebro-vascular, entre residentes com menos de 65 anos
3,0 6,00
6,37
2013.267.01 FX Índice de acompanhamento adequado em PF, nas MIF
6,0 0,555
0,566
GDH (ID 086) Proporção de recem nascidos de termo, de baixo peso
1,5 3,5
2,12
2013.064.01 FX Proporção jovens 14A, c/ cons. méd. vig. e PNV 2,5 63,0 65,6
GDH (ID 085) Incidência de amputação major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes
3,0 0,15
0,22
2013.056.01 FX Proporção idosos, sem ansiol. / sedat. / hipnót. 4,0 65,5 64,2
2013.068.01 FX Despesa medic. faturados, por utiliz. (PVP) 16,0 168,0 171,67
2013.264.01 FX Despesa MCDT fatur. por utiliz. (preço conven.) 8,0 61,1 73,1
Contratualização Externa - Eixo Regional
2013.023.01 FX Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 2,1 40,0 52,2
2013.271.01 FX Índice de acompanhamento adequado utentes DM 6,4 0,700 0,709
2013.045.01 FX Proporção mulheres [25; 60[ A, c/ colpoc. (3 anos) 6,4 56,5 47,6
2013.275.01 FL Proporção novos DM2 em terap. c/ metform. monot. 2,1 68,0 74,1
Contratualização Externa – Eixo Local
2013.034.01 FX Proporção obesos >=14A, c/ cons. vigil. obesid. 2A 4,0 49,0 59,3
2013.037.01 FX Proporção DM c/ cons. enf. vigil. DM último ano 4,0 82,0 78,1
Fonte: SIARS, 2015
Considera-se que, atendendo aos resultados obtidos, o índice de desempenho global foi bom. Há, no entanto, ainda caminho a percorrer nomeadamente nos indicadores de eficiência.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
44
3.1.1 Processo de Contratualização
O Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de fevereiro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 137/2013 de
7 de Outubro prevê, como instrumento de gestão do ACeS, o contrato-programa que tem como
objectivo definir instrumentos de acompanhamento e avaliação das atividades assistenciais e
económico-financeiras do ACeS.
O processo de contratualização com os cuidados de saúde primários já se encontra em desenvolvimento
desde 2010 e tem por base a contratação de cuidados de saúde, através do Contrato-Programa
celebrado entre o Conselho Diretivo da ARS e o Director Executivo do ACeS e, posteriormente de Cartas
de Compromisso estabelecidas entre o Director Executivo e as unidades funcionais do ACeS .
O processo de contratualização externa e interna, para 2015, foi desenvolvido em dois momentos
distintos que foram: a contratualização externa e a contratualização interna. Este processo teve por
base a informação da ACSS, nomeadamente a metodologia de contratualização e a operacionalização da
metodologia de contratualização, as orientações e estudos do Departamento de Contratualização da
ARSC e da ARSC. A existência de racional de metas e clusters, que estabelecem percentis, têm
contribuído para uniformizar critérios de negociação e contratualização.
Constata-se que a contratualização no ACeS BV é actualmente um processo que já está implementado
ainda que o grau de maturidade não seja uniforme em todas as unidades funcionais. Considera-se, uma
ferramenta importante na gestão das UF, na organização das equipas e na prestação de cuidados de
saúde e por isso o ACeS tem investido e reforçado este processo, que se reflecte no grau de exigência
dos profissionais, nos comportamentos dos vários elementos das equipas e na melhoria contínua da
actividade desenvolvida.
É importante continuar a melhorar os registos pois, sem eles não é possível monitorizar e avaliar o
trabalho realizado e os cuidados prestados de forma a garantir a qualidade dos mesmos. Refere-se,
entre outros, a necessidade de reforçar os registos de morbilidade nos cuidados de saúde primários,
através de uma codificação sistemática e rigorosa pelos profissionais.
É também importante a interoperabilidade entre os diversos sistemas informáticos para que a recolha
de dados seja cada vez mais completa e integrada de forma a dar visibilidade a o trabalho desenvolvido
pelos profissionais/equipas.
Para avaliação e monitorização das actividades salienta-se a necessidade de haver uma definição cada
vez mais objectiva dos indicadores, bem como a necessidade de se poder extrair atempadamente os
dados do SIARS.
a)Contratualização interna – Em 2015 foi realizada entre o ACeS e as 18USF’s, as 17 UCSP’s, as 10 UCC’s
e a USP, e formalizada com a assinatura das respectivas Cartas de Compromisso. Refere-se que não foi
realizada contratualização com a URAP mas, também foi desenvolvido o processo só não foi concluído
porque se ficou a aguardar orientações.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
45
O processo de negociação teve por base o histórico, o racional de metas e os percentis dos clusters. Em
2015 deveriam ter sido feitas três reuniões de monitorização o que não aconteceu porque o SIARS não
esteve activo, não havendo dados para monitorizar.
Foram apresentados os relatórios de actividade por muitas das UF, sendo esta uma área em que o ACeS
vai investir incentivando e apoiando as UF na sua realização.
Plano de acompanhamento interno – No processo de contratualização interna, cada UF apresentou um
tema/área de observação para a implementação de um plano de acompanhamento interno. Os
temas/Áreas apresentados para o PAI foram: Saúde infantil e Juvenil, Saúde Materna, Planeamento
Familiar, Hipertensão Arterial, Diabetes, Hábitos Tabágicos, Qualidade, DPOC, Utentes.
Carteira Adicional – Houve também a apresentação, por parte de 6 USF’s, carteiras adicionais que
foram aprovadas pelo ACeS, nas áreas da cessação tabágica (2), alcoologia (1) e pequena cirurgia (3).
Alargamento de horário – Foi apresentado por uma USF.
b) Contratualização externa - realizada entre a ARSC e o ACeS BV e formalizada com a assinatura
do Contrato-Programa. Neste processo foram contratualizados 13 indicadores definidos a nível
nacional, 4 seleccionados a nível regional e 2 a nível local. Foi elaborado e apresentado à ARSC,
o Plano de Desempenho do ACeS para 2015.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
46
4 GOVERNAÇÃO CLÍNICA
O Conselho Clínico e de Saúde, ao longo do ano 2015, deu continuidade e reforçou a sua ação no âmbito
da governação clínica. Neste âmbito, enumeram-se de seguida das atividades:
- Elaboração e divulgação de orientações para a Elaboração do Plano de Acompanhamento Interno
(PAI), na sequência de reunião na ARSC;
- O ACeS participou, com a presença de um elemento do CCS, em 29 visitas de acompanhamento da
ERA, sendo 10 a UCC e 19 A USF;
- Participação no processo de contratualização interna e externa;
- Monitorização dos indicadores de contratualização por unidade funcional e sua divulgação;
- Reunião com unidades funcionais, unidades coordenadoras funcionais, e profissionais;
- Formação em serviço;
- Reuniões com a ARSC e Hospitais de referência;
- Análise, tratamento e divulgação de informação sobre múltiplas áreas;
- Resposta a solicitações oriundas de entidades externas;
- Resposta a solicitações da ARSC, das Unidades Funcionais, dos Profissionais e Utentes;
- Colaboração na requalificação de espaços para funcionamento de unidades funcionais;
- Apoio na reconfiguração e organização das unidades funcionais;
- Nomeação de profissionais para a comissão de informatização das novas unidade funcionais;
- Acompanhamento e implementação do sistema de gestão de sugestões e reclamações;
- Apoios e colaboração com os internos de Medicina Geral e Familiar na organização do evento
“Academia Médica”;
- Apoio na organização e aquisição do equipamento para consulta do pé diabético nas unidades
funcionais;
- Nomeação de profissional para elo de ligação do ACeS com a Saúde 24 Sénior;
- Implementação do protocolo de cooperação com o CHBV/Pneumologia no âmbito das espirometrias;
- Apoio e divulgação de informação sobre o Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA);
- Colaboração com outras entidades externas para a realização de estudos de investigação;
- Dado parecer positivo para a realização de vários estudos de investigação em algumas unidades
funcionais;
- Acompanhamento e apoio ao processo de Acreditação da USF Barrinha;
- Acompanhamento do processo para a desmaterialização da receita médica;
- Nomeação de dois profissionais de enfermagem para desenvolverem e acompanharem o processo de
parametrização do SClínico/CIPE;
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
47
- Análise e divulgação às unidades funcionais do Relatório de Satisfação dos utentes do ACeS Baixo
Vouga, realizado pela Comissão da Qualidade e Segurança;
- Designação de 5 unidades funcionais, por solicitação da ARS Centro, para integrar um projeto piloto
relativo à utilização de testes de diagnóstico antigénio rápido (TDAR), para diagnóstico da amigdalite
aguda por estreptococos do Grupo A;
- Análise de 12 relatórios de atividades de 2014 (9 de USF´s e 3 UCC´s) e 9 Planos de atividades de 2015
(5 USF´s e 4 UCSP) e 8 regulamentos internos (7 USF e 1 USP), com retorno de informação/parecer às
respectivas unidades.
Ao longo de 2015 foram também elaboradas notas internas sobre as seguintes áreas:
• Avaliação da aptidão física e mental dos candidatos e condutores de veículos a motor - Decreto-
Lei nº 138/2012, de 5 de Julho que procede à alteração ao Código da Estrada e à aprovação do
Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir (RHLC);
• Solicitação de MCDT;
• Pedidos de Consulta via Alert P1;
• CRD (Cuidados Respiratórios Domiciliários) – Questões / Respostas;
• Elaboração e Revisão de Regulamento Interno – Algumas considerações;
• Critérios e procedimentos de organização das listas de utentes nos Agrupamentos de Centros de
Saúde (ACES) – Despacho nº 4389/2015 de 30 de Abril.
5 ARTICULAÇÃO E CONTINUIDADE DE CUIDADOS
Esta é uma área privilegiada pelo ACeS BV, tendo em vista a qualidade global dos cuidados prestados.
Assim destaca-se a:
• Articulação intra-institucional;
• Reconfiguração e organização das Unidades Funcionais;
• Articulação com os hospitais de referência: CHBV (Centro Hospitalar Baixo Vouga), CHUC (Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra), e CHEDV (Centro Hospitalar entre Douro e Vouga);
• Referenciação;
• Elaboração de protocolos;
• Constituição das UCF (Unidades Coordenadoras Funcionais) nas áreas da diabetes, saúde
materna e saúde infantil;
• Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: ECR, ECL e ECCI;
• Sector social;
• Sector Privado;
• Autarquias;
• CPCJ;
• Rede Social.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
48
6 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
6.1 ACESSO
O acesso aos cuidados de saúde define-se como a obtenção de cuidados de qualidade necessários e
oportunos, no local apropriado e no momento adequado.
A reforma dos cuidados de saúde primários, formalmente desencadeado com a Resolução do Concelho
de Ministros n.º 157/2005, publicada no Diário da Republica – 1.ª Serie B, de 12 de Outubro de 2005, e a
que foi, depois, dada sequência legislativa e operacionalização prática, é um factor determinante da
modernização do Serviço Nacional de Saúde com vista a uma maior cidadania, equidade e acesso,
qualidade e baseada numa aposta assente em políticas saudáveis (Eixos do Plano Nacional de Saúde).
Esta reforma centra-se na reorganização dos centros de saúde de modo a prestarem cuidados
personalizados, globais e integrados. Pretende-se aproximar a prestação de cuidados de saúde à
população, promovendo a resposta às necessidades, preferencialmente pela equipa de família e de
forma a rentabilizar os recursos físicos e humanos, tendo como objectivo não só ganhos mas também
valor em saúde.
Em 2015, os tempos máximos de resposta, os tempos de resposta garantidos e os tempos de resposta
em função do tipo de cuidados ou níveis de acesso, foram sempre que possível cumpridos. Salienta-se
que nas USF estes tempos foram cumpridos e por vezes antecipados, estando definidos em Regulamento
Interno das mesmas.
Estão afixadas em todas as Unidades Funcionais a Carta dos Direitos de acesso aos cuidados de saúde
pelos Utentes do SNS e os TMRG (tempos máximos de resposta garantidos).
Existem guias de acolhimento do utente, em todas as USF.
Nas figuras abaixo apresentam-se diversos indicadores de acesso e respectiva evolução onde se destaca
a evolução positiva em quase todos. Para esta positividade muito tem contribuído a organização das
unidades funcionais, a monitorização de tempos de espera, a elaboração de procedimentos, a
organização de horários com tempos definidos para a consulta programada, aberta e de
intersubstituição ao longo de todos os períodos de trabalho dos profissionais, a contratualização, entre
outros.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
49
Figura 33 – Indicadores de acesso – Personalização de Cuidados, 2015
94
97,7
93,1 96
81,7 79,2 80,33 81,21
55,7 57,962,06 58,68
40
50
60
70
80
90
100
110
2012 2013 2014 2015
% utentes inscritos c/ médico de família % consultas utente pelo próprio médico
% consultas utente pelo enfermeiro familia
Fonte: SIARS – 2015
Figura 34 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços, 2015
68,1
72,570,74 72,47
84,3
89,287,29 88,36
65,8
79,7 78,84
77,91
94,793,03
93,49
60
65
70
75
80
85
90
95
100
2012 2013 2014 2015
% utilização global consultas médicas/ano % utilização global consultas médicas 3 anos
% utilização global consultas enfermagem 3 anos Taxa utilização global consultas médicas/enf. 3 anos
Fonte: SIARS – 2015
Figura 35 – Indicadores de acesso – Utilização de serviços em contexto domiciliário, 2015
14,0
125,1
22,5 22,513,8
143,9
31,7 31,4
13,3
155,2
38,0 37,5
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
Visitas domiciliárias
médicas (%o) inscritos
Visitas domiciliárias
enfermagem (%o) inscritos
% RN c/ domicilio de
enfermagem
% puérperas c/ domicilio
de enfermagem
2013 2014 2015
Fonte: SIARS – 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
50
No Quadro 9 apresenta-se o total de consultas e de visitas domiciliárias, por área profissional,
realizadas, em 2013, 2014 e 2015, por outros profissionais do ACeS.
Quadro 9 - Total de consultas e Visitas domiciliárias realizadas, em 2013, 2014 e 2015,por outros profissionais do ACeS
Consultas 2013 2014 2015 Variação (%) 2014/2015
Visitas Domiciliárias 2014
Visitas Domiciliárias 2015
Higiene Oral 1.485 2.638 2540 -0,04 39 24
Psicologia 2.026 1.854 1874 0,01 141 24
Nutrição 1.400 1.436 1559 0,09 44 66
Fisioterapia 1.857 1.279 1967 0,54 769 319
Serv. Social 2.037 3809 2887 -0,24* 577 1097
Ortoptista 4345
Radiologia 1976
Fonte: Relatório da URAP/2015 *Não inclui dados de um CS
- REGULAÇÃO INTERNA, ORGANIZAÇÃO E CONTROLO INTERNO –
De seguida apresenta-se alguns aspectos de regulação interna, organização e controlo interno com
reflexo no acesso aos cuidados de saúde:
- O Regulamento Interno do ACeS;
- Plano e Relatório de Atividades que incluem pontos relacionados com a matéria do acesso;
-Existência de documentos (Regulamentos/Manuais de Procedimentos) com afinidade temática com o
acesso:
• Gestão de doentes – Orientação,
• Serviço Social – Orientação,
• Serviço Financeiro – Manual de procedimentos,
• Aprovisionamento - Manual de procedimentos,
• Gestão de Recursos Humanos - Manual de procedimentos,
• Regulamento Interno,
• Manual de articulação inter-unidades e ACeS
Carta Dos Direitos De Acesso – Neste âmbito estão implementadas diversas medidas:
- Estão definidos pelo ACeS e de acordo com o departamento de contratualização, indicadores de
resultado nas componentes do acesso, qualidade, eficiência e produção.
- Os indicadores de resultado direccionados ao acesso são utilizados em todas as Unidades Funcionais e,
dentro de cada uma, a todos os profissionais.
- O ACeS faz a monitorização dos indicadores e respectiva análise e divulgação às unidades funcionais.
- Existem reuniões do Diretor Executivo, Conselho Clínico e da Saúde e UAG com as Unidades Funcionais
para apresentação e análise da informação sobre os indicadores.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
51
- As sugestões e reclamações ou outras formas de participação dos utentes/cidadãos são objecto de
tratamento próprio.
6.2 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE
Apresenta-se no Quadro 10, um resumo comparativo de consultas realizadas, por área, durante os anos
de 2014 e 2015, bem como a respectiva variação.
Constata-se que, no total das consultas de MGF, houve um aumento de 19.655 o que corresponde à
taxa de variação de 1,78%. Regista-se também uma variação positiva relativamente às primeiras
consultas, em todas as áreas, o que no global foi de 1,15%, o que traduz um aumento da acessibilidade
quer esta seja por iniciativa do utente ou pelos profissionais de saúde. Regista-se também uma variação
positiva, do total de consultas, em todas as áreas.
Em média cada utente teve 3,17 consultas e cada utilizador teve 4,38 consultas em 2015.
Quadro 10 – N.º de Consultas realizadas em 2014 e 2015, por área, e sua variação
Consultas 2014 2015 Variação 2014/2015 (%)
Área N.º 1ªs Consultas
N.º Cons. Subs.
Total Consultas
N.º 1ªs Consultas
N.º Cons. Subs.
Total Consulta
s
1ªs Cons.
N.º Cons. Subs.
Total Consulta
s
1. Adultos 233.447 781.508 1.014.955 233.701 790.350 1.024.051 0,11 1,13 0,90
2. Saúde Infantil 45.655 69.724 115.379 46.699 75.717 122.416 2,29 8,60 6,10
3. Saúde Materna 2.761 18.263 21.024 2.870 17.906 20.776 3,95 6,35 6,01
4.Planeamento Familiar
29.598 7.186 36.784 31.779 8.775 40.554 7,37 22,11 10,25
5. Total Consultas de MGF (5 = 1+2+3+4 )
311.461 876.681 1.188.142 315.049 892.748 1.207.797 1,15 2,00 1,78
6. Vigilância de Doentes Diabéticos
25.938 59.062 85.000 28.017 59.162 87.179 8,02 0,17 2,56
7. Vigilância de Doentes Hipertensos
61.954 99.864 161.818 66.966 104.067 171.033 8,09 4,21 5,69
8.Rastreio oncológico
29.567 9.062 38.629
9. Consultas Médicas no Domicílio
5.430 5.721 5,36
10. Consultas de Enfermagem no Domicílio
56.586 61.871 9,34
11 Outras Especialidades* 5.158 1.752 6.910 5.716 2.169 7.885 10,82 23,80 14,11
*Saúde Pública e Medicina Dentária Fonte: SIARS 31/12/2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
52
Figura 36- Distribuição das Consultas, por área, em 2015
1.024.051
122.416
20.77640.554
7.885
2015 Total de Consultas
Adultos Saúde Infantil Saúde Materna
Planeamento Familiar Outras Especialidades*
Fonte – SIARS 2015
Figura 37- Total de Consultas, por área, em 2014 e 2015
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
Adultos Saúde Infantil Saúde Materna Planeamento Familiar
Outras Especialidades*
2014 Total de Consultas 2015 Total de Consultas
Fonte – SIARS 2015
6.3 SAÚDE DA MULHER/PLANEAMENTO FAMILIAR
No que se refere ao Programa Nacional de Saúde Reprodutiva e Planeamento Familiar, o acesso ao
longo do triénio representado, apresentou uma evolução crescente nos principais indicadores do
Programa (Figura 38).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
53
Figura 38 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Planeamento Familiar
37,8
33,3 33,431,3
38,3
30,333,5 33,3
43,3
35,237,2 37,5
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
% utilização de consultas de PF
(med/enf)
% utilização de consultas de PF medicas
% utilização de cons. de enfermagem de P. F.
% MIF, com acompanhamento
adequado
2013 2014 2015
Fonte: SIARS – 2015
O acompanhamento adequado foi, a partir de 2015, avaliado como índice e apresentou um resultado de
0,57.
6.4 SAÚDE DA MULHER/SAÚDE MATERNA
No que se refere ao Programa de Saúde Materna, o ACeS ao longo do triénio representado, apresentou
uma evolução crescente nos principais indicadores do Programa (Figura 39).
Figura 39 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância da Gravidez
83,0
89,7
91,0
67,5 66,0
76,5
48,3
57,6
69,3
22,5
31,437,5
9,517,3
32,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2013 2014 2015
% de grávidas c/ 1ªs cons. 1º trimestre % grávidas c/ 6 ou + consultas de enfermagem
% grávidas c/ revisão puerpério efectuada % puérperas c/ domicilio de enfermagem
% grávidas c/acompanhamento adequado
Fonte: SIARS – 2015
O acompanhamento adequado foi, a partir de 2015, avaliado como índice apresentando um resultado
de 0,73.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
54
No que se refere a taxa de mortalidade Fetal Tardia, a tendência é decrescente, apesar de algumas
oscilações (Figura 40).
Figura 40 - Evolução da Taxa (‰) de Mortalidade Fetal Tardia entre os anos 2010-2014
2,38
2,27 2,65
2,312,23
2,65
2,06
2,7 2,99
1,92
3,36
2,16
3,44 3,09
1,04
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
2010 2011 2012 2013 2014
Continente Região Centro Baixo Vouga
Fonte: DGS, 2015
No Quadro abaixo apresentam-se dados de dois indicadores, com evolução de 2005 a 2014 no ACeS BV,
que podem ser influenciados pela qualidade da vigilância de saúde da grávida.
