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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 Abril de 2016

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2015

Abril de 2016

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MINISTÉ RIO DA SAÚ DÉ

ADMINISTRAÇA O RÉGIONAL DÉ SAÚ DÉ DO CÉNTRO, IP

AGRÚPAMÉNTO DÉ CÉNTROS DÉ SAÚ DÉ DO PINHAL LITORAL

Relató rió de Atividades de 2015

DIRETORA EXECUTIVA

Maria Isabel Poças - Assistente Graduada de Medicina Geral e Familiar

PRESIDENTE DO CONSELHO CLÍNICO E DE SAÚDE

Carlos Alberto Faria Ferreira - Assistente Graduado de Medicina Geral e Familiar

NÚCLEO DE PLANEAMENTO

Rui Passadouro Fonseca - Assistente Graduado de Saúde Pública

Cristina Isabel Santos - Enfermeira Especialista Enf. Saúde Comunitária

Andreia Catarina Lopes - Técnica Superior

Maria Gracinda Junqueira – Médica Interna da formação específica em Saúde Pública

Leiria, abril de 2016

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i

ABREVIATURAS E SIGLAS

ACES – Agrupamento de Centros de Saúde

ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde

ADI – Apoio domiciliário integrado

ARA – Antagonista do recetor da angiotensina

ARS – Administração Regional de Saúde

CAJ – Centro de atendimento a jovens

CHL – Centro Hospitalar Leiria-Pombal

CLDS – Contrato Local de Desenvolvimento Social

CQS – Comissão da qualidade e da segurança do doente

CSD – Cuidados de Saúde Diferenciados

CSP – Cuidados de Saúde Primários

CSS – Cuidados de Saúde Secundários

CV - Cardiovascular

DGS – Direção Geral da Saúde

DDO – Doença de Declaração Obrigatória

DM – Diabetes Mellitus

DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

ECL – Equipa Coordenadora Local

ELI – Equipa Local de Saúde

GCL – Grupo Coordenador Local

IMC – Índice de Massa Corporal

INE – Instituto Nacional de Estatística

IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social

MCDT – Meio Complementar de Diagnóstico e Terapêutica

MF – Médico de Família

MS – Ministério da Saúde

NACJR – Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

NOC – Norma de Orientação Clínica

OTL – Ocupação de Tempos Livres

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OMS – Organização Mundial de Saúde

PF – Planeamento Familiar

PL – Pinhal Litoral

PNS – Plano Nacional de Saúde

PNSE – Plano Nacional de Saúde Escolar

PNV – Plano Nacional de Vacinação

RN – Recém-nascido

RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

ROR – Registo Oncológico Regional

RT - Receituário

SAPE – Sistema de Apoio à Prática da Enfermagem

SIARS – Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde

SINAVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

SINUS – Sistema de Informação para Unidades de Saúde

SISS – Sistema de Informação de Serviço Social

SNIPI – Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância

SNS – Serviço Nacional de Saúde

TOD – Toma Observada Direta

UAG – Unidade de Apoio à Gestão

UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade

UCF – Unidade Coordenadora Funcional

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UF – Unidade Funcional

UFQSL - Unidade Funcional da Qualidade em Saúde de Leiria

URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF – Unidade de Saúde Familiar

USP – Unidade de Saúde Pública

VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

1

ÍNDICE

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1. CARACTERIZAÇÃO DO ACES PINHAL LITORAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.1. Organograma do ACES PL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.2. Recursos humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.3. Área Geográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1.4. População . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.1. Indicadores do eixo nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.2. Indicadores do eixo regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.3. Indicadores do eixo Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.4. Outros indicadores de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.5. Processo de contratualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3.1. Movimento assistencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

4. TEMPOS MÁXIMOS DE RESPOSTAS GARANTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

5. PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

6. INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

6.1 Publicações em revistas científicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

6.2 Comunicações em reuniões científicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

6.3 Atividade Formativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Evolução da Taxa bruta de natalidade (‰) por local de residência, 2000-2014 ........... 11

Gráfico 2 - Evolução da Taxa bruta de mortalidade por local de residência, 2000-2014 ................ 13

Gráfico 3 - Taxa de mortalidade infantil (%0) de 1960 a 2014 ......................................................... 14

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Diagrama Organizacional do ACES PL ................................................................................ 3

Figura 2 – Área geográfica das Unidades de Saúde do ACES Pinhal Litoral ....................................... 6

Figura 3 – Pirâmide etária: população inscrita no ACES PL, a 31/12 ................................................. 8

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

2

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Recursos Humanos por estruturas do ACES PL ............................................................... 4

Quadro 2 – Recursos humanos em Dezembro de 2015 e respetiva dotação .................................... 5

Quadro 3 – Utentes ativos por Unidade Funcional (UF) em 31/12/2015 .......................................... 7

Quadro 4 – População inscrita, utilizadores e taxa de utilização do ACES PL, 2012-2015 ................. 8

Quadro 5 – Índices de Dependência 2001, 2011, 2013 e 2014 .......................................................... 9

Quadro 6 – Índice de Envelhecimento e de Longevidade por local de residência .......................... 10

Quadro 7 – Total de nados-vivos por Local de residência da mãe ................................................... 11

Quadro 8 – Óbitos por local de residência, 2000-2014 .................................................................... 12

Quadro 9 - Taxa de mortalidade infantil (‰) na área geográfica do Pinhal Litoral, da Região Centro

e do Continente, 1960-2014 ............................................................................................................ 14

Quadro 10 - Indicadores de saúde por município, 2008-2013 (‰) ................................................. 16

Quadro 11– Evolução das doenças de declaração obrigatória, no ACES PL, 2011 a 2015 .............. 18

Quadro 12 - Indicadores de contratualização 2015, eixo nacional .................................................. 19

Quadro 13 – Indicadores de contratualização 2015, eixo regional .................................................. 20

Quadro 14 – Indicadores de contratualização 2015, eixo local ....................................................... 20

Quadro 15 – Outros Indicadores de desempenho ........................................................................... 20

Quadro 16 – Normas de Orientação Clínica (NOC) .......................................................................... 28

Quadro 18- Consultas médicas efetuadas nos anos 2013-2015 e variação percentual .................. 30

Quadro 19 – Consultas de alcoologia, tabagismo e pneumologia ................................................... 31

Quadro 20 - Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde ................................................... 32

Quadro 21 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2013-2015 ....................... 33

Quadro 22 – Consultas não médicas e Serviço Social do ACES PL ................................................... 33

Quadro 23 – Atividades desenvolvidas no CDP de Leiria ................................................................. 34

Quadro 24 – Tempos Máximos de Resposta Garantidos ................................................................. 35

Quadro 25 – Orçamento e Proposta de Execução Económica – Custos e Perdas ........................... 36

Quadro 26 – Orçamento e Proposta de Execução Económica – Proveitos e Ganhos ...................... 36

Quadro 27 – Atividade Formativa ACeS PL em 2015 ....................................................................... 39

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

1

INTRODUÇÃO

O Plano Nacional de Saúde (PNS) 2012-2016, a sua Revisão e Extensão a 2020

recomendam a adoção de medidas que reforcem a primazia dos Cuidados de Saúde

Primários (CSP), como cuidados de proximidade, continuidade e transversalidade. Devem

ser a primeira linha no contacto entre a comunidade e o sistema de saúde, assumindo

uma importância relevante na melhoria do estado de saúde das populações, através da

promoção da saúde, prevenção da doença, prestação de cuidados e articulação

interinstitucional.

Os ganhos em saúde, objetivados na esperança de vida à nascença, diminuição das taxas

de mortalidade infantil, neonatal e perinatal, ou a redução dos anos de vida potencial

perdidos, demonstram o sucesso dos cuidados de saúde em Portugal, sobretudo com a

implementação dos CSP a nível nacional.

A sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na atual situação de restrição

orçamental, decorrente da situação financeira do país, coloca a contenção de gastos na

ordem do dia. Os CSP favorecem a sustentabilidade do sistema ao permitir a utilização

racional das tecnologias hospitalares, mais dispendiosas. É reconhecido que os cidadãos

de países com um melhor desenvolvimento dos CSP tendem a ter um melhor nível de

saúde.

O envelhecimento da população, com necessidade de cuidados acrescida, associada à

escassez de recursos humanos e financeiros, obrigam a um rigor acrescido da governação

em saúde.

Nesta linha, e no seguimento da reforma dos CSP iniciada com o Decreto-lei nº 28/2008

de 22 de fevereiro, alterado pelos Decretos-Lei nº 81/2009, de 2 de abril,102/2009, de 11

de maio, 248/2009, de 22 de setembro, 253/2012, de 27 de novembro, e 137/2013, de 7

de outubro, surgem os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), com a missão de

garantir a prestação de Cuidados de Saúde Primários (CSP) à população de determinada

área geográfica. Os ACES podem agrupar mais do que um Centro de Saúde (CS) e são

constituídos por várias unidades funcionais (USF, UCSP, USP, UCC, URAP, UAG),

descentralizadas e autónomas, que detêm o seu principal enfoque na interface

cidadão/serviços. Funcionalmente, têm carácter estrutural permanente para fins de

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

2

prestação de cuidados à pessoa e à família, e para assegurar intervenções na

comunidade, através de programas e projetos com alcance populacional, numa política

de proximidade, continuidade, qualidade e transversalidade. Esta nova arquitetura

organizacional dos CSP visa melhorar a afetação de recursos, promover o desempenho

organizacional orientado para ganhos em saúde, e garantir cuidados adequados, seguros,

efetivos e eficientes.

Um Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) deve ser sustentável, por um lado, mas

deve continuar a prestar cuidados de qualidade à população abrangida. Nunca foi tão

pertinente a utilização dos critérios da “Integrated Governance”, que concilia a

“Corporate Governance” com a “Clinical Governance”, tendo sempre em consideração o

acesso dos cuidados, a segurança e a melhoria contínua da qualidade.

O Relatório de Atividades 2015 é elaborado em conformidade com a alínea c) do artigo

38º do Decreto-Lei nº28/2008, de 22 de fevereiro e constitui um documento de análise

da execução global do Plano de Atividades do ACES PL, procurando sintetizar o percurso

efetuado ao longo do ano, justificar os desvios, avaliar os resultados e estruturar

informação relevante para o futuro próximo, constituindo um documento de inegável

interesse para a análise e reflexão dos indicadores contratualizados e do seu impacto

sobre a saúde (health impact assessment).

A recolha de dados para a elaboração deste relatório baseou-se na informação obtida

através das aplicações informáticas SIARS (Sistema de Informação das Administrações

Regionais de Saúde), SINUS® (Sistema de Informação para Unidades de Saúde), S-Clínico,

INE (Instituto Nacional de Estatística) e SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância

Epidemiológica).

Seguidamente apresenta-se a descrição das atividades desenvolvidas durante o ano de

2015, avaliando os resultados atingidos em relação ao desempenho planeado e aos

objetivos específicos, facultando informação relevante para o planeamento de atividades

futuras.

O Grupo de Planeamento

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

3

1. CARACTERIZAÇÃO DO ACES PINHAL LITORAL

No capítulo da caracterização do ACES Pinhal Litoral pretende-se apresentar o seu

modelo organizacional, bem como efetuar um pequeno diagnóstico da situação de saúde,

identificando a população em risco e as características da mesma que predispõem a uma

maior procura de cuidados de saúde.

1.1. Organograma do ACES PL

A principal missão do ACES PL é garantir a prestação de cuidados de saúde primários à

população da área geodemográfica do Pinhal Litoral (Portaria 394-A/2012 de 29 de

novembro). Tem a sua sede na cidade de Leiria e integra os concelhos da Batalha, Leiria,

Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós. É composto pelos Centros de Saúde da Batalha,

Leiria, Marinha Grande, Pombal, Porto de Mós e respetivas Extensões de Saúde. Está

descentralizado em várias unidades funcionais, cuja estrutura formal referente a

dezembro de 2015 se encontra representada pela figura 1.