Quadro 11 - Evolução dos Indicadores de Resultado da área de Saúde Mulher/Saúde Materna – 2005 a 2014
Indicadores 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014
Proporção (%) de crianças com baixo peso à nascença
6,7 7,2 7,0 7,4 7,9 8,3 8,7 8,1 8,3
Proporção (%) de nascimentos pré-termo
6,8 9,1 10,1 9,5 8,6 8,1 7,7 7,3 8,2
Fonte: INE, 2006-2015
6.5 SAÚDE INFANTIL E JUVENIL
No que se refere ao Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, o ACeS ao longo do triénio
representado, apresentou uma evolução crescente nos principais indicadores do Programa (Figura41).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
55
Figura 41 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade – Vigilância saúde RN, da Criança e Adolescente
86,0
20,4
91,1
58,6 59,6
49,355,4
74,878,2
60,9
88,3
31,7
92,6
68,264,9
62,1 61,9
78,3 78,1
63,7
92,4
38,0
91,4
71,367,3 65,6 65,6
81,778,2
66,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
110,0
2013 2014 2015
Fonte: SIARS – 2015
A partir de 2015, o acompanhamento adequado de Saúde Infantil no 1º e 2º ano de vida, foi avaliado
como índice, apresentando o resultado de 0,84 e 0,79, respectivamente.
Quanto à evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal, de 2010 para 2014, os valores oscilaram de 4,2%o
em 2010 a 3,12%o em 2014, com 9 óbitos (Figura 42).
Figura 42 - Evolução da Taxa de Mortalidade Perinatal entre os anos 2010-2014
3,49
3,76
4,14
3,55
3,68
3,5
3,75
4,284,1
3,48
4,2
3,39
4,374,46
3,123
3,3
3,6
3,9
4,2
4,5
4,8
2010 2011 2012 2013 2014
Continente Região Centro Baixo Vouga
Fonte: DGS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
56
No que respeita à taxa de mortalidade infantil, no Baixo Vouga de 2010 a 2014, os valores oscilaram de
0,74%o em 2010 a 3,14%o em 2012. Em 2014 a taxa situou-se em 2,08%o com 6 óbitos infantis (Figura
43).
Figura 43 - Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil de 2010 a 2014
2,45
3,12
3,322,9
2,8
1,87
2,88
3,34
2,23 2,53
0,74
3,09
3,14
2,072,08
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
2010 2011 2012 2013 2014
Continente Região Centro Baixo Vouga
Fonte: DGS, 2015
6.6 SAÚDE DO IDOSO
Pode observar-se no Quadro 12 alguns dados de mortalidade referentes ao ano de 2014 em,
pessoas com 65 e mais anos, na Região de Aveiro. Refere-se que 84,4% do total de óbitos ocorreu
em pessoas com 65 e mais anos, e destes 82,3% foram pessoas com 75 e mais anos.
Quadro 12 - Mortalidade, por todas as causas, em pessoas com 65 e mais anos em 2013 na Região de Aveiro
Causa de morte: Total de causas (CID-10: A00-Y89) Total Homens Mulheres
Idade média à morte (N.º de anos) 77,6 74,8 80,6
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 3031 1470 1561
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 777 538 239
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 2495 1129 1366
Taxa bruta de mortalidade com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 979,0 1068,7 897,6
Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013
Dos indicadores apresentados na Figura 44, dois deles apresentam uma ligeira evolução positiva e um
com uma evolução negativa, reflectindo este a polimedicação no idoso.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
57
Figura 44 - Indicadores de Execução da área da Saúde do Idoso: 2013-2015
45,18 43,39
41,68
96,16 97,698,41
63,27 63,6764,16
0
20
40
60
80
100
120
2013 2014 2015
% utentes com ≥75 anos, c/ prescrição crónica < 5 fármacos
% utentes com ≥ 65 anos, s/ prescrição trimetazidina último ano
% inscritos com ≥65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos Fonte: SIARS – 2016
6.7 VIGILÂNCIA DA DOENÇA CRÓNICA
6.7.1 Programa de Vigilância das Doenças Cardiovasculares – Hipertensão
Mortalidade
As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa básica de morte, tendo
originado 1.100 óbitos, representando 30,6% da mortalidade total ocorrida na Região de Aveiro.
Em média, as doenças do aparelho circulatório atingiram os homens cerca de cinco anos mais cedo, com
uma idade média ao óbito de 78,8 anos, contra 83,6 anos das mulheres.
Estas doenças mataram mais mulheres (52,1%) do que homens (47,9%) e causaram uma mortalidade
prematura de 12,3% (proporção de indivíduos falecidos com menos de 70 anos no total de mortes por
esta causa) e 1.488 anos potenciais de vida perdidos, no total, e em média 11,9 anos.
A taxa bruta de mortalidade foi de 299,9 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada para os homens
(301,8) do que para as mulheres (298,1). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de
150,5 óbitos por 100 000 habitantes, tendo sido significativamente mais elevada para as idades de 65 e
mais anos (1 166,7), Quadro 13.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
58
Quadro 13 - Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013
Doenças do aparelho circulatório Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 1.100 527 573
Idade média à morte (N.º de anos) 81,3 78,8 83,6
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 92 69 23
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 1008 458 550
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 125 90 35
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 890 382 508
Relação de masculinidade 92
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 150,5 184,1 123,7
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 24,9 39,1 11,9
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 1.166,7 1.357,9 1.028,7
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 299,9 301,8 298,1
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 1.488 1.110 378
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 470 720 232,6
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,9 12,3 10,8
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 391,1 612,0 186,8
Fonte: INE 2015- Causas de morte 2013
No conjunto destas doenças, destacaram-se as mortes devido a doenças cerebrovasculares, que
representaram 12,2% do total (438 óbitos), a doença isquémica do coração que provocou 169 óbitos em
2013 (4,7%) e o enfarte agudo do miocárdio com 117 mortes (3,3%).
Figura 45 – Indicadores de Mortalidade por algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de
Aveiro, em 2013
0
100
200
300
400
500
Tx. (%ooo) mortalidade padronizadas
todas as idades
Tx. (%ooo) mortalidade padronizadas
<65 anos
Tx (%ooo) mortalidade
padronizadas ≥ 65
Tx. (%ooo) brutas de
mortalidade
Taxa (%ooo) anos
potenciais de vida perdidos
Taxas(%ooo) padronizadas
anos potenciais vida
perdidos
60,1
10,1
464,9
119,4
195,9167,6
25,67,3
173,6
46,1
127,2104,3
17,5 4,3
124,6
31,9
77,4 63,1
Doenças cerebrovasculares (CID-10: I60-I69) Doença isquémica do coração Enfarte agudo do miocárdio
Fonte: INE 2015- Causas de morte 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
59
Figura 46 – Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) por
algumas Doenças do Aparelho Circulatório, na Região de Aveiro, em 2013
60,125,6
17,5
Tx. (%ooo) mortalidade padronizadas todas as idades
Doenças cerebrovasculares (CID-10: I60-I69) Doença isquémica do coração Enfarte agudo do miocárdio
Fonte: INE 2015- Causas de morte 2013
Morbilidade por Doenças do Aparelho Circulatório
Quadro 14 - Dados de Prevalência e Incidência de Doenças do Aparelho circulatório, em 2015
Prevalência Total % Utentes
Morb.205.01 HipertensãoArterial 83.958 22,06
Morb. 214.01 Doença Cardíaca Isquémica 4.273 1,12
Incidência Total % Utentes Morb.213.01 Enfarte agudo do miocárdio 250 0,66
Morb. 224.01 Acidente Isquémico Transitório 133 0,35
Morb. 237.01 Hipertensão Arterial 6.756 17,75
Morb. 251.01 Acidente Vascular Cerebral 553 1,45 Fonte: SIARS – 31/12/2015
Quanto à avaliação da atividade apresenta-se nas Figuras que se seguem um conjunto de indicadores
com evolução de 2013/2015, que apresentam, todos eles, uma evolução positiva.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
60
Figura 47 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
% utentes c/ HTA,
c/ compromisso de vigilância
% utentes c/ HTA,
c/ registo PA cada semestre
%utentes c/ HTA,
c/ registo PA último semestre
% de utentes c/
HTA, c/ pelo menos um reg. de
IMC últimos 12 meses
% utentes c/ HTA,
≥25 anos, que têm a vacina
antitetânica atualizada
70,8
47,8
59,2 58,6
91,5
72,9
49,0
60,7 62,5
92,4
77,7
53,8
65,868,7
93,9
2013 2014 2015
Fonte: SIARS – 31/12/2015
Figura 48 - Evolução dos Indicadores de Atividade na área de Doenças Cardiovasculares, 2013-2015 (Cont.)
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
% utentes c/ HTA,
c/ cons. enf.
vigilância e registo da GRT último ano
% utentes c/ HTA,
c/ idade < 65 anos,
c/ PA < 150/90 mmHg
% utentes c/ HTA
(s/ DCV n/
diabetes), c/ determinação RC
últ. 3 A
% utentes c/ HTA,
c/
acompanhamento adequado
% de inscritos c/
idade ≥18 anos c/
diagnóstico de HTA
5,3
41,5
12,1
6,5
12,3
43,2
32,5
24,8 25,7
17,0
46,0
52,2
34,5
46,0
2013 2014 2015
Fonte: SIARS – 31/12/2015
A partir de 2015, o acompanhamento adequado de hipertensos, foi avaliado como índice, apresentando
o resultado de 0,64.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
61
6.7.2 Programa de Vigilância da Diabetes Mellitus
Dados e Indicadores de mortalidade
No grupo das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas destaca-se a diabetes. Foram registados,
por esta causa de morte, 175 óbitos (dos quais 63,4% foram em mulheres), que representam 4,87% do
total de óbitos. A idade média ao óbito foi de 81 anos, mais elevada nas mulheres (81,5). A taxa bruta de
mortalidade foi de 47,7 óbitos por 100 000 habitantes e a taxa de mortalidade padronizada de 23,7. O
número de anos potenciais de vida perdidos foi de 108 anos, a taxa de anos potenciais de vida perdidos,
de 34 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 4,3 (superior nos homens
com 5,8 anos).
Quadro 15 - Mortalidade por diabetes, em 2013 na Região de Aveiro
Causa de morte: Diabetes Mellitus Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 175 64 111
Idade média à morte (N.º de anos) 81 80,2 81,5
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 5 3 2
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 170 61 109
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 25 9 16
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 139 50 89
Relação de masculinidade 57,7
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 23,7 21,5 25,2
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 1,3 1,7 1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 204,5 181,9 221
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 47,7 36,7 57,8
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 108 53 55
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 34 34,1 33,9
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 4,3 5,8 3,4
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 26 28 23,9
Fonte: INE 2015-Causas de morte 2013
Quadro 16 - Morbilidade – Taxas de Incidência e Prevalência da diabetes
Código Indicador Numerador Denominador Taxa %
236.01 FL Incidência de diabetes mellitus 2.686 380.586 7,06
198.01 FL Prevalecia de utentes com diabetes mellitus 30.357 380.586 7,98
212.01 FL inscritos com diagnóstico diabetes tipo 1 3.403 380.586 0,89
211.01 FL inscritos com diagnóstico diabetes tipo 2 27.080 380.586 7,12
Fonte: SIARS 2015
Indicadores de Execução
Quanto à avaliação da atividade apresenta-se nas Figuras que se seguem um conjunto de indicadores
com evolução de 2013/2015, que apresentam, todos eles, uma evolução positiva.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
62
Figura 49 - Indicadores de Execução na área da Diabetes
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
utentes c/ DM2 c/
compromisso vigilância
ut. c/ DM, c/ pelo menos 2
HgbA1c último ano, 2
semestres
utentes c/ DM, c/ pelo menos
1 HgbA1c último
semestre
utentes c/ DM, c/ pelo menos um exame pés
registado último ano
ut. c/ DM, c/ p/lo menos
uma ref. ou um reg. realiz ex.
retina, últ. ano
utentes c/ DM2, em
terapêutica c/ insulina
novos DM2 em terapêutica c/
metformina em monoterapia
77,0
58,865,7
61,8
32,0
6,0
47,6
79,1
62,6
70,365,1
33,1
6,4
52,3
83,1
68,5
74,7 72,3
41,5
6,7
74,1
2013 (%) 2014 (%) 2015 (%)
Fonte: SIARS 2015
Figura 50 - Indicadores de Execução na área da Diabetes (cont.)
0
20
40
60
80
100
utentes c/ DM, c/ microalbuminúria
último ano
utentes c/ DM, c/ último registo
HgbA1c ≤ 8,0 %
utentes c/ DM, c/ ≤ 65 anos, c/
último registo HgbA1c ≤ 6,5%
utentes c/ DM, c/ consulta de enf.
vigilância e registo GRT últ. ano
utentes c/ DM, c/ consulta de enf.
vigilância em diabetes último
ano
utentes c/ diabetes, c/
acompanhamento adequado
Rácio desp. fact (€) c/ inib. DPP-4 e
fat. c/ antid. orais, doent. c/ DM2
57,0 58,8
28,7
8,6
69,4
19,5
83,2
62,4 62,9
33,7
18,7
73,4
41,5
83,8
69,2 66,1
35,5
25,2
78,1
48,8
81,5
2013 (%) 2014 (%) 2015 (%)
Fonte: SIARS
A partir de 2015, o acompanhamento adequado de diabetes foi avaliado como índice, apresentando o
resultado de 0,71.
Rastreio da Retinopatia Diabética
Este rastreio é de extrema importância a nível da prevenção e tratamento atempado das lesões de
retinopatia diabética existentes, possibilitando um acréscimo em saúde da visão e qualidade de vida dos
Utentes Diabéticos da área de influência do ACeS. Sabe-se que a retinopatia diabética é a primeira causa
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
63
de cegueira na idade activa. Muitas vezes é assintomática até atingir estadios graves. Cerca de 90% dos
casos de perda de visão ou cegueira pode ser evitado se existir um bom controlo metabólico, um
diagnóstico precoce das lesões de retinopatia diabética e um tratamento atempado.
Em 2015 foram rastreados 4.345 diabéticos nos Centros de Saúde de Ílhavo (2014/2015) e Aveiro.
Salienta-se o número elevado de faltas ao rastreio.
Quadro 17 - Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética ACeS BV em 2015
PROGRAMAÇÃO DO R.R.D. CENTRO DE
SAÚDE TOTAL DE
DIABÉTICOS
TOTAL INSCRITOS
no RASTREIO
REALIZARAM RASTREIO
FALTAS AO RASTREIO
De 01-12-2014 a 28-03-2015 Ílhavo 2502 1544 1226 318
De 31-03-2015 a 15-01-2016 Aveiro 4881 4228 3119 1140
TOTAL 4345 7383 5762 4345 1458
Fonte: URAP 2015
Relativamente aos utentes rastreados, em 2015, a maior proporção (71,9%) tinha idade superior a 60
anos, e era do sexo masculino (53,3%), como pode ser observado no quadro seguinte.
Quadro 18 - Total de Utentes Diabéticos rastreados a retinopatia diabética no ano 2015por grupo etário e sexo (n/%)
ACeS BV Nº
Utentes
Idade (anos) Sexo Nº utentes c/Insulina
0-30 31-60 >60 M F
Total (n.a) 4345 19 1200 3126 2318 2027 440
Total (%) 100% 0,4% 27,6% 71,9% 53,3% 46,7% 10,1%
Fonte: Relatório de atividades da URAP, 2015
Salienta-se que relativamente aos resultados do rastreio, foi diagnosticado maculopatia no olho direito
a 74 utentes (160 em 2014), o que representa 1,79%, e no olho esquerdo a 75 utentes (150 em 2014), o
que corresponde a 1,82%. Este diagnóstico implica referenciação para consulta e tratamento logo que
possível. Foi também diagnosticado retinopatia diabética proliferativa no olho direito a 6 utentes (15 em
2014) e no olho esquerdo a 4 utentes (12 em 2014). Esta situação é de referenciação para consulta e
tratamento urgente.
Foram referenciados para tratamento hospitalar 99 diabéticos, dos quais 35 iniciaram tratamento da RD
no ano 2015. Andam a ser seguidos em tratamento no CHBV 64 diabéticos.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
64
Quadro 19 - Resultados do Diagnostico Sistemático da Retinopatia Diabética no ACeS BV - Rastreio 2015, por Concelho
CS Utente SEMANAS TOTAL
DE UTENTES
RESULTADOS
OD OE
R0 Rastreio
Anual
RL Rastreio
Anual
M C
ASAP
RP C
Urgente
R0 Rastreio
Anual
RL Rastreio
Anual
M C
ASAP
RP C
Urgente
C.S. Ílhavo 11 1226 972 153 29 0 999 199 27 0
C.S. Aveiro 36 3119 2627 303 45 6 2643 281 48 4
TOTAIS 47 4345 3599 456 74 6 3642 400 75 4
Legenda: RO - Sem retinopatia;RL – Retinopatia não proliferativa ligeira; M – maculopatia; RP – Retinopatia proliferativa
Fonte: Relatório de actividades da URAP, 2015
6.7.3 Programa de Vigilância das Doenças Respiratórias (DPOC e Asma)
Apresenta-se de seguida um conjunto de dados e indicadores de mortalidade, na Região de Aveiro em
2013, por doenças do aparelho respiratório salientando-se, no global, que as doenças do aparelho
respiratório constituíram a 3ª causa de morte, tendo-se registado 439 óbitos (dos quais 233 homens e
206 mulheres), o que equivale a 12,2% da mortalidade na Região.
A relação de masculinidade destes óbitos foi de 113,1 óbitos masculinos e a idade média ao óbito, de 84
anos. A taxa bruta de mortalidade foi de 119,7%ooo óbitos, mais elevada nos homens (133,4) do que
nas mulheres (107,2). A taxa de mortalidade padronizada para as idades de 65 e mais anos foi de
474,3%ooo óbitos. O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 255 anos, a taxa de anos poten-
ciais de vida perdidos, de 80,6 anos por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos,
de 8,5 (Quadro 20).
Quadro 20 - Mortalidade por doenças do aparelho respiratório, em 2013 naRegião de Aveiro
Causa de morte: Doenças do aparelho respiratório Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 439 233 206
Idade média à morte (N.º de anos) 84 82,6 85,7
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 17 12 5
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 422 221 201
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 30 24 6
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 393 199 194
Relação de masculinidade 113,1
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 56,3 76,2 42,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 4,6 6,7 2,7
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 474,3 638,5 363,7
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 119,7 133,4 107,2
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 255 170 85
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 80,6 110,3 52,4
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 8,5 7,1 14,2
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 65,8 90,3 44,1
Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
65
No conjunto das doenças do aparelho respiratório, em 2013, salientam-se as mortes motivadas por
pneumonia com 246, por DPOC com 71, gripe com 5 e asma com 2 óbitos.
Na Figura seguinte apresentam-se dados de mortalidade padronizadas para todas as idades, referentes
a 2013, relativos a algumas doenças na área: DPOC, asma, pneumonia e gripe.
Figura 51 - Tx (%ooo) mortalidade padronizadas p/ todas idades por DPOC, Asma. Pneumonia e Gripe,
2013
30,4
9,2
1,1
0,2
Pneumonia DPOC Gripe Asma
Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013
Figura 52 - Mortalidade por DPOC, Pneumonia, Gripe e Asma, em 2013 na Região de Aveiro
0
50
100
150
200
250
300
Tx. (%ooo)
mortalidade padronizadas para todas as
idades
Tx. (%ooo)
mortalidade padronizadas <
65 anos
Tx. (%ooo)
mortalidade padronizadas ≥
65
Tx. (%ooo)
brutas mortalidade
Tx. (%ooo)
anos potenciais vida perdidos
Tx. (%ooo)
padronizadas anos potenciais vida perdidos
9 1
78
27 20 1630
1
268
67
15 121 1 4 1 11 90 0 2 1 0 0
DPOC Pneumonia Gripe Asma
Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
66
Indicadores de resultado
Dos indicadores apresentados no Quadro abaixo, observa-se no período em análise um aumento dos
valores.
Quadro 21 - Evolução dos Indicadores de Resultado na área das Doenças Respiratórias, 2013-2015 Código
SIARS/ICPC2 Indicadores
Atingido 2013 (%)
Atingido 2014(%)
Atingido 2015(%)
2013.077.01 FL
Proporção de inscritos com diagnóstico de asma 2,31 2,61 2,97
2013.078.01 FL
Proporção de inscritos com diagnóstico (ICPC2) de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)
0,8 1,03 1,18
2013.049.01 Proporção de inscritos com diagnóstico de DPOC, com FeV1 em 3 anos
- 23,76 26,35
Fonte: SIARS 2015
6.7.4 Programa de Vigilância Oncológica
No quadro abaixo estão os resultados de dados e indicadores de mortalidade por tumores malignos, que
é a segunda causa de morte na Região de Aveiro, com um total de 865 óbitos, dos quais 514 foram
homens e 351mulheres. Este total de óbitos corresponde a 24,1% da mortalidade.
A relação de masculinidade desses óbitos foi de 146,4 óbitos masculinos por cada 100 femininos e a
idade média ao óbito devido a estas causas situou-se nos 72,4 anos.
A taxa bruta de mortalidade foi de 235,8óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nos homens
(294,4) do que nas mulheres (182,6).
A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 147,5%ooo, sendo de 62,4 e 836,0 óbitos
por 100 000 habitantes respectivamente para menos de 65 anos e 65 e mais anos.
O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 3.652 anos, a taxa de anos potenciais de vida
perdidos, de 1 154,0 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 11,4
(Quadro 22).
Quadro 22 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro
Causa de morte: Tumores malignos Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 865 514 351
Idade média à morte (N.º de anos) 72,4 71,4 73,8
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 228 148 80
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 637 366 271
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 321 224 196
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 420 240 202
Relação de masculinidade 146,4
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 147,5 204,9 102,0
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 62,4 84,6 42,1
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 836,0 1.178,0 586,6
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 235,8 294,4 182,6
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 3.652 2.295 1.358
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 1154,0 1.488,4 836,4
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,4 11,1 11,8
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 1003,3 1.305,3 725,9
Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
67
No conjunto das mortes motivadas por tumores malignos (865), em 2013, salienta-se que:
- O tumor com o maior número de óbitos foi o do cólon, reto e ânus;
- O tumor com maior número de óbitos no sexo masculino foi o da traqueia, brônquios e pulmão e o no
sexo feminino foi o da mama;
- A relação de masculinidade mais elevada registou-se no tumor da traqueia, brônquios e pulmão;
- A idade média à morte mais baixa verificou-se no tumor da traqueia, brônquios e pulmão e a mais
elevada no tumor da pele.
Quadro 23 - Mortalidade por Tumores malignos, em 2013 na Região de Aveiro, segundo o sexo, relação de masculinidade e idade média à morte segundo o sexo – 2013
Tumores Total de óbitos (N.º)
segundo o Sexo Relação de
masculinidade nos óbitos
Idade média à morte (em anos) segundo o Sexo
HM H M HM H M
traqueia, brônquios e pulmão (CID-10: C33-C34)
113 88 25 352,0 70,2 68,9 74,4
cólon, reto e ânus (CID-10: C18-C21) 124 74 50 148,0 73,9 73,4 74,6
mama (CID-10: C50) 55 2 53 3,8 70,5 67,5 70,6
estômago (CID-10: C16) 88 59 29 203,4 72,1 70,9 74,7
pâncreas (CID-10: C25) 38 21 17 123,5 72,8 69,0 77,4
próstata (CID-10: C61) 0 58 0 - - 79,1 -
fígado e das vias biliares intra-hepática (CID-10: C22)
43 30 13 230,8
72,8 72,9 73,1
colo do útero (CID-10: C53) 0 0 8 0,0 - - 66,9
ovário (CID-10: C56) 0 0 4 0,0 - - 76,6
Leucemia (CID-10: C91-C95) 43 18 25 72,0 73,0 70,9 74,5
bexiga (CID-10: C67) 26 16 10 160,0 76,4 75,5 78,0
pele (CID-10: C43) 5 2 3 66,7 78,1 65,0 86,8
Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013
Na Figura seguinte apresentam-se dados sobre a mortalidade por tumores malignos da mama, do colo
do útero e do cólon, reto e ânus.
Desta informação destaca-se, a existência ainda de um número significativo de óbitos com idade inferior
a 65 anos, sendo estas situações, pelo menos em parte, preveníveis com rastreio e diagnóstico precoce.
Destaca-se também o número elevado de anos potenciais de vida perdidos, nomeadamente no tumor
maligno do cólon, reto e ânus.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
68
Figura 53 - Mortalidade por Tumor maligno da mama; cólon, reto e ânus e; colo do útero em 2013 na Região de Aveiro
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Tx. (%ooo)
mortalidade padronizadas todas idades
Tx. (%ooo)
mortalidade padronizadas < 65
anos
Tx. (%ooo)
mortalidade padronizadas ≥ 65
Tx. (%ooo) brutas
de mortalidade
Tx. (%ooo) anos
potenciais vida perdidos
Tx. (%ooo)
padronizadas de anos potenciais vida perdidos
9,7 4,9
48,8
15
101,985,1
148
20,36,5
131,9
415
10,92,7 1,6 11,7 2,9
35,4 29,2
Mama Cólon, reto e ânus Colo do Útero
Fonte: INE 2015 – Causas de Morte 2013
Na figura abaixo apresenta-se a evolução da taxa bruta (‰) de mortalidade por Tumores, de 2003 a
2013, no Continente, Região Centro e Região do BV, onde se constata uma tendência crescente.
Figura 54 - Evolução da taxa bruta (%o) de mortalidade por Tumores, de 2003 a 2013, no Continente, Região Centro e Região BV
Fonte: INE 2004-2015
Indicadores de execução
Da avaliação destes indicadores no período de 2013 a 2015 constata-se uma evolução positiva.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
69
Figura 55 - Indicadores de Qualidade Técnica/Efectividade - Rastreio Oncológico.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
% mulheres entre 50-70 anos c/ mamografia registada no
últimos 2 anos
% de mulheres entre 25-60 anos com colpocitologia
actualizada (3 anos)
% insc. entre 50-74 anos c/ rasteio de cancro colo-rectal
efectuado
63,7
44,4
26,1
60,9
45,0
30,1
63,4
47,6
35,5
2013 2014 2015
Fonte: SIARS 2015
6.8 PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
A aplicação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) permite controlar as doenças alvo de vacinação.
A incidência de algumas doenças transmissíveis e o seu impacto em termos de saúde pública está a
diminuir, devido às elevadas taxas de cobertura resultantes da aplicação do PNV. É necessário, no
entanto, considerar e identificar assimetrias geográficas, resultantes da existência de bolsas
populacionais com características que possam determinar níveis mais baixos de protecção.
O Programa Nacional de Eliminação do Sarampo (Norma n.º 6 da DGS de 2/04/2013) continua a ser
imlpementado cuja finalidade é manter a ausência de circulação do vírus do sarampo em Portugal e
obter o estatuto nacional de eliminação do sarampo, segundo os critérios da OMS.
A vacinação contra a gripe sazonal decorre de 1 outubro a 28 fevereiro, é gratuita para pessoas com
idade igual ou superior a 65 anos, para os profissionais de saúde e outros grupos de acordo com
orientações emanadas pela DGS e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita
médica ou guia de tratamento para ser administrada.
A situação na área geográfica do ACeS relativamente às doenças preveníveis pela Vacinação resume-se a
seguir.
Quadro 24 – Incidência de doenças preveníveis pela vacinação
Doença Nº Taxa %ooo
Tétano 0 0
Difteria 0 0
Tosse Convulsa 11 2,9
Sarampo 3 0,78
Rubéola 1 0,26
Parotidite 24 6,3
Hepatite B 14 3,7
Fonte: Relatório da USP 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
70
Apesar da percepção do global, por coorte, ser importante, em termos de vigilância epidemiológica é
necessária a informação por vacina para avaliar o risco de contrair as doenças preveníveis pela
vacinação.
Quadro 25 - Indicadores de execução – PNV 2015
INDICADORES 2014 (%)
SINUS/SIARS 2015 (%)
SINUS /SIARS
Proporção de crianças com 2 anos, com PNV cumprido ou em execução até ao 2º aniversário
96,7/93,1 96,9/ 95,73
Proporção de crianças com 7 anos, com PNV cumprido ou em execuçãoaté ao 7º aniversário
97,0/94,3 95,3/ 94,82
Proporção de jovens com 14 anos, com PNV cumprido ou em execuçãoaté ao 14º aniversário
97,8/90,5 95,7/ 94,64
Proporção de crianças com 3 meses, com DTPaHibVIP (vacinação atempada)
97,1 99,6
Proporção de crianças com 3 meses, com VHB (vacinação atempada)
97,7 95,6
Proporção de crianças com 13 meses, com VASPR (vacinação atempada)
89,4 87,4
Proporção de crianças com 13 meses, com Men C (vacinação atempada)
90,6 88,4
Proporção de raparigas com 13 anos, com 3 doses de vacina HPV 71,6 90,2
Proporção de adultos com 25 anos com vacina tétano actualizada 90,5 87,69
Proporção de adultos com 65 anos com vacina tétano actualizada 89,9 87,9
Proporção de jovens com 18 anos com vacina VASPR actualizada 98,9 97,9
Proporção de profissionais de saúde com vacina VASPR (ou VAS) actualizada
91,8 91,8
Proporção dos utentes com 65 ou mais anos ou doença crónica com vacina anti-gripe sazonal
45,4* 38,27*
Fonte: SINUS e SIARS *Dados 31/12/2015
Da análise do quadro destaca-se:
A meta relativa ao PNV cumprido aos 7 anos de idade ficou, cerca de dois pontos percentuais abaixo da
meta estabelecida. Uma explicação possível será a influência do fator migração (os que emigram deixam
de responder às convocatórias e os que imigram não têm o PNV atualizado, de acordo com o nosso
calendário).
A Vacinação atempada com VHB II, aos 3 meses de idade, encontra-se desfasada 1,5% em relação à
meta. Tal facto poderá atribuir-se ao adiamento (incorrecto) desta vacina para cumprir a vacinação
pneumocócica ou outras (não pertencentes ao PNV).
Nos adultos com 65 anos a meta traçada é ambiciosa (relativamente ao estabelecido pela DGS – 85%).
Ficámos com um desfasamento de 2 pontos percentuais, mas 3% acima da meta proposta pela DGS.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
71
Relativamente à meta proposta para a imunização, dos profissionais de saúde, para o sarampo, ficámos
3 pontos percentuais abaixo.
Os indicadores de execução aos 10, 7 e 14 anos apresentam valores muito bons e com evolução positiva
de 2014 para 2015.
Figura 56 - Evolução, 2014 para 2015, do PNV cumprido ou em execução aos 2, 7 e 14 anos
86
88
90
92
94
96
% crianças c/ 2 anos,
PNV cumprido ou em
execução ao 2º aniversário
% crianças c/ 7 anos,
PNV cumprido ou em
execução ao 7º aniversário
% jovens c/ 14 anos,
PNV cumprido ou em
execução ao 14º aniversário
93,194,3
90,5
95,7394,82 94,64
2014 2015
Fonte: SIARS 2015
Outras Atividades desenvolvidas no âmbito do programa
• Foi realizada uma reunião do Núcleo Coordenador da Vacinação com os Enfermeiros de Saúde
Pública e os Interlocutores de Vacinação de todas as UF do ACeS BV. A agenda desta reunião foi:
início da vacinação Pneumocócica no PNV e alterações relativas a grupos de risco.
• Foram publicados artigos na comunicação social: jornais locais e institucionais relativamente à
vacinação e nomeadamente à vacinação contra a gripe.
• Foram realizados dois cursos de vacinação, destinados a médicos e enfermeiros, com a duração de
14 horas cada e distribuídos por dois dias.
6.9 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS
A epidemiologia estuda os fenómenos de saúde e dos seus determinantes. A vigilância epidemiológica
consiste num conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a deteção e prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade
de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controlo das doenças transmissíveis e não
transmissíveis.
O carácter cada vez mais abrangente da vigilância epidemiológica é hoje testemunhado pela enorme
diversidade de fenómenos que podem constituir o seu objecto, que vão desde os fenómenos da própria
saúde humana, a outros que a influenciam directa ou indirectamente, como é o caso de certas doenças
animais ou de factores ambientais.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
72
As doenças infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial, devido ao
aparecimento de novas doenças transmissíveis e a re-emergência de outras que se supunham
controladas, representando um desafio e uma preocupação para a saúde pública.
6.9.1 Doenças de Declaração Obrigatória
O sistema de vigilância de Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) é garantido através do Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE). Trata-se de um sistema de vigilância de saúde pública
multifacetado, destinado a fornecer às Autoridades de Saúde Locais, Regionais e Nacional a capacidade
de monitorizar a ocorrência e disseminação de doenças transmissíveis, fornecendo a base para o
planeamento e intervenção na sua prevenção e controlo.
As doenças transmissíveis de declaração obrigatória são aquelas que foram definidas para uma
monitorização anual e para as quais a informação regular e temporalmente adequada, relativamente
aos casos individuais de doença, são considerados necessários para a sua prevenção e controlo.
A notificação de uma doença transmissível, a nível local, protege a saúde da população assegurando a
identificação e seguimento dos casos, identificação de contactos, investigação e contenção de surtos de
doença e limitar o risco ambiental. Permite, em paralelo, recolher, analisar, interpretar e divulgar dados
sobre essas doenças, identificar as suas tendências a nível local, regional e nacional e monitorizar a
necessidade e impacto dos programas nacionais de prevenção e controlo.
A aplicação informática de suporte ao SINAVE, desde 01 de Junho de 2014, era de utilização obrigatória
para o registo do inquérito epidemiológico pela Autoridade de Saúde de nível local. A partir de 1 de
Janeiro de 2015, também passou a ser de utilização obrigatória para a notificação de doenças
transmissíveis e outros riscos em saúde pública, permitindo ao médico, notificar em tempo real à
Autoridade de Saúde Local, Regional e Nacional. Esta notificação em tempo real e oportuno tem como
objectivo a implementação de medidas de prevenção e controlo, de acordo com as competências,
limitando assim a disseminação da doença e a ocorrência de casos adicionais
Doenças Notificadas
- Em 2015 foram notificados, no total, 406 casos de doenças dos quais 143 foram casos notificados com
data diagnóstico anterior a 2015.
- Foram validadas, no SINAVE, todas as notificações.
-Foram realizados 98,9% do total dos inquéritos epidemiológicos (274). Não foi realizado inquérito
epidemiológico em 3 casos (1 caso de Hepatite B e 2 casos de Hepatite C).
- Foram associados 2 casos de VIH/SIDA. Não houve criação de surtos pela sua inexistência.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
73
Quadro 26 – Notificações de DDO
Indicador Resultado (na ou
%)
% Notificações validadas no SINAVE 100%
% Inquéritos epidemiológicos realizados 98,9%
Nº casos notificados com data diagnóstico <2015 143
Nº casos notificados com data diagnóstico de 2015 263
Nº casos notificados 406
Nº casos confirmados 167
Nº casos prováveis 47
Nº casos possíveis 14
Nº casos que não são casos 35
Fonte: Relatório USP 2015
Em 2015, foram notificadas 406 DDO no ACeS BV, conforme tabela anexa, das quais 144 eram de
diagnóstico anterior a 2015, nomeadamente, casos de Hepatite B, C e VIH/SIDA. Assim, através do
SINAVE foram notificados 263 novos casos em 2015, destacando-se a Tuberculose, VIH/SIDA e Hepatite
C, como as DDO com maior número de casos.
Quadro 27 – Casos notificados por DDO no ACeS BV em 2015 Doenças de Declaração Obrigatória nº casos
notificados
nº casos notificados com data diagnóstico < 2015
Nº casos notificados com data diagnóstico
de 2015
nº casos notificados com data diagnóstico de 2015 classificados
Caso confirmado
Caso Provável
Caso Possível
Não é caso
Campilobacteriose 5 0 5 5 0 0 0
Doença de Creutzfeldt Jakob 1 0 1 0 1 0 0
Doença dos Legionários 11 1 10 10 0 0 0
Doença invasiva meningocócica 4 0 4 3 0 0 1
Doença invasiva pneumocócica 8 1 7 7 0 0 0
Doença invasiva por Haemophilus influenzae
1 0 1 1 0 0 0
Febre escaro-nodular (Rickettsiose) 11 0 11 1 7 0 3
Febre Q 1 0 1 1 0 0 0
Gonorreia 4 0 4 3 0 0 1
Hepatite A 1 0 1 1 0 0 0
Hepatite B 46 32 14 14 0 0 0
Hepatite C 95 59 36 34 0 0 2
Infeção por Chlamydia Trachomatis - Excluindo Linfogranuloma Venéreo
2 0 2 1 0 0 1
Leptospirose 3 0 3 2 0 0 1
Malária 7 0 7 7 0 0 0
Parotidite Epidémica 24 0 24 0 0 9 15
Rubéola - Excluindo Rúbeola Congénita 1 0 1 0 0 0 1
Salmoneloses não Typhi e não Paratyphi
10 0 10 10 0 0 0
Sarampo 3 0 3 0 0 0 3
Sífilis – Excluindo Sífilis Congénita 28 5 23 1 18 0 4
Tosse Convulsa 11 0 11 10 1 0 0
Tuberculose 51 8 43 18 19 5 1
VIH (Infeção por virús da imunodeficiência humana)/SIDA
78 37 41 38 1 0 2
Nº Total de casos 406 143 263 167 47 14 35
Fonte: Relatório USP 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
74
Figura 57 – N.º casos notificados com data diagnóstico de 2015, segundo a classificação
16747
14
35
Caso confirmado Caso Provável Caso Possível Não é caso
Fonte: Relatório USP 2015
Destaca-se em 2015, à semelhança de anos anteriores, a tuberculose respiratória com o maior número
de casos (43). O VIH e a Hepatite C encontram-se respectivamente no 2º e 3º lugar das DDO mais
notificadas.
Figura 58 – N.º casos (DDO)notificados com data diagnóstico de 2015
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
5
1
10
47
1
11
14
1
14
36
2 3
7
24
1
10
3
23
11
4341
Fonte: Relatório USP 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
75
6.9.2 Surto de Ébola
Em 2014, surgiu o surto de Ébola na África Ocidental que levou a OMS a decretar o estado de
emergência de Saúde Pública de âmbito internacional. Em Outubro de 2014 foi criada a Plataforma de
Resposta à Doença pelo Vírus Ébola e ao nível político foi reforçada com a criação da Comissão
Interministerial de Coordenação da Resposta ao Ébola, com o objetivo de coordenar as respostas e
decisões políticas de caráter intersectorial e transversal sobre o surto de Ébola.
A Plataforma de Resposta à Doença por Vírus Ébola, tinha como objetivo detetar precocemente casos
importados, impedir ou minimizar a ocorrência de casos secundários e de cadeias de transmissão da
doença em Portugal, bem como definir, divulgar e operacionalizar um Plano de Resposta/ Contingência,
com Orientações e Protocolos de atuação, que se encontrava operacional em todos os centros de saúde
do ACeS BV, até final de Setembro de 2015.
A 22 de Setembro de 2015, foi proposta a extinção da Comissão Interministerial de Coordenação da
Resposta ao Ébola, foi solicitado à Autoridade Nacional de Aviação Civil e à Direção Geral da Autoridade
Marítima a suspensão de material informativo sobre o Ébola. No âmbito da Sanidade Marítima foi
divulgada essa informação junto dos responsáveis.
6.9.3 Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos
O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) foi
considerado um programa de saúde prioritário pelo Despacho n.º 2902/2013 de 22 de fevereiro, tendo
resultado da fusão do Programa Nacional de Controlo de Infeção com o Programa Nacional de
Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos. Através do Despacho n.º 15423/2013 de 26 de
novembro foram criados os Grupos de Coordenação Regional e Local do PPCIRA.
Os objetivos gerais deste programa são a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde,
a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com
resistência a antimicrobianos (Despacho n.º 15423/2013).
O presente programa desenvolve-se durante um horizonte temporal de um ano e assenta nas seguintes
vertentes:
- Vertente Organizacional;
- Vertente de Vigilância Epidemiológica (VE);
- Vertente Práticas Clínicas Seguras;
- Vertente Formação/ Informação.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
76
Na elaboração deste programa foi tida em conta a realidade deste ACeS, caraterizado por um elevado
número de UF, grande dispersão geográfica, escassez de horas atribuídas aos elementos constituintes
do Grupo Coordenador Local do PPCIRA (GCL-PPCIRA) e recursos materiais insuficientes e/ou
inapropriados.
Pretende-se alcançar uma uniformização, adequação e implementação de procedimentos a respeitar
pelos profissionais de saúde do ACeS BV, no sentido de assegurar a qualidade dos serviços prestados e
consequentemente contribuir para a prevenção e o controlo da infecção nas UF, nas seguintes áreas de
intervenção:
- Higiene das mãos;
- Etiqueta respiratória;
- Utilização de EPIs;
- Descontaminação do equipamento clínico;
- Higiene ambiental;
- Manuseamento seguro da roupa;
- Recolha segura de resíduos;
- Práticas seguras na preparação e administração de injetáveis.
Em 2015, foi elaborado pelo Grupo Coordenador Local do PPCIRA e posteriormente distribuído às UF um
Manual de Procedimentos sobre Reprocessamento de DM, o qual pretende definir um conjunto de
especificações técnicas, uniformizando atuações a respeitar pelos profissionais de saúde do ACeS BV,
no sentido de assegurar a qualidade dos serviços prestados e consequentemente contribuir para a
prevenção e o controlo da infecção nas UF.
Relativamente à vertente formativa, o GCL propôs ao Conselho Clínico e de Saúde a realização de acções
de formação sobre tratamento adequado de feridas, tratamento das infecções respiratórias e urinárias/
prescrição antibiótica, que foram realizadas.
Para além disto, o GCL promoveu a participação dos EL de todas as UF do ACeS numa formação em
Coimbra realizada pelo GCR.
6.9.4 Sanidade Internacional
O Serviço de Sanidade Internacional compreende a Sanidade de Fronteiras nos portos de mar e
aeroportos da região e a Consulta do Viajante.
- Sanidade Marítima - Porto de Aveiro
Na área da Sanidade Internacional, o ACeS assegura a Sanidade Marítima do Porto de Aveiro.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
77
Pretende-se com a execução do programa dar cumprimento ao disposto no Regulamento Sanitário
Internacional (RSI), publicado no Diário da Republica I Série n.º 16 de 23 de Janeiro de 2008, e Manual
de Sanidade Marítima da Direcção Geral da Saúde de 3 de Novembro de 2011, visando o controlo dos
factores de risco ambientais e vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis nas fronteiras
portuárias, e assim diminuir o risco de importação e/ ou exportação de doenças transmissíveis.
No quadro abaixo encontra-se discriminado os resultados dos indicadores de execução relativos às
atividades desenvolvidas, neste âmbito.
Quadro 28 - Atividades de Sanidade Marítima - Porto de Aveiro - em 2015
INDICADORES META (%) Atingido em 2015
Nº TAXA (%)
Livres práticas concedidas 100 1024 100
Desembaraços concedidos 100 1415 100
Execução de vistorias a navios
100 70 100
Execução de prorrogações 100 1 100
Execução de notas de débito emitidas
100 1078 100
Execução de vistorias ambientais
70 10 70
Execução de colheitas de água para consumo humano
90 11 84,5
Fonte: Relatório USP 2015
O programa de Sanidade Marítima tem especificidades próprias. Esta situação obriga a que algumas das
atividades tenham metas de 100%. Se estas metas não fossem atingidas, os navios tinham que atrasar a
entrada e/ ou permanecer em Porto mais do que o tempo necessário às operações de carga e descarga,
situação que seria de todo incomportável.
Trata-se uma atividade que exige disponibilidade permanente, 24h/dia, incluindo feriados e fins-de-
semana.
A resposta dada às solicitações foi adequada. Não houve reclamações, nem nenhum navio sofreu
atrasos decorrentes das atividades dos serviços de Sanidade Marítima.
Dos certificados sanitários emitidos, 50 foram de isenção de controlo sanitário e 20 de controlo sanitário
(contemplam medidas de correção).
O número de desembaraços concedidos foi superior ao número de livres práticas, uma vez que o
desembaraço caduca ao final de 24 horas. Se o navio é colocado nas saídas é concedido o desembaraço,
se por razões operacionais não sair em 24horas necessita de novo desembaraço.