Figura 1 – Diagrama Organizacional do ACES PL

Fonte: ACES, 2016

CENTRO DE SAÚDE

MARINHA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE

POMBAL

CENTRO DE SAÚDE

PORTO DE MÓS

UCSP Pombal

Oeste

DIRETORA EXECUTIVA CONSELHO DA

COMUNIDADE GRUPO COORDENADOR LOCAL PPCIRA

COMISSÃO QUALIDADE E SEGURANÇA

GABINETE DO CIDADÃO

DIREÇÃO DE ENFERMAGEM CONSELHO EXECUTIVO UNIDADE DE APOIO À

GESTÃO

ECL RNCCI

CENTRO DE SAÚDE

BATALHA

UCSP Novos

Horizontes

CENTRO DE SAÚDE

DR. ARNALDO

SAMPAIO

UCC Arnaldo

Sampaio

CENTRO DE SAÚDE

DR. GORJÃO

HENRIQUES

USP CONSELHO CLÍNICO

AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE PINHAL LITORAL

USF D. Diniz USF Santiago

UCC Mª Grande

UCSP Porto de

Mós USF Cidade do Lis

UCSP Cidade e as

Serras

UCSP Colipo

UCSP Flor do Liz

UCC D. Fuas

Roupinho

USF Marquês

UCSP S. Martinho

Ext. Saúde - 4

Ext. Saúde - 13

USF Condestável

Ext. Saúde - 4

UCSP Sicó

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

4

1.2. Recursos humanos

Quadro 1 – Recursos Humanos por estruturas do ACES PL

UNIDADE FUNCIONAL

CARREIRA/CATEGORIA PROFISSIONAL Médicos

Enf. Assist.

Tec. Assist. Oper.

TDT Téc. Sup. Saúde Téc. Superior

Infor- mática

Sub Total

TOTAL P/

LOCAL

MGF

SP Internos TSA Fisiot. Dietista H.

Oral Radiologia Ortóptica Farmácia

Eng. Sanitária

Nutrição Psicolog. Serv. Social

Regime Geral

Prest. Serv.

Reg. Geral

Prest. Serv.

Reg. Geral

Prest. Serv.

Batalha CS Batalha

a)

1

1

27 USF Condestável 9

9

8

26

Arnaldo Sampaio

CS A Sampaio 12

a)

8 3 11 7

41

96 UCC*

5

5

UCSP Fonte Rei 5

6

4

15

UCSP Norte 7

4 2 3 1

17

USF Santiago 7

6

5

18

Gorjão Henriques

CS G Henriques

3

6 4

13

120

UCSP Cid Serras 9

10

5 1

25

UCSP Colipo 7

5

5 3

20

UCSP Flor do Lis 9

6 3 6 3

27

USF Cidade Liz 6

6

5

17

USF D. Diniz 6

6 1 5

18

Marinha Grande

CS M Grande 17

a)

24 2 15 4

62 65

UCC*

3

3

Pombal

CS Pombal

a)

2

1

3

96

UCC*

5

5

UCSP Pombal O 5

6

5

16

UCSP Sicó 8

7 1 6 1

23

UCSP S. Martinh 7

7

5

19

UCSP V Arunca 6

3 2 2

13

USF Marquês 6

6

5

17

Porto de Mós

CS Porto de Mós

a)

2 1

3

47 UCC*

4

4

UCSP N Horiz 4 1

4

5

14

UCSP Porto Mós 7

10

8 1

26

UAG

1

15 7

1

3 2 2 31 31 URAP

4

2 2 1

2 3 4

18 18

USP

10

5

7

10

1

33 33 Méd Int

42

42 42

Diretor Ex

1

1 1 Total

138 1 10 42 159 14 138 36 10 4

2 2 1 1 1 2 3 4 4 2 2

574

Fonte: ACES PL, 2016 – Recursos Humanos existentes em 31/12/2015. a) incluídos na USP (1 CS Batalha; 4 CS AS; 2 CS MG; 2 CS Pombal; 1 CS PM). UCC*: afeto mais de 50% do tempo; CS: Centro de Saúde; UCC: Unidade de Cuidados Comunidade; UCSP: Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados; SP: Saúde Pública.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

5

Da análise do Quadro 2, verifica-se um défice de pessoal de aproximadamente 26%

relativamente à dotação prevista. Esta carência é transversal a todos os grupos

profissionais com exceção dos Técnicos Superiores de Saúde, e constitui um sério

constrangimento à garantia dos direitos ao acesso de cuidados de saúde com qualidade.

Quadro 2 – Recursos humanos em Dezembro de 2015 e respetiva dotação

Mapa de pessoal do ACES PL Dotação Existência Défice Défice (%)

Médicos de MGF 174 138 35 20

Médicos de SP 12 10 2 17

Enfermeiros 200 173 27 14

Assistentes Técnicos 195 138 57 29

Assistentes Operacionais 86 36 50 58

TDT 29 19 10 34

Técnico Superior Serviço Social 7 4 3 43

Técnico Superior Saúde 6 7 ---- ---

Técnico Superior Regime Geral 9 5 4 44

Informática 3 2 1 33

TOTAIS 721 532 188 26

Fonte: ACES, 2016

1.3. Área Geográfica

O ACES PL insere-se no Distrito de Leiria e abrange a área geográfica dos concelhos da

Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós (Figura 2 – Área geográfica das

Unidades de Saúde do ACES Pinhal Litoral), com uma população residente de 260.492

indivíduos, segundo os Censos de 2011. Cerca de metade dos habitantes estão

concentrados no município de Leiria. Considerando o eixo Pombal-Leiria-Marinha Grande,

esta proporção atinge os 84% da população residente. Os municípios de Porto de Mós e

da Batalha são os menos populosos, com valores respetivos de 9% e 6% da população

total da NUT III Pinhal Litoral. Segundo as estimativas do INE, a população na área do

ACES PL tem vindo a decrescer, situando-se em 2014 nos 258.103 residentes. A área

geográfica do ACES PL tem expressão relevante em termos socioeconómicos e é

fortemente representativa do distrito de Leiria no âmbito das atividades ligadas aos

setores primário, secundário e terciário. A agricultura e a pecuária são tradicionais e

laboram nesta região indústrias de moldes, de fabrico de alimentos compostos para

animais, de moagem, de serração de madeiras, de resinagem, de cimentos, de metais, de

serração de mármores, de construção civil, de comércio e, mais recentemente, tomam

relevo as atividades ligadas ao turismo.

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6

Figura 2 – Área geográfica das Unidades de Saúde do ACES Pinhal Litoral

Fonte: ACES PL, 2016

Nº habitantes: 260942 (Censos 2011)

Distância máxima entre a Sede do ACES e a Unidade mais distante (Redinha): ≈ 39 km

Densidade populacional: 149,7 hab./km2 (Censos 2011)

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7

1.4. População

Neste capítulo pretende-se fazer uma breve caracterização total da população inscrita no

ACES PL, por unidade funcional, e apresentar alguns indicadores demográficos.

1.4.1. População Inscrita

Da análise do Quadro 3 constatamos que a 31 de dezembro de 2015 o total de utentes

inscritos no ACES PL era de 263112, dos quais 23680 (9%) não possuíam médico de

família. Em 2015, a média de utentes por médico no ACES PL foi de 1866, identificando-se

23680 sem médicos de família atribuído.

Quadro 3 – Utentes ativos por Unidade Funcional (UF) em 31/12/2015

Instituição Unidade Funcional

Nº de

utentes

ativos

Utentes s/ MF

MF c/ ficheiro

Média

utentes

por

médico Nº de utentes %

CS Batalha USF Condestável 15511 5 0 9 1723

CS Gorjão

Henriques

UCSP Colipo 13070 1304 10 7 1867

UCSP Flor do Liz 16292 1842 11,3 8 2037

UCSP Cidade e as

Serras 19763 4877 24,7 9 2196

USF D. Diniz 11414 1 0 6 1902

USF Cidade do Lis 10986 1 0 6 1831

CS Arnaldo

Sampaio

CS Arnaldo Sampaio* 45233 4235 9,4 25 1809

USF Santiago 12615 16 0,1 7 1802

CS Marinha

Grande CS Marinha Grande* 37821 7207 19,1 18 2101

CS Pombal

USF Marquês 10701 41 0,4 6 1784

UCSP Pombal Oeste 9741 78 0,8 6 1624

UCSP S. Martinho 12738 22 0,2 7 1820

UCSP Sicó 12163 794 6,5 8 1520

CS Pombal* 9593 339 3,5 6 1599

CS Porto de

Mós

UCSP Novos

Horizontes 8829 3 0 5 1766

UCSP Porto de Mós 16642 2915 17,5 8 2080

TOTAL 263112 23680 9 141 1866

Fonte: SIARS, 2016 (*) Ficheiros do CS não organizado em unidades funcionais.

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Da análise do Quadro 4 podemos constatar que houve um decréscimo (-2,8%) de utentes

inscritos no ACES PL de 2014 para 2015, após uma anterior subida (+1,7%) de 2013 para

2014. A taxa de utilização tem-se mostrado flutuante ao longo dos últimos anos, com um

aumento de 62,37% para 67,53%, de 2012 para 2013, seguido de uma diminuição de

67,53% para 65,59% entre 2013 e 2014, com novo aumento em 2015 de 65,49% para

68,06%. O total da população inscrita a 31 de dezembro de 2015 era de 263112.

Quadro 4 – População inscrita, utilizadores e taxa de utilização do ACES PL, 2012-2015

ANOS/ACES Nº INSCRITOS (em 31/12) Nº

UTILIZADORES TAXA DE UTILIZAÇÃO %

2012 285.696 182.017 62,37

2013 266.426 179.911 67,53

2014 270.861 177.396 65,49

2015 263.108 179.083 68,06

Fonte: SIARS, 2016

Da análise das pirâmides etárias da população inscrita no ACES PL, de 2008 e 2015 (Figura

3), verifica-se um estreitamento da base e um alargamento do topo, o que traduz um

envelhecimento da população. Salientam-se os grupos etários 25-29 e 30-34 anos, nos

quais se verifica uma diminuição acentuada da população inscrita.

Figura 3 – Pirâmide etária: população inscrita no ACES PL, a 31/12 2008, 2012 e 2015

Fonte: SIARS, 2016

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9

1.4.2. Indicadores Demográficos

A caracterização demográfica de uma população permite analisar a sua tendência, isto é,

o seu crescimento, envelhecimento e mobilidade. Quando efetuada em simultâneo com

os indicadores demográficos, permite avaliar as necessidades em saúde de uma

população possibilitando comparações individuais e coletivas de forma a tomar decisões

e a planear intervenções adequadas.

O Índice de dependência total representa a relação entre a população jovem e idosa

(população dependente) e a população em idade ativa (adulta) de uma dada população,

definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas entre os 0 e os 14

anos conjuntamente com as pessoas com 65 anos ou mais, e o número de pessoas com

idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos.

Da análise do Quadro 5, verificamos que o Índice de dependência total nas áreas

geográficas que compõem o ACES PL tem-se mantido inferior ao da Região Centro em

todos os concelhos, entre 2001 e 2014, com exceção do concelho de Pombal, que tem

registado os valores mais elevados nos últimos anos, refletindo a redução do peso

relativo da população em idade ativa neste município. O concelho de Leiria continua a

registar o menor agravamento no Índice de dependência total, verificando-se, contudo,

um aumento dos valores em todas as unidades territoriais entre 2001 e 2011, fruto do

aumento do Índice de dependência de idosos.