Realça-se a necessidade de adquirir equipamento de proteção individual para a realização das vistorias,
nomeadamente: casaco impermeável (um de verão), com a identificação “Sanidade Marítima” em
Português e Inglês e coletes reflectores.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
78
Para a vistoria à cozinha do navio, tem sido utilizado o material afeto à vigilância dos estabelecimentos
do ramo alimentar (bata e proteção para o cabelo). Quando é necessário medir o cloro e o pH da água,
utiliza-se o equipamento usado para a ACH e piscinas. Assim, considera-se que deveria ser assegurado
material exclusivo para a execução destas atividades.
A intervenção dos serviços de Sanidade Marítima implica custos para os agentes portuários. No ano
2015 foram cobradas taxas sanitárias no valor 242 850 € (duzentos e quarenta e dois mil, oitocentos e
cinquenta euros).
- Medicina de Viagens e Centro de Vacinação internacional de Aveiro
A Consulta de Medicina de Viagens é desenvolvida no Centro de Vacinação Internacional de Aveiro,
sediado no Laboratório de Saúde Pública de Aveiro.
Esta consulta do viajante é desenvolvida em equipa (Médico/Enfermeiro), onde é feita a avaliação do
risco clínico, educação e informação para a saúde e prescrição terapêutica (medicamentosa e vacinal) e
administração de vacinas. São também administradas, em consulta de enfermagem, vacinas resultantes
de prescrições externas (Centro Centro Hospitalar do Baixo Vouga e de privados).
Atividades
Em 2015,foram efetuadas 1.326 consultas médicas e 1.456 consultas de enfermagem. A consulta de
enfermagem registou mais 130 atendimentos a utentes provenientes de outras consultas exteriores e
portadores de prescrição vacinal. A equipa é assessorada, sob o ponto de vista administrativo, por uma
profissional que presta apoio à totalidade das consultas. Foram registados 3.152 atendimentos
telefónicos por esta profissional.
A procura da consulta verifica-se maioritariamente pelo sexo masculino (64%).
Figura 59 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por sexo
Sexo
36%
64%
Feminino Masculino
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
79
Quanto à idade dos utentes que procuram a consulta verifica-se que a tendência dos últimos anos se
mantém com a prevalência situada na idade adulta (21-60 anos)
Figura 60 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por idade
100
200
300
400
500
600
700
800
Não
referiu
<10
anos
10 a 20
anos
21 a 40
anos
41 a 60
anos
>60
anos
Idade
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2015
Quanto ao destino, é o Continente Africano que é mais procurado (70,58%).
Quadro 29 - Consulta de Medicina de Viagens – Procura por destino
Destino - Continentes Frequência Percentagem
Africa 1058 70,53
Europa 4 0,27
Asia 313 20,87
Oceania 2 0,13
America 123 8,20
Total 1500 100,00
Fonte: Relatório da Consulta do Viajante, 2015
Quanto à permanência constatou-se que o período com maior prevalência é o de até 15 dias.
Figura 61 – Tempo de permanência
100
200
300
400
500
600
700
Não
referiu
até 15
dias
16 dias a
1 mês
1 a 3
meses
+ 3 meses
Permanência
Fonte: Relatório da USP, 2015
Relativamente às vacinas inoculadas temos a registar que foram administradas 2.171 vacinas internacionais e 385 do PNV.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
80
6.9.5 Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA
O Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH/SIDA assume uma visão coincidente com
a da ONUSIDA que prevê zero novas infeções, zero mortes relacionadas com a SIDA e zero casos de
discriminação. Para concretizar esta visão é necessário, uma estratégia de prevenção e controlo da
infeção por VIH e coordenar o contributo de múltiplos setores e instituições numa perspetiva de
garantir uma abordagem multissetorial à infeção.
Mortalidade
No que respeita à mortalidade por VIH/SIDA, em 2013 na Região de Aveiro, houve 4 óbitos (dos quais 3
homens e 1 mulher).
No que respeita a esta causa, a relação de masculinidade ao óbito foi de 300 óbitos masculinos por cada
100 femininos e a idade média ao óbito, de 52,5 anos, o que é preocupante e contribui para a taxa de
mortalidade prematura.
A taxa bruta de mortalidade foi de 1,1 óbitos por 100 000 habitantes. A taxa de mortalidade pa-
dronizada para todas as idades foi de 0,9 óbitos por 100 000 habitantes, inferior à registada para as
idades de 65 e mais anos (1,8). O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 70 anos, a taxa de
anos potenciais de vida perdidos, de 22,1 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida
perdidos de 17,5 (quadro 30).
Quadro 30 - Mortalidade por VIH/SIDA, em 2012, no Baixo Vouga
VIH/SIDA Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 4 3 1
Idade média à morte (N.º de anos) 52,5 47,5 67,5
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 3 3 0
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 1 0 1
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 4 3 1
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 0 0 0
Relação de masculinidade 300
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 0,9 1,6 0,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0,8 1,8 0
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 1,8 0 3,2
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 1,1 1,7 0,5
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 70 68 3
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 22,1 43,8 1,5
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 17,5 22,5 2,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 18,6 37,5 1
Fonte: INE 2015 – Causas de morte 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
81
No sentido de contribuir para a diminuição do risco de infeção por VIH, bem como da vulnerabilidade à
infeção e do impacto da epidemia, foram desenvolvidas, pelo ACeS, diversas atividades:
- Realização de testes rápidos de VIH/SIDA – No ano 2015, apesar de estar em funcionamento esta
atividade nos concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo e Ovar, apenas foram feitos 2
testes rápidos com aconselhamento, um em Águeda e outro, em Estarreja. Ambos os testes realizados
apresentaram um resultado de negativo. O CAD de Aveiro em 2015, realizou 232 testes rápidos com
aconselhamento, dos quais 224 resultados foram negativos e 8 foram positivos, tendo estes últimos sido
encaminhados para a unidade de Infeciologia do Hospital de referência (Unidade de Aveiro – CHBV).
- “Programa diz Não a uma Seringa em Segunda Mão” – Este Programa tem como objetivos: prevenir a
transmissão endovenosa do VIH na população utilizadora de drogas injetáveis; evitar a partilha de
seringas facilitando o acesso a seringas estéreis; e evitar o abandono e reutilização de seringas
recolhendo-as para destruição.
Este programa iniciou no ACeS no ano 2013, altura em que as farmácias saíram do programa, numa
tentativa de reconduzir os utilizadores das farmácias para os CS. As farmácias estiveram sem trocar
seringas desde 2013 até finais de 2014, altura em que reiniciaram o programa. Assim, verificamos que
desde o inicio do programa nos Centros de Saúde registou-se um acréscimo da procura dos utilizadores
de drogas injetáveis por este serviço, situação que se inverte no último trimestre de 2014, em que com a
entrada das farmácias se regista uma redução da procura pelos CS. Ao longo destes 3 anos no ACeS
foram trocadas 5.679 Kits de seringas.
Figura 62 – Evolução do número de kits de seringas trocados no ACeS BV de 2013 a 2015
39
174
193192
126
200 204
195
222
203
220
186
264
216
174
199
272
243
189
242
198
115
169
177
10787
119
143
134
100
8390
104
100
0
50
100
150
200
250
300
ma
rço
ab
ril
ma
io
jun
ho
julh
o
ag
ost
o
sete
mb
ro
ou
tub
ro
no
vem
bro
de
zem
bro
jan
eir
o
feve
reir
o
ma
rço
ab
ril
ma
io
jun
ho
julh
o
ag
ost
o
sete
mb
ro
ou
tub
ro
no
vem
bro
de
zem
bro
jan
eir
o
feve
reir
o
ma
rço
ab
ril
ma
io
jun
ho
julh
o
ag
ost
o
sete
mb
ro
ou
tub
ro
no
vem
bro
de
zem
bro
2013 2014 2015
Evolução do Nº de Kits de seringas trocados no ACeS BV: 2013-2015
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
82
No ano 2015, no ACeS BV, foram trocadas 1.413 seringas nos concelhos de Aveiro, Ílhavo, Oliveira do
Bairro, Ovar e Vagos (Figura 63).
Foi no Centro de Saúde de Ílhavo que ocorreu o maior número de troca de seringas (70,77%), seguido
dos Centros de Saúde de Aveiro (15,57%) e de Vagos (9,2%), Oliveira do Bairro (3,8%) e Ovar (6%).
Figura 63 – Número de Kits de seringas trocados, segundo os concelhos do ACeS BV em 2015
0 0
220
0
1000
057
6 0
130
0
200
400
600
800
1000
1200
Nº de kits de seringas trocados, por concelho do ACeS BV em 2015
6.9.6 Tuberculose/CDP
No âmbito do Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose, o Centro de Diagnóstico e Tratamento
Pneumológico do ACeS , em 2015, foram notificadas 51 casos de tuberculose (DDO), 8 diagnosticadas
antes de 2015 e 43 com diagnóstico em 2015.
No âmbito do Centro de Diagnóstico e Tratamento Pneumológico no ano de 2015 foram realizadas
3.120 consultas, das quais 622 foram primeiras consultas. Ao longo dos anos representados, o género
masculino, foi o que apresentou uma maior frequência de consultas (Quadro 31 e Figura 64). No ano
2015 foram realizadas 1.151 provas tuberculinas e 196 inoculações de BCG.
Quadro 31 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género e do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015
Nº Total de Consultas
Nº Total de 1ªs
Consultas Inoculações com BCG Provas Tuberculinas
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
Feminino 1135 1890 1550 310 293 320 - - - -
Masculino 1183 1933 1570 286 460 302 - - - -
Total 2318 3823 3120 596 757 622 637 471 196 1096 1361 1151
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
83
Figura 64 - Evolução da distribuição do nº total de consultas e de primeiras consultas em função do género, 2013/2015
0
500
1000
1500
2000
2013 2014 2015 2013 2014 2015
Nº Total de Consultas Nº Total de 1ªs Consultas
1135
1890
1550
310
293
320
1183
1933
1570
286 46
0
302
Feminino Masculino
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2013/2015
Dos quadros apresentados registou-se neste triénio, uma ligeira flutuação no número de provas
tuberculina realizadas e uma redução, sobretudo a partir de 2014, do número de inoculações de BCG,
atribuíveis à ausência de vacina da BCG em Portugal em finais de 2015.
Figura 65 - Evolução do N.º de inoculações de BCG e provas de tuberculina, 2013/2015
637
471
196
1096
1361
1151
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
2013 2014 2015
Inoculações com BCG Provas Tuberculinas
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
- Foram 52, o número de doentes inscritos no CDP no ano de 2015, dos quais 38 (74,5%) eram do
género masculino. Em 2015, estiveram em vigilância 250 indivíduos, dos quais 126 eram do género
masculino. Foram acompanhados 283 indivíduos identificados como contactos, sendo a sua maioria do
género masculino (168) - Quadro 32 e Figura 66.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
84
Da análise comparativa entre o ano 2013 a 2015, podemos concluir que se verificou uma redução do
número de doentes (Quadro 30 e Figura 30).
Quadro 32 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2014
Doentes Vigilância Contactos
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
Feminino 22 34 14 76 111 124 209 287 115
Masculino 47 20 38 81 145 126 175 383 168
Total 69 54 52 157 256 250 384 670 283
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Figura 66 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos segundo o género no CDP, 2013/2015
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
Doentes Vigilância Contactos
22 34
14
76
111 12
4
209
287
115
47
20
38
81
145
126
175
383
168
Feminino Masculino
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Altas
Em 2015 houve 51 doentes com alta de CDP, na sua maioria do género masculino (34). Tiveram também
alta, 103 Indivíduos que estavam em vigilância e 452 contactos.
Quadro 33 - Evolução da distribuição do n.º total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com
alta segundo o género no CDP, 2013/2015 Doentes Vigilância Contactos
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
Feminino 13 43 17 105 56 58 343 262 180
Masculino 40 26 34 144 68 45 327 321 272
Total 53 69 51 249 123 103 670 583 452
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
85
Figura 67 - Evolução da distribuição do nº total de indivíduos doentes, em vigilância e contactos com alta segundo o género no CDP, 2013/2015
0
50
100
150
200
250
300
350
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
Doentes Vigilância Contactos
13
43
17
105
56 58
343
262
180
40
26 34
144
68
45
327
321
272
Feminino Masculino
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Relativamente à situação dos doentes em final de 2015 destaca-se: 31 indivíduos em tratamento no
Centro de Diagnóstico Pneumológico, dos quais 30 em “tratamento controlado”; 12 indivíduos
“negativaram”; 3 ainda se encontram em situação de “eliminadores de bacilos”; e 6 “curaram”.
6.10 PROMOÇÃO DA SAÚDE
6.10.1 Promoção da Saúde em Meio Escolar
O PNSE abrangeu as 4 áreas de intervenção, conforme o preconizado pelo programa em vigor para este
ano lectivo. Foram abrangidas 100% das escolas nos diferentes níveis de ensino incluindo as escolas
profissionais e privadas.
Da análise do quadro e figura seguintes, regista-se do ano lectivo 2013/2014 para 2014/2015 um
aumento na taxa de cobertura de alunos em todos os ciclos de estudos, tendo este aumento se ter feito
sentir mais no Ensino Secundário, seguido do 2º Ciclo do Ensino Básico. No que se refere à taxa de
cobertura de docentes, regista-se um aumento em todos os ciclos de estudo, com excepção do ensino
secundário.
Quadro 34 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
Fonte: Relatório da USP, 2015
2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15
Pré-escolar 6915 8390 4645 7300 67,2 87 389 458 204 354 52,4 77,29
1º Ciclo do Ensino
Básico 14247 13584 11837 12985 83,1 95,59 855 758 563 598 65,8 78,89
Básico 7840 8222 5586 8222 71,3 100 1199 910 734 598 61,2 65,71
Básico 11709 11603 8633 11120 73,7 95,84 1148 1085 477 877 41,6 80,83
Ensino Secundário 9920 9245 6070 9092 61,2 98,35 1292 1346 757 661 58,6 49,11
Taxa de Cobertura
PNPSE- docentes
(%)Nível de Ensino /
ano letivo
Nº total de alunos
Nº Total de alunos
abrangidos pelo
PNPSE
Taxa de Cobertura
PNPSE - alunos
(%)
Nº pessoal
docente
Nº Total de
docentes
abrangidos pelo
PNPSE
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
86
Figura 68 - Evolução da taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade
desenvolvida – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino
Básico
2º Ciclo do Ensino
Básico
3º Ciclo do Ensino
Básico
Ensino Secundário
67
,2
83
,1
71
,3
73
,7
61
,2
87
95
,59
10
0
95
,84
98
,35
52
,4
65
,8
61
,2
41
,6
58
,6
77
,29
78
,89
65
,71
80
,83
49
,11
Taxa de Cobertura PNPSE - alunos (%) 2013/2014 Taxa de Cobertura PNPSE - alunos (%) 2014/2015
Taxa de Cobertura PNPSE- docentes (%) 2013/2014 Taxa de Cobertura PNPSE- docentes (%) 2014/2015
Fonte: Relatório da USP, 2014/2015
- Inclusão escolar
Regista-se do ano letivo 2013/2014 para 2014/2015 um aumento do número de alunos do 1º Ciclo do
Ensino Básico com necessidades de saúde especiais (NSE) e um aumento do número de alunos com NSE
acompanhados, de 22,5% para 55,6%. No que se refere ao número de alunos com Necessidades
Educativas Especiais (NEE) regista-se de 2013/2014 para 2014/2015 um aumento do número de alunos
com NEE e redução do número de crianças com NEE e NSE (em simultâneo).
Quadro 35 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
Nº Alunos do 1º
Ciclo do Ensino Básico
% de alunos com NSE alvo de acompanhamento pela SE, no 1º CEB
% de alunos com NEE e simultaneamente NSE em relação ao total alunos com NEE, no 1ºCEB
Nº alunos NSE
Nº de alunos NSE acompanhados
% Nº de alunos NEE
Nº de alunos NEE e NSE
%
2013/2014 14247 178 40 22,5 406 246 60,6
2014/2015 13584 257 143 55,6 529 197 37,2
Fonte: Relatório da USP, 2014/2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
87
Figura 69 - Evolução da % de alunos do 1º CEB com NSE acompanhadas pela SE e % de alunos com NEE e simultaneamente NSE - ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
70
2013/2014 2014/2015
22,5
55,660,6
37,2
% alunos NSE acompanhados % alunos NEE e NSE
Fonte: Relatório da USP, 2014/2015
- Estilos de Vida - No que se refere à área dos estilos de vida e quanto à percentagem de alunos alvo de
projetos de promoção da saúde e/ou projetos de prevenção de comportamentos de risco, pode-se
concluir que foi no ensino secundário onde se verificou um maior investimento em Saúde Escolar,
seguido do 3º Ciclo do Ensino Básico (Quadro 36 e Figura 70), situação já verificada no ano letivo
anterior.
Quadro 36 - Número absoluto e relativo (%) de alunos alvo de projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015
Projetos nas áreas da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco
Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico
2º Ciclo do Ensino Básico
3º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário
N % N % N % N % N %
Promoção de Ambientes Seguros e Saudáveis 2438 35,3 6530 45,8 3303 42,1 5122 43,7 4978 50,2
Prevenção do Consumo de Tabaco 0 0 0 0 1320 16,8 2219 19 4978 50,2
Promoção da Alimentação Saudável 2768 40 6621 46,5 3096 39,5 3800 32,5 3763 37,9
Educação Sexual 0 0 568 4 618 7,9 2025 17,3 2312 23,3
Prevenção Consumo de Álcool 0 0 0 0 767 9,8 1414 12,1 905 9,1
Prevenção Consumo de Substância Ilícitas
0 0 0 0 336 4,3 832 7,1 905 9,1
Promoção da Saúde Mental 0 0 57 0,4 152 1,9 835 7,1 0 0
Promoção de escovagem de dentes em ambiente escolar
1778 33,8 427 4,2 98 1,8 0 0 0 0
Promoção da realização de bochechos com fluoreto de sódio
0 0 7560 74,3 0 0 0 0 0 0
Fonte: Relatório da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
88
Salienta-se que os projetos de promoção da alimentação saudável são os que apresentam maior taxa de
cobertura que é acima dos 81% em todos os ciclos de estudos, seguido do de ambientes seguros e
saudáveis que é acima dos 60% em todos os ciclos de estudos. Todos estes projectos visam aumentar a
literacia em saúde de forma a promover comportamentos e estilos de vida saudáveis.
Figura 70 -Percentagem de alunos abrangidos por projetos na área da promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco – ano letivo 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
Promoção de Ambientes
Seguros e Saudáveis
Prevenção do Consumo de
Tabaco
Promoção da Alimentação
Saudável
Educação Sexual Prevenção Consumo de
Álcool
Prevenção Consumo de
Substância Ilícitas
Promoção da Saúde Mental
Promoção de escovagem de
dentes em ambiente escolar
35
,3
0
40
0 0 0 0
33
,8
45
,8
0
46
,5
4
0 0 0,4
4,2
42
,1
16
,8
39
,5
7,9 9
,8
4,3
1,9
1,8
43
,7
19
32
,5
17
,3
12
,1
7,1
7,1
0
50
,2
50
,2
37
,9
23
,3
9,1
9,1
0 0
Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico 2º Ciclo do Ensino Básico 3º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário
Fonte: Relatório da USP, 2015
Figura 71 - Taxa de cobertura dos alunos e docentes com pelo menos uma atividade desenvolvida – ano letivo 2014/2015
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Pré-escolar 1º Ciclo do
Ensino Básico
2º Ciclo do
Ensino Básico
3º Ciclo do
Ensino Básico
Ensino
Secundário
87,095,6
100,095,8 98,4
77,3 78,9
65,7
80,8
49,1
%Cobertura PNPSE - alunos 2014/2015 %Cobertura PNPSE - docentes 2014/2015
Fonte: Relatório da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
89
6.10.2 Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral
No ano 2015 o ACeS desenvolveu um conjunto de atividades na área da promoção e proteção da saúde
oral em crianças e jovens no âmbito do programa, das quais se destaca: o bochecho de flúor em soluto e
a escovagem dos dentes na escola.
Assim, foram 7817 alunos (57,5%) abrangidos pelo bochecho com fluoreto de sódio nas escolas do 1º
Ciclo do Ensino Básico e 2765 alunos (22%) abrangidos de escovagem de dentes na escola, dos quais
1814 são alunos do ensino pré-escolar.
Quadro 37 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015
Nível de ensino
Nº Total de
Alunos
Nº de Alunos do 1.º CEB a Fazer Bochechos c/
Fluoreto de Sódio
% de Alunos do 1.º CEB a Fazer
Bochechos c/ Fluoreto de Sódio
Nº de alunos que escovam os dentes
nos estabelecimentos de educação
% de Alunos que escovam os dentes
nos estabelecimentos de educação
Ensino Pré-escolar
8252 0 0,0 1814 22,0
1º Ciclo do Ensino Básico
13584 7817 57,5 927 6,8
2.º Ciclo do Ensino Básico
7972 0 0,0 24 0,3
3.º Ciclo do Ensino Básico
11234 0 0,0 0 0,0
Ensino Secundário
8495 0 0,0 0 0,0
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Figura 72 - Avaliação das atividades da área da promoção e proteção da saúde oral em crianças e jovens, no ano letivo 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
% de Alunos do 1.º CEB a Fazer
Bochechos c/ Fluoreto de Sódio
% Alunos escovam os dentes
nos Estabelecimentos de Educação
0
22
57,5
6,8
00,3
Ensino Pré-escolar 1º Ciclo do Ensino Básico 2.º Ciclo do Ensino Básico
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
90
Foram ainda realizadas atividades na prestação de cuidados personalizados, preventivos e curativos a
grupos vulneráveis como seja a Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) e a Saúde Oral em Crianças e Jovens
(SOCJ).
- SOSI: No âmbito da SOSI foram emitidos 1374 cheques na Consulta de SI a crianças com menos de 7
anos de idade e utilizados 937 (68%) (Quadro 38 e Figura 73).