Quadro 5 – Índices de Dependência 2001, 2011, 2013 e 2014

LOCAL DE RESIDÊNCIA

Índice de dependência de jovens por Local de residência;

Anual

Índice de dependência de idosos por Local de residência;

Anual

Índice de dependência total por local de residência; Anual

2001 2011 2013 2014 2001 2011 2013 2014 2001 2011 2013 2014

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Continente 23,7 22,5 22,2 21,9 24,8 29,3 30,8 31,6 48 52 53 53,6

Centro 23,2 21,3 20,7 20,3 30,3 34,2 35,3 36 53 57 56,1 56,3

Pinhal Litoral 24,5 22,5 21,7 21,3 24 28,8 30,2 30,8 48 52 51,9 52,1

Batalha 25,4 23,4 22,2 22,1 25,3 28 29 29,6 50 53 51,2 51,7

Leiria 25,2 22,5 21,7 21,4 20,6 25,4 26,8 27,6 45 49 48,6 48,9

Marinha Grande 21,7 22,6 22,5 22,2 22,4 28,1 30,4 31,4 43 51 52,8 53,6

Pombal 24,5 21,9 21 20,5 31,3 36,6 37,4 37,5 54 61 58,4 58

Porto de Mós 24,7 22,9 21,8 21,1 26,6 31,4 32,9 33,2 51 56 54,7 54,3

Fonte: INE, 2016

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1.4.2.1. Índices de envelhecimento e de longevidade

O Índice de envelhecimento representa a relação entre o número de indivíduos

com 65 ou mais anos que existem por cada 100 indivíduos com menos de 15

anos.

Da análise efetuada ao Quadro 6 constatamos que houve um aumento do Índice de

envelhecimento em todos os locais de residência/áreas geográficas na última década. De

entre os concelhos integrados no ACES Pinhal Litoral, Pombal destaca-se pela negativa

com o maior índice de Envelhecimento e Leiria destaca-se pela positiva com o menor,

tendência que se manteve semelhante nos valores dos censos de 2001 e 2011 e no ano

de 2014.

Quadro 6 – Índice de Envelhecimento e de Longevidade por local de residência

Fonte: INE, 2016

O Índice de longevidade indica-nos a relação entre a população mais idosa e a população

idosa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 75 ou

mais anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos.

A análise do Quadro 6 permite verificar que o Índice de longevidade aumentou de 2001

até 2014, em todas as unidades geográficas apresentadas, em consequência do aumento

da esperança de vida.

1.4.2.2. Nados-vivos e taxa bruta de natalidade

A Taxa bruta de natalidade mostra-nos o número de nados-vivos ocorrido durante um

período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período.

Da análise do Quadro 7 constata-se que o total de nados-vivos aumentou, em 2014, nos

LOCAL DE

RESIDÊNCIA

Índice de envelhecimento por

Local de residência

Índice de longevidade por Local

de residência

2001 2011 2013 2014 2001 2011 2013 2014

Portugal 102,6 127,6 136 141,3 42,2 48,6 49 49,1

Continente 104,8 130,5 138,9 144,3 42,2 48,7 49,1 49,2

Centro 130,5 160,7 170,3 177 44,2 51,3 52 52,3

Pinhal Litoral 98 128 138,7 144,4 41,1 47,9 48,8 49,2

Batalha 99,8 119,4 130,4 133,8 42,5 49,8 50,5 50,9

Leiria 81,9 113 123,5 129,1 41,5 46 46,6 46,8

Marinha Grande 103,1 124,4 135 141,9 38 45,1 45,6 46

Pombal 128 166,9 177,7 183,3 41,4 51,5 52,9 54

Porto de Mós 108 137,6 150,6 157,7 41,4 50,3 52 52,1

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concelhos de Batalha, Pombal e Porto de Mós, mantendo-se uma tendência decrescente

nos restantes municípios do Pinhal Litoral. No período em análise, o decréscimo do

número de nascimentos na área do Pinhal Litoral foi de 568 nados-vivos.

Quadro 7 – Total de nados-vivos por Local de residência da mãe

Local de residência da mãe

Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 ∆ 2008 a

2014

Continente 99057 94324 96133 91701 85306 78607 78312 -20745

Centro 20156 18934 19127 18342 17195 15733 15556 -4600

Pinhal Litoral 2472 2381 2339 2300 2008 1934 1904 -568

Batalha 160 143 151 146 134 112 143 -17

Leiria 1229 1200 1153 1211 1026 1011 990 -239

Marinha Grande 365 375 382 328 306 310 266 -99

Pombal 492 448 437 405 360 355 357 -135

Porto de Mós 226 215 216 210 182 146 148 -78

Fonte: INE, 2016 [link]

Perante a análise do Gráfico 1, verificamos que a Taxa bruta de natalidade aumentou, em

2014, nos concelhos de Porto de Mós, Pombal e Batalha, contrariando a tendência

decrescente da última década.

Gráfico 1 - Evolução da Taxa bruta de natalidade (‰) por local de residência, 2000-2014

Fonte: INE, 2016 [link]

6

7

8

9

10

11

12

13

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

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20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Centro Pinhal Litoral Batalha

Leiria Marinha Grande Pombal

Porto de Mós Linear (Pinhal Litoral)

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12

1.4.2.3. Óbitos e taxas de mortalidade

A Taxa bruta de mortalidade indica-nos o número de óbitos observado durante um

determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média

desse período.

No Quadro 8 – Óbitos por local de residência, 2000-2014 apresentamos o número

absoluto de óbitos por local de residência entre os anos de 2000 e 2014, que serviram de

suporte ao cálculo das taxas brutas de mortalidade apresentadas no gráfico seguinte.

Quadro 8 – Óbitos por local de residência, 2000-2014

Ano Continente Centro Pinhal Litoral

Batalha Leiria Marinha Grande

Pombal Porto de

Mós

2000 100021 27253 2233 124 882 344 623 260

2001 99706 27146 2276 140 925 311 622 278

2002 100880 27787 2355 127 987 299 712 230

2003 103321 28462 2424 148 1012 345 660 259

2004 96946 26368 2285 145 936 327 640 237

2005 102323 27700 2486 161 990 360 705 270

2006 97038 26206 2323 130 1012 348 606 227

2007 98668 26896 2404 111 1022 347 646 278

2008 99401 27072 2478 146 1066 362 668 236

2009 99335 26725 2475 150 1073 356 656 240

2010 100837 27080 2405 131 1025 345 676 228

2011 97968 26356 2345 140 998 342 617 248

2012 102821 28108 2523 133 1094 383 663 250

2013 101656 27415 2461 121 1045 360 696 239

2014 99737 26615 2548 137 1088 399 671 253

Fonte: INE, 2016

Pela análise do Gráfico2 constatamos que a Taxa de mortalidade é mais elevada no

concelho de Pombal ao longo do período em estudo, quando comparada com os

restantes municípios, sendo que Leiria e Batalha foram os concelhos onde se verificou a

taxa mais baixa em 2014.

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Gráfico 2 - Evolução da Taxa bruta de mortalidade por local de residência, 2000-2014

Fonte: INE, 2016 [link]

A Taxa de mortalidade infantil representa o número de óbitos de crianças com menos de

1 ano de idade, em relação ao número de nados vivos no mesmo período (habitualmente

expressa em número de óbitos de crianças com menos de 1 ano por 1000 nados vivos).

Verificamos que esta taxa não apresenta valores constantes para a mesma unidade

territorial nos anos em estudo (Quadro 9). O ano de 2012 registou a mais elevada Taxa de

mortalidade infantil na área de abrangência do ACES PL desde 1996 (5,0‰, a que

corresponde um número de 10 óbitos). Desses óbitos, 9 ocorreram no período neonatal e

4 no período neonatal precoce. Em 2014 verificou-se um aumento ligeiro face ao ano

2013 (1,6‰ para 2,1‰), destacando-se o concelho da Batalha com a taxa de mortalidade

infantil mais elevada do Pinhal Litoral (3,8‰ a que corresponde um óbito). Este fato que

poderá ser explicado pela “lei dos pequenos números” – um pequeno acréscimo do

número de óbitos infantis traduz-se por um grande aumento da taxa, em virtude da

pequena dimensão do denominador. Os concelhos da Batalha e de Porto de Mós mantêm

0 óbitos, à semelhança do ano 2013.

11,7 11,611,8

12,1

11,2

11,8

11,211,5 11,6

11,411,6

11,3

12,212

11,7

9 9,19,3

9,5

8,9

9,7

99,3

9,5 9,59,2

9

9,79,5

7,47,7

8,18,3

7,68 8,1 8,2

8,5 8,58,1

7,9

8,68,3

8,7

7

8

9

10

11

12

13

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Centro Pinhal Litoral Batalha Leiria

Marinha Grande Pombal Porto de Mós

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Quadro 9 - Taxa de mortalidade infantil (‰) na área geográfica do Pinhal Litoral, da Região Centro e do Continente, 1960-2014

Ano Área Geográfica

1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014*

Pinhal Litoral (NUTS III) 52,1 15,8 3,5 3,6 1,7 1,3 1,3 5,0 1,6 2,1

Batalha 74,4 5,0 12,9 0,0 7,0 0,0 6,8 14,9 0,0 0,0

Leiria 56,2 15,2 3,1 3,7 1,7 1,7 0,8 4,9 1,0 2,0

Marinha Grande 52,5 13,7 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,8

Pombal 37,1 16,0 0,0 3,3 0,0 2,3 0,0 8,3 5,6 2,8

Porto de Mós 60,9 28,0 11,3 7,8 4,7 0,0 4,8 0,0 0,0 0,0

Região Centro (NUTS II) 60,4 18,8 5,1 3,9 2,5 1,9 2,6 3,7 2,1 2,6

Continente (NUTS I) 74,6 21,4 6,6 4,8 3,6 2,5 3,1 3,3 2,9 2,7

Fonte: INE, 2016 [link]; * valor calculado pelo ACES PL

O Gráfico 3 revela a diminuição histórica da Taxa de mortalidade infantil na década de 60

do século XX e a manutenção das taxas reduzidas no ano de 2014.

Gráfico 3 - Taxa de mortalidade infantil (%0) de 1960 a 2014

Fonte: INE, 2016 [link]

A Taxa quinquenal de mortalidade infantil reflete o número de óbitos de crianças com

menos de 1 ano de idade observado no período relativo aos últimos cinco anos, referido

ao número de nados vivos do mesmo período. Utiliza-se nas situações em que o

numerador traduz uma realidade com poucos indivíduos e por isso sujeito a grandes

variações percentuais, com pequena variação em número absoluto.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Título do Eixo

Pinhal Litoral (NUTS III) Batalha Leiria

Marinha Grande Pombal Porto de Mós

Região Centro (NUTS II) Continente (NUTS I)

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15

Verifica-se uma tendência de descida na área geodemográfica do ACES PL. Segundo os

dados mais recentes disponibilizados pelo INE, não se verificaram óbitos de crianças com

menos de 1 ano de idade no período de referência 2009-2013 no concelho da Marinha

Grande, enquanto o concelho da Batalha apresenta o valor mais elevado, 5,8‰ (Gráfico 1

– Evolução da taxa quinquenal de mortalidade infantil (‰), 1998 - 2013 e linha de

tendência do ACES PL).

Gráfico 1 – Evolução da taxa quinquenal de mortalidade infantil (‰), 1998 - 2013 e linha de tendência do ACES PL

Fonte: INE, 2016 [link]

Relativamente aos indicadores de saúde (Quadro 10 - Indicadores de saúde por

município, 2008-2013 (‰)), a Taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório

na área geodemográfica do ACES PL registou, de acordo com os últimos dados do INE, o

valor mais elevado no concelho de Pombal (3,5‰) e mais baixo no concelho da Batalha

(2,0 ‰).

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1997 -2001

2000 -2004

2001 -2005

2002 -2006

2003 -2007

2004 -2008

2005 -2009

2006 -2010

2007 -2011

2008 -2012

2009 -2013

Continente Centro Pinhal LitoralBatalha Leiria Marinha GrandePombal Porto de Mós Linear (Pinhal Litoral)

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

16

Quadro 10 - Indicadores de saúde por município, 2008-2013 (‰)

Município

Taxa quinquenal de mortalidade

infantil (2009/2013)

Taxa quinquenal de mortalidade

neonatal (2009/2013)

Taxa de mortalidade por

doenças do aparelho

circulatório (2013)

Taxa de mortalidade por tumores

malignos (2013)

Batalha 5,8 4,4 2,0 1,6

Leiria 2 1,6 2,2 1,9

Marinha Grande 0 0,0 2,5 2,3

Pombal 3 2,0 3,5 3,0

Porto de Mós 2,1 2,1 3,2 1,9

Fonte: INE, 2016

1.4.1.4. Morbilidade por doenças de declaração obrigatória

As doenças infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e

mundial. Desde 1980, altura do reconhecimento do início da pandemia VIH/SIDA, que os

epidemiologistas reconhecem a possibilidade de emergirem, no futuro, novos problemas

ou de reemergirem velhas epidemias, mesmo de forma inesperada, constituindo um

verdadeiro desafio à Saúde Pública (DGS, A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015).

Assim aconteceu recentemente em Portugal com Doença dos Legionários. Com uma

notificação média inferior a 100 novos casos por ano (correspondentes a pequenos

clusters ou casos esporádicos adquiridos na comunidade), a doença ressurge,

subitamente em novembro de 2014, com expressão de surto de grande dimensão (403

casos notificados e 14 óbitos registados em Vila Franca de Xira).

A notificação eletrónica das Doenças de Declaração Obrigatória (DDO), através da

plataforma SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), passou a ser

obrigatória a partir de 1 de janeiro de 2015, permitindo à Autoridade de Saúde Local,

Regional e Nacional conhecer, em tempo real, a ocorrência de uma doença transmissível

e implementar medidas de prevenção e controlo, de acordo com as suas competências,

limitando a disseminação da doença e a ocorrência de casos adicionais.

O SINAVE (instituído pela Lei nº 81/2009, de 21 de agosto, e regulamentado pela Portaria

nº 248/2013, de 5 de agosto), funciona como um instrumento para a monitorização

contínua da ocorrência das DDO em Portugal, fornecendo a base para o planeamento e

intervenção na sua prevenção e controlo. É um dos principais sistemas de vigilância

epidemiológica usado pelos serviços de saúde pública para monitorizar tendências,

avaliar a transcendência e magnitude dos problemas e tomar decisões sobre estratégias

de intervenção. A nível nacional, este sistema, permite ainda responder a vários

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17

requerimentos internacionais, como a comunicação à Organização Mundial de Saúde e ao

Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças, fornecendo a base do trabalho

com a comunidade internacional para a prevenção e controlo de surtos.

O número de notificações de DDO tem aumentado progressivamente na área

geodemográfica da USP do ACES Pinhal Litoral. Este facto que pode ser justificado, em

parte, pela desmaterialização da notificação.

Registaram-se em 2015 um total de 123 notificações (Quadro 11– Evolução das doenças

de declaração obrigatória, no ACES PL, 2011 a 2015), a que corresponde uma taxa de

incidência de 47,7%ooo (valor obtido com base numa população residente estimada pelo

INE para o Pinhal Litoral (NUT III) de 258.105 habitantes). Consideramos que estes valores

representam ainda uma subnotificação considerável, que poderá ser atenuada com a

recente entrada em vigor da Portaria nº 22/2016 de 10 de fevereiro de 2016, que

determina a obrigatoriedade da notificação laboratorial das DDO. Sabemos ainda que

fatores como a alteração dos métodos de vigilância em saúde pública, a introdução de

novos testes de diagnóstico, a descoberta de novas doenças, podem também influenciar

a notificação de doenças independente da sua verdadeira incidência.

A análise do quadro 11 permite verificar que, depois da diminuição da incidência de casos

de tuberculose respiratória registados em 2012, a incidência desta patologia no ACES PL

mantém-se estacionária, com 19 casos notificados em cada um dos anos de 2013, 2014 e

2015.

Ainda em 2015, no conjunto dos casos notificados na área de influência do ACES PL,

constatou-se um aumento expressivo de casos de Malária, Parotidite Epidémica, VIH e

Sífilis precoce. Destaca-se a redução do número de casos de Febre escaro-nodular para

metade e a ausência de casos de Febre Q e de Meningite meningocócica notificados.

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Quadro 11– Evolução das doenças de declaração obrigatória, no ACES PL, 2011 a 2015 C

ód

igo

DESIGNAÇÃO DOENÇA

2011 2012 2013 2014 2015

Bat

alh

a

Leir

ia

Mar

inh

a G

ran

de

Po

rto

de

s

Tota

l

Bat

alh

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Mar

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Po

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Tota

l

Bat

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Mar

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Po

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l

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Mar

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Po

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Po

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l

Bat

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a

Leir

ia

Mar

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a G

ran

de

Po

rto

de

s

Po

mb

al

Tota

l

A15 Tuberculose respiratória 2 11 1 3 17 1 8 2 11 13 3 3 19 1 9 2 3 4 19 13 3 2 1 19

A16 T. Respiratória não confirmada 1 2 3 7 7 0

A19 Tuberculose miliar 1 1 0 0

A771 Febre escaro-nodular 7 7 4 2 6 1 6 1 3 11 3 3 6 2 1 3

A01 Febres tifoide e paratifoide 0 0 1 1 1 1 2

B15 Hepatite A 2 2 1 1 1 2 1 4

B171 Hepatite aguda C 1 1 4 1 5 1 1 1 3 1 7 1 1

Hepatite C crónica 6 7 3 1 11

78 Febre Q 2 1 3 1 1 1 1 4 1 1 2 2 1 3 0

B50 Malária 0 1 1 1 1 1 1 1 5 3 1 10

B16 Hepatite aguda B 2 1 3 2 1 3 3 1 4 2 1 3 1 2 2 5

Hepatite B crónica 1 1 4 6

B26 Parotidite epidémica 1 1 0 5 1 6 1 1 8 3 4 15

A39.0 Meningite meningocócica 1 1 2 2 1 1 0

A39 Infeção meningocócica 0 2 2 1 1 1 1 0

A50 Sífilis Congénita 0 0 0 0

A51 Sífilis precoce 3 3 4 2 1 7 2 1 2 5 5 2 1 8 8 2 3 2 15

A23 Brucelose 0 3 2 2 2 2 2

A02 Outras salmoneloses 2 2 0 2 2 5 2 1 8 3 7 10

A481 Doença dos legionários 0 0 1 1 2 2 1 3

A27 Leptospirose 1 1 0 1 1 1 3 2 1 1 4 2 2

Giardíase 1 1 0

A54 Infeções gonocócicas 0 2 1 3 1 3 4

A37 Tosse convulsa 3 3 3 1 4 1 2 3

VIH e SIDA 1 1 2 1 5 1 1 8

TOTAL 4 30 3 6 43 2 41 7 4 53 2 44 8 1 11 66 2 40 10 4 15 71 4 61 11 16 31 123

Fonte: USP, 2016

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2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS

A contratualização é considerada um eixo primordial na reforma dos CSP na medida em

que incute maior responsabilidade e eficiência e, concomitantemente, melhores

resultados em saúde. É o resultado de um contrato relacional com os prestadores,

adequado a cada unidade de saúde e pressupõe uma negociação dinâmica e contínua a

nível externo e interno.

2.1. Indicadores do eixo nacional

Quadro 12 - Indicadores de contratualização 2015, eixo nacional CONTRATUALIZAÇÃO 2015

Eixo Nacional

Código SIARS

Indicador Resultado ACES

2014

Meta Contratualizada

2015

Resultado ACES 2015

2013.006.01 Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos

84,10 87,6 85,8

2013.004.01 Taxa de consultas de enfermagem no domicílio por 1.000 inscritos

118,9 127,0 123,7

2013.278.01 Proporção de embalagens de medicamentos prescritos, que são genéricos

41,6 55,0 50,1

2013.047.01

Proporção de utentes com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos

32,6 43,0 41,5

2013.074.01

Proporção de consultas médicas presenciais que deram origem a pelo menos uma codificação ICPC-2

86,6 90,0 92,5

GDH (id 087)

Taxa de internamentos por doença cerebrovascular, entre residentes com menos de 65 anos

5,69 5,50 7,22

2013.267.01

Índice de acompanhamento adequado na área do planeamento familiar nas mulheres em idade fértil

24,76 0,507 0,474

GDH (id 086)

Proporção de recém-nascidos de termo, de baixo peso

4,01 3,70 1,99

2013.064.01

Proporção de jovens com 14 anos com consulta médica de vigilância realizada no intervalo [11; 14[ anos e PNV totalmente cumprido até ao 14º aniversário

45,3 51,0 50,6

GDH (id 085)

Incidência de amputações major de membro inferior em utentes com diabetes, entre utentes residentes

0,25 0,25 0,73

2013.056.01

Proporção de utentes com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos, no período em análise

65,1 67,0 65,1

(id 72) Proporção de utilizadores satisfeitos ou muito satisfeitos

-- -- --

2013.068.01 Despesa média de medicamentos faturados, por utente utilizador (baseado no PVP)

167,66 € 163,80 € 166,41 €

2013.264.01

Despesa média de MCDTs faturados, por utente utilizador do SNS (baseado no preço convencionado)

55,76 € 57,50 € 65,56€

Fonte: SIARS, 2016

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20

2.2. Indicadores do eixo regional

Quadro 13 – Indicadores de contratualização 2015, eixo regional Eixo Regional

Código Indicador Resultado ACES 2014

Meta Contratualizada

2015

Resultado ACES 2015

2013.023.01 Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 27,9 36,0 40,4

2013.271.01 Índice de acompanhamento adequado utentes DM

31,1 0,550 0,618

2013.045.01 Proporção mulheres [25; 60[ A, com colpocitologia atualizada

33,8 43,0 36,5

2013.275.01 Proporção novos DM2 em terapêutica com metformina em monoterapia

0,95 71,0 71,9

Fonte: SIARS, 2016

2.3. Indicadores do eixo Local

Quadro 14 – Indicadores de contratualização 2015, eixo local

Eixo Local

Código Indicador Resultado

ACES 2014

Meta Contratualizada

2015

Resultado ACES 2015

2013.014.01 Proporção RN com consulta médica de vigilância até aos 28 dias de vida

39,1 90,0 91,9

2013.277.01 Proporção de fumadores, com consulta relacionada com o tabaco (1 ano)

86,7 23,5 27,5

Fonte: SIARS, 2016

2.4. Outros indicadores de desempenho

Quadro 15 – Outros Indicadores de desempenho

ACES Indicador Mês

2014 2015

Dezembro Dezembro

Métrica VALOR VALOR

PIN

HA

L LI

TOR

AL

2013.001.01 Proporção de consultas realizadas pelo MF 79,59 79,66 2013.002.01 Taxa de utilização global de consultas médicas 65,47 68,08 2013.003.01 Taxa de domicílios médicos por 1.000 inscritos 7,47 7,01 2013.005.01 Proporção de consultas realizadas pelo EF 64,79 63,63 2013.007.01 Proporção utiliz. referenciados p/ consulta hosp. 13,28 15,37 2013.008.01 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) 32,55 36,81 2013.009.01 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 27,96 31,16 2013.010.01 Taxa de utilização de consultas de PF (méd.) 22,81 26,64 2013.012.01 Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm. 48,49 45,62 2013.013.01 Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem 9,65 7,18 2013.015.01 Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida 9,42 8,64 2013.016.01 Proporção crianças c/ 6+ cons. méd. vigil. 1º ano 41,03 53,17 2013.017.01 Proporção crianças c/ 3+ cons. méd. vigil. 2º ano 50,80 56,16 2013.018.01 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 52,27 59,49 2013.019.01 Proporção de hipertensos com PA em cada semestre 41,85 44,86 2013.020.01 Proporção hipertensos < 65 A, com PA < 150/90 36,90 37,60 2013.021.01 Proporção hipertensos, c/ prescrição de tiazidas 21,18 19,62 2013.022.01 Proporção hipertensos sem DM c/ prescrição ARA II 25,25 23,84 2013.024.01 Proporção hipertensos, c/ cons. enf. e gestão RT 6,80 12,66