Quadro 38 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
Idade/ Ano letivo
<5 anos 5 Anos 6 anos Total
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
Nº de Cheques Utilizados 233 305 304 347 251 285 778 937
Nº de Cheques Emitidos 517 467 609 501 415 406 1541 1374
Taxa de Utilização dos cheques dentistas (%)
45 65 50 69 60,5 70 50,5 68
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Figura 73 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
70
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
<5 anos 5 Anos 6 anos Total
45
65
50
6960,5
70
50,5
68
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015 Verifica-se que houve do ano letivo 2013/2014 para o ano letivo 2014/2015, uma melhoria na taxa de
utilização dos cheques dentistas em todas as idades consideradas.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
91
Figura 74 - Evolução da taxa de utilização de cheques dentista (%) no âmbito do SOSI segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
70
2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15
<5 anos 5 Anos 6 anos Total
45
65
50
69
60,5
70
50,5
68
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
- SOCJ: Saúde Oral em Crianças e Jovens foram rastreadas as crianças dos 7, 10 e 13 anos das escolas
públicas e IPSS´s, tendo sido emitidos 15.070 cheques dentistas e 1.376 referenciações para higienista
oral sendo que, foram utilizados 11.468 cheques dentistas e 955 referenciações higienista oral, o que
corresponde a uma taxa de utilização de 77% e 69%, respetivamente (Quadro 39, Figura 75 e Figura 76).
Quadro 39 - Evolução da distribuição dos resultados da emissão e utilização de cheques dentista no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
Idade 7 anos 10 Anos 13 anos Total
Ano letivo 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15 2013/14 2014/15
Nº de Cheques Utilizados
3116 3211 3227 3124 5815 5133 12158 11468
Nº de Cheques Emitidos
3855 4031 4750 4538 7215 6501 15820 15070
Taxa de utilização dos cheques dentistas (%)
81 80 68 69 81 79 77 77
Nº de Referenciações Higienistas Orais Utilizados
426 515 129 203 178 237 733 955
Nº de Referenciações Higienistas Orais Emitidos
737 713 320 306 478 357 1535 1376
Taxa de Utilização referenciação higienista oral (%)
58 72 40 66 37 66 48 69
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
92
Figura 75 - Evolução do número de cheques dentista emitidos e utilizados e do número de
referenciações higienistas emitidas e utilizadas, no âmbito do SOCJ, segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015
7 anos 10 Anos 13 anos
31
16
32
11
32
27
31
24
58
15
51
33
38
55
40
31 47
50
45
38
72
15
65
01
42
6
51
5
12
9
20
3
17
8
23
773
7
71
3
32
0
30
6
47
8
35
7
Nº de Cheques Utilizados Nº de Cheques Emitidos
Nº de Referenciações Higienistas Orais Utilizados Nº de Referenciações Higienistas Orais Emitidos
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Em termos evolutivos, apesar da taxa de utilização de cheques dentistas total ser igual em ambos os
anos letivos considerados (2013/2014 e 2014/2015), nas idades específicas verifica-se algumas
oscilações. No que se refere à taxa de utilização de referenciação higienista oral, regista-se um aumento
da taxa de utilização de 48% para 69%, sendo que este aumento é registado em todas as idades
consideradas (Figura 76).
Figura 76 - Evolução da distribuição da taxa de utilização de cheques dentista e referenciações higienistas no âmbito do SOCJ segundo a idade das crianças – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015
7 anos 10 Anos 13 anos Total
81 80
68 69
81 79 77 77
58
72
40
66
37
66
48
69
Taxa de utilização dos cheques dentistas (%) Taxa de Utilização referenciação higienista oral (%)
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
93
No Quadro e Figura seguintes encontra-se a informação sobre o tratamento oral efectuado pelos
médicos dentistas aderentes ao PNSO.
Quadro 40 – Tratamento oral efetuado por cheque dentista em 2015
Idade 7 anos 10 Anos 13 anos Total
Aplicação Tópica de fluoretos 509 202 228 939
Instrução e motivação de higiene oral na criança 515 208 237 960
Destartarização 347 139 182 618
Polimento dentário 466 188 210 844
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Verifica-se que é nas crianças dos 7 anos onde são efectuados mais tratamentos dentários e nas crianças
com 10 anos onde se regista um menor número. Salienta-se que o tipo de tratamento dentário realizado
em maior número é a instrução e motivação de higiene oral na criança, seguido da aplicação tópica de
fluoretos.
Figura 77 - Tratamento oral efetuado segundo a sua tipologia, em 2015
0
100
200
300
400
500
600
Aplicação Tópica
de fluoretos
Instrução e
motivação de higiene oral na
criança
Destartarização Polimento dentário
509
515
347
466
202
208
139 18
8228
237
182 21
0
7 anos 10 Anos 13 anos
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
No Quadro e Figura seguintes encontram-se representadas a distribuição absoluta e relativa das
crianças, segundo o índice de CPO, que utilizam cheque dentista.
Quadro 41 – Distribuição das crianças segundo o CPO das crianças que utilizaram cheque dentista, 2015
7 anos 10 Anos 13 anos Total
n % n % n % n %
Dente São 5394 55,8 4529 71,5 5507 75,0 15430 66,1
Dente Selado 80 0,8 330 5,2 881 12,0 1291 5,5
Dente Ausente 4200 43,4 1479 23,3 951 13,0 6630 28,4
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
94
Figura 78 – Índice de CPO das crianças que utilizaram cheque dentista
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7 anos 10 Anos 13 anos
5394
4529
5507
80330
881
4200
1479951
Dente São Dente Selado Dente Ausente
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
No que se refere à emissão de cheque dentista para tratamento de 2 dentes permanentes com cárie a
crianças de 8, 9, 11, 12, 14 e 15 anos, que tiveram acesso ao PNPSO nos anos anteriores e que
terminaram os planos de tratamento, verifica-se um aumento do número de cheques emitidos e
utilizados, do ano letivo 2013/2014 para 2014/2015, com uma taxa de utilização global que evoluir de
61 para 82% (Quadro 42 e Figura 79).
Quadro 42 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens, e respetiva taxa de utilização – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
Idade/ Ano letivo
8 Anos 9 Anos 11 Anos 12 Anos 14 Anos 15 Anos Total
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
20
13
/20
14
20
14
/20
15
Nº de Cheques Utilizados
75 91 89 117 44 71 80 92 17 49 0 0 305 420
Nº de Cheques Emitidos
137 105 148 146 72 92 107 113 33 55 0 0 497 513
Taxa de Utilização dos cheques dentistas (%)
55 85 60 80 61 77 75 81 13 89 0 0 61 82
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
95
Figura 79 - Evolução da distribuição do Nº de cheques dentista emitidos e utilizados por idade das crianças/jovens – ano letivo 2013/2014 e 2014/2015
0
20
40
60
80
100
120
140
16020
13/2
014
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
2013
/201
4
2014
/201
5
8 Anos 9 Anos 11 Anos 12 Anos 14 Anos 15 Anos
75
91 89
117
44
7180
92
17
49
0 0
137
105
148 146
72
92
107113
33
55
0 0
Nº de Cheques Utilizados Nº de Cheques Emitidos
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
- SOG: Relativamente à emissão de cheque dentista às grávidas cuja situação clínica o justifique, verifica-
se que foram emitidos em 2015, 3690 cheques (mais 249 face ao ano anterior) e utilizados 2651
cheques (mais 125 face ao ano anterior), o que corresponde a uma taxa de utilização de 72%.
Quadro 43 - Evolução do número de cheques emitidos, utilizados e da Taxa de utilização de cheques dentista, por grupos etários às grávidas (2014 - 2015)
Idade/Anos <15 Anos
15-19 Anos 20-24 Anos 25-29 Anos 30-34 Anos
35-39 Anos
>=40 Anos TOTAL
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
Cheques utilizados 6 1 135 125 311 371 665 705 890
874
436
506
83 69 2526 2651
Cheques emitidos 7 2 165 157 439 511 906 956
1202
1225
623
784
107
105 3449 3690
Taxa de Utilização 86 50 82 80 71 73 73 74 74 71 70 69 78 66 73 72
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
Conclui-se ainda que é nas idades inferiores a 19 anos e superiores a 40 anos onde se regista uma maior
taxa de utilização de cheques dentista.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
96
Figura 80 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do SOG segundo o grupo etário da grávida (2014 - 2015)
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
<15 Anos 15-19 Anos 20-24 Anos 25-29 Anos 30-34 Anos 35-39 Anos >=40 Anos
6 1
135
125
311 37
1
665
705
890
874
436 50
6
83 69
7 2
165
157
439 51
1
906 95
6
1202
1225
623
784
107
105
Cheques utilizados Cheques emitidos
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
- SOPI: No que se refere à Saúde Oral em Pessoas Idosas (SOPI) com emissão de dois cheques no
máximo, num período de 12 meses, aos utentes do SNS beneficiários do Completo Solidário verificamos
que, foram emitidos 374 cheques dentistas em ambos os anos considerados e utilizados 335 cheques
dentista em 2015 (mais 5 cheques que no ano anterior), o que traduz uma taxa de utilização de 90%
(Quadro 44 e Figura 81).
Quadro 44 - Evolução dos resultados da taxa de utilização de cheques dentista no âmbito do SOPI por grupo etário (2014 - 2015)
Idade/Anos
< 65 Anos 65-69 Anos
70-74 Anos
75-79 Anos
>=80 Anos TOTAL
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
20
14
20
15
Cheques utilizados 8 2 85 77 95 132 82 63 60 60 330 335
Cheques emitidos 10 2 99 84 106 140 92 78 67 70 374 374
Taxa de Utilização 80 100 86 92 90 94 89 81 90 86 88 90
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
No que se refere ao PNSO, o grupo etário dos idosos foi o que apresentou uma maior taxa de utilização
de cheques dentista.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
97
Figura 81 - Evolução da distribuição do N.º de cheques dentista emitidos e utilizados no âmbito do
SOPI (2014-2015)
0
20
40
60
80
100
120
140
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
< 65 Anos 65-69 Anos 70-74 Anos 75-79 Anos >=80 Anos
82
8577
95
132
82
63 60 60
102
99
84
106
140
92
7867 70
Cheques utilizados Cheques emitidos
Fonte: Relatório de Atividades da USP, 2015
- HIV: No que se refere à saúde oral em pessoas com HIV, verifica-se que em 2015 foram emitidos e
utilizados 8 cheques dentista, no grupo etário dos 26 aos 35 anos, e 6 cheques dentistas no grupo etário
dos 36 aos 45 anos.
No grupo etário dos 46 aos 55 anos foram emitidos 2 cheques dentista, não tendo nenhum sido
utilizado.
No que se refere às consultas de Saúde Oral, por profissionais da URAP do ACeS BV, foram realizadas no
ano 2015, 2.420 consultas.
Quadro 45 - Consultas de saúde oral realizadas por higienista oral e médico dentista
Consulta Medicina
Dentária Higiene Oral Total
Nº Consultas 890 1530 2.420
Fonte: Relatório da URAP, 2015
6.10.3 Programa para a Promoção da Alimentação Saudável
O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem como finalidade melhorar o
estado nutricional da população. Um consumo alimentar adequado e a consequente melhoria do estado
nutricional dos cidadãos tem um impacto direto na prevenção e controlo das doenças mais prevalentes
a nível nacional (cardiovasculares, oncológicas, diabetes, obesidade…).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
98
Quadro 46 - Indicadores de morbilidade
Código ICPC2
Problema
Prevalência Incidência
2014 2015 2014 2015
Número % Número % Número % Número %
T93 Alterações do metabolismo dos Lípidos
93.221 24,1 98.526 25,9 8.143 2,11 7.569 2
T82 Obesidade 24.704 6,4 31.981 8,4 2.740 0,71 8.260 2,2
T83 Excesso de Peso 16.260 4,2 19.630 5,2 - - - -
Fonte: SIARS, 2015
Ao nível da morbilidade regista-se um aumento da prevalência nos problemas identificados na Figura
82.
Figura 82 - Indicadores de morbilidade
PREVALÊNCIA
05
1015202530
Alterações do
metabolismo
dos Lípidos
Obesidade Excesso de
Peso
24,1
6,44,2
25,9
8,45,2
2014 2015
INCIDÊNCIA
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Alterações do
metabolismo dos Lípidos
Obesidade
2,11
0,71
22,2
2014 2015
Fonte: SIARS, 2015
Indicadores de Execução
Apresenta-se no Quadro 47 alguns indicadores de execução relacionados com esta área.
Refere-se que, de 2014 para 2015, a evolução dos indicadores foi positiva.
Quadro 47 - Indicadores de Execução - 2015
Código SIARS
Indicadores Numerador Denomi
nador Atingido 2014(%)
Atingido 2015(%)
2013.018.01 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 51.283 82.058 62,50 68,71
2013.031.01 Proporção de crianças 7 A, com peso e altura 2.696 3.452 78,10 78,24
2013.033.01 Proporção utentes>14 A, com peso e altura últimos 3 anos
166.655 338.527 49,23 56,21
2013.034.01 Proporção obesos ≥14 A com consulta vigilância obesidade 2 A
9.797 23.958 40,89 59,33
Fonte: SIARS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
99
Figura 83 - Indicadores de Execução - 2015
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Proporção de hipertensos com IMC (12 meses)
Proporção de crianças 7 A, com
peso e altura
Proporção utentes>14 A, com
peso e altura últimos 3 anos
Proporção obesos ≥14 A com consulta vigilância obesidade
2 A
62,5
78,1
49,23
40,89
68,71
78,24
56,21 59,33
2014 (%) 2015(%)
Fonte: SIARS, 2015
O ACeS dispõe de dois nutricionistas, que desenvolvem a sua atividade em duas vertentes principais:
nutrição clínica e nutrição comunitária, em articulação com todas as Unidades funcionais. No ano 2015
foram realizadas 1.559 consultas, a 479 utentes.
6.10.3.1 Programa Segurança Alimentar em cantinas (PSAC)
O PSAC pretende assegurar a identificação dos perigos para a saúde dos consumidores e promover a
implementação das medidas e condições necessárias para controlar os perigos e assegurar que os
géneros alimentícios sejam próprios para consumo humano tendo em conta a sua utilização.
Neste âmbito procedeu-se à realização de um conjunto de atividades:
- Atualização do cadastro das cantinas no ACeS;
- Atualização da ficha de diagnóstico para avaliação das condições estruturais e de funcionamento
nas cantinas;
- Realização de vistorias a 63,2% das cantinas cadastradas;
- Realização de análises microbiológicas de alimentos, utensílios, equipamentos e superfícies, em
cantinas e mãos dos manipuladores (Quadro 48).
Quadro 48 - N.º de análises microbiológicas de alimentos e superfícies nas cantinas
N.º Colheitas Previstas
N.º Colheitas Realizadas
%
Nº total
Alimentos Saladas Zaragatoa
375 378 100,8 376 204 373
Fonte: Relatório da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
100
No cumprimento do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável o ACeS Baixo Vouga
desenvolve vários projetos, dirigidos a vários stakeholders e em diversos settings, que se encontram
devidamente descritos no respectivo capítulo.
6.10.3.2 Projeto Sopa.come
O ACeS integra também, com o Departamento de Saúde Pública o Programa Minor Sal.Saúde, no
projeto sopa.come, com o objetivo de reduzir a proporção de sal ingerido na alimentação.
Em 2015, identificaram-se 259 escolas/instituições, nas quais foi efetuado o diagnóstico de situação da
concentração de sal na sopa, de Março a Junho de 2015 e a implementação da fase 1 foi feita no último
quadrimestre (de Setembro a Dezembro) de 2015.
De acordo com os resultados dos indicadores podemos concluir que, em 54,04% das escolas/instituições
foi cumprida a meta prevista para a fase 1: Concentrações de sal na sopa menores ou iguais que 0,5 gr
NaCl/100 gr de sopa.
Na Figura 87, podemos concluir que, Anadia foi o concelho onde se registou uma maior percentagem
(79,3%) de escolas/instituições que cumpriram a meta prevista para a fase 1, seguido do da Murtosa e
Aveiro. Estarreja foi o concelho que apresentou menor percentagem de cumprimento da meta prevista
para a fase 1.
Figura 84– Representação percentual das instituições que cumpriram a meta prevista para a fase 1 segundo o concelho em 2015
0
20
40
60
80
57,552,4
79,3
60
13
67
55
44,750
58,854,05
% de amostras de sopas que cumprem a meta 1, por concelho, 2015
Fonte: Relatório da USP, 2015
Da análise do Figura 88, podemos concluir que, na fase inicial o concelho da Murtosa, foi o que
apresentou uma média mais elevada de concentração de sal na sopa confecionada nas
escolas/instituições, situação que foi completamente revertida na fase 1, em que se posicionou como o
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
101
segundo concelho com menor concentração de sal na sopa. Na fase 1 o concelho que apresentou menor
média foi o de Anadia.
Regista-se os concelhos de Oliveira do Bairro e Estarreja em cuja média da fase inicial para a fase 1
aumentou, sendo que o concelho de Ovar manteve a média nestes dois momentos de avaliação.
Figura 85 – Distribuição dos valores médios de concentração de sal das escolas e instituições de cada um dos concelhos e no ACeS , na avaliação inicial (diagnóstico) e na fase 1, em 2015.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,5
2
0,5
1
0,5
3
0,5
2 0,5
7
0,5
1
0,6
5
0,4
7 0,5
2
0,5
4
0,4
8
0,5
2
0,5
0,5
0,3
6
0,4
6
0,6
2
0,4
2 0,4
9
0,5
2
0,4
7
0,4
7
0,4
8
Fase Diagnóstico: Média concentração de sal* Fase 1: Média concentração de sal*
*gramas de sal/100g de sopa Fonte: Relatório da USP, 2015
6.10.4 Programas de Saúde Ambiental
A Saúde Ambiental pode ser definida como uma área da saúde pública que estuda os fatores de risco
ambientais e avalia a sua repercussão na saúde humana. A sua intervenção é feita através do
desenvolvimento e implementação de planos, programas e projetos, nomeadamente: Programa
Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano (PVSACH), Programa Vigilância Sanitária de Piscinas
(PVSP), Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais (PVSET), Programa Vigilância
Sanitária de Oficinas de Engarrafamento (PVSOE), Programa Vigilância Sanitária de Águas Balneares
(PVSZB), Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH), REVIVE e Programa – Temperaturas
Extremas – Módulo Calor e Frio e Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência
Energética.
5.10.4.1 a): Programa Vigilância Sanitária Água para Consumo Humano (PVSACH), Programa Vigilância
Sanitária de Piscinas (PVSP), Programa Vigilância Sanitária de Estabelecimentos Termais (PVSET),
Programa Vigilância Sanitária de Oficinas de Engarrafamento (PVSOE), Programa Vigilância Sanitária
de Águas Balneares (PVSZB)
Os programas implementados para os vários tipos de águas têm como característica comum a
complementaridade de intervenção com outras entidades, de acordo com as responsabilidades
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
102
tuteladas em conformidade com as politicas nacionais e comunitárias. Para além disso, todos eles se
desenvolvem em três vertentes: tecnológica, analítica e epidemiológica. Não foi notificada nenhuma
situação de doença associada ao consumo/utilização de água.
Quadro 49 – N.º de colheitas de águas por tipologias, realizadas/previstas e % de cumprimentos/não cumprimentos, 2015
Tipologia de Águas
Previstas Realizadas % análise realizadas Cumpre Não Cumpre
Bac. F.Q. Legionela
Bac. F.Q. Legion
ela Bac. F.Q.
Legionela
N % N %
Consumo Humano
634 279
663 265
104,57 94,98
512 77,2 151 22,8
Piscinas 758 281
728 285
96 38
600 82,4 128 17,6
Balneares 110
104
95
99 94,2 5 5,8
Termas 17
6 18
6 105,88
100 23 95,8 1 4,4
Engarrafamento
48
53
110,42 -
48 90,6 5 9,4
TOTAL 1.567 560 6 1.566 550 6 100 98,2 100 1282 81,6 290 18,4
*Foram obtidos valores superiores a 100%, uma vez que houve necessidade de efectuar um número de colheitas superior ao previsto Fonte: Relatório USP, 2015
Da análise do Quadro 49 e Figura 86, salienta-se a elevada percentagem de cumprimentos,
apresentando o valor mais baixo de 77,2% para as águas de consumo humano e o mais elevado, para as
águas termais com 95,8%.
Figura 86 - Percentagem de cumprimentos/não cumprimentos segundo a tipologia de águas abrangidas por programas de vigilância, 2015
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Consumo
Humano
Piscinas Balneares Termas Engarrafamento TOTAL
77,282,4
94,2 95,890,6
81,6
22,817,6
5,8 4,49,4
18,4
Cumpre % Não Cumpre %
Fonte: Relatório USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
103
6.10.4.1 Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares (PGRH);
O PGRH apostou nas seguintes estratégias de intervenção:
Normalização de procedimentos associados à gestão de RH nas várias Unidades Funcionais do ACeS;
Realização e promoção de ações de formação/ sensibilização junto dos profissionais de saúde com
intervenção na gestão de RH;
Auditorias com aplicação de Check-list para avaliação das condições estruturais, equipamentos,
procedimentos e circuitos em matéria de gestão de RH.
Nas figuras seguintes apresenta-se a produção anual por grupo/tipo de resíduos.