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21

2013.026.01 Proporção hipertensos >= 25A, c/ vacina tétano 88,91 90,76 2013.027.01 Proporção crianças 2A, c/ PNV cumprido até 2A 92,04 93,96 2013.028.01 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7A 94,06 94,78 2013.029.01 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14A 89,86 87,80 2013.030.01 Proporção inscritos com diabetes ou doença crónica ou doença cardíaca

crónica com idade >65 com vacina da gripe prescrita ou efetuada nos últimos 12 meses

37,25 38,24

2013.031.01 Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A 66,40 69,61 2013.032.01 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A 50,92 53,43 2013.033.01 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 37,74 45,94 2013.034.01 Proporção obesos > 14A, c/ cons. vigil. obesid. 2A 42,92 45,74 2013.035.01 Proporção DM com exame pés último ano 53,40 62,18 2013.036.01 Proporção DM c/ cons. enf. e gestão RT último ano 11,80 23,58 2013.037.01 Proporção DM c/ cons. enf. vigil. DM último ano 69,50 74,21 2013.038.01 Proporção DM c/ 1 HgbA1c por semestre 51,89 57,47 2013.039.01 Proporção DM c/ última HgbA1c <= 8,0 % 55,75 59,21 2013.040.01 Proporção DM c/ exame oftalmológico último ano 20,57 30,89 2013.041.01 Proporção DM2 em terapêut. c/ insulina 3,97 4,01 2013.042.01 Proporção DM2 em terapêut. c/ metformina 47,15 46,34 2013.044.01 Proporção mulheres [50; 70[ A, c/ mamogr. (2 anos) 53,24 53,91 2013.046.01 Proporção utentes [50; 75[A, c/ rastreio cancro CR 27,16 30,72 2013.050.01 Proporção grávidas c/ consulta RP efetuada 30,22 36,02 2013.053.01 Proporção inscritos >= 14 A, c/ registo consumo álcool 31,08 40,75 2013.054.01 Proporção utentes hábitos alcoól., c/ consulta 3A 61,63 59,69 2013.055.01 Proporção adultos c/ depres., c/ terap. anti-depr. 29,95 28,57 2013.057.01 % diagn. precoces (THSPKU) até 6 dia recém-nasc 86,85 85,51 2013.059.01 Proporção crianças 2 anos, c/ peso e altura 1 ano 70,80 73,58 2013.063.01 Proporção crianças 7A, c/ cons. méd. vig. e PNV 68,07 68,71 2013.065.01 Proporção utentes >= 75 A, c/ presc. cró. < 5 fár. 49,18 46,81 2013.067.01 Proporção utentes com idade >= 65 A, sem nenhuma prescrição de

trimetazidina no último ano 97,28 97,98

2013.070.0 Despesa medic. prescritos, por utiliz. (PVP) 198,21 173,61 2013.071.01 Despesa MCDTs prescrit., por utiliz. (p. conv.) 61,69 64,77 2013.075.01 Proporção de DM2 com compromisso de vigilância 80,27 82,86 2013.076.01 Proporção hipertensos com compromisso vigilância 74,31 78,43 2013.088.01 Proporção DM c/ registo HgbA1c 6 meses 61,27 65,38 2013.089.01 Proporção hipertensos c/ PA 6 meses 54,18 57,98 2013.090.01 Despesa medic. fatur., por utiliz. (v. compart.) 106,11 105,95 2013.091.01 Proporção DM < 65 A, c/ HgbA1c <= 6,5 % 30,05 30,49 2013.092.01 Proporção hipocoagulados controlados unidade 34,82 36,98 2013.093.01 Proporção crianças 2A, c/ PNV cumprido ou em execução 94,18 95,85 2013.094.01 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido ou em execução 94,69 95,15 2013.095.01 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido ou em execução 93,04 94,01 2013.096.01 Rácio despesa faturada DPP4 e antidiabét. orais 80,83 78,49 2013.097.01 Proporção DM c/ microalbum. último ano 53,39 58,16 2013.098.01 Proporção utentes >= 25 A, c/ vacina tétano 82,52 85,21 2013.099.01 Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos 70,43 72,70 2013.100.01 Taxa utiliz. consultas médicas ou enferm. - 3 anos 89,56 91,07 2013.263.01 Despesa medic. pres. utili. (PVP) comp. não comp. 204,87 183,28 2013.264.01 Despesa MCDT fatur. por utiliz. (preço conven.) 63,78 65,56 2013.274.01 Proporção DM2 em terapêut. c/ insulina 67,91 76,50 2013.276.01 Rácio DDD prescrita DPP-4 e antidiabét. orais 34,25 37,33 2013.278.01 Proporção medic. prescritos, que são genéricos 49,37 50,10

Fonte: SIARS, 2016

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22

2.5. Processo de contratualização

O processo de contratualização que teve o seu início em 2006, entre a ARS e as USF,

atualmente tem dois momentos distintos, a Contratualização Externa, formalizada com a

assinatura do Contrato Programa entre a ARS e o ACES e a Contratualização Interna,

formalizada com a assinatura de Cartas de Compromisso, entre o ACES e cada Unidade

Funcional.

Os indicadores são monitorizados continuamente e constituem o suporte base para a

contratualização de objetivos de acessibilidade, efetividade, eficiência e qualidade para os

utentes inscritos nas unidades de saúde.

A seleção dos indicadores de desempenho propostos para o Contrato Programa manteve

a distribuição dos anos anteriores: 14 de nível nacional, 4 selecionados de nível regional,

de acordo com as áreas que cada ARS considera como prioritárias, e 2 definidos

localmente e que são específicos deste agrupamento.

No que se refere ao processo de contratualização de 2015 salienta-se o facto de ter

decorrido tardiamente, tal como tinha acontecido nos anos anteriores. A remodelação da

plataforma SIARS e consequente indisponibilidade de informação durante todo o

primeiro semestre de 2015 representaram um sério constrangimento na capacidade das

unidades tomarem medidas, em tempo útil, no sentido da correção de eventuais desvios,

tendo este facto repercussão negativa óbvia nas metas contratualizadas e por

consequência no desempenho do ACES.

Por outro lado, a relação direta entre o desempenho dos prestadores e o respetivo

desempenho financeiro, condição inerente ao processo de contratualização, pode levar a

uma excessiva concentração em determinados indicadores, em detrimento de outros.

Será necessário reduzir as ineficiências, mas também promover a qualidade do serviço, a

segurança e a satisfação dos doentes. O processo de acompanhamento é, por isso,

fundamental para corrigir os desvios detetados e prevenir a iniquidade entre populações,

que apesar de serem utentes do mesmo ACES, estão inscritos em UF com diferentes

modelos de desenvolvimento.

O processo de construção e seleção dos indicadores de desempenho dos ACES, sendo

uma tarefa de difícil concretização, deve produzir indicadores que, por um lado, reflitam

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23

o trabalho das equipas e, por outro, traduzam o estado de saúde das populações. No que

concerne aos indicadores de “acompanhamento adequado”, a sua transformação em

índice foi bem aceite pelos profissionais e refletem, de forma mais adequada, o trabalho

que se tem vindo a desenvolver nas áreas da saúde infantil, saúde reprodutiva, controlo

das DCV e seguimento dos doentes diabéticos.

A investigação em saúde, área nobre do desempenho, é geradora de conhecimento que

se poderá traduzir em novas estratégias, tecnologias e intervenções efetivas que se

devem disponibilizar para beneficiar os cidadãos, em particular, os mais pobres e

vulneráveis. O ACES continua a reforçar positivamente essa área de forma a que se

promovam as práticas de investigação nas UF do ACES.

O processo de contratualização e a constituição de novas UF, geridas pelos respetivos

coordenadores, tiveram impacto considerável na evolução positiva do ACES,

especialmente na dinamização das equipas ligadas às USF e UCSP e nas vantagens

medidas em termos de custo-efetividade, relacionadas com a redução dos custos em

medicamentos e meios complementares de diagnóstico e na evolução positiva dos

indicadores de desempenho assistencial. Existe ainda um caminho a percorrer, que se

espera não seja longo, que passa seguramente pela implementação gradual das UCC e

UCSP, de modo a resolver as desigualdades na realização e satisfação profissional entre as

várias UF e promover o acesso equitativo dos utentes, independentemente das UF onde

procurem cuidados de saúde.

3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação do ACES PL deve ser encarado como um instrumento de gestão

fundamental e contar com a participação e envolvimento de todos os profissionais.

Constitui-se como o documento diretor das atividades a desenvolver, apresentando os

objetivos, os indicadores de execução e as metas a atingir em cada uma das atividades,

bem como os recursos necessários. A sua avaliação e monitorização é essencial, pois

permite corrigir desvios, adequar estratégias e aumentar a qualidade e a eficiência das

atividades desenvolvidas. Assim, faz-se seguidamente a análise do Plano de Desempenho

do ACES PL do ano 2015.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

24

No sentido de cumprir as metas do plano de ação, foram desenvolvidas as atividades

programadas, de acordo com os planos dos diversos grupos de trabalho:

Realização de ações de Formação para médicos e enfermeiros nas áreas da diabetes

e doenças cardiovasculares, da iniciativa de cada UF. Dentro desta mesma área foram

desenvolvidas sessões de educação para a saúde com distribuição de material

pedagógico à população da área geodemográfica do ACES.

No âmbito da Unidade Coordenadora Funcional para a Diabetes (UCFD), foi

melhorada a articulação de cuidados primários/secundários, tendo sido definidos

critérios de referenciação para os CSS. A nível dos CSP as equipas multidisciplinares

(equipas básicas) estão constituídas em todas as unidades, sendo as consultas

programadas e em horário estabelecido. Está definido o circuito do utente com

diabetes, clarificado quem faz o quê, quando faz e onde faz.

Durante o ano de 2015 foram dotadas mais unidades com os materiais e

equipamentos necessários para prestação de cuidados a nível do pé diabético. A

Observação do pé e os tratamentos vão sendo uma realidade cada vez mais

implementada nos Cuidados Primários. A articulação e integração com os CSS estão

também mais facilitadas estando constituída a “Linha Verde” para o Pé Diabético,

faltando, no entanto, a sua implementação. Também na UCD do CH de Leiria, para

além dos “ELOS” designados em vários serviços, há a assinalar a realização de

múltiplas ações dirigidas aos profissionais e utentes que superaram largamente o

proposto no âmbito da UCF (Acesso ao relatório).

O Grupo de Planeamento e Contratualização desenvolveu reuniões de

acompanhamento às Unidades Funcionais do ACES, no sentido de efetuar a

monitorização das metas contratualizadas. Estas reuniões servem, para além de se

divulgar a concretização dos indicadores no período em análise, para se efetuarem

várias recomendações.