Figura 87 - Produção anual de resíduos do grupo III e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015
500
1500
2500
3500
4500
5500
6500
7500
8500
3472
1769
3002
5613
3086 3102
1311 1375
4348
990
1991
5242
2672
4532
8475
4660 4684
1979 2077
6565
1495
3006
PRODUÇÃO (Kg) CUSTO (€)
Fonte: Relatório da USP, 2015
Figura 88 - Produção anual de resíduos do grupo IV e respectivos custos por Centro de Saúde, 2015
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
400
177
299
622
279
396
137172
506
85
272
789
348
589
1226
550
780
269340
997
168
537
PRODUÇÃO (Kg) CUSTO (€)
Fonte: Relatório da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
104
Figura 89 - Produção anual de resíduos do grupo III e IV e respectivos custos, no ACeS , 2015
0
10000
20000
30000
40000
50000
Produção Kg Custo€ Produção Kg Custo €
Grupo IV Grupo III
33466593,4
30058,1
45386,8
Fonte: Relatório da USP, 2015
Figura 90 - Produção (Kg) anual de RH dos grupos I e II no ACeS em 2015
18551,02
25273,02
287,016973,37
671,85
2520,3
32,31
Resíduos urbanos e equiparados
Papel e cartão
Vidro
Plástico
Tonners e tinteiros
Pilhas
Lâmpadas fluorescentes
Fonte: Relatório da USP, 2015
Realização de auditorias – visitas diagnósticas
As visitas diagnósticas às UF foram iniciadas no 2º semestre de 2015 e concluídas a 29 de Fevereiro de
2016.
No quadro seguinte apenas se encontram contabilizadas as UF em que as visitas diagnósticas foram
efetuadas em todas as instalações que integram a repetiva UF (sede e pólos), situando o valor a
31/12/2015 em 57,4%. Importa referir que em muitas UF já havia algumas instalações auditadas (como
é caso da USP e URAP).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
105
Quadro 50 – Proporção de UF auditadas em 2015. Concelho Total de
UF UF auditadas %
Águeda 6 1 16,7
Albergaria 3 3 100,0
Anadia 4 4 100,0
Aveiro 8 5 62,5
Estarreja 3 3 100,0
Murtosa 2 2 100,0
Ílhavo 5 0 0,0
O. Bairro 3 3 100,0
Ovar 6 2 33,3
S. Vouga 2 1 50,0
Vagos 3 3 100,0
USP 1 0 0,0
URAP 1 0 0,0
TOTAL 47 27 57,4
Fonte: Relatório da USP, 2015
6.10.4.2 Programa da Rede de Vigilância de Vectores – REVIVE
O REVIVE contribui regularmente para a rede de vigilância de vectores a nível de toda a Europa.
A vigilância permitindo detectar atempadamente qualquer alteração no número, na diversidade e papel
do vector, privilegia a prevenção, em detrimento da resposta à emergência.
Quadro 51 - Indicadores de Execução, 2015
INDICADORES 2015
Nº
Nº de armadilhas colocadas nos locais previamente seleccionados como mais susceptíveis para captura de vectores adultos
54
Nº de criadouros (“ovitraps”) aplicados nos terminais do Porto de Aveiro para a pesquisa de vectores no estado larvar.
180
Nº de vistorias realizadas aos locais susceptíveis de serem criadouros naturais 120
Nº de amostras enviadas ao CEVDI para posterior análise e classificação. 32
Nº de comunicação dos resultados das análises feitas às entidades envolvidas 3 Fonte: Relatório da USP, 2015
Nenhuma das espécies capturadas foi considerada de risco de transmissão de doença. Todas as espécies
identificadas fazem parte da fauna de culicídeos de Portugal, não se tendo identificado espécies não
autóctones.
6.10.4.3 Programa – Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Frio.
O Programa é constituído por dois módulos: MÓDULO CALOR que incide na época Primavera-Verão (15
de Maio a 30 de Setembro) e o MÓDULO FRIO no período de Outono-Inverno (15 Novembro e 31
Março).
Tem como finalidade minimizar os efeitos negativos da exposição a temperaturas extremas sobre a
população (e em particular os grupos vulneráveis).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
106
No âmbito deste programa procedeu-se à divulgação dos planos de contingência (módulo calor e
módulo frio) e do material informativo, particularmente aos grupos mais vulneráveis, sobre os
cuidados a adotar.
6.10.4.4 Plano Estratégico do Baixo Carbono e Programa de Eficiência Energética
Este plano visa a promoção da eficiência energética, traduzindo-se numa mitigação dos impactos
negativos, associados às alterações climáticas. Por outro lado, a implementação das medidas nele
propostas asseguram a redução dos custos com eletricidade, combustíveis e água das entidades
públicas do setor da saúde, e também a redução da produção de resíduos.
Desde 2011 é efetuada a monitorização de consumos e custos com energia, água e produção de
resíduos de todas as entidades do Ministério da Saúde (MS). Para este efeito, trimestralmente, os
Gestores Locais de Energia e de Carbono (GLE) de todas as entidades do MS enviam para a ACSS, IP a
informação relacionada com os consumos e custos com energia, água e produção de resíduos do
trimestre em causa, assim como as medidas implementadas. A informação recebida pela ACSS, IP é, no
caso das unidades do SNS, previamente validada pelos respetivos GLEC das Administrações Regionais de
Saúde, IP (ARS, IP).
Recentemente, foram enviados ao ACeS BV os relatórios de monitorização trimestral (RMT) referentes
aos três primeiros trimestre de 2015. Através da análise dos dados, é evidente que, na vertente redução
dos consumos há que melhorar, nomeadamente na questão do consumo da energia elétrica. Neste
caso, considera-se que para além do trabalho a desenvolver ao nível da sensibilização dos utilizadores
dos edifícios para a adopção de comportamentos que permitam a poupança energética, é fundamental
a introdução de critérios de sustentabilidade nas compras.
Espera-se que o trabalho de monitorização dos consumos e custos com energia eléctrica, gás (natural,
propano ou butano), água e recolha, transporte e tratamento de resíduos hospitalares dos grupos III e
IV no ACeS BV que tem sido desenvolvido nesta área contribua para aumentar o conhecimento relativo
aos mesmos e refletir sobre a necessidade de implementar medidas conducentes à promoção das
políticas de sustentabilidade.
Atividades desenvolvidas
• Registo na plataforma – “Portal do PEBC e Eco.AP do Ministério da Saúde” – dos dados de consumos
e custos associados a energia elétrica, gás (natural, propano ou butano), água e recolha, transporte e
tratamento de RH dos grupos III e IV dos edifícios do ACeS BV (referentes ao ano 2015);
• Foi elaborado e divulgado a todas as UF um folheto informativo.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
107
6.10.5 Programa Nacional de Prevenção de Acidentes
No ano de 2013 na Região de Aveiro, os acidentes e sequelas provocaram 98 óbitos, dos quais 68
homens e 30 mulheres. A relação de masculinidade ao óbito, para esta causa de morte, foi de 226,7
óbitos masculinos por cada 100 femininos e a idade média à morte foi de 63,3 anos. A taxa bruta de
mortalidade foi de 26,7 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada para os homens (38,9) do que para
as mulheres (15,6). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 19,4 óbitos por 100
000 habitantes, tendo sido significativamente mais elevada para as idades de 65 e mais anos (71,7). O
número de anos potenciais de vida perdidos foi de 1185 anos, a taxa de anos potenciais de vida
perdidos, de 374,4 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 24,7 anos
(Quadro 52).
Quadro 52 - Mortalidade por Acidentes e Sequelas - 2013
Óbitos por Acidentes e sequelas (CID-10: V01-X59,Y85-Y86) - 2012 Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 98 68 30
Idade média à morte (N.º de anos) 63,3 59,3 72,4
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 43 34 9
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 55 34 21
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 48 38 10
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 37 20 17
Relação de masculinidade 226,7
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 19,4 31,3 9,0
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 13 21,5 4,8
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 71,7 110,4 42,8
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 26,7 38,9 15,6
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 1185 1010 175
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 374,4 655,2 107,8
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 24,7 26,6 17,5
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 363,3 646,3 90,7
Fonte: INE, 2015 – Causas de morte 2013
Os acidentes de transporte e sequelas constituem um problema de saúde pública. Na Região de Aveiro
em 2013, por esta causa houve 39 óbitos dos quais 29 eram homens e 10 mulheres. Importa referir o
facto da idade média à morte ser de 53,2 anos, no total, e de 49,1anos para os homens e 65 para as
mulheres. Também 38,5% dos óbitos, por esta causa, ocorreram antes dos 65 anos. Acresce a isto o
facto de ter havido 783 anos potenciais de vida perdidos. A taxa de mortalidade padronizada para todas
as idades foi de 8,9 óbitos por 100 000 habitantes, sendo esta taxa superior à registada no País (6,2) e na
Região Centro (8,8).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
108
Quadro 53 - Mortalidade por Acidentes de transporte e sequelas - 2013
Óbitos por Acidentes de transporte e sequelas (CID-10: V01-V99,Y85) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 39 29 10
Idade média à morte (N.º de anos) 53,2 49,1 65,0
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 24 19 5
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 15 10 5
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 27 21 6
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 8 4 4
Relação de masculinidade 290,0
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 8,9 14,8 3,5
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 7,4 12,4 2,7
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 21 34,6 10,3
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 10,6 16,6 5,2
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 783 668 115
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 247,3 433 70,9
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 29,0 38,8 19,2
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 241,9 430,8 59,1
Fonte: INE, 2015 – Causas de morte 2013
Tendo em conta a magnitude e transcendência dos acidentes de viação, é fundamental que haja um
trabalho global, intersectorial e sustentável de promoção da segurança e de prevenção dos acidentes.
Neste âmbito, foi realizada a formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de
Retenção de Criança (SRC) a equipas de saúde, equipas dos projetos de preparação para o parto e
parentalidade; c) equipas de Saúde Escolar e às grávidas/pais nos projetos de preparação para o parto e
parentalidade (Quadro 54 e 55).
Quadro 54 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança a profissionais de saúde
Nº Sessões
Nº Unidades Funcionais Nº Formandos
Médicos Enf. Técnicos Outros Total
6 29 24 48 2 3 77
Quadro 55 - Formação e treino sobre transporte seguro e utilização de Sistema de Retenção de Criança pais/grávidas/puérperas que frequentem os projetos de preparação para o parto e projetos
de recuperação pós parto.
Nº Sessões
Nº Pais/grávidas Nº Puerperas
62 477 53
No âmbito deste programa foram realizadas várias actividades, das quais se destacam:
- Disponibilização de material informativo: brochuras Bebés, Crianças e Jovens em Segurança – Cadeiras
Auto 2015,
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
109
- Realização de atividades de sensibilização dirigidas à comunidade sobre a promoção da segurança e
prevenção de acidentes não intencionais:
Exercício Simulacro (Prevenção e Emergência em Catástrofe) no dia 19 de março de
2015 – UCC Anadia;
Workshop sobre transporte seguro de crianças no automóvel, dinamizado pela equipa
do PNPA, na Academia Pública organizada pelo Centro Dinamizador de Conteúdos em
Medicina Geral e Familiar, no dia 4 de julho de 2015, no Centro de Congressos de Aveiro;
Iªs Jornadas "Bebés, Crianças e Jovens em Segurança" da DGS – participação da
comunidade educativa (IPSS), no dia 25 de setembro, no Centro de Congressos de Aveiro.
- No âmbito da Saúde Escolar foram realizadas diversas atividades, no âmbito da prevenção de acidentes,
no ano letivo 2014/2015. Foram efectuadas 86 sessões que abrangeram 1.900 alunos e 117 professores
(Quadro 56).
Quadro 56 - Atividades sobre prevenção de acidentes – N.º de Alunos, Professores abrangidos e Sessões
Nível Ensino Nº Alunos Nº Professores Nº Sessões
1º Ciclo 310 21 22
2º Ciclo 307 42 15
Secundário 1283 54 49
Total 1900 117 86
Fonte: Relatório da USP, 2015
6.10.6 Programa Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool
A prevenção dos PLA é feita pelos profissionais de saúde em qualquer contacto que tenham com o
utente em contexto de consulta seja médica, de enfermagem ou doutros profissionais de saúde, sendo
de difícil de mensuração. No entanto, o forte da prevenção dos PLA, acontece em contexto de Saúde
Escolar. O 3º Ciclo do Ensino Básico foi o que apresentou maior representatividade.
Figura 91 – Distribuição (%) de alunos abrangidos por projetos de prevenção do consumo de álcool no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015
Fonte: ACeS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
110
Controlo dos Problemas Ligados ao Álcool
No que se refere à área de controlo dos PLA, para além das intervenções breves realizadas por cada
profissional da saúde em contexto de consulta, é ainda assegurado no ACeS as consultas de Alcoologia.
Da análise do Quadro 2, destacamos negativamente o facto dos Centros de Saude de Estarreja, Murtosa,
Sever do Vouga e de Vagos não desenvolverem a consulta de Alcoologia. No total do ACeS, no ano 2015,
foram realizadas 1824 consultas de alcoologia, das quais 265 (14,5%) foram primeiras consultas e 1559
foram consultas seguintes.
Quadro 57 - Distribuição do número de Consultas de Alcoologia realizadas por Centro de Saúde e ACeS, segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015
Águeda
Albergaria a Velha
Anadia Aveiro Ílhavo Oliveira Bairro
Ovar Total
Mulher
Nº de Primeiras consultas
5 9 9 33 2 2 4 64
Nº de Consultas seguintes
48 15 37 56 75 12 147 390
Homem
Nº de Primeiras consultas
30 66 39 13 12 5 36 201
Nº de Consultas seguintes
161 106 216 15 63 41 567 1169
Total 244 196 301 117 152 60 754 1824
Fonte: ACeS, 2015
O abuso de álcool constitui no Baixo Vouga um problema de saúde pois, em 2013, por esta causa houve
8 óbitos dos quais 4 homens e 4 mulheres. Realça-se o facto da idade média à morte ser de 66,9 anos e
o número de anos potenciais de vida perdidos, ser em média de 11,5 anos.
Quadro 58 - Mortalidade devido a abuso de álcool, em 2013, na Região de Aveiro
Mortalidade - Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica) (CID-10: F10) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 8 4 4
Idade média à morte (N.º de anos) 66,9 63,8 70
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 3 2 1
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 5 2 3
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 5 3 2
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 3 1 2
Relação de masculinidade 100
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 1,5 1,7 1,2
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 0,8 1,1 0,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 6,8 6,7 6,7
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 2,2 2,3 2,1
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 58 38 20
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 18,2 24,3 12,3
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 11,5 12,5 10
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 14,9 19,8 10,4
Fonte: INE 2015-Causas de Morte, 2013
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
111
Quadro 59 - Indicadores de Execução na área dos Problemas Ligados ao Álcool em 2013 - 2015 Código SIARS
INDICADORES 2013 2014 2015
2013.053.01 FX
% de inscritos com idade ≥14 anos, com quantificação dos hábitos alcoólicos nos últimos 3 anos
26,3 39,17 50,89
2013.054.01 FX
% de inscritos com idade ≥14 anos e com hábitos alcoólicos, a quem foi realizada consulta relacionada com alcoolismo nos últimos 3 anos
60,6 58,44 57,36
P15 ‰ Utentes com codificação ICPC2 de Abuso Crónico de álcool 3 2,7 1,33
Fonte: SIARS, 2015
Ao longo dos anos representados verifica-se um aumento da percentagem de inscritos com 14 e mais
anos, com quantificação de hábitos alcoólicos, nos últimos dos 3 anos, aumento que não foi
compensado com a realização da consulta para este fim.
6.10.7 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo
A prevenção do Tabagismo é feita pelos profissionais de saúde em qualquer contacto que tenham com o
utente em contexto de consulta seja médica, de enfermagem ou doutros profissionais de saúde. A
prevenção Tabagismo acontece na fase da vida e setting onde ela tem início, a adolescência e em
contexto de Saúde Escolar. Os 3º e 2º Ciclos do Ensino Básico foram os que apresentaram maior
representatividade.
Figura 92 – Distribuição (%) de alunos que foram alvo de projetos de prevenção do consumo de tabaco no ACeS, segundo o nível de ensino no ano letivo 2014/2015
Fonte: ACeS, 2015
No que se refere à área de controlo do tabagismo, para além das intervenções breves realizadas por
cada profissional da saúde em contexto de consulta, é ainda assegurado no ACeS as consultas de
cessação tabágica.
No total do ACeS no ano 2015 foram realizadas 660 consultas de cessação tabágica, das quais 193
(29,2%) foram primeiras consultas e 467 foram consultas seguintes.
5,75,7
15,1
20,2
11,5
% ACeS
Pré-escolar 1º Ciclo do EB 2º Ciclo do EB 3º Ciclo do EB Secundário
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
112
Quadro 60 - Distribuição do número de Consultas de Cessação Tabágica realizadas por Centro de Saúde e ACeS , segundo o género e a referência à primeira consulta ou seguintes, em 2015
Águeda Albergaria
a Velha Anadia Aveiro Ílhavo
Oliveira
Bairro Total
Mulher
Nº de Primeiras consultas 0 12 3 27 28 3 73
Nº de Consultas seguintes 0 8 13 66 27 42 156
Homem
Nº de Primeiras consultas 9 29 13 27 36 6 120
Nº de Consultas seguintes 57 47 35 74 54 44 311
Total 66 96 64 194 145 95 660
Fonte: ACeS, 2015
No Quadro 61, constatamos uma evolução positiva de todos os indicadores, o que traduz uma maior
qualidade nos registos/atividade. Regista-se um aumento da proporção de inscritos com 14 e mais anos,
com quantificação de hábitos tabágicos nos últimos 3 anos, e um aumento da taxa de utentes com
abuso crónico de tabaco.
Quadro 61 - Indicadores de Execução e Metas na área do Tabagismo
Fonte: SIARS, 2015
6.10.8 Programa Nacional para a Saúde Mental
As perturbações mentais e do comportamento na Região de Aveiro, em 2013, traduziram-se em 49
óbitos (dos quais 19 homens e 30 mulheres). Para estas causas, a relação de masculinidade ao óbito foi
de 63,3 óbitos masculinos por cada 100 femininos e a idade média ao óbito, de 80,4 anos. A taxa bruta
de mortalidade foi de 13,4 óbitos por 100 000 habitantes, mais elevada nas mulheres (15,6) do que nos
homens (10,9). A taxa de mortalidade padronizada para todas as idades foi de 6,8 óbitos por 100 000
habitantes. O número de anos potenciais de vida perdidos foi de 110 anos, a taxa de anos potenciais de
vida perdidos, de 34,8 por 100 000 habitantes e o número médio de anos de vida perdidos, de 13,8
(Quadro 62).
Código INDICADORES Atingido em
2013 Atingido em 2014
Atingido em 2015
2013.047.01 Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos
27,98 39,16 49,78
2013.277.01 Proporção de fumadores, com consulta relacionada com tabaco, no último ano
- 13,66 16,23
Morb.200.01 ‰ de Utentes com codificação ICPC2 de Abuso crónico do tabaco
65,78 77,91 90,5
Morb.240.01 Incidência de Tabaco - - 16,49
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
113
Quadro 62 - Perturbações mentais e do comportamento, 2013 (CID-10: F00-F99) Perturbações mentais e do comportamento (CID-10: F00-F99) Total Homens Mulheres
Total de óbitos (N.º) 49 19 30
Idade média à morte (N.º de anos) 80,4 74,2 84,3
Óbitos (N.º) com menos de 65 anos 5 4 1
Óbitos (N.º) com 65 e mais anos 44 15 29
Óbitos (N.º) com menos de 70 anos 8 6 2
Óbitos (N.º) com 75 e mais anos 39 12 27
Relação de masculinidade 63,3
Taxas de mortalidade padronizadas para todas as idades (por 100 000 habitantes) 6,8 7 6,4
Taxas de mortalidade padronizadas com menos de 65 anos (por 100 000 habitantes) 1,4 2,3 0,5
Taxas de mortalidade padronizadas com 65 e mais anos (por 100 000 habitantes) 50,8 45,1 53,9
Taxas brutas de mortalidade (por 100 000 habitantes) 13,4 10,9 15,6
Anos potenciais de vida perdidos (N.º) 110 90 20
Taxa de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 34,8 58,4 12,3
Número médio de anos potenciais de vida perdidos (N.º) 13,8 15 10
Taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos (por 100 000 habitantes) 28,7 48,4 10,4
Fonte: INE, 2015 – Causas de Morte 2013
Nos Quadros 63 e 64 pode observar-se alguns registos de utentes, em número e percentagem, com
problemas/patologias nesta área, bem como de indicadores de execução.
Quadro 63 - Prevalência em 2015
Prevalência
Total Registos
% Utentes
Morb. 206.01 PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 41.858 11
Morb. 227.01 DISTÚRBIO ANSIOSO / 25.578 6,72
Morb. 228.01 ESTADO DE ANSIEDADE 9.056 2,38
Morb. 207.01 DEMÊNCIA 2.424 0,64
Morb. 201.01 ABUSO DE DROGAS 1.668 0,44 Fonte: SIARS, 2015
Quadro 64 - Indicadores de Execução na área de Saúde Mental
Fonte: SIARS, 2015
Código INDICADORES Atingido em
2015
2013.055.01 Proporção de adultos com depressão e com terapêutica anti-depressiva.
30,04
2013.056.01 Proporção de idosos sem ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
64,16
2013.297.01 Proporção de idosos sem prescrição prolongada de ansiolíticos, sedativos e nem de hipnóticos
76,75
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
114
Parcerias com o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Hospitalar de Infante D.
Pedro (Aveiro) do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV):
• Articulação com o Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital de Aveiro e os Centros de saúde de
Águeda, Aveiro e Ovar, com o objectivo de desenvolver uma consultoria de pedopsiquiatria:
- Triagem de casos para a consulta de pedopsiquiatria;
- Discussão clínica de casos já acompanhados;
- Consultadoria de casos sem indicação para a consulta mas que beneficiam de
acompanhamento a nível local, através de uma intervenção coordenada entre os diversos
intervenientes, foram avaliados 128 casos;
- Função formativo-pedagógica dos técnicos locais na área da psiquiatria da criança/jovem.
Todas as situações de encaminhamento de menores para a Pedopsiquiatria, são, primeiro, avaliadas
pela equipa multidisciplinar do Centro de Saúde (Psicóloga, Enfermeira, Técnica de Serviço Social e
Médica) e depois são discutidos os casos em reuniões mensais com a equipa de Pedopsiquiatria,
sendo delineado o acompanhamento mais adequado para cada situação.
• Articulação com departamento de Saúde Mental Comunitária do Departamento de Psiquiatria
e Saúde Mental da Unidade Hospitalar de Infante D. Pedro (Aveiro) do Centro Hospitalar Baixo
Vouga (CHBV), com os Centros de Saúde de Águeda e Ovar com o objectivo geral de criar um
serviço de consultoria, em que a Equipa de Saúde Mental Comunitária do CHBV apoia as equipas
de Saúde das Unidades Funcionais do Centro de Saúde de Águeda. Neste sentido, é privilegiado
um maior controlo do doente do foro da Saúde Mental /Psiquiatria em situação de agudização do
doente crónico ou de situações agudas que surjam, com vista à redução/minimização do número
de internamentos, melhoria dos cuidados de saúde e melhoria da qualidade de vida dos doentes e
familiares.
• O ACeS tem quatro psicólogas que realizam consultas de psicologia dirigidas às crianças até aos
10 anos de idade, em situação de depressão, medos/fobias, problemas comportamentais e de
desenvolvimento, práticas educativas inadequadas e outras (excluem-se dificuldades de
aprendizagem), nos centros de Saúde do ACeS. Em 2015 foram efectuadas 1.874 consultas.
• Salienta-se o envio para avaliação psiquiátrica de urgência, através da emissão de mandados de
condução de 94 utentes.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
115
6.11 REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
São objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e
integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os
Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua
autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se
encontra.
O desenvolvimento orgânico - funcional da Rede tem por base a equipa coordenadora local (ECL) e a
equipa prestadora local (ECCI), em articulação com a equipa coordenadora regional (ECR).
• Equipa Coordenadora Local
No ACeS estão criadas 3 ECL, respectivamente em Águeda, Ílhavo e Ovar.
• Equipas de Cuidados Continuados Integrados
As Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) são de âmbito concelhio e integram-se nas
Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), direccionam a sua intervenção multidisciplinar a pessoas
em situação de dependência funcional, doença terminal, ou em processo de convalescença, com rede
de suporte social, cuja situação não requer internamento.
Estão constituídas 10 ECCI, com 119 vagas das quais 9 são de cuidados paliativos, que dão resposta aos
concelhos de Águeda, Albergaria -a- Velha, Anadia, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do
Vouga e Vagos.
Quadro 65 - Distribuição do nº vagas de ECCI, por Centro de Saúde, em 2014
Águeda Albergaria Anadia Aveiro Ílhavo Murtosa O. Bairro Ovar Sever Vagos Total
vagas
15(2)* 10 20(5)* 10 5 10(2)* 10 10 10 10 110 (9)*
* Vagas cuidados paliativos
Fonte: Relatório de atividades UCC’s, 2015
No quadro 66 apresenta-se um conjunto de resultados dos indicadores de atividade das ECCI’s.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
116
Quadro 66 - Resultados de indicadores ECCI por Centro de Saúde, 2015
Numerador/Denominador/Indicador Águeda Alb-a-Velha Anadia Aveiro Ílhavo Murtosa
Oliveira Bairro
Ovar Sever Vouga
Vagos
I – 4 Taxa de ocupação da ECCI (%) 93,68 94,06 86,25 76,92 90,26 98,9 92,1* 84,1 78* 86,55
N Nº de pessoas admitidas no Programa ECCI, no período em análise - - 207 10 22 23 - - - 36
D Nº de pessoas definidas no compromisso assistencial no Programa ECCI, no período em análise
- - 240 13 5 - - - - (1)
I- 5 % de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24 horas após admissão na ECCI
100 100 100 100 100 100 94,1 100 100 86
N Nº de pessoas com pelo menos um contacto no local domicílio, no serviço UCC, com Programa ECCI associado, realizado nas primeiras 24 horas após admissão no programa
32 5 30 13 22 23 16 22 15 31
D Nº de pessoas admitidas na ECCI no período em análise 32 5 30 13 22 23 17 22 15 36
I - 6 Ganhos em independência nos autocuidados (%) 100 14,29 80,95 53,8 31,81 77,7 52,9 62,5 20 66,67 N Nº de pessoas admitidas no programa ECCI e no serviço UCC, a quem foi documentada
uma modificação positiva na opinião clínica em elo menos um autocuidado no período em análise comparativamente ao grau de dependência documentado no momento inicial da identificação do fenómeno de enfermagem
13 2 17 7 7 14 9 5 3 18
D Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise, a quem foi identificada dependência em algum autocuidado
13 14 21 13 22 18 17 8 15 27
I -7 Proporção de Utentes admitidos na ECCI avaliados com escala de risco de úlcera pressão (UP)
100 100 100 100 100 100 100 100 100 97,22
N Nº de utentes admitidos na ECCI avaliados com escala de risco de úlcera de pressão 32 14 30 13 22 23 17 24 15 35 D Nº de utentes admitidos na ECCI no período em análise 32 14 30 13 22 23 17 24 15 36 I Taxa de eficácia na prevenção de UP (%) 91,42 100 85,71 100 0 95,2 100 93,1 90 87,50 N Nº de pessoas com pelo menos um contacto no serviço UCC, com programa ECCI
associado, no período em análise a quem não foi documentado o diagnóstico de enfermagem UP presente com origem no domicílio com data posterior à data de início do DE Risco de UP em que exista pelo menos uma intervenção no âmbito da Prevenção de UP
32 14 24 13 0 1 17 27 1 2
D Nº de pessoas com pelo menos um contacto no serviço UCC, com programa ECCI associado, no período em análise a quem foi documentado o DE Risco de UP
35 14 28 13 13 21 17 29 15 16
I - 9 Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%) 90,47 100 80 100 100 NA 54,5 75,9 50 25 N Nº de pessoas admitidos no serviço UCC, num determinado período de tempo, em que
foi documentado o DE papel de prestador de cuidados adequado, com data posterior à data de inicio do DE papel de prestador de cuidados não adequado, e que exista pelo menos uma intervenção realizada que contribua para a resolução do diagnóstico
19 5 20 13 17 NA 6 22 1 1
D Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise, a quem foi documentado o DE papel de prestador de cuidados não adequado, no período em análise
21 5 25 13 17 0 11 29 2 4
Fonte: Relatório de atividades UCC’s, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
117
Na Figura 93, verifica-se que todas as ECCI´s do ACeS Baixo Vouga apresentam taxas de ocupação altas,
sempre superiores a 76%. O Concelho da Murtosa, seguido do de Albergaria-a-Velha e Águeda, são os
que apresentam uma taxa de ocupação mais elevada.
Figura 93 - Taxa de ocupação das ECCI´s do ACeS BV, 2015
Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015
Todas as ECCI´s, apresentam a 100% dos utentes, visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24
horas após a respectiva admissão ECCI, com exceção da de Vagos (86%) e de Oliveira do Bairro (94,1%).
No que se refere aos ganhos em independência nos autocuidados (%), constata-se que existe grande
disparidade entre os concelhos. Destaca-se neste indicador o concelho de Águeda com um resultado de
100% e o de Albergaria-a-Velha com 14,9% (Figura 94).
Figura 94 - Ganhos em independência nos autocuidados (%), no programa ECCI, 2015
Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015
Relativamente à taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão, pode-se constatar que todas as
ECCI´S apresentam neste indicador uma taxa superior a 85%, com exceção da ECCI de Ílhavo, que
apresenta uma taxa nula (Figura 95).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
118
Figura 95 - Taxa de eficácia na prevenção de úlcera de pressão do Programa ECCI
Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015
A taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado, apresenta também alguma
heterogeneidade, destacando-se os concelhos de Albergaria-a-Velha, Aveiro e Ílhavo com melhores
resultados, de 100%. Na ECCI da Murtosa este indicador é não aplicável, dado que não tinham, na
admissão nenhum prestador de cuidados cujo papel estivesse inadequado. A ECCI de Vagos, foi a que
apresentou menor taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (Figura 96).
Figura 96 - Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%), no programa ECCI, por concelho do ACeS em 2015
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
10090,47
100
80
100 100
54,5
75,9
50
25
Taxa de resolução do papel de prestador de cuidados inadequado (%)
Fonte: Relatórios de Atividades das UCC´s, 2015
As ECCI integram profissionais da URAP pelo se apresentam algumas das atividades, por área
profissional (Quadro 67).
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
119
Quadro 67 - Número de visitas domiciliárias realizadas segundo o grupo de profissional
Área Visitas domiciliárias Consultas
Fisioterapia 318 105
Higiene oral 24 2
Nutrição 66 -
Psicologia 24 -
Serviço Social 700 149
Fonte: Relatório URAP 2015
6.12 GABINETE DO CIDADÃO
O Gabinete do Cidadão insere-se nos serviços de apoio ao ACeS e funciona na dependência do Diretor
Executivo do ACeS Baixo Vouga.
O gabinete do cidadão em si dá resposta aos três dos quatro eixos estratégicos do Plano Nacional de
Saúde 2016/2020, que são o acesso, a qualidade e a cidadania.
No âmbito do Gabinete do Cidadão do ACeS BV, em 2015, foram recebidas e tratadas 406 exposições,
das quais 385 (94,8%) foram reclamações. Destaca-se positivamente os 17 elogios manifestados e as 4
sugestões apresentadas.
Todas as exposições apresentadas ao Gabinete do Cidadão foram comunicadas à Entidade Reguladora
da Saude, e o tempo médio de resposta foi de 24 dias.
Quadro 68 – Evolução de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, de 2013 a 2015
ÁREA DE INTERVENÇÃO
ATIVIDADE/ CUIDADO
PRESTADO INDICADOR
2013 2014 2015
Nº %o inscritos Nº %o inscritos Nº %o inscritos
Monitorização do grau de
satisfação do serviço
Sugestões Nº de sugestões escritas 8 0,02 3 0,007 4 0,01
Queixas no Livro Amarelo
Nº queixas registadas no Livro Amarelo
347 0,9 482
1,2 385
1,02
Elogios Nº de Elogios 8 0,021 11 0,028 17 0,04
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
Figura 97 - Percentagem de exposições de acordo com o tipo, no ACeS BV, no ano 2015
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
120
Das 406 exposições realizadas e analisadas de acordo com o seu conteúdo informacional, emergiram
414 temas que foram categorizados, segundo os temas (Nível 1), conforme se pode visualizar no Quadro
69 e Figuras seguintes.
Quadro 69 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015
Temas (Nível 1)
Acesso a cuidados de saúde 161
Cuidados de saúde e segurança do doente 31
Elogio/Louvor 17
Focalização no doente 43
Instalações e serviços complementares 18
Outros temas 59
Procedimentos Administrativos 69
Questões financeiras 6
Sugestão 4
Tempos de espera 6
Total 414
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
De todos os temas, do nível 1, os que mais se destacam são o acesso a cuidados de saúde, seguido de
procedimentos administrativos, de outros e da focalização no doente.
Figura 98 - Distribuição relativa (%) dos temas focados pelos utentes aquando da exposição, 2015
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
No que se refere aos temas (nível 2) relacionados com o acesso a cuidados de saúde, regista-se com
maior número, a resposta em tempo útil/razoável, seguida da inscrição no médico de família.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
121
Figura 99- Distribuição do nº de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo o acesso a cuidados de saúde (nível 2), 2015
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
Relativamente aos temas (nível 2) relacionados com os procedimentos administrativos, regista-se com
maior número o atendimento telefónico, seguido da qualidade da informação institucional
disponibilizada.
Figura 100 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo os procedimentos administrativos (nível 2), 2015
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
Relativamente aos temas (nível 2) relacionados com a focalização no cliente, regista-se com maior
número, a delicadeza do pessoal administrativo auxiliar e de apoio, e a delicadeza do pessoal clínico.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
122
Figura 101 - Distribuição do número de temas focados pelos utentes aquando da exposição segundo a focalização no cliente (nível 2), 2015
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
Da análise do Quadro 70 e Figura 102, constatamos que o grupo profissional mais visado nas exposições
apresentadas foi o dos médicos, seguida dos coordenadores/dirigentes e depois dos assistentes
técnicos.
Quadro 70 - Número de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS BV em 2015
GRUPO PROFISSIONAL VISADO N.º Exposições
Coordenador/Dirigente 115
Médico 149
Enfermeiro 31
Outro técnico superior de saúde/Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 2
Assistente Técnico 87
Assistente Operacional 4
Outro 18
Total 406
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
Figura 102 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo grupo profissional visado no ACeS, 2015
28,3
36,7
7,6
0,5
21,4
1 4,4
% de exposições segundo o grupo profissional visado
Coordenador/Dirigente
Médico
Enfermeiro
Outro técnico superior de saúde/Tec. Diag. e Terapeutica
Assistente Técnico
Assistente Operacional
Outro
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
123
Da análise do Quadro 71 e Figura 103, constatamos que as diligências e/ou medidas mais adoptadas
face às exposições apresentadas foram: a implementação de medidas correctivas, com pedido de
desculpa, seguido da situação em que não foi necessário fazer diligências, dado que a explicação foi
aceite pelo reclamante ou porque se tratou de elogio/louvor.
Quadro 71 - Número de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015
DILIGÊNCIAS / MEDIDAS ADOPTADAS N.º
Exposições
Abertura processo interno - envio para o Gabinete Jurídico 2
Implementação de medidas preventivas - introdução de alterações nos serviços 31
Implementação de medidas corretivas - pedido de desculpas 43
Implementação de medidas corretivas - recomendação 32
Implementação de medidas corretivas - introdução de alterações nos serviços 3
Sem diligências - reclamação sem fundamento 13
Sem diligências - elogio/louvor 15
Sem diligências - folha de reclamação anulada 12
Sem diligências - explicação aceite pelo reclamante 35
Outras 75
Total 261
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
Figura 103 - Distribuição relativa (%) de exposições segundo as diligências e/ou medidas adotadas, no ACeS BV, 2015
0,811,9
16,5
12,3
1,155,7
4,6
13,4
28,7
% de Exposições segundo as deligências / medidas adotadasAbertura processo interno - envio para o Gabinete Jurídico
Implementação de medidas preventivas -introdução de alterações nos serviços
Implementação de medidas corretivas -pedido de desculpas
Implementação de medidas corretivas -recomendação
Implementação de medidas corretivas -introdução de alterações nos serviços
Sem diligências - reclamação sem fundamento
Sem diligências - elogio/louvor
Sem diligências - folha de reclamação anulada
Sem diligências - explicação aceite pelo reclamante
Outras
Fonte: Gabinete do Cidadão, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
124
6.13 QUALIDADE
A qualidade em saúde refere-se “à prestação de cuidados de saúde acessíveis e equitativos, com um
nível profissional óptimo, que tem em conta os recursos disponíveis e como objectivo a adesão e
satisfação do cidadão”. Refere-se a uma adequação dos cuidados de saúde às necessidades e
expectativas do cidadão e ao melhor desempenho possível.
O ACeS Baixo Vouga imprime um esforço elevado para favorecer uma cultura de melhoria contínua da
qualidade para a criação de valor em saúde.
O ACeS BV apoia e orienta as UF´s relativamente à observância das normas técnicas e tem promovido
diversas atividades relativas aos processos e procedimentos assistenciais com vista à melhoria da
atividade desenvolvida.
Está criada e em funcionamento a Comissão da Qualidade e Segurança do ACeS que em 2015 fez a
análise dos questionários de satisfação dirigidos aos utentes aplicados em Outubro 2014, e foi aplicado
um questionário de satisfação a todos os profissionais do ACeS (Sede e unidades funcionais).
Está nomeada e em funcionamento a GCL-PPCIRA, no ACeS.
Estão elaborados e implementados diversos manuais de boas práticas nas unidades funcionais (Manual
de procedimentos pela Comissão do PPCIRA sobre “A higienização de Instalações e Equipamentos”;
Manual de Boas Práticas na Diabetes elaborado pela UCF Diabetes; Manual de procedimentos no
âmbito do Resíduos Hospitalares; Manual de implementação de práticas seguras sobre
reprocessamento de dispositivos médicos). Destaca-se ainda que várias unidades funcionais,
nomeadamente USF’s, têm criado manuais de procedimentos.
Foram efectuadas auditorias internas no âmbito dos resíduos hospitalares e do PPCIRA (campanha das
precauções básicas em controlo da infeção).
O ACeS promoveu e incentivou a formação interna e externa dos profissionais, assim como a formação
pré e pós graduada em diversas áreas profissionais. No âmbito desta formação, o ACeS articulou com
diversas instituições de ensino.
No que se refere à utilização segura da medicação - No âmbito da implementação da Norma 12 dos
Serviços Farmaceuticos relativa aos medicamentos LASA (Look-Alike, Sound-Alike), foi feito, em 2015, o
acompanhamento/auditoria a 14 (40%) das 35 unidades funcionais (USF e UCSP). Nas UF´s onde a
norma não estava implementada foi feita a respectiva informação e sensibilização para os
procedimentos a adoptar.
Quanto ao consumo de antimicrobianos, foi feita a análise de consumos de quinolonas (expresso em
DDD/1000 inscritos/dia) no ACeS BV nos anos de 2013, 2014 e 2015. Desta análise ressalta a diminuição
do consumo de quinolonas de 2013 para 2015, conforme se pode concluir do Quadro 72 e Figura 104.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
125
Quadro 72 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015 2013 2014 2015
Ciprofloxacina 0,490 0,430 0,360
Levofloxacina 0,120 0,120 0,150
Ofloxacina 0,020 0,010 0,010
Prulifloxacina 0,070 0,060 0,050
Moxifloxacina 0,030 0,020 0,020
Norfloxacina 0,060 0,050 0,050
Lomefloxacina 0,003 0,000 0,000
DDD/1000inscritos/dia 0,790 0,690 0,590
Fonte: SIARS, 2015
Figura 104 - Consumo de quinolonas (%), no ACeS , em 2013, 2014 e 2015
Fonte: SIARS, 2015
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,50,49
0,12
0,02
0,07
0,030,06
0,003
0,43
0,12
0,01
0,06
0,020,05
0
0,36
0,15
0,010,05
0,020,05
0
2013 2014 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
126
6.14 FORMAÇÃO
6.14.1 Formação no ACeS
Considera-se de extrema importância a formação contínua dos profissionais como processo dinâmico de
atualização e aperfeiçoamento de conhecimentos e boas práticas visando o desenvolvimento
profissional e a melhoria da qualidade dos cuidados prestados.
O ACeS BV pretende estimular e criar uma cultura organizacional de formação, qualidade, humanização
e rigor científico, bem como estimular e promover a formação profissional inter- unidades.
Atendendo às restrições financeiras a formação foi efectuada essencialmente com profissionais do ACeS
e em parceria com CHBV.
No Quadro 72 apresenta-se as acções de formação realizadas no ACeS.
Quadro 73 - Formação realizada no ACeS , em 2015
Áreas Temáticas
Conteúdos Programáticos Nº Sessões
Oradores Participantes
Saúde
Dermatologia em Cuidados de Saúde Primários - Aspectos práticos
2 CHBV e ACeS BV 29
Espirometrias – Programa ConecTar CHBV e ACeS BV
Segurança Rodoviária – Transporte Seguro de Automóvel 4 ACeS BV 51
Violência Doméstica 2 Externo
Vacinação 4 ACeS BV 92
Testamento Vital e os Cuidados de Saúde Primários 2 Externo 27
Educação Sexual 2 ACeS BV 27
Feridas Crónicas 2 ACeS BV
Anticoagulação Oral e Antiagregação Plaquetar – Prevenção Primária e Secundária
1 CHBV e ACeS BV
20
Antibioterapia nas Infeções Respiratórias e Urinárias 1 CHBV e ACeS BV 27
Insulinoterapia na Diabetes Tipo 2 6 CHBV -UCFD 177
Cancro do Colo do Útero 1 IPO Centro e ACeS BV
Informática Parametrização em Enfermagem 15 ACeS BV 273
Fonte: ACeS, 2015
Refere-se também a possibilidade de frequência de formação externa pelos profissionais, através de
comissões gratuitas de serviço.
Salienta-se a existência da boa prática nalgumas UF, nomeadamente USF’s, da partilha da formação à
equipa (em reunião ou através da elaboração de relatório).
Salienta-se ainda a existência de planos de formação em serviço/interna nas UF, nomeadamente nas
USF´s.
6.14.2 Formação pré e pós graduada
Uma das vertentes que o ACeS privilegia é a formação pré e pós graduada.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
127
No quadro 74 estão distribuídos os estagiários e internos que tiveram formação no ACeS , por área
profissional. Refere-se que, no total, tiveram formação, 382 (282 em 2014) profissionais de áreas
diversas.
Quadro 74 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas profissionais, no ACeS em 2015
Fisi
ote
rap
ia
Sau
de
Am
bie
nta
l
Enfe
rmag
em
Ger
om
tolo
gia
Inte
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o
Méd
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Méd
ico
de
Saú
de
Pú
blic
a
Inte
rnat
o
Méd
ico
do
A
no
Co
mu
m Total
9 7 285 19 44 5 13 382
Fonte: ACeS, 2015
Realça-se do Quadro 75, a existência de parcerias com várias instituições de Ensino Superior e Ordens
Profissionais.
Quadro 75 - Orientação de Estágios e de Internos, por áreas e parcerias, no ACeS em 2015
Área Parceria Nº Observações
Fisioterapia Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 2
9 estágios Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro 7
Saude Ambiental Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Coimbra 7 7 estágios
Enfermagem
Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis
53
285 Estágios
Universidade de Aveiro (112 Licenciatura, 44 Mestrados, 2 Erasmus)
158
Escola Superior de Saúde de Viseu (44 Licenciaturas, 4 Mestrados)
48
Instituto Politécnico de Portalegre 9
Escola Superior da Guarda 17
Gerontologia Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro 19
Médicos
Internato Médico de MGF 44
11 – 4º ano 13 – 3º ano 7 – 2º ano 12- 1º ano
Internato Médico de Saude Pública 5 1 – 4º ano 2 – 3º ano 2 – 2º ano
Internato Médico do Ano Comum 13
Fonte: ACeS, 2015
6.14.3 Atividades de Formação Relevantes
Nestas atividades de formação, considera-se as dirigidas à população (comunidade) e as dirigidas aos
profissionais da saúde ou outros. Salienta-se que nestas atividades foram utilizadas diversas
metodologias e formas de abordagem de acordo com os objetivos e o grupo alvo a abranger.