As duas Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF), uma na área de saúde materna e

neonatal e outra na área de saúde da criança e do adolescente mantêm o trabalho

regular especifico promovendo a articulação na prestação de cuidados.

Em 2015 manteve-se a metodologia de funcionamento da UFQSL (Unidade Funcional

da Qualidade em Saúde de Leiria) que integra as Comissões de Qualidade e

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

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Segurança do Doente (CQS) do ACES PL, do Centro Hospitalar de Leiria e ACES Oeste

Norte, visando a melhor articulação de cuidados e divulgação das Normas de

Orientação Clinica. Coube à CQS do ACES PL a organização e dinamização das reuniões

interinstitucionais e fóruns de saúde onde foram divulgadas, debatidas e encontrados

consensos relativamente às normas de orientação clinica e critérios de articulação

entre níveis de cuidados.

O Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), criado em pelo

Decreto-lei n.º 281/2009, de 6 de Outubro, assenta na universalidade do acesso a

crianças dos 0 aos 6 anos / famílias com alterações nas funções e estruturas do corpo

ou risco grave de atraso de desenvolvimento e na responsabilização dos organismos

públicos na concretização da correspondente capacidade de resposta. Com base em

parcerias institucionais (Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, Ministério

da Saúde e Ministério da Educação, IPSS locais e Câmaras Municipais), a nível do ACeS

Pinhal Litoral, estão constituídas em protocolo, desde 2011, quatro (4) equipas

multidisciplinares – Equipas Locais de Intervenção (ELI): Batalha/Porto de Mós, Leiria

1, Marinha Grande e Pombal/Ansião/Alvaiázere que em 2015 acompanharam 459

crianças/famílias (Acesso ao relatório). Estas equipas são apoiadas e acompanhadas,

periodicamente, pelo Núcleo de Supervisão e Acompanhamento Técnico do Distrito

de Leiria/Região Centro, sediado no n/ ACES (sede), constituído com base na parceria

ministerial tripartida supracitada. Contrariamente ao expectável desde há um mais de

ano, e às necessidades de resposta às crianças/famílias, ainda não foi constituída a ELI

de Leiria 2 e a ELI de Ansião/Alvaiázere para a separação destes concelhos do Pinhal

Interior Norte, que ainda integram a ELI de Pombal.

No âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar, e nas áreas prioritárias de

intervenção - saúde individual e coletiva, inclusão escolar, ambiente e saúde e

promoção da saúde e literacia em saúde - as equipas de saúde escolar (com

profissionais das diversas unidades funcionais do ACeS

(UCSP/UCC/USP/URAP/CAJ/NACJR) têm desenvolvido o seu papel como

interlocutores entre as várias UF e as escolas/ agrupamentos escolares, no sentido da

concretização do PNSE e da otimização dos recursos humanos, que são insuficientes

em número (mais sentido no concelho de Leiria) e na diversidade da sua categoria

profissional, designadamente, em saúde oral, nutrição e saúde mental. Os resultados

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obtidos no ano letivo 2014/15, ainda de acordo com a Orientação da DGS nº 14/2013,

encontram-se em anexo (Tabela 1). O acentuado aumento da taxa de cobertura de

alunos e de pessoal docente, pelo PNSE, é justificado pela inclusão dos projetos de

saúde ambiental em meio escolar, no âmbito da USP, designadamente, na promoção

de ambientes seguros e saudáveis, através da avaliação das condições de segurança,

higiene e saúde dos edifícios/espaços escolares e meio envolvente e das medidas

corretivas para as inconformidades detetadas; assim como, na promoção da

alimentação segura e saudável, através de análises microbiológicas aos

alimentos/esfregaços de equipamentos e utensilios, e aos projetos de redução

progressiva de sal no pão e na sopa. No entanto, é notório um incremento nos

alunos abrangidos por projetos relacionados com a prevenção de consumos lícitos e

ilícitos, educação sexual e promoção da saúde mental, contributo, sem dúvida

alguma, das intervenções dos profissionais de outras unidades funcionais. Mantém-se

uma elevada percentagem de alunos com 6 e 13 anos sem vigilância de saúde

efetuada nos concelhos da Marinha Grande e em Leiria, situação que deverá ser

revertida com a atribuição aos utentes de médicos de família em falta e à constituição

de UCSP / USF.

Em relação ao Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, continua a ser

manifesto o ganho para a saúde oral, fruto das atividades desenvolvidas neste

programa, com resultados mais detalhados na Avaliação Anual de 2015, referente à

emissão/utilização de cheques-dentista, ambos acessiveis nos seguintes endereços:

Promoção da Saúde Oral em 2015; Tabela 2. No ano transato, embora não seja

refletida a emissão de referenciações de crianças e jovens dos 7, 10 e 13 anos, para as

duas (nº manifestamente insuficiente) Higienistas Orais existentes no ACeS (Leiria –

Gorjão Henriques e Pombal), por licença de maternidade e por avaria prolongada do

equipamento dentário, respetivamente, as suas funções não se esgotam em trabalho

de gabinete/consultório. A distribuição de fluoreto de sódio para bochecho quinzenal

nas suas escolas e o apoio às mesmas na prática da escovagem, na

implementação/acompanhamento de projetos de promoção e educação para a saúde

oral, e assim como a articulação com as equipas de família na observação de crianças

e jovens sinalizados no âmbito da Saúde Infantil e Juvenil, com necessidades especiais

de saúde e até eventualmente noutras faixas etárias, são algumas das atividades que

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têm sido desenvolvidas pelas higienistas orais do n/ ACeS, para além de apoio à

formação pré-graduada (estágios académicos).

Apela-se à responsabilidade das várias unidades de saúde do ACES na promoção

do acesso aos utentes a cuidados específicos de saúde oral - das crianças aos

jovens até aos 18 anos (a partir de 1 de março de 2016) nas grávidas, nos idosos

com complemento solidário, nos portadores de VIH/ SIDA (com novo ciclo de

tratamentos após 2 anos do último, também a partir de 1 de março de 2016) e nos

grupos alvo do Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral (PIPCO), iniciado

em março de 2014.

No âmbito da Saúde dos Adolescentes e Jovens, o ACES PL dispõe, como resposta

complementar à vigilância longitudinal do adolescente e jovem, de respostas

estruturadas e consolidadas, nomeadamente o CAJ Leiria “Janelas Verdes”, o CAJ

Porto de Mós, e conta aínda com respostas específicas de atendimento a este grupo

nos concelhos de Pombal e Marinha Grande. Nesta área de intervenção, foram

estruturadas respostas e uniformizados modelos de funcionamento que permitiram

uma intervenção mais abrangente, promotora da literacia em saúde, especificamente

nas temáticas relacionadas com os cuidados de saúde, ISTs, sexualidade,

contracepção, e aconselhamento.

No que respeita ao Projeto Ação de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, os vários

Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do ACES PL desenvolveram um

conjunto de atividades de consultadoria de outros profissionais, supervisão e

acompanhamento de casos sinalizados, que contribuiram para respostas mais

adequadas por parte dos Serviços de Saúde sobre as situações de risco e maus tratos

a crianças e jovens. No âmbito do mês de Prevenção dos Maus Tratos na Infância foi

difundida diversa informação de carácter legal, normativo e técnico. Foi também

divulgada informação referente aos diferentes níveis de intervenção, e desenvolvidas

várias iniciativas, em articulação com as diferentes entidades com responsabilidade

em matéria de infância e juventude, no 1º e 2º nível de intervenção, com o objetivo

de sensibilizar para a problemática das crianças e dos jovens em risco.

Relativamente ao Projeto de Intervenção em Rede na Violência Doméstica, à

semelhança dos anos anteriores, decorreu com regularidade, nos vários concelhos

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que integram o ACES PL, a vertente do atendimento e encaminhamento das situações

de violência para os parceiros da rede.

Em relação à Prevenção e Diagnóstico precoce do VIH/SIDA, o ACES PL, no projeto da

ARS Centro, tem vindo a promover desde 2010 a realização dos testes rápidos VIH

(voluntários e gratuitos), nas Unidades de Saúde (atualmente em 13), tornando mais

acessível para os utentes a sua realização e contribuindo para o diagnóstico precoce

complementado com aconselhamento pré e pós teste. Porém sublinha-se aqui o facto

de muitos utentes sentirem ainda algum constrangimento na realização dos testes em

virtude de preconceitos, mitos e discriminação! Nesta área de intervenção, o ACES PL

colabora também no “Programa Diz Não a uma seringa em 2ª mão”, com respostas

implementadas nos Serviços de saúde em todos os concelhos com exceção da

Marinha Grande. No âmbito da comemoração do Dia Mundial de Luta contra a Sida e

da Semana Europeia do Teste VIH, foram desenvolvidas durante o mês de dezembro

de 2015, diversas iniciativas, quer em contexto escolar, quer na comunidade em geral,

em articulação com associações locais com intervenção no VIH/SIDA com o objectivo

de contribuir para a prevenção da transmissão endovenosa e sexual do VIH.

No âmbito da Estratégia Nacional para a Qualidade, a CQS do ACES PL desenvolveu

atividades que permitiram alcançar os objetivos traçados no plano de atividades para

o presente ano.

A CQS elaborou em dezembro o relatório individual na plataforma da DGS, privilegiando a

área da Promoção da Governação Clínica com discussão das NOC, em colaboração com a

UFQSL (Quadro 16 – Normas de Orientação Clínica):

Quadro 16 – Normas de Orientação Clínica (NOC) DATA NORMA DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA

11 Março

2015

Norma nº 046/2011 de 26/12/2011 (versão validada pela Comissão Científica para as Boas

Práticas Clínicas a 27/11/2013)

Abordagem Terapêutica Farmacológica da Angina Estável – Cardiologia

08 Abril

2015

Norma nº 006/2014 de 08/05/2014

Duração de Terapêutica Antibiótica – Comissão de Farmácia e Terapêutica/Comissão de

Antibióticos

03 Junho

2015

Norma nº 014/2011 de 14/07/2011 (versão validada pela Comissão Científica para as Boas

Práticas Clínicas a 08/07/2013)

Utilização e seleção de Antiagregantes Plaquetários em Doenças Cardiovasculares –

Medicina Interna I

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23

Setembro

2015

Norma nº 036/2011 de 30/09/2011

Supressão Ácida: Utilização dos Inibidores da Bomba de Protões e das suas Alternativas

Terapêuticas – Gastrenterologia

13

Novembro

2015

Norma nº 019/2013 de 26/11/2013

Nódulo da tiroide

Norma nº 039/2011 de 30/09/2011 (versão validada pela Comissão Científica para as Boas

Práticas Clínicas a 26/12/2012)

Prescrição de Exames Laboratoriais para Avaliação e Monitorização da Função Tiroideia –

Medicina Interna II

09

Dezembro

2015

Norma nº 022/2011 de 28/09/2011 (versão validada pela Comissão Científica para as Boas

Práticas Clínicas a 05/03/2013)

Cuidados Respiratórios Domiciliários: Prescrição de Ventiloterapia e outros Equipamentos

Norma nº 021/2011 de 28/09/2011 (versão validada pela Comissão Científica para as Boas

Práticas Clínicas a 05/03/2013)

Cuidados Respiratórios Domiciliários: Prescrição de Aerossolterapia por Sistemas de

Nebulização

Norma nº 018/2011 de 28/09/2011 (versão validada pela Comissão Científica para as Boas

Práticas Clínicas a 12/02/2013)

Cuidados Respiratórios Domiciliários: Prescrição de Oxigenoterapia – Medicina Interna I

Fonte: UFQSL do ACES PL

No âmbito da Prevenção e Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos

(PPCIRA) o Grupo Coordenador Local (GCL) desenvolveu atividades que permitiram

promover, detetar e controlar as infeções associadas aos cuidados de saúde, das quais

se salienta a elaboração do estudo Características e prevalência da Ferida Crónica no

ACES Pinhal Litoral. O GCL deu continuidade à implementação da Campanha das

Precauções Básicas de Controlo da Infeção em todas as unidades do ACES PL de

acordo com as orientações da DGS. Foram ainda elaboradas orientações técnicas de

procedimentos clínicos, efetuada auditoria interna aos serviços de higienização

prestados pela empresa contratada e lavrado o respetivo relatório. Foram feitas

sessões de formação aos Elos Dinamizadores [Acesso ao Relatório].

O Gabinete do Cidadão é um Serviço de Apoio ao funcionamento do ACES. Durante o

ano de 2015 a sua atividade foi condicionada pela disponibilidade dispensada aos seus

responsáveis. Quanto ao número de exposições apresentadas no ano de 2015, os

valores persistentemente elevados demonstram a necessidade de se tomarem

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

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algumas medidas que possam contribuir para a inversão da situação (Acesso ao

Relatório).

3.1. Movimento assistencial

Da análise do Quadro 17- Consultas médicas efetuadas nos anos 2013-2015 e variação

percentual, verificamos que durante o ano de 2015 foram efetuadas 731744 consultas no

ACES Pinhal Litoral, ou seja, mais 11029 consultas, a que corresponde um aumento de

1,5% relativamente ao ano de 2014. As consultas per capita efetuadas na área

geodemográfica do ACES PL foram em 2015 de 2,8, valor igual ao do ano transato (o

cálculo foi realizado com base na população residente dos Censos 2011).

Quadro 17- Consultas médicas efetuadas nos anos 2013-2015 e variação percentual

ACES Pinhal Litoral

CONSULTAS Anual Desvio

2014/2015

Cresc.

2013 2014 2015 (%)

1. AMBULATÓRIO

1.1. S. ADULTOS +18ANOS

19-44 anos 121192 118306 117289 -1017 -0,9 45-64 anos 214223 212715 217560 4845 2,3 +64 anos 260523 261950 264033 2083 0,8 SUBTOTAL S. ADULTOS 595938 592971 598882 5911 1,0

1.2. S. INFANTOJUVENIL (0-18 ANOS)

S.INFANTIL (0-23meses) - VIGILÂNCIA 12566 12942 14741 1799 13,9 S.INFANTIL (2-13anos) - VIGILÂNCIA 11312 11903 12996 1093 9,2 S.INFANTIL (0-23meses) - DOENÇA 3988 5462 4309 -1153 -21,1 S.INFANTIL (2-13anos) - DOENÇA 20712 21512 16946 -4566 -21,2 S.JUVENIL (14-18anos) - VIGILÂNCIA 1640 1849 2966 1117 60,4 S.JUVENIL (14-18 anos) - DOENÇA 10529 10808 10901 93 0,9 SUBTOTAL S. INFANTOJUVENIL 60747 64476 62859 -1617 -2,5

1.3. SAÚDE DA MULHER

S.MATERNA - (inclui Rev. Puerp.) 8040 9293 10863 1570 16,9 P.FAMILIAR + RASTREIO COLO ÚTERO 26439 22526 26216 3690 16,4

SUBTOTAL (S. da MULHER) 34479 31819 37079 5260 16,5

1.4. DOMICÍLIOS 2262 1729 2089 360 20,8

TOTAL DE CONSULTAS MGF incluindo Domicílios 693426 690995 700909 9914 1,4 SAP Marinha Grande 47854 29720 30835 1115 3,8

TOTAL GERAL DE CONSULTAS = MGF (incluindo Cons. Aberta) + SAP

741280 720715 731744 11029 1,5

CONSULTA ABERTA (A. Sampaio; G. Henriques; P. Mós) (valores incluídos nas Consultas MGF)

37863 25043 23034 -2009 -8,0

Fonte: SINUS, 2016

As Consultas de Dependências/Consultas de Desabituação desenvolvem-se no Centro de

Diagnóstico Pneumológico (Leiria), nas USF’s D. Diniz e Santiago e no CS Pombal. A análise

do Quadro 17, permite verificar que o número de consultas de desabituação alcoólica,

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

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que tinha aumentado entre 2013 e 2014, voltou a diminuir em 2015, registando-se um

total de 914 consultas (menos 111 face ao ano 2014, a que corresponde uma redução de

10,8%). Relativamente ao número de consultas de desabituação tabágica efetuadas no

ACES PL, depois de um aumento registado em 2013, tem-se verificado uma diminuição

progressiva de doentes assistidos para desabituação tabágica, registando-se um total de

349 consultas em 2015, a que corresponde uma redução de 25,7% em relação ao ano

anterior. Estes resultados poderão estar relacionados com o facto desta consulta ter

deixado de se realizar em Pombal, a partir de Outubro de 2014.

Quadro 18 – Consultas de alcoologia, tabagismo e pneumologia

Anos 2013 2014 2015

Local da Consulta ÁLCOOL TABACO PNEUMOLOGIA ÁLCOOL TABACO PNEUMOLOGIA ÁLCOOL TABACO PNEUMOLOGIA

CDP (Leiria) 730 328 531 813 256 668 706 269 582

USF D. Diniz 119 ─ ─ 144 ─ ─ 126 ─ ─

USF Santiago ─ 96 ─ ─ 96 ─ ─ 80 ─

CS Pombal 65 134 113 68 118 221 82 ─ 136

TOTAL 914 558 644 1025 470 889 914 349 718

Fonte: SIARS (2016); SINUS (2016)

O Quadro 19 - Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde apresenta-nos os

contactos de enfermagem por programa de saúde e permite-nos constatar que, durante

o ano de 2015, foram efetuados um total de 897559, ou seja, mais 86969 do que em

2014. Este número representa um crescimento de 10,7% no total de contactos de

enfermagem realizados, relativamente ao ano anterior.

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Quadro 19 - Contactos de Enfermagem em Programas de Saúde

CONTACTOS EM PROGRAMAS DE SAÚDE - ENFERMAGEM Pinhal Litoral

2015

Ação contra o alcoolismo 1144

Acompanhamento de Conviventes de Doentes com Tuberculose 491

Acompanhamento de Doentes com Tuberculose 292

Apoio Domiciliário Integrado (ADI) 1049

Dependentes 22600

Desabituação tabágica 212

Domicílio 3816

Grupo de risco - Cardiovascular 17999

Grupo de risco: DPOC 147

Grupo de Risco: Asma 182

Grupo de Risco: Diabetes 67282

Grupo de Risco: Hipertensão 81162

Hipocoagulados 12767

Intervenções Breves em Fumadores 592

Nutrição 44

Ostomisados 916

P.N.S.E: Ambiente Escolar 814

P.N.S.E: Estilos de Vida 866

P.N.S.E: Inclusão Escolar 948

P.N.S.E: Saúde Individual e Coletiva 1096

Podologia 6555

Pré-Concecional 70

Preparação Psicoprofilática para o Parto 4

Programa de Cuidados Continuados 3059

Programa de Intervenção Precoce 412

Programa Nacional de Combate à Obesidade 239

Programa Nacional de Cuidados Paliativos 160

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral 142

Programas de Narcóticos de Substituição 1228

Puerpério 5634

Rastreio do Cancro do Colo do Útero 40341

Rastreio do Cancro do Cólon e Reto 10111

Rastreio Oncológico 1718

Reabilitação 279

Saúde da Comunidade 863

Saúde da Família 625

Saúde do Adulto 143704

Saúde Idoso 135145

Saúde Infantil 77921

Saúde Juvenil 6058

Saúde Materna 9601

Saúde Mental e Psiquiatria 4963

Saúde Reprodutiva e Planeamento Familiar 55317

Tratamento Feridas/ Úlceras 178991

TOTAL 897559

Fonte: SIARS, 2016

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 ACES Pinhal Litoral

33

No Quadro 20 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2013-2015

apresentamos os indicadores de avaliação de enfermagem nos anos de 2014 a 2015.

Mesmo não fazendo parte da metodologia de contratualização, a avaliação destes

indicadores possibilita a monitorização e acompanhamento do desempenho dos

profissionais na área de enfermagem, contribuindo para um processo de melhoria

contínua da qualidade.

Quadro 20 – Indicadores de Avaliação das Atividades de Enfermagem 2013-2015

INDICADOR Mês

2014 2015

Dezembro Dezembro

Métrica VALOR ACES VALOR ACES

2013.005.01 Proporção de consultas realizadas pelo EF 64,79 63,63

2013.008.01 Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) 32,55 36,81

2013.009.01 Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) 27,96 31,16

2013.012.01 Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm. 48,49 45,62

2013.013.01 Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem 9,65 7.18

2013.015.01 Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida 9,42 8,64

2013.018.01 Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 52,27 59,49

2013.019.01 Proporção de hipertensos com PA em cada semestre 41,85 44,86

2013.024.01 Proporção hipertensos, c/ cons. enf. e gestão RT 6,80 12,66

2013.028.01 Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7A 94,06 94,78

2013.029.01 Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14A 89,86 87,80

2013.031.01 Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A 66,40 69,61

2013.032.01 Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A 50,92 53,43

2013.033.01 Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos 37,74 45,94

2013.035.01 Proporção DM com exame pés último ano 53,40 62,18

2013.036.01 Proporção DM c/ cons. enf. e gestão RT último ano 11,80 23,58

2013.057.01 % diagn. precoces (THSPKU) até 6 dia recém-nasc. 86,85 85,51

2013.092.01 Proporção hipocoagulados controlados na unidade 34,82 36.92

2013.098.01 Proporção utentes >= 25A, c/ vacina tétano 82,52 85,21

2013.099.01 Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos 70,43 72,70

Fonte: SIARS, 2016

No

Quadro 21 – Consultas não médicas e Serviço Social do ACES PL observamos a evolução

do número de consultas não médicas realizadas no âmbito da URAP entre 2014 e 2015.

Quadro 21 – Consultas não médicas e Serviço Social do ACES PL Área Funcional Ano 2014 2015

Nutrição 954 1213

Fisioterapia 1292 1628

Higiene Oral 532 286

Ortóptica 638 2652

Psicologia 2476 3393

Serviço Social 1479 1790

TOTAL 7371 10962

Fonte: ACES PL, 2016

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No âmbito da URAP, a taxa de resposta às referenciações foi de 96,3% com um tempo

médio de espera de 40,2 dias (Acesso ao relatório).

Através da análise do Quadro 22 – Atividades desenvolvidas no CDP de Leiriaverificamos

que após um aumento progressivo de consultas no CDP entre os anos 2012 e 2014,

ocorreu uma diminuição de 670 consultas em 2014 para 553 consultas em 2015, a que

corresponde um decréscimo de 17,5%.

Quadro 22 – Atividades desenvolvidas no CDP de Leiria

ANO CONSULTAS

2012 383

2013 501

2014 670

2015 553

Fonte: SINUS, 2016

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4. TEMPOS MÁXIMOS DE RESPOSTAS GARANTIDOS

O ACES PL apresenta os “Tempos de Resposta Garantidos da Entidade” e os “Tempos de

Resposta da Entidade em 2014” (Quadro 23 – Tempos Máximos de Resposta Garantidos,

de acordo com a Lei nº 41/2007 de 28 de agosto e a Portaria nº1529/2008, de 26 de

dezembro, no entanto existem constrangimentos no seu cumprimento relacionados com

o rácio de profissionais por utente.