- Atividades de Formação na comunidade – com a integração de esforços sustentados de todos os
sectores da sociedade, com foco no acesso, qualidade, políticas saudáveis e cidadania e com o objectivo
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
128
de maximizar os ganhos em saúde e criando valor em saúde e aumentar a literacia em saúde da
população.
- Atividades de formação dos profissionais – estas atividades desenvolvidas quer como formandos quer
como formadores, que abaixo se enumeram, visam:
Incentivar a actualização dos Profissionais;
Promover a motivação dos Profissionais;
Responder às necessidades manifestadas;
Fomentar o intercâmbio e divulgar experiências;
Desenvolver capacidades, competências, saberes e actuações.
6.15 ATIVIDADE CIENTIFICA/INVESTIGAÇÃO
A investigação é também um dos aspectos que o ACeS BV privilegia promovendo e apoiando a
realização e divulgação de trabalhos científicos/investigação com o objectivo de criar conhecimento,
capacitação e literacia em saúde.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
129
6.16 OUTRAS ATIVIDADES
6.16.1 Parcerias de Promoção e Proteção da Saúde na Comunidade
a) REDE SOCIAL - Neste âmbito foram desenvolvidas as seguintes atividades: articulação entre os
técnicos que integrem a Rede Social, os CSP e os cuidados diferenciados
c) RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO/ NUCLEOS LOCAIS DE INSERÇÃO (NLI)
Aos Núcleos Locais de Inserção compete a gestão processual continuada dos percursos de inserção dos
beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).
c) COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS
Funciona em modalidade alargada e modalidade restrita dos seus membros e exerce a sua competência
na área do município, tem suporte legal na Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro, onde se integra por
concelho pelo menos um elemento da saúde.
d) NÚCLEO DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO
O NACJR faz a identificação da condição/integridade física da criança, bem como do seu
desenvolvimento global, estabelecendo um plano integrado de apoio à família e promovendo a
articulação com outros recursos comunitários no primeiro nível de intervenção, nomeadamente as
escolas, os serviços sociais, as autarquias e outras estruturas da comunidade com intervenção nas áreas
da infância e da juventude (Crianças e Jovens dos 0-18 anos de idade).
e) SISTEMA NACIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA
A Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), entende-se como um conjunto de medidas de apoio
integrado centrado na criança e na família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa, no
âmbito da educação, da saúde e da ação social.
f) COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL
A Comissão Municipal de Protecção Civil visa assegurar a articulação entre todas as entidades e
instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de protecção e socorro, emergência e
assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe, garantindo os meios
considerados necessários, adequados e proporcionais à gestão da ocorrência em cada caso concreto.
6.16.2 Juntas Médicas
As juntas médicas têm por objectivo proceder à avaliação das incapacidades das pessoas com
deficiência, tal como definido no artigo 2.º da Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto, para efeitos de acesso
às medidas e benefícios previstos na lei para facilitar a sua plena participação na comunidade.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
130
A avaliação da incapacidade é efectuada nos termos do Decreto -Lei n.º 202/96, de 23 de Outubro,
alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 291/2009 de 12 de Outubro, e com base na Tabela Nacional
de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (TNI), aprovada pelo Decreto-Lei
n.º 352/2007, de 23 de Outubro.
Estão nomeadas, para a área geográfica do ACeS, 3 juntas médicas.
Nos 102 períodos de juntas médicas, foram observados 2219 utentes e avaliados 2149. Por período
foram, em média, observados 21,8 e avaliados 21,1 utentes (quadro 76).
Quadro 76 - Dados das juntas médicas realizadas em 2015 DADOS/ JUNTAS MÉDICAS – 2015 TOTAL/2014 TOTAL/2015 VARIAÇÃO
Nº de períodos de juntas médicas de incapacidade realizadas 100 102 0,02
Nº de doentes convocados 2113 2295 0,09
Nº de utentes que faltaram 83 76 -0,08
Nº de utentes avaliados 1885 2149 0,14
Nº de processos pendentes 55 70 0,27
Nº de utentes com incapacidade < 60% 43 61 0,42
Nº de utentes com incapacidade ≥ 60 e < 80% 1352 1593 0,18
Nº de utentes com incapacidade ≥ 80% 490 495 0,01
Nº de utentes observados 1940 2219 0,14 Fonte: Relatório da USP, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
131
7 PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO
7.1 AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO
Relativamente ao Orçamento Económico espelhado no acordo modificativo do Contrato-Programa ACeS
2015, refere-se que o ACeS cumpriu as metas estipuladas no tocante ao controlo de execução do
referido orçamento, pois em termos globais, a despesa assumida não apresenta um registo significativo
muito elevado face ao orçamentado.
Quadro 77 – Execução económica – orçamento de 2015
Orçamento Execução Desvio Valor Desvio %
DADOS ECONÓMICOS
Custos e Perdas (Total) 95.917.894 100.531.653 4.613.759 4,81%
CMVMC 1.793.378 2.078.601 285.223 15,90%
Subcontratos (621) 59.898.395 62.184.160 2.285.765 3,82%
Assistência Ambulatória 692 791 99 14,31%
Meios Complementares de Diagnóstico 12.514.635 13.490.405 975.770 7,80%
Meios Complementares de Terapêutica 12.503.699 12.936.805 433.106 3,46%
Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 29.727.235 30.613.821 886.586 2,98%
Internamentos 1.843 17.177 15.334 832,01%
Transporte de Doentes 2.003.337 2.151.392 148.055 7,39%
Trabalhos Executados no Exterior 2.831.832 2.839.663 7.831 0,28%
Outras rubricas de Subcontratos 315.122 134.107 -181.015 -57,44%
Fornecimentos e Serviços Externos (622) 1.808.319 2.603.145 794.826 43,95%
Pessoal (64) 32.410.081 33.461.198 1.051.117 3,24%
Remunerações dos Orgãos Diretivos 77.515 80.289 2.774 3,58%
Remunerações de pessoal 25.950.478 27.084.455 1.133.977 4,37%
Remunerações Base 18.556.215 18.796.358 240.143 1,29%
Suplementos Remuneratórios 4.172.520 4.829.910 657.390 15,76%
Outras Remunerações de Pessoal 3.221.743 3.458.188 236.445 7,34%
Outros Encargos com Pessoal 6.382.088 6.296.456 -85.632 -1,34%
Outros Custos e Perda Operacionais 1.284 689 -595 -46,34%
Custos e Perdas Financeiras 2.606 17135 14.529 557,52%
Custos e Perdas Extraordinárias 3.831 186725 182.894 4774,05%
CUSTOS E PERDAS ACES BV/2015
Previsão Execução Económica de 2015 (valores fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP.)
Fonte: ACeS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
132
Figura 105 – MCDT’s e Farmácias, em 2014 e 2015
Fonte: ACeS BV, 2015
Figura 106 – Custos com pessoal, em 2014 e 2015
Fonte: ACeS BV, 2015
Quadro 78 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015
Orçamento ExecuçãoDesvio
ValorDesvio %
DADOS ECONÓMICOS
Proveitos e Ganhos (Total) (3) 115.034.187 115.020.898 -13.289 -0,01%
Prest. Serv. Outras Entid. Resp. (7122) 1.979.769 1.787.191 -192.578 -9,73%
Taxas Moderadoras (71227) 1.967.866 1.775.941 -191.925 -9,75%
Consultas 1.820.323 1.634.438 -185.885 -10,21%
Urgência / SAP 23 38 15 65,22%
MCDT 3.035 3.798 763 25,14%
Outros 144.485 137.667 -6.818 -4,72%
Outras rubricas de Prestaçoes de serviços 11.903 11.250 -653 -5,49%
Impostos e Taxas 321.834 282.482 -39.352 -12,23%
Outras rubricas de Proveitos e Ganhos 112.732.584 112.951.225 218.641 0,19%
Proveitos e Ganhos ACES BAIXO VOUGA/2015
Previsão de Execução Económica de 2015 (valores fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP.)
Fonte: ACeS BV, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
133
Figura 107 – Proveitos e ganhos, em 2014 e 2015
Fonte: ACeS BV, 2015
Os quadros supra demonstram a Execução Económica do ano de 2015, estabelecendo uma comparação
com o valor Orçamentado para o mesmo ano.
Fazendo uma breve análise ao mesmo, verifica-se que a rubrica 61 (CMVMC) registou um aumento
(15,90%) face ao orçamentado.
Os fornecimentos e serviços externos tiveram um aumento considerável (43,95%), sendo explicado, em
parte, pelo incremento da rubrica “transportes de pessoal” na utilização de viaturas de aluguer para
realização de domicílios mas, essencialmente, pelo elevado registo na rubrica “Limpeza Higiene e
Conforto”
Relativamente a subcontratos, em termos globais não se verifica grande variação mas analisando as
diversas rubricas podemos referir que se verifica uma variação positiva enorme na rubrica
“Internamentos” (832,01%), e uma diminuição significativa da rubrica “Outras Rúbricas de
Subcontratos” (-57,44%).
Em analogia, os Custos com o Pessoal (64) aumentaram (3,24%), face ao valor orçamentado, tendo
contribuído essencialmente para este aumento o valor da rubrica Suplementos Remuneratórios
(15,76%) e Outras Remunerações de Pessoal (7,34%).
Quanto aos Proveitos e Ganhos, em termos globais, verifica-se uma diminuição em 2015 (-0,01%) pouco
significativa comparativamente ao valor do Orçamento.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
134
Outra análise aqui apresentada tem a ver com a evolução dos Custos e Perdas/Proveitos e Ganhos do
ano de 2015, comparativamente com a execução económica 2014, sendo aqui espelhado a variação dos
Custos e Proveitos, em valor e percentagem.
7.2 EXECUÇÃO ECONÓMICA 2015 VERSUS EXECUÇÃO ECONÓMICA 2014
2014 2015 Desvio Valor Desvio %
DADOS ECONÓMICOS
Custos e Perdas (Total) 97.213.104 100.531.653 3.318.549 3,41%
CMVMC 1.831.846 2.078.601 246.755 13,47%
Subcontratos (621) 60.940.302 62.184.160 1.243.858 2,04%
Assistência Ambulatória 707 791 84 11,88%
Meios Complementares de Diagnóstico 12.783.079 13.490.405 707.326 5,53%
Meios Complementares de Terapêutica 12.586.533 12.936.805 350.272 2,78%
Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 30.364.898 30.613.821 248.923 0,82%
Internamentos 1.883 17.177 15.294 812,21%
Transporte de Doentes 2.046.310 2.151.392 105.082 5,14%
Trabalhos Executados no Exterior 2.835.010 2.839.663 4.653 0,16%
Outras rubricas de Subcontratos 321.882 134.107 -187.775 -58,34%
Fornecimentos e Serviços Externos (622) 1.844.358 2.603.145 758.787 41,14%
Pessoal (64) 32.593.695 33.461.198 867.503 2,66%
Remunerações dos Orgãos Diretivos 77.592 80.289 2.697 3,48%
Remunerações de pessoal 26.019.848 27.084.455 1.064.607 4,09%
Remunerações Base 18.537.676 18.796.358 258.682 1,40%
Suplementos Remuneratórios 4.262.021 4.829.910 567.889 13,32%
Outras Remunerações de Pessoal 3.220.151 3.458.188 238.037 7,39%
Outros Encargos com Pessoal 6.496.255 6.296.456 -199.799 -3,08%
Outros Custos e Perda Operacionais 1.312 689 -623 -47,48%
Custos e Perdas Financeiras 2.663 17135 14.472 543,45%
Custos e Perdas Extraordinárias -1.072 186725 187.797 17518,38%
ACES BV/2015CUSTOS E PERDAS
Previsão Execução Económica de 2015 (valores provisórios fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP.)
Fonte: ACeS BV, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
135
2014 2015Desvio
ValorDesvio %
DADOS ECONÓMICOS
Proveitos e Ganhos (Total) (3) 117.451.490 115.020.898 -2.430.592 -2,07%
Prest. Serv. Outras Entid. Resp. (7122) 1.979.769 1.787.191 -192.578 -9,73%
Taxas Moderadoras (71227) 1.967.866 1.775.941 -191.925 -9,75%
Consultas 1.820.323 1.634.438 -185.885 -10,21%
Urgência / SAP 23 38 15 65,22%
MCDT 3.035 3.798 763 25,14%
Outros 144.485 137.667 -6.818 -4,72%
Outras rubricas de Prestaçoes de serviços 11.903 11.250 -653 -5,49%
Impostos e Taxas 321.834 282.482 -39.352 -12,23%
Outras rubricas de Proveitos e Ganhos 115.149.887 112.951.225 -2.198.662 -1,91%
Proveitos e Ganhos ACES BAIXO VOUGA
Previsão Execução Económica de 2015 (valores provisórios fornecidos pelo DGAG da ARSC, IP:)
Fonte: ACeS BV, 2015 Podemos referir que os Custos e Perdas de 2015, em termos globais, comparativamente com a
execução económica de 2014, registam uma variação positiva (3,41%).
Destaca-se o aumento de algumas rubricas em 2015 nomeadamente o CMVMC (13,47%), Subcontratos
(2,04%), Fornecimentos e Serviços Externos (41,14%), Custos com o Pessoal (2,66%), Outros Custos e
Perdas Financeiras (543,45%) e Outros Custos e Perdas Extraordinárias (17518,38%), comparativamente
com os valores do período homólogo.
Salienta-se também uma variação negativa na rúbrica Outros Custos e Perdas Operacionais (47,48%).
Os Proveitos e Ganhos de 2015 apresentam uma pequena diminuição em termos globais,
comparativamente a 2014, sendo explicada pela variação negativa da rúbrica Taxas Moderadoras (-
9.75%) e da rúbrica Impostos e Taxas (-12,23%).
7.2.1 Indicadores de Eficiência
Quadro 79 - Indicadores de Eficiência
ÁREA DE INTERVENÇÃO ATIVIDADE/ CUIDADO
PRESTADO
INDICADOR 2012 2013 2014 2015
Adequação da prescrição de medicamentos
% de medicamentos faturados que são genéricos 37,23 39,82 50,1
Custo médio de medicamentos facturados por
utilizador 179,92€ 174,54€ 172,19€ 171,67€
Adequação da prescrição de MCDT
Custo médio de MCDT facturados por utilizador 58,73€ 60,483€ 63,16€ 65,42€
Fonte: SIARS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
136
Figura 108 – Medicamentos Genéricos, Custo médio em medicamentos e MCDT facturados, por utilizador
0
50
100
150
200
% de medicamentos faturados que são
genéricos
Custo médio de medicamentos facturados
por utilizador
Custo médio de MCDT facturados por utilizador
179
,92
€
58,
73
€
37,2
3
174,
54 €
60,4
8 €
39,8
2
172,
19 €
63,
16 €
50,
1
171,
67
€
65,4
2 €
2012 2013 2014 2015
Fonte: SIARS, 2015
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
137
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente Relatório evidenciaram-se as atividades desenvolvidas pelos profissionais do ACeS BV,
tendo em consideração as linhas estratégicas definidas no Plano de Desempenho, das quais se
destacam:
- Unidades Funcionais – Foram constituídas 2 novas USF e reorganizadas as UCSP´S.
- Recursos Humanos – de 2014 para 2015, houve uma diminuição de 17 profissionais, com especial
enfoque nos enfermeiros (10) e médicos de medicina Geral e Familiar (6).
- População Residente (2014 )– Continua a constatar-se o envelhecimento da população, traduzindo-se
por um lado no aumento do índice de envelhecimento (143,7%), de dependência de idosos (29,8%) e
longevidade (48,5%) e por outro na diminuição da taxa de natalidade (7,5%o) e no saldo fisiológico
negativo (-745). O envelhecimento e os estilos de vida menos saudáveis acentuam o aumento da
prevalência das doenças crónicas, nomeadamente as cérebro-cardiovasculares, a hipertensão arterial e
a diabetes, que são também importantes fatores de risco para outras doenças.
- População Inscrita – De acordo com os dados do SIARS, havia em 31/12/2015, 378.688 utentes
inscritos, dos quais 363.816 (96%) com médico de família.
- Mortalidade Infantil – Apresenta no global, uma tendência decrescente, com uma taxa de 2,08%o, que
é inferior à da Região Centro e Continente.
- Mortalidade Geral – A primeira causa de morte na Região de Aveiro, à semelhança da Região Centro e
de Portugal, são as doenças do aparelho circulatório, apresentando a Região de Aveiro um valor
superior (150,5%o). A relação de masculinidade dos óbitos para todas as causas foi de 108,2 óbitos
masculinos por cada 100 femininos. A idade média à morte, por todas as causas, foi de 77,6 anos.
- Anos de vida potencialmente perdidos – O número médio de anos de vida perdidos (ano 2013) na
Região de Aveiro (14) foi superior ao de Portugal (13,7) e ao da Região Centro (13,3). No entanto, as
taxas padronizadas de anos potenciais de vida perdidos na Região de Aveiro foi a mais baixa, com
3.183%ooo, comparativamente com Portugal (3.455,7%ooo) e Região Centro (3.319,0%ooo).
- Morbilidade – De acordo com a ICPC2, destaca-se com maior número de registos, quer na prevalência,
quer na incidência, as “alterações do metabolismo dos lípidos”, seguida da “hipertensão sem
complicações”.
- Indicadores de Produtividade – Houve um aumento do número de consultas realizadas de 2014 para
2015, com uma taxa de variação de 1,78%.
- Indicadores de Acesso – Salienta-se um aumento da taxa de cobertura de consultas pelo próprio
médico e de visitas domiciliárias de enfermagem no global, ao recém-nascido e à puérpera.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
138
- Indicadores de Qualidade Técnica/Efetividade – Houve uma melhoria nas diferentes áreas de
intervenção: vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença nas diferentes fases da vida;
vigilância oncológica/rastreios; e vigilância clínica nas situações de doença crónica. No que se refere ao
PNSE no ano letivo 2014/2015 foram abrangidas as 4 áreas de intervenção: a Saúde Individual e
Coletiva; a Inclusão Escolar; o Ambiente Escolar e os Estilos de Vida. Foram alvo de intervenção 100%
das escolas nos diferentes níveis de escolaridade, com pelo menos uma atividade. No PNPSO foram
utilizados, no global, 11.468 cheques-dentista, dos 15.070 cheques emitidos, refletindo uma taxa de
utilização de 76,1%.
- Indicadores de Eficiência – Houve um aumento da prescrição de medicamentos genéricos e uma
redução do custo médio de medicamentos faturados por utilizador.
- Saúde Ambiental - Foram realizadas 663 análises bacteriológicas e 265 análises Físico-químicas às
águas de consumo humano, das quais 512 (77,2 %) cumprem os requisitos necessários. Nas águas das
piscinas foram realizadas 728 análises bacteriológicas e 285 análises Físico-químicas, das quais 600
(82,4%) cumprem os requisitos necessários. Nas águas balneares regista-se o cumprimento em 94,2%
das análises. Foram produzidos, em 2015, no ACeS , 30.058,1 Kg de resíduos do grupo III e 3.346 Kg de
resíduos do grupo IV.
- DDO -Em 2015 foram notificados, 406 casos de doenças, dos quais 167 eram de casos confirmados.
- Vacinação - A avaliação do PNV através do SINUS vacinação, do esquema cumprido ou em execução,
mostra que os resultados de cobertura vacinal se situam acima dos 95%, para os grupos etários dos 2,
7, e 18 anos.
- Projetos de intervenção comunitária – Foram realizados um vasto conjunto de projetos que visam a
educação, a prevenção, promoção e proteção da Saúde realizados em diferentes grupos da população e
em diversas áreas.
- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – Na ECCI, a taxa de ocupação variou entre 76,9%
e 98,9%; a taxa de eficácia de visitação domiciliária nas primeiras 24 horas oscilou entre 86% e 100%.
- Gabinete do Cidadão – Em 2015 houve 406 exposições, das quais 385 foram reclamações, 17 elogios e
4 sugestões.
- Formação – O ACeS promoveu e realizou 42 formações em serviço em diferentes áreas. Tiveram
formação, em diferentes áreas, 382 estagiários e internos.
- Atividade científica/investigação – Foram desenvolvidos vários trabalhos de investigação, que foram
publicados em congressos, conferencias e revistas científicas.
- Parcerias – Os profissionais do ACeS integram diversas parcerias no âmbito da promoção e proteção
de saúde na comunidade: rede social, rendimento social de inserção, CPCJ, NACJR, intervenção precoce,
comissão municipal de educação, e comissão municipal de proteção civil.
ACeS BAIXO VOUGA Relatório de Atividades 2015
139
- Juntas Médicas – Em junta médica, foram observados 2.219 utentes e avaliados 2.149. Por período
foram, em média, observados 21,8 utentes e avaliados 21,1.
- Orçamento Económico Custos e Perdas - O ACeS cumpriu as metas estipuladas no tocante ao controlo
de execução do referido orçamento.
Neste relatório ficou bem patente o trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde das unidades
funcionais do ACeS com o cidadão, no acompanhamento do seu ciclo de vida em situações de saúde e
doença, bem como a preocupação com a família, na vivência das suas transições normativas e
acidentais, com especial enfoque no cidadão, família e comunidade, como cliente e recurso. Realça-se
que, para a consecução daquele trabalho, há um conjunto de outros domínios de atividade, transversais
que se apresentam como suporte fundamental à sua boa execução.
Não obstante algumas carências (recursos humanos, equipamentos, instalações e sistemas de
informação), pode concluir-se, que no ano de 2015, o ACeS deu resposta ao seu Plano de Desempenho e
ao Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (Revisão e Extensão 2020).
Assim, num contexto de avaliação geral, poder-se-á considerar que o grau de realização das atividades
planeadas e das metas previstas para o ano 2015, é francamente positivo, mantendo-se o caminho para
se continuar a progredir na concretização das atividades cometidas ao ACeS, bem como, a contribuir
ativamente para a melhoria do estado de saúde da população.