Quadro 23 – Tempos Máximos de Resposta Garantidos

Nível de acesso e tipo de cuidados

Tempos Máximos

de Resposta

Garantidos

Tempos de

Resposta

Garantidos da

Entidade

Tempos de Respostas

da Entidade 2014

1. Cuidados prestados na unidade de saúde a pedido da utente (em dias)

1.1 Motivo relacionado com doença

aguda

Atendimento no

próprio dia

Atendimento no

dia do pedido

Atendimento no dia do

pedido pelo médico de

família ou na Consulta

Aberta

1.2 Motivo não relacionado com doença

aguda

10 (dez) dias úteis a

partir da data do

pedido

15 dias a partir

da data do

pedido

Até 15 dias a partir da

data do pedido.

Este período poderá

ser ultrapassado

devido a 15,7% (42.607

utentes) de utentes

não terem médico de

família, e pela

dimensão dos ficheiros

médicos

2.- Necessidades expressas a serem resolvidas de forma indireta (em horas)

2.1 Renovação de medicação em caso

de doença crónica

72 (setenta e duas)

horas após a

entrega do pedido

72 (setenta e

duas) horas após

a entrega do

pedido

72 (setenta e duas)

horas após a entrega

do pedido

2.2 Relatórios, cartas de referenciação,

orientações e outros documentos

escritos (na sequência de consulta

médica ou de enfermagem)

72 (setenta e duas)

horas após a

entrega do pedido

72 (setenta e

duas) horas após

a entrega do

pedido

72 (setenta e duas)

horas após a entrega

do pedido

3.- Consultas no domicílio a pedido do utente (em horas)

3.1 Consultas no domicílio a pedido do

utente

24 (vinte e quatro)

horas se a

justificação do

pedido for aceite

pelo profissional

24 (vinte e

quatro) horas se

a justificação do

pedido for aceite

pelo profissional

24 (vinte e quatro)

horas se a justificação

do pedido for aceite

pelo profissional

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5. PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO ECONÓMICO

Nos Quadro 24 – Orçamento e Proposta de Execução Económica – Custos e Perdas e

Quadro 25 – Orçamento e Proposta de Execução Económica – Proveitos e Ganhos

apresentamos, em resumo, o Plano de Investimentos e Orçamento Económico do ACES

PL.

Quadro 24 – Orçamento e Proposta de Execução Económica – Custos e Perdas

Rúbrica Designação 2015

Estimado (€)

2016

Previsão (€) Var (%) Var Valor

6 CUSTOS E PERDAS 59.302.726,47 59 302 726,47 0% 0,00

61 CUSTOS MERC VEND E MAT CONSUM. 1 247 567,58 1 247 567,58 0% 0,00

62 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 39 688 639,72 39 688 639,72 0% 0,00

64 CUSTOS COM O PESSOAL 18 362 881,45 18 362 881,45 0% 0,00

65 OUTROS CUSTOS E PERDAS

OPERACIONAIS 204,75 204,75 0% 0,00

68 CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS 3 948,35 3 948,35 0% 0,00

69 CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINAR. -515,38 -515,38 0% 0,00

Fonte: ACES PL, 2016

Quadro 25 – Orçamento e Proposta de Execução Económica – Proveitos e Ganhos

Rúbrica Designação 2015

Estimado (€)

2016

Previsão (€) Var (%) Var Valor

7 PROVEITOS E GANHOS 80 078 938,47 79 353 523,96 -0,91% -725 414,51

71 VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 1 635 518,88 1 301 759,78 -20,41% -333 759,10

72 IMPOSTOS E TAXAS 107 085,00 107 085,00 0% 0,00

73 PROVEITOS SUPLEMENTARES

74 TRANSF E SUBSÍDIOS CORRENTES

OBTIDOS 78 331 082,42 77 939 427,01 -0,50% -391 655,41

76 OUTROS PROVEITOS E GANHOS

OPERACIONAIS 5 249,85 5 249,85 0% 0,00

Fonte: ACES PL, 2016

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6. INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO

A investigação em CSP é fundamental ao seu reconhecimento, evolução, cumprimento da

missão e ao seu prestígio. No entanto, a investigação só pode acontecer se forem criadas

condições, nomeadamente financiamento, estruturas e competências específicas nos

profissionais. Defende-se que os médicos, enfermeiros e outros profissionais devem ter

um envolvimento marcante na investigação em saúde no âmbito dos CSP.

Por outro lado, o PNS 2011-16 defendia que o conhecimento local era crítico para o

desenvolvimento das atividades de um sistema de saúde que se quer lúcido, operacional

e objeto de um rumo claro. Encontra-se, ainda, explicito no PNS, Revisão e Extensão a

2020, que o sistema de Saúde Português se deverá adaptar aos resultados da investigação

científica, entre outros fatores. Na identificação de boas práticas dá-se particular relevo à

formação de profissionais nas diferentes áreas e à investigação científica.

Assim, a iniciativa do ACES Pinhal Litoral em divulgar a produção científica desenvolvida

pelos seus profissionais tem plena justificação e está em linha com as recomendações

para as melhores práticas em cuidados de saúde primários.

Serão divulgadas todas as investigações, publicadas em revistas técnicas ou apresentadas

em reuniões científicas, nos anos 2014 e 2015, que foram lançadas na plataforma digital

(https://surveys.uc.pt/index.php/355398?lang=pt) criada para o efeito e amplamente

divulgadas por todos os profissionais.

6.1 Publicações em revistas científicas

Rita Chaves, Marco Afra, Augusto Roxo (2015). Rotura da fáscia plantar: a propósito de um caso clínico. Revista de Medicina Desportiva, Informa. 6(3): 4-5. Disponível em http://www.revdesportiva.pt/files/PDFs_site_2015/3_Maio/Rev_33_04-05_CC_fascia_plantar-Locked.pdf

Nuno Rama, Rui Passadouro, Pedro Lopes Ferreira, João Pimentel. (2015). Medição da qualidade de vida em doentes com incontinência fecal. Revista Portuguesa de Coloproctologia. 2(12):26-31. Disponível em http://www.spcoloprocto.org/uploads/colo_n2_vol12_2015_artigorevisao.pdf

Rui Passadouro, Raquel Fonseca, Felícia Figueiredo, Andreia Lopes, Cristina Fernandes (2014). Avaliação do Perfil de Sensibilidade aos Antibióticos na Infeção Urinária da Comunidade. Acta Médica Portuguesa. 27(6):737-742. Disponível em http://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5352/4154

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M. Marçal, N. Augusto, S. Janela, P. Parreira, M. Dixe, M. Guarino, E. Vital, R. Fonseca-

Pinto (2014). Avaliação Funcional em Diabéticos Tipo 2 com Risco Médio e Elevado de

Pé Diabético. Revista Portuguesa de Diabetes. 9(2):73-82. Disponível em

http://www.spd.pt/images/stories/rpd_jun14.pdf

Carolina Viveiro, Marília Marques, Rui Passadouro, Pascoal Moleiro (2014). Os adolescentes e a internet: padrões de (ab)uso. Adolescente & Saúde. 11(2):7-18. Disponível em http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=440

6.2 Comunicações em reuniões científicas

Cristina Santos, Anabela Sousa, Helena Costa, Isabel Craveiro, Rui Passadouro. Caraterísticas e prevalência da ferida crónica no ACES Pinhal Litoral. Porto: Simpósio APT Feridas 2015: "Investigação e Inovação em Feridas". 2015-11-26.

Cristina Santos, Anabela Sousa, Helena Costa, Isabel Craveiro, Rui Passadouro. Caraterísticas e prevalência da ferida crónica no ACES Pinhal Litoral. Leiria: Seminário de Enfermagem do ACES Pinhal Litoral: "Investigação e Inovação em Feridas". 2015-11-28.

Liliana Costa, Rute Barreto. A febre na criança: conhecimentos e atitudes dos pais/cuidadores. IX Jornadas de Saúde Materna e Pediátrica do Médio Ave. Vila Nova de Famalicão. 2015-11-06.

Fátima Neto, Jerusa Gameiro, Patrícia Rolo, Elisabete Abegão, Susana Areia, Ana Sofia

Jesus, Sónia Mira. Quem somos e o que fazemos pela Saúde da nossa Comunidade. 1.º

Aniversário da UCC de Pombal. Pombal. 2015-10-15.

Sónia Mira, Helena Porfírio. Experiência da ligação funcional hospitalar Pediatria – Psicologia do Centro Hospitalar de Leiria, EPE, Hospital Distrital de Pombal e do ACeS Pinhal Litoral, URAP Pinhal Litoral. V Jornadas URAP. Planear ... para Agir: Boas Práticas e Qualidade. Centro de Reabilitação do Norte. Valadares, Vila Nova de Gaia. 2015-09-30.

Nota: atribuído o 1º Prémio de Comunicação Oral, pela pertinência das ligações funcionais e análise quantitativa de dados

David Tonelo, Ana Rita Ferreira. Computer’s Performance Impact in Primary health care. 19º Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar. Viseu. 2015-09-25.

6.3 Atividade Formativa

Foram desenvolvidas várias ações de formação no âmbito do ACES, conforme descrito no

Quadro 26 –.

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Quadro 26 – Atividade Formativa ACeS PL em 2015

AÇÕES DE FORMAÇÃO

A Saúde na nossa Comunidade

Álcool: velho problema novos desafios

II Encontro do CAJ de Leiria e Porto de Mós

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

1º Aniversário UCC Pombal – Quem somos e o que fazem pela nossa Comunidade

1º Seminário de Enfermagem do ACES PL

Fibrilação auricular e anticoagulação

Normalização dos Registos de Enfermagem

Ciclo Informativo – Prevenção do suicídio nos jovens

Implementação da campanha das precauções básicas de controlo de infeção

Fonte: ACES PL, 2016

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40

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Relatório de Atividades é um instrumento de gestão que permite uma reflexão crítica

da estrutura, do processo e dos resultados, fundamental para a governação baseada em

critérios clínicos e de desempenho.

Os sistemas de informação, pilar da contratualização e da avaliação do desempenho,

continuam a ser um dos grandes constrangimentos quer à prática clinica diária, devida à

lentidão do sistema e aos seus erros demasiados frequentes, quer à gestão, por atraso

persistente da disponibilização dos dados do SIARS e MIM@UF.

As realidades díspares verificadas nas diversas unidades funcionais, no que respeita a

condições de trabalho, apenas por ser encontrarem em diferentes modelos de

desenvolvimento, em que numas estão garantidas todas as necessidades de recursos

humanos e noutras se verifica a sua escassez tem reduzido a capacidade do ACES em

atrair profissionais jovens. Consequentemente, a carência de recursos humanos, em

todos os setores profissionais, facto já enunciado em anos anteriores, continua a

interferir no desempenho do ACES, com reflexos importantes na qualidade dos cuidados

postos à disposição da população, com risco de iniquidade entre cidadãos, com e sem

médico de família, e mesmo entre as várias unidades funcionais do ACES.

O forte rigor na distribuição de recursos, afetando-os segundo critérios de prioridade, a

par da constituição de novas unidades funcionais (UF), possibilitaram que o desempenho

do ACES tivesse uma evolução positiva. A reorganização do ACES e a implementação

progressiva de novas UF bem como as reuniões periódicas com os profissionais, com a

finalidade de divulgar os resultados obtidos, mas sobretudo, o empenho das equipas, têm

permitido que os resultados obtidos fiquem dentro do esperado, em termos de

cumprimento de objetivos e da prestação de cuidados à população, permitindo ainda

atingir um Índice de Desempenho Global (IDG) superior a 80%.

Destacamos e estamos convictos que a verdadeira motivação vem da realização,

desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento e que só com

profissionais motivados o ACES atingirá os objetivos a que se propõe cada ano.